Manual de Instruções do Banco de Portugal Instrução nº 28/2007
Contents
1. a actual regulamenta o no dom nio da concentra o de riscos est essencialmente dirigida aos activos representativos das provis es t cnicas devendo ser revista na sequ ncia da implementa o do projecto Solv ncia II o qual tem por base uma abordagem prospectiva e baseada no risco O Banco de Portugal no uso da compet ncia que lhe conferida pelo artigo 99 e pelo n 1 do artigo 120 ambos do Regime Geral das Institui es de Cr dito e Sociedades Financeiras RGICSF aprovado pelo Decreto Lei n 298 92 de 31 de Dezembro e pelo n 1 do artigo 13 do Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho e enquanto Coordenador respons vel pelo exerc cio da supervis o complementar de grupos qualificados como conglomerados financeiros estabelece o seguinte 1 A presente Instru o aplic vel s entidades sujeitas a supervis o complementar ao n vel do conglomerado financeiro nos termos do Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho 2 Para efeitos desta Instru o s o aplic veis as defini es constantes do artigo 2 do Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho 3 1 O disposto neste n mero e nos n meros 4 a 6 respeitam concentra o de riscos a n vel do conglomerado financeiro 2 As concentra es de riscos podem resultar entre outras de exposi es a uma contraparte individual ou a um grupo de contrapartes relacionadas que para as empresas do sector banc rio investimento tem correspond ncia com o2. conglomerado financeiro f definir o conte do e assegurar a manuten o de toda a informa o necess ria para efeitos de reporte s autoridades de supervis o e de gest o dos riscos incorridos pelo conglomerado financeiro incluindo o respectivo suporte documental g produzir informa o fi vel e tempestiva para os rg os de administra o competentes sobre a actividade ao n vel do conglomerado e a exposi o a cada tipo de risco possibilitando a verifica o da concretiza o dos objectivos e orienta es estabelecidos bem como para os rg os de fiscaliza o competentes para fiscalizar a efic cia do sistema de gest o de riscos 5 Os processos de gest o dos riscos devem ainda assegurar que os procedimentos desenvolvidos para acompanhamento e controlo dos riscos contemplam a adop o de medidas espec ficas perante situa es em que o conglomerado financeiro confrontado com uma concentra o de riscos indesej vel face ao seu perfil de risco 6 A responsabilidade pelo sistema de gest o dos riscos dos rg os de administra o competentes ao n vel do conglomerado financeiro n o podendo esta responsabilidade ser delegada 7 As entidades sujeitas a supervis o complementar devem assegurar ao n vel do conglomerado financeiro que a informa o relativa aos processos de gest o de risco esteja dispon vel em qualquer momento para an lise por parte do Banco de Portugal 11 1 O presente n mero respeita aos m
3. Manual de Instru es do Banco de Portugal Instru o n 28 2007 ASSUNTO CONGLOMERADOS FINANCEIROS CONCENTRA O DE RISCOS OPERA ES INTRAGRUPO PROCESSOS DE GESTAO DE RISCOS E MECANISMOS DE CONTROLO INTERNO Os sistemas financeiros t m evolu do no sentido da constitui o de grupos que fornecem servi os e produtos em diferentes sectores formados por institui es de cr dito empresas de seguros e empresas de investimento usualmente denominados conglomerados financeiros Considerando que com a adop o da Directiva n 2002 87 CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de Dezembro relativa supervis o complementar de institui es de cr dito empresas de seguros e empresas de investimento de um conglomerado financeiro a legisla o comunit ria passou a prever a supervis o prudencial dos conglomerados financeiros e das entidades neles integradas nomeadamente nos dom nios da solvabilidade concentra o de riscos opera es intragrupo processos internos de gest o de riscos e aptid o e idoneidade dos dirigentes Considerando que para ser eficaz esta supervis o complementar deve abranger todos os conglomerados com actividades financeiras intersectoriais significativas Considerando o disposto no Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho que transp e para o ordenamento jur dico interno a referida Directiva n 2002 87 CE nomeadamente no que respeita necessidade de identificar o tipo de riscos e d
