Home

Carina José Caires Figueira Teles - Repositório Institucional da

1. 6 Costuma fazer pausas entre consultas N o Sim I Dequantoemquantotempo Detemthora De2em2horas O De3em3horas O Outra O 7 Posi o de trabalho preferida Dep C Sentado a direita do paciente esquerda do paciente C Por tr s do paciente 8 M o dominante de trabalho M o Direita M o Esquerda Ambas as m os O Continua no verso XIII Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 1 Question rio Verso 9 O mobili rio do consult rio onde trabalha regul vel em rela o a Altura do banco C Altura da mesa dos materais e instrumentos Inclina o e altura da cadeira do paciente O 10 Alguma vez informaram no a sobre as posi es correctas a adoptar no trabalho N o Sim dequeforma Licenciatura Workshop C Folheto informativo O Internet O Outros O 11 Frequ ncia com que desempenha cada actividade Nunca nunca faz a actividade Raramente 1 vez m s s vezes 1 vez sernana Muitas vezes mais de 3 vezes semana Sempre todos os dias Actividade executada Nunca Raramente svezes Muitas vezes Sempre 1 Cirurgia E IN O L1 E 2 Implantologia LJ IN LI L1 LI 3 Dentisteria m m o o o 4 Destartariza o o o o o L1 5 Endodontia L1 L1 m LJ o 6 Prot se m m o L1 O 7 Ortodontia o o o o o Ill Aspectos relacionados com a sa de e bem estar 1 Pratica alguma actividade fisica N o Sim qual Quantas vezes por semana 2 Durante o exerc
2. salvaguardando deste modo uma postura correcta Hokwerda et al 2006 Outro factor que pode contribuir para uma postura incorrecta a manuten o de posturas est ticas como por exemplo a coloca o dos cotovelos levantados Esta posi o pode conduzir inflama o de alguns grupos m sculo esquel ticos causando inflama o afectando consequentemente o plexo braquial e a condu o nervosa e fun o muscular da m o e pulso causando o fen meno denominado por fen meno do grande trap zio Milerad et al 1991 Lopes e Villanacci 1994 salientam tamb m que estes profissionais devem evitar posi es est ticas e manter os instrumentos dentro da rea de alcance das m os de modo a manter uma postura correcta Se este alcance aos instrumentos n o for correcto o profissional tende a colocar o corpo em flex o ou extens o situa es que favorecem o aparecimento das LME Finkbeiner 2000 Para o alcance correcto dos instrumentos estes devem estar situados dentro do campo de vis o isto num ngulo de 30 para ambos os lados do plano m dio sagital Esta posi o permite aos m dico dentistas alcan ar os instrumentos e devolv los com pequenos movimentos e sem girar a cabe a bem como permite evitar o aparecimento de fadiga ocular provocada pelos diferentes n veis de acomoda o ocular quando os instrumentos est o situados fora do campo operat rio Hokwerda et al 2007 Al m da localiza o dos instr
3. o entre a dura o normal da jornada de trabalho e a incid ncia de desconforto dor p 0 65 com as preval ncias que constam na tabela 21 Por conseguinte n o existem diferen as entre grupos de m dicos dentistas praticando hor rios de trabalho com diferente dura o no que respeita preval ncia dos transtornos m sculo esquel ticos 80 Ergonomia na Medicina Dent ria Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim N mero m dio de horas Menos de 35 horas de trabalho semanais Entre 35 e 40 horas 19 11 81 47 100 58 Mais de 40 horas Tabela 21 Tabela de conting ncia a dura o da jornada de trabalho e a incid ncia de desconforto ou dor m sculo esquel tica Neste caso verifica se n o existir associa o entre a informa o recebida sobre posturas e a preval ncia dos transtornos m sculo esquel ticos p 0 096 Contudo o facto de o n vel de signific ncia ser inferior a 10 os resultados parecer sugerir a exist ncia de uma associa o a qual poderia ser testada com uma amostra de maior dimens o Em todo o caso a tabela 6 sugere uma maior preval ncia deste tipo de transtornos nos indiv duos que mencionam n o ter sido informados sobre posturas de trabalho correctas Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica
4. Ruijter R e Shaw S 2006 Adopting a healthy sitting working posture during patient treatment European Society of Dental Ergonomics Hokwerda O 2007 Sit up and take note Practice Essentials Ergonomics abr pp 22 24 Em linha Dispon vel em http www optergo com images DPREhokwerda final 20april 2007 pdf gt Consultado em 20 01 2008 Hokwerda O et alii 2007 Ergonomic requirements for dental equipment Guidelines and recommendations for designing constructing and selecting dental equipment European Society of Dental Ergonomics Hokwerda O e Ruijter R 2007 Analysis lighting 3 Sirona operating lights European Society of Dental Ergonomics Hokwerda O 2008 The use of the modified pen grip by dentists and dental hygienists Em linha Dispon vel em lt http www optergo se images TheY 2 Ouse 2 00f 2 OtheY 2OmodifiedYo20penY20gri pY 20by 2OdentistsY o20andY 20dentalY 20hygienistsY 203 pdf gt Consultado em 20 01 2008 Iida I 2005 Ergonomia Projecto e produ o Bras lia Editora Edgard Bl cher Ergonomia na Medicina Dent ria Kerosuo E Kerosuo H e Kanerva L 2000 Self reported health complaints among general dental practitioners orthodontists and office employees Acta Odontologica Scandinavica 58 5 pp 207 212 Koltiarenko A 2005 Preval ncia de dist rbios osteomusculares dos cirurgi es dentistas do meio Oeste Catarinense Em linha Dispo
5. identifica o dos factores agravantes dessa condi o Murphy 1998 No contexto da preven o de LME o trabalho ergon mico ou an lise da tarefa visa verificar o efeito da exposi o dos factores de risco no trabalho O efeito a n vel fisiol gico e posturas e de sob carga f sica podem ser medidos atrav s de m todos directos entre os quais se destaca a observa o entrevistas di rios question rios e pesquisas Murphy 1998 Carneiro 2005 atrav s da AET de alguns M dicos dentistas portugueses concluiu que as posturas incorrectas mantidas durante o tratamento devem se a discrep ncias das medidas antropom tricas e a factores como a inexist ncia da pr tica de regula o do banco de trabalho do operador da regula o da altura e inclina o das costas da cadeira do paciente da colabora o do paciente para que o operador adopte postura correcta e do tipo de tratamento e quadrante da boca em que este se encontra a trabalhar 2 4 Postura do M dico Dentista Segundo Lippert 2003 a postura a posi o relativa das v rias partes do corpo num determinado momento ou per odo de tempo Afirma ainda que esta pode ser est tica numa posi o estacion ria ou pode ser din mica quando o corpo se move de uma posi o para outra Uma postura corporal correcta importante para a realiza o do trabalho sem n vel de desconforto e stress lida 2005 Entende se como postura correcta quando o esfor o muscula
6. n 26 5 53 15 5 31 13 26 55 110 Tabela 2 Distribui o da amostra na antiguidade na profiss o em rela o ao sexo ii N mero m dio de horas de trabalho semanal Total 78 53 69 200 Pela an lise do gr fico e tabela seguinte Gr fico 4 e tabela 3 podemos concluir que 20 5 n 41 dos inquiridos trabalham menos de 35 horas semanais 6 do sexo 66 Ergonomia na Medicina Dent ria masculino e 14 5 do sexo feminino 29 n 58 trabalham entre 35 e 40 horas semanais 12 5 do sexo masculino e 16 5 do sexo feminino e 50 5 n 101 trabalham mais de 40 horas semanais 26 5 do sexo masculino e 24 do sexo feminino 60 50 40 9 E amp 90 8 E 50 5 E 20 n 101 10 0 Menos de 35 horas Entre 35 e 40 horas Mais de 40 horas Gr fico 4 Distribui o da amostra por n mero m dio de horas de trabalho semanais Masculino Feminino Total n 90 n 110 Yo n Yo n Yo n Menos 35 horas 6 12 14 5 29 205 4 Entre 35 e 40 horas 12 5 25 16 5 33 29 58 Mais de 40 horas 265 53 24 48 50 5 101 Total 45 90 55 110 100 200 Tabela 3 Distribui o da amostra entre o n mero m dio de horas de trabalho semanais em rela o ao Sexo iii Frequ ncia com que desempenham cada actividade De acordo com a tabela 4 os inquiridos que responderam quest o sobre com que frequ ncia desempenham a actividade de cirurgia oral 43 5 n 87 respo
7. preval ncia de desconforto dor no exerc cio da profiss o encontrada no nosso estudo verificamos que em ambos os sexos 80 sexo feminino e 74 4 sexo masculino existem queixas sendo estas ligeiramente mais not rio no sexo feminino contudo esta diferen a n o foi significativa p 0 222 Apesar de n o significativo este valor revela a tend ncia encontrada em outros estudos como os de Rundcrantz et al 1990 Letho et al 1990 Kerosuo et al 2000 que verificaram que as m dicas dentistas apresentavam uma frequ ncia significativamente superior no que diz respeito ao desconforto e dor sentidos comparativamente aos indiv duos do sexo masculino Filho et al 2006 confirmaram haver associa o significativa entre estas vari veis A uma conclus o contr ria chegaram Newell e Kumar 2004 em que n o encontraram diferen as entre as preval ncias de sintomas de LME entre ambos os sexos p gt 0 4 O resultado por n s obtido poder em parte ser explicado pelo facto de a amostra utilizada para este trabalho o grupo pertencente ao sexo feminino ser em maior n mero do que os m dicos dentistas do sexo masculino 55 vs 45 No que respeita preval ncia de desconforto dor no exerc cio da profiss o encontrada no nosso estudo verificamos n o existirem diferen as significativas p 0 131 entre as v rias faixas et rias Letho et al 1991 e mais tarde
8. procedimentos cl nicos no sector dos dentes molares e vis o indirecta aparece progressivamente fadiga visual normalmente proporcional dificuldade e ao tempo de exposi o Como toda a fadiga embora dependa do factor exposi o esta desaparece ap s um certo tempo de descanso Falzon 2007 A norma ISO 6385 relativa a Princ pios ergon micos no design de sistemas de trabalho recomenda na Concep o do ambiente de trabalho que a ilumina o deve possibilitar uma percep o visual ptima para as actividades realizadas Hokwerda et al 2007 Deve prestar se especial aten o aos seguintes factores lumin ncia cor distribui o da luz aus ncia de brilho e de reflexos indesej veis contraste na lumin ncia e na cor e idade dos operadores No que diz respeito selec o das cores do consult rio e para o equipamento de trabalho esta deve ter em considera o o seu efeito na distribui o da lumin ncia na estrutura e qualidade do campo de vis o e na percep o de cores de seguran a Hokwerda et al 2007 A ilumina o muito importante na medicina dent ria na medida em que a maior parte dos erros dos operadores est o relacionados com a vis o no ambiente de trabalho Pandis et al 2007 Neste sentido a ilumina o deve ser usada apropriadamente para permitir uma boa visibilidade e ajudar o m dico dentista a manter uma boa postura Newell e Kumar 2004 Por outro lado a natureza do trabalho des
9. 1 Entre 35 e 40 horas 2 Mais de 40 horas 3 5 Consult rio pr prio Para o estudo em quest o era importante saber se os inquiridos possu am consult rio pr prio e por essa raz o as respostas foram codificadas em duas respostas poss veis N o 1 e Sim 2 6 Preocupa o na escolha do mobili rio A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Consult rio pr prio Pretendia se saber se o inquirido teve preocupa es na escolha do mobili rio de modo a minimizar o esfor o requerido durante o acto cl nico e para isso havia duas hip teses de resposta N o respondeu porque n o tem consult rio pr prio 0 N o 1 e Sim 2 XV Ergonomia na Medicina Dent ria 7 Preocupa o na escolha da disposi o do mobili rio A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Consult rio pr prio Pretendia se saber se o inquirido teve preocupa es na escolha da disposi o do mobili rio de modo a minimizar o esfor o requerido durante o acto cl nico e para isso havia duas hip teses de resposta N o respondeu porque n o tem consult rio pr prio 0 N o 1 e Sim 2 8 Trabalha com Assistente Era relevante para o estudo em quest o saber quantos inquiridos trabalham a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e como tal as resp
10. Nos diversos ambientes de trabalho onde estejam inseridos os m dicos dentistas os factores organizacionais podem estar representados por jornadas prolongadas aus ncia de pausas no trabalho cobran a de determinada produtividade at mesmo quando o trabalhador aut nomo ritmo intenso de trabalho press o da direc o e de clientes variabilidade e imprevisibilidade do conte do da tarefa notadamente quando exigida uma interven o maior ou mais complexa do que a prevista dificuldade do absentismo e da substitui o do profissional devido ao v nculo e a confian a estabelecidos na rela o m dico paciente preju zo financeiro n mero de funcion rios mal dimensionado aus ncia de assistentes e de coopera o entre colegas assistentes cliente secret rias direc es e qualidade de comunica o entre estes competitividade entre profissionais falta de manuten o preventiva de equipamentos aumentando a carga de trabalho Oliveira 1991 Lusvarghi 1999 Nogueira 1983 Bristol Myers 1997 cit in Lopes 2000 Acerca dos factores organizacionais estes dizem respeito forma como o trabalho est estruturado dividido supervisionado e executado e as estrat gias que s o escolhidas para lidar com os obst culos Actuam como factores de risco para o aparecimento de LME relacionadas com o trabalho Chasteen 1978 Finkbeiner 2000b real a que o n vel de organiza o cr tico para o sucesso do conceito de trab
11. atitudes conservadoras De qualquer forma o requisito mais importante ao qual n o se deve fazer concess es o da seguran a do operador pois n o h nada que pague os sofrimentos as mutila es e o sacrif cio de vidas humanas lida 2005 A ergonomia tem na sua base duas correntes filos ficas diferentes A primeira teve origem na Inglaterra em 1947 e utiliza as ci ncias para melhorar as condi es de trabalho humano Silva 2001 denominada de Human factors Rasia 2004 A segunda corrente com origem em Fran a tem preocupa es mais anal ticas e surgiu nos anos 50 Esta considera a ergonomia como o estudo espec fico do trabalho humano com a finalidade de melhor lo Silva 2001 Estas duas formas de abordar a ergonomia n o s o contradit rias segundo Montmollin 1990 porque um ergonomista pode ter que analisar uma m quina ou analisar a actividade do operador real para modificar a organiza o do trabalho Frederick Winslow Taylor engenheiro norte americano que no final do s culo XIX iniciou o movimento da administra o cient fica do trabalho e se notabilizou pela sua obra Princ pios de Administra o Cient fica defendia que o trabalho deveria ser 10 Ergonomia na Medicina Dent ria cientificamente observado de modo a que em cada tarefa fosse estabelecida o melhor modo de execu o com tempo determinado e com uso de ferramentas pr prias Em cada tarefa era determinada o se
12. cio da profiss o Hl Existe associa o entre a lateralidade da m o dos m dicos dentistas e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o XXXVIII
13. m dico dentista Exemplo deste facto e por exemplo quando a m o n o est em posi o neutral o poder de for a de agarrar apenas de 65 do que em posi o neutral Para al m da posi o neutral o design da tecnologia que operada tamb m influencia 53 Ergonomia na Medicina Dent ria na quantidade de for a No desempenho da mesma tarefa o mesmo trabalho requer menos esfor o quando as m os s o desviadas da postura neutral Uma tarefa de car cter repetitivo pode aumentar o risco de les o especialmente quando uma tarefa pede uma quantidade elevada de for a ou desempenhada numa postura desviada Murphy 1998 Estes n veis altos de repeti o de movimentos sem apropriados pausas ou intervalos para recuperar o tecido provoca micro traumas que s o causa do desenvolvimento de LME Mesmo em tarefas com aplica o de pequena for a podem se tornar mais um risco de les o significante ao solicitar um alto n mero de movimentos de dedos durante toda a hora todo o dia toda a semana Murphy 1998 Existe uma zona neutral para cada movimento em cada articula o no corpo O alcance de movimento para cada articula o definido pelos movimentos que n o solicitem for a muscular elevada ou causa devido a desconforto O risco de les o aumenta sempre que o trabalho pe a que a pessoa fa a uma tarefa com os segmentos corporais fora de alcance neutral em desvio postural Murphy 1998 O papel central desempen
14. n Sim 77 5 155 N o 22 5 45 Total 100 200 Tabela 14 Distribui o da amostra relativamente associa o do desconforto dor m sculo esquel tica sentida no ltimo ano s actividades da profiss o Aos 113 inquiridos que associavam este desconforto dor m sculo esquel tica s actividades desempenhadas na sua profiss o a distribui o percentual por actividade foi 61 n 69 na endodontia 46 9 n 53 na dent stica 46 9 n 53 na cirurgia 46 n 52 na periodontia 17 7 n 20 na pr tese 15 n 17 na implantologia e 10 6 n 12 na ortodontia Tabela 15 e tabelas 2 8 em Anexo 5 Sim N o Total Yo n Yo n n Endodontia 6l 69 39 131 100 200 Dent stica 46 9 53 53 1 147 100 200 Cirurgia Oral 46 9 53 53 1 147 100 200 Periodontia 46 52 54 148 100 200 Pr tese 17 7 20 82 3 180 100 200 Implantologia 15 17 85 183 100 200 Ortodontia 10 6 12 89 4 188 100 200 Tabela 15 Distribui o da amostra face associa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o por actividade desempenhada 76 Ergonomia na Medicina Dent ria 4 4 1 2 reas de desconforto dor a n vel do tronco e membros superiores Verificamos que as cinco zonas mais frequentemente assinaladas pelos m dicos dentistas com dor s o por ordem decrescente de frequ ncia a regi o lombar das costas 37 5 n 75 ombros 35 5 n 71 regi o tor cic
15. o do corpo do operador Permitindo um trabalho de equipa entre m dico dentista e assistente de acordo com princ pios ergon micos Finkbeiner 2001 A ordena o pr via de instrumentos e mat rias de acordo com o tratamento a ser realizado salvaguarda os movimentos e a concentra o do m dico dentista apenas as ac es directas Este pode ser realizado atrav s da elei o de uso de tabuleiros previamente sequencialmente ordenados No caso de um m dico dentista que trabalhe sem assistente a rea de trabalho do imobili rio onde se disp e todo o material necess rio Finkbeiner 2000a O posto de trabalho deve envolver o operador como uma indument ria bem adaptada em que ele possa realizar o trabalho com conforto efici ncia e seguran a No foco ergon mico as m quinas equipamentos ferramentas e materiais s o adaptados s caracter sticas do trabalho e capacidade do trabalhador visando promover o equil brio biomec nico reduzir as contrac es est ticas da musculatura e o stress em geral Assim pode se garantir a satisfa o e seguran a do trabalhador e a produtividade do sistema lida 2005 A grande variabilidade das dimens es antropom tricas da popula o faz com que haja uma maior dificuldade dos projectistas no dimensionamento dos postos de trabalho Estes quando inadequados podem provocar esfor os musculares est ticos e movimentos exagerados dos bra os ombros tronco e pernas Posturas inadequa
16. quinas equipamentos e instrumentos Na ergonomia para uma m quina ou equipamentos serem considerados ergon micos ou corresponder a par metros ergon micos devem poder ser utilizados por cerca de 90 dos seus utilizadores Murphy 1998 Para abranger o maior leque de utilizadores os dados devem ter como limite o percentil 5 P p 5 para o sexo feminino e o percentil 95 P q 95 para o sexo masculino se considerarmos que nesta profiss o trabalham ambos os sexos Hokwerda et al 2007 Atendendo a esta quest o Hokwerda et al 2007 reuniu informa o de acordo com as tabelas de dimens es antropom tricas europeias para homens e mulheres para que equipamentos como cadeira do paciente e assento de trabalho do m dico dentista estejam de acordo com os princ pios ergon micos Como tal 5 dos m dicos dentistas mais baixos e 5 dos mais altos juntamente com os pacientes que est o nesta faixa n o s o tidos em considera o quando s o fabricados os equipamentos Hokwerda et al 2007 ii An lise da tarefa No estudo do trabalho h uma decomposi o deste em tarefas O termo tarefa significa uma actividade que tem um objectivo definido e um prop sito alcan ado por uma ac o cognitiva e f sica definida num espa o de tempo Murphy 1998 Laville 1977 cit in Reis 2000 define tarefa como o objectivo que o operador tem a atingir para o qual s o atribu dos meios m quinas e equipamentos e condi es temp
17. ria constituem um grupo de risco no que respeita a preval ncia de LME quando comparados com outras profiss es Kerosuo et al 2000 Na an lise descrita verificamos que uma grande percentagem de m dico dentistas revelou que durante o ltimo ano sentiu desconforto dor durante o desempenho da sua profiss o 77 5 Verificamos que as zonas mais frequentemente assinaladas pelos m dicos dentistas com dor s o as costas ombros pesco o e membros superiores Estudos semelhantes realizados em popula es com as mesmas caracter sticas demonstraram que as regi es mais acometidas s o o pesco o ombro e coluna lombar Considerando isoladamente essas regi es as taxas de preval ncia variam de 36 a 74 na regi o lombar Letho et al 1991 Al Wazzan et al 2001 Alexopoulos et al 2004 Kerosuo et al 2000 42 a 56 no ombro Letho et al 1991 Kerosuo et al 2000 e 31 a 58 na regi o cervical Letho et al 1991 Milerad e Ekenvall 1990 Rundcrantz et al 1991b Peres et al 2005 Al Wazzan et al 2001 Barbosa et al 2004 Kerosuo et al 2000 A afec o de mais de um local simultaneamente varia bastante sendo 84 Ergonomia na Medicina Dent ria descritas taxas que variam de 39 a 90 para o pesco o e ombro Milerad e Ekenvall 1990 Rundcrantz et al 1990 1991a 1991b Filho et al 2006 e de 30 a 72 para esses dois segmentos mais a regi o lombar Rundcrantz et al 1991a No que respeita
18. 2005 j referidos anteriormente Os factores organizacionais relacionam se com a forma de organiza o de trabalho Rocha e Ferreira Junior 2000 cit in Gra a et al 2006 ritmos de trabalho trabalho repetitivo fadiga Carneiro 2005 Cabral 2005 Nunes et al 2000 Os factores psicossociais relacionam se com o ambiente ps quico social e de rela es no trabalho e o stress Rocha e Ferreira Junior 2000 cit in Gra a et al 2006 Carneiro 2005 O aparecimento das LME s o resultado em geral da sobrecarga est tica e ou din mica de aparelho m sculo esquel tico agravada pelas reac es de stress Este tem sido encontrado sistematicamente na maioria das actividades profissionais em que as LME se v m manifestando e por esse motivo tem sido considerado um dos maiores componentes na etiopatogenia das altera es dessa natureza Cabral 2005 52 Ergonomia na Medicina Dent ria Dados dispon veis na Europa apontam para a exist ncia de algumas tarefas com maior risco de LME nomeadamente as profiss es com desempenho de tarefas manuais e de car cter repetitivo e maioritariamente assegurado por mulheres Nunes et al 2000 Desta forma as tarefas desempenhadas na profiss o do m dico dentista caracterizadas pelo uso dos membros superiores ombro e pesco o atrav s de movimentos repetitivos ou posturas for adas enquadram se numa actividade que pode levar a LME Fonseca 1998b A literatura cient fica tem d
19. 2007 Reis L 2000 Contribui es da Ergonomia para concep o de centrais de esteriliza o de instrumentos odontol gicos Em linha Dispon vel em lt http teses eps ufsc br defesa pdf 5340 pdf gt Consultado em 21 11 2007 Ribeiro M 2004 Avalia o da necessidade de implementa o de normas e rotinas de biosseguran a para a qualifica o dos estudantes do curso de odontologia Em linha Dispon vel em c http teses eps ufsc br defesa pdf 12398 pdf Consultado em 20 10 2007 ROBRAC 1998 LER O mal dos movimentos cont nuos ROBRAC Revista Odontol gica do Brasil Central Goi nia 7 23 jun pp 4 5 Rundcrantz B Johnsson B e Moritz U 1990 Cervical pain and discomfort among dentists Epidemiological clinical and therapeutic aspects Part 1 A survey of pain and discomfort Swedish Dental Journal 14 2 pp 71 80 Rundcrantz B Johnsson B e Moritz U 1991a Pain and discomfort in the musculosletal system among dentists a prospective study Swedish Dental Journal 15 pp 219 228 Rundcrantz B Johnsson B e Moritz U 1991b Occupational cervico brachial disorders among dentists analysis of ergonomic and locomotor Swedish Dental Journal 16 pp 210 219 Saquy P e P cora J 1994 A Ergonomia e as Doen as Ocupacionais do Cirurgi o Dentista Ribeir o Preto Dabi Atlante IX Ergonomia na Medicina Dent ria Saquy P e P cora J 1996
20. 4 Odontopediatria 0 0 3 6 3 6 Em todas as actividades l 2 1 5 3 2 5 5 Oclus o 0 5 l 0 5 1 2 Tabela 11 Distribui o da amostra face actividade praticada em conjunto com a assistente 73 Ergonomia na Medicina Dent ria iii Modo de organiza o de trabalho com e sem pausas Verificou se que 65 n 130 dos inquiridos responderam que n o costumavam fazer pausas entre consultas 30 s o do sexo masculino e 35 s o do sexo feminino durante a jornada normal de trabalho Por outro lado 35 n 70 afirmam fazer pausa entre consultas 15 s o do sexo masculino e 20 s o do sexo feminino Gr fico 6 e tabela 8 70 60 50 40 30 Frequ ncia 20 10 N o Sim Gr fico 8 Distribui o da amostra quanto ao modo de organiza o de trabalho com e sem pausa de trabalho Masculino n 90 Costuma fazer pausas entre consultas Yo n Sim 15 30 N o 30 60 Total 45 90 Feminino Total n 110 20 70 35 70 65 130 55 100 100 200 Tabela 12 Distribui o da amostra face ao h bito de efectuar pausas entre consultas em sexo 74 Ergonomia na Medicina Dent ria 4 4 Caracteriza o da amostra relativamente aos dist rbios m sculo esquel ticos i Desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o No ltimo ano 77 5 n 155 dos inquiridos responderam que sentiram desconforto dor no exerc cio da sua
21. A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando trabalha na rea de periodontia trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 13 Trabalha com Assistente em Endodontia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando trabalha na rea de endodontia trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 14 Trabalha com Assistente em Pr tese A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando trabalha na rea de pr tese trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 15 Trabalha com Assistente em Ortodontia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando traba
22. DE FIGURAS NDICE DE GR FICOS NDICE DE TABELAS I INTRODU O 1 1 Objectivos de estudo 1 2 Justifica o para a realiza o do estudo 1 3 M todos t cnicas e limites temporais e ou espaciais II DESENVOLVIMENTO 2 1 Introdu o a ergonomia 2 2 Concep o ergon mica de um consult rio 1 Design instrumental ii Design cognitivo iii Design espa o fisico iv Factores ambientais v Gest o e Organiza o 2 3 Caracteriza o da profiss o do M dico Dentista 1 An lise do Posto de trabalho ii An lise da tarefa 2 4 Postura do M dico Dentista 1 Cadeira do Paciente ii Banco de trabalho do m dico dentista iii Equipamento 2 5 Les es m sculo esquel ticas e desordens do foro psicol gico 1 Les es m sculo esquel ticas 11 Desordens psicol gicas HI MATERIAIS E M TODOS 3 1 Tipo de estudo e popula o alvo 3 2 Autoriza o do question rio iii iv do u A UU N 15 16 17 19 25 2 29 35 37 44 47 49 50 55 57 62 62 63 3 3 Amostra do estudo 3 4 Registo e tratamento estat stico dos dados IV RESULTADOS 4 Distribui o da amostra 4 1 Caracteriza o demogr fica e sociom trica 1 Sexo 11 Idade 111 Pr tica de actividade f sica 4 2 Caracteriza o da amostra relativamente ao exerc cio da profiss o 1 Antiguidade na profiss o 11 N mero m dio de horas de trabalho semanal 111 Frequ ncia com que desempenham cada actividade iv Informa o sobre p
23. Journal of Contemporary Dental Practice 2 4 pp 44 52 Finsen L Christensen H e Bakke M 1998 Musculoskeletal disorders among dentists and variation in dental work Applied Ergonomics 29 2 pp 119 125 Fonseca A 1998 Les es por Esfor o Repetitivo Revista brasileira de Medicina 55 6 nov dez pp 373 376 Fonseca A Pina M e Baptista M 1998a Concep o de locais de trabalho Guia de apoio Seguran a e Sa de no trabalho Aveiro 3 Ed Instituto de Desenvolvimento e Inspec o das Condi es de Trabalho Gra a C Ara jo T e Silva C 2006 Desordens m sculo esquel ticas em cirurgi es dentistas Sitientibus Feira de Santana 34 jan jun pp 71 86 Grandjean E 2004 O Dimensionamento do Local de Trabalho n Grandjean E Ed Manual de Ergonomia Adaptando o trabalho ao homem 4 Ed Porto Alegre pp 45 72 Guay A 1998 Commentary ergonomically related disorders in dental practice JADA The Journal of the American Dental Association 129 fev pp 184 186 IV Ergonomia na Medicina Dent ria Hamann C et alii 2003 Preval ncia do s ndroma do canal c rpico e da mononeuropatia em m dicos dentistas JADA The Journal of the American Dental Association 3 2 pp 31 39 Hoaglund F 2007 Musculoskeletal Injuries n Ladou J Ed Occupational amp Environmental Medicine 4 Ed New York The McGraw Hill Company pp 45 71 Hokwerda O
