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uma metodologia para delimitação participativa de terras em angola

1. aecid Documento T cnico N 1 UMA METODOLOGIA PARA DELIMITA O PARTICIPATIVA DE TERRAS EM ANGOLA PROJECTO GCP ANG 045 SPA Este trabalho contou com apoio financeiro da Ag ncia Espanhola de coopera o internacional para o Desenvolvimento AECID A elabora o programa o e implementa o deste trabalho foi realizado sob a direc o do Projecto Terra da FAO GCP ANG 045 SPA As denomina es e ilustra es encontradas nesta publica o e os dados encontrados n o implicam de parte da Organiza o das Na es Unidas para a Agricultura e Alimenta o ju zo algum sobre a condi o jur dica de pa ses territ rios cidades ou zonas ou das suas autoridades no que diz respeito delimita o de suas fronteiras ou limites O FAO 2011 FAO GCP ANG 045 SPA UMA METODOLOGIA PARA DELIMITA O PARTICIPATIVA DE TERRAS EM ANGOLA O manual que vos apresentamos um trabalho feito pelo projecto GCP ANG 045 SPA Actualmente para sua reedi o conta com o financiamento da Coopera o Espanhola a partir do projecto GCP ANG 045 SPA Foi elaborado pela consultora Sevy Madureira que foi apoiada pela equipe do Projeto Terra da FAO respectivamente Antena Benguela Antena Huambo Antena Lubango Foi fundamental o resultado dos trabalhos realizados nos cursos de delimita o em v rias Prov ncias o que possibilitou a inclus o das ilustra es ao longo do texto Apoiaram na revis o do manual Paolo Gr
2. sempre devida indemniza o justa e adequada ao propriet rio e aos titulares de outros direitos fundi rios afectados CAP TULO III RESERVAS Artigo 22 Defini o Denominam se reservas os terrenos que exclu dos do regime geral de uso e ocupa o se destinam a fins especiais de acordo com os objectivos que determinem a sua constitui o Artigo 23 Objecto 1 As reservas recaem em regra sobre os terrenos do dom nio privado ou do dom nio p blico do Estado ou das autarquias locais mas podem igualmente abranger terrenos que j tenham entrado definitivamente na propriedade privada de outrem 2 A inclus o de terrenos do dom nio p blico do Estado nas reservas far se sem preju zo do regime especial a que devem estar sujeitos Artigo 24 Forma de constitui o de reservas As reservas s o constitu das por decreto lei que respeitar os planos de urbaniza o ou de aproveitamento florestal agr cola e ecol gico Artigo 25 Delimita o de reservas 1 Compete ao Instituto Geogr fico e Cadastral de Angola a organiza o e a execu o dos trabalhos t cnicos relativos delimita o das reservas 2 As reservas s o delimitadas geogr fica corogr fica e topograficamente devendo ainda ser assinaladas por marcos que permitam a perfeita identifica o e o reconhecimento das respectivas reas 3 Para a execu o das opera es de delimita o de reservas as brig
3. 1 A concess o sucessiva at aos limites previstos nos artigos anteriores de novas parcelas de terrenos a favor de pessoa singular ou colectiva a quem o Estado ou as autarquias locais hajam anteriormente atribu do algum dos direitos fundi rios legalmente previstos sempre condicionada pela prova do aproveitamento til e efectivo dos terrenos concedidos 2 Esta restri o n o aplic vel aos casos previstos no artigo 45 nem s concess es a favor das pessoas colectivas de direito p blico empresas p blicas e institutos p blicos personalizados Artigo 47 Concess es gratuitas 1 S podem receber concess es gratuitas a As autarquias locais b As fam lias que integram as comunidades rurais no que toca ao dom nio til consuetudin rio dos terrenos rurais comunit rios por elas ocupados e aproveitados de forma til e efectiva segundo o costume 136 c As pessoas que desejando integrar projectos de povoamento de zonas do Pa s menos desenvolvidas fa am prova de insufici ncia de meios econ micos d As institui es de utilidade p blica reconhecida que prossigam a realiza o de fins de solidariedade social culturais religiosos ou desportivos 2 Consideram se nomeadamente abrangidas no disposto da al nea d do n mero anterior as confiss es religiosas legalmente reconhecidas quando os terrenos se destinem a constru o de templos locais de culto ou realiza o das suas activida
4. Artigo 143 Aceita o da concess o 1 Se a autoridade concedente determinar a realiza o de hasta p blica seguem se os termos previstos nos artigos 48 a 63 2 Tendo sido dispensada a realiza o de hasta p blica a decis o referida no n 1 do artigo anterior notificada ao requerente para no prazo de dez dias contados da data da notifica o declarar se aceita a concess o 3 Uma vez adjudicada ou aceite a concess o consoante os casos o despacho publicado no Di rio da Rep blica com expressa refer ncia adjudica o ou aceita o aos eventuais actos de disposi o que a acompanhem e aos elementos previstos para o registo sem preju zo do seu suprimento por declara o complementar 4 O disposto nos n meros anteriores aplic vel revis o de concess o Artigo 144 Pagamento do pre o ou presta o de cau o 1 Em caso de realiza o de hasta p blica o adjudicat rio deve observar o disposto nos artigos 59 e 60 2 Tendo sido dispensada a realiza o de hasta p blica o requerente deve no prazo de cinco dias a contar da data da publica o do despacho levantar junto dos servi os competentes da autoridade concedente as correspondentes guias para pagamento da presta o devida 3 O requerente deve efectuar o pagamento do pre o no prazo de cinco dias a contar da data de entrega das guias em numer rio transfer ncia banc ria cheque ou atrav s de ou
5. o sum ria do aproveitamento e o pre o presta o foro ou a renda anual 2 A revis o e a renova o das concess es definitivas s o registadas por averbamento s respectivas inscri es 3 Quando as sucessivas transmiss es ou a insufici ncia de elementos da inscri o de concess o Pprejudicarem a clareza do registo de revis o da concess o deve este efectuar se por inscri o com men o dos respectivos titulares e de todos os elementos referidos no n 1 4 No caso do n mero anterior feita refer ncia ao n mero da inscri o origin ria na qual se lan a cota de remiss o para a nova inscri o Artigo 202 Tratamento inform tico O registo das concess es submetido a tratamento inform tico sob coordena o do Minist rio da Justi a Artigo 203 Oponibilidade a terceiros Nenhum facto sujeito a registo produz efeitos em rela o a terceiros sen o depois de efectuado o respectivo registo SEC O III RG OS DE EXECU O Artigo 204 Brigadas de demarca o e vistoria 1 Nos Servi os a que se refere o artigo 134 funcionar o brigadas de demarca o e vistoria s quais caber a Executar as demarca es provis rias e definitivas b Vistoriar os terrenos de que tenha sido pedida a concess o com o fim de averiguar e informar acerca das quest es que lhes forem formuladas c Verificar o aproveitamento das concess es e ocupa es d Detectar e participar
6. 2 No acto da arremata o o arrematante notificado para no prazo de dez dias pagar ou depositar o pre o da arremata o 138 Artigo 60 Forma de pagamento ou dep sito do pre o 1 O pagamento do pre o da arremata o pode ser efectuado a Em terminais de pagamento autom tico existentes na sede dos servi os competentes da autoridade concedente b Em qualquer Multicaixa desde o primeiro dia posterior ao da emiss o das guias at s 24 horas do ltimo dia do respectivo prazo c Em qualquer balc o dos bancos em que a autoridade concedente tenha conta de dep sito ordem de que seja titular 2 Para os efeitos previstos no n 1 as guias respeitantes ao pre o da arremata o devem a Conter o respectivo n mero sequencial a import ncia a pagar e os c digos da autoridade concedente b Ser emitidas em duplicado 3 Ao operador Multicaixa comunicado o n mero sequencial das guias a data da emiss o e do termo do prazo de pagamento a import ncia a pagar e os n meros de refer ncia da autoridade concedente 4 Diariamente a autoridade concedente deve proceder ao lan amento de todas as opera es de pagamento Artigo 61 San es 1 Se o arrematante n o pagar ou depositar o pre o nos termos previstos nos artigos anteriores a autoridade concedente deve a Requerer arresto de bens do arrematante remisso suficientes para garantir o valor do pagamento ou dep sito e das despesas ac
7. Artigo 168 Necessidade de autoriza o 1 A substitui o da parte no processo de concess o e a transmiss o volunt ria entre vivos de direitos fundi rios concedidos dependem d pr via autoriza o da entidade competente para o deferimento da concess o 2 A substitui o e a transmiss o a que se refere o n mero anterior s o nulas e de nenhum efeito se n o forem autorizadas pela autoridade concedente 159 Artigo 169 Regime do direito de ocupa o prec ria I proibida a substitui o do requerente no processo de constitui o do direito de ocupa o prec ria por contrato de arrendamento 2 O ocupante pode renunciar ao direito de ocupa o prec ria a favor de terceiros mas a aceita o destes discricionariamente apreciada e a situa o do novo titular considerar se origin ria para todos os efeitos Artigo 170 Regime nas concess es gratuitas Nas concess es gratuitas n o permitida a substitui o no processo mas pode ser autorizada a transmiss o dos direitos fundi rios concedidos contanto que se verifique o requisito fixado pelo n 2 do artigo 63 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro Artigo 171 Regime na concess o de terrenos rurais Na concess o de terrenos rurais a substitui o da parte no processo por acto entre vivos proibida Artigo 172 Proibi o de substitui o ou transmiss o A substitui o ou transmiss o n o ser autor
8. Box 8 TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Facilitando a Participa o Considere se que algumas quest es requerem especial aten o de parte da equipa Assim s o a comunica o oral devido diversidade de l nguas maternas e a dificuldade do ensino fundamental principalmente para os mais velhos Uma forma de suprir essas dificuldades requer da equipa alguns cuidados uso de tradutor local da comunidade ou mesmo da equipa usar linguagem simples e de f cil compreens o voltar ao tema perguntando ao grupo se entenderam ou pedir que algu m fa a um resumo ao final de cada sess o Fa a suas observa es neste espa o e Visualiza o As informa es quer de parte da equipa quer da sistematiza o das informa es fornecidas pelas comunidade devem ser apresentadas explorando os meios de visualiza o p e OS Cartazes devem ser elaborados com mensagens curtas e letras em tamanho que sejam percept veis por todos Use desenhos para representar id ias utilizando formas conhecidas localmente Recolha com as crian as material local folhas pedras sementes galhos para trabalhar nos grupos a elabora o de mapas matrizes etc Os desenhos constru dos pela comunidade podem ser feitos no ch o mas disponham de pap is cartolinas marcadores que possam ser manuseados pelos grupos menores Todo exerc cio feito no ch o deve ser passado limpo em papel A4 para ser inclu d
9. es e protec o das respectivas instala es C A instala o de estabelecimentos oficiais ou particulares de sa de e outros fins de sa de p blica d A instala o de servi os p blicos 131 e Aproveitamento hidroel ctrico ou hidroagr cola incluindo as reas adjacentes cont nuas ou n o afectadas economicamente respectiva explora o f A cria o ou conserva o de zonas verdes g A constru o e explora o de portos aeroportos aer dromos linhas f rreas compreendendo as respectivas esta es e oficinas estradas incluindo as respectivas zonas de protec o e expans o h A implementa o e explora o de projectos tur sticos i O desenvolvimento de projectos industriais j A defesa florestal k A prospec o e explora o de recursos minerais estrat gicos Artigo 28 Inclus o de terrenos sujeitos ao regime de propriedade privada nas reservas 1 A inclus o total ou parcial nas reservas de terrenos sujeitos ao regime de propriedade privada ou de terrenos sobre os quais o Estado haja constitu do direitos fundi rios a favor de particulares s pode ser efectuada atrav s de expropria o por utilidade p blica ou pela constitui o de servid es administrativas 2 O diploma que decretar a constitui o de uma reserva deve fixar as expropria es a efectuar e as restri es a estabelecer Artigo 29 Coexist ncia de reservas Quando os seus fins forem compat ve
10. o nem poder levantar as benfeitorias por qualquer forma incorporadas no terreno 3 Efectuada a resolu o com fundamento no disposto na al nea a do n 1 devem ser cobradas as rendas em d vida custa da cau o depositada e revelando se esta insuficiente deve o montante remanescente ser cobrado em execu es fiscais 4 O Estado pode exigir a devolu o imediata dos terrenos concedidos quando se altere sem autoriza o a finalidade ou o aproveitamento respectivos mediante pagamento da indemniza o a fixar pelos servi os competentes tendo em conta as benfeitorias incorporadas no terreno Artigo 193 Declara o da resolu o e da devolu o 1 A resolu o e a devolu o s o decididas por despacho da autoridade concedente 2 O despacho referido no n mero anterior deve ser publicado num dos principais jornais nacionais e deve ser afixado na sede da autoridade concedente Artigo 194 Den ncia do contrato de arrendamento O contrato de arrendamento pelo qual haja sido constitu do um direito de ocupa o prec ria pode ser denunciado para o termo do prazo inicial ou para o de qualquer das suas renova es pela autoridade concedente ou pelo concession rio mediante notifica o ou aviso escrito efectuado com a anteced ncia m nima de tr s meses Artigo 195 Benfeitorias Os direitos consignados neste Regulamento sobre indemniza o e levantamento de benfeitorias respeitam unicame
11. pode ser realizada pelo seu titular sob pena de nulidade mediante autoriza o pr via da autoridade concedente e ap s o decurso de um prazo de cinco anos de aproveitamento til e efectivo do terreno contados desde a data da sua concess o ou da data da sua ltima transmiss o 7 A autoriza o referida no n mero anterior caduca no prazo de um ano a contar da data da notifica o ao requerente do referido despacho 8 No caso de transmiss o por acto entre vivos de direitos fundi rios o not rio n o pode reconhecer a assinatura do alienante se n o lhe tiver sido apresentado para arquivo o despacho de autoriza o 9 O Estado goza do direito de prefer ncia e tem o primeiro lugar entre os preferentes legais no caso de venda da o em cumprimento ou aforamento dos terrenos concedidos 10 aplic vel ao direito de prefer ncia previsto no n mero anterior o disposto nos artigos 416 0 a 418 e 1410 do C digo Civil Artigo 62 Altera o da concess o 1 Os factos modificativos ou extintivos dos direitos fundi rios designadamente os resultantes de execu o judicial fraccionamento ou emparcelamento dos terrenos concedidos est o sujeitos inscri o no t tulo de concess o e no registo predial 2 Os tribunais n o podem proferir senten as de que resulte a transmiss o de direitos fundi rios sobre terrenos concedidos sem que esta tenha sido previamente autorizada pela autoridade concedente s
12. Para esta observa o s o elaborados calend rios sazonais dos tipos rotinas di rias que de acordo com o interesse pode ser dos homens das mulheres dos jovens das crian as calend rio das principais actividades agr colas pecu rias extrativismo pesca ca a etc ao longo do ano ou de ciclos produtivos Existem v rias formas de representa o que devem ser escolhidas de modo a facilitar a devolu o das informa es para a comunidade 25 Box 7 continua TEMA OU ABORDGEM INSTRUMENTO e Controle das Informa es Sempre que uma informa o ficar imprecisa poss vel chegar a uma defini o verificando se em mais de uma fonte Assim em momentos distintos pode se voltar quest o consultando outros informantes Uma outra forma de certificar as informa es fazendo restitui es peri dicas ao longo do DRP Fa a suas observa es neste espa o e Triangula o da Informa o a t cnica de derivar informa es sobre um nico aspecto aplicando v rios instrumentos e consultando v rias fontes com o objectivo de melhorar afinar e confirmar a informa o obtida As pessoas devem ser informadas deste recurso como forma de um melhor entendimento por parte da equipa Um exemplo o mapa participativo que pode ser elaborado por grupo de mulheres homens chefes antigos ou jovens Cada um apresenta a sua percep o do espa o e chega se a um consenso el
13. Silvestre rea Lenha e Os homens usam lenha Capim p X X X X as mulheres capim p Artesanato cestas etc MATRIZ DE GEST O DE RECURSOS NATURAIS Mostra o funcionamento do conjunto das institui es p blicas e tradicionais que regulam o acesso e a explora o desses recursos Uma Matriz de Gest o de recursos serve para estruturar a discuss o e analisar e apresentar a informa o sobre as institui es os direitos as regras os regulamentos e outras quest es ligadas explora o da terra e dos outros recursos naturais Como fazer A matriz constru da durante um encontro com um grupo de informantes incluindo representantes das institui es costumeiras Em primeiro lugar identificam se os recursos naturais que t m um interesse particular para a comunidade Estes recursos s o postos na primeira coluna Na primeira linha colocam se os t picos relacionados com a gest o dos recursos Os t picos devem ser considerados no contexto mais amplo de desenvolvimento e n o s no contexto de delimita o Considere os t picos seguintes e Quem toma as decis es sobre o acesso aos v rios recursos Especificar para homens mulheres outros grupos e pessoas de fora e Quais s o os mecanismos de acesso e Quais s o as regras de gest o e Quem respons vel pela distribui o das terras e Quem respons vel pela confirma o das fronteiras e Quem determina servid es p blicas e Quais s
14. custo dos marcos fornecidos pelo Estado e as despesas de transporte e ajudas de custo 158 SUBSEC O III PAGAMENTO COERCIVO DAS DESPESAS E DO IMPOSTO DO SELO Artigo 161 Ac o executiva por d vida de despesas e de imposto do selo 1 Se o pagamento das despesas e selos n o for efectuado no prazo legal ser extra da a competente certid o 2 A certid o extra da do processo de concess o nos termos do n mero anterior vale como t tulo executivo 3 O Minist rio P blico deve instaurar execu o se ao devedor forem conhecidos bens penhor veis 4 N o instaurada nem prosseguir qualquer execu o se a d vida for de montante t o reduzido que n o justifique a actividade ou as despesas a que o processo daria lugar Artigo 162 Termos da execu o Sem preju zo do disposto no artigo seguinte nas execu es previstas na presente subsec o observar se o os termos do processo sum rio Artigo 163 Cumula o de execu es 1 Deve instaurar se uma s execu o contra o mesmo respons vel ainda que sejam v rias as contas com despesas e imposto do selo em d vida 2 Sendo v rios os respons veis n o solid rios instaurada uma execu o contra cada um deles Artigo 164 Dep sito Sem preju zo de registo contabil stico aut nomo os montantes em d vida a t tulo de despesas e de imposto do selo s o objecto de dep sito na Conta Unica do Tesouro titulada pelo Min
15. es t tulo registo e vistorias b Da capacidade de trabalho do explorador directo e da sua fam lia c Da capacidade financeira e t cnica para a realiza o do plano de explora o e se for caso disso d Do aproveitamento til e efectivo do terreno anteriormente concedido de acordo com os ndices fixados SEC O IV DIREITOS E DEVERES DOS CONCESSION RIOS Artigo 120 Direitos do concession rio resultantes de demarca o provis ria A demarca o provis ria n o concede ao demarcante qualquer direito sobre o terreno mas impede nova demarca o que abranja total ou parcialmente a mesma rea Artigo 121 Dever de cumprir as condi es impostas e os planos O concession rio obrigado a cumprir sob pena de resolu o da concess o as condi es que lhe forem impostas para a racional utiliza o dos recursos naturais do terreno concedido e a submeter se s normas constantes de qualquer plano ou programa que vigore ou que venha a ser estabelecido na zona onde o terreno concedido se encontre situado Artigo 122 Dever de conservar os marcos 1 O concession rio deve manter de forma bem vis vel o contorno do terreno que lhe haja sido concedido e obrigado a conservar em bom estado os marcos perimetrais do seu terreno e respectiva numera o e ainda os marcos de triangula o ou nivelamento que porventura nele se encontrem 2 O concession rio n o pode cortar derrubar ou destrui
16. es municipais e comunais 147 2 O an ncio e o edita devem identificar o requerente e mencionar a localiza o as confronta es e a rea do terreno pretendido o tipo de direito fundi rio a conceder a finalidade da concess o e ainda o prazo para apresenta o de reclama es que n o ser superior a trinta dias contados da publica o do an ncio Artigo 113 Incidente da reclama o 1 A reclama o deve ser dirigida autoridade competente para a concess o e entregue na secretaria dos respectivos servi os que tenham a seu cargo a organiza o e instru o do processo de concess o de terrenos 2 A reclama o deve ser instru da com a Os documentos que sirvam de fundamento aos factos ou direitos invocados b O rol de testemunhas e outros meios de prova c O documento comprovativo do dep sito da quantia correspondente s despesas prov veis do incidente segundo a tabela aprovada por decreto executivo conjunto dos Minist rios das Finan as e do Urbanismo e Ambiente 3 A import ncia depositada ser restitu da se a reclama o proceder e perdida a favor do Estado se ela decair Artigo 114 Processamento do incidente 1 Decorrido o prazo fixado no n 2 do artigo 112 ser o requerente da concess o notificado para em dez dias a contar da notifica o responder reclama o 2 Com a resposta deve ser oferecida toda a prova documental e testemunhal 148 Artigo 11
17. ficas Como fazer Divida a equipa t cnica em 2 3 grupos de 2 pessoas Cada grupo acompanhado por alguns membros da comunidade Inicie a caminhada a partir do centro da comunidade cada grupo numa direc o diferente A caminhada pode ser circular ou em zig zag de modo que se visitem zonas com caracter sticas e usos diferentes Os mapas participativos podem servir de guia 51 Abra um di logo comentando sobre o que se v Falar sobre coisas que se encontram no campo naquele momento cria um ambiente natural e aceit vel Falar sobre as mudan as dos padr es de uso dos recursos serve para triangular a hist ria da comunidade Pode ser previamente acordado que cada grupo aborde j alguns assuntos que mais tarde ser o tratados em outras actividades Por exemplo o grupo que visita a rea das baixas inicia a discuss o sobre a sua gest o Anote todos os coment rios durante a visita Procure alguns pontos altos para ter uma panor mica da zona onde os v rios tipos de recursos naturais e seus usos podem ser bem vis veis Assim facilita se a discuss o sobre estes A seguir veja como se apresenta graficamente um corte transversal exemplo de uma comunidade em Mozambique 52 Figura 8 MATRIZ DE UTILIZA O DOS RECURSOS Mostra o invent rio e descri o de actividades de explora o estatal tradicional e privada dos recursos naturais da zona Serve para orientar estrutu
18. mero anterior Artigo 43 C mputo das reas 1 Para os efeitos dos artigos 41 e 42 adicionam se as reas dos terrenos concedidos aos c njuges seja qual for o regime de bens e aos filhos incapazes 2 O disposto no n mero anterior aplic vel com as devidas adapta es aos companheiros que vivam em uni o de facto e aos seus filhos incapazes 3 N o se consideram pessoas diferentes das sociedades em nome colectivo ou das sociedades por quotas de responsabilidade limitada os s cios cuja comparticipa o no capital seja superior a cinquenta por cento Artigo 44 Limite das reas ocup veis 1 A rea suscept vel de ocupa o a t tulo prec rio mediante arrendamento n o pode exceder para cada contrato celebrado com a mesma pessoa singular ou colectiva um hectare para a explora o de pedreira ou meio hectare para outros fins 2 Os limites fixados no n mero anterior podem ser ultrapassados quando o interesse do Estado o justifique 135 Artigo 45 Alargamento dos limites de reas Nos casos mencionados no n 2 do artigo 41 e no n 2 do artigo 42 s em casos considerados de interesse para o Estado pode ser excepcionalmente autorizada a constitui o ou transmiss o de direitos fundi rios sobre terrenos de reas superiores s legalmente fixadas mediante contrato especial e nas condi es julgadas convenientes para cada caso Artigo 46 Concess es sucessivas
19. o e defesa dos interesses do Estado e dos direitos de terceiros Artigo 153 Decis o da ocupa o prec ria O processo ser submetido a despacho da autoridade concedente que deve decidir a ocupa o prec ria e as cl usulas a que esta fica sujeita Artigo 154 T tulo de ocupa o O direito de ocupa o prec ria titulado por contrato de arrendamento Artigo 155 Concess es gratuitas 1 O requerimento de concess o gratuita dirigido autoridade concedente e entregue nos servi os competentes desta 2 Quando o requerente seja uma autarquia local ou uma institui o de utilidade p blica reconhecida o requerimento mencionado no n mero anterior deve ser acompanhado de c pia autenticada da acta da sess o em que o pedido tenha sido deliberado e de um exemplar dos estatutos quando se trate de institui o que os deva possuir 2 Nos processos de concess o gratuita os terrenos ser o concedidos sem preced ncia de hasta p blica SEC O IV DESPESAS E IMPOSTO DO SELO SUBSEC O I DISPOSI ES GERAIS Artigo 156 Despesas O processo de concess o e os seus incidentes est o sujeitos ao pagamento de despesas segundo a tabela aprovada por decreto executivo conjunto dos Minist rios das Finan as e do Urbanismo e Ambiente Artigo 157 Imposto do selo O processo de concess o e os seus incidentes est o sujeitas ao pagamento do imposto do selo salvo se forem isento
20. que tenham de ser constitu das sobre o terreno a conceder Artigo 110 Quem pode assistir demarca o provis ria 1 Podem assistir demarca o provis ria o requerente as pessoas que tenham requerido a concess o de terrenos vizinhos e todos os interessados na prova de direitos fundi rios ou de enfeitorias na respectiva zona 2 Os interessados s o convocados para assistir demarca o provis ria por aviso publicado num dos principais jornais nacionais e por edital afixado na sede da autoridade concedente e nas sedes das respectivas administra es municipais e comunais com a anteced ncia m nima de cinco dias Artigo 111 Declara o do requerente 1 Efectuada a demarca o provis ria ser o requerente notificado para declarar no prazo de cinco dias e por escrito se aceita a demarca o realizada 2 Realizada a notifica o o sil ncio do requerente por tempo superior quele em que teria de se pronunciar vale como aceita o da demarca o provis ria Artigo 112 Publicidade do pedido de concess o 1 Junta ao processo a declara o do requerente ou decorrido o prazo referido no n 1 do artigo 111 sem que o requerente fa a a declara o a prevista ser dada publicidade ao pedido de concess o atrav s de um an ncio publicado num dos principais jornais nacionais e por meio de edital afixado na sede da autoridade concedente e nas sedes das respectivas administra
21. quer para sua habita o quer para o a exerc cio da sua actividade quer ainda para a consecu o de outros fins reconhecidos pelo costume e pala presente lei ou seus regulamentos d Dom nio publico conjunto de coisas que o Estado ou as autarquias locais aproveitam para a prossecu o dos seus fins usando poderes de autoridade ou seja atrav s do direito p blico incluindo nomeadamente as coisas destinadas ao uso de todos as coisas utilizadas pelos servi os p blicos ou sobre as quais incida a actua o destes e as coisas que satisfa am os fins de uma pessoa colectiva p blica e Dom nio privado conjunto de coisas n o compreendidas no dom nio p blico e sobre as quais recai a propriedade do Estado ou das autarquias locais f Foral t tulo aprovado por diploma do Governo pelo qual o Estado delimita a rea dos terrenos integrados no dom nio p blico do Estado e por este concedidos s autarquias locais para gest o aut noma g Direitos fundi rios direitos que recaem sobre os terrenos integrados no dom nio privado do Estado e de que sejam titulares quer as pessoas singulares quer as pessoas colectivas de direito p blico e de direito privado h Solo camada superficial de terra sobre que recai a propriedade origin ria do Estado e destinada a aproveitamento til rural ou urbano atrav s da constitui o de um dos diversos tipos de direitos fundi rios previstos na presente lei i Subsolo camada de t
22. rea total delimitada Se houver dentro rea alguma concess o registada dever aparecer no interior da poligonal O manuseio do receptor de GPS deve ser feito por quem domine o seu funcionamento Embora seja um aparelho simples pela pr tica constante os t cnicos da institui o respons vel pelo Cadastro o fazem com maior seguran a M todo actual Para uma maior precis o as infor ma es das coordenadas devem ser introduzidas em um software de geoprocessamento que resulta no esbo o com o c lculo da rea Este m todo torna o resultado mais r pido e seguro 62 Figura 13 25 15 2820 252030 l 34S ol ti 2502030 3258 32 47 15 Latitude 25 19 20 Como fazer Os mapas s o confeccionados de forma que todos os pontos est o determinada dist ncia de um ponto de refer ncia padr o chamado DATUM O GPS tr s o seu pr prio SISTEMA DE REFER NCIA chamado WGS 84 World Geodetic System 1984 Todos os receptores podem us lo como refer ncia Os mapas de Angola s o baseados no datum Camacupa Obt m se maior precis o quando o receptor configurado com o mesmo datum da Carta Geogr fica dispon vel Configura o inicial do GPS sistema de projec o utilizado em Angola Projec o Universal Transverse Mercator UTM UPS O Datum predeterminado do GPS o WGS 84 No nosso caso selecciona
23. se fundam nos usos ou no costume Ainda no Artigo 9 n mero 2 Os terrenos das comunidades rurais podem ser expropriados por utilidade p blica ser objeto de requisi o mediante justa indemniza o Os terrenos rurais comunit rios tratados no Artigo 23 n mero 2 s o os terrenos utilizados por uma comunidade rural segundo o costume relativo ao uso da terra abrangendo conforme o caso as reas complementares para a agricultura itinerante os corredores de transum ncia para o acesso do gado as fontes de gua e as pastagens e os atravessadouros sujeitos ou n o ao regime de servid o utilizados para aceder gua ou s estradas ou caminhos de acesso aos aglomerados urbanos Destaca se a import ncia para o procedimento de delimita o das terras das comunidades quando no n mero 2 diz que A delimita o dos terrenos rurais comunit rios precedida da audi ncia das fam lias que integram as comunidades rurais e das institui es do poder tradicional existentes no lugar da situa o daqueles terrenos O Artigo 27 trata dos terrenos reservados no entanto o Artigo 33 quando se refere aos terrenos reservados e direito das comunidades no n mero 1 de pol ticas de ordenamento do territ rio diz que O Estado assegura s fam lias que integram as comunidades rurais residentes nos per metros dos terrenos reservados a a tempestiva execu o de pol ticas de ordenamento do territ rio
24. uma linha recta ou uma picada que liga dois pontos Esta descri o coloca se na coluna indicada Observe que para fechar a poligonal o desenho do territ rio delimitado o ltimo tra o tem que ligar com o ponto de partida 3 A descri o de outros direitos que existam dentro de territ rio da comunidade nomeadamente e das reas e acordos de explora o comum com outras comunidades e das concess es privadas que se encontram dentro do territ rio e das eventuais servid es p blicas Tipos de Limites O esbo o pode conter tipos de limites diferentes Limites naturais como montanhas rios e riachos etc e limites artificiais como estradas linhas f rreas infra estruturas pontes e linhas de energia Os primeiros constituem na maioria os limites das terras da comunidade Alguns s o limites permanentes como os rios e montanhas e mesmo as estradas ou marcas grandes de topometria Arvores e algumas infra estruturas s o limites n o permanentes s o pass veis de altera o ao longo do tempo Nos mapas topogr ficos na escala 1 50 000 distinguem se geralmente os limites naturais e alguns limites artificiais Nas fotos a reas da mesma escala podem se detectar tamb m pontos de limite com rvores grandes As coordenadas de um ponto de limite indicam o seu georeferenciamento ou o seu posicionamento no globo em termos de Oeste Este Norte e Sul As coordenadas de um limite vis vel no mapa topogr fico podem
25. 142 a No prazo de cinco dias a contar da data da celebra o do contrato de concess o tratando se de presta o nica b No fim de cada ano contado desde a data da constitui o do direito de superficie tratando se de presta o anual Artigo 80 Hasta p blica aplic vel ao direito de superf cie com as necess rias adapta es o disposto nos artigos 68 69 e 70 SUBSEC O IV CONTRATO DE ARRENDAMENTO Artigo 81 Finalidade A constitui o do direito de ocupa o prec ria feita por contrato de arrendamento celebrado por tempo determinado e destina se a terrenos a utilizar temporariamente e queles em rela o aos quais se revele inconveniente a cria o de direitos fundi rios duradouros Artigo 82 Regime jur dico O arrendamento rege se pelas disposi es constantes da Lei n 9 04 de 9 de Novembro deste Regulamento e de diplomas complementares pelas cl usulas dos respectivos contratos e subsidiariamente pela lei civil aplic vel Artigo 83 prazo 1 O prazo de concess o por arrendamento deve ser fixado no respectivo contrato em fun o das caracter sticas da concess o mas n o pode exceder um ano 2 O prazo das renova es sucessivas n o deve exceder para cada uma um ano Artigo 84 Den ncia O contrato de arrendamento pode ser denunciado a todo o tempo por qualquer das partes mediante aviso pr vio efectuado com a anteced ncia m nima
26. 164 c Haja sido alterada a finalidade da concess o ou n o tenham sido cumpridas as cl usulas contratuais respeitantes ao plano de explora o d Haja sido celebrado subarrendamento sem preced ncia de autoriza o da autoridade concedente ou nos casos em que proibido Artigo 190 Declara o de caducidade 1 A caducidade declarada por despacho da autoridade concedente 2 O despacho referido no n mero anterior deve ser publicado num dos principais jornais nacionais e deve ser afixado na sede da autoridade concedente Artigo 191 Efeitos de caducidade Declarada a caducidade reverter posse da autoridade concedente a O terreno concedido b As benfeitorias incorporadas no terreno concedido c Tantos vig simos do respectivo pre o ou presta o quantos os anos em que o terreno esteve na posse do concession rio sem aproveitamento sendo restitu do a este o excesso do pre o Artigo 192 Casos de resolu o e de devolu o 1 As concess es por arrendamento podem ser resolvidas pela autoridade concedente quando se verifique qualquer dos seguintes casos Falta de pagamento da renda nos prazos contratuais ou legais Altera o n o autorizada da finalidade da concess o ou do aproveitamento do terreno Viola o das demais obriga es para as quais haja sido estabeleci da tal san o no contrato 2 Resolvido o contrato o concession rio n o ter direito a qualquer indemniza
27. Artigo 68 determina que compete ao Governo Provincial relativamente aos terrenos integrados na sua 74 circunscri o territorial autorizar a transmiss o ou constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais agr rios ou florestais de rea igual ou inferior a 1000 hectares Desta forma feita a delimita o e preparado o relat rio do DRP que cont m os croquis e mem ria descritiva entre outros documentos o mesmo dever ser encaminhado autoridade competente para emiss o do t tulo A Lei de Terras n o explica para o caso do reconhecimento do Dom nio Util Consuetudin rio como funciona o processo de emiss o de t tulo nem quais s o os documentos e passos para tanto Todavia na Prov ncia da Hu la pioneira na emiss o de t tulos comunit rios e no reconhecimento do Dom nio Util Consuetudin rio o Governo local criou atrav s das experi ncias de anos um procedimento que se d atrav s da apresenta o dos documentos a seguir listados bem como dos passos respectivos Vejamos Os Documentos Para forma o do processo de emiss o de t tulo os seguintes documentos devem ser juntados 1 Rel torio do DRP contendo croquis e mem ria descritiva 2 Ata de Valida o do Processo de DRP assinada por 05 representantes da comunidade comunidade delimitada e comunidades vizinhas ver item 6 2 p gina 73 2 1 Fotoc pias dos BIs ou C dula de Registo dos representantes da comuni
28. Artigo 78 Concess o provis ria e definitiva A concess o do direito de superficie inicialmente dada a t tulo provis rio por prazo a fixar em fun o das caracter sticas da concess o em regra n o superior a cinco anos e s se converter em definitiva se no decurso do prazo fixado forem cumpridos os ndices de aproveitamento til e efectivo previamente estabelecidos e o terreno estiver demarcado definitivamente Artigo 79 Presta o anual ou presta o nica 1 Pela concess o o superfici rio paga certa presta o anual em dinheiro fixada a t tulo de pre o no respectivo contrato 2 O montante da presta o referida no n 1 calculado segundo a tabela aprovada por decreto executivo conjunto dos Minist rios das Finan as e do Urbanismo e Ambiente tendo em aten o a classifica o e localiza o do terreno a finalidade da concess o e o grau de desenvolvimento de cada zona ou prov ncia 3 O superfici rio pode optar por pagar uma nica presta o correspondente ao produto da multiplica o do n mero de anos de dura o da concess o pelo valor constante da tabela referida no n 2 4 Em caso de hasta p blica dever o adjudicat rio prestar cau o em dinheiro ou garantia banc ria irrevog vel do pagamento da totalidade da presta o devida 5 A presta o devida a partir do momento da concess o provis ria e paga em dinheiro nas tesourarias das finan as p blicas
29. NO DESENVOLVIMENTO RURAL UM BREVE PANORAMA iiiiiiimitmitiio 81 II POR QUE S O IMPORTANTES AS QUEST ES DE GENERO NO ACESSO E CONTROLE DA TERRA tea a oa 92 HI LEI DE TERRAS N 9 04 de Novembro 96 IV REGULAMENTOS DA LEI DE TERRAS 127 INTRODU O Este Manual colhe os frutos de todo um empenho na busca de respostas a quest es fundamentais como O que delimita o de terras A quem interessa a delimita o de terras Como realizada uma delimita o de terras Como a delimita o de terras pode modificar a vida das fam lias que vivem dentro de uma comunidade delimitada Essas s o algumas das perguntas que nos propusemos a responder O presente manual resultado das experi ncias promovidas pela FAO junto com parceiros do Governo e da sociedade civil desde o ano 2000 Um primeiro esbo o do manual foi elaborado no quadro do projecto OSRO 404 ANG ITA a finaliza o foi feita com base ao projecto GCP ANG 035 EC financiado pela Comiss o Europ ia e a sua reedi o foi poss vel gra as ao projecto GCP ANG 045 SPA financiado pela Coopera o Espanhola A quest o da terra em Angola j passou por diversas fases Na ltima d cada v rias importantes e inovadoras pol ticas e leis foram aprovadas no pa s concebidas em parte para melhorar a vida rural atrav s do refor o dos direitos das pessoas terra especialmente daqueles mais vulner veis no meio rural Desde a aprova
30. Os mediadores devem proceder audi o dos litigantes no prazo de cinco dias a contar da data da sua designa o 3 Cabe aos mediadores definir as condi es de tempo e de lugar em que decorre a audi o a que se refere o n mero anterior 4 No prazo de dez dias a contar da data da audi o devem os mediadores remeter aos litigantes a sua proposta por carta registada 5 Para a elabora o da proposta os mediadores podem solicitar aos litigantes e s autoridades competentes os dados e informa es necess rios 6 A proposta dos mediadores considerar se recusada se n o houver comunica o escrita de ambas as partes a aceit la no prazo de cinco dias a contar da sua recep o 7 Decorrido o prazo fixado no n mero anterior os mediadores devem comunicar em simult neo a cada uma das partes no prazo de cinco dias a aceita o ou recusa dos litigantes 8 At ao termo do prazo referido no n mero anterior os mediadores podem realizar todos os contactos com cada uma dos litigantes em separado que considerem convenientes e vi veis no sentido da obten o de um acordo _ CAP TULO X DISPOSI ES FINAIS E TRANSIT RIAS Artigo 213 Aplica o do Regulamento a situa es j iniciadas e a terrenos do Estado ou das autarquias locais que hajam sido ilegalmente ocupados A aplica o do presente Regulamento a situa es iniciadas antes da sua entrada em vigor e a terrenos do Estado ou das autarquias loc
