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Comércio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda

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1. n mero amo TotaldetseN portugal Portugal excluindo excluindo PAPL documentos eletr nicos 2002 13 035 13 035 12 901 2003 12 432 12 378 12 256 2004 16 535 16 500 16 300 2005 15 594 15 480 15 261 2006 14 840 14 744 14 594 2007 14 913 14 857 14 629 2008 15 729 15 536 15 250 2009 14 827 14 706 14 481 2010 17 329 17 160 16 782 2011 16 714 16 510 15 872 2012 17 131 16 888 14 516 2013 19 060 18 679 15 354 Fonte Ag ncia Nacional ISBN APEL Nota inclui entidades sedeadas nos PAPL Angola Cabo Verde Guin Mo ambique S o Tom e Pr ncipe e Timor entre 2003 e 2013 As normas que regem a atribui o de ISBN produtos inclu dos monografias e outros e n o inclu dos est o definidas na vers o portuguesa do Manual de Usu rio International ISBN Agency 2011 37 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Uma primeira leitura do indicador total de ISBN atribu dos mostra que ap s uma fase de relativa estabilidade na segunda metade da d cada sucede uma outra mais recente de forte crescimento No arco temporal em causa identificam se claramente tr s picos em alta 2004 16 535 2010 17 329 e 2013 19 060 e outros dois picos em baixa 2003 12 432 e 2009 14 827 Em 2012 n o vis vel nova queda pelo contr rio e em 2013 a tend ncia de crescimento mant m se registando o valor mais elevado de toda a s rie 19 060 Co
2. 66 Quadro 9 Pre o m dio das unidades vendidas por categoria e por ano 2007 2013 67 Quadro 10 Unidades vendidas por canal por categoria e por ano 2007 2013 67 Quadro 11 Volume de vendas por canal por categoria e por ano 2007 2013 68 Quadro 12 Varia o no volume de vendas de produtos em Portugal por ano 2007 2013 69 Quadro 13 Volume de vendas de produtos de entretenimento em Portugal por ano 2011 DOIS atear ee dh dios ad ee Dar ca Ao lat E E DA q DO er a Ai er AM ao od in 69 Quadro 14 Varia o no volume de vendas do produto livros em pa ses europeus por ano 2011 2013 22 wh me pista est nr ee ate SA AAA ee ee enr AU gp NS ae 70 NDICE DE TABELAS Tabela 1 Regula o do pre o do livro na Europa ccecsccccecsssssssseceeceeceesesnsaesececssessessaeeeeeceseessessaaeess 26 Tabela 2 Cronologia com factos internacionais relevantes que marcam a ind stria do livro no in cio do s culo XXI 2000 2014 inner 30 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI GLOSS RIO DE SIGLAS E ACR NIMOS APA American Publishers Association APEL Associa o Portuguesa de Editores e Livreiros BNP Biblioteca Nacional de Portugal BRIC Brasil R ssia India e China CAE Classifica o das Atividades Econ micas CERLALC Centro Regional para el Fomento del libro en Am rica Latina y el Caribe
3. Fal ncia da Sodilivros Distribuidora fundada em 1985 integrada desde 2010 na Coimbra Editora Fal ncia da distribuidora ECL Empresa de Com rcio Livreiro 2013 Encerramento da Livraria S da Costa Lisboa Chiado desde 1943 fundada em 1913 Rua Po o dos Negros Dia do Livro e do Livreiro organiza o do Encontro Livreiro Funda o Saramago a ter lugar em 30 de Novembro de cada ano Criada a Livraria Desassossego Lisboa Rua de S Bento propriedade da Chiado Editora Criada a livraria XYZ Lisboa situada no Chiado e dedicada a livros relacionados com a fotografia 26 livrarias independentes apresentam queixa IGAC por pr ticas comerciais da FNAC e das livrarias Bertrand que entendem violar a Lei do Pre o Fixo do Livro 2014 Realiza o do V Encontro Livreiro iniciativa da Livraria Culsete Set bal Porto Editora lan a chancela para publica o digital COOLBOOKS Civiliza o Editora cujas origens remontam a 1881 det m as Livrarias Bulhosa atualmente com 7 lojas e uma livraria online Dinalivro distribuidora fundada em 1969 que tem atividade de edi o e importa o constituiu a rede de livrarias Bookhouse atualmente com 6 lojas e uma livraria online Coimbra Editora fundada em 1920 em Coimbra com atividade editorial e livreira especializada na rea jur dica conta com 9 lojas e 1 livraria jur dica online Grupo Bertrand C rculo conta com 60 lojas e uma livraria online Bert
4. 356 milh es situa se abaixo do patamar dos 360 milh es pela primeira vez desde 2007 embora se mantenha superior a anos mais recuados como 2004 e 2005 gr fico 3 O INE efetua desde 1993 o apuramento e a divulga o dos dados referentes constitui o e dissolu o de pessoas coletivas e entidades equiparadas com base na informa o administrativa recolhida pela Direc o Geral da Pol tica de Justi a DGPJ do Minist rio da Justi a Visa produzir indicadores mensais sobre as sociedades constitu das e dissolvidas no Continente A ores e Madeira 35 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 3 Volume de neg cios das empresas de edi o de livros por ano 2004 2012 milh es euros 430 410 390 403 9 361 1 360 4 363 1 370 348 8 350 330 310 290 270 250 3611 3631 3563 T T T T 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 T 2011 2012 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 Uma perspetiva regional mostra que no Norte o volume de neg cios cresce ao contr rio do que acontece com o n mero de empresas no Centro desce acentuadamente face aos anos anteriores o que se verifica tamb m em Lisboa embora de forma mais mitigada As regi es Norte 37 e Lisboa 60 conjugadamente mant m e acentuam a sua predomin ncia absoluta que de 97 em 201
5. muito morosa quando eles t m de pagar alguma coisa meia d zia de tost es Eles pagam porque ganharam muito mais Livreiro 5 O Plano Nacional de Leitura PNL O PNL lan ado em 2006 foi considerado pelos entrevistados positivo do ponto de vista dos efeitos na promo o do livro e da leitura e na valoriza o social da leitura por parte da popula o portuguesa embora muitos considerem que ter havido um exagero no n mero de t tulos inseridos neste Plano Eu n o estou muito bem dentro desse assunto embora eu ache que o PNL s pelo t tulo vale a pena Se h um PNL vamos acarinh lo e estamos com ele O que eu senti e sinto que houve uma altura em que muitos livros estavam no PNL Demasiados A certa altura pareceu me exagerado Livreiro 3 Eu acho que importante com os defeitos que possa ter Acho que importante e que tem tido influ ncia na divulga o do livro e na perce o de que h obras necess rias e importantes para ler Livreiro 2 O Plano Nacional de Leitura foi uma grande ideia levada a cabo por uma s rie de pessoas com estilo que desinteressadamente ou mais desinteressadamente do que esta gente que aqui temos estado a falar fez alguma coisa pela difus o do livro Livreiro 1 Eu acho importante e acho que faz sentido Est muito mal feito h livros que n o fazem sentido nenhum e pena Depois acho que os livros n o est o bem escolhidos Livros esgotados anos e anos
6. CPA Classifica o dos Produtos por Atividade DL Dep sito Legal EBF European Booksellers Federation EIBF European and International Booksellers Association EIRL Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada ERICarts European Institute for Comparative Cultural Research EWC European Writers Council FCPC Ficheiro Central de Pessoas Coletivas FEP Federation of European Publishers GEPE Gabinete de Estat stica e Planeamento da Educa o IECom Inqu rito s Empresas de Com rcio IES Informa o Empresarial Simplificada IGAC INE IPA IRN ISBN LPFL MECD NUTS OAC OLL PALP PNL RNBP SIRCOM SWOT UCDR UEP UE VAB Inspe o Geral das Atividades Culturais Instituto Nacional de Estatistica International Publishers Association Instituto dos Registos e Notariado International Standard Book Number Lei do Pre o Fixo do Livro Ministerio de Educaci n Cultura y Deporte Nomenclatura de Unidades Territoriais Observat rio das Actividades Culturais Observatorio de la Lectura y el Libro Pa ses Africanos de L ngua Portuguesa Plano Nacional de Leitura Rede Nacional de Bibliotecas P blicas Base de Dados do Registo Comercial Strengths Weaknesses Opportunities and Threats Unidade Comercial de Dimens o Relevante Uni o dos Editores Portugueses Uni o Europeia Valor Acrescentado Bruto Com rcio livreiro em Portugal
7. Por outro lado a autoedi o self publishing com a expans o da internet da edi o eletr nica e da pr pria impress o a pedido tem potenciado o crescimento de autores que recorrem a este processo editorial O gr fico 8 permite dar conta da evolu o do n mero de ISBN atribu dos a autores editores registando um consider vel crescimento em 2013 com um total de 3 692 contra os 855 de 2007 41 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 8 ISBN atribu dos a autores editores por ano 2007 e 2013 n mero 4 000 3 692 3 000 2 000 1000 Be 0 At 2007 At 2013 Fonte Ag ncia Nacional ISBN APEL Listagem de prefixos ISBN de editor Dezembro de 2007 e Janeiro de 2014 lt www apel pt gt Dep sito Legal Uma outra fonte relevante na an lise da edi o em Portugal o sistema do Dep sito Legal DL ver Neves et al 2012 125 135 e 148 155 gerido pela BNP O DL obrigat rio e est atualmente regulamentado pelo Decreto Lei n 74 82 de 3 de marco S o objeto de DL as monografias publica es peri dicas teses de mestrado e doutoramento e outros produtos semelhantes Numa perspetiva hist rica tendo por base o primeiro per odo com dados 1974 1988 poss vel verificar a exist ncia de v rios momentos um primeiro at 1978 de alguma regularidade no n mero de registos atribu dos com n meros baixos um segundo de forte crescimento atin
8. including film and video video games broadcasting music book and press publishing The creative sector In the creative sector culture becomes a creative input in the production of non cultural goods It includes activities such as design fashion design interior design and production design architecture and advertising Creativity is understood in the study as the use of cultural resources as an intermediate consumption in the production process of non cultural sectors and thereby as a source of innovation AAVV 2006 2 Estas perspetivas revelam uma clara evolu o na abordagem ao estudo do livro Na verdade 16 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Historicamente a edi o de livros sempre manteve rela es dif ceis com disciplinas como a Economia ou a Gest o vulgarmente utilizadas em qualquer outro sector industrial A abordagem econ mica foi at h pouco considerada pelos agentes da rea do livro como uma intrus o no exerc cio de uma atividade eminentemente cultural Mas se para as empresas editoras pensarem se enquanto ind stria com o seu espec fico funcionamento econ mico parecia um desprop sito tamb m os economistas sempre mostraram alguma dificuldade ou algum pudor para usar o termo de Marco Gambaro em ocupar se dos problemas do mercado do livro Furtado 2009 13 E no entanto qu o distante estava o dito pudor da pre
9. o mas no seu conjunto permitem uma aproxima o com m ltiplos olhares evolu o registada em Portugal Para contextualizar a evolu o da procura faz se tamb m uma breve abordagem da oferta no plano internacional UE e nacional este um pouco mais desenvolvidamente Tanto quanto as fontes o permitem analisa se o per odo posterior a 2000 A organiza o expositiva do cap tulo a seguinte inicia se com o enquadramento nacional da edi o tra a se de seguida o enquadramento internacional do com rcio e do com rcio de livros com relevo para o lugar de Portugal nesse plano e a finalizar centra se nos principais aspetos do com rcio do livro em Portugal 33 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 2 1 A edi o em Portugal Em Portugal verifica se at 2011 o crescimento cont nuo do n mero de empresas que apenas interrompido em 2012 com um n mero 442 similar ao patamar de 2008 441 gr fico 1 Gr fico 1 Empresas com atividade principal de edi o de livros por ano 2004 2012 n mero 475 458 448 451 442 jco 441 425 400 375 4 350 325 4 300 T T T T T T T T 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 Esta diminui o explicada pelo recuo das empresas muito pequenas e pequenas em n mero
10. pior ano 2011 Note se ainda que se insere num conjunto de 3 anos seguidos em queda Quadro 5 Varia o anual dos indicadores das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2004 2012 n mero e milhares de euros Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Empresas 694 693 662 689 686 650 596 578 562 varia o anual 0 1 31 27 3 36 54 18 16 Pessoal ao servi o 1 979 2 000 1 974 2 191 2 080 1 949 2 036 1 981 1 916 varia o anual 0 21 26 217 111 131 87 55 65 Volume de neg cios 140 092 137 704 139 339 142 867 142 464 145 247 142 265 137 088 126 169 varia o anual 0 2 388 1 635 3 528 403 2 783 2 982 5 177 10 919 VAB 26 705 24 875 23 107 26 697 26 666 28 747 25 686 24 103 21 477 varia o anual 0 1 830 1 769 3 590 30 2 080 3 061 1 583 2 626 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 A evolu o do n mero de empresas ao longo da s rie caracteriza se por uma tend ncia de queda com o n mero mais baixo em 2012 562 gr fico 12 Esta queda explicada no essencial pelas pequenas empresas As empresas desta dimens o permanecem a fatia de le o em torno dos 97 ao longo de toda a s rie Esta tend ncia est patente em todas as regi es com exce o da Madeira 2 O INE considera as livrarias como empresas que desenvolvem
11. 15 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI tamb m a dimens o econ mica das atividades e sectores culturais e n o apenas do sector do livro vem sendo valorizada Neves et al 2012 17 O estudo The Economy of Culture in Europe preparado para a Direc o Geral para a Educa o e Cultura da Uni o Europeia em Outubro de 2006 com a inten o de evidenciar o impacto socioecon mico direto e indireto do sector cultural para obten o de crescimento competitividade mais e melhor emprego sustentabilidade e inova o no espa o da Uni o Europeia define o conceito de sector cultural e criativo a partir do campo nuclear das artes e das ind strias culturais sector cultural e das ind strias criativas e ind strias relacionadas sector criativo The cultural Sector Non industrial sectors producing goods and services aiming at being consumed on the spot a concert an art fair an exhibition These are the art field visual arts including paintings sculpture craft photography the arts and antique markets performing arts including opera orchestra theatre dance circus and heritage including museums heritage sites archaeological sites libraries and archives Industrial sectors producing non reproducible goods and services aimed at mass reproduction mass dissemination and exports for example a book a film a sound recording These are cultural industries
12. Tr s das cinco livrarias tiveram em 2013 um volume de neg cio entre 500 000 e 1 000 000 de euros e apenas uma se enquadra no escal o dos 50 000 aos 250 000 euros Em nenhuma houve varia o no volume relativamente ao ano anterior Em quase todas as livrarias a venda 72 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI de livros corresponde a mais de 95 do volume de neg cios exceto uma em que esta corresponde apenas a 62 Quanto s principais categorias vendidas a literatura infanto juvenil a mais indicada no mbito da fic o enquanto a hist ria e a pol tica s o as que recolhem mais refer ncias na rea de n o fic o No dom nio da n o fic o foram tamb m mencionadas embora n o unanimemente o infanto juvenil a arte o turismo o lazer e a autoajuda Relativamente ao perfil dos entrevistados todos s o os propriet rios das livrarias com experi ncia de v rios anos no sector alguns dos quais h d cadas Apenas um deles n o teve um percurso exclusivo na ind stria do livro Clientes Os clientes das livrarias independentes s o coincidentemente em todas as entrevistas classificados como regulares fi is conhecidos correspondendo a uma oferta de nicho cultos ou que gostam de ler Uma livraria como esta tem um tipo de clientes que erudito gente que sabe que tem cultura e portanto para n s timo porque estamos a lidar com pessoas com uma cultura s
13. es de livros L 2 Sess es de aut grafos O 3 Nenhuma O 4 Outras O Quais Data Hora DATA DE ABERTURA ENTREVISTADOR A 2 Outras se es ou servi os Jornais e revistas L Papelaria Cafetaria Lounge O Audit rio Com rcio eletr nico de livros EVE do Outros Quais CI N o tem nenhum 119 D Relativamente ao volume de neg cios 1 Em qual dos seguintes escal es se inclui o volume de neg cios em 2013 1 lt 50 000 E 5 1 000 001 10 000 000 C 2 50 001 250 000 L 6 gt 10 000 001 3 250 001 500 000 7 N o resposta O 4 500 001 1 000 000 L 2 Houve varia o significativa relativamente a 2012 N o CT sim LI se sim escal o 3 Que parte correspondeu venda de livros 4 Qual is o s principal is categoria s vendido s Fic o Literatura O Infantil e juvenil El BD LI Literatura importada O N o Fic o Ci ncias L Historia e politica O Infantil e juvenil L Dicion rios Idiomas L Arte U Turismo lazer e autoajuda Pe Direito Economia Informatica O 120 ANEXO 6 TAXA DE IVA SOBRE LIVROS IMPRESSOS E ELETR NICOS NOS PA SES DA UE 27 percentagem Taxa especial Taxa especial E i Se parcial pr especificar Sim N o COME CE EC udio livros e e books em 8 5 suporte f sico k udio livros e e books em Parcialmente 4 js suporte f sico 0 em alguns livros
14. g x Irlanda 477 3 395 7 399 3 Gr cia 3 Espanha 1 448 9 1 273 0 1 336 4 1 283 6 11 4 Fran a 2 142 6 2 451 1 2 558 1 Italia 1 767 3 1 669 6 1 995 7 2 165 0 22 5 Chipre 42 1 40 4 39 5 35 6 15 4 Let nia 39 2 23 8 21 5 20 8 46 9 Litu nia 35 0 26 2 28 5 29 3 16 3 Luxemburgo 43 2 41 5 34 4 33 8 21 8 Hungria 271 5 231 1 231 5 234 9 13 5 Malta Holanda ustria 767 3 741 6 722 3 714 8 6 8 Pol nia 641 8 580 4 669 2 670 8 4 5 Portugal 140 9 142 5 142 3 137 1 2 7 Rom nia 132 6 109 0 113 8 97 3 26 6 Eslov nia 83 0 78 4 77 8 76 1 8 3 Eslov quia 88 6 33 3 65 4 51 4 42 0 Finl ndia 204 4 193 6 195 2 192 8 5 7 Su cia 363 0 358 4 402 7 424 3 16 9 Reino Unido 1 516 1 1 581 0 1 214 3 1 143 1 24 6 Fonte Eurostat Structural Business Statistics Annual detailed enterprise statistics for trade NACE Rev 2 G sbs na dt r2 consultado em 04 04 2014 Notas NACE 4761 Retail sale of books in specialized stores N o dispon vel 47 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 2 2 2 Empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros em Portugal Quanto s empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros todos os indicadores em 2012 evolu ram negativamente face ao ano anterior quadro 5 O indicador com o valor negativo mais evidente o Volume de neg cios que dobra o registado no segundo
15. 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Arte 20 43 20 49 22 01 21 54 19 89 19 12 19 11 Banda Desenhada 11 42 10 80 11 71 12 18 12 09 12 29 12 66 Ci ncias 15 41 15 17 16 58 16 35 15 27 15 15 14 84 Dicion rios e Idiomas 10 22 10 48 10 69 10 75 10 77 10 58 10 40 Direito Economia e Inform tica 19 61 20 51 20 82 20 71 20 51 20 10 19 45 Hist ria e Pol tica 18 48 18 14 19 62 20 17 17 60 16 92 16 23 Infantil Juvenil 7 18 6 72 6 77 6 74 7 02 7 06 7 55 Literatura 14 86 14 58 15 25 15 23 14 97 14 48 14 57 Literatura Importada 9 96 10 38 10 67 9 61 9 65 9 87 10 21 Turismo Lazer e Autoajuda 13 56 14 75 14 77 14 51 14 07 13 11 13 49 Campanhas 2 92 3 54 4 05 3 82 3 73 3 36 3 19 Pre o m dio total 11 25 11 54 11 87 11 62 11 20 10 92 11 36 Fonte GfK A an lise das unidades por canal e por categoria mostra diferen as significativas quanto ao seu peso relativo O mais importante o das Outras categorias nas Livrarias e o Infanto juvenil nos Super e hipermercados quadro 10 tamb m substancialmente mais significativo o peso das Campanhas nestes ltimos do que nas Livrarias Quadro 10 Unidades vendidas por canal por categoria e por ano 2007 2013 percentagem e milhares de unidades Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Livrarias e Outros Literatura 26 1 25 9 28 2 27 8 26 8 28 2 29 5 Infantil Juvenil 21 2 22 9 24 9 24 7 24 3 24 5 24 5 Outras 51 6 49 3 43 7 45 4 45 2 43 6 44 0 C
16. 2014b Evolu o do consumo de entretenimento Apresenta o no 32 Encontro dedicado em exclusivo ao mercado de entretenimento Lisboa GfK maio de 2014 Greffe Xavier coord 2006 Cr ation et Diversit au Miroir des Industries Culturelles Actes des Journ es d conomie de la Culture Paris D partement des tudes de la prospective et des statistiques La documentation Fran aise Guedes Fernando 2001 O Livro como Tema Hist ria Cultura Ind stria Lisboa Editorial Verbo INE 2006 Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2004 Lisboa INE INE 2007 Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2005 Lisboa INE INE 2008 Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2006 Lisboa INE INE 2009 Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2007 Lisboa INE INE 2010 Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2008 Lisboa INE INE 2011a Estat sticas do Com rcio 2009 Lisboa INE INE 2011b Estat sticas do Com rcio 2010 Lisboa INE INE 20122 Estat sticas da Cultura 2011 Lisboa INE INE 2012b Estat sticas do Com rcio 2011 Lisboa INE INE 2013 Estat sticas do Com rcio 2012 Lisboa INE IPA International Publishers Association PwC 2013 VAT GST Sales Tax Rate Global survey on books amp E Books Update 2013 Europe Latin America and Canada lt http www internati
17. A lei do pre o fixo do livro pode ser melhorada Ali s como qualquer lei Em pa ses como Fran a funciona Acho que essencial porque quando estamos a falar de livros n o estamos a falar de um produto como as batatas O livro um instrumento de cultura e de conhecimento e o conhecimento essencial para o desenvolvimento de qualquer pa s Livreiro 2 O pre o fixo penso que um bom instrumento Moraliza o sistema o mais poss vel O problema s o as tais cadeias que depois d o 10 ao cliente mais 10 no cart o mais n o sei qu Livreiro 5 Decreto Lei 176 96 de 21 de setembro Lei do Pre o Fixo do Livro 34 O Decreto Lei n 216 2000 de 2 de setembro institui altera es ao Decreto Lei de 1996 85 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Fiscaliza o A maior parte dos entrevistados referiu que o principal problema da LPFL o seu incumprimento a sua inefic cia a falta de controlo ou fiscaliza o na sua aplica o e a impunidade dos que n o a cumprem Eu acho que como em tudo tem de haver alguma regulamenta o pelas entidades competentes nomeadamente o papel da APEL muito importante e n o est a ter porque a APEL neste momento dominada pelos mesmos Livreiro 2 O n o cumprimento da LPF uma coisa que eu n o consigo entender Agora as coisas t m de ser respeitadas por todos N o leal n o justo Quer dizer h lei
18. Com base na CPA de 2008 a venda a retalho de produtos culturais e recreativos corresponde a livros jornais e revistas artigos de papelaria grava es de m sica e v deo cassetes discos e DVD equipamento de desporto equipamento de campismo brinquedos e jogos selos e moedas lembran as e obras de arte 54 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 19 Peso das vendas de livros jornais revistas e artigos de papelaria no total das vendas de produtos culturais e recreativos divis o 47 percentagem 50 0 48 0 46 0 44 0 42 0 40 0 2009 2010 2011 2012 Fonte Instituto Nacional de Estat stica I P Portugal Inqu rito as Empresas de Com rcio IECom 2009 2012 2 2 3 O livro nas Unidades Comerciais de Dimens o Relevante UCDR alimentares e n o alimentares Quanto s Unidades Comerciais de Dimens o Relevante UCDR o n mero de estabelecimentos regista um crescimento ininterrupto at 2009 gr fico 20 Note se que em 2011 e 2012 este indicador inclui os estabelecimentos dos A ores e da Madeira o que n o acontecia at a 3 fonte do INE Inqu rito s Unidades Comerciais de Dimens o Relevante UCDR pretende dar conta das v rias caracter sticas dos estabelecimentos tais como a sua localiza o rea hor rio de abertura pessoal ao servi o e remunera es bem como o volume de neg cios ou o volume de vendas por produto segundo a nom
19. Dion sio Pedro coord e Carmo Leal 2012 Estudo do sector de edi o e livrarias e dimens o do mercado da c pia ilegal Lisboa IULGlobal e APEL 116 pp Eurobar metro 399 2013 Cultural Access and Participation Special Eurobarometer 399 Bruxelas Comiss o Europeia 111 pp Febvre Lucien e Martin Henri Jean 2000 O aparecimento do livro Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian FEP 2009 Europe and the book Advocacy report in favour of European programmes for books lt www fep fee eu IMG pdf FEP EPB DRAFT VER2909 EN 002 pdf gt FEP 2014 Europe and the book Bruxelas FEP Furtado Jos Afonso 1995 O que O livro Lisboa Difus o Cultural Furtado Jos Afonso 2009 A edi o de livros e a gest o estrat gica Lisboa Booktailors Gallimard Antoine 2007 Rapport de la Mission de R flexion sur la Librairie Ind pendante Paris MCC 10 pp 109 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Garcia Jos Lu s coord Jo o Teixeira Lopes Jos Soares Neves Rui Telmo Gomes Teresa Duarte Martinho e Vera Borges 2014 Mapear os recursos Levantamento da legisla o Caracteriza o dos atores Compara o internacional Relat rio Final Lisboa ICS UL FLUP UP e CIES IUL 223 pp GfK 2014a Analise Global Entretenimento Apresenta o no 3 Encontro dedicado em exclusivo ao mercado de entretenimento Lisboa GfK maio de 2014 GfK
20. Nas importa es constata se a forte quebra registada em 2011 2 7 milh es face ao valor alcan ado em 2009 7 2 milh es ao passo que nas exporta es o valor mais baixo regista se no in cio do per odo 478 mil em 2006 e o mais elevado surge no ano 2008 1 7 milh es registando se a partir da uma tend ncia de queda Gr fico 17 Importa es e exporta es das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2006 2011 milhares de euros e n mero 8 000 120 7 000 vn I 100 6 000 m 7 a 80 9 5 000 o pus w E 4000 q r 60 E x gt 3000 40 2000 4 1000 eim 20 0 T T T T T 0 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Empresas com actividade internacional em Total Exporta es Total Importa es Fonte IRN Portal Estat stico de Informa o Empresarial Base de dados em www estatisticasempresariais mj pt consultada a 18 03 2014 Exporta es o valor total das vendas e presta es de servi os para o mercado comunit rio e extracomunit rio extra do da informa o prestada nas declara es IES 53 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Venda do produto Livros jornais revistas e artigos de papelaria Tendo por base os dados das empresas com atividade de com rcio a retalho divis o 47 o volume de vendas de livros jornais revistas e artigos de papelaria atingiu em 2010 o seu valor mais
21. O livreiro era menos um mercador do que um deposit rio de livros usados em raz o da sua relativa raridade os manuscritos de facto eram muitas vezes postos venda e passavam de m o em m o durante v rias gera es de estudantes e professores Este com rcio de livros usados operava se por interm dio do livreiro mas na maior parte das vezes ele n o era sen o mandat rio do vendedor e a cau o que tivera de pagar para se estabelecer garantia a sua solv ncia Ao lado dos livreiros simples mercadores ou comiss rios de livros os estacion rios tinham um papel bem mais delicado posto em relevo nos belos trabalhos do Abade Destrez gra as a quem conhecemos em pormenor o mecanismo da taxa o das c pias da circula o dos exemplaria e de um modo geral do que se chamou a institui o da pecia Febvre e Martin 2000 17 18 A partir da segunda metade do s culo XV com a inven o da imprensa toda a cadeia de valor do livro se agita profundamente No centro das grandes transforma es que ocorrem impressores e livreiros v o ganhar uma assinal vel import ncia como protagonistas de charneira entre os eruditos que escrevem e o crescente p blico culto que l o que os obriga a desenvolverem simultaneamente capacidades intelectuais industriais e negociais N o pois de admirar que se tivesse assistido a uma forte verticaliza o das atividades de edi o A ado o do sistema de pecia que ac
22. Por fim o mais recente estudo da GfK 2014 revela uma diminui o de 4 pontos percentuais na leitura de livros nos ltimos 12 meses per odo de refer ncia comum aos v rios inqu ritos de 2008 para 2014 12 neste ano nas respostas espont neas e de menos 2 pontos para 33 em igual per odo nas respostas sugeridas O perfil social predominante dos leitores de livros remete para a qualifica o em termos de escolaridade e de atividade socioprofissional para os mais jovens estudantes em particular e para a predomin ncia feminina Quanto mais elevados s o os n veis de leitura dos indiv duos mais estes atributos se 100 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI refor am Embora se trate de estudos diversos e portanto com valores relativos diferentes convergem quanto evolu o negativa da propor o de leitores e convergem tamb m num outro dado o de que os pequenos leitores s o o tipo maiorit rio os grandes leitores um tipo muito menos significativo estatisticamente e a diminuir Mais recentemente a oferta de livros eletr nicos ganhou uma dimens o relevante e em acelerado crescimento embora ainda longe da do formato impresso A enorme oferta global naquele formato a que poss vel aceder atrav s de plataformas de intermedia o e de e distribuidores Amazon Google Apple a par da venda direta ou ainda atrav s de e livreiros Benhamou e Guillon 2010 5 KPMG
23. cada do s culo XXI par la possibilit d appliquer un taux r duit de TVA pour le livre num rique mais aussi la presse en ligne par la cr ation d un vaste espace de circulation des uvres sur les r seaux structur par des mod les de diffusion transfronti re des technologies et des standards interop rables pour les lecteurs Les deux ministres invitent les Etats membres rejoindre leur initiative et appellent la Commission europ enne le Parlement europ en et la pr sidence du Conseil de l Union europ enne prendre pleinement en compte l importance des enjeux culturels industriels et conomiques du livre l re num rique pour en faire une priorit dans leur programme de travail d s 2014 Por outro lado tendo em conta que a cadeia de valor a montante do com rcio livreiro est tamb m afetada pela revolu o digital e real ando que os editores europeus s o l deres globais que o volume de neg cios do com rcio do livro de cerca de 40 bili es de euros por ano e que os livros constituem um ve culo fundamental para promo o da cultura na europa a Federa o Europeia de Editores FEP emitiu um relat rio em que defende a exist ncia de programas de apoio ao livro consubstanciado na proposi o das seguintes vinte medidas fundamentais PROGRAMMES AT COMMUNITY LEVEL In the field of culture education and training 1 Adaptation of the Culture programme in order to take into account th
