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Pêra Rocha do Oeste - RUN - Universidade Nova de Lisboa

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1. 3 1 1 Pol tica e legisla o aplic vel distribui o de produtos hortofrut colas Toda a legisla o em vigor garante a seguran a e sa de de todos os consumidores e tem como objectivo o desenvolvimento e crescimento da comercializa o de produtos hortofrut colas da responsabilidade dos operadores do sector alimentar garantir que os alimentos cheguem ao consumidor em conformidade com a legisla o e em seguran a Segundo a Autoridade de Seguran a Alimentar e Econ mica ASAE existem normas que devem ser cumpridas no sector da comercializa o de produtos alimentares Devem se assegurar alguns par metros e medidas que s o essenciais para a comercializa o de 33 produtos de qualidade e para evitar riscos al m de uma s rie de normas e regulamenta es a ter em conta Dentro desses par metros pode se evidenciar os seguintes V tor 2008 e Garantir que os produtos estejam protegidos de contamina es e Garantir a seguran a dos alimentos ao longo de toda a cadeia alimentar e Manter limpa as instala es equipamentos embalagens e os ve culos e Assegurar a higiene nas fases de produ o transporte e armazenagem e Assegurar o uso de gua pot vel e limpa bem como a seguran a de todos os que manuseiam os produtos e Prevenir contamina es por parasitas ou subst ncias perigosas e Nao aceitar produtos com suspeitas de contamina o por parasitas subst ncia toxicas ou externas e
2. 71 apresentam igual qualidade e podem ser comercializados de forma a chegar aos consumidores a pre os mais acess veis 6 4 Proposta e medidas de ac o No seguimento de todo o trabalho de pesquisa no decorrer da disserta o encontram se resumidas na Tabela 6 3 as responsabilidades de cada interveniente no desperd cio de P ra Rocha do Oeste Tabela 6 3 Enquadramento das responsabilidades dos actores intervenientes Responsabilidades Actores percepcionadas assumidas Poss vel papel no processo Planta o de produtos de qualidade Planta o manuten o da e dentro dos par metros adequados Produtor produ o colheita e transporte at de qualidade Assegurar processos as centrais e cooperativas de colheita e transporte com higiene e seguran a Organiza o das ac es de sensibiliza o junto dos agricultores Disponibilizar meios t cnicos e maquinaria Recepcionar e conservar a fruta Cooperativas em ptimas condi es para comercializa o Al m de garantir todas as condi es de higiene e seguran a do transporte de fruta deve garantir a entrega atempada s empresas de comercializa o Distribuidor Assegurar o transporte seguro das frutas Venda de produtos com qualidade adequada bom estado de conserva o e aspecto Comerciante ou grandes superf cies Venda de produtos com boa rela o qualidade pre o Assegurar que a legisla o em vigor n o compromete a venda de pr
3. Think Eat Save TES rrenan renan 30 ao Projecto Fula Fola FlranGa osado 30 BOF SAVE OO MM IV question aa eua Gs tinue as Rio and da acid ad ei 31 E do POCONO TIE OD OS 31 3 Legislacao Podcast cida aaa radarais 33 Sds Politica Eegisiacao Nacional uan aaa 33 3 1 1 Pol tica e legisla o aplic vel a distribui o de produtos hortofrut colas 33 3 1 2 Pol tica e legisla o aplic vel distribui o e comercializa o de produtos HOMO IULCOIAS a aoe ias 37 3 1 3 Politica e legisla o aplic vel aos res duos alimentares 39 3 2 Proposta Europeia aplic vel aos bio res duos ococcococconccncocononcornnnoronnnnanarnannnos 40 4 Caracteriza o do caso de estudo usuuseaeasenenensanenanansasenananenescaneneacasaneneananaaaa 43 4 1 O sector hortofrut cola da P ra Rocha do Oeste essen een eees 43 dio Tipos de Comercializa o qeria 45 do GONERA ie AGRADO UA Esta a E Goa 46 AA EXPO Cairo 48 AO Mercados temo Start CSS Cape 49 Xvi Ala Considera es JENS asma 49 4 5 2 Mercados Tradicionais e Alternativos aeee 50 ao Produto DOR ata o as lo aa hades Ra SO tra Ga 51 Ads A Sae e a a a a 52 4 7 1 Federa o Nacional das Organiza es de Produtores de Frutas e MOMIGCIAS ENOP aus aaa na 52 Ares anel APA eisai cnet N aa O a ED 53 Add COOPERTULAS ariadna a 56 O MeLQdO OGIA aiii nana ocres 59 5 1 Selec o e caracteriza o do caso de estudo ococccccccccncococono
4. VI M nica Sofia de Oliveira Pereira Licenciada em Engenharia do Ambiente N Logsn 50 gt SUN SIN Re q S omisa NON O desperd cio alimentar de produtos hortofrut colas Caso de Estudo Pera Rocha do Oeste Disserta o para obten o do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente Orientador Prof Doutora Maria da Gra a Madeira Martinho Prof Auxiliar FCT UNL Co orientador Doutora Ana L cia Louren o Pires Investigadora FCT UNL J ri Presidente Prof Doutora Ana Isabel Espinha da Silveira Arguente Prof Doutora Ana Isabel Espinha da Silveira Vogais Prof Doutora Maria da Gra a Madeira Martinho Mestre Artur Jo o Lopes Cabe as FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Setembro 2014 Copyright M nica Sofia de Oliveira Pereira FCT UNL e UNL A Faculdade de Ci ncias e Tecnologia e a Universidade Nova de Lisboa t m o direito perp tuo e sem limites geogr ficos de arquivar e publicar esta disserta o atrav s de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de forma digital ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado e de a divulgar atrav s de reposit rios cient ficos e de admitir a sua c pia e distribui o com objectivos educacionais ou de investiga o n o comerciais desde que seja dado cr dito ao autor e editor Nota de esclarecimento Esta tese n o segue as normas do novo Acordo Ortogr fico da L ngua
5. desperdi ada Dos factores explicativos deste desperd cio destacam se e Apodrecimento natural do fruto na rvore e Irregularidades na textura e Calibre desadequado comercializa o e Desperd cio decorrente do manuseamento e distribui o e Desperd cio associado exposi o do produto e Desperd cio por m gest o de stocks compra e venda desadequada De acordo com o Sr Jo o Paulo Bento da Cooperativa Agr cola do Bombarral na campanha correspondente ao ano 2013 2014 do total produzido de P ra Rocha do Oeste 7 020 t cerca de 10 12 foi enviado para a ind stria transformadora cerca de 702 842 t de P ra Rocha do Oeste foram utilizados na produ o de sumos iogurtes doce entre outros Normalmente em campanhas anteriores o valor que a ind stria recebia era muito inferior apenas 3 4 Anormalmente a campanha do ano de 2013 1014 foi um ano em que a P ra Rocha do Oeste possu a calibres muito pequenos e que dificultavam a sua comercializa o e por esse motivo esta percentagem sofreu um ajuste Relativamente P ra Rocha do Oeste que j n o pode ser comercializada nem pode ser enviada para a ind stria por n o reunir as condi es m nimas encaminhada para alimenta o animal mas por ser uma quantidade pouco significativa n o apresentam dados quantitativos 6 2 Resultados obtidos atrav s da realiza o de entrevistas Seguidamente ser o apresentados e discutidos os dados obtidos
6. o redobrada no transporte tamb m reduz os desperd cios verificados por danos f sicos causados Por fim e j nas centrais de recolha bons m todos de calibra o embalamento e conserva o em atmosfera controlada visam o prolongamento do tempo de vida do fruto e consequente diminui o do desperd cio associado nesta etapa Relativamente a frutos que n o re nam as condi es para comercializa o existem j algumas formas para escoar estes frutos tais como envio da P ra Rocha do Oeste para a ind stria de transforma o para ser utilizada na produ o de sumos n ctares iogurtes doces compotas pur s e ainda uma parte que usada em produtos gourmet como licores e vinagre de P ra Rocha do Oeste Existem ainda fruta que n o adequada ao consumo humano e por isso encaminhada para alimenta o animal e para digest o anaer bia com recupera o de energia na forma de biog s ou ara processos de compostagem Como principais medidas de minimiza o a adoptar evidencia se o desenvolvimento de melhores t cnicas de produ o e colheita por parte do produtor expans o de mercados secund rios para escoar produtos que n o re nam os padr es requeridos incentivo para a doa o a institui es de caridade e fam lias desfavorecidas aperfei oamento dos processos de processamento dos alimentos novas formas de apresenta o dos alimentos armazenamento e acondicionamento mais eficazes maior inspec o e control
7. Al m disso o tipo de desperd cio associado ao consumo aparece de duas formas proveniente de alimentos que s o preparados mas que acabam por ficar nas panelas ou aqueles que v o para os pratos mas regressam como sobras talvez resultado de doses excessivas que depois se transformam em desperdi o e fazem aumentar cada vez mais a quantidade de res duos urbanos RU bem como as taxas de desperd cio de alimentos comest veis FAO 2013 Este desperd cio est ligado com o comportamento e atitudes dos consumidores e pela consciencializa o na compra e confec o da dose adequada a cada um no bom armazenamento e acondicionamento dos alimentos FAO 2013 Se existir um esfor o por parte das v rias entidades intervenientes sejam eles agricultores ind stria alimentar armazenistas e consumidores conseguir se fazer reduzir estes n veis de desperd cio alimentar e se poss vel para as metas europeias que dizem ter de se reduzir para metade o desperd cio alimentar ate 2025 cerca de 45 milh es de toneladas de res duos FAO 2013 Cada tipo de desperd cio alimentar requer uma solu o diferente sendo poss vel reduzir os impactes ambientais decorrentes desta problem tica sem que isso seja uma tarefa morosa Basta usufruir de formas diferentes de alimentos que deitar amos fora noutras circunst ncias FAO 2013 As causas do desperd cio dom stico s o variadas entram em conflito factores regionais o clima estado socio ec
8. XVIII ndice de figuras Figura 2 1 Perdas alimentares anuais em Portugal 8 Figura 2 2 Composi o do total de perdas da cadeia aprovisionamento alimentar 8 Figura 2 3 Desperd cio alimentar em v rias etapas narrar reno 9 Figura 2 4 Desperd cio alimentar nas v rias fases eerarans 14 Figura 2 5 Perdas alimentares em cada etapa da cadeia alimentar 20 Figura 4 1 P ra Rocha do Oeste cccsesesssssseeessseseresssressssssesssseesseesssaeessnsesressresnaesags 43 Figura 4 2 Distribui o geogr fica da P ra Rocha do Oeste 44 Figura 4 3 Percentagem da Produ o de P ra Rocha do Oeste por concelho 45 Figura 4 4 Licor e doce de P ra Rocha do Oeste sina 21 Figura 4 5 Pomares de P ra Rocha do Oeste isa 54 Figura 4 6 Processo de lavagem normaliza o e escolha da P ra Rocha do Oeste54 Figura 4 7 Calibrador de 6 linhaS sssesssssiesrsssrrsssrrsrrssnrssnnssrnnssrnnsnnsnrntannnsnnnnnnsennnsnnsennao 55 Figura 4 8 Embalamento da P ra Rocha do Oeste res 55 Figura 4 9 Produto pronto a comercializar cccccsesescessceesstestsecsssseesesssseessensseeessees 55 Figura 4 10 Instala es e processos operados pela Cooper rutas 57 XIX ndice de tabelas Tabela 2 1 Principais causas das perdas e desperd cios na cadeia ali
9. es que visem a redu o do desperd cio alimentar necess rio coordenar e acompanhar um conjunto de descritores incluindo o destino dos res duos sensibiliza o e informa o de todos os intervenientes e Os parceiros devem disponibilizar todos os meios poss veis para a realiza o da presente ac o e Todos os parceiros devem se comprometer a ajudar a alcan ar as metas propostas para a presente ac o e Incentivar os intervenientes ao aproveitamento dos alimentos noutros circuitos e n o sendo poss vel incentivar valoriza o dos res duos alimentares atrav s da compostagem e Decidir de entre os parceiros qual o respons vel por este fluxo dos res duos alimentares e Propor a cria o de um projecto para a compostagem dos res duos alimentares e Os res duos que n o possam seguir para compostagem devem ser conduzidos para destino adequado e para valoriza o sobre a forma de biog s e Providenciar um grupo de acompanhamento t cnico cientifico para avaliar as alternativas ao processo de compostagem e Realiza o de ac es de sensibiliza o e informa o junto dos intervenientes sobre a import ncia desta ac o de diminui o da quantidade de res duos alimentares gerados bem como os procedimentos a adoptar Meios necess rios e Recursos humanos com disponibilidade para o acompanhamento directo das medidas a adoptar e Material de informa o elucida o e de sensibiliza o sobre a tem
10. expl cita e diz consumir at Num estudo realizado pela Autoridade de Seguran a Alimentar da Irlanda destacou se que 46 dos consumidores mencionaram n o terem problemas em consumir produtos para al m da data de fim de validade colocando para isso a sua sa de em risco pelo menos no que diz respeito a este tipo de autoridade Segundo a mesma os produtos que mostram uma data ultrapassada podem estar contaminados por bact rias nocivas sem mostrar qualquer altera o vis vel no produto Para isso os consumidores devem assegurar se que a embalagem est intacta e no que diz respeito a produtos secos farinha a car caf n o est o h midos e est o livres de insectos EUFIC 2012 Os alimentos desperdi ados incluem muitas vezes alimentos perfeitamente comest veis mas que s o rejeitados pela apar ncia Para resolver este tipo de problema a legisla o Europeia 17 CE n 1221 2008 tem sido mais flex vel principalmente no que diz respeito aos padr es de qualidade de frutas e vegetais para que seja poss vel a venda de produtos que t m uma apar ncia menos perfeita e menos est tica Esta altera o legislativa requer ainda a aprova o do consumidor para a compra deste tipo de alimentos que por vezes mais econ mica devido aos padr es de qualidade da apar ncia dos legumes e vegetais Ainda a n vel europeu para se procurar evitar desperd cios os armazenistas utilizam promo es nos produtos de apar n
11. o peso calibragem embalagem acondicionamento armazenagem transporte apresenta o origem e rotulagem O Regulamento CE n 852 2004 do PE e do Conselho de 29 de Abril de 2004 relativo higiene dos g neros aliment cios aborda os seguintes pontos chave e procura de um elevado n vel de protec o da vida e da sa de humanas e Estabelecer regras gerais de higiene aplic veis aos alimentos e os processos de controlo do cumprimento dessas regras O presente regulamento estabelece as regras gerais destinadas aos operadores das empresas do sector alimentar no que se refere higiene dos g neros aliment cios Aplica se em todas as fases da produ o transforma o e distribui o de alimentos sem preju zo de requisitos mais espec ficos em mat ria de higiene dos g neros aliment cios Essas regras e esses processos cont m princ pios comuns em mat ria de sa de p blica em especial em rela o as responsabilidades dos fabricantes e das autoridades competentes aos requisitos estruturais operacionais e em mat ria de higiene para os estabelecimentos aos processos para a aprova o de estabelecimentos aos requisitos de armazenagem e transporte e marca o de salubridade necess ria uma abordagem integrada para garantir a seguran a alimentar desde o local da produ o prim ria at coloca o no mercado ou exporta o inclusive Todos os operadores de empresas do sector alimentar ao lo
12. o das por es nas embalagens de alimentos e bebidas Um estudo europeu de fundo Bruxelas B lgica article en expid forum5 Consumer response portion information food drink packaging EUFIC 2012 Como minimizar O desperd cio alimentar http www eufic org article pt seguranca e qualidade alimentar manipulacao de alimentos seguros artid How to minimise food waste Consultado em Junho de 2014 European Commission 2008 The Management of bio waste in the European Union European Union Brussels FAO 2009 Proceedings of the Expert Meeting on How to feed the world in 2050 Rome Italy FAO FAO 2011 Global food losses and food waste extent causes and prevention Rome Italy http www fao org fileadmin user_upload ags publications GFL_web pdaf Consultado em Julho de 2012 88 FAO 2013 Food Wastage footprint Impacts on natural resources http www fao org docrep 018 3347e 13347e pdf Consultado em Julho de 2014 FCRN 2011 Report published on waste in the UK hospitality sector Food Climate Research Network http www fcrn org uk research library waste food report published waste uk hospitality sector consultado em Julho de 2014 Feeding 5000 2014 Projecto Feeding 5000 http www feeding5k org Consultado em Maio 2014 Fehr M Calcado M D R Rom o D C 2002 The basis of a policy for minimizing and recycling food waste Environmental Science Policy 5 247 253 FNOP
13. 2014 uma empresa que se preocupa com o desenvolvimento da regi o e por isso desenvolve as suas actividades com colaboradores da regi o em que est implementada contribuindo assim para o aumento do emprego na regi o O crescimento din mico e gradual da Granfer feito em tr s vertentes e Aumento da produ o e Aumento da capacidade produtiva e armazenamento e Aumento do leque de clientes e dos volumes comercializados em cada um deles A inova o um dos pilares primordiais da Granfer numa procura constante de solu es na vanguarda da alta tecnologia bem como a diferencia o pela qualidade dos produtos comercializados Em quest es de certifica o a certifica o Globalgap e Tesco Nurture Choice s o uma mais valia nos padr es de elevada qualidade organol ptica e sabor que se pretende oferecer aos consumidores Com preocupa es acrescidas no que diz respeito qualidade e seguran a alimentar a Granfer tem o seu processo produtivo certificado em BRC British Retail Consortium 93 A n vel ambiental a Granfer coloca em ac o a implementa o de protocolos internacionais volunt rios que promovam nos seus associados e produtores a utiliza o de boas pr ticas agr colas e a produ o sustent vel com respeito pela protec o da Natureza Granfer 2014 De seguida apresentam se figuras ilustrativas dos pomares das instala es da Granfer bem como dos processos e procedimentos oper
14. As causas do desperd cio dom stico variam de acordo com v rios factores entre eles factores regionais o clima estado socioecon mico ou cultural EUFIC 2011 22 O prazo de validade umas das informa es mais importantes procurado pelo consumidor Europeus WRAP 2011 Em pesquisas realizadas no Reino Unido e Irlanda constatou se existir uma grande confus o por parte dos consumidores em analisar as datas de validade nos r tulos dos alimentos cerca de um ter o dos alimentos deitado fora antes de terminar o prazo de validade WRAP 2007 O desperd cio alimentar verificado no sector do armazenamento pode ser reduzido caso se fa am melhorias no sistema de conserva o do produto e g as frutas e os legumes permanecem em perfeitas condi es durante mais tempo se forem refrigeradas As mesmas pesquisas realizadas no Reino Unido e na Irlanda mostraram que apenas 23 dos consumidores disseram que iriam armazenar as frutas e 53 os legumes no frigor fico A maioria deixa este tipo de produtos fora do frigor fico e isso reduz a qualidade e o tempo de vida dos mesmos WRAP 2007 2 1 7 Desperd cio alimentar no retalho 2 1 7 1 Considera es gerais Quando os produtos se destinam a consumidores finais est o envolvidos v rios intervenientes no processo de distribui o e podem incluir entidades como produtores empresas de transforma o distribuidores e retalhistas O retalho como sector intermedi rio da ca
15. DOP EUFIC FAO FCRN FNOP INIAP IPSS IWWG NRDC NSFC OCM ONG OPC PAC PE PERDA PNUMA RU Associac o Nacional de Produtores de P ra Rocha do Oeste Ag ncia Portuguesa do Ambiente Associac o Portuguesa de Empresas de Distribuic o Associa o de Produtores de Ma de Alcoba a Autoridade de Seguran a Alimentar e Econ mica British Retail Consortium Comiss o Europeia Associa o Interprofissional Gestora de Marcas colectivas Centro Operativo e Tecnol gico Hortofrut cola Nacional Designa o de Origem Portuguesa European Food Information Council Food and Agriculture Organization Food ClimateResearch Network Federa o Nacional das Organiza es de Produtores Instituto Nacional de Investiga o Agr ria e Pescas Institui es Particulares de Solidariedade Social International Waste Working Group Natural Resources Defense Council National School Fruit Scheme Organiza o Comum de Mercado Organiza o N o Governamental Organismo Privado de Controlo e Certifica o Pol tica Agr cola Comum Parlamento Europeu Projecto de estudo e Reflec o sobre Desperd cio Alimentar Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente Res duos Urbanos xiii UE Uni o Europeia WRAP Waste Resources Action Programe XIV ndice 1 Introdu o 1 ele Enquadramento aos 1 A O A A 2 TiS IODIOCUIVO Sarral 3 r s Metodologia geral aia 4 1 5 Organizacao da dISSerac
16. o Se n o forem tomadas medidas o volume global do desperd cio alimentar atingir 126 milh es de toneladas em 2020 o que corresponde a uma aumento de 40 quando o que se pretende reduzir para metade at 2025 Comiss o Europeia 2010 Diariamente o Parlamento Europeu manifesta preocupa es pelo facto de se desperdi ar na UE uma grande quantidade de alimentos ainda pr prios para consumo O desperd cio de alimentos representa um problema ambiental tico e tem custos econ micos e sociais o que coloca desafios no contexto do mercado interno tanto para as empresas como para os consumidores Parlamento Europeu 2012 Os desperd cios ocorrem ao longo de todos os elos da cadeia agro alimentar campos agr colas ind strias de transforma o empresas de distribui o e casas dos consumidores Como medidas de minimiza o os Eurodeputados avan am como algumas estrat gias Parlamento Europeu 2012 e Escolha adequada do tamanho da embalagem e Esclarecimento sobre prazos de validade e Elabora o de programas de educa o alimentar e Escolha de servi os de restaura o que redistribuam as sobras aos mais carenciados Na Figura 2 3 encontra se representado dados importantes sobre o desperd cio alimentar E Consumo dom stico E Ind stria E Distribui o E Restaura o Figura 2 3 Desperd cio alimentar em v rias etapas Parlamento Europeu 2012 Cerca de 60 do desperd cio verificado
17. o as perdas associadas isto quando um produto desperdi ado na distribui o comercializa o ou consumo tem associado a esse desperd cio os gastos energ ticos e naturais inerentes em todas as outras fases anteriores Economicamente se um produto tem pouco potencial para ser consumido o ideal ser nem ser produzido ou ent o ser produzido em quantidades muito reduzidas para que os gastos econ micos associados num caso de desperd cio sejam diminutos Eriksson 2012 Grande parte do desperd cio total de alimentos tem origem na agricultura cerca de 18 do desperd cio 21 de alimentos na cadeia de abastecimento da Alemanha tem origem no sector agr cola Eriksson 2012 Na etapa de produ o existe uma grande dificuldade em medir o desperd cio de alimento Alguns vegetais ou plantas podem ser deixadas nas terras pois os produtos t m um baixo pre o no mercado e n o conseguem cobrir os custos de planta o colheita e distribui o Quando a perda de alimentos acontece em est gios mais iniciais podem ser usados noutros tipos de processos de produ o de alimentos como exemplo tem se calibres de p ra que n o podem ser comercializados p ras defeituosas ou com pequenos danos f sicos que n o podem ser comercializados ao consumidor e depois s o usados para fazer n ctares e iogurtes de P ra Rocha do Oeste Existem ainda outro tipo de alimentos que podem ser usados como ra o para animais ou produ o de bio
18. o desperdi ados anualmente levando a elevadas perdas econ micas assim como a graves impactes ambientais que produzem consequ ncias graves em culturas produtos e esp cies que s o imprescind veis para o Homem se alimentar A pegada ecol gica associada ao desperd cio alimentar constitui um estudo primordial sobre os efeitos deste desperd cio do ponto de vista ambiental dos recursos naturais e centra as suas principais consequ ncias ao n vel do clima uso do solo da gua e da biodiversidade FAO 2013 Anualmente os produtos que n o s o consumidos utilizam um volume de gua equivalente ao fluxo de gua do Rio Volga na R ssia e este volume de gua gasta equivale a uma emiss o de 3 3 mil milh es de toneladas de gases com efeito estufa na atmosfera do planeta FAO 2013 Aliado aos impactos ambientais existem consequ ncias econ micas que est o ligadas a este desperd cio alimentar Cerca de 559 mil milh es de euros s o perdidos por ano de acordo com uma estimativa do mesmo estudo da FAO 2013 Esse tipo de comportamento deve ser evitado quando 870 milh es de pessoas sofrem de fome diariamente FAO 2013 O desperd cio alimentar gera um fluxo de res duos que constitui uma frac o consider vel dos RU Como se trata de um tipo espec fico de res duos implica a necessidade de aplica o de tratamentos especiais nomeadamente processos biol gicos de compostagem e ou digest o anaer bia FCRN 2011 A problem
19. os e a import ncia das Organiza es de Produtores OP imposto n o s nas recep es das produ es anuais mas tamb m em exporta es acumuladas 4 5 Mercados Internos 4 5 1 Considera es gerais Segundo o Gabinete e Planeamento de Pol ticas Portugal produz 230 000 toneladas de P ra Rocha do Oeste das quais cerca de 31 corresponde a produ o certificada sendo o produto agr cola com maior quota de certifica o O grau de auto aprovisionamento foi superior a 150 em 2010 em oposi o ao abastecimento do mercado interno que se situa entre 80 e 90 Este facto explicado pelo volume de exporta es de 4 da produ o Nacional sendo que em 2000 era apenas de 16 e que em alguns operadores chega aos 70 de volume exportado GPP 2012 O consumo de frutos duplicou nos ltimos vinte anos em Portugal 120kg habitante ano no entanto n o foi acompanhado por um correspondente acr scimo da oferta proveniente da produ o nacional em muito devido maior procura de frutos ex ticos e outros com pre o inferior O aumento da produ o nacional n o se traduziu num aumento do abastecimento do mercado interno GPP 2012 Os principais Pa ses concorrentes de produ o de p ra s o a China maior produtor de pera no Mundo e que contribui anualmente com mais de 60 para a produ o mundial Os Estados Unidos da Am rica e a Argentina ocupam posi es de destaque no ranking mundial com 7 da produ o mundial UE
