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Thesis - Técnico Lisboa

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1. Condutibilidade t rmica do material S Superf cie da placa e 6 Temperaturas faciais da placa e Espessura da placa K Condut ncia t rmica K Resist ncia t rmica Interessa reter que o fluxo de calor que atravessa a placa Q diretamente proporcional s superf cies e diferen as de temperaturas superficiais da placa e inversamente proporcional sua espessura Chega se ent o ao par metro de proporcionalidade que a condutibilidade t rmica A A defini o do mesmo a quantidade de calor que atravessa perpendicularmente uma superf cie de rea unit ria na unidade de tempo quando existe uma diferen a de temperatura de uma unidade entre essa superf cie e outra igual a uma dist ncia unit ria Piedade 2000 O tipo de material e o estado em que se encontra tem influ ncia sobre este fator A espessura do material e e a condutibilidade t rmica A permitem definir dois par metros a condut ncia e resist ncia t rmica Ambos identificam a qualidade t rmica do material em estudo uma vez que expressam a maior ou menor facilidade com que este se deixa atravessar pelo calor No estudo das coberturas e fachadas verdes quando a condu o o processo mais representativo de transmiss o de calor imporia quantificar a condutibilidade t rmica e posteriormente analisar a espessura que se deve optar para alcan ar os resultados esperados Rodrigues Piedade amp Braga 2009 44 4
2. tamb m de salientar que na cobertura existe um sistema de reservat rio e aproveitamento de guas pluviais permitindo melhor efici ncia h drica 3 Grupo Ill Figura 2 27 Zona lateral da fachada verde Figura 2 28 Zona frontal da fachada verde localizada no Dolce Vita Tejo localizada no Dolce Vita Tejo O centro comercial Dolce Vita Tejo possui um espa o central que tem frequentemente exposi es eventos desportivos como ringues de patinagem no gelo durante o inverno e Insufl veis para as crian as O revestimento de parte desta zona tem fachadas verdes da autoria de Patrick Blanc Figuras 2 27 e 2 28 Estas t m meramente uma componente est tica e permitem tornar o espa o mais apelativo ao lazer e bem estar importante ressalvar que est apenas a ser caraterizada a zona do centro comercial onde existem fachadas verdes do edif cio e como tal a inser o desse espa o neste grupo de edif cios 16 4 Grupo IV q psd ot Tt LIA Figura 2 29 Condom nio privado em Figura 2 30 Moradia particular em Coimbra Coimbra Clorofila 2011 Clorofila 2011 Nas Figuras 2 29 e 2 30 est o representadas dois exemplos do que pode ser encontrado em habita es particulares A empresa Clorofila sediada em Coimbra utiliza um sistema de instala o de fachadas verdes recorrendo a mantas absorventes com bolsas Este sistema ser abordado e explicado no cap tulo 3 Sistemas construtivos 2 4 Legisla
3. California Acadmy of Sciences s d Obtido em Dezembro de 2011 de California Acadmy of Sciences http www calacademy org Carson Dunlop Associates 2009 InspectAPedia com Obtido em Setembro de 2012 de Built Up Roofing Types Product Sources Installation Defects Repairs http inspectapedia com Center for Resilience Mar o de 2003 Obtido em Dezembro de 2011 de Center for Resilience The Ohio State University http resilience osu edu CFR site index htm Centro Cultural de Belem s d Obtido em Janeiro de 2012 de http www ccb pt Cesel Eclaws s d Obtido em Setembro de 2012 de http www cesel eclaws eu City Council 2005 City of Portland Green Building Policy City Council 2008 Facility Design City of Portland Stormwater Management Manual Chapter 2 Cleveleys Abril de 1999 Obtido em Dezembro de 2011 de http www cleveleys co uk Cloos s d A project celebrates its 25th birthday The Landscape Programme including Nature Conservation for the City of Berlin Clorofila s d Obtido em Janeiro de 2012 de http clorofilatotal pt Clorofila 2011 Workshop de Jardins Verticais p 3 horas de forma o Lisboa Associa o dos Amigos do Jardim Bot nico da Ajuda CMHC 2006 Green Roofs A Resource Manual for Municipal Policy Makers CMHC Constru o Sustent vel 2008 Obtido em Novembro de 2011 de http www construcaosustentavel pt Constru osustentavel s d Obtido
4. Na Figura 2 6 poss vel ver uma perfeita inser o do Museu da Guerra em Ot via no Canad com o meio ambiente circundante Com aproximadamente 10500 m foi premiado em 2006 pela sua excel ncia na sustentabilidade urbana com o pr mio GLOBE GLOBE Awards 9 gt z E e vs P A E ml ad f s ee ES lo ra a Le a f o s ow x p i P Figura 2 7 Aldeia olimpica de Vancouver Figura 2 8 Habita es tradicionais dos pa ses Thechallengeseries escandinavos Homedit poss vel adotar coberturas verdes para habita o desde condom nios de grandes dimens es a moradias unifamiliares Na Figura 2 7 est ilustrada a aldeia ol mpica que foi constru da em Vancouver com o objetivo de servir os jogos ol mpicos de Inverno que decorreram em 2010 Tem 26500 m de coberturas verdes e ap s o evento desportivo procedeu se venda das habita es Na Figura 2 8 est o ilustradas as tradicionais casas dos pa ses escandinavos onde as coberturas s o frequentemente designadas por sod roofs Na sec o 2 1 1 est referenciado que existe a possibilidade destas habita es terem sido as primeiras constru es com coberiuras verdes todavia n o foram encontrados registos a indicar a datas que comprovem esta afirma o poss vel identificar na Figura 2 8 o substrato vegetal e a estrutura de madeira das habita es que suporta toda a carga Deve ser tido em considera
5. Xero Flor 2003 Obtido em Dezembro de 2011 de Xero Flor http www xeroflora com Zhang Y Meng Q amp Feng C 2010 Theoretical and experimental analysis of the energy balance of extensive green roofs Energy and Buildings 959 965 Zinco 2012 Vertigreen Facade greening for indoor and outdoor areas Obtido em Marco de 2012 de http www zinco greenroof com VI Anexos VII Anexo A Registos dos dados dos sensores Ae B Tabela 0 1 Registo das temperaturas medias dos ciclos 1 a 80 Adaptado de Curso Prosperidade Renovavel 2012 Ee a Ciclo C C Ciclo C C 6 1077 8 881i Pe 20 9 90 60 1339 66 9 9 68 1000 69 729 9 61 80 1242 VIII Tabela 0 2 Registo das temperaturas medias dos ciclos 81 a 160 Adaptado de Curso Prosperidade Renovavel 2012 N do Sensor A Sensor B N do sensor A Sensor B ci cio CO te 969 10 71 8 93 10 57 7 44 10 82 8 94 ee ok 8 8 Oo Co N O1 12 35 9 04 12 71 10 59 8 9 14 55 10 34 13 58 10 48 100 101 102 8 06 5 00 11 02 11 94 16 04 10 28 13 88 16 04 13 88 15 69 13 50 16 62 ee amp 9 9 2 4 8 2 4 5 97 104 7 00 113 114 115 116 117 118 5 54 11 54 8 25 9 54 6 29 7 08 120 96 9 98 ee 100 101 102 104 109 113 Oik o iil iil Pile
6. Expresso Caderno Espa os amp Casas 5 Arkitektkontoret GASA AS 2008 Obtido em Dezembro de 2011 de GASA AS http www gasa no Arkous arquitetura e constru o s d Obtido em Julho de 2012 de http www arkous com br Artimestieri Bioedilizia 2010 Obtido em Setembro de 2012 de Yourhouseinaclick http www lacasainunclick com ARUP s d Obtido em Mar o de 2012 de http www arup com ASEPMA 2006 Obtido em Agosto de 2012 de ASEPMA http www asepma com Auckland 1998 Obtido em Agosto de 2012 de http www coletivoverde com br Banting D Doshi H Li J Missios P Au A Currie B A et al 2005 Report on the environmental benefits and costs of green roof technology for the city of Toronto Barrio E P 1997 Analysis of the green roofs cooling potential in buildings Energy and Buildings 179 193 Bauen L P amp Richard B G 1990 The Biotope Area Factor Principles for lis Determination and Identification of the Target Berlim Berndtsson J C 2010 Green roof performance towards management of runoff water quantity and quality A review Ecological Engineering 351 360 Berndtsson J C Bengtsson L amp Jinno K 2009 Runoff water quality from intensive and extensive vegetated roofs Ecological Engineering 369 380 Blanc P s d Obtido em Fevereiro de 2012 de The Vertical Garden A Scientific and Artistic approach http www verticalgardenpatrickblanc com
7. Obtido em Fevereiro de 2012 de berlin de http www stadtentwicklung berlin de Ser dio P amp Paulo P V 2010 Coberturas em Terra o Aulas da cadeira de Tecnologia da Constru o de Edif cios IST Lisboa Shewaka S M amp Mohamed N M 2012 Green facades as a new sustainable approach towards climate change Energy Procedia 507 520 Snodgrass E C amp Mcintyre L 2010 The Green Roof Manual A Professional Guide to Design Instalation and Maintenance Londres Timber Press Spolek G A Johnson G R amp Beck D A 2011 Amending greenroof soil with biochar to affect runoff water quantity and quality Environmental Pollution 2111 2118 Studentaward middleeast s d Obtido em Mar o de 2012 de http www studentaward middleeast com Teemusk A amp Mander U 2007 Rainwater runoff quantity and quality performance from a greenroof The effects of short term events Ecological Engineering 271 277 The museum of unnatural mystery Mar o de 2003 Obtido em Dezembro de 2011 de http www unmuseum org unmain htm The VYDRO Effect 2010 Obtido em Setembro de 2012 de thevydroeffect http www hunisman com Thechallengeseries s d Obtido em Dezembro de 2011 de http www thechallengeseries ca V TOA Canada s d Obtido em Dezembro de 2011 de TOA Canada Corporation http www toacanada com Toronto Council 2009 Green Roofs Toronto Municipal Code Chapter 492 Toronto c
8. Obtido em Novembro de 2011 de ResilientCity org http www resilientcity org Robert K H 1992 Obtido em Novembro de 2011 de The Natural Step http www naturalstep org Rodrigues A M Piedade A C amp Braga A M 2009 T rmica de Edif cios Edi es Orion Rosenbaum M 2012 Obtido em Agosto de 2012 de Aprenda a fazer a horta de garrafa PET do Lar Doce Lar http ciclovivo com br Rowe B Liu K K Kohler M Gaffin S Dunnett N Doshi H et al Novembro de 2007 Green Roofs as Urban Ecosystems Ecological Structures Functions and Services BioScience 57 Rowe D B amp Getter K L 2006 The role of green roofs in sustainable development HortScience N 41 1276 1286 Rygaard M Binning P amp Albrechtsen H 2011 Increasing urban water self sufficiency New era new challenges Journal of Environmental Management 185 194 Safeguardeurope s d Obtido em Mar o de 2012 de http www safeguardeurope com Saint Gobain 2012 Obtido em Setembro de 2012 de Isover http www archiexpo com Schroll E Lambrinos J Righetti T amp Sandrock D 2011 The role of vegetation in regulating stormwater runoff from green roofs in a winter rainfall climate Ecological Engineering 585 600 Sebassetmanagement 2011 Berlins Potsdamer Platz awarded DGNB Sustainability Certificate sebassetmanagement SEB Senate Department for Urban Development and the Environment s d
9. Uffelen 2011 Na Figura 2 21 apresenta se o hospital universit rio da Academisch Ziekenhuis em Bruxelas B lgica Esta parte do hospital foi constru da em 2007 que cont m os laborat rios no seu interior A utiliza o de fachadas verdes teve como objetivo criar uma envolvente est tica mais apelativa do que a tradicional cobertura plana Deste modo a solu o de colocar plantas intercaladas com as janelas permite o aproveitamento da luz natural e promove uma vista diferente do usual Na Figura 2 22 est ilustrado o museu de Quai Brandly que tem aproximadamente 800 m de jardins verticais Situado pr ximo da Torre Eiffel Paris Fran a da autoria de Patrick Blanc e tem mais de quinze mil esp cies de plantas estando aberto ao p blico desde 2006 14 4 Grupo IV Figura 2 23 Postes ajardinados em Nova Figura 2 24 Moradia unifamiliar em Bruxelas lorque USA Uffelen 2011 B lgica Uffelen 2011 O mercado de jardins verticais tem estado em constante atualiza o e investiga o Na Figura 2 23 ilustra se sec es tubulares enquadradas nos cantos de uma veda o da autoria de Michele Brody Encontra se em Nova lorque e teve a sua primeira implementa o em 2008 No cap tulo 3 referente aos sistemas construtivos esta t cnica ser analisada mais detalhadamente Na Figura 2 24 apresenta se uma moradia individual que tem as fachadas norte este e oeste com jardins verticais assim como a cobertura A fac
10. grados Isto significa que as coberturas verdes devem funcionar do seguinte modo e Se a temperatura exterior significativamente superior ao valor padr o de conforto ent o as coberturas verdes devem possibilitar que o interior das habita es se mantenha a temperaturas inferiores exterior e Se a temperatura exterior significativamente inferior ao valor padr o de conforto ent o o objetivo evitar que o calor do interior do edif cio passe para o exterior No caso de estudo existem pontos em que a cobertura verde n o tem o comportamento desejado logo n o deve ser utilizado como isolamento t rmico Esta situa o pode dever se realiza o da evapotranspira o da camada vegetal Tal fen meno deve ser analisado por especialistas de modo a confirmar este facto ou a rejeitar o mesmo na procura da justifica o 70 para esta ocorr ncia Outra possibilidade contempla a rega ou a falta da mesma A presen a de gua em abund ncia nas camadas vegetal e drenante aumenta a condutibilidade t rmica o que prejudicial nas situa es em que se pretende evitar perdas de calor para o exterior Todavia quando o objetivo evitar a transmiss o do calor exterior para o interior a evapotranspira o tem um papel relevante pelo que a presen a de gua necess ria No mbito da atenua o das amplitudes t rmicas os resultados indicam que em m dia a camada de substrato vegetal utilizada permite a atenua o de 2 4
11. maioritariamente presente nas coberturas verdes nas zonas do substrato e inferiores quanto menor condu o do calor existir melhor a efici ncia t rmica verificada Nas fachadas verdes este processo ocorre quando se tem pain is robustos junto das paredes da estrutura e convec o est presente no substrato das coberturas verdes por meio da gua e do ar existentes Contudo a sua influ ncia significativa regista se ao n vel da zona a rea das plantas tanto nas coberturas como das fachadas verdes O flu do que possibilita toda a ocorr ncia do processo o ar presente entre as plantas 69 e A investiga o na componente t rmica indica que as coberturas e fachadas verdes contribuem para atenuar as amplitudes t rmicas verificadas nos edif cios quando comparadas com as do exterior A melhoria da efici ncia energ tica corresponde na generalidade dos casos redu o de custos com a climatiza o dos edif cios A atenua o dos picos de cheias em meio urbano uma realidade em algumas cidades como Portland nos EUA atrav s da utiliza o de coberturas verdes Existe legisla o espec fica para o efeito e os resultados t m sido monitorizados pelo pr prio munic pio A gest o h drica das cidades complexa e as altera es clim ticas podem desencadear situa es extremas A capacidade de atenuar os efeitos de inunda es por meio das coberturas verdes est comprovada em diversos trabalhos de investiga o A q
12. ncia em rela o zona de suporte no que concerne contribui o para o isolamento t rmico da cobertura verde como um todo A investiga o nesta rea tem sido desenvolvida nos ltimos anos e alguns estudos como os de Moriyama amp Takebayashi 2006 Zhang Meng amp Feng 2010 He amp Jim 2010 e Getter K Rowe Andresen amp Wichman 2011 verificam a redu o da radia o solar devido a zona a rea e de suporte funcionarem como camada de prote o da estrutura do edif cio O processo 46 da convec o ocorre nas duas zonas da cobertura enquanto a condu o s tem significado no substrato Os estudos indicam que estes processos devem ser ajustados consoante o clima alterando as plantas e as propriedades do substrato resultando no aumento da efici ncia da cobertura Ao contemplar estas considera es os resultados obtidos em cada estudo apresentaram globalmente ganhos t rmicos contudo os m todos de an lise foram diferentes de caso para caso e nenhum autor generaliza o facto de as coberturas verdes funcionarem como isolamento t rmico em todas condi es Atualmente mais consensual referir que as coberturas verdes atenuam as flutua es de temperatura na maioria das situa es O caso de estudo de Mander amp Teemusk 2009 que explicado seguidamente apresenta compara es abrangentes para diferentes per odos do ano A atividade experimental deste estudo consistiu em comparar duas coberturas i
13. o das coberturas e fachadas verdes em Portugal que foram observados no decorrer do caso de estudo e apresenta solu es que podem ser adotadas para a resolu o dos mesmos No ltimo cap tulo s o enfatizadas as principais ideias do trabalho e as conclus es adquiridas com a sua elabora o as quais permitem obter maior abrang ncia de conhecimento sobre o tema das coberturas e fachadas verdes e sugerem se linhas de investiga o para seguir no futuro 2 Conceitos gerais estado da arte legisla o e regulamenta o 2 1 Considera es iniciais Na pesquisa bibliogr fica verificam se alguns conceitos interligados s coberturas e fachadas verdes Neste cap tulo pretende se esclarecer os conceitos que podem gerar d vidas e de que modos devem ser interpretados quando se desenvolvem estudos nas reas relacionadas com as coberturas e fachadas verdes No subcap tulo do estado da arte as constru es existentes que t m instaladas coberturas e ou fachadas verdes em diversos pa ses representam exemplos pass veis de adapta o a Portugal Pretende se apresentar diferentes solu es com relev ncia a n vel internacional representando estas possibilidades de adapta o ao territ rio portugu s No final do cap tulo s o apresentadas algumas abordagens legais e regulamentares no que respeita as coberturas e fachadas verdes Deve ser tido em aten o que as leis e regulamenta es s o diferentes em cada pa s e dentro
14. 1 3 Organiza o do trabalho L Esta disserta o constitu da pelo presente cap tulo cinco cap tulos principais e um conclusivo O segundo cap tulo clarifica inicialmente alguns dos conceitos usualmente ligados aos estudos das coberturas e fachadas verdes Seguidamente apresenta uma resumida resenha hist rica das coberturas e fachadas verdes e lista a legisla o e regulamenta o existentes sobre as mesmas O terceiro cap tulo apresenta e descreve sistemas construtivos das coberturas e fachadas verdes Neste cap tulo indica se tamb m qual o modo de construir dos sistemas em Portugal baseado na experi ncia adquirida junto de t cnicos com experi ncia na rea O quarto cap tulo come a por explicar sucintamente os processos de transmiss o de calor e de que modo se aplicam s coberturas e fachadas verdes Seguidamente apresentado um estudo relativo varia o dos ganhos energ ticos devido implementa o de cobertura e ou fachadas verdes O quinto cap tulo refere de que modo as coberturas e fachadas verdes podem influenciar a gest o h drica nas cidades nomeadamente no que concerne ao aproveitamento das guas pluviais O sexto cap tulo analisa o caso de estudo deste trabalho Inicialmente descreve se o processo de constru o da cobertura verde na sede da LPN e depois apresenta se os resultados da monitoriza o e analisa os resultados obtidos No final s o indicados os problemas associados a implanta
15. 2 2 Conveccao O processo da condu o tem aplicabilidade para a generalidade dos materiais s lidos Contudo no que diz respeito aos flu dos tal processo tem limita es devido a estes se encontrarem em movimento A ideia essencial do processo de convec o reside no facto de a transmiss o de calor ocorrer devido s correntes de flu do existentes podendo ser simplificada atrav s da Figura 4 2 A an lise da transmiss o do calor por convec o est ligada a um estudo simult neo do processo de transfer ncia de energia e do movimento do flu do o Figura 4 2 Trocas de calor por convec o Piedade 2000 4 2 3 Radia o Os corpos emitem e absorvem radia es eletromagn ticas Estas radia es t m diversos comprimentos de onda com uma intensidade que fun o da temperatura absoluta a que se encontram e do estado da sua superf cie Rodrigues Piedade amp Braga 2009 Esta forma de transmiss o do calor que n o necessita de qualquer suporte material e ocorrem entre todos os materiais e em qualquer fase denomina se de radia o Como tal interessa dizer que a transmiss o do calor por este processo depende de e Temperaturas absolutas a que se encontrem os corpos e Estados das superf cies dos corpos e Posi o relativa entre os corpos Um conceito imporiante quando um corpo recebe energia radiante incidente q em geral esta divide se em tr s componentes Figura 4 3 que variam de acordo com o corp
16. and high reflection roof for mitigation of urban heat island Building and Environment 2971 2979 NEOTURF s d Obtido em Agosto de 2012 de http www neoturf pt Ngan G 2004 Green Roof Policies Tools for Encouraging Sustainable Design Oliveira P E amp Ramos C 2002 Inunda es na cidade de Lisboa durante o s culo XX e seus fatores agravantes Finisterra 33 54 PE amp CUE 2000 Diretiva 2000 60 CE Jornal Oficial das Comunidades Europeias Peck S Julho de 2012 Obtido em Agosto de 2012 de Viable Commercial Rooftop Agriculture Becoming a Reality http www greenroofs org P rez G Rincon L Vila A Gonzalez J M amp Cabeza L F 2011 Green vertical systems for buildings as passive systems for energy savings Applied Energy 4854 4859 Piedade A C 2000 T rmica de Edif cios Lisboa LNEC Policy and Finance Committee 2006 Obtido em Fevereiro de 2012 de Making Green Roofs Happen http www toronto ca Porci ncula E s d Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura Obtido em Setembro de 2012 de F rum da Constru o http www forumdaconstrucao com br Portaria n 1532 2008 s d Di rio da Rep blica 1 s rie 29 de Dezembro de 2008 9050 9127 Portlandonline s d Obtido em Fevereiro de 2012 de http www portlandonline com Potsdamerplatz s d Obtido em Agosto de 2012 de Potsdamerplatz de http potsdamerplatz de en Resilient City 2009