24. dava tudo muito trabalho e muito tempo e ningu m tinha n o E portanto nunca chegou a acontecer Livreiro 4 Os pr prios livreiros t m feito nos ltimos anos algumas tentativas de se unir N s nesta livraria cri mos uma coisa em rita que o encontro do livreiro Nunca ningu m da APEL se nos dirigiu nenhuma institui o veio ao nosso encontro Portanto temos feito sempre no ltimo domingo do m s o encontro livreiro Houve v rias ideias por exemplo criar uma editora nossa mas ningu m quer avan ar com o dinheiro Livreiro 5 90 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI CAP TULO 4 TEND NCIAS A pesquisa recolha e an lise de dados e informa es que consubstanciam o enquadramento e constata es constantes dos cap tulos precedentes obedeceram a uma perspetiva de estudo assente em quatro dimens es fundamentais sociocultural econ mica tecnol gica e pol tico legal Beja 2004 Para cada uma delas foi identificado o maior n mero poss vel de fatores ou vari veis explicativas e tomados em considera o o quadro atual das sociedades da informa o em rede e os efeitos da globaliza o no sector do livro Com base nestas premissas e tendo em conta as suas m ltiplas componentes foram identificadas as principais tend ncias decorrentes do contexto internacional e mais especificamente a situa o e tend ncias do com rcio livreiro em Portugal ao longo da d
25. de pessoas ao servi o Afeta sobretudo as regi es de Lisboa Norte e A ores Na Madeira regista se mesmo o crescimento do n mero de empresas A compara o entre empresas constitu das e dissolvidas deixa bem vis vel a din mica do sector gr fico 2 At 2007 o n mero das primeiras mais elevado relativamente s segundas A fonte INE considera as editoras de livros como empresas que desenvolvem essa atividade de forma principal Enquadram se na Subclasse 58110 Edi o de livros da Divis o 58 Atividades de edi o da Sec o J Atividades de informa o e de comunica o da CAE Rev 3 A partir do ano de 2004 a informa o recolhida atrav s do Sistema de Contas Integradas das Empresas principal fonte desde 1994 teve uma reformula o metodol gica ao n vel da produ o das estat sticas das empresas aproveitando v rias outras informa es fiscais administrativas e desde 2006 com enfase na Informa o Empresarial Simplificada o que veio permitir uma maior cobertura do universo das empresas com a inclus o dos profissionais liberais e o uso de informa o mais exaustiva Com a entrada em 2010 do novo Sistema de Normaliza o Contabil stica SNC o INE efetuou a produ o de uma nova s rie de estat sticas das empresas com in cio no ano de 2004 Tem por objetivo recolher os dados relativos ao n mero de empresas de pessoal ao servi o dos custos e perdas e dos proveitos e ganhos entre outros Refira
26. es Os livros para se venderem t m de estar em promo o Livreiro 2 Os h bitos de compra s o feitos nas grandes superf cies O com rcio de rua tradicional est a desaparecer Culturalmente perdemos imenso uma riqueza que se perde Qualquer dia tenho a impress o que vamos ter dificuldade em chegar a uma cidade e ver uma livraria tradicional ou independente Livreiro 2 77 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Pre o do livro Entre os entrevistados un nime a opini o de que o pre o do livro elevado em rela o ao poder de compra dos portugueses que est o a comprar em menor quantidade por causa da crise Os livreiros independentes est o conscientes dessa dificuldade atual raz o pela qual os portugueses procuram ainda mais os descontos Outro dos fatores referidos para o valor elevado a pequena dimens o do pa s e as tiragens diminutas O livro caro Sempre foi Estamos a falar de um produto que ainda para uma minoria Estamos num pa s pequeno logo o pre o do livro necessariamente tem de ser alto porque as tiragens s o pequenas Eu acho que o pre o do livro o pre o justo pela dimens o do pa s e portanto o pre o por que n s o podemos produzir Livreiro 2 O pre o dos livros alt ssimo Os livros s o car ssimos para o n vel dos portugueses hoje em dia E vejo imenso mesmo nas pessoas que compram mais aqui as pessoas pedem para gua
27. m reconhecem que apesar das iniciativas e das tentativas no sentido do desenvolvimento de processos associativos aut nomos elas n o t m por diversos motivos resultado Embora isso n o signifique necessariamente isolamento entre si e aus ncia de parcerias pontuais contudo n o t m logrado ultrapassar os principais problemas derivados do facto de n o conseguirem vantagens de escala Em suma pode se concluir que o com rcio livreiro em geral e o independente em particular se encontram numa forte encruzilhada tanto escala global como nacional na qual os pontos fracos e as amea as tendem a sobrepor se aos pontos fortes e s oportunidades como fica claro nas conclus es O presente estudo n o visa apontar linhas de atua o mas t o s como se referiu identificar tend ncias de modo a melhor enquadrar o seu outro objetivo o de realizar um diagn stico da situa o presente do com rcio livreiro de modo a informar futuras tomadas de decis o Bom ser para que sirva os objetivos pretendidos que as institui es profissionais e pol ticas se coordenem para concretizar em tempo oportuno as op es que melhor se coadunem com a nossa realidade sociocultural e geopol tica Lisboa 6 de junho de 2014 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI NDICE NDICE DE GR FICOS QUADROS E TABELAS sereine 6 GLOSS RIO DE SIGLAS E ACR NIMOS meet caspa 8 INTRODU O SRE oe as a toe
28. o tornavam tamb m os livros mais apetec veis em todo o s tio O que acontece hoje o que acontece com a roupa as lojas de roupa hoje est o todo o ano com 30 40 50 Ent o partida a gente sabe que os pre os que foram estabelecidos s o pre os que podem sempre baixar S o pre os que n o s o reais s o pre os que j est o mais elevados para poder permitir fazer isto Livreiro 3 Ao contr rio do que se possa pensar o livro portugu s nestes ltimos tr s anos n o tem aumentado Livreiro 5 Al m da disparidade do pre o do livro que varia de local para local de venda defendida a exist ncia de um pre o nico em que o fator de distin o e de escolha poder dever ser o servi o que as livrarias independentes prestam Temos de acabar com esta situa o dos pre os aqui h uns ali outros Isto nunca foi pr tica nos livros Devemos ter um pre o e o cliente escolhe onde compra O cliente vai pelo servi o pela simpatia pelo que encontra e n o pelo pre o Porque sen o afinal andamos a vender pre os n o andamos a vender livros E isso uma coisa que tira a dignidade ao livro Livreiro 3 79 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Feiras do livro Quando confrontados com a quest o da venda de livros em Feiras referida a perturba o que estas provocam no neg cio das livrarias independentes em especial as que se realizam em locai
29. odo as vendas de livros jornais e artigos de papelaria mais elevadas a nica exce o o ano de 2004 atingindo em 2008 e 2009 valores perto dos 100 milh es Este valor representa em ambos os anos 7 do total de vendas naqueles estabelecimentos gr fico 25 59 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 25 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR do retalho n o alimentar por Escal o de rea de exposi o e venda e por ano 2004 2012 milhares de euros 120 000 100 000 80 000 60 000 40 000 20 000 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 At 399 m2 Ill De 400 a 999 m2 De 1 000 a 1 999 m2 mm De 2 000 m2 e mais Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2000 2001 2004 2008 INE Estat sticas do Com rcio 2009 2012 Notas Este escal o agrega os dados referentes a 4 escal es de rea de exposi o e venda De 2 000 a 2 499 m2 De 2 500 a 3 999 m2 De 4 000 a 7 999 m2 e De 8 000 m2 e mais por causa do segredo estat stico A partir de 2011 os dados passam a incluir as regi es aut nomas Em termos de evolu o veja se por um lado a tend ncia de crescimento que se verifica at 2009 nos estabelecimentos do escal o 1 000 a 1 999 m2 ao n vel das vendas de livros jornais e artigos de papelaria ao decr scimo a partir de 2010 e por outro lado a uma certa const
30. vendas de produtos culturais e recreativos divis o 47 eee 55 Gr fico 20 Estabelecimentos e volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR por ano 2000 2012 aussi ited enr te remettre sra des Qu aoe 56 Gr fico 21 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR por tipo de estabelecimento e por ano 2004 2012 56 Gr fico 22 Peso relativo de livros jornais e artigos de papelaria no total de vendas a retalho nas UCDR por tipo de estabelecimento e por ano 2004 2012 57 Gr fico 23 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria e peso relativo no total de vendas nas UCDR do com rcio a retalho n o alimentar por ano 2004 2012 58 Gr fico 24 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria e peso relativo no total de vendas nas UCDR do com rcio a retalho alimentar por ano 2004 2012 59 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 25 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR do retalho n o alimentar por Escal o de rea de exposi o e venda e por ano 2004 2012 60 Gr fico 26 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR do retalho alimentar por Escal o de rea de exposi o e venda e por ano 2004 2012 61 Gr fico 27 Unidades vendidas e volume de vendas do mercado do l
31. 2014 17 foi nos anos mais recentes refor ada com um aumento de t tulos em portugu s e por editoras portuguesas como mostram os dados da ag ncia nacional do ISBN Quanto aos leitores segundo o j citado estudo da GfK de 2014 representam 6 os que leem em formato digital Um outro fator de grande relev ncia para o com rcio livreiro em particular para as livrarias independentes o dos h bitos de consumo dos portugueses que passam sobretudo pelos centros comerciais primeiras aberturas no in cio da d cada de 70 e logo pelas livrarias neles localizados Santos et al 2007 142 e pelos hiper e supermercados inaugura o do primeiro em 1985 em boa medida tamb m localizados em centros comerciais O modelo de neg cio sofreu importantes altera es desde ent o designadamente quanto s margens de comercializa o mais alargadas para as grandes superf cies alimentares e n o alimentares e cadeias de livrarias Neves et al 2012a 71 72 mais comprimidas e em alguns casos esmagadas para os editores especialmente os de menor dimens o e poder negocial As altera es entretanto verificadas incluem ainda a perda de import ncia das livrarias em termos de volume de neg cios que hoje se situa em cerca de tr s quartos do mercado no conjunto formado pelas grandes superf cies e pelas cadeias de livrarias sendo o restante correspondente a outros pontos de venda designadamente as livrarias independentes Eco
32. 3 por cada c pia electr nica de um best seller da New York Times que venderam entre abril de 2010 e maio de 20122 Authors Guild recorre em Dezembro da decis o tomada em Novembro pelo juiz Chin favor vel digitaliza o pela Google de obras fora de cat logo invocando que a Google est a praticar digitaliza o e explora o massiva que excede largamente pr ticas admiss veis causando preju zo aos leg timos detentores dos direitos de autor Amazon compra rede social de livros Goodreads ARROW plus o programa desenvolvido no mbito da Uni o Europeia para digitaliza o de livros descatalogados ficou finalizado para entrar em execu o BBC News informa referindo como fonte a Booksellers Association que no Reino Unido e na Irlanda fecharam 500 livrarias desde 2005 devido concorr ncia das livrarias online supermercados e e books Encerra em Fran a a cadeia de livrarias Chapitre 53 lojas 1200 empregados Fus o Penguin Books com Random House d lugar ao maior dos 5 grandes grupos editoriais 2014 Fus o de Bookonline Hu e da cadeia de livrarias Libri l deres nos respectivos canais de retalho livreiro potencia consolida o do mercado livreiro na Hungria e na Pol nia Penguin Random House compra Santillana por 72 milh es de euros Apple pode vir a ser condenada em tribunal ao pagamento de uma multa de 840 milh es de USS por pr tica de concerta o de pre o de ebooks Fonte elabora o pr pri
33. 57 em 2007 contra 53 em 1995 Santos et al 2007 Apesar disso no plano internacional em particular no Europeu isso significava valores relativos baixos Neves 2011 O crescimento dos leitores de livros no pa s num contexto j marcado em v rios outros pelo movimento inverso teve nos processos de reconfigura o da sociedade portuguesa em curso em particular o aumento da qualifica o escolar nos v rios n veis de ensino e o crescimento das novas classes m dias e sua feminiza o alguns dos principais fatores explicativos Neves 2011 Por m os estudos mais recentes mostram uma invers o dessa tend ncia de alargamento dos leitores de livros que remonta ao fim dos anos oitenta do s culo passado Um dos estudos mostra um decr scimo ligeiro de 2 pontos percentuais entre 2007 e 2011 para 42 INE 2012 Um outro comparativo escala da Uni o Europeia UE 27 sugere um decr scimo mais profundo de 10 pontos percentuais entre 2007 e 2013 para os 40 percentagem que neste ltimo ano a mais baixa da UE Eurobar metro 399 2013 Neste per odo de profunda crise financeira e econ mica registou se na UE 27 um recuo dos n veis de participa o cultural nos v rios dom nios recuo que particularmente not rio em Portugal com destaque justamente para a leitura de livros e para a ida ao cinema ambos com menos 10 pontos percentuais o cinema para 29 e a visita a bibliotecas p blicas menos 9 pontos para 15
34. Audio livros e e books em Parcialmente 6 e suporte f sico Audio livros e e books em Parcialmente 5 da suporte f sico Apenas para e books especificamente destinados a It lia pessoas com dificuldades visuais EE A ES D e os fu fo poe Malta 18 5 a Audio livros e e books em Pol nia Parcialmente 5 E suporte f sico Portugal udio livros e e books em Parcialmente 6 Continental suporte f sico EE 121 Livros eletr nicos Taxa especial Taxa especial Sim N o Sim N o Se parcial especificar Parcial F udio livros e e books em Parcialmente 9 oF suporte fisico Apenas para udio livros e livros Parcialmente 6 P P em Braille Fonte IPA PwC 2013 8 Nota no original Partially Partially means that a special VAT GST regime applies to some categories of books or that all books are exempt from VAT An exemption means where the supplier of the books does not charge any tax however if the seller incurs any VAT GST on his purchases then the VAT GST cannot be credited against any output VAT GST and the VAT GST becomes a cost In case of zero rated supplies the supplier does not charge any VAT GST on his sales however any VAT GST incurred on his purchases is available as credit which can be set off and hence is no cost to the seller 122 ANEXO 7 CRONOLOGIA COM FACTOS RELEVANTES QUE MARCAM O SECTOR DO LIVRO COM RCIO E EDI O EM PORTUGAL 1970 2014 me as e In cio
35. Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI INTRODU O Num contexto de aceleradas altera es pr prias das sociedades da informa o em rede as ind strias culturais ou criativas de que a ind stria do livro uma das principais constituintes enfrentam importantes desafios Desafios a que acrescem os efeitos da crise financeira e econ mica desencadeada em 2008 especialmente aguda em Portugal ap s 2011 No sector do livro a comercializa o uma das atividades que tem sido mais intensamente afetada pelos efeitos conjugados das concentra es editorial e livreira das evolu es tecnol gicas e da crise efeitos que incluem fal ncias e encerramentos em todo o caso diminui o do n mero de livrarias E entre estas as independentes termo n o isento de ambiguidade mas que se refere s livrarias que associamos ao com rcio de rua de proximidade independentes dos grupos editorias ou do com rcio de livros s o eventualmente aquelas que de forma mais aguda refletem os efeitos dos processos em curso A aten o por parte das pol ticas p blicas em v rios pa ses relativamente aos problemas enfrentados por estas livrarias n o recente e vai de par com o reconhecimento do seu importante papel cultural Ela tem express o em Portugal em legisla o que fixa o pre o de venda de livros ao p blico uma legisla o de exce o com interfer ncia no mercado do livro aprovada em 1996 depois de um longo proce
36. Livreiros Data Setembro de 2014 Local Lisboa ISBN 978 972 9202 53 7 AGRADECIMENTOS dire o da APEL na pessoa do seu Presidente Jo o Alvim pelo convite para a realiza o do estudo A Bruno Pacheco secret rio geral da APEL Ana Trist o e Concei o Tom ag ncia nacional do ISBN APEL pelo apoio prestado na recolha e prepara o de dados fundamentais A Ana Neves Dora Forcas Eduardo Boavida Henrique Mota Jo o Espadinha e Jo o Rodrigues pela disponibilidade e relev ncia informativa das entrevistas explorat rias concretizadas enquanto profissionais do sector do livro A F tima Medeiros Helena Gir o Santos Jaime Bulhosa Jo o Paulo Pinheiro e Jos Pinho pela empenhada participa o nas entrevistas realizadas na qualidade de livreiros independentes A Maria Lu sa Santos diretora de Servi os Bibliogr ficos Gerais da BNP pela disponibilidade na resposta aos pedidos de informa o e esclarecimentos solicitados GfK nas pessoas de Ant nio Salvador seu Presidente e de Ricardo Anaia gestor da rea livro pela autoriza o e acompanhamento na utiliza o de dados do painel do mercado do livro n o escolar e do seu Estudo do Mercado dos Livros 2013 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI SUM RIO EXECUTIVO O presente estudo Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI tem dois objetivos essenciais a reali
37. Portugal e Espanha integram junto dos pa ses da Am rica Latina e Caribe onde tem procurado incentivar o debate sobre as v rias quest es legais relacionadas com o livro de forma que cada pa s possa depois adaptar sua realidade Nesse sentido desde 2011 que passou a dispor de um instrumento Modelo de Ley para el fomento de la lectura el libro y las bibliotecas CERLALC 2011 que serve de base normativa de aux lio implementa o em cada pa s de leis relacionadas com o livro a leitura e as bibliotecas Os pa ses membros que j adotaram o pre o fixo do livro s o o M xico a Argentina e o Equador para al m de Portugal e Espanha A Comiss o Europeia CE n o interv m junto dos pa ses no que toca aos seus regimes de contrato sobre o pre o do livro seja atrav s de regulamenta o legal ou pelos acordos comerciais desde que n o tenha implica es no com rcio entre estados membros Por outro lado a CE interveio no sentido de acabar com alguns dos acordos de pre os entre pa ses vizinhos com a mesma l ngua como por exemplo o Reino Unido e a Irlanda a Alemanha ustria e a Su a e as regi es flamengas da B lgica e da Holanda 25 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Tabela 1 Regula o do pre o do livro na Europa Pa s Regime Defini o Legal Ano de implementa o A
38. Pre o Fixo do Livro Lisboa OAC Santos Maria de Lourdes Lima dos coord Jos Soares Neves Maria Jo o Lima e Margarida Carvalho 2007 4 Leitura em Portugal Lisboa GEPE Thompson John B 2011 Merchants of Culture The Publishing Business in the Twenty First Century Cambridge Polity Press Wirschenbart Rudiger 2013 IPA Global Publishing Statistics Genebra IPA WEBGRAFIA Amazon Publishing lt http www apub com about gt APEL Associa o Portuguesa de Editores e Livreiros lt www apel pt gt 111 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI BBC News lt http www bbc com news gt ERICarts European Institute for Comparative Cultural Research lt http www culturalpolicies net web statistics markets php gt Eurostat Structural Business Statistics lt http epp eurostat ec europa eu portal page portal european_business introduction gt FEP Federation of European Publishers lt www fep fee eu gt Frankfurt Buchmesse International lt www buchmesse de en international book_markets gt INE Instituto Nacional de Estat stica lt www ine pt gt IPA International Publishers Association lt www internationalpublishers org gt Lib ration lt http www liberation fr gt Livraria P dos Livros lt www livrariapodoslivros blogspot pt gt MECD Ministerio de Educaci n Cultura y Deporte lt http www mcu es estadisticas g
39. T T T T T 1 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 e Literatura mia nfantil Juvenil mi Turismo Lazer e Auto Ajuda gt Dicion rios e Idiomas cem Outras Fonte GfK Nota A categoria Outras inclui Arte Banda Desenhada Ci ncias Direito Economia e Inform tica Hist ria e Pol tica Literatura Importada e Campanhas Contudo do ponto de vista do volume de vendas fatura o o maior peso centra se nas categorias Literatura e Outras gr fico 30 A Literatura regista tamb m deste ponto de vista um crescimento em percentagem sens vel nos anos mais recentes Gr fico 30 Volume de vendas por categoria e por ano 2007 2013 percentagem 30 0 ean 20 0 4 ma 10 0 0 0 T T 1 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Literatura mim nfantil Juvenil i Turismo Lazer e Auto Ajuda Ci ncias gt Outras Fonte GfK Nota A categoria Outras inclui Arte Banda Desenhada Dicion rios e Idiomas Direito Economia e Inform tica Hist ria e Pol tica Literatura Importada e Campanhas 65 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI O impacto dos t tulos mais vendidos nos volumes de vendas por norma muito significativo e um fator explicativo relevante dos picos de vendas totais Essa ali s uma carater stica comum s ind strias culturais No caso portugu s constata se que esse impacto particularmente relevante em 2009 ano em que 12 t tulos venderam mais
40. UEP Revis o e ajustamentos Lei do Pre o Fixo do Livro LPFL DL n 216 00 de 2 de setembro Fonte de Letras Montemor o Novo mudou se para vora em 2013 El Corte Ingl s abre a primeira loja em Lisboa Fal ncia da Digilivro Logilivro marca decad ncia das distribuidoras Congresso Editores Portugueses organizado pela UEP 123 2006 Direct Group Bertelsmann Portugal C rculo Litores Temas e Debates compra grupo Bertrand Bertrand Editora Quetzal Editora Distribuidora Bertrand e Livrarias Bertrand Livrarias Bertrand contam com uma cadeia de 48 espa os predominantemente locaizados em Centros Comerciais Il Congresso dos Editores organizado pela UEP 2007 Grupo Leya arranca com a compra de Texto Editores Editorial Caminho D Quixote ASA Gailivro e Nova Gaia Explorer Investements adquire Grupo Oficina do Livro Oficina do Livro Casa das Letras e Estrela Polar e f lo crescer com a compra das editoras Teorema e Sebenta Livraria Byblos mega espa o que abre em 13 de dezembro e viria a encerrar em 20 de novembro de 2008 Book IT abertura em Chaves da primeira livraria papelaria do grupo Sonae 19 lojas no final de 2013 F bula Urbis nova livraria em Lisboa junto S livros sobre a cidade 2008 Direct Group Bertelsmannn Portugal compra Editorial Pergaminho Grupo Babel inicia a constitui o com compra de Guimar es Editora Editorial Arc dia e Editora tica Grup
41. _ecteterrnert_mdustry Luscirtied Masgeuziness brite weve wet Corry neers 20 1S pres 1056508 4 rien Es World Nemesguages Hts fe wet corniredesrsees 0 1 Gite wet 10834034 rer Fonte Wirschenbart 2013 4 114 ANEXO 2 LISTA DE ENTREVISTAS A LIVREIROS INDEPENDENTES Nome do entrevistado Perten a institucional Fun o Data F tima Medeiros Helena Gir o Santos Jaime Bulhosa Jo o Paulo Dias Pinheiro Jos Pinho Livraria Culsete Set bal Livraria Fonte de Letras vora Livraria P dos livros Lisboa Livraria F rin Lisboa Livraria Ler Devagar Lisboa Livreiro Propriet rio Livreiro Propriet rio Livreiro Propriet rio Livreiro Propriet rio Livreiro Propriet rio 08 05 2014 10 04 2014 02 04 2014 04 04 2014 01 04 2014 115 ANEXO 3 LISTA DE ENTREVISTAS EXPLORAT RIAS A PROFISSIONAIS DO LIVRO EEE ES 12 02 2014 19 03 2014 21 02 2014 Eduardo Boavida Jo o Espadinha Jo o Rodrigues Livreira foi presidente da Comiss o T cnica de Livreiros da APEL e exerce atualmente como gestora de compras de livraria do El Corte Ingl s Diretora Comercial e de Opera es na Distribuidora Bertrand Editor e livreiro foi diretor da Feira do Livro de Lisboa gestor de livrarias na FNAC e na Bertrand e exerce atualmente como editor da Editora Bertrand Editor representa a APEL na Federa o Europeia e Internacional de Livreiros EIBF e n
42. como atividade principal o com rcio a retalho de livros novos com exclus o das empresas com atividade de com rcio a retalho de livros em 22 m o CAE Subclasse 47790 Enquadram se na Subclasse 47610 Com rcio a retalho de livros em estabelecimentos especializados da Divis o 47 Com rcio a retalho exceto de ve culos autom veis e motociclos da Sec o G Com rcio por grosso e a retalho repara o de ve culos autom veis e motociclos da CAE Rev 3 Decreto Lei n 381 2007 de 14 de novembro imagem do j referido para a edi o de livros tamb m os dados a seguir apresentados t m por base o Sistema de Contas Integradas das Empresas atr s referido 48 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 12 Empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros por ano 2004 2012 800 750 700 650 600 550 500 450 400 n mero 694 693 689 686 662 650 596 578 562 T T T T T T T T 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 A an lise da evolu o das empresas de comercializa o constitu das e dissolvidas mostra tr s Z aspetos relevantes gr fico 13 Entre 2000 e 2007 a constitui o de empresas sempre superior dissolu o Entre 2007 e 2012 o n mero de empresas constitu das mant m se num patamar semel
43. devido s concentra es livreira e editorial ao digital e de crise econ mica multiplicam se as estrat gias concorrenciais cart es de desconto campanhas em particular no Natal promo es comerciais com redu o do pre o de venda ao p blico que tendem a generalizar se e que s o suscet veis de gerar disfuncionalidades no mercado com potenciais consequ ncias negativas na diversidade e pluralidade da oferta dispon vel ao leitor Se o sector do livro em geral e o com rcio em particular enfrentam grandes desafios as livrarias independentes s o porventura as mais afetadas pese embora a din mica e a capacidade de adapta o ao contexto atual de que muitas delas t m dado prova As entrevistas realizadas com livreiros independentes mostram bem que a principal dificuldade que enfrentam adv m das pr ticas promocionais e de descontos do pre o de venda ao p blico por parte das grandes superf cies e das cadeias de livrarias com as quais n o podem concorrer sem p r em causa a sua viabilidade econ mica pr ticas que no que se refere as novidades parecem contrariar aspetos que a Lei do Pre o Fixo do Livro suposto regular A exist ncia desta Lei hoje ao contr rio do que sucedeu aquando da sua prepara o largamente aceite Deste ponto de vista a quest o central reporta se aus ncia ou excessiva morosidade da fiscaliza o do seu cumprimento por parte da entidade respons vel a Inspe o Geral das
44. e transcri es vertidas no cap tulo 3 A pesquisa recolha e an lise de dados e informa es obedeceram a uma perspetiva de estudo assente em quatro dimens es fundamentais sociocultural econ mica tecnol gica e pol tico legal As tend ncias identificadas em cada dimens o no plano internacional e no plano nacional s o detalhadamente referidas no cap tulo 4 O diagn stico final com a identifica o dos v rios aspetos de sentido positivo e negativo que se colocam atualmente apresentado na s ntese conclusiva sob a forma de uma an lise SWOT Conforme decorre das refer ncias documentais mobilizadas as grandes transforma es que iriam influenciar o panorama internacional do com rcio do livro na segunda d cada do s culo XXI iniciaram se nos Estados Unidos da Am rica no dealbar dos anos 1960 com a entrada das grandes Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI superf cies comerciais no retalho livreiro a que se seguiu nos anos 1980 uma intensa atividade de verticaliza o da edi o internacionaliza o do mercado e um conjunto de fus es e aquisi es numa escala sem precedentes A revolu o digital e o r pido crescimento da World Wide Web constitu ram a partir de meados dos anos 1990 fator adicional e incontornavelmente decisivo para a mudan a de paradigma das ind strias culturais incluindo o modelo de neg cio da edi o e do com rcio livreiro Ao n v
45. elevado 1 087 milh es e em 2012 o mais baixo 915 milh es gr fico 18 Gr fico 18 Volume de vendas de livros jornais revistas e artigos de papelaria nas empresas de com rcio a retalho Divis o 47 por ano 2009 2012 milh es de euros 1250 850 650 450 250 50 2009 2010 2011 2012 Fonte INE I P Portugal Inqu rito s Empresas de Com rcio IECom 2009 2012 Na compara o com as vendas de produtos culturais e recreativos os livros jornais revistas e artigos de papelaria representam em m dia 47 do total de vendas no per odo considerado gr fico 19 Assinale se o crescimento que se verifica a partir de 2010 atingindo a percentagem mais elevada no final do per odo 49 em 2012 8 A fonte do INE Inqu rito s Empresas de Com rcio IECom realizado pela primeira vez em 2010 com refer ncia a dados de 2009 dirige se s empresas de com rcio Autom vel Com rcio por Grosso e a Retalho tendo por objetivo disponibilizar informa o relacionada com a estrutura de vendas segundo o tipo de produtos comercializados aqui adotada a Classifica o Estat stica dos Produtos por Atividades CPA na Uni o Europeia vers o 2008 Os dados recolhidos dizem respeito s empresas com atividade de com rcio a retalho apenas Divis o 47 para o conjunto dos produtos Livros jornais revistas e artigos de papelaria uma vez que o INE n o solicita informa o desagregada para o produto Livro
46. estas livrarias tiveram uma quebra de vendas de 3 0 em 2011 e de 3 7 em 2012 sobretudo em raz o da transfer ncia de vendas para as livrarias online v Em Espanha as vendas totais tiveram um decr scimo de 10 9 em valor e de 14 8 em quantidade entre 2011 e 2012 e n o obstante a venda telef nica e por internet estarem em crescendo as 41 vd IPA International Publishers Association Google Authors Guild AAP et al Settlement Agreement 2008 https www google com search client safari amp rls en amp q www danskeforlag dk download pdf 181asb0 35 pdf E2 80 8E amp ie UTF 8 amp oe UTF 8 consultada a 29 04 2014 vd Publishers Weekly Fengu Random House Poa http uen publ shersweetly com pw by 17 07 2013 8 vd Quartz This is what the publishing industry will look like if the Big Six become the Big Four four consultada a 18 07 2013 vd BBC News Browsing the bookshop of the future http www bbc com news entertainment arts 24203287 consultada a 09 02 2014 45 Vd P blico Segunda maior cadeia de livrarias dos EUA vai encerrar 200 lojas http www publico pt economia noticia segunda maior rede de livrarias dos eua vai encerrar 200 lojas 1480848 consultada a 16 02 2014 vd Publishers Weekly Boostores Fell 1 6 in 2013 http www publishersweekly com pw by topic industry news bookselling article 61045 bookstore sales fell 1 6 in 2013 html consultada a 17 03 2014 a7 Vd Li