20. ou elevado estado de conserva o e degrada o ou por se ter ultrapassado o prazo de validade DECO 2013 Na etapa do consumo existe uma infinidade de causas apontadas para o desperd cio muitas delas directamente relacionadas com a falta de informa o e sensibiliza o por parte do consumidor falta de planeamento das compras e das refei es di rias mau armazenamento e conserva o dos alimentos e fim de data de validade Baptista et al 2012 A falta de conhecimento do consumidor sobre limites do prazo de validade outra causa apontada para o desperd cio assim como a rejei o de alimentos em perfeito estado de matura o mas que possuem uma textura pouco apelativa DECO 2013 Na Tabela 2 1 encontram se representadas as principais causas das perdas e desperd cios na cadeia alimentar Tabela 2 1 Principais causas das perdas e desperd cios na cadeia alimentar Adaptado de Baptista et al 2012 Produtores Processamento Distribui o Consumo No campo e e Danosno e Mau e Passagem do armazenamento embalamento manuseamento e prazo de e Culturas deixadas e Perdas de processo armazenamento validade no campo e Danos mec nicos e Falta de e Armazenamento e Danos mec nicos durante o refrigera o inadequado na colheita e processamento e Gest o do stock e Perdas no prato manuseamento e Arranques e fins de e Produtos n o e Outras perdas e Quebras devido a produ o limpezas vendidos doen as ataques e testes de novos
21. 27 representa apenas 13 destacando se a It lia e Espanha como os principais produtores com 7 A produ o nacional de p ra corresponde a cerca de 6 da produ o anual da UE 27 GPP 2012 A P ra Rocha do Oeste uma variedade produzida na quase totalidade em Portugal com reas relativamente est veis e produ es crescentes Qualidade diferenciada e certificada dando resposta crescente apet ncia dos consumidores para valorizar as qualidades intr nsecas de produ es espec ficas designadamente no que respeita sua Produ o Certificada de P ra Rocha do Oeste Denomina o de Origem Protegida Portugal apresenta custos de produ o mais elevados relativamente aos existentes nos pa ses produtores de p ra nomeadamente no que diz respeito aos produtos fitofarmac uticos e de energia consumida na conserva o e armazenamento do produto o que retira capacidade de concorr ncia as nossas empresas GPP 2012 49 Existem ainda factores que condicionam o mercado interno de p ras estes prendem se GPP 2012 Qualidade do produto que comercializado internamente ser de qualidade inferior ao que exportado e Pequenas margens de comercializa o e fraca capacidade de negocia o com as grandes superf cies Falta de escala e elevados custos na produ o e Falta de conhecimento t cnico e a situac o de desigualdade face a outros Estados Membros da UE do n vel de apoios e a inefici ncia do s
22. 3 Causas apontadas para o desperd cio Como causas apresentadas para o desperd cio de fruta na etapa de produ o a Granfer aponta a realiza o de mondas para a obten o de frutos com o calibre adequado a comercializar No que diz respeito s causas apontadas para a ocorr ncia de desperd cio na etapa de processamento e distribui o a Granfer menciona a press o exercida pelo mercado interno para o cumprimento dos prazos estabelecidos para entrega da mercadoria a devolu o da mercadoria que provoca um novo processamento da mesma e maiores danos f sicos infligidos quer no embalamento quer na calibragem Para a Cooperfrutas o desperd cio verificado na etapa de produ o est relacionada com a falta de sensibiliza o e conhecimento de m todos adequados de colheita por parte do produtor falta de cuidado no manuseamento e transporte da fruta at cooperativa e mudan a tardia nos produtos utilizados para a conserva o da fruta que impossibilitam a realiza o de testes atempadamente Da an lise literatura apresentam se como principais causas respons veis pelo desperd cio e Na produ o Condi es meteorol gicas adversas danos decorrentes de mau manuseamento e colheita press o exercida pelos mercados para a comercializa o de determinados calibres e No processamento Condi es de matura o e conserva o do produto falta de cuidados no manuseamento calibragem e embalamento do produto t c
23. a ele associados Ericksson 2012 Tendo em conta o desperd cio alimentar sabe se que o ciclo de vida de um alimento consiste na an lise das seguintes fases cultivo colheita processamento conserva o distribui o transforma o comercializa o e consumo Retail Forum 2010 A cadeia de abastecimento alimentar tem in cio na produ o alguns dos produtos s o comercializados ainda frescos e g peixe os outros seguem para a ind stria alimentar onde s o transformados e devidamente acondicionados seguidamente s o distribu dos para comercializa o e por fim para consumo humano Baptista et al 2012 Segundo estat sticas mais recentes da UE a 27 UE 27 o desperd cio alimentar ronda os 89 milh es de toneladas Parlamento Europeu 2012 Este tipo de desperd cio poderia ser reduzido se existisse um conhecimento mais adequado sobre as condi es de acondicionamento e armazenamento eficiente dos alimentos planeamento antecipado das 1 compras bem como uma melhor compreens o dos prazos de validade contidos nas embalagens Parlamento Europeu 2012 Em Portugal segundo o projecto PERDA Projecto de Estudo e Reflex o sobre Desperd cio Alimentar s o desperdi ados 1 milh o de toneladas de alimentos dos quais 324 mil toneladas s o desperdi adas nas casas dos portugueses Figura 2 1 PORTUGAL PERDE 1 MILH O DE TONELADAS DE ALIMENTOS 332 mil 77 mil gt 298 mil 324 mil toneladas toneladas
24. alimentos adquiridos e ainda dar apoio a bancos alimentares e a institui es de caridade de modo a dar utilidade ao excedente de alimentos ainda comest veis APA 2014 No que diz respeito ao desperd cio alimentar a implementa o destas medidas exigem um esfor o acrescido em campanhas de sensibiliza o comunica o e educa o que lan adas periodicamente acabam por consolidar as boas pr ticas de forma mais eficaz APA 2014 Para responder correctamente a este tipo de campanhas e conseguir actuar nos pontos mais importantes necess rio conhecer a popula o e quais os seus h bitos Fazer um estudo da amostra em causa e averiguar quest es como Que quantidade de res duos alimentares produzidos s o inevit veis Que tipos de alimentos se desperdi am Porque est o a ser desperdi ados alguns tipos de alimentos Que tipos de consumidores produzem estes res duos 20 Neste tipo de campanhas de sensibiliza o a APA disponibiliza uma infinidade de materiais que alertam a popula o para a redu o do desperd cio alimentar bem como projectos que apresentam j resultados como o projecto Opera o Cantina Desperd cio Zero APA 2014 Como este projecto da APA existem muitos outros a n vel Nacional que visam a redu o do desperd cio alimentar entre eles o movimento Desperd cio Zero o movimento Pensar Comer Conservar Think Eat Save projecto Refood e mais concretamente para os legumes e vegetai
25. composto atrav s dos res duos gerados pelo desperd cio alimentar e Desenvolvimento de um plano de avalia o e monitoriza o para o sistema de gest o de res duos alimentares e Verifica o dos objectivos e metas previstas no Plano de Ac o das conformidades legais e da identifica o de situa es a corrigir ou melhorar e Elaborar um relat rio anual sobre as ac es de gest o de res duos alimentares 77 Descri o da ac o Para a implementa o das ac es propostas no Plano de Ac o necess rio desenvolver um Plano de Financiamento que indique as fontes de financiamento os montantes necess rios e respectivos prazos que garantam a sustentabilidade econ mica do Plano e a sua execu o Criar meios e condi es necess rias para as ac es de avalia o e monitoriza o previstas no Plano Realiza o de sess es de grupo de modo a agrupar a opini o de todos os envolventes no presente Plano de Ac o O relat rio dever incluir um relat rio n o t cnico destinado divulga o e comunica o popula o Meios necess rios Recursos humanos que permitam o cumprimento das metas e objectivos do plano de ac o bem como as metas estabelecidas com a entidade financiadora Entidade financiadora Limita es actuais Aus ncia de uma pol tica de sustentabilidade econ mica para o sistema de gest o de res duos alimentares Dificuldades na realiza o de algumas ac es d
26. desperd cio alimentar O conceito de perda alimentar ocorre principalmente na fase de produ o e colheita devido a pragas ou doen as e a processos de colheita armazenamento e transporte pouco eficazes FAO 2009 Outro tipo de perda corresponde a todos os alimentos destinados para consumo humano e que por qualquer motivo s o desviados para o consumo animal Embora n o fiquem no terreno nem sejam encaminhados para o sistema de gest o de res duos constituem por si s uma perda Gustavsson et al 2011 O conceito de desperd cio representa toda a perda de alimentos ainda comest veis e que se destinam a consumo humano pode ocorrer antes durante ou depois da confec o de alimentos e principalmente na fase de distribui o e consumo FAO 2009 Constata se ainda que um ter o da produ o alimentar em todo o mundo desperdi ada Gustavsson et al 2011 e que 25 a 50 de toda a produ o perde se ao longo das v rias etapas da cadeia alimentar e do consumo Todos estes dados s o meramente indicativos e surgem como dados estat sticos com margens de incerteza assinal veis Mena et al 2011 A quantifica o do desperd cio alimentar sempre uma inc gnita embora seja do conhecimento geral que na produ o alimentar est o envolvidos muitos recursos naturais como solo e gua assim como energia por isso que a redu o deste desperd cio essencial para que n o aconte a um esgotamento dos recursos naturais
27. determinada rea Doar 100 desses alimentos a pessoas carenciadas dentro dessa mesma rea Envolver a comunidade a 100 no desenvolvimento operacionaliza o e apoio a este projecto A Refood recolhe as sobras dos estabelecimentos de restaura o em condi es de serem consumidas Inicialmente o projecto arrancou em Lisboa com cerca de 680 fam lias a serem beneficiadas Depois de 3 anos chega ao Porto Algarve Oeiras Covilh e possivelmente Vila Real Refood 2014 2 2 4 Projecto Das cantinas para as cantinas Em Outubro de 2013 nasceu em Braga e Guimar es o movimento Menos olhos do que barriga Foi uma iniciativa de alunos de Ci ncias da Comunica o da Universidade do Minho e consiste em levarem a comida que sobra nas cantinas da Universidade para as cantinas sociais S nesta Universidade s o produzidas 4 mil toneladas de res duos alimentares por m s O objectivo deste movimento abordar os alunos e sensibiliza los e incutir lhes consci ncia social para que percebam se v o realmente comer tudo o que colocam no prato Tudo o que sobra no tabuleiro res duos e tudo o que sobra nessas cantinas v o para as cantinas sociais A reac o dos alunos tem correspondido s expectativas e apesar de ainda n o existir dados concretos j vis vel uma diminui o do desperd cio Sapo 2014 21 2 3 Pr ticas iniciativas e projectos adoptadas a n vel Mundial e Europeu Na Su cia com a impossibilid
28. do desperd cio alimentar associado P ra Rocha do Oeste quanto s ac es passadas presentes e futuras projectos e medidas encontradas para fazer frente problem tica do desperd cio alimentar no sector O quinto cap tulo diz respeito metodologia utilizada onde se descrevem os objectivos o planeamento e cronograma do trabalho a selec o e caracteriza o da amostra os instrumentos de an lise os procedimentos e o tratamento dos resultados O sexto cap tulo consiste na an lise e discuss o dos resultados obtidos por pesquisa bibliogr fica e por entrevistas Tamb m aqui apresentada a Proposta de Medidas a implementar em Portugal para reduzir o desperd cio alimentar que se desenvolveu tendo por base a revis o da literatura e os resultados obtidos neste estudo O s timo cap tulo dedicado s conclus es apresentando se uma s ntese conclusiva de todo o trabalho as recomenda es as limita es do estudo e linhas de orienta o para pesquisas futuras O pen ltimo e ltimo cap tulos s o dedicados respectivamente s refer ncias bibliogr ficas utilizadas na elabora o do presente trabalho e aos anexos 2 Revis o da literatura 2 1 Desperd cio alimentar Em toda a cadeia alimentar ocorrem desperd cios e perdas desde a fase de produ o do processamento da distribui o e do consumo Esse desperd cio pode ser caracterizado de duas formas sobre a forma de perda alimentar e
29. necessitam de estar sensibilizados sobre a problem tica do desperd cio alimentar Algumas medidas de efici ncia actua o simples e de f cil implementa o n o s seria ben fico para a economia como tamb m para o ambiente e a vida socioecon mica mundial O objectivo principal das empresas ligadas ind stria alimentar ao sector do retalho e s organiza es do ramo a procura de pr ticas ou medidas eficazes de redu o do desperd cio alimentar e consequentemente redu o de res duos Fogelberg et al 2011 A limita o encontrada no cumprimento deste objectivo prende se com a falta de dados que quantifiquem o sucesso da implementa o deste tipo de medidas e por conseguinte torna se dif cil de decidir qual o m todo mais eficiente 82 Relativamente aos consumidores o desperd cio acontece no momento de compra onde s o adquiridos maiores quantidades de alimento do que o que realmente necess rio e na confec o quando se preparam grandes quantidades de comida Neste sentido de extrema import ncia o planeamento adequado quer das compras quer das refei es Para se obter maior sucesso na redu o do desperd cio alimentar dever se ia desenvolver ac es no sentido de melhorar os processos de colheita armazenamento transforma o e distribui o Muitas vezes uma simples ac o de sensibiliza o ou uma pequena forma o no terreno pode ajudar os agricultores a melhorar as pr ticas de colhe
30. o Oeste e na impossibilidade de tempo e disponibilidade por parte das empresas para a realiza o de mais entrevistas recorreu se a um conjunto bastante diversificado de fontes de informa o e de m todos para o levantamento e caracteriza o da situa o de refer ncia designadamente e Contactos telef nicos com a ANP e com os associados para a obten o de informa es relativas caracteriza o da problem tica em estudo e Reuni o com empresas do sector para obten o de informa o relativa problem tica do caso de estudo As entrevistas foram utilizadas como uma fonte de informa o para a caracteriza o da situa o de refer ncia mas dirigida para as entidades respons veis no sector e que podem interferir directa ou indirectamente na problem tica do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Iniciou se tamb m cada entrevista com a apresenta o do trabalho em desenvolvimento os seus objectivos e a import ncia da participa o de cada entidade para esse mesmo estudo Foram realizadas duas entrevistas no dia 14 de Agosto de 2014 com uma dura o m dia de 45 minutos cada Na Tabela 5 2 indica se a entidade e o entrevistado a data hora e local de realiza o das entrevistas Para a realiza o das entrevistas foi necess ria uma marca o pr via para que o entrevistado e a empresa em quest o organizassem a informa o a fornecer 61 Tabela 5 2 Caracter sticas das entrevistas re
31. packaging WRAP 2011 Consumer insight date labels and storage guidance Banbury UK http www wrap org uk sites files wrap Technical_report_dates pdf WRAP 2011 WRAP reports significant progress on waste reduction http www wrap org uk content wrap reports significant progress waste reduction Zero Desperd cio 2014 Movimento Desperd cio Zero http www zerodesperdicio pt Consultado em Maio de 2014 92 9 Anexos Anexo Gui o de entrevista Entrevista n Data Hora Entidade Gui o 1 Quantidade de P ra Rocha do Oeste recebida e respectivo destino 2 Onde ocorre o desperd cio associado P ra Rocha do Oeste 3 Causas da ocorr ncia do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste 4 Medidas usadas para minimizar o desperdi o associado P ra Rocha do Oeste 5 Plano de ac o futuro que a entidade prev usar para resolver o problema do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Caracteriza o do entrevistado 1 Sexo 2 Fun o 93 Anexo Il Considera es gerais e caracter sticas da P ra Rocha do Oeste A pereira Rocha tem a particularidade de produzir uma quantidade razo vel de frutos gra as sua partenocarpia capacidade de forma o do fruto sem que haja fecunda o A P ra Rocha do Oeste um fruto que se mostra sens vel aos retardadores de crescimento para controlo e redu o de vigor especialmente em pomares muito vigorosos Um dos principais probl
32. para as todas as medidas face as necessidades de cada fase nomeadamente Fase 1 Falta de informa o conhecimento sobre a tem tica em causa Fase 2 Necessidade da aplica o das medidas propostas tendo em conta a situa o actual Fase 3 Necessidade de apoio financeiro e necessidade de avalia o e monitoriza o do Plano de Ac o A Tabela 6 4 representa as ac es a desenvolver em cada fase do plano de ac o Tabela 6 4 Ac es a desenvolver em cada fase do plano de ac o Fases Ac es a desenvolver 1 1 Sess o de esclarecimento sobre a problem tica do desperd cio alimentar 1 2 Refor ar a comunica o sensibiliza o para as vantagens de redu o do desperd cio alimentar 1 3 Refor ar a comunica o sensibiliza o para a correcta gest o dos res duos Fase 1 produzidos 1 4 Sensibiliza o dos intervenientes no sector nas v rias etapas para a realiza o de ac es de forma o sobre a tem tica 1 5 Campanha de comunica o de boas pr ticas 2 1 Acompanhamento das v rias etapas do sector para se fazer cumprir as boas pr ticas 2 2 Refor ar a utiliza o dos produtos n o comercializados em novos processos e mecanismos de comercializa o F A 2 3 Desenvolver estrat gias para mercados alternativos ase 2 4 Redu o de res duos decorrentes dos produtos alimentares n o comercializados 2 5 Refor ar a gest o de recolha e aproveitamento dos res duos gerados 2 6 Desen
33. produzir ra o comercial 3 Quando a reutiliza o n o poss vel deve proceder se reciclagem e recupera o a reciclagem de subprodutos a digest o anaer bia com recupera o de energia a compostagem e a incinera o O desperd cio de alimentos com base na apar ncia ou nas preocupa es de seguran a alimentar s o outras causas de muita import ncia na problem tica da perda e do desperd cio de alimentos Em alguns casos os agricultores descartam entre 20 40 dos seus produtos frescos porque n o apresentam as caracter sticas est ticas que as empresas de retalho exigem 83 A legisla o deve ser destinada a reduzir o desperd cio alimentar adoptando uma regulamenta o mais decisiva clara de f cil implementa o e que possibilite a comercializa o de uma maior quantidade e qualidade de produtos Ao n vel do consumidor al m do desperd cio associado s compras semanais e confec o e fraccionamento das refei es um dos motivos pelo qual acontece mais desperd cio prende se com a confus o na leitura dos r tulos dos alimentos e das datas de validade a eles associadas Em alguns casos o excesso de seguran a elevado e seria crucial uma revis o na legisla o para emitir orienta es mais claras e mais flex vel para as empresas e consumidores Algumas medidas podem ser tomadas pelos consumidores para reverter estas tend ncias e Planeamento de ementas semanais e Compra de frutas e leg
34. se maduro quando os processos de crescimento terminaram e os envolvidos na senesc ncia n o s o ainda predominante Johnson 1996 Por outro lado as subst ncias de reserva existentes no fruto nesse estado de evolu o permite que o fruto atinga o n vel m ximo de qualidade t pica da variedade da p ra Avelar 1981 Assim existem aspectos a ter em conta para a obten o de um fruto de qualidade s o elas Avelar 1993 e Determina o da poca de colheita esta fase permite obter frutos de qualidade e com um poder de conserva o longo e N mero de dias ap s a plena flora o conta se a partir do momento de flora o at colheita No caso da P ra Rocha do Oeste estes valores rondam os 133 138 dias H factores que condicionam este valor como colheita excessiva no ano anterior temperaturas baixas flora o precoce ou tardia e excesso de azoto e Cor da epiderme a cor de fundo evolui desde o verde at ao amarelo ajuda a prever o in cio da colheita quando adquire uma tonalidade verde clara A cor de superf cie caracter stica da variedade de p ra e Calibre e cor das sementes importante acompanhar o calibre e o aumento do peso durante a produ o bem como a cor das sementes atrav s delas que tamb m se consegue prever o in cio da colheita e Dureza da polpa um m todo usado para averiguar o estado de matura o de um fruto Este par metro deve ser determinado pelo menos 10 15 dias antes do
35. ser recolhida e Da fonte de energia e Da quantidade qualidade e utiliza o de composto reciclado e Do perfil da emiss o de esta es de tratamento biol gico 41 42 4 Caracteriza o do caso de estudo 4 1 O sector hortofrut cola da P ra Rocha do Oeste A pereira Rocha pertence fam lia das Ros ceas subfam lia das Pom ideas g nero Pyros e esp cie Pyrus Communis Portugal sendo um pa s que se integra numa zona temperada quente torna se o clima ideal para a cultura da P ra Rocha do Oeste Um fruto com caracter sticas nicas vide Anexo 2 que constituem um fruto de excel ncia Portugu s e de imagem muito apelativa como se pode visualizar na Figura 4 1 Figura 4 1 P ra Rocha do Oeste Fonte ANP 2014 A produ o de P ra Rocha do Oeste iniciou se em Portugal em 1836 em Sintra na propriedade de um Senhor de seu nome Pedro Ant nio Rocha Soares et al 2001 Na sua propriedade em Sintra foi encontrada uma pereira diferente com frutos de qualidade invulgar Actualmente a sua produ o est mais concentrada na regi o do Oeste desde Sintra at Leiria e que denominada como P ra Rocha do Oeste Soares et al 2001 A rea de produ o da P ra Rocha do Oeste est concentrada nos seguintes concelhos Soares et al 2001 e Sintra onde actualmente existem cerca de 120 ha de pereiras localizados em pequenas explora es familiares e Cadaval Bombarral Torres Vedra Cal
36. tica do desperd cio alimentar um problema de grande escala que afecta mundialmente a popula o e os v rios intervenientes na cadeia agro alimentar desde o cultivo nos campos at mesa dos consumidores e como tal de elevada import ncia a preven o deste fluxo de res duos Sinais 2012 Dos impactos ambientais associados ao desperd cio alimentar salientam se a utiliza o desmesurada do solo e da gua Tem se ainda associado uma emiss o directa de gases com efeito de estufa na ordem dos 17 e de 28 da utiliza o de recursos materiais dados comprovados pelo roteiro da Comiss o Europeia de valores referentes a alimentos e bebidas Comiss o Europeia 2010 15 2 1 4 Desperd cio alimentar na Europa A Europa inutiliza anualmente milh es de toneladas de alimentos e os efeitos a n vel econ mico ambiental e social s o bem vis veis De acordo com um relat rio da Organiza o N o Governamental ONG Resources Defense Council NRDC e Harvard School s Food Law and Policy mais de 90 dos americanos deitam fora alimentos sem necessidade devido a uma m interpreta o dos r tulos e prazos de validade O desperd cio chega a um preju zo de 123 bili es de euros por ano Estudos anteriores que abordaram o desperd cio alimentar das fam lias do Reino Unido Estados Unidos da Am rica e Austr lia mencionaram como causas deste desperd cio o mau planeamento das compras comprar demasiado um aumento da compr
37. tica e que se pretende distribuir por todos os intervenientes a distribuir 76 e Contentor de grandes dimens es para a deposi o dos res duos alimentares para produ o de composto Limita es actuais e Aus ncia de uma estrutura organizativa para o acompanhamento de todas as ac es a realizar para a diminui o dos res duos gerados pelo desperd cio alimentar e Falta de motiva o por parte dos intervenientes os quais n o se sentem obrigados a alterar os seus comportamentos e Aus ncia de um sistema mais pr tico e funcional para a deposi o dos res duos alimentares produzidos e Aus ncia de uma estrutura organizativa para a gest o e redu o dos res duos alimentares e Necessidade da participa o activa dos intervenientes os quais poder o oferecer resist ncias mudan a de comportamentos e atitudes e Disponibilidade de recursos financeiros para a gest o do fluxo dos res duos alimentares Potencialidades a promover e Optimizar os recursos humanos e t cnicos disponibilizados pelos parceiros envolvidos e Avaliar a possibilidade de refor ar a valoriza o de res duos provenientes do desperd cio alimentar promovendo vantagens para os intervenientes e Produ o de composto a ser utilizado pelos intervenientes e pela popula o em geral e Recorrer a exemplos de ac es semelhantes Fase 3 Objectivos e Desenvolvimento de um plano de financiamento para incentivar a produ o de
38. 2014 http www fnop pt Consultado em Maio de 2014 Fogelberg C L Vagsholm I Birgersson A 2011 From Loss to Gain How to Reduce In Store Food Waste Report ISBN 978 91 576 9047 0 Department of Biomedical Sciences and Veterinary Public Health Swedish University of Agricultural Science Uppsala Sweden Fruta Feia 2014 Projecto Fruta Feia http www frutafeia pt projecto Consultado em Maio de 2014 GPP 2012 Ficha de internacionalizac o P ra Rocha http www gpp pt GlobalAgriMar informacao Docs Produtos Fichas 2012S2PeraFl pdf Consultado em Setembro de 2014 Granfer 2014 http www granfer pt pt Consultado em Agosto de 2014 Gustavsson J Cederberg C Sonesson U 2011 Global food losses and food waste Food and Agricultural Organization of the United Nations FAO Rome Italy Hamilton C Denniss R Baker D 2005 Wasteful consumption in Australia Discussion paper n 77 Manuka Australia The Australia Institute Herrero A Guardia J 1992 Conservation de frutos Manual T cnico Edi o Mundia Prensa J C Bennett B 2011 Postharvest losses and waste in developed and less developed countries opportunities to improve resource use Journal of Agricultural Science IWWG 2014 INWG Task group on Prevention of Food Waste International Waste Working Group http www tuhh de ue iwwg task groups food waste html Consultado em Julho de 2014 89 Johnson D Hohn E 199