31. Povoa o comunidade permitido proprietario mp entrada Sitios Sagrados e proibida a Cerimonias Tradicionais spali as estranhos Cap tulo 6 g O ESBO O E O RELATORIO 6 1 ELABORA O DO ESBO O E SUA MEMORIA DESCRITIVA O esbo o ou croquis o mapa das terras da comunidade transferido para um mapa topogr fico digitalizado e georeferenciados da regi o preferivelmente de escala 1 50 000 a ser lan ado no Cadastro Nacional O esbo o resultado final do DRP baseado e no cartograma da comunidade resultante dos mapas participativos e na triangula o dentro da comunidade de toda a informa o sobre uso e gest o de terras e outros recursos recolhida nos v rios exerc cios e nos dados de georeferenciamento recolhidos pela equipa com a presen a de representantes da comunidade e de comunidades vizinhas Para a valida o do esbo o obrigat ria uma visita aos limites do territ rio pela equipa t cnica juntamente com uma representa o da comunidade e quando h limites com vizinhos feita uma confronta o com a representa o das comunidades vizinhas E esta valida o que marca a diferen a entre o cartograma e o esbo o O esbo o indica e os limites e a configura o do territ rio localiza o as e refer ncias da sua coordenadas geogr ficas e as comunidades vizinhas e as concess es privadas e servid es que existentes Como chegar ao esbo o A figura a s
32. aproveitamento efectivo dos terrenos objecto do dom nio til civil juntamente com outros eventualmente possu dos em propriedade ou em enfiteuse n o inferior a 2 3 da superf cie total daqueles terrenos 9 O pre o da remiss o pago em dinheiro igual a 10 foros 10 Exercida a faculdade de remiss o e abolida a enfiteuse aplic vel com as necess rias adapta es o disposto no artigo 61 11 0 dom nio til civil pode ser hipotecado nos termos da al nea b do n 1 do artigo 688 do C digo Civil 108 Artigo 39 Direito de superf cie 1 admiss vel a constitui o pelo Estado ou pelas autarquias locais do direito de superf cie sobre terrenos rurais ou urbanos integrados no seu dom nio privado a favor de pessoas singulares nacionais ou estrangeiras ou de pessoas colectivas com sede principal ou efectiva no Pa s ou no estrangeiro 2 Ao direito de superf cie aplicam se al m das disposi es especiais contidas na presente lei e nos seus regulamentos o disposto nos artigos 1524 a 1542 do C digo Civil 3 O superfici rio paga uma nica presta o ou certa presta o anual em dinheiro fixada a t tulo de pre os no respectivo contrato sendo o seu montante calculado de harmonia com os crit rios estabelecidos por disposi o regulamentar da presente lei designadamente com a classifica o do terreno e com o grau de desenvolvimento de cada circunscri o territorial 4 O dire
33. autoriza o da autoridade concedente 2 A transmiss o deve ser comunicada por qualquer dos herdeiros aos servi os a que se refere o artigo 134 e aos servi os das finan as p blicas no prazo de noventa dias contados da data do falecimento do concession rio sob pena de multa equivalente a UCF 500 Artigo 182 Registo de transmiss o Cabe aos interessados a iniciativa do registo na Conservat ria do Registo Predial da situa o do terreno concedido da transmiss o por acta entre vivos ou no caso de sucess o por morte SEC O IV SUBSTITUI O E TRANSMISS O EM PROCESSO JUDICIAL Artigo 183 Regra geral 1 Nos processos judiciais de que resulte a substitui o da parte no processo de concess o ou a transmiss o por morte ou por acta entre vivos de direitos fundi rios 162 concedidos a senten a n o ser proferida antes do despacho de autoriza o proferido pela autoridade concedente ter sido obtido oficiosamente ou a requerimento do interessado 2 A autoriza o a que se refere o n mero anterior caducar se a senten a julgar improcedente a rela o jur dica de que deveria resultar a substitui o ou a transmiss o ali referidas SEC O V NOT RIOS Artigo 184 Obriga o dos not rios 1 Em caso de transmiss o de direitos fundi rios concedidos os not rios devem fazer men o no t tulo de concess o do contrato de concess o e da aceita o das respectivas cl u
34. canais sie RR 8336000 Comunidade de TCHINDINGUI Area Util da Comunidade 887 Ha Sr Camponeg Sobh 8334000 Figura 17 2 Mem ria Descritiva com as coordenadas de limite das Fazendas existentes dentro da rea da Comunidade DELIMITA O DAS FAZENDAS Dentro da rea de Tchindigui h 5 fazendas Na tabela ao lado s o descritos os limites e rea para 4 das fazendas Faltam os limites da fazenda da Sr Maria Helena que faz limite com a fazenda do Sr Celio Jorge com uma superficie de 20 ha Nr nrars x umm v umm Fazenda Descri o FAZENDA Sr Camponeu 106 Ha 6 173 331352 8334724 Sr Camponeu Marcoantigol canal 8 176 331248 8334615 Sr Camponeu Marco antigo 9 178 331123 8334606 Sr Camponeu Marcoantigo FAZENDA Sr Jos Lorenco Carlos 57 Ha FAZENDA Sr Paolo Jorge 45 Ha FAZENDA Sr Selho Jorge 27 Ha 6 2 DEVOLU O DO VALIDA O ESBO O E Devolu o do Esbo o Uma vez elaborado o esbo o e a sua mem ria descritiva organiza se uma reuni o com a comunidade E o momento final onde a equipa devolve o resultado do diagn stico para a comunidade em uma reuni o ampliada onde devem ser convidados os vizinhos que participaram da confronta o dos limites A equipa solicita autoridade local para convidar o maior n mero poss vel de pessoas da comunidade os seus representantes as autoridades comunais e costume
35. com pessoas diferentes e durante uma outra actividade Os outros membros da equipa t cnica devem observar e anotar bem os pontos de discuss o Discuss es exaltadas sobre um limite podem ser um indicador de um limite menos claro ou da exist ncia de um conflito S o estes sinais que v o permitir orientar melhor o trabalho durante o DRP Uma vez o cartograma elaborado a equipa t cnica deve fazer uma c pia para ser utilizada nas outras actividades O cartograma um instrumento de trabalho que pode ir mudando e adaptando se medida que se adquirem novos conhecimentos durante o diagn stico 43 Embora o cartograma n o tenha escala ao final ele pode ser comparado com o esbo o Veja a seguir o cartograma resultante do mapeamento participativo da comunidade Mulenga Figura 5 Cartograma da Comunidade de Mulenga da DIAGRAMA DE VENN uma esp cie de mapa da estrutura social que ilustra as rela es entre as institui es internas e externas da comunidade Na an lise do Diagrama de Venn percebe se a organiza o social da comunidade e conduz a identifica o da comunidade local atrav s de duas dimens es e As rela es horizontais Servem para delimitar as dimens es s cio culturais e econ mica da comunidade Podem se investigar os la os de casamentos e parentescos entre as aldeias os sistemas de ajuda m tua trocas de bem e trabalho comum os recursos em explora o comum das aldeias e po
36. com vista ao seu bem estar desenvolvimento econ mico e social e a preserva o das reas em que se adoptem formas tradicionais de aproveitamento da terra b a outorga de outros terrenos ou n o sendo esta poss vel a compensa o adequada que lhes for devida em caso de constitui o de novas reservas que tenha afectado os terrenos por elas possu dos ou fru dos c o direito de prefer ncia dos seus membros em condi es de paridade no provimento de cargos e fun es criados nos terrenos reservados d a afecta o as despesas que visem a promo o do bem estar das comunidades rurais de uma certa percentagem das taxas cobradas pelo acesso aos parques e pela ca a pesca ou actividades tur sticas a desenvolvidas Ainda no n mero 2 diz que A percentagem das taxas a que se refere a al nea d do n mero anterior fixada no Regulamento Geral de Concess o de Terrenos Com rela o ao Dom nio til consuetudin rio o Artigo 37 diz que 1 S o reconhecidos s fam lias que integram as comunidades rurais a ocupa o posse e os direitos de uso e frui o dos terrenos rurais comunit rios por elas ocupados e aproveitados de forma til e efectiva segundo o costume 2 O reconhecimento dos direitos a que se refere o n mero anterior feito em t tulo emitido pela autoridade competente nos termos das disposi es regulamentares da presente lei Os terrenos rurais comunit rios enqu
37. competente onde ficam arquivados devendo o adquirente pagar antecipadamente os respectivos emolumentos e despesas 7 A autoridade concedente deve arquivar uma c pia dos documentos relativos transmiss o ou constitui o dos direitos fundi rios sobre os terrenos conced veis de modo a garantir a reforma de qualquer processo de concess o que venha a ser destru do ou que venha a desaparecer SEC O II Transmiss o e Extin o dos Direitos Fundi rios Artigo 61 Transmiss o 1 Sem preju zo do disposto nos artigos anteriores e das restri es neles estabelecidas os direitos fundi rios s o transmiss veis em vida e por morte 2 A transmiss o por acto entres vivos de direitos fundi rios faz se mediante declara o das partes no t tulo de concess o com reconhecimento presencial da assinatura do alienante e est sujeita a registo nos termos gerais 3 Se a transmiss o for a t tulo oneroso deve ser indicado o seu valor 4 A transmiss o por morte est sujeita a inscri o no t tulo de concess o devendo a assinatura do sucessor ser reconhecida presencialmente ap s apresenta o ao not rio para arquivo de documento comprovativo da respectiva qualidade 5 A transmiss o dos direitos fundi rios implica a cess o dos direitos e obriga es do respectivo titular em face do Estado ou das autarquias locais 6 A transmiss o de direitos em vida quer a t tulo gratuito quer a t tulo oneroso s
38. de acordo sobre o valor das benfeitorias a entidade expropriante investida administrativamente na posse dos terrenos a expropriar 6 A investi dura administrativa na posse prevista no n mero anterior n o pode efectivar se sem que previamente tenha sido a Efectuado o dep sito em institui o banc ria do lugar da sede da entidade expropriante ordem do concession rio expropriado da quantia que entenda ser devida b Realizada vistoria ad perpetuam rei memoriam destinada a fixar os elementos de facto suscept veis de desaparecerem e cujo conhecimento seja de interesse ao julgamento do processo 152 7 Ap s a investidura administrativa na posse seguem se os demais terrenos de direito para a fixa o da indemniza o 8 O levantamento pelo concession rio da import ncia depositada interpretado como aceita o t cita do valor da indemniza o estimado pela entidade expropriante Artigo 133 Reserva de direitos 1 Em todas as concess es consideram se sempre reservados para a autoridade concedente os direitos s pedreiras e nascentes de gua 2 O concession rio pode por m usufruir as guas correntes que passem pelo terreno concedido sem preju zo dos direitos da autoridade concedente 3 E vedado ao concession rio obstruir ou desviar o curso normal das correntes de gua que passem pelo terreno concedido CAP TULO VI PROCESSO DE CONCESS O SEC O I DISPOSI ES GERAIS Artigo
39. de sessenta dias em rela o ao fim do prazo ou da sua renova o 7 Artigo 85 Area e localiza o O contrato de arrendamento a que se refere a presente subsec o fixa a rea e a localiza o do terreno sobre que recai o direito de ocupa o prec ria Artigo 86 Subarrendamento O subarrendamento s permitido a em casos de reconhecido interesse para a celeridade do aproveitamento dos terrenos concedidos b a favor de institui es de cr dito que para promover e acelerar o aproveitamento dos terrenos concedidos hajam feito empr stimos a longo ou m dio prazos aos concession rios quando estes faltem s obriga es assumidas para com o mutuante Artigo 87 Proibi o de convers o em aforamento N o permitida a convers o em aforamento de concess es por arrendamento Artigo 88 Renda 1 O ocupante paga uma presta o nica ou peri dica em dinheiro fixada a t tulo de renda no respectivo contrato 2 O valor da renda calculado segundo a tabela aprovada por decreto executivo conjunto dos Minist rios das Finan as e do Urbanismo e Ambiente tendo em aten o designadamente a rea e a classifica o do terreno o prazo pelo qual haja sido constitu do o direito de ocupa o prec ria as circunst ncias econ micas das zonas em que o terreno se localize e bem assim o tipo projectado de utiliza o 4 A renda anual podendo podendo o seu pagamento ser efect
40. deve ser capaz de durante todo o processo estar apta para Olhar e Ver Escutar e Ouvir 4 3 5 ETAPAS DO DRP Para obter um resultado eficiente do DRP necess rio que a equipa esteja bem atenta para o planejamento de cada etapa que s o 1 Prepara o Ter a defini o clara do objectivo Se o objetivo do DRP realizar a delimita o das terras de uma comunidade necess rio que todos os t cnicos que comp em a equipa tenham internalizado o seu significado Conhe am a base t cnica da delimita o que respaldada pela actual Lei de Terras que assegura o direito de uso e aproveitamento da terra pelas comunidades locais segundo o direito costumeiro Planejem os meios necess rios para chegar ao objectivo e elaborar o plano de trabalho geral e detalhar a cada dia para o dia seguinte e localizar pessoas chave Administrador da Comuna Chefe do Posto Presidente de localidades etc para informar sobre o trabalho e solicitar sua contribui o com informa es sobre a regi o as comunidades e as quest es de terra E importante ter a indica o de um destes como interlocutor para a entrada na comunidade e preparar as comunica es sobre o primeiro encontro e entregar com anteced ncia de modo que a comunidade se organize para receber a equipa O mesmo deve ser encaminhado para as institui es locais que devem ser envolvidas e juntar e analisar informa es existentes que v o apoiar o diagn sti
41. do pr mio SEC O III DAS CONCESS ES GRATUITAS Artigo 94 No o Nas concess es gratuitas o concession rio isento do pagamento de presta es de qualquer esp cie Artigo 95 Taxatividade As concess es gratuitas s s o admitidas nos casos e nos termos previstos na lei Artigo 96 Regime jur dico 1 As concess es gratuitas regem se pelos preceitos especiais que lhes respeitem e pelas cl usulas dos respectivos contratos 2 Sem preju zo de disposi o legal em contr rio os direitos dos concession rios n o podem ser onerados ou alienados sem autoriza o da autoridade concedente Artigo 97 Convers o 1 As concess es gratuitas podem ser objecto de convers o em onerosas 2 O concession rio deve pagar a partir da convers o as presta es nicas ou peri dicas que forem fixadas pela autoridade concedente de harmonia com as tabelas aprovadas por decreto executivo conjunto dos Minist rios das Finan as e do Urbanismo e Ambiente e em vigor no momento da convers o Artigo 98 Limite de rea As reas dos terrenos a conceder gratuitamente devem circunscrever se ao estritamente indispens vel para a realiza o dos fins em vista n o podendo exceder os limites estabelecidos na lei Artigo 99 Caducidade As concess es gratuitas caducam a Quando a utiliza o dos terrenos se afaste dos fins para que foram concedidos ou estes n o estejam em qu
42. dom nio p blico do Estado e os que pela sua natureza n o sejam suscept veis de apropria o individual Artigo 5 Direito dos interessados informa o 1 Os particulares t m o direito a ser informados pelos servi os competentes sempre que o requeiram sobre o andamento dos processos em que sejam directamente interessados e as decis es definitivas que sobre eles forem tomadas 2 As informa es referidas no n mero anterior abrangem nomeadamente a indica o do servi o onde o processo se encontra os actos e dilig ncias praticados e as defici ncias a suprir pelos interessados 3 Os servi os competentes devem notificar os interessados por escrito das decis es que profiram sobre os requerimentos apresentados devendo ainda fundamentar a decis o pela qual indefiram os referidos requerimentos e qualquer outra decis o suscept vel de causar consequ ncias adversas aos requerentes 4 Sem preju zo do disposto no n mero anterior os requerentes podem nos termos gerais de Direito deduzir reclama o e interpor recurso administrativo das referidas decis es Artigo 6 Regras gerais sobre os prazos 1 Na falta de disposi o especial de dez dias o prazo para os interessados requererem qualquer acto ou dilig ncia deduzirem reclama es interporem recursos ou exercerem qualquer outro direito ou faculdade legal 2 Os prazos para a impugna o dos actos administrativos por meio de reclama
43. edifica o urbana ou rural de ordenamento do territ rio protec o do ambiente e de combate eros o dos solos 2 Ficam exclu dos do mbito de aplica o desta lei os terrenos que n o possam ser objecto de direitos privados como os terrenos do dom nio p blico ou os que por sua natureza sejam insuscept veis de apropria o individual SEC O II Princ pios fundamentais SUBSEC O I Estrutura Fundi ria Artigo 4 Princ pios fundamentais A transmiss o constitui o e exerc cio de direitos fundi rios sobre os terrenos conced veis do Estado est sujeita aos seguintes princ pios fundamentais 96 a Princ pio da propriedade origin ria de terra pelo Estado b Princ pio da transmissibilidade de terrenos integrados no dom nio privado do Estado c Princ pio do aproveitamento til e efectivo da terra d Princ pio da taxatividade e Princ pios do respeito pelos direitos fundi rios das comunidades rurais f Princ pio da propriedade dos recursos naturais pelo Estado g Princ pio da n o reversibilidade das nacionaliza es e dos confiscos Artigo 5 Propriedade origin ria A terra constitui propriedade origin ria do Estado integrada no seu dom nio privado ou no seu dom nio p blico Artigo 6 Transmissibilidade 1 Sem preju zo do disposto no artigo 35 o Estado pode transmitir ou onerar a propriedade dos terrenos integrados no seu dom nio privado 2
44. es de facto existentes naquela data 5 Na determina o do valor do terreno em causa n o pode tomar se em considera o a mais valia que resultar a Da pr pria declara o de constitui o da reserva b De obras ou empreendimentos p blicos conclu dos h menos de cinco anos no caso de n o ter sido liquidado encargo de mais valia e na medida deste c De benfeitorias voluptu rias ou teis ulteriores publica o do diploma que decretar a constitui o da reserva d De informa es de viabilidade licen as ou autoriza es administrativas requeridas ulteriormente publica o do diploma que decretar a constitui o da reserva 6 Na fixa o da justa indemniza o n o s o considerados quaisquer factores circunst ncias ou situa es criadas com o prop sito de aumentar o valor da indemniza o Artigo 31 Extin o das reservas 1 As reservas devem ser extintas quando N o se justifique a sua manuten o ou Haja decorrido o prazo fixado nos respectivos diplomas que as criaram sem que tenham sido definitivamente constitu das 2 A extin o das reservas com fundamento no motivo enunciado na al nea a do n 1 determinada por decreto lei CAP TULO IV DISPOSI O DOS TERRENOS SEC O I DISPOSI ES GERAIS SUBSEC O I CONDI ES GERAIS Artigo 32 Condi es de ocupa o dos terrenos urbanos 1 As condi es de ocupa o de terrenos urbanos ser o as fixadas nos pl
45. motivo c Pela aplica o do terreno a fim diverso daquele a que ele se destina d Pelo exerc cio do direito fundi rio em contraven o do disposto no artigo 18 0 e Pela expropria o por utilidade p blica f Pelo desaparecimento ou inutiliza o do terreno 118 Artigo 65 San es Os titulares de direitos fundi rios que violem as disposi es da presente lei ficam sujeitos aplica o das san es estabelecidas nas disposi es regulamentares SEC O III Compet ncias para as Concess es Artigo 66 Conselho de Ministros 1 Compete ao Conselho de Ministros nomeadamente a Autorizar a concess o da ocupa o uso e frui o do leito das guas territoriais da plataforma continental e zona econ mica exclusiva b Autorizar a concess o da ocupa o uso e frui o de outros bens fundi rios integrados no dom nio p blico do Estado c Autorizar a transmiss o ou a constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais superior a 10 000 hectares nos termos do n 3 do artigo 43 d Autorizar a transmiss o de terrenos do dom nio p blico para dom nio privado do Estado e Autorizar a transmiss o para as autarquias locais de direitos sobre terrenos integrados no dom nio p blico e privado do Estado f Autorizar a concess o de forais aos centros urbanos 2 As compet ncias previstas nas al neas b d e f e g do n mero anterior podem ser delegadas e
46. ncia de direitos de terceiros c Os prazos e as fases do processo de aproveitamento tendo em vista a natureza e o volume das obras projectadas As cl usulas acess rias cuja inclus o no contrato seja necess ria ou conveniente atendendo finalidade da concess o e defesa dos interesses do Estado e dos direitos de terceiros 2 Depois de recolhidos os pareceres e informa es os servi os competentes da autoridade concedente pronunciam se sobre o deferimento ou indeferimento do pedido especificando naquele caso as condi es a que dever obedecer a concess o Artigo 141 Despacho liminar 1 O processo submetido a despacho liminar da autoridade concedente 2 N o havendo motivo para indeferimento a autoridade concedente deve ordenar a A demarca o provis ria do terreno b A realiza o de hasta p blica quando entenda que ela n o deve ser dispensada Artigo 142 Decis o da concess o 1 Ap s a demarca o provis ria do terreno mas antes da realiza o da hasta p blica quando esta n o tenha sido dispensada o processo ser submetido aprecia o da autoridade concedente que decidir a concess o e as cl usulas a que esta fica sujeita fixando ainda se for esse o caso O prazo durante o qual a concess o se considera dada a t tulo provis rio 2 A autoridade concedente pode negar a concess o sempre que a julgue inconveniente aos interesses do Estado ou prejudicial a terceiros
47. o de recurso hier rquico cru de recurso contencioso s o os previstos na Lei n 2 94 de 14 de Janeiro e no Decreto Lei n 16 A 95 de 15 de Dezembro 3 O prazo para qualquer resposta conta se sempre da notifica o do acto a que se responde 4 Os prazos estabelecidos pelo presente diploma s o cont nuos 5 Quando o prazo para a pr tica de determinado acta terminar em dia em que os servi os competentes estiverem encerrados transfere se o seu termo para o primeiro dia til seguinte 127 Artigo 7 Prorrogabilidade dos prazos 1 Os prazos fixados no Regulamento s o prorrog veis nos casos nele previstos 2 Salvo disposi o em contr rio o prazo prorrog vel por uma vez e por igual per odo CAP TULO II Dos TERRENOS EM GERAL SEC O I DISPOSI ES GERAIS Artigo 8 Distin o de terrenos segundo o seu regime jur dico Os terrenos podem distinguir se em terrenos do dom nio p blico do Estado e das autarquias locais terrenos do seu dom nio privado terrenos comunit rios e terrenos de propriedade privada Artigo 9 Proibi o de usucapi o e acess o imobili ria 1 N o podem adquirir se por usucapi o ou acess o imobili ria quaisquer direitos sobre terrenos do dom nio p blico e do dom nio privado do Estado 2 N o podem adquirir se por usucapi o quaisquer direitos sobre os terrenos integrados no dom nio das comunidades rurais 128 Artigo 10 Direitos do Est
48. o esbo o n o pode ser lan ado 7 Comiss o Inter Ministerial para a Revis o da Legisla o de Terras Manual de Delimita o de Terras das Comunidades pag 101 Primeiro tem que se resolver o conflito obtendo se um consenso entre as comunidades Por isso as comunidades vizinhas t m que validar o esbo o A equipa n o interfere na resolu o de conflitos Para validar o esbo o a equipa t cnica informa as comunidades vizinhas da delimita o em curso j no in cio do DRP Assim que exista um rascunho do esbo o uma delega o da comunidade visita a comunidade vizinha juntamente com a equipa t cnica para confront lo com o rascunho Na delega o da comunidade participam de prefer ncia as pessoas da institui o que respons vel pela reconfirma o dos limites do territ rio e que participaram do georeferenciamento Visite sempre os limites comuns porque uma visualiza o no campo melhor do que uma discuss o ao lado de um mapa No caso de serem identificadas terras e recursos que duas comunidades exploram em comum devem se promover o consenso sobre a delimita o entre as comunidades Este consenso pode ter v rias formas dependente da situa o encontrada no terreno Por exemplo 1 Dividir a rea explorada em comum em duas partes 2 Durante o DRP pode se perceber que as duas comunidades podem ser consideradas como uma nica comunidade local para os fins de gest o de terras 3 Pode
49. o for ter de haver uma transfer ncia para os benefici rios dos conhecimentos e das compet ncias relacionadas com a tecnologia e com os sistemas de produ o utilizados pelos produtores locais com historial de sucesso ii Capital social Reconhece se hoje generalizadamente que as parcerias e as alian as passaram a ser um elemento fundamental para o xito a longo prazo das interven es na rea do desenvolvimento rural A complexidade actual das quest es e dos desafios relacionados com a reforma agr ria e com o 83 desenvolvimento rural e a diversidade dos interesses em causa significa que nenhuma parte interessada ter qualquer hip tese de xito se actuar isoladamente Isto explica a raz o pela qual o xito do trabalho de desenvolvimento rural depende frequentemente dos relacionamentos entre as partes interessadas Dois ingredientes fundamentais para a melhoria dos relacionamentos s o a exist ncia de um espa o para o di logo e a instaura o de um clima de confian a da resultando a melhoria do desenvolvimento rural O debate acerca dos micro projectos e dos pap is a desempenhar pelas partes interessadas nestas actividades demonstrou ser um instrumento til para se iniciar um di logo construtivo Outros modos de se estimular a interac o das partes interessadas incluem as task forces as forma es profissionais em grupo e os workshops A maior parte dos projectos mencionados na sec o sobre as boas p
50. o os mecanismos de transfer ncia de terra heran a ou venda e Quem decide sobre a transfer ncia de terra e Quem respons vel pela resolu o de conflitos dentro da comunidade e com pessoas de fora e Quem negocia o uso das terras e Existem contratos de gest o e utiliza o entre v rios grupos ou indiv duos O t pico de autoriza o de uso de recursos s pessoas de fora crucial Muitas vezes o territ rio da comunidade corresponde ao territ rio da institui o que respons vel por esta quest o Analise a Matriz de Gest o dos Recursos da comunidade NDola 55 56 Figura 10 MATRIZ DE GEST O DOS RECURSOS NATURAIS DA COMUNIDADE NDOLA Resolu es Recursos Quem Regras de Heran a ResidentesEstranhos Autoriza z Conflitos Rios livre acesso nenhuma Soba Seculo comunidade permitido Soba Pesca livre acesso nenhuma Soba comunidade Permitido Soba avisar Soba Ca a livre acesso p arma de comunidade permitido Soba fogo Soba e Soba e sobrinhos nao Lavras Seculo da nenhuma chefes de filhos da permitido e sa Es permitido Povoa o familia irm Floresta Soba nenhuma comunidade permitido n o deixar os animais Ee Pastagens nana Soba permitido lavras Soba e Chefe da desde que ne Lenha Povoa o oul esteje seca Soba comunidade permitido Soba Aldeia permiss o 7 a s a fruta Chefe da T Frutas Silvestre do o madira
51. p blicas da sociedade civil e do sector privado a diversos n veis para a implementa o da reforma agr ria e das pol ticas de desenvolvimento rural e proporcionem os incentivos e as compet ncias para a cria o refor o de mecanismos horizontais e verticais para o di logo e a parceria entre essas institui es e Proporcionem incentivos adequados para que os servi os p blicos e privados funcionem eficazmente nas reas rurais o que dever incluir compet ncias descentralizadas adequadamente financiadas e providas de pessoal para implementar pol ticas e programas que signifiquem uma discrimina o positiva a favor dos pobres e Reforcem as compet ncias dos produtores dos trabalhadores e das organiza es assentes na comunidade das cooperativas e de outras organiza es da sociedade civil para que incluam mais os pobres nos seus quadros e para que conhe am os seus direitos e responsabilidades de modo a que responsabilizem os servi os p blicos e se envolvam no di logo e em negocia es com decisores pol ticos sobre quest es fundamentais de pol ticas e legislativas que afectem o bem estar dos seus membros e lhes proporcionem servi os de produ o de processamento de marketing e financeiros mais eficazes para melhorarem os seus rendimentos e Criem mais emprego agr cola e n o agr cola atrav s de uma diversidade de medidas de pol tica e de medidas program ticas que estimulem o crescimento da produtivi
52. para a posse de terra que abordem de forma expl cita o acesso igualit rio de homens e mulheres mesma Sem uma aten o espec fica para a integra o de g nero sectores importantes da sociedade poder o ver se exclu dos dos benef cios e dos sistemas de administra o gest o e desenvolvimento da terra Nas conclus es da Confer ncia sobre a Mulher destacou se que na maioria das sociedades actuais existem grandes desigualdades de g nero no acesso Quarta Confer ncia Mundial sobre a Mulher Ac o para a Igualdade o Desenvolvimento e a Paz Beijing 4 15 de Setembro de 1995 terra moradia e infraestrutura b sica Por ltimo mais n o por isso menos importante o acesso equitativo terra uma quest o de direitos humanos e como afirma a Comiss o da Condi o Jur dica e Social da Mulher do Conselho Ecn mico e Social das Na es Unidas a discrimina o em mat ria de direitos sobre a terra constitui uma viola o dos direitos humanos 2 Embora as camponesas estejam assumindo um papel cada vez mais importante na agricultura elas seguem contadas entre os grupos mais desfavorecidos A guerra a migra o dos homens para as cidades em busca de trabalho remunerado e a crescente mortalidade causada pelo HIV SIDA t m produzido um aumento das fam lias encabe adas por mulheres nos pa ses em via de desenvolvimento Esta feminiza o da agricultura tem limitado consideravelmente a capacidade das m
53. plano de explora o ou de constru o constante do contrato de concess o ou n o o havendo na utiliza o de todo o terreno concedido para os fins da concess o 2 Para os efeitos do disposto no presente diploma s considerado relevante o aproveitamento que tiver sido realizado pelo concession rio 150 Artigo 127 Processo de aproveitamento de terrenos urbanos de constru o 1 O processo de aproveitamento de terrenos urbanos de constru o o que estiver definido no respectivo contrato de concess o 2 Se o contrato de concess o for omisso devem ser observados os seguintes prazos m ximos a Para a apresenta o do projecto de arquitectura tr s meses contados da data da outorga do t tulo de concess o b Para a apresenta o do projecto de estruturas seis meses contados da notifica o ao concession rio da aprova o do projecto de arquitectura c Para o in cio das obras trinta dias ap s a notifica o ao concession rio da aprova o do projecto definitivo d Para a conclus o das obras o prazo estabelecido na licen a de constru o 3 A inobserv ncia dos prazos sujeita o concession rio s cl usulas penais fixadas no respectivo contrato de concess o e ao pagamento de uma quantia pecuni ria por cada dia de atraso no cumprimento 4 A san o pecuni ria compuls ria prevista no n mero anterior ser fixada segundo crit rios de razoabilidade 5 A rejei o do projecto de arq
54. por este s autarquias locais para gest o aut noma 6 Os terrenos de dom nio p blico podem por diploma do Conselho de Ministros vir a ser integrados no dom nio privado do Estado embora sujeitos ao regime especial que esse diploma fixar Artigo 12 Terrenos integrados no dom nio p blico aut rquico O regime dos terrenos integrados no dom nio p blico do Estado aplic vel com as necess rias adapta es aos terrenos do dom nio p blico aut rquico sem preju zo por m das normas que o Regulamento mande especialmente aplicar a este dom nio SEC O III DOM NIO PRIVADO Artigo 13 Terrenos integrados no dom nio privado do Estado ou das autarquias locais 1 Pertencem ao dom nio privado do Estado os terrenos n o compreendidos no dom nio p blico e sobre os quais recai a propriedade do Estado 2 O Conselho de Ministros pode autorizar a transmiss o para as autarquias locais de direitos sobre terrenos integrados no dom nio privado do Estado 3 O Estado n o pode transmitir a pessoas singulares ou a pessoas colectivas de direito privado o direito de propriedade sobre terrenos rurais integrados no seu dom nio privado Artigo 14 Aquisi o pelo Estado de terrenos sujeitos ao regime de propriedade privada Os terrenos sujeitos ao regime de propriedade privada podem ser adquiridos para determinados fins pelo Estado passando a integrar se no seu dom nio p blico ou privado conforme o f
55. portanto recomendamos que exercitem antes de chegar na comunidade Fa am representa es com objectivo de perceberem falhas e corrigir antes de chegar ao campo A seguir observem os principais instrumentos que apoiar o a equipa durante a aplica o do DRP 19 Box 2 TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Informa es Gerais Considere que j houve um per odo de sensibiliza o e a equipa j possui uma s rie informa es pr vias sobre a comunidade Existem tamb m informa es secund rias que devem ser levantadas antes de ir ao campo S o relat rios outros diagn sticos censos demogr ficos etc e devem ser considerados no conjunto das informa es Prepare ent o os primeiros instrumentos gt e Fa a suas observa es neste espa o e Amostra Defina hipoteticamente a amostra ou seja com quem v o ser feitos os primeiros contatos Esta uma amostra qualitativa Ap s a primeira reuni o j poss vel levantar os grupos de interesse Estes podem ir surgindo ao longo do DRP Geralmente s o Lideran as Grupos de anci os Grupo de senhoras Grupo de jovens Representante da educa o Representante da sa de Outros e Entrevista Semi estruturada Exercite um di logo semi estruturado Fa a um check list dos aspectos que pretende abordar e tenha o sempre m o Nunca use question rio Se o objectivo saber como as fam lias usam os recursos naturais da comun
56. presente cap tulo CAPITULO V Disposi es Finais e Transit rias Artigo 83 Situa es transit rias 1 Os direitos de superf cie constitu dos ao abrigo da Lei n 21C 92 de 28 de Agosto Lei de Terras do seu Regulamento de Concess es aprovado pelos Decretos n 32 95 de 8 de Dezembro e 464 92 de 9 de Setembro e dos demais regulamentos locais ou especiais ficam sujeitos ao regime do direito de superf cie previsto na presente lei 2 Aos direitos fundi rios constitu dos nos termos da legisla o vigente antes da entrada em vigor dos diplomas referidos no n mero anterior aplica se o regime do direito de superf cie previstos na presente lei contanto que a Os terrenos sobre os quais recaiam aqueles direitos e que n o tenham sido nacionalizados ou confiscados b Os respectivos titulares tenham procedido respectiva regulariza o nos termos e nos prazos previstos na Lei n 21C 92 de 28 de Agosto Lei de Terras do seu Regulamento de Concess es aprovado pelos Decretos n s 32 95 de 8 de Dezembro e 464 92 de 9 de Setembro 3 S o confiscados nos termos da legisla o correspondente os terrenos a que se refere o n mero anterior caso persista a situa o de abandono injustificado ou de n o regulariza o 4 Relativamente a processo de concess o que se encontrem pendentes devem os requerentes no prazo de um ano a contar da publica o do regulamento geral ou especial aplic vel al
57. que superintenda a Geologia e Minas d Um t cnico da entidade que superintenda a rea do Ambiente 5 Sempre que seja necess rio para garantir o cumprimento do disposto na legisla o fundi ria o Ministro do Urbanismo e Ambiente pode autorizar que o Instituto Geogr fico e Cadastral de Angola contrate os servi os de empresas especializadas credenciadas por este instituto ou de peritos externos nomeadamente de agrimensores 146 ajuramentados para a presta o de servi os que o instituto n o possa prestar ou que requeiram a aplica o de conhecimentos ou o uso de tecnologias de que o instituto n o disponha Artigo 103 Responsabilidade da autoridade concedente A autoridade concedente n o respons vel pela viola o de direitos de terceiros resultante da realiza o de opera es de demarca o de terrenos que venha a conceder quando os lesados n o hajam deduzido no processo de concess o as necess rias reclama es ou estas hajam sido julgadas improcedentes em despacho de que j n o seja poss vel interpor recurso Artigo 104 Despesas de demarca o 1 As despesas resultantes da execu o das opera es de demarca o provis ria e definitiva devem ser suportadas pelos concession rios devendo estes pagar nomeadamente o custo dos marcos fornecidos pelo Estado e as despesas de transporte e ajudas de custo 2 As despesas referidas no n mero anterior s o calculadas em fun o da r
58. representar o ainda um dos vetores do desenvolvimento nacional na medida em que contribu rem com a produ o de alimentos necess rios aos demais segmentos da sociedade Portanto a perman ncia deste contingente populacional no seu habitat de origem de fundamental import ncia Embora o texto integral da Lei de Terras se encontre no conjunto dos anexos destacamos alguns Artigos pertinentes para a compreens o dos direitos assegurados s comunidades rurais O Artigo 5 sobre a propriedade origin ria reafirma que A terra constitui propriedade origin ria do Estado integrada no seu dom nio privado ou no seu dom nio p blico O Artigo 1 al nea c define como comunidades rurais comunidades de fam lias vizinhas ou compartes que nos meios rurais t m os direitos coletivos de posse gest o e de uso e frui o dos meios de produ o comunit rios designadamente dos terrenos rurais comunit rios por eles ocupados e aproveitados de forma til e efectiva segundo os princ pios de auto administra o e autogest o quer para sua habita o quer para o exerc cio da sua actividade quer ainda para a consecu o de outros fins reconhecidos pelo costume e pela presente lei ou seus regulamentos No Artigo 9 n mero 1 vai al m do reconhecimento das comunidades rurais quando diz que O Estado respeita e protege os direitos fundi rios de que sejam titulares as comunidades rurais incluindo aqueles que
59. rios sobre as terras pelos seus titulares est subordinado ao fim econ mico e social que justificou a sua atribui o 2 aplic vel ao exerc cio dos direitos previstos na presente lei o disposto no C digo Civil em mat ria de abuso do direito CAPITULO II Dos terrenos e dos Direitos SEC O I Dos Terrenos Artigo 19 Classifica o dos terrenos 1 Os terrenos s o classificados em fun o dos fins a que se destinam e do regime jur dico a que est o sujeitos nos termos da lei 2 Os terrenos do Estado classificam se em conced veis e n o conced veis 3 Para efeitos do seu aproveitamento pelas pessoas singulares ou colectivas os terrenos conced veis classificam se em terrenos urbanos e terrenos rurais 4 Entende se por terreno urbano o pr dio r stico situado na rea delimitada por um 99 foral ou na rea delimitada de um aglomerado urbano e que se destine a fins de edifica o urbana 5 havido como terreno rural o pr dio r stico situado fora da rea delimitada por um foral ou da rea de um aglomerado urbano e que designadamente se destine a fins de explora o agr cola pecu ria silv cola e mineira 6 A classifica o dos terrenos conced veis em urbanos ou rurais feita nos planos gerais de ordenamento do territ rio ou na sua falta ou insufici ncia por decis o das autoridades competentes nos termos da presente lei 7 Os terrenos integrados no dom nio p blico do Estado
60. se obter deste mesmo mapa sem ser necess rio ir ao campo As coordenadas dos limites que n o se detectam no mapa topogr fico s o medidas no terreno utilizando um receptor de GPS 65 Veja na sequ ncia os exemplos dos croquis e mem rias descritivas da comunidade Ndola figuras 4 e 5 e da comunidade Tchindigui figuras 6 e 7 Figura 14 CROQUIS DA COMUNIDADE NDOLA ai PROVINCIA DA HUILA Limites MUNICIPIO DE HUMPATA e Fazendas Comuna da Palanca 8332000 Sr Monteiro X X Fazenda do Sr Fernando Figuereito Fazenda do Sr Gaspar sea ii Fazenda do Comunidade de NDOLA verem Area Total 3925 Ha 8326000 0 90 Meters m Escala 1 60 000 332000 334000 336000 338000 340000 342000 CROQUIS Elaborado pela Equipa Tecnica Sistema das Coordenadas DATUM CAMACUPA 2000 Meters Macio Manuel IGCA Luanda Joaquim Faria IGCA Benguela Helena Ghigi FAO Lucas Joaquim IGCA Lubango 66 Figura 15 MEM RIA DESCRITIVA Introdu o A presente mem ria descritiva e justificativa refere se rea da comunidade Ndola Localiza o A rea situa se em Ndola Comuna da Palanca Munic pio da Humpata prov ncia da Huila A mesma delimita se da seguinte maneira Norte Comunidade Unene Sul Comunidade de Jau Este Comuna da Huila Oeste Povoa o Ngonga e Ontithi Configura o A comunidade apresenta se em forma de pol gono irregular A figura est orie
