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Hélder António Ferreira Lopes Barbosa

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1. No que concerne a este ponto a estrat gia passou por experimentac o em contexto de sala de aula ao longo da intervenc o pedag gica N o sendo de extrema import ncia que os 2 se psicol gico ou n o realmente o material que envolve a boquilha e a palheta parece para muitos m sicos afetar a qualidade do som produzido Tradu o do autor 36 alunos conhecessem todas estas abracadeiras e ou as experimentassem o objetivo deste ponto era que soubessem da sua exist ncia e tivessem presente como alternativas a ter em conta no que respeita a procura do som ideal Os alunos integrantes da minha intervenc o pedag gica usavam ambos a mesma abracadeira BG modelo Super Revelation Trata se de uma abracadeira de couro e o contacto com a palheta feito atrav s de uma placa de metal banhada a ouro No entanto a aluna do 4 grau aquando do inicio da intervenc o pedag gica usava uma abracadeira de metal niquelada de marca branca Quando foi do meu conhecimento que esta possu a sem usar uma BG Super Revelation aconselhei a a traz la para a sala de aula de modo a experimentar qual seria a mais indicada Ap s alguns exercicios com notas brancas notas articuladas e escalas chegamos conclus o que esta abracadeira Ihe era bem mais confort vel tornava a articulac o mais f cil e o seu som ficava mais volumoso e menos met lico A aluna da em diante passou a usar esta abracadeira nas restantes
2. aconselha a sua imediata substituic o por um novo caso contr rio poder favorecer o acumular de lixo nos orificios prejudicando desta forma o som e a afina o de certas notas Este pano de limpeza que usado para absorver a gua e humidade em excesso no interior do tubo confirma a marca nunca dever ser guardado no mesmo local juntamente com o instrumento uma vez que a humidade absorvida poder oxidar o acabamento de prata das chaves e as respetivas molas Estas indicac es s o as mais apropriadas para zelar pelo bom funcionamento de um clarinete Por m alguns fabricantes defendem o uso de leo p ex leo de am ndoas doces como forma de hidratar a madeira principalmente o interior do tubo Brymer 1990 p 108 no entanto refere que toda a quest o de olear um clarinete alvo de debate sutentando que os fabricantes escolhem uma madeira denominada grenadilla que desde logo pela sua densidade imperme vel a qualquer tipo de hidratac o Brymer 1990 adverte ainda para o facto de que olear um clarinete que esteja parado isto que n o seja tocado regularmente equivale a deixar 21 residuos no interior podendo levar a que as dimens es do tubo sejam alteradas desaconselhando por isso esta pr tica Desta forma pudemos concluir que no que concerne a esta mat ria n o existe consenso Implementac o em contexto de intervenc o pedag gica Um dos objetivos desta intervenc o pedag gica foi o d
3. es de cumprimento do programa sendo que desta forma ficou sugerido apenas como aquecimento ao seu estudo individual No entanto e apesar das limita es acima identificadas no decurso do ano letivo foi poss vel observar melhorias na homogeneidade do som de cada um 49 importante acrescentar que este m todo n o apresenta nenhuma indica o relativamente ao patamar do estudo grau ou idade em que um aluno o dever realizar Depreende se dai que pode ser estudado e executado em qualquer idade por alunos musicos de qualquer n vel Este m todo foi lhes apresentado ao longo do m s de maio estando a data do exame final que ocorreria em junho a aproximar se foi um objetivo em comum melhorarem o som de modo a apresentarem se a exame em melhor n vel 50 4 Conclus es limita es e recomenda es Este capitulo refere se a distintos aspetos mas que considero interdependentes e correlacionados num trabalho complexo como o que se prende com a pedagogia da m sica O presente relat rio foi elaborado tendo como base uma interven o pedag gica realizada em contexto de sala de aula no Conservat rio de M sica do Porto Esta escola que desde o in cio da sua exist ncia se tem pautado pela excel ncia do seu ensino sempre presente na qualidade mpar de todos os seus alunos Foi para mim uma honra ter tido oportunidade de efetuar o meu est gio neste estabelecimento e de ter sido auxiliado com os t o reputados profess
4. o Pedag gica se ficaram a dever em grande parte ao trabalho efetuado em casa lrei dessa forma apresentar algumas teorias acerca do estudo individual e ainda a apresenta o de alguns estudos e exerc cios concebidos para este efeito e a sua correta execu o 3 5 1 A Embocadura the embouchure is a much more complex problem than the mere combination of lips and teeth Brymer 1990 p 123 O primeiro ponto que fiz quest o que os alunos n o descurassem na execu o dos seus exercicios de estudo foi a coloca o da embocadura Mas o que a embocadura Brymer 1990 refere que a palavra embocadura o termo usado para descrever a forma correta de soprar no instrumento Este autor defende ainda que os l bios e os dentes exercem uma enorme influ ncia no som de cada um pelo que poderemos encontrar diferentes sonoridades tendo em conta as caracteristicas da embocadura de cada um Henrique 2009 informa que na l ngua portuguesa embocadura possui um duplo significado diz respeito parte de um instrumento de sopro em que se sopra mas significa tamb m a posi o labial e o controle da musculatura facial do m sico necess rios execu o de um aerofone isto diz respeito ao conjunto boquilha palheta simples e significa tamb m a t cnica do controlo labial e posi o da boca A embocadura um dos grandes fatores que exercem imensa influ ncia na qualidade do som de cada um seja no clarinete ou
5. o h consenso visto que cada m sico escolhe a sua abracadeira de acordo com o tipo de som que pretende influenciando sim as suas carateristicas mas n o a qualidade sonora Brymer 1990 p 114 refere tamb m que na Alemanha e nos clarinetes de sistema alem o se usam tradicionalmente abracadeiras de cordel pois foi a abracadeira aplicada inicialmente ao clarinete por J C Denner o inventor do clarinete Nos restantes sistemas incluindo no predominante sistema franc s usado em Portugal mais comum usar se abracadeiras de metal No entanto e ap s uma breve consulta do mercado descobrimos que actualmente existe uma infinidade de modelos de abracadeiras fabricadas nos mais variados materiais H entre outras abracadeiras de metal banhadas a ouro ou prata abracadeiras de couro tecido cordel e madeira do senso comum que a abracadeira deve auxiliar o aluno de clarinete m sico a produzir o som que deseja sendo que cada um deve tocar com a que se sentir melhor Mais uma vez tamb m aqui o conforto que o instrumentista experimenta o principal fator de selec o e de decis o na escolha enquanto algumas abracadeiras favorecem a sonoridade outras favorecem a articulac o As marcas de abracadeiras de maior express o em Portugal s o Bonade Vandoren Rico BG e Rovner e cada uma delas apresenta uma vasta gama de modelos e diferentes concec es t cnicas e est ticas Implementac o em contexto de intervenc o pedag gica
6. sua posic o de repouso Todos os exercicios descritos desenvolvem as forcas el sticas de retrac o do sistema respirat rio quer na inspira o quer na expira o com maior ou menor intensidade dependendo da quantidade de ar nos pulm es e da capacidade muscular Tamb m a repetic o excessiva do quarto exercicio poder causar n useas ou tonturas devido a hiperventilac o que provocada pela maior troca de gases que na respirac o normal Se se verificarem estas sensa es Ara jo 2000 p 5 aconselha que o executante interrompa o exerc cio e permane a sentado at os sintomas desaparecerem Deve prosseguir depois com menor intensidade mas procurando que a suc o seja continua Implementa o em contexto de interven o pedag gica Achei pertinente explorar esta tem tica de modo a fomentar nos alunos o rigor na respira o no mbito da pr tica do clarinete tendo em aten o as diversas exig ncias musicais do instrumento desde a qualidade sonora at resist ncia em frases longas Assim sendo a metodologia efetuada em aula foi executar em contexto de interven o pedag gica alguns exercicios com a respetiva explica o te rica Importa referir que estes exerc cios por serem desconhecidos dos alunos foram transmitidos logo nas primeiras aulas que tive oportunidade de dar ap s um periodo de observa o mais concretamente durante os meses de dezembro e janeiro Depois de apreendidos pela exemplifica o e
7. Desde logo como se avalia o som de um clarinete e em que pode o professor basear se para aferir da qualidade sonora sem recorrer a tecnologias de est dio que s o inexistentes no contexto de uma sala de aula Antes de passar concetualiza o e descri o do que deve ser o som de clarinete digamos agrad vel e de qualidade aceit vel na fase da aprendizagem em que ocorreu a interven o pedag gica passarei a expor como tem sido adjetivado o som do clarinete na 11 descric o de alguns te ricos e quais os termos que s o utilizados para caraterizar a sua extens o e timbre De acordo com Henrique 2004 p 16 e tamb m segundo a classificac o de Hornbostel Sachs o clarinete um aerofone O som produzido pela vibra o de uma massa de ar originada no ou pelo instrumento isto no clarinete a vibra o da massa de ar que produz som tem origem no sopro do instrumentista De acordo com este autor o clarinete apresenta ao longo da sua extens o timbres nitidamente diferentes podendo distinguir se claramente os registos grave m dio e agudo o que faz dele um instrumento bastante expressivo Henrique 2004 p 291 define tr s regi es com carater sticas pr prias como se segue Na oitava grave Mi2 F 3 ou registo de chalumeau o som profundo e rico Na regi o m dia Si3 D65 ou registo de clarino o som brilhante e caloroso mas sempre aveludado Na regi o aguda o timbre pe
8. acordo com o report rio em causa Um outro fator de primordial import ncia na qualidade do som a embocadura que Porter 1967 p 322 define como toda a constela o de for as e posi es nos l bios regi o da boca e cara que atua no instrumento de sopro Como referem Fuks e Fadle 2002 p 322 a embocadura controla o comportamento da palheta que por sua vez afeta o a cor do som articula o din mica e outros par metros A embocadura no clarinete traduz se na press o e formato da boca em volta da boquilha sendo que a parte de cima da boquilha encostada aos dentes do maxilar superior e a parte de baixo a da palheta encostada ao l bio inferior e apoiada pelos dentes do maxilar inferior Esta disposi o providencia um melhor controlo sobre a palheta ao contr rio do que caracter stico em alguns meios menos desenvolvidos que usam a boquilha com a palheta virada para cima 3 In mouth blown wind instruments the energy provided by the respiratory system is converted directly into sound Nos aerofones de sopro a energia fornecida pelo sistema respiratorio convertido diretamente em som Traduc o do autor as the constellation of forces and positions in the lips mouth region and face that act in the instrument Tradu o do autor gt The embouchure controls the reed behavior thus affecting tone color articulation dynamics and other parameters Tradu o do auto
9. at uma na procura da boquilha com o melhor som Pavlovski 2012 p 48 2 Isto parece corroborar a ideia que a boquilha deva ser escolhida com o m ximo crit rio se poss vel com a ajuda do professor experimentando v rios exemplares Ap s a consulta do website da marca que ambos os alunos utilizavam Vandoren uma das principais recomenda es que feita na sec o denominada Conselhos teis verifiquei o seguinte conselho importante n o tocar insistentemente com uma palheta que seja muito dura ou muito mole Isto limitar a capacidade da boquilha que voc selecionou Vandoren s d n o encontrei uma justifica o v lida quer por parte dessa marca quer por parte de outras marcas ou autores pelo que passei a informa o aos alunos apenas por ser a marca que eles usavam mesmo sem cabal justifica o Implementa o em contexto de interven o pedag gica O objetivo deste ponto no mbito desta interven o pedag gica era o de sensibilizar os alunos no sentido de executarem uma correta limpeza da boquilha ap s us la sem causar desgaste pois entendi que a mesma n o era feita da melhor forma e ao mesmo tempo dar lhes a conhecer as diversas op es existentes no mercado e de como escolher a melhor para si No entanto no que toca manuten o da boquilha os alunos mostraram se cientes da sua fragilidade tendo extremo cuidado para n o as deixar cair por m ao limp la observei que passavam
10. at ao D havendo at alguns int rpretes que ultrapassam este m ximo agudo 28 Fig 2 Larsen 1991 p 1 secc es da palheta 1 Largura da ponta 2 Asas ou ouvidos 3 Ponta 4 Cora o 5 Fulcro 6 Ombro 7 Arco 8 Calcanhar 9 Largura do calcanhar 10 Bordo lateral 11 V o zona de corte 12 Comprimento total Kalmen Opperman Larsen 1991 p 13 defende que as medidas ideiais de uma palheta de clarinete devam ser 65 mm de comprimento total 13 2 mm de largura da ponta 11 mm de largura do calcanhar 2 8 mm de grossura do ombro e 31 mm de comprimento do v o Quando adquirimos uma caixa de palhetas Larsen 1991 p 5 aconselha que se realizem alguns procedimentos de modo a que possamos tirar delas o m ximo partido Larsen 1991 p 5 come a por reconhecer que as palhetas comerciais nem sempre se encontram bem acabadas mas que se pode fazer algo mais por elas O autor aconselha a que se mergulhem as palhetas num copo de gua estreito evitando que flutuem na horizontal No entanto o copo dever conter gua suficiente para evitar que as palhetas toquem no fundo correndo o risco de as danificar Este procedimento de acordo com Larsen 1991 revela se til por ser mais eficaz e pr tico humedecer as palhetas na gua do que na boca com saliva Quanto ao tempo que devem estar mergulhadas o autor aconselha a aguardar at que o calcanhar da palheta fique levemente escurecido por efeito
11. aulas do ano letivo e revelou satisfac o com o resultado Como referido no cap tulo dedicado s palhetas recordei lhes que a abracadeira n o necessita de ser demasiadamente apertada sob o risco de constragir a palheta e evitar que esta vibre normalmente A aplicac o em contexto de intervenc o pedag gica deste tema complementou as aulas dedicadas a escolha e manutenc o de palhetas e ocorreu no decurso do m s de maio nas aulas que tive oportunidade de orientar 3 5 As metodologias de estudo For the most part individual practicing is a solitary activity The performer is alone with his instrument and must rely on personal skill to achieve progress throughout the practice session J rgensen 2006 p 85 Este certamente dos cap tulos mais extensos de todos os que s o abordados neste relat rio que introduz aos alunos determinadas metodologias de estudo que abordam de forma direta ou indiretamente a qualidade do som no clarinete onde se incluem outros aspetos como o aquecimento e a embocadura tamb m por isso um capitulo da maior import ncia na medida 2 De uma forma geral o estudo individual uma atividade solit ria O int rprete est sozinho com o seu instrumento e deve contar com a sua pr pria pericia para obter progressos ao longo da sua sess o de estudo Traduc o do autor 37 em que todas as melhorias e evoluc o dos alunos ao nivel da sua sonoridade observada ao longo da Intervenc
12. calcanhar de uma palheta Larsen 1991 p 5 1 Normal 2 Lados desequilibrados 3 Muito arqueada 4 Pouco arqueada 5 Muito fina 6 Muito grossa raro Atrav s deste simples esquema Larsen acredita ser f cil de perceber a visual de uma boa palheta e recomenda que apenas nos dediquemos s palhetas que se apresentem melhor equilibradas No que concerne ao segundo ponto um ouvido sens vel Larsen 1991 p 9 uma s rie de exerc cios com grandes intervalos entre as notas para aferir da qualidade sonora facilidade e equil brio de cada palheta Larsen 1991 p 9 descreveu exerc cios com alguma complexidade alguns dos quais de relativa dificuldade para jovens alunos chegando mesmo a n veis inacess veis Enquanto professor estagi rio senti me no dever de sensibilizar os alunos no sentido do rigor e de desenvolverem um sentido critico na hora de escolher a melhor palheta para a aula e tamb m auxili los nessa escolha 30 No que toca a ter um tato apurado Larsen 1991 indica ao longo da obra numerosas refer ncias textura da palheta Larsen 1991 p 13 defende que numa palheta nova o seu v o deve ser amaciado atrav s da lixa fina Ap s ser tocada a parte plana no seu comprimento total estar com uma lomba em resultado do contacto com a janela da boquiha devendo ser alisada atrav s da fricc o com o pedaco de vidro referido anteriormente nas ferramentas sugeridas Outros desequilibrio
13. conhecimentos acerca do material usado sua sele o e manuten o que influenciasse diretamente a qualidade de som Um afinador digital um pequeno aparelho eletr nico que mede a frequ ncia de cada nota a ser executada naquele momento e mostra nos se a mesma se encontra afinada tendo em conta sua refer ncia normalmente L 440Hz ou 442Hz 12 3 3 A Respira o Wind players use their respiratory apparatus as an air compressor to supply energy to the instrument Fuks amp Fadle 2002 p 319 Como ponto de partida para a reflex o em torno da respirac o ser de referir que a observac o em contexto de aula permitiu constatar que os alunos apesar de conhecerem a exist ncia do conceito de respirac o diafragm tica ou abdominal desconheciam as formas de a trabalhar e que conhecendo a respirac o abdominal atrav s da demonstrac o pr tica em aulas anteriores n o tinham conhecimento de algum fundamento te rico que a sustentasse Como j referido um dos fatores de maior import ncia na qualidade e projec o de som a func o respirat ria Fuks e Fadle 2002 p 319 referem mesmo que Nos aerofones a energia fornecida pelo sistema respirat rio convertido diretamente em som A cria o de uma coluna de ar com capacidade de criar um som saud vel um dos fatores a trabalhar diariamente pelos jovens clarinetistas Segundo ainda Fuks e Fadle 2002 p 321 alguns int rpretes experientes de instrum