47. ficas por parte dos poderes institu dos 17 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Segundo Maria de Lourdes Lima dos Santos 1999 apud Neves et al 2012 36 H que ter em conta que dada a peculiaridade da intera o de trabalho cultural e art stico no processo produtivo existe uma cadeia de particularidades quer a n vel de mercado quer de produto que fazem com que o paralelo com algum do sentido produzido acerca das demais atividades econ micas n o possa ser imediato A defini o do estatuto laboral o valor de uso da mercadoria cultural a imprevisibilidade da procura que exige um refinar e refor ar de estrat gias de mercado que normalmente n o s o necess rias a outras atividades econ micas e a pr pria interven o do Estado a n vel de regulamenta o e apoio para contornar a precariedade derivada dos referidos valores de mercadoria e da imprevisibilidade do mercado todas estas exce es conferem s ind strias culturais um estatuto h brido que implica um esfor o suplementar de an lise s o tamb m os elementos que as diferenciam de outras ind strias Prova evidente das especificidades que caracterizam o livro no mbito das ind strias culturais as associa es que a n vel europeu representam respetivamente escritores editores e livreiros subscreveram e divulgaram um manifesto para as elei es europeias de maio de 2014 no qual expressam inequivocamente a
48. http www booksellers org uk getmedia 381c710d 86a9 4b5c adc9 5c94d74cd13d RPM Book Sales in Europe IPA Global Fixed Book Price Report 23 May 2014 http www internationalpublishers or images stories news FBP pdf 26 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Estes sistemas variam substancialmente nos seus termos e condi es e s o sujeitos a revis es Por norma o sistema de pre o fixo aplicado aos livros em suporte papel mas em alguns pa ses abrange j o suporte digital nos pa ses com menor pendor interventivo na regula o do com rcio livreiro que os livreiros tradicionais t m sido mais atingidos com realce para a prevalecente liberaliza o do mercado do livro nos Estados Unidos da Am rica e as consequ ncias da den ncia do Net Book Agreement o acordo entre editores e livreiros para fixa o do pre o do livro no retalho que vigorou no Reino Unido entre 1900 e 1995 A regulamenta o estabelecida na maioria dos pa ses da Europa Ocidental incluindo os de grande tradi o livreira como a Fran a Lei do Pre o Fixo desde 1981 Selo de livraria independente de refer ncia institu do em 2009 ou a Alemanha Lei do Pre o Fixo publicada em 2002 deu corpo legal a acordo vigente entre editores e livreiros desde 1888 tem apenas minimizado a hemorragia de insolv ncias e encerramentos que se verifica nos pa ses anglo sax nicos mas mostra se insuficiente O que leva
49. impressos em Portugal por ano 200052013 ost see NA ees ie a DD RO TT A Me Sd Bes 44 Gr fico 11 Com rcio internacional entradas e sa das de livros brochuras e impressos semelhantes poriaho ess nn efa de RN NEUTRO DAE SORO da RANA ATA tree cet de 45 Gr fico 12 Empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros por ano 2004 DO rts e Rs i a AD OD TA DO ts a 49 Gr fico 13 Empresas de com rcio a retalho de livros constitu das e dissolvidas por ano 2000 DOS RARE D sn RT AR Sr A cca 50 Gr fico 14 Volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2004 Dre tle ar has ul tees me de RR AR E 50 Gr fico 15 Peso do Volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros no Volume de neg cios total das empresas de bens culturais e recreativos por ano 2006 2012 as eines ten ata ni cas migas Shes des es Si eee ees tote A eel 51 Gr fico 16 VAB das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2004 2012 52 Gr fico 17 Importa es e exporta es das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2006 2071 resta cia ie heats Heer a heh AA Seti a etes dir tt caked Het ha caste Oh ke ee em 53 Grafico 18 Volume de vendas de livros jornais revistas e artigos de papelaria nas empresas de com rcio a retalho Divis o 47 por ano 2009 2012 54 Gr fico 19 Peso das vendas de livros jornais revistas e artigos de papelaria no total das
50. liberdade de express o uma realidade como tamb m que os cidad os europeus necessitam de ter acesso aos livros para compreender os valores democr ticos europeus E nele se real a que os livros s o essenciais para o envolvimento dos cidad os na vida econ mica social cultural e pol tica especialmente tendo em aten o a emerg ncia da economia do conhecimento e a crescente procura de compet ncias de literacia que lhe est o associadas AAVV 2014 1 A inequ voca relev ncia do livro como ve culo fundamental para a cultura conhecimento e divulga o lingu stica nomeadamente ao n vel que a Uni o Europeia procura desenvolver est igualmente expressa no relat rio emitido pela Federa o Europeia de Editores FEP no qual se defende a introdu o de duas dezenas de medidas concretas para suporte e apoio da edi o e com rcio do livro na Europa tendo nomeadamente em conta assegurar que a ind stria livreira europeia atualmente com um volume anual de vendas de cerca de 40 mil milh es de euros manter a lideran a mundial neste dom nio FEP 2014 23 24 O intenso e profundo envolvimento na ind stria do livro por parte de destacados conglomerados tecnol gicos muito especialmente a Amazon a Google e a Apple que t m vindo a desenvolver modelos de neg cio suportados na edi o digital est a ser fonte de importantes tens es e not rias transforma es na organiza o e funcionamento do sector daqui resulta
51. monop lio da cultura do livro E viabilizou igualmente as transforma es intelectuais e sociais ocorridas nos finais desse s culo em resultado da funda o das universidades do desenvolvimento educativo dos leigos e do aparecimento de uma antes inexistente classe burguesa Estas altera es repercutiram se indelevelmente na forma como os livros passaram a ser compostos escritos copiados e divulgados O passo seguinte o aparecimento do papel como suporte para a escrita iria alterar por completo a produ o e com rcio do livro e potenciar o seu futuro No estrito plano da t cnica material e sem abordar o estudo da apresenta o e da decora o do livro apenas poder amos mencionar para o per odo laico da sua hist ria nfimas altera es em rela o aos s culos precedentes Uma inova o no entanto deve ser mencionada por ter tido importantes repercuss es no fabrico e no pre o dos livros queremos referir nos ao aparecimento do papel que n o vai certamente substituir o pergaminho bem longe disso mas ombrear com ele revezar se e permitir paralelamente produ o de luxo ou semi luxuosa a introdu o de livros menos caros se bem que a diferen a de pre o originalmente n o fosse t o consider vel quanto s vezes se julga e produzindo em maior quantidade Febvre e Martin 2000 12 13 Mas seria a inven o da imprensa simbolicamente associada publica o em 1455 da B blia de 42 linhas
52. ncia nos valores dos restantes escal es ao longo do per odo em an lise A exce o o volume de vendas alcan ado pelos estabelecimentos de maior dimens o no ano de 2004 Relativamente s UCDR do retalho alimentar o escal o de rea de exposi o e venda predominante em termos de vendas de livros jornais e artigos de papelaria o dos estabelecimentos de grandes dimens es de 8 000 m2 e mais O valor mais elevado regista se em 2005 58 1 milh es e o mais baixo em 2012 40 2 milh es gr fico 26 60 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 26 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR do retalho alimentar por Escal o de rea de exposi o e venda e por ano 2004 2012 milhares de euros 70 000 60 000 50 000 40 000 30 000 20 000 10 000 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 At 399 m2 ei De 400 a 999 m2 et De 1 000 a 1 999 m2 ei De 2 000 a 2 499 m2 fi De 2 500 a 3 999 m2 De 4 000 a 7 999 m2 De 8 000 m2 e mais Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2000 2001 2004 2008 INE Estat sticas do Com rcio 2009 2012 Notas A partir de 2011 os dados passam a incluir as regi es aut nomas No per odo em an lise apesar de maiorit rio poss vel constatar a tend ncia de quebra continuada no volume de vendas dos estabelecimentos da dimens o de 8 0
53. nfase para os nacionais sem perder de vista quando poss vel o seu enquadramento internacional Procura se assim por via do cruzamento dos contributos provenientes de fontes v rias tra ar o quadro geral de evolu o do com rcio do livro em Portugal desde a viragem do s culo e naturalmente qual a situa o o mais atual poss vel de acordo com a disponibilidade de dados conhecida que alguma diferen a entre a difus o e a produ o da informa o O terceiro cap tulo d conta dos resultados obtidos com base nas entrevistas aos livreiros independentes Naturalmente n o se pretende que os resultados apresentados neste cap tulo em que se privilegia a transcri o de excertos portanto o discurso direto dos entrevistados sejam representativos do que seria eventualmente o posicionamento dos livreiros Procura se isso sim dar conta dos posicionamentos sobre os diversos temas considerados pertinentes pela equipa do projeto e pelos entrevistados no contexto atual como se ver nuns temas mais consensuais noutros com matizes 11 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Ap s um primeiro cap tulo de enquadramento seguido de dois em que se sistematizam os dados quantitativos e qualitativos entretanto recolhidos avan a se no quarto cap tulo com uma s ntese das principais tend ncias identific veis nos planos internacional e portugu s Na conclus o retomam se os principais asp
54. nos centros universit rios despontou um escol de eruditos professores e estudantes que com artistas especializados copistas e ilustradores se organizaram para a comercializa o de livros O incremento progressivo de novos p blicos com capacidade de leitura em especial burgueses e mercadores vidos da cultura proporcionada pelo livro e envolvidos em inovadores progressos t cnicos como a inven o do alto forno veio a criar as condi es prop cias para o aparecimento da imprensa E a partir da para que o livro deixasse de estar circunscrito ao mbito da erudi o se vulgarizasse entrasse no dom nio da divulga o e do entretenimento e se constitu sse como um bem cultural com vasta procura e elevado potencial econ mico financeiro neste contexto que o livro veio a assumir estatuto privilegiado como ind stria cultural de refer ncia O car cter cultural do livro e a import ncia cultural da atividade de edi o de livros s o largamente reconhecidos consabido que o valor do livro n o pode ser reduzido ao de mera mercadoria A rela o com a leitura de que suporte nobre em particular tratando se de literatura contribui largamente para o seu valor cultural Para al m da dimens o cultural Sobre as caracter sticas das ind strias culturais incluindo naturalmente a do livro na perspetiva da economia da cultura ver entre outros Benhamou 1996 Greffe 2006 Pratt 2007 e Neves et al 2012
55. o da escrita no terceiro mil nio antes da nossa era Chalus 2000 1 2 Foi essa for a suprema que fez evoluir a palavra escrita da representa o pictogr fica ocorrida no Sul da Mesopot mia ent o designada Sum ria entre o sexto e o primeiro mil nio a C at ao mundo do livro impresso tal como concebido a partir do s culo XV e que marcou a civiliza o da humanidade ao longo dos cinco s culos que perdurou a era da Gal xia Gutenberg essa mesma for a que nos dias de hoje mant m o livro como a mais importante das ind strias culturais e dita a sua relev ncia no futuro digital que se projeta como desafio de um novo paradigma civilizacional a era da informa o globalizada No longo caminho percorrido pela palavra escrita o evoluir na forma de apresenta o assume uma import ncia determinante Nesse percurso de mil nios a apresenta o dos manuscritos 13 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI em forma de c dice constitui um facto de tal relev ncia que por muitos autores considerado como a mais importante revolu o da hist ria do livro Furtado 1995 40 Este novo modelo de apresenta o contribuiu decisivamente para o incremento na divulga o e procura dos manuscritos que os mosteiros e outros estabelecimentos religiosos produziram ao longo dos sete s culos que mediaram entre a queda do Imp rio Romano e o final do s culo XII em regime de quase
56. outro fator explicativo da evolu o global reporta se aos ISBN atribu dos pela ag ncia nacional portuguesa a PALP Pa ses Africanos de L ngua Portuguesa dados 2008 2013 15 Os formatos mais comuns s o o PDF e EPUB 39 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Embora o seu peso seja pouco significativo nunca ultrapassa os 2 o que verdade que tamb m contribui para justificar o crescimento de 2013 com 381 ISBN Outra informa o relevante do sistema ISBN reporta se aos n meros de pedidos classificados como Print on demand no per odo 2010 2013 Os n meros totais em causa s o relativamente baixos mas registam um claro aumento confirmando se assim o crescente recurso a este modo de edi o gr fico 6 Gr fico 6 ISBN atribu dos a print on demand por ano 2010 2013 n mero 120 100 80 60 40 20 2010 2011 2012 2013 Fonte Ag ncia Nacional ISBN APEL A edi o n o se reduz s empresas comerciais antes inclui uma grande variedade de entidades entre as quais institui es do sector p blico organismos da administra o central munic pios universidades etc e autores editores O gr fico 7 mostra o volume e a evolu o dos ISBN atribu dos a estes ltimos no per odo 2010 2013 Nele se consta que os n meros em causa s o relevantes e que t m vindo a crescer com destaque para 2013 com 1 800 ISBN atribu dos 17 Recorrendo de no
57. para pa s tal como a conjuntura econ mica social e cultural em Portugal afetada de forma particular pela crise econ mica Por tudo isso o contexto portugu s atual luz da sua evolu o desde 2000 foi detalhadamente analisado ao longo do estudo primeiro do ponto de vista de alguns dos indicadores socioecon micos depois por via do olhar de v rios dos seus protagonistas atuais todos eles situados no conjunto sem d vida diverso mas apesar de tudo com caracter sticas comuns do com rcio tradicional e independente As principais tend ncias decorrentes da an lise dos dados recolhidos foram depois sintetizadas no cap tulo precedente Procurou se deste modo responder s quest es que informaram a pesquisa e que foram enunciadas na introdu o Nesta conclus o concretiza se o ltimo dos objetivos tra ados para o presente estudo a realiza o de um diagn stico que se sintetiza com a identifica o dos principais pontos fortes e fracos oportunidades e amea as Como facilmente se compreende os pontos de sentido positivo s o significativamente menos do que os de sentido contr rio 105 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Propositadamente n o se alinham aqui poss veis linhas estrat gicas de atua o decorrentes do diagn stico uma vez que esse n o era um objetivo de partida Mas n o pode deixar de se referir a import ncia de as associa es profissionais e de form
58. reduzido substancialmente e a diversidade cultural tende a restringir se ii nos pa ses em que vigora a lei do pre o fixo e outras medidas culturais legais e fiscais de apoio ao com rcio livreiro mas onde a penetra o do e book ainda baixa casos da Fran a Alemanha e menos notoriamente Espanha por efeitos da crise econ mica que o pa s vive as vendas globais t m diminu do ligeiramente o com rcio livreiro tradicional mant m a lideran a embora com perca de quota de mercado especialmente para as livrarias online o e book come a a crescer embora partindo de uma penetra o baixa e a diversidade da oferta de t tulos tende a manter se iii livro f sico e livro digital tender o a conviver embora numa rela o diferente da atual com ganho de quota de mercado para o digital e iv a valoriza o econ mica do sector ganhar com a implementa o equilibrada de medidas que promovam a edi o e o com rcio digital em coordena o com outras que apoiem a edi o do livro f sico e o com rcio livreiro tradicional e que no seu conjunto preservem a diversidade cultural Tecnol gico Tecnologias disruptivas que aportam proposi es de valor e caracter sticas de performance diferentes como o caso do digital levam a altera es de modelos de neg cio e transformam o funcionamento das ind strias contendo potencial para introduzir novas combina es de meios criar eros o nos modelos de obten o de proveitos e f
59. rios quantos e Outros aspetos 6 EVOLU ES PREVIS VEIS A PRAZO x No que se refere a evolu o previs vel da ind stria do livro em geral e do com rcio livreiro em particular e mais especificamente das livrarias independentes quais as principais tend ncias que considera como amea as para o neg cio E como oportunidades e Amea as i Pass veis de serem ultrapassadas como ii Que n o vislumbra como combater porqu iii Outras amea as e Oportunidades i Que pensa aproveitar como ii Que n o tem forma de aproveitar porqu iii Outras oportunidades 7 SUGEST ES Tem outras sugest es a fazer quanto otimiza o do com rcio do livro em Portugal 8 OUTROS ASPETOS ANTES N O CONSIDERADOS A terminar que outros aspetos anteriormente n o considerados gostaria de acrescentar A entrevista terminou Muito obrigado pela sua colabora o 118 B c ANEXO 5 GRELHA QUESTION RIO DE CARATERIZA O DA LIVRARIA Local LIVRARIA ENTREVISTAD o A Quais das seguintes sec es e servi os disp e A 1 Sec es Fic o L N o fic o Livros t cnicos O Livros escolares Novidades Fundo de cat logo Alfarrabista D NDA Ana LICICICICI Li Outras Quais Di COE e D Qual o n mero de t tulos dispon veis Qual das seguintes atividades realiza normalmente se se aplicar 1 Apresenta
60. rios outros designadamente desde 2011 nico ano com varia es negativas em todos os produtos considerados como por exemplo o caso do Entretenimento Em rela o aos produtos do mercado de entretenimento constata se que entre 2011 e 2013 o produto livro apesar da quebra assinalada tem aumentado o seu peso relativo face aos restantes produtos Em 2012 e 2013 representa j mais de metade das vendas 52 e 55 respetivamente quadro 13 Por outro lado o gaming o que mais perde 33 em 2013 face aos 41 de 2011 enquanto a m sica e o v deo se mant m constantes Quadro 13 Volume de vendas de produtos de entretenimento em Portugal por ano 2011 2013 percentagem e milh es de euros Ano Produtos 2011 2012 2013 Livros 47 0 52 0 55 0 M sica 5 0 5 0 5 0 V deo 7 0 7 0 7 0 Gaming 41 0 36 0 33 0 Total 480 381 335 Fonte GfK maio de 2014 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Especificamente quanto a livros a compara o da varia o em Portugal relativamente a outros pa ses europeus mostra que ela entre os pa ses em que ela negativa que afeta a maioria dos pa ses em qualquer dos tr s anos considerados embora com diferentes evolu es das mais baixas em 2013 quadro 14 A evolu o negativa particularmente sens vel em Espanha Quadro 14 Varia o no volume de vendas do produto livros em pa ses europeus por ano 2
61. se que esta informa o estat stica est harmonizada pelo que poss vel a compara o a n vel europeu UE27 ver adiante 34 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Em 2008 ano em que eclodiu a crise financeira e econ mica mundial bem patente o fort ssimo aumento do n mero de dissolu es que chega a 65 e mant m se superior ao das empresas constitu das em 2010 2011 e 2012 Apesar da invers o registada neste ltimo ano devido ao crescimento das constitu das n o resulta ainda claro que este ltimo ano signifique o retorno a o padr o que caracteriza o per odo anterior a 2008 Gr fico 2 Empresas com atividade principal de edi o constitu das e dissolvidas por ano 2000 2013 n mero 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Empresas constitu das Empresas dissolvidas Fonte INE I P Portugal Constitui o e Dissolu o de Pessoas Coletivas e Entidades Equiparadas 2000 2013 Nota Os dados entre 2000 a 2002 decorrem da CAE Rev 2 os dados entre 2002 a 2007 da CAE Rev 2 1 e os de 2008 a 2013 da CAE Rev 3 No caso das empresas de edi o de livros na CAE Rev 3 est o classificadas como 58110 e passaram a englobar as anteriores CAE 22110 e 72400 pelo que a compara o dever ser feita com algumas cautelas Quanto ao volume de neg cios regista um pico em 2008 com 404 milh es diminui depois e em 2012
62. todos h uma justi a para ricos e uma justi a para pobres Livreiro 2 A quest o est numa tica de concorr ncia de respeito pelo que n o tem a mesma dimens o mas deve ser respeitado H uma falta de tica no mercado Livreiro 2 Eles hipermercados FNAC e cadeias de livrarias com os 40 e tal por cento de desconto conseguem fazer descontos de 10 de 20 30 e at 40 Os livreiros independentes n o t m a m nima hip tese As condi es s o completamente desiguais Livreiro 1 A concentra o editorial Eles que t m o monop lio Eles t m descontos mais baratos do que n s Pagam quando querem devolvem quando querem N s temos regras para isso tudo Livreiro 5 H quem adiante alternativas para minimizar estas dificuldades mostrando a vantagem de melhorar as condi es de comercializa o com os fornecedores editores sugerindo que os livros fiquem durante mais tempo nas livrarias aumentando as hip teses da sua venda Dar essas facilidades aos livreiros independentes n o os obrigar a efetuar pagamentos ao fim de 30 ou 60 dias Deixar que os livros permanecem nas livrarias mais tempo Nas livrarias o espa o n o t o limitado por isso deixem ficar os livros bom para eles Livreiro 1 76 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 3 4 Promo es h bitos de consumo pre o do livro e feiras do livro Promo es e h bitos de consumo
63. veis ao com rcio do livro Esse mais algo que temos de ver Mais uma batalha Nunca N o h pol ticas a favor do livro A favor do livro na livraria Livreiro 5 Alguns livreiros adiantam sugest es nomeadamente sobre regulamenta o e divulga o promo o ou estimula o de h bitos de leitura assim como de compras nas livrarias independentes Eu acho que h pol ticas p blicas N s temos a tend ncia para dizer que s o sempre poucas e que podem ser mais Eu o que acho que tem de haver regras e acho por exemplo o favorecimento que a LPF trouxe no fornecimento direto dos editores s bibliotecas que faziam 83 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI descontos que podiam ir mais al m do que aquilo que a gente podia dar eu n o concordo com isso As inten es s o boas O que eu queria uma pol tica que desse o espa o livraria que a livraria do meu ponto de vista merece Eu acho que apesar de tudo n o h neste momento mais publicidade leitura Livreiro 3 Era importante que as pessoas tivessem no o que a leitura essencial para o desenvolvimento intelectual e da sua forma o Promover o livro promover a leitura dar acesso aos livros atrav s das bibliotecas p blicas Acho essencial para o desenvolvimento do pa s importante trabalhar o livro porque o livro importante para o conhecimento Esta a minha maior preocupa o Li
64. 00 m2 e mais com exce o dos anos de 2005 e 2009 em que se verificam pequenas melhorias De todo o modo as vendas de livros jornais e artigos de papelaria nestes estabelecimentos representam em m dia 3 do volume total de vendas Em rela o aos restantes escal es com volumes de vendas consideravelmente mais baixos a maior parte regista subida nas vendas nos anos mais recentes destacando se os escal es de 4 000 a 7 999 m2 e de 2 000 a 2 499 m2 por apresentarem em m dia um peso relativo dos Livros jornais e artigos de papelaria de 2 face ao total das vendas 61 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 2 2 4 O Livro n o escolar A GfK apura desde 2007 um conjunto de indicadores sobre o com rcio do livro n o escolar com base numa amostra do retalho De acordo com esta fonte identificam se com clareza dois ciclos cujo v rtice recai em 2009 primeiro de crescimento e depois de queda Note se que os valores de 2012 e 2013 est o abaixo dos de 2007 e 2008 o que d bem nota do atual contexto de crise gr fico 27 A evolu o das unidades vendidas embora n o coincida exatamente com a do volume de vendas entre 2009 e 2011 n o se registam diferen as significativas bastante similar Nos dois indicadores o ano de 2103 claramente o que tem os n meros mais baixos Gr fico 27 Unidades vendidas e volume de vendas do mercado do livro n o escolar por ano 2007 2013 milhares
65. 009 e depois um decr scimo continuado gr fico 23 O peso no total de 57 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI vendas oscila entre 3 9 2004 e 1 8 2011 e 2012 e tem vindo a declinar apesar da recupera o que os anos de 2008 e 2009 representaram Gr fico 23 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria e peso relativo no total de vendas nas UCDR do com rcio a retalho n o alimentar por ano 2004 2012 milhares de euros e percentagem 120 000 5 0 100 000 L 40 80 000 L milhares de euros Percentagem 3 0 60 000 H 2 0 40 000 20 000 1 0 0 i 0 0 2004 T T T T T T 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 mm Volume de vendas Peso no total de vendas a retalho Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2004 2008 INE Estatisticas do Com rcio 2009 2012 Por regi o no per odo em an lise nos estabelecimentos localizados em Lisboa 2 6 e no Norte 2 5 que o peso no total de vendas mais elevado seguindo se o Algarve com 1 7 O Alentejo 1 apresenta os valores mais baixos Uma nota para a regi o da Madeira que em dois anos 2011 e 2012 regista um peso de 1 7 O valor das vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR do retalho alimentar em geral superior ao do n o alimentar mas a percentagem correspondente sempre mais baixa O valor regista tamb m uma evo
66. 011 2013 taxa de varia o Pa ses ang 2011 2012 2013 Alemanha 2 1 0 Austria 2 1 2 B lgica 12 4 2 Espanha 6 11 12 Fran a 2 1 3 Holanda 3 9 7 It lia 6 6 4 Portugal 3 9 1 Su a 7 1 2 Fonte GfK 70 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI CAP TULO 3 POSICIONAMENTO DE LIVREIROS Como foi j referido o com rcio livreiro enfrenta v rios desafios num contexto adverso devido a v rios fatores Entre estes podem referir se altera es no modelo de neg cio devido aos processos de concentra o diversifica o e ao alargamento dos pontos de venda de livros estabelecimentos com outras fun es venda de livros em locais tempor rios improvisados as pr ticas promocionais com as quais n o parece estar em condi es de concorrer aos h bitos de consumo crise econ mica diminui o do consumo p blico e privado a altera es v rias com repercuss es no com rcio tradicional lei do arrendamento c pia privada e ao livro digital Para melhor entender quais os desafios do com rcio livreiro no contexto mais geral da evolu o do sector do livro em Portugal foram realizadas seis entrevistas explorat rias na fase inicial do estudo anexo 3 Neste cap tulo apresentam se os resultados do m dulo de entrevistas a livreiros independentes O objetivo deste m dulo recolher a experi ncia e a opini o dos entrevistados sob
67. 135 000 130 000 edi o do livro Fonte FEP European Book Publishing Statistics 4 dezembro de 2009 e 12 de dezembro de 2013 Nota A Federa o Europeia de Editores FEP representa 28 associa es nacionais de editores da Uni o Europeia e de Estados do Espa o Econ mico Europeu 32 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI CAP TULO 2 EVOLU O DA EDI O E DO COM RCIO DO LIVRO EM PORTUGAL Neste cap tulo analisa se a evolu o registada e identificam se tend ncias tendo por base informa o quantitativa de natureza econ mica n mero de empresas volume de neg cios e outra n mero de t tulos editados dispon veis de carateriza o do sector Uma vez que a an lise diacr nica privilegiou se a constru o de s ries estat sticas Para al m dos estudos recentes sobre o sector em Portugal Neves e Santos 2010 Dion sio e Leal 2012 Neves et al 2012 cujas s ries se procurou atualizar e alargar a novas dimens es recorreu se a fontes administrativas diversas organismos oficiais estat sticas oficiais em particular o INE e associativas e a estudos de mercado O enfoque central o com rcio do livro em Portugal Uma vez que as fontes que aqui se utilizam s o secund rias a no o de livro decorre de cada fonte ou estudo Deve ter se em conta que nem sempre s o coincidentes a cada momento dar se conta dos conte dos associados a cada no
68. 2 O VAB regista uma tend ncia de queda ap s 2008 e atinge o seu ponto mais baixo em 2011 mas em 2012 vis vel a interrup o da tend ncia Esta invers o parece estar mais associada s m dias e grandes empresas O ano de 2008 parece portanto constituir simultaneamente um momento invulgarmente alto por um lado e de viragem da evolu o por outro Quanto ao pessoal ao servi o nas empresas da edi o regista um pico em 2006 3 011 ano que marca tamb m uma invers o da tend ncia a partir da de diminui o Em 2012 2 373 ou seja menos 638 pessoas ao servi o o que significa que perdeu 21 do emprego ent o existente Note se que neste ano verifica se pela primeira vez um valor abaixo do patamar dos 2 500 empregados 36 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 2 1 1 T tulos editados em Portugal ISBN A ag ncia nacional do ISBN situada na APEL por via do registo das atribui es feitas anualmente de acordo com as normas internacionais do Sistema permite acompanhar a evolu o das expetativas de edi o de documentos impressos e eletr nicos por parte dos editores portugueses e dos PALP Pa ses Africanos de L ngua Portuguesa O quadro 2 mostra a evolu o dos principais indicadores ao longo do per odo para o qual est o dispon veis dados Quadro 2 Indicadores gerais dos ISBN atribu dos pela ag ncia nacional por ano 2002 2013
69. 2 2 42 0 42 5 Total 13 494 13 537 14 662 14 555 14 669 13 648 12 945 Volume de vendas Livrarias e outros 67 1 70 7 74 2 73 1 71 8 71 1 69 4 Super e hipermercados 32 9 29 3 25 8 26 9 28 2 28 9 30 6 Total 151 7 156 2 174 0 169 1 164 3 149 0 147 1 Fonte GfK Um olhar mais centrado nas Livrarias e outros mostra que 2009 um ano de viragem nos dois indicadores ap s o qual este canal tem vindo a ver diminu dos os valores em causa para os super e hipermercados gr fico 28 Gr fico 28 Peso das unidades vendidas e do volume de vendas no canal livrarias e outros por ano 2007 2013 percentagem 80 0 o a 75 0 70 7 71 8 71 1 70 0 67 1 65 0 60 0 55 0 50 0 45 0 40 0 69 4 52 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 4 Unidades E Vendas Fonte GfK Na distribui o das unidades vendidas e do volume de vendas por Trimestre constata se que o 4 trimestre e em especial a poca de natal o per odo com n vel de vendas mais elevado 63 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI representando em m dia 34 das unidades e 36 do volume quadro 7 O 2 trimestre o que regista os valores de vendas mais baixos tanto em unidades como em volume No entanto note se que no per odo em an lise as vendas do 4 Trimestre t m vindo a perder peso em ambos os indicadores unidade e volume de vendas face ao