4. aos processos de gest o de risco ao n vel do conglomerado financeiro 2 As entidades sujeitas a supervis o complementar devem possuir ao n vel do conglomerado financeiro processos adequados de gest o dos riscos assumidos de acordo com o definido no artigo 15 do Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho de modo a garantir nomeadamente a gest o eficiente da actividade do conglomerado atrav s da minimiza o dos riscos designadamente de cr dito de mercado de liquidez espec fico de seguros operacional legal reputacional e estrat gico 3 Os processos de gest o dos riscos devem ser parte integrante do sistema de gest o avalia o e reporte de risco ao n vel do conglomerado financeiro 4 Os processos de gest o dos riscos ao n vel do conglomerado financeiro devem garantir no m nimo a exist ncia de um conjunto de procedimentos que permitam a identificar avaliar gerir controlar e monitorizar os diferentes tipos de risco incorridos pelo conglomerado financeiro b realizar an lises qualitativas e quantitativas de risco adequadas identificando as medidas de risco consideradas c definir os n veis m nimos de toler ncia a respeitar para cada risco os quais devem ser revistos periodicamente e no m nimo anualmente d definir e monitorizar indicadores de alerta no sentido de permitir uma detec o tempestiva dos riscos potencialmente adversos e cumprir todas as normas legais e regulamentares aplic veis ao
5. conceito de cliente ou grupo de clientes ligados entre si na acep o do Aviso do Banco de Portugal n 6 2007 3 Para efeitos do ponto 1 devem ser tidos em considera o a os riscos relevantes em termos da actividade banc ria em concreto os referidos no ponto 3 do n mero 1 do Aviso do Banco de Portugal n 6 2007 b os riscos resultantes de exposi es associadas aos investimentos detidos pelas empresas do sector dos seguros fundos de pens es excluindo as exposi es resultantes de investimentos afectos a contratos de seguros e opera es bem como contratos de investimento em que o risco de investimento suportado pelo tomador 4 1 Consideram se significativas todas as concentra es de riscos que possam ter uma influ ncia material nos fundos pr prios solv ncia das entidades regulamentadas e ou na adequa o de fundos pr prios a n vel do conglomerado financeiro bem como todas aquelas que pela sua especificidade devam ser objecto de reporte 2 Sem preju zo do disposto no ponto anterior considera se que constitui uma concentra o de risco significativa uma situa o em que o valor do conjunto das exposi es aos riscos ao n vel do conglomerado financeiro perante uma contraparte ou um grupo de contrapartes relacionadas represente 10 ou mais dos fundos pr prios do conglomerado 3 A concentra o de riscos ao n vel do conglomerado financeiro est subordinada aos seguintes limites a o valor total da e
6. e transac es intragrupo ao n vel do conglomerado financeiro sobre os quais devem ser prestadas informa es de definir os limiares m nimos com base nos quais as concentra es de riscos e as transac es intragrupo s o consideradas significativas e de estabelecer os processos de gest o de riscos e mecanismos de controlo interno exig veis ao n vel do conglomerado Considerando a relev ncia de certas regras sectoriais para a mat ria em apre o nomeadamente o disposto no Aviso n 6 2007 relativo aos grandes riscos na Instru o n 17 2007 relativa a risco de concentra o e na Instru o n 8 98 sobre notifica o de opera es realizadas com outras entidades do grupo todos do Banco de Portugal e na Norma Regulamentar n 14 2005 R de 29 de Novembro relativa aos princ pios aplic veis ao desenvolvimento dos sistemas de gest o de riscos e de controlo interno das empresas de seguros do Instituto de Seguros de Portugal Considerando tamb m em concreto quanto concentra o de riscos e n o obstante se optar por aplicar ao n vel do conglomerado financeiro com as necess rias adapta es as regras sectoriais do sector banc rio relativas aos grandes riscos que importa que ao n vel do conglomerado seja tido em considera o que aquelas concentra es poder o resultar igualmente de outras exposi es como por exemplo a sectores econ micos ou a reas geogr ficas Considerando ainda que no sector segurador
7. ecanismos de controlo interno ao n vel do conglomerado financeiro 2 As entidades sujeitas a supervis o complementar devem incluir no m nimo ao n vel do conglomerado financeiro os mecanismos de controlo interno especificados no artigo 16 do Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho assim como garantir a produ o de informa o relevante para efeitos do acompanhamento do cumprimento dos requisitos prudenciais aplic veis 3 As entidades mencionadas no ponto anterior devem dispor de sistemas de controlo interno adequados que permitam um efectivo controlo dos riscos associados actividade ao n vel do conglomerado financeiro cuja concep o e implementa o devem atender ao tipo dimens o natureza e aos riscos das opera es realizadas 4 O controlo do risco ao n vel do conglomerado deve incluir a defini o de limites ou de outros limiares de exposi o coerentes com a estrat gia e perfil de risco globais assim como pela realiza o de testes de esfor o e ou outras an lises consideradas relevantes 5 Sem preju zo do disposto no ponto 4 do n mero 10 as pol ticas de gest o do risco de concentra o devem contemplar eventuais medidas de controlo e mitiga o do risco a implementar em face das circunst ncias referidas no ponto 2 do n mero 6 6 As entidades sujeitas a supervis o complementar devem assegurar ao n vel do conglomerado financeiro que a informa o relativa aos processos de gest o de risco