14. de estudo auxiliares da melhoria do som 3 1 Contextualiza o da pr tica No mbito do Est gio Profissional e enquanto professor estagi rio de clarinete e classe de conjunto no Conservat rio do Porto foi me permitido interagir observar sessenta aulas no total assim divididas quinze aulas individuais de clarinete com uma aluna do curso b sico 8 ano 4 grau do regime integrado quinze aulas individuais de clarinete com um aluno do curso complementar 7 grau regime supletivo As restantes trinta aulas decorreram em contexto de Orquestra de Sopros acompanhadas pelo professor cooperante Fernando Marinho As aulas individuais de clarinete tinham a durac o de 90 minutos e foram acompanhadas pelo professor cooperante Adam Wierzba Julguei que seria oportuno que alunos conhecessem alguns factos da hist ria deste instrumento desde o seu surgimento e as transformac es sofridas ao longo dos s culos Pareceu me tamb m til que os alunos conhecessem o processo de construc o do clarinete e como se faz a sua correta manutenc o pois um manuseamento cuidado e respetiva limpeza que o instrumento os auxiliar a atingir o som que pretendem Considero que dominando o conhecimento do material que usam para fazer m sica poder o desenvolver autonomia no sentido de efetuarem um diagn stico correto de n vel t cnico n o s relativamente ao instrumento mas tamb m boquilha e s palhetas apropriadas Desse modo os alunos poder o de
15. devem executar simultaneamente com os exerc cios respirat rios designados por respira o abdominal e respira o completa Quanto respira o abdominal Graf sugere que ao tocar estas notas o fa amos sem mover o peito ou seja s o exerc cios concebidos para fomentar o uso do diafragma controlado pelos m sculos do abd men No que concerne respira o completa como o pr prio nome indica esta complementa a respira o abdominal ao acrescentar ao uso dos m sculos do abd men o uso da parte superior dos pulm es expandindo a caixa tor cica A respira o completa de acordo com Graf 1992 p 11 aquela que ao ser exercitada mais ar nos far armazenar nos pulm es Estes dois modos diferentes de respira o s o de extrema import ncia e devem ser dominados por qualquer instrumentista de sopro H passagens musicais r pidas em que n o sendo poss vel utilizar a respira o completa o recurso s William Blayney Clarinetista e professor contributos e influ ncias na arte de tocar clarinete no s c XXI Tradu o do autor Every exercise should be treated as one in tone production and practiced accordingly The tone you wish to produce should always be clear in your mind listen to yourself all the time Be conscious of this ideal of tone control even in exercises for breathing fingering and articulation Tradu o do autor 14 respirac o abdominal imprescindivel Este controlo das dife
16. dos m sculos labiais e por consequ ncia obt m notas desafinadas baixas e sem suporte Ele recomenda que haja o m ximo rigor no egato principalmente entre grandes intervalos e por fim apela a que estes exerc cios sejam executados vagarosamente de forma que o estudante se controle e se habitue a chegar ao fim de cada linha utilizando todo o f lego dispon vel Alessandro Carbonare considera que acontece frequentemente haver muitas dificuldades na liga o entre as notas agudas devido a uma insuficiente quantidade de ar inspirada para os pulm es 47 No que se refere s notas graves Carbonare 2007 p 35 considera que apesar de muitos solos serem escritos nesta tessitura este registo n o raras vezes negligenciado durante o estudo Carbonare 2007 p 35 acredita que as notas graves apresentam dificuldades quer na qualidade do som quer na afinac o A falta de trabalho neste registo resultar na dificuldade em projetar o som sobre uma orquestra inteira Dessa forma Carbonare 2007 p 35 acredita que a projec o e boa sonoridade de uma nota grave no clarinete pode ser obtida atrav s de um som limpo tendo atenc o afinac o para que n o desca medida que se vai aumentando a sua intensidade sendo este o grande objetivo dos exercicios propostos Carbonare relembra que todas as sugest es elaboradas para o estudo do registo agudo tamb m poder o ser aplicadas no estudo do registo grave deste instrumento Neste camp
17. e n o male vel sendo por isso t o fr geis que uma simples queda no ch o poder fazer com que se quebre A Vandoren s d informa nos ainda que fabricaram boquilhas de cristal no passado mas que actualmente suspenderam a sua produ o nesse material Ap s nova pesquisa ao mercado tomei conhecimento de um fabricante italiano que comercializa de boquilhas feitas de materiais pouco convencionais como madeira de bano e tamb m de cristal Trata se da marca Pomarico que tem pouca express o em Portugal Atrav s da consulta do website de um outro fabricante de produtos para clarinete a Rico s d encontramos a seguinte frase numa p gina de especifica es t cnicas de uma das suas boquilhas Esculpida a partir de borracha dura n o moldada a partir de moldes pr definidos Parece portanto tratar se de boquilhas fabricadas em ebonite Relativamente limpeza da boquilha desde o in cio da interven o pedag gica que desencorajei os alunos a passarem o pano de limpeza no interior da boquilha pois entendo que este ato ir causar um desgaste desnecess rio da mesma Encontrei apenas uma indica o a reprovar esta pr tica que foi no manual do instrumento fornecido pela Yamaha referido anteriormente L confirmei que o meu conselho era acertado Pode ler se a Yamaha s d que esta pr tica poderia ser extremamente danosa para a sua boquilha Outro conselho til quantas vezes ignorado nos dado tamb m pelo manual da Yam
18. execu o na aula procurei sensibilizar os alunos para que os praticassem diariamente durante ou antes do estudo com o clarinete como forma de aquecimento do aparelho respirat rio e dos seus m sculos Foi interessante notar no mbito da interven o pedag gica que por vezes os alunos experienciavam algumas tonturas provocadas pela hiperventilac o dos pulm es Ap s a implementa o e experimenta o dos exercicios foi percetivel nos alunos uma maior preocupa o com a respira o antes da execu o de frases musicais Como atesta a entrevista em anexo os alunos de clarinete testemunharam inclusive ligeiras melhorias ao n vel da sua qualidade de som no clarinete Tamb m nas aulas de Classe de Conjunto mais concretamente na Orquestra de Sopros do Conservat rio do Porto nas quais fui acompanhado pelo professor cooperante Fernando 16 Marinho este trabalho de respirac o foi exercitado e desenvolvido Ao longo do ano letivo o professor cooperante incumbiu me de orientar os ensaios de naipe de madeiras No inicio destes ensaios de naipe foram realizados alguns exercicios de respirac o como forma de aquecimento fisico recomendado antes de passar ao ensaio propriamente dito O resultado destes exercicios foi que ap s o aquecimento do aparelho respirat rio os alunos experienciaram melhor controlo da respira o bem como ligeiras melhorias ao n vel da qualidade do seu som No entanto em alguns alunos ocorreu algum descon
19. notas longas e ao mesmo tempo tenho o afinador digital para tentar afinar as notas com a embocadura assim fico a conhecer melhor o meu instrumento Depois acrescento articulac es escala crom tica para tentar coordenar a minha articulac o 21 Como organiza o seu estudo individual antes e depois da interven o Atualmente no eu estudo di rio impens vel n o efetuar um correto aquecimento como foi feito por diversas vezes na intervenc o pedag gica Seguidamente toco as escalas arpejo e todos os exercicios que fazem parte Ap s as escalas faco os estudos e as pecas Como fui aconselhada tento definir para mim mesma pequenas metas a atingir efetuando os exercicios aconselhados pelo professor estagi rio ao longo da intervenc o pedag gica Tento tamb m ser o mais cr tica e rigorosa comigo pr pria 22 Como v a utilidade do Clarinetto il suono arte e tecnica do clarinetista Alessandro Carbonare A utilidade do m todo Clarinetto il suono arte e tecnica do clarinetista Alessandro Carbonare muito importante uma vez que o som do nosso instrumento da m xima import ncia para a pr tica musical Este livro de exercicios tamb m ajuda a melhorar o som das notas agudas e das notas graves e a sua homogeneidade ao longo de todo o registo do instrumento contendo v rios exercicios para resolver os problemas com os respetivos registos Tamb m podemos encontrar exercicios de articulac o e de pr tica de ecotons
20. para cima e inspirar Ao fazer isto suavemente o instrumentista ver as asas ou ouvidos a vibrar produzindo um som Se inspirar mais vigorosamente ver a palheta completa a vibrar produzindo um som mais agudo Este pequena experi ncia dever segundo Larsen 1991 p 4 demonstrar qu o sensivel e flexivel a palheta do clarinete Larsen 1991 p 3 revela ainda relativamente sensibilidade flexibilidade e a n o linearidade das palhetas de clarinete cuja velocidade de vibra o varia entre os 200 c s para o Mi grave Mi e os 1000 c s para o Sol sobreagudo Sol Nesta extens o por m a palheta de acordo com Henrique 2009 p 590 tem um comportamento n o linear em notas graves e em notas agudas o que favorece o aparecimento de harm nicos pares e mudancas timbricas no seu registo agudo No entanto Henrique observa que com relativa facilidade que um m sico muda de palheta o que tende a atribuir lhe um certo grau de versatilidade e adaptabilidade e dessa forma poder adaptar a palheta em uso ao ambiente onde ir tocar quanto ao tamanho e temperatura da sala ao estilo de m sica proximidade do p blico etc Seguem se algumas no es relativas ao estudo f sico da palheta bem como indica es acerca da melhor forma de a cuidar e tratar De acordo com H Larsen 1991 p g 1 a palheta pode dividir se nas sec es identificadas na Fig 2 Atualmente considera se a extens o do clarinete soprano desde o Mi
21. pequenas obras mantendo sempre um sentido musical n o devendo ser executados mecanicamente Ap s estas considera es Alessandro Carbonare deixa nos alguns conselhos de como melhor tirar partido dos referidos exerc cios O autor aconselha a que se escolha uma velocidade que permita uma audi o atenta de cada nota mantendo aten o redobrada no que se refere afina o entre os intervalos mas ao mesmo tempo n o exagerar na lentid o ao ponto de causar will increase the amount of sound and color range available while simplifying instrumental control consequently reducing difficulties connected with the reed Traduc o do autor 46 perda de interesse musical Todos estes exercicios dever o ser executados sempre com sonoridade ampla tendo em aten o largura da garganta O autor considera que s mantendo uma garganta bem aberta permitir que o estudante consiga tornar a sua sonoridade mais homog nea fazendo mais suavemente a ponte entre o registo agudo e o grave A segunda sec o do livro Carbonare 2007 p 23 trata das notas agudas e notas graves Relativamente ao registo agudo Carbonare 2007 p 23 considera que normalmente as notas agudas no clarinete s o estridentes indo ao encontro do referido por Spence 1979 p 27 e ao mesmo tempo pouco homog neas Carbonare 2007 p 23 refere inclusivamente que comum encontrar se clarinetistas com aquilo que ele chama de um carater stico
22. pois ai ensina nos a melhor forma de os fazer e como fazer Estes componentes todos fazem parte da musicalidade que todos os m sicos neste caso os clarinetistas deveriam desenvolver para ter um melhor n vel no som do clarinete 65 66 Anexo n 2 Entrevista ao aluno do 7 grau 1 Qual o seu grau de ensino 7 grau 2 Qual o seu objectivo ao estudar clarinete P ex ser bom amador ser profissional candidatar se a uma banda militar ou ensino superior etc Ser bom amador 3 Como avalia a import ncia de se ter um bom som no clarinete um aspecto importante pois mesmo que se tenha uma boa t cnica com um som menos bom o resultado n o agrad vel De qualquer maneira apenas um aspecto a melhorar como muitos outros t cnica manual interpretac o atitude car cter embocadura respirac o afinac o 4 Como trabalha o seu som no seu estudo di rio Sempre que o som n o agrada tento ajustar ligeiramente a embocadura procura de um melhor resultado para al m de tentar encontrar uma palheta melhor se achar que da palheta claro Para al m disso estar sempre atento qualidade de som mesmo em escalas e estudos para nunca o descurar tamb m nas pequenas coisas que se trabalha continuamente o tipo de som 5 Sente que possui o som que sempre idealizou Depende s vezes sim mas muitas vezes n o apesar de poder n o estar muito longe do meu objetivo 6 exigente com a boquil
23. que os alunos executassem as escalas que tinham ficado para trabalho de casa como forma de aquecimento antes de passar aos estudos e pe as Mas tamb m ele j se tinha dado conta que esse aquecimento se revelava insuficiente every exercise should be treated as one Tradu o do autor 41 Contudo os alunos apenas se concentravam em aspetos t cnicos dedilhac es do aquecimento ignorando em detrimento de outros aspetos do aquecimento t o relevantes para pr tica musical como o aquecimento muscular da embocadura e o aquecimento dos materiais Foi meu objetivo sensibilizar os alunos no sentido de executarem diariamente um correto aquecimento e de Ihes dotar de compet ncias para o concretizar de forma aut noma Os alunos ap s lhes terem sido transmitidas estas informa es durante o m s de janeiro ficaram cientes das vantagens de uma boa sess o de aquecimento e dos aspetos a trabalhar durante o mesmo Acredito mesmo que passaram a encarar positivamente a necessidade de um correto aquecimento pr vio Foi percetivel que essa preocupac o os iria acompanhar no futuro quando tivessem uma atuac o uma aula ensaio ou mesmo no seu estudo individual 3 5 3 Planeamento do estudo Just one book alone cannot succeed in improving such a delicate aspect as tone development without the reader s contribution Be creative and avoid practising passively Carbonare 1997 p 3 No que se refere a melhor for
24. saber a boquilha onde se encontra a palheta e a abra adeira que a prende o barrilete corpo superior corpo inferior e por fim o pavilh o tamb m conhecido por camp nula O material de que feito maioritariamente de grenadilla um bano africano Por m possivel encontrar clarinetes feitos de outro tipo de madeiras e de outros materiais menos nobres como de resina ABS de pl stico de metal e at mesmo de vidro 7 Denomina se chave em instrumentos de madeira toda a alavancas simples de metal usada para abrir e fechar orif cios Como referido na p gina web da Selmer um dos maiores fabricantes a n vel mundial de clarinetes um clarinete necessita de 800g de mat ria prima madeira metal corti a etc possui 450 partes mont veis e consome na fabrica o 20 horas de trabalho manual gt Acrylonitrile butadiene styrene Acrilonitrila Butadieno Estireno mais conhecida por resina ABS uma resina pl stica usada na constru o de diversos instrumentos da fam lia das madeiras 10 De acordo com Henrique 2004 2009 as propriedades sonoras caracteristicas do instrumento resultam da combinac o do seu tubo cilindrico na maior parte do seu comprimento e do tipo de embocadura boquilha com palheta batente simples usada O clarinete apresenta um comportamento ac stico que o distingue dos demais instrumentos de sopro eruditos comporta se acusticamente com um tubo fechado produzindo por isso sons bastante mais
25. sendo complexa decerto permite e mereceria outras e mais aprofundadas abordagens mas pelas limita es acimas referidas tornou bastante custoso este desiderato Porque se refere a um assunto t o delicado como a qualidade sonora poder se ia entender como especulativo ou 53 presuncoso da minha parte e para a fidelidade deste relat rio pretender fazer qualquer aprecia o de mbito mais t cnico cient fica visto que esta Interven o Pedag gica n o abarcava an lises de outro alcance nem era esse o seu prop sito Refiro me concretamente ao recurso de sofisticados meios t cnicos como por exemplo a abordagem cient fica que envolvesse o auxilio de um osciloc pio equipamento obviamente inexistente na sala de aula Pelas conting ncias quis fazer intencionalmente no est gio uma abordagem mais pr tica objetiva e art stica em detrimento da componente cient fica na convicc o que essa seria a mais apropriada para o nivel formativo dos alunos integrantes Este projeto de Interven o Pedag gica do meu ponto de vista foi me muitissimo enriquecedor porque creio ter adquirido e desenvolvido compet ncias para que na minha pr tica letiva possa elaborar metodologias corretas e aconselhar outros alunos quanto qualidade do som no clarinete e em tudo o que lhe esteja correlacionado em resultado da minha investiga o pr via da influ ncia dos professores cooperantes e das minhas experi ncias de que esta Interven o Pedag g
26. ser bastante negligenciado durante o estudo di rio Carbonare 2007 p 47 reconhece que frequentemente o ataque preciso de uma nota no clarinete poder n o ser f cil devido s diferencas de press o necess rias em cada um dos diferentes registos no clarinete Por isso o autor concebeu estes exercicios com objetivo de se atingir grande sensibilidade em ataques nos diferentes registos do clarinete seja qual for a din mica em que se toque Como forma de atingir essa sensibilidade Carbonare explica como praticar os chamados ecotons De acordo com Carbonare 2007 p 47 os ecotons s o sons que s o 48 executados a um n vel quase inaud vel e que um aspeto a ser trabalhado de forma que permita ao clarinetista poder atacar com precis o as notas em p anissimo em qualquer registo do clarinete Carbonare 2007 p 47 d nos inclusivamente o exemplo do compositor Alban Berg que utiliza este efeito constantemente nas suas obras Para a correta execu o destes exerc cios Carbonare sugere que estes estudos que s o apenas escritos numa nica nota devem ser considerados somente como um modelo a ser executado no estudo di rio mas pretende se que essa nota varie de dia para dia Carbonare 2007 p 47 revela ainda que nos quase inaud veis pp para termos a m xima aten o afina o que ter natural tend ncia para subir O in cio de cada exerc cio deve ser preciso e ao mesmo tempo suave com uma sonoridade p