70. Atividades Culturais na tutela do Secret rio de Estado da Cultura Mas ainda do ponto de vista das pol ticas p blicas os entrevistados constatam igualmente a aus ncia de programas espec ficos direcionados para as livrarias independentes embora num mbito mais geral a aplica o do IVA a taxa reduzida seja considerada importante e o Plano Nacional de Leitura positivamente avaliado Neste quadro faz se sentir a necessidade de criar condi es para que as entidades respons veis pela tutela da cultura tenham uma atua o mais proactiva nomeadamente assegurando a efetiva regula o do mercado e adequando a legisla o relativa ao direito de autor e c pia privada mas tamb m a relev ncia de os principais players da edi o e da comercializa o criarem ou desenvolverem de forma mais efetiva medidas que facilitem a atividade das livrarias independentes Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI e contribuam para preservar estes importantes espa os comerciais e de presta o de servi os aos seus clientes e leitores Aos desafios que se colocam ao com rcio livreiro e em especial no que se refere s livrarias independentes soma se a fragilidade do ponto de vista associativo Apesar da exist ncia de uma associa o de editores e livreiros a APEL os livreiros entrevistados ou n o se reconhecem nela ou manifestam reservas quanto sua atua o em benef cio dos livreiros mas tamb
71. CENTRO DE INVESTIGA O E ESTUDOS DE SOCIOLOGIA Instituto Universit rio de Lisboa AAPEL SIER SIUL Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Jos Soares Neves coord Rui Beja Jorge Alves dos Santos Jorge Augusto dos Santos Setembro de 2014 Relat rio do Projeto Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI realizado no CIES IUL entre fevereiro e junho de 2014 uma encomenda da APEL Associa o Portuguesa de Editores e Livreiros EQUIPA DO PROJETO Jos Soares Neves doutor em Sociologia da Comunica o da Cultura e da Educa o pelo ISCTE IUL investigador do CIES IUL BPD FCT e Professor Auxiliar Convidado do ISCTE IUL coordenador cient fico Rui Beja mestre em Estudos Editoriais pela Universidade de Aveiro licenciado em Controlo Financeiro pelo ISCAL IPL Economista Consultor de Gest o e Investigador colaborador da Unidade de I amp D Centro de L nguas Literaturas e Culturas da Universidade de Aveiro investigador Jorge Alves dos Santos mestre em Comunica o Cultura e Tecnologias da informa o ISCTE IUL licenciado em Sociologia pela Universidade Moderna de Lisboa colaborador Jorge Augusto dos Santos mestrando em Comunica o Cultura e Tecnologias da informa o ISCTE IUL licenciado em Estudos Art sticos pela Universidade Aberta colaborador Editor APEL Associa o Portuguesa de Editores e
72. M todo TEE E Baik Resi E A he ee IT Ab LAS Sue ta Bos Tas ent tn tent ad 71 3 2 Carateriza o das livrarias entrevistadas cccesscsccccecsssessnecececeseesesneeeeeescesseseensaeeeeeeesseeegs 72 3 3 Rela o dos livreiros com editores e distribuidores 74 3 4 Promo es h bitos de consumo pre o do livro e feiras do livro cecceccceessececeesteeeeeeesaes 77 3 5 Com rcio eletr nico e livros digitais cccccccsscccssssececssssececssssececeesaececsesaeeeesesaeeeesesaeeeeneaas 81 3 6 Politicas publicas 3 424550 ne MT O ESAF en ENE EA doa SE ve doar ah ste dei tm ren DEE Pads E oe den Etes ans 83 3 7 Associativismo e coopera o interpares c eee ee rece re rare re cer ee rare renenenea 88 A TENDENCIAS if ioe sa ee nn ia Tp Ri Tea a a 91 4 1 Contexto internacional sanesermemeni entire ana En onanan Aa nAn Ain ati cad ad 91 4 2 Contexto PONLUBU S eisa A reed EE AA esas tess doeaeieh ere del ee cr ere se A ESTA evans 99 CONCLUS O S NTESE DO DIAGN STICO DO COM RCIO LIVREIRO EM PORTUGAL nieces 105 BIBLIOGRAFIA WEBGRAFIA LEGISLA O Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI ANEXOS ANEXO 1 PESO DA EDI O NAS INDUSTRIAS DO ENTRETENIMENTO E MEDIA mm ANEXO 2 LISTA DE ENTREVISTAS A LIVREIROS INDEPENDENTES mme ANEXO 3 LISTA DE ENTREVISTAS EXPLORAT RIAS A PROFISSIONAIS DO LIVRO sm ANEXO 4 GUI O DE ENTREVISTA nn A
73. NEXO 5 GRELHA QUESTION RIO DE CARATERIZA O DA LIVRARIA cs ANEXO 6 TAXA DE IVA SOBRE LIVROS IMPRESSOS E ELETR NICOS NOS PA SES DA UE 27 121 ANEXO 7 CRONOLOGIA COM FACTOS RELEVANTES QUE MARCAM O SECTOR DO LIVRO COM RCIO E EDI O EM PORTUGAL 1970 2014 ANEXO 8 CUPIX N VEL DO PRE O NORMAL DO LIVRO POR PA S E POR ANO 2010 2013 126 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI NDICE DE GR FICOS Gr fico 1 Empresas com atividade principal de edi o de livros por ano 2004 2012 34 Gr fico 2 Empresas com atividade principal de edi o constitu das e dissolvidas por ano OOO 20 a D pesa a UR da RA a q na cut 35 Gr fico 3 Volume de neg cios das empresas de edi o de livros por ano 2004 2012 36 Gr fico 4 ISBN atribu dos em suporte papel e eletr nico em Portugal por ano 2002 2013 38 Gr fico 5 ISBN atribu dos a documentos eletr nicos por ano 2002 2013 39 Gr fico 6 ISBN atribu dos a print on demand por ano 2010 2013 40 Gr fico 7 ISBN atribu dos a entidades do sector p blico por ano 2010 2013 ceeeceesseeeeeseees 41 Gr fico 8 ISBN atribu dos a autores editores por ano 2007 e 2013 42 Gr fico 9 Registos do Dep sito Legal atribu dos em Portugal por ano 1974 2013 43 Gr fico 10 Registos do Dep sito Legal atribu dos e t tulos
74. Para al m de de acordo com alguns livreiros poderem colidir com a LPFL quest o a que se far refer ncia adiante as pr ticas promocionais com descontos por parte dos grandes players do com rcio livreiro e a sua continuidade no tempo t m segundo os entrevistados consequ ncias v rias entre elas o enraizamento de h bitos de consumo baseados justamente na compra de livros com desconto h bitos com os quais as livrarias independentes n o est o em condi es de concorrer que prejudicam o seu neg cio e que tendem a desvalorizar e a desprestigiar o livro ou a fazer com que as livrarias independentes desapare am Houve durante muito tempo em que apareciam livros modernos livros novos ao abrigo da LPF mas que com subterf gios de uma promo o ou de uma feira do livro ou de n o sei qu apareciam nessas zonas com pre os que eu n o posso praticar porque eu n o tinha condi es comerciais para praticar essas margens E isso eu sou totalmente contra Livreiro 3 Toda a gente gosta de comprar mais barato A quest o que eu ponho sempre por exemplo neste momento est a decorrer uma campanha na FNAC que os livros novos t m 20 de desconto Ningu m me vem aqui comprar um livro Essa a realidade E isto que eu n o acho justo porque se o editor quer fazer essa baixa de pre os ent o deve fazer universalmente em todos os pontos de venda Livreiro 3 Hoje em dia o consumidor parece que anda procura de promo
75. REIRO EM PORTUGAL Como se evidenciou nos cap tulos anteriores o com rcio livreiro do livro impresso que constitui o objeto primeiro do presente estudo enfrenta enormes desafios Esses desafios n o s o de agora nem s o propriamente espec ficos do caso portugu s Isso ficou bem patente no cap tulo em que se fez o enquadramento geral do estudo e naquele outro em que se sintetizaram as principais tend ncias atuais De um modo geral o com rcio e o com rcio tradicional no sentido em que se trata de um com rcio de rua local de proximidade do livro impresso por norma mas n o sempre tamb m independente face aos grupos de edi o ou comercializa o tem desde h muito nas grandes superf cies alimentares e n o alimentares depois na generaliza o da venda de livros noutros espa os n o especializados e mais recentemente nas pr ticas comerciais de cadeias de livrarias no com rcio eletr nico de livros e nos e books os seus principais concorrentes Em muitos pa ses o reconhecimento destes problemas vai de par com o reconhecimento da relev ncia da sua exist ncia pelo seu valor cultural e n o apenas ou n o sobretudo econ mico Por isso mesmo as pr ticas de regula o s o uma realidade em diversos pa ses designadamente no espa o pol tico em que Portugal se integra Contudo os referidos desafios a forma como t m sido enfrentados e os resultados obtidos pelas vias estabelecidas variam significativamente de pa s
76. Saale oct sde hah ne nee ten 9 1 ENQUADRAMENTO 3eme sfr Let home ee ele shud een ad Eta Rad SE Fe eaaa astani 13 1 1 O livro como uma ind stria cultural ccceesseceescecesscesssecssseeceeeeesueessssecseeeecsaeessueeseaeeeseeeess 15 1 2 As ra zes e a relev ncia do com rcio livreiro na ind stria do livro ceesseceessesesseeesteeeeenees 19 1 3 Evolu o e tend ncias do retalho livreiro a partir dos anos sessenta do s culo XX 22 1 4 Regula o do mercado e Lei do Pre o Fixo do Livro oo ceccsssssssececeeecesseseaececeesseesesssaeeeeess 24 1 5 Factos e n meros que marcam a ind stria do livro no s culo XXI ou eeseeseseceessceeeessseaeees 29 2 EVOLU O DA EDI O E DO COM RCIO DO LIVRO EM PORTUGAL ss 33 2 1 A edi o em Portugal iscas cce estimer tienne sienne ares 34 2 1 1 T tulos editados em Portugal ui 37 2 1 2 M rcado externo arrire a aT rE E pata ennemie Mann 44 2 2 G tomer a retalhO eeraa r e rein EE A ati hentai 45 2 2 1 Empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros na UE 27 45 2 2 2 Empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros em Portugal 48 2 2 3 O livro nas Unidades Comerciais de Dimens o Relevante UCDR alimentares e n o alimentares sm pdta sda ds aa dd Renan lA O paca a 55 2 24 O livro ndo escolar earr rider id air dica tnt nues 62 3 POSICIONAMENTO DE LIVREIROS a eaea eanna e AREE aaa e a a ar S E AOE EAS a RER 71 e
77. a 1 software para criar e books no iPad para publica o na iBooks bookstore ou para partilhar em PDF E Hughes Evan 20 08 2013 The Publishing Industry is Thriving New Republic consultada a 9 10 2013 31 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Mercado europeu de venda de livros Os dados dispon veis sobre a evolu o do volume de neg cios registada entre 2006 e 2012 mostram uma tend ncia de diminui o a partir de 2007 que se acentua nos dois anos mais recentes o refor o do peso das vendas no com rcio a progress o cont nua do n mero de novos t tulos ao longo da s rie mas nos tr s ltimos anos com menor ritmo de crescimento e a progress o do cat logo ativo com um crescimento mais acentuado em 2010 e 2011 quadro 1 Quadro 1 Indicadores da ind stria da edi o na Europa por Ano 2006 2012 Bili es de euros e n mero Ano Indicadores 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Editores Receitas da venda de livros 23 2 24 5 23 8 23 0 23 5 22 8 22 5 Bili es de euros Vendas por canal de distribui o Foo LL ES 77 7 78 3 77 5 79 5 78 0 80 9 80 2 por grosso Titulos publicados no periodo Novos titulos 475 000 490 000 510 000 515 000 525 000 530 000 535 000 Re em 5 250 000 5 600 000 6 100 000 6 400 000 7 400 000 8 500 000 9 000 000 Pessoas a tempo inteiro no sector da 140 000 140 000 135 000 135 000 135 000
78. a Federa o Europeia de Editores FEP membro do Comit Executivo da Federa o Internacional de Editores IPA e exerce atualmente como s cio editor da Princ pia Editora e s cio gerente da Livraria F rin Gestor foi presidente do Conselho T cnico das Feiras do Livro da APEL exerce atualmente como Administrador e respons vel pelas reas Comercial e de Opera es da Editorial Presen a Editor foi presidente da Comiss o Organizadora do Congresso do Livro 2011 e exerce atualmente como editor da Sextante Editora da qual foi fundador 10 02 2014 20 02 2014 11 03 2014 116 ANEXO 4 GUI O DE ENTREVISTA Entrevista com livraria realizada a de por em Bom dia boa tarde Em nome da equipa agrade o de novo a sua disponibilidade para colaborar com o estudo concedendo nos esta entrevista Como referido no contato inicial o estudo visa realizar um diagn stico da situa o atual do sector e identificar as principais tend ncias de evolu o A entrevista destina se a recolher a sua experi ncia e a sua opini o sobre um conjunto de 8 temas Espero tomar lhe cerca de uma hora e meia Ser gravada para efeitos de tratamento e an lise mas a sua utiliza o ser an nima 1 PERFIL DO ENTREVISTADO Come ar por solicitar que o a entrevistado a situe em tra os largos o seu percurso no sector com rcio do livro inicio da atividade fun es livrarias 2 SOBRE A EVOLU O DA IND STRIA DO LIVRO Das tr
79. a designada B blia de Gutenberg que daria lugar ao paradigma sociocultural que caracterizou a nossa civiliza o ao longo dos ltimos cinco s culos Um c dice ou c dex da palavra em latim que significa livro bloco de madeira um livro manuscrito em geral do per odo da Antiguidade tardia at a Idade M dia O c dice um avan o relativamente ao rolo de pergaminho e gradualmente substituiu este ltimo como suporte de textos e imagens lt http tipografos net glossario codice html gt 14 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Sa do do mon stico scriptorium onde era copiado e frequentemente iluminado ou da rbita da institui o universit ria que o encomendava para uso docente o livro agora facilmente duplic vel vai conquistando o seu espa o e definindo o seu poder na sociedade civil E os grandes movimentos ideol gicos que desde o s c XV t m abalado e transformado o mundo Reforma e Contra Reforma Iluminismo Revolu o Francesa Independ ncia da Am rica Revolu o Russa foram precedidos acompanhados e seguidos por esse conjunto de folhas impressas dobradas e aglutinadas umas sobre as outras que constitui a forma material do livro Guedes 2001 23 24 1 1 Olivro como uma ind stria cultural O conceito de livro como objecto de raiz intelectual e prest gio social passou a assumir um claro valor transacion vel a partir do s culo XII quando
80. a do s culo XXI Porque o que eu quero que as pessoas venham c a Lisboa que se sintam c bem e que voltem N s n o estamos isolados Livreiro 3 Regula o do com rcio livreiro Lei do Pre o Fixo do Livro LPFL 2 A LPFL que foi aprovada em 1996 e que teve fundamentais altera es em 2000 considerada um importante e necess rio instrumento de regula o por alguns percecionado como o nico embora deva ser melhorado Penso que o nico instrumento que h mesmo a LPF A LPF do meu ponto de vista muito importante embora a lei em Portugal entrou logo coxa porque para j uma margem grande de amplitude entre o pre o de custo e o pre o que podia ser vendido Nenhum cliente meu admite que eu n o lhe fa a 10 de desconto Ou 10 ou 10 no cart o de fideliza o As pessoas nunca foram educadas para pedir 10 E no livro foi ao contr rio Come mos todos a fazer 10 Um livreiro que tenha 30 que normalmente a nossa margem se fizer 10 ao cliente est a abdicar de 33 da sua margem imens ssimo Depois a lei tem v rios al ap es a quest o das feiras do livro das promo es que permite que aquilo que fal mos h bocado que haja pre os que n o s o aqueles que est o corretos com essa finalidade dif cil Agora se me diz se melhor ter esta lei do que outra lei ou n o ter a lei eu prefiro ter esta lei Mas gostava que fosse afinada nesse sentido Livreiro 3
81. a mais lata o conjunto dos profissionais envolvidos e as institui es p blicas que tutelam o sector encontrarem vias para que se concretizem em tempo oportuno as op es que melhor se coadunem com a realidade sociocultural e geopol tica portuguesa e permitam responder aos desafios que se colocam ao com rcio livreiro x Uma ltima nota reporta se necessidade de dar continuidade produ o de informa o v lida e fi vel e realiza o de estudos sobre o sector do livro em geral e sobre o com rcio livreiro e as livrarias independentes em particular Especificamente quanto a estas ltimas permanecem em aberto dimens es relevantes de car ter conceptual o que entender por livraria independente de quantifica o quantas s o onde est o localizadas e de carateriza o atividades dimens o categorias de livros clientes entre outras S ntese diagn stica do com rcio livreiro Pontos fortes Proximidade f sica dos livreiros afetiva e de inter rela o pessoal com os compradores de livros de maior especificidade t cnica ou cultural como prescritores e Capacidade de adapta o por via do alargamento das val ncias comerciais e das atividades culturais realizadas e Clientes regulares tendencialmente grandes leitores e sua manuten o fideliza o e Utiliza o das TIC e do com rcio eletr nico Pontos fracos e Distanciamento face ao com rcio eletr nico de livros e de e books e D
82. ado um forte crescimento a partir de 2010 devido aposta dos editores na edi o em ambos os suportes impresso e digital Contudo os indicadores dispon veis para 2013 mostram alguns sinais de recupera o ao n vel da oferta Num contexto de encerramento de pequenas editoras e de diminui o dos t tulos editados assiste se concomitantemente ao aumento do fen meno da autoedi o edi o de apenas um t tulo de um autor ou de uma institui o e do print on demand Quanto s empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros a tend ncia negativa bem mais n tida Depois de algumas oscila es em alta em 2007 e 2008 a partir daqui cont nua e em 2012 o n mero de empresas o mais baixo de toda a s rie 562 o que significa menos 132 do que em 2004 O cen rio quanto rela o entre empresas dissolvidas e constitu das semelhante ao da edi o J quanto ao volume de neg cios mais acentuado O pico aqui situa se em 2009 145 milh es e decresce at atingir o valor mais baixo da s rie em 2012 com 126 milh es ou seja menos 19 milh es Do ponto de vista do VAB a evolu o muito pr xima com 2012 a registar de novo o valor mais baixo dos nove anos em apre o 22 milh es A compara o dos dados destas empresas no plano europeu UE 27 mostra que Portugal diverge da m dia A varia o negativa registada entre 2008 e 2011 no n mero de empresas em Portugal 9 1 contras
83. ais geral mas com forte impacto no pequeno com rcio como a do arrendamento A enorme pol mica que a Lei do Pre o Fixo gerou no espa o p blico particularmente aguda na fase que antecedeu a aprova o Santos e Gomes 2000 esbateu se depois Neves et al 2012 e hoje a sua exist ncia n o parece levantar especial controv rsia Contudo o mesmo n o se pode dizer quanto sua aplica o e sobretudo fiscaliza o da sua aplica o desde 2000 cometida a um organismo da tutela da Cultura a Inspe o Geral das Atividades Culturais IGAC Justamente em dezembro de 2013 foi despoletada uma a o coletiva junto da IGAC por parte de um conjunto de 26 livrarias independentes denunciando viola es da Lei em campanhas de vendas de livros Foi portanto num contexto em que se avolumam os sinais de preocupa o face situa o das livrarias e em particular como referido as independentes que se concretizou o presente estudo Na sua realiza o tiveram se em conta abordagens v rias sobre o sector do livro internacionais e nacionais mas o objeto central o com rcio livreiro em Portugal Deste ponto de vista o presente estudo integra uma linha que conta com alguns contributos recentes Neves e Santos 2010 Dion sio e Leal 2012 Beja 2012 Neves et al 2012 Neves et al 2012a para al m do j citado estudo sobre a aplica o da Lei do Pre o Fixo do Livro Santos e Gomes 2000 Os objetivos a cumprir no curto per
84. am ser as livrarias e n o as editoras a faz lo sabe Livreiro 4 Se calhar quem vendia os livros eram os livreiros Os editores punham l com condi es especiais os livreiros vendiam e pagavam Aquilo passa a ser uma venda significativa que concorre muito com os livreiros os independentes tamb m essencialmente os outros tamb m fazem mas depois nos livros fazem os mesmos descontos com mais ou menos porque depois fazem uma feira do livro l dentro Livreiro 1 3 5 Com rcio eletr nico e livros digitais O com rcio eletr nico e o livro digital s o desafios importantes para os livreiros uma vez que constituem rela es diretas dos editores com os consumidores Mas o com rcio eletr nico constitui tamb m um instrumento de que os livreiros se socorrem como ali s foi j referido a prop sito dos tipos de clientes para o com rcio de livros embora com limita es H outros fatores que influenciam as compras nomeadamente a venda atrav s da internet da disponibilidade de livros na internet a concorr ncia de outros suportes N o h uma diminui o da leitura mas o livro concorre com muitos outros suportes Livreiro 2 81 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Cada vez mais vendo livros atrav s das plataformas da internet N s vendemos livros antigos usados na internet N o tenho uma plataforma para vender livros novos Livreiro 2 O canal eletr nico
85. ampanhas 1 1 2 0 3 2 2 1 3 6 3 6 2 0 Total 7 012 7 721 9 127 8 571 8 475 7 914 7 440 Super e hipermercados Literatura 17 5 19 3 21 5 17 9 16 2 17 9 21 6 Infantil Juvenil 41 9 48 8 50 0 52 4 47 3 47 7 43 6 Outras 19 8 20 5 17 9 17 5 18 7 18 5 21 3 Campanhas 20 8 11 5 10 6 12 2 17 8 16 0 13 6 Total 6 482 5 816 5 535 5 984 6 194 5 734 5 505 Fonte GfK 67 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI A perspetiva do volume de vendas revela algumas diferen as significativas quadro 11 Quanto s livrarias as outras categorias mant m o seu peso maiorit rio mas que tem vindo a diminuir ao passo que Literatura e Infanto juvenil registam uma evolu o inversa de crescimento Quanto aos Super e hipermercados o peso do livro Infanto juvenil esbate se claramente nesta perspetiva por volume de vendas e mesmo superada pela Literatura em 2013 semelhan a do que se verificou em 2009 Quadro 11 Volume de vendas por canal por categoria e por ano 2007 2013 percentagem e milh es de euros Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Livrarias e Outros Literatura 27 5 27 5 31 1 30 0 29 5 31 4 33 0 Infantil Juvenil 13 2 13 5 14 5 15 0 15 4 16 3 16 6 Outras 58 9 58 3 53 3 54 1 53 6 51 2 49 7 Campanhas 0 4 0 7 1 1 0 9 1 4 1 1 0 7 Total 101 8 110 4 129 1 123 7 118 0 105 9 102 1 Super e hipermercados Literatura 32 3 33 0 38 2 34 1 30 8 32 3 34 7 Infanti
86. anda Pa ses Baixos Su cia e Finl ndia e que procura mostrar como o mercado tem vindo a evoluir e como a rela o entre os seus intervenientes tem influenciado a atividade das livrarias 1 4 Regula o do mercado e Lei do Pre o Fixo do Livro O com rcio do livro em espa os de livraria um dos sectores que mais se tem ressentido das transforma es ocorridas na ind stria livreira ao longo das ltimas cinco d cadas Por essa raz o e pela import ncia que em si congrega para a divulga o da palavra escrita como tamb m para assegurar a diversidade cultural e a pluralidade editorial tem sido objecto de preocupa o estudo e atua o por parte de acad micos associa es profissionais no mbito 24 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI do livro de entidades p blicas que em cada pa s tutelam as atividades relacionadas com o livro e a leitura e das institui es internacionais com responsabilidades no dom nio da cultura sendo de real ar a resolu o do Parlamento Europeu de 21 de Fevereiro de 2002 que cont m recomenda es Comiss o sobre a elabora o de uma diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao Pre o Fixo do Livro Rotheley 2002 A fixa o do pre o de venda dos livros ao p blico uma quest o antiga e transversal a v rios pa ses europeus e tem sido alvo de debate no seio da UE A compara o dos diversos pa ses mostra que s
87. ansforma es ocorridas ao longo dos ltimos anos na ind stria do livro quais os fatores que considera terem tido maior repercuss o no com rcio do livro e Relacionamento profissional entre os v rios intervenientes na produ o e comercializa o do livro autor agente liter rio editor distribuidor livreiro quais as altera es que mais valoriza e porqu e Concentra o livreira em grandes superf cies comerciais e cadeias de livrarias quais os efeitos mais significativos que se fizeram sentir e Concentra o em grupos editoriais de grande dimens o que tipo de repercuss o sentiu e em que dimens o e Livro escolar que aspetos merecem realce e com que repercuss es e Livrarias eletr nicas e livros digitais quais os impactos que considera mais relevantes e Outras altera es que considera marcantes quais e com que implica es 3 EVOLU O DO COM RCIO DO LIVRO Mais especificamente quanto evolu o do com rcio do livro quais os aspetos e que altera es positivas negativas tem constatado relativamente a e Tipo e quantidade de livros produzidos pelos editores e Modelo de relacionamento log stico com os seus fornecedores editores distribuidores e Condi es de comercializa o e Pr ticas concorrenciais dos diferentes canais de venda livrarias independentes cadeias de livrarias FNAC hipermercados livrarias eletr nicas CTT quiosques lojas de conveni ncia e H b
88. as entidades estatais com a tutela da cultura a terem fortes preocupa es sobre o futuro do livro na Europa A posi o conjunta dos ministros da Cultura da Fran a e da Alemanha subscrita em 17 de Fevereiro de 2014 a prop sito do livro digital disso mais um exemplo l occasion du Conseil des ministres franco allemand qui s est tenu Paris le 19 f vrier les ministres en charge de la Culture Aur lie Filippetti et Monika Gr tters se sont largement entretenues de l avenir du livre en Europe Elles ont adopt une d claration commune qui demande l engagement rapide l chelon europ en d un change collectif sur le livre et les d fis pos s par la transition num rique dans cette industrie culturelle o l Europe dispose d atouts consid rables Alors que le march du livre num rique conna t un d veloppement constant dans l espace de l Union la France et l Allemagne partagent la volont de pr server l quilibre de la cha ne du livre et la diversit de la cr ation tout en favorisant un acc s renouvel aux uvres gr ce au num rique L Union europ enne doit elle aussi porter une vision globale et coh rente des enjeux conomiques et culturels du livre La France et l Allemagne demandent que cet engagement se traduise par la reconnaissance du bien fond des r gulations nationales du prix du livre num rique 27 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d
89. b ration Les librairies Chapitre vont d poser le bilan http www liberation fr economie 2013 11 28 les librairies chapitre vont deposer le bilan 962701 consultada a 09 12 2013 8 vd Frankfurt Buchmesse International Information on the book Market in Germany http www buchmesse de en international book markets consultada a 06 04 2014 94 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI livrarias independentes e cadeias de livrarias que tiveram um decr scimo de 12 2 mant m se como lugar de refer ncia para a compra de livros com uma quota de mercado de 54 7 Neste contexto as altera es na cadeia de valor da ind stria livreira nomeadamente no que respeita aos canais de venda que consubstanciam o com rcio livreiro apresentam se em linha com o n vel de desenvolvimento socioecon mico o tipo de pol tica cultural a especificidade da estrutura de mercado e o grau de evolu o digital prevalentes em cada comunidade Um resumo suportado nos exemplos paradigm ticos detalhados no item 1 5 Factos e n meros que marcam a ind stria do livro no in cio do s culo XXI complementado pelos indicadores acima mencionados permite evidenciar que i nos pa ses em que se conjuga a n o regulamenta o do mercado do livro com elevada penetra o do e book casos dos EUA e Reino Unido o volume global de vendas tem se mantido estagnado o com rcio livreiro tradicional tem se
90. cada em curso como seguidamente se sintetiza 4 1 Contexto internacional Conforme decorre do conte do e refer ncias documentais constantes no item 1 3 Evolu o e tend ncias gerais do com rcio a retalho a partir dos anos sessenta do s culo XX do presente relat rio as grandes transforma es que iriam influenciar o panorama internacional do com rcio do livro na segunda d cada do s culo XXI iniciaram se nos Estados Unidos da Am rica no dealbar dos anos 1960 com a entrada das grandes superf cies comerciais no retalho livreiro A revolu o digital e o r pido crescimento da World Wide Web constitu ram a partir de meados dos anos 1990 fator adicional e incontornavelmente decisivo para a mudan a de paradigma das ind strias culturais incluindo o modelo de neg cio da edi o e com rcio livreiro 91 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Em s ntese no atual estado da arte do com rcio livreiro a n vel internacional nas suas diferentes dimens es cr ticas relevam os seguintes aspectos Sociocultural A import ncia do livro como factor de desenvolvimento do homem e das sociedades est bem patente no manifesto conjunto que as associa es profissionais pan europeias representativas dos autores dos editores e dos livreiros emitiram a prop sito das elei es europeias de 2014 Nele se reafirma que os livros transmitem ideias alimentam a mente e tornam a
91. clientes nos locais onde se alojavam frequentando as feiras locais onde se concentravam mercadores vindos de outros locais e assegurando os inerentes processos log sticos e de cobran a Os agentes melhor sucedidos acabaram por se fixar nas cidades para onde antes se deslocavam a se constituindo como livreiros retalhistas que vendiam as obras publicadas por diversos editores de maior dimens o Em finais do s culo XV existe por toda a Europa uma rede organizada de com rcio do livro a qual constitu da por livreiros retalhistas nas maiores cidades e por agentes itinerantes vendedores ambulantes de livros nas restantes Paralelamente mant m se e alarga se a tradi o de venda de livros em feiras as quais assumem grande preponder ncia para o com rcio do livro no s culo XVI como Lyon Leipzig e Frankfurt uma feira j importante quando a imprensa nasceu ali perto em Mog ncia Foi nesta importante feira que se iniciou a publica o de cat logos com os livros dispon veis informando tamb m quais as respetivas casas editoras e a proveni ncia geogr fica uma pr tica de divulga o e promo o do livro que os grandes editores abra aram em for a ao longo do s culo XVII especialmente para informa o dos livreiros Uma pr tica cujo sucesso viria a estimular o aparecimento na segunda metade do s culo de jornais e outra informa o bibliogr fica dirigida aos potenciais leitores Apesar dos progressos alcan ados os temp