8. esteja dispon vel em qualquer momento para an lise por parte do Banco de Portugal 12 1 Esta Instru o produz efeitos nos termos do artigo 37 do Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho a partir das contas relativas ao semestre findo em 31 de Dezembro de 2006 2 A informa o relativa a 31 de Dezembro de 2006 e a 30 de Junho de 2007 dever ser enviada at 31 de Dezembro de 2007 3 Esta Instru o entra em vigor no dia 12 de Novembro de 2007
9. mpresa m e e perante as filiais ou participadas da mesma empresa m e desde que se encontrem inclu das no mbito da supervis o complementar estabelecida pelo Decreto Lei n 145 2006 de 31 de Julho 3 S o isentos dos limites definidos no n mero anterior os riscos a que alude o ponto 3 do n mero 3 que nos termos do Aviso do Banco de Portugal n 6 2007 estejam isentos dos limites a previstos 4 As entidades regulamentadas do conglomerado financeiro t m o dever de identificar as interdepend ncias e liga es das contrapartes a fim de apurarem a exist ncia de um grupo de contrapartes relacionadas e devem dispor de mecanismos de controlo interno adequados ao cumprimento deste dever 6 1 A informa o relativa concentra o de riscos considerada significativa reporta se ao final de cada semestre devendo ser comunicada ao Banco de Portugal no prazo de 60 dias ap s a data a que se refere mediante o envio em suporte electr nico do modelo em anexo a esta Instru o sem preju zo de o Banco de Portugal poder determinar o envio desta informa o em outras datas ou com uma periodicidade diferente no caso de as caracter sticas das concentra es de risco ou do conglomerado financeiro assim o justificarem Esta informa o deve incluir as exposi es a riscos que se encontrem total ou parcialmente isentos dos limites definidos nesta Instru o 2 Se por motivos excepcionais algum dos limites estabelecidos no n mero 4 f
10. nviar ao Banco de Portugal relativamente a cada uma das opera es consideradas significativas ao n vel do conglomerado financeiro deve incluir os seguintes elementos a identifica o da contraparte b montante da opera o c cau es e ou garantias d movimentos contabil sticos efectuados e os valores registados e resultados apurados e dividendos ou juros pagos f condi es em que a opera o se efectuou g crit rios subjacentes fixa o do pre o h outras informa es relevantes para a caracteriza o da opera o em causa 3 Para efeitos do ponto anterior as opera es de car cter repetitivo relativas a um mesmo contrato devem ser objecto de comunica o de forma agregada contrato a contrato 4 Sem preju zo do disposto no ponto 1 do presente n mero sempre que o valor de uma opera o intragrupo quer opera es isoladas quer opera es de tal modo interligadas em termos de natureza e tempestividade que possam ser consideradas como uma nica opera o quer o conjunto de opera es de car cter repetitivo relativas a um mesmo contrato for superior aos limites previstos na al nea b do ponto 2 do n mero anterior tanto para as opera es ali descritas como para as indicadas no ponto 3 do n mero anterior o Banco de Portugal dever ser informado das caracter sticas da opera o no prazo de 15 dias ap s a data em que se realizou a transac o 10 1 O presente n mero respeita
11. o respeitem a opera es realizadas no mbito dos mercados monet rios b opera es cujo valor exceda em termos agregados o menor entre 5 milh es de euros ou 5 do valor total dos requisitos de fundos pr prios solv ncia ao n vel do conglomerado financeiro 3 Tratando se de opera es do mercado cambial ou de derivados sobre taxas de juro e de c mbios os limiares absolutos previstos nas al neas a e b do ponto anterior s o acrescidos respectivamente para 2 5 milh es de euros e 10 milh es de euros 4 Para efeitos do estabelecido na al nea b do ponto 2 e no ponto anterior o crit rio de agrega o inclui as opera es da mesma natureza ou de tal modo interligadas em termos de natureza e tempestividade que possam ser consideradas como uma nica transac o ocorridas durante o semestre 5 O Banco de Portugal poder em circunst ncias excepcionais alterar os limites definidos face natureza e dimens o do conglomerado financeiro em causa 9 1 A informa o relativa s opera es intragrupo consideradas significativas realizadas durante o semestre de refer ncia para reporte deve ser comunicada ao Banco de Portugal no prazo de 60 dias ap s o final daquele per odo sem preju zo de o Banco de Portugal poder determinar o envio desta informa o em outras datas ou com uma periodicidade diferente no caso de as caracter sticas das opera es ou do conglomerado financeiro assim o justificarem 2 A informa o a e
