Capítulo 4
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1. Troca de servi os entre Operadores de Sistema e Modelo 2 Agentes que operam em diversos mercados em simult neo e Modelo 3 Mercado Integrado 2 Dentro destas solu es os Operadores de Sistema propuseram se a concretizar o Modelo 1 Neste Modelo estabelecida uma rela o direta entre Operadores de Sistema de diferentes reas de controlo envolvendo a realiza o de contratos de aquisi o de reserva Cada operador respons vel pelo equil brio da respetiva rea e por efetuar as trocas de Servi os de Sistema com outros operadores ficando a cargo de cada operador das diferentes reas a responsabilidade de definir o pre o e as condi es de oferta a operadores vizinhos Neste modelo a aquisi o das reservas provenientes da rea vizinha baseada exclusivamente no pagamento de energia Portanto a condi o essencial para que as trocas de Servi os de Sistema possam ocorrer a exist ncia de capacidade de interliga o livre ap s as trocas entre agentes das diferentes reas estabelecidas no Mercado Di rio e no Mercado Intradi rio A t tulo de curiosidade este modelo encontra se implementado na fronteira entre a Fran a e o Reino Unido cujos TSO s s o respetivamente a R seau de Transport d Electricit RTE e a National Grid Company NGC A capacidade de interliga o Harmoniza o dos Servi os de Sistema no MIBEL 51 entre estes dois pa ses de 2000 MW e esta interliga o realizada atrav s de um2. de modo a manter o valor das tens es nodais dentro das gamas especificadas As quantidades necess rias para manter a qualidade e seguran a do servi o s o definidas atrav s de estudos de Optimal Power Flow OPF realizados pelo TSO Em Espanha o controlo de tens o incluiu um termo obrigat rio e n o remunerado juntamente com um termo pago de acordo com a avalia o do seu comportamento O termo obrigat rio utilizado dada a relev ncia do controlo de tens o para a manuten o da seguran a e da fiabilidade do sistema O TSO Espanhol define o valor de pot ncia reativa obrigat ria bem como o montante que poder ser oferecido ao TSO Se for aceite pelo TSO pago a um pre o fixo De qualquer forma diversas informa es sugerem que at agora o TSO Espanhol n o tem utilizado o mecanismo de mercado contemplado na regulamenta o Espanhola pelo que o controlo de tens o realizado utilizando o termo obrigat rio n o remunerado 32 4 3 6 Reposi o de Servi o A reposi o de servi o tamb m denominada black start um servi o que consiste na capacidade de uma unidade produtora passar de uma condi o de n o operacionalidade para uma condi o de operacionalidade sem recorrer rede el trica ou a qualquer outra fonte de Os Servi os de Sistema no MIBEL 49 energia externa Normalmente utlizado um pequeno gerador auxiliar como por exemplo uma pequena turbina a g s ou um gerador diesel Quando este g
3. situa es de congestionamento em linhas de interliga o entre Portugal e Espanha as regras de funcionamento do MIBEL determinam a utiliza o do mecanismo do Market Splitting dando origem a diferen as de pre os de mercados nas duas reas interligadas Por outro lado se ocorrerem situa es de congestionamento internas aos sistemas el tricos de Portugal ou de Espanha cada TSO dever aceitar ofertas a submeter tipicamente at s 11h de cada dia apresentadas por geradores que aceitem alterar os valores de produ o que tenham sido inicialmente atribu dos Utilizando estas propostas de incremento ou de decremento cada TSO identifica Os Servi os de Sistema no MIBEL 45 a estrat gia mais adequada para verificar as diversas restri es t cnicas que se encontrem ativas de modo a atingir o custo m nimo de redespacho e de modo a preservar a fiabilidade e a seguran a de explora o do sistema 31 4 3 2 Reserva Prim ria A reserva prim ria est associada resposta autom tica local das unidades produtoras dotadas de reguladores de velocidade adequados que tenham a capacidade de reagir a varia es de frequ ncia Grandes desvios na frequ ncia causados por excesso de produ o podem levar sa da de servi o de todos os geradores levando assim falta de capacidade de alimentar as cargas existentes no sistema Por outro lado uma redu o da produ o pode levar a uma redu o da frequ ncia caso a carga a aliment