17. apresentam resultados com ganhos t rmicos significativos Todavia a bibliografia atual ainda tem falta de abrang ncia de resultados para comparar diferentes locais utilizando a mesma cobertura verde e ou fachada verde S deste modo poss vel dizer se o resultado obtido pode ser extrapolado para outras regi es do globo O artigo Alexandri amp Jones 2008 retrata exatamente esta lacuna No estudo foram analisados diversos par metros em nove cidades com climas diferentes para um dia t pico modelo Chegou se conclus o que em todos os climas as temperaturas do ar na envolvente e das coberturas e fachadas verdes baixaram significativamente O estudo contemplou os ganhos t rmicos traduzidos na redu o em percentagem da carga t rmica de arrefecimento para manter uma temperatura de 23 C no interior dos edif cios Na Figura 4 13 est representada a redu o onde para cada cidade se tem duas barras A da esquerda representa a influ ncia s das fachadas verdes instaladas e a da direita para todo o complexo de fachada mais cobertura verde 100 90 80 70 so 4 50 ao J 30 4 20 10 Figura 4 13 Redu o da carga de arrefecimento m dia com uma temperatura interior de 23 C adaptado de Alexandri amp Jones 2008 No gr fico observa se que para as cidades de Bras lia a verde e Hong Kong a cinzento a redu o da carga de arrefecimento foi de 100 ou seja para manter o interior dos edif cios a
18. da cobertura verde GR at 100mm verificam se atrav s da linha correspondente sofrer reduzidas altera es nas Figuras 4 8 a 4 10 em rela o a GR surface RR surface e Air Percebe se inclusive que em dias nublados existem maiores altera es de incid ncia da radia o nas coberturas identificadas 1 E nd x P Na an lise dos gr ficos importante ter em aten o a diferen a entre escalas da temperatura 48 pelos picos no grafico da Figura 4 9 todavia a linha correspondente a GR at 100mm sofre poucas oscila es revelando que a cobertura verde tem um papel importante na atenua o de flutua es de temperatura Na Figura 4 11 relevante referir que a cobertura RR surface apresenta uma temperatura superior a da cobertura verde em todos os patamares Tal facto deve se espessura da camada de neve que se encontrava na cobertura 4 4 Transmiss o do calor nas fachadas verdes As fachadas verdes t m um modo de funcionamento diferente das coberturas verdes Como foi identificado no subcap tulo 4 3 Transmiss o do calor nas coberturas verdes estas dividem se em duas zonas a rea e suporte e t m os tr s processos de transmiss o do calor a atuar para qualquer tipologia de cobertura verde Nas fachadas verdes tal n o acontece uma vez que as tipologias apresentam uma diversidade superior indicado no subcap tulo 3 2 logo os processos de transmiss o do calor alteram s
19. de Garden Builders 2012 Em todos os sistemas construtivos necess rio contemplar as instala es para o sistema de irriga o que deve ter a sua localiza o identificada desde a fase de projeto Os sistemas de manuten o e limpeza devem tamb m ser tidos em conta em especial para projetos de elevada envergadura A constru o de toda a fachada verde em pa ses como Portugal deve ser executada a partir de um metro de altura Os relatos registados na visita guiada s Natura Towers indicam a exist ncia de roedores nas fachadas verdes devido a estas estarem a tocar diretamente no solo A infesta o de esp cies animais indesejadas que podem aceder s coberturas e janelas dos edif cios uma inconveni ncia que deve ser tida em aten o Nas Natura Towers est a ponderar se a introdu o de ratoeiras para combater a exist ncia de alguns roedores de pequeno porte Em pa ses que possuam uma fauna alargada de trepadores roedores e primatas a altura de um metro pode revelar se insuficiente Nas zonas s smicas a utiliza o de sistemas robustos pode representar o perigo de queda em bloco da fachada verde De acordo com os sistemas construtivos utilizados devem ser tomadas medidas de seguran a estrutural O vento tamb m pode implicar a instala o de sistemas de seguran a adicionais Nas cidades s o criados t neis de vento quando se tem uma avenida com edif cios altos nas suas laterais As velocidades do vento aumenta
20. de cada uma das respetivas empresas criadoras 3 2 4 1 Sistema sem isolamento t rmico O estudo do comportamento t rmico das coberturas verdes ser abordado no cap tulo seguinte 4 Componente t rmica mas importa referir desde j que para efeitos de efici ncia energ tica n o se deve contemplar o efeito do substrato nem das plantas Assim esta solu o s deve ser adotada em situa es que o clima permita dispensar a instala o do isolamento t rmico o que n o acontece no clima mediterr neo portugu s Na Figura 3 20 ilustra se a 32 op o mais usual quando utilizado este sistema Na base da cobertura est instalado o suporte estrutural Segue se a membrana de impermeabiliza o e a camada de drenagem Na parte superior desta encontra se a camada filtrante que impede a passagem dos compostos finos do substrato vegetal As nicas componentes do sistema vis veis quando finalizada a instala o devem ser o substrato vegetal e as plantas Plantas Substrato vegetal Camada de filtrante Camada de drenagem Membrana de impermeabiliza o Suporte estrutural Figura 3 20 Sistema sem isolamento t rmico adaptado de Safeguardeurope 3 2 4 2 Sistema de cobertura tradicional A hist ria das coberturas verdes baseia se em acrescentar substrato vegetal a um sistema estrutural j concebido logo as primeiras tipologias construtivas tinham praticamente a mesma solu o que a cobertura com o sistema tr
21. do mesmo existem diplomas espec ficos para cada munic pio Os exemplos apresentados t m como objetivo informar o que esta a ser feito internacionalmente 2 2 Conceitos gerais Existe uma grande variedade de vocabul rio utilizado no contexto das coberturas e fachadas verdes e que deve ser esclarecido para possibilitar um melhor entendimento do tema No enquadramento geral sec o 1 1 foram introduzidos alguns conceitos fundamentais met fora do funil pegada ecol gica e resili ncia Nos pontos seguintes esclarece se quatro t picos onde podem surgir d vidas aquando da leitura de estudos relacionados com as coberiuras e fachadas verdes 2 2 1 Coberturas e fachadas verdes A bibliografia internacional e nacional tem v rias terminologias para coberturas verdes A nomenclatura mais usual green roofs coberturas verdes Por vezes surge tamb m a palavra ecoroof eco telhado associada a coberturas verdes A terminologia roof gardens coberturas ajardinadas surge associada a coberturas que possuem um substrato vegetal pass vel de suportar plantas com alguma dimens o Outra situa o interessante a de existir um novo termo living roofs coberturas vivas Tal facto deve se a v rias coberturas com substrato vegetal n o serem efetivamente verdes podendo ter diversas colora es Deste modo existem diversas nomenclaturas que est o associadas s coberturas verdes Nas fachadas ocorre situa o se
22. durante todo o dia O aspeto final da cobertura n o revela empolamentos nem cortes na membrana de impermeabiliza o Caso se pretenda efetuar testes de estanquidade ou instalar sensores de monitoriza o tal deve ocorrer seguidamente a esta fase A realiza o destes testes no caso de estudo n o ocorreu devido impossibilidade de inserir esta verifica o no planeamento Quanto aos sensores de monitoriza o n o se encontravam dispon veis nesta data para proceder sua instala o As Figuras 6 10 a 6 13 ilustram a finaliza o dos trabalhos da membrana de impermeabiliza o Figura 6 10 Zona inferior da porta de Figura 6 11 Zona de contornos da parede acesso cobertura aspeto final aspeto final Figura 6 12 Zona do tubo de queda Figura 6 13 Canto da cobertura aspeto aspeto final final 6 2 2 Instala o do isolamento t rmico No dia 22 de outubro de 2011 procedeu se instala o do isolamento t rmico O material utilizado foi poliestireno expandido da empresa Esferovite SA e est dispon vel em placas de 5 e 10 cm de espessura e foi instalado sobre a membrana de impermeabiliza o Figura 6 14 Os formandos auxiliaram no transporte para a cobertura e coloca o dos materiais A coloca o das placas e os cortes estava a cargo de um especialista na rea da constru o civil 61 As zonas adjacentes as portas de acesso e do sotao da LPN tiveram um acabamento espec fico
23. em Agosto de 2012 de http construcaosustentavel pt Curso Prosperidade Renov vel 2011 Coberturas Vivas l Lisboa Iniciativa Constru o Sustent vel Curso Prosperidade Renov vel 2012 Coberturas Vivas Il Lisboa Iniciativa Constru o Sustent vel Davison J B Beck S B Stovin V amp Castleton H F 2010 Green roofs building energy savings and the potential for retrofit Energy and Buildings 1582 1591 Dcgreenworks s d Obtido em Mar o de 2012 de http dcgreenworks org Decreto Lei n 220 2008 s d Di rio da Republica 1 S rie 12 de Novembro de 2008 7903 7922 Development S D 2009 Land Use Plan Berlin Berlin Dewhurst Industrial s d Obtido em Setembro de 2012 de http dewhurstindustrialsolutions co uk Dias A Agosto de 2009 O relato da sustentabilidade empresarial pr ticas em Portugal Lisboa Universidade Aberta DOW 2012 Obtido em Setembro de 2012 de DOW ROOFMATE SLA http www gevohome com Dow s d Isolamento t rmico de coberturas planas invertidas Obtido em Setembro de 2012 de Construlink http www construlink com dre pt s d Obtido em Agosto de 2012 de Di rio da Rep blica Eletr nico http www dre pt Dunnett N amp Kingsbury N 2008 Planting green roofs and living walls Timber Press Ecological Footprint 2005 Obtido em Novembro de 2011 de Ecological Footprint Center for Sustainable Economy http myfootprint org Envi
24. n o contemplam os sistemas construtivos e na generalidade dos munic pios n o indicam quaisquer materiais tipologias e ou plantas apropriadas ao local Estes s o usualmente regulamentados em documentos t cnicos provenientes de gabinetes especializados nos munic pios Em suma a legisla o existente for a em alguns casos constru o de coberturas verdes mas deixa todo o processo de instala o ao crit rio de cada construtor e dono de obra Na Tabela 2 1 est o identificados exemplos de cidades que possuem a n vel municipal meios legais e regulamentares para incentivar e controlar a constru o de coberturas e fachadas verdes Tabela 2 1 Cidades com regulamenta o e ou legisla o espec fica relativa s coberturas verdes CMHC 2006 Minneapolis Calgary St Paul Minn Tokyo Japan Pittsburgh Penn Berlin Germany Seattle Wash London U K Winnipeg Washington D C and North Rhine Westphalia Qu bec City Cheasapeake Bay area Germany As cidades apresentadas na Tabela 2 1 n o est o todas na mesma fase de desenvolvimento regulamentar As cidades alem s est o todas consideradas na sexta fase J cidades como Chicago Portland e Singapura est o na quinta fase No Canad Toronto Vancouver e Montr al s o as mais avan adas estando classificadas como quarta fase CMHC 2006 19 2 4 2 Exemplos piloto A nomenclatura exemplos piloto aplicada as primeiras cidades que desenvolveram legisl
25. o e regulamenta o s o adaptadas e os especialistas trabalham em conjunto com os construtores para melhorar as solu es Nesta fase est o estabelecidos os benef cios das coberturas verdes para a zona recorrendo se frequentemente a incentivos fiscais 6 Na sexta fase otimizam se as pol ticas incentivos e legisla o referentes s coberturas verdes Novos estudos s o analisados de modo a melhorar o sistema jur dico A sexta fase caraterizada por ser poss vel retroceder at quarta fase para estudar alternativas legisla o vigente Enfatiza se a necessidade de se consultarem especialistas de diversas reas em todo o processo As reas da engenharia civil para a conce o do edif cio s o essenciais uma equipa de arquitetos e paisagistas tamb m s o necess rias tal como os bot nicos para a implementa o e manuten o da rea vegetal Os engenheiros da rea de mec nica eletrot cnica e inform tica tamb m t m uma palavra a dizer dependendo dos sistemas eletr nicos utilizados monitoriza o ventila o para as fachadas sistemas aut nomos de rega As empresas construtoras devem ser colocadas como intervenientes iniciais nesta rea uma vez que os sistemas construtivos t m diferen as consider veis entre si que provocam altera es em todo o projeto Nesta sec o ser o referidos alguns exemplos de legisla o e regulamenta o existentes a n vel internacional A n vel nacional n o existe legisl
26. o e regulamenta o Nos exemplos indicados anteriormente verificou se que as coberturas e fachadas verdes podem ser utilizadas com diferentes objetivos como seja incremento de valor est tico e de bem estar melhoria da efici ncia energ tica capta o e reutiliza o das guas pluviais e sumidouros de gases poluentes importante escolher o objetivo que se pretende e consultar a legisla o e regulamenta o apropriadas Neste campo a IGRA International Green Roofs Association tem distribu do informa o e referenciado factos em confer ncias e congressos pelo mundo atrav s de jun o de especialistas de diferentes reas Tem se verificado que os objetivos das coberturas e fachadas verdes t m influenciado a cria o e implementa o da legisla o e regulamenta o Exemplo desta situa o s o cidades que pretendem atenuar picos de cheia criam normas espec ficas para as coberturas verdes como Portland e noutras cidades em que o objetivo principal a efici ncia energ tica a regulamenta o diferente Em suma o modo como tem evolu do a legisla o e regulamenta o nesta rea complexo Segundo um estudo canadiano CMHC 2006 a evolu o do desenvolvimento das pol ticas e programas relativos s coberturas verdes dividida em seis fases indicadas na Figura 2 31 este estudo pode tamb m aplicar se s fachadas verdes Phase 1 Phase 2 Phase 3 Phase 4 Phase 5 Phase 6 Introduction Community Ac
27. o metalica na envolvente da cobertura do Moorgate Crofts Business Centre Rotherham Reino Unido Dunnett amp Kingsbury 2008 ccccccccesseeeceeeeeeeeeseeeeeeees 25 Figura 3 4 Aplica o das membranas betuminosas a quente WMroofing 2009 27 Figura 3 5 Esquema ilustrativo das camadas aplicadas de feltro e betume Carson Dunlop PSSOCIAICS s 2000 a a ae act ee ee ee ee 21 Figura 3 6 Aplica o dos rolos de membranas single ply Leva 2012 27 Figura 3 7 Aplica o do PVC na cobertura do caso de estudo recorrendo a ar quente 27 Figura 3 8 Aplica o de membranas de impermeabiliza o l quidas Dewhurst Industrial 28 Figura 3 9 Aplica o de membranas de impermeabiliza o l quidas Cesel Eclaws 28 Figura 3 10 Cobertura com placas de XPS DOW 2012 28 Figura 3 11 Encaixes das placas de XPS Saint Gobain 2012 28 Figura 3 12 Aplica o de placas de isolamento t rmico base de corti a Artimestieri OSI Ze O 10 oranana a vec dade eh a ee ae 29 Figura 3 13 Aplica o de aglomerado de corti a na forma granular Artimestieri Bioedilizia AO DO en eter eaten RR A Oe re ree eee ee 29 Figura 3 14 Camada de drenagem com pequenos dep sitos Green Roof Blocks 2012 30 Figura 3 15 Instala o de camadas de poliuretano expandido The VYDRO Effect 2010 30 Figura 3 16 Siste
28. que a adapta o mitiga o redu o de gases com efeito de estufa e combate desfloresta o s o os caminhos a seguir uma escala europeia existem as mesmas prioridades mas com objetivos definidos pela A o Clim tica da UE Uni o Europeia 2006 que pretende reduzir em 20 os gases com efeito estufa e aumentar as energias renov veis e efici ncia energ tica Em Portugal 6 criou se recentemente a APA Ag ncia Portuguesa do Ambiente com a visao de Contribuir para o desenvolvimento sustent vel de Portugal assente em elevados padr es de prote o e valoriza o dos sistemas ambientais e de abordagens integradas das pol ticas p blicas APA 2008 A efici ncia energ tica e o aproveitamento de guas residuais s o duas componentes que se enquadram nos padr es de sustentabilidade das institui es anteriormente referidas 2 3 Estado da arte O primeiro passo para uma boa base de trabalho pesquisar e comparar os exemplos e documenta o existentes sobre o tema em estudo Esta sec o tem exatamente esse objetivo deixando a an lise dos benef cios e poss veis problemas t rmicos e h dricos para cap tulos seguintes 2 3 1 Coberturas verdes A incerteza de quando foram realizadas as primeiras coberturas verdes elevada Contudo existe um facto consensual entre v rios autores a primeira constru o com coberturas ajardinadas registada foram os jardins suspensos da Babil nia De acordo com Uffe
29. que os estudos das coberturas verdes na quest o h drica recaiam sobre a atenua o dos picos de cheia Os escoamentos nas coberturas verdes podem registar uma reten o de 85 para eventos de pluviosidade ligeira onde praticamente toda a 54 agua fica acumulada no substrato e vegeta o at um retardamento superior a 30 minutos para eventos de pluviosidade elevada Teemusk amp Mander 2007 De acordo com Mentens Raes amp Hermy 2006 o grande benef cio das coberturas verdes a atenua o inicial do pico de cheia como se verifica na Figura 5 1 ms Pluviosidade gt Escoamento na cobertura normal Escoamento na cobertura verde Escoamento acumulativo mm 0 20 00 23 00 02 00 05 00 06 00 11 00 14 00 17 00 Tempo Horas 0 17 0 Figura 5 1 Compara o dos escoamentos para duas coberturas uma sem cobertura verde e uma com cobertura verde adaptado de Mentens Raes amp Hermy 2006 Estudos indicam que no inverno a cobertura verde menos eficiente que no ver o Isto deve se a na esta o mais fria o solo da cobertura verde ter maior percentagem de gua e consequentemente menor capacidade de reten o das guas pluviais Tal como foi indicado no subcap tulo 3 1 2 relevante ter um sistema que permita o escoamento da gua que se possa acumular acima da cobertura verde devido a processos de colmata o e ou entupimento Desta forma evita se uma sobrecarga excessiva devido ao peso adici
30. t rmicas entre os sensores A e B 40 5 41 350 80 581 263 120 gt 121 1 61 2 46 3 64 4 35 1 25 OS 3 56 1 88 3 54 2 53 2 52 2 29 XII
31. todos os componentes t m de estar adaptados para n o serem arrastados pelas guas nem sa rem do lugar devido a o da gravidade Para tanto devem estar contemplados mecanismos de suporte estrutural instalados na camada do substrato vegetal tal como observado nas Figuras 3 18 e 3 19 EE on Figura 3 18 Suporte estrutural do Figura 3 19 Edif cio com suporte estrutural substrato vegetal Dunnett amp Kingsbury para o substrato vegetal Dunnett amp Kingsbury 2008 2008 usual nas coberturas com maior inclina o existir uma diferencia o de tipos de plantas de acordo com a localiza o das mesmas Tal facto deve se s plantas que est o no topo da cobertura terem frequentemente menos gua dispon vel devido ao escoamento grav tico da mesma Esta situa o deve ser cuidadosamente analisada por especialistas na rea de bot nica por arquitetos paisagistas com experi ncia em coberturas inclinadas 3 2 4 Tipologias construtivas Nesta sec o s o apresentados cinco exemplos construtivos de coberturas verdes e Sistema sem isolamento t rmico e Sistema de cobertura tradicional e Sistema de cobertura invertida e Sistema TF Ecol gico Algibe e Sistemas modulares Os tr s primeiros s o os mais comuns no mercado usualmente instalados por qualquer empresa de constru o civil Os dois ltimos exemplos s o solu es inovadoras que foram concebidas a partir dos gabinetes de investiga o
32. 118 120 16 62 Anexo B Resultados dos calculos das amplitudes t rmicas dos registos obtidos nos sensores A e B Tabela 0 1 Amplitudes t rmicas dos ciclos 1 a 80 Eos a ec EE E E 384 009 289 48 544 242 537 12 13 448 7 53 52553 331 609 p28 24 296 506 69564 tt Tabela 0 2 Amplitudes termicas dos ciclos 81 a 160 Sensor A Sensor B Sensor A Sensor B 80 gt 81 120 gt 121 1 16 81 gt 82 121 gt 122 3 90 82 gt 83 122 gt 123 1 78 83 gt 84 123 gt 124 1 64 34 gt 85 124 5125 3 13 85 gt 86 125 gt 126 3 38 86 gt 87 126 gt 127 1 88 87 gt 88 127 gt 128 341 38 gt 89 128 gt 129 3 31 89 gt 90 129 gt 130 3 67 90 gt 91 130 gt 131 2 12 91 gt 92 131 gt 132 3 96 92 gt 93 132 gt 133 4 21 93 gt 94 133 gt 134 3 24 94 gt 95 134 gt 135 3 10 95 gt 96 135 5136 2 85 96 gt 97 136 gt 137 2 95 97 gt 98 137 gt 138 98 gt 99 138 gt 139 99 gt 100 139 gt 140 100 gt 101 140 gt 141 4 19 101 gt 102 141 gt 142 3 74 150 gt 151 151 gt 152 7 68 152 gt 153 6 92 113 gt 114 600 858 153 gt 154 4 73 154 gt 155 155 gt 156 4 94 156 gt 157 157 gt 158 158 gt 159 1 38 159 gt 160 3 83 3 89 4 09 O1 Oo NO O1 Ol co XI Anexo C Diferen a entre as amplitudes t rmicas entre os sensores Ae B Tabela 0 1 Amplitudes
33. 23 C a instala o de cobertura e fachadas verdes permitiu que n o fossem necess rios meios de arrefecimento ativos Londres e Moscovo apresentam valores de 0 logo as coberturas e fachadas verdes n o causaram benef cios na redu o da carga de arrefecimento para o dia t pico adotado A causa deste acontecimento nestes edif cios destas duas cidades n o ser necess ria qualquer carga de arrefecimento para os dias t picos j antes de serem A carga t rmica de arrefecimento de um espa o a pot ncia t rmica que necess ria retirar desse mesmo espa o de modo a que a temperatura no seu interior seja constante e igual estabelecida como condi o de projeto Ferreira amp Pedrosa 51 implantadas as coberturas e fachadas verdes Deste modo a instala o das coberturas e fachadas verdes pode ter representado varia o nos ganhos t rmicos mas n o se traduziu na carga de arrefecimento registada Este facto retrata o que j foi dito anteriormente acerca de edif cios com bons isolamentos t rmicos e correspondente certifica o energ tica de classes elevadas que t m poucas vantagens a n vel t rmico com a instala o de coberturas e fachadas verdes Resta apenas referir que para as outras cidades em estudo como Bras lia e Hong Kong obtiveram se redu es significativas sendo que a cobertura e fachadas verdes conjugadas apresentaram melhores resultados 20 a 50 que as fachadas verdes isoladamente 52 5 C