24. N o Sim Total Yo n 9o n Yo n Alguma vez o informaram sobre N o 0 0 100 9 100 9 as posic es correctas a adoptar no trabalho Sim 23 6 45 76 4 146 100 191 Total 22 5 45 77 5 155 100 200 Tabela 22 Tabela de conting ncia entre a informa o recebida sobre posturas e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica Novamente nota se aus ncia de associa o neste caso entre a posi o adoptada durante o trabalho e a incid ncia de dor p 0 173 para as preval ncias apresentadas na tabela 23 Note se que neste caso os pressupostos para a utiliza o desta tabela de conting ncia n o se verificam pois mais de 20 das c lulas t m menos de 5 observa es esperadas 81 Ergonomia na Medicina Dent ria Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim Qual a sua posi o De p de trabalho preferida Sentado 22 3 41 TH 143 100 184 Ambas as possi es Total 22 5 45 775 155 100 200 Tabela 23 Tabela de conting ncia entre posi o de trabalho e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica Verifica se que a domin ncia manual n o est associada incid ncia de dor p 0 783 como consta na tabela 24 Tal como no caso anterior este resultado deve ser considerado com cautela uma vez que mais de 20 das c lulas t m menos de 5 observa es Durante o exerc cio da sua profis
25. Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 XXI Ergonomia na Medicina Dent ria 36 Pr tica de Actividade F sica Para o estudo em quest o era importante saber se os inquiridos praticam alguma actividade f sica tendo sido as respostas codificadas como N o 1 e Sim 2 37 Qual a Actividade F sica Praticada A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Pr tica de Actividade F sica Pretendia se saber quais as actividades f sicas praticadas pelos inquiridos tendo sido as respostas codificadas mediante a introdu o dos dados Caminhada 1 Aer bica 2 Gin sio 3 uma ou mais actividades Nata o 4 Muscula o 5 Ciclismo 6 Futebol Futsal 7 Hidrogin stica 8 cardio fitness 9 T nis Equita o 10 Corrida 11 Surf Futebol 12 Futebol Corrida Nata o 13 T nis Corrida Nata o 14 T nis 15 Futebol Squash 16 Futebol Squash Muscula o Nata o 17 Futebol Muscula o 18 Dan as de Sal o 19 Corrida Atletismo Nata o 20 Tiro aos pratos 21 Futebol Golfe Caminhada 22 Golfe Nata o 23 T nis Futebol 24 Squash 25 Cardio fitness T nis 26 Gin sio Futebol Basquetebol 27 Dan a Gin sio 28 Karat 29 Gin sio Corrida Atletismo 30 Mergulho 31 Cardio fitness Muscula o 32 38 Desconforto dor m sculo esquel tica Afigur
26. Segundo Finkbeiner 2000a as zonas de trabalho s o zona do operador onde o m dico dentista trabalha das 7h ao 12h zona do assistente onde est colocado o assistente das 2h s 4h zona de transfer ncia transfer ncia de materiais e instrumentos pelo assistente das 4h s 7h zona est tica onde nem o m dico dentista nem o assistente fazem qualquer tipo de trabalho Esta ltima zona pode ser utilizada para a coloca o de equipamentos e instrumentos que n o necess rios importante haver um conhecimento destas zonas de actividade para que sirvam de guias equipa na localiza o dos equipamentos bem como do posicionamento do paciente e de esta para facilitar o acesso ao campo operat rio e melhorar a visibilidade Chasteen 1978 Finkbeiner 2000b Hokwerda et al 2006 acrescenta que o m dico dentista pode se posicionar at a posi o corresponde ao 12h30m Figura 3 Zonas de trabalho no consult rio adapta o de Chasteen 1978 p 33 Para uma zona de trabalho ser considerada ergon mica o alcance aos equipamentos ou instrumentos devem estar acima do n vel da cintura e abaixo do n vel do ombro Evitando deste modo movimentos de tor o corporal ou rota o de ombros e costas do operador Por conseguinte os sistemas de cadeiras de paciente que apresentam os equipamentos e materiais de sistema de entrega frontal s o os mais recomendados 33 Ergonomia na Medicina Dent ria pois evitam a tor
27. cr nicas de stress relacionado com o trabalho o burnout ou sindrome de burnout Este termo burnout do ingl s combust o completa descreve principalmente a sensa o de exaust o da pessoa arremetida um termo psicol gico que descreve o estado de exaust o prolongada e diminui o de interesse especialmente em rela o ao trabalho Burnout descrito como um desgaste progressivo da pessoa Rada e Johnson Leong 2004 Por outras palavras definida por tr s caracter sticas a primeira a pessoa est exausta mentalmente e emocionalmente Segundo a pessoa desenvolve uma atitude negativa indiferente e c nica em frente aos pacientes e aos colegas de trabalho isto referido como uma despersonaliza o ou desumaniza o E por fim h uma tend ncia para as pessoas ficarem insatisfeitas com os seus actos e avaliarem se as si mesmas negativamente O efeito de burnout no entanto quando relacionado com o trabalho na maioria das vezes tem impacto negativo nas rela es pessoais e no seu bem estar Rada e Johnson Leong 2004 Puriene et al 2007 revelam estudos que abordam certos aspectos da pr tica cl nica de medicina dent ria como press es de tempo problemas relacionados com os pacientes e gest o de pessoal auxiliar e salientam que todos estes agressores s o relevantes sob o profissional No entanto a falta de perspectiva de carreira foi o aspecto mais destacado como crucial no desenvolvimento de burnout E
28. da zona do 51 Ergonomia na Medicina Dent ria corpo atingida ao longo de um per odo em que o tempo para a recupera o da fadiga foi insuficiente Cabral 2005 O conceito de sa de pode ser definido como estado de completo bem estar f sico mental e social e n o somente a aus ncia de doen a ou invalidez segundo a Organiza o Mundial de Sa de WHO 2006 O reconhecimento de que o trabalho pode afectar adversamente a sa de n o recente No s culo XVII e princ pio do s culo XVII Ramazzini considerado Pai da Medicina do Trabalho descrevia as doen as causadas por movimentos violentos e irregulares e posturas corporais n o naturais Cabral 2005 Carneiro 2005 Silva 2000 Ramazzini associou algumas profiss es ocorr ncia de LME e alertou para o facto de ser importante e fundamental a tomada de medidas na preven o destas les es causadas pelos movimentos repetitivos e eleva o de cargas Cabral 2005 Silva 2000 Os factores de risco ocupacionais associados ao aparecimento das LME podem ser devido a factores biomec nicos organizacionais e psicossociais Os biomec nicos relacionam se com o ambiente f sico equipamento e mobili rios do posto de trabalho Rocha e Ferreira Junior 2000 cit in Gra a et al 2006 posturas inadequadas movimentos altamente repetitivos aplica o de for a excessiva com as m os exposi o a vibra es Cabral 2005 Nunes et al 2000 Koltiarenko
29. dentista adquirem habilidade para gerir n veis de stress atrav s de t cnicas f sicas comportamentais cognitivas interpessoais sociais e educacionais Murphy 1998 Atrav s dos conhecimentos destas t cnicas os m dicos dentistas devem ter o conhecimento e habilidade para os eliminar e reduzir os factores de stress Isto importante porque o stress pode deteriorar o bem estar f sico do m dico dentista Consequentemente torna se perigoso para o paciente uma vez que os factores de stress podem interferir com o julgamento m dico no tratamento do seu paciente Murphy 1998 60 Ergonomia na Medicina Dent ria Pela identifica o e observa o individual de cada m dico dentista dos factores de stress este pode atrav s de passos simples reduzir o stress e aumentar a sa de emocional e f sica podendo desfrutar da sua profiss o mais livremente e tornando se ainda mais habilidosos contribuindo para uma melhoria no desempenho profissional da sua vida pessoal e rela es interpessoais Murphy 1998 61 Ergonomia na Medicina Dent ria III MATERIAIS E M TODOS Revis o bibliogr fica atrav s de pesquisa on line nas bases de dados B on Medline ScienceDirect e no motor de busca google no per odo compreendido entre 06 de Setembro de 2007 e 28 de Novembro de 2008 As palavras chave adoptadas e inseridas em todas as pesquisas foram ergonomia dental and ergonomics ergonomic les es m sculo esquel
30. desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1 e Sim 2 41 Associa o do Desconforto Dor Actividade de Implantologia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de implantologia tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1 e Sim 2 42 Associa o do Desconforto Dor Actividade de Dent stica A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de dentisteria tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1
31. encontram dor nas costas pesco o e bra os em cerca de 81 dos m dicos dentistas Valachi e Valachi 2003a Finsen et al 1998 de um question rio aplicado na Dinamarca com o intuito de avaliar os factores de risco no exerc cio da Medicina dent ria conclui o que cerca de 65 dos 55 Ergonomia na Medicina Dent ria m dicos dentistas revelam problemas na regi o do pesco o e ombros e cerca de 59 mostram ter problemas ao n vel da zona lombar das costas Uma das raz es para estas les es estarem nestas localiza es justificada pelas observa es de que a equipa passa substancialmente a maior parte do tempo sentado em posturas desviantes Murphy 1998 Hokwerda et al 2007 refere estudos realizados em estudantes de Medicina dent ria em S o Francisco que mostram valores altos de ocorr ncia de dores m sculo esquel ticas A percentagem de estudantes que apresentavam estes sintomas avaliados do primeiro ao terceiro ano subiu cerca de 70 e a persist ncia dura o e frequ ncia da dor tamb m aumentou Uma das conclus es que posi es de trabalho incorrectas pode levar a incapacidades f sicas graves Filho et al 2006 d import ncia na preven o de aparecimento das LME comparada a outros tipos de les es afirmando que estas normalmente s o dif ceis de curar Pelo facto de que sen o forem detectadas atempadamente podem se tornar cr nicas Afirma ainda que estudos na d cada de 1990 dem
32. estes profissionais aprendam a lidar com estrat gias para minimizar os seus efeitos na sua vida profissional e pessoal Rada e Johnson Leong 2004 57 Ergonomia na Medicina Dent ria Deste modo importante tanto para os estudantes como os m dicos dentistas que estejam preparados para gerir os n veis de stress Rada e Johnson Leong 2004 Para isso estes t m de perceber melhor sobre o mecanismo de stress Entende se por stress um conjunto de altera es psiconeuroend crinas desencadeadas no organismo em decorr ncia de est mulos da natureza f sica cognitiva ou psicoafectiva que uma vez bem assimilados pelo indiv duo tende a perturbar a homeostase do organismo Rada e Johnson Leong 2004 A resposta do stress ao est mulo pode resultar numa reac o de defesa saud vel Em caso de desequil brio entre o est mulo e a resposta ou entre o ambiente e indiv duo a reac o de stress pode trazer consequ ncias negativas como altera es fisiopatol gicas Rocha 1996 cit in Gra a et al 2006 Por conseguinte o stress um dos factores que vem sendo acentuado para explicar a liga o das altera es fisiopatol gicas nos m dicos dentistas Murphy 1998 nomeadamente as LME Para al m do stress a pr pria estrutura o do trabalho desta profiss o pode ter impactos diferentes em indiv duos expostos a situa es de trabalho semelhantes e a explica o para esse facto est associados aos factores
33. et ria antiguidade na profiss o horas de trabalho di rio ter recebido informa o sobre posturas correctas trabalho em equipa domin ncia da m o pausas e posi o de trabalho e a incid ncia de desconforto ou dor m sculo esquel tica A an lise foi efectuada atrav s do teste do Qui quadrado para independ ncia tabelas de conting ncia ao n vel de signific ncia de 5 No caso de compara es m ltiplas envolvendo mais do que 2 grupos aplicou se a correc o de Bonferroni Na pr tica nestes casos o n vel de signific ncia foi corrigido para 1 67 Para todas as associa es consideradas validaram se os pressupostos para a utiliza o das tabelas de conting ncia sendo estes violados em dois casos devidamente assinalados a seguir Os resultados dos diversos testes efectuados s o descritos pelas tabelas seguintes i Rela o entre o n vel socioprofissional e a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tica A tabela 17 mostra a preval ncia de desconforto dor nos dois sexos O teste do Qui quadrado mostra que a preval ncia de desconforto dor n o difere significativamente entre os dois sexos p 0 222 sendo de 74 496 no sexo masculino e de 80 094 no sexo feminino 78 Ergonomia na Medicina Dent ria Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim Total Ns N o w Sexo da Amostra Masculino 25 6 74 4 67 100 9
34. et alii 2004 Preval ncia de Dist rbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho em Cirurgi es Dentistas de Campina Grande PB Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Cl nica Integrada 4 1 Jan Abri pp 19 24 Barros O 1999 Ergonomia 1 A Efici ncia ou Rendimento e a Filosofia Correcta de Trabalho em Odontologia S o Paulo Pancast I Ergonomia na Medicina Dent ria Bernard B et alii 2007 Musculoskeletal disorders and workplace Factors A Critical Review of Epidemiologic Evidence for Work Related Musculoskeletal Disorders of the Neck Upper Extremity and Low Back NIOSH Publication 97 Em linha Dispon vel em lt http www cdc gov niosh docs 97 141 gt Consultado em 20 01 2008 Cabral F 2005 Ergonomia do Trabalho Les es M sculo esquel ticas relacionadas com o trabalho In Cabral F Ed Higiene Seguran a Sa de e Preven o de Acidentes de Trabalho Lisboa Edi es Profissionais pp 1 58 Cabral F 2006 Higiene do Trabalho Contaminantes F sicos Ru do In Cabral F Ed Higiene Seguran a Sa de e Preven o de Acidentes de Trabalho Lisboa Edi es Profissionais pp 1 6 Campos J e Garcia P 2005 A ergon mica no atendimento m dico dent rio de pacientes com necessidades especiais Revista Portuguesa de Estomatologista Medicina Dent ria e Cirurgia Maxilofacial 46 1 pp 45 48 Carneiro P 2005 An lise ergon mica da postura e dos m
35. expanded ergonomics training Applied Ergonomics 35 pp 153 157 Ergonomia na Medicina Dent ria Valachi B 2006 Operator seating Sizing it up Contemporary Oral Hygiene Jan Em linha Dispon vel em lt http www insidedentalhygiene com article php id 1293 gt Consultado em 06 10 2007 Valachi B e Valachi K 20034 Mechanisms leading to musculoskeletal disorders in dentistry JADA The Journal of the American Dental Association 134 Out pp 1344 1350 Valachi B e Valachi K 2003b Preventing musculoskeletal disorders in clinical dentistry JADA The Journal of the American Dental Association 134 Dez pp 1604 1612 Watanabe M e Gon alves R 2004 Rela es conceptuais entre Terapia Ocupacional e Ergonomia In Lancman S Ed Sa de Trabalho e Terapia Ocupacional Brasil Roca pp 19 48 WHO 2006 Constituci n de la organizaci n mundial de la salud Documentos b sicos Em linha Dispon vel em http www who int governance eb who constitution sp pdf gt XI Ergonomia na Medicina Dent ria VIII ANEXOS XII Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 1 Question rio Frente 9 ho Avalia o do Grau de Conhecimento l 1 dos M dicos Dentistas em Rela o Aplica o da Ergonomia na Medicina Dent ria iN N o deixe nenhuma das quest es em branco Assinale a resposta com uma cruz X Data I Aspectos Gerais ilio na Este que
36. n vel sonoro cont nuo alcan ou valores m ximos de 94 a 99dB sendo que os valores gerais variam entre 60 e 99 dB Estes valores correspondiam m quina de cortar gesso Hokwerda et al 2007 fazendo refer ncia legisla o sobre sa de e seguran a no trabalho da Directiva Europeia de dispositivos M dicos artigo 12 7 3 refere que os dispositivos devem ser concebidos e produzidos de forma a reduzir tanto quanto 20 Ergonomia na Medicina Dent ria poss vel os riscos decorrentes do ru do emitido tendo em conta o progresso t cnico e os meios dispon veis para reduzir o ru do especialmente na fonte Ilumina o O sistema de ilumina o compreende a ilumina o natural da luz do dia e a ilumina o artificial ambas direccionadas para o ambiente como um todo e uma mais espec fica direccionada para a boca do paciente candeeiro operat rio Filho 2003 O design do sistema de ilumina o deve ser precedido de estudos ergon micos que devem levar em conta sobretudo o tipo de tarefa a ser realizada pelo profissional Fonseca 1998a Assim para um consult rio dent rio deve se ter em aten o diversos pr requisitos essenciais tais como intensidade de luz tipo de l mpada as cores do ambiente a distribui o correcta das lumin rias necess rio para evitar a produ o de sombras e efeito de encadeamento permitindo um equil brio entre a ilumina o geral e a direccionada Filho 2003 como o c
37. na profiss o e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 4 Associa o entre o n mero m dio de horas de trabalho semanal e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre o n mero m dio de horas de trabalho semanal e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Hl Existe associa o entre o n mero m dio de horas de trabalho semanal e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 5 Associa o entre o conhecimento sobre as posi es correctas de trabalho e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre o conhecimento sobre as posi es correctas de trabalho e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H1 Existe associa o entre o conhecimento sobre as posi es correctas de trabalho e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 6 Associa o entre o modo de organiza o do trabalho com e sem assistente e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre o modo de organiza o do trabalho com e sem assistente e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H1 Existe associa o entre o modo de organiza o do trabalh
38. ncia onde se realizam todas as ac es directas onde tudo que se transfere boca do paciente deve estar situado como os instrumentos e as pontas do equipamento pe as de alta e baixa rota o A devem estar situados os dois bancos de trabalho para operador e assistente Saquy e P cora 1994 O c rculo interm dio c rculo B de 1 0 metro de raio limita a rea til de trabalho espa o m ximo de alcance que pode ser alcan ado com o movimento de bra o esticado faz se apenas as ac es indirectas prim rias e secund rias A devem estar as mesas auxiliares e o corpo dos equipamentos Saquy e P cora 1994 O c rculo C limita a rea total do consult rio que n o deve ter mais que tr s metros de largura para n o ser anti ergon mico e onde se realizam menos ac es relacionadas directamente com o paciente Nesta rea ficam as pias e os arm rios fixos sendo que as gavetas destes quando abertas devem cair dentro do segundo c rculo Saquy e P cora 1994 32 Ergonomia na Medicina Dent ria Todas as actividades de tratamento dent rio s o em redor do paciente Antes da selec o de equipamento dent rio a equipa deve ter aten o a distribui o espacial de funcionamento em redor da cadeira do paciente Chasteen 1978 A rea de trabalho volta do paciente dividida em quatro zonas de actividade Figura 3 Estas s o identificadas usando a boca do paciente e dispondo sobre esta um rel gio
39. neste caso o consult rio m dico dent rio A fase de planeamento do projecto e as especifica es t cnicas gerais envolvidas devem subordinar se aos diversos par metros procedimentos e recomenda es ergon micas tal como est o configurados no sistema homem m quina ambiente regulados por normas nacionais e internacionais Fonseca 1998a de entre as quais se destacam as seguintes rela es paciente cadeira m dico dentista paciente cadeira m dico dentista ou assistente assento de trabalho m dico dentista ou assistente equipamento Actualmente a ergonomia est a ser aplicada nos consult rios modernos cumprindo desta forma as normas ergon micas espec ficas Filho 2003 Para a concep o de um consult rio ergon mico na pr tica da medicina dent ria fundamental uma organiza o das tarefas realizadas um conhecimento sobre 13 Ergonomia na Medicina Dent ria as caracter sticas antropom tricas do operador bem como a utiliza o de equipamentos com reconhecida flexibilidade individual Murphy 1998 Dada a exig ncia ao n vel da vis o da actividade do m dico dentista a ilumina o da cavidade oral tem uma import ncia especial j que influencia a capacidade deste para ver a rea de trabalho Por outro lado o conforto visual influencia fortemente a postura da cabe a e do tronco durante o tratamento de um doente Exig ncias de alcance e manipula o tamb m influenciam la
40. no voluntariamente ap s terem recebido uma breve informa o sobre os objectivos e a finalidade do estudo O question rio foi preenchido e posteriormente devolvido em envelope encerrado para salvaguardar a confidencialidade dos dados no momento da sua entrega 3 4 Registo e tratamento estat stico dos dados Os dados obtidos foram ent o submetidos a an lise estat stica descritiva atrav s do programa inform tico de Stat stical Package for the Social Sciences SPSS vers o 17 0 Os dados ser o apresentados sob a forma de tabelas e gr ficos com as respectivas frequ ncias absolutas n e relativas Toda a codifica o de vari veis que foi necess ria efectuar encontra se resumida na tabela disposta em Anexo 2 63 Ergonomia na Medicina Dent ria IV RESULTADOS 4 Distribui o da amostra A amostra seleccionada foi uma amostra aleat ria simples constitu da por 200 m dicos dentistas dos quais 26 foram inquiridos na FCS UFP 31 na FMDUP 20 na CESPU 55 em consult rios privados da Regi o de Lisboa 27 em consult rios privados da Regi o do Porto e 41 em consult rios privados na R A Madeira 4 1 Caracteriza o demogr fica e sociom trica i Sexo Dos 200 m dicos dentistas inquiridos verifica se que 45 n 90 s o do sexo masculino e 55 n 110 s o do sexo feminino Gr fico 1 Gr fico 1 Distribui o da amostra em rela o ao sexo ii Idade Os dados obtido
41. o Reis 2000 Laville 1977 cit in Reis 2000 afirma que ru dos n o muito significativos podem provocar apenas um leve inc modo mas quando ocorrem inesperadamente ou de forma descont nua perturbam a execu o de tarefas mentais complexas diminuindo o desempenho intelectual Exceptuando o pr prio barulho inerente actividade do m dico dentista sobretudo o barulho do motor da pe a de m o de alta rota o este sistema s merece import ncia para consult rios que est o localizados em lugares com ru dos exteriores Nesse caso conveniente dotar o consult rio de protec o ac stica Fonseca 1998a Nos consult rios que t m som ambiental um sistema ac stico bem projectado muito importante para garantir uma audi o com conforto e prazer Filho 2003 O ru do dos compressores pode ser entendido como a maior causa de agress o sonora no operador enquanto fonte de sobrecarga Wickstrom e Penti 1998 cit in Filho e Barreto 2001 capaz de desencadear desequil brio fisiopatol gico gerando irritabilidade stress e tens es musculares mesmo em n veis inferiores a 80 decib is dB Azevedo et al 1993 Ferreira 1997 a 1997 b cit in Filho e Barreto 2001 Segundo Matos et al 2002 cit in Carneiro 2005 estudos em laborat rios de ensino na Escola de Medicina dent ria da Universidade do Porto demonstram valores significativos de ru do emitido por alguns dos equipamentos No laborat rio de pr tese o
42. o modo como o trabalho organizado com sem assistente e a preval ncia de transtornos dor m sculo esquel tica e N o se verifica diferen as entre profissionais entre o modo de organiza o de trabalho com sem pausas de trabalho no que respeita preval ncia de transtornos dor m sculo esquel tica e Aus ncia de associa o neste caso entre a posi o adoptada durante o trabalho e a incid ncia de dor ou desconforto m sculo esquel tico e N o se verifica que a m o dominante est associada significativamente incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tico Em geral verifica se que os atributos considerados n o est o associados incid ncia de transtornos de natureza m sculo esquel tica excepto no caso da antiguidade na fun o em que existe evid ncia estat stica significativa e no caso da informa o pr via sobre posturas correctas em que a exist ncia dessa associa o sugerida 93 Ergonomia na Medicina Dent ria Os resultados obtidos indicam a necessidade da an lise de outras vari veis que n o foram relacionadas neste trabalho com a sintomatologia das les es m sculo esquel ticas bem como de estudos futuros que aprofundem a abordagem da queixa por regi o corporal incorporando entrevistas exames cl nicos e complementares Acreditamos que os resultados deste estudo apesar de n o termos encontrado associa o na maioria das vari veis sabemos que segundo a literat
43. pp 5 40 Durante D e Vilela E 2001 An lise da preval ncia de les es por esfor o repetitivo nos cirurgi es dentistas de Juiz de Fora MG Revista do CROMG Belo Horizonte 7 1 jan abr pp 1 25 Falzon P 2007 Ergonomia S o Paulo Editora Bl cher Figlioli M Castro J e Porto F 1998 Ergonomia na Endodontia n Leonardo M e Leal J Ed Endodontia tratamento de canais radiculares 3 Ed Brasil Editorial M dica Panamericana Filho J 2003 Ergonomia do objecto S o Paulo Escrituras Editora Filho S e Barreto S 2001 Actividade ocupacional e preval ncia de dor osteomuscular em cirurgi es dentistas de Belo Horizonte Minas Gerais Brasil contribui o ao debate sobre os dist rbios osteomusculares relacionados ao trabalho Cadernos Sa de P blica 17 1 jan fev pp 181 193 III Ergonomia na Medicina Dent ria Filho G Michels G e Sell I 2006 Les es por esfor os repetitivos dist rbios osteomusculares relacionados ao trabalho em cirurgi es dentistas Revista Brasileira Epidemiol gica 9 3 pp 346 359 Finkbeiner B 2000a Four handed Dentistry A handbook of Clinical Application and Ergonomic Concepts Upper Saddle River Prentice Hall Finkbeiner B 2000b Four handed Dentistry revisited The Journal of Contemporary Dental Practice 1 4 pp 74 86 Finkbeiner B 2001 Selecting equipment for the ergonomic four handed dental practice The
44. pr prio Tabela 10 71 Ergonomia na Medicina Dent ria Possui consult rio pr prio n Sim 52 5 105 N o 47 5 95 Total 100 200 Tabela 7 Distribui o da amostra quanto a possuir consult rio pr prio 4 3 1 1 Preocupa o na escolha do mobili rio adaptado minimiza o do esfor o requerido durante o acto cl nico Verificamos que os 105 m dicos dentistas que responderam ter consult rio pr prio 93 3 n 98 referem ter tido preocupa o na escolha do mobili rio adaptado minimiza o do esfor o requerido durante o acto cl nico e 6 7 n 7 responderam negativamente esta quest o Tabela 11 Teve preocupa o na escolha do mobili rio n Sim 93 3 98 N o 6 7 7 Total 100 105 Tabela 8 Distribui o da amostra relativamente preocupa o na escolha do mobili rio 4 3 1 2 Preocupa o na escolha da disposi o do mobili rio de forma a minimizar o esfor o requerido durante o acto cl nico Verificamos que os 105 m dicos dentistas que responderam ter consult rio pr prio 92 4 n 97 responderam ter tido preocupa es na escolha da posi o do mobili rio para minimizar o esfor o durante o acto cl nico e 7 6 n 8 responderam negativamente quest o Tabela 12 Teve preocupa o na disposi o do mobili rio Ya n Sim 92 4 97 N o 7 6 8 Total 100 105 Tabela 9 Distribui o da amostra relativamente preocupa o na disposi