4. um pre o que resulta do m ximo entre o pre o instrumental do Mercado Di rio e o pre o m dio hor rio das energias de regula o e balan o utilizadas no sistema que presta apoio Posteriormente em Fevereiro de 2011 a REN e a REE fizeram uma apresenta o conjunta na reuni o do Comit T cnico do MIBEL em que foi proposto o alargamento da harmoniza o e coordena o de trabalhos n o s interliga o luso espanhola mas tamb m interliga o Franco Espanhola o que implicaria o envolvimento da RTE no processo Nesse sentido prop em a utiliza o da plataforma de interc mbio de Servi os de Sistema j utilizada entre a RTE e a National Grid a plataforma BALIT na interliga o entre a Fran a e o Reino Unido implicando o adiamento da Fase Il do processo para o 3 trimestre de 2012 nas duas interliga es e prevendo o mercado regional de Servi os de Sistema para finais de 2014 Segundo os TSO s de Portugal e de Espanha a vantagem desta solu o reside no facto da 52 Servi os de Sistema plataforma BALIT constituir o caminho para a implementa o de uma solu o multi TSO para o interc mbio entre os sistemas el tricos na Europa 30 No futuro est o previstos os seguintes desenvolvimentos e Desenvolvimento das interliga es entre Espanha e Fran a e Mercados de Servi os de Sistema din micos e procedimentos harmonizados de apoio m tuo entre sistemas el tricos na gest o da opera o em tempo rea
5. Cap tulo 4 Servi os de Sistema 4 1 Considera es Gerais A literatura especializada evidencia que o grau de harmoniza o relativo defini o de Servi os de Sistema reduzido bem como no que se refere aos servi os ou produtos que se incluem nesta categoria 31 De acordo com a refer ncia 32 os Servi os de Sistema correspondem a um conjunto de servi os separados da produ o de energia e s o fundamentais para assegurar o funcionamento do sistema el trico em condi es de seguran a Estes servi os contribuem tamb m para um aumento dos ndices de fiabilidade associados ao SEE Uma outra refer ncia cont m a defini o da Federal Electricity Regulatory Comission FERC indicando que os Servi os de Sistema s o os servi os necess rios transmiss o de energia el trica desde o vendedor at ao comprador dadas as obriga es de cada rea de controlo e da transmiss o nessas mesmas reas para manter a fiabilidade das opera es entre sistemas el tricos interligados 33 Os servi os relativos s reservas de pot ncia ativa s o tipicamente divididos de acordo com o tempo ao fim do qual se encontram dispon veis Assim originam reservas prim rias ou de controlo de carga frequ ncia reservas secund rias associadas ao sistema de Automatic Generation Control AGC e reservas terci rias Ao longo deste cap tulo tratar se em primeira inst ncia dos principais crit rios utilizados pela ENTSO E
6. a o gerador recebe uma remunera o que resulta da aplica o da express o 4 3 RGerador n TermoDisponibilidade n TermoUtiliza op n 4 3 BandaSecsupir BandSeCpescer x Prarginai EnergiaSecsupir x PTersubir EnergiaS Cpescer x PTeTpescer Nesta express o e BandaSecsuir a pot ncia de reserva de regula o secund ria a subir na hora h aceite no mercado em MW e BandSecpescer a pot ncia de reserva de regula o secund ria a descer na hora h aceite no mercado em MW Piripiri o pre o da banda de reserva de regula o secund ria obtido no Mercado para a hora h em MW e EnergiaSecsupir a energia de reserva secund ria a subir mobilizada pelo TSO na hora h em MWh e PTersir O pre o da energia de reserva terci ria a subir na hora h em MWh e EnergiaSeCpescer a energia de reserva secund ria a descer mobilizada pelo TSO na hora h em MWh e PTervescer O pre o da energia de reserva terci ria a descer na hora h em MWh Assim pela express o anterior facilmente se verifica que a reserva secund ria paga por dois termos O primeiro corresponde ao termo de disponibilidade e envolve o pagamento da banda de reserva de regula o secund ria ao pre o da ltima proposta de banda de reserva secund ria que foi aceite para uma determinada hora O segundo termo corresponde ao pagamento da energia de reserva secund ria qu