61. sedes das respectivas administra es municipais e comunais 3 Al m da identifica o do requerente o requerimento deve conter o seguinte a Men o da localiza o rea confronta es n mero de descri o ou declara o de omiss o no registo predial bem como de quaisquer circunst ncias que interessem identifica o do terreno b Especifica o da finalidade visada pela concess o c Indica o consoante os casos do pre o oferecido pelo direito de propriedade do pre o oferecido pelo dom nio til civil da presta o nica ou da presta o anual oferecida pelo direito de superficie ou da renda anual oferecida por metro quadrado de terreno nunca inferiores aos das tabelas em vigor Men o das concess es de que seja titular em nome pr prio ou no do c njuge de filhos incapazes de sociedades em nome colectivo ou de sociedades por quotas em que possua mais de metade do capital social Artigo 138 Instru o 1 Com o requerimento de concess o ser o juntos os seguintes documentos a Fotoc pia do bilhete de identidade e assento de nascimento do requerente se este for cidad o nacional ou fotoc pia autenticada do passaporte e do cart o de residente tratando se de cidad o estrangeiro b Certid o do registo comercial e do instrumento constitutivo se o requerente for uma pessoa colectiva e fotoc pia dos documentos de identifica o dos s cios ou accionistas maiorit rios gerentes ou
62. ser que a rea explorada em comum perten a historicamente s duas comunidades Neste caso um consenso poss vel que a rea seja delimitada junto com o territ rio das duas comunidades mas que na mem ria descritiva dos dois esbo os se fa a refer ncia rea explorada em comum Para o caso de um investidor que queira investir na rea comum esta deve ser negociada com as duas comunidades ou seja como ser este procedimento N o existe um modelo para Oo consenso Deve se procurar um consenso que assegure os direitos de ambas as comunidades sobre as terras que exploram para o seu sustento O resultado depende do entendimento das comunidades 59 Transfer ncia da informa o para o mapa topogr fico Na elabora o do esbo o transfere se esta informa o descritiva do cartograma para o mapa topogr fico Nos mapas topogr ficos identificam se facilmente obst culos naturais como cimos de montanhas estradas riachos e rios Pontos e linhas descritas nestes termos s o f ceis de identificar e transferir para o mapa Outros pontos de limites n o se identificam no mapa topogr fico rvores grandes picadas Antes de poder transferir estes pontos e linhas para o mapa estes devem ser georeferenciados utilizando o sistema de GPS GEOREFERENCIAMENTO A PARTIR DO MAPA Os pontos de limite como conflu ncias de rios pontes ou cruzamentos de estradas que s o identific veis no mapa podem ser geor
63. stico e s o sistematizadas de modo que no final a informa o possa ser repassada para toda a comunidade e faz parte do diagn stico 29 4 3 4 A EQUIPA DE TRABALHO Os membros da equipa que em princ pio deve ser interdisciplinar no seu conjunto s o os facilitadores do m todo e seu perfil o que os diferencia de outros pesquisadores Geralmente na composi o da equipa s o incorporados t cnicos de v rias institui es governamentais e n o governamentais E muito importante a presen a de t cnicos da institui o respons vel pelo Cadastro o que facilita o conhecimento sobre os registos da regi o onde se localiza a comunidade e o acompanhamento para o processo de lan amento no Cadastro Nacional e emiss o do t tulo da rea delimitada e das Direc es Provinciais da Agricultura pelo conhecimento t cnico sobre os sistemas produtivos O tamanho da equipa depende da disponibilidade de t cnicos N o existe um n mero padr o mas devem ser em n mero tal que cubra as v rias reas de interesse para uma melhor percep o da realidade A composi o da equipa deve considerar o aspecto g nero portanto a presen a da mulher na equipa potencializa a din mica dentro da comunidade principalmente com rela o s actividades desenvolvidas com mulheres e a abordagem de alguns temas como sa de fam lia actividades entre outros Ver Anexo 2 30 O planeamento do DRP deve ser de dom ni
64. vel das terras c Propriedade de interesse p blico e de desenvolvimento econ mico e social d Respeito pelos princ pios previstos na presente lei Artigo 15 Protec o do territ rio e planeamento urban stico A constitui o ou a transmiss o de direitos fundi rios sobre as terras e ocupa o o uso e a frui o destas regem se pelas normas constantes dos instrumentos de ordenamento do territ rio e de planeamento urban stico designadamente no que diz respeito aos objectivos por estes prosseguidos Artigo 16 Protec o do ambiente e utiliza o das terras 1 A ocupa o o uso e a frui o das terras est o sujeitos as normas sobre protec o do ambiente designadamente as que dizem respeito protec o das paisagens e das esp cies da flora e da fauna preserva o do equil brio ecol gico e ao direito dos cidad os a um ambiente sadio e n o polu do 2 A ocupa o o uso e a frui o das terras devem ser exercidos de modo a n o comprometer a capacidade de regenera o dos terrenos ar veis e a manuten o da respectiva aptid o produtiva Artigo 17 Interesse p blico e desenvolvimento econ mico e social A constitui o e a transmiss o pelo Estado de direitos fundi rios sobre as terras obedecem prioridade do interesse p blico e do desenvolvimento econ mico e social do Pa s Artigo 18 Limites ao exerc cio dos direitos fundi rios 1 O exerc cio dos direitos fundi
65. 134 Compet ncia para a organiza o e instru o do processo de concess o O processo de concess o de terrenos organizado e instru do pelos servi os competentes do Instituto Geogr fico e Cadastral de Angola que depois o submete decis o da autoridade concedente Artigo 135 Formas de processo 1 O processo de concess o de terrenos pode ser comum ou especial 2 O processo comum aplic vel a todos os casos a que n o corresponda processo especial 3 O processo especial aplica se s concess es gratuitas concess o do direito de ocupa o prec ria e aos demais casos expressamente previstos neste Regulamento SEC O II PROCESSO COMUM Artigo 136 Fases O processo comum integrado pelas seguintes fases a Apresenta o do requerimento pelo interessado b Informa es e pareceres dos servi os e demais entidades que devam ser consultados sobre o pedido c Demarca o provis ria do terreno seguida ou n o de hasta p blica d Aprecia o do indeferimento e Demarca o definitiva f Celebra o do contrato de concess o g Outorga do t tulo de concess o h Inscri o do direito a favor do concession rio no registo predial requerimento e aprova o ou Artigo 137 Requerimento inicial 1 O processo inicia se com o requerimento do interessado dirigido autoridade concedente 2 O requerimento deve ser afixado na sede da autoridade concedente e nas
66. 5 Aprecia o das reclama es 1 Os servi os a que se refere o n 1 do artigo 113 devem prestar a sua informa o sobre todas as reclama es deduzi das submetendo de seguida o processo aprecia o da autoridade concedente que em despacho fundamentado decidir o incidente 2 Da decis o sobre a reclama o cabe recurso nos termos da lei geral Artigo 116 Caducidade da demarca o provis ria A demarca o provis ria caduca logo que o processo termine por qualquer causa ou quando se realize a demarca o definitiva SEC O III DEMARCA O DEFINITIVA Artigo 117 Opera es de demarca o definitiva 1 A demarca o definitiva consiste na execu o das opera es topogr ficas que permitam a completa identifica o e localiza o do terreno concedido e na realiza o do contorno perimetral deste por meio de marcos definitivos de cimento ou de pedra 2 aplic vel demarca o definitiva com as necess rias adapta es o disposto no artigo 110 Artigo 118 Elementos a atender A demarca o definitiva baseia se na demarca o provis ria e nas subsequentes correc es resultantes do processo de concess o Artigo 119 Condi es para a execu o da demarca o definitiva A demarca o definitiva apenas se realizar depois de feita a prova a Do dep sito para pagamento dos preparos com a instru o do processo demarca o publica
67. APLICA O DO METODO A aplica o do m todo permite a percep o real da ocupa o do espa o atrav s de 3 momentos e O resgate hist rico Revela a quanto tempo a popula o ocupou aquele espa o e A organiza o social Confirma atrav s da hierarquia social e defini o dos pap is como o espa o e os recursos dispon veis s o controlados e A identifica o dos limites Vai referendar os dom nios do territ rio e que confirmado no momento de confronta o com os vizinhos Dar se in cio ent o aplica o do DRP buscando cumprir todos os passos e utilizando tantos instrumentos quantos sejam necess rios para consolidar as informa es No primeiro encontro da equipa com a comunidade se houve uma sensibiliza o adequada ap s a coloca o dos objectivos e explica o de como v o fazer o trabalho se a popula o se mostrar dispon vel poss vel iniciar alguma actividade a Fa a uma reflex o da import ncia da participa o do maior n mero poss vel de pessoas da comunidade In Comiss o Inter Ministerial para a Revis o da Legisla o de Terras Manual de Delimita o de Terras das Comunidades b Relembre o que DRP e porque este diagn stico participativo c Reafirme que o objetivo da delimita o assegurar um direito de todos que j existe e que agora protegido pela Lei de Terras do Pa s Portanto importante que todos tomem conhecimento e participem
68. Experimentem utilizar modelos tridimensionais pedras folhas ou outros objectos para identificar certas zonas Um membro da equipa vai escrevendo o nome das refer ncias para que n o se confundam ao final Pe a ao grupo para completar o mapa indicando a utiliza o de terra e recursos existentes Um exemplo para iniciar o di logo podem nos indicar onde que se localizam os recursos que utilizam Por exemplo onde fica a floresta Esta pergunta conduz a uma imagem real das terras e recurso que garantem o sustento da comunidade e que devem ser assegurados atrav s da delimita o Comece por e acrescentar outros pontos de refer ncia principais tanto naturais como artificiais riachos lagoas montanhas corredores de transum ncia por onde passa o gado picadas infra estruturas estradas e indicar as v rias aldeias e povoa es e indicar as infra estruturas escola centro de sa de casa agr ria igrejas e OS recursos naturais que utilizam reas agr colas zonas de pastagem florestas zonas de ca a etc e OS recursos chave como gua e as baixas para hortas merecem a aten o e lugares de cerim nias cemit rios terras de pousio e servid es p blicas e concess es privadas dentro do territ rio da comunidade e recursos utilizados pelas comunidades vizinhas terra rios lagos florestas e recursos utilizados em comum com outras comunidades vizinhas Os facilitadores dos grupos de
69. Mucha rvore Limite Ndola Jau 336750 8325865 Mupanda rvore antiga capela Limite Ndola Jau Ngonga DESCRI O DOS PONTOS DE LIMITE DA COMUNIDADE Figura 16 SAA AL BLA AS O nd ipi Di UG io 2h sl DELIMITA O DA COMUNIDADE DE TCHINDIGUI PROVINCIA DA HUILA Ee a Tipo de utiliza o Agro Pecu rio Nr de Processo Nr de mapa Topogr fico Folha 355 escala 1 100 000 Area Util Da Comunidade de TCHINDINGUI 887 Ha E ANAN es 5 fo PAN Naa Area da Fazenda do Sr Camponeu 106 Ha 4 8336000 Sistema das coordenadas Datum CAMACUPA 3 ar Area da Fazenda do Sr Jos Loren o 57 Ha Area da Fazenda do Sr Paulo Jorge 45 Ha Area da Fazenda do Sr Celio Jorge 27 Ha A NAAS ONE qa Parametros de Datum CAMACUPA introduzido em GPS Za SNS Area da Fazenda da Sra Maria Helena 20 Ha Dx 46 Dy 344 Dz 230Da 112 Df 4 792 DELIMITA O DA COMUNIDADE DE TCHINDIGUI Pontos Limite com TCHINAMI rea da Comunidade faz limite no Norte com a Comunidade de De EETAS Faze das de TCHINDINGUI Tchinami e nos outros lados est limidada com Rios Nene e Sr Camponeo Soba a Sr Celio Jorge Tchipapata Eb eds Sr Paulo Jorge co 1 Mem ria Descritiva com as coordenadas de limite entre a Comunidade de TCHINDIGUI e a Comunidade de TCHINAMI COS ES A O a Limite F Sr Mandandi Quimbo Karrissala N Djacaca Escala 1 40 000 Cruzamento de dois
70. Recomenda se iniciar por conhecer a hist ria da comunidade pois este um aspecto onde v o transparecer a auto estima das pessoas a valoriza o de serem reconhecidos como grupo e estabelece os primeiros v nculos de confian a com a equipa Em alguns momentos deve se colocar que durante aquele trabalho a popula o o grupo mais importante pois s o eles quem det m as informa es Portanto o resultado daquele trabalho ser deles A equipa facilita e organiza as informa es LINHA HISTORIAL Apresenta os acontecimentos de maior import ncia desde a ocupa o do territ rio pela comunidade por ordem cronol gica Como fazer O facilitador da equipa convida um grupo de pessoas que conhecem a hist ria da comunidade geralmente as pessoas mais velhas da fam lia fundadora e explica bem os objectivos do trabalho 35 Numa parede ou outro local que todos possam ver bem coloque uma cartolina com uma linha vertical que indica o tempo No fundo escreve funda o da comunidade A discuss o pode ser iniciada com as seguintes perguntas Quando foi fundada a comunidade Quais foram os acontecimentos de maior import ncia A medida que os participantes se lembram dos acontecimentos coloque uma segunda coluna ao lado da linha historial para especificar o acontecimento Escreva os coment rios sobre o acontecimento nesta 2a coluna Numa folha parte um membro da equipa anota todos os coment rios sobre o
71. Relat rio do DRP da Comunidade do Ibama Caxito Maio 2002 77 b ANEXOS II III IV 78 O CONTRIBUTO DA FAO PARA AS BOAS POL TICAS E PR TICAS NA REFORMA AGRARIA E NO DESENVOL VIMENTO RURAL UM BREVE PANORAMA POR QUE S O IMPORTANTES AS QUEST ES DE G NERO NO ACESSO E CONTROLE DA TERRA LEI DE TERRAS N 09 04 DE 09 DE NOVEMBRO REGULAMENTO DA LEI DE TERRAS I O CONTRIBUTO DA FAO PARA AS BOAS POL TICAS E PR TICAS NA REFORMA AGR RIA E NO DESENVOLVIMENTO RURAL UM BREVE PANORAMA Os princ pios fundamentais da Confer ncia Mundial sobre a Reforma Agr ria e o Desenvolvimento Rural Roma 1979 continuam hoje a ser v lidos para se enfrentar o intimidante e omnipresente desafio da erradica o da pobreza e da fome Contudo o contexto em que eles est o a ser aplicados evoluiu substancialmente Se bem que a globaliza o a industrializa o e a agricultura comercial muitas vezes subsidiada estejam a criar riqueza para alguns est o tamb m a aumentar dramaticamente as disparidades socioecon micas no interior dos pa ses e entre estes exacerbando ainda mais a concentra o de terras e a mobiliza o dos pequenos agricultores e dos trabalhadores agr colas n o qualificados no sentido do trabalho eventual no sector informal da economia ficando assim mais marginalizadas as reas rurais mais remotas As altera es demogr ficas tais como a urbaniza o r pida as migra es e o aumento das taxas de
72. S o nulos os neg cios de transmiss o ou de onera o referidos no n mero anterior que violem normas de ordem p blica 3 A nulidade prevista no n mero anterior invoc vel nos termos gerais 4 N o podem adquirir se por usucapi o quaisquer direitos sobre os terrenos integrados no dom nio privado do Estado e no dom nio das comunidades rurais Artigo 7 Aproveitamento til e efectivo 1 A transmiss o do direito de propriedade e a constitui o de direitos fundi rios limitados sobre terrenos integrados no dom nio privado do Estado s podem ter lugar com o objectivo de garantir o aproveitamento til e efectivo destes 2 Os ndices de aproveitamento til e efectivo dos terrenos s o fixados por instrumentos de gest o territorial designadamente tendo em conta o fim a que o terreno se destina o tipo de cultura a praticado e o ndice de constru o 3 A rea dos terrenos a conceder n o pode exceder em 1 3 a superf cie correspondente capacidade de trabalho do explorador directo e sua fam lia 4 Os direitos fundi rios adquiridos transmitidos ou constitu dos nos termos da presente lei extinguem se pelo seu n o exerc cio ou pela inobserv ncia dos ndices de aproveitamento til e efectivo durante tr s anos consecutivos ou seis anos interpolados qualquer que seja o motivo Artigo 8 Taxatividade 1 N o permitida a constitui o sobre os terrenos integrados no dom nio privado
73. a a compara o com o mapa participativo Um membro da equipa faz uma c pia do desenho em papel A4 para compor o relat rio do DRP Informe que ao final todos os trabalhos elaborados pela comunidade ser o devolvidos para que tenham a mem ria do DRP importante deixar o mapa original com o grupo que o desenhou A seguir observe os mapas participativos elaborados por dois grupos homens e mulheres da comunidade Mulenga 42 Figura 3 Mapa Participativo das Mulheres Figura 4 Mapa Participativo dos Homens O CARTOGRAMA E uma imagem aproximada das terras da comunidade baseado num consenso da comunidade sobre os diferentes mapas participativos Como fazer Os mapas participativos foram elaborados pelos v rios grupos de interesses que podem ter percep es diferentes sobre as terras das comunidades A equipa passa limpo em cartolina expressando exatamente o que e como foi representado isto se os grupos n o conseguiram desenhar no papel Junte os grupos para apresentarem os seus mapas participativos e estimule para que identifiquem as diferen as O facilitador anima as discuss es e promove o consenso entre os v rios grupos Uma pessoa da comunidade que saiba desenhar indicada pelos v rios grupos ou uma pessoa da equipa t cnica desenha o resultado do consenso numa cartolina Se n o chegarem a um consenso sobre um limite registe as d vidas Mais tarde no DRP aborde estas d vidas outra vez
74. a agr ria e no desenvolvimento territorial texto 5 este preparado em fun o da Confer ncia Internacional sobre Reforma Agr ria e Desenvolvimento Rural CIRADR realizada em Porto Alegre Brasil em 2006 Uma adenda dedicada ao g nero dada import ncia que esse tema tem no que diz respeito ao acesso uso e gest o das terras O compromisso de considerar os sistemas em sua totalidade simbolizado na organiza o deste manual orientou o trabalho realizado que apresentado com a esperan a de ajudar e orientar com boas pr ticas todos aqueles interessados nas quest es de desenvolvimento Este material n o exaustivo equipas da FAO e demais parceiros continuar o seus esfor os para enriquec lo e aperfei o lo ao longo do tempo e mant lo sempre eficiente para fazer face s demandas e situa es que ainda est o por vir Cap tulo 1 LEI DE TERRAS n 9 04 de 09 de Novembro A actual Lei de Terras aprovada em 11 de Agosto de 2004 representa para o povo angolano um marco de sustenta o para os processos de uma pol tica de desenvolvimento na dire o de uma equidade social e econ mica Como um instrumento amplo de legisla o vem de forma clara estabelecer os direitos concernentes ao segmento da sociedade rural nomeadamente as comunidades rurais que dependem enquanto sobreviv ncia de um territ rio onde a terra e os demais recursos naturais dispon veis s o fundamentais As comunidades rurais
75. a constitui o de direitos fundi rios previstos na presente lei devem fazer prova da sua capacidade para garantir o aproveitamento til e efectivo dos terrenos a conceder 2 A rea dos terrenos a conceder a cada explorador directo depende da sua capacidade para garantir o aproveitamento til e efectivo dos mesmos 3 Exceptuam se do disposto nos n meros anteriores os projectos de aproveitamento agr cola pecu rio ou silv cola de terrenos agr rios ou florestais cuja rea n o exceda em 10 a superf cie m nima correspondente unidade de cultura fixada para cada zona do Pa s sendo nesse caso dispensada a prova de capacidade adequada 4 A rea da unidade de cultura fixada por diploma regulamentar da presente lei em fun o das zonas do Pa s e do tipo de terreno 5 Para efeitos do disposto no n mero anterior os terrenos agr rios podem ser a Terrenos de regadio arvenses ou hort colas b Terrenos de sequeiro Artigo 46 Neg cios jur dicos de concess o 1 S o os seguintes os neg cios jur dicos pelos quais se podem transmitir ou constituir algum dos direitos fundi rios previstos na presente lei a Contrato de compra e venda b Aquisi o for ada do dom nio direito por parte do enfiteuta operando se essa transmiss o coactiva atrav s do acordo das partes ou de venda judicial mediante o exerc cio do direito potestativo foreiro integrado por decis o judicial c Contrato de aforam
76. a subsist ncia das popula es rurais Isto especialmente importante no caso dos processos cujo objectivo seja construir um sector rural internacionalmente competitivo Contudo se bem que um ambiente pol tico facilitador seja crucial para fazer aumentar o n mero de ilhas de sucesso a experi ncia mostra que isto n o necessariamente uma condi o pr via para o lan amento de iniciativas de desenvolvimento Em muitos casos os projectos iniciaram se quando essas condi es ainda n o estavam satisfeitas mas contribu ram para a introdu o de mudan as nas pol ticas e na legisla o O que necess rio haver vontade pol tica e l deres impulsionadores que muitas vezes incluem o apoio complementar da parte de l deres externos para que 85 se tente fazer alguma coisa Assim a experi ncia demonstra que para que haja sucesso as pol ticas e os regulamentos existentes t m de abrir espa o para a experimenta o e que os decisores pol ticos t m de estar dispostos a alterar as pol ticas e as leis com base nas li es aprendidas fundamental que exista um sistema racional de incentivos econ micos individuais uma pol tica Quando os incentivos beneficiam as fam lias a resposta s mudan as geralmente r pida e din mica Se bem que o desenvolvimento econ mico local seja um impulsionador fundamental para uma reforma agr ria significativa e para o desenvolvimento rural corre o risco de ser esse
77. aborando se um cartograma Outro tipo de triangula o pode ser observando diretamente o campo observando o mapa e fazendo entrevista p e para saber da exist ncia ou n o de uma floresta Sobre a explora o de determinado recurso natural min rio p e pode se triangular a informa o com a comunidade com vizinhos com representante do Governo 26 Box 7 continua o TEMA OU ABORDGEM INSTRUMENTO Fa a suas observa es neste espa o e Restitui o E uma maneira de obter coment rios da comunidade sobre as informa es e a an lise Vai permitir que a comunidade perceba melhor os objectivos do DRP e corrija informa es ou impress es da equipa t cnica que pare am estar erradas neste momento que a equipa tem a oportunidade de confirmar se as informa es foram sistematizadas corretamente e se est o claras para a popula o Se h necessidade de corre es ou complementa o aquele o momento oportuno ainda h tempo para rever alguns temas Recomenda se fazer uma restitui o final para a comunidade depois da elabora o do esbo o e mem ria descritiva Este momento necess rio para descobrir eventuais erros que possam ter ocorrido entre a recolha de informa o no campo e a elabora o do esbo o Dependendo do tempo do DRP pode se fazer v rias restitui es E importante que seja feita pelo menos uma no meio do per odo e outra final 27
78. adas de demarca o e vistoria constitu das por aquele instituto podem integrar entre outros quando seja necess rio e consoante os casos a Um t cnico do Instituto Nacional de Ordenamento do Territ rio e Desenvolvimento Urbano b Um t cnico do Minist rio que superintenda a Agricultura e o Desenvolvimento Rural c Um t cnico do Minist rio que superintenda a Geologia e Minas d Um t cnico do Minist rio que superintenda a Cultura c Um t cnico da entidade que superintenda a rea do Ambiente Artigo 26 Reservas totais e parciais 1 As reservas podem ser totais ou parciais 2 As reservas totais t m por objectivo principal a protec o da natureza a defesa e seguran a nacionais a preserva o de monumentos ou de locais hist ricos e a promo o do povoamento ou do repovoamento nelas n o sendo permitido qualquer uso ou ocupa o salvo o que se refira sua conserva o ou explora o para efeitos cient ficos ou outros fins de interesse p blico previstos no respectivo diploma constitutivo 3 Dizem se parciais as reservas em que s s o permitidas as formas de uso ou ocupa o que n o colidam com os fins de utilidade p blica que determinaram sua constitui o Artigo 27 Enumera o exemplificativa de reservas parciais Podem ser constitu das reservas parciais nomeadamente para a A constru o de casas econ micas b A capta o condu o e distribui o de guas s popula
79. administradores c Certificado de Registo de Investimento Privado CRIP emitido pela Ag ncia Nacional do Investimento Privado na 153 sequ ncia da aprova o ao abrigo da legisla o aplic vel de um projecto de investimento privado d Plano de aproveitamento do terreno com a indica o da localiza o do mesmo e Declara o de sujei o s leis autoridades e tribunais angolanos e de ren ncia nas quest es com o Estado a qualquer foro e processo judici rio estrangeiro quando o requerente n o tenha nacionalidade angolana f Certid o de teor da descri o do terreno e das inscri es em vigor ou comprovativa da sua omiss o no registo passadas com anteced ncia n o superior a tr s meses 2 Se o cidad o nacional n o possuir ou n o exibir bilhete de identidade ou assento de nascimento a identifica o faz se por meio de a Qualquer outro documento com fotografia actualizada e impress o digital ou assinatura que forne a os dados relativos ao nome completo sexo filia o data e local de nascimento morada completa com indica o do lugar e quando existam do bairro rua n mero e andar do pr dio b Do testemunho de dois cidad os nacionais de reconhecida idoneidade que possuam bilhete de identidade e que atestem sob compromisso de honra a identidade do cidad o em causa Tratando se de empreendimentos de reconhecido interesse para o desenvolvimento do Pa s o requerimento ser ainda instru do co
80. ado sobre os terrenos de que seja propriet rio 1 Salvo se outra for a solu o especialmente consignada na lei a ningu m permitido ocupar e explorar terrenos do Estado sem que previamente obtenha deste a necess ria autoriza o ou concess o 2 Em rela o aos terrenos que lhe perten am o Estado pode designadamente a Dispor deles nos termos da legisla o aplic vel b Utiliz los na constru o de edif cios para a instala o de servi os p blicos e habita o do respectivo pessoal c Destin los participa o em sociedades de economia mista d Aproveitar os seus produtos observadas as normas que disciplinam as v rias formas de utiliza o SEC O II DOM NIO P BLICO Artigo 11 Terrenos integrados no dom nio p blico do Estado 1 Pertencem ao dom nio p blico do Estado os terrenos como tais considerados por lei e sujeitos ao respectivo regime jur dico 2 Os terrenos integrados no dom nio p blico s o propriedade do Estado e como tal s o inalien veis imprescrit veis e impenhor veis 3 0s terrenos a que se refere o n mero anterior s o terrenos n o conced veis 4 por m admiss vel a constitui o por contrato de arrendamento do direito de ocupa o prec ria de bens fundi rios integrados no dom nio p blico do Estado contanto que a natureza destes a permita 5 Os terrenos integrados no dom nio p blico do Estado cuja natureza o consinta podem ser concedidos
81. ais que tenham sido ilegalmente ocupados subordinar se ao disposto nos artigos seguintes Artigo 214 Processos pendentes 1 Nos processos de concess o que se encontrem pendentes o disposto neste Regulamento aplicar se a todos os actos a praticar depois da sua entrada em vigor 2 No prazo de um ano a contar da data de publica o do presente Regulamento os requerentes cujos processos de concess o se encontrem pendentes devem alterar o pedido de concess o de harmonia com as disposi es da Lei n 9 04 de 9 de Novembro e deste Regulamento 3 Se a aplica o do presente Regulamento a actos posteriores exigir a altera o dos j praticados no processo os servi os competentes devem providenciar para que essas altera es se limitem ao estritamente indispens vel e sejam feitas com o m nimo de preju zo para os interessados 4 Os processos pendentes ficar o sem efeito se os interessados n o promoverem os respectivos termos de acordo com o disposto no presente artigo sendo nesse caso aplic vel com as necess rias adapta es o disposto nos n os 3 e 4 do artigo seguinte Artigo 215 Ocupa es ilegais de terrenos do Estado ou das autarquias locais 1 As pessoas singulares ou colectivas que ocupam sem qualquer t tulo terrenos do Estado ou das autarquias locais devem no prazo de tr s anos a contar da data da publica o do presente Regulamento requerer a concess o dos terrenos que ocupem i
82. alida o Ata com assinatura dos presentes 10 Indica o do seguimento e responsabilidades at a emiss o do t tulo 11 Bibliografia documentos consultados ANEXOS Observe se que todos os gr ficos matrizes e diagramas devem ser comentados o que representam e as observa es das equipas O recurso de fotografias dos mapeamentos gr ficos e matrizes oferecem um bom resultado visual no relat rio 73 Cap tulo 7 g Oo PROCESSO DE EMISSAO DE TITULO O reconhecimento formal do direito costumeiro por parte do Governo de Angola feito atrav s de emiss o do T tulo de Reconhecimento do Direito Consuetudin rio Para que isto ocorra necess rio juntar uma s rie de documentos e apresent los junto as autoridades competentes A Autoridade Competente A Lei de Terras Angolana em seu Artigo 66 n 1 c determina que compete ao Conselho de Ministros autorizar a transmiss o ou a constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais superior a 10 000 hectares O mesmo Artigo 66 n 3 estabelece que a autoriza o para a transmiss o ou para a constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais da rea superior a 1000 e igual ou inferior a 10 000 hectares da compet ncia da entidade que superintenda o cadastro mediante parecer vinculativo da entidade que tutela a respectiva rea Com rela o aos terrenos de rea inferior a 1000 hectares a Lei de Terras em seu
83. alquer momento a ser prosseguidos b Quando o aproveitamento n o se concretize no prazo fixado salvo se tal facto resultar de motivo n o imput vel a neglig ncia do concession rio e que a autoridade concedente considere justificativo CAP TULO V DEMARCA O SEC O I DISPOSI ES GERAIS Artigo 100 Delimita o do terreno objecto da concess o O terreno objecto da concess o delimitado no processo pela planta cadastral e concretizado no local pela demarca o 145 Artigo 101 Fases da demarca o A demarca o compreende uma fase provis ria e uma fase definitiva Artigo 102 Org o de execu o 1 O rg o central para a gest o t cnica de terras a que se refere o artigo 67 0 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro o Instituto Geogr fico e Cadastral de Angola 2 As opera es de demarca o provis ria e definitiva s podem ser executadas pelo Instituto Geogr fico e Cadastral de Angola 3 Para a execu o das opera es de demarca o provis ria e definitiva devem ser constitu das por aquele instituto brigadas de demarca o e vistoria 4 Das brigadas de demarca o e vistoria podem fazer parte entre outros quando seja necess rio e consoante os casos a Um t cnico do Instituto Nacional de Ordenamento do Territ rio e Desenvolvimento Urbano b Um t cnico do Minist rio que superintenda a Agricultura e o Desenvolvimento Rural c Um t cnico do Minist rio
84. anos urban sticos ou na falta destes em instrumentos de ordenamento do territ rio a estabelecer para cada caso pelos servi os competentes 2 Nas reas suburbanas sem condi es especificadas nos planos ou instrumentos referidos no n mero anterior poder o ser permitidas instala es comerciais e industriais que pela sua natureza n o convenha integrar nos n cleos urbanos 3 Para os efeitos do disposto no n 2 s ser o permitidas as instala es indicadas pelo Instituto Nacional de Ordenamento do Territ rio e Desenvolvimento Urbano Artigo 33 Condi es de ocupa o dos terrenos rurais Os terrenos rurais devem ser destinados a utiliza o adequada as suas capacidades de uso e aptid o Artigo 34 Terrenos que n o podem ser objecto de concess o 1 N o podem ser concedidos a Os terrenos integrados no dom nio p blico b Os terrenos abrangidos por uma reserva total c Os terrenos rurais comunit rios enquanto integrados no dom nio til consuetudin rio sem preju zo do disposto nos nos 4 e 5 do artigo 37 0 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro d Os terrenos que s possam ser ocupados por meio de licen a especial 2 Os terrenos das reservas parciais s s o conced veis para os fins especiais para que tenham sido constitu das 133 SUBSEC OII _ FORMAS DE DISPOSI O Artigo 35 Contratos de concess o e aquisi o for ada 1 Os terrenos conced veis podem ser obj
85. anto integrados no dom nio til consuetudin rio n o podem ser objecto de concess o Ouvidas as institui es do poder tradicional pode por m ser determinada a desafecta o dos terrenos rurais comunit rios e a sua concess o sem preju zo da outorga de outros terrenos aos titulares do dom nio til consuetudin rio ou n o sendo esta poss vel sem preju zo da compensa o adequada que lhes for devida S podem ser objecto de desafecta o os terrenos rurais comunit rios livremente desocupados pelos seus titulares de harmonia com as regras consuetudin rias da ordena o dominial provis ria ou excepcionalmente nos termos das disposi es regulamentares O exerc cio do dom nio til consuetudin rio gratuito estando os seus titulares isentos de pagamento de foros ou de presta o de qualquer esp cie O dom nio til consuetudin rio n o prescreve mas pode extinguir se pelo n o uso e pela livre desocupa o nos termos das normas consuetudin rias 8 O dom nio til consuetudin rio s pode ser hipotecado nos casos previstos no N 4 do artigo 63 Para garantir o pagamento de empr stimos banc rios 9 Se as quest es relativas ao dom nio til consuetudin rio n o puderem ser resolvidas pelo direito consuetudin rio s o reguladas pelas normas constantes dos artigos 14910 A 1523 do C digo Civil salvo quanto ao pagamento de foros considerando se o Estado como titular do d
86. apta es o disposto na subsec o I da presente sec o 3 A autoridade concedente pode n o fazer a adjudica o se assim o achar conveniente aos interesses do Estado ou da autarquia local 144 Artigo 92 Casos de dispensa de hasta p blica 1 A hasta p blica a que se refere o artigo anterior dispensada a Nas renova es b Na convers o de concess o gratuita em onerosa c Na concess o de pequenas parcelas de terreno insuficientes para constru o regular que confinem com terreno arrendado ao requerente e que n o possam aproveitar a qualquer outro propriet rio ou concession rio confinante d Quando a concess o se destine a empreendimentos de reconhecido interesse para o desenvolvimento do Pa s e Quando a concess o se destine edifica o de instala es n o definitivas destinadas a apoiar a constru o de habita o pr pria promovida para os respectivos associados por associa es que prossigam fins de interesse social ou por cooperativas de habita o 2 Os terrenos que se encontre nas condi es da al nea c do n mero anterior apenas podem ser concedidos por arrendamento Artigo 93 Cl usulas especiais 1 Nos contratos de concess o por arrendamento podem introduzir se cl usulas especiais com o fim de acautelar os interesses do Estado ou os direitos de terceiros designadamente fixando se um pr mio 2 O disposto nos n s 2 e 3 do artigo 70 aplica se fixa o
87. as etc Estes materiais devem ser manuseados e analisados junto com a comunidade 21 Box 3 continua o TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO Fa a suas observa es neste espa o z Mapeamento participativo E a primeira informa o constru da pela comunidade e que vai dar a equipa uma id ia aproximada do espa o enquanto territ rio ocupado suas fronteiras e como a popula o interage com este espa o Devem ser elaborados por grupos homens mulheres jovens anci os e posteriormente s o comparados complementados e conduzem a elabora o de um cartograma o que se aproxima mais da realidade No m nimo deve se fazer dois mapapeamentos Transectos S o registos feitos partir de caminhadas percorrendo v rias dire es dentro da comunidade S o importantes para visualizar a distribui o da popula o dentro do espa o para perceber os tipos de explora o e a disponibilidade e variedade de recursos naturais Este procedimento muito importante para que a equipa domine o conhecimento do espa o e ajuda a confirmar v rios aspectos junto com a comunidade servindo como material de apoio 22 Box 4 TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Organiza o Social rela es internas horizontais e verticais e rela es externas Uma comunidade constitu da por grupos e suas representa es As rela es internas s o representadas de forma horizontal na
88. as n o tem direito a ser indemnizado das benfeitorias que haja feito que reverte para o Estado ou para a autarquia local consoante os casos 5 O direito de propriedade a que se refere a l nea a do n 1 do artigo 34 s pode ser transmitido pelo adquirente mediante autoriza o pr via da autoridade concedente e ap s o decurso de um prazo de cinco anos de aproveitamento til e efectivo do terreno contados desde a data da sua concess o ou da data da sua ltima transmiss o 6 Os terrenos sobre os quais tenham sido constitu dos direitos de superf cie ou que tenham sido emprazados e que tenham sido objecto de aproveitamento til e efectivo durante o prazo legalmente fixado podem ser vendidos com dispensa de hasta p blica aos titulares daqueles direitos fundi rios limitados 7 aplic vel ao contrato de compra venda com as necess rias adapta es o disposto no artigo seguinte Artigo 49 Concess o 1 Os contratos de concess o previstos do n 1 al neas c d e e do artigo 46 s s o v lidos se forem celebrados por documento escrito do qual constem al m dos demais elementos essenciais os direitos e os deveres dos concession rios as san es aplic veis em caso de incumprimento destes ltimos e as causas da extin o do direito fundi rio 2 O contrato de concess o celebrado nos termos do artigo anterior constitui t tulo de concess o nos termos das disposi es regulamentares Ar
89. as ocupa es ilegais e outras infrac es previstas neste Regulamento 2 Para efeitos da al nea d do n 1 deste artigo n o poder ser vedada a entrada do pessoal das brigadas em qualquer terreno seja qual for o seu regime jur dico Artigo 205 Dever de colabora o das entidades p blicas No desempenho das atribui es que respeitem ao cadastro e processos de concess o as entidades p blicas devem prestar aos Servi os a que se refere o artigo 134 os esclarecimentos e apoio que lhes forem solicitados Artigo 206 Autos de not cia 1 O pessoal das brigadas a que se refere o artigo 204 tem no exerc cio das suas fun es compet ncia para levantar autos de not cia contra os que desobedecerem s suas ordens leg timas ou cometerem qualquer das infrac es previstas neste Regulamento 2 Os autos de not cia conter o os elementos e ter o o destino e valor referidos no C digo de Processo Penal Artigo 207 Notifica o da penhora A penhora dos direitos de concession rios de terrenos deve ser notificada ao magistrado do Minist rio P blico junto do Tribunal Provincial competente a fim de se acautelarem os direitos do Estado Artigo 208 Salvaguarda dos interesses do Estado Quando os direitos de uma concess o forem postos em hasta p blica em processo de execu o fiscal por presta es foros rendas taxas e impostos devidos ao Estado o magistrado do Minist rio P b
90. cesso terra seja seguro e se possa impor por exemplo expropria es for osas ou legais O acesso equitativo terra deve ser tamb m efectivo incluindo o acesso equitativo ao transporte ao cr dito aos mercados etc O apoio das institui es legais consuetudin rias e familiares fundamental para que os homens e as mulheres possam desfrutar de um acesso terra mais eficaz Para conseguir a igualdade entre o homem e a mulher seja para valer os direitos humanos ou por raz es de efici ncia econ mica os principais desafios que se t m que enfrentar na administra o da terra consiste em Compreender e conhecer a complexidade dos regimes dos direitos de propriedade em rela o com a fun o din mica de homens e mulheres na sociedade actual i e identificar formas alternativas de posse da terra como as cooperativas e as associa es de mercado para promover a equidade de g nero e considerar as diferen as entre homens e mulheres na an lise da informa o na reforma da terra implantar estruturas institucionais eficazes que permitam proteger e fortalecer o acesso equitativo terra no marco dos objectivos de pol tica agr ria da sociedade Isto inclui a sensibiliza o dos politicos dos diferentes actores e benefici rios com respeito import ncia de promover um processo de adjudica o da terra dirigido pelas comunidades com a finalidade de proteger os meios de subsist ncia das mesmas e dos agrega