92. de atividade do C rculo de Leitores 1973 e Livraria Culsete Set bal LS e Editorial Teorema comprada pelo grupo Leya em 2008 1980 e Criado Instituto Portugu s do Livro IPL 1985 e Abertura do hipermercado Continente em Matosinhos primeira grande superf cie alimentar com espa o espec fico dedicado venda de livros Livraria Arquivo Leiria 1986 Cria o do programa da tutela da cultura Rede Nacional de Bibliotecas P blicas L 1 e Abertura do primeiro hipermercado P o de A car e de um segundo hipermercado Continente ambos em Alfragide Amadora e A APEL assume a qualidade de ag ncia nacional do ISBN Nesta d cada as livrarias come am a incluir cafetarias e espa os de leitura nas suas lojas Livrarias Bertrand remodela o e in cio de constitui o de cadeia Bisturi net livraria online comercializa livros t cnicos nacionais e estrangeiros Existem j 35 grandes superf cies alimentares em Portugal com espa os cada vez maiores e melhor apetrechados para a comercializa o de livros Mediabooks livraria online fundada pela Texto Editora desde 2007 no grupo Leya Lei do Pre o Fixo do Livro LPF DL n 176 96 de 21 de setembro Arranque do programa Rede de Bibliotecas Escolares Wook livraria online fundada pela Porto Editora inicialmente Webboom com a designa o atual desde 2008 Cis o no movimento associativo editores e livreiros mantendo se a APEL e tendo sido constitu da a
93. de unidades e milh es de euros 14 000 156 2 N 12000 150 a 3 3 E 10000 v 2 8000 4 100 2 6000 4 3 E 2 4000 5 amp 2000 0 T T T T T T T T 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Em Unidades vendidas E Volume de vendas Fonte GfK A segmenta o por canal de distribui o mostra que as Livrarias e Outros representam sempre a parte maiorit ria tanto do ponto de vista das unidades como do volume de vendas com destaque para este ltimo quadro 6 A principal nota ser a recupera o sens vel do volume de vendas dos super e hipermercados em 2013 relativamente aos anos transatos 31 aa A amostra do painel GfK representa em estimativa entre 75 e 80 do valor total do mercado do livro n o escolar Fora da amostra ficam estabelecimentos pontos de venda como por exemplo livrarias independentes e outros em locais n o especializados A recolha de informa o feita de forma eletr nica atrav s dos sistemas de sell out dos pontos de venda e dos canais de distribui o 62 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Quadro 6 Unidades vendidas e volume de vendas por canal de distribui o e por ano 2007 2013 percentagem milhares de unidades e milh es de euros Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Unidades vendidas Livrarias e outros 52 0 57 0 62 2 58 9 57 8 58 0 57 5 Super e hipermercados 48 0 43 0 37 8 41 1 4
94. do que 50 000 unidades cada um o que significa portanto no conjunto pelo menos 600 mil exemplares e em 2007 em que 2 t tulos superaram as 100 000 unidades vendidas e outros 5 as 50 000 unidades no conjunto representam pelo menos 450 000 exemplares quadro 8 Quadro 8 N mero de t tulos por escal o de unidades vendidas e por ano 2007 2013 N mero M Ano Escal o 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Com mais de 100 mil 2 1 0 Com mais de 50 mil 5 2 12 6 3 2 6 Fonte GfK No que toca ao pre o m dio dos livros poss vel observar as diferen as existentes entre as v rias categorias Destaque se as categorias de Arte e de Direito Economia e Inform tica com pre os m dios acima de 20 da Literatura a rondar os 15 e da Infantil Juvenil com um valor de 7 A evolu o dos pre os mostra um outro facto curioso com os valores m dios mais altos a serem registados na maioria das categorias no ano 2009 mas tamb m em 2010 sendo que por norma apresentam logo de seguida um decr scimo de valor que em alguns casos acentuado Arte e Hist ria e Pol tica As exce es s o a Banda Desenhada e o Infantil Juvenil que registam em 2013 o valor mais elevado quadro 9 66 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Quadro 9 Pre o m dio das unidades vendidas por categoria e por ano 2007 2013 Euros Categorias ano
95. domin ncia que o valor econ mico do livro tem no seio das ind strias culturais No relat rio IPA Global Publishing Statistics os dados relativos ao ano de 2012 n o deixam margem para d vidas quanto lideran a econ mica do livro no conjunto das ind strias culturais Among entertainment products book publishing is clearly the largest equaling industry roughly three times the turnover of the global music industry and almost 14 more than the value of global movies and entertainment Wischenbart 2013 5 O quadro descritivo constante do mencionado relat rio evidencia o posicionamento do livro no mbito econ mico das ind strias culturais a n vel mundial Em 2012 representa 15 do valor total das ind strias de edi o entretenimento e media pr ximo de sectores como a Subscri o TV e Imprensa escrita ambos com 17 e Publicidade em TV 16 Em termos reais a edi o representa 151 bili es anexo 1 O reconhecimento do livro como uma ind stria e o crescente interesse econ mico que face massifica o da procura vem merecendo no portef lio de destacados grupos empresariais tanto com ra zes culturais como provenientes de outras reas de atividade em nada altera o valor que lhe intr nseco como instrumento fundamental para o desenvolvimento sociocultural dos homens e das na es Bem pelo contr rio a ind stria do livro requer reconhecidamente aprecia o valorativa e decis es apropriadas e espec
96. e a lei para cumprir Livreiro 4 como a LPF ela existe mas ningu m a quer cumprir logo n o existe E ningu m penalizado por isso A LPF um mau uso da lei O editor est a infringir a lei porque tamb m vende a pre os diferentes o mesmo artigo Livreiro 1 O problema n o est na lei do pre o fixo est no n o cumprimento da lei do pre o fixo N o h por parte da maior parte dos players do mercado n o cumprem a lei n o t m medo da lei porque n o h fiscaliza o da lei A IGAC o primeiro respons vel pela fiscaliza o da lei n o funciona Os livreiros fizeram queixa IGAC disseram que iam averiguar n o se soube resultado nenhum Fez se uma provid ncia cautelar contra as campanhas de Natal da Bertrand e da Fnac n o teve seguimento porque ningu m quer saber Na realidade parece que h uma vontade por parte n o dos poderosos mas dos que t m maior influ ncia no mercado Livreiro 2 H pouco medo das consequ ncias pelo fugir da lei Ent o vivemos num mundo que se aproxima de uma anarquia de um caos Livreiro 2 Ela n o cumprida pelas grandes superf cies Se n o for cumprida por mim eu garanto lhe que amanh est a um fiscal e eu pago uma multa de 2000 ou 3000 euros Mas n o sendo cumprida 86 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI por quem n o que s o sempre os mesmos A fiscaliza o n o funciona para os que disse
97. e de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros no volume de neg cios total das empresas de bens culturais e recreativos se situa nos 10 51 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI O VAB atinge o valor m ximo em 2009 29 milh es decresce depois e regista o mais baixo em 2012 22 milh es a larga dist ncia do de 2006 gr fico 16 Gr fico 16 VAB das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2004 2012 milh es de euros 31 28 7 29 25 23 21 17 15 T T T T T T T T 1 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 Quanto ao pessoal ao servi o regista um pico em alta em 2009 2 191 e em 2012 o mais baixo com 1 916 Nos anos recentes parecem ser as pequenas empresas as que mais se ressentem As regi es de Lisboa sobretudo e Centro s o as mais afetadas Contudo em m dia o pessoal ao servi o de 3 pessoas ao longo de toda a s rie Em s ntese seja qual for o ponto de vista adotado os anos mais recentes s o claramente os mais negativos refletindo os v rios desafios que as empresas do com rcio a retalho de livros enfrentam num per odo de crise econ mica e de profundas altera es induzidas pelo peso do com rcio do livro nas grandes superf cies alimentares e n o alimentares estas tamb m c
98. e est o desajustadas com a realidade N o sei se podem ser ajustadas Eu acho que cada vez h menos livrarias e se calhar o espa o das livrarias n o tem express o Livreiro 3 Eu acho que a APEL teve um papel importante no passado Antes o mercado era diversificado e havia muitos associados A APEL est cada vez mais reduzida a poucos associados a dois grandes associados que dominam claramente a APEL e isto est reduzido J que a APEL n o nos representa os livreiros precisavam de ser defendidos Isto s atrav s de uma associa o pr pria fora da APEL ou at dentro da APEL mas teriam de ter uma representa o com mais for a Que n o t m Eu n o perten o APEL nunca pertenci porque nunca me senti representado na APEL Eu acho que os pequenos livreiros pequenos editores e os livreiros tradicionais independentes teriam de ter um peso maior na APEL e a APEL devia importar se com eles Livreiro 2 Pois a APEL nunca fez nada por mim portanto deixei de pagar porque acho que n o faziam nada Est o se a defender numa das posi es que na de serem editores e n o de serem livreiros Os livreiros acabam por n o ganhar nada com isso Livreiro 4 N o h A APEL uma associa o de editores N o h nenhuma associa o de livreiros E mesmo a associa o de editores n o funciona enquanto uma associa o grupo uma associa o de dissociados Livreiro 1 Muito mau Associativismo n o existe Exi
99. e mant m a coexist ncia de diferentes modelos antes identificados Santos e Gomes 2000 20 24 que passam pela total inexist ncia da defini o do pre o de venda ao p blico pela passagem a um regime de pre o livre pela aboli o ou abandono do modelo de fixa o anterior pela fixa o de pre o por acordo comercial estabelecido entre editores e livreiros pela fixa o de pre o atrav s de acordo autorizado ou pela regulamenta o do sector atrav s da institui o de uma lei A tabela 1 permite dar conta dessa diversidade Na maioria dos pa ses da UE vigora um sistema livre de pre os de venda de livros quer porque ainda n o implementou qualquer regime de regula o quer porque entretanto aboliu ou abandonou um j existente Por outro lado de entre o conjunto de pa ses que adotaram a regula o a grande maioria optou pela fixa o do pre o fixo do livro por interm dio de lei 9 pa ses incluindo Portugal enquanto em dois outros foi estabelecido um acordo comercial entre editores e livreiros que definem os termos em que os livros podem ser vendidos Contudo se verdade que a t nica a diversidade de solu es n o menos verdade que como a mesma tabela mostra os pa ses que adotaram ou alteraram o seu modelo de regula o ap s 2000 com exce o da Dinamarca o fizeram no sentido da ado o da lei Mas n o apenas aos europeus Importa referir o papel desempenhado pelo CERLALC UNESCO que
100. e specific features of the non audiovisual cultural industries notably by appointing a jury of experts from cultural industries and to reinforce the funding of multiannual co operative projects linked to these industries 2 Increased support for translations including for non fiction and support for training of publishers in foreign languages and specialised translations as well as for the creation of networks of translators 3 Assistance for common stands at international book fairs 10 Minist re de la Culture et de la Communication 2014 Aur lie Filippetti et Monika Gr tters ministres Haligalse et allemande de la culture appellent a une vision europ enne du livre l re num rique E erene PETE a 28 02 2014 28 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1 5 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Support for authors to participate in cultural events in Europe and other countries and set up of European publishing offices in Europe and other countries China USA etc Setting up pan European training courses and developing specific qualifications for the European publishing sector Support for further action aimed at encouraging Reading among young people and underprivileged groups across Europe In the field of digital libraries Facilitating the financing of the development of digital and digitised contents Support to train book professio
101. eiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Ainda quanto s pol ticas p blicas culturais a tend ncia atual parece ser a aus ncia de medidas da tutela Deste ponto de vista a pol tica francesa da LIR tem sido referida ami de entre os profissionais portugueses como uma boa pr tica mas cuja eventual transfer ncia para o caso portugu s merecedora de estudo aprofundado no mbito das pol ticas culturais estudo eventualmente acompanhado da pondera o de outras boas pr ticas de apoio direto s livrarias independentes Que livrarias Em que modalidades Com que objetivos Entre os aspetos das pol ticas p blicas que se aplicam ao com rcio livreiro o IVA atualmente de taxa reduzida no livro impresso de taxa normal no e book a legisla o sobre concorr ncia talvez um dos mais suscet veis de afetar negativamente o retalho independente o do arrendamento uma vez que vem acrescentar um novo encargo para boa parte das livrarias deste tipo O outro tem a ver com a c pia ilegal Dion sio e Leal 2012 que afeta sobretudo o livro t cnico e reporta se legisla o sobre Direito de Autor e em especial a da C pia Privada porque a desadequa o de algumas normas e a falta de fiscaliza o pela IGAC prejudicam ainda que mais indiretamente o com rcio livreiro 104 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI CONCLUS O S NTESE DO DIAGN STICO DO COM RCIO LIV
102. el da Uni o Europeia esta nova realidade tem motivado relevantes tomadas de posi o e iniciativas v rias por parte das associa es transnacionais do sector como tamb m de entidades governamentais respons veis pela tutela cultural dos diversos pa ses europeus e pelas pr prias inst ncias comunit rias no sentido de minimizar os impactos negativos de tal mudan a e de promover a defesa deste importante sector cultural e econ mico Em grande medida como reflexo do contexto internacional tamb m em Portugal o sector do livro e em particular o com rcio livreiro atravessa um per odo em que se colocam grandes desafios a que acrescem os decorrentes da conjuntura de profunda crise econ mica que de modo particularmente agudo o pa s atravessa desde 2011 As altera es referidas afetam de modo particular o com rcio tradicional e neste em especial as livrarias independentes O reconhecimento do importante papel por estas desempenhado a v rios t tulos bem como das dificuldades que enfrentam levou tomada de medidas de regula o do mercado e de prote o da sua exist ncia em v rios pa ses da Uni o Europeia o caso de Portugal que adotou a Lei do Pre o Fixo do Livro em 1996 e aplica o IVA taxa reduzida de 6 A leitura cruzada dos indicadores econ micos das empresas n mero volume de neg cios VAB d conta das tend ncias registadas na edi o e no com rcio do livro em Portugal nos ltimos 10 a 15 anos E d
103. elerava a rota o dos exemplares a serem reproduzidos permitia igualmente melhorar a produtividade dos escribas sempre preservando a qualidade dos textos postos em circula o O sistema de pecia que apareceu em Bolonha e em Paris durante o s culo XIII consistia em confiar aos livreiros da universidade exemplares oficialmente controlados dos principais livros de estudo tais exemplares eram feitos de cadernos pecia n o ligados o que permitia serem alocados para in meros copistas ao mesmo tempo estes podiam ent o produzir simultaneamente muitas c pias do mesmo livro http www escritoriodolivro org br historias idademedia html 20 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI impress o e com rcio do livro iniciada indiferentemente por qualquer um dos elementos da cadeia ou at por escritores interessados em controlar e potenciar a divulga o das suas obras O subsequente aumento da quantidade de obras publicadas e das respetivas tiragens a que veio acrescer a internacionaliza o do com rcio do livro com todas as dificuldades log sticas que lhe estavam associadas despoletou nos editores a necessidade de possu rem uma extensa e devidamente organizada cadeia de estabelecimentos comerciais Numa primeira fase essa tarefa foi cometida a agentes itinerantes que levando consigo folhetos com listas de obras se deslocavam de cidade em cidade divulgando as respetivas obras recebendo os
104. enclatura CPA 2008 entre outros No que diz respeito aos dados sobre as vendas do produto livro nos suportes de recolha de informa o saliente se que se apresenta agregado no conjunto de produtos Livros Jornais e Artigos de Papelaria inserida num grupo de produtos Cultura Desporto e Lazer Os apuramentos dizem respeito aos estabelecimentos do com rcio a retalho alimentar ou com predomin ncia alimentar doravante denominados com rcio a retalho alimentar e do com rcio a retalho n o alimentar ou sem predomin ncia alimentar denominados de com rcio a retalho n o alimentar 55 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 20 Estabelecimentos e volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR por ano 2000 2012 n mero e milhares de euros 3500 5 r 250 000 3000 4 200 000 8 2500 4 5 o L aD o 2000 150 000 g E Z 1500 100000 1000 E 50 000 500 0 4 O 2000 2001 ae 2005 sae 2007 2008 2009 ee shi 2012 E Estabelecimentos lll Volume de vendas de Livros jornais e artigos de papelaria Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2004 2008 INE Estat sticas do Com rcio 2009 2012 Notas Os dados referem se s unidades do com rcio a retalho alimentar ou com predomin ncia alimentar e do com rcio a retalho n o alimentar ou sem predomin ncia alimentar Excluem se as unidades do com rc
105. erem a entidades domiciliadas no estrangeiro mas que as tipografias e editores fazem quest o de as enviar para a BNP 44 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 11 Com rcio internacional entradas e sa das de livros brochuras e impressos semelhantes por ano milhares de euros 100 000 80 000 60 000 40 000 20 000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Entradas Sa das Fonte INE Estatisticas do Com rcio Internacional de bens Base de dados em http www ine pt consultada a 8 03 2014 Nota Tipo de bens com base na Nomenclatura combinada NC8 Dados provis rios Dados preliminares 2 2 O com rcio a retalho 2 2 1 Empresas com atividade principal de com rcio a retalho de livros na UE 27 No conjunto dos pa ses da UE 27 o n mero de empresas de com rcio a retalho de livros como atividade principal registou uma varia o positiva de 14 5 de 2008 para 2011 quadro 3 Neste ltimo ano o n mero de livrarias por 100 mil habitantes de 6 2 Contudo estes dados m dios s o significativamente diferentes nos v rios pa ses Em Portugal o n mero de empresas registou um decr scimo de 9 1 o que contrasta vivamente com a m dia europeia embora n o tanto como outros pa ses como a Est nia a Hungria ou a Espanha e o n mero de livrarias por 100 mil habitantes situa se em 5 5 o que significa p
106. es comerciais com redu o do pre o de venda ao p blico face ao pre o de capa que praticado pelo retalho nomeadamente as livrarias independentes que n o t m poder negocial para obter margens que lhes permitam praticar descontos e promo es que tendem o pre o de capa do livro em Portugal est entre os mais elevados na UE 27 Entre 2010 e 2013 os pre os de um conjunto ilustrativo de t tulos situam se em Portugal sempre na metade de pa ses mais caros Em 2011 e 2012 situa se mesmo entre os 5 mais caros ver tabela CUPIX no anexo 8 102 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI a generalizar se e que s o suscet veis de n o cumprir o estipulado na Lei do Pre o Fixo do Livro em vigor desde 1996 Tecnol gica As altera es na cadeia do livro devido desmaterializa o do com rcio do livro afetam de modo particular o sector do com rcio tradicional uma vez que o com rcio eletr nico e de e books feito como acima referido em plataformas e em e distribuidores e em que a livraria apenas um entre outros locais de comercializa o Do lado da edi o a aposta no e book por parte das editoras mais importantes em termos de volume de edi o tem apenas alguns anos e privilegia a edi o conjunta nos dois suportes Privilegia ainda software que n o exige leitores dedicados os e readers Pol tico legal Portugal acompanha o conjunto de pa ses em que es
107. es j ia na segunda edi o Quem comprou a primeira edi o foram os tubar es a FNAC e companhia Livreiro 5 O livro est a ser vendido como outra mercadoria qualquer H distribuidoras que parecem mais transportadoras Tenho visto v rias a desaparecer e a correr mal N o sei parece me que o modelo mais pequeno funciona melhor com o vendedor mais pr ximo Livreiro 4 Os editores hoje est o a olhar para as livrarias de fundo com outros olhos porque eles querem os seus livros nas livrarias de fundo Hoje h muito mais editores que v m fazer um forcing para que n s tenhamos aqui o stock deles Livreiro 3 Referem ainda os descontos praticados para com as livrarias independentes da ordem dos 30 que contrastam com os praticados por outras com maior capacidade negocial como os super e hipermercados a FNAC e a cadeia de livrarias Bertrand com as quais n o conseguem concorrer N s pagamos muito antes do que quaisquer outros clientes deles dos hipermercados FNAC e cadeias de livrarias Livreiro 1 15 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Os grandes grupos beneficiam de um desconto digamos de 45 enquanto que a pequena livraria beneficia de 20 a 30 Isto concorr ncia Isto concorr ncia leal O que eu sinto que eu n o tenho armas para lutar de igual para igual que a concorr ncia completamente desleal que a justi a neste pa s n o para
108. escente das edi es deste tipo de literatura Tem havido um aumento de literatura infantil Ou seja h uma maior aten o na preocupa o dos pais a porem as crian as a ler desde muito cedo isso sim H um aumento de livros infantis Livreiro 2 Outra rea que tamb m acho que melhorou bastante a infantil Melhorou muito nas ilustra es nos livros nos ltimos anos t m tido uma evolu o boa As editoras est o com muito mais cuidado h mais editoras interessantes com livro infantil e isso bom A qualidade subiu muito na literatura infantil Livreiro 4 3 7 Associativismo e coopera o interpares Os posicionamentos sobre os aspetos associativos e de coopera o entre livreiros situam se em v rios planos Por um lado considerada a sua necessidade Apesar de ser patente algum distanciamento relativamente ao papel da APEL no que toca aos livreiros a possibilidade de ela se realizar no seio da APEL n o deixa de ser colocada 88 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Acho que o associativismo numa associa o onde est o editores e livreiros e que comum quando os interesses s o diferentes ou a maneira de defender os interesses diferente dif cil Mas os livreiros nunca tiveram a n o ser nos prim rdios da APEL uma associa o que defendesse os seus interesses O que n o quer dizer que a APEL fa a um mau trabalho mas s o coisas qu
109. eses em edi es quase simult neas em ambos os 38 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI formatos impresso e e book o que foi confirmado nas entrevistas explorat rias a editores realizadas no mbito do presente estudo Ou seja a evolu o de ISBN atribu dos explicada pela diversifica o dos suportes em que os t tulos est o dispon veis O gr fico 5 mostra a evolu o dos ISBN atribu dos a documentos eletr nicos e books Note se que estes emergem em anos recentes mas s registam valores significativos em 2012 e 2013 Gr fico 5 ISBN atribu dos a documentos eletr nicos por ano 2002 2013 n mero 3 500 3 000 2 500 2 000 1500 1 000 500 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte Ag ncia Nacional ISBN APEL Nota inclui entidades sedeadas em Angola Cabo Verde Guin Mo ambique S o Tom e Principe e Timor entre 2003 e 2013 Os editores em Portugal acompanham assim a tend ncia internacional nesta mat ria embora com alguns anos de atraso Por exemplo em Espanha o salto verificado em Portugal de 2009 para 2010 deu se de 2006 para 2007 passou de 1 327 para 2 241 e desde ent o os livros digitais t m vindo continuadamente a crescer em contraciclo com a edi o em papel atingindo em 2012 o seu valor mais elevado 20 7 mil livros o que representa nesse ano 20 da edi o espanhola OLL 2013 12 13 Ainda um
110. essa leitura resulta com clareza o forte impacto da conjuntura de crise Referem se seguidamente alguns dos dados porventura mais ilustrativos V rios indicadores provenientes de fontes diversas n o compar veis entre si mas relevantes para dar conta das tend ncias das m ltiplas realidades do sector do livro convergem nas evolu es negativas a partir de 2008 2009 Outros mais espor dicos evidenciam sinais negativos um pouco mais tarde quando a conjuntura de crise no pa s se torna mais aguda o caso do conjunto das empresas com atividade principal de edi o de livros cujo n mero decresce em 2012 442 para um patamar similar ao registado em 2008 441 depois de um per odo de crescimento que remonta pelo menos a 2004 primeiro ano com dados Tamb m a partir deste ano Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI as empresas dissolvidas s o por norma mais do que as empresas constitu das o que significa uma altera o radical face ao per odo anterior O volume de neg cios regista depois de 2008 ano que constitui um pico sem paralelo na edi o com 404 milh es uma queda cont nua que atinge em 2012 um valor 356 abaixo do patamar registado em 2007 em torno dos 360 milh es Do ponto de vista da oferta de novos t tulos em suporte papel ela tende a diminuir at 2012 sem que aparentemente seja compensada pela edi o de e books embora esta tenha regist
111. etos abordados ao longo do relat rio e avan a se uma outra s ntese agora com marcado pendor diagn stico da situa o atual do com rcio livreiro em Portugal Espera se deste modo dar um novo e atualizado contributo para informar a reflex o sobre o com rcio livreiro em Portugal 12 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI CAP TULO ENQUADRAMENTO Ler e escrever constitu ram se atos t o naturais na esp cie humana que raramente nos damos conta do seu verdadeiro significado e da evolu o verificada ao longo do tempo No entanto estamos perante uma realidade que qualifica o Homem enquanto tal Quando o primeiro escriba riscou e pronunciou as primeiras letras o corpo humano j era capaz dos atos de leitura e de escrita que se encontravam ainda no futuro isto significa que o organismo podia armazenar recordar e decifrar todo o tipo de sensa es incluindo os signos arbitr rios da l ngua escrita ainda por inventar Manguel 1998 47 tamb m inquestion vel que a capacidade de exprimir e interpretar sons e ideias de forma escrita constitui prova de diferencia o do ser humano relativamente a todas as restantes esp cies animais que povoaram e povoam o nosso planeta Conforme enunciado por Paul Chalus Tudo aquilo que aparece nas pocas cruciais da Hist ria compar vel s emerg ncias de que falam os bi logos e certos fil sofos Assim aconteceu com a inven
112. gindo em 1983 o valor mais elevado 8 298 e num terceiro embora com algumas oscila es mas em que se verifica a invers o da tend ncia e uma acentuada quebra nos dois anos seguintes gr fico 9 20 Revisto pelo Decreto Lei n 362 86 com as altera es introduzidas pelo n 4 do art 50 do Decreto Lei 74 2006 e pelo Decreto Lei 115 2013 de 7 de agosto relacionados com a obrigatoriedade de dep sito de teses de mestrado e doutoramento e pelo Despacho Normativo de 30 de Abril de 2003 que retificou o n mero de exemplares a depositar At 1982 o DL regia se pelo Decreto n 19 952 de 27 de Junho de 1931 7 As regras entidades depositantes os produtos abrangidos e n o abrangidos encontram se definidos no Decreto Lei n 74 82 de 3 de mar o pp 476 477 42 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 9 Registos do Dep sito Legal atribu dos em Portugal por ano 1974 2013 n mero 20 000 18 000 16 000 14 000 12 000 10 000 8 000 6 000 4 000 1 OR 00 O 1 M st Li WO O M IN WO 0 O si ON M LA WIR D HA NRRRRRODDDDDDDDDONNADAARARARAROCDCOOCO90OCDDDOOOd dd oaoooo no oo nn nn on nnnmmnnmnmnnmnoLOLOCOooOoooocoo td dd dd dd l M A A TAA TAA A EH NNNNNNNNNNNONOON 2013 Fontes INE Estat sticas da Educa o 1974 1978 INE Estat sticas da Cultura Desporto e Recreio 1979 1988 e 1993 1995 BNP DSABN 2000 2013 N
113. gunda d cada do s culo XXI BIBLIOGRAFIA AAVV 2006 The Economy of Culture in Europe Bruxelas KEA AAVV 2014b Manifesto for the 2014 European elections Bruxelas EWC FEP EBF Beja Rui 2004 Risk Management Gest o Relato e Auditoria dos Riscos do Neg cio Lisboa reas Editora Beja Rui 2012 A edi o em Portugal 1970 2010 Percursos e Perspectivas Lisboa APEL Benhamou Fran oise 1996 L Economie de la Culture Paris La D couverte Benhamou Fran oise e Olivia Guillon 2010 Mod les conomiques d un march naissant le livre num rique Culture Prospective 2010 2 pp 16 CERLALC 2011 Modelo de Ley para el fomento de la lectura el libro y las bibliotecas Bogot CERLALC UNESCO lt http cerlalc org wp content uploads 2013 03 Modelo Ley pdf gt CERLALC 2012 An lisis de la situaci n actual de las librerias Bogot CERLALC UNESCO 20 pp lt http cerlalc org wp content uploads 2013 05 Analisis Librerias pdf gt Charles Sarah e Tim Ingle 2008 Bookselling International Market Comparisons A Benchmark Study of Profitability Booksellers Association 21 November 2008 lt lt http www booksellers org uk getmedia abcOb80d 7de3 494a bf01 e720302ab74f Booksellers International Market Comparisons 21 11 08 gt Costa Ant nio Firmino da coord Elsa Pegado Patricia vila e Ana Rita Coelho 2011 Avalia o do Plano Nacional de Leitura os primeiros 5 anos Lisboa GEPE
114. hante mas o n mero de dissolu es regista um n mero muito elevado em 2008 74 que se ameniza nos anos seguintes Em 2013 este indicado parece retomar um n mero pr ximo do per odo anterior a 2008 Estes dados t m por base a informa o j atr s referida que recolhida pelo INE junto da Direc o Geral da Pol tica de Justi a DGPJ do Minist rio da Justi a 49 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 13 Empresas de com rcio a retalho de livros constitu das e dissolvidas por ano 2000 2013 n mero 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Empresas constitu das Empresas dissolvidas Fonte INE I P Portugal Constitui o e Dissolu o de Pessoas Coletivas e Entidades Equiparadas 2000 2013 Nota Para o per odo em an lise dever ter se em considera o que os dados de 2000 a 2002 se referem CAE Rev 2 os de 2002 a 2007 CAE Rev 2 1 e os dados de 2008 a 2013 CAE Rev 3 No caso das empresas de com rcio a retalho de livros apesar da reorganiza o da CAE Rev 3 n o houve altera es nos conte dos O volume de neg cios das empresas regista em 2009 o valor mais elevado 145 milh es e em 2012 o mais baixo 126 milh es gr fico 14 Este ltimo representa uma queda acentuada face a 2011 As pequenas empresas parecem ser as mais severamente afetadas Com exce o do Alentejo toda