7. ainda como fun o a contrata o dos n veis necess rios de servi os de sistema e a gest o da opera o do Sistema el trico em tempo real No sistema Espanhol a gera o pode ser classificada tal como no Sistema Portugu s em regime normal ou em regime especial Neste ltimo cabe ao gerador decidir se remunerado atrav s de uma tarifa criada para o efeito ou se remunerado ao pre o de Mercado acrescido de um pr mio por se tratar de um gerador em regime especial 35 Ap s a cria o do MIBEL cada um dos dois pa ses envolvidos manteve a sua rea de controlo Cada uma destas reas encontra se subdividida em diversas reas de balan o para monitorizar os valores produzidos pelos geradores em rela o aos valores previstos ou determinados em mercados ou associados a contratos bilaterais Os servi os de sistema s o geridos pelos dois TSO nomeadamente a REN em Portugal e a REE em Espanha em termos dos n veis requeridos e da sua contrata o e os c digos de explora o dos sistemas dos dois pa ses especificam os servi os de sistema considerados 31 4 3 1 Solu o de Restri es T cnicas Uma restri o t cnica definida como qualquer limita o devida situa o de explora o da rede ou do sistema e que impede que a energia el trica seja fornecida aos consumidores de acordo com os crit rios de seguran a e de fiabilidade especificados para a explora o do sistema 36 Por exemplo em rela o a
8. ar se mantenha 37 Assim o objetivo da reserva prim ria manter a frequ ncia dentro dos limites admiss veis e sempre que existe um desequil brio entre a produ o e a carga a reserva deve ser acionada 38 De acordo com a refer ncia 36 a banda m xima admiss vel de varia o de frequ ncia de 10 mHZ e a totalidade da pot ncia de reserva prim ria dever ser ativada para desvios de frequ ncia superiores a 200 mHZ Em Portugal a ativa o da reserva prim ria realizada no m ximo ao fim de 15 segundos para perturba es que originem desvios de frequ ncia inferiores a 100 mHZ e aumenta de forma linear de 15 a 30 segundos para desvios de frequ ncia entre 100 e 200 mHz 36 Em ambos os pa ses este um servi o obrigat rio n o remunerado fornecido por geradores que dever o fornecer uma banda de regula o de pelo menos 5 da sua pot ncia produzida 36 4 3 3 Reserva Secund ria Na sequ ncia de uma perturba o que tenha originado uma redu o de frequ ncia o aumento da produ o combinada com a redu o da carga dependente da frequ ncia vai estabilizar o sistema numa frequ ncia que ser ligeiramente inferior nominal Para prevenir fluxos de pot ncia imprevistos assim como outros desequil brios existe a reserva secund ria Esta reserva est associada a um controlo zonal da frequ ncia e a um interc mbio de pot ncia entre reas e tem como objetivo fazer com que o sistema regresse fr
9. ara subir e para descer a produ o de um gerador no m ximo ao fim de 15 minutos e ainda o pre o da energia correspondente em MWh A energia utilizada valorizada ao pre o marginal da ltima proposta aceite para regula o a subir e a descer Em ambos os pa ses este servi o complementar pelo que n o obrigat rio mas remunerado tal como referido anteriormente 4 3 5 Controlo de Tens o O servi o de controlo de tens o tem como objetivo controlar os fluxos de pot ncia reativa de modo a que o sistema opere dentro de limites aceit veis de tens o Assim este servi o tem a capacidade de produzir energia reativa para resolver situa es em que o n vel de tens o baixo e tem a capacidade de absorver energia reativa em situa es em que o n vel de tens o elevado Em ambas as situa es este servi o funciona de forma din mica e cont nua de modo a evitar varia es bruscas de tens o 39 Os fluxos de pot ncia reativa podem dar origem a importantes varia es de tens o em todo o sistema sendo por isso necess rio manter um equil brio entre as fontes de pot ncia reativa e de produ o na rea de controlo Ao contr rio da frequ ncia do sistema que consistente ao longo de todo o sistema a pot ncia reativa tem uma natureza local pelo que distribu da por toda a rede 48 Servi os de Sistema Existem diversos equipamentos que podem ser utilizados no fornecimento deste servi o Entre el