27. um material natural de origem vegetal que a cana de bambu Henrique 2004 2009 informa nos ainda que esta mat ria prima amp conhecida em Franca por canne de Provence e que as canas de boa qualidade s o provenientes do mediterr neo mais concretamente das costas do sul de Franca Espanha e It lia Henrique revela nos tamb m que existem plantac es de cana cultivada exclusivamente para o fabrico de palhetas e que uma das mais importantes plantac es na Europa se situa perto de Frejus a oeste de Cannes A palheta do clarinete descrita por Henrique como heterof nica de batente simples Trata se de uma palheta constituida de cana um material flex vel e leve que acopolada a um tubo permite obter diferentes sons pela variac o do comprimento do tubo do clarinete atrav s dos seus orif cios laterais e vibra apenas para um lado usando a boquilha como batente The reed is made of a piece of bamboo called arundo donax or sativa Tradu o do autor 26 Henrique 2009 defende que os m sicos que tocam com instrumentos de palheta est o constantemente condicionados ao estado da palheta no momento pois a palheta um objeto extremamente sensivel a humidade e que quando em contacto com a boca humana tendem a absorver bastante humidade O autor d nos o seguinte exemplo um m sico que possua uma palheta que a considere boa ao fim de uns quinze dias de trabalho intenso ela pode ficar completamente inutilizada e dessa form
28. 232 informa ainda que que as palhetas vibram em ciclos e que cada ciclo iniciado num momento em que a palheta se encontra numa posi o de repouso isto na sua posi o normal mas quando soprada afasta se da boquilha permitindo a passagem do ar A palheta volta depois sua posi o de repouso chegando a ultrapass la tocando na boquilha e fechando a fenda Este ciclo repete se sucessivamente criando o som interessante verificar que no clarinete como nota Henrique 2004 p 291 a vibra o da palheta de encontro boquilha num clarinete abre e fecha a passagem do ar soprado para o corpo do instrumento Curiosamente em cada ciclo o tempo que permanece fechada 27 passagem do ar amp consideravelmente maior que o tempo que fica aberta E reforca a ideia acrescentando que nessa fase o comportamento ac stico do instrumento o de um tubo fechado na extremidade por onde se sopra Isto remete nos para o facto de que a palheta do clarinete n o se comporta de forma linear levando a que o clarinete no seu registo de chalumeau n o produza harm nicos impares Larsen 1991 p 3 no inicio da sua obra sugere uma experi ncia a fazer para que tenhamos uma noc o da vibrac o n o linear da palheta aconselhando a pegar numa palheta mais velha e gasta para n o correr o risco de estragar uma nova e uma vez humedecida coloc la na boquilha colocando a de seguida a extremidade de cortica na boca com a palheta
29. Helder Ant nio Ferreira Lopes Barbosa Estrategias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete respirac o material e metodologias de estudo UMinho 2014 Universidade do Minho Instituto de Educac o Helder Ant nio Ferreira Lopes Barbosa Estrat gias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete respira o material e metodologias de estudo julho de 2014 Universidade do Minho Instituto de Educac o Helder Ant nio Ferreira Lopes Barbosa Estrategias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete respirac o material e metodologias de estudo Relat rio de Est gio Mestrado em Ensino de Musica Trabalho efetuado sob a orientac o do Doutor ngelo Miguel Quaresma Gomes Martingo e do Dr Vitor Hugo Ferreira Matos julho de 2014 Declarac o Nome Helder Ant nio Ferreira Lopes Barbosa Endere o electr nico helder_barbosa_clr hotmail com N mero de Bilhete de Identidade 13188461 T tulo do relat rio Estrat gias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete respirac o material e metodologias de estudo Supervisores Doutor ngelo Miguel Quaresma Gomes Martingo Dr Vitor Hugo Ferreira Matos Ano de conclus o 2014 Designac o do mestrado Mestrado em Ensino de M sica AUTORIZADA A REPRODUC O INTEGRAL DESTE RELAT RIO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGA O MEDIANTE DECLARA O ESCRITA DO INTERESSADO QUE A TAL SE COMPROME
30. Pomarico Mouthpieces Web site Pomarico Mouthpieces Rico Reeds s d de s d de 2008 Products gt Ligatures amp Caps gt Clarinet Obtido em 11 de setembro de 2013 de Rico Reeds com http www ricoreeds com ricoLigaturesClarinetBb Page ActivelD 4705 Rico Reeds s d de s d de s d Reserve Mouthpiece Obtido em 28 de agosto de 2013 de Rico Reeds Web site http www ricoreeds com reserve_mouthpiece_specs page Rovner Products s d de s d de s d Products All ligatures Obtido em 11 de setembro de 2013 de Rovner Products http www rovnerproducts com products all ligatures php Selmer Paris s d de s d de s d Se mer Clarinet Manufacture Obtido em 6 de setembro de 2013 de Selmer fr http www selmer fr fabintro php page clarinette Spence K 1980 O Livro da Musica Lisboa Circulo de Leitores Vandoren s d de marco de 2013 Acess rios Obtido em 3 de agosto de 2013 de Vandoren fr http www vandoren fr PDF 20accesoires Accessoires 20po pdf Vandoren s d de s d de s d Palhetas para clarinete Obtido em 3 de setembro de 2013 de Vandoren fr http www vandoren fr po ancheclarinette htm Vandoren s d de s d de s d Perguntas Frequentes Obtido em 28 de Agosto de 2013 de WeAreVandoren com http www vandoren fr po faq html Vandoren s d de s d de s d WeAreVandoren com Obtido em 11 de setembro de 2013 de Vandoren fr http www vandoren fr fr ligature html 58 Willi
31. TE Universidade do Minho __ de julho de 2014 Assinatura Agradecimentos Sem o apoio de algumas pessoas este trabalho n o seria realizado N o posso deixar de agradecer e deixar aqui algumas palavras de apreco Aos meus orientadores Doutor ngelo Martingo e Dr Vitor Matos Aos professores cooperantes prof Adam Wierzba e prof Fernando Marinho Aos alunos que com interesse e empenho participaram nesta intervenc o pedag gica Aos meus pais e a Sofia Estrategias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete respirac o material e metodologias de estudo Resumo O presente Relat rio resulta do Est gio Profissional no Conservat rio de M sica do Porto no ano letivo 2012 2013 nos Grupos de Recrutamento MO4 Clarinete e M32 Conjuntos Vocais e ou Instrumentais Orquestra M sica de C mara Coro Classe de Conjunto relatando se no Grupo de Recrutamento de Clarinete Intervenc o Pedag gica centrada em 2 alunos dos quais um em regime integrado e outro do regime supletivo que frequentavam o 8 ano 4 grau e o 7 grau bem como no mbito da Classe de Conjunto M32 a Intervenc o na Orquestra de Sopros Considerando que a destreza t cnica suficientemente enfatizada nas pr ticas de ensino aprendizagem a Intervenc o Pedag gica privilegiou o desenvolvimento de estrat gias de estudo e o desenvolvimento de autoavaliac o dos alunos na qualidade na emiss o de som Assim tendo sempre em
32. a justificada a preocupa o dos m sicos em preparar testar e possuir palhetas da mais elevada qualidade Este certamente um aspeto que depende da sensibilidade pessoal por parte do clarinetista pois deparei me ao longo do meu percurso acad mico com opini es e teorias complementares e at antag nicas quanto ao modo de cuidar adequadamente a palheta e prolongar a sua vida No mbito deste projeto enquanto professor estagi rio de clarinete no Conservat rio de M sica do Porto procurei estar atento tamb m a este aspeto Assim recolhi vasta informac o que refuto de bem fundamentada para aconselhar justificadamente os alunos nas melhores pr ticas para neste dominio Seguem se adiante alguns desses conceitos que reuni com esse prop sito do conhecimento geral que a palheta representa a par da boquilha um dos fatores mais importantes a ter em conta no que toca preocupac o com a qualidade do som A esse respeito Larsen 1991 defende que sempre aconselh vel selecionar uma palheta mais funcional ainda que tenhamos preparado tr s ou quatro Este autor aconselha inclusivamente que se evite sermos apanhados desprevenidos sem palhetas escolhidas de v spera para um concerto a realizar no dia seguinte L Henrique 2004 p 232 refere que as palhetas vibrantes s o l minas de um material el stico que transformam uma emiss o continua de ar numa emiss o intermitente interrompida regularmente Henrique 2004 p
33. ades da cavidade bucal e da sua influ ncia no som do clarinete este considera que se execute algumas notas movimentando o interior da boca para executar certos sons como Ih Ah h ou h Este exercicio sugerido por Brymer 1990 p 149 permite explorar a forma como a cavidade a de relembrar que o clarinete usa uma boquilha com palheta batente simples 39 bucal interfere no timbre do clarinete e amp um excelente exercicio a executar pelos alunos de forma a explorar e a encontrar o som desejado Implementac o em contexto de intervenc o pedag gica Ao longo desta intervenc o pedag gica e como j referido anteriormente este tipo de informac o foi n o s transmitida aos alunos mas tamb m sistematicamente exemplificada e corrigida com o objetivo de que tomassem conhecimento relativamente a esta tem tica meu entendimento que qualquer sugest o feita as alunos deva ser acompanhada da respetiva justificac o ou exemplificac o pr tica S assim se consegue que a sugest o seja melhor aceite assimilada e seguida pelos alunos O objetivo da abordagem a esta tem tica era o de dotar os alunos de conhecimentos relativos embocadura do clarinete bem como conferir lhes alguma autonomia no sentido de resolverem eventuais limita es que sejam detetadas no seu estudo individual em casa Dessa forma a embocadura algo pessoal que cada clarinetista deve procurar tendo em conta o tipo de som pretend
34. aha s d que refere Quando transportar o instrumento certifique se que o tapa boquilha esteja devidamente colocado na boquilha Este conselho atrevo me a alarg lo tamb m ao intervalo entre atua es pois o risco de dano na boquilha e palheta menor quando fazemos uso do tapa boquilha sempre que o clarinete n o seja preciso no imediato Refira se que existem diversas marcas de boquilhas no mercado al m das fabricadas pelas principais marcas como a Buffet Crampon a Yamaha e a Selmer que s o fornecidas com Os alunos visados na interven o pedag gica do meu est gio usavam boquilhas deste fabricante 2 Milled from hard rubber not molded from blanks Tradu o do autor 24 os seus clarinetes como sejam a Vandoren a Rico a BGe a Pomarico acima j referidas que s o alternativas a ter em conta A melhor forma de escolher uma boquilha o aluno m sico experimentar v rios modelos das diferentes marcas e com aux lio do professor escolher a que apresente melhor conforto melhor sonoridade maior facilidade no staccato e legato Este m todo de escolha nos mostrado em Pavlovski 2012 onde se relata ap s entrevista a Robert DiLutis ex aluno de W Blayney como Blayney procedeu na escolha da sua primeira boquilha Eu lembro me de ele me ajudar a escolher a minha primeira boquilha Ele trouxe 10 boquilhas para a aula e experimentamo las todas Juntos fomos eliminando as at chegar at 3 boquilhas e por fim
35. al clarinete palhetas boquilha O que mais alterei ap s a interven o foi a forma de limpar a boquilha pois durante muitos anos limpei a da forma errada 16 Sente que as palhetas duram mais tempo aplicando os conhecimentos aprendidos no mbito da interven o conservando as suas caracter sticas originais Sim fiquei totalmente convencida da utilidade de uma boa manute o das palhetas mesmo quando ainda s o novas a sair da caixa pois podem necessitar j de alguns pequenos ajustes 64 17 Ap s a intervenc o alterou algum material com base nos conselhos dados Porqu Sim alterei a abracadeira porque a que tinha antes n o era adequada para mim a que tenho agora permite me ter uma melhor sonoridade e n o s com esta abracadeira a minha articulac o mudou bastante para melhor 18 Que procedimentos alterou relativamente ao planeamento do seu estudo individual Agora no meu estudo alterei a forma como estudava pois quando tenho alguma dificuldade numa passagem faco os exercicios que o professor estagi rio me prop s e consigo resolver o meu problema 19 Sente que consegue agora atingir os objetivos propostos com mais efic cia Sim com os exercicios que o professor estagi rio me prop s para tentar fazer passagens com a qualidade pretendida consigo atingir os objetivos com mais efic cia 20 Que aquecimento desenvolve diariamente ap s a intervenc o pedag gica Primeiro toco a escala crom tica em
36. alidade da palheta e n o no estudo di rio do som ir fazer com que o clarinetista se torne pouco flexivel isto num int rprete tenso com pouca flexibilidade na procura de cor sonora com um som neutro e desinteressante Carbonare 2007 p 2 Agindo com uma perspetiva critica relativamente ao som no estudo di rio e trabalhando o constantemente o autor defende 3 Clarinete o som arte e t cnica 100 exerc cios di rios para melhorar a homogeneidade Tradu o do autor x a tense performer with little flexibility in the search for tone color and with a neutral and uninteresting sound Tradu o do autor 45 que o m sico ir Jaumentar consideravelmente a qualidade do seu som bem como uma gama de timbres possiveis neste instrumento enquanto simplifica o controlo do instrumento reduzindo desta forma as dificuldades relacionadas com a palheta e agindo dessa forma o m sico se tornar mais vers til n o estando dependente da qualidade da palheta Carbonare 2007 reconhece a quase total inexist ncia de literatura relacionada com a tem tica do desenvolvimento do som e para evitar que os clarinetistas sintam dificuldades no caso de terem necessidade de improvisar os seus pr prios exercicios com este livro prop e um conjunto de estudos e exercicios facilitadores dessa tarefa S o exercicios diversificados explica para que os estudo n o se torne fastidioso e mon tono e para que seja
37. ams F s d de junho de 2003 Feeds Obtido em 11 de setembro de 2013 de Clarinet Saxophone asn au http clarinet saxophone asn au wp content uploads Reeds how to care for them pdf Yamaha s d de s d de s d Clarinete Manual de Instru es Obtido em 27 de agosto de 2013 de Yamaha Brasil http br yamaha com pt services atelier manuais images ClarinetOPortuguese pdf 59 60 Anexos 62 Anexo n 1 Entrevista a aluna do 4 grau 1 Qual o seu grau de ensino 4 grau 2 Qual o seu objectivo ao estudar clarinete P ex ser bom amador ser profissional candidatar se a uma banda militar ou ensino superior etc Eu quero acabar o conservat rio em clarinete mas n o quero estudar numa faculdade de m sica 3 Como avalia a importancia de se ter um bom som no clarinete O som muito importante pois nos faz sentir arrepios quando realmente bom um som mau quando o ouvimos causa dor 4 Como trabalha o seu som no seu estudo diario Eu toco uma escala com quatro tempos cada nota com um afinar a frente para tentar afinar 5 Sente que possui o som que sempre idealizou O meu percurso ainda est come ar e ainda n o tenho um som perfeito mas no futuro espero conseguir o som ideal 6 exigente com a boquilha palhetas que usa Eu tento ter a minha boquilha sempre limpa mas com palhetas por vezes desleixo me um pouco 7 Tem como h bito a raspagem e o corte de palhetas de forma a atingire
38. ca do aquecimento a fazer antes de uma atuac o de uma aula ou de uma sess o de estudo individual Ele reconhece que diariamente e antes de uma sess o de estudo individual deve haver um per odo de aquecimento Blayney sugere uma s rie de exercicios com cinco notas crom ticas em grau conjunto em movimento ascendente e descendente comecando em pianissimo crescendo at forte e voltando novamente ao pianissimo a serem executadas de forma lenta Pavlovski 2012 p 81 Blayney nas suas aulas fazia mesmo quest o de ouvir os seus alunos a fazer este aquecimento Pavlovski 2012 p 81 Conv m relembrar que Cada exerc cio deve ser lidado como o mais importante referido por Graf 1992 p 5 para que cada exercicio sugerido por W Blayney n o seja subvalorizado Este exerc cio de aquecimento destina se a trabalhar alguns aspetos fundamentais da pr tica musical tais como o controlo da respira o a resist ncia da embocadura o aumento e controlo de din micas e a consci ncia da afina o Todos estes aspetos s o fundamentais porque est o relacionados com a qualidade sonora no instrumento de acordo com Blayney Pavlovski 2012 p 81 Implementa o em contexto de interven o pedag gica Os dois alunos participantes na interven o pedag gica efetuavam um aquecimento de forma volunt ria mas irris rio no in cio da aula Foi por mim observado que o professor Adam Wierzba professor cooperante fazia quest o
39. com Henrique 2004 sem prejuizo dos melhoramentos do clarinete ao longo de quase um s culo e meio de exist ncia s em 1844 Auguste Buffet juntamente com Hyacinthe Klos construiu e patenteou o clarinete mais aproximado daquele que chegou aos nossos dias ao adaptar ao instrumento da poca um sistema de chaves inspirado no sistema que Theobald Boehm inventara para a flauta transversal Ficaram esses instrumentos conhecidos pelos clarinetes de sistema Boehm ou sistema franc s de salientar que o sistema de chaves Boehm nos clarinetes n o nico apesar de ser o mais usado em todo o mundo No entanto o que predomina em pa ses como a Alemanha ustria e algumas regi es nos Estados Unidos da Am rica o clarinete com sistema de chaves Oehler ou sistema alem o de menor implanta o verificando se ainda a exist ncia de outros sistemas de chaves menos usados e por consequ ncia menos conhecidos Na fam lia do clarinete ainda poderemos incluir a requinta clarinete sopranino usualmente com afina o em Mi b o clarinete soprano em L o clarinete alto em Mi b o Cor de Basset em F o clarinete baixo em Si b o clarinete contralto em Mi b e o clarinete contrabaixo em Sib entre outros ainda menos usados e menos conhecidos Como descrito por Henrique 2004 2009 o clarinete um instrumento musical de tubo cilindrico com cerca de 15 mm de di metro e 67 cm de comprimento constitu do normalmente por cinco partes de madeira a
40. considerac o os dados fisiol gicos foram implementadas t cnicas de respirac o designadamente exercicios respirat rios e exercicios de aquecimento e explorados aspetos relativos aos materiais tais como crit rios de escolha dos equipamentos do instrumento dos acess rios e das ferramentas de manutenc o A nfase nestes aspetos revelou se eficaz tendo se verificado uma melhoria da emiss o de som no clarinete Esta melhoria por sua vez demonstrou ser um fator de motivac o tendo se constatado ainda uma melhoria assinal vel no desempenho dos alunos refletido nas avalia es peri dicas pelo se considera terem sido alcan ados os objetivos propostos vi Teaching Strategies in learning the sound emission in clarinet breathing material and methodologies of study Abstract Pedagogical strategies in learning the sound emission in clarinet breathing materials and methodologies of study reports the traineeship occurred at Conservat rio de M sica do Porto in the academic year of 2012 2013 on the Recruitment Groups MO4 Clarinet and M32 Vocal and Instrumental ensemble Orchestra Chamber Music Choir Class Ensemble The Pedagogical Intervention took place in two clarinet students M04 which one of them has frequented the school scheme called Regime Integrado and the other has frequented Regime Supletivo Both have been included in the same Class Ensemble the Wind Orchestra M32 Considering technical skills ofte