34. 38 Figura 3 30 Sistema de redes instalados St Gallen Su a UakOb cccccccssseeeeeeeeeeeeeeees 38 Figura 3 31 Sistema modelar ornamental vertigreen adaptado de Zinco 2012 39 Figura 3 32 Projeto de reutiliza o de garrafas do arquiteto Marcelo Rosenbaum Rosenpani 2012 pestana holes rttes nate dana a cube yds radi a a a a 40 Figura 3 33 Edif cio em Madrid com estrutura de rede Uffelen 2011 40 Figura 3 34 Jardim vertical de mantas absorventes em Coimbra Clorofila 40 Figura 3 35 Corte do sistema tubular adaptado de Uffelen 2011 i eececeeeeseeeeeeeeeeeee 41 Figura 4 1 Condu o t rmica Lei e Fourier Piedade 2000 44 Figura 4 2 Trocas de calor por convec o Piedade 2000 es 45 Figura 4 3 Esquema das energias incidente absorvida refletida e transmitida Rodrigues Piedade amp Braga 2009 nas ssa sa OS E ie eee EN ae 46 Figura 4 4 Simplifica o para o estudo de transmiss o de calor nas coberturas verdes Arkous arquitetura e CONSIRI O assina Sc pa E Db aaa 46 Figura 4 5 Corte esquem tico da cobertura com membrana betuminosa adaptado de AUG ANO T999 maraena Ti Ta taint te 47 Figura 4 6 Corte esquem tico da cobertura verde adaptado de Auckland 1998 47 Figura 4 7 Esquema representativo da localiza o dos sensores ada
35. 4000 m um exemplo de inser o no meio ambiente permitindo uma continuidade da paisagem de Monsanto O pr ximo objetivo da empresa SimTejo propriet ria da ETAR utilizar a gua tratada na esta o para rega da pr pria cobertura A visita e an lise desta constru o decorreu no mbito do Curso Prosperidade Renov vel 2011 2 Grupo Il Figura 2 11 Vista a rea do CCB Centro Figura 2 12 Jardim das oliveiras no CCB Cultural de Bel m Centro Cultural de Bel m O Centro Cultural de Bel m na Figura 2 11 da autoria do arquiteto Manuel Salgado que concebeu uma cobertura verde jardim das oliveiras Figura 2 12 voltada para o rio Tejo N o existem refer ncias relativas a incrementa o de efici ncia energ tica nem de aproveitamento de guas pluviais indicando que o objetivo do jardim das oliveiras aumentar o valor est tico e o bem estar dos visitantes Este espa o encontra se acess vel ao p blico logo foi poss vel efetuar visitas sem restri es que carecessem de autoriza es espec ficas 11 Figura 2 13 Vista a rea da cobertura Figura 2 14 Vista lateral do museu da verde adjacente ao museu da funda o funda o Calouste Gulbenkian Gulbenkian Calouste Gulbenkian Google As instala es da funda o Gulbenkian identificadas na Figura 2 13 e inauguradas em 1969 foram projetadas pelos arquitetos Ruy Athouguia Pedro Cid e Alberto Pessoa Integram para al m das reas rese
36. 60 CE para territ rio nacional A Lei da gua estabelece as bases e o quadro institucional para a gest o sustent vel deste recurso contudo para saber como s o equacionadas as guas pluviais nos edif cios necess rio recorrer a regulamenta o nacional espec fica Toda a legisla o atual se resume ao decreto regulamentar n 23 95 no que se refere s guas pluviais sendo estas tratadas como um res duo Existem por m duas Resolu es da Assembleia da Rep blica que podem vir a alterar o modo como se abordam as guas pluviais que neste cap tulo ser o abordadas na sec o respetiva As guas pluviais v o ser objeto de estudo ao longo deste cap tulo assim importa perceber que o enquadramento legal essencial Seguidamente ser o abordados os problemas que atualmente est o identificados nas cidades no que concerne quest o h drica e posteriormente ser indicada qual a influ ncia das coberturas e fachadas verdes na mitiga o dos mesmos 5 2 Problem tica das guas pluviais nas cidades As guas pluviais na natureza t m usualmente percursos bem definidos para o seu escoamento A implanta o de uma cidade leva a uma altera o destes percursos e impermeabiliza o de grandes reas As vias de comunica o acabam por ser os novos locais de escoamento de guas pluviais que encaminham as mesmas at ao destino de despejo geralmente rios e oceanos Assim as altera es que as cidades provocam nos escoame
37. 9 C Nesta situa o admite se que a cobertura verde aumenta a efici ncia energ tica do edif cio uma vez que possibilita atenuar os picos t rmicos registados no exterior Em suma poss vel construir uma cobertura verde com acesso limitado a materiais desde que se possua uma equipa multidisciplinar com experi ncia devendo sempre que poss vel monitorizar os resultados e analisar os mesmos em conjunto neste seguimento que o subcap tulo da implanta o das coberturas e fachadas verdes em Portugal apresenta quatro das potenciais dificuldades a resolver antes de se avan ar na constru o propriamente dita Algumas ila es podem ser retiradas da an lise destas dificuldades de implanta o e As empresas construtoras necessitam de ter nos quadros m o de obra qualificada e O complemento das coberturas e fachadas verdes na reabilita o pode ser efetuado alterando os objetivos e os estudos realizados nos diversos programas regulamentares existentes e As autarquias devem possuir nos quadros org nicos pessoal especializado para a fiscaliza o de coberturas e fachadas verdes de modo a verificar se as condi es legais est o a ser cumpridas e Manuais t cnicos especializados devem ser criados possibilitando o aumento do conhecimento na rea das coberturas e fachadas verdes e A manuten o pode ser executada por m o de obra sem especializa o desde que existam guias t cnicos espec ficos Neste contexto conclui se q
38. ACADEMIA MILITAR DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI INSTITUTO SUPERIOR TECNICO Universidade Tecnica de Lisboa Coberturas e Fachadas Verdes Joao Ricardo Rodrigues da Silva Disserta o para obten o do Grau de Mestre em Engenharia Militar J ri Presidente Professor Doutor Lu s Manuel Alves Dias Orientadora Professora Doutora Maria Cristina de Oliveira Matos Silva Vogais Professora Doutora Maria da Gloria de Almeida Gomes Major de Engenharia Mestre Jo o Carlos Martins Rei Dezembro 2012 Agradecimentos A todas as pessoas que direta ou indiretamente contribu ram para a realiza o deste trabalho deixo os meus sinceros agradecimentos especialmente A professora Cristina Matos Silva pela oportunidade que me concedeu de estudar este tema pela sua orienta o constantes sugest es e conhecimentos que me transmitiu Aos v rios elementos da Iniciativa Constru o Sustent vel e da Liga para a Prote o da Natureza que com total disponibilidade me receberam e esclareceram as minhas d vidas especialmente arquiteta L via Tirone Engenheira Helena Farrall e ao Professor Eug nio Sequeira Ao Tenente Coronel Fernandes que com a sua boa disposi o se mostrou sempre dispon vel para qualquer esclarecimento cujas indica es e coment rios foram importantes para o trabalho Aos meus pais que sempre se interessaram pela disserta o e que souberam sempre dar o apoio necess rio para a realiza o da mesm
39. Department for Urban Development and the Environment Para tal promoveu incentivos monet rios que permitiram a constru o de v rias coberturas verdes tendo o apoio da Technical University of Berlin nos estudos ecol gicos do impacto das mesmas Outra medida que existente a cobran a de uma taxa sobre o escoamento das guas pluviais para a rede p blica Trata se de um incentivo indireto para a constru o de coberturas verdes ou instala es de reaproveitamento de guas pluviais uma vez que se o propriet rio evitar o escoamento n o paga a taxa 20 A implementacao da BAF Biotope Area Factor foi a base para estabelecer regulamentos na cidade de Berlim A BAF a rela o entre a parcela efetiva de superf cie ecol gica e a area total Bauen amp Richard 1990 O que est regulamentado s o os valores de BAF que t m de ser respeitados dependendo do que se pretende construir Com a cria o da Federal Nature Conservation Act passou a estar legislada a n vel nacional a rela o do meio ambiente com a atividade da constru o civil Esta lei permite exce es em locais que estejam identificados com planos de desenvolvimento e exige que os organismos de prote o ambiental sejam informados para algumas situa es O documento que permite a an lise de cada rea da cidade o plano de ordenamento A cidade de Berlim possui um plano bastante completo que identifica as perspetivas de desenvolvimento assim como os pon
40. Figura 6 15 A finalidade deste acabamento o suporte das cargas provenientes das visitas e dos trabalhadores da LPN para a manuten o da cobertura viva Na parte superior do isolamento t rmico colocou se outra manta geot xtil desta vez com uma fun o diferente Os materiais que seriam colocados sobre o poliestireno expandido poderiam reagir com este logo a manta funciona como barreira qu mica Figura 6 16 Devido a contratempos climat ricos e com a chegada dos materiais n o foi poss vel instalar as restantes camadas material de drenagem e substrato vegetal na data indicada 29 de Outubro de 2011 A necessidade de colocar alguma carga sobre a cobertura era essencial na medida de prevenir que o isolamento t rmico sa sse da posi o devido a ventos A solu o encontrada foi a coloca o de lajetas combinadas com garraf es de gua Esta ltima op o til uma vez que s o facilmente manobr veis e se n o forem mais necess rios basta escoar a gua pelo tubo de queda Figura 6 17 ae Figura 6 14 Placas de isolamento t rmico Figura 6 15 Zona adjacente porta de com 10cm de espessura acesso com placas de 5cm de espessura a w a Figura 6 16 Zona adjacente porta de Figura 6 17 Cobertura com o isolamento acesso com placas de suporte t rmico e manta geot xtil 6 2 3 Instala o do substrato vegetal A terceira sess o pr tica do curso ocorreu a 26 de novembro de 2011 de
41. Na solu o da Zinco o sistema de irriga o tem como base a manta de irriga o Esta mantida sempre h mida atrav s dos gotejadores que saturam a manta composta por materiais absorventes Na parte posterior dos m dulos as plantas retiram a gua da manta de irriga o possibilitando ter as condi es para o seu desenvolvimento e Gotejadores Manta de Irriga o Modulo vertigreen Grampo de fixa o Membrana de impermeabilizacao Estrutura de suporte Caleira Figura 3 31 Sistema modelar ornamental vertigreen adaptado de Zinco 2012 39 3 3 3 2 Sistema de redes vasos e suportes alternativos Estes sistemas sao caracterizados por serem facilmente executados por qualquer pessoa sem forma o espec fica na area e permitirem abordagens inovadoras como apresenta a Figura L 3 32 Podem ter v rios tamanhos todavia aconselhado acompanhamento t cnico para projetos de maior envergadura tal como o representado na Figura 3 33 Figura 3 32 Projeto de reutiliza o de Figura 3 33 Edif cio em Madrid com estrutura garrafas do arquiteto Marcelo Rosenbaum de rede Uffelen 2011 Rosenbaum 2012 Estes sistemas s o variados e abrangentes logo n o existe uma tipologia pr pria a seguir importante garantir o funcionamento de todo o sistema desde o suporte estrutural at ao sistema de irriga o mas o modo como se executa deixado a cargo de cada construtor 3 3 3 3 Sistema d
42. O DO OA OH OO O O0 O O 13 13 15 17 19 20 20 21 22 22 23 23 23 23 24 24 25 28 3 2 2 4 Membrana anti raizes e de prote o 3 2 2 5 Camada de drenagem 3 2 2 6 Camada filtrante 3 2 2 7 Substrato vegetal 3 2 3 Considera es construtivas 3 2 4 Tipologias construtivas 3 2 4 1 Sistema sem isolamento t rmico 3 2 4 2 Sistema de cobertura tradicional 3 2 4 3 Sistema de cobertura invertida 3 2 4 4 Sistema TF Ecol gico Algibe 3 2 4 5 Sistemas modulares 3 3 Fachadas verdes 3 3 1 Classifica o 3 3 2 Componentes do sistema 3 3 2 1 Suporte estrutural 3 3 2 2 Membrana de impermeabiliza o 3 3 2 3 Estrutura de suporte das plantas 3 3 3 Tipologias construtivas 3 3 3 1 Sistemas modulares 3 3 3 2 Sistema de redes vasos e suportes alternativos 3 3 3 3 Sistema de mantas absorventes 3 3 3 4 Sistema tubular 3 4 Considera es finais 4 Componente t rmica 4 1 Considera es iniciais 4 2 Transmiss o do calor 4 2 1 Condu o 4 2 2 Convec o 4 2 3 Radia o 4 3 Transmiss o do calor nas coberturas verdes 4 4 Transmiss o do calor nas fachadas verdes 4 4 1 Sombreamento e isolamento t rmico 4 4 2 Arrefecimento por evapora o 4 4 3 Efeito barreira contra o vento VI 29 29 30 31 31 32 32 33 34 35 35 36 36 36 36 38 38 39 39 40 40 41 41 43 43 43 44 45 45 46 49 49 50 50 4 5 A e
43. a minha tia que com a sua experi ncia acad mica diversas vezes me ajudou e corrigiu o meu trabalho Vanessa pela constante paci ncia interesse e motiva o que me transmitiu e especialmente por estar sempre presente A ela por todo o seu amor e carinho que nos momentos mais dif ceis me ajudou e incentivou a concluir o curso um grande obrigado Resumo A popula o mundial tem aumentado a um ritmo elevado tendo alcan ado sete mil milh es em 2011 A procura por melhor qualidade de vida levou as pessoas a fixarem se nas cidades Todavia ocorreu o efeito de sobrelota o e atualmente as metr poles t m diversos problemas como o efeito ilha de calor inunda es aquando dos picos de cheia polui o atmosf rica entre outros Urge ent o a necessidade de tornar as cidades resilientes de modo a aumentar a capacidade de resposta na ocorr ncia de eventos danosos como chuvas fortes e ondas de calor essencial a cria o de um modo de vida compat vel e adapt vel com o meio ambiente encontrando formas de coexist ncia com a natureza sem colocar em risco os ecossistemas no presente e no futuro As coberturas e fachadas verdes possibilitam aumentar o isolamento ac stico dos edif cios melhor a sua efici ncia energ tica e contribuem para a mitiga o do efeito ilha de calor dos picos de cheia e das concentra es dos gases poluentes Este trabalho tem como objetivo estudar o funcionamento das coberturas e fachadas ver
44. a o e regulamenta o para as coberturas verdes Estas cidades serviram de exemplo para outros pa ses e atrav s de adapta es alargaram se as pol ticas eficazes a outras cidades e menosprezaram se as que n o resultaram N o poss vel analisar todas as cidades pelo que foram escolhidas tr s tendo em vista dois crit rios e Influ ncia da cidade para o pa s em quest o e Acesso legisla o e regulamenta o da cidade As cidades escolhidas foram Berlim Toronto e Portland e Berlim devido Alemanha ter sido o primeiro pa s a ter legisla o espec fica para o tema e Toronto por ter sido a cidade canadiana escolhida pelo pr prio pa s como exemplo piloto e Portland por ter legisla o espec fica dirigida para a atenua o de picos de cheia na cidade utilizando as coberturas verdes 2 4 2 1 Berlim Alemanha e Motivos da implementa o Berlim est ligada aos movimentos ambientalistas que come aram a ter grande impacto a partir de 1970 Segundo Cloos as campanhas eleitorais da poca passaram a referir frequentemente os t picos da conserva o da natureza e da prote o ambiental Na conjuntura da cidade era essencial preservar a natureza os espa os verdes e consequentemente a qualidade de vida dos residentes Foi deste modo que surgiram as primeiras coberturas verdes em Berlim e Pol tica de incentivos Berlim foi a primeira cidade a implementar a conserva o da natureza no planeamento Senate
45. a o destes sistemas s o utilizados flu dos viscosos que quando aplicados sobre a estrutura atuam como membrana de impermeabiliza o O processo de aplica o pode ser semelhante pintura como ilustra a Figura 3 8 ou projetado como indica a Figura 3 9 n o sendo necess ria m o de obra qualificada em ambos os casos 2 Figura 3 8 Aplicagao de membranas de Figura 3 9 Aplica o de membranas de msm er Dewhurst impermeabiliza o l quidas Cesel Eclaws naustrial As coberturas verdes t m gua na cobertura em perman ncia seja devido pluviosidade ou as regas Deste modo a execu o da membrana de impermeabiliza o assume se como um ponto a ter especial aten o aquando da constru o de coberturas verdes A instala o deve ser sempre executada por empresas especializadas e certificadas que apresentem garantias de qualidade 3 2 2 3 Isolamento t rmico A camada correspondente ao isolamento t rmico pode encontrar se sobre a membrana de impermeabiliza o cobertura invertida ou sob a mesma cobertura tradicional Desta forma os materiais dividem se em dois grupos e Resistentes gua Podem ser usados em coberturas invertidas ou tradicionais e devem manter o valor da condutibilidade t rmica baixo mesmo para situa es de total imers o em gua Outra carater stica relevante a imputrescibilidade aumentando a durabilidade do material O poliestireno extrudido XPS um exe
46. a o nem regulamenta o espec ficas sobre coberturas e fachadas verdes at data de conclus o desta disserta o pelo que a consulta e an lise de diplomas existentes noutros pa ses deve ser uma prioridade 18 2 4 1 Cidades com legisla o e regulamenta o espec fica de coberturas e fachadas verdes A primeira regulamenta o existente teve origem na Alemanha na d cada de 1980 1990 Ngan 2004 Na Alemanha a FLL Forschungsgesellschaft Landschaftsentwicklung Landschaftsbau tem publicado guias para a compreens o das coberturas verdes Esses guias s o atualizados e melhorados desde a sua g nese e servem de base para muitos outros pa ses Nos EUA Estados Unidos da Am rica e no Canad existe a certifica o LEED Leadership in Energy and Environmental Design para os edif cios que pretende avaliar os edif cios estipulando par metros para contabilizar a sustentabilidade efici ncia h drica e energ tica tipos de materiais utilizados entre outros Snodgrass amp Mclntyre 2010 A certifica o consiste em atribuir pontos e quanto mais elevada for a pontua o mais elevado o grau da certifica o que pode ser grau prata ouro ou platina Os edif cios com coberturas e fachadas verdes conseguem usualmente as melhores certifica es Freed et al 2008 Atualmente v rias cidades disp em de legisla o que obriga instala o de coberturas verdes como o caso de Poriland Todavia os diplomas legais
47. a s d Obtido em Fevereiro de 2012 de http www toronto ca Uffelen C v 2011 Fa adeGreenery contemporary landscaping Braun UNEP Junho de 2001 Obtido em Dezembro de 2011 de United Nations Environment Programme http www unep org Uni o Europeia Setembro de 2006 Obtido em Dezembro de 2011 de European Commission Climate Action http ec europa eu United Nations Department of Economic and Social Affairs 2007 The Millennium Development Goals Report United Nations United Nations Population Fund 2007 State of World Population Unleashing the Potential of Urban Growth Nova lorque United Nations Velazquez L S 2003 Modular Greenroof Technology An Overview of Two Systems Conference Awards amp Trade Show Chicago IL Vila A P rez G Sole C Fernandez A l amp Cabeza L F 2012 Use of rubber crumbs as drainage layer in experimental green roofs Building and Environment 101 106 Villarreal E L amp Bengtsson L 2005 Response of a Sedum green roof to individual rain events Ecological Engineering 1 7 VYDRO s d Obtido em Agosto de 2012 de Smart water management http www thevydroeffect com WhMroofing 2009 Obtido em Setembro de 2012 de WM Services http wmroofing ca Workshop Resili ncia Urbana 24 de Maio de 2012 O ciclo de vida das cidades Lisboa World Buildings Directory s d Obtido em Dezembro de 2011 de http www worldbuildingsdirectory com
48. a 2000 m estarem obrigados a reservar parte da rea para cobertura verde Todo o processo de constru o altera o ou falta de manuten o de coberturas verdes t m de ser autorizados e est o restringidos a regras espec ficas enunciadas em Toronto Council 2009 21 2 4 2 3 Portland EVA e Motivos da implementa o Em 1994 Poriland foi notificada que deveria cumprir o Clear Water Act emitido pela EPA Environmental Protection Agency tendo em vista a limpeza do rio Willamette numa perspetiva a longo prazo Porilandonline O problema da cidade reside no sistema de coletores de aguas residuais ser unit rio e dificultar o tratamento dos escoamentos que s o lan ados no rio Deste modo foram estudadas v rias medidas para aproveitar ou escoar as guas pluviais fora do sistema unit rio e implementadas no City Council 2008 Um dos pontos referidos s o os ecoroofs ou green roofs que ret m aproximadamente 60 da precipita o que cai na sua area City Council 2005 e Pol tica de incentivos Os incentivos da cidade de Portland s o variados e diversificados Um tipo de incentivo reside em janelas de oportunidade temporais para a constru o de coberturas verdes De acordo com a rea implementada e a localiza o da mesma disponibilizada uma verba espec fica A taxa de gest o de guas residuais tamb m sofre uma redu o se o edif cio tiver cobertura verde Estudos efetuados pelo BES Bureau
49. abelas Tabela 2 1 Cidades com regulamenta o e ou legisla o espec fica relativa as coberturas verdes CMHC 2006 sccecs ieesseuistecieecieesee doce E E nena ee eee 19 Tabela 3 1 Classifica o das Coberturas Verdes adaptado de IGRA ccceeeeeeeeeeeees 23 xii Lista de Abreviaturas Abreviatura AAJBA ADENE APEMIP BAF BES BUR CCB CMHC CUE DGNB ECO AP EFVM EPA ETAR EUA FLL FNUAP GNR IBI IGRA IM INAG IUCN IST LNEC LPN ONU Designa o Jardim Bot nico da Ajuda Ag ncia para a Energia Associa o dos Profissionais e Empresas de media o Imobili ria de Portugal Biotope Area Factor Bureau of Environmental Services Built Up Roofing Centro Cultural de Bel m Canada Mortgage and Housing Corporation Conselho da Uni o Europeia German Sustainable Building Council Programa de Efici ncia Energ tica na Administra o P blica Electric Field Vector Mapping Environmental Protection Agency Esta o de Tratamento de guas Residuais Estados Unidos da Am rica Forschungsgesellschaft Landschaftsentwicklung Landschaftsbau The Landscaping and Landscape Development Research Society Fundo das Na es Unidas para as Popula o Guarda Nacional Republicana Instituto Brasileiro de Impermeabiliza o International Green Roofs Association Instituto de Meteorologia Instituto da gua International Union for Conservation of Na