10. cabo submarino 41 A implementa o deste modelo no mbito do MIBEL foi dividida em tr s fases e Fase Elabora o e celebra o de um acordo de interc mbio de apoio entre sistemas com a finalidade de manter as condi es de qualidade de abastecimento e Fase Il Oferta de Servi os de Sistema apresentada por cada operador da rede de transporte vizinha para ser mobilizada quando estiver esgotada a capacidade dispon vel do pr prio sistema e Fase ll Oferta de Servi os de Sistema apresentada por cada TSO ao TSO vizinho sendo incorporada na curva de ofertas em concorr ncia com as ofertas desse sistema nas condi es de transpar ncia e n o discrimina o estabelecidas previamente 30 No final de 2008 a REN e a REE conclu ram a Fase do plano de implementa o e apresentaram o acordo conjunto para o estabelecimento de interc mbios de apoio entre os dois sistemas Nesse acordo foi estabelecido que o pedido de interc mbio de apoio ao sistema el trico vizinho uma solu o a ter em conta somente em ltimo recurso Como tal esta solu o poder ser utilizada quando o Operador do Sistema que solicita o apoio j tenha utilizado todos os restantes meios sua disposi o inclusive a redu o da capacidade de exporta o Salvo em casos excecionais a programa o dos interc mbios de apoio n o afetar os programas de interliga o estabelecidos previamente A energia de apoio fornecida ser valorizada a
11. controlo dever cobrir a mais elevada perda de pot ncia esperada no sistema e dever encontrar se dispon vel num per odo que varia de pa s mas que com frequ ncia se encontra fixado em minutos 31 4 3 Os Servi os de Sistema no MIBEL A restrutura o do sistema el trico Portugu s iniciada em 1995 levou cria o do TSO REN SA no ano 2000 Antes em 1996 havia sido publicada a lei que viria a permitir a cria o do Day Ahead Market e a extens o da elegibilidade a todos os consumidores Assim os 44 Servi os de Sistema geradores s o classificados como funcionando em regime normal ou em regime especial Estes ltimos englobam todo o tipo de gera o proveniente da energia e lica ou solar e ainda mini h dricas com pot ncia inferior a 10 MVA e centrais de cogera o e encontram se ao abrigo de um regime legal pr prio Este regime legal tem por base o facto de toda a energia produzida em regime especial ter que ser despachada e assim n o necessitar de ir a Mercado Assim as centrais a produzirem neste regime s o pagas atrav s de tarifas criadas para o efeito a partir de 1998 35 Em Espanha desde o dia 1 de Janeiro de 1998 que o sistema el trico inclui um Day Ahead Market que gerido pelo Operador de Mercado e ainda a possibilidade de estabelecer contratos bilaterais Tal como mencionado anteriormente cabe ao TSO avaliar a viabilidade t cnica do conjunto contratos despachos para o dia seguinte O TSO tem
12. da como o desvio de UCTE ENTSO E 43 pot ncia associado a um incidente de refer ncia 31 Esta pot ncia de reserva em seguida alocada pelas diversas reas de controlo atrav s da express o 4 1 E Porimi E x Porimtotal 4 1 total Nesta express o e Porimi a pot ncia de reserva prim ria atribu da rea i e E energia total produzida na rea i e Esotai a energia total produzida no conjunto das reas de controlo envolvidas e Porimtotal a pot ncia associada ao incidente de refer ncia Relativamente s reservas secund rias a sua ativa o efetuada atrav s do AGC de cada rea de controlo Este sistema envia automaticamente informa o sobre novos pontos de opera o dos geradores participantes de acordo com o seu n vel de contribui o para trazer a frequ ncia de volta para o valor nominal de 50 Hz e para alterar o valor do tr nsito de pot ncia nas linhas principais do sistema para os valores previstos De acordo com as recomenda es da UCTE atualmente ENTSO E o valor da pot ncia da reserva secund ria Popei ja x Lmaxi b2 b 4 2 definido pela express o 4 2 Nesta express o e Pci a pot ncia de reserva secund ria e aeb s o coeficientes fixados empiricamente Normalmente correspondem a 10 MW e 150 MW respetivamente e Lmaxi O valor de pico da pot ncia de carga na rea i Finalmente o valor da reserva de pot ncia terci ria em cada rea de