115. hiffre d affaires annuel r alis avec la vente de livres aux frais des personnels affect s cette activit Ces frais comprennent les salaires et les charges sociales aff rentes ainsi que le cas ch ant les autres l ments de r mun ration du personnel 5 Il propose toute l ann e une animation culturelle dont la r gularit et la qualit sont jug es suffisantes au regard notamment de la diversit des actions et de l importance des publics touch s par la commission institu e l article 3 Un tablissement est une librairie d assortiment sp cialis au sens du 3 s il r alise au moins 50 de son chiffre d affaires en vente de livres au d tail dans un des domaines ditoriaux suivants sciences technique m decine conomie et gestion sciences humaines et sociales religion policier et science fiction rotique jeunesse bande dessin e art voyage r gionalisme et LS a 2 x 54 langues r gionales livres en langue trang re vd Legifrance D cret n 2009 395 du 8 avril 2009 relatif au label de librairie ind pendante de r f rence II de l article 1464 I du code g n ral des imp ts http www legifrance gouv fr affichTexte do cidTexte JORFTEXTO00020499274 amp dateTexte amp categori eLien id consultada a 20 02 2014 98 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Embora se trate de uma posi o de dois pa ses e n o do conjunto da UE
116. ics Annual detailed enterprise statistics for trade NACE Rev 2 G sbs na dt r2 Consultado em 04 04 2014 Notas NACE 4761 Retail sale of books in specialized stores N o dispon vel Do ponto de vista do volume de neg cios verifica se na UE 27 um per odo de estagna o A varia o de apenas 0 3 no conjunto dos 4 anos em apre o quadro 4 S o raros os pa ses com crescimento com destaque para It lia e Bulg ria Pelo contr rio na grande maioria a varia o negativa Portugal situa se entre estes mas regista a segunda varia o mais baixa 2 7 a seguir Alemanha 1 1 Ou seja se as empresas se ressentiram do contexto neste 46 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI per odo o que levou em alguns casos a encerrarem o volume de neg cios foi tamb m afetado mas a um n vel aparentemente menor do que na generalidade dos pa ses da UE 27 Quadro 4 Volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros nos pa ses da UE 27 por ano 2008 2011 milh es de euros paie Ano Taxa de varia o 2008 2009 2010 2011 2008 11 UE 27 15 619 5 15 883 8 16 124 3 15 661 1 0 3 B lgica e 255 7 406 4 Bulg ria 47 3 47 2 38 0 52 8 11 6 Rep blica Checa E F A Dinamarca 363 3 332 3 330 9 322 9 11 1 Alemanha 3 557 3 3 910 7 3 871 5 3 517 5 1 1 Est nia i
117. ificuldade em acompanhar as campanhas de descontos promovidas pelas grandes superf cies e cadeias de livrarias sem p r em causa as mais baixas margens de comercializa o e portanto a sua viabilidade econ mica 106 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI e Isolamento que inviabiliza a exist ncia de massa cr tica negocial e Fraca filia o associativa e incapacidade de cria o de estruturas associativas pr prias Oportunidades e Manuten o do livro impresso como o principal suporte relativamente ao digital Disponibilidade de fundos de cat logo em loja ou pelo menos n o sobretudo de novidades Reconhecimento progressivo da sua import ncia comercial ainda que de forma incipiente e amb gua por parte das editoras Reconhecimento do seu relevante contributo para a diversidade cultural e pluralidade intelectual Exist ncia de regulamenta o de prote o por via de Lei do Pre o Fixo do Livro sobretudo se eliminada a inefic cia do sistema de fiscaliza o e da aplica o do IVA a taxa reduzida Disponibilidade da tutela da Cultura para atualizar a atual LPFL Exist ncia do Plano Nacional de Leitura Reivindica o de pol ticas culturais p blicas de apoio a livrarias tradicionais independentes de refer ncia que promovam o com rcio do livro em espa os de proximidade e assegurem a diversidade cultural e a pluralidade intelectual Aposta n
118. ilh es volumes de vendas similares aos estabelecimentos do retalho alimentar No conjunto das UCDR o peso dos Livros Jornais e Artigos de Papelaria com 1 3 nos dois anos mais recentes o mais baixo desde 2004 primeiro ano com dados gr fico 22 Mas este dado merece ser observado com maior detalhe discriminando as UCDR do retalho alimentar super e hipermercados das do retalho n o alimentar FNAC El Corte Ingl s Worten Media Markt etc Deste ponto de vista not rio que os livros jornais e artigos de papelaria registaram de 2004 para 2006 uma quebra acentuada para cerca de metade que se verifica de novo nos ltimos tr s anos pelo que se vem aproximando do peso que esta categoria representa no Com rcio a retalho alimentar Gr fico 22 Peso relativo de livros jornais e artigos de papelaria no total de vendas a retalho nas UCDR por tipo de estabelecimento e por ano 2004 2012 percentagem 5 0 _ 4 0 J 3 0 2 0 ie SS 0 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Com rcio a retalho n o alimentar e Com rcio a retalho alimentar Total UCDR Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2004 2008 INE Estat sticas do Com rcio 2009 2012 O valor das vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR do retalho n o alimentar regista alguma estabilidade entre 2004 e 2007 embora com diminui o um acentuado acr scimo em 2008 e 2
119. io por grosso A partir de 2011 os dados passam a incluir as regi es aut nomas Os dados para o volume de vendas apenas est o dispon veis desde 2004 O volume de vendas tem um pico em 2009 229 milh es e regista depois uma tend ncia de queda gr fico 21 Importa referir ainda que 2009 tamb m nestes estabelecimentos um ano de crescimento acentuado relativamente aos anos anteriores O valor de 2012 neste contexto significativamente baixo mas ainda assim superior aos registados at 2007 Gr fico 21 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria nas UCDR por tipo de estabelecimento 250 000 200 000 150 000 100 000 50 000 Com rcio a retalho n o alimentar Com rcio a retalho alimentar 0 e por ano 2004 2012 milhares de euros oo a ss es pere T Ed bai ia aaf escccssesese s COS CSS 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Total UCDR Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2004 2008 INE Estat sticas do Com rcio 2009 2012 56 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI As UCDR do retalho alimentar s o as que apresentam no per odo o maior volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria O valor mais elevado situa se em 2010 com 122 milh es Assinale se o facto de as UCDR do retalho n o alimentar registarem em 2008 110 milh es e 2009 113 m
120. itos de leitura e de compra pre o dos livros e Concorr ncia de outros produtos de entretenimento e de ocupa o dos tempos livres e Outros aspetos 4 ENQUADRAMENTO LEGAL E INSTITUCIONAL Relativamente ao atual enquadramento legal e institucional como caracteriza os instrumentos e a es que regulamentam e ou acolhem a sua atividade positivos e negativos e que sugest es gostaria de apresentar nomeadamente no que se refere a 117 e Pre o fixo do livro e IVA e Fiscalidade e C pia ilegal e Leis laborais e contrato coletivo de trabalho e Leido arrendamento e Plano Nacional de Leitura e Pol ticas p blicas direcionadas para o com rcio livreiro e Coopera o entre pares para obten o de sinergias promo o internet servi os partilhados e Associativismo e Outros aspetos 5 EVOLU O DA SUA ACTIVIDADE Agora quanto evolu o da sua atividade que altera es relevantes se verificaram no seu neg cio quantitativas qualitativas designadamente quanto aos seguintes aspetos e Organiza o operacional e administrativa e A es de marketing e promo o de vendas e reas de neg cio novas que abandonou e Atividades culturais promovidas e Fornecedores tipo e quantidade e Volume de vendas unidades categorias editorais e Novidades de livros quantidade e Quantidade e tipo de clientes regulares ocasionais novos e perda de clientes e Colaboradores efetivos e tempor
121. ivro n o escolar por ano 2007 2013 sa tea ira E an ud re a ate et hoe A a ee a ded 62 Gr fico 28 Peso das unidades vendidas e do volume de vendas no canal livrarias e outros por ano A 2007 2013 cs ps cates AT tee td usas aa des T a AA en ne MR OARS 63 Gr fico 29 Unidades vendidas por categoria e por ano 2007 2013 65 Gr fico 30 Volume de vendas por categoria e por ano 2007 2013 65 NDICE DE QUADROS Quadro 1 Indicadores da ind stria da edi o na Europa por ano 2006 2012 32 Quadro 2 Indicadores gerais dos ISBN atribu dos pela ag ncia nacional por ano 2002 2013 37 Quadro 3 Empresas de com rcio a retalho de livros nos pa ses da UE 27 por ano 2008 2011 46 Quadro 4 Volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros nos pa ses da UE 27 por ano 2008 2011 200 AEE KITARAA AAEN IEAA Palette ce ge da CE Eca NUTS Edo Un 47 Quadro 5 Varia o anual dos indicadores das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2004 2012 css sin cade lees ar a A EU asa rap ARS CA Eae ep as eae sa 48 Quadro 6 Unidades vendidas e volume de vendas por canal de distribui o e por ano 2007 2013 POSTED e OR RE RR eee Gd te E O O Ron te 63 Quadro 7 Distribui o das unidades vendidas e do volume de vendas por Trimestre e por ano 2007 2013 sine E RN RAN NR OR ON O ee 64 Quadro 8 N mero de t tulos por escal o de unidades vendidas e por ano 2007 2013
122. ivros digitais s o para quem gosta de livros digitais Quem gosta de ler livros naquelas coisas o problema deles Quem gosta de ler um livro num ecr leia Portanto o livro em papel uma coisa o livro digital outra N s adicionamos conhecimentos seja em papel digital ou outra coisa Estou a falar do utilizador Aquele que podendo ter um texto num papel num livro ou num telefone e escolhe o telefone o problema dele Livreiro 1 82 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Eu acho que esse caminho paralelo ao do livro em papel Isso um outro paradigma Estou completamente recetiva a ele Creio que n o vai prejudicar o livro em papel que sempre outra coisa Livrarias digitais No princ pio essas coisas causam sempre impacto mas depois a coisa vai se diluindo Livreiro 5 3 6 Pol ticas p blicas As pol ticas p blicas para a cultura s o vistas pela maior parte dos livreiros entrevistados como inexistentes ou quando existem s o desfavor veis para o sector do livro e das livrarias N o existem N o h pol ticas p blicas para a cultura E se h est o muito reduzidas A acho que n o preciso de dizer mais nada Livreiro 2 O facto do IVA ser 6 N o sei n o h nenhumas pol ticas p blicas que eu conhe a direcionadas para o com rcio do livro Livreiro 4 As pol ticas p blicas direcionadas para o com rcio do livro nunca s o muito favor
123. ixed Book Price http www internationalpublishers org industry policy introduction fixed book price consultada a 18 02 2014 96 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI explained seja tomado como exemplo o sucesso da aplica o da Lei do Pre o Fixo no caso franc s e referidos os efeitos negativos decorrentes da den ncia do Net Book Agreement no Reino Unido Na maior parte dos pa ses da UE IPA PwC 2013 4 aplicada a taxa reduzida de IVA sobre a comercializa o de livros impressos anexo 6 Um pequeno n mero de pa ses aplica a taxa zero Relativamente ao livro eletr nico pouco mais de metade dos pa ses analisados no citado relat rio aplicam a isen o ou a taxa reduzida Quanto s associa es do sector a posi o da IPA clara na defesa da taxa zero propondo se inclusivamente apoiar qualquer dos seus membros na defesa de uma taxa t o reduzida quanto poss vel nos respetivos pa ses em todos os sectores da ind stria incluindo autores edi o e com rcio livreiro Esta posi o baseia se nos seguintes argumentos i Est provado que a taxa zero de IVA tem efeito direto nos pre os e por essa via na venda de livros na promo o da cultura do livro na literacia e no fomento dos h bitos de leitura ii A taxa zero garante o fortalecimento da criatividade e do conhecimento e iii A taxa zero assegura o fortalecimento da ind stria do livro
124. ixo do Livro fiscaliza o o Plano Nacional de Leitura PNL associativismo e coopera o interpares 3 2 Carateriza o das livrarias entrevistadas A maior parte das livrarias cujos respons veis foram entrevistados abriram por volta do ano 2000 1999 2000 e 2007 Uma delas abriu no in cio dos anos 1970 sendo que a mais antiga abriu na primeira metade do s culo XIX Todas disp em de sec es reservadas fic o n o fic o s novidades e ao fundo de cat logo Algumas incluem uma sec o de alfarrabista e infantil e apenas uma n o disponibiliza livros t cnicos Relativamente a outras sec es ou servi os que disponibilizam v rias t m uma cafetaria apenas uma n o tem um audit rio e apenas uma tem uma sec o de papelaria mas apenas de apoio Duas das livrarias t m volta de 15 000 t tulos dispon veis uma tem cerca de 42 000 e as restantes indicaram desconhecer Todas realizam atividades regulares de dinamiza o da livraria atrav s de apresenta es de livros e tert lias liter rias ou culturais A maior parte promove sess es de aut grafos Outras atividades foram referidas embora n o por todos cursos workshops debates encontros tem ticos encontros livreiros e exibi o de filmes A que realiza atividades mais diversas indicou tamb m a apresenta o de pe as de teatro exposi es concertos ou at mesmo o aluguer de espa os para eventos de organiza o externa livraria
125. l Juvenil 33 4 35 0 34 2 37 1 36 3 36 5 33 2 Outras 26 7 27 3 22 8 23 5 25 2 24 5 27 3 Campanhas 7 6 4 8 4 8 5 3 7 7 6 6 4 8 Total 49 9 45 7 45 0 45 4 46 4 43 1 45 0 Fonte GfK Evolu o comparada das vendas de livros e de outros produtos de entretenimento A evolu o das vendas de livros entre 2007 e 2013 mostra desde logo um pico assinal vel em 2009 ano excecional para o sector como a generalidade dos indicadores mostra com um crescimento de 11 relativamente ao ano transato que ali s regista tamb m um crescimento de 3 face a 2007 a que se seguem varia es negativas com destaque para 2012 com 9 mas que j muito mais baixa embora ainda negativa em 2013 de 1 quadro 12 68 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Quadro 12 Varia o no volume de vendas de produtos em Portugal por ano 2007 2013 taxa de varia o Produtos Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Eletr nica de consumo 11 1 4 8 10 5 24 Entretenimento 25 11 12 0 17 28 12 Livro n d 3 11 3 3 9 1 Fotografia 7 15 11 3 11 12 12 Grandes Dom sticos 5 2 3 10 13 16 4 Inform tica 0 4 17 10 4 8 8 Pequenos Dom sticos 4 4 8 8 12 12 4 Telecomunica es 3 14 11 11 8 5 34 Fonte GfK n d n o dispon vel Comparativamente com outros produtos verifica se apesar de tudo uma evolu o negativa de menor impacto no livro do que em v
126. lo XXI ANO FACTOS RELEVANTES Federation of European Publishers FEP manifesta reservas em nome de 17 das Associa es dos pa ses membros incluindo Portugal relativamente ao acordo estabelecido com a Google pela Authors Guild e pela American Publishers Association nomeadamente no que se refere forma como foram estabelecidas as bases para defini o e determina o da disponibilidade comercial e da composi o do Board of Book Rights Registery 2010 Amazon lan a o Kindle DX International Edition e a 32 gera o 3G Wifi Apple lan a o iPad com app para e book e iBook Aparecem o BeBook Neo 1 ereader com wifi na Europa o Kobo EUA e Canad o Nook Color Barnes amp Noble e o Google eBooks Bookeen lan a o Cybook Orizon 2011 Amazon anuncia que vendeu mais livros digitais do que livros impressos Borders segunda maior cadeia de livrarias nos EUA anuncia o encerramento de 200 lojas 2012 Apple lan a iBooks Author Amazon entra na rea da edi o pr pria Amazon Publishing 14 chancelas em 2014 Duzentos e quarenta anos depois de ter visto a luz do dia a Enciclopedia Britannica anuncia o fim da sua edi o em papel cuja ltima vers o data de 2010 2013 Associa o Americana de Editores anuncia que e books representam 20 das vendas de livros Os 5 maiores editores de e books dos EUA s o condenados por concerta o de pre o fixo de venda a indemnizar cerca de
127. ltada a 31 03 2014 40 Vd Publishers Weekly Authors Guid Appeals Google Decision http www publishersweekly com pw by topic digital content and e books article 60492 authors guild appeals google decision html consultada a 08 01 2014 93 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI da Google Books abriu se nova frente de concentra o editorial iniciada em 2013 com a fus o Penguin Random House que se prev venha a ter pr ximos desenvolvimentos entre os agora cinco maiores grupos editoriais Random House Penguin Books Hachette Harper Collins Macmillan Simon amp Schuster O com rcio livreiro realizado em livraria tem sido profundamente afetado embora em graus diferenciados conforme as pol ticas e as pr ticas de cada pa s pelo efeito acumulado da entrada de grandes superf cies no retalho livreiro pela transfer ncia de vendas para as livrarias online e pelo crescimento acelerado do livro eletr nico Os seguintes indicadores expressam concludentemente esta realidade i No Reino Unido e Irlanda fecharam 500 livrarias entre 2005 e 2013 ii Nos EUA a Borders segunda maior cadeia de livrarias anunciou em 2011 o encerramento de 200 lojas e as vendas em livraria ca ram 17 2 entre 2009 e 2013 iii Em Fran a a cadeia de livrarias Chapitre 53 lojas 1 200 empregados encerrou em 2013 embora as livrarias independentes estejam a resistir bem iv Na Alemanha
128. lu o diferente Cresce at 2007 em 2008 d se uma quebra seguindo se novo ciclo de crescimento interrompido em 2012 gr fico 24 O peso no total de vendas mede se em n veis est veis em torno de 1 3 e 1 1 58 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 24 Volume de vendas de livros jornais e artigos de papelaria e peso relativo no total de vendas nas UCDR do com rcio a retalho alimentar por ano 2004 2012 milhares de euros e percentagem 140 000 5 0 120 000 E 8 E percentagem milhares de euros g 8 8 3 20 000 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Em Volume de vendas ll Peso no total de vendas a retalho Fonte INE Estabelecimentos Comerciais Unidades de Dimens o Relevante 2000 2001 2004 2008 INE Estat sticas do Com rcio 2009 2012 No mesmo per odo e por regi o s o os estabelecimentos sedeados em Lisboa 1 3 e no Centro 1 2 os que registam maior propor o de vendas de livros face ao total dos produtos O Alentejo averba novamente o peso de vendas mais baixo 1 0 Tamb m aqui mencionar a regi o dos A ores uma vez que a venda de livros jornais e artigos de papelaria apresenta em dois anos 2011 e 2012 um peso relativo de 1 3 Do ponto de vista do escal o de rea de exposi o e venda verifica se que s o os estabelecimentos do retalho n o alimentar de dimens o 1 000 a 1 999 m2 os que registam no per
129. m rica e no Reino Unido onde atingiram em 2012 quotas de mercado de respetivamente 13 e 17 ibidem 3 No entanto analisando a evolu o dos mercados mais maduros ap s a crise financeira e econ mica de 2008 e comparando o total de vendas de cada um dos anos com o do ano anterior entre 2009 e 2012 constata se que s os Estados Unidos da Am rica 3 3 3 e o Reino Unido 3 2 4 conseguiram recuperar o volume de neg cios em larga medida por efeito da forte expans o dos e books naqueles pa ses A mesma rela o negativa em alguns dos principais mercados europeus Su cia 1 3 14 It lia 0 3 7 Finl ndia 3 0 5 Pol nia 6 3 B lgica 1 0 2 Fran a 0 1 1 Alemanha 0 1 1 Noruega 2 1 1 ibidem 2013 6 7 Face ofensiva dos conglomerados tecnol gicos nomeadamente a entrada da Amazon no dominio da edi o pr pria e as incid ncias litigiosas do acordo estabelecido pela Google com a APA American Publishers Association e com a Authors Guild no mbito do lan amento vd EIBF European and International Booksellers Association The Future of the Book the Future of Europe http eibf booksellers org pressrelease future book future europe attachments consultada a 27 04 2014 38 Acr nimo para o grupo de pa ses formado pelo Brasil R ssia India e China 3 vd Amazon Publishing About Us http www apub com about consu
130. mais emprego e a viabiliza o econ mica de empresas editoras de pequena e m dia dimens o De acordo com as v rias abordagens a Fran a distingue se entre os pa ses com maior efic cia na introdu o de medidas de apoio ao com rcio livreiro independente em prol da pluralidade de ideias e da diversidade cultural tanto por via da introdu o em 1981 da lei do Pre o Fixo Lei Lang e da efic cia no controlo da sua aplica o pr tica como pela institui o em 2009 do Selo de Livraria Independente de Refer ncia na sequ ncia do relat rio Gallimard 2007 que tem em vista promover e apoiar livrarias independentes que cumpram os requisitos estabelecidos e regularmente fiscalizados nomeadamente atrav s de enquadramento legal e fiscalmente favor vel L tablissement qui rel ve d une entreprise entrant dans les pr visions du Il de l article 1464 I du code g n ral des imp ts b n ficie sur sa demande du label de librairie ind pendante de r f rence institu cet article lorsqu il satisfait les conditions suivantes gt IPA International Publishers Association Industry Policy Menu Fixed Book Price Overview and Developments http www internationalpublishers org industry policy introduction fixed book price overview and developments consultada a 18 02 2014 52 2 2 7 Europa Am rica Latina e Canada 3 vd Legifrance Loi n 81 766 do 10 ao t 1981 relative RELATIVE AU PRIX DU LIVRE http www legifra
131. mar o pela Time Warner Books descontinuado em Dezembro sendo invocado como raz o The market for ebooks has simply not developed the way we hoped e Conselho da UE aprova resolu o sobre a regula o do com rcio dos livros 2002 e Parlamento Europeu emite recomenda o Comiss o para elaborar diretiva sobre a regula o do com rcio do do livro 2003 e Nascem a rede social Myspace e o sistema de comunica o videotelefone SKype 2004 e Nasceo Facebook 2005 e Nasceo Youtube e Authors Guild Associa o Americana de Autores e cinco editores americanos processam a Google por digitalizar livros com direitos de autor e disponibiliz los ao p blico livremente no programa Google Books Search 2006 e Aparece o primeiro e book de segunda gera o o Sony Reader Portable e Nascem o Spotify e o Twitter 2007 e Amazon lan a o e book Kindle e Bookeen Fran a lan a o e reader Cybook 2008 e Autors Guild e American Publishers Association anunciam pr acordo com a Google que ira abranger grande quantidade de autores e editores em todo o mundo para alargar o acesso online a milh es de livros e outros materiais protegidos por direitos de autor nos Estados Unidos mediante o pagamento de 125 milh es de USS 2009 e institu do em Fran a o selo LIR livraria independente de refer ncia 30 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s cu
132. mercado a n vel planet rio funcionou at meados do s culo XX como grande refer ncia para o com rcio livreiro no mbito da ind stria do livro sintom tico que entre o s culo XVIII e XIX tenham sido fundados alguns dos que viriam a estar entre os principais grupos editoriais e livreiros da atualidade como s o exemplo significativo as editoras Pearson Penguin Reino Unido 1724 Bonnier Su cia 1804 Harper Collins Estados Unidos 1817 Hachette Fran a 1826 Bertelsmann Alemanha 1835 Reed Elsevier Holanda 1880 e Grupo De Agostini It lia 1901 e um pouco mais tarde as cadeias de livrarias Blackwell Reino Unido 1879 Hungeldubel Alemanha 1893 Casa del Libro Espanha 1923 e Borders Waldenbooks Estados Unidos 1933 1 3 Evolu o e tend ncias do retalho livreiro a partir dos anos sessenta do s culo XX Na d cada de sessenta do s culo passado a entrada das grandes superf cies comerciais no retalho livreiro inicialmente com maior impacto nos pa ses anglo sax nicos constituiu o primeiro de muitos marcos assinal veis que ao longo das ltimas d cadas alteraram por completo o panorama da ind stria do livro a n vel planet rio The traditional patterns of the retail book market small independent booksellers on the one hand department stores and other non book retailers on the other began to change in US with the rise of mall stores in the early 1960s Thomps
133. n mica No contexto de crise econ mica particularmente aguda em Portugal ap s 2011 o or amento da tutela p blica central e local da cultura tem vindo a diminuir drasticamente Garcia et al No anexo 7 faz se uma resenha cronol gica de alguns dos principais acontecimentos do sector do livro com rcio e edi o em Portugal ap s 1970 Ainda a prop sito dos h bitos de consumo ver o relat rio do CERLALC 2012 11 An lisis de la situaci n actual de las librerias 101 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 2014 A aquisi o de documenta o por parte das institui es p blicas foi tamb m afetada neste contexto As bibliotecas p blicas da Rede Nacional podem ser referidas como exemplo da contra o verificada De 2008 para 2012 as despesas com documenta o incluindo livros baixaram de 2 milh es para 902 6 A pondera o deste tipo de despesa pela popula o confirma uma queda muito significativa de 0 38 habitante em 2009 para menos de metade em 2012 com 0 16 Garcia et al 2014 65 De um modo geral e de acordo com os v rios indicadores econ micos constru dos a partir das fontes dispon veis ou mobilizados para o presente estudo tanto a edi o como a comercializa o mais acentuadamente esta ltima de livros evolu ram negativamente ap s 2008 2009 Esta tend ncia patente nos v rios indicadores n mero de empresas pessoal ao ser
134. n veis em estudos sobre o caso portugu s atualizaram se algumas s ries estat sticas e constru ram se outras com indicadores econ micos Recorre se a fontes secund rias diversas de natureza bibliogr fica e documental tais como relat rios posicionamentos institucionais e associativos e a dados estat sticos designadamente provenientes das estat sticas oficiais e de estudos de mercado Recorre se igualmente a fontes prim rias produzidas no mbito do estudo por via das entrevistas realizadas a v rios profissionais do sector e a respons veis de livrarias independentes Se as primeiras explorat rias em n mero de 6 visaram tra ar o quadro geral de evolu o do com rcio livreiro nas ltimas d cadas de modo a melhor situar os atuais desafios com as segundas em n mero de 5 procurou se auscultar os protagonistas principais do estudo as livrarias independentes relativamente aos desafios e aos problemas que enfrentam O presente relat rio estrutura se em quatro cap tulos No primeiro contextualiza se a evolu o do livro nos dom nios sociocultural e econ mico identificam se as principais tend ncias do sector do livro em geral e do com rcio livreiro em particular nos planos internacional destaca se naturalmente a Uni o Europeia e nacional tendo por base estudos relat rios e posicionamentos institucionais e associativos No segundo procede se a uma sistematiza o de indicadores quantitativos com natural
135. nals on how to use digitisation tools Further support for the adoption of identification standards and metadata for paper and electronic publications that meet the needs of a multilingual sector Supporting the interconnection and structuring of databases Financing the training and adaptation of booksellers in preparation of the development of electronic books PROGRAMMES ORIENTED TOWARDS DEVELOPING COUNTRIES AND EMERGING ECONOMIES Programmes for translations from or to non European languages Education aid budget allocation for the provision of books Increased financing for the acquisition of basic collections for libraries Support to develop local publishing activities co editions and right transfers between local and European publishers Support to publishers for the reduction of the cost of books Encourage training initiatives for publishers and booksellers on the spot OTHER BOOK POLICIES IN EUROPE AND IN THIRD COUNTRIES Taking into consideration the horizontal aspects of cultural policies article 151 4 of the EC Treaty Promoting the enforcement of copyright rules in other countries and within international organisations Promoting the free circulation of books Florence Agreement and Nairobi Protocol FEP 2014 23 24 Factos e n meros que marcam a ind stria do livro no s culo XXI A s ntese cronol gica dos principais factos ocorridos a n vel internacional com impacto no modelo de neg cio cadeia de valor pr
136. nce gouv fr affichTexte do cidTexte JORFTEXT000000517179 consultada a 26 04 2014 97 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI 1 Il r alise 50 au moins de son chiffre d affaires annuel total avec la vente de livres neufs au d tail compte non tenu des reventes des d taillants pratiquant eux m mes titre accessoire ou principal la vente de livres 2 Il commercialise l assortiment des titres qu il d tient en stock dans un local librement accessible au public ne r serve leur vente aucune cat gorie particuli re de personnes et ne la soumet aucune condition pr alable 3 Il d tient en stock et propose la vente une offre diversifi e de titres L offre est diversifi e lorsqu elle repr sente a Au moins 3 000 titres s il est une librairie d assortiment sp cialis sauf dans les domaines ditoriaux jeunesse et bande dessin e b Au moins 6 000 titres s il est une librairie d assortiment g n ral et s il r alise au plus cent mille euros hors taxe de chiffre d affaires annuel en vente de livres au d tail ou s il est une librairie d assortiment sp cialis dans le domaine ditorial jeunesse ou bande dessin e c Au moins 10 000 titres s il est une librairie d assortiment g n ral et s il r alise plus de six cent mille euros hors taxe de chiffre d affaires annuel en vente de livres au d tail 4 Il affecte au moins 12 5 du c
137. ndo fundada apreens o sobre o futuro do livro na Europa nomeadamente face as estrat gias opacas e monopolistas das referidas empresas que ao porem em causa a FEP Federation of European Publishers Europe and the book advocacy report in favour of European programmes for books http www fep fee eu IMG pdf FEP EPB DRAFT VER2909 EN 002 pdf consultada a 21 03 2014 92 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI viabilidade da edi o e do com rcio livreiro tradicionais restringem drasticamente a imprescind vel diversidade cultural Econ mico O valor econ mico do livro em termos absolutos e como l der das ind strias culturais a n vel mundial real ado pela Federa o Internacional de Editores IPA que relativamente ao ano de 2012 reporta vendas totais no valor de 151 mil milh es de US equivalentes ao triplo das vendas globais de m sica e superando em 14 o valor global agregado do volume de neg cios de filmes e produtos de entretenimento Wischenbart 2013 5 Nesse mesmo relat rio a Europa surge como l der do mercado mundial com 33 do volume de vendas seguida dos Estados Unidos da Am rica 26 ao mesmo tempo que assinalado o crescimento do chamado BRIC 18 que quase igualam a quota de mercado dos restantes pa ses 22 E tamb m real ado que os e books ganharam a partir de 2010 um peso significativo especialmente nos Estados Unidos da A
