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Helena Rodi Neumann

1. 111 4 2 3 BARREIRA AC STICA eeeeeeee eene 112 4 2 4 SOMBRA AC STICA DAS 113 4 2 5 VEGETA O DENSA E 114 4 2 6 REVERBERA O URBANA DESFILADEIROS URBANOS 115 pe 116 4 3 A PERCEP O SONORA nennen nnne 117 4 4 OS EFEITOS F SICOS 118 CAPITULO B 120 M TODO DE SONORA 5 1 CLASSIFICA O DO BU DOU rana oit 120 5 2 SIMBOLOGIA SONORA spi c s GR DU Rt rH KM UMEN MR coU 126 5 3 MAPAS DE RU DO AVALIA O 129 5 4 CAMINHADA SONORA 2 135 5 4 1 ADEQUA ES DA AVALIA O 139 5 5 REPRESENTA ES GR FICAS DO 0 140 CAPITULO 145 xiv EsTUDO DE CASO RUA TEODORO SAMPAIO 6 1 CONTEXTO RISTORICO 145 6 2 CONSOLIDA O DO TERRIT RIO MAPAS HIST RICOS 150 6 3 MAPAS DE AN LISE 158 6 4 ENSAIO FOTOGR FICO O USO NO ESPA O
2. 170 6 5 CONTAGENS DAS FONTES 179 6 6 PRIMEIRAS CONSIDERA ES 187 CAPITULO RS 190 DE EVENTOS SONOROS E QUANTITATIVA 7 1 MAPA DE EVENTOS SONOROS cad inr aa dit 190 7 2 AVALIA O OBJE TIVA ins n aa 200 7 3 METODOLOGIA PARA MEDI ES 207 7 4 RESULTADOS OBTIDOS ad 209 7 5 COMPARA O COM NBR 10 151 223 CAPITULOS sais ati ei ans 225 AVALIA O QUALITATIVA E CONCLUS ES FINAIS 8 1 QUESTION RIO FINAL 0 8 2 RESULTADOS GERAIS POR 1 2 6 8 3 RELA ES COMPABATIVAS etis esu o 8 4 CONCLUS ES FINAIS 8 5 INDICA ES PARA TRABALHOS y c er n CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO SOM a CARACTER STICAS DO 5 280 b FREQU NCIA DA ONDA 5 nnn 280 INTENSIDADE SONORA 284 d N VEL LOGAR TMICO
3. a al nibus omn a olBuzinas O Lo To To OUTROS RU DOS 183 QUADRA RUA HOR RIO TEMPO N MERO RU DO A REO i4ni7 44414 RU DO TRAF GO apoia 1406 sautom ve 14666 232 e moto leapotefico 20 Sj nbus ijcapote teo 14006 i mn o olBuzinas 1406 1 OUTROS RU DOS ii GrtosPedes ilcapote teo i4ni7 i mn O i2 M sicaAka i capote teo i mn O i3 atidoC o i capote teo i mn O ia pass ros 47 isoas aleapotefio 47 iomn O i6 FogosArtifiio i capote teo _ i mn O izjoures ijcapote teo li mn 184 CONTAGENS RUA TEODORO SAMPAIO Ne QUADRA RUA HOR RIO TEMPO N MERO RU DO A REO ijvi o slcapotefico 2000 omin 44414 14 RU DO TRAF GO slambul ncia i eapoteteo zons o aroia sfautom vei alapotejteo zons 194 lomo 8 caminho oxi 4 slcapotesteo osi
4. a ficar mais densas foi necess rio organizar grandes orquestras para conseguir reproduzir sensa o deste novo contexto sonoro Como coloca Schafer se apenas uma flauta e o chifre de conseguem refletir a paisagem sonora pastoral a orquestra reflete a densidade da vida na cidade SCHAFER 1976 p 108 Com o aumento do n mero de instrumentos a l gica de divis o de trabalho na orquestra era similar a da f brica Para um bom funcionamento era necess rio uma hierarquia entre as posi es e o maestro era o grande dirigente Como conclui o autor a orquestra foi ent o uma idealizac o das aspira es do s culo XIX um modelo que o industrial rei tentou imitar em suas rotinas de f brica SCHAFER 1976 p 109 Da mesma forma que analisando a produc o musical de um per odo pode se compreender a paisagem sonora operante a m sica teria tanta visibilidade cultural de n o fosse os sons ambientais que esta se baseia Para o autor esta indefini o dos limites entre m sica e sons ambientais pode eventualmente provar ser as caracter sticas mais marcantes de toda a m sica do s culo XX SCHAFER 1976 p 111 Schafer volta ent o a defender que a paisagem sonora nada mais do que a m sica da vida e critica os educadores musicais por separarem a m sica 76 The devices of program music transform the real space of the concert hall into a garden asture a Forest or a battlefield
5. nnne nnne 284 XV e N VEL DE PRESS O 414 41 narra f ARCO SONORO 287 9 TRANSMISS O AO AR LIVRE iier eoo ca ed emt ex rende ins nan nda nun sa edu e 288 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS e eene nnne nnn nnn nnn 290 xvi NDICE DE TABELAS E GR FICOS 4 1 Principais Mecanismos de atenua o sonora ao 109 4 2 Coeficiente de atenua o atmosf rica nene 110 4 8 Redu o ponderada pela dire o da 116 4 9 Cumva de pondera o iiie set uec eae a Ra SEE nana gaga 118 5 1 Exemplos da defini o de um evento sonoro 123 5 2 Descri o de um evento 123 5 5 Question rio de avalia o da paisagem 138 6 26 6 31 Tabelas de contagens das fontes de 181 6 32 a 6 34 Gr ficos do n mero de fontes de ru dos 188 7 11 a 7 14 Resultados Gr ficos da Medi o Ac stica C lculo do Leg Semana 211 7 15 7 18 Resultados Gr ficos da Medi o Ac stica C lculo do Leg S bado
6. Fluxo Total de Ve culos da Via 1 820 h d A dist ncia da via at a fachada do edif cio 6 metros cv Corre o do n vel sonoro em fun o da de ve culos pesados 1 c Corre o do n vel sonoro em fun o da velocidade O ci Corre o do n vel sonoro em fun o da inclina o da via 2 LdB A 52 10 09 Q d cv c ci 52 10 log 1 820 6 2 1 52 10 log 303 3 52 10 2 5 3 80 dB A resultado da f rmula dado em dB A ou seja trata se de um valor nico que reproduz a unifica o feita no ouvido humano A partir deste c lculo matem tico obtido a partir de dados da via Teodoro Sampaio obteve se que o n vel de intensidade produzido na rua de 80 dB A que um valor bem alto considerando a qualidade ambiental urbana necess rio destacar tamb m outro fen meno da ac stica que relevante neste caso por se tratar de uma via que devido ao fluxo cont nuo configura uma fonte linear esta se dissipa de forma mais lenta do que uma fonte pontual comum Ou seja a via ainda consegue potencializar seu impacto no meio uma vez que sua dissipa o sonora mais dif cil A fonte pontual dissipa 6 dB por duplica o da dist ncia sendo que a linear ou cil ndrica mais efetiva e dissipa 3 dB por duplica o da dist ncia conforme a imagem abaixo 202 L 6 dB A L 3 dB A 7 4 Fonte sonora linear FONTE FDTE Poli Integra Res
7. VHONOS OVSHIASIA 30 VIINFHHODO 7 1 7 3 Mapas de Eventos Sonoros FONTE Arquivo pessoal B E p Jd 7 2 OBJETIVA A observa o e registros do comportamento do som no espa o urbano fundamental como primeira aproxima o de certa paisagem sonora como mostrado anteriormente Em seguida necess rio entrar em um campo mais t cnico chamado de avalia o objetiva A proposta desta etapa medir e avaliar os n veis de intensidade de som encontrados que tem como unidade o decibel Fala se agora de uma caracter stica espec fica do som que sua intensidade Normalmente esta tida como o aspecto mais importante do som afinal a intensidade alta causa danos diretos a sa de humana Por esta raz o que as normas brasileiras s determinam n veis m ximos de intensidade sonora deixando de lado por exemplo o TR Tempo de Reverbera o e an lise do espectro de frequ ncia Considera se nesta pesquisa a intensidade como um dos aspectos do som que auxilia na correta compreens o e avalia o da paisagem sonora passo inicial da busca por meios de melhorar a qualidade ambiental urbana como um todo Os n veis de intensidade L sonora podem ser medidos in loco com o aux lio de um son metro equipamento tamb m conhecido como decibel metro Mas n o a nica forma de chegar a estes valores e por isso apresenta se aqui como tamb m obt los por meio
8. 215 7 19 Resultados Finais da Medi o 219 7 20 a 7 21 Mapa dos Resultados das Medi es Objetivas Leg e Lpico 221 7 22 Tabela NBR 10 151 rint ete tenet ted ut au dote estt bos PR eda 219 7 23 Duplica o de N veis 50 0 08 224 8 1 Porcentagem de respostas negativas ao par metro urbano Barulho 233 8 2 8 5 Tabela dos Resultados da Avalia o Qualitativa Dia da Semana 235 8 6 a 8 9 Tabela dos Resultados da Avalia o Qualitativa S bado 247 8 10 a 8 13 Gr ficos de An lise da 261 8 14 a 8 16 Gr ficos de Avalia o da Qualidade Ambiental Urbana 264 8 17 a 8 20 Gr ficos de Avalia o da Qualidade da Paisagem 267 8 21 a 8 24 Gr ficos de An lise das Rela es 271 8 25 e 8 26 Gr ficos de Caracteriza o de Pontos Urbanos Diferenciados 273 8 27 e 8 28 Gr ficos da Rela o entre a Percep o Sonora Negativa e o Aumento dos ITSERCMv 275 8 29 e 8 30 Tabela e Gr fico Resultante do Impacto do ru do na Percepc o da Qualidade
9. RT 277 8 31 Tabela do Aumento Percentual dos ndices de Avalia o dos Par metros Urbanos conforme Aumento do N vel de Ru do Observado 278 xvii NDICE DE FIGURAS E MAPAS 4 3 Fachada verde absorvedora 111 4 4 Topografia como barreira nennen nnne 112 4 5 Zona de sombra e mascaramento 113 4 6 Prote o ac stica por 114 4 7 Reverberacao urbana iste oett Ege Ree ea ERR e EE Te SERA ke FALO 115 5 3 Exemplos de cart es descritivos 80 125 5 4 Carta ac stica de Fortaleza 134 5 6 Mapa ilustrativo dos n veis de intensidade sonora em decibels 141 5 7 de uma caminhada sonora 142 5 8 de evento sonoro Centro de 143 5 9 Mapa de percep o sonora pr xima a escola 144 6 1 Pra a Benedito Calixto e Rua Teodoro Sampaio 1925 Lucas Ramirez 147 6 2 Trilhos de bonde de 1909 desenterrados durante obra em Pinheiros 149 6 3 Recorte da Planta Geral da Cidade de S o Paulo 1905 152 6 4 Recorte da Planta
10. 35 50 anos Senhor 50 65 anos feminino masculino 9 1 vive em um local tranq ilo nom m air d D Ya 15 50 84 50 2 Voc considera este local da cidade Po MR ri 4 HIFI E c Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve e m mm AE mota E Muito Verde Artificial Muito Artificial Muito Silencioso Barulhento Muito Barulhento t J MN NNNM Muito Organizado Muito Desorganizado 2 2 5 el t PE M p o o 5 0 E Yo Yo Muito Intenso de Pesso Fluxo intenso de e culos 4e L 0 1 ET 17 92 50 2 Variados uito Variados 84 5095 15 50 Estabelecimentos ms ams _ z 5 E ore mu dmi Ia pido zc Rd a VATI Hu ST als 9 4 00 8 6 8 9 Tabela dos Resultados da Avalia o Qualitativa S bado FONTE Arquivo Pessoal 8 3 RELA ES COMPARATIVAS A proposta seguinte foi levantar quais foram as perguntas iniciais deste trabalho em rela o a percep o das pessoas da qualidade ambiental urbana e a import ncia das caracter sticas da paisagem sonora neste contexto com o intuito de encontrar as respostas na compreens o dos dados obtidos na avalia o qualitativa Al m disso o objetivo foi investigar temas como o
11. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Mestrado em Arquitetura e Urbanismo Helena Rodi Neumann Orientadora Dra Gilda Collet Bruna QUALIDADE AMBIENTAL URBANA A Paisagem Sonora da Rua Teodoro Sampaio S o Paulo S o Paulo Janeiro 2014 ii QUALIDADE AMBIENTAL URBANA A Paisagem Sonora da Rua Teodoro Sampaio S o Paulo por Helena Rodi Neumann Disserta o apresentada Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito para obten o do t tulo de Mestre em Arquitetura e Urbanismo Comiss o Examinadora Dra Gilda Collet Bruna Orientadora Dr Dominique Fretin Dr Leonardo Marques Monteiro iii Autorizo a reprodu o e divulga o total ou parcial deste trabalho por qualquer meio convencional ou eletr nico para fins de estudo e pesquisa desde que citada a fonte Email do autor helenarodi dhotmail com N492q Neumann Helena Rodi Qualidade ambiental urbana a paisagem sonora da rua Teodoro Sampaio S o Paulo Helena Rodi Neumann 2014 305f il 21cm Dissertac o Mestrado em Arquitetura e Urbanismo Universidade Presbiteriana Mackenzie S o Paulo 2014 Bibliografia f 290 305 1 Paisagem sonora 2 Qualidade ambiental urbana 3 Per cepc o do som I T tulo CDD 729 29 iv Ao Mathias meu filho e grande alegria AGRADECIMENTOS Primeiro agradeco a Deus por viabilizar grandes conquistas Ao meu marido Odin pela paci ncia e compan
12. EVENTO AC STICA PSICOAC STICA SEM NTICA EST TICA SONORO Chaleira Ru do parcial Som alto de O ch est Felicidade fervendo banda estreita assobio pronto Mais de 8 000 Hz estado de equil brio 60 dB Assobio de Ru do parcial Som alto de Cobra prepara Medo cobra banda estreita assobio seu ataque Mais de 7 500 Hz estado de equil brio 55 dB Como observa o autor sempre me surpreendeu como at mesmo um som bastante comum pode enganar completamente os ouvintes afetando drasticamente as suas atitudes em rela o a este SCHAFER 1977 p 150 Para evitar leitura equivocadas necess rio avaliar todos os aspectos que caracterizam um evento sonoro e n o apenas os f sicos e objetivos 168 It has always surprised me how even quite a common sound can be completely mistaken by listeners dramatically affecting their attitudes towards it 128 5 3 MAPAS DE RU DO AVALIA O OBJETIVA O mapa ou carta de ru do um m todo previsional elaborado em software especializado de avaliar o n vel de intensidade dos ru dos em meio urbano uma metodologia somente utilizada para fazer a avalia o objetiva do som ou seja n o envolve considera es da psicoac stica Anteriormente a avalia o objetiva era feita com equipamentos son metros que medem decibels em campo Por m considerando um trecho urbano amplo era muito demorado realizar todo o mapeamento E
13. event sound opens up a field of interaction to become a channel a fluid a flux of voice and urgency of play and drama of mutuality and sharing to ultimate carve out a micro geography of the moment while always already disappearing as a distributive and sensitive propagation 96 For my perspective this makes sound a significant model for also thinking and experiencing the contemporary condition for as a relational spatiality global culture demands and necessitates continual reworking It locates us within an extremely animate and energetic environment that like auditory phenomena often exceeds the conventional parameters and possibilities of representation The momentary connection found in the arc of sound is equally a spatial formation whose temporary appearance requires occupation as a continual project This is our place is also potentially This is our community That dynamic of auditory knowledge provides then a key opportunity for moving throught the contemporary by creating shared places that belong to no single public and yet which impart a feeling of intimacy sound is always mine and not mine cannot hold it for long nor can arrest all its itinerant energy 78 que o som estabelece entre a fonte e o ouvinte deve e ocupado por uma popula o Por essa raz o Este o nosso lugar passa a ser Esta nossa comunidade pela abrang ncia do alcance do arco sonoro LaBelle defende que
14. 2 Variados Pouco Variados Iguais uito Variados P ADIGO Et rl o us o o a GJ 2 9 5 a o 32 00 18 50 15 00 25 50 4 Voc vive em um local silencioso sp lda Sd 10 50 89 50 8 2 a 8 5 Tabela dos Resultados da Avalia o Qualitativa Dia da Semana FONTE Arquivo Pessoal 5 Question rio para avaliac o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio Esquina com a Pra a Benedito DIA DA ENTREVISTA S bado TOTAL DE ENTREVISTAS 21 entrevistas a Jovem 16 35 anos _ Adulto 35 50 anos Senhor 50 65 anos el go s Feminino Medo 33 5 66 5 lt 4 1 vive em um local tranq ilo ano o ue 33 50 66 50 2 Voc considera este local da cidade Po M mE Kc Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve elo 111 1 PS a Muito Silencioso Silencioso Barulhento Muito Barulhento c poe cem 5 Muito Organizado Muito Desorganizado Esse no el t S o Muito Intenso Pesse Fluxo intenso de an duas Fraco Muito Fraco p culos ati o epe 14 50 0 0 Estabelecimentos Variados Pouco Variados Iguais uito Variados I apiago TRA 3 Quais sons
15. A proposta ainda apontar os benef cios da diminui o da polui o sonora para o espa o p blico que um local de conviv ncia que deve ser valorizado Nas grandes cidades as pessoas se tornam cada vez mais distantes em raz o da falta de tempo mas tamb m da falta de locais agrad veis de encontro como as reas verdes Na verdade o som auxilia o Homem na compreens o do espa o mas quando este t o excessivamente hostil age de forma contr ria afastando o usu rio do meio urbano v METODOLOGIA Como j mencionado primeiramente elabora se uma revis o bibliogr fica sobre paisagens sonoras urbanas com o intuito de levantar o que j foi discutido sobre o tema no Brasil e citar algumas pesquisas relevantes no exterior Em um segundo momento pretende se utilizar uma fundamenta o te rica com base principalmente no trabalho de dois autores centrais Murray Schafer que estabelece uma teoria de transforma o da paisagem sonora e Brandon LaBelle que prop e um estudo recente de 2010 sobre o que define como territ rios ac sticos Segue se com a apresentac o das metodologias de an lise dos ru dos em meio urbano Discute se meios gr ficos de demonstrar os sons urbanos formas de identificar e quantificar fontes sonoras meios de caracterizar ru dos e m todos de avalia o qualitativa A seguir a proposta fazer uma pesquisa abrangente sobre o trecho urbano escolhido como estudo de caso A rua
16. Atenua o provocada Com uma fileira de Todas por edifica es entre a edifica es com fonte e o receptor aproximadamente 25 de abertura 30m reas com muitas rvores e vegetac o Atenua o provocada por vegetac o densa entre a fonte e o densa no solo 100 m em 500 Hz receptor 50 m em 4 000 Hz 98 Amplifica o sonora Com edifica es de no Todas devida a m ltiplas m nimo 10 m de altura reflex es em em ambos os lados da desfiladeiros urbanos rua n Vento e 99 Altera o da atenua o Em dias ensolarados 150m temperatura do solo e ou da barreira para alturas da fonte e ou cria o de sombras do receptor da ordem de 150 m em 500 Hz 2 ac sticas causadas por 1 2 m 50 m em 4 000 Hz E gradientes verticais de EE temperatura e de ventos 4 1 Principais Mecanismos de atenua o sonora ao ar livre FONTE BISTAFA 2006 p 192 109 4 2 1 ABSOR O DO AR CONDI O CLIM TICA A primeira forma e mais primordial de atenua o sonora atrav s da absor o do ar atmosf rico Este varia com clima da cidade j que depende da temperatura e umidade relativa do ar Para calcular o valor da atenua o atmosf rica Aam usa se a f rmula Sendo a coeficiente de atenua o atmosf rica em dB por km freq ncia central de cada banda de oitava d dist ncia percorrida pelo campo sonoro em metros Na tabela abaixo poss vel obter os valores de o P
17. DD ESUP NEED NM PONTO 1 97 75 92 69 Ponto menos PONTO2 94 82 92 76 Ponto mais PONTO 3 95178 89170 4 90175 91177 Lpico Leq 7 19 Resultados Finais da Medi o Ac stica FONTE Arquivo Pessoal O primeiro ponto foi o menos ruidoso provavelmente pela proximidade da pra a com sua rea verde que atua como uma rea de absor o sonora Mesmo durante o final de semana com a feira de antig idades acontecendo e por conseq ncia um grande aumento do n mero de pedestres este ponto se manteve com o menor n vel equivalente Deve se tamb m considerar que este ponto o nico onde a rua plana com inclinac o praticamente de 096 o que minimiza bastante os ru dos de acelerac o dos ve culos de grande porte O ponto que se mostrou mais ruidoso foi o segundo esquina com a rua Cristiano Vianna Este j apresenta um aclive bem acentuado da rua Teodoro Sampaio entorno de 5 e est bem pr ximo tanto de um cruzamento quanto de um ponto de nibus Os picos m ximos registrados se relacionam com a acelera o dos nibus Aos s bados neste ponto ainda era poss vel ouvir m sica das lojas de artigos musicais nas quais 219 diversas pessoas testavam os instrumentos Muitos m sicos andam pela rua e o clima muito agrad vel e alegre J o terceiro ponto na esquina com a rua Capote Valente demonstrou valores intermedi rios de n veis de ru do mesmo tamb m estando pr ximo a
18. 7 If the solo flute and the hunting horn reflected the pastoral soundscape the orchestra reflects the thicker densities of the city life The orchestra was then an idealization of the aspirations of the nineteenth century model which the industrialist kings tried to emulate in their factory routines 79 This blurring of the edges between music and environmental sounds may eventually prove to be the most striking features of all twentieth century music 69 absoluta ou at a program tica relativa a outras pocas do contexto sonoro presente Se h um problema de poluic o sonora no mundo de hoje sem d vida em grande parte devido ao fato de que os educadores musicais n o conseguiram passar ao p blico a consci ncia total da paisagem sonora que desde 1913 deixou de ser divis vel em reinos musical e n o musical SCHAFER 1976 p 111 Talvez a separa o entre os reinos musical e n o musical se deu devido a certa competi o entre a m sica cl ssica e as novas tecnologias Como observa o autor apesar do poder musical inquestion vel de uma orquestra o amplificador consegue ser superior em pot ncia Assim como a Revolu o El trica estendeu o motivo de poder imperialista da Revolu o Industrial mas com maior finesse ent o o amplificador substituiu a orquestra como a grande arma para dominar o espa o ac stico SCHAFER 1976 p 114 Como resultado grandes compositores passaram a escrever m
19. _ I0 LI Tt IMPACTO DO RUIDO DA QUALIDADE URBANA Ambiente com dB Ambiente com gt dB o Alegre 14 100 Triste Seguro 19 100 Inseguro Organizado 100 Desorganizado 8 29 e 8 30 Tabela e Gr fico Resultante do Impacto do ru do na Percep o da Qualidade Urbana FONTE Arquivo Pessoal 277 gt Bauteno 1 gt 8 31 Tabela do Aumento Percentual dos ndices de Avalia o dos Par metros Urbanos conforme Aumento do N vel de Ru do Observado FONTE Arquivo Pessoal Outra metodologia para verificar estatisticamente essa varia o da classifica o dos par metros de qualidade urbana atrav s do c lculo de um ndice que a diferen a entre a porcentagem de classifica es positivas e as negativas Em seguida se calcula o aumento percentual deste ndice com demonstrado na ltima tabela Os resultados novamente comprovam a rela o da percep o da qualidade urbana com o aumento da intensidade do som 8 5 INDICA ES PARA TRABALHOS FUTUROS Esta pesquisa buscou n o se ater a avalia es unilaterais ou seja somente feitas pelo pesquisador ou por medi es objetivas ou por avalia es de percep o com a popula o A proposta foi come ar a esbo ar uma metodologia integrada de avaliar o impacto da paisagem sonora na popula o e na cidade Por m muitos outros estudos sobre
20. agita o com 29 496 que pode ser um aspecto ruim mas depende muito do uso da localidade Na verdade considerando a rua em quest o com seu uso comercial forte e sua consolida o como um eixo de transporte p blico metropolitano se fosse muito calma resultaria no fracasso das atividades O terceiro pior aspecto foi o artificial com 11 1 ou seja a baixa quantidade de vegeta o urbana item que s se mostrou melhor na avalia o no ponto pr ximo a pra a Benedito Calixto A caracter stica desorganiza o aparece em quarto lugar como 5 9 das reclama es um aspecto frequente da cidade de S o Paulo 263 Do total quantos qualificaram o trecho urbano como positivo Positivo 177 Negativo 23 Do total dos par metros de qualidade urbana 9 itens x 200 entrevistas 71 800 quantos positivos E Positivos 1 272 Negativos 528 264 Quais os par metros mais negativos do trecho urbano 8 1 Barulho 193 59 17 0 2 Agita o 155 3 Artificial 59 4 Desorganiza o 31 5 Outros 90 8 14 a 8 16 Gr ficos de Avalia o da Qualidade Ambiental Urbana FONTE Arquivo Pessoal A pr xima etapa foi analisar diretamente a quest o da percep o da polui o sonora O total de entrevistados foi dividido em acostumados ou n o ao ru do seguindo o pressuposto que quem considera que vive em um local silencioso n o est acostumado a sons intensos Como j