45. s eixos de rota o ortogonal permitindo desta forma que o mesmo se desloque em todas as direc es e alcance a posi o desejada junto cabe a do operador Este deve permitir um controlo apenas com uma m o e encontrar se ao alcance dos bra os para manter um conforto durante a sua utiliza o Segundo Dul e Weerdmeester 2004 as opera es de alcance dos bra os ao candeeiro operat rio quando sentados ou em p devem situar se num raio de 50 cm a partir da articula o entre os bra os e os ombros Hokwerda et al 2006 refere que para um m dico dentista destro que esteja sentado na posi o das 12h atr s do paciente o candeeiro deve estar situado do lado esquerdo mesmo acima e lateralmente cabe a deste Dependendo da localiza o do m dico dentista face cadeira do paciente e do quadrante onde se encontra a trabalhar com o objectivo de facilitar a visualiza o do campo operat rio pode ser solicitado ao paciente uma movimenta o adicional da cabe a em tr s planos permitindo esta assegurar a manuten o de uma postura sim trica do m dico dentista face ao campo de trabalho e manter a vis o o mais perpendicular poss vel a este Hokwerda et al 2006 23 Ergonomia na Medicina Dent ria Em 13 de Setembro de 2006 em Pequim foi decidida a norma ISO TC106 SC6 WG1 Dentistry Operating Lights que restringe a rea do feixe de luz do candeeiro operat rio a uma elipse com eixo horizontal d
46. se a um n vel mais detalhado e o terceiro revis o cr tica utiliza se para corrigir eventuais problemas A revis o cr tica das tarefas de ac es pode ser feita pela aplica o da AET An lise Ergon mica de Trabalho Esta revis o visa principalmente avaliar as condi es existentes nos postos de trabalho que poderiam provocar dores e LME nos profissionais A este n vel dois aspectos merecem destaque tarefas altamente repetitivas e ac es est ticas Como j foi referido estes dois aspectos s o caracter sticas da profiss o do m dico dentista da o poss vel interesse deste tipo de an lise na Medicina Dent ria de modo avaliar o posto de trabalho deste profissional e identificar poss veis factores de risco 36 Ergonomia na Medicina Dent ria Este tipo de an lise iniciado pela observa o do que acontece no trabalho sobre queixas relacionadas com as condi es de trabalho como resultado de uma queixa m dica ou como resultado de revis o de les es A informa o revelada por este tipo de an lise tem como objectivo reduzir ac es ou movimentos que desencadeiam stress no sistema m sculo esquel tico e desta forma contribuir para reduzir o n mero de trabalhadores que possam vir a desenvolver LME preven o prim ria Por outro lado este tipo de an lise pode igualmente contribuir para redu o do risco de recorr ncia de les es nos profissionais que regressam ao trabalho preven o secund ria pela
47. tico e tende se agravar com o tempo e a n o interrup o da actividade profissional acabando por causar uma limita o funcional grave no profissional Cabral 2005 1 1 Objectivos de estudo Este trabalho final de investiga o surge integrado no plano curricular do 6 Ano da Licenciatura de Medicina Dent ria e tem como finalidade a apresenta o de um breve estudo sobre o grau de conhecimento dos m dicos dentistas em rela o aplica o da ergonomia em Medicina Dent ria E nosso objectivo com este trabalho verificar de que forma o sexo do m dico dentista influ ncia no aparecimento de desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Ergonomia na Medicina Dent ria Verificar de que forma a idade influ ncia no aparecimento de desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Verificar de que forma a antiguidade na profiss o influ ncia no aparecimento das desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Verificar de que forma a n mero m dio de horas de trabalho semanal influ ncia no aparecimento de desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Verificar de que forma o conhecimento das posi es correctas de trabalho influ ncia no aparecimento desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Verif
48. todos a projectos que visem optimizar o bem estar humano e o desempenho global de sistemas Ergonomia na Medicina Dent ria A unidade b sica da ergonomia o sistema homem m quina ambiente De acordo com Iida 2005 a ergonomia o estudo da adapta o do trabalho ao homem Este autor salienta que o desempenho do sistema produtivo depende da influ ncia de diversos factores procurando reduzir as consequ ncias nocivas no trabalhador Figura 1 A ergonomia tem como objectivo reduzir a fadiga o stress erros e acidentes proporcionando assim seguran a satisfa o e sa de aos trabalhadores Figura 1 A efici ncia uma consequ ncia desta interac o A ergonomia como ci ncia interdisciplinar oferece conhecimentos sobre o homem as suas habilidades e capacidades limita es f sicas ps quicas apoiando se em medidas preventivas de acidentes e doen as de trabalho Iida 2005 Posto de trabalho Tarefa Entradas Materiais Energia Sa das Produto tratamento M gu SS Quinas e E quipament Energia Informa o Conhecimentos alho Organiza o do trab Ambiente f sico Consequ ncias Subprodutos do Trabalho Lixo Fadiga Stress Erros Acidentes Figura 1 Factores que influem no sistema produtivo adapta o de Iida 2005 p 4 Segundo Wisner 1987 cit in lida 2005 a ergonomia pode ser dividida em v rias vertentes como a ergonomia d
49. trabalho de Carneiro 2005 alusivo as LME em m dicos dentistas e adicionamos algumas perguntas ao qual achamos pertinentes 62 Ergonomia na Medicina Dent ria 3 2 Autoriza o do question rio O question rio foi submetido aprova o da comiss o cient fica da Faculdade Ci ncias da Sa de da Universidade Fernando Pessoa ao qual foi posteriormente aceite por esta comiss o Todos os inquiridos que preencheram o question rio autorizaram a publica o dos dados para realiza o deste trabalho 3 3 Amostra do estudo A amostra do estudo abrangeu 200 m dicos dentistas aos quais foram seleccionados atrav s de uma amostra de aleat ria simples O processo de recolha de informa o foi executado em v rios locais na Faculdade de Ci ncias da Sa de da Universidade Fernando Pessoa FCS UFP durante os meses Abril Maio e Junho de 2008 na Faculdade de Medicina Dent ria da Universidade do Porto FMDUP nos m s de Mar o de 2008 no Instituto Superior Ci ncias da Sa de Norte Cooperativa de Ensino Superior Polit cnico e Universit rio CESPU no m s de Mar o de 2008 e ainda em consult rios privados que exerciam a pr tica de Medicina Dent ria na Regi o de Lisboa Regi o do Porto e Regi o Aut noma da Madeira R A M entre os meses de Janeiro a Junho A recolha de dados foi efectuada atrav s da entrega de um question rio estruturado Anexo 1 a todos os intervenientes neste estudo ao qual os mesmos responderam
50. 0 Feminino 200 Total Tabela 17 Tabela de conting ncia entre o sexo e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica A uma conclus o semelhante se chega quando se analisa a associa o entre a faixa et ria dos sujeitos da amostra e a incid ncia de desconforto dor N o se verificam diferen as em fun o da idade no que respeita preval ncia de desconforto dor tal como expresso pelo teste do Qui quadrado p 0 131 A tabela 18 apresenta a incid ncia de dor nos quatro grupos et rios considerados sendo a sua preval ncia de 81 796 71 4 78 1 e 33 3 por faixa et ria crescente Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim Total Ya n Ya n Ya n Intervalos de idades 22 32 anos 18 3 20 81 7 89 100 109 da amostra 33 43 anos 28 6 16 71 4 40 100 56 44 54 anos 21 9 7 78 1 25 100 32 55 65 anos 66 7 2 33 3 l 100 3 Total 22 5 45 77 5 155 100 200 Tabela 18 Tabela de conting ncia entre a faixa et ria e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica ii Rela o entre exerc cio profissional e a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tica Existe associa o entre a antiguidade na fun o e a incid ncia de desconforto dor tal com revelado pelo teste Qui quadrado p 0 005 De forma a comparar os grupos de antiguidade diferente entre si no que respeita preval ncia da dor foi necess ri
51. 3 n 10 n 7 6 ETE De p Sentado Ambas as posic es Gr fico 6 Distribui o da amostra relativamente posi o de trabalho preferida vi Localiza o do m dico dentista face ao paciente Dos inquiridos 74 n 148 optam normalmente por se sentar direita do paciente 17 5 n 35 atr s do paciente e 8 5 n 17 esquerda do paciente Tabela 9 70 Ergonomia na Medicina Dent ria Qual a sua prefer ncia de localiza o face ao paciente Yo n Sentado direita do paciente 74 148 Sentado atr s do paciente 17 5 35 Sentado esquerda do paciente 8 5 17 Total 100 200 Tabela 6 Distribui o da amostra relativamente prefer ncia de localiza o perante o paciente vii M o dominante de trabalho Relativamente a este t pico 85 5 n 171 dos m dicos dentistas t m prefer ncia pela utiliza o da m o direita 10 5 n 21 destes profissionais responderam que trabalham com ambas as m os e apenas uma pequena percentagem utiliza a m o esquerda 4 n 8 Gr fico 8 a M o Direita L3 Ambas as m os M o Esquerda Gr fico 7 Distribui o da amostra consoante a m o dominante de trabalho 4 3 Caracteriza o da amostra relativamente organiza o do consult rio i Consult rio pr prio Podemos verificar pela tabela a seguir que 52 5 n 105 dos inquiridos possui um consult rio pr prio e 47 5 n 95 n o possui consult rio
52. 5 O exerc cio profissional obriga os m dicos dentistas a utilizarem como rotina de trabalho os membros superiores principalmente as m os Frequentemente com aplica o de for a e repetitividade de um mesmo padr o de gestos e movimentos com consequente compress o mec nica das estruturas localizadas na regi o Sa de Oral 1998 Nesta actividade profissional quanto mais especializada for a sua actua o mais evidente s o os movimentos repetitivos mais probabilidade predispor a LME Castro e Figlioli 1999 Isso acontece pela const ncia dos movimentos com os dedos especialmente com m dicos dentistas que na sua maioria dos seu tempo praticam actividades como a periodontia e a endodontia Estes tendem a desenvolver inflama o em alguns tend es ou ligamentos dos membros superiores ROBRAC 1998 O stress emocional e mental stress ps quico est associado com a pr tica cl nica di ria em medicina dent ria ao longo dos anos causada pelo stress f sico associado com a actividade de procedimentos cl nicos de precis o que exigem muita concentra o Murphy 1998 Finsen et al 1998 pelo facto de estes profissionais trabalharem na sua maioria sob press o de tempo ou pelo facto de n o fazerem intervalos entre consultas ao longo do dia suficientes ou at mesmo inexistentes Sa de Oral 1998 e ainda com exig ncias que est o associadas com a capacidade adaptativa do cl nico Murphy 1998 Por esta raz o a ADA
53. 6 mostra a preval ncia em ambos os grupos Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim Total Yo n Yo n Yo n Costuma fazer pausas N o 25 4 33 74 6 97 100 130 entre consultas Sim 17 1 12 82 9 58 100 70 Total 22 5 45 77 5 155 100 200 Tabela 26 Tabela de conting ncia entre a organiza o do trabalho com sem pausas no trabalho e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 83 Ergonomia na Medicina Dent ria V DISCUSS O Com a aplica o do question rio mencionado pretendeu se reunir as informa es mais relevantes para dar resposta aos objectivos inicias deste trabalho A op o de utilizarmos apenas algumas quest es do question rio elaborado para este trabalho prende se com o facto de este conter um n mero muito extenso de vari veis o que dificultaria a an lise estat stica das mesmas Contudo consider mos pertinente elaborar um question rio mais extenso para permitir recolher informa o acerca da amostra que poder vir a ser alvo de tratamento num pr ximo trabalho Em alguns estudos efectuados a m dicos dentistas e higienistas orais Anton et al 2002 Dong et al 2007 Letho 1991 Finsen et al 1998 Filho e Barreto 2001 ou a m dicos dentistas exercendo a especialidade de Ortodontia em exclusividade Newell e Kumar 2004 Pandis et al 2007 demonstram que os profissionais de medicina dent
54. 999 cit in Lopes 2000 afirma n o existir uma cadeira do paciente ideal nem uma solu o padr o Defende que a cadeira utilizada pelo paciente e o pr prio paciente devem possibilitar a realiza o das diversas manobras e movimentos 44 Ergonomia na Medicina Dent ria Actualmente existem no mercado cadeiras com design diferentes no que concerne a entrega de material e instrumentos assim existem o sistema de entrega lateral 8 9h Side delivery em que um carrinho m vel para assistente se encontra do seu lado direito entrega posterior 2h Rear delivery sistema da unidade separada do tabuleiro Split unit cart e entrega transtor cica no qual tamb m poss vel colocar um carrinho m vel junto a assistente transthorax unit Finkbeiner 2001 Apesar deste leque de oferta Finkbeiner 2000b recomenda o uso do sistema de distribui o de entrega transtorax dos instrumentos e material porque do ponto de vista ergon mico este permite uma adapta o por parte do assistente ao acesso e ou troca de instrumentos Figura 5 O M dico Dentista OD Assistente e s e e A B C D Figura 5 Sistemas de entrega de material e equipamento adapta o de Saquy e P cora 1994 p 15 A entrega lateral B entrega posterior C sistema da unidade separada do tabuleiro D entrega transtorax A aquisi o de equipamentos como a cadeira do paciente um investimento a longo prazo que deve assegurar p
55. American Dental Association em 2004 recomendou a altern ncia entre consultas com casos mais ou menos complicados para permitir a cria o de per odos que diminuem o stress e a fadiga ao profissional Newell e Kumar 2004 E que as tarefas sejam realizadas com tempo estabelecendo pausas com dura o entre dez minutos ao fim de cada 50 minutos De acordo com a execu o destas pausas Newell e Kumar 2004 sugerem v rios tipos de intervalos sublinhando a import ncia de uma boa sa de geral para evitar les es musculares Carvalho et al 2007 defende 28 Ergonomia na Medicina Dent ria que para al m dos intervalos entre consultas uma boa sa de em geral alcan ada atrav s de uma dieta balanceada complementando com exerc cio f sico regular Todas as caracter sticas referidas anteriormente como posturas incorrectas repeti o de movimentos e esfor o prolongado faz com que a profiss o de m dico dentista constitua um dos grupos de profissionais de maior risco s LME dos membros superiores e tronco Carneiro 2005 i An lise do Posto de trabalho A an lise de postos de trabalho o estudo de uma parte do sistema onde actua um trabalhador A abordagem ergon mica ao n vel do posto de trabalho faz a an lise da tarefa da postura e dos movimentos do trabalhador e das suas exig ncias f sicas e cognitivas lida 2005 Considerando um posto mais simples onde o homem opera apenas uma m quina a an lise de
56. Carina Jos Caires Figueira Teles Avalia o do Grau de Conhecimento dos M dicos Dentistas em Rela o Aplica o da Ergonomia na Medicina Dent ria Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ci ncias da Sa de Porto 2009 Carina Jos Caires Figueira Teles Avalia o do Grau de Conhecimento dos M dicos Dentistas em Rela o Aplica o da Ergonomia na Medicina Dent ria Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ci ncias da Sa de Porto 2009 Carina Jos Caires Figueira Teles Avalia o do Grau de Conhecimento dos M dicos Dentistas em Rela o Aplica o da Ergonomia na Medicina Dent ria Monografia apresentada Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obten o do grau de licenciada em Medicina Dent ria Sum rio Os m dicos dentistas correm um risco acrescido de desenvolverem les es m sculo esquel ticas LME comparativamente com outros profissionais de outras reas devido natureza das suas tarefas S o v rios os factores de risco o ambiente de trabalho uma incorrecta postura falta de organiza o uso de equipamento e instrumentos n o ergon micos e a falta informa o O recurso a princ pios da ergonomia poder ajudar a reduzir a preval ncia de LME entre estes profissionais Ap s uma breve investiga o bibliogr fica sobre o tema em artigos livros e motores de pesquisa que abordassem o tema foi realizado um estudo obs
57. Newell e Kumar 2004 chegaram a mesma conclus o quando verificaram no seu estudo que n o havia signific ncia estat stica entre a preval ncia de LME e a idade p gt 0 3 85 Ergonomia na Medicina Dent ria Milerad e Ekenvall 1990 obtiveram conclus es diferentes num estudo de caso controlo em m dicos dentistas e farmac uticos em que verificaram que a frequ ncia de sintomas de dor m sculo esquel tica aumentava com a idade Possivelmente estes valores traduzir o a assimetria da distribui o da amostra em rela o faixa et ria uma vez que a faixa et ria dos 22 32 anos constitui a maior parte da amostra 54 5 No que respeita a uma poss vel associa o entre a antiguidade na profiss o e a preval ncia de desconforto dor no exerc cio da profiss o verificamos que esta significativa p 0 005 Podemos constatar que esta preval ncia se verifica sobretudo a partir dos cinco anos de exerc cio da profiss o e decresce a partir dos dez anos de antiguidade profissional tal como nos demonstra o n vel de signific ncia encontrado quando comparado estes dois grupos p 0 001 Verificamos que os resultados neste trabalho est o em conformidade com aqueles apresentados em outros estudos como o de Rundcrantz et al 1990 Letho et al 1990 Finsen et al 1998 que referem que os m dicos dentistas com menos anos de profiss o at 15 anos de profiss o referem mais vezes dor e des
58. Orienta o Profissional em Odontologia S o Paulo Editora Santos Sa de Oral 1998 Les es por Esfor o repetitivo Sa de Oral Revista Profissional de Estomatologia e Medicina Dent ria 3 nov dez pp 22 25 Silva C 2001 Constrangimentos posturais em ergonomia Uma an lise da actividade do endodontista a partir de dois m todos de avalia o Em linha Dispon vel em lt http teses eps ufsc br defesa pdf 5317 pdf gt Consultado em 20 10 2007 Silva R 2000 Perturba es m sculo esquel ticas abordagem em Medicina do Trabalho In Amaral A et alii Ed Semana Europeia 2000 Preven o das perturba es m sculo esquel ticas de origem profissional Lisboa Instituto de Desenvolvimento e Inspec o das Condi es de Trabalho pp 27 30 Sim es R et alii 2008 Desordens M sculo esquel ticas relacionadas com o exerc cio profissional da Medicina Dent ria Revista Portuguesa de Estomatologia Medicina Dent ria e Cirurgia Maxilofacial 49 1 pp 47 55 Simons D Travell J e Simons L 1999 Myofascial pain and dysfunctional the trigger point manual 2 Ed Lippincott Williams amp Wilkins Somma F et alii 2008 The effectiveness of manual and mechanical instrumentation for the three different root canal filling materials Journal of Endodontics 34 4 pp 466 469 Thornton L et alii 2004 Physical and psychosocial stress exposure in US dental schools the need for
59. a desconforto dor no exerc cio da profiss o encontrado nos esquerdinos no nosso estudo pode ser explicado em parte pelo facto de estes m dicos dentistas poderem trabalhar em equipamentos vocacionados para destros Referente ao modo de organiza o do trabalho com e sem assistente a percentagem de m dicos dentistas que trabalham com assistente foi superior 74 5 Esta constata o est de acordo com o que encontramos outros estudos em que cerca de 82 dos inquiridos trabalhavam com assistente Barbosa et al 2004 Segundo Finsen et al 1998 s cerca de 2 dos seus inquiridos referem n o trabalhar com assistente nunca 34 trabalham com assistente mais de 50 do seu tempo e apenas 18 trabalham com assistente 100 do seu tempo Relativamente ao trabalho assistido por assistente quer os indiv duos que trabalham com como os que trabalham sem assistente ambos apresentam valores semelhantes de desconforto dor no exerc cio da profiss o 77 2 e 78 4 respectivamente Embora n o se tenha verificado signific ncia estat stica entre estas vari veis p 0 511 os indiv duos que trabalham sem assistente apresentam mais queixas de desconforto dor no exerc cio da profiss o O facto de termos encontrado tamb m valores muito altos de desconforto dor no exerc cio da profiss o nos indiv duos que trabalham com assistente devemos ter em conta que trabalhar com assistente n o sin nimo d
60. a 2005 Para al m 16 Ergonomia na Medicina Dent ria da ergonomia se preocupar com a disposi o f sica do espa o do trabalho esta preocupa se tamb m com a expectativa deste sobre a utiliza o dos equipamentos de forma a receberem a informa o dos dispositivos associados a estes bem como os sinais de liga o sobreaquecimento r tulos e instru es de utiliza o O arranjo correcto dos bot es de controlo e monitores de informa o dos equipamentos faz com que a interpreta o por parte dos operadores seja mais r pida e mais correcta logo este ser mais efectivo Este arranjo efectuado pelos ergonomistas que t m como preocupa o facilitar a interpreta o do operador no seu trabalho de modo a atingir tantos os operadores com e sem experi ncia e que seja f cil de uso e simples de visualizar Quando os ergonomistas aplicam com xito estes crit rios o tempo de reac o do operador mais r pido e os erros s o menos frequentes Murphy 1998 iii Design espa o f sico O design do espa o f sico um factor respons vel pela seguran a do ambiente de trabalho do m dico dentista Murphy 1998 O layout do espa o f sico distribui o espacial ou arranjo f sico procura posicionar os diversos elementos que comp em o posto de trabalho do m dico dentista como diversos equipamentos e instrumentos e mobili rios para o seu controlo lida 2005 Esta distribui o espacial pode afectar a sa d
61. a atrav s de pesquisa on line nas bases de dados B on Medline Pubmed ScienceDirect e no motor de busca google no per odo compreendido entre 06 de Setembro de 2007 e 28 de Novembro de 2008 Foi tamb m poss vel atrav s da biblioteca virtual da Universidade 4 Ergonomia na Medicina Dent ria do Porto e atrav s das revistas existentes na Faculdade de Medicina Dent ria da Universidade do Porto FMDUP e na Universidade Fernando Pessoa UFP consulta de artigos cient ficos de revistas nacionais e internacionais em livros relacionados ou que abordassem o tema Para al m da revis o bibliogr fica fizemos um estudo observacional de delineamento transversal com finalidades descritivas e anal ticas atrav s da aplica o de um question rio de auto resposta para analisar a situa o dos m dicos dentistas relativamente ao grau de conhecimento em rela o a ergonomia O processo de recolha de informa o foi executado em v rios locais na Faculdade de Ci ncias da Sa de da Universidade Fernando Pessoa FCS UFP durante os meses Abril Maio e Junho de 2008 na Faculdade de Medicina Dent ria da Universidade do Porto FMDUP nos meses de Mar o e Abril de 2008 no Instituto Superior Ci ncias da Sa de Norte Cooperativa de Ensino Superior Polit cnico e Universit rio CESPU no m s de Mar o Abril e Maio de 2008 e ainda em consult rios privados que exerciam a pr tica de Medicina Dent ria na Regi o de Lisboa Regi o do Po
62. a das costas 20 5 n 41 bra os 14 n 28 e pesco o 9 n 18 Figura 8 e tabelas 9 em anexo 5 Figura 8 Esquema do corpo humano com a distribui o da amostra das frequ ncias de dor sentidas nas regi es do tronco e membros superiores 4 4 1 3 Dias sem trabalhar devido desconforto dor m sculo esquel tico Atrav s da an lise da tabela seguinte podemos observar que 92 5 n 185 dos inquiridos nunca deixou de trabalhar durante o ltimo ano devido a problemas de sa de relacionados com a profiss o Dos restantes 7 5 n 15 inquiridos que estiveram sem trabalhar devido ao seu estado de sa de debilitado provocado pela sua T Ergonomia na Medicina Dent ria profiss o podemos verificar que 5 5 n 11 deixaram de trabalhar por um per odo de at 9 dias 1 5 n 3 entre 10 a 24 dias e apenas 0 5 n 1 inquirido deixou de trabalhar entre 25 e 99 dias Tabela 16 n Nenhum dia 92 5 185 At 9 dias 5 5 Hl De 10 a 24 dias 1 5 De 25 a 99 dias 0 5 3 l Total 100 200 Tabela 16 Distribui o da amostra face ao n mero de dias que esteve sem trabalhar devido ao estado de sa de debilitado provocado pela profiss o no ltimo ano 4 5 Rela o entre a exist ncia de sintomas de LME como desconforto dor e as diversas vari veis estudadas Estudou se a associa o entre um conjunto de atributos da amostra nomeadamente g nero classe
63. a minimiza movimentos desnecess rios e acelera a maioria dos tratamentos para al m de aumentar a produtividade da equipa Com este conceito pretende se um bem estar dos profissionais e consequentemente uma melhoria na qualidade dos cuidados de sa de ao paciente Mas esta quest o pode ser controversa segundo lida 2005 refere que atrav s da economia de movimentos os operadores efectuam movimentos mais simples e repetitivos Este facto eficiente a curto prazo mas a longo prazo inconveniente porque sobrecarrega os mesmos grupos musculares produzindo excessiva fadiga localizada Esta fadiga pode levar ao absentismo e at mesmo a doen as relacionadas com o trabalho como as LME Acerca dos movimentos de trabalho em medicina dent ria estes podem ser classificados de acordo com o esfor o que exigem do corpo humano Segundo Finkbeiner 2000b os movimentos do corpo s o categorizados pela quantidade de ossos e m sculos necess rios para produzir o movimento Existem cinco categorias do movimento Classe I usa os dedos Classe II usa os dedos e o pulso Exemplo deste movimento a transfer ncia de um instrumento para o operador Classe I usa os dedos pulsos e bra os Classe IV usa o bra o e os ombros Exemplo deste movimento a espatula o de materiais para restaura o dos dentes Classe V o movimento do bra o e tor o do corpo Exemplo deste movimento quando o m dico dentista volta se para tr s para reposici
64. a restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de pr tese tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1 e Sim 2 46 Associa o do Desconforto Dor Actividade de Ortodontia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica XXIV Ergonomia na Medicina Dent ria que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de ortodontia tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1 e Sim 2 47 Desconforto Dor no Pesco o A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconfort
65. aciente o profissional deve dar aten o ao termo ergonomically designed este pode ser utilizado simplesmente como uma estrat gia de marketing N o existem directivas para a ind stria de equipamentos dent rios no que diz respeito a concep o dos equipamentos Neste sentido Hokwerda et al 2007 elaborou um conjunto de recomenda es para a fase de projecto produ o e escolha dos equipamentos dent rios que se destinam quer para os fabricantes quer para os m dicos dentistas ii Banco de trabalho do m dico dentista Com a introdu o do banco com rod zios do m dico dentista criada por John Anderson em 1944 com a da t cnica de elevada suc o associada ao dique de borracha criada por Elbert Thompson em 1955 acentuou se a utiliza o e divulga o dos princ pios ergon micos aplicados na medicina dent ria com o fim de obter um trabalho ergonomicamente correcto Castro e Figlioli 1999 Apesar desta proposta do m dico dentista trabalhar sentado ser promissora para reduzir a elevada incid ncia de dor relativas ao trabalho nestes profissionais estat sticas indicam que o objectivo n o tinha sido atingido Milerad et al 1990 Rundcrantz et al 1990 Rundcrantz et al 1991 Letho et al 1991 Num esfor o para melhorar o conforto de trabalho e reduzir LME entre os m dicos dentistas os fabricantes t m promovido m ltiplos conceitos de design para este banco no mercado A escolha de um assento aprop
66. adores devem ser tomadas em conta para a sa de e bem estar do m dico dentista Nunes et al 2000 O objectivo da maior parte das interven es ergon micas a promo o da postura de trabalho saud vel e uso de ferramentas adequadas no desempenho das suas tarefas Murphy 1998 i Les es m sculo esquel ticas As LME por defini o abrangem quadros cl nicos do sistema m sculo esquel tico adquiridas pelo trabalhador submetido a determinadas condi es de trabalho Estas caracterizam se pela ocorr ncia de v rios sintomas concomitantes ou n o tais como dor parestesia sensa o de peso fadiga de aparecimento insidioso geralmente nos membros superiores Koltarienko 2005 provocando uma redu o da produtividade dos trabalhadores tempo de trabalho perdido incapacidade tempor ria ou permanente incapacidade de executar uma dada tarefa Carneiro 2005 Qualquer zona do corpo pode potencialmente ser afectada os sintomas a n vel de pesco o e ombro t m sido os mais citados pelos m dicos dentistas higienistas e assistentes de acordo com os pesquisadores Dor e desconforto s o os sintomas principais de queixas a n vel de pesco o e ombros Milerad e Ekenvall 1990 Rundcrantz et al 1990 1991a 1991b Letho et al 1991 Kerosuo et al 2000 Filho et al 2006 Apesar da evolu o da posi o de trabalho do m dico dentista passar a ser na sua maioria sentada e praticar trabalho a quatro m os estudos