50. ade do sistema se adaptar a um est mulo negativo sendo este consequente de atividades internas ou externas Uma forma de melhorar a resili ncia das cidades a introdu o de coberturas e ou fachadas verdes dado que t m maior isolamento sonoro Lagstr m 2004 melhor efici ncia energ tica Barrio 1997 Davison Beck Stovin amp Castleton 2010 e contribuem para a mitiga o do efeito ilha de calor Rowe amp Getter 2006 Moriyama amp Takebayashi 2006 Alexandri amp Jones 2008 dos picos de cheia Teemusk amp Mander 2007 e das concentra es dos gases poluentes Getter K L Rowe Robertson Cregg amp Andersen 2009 Esta disserta o incide sobre o estudo de coberturas e fachadas verdes nomeadamente no que respeita ao seu funcionamento no clima mediterr neo portugu s e em rela o componente t rmica e h drica 1 2 Objetivos A presente disserta o tem como objetivo apresentar em detalhe os seguintes t picos particularizando para Portugal 1 Apresentar poss veis tipologias construtivas das coberturas verdes 2 Apresentar poss veis tipologias construtivas das fachadas verdes 3 Perceber o funcionamento da componente t rmica nas coberturas e nas fachadas verdes dos edif cios 4 Compreender a influ ncia das coberturas e das fachadas verdes na gest o h drica das cidades 5 Analisar o caso de estudo cobertura verde da Liga para a Prote o da Natureza LPN na componente t rmica
51. adicional Todavia foi necess rio fazer algumas modifica es e introduzir novos componentes como pode ser visto na Figura 3 21 Substrato vegetal Camada filtrante Camada de drenagem Membrana anti raizes Membrana de impermeabiliza o Isolamento t rmico Barreira para vapor Suporte estrutural Figura 3 21 Sistema de cobertura tradicional adaptado de Studentaward middleeast 33 A carateristica principal desta solu o a localiza o do isolamento t rmico As coberturas tradicionais apresentam o suporte estrutural seguido do isolamento t rmico que se encontra sob a membrana de impermeabiliza o Desta forma numa solu o deste tipo no clima mediterr neo importante instalar a barreira p ra vapor pois na base do isolamento t rmico existem condensa es durante a esta o fria Os m todos de instala o da membrana de impermeabiliza o devem ser adequados para n o danificar o isolamento t rmico Uma t cnica desaconselh vel a colagem com recurso a ma aricos como anteriormente indicada na sec o 3 1 2 2 A membrana anti ra zes a camada drenante e a camada filtrante s o colocadas sobre a membrana de impermeabiliza o ap s esta ter sido ensaiada com ensaios de estanquidade No final instalado o substrato vegetal E de real ar que existem bastantes solu es de materiais para cada uma das camadas 3 2 4 3 Sistema de cobertura invertida A evolu o de novos materiais mais res
52. al vem em rolos para facilitar a instala o Este material sens vel aos raios UV logo deve ser totalmente coberto pela camada de substrato vegetal O local para o sensor de monitoriza o foi marcado para permitir a posterior instala o do mesmo Figura 6 23 No caso de estudo utilizaram se rolos com a espessura de 10 cm que de acordo com os dados t cnicos VYDRO permite retardar at 60 1 m com uma carga de 0 5 Kpa Figura 6 24 Os compostos do material n o s o irrit veis pele nem t xicos para o meio ambiente Estas caracter sticas possibilitam o reaproveitamento das guas sem necessidade de tratamentos intensivos 63 Figura 6 22 Instala o dos rolos de Figura 6 23 Marca o do local para futura espuma el stica de poliuretano de alv olos instala o do sensor de monitoriza o fissurados 100 Linear Without load Linear With load 0 5kPa oS88588388 Thickness mm 10 30 40 60 80 100 120 140 Figura 6 24 Gr fico ilustrativo da capacidade de reten o da espuma el stica de poliuretano de alv olos fissurados adaptado de VYDRO A finaliza o dos trabalhos necessitou da coloca o do substrato na cobertura O m todo utilizado foi a eleva o de baldes com o substrato recorrendo for a humana com aux lio de uma corda Figura 6 25 Um pormenor executado para facilitar o escoamento das guas consistiu na coloca o de material grosseiro na zona de acumula
53. as v o desde a arquitetura e a engenharia civil botanica Tal facto implica uma equipa polivalente de t cnicos especializados Este fator incrementa por si s o custo das coberturas e fachadas verdes A legisla o pode revelar se tamb m um problema de dif cil resolu o poss vel que ocorram situa es nas quais a implanta o de coberturas e fachadas verdes n o sejam autorizadas ou sejam bastante limitadas Esta situa o deve se a regulamenta o e legisla o desadequadas A solu o para este problema passa por criar grupos de trabalho que demonstrem aos rg os respons veis que existem medidas a implementar apresentando estudos e trabalho de campo Pelo que foi apresentado anteriormente existem alguns diplomas que alertam para a necessidade de alterar e melhorar os regulamentos existentes A implanta o de coberturas e fachadas verdes na tica da reabilita o pode revelar se complicada e mesmo desadequada em alguns casos A degrada o do parque im vel de Portugal elevada em algumas zonas e n o permite suportar mais carga nem tem acessibilidades adequadas Assim existem problemas de reabilita o de estruturas que devem ser primeiramente resolvidos Uma solu o poss vel a que j se encontra em curso em diversas zonas do Pa s nos apoios reabilita o urbana Seria desej vel que em alguns desses projetos fossem implementadas coberturas e fachadas verdes com equipas de trabalho polivalentes logo d
54. ateriais de suporte com coeficientes de condutibilidade t rmica mais reduzidos Assim os efeitos t rmicos neste caso funcionam prevenindo as radia es solares de incidir diretamente na fachada mas tamb m est o presentes os processos da condu o e da convec o Existe ainda uma outra tipologia onde os processos de maior relevo s o o impedimento da radia o solar e a convec o Na Figura 2 20 Consorcio Santiago encontra se um sistema que possui a estrutura de suporte da fachada verde ligeiramente afastada do edif cio Existe ent o uma zona entre a vegeta o que efetua o sombreamento como se fosse uma caixa de ar aberia permitindo a passagem de ar que por sua vez remove o calor latente desta zona 49 4 4 2 Arrefecimento por evapora o A evapora o que ocorre no substrato e a transpira o nas plantas origina a denominada evapotranspira o um fen meno complexo e tem v rias vari veis O arrefecimento por evapora o a evapotranspira o das fachadas verdes De acordo com Shewaka amp Mohamed 2012 a evapora o o meio mais eficiente de arrefecer um edif cio uma vez que um metro c bico de gua consome 680 kWh de gua evaporada As fachadas verdes em que se opte por utilizar este mecanismo t m como objetivo o arrefecimento da temperatura do edif cio e da sua zona envolvente contribuindo para a mitiga o do efeito de ilha de calor nas cidades Deste modo o clima deve ser adequado com e
55. avia podem adicionar se componentes espec ficos para melhorar o comportamento da cobertura como o caso da membrana de prote o na Figura 3 22 Esta membrana impede que as part culas do substrato reajam quimicamente com o isolamento t rmico 3 2 4 4 Sistema TF Ecol gico Algibe A Intemper uma empresa de refer ncia a n vel internacional com v rias obras de coberturas e fachadas verdes na Peninsula Ib rica A reparti o de investiga o da empresa tem desenvolvido novos materiais mas tamb m sistemas totalmente inovadores O TF ecol gico Algibe um deles ilustrado na Figura 3 23 Figura 3 23 Sistema TF ecol gico algibe Intemper O sistema constitu do por suporte estrutural seguido de membrana de impermeabiliza o depois possui acess rios que suportam toda a estrutura superior da cobertura Entre esses suportes encontra se gua que pode ser bombeada ou recolhida diretamente das guas pluviais Na face superior da placa dos suportes encontra se o isolamento t rmico que intercalado com uma membrana absorvente filtrante Isto permite que as plantas instaladas no substrato vegetal possam alcan ar a gua de que necessitam sem terem de estar em contacto direto com a mesma A altura do reservat rio est dependente dos suportes Os materiais de constru o utilizados nesta cobertura s o exclusivos da empresa Intemper que os desenvolveu e adaptou especificamente para esta tipologia construtiva Atualm
56. berturas verdes Se n o for seguido este planeamento corre se o risco de adotar um sistema que n o responda as necessidades desejadas 55 A chamada de aten o para se efetuarem estudos espec ficos para uma determinada zona e monitorizar os mesmos deve se as diferen as significativas registadas em diversos estudos Berndtsson Green roof performance towards management of runoff water quantity and quality A review 2010 Alguns exemplos destas incongru ncias s o verificados nas medi es de escoamentos onde se apontam reten es de 2 1 da pluviosidade que atinge a coberiura Mentens Raes amp Hermy 2006 chegando se a 4 4 noutros estudos Spolek Johnson amp Beck 2011 Outros casos chegam mesmo a ser retr grados como o caso da influ ncia da inclina o da cobertura na reten o das guas pluviais Alguns estudos indicam que n o existe influ ncia Villarreal amp Bengtsson 2005 outros referem o contr rio Andresen Rowe amp Getter 2007 importante reiterar que a veracidade dos estudos n o est a ser colocada em causa apenas se indica que mediante certas condi es se podem obter diferentes resultados Na gest o h drica de uma cidade deve ter se em conta qual o objetivo pretendido para as coberturas verdes e desse modo construir as mesmas com as caracter sticas que maximizem os efeitos desejados 5 4 Influ ncia das fachadas verdes na gest o h drica das cidades N o foram encontrados estu
57. brana de impermeabiliza o Deve humedecer se toda a zona a analisar antes de se iniciar o teste Posteriormente liga se o sistema e analisa se os resultados e repara se os eventuais pontos de fuga O sistema pode ficar instalado na cobertura ou ser retirado ap s se ter verificado a estanquidade da membrana de impermeabiliza o Atualmente existem aparelhos port teis que podem ser utilizados em coberturas com reas reduzidas O museu Grohmann sediado em Milwaukee tem um espa o de restaura o na cobertura que utilizou este sistema Inicialmente n o apresentou nenhuma fuga ent o procedeu se a um rasgo e o operador necessitou de apenas cinco minutos para a localizar ILD 2008 As empresas especializadas em impermeabiliza es desenvolvem os pr prios produtos e as t cnicas de instala o associadas Deste modo invi vel enumerar todos os materiais existentes no mercado Assim no que concerne aos materiais utilizados nas membranas de impermeabilizagao prefer vel dividi los de acordo com os tr s sistemas de instala o utilizados 26 Sistema BUR Built Up Roofing A instala o deste sistema consiste na aplica o de membranas betuminosas Figura 3 4 ou em colocar entre tr s a cinco camadas alternadas de telas de feltro entre o betume aplicado a quente Figura 3 5 Atualmente existem betumes modificados e pol meros que possibilitam a aplica o a frio O BUR consiste na instala o in situ logo n o te
58. btido em Dezembro de 2011 de GLOBE Awards for Environmental Excellence http www theglobeawards ca Google s d Obtido em Janeiro de 2012 de Google Maps http maps google pt Graff G s d Obtido em Agosto de 2012 de Web Urbanist Local Designs to Global Destinations hitp weburbanist com Green Conduct Dezembro de 2007 Sustainability and Society in Focus Obtido em Dezembro de 2011 de hitp www greenconduct com Green Grid s d Obtido em Margo de 2012 de http greenroof agsci colostate edu Green Roof Blocks 2012 Obtido em Setembro de 2012 de Green Paks http greenroofblocks com Greenroofs s d Obtido em Dezembro de 2011 de http www greenroofs com Gulbenkian s d Obtido em Janeiro de 2012 de http Avww gulbenkian pt He H amp Jim C 2010 Simulation of thermodynamic transmission in green roof ecosystem Ecological Modelling 2949 2958 Homedit s d Obtido em Agosto de 2012 de Homedit Interior design amp architecture http www homedit com IGRA s d Obtido em Mar o de 2012 de http www igra world com ILD Julho de 2008 Rooftech Enterprises Obtido em Setembro de 2012 de New MSOE Museum has rooftoop Sculpture Gargen htip rooftechent com Imperalum Decoverdi s d Cat logo Coberturas Verdes Lisboa Centro de Investiga o da Funda o Champalimaud INAG s d Instituto da gua IP Obtido em Julho de 2012 de http www inag pt Intemper s d Obtid
59. das altera es clim ticas Existem ent o duas situa es prov veis e Picos de cheia mais intensos fora dos abacos de dimensionamento e previs es expect veis e Falta de gua nas cidades que se agrava pelo n o aproveitamento da mesma durante a ocorr ncia das mon es nesta base que as coberturas e fachadas verdes ser o seguidamente analisadas podendo ser uma medida de mitiga o dos riscos de inunda es devido a fatores humanos ou fatores clim ticos imposs veis de prever com rigor 5 3 Influ ncia das coberturas verdes na gest o h drica das cidades A atual conjuntura de abastecimento de gua s cidades leva s fontes de capta o serem cada vez mais long nquas das mesmas o que obriga a gastos elevados Todavia existem cidades que est o a alterar este paradigma Alguns casos de estudo demonstram que a contribui o de gua reciclada dessalinizada e aproveitamento das guas pluviais permitem aumentar at 80 a autossufici ncia das cidades Rygaard Binning amp Albrechisen 2011 Uma das situa es apontadas para a dificuldade de implementa o destas medidas a popula o n o ser apologista de consumir gua proveniente de tratamentos de reciclagem A sa de p blica tamb m pode ser colocada em causa necessitando de uma apertada legisla o e controlo permanente de qualidade quest es que a UE tem padronizado nas diretivas comunit rias 75 440 CEE e 79 869 CEE A relut ncia das popula es leva a
60. de rega Imperalum Decoverdi Os materiais utilizados podem conter pequenas bolsas na base da membrana de modo a acumular pequenas quantidades de gua Figura 3 14 escoando os excessos Outros s o constitu dos por materiais esponjosos Figura 3 15 que na presen a de gua a encaminham para os locais de escoamento ap s estarem saturados ho q SY Figura 3 14 Camada de drenagem com Figura 3 15 Instala o de camadas de pequenos dep sitos Green Roof Blocks poliuretano expandido The VYDRO Effect 2012 2010 O mau funcionamento da camada de drenagem pode gerar a cria o de l minas de gua na superf cie do substrato vegetal aquando da ocorr ncia de chuvas intensas Esta situa o provoca o aumento da carga na cobertura arrastamento do substrato vegetal e morte das plantas por afogamento A implementa o de descarregadores de superf cie pode evitar a cria o das l minas de gua mas exige a sua contempla o desde a fase de projeto e a concord ncia de todos os especialistas A zona dos drenos deve ser projetada e concebida por especialistas certificados Uma vez que se trata de um local relevante para limpezas e inspe es peri dicas deve estar facilmente acess vel Na envolvente dos drenos deve existir material arenoso de calibre grosseiro para possibilitar o escoamento das guas e impedir a passagem de finos e ra zes que podem prejudicar o funcionamento 3 2 2 6 Camada fi
61. des no clima mediterr neo portugu s analisando a sua capacidade como meio passivo de aumentar a efici ncia energ tica dos edif cios e atenuar os picos de cheia Com base nas pesquisas efetuadas pretendeu se identificar os principais problemas na instala o e manuten o das coberiuras e fachadas verdes assim como quantificar os dados registados no caso de estudo Palavras chave Popula o Mundial Efeito de Sobrelota o Cidades Resilientes Coberturas e Fachadas Verdes Meio Passivo Green Roofs and Facades Abstract World population has increased rapidly over the last years reaching seven million in 2011 and with the search for a better life people have tended to move to the cities However with overcrowding came phenomena such as the urban heat island UHI effect flooding and atmospheric pollution among others As such it is necessary to make cities more resilient so as to better respond to negative events such as heavy rain and heat waves It is essential therefore to ensure that life style is adaptable and compatible with the environment by finding ways of coexisting with nature without risking both present and future ecosystems Green roofs and facades have enabled greater acoustic insulation improved energy efficiency and have contributed towards the mitigation of the UHI effect floods and atmospheric pollution concentration The objective of this paper is to study the performance of green roofs and facades in the Por
62. desenvolveram Para tal pode recorrer se aos res duos provenientes das alvenarias Esta t cnica permite que as plantas se desenvolvam entre os espa os livres dos peda os de alvenarias e ao humedecer os mesmos retarda a evapora o da gua do substrato Uma solu o alternativa a ado o de sistemas pr plantados tais como ilustram as Figuras 3 16 e 3 17 eT a Figura 3 16 Sistema de rolos pr Figura 3 17 Plantas desenvolvidas em plantados Snodgrass amp Mcintyre 2010 viveiro para colocagao em cobertura verde Snodgrass amp Mcintyre 2010 3 2 3 Consideracoes construtivas As componentes das coberturas verdes podem ser colocadas por ordem diferente da ilustrada na Figura 3 1 de acordo com as tipologias construtivas como est indicado na sec o seguinte Em algumas situa es pode ser necess rio a exist ncia de componentes espec ficas como barreiras p ra vapor ou sistemas estruturais espec ficos A raz o de tal ocorr ncia reside no facto das condicionantes como por exemplo clima altitude do edif cio exposi o solar tipo de substrato e plantas materiais utilizados tipo de rega serem diferentes em cada caso A grande diversidade de condicionantes leva a que cada cobertura verde seja nica pelo que podem ser tomadas medidas diferentes para casos semelhantes 31 Um exemplo destas variantes sao as adapta es necess rias para as coberturas de inclina es acentuadas Nestas situa es
63. dos relativos a fachadas verdes que influenciassem os picos de cheia que ocorrem nas cidades Todavia uma realidade que diferentes tipos de vegeta o permitem acomodar quantidades significativas de gua na sua folhagem Schroll Lambrinos Righetti amp Sandrock 2011 contudo s ap s ensaios experimentais sera poss vel obter conclus es precisas No mbito da purifica o das guas o sistema BABYLON patenteado pelas empresas ASEPMA e Vivers Ter S A o mais avan ado atualmente consiste num tratamento de depura o e regenera o de guas cinzentas e ou pluviais com o objetivo principal da sua reutiliza o ASEPMA 2006 Para tal utiliza as fachadas verdes como bio filtro Usualmente a bio filtra o implica amplos espa os que nas cidades t m custos elevados Esta solu o ainda em fase piloto n o tem este problema devido a ser aplicada nas fachadas mas pode revelar se um importante avan o na gest o das guas cinzentas e pluviais se os estudos assim o comprovarem 5 5 Novas abordagens na legisla o A n vel internacional pa ses como Alemanha EUA Austr lia ndia entre outros j possuem legisla o sobre o aproveitamento das guas pluviais Portugal ainda n o tem legisla o propriamente dita mas j existem abordagens inovadoras neste sentido e algumas premeditadas h algum tempo o caso de e Resolu o da Assembleia da Rep blica n 5 2011 Recomenda ao governo que adote as medidas n
64. e de instala es de modo a evitar problemas futuros de incompatibilidades das diferentes especialidades AECweb Porci ncula e Realiza o de ensaios de estanquidade A fiabilidade da empresa construtora na impermeabiliza o pode ser confirmada com a realiza o de ensaios de estanquidade O ensaio consiste em vedar todos os pontos de escoamento drenos descarregadores orif cios para tubagens e colocar sobre a impermeabiliza o uma l mina de cinco a dez cent metros de gua Setenta e duas horas depois verifica se a altura da l mina de gua e tem se a confirma o da exist ncia ou n o de fugas Ser dio amp Paulo 2010 A execu o do ensaio relativamente f cil de executar prevenindo problemas futuros e permitindo resolver eventuais falhas na instala o e Instala o de sistemas de monitoriza o de fugas Os projetos mais onerosos e complexos podem implicar uma constante monitoriza o da membrana de impermeabiliza o Para tal existe o sistema EFVM Electric Field Vector Mapping no qual a condutividade el trica da gua utilizada para localizar com precis o todas as fugas existentes Snodgrass amp Mcintyre 2010 O EFVM consiste em aplicar uma corrente el trica na superf cie da membrana de impermeabiliza o e localizar os pontos onde existem perturba es no campo el trico Para tanto s o instalados fios no per metro da cobertura ou aplica se uma folha propria de alum nio sobre a mem
65. e mantas absorventes A configura o deste sistema semelhante aos modulares A diferen a est no suporte das plantas Consiste em colocar o painel estrutural com a membrana de impermeabiliza o PVC j devidamente instalada no plano horizontal perto do local de implanta o Posteriormente colocam se duas mantas e na superior fazem se os recortes que servem de bolsas para as plantas Para fixar as duas mantas utiliza se um sistema de agrafos Posteriormente instalado o sistema de rega A nivel mundial j existem m todos mais desenvolvidos todavia a base do L processo construtivo id ntica Uma das instala es efetuadas por este processo est ilustrada na Figura 3 34 Figura 3 34 Jardim vertical de mantas absorventes em Coimbra Clorofila 40 3 3 3 4 Sistema tubular Este sistema foi utilizado pela primeira vez em Nova lorque E facilmente instalado em veda es ou postes que servem de suporte estrutural e permite que seja totalmente pr fabricado Toda a envolvente do tubo est revestida por uma camada de manta absorvente que serve de suporte ao substrato onde est o inseridas as plantas que passam para o exterior atrav s de rasgos como apresenta a Figura 3 35 O tubo de substrato fixo ao suporte estrutural por meio de cabos de liga o usualmente fabricados em a o inoxid vel No centro do tubo de substrato vegetal encontra se um n cleo composto por materiais absorventes que permite o abastecim