21. bastante significativa o que contribui para a absor o e dispers o de pequena parte da polui o sonora 158 Foi elaborado tamb m um mapa dos edif cios em altura Estes foram destacados em amarelo porque configuram grandes barreiras para a dispers o sonora O n mero presente em cada volume o n mero de pavimentos que este apresenta poss vel verificar que os edif cios voltados para a rua Teodoro Sampaio normalmente verticalizados mas os residenciais logo em seguida s o o que tanto aprisiona os ru dos produzidos na rua em quest o amplificando seu impacto devido a reverbera o urbana quando impacta os edif cios residenciais que s o acessados pelas ruas transversais Todas as fontes de ru dos que pode se enxergar do apartamento atingem o mesmo ou seja se pode se ver a Teodoro de certo apartamento este est recebendo os seus ru dos Por isso que apartamentos em andares mais altos costumam ser mais impactados pela polui o sonora urbana Como era de interesse desta pesquisa um dos mapas identifica o local das lojas de m sica Apesar do senso comum acreditar que o com rcio especializado em instrumentos musicais se estende por todo o trecho o mapa mostra que apenas se concentra entre as ruas Jo o Moura e Alves Guimar es Este levantamento foi fundamental para determinar um dos pontos da avalia o qualitativa um vez que a proposta tamb m era avaliar se a popula o ainda consegue perce
22. es Dia da semana 96 Em cada um dos pontos de medi o quantas vezes a paisagem sonora foi classificada de forma negativa 3 Capote ERE 4 Eneas mm Negativa 2 Cristiano 1 Benedito SEE 8 21 a 8 24 Gr ficos de An lise das Rela es Comparativas FONTE Arquivo Pessoal 272 Do total do ponto da Praca Benedito Calixto quantos avaliaram o local alegre a paisagem sonora como positiva o verde como positivo e escutaram p ssaros 5096 Som Positivo 2 rf Escutaram P ssaros 60 Verde S bado E 3 Semana Alegria 096 2096 40 60 80 100 Do total do ponto da rua Cristiano Vianna com rcio especializado quantos avaliaram o local alegre o com rcio como similar a paisagem sonora como positiva e escutaram a m sica by Som Positivo Escutaram M sica S bado Com rcio Similar Semana Alegria 0 0 20 0 40 0 60 0 80 0 100 0 8 25 e 8 26 Gr ficos de Caracteriza o de Pontos Urbanos Diferenciados FONTE Arquivo Pessoal 273 8 4 CONCLUS ES FINAIS As diferentes formas de avalia o da paisagem sonora tanto quantitativas quanto qualitativas foram aplicadas no estudo de caso que a rua Teodoro Sampaio em S o Paulo e seus resultados foram anteriormente avaliados de forma independente Agora a proposta da conclus o final estabelecer rela es entre os resultados das formas de
23. o estat stica anual Localiza o Tipos de Fontes Sonoras Regimes de Labora o Identifica o de fontes de ru do Caracteriza o ac stica das fontes de ru do Dados existentes unidade fabricante bases de dados medi es in loco de m quinas Localizac o Dimens es Planta Baixa Cotas de soleira e topo altura Uso Sensibilidade ao ru do Coeficiente de absor o da fachada Para a organiza o dos dados de entrada preciso fazer uma investiga o minuciosa de todos as fontes de ru do em meio urbano Muitas vezes certas 132 informa es s o sigilosas como por exemplo no caso do tr fego a reo por motivos de seguran a Quanto mais informa es precisas forem inseridas no software mais fiel a realidade o Mapa de Ru do ser Por m mesmo sem alguns dados poss vel gerar o mapa colocando valores aproximados que podem posteriormente passar por uma revis o Portanto um Mapa de Ru do uma constru o cont nua assim como o desenvolvimento da cidade e por isso necessita de constante atualiza o Quando a base 3D do trecho urbano est finalizada deve se definir os par metros de c lculo PAR METROS DE C LCULO Malha de pontos de c lculo n x m metros Normalmente Desde 1x1 m at 100 a 100 m Efetuar estudo de otimizac o pr vio Definir a altura de avalia o 4m do solo usado na Europa Dist ncia fonte receptor at 2 000 metros Orde
24. 0 A M a Sports field 7 Rio Sports field Autoestrada 4 6 Prote o ac stica por distanciamento FONTE FDTE Poli Integra 2012 114 4 2 6 REVERBERA O URBANA DESFILADEIROS URBANOS A reverberac o urbana uma problem tica das cidades contempor neas como j mencionado S o muitas superf cies isolantes para in meras fontes de ru do intensas Todas as edifica es querem possibilitar o acesso r pido aos eixos de transporte e por isso se implantam pr ximos destes que s o sempre fontes de ru do impactantes Por m as cidades no s culo XX permitiam distanciamentos da rua ainda menores que formavam os chamados Desfiladeiros Urbanos segundo Bistafa ou seja configuravam o perfil U da imagem abaixo O n mero de fontes de ru do era menor e a popula o ainda desejava ficar pr xima das ruas que eram locais para socializa o xx ERA y wi Perfil em L 4 7 Reverberac o urbana FONTE Geros Arquitetura O perfil em L apesar de menos agressivo tamb m um problema porque gera a reverbera o na fachada conforme o formato e posicionamento do edif cio no lote Atualmente os recuos das calgadas exigidos por lei por m s o muitas vezes insuficientes considerando o porte da via Para evitar tal situa o deve se sempre optar por uma veda o isolante por m com um acabamento externo absorvedor que ajuda a atenuar as sucess
25. 2001 Minuta da Proposta de Resolu o SMA SP de Regulamenta o de Controle de Ru do de Rodovias Vers o 1 10 2001 1994 Lei No11501 de 11 de abril de 1994 Disp e sobre o controle e a fiscaliza o das atividades que gerem polui o sonora imp e penalidades e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia COST Cost European Cooperation in Science and Technology 2012 Disponivel em lt http www cost esf org about cost Acesso em 24 2012 COST TD 0804 Memorandum of Understanding Soundscape of European Cities and Landscapes 2011 Disponivel em lt http soundscape cost org documents MoU full pdf gt Acesso em 02 nov 2011 DE MARCO Conrado Silva Elementos da Ac stica Arquitet nica S o Paulo Editora Nobel 1982 Destaque para exemplo de caso 4 quest o de ru do urbano p 219 DEL CARLO U Ru do urbano Entrevista a R dio USP Dispon vel em http www canalciencia ibict br memoria index php gt Acesso em 12 nov 2006 DEL CARLO Ualfrido Ru do urbano Tese de livre doc ncia FAUUSP 1989 D KMECI P N KANG J JOHNSON N Indoor soundscaping of different public spaces analysis on sound environment architecture and function Forum Acusticum 2011 Aalborg Dinamarca s n 2011 DOELLE Leslie L Environmental Acoustics McGraw Hill Company New York 1972 246pp 295 ECAC European Civil Aviation Conference Document 29 Report on Stand
26. Ao se avaliar uma paisagem sonora pode se compreender culturalmente uma sociedade Por m muito dif cil retratar uma express o sonora exata de mesma ou seja muito dif cil descrever todos os sons presentes no cotidiano da uma cidade Na l ngua inglesa o conceito de paisagem sonora chamado de soundscape que se relaciona palavra landscape que significa a paisagem na sua compreens o visual O autor defende que a paisagem visual muito mais f cil de se reter uma vez que n o existe nada na ac stica que corresponda a impress o instant nea que uma fotografia capaz de produzir Por m o som impressiona mais afinal a vis o se relaciona com nossa raz o enquanto a audi o nos sensibiliza emocionalmente Quando se estuda o ambiente sonoro s o necess rias diferentes amostragens dos eventos sonoros para se definir um contexto ou seja s o necess rias diversas percep es de sons moment neos em diferentes hor rios para se compreender como os sons acontecem em determinado local O evento sonoro exatamente um som moment neo Como define Schafer a paisagem sonora consiste em eventos que s o escutados e n o objetos vistos SCHAFER 1977 p 8 e por esta raz o ha dificuldade de apresentar um cen rio nico representativo Com estas coloca es cabe avaliar quais formas utilizar como meio de colaborar para a caracteriza o de uma paisagem sonora Tamb m dif cil recorrer perspectiva hist r
27. deve ser calculado pela express o 10log 210 n onde L o n vel de press o sonora em dB A lido em resposta r pida fast a cada 5 s durante o tempo de medi o do ru do n o n mero total de leituras 7 10 Anexo 2 NBR 10 151 FONTE ABNT 2000 Para facilitar as tabelas apresentadas foram feitas no Excel que j faz o c lculo automaticamente s entrar com os valores registrados em campo Mas esta norma passa atualmente por revis o que passar a permitir o uso de equipamentos que j n o fa am o c lculo automaticamente para evitar erros humanos 210 MEDI O DIA DE SEMANA 1 Esquina com Benedito Calixto Leq 74 8 dBA Lpico 97 dBA Standard HD600 RealTime Graph 130 0 117 0 104 0 91 0 78 0 650 52 0 39 0 26 0 0 0 11 11 07 11 12 15 11 13 23 11 14 32 11 15 41 11 16 50 Start Time 28 11 2013 11 11 07 Maxnum 97 00 28 11 2013 11 12 30 Minnum 60 90 28 11 2013 11 15 07 Sample Rate 1 00 Average 70 69 PLANILHA DE C LCULO DE Leq Medi o Objetiva Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Pra a Benedito Calixto o 2 z z 211 2 Esquina com Rua Cristiano Vianna Leq 82 dBA Lpico 93 5 dBA Standard HD600 RealTime Graph 130 0 117 0 91 0 78 0 65 0 52 0 39 0 26 0 0 0 11 11 07 11 12 24 11 13 42 11 15 00 11 16 18 11 17 36 Start Time 28 11 2013 11 11 07 Maxnum 93 50 28
28. era de se esperar em uma grande metr pole como S o Paulo 95 das pessoas est o acostumadas o ru do como demonstra o gr fico 8 17 Por m acreditava se que os acostumados iriam criticar menos a polui o sonora e foi demonstrado justamente o contr rio que o costume ao ru do n o impede a perturba o informa o dada pelo gr fico 8 18 afinal 99 5 dos acostumados classificaram a paisagem sonora como negativa Agora dos n o acostumados ao ru do que deveriam em tese reclamar mais da polui o sonora estes aparecem menos perturbados pela paisagem sonora urbana Estes resultados iam contra ao que de in cio de imaginava Dos n o acostumados 60 classificaram a paisagem sonora como positiva grupo que representa 3 da amostragem total Seguindo com a pesquisa percebe se que este grupo que se diz n o acostumado ao ru do porque vive em um local silencioso na verdade apresenta perda na percep o auditiva e 265 portanto n o perceber a intensidade dos ru dos onde vive e muito menos se diz incomodado com a polui o sonora na rua Teodoro Sampaio Para comprovar esta teoria pesquisa se a porcentagem da popula o brasileira com danos auditivos para comparar com os resultados obtidos nesta avalia o qualitativa Segundo o IBGE 2000 4 6 milh es tem problemas auditivos considerando o total de 170 milh es de habitantes do Brasil no ano de 2000 o que representa 2 7 da popula o Segundo
29. esfera de maior inteira o p blica condicionada pelos ritmos e pela 195 Sound explicitly brings bodies together 1 Sound creates a relational geography that is most often emotional contentious fluid and which stimulates a form of knowledge that moves in and out of the body 83 mobilidade de estar em movimento LABELLE 2010 p 87 A cal ada um local que permite o contato p blico pr ximo a prote o da resid ncia ou seja um espa o p blico mais ntimo ao morador Na cidade de S o Paulo os moradores costumam manter as cal adas em frente de seus im veis uma forma de apropria o diferente do que ocorre com pra as e parques Ao mesmo tempo a cal ada um retrato do movimento da cidade como observa o autor Na cal ada encontramos o ir e vir dos outros Neste sentido a cal ada uma fase vol til onde o corpo individual d um passo e depois outro para finalmente negociar os movimentos com os outros quando o transporte passa LABELLE 2010 p 87 O movimento na cal ada varia conforme o porte da cidade Em um metr pole como S o Paulo em algumas vias arteriais com a avenida Paulista o movimento de pedestres constante e fren tico O autor defende que o andar do pedestre gera ru dos caracter sticos em seu movimento linear de deslocamento nos eventos como paradas para conversar ou pegar o nibus nos desvios de objetos e outros Homens nas travessias na faixa ou at nas
30. poss vel que naturalmente os ru dos se tornem mais brandos devido a Era informacional At agora este fato n o se verifica exatamente o contr rio a consolida o de um espa o urbano muito hostil ao usu rio Apesar da qualidade da pesquisa faltou a discuss o do uso de mapas de ru do para a avalia o futura da efic cia de barreiras ac sticas Atualmente poss vel atrav s da utiliza o dos softwares fazer previs es da qualidade ac stica de um edif cio em fase de projeto e se esse necessitar j fazer a simula o com a barreira ac stica pr xima comprovando assim seu prop sito A segunda disserta o analisada chamada Din mica Urbana na cidade de S o Paulo o desafio do desenho das solu es ac sticas do autor Jos Ov dio Peres Ramos Esta foi defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo em 2007 sendo que o orientador foi o professor Dr Ualfrido Del Carlo Esta pesquisa come a explicando sobre a problem tica da polui o sonora no s culo XXI chegando at o transporte p blico na regi o metropolitana de S o Paulo Em seguida faz explica es te ricas sobre a propaga o sonora no meio urbano e tamb m comenta sobre as legisla es brasileiras e internacionais O trabalho utiliza um estudo de caso como campo exerimental que o entorno do T nel Sebasti o Camargo em S o Paulo Segundo Ramos O objetivo da pesquisa foi definir o comp
31. Al m disso no interior do autom vel poss vel escolher trilha sonora do seu percurso pela cidade evitando os sons da mesma as condi es experimentais do carro e sua tecnologia sonora relacionada literalmente levam o ouvinte para al m da realidade concreta da cal ada substituindo a experi ncia ac stica de ouvir o ambiente exterior pela constru o de um recinto auditivo fechado LABELLE 2010 p 133 3 3 1 VIBRA ES INEVIT VEIS 138 The street is in effect noise s greatest partner A site for the generative mixing and intermixing of disparity and difference of interference the street is an acoustical instrument for the propagation and diffusion of multiple sonorities which the city itself comes to feedback 39 In contrast to the walker on the sidewalk the street propels the flight of the imagination and literally empowers the self with the roar of an engine 40 take hold of the street while behind the wheel is to stake out a form of occupation as well as to sense the mysterious tangibility of freedom experimental conditions of the car and its related sonic technology literally drive a listener beyond the concrete reality of sidewalk replacing the acoustical experience of hearing the immediate environment with the construction of an auditory enclosure 97 Al m dos sons da cidade o autor ressalta a influ ncia das vibra es sens veis produzidas por ondas sonoras n
32. Homem O grau de irritabilidade depende da rela o entre a mente do ouvinte e o meio exterior e portanto de aspectos psicol gicos fisiol gicos culturais da personalidade e da pr pria atividade que busca realizar O grau de perturba o est em fun o da maior ou menor facilidade em desempenhar uma determinada tarefa O processo de aten o humana 118 desordenado pelo ru do que perturba a e recebimento de informa es do meio Alguns te ricos acreditam que quanto mais vari vel intermitente e irregular maior o inc modo devido a capacidade do Homem de se acostumar com uma situa o mais constante Por m outros acreditam como j mencionado que o ru do constante de uma m quina por ser artificial mais perturbador Na verdade o grau de inc modo depende de diversos fatores por isso que a an lise sempre deve especifica de uma fonte sonora Raramente nos queixamos de um ru do que n s mesmos fizemos ou seja n o est diretamente relacionado com atividade isoladas mas com o contexto global Quando um ru do produzido por uma fonte desconhecida ou que se move quanto menos seguro se est da posi o da fonte mais incomodo gera Por esta raz o que apesar do Homem ser mais sens vel a sons agudos os sons graves pouco direcionais perturbam muito tamb m Uma consequ ncia f sica da intensidade do ru do Mascaramento residual que em audiologia chamado de pe
33. Musical Flauta interrompidas ativo de passos Bach induz a agrad vel de frequ ncias inconstantes sentar e escutar bonito inconstantes contorno sons quase mel dico sons puros com a puros alto presen a at de registro harm nicos moderadamente variando entre alto 500 a 2 000 Hz 60 dB Aparentemente n o h problemas com estes exemplos apresentados que apesar de bem diferentes tem simbologias bem diretas Mas a subjetividade da compreens o do som pode resultar em diferentes significados para um mesmo evento EVENTO AC STICA PSICOACUSTICA SEM NTICA EST TICA SONORO Buzina do Constante VARI VEL Saia do meu Perturbador Carro relacional caminho desagrad vel frequ ncia predominante de 512 Hz 90 dB Acabei de me Festivo casar Excitante Ou at dois sons com caracter sticas f sicas muito diferentes podem ter o mesmo significado e gerar sentimentos iguais 127 EVENTO AC STICA PSICOACUSTICA SEM NTICA EST TICA SONORO Eu digo Meu bar tono VARI VEL Pierre Amizade Pierre cumprimentado como vai Margaret diz Contralto de Pierre Amizade Bom dia Margaret cumprimentado Pierre Ou dois sons fisicamente similares que parecem at id nticos para a percep o humana podem ter significados e causar sentimento diferentes dependendo do contexto como mostra a tabela abaixo
34. apresentando um leque amplo de f rmulas matem ticas tabelas e gr ficos explicativos Na introdu o h o texto Ill chamado Ru do e urbanismo que aborda quest es da ac stica urbana Este apresenta a problem tica como causa do progresso da Era da m quina e d nfase para o ru do de tr fego Esta obra mais voltada para o estudo da ac stica em recintos fechados por m no cap tulo 1 Problemas ac sticos o autor levanta quest es fundamentais para a an lise de ru dos urbanos por exemplo que rg o regulamenta a compet ncia urbana ou comunit ria e quais as normatiza es para o conforto comunit rio em geral O terceiro livro t cnico aqui apresentado o Fundamentos de ac stica ambiental do autor engenheiro mec nico Eduardo Murgel Este especialista em ru do e polui o do ar com vasta experi ncia iniciada na CETESB em 1983 Este difere dos anteriores porque busca abordar de forma direta a ac stica urbana com nfase na polui o sonora Por m a obra n o conseguiu ir al m do que j foi publicado sobre o assunto uma vez que priorizou assuntos b sicos como conceitos de ac stica e efeitos do ru do que j foram amplamente discutidos No pref cio escrito pelo professor vila Coimbra este romantiza Este livro que tem ra zes na f sica e desemboca no fator humano toma o fio condutor da Ac stica para guiar o leitor atrav s do universo complexo de sons e ru
35. automobile that muffed the voices of the street cries The study of noise legislation is interesting not because anything is ever accomplished by it rather because it provides us with a concrete register of acoustic phobias and nuisances Changes in legislation give us clues to changing social attitudes and perceptions and these are important for the accurate treatment of sound symbolism 54 n vel de decibels m ximos para todos os sons SCHAFER 1976 p 67 Este o caso exato da atual legisla o brasileira NBR 10 151 e 10 152 que estabelece apenas ru dos m ximos aceit veis para os ambientes dependendo do seu uso Mas n o determina por exemplo tempos de reverbera o timos para cada tipo de ambiente o que seria uma indica o n o s da preocupa o com os n veis de intensidade mas com a qualidade sonora obtida em espa os internos 2 2 SONS TECNOL GICOS O grande marco para o in cio da mudan a da paisagem sonora mundial foi a Revolu o Industrial como j mencionado anteriormente V rios novos ru dos foram inseridos no dia a dia da popula o e como explica Schafer a Revolu o Industrial introduziu uma infinidade de novos sons com consequ ncias infelizes para muitos dos sons naturais e humanos que estes tendem a obscurecer SCHAFER 1976 p 71 Os ru dos produzidos pelas m quinas come am a se sobressair aos sons naturais e a paisagem sonora se torna cada vez mais artificial De uma
36. como o caso do trecho da rua pr ximo ao Hospital das Cl nicas Al m disso pontuou se sons distrativos e de baixa informa o Neste caso seria poss vel levantar diversos muito provenientes do ru do de tr fego Mas optou se aqui por demonstrar onde est o os pontos de nibus que s o locais com diversas fontes de ru do que contribuem para a polui o sonora as frenagens dos nibus a acelera o em uma rua em aclive acentuado aglomerado de pessoas no ponto de nibus o movimento das pessoas de entrar e sair buzinas frequentes entre outros E os pontos de nibus pontuam todo o eixo escolhido como estudo de caso e at caracterizam o mesmo Ningu m pode imaginar a rua Teodoro Sampaio sem a circula o de nibus 192 Mapa de Eventos Sonoros Il busca pontuar os locais de principal ocorr ncia dos elementos da paisagem sonora definidos pelo autor Murray Schafer em 1977 Segundo sua defini o s o estabelecidos quatro elementos fundamentais 1 Tons Principais Keynote Sounds Som onipresente Passa desapercebido Ru do de fundo ouvido de forma consciente Tem influ ncia profunda no comportamento humano Os sons naturais tamb m comp em os tons principais 2 Alertas Sonoros Signals Ouvido conscientemente com compreens o mais imediata Podem conter s mbolos 3 Marcos Sonoros Soundmarks Som com qualidades especiais e nicas que caracterizam uma comunidade