41. da absor o da gua pela madeira nesta fase de acordo com Larsen 1991 p 5 que estar o prontas a serem trabalhadas Larsen sugere ainda uma s rie de procedimentos com alguma complexidade quanto ao modo de efetuar alguns acabamentos nas palhetas revelando quais as melhores ferramentas e as mais econ micas que nos podem auxiliar na sua sele o e manuten o Dessa forma para quem pretende trabalhar as suas palhetas Larsen 1991 p 3 recomenda a aquisi o de uma lima folha de oliveira ou lixa muito fina um bocado de junco holand s ou um limat o muito fino uma placa de vidro 2 5x12 5x1 cm biselada para n o se cortar Contudo estas ferramentas s ser o teis se o interessado em trabalhar palhetas possuir tr s carater sticas que Larsen 1991 29 p 3 considera fundamentais para esta pr tica um bom olho um ouvido sensivel e um tato apurado As tr s carateristicas referidas por Larsen s o obviamente de objetividade discutivel tendo em conta a menor maturidade musical e inexperi ncia c arinetistica dos alunos envolvidos mas s o alguns fatores a desenvolver gradualmente nas aulas de forma que mais rapidamente atinjam a efic cia do uso destes sentidos na a avalia o da qualidade das palhetas No que toca ao primeiro ponto um bom olho Larsen aconselha nos a selecionar as palhetas atrav s da observa o do calcanhar da palheta apresenta nos o seguinte esquema da Fig 3 Fig 3 Observa o do
42. danca com uma grande reforma do sistema de ensino art stico cujos aspetos fundamentais descreverei adiante O Conservat rio de M sica do Porto nas palavras Moreira Jorge 2008 tem por miss o garantir um ensino de excel ncia que seja o alicerce para o prosseguimento de estudos queles que tenham a ambi o de seguir uma carreira musical sejam int rpretes compositores ou outros Com base no Plano de Reorganiza o do Conservat rio do Porto integrado no projeto educativo da institui o o Conservat rio de M sica do Porto preconiza que a preponder ncia do Regime Integrado n o deve significar que sejam decscurados os outros regimes alternativos de frequ ncia o Regime Articulado e o Regime Supletivo Moreira Jorge 2008 Por isso o Conservat rio de M sica do Porto atrav s da sua dire o investe na oferta continuada do Regime Supletivo n o obstante a procura tendencialmente menor deste tipo de frequ ncia O Conservat rio na defesa do seu modelo de escola assume a complementaridade dos tr s regimes de frequ ncia atrav s da manuten o do Regime Supletivo como uma alternativa aos regimes predominantes Integrado e Articulado Desse modo inten o do Conservat rio continuar a ser uma escola aberta comunidade dando resposta a habitantes de uma vasta regi o assim como atender situa o dos alunos que devido a uma voca o tardia n o se consigam integrar nos outros regimes de frequ ncia como sempre funcio
43. dizagem da qualidade na emiss o do 5 som e em particular para o controlo da respirac o para a escolha e manutenc o de materiais e para as metodologias de estudo que incluem a embocadura o aquecimento e o planeamento aspectos que favorecem a uma boa emiss o de som e contribuem para a autonomia dos alunos De acordo com a literatura disponivel um fator primordial na qualidade e projec o de som num instrumento musical de sopro a func o respirat ria Fuks e Fadle 2002 p 319 referem mesmo que Nos aerofones de sopro a energia fornecida pelo sistema respirat rio convertido diretamente em som A cria o de uma coluna de ar com capacidade de criar um som saud vel um dos fatores a trabalhar diariamente pelos jovens clarinetistas Segundo ainda Fuks e Fadle 2002 alguns int rpretes experientes de instrumentos de sopro praticam o dominio do trato vocal constitu do por pulm es traqueia faringe e laringe Assim sendo no sentido de explorar a emiss o qualidade e proje o de som no clarinete procurei que os alunos construissem uma imagem mental do som que procuravam para que dessa forma como refere Brymer 1990 pudessem trabalhar autonomamente os recursos e estrat gias para atingilo No que se refere respira o tor cica e abdominal foi minha preocupa o procurar melhorar o n vel t cnico atrav s da combina o de exerc cios respirat rios e de metodologias para a escolha do tipo de respira o de
44. e de Conjunto e Forma o Musical no Conservat rio frequentam tamb m as aulas do ensino regular noutra escola podendo encontrar se em anos distintos da formac o nos dois ensinos um regime tamb m sujeito a candidatura de admiss o por limite de vagas O Curso de Clarinete ministrado por esta instituic o conta com cerca de 3 dezenas de alunos maioritariamente no Regime Integrado distribuidos por quatro professores O Conservat rio desde h muitos anos que forma clarinetistas contando com muitos ex alunos deste instrumento como professores de clarinete em diversas escolas deste pa s academias e estabelecimentos de ensino superior e tamb m como solistas e instrumentistas de orquestra A intervenc o agora relatada incidiu sobre uma aluna de 14 anos a frequentar o 4 grau 8 ano do Regime Integrado e um aluno de 23 anos pertencente ao 7 grau do Regime Supletivo Nenhum dos dois ambicionava a tornar se m sico profissional No caso da aluna do 4 grau as aulas decorriam s tercas feiras entre as 9 horas e 05 minutos e as 10 horas e 35 minutos Era uma aluna que evidenciava algumas dificuldades associadas ao meio amador de onde era proveniente bandas filarm nicas Demonstrou sempre curiosidade pelas metodologias apresentadas que eram para si uma constante novidade A aluna debatia se com diversos problemas quer ao n vel do dom nio pr tico do clarinete quer ao nivel do estudo ou execuc o musical sobretudo aspetos de lei
45. e instruir os alunos de como melhor realizar a manutenc o do clarinete diariamente nomeadamente a limpeza e secagem adiando assim idas ao servico t cnico O objetivo primordial deste ponto foi o de que no final da intervenc o pedag gica todos os alunos executassem a manutenc o b sica do instrumento Foi com agrad vel satisfac o possivel constatar que estes cuidados b sicos a ter com o clarinete eram do conhecimento dos alunos e n o raras vezes testemunhei que o colocavam em pr tica excetuando o uso de leo Nenhum dos alunos ap s uma aula estudo ou concerto arrumava o instrumento sem que primeiro secasse o seu interior com o respetivo pano nem a deixar humidade nas sapatilhas absorvendo a com o papel pr prio de forma a preserv las e mant las funcionais durante mais tempo Sendo que apesar de transmitidas estas informac es aos alunos ao longo do ano letivo estes j efetuavam corretamente a limpeza e manutenc o do seu clarinete Este capitulo da intervenc o foi sendo abordado nos meses de fevereiro a marco nas aulas que tive oportunidade de orientar 22 3 4 2 A Boquilha It is quite impossible to over stress the importance of the choice design and maintenance of the clarinet mouthpiece Brymer 1990 p 110 A boquilha do clarinete amp de acordo com Brymer um dos elementos fundamentais das escolha do clarinetista desde a sua selec o at sua correta manutenc o E neste objeto construido c
46. ececessessensaeeeeeceseeseaeeeeeeeeeseeseaaeas 8 3 1 Contextualizac o da pr tica ccccccccccccessssssscecececessesecnsseceeeesssesesaeaeeeeeesseeseaaeaeeeeseessesenaeas 8 3 2 Breve contextualiza o hist rica do clarinete oocococccncnccanononaannononnnnnononnnncnncnnnnnonononnnnnnos 9 32 1 ORSOM AO da iii as 11 3 3 O 13 3 4 O Mate dt 18 3 4 1 O Clarinete e a sua manuten o coooccnccncnononononnnnnnnononannnnnnnnnononananononnnnnnnnnnnnnnannnnnos 18 3 4 2 A B qaullha fe Ses ce Seco ee desis a a A a Sina 23 3 4 3 Palhetas sesta iR AAA 26 3 4 4 ArAbra adei as sas tahini rn ah erect 4 Ab oes ae 35 3 5 As metodologias de StUdO cccsssssccececsssessaeseceeecssseseeaeseceescesseseaaeseseeseessesaaaeseeeesensees 37 3 5 1 A Embocadura s ans TAS 38 3 5 2 AQUECIMENTO siria u ates ne an nahen aan num and nenn a 40 3 5 3 Planearnento do estudo e 2 ee lassen 42 3 5 4 Exerc cios de som Clarinetto Il suono arte e t cnica 100 esercizi giornalieri per migliorarne l omogeneita ii nennen ee A adidas 45 4 Conclus es limita es e recomenda es ccccconocooooncnnnnnnnanonononcnncnnnnannnonnnnnnnnonnnononnnnnnnnnananonnnnos 51 BIBI MAR Soa eE DD SU AA TT TD E LT En DO TS 57 ANCX S rue sass tas diet Se eens a a E A Cr Sb A 61 Anexo Mt PR CPR AA A ORE DE 63 ANEXO 2 epee PD PR RODEIA RR DRDS SIDE Artio 67 ndice de Figuras Figura n 1 Esquema da boquilha de acordo com Jack Bry
47. eficios de um regime de estudo mais regular que se aplique diretamente a todos os aspetos mais relevantes da pr tica musical ou seja fazermos de modo contr rio aquele que nos acomodamos Brymer 1990 p 156 refere o estudo mental como fator de import ncia no estudo do som procurando se ter presente uma imagem mental do som que desejamos produzir Este pensamento tamb m partilhado por Graf 1992 p 5 que aconselha a estarmos conscientes do conceito de som que desejamos alcancar Graf 1992 p 5 aconselha inclusivamente a ouvirmo nos constantemente com sentido auto cr tico n o s nos exerc cios destinados sonoridade mas tamb m nos exerc cios de respira o dedilha o e articula o com a m xima aten o e rigor Implementa o em contexto de interven o pedag gica Ao longo da interven o pedag gica e ap s an lise da entrevista feita aos alunos fiquei a saber que estes organizavam o seu estudo di rio tendo como base a estrutura da aula ou seja estudavam primeiro a escala que inclu a o arpejo com invers es de tr s e de quatro terceiras arpejo da 7 da dominante com invers es de quatro escala crom tica e relativas menores mel dica e harm nica com todos estes exerc cios estudo s e por fim a s pe a s Aos alunos desta interven o pedag gica como j referi anteriormente quis desde muito cedo incutir lhes o sentido de autocr tica e rigor em tudo o que executavam na aula Desde o i
48. em qualquer outro instrumento musical erudito de sopro J Porter 1967 p 322 definia a embocadura como a constela o de for as e posi es nos l bios regi o da boca e cara que atua no instrumento de sopro ou seja a embocadura refere se a todos os pontos de controlo do sopro do instrumentista em contacto com o instrumento a embocadura um problema muito mais complexo do que uma mera combina o de l bios e dentes Tradu o do autor x a constellation of forces and positions in the lips mouth region and face that act on the wind instrument Tradu o do autor 38 Como referem Fuks Fadle 2002 p 322 a embocadura controla o comportamento da palheta que por sua vez afeta a cor do som articulac o din mica e outros par metros A embocadura no clarinete traduz se no formato da boca em volta da boquilha sendo que a parte de cima desta encostada aos dentes do maxilar superior e a parte de baixo a palheta toca no l bio inferior apoiado pelos dentes do maxilar inferior Esta disposi o providencia um melhor controlo sobre a palheta do que o modo contr rio carater stico de alguns meios de cultura musical menos desenvolvida que usam a palheta voltada para cima Por m a embocadura muito mais do que l bios e dentes Brymer 1990 sugere que o som sempre fortemente influenciado pelos mais diversos fatores como o tamanho da boca as cavidades r
49. entos de sopro praticam o dom nio do trato vocal que consiste no instrumento da voz constitu do por pulm es traqueia faringe e laringe Mas o que uma coluna de ar Na defini o de Fuks e Fadle 2002 p 321 a coluna de ar o comprimento de ar vibrante no instrumento durante a produ o de som ou seja da responsabilidade do m sico criar uma coluna de ar atrav s do sopro juntamente com a embocadura no instrumento de modo a procurar obter o som que pretendido A primeira no o que quis que os alunos de clarinete tivessem sempre presente a de que existem dois tipos de respira o no estudo ou execu o de um instrumento musical de sopro a respira o abdominal e a respira o completa abdominal e pulmonar Um reconhecido pedagogo de flauta transversal Peter Lukas Graf 1992 prop s no seu livro Check up 20 Basic Studies for Flutists uma s rie de exerc cios para trabalhar estas duas categorias diferentes de respira o que poder o facilmente ser adapt veis aos executantes de clarinete u Os instrumentistas de sopro usam o seu sistema respirat rio como um compressor de ar para fornecer energia ao instrumento Tradu o do autor The air column is the length of vibrating air in the instrument during sound production Tradu o do autor 13 Vejamos agora a utilidade destes exercicios Pavlovsky 2012 na sua monografia William Blayney Clarinetist and Teacher contribution
50. erfeitamente limpa Carbonare 2007 p 47 acrescenta tamb m que estas regras se aplicam igualmente aos exerc cios destinados s diferentes formas de articular O autor alerta nos no sentido de que estes n o especificam que articula o trabalhar Cabe no entanto ao estudante de clarinete exercitar o tipo de articula o que deseja ou que ache que necessita melhorar seja uma articula o normal curta tenuto sforzando entre outras Todos estes exerc cios de articula o devem segundo o autor ser realizados a uma velocidade confort vel mas com ataques consistentes Estes s o basicamente os exercicios de sonoridade propostos por Carbonare mas acrescenta n o pretender que estes exercicios prejudiquem de todo o trabalho de destreza manual mas recorda que este livro tem como objetivo ajudar na obten o e controlo do som que seja perfeito em todos os registos do instrumento mas sem retirar import ncia aos exercicios de dedilha o Implementa o em contexto de interven o pedag gica Como j referido anteriormente considero que um dos m todos mais completos e mais bem conseguidos no que se refere ao desenvolvimento da sonoridade do clarinete Apesar de ter apresentado e encorajado o estudo deste livro aos alunos visados nesta interven o e de lhes ter referido na aula todas estas considera es do autor relativamente aos objetivos a desenvolver baseado nele o seu estudo em aula foi superficial devido s obriga
51. essonantes o interior oco da boca maior ou menor tens o das paredes a posic o da lingua Mas tendo em conta esses fatores Brymer 1990 vai mais longe e descreve como controlar a embocadura Tendo em conta esses fatores Brymer 1990 p 125 aponta tr s principais pontos de controlo de uma embocadura por parte do executante O primeiro ponto de controlo de acordo com este autor s o os m sculos das bochechas pois estas s o respons veis pelas dimens es cavidade bucal e pelas suas caracter sticas refletoras O segundo ponto de controlo s o os m sculos do maxilar inferior cuja func o regular n o s a press o exercida nas palhetas mas igualmente a da cavidade ressonante da boca variando o seu tamanho verticalmente atrav s do movimento da base da lingua A posic o e a tens o muscular da lingua de acordo com Brymer 1990 p 125 o terceiro ponto de controlo da embocadura Quanto ao formato da embocadura Brymer 1990 p 100 refere que quando em tens o esta dever proporcionar um queixo plano e prevenir o excessivo amortecimento da palheta sobre os l bios Apesar de breve este ltimo par grafo resume a informac o que habitualmente transmitida aos alunos O tamanho da cavidade bucal interior da boca lembra Brymer 1990 p 149 algo que pertence intrinsecamente ao controlo do executante sendo pass vel de ajustes por parte do m sico quando toca clarinete Para uma melhor explora o das propried
52. extens o uma oitava ou pouco mais e sem ac o labial direta sobre a palheta John Stanley 2006 argumenta que este clarinete inicial de Denner rapidamente se tornou popular devido opini o p blica que instantaneamente o achara mais suave cheio e doce do que o oboe Colin Lawson 2001 considera que durante o primeiro meio s culo de exist ncia o clarinete existiu como dois instrumentos distintos um clarinete barroco cuja tessitura por ser mais aguda atraiu a aten o de compositores como Handel e Vivaldi e o j referido chalumeau que teria evolu do ao ponto de possuir uma extens o de doze notas no seu registo fundamental Contudo apenas durante o per odo cl ssico que foi poss vel construir um clarinete que inclu sse os dois registos agudo e grave curiosamente conhecidos na atualidade 6 H uma dist ncia enorme entre o simples tubo pr hist rico e o ano de 1700 com o trabalho de Johann Christian Denner de Nuremberga o soberbo artes o inventor do clarinete Tradu o do autor 9 como registo de chalumeau e registo de c arino de forma eficiente seja na qualidade de som seja no rigor da afinac o Ao longo dos s culos o clarinete foi sofrendo in meras alterac es na sua concec o de que a mais importante foi a de lhe terem sido acrescentadas chaves de forma a facilitar o virtuosismo decorrente das exig ncias t cnicas do report rio emergente para este instrumento Assim de acordo
53. forto na execu o de tais exerc cios chegando mesmo a serem sentidas algumas tonturas devido referida hiperventila o atr s descrita 17 3 4 O Material Os materiais consumiveis usados no clarinete palhetas boquilhas abracadeiras est o intimamente ligados qualidade da emiss o de som no instrumento O instrumentista deve por isso estar na posse de informac o que lhe permita escolher os melhores materiais e de entre estes os mais adequados s suas especificidades fisiol gicas bem como proceder a uma correta manutenc o dos materiais que minimize o desgaste pelo uso Com esses objetivos foi transmitida aos alunos a informa o que se relata neste cap tulo designadamente sobre sele o e manuten o de boquilhas palhetas e abra adeiras 3 4 1 O Clarinete e a sua manuten o O clarinete como qualquer instrumento musical um objeto de precis o construido com materiais nobres e naturais e suscet vel de fragilidades bvias devendo por isso ser manuseado com cuidado e aten o A sa de de um instrumento uma das condi es essenciais para se conseguir tirar partido das suas capacidades ac sticas e produzir o melhor som A madeira de que fabricado deve estar em perfeito estado de conserva o as chaves devem estar corretamente niveladas e sem folgas as sapatilhas devem vedar os orif cios eficazmente Faz parte da miss o do professor sensibilizar os alunos a preservar e cuidar do seu