39. 6 Determination and prediction of optimum harvest date of apples and pears European Commission Edited by Auton e Jager Livro Verde 2008 Livro Verde sobre a gest o dos bio res duos na Uni o Europeia Bruxelas https infoeuropa eurocid pt files database 000042001 000043000 000042268 pdf Consultado em Agosto de 2014 Mena C Adenso Diaz B Yurt D 2011 The Causes of food waste in the supplier retailer interface Evidences from the UK and Spain Resources Conservation and Recycling 55 648 658 Parlamento Europeu 2011 Resolu o do Parlamento Europeu de 30 de Novembro de 2011 sobre como evitar o desperd cio de alimentos estrat gias para melhorar a efici ncia da cadeia alimentar na UE Bruxelas B lgica http www europarl europa eu sides getDoc do pubRef EP TEXT REPORT A7 2011 0430 0 DOC XML VO PT Consultado em Junho de 2014 Parlamento Europeu 2012 Resoluc o do Parlamento Europeu de 19 de Janeiro de 2012 sobre como evitar o desperd cio de alimentos estrat gias para melhorar a efici ncia da cadeia alimentar na UE Bruxelas B lgica http www europarl europa eu sides getDoc do pubRef EP TEXT TA P7 TA 2012 0014 0 DOC XML VO PT Consultado em Julho de 2014 Pita J 2013 Artigo de Opini o O desperd cio alimentar htip joaopita wordpress com 2013 05 31 artigo de opiniao o desperdicio alimentar Consultado em Julho de 2014 P blico 2014 Movimento quer transformar Lisboa numa C
40. Assegurar o bom uso de fitof rmacos e de factores de produ o e Realizar an lises peri dicas bem como ac es de higieniza o e Registrar todos os factores acima descritos para manter os produtos aptos para comercializa o e Disponibilizar quando necess rio todos os dados s autoridades competentes Seguidamente s o mencionadas de forma breve as normas e regulamenta es existentes que visam garantir o sucesso e seguran a do sector da comercializa o dos produtos hortofrut colas Regulamento CE n 852 2004 do Parlamento Europeu PE e do Conselho de 29 de Abril de 2004 relativo higiene de produtos alimentares procura um elevado n vel de protec o do consumidor e tem como principal objectivo alcan ar a livre circula o de alimentos na comunidade Tendo em conta a actual conjuntura o sector das frutas e dos produtos hort colas est em constante adapta o e requer uma reorienta o das regras de base da organiza o comum do mercado no sector A classifica o dos produtos segundo normas comuns e obrigat rias aplicadas ao sector de frutas e hort colas comercializados na Comunidade eliminam dos mercados os produtos de qualidade insatisfat ria A regulamenta o s pode alcan ar o seu pleno efeito se for aplicada em todos os est gios do ciclo de vida do produto Para melhor garantir as qualidades exigidas pelos regulamentos o detentor do produto deve ser respons vel pelo seu cumprimento e em esp
41. F 2011 The value of retail and costumer level fruit and vegetable losses in the United States Journal of Consumer Affairs 45 3 81 CE 2008 Directive 2008 98 CE of the European Parliament and of the Council of 19 November 2008 on waste and repealing certain Directives Official Journal of the European Communities Brussels Belgium Comiss o Europeia 2010 Estudo Preparat rio sobre desperd cio alimentar na europa dos 27 Bruxelas B lgica http ec europa eu environment eussd pdf bio foodwaste report pdf consultado em Julho 2014 Cooperfrutas 2014 http www cooperfrutas pt Consultado em Agosto de 2014 Couto A Avelar 1979 Aspectos Pomol gicos da Pereira Rocha S rie divulga o n 1 79 Minist rio da agricultura Lisboa Cox J Downing P 2007 Food behavior consumer research quantitative phase Banbury UK WRAP DECO 2013 Desperd cio Alimentar Reciclar comida tamb m poupar www deco proteste pt alimentacao supermercados dicas desperdicio alimentar reciclar comida tambem e poupar Consultado em Julho de 2014 Eriksson M 2012 Retail food Wastage A Case Study Approach to Quantities and Causes 5 7 pg Licentiate Thesis Faculty of Natural Resources and Agricultural Sciences Department of energy and Technology Uppsala EUFIC 2011 Forum n 5 Consumer response to portion information on food and drink packaging A pan European study Resposta do Consumidor s informa
42. IFE Fruta Feia 2014 2 2 2 Movimento Desperd cio Zero um projecto com tr s anos criado em Janeiro de 2011 e tem como iniciativa aproveitar bens alimentares que acabavam desperdi ados comida que nunca saiu das cozinhas alimentos que se aproximam do fim de validade comida que n o foi exposta nem teve em contacto com o p blico e fazem chegar este tipo de alimentos a pessoas carenciadas J serviram mais de 1 200 000 refei es nos estabelecimentos aderentes Um projecto que procura estabelecimentos restaurantes cantinas cafetarias refeit rios hot is supermercados e hipermercados que possam doar refei es ou outros bens alimentares que n o tenham sido servidos e que apesar das boas condi es n o possam ser vendidos novamente Zero Desperd cio 2014 Em Abril de 2014 assinou um protocolo com a C mara Municipal de Lisboa para tornar a cidade a primeira capital mundial do desperd cio zero Lan aram ainda o Manual da 26 Replica o para levar s autarquias e Juntas de Freguesia o conceito legal de combate ao desperd cio alimentar P blico 2014 2 2 3 Projecto Refood um projecto humanit rio que conta com o trabalho de volunt rios a 100 Combate o desperd cio alimentar ajudando fam lias carenciadas e sinalizadas por Institui es Particulares de Solidariedade Social IPSS e baseado em tr s premissas 1 Resgatar 100 dos excessos alimentares que n o foram vendidos numa
43. P ra Rocha do Oeste tais como p ra enlatada p ra desidratada pickles de p ra vinagre e aguardente de p ra Segundo eles j existe no Alentejo um Gin de p ra de grande qualidade S n o apostaram at agora nessa 67 vertente ligada aguardente de p ra pois os impostos e burocracias ligadas ao lcool n o tornam a iniciativa vantajosa do ponto de vista econ mico e Investimento de 2 5 milh es de euros num novo calibrador para evitar o esmagamento de fruta no processo de calibragem e Apostar um sistema de transporte pr prio Quanto Cooperfrutas esta apresenta tamb m um plano de ac o de forma a minimizar o desperd cio da P ra Rocha do Oeste e Ac o de sensibiliza o e controlo de bons m todos de colheita e transporte de fruta do produtor para a central e Dar continuidade e aperfei oar a produ o de pur s de fruta e Aceita o de novos calibres no mercado e Evitar as constantes mudan as dos produtos usados para a conserva o das frutas ou introduzir novos produtos atempadamente 6 3 Cruzamento de dados Cruzando os dados obtidos atrav s da revis o da literatura e dos contactos directos com os actores intervenientes no sector estudado podem se aferir v rias ela es que s o abordadas seguidamente 6 3 1 Quantidades desperdi adas De acordo com as empresas cooperantes no processo conseguiu se aferir que o desperd cio associado P ra Rocha do Oeste na etapa de processamen
44. Portuguesa yi AGRADECIMENTOS A realiza o desta disserta o de mestrado foi poss vel gra as ao contributo de muitas pessoas a quem quero prestar os meus sinceros agradecimentos A Prof Doutora Maria da Gra a Martinho pela sua ajuda cient fica como orientadora ao longo de todo o processo de realiza o do projecto e elabora o da disserta o e que sem ela n o teria sido poss vel co orientadora Doutora Ana Pires que em muito me ajudou atrav s das suas sugest es e cr ticas relevando se determinante para a orienta o e elabora o do trabalho N o posso deixar tamb m de mencionar todas as pessoas e entidades que contribu ram com informa o para a realiza o deste projecto designadamente ao Sr Presidente da Associa o Nacional de Produtores de P ra Rocha do Oeste Sr Aristides Louren o S cio pela sua disponibilidade em colaborar fornecer informa o e esclarecimentos quando solicitados e por fornecer contactos necess rios para a realiza o de entrevistas e obten o de resultados para an lise neste estudo ao Sr Jo o Paulo Bento da Cooperativa Agr cola do Bombarral por disponibilizar algum do seu tempo para responder a algumas quest es fornecer dados e esclarecimentos importantes para a elabora o deste estudo ao Sr Jo o Pereira Silva da Cooperfrutas por ter disponibilizado o seu tempo para a realiza o de uma entrevista afim de obter dados muito impo
45. Resolu o do PE est o na origem de muitas rejei es desnecess rias que aumentam a quantidade de alimentos desperdi ados Baptista et al 2012 2 1 5 Desperd cio alimentar em Portugal Em Portugal como em muitos dos pa ses ocidentais o consumidor tem tend ncia para se alimentar de um modo exagerado e por vezes muita comida desperdi ada neste processo Baptista et al 2012 Segundo a ONU um sexto da popula o mundial passa fome 18 diariamente e um ter o dos problemas ambientais est relacionado com o consumo de alimentos A produ o e consumo exagerado de alimentos ignoram os problemas e impactos nos ecossistemas naturais tanto na explora o de recursos como nos desperd cios gerados durante todo o processo Neste percurso a igualdade de direitos entre gera es pois desvalorizada Baptista et al 2012 Em Portugal no sector frut cola os desperd cios verificados ocorrem nas etapas de produ o e processamento Para colmatar estes desperd cios s o enviados para a ind stria de transforma o uma quantidade significativa de produtos hort colas concretamente falando a ind stria dos concentrados de fruta que fazem o reaproveitamento de muita fruta que n o pode ser comercializada Assim recepcionam toda a fruta que n o pode ser escoada directamente no mercado dos frescos fruta proveniente de produ es elevadas calibres n o comercializ veis Baptista et al 2012 As perdas verificadas
46. a O Regulamento CE n 1234 2007 do Conselho de 22 de Outubro de 2007 estabelece uma organiza o comum dos mercados agr colas e disposi es espec ficas para certos produtos agr colas O funcionamento e o desenvolvimento do mercado comum dos produtos agr colas dever o ser acompanhados do estabelecimento de uma pol tica agr cola comum PAC que 35 inclua em particular uma organiza o comum dos mercados agr colas OCM que pode de acordo com o artigo 34 do Tratado assumir formas diversas consoante o produto Desde a introdu o da PAC o Conselho aprovou 21 OCM por produto ou grupo de produtos regendo se cada uma por um regulamento de base distinto do Conselho e Regulamento CE n 2200 96 do Conselho de 28 de Outubro de 1996 que estabelece a organiza o comum de mercados no sector das frutas e produtos hort colas e Regulamento CE n 2201 96 do Conselho de 28 de Outubro de 1996 que estabelece a organiza o comum de mercado no sector dos produtos transformados base de frutas e produtos hort colas A aplica o dos regulamentos de comercializa o dos produtos agr colas contribuiu para melhorar as condi es econ micas de produ o e comercializa o bem como a qualidade dos produtos A aplica o de tais regulamentos pois do interesse de produtores comerciantes e consumidores Deste modo nas OCM foram adoptadas normas de comercializa o que incidem nomeadamente na qualidade classifica
47. a investir num novo calibrador que reduza os danos f sicos provocados no processo de calibragem e investir em transporte pr prio para distribui o De acordo com a Cooperfrutas existem algumas medidas a ser implementadas para atingir a meta de redu o do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste tais como introdu o de calibre grande em mercados alternativos fruta de pequeno calibre e com danos f sicos usados para a produ o de pur nas pr prias instala es encaminhamento de fruta para a ind stria de transforma o por fim uso de fruta impr pria para consumo humano para alimenta o animal e em processos de compostagem realizados tamb m pela empresa A Cooperfrutas uma empresa que se preocupa em desenvolver ac es de sensibiliza o perto do produtor para reduzir os erros cometidos no processo de colheita pretendem aperfei oar a t cnica de fabrico do pur de fruta Apontam ainda a diminui o da press o exercida pelos mercados relativamente a exig ncias de calibre como uma forma para reduzir substancialmente o desperd cio e por fim s o da opini o que mudan as tardias nos produtos utilizados para a conserva o da fruta deveriam ser evitados tamb m no sentido de reduzir o desperd cio verificado Na revis o da literatura foram encontradas medidas de implementa o que potenciam a redu o do desperd cio alimentar Dentro destas medidas destacam se e Controlo dos produtos recebidos direcciona
48. a de produtos frescos gest o pouco eficiente dos stocks n o aproveitamento de sobras e preocupa o a n vel de seguran a alimentar Hamilton et al 2005 Cox e Downing 2007 Quested e Parry 2011 Outros estudos evidenciaram uma maior tend ncia para se preparar comida em demasia ou n o se gostar da comida j preparada principalmente em fam lias com filhos Quested e Parry 2011 Na Austr lia tamb m se conclui que os pais de criancas pequenas deitam fora alimentos mais frescos do que qualquer outro tipo de fam lia Hamilton et al 2005 Um estudo realizado pelo WRAP Quested e Johnson 2009 concluiu que planear refei es e ou menus diariamente incluindo uma boa gest o dos stocks e o uso de listas de compras resulta em menos desperd cio Quem planeia para gerir melhor o seu tempo obt m menos desperd cio porque torna mais f cil a organiza o das refei es familiares a gest o dos stocks de alimentos e as compras No entanto quem planeia por outros motivos e g uma dieta especial n o desperdi a necessariamente menos Nos pa ses em desenvolvimento o desperd cio deve se sobretudo falta de condi es financeiras limita es t cnicas de colheita armazenamento infra estruturas embalagem e sistemas de comercializa o Nos pa ses desenvolvidos e industrializados a dificuldade passa pelas incompatibilidades entre produtores e distribuidores e pelos comportamentos dos consumidores Se por um lado h des
49. a n o danificar o fruto e a rvore N o colher com o tempo chuvoso As embalagens devem apresentar se limpas desinfectadas e sem arestas que danifiquem os frutos se for essencial deve revestir se as caixas N o deixar as caixas com fruta colhida exposta ao sol Manusear as caixas com cuidado e entrega las para conserva o no mais curto espa o de tempo poss vel 10 O pessoal de colheita deve ter unhas cortadas 11 As caixas n o devem estar demasiado cheias para a fruta n o cair e n o ficar danificada 12 Acondicionar as caixas correctamente para n o danificar os frutos 13 Sempre que poss vel colher por mondas permite que os frutos mais pequenos cres am 14 Estar sensibilizado para o facto de uma grande percentagem de fruta que n o pode ser comercializada proveniente da falta de cuidado na colheita e transporte De salientar que a concretiza o com sucesso de todos estes pontos contribui n o s para o sucesso da colheita e da campanha como tamb m favorece a diminui o do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Existe tamb m um procedimento que se realiza durante a fase de matura o dos frutos que se designa de monda Trata se de uma opera o complementar poda que consiste na elimina o antecipada dos frutos que se perspectivam inconvenientes em excesso e sem interesse comercial e que podem vir a tornar se em desperd cio caso se mantenham na rvore Soares et al 2003 Neste procedimen
50. aO ias 4 2 neviSsao da Merata on 7 2d Desperdicio alimentar ni ade ada S 7 2 1 1 Causas do desperd cio alimentar ocoococcccocociococcoronnonornnnnnnoronroronnornnnnrnnn 11 2 1 2 Tipos de desperd cio alimentar erre rrenan 12 2 1 3 Impactes do desperd cio alimentar 15 2 1 4 Desperd cio alimentar na Europa sssssssssssrsrsrrsrrrrsrrrrrerrrrrrrerrrrrrrrrrerrrrrrrre 16 2 1 5 Desperd cio alimentar em Portugal occcccccccccccnocococonnnnnncnnnnnororonnnnnnnnnnnnonos 18 2 1 6 Desperd cio na cadeia de abastecimento alimentar ooonoococcccnccncoronrnnnnnonnnso 21 26 lo CONSIGERA ES dead tooo cesan 21 2 1 6 2 Tipos de desperd cio rrenan 22 2 1 7 Desperd cio alimentar no retalho cisne rena nene o 23 edades CG nsidera oes geral masi sia ata nn SEDE oa aa a 23 2 1 7 2 Desperd cio alimentar no retalho no Mundo e na Europa 24 2 2 Pr ticas iniciativas e projectos adoptados a n vel Nacional 25 22 16 Projecio RIA Pela ia nisi deen si iai ai ea 25 XV 222 Movimento DESPerd cio ZELO israel a RU Wanensease 26 22 3 IPNOJCCIO ACI td a 21 2 2 4 Projecto Das cantinas para AS cantinas oococococcncococinconnncnnoronnnrononanrnnnnnnnns 21 2 3 Pr ticas iniciativas e projectos adoptadas a n vel Mundial e Europeu 28 2 3 1 Campanha Love Food Hate Waste cccccceecesseeeeeeeeeeeeeaeeaeeeeaeeaeaeaeeaes 29 2 3 2 Projecto
51. ade de resolu o imediata da problem tica do desperd cio alimentar na comercializa o de alimentos opta se primeiramente por delinear estrat gias de combate a este flagelo Eriksson 2012 Inicialmente analisa se e descreve se qual o problema e as causas inerentes a ele depois avalia se as solu es e averigua a se as mesmas resolvem a problem tica do desperd cio Algumas das melhores medidas de redu o n o possuem estudos sobre a rela o custo efic cia mas s o teis pois ajudam a alcan ar o objectivo para as empresas e consumidores Para a obten o de resultados sobre estas medidas deve se ter em aten o os seguintes pontos Ericksson 2012 e Conseguir um melhor controlo entre os produtos recebidos e vendidos e Direccionar para um maior volume de neg cio de forma a vender todos os produtos e Adoptar medidas de gest o de res duos para se obter uma redu o dos efeitos negativos do desperd cio e Encontrar solu es t cnicas para melhor proteger e acondicionar os alimentos como objectivo principal aumentar o tempo de vida dos mesmos Maior controlo boa gest o melhores t cnicas de armazenamento e distribui o s o conhecidos como as melhores medidas para reduzir o desperd cio Fogelberg et al 2011 Este tipo de medidas no entanto de dif cil quantifica o Algumas das principais causas de desperd cio apresentadas no caso de estudo da Su cia estavam relacionadas com datas de validade e
52. ados pela empresa no sector da frut cola Figura 4 5 Pomares de P ra Rocha do Oeste Fonte Cedido pela Granfer gy cnt a of gee ree ene tet ab htt te yan 005 000 00000 Fi a wine po MATE Figura 4 6 Processo de lavagem normaliza o e escolha da P ra Rocha do Oeste Fonte Cedido pela Granfer 54 Figura 4 7 Calibrador de 6 linhas Fonte Cedido pela Granfer Figura 4 8 Embalamento da P ra Rocha do Oeste Fonte Cedido pela Granfer Figura 4 9 Produto pronto a comercializar Fonte Cedido pela Granfer 9 4 7 3 Cooperfrutas A Cooperfrutas CRL uma Cooperativa de Produtores de fruta e Produtos Hort colas que foi constitu da em 1998 Nasceu da vontade conjunta de v rios produtores que desenvolveram um projecto para a cria o de uma unidade dimensionada medida das suas capacidades produtivas e tecnicamente provida do necess rio para manter a qualidade dos produtos as mais altas exig ncias da distribui o moderna Cooperfrutas 2014 Encontra se numa regi o de excel ncia na produ o hortofrut cola na regi o Oeste de Portugal A sede e central fruteira situam se em Alcoba a O principal objectivo da empresa pois elevar o n vel tecnol gico dos produtores produzir com qualidade e seguran a alimentar consolidar e fortalecer a sua posi o no mercado Actualmente possui 130 explora es associadas que produzem uma vasta diversidade de frutos inclui
53. alharem em actividades ligeiramente diferentes possibilitou uma abordagem com diversos pontos de vista Por outro lado proporcionou ainda o conhecimento da opini o dos intervenientes que futuramente podem interceder na problem tica de um modo ben fico uma vez que s o estas entidades que possuem mais informa o relevante para a disserta o Assim face dificuldade de obten o de informa o sobre mais empresas do sector n o foi poss vel assegurar uma amostra mais abrangente e por isso foram realizadas apenas duas entrevistas 5 2 Planeamento e cronograma O estabelecimento de um planeamento e cronograma um ponto fundamental para o bom desenvolvimento de todas as fases de trabalho Assim o presente trabalho foi planeado em v rias fases Fase 1 Revis o da literatura A Fase 1 teve por objectivo uma revis o sobre o problema do desperd cio alimentar causas consequ ncias medidas de minimiza o e legisla o aplic vel bem como uma abordagem teoria das metodologias participativas necess rias e importantes quando se pretende propor medidas de mitiga o e minimiza o associadas ao desperd cio alimentar Fase 2 Selec o do caso de estudo Outro dos objectivos foi a an lise de um caso de estudo nacional o desperd cio associado comercializa o e distribui o de P ra Rocha do Oeste de forma a retirar os aspectos chave a 59 integrar no presente estudo Nesta fase fez se um levan
54. alizadas Entidade Entrevistado Fun o Data Hora Local Cooperativa de Produtores Cooperfrutas Gestor 14 de Agosto 10 30 de Fruta e Produtores Horticolas de Alcoba a Granfer Administrativo Financeiro 14 de Agosto 14 30 Sede em Obidos A an lise realizada aos resultados obtidos nas entrevistas foi de natureza qualitativa e teve particular import ncia no sentido que se conseguiu averiguar os pontos de vista de cada interveniente as medidas de acc o ao dispor de cada um e o contributo para a resoluc o da problem tica em an lise 62 6 An lise e discuss o dos resultados Neste cap tulo apresentam se e discutem se os resultados obtidos no decorrer da presente disserta o por pesquisa e an lise literatura resultados obtidos atrav s das entrevistas realizadas Cooperfrutas e a Granfer e por contactos telef nicos com a ANP e a Cooperativa Agr cola do Bombarral 6 1 Resultados obtidos por contacto telef nico Segundo o Presidente da ANP Sr Aristides S cio a ANP n o possui dados quantitativos relativos ao desperd cio de P ra Rocha do Oeste A ANP uma associa o com v rios produtores associados e este tipo de dados quantitativos da responsabilidade das cooperativas e produtores em nome individual De acordo com a mesma fonte a maior parte da P ra Rocha do Oeste vai para comercializa o e para ind stria transformadora Uma pequena parte que n o comest vel para o consumo humano por n o se encont
55. ampanha que promove eventos onde s o confeccionadas e servidas gratuitamente cinco mil refei es por evento com ingredientes que seriam desperdi ados uma campanha que tem como objectivo impulsionar a comunidade global para encontrar solu es positivas para a tem tica do desperd cio alimentar Trabalham em parceira com governos empresas e sociedade civil a n vel internacional para levar mudan a de atitudes e comportamentos sociais com solu es inovadoras e necess rias no combate ao desperd cio alimentar no Mundo A equipa do projecto Feeding 5000 est ainda atr s de dois outros projectos Gleaning Network UK uma iniciativa que visa salvar milhares de toneladas de frutas e legumes que s o desperdi ados no Reino Unido por ano e The Pig Idea esta ideia tem por objectivo usar os desperd cios alimentares legalmente permitidos em Londres para alimentar porcos e se 31 poss vel levantar a proibi o da UE sobre a alimenta o de porcos com restos de modo a reduzir a depend ncia dos cereais importados Feeding 5000 2014 32 3 Legisla o e pol ticas Neste cap tulo ser o abordadas as normas legais comunit rias e nacionais que visam garantir a seguran a alimentar dos produtos hortofrut colas As normas legais regulamentares e administrativas abrangem todas as fases da cadeia alimentar desde a produ o distribui o armazenamento transforma o e comercializa o de produtos hortofrut co
56. apital Zero Desperd cio http www publico pt local noticia movimento quer transformar lisooa numa capital zero desperdicio 1632333 Consultado em Maio 2014 Quested T Johnson H 2009 Household food and drink waste in the UK Banbury UK WRAP Quested T Parry A 2011 New estimates of food and drink waste from households and drink waste from households in UK Banbury UK WRAP Refood 2014 Projecto Refood http www re food org blog Consultado em Maio de 2014 Retail Forum 2010 Informa es ambientais sobre o Ciclo de Vida dos produtos utilizados quotidianamente pelas fam lias 90 http ec europa eu environment industry retail pdf issue paper 5 ENV 2012 00379 00 00 PT TRA 00 pdf Consultado em Julho de 2014 R dio Renascen a 2014 Na es Unidas aprendem com Portugal a combater o desperd cio alimentar http rr sapo pt informacao detalhe aspx did 144928 Consultado em Maio 2014 Save Food 2014 Solution for a world aware of its resources http www save food org cipp md_interpack custom pub content oid 18668 lang 2 ticket g_u_ e s t About html consultado em Maio de 2014 Shopping Bombarral 2014 Doces e Licores D Am lia http www shopping bombarral com doces e licores d amelia p 15 html Consultado em Maio de 2014 Silva A 1986 Conduc o de pom ideas Contributo para o estudo dos h bitos de frutifica o da Pereira Rocha Comemora es dos 25 anos da Nova Fruticult
57. atrav s das entrevistas Cooperfrutas e Granfer 1 Quantidade de P ra Rocha do Oeste recebida e respectivo destino A Tabela 6 1 representa dados sobre as quantidades de P ra Rocha do Oeste recebida pela Granfer e os diferentes destinos e processos para o qual t m destino Tabela 6 1 Quantidades de P ra Rocha do Oeste recebida e respectivos destinos referentes campanha 2013 2014 Granfer kg P ra Rocha do Oeste Adquirida 12 193 680 P ra Rocha do Oeste Transformada 21 448 050 P ra Rocha do Oeste Comercializada 8 751 333 P ra Rocha do Oeste para Ind stria 516 434 Fruta Doada 873 Fruta enviada para alimenta o animal 7 922 64 De salientar que a Granfer possui uma maior quantidade de fruta transformada do que a fruta que realmente adquire de associados e n o associados seis cooperantes e cerca de 30 produtores Por existir uma maior quantidade de fruta transformada do que fruta produzida tal devido s devolu es de fruta por n o terem sido cumpridos os prazos de entrega ou de qualidade pretendidos e a mesma fruta ser processada mais que uma vez Entende se por novamente processada ou transformada toda a fruta que calibrada etiquetada e embalada mais que uma vez Segundo os dados citados a Granfer apresentou um desperd cio de 6 5 de P ra Rocha do Oeste na campanha de 2013 2014 A Tabela 6 2 representa dados sobre as quantidades totais de fruta incluindo P ra Rocha do Oeste ma a p ra p sseg