91. cia isen o rigor e objectividade do processo de concess o de direitos fundi rios Assim nos termos das disposi es combinadas da al nea d do artigo 112 e do artigo 113 ambos da Lei Constitucional o Governo decreta o seguinte Este texto foi digitalizado pela DW em colabora o para edi o do Manual Observe se que n o est o inclu dos os modelos de formul rios Artigo 1 Aprova o aprovado o Regulamento Geral de Concess o de Terrenos que faz parte integrante do presente decreto Artigo 2 Direito subsidi rio S o subsidiariamente aplic veis na medida em que sejam conformes com o disposto na Lei de Terras e no presente Regulamento a Quanto aos direitos fundi rios e sua constitui o transmiss o exerc cio e extin o as disposi es do C digo Civil e legisla o complementar b Quanto inscri o no registo predial dos factos aquisitivos modificativos translativos e extintivos dos direitos fundi rios as disposi es do C digo do Registo Predial e legisla o complementar Artigo 3 Remiss es As remiss es feitas para os preceitos revogados consideram se efectuadas para as correspondentes normas do Regulamento Artigo 4 Diplomas complementares O Ministro do Urbanismo e Ambiente publicar em tempo til os decretos executivos necess rios execu o deste Regulamento 125 Artigo 5 Revoga o do direito anterior
92. co mapas fotografias a reas imagens sat lites relat rios anteriores sobre a comunidade elaborados por ONGs ou institui es oficiais locais e levantar na institui o respons vel pelo Cadastro se h exist ncia de parcelas registadas em nome de privados na rea da comunidade ou mesmo reas ou indtala es em nome do Governo e preparar a log stica A Log stica para o DRP Este um aspecto que deve ser muito bem planeado pois requer um perfil de lideran a e iniciativa Uma boa log stica facilita o trabalho dos t cnicos e a sua rela o com as pessoas da comunidade E importante que o respons vel n o seja um dos t cnicos da equipa Ver item 4 2 Sensibiliza o 33 O que o respons vel pela log stica deve providenciar e ve culos para deslocamento contando que algumas pessoas da comunidade v o utilizar os ve culos nos deslocamentos internos para identifica o dos pontos e para o deslocamento dos representantes das comunidades vizinhas durante a confronta o dos limites e alojamento para a equipa e motoristas Deve ficar o mais pr ximo poss vel da comunidade para poupar tempo com deslocamentos Devem ser asseguradas as condi es m nimas gua pot vel alimenta o acomoda o para dormir etc e local para a equipa sistematizar as informa es de cada dia e material de campismo se for necess rio e providenciar aluguel de gerador e combust vel se n o ho
93. comum acordo por rbitros que as partes tiverem designado 2 O tribunal arbitral considera se constitu do na data em que o terceiro rbitro aceitar a sua nomea o e o comunicar s partes 3 O tribunal arbitral funciona na sede do Governo da Prov ncia da situa o dos terrenos ou da sua maior extens o e utiliza a l ngua portuguesa 4 O tribunal arbitral julga de acordo com a lei angolana 122 5 As decis es do tribunal arbitral devem ser proferidas no prazo m ximo de seis meses ap s a data da sua constitui o 6 A decis o arbitral estabelece ainda quem deve suportar os custos da arbitragem e em que propor o Artigo 81 Normas aplic veis A arbitragem rege se pelo disposto na presente lei e no que n o esteja em oposi o com esta pelo regime geral da arbitragem volunt ria consagrado na Lei n 16 03 de 25 de Julho Lei Sobre Arbitragem Volunt ria SEC O IV Justi a Comunit ria Artigo 82 Lit gios no interior das comunidades rurais 1 Os lit gios relativos aos direitos colectivos de posse gest o uso e frui o e dom nio til consuetudin rio dos terrenos rurais comunit rios s o decididos no interior das comunidades rurais de harmonia com o costume vigente na comunidade respectiva 2 Se uma das partes n o estiver de acordo coma resolu o nos termos enunciados no n mero anterior o mesmo decidido pelos tribunais sendo aplic vel neste caso o disposto na Sec o II do
94. consolidar os resultados Equipa Interdisciplinar Uma realidade estudada por especialistas de v rias reas chegar a uma vis o mais aproximada desta realidade al m de facilitar os diversos n veis de abordagem dentro da comunidade A equipa do DRP deve ter clareza destes princ pios de tal forma que a sua actividade como facilitador seja desenvolvida com simplicidade e seguran a dos resultados 4 3 3 INSTRUMENTOS DO DRP Durante a aplica o do DRP a equipa tem sua disposi o um conjunto de instrumentos que v o facilitar o seu desempenho e o cumprimento do objectivo A decis o de fazer um DRP est intimamente ligada ao objectivo que se pretende chegar e a partir da definido o conjunto de t cnicas ou os instrumentos a serem utilizados pela equipa para recolha das informa es Estes instrumentos s o utilizados em todas as etapas e podem ser agrupados segundo os temas ou abordagens espec ficas A escolha de cada instrumento deve ser uma decis o da equipa e deve ser facilitado por quem mais domina importante no entanto que haja troca entre os membros da equipa para que todos dominem o seu objectivo a sua aplica o e como representar as informa es de forma simples e clara No Cap tulo 6 ser o apresentados exemplos de v rios instrumentos utilizados durante o DRP e como a equipa deve proceder para aplic los Para um resultado adequado a equipa dever dominar cada instrumento
95. constitu do a data da transmiss o ou da constitui o o prazo do contrato de concess o a identifica o da autoridade concedente e sendo caso disso O pre o e a sisa que hajam sido pagos Artigo 60 Registo cadastral e registo predial 1 O Governo aprova as normas que garantam a harmoniza o dos actos praticados pela autoridade concedente com aqueles que devam ser praticados pelos servi os do registo cadastral e registo predial 2 Est o sujeitos a inscri o no registo predial os factos jur dicos que determinem aconstitui o reconhecimento aquisi o modifica o e a extin o dos direitos fundi rios previstos na presente lei 3 Os factos referidos no n mero anterior s produzem efeitos contra terceiros depois da data do respectivo registo mas ainda que n o registados podem ser invocados entre as pr prias partes ou seus herdeiros 4 O conservador deve recusar o pedido de registo se o apresentante n o exibir o respectivo t tulo de concess o e sendo caso disso fotoc pia autenticada por not rio do 116 despacho de autoriza o pr via da transmiss o proferido pela autoridade concedente 5 Ao processo de registo aplica se o disposto na presente lei nos seus regulamentos e no C digo do Registo Predial 6 Deve a autoridade concedente oficiosamente remeter a certid o do contrato a documenta o correspondente e o requerimento do registo defectivo Conservat ria do Registo Predial
96. dade agr cola e as liga es entre a agricultura e a economia rural e urbana numa perspectiva territorial assim como atrav s do investimento directo ou do apoio financeiro e Estejam vigilantes perante os efeitos da globaliza o a fim de explorarem as oportunidades e mitigarem os efeitos negativos especialmente sobre os grupos populacionais pobres e vulner veis A globaliza o que inclui a no o da nova ordem internacional proclamada na Confer ncia Mundial sobre a Reforma Agr ria e o Desenvolvimento Rural Roma 1979 n o pode substituir a necessidade de medidas expl citas que garantam a soberania alimentar a agricultura familiar de pequena escala o emprego seguro e remunerat rio para os pobres rurais sem terra a justi a social a diversidade cultural e o direito alimenta o 81 e Fomentem a vontade pol tica o empenhamento e os recursos de longo prazo que permitam conceber e implementar as pol ticas legisla o e programas que promovam coerentemente a equidade e a justi a social bem como a discrimina o a favor dos pobres Mudan as paradigm ticas na Reforma Agr ria e no Desenvolvimento Rural Para dar resposta aos desafios do novo contexto global de um modo que satisfa a os princ pios que a ICARRD define acima j est o em curso em muitos pa ses mudan as paradigm ticas na forma como agimos A reforma agr ria centra se sobre dois pontos de acesso para conseguir alcan ar as mudan as pret
97. dade que assinaram a ata de valida o 3 Declara o do soba da rea atestando sua concord ncia com o processo e a aus ncia de impedimentos para emiss o do t tulo 3 1 Fotoc pia do BI ou C dula de Registo do soba 4 Declara o a administra o municipal da rea onde se encontra a comunidade atestando n o haver impedimento para emiss o do t tulo 5 Declara o da Direc o Provincial da Agricultura da Prov ncia onde se localiza a rea delimitada atestando n o haver impedimento para emiss o do t tulo este o parecer vinculativo referido pelo Artigo 66 n 3 da Lei de Terras dado que as reas rurais s o tuteladas pelo rg o representativo do MINADER nas prov ncias que s o as Direc es Provinciais da Agricultura Os Passos Com todos estes documentos o pedido de reconhecimento do Dom nio Util Consuetudin rio dever ser entregue autoridade competente para que o t tulo seja emitido Para que toda a popula o tenha conhecimento do processo a autoridade competente ir publicar um Edital explicando a delimita o para que se algu m tiver algo a dizer possa faz lo no prazo de 30 dias Esse edital fixado nas administra es municipais e divulgado na r dio Emiss o do T tulo Passados os 30 dias ser poss vel a emiss o do t tulo Dependendo do tamanho da rea delimitada o t tulo ser emitido por ordem do Governo Provincial terrenos com rea igual ou infer
98. de competente e mediante pr via audi o das institui es do Poder Tradicional existentes no lugar da situa o desses terrenos 2 O modelo ou formul rio do t tulo referido no n mero anterior o constante do Anexo II a este Regulamento 3 As institui es do Poder Tradicional que representam cada comunidade rural local s o designadas em conformidade com os costumes vigentes nessa comunidade Artigo 19 Indisponibilidade Sem preju zo das normas relativas sua desafecta o e concess o os terrenos rurais comunit rios enquanto sujeitos ao regime do dom nio til consuetudin rio n o podem ser objecto de concess o 130 SEC O V PROPRIEDADE PRIVADA Artigo 20 Propriedade privada 1 Consideram se sujeitos ao regime de propriedade privada os terrenos sobre os quais tenha sido constitu do definitivamente um direito de propriedade por outrem que n o as pessoas colectivas de direito p blico 2 O Governo proceder delimita o dos terrenos que constituindo objecto de propriedade privada confinem com o dom nio p blico Artigo 21 Expropria es e requisi es 1 Os terrenos sobre os quais tenha sido constitu do um direito de propriedade privada podem nos casos previstos na lei ser objecto de expropria o por utilidade p blica ou de requisi o tempor ria 2 Havendo expropria o por utilidade p blica ou requisi o dos terrenos a que se refere a presente sec o
99. de forma efectiva no seu desenvolvimento econ mico 93 III LEI DE TERRAS N 09 04 DE 09 DE NOVEMBRO Lei n 9 04 de 9 de Novembro A problem tica fundi ria em geral e em particular o enquadramento jur dico do problema da terra n o foram ainda objecto do tratamento multidisciplinar que merece A problem tica da terra na sua dimens o jur dica n o pode deixar de ser tratada de forma integrada e em fun o dos seus m ltiplos usos tais como o suporte de abrigo ou habita o da popula o residente no territ rio o que implica um adequado regime urban stico o abrigo de riquezas naturais cujo uso e aproveitamento revela do direito mineiro agr rio florestal e de ordenamento do territ rio o suporte do exerc cio de actividades econ micas agr rias industriais e de presta o de servi os e o suporte de todos os efeitos resultantes da ac o desregrada ou degradante do homem com impacto negativo no equil brio ecol gico que releva para o direito do ambiente Por um lado a legisla o em vigor em especial a Lei n 21C 92 de 28 de Agosto Lei de Terras n o tratou da problem tica da terra em todas aquelas dimens es e por outro n o houve por parte do legislador da Lei de Terras em vigor uma vis o integrada e multidisciplinar que pode at levar afirma o segundo a qual a lei em vigor uma lei agr ria N o se cuidou dos fins econ micos sociais e urban sticos e em geral da imbrica o entre a
100. de gest o locais tenham xito Pode prestar se aux lio medida que surjam as necessidades e como parte de um processo de parceria Em termos operacionais uma estrat gia de desenvolvimento de compet ncias dever incluir n o apenas a forma o profissional baseada em necessidades autodeterminadas mas tamb m o refor o institucional a tutoria e o trabalho em rede iv Capital financeiro O desenvolvimento econ mico local eficaz exige n veis elevados de recursos financeiros tanto ao n vel dom stico como ao n vel das comunidades locais Enquanto os primeiros s o obtidos atrav s de uma diversidade de meios p ex actividades produtivas trabalho assalariado remessas de fundos poupan as e empr stimos etc os ltimos dependem de transfer ncias do n vel central e ou da gera o de receitas locais No que se refere gest o de fundos locais existem tr s cen rios principais o governo local os rg os de aldeia ou uma combina o dos dois atrav s de acordos de parceria A experi ncia indica que cada tipo de situa o parece funcionar no que se refere responsabiliza o hier rquica decrescente garantindo uma boa mescla de prioridades produtivas e sociais e que estas podem alcan ar eficazmente os pobres v Capital f sico Reconhece se geralmente que para que a terra e os outros recursos naturais tais como a gua sejam geridos com rentabilidade e sustentabilidade s o necess rios investiment
101. de regulamento pr prio em fun o do tipo de cultura predominante em termos de regadio arvenses ou hort colas e terrenos de sequeiro 2 O tipo de cultura a que se refere o n mero anterior a que seja considerada pela entidade competente como mais adequada aptid o dos terrenos conserva o destes e preserva o da sua capacidade de regenera o 101 3 A transmiss o e a constitui o pelo Estado de direitos fundi rios sobre os terrenos conced veis e o aproveitamento destes dependem sempre da observ ncia dos crit rios enunciados no n mero anterior 4 O Estado promove opera es de remodela o predial destinadas a p r termo n o s fragmenta o como tamb m dispers o dos pr dios r sticos pertencentes ao mesmo titular com o fim de melhorar o aproveitamento t cnico e econ mico da explora o agr cola silv cola ou pecu ria 5 O emparcelamento a que se refere o n mero anterior pode implicar a jun o de terrenos sobre os quais recaia j a propriedade privada ou o dom nio til do explorador directo Artigo 25 Terrenos de instala o 1 Sem preju zo do disposto nos instrumentos de ordenamento do territ rio a classifica o dos terrenos como terrenos de instala o depende da contiguidade destes com minas fontes de mat ria prima ou eixo vi rios que aconselhem a implementa o de uma instala o mineira ou industrial 2 competente para a classifica o d
102. des assistenciais e de ensino SEC O II Dos CONTRATOS EM ESPECIAL SUBSEC O I Venda Artigo 48 0 Modalidade 1 Com vista a incrementar a concorr ncia entre candidatos a aquisi o e a finalidade de valoriza o a atingir a venda de terrenos feita por meio de arremata o em hasta p blica 2 A realiza o da venda de terrenos pode ainda ser adjudicada a empresas com experi ncia neste tipo de actividade sendo os respectivos servi os contratados ap s a abertura de concurso p blico Artigo 49 Publicidade da venda 1 A autoridade concedente deve redigir edital e afix lo com a antecipa o de dez dias na porta da sua sede e das sedes das respectivas administra es municipais e comunais 2 O edital publicado com igual antecipa o em dois n meros seguidos de um dos jornais mais lidos no Pa s 3 O edital e os an ncios devem conter nomeadamente a A indica o do dia hora e local da venda bJA identifica o sum ria do terreno c A indica o do valor base da venda d A indica o do t tulo n mero e data do jornal em que foram publicados os an ncios Artigo 50 Lugar da realiza o da venda A venda de terrenos deve ser realizada na sede dos servi os competentes da autoridade concedente do lugar da situa o dos terrenos objecto de venda Artigo 51 Quem realiza a venda Sem preju zo do disposto no n 2 do artigo 48 a venda de terrenos deve ser r
103. do para o mapa topogr fico deve se primeiro georeferenciar no campo utilizando o GPS Identifique estes pontos antes de ir ao campo 2 O georeferenciamento com GPS O georeferenciamento de um ponto uma actividade simples mas varia um pouco em cada aparelho por ISSO e leia o manual de instru es e verifique o funcionamento do GPS antes de ir para o campo e no caso de haver obst culos que impe am a recep o do sinal dos sat lites e impedem uma boa leitura procure um s tio muito perto do ponto que permita uma boa leitura e fa a 2 ou mais leituras no mesmo ponto para eliminar erros e anote as coordenadas de cada ponto numa caderneta de campo e tenha sempre dispon vel baterias para carregar o a aparelho de GPS 3 A transfer ncia das coordenadas para o mapa topogr fico A transfer ncia da leitura do GPS para o mapa topogr fico um exerc cio contr rio leitura das coordenadas dos pontos identificados no mapa 1 transfira o valor da leitura da longitude no eixo horizontal do mapa topogr fico 2 trace uma linha vertical atrav s do ponto indicado no eixo 3 transfira o valor da leitura da latitude no eixo vertical do mapa topogr fico 4 trace uma linha horizontal atrav s do ponto indicado no eixo 61 O cruzamento das 2 linhas indica o ponto georeferenciado no mapa Na sequ ncia os pontos ser o interligados at fechar uma poligonal A partir do resultado da poligonal calculada a
104. do Estado de direitos fundi rios diferentes dos previstos na presente lei 2 nulo o neg cio pelo qual se constitua um direito fundi rio que esteja previsto na presente lei 3 A nulidade prevista no n mero anterior invoc vel nos termos gerais Artigo 9 Comunidades rurais 1 O Estado respeita e protege os direitos fundi rios de que sejam titulares as comunidades rurais incluindo aqueles que se fundam nos usos ou no costume 2 Os terrenos das comunidades rurais podem ser expropriados por utilidade p blica ser objecto de requisi o mediante justa indemniza o Artigo 10 Recursos naturais 1 Os recursos naturais s o propriedades do Estado integrando se no seu dom nio p blico 2 O direito de propriedade do Estado sobre os recursos naturais intransmiss vel 97 3 Sem preju zo do disposto no n mero anterior o Estado pode constituir em benef cio de pessoas singulares ou colectivas direitos de explora o de recursos naturais nos termos da legisla o respectiva 4 A transmiss o do direito de propriedade ou a constitui o de direitos fundi rios limitados sobre terrenos do dom nio privado do Estado ao abrigo do disposto na presente lei n o implica a aquisi o por acess o ou por outro modo de aquisi o de qualquer direito sobre outros recursos naturais Artigo 11 Nacionaliza es e confiscos Sem preju zo do disposto em legisla o espec fica sobre reprivati
105. dos familiares sobretudo das mulheres e dos grupos mais vulner veis e marginalizados i e campanhas de sensibilizac o sobre os direitos das mulheres Isto importante porque em muitos pa ses a terra a principal fonte de renda e seguran a alimentar para a maioria das fam lias rurais Estes desafios n o s o f ceis de enfrentar porque os mecanismos de posse da terra s o din micos e podem variar enormemente dentro dos pa ses e entre eles Apesar destas limita es os encarregados da administra o da terra devem ser conscientes da forma em que a reforma agr ria e os sistemas de gest o e desenvolvimento da terra podem influir no acesso terra numa perspectiva de g nero As profundas mudan as demogr ficas que se t m produzido nas zonas rurais e urbanas obrigaram as organiza es e os profissionais dedicados ao desenvolvimento a buscar novas estrat gias para enfrentar as quest es de g nero No sector agr rio a estrat gia pode consistir em oferecer a homens e mulheres maior seguran a na posse e melhor acesso aos recursos da terra seja de forma directa ou atrav s da co propriedade Uma maior seguran a dos direitos sobre a terra refor a a capacidade do titular desses direitos para decidir estrat gias econ micas apropriadas de como diversificar sua actividade para que n o fique reduzida a agricultura de subsist ncia A seguran a da posse essencial para que as pessoas e as fam lias possam participar
106. e os terrenos comunit rios s o terrenos n o conced veis Artigo 20 Terrenos conced veis 1 S o conced veis os terrenos de que o Estado tenha a propriedade origin ria contanto que n o tenham entrado definitivamente na propriedade privada de outrem 2 O dom nio dos terrenos conced veis e os direitos fundi rios limitados sobre estes constitu dos est o sujeitos ao regime jur dico do dom nio privado do Estado ou das autarquias locais s normas constantes da presente lei e ao disposto no artigo 1304 do C digo Civil 3 Os direitos fundi rios do Estado n o prescrevem 4 Sem preju zo do disposto no artigo 35 o Estado pode transmitir o direito de propriedade sobre terrenos conced veis ou constituir sobre estes os direitos fundi rios 100 previstos na presente lei em benef cio de pessoas singulares ou colectivas 5 O Estado pode igualmente transmitir s autarquias locais os seus direitos fundi rios sobre terrenos conced veis atrav s da concess o foral ou de t tulo legal equivalente Artigo 21 Terrenos urbanos 1 Os terrenos urbanos s o classificados em fun o dos fins urban sticos em terrenos urbanizados terrenos de constru o e terrenos urbaniz veis 2 S o urbanizados os terrenos cujos fins concretos est o definidos pelos planos urban sticos ou como tal classificados por decis o das autoridades competentes contanto que neles estejam implementadas infraestruturas de urban
107. e p blica para efeitos de processos de expropria o por utilidade p blica Artigo 32 Regime do dom nio p blico aut rquico 1 O Estado pode por diploma pr prio do Governo ou por foral transmitir bens integrados no seu dom nio para as autarquias locais com o fim de descentralizar a sua gest o 2 O regime do dom nio p blico do Estado aplic vel com as necess rias adapta es ao dom nio p blico das autarquias locais sem preju zo por m das disposi es regulamentares aplic veis Artigo 33 Terrenos reservados e direitos das comunidades rurais 1 O Estado assegura s fam lias que integram as comunidades rurais residentes nos per metros dos terrenos reservados a A tempestiva execu o de pol ticas de ordenamento do territ rio com vista ao seu bem estar desenvolvimento econ mico e social e preserva o das reas em que se adoptem formas tradicionais de aproveitamento da terra b A outorga de outros terrenos ou n o sendo esta poss vel a compensa o adequada que lhes for devida em caso de constitui o de novas reservas que tenha afectado os terrenos por elas possu dos ou fru dos c O direito de prefer ncia dos seus membros em condi es de paridade no pavimento de cargo e fun es criados nos terrenos reservados d A afecta o s despesas que visem a promo o do bemestar das comunidades rurais de uma certa percentagem das taxas cobradas pelo acesso aos parqu
108. e resposta r pida nas situa es de emerg ncia Li es e boas pr ticas O desafio consiste em traduzir em realidade a mudan a de paradigma e os seus princ pios relacionados Nesta sec o pomos em destaque algumas li es aprendidas a esse respeito ilustrando as com exemplos de experi ncias vividas no decurso das ltimas duas d cadas Estas li es est o organizadas em torno de cinco diferentes tipos de capital assim como em torno das dimens es fundamentais das pol ticas das institui es e dos processos que s o ingredientes essenciais da reforma agr ria e do desenvolvimento rural para melhorar as formas de subsist ncia rurais reduzir a vulnerabilidade e erradicar a pobreza e a fome Deve sublinhar se que estas li es s o apenas algumas das li es poss veis aprendidas com a experi ncia e n o pretendem ser exaustivas ou exclusivas A Os cinco capitais i Capital natural incluindo a terra As li es que a experi ncia nos ensinou indicam que a aquisi o de terras deve ser associada presta o de servi os de apoio aos benefici rios o que dever incluir o acesso espec fico ao capital aos servi os e aos mercados As reformas que tenham por objectivo melhorar apenas o acesso terra s o necess rias mas n o suficientes As reformas destinadas a melhorar o acesso terra t m maiores probabilidades de xito quando os benefici rios tiverem experi ncia de gest o da terra Se assim n
109. e um terreno como terreno de instala o mineira e petrol fera o rg o que tutela o ordenamento do territ rio e o ambiente mediante proposta ou parecer pr vio das entidades que superintendem a respectiva rea 3 A classifica o de um terreno como terreno de instala o industrial da compet ncia do rg o que tutela o 102 ordenamento do territ rio e o ambiente mediante proposta ou parecer pr vio da entidade que tutela a respectiva rea 4 O rg o que tutela o ordenamento do territ rio e o ambiente deve remeter aos servi os cadastrais c pia dos despachos de classifica o dos terrenos contendo a respectiva fundamenta o Artigo 26 Terrenos vi rios 1 Sem preju zo do regime consagrado no Estatuto das Estradas Nacionais e no Plano Nacional de Estradas a classifica o pela entidade competente de um terreno como terreno vi rio depende de consulta pr via aos organismos que superintendem as reas de obras p blicas de abastecimento de gua e de electricidade e aos Governos Provinciais em cuja circunscri o territorial se integre a rede vi ria 2 A afecta o ao dom nio p blico dos terrenos vi rios do dom nio privado do Estado quando destinados a vias p blicas de compet ncia dos rg os que superintendem as reas de obras p blicas e transportes 3 aplic vel aos terrenos vi rios com as necess rias adapta es o disposto no n 4 do artigo 25 Artigo 27 Ter
110. ea e da localiza o do terreno a conceder segundo tabela aprovada por decreto executivo conjunto dos Minist rios das Finan as e do Urbanismo e Ambiente Artigo 105 Concess es gratuitas gratuita a execu o das opera es de demarca o provis ria e definitiva de terrenos objecto de concess o gratuita SEC O 11 DEMARCA O PROVIS RIA Artigo 106 Opera es de demarca o provis ria A demarca o provis ria opera se pela abertura de picadas perimetrais e pela implanta o de marcos normalizados nos v rtices e eventualmente nos alinhamentos dos lados do pol gono que define o objecto da concess o Artigo 107 Elementos a atender A demarca o provis ria baseia se nas indica es do requerente e deve subordinar se aos planos de ordenamento do territ rio aos planos urban sticos e aos loteamentos aprovados para a respectiva zona Artigo 108 Configura o do terreno 1 O terreno objecto de demarca o provis ria ter tanto quanto poss vel a configura o de pol gono de poucos lados de prefer ncia quadril tero 2 Pode ser dada outra forma ou extens o ao terreno demarcado quando assim o imponham os direitos de terceiros as condi es fisicas e geogr ficas existentes ou as circunst ncias econ micas do aproveitamento proposto Artigo 109 Mem ria das servid es A demarca o provis ria deve assinalar as servid es designadamente de passagem
111. ealizada pela autoridade concedente Artigo 52 Pessoas que orientam as arremata es 1 As arremata es s o presididas pelo funcion rio designado pela autoridade concedente 2 O funcion rio designado nos termos do n mero anterior secretariado no acto da venda do terreno por um escriv o do Tribunal Provincial da situa o do terreno objecto de venda 3 A pessoa que preside arremata o deve designar pessoa id nea para exercer as fun es de pregoeiro Artigo 53 Valor por que os terrenos v o pra a 1 Na falta de disposi o especial os terrenos v o pra a pelo valor determinado pelos ndices de pre os fixados pelas regras de mercado 2 Quando os terrenos submetidos a hasta p blica n o tiverem obtido em primeira pra a lan o que cubra o valor estipulado no n mero anterior devem ser postos em segunda pra a noutro leil o pelo valor correspondente a dois ter os desse valor 3 Se os terrenos n o tiverem obtido em segunda pra a lan o que cubra o valor referido no n 2 podem ser postos venda por propostas em carta fechada Artigo 54 Obriga o de mostrar os terrenos Durante o prazo do edital e an ncios a autoridade concedente obrigada a mostrar os terrenos a quem pretenda examin los mas pode fixar as horas em que durante o dia facultar a inspec o tomando as conhecidas do p blico por qualquer meio Artigo 55 Apresenta o a leil o N
112. ecto de a Contrato de compra e venda b Aquisi o for ada do dom nio directo por parte do enfiteuta operando se essa transmiss o coactiva atrav s do acordo das partes ou de venda judicial mediante o exerc cio do direito potestativo do foreiro integrado por decis o judicial c Contrato de aforamento para a constitui o do dom nio til civil d Contrato especial de concess o para a constitui o do direito de superficie e JContrato de arrendamento celebrado por tempo determinado para a concess o do direito de ocupa o prec ria 2 Os terrenos que se destinem a ser utilizados em anexa o com outros que j tenham sido objecto de disposi o ser o atribu dos por t tulo da mesma natureza e sujeitos s mesmas condi es Artigo 36 Terrenos que podem ser objecto de venda S podem ser objecto de venda a Os terrenos urbanos conced veis integrados no dom nio privado do Estado ou das autarquias locais b As pequenas parcelas de terreno insuficientes para constru o regular confinantes com terreno pertencente ao requerente em regime de propriedade perfeita e que n o 134 possam aproveitar a qualquer outro propriet rio ou concession rio confinante c As parcelas concedidas por aforamento ou arrendamento formando terreno cont nuo com parcelas de propriedade privada no qual se encontre j constitu do edif cio devidamente aprovado 2 N o pode ser transmitido a pessoas singulares ou a pessoa
113. eferenciados a partir deste mapa As coordenadas s o lidas nas escalas nas margens do mapa e n o precisam de ser georeferenciadas atrav s do GPS Ver a figura a seguir Cada ponto na terra fica no cruzamento de duas linhas imagin rias e o Meridiano Norte Sul a longitude e e O Paralelo Este Oeste a latitude 60 A identifica o destas duas linhas chama se as coordenadas de um ponto ou a sua georefer ncia Figura 12 Longitude 3204715 RE 25 15 Latitude 25 19 20 2520 2520 DIAS 2525 25 29 30 re enem 252930 32 45 32 50 32537 GEOREFERENCIAMENTO COM GPS Se um ponto ou linha de limite n o pode ser encontrado no mapa tem que ir medir as suas coordenadas no terreno para poder transferi las para o mapa Para este efeito utiliza se o GPS Sistema de Posicionamento Global que um sistema de posicionamento e navega o utilizando sat lites que orbitam a terra e um aparelho receptor O grau de precis o oscila entre dezenas de metros e alguns mil metros dependendo da qualidade do receptor e do modo de receber os sinais No contexto da delimita o de terras uma precis o de algumas dezenas de metros suficiente M todo convencional Como fazer Na utiliza o do GPS podem se identificar 3 passos 1 Identifica o dos pontos a serem geore ferenciados com GPS Cada ponto de limite que n o pode ser transferi
114. eguir mostra o processo a partir do cartograma que a representa o gr fica aproximada das terras da comunidade de uma maneira relativa sem escala os limites e outros aspectos como a localiza o dos v rios recursos naturais 57 Figura 11 Completar informa o a n o ARG rvores PA B visita a floresta picada corte transversal 58 Por exemplo o cartograma ao lado foi produzido na fase inicial de um DRP e mostrou ainda algumas d vidas Durante os outros exerc cios serviu de instrumento de trabalho e com as outras informa es o cartograma foi tornando se mais preciso Alguns limites que n o estavam claros foram encontrados durante uma caminhada do corte transversal E durante uma visita floresta para aprofundar a gest o deste recurso natural foram indicadas no campo 3 rvores grandes e picadas que constituem o limite com uma comunidade vizinha Todos os pontos identificados s o marcados para tirar as coordenadas ou seja georeferenciar Os limites vis veis como montanhas rios ou outros localizados nos mapas topogr ficos s o marcados para tirar as coordenadas apenas nos pontos extremos O limite pode seguir o contorno observado no mapa VALIDA O DAS INFORMA ES COM VIZINHOS O esbo o vai ser lan ado no Cadastro Nacional como territ rio leg timo da comunidade e um produto da comunidade e dos seus vizinhos No caso de discord ncia sobre um limite
115. eguros sobre a terra De igual modo h sociedades em que o acesso terra transfere se por linhagem matrilinear e nesse caso s o os homens e os filhos var es que podem resultar desfavorecidos quando ocorrem mudan as na sociedade Diversos estudos realizados pela FAO demonstram que as mulheres se bem na maior a dos pa ses em via de desenvolvimento s o um pilar fundamental dos sectores agr rios na m o de obra agr cola e nos sistemas aliment rios assim como para o sustentamento di rio da fam lia t m sido as ltimas em beneficiar se dos processos de desenvolvimento Ali s pelo crescimento econ mico em curso em alguns casos elas se t m visto inclusive negativamente afectadas por estes Continuam os preju zos sexuais e a insensibilidade nas diferen as 92 entre homens e mulheres os encarregados pela elabora o de pol ticas os planificadores do desenvolvimento e os provedores de servi os agr colas continuam a pensar nos agricultores como var es Por esta raz o as mulheres encontram mais dificultades que os homens em terem acesso a recursos valiosos como a terra o cr dito os insumos agr colas a tecnologia os servi os de extens o a capacita o e a outros tipos de recursos que aumentariam sua capacidade de produ o Um acesso terra mais equitativo n o significa unicamente aumentar os direitos atribu dos Para que seja poss vel fazer uso dos direitos e oportunidades necesario que o a
116. eio de expropria o por utilidade p blica ou pela constitui o de servid es administrativos 10 Havendo expropria o por utilidade p blica ou restri es nos termos da presente lei sempre devida indemniza o justa aos propriet rios e aos titulares de outros direitos reais afectados sem preju zo da possibilidade destes optarem pela subscri o de capital social das sociedades comerciais que venham a constituir se para a explora o de actividades relacionadas com o terreno reservado SEC O II Dos Direitos sobre Terrenos SUBSEC O I Dom nios do Estado Artigo 28 Dom nios do Estado O Estado e as autarquias locais por for a dos princ pios fundamentais consagrados nos artigos 4 e 12 podem ser titulares fundi rios de harmonia com os seguintes regimes a Dom nio p blico sendo neste caso nomeadamente aplic veis s normas constantes do n 3 artigo 10 artigo 13 n 1 do artigo 19 e artigo 29 0 104 b Dom nio privado sendo neste caso nomeadamente aplic vel o disposto nos artigos 5 6 0 e 7 0 nos 1 e 2 dos artigos 8 20 a 25 e nas normas da subsec o II da presente sec o Artigo 29 Dom nio p blico do Estado 1 Est o integrados no dem nio p blico do Estado a As guas interiores o mar territorial a plataforma continental a zona econ mica exclusiva os fundos marinhos cont guos incluindo os recursos vivos e n o vivos neles existen
117. eis economicamente Em muitas comunidades os costumes tradicionais determinam o acesso de seus membros aos recursos existentes A terra n o considerada um bem que se compra ou vende sem se administrar de acordo com as estruturas familiares e de heran a as pr ticas relativas ao matrim nio e a religi o Em geral as mulheres t m acesso terra principalmente atrav s da sua rela o com os familiares homens A maior parte das terras no sector agr cola de propriedade dos homens sendo que na maioria dos o http www icarrd org po refdocs gen html 90 pa ses menos de 20 das terras agr colas est o em poder de mulheres Apesar do pequeno percentual com rela o propriedade da terra na Africa subsaariana e no Caribe 80 da alimenta o b sica produzida por mulheres enquanto na Asia a contribui o das mulheres chega a cerca de 60 Na pr tica os avan os com rela o posi o das mulheres em v rios sectores econ micos excep o da agricultura al m do aumento de sua representa o em sectores sociais e pol ticos pouco contribu ram para modificar a sua posi o com rela o posse e gest o de terras agr colas em economias desenvolvidas Isto leva ao questionamento acerca do ambiente institucional e econ mico no qual a produ o agr cola continua a ser desenvolvida sem o reconhecimento das rela es de poder bem como das pr ticas habituais que tendem a excluir os pequenos prod
118. endidas i Acesso terra e sua posse mais segura sendo a terra um tipo de capital natural e ii Mudan as de pol ticas como meio de se conseguir alcan ar o crescimento econ mico e rela es sociais mais equitativas Reconhece se cada vez mais que estas duas mudan as fundamentais ter o de ser complementadas por outras interven es para que sejam eficazes e duradouras Al m da terra tamb m necess rio capital humano conhecimentos compet ncias m o de obra outros tipos de capital natural p ex gua capital financeiro poupan as e cr dito capital social organiza es locais e alian as e capital f sico infra estruturas rurais e equipamento tanto para permitir que os benefici rios da reforma agr ria fa am um uso 82 produtivo da terra como para satisfazerem outras necessidades de subsist ncia Al m disso a realidade indica que as mudan as de pol tica necessitam de ser acompanhadas por transforma es institucionais As pol ticas s o implementadas por pessoas atrav s de processos que idealmente s o participativos e envolvem todas as partes interessadas inseridas num territ rio Sem que haja ajustamentos nos papeis desempenhados nas responsabilidades e nos incentivos daqueles que implementam as reformas pol ticas as rela es de poder existentes podem impedir mudan as duradouras Isto explica claramente uma li o aprendida acerca da reforma agr ria ao longo dos ltimos 25 ano
119. endo neste caso aplic vel com as necess rias adapta es o disposto no artigo anterior Artigo 63 Intransmissibilidade das concess es gratuitas 1 S o intransmiss veis os direitos fundi rios que o Estado ou as autarquias locais hajam transmitido ou constitu do a t tulo gratuito em beneficio das pessoas e das institui es referidas nas al neas a e b do artigo 50 2 A autoridade concedente pode por m autorizar a transmiss o contanto que esta seja realizada a favor de pessoa ou institui o que preencha os requisitos enunciados nas al neas a e b do artigo 50 3 Sem preju zo do regime de desafecta o a que se refere o artigo 37 e sem preju zo do direito consuetudin rio o 117 titular do dom nio til consuetudin rio n o pode transmitir o seu direito em vida nem por morte 4 O dom nio til consuetudin rio impenhor vel salvo nos casos em que tenha sido hipotecado para garantir o pagamento de empr stimos banc rios contra dos pelo seu titular com vista ao aproveitamento til e efectivo do terreno concedido Artigo 64 Causas de extin o Os direitos fundi rios extinguem se nomeadamente a Pelo decurso do prazo sendo constitu dos por certo tempo se o contrato de concess o n o for renovado b Pelo seu n o exerc cio ou pela inobserv ncia dos ndices de aproveitamento til e efectivo durante tr s anos consecutivos ou seis anos interpolados qualquer que seja o
120. ente rela o de todos os registos efectuados no m s anterior com base nos despachos a que se refere o artigo 143 Artigo 149 Registo da renova o 1 A renova o da concess o registada a requerimento de qualquer dos titulares contitulares credores ou demais interessados como tal definidos nos termos deste Regulamento 2 O requerimento acompanhado do duplicado da declara o de renova o emitida pela autoridade concedente SEC O III PROCESSOS ESPECIAIS Artigo 150 Disposi es reguladoras Os processos especiais regulam se pelas disposi es que lhes s o pr prias e subsidiariamente pelas do processo comum Artigo 151 Direito de ocupa o prec ria O requerimento para a constitui o do direito de ocupa o prec ria dirigido autoridade concedente e entregue nos servi os competentes desta devendo conter o plano de utiliza o do terreno ou quando a import ncia ou natureza deste o n o justifique a indica o do fim a que o terreno destinado a descri o deste e o respectivo esbo o topogr fico Artigo 152 Informa o O requerimento a que se refere o artigo anterior ser objecto de informa o que recair em especial sobre A aptid o do terreno utiliza o pretendida A eventual exist ncia de direitos de terceiros As cl usulas acess rias cuja inclus o no contrato seja necess ria ou conveniente atendendo finalidade da concess
121. ento para a constitui o do dom nio til civil d Contrato especial de concess o para a constitui o do direito de superf cie 111 e Contrato especial de arrendamento para a concess o do direito de ocupa o prec ria 2 S o aplic veis aos neg cios jur dicos de concess o as disposi es especiais da presente lei e dos seus regulamentos e subsidiariamente as disposi es do C digo Civil 3 Sem preju zo do disposto no n mero anterior as autarquias locais podem por diploma pr prio disciplinar o conte do dos neg cios jur dicos de concess o que tenham por objecto terrenos integrados no seu dom nio privado Artigo 47 Onerosidade das concess es 1 A transmiss o ou a constitui o dos direitos fundi rios previstos na presente lei s pode ter lugar a t tulo oneroso 2 Exceptuam se do disposto no n mero anterior a A constitui o do dom nio til consuetudin rio que n o se concretiza atrav s de concess o mas de simples conhecimento b A constitui o de direitos fundi rios previstos na presente lei em benef cio de pessoas que fa am prova de insufici ncia de meios econ micos nos termos estabelecidos em disposi es regulamentares 3 Os foros ou outras presta es nicas ou peri dicas s o pagos em dinheiro e o seu montante fixado em fun o dos crit rios enunciados nos artigos anteriores a respeito de cada tipo de direito fundi rio neles previsto 112 4 O