37. e como consequ ncia atrair a aten o resultando em um potencial para uni o M sica de rua costuma atrair a aten o dos pedestres resultando em uma aglomera o Outro sinal sonoro posterior mas de fundamental import ncia foi a torre do rel gio A edifica o j se configurava com um marco na cidade e os ru dos ditavam o ritmo da vida como descreve o autor Foi durante o s culo XIV que o sino da igreja foi comparado com uma inven o t cnica de grande import ncia para a civiliza o europ ia o rel gio mec nico Juntos eles tornaram se os sinais mais incontorn veis da paisagem sonora pois como o sino da igreja e com pontualidade cada vez mais valorizada o rel gio mede a passagem do tempo de forma aud vel SCHAFER 1976 p 55 32 The most salient sound signal in the Christian community is the church bell In a very real sense it defines the community for the parish is an acoustic space circumscribed by the range of the church bell The church bell is a centripetal sound it attracts and unifies the community in a social sense just as it draws man and God together 33 It was during the fourteenth century that the church bell was wedded to a technical invention of great significance for European Civilization the mechanical clock Together they 51 Schafer acrescenta que os rel gios regulam os movimentos da cidade com imperiosidade militante SCHAFER 1976 p 56 Atualm
38. e Delimita o de reas de entretenimento e lazer 2 Informa es gerais e Dimens es das edifica es e demais constru es viadutos muros etc e Dados dos edif cios Cotas de soleira e de topo densidade populacional e Dados sobre barreiras ac sticas existentes Localiza o tipologia dimens es e Dados sobre os eixos vi rios e Rota das linhas a reas e Presen a de vegeta o e vazios urbanos e Condi es meteorol gicas Temperatura umidade ventos dire o e velocidade Primeiramente elaborado um modelo em 3 dimens es o mais pr ximo poss vel da realidade principalmente em rela o a topografia do terreno e a volumetria das edifica es Em seguidas todas as fontes de ru do devem ser identificadas e caracterizadas As diversas informa es ficam separadas por layers ou camadas que operam sobrepostas mas que podem ser ligadas ou desligadas quando necess rio Todas as curvas de n vel e demais tra ados com os das vias devem ser feitos com polylines e os edif cios devem ser constitu dos por pol gonos fechados Abaixo detalha se os dados de entrada necess rios para a elabora o do Mapa de Ru do principalmente relacionados ao tr fego uma das fontes de ru do mais impactantes em meio urbano BENTO COELHO 2012 TR FEGO RODOVI RIO 1 Dados relativos as vias Tipo de piso asfalto paralelep pedo etc 130 Largura n mero de faixas de rodagem p
39. fazem leituras apenas em dBA 279 ANEXO A CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO SOM a CARACTER STICAS DO SOM Primeiramente preciso definir o que o som e sua diferenca cl ssica do ru do Como observa Bistafa som a sensac o produzida no sistema auditivo e ru do um som sem harmonia em geral de conota o negativa Sons s o vibra es das mol culas do ar que se propagam a partir de estruturas vibrantes mas nem toda estrutura que vibra gera som BISTAFA 2006 p 5 As ondas sonoras podem acontecer de tr s formas segundo Valle Nos corpos s lidos sendo chamadas de vibra o no ar sendo chamadas de som e nos circuitos el tricos sendo chamadas de sinal de udio VALLE 2009 p 11 Nesta pesquisa busca se abordar todas estas formas de vibra o ac stica em meio urbano sempre relacionando com o impacto na qualidade de vida considerando a percep o da popula o N o h movimenta o final das part culas do ar ap s a transmiss o da onda sonora O impulso gerado pela fonte sonora provoca uma deforma o transit ria um movimento de vai e vem das mol culas com sucessivos per odos de compress o e distens o b FREQU NCIA DA ONDA SONORA O som se propaga em ondas que s o fen menos c clicos Seu percurso completo do valor de repouso at o valor m ximo positivo e depois at o valor m ximo negativo para novamente alcan ar o repouso chamado de Ciclo como demonstra a repr
40. o ser perguntado quais sons a pessoa escuta naquele momento Isto porque busca se saber se as pessoas conseguem perceber sons classificados como bons em meio urbano no caso no trecho da rua Teodoro Sampaio e com que frequ ncia 5 5 REPRESENTA ES GR FICAS DO SOM A polui o sonora uma problem tica evidente da cidade contempor nea H uma busca pela compreens o dos fen menos f sicos do som no meio urbano e uma tentativa de avaliar a polui o sonora Por m o resultado das avalia es muitas vezes muito t cnico tornando dif cil identificar os focos do problema e ainda propor solu es no mbito do planejamento urbano Por esta raz o que alguns pesquisadores buscam meios de apresentar o problema de ru do de atrav s de representa es gr ficas criativas que n o apresentam apenas resultados objetivos de n veis de intensidade em dB mas que tamb m indicam a percep o sonora no espa o 140 Estas formas de representa o s o um timo meio de avaliar uma paisagem sonora Por serem mais ilustrativas basta uma visualiza o para perceber o contexto sonoro de certo trecho da cidade Objetiva se aqui demonstrar alguns exemplos gr ficos relevantes O primeiro mapa abaixo indica apenas dados objetivos mas explora uma linguagem gr fica diferente que facilita a compreens o No centro de cada c rculo est o valor obtido com o son metro em campo E cada anel sucessivo representa um decibel adicion
41. o aud veis na qualidade de vida do Homem Como observa LaBelle os movimentos do som como uma envolvente ac stica existem tamb m abaixo da linha de audibilidade sob a forma de vibra es Som e vibra o est o intimamente ligados formando uma parceria que estende a onda no ar para o mundo material como atritos e sensa o t til LABELLE 2010 p 134 Uma vez que o corpo sempre est em contato com alguma superf cie normalmente apoiado no solo as vibrac es podem constantemente impactar de forma inconsciente como diz o autor O que eu estou procurando aqui s o formas de impedimento sensorial que operaram abaixo da linha da consci ncia como na audibilidade desde o ventre para os movimentos do corpo e fala e ainda a sensac o fundamental no corpo de estar em contato com o ch o onde os passos pelas avenidas e vielas ao longo de escadas atapetadas ou em pisos de madeira consolida a primeira forma de alinhamento real entre corpo e espa o LABELLE 2010 p 136 Uma forma essencial de conex o do corpo com o o contato com superf cies diversas Sempre deve se analisar o tipo de material no qual se pisa ou ap ia que pode transmitir mais facilmente as vibra es sonoras dependendo da frequ ncia predominante Os materiais possuem uma frequ ncia natural de vibra o que normalmente um valor baixo para materiais r gidos como o concreto em torno de 60 Hz Quando a frequ ncia 142 yet
42. parece sempre estar parada diversas pessoas esperando nas paradas de nibus que chegam a obstruir as cal adas o tr nsito veicular sempre muito congestionado com faixas de rodagem t o estreitas que os carros come am a se entrela ar Para atrapalhar o fluxo vi rio j complicado poss vel verificar o comportamento cultural dos pedestres de atravessar a rua fora da faixa aumentando os riscos de atropelamento e ainda resultando 170 no aumento dos ru dos urbanos com o uso excessivo de buzinas Na verdade sempre que se quebra regras culturais estabelecidas a tend ncia aumentar os ru dos urbanos O uso das calcadas diverso e o fluxo de pedestres intenso mas tamb m para sentar em bancos ou at mesmo em mesinhas de bares para tomar cerveja As vezes as calcadas funcionam como dep sito de lixo e at atrapalham a passagem Um caso particular da rua Teodoro Sampaio o com rcio de instrumentos musicais Este com rcio especializado gera impactos no espa o p blico uma vez que a m sica se espalha pela rua e diversos pedestres param para apreciar Muitos m sicos tocam nas ruas as vezes sentados nas cal adas Estes sons bons podem acontecer como uma gentileza urbana que alegra por instantes a vida de quem passa Mas h controv rsias como coloca o autor Murray Schafer M sica de rua era um assunto de constante controv rsia Intelectuais ficavam irritados com esta M sicos s rios
43. realmente abaixar os n veis de intensidade sonora ou ao dispersar o som e evitar amplifica es sonoras por reverbera o O poder de dissimular sons entrar no campo na psicoac stica por m tamb m uma a o fundamental Agora a vegeta o n o absorver baixas frequ ncias uma desvantagem porque muitas fontes de ru do urbana incluindo as principais como a acelera o do nibus s o graves Portanto as reas verdes s o regi es absorvedoras devido ao solo perme vel e da vegeta o mais intensa A vegeta o n o deve ser utilizada para barrar ou isolar ru dos urbanos mas pode absorver parte destes e diminuir o n vel de intensidade sonora produzido na rua Ou seja a rua Teodoro Sampaio encontra na pra a Benedito Calixto e na regi o do Hospital das Cl nicas escapes para a dispers o sonora devido a aus ncia de barreiras r gidas e para melhorar s o regi es verdes absorvedoras que reduzem a polui o sonora al m de evitarem poss veis fatos de reverbera o 196 ES MAPA DE EVENTOS SONOROS I SOdiLINDAV SNOS SONONOS e SOHONOS e SOHONOS SOLNIAI E SIVENLVN SNOS C de eiie cy 5 P VAN YA SOHONOS SIdVISI 4 SVHOQ3AHOS8V 5301038 VION3HNOOO e SOHONOS SOLNIAI
44. sicas mais leves voltadas para a transmiss o pelo radio e para serem tocadas no ambiente exterior utilizando amplificadores Este fato pode ser considerado uma grande perda da a musica cl ssica por m foi uma consequ ncia direta da possibilidade de amplia o do espa o ac stico E este fen meno de certa forma continua a medida que as m sicas populares s o cada vez mais simples com o intuito de atingir e sensibilizar uma maior popula o 80 If there is a noise pollution problem in the world today it is certainly partly and maybe largely owing to the fact that music educators have failed to give the public a total schooling in soundscape awareness which has since 1913 ceased to be divisible into musical and nonmusical kingdoms 81 Just as the Electric Revolution extended the imperialistic power motive of the Industrial Revolution but with greater finesse so the amplifier replaced the orchestra as the ultimate weapon for dominating acoustic place 70 Na m sica popular atual al m da simplicidade harm nica os jovens est o cada vez mais interessados em sons de baixa frequ ncia Como coloca Schafer Se lembrarmos os efeitos vibrat rios da alta intensidade o ru do de baixa frequ ncia que tem o poder de tocar o ouvinte foi experimentado primeiramente com o trov o em seguida na igreja onde o som do rg o tinha feito a bancos oscilares sob os crist os e finalmente havia sido transferido para as
45. tico CARVALHO 2006 poss vel notar a diferen a de enfoque do livro que com a explica o dos casos pr ticos torna o conhecimento t cnico mais acess vel 16 O Exemplo de Caso 4 como o autor nomeia aborda a Quest o do ru do urbano a ser constru do Este cita a NBR 10 151 e analisa o impacto de uma fonte geradora de ru do no caso uma m quina nas edificac es do entorno A proposta projeto de um inv lucro para a m quina tratando assim o ru do na fonte Este apresenta imagens 30 do projeto plantas cortes assim como planilhas gerais de verifica o de absor o ac stica final ou seja ap s o tratamento realizado Outra obra relevante a Ac stica Quest o Ambiental Akkerman Projetos Ac sticos da autora Evelise Grunow que desde 2001 escreve mat rias na revista Projeto Design com enfoque na produ o atual brasileira e tamb m autora de outros livros como por exemplo o sobre o designer de mobili rio Hugo Fran a Este livro escrito com base em projetos realizados pelo escrit rio de ac stica Akkerman Projetos sendo que o fundador Schaia Akkerman um dos pioneiros em projetos ac sticos no Brasil Tamb m um livro de demonstra o te rica com base em estudos de caso Na verdade esta obra quase inteiramente composta por exemplos de projetos ac sticos Entre os cases relevantes ao tema deste trabalho est o Hipermercado Extra Sorocaba e Prote o ac s
46. 11 2013 11 11 38 Minnum 64 70 28 11 2013 11 14 49 Sample Rate 1 00 Average 72 99 PLANILHA DE C LCULO DE Lec Medi o Objetiva Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Rua Cristiano Vianna TEMPO EM SEGUNDOS 20 25 T 39 o z z 212 3 Esquina com Rua Capote Valente Leq 78 4 dBA Lpico 94 9 dBA 130 0 117 0 91 0 78 0 65 0 52 0 39 0 26 0 0 0 11 11 07 Start Time Maxnum Minnum Sample Rate 1 00 Average o 2 z z Standard HD600 RealTime Graph 11 12 35 11 14 04 11 15 32 11 17 01 11 18 30 28 11 2013 11 11 07 94 90 28 11 2013 11 15 49 62 80 28 11 2013 11 16 49 PLANILHA DE C LCULO DE Leq Medi o Objetiva Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Rua Capote Valente ora Dia da Semana 11h TEMPO EM SEGUNDOS DER 213 4 Esquina com a Av Dr Eneas Aguiar Leg 75 dBA Lpico 90 3 dBA Standard HD600 RealTime Graph 130 0 117 0 104 0 78 0 52 0 39 0 26 0 0 0 11 11 07 11 12 03 11 12 59 11 13 56 11 14 52 11 15 48 Start Time 28 11 2013 11 11 07 Maxnum 90 30 28 11 2013 11 14 10 Minnum 62 60 28 11 2013 11 13 28 Sample Rate 1 00 Average 70 63 PLANILHA DE C LCULO DE Leg Medi o Objetiva Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Av Dr Eneas Carvalho de Aguiar ora Dia da Semana 11h TEMPO EM SEGUNDOS AE ERI xime T 2 z z 7 11 a 7 14 Resul
47. 3 Everywhere Echoed 3 2 0 1 2 3 Deadly Far 3 2 0 2 3 Close Fast 3 2 0 I 2 3 Slow Gentle 3 2 0 I 2 3 Harsh Hard 3 2 0 1 2 3 Soft Interesting 3 2 0 1 2 3 Boring Like 3 2 0 1 2 3 Dislike Meaningful 3 2 0 1 2 3 Meaningless Natural 3 2 0 2 3 Artificial Pleasant 3 2 0 2 3 Unpleasant Quiet 3 2 0 I 2 3 Noisy Rough 3 2 0 I 2 3 Smooth Sharp 3 2 0 2 3 Flat Social 3 2 0 2 3 Unsocial Varied 3 2 0 2 3 Simple Beautiful 3 2 0 I 2 3 Ugly Bright 3 2 0 I 2 3 Dark Friendly 3 2 0 1 2 3 Unfriendly Happy 3 2 0 2 3 Sad High 3 2 0 1 2 3 Low Impure 3 2 0 1 2 3 Pure Light 3 2 0 2 3 Heavy Safe 3 2 0 1 2 3 Unsafe Steady 3 2 0 1 2 3 Unsteady Strong 3 2 0 1 2 3 Weak 5 5 Question rio de avalia o da paisagem sonora FONTE KANG 2007 p 85 A pesquisa utilizou 28 indicadores com uma escala bipolar de pontua o de varia o de 7 pontos que foram escolhidos com bases em outras pesquisas acad micas sobre paisagens sonoras Analisando os resultados da primeira etapa verificou se que alguns indicadores eram raramente avaliados ent o apenas 18 indicadores foram selecionado para aplica o na segunda etapa que est o em negrito na tabela acima 172 During the soundscape walk the subjects were asked to list the sounds they heard evaluate the overall soundscape as well as three main individual s
48. Ac stica amp Vibra es Florian polis n 18 17 28 1996 COMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES Future Noise Policy European Commission Green Paper Commission of the European Communities Brussels 1996 CONAMA Resolu o no 1 1990 Conselho Nacional do Meio Ambiente estabelece normas referente emiss o de ru dos Resolu o no2 1990 Conselho Nacional do Meio Ambiente institui o Programa Sil ncio 1990a Resolu o CONAMA N 001 90 8 de mar o de 1990 Disp e sobre a emiss o de ru dos em decorr ncia de quaisquer atividades industriais comerciais sociais ou recreativas inclusive as de propaganda pol tica Di rio Oficial da Uni o Bras lia 2 de abril de 1990 1990b Resolu o CONAMA N 002 8 de mar o de 1990 Institui Programa Nacional de Educa o e Controle da Polui o Sonora Sil ncio coordenado pelo IBAMA Di rio Oficial da Uni o Bras lia 2 de abril de 1990 1993a Resolu o CONAMA N 002 de 11 de fevereiro de 1993 Estabelece para motocicletas motonetas triciclos ciclomotores bicicletas com motor auxiliar e ve culos assemelhados nacionais e importados limites m ximos de ru do com o ve culo em acelera o e na condi o parado Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 1998 1993b Resolu o CONAMA N 001 de 11 de fevereiro de1993 Estabelece para ve culos automotores nacionais e importados exceto motocicletas motonetas triciclos ciclomo
49. Benedito Calixto com sua Feira de Antiguidades aos s bados quando tamb m acontece m sica na pra a principalmente chorinho e atrai um grande n mero de visitantes Este considerado um evento cultural e art stico famoso da cidade de S o Paulo e por isso apesar dos altos n veis de intensidade sonora atingidos um evento que deve ser preservado porque faz parte da hist ria da cidade Esta pra a tamb m o ponto de partida ou chagada de diversos blocos de carnaval de rua que percorrem a Vila Madalena Dentre os sons arqu tipos que remetem ao passado poss vel destacar tr s pontos de destaque primeiro a igreja do Calv rio na parte posterior da pra a Benedito Calixto com o badalar dos sinos e atividades das unidades da Universidade de S o Paulo que est o na regi o do Hospital das Cl nicas que a faculdade de Sa de P blica e a de Medicina As faculdades est o bem pr ximas a rua Teodoro Sampaio apesar do distanciamento proporcionado pelos jardins cercados Mas os edif cios s o hist ricos e a uso como universidade gera muita vida e sons como consequ ncia que acontecem a muitas d cadas da mesma forma A terceira forma de percep o da paisagem sonora para a elabora o do de eventos sonoros lll mais t cnica e objetiva na qual se observa a forma de dispers o do som neste trecho urbano A principal fonte de ru do evidentemente a pr pria rua Por m os sons produzidos n o con
50. Ie Sem Reverbera o Sem Reverberac o 5 1 Exemplos da definic o de um evento sonoro FONTE SCHAFER 1977 p 137 A partir deste levantamento inicial o autor prop em a realiza o de cart es para a descri o de um certo evento sonoro conforme a ilustra o abaixo Neste utiliza s mbolos que n o tem a inten o de serem an logos aos fen menos f sicos mas sim de facilitar o processo de compara o escription Duration ZU moderate stadi 0 moderate C long multiple CT continuous very high Frequency A gt lt high Mass midrange low very low steady state transient multiple transients rapid warble medium pulsation slow throb Fluctuations Grain very loud loud Dynamics moderately loud moderately soft soft very soft loud to soft soft to loud 4 Total Estimated Duration of Event gt Description of a sound event 5 2 Descri o de um evento sonoro FONTE SCHAFER 1977 p 136 123 A seguir a transforma o dos resultados obtidos no question rio inicial nos cart es descritivos propostos pelo autor Como diz Schafer O quadro que apresentamos aqui o que utilizamos para um dos sub projetos do World Soundscape Project um extenso cat logo de cart es com descri es de som a partir de documentos liter rios antropol gicos e hist ricos Os t tulos do cat logo s o arbitr rios e foram estabelec
51. RU DOS iolNoPedestres i capote teo honos 10h01 alcapotejteo oh32 sobras alcapotejteo 9832 alous Jon o 181 QUADRA RUA HOR RIO TEMPO N MERO RU DO A REO 1746 44414 RU DO TRAF GO al mbul ncia i cpote teo ums i mn apoia ijcapote teo i7 is 2 sjautom ve 1715 i min 232 ejvoo 1706 22 al nibus ijcapote teo i7is olBuzinas 17476 1 Lo To OUTROS RU DOS ii GrtosPedes ilcapote teo 174 i mn O i2 M sicaAka i capote teo 1704 i mn i3 atidoC o i capote teo 1704 i mn ol ia pass ros alcapotetoo 1704 isjobras 17 04 O i6 FogosArtfiio i capote teo 17404 O izjoures inoa li mn 182 QUADRA RUA HOR RIO TEMPO N MERO RU DO A REO 206 i mn 44414 RU DO TRAF GO alambul ncia i cpote teo O apoia slcapotefico 1 slautom vei 2117 i min am elmo 217 iomn 7 7 camimio
52. Relacionados com a cultura do local eventos frequentes de conhecimento p blico Segundo o autor devem ser protegidos 4 Sons Arqu tipos Archetypal Sounds Possuem certo simbolismo do passado Colaboram na compreens o de um cen rio Os tons principais n o foram pontuados porque estes configuram o ru do de fundo ou seja o n vel de intensidade sonora m nimo geral que se mant m quase sempre presente e com as mesmas caracter sticas ac sticas Este pode influenciar muito o comportamento humano as vezes at mais que sons impulsivos devido a sua perman ncia constante que de fato marca a paisagem sonora Por m dentro destes tamb m est o inclu dos os sons naturais que acontecem com maior frequ ncia nas reas verdes ou seja na pra a Benedito Calixto e na regi o do Hospital das Cl nicas onde pode se identificar por exemplo o canto de p ssaros o vento nas folhagens entre outros 193 J os alertas sonoros s o sons que ocorrem para chamar a aten o como por exemplo uma ambul ncia que inclusive bem frequente nesta rua Para este estudo por m demarcou se todos os sem foros que s o os locais de maior utiliza o da buzina que a fonte de alertas sonoros mais frequente no trecho Outro alerta sonoro importante devido ao seu impacto imediato o helic ptero e por isso que os heliportos que atendem a regi o tamb m est o destacados Como marcos sonoro poss vel identificar a Pra a
53. Teodoro Sampaio em S o Paulo SP Busca se levantar o m ximo de informa es para compreender o contexto urbano neste trecho da cidade pesquisa de conforma o hist rica imagens da utiliza o da via em outras pocas levantamentos fotogr ficos das diversas situa es do dia e da semana observa o do comportamento dos usu rios em espa o p blico Al m disso elabora se mapas da situa o atual demonstrando reas vazias mapa de usos com a presen a dos com rcios especializados posicionamento de equipamentos instalados no espa o p blico A proposta investigar ao m ximo todas as informa es n o relacionadas a ac stica antes de come ar a avalia o t cnica Ap s a precisa caracteriza o do contexto urbano poss vel iniciar a avalia o ac stica objetiva Primeiramente s o elaborados Mapas de eventos sonoros com base na observa o t cnica da ac stica do local Em seguida s o realizadas as medi es objetivas com son metros in loco que resultam em mapas de an lise dos n veis de intensidade do local considerando a mudan a de cen rio entre a semana e o s bado Quando o estudo objetivo estiver realizado pode se partir para a avalia o qualitativa como uma forma de complementa o Esta etapa envolve a avalia o da paisagem sonora com base em uma metodologia proposta no livro Urban Sound Enviroment do autor Jian Kang Essa se baseia na an lise dos registros de pessoas