66. e significativamente para cada variante Um modo encontrado para analisar as fachadas verdes indicado no estudo de P rez Rinc n Vila Gonz lez amp Cabeza 2011 e consiste nestas atuarem como sistemas passivos de poupan a energ tica no subcap tulo seguinte 4 4 Efici ncia energ tica ser explicada a diferen a entre os sistemas passivos e sistemas ativos Assim existem diferentes mecanismos que se podem utilizar os quais s o descritos seguidamente 4 4 1 Sombreamento e isolamento t rmico A vegeta o das fachadas verdes impede a radia o solar de incidir diretamente no edif cio Al m desta tamb m a pr pria estrutura de suporte previne a incid ncia dos raios solares consoante seja mais ou menos robusta Estes dois mecanismos est o interligados podendo optar se por beneficiar mais um em detrimento do outro e vice versa Na Figura 2 26 Natura Towers existem dois sistemas que podem ser considerados opostos As trepadeiras que s o vis veis nos interiores das fachadas crescem em volta de cabos o que leva ao aproveitamento do sombreamento consoante a densidade da folhagem mas ao n vel do isolamento t rmico os benef cios s o praticamente nulos O processo que tem total relev ncia de transmiss o de calor o impedimento da radia o solar J os pain is exteriores Figura 3 28 Natura Towers t m um sistema modular robusto que possuem pequenas plantas mas no seu todo t m uma massa significativa e com m
67. e termica 4 1 Consideracoes iniciais A Comissao Europeia publicou a diretiva 2002 91 CE onde refere que o sector residencial e terciario absorve quase 40 do consumo final da energia e encontra se em expansao A necessidade de a m dio e longo prazos garantir a seguran a do abastecimento energ tico est tamb m patente na diretiva considerando a necessidade da utiliza o racional dos recursos naturais onde est o inclu dos os produtos petrol feros o g s natural e os combust veis s lidos A diretiva foi transposta para Portugal e atualmente integra v rios diplomas consoante se esteja a falar de edif cios habitacionais escrit rios ou edif cios estatais Destes diplomas destacam se e Decreto Lei n 78 2006 Cria o do Sistema Nacional de Certifica o Energ tica e da Qualidade do Ar Interior dos Edif cios SCE e Decreto Lei n 79 2006 Regulamento dos Sistemas Energ ticos de Climatiza o dos Edif cios RSECE e Decreto Lei n 80 2006 Regulamento das Caracter sticas do Comportamento T rmico de Edif cios RCCTE e Resolu o do Concelho de Ministros n 2 2011 Programa de Efici ncia Energ tica na Administra o P blica ECO AP expect vel que ao ler estes diplomas existisse alguma informa o de como contemplar uma cobertura e ou fachada verde nos edif cios de modo a potenciar a utiliza o de meios passivos para melhorar a efici ncia energ tica dos mesmos Acontece que como j foi menc
68. ec ficos como implementa o de caminhos bancos sistemas de prote o e ilumina o Uma cobertura inacess vel s visitada para inspe es peri dicas feita por t cnicos especializados pelo que dispensa a maioria dos cuidados anteriormente referidos 23 3 2 2 Componentes do sistema A cobertura verde cont m alguns componentes comuns a todas as classifica es extensivas semi intensivas e intensivas tais como ilustra a Figura 3 1 Substrato vegetal Camada filtrante T BES Ae sas rts ENS DOS 2 Reu Y to 0 BT ESTO 0 Camada de drenagem Membranas anti ra zes e de prote o 8 4 Isolamento t rmico j Figura 3 1 Componentes das coberturas verdes adaptado de Ferraz amp Forte 2010 Seguidamente enumeram se e descrevem se sucintamente cada um dos diferentes componentes Dunneit amp Kingsbury 2008 3 2 2 1 Suporte estrutural A capacidade de carga do suporte estrutural influ ncia a escolha da cobertura verde Esta limita o tem maior relevo quando se trata de um edif cio existente uma vez que as cargas na cobertura n o contemplam a adi o do substrato vegetal nem a sobrecarga da acumula o das guas provenientes da rega ou da pluviosidade Nos edif cios novos poss vel que aquando da realiza o do projeto toda a estrutura seja dimensionada tendo em conta o acr scimo das cargas associadas cobertura verde assim como as sobrecargas resultantes dos equipame
69. ecess rias para implementar definitivamente o PNUEA que 26 aguarda pela sua implementa o desde o ano de 2001 e se promova a sua concilia o com os planos diretores municipais dre pt e Resolu o da Assembleia da Rep blica n 10 2011 Recomenda ao governo que tome a iniciativa de prever a constru o de redes secund rias para abastecimento de agua dre pt Estas duas resolu es permitem antever que no futuro o nosso pa s tamb m ter solu es para aproveitamento de guas pluviais contempladas na legisla o A recomenda o de prever redes secund rias tem o objetivo de aproveitar as aguas pluviais em edif cios instala es e equipamentos p blicos de grande dimens o tendo em vista a sua utiliza o para usos e fins n o pot veis no sentido de se obterem ganhos ambientais energ ticos e econ micos Resolu o da Assembleia da Rep blica n 10 2011 57 58 6 Caso de estudo 6 1 Consideracoes iniciais A Iniciativa Constru o Sustent vel desenvolve atividades de forma o que possuem componente te rica e componente pr tica No mbito do caso de estudo foram frequentados dois cursos Prosperidade Renov vel Coberturas Vivas e Il Este cap tulo divide se em tr s partes Uma referente constru o da cobertura verde outra explica e analisa os dados da monitoriza o da mesma Figura 6 1 e no final s o analisadas as problem ticas referentes implanta o das c
70. eeeeeaes 14 Figura 2 20 Complexo Consorcio Santiago Chile Uffelen 2011 14 Figura 2 21 Hospital universit rio em Bruxelas B lgica Uffelen 2011 14 Figura 2 22 Museu do Quai Branly em Paris Fran a Uffelen 2011 n 14 Figura 2 23 Postes ajardinados em Nova lorque USA Uffelen 2011 15 Figura 2 24 Moradia unifamiliar em Bruxelas B lgica Uffelen 2011 0 0 0 eeeeeeeeeeeeees 15 Figura 2 25 P tio entre as Natura Towers em Lisboa Clorofila 2011 16 Figura 2 26 Simula o noturna das Natura Towers em Lisboa Lojas 16 Figura 2 27 Zona lateral da fachada verde localizada no Dolce Vita Tejo 16 Figura 2 28 Zona frontal da fachada verde localizada no Dolce Vita Tejo 16 Figura 2 29 Condom nio privado em Coimbra Clorofila 2011 17 Figura 2 30 Moradia particular em Coimbra Clorofila 2011 17 Figura 2 31 Evolu o das pol ticas das coberturas verdes adaptado de CMHC 2006 17 Figura 3 1 Componentes das coberturas verdes adaptado de Ferraz amp Forte 2010 24 Figura 3 2 Murete verde envolvente na cobertura do Phillips Eco Enterprise Centre Minneapolis EUA Dunnett amp Kingsbury 2008 ccccccecceceeceseeeeeeeeseeeeeeeeeseeeeeeesessaeseeeeesaeees 25 viii Figura 3 3 Veda
71. ente est o a ser desenvolvidos estudos com este sistema na sede da Intemper em Madrid Espanha com vista quantifica o dos ganhos t rmicos e adaptabilidade das plantas a este sistema Intemper 2012 3 2 4 5 Sistemas modulares A quantidade de solu es de sistemas modulares existentes vasta e variada Este sistema caracteriza se pela rapidez de implanta o total ou parcialmente na cobertura n o sendo necess ria m o de obra especializada Velazquez 2003 35 Este sistema por vezes identificado como um processo de pr fabrica o para coberturas verdes Nas Figuras 3 24 e 3 25 ilustram se Sons U ORRE existentes no mercado aie 3 24 Sistema modular da Figura 3 25 Sistema pocket habitat da Arup greengrid Green Grid ARUP L Um dos problemas destas solu es construtivas a possibilidade de n o adapta o das plantas as camadas inferiores do substrato vegetal A rapidez de execu o pode revelar se uma desvantagem no m dio e longo prazo se as plantas se adaptarem ao novo meio O sistema de rega pode ser tamb m um problema e apresentar consequ ncias graves se n o forem tomadas as medidas necess rias As solu es modulares s o em alguns casos utilizadas no mbito da reabilita o Acontece que na generalidade dos edif cios as membranas de impermeabilza o n o se encontram em condi es de estarem permanentemente em presen a de gua devido ao estado degrada o Desta f
72. enter for Resilience 2003 Uma forma de compreender a diferen a entre sustentabilidade e resili ncia analisar duas cidades A e B em que a cidade A importa todos os alimentos do exterior de fornecedores certificados com pol ticas sustent veis e a cidade B tem uma percentagem elevada de agricultura sustent vel urbana Na ocorr ncia de uma escassez de alimentos a cidade A n o tem capacidade de adapta o imediata necessitando de recorrer a mercados externos A cidade B pode adaptar se e atenuar a influ ncia dos fatores externos dado possuir capacidade de produ o Apesar de ambas as cidades terem modos de vida sustent veis no que concerne aos alimentos a cidade A possui uma elevada vulnerabilidade a est mulos negativos enquanto a cidade B est menos exposta Assim para alcan ar o objetivo da sustentabilidade podem ser tomadas v rias medidas devendo estas ter a capacidade de regenera o e adapta o do meio envolvente tornando o resiliente 2 2 4 Altera es clim ticas A informa o sobre esta tem tica enfatizada nos meios de comunica o a tal ponto que o conhecimento emp rico permite ter no o das altera es clim ticas no planeta O realce deste assunto n o definir um conceito pretende se sim verificar quais os objetivos que as algumas institui es a diferentes escalas definiram para mitigar as altera es clim ticas escala internacional o programa ambiental da ONU UNEP 2001 refere
73. ento uniforme de gua s plantas e escoa a gua em excesso para a base do sistema Na sua base s o colocados acess rios que t m a dupla fun o de suportar todo o sistema e drenar a agua proveniente dos escoamentos e regas Uffelen 2011 Manta absorvente fa Plantas Zona de raizes Suporte estrutural Materiais gt absorventes ee Cabos de liga o Substrato Figura 3 35 Corte do sistema tubular adaptado de Uffelen 2011 3 4 Considera es finais No cap tulo dos sistemas construtivos s o primeiramente identificadas as classifica es das coberturas verdes extensivas semi intensivas e intensivas As componentes das coberturas verdes s o v rias e algumas est o presentes em todos os sistemas construtivos seja qual for a classifica o e Suporte estrutural e Membrana de impermeabiliza o e Substrato e Plantas A altera o da ordem de instala o ou dos materiais utilizados nas componentes leva altera o do funcionamento do sistema que pode ser adaptado para diferentes objetivos de utiliza o das coberturas verdes Exemplo pr tico desta situa o apresentado onde o sistema TF ecol gico algibe possibilita o armazenamento de guas enquanto o sistema modelar caraterizado pela r pida instala o As fachadas verdes ainda n o t m uma classifica o espec fica como as coberturas todavia a gama de sistemas construtivos ampla e variada 41 42 4 Component
74. esde a fase de projeto O problema da manuten o pode revelar se uma situa o com elevado grau de complexidade no mbito das coberturas e fachadas verdes A n o manuten o dos espa os verdes leva a entupimento de tubagens crescimento excessivo ou aus ncia dele nas plantas podendo criar riscos de inc ndio Nas coberturas e fachadas verdes o mesmo acontece no que se refere s habita es e ao interior das cidades Uma cobertura totalmente seca pode representar um risco elevado de inc ndio que at ent o n o era contemplado A solu o passa por alterar as quest es relacionadas com a manuten o dos edif cios A postura preventiva importante e essencial para o bom funcionamento de todos os im veis A legisla o deve ser adequada para evitar que uma cobertura e ou fachada verde possa tornar se num risco para os habitantes por aus ncia de manuten o 67 68 7 Conclusoes Com esta disserta o pretendeu se caracterizar as coberturas e fachadas verdes de acordo com os sistemas construtivos existentes analisar as componentes t rmica e h drica das mesmas e apresentar o caso de estudo executado Neste sentido concluiu se que a melhor solu o para a abordagem ao tema das coberturas e fachadas verdes passa pela utiliza o de uma abordagem din mica flex vel cont nua e auto corrigivel Para tal foi feito inicialmente um enquadramento teorico sobre as coberturas e fachadas verdes onde foram apresentados exemp
75. etuadas nas mantas Figura 3 28 Pain is esponjosos instalados absorventes nas Natura Towers Portugal na fachada das Natura Towers Portugal No que se refere a solu es aligeiradas usualmente indicadas para trepadeiras recorre se a sistemas de cabos Figura 3 29 e redes Figura 3 30 Figura 3 29 Sistema de cabos instalados Figura 3 30 Sistema de redes instalados St nas Natura Towers Portugal Gallen Su a Jakob 38 3 3 3 Tipologias construtivas Nesta sec o est o identificados quatro sistemas construtivos de fachadas verdes e Sistemas modulares e Sistemas de redes vasos e suportes alternativos e Sistemas de mantas absorventes e Sistema tubular Os tr s primeiros s o os mais comuns do mercado todavia a oferta das empresas construtoras baseia se em um ou dois sistemas entrando num processo de especializa o e adapta o da solu o A quarta tipologia construtiva apresentada uma especifica o que apresenta potencialidades de aproveitamento das guas pluviais adaptando os tubos de queda 3 3 3 1 Sistemas modulares A caracter stica principal deste sistema reside na pr fabrica o de m dulos com as plantas j colocadas nos respetivos locais onde estas v o ficar ap s a instala o estar finalizada A constru o contempla o suporte estrutural no local o sistema de rega e os acess rios como as goteiras na base da estrutura ou os gotejadores no topo como indica a Figura 3 31
76. f cios Acontece que em nenhum s o referidas as coberturas e fachadas verdes Estas s o meios passivos logo n o necessitam de fornecimento de energia para atuarem o que as torna um benef cio para a efici ncia energ tica Em Portugal a certifica o energ tica dos edif cios carece da verifica o custa dos isolamentos legalmente admitidos Deste modo se o objetivo for melhorar o isolamento t rmico com as coberturas e fachadas verdes e o edif cio possuir sistemas passivos eficientes tal n o economicamente vi vel porque a certifica o energ tica j estar classificada com os melhores n veis B A A Em suma os edif cios que apresentam o melhor potencial de melhoramento a n vel t rmico com a implementa o de coberturas e fachadas verdes s o os mais antigos Davison Beck Stovin amp Castleton 2010 90 Em Portugal existe uma amostra significativa de edificios que podem beneficiar a nivel termico com as coberturas e fachadas verdes uma vez que segundo a Associa o dos Profissionais e Empresas de Media o Imobili ria de Portugal APEMIP a classe de efici ncia energ tica no segmento residencial e com maior representa o C 25 3 e no segmento dos servi os G 30 8 por se tratar de uma categoria que encerra o maior n mero de ocorr ncias nos pequenos edif cios de servi os sem sistemas de climatiza o APEMIP 2012 Nos artigos apresentados ao longo deste cap tulo v rios s o aqueles que
77. fici ncia energ tica e as coberturas e fachadas verdes 50 5 Componente h drica 53 5 1 Considera es iniciais 53 5 2 Problem tica das aguas pluviais nas cidades 53 5 3 Influ ncia das coberturas verdes na gestao hidrica das cidades 54 5 4 Influ ncia das fachadas verdes na gestao hidrica das cidades 56 5 5 Novas abordagens na legisla o 56 6 Caso de estudo 59 6 1 Considera es iniciais 59 6 2 Constru o da cobertura viva 59 6 2 1 Instala o da membrana de impermeabiliza o 60 6 2 2 Instala o do isolamento t rmico 61 6 2 3 Instala o do substrato vegetal 62 6 3 Monitoriza o e an lise da cobertura viva 66 6 4 A problem tica da implanta o das coberturas e fachadas verdes em Portugal 67 7 Conclus es 69 Bibliografia Anexos VII vii Lista de Figuras Figura 1 1 Met fora do funil Robert 1992 ccccccceceseeeeeeeeseeeeeeeeeseaeseeeeseeseeeessaeseeeeesaaess 1 Figura 1 2 Reparti o da pegada ecol gica Ecological Footprint 2005 2 Figura 1 3 Pegada ecol gica m dia atual Ecological Footprint 2005 2 Figura 2 1 F brica da Ford em Darborn Xero Flor 2003 im 8 Figura 2 2 Fabrica de Reciclagem da Veolia Oslo Arkitektkontoret GASA AS 2008 8 Figura 2 3 Complexo de coberturas verdes em Nova lorque Greenroofs 9 Figura 2 4 Complexo Potsdamer Platz em Berlim Po
78. gativos Uma altera o poss vel reside em adaptar as propriedades das superf cies dos edif cios Rowe et al 2007 Levanta se assim uma quest o Sera que existe realmente um problema com a concentra o populacional nas cidades De acordo com o relat rio de 2007 do FNUAP United Nations Population Fund 2007 viver nas grandes cidades proporciona uma melhor qualidade de vida A raz o para tal facto deve se maior proximidade de todas as infraestruturas necess rias para educa o sa de economia e bem estar Torna se assim essencial dotar os meios urbanos de um equil brio saud vel entre as pessoas e o meio ambiente Surge assim o conceito de desenvolvimento sustent vel V rios movimentos a n vel internacional t m defendido a necessidade de um desenvolvimento sustent vel The Natural Step Robert 1992 uma organiza o que utiliza uma met fora denominada de funil A Figura 1 1 ilustra a procura cada vez maior de recursos provenientes dos ecossistemas a amarelo e a incapacidade dos mesmos conseguirem repor as mat rias primas em tempo util a azul Esta met fora apela a uma altera o dos comportamentos atuais de consumo de maneira a permitir que o funil se abra significando que se atingiu um balan o positivo em rela o capacidade regenerativa do nosso planeta Declining resources and ecosystem services Increasing demand for resources and ecosystem services Time Figura 1 1 Met fora do funi
79. hada sul tem envidra ados que permitem aproveitar toda a luz solar Este projeto da autoria de Patrick Blanc foi conclu do em 2007 e situa se em Bruxelas B lgica 2 3 2 2 Exemplos nacionais Em Portugal ainda n o existem empresas especializadas exclusivamente em fachadas verdes dada a reduzida procura por este tipo de solu es Como tal o objetivo fundamental das solu es apresentadas o incremento est tico Existem poucos exemplos de relevo no territ rio nacional sendo a maior percentagem de pequenas dimens es e efetuado por empresas que t m como atividade principal a instala o e manuten o de espa os verdes 1 Grupo At a data de conclus o desta disserta o ainda n o foi encontrado nenhum exemplo que se enquadre nos edif cios deste grupo 15 y f j Figura 2 25 Patio entre as Natura Towers Figura 2 26 Simula o noturna das Natura em Lisboa Clorofila 2011 Towers em Lisboa Lojas As Natura Towers s o o nico exemplo de fachadas verdes com relevo internacional presente em Portugal Uffelen 2011 Sede da MSF desde o projeto que contemplam um p tio rodeado de jardins verticais Figura 2 25 zonas com instala o de fachadas verdes e trepadeiras ao longo de toda a altura dos edif cios noite se as torres tiverem a ilumina o interior ligada o efeito ser o que est ilustrado na Figura 2 26 onde s o vis veis as trepadeiras em v rias zonas dos envidra ados
80. instala o da membrana de impermeabiliza o Os trabalhos necess rios resumem se na generalidade regulariza o de modo a evitar que pontos angulosos de bet o furem a membrana de impermeabiliza o Contudo existem habita es com madeira ou o a o na constitui o do suporte estrutural da cobertura Nestes casos devem ser analisados os impactos dos m todos utilizados para a aplica o dos materiais de impermeabiliza o Por exemplo as telas asf lticas s o usualmente aplicadas com recurso a ma aricos o que pode danificar as estruturas de madeira e a o devido s temperaturas As rea es qu micas que durante a vida da estrutura ocorrem tamb m podem prejudicar ambos os materiais e Implementa o de estruturas de prote o na envolvente As coberturas acess veis s o pass veis de terem pessoas logo devem ser comtempladas estruturas de prote o na envolvente de modo a evitar acidentes com quedas A integra o dos sistemas de prote o com a estrutura do edif cio deve ser considerada na fase inicial do projeto Algumas solu es poss veis s o a utiliza o de muretes de bet o armado Figura 3 2 yg m B a mm alle m a EE Sie WER ro parm Figura 3 2 Murete verde envolvente na Figura 3 3 Veda o met lica na envolvente cobertura do Phillips Eco Enterprise da cobertura do Moorgate Crofts Business Centre Minneapolis EUA Dunnett amp Centre Rotherham Reino Unido Dunnett amp Kingsbu
81. ionado anteriormente em 2 4 Legisla o e regulamenta o n o existe nenhuma refer ncia espec fica no que concerne a este tema Deste modo o objetivo deste cap tulo conhecer o modo de propaga o do calor nas coberturas e fachadas verdes e qual a influ ncia destas no edif cio ao n vel da efici ncia energ tica 4 2 Transmiss o do calor Os fen menos de transmiss o do calor est o ligados envolvente t rmica do edif cio paredes coberturas e pavimentos onde se exige o conforto t rmico com o m nimo de disp ndio de energia Piedade 2000 Os processos admitidos para a transmiss o de calor s o tr s e Condu o e Convec o e Radia o Importa referir que na generalidade dos casos est o presentes os tr s processos em conjunto contudo seguidamente ser o analisados individualmente para permitir uma melhor compreens o de cada um deles 43 4 2 1 Condu o A transmiss o do calor por este processo efetua se de um ponto do corpo para outro ou de um corpo para outro em contacto com este sem que se verifiguem movimentos internos ou a emiss o de radia es Rodrigues Piedade amp Braga 2009 A lei que rege este processo frequentemente designada por lei de Fourier e pode ser explicada tendo por base a Figura 4 1 a A 5 0 o e A e E K e A Figura 4 1 Condu o t rmica Lei e Fourier Piedade 2000 Em que Q Fluxo de calor que atravessa a placa A