12. onstitutivos dos fundos pr prios margem de solv ncia das entidades regulamentadas c investimentos incluindo dep sitos d concess o de cr ditos aos accionistas qualificados das entidades do conglomerado financeiro ou do grupo e opera es de resseguro e outros compromissos de mbito segurador f garantias cau es empr stimos e outros compromissos efectuados a ou recebidos de outras empresas do grupo g derivados e elementos extrapatrimoniais h acordos de reparti o de custos 1 transac es para transfer ncia de exposi es de risco de contraparte para outras empresas consideradas no mbito do conglomerado financeiro j outras opera es entre entidades do grupo v g compra ou venda de activos opera es de loca o partilha de servi os de gest o e outros servi os prestados 8 1 Consideram se significativas todas as opera es intragrupo que possam ter uma influ ncia material na solvabilidade solv ncia das entidades regulamentadas e ou na adequa o de fundos pr prios a n vel do conglomerado financeiro bem como todas aquelas que pela sua especificidade devam ser objecto de reporte 2 Sem preju zo do disposto no ponto anterior consideram se significativas as seguintes opera es intragrupo a opera es cujo valor exceda em termos individuais o menor entre 1 milh o de euros ou 1 do valor total dos requisitos de fundos pr prios solv ncia ao n vel do conglomerado financeiro e que n
13. or ultrapassado tal facto deve ser comunicado de imediato ao Banco de Portugal Nesta comunica o dever o ser inclu dos os seguintes elementos a data em que foi ultrapassado o limite b valor do excesso em montante e em percentagem dos fundos pr prios c informa o acerca das caracter sticas da exposi o e do limite excedido d raz es para a ocorr ncia desse excesso e plano de ac o com indica o dos meios e per odo previstos para reposi o do cumprimento dos limites estabelecidos sem preju zo do n mero seguinte 3 Se com base nas informa es prestadas o Banco de Portugal entender que a adequa o dos fundos pr prios do conglomerado financeiro est ou pode vir a estar em risco determinar as medidas necess rias e o prazo para a regulariza o da situa o 7 1 O disposto neste n mero e nos n meros 8 e 9 respeita s opera es intragrupo 2 O mbito do presente n mero compreende as opera es intragrupo que ocorram entre as entidades regulamentadas e entre estas e outras empresas do mesmo grupo econ mico ou qualquer pessoa singular ou colectiva ligada s empresas pertencentes a esse grupo econ mico ainda que n o sujeitas a supervis o complementar ao n vel do conglomerado financeiro 3 Por opera es intragrupo entendem se nomeadamente as seguintes situa es envolvendo entidades do conglomerado financeiro a participa es incluindo o recebimento de dividendos b elementos c
14. xposi o perante uma contraparte ou um grupo de contrapartes relacionadas n o pode exceder 25 dos fundos pr prios do conglomerado b o limite a que se refere o n mero anterior reduzido para 20 quando a contraparte for a empresa m e do conglomerado uma sua filial uma outra entidade pertencente ao conglomerado financeiro ou quando a contraparte estiver inclu da num grupo de contrapartes relacionadas onde se insere aquela empresa m e c o valor agregado de todas as exposi es tal como definidas no ponto 3 do n mero anterior assumidas ao n vel de um conglomerado financeiro n o pode exceder oito vezes o montante dos seus fundos pr prios 4 Os limites definidos neste n mero 4 devem ser observados em perman ncia devendo quando se verificar uma situa o de risco de incumprimento tal facto ser comunicado de imediato ao Banco de Portugal podendo ainda nos termos e prazos que vierem a ser fixados por este ser solicitado ao conglomerado financeiro o envio de um plano que obste a esse incumprimento ou serem determinadas as medidas para que esse incumprimento n o se verifique 5 1 As exposi es a riscos a que alude o ponto 3 do n mero 3 s o consideradas pelos valores tal como decorrem da aplica o do Aviso do Banco de Portugal n 6 2007 2 N o se encontram abrangidos pelos limites definidos no n mero anterior as exposi es a riscos assumidos por uma entidade regulamentada perante as suas filiais perante a sua e
Download Pdf Manuals
Related Search