54. a climate of political dissent To take to the streets or to seek to disrupt public space reveals the desire or necessity to interfere with established order Moments of social transformation bring the walking body into an extended breakdown of the official scripting pushing the instrumentality of locating oneself into an orchestration of larger aggression The syntactical interruptions of the individual walker on the sidewalk spill over into street action The geographic nesting of personal sound erupts into a collective voice or action shifting the acoustics of sidewalks into a dramatic noise 94 express o aos ritmos constantes do cotidiano bem como as intensidades transformadoras da agita o social LABELLE 2010 p 115 Em s ntese fundamental avaliar cada tipo de som da paisagem sonora antes de classific lo como indesej vel O autor aqui analisado n o acredita apenas em diminuir a intensidade dos ru dos j que estes s o os sintomas das qualidades e defeitos da sociedade E nenhum lugar melhor para gerar esse registro sonoro do que a cal ada que o local da liberdade Como diz o autor pesquisar procurar vaguear a caminhada a realiza o de um itiner rio Cal adas servem a esse processo como um espa o que permite a livre passagem um terreno para a expressividade encontrada no ato de caminhar LABELLE 2010 p 123 3 3 A RUA DO AUTOM VEL Buscou se tamb m apresentar as teorias de Brandon LaBelle s
55. a paisagem sonora como 98 2 de classifica es negativas do que as mulheres com 94 3 como mostra o gr fico 8 21 J em rela o a idade os menos tolerantes foram os adultos com 99 de avalia es negativas Os senhores foram os mais positivos uma vez que 8 3 das classifica es foram positivas E estes n o foram os mais positivos devido a problemas auditivos porque demonstrou se que a faixa et ria mais impactada por este problema s o os jovens mas sim por que normalmente as pessoas mais velhas acabam ficando mais conformistas ou at positivistas J os quase 4 dos jovens que classificaram a paisagem sonora como positiva podem englobar sim pessoas com danos auditivos como comprovou anteriormente o gr fico 8 13 Era de se esperar que no s bado as pessoas reclamassem menos do barulho afinal um dia mais voltado ao lazer entanto no dia da semana ocorre uma maior tens o relacionada ao deslocamento e responsabilidades da rotina de trabalho Por m na compara o entre o dia da semana e o s bado como mostra o gr fico 8 23 as classifica es negativas foram praticamente iguais nos dois cen rios Portanto conclui se que a atividade da popula o n o diminui a perturba o sonora Por outro lado as diferen as dos resultados entre os pontos de avalia o tamb m foram muito evidentes e interessantes quanto mais relevante o fator de distra o do cen rio urbano menos avalia es negativas foram registrada
56. a percep o do Homem do espa o constru do para atrair o interesse do projetista antes de verificar quest es matem ticas Deve se compreender a import ncia da paisagem sonora de uma cidade para seus habitantes antes de quantificar numericamente os n veis sonoros em excesso Dentre os livros t cnicos de ac stica de grande abrang ncia deve se citar Ac stica aplicada ao controle do ru do do engenheiro industrial mec nico Sylvio Reynaldo Bistafa Este uma esp cie de b blia da ac stica no qual aborda todos os principais fen menos f sicos e f rmulas matem ticas com nfase no controle de ru dos Esta obra traz uma vasta pesquisa sobre os conceitos da ac stica mas n o tem como objetivo central estabelecer um debate sobre a percep o sonora Como descreve o autor 11 O livro da rea de ac stica aplicada com foco no controle de ru do As grandezas ac sticas s o apresentadas de forma acess vel dispensando conhecimentos pr vios sobre o tema Os diversos assuntos s o desenvolvidos de forma did tica e articulados chegando a um tratamento razoavelmente em n vel de aplica es BISTAFA 2006 O intuito deste livro ser did tico e apresentar os c lculos de maneira acess vel Aborda todos os temas relevantes dentro da ac stica como por exemplo instrumenta o e medi es ac sticas sistema de audi o e processamento do som pelo sistema auditivo no es de psicoac stica propag
57. arquitet nico para contribuir ao bom isolamento sonoro dos edif cios MARCELO 2006 p 21 Al m de contribuir para o isolamento sonoro dos edif cios a barreira ac stica pode melhorar a qualidade ambiental e sonora em meio urbano evitando n veis de ru do muito excessivos A barreira n o precisa ser um elemento isolado pode ser parte da edifica o ou at uma conforma o topogr fica A pesquisa come a abordando a ac stica na cidade apresentando a evolu o da paisagem sonora e seu estado atual enfatizando a polui o 24 sonora Apresenta se tamb m um ensaio fotogr fico sobre as manifesta es populares atrav s do uso de cartazes contra o ru do de bares e boates no bairro da Vila Ol mpia em S o Paulo na figura 17 MARCELO 2006 p 63 O segundo cap tulo chama Ac stica Conceitual no qual a autora aborda os fen menos f sicos do som Poderia ter explorado ainda mais o impacto do som em ambiente urbano e n o apenas os fen menos f sicos isolados Na verdade o cap tulo n o se configura tanto como conceitual mas sim como uma base te rica matem tica para a compreenss o do tema Em seguida entra diretamente no tema das barreiras ac sticas primeiramente na cidade e depois na arquitetura Mas mesmo dentro da arquitetura n o apresentou estudos de caso optou por apresentar formas de melhorar a qualidade sonora das edifica es apenas ao considerar certos par metros no momento da concep
58. arquiteta L a Cristina Souza iii JUSTIFICATIVA Segundo a Organiza o Mundial de Sa de a polui o sonora hoje depois da polui o do ar e da gua o problema ambiental que afeta o maior n mero de pessoas LACERDA 2005 Em raz o da abrang ncia do problema necess rio pesquisar formas de avaliar corretamente as paisagens sonoras urbanas e tamb m estabelecer medidas para a amenizar a situa o j estabelecida de polui o sonora Controlar os n veis de intensidade sonora o primeiro passo para resgatar a percep o da popula o aos sons sutis Como mencionado anteriormente o polui o sonora se tornou mais evidente na cidade contempor nea A quest o da ac stica urbana passou a ter mais import ncia do que at ent o pois o n mero de fontes produtoras de ru do cada vez maior e as consequ ncias desses ru dos para o Homem s o cada vez mais prejudiciais SOUZA ALMEIDA BRAGAN A 2009 p 23 afirma Souza A autora acima citada ainda acrescenta que atualmente os ru dos s o objeto de crescente n mero de estudos uma vez que seus efeitos nocivos ao ser humano n o se limitam s les es do aparelho auditivo podendo causar efeitos tanto f sicos com psicol gicos SOUZA ALMEIDA BRAGAN A 2009 p 46 Os efeitos da polui o sonora s o mais f ceis de avaliar quando resultam em algum dano f sico ao Homem por m s acontece em casos extremos com n veis de intens
59. as cidades de forma abrangente com sons de baixa frequ ncia que s o mais dif ceis de isolar do interior das edifica es Atualmente necess rio tratar acusticamente tamb m a cobertura das constru es em raz o principalmente deste problema Apesar do evidente impacto destes ru dos as companhias a reas no Brasil n o tem nenhuma responsabilidade legal com a cidade ou pessoas fora de suas aeronaves As fontes de ru dos excessivos que s o lan ados em meio urbano n o s o punidos de forma eficiente As primeiras legisla es sobre o ru do visavam como coloca Schafer sobre a d cada de 1970 no Canad O que estamos testemunhando nas ltimas campanhas de redu o do ru do n o tanto uma tentativa de silenciar o mundo mas uma tentativa de arrancar o Ru do Sagrado da ind stria como um prel dio para a descoberta de um propriet rio mais confi vel para quem este poder pode ser herdado SCHAFER 1976 p 87 Deve se verificar se poss vel neste atual meio urbano t o congestionado sonoramente que algum som se destaque em intensidade para ser 65 As every home and office is gradually being situated along the world runway the aviation industry perhaps more effectively than any other is destroying the words peace and quiet in every world language For noise in the sky is distinguished radically from all other forms of noise in that it is not localized or contained 6 What we are witnessing in t
60. avalia o com o intuito de caracterizar a paisagem sonora do local de forma diversificada e abrangente O questionamento central desta pesquisa A percep o da qualidade urbana impactada pela quantidade de som Para responder esta pergunta preciso comprovar primeiro que os ru dos de fato impactam a qualidade ambiental urbana considerando a percep o da popula o Este fato j pode ser provado pelo gr fico 8 27 que foi elaborado a partir da primeira e ltima pergunta da entrevista nas quais de questiona se a pessoa vive em um local tranquilo depois se esta vive em um local silencioso A partir destas poss vel verificar se os entrevistados associam a tranquilidade da cidade ao sil ncio ou em outras palavras a qualidade urbana a aus ncia de polui o sonora Como mostra este gr fico praticamente todas as pessoas estabelecem esta rela o Por m at ent o comprova se a tese sobre a percep o sonora urbana com base em uma resposta da popula o ou seja outra percep o Mas para construir um argumento mais completo a proposta foi relacionar a percep o com os resultados obtidos com as medi es ou seja os n veis de intensidade sonora obtidos em cada ponto Desta maneira primeiramente obte se o gr fico 8 28 que apresenta o percentual de vezes que a paisagem sonora foi classificada como negativa em cada ponto comparando com os decibels obtidos nas medi es in loco O gr fico organiz
61. avaliar as esp cies vegetais que comp em um cen rio Os ru dos produzidos pelo passar do vento pelas folhas podem variar muito dependendo do tipo de planta em quest o o formato da copa o n mero e densidade das folhas etc A chuva al m do pr prio ru do que gera principalmente nas coberturas das edifica es tamb m aumenta a unidade do ar o que possibilita a amplifica o de outras fontes sonoras como o caso das redes de alta tens o que s s o ouvidas em dias de chuva Por isso localidades com ndices pluviom tricos mais elevados tendem por natureza a serem mais ruidosas que em climas secos Os materiais que s o mais abundantes em uma determinada localidade costumam influenciar os meios de constru o de certa cultura E por essa raz o tamb m alteram a paisagem sonora a medida que diferentes materiais tem comportamentos ac sticos distintos tanto na natureza quanto quando usados para a constru o Como coloca o autor os muitos tons sonoros originais s o produzidos pelos materiais dispon veis em diferentes 18 Sometimes ask students to identify moving sounds in the soundscape The Wind say some Trees say others But without objects in its path the wind betrays no apparent movement It hovers in the ears energetic but directionless Of all objects trees give the Best cues shaking their leaves now on one side now on the other as the wind brushes them 44 localidades geogr f
62. cacofonias da f brica do s culo XVIII SCHAFER 1976 p 115 O som de baixa freq ncia que menos usual na natureza tem o poder de sensibilizar n o apenas o t mpano humano mas todo o seu corpo com sua forma de vibra o Por essa raz o que as caixas de som subwoofers est o t o difundidas em shows ao ar livre por exemplo em trios el tricos Descreve autor A localiza o da fonte sonora mais dif cil com os sons de baixa frequ ncia e m sica ressaltando esses sons pior em qualidade e sem dire o no espa o Em vez de enfrentar a fonte sonora o ouvinte parece imersa 2 SCHAFER 1976 p 116 Em vez de uma m sica direcionada e com clareza de informa o na baixa frequ ncia n o evidente nem a localiza o da fonte sonora porque se trata de um som disperso mas de qualquer forma um som mais abrangente em termos de espa o ac stico e possibilita como popularmente se diz sentir a m sica no corpo Como se somente as intensidades absurdas n o fossem suficientes para atrair a aten o do p blico atual Nas palavras do autor 82 We will recall that the vibratory effects of high intensity low frequency noise which have the power to touch listeners had first been experienced in thunder then in church where the bombardon of the organ had made the pews wobble under the Christians and finally had been transferred to the cacophonies of the eighteenth century factory 83 Loc
63. certo local Como descreve o LaBelle No movimento do som a realiza o de um interc mbio estabelecida um lugar gerado pela temporalidade do ouvinte Este o seu momento tamb m imediatamente Este o seu lugar Conhecimento auditivo um impulso epistemol gico radical que se desdobra como um evento espa o temporal o som abre um campo de inteira o para se tornar um canal um fluido um fluxo de voz e urg ncia de jogo e drama de reciprocidade e de partilha para afinal esculpir uma micro geografia do momento sempre j desaparecendo como uma propaga o distributiva e sens vel LABELLE 2010 xvii 94 Sound as an itinerant movement that immediately brings two together it suggests the intensity and grace with which sound may create a relational space a meeting point diffuse and yet pointed a private space that requires something between an outside a geography of intimacy that also incorporates the dynamics of interference noise transgression From one body to the other a thread is made that stitches the two together in a temporal instant while remaining loose slack to unfurl back into the general humdrum of place Sound might be heard to say This is our moment In the movement of sound the making of an exchange is enacted a place is generated by the temporality of the auditory This is your moment is also immediately This is your place Auditory knowledge is a radical epistemo
64. coletiva LABELLE 2010 p 130 Os eventos culturais que na rua como por exemplo o carnaval mudam o uso primordial da mesma o que transforma sua paisagem sonora por completo O autom vel o protagonista da rua LaBelle diz que a rua funciona de acordo com o seu pr prio comportamento particular ritmo e express o contornada e coreografada pelo autom vel 9 LABELLE 2010 p 130 Por m o autor ressalta o potencial para exposi o cultural da mesma A rua mais do que a cal ada sinaliza a esperan a da a o coletiva bem como a express o cultural Na mitologia cultural a rua local onde o estilo se destaca onde as tend ncias s o definidas e onde os movimentos de linguagens tradicionais de grafite a gr ficos s o explicitados Esta portadora de mensagens sonoras um local de express es musicais e onde os ru dos adquirem forma cultural LABELLE 2010 p 130 Ru dos diversos que s o produzidos na rua devem ser muito intensos para se destacarem em meio a poluic o sonora constante Como acredita o autor a rua o maior parceiro do ru do Um local para a ocorr ncia de misturas e intera es de disparidade e diferen a de interfer ncia a rua um 99 Though the street is often conjured as the image of public life it is more accurate to remember that the street is quite literally full of cars buses and other motorized vehicles Rather than a location for public gatheri
65. como estudo de caso se encontra no bairro anteriormente chamado de Villa Cerqueira Cesar Por m para a compreens o da consolida o deste trecho urbano fundamental verificar o crescimento da aldeia de Pinheiros que era o destino final destes novos arruamentos Segundo o hist rico apresentado no site da Prefeitura de S o Paulo Desde a sua funda o em 1560 s culo XVI at depois da segunda metade do s culo XIX Pinheiros continua sendo um aldeamento ind gena e vai se transformando com o tempo num povoamento caipira acolhendo brancos ind genas e mesti os que se dedicavam 145 agricultura utilizando se de tra o animal para o transporte de produtos at o centro de S o Paulo A regi o foi s tio bastante usado durante o ciclo bandeirista e suas expedi es devido proximidade com o rio Pinheiros afluente do rio Tiet sendo o centro de penetrac o de Fern o Dias Paes e seus bandeirantes Com a perda das concentra es em minas os paulistas se dedicaram ao com rcio de bens e constru es dando in cio a um per odo o tropeirismo caracterizado pelo intenso movimento de mulas entre os centros de minerac o o Sul Sorocaba S o Paulo e o Nordeste Por volta de 1750 s culo XVIII desenvolvemos aos poucos uma importante entrada e sa da de S o Paulo para todos que tentavam vir ou ir ao Sul A antiga igreja hoje Nossa Senhora do Monte Serrat muito colaborou para o desenvolvimento do bairro Ele er
66. consider vel Por m poss vel propor outras formas de barreiras para o som Um m todo que pode ser econ mico e funcional o aproveitamento da topografia como demonstra a imagem abaixo O solo perme vel pode funcionar muito bem em um contexto urbano porque a primeira camada vegetal absorvedora e em mais profundidade uma barreira natural para o som 4 4 Topografia como barreira ac stica FONTE Geros Arquitetura 112 4 2 4 SOMBRA AC STICA DAS EDIFICA ES Em uma metr pole contempor nea as barreiras ac sticas mais freq entes s o os pr prios edif cios Com um planejamento urbano integrado estes poderiam ser realmente propostos para prote o ac stica Por m atualmente por exemplo na cidade de S o Paulo os edif cios altos s o constru dos sem grandes restri es quanto a implanta o e situa o urbana Como demonstra a ilustra o abaixo um embasamento comercial no t rreo que possui um uso menos sens vel ao ru do protege acusticamente a torre principal que acontece mais recuada da rua Um exemplo o Conjunto Nacional na avenida Paulista em S o Paulo Este um recurso projetual interessante do ponto de vista da ac stica A segunda imagem mostra a zona de sombra efetiva que um edif cio pode gerar Imaginando que o primeiro abrigue um uso menos sens vel ao ru do e seja pr ximo a rodovia o edif cio protegido poderia ser residencial Diversas situa es ben ficas podem ser co
67. consultor industrial Apesar de ser um livro tamb m did tico este possui uma finalidade essencilamente pr tica para abordar quest es relativas a ac stica Na introdu o o autor diz que d nfase ao controle e redu o de ru dos por m ao decorrer do livro este explora mais o isolamento da edifica es ao ru do exterior N o se explora a quest o objetiva do ru do em meio urbano considerando a qualidade ambiental da cidade Por m no verso do livro est escrito Este volume pretende preencher a laucna existente na maior parte de nossas Escolas de Engenharia e Arquitetura na rea de Ac stica Ambiental e do Ru do onde estes conhecimentos s o pouco desenvolvidos ou mesmo inexistentes COSTA 2003 Acredita se que devido a pequena produ o de conhecimento sobre o tema h algumas confus es sobre o que relamente discutir a qualidade dos sons em meio urbano N o definitivamente uma quest o apenas de controle dos ru dos em excesso Deve se levar em considera o todos os sons bons ou ru ns para buscar estabelecer um equil brio com qualidade O conceito de 15 paisagem sonora objeto de estudo deste trabalho busca exatamente fazer essa leitura sonora global O cap tulo de maior relev ncia para o tema o quinto chamado Rumores Este trata de v rias quest es relacionadas ao ru do urbano relaciona os mais comuns como fazer seu controle e correta avaliac o Mas este tamb m j apresenta a
68. da correta compreens o do conforto ambiental para em seguida criticar o descaso da produ o arquitet nica com o tema J do tr s ao oito cada cap tulo se dedica a um tema espec fico do conforto ambiental Para a ac stica indica se o Cap tulo 1 O significado de conforto para uma vis o mais geral e o Cap tulo 7 O canal econ mico do aud vel no qual trata de quest es te ricas fundamentais como comodidade e adequa o ao som um livro rico de cita es diversas ou seja as refer ncias bibliogr ficas s o bem relevantes E tamb m possui uma vis o mais aprofundada do ponto de vista te rico sobre a ac stica e demais quest es ambientais relacionadas ao ambiente constru do Por m possui poucas imagens apenas uma preto e branco para demarcar cada cap tulo O autor n o explorou a linguagem iconogr fica t o acess vel e familiar a arquitetos e engenheiros J o livro B b da ac stica arquitet nica ouvindo a arquitetura explora o uso de imagens explicativas Estas ilustra es especiais feitas por Lu s Renato do Nascimento adotam como personagem central um morceguinho que est presente durante todo o livro Apesar de parecer infantil uma forma de apresentar de forma mais leve um tema que sempre abordado de maneira muito t cnica A autora principal do livro a arquiteta e professora da disciplina de conforto ambiental da UNESP Bauru chamada L a Cristina Lucas
69. de 22 par metros que qualificam ou n o o espa o urbano O m todo proposto pedia por exemplo de Confort vel a Desconfort vel d uma nota de 1 a 5 considerando se timo bom regular ruim ou p ssimo Esta metodologia de avalia o dos par metros urbanos muito similar a proposta do Soundwalk aplicada por Jian Kang inclusive na sele o dos mesmos Por m como eram muitos j se sabia que seria necess rio escolher os mais relevantes para este trabalho para n o tornar a entrevista t o longa Os itens destacados em amarelo foram logo descartados por serem muito subjetivos ou pouco informativos Tamb m se questionou a classifica o como regular porque n o nem uma opini o positiva nem negativa E a proposta principal era determinar se a pessoa considera bom ou ruim certo par metro A seguir apresenta se o primeiro Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana elaborado com um pequena descri o das inten es investigativas de cada pergunta 226 QUESTION RIO PARA AVALIA O DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA Para maiores de 16 anos e menores de 65 anos Sexo variado 1 Voc vive em um local tranq ilo SIM N O 2 Voc considera este local da cidade o Confort vel d P SSI MO Desconfort vel Pr ximo 227 Silencioso Encontro Variado Barulhento Amig vel Triste Organizado Inseguro Seguro Forte Cheio F