122. erra imediatamente inferior ao solo j Terra o mesmo que terreno k Terreno parte delimitada do solo incluindo o subsolo e as constru es nele existentes que n o tenham autonomia econ mica a que corresponda ou possa corresponder um n mero pr prio na matriz predial respectiva e no registo predial Atravessadouros os terrenos ou caminhos rurais que pertencendo quer ao dom nio p blico do Estado ou das autarquias locais quer ao dom nio privado do Estado ou dos particulares est o colocados sob um regime de servid o de passagem ou integrados em terrenos comunit rios segundo o direito consuetudin rio para acesso do gado a pastagens ou fontes de agua e outras utilidades tradicionais das comunidades rurais Artigo 2 Objecto A presente lei estabelece as bases gerais do regime jur dico das terras integradas na propriedade origin ria do Estado os direitos fundi rios que sobre estas podem recair e o regime geral de transmiss o constitui o exerc cio e extin o destes direitos 95 e Artigo 3 Ambito de aplica o 1 A presente lei aplicase aos terrenos rurais e urbanos sobre os quais o Estado constitua algum dos direitos fundi rios nela previstos em benef cio de pessoas singulares ou de pessoas colectivas de direito p blico ou de direito privado designadamente com vista prossecu o de fins de explora o agr cola pecu ria silv cola mineira industrial comercial habitacional de
123. errenos urbanos 1 admiss vel a transmiss o do direito de propriedade sobre terrenos urbanos integrados no dom nio privado do Estado ou das autarquias locais contanto que tais terrenos estejam compreendidos no mbito de um plano de urbaniza o ou de instrumento legalmente equivalente e haja sido aprovado o respectivo loteamento 2 O direito a que se refere o n mero anterior pode ser adquirido por contrato arremata o em hasta p blica ou remi o do foro enfit utico de acordo com processo de transmiss o regulado por disposi es regulamentares da presente lei 3 livre a transmiss o do direito de propriedade de terrenos urbanos que j tenham entrado no regime de propriedade privada devendo neste caso observar se o disposto no n 2 do artigo anterior 4 O exerc cio dos poderes de uso e de transforma o dos terrenos urbanos integrados na propriedade privada de pessoas singulares ou colectivas est designadamente sujeito s restri es contidas nos planos urban sticos e s restri es que derivem do fim urban stico a que tais terrenos se destinam Artigo 37 Dom nio til consuetudin rio 1 S o reconhecidos s fam lias que integram as comunidades rurais a ocupa o posse e os direitos de uso e frui o dos terrenos rurais comunit rios por elas ocupados e aproveitados de forma til e efectiva segundo o costume 2 O reconhecimento dos direitos a que se refere o n mero anterior fe
124. ervid es e resolu o de conflitos e decis es sobre a utiliza o e gest o dos recursos naturais e aplica o de regulamentos in formais com respeito terra e recursos naturais De onde vem a autoridade da institui o Como constitu da a institui o Os membros s o apontados ou eleitos As mulheres est o presentes como autoridade Como s o tomadas as decis es da institui o Quem define as regras Quem respons vel pela sua execu o 50 Existe uma institui o que procura regular os n veis de utiliza o dos seus membros e Como que ela funciona e H san es se as regras n o forem cumpridas Estas san es s o aplicadas e S o aplicadas tanto aos membros da comunidade como a pessoas de fora da comunidade Estes t picos fazem parte de um check list e as quest es podem ser levantadas em abordagens com diferentes pessoas e em momentos diversos Os resultados s o descritos no relat rio dentro da apresenta o de cada item UTILIZA O E GEST O DOS RECURSOS NATURAIS Conhecer a utiliza o e gest o dos recursos naturais necess rio para uma boa compreens o do uso destes recursos para valida o dos direitos da comunidade No contexto do desenvolvimento uma delimita o implica mais do que o registo da terra da comunidade um est mulo para que as comunidades atrav s do DRP possam e conhecer o valor dos recursos naturais existentes dentro do seu terri
125. es e pela ca a pesca ou actividades tur sticas a desenvolvidas 105 2 A percentagem das taxas a que se refere a al nea d do n mero anterior fixada no Regulamento Geral de Concess o de Terrenos SUBSEC O II Direitos Fundi rios Artigo 34 Tipos e regime 1 S o os seguintes os direitos fundi rios que o Estado pode transmitir ou constituir sobre os terrenos conced veis integrados no seu dom nio privado em beneficio de pessoas singulares ou colectivas a Direito de propriedade b Dom nio til consuetudin rio c Dom nio til civil d Direito de superf cie e Direito de ocupa o prec ria 2 transmiss o e constitui o dos direitos fundi rios enumerados no n mero anterior aplicam se s disposi es da presente lei e dos seus regulamentos Artigo 35 Direito de propriedade privada 1 Ao direito de propriedade aplicam se al m das disposi es especiais contidas na presente lei e nos seus 106 regulamentos o disposto nos artigos 1302 a 1384 do C digo Civil 2 O Estado pode transmitir a pessoas singulares de nacionalidade angolana o direito de propriedade sobre terrenos urbanos conced veis integrados no seu dom nio privado 3 O Estado n o pode transmitir a pessoas singulares ou colectivas do direito privado o direito de propriedade sobre terrenos rurais integrados quer no seu dom nio p blico ou privado Artigo 36 Direito de propriedade sobre t
126. escritos Na linha vertical coloque os par metros sobre os quais a equipa procura perceber a din mica Neste caso os par metros est o todos relacionados com o uso de terra e recursos naturais onde a discuss o deve ser concentrada por exemplo a quantidade de pessoas na zona ou a quantidade de gado 38 Uma vez que as informa es s o anotadas a quantifica o das mudan as no tempo obtida colocando feij es ou sementes dentro das respectivas c lulas da matriz A matriz constru da horizontalmente e cada c lula leva um m ximo de 10 sementes Um membro da equipa anima o exerc cio os outros tomam notas das observa es feitas pelos participantes Convide uma pessoa da comunidade a preencher a matriz mas deve ficar bem esclarecido que o resultado ter de derivar das discuss es e do consenso dos participantes Durante o exerc cio os outros membros da equipa podem come ar a perguntar algumas quest es sobre as mudan as da utiliza o da terra s pessoas que estejam menos envolvidas mas de uma forma delicada e sem perturbar a actividade principal A seguir veja o exemplo da matriz historial da comunidade de Ndola Figura 2 ERRA CIVIL CTIVIDAD un o PRODU O FUROS DE cos AGUA Po RIO H S A seq ncia dos passos n o r gida e dependendo do perfil do grupo da comunidade no primeiro dia a equipa pode optar pelo que julgar mais apropriado Por exemplo o mapeamento
127. esente lei Artigo 86 Norma revogat ria Fica revogada toda a legisla o que contrarie o disposto na presente lei e nos respectivos regulamentos nomeadamente a Lei n 21C 92 de 28 de Agosto Lei de Terras e o Regulamento de Concess es aprovado pelos Decretos n s 32 95 de 8 de Dezembro e 464 92 de 9 de Setembro Artigo 87 Entrada em vigor A presente lei entrada em vigor depois de 90 ap s a sua publica o Vista e aprovada pela Assembl ia Nacional em Luanda aos 11 de agosto de 2004 O Presidente da Assembl ia Nacional Roberto Ant nio Victor Francisco de Almeida Promulgado em 4 de Outubro de 2004 Publique se O Presidente da Rep blica Jos Eduardo dos Santos 124 IV REGULAMENTO DA LEI DE TERRAS CONSELHO DE MINISTROS Decreto n O 06 De de Tendo em conta que a Lei n 9 04 de 9 de Novembro Lei de Terras visando resolver os problemas existentes nesta mat ria definiu as bases gerais do regime jur dico das terras integradas na propriedade origin ria do Estado os direitos fundi rios que sobre estas podem recair e o regime geral de transmiss o constitui o exerc cio e exlin o desses direitos Tornando se por m necess rio concretizar os princ pios e as normas jur dicas fundamentais consagrados na Lei de Terras em obedi ncia ao disposto no seu artigo 85 Tornando se necess rio definir um conjunto de normas regulamentares que garantam a celeridade transpar n
128. essado na Sala do C vel e Administrativo do Tribunal Provincial competente E Artigo 78 Org o de media o concilia o e tramita o do procedimento 1 A composi o do rg o de media o e concilia o e a tramita o do procedimento previsto nesta sec o s o fixadas no Regulamento Geral da Concess o de Terrenos 2 O procedimento de media o e concilia o deve obedecer aos princ pios da imparcialidade celeridade e gratuitidade 3 Quando o lit gio recaia sobre interesses individuais homog neos ou colectivos podem as entidades referidas no n 1 do artigo 70 tomar a iniciativa do procedimento da media o e concilia o e nele participar a t tulo principal ou acess rio 121 4 O rg o de media o pode tentar a concilia o ou propor s partes a solu o que lhe pare a mais adequada 5 O acordo resultante da media o reduzido a escrito e tem a natureza de transac o extrajudicial SEC O III Arbitragem Artigo 79 Resolu o de lit gios Sem preju zo do disposto nas sec es anteriores os eventuais lit gios que possam surgir sobre a transmiss o ou a constitui o de direitos fundi rios devem ser submetidos a arbitragem Artigo 80 Tribunal arbitral e designa o dos rbitros 1 O tribunal arbitral composto por tr s membros sendo dois nomeados por cada uma das partes e o terceiro que desempenham as fun es de rbitro presidente escolhido de
129. essos de tomada de decis es participativos da base at ao topo e estimula o di logo social e as parcerias entre as partes interessadas do territ rio Conclus es Estas experi ncias indicam que os princ pios fundamentais de uma reforma agr ria e de um desenvolvimento rural com xito s o os seguintes Focagem nas pessoas com base nas prioridades nos activos e nas capacidades das pessoas Perspectiva territorial integra o transversal de sectores m ltiplos de diversos grupos de partes interessadas e de diferentes escalas Correc o de disparidades de poder as regras do jogo s podem ser aplicadas quando o terreno de jogo for uniforme Cria o de capacidades para gerir a mudan a 88 Testaram se algumas metodologias promissoras que se consideraram adequadas em diversos contextos S o elas as seguintes Desenvolvimento Territorial Negociado e Participativo centrado na estimula o e no apoio ao di logo social entre todos os actores de um territ rio para a resolu o de conflitos ou para a obten o de consensos acerca de projectos de desenvolvimento e que ajuda a reconstruir o tecido social e a integrar a diversidade das suas estrat gias de subsist ncia Metodologias Sustent veis Relativas a Subsist ncia que garantam que o desenvolvimento rural se centre sobre os activos das popula es e sobre os grupos vulner veis e dando import ncia as pol ticas e aos processos
130. existe nenhuma parte que tenha um funcionamento independente do conjunto do corpo O DRP considera a comunidade como um sistema Ele identifica as rela es e pr ticas que interagem na comunidade e o seu ambiente Uma an lise sist mica busca o entendimento destas rela es entre as partes Busca explica o para os factos A equipa que facilita o DRP multiplica seu potencial de percep o sist mica na medida em que a sua composi o interdisciplinar Coleta de Informa es Oportunas O DRP procura somente a informa o com o detalhe e a precis o desejada para o objectivo 18 O detalhe e a precis o devem ser suficientes para o uso planeado Os informante chave s o fundamentais pois det m informa es aprofundadas de temas que lhes s o mais pr ximos determinado sistema de produ o a educa o a sa de etc Semi Estruturado No DRP n o devem existir perguntas que conduzam a respostas fechadas As informa es que se desejam devem ser organizadas num check list auxiliar A organiza o e o planeamento para o DRP indicam as informa es que se pretende mantendo a flexibilidade para ampliar ou reduzir o tema de acordo com a realidade apresentada Iterativo Sendo o DRP um processo din mico e iterativo ao longo da colecta e an lise das informa es a imagem da realidade vai se alterando e fica cada vez mais completa e exacta um aprendizado que a equipa constr i num ir e vir para
131. eza e A Lei de Terras reconhece o direito costumeiro das comunidades e O Governo Angolano recebe o apoio de v rios Projectos para realizar a delimita o participativa das terras das comunidades e Com este apoio o custo para fazer os trabalhos de delimita o fica mais barato e Uma comunidade pode tomar a iniciativa de delimitar suas terras Para isto pode se organizar e pagar uma equipa e pequenas despesas de pap is para ter o t tulo Quem faz o trabalho e Uma equipa de t cnicos do Governo e de outras organiza es que j s o conhecidas das comunidades Em quanto tempo se faz esta delimita o e Mais ou menos 2 semanas Como feito e Com a participa o de toda a comunidade seus chefes fam lias atrav s de reuni es e encontros onde v o passando as informa es da comunidade e identificando os seus limites e Este modo de fazer a delimita o chama se DRP Diagn stico Rural Participativo Resultado No final das 2 semanas todas as informa es s o organizadas e apresentadas para a comunidade com a presen a de representante das comunidades vizinhas Durante 1 a 2 meses aberto um processo com todos os documentos para legalizar e registar o t tulo em nome da comunidade Logo ser marcada uma data para a entrega do t tulo e dos documentos do processo para a comunidade p pm com este t tulo reconhecido e registado no Cadastro Nacional a comunidade pode decidir todo o t
132. flitos e Adoptem uma metodologia coerente que integre transversalmente e em sectores m ltiplos diversos grupos e n veis das partes interessadas neles se incluindo as interliga es urbano rural por meio de uma perspectiva territorial e Promovam pol ticas fundi rias que proporcionem um melhor acesso terra e seguran a dos direitos fundi rios aos pobres rurais e Apoiem institui es e programas nacionais de administra o fundi ria que garantam direitos fundi rios justos e seguros e Aumentem o investimento e a disponibiliza o de tecnologias essenciais de infra estruturas incluindo as de abastecimento de gua de factores de produ o e de mercados de servi os de ensino e de forma o profissional para melhorar a produtividade da terra e da m o de obra a fim de aumentar os rendimentos e reduzir a pobreza e Proporcionem um ambiente facilitador que promova a confian a p blica no investimento orientado para o desenvolvimento a ordem p blica e a paz a fim de garantir que o desenvolvimento seja econ mica social e ambientalmente sustent vel e Sejam apoiados atrav s de recursos financeiros tanto os p blicos como os de ajuda ao desenvolvimento assim como os provenientes da cobran a de impostos fundi rios se for caso disso e de investimentos do sector privado aos n veis adequados nacionais e descentralizados e Promovam a consciencializa o acerca da import ncia fundamental das institui es
133. gual ou inferior a 1000 hectares b Autorizar a transmiss o ou constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos urbanos de acordo com os planos urban sticos e com os loteamentos aprovados c Celebrar contratos de arrendamento pelos quais se constituam direitos de ocupa o prec ria de terrenos do dom nio p blico e privado do Estado nos termos a definir por regulamento d Submeter ao Conselho de Ministros propostas de transfer ncia de terrenos do dom nio p blico para o dom nio privado do Estado e Submeter ao Conselho de Ministros propostas de concess o de forais aos centros urbanos que preencham os requisitos legais f Administrar o dom nio fundi rio p blico e privado do Estado g Fiscalizar o cumprimento do disposto na presente lei e nos seus regulamentos 119 2 As compet ncias dos administradores municipais e comunais s o previstas em regulamento pr prio CAP TULO IV Disposi es Processuais SEC O I Ac o de Nulidade Artigo 69 Declara o de nulidade S o nulas as decis es da autoridade concedente contr rias lei Artigo 70 Legitimidade activa 1 Sem preju zo do disposto no artigo 286 do C digo Civil a ac o de nulidade pode ser intentada a Por associa es de defesa do ambiente dotadas de representatividade no mbito previsto na legisla o respectiva b Por associa es de interesses econ micos legalmente constitu das actuando no mb
134. i o ou transmiss o entre vivos CAP TULO VIII TERMO DO PROCESSO E DA CONCESS O Artigo 187 Indeferimento do pedido 1 O pedido de concess o ser indeferido arquivando se o respectivo processo a Quando o requerente ou o seu representante n o tenha dado cumprimento s disposi es da Lei n 9 04 de 9 de Novembro deste Regulamento e demais legisla o complementar cuja viola o deva ter tal efeito ou n o tenha satisfeito dentro dos prazos estabelecidos obriga es para cujo cumprimento haja sido notificado b Quando forem julgadas procedentes reclama es que prejudiquem totalmente o pedido 2 Sempre que as mat rias das reclama es apresentadas devam ser decididas no foro civil a autoridade concedente consoante os casos deve intentar as competentes ac es ou determinar que as partes recorram quele foro ficando suspenso o processo de concess o at decis o final 3 No caso previsto na al nea a do n 1 deste artigo os saldos dos dep sitos existentes revertem para o Estado no caso previsto na al nea b do mesmo n mero os referidos saldos s o restitu dos ao requerente deduzidos das despesas do processo desde que n o se prove ter havido da sua parte dolo na demarca o julgada insubsistente caso em que ser o declarados perdidos para o Estado Artigo 188 Arquivamento do processo 1 O processo de concess o arquivado a Em caso de substitui o da parte no processo
135. idade o check list p e ser Actividades que sustentam a fam lia Recursos que aproveitam Riquezas da comunidade Outros 20 Box 3 continua TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Orienta o Geogr fica Recolha e analise previamente todo o material dispon vel mapas topogr ficos fotografias a reas e imagens sat lite que geralmente se encontra no IGCA Os mapas participativos d o a primeira id ia do dom nio que a popula o tem do espa o A partir da compara o e an lise destes elaborado o cartograma que fundamental como material de apoio para acompanhar a indica o dos limites da comunidade Os transectos fornecem informa es que se expressam na din mica de ocupa o do espa o desde a localiza o das habita es at os diversos tipos de actividades e explora o dos recursos e Mapas topogr ficos Geralmente se trabalha numa escala que varia de 1 50 000 1 100 000 ou 1 250 000 de acordo com a disponibilidade Quanto menor a escala maior a possibilidade dos detalhes O mapa topogr fico deve estar sempre m o da equipa durante o DRP principalmente durante a indica o dos limites O mapa topogr fico vai mostrar onde existem os limites naturais e fundamental na elabora o do esbo o e Fotografias a reas e imagens de sat lite V o permitir a visualiza o das mudan as recentes ocorridas como desmatamentos queimadas abertura de estrad
136. idade Ndola Funda o da Comunidade Chegada dos Holandeses Constru o dos tanques d agua Constru o dos chafarizes Constru o das primeiras resid ncias de Humpata Constru o do cemit rio dos Boheres Retirada dos Holandeses de forma pacifica Chegada dos Portugueses Soba Monjombe pai do Soba actual Praga dos gafanhotos Chegada dos Cubanos Peste do gado Luis Monjombe Soba actual Assentamento dos deslocados Sa da dos Cubanos Constru o da escola com apoio do FAS Constru o da escola de Unene 2 apoio ZOA Doen a dos porcos Delimita o da Comunidade Ndola 37 MATRIZ HISTORIAL A Matriz Historial apresenta a hist ria da comunidade de uma forma quantitativa e din mica Confirma a din mica de ocupa o do espa o e do uso e gest o dos recursos relacionados aos per odos hist ricos Como fazer Pode ser trabalhado com o mesmo grupo ou agregando outras pessoas da comunidade Tomem como refer ncia o quadro da linha historial onde est o indicados os per odos mais importantes Num local onde todos consigam ver bem coloque na linha horizontal os per odos mais marcantes identificados na Linha Historial por exemplo antes dos colonos tempo colonial per odo dos gafanhotos guerra civil tempo atual Tamb m pode ser feito no ch o e depois passado a limpo num bloco e sistematizado na cartolina para apresenta o posterior Neste caso levam se algumas tiras de papel com os per odos
137. ifique outro tipo de disposi o Artigo 40 Ocupa o para fins de interesse p blico 1 Os terrenos ocupados ou a ocupar para fins de interesse p blico ser o reservados para o Estado e podem por determina o do Governo ser entregues aos servi os p blicos interessados incluindo os dotados de personalidade jur dica para que estes os possam utilizar de acordo com a sua destina o especial 2 A ocupa o por terceiros a t tulo gratuito ou oneroso dos terrenos referidos no n mero anterior sempre prec ria e depende de autoriza o especial do Governo SUBSEC O III REAS CONCED VEIS E OCUP VEIS Artigo 41 Limite das reas dos terrenos urbanos a conceder 1 O limite m ximo das reas de terrenos urbanos que qualquer pessoa singular ou colectiva pode ter por contrato de concess o de dois hectares nas reas urbanas e cinco hectares nas reas suburbanas 2 Compete ao Ministro do Urbanismo e Ambiente conceder reas superiores s previstas no n mero anterior Artigo 42 Limite das reas dos terrenos rurais a conceder 1 A rea dos terrenos rurais que qualquer pessoa singular ou colectiva pode ter por contrato de concess o n o pode ser inferior a dois hectares nem superior a dez mil hectares 2 O Conselho de Ministros pode por m autorizar a transmiss o ou a constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais de rea superior ao limite m ximo indicado no n
138. im a que forem afectados SEC O IV Terrenos comunit rios Artigo 15 Ambito 1 Os terrenos rurais comunit rios s o os terrenos ocupados por fam lias das comunidades rurais locais e utilizados por estas segundo o costume relativo ao uso da terra para sua habita o exerc cio da sua actividade ou para outros fins reconhecidos pelo costume ou pela lei 2 Os terrenos rurais comunit rios abrangem as reas complementares para a agricultura itinerante os corredores de transum ncia para o acesso do gado a fontes de gua e a pastagens e os atravessadouros sujeitos ou n o ao regime de servid o utilizados para aceder gua ou s estradas ou caminhos de acesso aos aglomerados urbanos Artigo 16 Delimita o das reas dos terrenos rurais comunit rios A delimita o das reas dos terrenos rurais comunit rios deve ser precedida da audi o das autoridades administrativas das fam lias que integram as comunidades 129 rurais e das institui es do Poder Tradicional existentes no lugar da situa o daqueles terrenos Artigo 17 Aproveitamento dos terrenos rurais comunit rios O aproveitamento dos terrenos rurais comunit rios deve ser feito segundo o regime do dom nio til consuetudin rio Artigo 18 T tulo de reconhecimento 1 O reconhecimento da ocupa o posse e dos direitos de uso e frui o dos terrenos rurais comunit rios feito em t tulo emitido pela autorida
139. institucionais Metodologias baseadas nos direitos adquiridos para garantir o respeito pelos direitos dos que os reclamam e a responsabilidade responsabilidade final pelo seu cumprimento por parte das partes respons veis Pol ticas e institui es que discriminam a favor dos pobres Cria o de capacidades na base capacidade de resposta no topo press o e responsabilidade final colateral Em todas estas metodologias as parcerias para o desenvolvimento rural exigem i di logo social e negocia es ii um terreno de jogo uniforme e iii refor o determinado dos actores mais fracos O xito a longo prazo e o impacto significativo sobre os pobres rurais significa frequentemente algum grau de mudan a social e requer muitas tentativas Por conseguinte um processo gradual baseado nos seguintes princ pios operacionais provavelmente o melhor m todo gt Realismo pragmatismo assumir a complexidade e a incerteza assim como as dimens es pol ticas e integradas da reforma agr ria e do desenvolvimento rural gt Paci ncia tempo para permitir que as atitudes os equil brios de poder evoluam a maior parte dos projectos citados neste documento duraram pelo menos cinco anos e os que tiveram maior impacto mais de dez anos gt Flexibilidade porque os ingredientes correctos para o xito e para a sustentabilidade variam de acordo com as circunst ncias locais gt Supervis o e avalia o eficazes c
140. ior a 1000 hectares da entidade que superintende o cadastro terrenos com rea entre 1 001 e 10 000 hectares ou do Conselho de Ministros terrenos com rea superior a 10 000 hectares Por fim emitido o t tulo feita uma cerim nia de entrega comunidade para concluir o trabalho Os croquis e o t tulo ficar o registados no cadastro do IGCA bem como no Registo Predial Desta forma os direitos das comunidades rurais estar o reconhecidos e protegidos pelo Governo de Angola 75 Figura 18 Foto do T tulo da Comunidade da Juila Provincia do Huambo Rep blica de Angola Governo da Prov ncia do Huambo T tulo de Reconhecimento Da ocupa o posse e direitos de uso e frui o de terrenos rura s comunit rios Passado a favor da Comunidade de Ju la Processo de Reconhecimento N 001 H0 08 o Urbanismo e Ambiente N ad Ficou o pr dio a que refere este t tulo com o n oa na fofa do compartimento n 1 sec o I do Cadastro e descrito no tombo geral da propriedade a que se refe mer do artigo 68 da lei de terras le n 9 04 de 9 de Novembro Huambo aos 23 de Outubro de 2008 76 BIBLIOGRAFIA CHILANDA M FIRMINO M LONGHI L SILVA M Relat rio do DRP da Comunidade Mulenga Lubango Dezembro 2004 COMISS O Inter Ministerial para a Revis o da Legisla o de Terras DE WIT Paul MADUREIRA Sevy TANNER Christopher Manual de Delimita o de Terras das Comunidade
141. ipo de ocupa o e tamb m pode negociar com privados que queiram ocupar parte de suas terras se isto for do interesse da comunidade Todo diagn stico requer a etapa inicial de sensibiliza o considerando todos os aspectos de informa o e divulga o No entanto tratando se de um DRP onde a intera o com os membros da comunidade cont nua durante todo o per odo e a equipa deve estar aberta para a sucess o de informa es e acontecimentos a sensibiliza o tamb m vista como uma constante at o final 15 4 3 Identifica o da comunidade e das suas terras o Diagn stico O DRP Diagn stico Rural Participativo a ferramenta fundamental um m todo de recolha de informa es que permite de forma interativa que uma equipa t cnica e a popula o de uma comunidade venham a ter o conhecimento sistematizado de um conjunto de informa es de modo a clarificar o objeto da pesquisa 4 3 1 A ESCOLHA DO M TODO Foram considerados alguns aspectos que nortearam a escolha do m todo considerando o eficaz para se chegar ao objectivo proposto que no caso a delimita o das terras das comunidades tradicionais quais sejam e simplicidade na sua aplica o e possibilidade de obter informa es num tempo menor que os demais m todos cient ficos e os custos s o significativamente menores e assegura o envolvimento de todos os sectores da comunidade e estimula a apropria o do conheciment
142. iras e eventualmente outras pessoas privados p e que foram envolvidas no Diagn stico Al m de apresentar todos os aspectos levantados sistematizados de forma simples e de f cil compreens o apresentado o esbo o que mostra a forma final como ser lan ado no Cadastro Nacional com escala e a rea total Juntos representantes da comunidade delimitada e representante das comunidades vizinhas ao confirmarem que todas as informa es est o corretas validam o esbo o e portanto todo o processo do DRP As informa es apresentadas referem se aos mapas da rea de ocupa o costumeira identificada assim como an lise das outras informa es recolhidas durante o DRP como a hist ria e a organiza o social 70 da comunidade Os cartazes s ntese de todos os exerc cios s o entregues aos representantes da comunidade como uma mem ria do momento do Diagn stico Quando o resultado consensual para todos um integrante da equipa elabora uma ATA Esta deve ser assinada por alguns representantes da comunidade homens e mulheres por representantes das comunidades vizinhas pelo administrador da Comuna ou seu representante pela equipa de trabalho e pelo t cnico de Cadastro Este documento que vai ser anexado no processo deve conter todos os detalhes que comprova que a rea indicada est livre de disputas com comunidades vizinhas Al m de cumprir com o objectivo do DRP que a delimita o das terras o co
143. is as reservas podem coexistir segundo as formas de conjuga o indicadas nos diplomas que as constituirem 132 Artigo 30 Efeitos da constitui o de reservas 1 A constitui o de uma reserva n o prejudica os direitos fundi rios constitu dos anteriormente atrav s de concess o provis ria ou definitiva ou de propriedade plena mas faz caducar o direito de ocupa o prec ria 2 Os particulares atingidos pelas expropria es por utilidade publica ou pela constitui o de servid es administrativas a que se refere o artigo 28 0 t m a faculdade de optar pela correspondente justa indemniza o ou pela participa o como accionistas nas sociedades de economia mista que porventura vierem constituir se para a explora o de actividades relacionadas com a respectiva reserva 3 A participa o nas sociedades de economia mista n o ser inferior a 30 do valor da indemniza o cabendo ao expropriado ou ao titular do direito fundi rio afectado o direito de receber o remanescente em numer rio 4 A justa indemniza o referida no n 2 visa ressarcir o preju zo que para o titular do direito fundi rio adv m da constitui o da reserva correspondente ao valor real e corrente do terreno de acordo com o seu destino efectivo ou poss vel numa utiliza o econ mica normal numa situa o normal de mercado data da publica o do correspondente decreto lei tendo em considera o as circunst ncias e condi
144. ist rio das Finan as Artigo 165 Insufici ncia do activo e arquivamento condicional da execu o 1 Quando se verifique que o executado n o disp e de outros bens penhor veis e que os penhorados s o insuficientes para o pagamento das despesas e do imposto do selo se sobre os bens n o houver direitos reais de garantia registados o juiz a requerimento do Minist rio P blico dispensar o concurso de credores e mandar proceder imediata liquida o dos bens a fim de pelo seu produto serem pagas as quantias em divida 2 Verificando se que o executado n o possui bens a execu o arquivada sem preju zo de poder continuar logo que lhe sejam conhecidos bens Artigo 166 Prescri o do cr dito de despesas e do imposto do selo 1 O cr dito de despesas e do imposto do selo prescreve no prazo de cinco anos 2 Arquivada a execu o nos termos do n 2 do artigo anterior o prazo conta se da data do despacho de arquivamento CAP TULO VII SUBSTITUI O NO PROCESSO DE CONCESS O E TRANSMISS O DE DIREITOS FUNDI RIOS CONCEDIDOS SEC O I DISPOSI ES GERAIS Artigo 167 Factos determinantes A substitui o da parte no processo de concess o e a transmiss o de direitos fundi rios concedidos podem operar se por efeito de a Associa o b Acto de substitui o ou transmiss o volunt ria entre vivos a t tulo gratuito ou oneroso c Execu o judicial d Sucess o por morte
145. ito das suas atribui es c Pelas comunidades rurais para defesa dos seus direito colectivos 2 As entidades referidas no n mero anterior actuam em ju zo em nome pr prio embora fa am valer um direito alheio pertencente em conjunto s pessoas suscept veis de ser atingidas pelas decis es nulas 120 3 reconhecida s comunidades rurais personalidade e capacidade judici rias Artigo 71 Legitimidade passiva 1 A ac o referida no artigo anterior deve ser intentada contra a autoridade concedente que haja proferido a decis o contr ria lei ou aos seus regulamentos 2 A autoridade concedente representada pelo Minist rio P blico Artigo 72 Tribunal competente 1 Para a ac o de nulidade competente a Sala do C vel e Administrativo do Tribunal Provincial do lugar em que a autoridade concedente tenha a sua sede 2 As pessoas singulares ou colectivas estrangeiras devem no momento da constitui o do direito fundi rio nos lit gios a eles referente declarar expressamente que ficam sujeitos a jurisdi o dos tribunais nacionais Artigo 73 Forma do processo 1 A ac o de nulidade segue os termos do processo sum rio de declara o e est isenta de preparos e de custas 2 A ac o referida no n mero anterior admite sempre recurso para a C mara do C vel e Administrativo do Tribunal Supremo independentemente do valor da causa 3 A apela o interposta da senten a
146. ito de superf cie pode ser hipotecado nos termos da al nea c do n 1 do artigo 688 do C digo Civil 5 O superfici rio goza do direito de prefer ncia em ltimo lugar na venda ou da o em cumprimento do solo 6 aplic vel o direito de prefer ncia o disposto nos artigos 416 a 418 0 e 1410 do C digo Civil Artigo 40 Direito de ocupa o prec ria 1 admiss vel a constitui o pelo Estado ou pelas autarquias locais sobre os terrenos rurais e urbanos integrados no seu dom nio privado atrav s de contrato de arrendamento celebrado por tempo determinado de um direito de ocupa o prec ria para a constru o de instala es n o definitivas destinadas nomeadamente a apoiar a A constru o de edif cios de car cter definitivo b Actividades de prospec o mineira de curta dura o c Actividades de investiga o cientifica d Actividades de estudo da natureza e de protec o desta e Outras actividades previstas em regulamentos aut rquicos 2 O contrato de arrendamento a que se refere o n mero anterior fixa a rea e a localiza o do terreno objecto do direito de ocupa o prec ria 3 igualmente admiss vel a constitui o por contrato de arrendamento do direito de uso e ocupa o prec ria de bens fundi rios integrados no dom nio p blico contanto que a natureza destes a permita 4 A constru o de instala es a que se refere o presente artigo fica sujei
147. ito em t tulo emitido pela autoridade competente nos termos das disposi es regulamentares da presente lei 3 Os terrenos rurais comunit rios enquanto integrados no dom nio til consuetudin rio n o podem ser objecto de concess o 4 Ouvidas as institui es do poder tradicional pode porem ser determinada a desafecta o de terrenos rurais comunit rios e a sua concess o sem preju zo da outorga de outros terrenos aos titulares do dom nio til consuetudin rio ou n o sendo esta poss vel sem preju zo da compensa o adequada que lhes for devida 5 S podem ser objecto de desafecta o os terrenos rurais comunit rios livremente desocupados pelos seus titulares de harmonia com as regras consuetudin rias da ordena o dominial provis ria ou excepcionalmente nos termos das disposi es regulamentares 6 O exerc cio do dom nio til consuetudin rio gratuito estando os seus titulares isentos do pagamento de foros ou de presta es de qualquer esp cie 7 O dom nio til consuetudin rio n o prescreve mas pode extinguirse pelo n o uso e pela livre desocupa o nos termos das normas consuetudin rias 8 O dom nio til consuetudin rio s pode ser hipotecado nos casos previstos no n 4 do artigo 63 para garantir o pagamento de empr stimos banc rios 9 Se as quest es relativas ao dom nio til consuetudin rio n o puderem ser resolvidas pelo direito consuetudin rio s o regulada
148. ivo de que foi instaurado invent rio judicial ou solicitada a habilita o notarial e havendo testamento c pia aut ntica deste 3 Em casos devidamente justificados os documentos referidos no n mero anterior poder o ser juntos ao processo ulteriormente Artigo 176 Momento d substitui o A substitui o da parte no processo s pode ser autorizada depois de efectuada a demarca o provis ria e at celebra o do contrato de concess o provis ria SEC AO III TRANSMISS O Artigo 177 Transmiss o por acto entre vivos 1 A transmiss o por acto entre vivos quer a t tulo gratuito quer a t tulo oneroso dos direitos fundi rios concedidos deve ser requerida pelo transmitente e pelo transmiss rio 2 Salvo casos justificados a transmiss o n o ser autorizada a Quando os prazos de aproveitamento do terreno n o tenham sido respeitados b Quando a execu o das obras se n o processe de acordo com o plano de trabalhos aprovado c Quando o aproveitamento do terreno se n o desenvolva ou n o se concretize nos termos e pela forma estabelecidos no respectivo contrato 3 E proibida a transmiss o de situa es decorrentes da concess o quando houver ind cios de que foi pedida para fins especulativos Artigo 178 Transmiss o por morte de concess o provis ria 1 A transmiss o por morte de direitos fundi rios objecto de concess o provis ria deve ser requerida por qualquer do
149. iza o 3 S o havidos como terrenos de constru o os terrenos urbanizados que estando abrangidos por uma opera o de loteamento devidamente aprovada se destinem constru o de edif cio contanto que haja sido licenciada pela autoridade local competente 4 S o terrenos urbaniz veis os terrenos que embora abrangidos na rea delimitada por foral ou no per metro urbano equivalente hajam sido classificados por plano urban stico ou plano equivalente como reserva urbana de expans o Artigo 22 Terrenos rurais 1 Os terrenos rurais s o classificados em fun o dos fins a que se destinam e do regime jur dico a que est o sujeitos em terrenos rurais comunit rios terrenos agr rios terrenos florestais terrenos de instala o e terrenos vi rios 2 Os terrenos rurais comunit rios s o os terrenos ocupados por fam lias das comunidades rurais locais para sua habita o exerc cios da sua actividade ou para outros fins reconhecidos pelo costume ou pela presente lei e respectivos regulamentos 3 S o havidos como terrenos agr rios os terrenos aptos para cultura designadamente para o exerc cio de actividade agr cola e pecu ria nos termos do regime jur dico de constitui o ou transmiss o de direitos fundi rios previsto na presente lei 4 Os terrenos florestais s o os terrenos aptos para o exerc cio da actividade silv cola designadamente para a explora o e utiliza o racional de floresta
150. izada enquanto estiverem em d vida presta es foros rendas taxas ou impostos respeitantes ao processo ou concess o em causa ou quando houver ind cios de que uma ou outra s o pedidas para fins especulativos 160 Artigo 173 Restri es substitui o e transmiss o 1 A substitui o ou a transmiss o de concess es condicionada ao que este Regulamento disp e sobre os limites de reas que uma pessoa singular ou colectiva pode ter em concess o e legitimidade para adquirir direitos sobre terrenos 2 Exceptuam se os casos de execu o judicial ou sucess o por morte SEC O II SUBSTITUI O Artigo 174 Substitui o por acto entre vivos 1 A substitui o da parte no processo de concess o por acto entre vivos deve ser requerida por todos os interessados 2 Os servi os a que se refere o artigo 134 0 devem elaborar informa o sobre o pedido sendo este em seguida discricionariamente apreciado pela entidade competente para o deferimento da concess o 3 A substitui o considera se efectuada depois da comunica o do despacho que a autorizar Artigo 175 Substitui o por morte 1 A substitui o da parte pelos seus herdeiros deve ser requerida por qualquer destes no prazo de noventa dias contados da data do falecimento sob pena de ser arquivado o respectivo processo 2 O requerimento ser instru do com certid o de bito da parte no processo documento comprovat
151. ja e com o director da escola de Unene Sensibiliza os jovens a aderirem aos programas da igreja cat lica a n o usarem o lcool de forma abusiva Visita fam lias da comunidade no mbito de sensibiliza o na sa de preventiva 47 e Director da escola de Mulenga a Depende da administra o de Humpata Palanca E colocado dentro da organiza o social da comunidad amp ontinua o N o tem liga es com o director de escola de Unene e Catequista de Mulenga Depende da miss o de Munhino mas tamb m fica dentro da organiza o social da comunidade Tem rela es sociais com o comiss rio de Unene A comunidade mant m rela es com as seguintes entidades externas Administra o comunal de Palanca Fazendeiros colocados fora da organiza o interna da comunidade Chamam o Soba para testemunhar em caso de problemas com a comunidade por exemplo roubo de gado EDA tem liga es muito fortes com o comiss rio de Unene Clusa Unene II antigo campo de deslocados que fica fora da comunidade em termos de hierarquia mas que foi desenhado dentro do territ rio da comunidade nos mapeamentos participativos As crian as da comunidade de Unene frequentam a escola de Unene II O Soba de Unene II subordinado ao Soba Grande da Hu la Director de escola de Unene II Comuna de Hu la Observe se que durante o DRP as comunidades de Unene e Mulenga dicutiram a quest o de formarem uma nica comunidade ou se dividirem A resolu o deste c