67. al disorders MSDs compared with other professionals from other areas duo to the nature of their tasks There are several risk factors such as the environmental workstation a wrong posture lack of organization use of equipment and instruments not ergonomic and lack of information The use of ergonomic principles can help reduce the prevalence of MSDs among these professionals After a brief search on the topic in articles books and search engines an observational cross study was address using an questionnaire for a random sample of 200 active dentists as a self response measurement instrument for assessing the degree of knowledge about the application of ergonomics in dentistry The data collected allowed the demographic and sociometric characterization of the sample the identification of some aspects of the dental practice the knowledge about the organization of the dental office and the existence of musculoskeletal disorders Through chi square it was studied the association between a set of attributes of the sample to a significance level of 5 Through the results we can see that the attributes studied are not in general associated with the incidence of musculoskeletal disorders except for the item antiquity in the profession for which there is significant statistical evidence With the knowledge gathered in this work we intend to educate dentists about the characteristics that the working environment should have the bo
68. alho a quatro m os four handed dentistry Para se alcan ar a plenitude da organiza o devem ser dadas as aten es devidas as reas chave tais como pr planeamento do tratamento para providenciar uma entrega eficiente de servi os de cuidados de sa de oral planeamento de modos de actua o para que os procedimentos possam ser estandardizados para permitir que a equipa trabalhe com sequ ncia previs vel e coloca o de instrumentos materiais e tabuleiros num 26 Ergonomia na Medicina Dent ria arranjo conveniente de uso e consistente com sequ ncia standard de modos de actua o Chasteen 1978 Acerca da gest o do tempo de consulta esta pode melhorar se o cl nico trabalhar segundo o conceito de trabalho a quatro m os em que desenvolve uma rotina standard de procedimentos b sicos com a sua assistente O cl nico deve instruir a sua assistente para que esta reconhe a as necessidades dos pacientes e antecipe a necessidade do m dico dentista atrav s de sinais n o verbais para a mudan a de instrumentos ou comunica o directa daquilo que necessita A assistente deve manter a aten o na sequ ncia de instrumentos e materiais de acordo com o tratamento Quando houver transfer ncia de instrumentos para o m dico dentista a assistente deve orientar a ponta do instrumento de trabalho para cima se for maxilar e para baixo se for mandibular O assistente deve trabalhar de acordo com o m dico dentis
69. amostra relativamente sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o no ltimo ano Tabela 14 Distribui o da amostra relativamente associa o do desconforto dor m sculo esquel tica sentida no ltimo ano s actividades da profiss o Tabela 15 Distribui o da amostra face associa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o por actividade desempenhada 65 66 67 69 70 71 12 72 72 73 33 74 75 76 76 Tabela 16 Distribui o da amostra face ao n mero de dias que esteve sem trabalhar devido ao estado de sa de debilitado provocado pela profiss o no ltimo ano 78 Tabela 17 Tabela de conting ncia entre o sexo e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 79 Tabela 18 Tabela de conting ncia entre a faixa et ria e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 79 Tabela 19 Tabela de conting ncia entre a antiguidade na profiss o e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica a 80 Tabela 20 Tabela de conting ncia associa o entre a antiguidade na profiss o e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica b 80 Tabela 21 Tabela de conting ncia a dura o da jornada de trabalho e a incid ncia de desconforto ou dor m sculo esquel tica 81 Tabela 22 Tabela de conting ncia entre a informa o recebida sobre posturas e a incid ncia de desconforto dor m sculo esqu
70. anipulados dentro da rea de alcance dos movimentos corporais Iida 2005 A ISO e a FDI Federation Dentaire Internationale classificaram numericamente as posi es a serem adoptadas pelo m dico dentista e pela assistente no seu trabalho Figura 2 de modo a proporcionar um trabalho ergon mico colocando os objectos de trabalho ao seu alcance Atrav s da projec o de um rel gio imagin rio sobre ao consult rio em que o centro a boca do paciente na qual para onde estiver voltada as costas do m dico dentista ou da assistente no momento de trabalho ser denominada a posi o de trabalho conforme o n mero do mostrador Saquy e P cora 1994 Deste modo a posi o de 12 horas sempre indicada pela cabe a do paciente ou seja atr s da cadeira Desta forma o eixo 6 12 horas divide a sala em duas reas direita da cadeira rea do m dico dentista e esquerda da cadeira rea da assistente Rundcrantz et al 1990 31 Ergonomia na Medicina Dent ria A sala dividida em tr s reas conc ntricas divididas entre elas por meio metro de dist ncia entre elas tendo como ponto de refer ncia a boca do paciente Cada um destes c rculos tem fun es espec ficas Saquy e P cora 1994 Figura 2 Esquema das reas de trabalho no consult rio Saquy e P cora 1994 p 17 A rea limitada pelo c rculo A de 0 5 metros de raio ou 1 0 metro de di metro corresponde chamada zona de transfer
71. aso do candeeiro operat rio Actualmente no mercado j poss vel obter lumin rias com controlo de intensidade de ilumina o por dimmers Lutron 2008 Degrek 2008 A quantidade de luz natural ou artificial no n vel da zona de trabalho entende se por ambi ncia luminosa Contrariamente a outras ambi ncias f sicas uma ilumina o incorrecta induz fadiga ou desconforto mas n o provoca a priori nenhuma doen a profissional Falzon 2007 As vari veis mensur veis que definem a qualidade de um ambiente luminoso Falzon 2007 s o e Ilumin ncia LUX representa a quantidade de luz que chega ao posto de trabalho e Lumin ncia cd m representa a quantidade de luz reflectida por um objecto variando de acordo com natureza da sua superf cie e que vai finalmente estimular a retina e Contraste representa a relac o de lumin ncia entre um objecto observado e os que o cercam 21 Ergonomia na Medicina Dent ria Para valores muito elevados de lumin ncia ou seja sempre que a quantidade de luz que entra no olho muito elevada existe o risco de encadeamento o que implica uma redu o ainda que moment nea da vis o ou perda da mesma facilitando assim o aparecimento de les o da retina em situa es extremas Por outro lado se a lumin ncia baixa a percep o igualmente m ou imposs vel Falzon 2007 Em situa es de lumin ncia desgastante p ex trabalho com recurso a microsc pio
72. assegurada a protec o da sa de e a seguran a dos empregados de forma a prevenir riscos relativos ao trabalho A escolha dos equipamentos deve basear se nas condi es 12 Ergonomia na Medicina Dent ria de trabalho e nos perigos existentes devendo se fornecer ao trabalhador a informa o adequada sobre como manusear os equipamentos Hokwerda et al 2007 2 2 Concep o ergon mica de um consult rio A fase da concep o dos locais de trabalho o momento privilegiado para se proceder identifica o e avalia o dos diversos tipos de risco que poder o vir a ocorrer ap s o in cio da actividade Para isso os projectistas ter o que conhecer o processo produtivo as mat rias e produtos m quinas e equipamentos a utilizar assim como o sistema de organiza o de trabalho de modo a poderem projectar locais de trabalho cujas solu es arquitect nicas t cnicas e organizacionais visem a elimina o dos riscos profissionais com o objectivo de proporcionar seguran a sa de e bem estar nesses mesmos locais Fonseca 1998a A integra o na fase de projecto das medidas de preven o dos riscos profissionais e das que visam melhorias nas condi es de trabalho permitem uma melhor optimiza o quer atrav s da redu o dos custos devido a interven es correctivas posteriores a trabalhos de manuten o e acidentes quer em fun o do aumento da produtividade qualidade e competitividade Fonseca 1998a
73. av s da selec o de instrumentos com maior di metro e baixo peso Estes autores referem que apesar de controverso a utiliza o do ultra som para RAR torna a pr tica dent ria mais f cil reduzindo o uso de for a na preens o comparativamente com as curetas Segundo Murphy 1998 os instrumentos leves e que apresentam equil brio na distribui o do seu peso entre as suas extremidades requerem menos trabalho muscular Os instrumentos que s o mais pesados numa extremidade requerem mais trabalho a n vel do ombro bra o e m o para poderem superar esse desequil brio Por outro lado os instrumentos que no seu desenho apresentam as extremidades mais distantes do cabo exigem maior for a de preens o podendo causar uma maior fadiga ou uma tens o crescente do que aqueles que ficam mais pr ximos Murphy 1998 Finkbeiner 2000a afirma que cerca de 50 do tempo de tratamento pode ser reduzido se houver uma combina o das duas fun es no mesmo instrumento podendo esta caracter stica simplificar o trabalho Para al m da import ncia do design instrumental algumas t cnicas como o uso de instrumenta o mecanizada em endodontia em vez do uso de limas manuais podem facilitar o operador na sua tarefa reduzindo o esfor o muscular deste Somma et al 2008 ii Design cognitivo A cogni o refere se ao processo de aquisi o aprendizagem armazenamento mem ria e utiliza o dos conhecimentos no trabalho lid
74. balho e atinge cerca de 30 dos casos Filho e Barreto 2001 Acerca da postura correcta para o m dico dentista Hokwerda et al 2006 recomenda que estes devem estar sentados o mais atr s poss vel no seu assento de trabalho na tentativa de obter uma posi o vertical est vel e sim trica do tronco os bra os devem estar ao lado e ao longo do tronco O ngulo formado entre a coxa e a perna deve ser de 110 ou mesmo um pouco mais e ligeiramente afastadas as pernas A altura do campo operat rio deve ser colocada de forma que o antebra o forme um ngulo de 10 a 25 em rela o ao solo A dist ncia dos olhos do m dico dentista ao campo operat rio deve ser de 35 a 40 cm e deve estar perpendicular a este As costas devem estar apoiadas no apoio lombar da cadeira na por o superior da p lvis para que permita uma posi o vertical das costas mesmo quando os m sculos estiverem cansados Figura 4 42 Ergonomia na Medicina Dent ria 10 25 Figura 4 Postura est vel de trabalho sentado do m dico dentista segundo Hokwerda et al 2006 p 6 Para permitir um m todo din mico de trabalho recomenda se a execu o de movimentos e altern ncia de posi es de trabalho durante o tratamento de pacientes para haver uma mudan a entre a carga e o relaxamento dos m sculos da coluna vertebral Hokwerda et al 2006 Em paralelamente Hokwerda et al 2006 recomenda a pr tica de exerc cio f sico ou a realiza o d
75. cabe a eleva o isom trica do bra o ou dormir sobre o bra o afectado Sim es et al 2008 A s ndrome do canal c rpico uma das patologias da extremidade superior diagnosticada com mais frequ ncia em m dicos dentistas Hamann et al 2003 Sempre que haja uma desordem m sculo esquel tica a consulta de um m dico especialista nomeadamente ortopedista indispens vel para que seja poss vel o correcto diagn stico da mesma No caso das desordens m sculo esquel ticas dorsais mais frequentes na medicina dent ria o estabelecimento de diagn sticos diferenciais com outras situa es dolorosas de origem renal uro genital ou tumoral importante Sim es et al 2008 ii Desordens psicol gicas A profiss o de m dico dentista tal como acontece noutras profiss es relacionadas com cuidados de sa de pode ser factor de stress f sico e psicol gico Murphy 1998 Rada e Johnson Leong 2004 referem que num estudo feito a cerca de 3500 m dicos dentistas obtiveram que cerca de 38 desta amostra sempre ou frequentemente est o preocupados ou ansiosos no seu trabalho Cerca de 34 dos que responderam afirmam ainda que se sentem na maioria do tempo exaustos f sica e psicologicamente E ainda que cerca de 26 afirma sentir dor de cabe a e dores nas costas Estes sintomas est o na sua maioria associados a ansiedade e depress o A pr tica da medicina dent ria esta inerente algum stress requerendo que
76. co dentista Hardage et al 1983 cit in Carneiro 2005 constataram atrav s de um estudo utilizando a electromiografia que a exist ncia de um suporte lombar adequado era fundamental para reduzir a actividade muscular ao n vel das costas Hokwerda et al 2007 acrescentam que o suporte lombar do banco deve permitir protec o da regi o lombar e que a altura m xima e largura devem ser 12cm e 30cm respectivamente Este deve ser ajust vel em altura entre 17 24cm Figura 7 por forma apoiar a parte posterior da p lvis Hokwerda et al 2007 Este suporte p lvico deve tamb m ser ajust vel no plano horizontal para que lordose fisiol gica da coluna vertebral seja mantida para que o m dico dentista se coloque em posi o sim trica e est vel O suporte p lvico n o deve exceder os 30 cm de largura Figura 7 caso contr rio inibe a liberdade de movimentos dos bra os e do banco de trabalho Hokwerda et al 2007 48 Ergonomia na Medicina Dent ria A altura do assento do m dico dentista deve ser regul vel para permitir apoio dos p s no ch o e determinada pelas caracter sticas antropom tricas do utilizador e da superf cie de trabalho A varia o do ajuste da altura do assento deve permitir e estar de acordo com P m 5 sexo feminino e com o P m 95 sexo masculino que est compreendido entre os 47 e 63 cm Hokwerda et al 2007 Para al m das caracter sticas descritas anteriormente a superf cie d
77. conforto relacionado com o trabalho Esta constata o pode ser explicada pelo facto de os m dicos dentistas com mais anos de profiss o fazerem um uso mais adequado da vis o indirecta Rundcrantz et al 1990 Letho et al 1990 Finsen et al 1998 Em rela o a vis o indirecta Rundcrantz et al 1990 no seu estudo verificou que os m dicos dentistas que recorrem a esta t cnica t m menor preval ncia de desconforto dor Ao observarmos a distribui o da amostra por n mero m dio de horas de trabalho semanais verificamos que metade da amostra 50 5 trabalha na maioria mais de 40 horas Existem queixas desconforto dor no exerc cio da profiss o em todos os grupos de jornada de trabalho sendo estas ligeiramente mais not rias nos indiv duos que trabalham entre 35 a 40 horas 81 contudo esta diferen a n o foi significativa p 0 65 86 Ergonomia na Medicina Dent ria Tamb m no seu estudo Newell e Kumar 2004 verificaram que preval ncia de LME n o era estatisticamente significativa em rela o a dura o da jornada de trabalho p gt 0 3 A uma conclus o diferente chegaram Finsen et al 1998 quando verificaram que os m dicos dentistas que trabalhavam mais horas por semana eram os que apresentavam mais sintomas de LME Tal como preconiza Dong et al 2007 importante a diminui o da carga hor ria de trabalho dos m dicos dentistas que apresentam LME para cons
78. cupa o e a organiza o de equipas interdisciplinares Iida 2005 Estas equipas eram constituidas por m dicos psic logos e engenheiros que tinham como prop sito solucionar os problemas homem m quina desde a fase da concep o opera o e manuten o dos equipamentos militares com a finalidade de repensar o design desses aparelhos para melhor se adaptarem ao ser humano Filho 2003 No fim da Segunda Guerra Mundial estas equipas multidisciplinares constituidas por diferentes especialistas permaneceram unidas e com os conhecimentos e experi ncias at a adquiridos procuraram aplicar industria Filho 2003 Ergonomia na Medicina Dent ria A data oficial do nascimento da ergonomia foi a 12 de Julho de 1949 quando um grupo de cientistas e pesquisadores interessados em discutir e formalizar a exist ncia deste novo ramo de aplica o interdisciplinar da ci ncia se reuniu em Inglaterra Numa segunda reuni o em 16 de Fevereiro de 1950 foi proposto o neologismo ergonomia formada pelos termos gregos ergon que significa trabalho e nomos que significa regras leis naturais Murrell 1965 cit in lida 2005 Este termo no entanto j havia sido empregue pela primeira vez em 1857 por Wojciech Jastrzebowski Watanabe e Gon alves 2004 quando publicou o artigo Ensaios de ergonomia ou ci ncia do trabalho baseada nas leis objectivas da ci ncia sobre a natureza No entanto a ergonomia s adquire status
79. das e alcances for ados podem causar dores musculares resultando em quedas da produtividade Assim o principal objectivo do projecto do posto de trabalho a perfeita adapta o das m quinas e equipamento ao trabalhador de modo a reduzir a posturas e movimentos desagrad veis minimizando o stress Iida 2005 Um crit rio b sico de qualquer design ergon mico que as dimens es f sicas das tecnologias encaixem nas dimens es antropom tricas dos utilizadores Murphy 1998 Normalmente os ergonomistas tentam influenciar o design dos produtos de maneira a que o alcance o maior n mero de utilizadores Isto os ergonomistas aplicam a antropometria para ajudar na concep o do design dos produtos para ser utilizado pela 34 Ergonomia na Medicina Dent ria popula o em geral Em adi o na defini o do tamanho do produto ou componentes do produto os ergonomistas tamb m ajudam a definir outros atributos como a forma cor textura e tamb m a for a que requerida no manuseamento do produto Murphy 1998 Por conseguinte na concep o de postos de trabalho poderem ser considerados ergon micos ter que haver uma adapta o das m quinas e equipamentos ao operador que feito por ergonomistas que recorrem a antropometria lida 2005 Atrav s das dimens es antropom tricas da popula o alvo neste caso os m dicos dentistas ergonomistas projectam as dimens es de acordo com par metros ergon micos para m
80. das em duas poss veis N o 1 e Sim 2 20 Posi o de Trabalho Preferida Esquerda do Paciente Para este estudo era importante saber para quantos inquiridos a posi o de trabalho esquerda do paciente a sua preferida pelo que as respostas foram codificadas em duas poss veis N o 1 e Sim 2 XVIII Ergonomia na Medicina Dent ria 21 Posi o de Trabalho Preferida Atr s do Paciente Para este estudo era importante saber para quantos inquiridos a posi o de trabalho atr s do paciente a sua preferida pelo que as respostas foram codificadas em duas poss veis N o 1 e Sim 2 22 Lateralidade da m o Era relevante no mbito deste estudo apurar qual a m o dominante de trabalho para os inquiridos tendo sido codificadas as respostas de acordo com as tr s possibilidades previstas no question rio M o direita 1 M o esquerda 2 e Ambas as m os 3 23 Posi es correctas de trabalho Afigurou se relevante para este estudo saber se os inquiridos alguma vez foram informados sobre as posi es correctas a adoptar no local de trabalho pelo que as respostas foram codificadas em duas possibilidades N o 1 e Sim 2 24 Posi es Correctas Informadas na Licenciatura A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Posi es Correctas Pretendia se saber se os inquiridos que tinham sido inf
81. de Dent stica Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de dent stica sendo que as respostas poss veis foram codificadas em Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 32 Frequ ncia de Desempenho da Actividade de Periodontia Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de periodontia sendo que as respostas poss veis foram codificadas em Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 33 Frequ ncia de Desempenho da Actividade de Endodontia Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de endodontia sendo que as respostas poss veis foram codificadas em Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 34 Frequ ncia de Desempenho da Actividade de Pr tese Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de pr tese sendo que as respostas poss veis foram codificadas em Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 35 Frequ ncia de Desempenho da Actividade de Ortodontia Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de ortodontia sendo que as respostas poss veis foram codificadas em
82. de disciplina a partir do in cio da d cada de 1950 com a funda o da Ergonomics Research Society em Inglaterra Esta sociedade lida 2005 p 2 definiu ergonomia como Ergonomia o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho equipamento ambiente e particularmente a aplica o dos conhecimentos de anatomia fisiologia e psicologia na solu o dos problemas que surgem desse relacionamento Nos pa ses europeus o termo ergonomia substitui as antigas denomina es como fisiologia do trabalho e psicologia do trabalho Nos Estados Unidos adoptou se a denomina o Human Factors mas o termo ergonomia j aceite como sin nimo lida 2005 Nas v rias defini es de ergonomia encontradas na literatura destaca se o car cter interdisciplinar e o objecto de seu estudo Este compreende a interac o entre o homem e o trabalho no sistema homem m quina ambiente As interfaces desse sistema permitem trocas de informa es e energias entre o homem a m quina e o ambiente tendo como resultado a realiza o do trabalho lida 2005 Em 2000 foi aprovado internacionalmente o conceito de Ergonomia e as suas especializa es pela International Ergonomics Association IEA que definiu ergonomia lida 2005 p 2 como Ergonomia ou Factores Humanos a disciplina cient fica que estuda as interac es entre os seres humanos e outros elementos do sistema e a profiss o que aplica teorias princ pios dados e m
83. de existe trabalho humano encontra seu campo de aplica o nas diversas disciplinas que a apoiam e que fornecem a possibilidade da sua interven o com o fim de modificar a situa o de trabalho em prol do profissional lida 2005 A ergonomia tem sido aplicada na medicina dent ria recentemente tem como objectivo obter meios e sistemas que incrementam a produtividade diminuindo o stress f sico e mental do m dico dentista e da sua equipa de trabalho prevenindo muitas doen as ligadas a natureza a esta rea Silva 2001 Os custos associados a les es relacionadas com o trabalho de natureza biomec nica em medicina dent ria s o grandes em termos de redu o de produtividade compensa o do trabalhador absentismo e com mais import ncia o sofrimento humano Santos e Filho 2001 Os m dicos dentistas devem ter como obriga o preservar sua sa de atrav s da preven o destas les es e efectuar os passos necess rios para alcan ar os seus objectivos proporcionando um servi o de cuidado de sa de ao paciente de maneira segura e confort vel sem se prejudicar Finkbeiner 2001 A deficiente aplica o dos princ pios da ergonomia na pr tica da medicina dent ria em particular o trauma cumulativo associado frequentemente a posturas incorrectas e aplica o de for a muscular parece ser causa poss vel do aparecimento das LME Santos e Filho 2001 Estas de um modo geral t m como sintomas a dor desconforto m sculo esquel
84. de pacientes n o colocavam o paciente em posi o supina nem permitiam ajustes dificultando desta forma a vis o do operador sobre o campo operat rio Em virtude de a cadeira n o poder ser colocada em posi o supina condicionava a exist ncia de uma dist ncia significativa entre m dico dentista e a cabeceira da cadeira do paciente impedindo o de se aproximar o suficiente deste por este motivo o m dico dentista trabalhava sobretudo na posi o de p Por outro lado os bra os da cadeira eram demasiado largos obrigando o m dico dentista a flectir a coluna e a fazer movimentos de tor o do corpo com alongamento dos bra os para alcan ar os instrumentos de alta e baixa rota o e os restantes instrumentos de trabalho Embora o m dico dentista trabalha se tamb m na posi o sentada as condi es sentada n o lhe permitiam adoptar uma posi o correcta de forma a prevenir o aparecimento das LME Abreu 1989 Nogueira 1985 Porto 1981 cit in Gra a et al 2006 Actualmente a cadeira do paciente deve ser regul vel de forma a permitir ajustar a posi o de cada paciente posi o de trabalho A cadeira tamb m deve possibilitar a regula o em altura permitindo um movimento de subida e descida como um todo Filho 2003 Este tipo de regula o permite a adapta o da cadeira do paciente a qualquer m dico dentista requisito fundamental para que um objecto seja considerado ergon mico Hokwerda et al 2006 Lusvarghi 1
85. do as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 XXVI Ergonomia na Medicina Dent ria 55 Desconforto Dor na regi o P lvica A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na regi o p lvica tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 56 Desconforto Dor na regi o tor cica A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona posterior do dorso tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 57 Desconforto Dor na regi o Lombar A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na regi o lombar tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 58 Desconforto Dor no regi o p lvica A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido po
86. do seu enquadramento temporal t cnico e organizacional e ainda dos factores internos ao indiv duo como sejam as suas caracter sticas antropom tricas o estado funcional f sico e sensorial e da experi ncia e da forma o do profissional Gra a et al 2006 Nader 2006 refere que a postura frequentemente negligenciada constitui um dos factores de risco ergon mico mais importante para os profissionais de medicina dent ria A manuten o posturas e posi es de trabalho inadequadas exp em os profissionais a riscos ocupacionais como as LME Lewis 2002 cit in Campos e Garcia 2005 Estas posturais inadequadas podem ocorrer por falta de informa o do profissional por dificuldades cl nicas de posicionamento dos pacientes como sejam o atendimento de crian as idosos ou de pacientes com disfun es neuromusculares Campos e Garcia 2005 pela falta de adapta o dos equipamentos do consult rio 38 Ergonomia na Medicina Dent ria Outros factores tais como a n o utiliza o por parte do profissional da vis o indirecta Rundcrantz et al 1990 ou do resultado da tentativa de obter uma visualiza o directa do campo operat rio sem se posicionar a si correctamente nem ao paciente podem tamb m contribuir para esta situa o Durante e Vilela 2001 Acerca da vis o do profissional este deve olhar o mais perpendicularmente poss vel para o campo de trabalho seja atrav s da visualiza o directa ou indirecta
87. dy posture that the dentist must take and organization of his own work with the aim of promoting health and well being to carry out their profession in a safe healthy and comfortable way Dedicat rias Dedico este trabalho aos meus Pais pela s lida forma o dada at minha juventude que me proporcionou a continuidade nos estudos at a chegada a esta Licenciatura meus eternos agradecimentos S o a raz o do meu ser e agrade o o seu amor incondicional E aos meus irm os Jacinta e Eus bio pelo amor e carinho mesmo quando a dist ncia nos separava ajudando a recuperar for as e vontade de vencer Poucos s o os que reconhecem que um pobre lucro o conseguido a custa da destrui o da sa de Bernardino Ramazzini 1633 1714 Agradecimentos Ao Prof Dr Jo o Dias orientador da monografia agrade o o apoio a partilha do saber e as valiosas contribui es para o trabalho Ao Prof Dr Jos Brito agradecer ajuda prestada no meu trabalho Mestre Nat lia Vasconcelos co orientadora da monografia agrade o todo o apoio que me deu e acima de tudo agradecer lhe o estimular do meu interesse pelo conhecimento Mestre Cl udia Barbosa quero lhe agradecer o apoio que deu me para o in cio da monografia e tamb m pela simpatia que sempre teve Deixo tamb m uma palavra de agradecimento aos docentes da minha Licenciatura pela forma como leccionaram e por me terem transmitido ainda mais o interess