58. cados gourmet Um produto para acompanhar pratos de carne servir com o p o em lanches e pequenos almo os bem como servir de base para tartes e sobremesas Este um projecto recente e que ainda est em fase de arranque mas que j apresenta resultados e aceita o positiva Parte da fruta que n o pode ser comercializada devido a calibres reduzidos ainda enviada para a ind stria para serem 66 utilizadas em concentrados e sumos de fruta A restante fruta n o comest vel encaminhada para alimenta o animal e para compostagem que realizada a t tulo individual e da qual fazem parte dos res duos org nicos da pr pria empresa bem como fruta podre e folhas que acompanham as caixas de fruta Na Granfer inicialmente faz se uma selec o de fruta por calibre uma parte da fruta que n o pode ser comercializada segue para institui es de caridade para ser doada principalmente para o banco alimentar do Algarve Lisboa Caldas da Rainha e existe j uma parceria com o banco alimentar de Braga A fruta que doada para o banco alimentar maioritariamente fruta de Ver o p ssegos ameixas e nectarinas Em 2014 foi doado para institui es de caridade um valor de 115 mil euros em fruta de Ver o Quanto s frutas como as ma s e a P ra Rocha do Oeste as doa es s o em menor n mero pois uma fruta de boa conserva o e usada noutro tipo de iniciativas A restante fruta que n o possui calibre suficiente para se
59. cha do Oeste De acordo com os dados recebidos na entrevista com a Granfer o desperd cio verificado prende se com a rela o entre a Granfer e o comerciante grandes superf cies do grupo Auchan e Sonae Quando a mercadoria encomendada n o est de acordo com o contratado ou n o obedece aos prazos previamente definidos quer em Portugal quer com a mercadoria exportada o produto retoma para a Granfer a fim de ser novamente transformada lavagem 65 calibragem e embalamento em todos estes processos muita fruta danificada e n o pode seguir novamente para comercializa o Relativamente fruta exportada pela Granfer se por qualquer motivo for devolvida n o pode ser novamente comercializada pois as perdas e danos verificados na fruta s o elevados Em rela o s devolu es de mercadoria ocorridas em territ rio portugu s a fruta 100 reaproveitada e segue para a ind stria Outro factor de desperd cio para a Granfer est relacionado com as mondas efectuadas nas rvores para que as restantes pe as de fruta atingam o calibre desejado para comercializa o Neste sentido o desperd cio n o contabilizado pois toda a fruta recolhida n o tem matura o suficiente e fica na terra Segundo os dados recolhidos atrav s da Cooperfrutas a maioria do desperd cio est associado ao calibre Cada kg de P ra Rocha do Oeste tem um custo associado para a recep o calibragem conserva o embalamento e posterio
60. cia deficiente ou danificados ou que se aproximam do fim do prazo de validade Este tipo de comportamentos de incentivo compra de produtos em promo o deve ser bastante vigiado para n o se acabar por cair na tenta o de comprar excessivamente este tipo de produtos e depois gerar ainda mais desperd cio por n o se conseguir consumir os mesmos e estes acabarem desperdi ados Em pa ses como a ustria Dinamarca It lia Espanha e Reino Unido os seus bancos alimentares t m muito sucesso pois o excesso de alimentos transportado pelos armazenistas para pessoas carenciadas ou para outros pontos de venda onde os produtos s o vendidos a pre os promocionais EUFIC 2012 Segundo a FAO existe uma necessidade urgente de encontrar um uso adequado para os alimentos que est o actualmente a ser desperdi ados H no entanto uma previs o da subida do desperd cio alimentar medida que se verifica um crescimento populacional e consequente procura de alimento e acesso ao mesmo A Ind stria alimentar armazenistas e consumidores precisam de estar consciencializados sobre esta problem tica e agir Estas medidas a serem tomadas n o s seriam ben ficas a n vel econ mico como tamb m a n vel ambiental Os requisitos de qualidade relativos ao calibre forma e matura o de frutos e produtos hort colas s o impostos pela legisla o Europeia ou nacional ou ainda adoptados pelas empresas de distribui o e que como refere a
61. comercializa o de produtos hortofrut colas Muitos destes produtos que est o fora das normas de comercializa o n o chegando s prateleiras dos supermercados e muitas vezes nem sequer s o colhidos Pita 2013 A Associa o Portuguesa de Empresas de Distribui o APED move esfor os para que o desperd cio de alimentos reduza significativamente e com isso contribua para uma melhoria do Ambiente APED 2012 Juntamente com a Ag ncia Portuguesa do Ambiente APA ambas pretendem alertar os consumidores para adoptarem novos h bitos que visem atingir as metas a que se prop em APED 2012 No decorrer dos anos as empresas t m adoptado medidas que reduzam o desperd cio alimentar introduzindo recomenda es levadas a cabo a n vel europeu tais como o investimento na cadeia de refrigera o t cnicas de mais alto n vel de conserva o dos produtos controlo rigoroso dos stocks e da validade dos mesmos APED 2012 Algumas medidas a adoptar passam por APED 2012 e Ajustar as compras s necessidades di rias de cada cidad o e Ajustar o tamanho e as por es de alimentos a cada um e Utilizar primeiro os produtos com data de validade pr xima do fim e Organizar o frigor fico e os arm rios para que os produtos que devem de ser usados mais rapidamente fiquem mais acess veis e Manter o frigor fico em condi es adequadas a uma boa utiliza o e Sempre que existam sobras de alimentos j cozinhados aproveitar os
62. cura para que n o se gastem recursos naturais desnecessariamente e Em caso de excedentes alimentares aptos para consumo humano optar por reutilizar os alimentos atrav s de mercados alternativos ou optar pela doac o a membros da sociedade mais desfavorecidos Nos casos em que os produtos n o est o aptos para consumo humano deve encaminhar se para a cadeia alimentar animal e com isso diminuir os recursos gastos com rac o comercial e Em ltimo caso quando a reutiliza o n o poss vel deve encaminhar se para reciclagem e recupera o e nesta fase temos o exemplo de reciclagem de subprodutos digest o anaer bia com recupera o de energia compostagem e a incinera o S em ltimo caso se opta pela deposi o em aterro As etapas respons veis pelos valores mais elevados de desperd cio alimentar s o a distribui o e consumo Estas etapas s o as mais adequadas para o desenvolvimento de ac es de sensibiliza o e incentivo mudan a de atitudes e comportamentos assim como a adop o de medidas e estrat gias para colmatar os desperd cios verificados Relativamente ao 14 sector hortofrut cola constata se que os desperd cios verificados dizem respeito s etapas de produ o e processamento Baptista et al 2012 2 1 3 Impactes do desperd cio alimentar Segundo o estudo divulgado pela FAO 2013 Food wastage footprint Impacts on natural resources 1 3 mil milh es de toneladas de alimentos s
63. das da Rainha Alcoba a Lourinh bidos e Mafra que s o os principais concelhos produtores de P ra Rocha do Oeste e Arruda dos Vinhos Sobral de Monte Agra o Peniche Alenquer Rio Maior Nazar Por de M s Batalha Leiria Vila Franca de Xira Azambuja Cartaxo Santar m Torres Novas Alcanena Tomar Ferreira do Z zere vila Nova de Our m e Marinha Grande concelhos estes onde a produ o da P ra Rocha do Oeste n o tem presen a significativa Soares et al 2001 43 A rea de produ o de P ra Rocha do Oeste encontra se assinalada na Figura 4 2 ERR gt 1000 ha E 500 a 1000 ha 1002500 ha E lt 100 ho Figura 4 2 Distribui o geogr fica da P ra Rocha do Oeste Fonte Soares et al 2001 Existe ainda alguma produc o deste produto embora em quantidades pouco significativas no Alentejo Ferreira do Alentejo e Elvas Tr s os Montes Carrazeda de Anci es Minho Braga e Beira Interior Lamego Guarda Manteigas Covilh Belmonte e Fund o Nos concelhos do Oeste onde a produ o deste fruto mais pronunciado ocupando cerca de 11 000 ha O concelho do Cadaval um dos mais produtivos possui uma rea de cultivo correspondente a 2 073 ha com crescimento acentuado nas ltimas d cadas tendo ultrapassado o concelho do Bombarral com uma rea de cultivo que actualmente ronda os 1 934 ha e que na ltima d cada viu a sua produ o aumentada em apenas 2 Constata se 44
64. de pragas e produtos animais Do exposto anteriormente consegue se aferir que existe um elevado n mero de causas respons veis pelo desperd cio alimentar ao longo de todas as etapas da cadeia de abastecimento e consumo alimentar Numa conjuntura de dificuldades econ micas e pessoas a sucumbirem ao flagelo da fome torna se fundamental a implementa o de medidas que colmatem este desperd cio e visem uma igualdade de provis es alimentares s gera es futuras 2 1 2 Tipos de desperd cio alimentar O desperd cio de alimentos que ocorre durante as v rias etapas da cadeia de abastecimento e consumo alimentar deve se em parte legisla o adoptada que tem como objectivo proteger a sa de humana mas que em variad ssimas ocasi es suscita o aumento do desperd cio 12 alimentar outra parte desse desperd cio est inteiramente ligada aos processos de armazenamento conserva o e transporte dos alimentos e a parte final corresponde totalmente aos h bitos dos consumidores FAO 2011 Nos pa ses em desenvolvimento o desperd cio alimentar ocorre predominantemente nas fases de produ o colheita e processamento por falta de equipamentos adequados na fase de produ o armazenamento e refrigera o FAO 2013 Nos pa ses desenvolvidos nas fases de distribui o e consumo onde o desperd cio detectado principalmente por existirem exig ncias espec ficas nos padr es de comercializa o e consumo FAO 2013
65. deia de distribui o faz o elo de liga o entre os produtores e os consumidores neste sentido a venda a retalho inclui a venda de bens e servi os directamente aos consumidores O sector do Retalho est em constante mudan a Os retalhistas lidam diariamente com as for as complexas de globaliza o e diversifica o que impulsionam o sector a constantes mudan as Para reduzir o desperd cio de alimentos no sector do retalho seria necess rio identificar as causas e responder a perguntas b sicas como quanto desperdi ado o que desperdi ado como e quando ocorre esse desperd cio Assim a adop o de medidas de minimiza o seria uma solu o vi vel para reduzir o desperd cio e evitar efeitos ambientais ou econ micos negativos 23 2 1 7 2 Desperd cio alimentar no retalho no Mundo e na Europa A n vel Europeu o desperd cio de alimentos estimado no retalho de 4 433 000 toneladas por ano Comiss o Europeia 2010 De acordo com uma estimativa realizada na Alemanha o sector do retalho contribui com um valor de cerca de 3 para o desperd cio alimentar Eriksson 2012 Na Su cia este desperd cio ronda os 3 8 Eriksson 2012 Apesar deste contributo reduzido no desperd cio alimentar a quantidade desperdi ada ainda bastante elevada tendo em conta o n mero limitado de locais de retalho De acordo com dados estimados Eriksson 2012 39 mil toneladas de alimentos s o desperdi ados por ano
66. e Controlo e Certifica o OPC logotipo da comunidade Soares et al 2007 4 3 Colheita A colheita decorre durante tr s semanas pode come ar nas zonas mais precoces durante a primeira semana de Agosto mas predominantemente o in cio da colheita est condicionado pelo grau de matura o A Tabela 4 1 representa as vantagens e desvantagens das colheitas tardias e antecipadas da P ra Rocha do Oeste Avelar 1981 Tabela 4 1 Vantagens e desvantagens da colheita antecipada e tardia Avelar 1981 Colheita antecipada Colheita tardia e Maior resist ncia as manipula es e Menor vulnerabilidade e Favorecem o calibre colora o e Vantagens Ea qualidades a podrid o os organol pticas do e Maior longevidade na a RES fruto c mara frigor fica e Maturac o E ate adiantada e Diminui o do calibre ee final e Menor resist ncia s Wanrcaoe ao transporte Desvantagens e Maior sensibilidade desenvolvimento incompletos e Altera es fisiol gicas aos ventos e Necessidade de tratamento contra pragas 46 Para o sucesso de uma colheita deve ter se em conta Avelar 1981 1 Colher a rvore de baixo para cima Colher frutos com cuidado e com ped nculo e com folhas Colher no estado de matura o adequado E Colher a fruta directamente da rvore para as caixas destinadas a conservac o para reduzir ao m ximo as manipula es 5 Cuidado redobrado ao colher p ras do interior da rvore par
67. e alimentos e Forma o t cnica para o transporte e distribui o dos produtos em seguran a e Aproveitamento de cascas e Novas formas de apresenta o dos alimentos e Armazenamento adequado dos alimentos e Maior doa o dos alimentos n o escoados Para os comerciantes e ind stria hoteleira e Os comerciantes podem oferecer descontos para os produtos pr ximos do fim da data de validade doar o excedente de alimentos a institui es de caridade entre outros e Restaurantes bares e hot is podem repensar a oferta das op es dos seus menus fazer por es menores e criar programas de conscientiza o para os funcion rios e outras medidas e Supermercados hot is restaurantes e administra o p blica devem definir metas de redu o do desperd cio Para os supermercados e Maior inspec o e controlo dos produtos perdidos e desperdi ados e Oferta de descontos para os produtos que est o pr ximos do fim de validade e Reorganiza o da exposi o dos produtos para melhor acesso e Rotulagem padronizada e Maior doa o de alimentos Para os restaurantes e Limitar as op es de menu e flexibilizar os tamanhos das por es e Controlo do desperd cio e Promover forma o para os seus funcion rios 19 Oferecer op o para que os clientes possam levar as sobras das suas refei es e Maior doa o de alimentos Para os consumidores Compra inteligente planear quais os ingredien
68. e aproveitamento de energia Dos projectos abordados no decorrer da disserta o destaca se o projecto Fruta feia que obteve um aproveitamento de 38 toneladas de produtos hortofrut colas o projecto Movimento desperd cio zero que j possibilitou 1 200 000 de refei es a muitas fam lias carenciadas o projecto Refood que possibilitou refei es a 680 fam lias e o projecto Love food hate waste que em 3 anos obteve uma redu o de 13 no desperd cio alimentar Do exposto anteriormente constata se que as empresas do sector da P ra Rocha do Oeste se encontram num bom caminho na implementa o de medidas que visam a redu o do desperd cio alimentar no entanto de salientar que tendo em vista as v rias etapas da cadeia de abastecimento e consumo ainda h um longo caminho a percorrer e todos os intervenientes ter o de fazer esfor os no sentido de alcan ar o objectivo comum o da redu o do desperd cio S o de incentivar as iniciativas a implementar no sentido da redu o do desperd cio alimentar bem como as ac es que visam a doa o de alimentos s classes mais desfavorecidas e a institui es de cariz social Existe ainda um aspecto que precisa de ser mudado e que est directamente ligado com a classe pol tica de cada pa s a legisla o A revis o da legisla o em vigor no que diz respeito a comercializa o de determinados produtos que embora esteticamente menos perfeitos
69. e centrais de conserva o e Desperd cio associado ao manuseamento e calibra o e Desperd cio decorrente do processo de comercializa o e Desperd cio na distribui o e na devolu o de mercadoria Para colmatar o desperd cio verificado nas v rias fases da cadeia alimentar os v rios intervenientes produtores cooperativas centrais de conserva o e distribuidores comprometem se a adoptar medidas que visem a redu o do desperd cio entre essas medidas encontram se e A realiza o de ac es de forma o para sensibilizar os produtores quanto a melhor e mais segura forma de colheita do produto e Transporte da fruta em caixas adequadas para o efeito de modo a evitar o ferimento da mesma e Uso de calibradores eficientes e seguros para evitar o esmagamento da fruta no processo de calibra o e Uso de refrigeradores e c maras de conserva o de prefer ncia em atmosfera controlada de modo a prolongar o tempo de vida de cada produto e Encontrar e implementar planos de ac o para escoar a fruta que n o pode ser comercializada mas que ainda se encontra em perfeitas condi es para ser consumida 7 2 Recomenda es O desenvolvimento do presente trabalho permitiu identificar algumas recomenda es que se descrevem de seguida as quais podem servir de modelo a seguir para a minimiza o do desperd cio alimentar em Portugal Todos os intervenientes na cadeia de abastecimento e consumo alimentar
70. e fino na maioria dos casos muito excepcionalmente aparecem ped nculos curtos durante a colheita A maior parte dos ped nculos partidos acontece quando as p ras s o retiradas do frio para calibrar O comprimento de ped nculo pode variar entre 28 e 35mm sendo este o mais dominante da ser muito importante calibrar a fruta quando ela apresenta a maior resist ncia poss vel ao manuseamento Couto e Avelar 1979 A Polpa A polpa caracteriza se por possuir uma cor branca macia crocante quando se trata de uma matura o comercial ou macia fundente quando se trata de matura o fisiol gica A polpa apresenta caracter sticas granulosas doce e muito sumarenta de perfume ligeiramente acentuado e de elevada qualidade alimentar Couto e Avelar 1979 95 Conserva o Quando se pretende produzir uma P ra Rocha do Oeste de qualidade e com bom poder de conserva o e comercializa o deve se obrigatoriamente obedecer a um processo de colheita criteriosa e a uma recep o muito cuidada Herrero e Guardia 1992 Uma conserva o de qualidade implica dar o m ximo de aten o colheita seleccionando o momento adequado para a mesma assim como o manuseamento mais correcto Uma colheita fora do tempo ou mal efectuada p e em causa a qualidade da fruta Herrero e Guardia 1992 O estado de matura o no acto da colheita tamb m um factor muito importante e determinante para a boa conserva o do fruto Um fruto considera
71. e monitoriza o as quais dependem do apoio e colabora o de entidades externas Aus ncia de um modelo para a estrutura do relat rio Potencialidades a promover Redu o dos custos com a gest o e diminui o dos res duos alimentares Melhoria cont nua do correcto escoamento dos produtos alimentares n o comercializados para a consequente redu o dos res duos alimentares gerados e redu o de custos com o tratamento biol gico dos mesmos Relativamente a medidas de ac o concretas e destinadas a cada interveniente pode se sugerir um conjunto de ac es que visem a redu o do desperd cio alimentar bem como acabe com a problem tica de alimentos n o escoados e que perdem valor comercial ou que acabam em aterro Para o produtor Desenvolvimento de melhores t cnicas de produ o e colheita 18 e Cuidado e seguran a no transporte dos alimentos at s centrais de distribui o conserva o e comercializa o e Escolha de caixas adequadas para o transporte e Expans o de mercados secund rios para escoar os produtos que n o preenchem ou n o re nam os padr es requeridos pela legisla o para a comercializa o e Incentivo para a promo o de colheitas completas e de doa es a institui es de caridade e a fam lias mais desfavorecidas Para a ind stria de processamento e distribui o e Aperfei oamento dos processos de produ o e Melhor maquinaria e t cnicas de aproveitamento d
72. ecial pelo cumprimento das exig ncias dos consumidores quanto s caracter sticas das frutas e produtos hort colas Por isso este tipo de produtos uma rotulagem adequada que indique a origem dos produtos a sua forma de conserva o e os prazos adequados para consumo 34 O Regulamento CE n 2200 96 do Conselho de 28 de Outubro de 1996 estabelece a organiza o comum no mercado no sector das frutas e produtos hort colas e define quais os produtos por ela abrangidos A produ o e a comercializa o deste tipo de produtos devem integrar as preocupa es de car cter ambiental tanto a n vel das pr ticas de cultivo como da gest o dos materiais usados O Regulamento CE n 1234 2007 do Conselho de 22 de Outubro de 2007 estabelece uma organiza o comum dos mercados agr colas e inclui o sector das frutas e produtos hort colas Prev o estabelecimento de normas de comercializa o para frutas e produtos hort colas e determina que estes tipos de produtos se destinam a ser vendidos em condi es frescas e se forem de qualidade ptima O vendedor de frutas s pode vender ao consumidor se os produtos estiverem em conformidade com as referidas normas Para simplificar as regras da UE a Comiss o comprometeu se a reduzir a burocracia desnecess ria atrav s da elimina o de um conjunto de normas de comercializa o aplic veis a estes produtos Assim o Regulamento CE n 1580 2007 da Comiss o de 21 de Dezemb
73. egularidade com que adquirem este tipo de produtos Seguidamente tem se a Irlanda e o Canad embora regulares mas em menor quantidade e por fim a Fran a que se mant m regular ap s o decl nio da sua produ o Com os restantes pa ses as rela es comerciais s o espor dicas Existem ainda pa ses europeus que est o fora das rotas de exporta o de P ra Rocha do Oeste s o eles Su cia Noruega Dinamarca Finl ndia Alemanha assim como a maioria dos pa ses dos pa ses de Leste Muitos outros mercados poder o ser conquistados e a expans o da produ o Nacional n o est limitada A exporta o de P ra Rocha do Oeste j se verifica h cerca de duas d cadas e tomou maiores propor es na campanha de 1991 92 Este aumento de exporta o deveu se a uma quebra da produ o de p ra a n vel Europeu Em 1997 tamb m por uma quebra verificada na produ o de p ra a n vel europeu mas tamb m pela produ o recorde atingida permitiu subir consideravelmente o registo das exporta es para valores superiores s 50 mil toneladas considerando apenas as exporta es declaradas e certificadas Nessa campanha as exporta es registadas fizeram da P ra Rocha Ag do Oeste a terceira variedade mais exportada a n vel Mundial A cessa o de fronteiras com a elimina o das taxas sobre as exporta es portuguesas facilitou este processo ANP 2001 Torna se fundamental para a sustentabilidade do sector os esfor
74. elaria O projecto TES coordenado pelo Save Food Initiative tem o acompanhamento da FAO e da Messe D sseldorf e ainda apoiado pelo projecto Desafio Fome Zero do Secret rio geral da ONU Organiza o das Na es Unidas Ban Ki moon Neste projecto participam ainda organiza es como a WRAP UK que promove o incentivo reciclagem e o projecto Feeding the 5000 que consiste num projecto com o objectivo de distribuir alimentos que de outro modo seriam descartados Neste projecto participam ainda outros parceiros e organiza es bem como governo nacionais que possuem experi ncia em pol ticas contra o desperd cio Think Eat Save 2014 2 3 3 Projecto Fruta Feia Fran a Em Mar o de 2014 para por termo ao desperd cio de frutas e legumes na Fran a uma rede de supermercados tomou a iniciativa de vender frutas e legumes que esteticamente n o poderiam ser comercializados Um projecto com origem portuguesa que se viu alargado al m fronteiras devido ao seu enorme sucesso Este projecto est a ser implementado em Fran a numa grande rede de supermercados o Intermarch que come ou a vender este tipo de produtos feios e desde ent o que outras cadeias de supermercados lhe seguiram o exemplo e g grupo Auchan Cora e Monoprix Com esta iniciativa todo o tipo de frutas e legumes fora do padr o de comercializa o s o vendidos a pre os mais baratos cerca de 20 30 abaixo do pre o normal nes
75. em de desperd cio no retalho de frutas frescas de 11 4 12 e de 9 7 10 Buzby et al 2009 2011 Na Noruega o desperd cio medido em lojas com departamentos de alimentos perec veis foi de 3 35 ao longo de 2011 Eriksson 2012 24 2 2 Pr ticas iniciativas e projectos adoptados a n vel Nacional Existem v rios motivos explicativos para a ocorr ncia de desperd cio alimentar e existem tamb m diferen as entre cada sector da cadeia de aprovisionamento alimentar para a ocorr ncia desse mesmo desperd cio Os dados quantitativos sobre esta problem tica s o muito reduzidos principalmente no sector do processamento e retalho No processamento h desperd cios que s o inevit veis muito do que se desperdi a n o comest vel ou por quest es tecnol gicas acaba por ocorrer uma sob produ o ou ainda porque o alimento se encontra danificado ou deformado Existem ainda problemas no sector do retalho com a gest o de stocks armazenamento e refrigera o correctos para que o produto corresponda s expectativas do consumidor Por fim p e se ainda a quest o de coordena o entre os v rios sectores para que n o haja perdas entre eles Comiss o Europeia 2010 Muitas campanhas projectos e medidas de minimiza o s o colocadas em ac o para reduzir o desperd cio alimentar associado as fam lias de todo o Mundo Estas iniciativas alargaram se aos principais sectores da cadeia alimentar incluindo hot is restaurante