152. l e da zona econ mica exclusiva b A plataforma continental c A faixa da orla mar tima e do contorno de ilh us ba as e estu rios medida da linha das m ximas preiamares observando uma faixa de protec o para o interior do territ rio d A faixa de protec o confinante com as nascentes de gua e A faixa de terreno de protec o no contorno de barragens e albufeiras f Os terrenos ocupados por linhasf rreas de interesse p blico e respectivas esta es observandose uma faixa de protec o confinante em cada eixo da via g Os terrenos ocupados por auto estradas por estradas de quatro faixas e por instala es e condutores de electricidade gua telecomunica es petr leo e g s com uma faixa confinante de 30m de cada lado h Os terrenos ocupados por estradas provinciais com uma faixa confinante de 30m e por estradas secund rias e municipais com uma faixa confinante de 15m i A faixa de terreno de 2km ao longo da fronteira terrestre j Os terrenos ocupados por aeroportos e aer dromos com uma faixa confinante de 100m k A faixa de terreno de 100m confinante com instala es militares e outras instala es de defesa e seguran a do Estado 103 8 A autoridade que tenha constitu do a reserva pode determinar a exclus o de algum ou alguns terrenos do seu mbito sempre que ocorra motivo justificado 9 Os pr dios que n o pertencem ao Estado podem ser inclu dos nas reservas por m
153. legalmente 2 Os processos de concess o a que se refere o presente artigo est o sujeitos ao disposto neste Regulamento nomeadamente quanto dedu o do requerimento de concess o respectiva instru o e tramita o e aos requisitos de que depende a outorga do t tulo de concess o 3 A inobserv ncia do disposto nos n meros anteriores determina a n o aquisi o de qualquer direito fundi rio pelo ocupante e constitui este na obriga o de restituir imediatamente o terreno ao Estado ou autarquia local 4 N o sendo voluntariamente cumprida a obriga o de restitui o a que se refere o n mero anterior podem o Estado e as autarquias locais recorrer aos meios de defesa da posse previstos nos artigos 1276 e seguintes do C digo Civil Artigo 216 Transfer ncia de atribui es e compet ncias S o transferidas para as entidades competentes nos termos do presente Regulamento as atribui es e compet ncias atribu das a outras entidades pela legisla o anterior revogada 169 170
154. lico deve oferecer 167 pelo menos a import ncia fixada para a abertura da primeira licita o cujo pre o base n o pode ser inferior ao da d vida ou outro limite que a autoridade concedente tenha estabelecido deva SEC O IV RG O DE MEDIA O E CONCILIA O Artigo 209 Escolha do mediador 1 Sem preju zo do disposto no n 2 do artigo 77 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro antes da propositura da ac o no tribunal competente devem os interessados submeter a tentativa de media o e concilia o os lit gios relativos aos direitos fundi rios 2 O rg o de media o e concilia o integrado por dois mediadores designados pelo Provedor de Justi a devendo a escolha recair em personalidades de reconhecida idoneidade e compet ncia Artigo 210 princ pios O procedimento de media o e concilia o deve obedecer a princ pios de imparcialidade celeridade e gratuitidade Artigo 211 Confidencialidade o procedimento de media o e concilia o confidencial ficando os mediadores sujeitos a segredo em rela o a todas as informa es que obtenham no decurso da media o 168 Artigo 212 Tramita o do procedimento de media o e concilia o 1 O Provedor de Justi a deve designar os mediadores no prazo de cinco dias a contar da data em que um dos interessados tenha solicitado por escrito a interven o do rg o de media o e concilia o 2
155. m a indica o em pe as escritas e desenhadas a escala bem assinalada do plano de obras e fases de realiza o e bem assim do valor do investimento m nimo a efectuar Artigo 139 Capacidade para contratar e nomea o de procurador 1 Para se obter uma concess o de terreno do Estado necess rio ter capacidade para contratar 154 2 0s menores s o representados pelos pais e na sua falta pelo tutor 3 Se o requerente for uma sociedade tem que estar legalmente constitu da 4 O requerente que n o resida no Pa s ou que se ausente deve constituir procurador aqui residente que receba os avisos e demais notifica es relativos ao processo de concess o 5 N o ser admitida nenhuma justifica o com base na falta de representante ou na neglig ncia deste 6 Se o requerente se ausentar do Pa s sem haver constitu do procurador os avisos e demais notifica es respeitantes ao processo de concess o devem ser feitos por edital num dos principais jornais nacionais e sua custa sendo arquivado o processo se no termo do prazo marcado n o tiver vindo aos autos o requerente ou seu representante Artigo 140 Informa es e pareceres 1 Autuado o requerimento e supridas as eventuais defici ncias ou irregularidades s o prestadas as informa es e emitidos os pareceres que devem incidir nomeadamente sobre a A adequa o do terreno ao aproveitamento que nele se pretende realizar b A exist
156. m fun o do tipo de terrenos na entidade que tenha a seu cargo a superintend ncia do cadastro 3 A autoriza o para a transmiss o ou para a constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais da rea superior a 1000 e igual ou inferior a 10 000 hectares da compet ncia da entidade que superintenda o cadastro mediante parecer vinculativo da entidade que tutela a respectiva rea Artigo 67 Org o central para a gest o t cnica das terras Compete ao rg o central para a gest o t cnica de terras nomeadamente a Organizar e conservar o tombo de modo a permitir a identifica o de cada terreno n o s quanto sua situa o como tamb m quanto aos factos jur dicos sujeitos a registo a ele respeitantes b Organizar e executar os trabalhos t cnicos relativos demarca o dos terrenos e reservas c Organizar executar e manter actualizado o cadastro geom trico d Preparar a programa o geral da cartografia geral do Pa s submeter autoridade competente a respectiva aprova o e mant la actualizada e Executar nas zonas rurais as directivas contidas nos planos de ordenamento do territ rio Artigo 68 Governos provinciais 1 Compete ao Governo Provincial relativamente aos terrenos integrados na sua circunscri o territorial nomeadamente a Autorizar a transmiss o ou constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais agr rios ou florestais de rea i
157. me e impedem a estabilidade pol tica Do lado positivo o n mero crescente de governos democr ticos nos pa ses em desenvolvimento e na Europa Central e de Leste combinado com uma governa o descentralizada em todas as regi es est o a permitir o aparecimento de uma sociedade civil mais forte e que est mais bem equipada para cooperar com o Estado e com o sector privado Significado especial t m os novos movimentos sociais 79 que operam n o apenas no interior dos pa ses mas tamb m aos n veis regional e global conferindo assim um poder e uma influ ncia muito mais eficazes s alian as dos pobres quando estes reclamam o acesso terra e a outros activos para a sua subsist ncia direitos pol ticos e jur dicos e uma discrimina o positiva a favor dos pobres nas pol ticas de desenvolvimento e nos servi os Ao mesmo tempo ainda h muito que fazer para refor ar as compet ncias das institui es locais emergentes da comunidade e das institui es governamentais locais assim como as organiza es de agricultores de outros produtores e trabalhadores de cooperativas e de associa es de agricultores Os activos e recursos de subsist ncia dos lares das comunidades e dos territ rios rurais t m de ser reconhecidos e incrementados os recursos naturais que incluem a terra e a gua os financeiros as poupan as os cr ditos e os servi os financeiros os f sicos estradas comunica es energia as estrutu
158. mortalidade nalgumas reas devido ao HIV SIDA em compara o com maiores esperan as de vida e com o envelhecimento das popula es FAO Confer ncia Internacional sobre a reforma Agr ria e o Desenvolvimento Rural ICARRD o Novo Contexto Global Paper ICARRD 2006 3 noutras reas est o a afectar a natureza da produ o agr cola e da produ o no exterior da explora o agr cola estando a m o de obra cada vez mais dependente de mulheres e de idosos e a concorr ncia pelas terras f rteis pela gua e pela energia a aumentar exponencialmente As tend ncias das altera es clim ticas a perda de diversidade biol gica a degrada o e a desertifica o das terras as ocorr ncias mais frequentes de desastres naturais o desenvolvimento tecnol gico e a urbaniza o levantam igualmente problemas paisagem rural e ao ambiente assim como organiza o das comunidades rurais e aos sistemas de produ o O investimento tem vindo a favorecer o desenvolvimento dos sectores industrial urbano e dos servi os e muitas vezes o dos sectores militares custa do desenvolvimento agr cola e rural No sector agr cola certas reas de elevado potencial foram alvo de maior aten o do que as montanhas e os terrenos ridos onde vive a maioria dos pobres rurais Estas tend ncias exacerbam a concorr ncia e os conflitos em torno do acesso s terras gua e aos recursos biol gicos acentuam a pobreza extrema e a fo
159. mos User Para Angola o Datum de refer ncia o de Camacupa com os seguintes valores para a prov ncia do Huambo Dx 48 00 Dy 345 Dz 231 Da 112 Df 4 792 s 1 O manuseio de diversos GPSs depende do seu tipo e do seu fabricante 2 Para obter coordenadas precisas e confi veis necess rio estar atento com o sistema em que trabalhas 3 Existe no mercado uma variedade de solftware de geoprocessamento Deve se instalar o mesmo software para que o sistema seja unificado Dist ncia velocidade M trico Eleva o Metros Projec o das coordenadas do GPS no mapa atrav s de um programa de geoprocessamento As camadas podem ser constitu dos por pontos linhas e pol gonos Pol gono E uma figura plana formada por tr s ou mais segmentos de recta que se intersectam Os dados do programa podem ser subdivididos em dois tipos principais raster imagem e vector pontos linhas e pol gonos Dados de imagem incluem fotos a reas imagens de sat lite e dados escaneados mapas topogr ficos fotos etc Na pr tica deve se seguir os seguintes passos e Recolha dos dados em campo e Criar no programa Excel um ficheiro de formato de texto txt ou formato de database Base de dados dbf e Adicionar um mapa raster no projecto do Software P Ex um mapa topogr fico scaneado e georeferenciado da rea e Carregar os dados processados em Excel no programa de geoprocessamento e Criar um nov
160. motriz subjacente s op es de descentraliza o Os testemunhos provam tamb m que fundamental exist ncia de compet ncias adequadas para administra o de processos que melhorem o acesso terra Quando a administra o territorial fraca ineficaz as reformas sustent veis para se melhorar acesso terra s o prejudicadas pela incerteza relativamente propriedade da terra e por uma incapacidade para se resolverem atempadamente as disputas O registo dos direitos fundi rios frequentemente um processo oneroso mas pode ter vantagens econ micas importantes ao garantir os direitos de propriedade da terra e ao proporcionar incentivos ao investimento Para garantir a equidade mostra a experi ncia que os projectos t m de ponderar os interesses dos pobres e dos desfavorecidos especialmente as mulheres e as popula es nativas e assegurar que n o perdem os seus direitos no processo o 0 voog iii Processos Todas as li es aprendidas com a experi ncia sublinham a import ncia crucial de se refor ar o capital social atrav s da participa o das comunidades e das partes interessadas locais de determinado territ rio nos processos de tomada de decis es para o desenvolvimento Se bem que isto seja o ideal na pr tica n o assim t o f cil garantir processos harmoniosos de tomada de decis es quando h diversos actores a partilharem o poder e a definirem conjuntamente as ordens de trabalho Muitas vezes as
161. n o autorizada pela autoridade concedente b Em caso de desist ncia do pedido de concess o 163 2 Considera se desist ncia do pedido a A n o participa o do requerente na hasta p blica realizada com vista adjudica o do terreno b O incumprimento pelo adjudicat rio ou requerente do disposto no artigo 144 Artigo 189 Caducidade das concess es 1 As concess es de terrenos caducam a Pelo decurso do prazo se o contrato de concess o n o for renovado b Quando ao terreno concedido seja dada finalidade diferente da autorizada sem o consentimento da autoridade concedente c Quando o direito fundi rio concedido n o seja exercido ou o terreno concedido n o seja aproveitado nos prazos e termos contratuais ou sendo o contrato omisso durante tr s anos consecutivos ou seis anos interpolados qualquer que seja o motivo d Quando o direito fundi rio concedido seja exercido em viola o do disposto no artigo 18 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro e Ocorrendo expropria o por utilidade p blica f Em caso de desaparecimento ou inutiliza o do terreno concedido 2 A concess o de terrenos rurais caduca nos casos mencionados no n 1 e ainda quando a N o tenha sido iniciado o aproveitamento dentro de seis meses ap s a concess o ou no prazo contratual fixado b Tenha sido interrompido o aproveitamento durante tr s anos consecutivos ou seis anos interpolados qualquer que seja o motivo
162. ncialmente aproveitado pelas elites locais e de excluir os grupos mais marginalizados das sociedades rurais Uma melhor governa o local desempenha um papel crucial entre outros para diminuir esses riscos Assim por um lado reafirma se que a liga o entre pol ticas adequadas e institui es eficazes para garantir a sua implementa o correcta e equitativa refor a as inter rela es entre as diversas formas de capital e os processos sociais As li es aprendidas com a experi ncia revelam que as pol ticas que garantam equidade entre as partes s o essenciais para se evitarem conflitos e potenciais impactos sociais e econ micos negativos Em reformas redistributivas a equidade implica o fornecimento de pacotes razo veis de compensa o aos propriet rios rurais o que reduz o potencial de reac es violentas No caso de arrendamentos de 86 terras a equidade implica a exist ncia de um quadro para acordos equitativos que equilibrem os interesses do arrendat rio e do propriet rio Em situa es p s conflito a equidade implica que se cuide dos direitos das pessoas internamente deslocadas e dos direitos das comunidades locais onde elas ir o ser instaladas ii Institui es Muitos programas e projectos assinalam a import ncia crucial que para o seu xito assume a garantia da exist ncia de compet ncias locais para a gest o das altera es das circunst ncias e dos pap is relacionados com a agricultura e c
163. ndi es da al nea c do n mero anterior apenas podem ser concedidos por aforamento Artigo 70 Cl usulas especiais 1 Nos contratos de concess o por aforamento podem introduzir se cl usulas especiais com o fim de acautelar os interesses do Estado ou os direitos de terceiros designadamente fixando se um pr mio 2 O m todo de determina o do montante do pr mio bem como o seu processamento e liquida o s o objecto do respectivo contrato de concess o 3 Na fixa o do valor do pr mio consideram se a classifica o e localiza o do terreno a finalidade da concess o as mais valias bem como os custos suportados ou a suportar designadamente os decorrentes da aquisi o de im veis da realiza o de aterros e de outras obras de infra estruturas ou equipamentos sociais que hajam de reverter para o Estado ou para a autarquia local ou cuja utilidade social seja reconhecida Divis o III Dom nio til consuetudin rio Artigo 71 Reconhecimento 1 O dom nio til consuetudin rio objecto de reconhecimento por parte da autoridade competente 2 O reconhecimento a que se refere o n mero anterior feito em t tulo de modelo que consta do Anexo II a este diploma Artigo 72 Conte do do dom nio til consuetudin rio Os titulares do dom nio til consuetudin rio gozam dos direitos de ocupa o posse uso e frui o dos terrenos rurais comunit rios por si ocupados e aproveitad
164. nhecimento dos limites territoriais o levantamento dos recursos naturais existentes assim como a compreens o das potencialidades econ micas e das limita es de gest o e recursos financeiros poder servir para iniciar um plano de desenvolvimento da pr pria comunidade Essas informa es apoiar o as interven es j em curso na comunidade por ONGs Ag ncias de Coopera o Internacional e o pr prio Governo Neste encontro explicam se tamb m os passos a seguir ao DRP para obter o certificado ou t tulo das terras da comunidade No momento final assume se o compromisso de enviar c pias do Relat rio e do mapeamento das reas da comunidade ao representante maior da comunidade Aproveita se a reuni o para fazer uma avalia o do processo do DRP junto da comunidade Orienta o para a valida o Validar o ato de reconhecer e aprovar os resultados da delimita o no que se refere aos limites n o vis veis identificados pela comunidade e pelas comunidades vizinhas onde existirem fronteiras entre duas comunidades e que seja necess rio indicar este ponto para evitar conflitos Quando feita a valida o e Quando estiver conclu do o esbo o da delimita o que o desenho da rea total da comunidade identificando os pontos de limites e Tamb m apresentada a mem ria descritiva atrav s de um formul rio que descreve com detalhes os limites naturais rios montanhas e os limites com a
165. ntada pelo norte verdadeiro geogr fico rea Total A rea total de 3 925 Ha Material Usado Receptor GPS Garmim utilizando o Datum Camacupa Cartas topogr ficas a escala 1 100 000 N 355 e 356 e cartograma produzido de forma participativa com a comunidade X Y Descri ao Limites 341768 8328198 Primeira Mulembeira rvore Limite Ndola Unene 339905 8330445 Segunda Mulembeira rvore Limite Ndola Unene 337879 8330749 Beira do Rio Nene Limite Ndola Unene 333610 8324908 Marco da poca colonial Limite Ndola Ngonga Ontithi 335474 8324552 Cruzamento estrada p Humpata com estrada p Moagem Limite Ndola Ngonga 335391 8324572 Curva da picada Limite Ndola Ngonga 334664 8324602 No meio da picada Limite Ndola Ngonga 334032 8324678 No meio da picada Limite Ndola Ngonga 333851 8324749 Curva da picada Limite Ndola Ngonga 334213 8327044 Mucuio rvore Limite Ndola Ontithi 333939 8328683 Sonda Limite Ndola Ontithi 333932 8328721 Riacho Candjambia Limite Ndola Ontithi 334302 8330347 Morro com figueiras da India Limite Ndola Ontithi 336123 8332707 Beira do Rio Nene Limite Ndola Ontiti Unene 342230 8325957 Serra Limite Ndola Unene Jau 342035 8326033 No meio da ponte Limite Ndola Jau 339575 8326244
166. nte s que forem introduzidas no terreno concedido durante a vig ncia do mesmo contrato ou de qualquer das suas renova es independentemente por m de o haverem sido pelo actual ou anterior concession rio Artigo 196 Despejo 1 O despejo do concession rio deve ser ordenado quando se verifique qualquer dos seguintes factos a Declara o da caducidade da concess o b Declara o da resolu o do contrato de arrendamento c N o desocupa o do terreno no momento em que devem operar se os efeitos da den ncia ou da n o renova o do contrato 2 Para os efeitos do disposto no n 1 a autoridade concedente pode recorrer interpela o por escrito dirigida ao concession rio ou propor quando necess rio ac o de despejo 3 A ac o de despejo destina se a fazer cessar a situa o jur dica da concess o sempre que a lei imponha o recurso a via judicial para promover tal cessa o sendo ainda o meio processual id neo para efectivar o termo da concess o quando o concession rio n o aceite ou n o execute a cessa o da concess o 165 CAP TULO IX CADASTRO REGISTO PREDIAL E RG OS DE EXECU O E DE MEDIA O E CONCILIA O SEC O I CADASTRO Artigo 197 Delimita o dos terrenos A delimita o dos terrenos realiza se atrav s do cadastro que se rege por legisla o especial Artigo 198 Dever de colabora o dos particulares Os propriet rios concession rio
167. ntos que venham a ser publicados Analisem devidamente os formul rios para anota es das coordenadas para assegurar que sejam preenchidos corretamente Volte ao texto do Manual a partir do Cap tulo 1 No item 4 1 Box 1 Passos tenha sempre presente a matriz do Box para acompanhar o seguimento de cada passo No tem 4 3 3 Instrumentos do DRP leia aten tamente cada instrumento e utilize o espa o li vre para anotar d vidas acrescentar destacar ou anotar qualquer outra informa o que reforce o seu dom nio do tema Os itens 4 3 4 A equipa de trabalho e 4 3 5 Etapas do DRP al m da leitura individual requer uma compreens o e prepara o em grupo 7 O Cap tulo 5 Registro dos Direitos e Titula o veja atentamente os passos para se chegar at a emiss o do T tulo Finalmente o Cap tulo 6 Aplica o do M todo cont m um conjunto de t cnicas que s o aplicadas durante o DRP para que a equipa tenha seguran a ao realizar as actividades na comunidade Sugere se que exercitem em grupo tantas vezes quantas forem necess rias a aplica o de cada um dos instrumentos Bom desempenho E Diagn stico Rural Participativo Cap tulo 3 R OBJECTIVO DA DELIMITA AO Com a nova Lei de Terras o direito das comunidades assegurado no que se refere a sua perman ncia nas terras de ocupa o costumeira e o poder de decidirem sobre a gest o dos recursos naturais ali e
168. o da Lei n 9 04 a Lei de Terras publicada no Di rio da Rep blica de 09 de Novembro de 2004 tornou se ainda mais necess ria a divulga o de informa es e o bom conhecimento dos cidad os com rela o aos seus direitos e aos meios para exerc los Nesta linha se elaborou este manual para potencializar a pr tica dos t cnicos na implementa o da Lei de Terras especialmente no que se refere delimita o das terras das comunidades tradicionais O principal objectivo deste manual explicar de maneira simples a metodologia da DPT Delimita o Participativa de Terras facilitando a todos aqueles que a utilizar o pela primeira vez as formas de se chegar ao objectivo final que a delimita o e titula o legaliza o das terras atrav s da emiss o do respectivo t tulo de posse pelas autoridades governamentais competentes O manual n o se limita a responder perguntas e definir termos t cnicos mas prop e um material ilustrativo com no es te ricas e pr ticas com vista a facilitar o trabalho de campo tanto dos funcion rios do governo como das organiza es n o governamentais Considerando que o processo de delimita o e titula o representa somente o primeiro passo para uma gest o sustent vel dos recursos fundi rios a fim de enriquecer o presente manual fazem parte desta publica o textos adicionais como por exemplo um contributo da FAO para as boas pol ticas e pr ticas na reform
169. o de todos As tarefas devem ser definidas previamente e importante que haja troca dentro do grupo para que todos tenham possibilidade de aperfei oar a sua actua o junto comunidade Durante a aplica o do m todo tr s pap is s o definidos e O facilitador entrevistador Ele o condutor do processo o moderador que interage com a popula o Explica com clareza o objectivo do trabalho como v o proceder e estabelece alguns acordos como o tempo necess rio e a disponibilidade do grupo Pede licen a para fazer anota es e explica que depois estas ser o organizadas e devolvidas para todos Toma iniciativa e estimula o m ximo a participa o dos presentes e O secret rio E ele que faz as anota es Anota o nome dos informantes com as suas respectivas fun es importante anotar o total dos participantes homens mulheres jovens e crian as pessoas de fora da comunidade mesmo que seja um pequeno grupo e O observador O seu papel muito importante pois est atento aos detalhes de parte da equipa e do grupo entrevistado ou que est desenvolvendo alguma actividade Faz interfer ncias s quando necess rio e pede licen a no caso para complementar ou fazer alguma corre o As observa es s o anotadas para o momento de avalia o durante a sistematiza o que deve ser feita a cada final do dia Para a comunidade a equipa e o DRP uma novidade e como tal gera expectativa
170. o dia e hora fixados para a venda o funcion rio que preside arremata o deve declarar aberta a licita o Artigo 56 Anota o do resultado do leil o 1 medida que os terrenos forem sendo submetidos a leil o o respectivo resultado deve ser mencionado pelo presidente e pelo secret rio em livro pr prio 137 2 No caso de arremata o deve indicar se al m das outras ocorr ncias a data da mesma o nome e a morada do arrematante o terreno a que respeita e o seu pre o 3 O terreno identificado pelo esbo o topogr fico efectuado e sempre que poss vel pelo n mero de inscri o no registo predial Artigo 57 Auto de arremata o ou de n o arremata o 1 Depois de anotado o resultado a que se refere o artigo anterior o secret rio deve lavrar auto de arremata o ou de n o arremata o 2 O auto de arremata o deve ser assinado pelo presidente pelo secret rio e pelo arrematante 3 O auto de n o arremata o deve conter a assinatura do presidente e do secret rio Artigo 58 Irregularidades da venda As irregularidades relativas abertura do leil o licita o aprecia o e aceita o das propostas s podem ser arguidas no pr prio acto Artigo 59 pagamento ou dep sito do pre o 1 Quando o terreno tenha sido arrematado o secret rio depois de ter lavrado o respectivo auto deve passar as competentes guias para o pagamento ou dep sito do pre o
171. o implantadas as vias terrestres de comunica o as redes de capta o transforma o e de abastecimento de gua e de electricidade as redes de drenagem pluvial e as redes de esgotos que consoante os casos hajam sido projectadas Artigo 129 Altera o de finalidade e de aproveitamento 1 A altera o da finalidade e do aproveitamento do terreno concedido est sujeita a autoriza o da autoridade concedente 2 O pedido de altera o ser discricionariamente apreciado tendo em considera o a Se a finalidade requeri da integra ou n o o mesmo tipo ou ramo da finalidade inicial b Se a finalidade requerida contribui ou n o para o desenvolvimento do Pa s c Os encargos j satisfeitos pelo requerente d A eventual exist ncia de intuitos especulativos no pedido de altera o da finalidade e do aproveitamento e Se o novo aproveitamento proposto n o colide com os regulamentos em vigor ou com qualquer plano de ordenamento do territ rio plano urban stico ou plano equivalente existente para a zona 3 Em caso de deferimento proceder se altera o do contrato de concess o com revis o obrigat ria das presta es que o concession rio deva pagar podendo introduzir se cl usulas especiais nos termos dos artigos 70 e 93 9 concession rio Artigo 130 Ren ncia 1 permitida a ren ncia a qualquer concess o de terreno ou ao pedido de concess o 2 O renunciante perde os dep sit
172. o no relat rio 28 Box 9 TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Popula o Algumas comunidades t m esta informa o ou por controle interno ou nas reas de mais f cil acesso por atualiza es peri dicas nas administra es das Comunas Em algumas comunidades esta informa o ainda prec ria Os recenseamentos s o antigos e nem toda zona rural abrangida Conhecer a popula o actual e por faixa et ria uma das informa es mais importantes tanto para o controle da pr pria comunidade quanto ocupa o do espa o e gest o dos recursos existentes como para o planejamento das a es quer de parte do Governo ou de organiza es que actuam na comunidade Cabe a equipa DRP fazer uma sondagem sobre a popula o j durante o per odo da sensibiliza o Fa a suas observa es neste espa o e Mapeamento participativo Quando a comunidade informa que esta informa o n o est actualizada a equipa procura mostrar a import ncia deste conhecimento para as lideran as e pede que sejam indicados jovens da comunidade para fazer um treinamento r pido Tamb m os grupos de fam lias devem ser informados que durante aquele per odo as fam lias ir o fornecer a informa o solicitada A equipa prepara tabelas por sexo e faixa et ria onde ser o anotadas as informa es fornece l pis e borracha e fica controlando o levantamento As tabelas s o recolhidas antes de fechar o diagn
173. o real dos recursos locais dispon veis 16 e eleva a auto estima da popula o ao resgatar a import ncia da sua hist ria como parte da hist ria do pa s A equipa t cnica tem um papel de facilitar o processo uma vez que domina todas as suas possibilidades enquanto m todo de investiga o A comunidade toma o papel de lideran a no momento em que ela det m todas as informa es O m todo do DRP com o objectivo de delimitar as terras das comunidades foi testado e validado para a sua inclus o no Anexo T cnico aos Regulamentos da Lei de Terras de Mo ambique cujo processo hist rico possui as mesmas caracter sticas que Angola 4 3 2 PRINC PIOS DO M TODO Participa o No levantamento das informa es o DRP procura envolver todos os sectores da comunidade n o s os l deres E com a participa o da comunidade que s o resgatadas as potencialidades os problemas e as solu es Uma participa o efectiva da comunidade valida o resultado do diagn stico no caso a identifica o dos limites das suas terras e As informa es devem ser obtidas de toda a popula o e n o s de l deres e Garantir a participa o efectiva da popula o para identificar os limites do seu territ rio de acordo com a tradi o costumeira o objectivo do DRP Segundo Schutter a pesquisa participativa n o s uma alternativa entre os diversos m todos o importante neste processo que al m dos ac
174. o tema dos pol gonos no Software usando a tabela das coordenadas e Digitalizar e finalizar o mapa e Calcular a rea e o per metro dos pol gonos 63 A MEM RIA DESCRITIVA Descreve as linhas e pontos de limite em termos f sicos georeferenciados atrav s das suas coordenadas e descreve eventuais outros direitos concess es privadas e servid es p blicas que existam no territ rio A Mem ria Descritiva faz parte integral do esbo o a ser lan ado no Cadastro Nacional e cont m tr s informa es 1 A descri o dos pontos de limite com a sua georefer ncia Cada ponto deve ter um n mero uma descri o da natureza do ponto e a sua georefer ncia as coordenadas Nas ltimas colunas preenchem se as coordenadas dos pontos Estas coordenadas tanto podem ser identificadas atrav s da interpreta o do mapa topogr fico como podem corresponder s leituras do GPS Os pontos de limite s o as jun es de rios cruzamentos de estradas ou de um rio e de uma estrada rvores grandes e outros obst culos de car cter vegetal 2 A descri o de linhas de limite a descri o do percurso entre os pontos de limite Pode ser um limite natural como um rio um limite artificial como uma estrada ou mesmo uma linha imagin ria 64 As linhas de limites s o rios estradas linhas de energia etc No ltimo caso a popula o da comunidade pode identificar o que constitui o limite entre dois pontos por exemplo
175. ocupa o e controle dos espa os e de forma vertical onde est o representadas as rela es hier rquicas de poder A estrutura interna possui regras de funcionamento que perpassam as gera es Todavia mant m rela es externas com as estruturas de Governo que est o mais pr ximas ou de acordo com as necessidades de ambas as partes e ainda com ONGs e organismos de coopera o Atrav s da an lise da organiza o social identifica se a comunidade local Fa a suas observa es neste espa o e Diagrama de Venn Permite ter um entendimento claro de como a sociedade est estruturada qual a hierarquia de poder interna e quem toma as decis es em rela o a que fatos Percebem se as rela es verticais e horizontais Ainda o momento de conhecer com quem a comuni dade mant m rela es fora da sua estrutura interna rg os governamentais ONGs privados p e constru do por um grupo da comunidade onde a equipa actua como facilitador Todo o material deve ser previamente preparado e deve ser facilitado por uma ou duas pessoas da equipa que dominem bem a t cnica Exercite antes Pode ser aplicado mais de uma vez e por grupos diferen tes para fazer uma triangula o ou seja confirmar informa es que n o estejam totalmente fechadas 23 Box 5 TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Aspectos S cio econ micos Durante o DRP as informa es v o se acumulando importan
176. odem ser c rculos menores de acordo com o grau de import ncia para a comunidade As rela es entre as institui es podem se ilustrar utilizando duas t cnicas 1 Atrav s de uma sobreposi o dos cart es quanto mais coopera o maior a sobreposi o dos cart es Ou 2 Atrav s de flechas cortadas de cartolinas o tamanho das flechas representa o grau de coopera o Podem se repetir o exerc cio do Diagrama de Venn v rias vezes com grupos diferentes para triangular a informa o importante que as pessoas percebam os graus de articula o tanto nas rela es internas da comunidade como nas rela es externas Na constru o do diagrama fica vis vel quem toma as decis es com rela o s terras e aos recursos naturais dispon veis Analise os dois diagramas a seguir e perceba o comportamento de cada comunidade 45 46 Figura 6 DIAGRAMA DE VENN DA COMUNIDADE DE UNENE As rela es internas e externas da comunidade foram examinadas atrav s do diagrama de Venn As pessoas abaixo descriminadas t m um papel importante na sua organiza o interna Box 10 continua e Soba Unene E respons vel pela resolu o dos problemas tradicionais como a feiti aria e o roubo de gado Quanto s quest es de terra o Soba trata de problemas maiores Os problemas menores s o resolvidos pelo Comiss rio ou o Seculo mas eles t m que informar sempre ao Soba O Soba tem rela es muito fortes com o Sec
177. om nio directo e as fam lias como titulares do dom nio til No Artigo 51 Quando se refere aos limites dos terrenos comunit rios 1 A delimita o das reas das comunidades rurais e a defini o do aproveitamento dos terrenos comunit rios pela autoridade competente devem obedecer ao disposto nos correspondentes instrumentos de ordenamento do territ rio e nas disposi es regulamentares da presente lei Para efeito do disposto no n mero anterior a autoridade competente deve ouvir as autoridades administrativas institui es do poder tradicional e fam lias da comunidade rural afectada Cap tulo 2 _ A UTILIZA O DO MANUAL Para uma adequada aplica o do m todo recomenda se que os t cnicos procurem antes de iniciar o processo da delimita o ter o m ximo de dom nio do conte do do Manual Sugere se 10 1 Com o apoio de alguns t cnicos que passaram pela capacita o em cursos anteriores e que j tenham participado efetivamente nas delimita es dediquem algum tempo para analisar o Manual fazer alguns exerc cios e planejar os passos para a delimita o Fazer uma leitura corrida do Manual Voltar ao texto para reflex o e apoio lendo de forma reflexiva cada um dos temas O Manual traz em destaque os Artigos da Lei de Terras que se referem aos direitos das comunidades no entanto importante ler atentamente o texto completo da Lei de Terras os Regulamentos e outros instrume
178. om a devolu o do esbo o A Valida o Encerramento do trabalho na comunidade firmar compromissos se necess rio A sa da da equipa da comunidade Consolida o das informa es a finaliza o do Relat rio 13 4 2 Sensibiliza o A sensibiliza o n o se verifica em um momento espec fico ela acontece durante todo o processo Tem in cio com a informa o e divulga o sobre o trabalho a ser realizado As institui es envolvidas devem ter conhecimento do plano de trabalho da equipa e intermediar a entrada da equipa na comunidade Neste sentido as autoridades oficiais s o as primeiras a serem consideradas numa sensibiliza o portanto devem ser comunicadas oficialmente para dar a conhecer o objectivo da delimita o ao mesmo tempo em que solicitado o apoio para a entrada na comunidade O passo seguinte a entrada da equipa na comunidade e mesmo que a delimita o tenha sido solicitada pela autoridade tradicional importante que a equipa se prepare A sensibiliza o um momento de grande import ncia pois neste contacto com os representantes de uma comunidade que a equipa tem a 14 oportunidade de ganhar a confian a destes para realizar bem o trabalho Portanto preciso passar corretamente as informa es sobre o objectivo da reuni o e do trabalho Aspectos que devem ser colocados no primeiro encontro e A terra onde as comunidades est o a sua maior riqu
179. om a gest o dos recursos naturais Isto exige o refor o das exist ncias de recursos hardware tal como fundos equipamento material e infra estruturas e software tal como informa es conhecimentos e aptid es profissionais e compet ncias institucionais das partes interessadas locais Estas ltimas englobam v rios factores associados com o conceito de boa governa o incluindo e Informa es adequadas e Transpar ncia nos procedimentos de gest o Responsabilidade final tanto no sentido ascendente para n veis administrativos mais elevados como no descendente para a sociedade civil e Processos de tomada de decis o abrangentes e participativos incluindo a representa o adequada dos interesses locais nos f runs de tomada de decis o e Compet ncias de gest o especialmente no que se refere a mat rias financeiras e e Rela o custo efic cia As liga es verticais entre os diversos n veis onde actuam os v rios actores rurais s o obviamente fundamentais para garantir sustentabilidade e um amplo impacto Contudo essas liga es s o muitas vezes d beis como acontece no caso de regulamentos administrativos impostos relacionados com a descentraliza o do topo para a base Tamb m aqui as quest es de poder desempenham um papel crucial nas pol ticas das rela es entre as autoridades macro governo central com as autoridades micro governo local um importante e frequente factor
180. onflito ficou para um segundo momento ap s o encerramento dos trabalhos Observe que no Diagrama de Venn Figura 15 os coment rios do Box 11 apenas faz refer ncia aos componentes da estrutura N o foram descritas as responsabilidades e o n vel das rela es N o foi poss vel perceber quem responde pelas quest es relativas terra dentro da comunidade 48 Figura 7 DIAGRAMA DE VENN DA COMUNIDADE DE CATANDA DIAGRAMA DE VENN DAS RELA ES pE PoDER NA KATANGA Box 11 Catanga estrutura se no seguinte Soba Seculo da aldeia ou adjunto do Soba Kessongo gerente do Soba M Betatela o seguran a do Soba Conselho de anci es O Secret rio do Soba Organiza o administrativa Administrador da povoa o Professor Enfermeiro Organiza es partid rias for a pol tica Comit do partido do MPLA Comit da JMPLA Comit da OMA Organiza es n o governamentais e c vicas Igreja Cat lica ZOA Seculo Unene 49 ENTREVISTAS SEMI ESTRUTURADAS Apoiam o aprofundamento das quest es que surgem na elabora o das matrizes diagramas e outros instrumentos A equipa pode preparar uma lista de t picos para cada tema a tratar por exemplo Para saber os diferentes pap is das institui es nomeadamente na e distribui o de terra e decis es sobre posse da terra e identifica o de terras livres para concess es privadas e identifica o de s
181. onseguir indicadores de xito que me am os processos e refor os institucionais para que se obtenham resultados sustent veis e n o apenas produtos gt Cria o de acordos de parceria atrav s do di logo entre as v rias partes interessadas como mecanismo global que deve permear a aplica o dos princ pios acima Contudo o xito depende fundamentalmente da vontade pol tica da afecta o de recursos adequados e de parcerias eficazes entre todos os actores para assim promover o desenvolvimento com equidade e para que a pobreza e a fome passem a ser um assunto do passado 89 II POR QUE S O IMPORTANTES AS QUEST ES DE GENERO NO ACESSO E CONTROLE DA TERRA As quest es de g nero juntamente com outros factores sociais e econ micos determina o acesso e o controlo dos homens e das mulheres terra e a outros recursos tanto a n vel individual quanto de grupos Ainda que haja leis nacionais acerca da igualdade de g nero percebe se que os direitos das mulheres de acesso aos recursos produtivos em condi o de igualdade com os homens v m sendo repetidamente negligenciados Os direitos da terra s o determinados por v rios sistemas socio pol ticos que mudam no tempo e coexistem Em diversos pa ses verificam se as tradicionais iniquidades sociais e fortes assimetrias nas rela es de poder juntamente com um sistema de pr ticas e cren as sociais discriminat rias com rela o s actividades n o rent v