88. e trabalho a quatro m os como nos refere tamb m Finkbeiner 2000b Para al m da import ncia do trabalho com um assistente Finkbeiner 2000b e Valachi e Valachi 2003a destacam que deve ser privilegiado o m todo de trabalho 90 Ergonomia na Medicina Dent ria denominado trabalho a quatro m os que na sua ess ncia distribui o trabalho de uma forma bem organizada e previamente discutida que melhora a efici ncia e efic cia deste e salvaguarda uma redu o da carga muscular sobre o profissional mantendo boas posturas de trabalho e evitando movimentos desnecess rios 91 Ergonomia na Medicina Dent ria VI CONCLUS O A medicina dent ria tem sofrido mudan as significativas no modo de organiza o do trabalho nos ltimos anos o que tem contribu do para a melhoria de vida dos seus profissionais contudo faz se necess rio o aprimoramento sobretudo da situa o ergon mica relativa ao seu posto de trabalho e do seu modo de organiza o De modo a atingir uma melhor adapta o do trabalho ao homem resultando assim na diminui o do risco destes sofrerem de les es m sculo esquel ticas e aumentar qualidade e produtividade profissional Este trabalho baseou se fundamentalmente na an lise estat stica do question rio preenchido por m dicos dentistas A partir dos resultados obtidos e ap s a discuss o dos mesmos chegou se a algumas conclus es que pensamos satisfazerem os ob
89. e implantologia Cumulative Frequency Percent Valid Percent Percent N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas Tabela 7 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade da implantologia Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica de ortodontia Cumulative Percent Valid Percent Percent N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas N o Tabela 8 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade da ortodontia XXXIV Ergonomia na Medicina Dent ria Sim N o Total n N n Pesco o 9 18 91 182 100 200 Ombros 35 5 71 64 5 129 100 200 Bra os 14 28 86 172 100 200 Cotovelos 2 4 98 196 100 200 Antebra os 7 5 15 92 5 185 100 200 Punhos 7 5 15 92 5 185 100 200 Tronco 2 5 5 86 172 100 200 Zona tor cica 205 41 795 159 100 200 Zona Lombar 37 5 15 62 5 125 100 200 Zona p lvica 4 8 96 192 100 200 Tabela 9 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica sen
90. e 50 mm e vertical de 25 mm Hokwerda e Ruijter 2007 referiam que na anterior norma ISO 9680 o feixe de luz emitido pelo candeeiro operat rio ilumina uma rea rectangular acima da abertura da boca do paciente No centro desta rea reside uma parte central com elevados n veis de ilumin ncia que decrescem para os bordos em cerca de 75 Os mesmos autores afirmam que o estabelecimento desta norma n o assentou numa an lise funcional das caracter sticas desej veis para a ilumina o da boca como um todo dentes l bios gengiva e sem ter em conta as diferen as de reflect ncia do meio oral Por outro lado a forma el ptica do feixe luminosos tamb m acarreta outro problema O facto de ter cerca de 25mm de altura e sofrer um estreitamento lateral faz com que a ilumin ncia diminua dificultando a chegada de luz aos dentes posteriores da arcada dent ria Segundo Hokwerda e Ruijter 2007 a rea central do campo de ilumina o necessita de um di metro de 60mm para conseguir iluminar toda a arcada dent ria e da boca quando aberta Saquy e P cora 1994 referem que a colora o da luz do candeeiro operat rio deve se aproximar da ilumina o ambiental do consult rio para evitar sombras crom ticas A luz do reflector deve ser branca e fria pois possibilita um maior conforto para o operador e para o paciente gerando uma luz sem produzir calor A luz do reflector n o deve apresentar sombras mesmo que haja interposi o do operador
91. e Sim 2 XXIII Ergonomia na Medicina Dent ria 43 Associa o do Desconforto Dor Actividade de Destartariza o A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de destartariza o tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1 e Sim 2 44 Associa o do Desconforto Dor Actividade de Endodontia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de Endodontia tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor m sculo esquel tico ou sentiu desconforto dor m sculo esquel ticas mas n o associa as actividades da profiss o descritas 0 N o 1 e Sim 2 45 Associa o do Desconforto Dor Actividade de Pr tese A resposta a esta vari vel estav
92. e acordo com Pollack 2000 a Ergonomia a disciplina que estuda os trabalhadores e sua rela o com o ambiente que ocupam Isto inclui conceitos muito diferentes como a posi o do paciente utiliza o de equipamento e layout da rea de trabalho bem como todos estes t m impacto na sa de destes profissionais de sa de e nos seus colegas de equipa Hodges 1998 cit in Barbosa et al 2004 A aplica o dos conceitos de ergonomia pr tica da medicina dent ria tem por objectivo realiz la de acordo com as caracter sticas desta profiss o Deste modo possibilita ao profissional evitar posturas incorrectas movimentos n o produtivos fadiga Barros 1999 diminuir o stress racionalizar os procedimentos simplificar tarefas economizar tempo e movimentos 11 Ergonomia na Medicina Dent ria Finkbeiner 20002 Com a obten o final de um trabalho mais produtivo e com maior qualidade o profissional garante um maior conforto seguran a e sa de n o s dele mas como tamb m de toda a sua equipa inclusive o do paciente A ergonomia pretende assim maximizar o bem estar equilibrando as exig ncias de trabalho com as capacidades do trabalhador Finkbeiner 2000a A aplica o dos princ pios ergon micos inicia se observando o local de trabalho neste caso o consult rio m dico dent rio verificando o modo como as tarefas s o efectuadas identificando os factores de risco para posteriormente ser feita a implementa
93. e concep o correc o conscientiza o e participa o Como o nome indica ergonomia de concep o ocorre quando a contribui o ergon mica se faz durante o projecto do produto da m quina ambiente ou sistema Ergonomia na Medicina Dent ria A ergonomia de correc o aplicada em situa es reais j existentes para resolver problemas que se reflectem na seguran a fadiga excessiva doen as do trabalhador ou quantidade e qualidade de produ o lida 2005 A ergonomia de conscientiza o procura capacitar os pr prios trabalhadores para a identifica o e correc o dos problemas do dia a dia para emerg ncias lida 2005 Por fim a ergonomia de participa o procura envolver o pr prio utilizador do sistema na solu o de problemas ergon micos A situa o ideal seria aplicar este conceito desde o in cio da concep o de uma m quina sistema ambiente ou local de trabalho Este deve sempre incluir o ser humano como um dos seus componentes Nesta abordagem deve ser tido em conta n o apenas as caracter sticas como as limita es das partes mec nicas e ambientais de forma a se ajustarem mutuamente umas em rela o s outras Por vezes necess rio adoptar certas solu es de compromisso isto significa fazer aquilo que poss vel dentro das limita es existentes mesmo que n o seja a op o ideal Estas limita es geralmente recaem no dom nio econ mico prazos ex guos ou simplesmente
94. e do profissional e o modo como o seu trabalho realizado Murphy 1998 Num consult rio este layout deve estar de acordo com o m todo de trabalho operacional a ser seguido por cada m dico dentista e pelo seu assistente face ao paciente Filho 2003 Para a concep o de um consult rio ergon mico deve existir um layout favor vel para melhorar a efic cia da equipa dent ria De acordo com o arranjo mais favor vel requer uma selec o cuidada quanto cadeira do paciente Esta deve permitir que a assistente tenha espa o de manobra para assistir ao m dico dentista durante o procedimento do tratamento Finkbeiner 2001 No caso do m dico dentista que n o trabalhe com assistente para evitar movimentos e desloca es desnecess rias deve colocar junto a si um m vel com o material necess rio para o tratamento Finkbeiner 2001 A escolha da cadeira do paciente muito importante para a concep o de um consult rio ergon mico at porque nesta que o m dico dentista executa o seu 17 Ergonomia na Medicina Dent ria trabalho e em redor desta que se dever fazer o arranjo espacial dos equipamentos e m veis Finkbeiner 2000a Para Chasteen 1978 o arranjo f sico favor vel do consult rio m dico dent rio um factor importante na adapta o do ambiente ao tipo de especificidade de trabalho de determinada equipa Apesar de n o haver um layout universal para a concep o de um consult rio existe
95. e movimentos fora de horas de consult rio para desta forma permitir recuperar a fadiga muscular e aumentar a sua resist ncia por forma a favorecer a adop o de uma postura correcta de trabalho Alguns autores referem que alternar entre a posi o de trabalho de p e sentado favorece o relaxamento muscular necess rio para manter uma boa postura Justificando que posturas adequadas geram mais energia menos stress e tens o provocando menos dores e menos erros Carneiro 2005 Grandjean 2004 A ADA conduziu um estudo que demonstrou que 62 dos m dicos dentistas na sua pr tica privada consideram inadequado o treino ergon mico para uma correcta postura de trabalho que recebido durante a sua forma o pr gradua o foi inadequado Guay 1998 Figlioli 1993 cit in Campos e Garcia 2005 defende que quanto mais precocemente forem introduzidos programas com o objectivo de ensinar posturas corporais adequadas de trabalho durante o processo de aprendizagem maior ser o benef cio e mais 43 Ergonomia na Medicina Dent ria precocemente estas posturas ser o adoptadas no desempenho da actividade profissional Akesson et al 2000 e Thornton et al 2004 recomendam a implementa o de programas de preven o ergon mica nos curr culos de escolas de medicina dent ria para que os estudantes possam aplicar os princ pios biomec nicos enquanto frequentam a cl nica i Cadeira do Paciente As primeiras cadeiras
96. e por esta rea Agrade o a todos os funcion rios da Universidade Fernando Pessoa nas mais diversas reas principalmente ao Sr Pereira pelo apoio que presta a todos aos alunos Aos meus colegas de curso quero agradecer o companheirismo e momentos inesquec veis da vida acad mica A minha colega de trabalho Sueli agrade o a amizade e os bons momentos vividos na nossa vida acad mica Sou muito grata a todos os meus familiares pelo incentivo recebido ao longo destes anos s minhas primas em particular Lisandra agrade o a ajuda e tempo que me dedicou Aos amigos da Madeira Cristina Catarina e Jo o obrigada pela amizade desejo que continuem acompanhar me na minha vida As minhas amigas Joana e Vanessa quero agradecer os bons momentos vividos A minha amiga Helena agrade o a amizade o apoio e os momentos incr veis e nicos s fam lias portuenses Lello e Machado agrade o a simpatia de bem receber em suas casas e por todo o carinho que me deram nestes anos todos de conviv ncia Aos meus amigos agrade o os bons momentos e a ajuda prestada Maria Jos Miguel Diana e Lara obrigada pelo amor alegria e aten o sem reservas Ao Ab lio pela sua compreens o e abdica o do tempo que temos de conv vio em prol de realiza o deste trabalho encorajando me a prosseguir na execu o desta monografia sua presen a foi a respons vel pela minha sa de afectiva agrade o todo o amor e carinho NDICE NDICE NDICE
97. eguir desta forma a redu o dos sintomas Acerca da informa o recebida das posi es de trabalho verificamos que a maioria dos inquiridos fora informada acerca das posi es correctas que devem adoptar no trabalho 95 5 atrav s de variad ssimas formas Verificamos que a aus ncia de informa o acerca das posi es correctas de trabalho determinante para a ocorr ncia de desconforto dor no exerc cio da profiss o Tal facto comprovado na totalidade dos indiv duos que mencionaram n o ter este tipo de informa o No entanto apesar de a exist ncia de informa o ser um factor importante n o parece ser nico como podemos constatar pela grande quantidade de indiv duos que embora possuindo informa o sobre a posi es correctas a adoptar no trabalho mesmo assim apresentam queixas de desconforto dor no exerc cio da profiss o 76 4 Esta constata o poder alertar nos para a necessidade de veicular uma informa o de qualidade no que diz respeito as posi es de trabalho durante a fase de forma o dos m dicos dentistas A literatura sugere a import ncia de um programa de preven o ergon mica nos curr culos de escolas dent rias para que os estudantes possam aplicar os princ pios biomec nicos posturas correctas de trabalho a n vel da cl nica logo cedo na sua pr tica para preven o de LME Akesson et al 2000 Thornton et al 2004 Campos e Garcia 2005 87 Ergono
98. el tica 81 Tabela 23 Tabela de conting ncia entre posi o de trabalho e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 82 Tabela 24 Tabela de conting ncia entre a m o dominante e a incid ncia de desconforto ou dor m sculo esquel tica 82 Tabela 25 Tabela de conting ncia entre a organiza o do trabalho com sem assistente e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 83 Tabela 26 Tabela de conting ncia entre a organiza o do trabalho com sem pausas no trabalho e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 83 vi Ergonomia na Medicina Dent ria I INTRODU O A Medicina Dent ria uma rea da Sa de que presta servi os de cuidados de Sa de Oral A sua rea de trabalho muito reduzida como tal requer muita concentra o e precis o al m de esfor o fisico atrav s da postura corporal nas suas tarefas Murphy 1998 O m dico dentista atrav s de princ pios ergon micos de postura e com o uso de equipamentos ergon micos pode desempenhar o tratamento m dico dent rio melhorando as suas tarefas de um modo seguro saud vel e confort vel Guay 1998 Estes principios ergon micos s o estudados atrav s da ci ncia que tem como centro de estudo o sistema homem m quina ambiente e denominada de Ergonomia Iida 2005 A transi o do centro de estudo da ergonomia sobre a m quina para uma ergonomia centrada no humano o maior foco de preocupa o e ac es efectuadas
99. elacionadas com o trabalho dos m dicos dentistas Estes s o respons veis pelas primeiras propostas de modifica o na posi o de p para a posi o sentada Filho e Barreto 2001 Na tentativa de prevenir os efeitos indesejados do trabalho de p o m dico dentista come ou a trabalhar na posi o sentada a qual reduzia a fadiga e a tens o do corpo aumentando o equil brio e a estabilidade permitindo que os pedais de controlo fossem accionados com maior facilidade Finkbeiner 2001 importante real ar que apesar da adop o da posi o sentada ela n o suficiente para diminuir o desgaste f sico originado pela pr tica da medicina dent ria pois muitas vezes os esfor os em postura sentada s o maiores e os seus movimentos tornam se mais cansativos Castro e Figlioli 1999 A posi o sentada durante longos per odos origina igualmente um cansa o muscular consider vel para o corpo Embora permita retirar a sobrecarga sobre os p s a tens o aumenta ao n vel das costas Na verdade a press o 40 Ergonomia na Medicina Dent ria sobre a coluna pode ser 50 superior do que permanecendo em p Grandjean 2004 Existem vantagens na posi o sentada como sejam o al vio das dores e edemas nos membros inferiores possibilidade de evitar posi es for adas do corpo baixo consumo energ tico al vio da circula o sangu nea atrav s de um favorecimento do retorno venoso aumento da capacidade de efectuar t
100. emonstrado a exig ncia de associa o entre a pr tica de medicina dent ria e a variedade de LME Milerad et al 1990 Rundcrantz et al 1990 Rundcrantz et al 1991 Letho et al 1991 Akesson et al 1997 Finsen et al 1998 Filho e Barreto 2001 Al Wazzan et al 2001 Anton et al 2002 Alexopoulos et al 2004 Barbosa et al 2004 Newell e Kumar 2004 Peres et al 2005 Gra a et al 2006 Filho et al 2006 Pandis et al 2007 Diversos autores afirmam que encontraram maior frequ ncia dos sintomas dessas desordens entre os m dicos dentistas quando comparados popula o em geral Letho 1990 ou com outros profissionais de sa de Anton et al 2002 Kerosuo et al 2000 Rundcrantz et al 1990 Murphy 1998 afirma que os m dicos dentistas s o duas vezes mais propensos de ter LME comparativamente as assistentes e s higienistas tr s vezes mais em rela o a estes profissionais Rundcrantz et al 1990 no seu estudo afirma que os m dicos dentistas s o menos afectados que o grupo de higienistas provavelmente por causa da variedade de movimentos que fazem durante todo o dia Os factores associados com risco de LME no desempenho de uma tarefa s o for a repeti o e postura Todos os movimentos exigem um certo n vel de for a o risco de les o maior quanto maior a for a exercida num grupo muscular ou houver esfor o de for a A quantidade de for a que pode ser exercida vai depender da postura do
101. entre o reflector e o paciente O reflector ideal aquele que possui as caracter sticas citadas pois s assim permitir ao profissional um trabalho confort vel com luminosidade adequada na rea da cavidade oral de tratamento Hokwerda et al 2007 recomenda que a ilumina o do consult rio deve ser ajust vel desde 8000 25000 lux A quantidade de ilumina o deve ser continuamente ajust vel em rela o idade altura do m dico dentista posi o do campo operat rio combina o de cores quando poss vel com a luz operat ria tudo isto de maneira ao operador trabalhar com uma luminosidade entre 200 2000 cd m com uma optimiza o 24 Ergonomia na Medicina Dent ria de 1000 cd m Um n vel de ilumina o demasiado alto reduzir a acuidade visual e causar fadiga Saquy e P cora 1994 referem que com o correcto posicionamento do candeeiro h uma melhor ilumina o do campo operat rio diminuindo a fadiga prevenindo a defici ncia visual e as doen as profissionais que perturbam o m dico dentista no seu exerc cio profissional Temperatura e Humidade Visando melhores condi es de ventila o e conforto os n veis de temperatura e humidade do consult rio devem ser controlados Para a natureza dessa actividade os manuais ergon micos recomendam que a temperatura ideal seja de 23 C Filho 2003 Para Iida 2005 existe uma faixa de temperatura que considerada como zona de confo
102. envolvido em medicina dent ria que requer o desempenho de tarefas de elevada precis o obriga necessidade de utilizar um candeeiro operat rio Saquy e P cora 1996 Apesar do avan o tecnol gico de acoplamento de fibra ptica nas pe as de alta rota o em que a luz atrav s da base da pe a direccionada ao campo de trabalho sem objectos a interpor n o dispensa 22 Ergonomia na Medicina Dent ria o uso de ilumina o concedida pelo candeeiro operat rio sobre a boca do paciente Finkbeiner 20002 Se o candeeiro operat rio estiver mal posicionado a cabega do profissional fica interposta entre a luz e o campo operat rio e consequentemente este tende a colocar a cabe a numa posi o pouco ergon mica ou a trabalhar s escuras O candeeiro operat rio deve estar colocado de modo acess vel equipa o seu bot o de liga o deve ser comprido e de f cil uso Finkbeiner 2000a Hokwerda et al 2006 refere que o posicionamento correcto do feixe de luz do candeeiro operat rio deve encontrar se 10 cm acima da cabe a do m dico dentista para que o feixe luminoso incida paralelo direc o da vis o do m dico dentista Desta forma a luz n o provoca sombras nem encadeamentos no campo operat rio Esta posi o evita fadiga ocular provocada pela sombra das m os dentes e l bios no campo operat rio Neste sentido Hokwerda e Ruijter 2007 recomendam a utiliza o de um candeeiro operat rio com tr
103. ervacional de delineamento transversal atrav s de uma amostra aleat ria de 200 m dicos dentistas activos utilizando o question rio de auto resposta como instrumento de medi o para avaliar o grau de conhecimento destes sobre a aplica o da ergonomia na Medicina Dent ria Os dados recolhidos permitiram a caracteriza o demogr fica e sociom trica da amostra a identifica o de alguns aspectos relativos ao exerc cio da profiss o o conhecimento acerca da organiza o do consult rio e exist ncia de dist rbios m sculo esquel ticos Atrav s de testes de Qui quadrado estudou se a associa o entre um conjunto de atributos da amostra para um n vel de signific ncia de 5 Atrav s dos resultados obtidos podemos observar que os atributos estudados n o se encontram em geral associados incid ncia de transtornos m sculo esquel ticos excepto para o item antiguidade na profiss o para o qual parece existir evid ncia estat stica significativa Pretende se com os conhecimentos reunidos neste trabalho elucidar os m dicos dentistas acerca das caracter sticas que deve ter o ambiente de trabalho a postura corporal que o m dico dentista deve adoptar e a organiza o do pr prio trabalho com o objectivo de promover a sa de e bem estar dos profissionais para que possam desempenhar a sua profiss o de uma forma segura saud vel e confort vel Summary Dentists have a increased risk of developing musculoskelet
104. esposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona dos punhos tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 52 Desconforto Dor nas M os A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona das m os tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 53 Desconforto Dor nos Ombros A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exercicio da sua profiss o se situava na zona dos ombros tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 54 Desconforto Dor no Tronco A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exercicio da sua profiss o se situava na zona do tronco tendo si
105. evem ser concebidos como uma unidade de forma a permitirem uma determinada postura corporal nomeadamente tronco erecto peso corporal devidamente suportado cotovelos ao lado do corpo e bra os aproximadamente na horizontal O assento deve ser ajustado s caracter sticas anat micas e fisiol gicas individuais O espa o envolvente deve permitir uma movimenta o livre dos segmentos corporais 14 Ergonomia na Medicina Dent ria Para que o consult rio seja ergon mico o profissional deve estar ciente das normas ISO e a sua forma de implementa o Hokwerda et al 2007 i Design instrumental No contexto do consult rio dent rio o termo instrumento inclui os instrumentos manuais pe as de m o autom ticas de todos os tipos luzes equipamentos como c maras intra orais e acess rios como os comandos dos computadores Murphy 1998 Finkbeiner 2000a salienta a import ncia do design dos instrumentos na medicina dent ria uma vez que esta juntamente com a correcta postura corporal do operador influencia o aparecimento de LME relacionadas com o trabalho por esfor o repetitivo S o numerosos os factores de risco relacionados com estas les es onde se inclui a for a aplicada o stress mec nico a postura do operador a vibra o a temperatura e tamb m o padr o de movimentos Tamb m as caracter sticas de cada instrumento podem ter efeitos negativos no corpo do operador como tamanho di metro do cabo f
106. ganiza o de trabalho com e sem pausa de trabalho 74 Gr fico 9 Distribui o da amostra face aos que afirmaram ter sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o ao sexo 75 NDICE DE TABELAS Tabela 1 Distribui o da amostra por intervalos de idades em rela o ao sexo Tabela 2 Distribui o da amostra na antiguidade na profiss o em rela o ao sexo Tabela 3 Distribui o da amostra entre o n mero m dio de horas de trabalho semanais em rela o ao sexo Tabela 4 Distribui o das frequ ncias com que os m dicos dentistas desempenham cada actividade descrita Tabela 5 Distribui o da amostra de forma como foi obtida a informa o sobre posi es correctas a adoptar no trabalho Tabela 6 Distribui o da amostra relativamente prefer ncia de localiza o perante o paciente Tabela 7 Distribui o da amostra quanto a possuir consult rio pr prio Tabela 8 Distribui o da amostra relativamente preocupa o na escolha do mobili rio Tabela 9 Distribui o da amostra relativamente preocupa o na disposi o do mobili rio Tabela 10 Distribui o da amostra quanto ao modo de organiza o do trabalho com e sem assistente Tabela 11 Distribui o da amostra face actividade praticada em conjunto com a assistente Tabela 12 Distribui o da amostra face ao h bito de efectuar pausas entre consultas em sexo Tabela 13 Distribui o da
107. grad vel para outra Cabral 2006 afirma que devemos ter um conceito mais alargado considerando ru do todo o som agrad vel ou n o que pode afectar de forma negativa a sa de e o bem estar de um indiv duo Os fen menos aud veis pelo ouvido humano possuem uma frequ ncia que se situa entre 20 a 20 000 Hz Hertz Os ru dos podem provocar les es no aparelho auditivo como a surdez que se caracteriza por um deficit de 3 000 a 6 000 Hz ou fadiga a qual se manifesta por uma eleva o tempor ria do limiar da audi o Quando h les o no in cio o dano prejudica a audi o nas frequ ncias mais altas em torno de 4 000 Hz e depois afecta progressivamente as frequ ncias mais baixas Os indiv duos s percebem esta perda que irrecuper vel quando s o afectadas as frequ ncias da conversa o o que prejudica sua rela o com as demais pessoas O risco de perda auditiva varia de pessoa para pessoa e come a a ser significativo quando o trabalhador submetido continuamente a um n vel de exposi o di ria ao ru do superior a 85 dB decibel 19 Ergonomia na Medicina Dent ria Fonseca 1998a Os locais de trabalho dever o ser concebidos de modo a reduzir o tempo de reverbera o e limitar propaga o do ru do a outros locais Fonseca 1998a Para preven o existem meios individuais que o operador pode utilizar tal como os protectores de ouvido mas em contrapartida constituem um obst culo comunica
108. hado pela pobre postura na etiologia das LME permite os ergonomistas usar uma variedade de alvos posturais para observar a postura do trabalhador e para estimar o risco de les o que tende como base a observa o M todos de alvo postural podem tamb m ser usados para aceder o que se adequaria do design de muitos produtos para observa o de como eles podem afectar postura e estimar o prov vel sucesso para algumas interven es A natureza cumulativa da maior parte de LME resulta num progresso de sintomas desde sensa es iniciais de desconforto m sculo esquel tico atrav s de dor e outras sensa es de tremores para come ar de uma les o de trauma cumulativo Felizmente esta progress o permite ergonomistas questionar os trabalhadores para determinar a preval ncia de desconforto e estimar o tamanho da seriedade de risco de les o Se interven es podem ser feitas para diminuir a preval ncia de desconforto tamb m podem reduzir a preval ncia subsequentemente de algumas LME entre trabalhadores Murphy 1998 Para encontrar uma solu o eficaz ao n vel da preven o importante observar a situa o real de trabalho dado coexistirem muitos factores que dependem da 54 Ergonomia na Medicina Dent ria actividade executada e da concep o do posto de trabalho Algumas medidas preventivas espec ficas como organiza o do trabalho interven o ergon mica nos postos de trabalho e forma o e informa o dos trabalh
109. icar de que forma o modo de organiza o do trabalho com sem assistente influ ncia o aparecimento de desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da sua profiss o Verificar de que forma o modo de organiza o do trabalho com sem pausas de trabalho influ ncia o aparecimento de desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da sua profiss o Verificar de que forma a posi o de trabalho escolhida influ ncia o aparecimento de desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da sua profiss o Verificar de que forma a lateralidade da m o influ ncia o aparecimento do desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 1 2 Justifica o para a realiza o do estudo Este tema tem interesse na futura pr tica cl nica como m dica dentista relativamente adop o de posturas correctas de trabalho na escolha do modo de organiza o do 3 Ergonomia na Medicina Dent ria consult rio Todos estes factores s o muito importantes porque influenciam o procedimento cl nico O interesse por este tema adv m das queixas de dor m sculo esquel tica pelos meus colegas de curso observadas ap s as pr ticas cl nicas nomeadamente ap s o atendimento ao p blico Apesar da informa o sobre as correctas posi es de trabalho a adoptar j ter sido abordada numa disciplina integrada no curso observei