13. e foi mobilizada dentro dessa banda Esta Os Servi os de Sistema no MIBEL 47 energia por seu turno paga ao pre o da energia de reserva terci ria que foi mobilizada nessa mesma hora 31 Tanto em Portugal como em Espanha este servi o n o obrigat rio mas remunerado da forma explicitada anteriormente 4 3 4 Reserva Terci ria O controlo terci rio suplementa e substitui a reserva secund ria e contratado de acordo com a perda de capacidade de produ o mais elevada que o sistema poder ter que suportar No MIBEL a reserva terci ria contratada em mercados espec ficos com mbito nacional Para cada hora do pr ximo dia cada TSO determina o valor necess rio da reserva terci ria correspondente capacidade de produ o mais elevada que poder sair de servi o devido a uma conting ncia simples aumentada de 2 da carga prevista para esse per odo 31 Ap s encerrar o mercado da reserva secund ria cada TSO ativa um mercado para contrata o de pot ncia de reserva terci ria tipicamente das 18 s 21 horas As propostas de pot ncia de reserva terci ria dever o ser apresentadas por geradores com capacidade para fornecer pot ncia no m ximo ap s 15 minutos depois do incidente deste que consigam manter o fornecimento desse servi o durante pelo menos duas horas consecutivas Estas propostas incluem reservas para subir e para descer em MW interpretadas como os valores mais elevados de varia es p
14. equ ncia nominal Este controlo normalmente realizado por telerregula o atrav s do AGC de cada rea de controlo sendo realizado pelo Operador de Sistema da rea onde existe desequil brio 38 De acordo com a refer ncia 36 em Portugal o controlo secund rio ativado em n o mais do que 30 segundos ap s a ocorr ncia da perturba o e a sua entrada em opera o dever estar completa em n o mais do que 15 minutos 46 Servi os de Sistema As pot ncias associadas reserva secund ria em Portugal e em Espanha s o contratadas separadamente em cada pa s por ativa o de mercados espec ficos Em Portugal o TSO comunica at s 13 horas do dia anterior o requisito de reserva secund ria e os geradores enviam propostas de venda incluindo reservas de regula o secund ria a subir e a descer MW e o pre o da banda de regula o secund ria MW O TSO contrata a pot ncia de reserva secund ria ordenando as propostas submetidas por ordem crescente dos seus pre os e o pre o da pot ncia de reserva secund ria corresponde ao pre o da ltima proposta aceite No caso de ocorrer uma perturba o a energia utilizada dentro desta banda denominada energia de regula o secund ria MWh e paga de acordo com o pre o da energia de regula o terci ria obtido para a hora correspondente no mercado de reserva de regula o terci ria respetivo Assim verifica se que para a hora h em rela o reserva secund ri
15. erador arranca usual utiliz lo para re energizar parte da rede local e deste modo continuar progressivamente at todo o sistema se encontrar de novo interligado Assim os geradores capazes de fornecer este tipo de servi o devem estar dispersos por todo o sistema de modo a terem a capacidade de re energizar todo o sistema progressivamente ap s um poss vel black out Por outro lado estes geradores t m ainda que ter a capacidade de consumir e produzir pot ncia reativa de modo a controlar o perfil de tens o durante o processo de reposi o do servi o Os principais custos associados a este tipo de servi o est o relacionados com o investimento em equipamentos e a