70. de Souza O dois outros autores Manuela Guedes de Almeida e Lu s Bragan a s o professores da Universidade do Minho em Braga Portugal onde a primeira autora realizou o p s doutorado em 2002 Segundo estes este livro discute algumas quest es visando esclarecer e exemplificar possibilidades de atua o do arquiteto no ambiente ac stico por meio da integra o desse 10 par metro ao projeto arquitet nico SOUZA ALMEIDA 2006 p 11 Este livro apresenta de forma bem objetiva compreens es fundamentais para a melhoria da qualidade ac stica do ambiente constru do como por exemplo a necessidade desta ser considerada desde a fase do levantamentos de dados do projeto livro consolidou uma base conceitual porque busca priorizar aspectos quantitativos da ac stica como os autores explicam Na tentativa de alcancar uma linguagem compat vel com a forma de pensar do arquiteto as quest es aqui abordadas se preocupam mais com aspectos de ordem qualitativa do que quantitativa N o se pretende com isso ignorar ou subvalorizar a import ncia do fator quantitativo da ac stica na arquitetura Pelo contr rio espera se com este livro incentivar por meio da introdu o do conhecimento qualitativo o interesse do arquiteto em quest es quantitativas SOUZA ALMEIDA BRAGAN A 2006 p 11 Descreve se como fundamental o aprofundamento no aspecto qualitativo da ac stica que se relaciona com
71. de c lculos Na verdade tudo uma quest o de observar e caracterizar a fonte sonora No caso deste trabalho o estudo de caso a rua Teodoro Sampaio e apesar das diversas fontes de ru do j discutidas n o h d vidas que a fonte sonora predominante a pr pria rua ou seja o ru do de tr fego Para fazer o dimensionamento do L das vias usa se a f rmula JOSSE R 200 Fluxo Total de Ve culos da Via d A dist ncia da via at a fachada do edif cio cv Corre o do n vel sonoro em fun o da de ve culos pesados c Corre o do n vel sonoro em fun o da velocidade ci Corre o do n vel sonoro em fun o da inclina o da via de Ve culos 7 20 35 47 60 73 87 100 Pesados Correc o em dB A 0 1 2 3 4 5 6 7 96 de inclinac o da 0 2 4 6 via Correc o em dB A 0 1 2 3 Velocidade em 33 47 53 60 67 73 80 87 93 km h Correc o em dB A 4 2 1 0 1 2 3 4 5 Considerando um dia da semana t pico no per odo da tarde na rua Teodoro Sampaio registrou se um fluxo de 303 ve culos a cada 10 minutos ou seja pode se estimar um total de 1 820 ve culos por hora Dos 303 ve culos iniciais 53 destes eram pesados ou motos tamb m mais ruidosas o que resulta em uma porcentagem de quase 20 de ve culos pesados para a correc o Ent o tem se como dados iniciais que 201
72. de ru do equivalente HOLTZ 2011 p 40 Na apresenta o dos m todos de an lise nesta atual disserta o aprofunda se nas Soundwalks principalmente as propostas no livro Urban Sound Enrironment do autor Jian Kang Por m o outro te rico escolhido para a apresenta o mais abrangente do tema o noruegu s Brandon LaBelle com seu livro sobre T rrit rios ac sticos Cultura sonora e a vida cotidiana 2010 o livro recente mais relevante para esta pesquisa porque enfatiza a avalia o do espa o p blico principalmente ruas e cal adas J os estudos de ru do devido ao tr fego s o bem mais antigos e tem sua origem em 1929 com Barkausen na Alemanha Segundo Del Carlo Em 1929 a cidade de Nova York criou uma comiss o para resolver o problema Medidas ac sticas s o feitas com um ve culo especialmente montado para registrar o ru do em disco DEL CARLO 1979 p 117 Em 1930 foi feito um estudo em Frankfurt e em 1932 Bakos e Kagan estudaram o ru do em Berlin Pode se notar que a preocupa o com o ru do da tr fego se originou na Alemanha a partir da d cada de 1930 31 J em 1938 fruto de medic es ac sticas em 260 pontos da cidade de Berlim foi apresentado o primeiro mapa de ru do segundo Del Carlo Segundo o mesmo autor anos depois foram realizadas medi es do espectro de frequ ncia Entre 1942 e 1947 Leed e Bonvallet estudaram o ru do na cidade de Chicago quando foram feitas an
73. de uma opera o logar tmica a percep o humana a diferen as de intensidade sonora n o linear A diferen a de 1 dB impercept vel de 3 dB pouco percept vel 6 dB claramente percept vel 10 dB cerca do dobro e 20 dB cerca de 4 vezes Ou seja as vezes o aumento de n vel de intensidade sonora n o parece t o significativo mas na realidade Se o objetivo somar dois ou mais N veis de Intensidade Sonora para se obter o n vel resultante Lg deve se utilizar a f rmula e N vEL DE PRESS O SONORA O N vel de Intensidade Sonora Lp equivalente ao N vel de Press o Sonora como j mencionado Por m necess rio ressaltar que este valor nico obtido de formas diferentes A Press o Sonora ou ac stica a diferen a entre a press o atmosf rica e a press o do ar em presen a das ondas ac sticas sendo a unidade Pascal PA O ouvido humano sens vel a press es que v o de 2x10 PA a 20 PA varia o de 1 a 2 000 000 Mas as unidades cl ssicas de press o s o de emprego pouco c modo para a medida dos sons e portanto para os problemas pr ticos de ac stica O valor da Press o Sonora de refer ncia 20 uPA que corresponde ao m nimo valor aud vel a 1 000 Hz O N vel de Press o Sonora dado pela f rmula f ARCO SONORO FONTE TRANSMISS O RECEPTOR Tr s etapas comp em o processo de sensibiliza o auditiva conhecido por Arco Sonoro A produ o a propaga o
74. do Cada entrevistado teve que avaliar nove aspectos que qualificam o p blico como relacionado nas tabelas anteriores entre estes conforto agita o claridade presen a de verde sil ncio hostilidade alegria organiza o e seguran a Considera se uma avalia o positiva quando a pessoa d mais respostas nas duas primeiras colunas por exemplo Muito alegre ou Alegre que negativas considerando o total de par metros Ou seja para contar como positiva certa avalia o esta deveria qualificar como positiva pelo menos cinco dos par metros dados O resultado foi o gr fico 8 14 no qual 88 5 das pessoas avalia como positivo o espa o urbano e apenas 11 5 classifica como negativo O gr fico seguinte 8 15 um desdobramento do anterior porque faz a mesma leitura mas agora a partir da contagem do n mero de par metros com um total de 1 800 9 itens x 200 question rios Este mais preciso com a realidade porque considera o qu o negativo ou positivo a pessoa avaliou Por m mesmo assim os aspectos positivos foram bem mais citados com 70 7 do total A popula o acredita que o trecho urbano escolhido a rua Teodoro Sampaio no geral apresenta uma qualidade ambiental positiva Por m fundamental considerar quais s o os aspectos mais negativos deste espa o o que resultou no gr fico 8 16 O barulho foi o pior fato do espa o urbano com 36 696 da reclama es Em segundo lugar foi dita a
75. do meio ambiente e como seu nome indica pode ser parafraseada verbalmente no programa do concerto SCHAFER 1976 p 103 Da mesma forma que a pintura quis retratar paisagens naturais a m sica tamb m buscou imitar sons da natureza A m sica idealizada ou absoluta sempre buscou estabelecer sons perfeitos por outro lado a program tica sempre buscou representar os reais e desta forma um timo registro das mudan as dos sons ambientais Como descreve o autor os dispositivos da 73 Radio extended the outreach of sound to produce greatly expanded profiles which were remarkable also because they formed interrupted acoustic spaces Never before had sound disappeared across space to reappear again at a distance radio has actually become the bird song of modern life the natural soundscape excluding the inimical forces from outside Music is of two kinds absolute and programmatic In absolute music composers fashion ideal soundscapes of the mind Programmatic music is imitative of the environment and as its name indicates it can be paraphrased verbally in the concert program 68 m sica program tica transformam o espa o real da sala de concertos em um jardim um pasto uma floresta ou um campo de batalha SCHAFER 1976 p 106 Quando a paisagem sonora era mais simplificada com a presenca marcante de sons naturais bastava um nico instrumento para retrat la por m quando as cidades
76. dos ao sentido primordial da audi o para a qualidade de vida no planeta Terra Foca se a vida humana com prioridade mas ainda levada em conta a vida de 13 outros seres sencientes que partilham conosco a casa comum COIMBRA apud MURGEL 2007 pref cio Os cap tulos de destaque desta obra s o Ru dos de ve culos automotores p 69 Fontes fixas de polui o sonora p 95 T cnicas de controle ac stico p 101 sendo o ltimo mais relevante porque apresenta formas de combate a polui o sonora atrav s do correto planejamento urbano controle da fonte de ru do e o uso de barreiras ac sticas Apesar de assuntos fundamentais s o aboradados de forma objetiva e com pouco aprofundamento te rico Pretende se agora discutir dois livros relevantes para o estudo da ac stica no Brasil mas que n o objetivam tratar de quest es ambientais mas o fazem de maneira indireta Estes s o como manuais t cnicos para o tratamento da ac stica no interior da edifica es normalmente voltados para espa o que necessitam de qualidade musicial O primeiro deles chamado Manual pr tico de ac stica do autor S lon do Valle que atua como projetista de ac stica e a dio desde a d cada de 80 e respons vel por diversos projetos de est dios e casas de espet culo Na introdu o o autor diz Conhe o bons livros de ac stica Teatros templos pal cios centros de exposi o s o vistos de um ponto de vista mu
77. e a audi o Na produ o sempre temos a presen a da fonte sonora que pode ser pontual cil ndrica ou esf rica A fonte pontual dissipa 6 dB por duplica o da dist ncia sendo que a cil ndrica mais efetiva e dissipa 3 dB por duplica o da dist ncia conforme a imagem abaixo o 4 radia o L Ea 2 esf rica x 44 radia o cil ndrica FONTE FDTE Poli Integra Uma grandeza diretamente ligada a emiss o da fonte a Pot ncia ac stica W que expressa em Watt Para que se produzam ondas de press o e 287 7 descompress o logicamente que se libere uma certa quantidade de energia no ar que a rodeia O N vel de pot ncia ac stica de uma fonte caracteriza o ru do emitido pela fonte N vel de sonora diferente e caracteriza o ru do percebido pelo ouvinte A Pot ncia ac stica da fonte corresponde a energia liberada por unidade de tempo Esta pot ncia se traduz em press o sonora que ouvida como N vel de press o ou intensidade Pode se tamb m determinar o N vel de pot ncia segundo a f rmula Ly 10 log W Wo dB Sendo Wo 10 7 w m g TRANSMISS O AO AR LIVRE Ap s a emiss o pela fonte o som se propaga pelo ar em um movimento ondulat rio como j mencionado Neste contexto deve se verificar os tipos de ondas sonoras existentes planas ou esf ricas Descreve Bistafa Ondas sonor
78. e de Evelise Grunow O objetivo central por m evidenciar que h uma grande lacuna na discuss o conceitual sobre a ac stica urbana que no cen rio internacional j est muito mais avan ado como veremos nos cap tulos seguintes de referencial te rico Nenhum dos livros citados abrem uma discuss o sobre a paisagem sonora S se discute o controle de ru dos e como evitar que estes impactem as edifica es do entorno Mas necess rio pensar quais s o os sons que queremos ouvir ao caminhar pelas cal adas e pra as da cidade e como elaborar projetos que coloborem para a qualidade ambiental sonora do espa o urbano 1 2 TRABALHOS ACAD MICOS Neste trecho apresenta se os trabalhos acad micos mais relevantes sobre a ac stica urbana As teses ou disserta es possuem um aprofundamento maior no tema do que os livros brasileiros por m poucos j abordam a quest o da busca por qualidade ambiental urbana ou do equilibrio sonoro em meio exterior A quest o ainda mais abordada como formas de evitar n veis de intensidade muito altos em meio urbano O primeiro trabalho escolhido que aborda a quest o do ru do urbano foi escrito em 1979 por Ualfrido del Carlo em tese de p s doutorado defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo um trabalho pioneiro no Brasil afinal foi neste momento que o tema come a a ganhar maior visibilidade em mbito global 18 Esta pesquisa muito r
79. euooeH g 9 DU EOSOXLIENIZ VOIWSSIAV VTTIIA 1 11450 oxa mojoj pnoy o152 patapu apr op opt ppiusaj p 19 66 Gong Ur X 86 psruorngr 42 92 sonia ez ac CE IR oopon S 39 vx OT 9 2 o 7 n E VITIA 62 10550275 5 2 bez x 7 WS SOQ O1ASV sa 3931109 55 da gt S 2 SEA amp A ge E x A Ste qq j E 1 Es 25 AR viu gt Pes 74 oes ep NANS 31NOJ 161 oes ep ep ep 9 153 ojneq oes ep eunirejeud NANS 31NO4 9161 oes ep ep 69 J e Iason oes ep NANS 31NOJ 261 oes ep ep 9 9 2 Y teta TAN 24 ib G S Sea p VA E ga 4 Oinille s NS S 0 M M 2 gt 6 a 2427 4 22 s b
80. ficaram indignados frequentemente pareciam n o m sicos que queriam engajar na pr tica n o para dar prazer mas simplesmente para acabar com o seu sil ncio dos outros SCHAFER 1976 p 66 Qualquer som gerado em espa o p blico pode incomodar algu m por isso necess rio ter muito cuidado com locais coletivos Nem sempre um som considerado bom por um considerado da mesma forma por outro por exemplo um ronco de uma moto de ltima gera o Deve se sempre considerar a diversidade cultural da popula o que deve viver em harmonia necess rio gerar o m nimo poss vel de ru dos em espa o p blico e s produzi los quando for de interesse de uma popula o ou parte de um evento cultural 171 e Noc AT T e E OPURINIS9 5205594 E 9 S E 8 wu 5 a Pessoas esperando ATEEETI T 201010 a 2 T e c o 9 9 gt b N N o Cal ada e seu uso 4 I T z 6 19 a 6 25 Montagens Fotogr ficas Rua Teodoro Sampaio FONTE Arquivo pessoal op selo 6 5 CONTAGENS DAS FONTES SONORAS Com o intuito de fazer uma primeira da paisagem sonora da rua Teodoro a proposta foi realizar contagens das principais fontes sonoras encontradas O estudo foi feito em duas quadras
81. if from everywhere it flows as an environmental flux leaving objects and bodies behind to collect others in its movement 103 The city as a particular sonic geography highlights sound s inherent dynamic to disintegrate and reconfigure bringing forward its spatial and temporal particularities 81 vitalidade especial dentro da esfera cultural e social o ru do traz consigo a expressividade da liberdade especialmente quando localizado na rua vista de todos e dentro do p blico este pode se configurar como um elo comunicacional permitindo a passagem de mensagens muitas vezes dif ceis ou desafiadoras e em sua ilimita o tanto preenche quanto problematiza a sociabilidade dos espa os arquitet nicos concedendo lhe movimento din mico e energia temporal Em parte o ru do pode ser ouvido para dar forma ao radicalmente informe criando espa o para as intensidades de diversidade estranheza e o desconhecido O ru do ent o pode ser compreendido n o apenas como um sintoma de vulnerabilidade simb lica da desordem te rica mas como a evid ncia e o catalisador ocasional da mudan a cultural din mica operativa atrav s dos topos urbanos LABELLE 2010 xxiii O ru do n o inteiramente negativo mesmo por que este n o existe de forma isolada O ru do o retrato da din mica de uma sociedade que pode ser equivocada mas a pura realidade E sendo um retrato fiel de seu tempo muito rido de i
82. leste da cidade porque todos os ru dos produzidos Ir o impactar a cidade assim com a polui o qu mica do ar Em S o Paulo a ind stria costumava ficar exatamente a leste ao longo do rio Tamanduate e no ABC 116 4 3 A PERCEPC O SONORA HUMANA Homem percebe o som da mesma forma que este quantificado objetivamente A fun o logar tmica j traduz de certa forma a intensidade energ tica em n vel de intensidade sonora em decibels que a forma como se sente o som Por m a capacidade de percep o do ouvido humano vari vel com a frequ ncia e o n vel sonoro O Homem mais sens vel e frequ ncias m dias e altas A zona da palavra est situada na regi o de maior sensibilidade do ouvido humano que vai 100 Hz a 8 000 Hz portanto fica entre 500 Hz a 5 000 Hz Al m disso na dire o da voz humana os tons mais agudos s o mais direcionais que os m dios e nos graves muitas vezes dif cil de localizar sua origem Com base na capacidade auditiva do Homem criou se algumas Curvas de Pondera o que corrigem o n vel de intensidade por frequ ncia As curvas de pondera o A B e C seguem aproximadamente as curvas de igual sensibilidade auditiva de 40 70 e 100 dB respectivamente J a pondera o D segue uma curva especial a qual d nfase extra a frequ ncias na gama de 1 kHz a 10 kHz Em regra geral utilizado para medi es de ru dos em aeroportos No entanto o filtro de po
83. mais distante da via em quest o Diferente do ponto da rua Capote Valente onde se verificou 100 de avalia es negativas n o h nenhum fato diferenciado Para encerrar esta etapa comparativa dois gr ficos foram elaborados para demonstrar cen rios espec ficos tanto da qualidade urbana quanto sobre a paisagem sonora O primeiro deles da pra a Benedito Calixto no qual quase todos os entrevistados consideram o local alegre e com muito verde muitas pessoas escutaram o canto dos p ssaros e foi o maior ndice de avalia o positiva da paisagem sonora com 10 opini es A demonstra o do bem que uma pra a pode fazer pelo espa o urbano J o gr fico 8 26 do ponto da rua Cristiano Vianna demonstra que entorno de 35 das pessoas percebem o com rcio musical e 19 o escutam e 88 dos entrevistados consideram o local alegre por m poucos consideram a paisagem sonora positiva 270 Do total quantos homens mulheres classificaram a paisagem sonora de forma negativa 10096 90 80 70 60 50 40 30 20 10 E Positiva 8 Negativa Mulheres 88 Homens 112 Do total quantos jovens adultos senhores classificaram a paisagem sonora de forma negativa 10096 9096 80 70 60 50 40 30 20 10 E Positiva Negativa Jovens 51 Adultos 101 Senhores 48 271 Quantas vezes a paisagem sonora foi classificada de forma negativa no dia de semana s bado S bado 97 Avalia
84. mais silenciosas tivessem sido desenvolvidas o sucesso da industrializa o poderia n o ter sido total SCHAFER 1976 p 77 O som tem o poder de transmitir mensagens e depois da Revolu o El trica com a inven o de amplificadores o poder de controlar a emiss o deste se torna ainda mais valiosa Quem tinha o espa o para passar informa o pelos auto falantes podia influenciar toda a comunidade como aconteceu no Nazismo alem o Segundo o autor 52 We have already noted how loud noises evoked fear and respect back to earliest times and how they have seemed to be the expression of divine power We have also observed how this power was transferred from natural sounds thunder volcano storm to those of the church bell and pipe organ During the Industrial Revolution Sacred Noise sprang across to the profane world 23 Increase in the intensity of sound output is the most striking characteristic of the industrialized soundscape Industry must grow therefore its sounds must grow with it That is the fixed theme of the past two hundred years In fact noise is so important as an attention getter that if quiet machinery could have been developed the success of industrialization might not have been so total 59 Quando o poder do som suficiente para criar um grande perfil ac stico podemos defini lo tamb m como imperialista Por exemplo um homem com um alto falante mais imperialista do que um sem porque e
85. metro dos confrontos radicalismos e imagina es que definem sua hist ria A cidade n o s re ne for as que podem criar experi ncias ricas mas tamb m ressoa com suas celebra es Embora o seu passado hist rico possa ser analisado atrav s de registros textuais contas arquivos escritos e documentos este tamb m um eco sonoro se formando atrav s da materialidade marcas culturais e fluxos geogr ficos A hist ria tamb m movimento A audi o pode dar apelo din mico para a imagina o hist rica n o s para se guardar em p ginas de arquivo mas para complementar essa leitura com um sentido porque a hist ria tamb m feita atrav s de articula es iniciais intera es atritos e a vibra o dos corpos vozes movimentos e sua expressividade Portanto ler pode ser tamb m ouvir o que est em algum lugar das entrelinhas nos espa os em brancos ou mais e nas l nguas que j foram riscados no papel como uma energia emocional LABELLE 2010 p 108 127 The city is a sort of barometer for the confrontations radicalities and imaginations that may be said to define history For the city not only brings together the forces which in their meeting create rich experiences but in turn resounds with their celebrations and arguments Though the historical may be examined through textual record accounts written archives 92 LaBelle acredita que como a hist ria est em constante transforma o
86. nica S o Carlos Edufscar 2009 Destaque para Rela es ac sticas entre projeto e local p 45 SOUSA C M CARDOSO M R A S 2002 Ru do urbano na cidade de S o Paulo Brasil XX Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica SOBRAC Rio de Janeiro Brasil 21 24 de outubro SOARES A C L COELHO J L B Estudo das Paisagens sonoras de dois parques p blicos da cidade de Bel m XXIII Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica Salvador Bahia Brasil s n 2010 303 SOUZA Efeito do Ru do no Sono e na Vig lia Estudo de Neurofisiologia UFMG 2001 SOUZA Denise da Silva de Instrumentos de Gest o de Polui o Sonora para a Sustentabilidade das Cidades Brasileiras 2004 Tese Doutorado COPPE UFRJ Rio de Janeiro SPANG K Soundscape Support to Health Summary of studies and results Foreword 2009 Disponivel em http www soundscape nu program ljudlandskap soundscape 4 7017056e11fcce66 6580004974 gt Acesso em 11 nov 2011 TRUAX B Handbook for Acoustic Ecology Vancouver Canad 1978 Disponivel em http www sfu ca truax wsp html Acesso em 01 maio 2011 THE SCOTTISH GOVERNMENT Scottish Noise Mapping 2008 Disponivel em lt http www scottishnoisemapping org gt Acesso em 29 abril 2011 WG AEN Good Practice Guide for Strategic Noise Mapping and the Production of Associated Data on Noise Exposure Working Group Assessment of Exposure to No
87. o ____ o LN OUTROS RU DOS 20h00 salarios Pedes 200 omm i eapoteeo 2000 ishatdoc o 2000 5 o 3 1leapoteteo 20800 is FogosAr fcio 1leapote teo 20800 20h00 1 1 1 1 185 CONTAGENS RUA TEODORO SAMPAIO QUADRA RUA HOR RIO TEMPO N MERO RU DO A REO 1003 omn 10h03 RU DO TRAF GO alambul ncia i cpote teo i mn apoia ijcapote teo sjautom vel ijcapote teo 104 HOmin e woto 10514 10min S nbus ijcapote teo 104 olBuzinas slcapotejico 1044 HOmin OUTROS RU DOS 6 26 a 6 31 Tabelas de contagens das fontes de ru dos Esquina rua Capote Valente FONTE Arquivo pessoal 186 6 6 PRIMEIRAS CONSIDERA ES AC STICAS Para finalizar este cap tulo sobre o contexto urbano e caracter sticas do estudo de caso que a rua Teodoro Sampaio apresenta se um estudo comparativo do n mero e tipo de fontes sonoras entre os diferentes hor rios do dia da semana e a compara o entre o dia da semana e o final de semana no per odo diurno e tamb m a compara o entre o dia da semana e o final de semana no per odo noturno Os gr ficos comparativos s o apresentados a seguir O primeiro gr fico mostra que em todos os hor ri