110. icio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto ou dor m sculo esquel tica N o O Sim O 2 1 Associa esse desconforto ou dor a alguma das actividades da pergunta 11 do tema Il deste question rio N o sim qualais destas actividades 1 1 2 0 30 40 50 60 70 2 2 Indique as reas de desconforto ou dor numerando as de acordo com a intensidade do desconforto ou dor sentidos 1 m nimo 2 leve 3 moderado 4 severo 5 insuport vel 2 3 Durante o ltimo ano quantos dias esteve sem trabalhar devido ao seu estado de sa de debilitado provocado pela sua profiss o Nenhumdia At 9dias De10a24dias De25a99dias De100a365dias C Obrigado pela sua colabora o XIV Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 2 Caracteriza o das vari veis estudadas 1 Sexo A vari vel sexo tem duas possibilidades de resposta Masculino 1 e Feminino 2 2 Intervalos de Idade A vari vel intervalos de idade foi agrupada nos valores seguintes 22 32 anos 1 33 43 anos 2 44 54 anos 3 55 65 anos 4 3 Antiguidade na profiss o A antiguidade na profiss o foi codificada atrav s da vari vel anos de trabalho que possu a tr s possibilidades de resposta Menos de 5 anos 1 Entre 5 e 10 anos 2 e Mais de 10 anos 3 4 Horas de trabalho semanais O n mero m dio de horas de trabalho semanal tinha tr s respostas poss veis Menos de 35 horas
111. interessante referir que estes 59 Ergonomia na Medicina Dent ria autores nas suas pesquisas notaram que a sa de destes profissionais que tiveram burnout relativamente cedo nas suas carreiras s o os que optam por ficar mais tempo nesta carreira e adoptar uma aproxima o mais flex vel acerca das suas rotinas de trabalho Este facto sugere que o burnout n o tem necessariamente resultar consequ ncias negativas Puriene et al 2007 Pesquisadores referem que os m dicos dentistas de cl nica geral e os m dicos dentistas cirurgi es s o os que na sua maioria apresentam altos n veis de burnout enquanto os m dicos dentistas que praticam ortodontia apresentam n veis mais baixos Puriene et al 2007 Este facto pode estar relacionado com o tipo de tarefa desempenhada com o tipo de actividade A longo prazo uma experi ncia prolongada de burnout pode dar lugar depress o Puriene et al 2007 Letho et al 1991 obteve num estudo rela o entre a condi o f sica geral e a sa de m sculo esquel tica em que quanto melhor for a sa de do m dico dentista f sica melhor ser a sua sa de m sculo esquel tica e menos sintomas de stress Conclu o ainda que os problemas m sculo esquel ticos s por si podem gerar stress Rada e Johnson Leong 2004 recomendam aos m dicos dentistas para que estejam em alerta para a import ncia de manter uma boa sa de f sica e mental A literatura recomenda que os m dicos
112. jectivos desta investiga o Destacaram se como principais conclus es e A exist ncia de uma elevada preval ncia de queixas m sculo esquel ticas por parte dos m dicos dentistas e As zonas do corpo humano mais afectadas pelo desconforto dor m sculo esquel tica nos m dicos dentistas s o as costas e os ombros e O sexo feminino queixa se com maior frequ ncia de desconforto dor m sculo esquel tica comparando com o sexo masculino sem que esta rela o seja significativa e A exist ncia de uma elevada frequ ncia de queixas m sculo esquel ticas nas faixas et rias mais novas mas sem rela o estat stica significativa 92 Ergonomia na Medicina Dent ria e A antiguidade na profiss o parece ter uma rela o significativa com as queixas m sculo esquel ticas ou seja com o aumento dos anos de profiss o diminuem as queixas relatadas de desconforto dor m sculo esquel tica e N o encontramos associa o significativa entre queixas m sculo esquel ticas e a dura o normal da jornada de trabalho e N o existe associa o entre a informa o recebida sobre posi es de trabalho e a preval ncia dos transtornos m sculo esquel ticos mas os resultados parecem sugerir a exist ncia de uma associa o de maior preval ncia deste tipo de transtornos nos indiv duos que mencionam n o terem sido informados sobre posturas de trabalho correctas e N o se verifica qualquer associa o entre
113. lha na rea de ortodontia trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 XVII Ergonomia na Medicina Dent ria 16 Trabalha com Assistente Noutra rea A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente em qualquer outra rea que n o estivesse referida no question rio e para isso as respostas foram sendo codificadas medida que ia sendo necess rio Nenhuma das op es da pergunta 0 Odontopediatria 1 Todas 2 e Oclus o 3 17 Pausas entre Consultas Para este estudo era relevante saber quantos inquiridos costumam fazer pausas entre as consultas pelo que as respostas foram codificadas em duas respostas poss veis N o 1 e Sim 2 18 Posi o de Trabalho Preferida Para este estudo era relevante saber qual a posi o de trabalho preferida dos inquiridos havendo tr s possibilidade de resposta codificadas De p 1 Sentado 2 e Ambas as posi es 3 19 Posi o de Trabalho Preferida Direita do Paciente Para este estudo era importante saber para quantos inquiridos a posi o de trabalho direita do paciente a sua preferida pelo que as respostas foram codifica
114. lmente puxar o bra o em frente ao corpo com bra o oposto Olhar sobre o ombro que est a ser estirado e manter a dois ou quatro ciclos respirat rios Repetir novamente o esquema Valachi e Valachi 2003b Imagem B Com os joelhos afastados e mais amplos que a largura dos ombros dobrar o tronco para o lado esquerdo pousando o peso do corpo sobre o cotovelo esquerdo no joelho esquerdo Estirar o bra o direito sobre a cabe a e olhar para o tecto Manter por cerca de dois ciclos respirat rios Repetir novamente Valachi e Valachi 2003b Imagem C Alongamento do m sculo trap zio superior apoiar a m o direita por tr s do suporte lombar do banco Delicadamente trazer a orelha esquerda em direc o a axila esquerda Manter por dois ou quatro ciclos respirat rios Repetir novamente Valachi e Valachi 2003b Imagem D Abaixar e apertar Assumir uma postura de cabe a neutral orelhas acima dos ombros e n o deixar a cabe a avan ar durante o exerc cio Levantar o peito para cima colocar os bra os ao lado do tronco com os dedos apontados para cima e palmas das m os voltadas para a frente Rolar os ombros para tr s e para baixo apertando os ombros para baixo juntamente com as omoplatas Manter por um ciclo respirat rio Repetir novamente cinco vezes Valachi e Valachi 2003b XXX Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 5 Tabelas e gr ficos complementares aos resultados do estudo Sexo da amostra Masculi
115. m caracter sticas gerais que devem ser tomadas em considera o tamanho adequado f cil circula o possibilitar movimentos favor veis ilumina o apropriada controlo adequado da temperatura Para Filho 2003 o layout deve ser configurado a partir de um planeamento pr tico e funcional e regido por normas ergon micas para proteger o operador Segundo Murphy 1998 os crit rios para os arranjos f sicos dos postos de trabalho e sua optimiza o s o e Conveni ncia o equipamento usado nas tarefas realizadas mais frequentemente dever estar localizado em local mais convenientemente e Localiza o o equipamento dever estar localizado de modo que os operadores possam aceder sem efectuar desvios da postura e Frequ ncia aquelas tarefas realizadas mais frequentemente devem estar mais perto do m dico dentista A aplica o destes crit rios permite que o m dico dentista execute o seu trabalho mantendo posturas correctas e com um menor esfor o Deste modo os tratamentos realizados ao paciente podem ser realizados sem provocar n veis de dor ou fadiga no m dico dentista A fadiga f sica e mental reduz a performance do trabalho do m dico dentista e reduz tamb m a qualidade de trabalho aumentando a probabilidade de erros Murphy 1998 Fonseca 1998a refere a import ncia dos materiais utilizados no interior do consult rio para prevenir os riscos de contamina o assim como aumentar o conforto a comodidade vi
116. mia na Medicina Dent ria O facto de o n vel de signific ncia ser inferior a 10 sugere a exist ncia de uma associa o mas possivelmente n o a encontramos devido ao tamanho da amostra isto a preval ncia de transtornos dever ser menor em indiv duos informadas sobre os malef cios das posturas incorrectas Relativamente posi o de trabalho adoptada pelos m dicos dentistas a maioria destes preferem trabalhar na posi o sentado 92 posi o esta que segundo Rundcrantz et al 1990 come ou a ser adoptada na d cada de 60 Finsen et al 1998 e Rundcrantz et al 1990 encontraram nos seus estudos valores semelhantes relativamente a percentagem de m dicos dentistas que adoptam diferentes posi es de trabalho 82 95 na posi o de trabalho sentado 3 13 na posi o de p e 2 5 em ambas as posi es Rundcrantz et al 1990 verificou ainda que os m dicos dentistas que trabalham de p eram em geral mais idosos dos 44 aos 66 anos Filho et al 2006 refere que a escolha do trabalho em p pode advir do facto que nesta posi o o profissional poder aplicar maior for a e esta ser escolhida muitas vezes pelos profissionais que exercem na sua maioria a actividade de cirurgia oral Embora n o tenhamos encontrado signific ncia estat stica entre a posi o de trabalho e as queixas desconforto dor no exerc cio da profiss o p 0 173 verificamos que nos indiv duos q
117. n vel em http www unoescjba edu br cursos mestrado msaude files avrum kotliarenko pdf Consultado em 20 11 2007 Letho T et alii 1990 Roentgenological arthrosis of the hand in dentists with reference to manual function Community Dentistry and Oral Epidemiology 18 pp 37 4 Letho T Helenius H e Alaranta H 1991 Musculoskeletal symptoms of dentists assessed by a multidisciplinary approach Community Dentistry and Oral Epidemiology 19 1 pp 38 44 Lippert L 2003 Cinesiologia Cl nica para Fisioterapeutas 3 Ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan Lopes A e Villanacci R 1994 A sindrome do t nel carpal um risco profissional Revista APCD Associa o Paulista de Cirurgi es Dentistas 48 6 jun dez pp 1545 1552 Lopes M 2000 O cirurgi o dentista e o DORT Conhecer para prevenir Medcenter Cl nica Odontol gica e Semiologia Em linha Dispon vel em http www odontologia com br artigos asp id 104 amp idesp 1 amp ler s Consultado em 20 11 2007 VI Ergonomia na Medicina Dent ria LUTRON 2008 Enhancing the healthcare experience Light control solutions for healthcare facilities Em linha Dispon vel em lt http www Jutron com cms400 assets 0 609 2617 2625 123F0C89 5D3D 4BD7 8770 A7908F8D33A8 pdf gt Consultado em 09 12 2008 Maehler P 2003 Estudo das sobrecargas posturais em acad micos de odontologia da Universidade estadual do Oe
118. nais Cada denomina o tem rela o com a hist ria de cada pa s Cabral 2005 A designa o utilizada neste trabalho a de LME relacionadas com o trabalho por se entender que este termo transmite adequadamente a ideia da incid ncia das les es sistema m sculo esquel tico e da origem actividade profissional destas patologias A designa o adoptada encontra se na mesma linha da de outros investigadores Cabral 2005 Bernard et al 1997 que utilizaram a terminologia relacionada com o trabalho para reflectir a natureza multifactorial destas patologias e est em conformidade com a utilizada a n vel europeu designadamente pela Ag ncia Europeia para a Seguran a e a Sa de no Trabalho com sede em Bilbau Cabral 2005 As LME configuram um processo patol gico inflamat rio que atinge o aparelho locomotor ao n vel dos m sculos tend es ligamentos incluindo os nervos correspondentes tecido conjuntivo e vasos sangu neos bem como as articula es Nunes et al 2000 esta inflama o do sistema m sculo esquel tico pode ser causada por movimentos cr nicos e repetitivos Murphy 1998 As LME relacionadas com o trabalho s o aquelas que s o agravadas ou causadas a riscos ergon micos pela exposi o ocupacional Carneiro 2005 Sim es et al 2008 Estas surgem como consequ ncia do efeito cumulativo do desequil brio entre as solicita es mec nicas repetidas do trabalho e as capacidades de adapta o
119. nderam muitas vezes 26 n 52 sempre 23 5 n 47 s vezes 4 n 8 nunca e 3 n 6 responderam raramente 67 Ergonomia na Medicina Dent ria Dos inquiridos que responderam a quest o com que frequ ncia desempenha a actividade implantologia 73 n 146 responderam nunca 10 n 20 raramente 9 n 18 s vezes 6 5 n 13 muitas vezes e 1 5 n 3 responderam sempre Tabela 4 Os inquiridos que responderam a quest o sobre com que frequ ncia desempenha a actividade de dent stica 56 5 n 113 responderam sempre 35 n 70 muitas vezes 6 n 12 s vezes 1 5 n 3 raramente e 1 n 2 responderam nunca Tabela 4 Os inquiridos que responderam quest o sobre com que frequ ncia desempenha a actividade de periodontia 43 5 n 87 responderam muitas vezes 40 n 80 sempre 7 5 n 15 s vezes 5 n 10 nunca e 4 n 8 responderam raramente Tabela 4 Dos inquiridos que responderam quest o sobre com que frequ ncia desempenha a actividade de endodontia 43 n 86 responderam muitas vezes 36 n 72 sempre 13 5 n 27 s vezes 4 n 8 nunca e 3 5 n 7 responderam raramente Tabela 4 Dos inquiridos que responderam quest o sobre com que frequ ncia desempenha a actividade de pr tese 43 n 86 responderam muitas
120. nderam praticar algum tipo de actividade f sica com regularidade e 39 n 78 dos indiv duos inquiridos responderam negativamente quest o Dos 122 inquiridos que responderam que sim verificamos que as actividades f sicas praticadas s o bastante diversas Entre as actividades f sicas descritas pelos m dicos dentistas destacam se o atletismo caminhada corrida a gin stica aer bica muscula o hidrogin stica cardio fitness nata o karat os desportos com bola ou de exterior futebol futsal t nis basquetebol squash golfe 65 Ergonomia na Medicina Dent ria 125 100 g 7 a c z E g 50 25 N o Sim Gr fico 3 Distribui o da amostra quanto pr tica de actividade f sica 4 2 Caracteriza o da amostra relativamente ao exerc cio da profiss o i Antiguidade na profiss o Em rela o a antiguidade na profiss o 39 n 78 responderam que possui menos de 5 anos de trabalho na profiss o 12 5 do sexo masculino e 26 5 do sexo feminino 34 5 n 69 possu am mais de 10 anos de trabalho na profiss o 21 5 do sexo masculino e 13 do sexo feminino e 26 5 n 53 possu am entre 5 e 10 anos de trabalho na profiss o 11 do sexo masculino e 15 5 do sexo feminino Tabela 2 Masculino n 90 Yo n Menos de 5 anos 12 5 25 Entre 5 e 10 anos 11 22 Mais de 10 anos 21 5 43 Total 45 90 Feminino n 110
121. no Feminino Durante o exerc cio da sua profiss o N o 45 22 5 no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo Sim 155 77 5 200 100 Tabela 1 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o ao sexo Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica de endodontia Cumulative Valid Percent Percent N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas N o Tabela 2 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade da endodontia XXXI Ergonomia na Medicina Dent ria Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica de dent stica Cumulative Frequency Percent Valid Percent Percent Valid N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas N o Tabela 3 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade da dent stica Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica de cirurgia Cumulative Frequency Percent Valid Percent Perce
122. nt Valid N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas Tabela 4 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade da cirurgia oral XXXII Ergonomia na Medicina Dent ria Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica de periodontia Cumulative Frequency Percent Valid Percent Percent N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas Tabela 5 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade de periodontia Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica de pr tese Cumulative Percent Valid Percent Percent N o sentiu desconforto dor musculo esqueletico ou sentiu desconforto dor musculo esqueleticamas mas n o associa as actividades da profiss o descritas N o Tabela 6 Distribui o da amostra face a sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o em rela o a actividade de pr tese XXXIII Ergonomia na Medicina Dent ria Associa o de desconforto dor m sculo esquel tica pr tica d
123. o com assistente e sem assistente e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o XXXVII Ergonomia na Medicina Dent ria 7 Associa o entre o modo de organiza o do trabalho com e sem pausas de trabalho e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre o modo de organiza o do trabalho com e sem pausas de trabalho e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H1 Existe associa o entre o modo de organiza o do trabalho com pausas e sem pausas de trabalho e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 8 Associa o entre a posi o de trabalho dos m dicos dentistas e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre a posi o de trabalho dos m dicos dentistas e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o Hl Existe associa o entre a posi o de trabalho dos m dicos dentistas e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 9 Associa o entre a lateralidade da m o dos m dicos dentistas e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre a lateralidade da m o dos m dicos dentistas e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc
124. o efectuar compara es m ltiplas 2 a 2 aplicando se uma correc o de Bonferroni ao n vel de signific ncia Assim verifica se que n o existem diferen as entre os sujeitos 79 Ergonomia na Medicina Dent ria mais novos na fun o lt 5 anos e os mais antigos gt 10 anos no que respeita preval ncia da dor Contudo os sujeitos com uma antiguidade entre 5 e 10 anos apresentam preval ncia de dor significativamente mais elevada do que os sujeitos com mais de 10 anos de antiguidade p 0 001 e do que os sujeitos com menos de 5 anos de trabalho p 0 01 As tabelas 19 e 20 apresentam estes resultados Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim Total Yo n H quantos anos trabalha Entre 5 e 10 anos 7 5 como m dico dentista Mais de 10 anos 31 9 22 Total 21 3 26 Tabela 19 Tabela de conting ncia entre a antiguidade na profiss o e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica a Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o H quantos anos trabalha Menos de 5 anos como m dico dentista Entre 5 e 10 anos Tabela 20 Tabela de conting ncia associa o entre a antiguidade na profiss o e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica b Os resultados s o claros e excluem qualquer associa
125. o assento do banco de trabalho deve estar dividida em duas partes uma posterior horizontal traseira apoio das n degas com comprimento m nimo de 15 cm e uma segunda parte anterior obl qua com uma inclina o de 20 em rela o a anterior destinada ao suporte das coxas Figura 7 Esta divis o da superf cie do assento permite obter uma postura sentada e equilibrada com al vio na press o nas n degas e coxas Hokwerda et al 2007 l 2cm 4 gt os 94cm 63 em 5 r A 16 cm 47 cm 40 cm B 5 cm T 30 cm g lt 40 em i 4 Dem E 40 43 cm C D Figura 7 Esquem tica de um banco de trabalho de acordo com os requisitos ergon micos segundo Hokwerda et al 2007 p 16 17 A e B Vista Lateral do banco de m dico dentista C Vista de topo do assento do banco D Suporte Lombar iii Equipamento Uma caracter stica ergon mica marcante no desenvolvimento tecnol gico a total flexibilidade de movimenta o e possibilidade de direccionar os equipamentos dentro do ambiente de trabalho do m dico dentista Os equipamentos que constituem o consult rio s o dotados de dispositivos m veis e bra os articulados assim como a cadeira do paciente Estas caracter sticas permitem o seu deslocamento facilidade de 49 Ergonomia na Medicina Dent ria utiliza o conforto e seguran a qualquer que seja a posi o da cabe a do paciente Dentro destes equipamentos regul
126. o de solu es Helfstein 1998 cit in Nader e Marziale 2003 No estudo das les es relacionadas com o trabalho devem ser considerados os seguintes factores o Homem o tipo e o local de trabalho O sucesso da preven o e da redu o das les es relacionadas com o trabalho vai depender do controlo destes factores que s o decisivos na etiologia destas les es Guay 1998 Com o conhecimento e aplica o dos princ pios ergon micos na pr tica cl nica os m dicos dentistas Barbosa et al 2004 podem evitar o desenvolvimento de les es m sculo esquel ticas LME relacionadas com o trabalho O local de trabalho deve ser planeado de forma a assegurar ao profissional e ao paciente condi es adequadas de conforto e de seguran a Aspectos relacionados com a humidade calor ventila o ru do e ilumina o devem obedecer a padr es legais O mobili rio e os equipamentos devem proporcionar condi es de postura visualiza o e de opera o ideais para o m dico dentista como tamb m de conforto para o paciente Saquy e P cora 1996 Segundo Hokwerda et al 2007 um adequado funcionamento do sistema homem m quina baseia se em requisitos relativos postura saud vel do m dico dentista ao correcto posicionamento face ao campo de trabalho e na coloca o apropriada dos instrumentos em altura dist ncia e posi o de alcance A Directiva Europeia relativa sa de seguran a no trabalho indica que deve ser
127. o do mobili rio 72 Ergonomia na Medicina Dent ria ii Modo de organiza o de trabalho com e sem assistente Da an lise da tabela seguinte constata se que 74 5 n 149 referiu trabalhar a maior parte do tempo em conjunto com uma assistente e 25 5 n 51 n o trabalha com assistente Tabela 6 Trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente n Sim 74 5 149 N o 25 5 5 Total 100 200 Tabela 10 Distribui o da amostra quanto ao modo de organiza o do trabalho com e sem assistente A tabela seguinte revela a distribui o percentual por actividade desempenhada pelos 149 m dicos dentistas que responderam afirmativamente ao trabalhar a maior parte do tempo em conjunto com uma assistente nas seguintes actividades 58 5 n 117 na cirurgia 58 n 116 na dent stica 58 n 116 na endodontia 40 n 80 na prot se 36 5 n 73 na periodontia 24 n 48 na implantologia 20 5 n 41 na ortodontia 2 5 n 5 referem trabalhar com a assistente em todas as reas de actividade 3 n 6 na odontopediatria 1 n 2 na oclus o Tabela 7 Masculino Feminino Total n 90 n 110 n n n Cirurgia Oral 29 5 59 29 58 58 5 117 Dent stica 26 52 32 64 58 116 Endodontia 25 50 33 66 58 116 Pr tese 23 46 17 34 40 80 Periodontia 19 5 39 17 34 36 5 73 Implantologia 17 5 35 6 5 13 24 48 Ortodontia 10 20 10 5 21 20 5
128. o dor no exerc cio da profiss o ligeiramente maior nos indiv duos que efectuam pausas 82 9 no entanto n o encontramos associa o estat stica significativa p 0 123 Contrariamente aos nossos resultados Finsen et al 1998 obtiveram resultados menores em rela o aos m dicos que efectuavam pausas 26 Neste seguimento Newell e Kumar 2004 sugerem as pausas no trabalho a cada 50 minutos acompanhados de exerc cios de alongamento muscular para manuten o de boas posturas no tratamento ao paciente A maioria dos m dicos dentistas trabalham com a m o direita 85 5 apesar disso uma pequena percentagem 10 5 refere que ambidestro e uma pequena percentagem trabalha com a m o esquerda 4 Existem queixas desconforto dor no exerc cio da profiss o em ambas as m os sendo estas ligeiramente mais not rias nos indiv duos que trabalham com a m o esquerda 87 5 77 2 m o direita e 76 296 com ambas as m os Contudo verificamos n o haver rela o significativa entre a m o dominante com a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tico no exerc cio da profiss o p 0 783 89 Ergonomia na Medicina Dent ria Relativamente a lateralidade dominante encontramos em estudos semelhantes valores que variam entre 87 e 95 5 para a m o direita Finsen et al 1998 Barbosa et al 2004 Peres et al 2005 O valor superior de preval nci
129. o dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona do pesco o tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 48 Desconforto Dor nos Bra os A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona dos bra os tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 49 Desconforto Dor nos Cotovelos A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona dos cotovelos tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 50 Desconforto Dor nos Antebra os A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na XXV Ergonomia na Medicina Dent ria zona dos antebra os tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 51 Desconforto Dor nos Punhos A r
130. onar a luz Os movimentos de classes I II e III s o os mais ergon micos Finkbeiner 2000b e s o os considerados como rea ptima de trabalho 30 Ergonomia na Medicina Dent ria Barros 1999 Para haver uma economia de movimentos deve se eliminar as classes IV e V dos movimentos do corpo Finkbeiner 2000b Deste modo para um melhor rendimento de trabalho os movimentos do m dico dentista devem estar restrito aos dedos punhos e antebra os limitando se ao m ximo os movimentos de bra o e preferencialmente eliminando tor o do corpo Finkbeiner 2000b Os estudos ergon micos dos equipamentos s o realizados atendendo a esta quest o ou seja a diminuir os movimentos do operador e reduzir tempo no tratamento Saquy e P cora 1994 A economia de movimento deve ser uma considera o m xima quando pretendemos um correcto posicionamento da equipa dent ria visto que este conceito elimina a extens o de movimentos usados durante o procedimento de tratamento b sico Finkbeiner 2000b e para a obten o de condi es de trabalho eficientes Barros 1999 Finkbeiner 2000b O foco ergon mico do posto de trabalho baseado principalmente na an lise biomec nica da postura e nas interac es entre o homem sistema e ambiente Tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam as exig ncias biomec nicas e cognitivas procurando colocar o operador numa boa postura de trabalho e colocando os objectos a serem m
131. onstram o aumento da incid ncia de LME tanto em homens como mulheres As mulheres em rela o aos homens s o as mais afectadas por LME e normalmente a zona de pulso e articula es s o mais afectadas enquanto nos homens a zona mais afectada e os ombros Hokwerda et al 2007 tamb m concorda de que as mulheres s o mais propensas ao desenvolvimento de v rios tipos de dores m sculo esquel ticas cr nicas que os homens e que este facto de extrema import ncia pelo facto de que o n mero de mulheres na Medicina dent ria est a aumentar na maior parte dos pa ses As patologias mais conhecidas dos membros superiores s o designadamente as tenossinovites incluindo a de Quervain s ndrome do t nel c rpico epicondilite lateral tendinite na coifa dos rotadores e Sindrome do desfiladeiro tor cico Hoaglund 2004 Outras les es acometidas por m dicos dentistas s o nomeadamente Dor Lombar Cr nica dor na regi o lombar passando para a anca gl teos ou perna S ndroma 56 Ergonomia na Medicina Dent ria Tensional do Pesco o dor rigidez e espasmos musculares na musculatura cervical a dor pode estender se para as omoplatas ou para o occipital e pode haver parestesia num bra o ou m o Mialgia do Trap zio dor sensibilidade e espasmos musculares no trap zio superior mais frequente no bra o com o qual o m dico segura o espelho frequentemente elevado Les o articular do Ombro dor no ombro ao esticar a
132. orma peso Finkbeiner 2000 configura o da superf cie alinhamento da ferramenta mobilidade do instrumento e manuten o da extremidade cortante Gra a et al 2006 Caracter sticas da superf cie do instrumento podem gerar press o localizada nos tecidos das m os Cabos lisos requerem mais for a de preens o do que aqueles com ranhuras rasas e circunferenciais que permitem um melhor atrito e necessitam de uma for a menor de preens o durante o seu uso Murphy 1998 Para Finkbeiner 2000a estes instrumentos s o desenhados de acordo com tr s crit rios base efici ncia ergon mica custo e exig ncia de uso Os instrumentos devem ser de f cil manuseamento e permitir uma postura ergon mica para todo o corpo e n o apenas para as m os A maioria dos instrumentos fabricada para se adaptarem s m os do operador de modo a que este mantenha uma postura neutra Os instrumentos com partes m veis devem estar bem lubrificados para assim reduzirem a quantidade de for a exercida pelo operador Os instrumentos de corte p ex as curetas para raspagem 15 Ergonomia na Medicina Dent ria e alisamento radicular RAR devem estar bem afiadas e o cabo deve ser leve e oco para permitir um esfor o menor por parte do operador Dong et al 2007 Dong et al 2007 demonstrou num estudo que envolveu m dicos dentistas e higienistas que o n vel elevado de for a de preens o necess rio durante a RAR pode ser reduzido atr