54. g gica a maior aten o que os alunos dedicavam aos exerc cios respirat rios propostos parecendo beneficiar do conforto que acrescentavam execu o Desse conforto que experimentavam beneficiavam tamb m as sonoridades que tendiam a tornar se mais l mpidas e volumosas Este aspeto sendo dos mais visados na Interven o Pedag gica deixou provado que os exerc cios de respira o efetuados de forma regular influenciam diretamente a qualidade do som dos m sicos alunos de clarinete 51 De igual modo o correto aquecimento foi preponderante para a qualidade do som e as aulas de clarinete revelavam se mais eficazes e proveitosas medida que o est gio se aproximava do seu termo Como j foi dito ao longo do relat rio no capitulo dedicado ao assunto o aquecimento demonstrou ser uma etapa fundamental a percorrer todos os dias Ao faz lo corretamente antes de principiar a aula propriamente dita os alunos experienciavam maior flexibilidade e maior facilidade na correta execuc o das pecas e estudos Ficou para mim patente que se os alunos executassem os exercicios de aquecimento antes da uma aula de um concerto ou de uma sess o de estudo individual as suas presta es iriam decorrer de modo mais satisfat rio no que concerne qualidade sonora A semelhanca dos exercicios respirat rios tamb m ap s um correto aquecimento o som apresenta se mais cheio e com maior amplitude de din micas contribuindo favoravelmente no dese
55. graves que os outros aerofones de equivalente tamanho Outra consequ ncia do tubo fechado a predominante produ o de harm nicos impares no registo grave do clarinete registo de cha umeau No entanto gra as ao comportamento n o linear da palheta nos sons mais agudos aparecem os harm nicos pares tamb m o que explica de certa forma a mudan a timbrica Por isso o clarinete tem sido considerado um instrumento de dif cil execu o Em rela o aos outros instrumentos de sopro que obt m de uma forma geral todos os harm nicos costume dizer se que oitavam da dizer se tamb m que o clarinete n o oitava Deste facto existem implica es no que concerne sua conce o muito diferente dos outros instrumentos de sopro quer ao n vel das dedilha es quer ao n vel do sistema de chaves 3 2 1 O som do clarinete O som uma realidade f sica que pode e deve ser objetivamente observada Ao faz lo reparamos que ele desaparece quando p ra ef mero N o um objeto como uma cadeira que podemos deixar numa sala vazia e voltar a encontr la no sitio onde a deix mos quando mais tarde l voltamos O som n o permanece neste mundo evapora se no sil ncio O som n o independente n o existe por si s antes tem uma rela o permanente constante e inevit vel com o sil ncio Barenboim 2007 p 15 Relativamente ao ensino da qualidade de som no clarinete colocam se partida algumas quest es
56. ha palhetas que usa Sou exigente na rela o qualidade pre o se calhar com um pouco mais de peso no pre o 7 Tem como h bito a raspagem e o corte de palhetas de forma a atingirem a for a desejada N o nunca o fiz 67 8 Com que frequ ncia compra palhetas novas E boquilhas Boquilhas muito raramente j foi h uns anos a ltima Palhetas nem sei bem de cada vez que compro logo v rias caixas Mas diria que uma caixa a cada 2 meses no m nimo 9 Faz algum tipo de manutencao s palhetas al m do j referido anteriormente N o 10 Que tipo de limpeza faz boquilha Limpar a gua com o pano no fim de cada periodo de estudo como ensinado pelo professor estagi rio acho que j me habituei a n o passar o pano como no resto do clarinete 11 Aplica diariamente o que aprendeu na interven o no mbito da respira o Sim tento pensar nessa quest o constantemente mesmo ao n vel dos exerc cios de aquecimento de forma a que se torne algo natural Nomeadamente tento agora aplicar mais a respirac o completa 12 Sente que ter melhorado a sua sonoridade Sim Por exemplo sinto que consigo tocar os fortes mais fortes mantendo o som mais controlado e bonito Mas mesmo nas menores intensidades sonoras sinto ter melhorado tocando pianos de forma menos esganicada 13 Sente se confort vel ao aplicar esses procedimentos n o sente tonturas ou dores de cabeca Sinto confort vel sem ton
57. ica parcela importante Sem falsa humildade creio que durante toda a Interven o contribui tamb m seriamente e com empenhada dedica o em favor do saber dos alunos sempre de acordo com o prest gio dos professores cooperantes e honrando os pergaminhos do Conservat rio de M sica do Porto Reconhe o ter dificuldade em valorar e qualificar cientificamente os resultados obtidos pelas limita es atr s enunciadas No entanto os resultados obtidos assentam numa limitada amostragem cuja avalia o n o poder escapar a grande por o de subjetividade A avalia o de conte dos pedag gicos de uma rea art stica sujeita se a crit rios diversos da avalia o de conte dos de uma rea cient fica por exemplo por serem dificilmente expressos graficamente Temo por isso que a verdadeira import ncia saia desvirtuada apresente uma imagem esbatida do que a Interven o representou para mim para os alunos intervenientes para o ensino e tamb m para a insigne Escola Ficarei feliz contudo se este trabalho vier a constituir um bom ponto de partida para que professores e alunos ou outros o tomem como refer ncia no apoio ou ao encetar de novas abordagens porventura mais profundas no mbito do som do clarinete Com o enfoque principal no desenvolvimento e melhoria do som este trabalho assume se positivamente n o s pela Interven o pedag gica e respectivo relat rio resultantes de exaustiva pesquisa e experimenta o pr t
58. ica mas tamb m atrav s da compila o de distintas teorias e procedimentos fragmentados objetivamente direcionado para o desenvolvimento de estrat gias gerais de melhoramento da sonoridade musical e do clarinete em particular 54 Como recomendac o final que deixo a quem anseie a melhoria da qualidade do seu som no clarinete a de que encare como uma tarefa a ser trabalhada continuamente num estudo di rio e as ideias constantes neste trabalho possam ser postas em pr tica 55 56 Bibliografia Ara jo S sd de s d de 2000 Obtido em 20 de Novembro de 2012 de http musicaeadoracao com br recursos arquivos tecnicos instrumentos aspectos_emissao p df Barenboim D 2009 Est Tudo Ligado O Poder da Musica Lisboa Editorial Biz ncio Brymer J 2004 Clarinet London Kahn amp Averill Carbonare A 2007 Clarinetto II suono arte e tecnica 100 esercizi giornalieri per migliorarne l omogeneit Roma Riverberi Sonori Coutinho C P 2011 Metodologia de Investiga o em Ci ncias Sociais e Humanas Teoria e Pr tica Coimbra Almedina Delecluse U 1953 Quinze Etudes de J S Bach Paris Editions Musicales Alphonse Leduc Departamento de sopros 25 de outubro de 2011 Criterios de avaliac o Porto Conservat rio de M sica do Porto Fuks L Fadle H 2002 Wind instruments In Pancutt R amp G McPherson 7he Science and Psychology of Music Performance Creative strategie
59. icaz do programa definido em simultaneidade com o programa do Conservat rio os diferentes regimes de estudos e programa anual dos graus que estes alunos frequentava tornou impratic vel que os procedimentos tivessem sido exaustivamente ensaiados sobejando apenas alguns escassos minutos em cada aula para os p r em pr tica 52 Apesar da Interven o pedag gica ter sido direcionada para os alunos de clarinete foi me atribuida pelo professor cooperante da classe de conjunto o Prof Fernando Marinho a incumb ncia de orientar os exerc cios respirat rios e de aquecimento no in cio dos ensaios de naipe das madeiras da Orquestra de sopros o que incluia obviamente os intrumentistas de flauta obo clarinete fagote e saxofone Os resultados conclus es foram em tudo semelhantes aos dos alunos de clarinete Outro bice que encontrei e que julgo cabe aqui referir nas Conclus es j que se refere aquisi o de material de estudo a adversa conjuntura econ mica e de crise que o pa s atravessa Esta situa o tem dificultado a aquisi o de materiais de substitui o por parte dos alunos boquilhas palhetas abra adeiras e ferramentas de manuten o que lhes permitisse evoluir por experimentar o material que melhor se lhes adaptasse Do que pude constatar apenas um dos alunos testou uma abra adeira diferente durante a Interven o Pedag gica Posso ainda acrescentar que da minha perce o meramente intuitiva os alu
60. ido e o conforto e assim sendo o meu objetivo foi o de dotar os alunos de conhecimentos te ricos e pr ticos para que sejam aut nomos na procura da melhor embocadura para si pr prios Esta tem tica foi sendo constantemente trabalhada ao longo de todo o ano letivo pois qualquer altera o na embocadura necessita de tempo e de bastante estudo individual para surtir efeitos pr ticos 3 5 2 Aquecimento the daily practice should begin with a warm up period and it should be done faithfully every day 2 Pavlovski 2012 p 81 2 o estudo di rio deve ser iniciado com um periodo de aquecimento e o mesmo deve ser feito religiosamente todos os dias Traduc o do autor 40 J rgensen 2006 considera que por norma os exerc cios de aquecimento realizados por m sicos em todo o mundo est o intimamente relacionadas com as carateristicas do instrumento que tocam isto que o aquecimento deve ser realizado levando o instrumento aos seus extremos desde a nota mais aguda mais grave do som com din mica mais forte ao som mais piano De acordo com o mesmo autor o aquecimento deve incidir tamb m nas carateristicas fisicas do executante ou seja desde as necessidades do aquecimento muscular embocadura p ex at a efici ncia t cnica uma dedilhac o correta e saud vel Pavlovski 2012 atrav s de uma s rie de entrevistas ao pedagogo e clarinetista William Blayney chegou a uma s rie de conclus es acer
61. im poder ter os seus benef cios para outras poder n o ser assim t o eficiente Jgrgensen 2006 p 85 Desse modo visto que cada m sico possui particularidades pr prias cada um dever organizar o seu estudo de forma a que este seja o mais produtivo poss vel De acordo com J rgensen 2006 p 86 muitos professores de instrumento consideram o estudo individual uma forma de autoaprendizagem e o mesmo dever incidir em tr s fases distintas A primeira fase dever incidir no planeamento e prepara o do estudo a segunda fase ser a execu o do estudo propriamente dito e por fim a terceira fase ser a aprecia o e avalia o do estudo J rgensen 2006 considera que a pr tica ou estudo de um instrumento com objetivos de aprendizagem pode ser dividida em estudo tocado e estudo n o tocado O estudo n o tocado de acordo com este autor poder ser estudar a partitura escrever na partitura ou tomar notas num caderno dedilha o silenciosa das passagens etc Ele considera que de extrema utilidade o estudo mental De acordo com este autor o estudo mental um ensaio cognitivo ou imagin rio de uma habilidade fisica mas sem a o muscular Jgrgensen 2006 p 88 considera ainda que o estudo mental de elevada import ncia pois qualquer estudo ou interpreta o musical constitui se como uma combina o de esfor os mentais e f sicos Dessa forma J rgensen 2006 p 88 como meio de reduzi
62. inente desenvolver na Pr tica de Ensino Supervisionada estes aspetos do ensino aprendizagem do clarinete dando especial nfase qualidade do som em virtude da exiguidade de materiais pedag gicos sobre a mat ria n o obstante a abund ncia de publica es avulsas colet neas de estudos e m todos mas que visam primeiramente os aspetos t cnicos relacionados com a destreza manual S o disso exemplo os m todos de entre muitos outros Quinze Etudes de J S Bach por Ulysse Del cluse ou Vade Mecum por Paul Jeanjean Assim embora a escassez de reflex o em torno destes assuntos tenha tornado de alguma forma dificil o cumprimento desta tarefa a interven o em contexto pedag gico foi direcionada para os aspectos da qualidade de emiss o do som que constitui lacunas na fase inicial da forma a saber a respira o o conhecimento dos materiais e as metodologias de estudo Referindo alguns aspetos limitativos da interven o eles foram nomeadamente a escassez de tempo semanal para implementar as metodologias de estudo do som o n mero Tendo em conta que o Est gio resulta de uma Interven o Pedag gica num determinado contexto enquanto Pr tica de Ensino Supervisionada tais designa es s o usadas ao longo do Relat rio como equivalentes de Est gio Professional 2 Nesta rea designa se m todo um livro que abarca uma s rie de estudos ou exerc cios que visam superar ou melhorar certos as
63. instrumento de forma que sejam atingidos os objetivos pretendidos S tendo um clarinete em boas condi es possibilitar ao aluno perseguir esse objetivo e evitar dispendiosas visitas a um servi o t cnico especializado para repara es de avarias perfeitamente evit veis ou em ltima inst ncia serem for ados a investir num clarinete novo De forma a averiguar e fundamentar quais os melhores cuidados a ter na manuten o de um clarinete o primeiro passo foi procurar saber o que aconselhavam os fabricantes Atrav s da consulta do manual de precau es da Yamaha s d um dos maiores fabricantes de instrumentos musicais a n vel mundial conseguimos extrair importantes conselhos A Yamaha come a por nos elucidar que o corpo dos clarinetes geralmente feito de grenadilla natural uma madeira tropical existem no entanto outros modelos mais econ micos cujo corpo feito de resina ABS e resistente s intemp ries Por essa raz o recomenda cuidados redobrados quanto s mudan as bruscas de temperatura ou humidade sem as quais 18 podem resultar fissuras no corpo ou dificuldades para encaixar as partes Por isso especialmente no inverno antes de o usar recomenda se que se espere at que todo o instrumento esteja a temperatura ambiente Outra recomendac o a de que n o se utilize por longos periodos de tempo enquanto o instrumento for novo n o se devendo exceder trinta minutos de utilizac o por dia nas duas primei
64. logo online da referida marca a legenda revela que esta ferramenta permite ao utilizador corrigir imperfei es nas suas palhetas Utilizo esta peca com bastante regularidade na minha atividade como m sico e recomendo a vivamente Levei a para a aula de cada um dos alunos e mostreilhes o modo correto de utiliza o A rea o foi positiva ambos as alunos pareceram convencidos da utilidade deste artigo e confirmaram ter ficado satisfeitos com o resultado final ap s uma interven o em algumas das suas palhetas Este ponto da interven o apesar de abordado por diversas vezes o decurso do ano letivo foi aprofundado com maior rigor durante o m s de maio de modo a auxiliar os alunos procura da melhor palheta medida que se aproximavam os exames de final de ano 3 4 4 A Abra adeira 35 whether it is psychological or not the actual material surrounding the mouthpiece and reed do seem to many players to affect the quality of sound produced Brymer 1990 p 114 Jack Brymer 1990 sustenta que a func o da abracadeira dever ser bvia a quem olha pela primeira vez para o instrumento A abracadeira deve segurar a palheta desde o seu calcanhar at a mesa da boquilha permitindo que a parte mais fina ponta asas corac o ver Fig 1 possa vibrar com normalidade livremente Este autor defende que o material de que feita a abracadeira poder influenciar o som do clarinete contudo este um assunto em que n
65. m a for a desejada Normalmente n o raspo nem corto as palhetas se elas forem demasiado fortes para mim eu toco durante um tempo com elas at eu me sentir bem 63 8 Com que frequencia compra palhetas novas E boquilhas 2 2 meses para palhetas Ainda toco com a minha primeira boquilha 9 Faz algum tipo de manutencao s palhetas al m do j referido anteriormente Nao 10 Que tipo de limpeza faz boquilha Eu coloco lcool num algod o e limpo a 11 Aplica diariamente o que aprendeu na intervenc o no mbito da respirac o Sim eu tento aplicar pois as t cnicas de respirac o que aprendi ajudam me a conseguir ter uma melhor sonoridade e consigo tocar com mais musicalidade as frases de uma partitura 12 Sente que ter melhorado a sua sonoridade Sim muito com os conselhos que o professor estagi rio me deu notei uma grande diferenca do meu som desde do inicio at ao fim do ano letivo 13 Sente se confort vel ao aplicar esses procedimentos n o sente tonturas ou dores de cabe a Senti apenas no in cio mas agora eu sinto me confort vel os m todos s me ajudam pois com estes procedimentos melhorei a minha sonoridade e a minha respira o 14 Como avalia de uma forma geral o resultado O resultado foi not vel penso que evolui aprendi coisas novas e agora consigo aplica as O resultado foi bom 15 Ap s a interven o pedag gica que procedimentos adotou no mbito da manuten o do materi
66. m abordadas dificuldades sonoras e at as limitac es em cada registo deste instrumento Para que estes exercicios sejam realizados com efic cia e se obtenham resultados positivos o autor afirma que o estudo do som e seu desenvolvimento requerem a mesma atenc o ao detalhe como requerem os exercicios t cnicos dedilhac o devendo ser realizado diariamente e executado de forma inteligente ativa e nunca de forma autom tica No que toca aplica o pr tica das metodologias presentes no m todo ele encontra se dividido em quatro partes distintas ou secc es vocalizac o notas agudas e notas graves sons de garganta com a m o esquerda e ainda articulac o e ecotons Vocaliza o um conjunto de vinte e quatro exerc cios dez dos quais s o excertos de obras orquestrais ou de clarinete escritas em diferentes tonalidades Carbonare 2007 p 4 avan a como explica o pr via que estes exerc cios s o constitu dos por pequenos intervalos e se apresentam como um bom in cio do estudo di rio Assim sendo esta parte dirigida ao trabalho da flexibilidade do clarinetista e afina o das notas N o foram de modo algum concebidos como exerc cios avulsos mas sim como verdadeiras frases mel dicas Carbonare considera que atrav s deles a musicalidade do estudante ira aumentar e a sua pr tica ser mais agrad vel Com esta explica o o autor sugere que estes exerc cios devam ser executados como