respetiva opera o e manuten o N o obstante h tamb m custos associados ao funcionamento da rede de transmiss o durante a reposi o de servi o do sistema e ainda custos associados s perdas no sistema O servi o de black start n o remunerado quer em Portugal quer em Espanha Ambos os TSO s definem planos a ser seguidos em caso de ocorrerem conting ncias bem como planos de reposi o de servi o no caso de ocorrerem black out s Tal como se encontra detalhado em 21 o objetivo principal dos planos de reposi o de servi o consiste em repor o fornecimento de energia el trica de uma forma ordenada segura e o mais rapidamente poss vel Estes planos s o preparados em colabora o entre os dois TSO s de modo a re energizar o sistema ib rico t
16. es destacam se os geradores os compensadores s ncronos transformadores com tomadas baterias de condensadores entre outros Estes equipamentos diferem nas suas carater sticas nomeadamente no tempo de rea o na sua capacidade de suportar altera es de tens o e nos custos de opera o e de investimento Assim a escolha do equipamento est relacionada com a natureza da carga a compensar e com o tempo de rea o requerido Por outro lado a escolha do equipamento estar tamb m relacionada com os custos a ele associado Normalmente os principais custos associados a este servi o correspondem aos custos de investimento opera o manuten o deprecia o e aos custos de oportunidade Em Portugal o controlo de tens o corresponde a um servi o obrigat rio n o remunerado fornecido por equipamentos instalados ao longo da rede incluindo geradores e equipamentos instalados nas redes de transporte e de distribui o Segundo a refer ncia 36 o TSO dever explorar os sistemas verificando os limites de tens o nos n s da rede para a opera o em condi es normais para as conting ncia N 1 bem como para um conjunto de conting ncias envolvendo linhas duplas e a sa da de servi o sequencial do gerador com capacidade mais elevada de uma rea de balan o e de uma linha da mesma rea 36 Assim cabe ao TSO monitorizar em tempo real o valor das tens es nos n s da rede e operar os diversos equipamentos mencionados anteriormente
17. l e Concretiza o das medidas estabelecidas no 3 Pacote de Legisla o Europeia sobre energia e posterior aprofundamento e Concretiza o da pol tica Europeia de Energia e do Mercado interno Europeu de eletricidade 30
18. o depressa quanto poss vel 4 4 Harmoniza o dos Servi os de Sistema no MIBEL A gest o dos Servi os de Sistema um fator decisivo para o correto funcionamento dos mercados de eletricidade na Europa Por isso uma maior harmoniza o e converg ncia entre estes servi os possibilitar um funcionamento mais eficiente com benef cios que se ir o refletir no servi o prestado aos consumidores Os Servi os de Sistema que correspondem s reservas prim ria e secund ria n o s o considerados na quest o da harmoniza o e converg ncia devido sua natureza complexa Torna se mais vantajoso do ponto de vista econ mico que se desenvolvam mecanismos de troca de reserva terci ria para intervalos de tempo entre o dia anterior e alguns minutos antes do tempo real ou seja antes da a o dos dispositivos autom ticos 40 Em Portugal e em Espanha os Servi os de Sistema atualmente em funcionamento apresentam algumas diferen as Do lado Espanhol o Mercado de Servi os de Sistema encontra se em funcionamento desde 1998 enquanto do lado Portugu s entrou em funcionamento apenas a 1 de Julho de 2007 ao mesmo tempo que o MIBEL Por isso 50 Servi os de Sistema normal que em Espanha estes servi os se encontrem plenamente estabilizados e implementados fruto da experi ncia acumulada nos diversos anos de funcionamento Por outro lado em Portugal o funcionamento de mercados para contratar estes servi os ainda muito recen