182. ontos abaixo indicados e Abordagem inicial com as autoridades tradicionais da comunidade Coloca o clara do objectivo Estabelecimento de acordos combina o de hor rio onde come ar a identifica o dos pontos etc Reuni o com os informantes indicados na reuni o anterior chefes tradicionais grupo de anci os grupo de mulheres grupo de jovens outros Coloca o com clareza do objectivo sempre que necess rio Estimular o grupo dos mais velhos para contar a hist ria da origem da comunidade Este tema deve ser complementado em outros momentos incluindo outros informantes que conhe am bem a hist ria Condu o para a elabora o do mapa geral da comunidade Condu o para a elabora o do diagrama de VENN com objetivo de entender a organiza o social da comunidade Pr tica da leitura da paisagem reflex o e correla o com o levantamento dos recursos naturais da comunidade das potencialidades e das limita es Transectos para identifica o de pontos e fatos Incorpora o dos vizinhos convidados pela comunidade para confronta o dos limites Dividir a equipa para ampliar entrevista nos agregados familiares Sistematiza o dos trabalhos sempre ao fim de cada dia Prepara o para a primeira restitui o de informa es comunidade Continua o da identifica o dos pontos e se poss vel j fazendo o geo referenciamento Prepara o para a ltima restitui o c
183. oppo NRLA o consultor Paul De Wit e Henrique Paiva Alves Primo Agradecemos a todos que deram contribui es individuais e institucionais para a realiza o do manual SUM RIO INTRODU O spestinspirasasaoi in oisaGiencasscienGis ana susana 7 Capitulo 1 A LEI DE TERRAS N 9 04 de Novembro 9 Capitulo 2 A UTILIZA O DO MANUAL a gusaisiassssissnesasos 12 Capitulo 3 OBJECTIVO DA DELIMITA O osasco 13 Capitulo 4 A DELIMITA O PARTICIPATIVA DE TERRAS A INtroOdU AQ pessioncaniaasiarmanmcanda Ros tadasasa a 14 4 2 Sensibiliza o assa ias nna dae damas dusbR anais 16 4 3 Identifica o da Comunidade e das suas Terras O Diagn stico ccttmte 18 4 3 1 A escolha do m todo isemea 18 4 3 2 Princ pios do m todo nsssssssssrersseserera 19 4 3 3 Instrumentos do DRP 21 4 3 4 A equipa de Trabalho 32 4 3 5 Etapas do DRP qu cauaamasisasissanasiads dades 35 Cap tulo 5 A APLICA AO DO METODO aparapsanona uni ada Ada 37 Cap tulo 6 O ESBO O E O RELATORIO 6 1 Elabora o do Esbo o e sua Mem ria Descritiva RD RR 59 6 2 Devolu o do Esbo o e Valida o 72 6 3 O Relat rio qsssanarss tda pio sad dO 74 Capitulo 7 E O PROCESSO DE EMISSAO DE TITULO 76 BIBLIOGRAFIA ss orense Aba ASUS End dada 79 ANEXOS I O CONTRIBUTO DA FAO PARA AS BOAS POL TICAS E PR TICAS NA REFORMA AGR RIA E
184. os adicionais para criar capital f sico adequado como as infra estruturas de irriga o e de drenagem de guas o equipamento agr cola as estradas as pontes e os mercados e as instala es agr colas aut nomas ou cooperativas de secagem de armazenagem e de processamento Em muitos casos devido aos elevados custos de capital de manuten o de gest o e de desvaloriza o estas infra estruturas s o adquiridas e exploradas mais eficazmente por cooperativas e grupos de utilizadores Dado que a sua gest o eficiente e transparente exige colabora o entre v rios utilizadores a interliga o com o desenvolvimento de capital social da maior import ncia Assim por exemplo as organiza es sociais como as associa es de consumidores de gua desempenham um papel fundamental na explora o e na manuten o das estruturas de irriga o e de controlo da gua que beneficiam equitativamente todos os utilizadores e as cooperativas de produtores de leite j demonstraram que conseguem um xito not vel em muitos pa ses em desenvolvimento p ex a India assim como nos pa ses desenvolvidos ao prestarem servi os econ micos e atempados aos seus membros B Pol ticas institui es e processos i Pol ticas notoriamente evidente que as pol ticas macroecon micas imparciais s o fundamentais para a implementa o com xito de processos destinados a melhorar o acesso terra e a outros activos essenciais
185. os de forma til e efectiva segundo o costume dentro dos limites da lei e com observ ncia das restri es por ela impostas Artigo 73 Gratuidade O reconhecimento e exerc cio do dom nio til consuetudin rio s o gratuitos estando os seus titulares isentos do pagamento de foros ou de presta es de qualquer esp cie Artigo 74 Perpetuidade O dom nio til consuetudin rio reconhecido perpetuamente sem preju zo da sua extin o pelo n o uso e pela livre desocupa o nos termos das normas consuetudin rias Artigo 75 Intransmissibilidade Sem preju zo do direito consuetudin rio e sem preju zo do regime de desafecta o a que se refere o artigo 37 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro os titulares do dom nio til consuetudin rio n o podem transmitir o seu direito em vida nem por morte Artigo 76 Impenhorabilidade O dom nio til consuetudin rio impenhor vel salvo nos casos em que tenha sido hipotecado para garantir o pagamento de empr stimos banc rios contra dos pelos seus titulares com vista ao aproveitamento til e efectivo do terreno concedido SUBSEC O III CONTRATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DE SUPERF CIE Artigo 77 Constitui o do direito de superf cie O direito de superficie constitu do por contrato especial de concess o e pode resultar da aliena o de obra ou 141 rvores j existentes separadamente da propriedade do solo
186. os em saldo no processo e as benfeitorias introduzidas no terreno revertendo uns e outras para o Estado Artigo 131 Redu o da rea da concess o 1 O concession rio tem o direito de requerer dentro do prazo de um ano a contar da data da outorga do t tulo de concess o a redu o da rea concedida 2 O requerimento deve ser instru do comum esbo o topogr fico representativo do terreno a que ficar reduzida a concess o 151 3 Deferido o requerimento deve ser realizada no terreno a demarca o definitiva conforme o esbo o topogr fico apresentado 4 N o ser autorizada qualquer redu o que envolva altera o da finalidade da concess o Artigo 132 Expropria o por utilidade p blica 1 O Estado ou as autarquias locais podem em qualquer momento expropriar no todo ou em parte os terrenos concedidos quando fins de utilidade p blica o determinem 2 O concession rio deve ser notificado da expropria o dos terrenos concedidos com uma anteced ncia m nima de seis meses 3 A entidade expropriante obrigada a pagar o valor das benfeitorias que o concession rio haja feito nos terrenos concedidos 4 Sem preju zo da indemniza o a que se refere o n mero anterior a entidade expropriante pode ainda conceder ao expropriado sem qualquer encargo para este e com o seu consentimento uma parcela de terreno na mesma situa o jur dica suscept vel de aproveitamento similar 5 Na falta
187. os urban sticos ou em instrumentos equivalentes e da execu o das correspondentes obras de urbaniza o 2 As receitas que o Estado ou as autarquias locais recebem como contrapartida da constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos urbaniz veis ou urbanizados s podem ser aplicadas na aquisi o do patrim nio Artigo 42 Titulares Sem preju zo do disposto no artigo 35 podem adquirir direitos fundi rios sobre terrenos conced veis integrados no dom nio privado do Estado ou das autarquias locais a As pessoas singulares de nacionalidade angolana b As pessoas colectivas de direito p blico com sede principal efectiva no Pa s contanto que tenham capacidade de aquisi o de direitos sobre coisas im veis c As pessoas colectivas de direito privado com sede principal efectiva no Pa s designadamente as institui es que prossigam a realiza o de fins culturais religiosos e de 110 solidariedade social contanto que tenham capacidade de aquisi o de direitos sobre coisas im veis d As empresas p blicas angolanas e as sociedades comerciais com sede principal e efectiva no pa s e As pessoas singulares de nacionalidade estrangeira e as pessoas colectivas com sede Pprincipal e efectiva no estrangeiro sem preju zo das restri es estabelecidas na Lei Constitucional e na presente lei f As entidades estrangeiras de direito p blico que tenham capacidade de aquisi o de direitos sobre coi
188. participativo que a primeira id ia da ocupa o do espa o pela comunidade pode surgir no primeiro dia Se isto acontecer necess rio planejar bem a sequ ncia dos dias para assegurar que todas as informa es ser o levantadas Outra observa o que cada informa o constru da pela comunidade pode ser complementada no dia seguinte ou por outros participantes no caso de necessitar triangular uma informa o MAPEAMENTO PARTICIPATIVO O mapeamento participativo serve para obter uma imagem das terras e de todos os diferentes recursos que a comunidade utiliza para o seu sustento e para o crescimento e desenvolvimentos das gera es futuras Os mapas servem como base para a elabora o do Cartograma e para a elabora o do esbo o oficial No mapeamento participativo deixa se a comunidade atrav s de discuss es identificar onde ocupa terras e utiliza recursos naturais e represent las de uma forma gr fica 39 Os mapas participativos da comunidade apresentam as primeiras imagens do territ rio Os mapas elaborados pela comunidade s o as primeiras identifica es das terras e dos recursos que a comunidade explora Eles servem de instrumento de trabalho Em cada exerc cio do diagn stico os mapas v o ser mais afinados e servem para estimular o debate sobre o uso e gest o de terra conflitos etc O mapa participativo n o tem escala A popula o costuma desenhar o tamanho das coisas conforme a impor
189. pel A4 para comporem os anexos do Relat rio A seguir apresentada uma proposta de roteiro para o relat rio N o esquecer que o relat rio deve acompanhar o processo para a emiss o do t tulo e tamb m deve ser entregue c pia para a comunidade como mem ria do DRP P gina de rosto T tulo nome da comunidade local data equipa 72 Segunda p gina ndice com numera o de p ginas Terceira p gina Nome dos principais representantes informantes Agradecimento aos membros da comunidade APRESENTA O o que o documento objectivo INTRODU O localiza o da comunidade informes gerais aspectos f sicos METODOLOGIA como foi realizado abordagem do m todo DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO apresentar os mapeamentos cartograma gr ficos matrizes e diagramas e comentar o seu significado Indicar o grupo nome de quem participou como informante A Historia Mapeamento participativo e o Cartograma Organiza o social Din mica populacional quantos e onde est o Resultado do censo participativo ou informa o 5 Sistema produtivo e outros recursos naturais an lise 6 Infra estrutura produtiva econ mica e social E ad 7 Identifica o dos limites identifica o dos limites confronta o com os vizinhos geo referenciamento Mem ria Descritiva Esbo o 8 Observa es presen a de privados estradas reas de servid o outros 9 Resultado da v
190. pre o dos terrenos urbanos do dom nio privado das autarquias locais fixado por meio de licita o em hasta p blica qual tem por base o valor determinado pelos ndices de pre os fixados pelas regras de mercado e pelos regulamentos municipais vigentes na prov ncia ou no centro urbano em que aqueles pr dios se situem 5 No caso previsto no n mero anterior o resultado da licita o reduzido a auto no qual se regista o maior lan o de cada licitante sendo o direito adjudicado ao licitante que ofere a o lan o mais elevado Artigo 48 Compra e venda 1 A venda de terrenos para os efeitos do disposto na al nea a da n 1 do artigo 46 e do n 4 do artigo anterior feita por meio de arremata o em hasta p blica 2 Depositado o pre o e paga a sisa se for devida o Estado ou a autarquia local passa ao arrematante o correspondente t tulo da arremata o no qual se identifiquem o terreno se certifique o pagamento do pre o e da sisa e se declare a data da transmiss o que coincide com a da arremata o 3 O contrato de compra e venda pode ser resolvido pelo Estado ou pelas autarquias locais se n o forem observados os ndices de aproveitamento til e efectivo do terreno durante tr s anos consecutivos ou seis anos interpolados qualquer que seja o motivo 4 Resolvido o contrato nos termos do n mero anterior o adquirente pode exigir a restitui o do pre o pago sem qualquer actualiza o m
191. pressam opini es diferentes se n o forem influenciados pela presen a de um outro grupo Na t cnica anal tica a equipa inicia um di logo semi estruturado com os membros da comunidade sobre os t picos mencionados na matriz A pr pria matriz preenchida pela equipa utilizando as informa es recolhidas durante as entrevistas Se achar conveniente apresente a matriz com mais pormenor por exemplo especificar as classes de utilizadores homens mulheres idosos jovens ricos pobres pessoas de fora etc Os v rios recursos como os v rios tipos de terra podem ser destacados terras altas terras baixas terras arenosas argilosas etc A utiliza o de termos e nomes locais ajudar a compreens o e a participa o da comunidade A figura a seguir apresenta uma Matriz de Utiliza o dos Recursos da comunidade NDola 53 54 Figura 9 MATRIZ DA UTILIZA O DOS RECURSOS NATURAIS DA COMUNIDADE NDOLA Membros da Homens Mulheres Ricos Pobres Comunidade Vizinhos Estranhos Velhos Adultos Observa es Pasto X X X X Boi X X X Cabritos X X Porcos X X Galinhas X X X Lavras X X X X X Hortas X X X X X Pesca X X X X X X X X X Ca a X X X X X Mel J n o se produz muito Carv o X X X Ona x x x Queimar Lennan x x x x x Constru o S o mais os brancos Madeira X que utilizam Eucalipto e Pinheiro p madeira Fruta N o h muita fruta na
192. problem tica fundi ria e o ordenamento do territ rio 94 Convindo aprovar as bases gerais do regime jur dico das terras bem como os direitos que podem incidir sobre as terras e o regime geral de concess o e constitui o dos direitos fundi rios Nestes termos ao abrigo do disposto na al nea b do artigo 88 da Lei constitucional a Assembleia Nacional aprova a seguinte LEI DE TERRAS CAPITULO I Disposi es e Princ pios Gerais SEC O I Disposi es Gerais Artigo 1 Defini es Para efeitos da presente lei entende se por a Aglomerados urbanos zonas territoriais dotadas de infraestruturas urban sticas designadamente de redes de abastecimento de gua electricidade e de saneamento b sico contanto que a sua expans o se processe segundo planos urban sticos ou na sua falta segundo instrumentos de gest o urban stica aprovados pela autoridade competente b Cidade o aglomerado urbano assim classificado por normas de ordenamento do territ rio a que tenha sido atribu do foral e com o n mero m nimo de habitantes definido por lei c Comunidades rurais comunidades de fam lias vizinhas ou compartes que nos meios rurais t m os direitos colectivos de posse gest o e de uso e frui o dos meios de produ o comunit rios designadamente dos terrenos rurais comunit rios por elas ocupados e aproveitados de forma til e efectiva segundo os princ pios de autoadministra o e autogest o
193. que decrete a nulidade n o suspende a execu o desta Artigo 74 Natureza do processo Os processos a que se refere a presente sec o bem como os que deles s o dependentes n o t m car cter urgente sem preju zo de os actos relativos adjudica o da propriedade de um direito fundi rio limitado ou da posse e sua notifica o aos interessados deverem ser praticados mesmo durante as f rias judiciais Artigo 75 Comunica o das decis es judiciais para efeitos de registo Os tribunais devem remeter no prazo de 30 dias a contar do tr nsito em julgado respectiva Conservat ria do Registo Predial c pia da decis o que haja decretado a extin o de algum dos direitos fundi rios previstos na presente lei ou que tenha decretado a nulidade ou a anula o de um registo ou do seu cancelamento A Artigo 76 Ambito desta sec o As normas da presente sec o aplicam se com as necess rias adapta es s restantes nulidades previstas na presente lei ou nos seus regulamentos SEC O II Media o e Concilia o Artigo 77 Tentativa de media o e concilia o 1 Os lit gios relativos aos direitos fundi rios s o obrigatoriamente submetidos tentativa de media o e concilia o antes da propositura da ac o do tribunal competente 2 Exceptua se do disposto no n mero anterior a ac o de nulidade a que se refere a sec o anterior que pode ser imediatamente proposta pelo inter
194. r quaisquer rvores que sirvam de pontos de demarca o do seu terreno sem interven o dos servi os de agrimensura Artigo 123 Terrenos cont guos O concession rio deve permitir a abertura das picadas perimetrais necess rias para a demarca o dos terrenos cont guos e consentir dentro dos limites da rea da concess o a execu o dos actos que visem o apoio indispens vel ao levantamento topogr fico de terrenos vizinhos ou a trabalhos de cartografia que abranjam a sua concess o 149 Artigo 124 Servid es 1 O concession rio obrigado a conservar as servid es que existam no terreno objecto da concess o e que constem da respectiva planta ou processo 2 O concession rio ainda obrigado a dar passagem aos propriet rios de pr dios cont guos que n o tenham comunica o com a via p blica nem condi es que permitam estabelec la sem excessivo inc modo ou disp ndio e aos vizinhos para qualquer centro populacional ou vias de comunica o pr ximas quando n o disponham de acesso mais f cil ou c modo Artigo 125 Dever de aproveitamento til e efectivo do terreno concedido Durante o per odo da concess o o concession rio deve cumprir as prescri es legais e contratuais relativas aos ndices de aproveitamento til e efectivo do terreno concedido Artigo 126 Defini o de aproveitamento til e efectivo 1 O aproveitamento til e efectivo consiste na execu o do
195. r ticas apresentada neste documento utilizou bem estes mecanismos iii Capital humano A experi ncia revela que em termos operacionais os impactos significativos e duradouros das interven es de desenvolvimento das compet ncias profissionais exigem que i elas se avaliem com base nos novos pap is desempenhados pelas partes interessadas no desenvolvimento rural depois de terem sido negociadas e de as partes interessadas terem chegado a consenso acerca delas ii as necessidades de compet ncias profissionais sejam cada vez mais definidas pelas pr prias partes interessadas ap s 84 terem concordado com os objectivos de desenvolvimento e com os seus pap is respectivos iii o desenvolvimento das compet ncias profissionais seja relacionado com incentivos ao desempenho que ajudem a identificar as necessidades de forma o iv com o objectivo de delegar poderes nas partes interessadas e de implementar uma metodologia baseada nos seus direitos o desenvolvimento das compet ncias deve centrar se mais na autodetermina o em torno de aspectos tang veis das estrat gias de subsist ncia das partes interessadas rurais e vi nas reas rurais deve prevalecer uma filosofia de aprendizagem pela pr tica pelo menos nas fases iniciais do desenvolvimento das compet ncias A experi ncia revela que a exist ncia de forma o profissional nem necessariamente um requisito pr vio nem que suficiente para que as iniciativas
196. ramento Divis o I Disposi es gerais Artigo 64 Regime jur dico O aforamento rege se pelas disposi es da Lei n 9 04 de 9 de Novembro deste Regulamento e diplomas complementares bem como pelas cl usulas dos respectivos contratos observando se nos casos omissos os preceitos contidos no C digo Civil relativos enfiteuse Artigo 65 Proibi o de desmembramento do dom nio til civil e do dom nio til consuetudin rio N o s o admitidos desmembramentos do dom nio til civil nem do dom nio til consuetudin rio sendo nulos os neg cios tendentes sua constitui o Divis o II Dom nio til civil Artigo 66 Constitui o do dom nio til civil O dom nio til civil constitu do por contrato de aforamento 139 Artigo 67 Pre o do dom nio til civil e foro 1 Pela concess o por aforamento o titular do dom nio til civil obrigado a pagar a O pre o do dom nio til civil b O foro 2 O pre o do dom nio til civil e o foro s o calculados segundo as tabelas aprovadas por decreto executivo coltiunto dos Minist rios das finan as e do Urbanismo e Ambiente tendo em aten o a classifica o e localiza o do terreno a finalidade da concess o e o grau de desenvolvimento de cada zona ou prov ncia 3 O pre o do dom nio til civil pago de uma s vez antes da outorga do t tulo de concess o e em caso de hasta p blica dever o adjudica
197. rar e apresentar as discuss es sobre o uso dos recursos naturais A Matriz apresenta informa es tanto qualitativas como quantitativas sobre os diferentes recursos naturais incluindo a terra e os seus utilizadores Como fazer H duas t cnicas para chegar Matriz uma t cnica participativa e uma anal tica Na t cnica participativa a comunidade faz uma lista dos recursos naturais existentes no territ rio Este invent rio pode ser feito com base na informa o dos mapas participativos Numa folha grande ou cartolina escreva estes recursos numa linha vertical um por baixo do outro Tamb m se pode escrever na areia ou procurar objectos que simbolizem os recursos Numa linha horizontal escreva os diferentes grupos de utilizadores a comparar por exemplo Homens vs Mulheres Ricos vs Pobres Membros da Comunidade vs Vizinhos vs Pessoas de Fora Os membros da comunidade s o convidados a preencher a matriz A equipa anima a discuss o facilitando a interpreta o Comece pela primeira c lula e pergunte aos participantes quem utiliza mais as baixas os homens ou as mulheres Utilize sementes ou feij o como indicadores e defina um n mero fixo para dividir por exemplo 10 em cada compara o Preencha sucessivamente o resto da matriz A matriz pode ser preenchida por diferentes grupos de interesse Isto para evitar que um grupo domine a opini o e a informa o Os grupos de interesse frequentemente ex
198. ras agr rias irriga o armazenamento processamento infra estruturas comerciais as humanas ensino forma o profissional sa de nutri o e as sociais tanto as institui es locais formais por exemplo as cooperativas ou as associa es de consumidores de gua como as informais por exemplo as institui es e redes familiares Princ pios Fundamentais da ICARRD A experi ncia revelou que a efic cia da reforma agr ria e das pol ticas e programas de desenvolvimento rural melhora consideravelmente se 80 ambas corresponderem s tend ncias sociais econ micas ambientais e pol ticas descritas acima tendo em considera o os princ pios seguintes Assim ser o eficazes as pol ticas e programas ICARRD que na generalidade e Se centrem nos interesses das pessoas e tenham em conta a especificidade do g nero incidam sobre as prioridades das popula es e assentem sobre os seus pr prios bens compet ncias e estrat gias de subsist ncia assim como sobre o seu refor o e Se baseiem em direitos no contexto da legisla o e dos costumes nacionais e Reconhe am a diversidade socioecon mica dos grupos populacionais os seus diferentes e por vezes conflituosos interesses e necessidades o seu diversificado acesso ao poder e corrijam explicitamente as disparidades de poder existentes prestando uma aten o especial aos pobres atrav s de uma boa governa o e de mecanismos para a media o de con
199. rela es de poder desiguais levam a conflitos de interesses e existe o perigo do aproveitamento dos benef cios pelas elites Assim a vontade pol tica a boa governa o e o imp rio da lei s o fundamentais para se garantir a cria o de institui es eficazes que resolvam os conflitos com justi a atrav s da an lise da negocia o e do reequil brio das desiguais rela es de poder e para se proporcionarem servi os adequados a todas as categorias das popula es rurais De especial import ncia a no o de responsabilidade final entre os detentores de direitos p ex as comunidades e os grupos de produtores e os detentores de responsabilidades p ex os governos locais os organismos operacionais e outros fornecedores de servi os A responsabilidade final constitui a base da perspectiva baseada nos direitos e implica que ambos os tipos de parceiros est o suficientemente habilitados no que se refere ao acesso aos activos de subsist ncia s compet ncias 87 institucionais adequadas e ao direito de expressarem livremente as suas opini es pol ticas A experi ncia no terreno sugere que a metodologia de Desenvolvimento Territorial Participativa e Negociada proporciona respostas concretas aos desafios da melhoria da confian a entre os actores sociais refor ando a coes o social e promovendo um desenvolvimento territorial sist mico que conduz a resultados socialmente legitimados Essa metodologia sustenta proc
200. renos reservados 1 S o havidos como terrenos reservados ou reservas os terrenos exclu dos do regime geral de ocupa o uso ou frui o por pessoas singulares ou colectivas em fun o da sua afecta o total ou parcial realiza o de fins especiais que determinaram a sua constitui o 2 Sem preju zo do disposto no n 5 do artigo 14 da Lei n 5 98 de 19 de Junho Lei de Bases do Ambiente a constitui o das reservas da compet ncia do Governo que nelas podem incluir terrenos do dom nio privado ou do dom nio p blico do Estado ou das autarquias locais bem como terrenos que j tenham entrado definitivamente na propriedade privada de outrem 3 As reservas podem ser totais ou parciais 4 Nas reservas totais n o permitida qualquer forma de ocupa o ou uso salvo a que seja exigida a sua pr pria conserva o ou gest o tendo em vista a prossecu o dos fins de interesse p blico previstos no respectivo diploma constitutivo 5 A constitui o de reservas visa entre outros fins a protec o do meio ambiente defesa e seguran a nacionais preserva o de monumentos ou de locais hist ricos e promo o do povoamento ou do repovoamento 6 Nas reservas parciais s o permitidas todas as formas de ocupa o ou uso que n o colidam com os fins previstos no referido diploma constitutivo 7 As reservas parciais compreendem designadamente a Os leitos das guas interiores do mar territoria
201. rescidas ou b Determinar que a venda fique sem efeito e que o terreno volte a ser colocado em pra a id ntica quela em que se verificou a arremata o n o liquidada 2 No caso previsto na al nea a do n mero anterior o arrematante remisso executado para o pagamento daquele valor e acr scimos sendo o arresto levantado logo que o pagamento ou dep sito esteja feito acrescido do dep sito da quantia de despesas que ser imediatamente calculada 3 No caso a que se refere a al nea b do n 1 o arrematante remisso n o admitido a adquirir o terreno novamente ficando respons vel pela diferen a do pre o e pelas despesas a que der causa Artigo 62 Entrega do terreno 1 O terreno entregue ao arrematante depois de se mostrar integralmente pago ou depositado o montante do pre o e satisfeitas as obriga es fiscais inerentes transmiss o 2 Proferido despacho de adjudica o do terreno passado ao adquirente t tulo da arremata o no qual se identifique o terreno se certifique o pagamento do pre o e o cumprimento das obriga es fiscais e se declare a data em que o terreno lhe foi adjudicado Artigo 63 Destino da receita l quida arrecadada 1 A receita l quida arrecadada com a venda de terrenos depositada na Conta Unica do Tesouro titulada pelo Minist rio das Finan as 2 O dep sito deve ser registado com a indica o do n mero do respectivo processo SUBSEC O II Afo
202. revogada toda a legisla o que contrarie o disposto no presente Regulamento Artigo 6 D vidas e omiss es As d vidas e omiss es que se suscitem na interpreta o e aplica o do presente Regulamento ser o resolvidas por decreto do Conselho de Ministros Artigo 7 Entrada em vigor O presente Regulamento entra em vigor na data da sua publica o Visto e aprovado em Conselho de Ministros em Luanda aos _ de Publique se O Primeiro Ministro Fernando da Piedade Dias dos Santos Promulgado aos _ de de 2006 O Presidente da Rep blica JOS EDUARDO DOS SANTOS 126 REGULAMENTO GERAL DE CONCESS O DE TERRENOS CAP TULO I DISPOSI ES GERAIS Artigo 1 Objecto e fim 1 O Regulamento Geral de Concess o de Terrenos concretiza as bases gerais do regime jur dico definido na Lei n 9 04 de 9 de Novembro 2 O Regulamento define a disciplina jur dica das concess es de terrenos livres mas os terrenos que constituem propriedade particular est o sob disciplina da lei civil 3 O Regulamento visa nomeadamente concretizar as bases gerais do regime jur dico das terras integradas na propriedade origin ria do Estado definir o processo de concess o reconhecimento transmiss o exerc cio e extin o de direitos fundi rios sobre essas terras assegurar a necess ria publicidade aos factos jur dicos que dedafggninem a constitui o o reconhecimento a aquisi o ou a modifica o desses direito
203. s O acesso terra essencial mas n o suficiente Ele mais eficaz quando os benefici rios da reforma fundi ria tiverem tido uma experi ncia pr via de gest o empresarial fundi ria e agr cola e quando tiverem capacidade para gerar um rendimento sustent vel As infra estruturas rurais melhores tecnologias e uma s rie de servi os rurais receptivos incluindo a forma o profissional demonstraram ser essenciais a uma reforma agr ria eficaz e duradoura Os factores que afectam a reforma agr ria e o desenvolvimento rural s o altamente complexos e interligados conforme se pode ver no diagrama abaixo Os elementos fundamentais de disponibilidade acesso controlo utiliza o e gest o representam uma continuidade Muitos dos factores foram debatidos acima Contudo importante sublinhar que os pobres rurais s o particularmente vulner veis a choques econ micos e pol ticos assim como a riscos e desastres naturais e se bem que as suas estrat gias de subsist ncia estejam concebidas para os preparar melhor e para resistirem a esses choques o seu acesso limitado s cinco formas de capital descritas acima limita as suas oportunidades de resposta r pida e eficaz Assim uma das estrat gias fundamentais de subsist ncia entre outras consiste em desenvolver mecanismos institucionais locais refor ados a n vel comunit rio e de governo local a fim de se aumentar a sua capacidade de preven o de mitiga o e d
204. s Locais Maputo FAO 2000 COMISS O Inter Ministerial para a Revis o da Legisla o de Terras TANNER DE WIT Paul MADUREIRA Sevy TANNER Christopher Manual de Curso de Delimita o de Terras das Comunidades Locais Maputo FAO 2000 FAO Participatory Land Delimitation DPT em artigo CD Rom 2006 O contributo da FAO para as boas pol ticas e pr ticas na reforma agr ria e no desenvolvimento rural um breve panorama Conference ICARRD paper 2006 3 http www icarrd org po refdocs gen html MANUEL I JOAQUIM L G E MANUEL In cio Relat rio do DRP da Comunidade Ndola Lubango Dezembro 2004 MATAS C CAVEYA H QUESSENGO B VALKENBURG Esther Relat rio do DRP da Comunidade UNENE Lubango Dezembro 2004 Mendes N ABREU Celso SALIUANGO S Kollosaj E Relat rio do DRP da Comunidade Tchindigui Lubango Dezembro 2004 PROCESSO de Delimita o de Terras da Comunidade de Vionga de Baixo Relat rio do DRP SCHUTTER Anton de M todo y Proceso de la Investigaci n Participativa en la Capacitaci n Rural CEAAL Chile 1988 TELEINGNE P BAMBE V BANDA C FIGUEIREDO D Relat rio do DRP da Comunidade Katanda UABA Caconda Setembro 2003 WEID Jean Marc Von der Roteiro do DRPA Diagn stico R pido Participativo de Agroecossistema AS PTA Rio de Janeiro abr 1991 ZUECO A PANZO F KAFUKENO L TEIXEIRA M SAMUEL N V
205. s acontecimentos E poss vel que alguns acontecimentos sejam lembrados mas n o recordem o ano Neste caso procure organizar relacionando um acontecimento com outro para perceber a sequ ncia em rela o aos grandes per odos Por exemplo per odo da coloniza o da independ ncia da guerra etc Estimule a discuss o sobre os acontecimentos para encontrar poss veis perspectivas e vers es diferentes do mesmo acontecimento Procure chegar a uma vis o comum A medida que a hist ria se desenrola discuta as tend ncias das mudan as Se n o conseguirem concluir no mesmo dia se faltou algu m que tenha muitas informa es combine um outro momento para completar o trabalho 36 Se houver mais grupos fazendo o mesmo trabalho junte os grupos e discuta as linhas historiais de cada um at chegar a uma vers o comum muito importante que os jovens fiquem observando esta actividade Talvez seja a primeira vez que est o escutando a hist ria do seu povo Estimule os para participarem mesmo como ouvinte Apresente numa sess o plen ria o trabalho do grupo e estabele a uma linha historial comum No per odo que segue o diagn stico poss vel que surjam novas lembran as de fatos hist ricos que a popula o considera importante Em tempo pode ser acrescentado o que indica que a linha historial n o fechada A seguir veja o exemplo da linha historial da comunidade de Ndola Figura 1 Linha Historial da comun
206. s anota es pedindo se a permiss o para isto e nunca quem dirige a palavra deve estar anotando Este o momento da empatia 31 inicial do olho no olho do ouvir e de perceber se est havendo aceita o por parte da popula o Para seguran a deste processo que n o f cil os t cnicos dever o munir se de ferramentas auxiliares que podem ser utilizadas neste momento e nos subsequentes tendo como pressuposto que nem sempre as condi es de espa o e recursos s o favor veis Para tanto preciso anteriormente trabalhar a criatividade e ou habilidades individuais de forma a potencializar os resultados Em fase preparat ria deve se trabalhar elementos de comunica o inter pessoal t cnicas e din micas de estimulo materiais de apoio recursos pedag gicos que despertem a apreens o uso de linguagem apropriada e nivelada aos interlocutores Nos contatos seguintes e com maior conhecimento do grupo oportuno potencializar os recursos locais enquanto criatividade musicalidade representa o pintura cultura tradicional etc entre grupo misto ou isoladamente entre os homens mulheres jovens e crian as Se conhecer a realidade conhecer o processo hist rico e estabelecer correla es entre os distintos fatos que ocorrem e se materializam num interior e no seu entorno faz se necess rio o desenvolvimento da percep o para uma mais fina compreens o desta realidade 32 U ma equipa bem afinada
207. s colectivas de direito privado o direito de propriedade sobre terrenos rurais integrados quer no dom nio p blico do Estado quer no seu dom nio privado Artigo 37 Terrenos que podem ser objecto de aforamento S o conced veis por aforamento os terrenos rurais e urbanos do Estado ou das autarquias locais Artigo 38 Terrenos que podem ser objecto de contrato constitutivo do direito de superf cie O contrato de concess o pelo qual se constitua um direito de superf cie pode ter por objecto terrenos rurais ou urbanos integrados no dom nio privado do Estado ou das autarquias locais Artigo 39 Terrenos que podem ser objecto de arrendamento 1 S o conced veis por arrendamento os terrenos rurais e urbanos integrados no dom nio privado do Estado ou das autarquias locais e os terrenos do dom nio p blico cuja natureza o permita 2 Podem ser usados ou ocupados a t tulo prec rio mediante contrato de arrendamento celebrado com a entidade legalmente competente nomeadamente a Os terrenos destinados explora o de pedreiras b Os terrenos adjacentes a jazigos minerais necess rios sua prospec o pesquisa ou explora o n o podendo a ocupa o ser feita por entidade diferente do concession rio da mina nem por tempo superior ao da explora o mineira c Quaisquer outros terrenos necess rios para a consecu o de fins espec ficos sempre que a dura o da ocupa o prevista n o just
208. s e situa o jur dica dos respectivos titulares e garantir a seguran a do com rcio jur dico p Artigo 2 Ambito territorial de aplica o 1 Sem preju zo do disposto no n mero seguinte o Regulamento aplica se de modo uniforme em todo o territ rio nacional 2 S o admitidas as pr ticas decorrentes dos usos e costumes vigentes em zonas geogr ficas circunscritas contanto que tais pr ticas n o sejam contr rias legisla o em vigor designadamente Lei n 9 04 de 9 de Novembro e ao Regulamento e Artigo 3 Ambito pessoal de aplica o 1 O regime jur dico definido pelo Regulamento aplic vel a toda a pessoa singular ou pessoa colectiva de direito p blico ou de direito privado em benef cio de quem o Estado constitua nos termos da Lei n 9 04 de 9 de Novembro algum ou alguns dos direitos fundi rios nela previstos 2 Al m das condi es ou restri es estabelecidas na Lei n 9 04 de 9 de Novembro e em legisla o especial as entidades que n o possuam a nacionalidade angolana devem declarar expressamente que se submetem s leis autoridades e tribunais angolanos e que renunciam em eventuais lit gios relacionados com a concess o a qualquer foro ou processo judici rio estrangeiro Artigo 4 Terrenos exclu dos Ficam exclu dos do mbito de aplica o do Regulamento os terrenos que n o possam ser objecto de direitos privados nomeadamente os terrenos integrados no
209. s e ocupantes devem a solicita o do pessoal encarregado dos trabalhos de organiza o e revis o do cadastro a Apresentar os documentos que comprovem os seus direitos sobre os terrenos b Indicar no local os limites dos terrenos c Colaborar na defini o de tais limites quando n o estejam definidos Artigo 199 Lit gios Se no decurso da execu o do cadastro forem apresentadas reclama es que se tornem insol veis entre os litigantes e n o for por estes aceite acordo proposto pelos peritos ser todo o processo a que as reclama es deram causa acompanhado do respectivo auto de ocorr ncia remetido ao Instituto Geogr fico e Cadastral de Angola para estudo e resolu o 166 SEC O II REGISTO PREDIAL Artigo 200 Factos sujeitos a registo 1 Est o sujeitos a registo a A concess o de direitos fundi rios e a renova o da concess o b A transmiss o dos direitos fundi rios resultantes das concess es c A revis o das concess es determinada por autoriza o de altera o do seu objecto finalidade ou modifica o do seu aproveitamento 2 O documento comprovativo da declara o de renova o referida no artigo 149 constitui t tulo bastante para o registo da renova o da concess o Artigo 201 Registo das concess es 1 No extracto das inscri es de concess o deve constar al m dos prazos de concess o e de aproveitamento a respectiva finalidade a indica
210. s e todos os movimentos s o plenamente observados Portanto os t cnicos precisam estar preparados Esta prepara o consiste na apreens o dos princ pios de base e instrumentos para o desempenho da sua atividade e da consequ ncia do objetivo ao qual se prop em atingir Portanto a equipa deve e acreditar no que faz e ter seguran a do que quer atingir e ter atitude de sinceridade humildade e respeito e ter o respaldo das estruturas locais e ou das vias de entrada junto aos interlocutores e colocar com clareza o objetivo da a o a qual se prop e e como pretende desenvolver as atividades e deixar claro qual o produto que se ter ao final qual a sua import ncia e utilidade e dar espa o para as interfer ncias valorizando as informa es e ponto de vista dos interlocutores destacando a import ncia do conjunto e de seus componentes homens mulheres idosos jovens e crian as e a tica de cada um sobre a realidade e suas expectativas e combinar um tempo limite para cada encontro e usar o tempo de forma a n o causar cansa o e desinteresse e estabelecer conjuntamente um cronograma e hor rio das etapas e actividades posteriores segundo a disponibilidade do grupo e ao encerrar a reuni o solicitar que algu m do grupo fa a um resumo do que foi apresentado com o objetivo de esclarecer d vidas dos dois lados No primeiro encontro da equipa com a comunidade o momento de fazer pouca
211. s herdeiros no prazo e pela forma estabelecidos no artigo 175 2 A autoridade concedente pode denegar a autoriza o com fundamento de que os herdeiros n o oferecem garantias para o cumprimento das condi es da concess o 3 N o sendo autorizada a transmiss o os herdeiros do concession rio t m direito a levantar todas as benfeitorias introduzidas no terreno se o puderem fazer sem detrimento econ mico do mesmo ou a serem por elas indemnizados 4 Nas concess es provis rias se a partilha judicial ou extrajudicial n o se efectuar no prazo de um ano a contar da morte do concession rio por facto imput vel aos herdeiros reverter o para a autoridade concedente sem direito a qualquer indemniza o ou compensa o o terreno concedido e todas as benfeitorias nele introduzidas Artigo 179 Despacho de autoriza o O despacho de autoriza o para a transmiss o de direitos fundi rios concedidos deve conter especifica o das condi es a que fica sujeito o novo concession rio designadamente no que respeita a prazos de aproveitamento do terreno Artigo 180 Caducidade da autoriza o A autoriza o para a transmiss o de direitos fundi rios concedidos caduca noventa dias ap s a data da notifica o do despacho respectivo 161 Artigo 181 Transmiss o por morte de concess o definitiva 1 A transmiss o por morte de direitos fundi rios objecto de concess o definitiva n o carece de