76. emas da pereira Rocha na regi o do Oeste a poliniza o pela m experi ncia do passado e pela tend ncia adquirida entre os fruticultores que plantam apenas esta variedade de p ra Para melhorar a qualidade dos frutos aconselha se a inclus o de duas ou tr s variedades polinizadoras de flora o mais coincidentes com as respectivas fases de flora o da pereira Rocha O per odo de flora o est intimamente ligado com o frio Invernal sendo a pereira Rocha uma rvore exigente em horas de frio acumuladas durante os meses de Outono e Inverno Silva 1990 Quando os Invernos s o menos severos a flora o apresenta se irregular e prolongada ocorrendo a plena flora o apenas na segunda quinzena de Abril Se o Inverno suficientemente frio a plena flora o d se nos primeiros dias de Abril Silva 1990 O Fruto A P ra Rocha do Oeste apresenta frutos com elevada percentagem de calibres entre 55 e 65mm devido aos escassos recursos h dricos dispon veis na regi o Oeste Calibres entre 65 e 75mm podem ser atingidos desde que os pomares sejam devidamente instalados podados mondados fertilizados e irrigados Couto e Avelar 1979 Forma e Calibre A forma dos frutos vari vel e est relacionada com factores gen ticos e com a falta de sementes devido partenocarpia Deste modo surgem formas mais arredondadas devido a boa poliniza o e formas mais alongadas devido a est mulo partenoc rpico O calibre
77. embora corresponda ao di metro na maior sec o do fruto varia com a forma da p ra pelo que p ras que apresentam o mesmo calibre podem possuir formas diferentes e pesos diferentes de acordo com o seu maior ou menor alongamento Couto e Avelar 1979 A Tabela 9 1 representa a varia o do peso m dio da P ra Rocha do Oeste em fun o da forma do fruto 94 Tabela 9 1 Varia o do peso m dio da P ra Rocha do Oeste em fun o da forma do fruto Fonte Soares et al 2001 Di metro do Comprimento Comprimento do Er Forma fruto do fruto ped nculo dai ua mm mm mm E Redonda Ovada 62 64 39 115 Redonda Piriforme 62 67 27 119 Oblonga piriforme 60 81 25 132 ovada Epiderme e carepa A epiderme do fruto apresenta uma cor entre o amarelo e o verde claro Apresenta uma carepa t pica volta do ped nculo que menos acentuada na zona apical e com suaves pontua es dispersas pela superf cie de todo o fruto Couto e Avelar 1979 A intensidade da carepa depende muito das condi es climat ricas dos tratamentos fitossanit rios da varia o dos clones mas tamb m das caracter sticas da regi o Esta caracter stica da carepa menor em frutos produzidos em pomares com exposi o solar a sul boa drenagem de solo e atmosf rica A P ra Rocha do Oeste um fruto com caracter sticas nicas que seguidamente s o enunciadas O Ped nculo A P ra Rocha do Oeste apresenta um ped nculo comprido lenhoso
78. era muito demorada Por fim a quantidade de entrevistas foi pequena e n o foi poss vel extrapolar dados que apontassem para a realidade vivida no sector 94 7 4 Orienta es para pesquisas futuras o Relativamente a problem tica do desperd cio alimentar um tema t o importante numa conjuntura de crise econ mica e de agravamento das situa es socioecon micas desfavorecidas de grande relev ncia que haja cada vez mais ac es de sensibiliza o em todas as etapas da cadeia de abastecimento alimentar para que sejam cumpridas as metas de redu o do desperd cio Ao n vel dos produtores as ac es de sensibiliza o s o importantes para elucidar e dar a conhecer as melhores formas para a orienta o e manuten o das culturas melhores m todos de colheita e manuseamento Ao nivel das empresas de processamento distribui o comercializa o necess rio uma consolida o e partilha de conhecimentos sobre t cnicas de gest o eficiente melhores m todos de calibragem armazenamento e refrigera o para prolongar o tempo de conserva o dos produtos alimentares Ao n vel das grandes superf cies e das empresas do sector alimentar se fosse exposto publicamente a quantidade de alimentos desperdi ados aumentaria a consci ncia e a sensibiliza o para a problem tica em estudo Al m disso poderia existir uma forma de puni o para aqueles que ultrapassassem um determinado limite de desperdi o Relativame
79. erreno e Doa o para institui es de solidariedade na etapa da distribui o que se procura estabelecer a liga o entre a procura e a oferta entre a etapa de produ o e o consumo A procura est condicionada por factores como o clima sazonalidade de produtos marketing e campanhas de promo o Aquando de um fen meno de promo o a procura cresce e torna se dif cil a gest o dos stoks e por esse motivo opta se por ter disponibilidade de produto o que ir gerar boas formas de escoamento de 19 produto mas consequentemente um desperd cio por parte de quem as compra pois opta por adquirir maiores quantidades do que as necess rias Baptista et al 2012 A Figura 2 5 representa as perdas alimentares em cada etapa da cadeia alimentar 300 7 40 250 E 30 e 200 q Y 3 q 3 150 E 20 2 a 3 100 4 o Q 10 50 3 0 Mi Produ o W Processamento W Distribui o EE Consumo Figura 2 5 Perdas alimentares em cada etapa da cadeia alimentar Baptista et al 2012 Em Portugal em mat ria de res duos e segundo o Programa de Preven o de Res duos Urbanos APA 2014 as ac es de preven o de RU no que diz respeito mat ria org nica devem dar prioridade compostagem quer para o consumidor individual quer para os consumidores colectivos escolas hospitais espa os verdes e afins APA 2014 Tamb m deve ser dada prioridade utiliza o e consumo racional dos
80. es estranhos O desenvolvimento e o estado das p ras devem permitir lhes e Suportar o transporte e outras movimenta es e Chegar ao local de destino em condi es satisfat rias e Prosseguir o processo de matura o e alcan ar o grau de matura o adequado A classifica o da p ra feita em tr s categorias e Categoria Extra devem ser de qualidade superior a polpa n o deve apresentar qualquer deteriora o e a epiderme deve estar isenta de carepa rugosa n o devem apresentar defeitos com excep o de altera es muito ligeiras e superficiais desde que estas n o prejudiquem o aspecto geral do produto nem a sua qualidade conserva o ou apresenta o na embalagem o ped nculo deve estar intacto n o devem apresentar concre es na polpa 37 e Categoria I devem ser de boa qualidade a polpa n o deve apresentar qualquer deteriora o podem apresentar ligeiros defeitos desde que n o prejudiquem o aspecto geral nem a sua qualidade conserva o ou apresenta o na embalagem Por estes pequenos defeitos entende se v Um ligeiro defeito na forma Um ligeiro defeito de desenvolvimento Um ligeiro defeito de colora o Carepa rugosa muito ligeira Ligeiros defeitos da epiderme SS No Oe ON O ped nculo pode estar ligeiramente danificado v As p ras n o devem apresentar concre es na polpa e Categoria Il Nesta categoria est o todas as p ras que n o podem ser classificadas nas categoria
81. esperd cio alimentar no sector do processamento da P ra Rocha do Oeste recorreu se como instrumento de an lise a um inqu rito por entrevista dirigido aos respons veis pelo sector da P ra Rocha do Oeste Com as entrevistas procurou se complementar a caracteriza o da situa o actual e perceber qual a posi o de cada uma das diferentes entidades entrevistadas em rela o problem tica associada ao caso de estudo e quais as medidas que no entender dos entrevistados poderiam ser tomadas para minimizar o problema 60 Para a realiza o das entrevistas foi elaborado o gui o que se apresenta no Anexo com os seguintes cinco pontos que se pretendia que fossem desenvolvidos pelos entrevistados Quantidade de P ra Rocha do Oeste recebida e respectivo destino Onde ocorre o desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Causas da ocorr ncia do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Medidas usadas para minimizar o desperdi o associado P ra Rocha do Oeste ON cg Ge I ee Plano de ac o futuro que a entidade prev usar para resolver o problema do desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Deste gui o constava ainda a identifica o da entidade entrevistada e a caracteriza o do entrevistado nomeadamente nome g nero e fun o na entidade 5 4 Procedimentos e tratamento da informa o Tendo em conta que a an lise do caso de estudo abrange uma rea consider vel de Portugal a regi
82. este tipo de produtos e com isto melhorem a sustentabilidade da cadeia alimentar para fazer chegar mais e melhor qualidade de alimentos a toda a popula o Desenvolver uma proposta de plano de ac o para reduzir o desperd cio alimentar no sector hortofrut cola 1 4 Metodologia geral A metodologia a usar ser centrada na pesquisa e revis o da literatura sobre o assunto an lise de dados informa es e legisla o relativa problem tica do desperd cio alimentar Baseados nestes dados e analisando a situa o nacional e internacional pretende se encontrar medidas que possam ser implementadas para reduzir o desperd cio alimentar O estudo centrar se no desperd cio de alimentos decorrentes do processamento distribui o de produtos hortofrut colas na an lise da legisla o existente em Portugal e estudar como esta problem tica pode ser controlada para possibilitar uma redu o do desperd cio e consequentemente uma redu o de res duos enviados para aterro Tendo em conta o caso de Estudo da P ra Rocha do Oeste e utilizando como instrumento de an lise a realiza o de entrevistas a empresas de distribui o do sector pretendeu se encontrar dados significativos de desperd cio quais as suas causas e que tipos de iniciativas est o a ser implementadas para fazer face a esse desperd cio Por fim e analisando todos os aspectos abordados sobre a problem tica quer a n vel de literatura legisla o pro
83. g s Em termos de res duos qualquer degrada o na hierarquia dos res duos significa perda de recursos ambientais e dinheiro Explicitando de melhor forma prefer vel o uso pretendido do ponto de vista ambiental do que o desperd cio do alimentos embora seja prefer vel usar o desperd cio para alimentar animais do que incinerar os mesmos A comercializa o e transporte de alimentos s o realizados num mercado global assim os custos efeitos e impactos ambientais da produ o e distribui o dos mesmos tamb m se verificam globalmente Os impactos ambientais verificam se ao longo de toda a cadeia de abastecimento alimentar mas muitas vezes mais vis vel na fase de produ o 2 1 6 2 Tipos de desperd cio A perda de alimentos refere se diminui o da quantidade ou qualidade de alimentos comest veis em toda a cadeia de aprovisionamento alimentar Os alimentos que eram destinados a consumo humano e que por v rias raz es retirado da cadeia de aprovisionamento alimentar considerado desperd cio ou res duo alimentar mesmo que sejam direccionados para outro tipo de reaproveitamento alimenta o animal ou produ o de biog s Estas perdas alimentares ocorrem nas v rias fases da cadeia de aprovisionamento alimentar Relativamente ao desperd cio ao n vel do consumidor sabe se que est relacionado com a efici ncia na gest o dos alimentos planeamento de refei es fraccionamento e armazenamento das mesmas
84. gastos econ micos e os recursos associados Comiss o Europeia 2010 Dentro dos res duos dom sticos uma grande parte corresponde a res duos alimentares dos quais se destacam os bio res duos res duos decorrentes da confec o de refei es e que n o podem ser reaproveitados e res duos decorrentes do desperd cio alimentar produtos fora do prazo de validade produtos que apresentam uma qualidade inferior que o consumidor pretende e sobras de refei es que foram confeccionadas de forma excessiva e que por n o terem sido bem acondicionadas se deterioraram Livro Verde 2008 Grande parte destes res duos vai para aterro causando uma sobrecarga dos mesmos e aumentando a produ o de metano um g s de efeito de estufa 25 vezes mais prejudicial que o di xido de carbono Livro Verde 2008 Este tipo de res duos poderia ser encaminhado para valoriza o org nica digest o anaer bia sendo desta forma poss vel recuperar energia na forma de biog s contribuir para a diminui o das altera es clim ticas associadas a este tipo de problemas e melhorar a qualidade dos solos ou encaminhados para processos de compostagem FCRN 2011 1 2 Relev ncia Segundo a Resolu o do Parlamento Europeu PE de 30 de Novembro de 2011 citado que necess rio sensibilizar todos os intervenientes da cadeia agro alimentar e visar as diferentes causas do desperd cio Para que tal tarefa seja realizada com sucesso torna se fu
85. ial de 53 milh es de euros em 2010 GPP 2012 4 5 2 Mercados Tradicionais e Alternativos Al m dos mercados internos e externos a p ra Rocha possui outras utiliza es muitas delas s o circuitos alternativos para frutos que n o podem ser comercializados directamente porque apresentarem danos f sicos formas e texturas desaconselhadas S o formas de comercializa o diferentes das habituais venda do fruto a peso que permitem escoar o produto A P ra Rocha do Oeste um fruto que pode ser consumido 50 e Crocante ou fundente quando est mais verde mais crocante e quando est mais madura adquire um tom amarelado torna se mais doce macia e sumarenta e Com ou sem casca m o ou com faca e garfo e A temperatura ambiente ou refrigerada e Em saladas bolos doces sumo como acompanhamento de pratos ou como peca de fruta ANP 2003 Al m destas formas de consumo a P ra Rocha do Oeste pode ser consumida em bebidas n ctares e sumos doces ou compotas ou no famoso licor da P ra Rocha do Oeste da D Am lia representado na Figura 4 4 Figura 4 4 Licor e doce de P ra Rocha do Oeste Fonte Shopping Bombarral 2014 D Am lia aproveitando os saberes tradicionais antigos utilizou principalmente a fruta t pica da regi o Oeste a P ra Rocha do Oeste e fez o aproveitamento de frutos defeituosos e fora de comercializa o para a confec o de doces de fruta as del cias de P ra Rocha do Oeste
86. ion and is therefore sent to animal feed and composting or anaerobic digestion for biogas production The main mitigation measures to be adopted it becomes clear the development of better production techniques and harvesting from the producer expansion of secondary markets to drain producis that don t meet the required standards incentives for donating to charities and less favored families improvement of food processing and more effective ways of presenting storage and packaging food better inspection and monitoring of waste limitation of menu options and flexible portion sizes in the catering sector and offer the take away option to the customers Finally at the final consumer encourage planning of shopping lists and daily meals buy directly from the producer of high quality products but of different shapes and textures conditioning and properly storing scraps use the same in new recipes and better understand of food expiring dates XI Therefore the action measures proposed are considered necessary to solve the problem of food waste found along the entire food chain The results of this study have a particular importance in the national context but may be adopted in countries that have similar problems Keywords Distribution and retail sector Fruit and vegetable sector Rocha Oeste Pear environmental impacts food waste xii Simbologia e Nota es ANP APA APED APMA ASAE BRC CE CODIMACO COTHN
87. istema fiscal o Necessidade de aumento do investimento na promoc o do produto nos mercados de destino o Fraca notoriedade e inexist ncia de uma imagem de excel ncia associada aos produtos agro alimentares portugueses e Dificuldade de resposta da produ o ao aumento da press o da procura resultante da falta de concentra o e organiza o da produ o e Incapacidade de mudan a da cultura empresarial e organizativa nomeadamente ao n vel da distribui o e da comunica o nos mercados alvo e Insuficientes condi es de apoio organiza o e concentra o das estruturas de transforma o distribui o e comercializa o e Fraca posi o no mercado sem capacidade de o influenciar resultante da falta de escala o Dificuldade de aumento de quota no mercado nacional e Baixo grau de utiliza o dos instrumentos existentes pela desadequa o dos mesmos as necessidades reais o Produtos de qualidade certificada que na maior parte das vezes n o t m dimens o cr tica e Falta de estrat gia conjunta entre o sistema financeiro e as empresas Estes factores levam a opc o de exportac o em detrimento da comercializac o nos mercados internos As exporta es nos ltimos anos principalmente entre 2000 e 2010 aumentaram significativamente de 14 milh es de euros para 66 milh es de euros Verificou se pois um acr scimo de 7 no valor das exporta es em 2000 e 11 em 2010 que se torna vis vel num saldo comerc
88. ita e consequentemente reduzir o desperd cio A n vel das empresas do sector alimentar necess rio fazer investimentos para a aquisi o de novas tecnologias e melhores equipamentos para um maior sucesso nas etapas de colheiia transporte e armazenamento Este tipo de iniciativas trar benef cios adicionais para a seguran a alimentar e para a mitiga o das altera es clim ticas eros o dos solos e degrada o da biodiversidade crucial uma comunica o eficaz entre todos os participantes das cadeias de abastecimento alimentar Em particular melhorar a comunica o entre produtores cooperativas e empresas de retalho para se ter uma melhor percep o entre a procura e a oferta Discrep ncias entre a procura e a oferta s o uma das principais causas de desperd cio alimentar Para resolver esta problem tica associada ao desperd cio alimentar necess rio actuar em tr s frentes 1 necess rio um maior esfor o para equilibrar a oferta e a procura para que n o se desperdicem recursos naturais desnecessariamente 2 No caso dos excedentes alimentares a melhor op o a reutiliza o dos alimentos na cadeia alimentar humana atrav s de mercados secund rios ou da doa o aos membros mais vulner veis da sociedade Se os alimentos n o est o em condi es para o consumo humano a melhor op o desvi los para a cadeia alimentar animal poupando recursos que de outra forma seriam necess rios para
89. jectos e entrevistas prop s se a implementa o de medidas de minimiza o e a elabora o de um plano de ac o que visasse a redu o do desperd cio alimentar no sector hortofrut cola 1 5 Organiza o da disserta o O presente trabalho encontra se estruturado em oito cap tulos O primeiro cap tulo enquadra o tema do desperd cio alimentar e descreve a relev ncia e os objectivos e a desta disserta o tamb m neste cap tulo que se descreve a metodologia geral utilizada e a organiza o da disserta o O segundo cap tulo diz respeito revis o da literatura realizada na rea do desperd cio alimentar fundamental para alcan ar os objectivos pretendidos neste projecto de investiga o Faz se uma abordagem problem tica do desperd cio alimentar contemplando as suas causas e consequ ncias as medidas de minimiza o face ao problema e a pol tica e legisla o nacional e mundial em vigor e aplic vel ao caso desta tem tica O terceiro cap tulo descreve a legisla o e as pol ticas associadas ao desperd cio alimentar e a comercializa o de produtos hortofrut colas quer a n vel nacional quer a n vel europeu O quarto descreve o caso estudo da P ra Rocha do Oeste a relev ncia e o enquadramento te rico e por ltimo indicam se os aspectos chaves das metodologias a integrar na tem tica do desperd cio alimentar associado ao caso estudo Ainda neste cap tulo descreve se a problem tica
90. las A comercializa o inclui exporta es e comercializa o em territ rio Portugu s Actualmente a legisla o sobre a presta o de informa es aos consumidores condiciona o consumir at para alimentos altamente perec veis ap s esta data eles s o considerados inseguros e impr prios para consumo Em rela o ao consumir de prefer ncia antes de refere se data de durabilidade m nima funciona como um aviso do fabricante que avisa que antes desta data pouco prov vel causar qualquer dano no entanto ap s esta as qualidades sensoriais podem n o ser t o boas como o indicador de qualidade exige EUFIC 2012 Na legisla o em vigor deveriam ser comunicadas datas e conselhos de armazenamento e refrigera o nos produtos para poder prolongar a qualidade dos produtos frescos e aumentar a preserva o e durabilidade dos alimentos A legisla o existente visa a classifica o de produtos segundo normas obrigat rias aplicadas as frutas e produtos hort colas que s o comercializados na Comunidade ou s o exportados Esta legisla o permite uma coer ncia e lealdade no com rcio e elimina dos mercados os produtos de qualidade insatisfat ria e n o aptos a serem vendidos neste sentido que a legisla o e as normas legislativas determinam disposi es espec ficas relativas qualidade calibres apresenta o e embalagem assim como v rios outros aspectos 3 1 Pol tica e Legisla o Nacional
91. lcral a an lise de todas as etapas e sectores respons veis pela cadeia de abastecimento alimentar e detectar quais os que geram mais desperd cios e quais as poss veis solu es Parlamento Europeu 2011 Segundo previs es do Banco Mundial espera se um aumento de 50 na procura de alimentos entre 2009 e 2030 World Bank 2012 Segundo dados disponibilizados pela FAO at 2050 para uma popula o de 9 mil milh es de pessoas a produ o alimentar dever aumentar cerca de 20 FAO 2009 Com estes factos a problem tica da fome assume elevada relev ncia quando se fala existirem cerca de 925 milh es de pessoas subnutridas em todo o mundo APA 2014 A tem tica do desperd cio alimentar e dos efeitos socioecon micos a ele associados pois um tema que marca a actualidade Neste contexto do desperd cio alimentar encontram se tr s factores que propulsionam o aumento do desperd cio a urbaniza o e a diminui o do sector agr cola a transi o de dieta nos pa ses emergentes e o aumento da globaliza o do com rcio Baptista et al 2012 Esta situa o provoca cada vez mais um alongamento na cadeia de abastecimento alimentar e consequentemente maiores desperd cios associados Baptista et al 2012 Este alongamento das cadeias de abastecimento alimentar provoca um maior distanciamento nas rela es entre o produtor e o consumidor provocando consequentemente maiores desperd cios alimentares tanto que quanto
92. m tica do desperd cio alimentar o estudo das causas associadas e poss veis ac es de minimiza o fundamentais redu o do desperd cio alimentar e ao aperfei oamento da sustentabilidade da cadeia alimentar O estudo foca se no desperd cio alimentar ocorrido na etapa de produ o e distribui o do sector hortofrut cola mais concretamente o estudo do desperd cio alimentar associado a um fruto de excel ncia no nosso Pa s a P ra Rocha do Oeste O desenvolvimento desta disserta o teve em considera o a revis o da literatura an lise da legisla o em vigor e os resultados obtidos pela realiza o de entrevistas a duas empresas do sector da distribui o e retalho da P ra Rocha do Oeste Este instrumento de an lise permitiu identificar os principais problemas e definir ac es estrat gicas a adoptar Das v rias causas detectadas como potenciais respons veis pelo desperd cio alimentar verificado na etapa de distribui o do sector hortofrut colas destaca se o desperd cio associado ao calibre danos f sicos ou elevado estado de matura o heterogeneidade das condi es organol pticas principalmente Assim da an lise legisla o constata se que a comercializa o de calibres muito pequenos e muito grandes possibilitam escoar uma grande parte da P ra Rocha do Oeste que fica no pomar Por outro lado o desenvolvimento de ac es de sensibiliza o aos produtores para uma melhor colheita bem como a aten
93. m agrupamento de produtores que tenha como objectivo a produ o nos moldes tradicionais e respeitando as regras presentes no caderno de especifica es da ANP e Possuir um organismo privado de controlo CODIMACO empresa de controlo e certifica o da conformidade de produtos agr colas e g neros aliment cios e sistemas de gest o de qualidade escolhido pela entidade gestora a ANP ANP 2014 4 7 Entidades 4 7 1 Federa o Nacional das Organiza es de Produtores de Frutas e Hort colas FNOP Al m da Associa o Nacional de Produtores de P ra Rocha do Oeste entidade fulcral no sector da CODIMACO e das OP existe tamb m outra entidade fundamental no sector hortofrut cola a FNOP Tem como objectivo defender e representar os interesses das OP de frutas e legumes realizar ac es que privilegiem e desenvolvam as produ es dos seus associados coordena o de actividades ac es estudos e informa es de interesse comum aos produtores FNOP 2014 Os associados da FNOP representam um volume de neg cios de 150 milh es de euros anuais 30 mil hectares de fruta e legumes e 5 mil produtores activos Dentro da associa o existem mais de 28 produtos de hort colas comercializados FNOP 2014 Existe tamb m uma confraria criada pela ANP e que tem como objectivos ANP 2014 e Promover o consumo de P ra Rocha do Oeste e Apoiar a elabora o e divulga o de trabalhos sobre a P ra Rocha do Oeste e Dara co
94. maior o n mero de intervenientes entre cada etapa do abastecimento alimentar maior o tempo necess rio para o alimento chegar do produtor at ao consumidor final e maiores os desperd cios gerados Baptista et al 2012 Tendo em conta o relat rio publicado sobre mat ria de res duos no sector hoteleiro do Reino Unido o desperd cio de alimentos atinge um valor de 600 mil toneladas cerca de 41 dos res duos produzidos dos quais 400 mil toneladas poderiam ter sido evitadas IWWG 2014 Segundo a FAO 2011 cerca de um ter o de todos os alimentos para consumo humano s o desperdi ados o que corresponde a 1 3 bili es de toneladas Este desperd cio decorre durante todo o ciclo de vida do produto desde a sua produ o colheita distribui o processamento 2 com rcio e consumo Muitas s o as perdas verificadas e muitas delas evit veis FAO 2011 Muitas s o as causas que levam ao desperd cio de alimentos desde requisitos impostos para a sua comercializa o perdas durante a sua distribui o e transforma o bem como a perda de qualidade e ainda o desperd cio associado a exageros na hora de compra confec o e acondicionamentos dos mesmos IWWG 2014 Com o crescimento demogr fico eminente e com a preocupa o de se fazer chegar alimentos a toda a popula o a redu o deste tipo de desperd cio importante para a promo o da sustentabilidade alimentar nas pr ximas d cadas Sendo que a cadeia de abasteci