133. ormados das posi es correctas a adoptar no local de trabalho o tinham sido durante a sua licenciatura pelo que as respostas foram codificadas da seguinte forma Nunca foi informada de nenhuma forma 0 N o 1 e Sim 2 25 Posi es Correctas Informadas em Workshop A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Posi es Correctas Pretendia se saber se os inquiridos que tinham sido informados das posi es correctas a adoptar no local de trabalho o tinham sido durante um workshop pelo que as respostas foram codificadas da seguinte forma Nunca foi informada de nenhuma forma 0 N o 1 e Sim 2 XIX Ergonomia na Medicina Dent ria 26 Posi es Correctas Informadas em Folheto A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Posi es Correctas Pretendia se saber se os inquiridos que tinham sido informados das posi es correctas a adoptar no local de trabalho o tinham sido atrav s de um folheto pelo que as respostas foram codificadas da seguinte forma Nunca foi informada de nenhuma forma 0 N o 1 e Sim 2 27 Posi es Correctas Informadas na Internet A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Posi es Correctas Pretendia se saber se os inquiridos que tinham sido informados das posi e
134. os 35 Ergonomia na Medicina Dent ria intervalos ordem de trabalho espa o e ambientes f sicos regulamentos e que corresponde ao trabalho prescrito Existem tr s tipos de categorias para quebrar a informa o da actividade do trabalho an lise do trabalho an lise da tarefa e descri o da tarefa Murphy 1998 A an lise do trabalho preocupa se com os assuntos do trabalho atrav s da observa o de obriga es e responsabilidades contidas no contexto do trabalho Murphy 1998 A an lise da tarefa trata dos assuntos com mais pormenor do que a an lise anterior observando como os indiv duos trabalham e interagem uns com os outros ou at mesmo com o equipamento e com o ambiente de trabalho Murphy 1998 A descri o da tarefa um conjunto de crit rios documentados que regista os elementos observados do comportamento e concentra se no n vel f sico da tarefa Murphy 1998 Iida 2005 afirma que a an lise da tarefa de um posto de trabalho fazer uma an lise detalhada da mesma Esta pode ser definida como sendo um conjunto de ac es humanas que torna poss vel um sistema atingir o seu objectivo por outras palavras o que faz funcionar o sistema para se atingir o objectivo pretendido Para este autor a an lise da tarefa realiza se em tr s n veis O primeiro n vel designado por descri o da tarefa ocorre a um n vel mais global O segundo intitulado descri o de ac es desenvolve
135. osi es correctas a adoptar no trabalho v Posi o de trabalho preferida vi Localiza o do m dico dentista face ao paciente vii M o dominante de trabalho 4 3 Caracteriza o da amostra relativamente organiza o do consult rio 1 Consult rio pr prio 11 Modo de organiza o de trabalho com e sem assistente iil Modo de organiza o de trabalho com e sem pausas 63 63 64 64 64 64 64 65 66 66 66 67 69 70 70 71 71 71 73 74 4 4 Caracteriza o da amostra relativamente aos dist rbios m sculo esquel ticos 75 1 Desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o 4 5 Rela o entre a exist ncia de sintomas de LME como desconforto dor e as diversas vari veis estudadas 1 Rela o entre o n vel socioprofissional e a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 11 Rela o entre exerc cio profissional e a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tica 111 Rela o entre relativamente organiza o do consult rio e a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tica V DISCUSS O VI CONCLUS O 75 78 78 79 82 84 92 VII BIBLIOGRAFIA VIII ANEXOS ANEXO 1 Question rio gt NEXO 2 Caracteriza o das vari veis estudadas gt NEXO 3 Legenda da imagem esquem tica do corpo humano gt NEXO 4 Exemplos de exerc cios de alongamento muscular gt NEXO 5 Tabelas e gr ficos complementa
136. ostas foram codificadas em duas respostas poss veis N o 1 e Sim 2 9 Trabalha com Assistente em Cirurgia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando trabalha na rea de cirurgia trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 10 Trabalha com Assistente em Implantologia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando trabalha na rea de implantologia trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 11 Trabalha com Assistente em Dent stica A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel trabalha com Assistente Pretendia se saber se o inquirido quando trabalha na rea de dent stica trabalha a maior parte do tempo em conjunto XVI Ergonomia na Medicina Dent ria com a assistente e para isso havia duas hip teses de resposta Nunca trabalha com assistente 0 N o 1 e Sim 2 12 Trabalha com Assistente em Periodontia
137. ou se significativo para este estudo saber se os inquiridos alguma vez sentiram desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da sua profiss o tendo sido as duas possibilidades de resposta codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim er 39 Associa o do Desconforto dor a Actividades Praticadas A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel desconforto dor m sculo esquel tica Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o a alguma das actividades desempenhadas habitualmente no local de trabalho nomeadamente cirurgia implantologia dent stica XXII Ergonomia na Medicina Dent ria periodontia endodontia pr tese ou ortodontia As respostas foram codificadas da seguinte forma N o sentiu desconforto dor no ltimo ano no exerc cio da profiss o 0 N o 0 e Sim 1 40 Associa o do Desconforto dor Actividade de Cirurgia A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Associa o do Desconforto Dor a Actividades Praticadas Pretendia se saber se os inquiridos associavam o desconforto dor m sculo esquel tica que tinham sentido durante o desempenho da sua fun o actividade de cirurgia tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o sentiu
138. ovimentos na profiss o de m dico dentista Em linha Dispon vel em lt http hdl handle net 1822 960 gt Consultado em 14 10 2007 Carvalho et alii 2007 A incid ncia de desvios posturais e dores na coluna vertebral em odont logos nas cidades de Goian sia GO e Bras lia DF Revista Brasileira de Prescri o e Fisiologia do Exerc cio 1 6 nov dez pp 45 58 Castro S e Figlioli M 1999 Ergonomia aplicada dent stica Avalia o da postura e posi es de trabalho do cirurgi o dentista desta e do auxiliar odontol gica em procedimentos restauradores JBC Jornal Brasileiro de Cl nica amp Est tica em Odontologia 3 14 pp 56 62 Chasteen J 1978 Four handed dentistry in clinical practice Saint Louis The C V Mosby Company II Ergonomia na Medicina Dent ria DEGREK 2008 Application dans le domaine dentaire de la norme EN 12464 1 Lumi re et clairage des lieux de travail int rieurs Em linha Dispon vel em http www degrek com index php rub 4 amp srub 75 7 Consultado em 09 12 2008 Dong H et alii 2007 O efeito do desenho do cabo do instrumento periodontal na for a de preens o do polegar e na carga exercida sobre os m sculos da m o JADA The Journal of the American Dental Association 2 pp 19 28 Dul J e Weerdmeester B 2004 Postura e Movimentos In Dul J e Weerdmeester B Ed Ergonomia Pr tica 2 Ed S o Paulo Editora Edgard Bl cher
139. por profissionais que pretendem optimizar a qualidade de performance no trabalho enquanto reduz o risco de les es relacionadas com o trabalho Murphy 1998 Do mesmo modo a rea da medicina dent ria tamb m se preocupa em optimizar o seu trabalho quer atrav s de novos conhecimentos quer na aplica o de novos m todos de trabalho que sejam mais eficazes Finkbeiner 2001 A Medicina Dent ria tem evolu do muito a n vel cient fico e tecnol gico atrav s de mudan as no modo de trabalho aplica o de princ pios ergon micos no design da cadeira bem como no uso de instrumentos ergon micos o que mudou radicalmente a pr tica em medicina dent ria Apesar destes avan os significativos existe correntemente interesses consider veis em ergonomia nas desordens relacionadas com esta profiss o particularmente desordens de trauma cumulativo como as Les es m sculo esquel ticas LME associadas com a ergonomia no consult rio m dico dent rio Guay 1998 Actualmente estes profissionais devem reconhecer a alta incid ncia de elementos relacionados com o trabalho nesta profiss o como exemplo das LME o stress Murphy 1998 e o burnout Rada e Johnson Leong 2004 Estes elementos podem influenciar o bem estar deste profissional a quantidade de anos de trabalho vivida e no potencial de performance de trabalho Murphy 1998 Ergonomia na Medicina Dent ria A ergonomia na Medicina Dent ria e em qualquer situa o on
140. profiss o e 22 5 n 45 responderam negativamente quest o Tabela 13 Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica Ya n Sim 77 5 155 N o 225 45 Total 100 200 Tabela 13 Distribui o da amostra relativamente sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o no ltimo ano Verificamos que dos 155 m dicos dentistas que referem ter sentido desconforto dor m sculo esquel tico durante o ltimo ano no exerc cio da profiss o 56 8 n 88 s o do sexo feminino 43 2 n 67 s o do sexo masculino Gr fico 9 e tabela 1 do Anexo 5 Gr fico 9 Distribui o da amostra face aos que afirmaram ter sensa o de desconforto dor m sculo esquel tica durante o exerc cio da profiss o n 155 em rela o ao sexo 75 Ergonomia na Medicina Dent ria 4 4 1 1 Desconforto dor m sculo esquel tica associado s actividades desempenhadas na profiss o Do total de 155 dos inquiridos que referem ter sentido desconforto dor m sculo esquel tico durante o ltimo ano no exerc cio da profiss o cerca de 72 9 n 113 associavam este desconforto dor s actividades desempenhadas na sua profiss o e 27 1 n 42 n o fazem essa associa o Tabela 13 Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica
141. psicossociais do trabalho Rocha e Junior 2000 cit in Gra a et al 2006 As principais causas de stress profissional relacionadas com factores psicossociais que afectam o trabalho na rea da medicina dent ria s o nomeadamente a personalidade temperamento do m dico dentista gest o da pr tica paci ncia para lidar com os pacientes e por fim as dificuldades f sicas e psicol gicas inerentes ao desempenhar no sistema servi os de sa de Murphy 1998 A n vel organizacional de gest o de tempo como os tempos de press o de consulta que n o permite o m dico dentista recuperar inteiramente entre pacientes ou entre tarefas um dos factores psicossociais que est relacionado com as LME Murphy 1998 58 Ergonomia na Medicina Dent ria A press o de produ o de forma agressiva n o oferece suporte aos trabalhadores influenciando seu desempenho e contribuindo como a causa para o stress negativo e LME Smith 1992 cit in Gra a et al 2006 Estas press es constantes podem conduzir a mudan as no sistema de cuidados de sa de que requeiram efici ncia extrema para ser aproveit vel Murphy 1998 Do posto de vista das rela es interpessoais a press o exercida pelo grupo de trabalho as situa es de interac o social negativa e a rela o com clientes descontentes s o geradoras potenciais de stress via est mulos de natureza emocional ou psicoafectiva Murphy 1998 Uma das consequ ncias
142. que estes optam por posi es de trabalho prejudiciais levando consequentemente a queixas de dor e desconforto m sculo esquel tica Deste modo este trabalho surge na tentativa de saber a origem dessa dor m sculo esquel tica bem como saber meios e princ pios de preven o de dor m sculo esquel tica Por todas estas raz es e ao conhecer do que trata a ergonomia tentamos desenvolver este tema para aplica o num consult rio m dico dent rio Na tentativa de perceber se o Universo dos m dicos dentistas tamb m se queixa de dor m sculo esquel tica foi desenvolvido um question rio para avaliar o grau de uma amostra destes profissionais sobre o conhecimentos destes na aplica o da ergonomia nesta rea Foi dirigido a estes profissionais porque as horas de trabalho semanais s o maiores do que em estudantes de Medicina Dent ria Este trabalho pretende avaliar a import ncia da ergonomia na pr tica cl nica da medicina dent ria desde a concep o do consult rio at ao acto cl nico propriamente dito Nos dias de hoje a ergonomia assume cada vez mais um papel preventivo no futuro bem estar f sico e ps quico dos m dicos dentistas Assim torna se importante elucidar as causas de um m postura de trabalho e qual dever ser a postura ergon mica mais adequada do m dico dentista 1 3 M todos t cnicas e limites temporais e ou espaciais Os m todos utilizados neste trabalho consistiram numa revis o bibliogr fic
143. r m nimo para desempenhar uma dada tarefa Carneiro 2005 Esta ocorre 37 Ergonomia na Medicina Dent ria quando os componentes do corpo se encontram alinhados e funcionam juntamente em harmonia protegendo o corpo do aparecimento de les es ou deforma es progressivas Simons et al 1999 Para que esta seja considerada correcta as costas o pesco o e a cabe a devem estar alinhadas ao longo eixo da coluna vertebral em posi o neutra Finkbeiner 2000 Por outro lado a postura corporal incorrecta por sua vez resulta fundamentalmente num mau h bito que quando corrigido resulta num novo alinhamento dos v rios componentes do corpo Simons et al 1999 Segundo Kendall 1999 cit in Gra a et al 2006 uma rela o incorrecta entre as v rias partes do corpo produzindo maior tens o sobre as estruturas de suporte traduzindo se num desequil brio do corpo sobre a sua base de sustenta o Os efeitos cumulativos de pequenas sobrecargas repetidas e constantes sobre as estruturas m sculo esquel ticas ao longo de tempo podem dar problemas posturais traduzidos em desconforto e ou dor com diferentes intensidades Gra a et al 2006 A postura tamb m determinada pelas caracter sticas do contexto de trabalho onde se inclui as dimens es do mobili rio e equipamento a press o do tempo e pelo estado de sa de do trabalhador Depende ent o de determinantes externos a tarefa do tipo de tarefa propriamente dita e
144. r ticas seguras e ergon micas do trabalho da equipa m dica Segundo Finkbeiner 2001 muitos fabricantes de equipamento continuam a produzir equipamentos como a cadeira do paciente com um design tradicional que inclui um tabuleiro incorporado e uma cuspideira Este tipo de sistema promove a divis o dos instrumentos pelo carrinho da assistente pelo tabuleiro integrado na cadeira resultando da uma dispers o dos instrumentos durante os procedimentos dent rios Engels 2002 cit in Carneiro 2005 afirma que todas as cadeiras de paciente devem obedecer a duas condi es permitir um m todo ergon mico de trabalho ao m dico dentista e sua equipa e permitir ao paciente uma posi o confort vel para que este relaxe durante o tratamento 45 Ergonomia na Medicina Dent ria Figura 6 Esquema do posicionamento do paciente na cadeira na posi o supina adapta o de Chasteen 1978 p 36 de acordo com Hokwerda et al 2006 p 4 O paciente deve estar confortavelmente deitado na posi o horizontal sem sentir press o do encosto ou do assento cadeira Hokwerda et al 2006 As curvaturas da cadeira devem permitir um apoio da zona correspondente a lordose da coluna vertebral respeitando as caracter sticas anat micas do paciente Hokwerda et al 2006 Figura 6 Nogueira 1983 cit in Lopes 2000 refere que o assento o encosto e o apoio da cabe a devem poder ser movimentados independentemente e em muitos casos permi
145. rabalhos de precis o proporcionando melhor visualiza o do campo operat rio equil brio e estabilidade corporal al m de adapta o focal facilitada Grandjean 2004 Actualmente o trabalho do m dico dentista recomendado que seja em equipa ou seja trabalho com assistente atrav s da t cnica de trabalho a quatro m os em que ambos est o sentados com o paciente na posi o supina com a cabe a ao mesmo n vel dos p s ou seja na linha de conforto exceptuando os casos descritos anteriormente neste trabalho Hokwerda et al 2006 Desta forma o m dico dentista dirige fun es espec ficas para a assistente realizando apenas as tarefas que somente ele est habilitado reduzindo deste modo a fadiga f sica e mantendo uma correcta postura Finkbeiner 2001 O paciente nesta posi o permite ao profissional que o campo operat rio seja mais pr ximo deste caracter stica importante para m dicos dentistas de estatura baixa disponibilizando sobre o paciente uma melhor visualiza o e um melhor acesso na cavidade oral Hokwerda et al 2006 Da mesma maneira que esta tamb m permite ao m dico dentista trabalhar livremente na sua zona de trabalho possibilitando mudan as entre posi es de trabalho Hokwerda et al 2006 Figura 4 Outros factores que auxiliam na adop o de uma postura de trabalho sentado correcta s o a mudan a de posi o da cabe a do paciente segundo tr s eixos Hokwerda et al 2006 lente
146. res aos resultados do estudo NEXO 6 Testes de hip teses z iii XII XIII XV XXIX XXXI XXXVI NDICE DE FIGURAS Figura 1 Factores que influem no sistema produtivo Figura 2 Esquema das reas de trabalho no consult rio Figura 3 Zonas de trabalho no consult rio Figura 4 Postura est vel de trabalho sentado do m dico dentista Figura 5 Sistemas de entrega de material e equipamento Figura 6 Esquema do posicionamento do paciente na cadeira na posi o supina Figura 7 Esquem tica de um banco de trabalho de acordo com os requisitos ergon micos Figura 8 Esquema do corpo humano com a distribui o da amostra das frequ ncias de dor sentidas nas regi es do tronco e membros superiores iii 32 33 43 45 46 49 I NDICE DE GR FICOS Gr fico 1 Distribui o da amostra em rela o ao sexo 64 Gr fico 2 Distribui o da amostra por intervalos de idade em rela o ao sexo 65 Gr fico 3 Distribui o da amostra quanto pr tica de actividade f sica 66 Gr fico 4 Distribui o da amostra por n mero m dio de horas de trabalho semanais 67 Gr fico 5 Distribui o da amostra de acordo com a informa o sobre posi es correctas a adoptar no trabalho 69 Gr fico 6 Distribui o da amostra relativamente posi o de trabalho preferida 70 Gr fico 7 Distribui o da amostra consoante a m o dominante de trabalho 71 Gr fico 8 Distribui o da amostra quanto ao modo de or
147. reven o das perturba es m sculo esquel ticas de origem profissional Lisboa Instituto de Desenvolvimento e Inspec o das Condi es de Trabalho pp 13 20 OMD 2007 Os n meros da ordem Estat sticas 2007 Ordem dos M dicos Dentistas Em linha Dispon vel em lt http Awww omd pt PT PT images Informativo no pt swf gt Consultado em 09 11 2008 Pandis et alii 2007 Occupational hazards in orthodontics A review of risks and associated pathology American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics 132 3 Set pp 280 292 Peres S et alii 2005 A interface tecnol gica nas actividades ocupacionais dos cirurgi es dentistas uma abordagem do design ergon mico Revista odontol gica de Ara atuba 26 1 pp 44 48 Pollack R 2000 Ergonomics in the dental office Dentistry Today 19 6 pp 92 95 Puriene A et alii 2007 General health of dentists Literature review Stomatologija Baltic Dental and Maxillofacial Journal 9 1 pp 10 20 Rada R e Johnson Leong C 2004 Stress burnout anxiety and depression among dentists JADA The Journal of the American Dental Association 135 6 pp 788 794 VII Ergonomia na Medicina Dent ria Rasia D 2004 Quando a dor do dentista Custo humano do trabalho de endodontista e indicadores de DORT Em linha Dispon vel em lt http www unb br ip labergo sitenovo imgprod producao htm gt Consultado em 22 10
148. rgamente a postura que se adopta e as posi es das extremidades superiores Neste sentido a forma o e instru o de princ pios ergon micos s o essenciais desde o in cio dos estudos em medicina dent ria e devem ser continuamente actualizados Akesson et al 2000 Thornton et al 2004 De acordo com Koltiarenko 2005 os m dicos dentistas est o sujeitos diariamente a v rios riscos como os agentes f sicos mec nicos qu micos e biol gicos Estes riscos podem ser evitados pelo profissional atrav s da consciencializa o dos mesmos e com o uso de m todos simples e eficazes de preven o Hokwerda et al 2007 refere que na legisla o sobre sa de e seguran a no trabalho na Directiva Europeia dos dispositivos m dicos artigo 9 2 estes devem ser concebidos e produzidos de forma a remover ou minimizar tanto quanto poss vel o risco de ferimentos relacionados com as caracter sticas f sicas Hokwerda et al 2007 na norma ISO International Standard Organization 6385 acerca dos Princ pios ergon micos no design de sistemas de trabalho refere que na concep o do espa o e do equipamento de trabalho deve se ter em considera o as restri es impostas pelas dimens es corporais como a devida aten o ao processo de trabalho O espa o deve ser adaptado ao operador No que toca altura esta deve estar adequada s dimens es corporais e ao tipo de trabalho realizado O assento e a superf cie de trabalho d
149. riado extremamente importante a sua selec o e o correcto ajustamento do mesmo ao operador podem influenciar o conforto do cl nico e a sua sa de m sculo esquel tica Valachi e Valachi 2006 47 Ergonomia na Medicina Dent ria Contudo a posi o de trabalho sentada quando correcta reduz a fadiga aumenta o equil brio melhora a estabilidade e deixa os p s livres para permitir um melhor controlo do pedal Saquy e P cora 1994 Cada m dico dentista deve ajustar a altura do seu banco de trabalho de maneira a satisfazer suas pr prias prefer ncias indispens vel que o profissional se sente com a coluna erecta e apoiada no encosto do banco para que consiga ter a planta dos p s totalmente apoiados no ch o de forma a distribuir uniformemente o peso Saquy e P cora 1994 Igualmente ao n vel do design dos bancos existe actualmente um vasto leque de op es de forma adequar este equipamento aos diferentes pesos e tamanhos dos profissionais Alguns destes bancos s o comercializados com medida standard o que significa que foram desenhados e pensados para uma pessoa de estatura m dia usualmente um homem europeu Esta tend ncia est a mudar em resposta s mudan as demogr ficas dos profissionais de medicina dent ria em que mais de 70 de operadores m dicos dentistas assistentes e higienistas s o agora mulheres Valachi e Valachi 2006 Para al m dos rod zios que permitem a movimenta o do m di
150. rosseguir de modo a verificar outras vari veis que afectam o desconforto dor m sculo esquel tica e incidir n o s aos m dicos dentistas como aos seus assistentes Ergonomia na Medicina Dent ria II DESENVOLVIMENTO 2 1 Introdu o a ergonomia Deduz se que o nascimento informal da ergonomia ter sido quando o homem primitivo construiu os seus primeiros objectos para garantir a sua sobreviv ncia tais como desenho de objectos rudimentares armas utens lios casas ferramentas roupas usando apenas a sua intui o criativa e o bom senso Filho 2003 O Per odo desde a Idade M dia at Pr industrializa o representou um marco evolutivo a diversos n veis que se revelaram muito importantes tais como na engenharia no aparecimento de novas tecnologias e materiais nos grandes inventos e nas ci ncias de modo geral Esta fase da hist ria da humanidade coincidiu tamb m com o desenvolvimento dos primeiros estudos do homem no trabalho e o aparecimento de grandes pesquisadores e cientistas entre os quais se destacam Leonardo Da Vinci Lavoisier Coulomb Chaveau Marey Jules Amar Patissier Villerm Taylor entre outros Filho 2003 Durante a Segunda Guerra Mundial a elevada frequ ncia de acidentes associada utiliza o de aparelhos e equipamentos militares que exigiam decis es r pidas por parte dos seus operadores na maior parte das vezes levadas a cabo em condi es cr ticas suscitou preo
151. rto e Regi o Aut noma da Madeira entre os meses de Janeiro a Julho de 2008 Os dados obtidos por question rio foram submetidos a an lise estat stica descritiva atrav s do programa inform tico de Stat stical Package for the Social Sciences SPSS vers o 17 0 Este estudo est limitado pelo seu modelo transversal e pela sua amostra n o randomizada O enviesamento na selec o de zonas de aplica o do question rio n o deve ser exclu do Inevitavelmente o tamanho pequeno da amostra em rela o ao n mero actual de 5332 m dicos dentistas inscritos na Ordem dos M dicos Dentistas OMD 2007 afecta o poder deste estudo na detec o de diferen as de pequena magnitude que devem ser consideradas quando a interpreta o dos resultados O estudo tamb m est limitado pela n o participa o de n mero consider vel de m dicos dentistas que n o quiseram participar neste estudo Uma das formas a contornar seria talvez fazer o pedido por correio electr nico ou enviar por correio com envelope com taxa pr paga na tentativa de uma taxa maior de participa o A quest o da subjectividade de cada m dico dentista perante a dor uma limita o metodol gica importante que influencia a natureza deste estudo 5 Ergonomia na Medicina Dent ria Com este trabalho obtivemos uma percep o sobre a aplica o da ergonomia num consult rio m dico dent rio e como manter uma boa sa de f sica e mental nesta rea a
152. rto t rmico que corresponde varia o entre 20 C e 24 C havendo entre 40 60 de humidade relativa do ar e uma velocidade do vento n o superior a 0 2m s Para locais onde o Inverno rigoroso admite se uma temperatura de 18 C a 22 C respeitando a humidade e a velocidade citadas anteriormente O autor supracitado enfatiza que a diferen a de temperatura num mesmo ambiente n o pode ser maior que 4 C v Gest o e Organiza o Chasteen 1978 sustenta que o m dico dentista deve ser um bom gestor e um cl nico eficiente atrav s de uma organiza o de todos os detalhes Estabelecendo que as principais actividades de um bom gestor s o estabelecer objectivos e organizar a equipa na cria o de um ambiente favor vel para o acto cl nico Segundo Murphy 1998 a gest o de organiza o da equipa dent ria e sua motiva o afecta a quantidade de trabalho realizado e a qualidade de performance do mesmo O m dico dentista deve informar a sua assistente quais as fun es a desempenhar quando o tratamento efectuado ao paciente e discutir em conjunto m todos 25 Ergonomia na Medicina Dent ria de actua o Deste modo permite uma ergonomia de participa o na qual o objectivo a simplifica o do trabalho redu o de tempo e maior produtividade e efic cia Ao deliberar fun es a carga de trabalho do m dico dentista atenuada e este pode melhorar a sua habilidade e ficar mais centralizado no tratamento
153. s o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica Sim Qual a m o dominante M o direita de trabalho M o esquerda 12 5 l 87 5 7 100 8 Ambas as m os Tabela 24 Tabela de conting ncia entre a m o dominante e a incid ncia de desconforto ou dor m sculo esquel tica iii Rela o entre relativamente organiza o do consult rio e a exist ncia de desconforto dor m sculo esquel tica N o se verifica qualquer associa o entre o modo como o trabalho organizado com sem assistente e a preval ncia de transtornos dor p 0 511 Os resultados constam na tabela 25 82 Ergonomia na Medicina Dent ria Durante o exerc cio da sua profiss o no ltimo ano sentiu alguma vez desconforto dor m sculo esquel tica N o Sim Total Yo n Yo n Yo n Trabalha a maior parte do tempo N o 21 6 11 78 4 40 100 51 em conjunto com a assistente Sim 22 8 34 712 115 100 149 Total 22 5 45 77 5 155 100 200 Tabela 25 Tabela de conting ncia entre a organiza o do trabalho com sem assistente e a incid ncia de desconforto dor m sculo esquel tica Tal como no caso anterior a introdu o de pausas de trabalho parece n o ter qualquer efeito sobre a incid ncia de transtornos porquanto n o se verificam diferen as entre profissionais que fazem pausas no trabalho e aqueles que n o o fazem no que respeita preval ncia de transtornos dor p 0 123 A tabela 2