88. o at na atualidade o meio de transporte que menos perturba a popula o com a intensidade de seus ru dos Depois de sua inven o os trilhos rapidamente cortaram toda a Europa O trem encurtou o tempo de viagem entre as cidades em andar neste significava partir para outra localidade sair para uma aventura Naqueles tempos era muito dif cil e pouco usual sair de seu pa s ou at mesmo de sua cidade O apito do trem era o som mais importante na n61 fronteira da cidade o nico an ncio de contato com o mundo exterior SCHAFER 1976 p 81 acrescenta Schafer Por m foi o autom vel e n o o trem que se tornou o meio de transporte mais popular da sociedade moderna Como afirma o autor o motor de combust o interna fornece agora o som fundamental da civiliza o contempor nea SCHAFER 1976 p 82 Os ru dos do autom vel foram dominando o cen rio da cidade moderna e at hoje crescem progressivamente me n mero Estes geram v rias formas de poluic o do ar tanto sonora quanto qu mica Devido ao excesso de ve culos as cidades contempor neas s o caracterizadas pelo tr nsito causando um aumento brutal no tempo de deslocamento no urbano 60 By comparison with the sounds of modern transportation those of the trains were rich and characteristic the whistle the bell the slow chuffing of the engine at the start acceleration suddenly as the wheels slipped then slowing again the sudden explosions
89. o do projeto Benef cios do distanciamento da fonte formas de iser o do edif co no terreno edif cio barreira varia es na planta altura do edif cio tipos de fachada e terra o como barreira ac stica Nas considera es finais Marcelo observa A exemplo da Revolu o Industrial e El trica e observando a paisagem sonora atual poss vel prospectar uma nova era sonora iniciada nas ltimas d cadas como de uma Revolu o Informacional termo este muito usado por Veras 2000 para descrever a inserc o do computador na sociedade Assim sons computadorizados toques de celular entre outros j s o ouvidos com freq ncia e normalidade no cotidiano de uma cidade novas fontes sonoras integradas na sociedade Adverso a isso a era informacional poderia tamb m sugerir uma consider vel redu o no n vel sonoro de uma cidade em fun o da velocidade de informa o atrav s da Internet o que poderia contribuir por exemplo para a diminui o no tr fego uma vez que a presen a de uma pessoa no local quase desnecess ria para muitas atividades como participar de reuni es fazer compras pagar contas etc MARCELO 2006 p 174 25 A evoluc o da paisagem sonora tema do cap tulo sobre as teorias de Murray Schafer sobre Paisagem Sonora e ser posteriormente abordado Por m esta citac o relevante a medida que prospecta sobre o futuro da paisagem sonora em meio urbano Ser
90. o estimula a sociabilidade tanto quanto esta expressa o desejo de experimentar a individua o a solid o a retirada Para o homem moderno a barreira de som tornou se tanto um fato quanto a parede no espa o SCHAFER 1976 p 96 Os novos sons podem atrapalhar a percep o dos genu nos e at dificultar a concentra o do Homem em outras tarefas e desta forma est o limitando a qualidade da produ o cultural da sociedade contempor nea O autor acredita que A capacidade do telefone para interromper o pensamento importante pois sem d vida contribuiu em boa parte para a abreviatura de prosa escrita e para o discurso entrecortado de tempos modernos 88 The benefits of the electroacoustic transmission and reproduction of sound are well enough celebrated but they should not obscure the fact that precisely at the time hi fi was being engineered the world soundscape was slipping into an all time lo fi condition Walls used to exist to isolate sounds Today sounds walls exist to isolate In the same way the intense amplification of popular music does not stimulate sociability so much as it expresses the desire to experience individuation aloneness disengagement For modern man the sound wall has become as much a fact as the wall in space 7 The capacity of the telephone to interrupt thought is more important for it has undoubtedly contributed a good share to the abbreviation of written prose and the choppy
91. of escaping steam the squeaking of the wheels the rattling of the coaches the clatter of the tracks the thwack against the window as another train passed in the opposite direction these were all memorable noises 9 train s whistle was the most important sound in the frontier town the solo announcement of contact with the outside world 62 The internal combustion engine now provides the fundamental sound of contemporary civilization 62 O transporte em raz o do congestionamento se tornou o maior problema atual nas metr poles Sobre o estabelecimento deste estado de caos urbano Schafer critica Para o homem contempor neo urbano metade do imagin rio da poesia tradicional se perdeu A mesma coisa est acontecendo com a paisagem sonora onde os sons da natureza est o sendo perdidos sob o bloqueio combinado de m quinas industriais e dom sticas SCHAFER 1976 p 84 O ru do gerado pelo avi o a princ pio foi considerado magn fico devido a inven o de uma m quina t o poderosa que a muito tempo estava no imagin rio no Homem Da mesma forma que o trem o avi o era o s mbolo do progresso e seu ru do muito intenso era considerado obra de Deus Como descreve o autor Houve uma poca em que apenas os suficientemente infelizes para viver perto de aeroportos que realmente sofriam com o ru do dos avi es Naqueles dias bastava um avi o passar para virar todas as cabe as para cima Mas desde a
92. p blico LABELLE 2010 p 94 Por m em uma cidade em estado de satura o como as atuais metr poles a situa o hostil do ambiente exterior pode dar a sensa o desagrad vel de excesso ao pedestre como diz LaBelle A minha descri o da ac stica da cal ada sugere que toda a carga que a entrada radical em locais demanda sobre os sentidos muitas vezes vem desafiando o nosso pr prio sentido com um excesso de presen a p blica Ser urbano ter alguma coisa em situa o de excesso em v rios n veis Tecnologias de udio pessoais fornecem um abrigo performativo para os sentidos tanto para filtrar o dil vio indefer vel do som bem como para possibilitar a a o pessoal de controlar o que vem para LABELLE 2010 p 97 Through its blend of voices traffic signals and all the small audible traces of so many actions and bodies sidewalk acoustics tosses with these intersecting flows between private address and public dialogue 17 A sort of feverish vapor sidewalk acoustics is a connective reverberation breaking the seal of private life while in turn countering the ongoing rush of public presence 118 As my description of sidewalk acoustics suggests the blending of all that input radically places demand on the senses often challenging one s sense of self with an excess of public presence The urban if anything is that condition of excess on so many levels Personal audio technologies prov
93. pedestres e do indiv duo muda dentro de um clima de abandono pol tico Tomar as ruas ou procurar perturbar o espa o p blico revela o desejo ou necessidade de interferir na ordem estabelecida Momentos de transforma o social trazem o pedestre para uma extens o de colapso da rotina inserindo o em uma orquestra o de maior agress o As interrup es constantes do indiv duo na cal ada se transformam em a o na rua A localiza o de um som individual se transforma em uma a o coletiva mudando a ac stica da cal ada para um ru do dram tico 131 LABELLE 2010 p 115 Em situa o de protesto e de colapso da rotina da cal ada o ru do desta pode se transformar totalmente aumentar em intensidade e mesmo assim n o ser negativo As manifesta es festivas em espa o p blico com o carnaval de rua tamb m gera muitos ru dos que podem incomodar alguns mas s o eventos culturais Como o autor observa a ac stica da cal ada d 150 The city street as an acoustical partner resounds with aggression information pleas and reports helping to mobilize and provoke defend and resist according to territorial demarcations the voice both passes information while defending territorial boundary 131 In following the noise of rioting street fighting and demonstrating it has been my interest to listen in on history albeit swiftly to recognize in what ways pedestrian life and the individual walker shift within
94. por m pretende se mostrar aqui os resultados obtidos na quadra 1 que se encontra no meio do trecho escolhido mais precisamente na esquina da rua Teodoro Sampaio com a rua Capote Valente Os ru dos foram divididos entre categorias A reo tr fego e outros que se relaciona principalmente ao sons produzidos por pedestres O objetivo perceber quais s o as principais fontes sonoras que impactam esta localidade As contagens foram feitas durante a semana de manh tarde e noite no s bado de manh e noite e no domingo Os ru dos a reos foram divididos entre avi o e helic ptero Por m o tempo estipulado para contagem de todas as fontes de ru dos como um padr o foi de 10 minutos No caso do ru do a reo esta forma de avalia o n o demonstrou a gravidade do problema porque durante este tempo no m ximo foi identificado um ou at nenhuma fonte de ru do a reo j que um dura o pequena para o caso Al m disso mesmo se identificado um avi o este costuma impactar a localidade por 10 minutos ou mais Por isso que esta forma de avalia o n o favor vel ao estudo de ru do a reo No entanto para conhecer o composi o do ru do de tr fego esta an lise foi fundamental A predomin ncia do autom vel era esperada por m foi poss vel identificar uma quantidade muito grande de motos e nibus bem maiores que em outros locais da mesma cidade Por exemplo em um dia de semana de manh do total de v
95. quest es auditivas O trabalho abre uma perspectiva ampla sobre como condi es de som e contornos subjetivos permitem uma materialidade din mica de negocia o social LABELLE 2010 xix 89 aim to provide careful consideration of the performative relations inherent to urban spatiality and also to expose sound studies as a practice poised to creatively engage these relations Combining research on urban theory popular culture and auditory issues the work opens up an expanded perspective on how sound conditions and contours subjectivity by lending a dynamic materiality for social negotiation 74 O autor defende que o som o principal respons vel pela din mica das relac es sociais O som capaz de unir as pessoas e assim estabelecer uma sensa o de intimidade com o local onde estes encontros ocorrem Sobre a metodologia de sua obra LaBelle escreve livro Territ rios ac sticos tra a os soundways ou caminhos ac sticos da metr pole contempor nea representando o perfil da vida auditiva atrav s de uma estrutura espacial come ando com territ rios subterr neos atrav s da casa como um local e posteriormente para ruas e bairros e finalmente os movimentos de carros e da infra estrutura de torres de transmiss o que colocam mensagens no ar LABELLE 2010 xx A pesquisa de LaBelle muito relevante especialmente para esta atual disserta o porque busca estabelecer rela es diretas
96. quest o do isolamento das edifi es quanto aborda redu o dos ru dos nas superf cies ou estruturas divis rias Por fim comenta se dois livros que apresentam exemplos de respostas projetuais a problem tica do ru do urbano A primeira obra chama Ac stica arquitet nica do autor e arquiteto goiano R gio Paniago Carvalho Este tamb m um livro t cnico que apresenta deste os conceitos mais b sicos da ac stica por m seu diferencial que tamb m comenta estudos de caso Como coloca o jornalista Ailton Fernandes no Perfil do autor na parte inicial do livro Carvalho tem paix o por ac stica Diferentemente dos autores antes mencionados a trajet ria deste principalmente acad mica talvez por essa raz o tenha valorizado casos pr ticos de projeto Como coloca o autor Espero sinceramente que esta segunda edi o revisada e ampliada extrapolando inclusive em alguns exemplos de casos que cont m inseridas quest es de conforto t rmico e outros espec ficos de ac stica ambiental em n vel do urbano e at do rural atenda a um n mero ainda maior de leitores Este trabalho fruto de uma viv ncia profissional continua aberto a coment rios e sugest es CARVALHO 2006 nota do autor autor ainda diz que teve uma agrad vel tamb m prevista na partida muitas escolas de arquitetura e engenharia Brasil afora passaram a adotar este trabalho na condi o de livro did
97. resultados diretos da aplica o dos question rios nos 4 pontos pr estabelecidos ao longo da rua Teodoro Sampaio sendo metade aplicada durante a semana e metade aos s bados Os resultados est o dados de forma num rica n mero de question rios e tamb m na forma de porcentagem o que j nos permite tirar estas primeiras conclus es 234 1 Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio Esquina com a Pra a Benedito Calixto DIA DA ENTREVISTA Dia da Semana TOTAL DE ENTREVISTAS 25 entrevistas Las alo A Jovem 16 35 anos _ Adulto 35 50 anos Senhor 50 65 anos 2 Voc considera este local da cidade Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve uec ENTE mm HER mo Emo Mete E E Muito Verde Artificial Muito Artificial Muito Silencioso Barulhento Muito Barulhento Mo nes Muito Organizado Muito Desorganizado 421 2120 5 E luxo intenso d Muito Variados 0 r ns Muito 3 Quais sons da cidade voce escuta agora ssaros J amp 00 Pessoas e Buzina 224 2 Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio E v Riia Crietiann Via Esquina com a Rua C
98. rotas alternativas perigosas para atravessar a rua Todo esta movimenta o gera ru dos caracter sticos de uma determinada cidade de uma certa cultura LaBelle complementa como o local do movimento de pedestres a cal ada funciona como uma intensidade r tmica tecendo as ocorr ncias fugazes definindo um aspecto essencial da vida p blica 99 LABELLE 2010 p 88 Andar na cal ada de certa forma exercer sua cidadania id Leaving the home and coming outside the dynamics of sound and auditory experience open up toward a realm of greater public interaction conditioned by rhythms and the mobility of being on the go 1 On the sidewalk we meet the coming and going of others In these sense the sidewalk is a volatile stage where the individual body takes a step and then another to ultimately negotiate the movements of others as they shuttle pass 109 As the site of pedestrian movement the sidewalk functions as a rhythmic intensity weaving together the fleeting occurrences defining an essential aspect of public life 84 A calcada com p blico por excel ncia um democr tico no qual todos os Homens tem os mesmos direitos Atualmente tenta se segregar usu rios indesejados com consolida o de ruas particulares de acesso restrito ou em condi es extremas dos condom nios fechados Por m assim a cal ada perde seu car cter p blico essencial de grande valor no contexto ur
99. rua Teodoro Sonora pode ser considerada bem alta O impacto evidente nos edif cios residenciais do entorno como mostrado anteriormente e estes devem usar recursos de isolamento de fachadas e coberturas para combater o problema N o s o por m os nicos usos impactados Os pr prios com rcios especializados em artigos musicais precisam manter vitrines para a rua Teodoro Sampaio e quase sempre nem o vidro fecham para atrair os clientes Esta forma a polui o sonora invade estas lojas que precisam n o apenas evitar os ru dos mas oferecer um ambiente interior com ac stica superior voltada para o uso musical Os clientes s o convidados a entrar e testar as qualidades dos instrumentos o que fica realmente muito dif cil considerando o ambiente muito ruidoso n o poss vel simplesmente fechar e isolar a fachada uma equa o sonora imposs vel de conseguir Os usos hospitalares e tamb m das universidade tamb m sofrem muito com a polui o sonora No cap tulo seguinte apresenta se a avalia o qualitativa posta em compara o com os resultados objetivos j mostrados 224 CAP TULO 8 AVALIA O QUALITATIVA E CONCLUS ES FINAIS Neste cap tulo final apresentado o ltimo m todo de avalia o da paisagem sonora que a avalia o qualitativa ou seja s o os resultados de entrevistas com frequentadores da regi o para verificar com estes avaliam o espa o urbano e tamb m como percebem a quest o d
100. s acontece quando o Homem ignora os sons do ambiente e por isso n o busca ameniz los como em casos como a falta de planejamento urbano nas cidades que permitem a constru o de edif cios de usos sens veis como habita es escolas hospitais pr ximas a rodovias de grande porte que s o freq entes no caso de S o Paulo que s o extremamente ruidosas Deve se buscar amenizar as fontes de ru do por m algumas sempre v o produzir ru dos e por isso que exige um distanciamento m nimo de outras edifica es O autor defende que o estudo da ac stica urbana n o deve apenas propor formas de excluir ru dos porque nem todos estes s o ruins Como afirma Alo sio Schmid dentro delas edifica es podemos preferir o sil ncio mas quando estamos fora sem a prote o do lar privar se da audi o causa mais inquietude que serenidade pois um alheamento forjado do mundo real SCHIMID 2005 p 260 Deve se portanto verificar quais os sons que devem ser preservados e multiplicados no meio urbano A partir disso os sons negativos que s o os 35 que causam a forma o de perturba o ao Homem podem ser reconhecidos demonstrando assim a necessidade de elimin los S uma aprecia o global da ac stica do ambiente pode nos dar as fontes para melhorar a orquestra o da paisagem sonora mundial SCHAFER 1977 p 4 afirma Schafer que constantemente defende a interpreta o do ambiente sonoro de
101. s n 2010 305
102. series on soundscape Forum Acusticum 2011 Aalborg Dinamarca s n 2011 AXELSSON NILSSON M E On sound source identification and taxonomy in soundscape research Internoise 2010 Lisboa Portugal s n 2010 AXELSSON NILSSON M E BERGLUND B A principal components model of soundscape perception The journal of Acoustical Society of America Novembro 2010 2836 2846 BARRERA e MU OZ El Ru do em el ordenamiento territorial de la comuna de providencia Chile 2001 Revista Ac stica e Vibra es no34 Dezembro de 2004 BARBOSA A S M Ru do urbano e perda auditiva o caso da exposi o ocupacional em atividades ligadas coordena o do tr fego de ve culos no munic pio de S o Paulo 2001 Disserta o Mestrado Faculdade de Sa de P blica USP S o Paulo BARING J G A O desempenho ac stico de caixilhos de fachada no controle da polui o sonora urbana 1990 Tese Doutorado Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de S o Paulo S o Paulo Contribui es para correta resolu o ac stica dos edif cios 1981 Disserta o Mestrado FAU USP S o Paulo 290 BARING J A Recomenda es para adequa o do conjunto habitacional as condi es de exposi o relativas ao ru do In IPT Org Implanta o de Conjuntos Habitacionais Recomenda es para adequa o clim tica e ac stica S o Paulo IPT 1986 BISTAFA Sylvio R Ac stica
103. significa que muda sempre para pior Por m fundamental compreender essa mudan a afinal o Homem sofre a interfer ncia do meio em que vive E n o apenas com o impacto psicol gico mas tamb m o fisiol gico na medida em que nosso corpo fica em um estado de tens o inevit vel quando submetido a ru dos intensos 34 z A polui o sonora atualmente um problema mundial que deve ser controlado rapidamente para evitar danos a sa de coletiva Como afirma o ecologista Eugene Odum Ambas as formas de polui o do ar sonora e qu mica s o comuns em cidades em situa o de satura o ODUM apud SCHMID 2005 p 259 O principal fator que gera a polui o sonora no espa o urbano s o os meios de transporte principalmente o rodovi rio O n mero de carros nibus motocicletas trens avi es etc muito maior que antes Atualmente pesquisas tecnol gicas tentam reduzir ru dos produzidos por estes motores mas diversos aspectos est o correlacionados como o tipo de pavimento das pistas de rodagem at as condi es clim ticas do local fundamental compreender que o ritmo da cidade que configura sua paisagem sonora e no passado este ritmo era bem mais calmo com menos informa es sonoras diferentes A pergunta central dos pesquisadores sobre a Paisagem Sonora qual a rela o entre o Homem e os sons do ambiente e o que acontece quando esses sons mudam SCHAFER 1977 p 4 A polui o sonora
104. um cruzamento e de um ponto de nibus A inclina o se manteve similar a anterior Por m neste ponto n o h mais os com rcios especializados em m sica O quarto ponto pr ximo a regi o do Hospital das Cl nicas por m ainda n o est perto da rea verde significativa porque o local est antes da Av Dr Eneas Aguiar A inclina o da rua a maior de todos os pontos por volta de 8 de inclina o e representa o final da subida ao espig o da Av Dr Arnaldo Por m o ponto de medi o est entre dois pontos de nibus ou Seja n o est muito pr ximo de um Devido ao uso espec fico relacionado a sa de mesmo aos s bados o movimento de ve culos e pedestres intenso Muitas pessoas de roupas brancas andam pela rua Por essas raz es este ponto apresentou o maior n vel equivalente aos s bados Em rela o aos picos m ximos de ru do est o sempre relacionados ao tr fego veicular Os nibus s o sem nenhuma d vida os grandes vil es da polui o sonora que frequentemente tem picos entre 85 a 95 dBA O segundo destaque para as motocicletas ou seja os motoboys que apresentam n veis sonoros m ximos normalmente entre 80 a 90 dBA S depois destas faixas que nota se os ve culos pesados como caminh es que nunca s o muito grandes e n o costumam produzir tanto ru do nas frenagens e acelera es poss vel notar que os trechos com uma atividade espec fica como a m sica ou a sa de t