67. m espaco exterior no inverno ou demasiado quentes ao sol no ver o Isto far a madeira reagir causando eventuais rachadelas Ap s cada utilizac o o instrumento dever ficar com a sua parte interna o mais seca possivel atrav s da passagem pelo seu interior do pano apropriado Num instrumento novo desaconselhada a utiliza o de algum tipo de leo na madeira como forma de impedir rachadelas O panfleto da Buffet Crampon s d acrescenta ainda que no caso de um intrumento estalar tal n o deva ser encarado como uma cat strofe pois se devidamente reparado n o ter qualquer influ ncia na afinac o nem na qualidade de som Relativamente ao pano de limpeza destinado a retirar o excesso de humidade no interior do tubo do clarinete o panfleto da Buffet Crampon s d aconselha que este seja utilizado a cada 10 ou 15 minutos isto que o tubo do clarinete deva ser seco v rias vezes durante cada sess o de estudo ou performance evitando desta forma o ac mulo de vapor de gua da condensac o nos orificios de tom e sapatilhas o que poderia causar um certo borbulhar no som prejudicando o resultado musical Este pano dever ser passado desde o barrilete at camp nula e nunca no sentido inverso porque se corre o risco de ele ficar preso num tubo existente no corpo superior no orificio acionado pela chave de registo por exemplo e provocar algum dano Quando o pano se encontrar demasiadamente sujo a Buffet Crampon s d
68. ma de estudar de maneira a que a sess o de estudo seja a mais proveitosa e enriquecedora ou seja o que J rgensen 2006 chama de estudo efetivo J rgensen 2006 p 85 reflete acerca dos passos a tomar para que as estrat gias de estudo sejam ainda mais proveitosas J rgensen 2006 p 85 citando Susan Hallam 1998 p 142 define estudo efetivo como aquele que obt m o produto final desejado no menor intervalo de tempo poss vel sem interferir nos objetivos a longo prazo J rgensen defende que no in cio de uma sess o de estudo individual devemos saber claramente que objetivos queremos atingir seja qual forem estas metas devem estar presentes J rgensen 2006 p 85 defende que para um m sico realizar com sucesso esse estudo efetivo dever delinear algumas estrat gias e come a por reconhecer que sendo as estrat gias Somente um livro n o conseguir ter sucesso no melhoramento de um aspeto t o delicado como o desenvolvimento do som sem a contribui o do leitor Seja criativo e evite estudar passivamente Tradu o do autor that which achieves the desired end product in the short time possible without interfering with long term goals Tradu o do autor 42 de estudo vari veis de pessoa para pessoa cada um dever aperceber se de quais ser o as mais eficazes para si pr prio O autor d nos como exemplo que se para algumas pessoas estudar uma obra de in cio a f
69. mer cocooncccccncconnnicnaninos Figura n 2 Sec es da palheta de acordo com Henry Larsen Figura n 3 Reconhecimento visual de uma boa palheta de acordo com Henry Larsen xi xii Introduc o O presente relat rio foi elaborado no mbito da Unidade Curricular Est gio Profissional do Mestrado em Ensino de M sica da Universidade do Minho A prepara o pr via das aulas levou me a consultar bibliografia e documenta o diversa que consubstancia em grande parte este relat rio T o profusa informa o esteve presente com maior ou menor intensidade nas aulas quer por minha iniciativa quer pela procura de conhecimento dos alunos Trata se de um trabalho relativo s estrat gias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete realizado com dois alunos de clarinete do Conservat rio de M sica do Porto e com os alunos da Orquestra de Sopros da mesma institui o em ambiente de sala de aula com especial enfoque na respira o material e metodologias de estudo e que teve como objectivos gerais designadamente 1 desenvolver no aluno a autonomia na elabora o de estrat gias para a resolu o de problemas na emiss o sonora materiais embocadura e respira o 2 promover o conhecimento do clarinete no que se refere a materiais e a consequentes possibilidades expressivas e 3 estimular no aluno uma aprecia o cr tica da execu o da interpreta o no que se refere qualidade sonora Julguei pert
70. mpenho musical Ao nivel dos materiais relevante referir que a combinac o instrumento boquilha e palheta enquanto ferramenta de trabalho estudo deve ser a que melhor se adapte ao m sico ou aluno no que se refere ao conforto e facilidade de execuc o pois contribui para a sua maior expressividade e performance ao n vel da qualidade sonora Um dos manuais de metodologia impressa que apresentei aos alunos e que refuto de grande qualidade a todos os n veis Clarinetto II suono arte e tecnica 100 esercizi giornalieri per migliorarne l omogeneit do clarinetista e pedagogo Alessandro Carbonare foi por eles recebido com curiosidade e interesse Foi surpreendente para mim verificar que vastas indicac es dadas pelo autor neste livro foram anotadas pelos alunos nos seus cadernos de apontamentos traduzidas para portugu s para melhor compreens o tendo mesmo manifestado a intenc o de o adquirir proximamente Reportando tamb m e agora alguns aspetos que considero menos conseguidos cumpre me estar ciente que as metodologias de estudo empregues na Intervenc o pedag gica poder o n o produzir efeitos de relevo em curto prazo As melhorias significativas poder o levar alguns meses ou at mesmo anos a fazerem se sentir na qualidade do som dos alunos de clarinete Tamb m escassa quantidade de alunos de clarinete designada para integrar a Intervenc o pedag gica e o reduzido n mero de horas semanais atribuido para o cumprimento ef
71. n cio das aulas tentei aperceber me de como organizavam o seu estudo ao n vel da sonoridade Ficou patente ap s entrevista efetuada que nenhum trabalhava a sonoridade com especial aten o mantendo apenas a estrutura atr s mencionada primeiro a escala seguida do estudo finalizando com a pe a mas n o cumprindo as tr s premissas sugeridas por J rgensen que recordo s o o planeamento do estudo execu o do estudo e a avalia o e aprecia o do estudo Por isso ao longo de toda a interven o incuti nos alunos que mantivessem no seu estudo um elevado sentido de rigor quanto ao planeamento pr vio e posterior avalia o dos resultados 44 3 5 4 Exerc cios de som Clarinetto Il suono arte e t cnica 100 esercizi giornalieri per migliorarne l omogeneit No sentido de facilitar a execu o de exercicios de som apresentei aos alunos um manual pouco conhecido no nosso pa s mas que julgo da maior import ncia Trata se de C arinetto suono arte e t cnica 100 esercizi giornalieri per migliorarne l omogeneits 2007 do clarinetista e pedagogo Alessandro Carbonare Considero que um dos m todos mais completos para o desenvolvimento da sonoridade do clarinete Este autor faz a interliga o dos v rios aspetos relativos ao som Destaco agora alguns pensamentos que considero pertinentes para o contexto Carbonare 2007 p 2 observa que no estudo di rio do clarinetista a destreza dos dedos e a ar
72. n have been emphasized enough in the practice of teaching learning the Pedagogical Intervention has mainly focused on the development of study strategies and student self evaluation of the quality in the sound emission Taking into account physiological student characteristics there were implemented in particular breathing exercises and warm up exercises There were also implemented some aspects concerning material issues such as the choice of instrument and other equipment accessories and maintenance tools Exploiting all these sort of aspects in the improvement of sound emission in clarinet became a factor of motivation that resulted a remarkable improvement performance of the students reflected evident on student periodic evaluations it makes consider the objectives have been fully achieved vii viii ndice geral de conte dos DeclaraGao ii ds ii Astadeeimentose ssrsi ne Messen concisa oa ea ori sek ET A orar iaa erica de iii RESUMO yes E sn messer in ada aa PE ed pa E Vaga dp ala Da e Fee v Abstracts ee ee ee lenken a a a a a ii a ii vii A o ns are ee en an Lee A RAN SE xi Intr dicao rta A 1 1 Contexto e plano geral de interven o coccccconononoonnnnnnnnanononnnnnnncnnnnnnnnnnnnnnncnnnnnnonnnnnnnncnnnnonanoss 3 2 Projeto de Interven o e Metodologia cccscssesssccececessesseeeeceeecesseseeaeaeeeeecesseseeaeaeeeeseeseeseaaeas 5 3 Desenvolvimento e avalia o da iNteVenCaO scssssccccecsssssssscec
73. nos com quem trabalhei aparentavam pertencer a um n vel econ mico m dio baixo e os materiais antes referidos tendem a ter custo elevado para a maioria dos alunos Conto como certo que os alunos ir o executar a manuten o de palhetas como lhes pude ensinar transmitir contribuindo desse modo para que consigam o menor disp ndio financeiro Atrav s da an lise da entrevista efetuada os alunos confirmaram que compram habitualmente uma caixa de dez palhetas a cada dois meses Com a manuten o que lhes foi proposta nas aulas foi minha inten o ensinar lhes a poupar desse modo elevados montantes nos materiais atr s descritos J quanto boquilha sendo uma pe a de desgaste que bastante onerosa os alunos tendem a us la durante muito mais tempo que o desej vel Pretendi contribuir atrav s dos ensinamentos prestados para uma correta manuten o e cuidados que os alunos consigam retardar o seu desgaste Dado que todos os exerc cios respirat rios e de aquecimento materiais e metodologias abordadas foram apresentados e exemplificados em aula tal ir permitir que sejam praticados pelos alunos de forma aut noma no estudo de casa e sempre que entenderem por necess rio A par dos ensinamentos pela novidade todo o material apresentado acess rios ferramentas e at bibliografia referidos nas aulas foi recebido com entusiasmo e interesse pelos alunos A tem tica relativa ao ensino da emiss o do som de qualidade do clarinete
74. nos intervalos de uma execuc o musical devendo por isso haver o cuidado que o pano de limpeza seja mantido seco e sempre em boas condi es Recomenda se no entanto que n o se puxe o pano de limpeza at ao final para evitar danos na boquilha A Buffet Crampon uma igualmente conceituada marca de instrumentos musicais a n vel mundial disponibiliza com os seus clarinetes um prospeto a que chama Panfleto de Manuten o Buffet Crampon s d com recomenda es para que os instrumentos se mantenham no melhor estado de funcionamento durante muito tempo Nesse panfleto podemos encontrar algumas sugest es que coincidem no essencial aos conselhos que s o descritos no manual fornecido pela Yamaha O primeiro ponto do referido panfleto dedicado montagem do clarinete de forma a prepar lo da melhor maneira para tocar Os conselhos iniciais para montar o instrumento s o os de que este dever estar untado nas corti as das jun es com a respetiva massa lubrificante sobretudo quando o seu encaixe for dif cil Aconselha inclusivamente a nunca for ar a montagem evitando assim o risco de fazer estalar a madeira O panfleto acrescenta tamb m que a desmontagem do instrumento dever ser feita pela ordem inversa da montagem O panfleto da Buffet Crampon contempla mais alguns pontos interessantes No que se refere aos cuidados di rios o panfleto refere alguns conselhos que se destinam preserva o das chaves do clarinete pre
75. nou em anos idos Cumpre me fazer seguidamente uma descri o sucinta dos diferentes regimes de ensino praticados por esta institui o No Regime Integrado os alunos t m acesso a todas as vertentes do ensino seja musical ou regular no mesmo estabelecimento de ensino Neste regime o Curso B sico de Instrumento da Institui o desenvolvido num plano de estudos pr prio que integra as disciplinas de m sica sendo estas componentes da forma o vocacional O Curso B sico de Instrumento neste regime inicia se no 5 ano de escolaridade e termina no 9 ano constitu do por tr s disciplinas que passam a fazer parte do plano de estudos destes alunos que s o Formac o Musical 2h semana Instrumento 1h semana e Classe de Conjunto 2h semana O Regime Articulado em tudo semelhante ao Regime Integrado exceto no facto de permitir que os alunos frequentem o ensino vocacional e o ensino regular em escolas diferentes A frequ ncia neste regime do ensino vocacional implica uma candidatura de admiss o e est dependente da exist ncia de vagas no Conservat rio Tal como no ensino regular obrigat rio os alunos deste regime beneficiam da sua gratuitidade pois est o isentos do pagamento da propina anual De referir que ao frequentar o Regime Articulado estes alunos ficam dispensados da disciplina de Educac o Musical nas escolas de ensino regular J no Regime Supletivo os alunos frequentando as disciplinas de Instrumento Class
76. o s o sugeridos nove exercicios no registo grave e cinco excertos de obras orquestrais e de clarinete escritas em diversas tonalidades todas no registo grave A secc o dedicada aos sons de garganta tem como objectivo trabalhar a sonoridade e afina o das notas Sol 3 La3 e La 3 Carbonare 2007 p 40 acredita que todos os clarinetistas da atualidade t m consci ncia das dificuldades encontradas nestas tr s notas em relac o s restantes Carbonare 2007 p 40 considera que esta dificuldade se deve a um problema de construc o do clarinete atual que n o obteve at agora nenhuma inovac o por parte de fabricantes e recorda nos uma t cnica vulgarmente usada por clarinetistas de todo o mundo que a adequac o da dedilhac o a estas notas fazendo as chamadas posic es auxiliares No entanto o autor sabe que esta t cnica n o vi vel em passagens muito r pidas semelhanca das secc es anteriores o objetivo desta o de melhorar a qualidade do som neste registo com os exercicios apropriados para tornar que este registo seja o mais homog neo possivel S o apresentados para o efeito onze exercicios e cinco excertos de obras orquestrais e de clarinete predominantemente no registo de garganta A ltima secc o dedicada a articulac o e os ecotons no clarinete No inicio desse cap tulo Carbonare explica em que consistem os ecotons e os objetivos gerais do trabalho da articulac o que o autor considera
77. o o som produzido Ao cortar a palheta esta ir adquirir dimens es diferentes das pr definidas pelo fabricante Dessa forma prolonga se a sua vida til mas dificilmente poder voltar a ser uma boa palheta para uma aula ou concerto ficando apenas como palheta de estudo Considero por isso o corta palhetas uma pe a a ter em conta apenas nesse contexto 33 Numa consulta recente do mercado foi possivel encontrar este artigo no cat logo da Gewa um dos maiores distribuidores de artigos musicais a nivel europeu dois corta palhetas com designa es distintas Prestinie Cordier Curiosamente nenhuma das marcas fabricantes de palhetas comercializa atualmente este artigo H uma outra ferramenta de tratamento de palhetas que vai ganhando adeptos em todo o mundo o estojo higrom trico Comercializado pela Vandoren e como o pr prio nome indica este aparelho utilizado para controlar a humidade das palhetas O estojo vem equipado com um visor digital que indica o grau de humidade temperatura entre outras informa es Tem uma capacidade para 20 palhetas de clarinete N o foi poss vel demonstrar o funcionamento deste artigo na interven o pedag gica j que nem eu nem o professor cooperante o possuiamos pelo que ficou somente passada a informa o aos alunos Relativamente a humidade da palheta que o dispositivo dever preservar Henrique 2009 defende que esta dever variar entre os 60 e os 70 Henrique 2009 p 567 d n
78. o pano pelo seu interior Esta pr tica foi por mim desaconselhada porque considero 2 remember him helping me pick out my first mouthpiece He brought 10 mouthpieces to the lesson and we tried them all Together we narrowed it down to 3 and then to one searching for the mouthpiece with the best sound Tradu o do autor 25 haver grandes possibilidades de a danificar apesar de algumas marcas especializadas em boquilhas serem omissas quanto ao assunto Atrav s da an lise da entrevista efetuada verifiquei que os alunos por motivos financeiros n o adquiriam boquilhas com muita frequ ncia A boquilha que o aluno do 7 grau usava era do fabricante Vandoren modelo 340 e a da aluna do 4 grau era do mesmo fabricante mas do modelo SAY lira Pretendi transmitir lhes desta forma as recomenda es de cuidados a ter com as boquilhas e o instrumento em geral de modo documentado para que os alunos soubessem como preservar o material e manter as suas carateristicas ideais durante mais tempo possivel Este assunto foi abordado durante o m s de abril desse mesmo ano nas aulas que tive oportunidade de orientar 3 4 3 Palhetas Embora pareca um paradoxo na extremidade onde se sopra que o tubo se comporta acusticamente como se estivesse fechado Henrique 2004 p 291 De acordo com Brymer 1990 p 115 A palheta amp feita de uma peca de bambu chamado arundo donax ou sativa ou seja as palheta s o feitas de
79. om precis o milim trica que o som do clarinete criado e por essa raz o n o deve ser subestimado pois devemos manter as suas caracter sticas iniciais n o esquecendo que se trata de um objecto de desgaste Sobre a manutenc o da boquilha com a excec o daquela que fornecida pelos fabricantes n o existe muito mais informac o em todo o caso indubitavelmente um elemento da maior import ncia para atingir o som que se pretende devendo ser conservada nas melhores condic es possiveis A boquilha de acordo com Jack Brymer 1990 p 110 pode dividida como se mostra na Fig 1 Fig 1 a boquilha do clarinete in Brymer 1990 p 10 BOQUILHA DE CLARINETE ponta ou bico interior da boquilha abertura da ponta Nunca demais salientar a import ncia da escolha design e manuten o da boquilha do clarinete Tradu o do autor 23 Brymer 1990 p 112 refere que as boquilhas podem ser fabricadas de diversos modos e em diversos materiais tais como ebonite uma borracha rija vidro cristal metal ou pl stico sendo contudo a ebonite o material mais utilizado actualmente Atrav s da consulta do website de um dos maiores fabricantes mundiais de boquilhas a Vandoren s d poss vel extrair v rios conselhos teis acerca da fragilidade deste objeto A referida marca relembra que as suas boquilhas s o por norma feitas de ebonite que como foi dito acima se trata de uma borracha rija