95. mentar 12 Tabela 2 2 Destino geral das perdas alimentares reranians 19 Tabela 3 1 Calibre por categoria di metro e variedade de fruta 38 Tabela 3 2 Calibre por categoria peso e variedade de fruta 38 Tabela 4 1 Vantagens e desvantagens da colheita antecipada e tardia 46 Tabela 5 1 Cronograma do trabalho anaa 60 Tabela 5 2 Caracter sticas das entrevistas realizadas 62 Tabela 6 1 Quantidades de P ra Rocha do Oeste recebida e respectivos destinos referentes a campanha 2013 2014 Granter cccccccsrssssssressereessesreessersesesreeesreessessates 64 Tabela 6 2 Quantidades de fruta recebida pela Cooperfrutas e respectivos destinos referentes as campanhas de 2011 2012 2012 2013 e 2013 2014 65 Tabela 6 3 Enquadramento das responsabilidades dos actores intervenientes 12 Tabela 6 4 Ac es a desenvolver em cada fase do plano de ac o 13 Tabela 9 1 Varia o do peso m dio da P ra Rocha do Oeste em fun o da forma do 1 Introdu o 1 1 Enquadramento O Parlamento Europeu manifesta a sua preocupa o pelo facto de diariamente uma quantidade consider vel de alimentos mesmo sendo perfeitamente consum vel ser tratada como res duos e considera que o desperd cio de alimentos representa um problema ambiental e tico e tem custos econ micos e sociais o que coloca desafios no contexto do mercado interno tan
96. mento alimentar possui v rias etapas onde este desperd cio se torna evidente e multiplicando todos estes desperd cios pela infinidade de sectores dispon veis o estudo desta problem tica das causas e efeitos associados mesma e o alcance de solu es vi veis de implementa o para reduzir esses impactes o aspecto fundamental desta tese de disserta o 1 3 Objectivos Tendo em conta a quantidade de recursos econ micos e ambientais investidos na produ o e comercializa o dos alimentos um dos objectivos desta disserta o compreender as causas que levam ao desperd cio de produtos hortofrut colas O produto hortofrut cola escolhido como caso de estudo foi a P ra Rocha do Oeste na fase de processamento distribui o entre o produtor e as centrais de distribui o para comercializa o e exporta o Em concreto pretende se Identificar as causas do desperd cio alimentar associado de modo a encontrar medidas e projectos vi veis para a obten o da redu o do desperd cio alimentar nesta fase da cadeia de abastecimento alimentar Analisar a legisla o nacional de modo a encontrar aspectos que possam ser alterados e que visem a redu o do desperd cio proporcionado por este tipo de legisla o Fazer um levantamento sobre as medidas comportamentos projectos e iniciativas que possam ser implementadas em Portugal ou que j estejam a ser implementadas que visem a redu o do desperd cio d
97. mesmos na confec o de novos pratos 10 excep o do sector dos produtos hort colas Portugal um pa s extremamente depende da importa o de alimentos Baptista et al 2012 Ao longo dos anos os grandes distribuidores ganharam terreno comparativamente com os mercados tradicionais e proporcionaram um maior poder na cadeia alimentar Baptista et al 2012 Com o aumento do aparecimento dos grandes distribuidores o maior beneficiado o consumidor pois tem maior variedade de produtos sua disposi o e a pre os mais reduzidos APED 2009 2 1 1 Causas do desperd cio alimentar Nas nossas casas os alimentos s o armazenados manuseados preparados cozinhados comidos ou n o comidos estragados dados ou deitados fora Antes disso os alimentos s o adquiridos e transportados e antes ainda o consumidor desenvolve uma inten o de adquirir que mais ou menos estruturada Em todas as fases existe um potencial para o desperd cio Baptista et al 2012 V rias s o as causas que justificam a ocorr ncia de perdas e desperd cio alimentar verificado ao longo de toda a cadeia de abastecimento e consumo Tendencionalmente quanto maior for a cadeia de abastecimento maior a dist ncia entre o produtor e o consumidor maior o n mero de opera es etapas e mecanismos envolvidos e maior a deteriora o dos produtos alimentares nomeadamente por falta de infra estruturas ao n vel da refrigera o Baptis
98. mm SA a a O Do Reduzir as quantidades de res duos que chegam a aterro Evitar tratamentos biol gicos espec ficos para este tipo de res duos Diminui o da emiss o de gases de efeito de estufa Poupan a de recursos naturais como gua e solo Redu o dos gastos energ ticos utilizados no processamento Redu o significativa dos impactes socioecon micos e ambientais 80 7 Conclus es 7 1 S ntese conclusiva O presente projecto de disserta o foi maioritariamente te rico e consistiu numa abordagem mais anal tica do desperd cio associado aos produtos hortofrut colas mais concretamente da P ra Rocha do Oeste Este tipo de abordagem implicou a an lise dos tipos de desperd cio ocorridos an lise das causas introdu o de medidas e avalia o das mesmas Do apuramento dos resultados obtidos pelos instrumentos de an lise utilizados neste trabalho de investiga o concluiu se que o desperd cio alimentar mais concretamente o desperd cio de produtos hortofrut colas ocorre em v rias etapas da cadeia alimentar como a produ o colheita armazenamento distribui o comercializa o e consumo De um modo geral existem medidas que podem ser colocadas em ac o para se conseguir atingir a meta de redu o do desperd cio alimentar Exemplos dessas medidas s o e Produ o controlada dos produtos alimentares e Sistema de distribui o e armazenamento controlado e Realiza o de ac es de se
99. na ind stria de transforma o s o pois reduzidas pois os frutos entram a 100 no processo de transforma o e aquele que por qualquer motivo apesentarem danos f sicos ou qualidade muito deficiente s o encaminhados para alimenta o animal produ o de vinagre ou destilados Baptista et al 2012 As perdas verificadas no processo de produc o acontecem principalmente devido a factores meteorol gicos doencas e pragas que afectam as culturas No caso da fruta por se tratar de um produto fresco e sazonal as perdas acontecem maioritariamente na distribui o e consumo principalmente quando se verifica a satura o do mercado relativamente a um determinado fruto Na Tabela 2 2 est o representados os destinos finais das perdas alimentares verificadas nas v rias etapas da cadeia alimentar Tabela 2 2 Destino geral das perdas alimentares Baptista et al 2012 Produtores Ind stria Distribui o Consumidores e Consumo animal e Transforma o em e Promo es nos e Encaminhamento e Venda para subprodutos produtos em fim de para os servi os de produtos geralmente para validade gest o de res duos secund rios consumo animal e Encaminhamento para e Alimenta o de e Doa o para e Encaminhamento para compostagem e servi o animais dom sticos institui es de os servi os de gest o de gest o de res duos e Compostagem solidariedade de res duos e Doa o para Consumo dom stica e Incorpora o no animal pr prio t
100. ncnnnnnnronnnnanarnannnos 59 92 Planeamento e Cronograma asc 59 5 3 Instrumento de an lise entrevista sas a 60 5 4 Procedimentos e tratamento da informa o cere 61 6 An lise e discuss o dos resultados occmcoconncnnonononanononencnnn ener narran 63 6 1 Resultados obtidos por contacto telef nico ocooccccccccccccncocnnconoronnnnononanroranonnos 63 6 2 Resultados obtidos atrav s da realiza o de entrevistas 04 Do ChuzaMeMO de CACOS iaa 68 6 3 1 Quantidades desperdi adas coococcocococcoconcoronnoronnonoronronnornnnna raro rrnnornannnnnrs 68 6 3 2 Etapas do ciclo de vida onde ocorre desperd cio 68 6 3 3 Causas apontadas para o desperd cio 69 6 3 4 Medidas implementadas para reduzir o desperd cio ococcocccccoccccococnnnncnnnnnnnos 70 64 Proposta emendas 08 ACCION 72 XVII TGONCIUSOCS cala 81 TAs SIMesS CONCIUSIVA sais isa Rania as eos 81 2 RECOMENDA ES can ir iii a paia aria 82 Ted ENMTACOSS CO ES UI AA Sr Da a dia 84 7 4 Orienta es para pesquisas futuras ocoocoococonncnnncnnnnnnnnnnanoncnronnoncncrnronanncnness 85 S BiDNO GW alla iia in 87 9 Anexos 93 Anexo QUIao de ONIOVIS TA sas ra e 93 Anexo Il Considera es gerais e caracter sticas da P ra Rocha do Oeste 94 A O E ere 94 FO ma e Callos a reirte ata 94 EpIGerme e Caras ia 95 A A A i aguuaanime unum ante ar nnmaAtedeMmun eee Montene 95 PRET ONO A AAA A 95 CONS CVC O sa tare kates cos 96
101. ndo a P ra Rocha do Oeste uma cooperativa que conserva normaliza embala e comercializa os produtos das explora es associadas Cooperfrutas 2014 A Cooperfrutas possui um corpo t cnico que presta um acompanhamento transversal desde o campo no cumprimento das normas da Produ o Integrada Globalgap e Rastreabilidade at ao cliente Possuem uma central onde est o implementadas as normas da HACCP e BRC e trabalham na procura constante do aperfei oamento do produto final Isto traduz se num produto final de alta qualidade e seguran a alimentar pela adop o de um conjunto de pr ticas culturais realizadas de modo racional e integradas no ecossistema agr cola Cooperfruta 2014 Detentora de um elevado padr o de qualidade a Cooperfrutas exporta para diversos pa ses e no mercado Portugu s trabalha principalmente com a distribui o moderna de cadeias de supermercados e hipermercados Para a partilha de experi ncias desenvolvimento de projectos de investiga o e colabora o em ac es de promo o e divulga o desenvolvem parcerias com diversas entidades entre as quais Confedera o Nacional das Cooperativas Agr colas CONFAGRI ANP Associa o de Produtores de Ma de Alcoba a APMA Centro Operativo e Hortofrut cola Nacional COTHN Instituto Nacional de Investiga o Agr ria e das Pescas INIAP e a Universidade de vora Cooperfrutas 2014 De seguida apresentam se algumas figuras que ilus
102. ngo de toda a cadeia de produ o devem garantir que a seguran a dos g neros aliment cios n o seja comprometida Todos os locais em que os g neros aliment cios s o preparados tratados transformados e 36 transportados devem reunir todas as condi es de higiene e seguran a Os res duos alimentares os subprodutos n o comest veis e os outros res duos dever o ser retirados das salas em que se encontrem alimentos o mais depressa poss vel de forma a evitar a sua acumula o devem ser depositados em contentores que se possam fechar devem ser tomadas as medidas adequadas para a recolha e a elimina o deste tipo de res duos 3 1 2 Pol tica e legisla o aplic vel distribui o e comercializa o de produtos hortofrut colas Norma de Comercializa o aplic vel s P ras Anexo artigo 3 Regulamento de Execu o UE n 543 2011 da Comiss o de 7 de Junho de 2011 A presente norma aplica se s p ras de variedades de Pyrus Communis L que se destinem a ser apresentadas ao consumidor no estado fresco com exclus o das p ras destinadas a transforma o industrial A norma tem por objectivo definir as caracter sticas de qualidade que as p ras devem apresentar depois de acondicionadas e embaladas As caracter sticas m nimas que devem possuir para ser comercializadas s o e Devem apresentar se inteiras limpas e s s e isentas de ataques de parasitas humidades exteriores e odores ou sabor
103. nhecer as tradi es da P ra Rocha do Oeste e Organizar concursos para avaliar a qualidade da P ra Rocha do Oeste e Procurar a valoriza o da P ra Rocha do Oeste 52 De todas estas associa es OP ANP e FOP resultam uma imensa oferta de produtores e associados que por estar inscritos nas mesmas possuem privil gios no momento de venda dos seus produtos quer no mercado Nacional quer no mercado externo Seguidamente ser o abordadas duas empresas no sector da P ra Rocha do Oeste Granfer e Cooperfrutas que foram essenciais para o estudo em quest o 4 7 2 Granfer A Granfer nasce em 1986 com alicerces numa heran a familiar com 60 anos de experi ncia em fruticultura e paix o pela terra Situa se no cora o da regi o Oeste de Portugal junto a medieval e encantadora vila de bidos Granfer 2014 Dedica se produ o conserva o normaliza o e comercializa o de frutas frescas das quais a P ra Rocha do Oeste Com produ o pr pria a Granfer consegue retirar de cada pomar o que de melhor este lhe oferece Comercializa frutas de produtores locais bem como de outros produtores nacionais que oferecem produtos de qualidade As vendas repartem se em 30 35 para o mercado Nacional e 65 70 para exporta o No mercado Nacional os principais clientes s o a grande distribui o e a n vel de exporta es os principais destinos s o Inglaterra Brasil Fran a Pol nia R ssia e Irlanda Granfer
104. nicas de conserva o e refrigera o pouco eficientes e Na distribui o comercializa o Falta de cuidados no transporte descarte de produtos danificados calibre desadequado aspecto apoiado pela legisla o em vigor elevado estado de degrada o mau manuseamento e exposi o do produto expira o dos prazos de validade gest o de stocks deficiente e No consumo Falta de sensibilidade para a problem tica do desperd cio alimentar mau planeamento ou aus ncia de lista de compras e de refei es mau armazenamento conserva o e organiza o das compras no domic lio excessos na hora de comprar e confeccionar as refei es produtos fora do prazo de validade 69 6 3 4 Medidas implementadas para reduzir o desperd cio Como medidas apontadas para a redu o do desperd cio a Granfer move esfor os no sentido deste desperd cio ser o m nimo poss vel tal que se encontra cooperante com iniciativas locais de modo a doar fruta para as escolas da regi o projecto em coopera o com o governo do Reino Unido no mesmo mbito doa o de fruta de pequenos calibres 115 mil euros doados para institui es de apoio social encaminhamento de fruta para a ind stria de transforma o Compal Com o intuito de reduzir ainda mais o desperd cio a Granfer pretende alargar as suas parcerias ao mercado externo aumentar a exporta o produzir derivados de p ra vinagre pickles destilados p ra enlatada e desidratad
105. no consumo pode ser evitado algum desse desperd cio verificado deve se a excessos na hora de comprar por m gest o das quantidades estritamente necess rias para a confec o das suas refei es EUFIC 2012 Os consumidores exageram quando se trata de promo es pois acabam por comprar em demasia o que a longo prazo acaba por se tornar o oposto uma vez que acaba por ser desperdi ada comida que se estragou por n o ser usada no devido tempo EUFIC 2012 J existem no entanto consumidores a pedir as suas sobras nos restaurantes este tipo de atitude reduz significativamente a quantidade de alimentos desperdi ada EUFIC 2012 Este tipo de comportamentos bem como doa o de alimentos que sobram dos restaurantes cantinas e hospitais a institui es de caridade e a pessoas carenciadas seriam contributos essenciais para a redu o do desperd cio DECO 2013 Em Portugal 17 dos produtos alimentares que s o produzidos s o deitados fora o que se traduz em cerca de 1 milh o de toneladas de alimentos Pita 2013 Uma boa parte deste desperd cio n o se traduz em comida impr pria para consumo mas produtos que quer pelo seu calibre quer pelo seu aspecto est tico n o pode ser vendido principalmente em produtos como as frutas e os legumes Pita 2013 Este desperd cio em parte apoiado pela legisla o portuguesa e europeia em vigor Existem normas que estabelecem os pesos m nimo e m ximo a cor e o calibre ideais para a
106. no sector do retalho na Su cia Na Su cia realizou se um estudo em seis empresas de retalho onde foram registados dados de desperd cio alimentar entre 2010 2011 Os dados basearam se na quantidade de alimentos entregues pelos agricultores produtores e rejeitados ou que n o poderiam ser comercializados O desperd cio de fruta e legumes frescos devido rejei o ou falta de condi es para comercializa o foi de 3 enquanto a perda deste tipo de alimento no interior da loja foi de 1 3 Note se que neste tipo de alimentos que se verificam maiores desperd cios dentro do sector alimentar contribuindo com cerca de 67 dos res duos deste sector Um dos produtos mais desperdi ado foi o tomate com valores na ordem das 106 toneladas de res duos durante o per odo de an lise 2 anos entre 2010 2011 seguidamente como mais desperdi ado tem se as bananas com 90 toneladas e a alface com 82 toneladas Eriksson 2012 Estimativas de outros pa ses tamb m evidenciam que o desperd cio alimentar no retalho para diferentes grupos de produtos situa se entre os O e os 10 que s o aproximados aos valores encontrados no estudo realizado na Su cia Eriksson 2012 As frutas e os legumes s o ent o respons veis pela maior percentagem de desperd cio no sector do retalho Gustavsson et al 2011 Estima se que o Brasil possui um desperd cio no retalho de 8 76 Fehr et al 2002 apud Eriksson 2012 e nos Estados Unidos a percentag
107. nsibiliza o para a tomada de consci ncia sobre a problem tica do desperd cio alimentar bem como da exaust o dos recursos naturais e Eficiente gest o dos alimentos planeamento adequado das refei es fraccionamento e armazenamento das mesmas aquisi o das quantidades necess rias de produto e Melhor rotulagem das embalagens principalmente no que diz respeito s datas de validade e Cria o de legisla o que incentive a venda de produtos esteticamente feios mas com igual qualidade e Cria o de legisla o que facilite e incentive a distribui o dos produtos que n o s o escoados para escolas e institui es de caridade No sector dos produtos hortofrut colas e relativamente ao caso de estudo da P ra Rocha do Oeste averiguou se algumas causas respons veis pelo desperd cio deste tipo de produtos entre elas e Desperd cio de fruta no in cio do processo de produ o aquando da realiza o de mondas para que a fruta atinga o calibre desejado e mais rent vel para comercializa o e Perdas associadas s condi es adversas do clima e Colheita tardia ou antecipada e Desperd cio de fruta associado colheita por m todos ineficientes e pouco cuidadosos e Desperd cio associado ao calibre da fruta decorrente da aplica o da legisla o em vigor calibres muito baixos ou muito elevados n o t m valor comercial 81 e Desperd cio associado ao transporte da fruta para as cooperativas
108. nte a aspectos mais t cnicos e que influenciariam o sucesso de redu o da meta de desperd cio alimentar e que constitui um dos maiores entraves realiza o desta disserta o foi a quantifica o de alimentos desperdi ados Por isso e neste sentido a constru o de uma base de dados que identifique as quantidades desperdi adas por cada empresa seria essencial para a resolu o deste problema Poder se ia tamb m criar um plano de monitoriza o sobre a tem tica onde se inclu ssem os v rios intervenientes ou respons veis pelo sector alimentar quantidades desperdi adas locais e iniciativas que encaminhassem do modo mais adequado os produtos que n o pudessem ser comercializados Por fim e a t tulo individual por ser uma rea de grande interesse a cria o de uma p gina ou blogue direccionada para o consumidor em geral onde diariamente se aconselhasse sobre as melhores formas para planear as compras e as refei es semanais se dessem dicas de gest o e armazenamento dos alimentos e se partilhassem receitas para aproveitamento de sobras e alimentos em fim de validade 85 86 8 Bibliografia ANP 1997 Caderno de especifica es da P ra Rocha do Oeste Denomina o de Origem Cadaval ANP 2003 P ra Rocha do Oeste Passado Presente e Futuro Cadaval ANP 2014 P ra Rocha do Oeste http www perarocha pt custompages showpage aspx pageid b6bcea81 52db 47e5 8b45 3d43b8557ab78m a17 Cons
109. o Bolo de chocolate com P ra Rocha do Oeste os queques integrais de P ra Rocha do Oeste e a j conceituada tarte de P ra Rocha do Oeste Shopping Bombarral 2014 4 6 Produto DOP deveras importante o papel decisivo que a Associa o Nacional de Produtores de P ra Rocha do Oeste ANP criada em 17 12 1993 tem na exporta o do produto promovendo comercialmente a Denomina o de Origem Portuguesa DOP da P ra Rocha do Oeste Desde a campanha de 1995 96 os associados da ANP representam 100 das exporta es certificadas e mais de 80 das exporta es totais certificadas e n o certificadas ANP 1997 A Associa o Interprofissional Gestora de Marcas Colectivas CODIMACO igualmente importante em todo este processo exercendo fun es de controlo de qualidade e certifica o 51 da referida DOP mas tamb m na certifica o dos produtos vendidos com a garantia Protec o Integrada ANP 1997 A designa o DOP atribu da a um produto em que a produ o transforma o e elabora o ocorrem numa rea geogr fica delimitada e um modo de produ o reconhecido Um produto de origem DOP reconhecido pela Comunidade Europeia desde que sejam garantidas determinadas condi es ANP 1997 e Ser um produto de qualidade reputa o notoriedade e antiguidade e Comprovar que tem caracter sticas associadas a uma Regi o influenciadas pela geografia da mesma e Possuir uma entidade gestora e u
110. o da cadeia alimentar Mena et al 2011 e Encontrar canais de venda alternativos para os produtos excedentes quando os produtos foram adquiridos em demasia e t m de ser vendidos quando ainda possuem condi es para o consumo Este tipo de medidas implica uma redu o de 50 no pre o quando a data de validade se aproxima do fim e Se mesmo ap s a redu o dos pre os o produto n o vendido pode ser utilizado na confec o de outros pratos quando a cadeia de supermercados possui venda de refei es Fogelberg et al 2011 Mena et al 2011 Neste caso ao utilizar os produtos na confec o de refei es os res duos s o potencialmente convertidos em alimento e com isto prolongar o ciclo de vida do mesmo e O sistema de promo es deve ser devidamente planeado para que este n o cause impactos negativos pois estas mesmas produ es podem causar res duos Fogelberg et al 2011 Para isso muitas empresas sacrificam a disponibilidade de produtos durante as promo es para n o causar desperd cio ou ent o fazem promo es constantemente para escoar produto Mena et al 2011 e Quando o alimento n o pode ser aproveitado e n o pode ser vendido ao consumidor deve apoiar se iniciativas de caridade neste sentido o alimento perde o seu valor econ mico mas deixa de se tornar res duo pois passa a ser utilizado para consumo humano e assume um papel muito importante a n vel social Eriksson 2012 e Quando nenhuma das alternativa
111. o de composto para utiliza o no solo e em culturas e a digest o anaer bia produ o de biog s sabe se que cerca de 95 dos res duos tratados s o usados em processos de compostagem Neste tipo de compostagem s o tratados res duos verdes e mais lenhosos A digest o anaer bia mais 40 adequada para o tratamento de bio res duos h midos incluindo gorduras Neste tipo de processo produz se uma mistura de gases metano e di xido de carbono em reactores controlados O biog s produzido pode reduzir a emiss o de GEE de forma mais significativa quando utilizado como biocombust vel para transportes ou injectado directamente no sistema de distribui o de g s European Commission 2008 O Livro Verde sublinha v rias solu es poss veis para uma gest o eficiente dos bio res duos entre elas melhorar a preven o de res duos limitar a deposi o em aterro op es de tratamento de biocombust veis desviados dos aterros melhorar a valoriza o energ tica aumentar a reciclagem contribuir para o melhoramento dos solos e outras utiliza es para os bio res duos Livro Verde 2008 O impacto ambiental de diferentes sistemas de tratamento depende de factores locais como a composi o dos res duos o clima ou o uso potencial dos produtos derivados As vantagens do sistema de gest o mencionado para este tipo de res duos depende principalmente European Commission 2008 e Da quantidade de energia que pode
112. o dos desperd cios limitar op es de menu e flexibilizar os tamanhos das por es no sector da IX restaura o e oferecer a op o para que os clientes levem as compras para casa Por fim e no consumidor final incentivar o planeamento das listas de compras e das refei es di rias comprar directamente ao produtor produtos de grande qualidade mas de formatos e texturas diferente acondicionar e armazenar correctamente as sobras usar as mesmas em novas receitas e compreender melhor as datas de validade Assim as medidas de ac o traduzem uma proposta do que se considera necess rio realizar para resolver o problema do desperd cio alimentar verificado ao longo de toda a cadeia alimentar Os resultados desta disserta o revestem se de particular import ncia no mbito nacional podendo ser adoptados em pa ses que apresentam problemas semelhantes Palavras chaves Sector distribui o e retalho sector hortofrut cola P ra Rocha do Oeste impactes ambientais desperd cio alimentar Abstract This study focuses on the food waste problem on the causes and possible mitigation measures that are fundamental to reduce food waste and improving the sustainability of the food chain This dissertation studies the food waste during distribution of horticultural products more specifically focused on the food waste resulting from the fruit of excellence in Portugal P ra Rocha do Oeste The development of this disser
113. odutos de qualidade mas que n o apresentem os calibres desejados Fazer cumprir a legisla o Governo relacionada com a qualidade higiene e seguran a das frutas Estar sensibilizado para a quest o do desperd cio associado a fruta de calibres n o comercializ veis e de formas diferentes Popula o em geral Comprar produtos de qualidade Depois da an lise do estudo apresentado e de acordo com a pesquisa bibliogr fica e das entrevistas efectuadas pode se apresentar uma proposta de ac o que leve a atitudes mais conscientes por parte dos intervenientes em todo o ciclo de vida do alimento e a uma redu o do desperd cio associado Face aos problemas diagnosticados no levantamento da situa o actual referente quantidade de alimentos desperdi ado no caso de estudo da P ra Rocha do Oeste e tendo em vista a elabora o de um Plano de Ac o prop e se as seguintes fases do Plano 12 Fase 1 Informa o sensibiliza o sobre desperd cio alimentar Fase 2 Aplica o de medidas de gest o dos desperd cios Fase 3 Monitoriza o e avalia o das medidas e ac es realizadas As diferentes fases n o apresentam qualquer sequ ncia temporal devendo ser implementadas de acordo com as necessidades do sector Para cada uma das fases referidas prop em se medidas ou ac es espec ficas a desenvolver com uma prioridade elevada e a curto prazo Foi determinada esta prioridade e prazo de implementa o