82. istentes ao contacto com os agentes ambientais levou a introdu o do sistema invertido Nas coberturas verdes ocorreu exatamente esta situa o Como j existem no mercado materiais que mant m as caracter sticas mesmo na presen a de agua poss vel utilizar este sistema em qualquer cobertura verde Na Figura 3 22 esta ilustrada a disposi o das camadas para um sistema invertido onde se observa que o isolamento t rmico se encontra sobre a membrana de impermeabiliza o Substrato vegetal Camada filtrante Camada de drenagem Membrana de prote o Membrana anti raizes Isolamento t rmico Membrana de impermeabilizacao Suporte estrutural Figura 3 22 Sistema de cobertura invertida adaptado de Dcgreenworks A regulariza o da estrutura de suporte deve ser bem executada e posteriormente verificada nas coberturas invertidas Tal facto tem maior import ncia nesta tipologia construtiva uma vez que a membrana de impermeabiliza o instalada diretamente sobre o suporte estrutural Os pontos angulosos do bet o ou lascas de madeira podem perfurar a membrana de impermeabiliza o e impedir a estanquidade da cobertura Uma poss vel solu o para este 34 problema escolher materiais impermeabilizantes resistentes a cortes contudo n o inviabiliza a exig ncia de qualidade do acabamento do suporte estrutural As camadas acima do isolamento t rmico s o usualmente iguais s da cobertura tradicional Tod
83. l Robert 1992 Outro movimento bastante relevante a pegada ecol gica Ecological Footprint 2005 que indica a area de planeta necessaria de acordo com o modo de vida A Instituigao Pegada Ecol gica refere a exist ncia de 15 71 hectares dispon veis por pessoa no planeta A Figura 1 2 indica que em 2005 eram utilizados 23 47 hectares por pessoa Isto significa que se est a consumir mais recursos do que estao disponiveis AVERAGE PER CAPITA FOOTPRINT IN GLOBAL HECTARES BY BIOME Forestland footprint SS Marine fisheries foctprini EE Pastureland footorin MS Cropland footprint TOTAL 23 47 Figura 1 2 Reparti o da pegada ecol gica Ecological Footprint 2005 Na Figura 1 3 ilustra se que o modo de vida atual exige 1 50 dos recursos do Planeta MZ 1 50 EARTHS Figura 1 3 Pegada ecol gica m dia atual Ecological Footprint 2005 Em Portugal tamb m existe um movimento interessante a iniciativa constru o sustent vel Constru o Sustent vel 2008 Um dos temas que tem sido bastante discutido o das cidades resilientes Workshop Resili ncia Urbana 2012 O conceito de resili ncia surgiu na d cada de 40 associado a estudos sobre crian as e traumas do foro familiar Atualmente est difundido por v rias reas de estudo e a engenharia civil n o exce o Apesar de existirem v rias defini es do conceito Resilient City 2009 do consenso geral que este est associado a uma capacid
84. lanta o das coberturas e fachadas verdes 22 3 Sistemas construtivos 3 1 Consideracoes iniciais Este cap tulo divide se em duas sec es uma referente as coberturas verdes e outra as fachadas verdes Em cada sec o est o indicadas as classifica es utilizadas atualmente para caracterizar as diferentes possibilidades existentes as componentes constituintes das coberiuras e fachadas verdes algumas considera es espec ficas a ter em conta e por fim as tipologias construtivas que se encontram mais divulgadas no mercado 3 2 Coberturas verdes 3 2 1 Classifica o A variabilidade de op es que podem ser adotadas numa cobertura verde elevada A profundidade do substrato o tipo de utiliza o a rega a manuten o o tipo de plantas utilizado o custo s o alguns dos fatores que necess rio analisar em projeto Dado a diversidade de alternativas usual dividir as coberturas verdes em tr s grupos conforme mostra na Tabela 3 1 Tabela 3 1 Classifica o das Coberturas Verdes adaptado de IGRA Classifica o Musgo Sedum Relvado Arbustos Protundidade do 60 200 120 250 gt 150 Substrato mm Prote o Fun es Os sistemas de coberturas verdes podem ainda ser repartidos em acess veis e inacess veis As coberiuras verdes acess veis s o comparadas a um jardim no terra o onde podem ser desenvolvidas atividades de lazer Como tal nesta situa o essencial ter cuidados esp
85. latz em verdes em Nova lorque Greenroofs Berlim Potsdamerplatz Provavelmente as primeiras coberturas ajardinadas projetadas em cidades foram o conjunto que se encontra ilustrado na Figura 2 3 datado de 1933 1936 Situa se em Nova lorque e tem pouco mais de 7000 m no total Na Figura 2 4 apresenta se o complexo Potsdamer Platz com uma vasta rea de espa os comerciais A efici ncia energ tica e a recolha tratamento e reciclagem das guas pluviais s o a imagem de sustentabilidade deste complexo Possui instala es modernas de ventila o que permitem redu es de 50 de gastos energ ticos e tem integrado na sua rea um lago de 1 3 hectares que possibilita o armazenamento e tratamento das guas pluviais considerado um exemplo de reduzido impacto ambiental tendo demorado 4 anos a ser projetado Foi o primeiro espa o como quarteir o de uma cidade a receber o certificado de sustentabilidade do DGNB Sebassetmanagement 2011 3 Grupo Ill Figura 2 5 Academia de ci ncias na Figura 2 6 Museu nacional da guerra no Calif rnia Greenroofs Canad TOA Canada A Academia de Ci ncias da Calif rnia sediada em S o Francisco e ilustrada na Figura 2 5 foi reconstru da em 2008 ap s um sismo Deste modo optou se por instalar uma cobertura verde com mais de 18000 m Tem um sistema de monitoriza o de v rios componentes permitindo que os seus dados sejam extrapolados para outros projetos California Acadmy of Sciences
86. len 2011 os jardins da Babil nia foram constru dos por volta de 600 A C o que coerente com v rios documentos relativos as sete maravilhas da antiguidade Cleveleys 1999 The museum of unnatural mystery 2003 Apesar do registo dos jardins da Babilonia serem referidos em alguns textos antigos como os primeiros poss vel que na peninsula da Escandin via existissem coberturas verdes anteriormente a estes terem sido constru dos Esta suposi o vem de observa es emp ricas das tradicionais habita es rurais dos pa ses do norte da Europa at ao s culo XIX Os sod roofs coberturas relvadas eram carater sticos das popula es Vikings e a sua utiliza o estendeu se at atualidade Consistiam em colocar cascas de b tula tipo de rvore sobre a cobertura dos edif cios e revestir diretamente com vegeta o e substrato Na sec o 2 2 1 1 a Figura 2 8 ilustra um exemplo para melhor perce o As coberturas verdes como sistemas construtivos que interagem diretamente com a resili ncia dos meios urbanos e n o apenas como sistemas ornamentais tiveram in cio em 1973 Nesse ano foi declarado um embargo do petr leo pelos pa ses rabes a alguns pa ses ocidentais devido a estes estados apoiarem Israel na guerra contra a Palestina Merrill 2007 Esta crise alterou o rumo da produ o de energia dado os pre os do barril de petr leo terem subido instantaneamente e muitas zonas do mundo ocidental terem mesmo ficad
87. levada radia o solar de modo evapotranspira o ocorrer e por efeito de convec o arrefecer toda a zona circundante 4 4 3 Efeito barreira contra o vento O efeito do vento faz com que atrav s do processo da convec o existam situa es prejudiciais para a efici ncia t rmica de um edif cio tanto nas esta es quentes como frias Se o vento for muito quente ao entrar em contacto com o edif cio este aquece Todavia se o vento for muito frio acontece o oposto e o edif cio arrefece Como na generalidade dos casos os ventos quentes ocorrem no ver o em que inten o manter o edif cio a uma temperatura inferior a exterior e os ventos frios ocorrem no inverno sendo aqui a inten o manter o edif cio a temperaturas superiores s exteriores a conclus o para qualquer um destes casos o vento atua como um fator negativo A prote o contra o vento por efeito da constru o de uma fachada verde depende de alguns fatores como velocidade e dire o do vento dimens es da fachada verde densidade e penetrabilidade da vegeta o No estudo de Shewaka amp Mohamed 2012 est indicado a import ncia da estrutura de suporte e das plantas a utilizar de modo a toda a fachada ter o comportamento desejado 4 5 A efici ncia energ tica e as coberturas e fachadas verdes No in cio deste cap tulo foram referidos v rios diplomas que s o a base regulamentar do nosso Pa s no que concerne ao comportamento t rmico dos edi
88. los caraterizando os mesmos Uma analise a legisla o e regulamenta o permitiu identificar os faseamentos que os pa ses mais desenvolvidos na implanta o de coberturas e fachadas verdes utilizaram A regulamenta o e legisla o devem ser vers teis devido elevada diversidade de variantes como o clima aspetos culturais capacidades monet rias e tipologias diversificadas dos edif cios No capitulo dos sistemas construtivos s o primeiramente identificadas as classifica es das coberturas verdes e Extensivas e Semi Intensivas e Intensivas As fachadas verdes ainda n o t m uma classifica o espec fica como as coberturas todavia a gama de sistemas construtivos ampla e variada Apresentados os sistemas construtivos analisou se a componente t rmica das coberturas e fachadas verdes Neste ponto foram identificados os diplomas regulamentares que abordam as quest es t rmicas a n vel nacional Seguidamente identificaram se os processos de transmiss o do calor para perceber o modo de funcionamento das coberturas e fachadas verdes a n vel t rmico Foi ent o poss vel identificar os seguintes aspetos e Alguns estudos j efetuados internacionalmente identificam a exist ncia dos tr s fen menos de transmiss o do calor tanto nas coberturas como nas fachadas verdes e As coberturas e fachadas verdes evitam que a radia o solar incida diretamente na estrutura atenuando a transmiss o de calor e A condu o est
89. ltrante O substrato vegetal tem part culas de pequenas dimens es que podem colmatar a camada de drenagem O processo de filtragem pretende evitar esta situa o Para tanto os materiais utilizados devem ter elevada permeabilidade a gua e permanecer inalter veis face as agress es causadas pelo contacto com o substrato vegetal Usualmente utilizam se mantas de geot xtil ou de fibra de coco 30 3 2 2 Substrato vegetal A constitui o do substrato vegetal deve ser adequada a cada localiza o classifica o da cobertura verde extensiva semi intensiva ou intensiva e tipo de plantas a utilizar A constitui o f sico qu mica do substrato deve estar a cargo de t cnicos especializados com forma o adequada para tal Um aspeto relevante para o bom desenvolvimento das plantas a qualidade do substrato estar adaptado a estas possuindo os nutrientes necess rios e adequados No mbito do engenheiro civil interessa saber qual a m xima carga que pode solicitar a estrutura na cobertura Deste modo o valor m ximo da carga ocorre para situa es de completa satura o do substrato vegetal Os cat logos dos construtores devem possuir esta informa o Se tal n o ocorrer devem ser realizados ensaios experimentais antes de se iniciar o projeto do suporte estrutural Em algumas situa es necess rio proteger o substrato da eros o e r pida perda de gua principalmente nas fases iniciais em que as plantas ainda n o se
90. m e podem provocar a queda parcial ou total das fachadas verdes Deste modo devem ser verificadas as condi es de seguran a de acordo com as condi es clim ticas da zona a implantar a fachada verde 3 3 3 2 2 Membrana de impermeabiliza o As membranas de impermeabiliza o s o instaladas diretamente sobre o suporte estrutural na generalidade dos casos Os m dulos robustos utilizados nas Natura Towers t m todo o sistema construtivo no interior de caixas met licas que s o acopladas parede do edif cio A necessidade de rega aumenta os riscos de infiltra es Logo o projeto de impermeabilizacao deve ser realizado para os casos de fachadas verdes constru das diretamente sobre o suporte estrutural 3 3 2 3 Estrutura de suporte das plantas A variedade de sistemas construtivos para as fachadas verdes obriga a exist ncia de diferentes materiais As estruturas onde est o as plantas devem possibilitar o crescimento saud vel e o acesso a agua nutrificada proveniente do sistema de rega Para tal os materiais devem ter capacidade de suporte de carga na fase adulta da planta e permitir a absor o e reten o de alguma gua para evitar a constante necessidade de irriga o Os materiais comuns no mercado para as solu es robustas s o mantas absorventes indicadas na Figura 3 27 e pain is esponjosos que permitem a coloca o da planta no centro dos mesmos ilustrados na Figura 3 28 Figura 3 27 Bolsas ef
91. m juntas e adapta se as singularidades encontradas nas coberturas Feiteira 2009 Built up roofing membrane 4 ply exposure 9 for 3 ply exposure 12 for 2 ply exposure 18 base layer of felt dry laid with minimum lt 2 Overlap at edges roof sheathing Figura 3 4 Aplica o das membranas Figura 3 5 Esquema ilustrativo das camadas betuminosas a quente WMroofing 2009 aplicadas de feltro e betume Carson Dunlop Associates 2009 Sistemas de membranas single ply As membranas utilizadas nestes sistemas s o na generalidade fabricadas em PVC Policloreto de Vinilo borracha ou de poliolefina termopl stica Estes materiais s o transportados em rolos que se aplicam sobre a cobertura como indica a Figura 3 6 Necessitam de ter juntas que s o unidas por meio de t cnicas de colagem com recurso a ar quente Figura 3 7 ou resinas Nas zonas onde necess rio a exist ncia de emendas como os cantos e os tubos de queda devem ser utilizadas pe as apropriadas de jun o Estas s o do mesmo material a aplicar mas possuem fibras resistentes tra o no seu interior refor ando os pontos sens veis Snodgrass amp McIntyre 2010 i y Figura 3 6 Aplica o dos rolos de Figura 3 7 Aplica o do PVC na cobertura membranas single ply Leva 2012 do caso de estudo recorrendo a ar quente Sistemas de impermeabiliza o l quida Na instal
92. ma de rolos pr plantados Snodgrass amp Mcintyre 2010 31 Figura 3 17 Plantas desenvolvidas em viveiro para coloca o em cobertura verde Snodgrass eMe Mre 2010 Rare ip in 31 Figura 3 18 Suporte estrutural do substrato vegetal Dunnett amp Kingsbury 2008 32 Figura 3 19 Edif cio com suporte estrutural para o substrato vegetal Dunnett amp Kingsbury OOD unia nina dos td a Si S ga on E gaan a 32 Figura 3 20 Sistema sem isolamento t rmico adaptado de Safeguardeurope 33 Figura 3 21 Sistema de cobertura tradicional adaptado de Studentaward middleeast 33 Figura 3 22 Sistema de cobertura invertida adaptado de Dcgreenworks 34 Figura 3 23 Sistema TF ecol gico algibe Intemper eeeeettteeteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeaaaaas 35 Figura 3 24 Sistema modular da greengrid Green Grid 36 Figura 3 25 Sistema pocket habitat da Arup ARUP erre 36 Figura 3 26 Esquema do suporte estrutural para fachadas verdes adaptado de Garden BUAS 2012 isa siena ee ee o Li AD a ee ee a SAR pa 37 Figura 3 27 Bolsas efetuadas nas mantas absorventes nas Natura Towers Portugal 38 Figura 3 28 Pain is esponjosos instalados na fachada das Natura Towers Portugal 38 Figura 3 29 Sistema de cabos instalados nas Natura Towers Portugal
93. mas foi Patrick Blanc quem introduziu o conceito do solo ser exclusivamente um suporte mec nico para a vegeta o Blanc Com forma o base em bot nica criou um novo conceito desde a sua juventude jardins verticais Em 1988 e 1996 viria a patentear esta nova tipologia que j tem alguns exemplos de relevo em v rios pa ses Atualmente existem v rias empresas em todo o mundo que se especializaram em diversas areas das fachadas verdes e como seguidamente ser apresentado encontram se em todo o tipo de edif cios 2 3 2 1 Exemplos internacionais A divis o em quatro grupos adotada para as coberturas verdes ser utilizada tamb m neste cap tulo para ilustrar os exemplos SKYFarm Figura 2 17 Data center na Mal sia Figura 2 18 Prot tipo da quinta vertical Latif 2011 Graff A Figura 2 17 refere se a um data center constru do em Shah Alam Mal sia que apresenta um jardim vertical colocado sobre a fachada do edif cio A Figura 2 18 apresenta um prot tipo de quinta vertical A escolha para ilustrar este prot tipo concebido pelo arquiteto Gordon Graff reside no facto de ser uma perspetiva futurista num tema ainda recente as fachadas verdes De acordo com Peck 2012 a agricultura urbana uma realidade no Canad Se comunidade j estiver habituada ao conceito de agricultura urbana prov vel que caso se evolua para estes tipos de estruturas as primeiras surjam em metr poles que social
94. melhante Nomenclaturas como green walls fachadas verdes ecowall eco parede vertical gardens jardins verticais fa ade greening fachada verdejante e living walls fachadas paredes vivas s o frequentemente referidas na 5 bibliografia internacional e nacional Ressalva se a situa o de utilizar o termo de paredes uma vez que podem ser encontradas paredes interiores revestidas com vegeta o Esta situa o de espa os interiores n o ser abordada neste trabalho dado estar frequentemente associada a est tica 2 2 2 Sustentabilidade O conceito de sustentabilidade tem estado ligado s tem ticas que pretendem criar um modo de vida compat vel e adapt vel com o meio ambiente encontrando formas de coexist ncia com a natureza sem colocar em risco os ecossistemas no presente e no futuro IUCN 1980 Este conceito encontra se atualmente bastante enraizado em muitas atividades laborais de tal forma que a generalidade das empresas de todas as reas tem uma componente mais ou menos desenvolvida dedicada exclusivamente a este tema Dias 2009 Tal facto pode ser confirmado ao entrar nos sites de grandes empresas internacionais como a Kraft Foods e a Bechtel e nacionais Eletricidade de Portugal EDP Corticeira Amorim entre outros 2 2 3 Resili ncia Um sistema resiliente permite que ao sofrer um est mulo negativo consiga resistir e continuar a sua atividade seja ela qual for C
95. mente as aceitem 13 iMh Snare AeA tl BP AAA PEER aun Mith i a0 osan guililiiSaama be 15 Nisa RM lisas 2 A gt x 3 a i mari y y d 4 S ra VA o ee MUS ci gt CN E a a A 4 a Wi fs APS rage O dd v 3 P F 4 j r s q 4 Rie a 3 p i a E 4 A 6 PT ae amp gt g oe pi agii Pi UNE r E d s is a x PP j o 4 ten ie Edom 3 iA ii BE tails DI 240 Pei Figura 2 19 Complexo Acros Fukuoka Figura 2 20 Complexo Consorcio Santiago Jap o Uffelen 2011 Chile Uffelen 2011 A fachada verde da Figura 2 19 est voltada a norte envolvendo a entrada principal do complexo constitu do na sua maioria por escrit rios Trata se de coberturas verdes e jardins verticais combinados ao longo de toda a altura do edif cio Encontra se em Fukuoka Jap o e foi constru do em 1995 A rea total coberta por vegeta o superior a 100000 m Na Figura 2 20 poss vel ver se o efeito entre um edif cio com jardins verticais direita e outro sem jardins esquerda durante a noite Trata se do consorcio de seguros em Santiago Chile Constru do em 1993 tem o sistema de suporte das plantas afastado da fachada do edif cio proporcionando uma ventila o ascendente que facilita o arrefecimento do edif cio Figura 2 21 Hospital universit rio em Figura 2 22 Museu do Quai Branly em Paris Bruxelas B lgica Uffelen 2011 Fran a
96. mplo que se insere neste grupo de materiais Dow como ilustram as Figuras 3 10 e 3 11 Figura 3 10 Cobertura com placas de Figura 3 11 Encaixes das placas de XPS XPS DOW 2012 Saint Gobain 2012 e N o resistentes gua Os materiais de isolamento t rmico que imersos em gua apresentam aumento significativo da condutibilidade t rmica inserem se neste grupo Estes devem ser utilizados sob a membrana de impermeabiliza o e necessitam da instala o da barreira tapa vapores Um exemplo deste material o aglomerado de 28 corti a expandida ICB ilustrado nas Figuras 3 12 e 3 13 que apresenta boas caracter sticas t rmicas quando seco Amorim IST Sofalca amp are a o E de Figura 3 12 Aplica o de placas de Figura 3 13 Aplica o d de e aglomerado de isolamento t rmico base de corti a corti a na forma granular Artimestieri Artimestieri Bioedilizia 2010 Bioedilizia 2010 O isolamento t rmico da cobertura deve ser escolhido tendo em conta a tipologia adotada invertida tradicional ou outros Contudo uma caracter stica exigida resist ncia a compress o do isolamento t rmico As cargas colocadas sobre este substrato vegetal gua acumulada e sobrecargas de pessoas no caso de coberturas acess veis devem ser suportadas sem danificar os materiais construtivos das camadas inferiores 3 2 2 4 Membrana anti raizes e de prote o A membrana anti ra zes
97. ndicadas nas Figuras 4 5 e 4 6 1 Cobertura de refer ncia com membrana betuminosa RR oo Membrana de impermeabiliza o Estrutura Figura 4 5 Corte esquem tico da cobertura com membrana betuminosa adaptado de Auckland 1998 2 Cobertura verde de 100 mm de altura GR Plantas z Solo 100 mm Camada de drenagem so E a i i a _ Membrana de impermeabiliza o Estrutura Figura 4 6 Corte esquem tico da cobertura verde adaptado de Auckland 1998 Procedeu se instala o de cinco sensores de temperatura um sobre a membrana betuminosa da cobertura RR e quatro na cobertura GR tal como est indicado na Figura 4 7 1000 mm 50 mm 50 mm Figura 4 7 Esquema representativo da localiza o dos sensores adaptado de Auckland 1998 47 A identifica o dos sensores a seguinte e Sensor 1 GR at 100 mm Medi o da temperatura profundidade de 100 mm no substrato da cobertura verde e Sensor 2 GR at 50 mm Medi o da temperatura profundidade de 50 mm no substrato da cobertura verde e Sensor 3 GR surface Medi o da temperatura superf cie do substrato da cobertura verde e Sensor 4 RR surface Medi o da temperatura superf cie do pavimento betuminoso da cobertura de refer ncia e Sensor 5 Air Medi o da temperatura a 1000 mm acima do substrato da cobertura verde A afirma o feita anteriorme
98. nte que as coberturas verdes atenuam as flutua es de temperatura confirmada com a an lise dos gr ficos do estudo Mander amp Teemusk 2009 vis veis nas Figuras 4 8 a 4 11 Temperature C NU Ww ao ua R Temperature C 07 30 9 00 0 30 2 00 3 30 5 00 6 30 8 00 9 30 1 00 22 30 00 00 01 30 03 00 04 30 06 00 06 00 07 30 09 00 10 30 12 00 13 30 15 00 16 30 18 00 19 30 21 00 22 30 00 00 01 30 03 00 04 30 06 00 Time Hours Time Hours Figura 4 8 Temperaturas medidas num dia de verao com c u limpo Mander amp Teemusk 2009 Figura 4 9 Temperaturas medidas num dia de verao com c u nublado Mander amp Teemusk 2009 AN E 9 5 A E 3 j gt TL 3 a p Minc ba Seca e o o lt T 00 00 01 30 03 00 07 30 8 9 1 22 30 06 00 06 00 07 45 09 30 11 15 13 00 14 45 16 30 18 15 20 00 21 45 23 30 01 15 03 00 04 45 06 30 Time Hours Time Hours Figura 4 10 Temperaturas medidas num dia de outono com c u nublado Mander amp Teemusk 2009 Figura 4 11 Temperaturas medidas num dia de inverno com 200 mm de neve sobre a cobertura Mander amp Teemusk 2009 Figura 4 12 Legenda de interpreta o dos gr ficos das figuras 4 8 a 4 11 Mander amp Teemusk 2009 As redu es das flutua es de temperatura na base