80. ores Adam Wierzba e Fernando Marinho como professores cooperantes No trabalho que l desenvolvi e na sequ ncia de observa o pr via constatei que os alunos n o encaravam a sonoridade com a objetividade necess ria e como requer a melhor forma o musical Tendo verificado essa lacuna decidi que a minha interven o devesse incidir nos aspetos identificados no t tulo do relat rio que Estrat gias pedag gicas na aprendizagem da emiss o de som no clarinete respira o material e metodologias de estudo Muitas das conclus es foram j antecipadas nos t picos Implementa o em contexto de interven o pedag gica no final de cada cap tulo Foram implementadas metodologias tendentes a melhorar a sonoridade dos alunos e que lhes proporcionasse a aquisi o de compet ncias para trabalhar autonomamente o seu estudo individual mantendo em simult neo uma perspetiva critica Comecei por demonstrar e exemplificar alguns exerc cios de respira o e de aquecimento que foram sistematicamente abordados na parte inicial das aulas e no decurso delas os alunos evidenciavam executar os estudos com o instrumento mais facilmente do que se os exerc cios tivessem sido negligenciados Depois de os exerc cios respirat rios terem sido executados os alunos pareciam ampliar a sua capacidade respirat ria manifestando exercer maior controlo sobre o seu sistema respirat rio e diafragma Foi percetivel durante a Interven o peda
81. os como exemplo de um procedimento antigo para ajudar a manter a humidade da palheta introduzir um peda o de cenoura na caixa de palhetas pois ao libertar humidade esta seria rapidamente absorvida pelas palhetas No cat logo da Gewa poss vel encontrar um artigo para retificar palhetas denominado Horsetail da marca Leblanc que curiosamente tamb m uma marca fabricante de clarinetes Trata se de um conjunto de nove pequenos rolos de um material abrasivo destinados fazer ajustes nas palhetas por raspagem Alguns m sicos de acordo com Henrique 2009 ao longo de d cadas pelo facto das palhetas se deteriorarem com muita facilidade foram levados a experimentar alguns m todos artesanais para recuperar palhetas tais como deixar de as usar durante longos periodos de tempo mergulh las em gua oxigenada ou em aguardente chegando mesmo alguns clarinetistas a ferv las durante alguns minutos Implementa o em contexto de interven o pedag gica O objetivo deste ponto foi o de instruir os alunos no mbito de uma correta manuten o de palhetas bem como dar lhes a conhecer as diversas op es existentes no mercado Ao n vel da implementa o em contexto de interven o pedag gica a estrat gia passou por exemplifica o e experimenta o em sala de aula S assim os alunos de clarinete poderiam 34 testemunhar as melhorias ao nivel da execuc o do clarinete pelo simples facto de alterar milimetricamante a palhe
82. palhetas que uso na minha vida profissional como m sico s o na minha opini o pessoal igualmente pr ticos quer no transporte quer na desumidifica o de palhetas Durante a minha interven o pedag gica mostrei alguns destes artigos aos alunos para que ficassem com a perfeita no o de que objetos se tratava e da sua utilidade No que se refere s ferramentas para trabalhar palhetas existem diversos artigos comercializados maioritariamente pelas marcas fabricantes Al m dos porta palhetas j referidos com caracter sticas desumidificadoras de palhetas e do corretor de palhetas de vidro da Vandoren existem v rias outras ferramentas Uma das ferramentas mais antigas para recuperar palhetas o corta palhetas Trata se de uma ferramenta muito divulgada e usada por professores e clarinetistas at d cada de 90 Sendo desvalorizada pelos professores da atualidade no entanto ela ainda comercializada e fabricada por algumas marcas N o foi poss vel contudo encontrar qualquer refer ncia ao corta palhetas na literatura sen o em Larsen 1991 que cita Propodchev seu ex professor para quem o corta palhetas era uma ferramenta essencial Este artigo pode na minha opini o pessoal e ap s a sua experimenta o na interven o pedag gica no caso de uma palheta extremamente branda ser usado para cortar um pouco da sua ponta menos de 1 mm Isto far com que a palheta fique mais rija e possa alterar por complet
83. petos na execu o de um instrumento reduzido de alunos em aulas individuais a necessidade de cumprimento do programa vigente por parte do professor cooperante e ainda os diferentes niveis de conhecimento dos alunos No plano geral de intervenc o comecarei por fazer uma breve explanac o da instituic o onde foi realizado este projeto Depois partindo da revis o bibliogr fica sobre a tem tica apresentarei uma descric o sucinta das estrat gias de implementac o da intervenc o Seguidamente ser exposto todo o desenvolvimento e avalia o desta interven o Irei ainda fazer uma compilac o de algumas reflex es que se relacionem com as mat ria tratadas e que foram partilhadas com os alunos Por ltimo apresentarei as conclus es retiradas da implementa o do projeto bem como sugest es did ticas e de investiga o adicional por ele suscitadas 1 Contexto e plano geral de intervenc o O Projeto de Intervenc o Pedag gica foi realizado no Conservat rio de M sica do Porto com uma aluna de clarinete que frequentava o regime de Ensino Integrado e com um aluno de clarinete que frequentava o regime Supletivo Nunca ser demais referir qu o conceituada esta escola Fundado em 1917 o Conservat rio de M sica do Porto uma escola de Ensino Art stico Especializado da M sica Tendo ocupado diversas instalac es da cidade ao longo da sua hist ria est situado a partir de 2009 na Praca Pedro Nunes coincidindo essa mu
84. po inferior e s depois juntar os dois corpos Recomenda se cuidado em segurar firmemente o clarinete para n o provocar o empeno das chaves De seguida o mesmo manual aconselha para a correta manuten o e limpeza de um clarinete ap s ser tocado os seguintes procedimentos remover a palheta da boquilha sec la e guard la no seu estojo remover a humidade do interior do instrumento da boquilha barrilete camp nula e do tudel secar as sapatilhas com o papel de limpeza entre cada sapatilha e o 1 frequente principalmente em clarinetes novos aparecerem pequenas rachadelas no corpo de madeira do instrumento N o sendo de grande dimens o s o facilmente reparadas por um t cnico especializado Embora n o seja referido esta massa para corti as geralmente comercializada em pequenos batons e constitu da normalmente por um produto lubrificante como por exemplo a glicerina ou vaselina Tudel uma parte constituinte de alguns clarinetes como o clarinete baixo o clarinete alto o cor de basset entre outros Apesar de esta marca comercializar separadamente papel para secar as sapatilhas estas podem ser igualmente secas e limpas com papel de fumar tamb m conhecido vulgarmente como mortalhas 19 respetivo orif cio de tom pressionando a levemente Os aspetos relativos humidade excessiva s o t o importantes que os conselhos para remover o seu excesso estendem se at para que tal se faca mesmo
85. r No que toca aos materiais procurou se criar nos alunos um sentido critico direcionado para o desenvolvimento de crit rios de selec o de manutenc o e de procedimentos de manutenc o designadamente de palhetas no sentido de maximizar o desempenho e prolongar a vida til destas A qualidade dos materiais usados palhetas boquilhas abracadeiras por outro lado tamb m determinante n o s na fase da escolha como tamb m na posterior manutenc o Larsen 1991 No que se refere s metodologias procurei dotar os alunos de conhecimentos que lhes permitissem autonomamente planear o estudo individual sem nunca esquecer os exerc cios de aquecimento de respira o e de som implementando metodologias de estudo ou exerc cios especialmente os preconizados por Alessandro Carbonare 2007 A implementa o do projeto de interven o foi como j referido feito no Conservat rio de M sica do Porto sob a orienta o do Professor Adam Wierzba ao longo do ano letivo de 2012 2013 semanalmente com dois alunos em regimes diferentes de ensino e em n veis diferentes Decorrente da dupla tarefa de observa o de aulas e leciona o assumi uma atitude de investigador n o participante numa primeira fase Foi a fase da observa o e tal permitiu me detetar as falhas dos alunos Na segunda fase sem descurar a investiga o assumi uma atitude mais interventiva para corre o das falhas antes detetadas Procedeu se assim a uma inve
86. r o tempo na n o aprendizagem no nosso estudo individual e simultaneamente aumentar a concentra o e motiva o aconselha nos a equilibrar o tempo de estudo tocado com o do estudo n o tocado J rgensen 2006 p 88 defende que uma vez posto em pr tica o estudo n o tocado vai disponibilizar mais tempo para o ensaio mental e reflex o prevenindo desta forma o cansa o dos m sculos J rgensen 2006 p 88 considera ainda que os resultados ser o vis veis a longo prazo Outro assunto sobre o qual este autor reflete ele considera que parece existir uma infinidade de formas de estudar e de trabalhar o instrumento havendo quem mantenha uma rotina constante dia ap s dia e quem trabalhe de maneira diferenciada cada sess o do seu estudo individual di rio Nesse sentido J rgensen 2006 p 88 sugere que no caso de possuirmos uma rotina espec fica devemos tentar introduzir novos elementos nas nossas sess es de estudo individual ou durante o nosso hor rio de estudo J rgensen 2006 p 88 d nos o exemplo de 43 reservarmos diariamente uma uma parcela do nosso tempo de estudo individual para exercicios de leitura a primeira vista ou utilizar uma inteira sess o de estudo di rio para trabalho t cnico isto exerc cios de destreza manual ou dedilhac o No entanto J rgensen 2006 p 88 tamb m nos sugere que se mantivermos um estudo di rio com elementos variados devemos refletir acerca dos ben
87. r uma an lise mais cr tica ao resultado e tentar pensar em exercicios para melhorar as falhas detectadas 20 Sente que consegue agora atingir os objetivos propostos com mais efic cia Sim 21 Que aquecimento desenvolve diariamente ap s a interven o pedag gica Por exemplo toco escalas com intensidades diferentes s forte s piano em crescendo e diminuendo 22 Como organiza o seu estudo individual antes e depois da interven o Genericamente similar mas agora tenho mais cuidado com o aquecimento trabalhando logo desde a a qualidade de som nem que seja apenas com notas brancas Tento tamb m no fim perceber o que devo melhorar e o que praticar mais na pr xima sess o de estudo 23 Como v a utilidade do Clarinetto il suono arte e tecnica do clarinetista Alessandro Carbonare Uma boa metodologia para trabalhar a qualidade do som algo normalmente descurado nos estudos vulgares que visam mais outros detalhes da pr tica do clarinete 69
88. ras semanas ainda referido na informac o da Yamaha que se deve remover a humidade excessiva do clarinete ap s cada utilizac o fazendo passar um pano pelo seu interior Sendo preciso pousar horizontalmente o instrumento montado o manual recomenda que se escolha uma superficie est vel e que haja o cuidado de deixar as chaves voltadas para cima H tamb m precauc es sugeridas para acomodar o instrumento quando n o usado durante algum tempo recomenda se que seja guardado no seu estojo que n o fique exposto luz solar nem humidade excessiva distante das fontes de calor e de locais extremamente frios O manual recomenda ainda que o tapa boquilha esteja devidamente colocado na respetiva boquilha para evitar danific la e que n o se deixe o pano h mido no estojo junto do instrumento Quanto montagem s o sugeridas outros procedimentos ao montar o instrumento h que tomar o cuidado de n o colocar for a excessiva sobre as chaves Havendo dificuldades em montar as jun es do instrumento sugerido que se aplique uma fina camada de massa lubrificante nas corticas das jun es antes de tentar novamente a montagem Se a dificuldade persistir recomendado que se aplique a mesma massa tamb m no recetor da jun o A montagem tamb m descrita no manual da marca atrav s de imagens que mostram a melhor maneira de montar o instrumento a de come ar por unir o barrilete ao corpo superior montar a camp nula ao cor
89. rata da expirac o controlada Ara jo 2000 p 5 sugere inspirar profundamente e a expirar depois vagarosamente todo o ar dos pulm es Sugere ainda que se mantenham os m sculos inspirat rios contra dos e relaxando os gradualmente de modo a manter um fluxo de ar continuo Para que seja bem executado necess rio bloquear a expirac o atrav s dos m sculos inspirat rios que por estarem contra dos fazem evitar que o volume tor cico descaia rapidamente devido forca el stica de retrac o da expirac o passiva Embora continuando a expirar vagarosamente at que a musculatura fique relaxada ser ainda assim preciso empurrar o ar para fora dos pulm es Tal deve ser conseguido pela contrac o dos m sculos da parede abdominal que pressionam para cima o diafragma e consequentemente para dentro da caixa tor cica fazendo com que todo o ar seja expelido com num fluxo de ar cont nuo O quarto exerc cio relativo inspira o for ada tal como o primeiro deve ser executado de p Com a boca semiaberta deve se posicionar a m o verticalmente encostando o dedo indicador aos l bios Deve se inspirar depois profundamente como foi sugerido no primeiro exercicio o que provocar um ruido grave e cont nuo da suc o Este trabalho de suc o deve 15 ser o mais prolongado possivel para manter a tens o muscular e a expans o da caixa tor cica Dever se expirar depois todo o ar relaxadamente permitindo que a anatomia retorne
90. rde a sua poesia mas presta se facilmente a efeitos sarc sticos Ainda de acordo com Henrique 2008 existem alguns sons menos brilhantes entre o registo grave e o registo m dio Desta forma bastante dificil conseguir se homegeneidade em passagens que envolvam mudan as de registo como por exemplo tocar uma escala Spence 1979 p 27 parece em certa medida corroborar da ideia de Henrique apesar de referir que o registo de chalumeau dram tico e sinistro mesmo por vezes No entanto Spence considera que as notas do registo de clarino do clarinete s o quentes e expansivas no que se refere s notas mais agudas ele considera as estridentes Os alunos integrantes desta interven o pedag gica deixaram patente ap s an lise da entrevista efetuada que nenhum possu a uma ideia completa de como trabalhar o som com objetividade Apenas ajustavam a embocadura tendo em conta o seu gosto pessoal de modo a atingir o som que pretendiam ou tocavam notas longas e com a ajuda de um afinador digital tentavam afinar nota a nota Desta forma apercebi me que os seus conhecimentos neste dominio e trabalho espec fico eram de certa forma insuficientes para se atingirem os objetivos pretendidos Foi com o objetivo de colmatar essas dificuldades que considerei que seria fundamental efetuar alguma investiga o para que nas aulas subsequentes pudesse incluir nas metodologias de estudo os exerc cios de respira o e ministrar
91. rentes formas de respirac o ir permitir que o executante mantenha uma coluna de ar constante de modo a manter a qualidade sonora Por seu turno Ara jo 2000 igualmente pedagogo de flauta transversal sugere outros exercicios que ap s serem analisados parecem corresponder ao que defendido por Graf 1992 S o quatro os exercicios respirat rios preconizados por Ara jo a serem executados sem instrumento consistindo em inspirac o expirac o expirac o controlada e inspirac o forcada No primeiro exerc cio referente inspira o Ara jo 2000 p 5 sugere que estando na posic o de p se deve inspirar t o profundamente quanto possivel de maneira a expandir a caixa tor cica atrav s da contrac o dos m sculos intercostais e do diafragma provocando a elevac o do osso esterno Seguidamente deve se proceder expirac o passiva expelindo livremente o ar dos pulm es atrav s do relaxamento de todos os m sculos utilizados na inspirac o mas contraindo os m sculos da parede abdominal No segundo exercicio proposto relativo a expirac o aconselha a que se expire todo o ar contido nos pulm es comprimindo a caixa tor cica atrav s da ac o dos m sculos intercostais e da parede abdominal Deve proceder se seguidamente a inspirac o passiva atrav s do relaxamento desses m sculos e contraindo o diafragma o que ir provocar a expans o da parede abdominal e tornando o abd men mais saliente Para o terceiro exercicio que t
92. s and influences on clarinet playing in the twenty first century sobre o pedagogo e clarinetista William Blayney defende que uma boa qualidade de som depende essencialmente de uma boa respirac o Os alunos devem sentir os pulm es cheios de ar quando inspiram desde o fundo ao topo sem mexer os ombros na inspira o pois s dessa forma encher a parte de cima dos pulm es A ideia a incutir nos estudantes de clarinete de que para obterem um som de qualidade e um bom egato t m que manter uma coluna de ar constante Blayney parafraseado por Pavlovsky 2012 p 48 defende ainda que a inspira o e expira o atrav s do abd men a forma natural de respirar No pref cio do seu livro Graf 1992 p 5 salienta a import ncia do cuidado na sonoridade referindo Cada exerc cio deve ser lidado como o mais importante na produ o da sonoridade e praticado como tal O som que deseja produzir deve estar sempre presente mentalmente ou a se constantemente Esteja consciente deste seu ideal de som e controlo deste mesmo em exerc cios de respira o dedilha o e articula o Graf 1992 p 6 aconselha dois tipos de respira o distintos que a meu ver se apresentam muito teis e como tal a ser seguidos pelos executantes de clarinete Nela Graf 1992 p 6 sugere um conjunto de exercicios musicais pr ticos a serem executados com o instrumento Trata se de uma s rie de notas longas que ao serem tocadas se
93. s for teaching and learning pp 319 334 Oxford Oxford University Press Henrique L 2009 Ac stica Musical Lisboa Fundac o Calouste Gulbenkian Henrique L 2004 nstrumentos musicais Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Jeanjean P 1992 Etudes Progressives et M lodiques pour la Clarinette Paris Editions Musicales Alphonse Leduc Jorgensen H 2006 Strategies for individual practice In W A Musical Excelence Strategies and techniques to enhance performance pp 86 63 Oxford Oxford University Press Larsen H 1991 O Problema das Palhetas Covilh EPABI Lawson C 2001 Single reeds before 1750 In C Lawson 7he Cambridge Companion to the Clarinet pp 1 15 Cambridge Cambridge University Press 57 Graf P Lucas 1992 Check up 20 Basic Studies for Flutists Mainz Schott Jorge A Moreira 25 de fevereiro de 2008 Projecto de Reorganizac o do Conservat rio de M sica do Porto Obtido em 10 de dezembro de 2012 de ct musica porto com http www ct musica porto com documentosorientadores projectoreorganizacaocmp pdf Pavlovski B 2012 de Maio de 2012 William Blayney Clarinetist and teacher Contributions and influences on clarinet playing in twenty first century Obtido em 20 de Agosto de 2013 de http etd Isu edu docs available etd 01202012 123829 unrestricted pavlovski_diss pdf Pomarico s d de s d de s d Pomarico Mouthpieces Obtido em 28 de agosto de 2013 de