105. us the resources for improving the orchestration of the world soundscape Studying the effects of new sounds before they are indiscriminately released into the environment of studying the rich symbolism sounds have for man and studying human behavior patterns in different sonic environments in order to use these insights in planning future environments for man Is the soundscape of the world an indeterminate composition over which we have no control or are we its composers and performers responsible for giving it form and beauty 36 adotadas para um meio urbano e isso pode ser melhorada basta se negligenciar o problema Este a consolidac o de uma paisagem sonora urbana negativa que causa impactos prejudiciais ao Homem tanto f sicos quanto psicol gicos Ao longo de todo o livro o autor busca tratar o mundo como uma composic o musical macroc smica SCHAFER 1977 p 5 Para muitos pesquisadores seria inaceit vel associar a m sica aos ru dos urbanos por receio de diminuir sua import ncia por m Schafer acredita que a m sica nada mais do que sons Os sons e os ru dos s o exatamente o mesmo fen meno mas como diferencia L a Cristina Souza uma vez interferindo no bom andamento das atividades nos objetivos dos espa os prejudicando a fun o do ambiente o som pode ser considerado ru do independente do seu espectro SOUZA ALMEIDA 2009 p 47 Esta forma art
106. 0 26 0 0 0 5 5 11 11 07 11 12 15 11 13 23 11 14 32 11 15 41 11 16 50 Start Time 30 11 2013 11 11 07 Maxnum 89 00 30 11 2013 11 15 47 Minnum 65 50 30 11 2013 11 16 33 Sample Rate 1 00 Average 70 94 PLANILHA DE C LCULO DE Leq Medi o Objetiva Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Rua Capote Valente re em i f TEMPO EM SEGUNDOS 2 z z 217 8 Esquina com a Av Dr Eneas Aguiar Leg 76 9 dBA Lpico 91 1 Standard HD600 RealTime Graph 117 0 650 26 0 13 0 0 0 11 1 Uu o 2 z z 1 07 11 12 19 11 13 33 11 14 46 11 15 59 11 17 12 Start Time 30 11 2013 11 11 07 Maxnum 91 10 30 11 2013 11 15 33 Minnum 59 80 30 11 2013 11 12 58 Sample Rate 1 00 Average 69 55 PLANILHA DE C LCULO DE Leq Medi o Objetiva Cidade Rua Teodoro Sampaio SP Ponto Esquina com a Av Dr Eneas Carvalho de Aguiar Data e Hora SIS STO 7 15 a 7 18 Resultados Gr ficos da Medi o Ac stica C lculo do Leg S bado FONTE Arquivo Pessoal 218 Pretende se agora sintetizar o material obtido para facilitar a compreens o e leitura dos resultados finais desta medi o ac stica Segue abaixo a tabela que apresenta os resultado registrados durante a semana e no S bado nos diferentes pontos O primeiro valor sempre o n vel m ximo de intensidade sonora registrado e o seguinte o n vel equivalente mais relevante para caracterizar a paisagem sonora
107. 12 81 Estabelece padr es de emiss o e imiss o de ru dos e vibra es bem como outros condicionantes ambientais e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia PRADO Luiz Cintra Ac stica Arquitet nica FAUUSP 1962 RAIMBAULT M DUBOIS D Urban soundscapes Experiences and knowledge j Cities 2005 RAMOS Jos Ov dio P Din mica urbana na cidade de S o Paulo o desafio do desenho das solu es ac sticas Disserta o de mestrado FAU USP 2007 RIO DE JANEIRO 2002 Resolu o SMAC No 198 de 22 de fevereiro de 2002 Disp e sobre a padroniza o dos procedimentos da polui o sonora ROCHA PINTO F A Polui o sonora um levantamento de dados da cidade de Fortaleza no per odo de 1988 a 1998 Revista Ac stica amp Vibra es Florian polis n 25 p 51 58 2000 ROLLA S Avalia o da polui o sonora na cidade de Campinas SP In CONGRESSO BRASIL ARGENTINA ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE AC STICA 15 1994 Florian polis Florian polis SOBRAC 1994 p 349 356 SALVADOR Lei No 5354 de 28 de janeiro de 1998 Disp es sobre sons urbanos fixa n veis e hor rios em que ser permitida sua emiss o cria a licen a para utiliza o sonora e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 301 SANTOS S Poluic o sonora Sampa Online S o Paulo 22 de junho de 2001 SANNIN P H T et al 2002 Inc modo causado pelo ru do urbano po
108. 1976 p 115 O fen meno atualmente identificado a total negac o da paisagem sonora natural e artificial estabelecida em espa o p blico urbano atrav s do confinamento em espa os fechados e privados O exemplo mais radical o uso de fones de ouvido com os quais o Homem pode caminhar pela cidade ouvindo qualquer som que desejar At mesmo o canto de p ssaros ou o som da queda d gua de uma cachoeira O cen rio estabelecido se tornou 84 In stressing low frequency sound popular music seeks blend and diffusion rather than clarity and focus which had been the aim of previous music and was achieved by separating performers and listeners in counterpoised groups usually facing one another The new counterculture typified by Beatlemania was actually stealing the Sacred Noise from the camp of the industrialists and setting it up in the hearts and communes of the hippies 86 As the intensity of the modern soundscape or of modern music increases tranquility diminishes 72 bizarro tamanho o distanciamento da realidade coletiva O n mero de atropelamento a pedestres aumentou entre outros fatores porque estes n o s o mais capazes de ouvir buzinas de alerta Como observa Schafer mais recente espa o ac stico privado produzido escutando fones de ouvido porque mensagens recebidas nestes s o sempre propriedade privada Head space uma express o popular usada pelos jovens referindo se a geografia d
109. 79200 9579300 9579400 9579500 Hj Li 4 E 9579000 9579100 9579200 9579300 9579400 9579500 9579600 9579700 9579800 957900 9580000 56 FORTALEZA MAPA 8 DA BAIRROS MARAPONGA MONDUBIM SEM METR JULHO 2012 9578700 9578800 9578900 9579000 UM V UY 546900 547000 547100 547200 547300 547400 547500 547600 547700 547800 5 4 Carta ac stica de Fortaleza Cear FONTE cartaacusticadefortaleza com ACESSO 14 07 2013 134 Fortaleza foi a primeira cidade Brasileira a desenvolver sua Carta de Ru do em parceria com o poder p blico As diferentes cores indicam os n veis de intensidade sonora deixando assim bem evidente os locais mais problem ticos da cidade em rela o a polui o sonora Em rela o a apar ncia do mapa pode se escolher tamb m por n o visualizar em manchas como na ilustra o acima mas constar as pr prias curvas isof nicas Como anteriormente comentado ap s a simula o no software indicado a realiza o de uma valida o dos resultados em campo Alguns pontos chaves s o escolhidos para observa o contagens de fontes sonoras e medi es com son metro in loco para verificar a coer ncia dos dados de entrada Em seguida pode se voltar para o software e fazer poss veis corre es e ajustes refinando ainda mais o c lculo final poss vel inserir no software um ponto de medi o em campo e especificar os valores obtidos Assim o pr
110. 9b Portaria no 229 DAC de 17 de maio de 1999 Padr es de ru do certificado de homologa o de tipo Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1999c Resolu o CONAMA No 256 de 30 de junho de 1999 Aprova a inspe o de emiss o de poluentes e ru dos Di rio Oficial da Uni o Bras lia 22 jul 1999 2000a Resolu o CONAMA No 272 14 de setembro de 2000 Estabelece para ve culos automotores nacionais e importados exceto motocicletas motonetas ciclomotores bicicletas com motor auxiliar e ve culos assemelhados limites m ximos de ru do com o ve culo em acelera o Di rio Oficial da Uni o Bras lia 10 jan 2001 2000b Resolu o CONAMA N 268 14 de setembro de 2000 Altera a Resolu o CONAMA No 02 de 11 de fevereiro de 1993 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 dez 2000 293 2001 Lei No 10527 de 10 de julho de 2001 Estatuto da Cidade Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1996 DISTRITO FEDERAL Lei N 1065 de 6 de maio de 1996 Disp e sobre normas de preserva o ambiental quanto a polui o sonora e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia __ 1987 Portaria No1411 GM5 de 8 de dezembro de 1987 Disp e sobre Zonas de Protec o e Aprova o Plano B sico de Zona de Protec o de Aer dromos o Plano B sico de Zoneamento de Ru do o Plano B sico de Zona de Protec o de Helipontos e o Plano de Zona de Prote o de Aux lios Navega o A rea e d outras p
111. DA CIDADE icickssuszaauxvuz sai dias nienids daiane 50 2 2 SONS TECNOL GICOS a trt eqni Da tom Eu me 55 2 2 1 A LINHA RETA DO SOM 60 2 2 2 O RU DO DOS TRANSPORTES pe tax a 61 2 2 3 REVOLU O EL TRICA cesses 65 e oMUSIGAE PERCEP O dad raise 68 CAPITULO 2 ea ga 14 OS TERRIT RIOS AC STICOS BRANDON LABELLE 3 1 A DIMENS O ESPA O TEMPORAL DO 0 76 3 1 1 A QUEBRA DAS DELIMITA ES 79 xiii 3 1 2 RU DO COMO REGISTRO DA VITALIDADE ESPACIAL 81 3 2 A CAL ADA AC STICA 83 3 2 1 OS SONS DO PEDESTRE oco nd de ska 87 3 2 2 CONFRONTOS EM P BLICO ce pO RAE tx PL a Ra RE 91 3 3 RUA DO AUTOMOVEL 95 3 3 1 VIBRA ES 9 97 3 3 2 AUTOM VEL 101 CAPITULO 107 COMPORTAMENTO DO SOM CIDADE 4 1 PAISAGEM SONORA DA 2 2 107 4 2 MECANISMOS DE ATENUA O SONORA NA 108 4 2 1 ABSOR O DO AR CONDI O 110 4 2 2 SUPERF CIES ABSORVENTES E
112. EA MO ete NENNEN E Muito Verde Artificial Muito Artificial Muito Silencioso Silencioso Barulhento Muito Barulhento Muito orsus Muito Desorganizado x emen 5 E o Muito Intenso Da pas mde 3 Fluxo intenso de meme mem T lt q Estabelecimentos qr uito Variados iz V m 7 2 3 gt 4 Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio Esquina com a Av Dr Eneas Carval DIA DA ENTREVISTA Dia da Semana TOTAL DE ENTREVISTAS 29 entrevistas a Jovem 16 35 anos Adulto 35 50 anos Senhor 50 65 anos wi adj n mmo masculino eio 2 Voc considera este local da cidade me m ET OPE NEUE en Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve us MEL CO 8 3 50 17 50 55 00 24 00 Claro Muito Escuro Muito Silencioso Barulhento Muito Barulhento 0 00 0 00 82 50 17 50 4711 Muito Alegre Age Triste Muito Triste 7 00 82 50 10 50 0 00 Muito Organizado Muito Desorganizado eo t 9 j s o o o eo 5 3 50 79 00 17 50 Fluxo Muito Intenso 1 pas 6 o Fluxo intenso de mmm meme O emm p culos Po fl Estabelecimentos 4 a
113. EMEYER M L A 1998 Ru do Urbano e Arquitetura em Clima Tropical mido Disserta o Mestrado FAU UFRJ Rio de Janeiro O GLOBO 2006 Edi o de 25 ago 2006 NIEMEYER M L A e SLAMA J G O Ru do e a Cidade Elementos de Ru do Urbano In Vicente del Rio Org Arquitetura Pesquisa e Projeto Cole o PROARQ 1 ed S o 1998 v 1 75 89 NUNES M Interfer ncia do ru do de tr fego urbano na qualidade de vida estudo de caso zona residencial Bras lia DF 2000 Tese de doutorado em sa de ambiental apresentada na Faculdade de Sa de P blica USP S o Paulo 2000 OUIS D Annoyance from road traffic noise a review Journal of Enviromental Psychology 2001 PAZ ZANNIN Analise estat stica comparativa do ru do urbano cidade de Curitiba Revista Ac stica e Vibra es no34 Dezembro de 2004 300 PAZ E C ZANNIN P H T An lise Estat stica Comparativa do Ru do Urbano na Cidade de Curitiba Revista Ac stica amp Vibra es Florian polis SC v 34 p 2 10 2004 PIMENTEL SOUZA F LVARES P APS A polui o sonora urbana no trabalho e na sa de Mapa ac stico de Belo Horizonte Belo Horizonte UFMG 1998 PEREIRA JR J S Legisla o Federal sobre polui o sonora urbana C mara dos Deputados Bras lia DF janeiro 2002 PORTO ALEGRE Decreto N 8 185 de 07 de mar o de 1983 Regulamenta a Lei Complementar W 65 de 22
114. MENTO DO SOM NA CIDADE Ap s uma revis o te rica sobre a paisagem sonora urbana e o comportamento do som espa o p blico da cidade a proposta agora abordar o comportamento do som na cidade atrav s da discuss o dos principais fen menos f sicos que ocorrem em meio externo urbano Em seguida descreve se como ocorre a percepc o sonora humana e os efeitos f sicos deste ru do anexo A desta pesquisa cont m explica es sobre os conceitos fundamentais do som como por exemplo frequ ncia intensidade sonora n vel logar tmico e formas de propaga o sonora Neste anexo encontra se tamb m explica es t cnicas inclusive com f rmulas matem ticas para explicar poss veis lacunas conceituais deste cap tulo e do restante do trabalho 4 1 PAISAGEM SONORA DA METR POLE Considerando a ocorr ncia do som na cidade deve se primeiramente destacar as particularidades da cidade contempor nea O aumento do n mero de linhas de transporte como trens metr s nibus carros etc atrelado ao crescimento da frota de ve culos j um fator determinante da paisagem sonora urbana Al m disso se deve esquecer o transporte a reo nas atuais metr poles com ru dos praticamente constates de avi es e helic pteros H tamb m um aumento das fontes de ru do de demoli es e conseq entes constru es porque em uma grande cidade a especula o imobili ria est atuando constantemente Com o desenvolvim
115. N Y Ru do Fundamentos e Controle 2 ed Florian polis NR Editora 296 2000 676p GOOGLE MAPS Google Google Maps 2011 Disponivel em lt www google com br gt Acesso em 2011 GON ALVES FILHO A P e MORAES L R S An lise do incomodo causado pelo ru do urbano em logradouros da cidade de Feria de Santana Bahia Brasil Revista Ac stica amp Vibra es Florian polis n 34 p27 33 2004 GRUNOW Evelise Ac stica Quest o Ambiental Akkerman Projetos Ac sticos S o Paulo Editora C4 2008 Destaque para os cases Prote o ac stica em Vila Ipanema Ipatinga p 54 e Hipermercado Extra Sorocaba p 62 GUEDES C M Influ ncia da forma urbana em ambiente sonoro um estudo no bairro Jardins em Aracaju SE 2005 Disserta o Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual de Campinas Campinas S P HOLTZ Marcos C De B Avalia o qualitativa da paisagem sonora de espa os urbanos Estudo de caso Parque Villa Lobos em S o Paulo Disserta o de mestrado FAU USP 2012 HONG J Y LEE P J JEON J Y Evaluation of urban soundscape using soundwalking ICA International Congress on Acoustics Sydney Australia s n 2010 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA Fundac o SEADE Rio de Janeiro IBGE 2000 2013 IMAGINE State of the Art Deliverable 2 of the IMAGINE project IMAGINE 2004 Disponivel em lt http ww
116. Primeiramente levante se os usos predominantes A rua Teodoro Sampaio entre a avenida Dr Arnaldo e a avenida Henrique Schaumann apresenta um uso predominantemente comercial como era esperado Por m pode se observar um transforma o recente no bairro devido ao n mero expressivo de empreendimentos que no caso atualmente encontram se em obras Estes agora s o consider veis fontes de ru do urbano As edifica es voltadas para a rua Teodoro Sampaio s o normalmente compostas por estabelecimentos comerciais principalmente no t rreo mas o restante das quadras costuma ter predomin ncia do uso residencial Estas edif cios residenciais recebem um grande impacto da polui o sonora da rua Teodoro Sampaio devido a proximidade No final da rua pode se verificar o p lo de sa de que se consolidou no grande territ rio do antigo Hospital de Isolamento que agora abriga a Faculdade de Medicina o Hospital das Cl nicas entre outros usos sens veis ao ru do ou seja que precisam de sil ncio Os mapas foram feitos ignorando os limites dos lotes porque assim fazem os sons urbanos pontuando apenas as edifica es como apresenta o mapa de Cheios e Vazios Os lotes em cinza s o os estacionamentos que apesar de serem vazios devido ao solo normalmente imperme veis para ac stica urbana tamb m acabam constituindo superf cies refletoras Em seguida se apresenta a vegeta o deste trecho urbano que apesar de parecer muito artificial
117. REFEITURA DE S O PAULO 2018 p 4 A partir da d cada de 1960 o bairro de Pinheiros passa por um per odo de deteriora o devido ao processo crescente de periferiza o da metr pole Os bondes da rua Teodoro Sampaio tamb m foram aposentados nesta poca e recentemente devido as obras que fazem parte da requalifica o do 148 Largo da Batata os trilhos foram desenterrados como comenta o jornal Folha de S o Paulo em agosto de 2013 A descoberta j era esperada e por isso n o vai haver atrasos nas obras diz a prefeitura Mas isso n o diminuiu a perplexidade dos oper rios e a excita o dos pedestres que passavam pelo local diversos pararam para tirar fotos Esses n o os primeiros trilhos encontrados em Pinheiros Nas ruas Butant e Paes Leme parte da linha j havia sido recuperada Uma parte desse primeiro achado vai ser instalada na nova pra a em Pinheiros onde ficar exposta ao p blico para lembrar a hist ria da cidade 2013 p 1 z O fato dos pedestres pararem para tirar fotos muito relevante porque demonstra que os trilhos do bonde lembram uma poca da rua vivenciada por muitos E como est marcado na mem ria da popula o sobre o local tamb m gera um impacto na compreens o de muitos pedestres da paisagem sonora um vez que este sempre foi caracterizado como um eixo importante e ruidoso de tr fego 6 2 Trilhos de bonde de 1909 desenterrados durante obra em Pinheiros Ago
118. Segunda Guerra Mundial tudo isso mudou SCHAFER 1976 p 85 Com as grandes Guerras Mundiais o avi o mudou sua simbologia que ficou atrelada ao seu poder de destrui o na guerra Ouvi lo causava medo na popula o E conforme este meio de transporte foi se popularizando ou seja foi aumentando em n mero seu ru do se mostrou bem diferente do trem afinal era constante e de baixa informa o E seu impacto no meio urbano bem dif cil de combater como observa o autor 63 For contemporary urban man half the imagery of traditional poetry was lost The same thing is happening to the soundscape where the sounds of nature are being lost under the combined jamming of industrial and domestic machinery 9 At one time it was only those unfortunate enough to live near airports who really suffered from aircraft noise In those days a passing plane turned all heads upward But since the Second World War all this has changed 63 Como cada casa e escrit rio est o sendo gradualmente situados ao longo de pistas a reas mundiais a ind stria da talvez de forma mais eficaz do que qualquer outra est destruindo as palavras paz e tranquilidade em todas as l nguas do mundo O ru do no c u se distingue radicalmente de todas as outras formas de ru do a medida em que n o localizado ou contido SCHAFER 1976 p 86 A problem tica do transporte a reo que sua fonte n o pontual e seu ru do atinge
119. a o dos pesquisadores Bento Coelho e Mohammed Boubezari que objetivou expressar graficamente as paisagens sonoras como observa se Arquitetos s o conhecidos por intuitivamente preferir formas significativas no espa o e valores expressos em decibeis poss vel trazer mais inteligibilidade aos mapeamentos sonoros para atrair o olhar dos arquitetos BOUBEZARI BENTO apud HOLTZ 2012 p 44 Dentro da metodologia de an lise adotada al m da elabora o do Mapa de Ru do e medi es objetivas Holtz prop s uma Caminha explorat ria qual visou identificar ambientes ac sticos que se destacam do ru do de fundo e a Avalia o do Soundscape atrav s do registro do contexto em que a fonte sonora ocorre observando o comportamento dos usu rios do parque momento em que foram feitas algumas perguntas eventuais Sobre o mapa de ru do realizado pode se destacar o fato de que al m de produzir um mapa geral da situa o sonora do parque que considera as fontes de ru do urbano o autor ainda produziu mapas aproximados de fontes internas do parque que constituem marcos sonoros A avalia o qualitativa desta disserta o poderia ter sido mais aprofundada Esta foi desenvolvida quase apenas com base na percep o do autor o que torna os resultados muito parciais H m todos cient ficos aplicados em todo o mundo que avaliam de forma mais significativa a perpep o humana como veremos posteriormente A algu
120. a o sonora ao ar livre e ru do ambiental ru do em recintos discuss o de normas e legisla es aplic veis nacionais e internacionais entre outros assuntos pertinentes Por m o grande interesse desta obra para a rea de ac stica urbana seu destaque para o controle dos ru dos o que resulta em uma maior nfase nos sons ambientais Para este trabalho pode se destacar o Cap tulo 9 Propaga o sonora ao ar livre e ru do ambiental no qual aborda os principais mecanismos de atenua o sonora ao ar livre de forma bem explicativa com a sistematiza o em tabelas entre outras quest es relevantes Outra obra t cnica fundamental chama Ac stica arquitet nica 8 Condicionamento do ar do engenheiro civil e professor de conforto ambiental da UFMG P rides Silva Este livro n o exclusivo de ac stica metade deste dedicado a quest o t rmica que tamb m muito relevante considerando a qualidade ambiental das edifica es Como descreve o autor Nosso intuito ao apresentar o presente trabalho a organiza o de um roteiro para estudo da ac stica no campo de sua aplica o a arquitetura pois a mesma constitui uma das disciplinas componentes da cadeira de F sica Aplicada nas escolas de 12 arquitetura do Brasil ou Equipamentos de Edif cios Il ou ainda Conforto Ambiental SILVA 2005 p xxviii um livro que tamb m explica a ac stica arquitet nica de uma maneira did tica
121. a mente que n o pode ser alcan ada por nenhum telesc pio SCHAFER 1976 p 119 O individualismo aparece de forma exasperada uma vez que o espa o coletivo t o hostil O dom nio da reprodu o do som conseguiu ampliar tanto o seu espa o ac stico que atingiu at mesmo o Head space ou espa o da mente do Homem Parece a liberdade de escolha de cada indiv duo mas na verdade uma aliena o de realidade urbana Quando o som conduzido diretamente atrav s do c rebro do ouvinte que utiliza fones de ouvido ele n o est mais se importando com eventos no horizonte ac stico n o est mais cercado por uma esfera de elementos m veis Ele a esfera Ele o universo SCHAFER 1976 p 119 Dado este panorama do que se transformou a paisagem sonora atual das grandes cidades devido ao tamanho descontrole e no grande impacto negativo que este cen rio gerou ao seus habitantes e fundamental enfrentar esta tem tica de forma efetiva O estudo da ac stica ambiental deve se difundir para atender a escala do problema sendo que os m todos de an lise da paisagem sonora ser o analisados em posterior cap tulo deste trabalho 87 The ultimate private acoustic space is produced with the headphone listening for messages received on earphones are always private property Head space is a popular expression with the young referring to the geography of the mind which can be reached by no telescope 88 Wh