99. ntos A defini o do bom estado das guas estabelecida pelos par metros avaliativos dispostos no anexo V da diretiva 2000 60 CE 53 sao elevadas Faria amp Pedrosa Maio 2005 todavia observa se que existem ainda fatores agravantes que amplificam a possibilidade de ocorr ncia de inunda es Oliveira amp Ramos 2002 O aumento da popula o nas cidades leva incrementa o de guas residuais dom sticas Algumas infraestruturas de escoamento nas cidades j possuem sistemas separativos todavia ainda existem sistemas unit rios Deve se verificar se os coletores t m capacidade para suportar as novas solicita es se tal nao for feito quando ocorrer um pico de cheia o coletor pode estar ocupado com um caudal superior de guas residuais dom sticas para o qual foi dimensionado Nesta situa o o caudal de pico de cheia de dimensionamento superior capacidade real do coletor aumentando o risco do coletor entrar em carga e consequente inunda o Outra raz o reside na falta de manuten o e limpeza das infraestruturas de escoamento de aguas residuais que pode causar entupimentos e consequentemente inunda es Todas as quest es anteriormente descritas podem ser colmatadas implementando medidas de planeamento cuidadoso das novas infraestruturas e limpeza peri dica das infraestruturas de escoamento Contudo existe uma situa o que por mais cuidadoso que se possa ser n o poss vel de prever trata se
100. ntos associados pr pria constru o Deste modo os edif cios novos apresentam reduzidas restri es no mbito estrutural O engenheiro civil o respons vel por esta componente Todavia desej vel que todos os especialistas trabalhem em conjunto antes de se iniciar o projeto de cada especialidade Este facto permite esclarecer algumas quest es relevantes como por exemplo e Definir as acessibilidades para a cobertura Este fator importante tanto na fase de constru o como em toda a vida til da estrutura A necessidade de transportar materiais de jardinagem deve ser contemplada mesmo para as coberturas verdes menos exigentes Deste modo a utiliza o de escadas n o adequada devendo ser dada prefer ncia ao elevador at cobertura e Definir os tra ados do sistema de rega Este deve ter os acessos definidos assim como a defini o da exist ncia ou n o de dep sito de guas ou n o e a sua localiza o As tubagens que atravessam a laje de cobertura necessitam de estar bem identificadas para a utiliza o de negativos se o material estrutural for o bet o armado Deste modo evita se a posterior fura o que leva a atrasos na constru o e incrementos significativos de problemas de na impermeabiliza o 24 e Compatibilidade dos materiais e dos m todos de instala o da membrana de impermeabiliza o O bet o armado resistente e na generalidade dos casos compat vel com os m todos de
101. o a temperatura estado e posi o e Componente absorvida q e Componente refletida q e Componente transmitida q 45 Figura 4 3 Esquema das energias incidente absorvida refletida e transmitida Rodrigues Piedade amp Braga 2009 4 3 Transmiss o do calor nas coberturas verdes As coberturas verdes s o muito heterog neas e distintas o que leva a algumas simplifica es para reduzir o n mero de vari veis em estudo Importa referir que o objeto de estudo deste cap tulo o substrato vegetal e n o a totalidade da cobertura Uma metodologia adotada para o estudo da transmiss o do calor a divis o em duas zonas da cobertura verde como se ilustra na Figura 4 4 Mander amp Teemusk 2009 e Zona a rea local onde se encontra a parte a rea das plantas e Zona de suporte local onde se encontra o substrato e as ra zes das plantas nh 4 AO ao nets eee Substrato vegetal Figura 4 4 Simplificagao para o estudo de transmissao de calor nas coberturas verdes Arkous arquitetura e constru o O problema reside na carateriza o do substrato uma vez que este possui materiais nos tr s estados da mat ria s lido l quido e gasoso De acordo com Barrio 1997 as coberturas verdes atuam como uma camada de isolamento reduzindo o fluxo de calor e impedindo a radia o solar de incidir diretamente na estrutura da cobertura Este estudo refere tamb m que a zona a rea tem menos import
102. o a cobertura da cobertura antes da membrana ser colada A membrana de impermeabiliza o foi instalada pela empresa Imperalum e constitu da por PVC O processo de aplica o baseia se em colocar a membrana sobre a rea que se pretende impermeabilizar e nas zonas de sobreposi o de membranas aplica se um jacto de ar quente que efetua a colagem As paredes de contorno t m a membrana at 40 cm de altura As zonas correntes Figura 6 6 n o necessitam de tratamento espec fico enquanto as singularidades como cantos Figura 6 7 zona do tubo de queda Figura 6 8 e zona da porta de acesso Figura 6 4 e Figura 6 9 requerem uma pormenoriza o detalhada Figura 6 6 Zona corrente da cobertura Figura 6 7 Singularidade da cobertura antes contorno da parede de finalizada canto Figura 6 8 Singularidade da cobertura Figura 6 9 Singularidade da cobertura antes antes de finalizada zona do tubo de de finalizada zona da porta de acesso queda 60 O tratamento das singularidades importante devido a exist ncia de cortes na membrana para possibilitar a execu o dos contornos Deste modo aumenta se a probabilidade de n o verificar a estanquidade devido a estas zonas Neste caso de estudo foram aplicadas pe as pr prias provenientes da empresa Imperalum semelhantes a membrana de impermeabiliza o mas com uma rede de fibras resistentes no interior A instala o da camada de impermeabiliza o decorreu
103. o de guas para o dreno Figura 6 26 7 Ja a Rs Figura 6 25 2 equipa a colocar o Figura 6 26 Material grosseiro na zona de substrato na cobertura escoamento da cobertura que dirige a gua para o dreno 64 As zonas adjacentes as duas portas estao revestidas com lajetas e ladrilhos e nao esta previsto terem substrato O modo de sustentacao de terras utilizado consistiu em reutilizar os garrafoes de agua com ladrilhos elevados Figuras 6 27 e 6 28 at chegarem as placas de suporte indicadas para o efeito Figura 6 27 Conten o da cobertura viva Figura 6 28 Conten o da cobertura viva na na zona adjacente porta de acesso zona adjacente porta do s t o da LPN A planta o instala o do sistema de rega e trabalhos de manuten o est o a cargo da LPN O sistema instalado na cobertura viva da LPN foi esquematizado pelo Sustainable Constrution Living Lab e validado individual e coletivamente pelos membros do grupo de trabalho Reabilita o de Coberturas Figura 6 29 g amp Fi 5 5 4 5 1 Figura 6 29 Esquema ilustrativo da cobertura viva da LPN adaptado de Constru osustentavel Legenda 1 Acabamento interior 2 Laje de bet o armado 3 Camada de betonilha leve 4 Manta geot xtil 5 Membrana de impermeabiliza o 6 Placas de poliestireno expandido 10cm 7 Manta geot xtil 8 Rolos de espuma el stica de poliuretan
104. o de alv olos fissurados 10cm camada drenante 9 Substrato vegetal m nimo 10cm 65 6 3 Monitoriza o e an lise da cobertura viva A 31 de mar o de 2012 foi poss vel visitar a cobertura viva da LPN com os sistemas de rega e monitoriza o instalados O tratamento e divulga o dos dados est o a cargo de especialistas da LPN No decorrer do segundo curso foram expostos alguns resultados pr ticos ilustrados na Figura 6 30 msi Sensor A Sensor B Valores M dios C O 20 arg Go Ro 100 120 140 160 N Ciclos de 12 horas Figura 6 30 Grafico da temperatura registada do sensor instalado sobre o isolamento t rmico Sensor A a castanho e da temperatura atmosf rica registada a dois metros de altura do substrato Sensor B a cinzento Curso Prosperidade Renovavel 2012 No caso de estudo a monitoriza o come ou a ser executada em janeiro de 2012 com registos a cada dez minutos O tratamento dos dados resulta no valor m dio por cada ciclo de doze horas simulando os dias e as noites Na Figura 6 30 est o ilustrados os primeiros cento e sessenta ciclos equivalente a oitenta dias com os correspondentes valores m dios das temperaturas registadas Estes valores foram registados desde o in cio da monitoriza o at ao dia 31 de mar o de 2012 A ado o deste tratamento de dados em ciclos tem por objetivo facilitar a leitura gr fica dos resultados A an lise dos resultados das amplitudes t rmica
105. o em Mar o de 2012 de http www intemper com Intemper 2012 Obtido em Setembro de 2012 de Projeto de investiga o A a oteia ecol gica algibe e a poupan a energ tica http www intemper com IUCN 1980 World Conservation Strategy Living Resource Conservation for Sustainable Development IUCN UNEP WWF Jakob s d Obtido em Setembro de 2012 de Jakob Rope Systems http www jakob ch Lagstr m J 2004 Do extensive green roofs reduce noise Malmo International Green Roof Institute Latif S Abril de 2011 Obtido em Fevereiro de 2012 de http www theedgemalaysia com Leva Maio de 2012 TPO Roofing single ply flat roof Obtido em Setembro de 2012 de Pros and Cons of TPO Roofing http www tporoofing org Lojas s d Obtido em Fevereiro de 2012 de http www lojas com pt Lusa 2011 Quercus considera nova ETAR de Alc ntara insuficiente Revista Vis o Mander U amp Teemusk A 2009 Greenroof potential to reduce temperature fluctuations of a roof membrane A case study from Estonia Building and Environment 643 650 Mentens J Raes D amp Hermy M 2006 Green roofs as a tool for solving the rainwater runoff problem in the urbanized 21st century Landscape and Urban Planning 217 226 Merrill K G 2007 The Oil Crisis of 1973 1974 A Brief History with Documents Bedford Series in History amp Culture Moriyama M amp Takebayashi H 2006 Surface heat budget on green roof
106. o privadas de combust veis por n o existirem reservas suficientes Nesta conjuntura foram tomadas medidas para incentivar a produ o de energia e lica h drica geot rmica e solar Apesar do embargo ter sido levantado em 1974 a depend ncia dos pa ses ocidentais pelo petr leo foi bem vis vel e a n vel estrat gico registou se uma mudan a de atitude Veja se ent o que em 1970 foi iniciado o dia mundial da rvore devido a v rios movimentos ambientalistas e a 1 de Janeiro de 1973 foi criado o programa ambiental pelas Na es Unidas Assim percet vel que as iniciativas globais para a alteracao de politicas ambientais tiveram um motivo forte crise de 1973 1974 para intensificarem a pressao sobre os lideres dos governos afetados pela crise A partir da d cada de 1970 1980 a investiga o sobre as coberturas verdes cresceu imenso na Alemanha e na Su a sendo estas atualmente aplicadas com objetivos variados conforme se apresenta nos cap tulos seguintes 2 3 1 1 Exemplos internacionais As estruturas que atualmente possuem coberturas verdes s o em pequena quantidade quando comparadas com as que n o possuem este tipo de cobertura mas o seu n mero tem aumentado significativamente na ltima d cada Green Conduct 2007 Optou se por dividir os edif cios em quatro grupos de acordo com o RTSCIE Regulamento T cnico de Seguran a Contra Inc ndios em Edif cios Decreto Lei n 220 2008 Portaria n 1532 2008 e Gr
107. o que os climas dos pa ses escandinavos t m invernos rigorosos e consequente queda de neve logo toda a estrutura necessita de ter capacidade carga para suportar estas solicita es 2 3 1 2 Exemplos nacionais Os exemplos de coberturas verdes em Portugal s o em n mero reduzido Todavia algumas empresas de instala es de espa os verdes t m vindo a expandir a sua oferta inserindo a componente de coberturas verdes nas suas exposi es como o caso da NEOTURF Importa referir que a generalidade das coberturas verdes instaladas em Portugal tem como objetivo o incremento est tico da zona onde est o inseridas Tal facto significa que as an lises de quais os materiais e solu es construtivas a utilizar para melhorar a efici ncia energ tica ou atenuar os picos de cheia n o foram tidas em considera o No decorrer deste trabalho foram efetuados contactos com v rias empresas que possuem instala es com coberturas verdes todavia s algumas possibilitaram o acesso aS mesmas Seguidamente s o apresentadas algumas constru es em Portugal que foram visitadas e ou analisadas em alguns cursos sobre coberturas verdes 10 E ari ado A a Figura 2 9 ETAR de Alcantara em Figura 2 10 ETAR de Alcantara finalizada constru o Lusa 2011 Aguas de Portugal A esta o de tratamento de guas residuais de Alc ntara est ilustrada na Figura 2 9 em fase de constru o e na Figura 2 10 j conclu da 2011 Com 1
108. oberturas e fachadas verdes em Portugal Figura 6 1 Cobertura viva da LPN 6 2 Constru o da cobertura viva A infraestrutura escolhida para a implanta o da cobertura viva a sede e centro de forma o ambiental da LPN situado na estrada do calhariz de Benfica em Lisboa perto de Monsanto assinalado com a letra A na Figura 6 2 e ilustrada na Figura 6 3 SER MR y ESSAS Vad a i i 1 je 1 bs P 7 mt E lr Figura 6 2 Localiza o da sede da LPN Figura 6 3 Fachada da sede da LPN Google A cobertura viva tem uma rea de 14 m e a sua estrutura tem como base uma laje de bet o armado A superf cie de acabamento tem na sua constitui o uma camada de betonilha leve de regulariza o para a cria o de pendente Estas duas superf cies j se encontravam executadas sendo utilizada a zona como terra o As datas dispon veis para a constru o da cobertura verde estiveram dependentes dos instaladores e dos formandos dos cursos s poss vel aos s bados logo todo o processo de instala o teve de ser espa ado de uma semana entre fases construtivas 59 6 2 1 Instala o da membrana de impermeabiliza o A primeira camada instalada foi a manta de geot xtil a 15 de outubro de 2011 Tem a fun o de evitar a rotura da camada de impermeabilizacao por pontos angulosos Figuras 6 4 e 6 5 Figura 6 4 Zona inferior da porta de Figura 6 5 Pormenor construtivo de um canto acess
109. of Environmental Services levaram cria o da City of Portland Green Building Policy onde refere a implementa o de ecoroofs em 70 das coberturas para edif cios p blicos City Council 2005 O BES tem um manual de boas pr ticas Environmental Services 2009 e um departamento pr prio para a aprova o acompanhamento e manuten o das coberturas verdes Um facto interessante o dono de obra ter de assinar um acordo em que se compromete na manuten o da cobertura consoante a zona da cidade em que esta se encontra inserida 2 5 Considera es finais A pesquisa bibliogr fica sobre coberturas e fachadas verdes encontra se aliada a conceitos que atualmente est o vulgarizados como a sustentabilidade e resili ncia Desta forma importante esclarecer os conceitos para compreender a sua liga o com as coberturas e fachadas verdes A hist ria e a atualidade do tema mais facilmente percebida se enquadrada com exemplos edificados como tal o subcap tulo do estado da arte pretendeu responder a este ponto ilustrando diversas solu es adotadas a n vel internacional e nacional A an lise legisla o e regulamenta o permitiu identificar os faseamentos que os pa ses mais desenvolvidos na implanta o de coberturas e fachadas verdes utilizaram As solu es regulamentares podem ser extrapoladas de local para local mas a sua adaptabilidade e constante aperfei oamento s o pontos importantes para o sucesso da imp
110. omponente hidrica 5 1 Consideracoes iniciais A vertente h drica n o se encontra num estado tao avan ado como a vertente t rmica Prova disso a inexist ncia de certifica o h drica para edif cios ou equipamentos em compara o com a certifica o energ tica obrigat ria para edif cios e equipamentos novos Torna se ent o evidente que a quest o h drica n o tem uma dimens o t o espec fica e pormenorizada ao n vel da regulamenta o como a quest o energ tica Todavia ao pesquisar artigos cient ficos referentes a coberturas e fachadas verdes surgem em maior quantidade estudos relacionados com a componente h drica Dunnett amp Kingsbury 2008 Tal facto pode ter sido fomentado por uma crescente preocupacao pelos recursos hidricos a nivel global A Comissao Europeia tem demonstrado preocupa o acerca desta tem tica emitindo a diretiva 2000 60 CE que estabelece um quadro de a o comunit ria no dom nio da pol tica da gua Tem como meta a execu o de medidas nos estados membros definidos por estes que assegurem o bom estado das guas de superf cie e subterr neas at 2015 PE amp CUE 2000 O Instituto da gua INAG o organismo central com jurisdi o sobre todo o Territ rio Nacional na quest o h drica dotado de autonomia administrativa e patrim nio pr prio INAG Exerce fun es de Autoridade Nacional da gua aplicando a lei n 58 2005 Lei da Agua que transp e a diretiva 2000
111. ona inferior da porta de acesso cobertura neeeeeeeeeeeeeeaeeeeeeeeeeeeeeaas 60 Figura 6 5 Pormenor construtivo de um canto da cobertura antes da membrana ser colada 60 Figura 6 6 Zona corrente da cobertura contorno da parede 60 Figura 6 7 Singularidade da cobertura antes de finalizada canto ssec 60 Figura 6 8 Singularidade da cobertura antes de finalizada zona do tubo de queda 60 Figura 6 9 Singularidade da cobertura antes de finalizada zona da porta de acesso 60 Figura 6 10 Zona inferior da porta de acesso cobertura aspeto final 61 Figura 6 11 Zona de contornos da parede aspeto final 61 Figura 6 12 Zona do tubo de queda aspeto final eee rerrreaanaa 61 Figura 6 13 Canto da cobertura aspeto final e eeereaaaa aeee rerrrananada 61 Figura 6 14 Placas de isolamento t rmico com 10cm de espessura 62 Figura 6 15 Zona adjacente a porta de acesso com placas de 5cm de espessura 62 Figura 6 16 Zona adjacente porta de acesso com placas de suporte 62 Figura 6 17 Cobertura com o isolamento t rmico e manta geot xtil cccceccsseseeeeeeeeeeeeees 62 Figura 6 18 Aplica o do revestimento na membrana da parede 63 Figura 6 19 Ladrilhos na zona adjacen
112. onal da gua acumulada Esta problem tica tem suscitado investiga es no sentido de encontrar solu es para melhorar a camada de drenagem da cobertura verde A borracha proveniente da reciclagem dos pneus dos autom veis uma das inova es nesta rea e tem tido resultados experimentais convincentes Vila P rez Sol Fern ndez amp Cabeza 2012 As chuvas cidas s o um problema em algumas cidades e nesta rea as coberturas verdes intensivas t m uma influ ncia significativa ao aumentarem de 5 para 7 5 o pH Berndtsson Bengtsson amp Jinno Runoff water quality from intensive and extensive vegetated roofs 2009 Deste modo evita se parte do tratamento das guas pluviais nas ETAR por exemplo devido ao baixo valor de pH Permite tamb m que o aproveitamento possa ser canalizado para regas e lavagens sem afetar equipamentos e tubagens A gest o h drica das cidades carece de planeamento cuidado e monitoriza o peri dica de modo a ser mais eficiente Em alguns sectores podem ser implementadas coberturas verdes como medida de mitiga o de v rios efeitos atenua o e retardamento de picos de cheia filtragem de guas pluviais Cada cidade tem caracter sticas pr prias logo a escolha das coberturas verdes carece de um estudo atempado e acompanhado de modo a otimizar o funcionamento das mesmas como medida de mitiga o S posteriormente se deve avan ar para a regulamenta o que permita generalizar a constru o de co
113. orma a instala o de coberturas verdes vai potenciar a ocorr ncia de infiltra es O que se pretende chamar aten o o facto de os sistemas modelares deverem ser utilizados e instalados tendo em conta que necess rio efetuar a an lise completa aos componentes da cobertura 3 3 Fachadas verdes 3 3 1 Classifica o A investiga o sobre fachadas verdes reduzida em compara o com a efetuada acerca das coberturas verdes Deste modo ainda n o existe uma classifica o espec fica 3 3 2 Componentes do sistema Em termos gen ricos as componentes do sistema de fachadas verdes assemelham se as das coberturas verdes Contudo os materiais s o diferentes assim como a sua disposi o e instala o essencialmente devido ao plano de refer ncia ser vertical 3 3 2 1 Suporte estrutural As fachadas verdes t m como suporte estrutural as paredes dos edif cios Desta forma as cargas aplicadas devem ter em aten o o material de constru o utilizado nas paredes Nos casos de paredes de alvenaria com estrutura de bet o armado uma op o reside em distribuir 36 os pontos de apoio pelas zonas dos pilares e lajes Outra op o instalar sistemas ao longo da alvenaria que permitam uma distribui o das cargas como demonstrado na Figura 3 26 Parede de alvenaria Pain is para as plantas Estrutura de suporte Tubo de rega Figura 3 26 Esquema do suporte estrutural para fachadas verdes adaptado
114. ptado de Auckland 1998 reina N eee 47 Figura 4 8 Temperaturas medidas num dia de ver o com c u limpo Mander amp Teemusk 4 0 010 ER RD PN SAND SPA O REM O DOAR ES CAR DV SAR O ER 48 Figura 4 9 Temperaturas medidas num dia de ver o com c u nublado Mander amp Teemusk 2009 RRA ee eae ms DS SS ee 48 Figura 4 10 Temperaturas medidas num dia de outono com c u nublado Mander amp Teemusk OOD caia a a in a a ia 48 Figura 4 11 Temperaturas medidas num dia de inverno com 200 mm de neve sobre a cobertura Mander amp Teemusk 2009 errar eererreea ear ereeea aaa ereeeaaaaenaa 48 Figura 4 12 Legenda de interpreta o dos gr ficos das figuras 4 8 a 4 11 Mander amp TOTS 2009 cur cs ioni oo E be dse ah ibaa oh Gisa ceara dao Sei ce cessa da ana 48 Figura 4 13 Redu o da carga de arrefecimento m dia com uma temperatura interior de 23 C adaptado de Alexandri amp Jones 2008 e eeeeeeererrreeeaa e aaeerraa 51 Figura 5 1 Compara o dos escoamentos para duas coberturas uma sem cobertura verde e uma com cobertura verde adaptado de Mentens Raes amp Hermy 2006 55 Figura 6 1 Cobertura viva da LP Naus oasessieon teen Ql usieas E eee 59 Figura 6 2 Localiza o da sede da LPN Google eee 59 Figura 6 3 Fachada da sede da LPN ccccccccceesseeeeccaeseeeeceeeuseceeseeaeeeecsseageeeesseeageeeessnas 59 Figura 6 4 Z