154. s a adoptar no trabalho Aos 191 inquiridos que responderam ter sido informados sobre as posi es correctas de trabalho foi perguntando de que formas que as obtiveram na tabela 4 est o os valores percentuais 88 5 n 177 na licenciatura 10 n 20 em workshops 7 5 n 15 atrav s de folheto informativo 6 n 12 atrav s da internet 2 n 4 atrav s literatura 2 n 4 no curso de especialidade mestrado 0 5 n 1 atrav s de curso de ergonomia 0 5 n 1 num congresso 0 5 n 1 no fisioterapeuta Tabela 5 69 Ergonomia na Medicina Dent ria Sim N o n Licenciatura 88 5 177 11 5 Workshop 10 20 90 Folheto informativo 7 5 15 92 5 Internet 6 12 94 Literatura 2 98 Curso de especialidade Mestrado 2 98 Curso de Ergonomia 0 5 1 99 5 Congresso 0 5 I 99 5 Fisioterapeuta 0 5 l 99 5 Tabela 5 Distribui o da amostra de forma como foi obtida a informa o sobre posi es correctas a adoptar no trabalho v Posi o de trabalho preferida Total n Ya 23 100 180 100 185 100 188 100 196 100 196 100 199 100 199 100 199 100 200 200 200 200 200 200 200 200 200 Da an lise do gr fico seguinte constata se que 92 n 184 referem preferir estar ZA sentados 5 n 10 referiu preferir trabalhar de p e 3 n 6 refere ambas as posi es sem prefer ncia em particular Gr fico 7 100 80 Es B 60 8 Er E oa 20 0 92 n 184 5
155. s correctas a adoptar no local de trabalho o tinham sido atrav s da Internet pelo que as respostas foram codificadas da seguinte forma Nunca foi informada de nenhuma forma 0 N o 1 e Sim 2 28 Posi es Correctas Informadas por Outros Meios A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel Posi es Correctas Pretendia se saber como os inquiridos tinham sido informados das posi es correctas a adoptar no local de trabalho o que levou a que as respostas fossem codificadas medida que era necess rio Outras formas que n o as aqui descritas 0 Curso de Ergonomia 1 Congresso 2 Fisioterapeuta 3 Literatura 4 Curso de especialidade Mestrado 5 29 Frequ ncia de Desempenho da Actividade de Cirurgia Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de cirurgia sendo que as respostas poss veis foram codificadas em Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 Ergonomia na Medicina Dent ria 30 Frequ ncia de Desempenho da Actividade de Implantologia Para este estudo apresentou se como relevante a frequ ncia com que os inquiridos desempenham a actividade de implantologia sendo que as respostas poss veis foram codificadas em Nunca 0 Raramente 1 s vezes 2 Muitas vezes 3 e Sempre 4 31 Frequ ncia de Desempenho da Actividade
156. s de aumento e o uso de microsc pio Murphy 1998 Pesquisas recentes relativas ao uso de culos com prismas indicam que os m dicos dentistas adoptam uma postura sentada correcta quando utilizam estes acess rios pticos e consequentemente reduzem o aparecimento de sintomas relacionados com os problemas m sculo esquel ticos Hokwerda et al 2007 41 Ergonomia na Medicina Dent ria De acordo com a norma ISO 6385 na concep o do posto de trabalho dever o ser aplicados algumas medidas gerais com o objectivo de evitar esfor os excessivos ou desnecess rios nos m sculos articula es ligamentos aparelho respirat rio e circulat rio Segundo esta norma o limite de for a deve situar se dentro de limites desej veis Os movimentos corporais devem seguir ritmos naturais A postura o uso de for a e os movimentos corporais devem estar em harmonia O espa o de trabalho deve estar adaptado ao equipamento ao operador e ao trabalho a ser realizado permitindo desta forma posturas correctas Hokwerda et al 2007 Para Hokwerda et al 2006 Filho e Barreto 2001 e Finsen et al 1998 a adop o da postura sentada correcta associada a uma organiza o racional do trabalho previne a elevada percentagem de incid ncia de queixas m sculo esquel ticas que afectam os m dicos dentistas A elevada percentagem de incid ncia de queixas m sculo esquel ticas considerada por estes como a principal causa de absentismo ao tra
157. s na Tabela 1 permitem nos observar que 54 5 n 109 dos inquiridos tinham idades compreendidas entre os 22 e 32 anos 17 do sexo masculino e 37 5 do sexo feminino que 28 n 56 tinham idades compreendidas entre 33 e 43 anos 15 do sexo masculino e 13 do sexo feminino que 16 n 32 tinham idades compreendidas entre 44 e 54 anos 12 do sexo masculino e 8 do sexo feminino e 1 5 n 3 tinham idades 64 Ergonomia na Medicina Dent ria compreendidas entre 55 e 65 anos 196 do sexo masculino e 0 5 do sexo feminino Gr fico 2 Masculino Feminino Total n 90 n 110 9o n Yo n Yo n 22 32 anos 17 34 37 5 75 54 5 109 33 43 anos 15 30 13 26 28 56 44 54 anos 12 24 8 16 32 55 65 anos l 2 0 5 1 5 3 Total 45 90 55 110 100 200 Tabela 1 Distribui o da amostra por intervalos de idades em rela o ao sexo A distribui o das idades da amostra por faixa et ria v ria com o sexo nas faixas et rias entre os 22 32 anos existe um predom nio do sexo feminino por outro lado dos 44 54 anos o predom nio claramente do sexo masculino Gr fico 2 80 60 40 Frequ ncia n 1 0 5 Tal 22 32 anos 33 43 anos 44 54 anos 55 65 anos Gr fico 2 Distribui o da amostra por intervalos de idade em rela o ao sexo iii Pr tica de actividade f sica Da an lise do gr fico 3 61 n 122 respo
158. sitivamente na vari vel Desconforto Dor Pretendia se saber se a localiza o do desconforto dor que tinham sentido durante o exerc cio da sua profiss o se situava na zona posterior do quadril tendo sido as respostas codificadas da seguinte forma N o 1 e Sim 2 XXVII Ergonomia na Medicina Dent ria 59 Dias de Aus ncia ao Trabalho A resposta a esta vari vel estava restrita aos inquiridos que tivessem respondido positivamente na vari vel desconforto dor Pretendia se saber o n mero de dias que os inquiridos estiveram sem trabalhar devido ao desconforto dor no ltimo ano As respostas foram codificadas da seguinte forma Nenhum dia 0 At 9 dias 1 De 10 a 24 dias 2 De 25 a 99 dias 3 e De 100 a 365 dias 4 XXVIII Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 3 Legenda da imagem esquem tica do corpo humano referente a quest o III 2 2 do question rio XXIX rea corporal frontal Pescoco Ombros Bracos Cotovelos Antebraco Punhos M os Tronco Zona P lvica Sa Sn E to P3 o o rea corporal dorsal 10 Zona Tor cica 11 Zona Lombar Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 4 Exemplos de exerc cios de alongamento muscular Figura 9 Exemplos de alongamento muscular Valachi e Valachi 2003b no banco de trabalho do m dico dentista Imagem A Combina o de pesco o e ombros Com o cotovelo elevado e com 90 genti
159. ste do Paran Em linha Dispon vel em lt http www unioeste br projetos elrf monografias 2003 mono 14 pdf gt Consultado em 20 11 2007 Milerad E et alii 1990 An electromyographic study of dental work Ergonomics 34 7 Jul pp 953 962 Milerad E e Ekenvall L 1990 Symptoms of the neck and upper extremities in dentists Scandinavian Journal of Work Environment and health 16 pp 129 134 Montmollin M 1990 A Ergonomia Lisboa Instituto Piaget Murphy D 1998 Ergonomics and the Dental Care Worker Washington American Public Health Association Nader H 2006 Les es por Esfor os Repetitivos entre os Cirurgi es Dentistas de Ribeir o Preto SP ocorr ncia e medidas de preven o e tratamento Em Linha Dispon vel em lt http Awww teses usp br autores php letra N gt Consultado em 20 02 2008 Nader H e Marziale M 2003 Como o cirurgi o dentista pode prevenir se das les es ocasionadas por esfor os repetitivos Revista da APCD Associa o Paulista de Cirurgi es Dentistas 57 4 jul ago pp 266 285 VII Ergonomia na Medicina Dent ria Newell T e Kumar S 2004 Prevalence of musculoskeletal disorders among orthodontists in Alberta International Journal of Industrial Ergonomics 33 pp 99 107 Nunes G Sousa J e Figueira L 2000 Campanha de informa o Semana Europeia 2000 In Amaral A et alii Ed Semana Europeia 2000 P
160. stion rio tem um cariz universit rio e direccionado aos M dicos Dentistas Os dados ser o tratados confidencialmente N o h perguntas certas ou erradas foo pessoa ren Sexo M O F Idade anos Peso kg Altura cm ll Aspectos relacionados com o exercicio da profiss o 1 H quantos anos trabalha como M dico Dentista lt 5anos O 5a10anos O s10anos O 2 N mero m dio de horas de trabalho semanais 35h O De35a40h O gt 40h O 3 Tem consult rio pr prio N o O sim O Se respondeu Sim pergunta 3 responda s seguintes quest es Caso contr no passe pergunta n mero 4 3 1 Teve preocupa es na escolha do mobili rio de modo a minimizar o esfor o requerido durante o acto clinico N o C Sim Teve cuidado com Cadeira de trabalho C Cadeira do paciente Arm rios do material C Outros 3 2 Teve preocupa es na escolha da posi o do mobili rio de modo a minimizar o esfor o requerido durante o acto clinico N o O sim O Responda as seguintes quest es acerca do seu pr prio consult rio ou acerca do consult rio no qual trabalha maior n mero de horas 4 Tem o consult rio organizado por reas de trabalho N o Simquantas 1 2 0 30 5 Trabalha a maior parte do tempo em conjunto com a assistente N o C Sim qual ais rea s Cirurgia Implantologia C Dentisteria C Periodontologia C Endodontia C Protese C Ortodontia C Outros
161. sual e a est tica do mesmo Cabe observar que a defini o dos par metros ergon micos relativos ao planeamento escolha e determina o de cores do ambiente tem uma rela o directa com o sistema de ilumina o de modo geral Desta forma necess rio procurar uma adequa o correcta para criar um clima 18 Ergonomia na Medicina Dent ria agrad vel e ao mesmo tempo funcional Filho 2003 afirma que a harmonia de todos estes par metros proporcionam um ambiente ideal quanto a conforto comodidade e seguran a para os profissionais e pacientes iv Factores ambientais Desde muito cedo os estudos em ergonomia incidiram sobre o perigo ambiental no trabalho do homem tal como o efeito do ru do da ilumina o da temperatura e do stress Murphy 1998 Laville 1977 cit in Reis 2000 afirma que o ser humano consegue conservar a integridade de seu organismo atrav s de mecanismos intr nsecos desde que n o ultrapassando os limites Esses factores podem provocar desconforto aumentando o risco de acidentes e provocando danos consider veis sa de Iida 2005 Ru do A presen a do ru do num ambiente de trabalho pode lesionar o sistema auditivo dos trabalhadores e causar perda da audi o quando os n veis s o excessivos O ru do descrito como um som desagrad vel e indesej vel mas cada indiv duo interpreta o de modo diferente Reis 2000 Neste sentido o que agrad vel para uma pessoa pode ser desa
162. ta para seguirem um protocolo seguro standard e previs vel na transfer ncia de instrumentos Quando poss vel o assistente deve mudar as brocas na pe a de m o manter em fun o de posicionamento de uso os instrumentos para entregar ao m dico dentista remover destro os de instrumentos antes de os devolver ao tabuleiro e manter a rea de trabalho limpa todo o tempo Finkbeiner 20002 2 3 Caracteriza o da profiss o do M dico Dentista De acordo com Bautzer e Bautzer 1987 cit in Maehler 2003 a profiss o de m dico dentista teve um in cio modesto inquietando se apenas com o cuidado do dente Decorrido algum tempo sobreveio compress o que o paciente um todo e n o apenas um dente Isto ampliou o campo de ac o dos seus profissionais pois o dente est rodeado por osso e gengiva relacionado a uma boca l ngua e todos os seus anexos constituindo parte indivis vel de um organismo vivo A rea de trabalho destes profissionais e a cavidade oral Finsen et al 1998 A profiss o de m dico dentista complexa a n vel f sico e ps quico Murphy 1998 Com elevadas exig ncias ao n vel da vis o precis o movimentos manipulativos finos Akesson et al 1999 e adop o de posturas fixas Al Wazzan et al 2001 27 Ergonomia na Medicina Dent ria S o v rios os riscos associados a esta profiss o exemplos stress varizes LME dermatites nas m os conjuntivites entre outros Carneiro 200
163. ticas sindrome tunel carpico syndrome tunnel carpal ergonomic in dentistry human factors in dentistry musculoskeletal disorders in dentistry postura posture Foi tamb m poss vel atrav s da biblioteca virtual da Universidade do Porto e atrav s das revistas existentes na Faculdade de Medicina Dent ria da Universidade do Porto FMDUP e na Universidade Fernando Pessoa UFP consulta de artigos cient ficos de revistas nacionais e internacionais e em livros relacionados ou que abordassem o tema Prop s se elaborar um question rio para analisar a situa o dos m dicos dentistas relativamente ao grau de conhecimento em rela o a ergonomia 3 1 Tipo de estudo e popula o alvo De modo a avaliar o grau de conhecimento dos m dicos dentistas no activo sobre a ergonomia em Medicina Dent ria foi efectuado um estudo observacional de delineamento transversal com finalidades descritivas e anal ticas sob forma de question rio de auto resposta A popula o alvo escolhida para este estudo foi os m dicos dentistas Depois de testado o question rio com o objectivo detec o de dificuldades de interpreta o poss veis omiss es dificuldades de resposta devido a ambiguidade da pergunta e outras possiv is dificuldades o question rio foi alterado obtivemos assim a vers o final do mesmo que pode ser consultada em anexo Anexo 1 N o havia question rio standard por isso fizemos uma adapta o do question rio dispon vel do
164. tida no tronco e membros superiores XXXV Ergonomia na Medicina Dent ria ANEXO 6 TESTES DE HIP TESES Relativamente interpreta o estat stica dos resultados ser o utilizados os n veis de signific ncia 5 quando o p tem um valor lt 0 05 permitindo nos desta forma garantir que existe uma rela o estatisticamente significativa entre as vari veis 1 Associa o entre o sexo e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre o sexo e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H1 Existe associa o entre o sexo e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 2 Associa o entre a idade e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre a idade e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H1 Existe associa o entre a idade e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o 3 Associa o entre a antiguidade na profiss o e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o H0 N o existe associa o entre a antiguidade na profiss o e o desconforto dor m sculo esquel tica sentida no exerc cio da profiss o XXXVI Ergonomia na Medicina Dent ria H1 Existe associa o entre a antiguidade
165. tindo assim colocar o paciente em posi o que favore a a adop o de uma posi o de trabalho confort vel para o m dico dentista O apoio da cabe a da cadeira deve ser regul vel Filho 2003 Para Hokwerda et al 2006 o design deste apoio deve possibilitar um movimento de lateroflex o da cabe a do paciente em qualquer uma das posi es 11h 12he 13h A posi o correcta da cabe a importante para que o paciente se sinta confort vel esteja descontra do durante o tratamento Engels 2002 cit in Carneiro 2005 acrescenta que importante o uso de almofada que auxilie nos movimentos de lateroflex o e rota o evitando os riscos inerentes de extens o ou de flex o da cabe a E importante ter em conta o conforto do paciente sem negligenciar o conforto da equipa m dica Actualmente o m dico dentista deve ponderar nas caracter sticas do equipamento desde o momento da sua aquisi o devendo este garantir par metros ergon micos e a pr tica segura deste profissional Esta escolha pode maximizar 46 Ergonomia na Medicina Dent ria a produtividade e ao mesmo tempo reduzir o stress da sua equipa Finkbeiner 2000a A posi o da cadeira do paciente deve permitir ao m dico dentista adoptar uma postura confort vel a n vel dos membros superiores de modo a que e ao mesmo tempo oferecer espa o necess rio a acomoda o dos membros inferiores Hokwerda et al 2007 Na aquisi o de uma cadeira de p
166. trav s da aplica o de princ pios ergon micos no consult rio e nos procedimentos cl nicos Tamb m foi alcan ado a percep o do n vel de conhecimento dos m dicos dentistas em rela o ergonomia no seu contexto pr tico e vivido no dia a dia Apesar dos nossos resultados termos verificado apenas uma associa o significativa entre a antiguidade da profiss o e a sensa o de desconforto dor no ltimo ano no exerc cio da profiss o achamos que as outras hip teses segundo a literatura tamb m mostram ser relevantes Pessoalmente o trabalho veio abrir portas para um interesse de uma nova rea A ergonomia um novo mundo de conhecimentos e a meu ver est inteiramente ligada medicina dent ria s o duas reas que se interligam muito bem E que dever ser estudada e tomada mais a s rio nesta rea e por quem se interesse pela tem tica Os resultados dos question rios estavam dentro das nossas expectativas visto ser uma amostra de dimens o reduzida perante ao Universo dos m dicos dentistas achamos que projectos futuros como folhetos de informa o cursos pr ticos atrav s da OMD seriam relevantes aos profissionais desta rea Para que haja conscientiza o dos princ pios ergon micos e que estes sejam aplicados no dia a dia do m dico dentista promovendo bem estar f sico e mental Para que este possa no seu melhor desempenhar os cuidados de sa de oral ao paciente Futuramente o trabalho pode p
167. u respectivo tempo padr o aparecendo da o termo taylorismo Inicialmente este conceito pretendia medir a produtividade atrav s de m todos racionais de trabalho Taylor atrav s dos seus estudos verificou que os trabalhadores se sentiam oprimidos e desinteressados quando desempenhavam tarefas automatizadas Os conhecimentos do taylorismo n o se baseavam em conhecimentos cient ficos mas sim na observa o emp rica do trabalho em f bricas Iida 2005 Hoje em dia est comprovado que uma s rie de factores como o projecto do posto de trabalho m quinas ambiente f sico e organiza o do trabalho influenciam o modo de desempenho do ser humano no trabalho Iida 2005 Segundo este autor a ocorr ncia de um acidente n o meramente ocasional mas sim consequ ncia de diversos factores pr existentes A ergonomia como estudo da rela o entre o homem e o seu ambiente de trabalho ganhou interesse na rea da medicina dent ria no s culo XXI por aumentar a produtividade e diminuir o stress Finkbeiner 2000a Na medicina dent ria como noutras reas a ergonomia contribui para a simplifica o do trabalho prevenindo a fadiga f sica e mental e oferecendo conforto e seguran a para o m dico dentista Saquy e P cora 1996 Nesta rea para o trabalho ser desempenhado com seguran a conforto e efic cia envolve a correcta aplica o da ergonomia nos postos de trabalho e dos sistemas de conforto ambiental Filho 2003 D
168. u uso 2 5 Les es m sculo esquel ticas e desordens do foro psicol gico Esta tem tica constitui uma das prioridades europeias no dom nio da preven o de riscos profissionais devido sua dimens o e custos inerentes As les es m sculo esquel ticas LME afectam milh es de trabalhadores europeus de todos os sectores de actividade que custam Europa bili es de euros em perdas de produtividade e em custos sociais Segundo o Instituto de Desenvolvimento e Inspec o das Condi es de Trabalho IDICT constata se que Portugal um dos Estados Membros com maior predomin ncia de trabalhadores que sofrem de dores nas costas e nos membros 50 Ergonomia na Medicina Dent ria superiores e inferiores sendo apenas ultrapassado pela Gr cia e apresentado valores superiores aos da m dia europeia Facto pelo qual contribui o para uma maior aten o por parte das entidades respons veis Nunes et al 2000 Na literatura poss vel encontrar um conjunto de designa es que se referem a mesma entidade les es por esfor o repetitivo LER dist rbios osteomusculares relacionados com o trabalho DORT Musculoskeletal disorders MSD Work related musculoskeletal disorders WMSD Repetitive strain injuries RSD Occupational overuse syndrome OOS ou Les es m sculo esquel ticas LME relacionadas com o trabalho s o termos utilizados como sin nimos de les es por trauma cumulativo dist rbios cervicobraquiais ocupacio
169. ue trabalham na posi o de p quase a totalidade 90 refere sentir desconforto dor no exerc cio da profiss o Relativamente aos indiv duos que optam por trabalhar na posi o de sentado apesar de esta ser como nos refere Finsen et al 1998 um meio de redu o da actividade muscular nas zonas superior e inferior das costas mesmo assim encontramos 77 destes indiv duos manifestando desconforto dor no exerc cio da profiss o Apesar do n mero de indiv duos que trabalham em ambas as posi es ser reduzido na amostra verificamos que apenas 50 referem ter desconforto dor no exerc cio da profiss o o que nos demonstra estar de acordo com aquilo que referido por Hokwerda et al 2006 em que o m dico 88 Ergonomia na Medicina Dent ria dentista n o deve adoptar posturas est ticas prolongadas recomendando em alternativa um m todo din mico Uma das formas de prevenir as queixas de desconforto dor sentidas no exerc cio da profiss o atrav s da execu o de exerc cio f sico para alongamento muscular devendo este ser feito com regularidade e v rias vezes ao longo da jornada de trabalho em pequenas pausas tal como nos referenciado por Valachi e Valachi 2003b ver anexo 4 Em rela o ao h bito de efectuar pausa intervalos entre as consultas uma grande percentagem de m dicos dentistas refere n o o fazer 65 Contrariamente ao que esper vamos a preval ncia de desconfort
170. umentos Hokwerda 2008 refere ainda que um dos cuidados a ter em conta para manter uma postura corporal correcta dever ser o agarrar os instrumentos pela t cnica de modified pen grip 39 Ergonomia na Medicina Dent ria Ao longo da hist ria da pr tica do m dico dentista o profissional tem adoptado diferentes posturas de trabalho com repercuss es ao n vel da sua sa de A posi o de p ao lado da cadeira com o paciente sentado foi a primeira a ser adoptada por estes Guay 1998 Com esta postura verifica se uma sobrecarga de press o concentrada ao n vel dos ligamentos tend es m sculos e articula es dos membros inferiores e deficit do retorno venoso Guay 1998 O sangue fica concentrado nos p s e nas pernas havendo assim um aumento do d bito card aco havendo sobrecarga do sistema circulat rio Saquy e P cora 1994 Nesta posi o o corpo apoiando se quase sempre sobre um nico p de cada vez provoca esfor os excessivos na coluna ombros e bra os Castro e Figlioli 1999 Contudo as vantagens desta postura s o uma maior liberdade de movimentos capacidade de aplica o maior quantidade de for a e pot ncia exercida pelos bra os e diminui o da press o exercida sobre os discos lombares cerca de 25 menos do que na posi o de sentado j que mant m a lordose fisiol gica da coluna lombar Grandjean 2004 Desde a d cada de 50 t m vindo a ser realizados estudos sobre as LME r
171. ura s o relevantes Acreditamos que os resultados deste estudo s o particularmente relevantes para os profissionais da medicina dent ria incentivando e orientando o debate sobre a ergonomia e a sua aplica o como meio de preven o nas les es m sculo esquel ticas 94 Ergonomia na Medicina Dent ria VII BIBLIOGRAFIA Akesson I et alii 1997 Quantifying work load in neck shoulders and wrists in female dentists International archives of occupational and environmental health 69 pp 461 474 Akesson I et alii 1999 Musculoskeletal disorders among female dental personnel clinical examination and a 5 year follow up study of symptons International archives of occupational and environmental health 72 6 pp 395 403 Akesson I et alii 2000 Musculoskeletal symptoms among dental personnel lack of association with mercury and selenium status overweight and smoking Swedish Dental Journal 24 1 2 pp 23 38 Al Wazzan K et alii 2001 Back amp Neck Problems among Dentist and Dental Auxiliaries The Journal of Contemporary Dental Practice 2 3 pp 17 30 Alexopoulos E Stathi I e Charizani F 2004 Prevalence of musculoskeletal disorders in dentists BMC Musculoskeletal Disorders 5 16 pp 1 6 Anton D et alii 2002 Prevalence of Musculoskeletal Symptoms and Carpal Tunnel Syndrome among Dental Hygienists American Journal of Industrial Medicine 42 pp 248 257 Barbosa E
172. ve partir do estudo da interface homem m quina ambiente ou seja das interac es que ocorrem entre estes Tida 2005 Segundo Iida 2005 o posto de trabalho a configura o f sica do sistema homem m quina ambiente uma unidade produtiva que envolve um homem e o equipamento ou instrumento que ele utiliza para realizar o seu trabalho O posto de trabalho do m dico dentista composto pela cadeira do paciente bancos de trabalho do m dico dentista e assistente equipamentos m veis e fixos arm rios m veis e fixos e instrumentos Filho 2003 Iida 2005 refere dois tipos de foco para analisar o posto de trabalho o taylorista e o ergon mico 29 Ergonomia na Medicina Dent ria O foco taylorista baseado nos princ pios de economia de movimentos ou seja no estudo dos movimentos corporais necess rios para executar um trabalho na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos lida 2005 Acerca do foco taylorista Finkbeiner 2000b afirma que a economia de movimentos em medicina dent ria efectuada se o m dico dentista trabalhar em equipa com a assistente sentados e confort veis utilizando os objectivos do trabalho a quatro m os A implementa o efectiva deste conceito faz se quando os membros da equipa dent ria assumem as responsabilidades individuais e da equipa racionaliza o do trabalho provocando uma diminui o da carga cognitiva no profissional Deste modo a equip
173. veis podemos incluir sistema de entrega onde se localizam os instrumentos e conjunto de motores cuspideira lumin ria direccional aparelho de raio X Em cadeiras de pacientes mais recentes poss vel fazer o controlo e ajuste atrav s de pain is informatizados Filho 2003 Estes recursos ergon micos permitem que o m dico dentista e a sua assistente estejam mais concentrados no tratamento ao paciente e com os recursos necess rios pr tica de trabalho a quatro m os Finkbeiner 2000b As superf cies do equipamento e dos instrumentos dent rios devem ser mate para evitar efeitos de brilho que provocam fadiga para os olhos do m dico dentista Relativamente as cores do equipamento dent rio devem ser suaves para um melhor contraste que em associa o com um bom n vel de ilumina o permite melhorar o fen meno de adapta o dos olhos prevenindo fadiga ocular Hokwerda et al 2007 Hokwerda et al 2007 refere que na Legisla o sobre sa de e seguran a no trabalho na Directiva Europeia de dispositivos M dicos no artigo 8 1 diz que os dispositivos e os processos de produ o devem ser projectados de forma a eliminar ou reduzir tanto quanto poss vel o risco de infec o para o doente utilizador ou para terceiros A concep o do dispositivo deve ter em considera o uma utiliza o f cil e quando necess rio a minimiza o da contamina o do dispositivo pelo doente ou vice versa durante o se
174. vezes 26 n 52 s vezes 1196 n 22 raramente 1196 n 22 sempre e 9 n 18 responderam nunca Tabela 4 Dos inquiridos que responderam quest o sobre com que frequ ncia desempenha a actividade de ortodontia 69 n 138 responderam que nunca 10 5 n 21 sempre 10 n 20 muitas vezes 5 5 n 11 s vezes e 5 n 10 responderam raramente Tabela 4 68 Ergonomia na Medicina Dent ria Nunca Raramente s vezes Muitas vezes Sempre Total n n n n n n Cirurgia Oral 4 8 3 6 23 5 47 43 5 87 26 52 100 200 Implantologia 73 146 10 20 9 18 6 5 13 1 5 3 100 200 Dent stica l 2 1 5 3 6 12 35 70 56 5 113 100 200 Periodontia 5 10 4 8 7 5 15 435 87 40 80 100 200 Endodontia 4 8 35 7 13 5 27 43 86 36 72 100 200 Pr tese 9 18 11 22 26 52 43 86 H 22 100 200 Ortodontia 69 138 5 10 5 5 11 10 20 10 5 21 100 200 Tabela 4 Distribui o das frequ ncias com que os m dicos dentistas desempenham cada actividade descrita iv Informa o sobre posi es correctas a adoptar no trabalho Pela an lise do gr fico seguinte verificamos que 95 5 n 191 dos inquiridos receberam informa o sobre posi es correctas de trabalho 4 5 n 9 dos inquiridos responderam negativamente Gr fico 5 200 150 E a 2 100 w z a E s 4 5 n 9 0 EE N o Sim Gr fico 5 Distribui o da amostra de acordo com a informa o sobre posi es correcta

Carina José Caires Figueira Teles - Repositório Institucional da

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Carina Jos&eacute; Caires Figueira Teles - Reposit&oacute;rio Institucional da

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

Carina José Caires Figueira Teles - Repositório Institucional da