114. on mico e cultural Os prazos de validade tamb m apresentam uma das causas de maior desperd cio alimentar pois s o alvo de uma s rie de d vidas na hora de colocar produtos para o lixo Podem ser encontradas nos r tulos dos alimentos v rios formatos de data antes de consumir at vender at expor at mas estas nem sempre s o utilizadas de forma consistente EUFIC 2012 O PE sugeriu em 2012 uma rotulagem com data dupla para incluir tanto data limite de venda o que pode ajudar os armazenistas a evitar a venda de produtos que atingem o seu fim de validade como data limite de consumo mas em primeiro lugar necess ria a compreens o da terminologia por parte dos consumidores Parlamento Europeu 2012 13 De acordo com o estudo Food wastage footprint Impacts on natural resources publicado pela FAO 2013 a maior parte do desperd cio de alimentos cerca de 54 ocorre na fase de produ o manipula o p s colheita e armazenamento Nas etapas de processamento distribui o e consumo ocorrem os restantes 46 FAO 2013 Estes dados encontram se representados na Figura 2 4 E Produ o manipula o p s colheita e armazenamento E Processamento distribui o e consumo Figura 2 4 Desperd cio alimentar nas v rias fases FAO 2013 Para diminuir deste tipo de problemas o manual pr tico da FAO 2013 equaciona tr s pontos de acc o e Equilibrar a oferta e a pro
115. os diariamente pelos distribuidores e armazenistas que se v m confrontados com problemas de gest o de stocks desafios log sticos e coordena o entre sectores As causas do desperd cio dom stico s o variadas e entram em conflito factores regionais o clima estado socioecon mico e cultural Os prazos de validade tamb m apresentam uma das causas de maior desperd cio alimentar pois s o alvo de uma s rie de d vidas na hora de colocar produtos para o lixo Pesquisas efectuadas no Reino Unido e Irlanda sobre esta tem tica conclu ram que existia muita confus o na interpreta o das datas de validade no r tulo dos produtos Segundo este estudo cerca de um ter o dos produtos e deitado fora antes de terminar o prazo de validade Existe ainda muito trabalho a fazer no que diz respeito ao melhoramento das pr ticas de armazenamento Sabe se que as frutas e legumes se mant m em boas condi es durante mais tempo se forem devidamente refrigerados Dos consumidores inquiridos apenas 23 mencionou que iriam armazenar as frutas e 53 mencionou que iriam guardar os legumes no frigor fico Muitos dos inquiridos deixam os alimentos em contacto com a atmosfera e isso reduz a frescura e qualidade dos mesmos Parlamento Europeu 2011 Muitas vezes o consumidor dever usar o seu pr prio julgamento visual olfactivo e gustativo para verificar se o produto se encontra em perfeitas condi es para o consumir excepto quando a data de validade
116. os e ameixas recebidas pela Cooperfrutas e os diferentes destinos e processos para o qual t m destino Tabela 6 2 Quantidades de fruta recebida pela Cooperfrutas e respectivos destinos referentes s campanhas de 2011 2012 2012 2013 e 2013 2014 kg 2011 2012 kg 2012 2013 kg 2013 2014 Entrada total de fruta 11 000 000 6 200 000 11 600 000 Fruta inutilizada animais 60 46 149 compostagem etc De acordo com os dados fornecidos pela Cooperfrutas existiu um desperd cio de fruta incluindo de P ra Rocha do Oeste que rondou os 0 5 na campanha de 2011 2012 0 7 na campanha de 2012 2013 e 1 2 na campanha de 2013 2014 2 Onde ocorre o desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Segundo dados obtidos pela Cooperfrutas a maior parte do desperd cio verifica se na colheita do fruto e no transporte do mesmo do produtor at cooperativa De acordo com os dados obtidos pela Granfer o desperd cio associado P ra Rocha do Oeste ocorre maioritariamente na distribui o entre a cooperativa e os locais de comercializa o Nos pomares a fruta toda colhida e encaminhada para diversas iniciativas e aproveitada em v rias vertentes Uma pequena parte que desperdi ada e que n o possui outra alternativa vi vel acontece aquando da realiza o das mondas das rvores que efectuada para que o fruto atinga o calibre desejado para comercializa o 3 Causas da ocorr ncia do desperd cio associado P ra Ro
117. per odo normal do in cio da colheita e deve repetir se aos 4 5 dias e ndice refract metro evidencia o teor de mat rias sol veis existentes no fruto dos quais fazem parte os a cares um par metro muito ligado ao grau de matura o do fruto e em especial sua qualidade organol ptica e Acidez total o par metro mais complexo a determinar Uma P ra Rocha do Oeste de boa qualidade a acidez dever apresentar valores at cerca de 2 2g de cido m lico por litro de sumo 96 Taxa de regress o do amido Avelar e Rodrigues 1999 durante a matura o da P ra Rocha do Oeste o amido transforma se em a car sol vel por hidr lise podendo ser um bom indicador do seu grau de matura o A uma menor quantidade de amido e a uma consequente maior quantidade de a cares corresponde um fruto mais maduro Para um excelente sucesso na conserva o a maior parte dos frutos dever ter valores de taxa de regress o de amido entre 5 e 7 ndice de Streiff Silva 1996 usado para determinar a data ideal de colheita 97
118. perd cios que prov m de alimentos que s o rejeitados devido a normas e leis que impedem a sua comercializa o pois n o possuem uma apar ncia perfeita por outro h tamb m falhas no planeamento das compras e das refei es das fam lias de consumidores Por toda a Europa tamb m se verificam desperd cios de alimentos nos v rios sectores da cadeia alimentar e esse valor estima se ser de 89 milh es de alimentos desperdi ados Como tal existe uma grande preocupa o para reduzir o desperd cio por parte das institui es da UE A alimenta o um ponto chave para o Roteiro para um recurso eficiente na Europa e esta prioridade exige um esfor o de toda a cadeia de abastecimento alimentar FAO 2013 16 Grande parte do desperd cio alimentar verifica se nas casas dos consumidores cerca de 37 milh es de toneladas A maior evid ncia prov m de investiga es no Reino Unido onde se estima que 60 do lixo dom stico poderia ser evitado e com esta medida seriam poupados cerca de 600 por ano em cada fam lia Aliada a esta poupan a estaria uma poupan a ambiental que equivale a retirar da estrada um em cada cinco carros Parlamento Europeu 2011 LA A maior parte do desperd cio na produ o inevit vel pois muitos produtos n o s o comest veis ou porque devido a quest es tecnol gicas se conseguiu uma superprodu o ou at porque existem produtos deformados ou danificados Estes tipos de problemas s o vivid
119. r comercializado nas empresas de retalho segue para um projecto na autarquia denominado Uma escola e P ras e tem por objectivo doar p ras de calibre reduzido para as cantinas das escolas da autarquia Existem ainda um acordo com o governo do Reino Unido uma parceria entre o intermedi rio da Granfer no Reino Unido e o governo tem o intuito de garantir a doa o de fruta para um projecto que incentiva todas as crian as a comer pelo menos cinco pe as de futa por dia Esta fruta de calibre reduzido n o comercializ vel noutro tipo de mercados doado pela Granfer para o programa escolar 5 a Day atrav s de um cliente que vende ao National School Fruit Scheme NSFO Existe ainda uma quantidade de fruta que n o pode ser comercializada e segue para a ind stria mais concretamente para a Compal S o feitos contractos anuais e por campanha em que a Compal compromete se a receber uma certa quantidade de fruta que vari vel de campanha para campanha e utilizado para produzir sumos 5 Plano de acc o futuro que a entidade prev usar para resolver o problema do desperd cio associado a P ra Rocha do Oeste Como Plano de Acc o a Granfer aposta em determinadas medidas com vista a resoluc o da problem tica do desperd cio da P ra Rocha do Oeste tais como e Realiza o de mais parcerias com pa ses fora de Portugal para apostar na exporta o e em rela es mais vantajosas e Apostar em produtos derivados da
120. r distribui o para comercializa o neste sentido os calibres mais pequenos n o s o vantajosos pois n o possuem valor comercial que compense face ao que gasto em todo o processo Existem ainda pequenas perdas relacionadas com a calibragem da pr pria fruta que no processo acabam esmagadas pelo calibrador Uma outra causa do desperd cio de P ra Rocha do Oeste para a Cooperfrutas est relacionado com as constantes mudan as nos produtos utilizados para a conserva o da fruta na fase de refrigera o Muitas vezes as altera es dos produtos usados s o comunicadas muito perto dos in cios de campanha e torna se imposs vel em tempo til fazer ensaios para testar os novos produtos e a seu modo de actua o Existem ainda algumas perdas no processo de colheita e transporte do produtor para a cooperativa Neste sentido a empresa desenvolve ac es de sensibiliza o e acompanhamento ao produtor para que este tipo de desperd cio seja m nimo 4 Medidas usadas para minimizar o desperd cio associado P ra Rocha do Oeste Na Cooperfrutas no que diz respeito a calibres muito grandes de P ra Rocha do Oeste existem alguns mercados que procuram este tipo de calibre para comercializar e ent o este tipo de fruta direccionado para este tipo de mercados Relativamente a calibres muito pequenos ou a fruta com algum dano f sico a fruta usada para fazer pur de fruta na pr pria empresa para venda em locais da regi o e mer
121. r para os respectivos mercados e Gest o eficiente do controlo dos stocks e Melhor acondicionamento conserva o e armazenamento dos produtos e Uso de sistemas de refrigera o com portas ao n vel da comercializa o de produtos hortofrut colas de modo a reduzir os gastos com energia e melhor conservar os produtos e Optimizar os sistemas de embalagens para diminuir danos f sicos e Melhorar o sistema log stico 70 e Utiliza o de produtos em fim de vida para a confec o de refei es que possam ser adquiridas no interior das superf cies de comercializa o e Sistema de produ es devidamente planeados e Baixar as press es exercidas pelo mercado no que diz respeito ao aspecto e calibre dos produtos hortofrut colas e Cria o de mercados alternativos para o escoamento de produtos esteticamente deficientes e de calibre desadequado comercializa o e Doa o de alimentos a institui es de apoio social e Ac es de sensibiliza o e educa o alimentar e Comprar e confeccionar o estritamente necess rio e Utiliza o eficiente dos alimentos e Reutiliza o das sobras em novas refei es e Melhor conhecimento sobre a rotulagem e prazos de validade e Organiza o adequada dos produtos nas despensas dom sticas e Alimenta o animal de forma a reduzir os gastos com ra o comercializada e Utilizar uma gest o eficiente dos res duos e Compostagem e digest o anaer bia como forma d
122. rar nas devidas condi es vai para alimenta o animal e por fim ainda existe uma pequena quantidade de fruta que n o possui qualquer forma de aproveitamento e segue para aterro Relativamente quantidade de P ra Rocha do Oeste que encaminhada para alimenta o animal e para aterro a ANP n o possui dados quantitativos uma vez que n o responde em nome individual por cada produtor e associado embora esteja informado sobre tal destino e acredita que uma percentagem reduzida Segundo o Presidente da ANP algumas das op es de escoamento para os frutos que n o podem ser comercializados s o e Industria de produ o de sumos compotas e iogurtes e Alimenta o animal e Doa o a institui es de caridade e Venda ao consumidor directo Existem ainda outra forma de aproveitamento deste tipo de frutos que consiste na desidrata o dos mesmos Esta iniciativa pertence a uma empresa do Bombarral que utiliza mac s e p ras cultivadas no Oeste desidrata as e apresenta as aos pedacinhos em formas muito criativas para incentivar outro tipo de consumidores e mercados Segundo Diogo Maur cio do departamento de Marketing da regi o Oeste a base deste produto consiste em retirar a gua dos alimentos uma t cnica com milhares de anos e que a forma mais antiga de preservar os alimentos 63 Apesar de todas as formas alternativas que possibilitem o escoamento da P ra Rocha do Oeste ainda assim alguma fruta
123. ro de 2007 foi alterado pelo Regulamento CE n 1221 2008 da Comiss o de 5 de Dezembro de 2008 que a partir de 1 de Julho de 2009 revogou todos os regulamentos que fixavam as normas de comercializa o para 36 frutos e produtos hort colas frescos anteriormente estabelecidas no mbito do Regulamento CE n 2200 96 do Conselho de 28 de Outubro de 1996 O Regulamento de Execu o UE n 543 2011 da Comiss o de 7 de Junho de 2011 que estabelece regras de execu o do Regulamento CE n 1234 2007 do Conselho de 22 de Outubro de 2007 nos sectores das frutas e produtos hort colas e das frutas e produtos hort colas transformados e define normas espec ficas de comercializa o para 10 produtos ma s citrinos kiwis alfaces p ssegos e nectarinas p ras morangos pimentos uvas e tomates bem como a norma geral para todos os outros frutos e produtos hort colas abrangidos pela Organiza o Comum de Mercado COM As frutas e produtos hort colas n o abrangidos por uma norma de comercializa o espec fica devem ser conformes Norma Geral de Comercializa o S o exclu dos das normas de comercializa o outras frutas e produtos hort colas n o abrangidos pela Organiza o Comum de Mercado s o elas cana de a car milho doce coco azeitonas batata bananas verdes n o amadurecidas que t m uma regula o espec fica e bananas ap s amadurecimento sujeitas a uma Organiza o Nacional de Mercado espec fic
124. rtantes para a elabora o e conclus o da disserta o pela simpatia e vontade de ajudar ao Sr M rcio Soares da Granfer por ter respondido tamb m em entrevista a todas as quest es relevantes para a conclus o de uma parte importante do estudo colaborando de forma essencial para o mesmo Foi tamb m de extrema import ncia o apoio dos familiares em especial a minha m e porque sem ela a realiza o deste projecto n o teria sido poss vel Obrigada por estarem sempre presentes e darem o apoio familiar t o precioso Ao meu namorado Manuel Rodrigues pela sua compreens o e apoio nos momentos mais dif ceis Quando tudo parecia perdido e imposs vel de alcan ar era ele que estava do meu lado para me incentivar a n o desistir Aos meus colegas e amigos Joana Bicha Vera Nunes Gl ria Henriques Francisco Henriques Elisabete Dur o Cristina Fernandes C mia Pimentel Isabel Costa e Isabel Fernandes por toda a amizade demonstrada apoio e incentivos sempre que necess rios vil Um obrigado muito especial a uma amiga de cora o M rcia Ramos a sua for a a sua ajuda e o seu incentivo di rio contribu ram de forma muito positiva para a conclus o deste estudo de disserta o A todos os outros cujo nome n o foi mencionado mas que directa ou indirectamente contribu ram para a realiza o desta disserta o A todos o meu obrigado vill Resumo Esta disserta o debru a se sobre a proble
125. s supermercados e resid ncias Segundo dados da ONU e o Projecto PERDA Portugal um Pa s bem posicionado no combate ao desperd cio alimentar Em 2012 apresentava uma percentagem de desperd cio alimentar de 17 valor bastante abaixo da m dia mundial que se situa nos 35 R dio Renascen a 2014 Portugal est assim nos olhos do Mundo e da FAO v rias t m sido as iniciativas para combater o desperd cio alimentar que servem de exemplo Europa e ao Mundo Como exemplo dessas iniciativas tem se o Movimento Desperdi o Zero o projecto Refood e o projecto Fruta Feia Segundo H lder Muteia representante da FAO em Portugal s o experi ncias positivas que devem ser partilhadas a n vel mundial para a cria o de uma plataforma s lida de combate ao desperd cio R dio Renascen a 2014 Seguidamente enuncia se os v rios projectos iniciativas e medidas existentes para fazer face a problem tica do desperd cio alimentar 2 2 1 Projecto Fruta Feia um projecto baseado na aquisi o de produtos hortofrut colas de 32 agricultores Os produtores na impossibilidade legal de comercializarem os produtos com caracter sticas 25 desadequadas para venda em grandes superf cies e supermercados v m assim este tipo de produtos escoados Fazem parte dessas caracter sticas rugosidades calibre muito pequenos ou muito grandes e forma que as fazem ficar fora da comercializa o Com esta iniciativa j se conseguiu e
126. s de catering e de retalho e os res duos similares das unidades de transforma o de alimentos de salientar que em conformidade com a hierarquia dos res duos e para efeitos de redu o de gases com efeito de estufa provenientes da elimina o de res duos em aterros o objectivo facilitar a recolha selectiva dos bio res duos e o seu tratamento adequado para produzir composto e outros produtos ambientalmente mais seguros Segundo a mesma Directiva e tendo em conta o artigo 22 os Estados Membros tomam medidas e incentivam e recolha selectiva de bio res duos tendo em vista a sua compostagem e digest o anaer bia e O tratamento dos bio res duos para uma melhor protec o ambiental e utiliza o de materiais ambientalmente seguros produzidos a partir de bio res duos 39 3 2 Proposta Europeia aplic vel aos bio residuos Com o objectivo de limitar a emiss o de gases e efeito estufa torna se fundamental uma ptima gest o dos bio res duos Para este fim a Comiss o Europeia realizou uma avalia o da gest o dos bio res duos com o objectivo de apresentar uma proposta se poss vel sobre esta tem tica A proposta apresentada sobre a gest o dos bio res duos na UE foi apresentada no Livro Verde da Comiss o Europeia Este livro tem por objectivo melhorar a gest o dos bio res duos e res duos em que se incluam European Commission 2008 e Res duos biodegrad veis de jardim e Alimentos o
127. s existe o movimento Fruta Feia De entre outras iniciativas e projectos que visam a redu o deste desperd cio alimentar estes destacam se pelos seus resultados e por isso ser o abordados mais frente num outro cap tulo A realidade que diariamente em Portugal s o rejeitados alimentos em bom estado e consequentemente desperdi ado dinheiro e recursos gastos na produ o armazenamento distribui o e com rcio dos mesmos Com isto os impactos sobre o ambiente e as sociedades desfavorecidas s o enormes A maior parte da fatia de alimentos que vai para o lixo desperdi ada em casa sobretudo produtos frescos fruta legumes peixe carne e p o Numa altura que se estima ser necess rio aumentar a produ o alimentar em 70 para alimentar os 9 mil milh es de habitantes que existir o at 2050 este desperd cio devastador APA 2014 2 1 6 Desperd cio na cadeia de abastecimento alimentar 2 1 6 1 Considera es gerais Como mencionado anteriormente o desperd cio alimentar acontece desde a fase de produ o at ao consumidor final ou seja acontece em todo o decorrer do ciclo de vida de um produto e ao longo de toda a cadeia de aprovisionamento alimentar Na fase de produ o de alimentos s o necess rios alguns recursos como terra e gua e na fase de distribui o necess ria energia para o transporte e processamento industrial Neste sentido quanto mais tarde ocorrer o desperd cio alimentar maior ser
128. s ou medidas anteriores n o podem ser usadas deve se optar por aumentar o valor ambiental dos res duos alimentares e usar o seu potencial para a produ o de biog s e n o apenas para aproveitamento energ tico Eriksson 2012 Existem ainda alguns projectos e medidas implementadas nos v rios sectores da cadeia alimentar Seguidamente mencionam se esses mesmos projectos 2 3 1 Campanha Love Food Hate Waste uma campanha realizada no Reino Unido em que incentiva as pessoas a gostarem da comida e detestarem o desperd cio Nesta campanha atingiu se uma reduc o de 13 nos 29 desperd cios num per odo de tr s anos entre 2007 e 2010 Foi uma campanha realizada pelo Waste and Resources Action Programme WRAP que concluiu que os consumidores que planeavam as suas compras e controlavam os alimentos que armazenavam em casa desperdicavam menos comida do que aqueles que compravam desenfreadamente WRAP 2011 2 3 2 Projecto Think Eat Save TES Um projecto da iniciativa da FAO e do PNUMA Programa das Na es Unidas para o Meio Ambiente com o objectivo de auxiliar na coordena o dos esfor os globais para reduzir o desperd cio uma iniciativa que procura incentivar e alargar os esforcos para a reduc o dos res duos alimentares a fim de provocar ac es globais e envolver mais sectores da sociedade A campanha dirigida essencialmente aos consumidores comerciantes e aos sectores da gastronomia e hot
129. s superiores mas que respeitam as caracter sticas m nimas acima referidas Em rela o ao calibre esta norma evidencia que o calibre determinado pelo di metro m ximo da sec o equatorial ou pelo peso o calibre m nimo no caso dos frutos calibrados pelo di metro e o calibre de acordo a Tabela 3 1 Tabela 3 1 Calibre por categoria di metro e variedade de fruta Regulamento de Execu o UE n 543 2011 da Comiss o de 7 de Junho de 2011 Categoria Extra Categoria Categoria Il Variedades de frutos grandes 60mm 55mm 55mm Outras variedades 55mm 50mm 45mm No caso dos frutos calibrados pelo peso o calibre de acordo a Tabela 3 2 Tabela 3 2 Calibre por categoria peso e variedade de fruta Regulamento de Execu o UE n 543 2011 da Comiss o de 7 de Junho de 2011 Categoria Extra Categoria Categoria Il Variedades de frutos grandes 1309 1109 110g Outras variedades 110g 100g 759 Em todos os est dios de comercializa o s o admitidas em cada lote toler ncias de qualidade e de calibre no que diz respeito a produtos que n o satisfazem os requisitos da categoria indicada O conte do de cada embalagem deve ser homog neo e comportar apenas p ras da mesma origem variedade qualidade calibre e grau de matura o 38 O Regulamento CE n 1234 2007 do Conselho de 22 de Outubro de 2007 estabelece uma organiza o comum dos mercados agr colas e inclui o sector das frutas e produ
130. seus comportamentos Potencialidades a promover Fase 2 Desenvolvimento de conte dos pedag gicos sobre os problemas associados ao desperd cio alimentar Desenvolvimento de conte dos pedag gicos sobre a gest o e diminui o de res duos decorrentes do desperd cio alimentar Desenvolvimento de conte dos pedag gicos sobre as iniciativas que visem a redu o do desperd cio Desenvolvimento de conte dos pedag gicos sobre as boas pr ticas associadas tem tica Objectivos Atribuir as compet ncias e os meios necess rios aos parceiros a envolver para acompanhar todo o processo Cumprimento da legisla o referente ao desperd cio alimentar Informa o aos intervenientes sobre a import ncia da gest o e diminui o dos res duos alimentares produzidos Redu o da quantidade de res duos alimentares produzidos 15 e Cumprimento da legisla o referente aos res duos alimentares e Defini o de respons veis pela gest o e diminui o dos res duos alimentares e Cumprimento da legisla o referente gest o de res duos alimentares e Desenvolver um projecto para a compostagem dos res duos produzidos pelo desperd cio alimentar e Reduzir a deposi o dos res duos alimentares e produzir um composto de qualidade e Produ o de um composto a ser utilizado em benef cio dos intervenientes e da popula o em geral Descri o da ac o e Para garantir o cumprimento de todas as obriga
131. spons veis no sector mais acrescida s o produtores que n o possuem qualquer meio ou infra estruturas de colheita e armazenamento um modo de comercializa o extremamente desadequado face s altera es que se t m verificado no sector da distribui o em Portugal sendo ineficaz pela 45 aus ncia de alternativas vi veis n o garantindo a continuidade sustent vel daqueles que dependem do sector Soares 1998 A solu o a esta situa o passa inevitavelmente pela produ o e comercializa o organizadas atrav s de uma maior concentra o de volume de produ o e n mero de produtores nas suas organiza es independentemente da sua natureza jur dica e dimens o S depois de uma organiza o e solidifica o deste tipo de aspectos se poder atingir n veis mais elevados de concentra o imprescind veis para a sustentabilidade e viabilidade do sector Soares 1998 As frutas apresentam se ao consumidor em embalagens com homogeneidade no que diz respeito ao tamanho cor e textura da fruta os materiais utilizados no interior da embalagem devem ser novos limpos e de uma natureza tal que n o possam causar aos produtos altera es externas ou internas Cada embalagem tem ser devidamente identificada onde conste o nome da variedade categoria e calibre bem como as men es P ra Rocha do Oeste Denomina o de Origem Protegida DOP e a marca de Certifica o aposta pelo respectivo Organismo Privado d
132. ta et al 2012 Na etapa de produ o as principais causas apontadas para o desperd cio alimentar s o as condi es climat ricas e as doen as ou pragas que afectam as culturas Existem tamb m outros factores que est o intimamente ligados aos pre os pagos aos produtores por cada kg de produto alimentar muitas vezes esse valor t o baixo que n o suportam todos os custos de produ o colheita e armazenamento e torna se desvantajoso a sua comercializa o Baptista et al 2012 Estas press es exercidas pelos mercados internos causam um maior desperd cio por ser economicamente desfavor vel a venda deste tipo de produtos e por isso muitas das vezes nem chegam a ser colhidos Na etapa do processamento os factores que influenciam o desperd cio prendem se com falta de cuidados no transporte manuseamento calibra o e embalamento dos alimentos assim como com t cnicas pouco eficientes de conserva o refrigera o e armazenamento do mesmo Cooperfrutas 2014 11 Na etapa de distribui o comercializa o torna se importante uma eficiente gest o de stocks pois falhas neste sentido podem colmatar em perdas de produtos Baptista et al 2012 Muitos dos desperd cios verificados resultam de danos provocados no transporte erros nas entregas embalagens deficientes produtos com prazo de validade expirado Muitas vezes os produtos s o descartados pelos consumidores por possu rem defeitos por apresentarem danos f sicos