94. s nas asas ou no corac o dever o ser corrigidos atrav s do limat o fino Larsen 1991 p 12 salienta ainda a import ncia do acabamento pessoal das palhetas e para isso sugere que imaginemos um carro a alta velocidade viajando numa autoestrada reta e plana a uma velocidade de 450 Km h o que aconteceria de de repente aparecesse uma lomba Depois sugere que imaginemos uma nota que requer que a palheta execute 100 ciclos por segundo c s e a nota seguinte requeria 500 c s nunca esquecendo que esta relac o aumenta a medida que se tocam notas mais agudas Larsen 1991 p 12 chama a atenc o para o facto de uma palheta velha quando observada ao microsc pio revelar uma cadeia de vales e montanhas pretendendo se com estes procedimentos suavizar estas barreiras e favorecer a passagem do ar livremente premitindo uma equilibrada vibrac o na palheta Desse modo como refere Larsen 1991 p 12 revela que s o facto de a palheta ter sido amaciada j traz um vasto melhoramento isto uma palheta com uma correta manutenc o bem equilibrada tem um poder de resposta dar tal facilidade ao ser tocada que segundo este autor dif cil de fazer crer at o m sico a experimentar Branko Pavlovsky 2012 p 48 refere tamb m como W Blayney ensina aos seus alunos a melhor forma de moldar uma palheta s suas pretens es ou a recuper la mostrando lhe o que fazer no caso de possuir uma palheta torta Coloque a num pedaco de
95. scassos minutos por dia especialmente quando ainda s o novas Aconselham inclusivamente no que se refere ao material que n o necess rio apertar demasiado a abra adeira pois isto s ir prejudicar a correta vibra o das palhetas e por fim confirmam o uso do tapa boquilha mesmo quando a palheta ainda est na boquilha se o clarinete n o for utiizado no imediato A 32 utiliza o do tapa boquilha recomendada para prevenir que a palheta seja danificada por contactos involunt rios bem como para impedir a sua r pida secagem Relativamente ao armazenamento das palhetas a marca Alco comercializa um porta palhetas ao qual chama de Vita izador Trata se de um pequeno estojo com capacidade para oito palhetas e vem equipado com um produto que regula a percentagem de humidade no seu interior evitando que as palhetas sequem exageradamente prevenindo a sua deforma o Existem alguns outros porta palhetas para al m do j referido vitalizador Em particular a Gewa e a Vandoren prop em os seus pr prios acess rios disponibilizando porta palhetas de diferentes tamanhos e capacidades Destaco at a exist ncia no mercado de diferentes modelos que incorporam pequenas doses de s lica na sua conce o que absorvem a humidade em demasia mantendo as palhetas em n veis aceit veis Larsen 1991 aconselha o uso de um produto denominado Feed Mate que consiste num porta palhetas com propriedades desumidificadoras de palhetas Estes porta
96. senvolver um sentido auto cr tico por forma a serem mais aut nomos nos seu estudo individual promovendo a evoluc o da sonoridade 8 Os alunos que foram objeto desta interven o pedag gica reconheceram desde cedo a import ncia da qualidade do som no clarinete Com efeito nas entrevistas efetuadas ver Anexo n 1 e Anexo n 2 atestam essa preocupa o referindo que um dos elementos fundamentais da pr tica musical do clarinete t o importante como a destreza t cnica e a expressividade musical Na mesma entrevista os alunos reconheciam que apesar de n o estarem descontentes com o tipo de som que usualmente produziam estavam cientes que se encontravam ainda distantes do som que desejavam 3 2 Breve contextualiza o hist rica do clarinete From this simple pipe of pre history it is a far cry to the year 1700 and the work of Johann Christian Denner of Nuremberg the superb NG craftsman who was the inventor of the clarinet Brymer 1990 p 16 Ser pertinente e til uma breve explicac o do que amp este instrumento uma vez que o clarinete dos nossos dias o resultado de s culos de evoluc o De acordo com Keith Spence 1979 o clarinete ter sido inventado no in cio do s c XVIII por Johann Christian Denner 1655 1707 Tamb m Lu s Henrique 2004 p 293 defende que este instrumento ter derivado do Chalumeau que era uma esp cie de clarinete muito rudimentar com metade do tamanho de pequena
97. som piramidal grande no registo grave e pequenino no registo agudo Carbonare 2007 p 23 Carbonare refere que isto ocorre quando a press o do l bio inferior se encontra mal regulada isto a press o exercida na palheta pelo l bio inferior n o a indicada para o registo agudo Assim os exerc cios apresentados pelo autor destinam se a resolver esse problema observ vel que alguns exerc cios percorrem toda a extens o do clarinete chegando mesmo por v rias ocasi es ao D s mas Carbonare desvaloriza este facto referindo que caso o aluno n o consiga atingir esta nota tamb m n o dever preocupar se em demasia visto que esta raramente aparece em obras do report rio erudito dando nos apenas dois exemplos de obras em que aparecem os concertos para clarinete de Spohr e as Varia es Sinf nicas de Ginastera O autor acrescenta que ao conseguir executar se com grande facilidade o registo sobreagudo ser extremamente f cil executar uma passagem no registo m dio agudo Este cap tulo que aborda o estudo do registo agudo possui doze exercicios no registo agudo e oito excertos de obras orquestrais e pe as de clarinete escritas v rias tonalidades todas elas no registo agudo No sentido de executar estes exerc cios para o registo agudo do clarinete Carbonare 2007 p 23 sugere que sejam tocados de forma relaxada mantendo a m xima aten o sonoridade o autor relembra que muitos clarinetistas exageram no relaxamento
98. stigac o ac o que Coutinho 2011 p 313 define como uma familia de metodologias de investiga o que incluem a a o ou mudan a e investiga o ou compara o ao mesmo tempo utilizando um processo c clico ou em espiral que alterna entre a o e reflex o cr tica No cap tulo dedicado ao desenvolvimento e avalia o da interven o farei uma contextualiza o hist rica do clarinete bem como uma abordagem sobre a import ncia da respira o na execu o do instrumento A avalia o dos resultados do projeto de interven o foi feita tendo em conta o desempenho dos alunos nas avalia es peri dicas bem como uma entrevista invidividual cf Anexo 3 Desenvolvimento e avalia o da interven o Ao longo da implementac o do projeto de intervenc o no mbito da Pr tica de Ensino Supervisionada procurou se dotar os alunos de estrat gias para otimizar a emiss o de som no clarinete tendo em conta a respirac o material e metodologias de estudo Ficou patente durante a intervenc o pedag gica que estes alunos n o sendo principiantes desconheciam a maior parte das pr ticas e metodologias que procurei transmitir Neste capitulo descreve se o conjunto dos conhecimentos e pr ticas implementados e transmitidos designadamente a problem tica do som e respetivas caracteristicas aspectos de manutenc o e construc o do clarinete a import ncia da respirac o na execuc o do clarinete e algumas metodologias
99. ta Os alunos alvo desta intervenc o desconheciam a possibilidade da maioria dos ajustes nas palhetas bem com a exist ncia das ferramentas atr s referidas de tratamento e manutenc o As nicas intervenc es que conheciam eram as de humedecer as palhetas na boca com saliva antes de as utilizar e tamb m o ato de as desbastar com lixa quando sentiam que estavam demasiado fortes de modo a retirar Ihes alguma resist ncia fisica que ao soprar vibrassem com maior facilidade e conforto Por m muito raramente efetuavam este ato de manutenc o adotando uma postura descart vel de usar e deitar fora quando deixassem de funcionar corretamente como depreendi da entrevista efetuada pois habituaram se a adquirir palhetas novas de dois em dois meses Esta pr tica levava a que gastassem palhetas com muita facilidade e rapidez Devido ao elevado preco destas ferramentas de manutenc o nenhum aluno procedeu sua compra ficaram no entanto com uma opini o bastante positiva acerca da sua utilidade demonstrada nas aulas Assim sendo ao encontro das informa es oferecidas por Larsen e Pavlovsky tomei iniciativa de apresentar aos alunos um artigo produzido e comercializado pela Vandoren que consiste em numa placa de vidro com uma superf cie lisa e do outro lado com uma lixa muito fina e uma pequena vara cil ndrica de vidro tamb m com superf cie abrasiva de modo a efetuar estas corre es e equil brios na palheta Ap s consulta do cat
100. ticula o parecem ocupar as principais preocupa es tendendo a ser negligenciados os aspetos relativos sonoridade Tais aspetos s o segundo o autor constituidos pela homogeneidade afina o cor e subtileza O autor Carbonare 2007 p 3 seugere de uma forma geral como utilizar este livro no estudo di rio do clarinetista Em particular faz apelo ao rigor e aten o a cada nota e aconselha a que diariamente sejam executados dois ou tr s exercicios distintos e salvo indica o em contr rio todos os exerc cios sejam executados numa din mica forte pois considera que na din mica piano bastante mais f cil conseguir produzir uma sonoridade homog nea Este autor faz esta recomenda o porque acredita que os problemas da falta de homogeneidade aparecem normalmente numa din mica de mezzo forte ou superior pois onde o som tende a quebrar e a tornar se vulgar Carbonare 2007 p 2 acredita que um clarinetista que n o trabalhe o som com algum rigor no seu estudo di rio tende mais tarde a atribuir a culpa de n o ter o som desejado ao material e em especial palheta De facto Carbonare 2007 p 2 n o desvaloriza a import ncia da palheta que considera um elemento fundamental na obten o do som no clarinete Considera que lhe tem sido concentrada uma import ncia exagerada e negligenciada a import ncia dos exerc cios no desenvolvimento do som Carbonare acredita que ao concentrar toda a aten o na qu
101. to deveras diferente de uma palheta de cana al m da sonoridade bastante diferente porque o pl stico n o absorve a humidade o comportamento da palheta n o sofrer varia es durante uma performance o que causar cansa o na embocadura do int rprete Existem atualmente alguns construtores marcas de palhetas de pl stico tais como a Bar L g re entre outras mas com pouca express o em Portugal pelo que n o foi poss vel test las nas aulas Ap s consulta dos sites das principais marcas de palhetas encontramos alguns conselhos por elas disponibilizados O website da Vandoren nada refere ao n vel da manuten o dando apenas alguns crit rios acerca da escolha de uma palheta Esses crit rios revelam desde logo que a qualidade da palheta est intimamente associada qualidade da cana a palheta deve ser compat vel com a boquilha usada e com a abra adeira deve ser escolhida tamb m de acordo com as carater sticas f sicas do m sico nomeadamente a sua embocadura a acidez da saliva do executante poder afetar a durabilidade da palheta S o tamb m apontados crit rios relacionados com o estado psicol gico do executante bem como com o ambiente ac stico a temperatura as dimens es e a reverberac o da sala tal como referido por Henrique 2009 p 590 Os conselhos da marca de palhetas fico coincidem com os anteriores e sugerem tamb m que as palhetas sejam utilizadas com rotatividade n o devendo ser utilizadas sen o e
102. tura e ritmo As notas nos tr s periodos desta aluna foram sempre de 12 doze valores sendo no entanto not ria a sua evoluc o musical ao longo do ano e a medida que o report rio ia se tornando mais exigente No fim do ano foi elaborado pelo professor cooperante e por mim pr prio um report rio constituido por estudos e obras que Ihe foram aconselhados a praticar durante a interrupc o letiva como forma de auxiliar a aluna a superar as suas dificuldades O aluno do 7 grau era musicalmente evoluido e experiente Apesar de ter terminado nesse ano uma licenciatura numa outra rea o aluno denotava interesse e empenho e estudava clarinete no Conservat rio como forma de se realizar artisticamente importante acrescentar que a excelente cultura musical deste aluno se prendia ao facto de ter terminado o Curso Complementar de piano no mesmo Conservat rio As notas nos tr s periodos deste aluno foram sempre de 19 dezanove valores As aulas deste aluno decorriam s sextas feiras das 11h00 s 12h30 O aluno reagiu sempre de forma interessada as metodologias Ao longo das aulas de clarinete no acompanhamento dos alunos que me foi solicitado pelo professor cooperante fui procurando sempre trabalhar no programa sugerido pelo seu professor a sonoridade do clarinete objeto de estudo da interven o pedag gica quer atrav s de indica es de postura e respira o quer atrav s de aconselhamento sobre a escolha de materiais e respetiva man
103. turas 14 Como avalia de uma forma geral o resultado Antes de mais sinto que tenho agora uma an lise mais cr tica da minha qualidade de som De forma gen rica sinto que estou satisfeito com o meu som muito mais frequentemente 15 Ap s a intervenc o pedag gica que procedimentos adotou no mbito da manutenc o do material clarinete palhetas boquilha Deixei de passar o pano na boquilha Quanto ao clarinete em si mantive mais ou menos o que ja fazia porque sempre o limpei no fim das aulas Agora at limpo durante o estudo embora n o seja mt frequente Quanto s palhetas raspo as mas n o adquiri material para fazer corte das palhetas 16 Sente que as palhetas duram mais tempo conservando as suas caracter sticas originais Penso que as caixas t m durado mais tempo se bem que ligeiramente Deve se provavelmente ao facto de agora as raspar e poder aproveitar palhetas que antes eram demasiado fortes 68 17 Aplica os conselhos transmitidos relativamente a manutenc o do clarinete boquilha Sim 18 Ap s a intervenc o alterou algum material com base nos conselhos dados Porqu Genericamente n o devido ao custo associado A grande alterac o foi na compra de caixas de palhetas de v rias marcas e com n meros variados para encontrar as mais adequadas para mim tendo em conta o meu clarinete boquilha etc 19 Que procedimentos alterou relativamente ao planeamento do seu estudo individual Tento faze
104. uten o nomeadamente a palheta e a boquilha Dessa forma apesar de limitado pela exig ncia do cumprimento do programa da disciplina e dos objetivos delineados pelo professor quis enfatizar a import ncia da qualidade do som no report rio que ia sendo executado pelos alunos tendo lhes sugerido ainda alguns m todos ou exerc cios respirat rios e de sonoridade a realizarem em casa ou como aquecimento antes da aula O meu objetivo no entanto foi ter esses aspetos t cnico artisticos sempre presentes em todas as aulas que pude lecionar Trabalhei estes elementos cultivando tamb m nos alunos o interesse pelo conhecimento do instrumento em diversas vertentes Feita a identifica o dos alunos e a apresenta o do espa o f sico onde o estudo se desenvolveu retomo a descri o do prop sito deste relat rio 2 Projeto de Interven o e Metodologia Ap s uma consulta dos Crit rios de avalia o para o departamento de sopros do Conservat rio do Porto relativos ao ano de 2011 pude constatar que a preocupa o com a qualidade sonora e est presente em todos os graus de ensino No entanto da observa o de aulas verifiquei que tal aspeto muitas vezes negligenciado em favor de quest es t cnicas Este projeto de interven o pedag gica com alunos de graus de ensino e regimes diferentes 4 grau e 7 grau b sico e complementar respetivamente esteve por isso em concord ncia com os objetivos direcionado para a apren
105. ven o de rachadelas na madeira e outros cuidados relativamente ao uso do pano de limpeza Quanto preserva o das chaves do instrumento a corros o normalmente um dos maiores inimigos das chaves do clarinete quanto apar ncia do acabamento a prata mas principalmente pelo aparecimento de folgas Desse modo o panfleto da Buffet Crampon adverte que ap s cada uso do instrumento as suas chaves devam ser limpas com um pano seco para retirar os res duos de suor que poderia acelerar o processo de corros o Recomendam tamb m que jamais se use algum produto qu mico para as limpar pois poder dessa forma causar o efeito contr rio ao pretendido Para prevenir o empeno das chaves recomenda se que o instrumento seja sempre guardado no estojo original e n o noutros estojos alternativos pois se mal acondicionadas as chaves do clarinete que s o alavancas m veis poder o sofrer algum dano ficarem empenadas e prejudicando por isso o correto funcionamento do instrumento No que concerne preven o de fissuras tal como a marca anteriormente referida tamb m a Buffet Crampon faz id nticas recomenda es e acrescenta outras tais como n o 20 tocar instrumentos novos mais de trinta minutos por dia no primeiro m s para que a madeira do corpo de adapte as vibrac es resultantes e a humidade Aconselha se ainda a evitar as mudancas bruscas de temperatura isto que o instrumento n o fique em locais demasiado frios como nu
106. vidro e movimente a para a frente a para tr s Ele ensinou me tamb m a polir uma palheta num pedaco de vidro num bocado de papel de lixa de gua Coloque um dedo no centro da palheta um no calcanhar e outro na ponta Esfregue a palheta para a frente a para tr s at o fundo ficar macio Este procedimento igualmente descrito em Larsen 1991 p 13 Ver Fig 2 Place it on a piece of glass and walk your fingers up and down He also taught me to polish the reed on a piece of glass on the back of sandpaper Put one finger in the center of the reed one on the heel and one on the tip Rub the reed back and forth until the bottom was smooth Tradu o do autor 31 Brymer 1990 p 120 por sua vez alerta nos para necessidade de n o deixar secar totalmente uma palheta que se encontre a uso pois quando estas secam totalmente acabam por enrugar e poder o nunca mais voltar a adquirir as propriedades sonoras e ac sticas que nos levaram a selecion la Brymer 1990 p 120 refere tamb m que durante muitos anos houve tentativas de fabricar palhetas a partir de outros materiais e afirma que as primeiras experi ncias ter o ocorrido por volta da 2 guerra mundial altura em que apareceram ou se tornaram mais acessiveis novos materiais nomeadamente o pl stico acr lico Contudo poucos ter o apreciado a sua aplicac o s palhetas O problema das palhetas de pl stico de acordo com Brymer 1990 p 120 era o seu comportamen

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