19. relativos aos servi os de sistema nomeadamente associados s reservas prim rias secund rias e terci rias Seguidamente ir se detalhar os servi os de sistema utilizados no MIBEL nomeadamente os referidos anteriormente a ainda os servi os associados solu o de restri es t cnicas controlo de tens o e reposi o de servi o Por fim mencionar se a harmoniza o dos Servi os de Sistema no MIBEL 42 Servi os de Sistema 4 2 UCTE ENTSO E A antiga Union for the Coordination of the Transmission of Electricity UCTE extinta a 1 de Julho de 2009 para passar a ser representada pela ENTSO E European Network of Transmission System Operators for Electricity definiu originalmente diversos crit rios relativos aos servi os de reservas nomeadamente associados s reservas prim ria secund ria e terci ria Um dos crit rios diz respeito sequ ncia de ativa o destas tr s reservas ap s a ocorr ncia de um incidente que origine um desvio de frequ ncia Este crit rio encontra se representado na Figura 4 1 UCTE wide activated Primary Conttol Reserve Activated Secondary Control Reserve Schedule activated Tertiary Control Reserve Directly activated Tertiary Control Reserve Time Figura 4 1 Ativa o das reservas ap s uma perturba o 34 Tal como se pode verificar pela Figura anterior as reservas prim rias s o ativadas no espa o de alguns segundos ap s o incidente e s o
20. te e como tal o mercado associado a estes servi os e as regras associadas utiliza o dos mesmos ainda se encontram em desenvolvimento 2 A harmoniza o dos Servi os de Sistema de Portugal e de Espanha foi considerada essencial para o bom funcionamento do sistema em virtude dos benef cios que adv m desta harmoniza o Entre esses benef cios destacam se uma maior seguran a de abastecimento a utiliza o de recursos de reserva em ambiente competitivo e tamb m a diminui o das situa es de congestionamentos que tal como referido anteriormente levam necessidade de ativar o mecanismo de Market Splitting que faz com que o pre o em Portugal e em Espanha difira Assim com a harmoniza o dos Servi os de Sistema pretende se que o MIBEL tenha um funcionamento mais eficiente contribuindo para uma melhoria dos n veis de fiabilidade seguran a e qualidade do sistema 2 De forma a procurar uma solu o para harmonizar os Servi os de Sistema no MIBEL foi solicitado pelo Conselho de Reguladores do MIBEL que os operadores de Sistema de Portugal e de Espanha apresentassem uma proposta de harmoniza o e integra o dos Mercados Ib ricos de Servi os de Sistema no final de 2007 Assim na sequ ncia desta solicita o os Operadores de Sistema dos dois pa ses apresentaram em Fevereiro de 2008 ao Conselho de Reguladores do MIBEL um documento no qual identificavam solu es baseadas nos seguintes modelos e Modelo 1
21. tipicamente insuficientes para trazer a frequ ncia de volta para o valor nominal Neste contexto as reservas secund rias s o em seguida ativadas pelo AGC alguns minutos ap s a ocorr ncia do incidente de modo a retornar a frequ ncia para o seu valor nominal e manter nos valores previstos os tr nsitos de pot ncia em linhas de interliga o ou outras com grande relev ncia Finalmente s o ativadas as reservas terci rias com o objetivo de substituir e complementar as reservas secund rias De notar que a ativa o destas reservas pode ainda exigir a altera o do ponto de funcionamento de alguns geradores que j se encontrem em opera o 31 O outro crit rio diz respeito ao desvio m nimo de frequ ncia a partir do qual necess rio ativar as reservas prim rias e ainda a quantidade de pot ncia atribu da a cada uma das reservas mencionadas anteriormente De acordo com a refer ncia 34 ap s um incidente o controlo prim rio ativado pelos reguladores de velocidade dos geradores antes do desvio de frequ ncia exceder 20 mHz em rela o ao valor nominal O valor m ximo admiss vel do desvio de frequ ncia corresponde a 200 mHz na aus ncia de qualquer mecanismo de regula o da carga Na eventualidade deste desvio se verificar dever originar a ativa o da totalidade das reservas prim rias existentes no sistema Ainda de acordo com esta refer ncia a reserva total prevista na rea da UCTE de 3000 MW e defini
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