138. ndusties in total worth over US 1 000 bilion books account for 15 of the value Share of publishing in the media and entertainment industries 2012 15 Publishi Trade Education STM Magazines Video Games TV Subscriptions 59 Movies amp Entertainment 70 Music Newspapers Share gt US Source Newspaper rvadvertsing 102 10 Pue coo entar and meaa Ook 2019 2007 Pubiishing Trade s Education ssm sisi 15 amp aaa reng aa Luontel Goba Movie and Entertainment Industry 2012 2017 Movies amp Entertainment 133 Teende Profits and Forecast Analysia Lucimet Gaba Magazine Pub amp shing Industry 2013 2018 ida di Trend Profit and Forecast Anaiyas RTE CE MC LU tunis 50 6 EIA Et EE OOOO OOO Book Publishing Trade Edu 2 IPA RW Book Publishing Trade Edu i o O O PwC Global Entertainment and Media Outlook 2013 2017 Recorded music net industry sales not market value exd Live revenues Fined Enertainment 105 Pe GubaiEmennmen and Media Ouslooke 20132077 Table 02 Chart 03 Cocuma spending on TV fimed entertainment video games music and all sectors of publishing Vous sauces compiled by PARIN Research Gorn various sources and PARN messe for book publishing induding fe following PwC Cita Erteetaieenestt ard Medes Ouod 20132017 www pacoanioufoak Lucite Mowers Sectertarrnernt hito wwacresechandreskets comrenaty2172264 gotat mede and
139. ns for the benefit of book creators and readers alike The need to encourage innovation by supporting Intellectual Property and copyright so that authors can create and be rewarded publishers can invest and booksellers can bring the finished work to book stores for the benefit of the reading public 2 A fiscal regime which favours wide book dissemination A book is a book regardless of its format We call for the application of the lowest possible rate of VAT to all books regardless of their format or means of access and delivery 3 Fair competition on the Internet including interoperability between the different offers and encouraging the legal offer We call for a level playing field and for the strengthening of choice for European readers There should be full Interoperability enabling consumers to be able to read any e book on any device and moreover to have the freedom to purchase e books from any supplier and not be locked into one supplier s ecosystem 4 An educational choice taking into account the fundamental role of professionally published materials We call for any reform of the educational systems in Europe to take into account the fundamental role of professionally published materials in guaranteeing quality fit for purpose content and the freedom of choice AAVV 2014 1 1 2 As ra zes e a relev ncia do com rcio livreiro na ind stria do livro Intimamente ligado evolu o de suportes f sic
140. ntudo estes dados merecem uma aten o especial Que fatores est o na sua base Uma primeira linha explicativa de grande relev ncia para entender esta evolu o decorre dos ISBN atribu dos a documentos eletr nicos De facto como se pode observar no gr fico 4 que compara as evolu es de ISBN com e sem estes documentos verifica se que ao contr rio dos anos anteriores em que o seu impacto residual a partir de 2010 eles s o com clareza os principais respons veis por suster a queda verificada primeiro e por impulsionar o crescimento depois De todo o modo em 2013 vis vel alguma recupera o face ao ano transato nos ISBN atribu dos a documentos impressos Gr fico 4 ISBN atribu dos em suporte papel e eletr nico em Portugal por ano 2002 2013 n mero 20 000 18 000 16 000 14 000 12 000 10 000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Portugal Portugal excluindo docs eletr nicos Fonte Ag ncia Nacional ISBN APEL Nota Os dados de ISBN em suporte eletr nico incluem os atribu dos s entidades sedeadas em Angola Cabo Verde Guin Mo ambique S o Tom e Pr ncipe e Timor por n o ser poss vel a sua discrimina o Uma outra linha explicativa que parte n o determinada deve se atribui o de diferentes ISBN a um mesmo t tulo consoante o formato o que j acontecia antes e a crescente aposta mas recente dos editores portugu
141. o Leya compra Grupo Oficina do Livro Livraria P dos livros generalista com papelaria caf e espa o infantil Worten inicia venda de livros 2009 Grupo Babel compra as editoras Verbo e Ulisseia Fal ncia Central Livros distribuidora S tio do Livro livraria online para obras que n o se encontram no circuito livreiro Ler Devagar livraria alternativa no espa o LX Factory Livraria Al theia Lisboa Bairro Alto Reunifica o do movimento associativo editores e livreiros na APEL 2010 Grupo Porto Editora intensiva crescimento org nico e compra Sextante Editora Grupo Porto Editora adquire as subsidi rias detidas pelo Direct Group Bertelsmann e constitui o Grupo Bertrand C rculo Grupo Babel completa se com a cria o das chancelas Athena Centauro PI 3 1416 e K4 Internacionaliza o nos mercados de l ngua portuguesa Brasil Angola e Mo ambique dos 3 grandes grupos Leya Babel e Porto Editora Criada a livraria Cabe udos Lisboa dedicada exclusivamente a livros infantis 2011 FNAC conta j com 17 espa os localizados em Centros Comerciais Criada a livraria Palavra de Viajante Lisboa na Rua de S Bento e dedicada a literatura de viagens Congresso do Livro organizado pela APEL 2012 Grupo Leya cria plataforma de auto publica o ESCRYPTOS Criada a Livraria Fundamentos Braga dedicada ao cristianismo e s religi es Encerramento da Livraria Portugal Lisboa Chiado fundada em 1941 124
142. o da World Wide Web a partir de meados dessa d cada indiciava o final dos cinco s culos que durara a era da gal xia Gutenberg e a entrada na nova era da informa o globalizada O livro f sico iria confrontar se com o aparecimento do livro digital de que o Projeto Gutenberg um importante marco Lebert 2009 e os diversos protagonistas da cadeia de valor tradicional iriam enfrentar a concorr ncia de novos modelos de neg cio liderados por conglomerados financeiros e empresas tecnol gicas O estudo The EU Publishing Industry An Assessment of Competitiveness caracteriza o impacto das tecnologias disruptivas nas ind strias de conte dos The evolution of content industries and their underlying modes of production have from the earliest times been driven by the emergence of new production technologies and distribution 70 Projeto Gutenberg foi lan ado por Michael Hart em 1971 com o objetivo de disponibilizar numa biblioteca ou livraria p blica digital com acesso gratuito e legal mais de 10 000 livros 23 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI practices However this evolutionary process has been often characterised by long periods of incremental growth punctuated by shorter episodes of more radical change Clayton Christensen draws a distinction between sustaining technologies that improve the performance of established products and business models and disruptive techn
143. o de distribuidoras apenas uma importante distribuidora exclusivamente de livros algumas poucas transportadoras que tamb m distribuem livros a diversifica o das rela es diretas com pequenas editoras que fazem a sua distribui o as primeiras edi es que n o chegam s livrarias independentes desprestigiando o livro ou por outro lado a import ncia que estas est o a tomar para as editoras s o alguns dos aspetos referidos Fico triste que eu fa a um pedido a uma editora e receba uma segunda edi o Porque acho que os meus clientes t m o mesmo direito do que outros clientes de grandes superf cies ou de grandes cadeias de livrarias de receberem uma primeira edi o Antigamente eu via um interesse muito grande nos autores em ter os livros nas livrarias podiam ser apenas dois exemplares 74 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI mas aquela livraria tinha de ter os meus livros Era uma quest o de prest gio Isso hoje caiu um bocado em desuso Livreiro 3 Os livros saem e n s s uma semana ou quinze dias depois que os temos c Que outra coisa estranha Livreiro 1 A ind stria do livro para mim agora tem um grande problema Est o a editar muito poucos t tulos Est o a fazer edi es muito curtas Quando depois a seguir fazem reimpress es e em vez de dizerem que s o edi es s o reimpress es O livro quando chegou as livrarias independent
144. o do S culo XXI Doutoramento em Sociologia da Comunica o da Cultura e da Educa o Lisboa Escola de Sociologia e Pol ticas P blicas ISCTE IUL pp 354 Neves Jos Soares coord Jorge Alves dos Santos Maria Jo o Lima Alexandra Vaz e Emanuel Caneira 2012 Ingu rito ao Sector do Livro Parte Enquadramento e Diagn stico Lisboa Observat rio das Actividades Culturais Neves Jos Soares coord Jorge Alves dos Santos e Alexandra Vaz 20122 Inqu rito ao Sector do Livro Parte Il Inqu ritos Edi o e Comercializa o Lisboa OAC OLL 2013 El sector del libro en Espa a 2011 2013 Observatorio de la Lectura y el Libro setembro 2013 lt http www mcu es libro docs MC Observatorio pdf Sector Libro 2011 13 sept13 pdf gt PIRA International 2003 The EU Publishing Industry An Assessment of Competitiveness Bruxelas Comunidade Europeia Pratt Andy C 2007 O Estado da Economia Cultural O Crescimento da Economia e os Desafios da Defini o de uma Pol tica Cultural em AAVV A Urg ncia da Teoria Lisboa Tinta da China e Funda o Calouste Gulbenkian pp 189 218 Rothley Willi 2002 Relat rio Comiss o sobre a elabora o de uma diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao Pre o Fixo do Livro 2001 2006 INI Bruxelas Comiss o dos Assuntos Jur dicos e do Mercado Interno Santos Maria de Lourdes Lima dos e Rui Telmo Gomes 2000 Din micas da Aplica o da Lei do
145. o fomento do associativismo livreiro integrado ou margem do atualmente existente ou ainda atrav s da constitui o de acordos ou parcerias para defesa de interesses comuns e gest o de servi os partilhados Amea as e Diminui o do n mero de edi es de livros impressos e Aus ncia de a es de fiscaliza o da aplica o da LPFL e Aus ncia de medidas espec ficas de pol tica cultural 107 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Retra o dos h bitos de leitura e de compra da popula o Desloca o da oferta de suportes de leitura do impresso para o digital Vulnerabilidade face a aspetos diretamente ligados com o livro como a c pia ilegal e o acesso online a livros digitalizados ou de mbito mais geral como a legisla o do arredamento urbano Campanhas promocionais agressivas por parte de grandes superf cies tanto de com rcio alimentar como de entretenimento e por cadeias de livrarias Retra o do sector da distribui o e dificuldade em receber t tulos novidades atempadamente Concorr ncia desleal desvaloriza o do pre o do livro e disfuncionalidades comerciais decorrentes das pr ticas levadas a cabo em feiras do livro informais em recintos improvisados Diversifica o e alargamento dos pontos de venda de livros em estabelecimentos com outras atividades principais 108 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na se
146. odo de quatro meses definidos para a sua dura o s o essencialmente dois por um lado a realiza o de um diagn stico da situa o no in cio da segunda d cada do s culo XXI e por outro a identifica o de tend ncias de evolu o verific veis ao longo de um per odo que se procurou que coincidisse com a viragem do s culo As quest es colocadas e que orientaram o presente estudo s o v rias e articuladas entre si Qual a evolu o recente e que tend ncias se identificam quanto ao mercado do livro edi o e comercializa o s livrarias e s livrarias independentes em particular s tecnologias digitais ao enquadramento legal espec fico do sector s pol ticas culturais p blicas aos posicionamentos institucionais p blicos aos posicionamentos associativos profissionais Decreto Lei n 216 2000 de 2 de setembro art 162 gt Livrarias independentes denunciam viola o da Lei do Pre o Fixo publicada a 20 11 2013 em http livrariapodoslivros blogspot pt 2013 11 livrarias independentes denunciam html 10 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI O m todo adotado essencialmente qualitativo embora a vertente quantitativa esteja tamb m presente A estrat gia da pesquisa procurou enquadrar o caso portugu s no contexto internacional e o com rcio livreiro no mercado do livro Para al m de recolher os contributos quantitativos e qualitativos dispo
147. ologies that bring different value propositions and performance characteristics enabling the introduction of alternative business models and changing the ways that industries function Clayton Christensen The Innovators Dilemma 1997 Both are important contributors to the competitiveness of the European content sectors New sustaining technologies more efficient editorial production systems cheaper colour print technologies the use of e business technologies to improve production and communication between supply chain partners lead to economies and efficiencies However disruptive technologies have the potential to introduce new combinations of media erode existing revenue models and to force content companies to formulate new business models and change relationship with the consumer PIRA 2003 117 Destaque ainda para outros dois estudos sobre o com rcio livreiro o da Livres Hebdo e Cercle de la librairie Moscovitz e Wischenbart 2013 realizado com base em dados de seis pa ses Fran a Alemanha Espanha Reino Unido Holanda e Estados Unidos onde se d a conhecer as suas particularidades e se procura comparar a situa o das livrarias nesses pa ses possibilitando assim dar conta das estrat gias desenvolvidas pelos livreiros independentes e o realizado pela Booksellers Association of the UK and Ireland Charles e Ingle 2008 que compara o Reino Unido com outros cinco mercados de venda de livros Estados Unidos Irl
148. omo se ver confrontadas com quedas nas vendas sobretudo a partir de 2011 e que acrescem aos decorrentes do digital Recorrendo novamente aos dados do Portal Estat stico de Informa o Empresarial do IRN mas tendo agora como fulcro as empresas de com rcio de livros com atividade de importa o A informa o obtida sobre importa es e exporta o para o per odo 2006 2011 n o tem em conta os dados dos Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada EIRL Na fonte por Importa es est a ter se em conta o valor total de compras e fornecimentos e servi os externos provenientes do mercado comunit rio e extracomunit rio extra do da informa o prestada nas declara es IES Para as 52 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI e exporta o verifica se que em m dia cerca de 100 empresas possuem atividade de com rcio internacional No periodo de 2006 a 2011 a diferen a entre exporta es e importa es evidente com um forte peso das importa es sendo esse distanciamento mais acentuado no ano 2009 cerca de 6 milh es e menos em 2011 1 8 milh es S o as empresas da regi o de Lisboa que primeiro impulsionam o valor das importa es em 2009 mas s o tamb m estas as que se retraem a partir de 2010 Essa retra o verifica se nas empresas da regi o Norte a partir de 2011 Em conjunto s o as que mais contribuem para essa quebra gr fico 17
149. on 2011 26 22 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI A concentra o do com rcio do livro em grandes espa os comerciais e em cadeias de livrarias de implanta o global como a Barnes amp Noble e a Borders depressa saltou as barreiras do Atl ntico embora condicionada pelas especificidades hist rico culturais de cada pa s este movimento alastrou na Europa Perante este cen rio os editores com a capacidade negocial diminu da face ao poder dos grupos livreiros responderam com id ntico refor o de consolida o em grandes grupos editoriais Conforme o relat rio Book publishing at the crossroads a company study divulgado em 1992 pela Coopers amp Lybrand Media Group The 1980s was a turning point in publishing throughout the world Vertical publishing internationalisation of the market and merger and acquisition activity on a previously unheard of scale all combined to bring books publishing out of its previously sleepy existence and into the real world of big business apud Beja 2012 89 N o tardou uma d cada para que a ind stria do livro estivesse perante novo e desta feita colossal desafio A revolu o digital que no dealbar dos anos 1990 revelara um irrevers vel efeito desagregador na ind stria da m sica e deixara antever um inevit vel impacto fraturante nas restantes ind strias culturais iria dar lugar a um novo paradigma sociocultural O r pido cresciment
150. onalpublishers org images stories news VAT2013 pdf gt Su a IPA amp PwC IPA International Publishers Association 2008 Google Authors Guild AAP et al Settlement Agreement 2008 lt http www danskeforlag dk download pdf 181asb035 pdf gt KPMG 2014 Barom tre 2014 de l offre de livres num riques en France KPMG lt http www kpmg com FR fr IssuesAndinsights ArticlesPublications Documents Baro metre 2014 KPMG Offre de livres numeriques en France pdf gt Manguel Alberto 1998 Uma hist ria da leitura Lisboa Editorial Presen a Martin Henri Jean 1988 Histoire et pouvoirs de l crit Paris Librairie acad mique Perrin apud Furtado Jos Afonso 1995 O que O livro Lisboa Difus o Cultural 110 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI MECD 2013 Panor mica de la edici n espa ola de libros 2012 Ministerio de Educaci n Cultura y Deporte lt http www mcu es estadisticas PrinpEstadisticas html gt Moscovitz C cile e R diger Wischenbart 2013 Librairies dans le monde Livres Hebdo Cercle de la librairie Mai 2013 lt http www cercledelalibrairie org Document show aspx id 5 gt Neves Jos Soares e Jorge Alves dos Santos 2010 Edi o e comercializa o de livros em Portugal Empresas volume de neg cios e emprego 2000 2008 Lisboa OAC 25 pp Neves Jos Soares 2011 Pr ticas de Leitura da Popula o Portuguesa no In ci
151. oporciona uma panor mica objetiva dos fatores que 29 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI mais contribu ram para o atual estado da arte do ponto de vista do com rcio eletr nico e do e book dos posicionamentos institucionais e de pol ticas dirigidas a livrarias independentes tabela 2 Por outro lado as informa es e os indicadores dispon veis refletem em termos quantitativos tend ncias socioecon micas significativas que levam o com rcio livreiro a confrontar se com um dos maiores desafios da sua longa hist ria Tabela 2 Cronologia com factos internacionais relevantes que marcam a ind stria do livro no in cio do s culo XXI 2000 2014 ANO FACTOS RELEVANTES 2000 e lan ado o Microsoft Reader primeiro software leitor de ebooks PC ebook reader ou PDA na sequ ncia de no ano anterior na 12 Confer ncia de Ebooks organizada pelo National Institute of Standards and Technology USA Dick Brass da Microsoft ter referido que os e books seriam o futuro da leitura e previsto que em 2018 representariam 90 do total de livros vendidos declarando We are embarking on a revolution that will change the world at least as much as Gutenberg did e Microsoft e Amazon unem esfor os para a venda de e books 2001 e Nascea Wikipedia e Grandes editoras Harper Collins Penguin Random House iniciam atividades no dom nio do e book e ipublish lan ado em
152. or ar as empresas de conte dos vd Ministerio de Educaci n Cultura y Deporte Observatorio de la Lectura y el Libro El sector del libro en Espa a 2011 2013 Septiembre 2013 lt http www mcu es libro docs MC Observatorio pdf Sectorlibro abril2014 pdf gt consultada a 30 04 2014 95 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI a formular novos modelos de neg cio e alterar a forma de relacionamento com os consumidores PIRA 2003 117 Embora com implica es em toda a cadeia de valor da ind stria do livro na vertente comercial que o efeito da crescente desmaterializa o do produto f sico tem impacto negativo de maior significado e de mais dif cil reajustamento Beja 2011 144 150 Pol tico legal Contrariamente aos pa ses anglo sax nicos nomeadamente os Estados Unidos da Am rica e o Reino Unido onde prevalece a liberaliza o do mercado do livro em v rios pa ses europeus foi adotada a regulamenta o do pre o do livro em geral por via de lei como em Portugal como se viu atr s na tabela 1 regulamenta o que inclusivamente tem sido objeto de aten o por parte das inst ncias comunit rias merecendo realce a resolu o do Parlamento Europeu de 21 de fevereiro de 2002 que recomenda Comiss o Europeia a elabora o de uma diretiva do Parlamento e do Conselho relativa ao Pre o Fixo do Livro Rotheley 2002 Trata se pois de uma mat ria q
153. ortanto que est bastante pr ximo da m dia europeia 45 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Quadro 3 Empresas de com rcio a retalho de livros nos pa ses da UE 27 por ano 2008 2011 n mero e percentagem Pa ses Ano Taxa de varia o Livrarias por 2008 2009 2010 2011 2008 11 100 mil hab UE 27 27 215 30 794 32 275 31 152 14 5 6 2 B lgica pi 7 415 303 2 8 Bulgaria 534 559 555 537 0 6 7 3 Republica Checa di 7 Dinamarca 341 323 308 302 11 4 54 Alemanha 4 097 4 767 4 803 4 260 4 0 5 2 Est nia 40 41 24 26 35 0 2 0 Irlanda 238 241 321 Gr cia i i Espanha 6 543 5 995 5 468 5 441 16 8 11 7 Franca 3 436 4 726 4 585 7 1 It lia 3 644 3 562 3 622 3 559 2 3 6 0 Chipre 203 198 237 200 1 5 23 8 Let nia 70 73 73 65 7 1 3 1 Litu nia 98 97 96 90 8 2 2 9 Luxemburgo 29 29 33 25 13 8 4 9 Hungria 909 638 634 627 31 0 6 3 Malta Holanda 493 494 606 592 20 1 3 6 ustria 518 491 481 467 9 8 5 6 Pol nia 1 601 1 555 1 771 2 048 27 9 5 3 Portugal 636 590 596 578 9 1 5 5 Rom nia 242 417 450 400 65 3 2 0 Eslov nia 35 38 38 42 20 0 2 0 Eslov quia 62 68 162 142 129 0 2 6 Finl ndia 234 232 224 207 11 5 3 9 Su cia 575 552 552 517 10 1 5 5 Reino Unido 1 315 973 1 006 1 056 19 7 1 7 Fonte Eurostat Structural Business Statist
154. os formas de apresenta o modelos de produ o e m todos de divulga o da escrita o aparecimento do com rcio livreiro est historicamente associado ao arranque da utiliza o massiva do papiro no s culo quando tamb m se inicia uma atividade editorial significativa e se come am a constituir as bibliotecas 19 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI A descoberta e utiliza o do papel a apresenta o em forma de c dice o alargamento da produ o aos centros universit rios e a forma como estes se organizaram para a difus o dos seus manuscritos constitu ram elementos fundamentais para que o com rcio do livro ganhasse uma din mica pr pria e decisiva para o seu futuro Pouco a pouco formou se assim em cada centro universit rio uma verdadeira corpora o de profissionais do livro de cl rigos ou muitas vezes leigos os livreiros eram leigos os copistas ou escreventes frequentemente cl rigos que prontamente se considerou como fazendo parte da Universidade na qualidade de partid rios Como tal gozavam de certos privil gios nomeadamente da isen o da derrama e da ronda e no plano judici rio dependiam das autoridades universit rias o privil gio do commitimus que para eles remontava ao princ pio do s culo XIII Uma vez na posse do cargo viam as suas atividades rigidamente delimitadas e constantemente vigiadas no seu exerc cio
155. os n o foram f ceis para o com rcio livreiro entre os s culos XV e XVIII Com uma fr gil e vol til regulamenta o profissional uma concorr ncia desleal em que a contrafa o era pr tica comum e incessantes persegui es decorrentes da censura imposta por autoridades religiosas e poder temporal a arbitrariedade e a atividade clandestina tiveram campo f rtil para se desenvolverem O movimento iluminista iniciado na Europa no s culo XVIII e assente na cultura na ci ncia na liberdade de pensamento e no dom nio da raz o vem aumentar o interesse pela leitura a capacidade t cnica de produ o do livro e a racionaliza o do com rcio livreiro Conforme Henri Jean Martin 21 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Perante todas estas muta es verificam se inevitavelmente altera es nas profiss es ligadas ao livro Nos anos 1835 1845 o editor separa se do livreiro retalhista zela pela fabrica o dos livros que coloca no mercado e exerce fun es estrat gicas entre o p blico os autores e os tip grafos assim como em rela o a todos os que concorrem para a realiza o material do livro Martin 1988 406 apud Furtado 1995 56 57 neste contexto que com base na rede de livreiros retalhistas espalhada pela Europa e na evolu o sociocultural dos povos se foi consolidando o modelo de neg cio que com as bvias adapta es decorrentes da expans o e massifica o do
156. otas entre 1974 e 1988 nas obras depositadas n o se incluem peri dicos seriais e esp cies menores consideradas na fonte interrup es na s rie significam dados indispon veis na fonte INE Num segundo per odo j na d cada de noventa 1993 1995 os dados dispon veis sugerem de novo um crescimento face ao fim dos anos oitenta e indiciam j a passagem a um outro patamar substancialmente mais elevado do que os anteriores O forte crescimento de 1994 7 661 para 1995 10 509 parece assim marcar o sentido de uma tend ncia que se prolonga at ao ltimo ter o da primeira d cada do s culo XXI De facto o n mero de registos atribu dos excetuando 2006 evolui positivamente at 2008 ano em que se regista um pico com 17 778 gr fico 9 Pelo contr rio s o anos em baixa 2000 14 066 2006 15 339 e 2012 15 051 verdade que o per odo 2007 2011 em alta contrasta com o anterior 2000 2006 constituindo dois patamares distintos Mas a queda acentuada de 2012 face ao ano transato para um valor s superior aos registados nos anos 2000 e 2001 parece sugerir que se est a regressar ao patamar do in cio da d cada o que n o se confirma uma vez que 2013 volta a mostrar uma recupera o com 15 700 43 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Num outro plano o dos t tulos impressos em Portugal verifica se um pico em 2011 20 032 seguido de queda em 2012 mas ainda a
157. pela internet o que eu acho mais pernicioso s o as lojas das editoras e o que l se faz um esc ndalo N o h legisla o para o com rcio eletr nico As lojas online outra economia paralela Livreiro 1 Isso uma coisa que j se verifica e que crescente e que s vezes parece assustadora mas que acho que ainda n o tem dimens es muita gente j l eletr nico N o sei se isso se pode contabilizar no decr scimo das vendas que existe Livreiro 4 Quanto venda de livros digitais atualmente n o considerada uma alternativa de neg cio para estes livreiros embora tenham consci ncia da sua crescente import ncia no sector e demonstrem alguma recetividade Os livros digitais eu tenho pouca experi ncia Eu sou um livreiro do papel e portanto n o tenho apet ncia pelos livros digitais Isso pessoal Mas n o estou alheio que esse fen meno tem conquistado cada vez mais leitores Eu sou daqueles que acha que o livro em papel nunca ir acabar Haver um equil brio de for as N o quer dizer que seja igual Livreiro 3 H uma coisa que eu gostava de conseguir fazer e n o consigo que vender livros eletr nicos porque tenho encomendas por exemplo das escolas da biblioteca escolar das bibliotecas mas uma coisa que n s e os livreiros n o conseguem fazer que vender No futuro sim Tinha de me render bem tecnologia eu sou um bocado c tica mas eu acho que sim Livreiro 4 Os l
158. plica o 2002 substitui o acordo de Papel Sim Alemanha Sim Lei 1888 E book Sim ustria Sim Lei 2000 ae a antenon Papel Sim acordo de com rcio B lgica N o Bulg ria N o Chipre N o Dinamarca Sim Acorp ee 1837 revisto em 2006 Papeis an Com rcio E book N o Eslov quia N o Eslov nia Sim Lei 2014 substitui o anterior Papel Sim acordo de com rcio E book Sim 5 Ve Papel Sim Espanha Sim Lei 1975 substitu da em 2007 E book Sim Est nia N o Finl ndia N o Revogado em 1972 Pratica Sim Lei 1981 Lei Lang substituiu o Papel Sim anterior acordo comercial E book Sim bot Papel Sim Gr cia Sim Lei 1997 E book Sim E E 2005 substitui o anterior Papel Sim Holand S L PADES ki a acordo de 1923 E book N o Huneria Sim Acordo de Papel Sim 8 Com rcio E book N o Revogado o Net Book Irlanda Nao Agreement em 1995 po E Papel Sim It lia Sim Lei 2001 alterada em 2005 E book N o Let nia N o Revogado o acordo em 1971 Litu nia N o Luxemburgo N o Malta N o Pol nia N o Papel Sim Portugal Sim Lei 1996 E book N o a Net Book Agreement 1900 Reineitinico hee denunciado em 1995 Republica E Checa ido Rom nia N o Su cia N o Revogado em 1970 Espa o Econ mico Europeu Acordo de i Papel Sim Noruega Sim ee 1962 revisto em 2005 E book Sin Sui a N o Revogado em 1995 Fontes BA Reports Library March 2013
159. rand e o clube do livro C rculo de Leitores Grupo LeYa possui uma rede de onze livrarias oito lojas pr prias e tr s em regime de parceria e 1 livraria online Livraria Almedina fundada em 1957 junto Universidade de Coimbra com atividade de livraria e de edi o conta com 11 lojas e 1 livraria online Fonte Elabora o pr pria 125 ANEXO 8 CUPIX N VEL DO PRE O NORMAL DO LIVRO POR PA S E POR ANO 2010 2013 Euros e percentagem regime de sore Walter Isaacson J R R Tolkien Pre o fixo The Girl Who ee Steve Jobs The Hobbit Alemanha Austria 18 99 Flandres 22 90 Val nia 15 34 17 99 nf Eslov quia n d B lgica Bulg ria Chipre Dinamarca 21 38 22 86 29 95 20 00 hardback 21 00 hardback 5 70 paperback Finl ndia Fran a 16 92 22 95 Cal E 260 nm Gr cia wn 3 nin 3 Holanda Let nia Litu nia Luxemburgo Pol nia Portugal Reino Unido Rep blica Checa Rom nia Su cia Espa o Econ mico Europeu Noruega Sim Su a Fonte European Institute for Comparative Cultural Research ERICarts baseado nos dados fornecidos pelos contactos de cada pa s Dados recolhidos em novembro de 2010 2011 2012 e 2013 lt http ici isti 126