133. tamb m aumentos da rea de cultivo nos concelhos de Caldas da Rainha e Torres Vedras em contraste com os concelhos de Alcoba a bidos Lourinh e Mafra Soares et al 2001 A Figura 4 3 ilustra a percentagem de produ o de P ra Rocha do Oeste por concelho E Lourinh E Torres Vedras O Peniche O Cadaval 20 E Mafra E Sobral M Agra o 19 10 1 9 El bidos 0 O Bombarral T 1 7 20 E Caldas da Rainha E Arruda Vinhos Alcoba a O Alenquer Figura 4 3 Percentagem da Produ o de P ra Rocha do Oeste por concelho Fonte Soares et al 2001 4 2 Tipos de Comercializa o A P ra Rocha do Oeste pertence ao grupo dos hortofrut colas frescos a sua produ o em Portugal das que obt m maiores associativismos e investimentos colectivos tanto em infra estruturas de processamento como em meios t cnicos e humanos podendo considerar se actualmente a produ o mais organizada e profissional do sector Existem quatro formas de comercializa o distintas Soares 1998 e Venda directa ao p blico e Explora es associadas a diferentes tipos de organiza es onde entregam as produ es de cada ano e Produtores isolados que podem ou n o possuir redes de frio e distribui o mas que de qualquer forma fazem chegar a sua produ o a intermedi rios ou comerciantes e Produtores que a t tulo individual vendem o fruto na rvore com este tipo de produtores que a preocupa o dos re
134. tamento das caracter sticas da P ra Rocha do Oeste e da problem tica associada ao desperd cio em quest o Fase 3 Entrevistas a empresas do sector Esta fase correspondeu realiza o de entrevistas aos dois actores chave para identificar pr ticas valores de desperd cio opini es problemas interesses prioridades e alternativas Fase 4 Tratamento das informa es e proposta para um plano de ac o Com base nas informa es recolhidas nas fases anteriores desenvolveu se uma proposta de medidas de minimiza o de desperd cio e respectivos eixos priorit rios de ac o Para a realiza o das fases acima descritas foi necess rio recolher diversas informa es junto a diferentes entidades oficiais locais tais como Associa o Nacional de Produtores de P ra Rocha do Oeste ANP empresas no ramo de distribui o e comercializa o de P ra Rocha do Oeste nomeadamente a Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hort colas de Alcoba a Cooperfrutas e Granfer Na Tabela 5 1 encontra se o cronograma das quatro fases acima descritas Tabela 5 1 Cronograma do trabalho Meses Fases Maio Junho Julho Agosto Setembro Fase 1 Revis o da literatura Fase 2 Diagn stico da situa o Fase 3 Entrevistas Fase 4 Proposta para um Plano de Ac o 5 3 Instrumento de an lise entrevista Sendo um dos objectivos deste trabalho o desenvolvimento de propostas para a redu o do d
135. tas redes de supermercados e antes eram destru dos ou ficavam nas m os dos pr prios produtores S o 30 produtos que possuem pequenas manchas diferentes formas ou s o de calibre muito grande ou muito pequeno Podem exteriormente possu rem imperfei es mas as qualidades s o as mesmas 2 3 4 Save Food Initiative uma iniciativa global contra o desperd cio de alimentos em que s o realizadas parcerias com v rias empresas e entidades de modo a conseguir atingir o objectivo de redu o de1 3 bili es de toneladas de alimentos desperdi ados por ano O plano inicial tem por base quatro linhas de ac o 1 Sensibiliza o sobre o impacto do desperd cio e apresenta o das solu es para a perda de alimentos e res duos 2 Colabora o e coordena o de iniciativas Mundiais sobre esta tem tica estabelecer parcerias globais de organiza es e empresas p blicas e privadas que actuem na rea do desperd cio alimentar 3 Desenvolver pol ticas estrat gias e programas no mbito do desperd cio alimentar e da redu o de res duos Trata se de uma abordagem que inclui v rios estudos de campo para avaliar o custo benef cio de determinadas interven es na redu o do desperd cio alimentar e proporcionar os melhores retornos sobre o investimento realizado 4 Apoiar programas de investimento e projectos implementados tanto no sector p blico como privado Save Food 2014 2 3 5 Feeding the 5000 uma c
136. tation considered the literature review legislation analysis and the interviews made at two companies of the distribution sector and retail of P ra Rocha do Oeste This analysis tool allowed the identification of main issues and the definition of strategic actions to be taken Between different identified causes as responsible for food waste occurred in the horticultural distribution sector there is waste associated with the caliber physical damage or high ripeness of P ra Rocha do Oeste very heterogeneous organoleptic conditions mainly Therefore from legislation analysis is observed that the marketing of very small and very large calibers allow the flow of a big proportion of P ra Rocha do Oeste which it is stays in the orchard On the other hand the development of awareness actions to farmers for crop s improvement and further attention during transportation also reduces waste from physical damage Finally and from the central collection good calibration methods packaging and storage in controlled atmosphere aimed to increase the fruit s lifetime and consequently to reduce the waste generated in this stage For fruits that do not meet the requirements for marketing there already exist some ways for their disposal such as production of juices nectars yogurts jams marmalades fruit pur e and production of gourmet producis such as liqueurs and vinegar There is also fruit that is inappropriate for human consumpt
137. tentes e estabelecer medidas a adoptar e Sensibilizar e informar para a necessidade e import ncia ambiental da diminui o do desperd cio alimentar e Sensibilizar e informar atrav s de sess o de grupo para a necessidade e import ncia da gest o e diminui o dos res duos alimentares produzidos e Descri o detalhada das formas alternativas para a utiliza o de produtos n o comercializ veis Meios necess rios e Material de informa o sobre a situa o actual sobre a problem tica 14 Materiais de informa o e sensibiliza o a distribuir aos intervenientes de modo a transmitir a import ncia da redu o do desperd cio Materiais de informa o e sensibiliza o a distribuir de modo a transmitir a import ncia da gest o e diminui o dos res duos alimentares produzidos Materiais de informa o e sensibiliza o a distribuir de modo a transmitir as v rias medidas a adoptar Limita es actuais Falta de motiva o por parte dos sectores intervenientes os quais n o se sentem obrigados a desenvolver este tipo de actividades Falta de informa o e consciencializa o por parte dos intervenientes da import ncia da redu o do desperd cio alimentar Falta de informa o por parte dos intervenientes sobre a import ncia da gest o de res duos alimentares e da diminui o dos mesmos Falta de motiva o por parte dos intervenientes os quais n o se sentem obrigados a alterar os
138. tes a serem usados nas refei es fazer listas de compras comprar directamente do produtor evitar comprar por impulso e n o cair em estrat gias para adquirir mais do que o necess rio Frutas de formatos divertidos muitos legumes e frutas s o descartados nos supermercados simplesmente porque o seu formato cor ou textura n o est o adequados Ao comprar estes alimentos em mercados ou ao pr prio produtor o consumidor adquire comida de qualidade e que de outra forma seria desperdi ada Maior compreens o das datas de validade a frase consumir preferencialmente antes de n o significa que o produto n o pode mais ser consumido Cabe ao consumidor avaliar bem antes de descariar Sem restos nos frigor ficos Saber usar de forma criativa os restos de alimentos para a prepara o de novas refei es Existem ainda outras ac es que podem ser sugeridas como congelar os excedentes da comida pedir por es menores nos restaurante ou pedir os restos para levar para casa n o desperdi ar sobras de refei es anteriores doar a bancos de alimentos institui es ou pessoas necessitadas os excedentes alimentares de cada um O que h em excesso numa casa pode ser o necess rio a uma fam lia Com a implementa o destas medidas de minimiza o espera se conseguir uma redu o significativa do desperd cio em todas as etapas da cadeia de abastecimento e consumo alimentar e consequentemente pretende se
139. to encontra se para a Granfer situada nos 6 5 e para a Cooperfrutas nos 1 2 na campanha de 2013 2014 No que diz respeito aos dados recolhidos pela revis o da literatura pode dizer se que 1 3 de toda a produ o desperdi ada e cerca de 27 dos desperd cios ocorre no sector hortofrut cola Destes dados consegue se perceber que as empresas intervenientes contribuem com uma pequena parte para os desperd cios totais do sector e embora os dados n o sejam muito significativos para a percep o do que se verifica na totalidade do sector s o importantes para se perceber que existem sempre perdas em cada etapa campanha e com cada interveniente 6 3 2 Etapas do ciclo de vida onde ocorre desperd cio Da revis o bibliogr fica s o apontadas v rias etapas para a ocorr ncia de desperd cio alimentar s o elas a etapa de produ o processamento distribui o comercializa o e 68 consumo Nos pa ses desenvolvidos verificam se maiores desperd cios nas etapas de distribui o comercializa o e consumo enquanto nos pa ses em desenvolvimento o maior desperd cio verificado nas etapas iniciais produ o e processamento De acordo com as empresas intervenientes no caso de estudo o desperd cio de P ra Rocha do Oeste ocorre essencialmente ao n vel da produ o A Granfer aponta ainda algum desperd cio verificado na etapa de processamento e distribui o e a Cooperfrutas apenas na fase de processamento 6 3
140. to para as empresas como para os consumidores convida portanto a Comiss o a estudar as raz es que levam a deitar fora desperdi ar e depositar em aterros na Europa anualmente cerca de 50 dos alimentos produzidos e a velar por que seja efectuada uma an lise precisa dos desperd cios e uma avalia o das repercuss es econ micas ambientais nutricionais e sociais solicita igualmente a Comiss o que elabore medidas concretas destinadas a reduzir para metade o desperd cio alimentar at 2025 e paralelamente a prevenir a produ o de res duos alimentares Parlamento Europeu 2011 Numa conjuntura socioecon mica como a que a Europa atravessa de extrema import ncia a preocupa o como desperd cio alimentar e as perdas socioecon micas e ambientais associadas A diminui o do desperd cio alimentar torna se fulcral para a FAO Food and Agriculture Organization a Organiza o das Na es Unidas para a alimenta o e Agricultura e por isso essencial uma mudan a de comportamentos realiza o de iniciativas e projectos que visem a diminui o deste desperd cio e a consequente redu o de res duos Segundo a Uni o Europeia UE cada habitante produz em m dia meia tonelada de lixo dom stico por ano Num total de 500 milh es de habitantes produzem se 3 bili es de toneladas de res duos por ano tudo isto com impactes sobre o ambiente e emiss o de gases de efeito de estufa j para n o mencionar os
141. to tamb m se retiram os frutos que aparentemente apresentam defeitos Com a monda dos frutos pretende se seleccionar aqueles que interferem com a regulariza o do equil brio vegetativo fisiol gico e nutritivo comercial e fruticultor Pretende se sempre a optimiza o e regulariza o da produ o Dos objectivos mais relevantes da monda destaca se Silva 1986 4 e Optimiza o da produ o e Redu o da altern ncia e Aumento de calibres e Melhor qualidade e Melhor comercializa o e Melhores resultados econ micos Existem duas formas de mondas as mondas qu micas e as mondas manuais Com a monda manual pode se diferir entre uma estrat gia de actua o quantitativa qualitativa ou mista em fun o da necessidade particular de cada pomar ou rvore Tal n o seria poss vel somente com a monda qu mica Soares et al 2003 Qualquer que seja a monda usada o que se pretende tamb m com este procedimento retirar da rvore frutos que v o ser desperdi ados no futuro Soares et al 2003 O sucesso destes procedimentos vantajoso n o s para a redu o do desperd cio da P ra Rocha do Oeste como tamb m para os mercados de comercializa o Nacional assim como os mercados de Exporta o a que a P ra Rocha do Oeste se destina 4 4 Exporta o Os principais mercados de destino das exporta es t m sido a Inglaterra e o Brasil n o s pelas quantidades consumidas como tamb m pela r
142. toneladas toneladas eel PRODU O IND STRIA ALIMENTAR DISTRIBUI O CONSUMIDOR Figura 2 1 Perdas alimentares anuais em Portugal DECO 2013 Este valor surge das perdas e do desperd cio verificado nas diferentes etapas da cadeia alimentar A etapa do processamento aquele onde se verificam menos perdas contudo na etapa de produ o e consumo que se encontram a maioria das perdas verificadas nomeadamente no sector hortofrut cola Baptista et al 2012 A Figura 2 2 representa a composi o total de perdas da cadeia alimentar m Carne E Pescado E Cereias E Hort colas E Ra zes e Tub rculos E Leguminosas e leos vegetais Figura 2 2 Composi o do total de perdas da cadeia aprovisionamento alimentar Baptista et al 2012 Segundo um estudo publicado pela FAO 2011 o desperd cio alimentar nos pa ses industrializados atinge os 222 milh es de toneladas valor que corresponde produ o total l quida de alimentos em frica que ronda os 230 milh es de toneladas De acordo com o mesmo estudo prev se que seja necess rio aumentar a produ o de alimentos em 70 para fazer face aos 9 mil milh es de habitantes que se esperam existir at 2050 DECO 2013 Como meta do PE pretende se reduzir o desperd cio alimentar na UE para metade at 2025 Segundo a Comiss o Europeia 2010 a produ o anual de res duos nos 27 Estados Membros ascende aos 89 milh es de toneladas cerca de 179 kg por cidad
143. tos hort colas Prev o estabelecimento de normas de comercializa o para frutas e produtos hort colas e determina que estes tipos de produtos se destinam a ser vendidos em condi es frescas e de ptima qualidade calibre forma e textura adequada a comercializa o O Regulamento de Execu o UE n 543 2011 da Comiss o de 7 de Junho de 2011 estabelece regras de execu o do Regulamento CE n 1234 2007 do Conselho de 22 de Outubro de 2001 nos sectores das frutas e produtos hort colas e das frutas e produtos hort colas transformados e define normas espec ficas de comercializa o para 10 produtos ma s citrinos kiwis alfaces p ssegos e nectarinas p ras morangos pimentos uvas e tomates bem como a norma geral para todos os outros frutos e produtos hort colas abrangidos pela Organiza o Comum de Mercado OCM 3 1 3 Pol tica e legisla o aplic vel aos res duos alimentares Em mat ria de res duos alimentares e tendo em conta a transposi o da nova directiva quadro dos res duos 2008 98 CE segue se uma defini o de res duos e de bio res duos para perceber qual a diferen a nestes conceitos CE 2008 Entende se por res duos toda e qualquer subst ncia ou objecto de que o detentor se desfaz ou tem inten o e obriga o de se desfazer Considera se bio res duos os res duos de jardim biodegrad veis os res duos alimentares e de cozinha dos restaurantes das unidade
144. tram a central fruteira bem como o trabalho l realizado 56 ALT AE A Sia 5 Seine fo OO a Fs io A at T AF ahi MAL Ube anv 5 MI pn ETEA EL Hell ASADOS denominar AA ATEN Figura 4 10 Instala es e processos operados pela Cooperfrutas Fonte Cedido pela Cooperfrutas Num produto como a P ra Rocha do Oeste importante desenvolver ac es de marketing perto dos consumidores e retalhistas nacionais de forma a se conseguir valorizar ainda mais o produto e se conseguir uma boa rela o qualidade pre o 57 58 5 Metodologia 5 1 Selec o e caracteriza o do caso de estudo Como referido no cap tulo da Introdu o um dos objectivos deste trabalho consiste na elabora o de propostas de minimiza o do desperd cio alimentar de produtos hortofrut colas tendo se seleccionado como caso de estudo a P ra Rocha do Oeste Uma vez que o universo do estudo extenso e como a problem tica em quest o refere se ao desperd cio alimentar associado ao processamento da P ra Rocha do Oeste a amostra restringiu se apenas a duas empresas ligadas a este sector a Cooperfrutas e a Granfer O factor tempo e a indisponibilidade das empresas do sector n o permitiram a realiza o de um maior n mero de entrevistas No entanto a selec o das empresas teve em considera o o facto de estas serem empresas l deres no sector que det m informa o relevante para a disserta o e pelo facto de trab
145. u res duos de cozinha das habita es restaurantes fornecedores e estabelecimentos comerciais e Res duos de f bricas de processamento de alimentos Para melhorar a gest o destes res duos o Livro Verde descreve os diferentes tipos de gest o existentes a utiliza o pelos Estados Membros destes diferentes tipos de gest o o seu impacto sobre o ambiente sa de emprego e economia bem como os instrumentos legais que regem este tipo de gest o European Commission 2008 Como op es de gest o deste tipo de res duos para al m da preven o na fonte sugere se e Arecolha selectiva ou com res duos mistos e A digest o anaer bia e compostagem e A incinera o e deposi o em aterro As vantagens econ micas e ambientais destes diferentes m todos dependem integralmente de condi es regionais como infra estruturas e densidade populacional bem como o clima e os mercados para os produtos associados tais como energia e produtos de compostagem European Commission 2008 Os res duos alimentares normalmente s o recolhidos e tratados como parte dos RSU mistos A recolha selectiva deste tipo de res duos desvia dos aterros res duos facilmente biodegrad veis aproveita se o valor energ tico dos RSU remanescentes e a frac o mais limpa de bio res duos utilizada para a produ o de composto de elevada qualidade European Commission 2008 Do tratamento biol gico do qual fazem parte a compostagem obten
146. ultado em Maio de 2014 APA 2014 Reduc o do Desperd cio alimentar http www apambiente pt index php ref 168subref 848sub2ref 1068sub3ref 273 Consultado em Julho de 2014 APED 2009 A evolu o da concentra o da ind stria e da distribui o em Portugal Apresenta o Lisboa Associa o Portuguesa de Empresas de distribui o APED 2012 Campanha de sensibiliza o sobre Redu o do Desperd cio Alimentar http www aped pt Detail aspx contentld 342 Consultado em Julho de 2014 Avelar M L 1981 Influ ncia da poca de colheita na qualidade da P ra Rocha Determina o do per odo ptimo da colheita Revista Portuguesa de Frio 20 Avelar M L 1993 Selec o do momento ptimo de colheita dos frutos Revista Frutas Legumes e Flores 45 Avelar M L Rodrigues A C 1999 Teste de regress o do amido em P ra Rocha Edi o da Esta o Nacional de Fruticultura Vieira Natividade Baptista P Campos I Pires Vaz S 2012 Do Campo ao Garfo Desperd cio Alimentar em Portugal 1 Ed Lisboa Cestras Buzby J C Farah Wells H Axtman B amp Mickey J 2009 Supermarket loss estimates for fresh fruits vegetables meat poultry and seafood and their use in the ERS loss adjusted food availability data Economic Information Bulletin Number 44 United States Department of Agriculture Economic Research Service Washington USA Buzby J C Hyman J Stewart H amp Wells H
147. umes esteticamente feios e Usar bons sistemas de refrigera o e Usar produtos menos frescos em sopas e sumos e Melhor utiliza o de sobras e Fraccionar melhor as refei es e Colocar os alimentos mais antigos na frente das prateleiras e frigor ficos e Congelar os itens excedentes e Utilizar os res duos de alimentos n o comest veis para compostagem 7 3 Limita es do estudo No decorrer do presente estudo foram encontradas algumas limita es e entraves realiza o do projecto e ao alcance do objectivo A primeira limita o detectada verificou se na fase da revis o bibliogr fica onde houve alguma dificuldade em encontrar literatura cient fica sobre o tema do desperd cio alimentar Outra limita o foi a falta de disponibilidade de muitas das empresas intervenientes no sector dos produtos hortofrut colas mais concretamente empresas ligadas conserva o transforma o e comercializa o de P ra Rocha do Oeste para a realiza o de entrevistas quer pessoalmente quer via telef nica e at mesmo por correio electr nico foi dif cil a obten o de dados sobre as empresas do sector Existiu ainda uma limita o associada quantifica o dos desperd cios verificados ou da disponibilidade das empresas do sector em fornecer esses mesmos dados Por falta de tempo til n o foi poss vel a realiza o de um maior n mero de entrevistas s empresas do sector pois a resposta por parte das mesmas
148. ura Portuguesa ENFVN Alcoba a Silva A J V 1990 P ra Rocha algumas notas cr ticas APAS Cadaval Silva M 1996 A decis o sobre a data de colheita na Rocha Revista da Ill Feira Nacional de P ra Rocha Mostra de artesanato e Do aria Regional Sinais 2012 Desperd cio de alimentos http www eea europa eu pt sinais da aea sinais 2012 em analise desperdicio de alimentos Coonsultado em Julho de 2014 Soares J Silva A Alexandre J 2001 O Livro da P ra Rocha Volume Primeiro Contributo para uma Produ o Integrada ANP Cadaval Soares J Silva A Marques H 2003 O Livro da P ra Rocha Volume Segundo Intensifica o Cultural e Regula o da Produ o ANP Cadaval Soares J M P 1998 A comercializa o de P ra Rocha Jornal Crisopa Alcoba a Think Eat Save 2014 Projecto Think Eat Save http www thinkeatsave org Consultado em Maio 2014 USEPA 2011 Municipal solid waste generation recycling and disposal in the United States facts and figures for 2010 Washington DC USA United States Environmental Protection Agency Vitor M C M 2008 Processamento M nimo de Produtos Hortofrut colas Qualidade e Seguran a ASAE Direc o Regional de Lisboa e Vale do Tejo Lisboa 91 World Bank 2012 Food price watch Washington DC USA The World Bank WRAP 2007 Food storage and packaging Banbury UK http www wrap org uk content food storage and
149. vitar o desperd cio de mais de 38 toneladas de frutas e legumes e at ao final do ano 2014 espera chegar s 120 toneladas O Projecto Fruta Feia um projecto pioneiro baseado no consumidor e que pretende actuar no in cio da cadeia agro alimentar ou seja ao n vel do agricultor Fruta Feia 2014 Com a implementa o deste projecto consegue se evitar o desperd cio de 2 toneladas de frutas e legumes por semana Uma iniciativa que h no in cio de 2014 contava com a participa o de 100 associados e que em Setembro atingia j uma participa o de 500 associados Actualmente existem duas linhas de distribui o deste tipo de produtos em Lisboa e pretende se colocar em funcionamento uma outra linha de distribui o em Cascais e posteriormente o objectivo ser a expans o para todo o Pa s Fruta Feia 2014 Em Outubro come a uma campanha a realizar numa cadeia de supermercados o Intermarch Portugal onde o principal objectivo a venda deste tipo de produtos com caracter sticas estranhas e texturas heterog neas na rede de supermercados Um projecto piloto que come ar em funcionamento em 2015 e ir decorrer independentemente da cooperativa m e pois os contactos ser o efectuados directamente entre o Intermarch e os agricultores consumidores Fruta Feia 2014 Com vista expans o e crescimento do projecto e a cria o de novas iniciativas o projecto Fruta Feia candidatou se ao programa de projectos L
150. volvimento de um projecto de compostagem dos res duos alimentares produzidos 3 1 Recursos Financeiros Fase 3 3 2 Plano de Avalia o e Monitoriza o do Plano de Ac o 13 As medidas propostas reflectem os resultados dos contactos realizados com o sector tendo por objectivo propor um Plano consistente e adequado situa o existente Para o presente plano de ac o prev se a necessidade de envolver na participa o das respectivas ac es as seguintes entidades e pessoas e ANP FNOP e todas as entidades e associa es de produtores do sector e C mara Municipal e Juntas de Freguesias da zona Oeste e Produtores Distribuidores e empresas de Comercializa o e Consumidores em geral Cada medida proposta constitu da por um conjunto de informa es sintetizadas tais como o tipo de ac o objectivos descri o da ac o meios necess rios limita es actuais e potencialidades a promover Fase 1 Objectivos e Conhecimento da situa o actual de modo a estabelecer as prioridades e quem envolver e Sensibiliza o e informa o sobre a tem tica associada ao desperd cio garantindo atrav s de uma sess o de grupo a participa o de todos os intervenientes no sector e Cumprimento da legisla o referente aos res duos alimentares produzidos e Elabora o de um conjunto de sugest es de boas pr ticas Descri o da ac o e Realiza o de uma sess o para debater os problemas exis
151. xpiradas e embalagens danificadas Eriksson 2012 A medida ideal para acabar com este problema ser obter o alimento antes da data limite a fim de n o causar desperd cio Existem ainda outras medidas que foram adoptadas no caso de estudo para alcan ar o objectivo s o elas e Comprar apenas os produtos necess rios No caso do retalho e distribui o o objectivo melhorar o sistema de encomendas para comprar o estritamente necess rio para ser entregue e reduzir o volume de res duos Buzby et al 2009 H ainda autores que sugerem o uso de um sistema informatizado para reduzir erros humanos Mena et al 2011 Fazer um controlo dos produtos armazenados bem como das datas de validade e fazer uma monitoriza o da quantidade de res duos torna se fundamental para atingir as metas de redu o pretendidas Mena et al 2011 28 e Uso de refrigera o nos vegetais para tornar o produto mais atractivo e fresco para o consumidor Fogelberg et al 2011 Para minimizar os impactos da energia associados refrigera o destes alimentos pode se usar c maras frigor ficas com portas para poupar energia Eriksson 2012 e Optimizar as embalagens de modo a proteger os produtos dos danos f sicos aumentar o tempo e vida til do produto e reduzir os res duos Eriksson 2012 e Melhorar o sistema de log stica e haver sinergias de informa es entre parceiros s o pontos chave para melhorar o sistema de distribui o e retalh

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