212. s naturais ou artificiais nos termos dos planos de ordenamento rural e da respectiva legisla o especial 5 Entende se por terrenos de instala o os terrenos destinados implanta o de instala es mineiras industriais ou agroindustriais nos termos da presente lei e da respectiva legisla o aplic vel ao exerc cio de actividades mineiras e petrol feras e aos parques industriais 6 S o havidos como terrenos vi rios os terrenos afectos implanta o de vias terrestres de comunica o de abastecimento de gua e de redes de electricidade e de redes de drenagem pluvial e de esgotos Artigo 23 Terrenos rurais comunit rios 1 Os terrenos rurais comunit rios s o os terrenos utilizados por uma comunidade rural segundo o costume relativo ao uso da terra abrangendo conforme o caso as reas complementares para a agricultura itinerante os corredores de transum ncia para o acesso do gado s fontes de gua e as pastagens e os atravessadouros sujeitos ou n o ao regime de servid o utilizados para aceder gua ou s estradas ou caminhos de acesso aos aglomerados urbanos 2 A delimita o dos terrenos rurais comunit rios precedida da audi o das fam lias que integram as comunidades rurais e das institui es do poder tradicional existentes no lugar da situa o daqueles terrenos Artigo 24 Terrenos agr rios 1 Os terrenos agr rios s o classificados pela entidade competente atrav s
213. s no artigo 18 9 h Respeitar os direitos fundi rios das comunidades rurais designadamente as servid es de passagem que recaiam sobre o seu terreno i Prestar s autoridades competentes todas as informa es por estas solicitadas sobre o aproveitamento til e efectivo do terreno j Observar o disposto na presente lei e nos seus regulamentos Artigo 57 Presta es 1 Os titulares dos direitos fundi rios est o sujeitos ao pagamento a t tulo de pre o ou de renda de uma nica presta o ou uma certa presta o anual 2 A presta o anual pode ser progressiva ou regressiva consoante o tipo e o montante de investimento realizado 3 As presta es s o pagas em dinheiro e s o fixadas no respectivo contrato sendo o seu montante calculado com base na situa o e classifica o do terreno na sua rea e no fim a que se destina Artigo 58 Processo de concess o 1 O processo de concess o inicia se com a apresenta o do requerimento pelo interessado e compreende as fases de demarca o provis ria aprecia o aprova o e demarca o definitiva 115 2 O Regulamento Geral de Concess o de Terrenos fixa o regime jur dico aplic vel ao processo de concess o Artigo 59 T tulo de concess o A autoridade competente emite um t tulo de concess o segundo o modelo legalmente fixado no qual se identifiquem a natureza do terreno concedido o tipo de direito fundi rio transmitido ou
214. s outras comunidades vizinhas ou propriet rios privados Para que serve a valida o e Para finalizar o processo e evitar futuras d vidas e conflitos com respeito rea da comunidade As informa es para a valida o s o apresentadas por um t cnico que participou durante a delimita o Quem deve estar presente durante a valida o e Os representantes da comunidade delimitada Os representantes das comunidades vizinhas e Representantes das institui es locais e Representantes das organiza es que trabalham com as comunidades e Propriet rios privados quando existirem dentro da rea da comunidade delimitada Se n o existem d vidas solicitada a aprova o pelos representantes das comunidades presentes Logo feita uma Ata explicando como foi realizada 71 esta valida o que assinada por todos os representantes importante ter na representa o a participa o de mulheres Todavia este aspecto deve ser ressaltado pela equipa mas em consenso pela popula o da comunidade Este o ltimo documento resultante do Diagn stico que deve fazer parte do processo para ser emitido o t tulo de posse da rea para a comunidade delimitada 6 3 O RELAT RIO O Relat rio do DRP deve ser constru do a partir do primeiro dia quando da sistematiza o das informa es Tamb m medida que s o confirmados os resultados sistematizados nas cartolinas devem ser repassados em pa
215. s pelas normas constantes dos artigos 1491 a 1523 do C digo Civil salvo quanto ao pagamento de foros considerando se o Estado como titular do dom nio directo e as fam lias como titulares do dom nio til Artigo 38 Dom nio til Civil 1 O dom nio til civil integrado pelo conjunto de poderes que o artigo 1501 do C digo Civil reconhece ao enfiteuta 2 Ao dom nio til civil aplicam se alem das disposi es especiais contidas na presente lei e nos seus regulamentos o disposto nos artigos 1491 a 1523 do C digo Civil 3 Os terrenos sobre os quais pode recair o dom nio til civil podem ser rurais ou urbanos 107 4 O dom nio til civil pode ser constitu do por contrato de concess o entre o Estado ou as autarquias locais e o concession rio 5 O montante do foro fixado no respectivo contrato sendo calculado de harmonia com os crit rios estabelecidos por disposi o regulamentar da presente lei designadamente com a classifica o do terreno e com o grau de desenvolvimento de cada zona ou regi o 6 O foro pago em dinheiro nas tesourarias das finan as p blicas no fim de cada ano contado desde a data da constitui o do dom nio til civil 7 O direito remiss o do foro conferido ao enfiteuta quando o emprazamento tiver 20 anos de dura o n o sendo l cito elevar este prazo 8 O exerc cio do direito remiss o do foro depende da prova pelo enfiteuta de que o
216. s por lei Est o nomeadamente sujeitos a imposto do selo a Os requerimentos e as reclama es de quaisquer interessados que n o sejam entidades oficiais b JOs documentos que instruam os requerimentos e as reclama es referidos na al nea anterior c Os contratos e os t tulos de concess o d Os registos na Conservat ria do Registo Predial 157 Artigo 158 Regime aplic vel ao imposto do selo Em tudo o que n o esteja especialmente previsto no presente Regulamento aplic vel ao imposto do selo o disposto no Diploma Legislativo n 3841 de 6 de Agosto de 1968 com as altera es que lhe foram introduzidas pelo Decreto n 7 89 de 15 de Abril e pelo Decreto executivo n 71 04 de 9 de Julho e na respectiva Tabela Geral do Imposto do Selo Artigo 159 Contagem dos selos A contagem dos selos do processo de concess o e dos seus incidentes far se pela taxa legal do papel selado cada meia folha SUBSEC O II ISEN ES Artigo 160 Isen o de despesas e de imposto do selo 1 S o isentas de despesas imposto do selo e quaisquer encargos as entidades isentas por lei 2 O processo especial de concess o gratuita isento do pagamento de despesas imposto do selo e quaisquer encargos com excep o das despesas resultantes da execu o das opera es de demarca o provis ria e definitiva as quais devem ser suportadas pelos concession rios devendo estes pagar nomeadamente o
217. sas im veis reconhecida em acordo internacionais desde que nos respectivos pa ses seja dado igual tratamento a entidades angolanas cong neres g As pessoas colectivas internacionais que nos termos dos respectivos estatutos sejam dotadas de capacidade de aquisi o de direitos sobre coisas im veis Artigo 43 Limites das reas 1 A rea dos terrenos urbanos objecto de contrato de concess o n o pode exceder a Nas reas urbanas dois hectares b Nas reas suburbanas cinco hectares c A concess o de reas superiores s previstas nas al neas anteriores da compet ncia do Ministro que superintende o cadastro 2 A rea dos terrenos rurais objecto de contrato de concess o n o pode ser inferior a dois hectares nem superior a 10 000 hectares 3 O Conselho de Ministros pode por m autorizar a transmiss o ou a constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos rurais de rea superior ao limite m ximo indicado no n mero anterior Artigo 44 Cumula o de direitos A transmiss o ou a constitui o de direitos fundi rios a favor de pessoa singular ou colectiva a quem o Estado ou as autarquias locais hajam anteriormente atribu do algum dos direitos fundi rios previstos na presente lei depende da prova do aproveitamento til e efectivo dos terrenos concedidos Artigo 45 Princ pio da capacidade adequada 1 As pessoas singulares e colectivas que requeiram a transmiss o ou
218. sem preju zo do disposto no artigo 48 quanto resolu o do contrato de compra e vendas b Perpetuamente no caso do dom nio til consuetudin rio sem preju zo da sua extin o pelo n o uso e pela livre desocupa o nos termos das normas consuetudin rias c Perpetuamente no caso do dom nio til civil sem preju zo do direito de remiss o d Por prazo n o superior a 60 anos no caso do direito de superf cie e Por prazo n o superior a um ano no caso do direito de ocupa o prec ria 2 Nos casos previstos nas al neas d e e do n mero anterior findo o prazo o contrato renova se por per odos sucessivos se nenhuma das partes o tiver denunciado no tempo e pela forma convencionados ou se n o ocorrer nenhuma causa de extin o prevista na lei Artigo 56 Deveres do adquirente S o obriga es do adquirente dos direitos fundi rios a Pagar tempestivamente os foros e demais presta es a que conforme o caso esteja obrigado b Efectuar o aproveitamento til e efectivo do terreno concedido de acordo com os ndices fixados c N o aplicar o terreno a fim diverso daquele a que ele se destina d N o violar as regras do ordenamento do territ rio e dos planos urban sticos e Utilizar o terreno de modo a salvaguardar a capacidade de regenera o do mesmo e dos recursos naturais nele existentes f Respeitar as normas de protec o do ambiente g N o exceder os limites imposto
219. sulas pelos transmiss rios ou pelos sucessores 2 At ao ltimo dia de Cada m s devem os not rios remeter aos servi os aludidos no a tligo 134 uma rela o dos reconhecimentos presenciais das assinaturas a que se referem os n s 2 e 4 do artigo 61 da Lei n 9 04 de 9 de Novembro que hajam sido realizados no m s anterior referindo a identidade dos outorgantes a natureza dos actos praticados e os contratos de concess o respectivos A SEC O VI DIVIS O DO TERRENO CONCEDIDO Artigo 185 Divis o pelos herdeiros ou contitulares Quando o terreno concedido tenha que ser dividido pelos herdeiros do concession rio ou quando qualquer dos contitulares pretenda a divis o deve observar se o seguinte a Se os interessados estiverem de acordo e a divis o se puder fazer em subst ncia ser ela requerida autoridade concedente b A divis o n o ser autorizada se as parcelas dela resultantes n o forem adequadas finalidade da concess o Na falta de acordo os termos do processo quer seja ou n o poss vel a divis o em subst ncia ser o os do C digo de Processo Civil SEC O VI ASSOCIA O Artigo 186 No o e regime 1 Verifica se a associa o quando criada uma contitularidade da situa o existente fazendo parte dela o requerente ou concession rio N o permitida a associa o em concess es gratuitas 3 A associa o est sujeita aos requisitos formais da substitu
220. t ncia de um plano geral de urbaniza o devidamente aprovado b A exist ncia de servi os municipais de cadastros c A exist ncia de redes de abastecimento de gua fornecimento de energia el ctrica e redes de saneamento b sico 2 Os forais delimitam a rea dos terrenos integradas no dom nio p blico do Estado e por este afectados s autarquias locais e para gest o aut noma 3 Os forais s o aprovados por diploma do Governo Artigo 54 Loteamento 1 Constitui opera o de loteamento a ac o que tenha por objecto ou por efeito a divis o de terrenos urbaniz veis 114 em um ou mais lotes destinados imediata ou subsequentemente edifica o urbana de harmonia com o disposto nos planos de urbaniza o ou na sua falta ou insufici ncia com as decis es dos rg os aut rquicos competentes 2 Entende se por lote a unidade autonomizada de terreno resultante da opera o de loteamento 3 As opera es de loteamento dos terrenos integrados no dom nio privado da autarquia t m lugar por iniciativa do respectivo munic pio 4 Nos casos n o abrangidos pelo disposto no n mero anterior o loteamento aprovado por alvar emitido pela autarquia local mediante pr vio requerimento dos particulares interessados Artigo 55 Dura o das concess es 1 Os direitos fundi rios previstos na presente lei s o transmitidos ou constitu dos a Perpetuamente no caso de direito de propriedade
221. t ncia que lhes atribui Este um dos elementos mais significativos do mapa participativo Como fazer Explique bem que o objectivo do trabalho fazer o mapa das terras e dos recursos geridos e utilizados pela comunidade incluindo as zonas de pastagem ca a florestas reservas de gua etc Convide a comunidade a identificar grupos diferentes como homens mulheres jovens Cada grupo acompanhado por um facilitador da equipa t cnica que estimula a desenhar e discutir o territ rio conforme a sua percep o Por exemplo as mulheres s o envolvidas em actividades econ micas diferentes dos homens e isto pode se expressar nos mapas participativos destes dois grupos 40 Cada grupo faz o seu desenho independente do outro para que ao final possam ser comparados Desenhe no ch o no meio do c rculo dos participantes um ponto de refer ncia da zona tais como a estrada principal o local onde est o realizando a reuni o ou outros N o se deve come ar pelo desenho dos limites Uma t ctica conveniente come ar pelo centro da comunidade e trabalhar para as periferias aconselh vel a utiliza o de nomes locais para os diferentes tipos de terra O desenho pode se fazer com paus na terra carv o no cimento numa cartolina ou folha de papel grande Pode ser necess rio orientar um pouco os trabalhos porque as pessoas s o um pouco relutantes em desenhar linhas com canetas ou marcadores num papel
222. t rio e considerar melhores formas para o seu uso e aproveitamento e fazer uma melhor gest o dos recursos naturais incluindo eventuais parcerias com investidores Quando o Diagn stico aplicado neste contexto de desenvolvimento indispens vel investigar a utiliza o e gest o dos recursos naturais A informa o sobre a gest o vai permitir identificar as necessidades de capacita o das institui es de gest o para prepar las de forma adequada para o seu futuro papel Os v rios exerc cios para investigar a utiliza o e gest o dos recursos naturais s o e o Corte Transversal e a Matriz de Utiliza o de Recursos e a Matriz de Gest o de Recursos O CORTE TRANSVERSAL Transectos Consiste em visitas rea da comunidade caminhando a p ou com outro meio de transporte dependendo das circunst ncias Com o Corte Transversal verificam se os diferentes usos e explora o da terra e de outros recursos inventaria se o estado das infra estruturas e servi os existentes a presen a de empresas privadas e outros investimentos etc As caminhadas feitas no in cio do DRP servem para a equipa ser conhecida pela comunidade e ganhar confian a com os seus habitantes O resultado do Corte Transversal apresentado num diagrama acompanhado por um relat rio O diagrama n o representa a rea toda mas til para destacar reas com caracter sticas diferentes com problemas e oportunidades espec
223. t rio prestar cau o em dinheiro ou garantia banc ria irrevog vel do pagamento da totalidade do pre o do dom nio til civil 4 O foro devido a partir do momento da concess o e pago em dinheiro nas tesourarias das finan as p blicas no fim de cada ano contado desde a data da constitui o do dom nio til civil Artigo 68 Hasta p blica 1 Sempre que poss vel a concess o do dom nio til civil feita por meio de arremata o em hasta p blica 2 S o aplic veis hasta p blica a que se refere o n 1 com as necess rias adapta es o disposto na subsec o I da presente sec o 3 A autoridade concedente pode n o fazer a adjudica o se assim o achar conveniente aos interesses do Estado ou da autarquia local 140 4 A entidade que tenha suportado as despesas de demarca o provis ria tem direito ao respectivo reembolso se lhe n o for atribu da a concess o do dom nio til civil sobre o terreno demarcado Artigo 69 Dispensa de hasta p blica 1 A hasta p blica a que se refere o artigo anterior dispensada a Na convers o de concess o gratuita em onerosa b Na transmiss o de situa es resultantes de concess o provis ria anterior c Na concess o de pequenas parcelas de terreno insuficientes para constru o regular que confinem com terreno aforado e que n o possam aproveitar a qualquer outro concession rio confinante 2 Os terrenos que se encontrem nas co
224. ta ao regime geral de benfeitorias teis previsto no artigo 1273 do C digo Civil sendo em consequ ncia reconhecidos ao ocupante os seguintes direitos a O direito de levantar as instala es implementadas no terreno desde que o possa fazer sem detrimento dele b Quando para evitar o detrimento do terreno o ocupante n o possa levantar aquelas instala es recebe do Estado ou das autarquias locais consoante os casos uma indemniza o calculada segundo as regras de enriquecimento sem causa c Nos casos em que o n o levantamento das instala es edificadas pelo ocupante cause preju zo designadamente de natureza ambiental ao terreno ocupado o ocupante deve repor o terreno na situa o em que este se encontrava antes da edifica o n o tendo neste caso direito a qualquer indemniza o 5 O ocupante paga uma presta o nica ou peri dica em dinheiro fixada a t tulo de renda no respectivo contrato sendo o seu montante calculado de harmonia com os crit rios estabelecidos por disposi o regulamentar da presente lei designadamente com a rea e a classifica o do terreno e com o prazo pelo qual haja sido constitu do o direito de ocupa o prec ria 109 CAP TULO III Concess o de Direitos Fundi rios SEC O I Disposi es Gerais Artigo 41 Infraestruturas urbanas 1 A constitui o de direitos fundi rios sobre terrenos urbaniz veis depende da observ ncia do disposto nos plan
225. te que ao fim de cada dia a equipa sistematize as informa es fornecidas pela comunidade Cada vez que as informa es s o apresentadas para a comunidade de forma organizada e bem apresentada quando confirmada ou complementada e entendida por todos o trabalho da equipa valorizado e se refor am as rela es de confian a entre a comunidade e a equipa Fa a suas observa es neste espa o e Diagramas Matrizes e Mapas S o utilizados para sistematizar as informa es sobre os tipos de explora o e produ o as rela es de trabalho a gest o dos recursos observa es sobre os aspectos de educa o e sa de da popula o os fatos relevantes da hist ria etc Alguns exemplos s o matriz de utiliza o dos recursos naturais matriz de rela es institucionais da comunidade matriz de gest o e recursos naturais linha ou perfil historial matriz historial da comunidade mapa s cio econ mico de determinada rea maior com a representa o das actividades mapa de explora o da lavra de uma fam lia matriz do censo participativo 24 Box 6 TEMA OU ABORDAGEM INSTRUMENTO e Orienta o do Tempo A din mica de uma popula o e a ocupa o do espa o pode ser percebida atrav s de como s o distribu das as actividades no tempo e quem det m as tomadas de decis o e a realiza o do trabalho Fa a suas observa es neste espa o e Calend rios
226. terar o pedido de concess o de harmonia com as disposi es da presente lei designadamente no que toca aos tipos de direitos fundi rios nela previstos 5 Enquanto n o forem constitu das as autarquias locais as suas atribui es e compet ncias s o exercidas pelos rg os locais do Estado Artigo 84 T tulo de ocupa o 1 Sem prejuizo do disposto nos n s 5 e 6 do artigo 6 as pessoas singulares e colectivas que ocupam sem qualquer t tulo terrenos do Estado ou das autarquias locais devem no prazo de tr s anos a contar da publica o do regulamento geral ou especial aplic vel requerer a emiss o de t tulo de concess o 2 A inobserv ncia do disposto no n mero anterior implica a n o aquisi o de qualquer direito fundi rio pelo ocupante por for a da inexist ncia de t tulo 3 O Estado e as autarquias locais podem usar contra o ocupante dos meios facultados ao possuidor no artigo 1276 e seguintes do C digo Civil 4 Nos casos referidos nos n meros anteriores a emiss o de t tulo de concess o depende do preenchimento dos requisitos fixados na presente lei nos seus regulamentos nos planos urban sticos ou na sua falta ou insufici ncia nos instrumentos de gest o urban stica aprovados pela autoridade competente 123 Artigo 85 Regulamenta o O Governo deve aprovar o Regulamento Geral de Concess o de Terrenos no prazo de seis meses a contar da data de entrada em vigor da pr
227. tes b O espa o a reo nacional c Os recursos minerais d As estradas e os caminhos p blicos as pontes e as linhas f rreas p blicas e As praias e a orla costeira numa faixa fixada por foral ou por diploma do Governo conforme estejam ou n o integradas em per metros urbanos f As zonas territoriais reservadas defesa do ambiente g As zonas territoriais reservadas aos portos e aeroportos h As zonas territoriais reservadas para fins de defesa militar i Os monumentos e im veis de interesse nacional contanto que hajam assim classificados e estejam integrados no dom nio p blico j Outras coisas afectadas por lei ou por acto administrativo ao dom nio p blico 2 Os bens do dom nio p blico s o propriedades do Estado e com tal s o inalien veis imprescrit veis e impenhor veis Artigo 30 Direitos de explora o do dom nio p blico A concess o de direitos de pesquisa explora o e produ o de recursos minerais e de outros recursos naturais do dom nio p blico regulada pela legisla o especial aplic vel ao tipo de recurso natural em causa Artigo 31 Classifica o e desafecta o 1 A classifica o ou a desafecta o de bens do dom nio p blico conforme os casos declarada por diploma do Governo ou por diploma que aprove os planos gerais de ordenamento do territ rio 2 A classifica o a que se refere o n mero anterior vale como declara o de utilidad
228. tigo 50 Concess es gratuitas 1 O Estado e as autarquias locais podem transmitir ou constituir direitos fundi rios a t tulo gratuito sobre terrenos integrados nos eu dom nio privado em benef cio de a Pessoas que fa am prova de insufici ncia de meios econ micos e que desejem integrar projectos de povoamento de zonas do Pa s menos desenvolvidas b Institui es de utilidade p blica reconhecida que prossigam a realiza o de fins de solidariedade social culturais religiosos ou desportivos Artigo 51 Limites dos terrenos comunit rios 1 A delimita o das reas das comunidades rurais e a defini o do aproveitamento dos terrenos comunit rios pela autoridade competente devem obedecer ao disposto nos correspondentes instrumentos de ordenamento do territ rio e nas disposi es regulamentares da presente lei 2 Para efeitos do disposto no n mero anterior a autoridade competente deve ouvir as autoridades administrativas institui es do poder tradicional e fam lias da comunidade rural afectada 113 Artigo 52 Limites do terrenos urbanos Os limites de terrenos urbanos s o fixados pelos forais planos urban sticos e opera es de loteamento que hajam sido aprovadas Artigo 53 Foral 1 O Governo sob proposta fundamentada do governador da respectiva prov ncia pode outorgar forais aos centros urbanos contanto que se verifiquem cumulativamente as seguintes condi es a A exis
229. tores compreenderem a sua realidade estabele am as bases para mudan as que os beneficiem Neste contexto a aplica o do m todo pode ser vista como uma actividade autenticamente educativa pois combina aspectos informativos e formativos an lise pela comunidade dos seus problemas e sua situa o 3 Anton de Schutter Chile 1988 Em experiente deve vivenciar a participa o dentro da equipa s desta forma ela pode induzir a participa o da comunidade no processo de aplica o do DRP equipa t cnica An lise Hist rica Conhecer o passado importante para entender o presente E importante para o facilitador conhecer a hist ria da comunidade no in cio do DRP pois o situa no ambiente A hist ria indica os l deres da comunidade e estabelece a sua legitimidade pol tica e social A hist ria ainda pode revelar l deres alternativos e estes podem comprovar ou complementar informa es j recolhidas Atrav s dos relatos da hist ria surge o entendimento sobre a organiza o social da comunidade e sobre o sistema de uso e gest o de terras e demais recursos naturais dispon veis Os factos hist ricos confirmam a ocupa o costumeira da comunidade 17 A an lise hist rica considera as interfer ncias dos processos hist ricos A hist ria revelada numa rela o de confian a que se d em maior ou menor grau com a equipa do DRP Vis o Sist mica O corpo humano um sistema n o
230. tros meios de pagamento aceit veis nos termos das disposi es legais em vigor 4 Nas concess es por arrendamento o interessado presta uma cau o equivalente s rendas correspondentes a 155 metade do per odo de dura o do contrato no prazo previsto e pelas formas definidas no n mero anterior 5 A autoridade concedente pode autorizar a substitui o do pagamento em numer rio transfer ncia banc ria ou cheque por garantia banc ria irrevog vel ou outra que ofere a um coeficiente de liquidez aceit vel Artigo 145 T tulo Os contratos de concess o e os eventuais actos de disposi o com a mesma relacionada s o titulados pelo despacho referido no n 3 do artigo 143 Artigo 146 For a probat ria O despacho a que se refere o artigo anterior faz prova em ju zo ou fora dele da identifica o do terreno e das situa es que nele estiverem descritas Artigo 147 Registo predial 1 A autoridade concedente deve promover oficiosamente o registo do facto constitutivo do direito fundi rio concedido na Conservat ria do Registo Predial da situa o do terreno a expensas do titular do direito em causa 2 O titular do direito fundi rio concedido tem igualmente legitimidade para requerer o registo Artigo 148 Comunica o oficiosa As Conservat rias do Registo Predial devem enviar at ao ltimo dia do m s seguinte aos servi os competentes da 156 autoridade conced
231. uado em duod cimos ou por antecipa o Artigo 89 Actualiza o da renda A renda pode ser actualizada em qualquer dos casos seguintes a Quando termine cada um dos per odos fixados no contrato b Quando se proceda a subarrendamento c Quando se modifique o anterior ndice de ocupa o do terreno ou se altere a rea total dos pisos edificados 143 Artigo 90 Reclama o e recurso arbitragem 1 O concession rio que n o se conforme com a actualiza o da renda pode reclamar para a entidade que a fixou no prazo de trinta dias contados da notifica o 2 A diverg ncia deve ser resolvida em primeira e nica inst ncia por um tribunal arbitral composto de tr s rbitros sendo um designado pela entidade concedente outro pelo concession rio e o terceiro que desempenhar as fun es de rbitro presidente de comum acordo pelos rbitros que as partes tiverem designado 3 A renda ser a que corresponder ao laudo un nime dos rbitros ou na falta de unanimidade m dia aritm tica dos dois laudos mais pr ximos 4 A renda cuja actualiza o haja sido feita nos termos deste artigo devida a partir do momento em que o seria sem reclama o Artigo 91 Hasta p blica 1 Sempre que poss vel a concess o do direito de ocupa o prec ria feita por meio de arremata o em hasta p blica 2 S o aplic veis hasta p blica a que se refere o n 1 com as necess rias ad
232. uitectura ou de estruturas n o interrompe a contagem do prazo para os efeitos do disposto no n mero anterior 6 O disposto nos n os 3 e 5 deste artigo n o se aplicar se a justifica o apresentada pelo concession rio merecer a aceita o da autoridade concedente Artigo 128 Conclus o do aproveitamento til e efectivo 1 Os terrenos concedidos para a constru o de edif cios destinados a fins habitacionais comerciais ou industriais s se consideram aproveitados com o completo acabamento exterior e interior das constru es constantes do projecto aprovado e com o cumprimento dos encargos especiais a que estiver sujeita a concess o 2 Os terrenos rurais comunit rios s se consideram aproveitados quando as fam lias das comunidades rurais locais neles habitem exer am a sua actividade ou prossigam a realiza o de outros fins reconhecidos pelo costume ou pela lei 3 Os terrenos agr rios s se consideram aproveitados quando estiver cultivada a totalidade da rea concedida ou com a completa execu o da explora o pecu ria prevista 4 Os terrenos florestais s se consideram aproveitados quando estiver cumprido o plano de explora o silv cola previsto 5 Os terrenos de instala o s se consideram aproveitados quando neles hajam sido constru das as instala es mineiras industriais ou agro industriais a que se destinem 6 Os terrenos vi rios s se consideram aproveitados quando neles tenham sid
233. ulheres sujeita por si a restri es significativas para produzir procurar e preparar alimentos Em muitos pa ses ainda n o existem disposi es que assegurem direitos sobre a terra para as mulheres com independ ncia dos seus esposos ou parentes masculinos Em muitos casos o direito escrito n o prev direitos independentes para a mulher e quando o faz n o existe um mecanismo para impor o seu cumprimento Nas sociedades tradicionais ou 12 Comiss o da Condi o Jur dica e Social da Mulher do Conselho Econ mico e Social das Na es Unidas Relat rio sobre o 42 per odo de sess es 2 a 13 de Mar o de 1998 Suplemento n 7 E CN 6 1998 12 E 1998 27 91 consuetudin rias o acesso directo da mulher terra limitado ao m nimo atrav s de compra ou heran a embora elas tenham mais direito que os homens sua gest o e sua utiliza o Entretanto os direitos de usufruto nem sempre oferecem a seguran a necess ria para as mulheres e outros familiares sob sua responsabilidade quando se dissolverem as estruturas familiares tradicionais Cada vez maior o n mero de fam lias encabe adas por mulheres por efeito da mobilidade da m o de obra do div rcio da separa o ou do falecimento do c njuge S o elas pois quem tomam muitas das decis es quotidianas que afectam a moradia a produ o de alimentos e a economia familiar Apesar disso somente uma reduzida porcentagem de mulheres tem direito a s
234. ulo e o Comiss rio de Unene e com o Seculo de Mulenga e Comiss rio Unene Fica acima do Seculo e trata de todos os assuntos administrativos por exemplo a constru o de escola e informa sempre ao Soba O Comiss rio a primeira pessoa de contacto dentro da comunidade e resolve os problemas pequenos A concess o de terrenos pequenos geralmente autorizada pelo Comiss rio da comunidade Quando o Comiss rio e o Soba n o concordam sobre um assunto a decis o final tomada pelo Soba e Seculo Unene Pessoa de contacto do Soba Substitui o Soba na sua aus ncia Resolve pequenos problemas tradicionais informando sempre ao Soba e Seculo Mulenga Na hierarquia depende do Soba Em caso de problemas ligados s terra em Mulenga o Seculo de Mulenga consulta o Soba ou o Comiss rio de Unene dependendo do tipo de problema O Seculo de Mulenga tem a mesma import ncia que o Seculo de Unene e Adjunto do Soba Tem o papel de Secret rio n o tem poder de decis o sobre quest es ligadas terra e Director da Escola de Unene Depende da comuna de Huila e responde principalmente ao Comiss rio Tem uma rela o forte com o catequista de Unene Tamb m mant m contactos com o grupo de jovens da igreja bem como com o director da escola de Unene II que fica fora da organiza o interna da comunidade e Catequista de Unene Depende do Comiss rio Tem fortes liga es com a miss o cat lica da Hu la com o grupo de jovens da igre
235. utores e as mulheres em particular No mundo todo a medida em que a agricultura se torna gradualmente mais focada nos objectivos comerciais e remunerativos o crescimento do processo de liberaliza o do mercado para a agricultura representa um favorecimento na redistribui o da terra em favor do cultivo para a venda em detrimento daquele para o consumo Este aumento da comercializa o da agricultura tende tamb m a expulsar as mulheres de terras de fam lia e p e em risco sua possibilidade de obter acesso terra dentro das novas disposi es institucionais para a agricultura Desafiado pelas opera es do mercado global o papel das mulheres como produtoras e processadoras de alimentos em muitas reas rurais vem tamb m gradualmente diminuindo Apesar dos esfor os feitos em muitos pa ses com objectivo de promover a igualdade de direitos das mulheres terra como parte do processo de desenvolvimento muitos obst culos institucionais sociais culturais e acima de tudo econ micos continuam a persistir o que impede que as fam lias de agricultores especialmente as mulheres tenham o adequado acesso terra bem como seguran a na posse da mesma preciso reconhecer as diferen as de g nero existentes quanto posse da terra para poder conseguir objectivos como aumentar a produtividade da terra facilitar o acesso a uma moradia digna ou promover a gest o sustent vel dos recursos E necess rio criar normas
236. uver energia el trica e comprar todo o material de papelaria e outros que a equipa vai utilizar no diagn stico e controlar para que n o haja desperd cio cada equipa deve ter pelo menos 1 GPS e baterias suficiente para recarregar e levar alguns medicamentos e material para pequenos socorros 34 e ao contratar a alimenta o prever o lanche di rio para o campo incluindo uma quantidade para os representantes da comunidade que acompanham a equipa na identifica o dos limites e adquirir alguns produtos para presentear a autoridade da comunidade no in cio dos trabalhos aspecto cultural e ter dispon vel uma pequena caixa para as despesas de ltima hora 2 O Trabalho de Campo a etapa do DRP que tem in cio ap s a sensibiliza o da comunidade onde o objectivo do trabalho foi colocado para as lideran as locais e firmado alguns acordos como o melhor per odo para in cio das actividades Nesta etapa toda a comunidade mobilizada e tem in cio uma s rie de actividades que s o as t cnicas ou instrumentos empregados no DRP para conhecer a comunidade local e identificar as terras onde existem os direitos adquiridos pela ocupa o costumeira O diagn stico ser o resultado obtido a partir das informa es da popula o e que conduzir o a confirma o do objetivo que a identifica o e delimita o das terras da comunidade Este trabalho descrito no cap tulo a seguir Cap tulo 5 i
237. va de fazer a delimita o das terras de uma comunidade pode partir de uma ou mais dire o e Do Governo como forma de regularizar ou distribuir terras principalmente para realoca o de popula o no p s guerra Ainda em fun o de um planeamento de uso do solo regional onde s o envolvidos v rios segmentos sociais com vistas ao desenvolvimento e De investidores privados na busca de consolidar a concess o de terras para a implementa o de projectos produtivos e Das comunidades geralmente na busca de resolu o de conflitos com comunidades vizinhas com privados ou mesmo no interior dos grupos Logo v se que a delimita o o pressuposto indicativo para que se inicie qualquer inten o seja de desenvolvimento resolu o de conflito ou simples reconhecimento de direito costumeiro 12 A partir da determina o sobre a comunidade a delimitar os passos devem ser seguidos para que o resultado seja validado por todos os envolvidos como mostra o Box a seguir Box 1 OS PASSOS NO PROCESSO DA DELIMITA O PARTICIPATIVA DE TERRAS Sensibiliza o Identifica o da Comunidade e das suas Terras Informa o e divulga o Diagn stico Rural Participativo Restitui o Elabora o do esbo o Devolu o do esbo o e valida o A equipa deve ter actitude de coopera o e solidariedade portanto para a condu o dos passos sugerimos a observa o dos p
238. vem estimular para que v rias pessoas participem N o deixem que uma ou duas pessoas mesmo que sejam lideran as elaborem os mapas sozinhos Observem o sentido da participa o afinal todos conhecem aquele espa o e o resultado do trabalho de interesse de todos da comunidade Preste aten o especial ao uso de recursos por pessoas de fora da comunidade tal como pelas comunidades vizinhas e investidores privados A ltima etapa a identifica o das comunidades vizinhas o que oferece uma primeira visualiza o dos limites da comunidade com estes vizinhos Perguntem quais s o os limites com cada comunidade vizinha Estes podem ser obst culos naturais como um rio uma linha de drenagem uma montanha ou outros tipos de refer ncia como uma rvore sagrada Enquanto se estabelecem os limites com as comunidades vizinhas pode se aproveitar para discutir temas tais como 41 e As fronteiras est o claramente delimitadas H d vidas aonde e H sobreposi es com outros territ rios ou existem espa os vazios e Qual a hist ria dos limites da comunidade Os limites foram alterados ao longo dos tempos Por qu e Est o a ocorrer algumas disputas relacionadas com os limites Se houver fotografias a reas da zona examine as junto com a comunidade impressionante como os participantes compreendem estas fotos Indique os principais pontos reas residenciais reas de cultivo e florestas e fa
239. voa es etc e As rela es verticais Revela as diferentes formas e n veis de chefia Reflete como a comunidade est organizada e como faz gest o dos seus recursos A gest o da terra e dos recursos naturais o foco de aten o na aplica o do Diagrama de Venn Como fazer Junte pessoas da comunidade que conhecem bem a situa o incluindo representantes das institui es tradicionais e do governo local se estiverem presente Deixe o grupo fazer uma lista de todas as institui es que t m um papel na gest o de terra e dos recursos naturais Comece pelo n vel da fam lia passando pelo n vel da comunidade e finalmente inclua as institui es e organiza es externas com liga es com a comunidade Deixe o grupo definir a import ncia de cada uma destas institui es S o estes que nos d o informa o importante sobre o funcionamento as capacidades e a aceita o das institui es listadas Escreva os nomes das institui es em cart es de tamanhos diferentes O tamanho deve reflectir a import ncia da institui o Desenhe numa cartolina grande um c rculo para representar o territ rio da comunidade Escreva fora do c rculo os nomes das comunidades vizinhas e coloque a cartolina no ch o Os cart es das representa es da comunidade colocam se dentro do c rculo que simboliza a comunidade as outras institui es ficam fora do c rculo Os participantes escolhem o tamanho dos cart es p
240. xistentes terra fauna florestas pastagem rios lagos etc O Governo recebe apoio de doadores internacionais para dar continuidade e iniciar outras etapas de delimita o das terras das comunidades com a coopera o t cnica da FAO Para tanto preciso preparar t cnicos para realizar estas actividades junto com as comunidades Quando os t cnicos est o capacitados s o indicadas algumas comunidades para fazer a pr tica de delimita o Antes da chegada dos t cnicos necess rio realizar a etapa de sensibiliza o da comunidade Neste momento tem se a permiss o para realizar a delimita o e o primeiro momento de ganhar a confian a da comunidade Com a delimita o a popula o se beneficia pois ao final ir receber o t tulo em nome da comunidade Se houver algum tipo de conflito entre comunidades vizinhas com rela o a terras este poder ser um momento oportuno para se chegar resolu o de tais conflitos O Governo est se preparando para um novo momento onde o desenvolvimento das comunidades da maior import ncia para a popula o atual e as novas gera es Tudo come a com o reconhecimento dos direitos adquiridos costumeiramente e assegurados pela nova Lei de Terras do Pa s e seus Regulamentos Ver texto de reflex o e apoio anexos III e IV 11 Cap tulo 4 B A DELIMITA AO PARTICIPATIVA DE TERRAS 4 1 Introdu o A quem interessa a delimita o A iniciati
241. za es s o consideradas v lidas e irrevers veis todas as aquisi es do direito de propriedade pelo Estado por for a de nacionaliza es ou de confiscos realizados nos termos da legisla o respectiva Artigo 12 Expropria o por utilidade p blica 1 Ningu m pode ser privado no todo ou em parte do seu direito de propriedade ou do seu direito fundi rio limitado sen o nos casos fixados na lei 2 O Estado e as autarquias locais podem expropriar terrenos contanto que estes sejam utilizados em um fim espec fico de utilidade p blica 3 A expropria o extingue os direitos fundi rios constitu dos sobre os terrenos e determina a sua transfer ncia definitiva para o patrim nio de Estado ou das 98 autarquias locais cabendo a estes ltimos pagar ao titular dos direitos extintos uma justa indemniza o Artigo 13 Dom nio p blico O Estado pode sujeitar os terrenos abrangidos pelo mbito de aplica o da presente lei ao regime jur dico dos bens do dom nio p blico nos casos e nos termos nela previstos SUBSEC O II Interven o Fundi ria Artigo 14 Objectivos O Estado interv m na gest o e na concess o das terras a que se aplica a presente lei de harmonia com aos seguintes objectivos a Adequado ordenamento do territ rio e correcta forma o ordena o e funcionamento dos aglomerados urbanos b Protec o do ambiente e utiliza o economicamente eficiente e sustent

uma metodologia para delimitação participativa de terras em angola

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