160. rarias durante os per odos de feiras Vendem o menos poss vel para obrigar o cliente a ter de ir feira N s pedimos uma coisa demora 15 dias a vir As feiras do livro locais para mim s t m valor e import ncia se forem feitas pelos livreiros Por exemplo n s temos agora aqui uma livraria que come ou em abril de um individuo que vem de Lisboa que n o livreiro que tem bancas de livros na Gare do Oriente Este ano n o veio s com coisas antigas veio tamb m com livros novos Faz negociatas com os editores como comprar velharias para obter descontos maiores nos livros novos Sou absolutamente contra essas feiras que n o s o feitas pelos livreiros locais Livreiro 5 80 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Tamb m j ningu m fala da Feira do Livro quando se trata deste absurdo legal nunca ningu m fala como aquilo sendo um com rcio livre Para mim aquilo uma manifesta o cultural e a partir da tudo permitido um acontecimento que tem uma componente comercial Livreiro 1 No entanto h quem considere positivo este tipo de atividades e iniciativas pela proximidade que promovem entre as pessoas e o livro desde que levadas a cabo pelas pr prias livrarias Acho que os livros devem estar no meio onde as pessoas passam Acho bem que estejam nas esta es dos metros e acho que os livros t m de estar nos s tios onde as pessoas est o Eu acho que devi
161. rdar Tenho prateleiras dos clientes que v o encomendando E j tenho muitos livros guardados que as pessoas v o levando ao longo do m s Livreiro 4 Para o que n s ganhamos o livro caro mas em rela o ao livro europeu o livro em Portugal barato Livreiro 5 Neste momento h uma dificuldade maior Penso que as pessoas se preocupam mais se conseguirem comprar mais barato como l gico A aquisi o est mais lenta as pessoas est o com mais dificuldades H uma crise h menos compras H uma recess o na procura h uma procura mais moderada preciso ter essa no o e hoje eu acho que j h mais essa consci ncia Livreiro 3 O aumento do pre o de capa do livro uma das consequ ncias das promo es para permitir os publicitados descontos Por outro lado referido que o pre o do livro n o tem sofrido aumentos 78 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Os livros s o caros tamb m por causa dos grandes descontos que eles t m de fazer aos a toda a gente Livreiro 1 Eu acho que as promo es a m dio prazo aumentam o pre o do livro O editor sobe o pre o do livro com vista promo o assim que funciona Porque a perce o do p blico Eu estou a comprar mais barato Quando na realidade n o est Livreiro 2 Se calhar se partida os livros fossem todos um bocadinho mais baratos n o houvesse essas campanhas ent
162. re um conjunto alargado de temas relacionados com a atividade livreira 3 1 M todo Foram realizadas cinco entrevistas anexo 2 De acordo com os objetivos definidos a sele o dos entrevistados seguiu v rios crit rios pertencer estar relacionado ou ser respons vel por uma livraria independente estar localizada em territ rio nacional Realizaram se em Portugal continental e compreendem livrarias situadas em Lisboa e noutras cidades capitais de distrito As entrevistas semi diretivas foram realizadas presencialmente mediante gui o previamente elaborado anexo 4 na livraria entre 1 de abril e 8 de maio de 2014 Foram integralmente 32 i oe s im a ra 5 Foram solicitadas 6 entrevistas mas uma n o chegou a ser concretizada apesar das v rias tentativas nesse sentido por parte da equipa por manifesta indisponibilidade de tempo 71 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI gravadas e a dura o variou entre uma e duas horas Cada entrevista foi precedida do preenchimento de uma grelha de carateriza o da respetiva livraria anexo 5 A an lise a seguir realizada estrutura se por tem ticas caracteriza o das livrarias em que decorreram as entrevistas rela o dos livreiros com editores e distribuidores promo es h bitos de consumo pre o do livro feiras do livro com rcio eletr nico livros digitais pol ticas culturais p blicas regula o Lei do Pre o F
163. refira se que Fran a e Alemanha manifestaram sintonia quanto import ncia cultural e econ mica do sector bem como quanto necessidade expressa em comunicado subscrito em 17 de Fevereiro de 2014 pelos respetivos ministros da Cultura de a Uni o Europeia se comprometer com i o reconhecimento da legitimidade de implementa o de leis nacionais sobre o pre o dos livros digitais ii a possibilidade de aplica o de taxas reduzidas de IVA em e books e iii a cria o de uma rede transnacional de circula o de livros e de uniformiza o de standards e tecnologias para leitores digitais Considerando que a transi o da era da gal xia Gutenberg para a era da informa o globalizada nos dias de hoje um facto irrevers vel a s ntese das tend ncias no plano internacional adquire valor acrescido no que respeita pol tica cultural e s medidas de apoio legislativo e fiscal que devem ser tidas em considera o em Portugal face situa o e tend ncias que se diagnosticam no nosso pa s conforme em seguida se sumaria nas suas diferentes dimens es e se ilustra em an lise SWOT espec fica bom ser para que o presente estudo sirva os objetivos pretendidos que as institui es profissionais e pol ticas se coordenem para concretizar em tempo oportuno as op es que melhor se coadunem com a nossa realidade sociocultural e geopol tica 4 2 Contexto portugu s Em grande medida como reflexo do contexto internacional
164. s as outras regi es s o negativamente afetadas em 2012 As regi es Norte e Lisboa mant m o seu peso em torno de 80 que significa que a diminui o dos anos recentes afeta de igual modo as regi es mais e menos pesadas Gr fico 14 Volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros por ano 2004 2012 150 140 130 120 110 100 140 1 milh es de euros 142 9 142 5 d 142 3 139 3 137 7 137 1 126 2 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 50 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Quando observadas do ponto de vista do peso do volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros no volume de neg cios total das empresas com atividades de Bens culturais e recreativos constata se que o peso relativo se mant m constante durante o per odo em apre o na ordem dos 8 gr fico 15 A percentagem mais elevada regista se precisamente no in cio da s rie em 2004 9 Veja se igualmente que em termos de evolu o o peso percentual apresenta um decr scimo inicial at 2008 e pequenas oscila es positivas at pelo menos 2011 ao passo que o volume de neg cios apresenta um sentido inverso de crescimento at 2009 e de queda acentuada depois Significa isto que o produto da atividade da
165. s empresas de com rcio de livros apesar da subida em termos reais perdeu relevo quando comparado com a atividade das outras empresas de bens culturais e recreativos apesar da descida abrupta em 2012 ela n o se revela t o acentuada como a que se verificou nas das outras empresas Gr fico 15 Peso do Volume de neg cios das empresas de com rcio a retalho de livros no Volume de neg cios total das empresas de bens culturais e recreativos por ano 2006 2012 Percentagem 10 0 9 0 8 0 7 0 6 0 5 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Fonte INE Sistema de Contas Integradas das Empresas Base de dados em http www ine pt consultada a 7 03 2014 2 O Com rcio a retalho de bens culturais e recreativos em estabelecimentos especializados CAE grupo 476 compreende as seguintes atividade Discos CD DVD cassetes e similares Artigos de desporto de campismo e lazer Jogos e brinquedos Jornais revistas e artigos de papelaria e Livros 2 Num indicador id ntico mas de fonte diferente do Portal Estat stico de Informa o Empresarial do IRN com informa o obtida tamb m a partir das declara es da Informa o Empresarial Simplificada IES do Ficheiro Central de Pessoas Coletivas FCPC e da Base de Dados do Registo Comercial SIRCOM verifica se que para o per odo 2006 2011 com exce o dos Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada EIRL que n o s o tratados pela fonte o peso relativo do volum
166. s improvisados principalmente pela falta de fiscaliza o ou controlo na sua realiza o As pessoas hoje compram aqui um livro novo que uma coisa que s vezes me faz confus o e esse livro passados dois ou tr s meses aparece numa feira com 20 ou 30 de desconto Quer dizer isso para quem comprou o livro que deu o seu dinheiro na ntegra perturba Desvaloriza e um desprest gio para o livro para o autor Eu n o gosto disso Sei que prejudicial para n s isso sei Livreiro 3 N o h regula o ou seja n o h controlo n o h ningu m que fiscalize Quando eu tenho que pagar um espa o tenho que pagar funcion rios tenho que pagar IMI tenho que pagar isto e depois vejo gente e vender livros em todo o lado nas igrejas nas esta es do Metro Como que isto poss vel Porqu Sen o tamb m vou vender para a rua N o tenho que pagar renda Que isto d cabo do mercado d Que uma concorr ncia desleal verdade Agora quem que fiscaliza isto H aqui uma falta de fiscaliza o sobre o mercado do livro e preciso pensar nisso ou regular outra vez ou pensar numa forma diferente de funcionar Porque sen o eu prevejo um futuro muito negro Ali s j negro Mas muito mais negro para o mercado do livro e para o sector em geral Livreiro 2 O editor faz um desconto maior ao p blico mas ganha muito mais Eles fazem 20 ao p blico mas livraria seria 30 Os editores n o vendem as liv
167. s restantes trimestres Foi no 1 e no 2 trimestres que mais aumentaram as vendas se se tiver em conta os anos polares Quadro 7 Distribui o das unidades vendidas e do volume de vendas por Trimestre e por ano 2007 2013 percentagem milhares de unidades e milh es de euros Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Unidades vendidas 1 Trimestre 18 6 22 2 23 0 23 1 22 3 22 2 23 4 2 Trimestre 18 8 20 1 20 4 20 5 20 0 21 8 20 9 3 Trimestre 24 4 23 6 23 0 23 9 24 8 24 3 24 1 4 Trimestre 38 2 34 1 33 7 32 5 33 0 31 6 31 6 Total 13 494 13 537 14 662 14 555 14 669 13 648 12 945 Volume de vendas 1 Trimestre 18 0 22 0 23 3 22 5 22 5 21 6 21 6 2 Trimestre 18 2 19 2 19 0 19 9 20 0 21 1 20 6 3 Trimestre 23 5 22 1 21 6 22 6 22 8 23 3 23 9 4 Trimestre 40 2 36 7 36 1 34 9 34 7 34 0 33 8 Total 151 7 156 2 174 0 169 1 164 3 149 0 147 1 Fonte GfK A an lise da evolu o das unidades vendidas por categorias mostra desde logo o enorme peso dos livros Infantil juvenis ao longo de toda a s rie peso que ali s se vem destacando das demais gr fico 29 Por outro lado a Literatura mostra em 2013 um peso similar ao registado em 2009 64 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 29 Unidades vendidas por categoria e por ano 2007 2013 percentagem 40 0 30 0 4 20 0 10 0 4 sali PR e dp o m 0 0 T
168. seguidos e continuam a estar no PNL Pois s vezes h um desconhecimento de 3 Iniciativa da responsabilidade do Minist rio da Educa o em articula o com o Minist rio da Cultura e o Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares A Resolu o do Conselho de Ministros n 86 2006 de 12 de julho aprova o PNL e cria a respetiva Comiss o Ainda sobre o PNL ver http www planonacionaldeleitura gov pt Neves 2011 101 103 e especificamente sobre a avalia o dos primeiros 5 anos do Plano Costa Pegado vila e Coelho 2011 87 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI quem faz a sele o porque h livros muito mais interessantes Mas eu acho que foi uma coisa que funcionou imenso as escolas compraram muito por a e continuam a comprar Agora come am um bocadinho a mudar Livreiro 4 O Plano Nacional de Leitura foi uma coisa excecional Fez se com que os jovens e as crian as todos tivessem que ler mais do que liam E por causa deles os pais est o a ler os livros dos filhos E os professores tamb m v o ler mais Livreiro 5 O Plano direciona se preferencialmente para as crian as e jovens Entre os seus muitos programas destaca se a recomenda o da leitura e de livros para este p blico alvo Justamente um aspeto destacado nas entrevistas refere se ao alargamento das procuras e consequente alargamento do espa o dedicado a este g nero resultado da qualidade cr
169. ssim num patamar elevado ao nivel de 2010 confirmando se a tend ncia de decr scimo em 2013 com os valores a recuarem ao n vel dos de 2006 gr fico 10 Gr fico 10 Registos do Dep sito Legal atribu dos e t tulos impressos em Portugal por ano 2000 2013 n mero 21000 19 000 17 000 15 000 13 000 11 000 r SS a SS A 9 000 T T T T T T T T T T 1 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Registos do Dep sito Legal atribu dos Total de t tulos impressos em Portugal Fonte BNP DSABN 2000 2013 Notas Registos de DL incluem monografias e publica es peri dicas desde 1982 Os t tulos impressos apenas incluem monografias 2 1 2 Mercado externo A evolu o do mercado externo de livros brochuras e impressos semelhantes INE fica marcada pela supera o das entradas pelas sa das que se verifica desde 2012 em 2011 s o coincidentes devido mais queda acentuada e continuada desde 2008 das entradas do que subida das sa das gr fico 11 7 Note se que em 2011 e 2012 anos em que o n mero de t tulos impressos supera o dos pedidos de DL n o s o diretamente compar veis com o resto da s rie dado que se explicam pelo acr scimo no n mero de obras impressas em Portugal que n o est o abrangidas pela obrigatoriedade do DL seja pelo tipo de obra edi es de autor separatas alguns cat logos e brochuras cartazes etc seja por pertenc
170. sso de discuss o p blica que remonta d cada de oitenta no qual foram tentadas sem xito outras modalidades existentes noutros pa ses como os acordos entre editores e livreiros Santos e Gomes 2000 Aos argumentos invocados para a sua aprova o o objetivo deste tipo de interven o como se sabe favorecer proteger a exist ncia de uma rede densa de livrarias de proximidade no todo do territ rio nacional decorrentes da entrada em 1985 em Portugal das grandes superf cies alimentares e no com rcio do livro e no seu elevado poder negocial capaz de baixar de forma disfuncional os pre os dos livros somam se desde ent o v rios outros que tendem a enfraquecer o papel das livrarias na intermedia o entre a edi o e a compra em que se destaca a prolifera o e diversifica o dos pontos de venda de livros em 1 Decreto Lei n 176 96 de 21 de setembro Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI estabelecimentos n o especializados de pequena m dia e grande dimens o e em espa os improvisados a concentra o editorial e a verticaliza o do sector o desenvolvimento do com rcio eletr nico de livros primeiro e mais recentemente do livro digital a generaliza o por parte de cadeias de livrarias e de grandes superf cies de com rcio a retalho n o alimentar de campanhas promocionais e de descontos nos pre os de venda e ainda a aprova o de legisla o m
171. ste a APEL A APEL n o apoia nem quer saber dos livreiros uma forma de receberem todos os meses uma renda N o h um sector da APEL apesar de dizerem o contr rio que queira trabalhar os livreiros que implemente politicas para os livreiros nada Livreiro 5 89 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Por outro lado parece ser patente por parte dos entrevistados alguma dificuldade em os livreiros independentes estabelecerem la os de coopera o com alguma continuidade e s o manifestas as dificuldade embora haja esfor os de alguns nesse sentido Eu j tentei associar pequenos livreiros mas muito complicado porque implica meios econ micos que os livreiros n o t m estamos a falar de uma dispers o geogr fica muito grande Era importante haver uma associa o dos livreiros independentes mas h v rios fatores que determinam que isso n o aconte a Principalmente econ micos Livreiro 2 Nos livreiros nos tais ditos independentes j houve v rias tentativas para se associarem mas n o foi poss vel pois cada um tem as suas idiossincrasias Associarem se coisa estranha J fiz v rias propostas dessas de fazermos uma central de compras por exemplo entre v rias coisas porque sempre achei que era interessante mas depois sempre uma grande complica o Livreiro 1 Depois houve aquela hip tese da Associa o das Livrarias Independentes se reunirem mas depois
172. t Observatorio de la Lectura y el Libro lt www mcu es libro docs MC Observatorio gt Minist re de la Culture et de la Communication lt www culturecommunication gouv fr Presse gt Plano Nacional de Leitura lt www planonacionaldeleitura gov pt gt Publishers Weekly lt http www publishersweekly com gt P blico lt http www publico pt gt Quartz lt http qz com 29783 gt LEGISLACAO Decreto Lei n 74 82 de 3 de mar o Lei do Dep sito Legal Decreto Lei n 362 86 de 28 de Outubro reflete as altera es introduzidas no Decreto Lei n 74 82 de 3 de mar o pelo n 4 do art 50 do Decreto Lei 74 2006 de 24 de mar o pelo Decreto Lei 115 2013 de 7 de agosto e pelo Despacho Normativo de 30 de Abril de 2003 que retificou o n mero de exemplares a depositar Decreto Lei 176 96 de 21 de setembro Lei do Pre o Fixo Institui o regime do Pre o Fixo do Livro Alterado pelo Decreto Lei n 216 2000 de 2 de setembro Decreto Lei n 216 2000 de 2 de setembro art 16 Fiscaliza o compet ncia da Inspe o Geral das Atividades Culturais Resolu o do Conselho de Ministros n 86 2006 de 12 de julho Plano Nacional de Leitura Aprova o PNLe cria a respetiva comiss o 112 ANEXOS ANEXO 1 PESO DA EDI O NAS INDUSTRIAS DO ENTRETENIMENTO E MEDIA Publishing Plays a Particularly Strong Role in Global Media and Entertainment In the global publishing media and entertainment i
173. t em vigor regulamenta o sobre pre o do livro por via de lei op o que se integra ali s na tend ncia internacional dominante como atr s se viu A exist ncia da lei n o parece ser hoje objeto de contesta o Isso n o significa que n o sejam equacion veis altera es Uma delas reporta se na sequ ncia do que j fizeram outros pa ses inclus o do e book Embora n o se saiba em que sentido a tutela da Cultura manifestou j disponibilidade e mesmo a tomada de iniciativa para a alterar Contudo a principal quest o de acordo com os livreiros entrevistados no mbito do presente estudo situa se na sua aplica o e na fiscaliza o do seu cumprimento Os depoimentos recolhidos acentuam o tom da tomada de posi o junto da IGAC feita por 26 livreiros em fins de 2013 manifestando com clareza uma desconfian a un nime quanto manifesta incapacidade do Estado em assegurar o cumprimento do quadro legal em vigor A este prop sito a APEL tomou a 5 de dezembro de 2013 uma posi o claramente favor vel LPFL dando assim nota de que os seus associados entre eles alguns dos visados pela referida posi o dos livreiros independentes est o coesos quanto exist ncia da lei e portanto sua aplica o Livrarias independentes denunciam viola o da Lei do Pre o Fixo publicada a 20 11 2013 em http livrariapodoslivros blogspot pt 2013 11 livrarias independentes denunciam html 103 Com rcio livr
174. ta com o crescimento m dio verificado na UE de 15 e a varia o igualmente negativa mas menos acentuada do volume de neg cios em Portugal no mesmo per odo 2 7 diverge igualmente da m dia da UE que neste indicador estagnou apenas 0 3 Noutra perspetiva a da venda de livros jornais e artigos de papelaria nas grandes superf cies retalhistas a evolu o muito semelhante 2009 marca um pico em alta quanto ao volume de neg cios com 229 milh es e o in cio de um decr scimo que se prolonga at 2012 com 203 milh es Isto apesar de o n mero destes estabelecimentos continuar a crescer Esta tend ncia de diminui o mais vincada nas grandes superf cies n o alimentares que incluem a FNAC por exemplo do que nas alimentares que incluem os hiper e supermercados Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI A evolu o do volume de neg cios do retalho aqui apenas para o livro n o escolar e para a amostra abrangida pelo painel da GfK confirma a tend ncia continuada de queda a partir de 2009 ano em que era de 174 milh es que se prolonga a 2013 com 147 milh es ou seja o conjunto das empresas que constituem a amostra abrangida por esta fonte que se estima representar cerca de 75 a 80 do mercado total sendo que a parte restante inclui as livrarias independentes diminuiu em cerca de 27 milh es ou seja 16 Numa conjuntura de altera es profundas
175. tamb m em Portugal o sector do livro e em particular o com rcio livreiro atravessa um per odo em que se colocam grandes desafios a que acrescem os decorrentes da conjuntura de profunda crise econ mica que desde 2011 o pa s atravessa semelhan a do que foi feito relativamente ao contexto internacional sumarizam se de seguida algumas das principais tend ncias identific veis e suscet veis de condicionar a situa o atual do com rcio livreiro em Portugal Retomam se e complementam se os itens analisados vd Minist re de la Culture et de la Communication Aur lie Filippetti et Monika Griitters ministres fran aise et allemande de la culture appellent une vision europ enne du livre l re num rique lt du livre a l ere numerique gt consultada a 26 04 2014 99 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI no cap tulo 2 sobre a evolu o da edi o e do com rcio livreiro e no 3 em que se deu conta dos posicionamentos de livreiros independentes A estrutura expositiva que se segue semelhante do contexto internacional mas os itens abordados s o mais espec ficos Sociocultural At h bem pouco falar de leitura de livros era falar de leitura em formato impresso Do ponto de vista da popula o portuguesa os estudos sociol gicos mostravam que os leitores de livros nesse formato estavam a aumentar embora significassem pouco mais de metade da popula o
176. ue tem merecido grande aten o pelas institui es nacionais e internacionais Ainda a prop sito da regulamenta o do pre o do livro Importa assinalar duas outras tend ncias relevantes por um lado verifica se que os pa ses que alteraram ou criaram a regulamenta o a partir de 2000 e foram v rios com exce o da Dinamarca o fizeram com a ado o de lei em detrimento do acordo de com rcio e em alguns casos em substitui o do acordo at a em vigor por outro lado a aplica o estende se j em v rios pa ses ao e book Por tudo isto a Lei do Pre o Fixo constitui tema de abordagem obrigat ria em qualquer estudo ou f rum em que se analise ou debata o momento atual e o futuro do sector do livro dada a inilud vel rela o que se coloca entre as suas vertentes econ mica e cultural A sua relev ncia agora do ponto de vista dos editores justifica que a IPA lhe dedique um cap tulo no diret rio Industry Policy da sua p gina oficial na internet no qual explana detalhadamente os contornos desta mat ria os pr s e os contras que s o apontados e quais as situa es representativas das situa es vigentes em mais de cinquenta pa ses a que pertencem as organiza es associadas Embora a IPA n o tome posi o direta relativamente ao Pre o Fixo do Livro sintom tico que na rubrica Overview and Developments Fixed Book Price JPA International Publishers Association Industry Policy Menu F
177. uperior ou m dia superior Isto faz se mas faz se com um gosto que se cria H uma grande clientela regular que devido crise compram menos Livreiro 3 H os que v m todos os dias mas n o v m todos os dias comprar livros H os clientes regulares que v m periodicamente Livreiro 1 O que eu tenho s o clientes fi is Tenho poucos clientes mas eles s o fi is e ass duos Livreiro 2 As pessoas compram muitas vezes mas menos e continuam a ser os mesmos Os clientes das livrarias s o sempre os mesmos dez Livreiro 4 13 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI A livraria tem clientes regulares h 40 anos desde que a porta abriu N o tem perdido clientes H clientes ocasionais espor dicos claro e h sempre novos O nosso objetivo transformar um cliente ocasional num cliente regular Livreiro 5 Mas a exist ncia de clientes turistas e estrangeiros bem como as vendas pela internet para algumas uma realidade relevante Depois h os turistas que s v m uma vez E isso aqui tem um peso muito importante Os brasileiros s o os clientes que mais compram em volume Livreiro 1 E h uma rela o de proximidade que se cria entre o livreiro e o seu cliente Nomeadamente atrav s da internet Livreiro 2 3 3 Rela o dos livreiros com editores e distribuidores A concentra o editorial em dois grandes grupos a restri o do n mer
178. vi o volume de neg cios VAB e manifesta se nos v rios canais de comercializa o livrarias grandes superf cies alimentares e de forma mais acentuada nas n o alimentares A evolu o do volume de neg cios do retalho livro n o escolar dados GfK mostra uma tend ncia de queda continuada desde 2009 ano em que era de 174 milh es at 2013 com 147 1 milh es ou seja a amostra abrangida por esta fonte que se se estima representar 75 a 80 do mercado total diminuiu em cerca de 27 milh es Tamb m a oferta de novos t tulos em suporte papel tende a diminuir at 2012 sem que aparentemente essa diminui o esteja a ser compensada pela edi o de e books embora esta esteja manifestamente a aumentar mas devido aposta dos editores na edi o em ambos os suportes impresso e digital Contudo os indicadores dispon veis para 2013 mostram alguns sinais de recupera o ao n vel da oferta Num contexto de encerramento de pequenas editoras e de diminui o dos t tulos por estas editados assiste se concomitantemente ao aumento do fen meno da autoedi o edi o de apenas um t tulo de um autor ou de uma institui o e de print on demand Numa conjuntura de crise econ mica e de muta es devido ao digital multiplicam se as estrat gias concorrenciais Cart es de desconto de que a FNAC foi pioneira desde que se instalou em Portugal em 1998 campanhas no Natal e noutros per odos enfim promo
179. vis o comum que partilham sobre a ind stria do livro e as prioridades que defendem para o sector Books convey ideas feed the mind and make freedom of expression a reality European citizens need to have access to books in order to understand the European democratic values which are underlying the European process Books are key to our citizens participation in economic social cultural and political life This is especially true given the emergence of the knowledge economy and the increasing demand for literacy skills this has brought about The Book Chain authors the European Writers Council EWC publishers the Federation of European Publishers FEP and booksellers the European Booksellers Federation EBF together represent a significant cultural diversity within Europe EWC represents 150 000 authors in the publishing sector who write in all genres covering 40 languages several hundred thousands of people are working in publishing houses and bookshops Books are also the first cultural sector in economic terms with a turnover for the publishers of 22 5 billion in 2012 and an annual production of 535 000 new titles European publishers held a total of about 9 million different titles in stock of which more than 2 million in digital format 18 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI EWC FEP and EBF have agreed on 4 Top Priorities 1 Balanced and fair copyright conditio
180. vo compara o com Espanha refira se que a impress o a pedido representava em 2012 2 6 do total editado com 2 677 t tulos registando um decr scimo face ao n mero de 2010 2 869 MECD 2013 28 18 Os autores editores correspondem a entidades coletivas ou individuais que pretendem editar apenas um t tulo T m um prefixo pr prio o 989 20 Antes de 2006 a atribui o daquele prefixo era aleat ria pelo que n o poss vel contabilizar o seu n mero 1 Os dados sobre entidades p blicas resultam de um apuramento representativo mas n o exaustivo pelo que devem ser lidos como pelo menos 40 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cada do s culo XXI Gr fico 7 ISBN atribu dos a entidades do sector p blico por ano 2010 2013 n mero 2 000 1750 Sedo eal 1250 1 000 750 500 250 2010 2011 2012 2013 Fonte Ag ncia Nacional ISBN APEL O impacto da edi o destas entidades muito significativo e justifica a evolu o global antes referida Ou seja se se n o tiver em conta estas entidades o que se constata a diminui o dos t tulos de ISBN de editoras comerciais pelo menos desde 2010 de acordo com os dados dispon veis Acresce que se os dados fossem expurgados dos ISBN atribu dos a e books como se referiu por norma tamb m impressos e portanto t tulos com duplo ISBN o decr scimo da edi o de novos t tulos pelas editoras comerciais seria ainda mais acentuado
181. vreiro 2 As livrarias s o defendidas atrav s das compras nas livrarias N o deve haver nada que facilite a compra por fora das livrarias e obriguem as compras a passar pelas livrarias Acho que o Estado e as C maras Municipais o Poder local devem pensar nisso Quer dizer se eu gosto de um restaurante para que ele n o feche eu tenho que l ir almo ar ou jantar Se eu gosto de uma livraria tenho que l ir consumir Livreiro 3 Assim se promoveu algumas pol ticas de promo o da leitura que foram mais ou menos feitas com algumas bibliotecas mas depois essas bibliotecas t m grandes edif cios mas n o t m l livros programas comunit rios Para livros n o h apoios Apenas com rcio e as livrarias pertencem ao com rcio O que acontece que um processo t o complicado que geralmente s as grandes cadeias de livrarias que se candidatam e que levam o dinheiro Livreiro 1 referida a necessidade do reconhecimento do seu importante papel na aquisi o de conhecimento e desenvolvimento cultural e econ mico nomeadamente no que se refere ao turismo cultural e patrimonial Queremos ter uma posi o e o reconhecimento que vejam que uma livraria como esta seja ben fica para a cidade Por exemplo do ponto de vista do turismo voc n o imagina a quantidade de turistas que vem aqui que adoram a livraria e dizem Ah isto lind ssimo 84 Com rcio livreiro em Portugal Estado da arte na segunda d cad
182. za o de um diagn stico da situa o no in cio da segunda d cada do s culo XXI e a identifica o de tend ncias de evolu o verific veis ao longo de um per odo que se procurou que coincidisse com a viragem do s culo Decorreu entre fevereiro e junho de 2014 O m todo adotado essencialmente qualitativo embora a vertente quantitativa esteja tamb m presente A estrat gia da pesquisa procurou enquadrar a evolu o hist rica do livro nos mbitos cultural e socioecon mico o caso portugu s no contexto internacional e o com rcio livreiro no mercado do livro conforme expresso no cap tulo 1 Recolheram se os contributos quantitativos e qualitativos dispon veis em estudos sobre o caso portugu s atualizaram se s ries estat sticas e constru ram se outras com indicadores econ micos Recorreu se a fontes secund rias diversas tais como relat rios posicionamentos institucionais e associativos dados provenientes das estat sticas oficiais e de estudos de mercado tudo constante no cap tulo 2 Foram realizadas entrevistas a v rios profissionais do sector do livro tendo em vista obter informa o til e determinar crit rios para pesquisa de dados relevantes conducentes otimiza o de conclus es abrangentes Foram igualmente concretizadas entrevistas a respons veis de livrarias independentes que permitem caracterizar o tipo de atividades que desenvolvem e os desafios que enfrentam nomeadamente atrav s da an lise

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