115. ronmental Services 2009 Handbook Ecoroof Portland Faria R amp Pedrosa A Maio 2005 Impactos da Urbaniza o na Degrada o do solo urbano e sua rela o com o incremento de inunda es urbanas em Santa Maria da Feira International Symposium in Land Degradation and Desertification Uberl ndia Feiteira J L 2009 Sistemas de impermeabilizacao de coberturas em terra o com base em produtos l quidos ou pastosos Disserta o para obten o do Grau de Mestre em Engenharia Civil IST Ferraz R M amp Forte F Julho de 2010 Telhados verdes e jardins verticais Obtido em Setembro de 2012 de http www uol com br Ferreira A amp Pedrosa F s d Projecto de Climatiza o FEUP Freed R Garner G Kelly P Debisingh S Peck S Irwin G et al 2008 Introduction to Green Walls Technology Benefits amp Design Green Roofs for Healthy Cities Garden Builders 2012 Obtido em Setembro de 2012 de The garden builders Landscape contractors amp Consultants htto www gardenbuilders co uk Getter K L Rowe D B Robertson G P Cregg B M amp Andersen J A 2009 Carbon sequestration potential of extensive green roofs Environmental Science amp Technology N 43 7564 7570 Getter K Rowe B Andresen J amp Wichman I 2011 Seasonal heat flux properties of an extensive green roof in a Midwestern U S climate Energy and Buildings 3548 3557 GLOBE Awards s d O
116. rvadas administra o e aos servi os um audit rio espa os para exposi es tempor rias uma zona de congressos e um edif cio pr prio que alberga o museu Gulbenkian Figura 2 14 os servi os educativos e a biblioteca de arte O complexo cont m um parque projetado pelos arquitetos Viana Barreto e Ribeiro Telles A funda o Calouste Gulbenkian a obra de relevo mais antiga ao n vel das coberturas verdes em Portugal 4 Grupo IV Figura 2 15 Cobertura extensiva de Figura 2 16 Garagem coberta de vegeta o sedum numa habita o particular em Vila em Cascais Clorofila Nova de Gaia NEOTURF As habita es unifamiliares permitem uma maior liberdade de conce o devido ao dono de obra ter total controlo sobre o que pretende Todavia os custos das coberturas verdes s o usualmente mais elevados para edif cios mais pequenos Na Figura 2 15 poss vel ver a integra o da cobertura verde com sistemas de aproveitamento de energia solar Na Figura 2 16 as garagens para estacionamento encontram se cobertas por vegeta o Este caso apresenta se complexo devido tanto ao sistema de rega como ao sistema de drenagem das aguas pluviais A manuten o e limpeza dever o ser tidas em conta logo no projeto de modo a possibilitar o bom funcionamento de todos os sistemas drenagem de guas pluviais e rega 12 2 3 2 Fachadas verdes O uso de plantas trepadeiras era utilizado ja no Imp rio Romano no cultivo das vinhas
117. ry 2008 Kingsbury 2008 3 2 2 2 Membrana de impermeabilizacao A primeira fun o de qualquer cobertura verde ou tradicional manter a gua no exterior do edif cio A impermeabiliza o um t pico vasto e complexo que n o temos nem o espa o nem a especializa o para discutir em detalhe traduzido de Snodgrass amp Mcintyre 2010 A frase anterior indica a fun o principal da cobertura Refere tamb m que a impermeabiliza o uma area de estudo complexa e vasta A solu o apresentada que reduz a probabilidade de ocorr ncia de falhas ao n vel da instala o da membrana de impermeabiliza o passa pela exist ncia de tr s processos e Realiza o do projeto de impermeabiliza o individualizado A impermeabiliza o fica a cargo das empresas instaladoras Na generalidade das situa es n o existe projetos espec ficos de impermeabiliza o o que dificulta a correta instala o 25 As repercuss es s o a exist ncia de remendos e adapta es feitas no local pelos instaladores Importa referir que a probabilidade de ocorr ncia de erros aumentada quando se efetua um remendo A elabora o de um projeto de especialidade espec fico para impermeabiliza o uma realidade no Brasil De acordo com Nelma Cristina Alves formada em engenharia civil atualmente Vice Presidente IBI o projeto de impermeabiliza o deve ser executado ao mesmo tempo que os restantes arquitet nico estrutural
118. s registados na Figura 6 30 e explanados no anexo A e B permite observar o seguinte e Em doze ciclos as temperaturas m dias m ximas a vermelho no anexo A foram superiores no sensor A e em vinte e tr s ciclos as temperaturas m dias m nimas a azul no anexo A foram inferiores no sensor A quando comparadas com os resultados do sensor B e Os c lculos das amplitudes t rmicas diferen a em valor absoluto entre a temperatura de um ciclo e o imediatamente a seguir para o mesmo sensor registam que em seis casos indicados a vermelho no anexo B a cobertura verde teve valores superiores que o ambiente exterior A amplitude t rmica m xima entre a cobertura verde e o meio exterior foi de 5 57 C identificada a verde no anexo C enquanto a amplitude t rmica m nima de 0 77 C Nos dados registados a m dia das amplitudes t rmicas de 2 49 C 66 6 4 A problematica da implantacao das coberturas e fachadas verdes em Portugal No decorrer do caso de estudo foram identificados alguns obst culos existentes implanta o de coberturas verdes em Portugal Este subcap tulo identifica os potenciais problemas que se verificaram e apresenta solu es para os neutralizar ou atenuar Um obst culo que se levanta a falta de m o de obra qualificada para executar projetos espec ficos de coberturas e fachadas verdes tanto ao n vel da conce o do projeto como da implanta o do mesmo As reas de especialidade necess ri
119. te a porta do s t o nnne 63 Figura 620 Soli o de dreo aus a a eee 63 Figura 6 21 Instala o do dlen nca E E a A E 63 Figura 6 22 Instala o dos rolos de espuma el stica de poliuretano de alv olos fissurados 64 Figura 6 23 Marca o do local para futura instala o do sensor de monitoriza o 64 Figura 6 24 Gr fico ilustrativo da capacidade de reten o da espuma el stica de poliuretano de alv olos fissurados adaptado de VYDRO ccccccccssecceceseeeeeeeeceeseeeeeeceeeeeeeseeeeeesaeeeeeas 64 Figura 6 25 2 equipa a colocar o substrato na cobertura cccccceesneeeeeeeeeeeeeeaeeeeeeeeeeeeeeaes 64 Figura 6 26 Material grosseiro na zona de escoamento da cobertura que dirige a agua para o 2 18 assa E A a DR N ee SOR ne Ne ne E ee 64 Figura 6 27 Conten o da cobertura viva na zona adjacente a porta de acesso 65 Figura 6 28 Conten o da cobertura viva na zona adjacente porta do s t o da LPN 65 Figura 6 29 Esquema ilustrativo da cobertura viva da LPN adaptado de ConsiruCAo SUSIEnavEI cannae gr Desa ele ee arenes arg E a 65 Figura 6 30 Gr fico da temperatura registada do sensor instalado sobre o isolamento t rmico Sensor A a castanho e da temperatura atmosf rica registada a dois metros de altura do substrato Sensor B a cinzento Curso Prosperidade Renov vel 2012 66 XI Lista de T
120. tem a fun o de impedir que a vegeta o danifique a membrana de impermeabiliza o e ou o isolamento t rmico e consequentemente colocar em causa o bom funcionamento da cobertura Algumas esp cies de plantas s o evasivas como o bambu pelo que necess rio conhecer o comportamento das mesmas Existem materiais impermeabilizantes que possuem caracter sticas anti ra zes como o PVC o que possibilita em algumas situa es a conjuga o das membranas numa s A exist ncia de materiais incompat veis entre a membrana de impermeabiliza o e as camadas drenantes ou de isolamento t rmico pode originar a instala o da membrana de prote o com fun o de barreira qu mica Esta op o deve ser analisada e ponderada uma vez que a escorr ncia das guas pode transportar qu micos e originar a deteriora o dos materiais impermeabilizantes 3 2 2 5 Camada de drenagem A falta de gua ou a sua acumula o excessiva prejudicam a sa de das plantas do substrato vegetal Deste modo a camada de drenagem tem duas fun es e Permitir o escoamento da gua em excesso da cobertura e Reten o de alguma gua A primeira fun o enunciada comum a qualquer sistema de drenagem de coberturas ou seja permitir o escoamento em excesso das guas 29 A segunda fun o enunciada possibilita regular as necessidades h dricas da camada vegetal assim como regular caudais e permitir sempre que poss vel a redu o dos ciclos
121. tion Flan Technical Program and Policy Continuous Awereness Engagement Development Research Development Improvement Figura 2 31 Evolu o das pol ticas das coberturas verdes adaptado de CMHC 2006 17 Atualmente existem paises em diferentes fases pelo que se considera relevante fazer alguns comentarios para melhor compreensao do esquema apresentado 1 A primeira fase designa se de introdu o e carateriza se pela realiza o de a es de divulga o e sensibiliza o como workshops e semin rios sobre as coberturas verdes 2 A segunda fase carateriza se pela forma o de grupos que procuram junto dos governantes promover as coberturas verdes Para tal avaliam se as vantagens e desvantagens da zona para futura implanta o das coberturas verdes a zona pode ir desde pequenas cidades a pa ses 3 Na terceira fase procede se cria o de grupos de trabalho que elaboram estudos aprofundados podendo construir se coberturas modelo para demonstra o E analisada a legisla o existente e estudados modos de inserir as coberturas verdes 4 A quaria fase tem uma particularidade d se o in cio da quantifica o dos benef cios das coberturas verdes e cria se documenta o t cnica espec fica Nesta fase usualmente existem algumas coberturas verdes monitorizadas na rea em estudo e divulgam se os resultados em confer ncias e congressos 5 quinta fase entendida como a expans o das coberturas verdes A legisla
122. tos fundamentais de expans o locais previstos para habita o modifica es ao plano antecedente entre outros Development 2009 2 4 2 2 Toronto Canada e Motivos da implementa o Toronto teve uma abordagem bastante sistem tica no que concerne s coberturas verdes Toronto ca Ap s ter financiado estudos universidade de Ryerson e a centros de investiga o do estado de Ont rio os governantes da cidade definiram que a atenua o dos picos de cheia mitiga o do efeito ilha de calor e a introdu o de espa os verdes eram os motivos principais para avan ar com pol ticas de incentivo constru o de coberturas verdes Banting et al 2005 e Pol tica de incentivos Making Green Roofs Happen foi o t tulo escolhido pela cidade de Toronto para o documento que a 2 de Fevereiro de 2006 passou a definir as pol ticas de incentivo para as coberturas verdes Policy and Finance Committee 2006 No seu conte do define os incentivos monet rios para quem construir coberturas verdes nos edif cios da cidade programas de publicidade e educa o junto da popula o sobre o tema e implementa o desta tipologia nas coberturas dos edif cios p blicos para promover a iniciativa e Legisla o e regulamenta o Em 9 de Maio de 2009 foi aprovada a altera o ao c digo da constru o do estado de Ont rio onde refere a obriga o de a partir de 31 de Janeiro de 2010 todos os edif cios com uma cobertura superior
123. tsdamerplatz ccccccccessseeeeeeeeeeeees 9 Figura 2 5 Academia de ci ncias na Calif rnia Greenroofs eee 9 Figura 2 6 Museu nacional da guerra no Canad TOA Canada 9 Figura 2 7 Aldeia ol mpica de Vancouver Thechallengeseries cccceeesseeeeeeeeeeeeeeeeeeees 10 Figura 2 8 Habita es tradicionais dos pa ses escandinavos Homedlit 10 Figura 2 9 ETAR de Alc ntara em constru o Lusa 2011 11 Figura 2 10 ETAR de Alc ntara finalizada guas de Portugal 11 Figura 2 11 Vista a rea do CCB Centro Cultural de Bel m 11 Fig ra 2 12 Jardim das oliveirasmo COB aneis cia sinensis Ao aos sso e 11 Figura 2 13 Vista a rea da cobertura verde adjacente ao museu da funda o Calouste Gulbehikiani GOOG CG anca caa RR RR DSR E RR 12 Figura 2 14 Vista lateral do museu da funda o Calouste Gulbenkian Gulbenkian 12 Figura 2 15 Cobertura extensiva de sedum numa habita o particular em Vila Nova de Gaia NEGO TUR E oa tata aaa aro DSG RD a da aaa dn corsa 12 Figura 2 16 Garagem coberta de vegeta o em Cascais Clorofila ccseseceeeeeseeeeeeeeees 12 Figura 2 17 Data center na Mal sia Latif 2011 13 Figura 2 18 Prot tipo da quinta vertical Graff eee 13 Figura 2 19 Complexo Acros Fukuoka Jap o Uffelen 2011 cess ee eteeeeeeee
124. tuguese Mediterranean climate analysing its capacity to improve energy efficiency and flood peak reaction Based on this analysis the aim is to identify the main problems during the installation and maintenance of these systems as well as quantifying the data obtained in the case study Key words World Population Overcrowding Effect Resilient Cities Green Roofs and Facades Passive Systems Indice 1 Introdu o 1 1 Enquadramento geral 1 2 Objetivos 1 3 Organiza o do trabalho 2 Conceitos gerais estado da arte legisla o e regulamenta o 2 1 Considera es iniciais 2 2 Conceitos gerais 2 2 1 Coberturas e fachadas verdes 2 2 2 Sustentabilidade 2 2 3 Resili ncia 2 2 4 Altera es clim ticas 2 3 Estado da arte 2 3 1 Coberturas verdes 2 3 1 1 Exemplos internacionais 2 3 1 2 Exemplos nacionais 2 3 2 Fachadas verdes 2 3 2 1 Exemplos internacionais 2 3 2 2 Exemplos nacionais 2 4 Legisla o e regulamenta o 2 4 1 Cidades com legisla o e regulamenta o espec fica de coberturas e fachadas verdes 2 4 2 Exemplos piloto 2 4 2 1 Berlim Alemanha 2 4 2 2 Toronto Canada 2 4 2 3 Portland EUA 2 5 Considera es finais 3 Sistemas construtivos 3 1 Considera es iniciais 3 2 Coberturas verdes 3 2 1 Classifica o 3 2 2 Componentes do sistema 3 2 2 1 Suporte estrutural 3 2 2 2 Membrana de impermeabiliza o 3 2 2 3 Isolamento t rmico CON N O
125. ture and Natural Resources Instituto Superior T cnico Laborat rio Nacional de Engenharia Civil Liga para a Prote o da Natureza Organiza o das Na es Unidas xiii OPEP PE PNUEA PVC RCCTE RSECE RTSCIE SCE TPO UE UV Organiza o dos Pa ses Exportadores de Petr leo Parlamento Europeu Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua Policloreto de Vinilo Regulamento das Caracter sticas do Comportamento T rmico de Edif cios Regulamento dos Sistemas Energ ticos de Climatiza o dos Edif cios Regulamento T cnico de Seguran a Contra Inc ndios em Edif cios Sistema Nacional de Certifica o Energ tica e da Qualidade do Ar Interior dos Edif cios Thermo Plastic Olefin Uni o Europeia Ultra violeta XIV 1 Introdu o 1 1 Enquadramento geral O termo megacidades tem sido vulgarizado tanto pelos meios de comunica o como em debates da comunidade cient fica No relat rio do desenvolvimento dos objetivos do mil nio de 2007 United Nations Department of Economic and Social Affairs 2007 prev se que em 2030 habitem cerca de cinco mil milh es de pessoas nas cidades aproximadamente setenta porcento da popula o mundial atual Os edif cios alteram partida os ecossistemas existentes na sua periferia o que frequentemente leva exist ncia de problemas ambientais Contudo se as edifica es forem integradas na sua envolvente podem minimizar estes impactos ne
126. ualidade das guas pluviais tamb m melhorada quando filtrada pelo substrato vegetal permitindo a redu o de adi o de qu micos nas ETAR ou possibilitando o reaproveitamento para regas e lavagens A legisla o atual em Portugal ainda n o est adaptada para reaproveitar as guas residuais mas a exist ncia de diplomas espec ficos para a instala o de redes secund rias de abastecimento de gua revela a preocupa o dos governantes com a gest o h drica Nesta tica as fachadas verdes podem ter um papel de filtragem das guas residuais permitindo redu o de infraestruturas de tratamento e de adi o de qu micos ao n vel do solo O caso de estudo possibilitou analisar diversos aspetos relevantes na constru o de coberiuras verdes e A m o de obra especializada a import ncia das acessibilidades e a multidisciplinaridade das equipas s o fatores importantes para a boa execu o de uma cobertura verde e A monitoriza o revela se essencial para a otimiza o de resultados e melhoria das solu es implementadas e No que concerne manuten o peri dica a constitui o de um manual t cnico revela se fundamental para a possibilidade de manter o bom estado da cobertura por pessoal n o especializado A cobertura verde deve permitir um comportamento t rmico adequado s necessidades dos seres humanos A temperatura de conforto no interior das habita es situa se entre vinte e dois e vinte e quatro graus cent
127. ue a ado o de coberturas e fachadas verdes em Portugal seria uma medida com benef cios para todos os escal es e institui es que est o direta ou indiretamente relacionados por v rios motivos e As coberturas e fachadas verdes apresentam diversas formas de incrementar a qualidade de vida nas cidades aumento de espa os verdes possibilidade de melhoria da efici ncia energ tica dos edif cios e mitiga o do efeito ilha de calor melhoria da qualidade do ar e da biodiversidade da fauna e flora atenua o dos picos de cheia e possibilidade de reaproveitamento das guas residuais e Afomenta o da cria o de postos de trabalho diretos e indiretos uma realidade para todos os escal es sejam especialistas projetistas fiscalizadores instaladores e empresas de constru o 71 e A atenua o dos gases poluentes nos meios urbanos uma situa o com interesse para todos os habitantes da zona em causa As coberturas e fachadas verdes s o sumidouros de carbono naturais que possibilitam a preven o de doen as do sistema cardio respirat rio associadas vida nas grandes metr poles Uma dificuldade identificada no decorrer da elabora o do estudo foi a obten o de estudos espec ficos e abrangentes dos impactos econ micos que as coberturas e fachadas verdes possibilitam Todo o sistema deve ser analisado globalmente e desta forma a redu o da fatura energ tica associada s melhorias de qualidade de vida e conseq
128. uentemente a redu o dos gastos das autarquias nas diversas reas s o dif ceis de quantificar num nico valor Por estes motivos entende se que futuramente devem ser desenvolvidos estudos nesta rea com investiga es e trabalhos que esclare am as diversas fontes de incerteza das coberturas e fachadas verdes no mbito t rmico e h drico Para al m dos objetivos estabelecidos este trabalho pretende simultaneamente incentivar o desenvolvimento de estudos com interesse no aprofundamento do conhecimento desde o projeto passando pela instala o e terminando na manuten o das coberturas e fachadas verdes 2 Bibliografia AECweb s d Reportagem Impermeabiliza o um bem necess rio Obtido em Setembro de 2012 de http www aecweb com br Aguas de Portugal s d Obtido em Janeiro de 2012 de http www adp pt Alexandri E amp Jones P 2008 temperature decreases in an urban canyon due to green walls and green roofs in diverse climates Building and Environment 480 493 Amorim IST Sofalca s d Isolamento T rmico com Corti a Obtido em Setembro de 2012 de Construlink http construlink com Andresen J A Rowe D B amp Getter K L 2007 Quantifying the effect of slope on extensive green roof stormwater retention Ecological Engineering 225 231 APA Outubro de 2008 Obtido em Dezembro de 2011 de http www apambiente pt APEMIP G d 2012 Classe C predomina na certifica o energ tica
129. upo Edif cios industriais oficinas e armaz ns e Grupo Il Edif cios administrativos espet culos e reuni es p blicas comerciais e gares de transportes e Grupo lll Edif cios escolares hospitalares lares de idosos desportivos e de lazer museus galerias de arte bibliotecas e arquivos e Grupo IV Edif cios habitacionais hoteleiros restaura o e estacionamentos 1 Grupo Ea 5 E far Re As A i E fl nad bl aah lion E oa m aT 3 ge oN E Figura 2 1 Fabrica da Ford em Darborn Figura 2 2 Fabrica de Reciclagem da Veolia Xero Flor 2003 Oslo Arkitektkontoret GASA AS 2008 No meio industrial existem alguns exemplos de fabricas que utilizam as coberturas com os objetivos de melhorar a efici ncia t rmica e atenuar os picos de cheia das aguas pluviais Nas Figuras 2 1 e 2 2 verifica se a instala o de coberturas verdes em ambos os complexos industriais e de acordo com Greenroofs e World Buildings Directory as mesmas foram instaladas com os objetivos anteriormente indicados Um efeito associado s coberturas verdes a altera o do estere tipo das zonas industriais que usualmente est o associadas polui o e a cores em tons de cinzento coberturas pavimentos estrutura Deste modo a biodiversidade e os espa os verdes aumentam nas cidades sem ocupar rea ao n vel do solo EA ada Figura 2 3 Complexo de coberturas Figura 2 4 Complexo Potsdamer P
130. vido indisponibilidade dos materiais e s condi es climat ricas Primeiro revestiu se a zona das paredes que tinha a membrana de impermeabiliza o exposta aos raios UV Figura 6 18 O material de revestimento consiste num agregado de borracha aplicado com silicone diretamente sobre a zona a proteger 62 A cobertura tem duas portas uma de acesso mais utilizada e outra que liga ao sotao da LPN sendo esta raramente utilizada Deste modo optou se por colocar alguns ladrilhos mais leves na zona adjacente a porta do sotao uma vez que sera menos solicitada Figura 6 19 Figura 6 18 Aplica o do revestimento na Figura 6 19 Ladrilhos na zona adjacente membrana da parede porta do s t o Ao mesmo tempo que era aplicado o revestimento preparou se um sistema de dreno O reaproveitamento de uma cesta de pl stico envolvida por manta geot xtil permitiu chegar a uma solu o Figura 6 20 Seguidamente procedeu se instala o do dreno na cobertura e ao enchimento do mesmo com material grosseiro para evitar acumula o de res duos Figura 6 21 be e y pa Pa a ra AA ees a a N Figura 6 20 Solu o de dreno Figura 6 21 Instala o do dreno A segunda parte dos trabalhos consistiu em instalar a camada de reten o e drenagem das guas O material utilizado espuma el stica de poliuretano de alv olos fissurados sendo o seu nome comercial VYDRO Figura 6 22 O materi

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