122. a o p lo de atrac o de povoados e passantes e se transformou em local de romarias PREFEITURA DE S O PAULO 2013 p 1 Na verdade at o fim do s culo XVII Pinheiros era aldeia e n cleo modest ssimo completamente desligado do centro da cidade tinha n o mais que duzentas casas ao redor do Largo de Pinheiros onde localizava se a antiga igreja Hoje pouca coisa restou desse per odo al m de tra ado urbano que muito relevante a este estudo No in cio do s culo XX o bairro de Pinheiros come a efetivamente a se desenvolver Com a independ ncia brasileira em 1822 s culo XIX o caf avan a sobre o territ rio paulista e toma praticamente todo o Estado em 100 anos criando a base econ mica que permitiria cidade um r pido desenvolvimento at o final do s culo XIX e in cio do s culo XX Da necessidade de escoar o caf surgem as ferrovias quer as ferrovias de carga quer os trens de passageiros e os trens urbanos e bondes Rapidamente S o Paulo deixa seu perfil colonial trocando o por um novo perfil arquitet nico de reas mais avan adas e uma crescente vida urbana que se espelha pelos bairros um deles Pinheiros PREFEITURA DE S O PAULO 2013 p 1 146 Neste mesmo per odo alguns fatores importantes possibilitaram crescimento do bairro o prolongamento da linha de bondes at o largo de Pinheiros feito a partir da ent o Avenida Municipal hoje Dr Arnaldo e a abertura da rua Teodoro Sampaio Em 1907
123. a paisagem sonora de qualidade pode oferecer a popula o uma sensa o de intimidade com o espa o p blico e consequentemente uma rela o mais ntima com locais coletivos da cidade O autor complementa sobre o som O som prom scuo Ele existe como uma rede que nos ensina a pertencer como encontrar espa o bem como a forma de n o pertencer de ficar a deriva Se sentir fora de lugar e ainda buscar por nova conex o por proximidade Conhecimento auditivo n o dualista Ele se baseia na empatia e na diverg ncia permitindo a compreens o cuidadosa e profundo envolvimento no presente durante a conex o com a din mica da media o deslocamento e virtualidade LABELLE 2010 xvii Em resumo o som possibilita uma compreens o temporal e espacial nica Por m necess rio que o Homem esteja disposto a se sensibilizar pelo mesmo Atualmente encontra se ambientes urbanos com paisagens sonoras muito hostis Por essa raz o os habitantes se acostumam a n o perceber mais os sons a sua volta para evitar a polui o sonora Mas desta forma tamb m perde se a percep o espacial importante do meio urbano al m de baixa apreens o cultural de seu tempo Sem ouvir com aten o o espa o o Homem n o se torna familiar a este E os espa os p blicos das cidades como cal adas e pra as acabam abandonados 3 1 1 A QUEBRA DAS DELIMITA ES URBANAS 97 Sound is promiscuous It exists as a network that teaches us ho
124. a polui o sonora O m todo do Soundwalk teve que passar por modifica es para se adequar as particularidades desta pesquisa e tamb m de adaptar a realidade cultural brasileira como ser explicado a seguir O m todo Soundwalk prop em que se forme um grupo de pessoas que percorram o eixo urbano escolhido parando em determinados pontos para responder ao question rio sobre a qualidade ambiental urbana e entre as diversas quest es avaliar os ru dos urbanos N o se deve perguntar diretamente sobre a paisagem sonora para n o induzir as respostas Por m formar e levar um grupo fora de contexto para a rua Teodoro Sampaio parecia mais uma excurs o tur stica do que um avalia o cient fica de campo Para n o tirar as pessoas de sua rotina decidiu se entrevistar 200 pedestres da rua em quatro pontos pr determinados os mesmos locais onde tamb m foi realizada a medi o objetiva O sexo dos entrevistados pode ser variado assim como a idade que s n o deve ser inferior a 16 anos e maior de 65 anos As crian as e adolescentes tem comprovadamente um audi o mais apurada e a terceira idade j pode apresentar perda auditiva A proposta original por m era organizar um grupo de pessoas de uma cidade bem pequena do interior que supostamente n o est acostumado com altos n veis de ru do e outro grupo de pessoas que moram em S o Paulo Mas a popula o do interior certamente n o ter a mesma bagagem
125. a popula o local que umas das propostas deste atual trabalho O ltimo trabalho acad mico analisado tem o t tulo Avalia o qualitativa da paisagem sonora de parques urbanos Estudo de caso parque Villa Lobos em S o Paulo do autor Marcos Cesar de Barros Holtz sendo o orientador o professor Dr Jo o Gualberto de Azevedo Baring Esta disserta o foi apresentada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo no ano passado em 2012 Primeiramente aborda os Mapeamentos quantitativos de ru dos no cap tulo 2 no qual apresenta a problem tica do ru do urbano e j apresenta os m todos para a elabora o de mapas de ru do Pode se destacar a apresenta o do Guidelines and good practice on strategic noise mapping 24 do projeto IMAGINE criado em 2003 que tinha como objetivo geral desenvolver um modelo contendo m todos de avaliac o de ru do comuns para todos os pa ses europeus IMAGINE apud HOLTZ 2012 p 18 Sobre a situa o atual de mapeamentos de ru do no Brasil o autor afirma O mapeamento de ru dos no Brasil ainda encontra se em fase embrion ria com alguns trabalhos universit rios que infelizmente n o s o apoiados pelos rg os de meio ambiente brasileiros O nico caso com o apoio do Estado Fortaleza possui um bom plano j est equipado e em fase de treinamento de pessoal para a execu nao dos mapas de ru do HOLTZ 2012 p 34 Por m a pesquis
126. a vai al m da avalia o objetiva dos n veis de intensidade a primeira pesquisa de mestrado que explora diretamente o conceito de paisagem sonora a partir do cap tulo 3 chamado Soundscape An lise qualitativa dos ru dos Como diz o autor Neste trabalho apresentada uma avalia o do ambiente sonoro do Parque Villa Lobos em S o Paulo levando em conta o contexto e a percep o humana Aqui est o contidos mapas quantitativos cl ssicos com n veis de ru do em decib is e uma avalia o qualitativa do Soundscape o ambiente sonoro considerando o contexto e a percep o humana HOLTZ 2012 p xiv A combina o da avalia o objetiva com a qualitativa fundamental para completa compreens o do contexto sonoro de um determinado local De forma pioneira o professor Ualfrido del Carlo buscou fazer isso em sua tese de livre doc ncia em 1979 como anteriormente mencionado Segundo Holtz foi identificado apenas um outro trabalho acad mico na rea de paisagem sonora em andamento no Brasil Trata se de uma tese de doutorado que est sendo realizada em B lem que analisa parques p blicos 28 Mapeamentos qualitativos das paisagens sonoras permitem a elabora o de novas formas gr ficas de representar o ru do de linguagem menos t cnica que pode ser mais atrativa aos projetivas Um ponto relevante do trabalho apresentar o projeto desenvolvido pelo Instituto Superior T cnico com coorden
127. ad veis a vida cotidiana como o cantar dos passarinhos que s aumentam a tens o corporal do Homem e ap iam o ritmo fren tico da vida urbana Como descreve Schafer inicialmente a paisagem sonora original era geralmente calma mas foi deliberadamente pontuada pela aberra o dos ru dos da guerra A celebra o religiosa era outra ocasi o para ocorr ncia altos ru dos SCHAFER 1976 p 51 Em tempos passados mesmo as 25 In lo hi soundscape individual acoustic signals are obscured in a overdense population of sounds The pellucid sounds a footstep in the snow a church bell across the valley or an animal scurrying in the brush is masked by broad band noise Perspective is lost On a downtown street corner of the modern city there is no distance there is only presence 26 The original soundscape was generally quiet it was deliberately punctuated by the aberration noises of war The other occasion for loud noise was religion celebration 48 vilas possu am um ritmo mais tranq ilo e somente os eventos destoantes como guerras alteravam a paisagem sonora e sempre estavam atrelados a infelicidade Em rela o a religi o esta precisava ser eloquente afinal se tratava de uma conex o divina sobre numana Como acredita o autor a palavra de Deus chegou at o homem originalmente atrav s do ouvido e n o do olho Ao reunir seus instrumentos e fazendo ru dos impressionantes o Homem esperava por sua vez c
128. ado de forma crescente de dBA e o que se obt m uma curva tamb m crescente de avalia es negativas Apenas o ponto do com rcio musical ou seja na rua Cristiano Vianna que foge um pouco do padr o possivelmente pela qualidade sonora que a m sica imprime na cidade 274 90 80 70 60 50 7 40 30 20 Quantos associam a falta de tranq ilidade urbana a falta de sil ncio barulho 0 796 8 Associam 142 8 Associam 1 TOTAL Em um dos pontos de medi o quantas vezes a paisagem sonora foi classificada de forma negativa 193 X N vel de intensidade dBA 50 Negativa dBA 10 1 Benedito 3 Capote 4 Eneas 2 Cristiano 8 27 e 8 28 Gr ficos da Rela o entre a Percep o Sonora Negativa e o Aumento dos N veis de Ru do FONTE Arquivo Pessoal 275 O gr fico anterior fundamental para relacionar os resultados da medic o objetiva em dBA com os da avalia o qualitativa que s o as percep es negativas da paisagem sonora Por m a proposta era ainda pesquisar a relac o do aumento dos n veis de ru do nos outros par metros de qualifica o urbana afinal o objetivo deste trabalho sempre investigar o impacto da paisagem sonora na cidade Com esse intuito foram elaboradas as tabelas a seguir que comparam a varia o da percep o da popula o dos par metros de qualidade urbana entre o ponto de menor e maior n v
129. ados das medi es Enfim este segundo trabalho similar ao primeiro devido ao seu car ter explorat rio Como coloca Cremonesi O estudo visou fornecer indicadores iniciais sobre as condi es de ru do para os v rios tipos de ocupa es do solo e vias urbanas al m de analisar a correla o dos n veis de ru do com os par metros de tr fego CREMONESI 1984 p 124 Parece com um pouco mais de recursos t cnicos que o anterior por exemplo ao apresentar os intervalos de varia o dos par metros de ru do por m n o apresenta nenhuma tentativa de avalia o qualitativa ou de considerar a psico ac stica apesar de que o intuito central da pesquisa era oferecer recursos para a melhora de vida da popula o Nos coment rios gerais o autor diz que cabe ao Poder P blico criar condi es para a busca de solu es do ru do urbano sendo que a primeira tentaiva foi a Lei do Zoneamento Lei n 7085 1972 e suas altera es de 1973 e 75 na qual se propoem a separa o de zonas de uso Os textos destas leis foram anexados no final do trabalho e s o fundamentais para consulta sobre o tema Diz que faltou na poca uma proje o para o futuro e por isso que considera necess rio uma revis o da Lei de Zoneamento que impe a a deturpa o do uso pretendido Na conclus o Cremonesi afirma que a op o de suportar os transtornos e contratempos dos grandes aglomerados pelas facilidades propiciadas por estes a
130. al acima de 50 dB Este um trecho do mapa de Minneapolis St Paul chamado Decibel Readings Map illustrating citywide decibel levels desenvolvido no Instituto de Design na Universidade de Minnesota em 2001 e 5 6 Mapa ilustrativo dos n veis de intensidade sonora em decibels FONTE ZARDINI 2005 p 171 141 Esta outra forma de representa o gr fica abaixo avalia a paisagem ac stica das quatro ruas que comp em uma quadra da cidade Em cada lateral indica a contagem de eventos sonoros identificados em um per odo de 20 minutos H dois gr ficos porque um foi feito ao meio dia e o outro as 8 horas da noite Conforme a legenda foram feitas contagens dos sons produzidos por p ssaros vozes humanas tr fego televis o r dio etc latidos de c es sons dom sticos internos e externos Esta ilustra o foi produzida por Murray Schafer e foi chamado de Sound map of a listening walk around a city block como resultado de uma Caminhada Sonora pelo espa o urbano Time 12 00 noon Duration 20 minutes Springer Pandora Ranelagh Time 8 00 p m Duration 20 minutes Springer o o a Ranelagh 0 8 X t Legend Television radio etc Ih Birds A Barking dogs Human vocal sounds Indoor domestic sounds T 3 gt d Traffic Outdoor domestic sounds 5 7 Mapa de uma caminhada sonora FONTE SCHAFER 1977 Appe
131. alization of the sound source is more difficult with low frequency sounds and music stressing such sounds is both darker in quality and more directionless in space Instead of facing the sound source the listener seems immersed in it 71 Ao valorizar sons de baixa frequ ncia a m sica popular procura mistura e difus o em vez de clareza e foco que tinha sido o objetivo da m sica anterior e foi atingido pela separa o artistas e ouvintes em grupos de oposic o geralmente enfrentando um ao outro SCHAFER 1976 p 117 Os amplificadores possibilitaram os atualmente freq entes shows de grande porte com p blicos de milhares de pessoas em espa os abertos Por essa raz o o autor acredita que A nova contracultura evidenciado pela Beatlemania foi realmente roubar o Ru do Sagrado do acampamento dos industriais e configur lo nos cora es e nas comunas dos hippies SCHAFER 1976 p 115 Agora o grande problema do aumento de fontes sonoras urbanas e a grande intensidade destes novos ru dos ficaram esquecidos pelo poder p blico As cidades foram constru das de forma desordenada sem planejamento urbano pr vio muito menos em rela o a administra o de seus ru dos A polui o sonora uma problem tica que assombra at pr speras metr poles do s culo XXI Como simplifica Schafer a medida que a intensidade da paisagem sonora moderna ou da m sica moderna aumenta a tranquilidade diminui SCHAFER
132. amatically support this projected embodiment marking the street as a space of transformative amplification 105 quando est na estrada tamb m pode ser ouvido para entorpecer os sentidos com o isolamento da energia LABELLE 2010 p 161 Para concluir LaBelle observa que como um intervalo um espa o de tempo O carro uma m quina de fantasia blindado da rua o corpo flutua livremente Dirigir gera a sensa o ilus ria de uma poss vel fuga quando muitas vezes entrega de volta a dura realidade concreta LABELLE 2010 p 161 O autom vel oferece a falsa sensa o de apropria o do espa o p blico que fica realmente desconectado da realidade que acontece no interior de cada carro A rua sofre com isso porque atualmente se resume em um local apenas de passagem veicular perdendo seu car ter de permanencia e encontro social A cal ada da cidade contempor nea faz um retrato cultural muito mais preciso que de fato a rua 52 Though the car through all its modified expressions can operate for cultural and territorial dispute the acoustical interval it imparts to being on the road might also be heard to numb the senses with isolate verve As an interval a spacing within time the car is a machine of fantasy shielded from the street the body floats freely Driving generates that illusory sense of possible escape while often delivering back the harsh reality of the concrete 106 CAP TULO 4 COMPORTA
133. aplicada ao controle de ru do Ed Blucher 2006 Destaque para cap tulo 9 propa o sonora ao ar livre e ru do ambiental p 187 BERANEK L L Acoustic Measurements John Wiley amp Sons Inc New York 1949 BR EL amp KJAER Environmental noise Denmark Br el amp Kjaer Sound amp Vibration Measurement A S 2000 65p CARVALHO R gio Paniago Ac stica Arquitet nica Bras lia Thesaurus 2006 Destaque para exemplo de caso 4 quest o de ru do urbano p 219 COSTA Ennio Cruz da Ac stica T cnica S o Paulo Editora Edgard Blucher Ltda 2003 Destaque para cap tulo 5 Rumores p 71 CARNEIRO W A M Pertuba es sonoras nas edifica es urbanas ru dos em edif cios direito de vizinhan a responsbilidade do construtor 3 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 2004 CE 2000 Position paper on EU noise indicators Dispon vel em lt http europa eu int comm environment noise noiseindicators pdf gt Acesso em 19 05 2005 1996c Futura Pol tica de Ru do Livro Verde da Comiss o Europ ia 2000 A Pol tica de Ru do da Uni o Europ ia Ano 2 1999 2000 Melhoramento do Ambiente Urbano e Contribui o para a Sustentabilidade Global 2000a COM 2000 468 de 2000 Proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa avalia o e gest o do ru do ambiente 291 COELHO J L VALADAS B e GUEDES M Ru do Ambiente em Portugal Revista de
134. aracteriza o ru do e em seguida uma tabela utilizada para o c lculo do L equivalente O gr fico aponta em seu final o dia e a hora da medic o que devem ser configurados manualmente e o n vel m ximo e m nimo registrado Al m disso determina o sample rate que o intervalo de tempo para o equipamento gravar um novo dado A norma pede respostas a cada 5 segundos por m foi definido 1 segundo para que o gr fico ficasse mais fiel ao comportamento dos sons na realidade O gr fico apresenta tamb m um n mero Average preciso tomar cuidado porque este valor n o o Leg e sim uma m dia aritm tica dos valores registrados Isso pode ser considerado errado mas a norma ISO internacional define que esse procedimento correto quando a varia o entre os valores da medi o n o ultrapassa a diferen a de 3 dBA Mas no caso e ali s na grande maioria das medi es urbanas esse valor ultrapassa muito essa margem obteve se uma varia o de at 20 dBA Segundo a norma NBR 10 151 no anexo A apresentado abaixo se o son metro n o calcula automaticamente o Leg necess rio utilizar esta f rmula Anexo A normativo M todo alternativo para a determina o do Este anexo apresenta um m todo alternativo para o c lculo do n vel de press o sonora equivalente Leg quando o medidor de n vel de press o sonora n o disp e dessa fun o Nesse caso o n vel de press o sonora equivalente em dB A
135. ard Method of Computing Noise Contours around Civil Airports S 1 1997 FENG T et al A social survey on the effects of high speed maglev noise on residents in Shanghai In INTERNOISE 2005 Rio de Janeiro Anais Sociedade Brasileira de Ac stica 2005 p 147 FLORIAN POLIS 1999 Lei Complementar CMF N 003 99 Disp e sobre ru dos urbanos e prote o do bem estar e do sossego p blico Di rio Oficial da Uni o Bras lia FORTALEZA Lei No 8097 de 2 de dezembro de 1997 Disp e sobre medidas de combate a polui o sonora e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia SEMAM FORTALEZA Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano 2011 Disponivel em http www fortaleza ce gov br semam index php optionzcom content amp task view amp i d 59 gt Acesso em 2011 abr 21 FUENTES E A Levantamiento de Informaci n de Entrada de Modelo de Predicci n de Ruido y Aplicaci n en Caso Piloto CONAMA CHILE NUNOA 2008 GABRIELE M et al Towards a soundscape classification of urban spaces Forum Acusticum Aalborg Dinamarca s n 2011 GAVINOWICH D S e RUFFA F Actualizacion de est dios sobre ru do dentro del plan urbano ambiental de la ciudad de Buenos Aires Revista Ac stica amp Vibra es Sociedade Brasileira de Ac stica Florian polis n 26 p12 17 2000 GERGELY B European Noise Policy Directive 2002 49 EC Internoise 2010 Lisboa Portugal s n 2010 GERGES S
136. ard could be quickly notated to be compared with other sounds 121 Como j mencionado em um ambiente Hi fi o n vel de ru do equivalente baixo e por isso poss vel perceber nuances do som enquanto na paisagem sonora Lo hi os n veis de intensidade sonora muito elevados o que mascara os sons mais caracter sticos do local Em rela o ao fatores ambientais o enfraquecimento quando o som perde intensidade ou a dispers o quando o ponto de origem amb guo acontecem normalmente devido a perturba es atmosf ricas como o vento ou a chuva Alguns exemplos dos resultados obtidos com o question rio s o colocadas pelos autor LATIDO DO CACHORRO 20 metros 85 dB Clara Hi fi humano Repetitivo irregular O3 SOM ree Pouca Reverberac o CANTO DE UM P SSARO 10 metros 60 dB Clara Hi fi natural Parte de uma m sica qu em Sem Reverbera o ALERTA DE NEBLINA SINO DA IGREJA 1 1 000 metros 1 500 metros 2 130 dB 2 95 dB 3 Clara 3 Pouco Clara 4 Hi fi natural 4 Lo fi tecnol gico 5 Repeti o peri dica 5 Repetitivo irregular 6 Muita Reverberac o 6 M dia Reverbera o dispers o enfraquecimento TELEFONE MOTO PASSANDO NA AVENIDA 1 3metros 1 100 metros 122 75 dB Clara 90 dB Pouco claro claro pouco claro Hi fi humano Lo fi tecnol gico Repetitivo Isolado me m c de
137. as planas ocorrem em situa es muito particulares por exemplo no interior de um duto com di metro bem menor que o comprimento de onda n o sendo representativa das ondas sonoras mais comuns Na realidade na maioria das situa es press o sonora apresenta a mesma fase em superf cies esf ricas com centro na fonte sonora A propagac o mais representativa dos sons que ouvimos no dia a dia se d na forma de ondas esf ricas BISTAFA 2006 p 10 288 A propaga o sonora e sua forma de atenua o depende muito do tipo da fonte Segundo a Norma ISO 9613 2 com base no N vel de Intensidade medido na fonte poss vel determinar o n vel sonoro em uma determinada dist ncia conforme o c lculo Lxo Log X Xo endo 20 Fonte Pontual Rad Esf rica 10 Fonte Linear Rad Cil ndrica Para outras informag es de car ter mais t cnico sobre os conceitos fundamentais do som consultar a bibliografia a seguir 289 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS ABNT ASSOCIA O BRASILEIRA DE NORMAS T CNICAS 2000 2000 NBR 10151 Ac stica Avalia o do ru do em reas habitadas visando o conforto da comunidade Procedimento 1987 NBR 10152 de julho de 1987 Ac stica Medi o e avalia o de ru do em ambientes internos AUGOYARD Jean Fran ois TORGUE Henry Sonic experience A guide to Everyday Sounds McGill Queen s University Press Queb c 2005 AXELSSON The ISO 12913
138. ation with dominant culture 103 O ressoar do baixo e seu ritmo que s o normalmente sentidos ou escutados com vibra es surpreendentes quanto a press o sonora e a onda oscilante como uma palpita o funcionam como parte da identidade do carro e seu motorista ou a tripula o direcionando de acordo com um pulsa o r tmica tanta energia contra todos aqueles que est o ouvindo 7 LABELLE 2010 p 150 som no ve culo al m de apenas criar um espa o sonoro particular no seu interior muitas vezes utilizado para chamar a aten o dos pedestres Como descreve o autor este pode ser representativo de diferentes culturas O boom do baixo produzido no ve culo em movimento procura poss veis rotas pela cidade para captar a aten o e para competir O carro que tamb m um tambor fornecendo a batida da cultura de rua sobre rodas que atrav s de um cruzamento com a cultura hip hop faz mega bass uma declara o racial e social 198 LABELLE 2010 p 152 Escutar m sica alta na rua uma forma de impor seu gosto aos demais ou seja uma forma de agress o controlada Este ato pode demonstrar uma insatisfac o geral como coloca LaBelle a cultura do baixo coloca sobre rodas uma arma potente para a radiodifus o aberta agress o lend ria no cerne do ritmo um sinal que precede o potencial de uso de uma arma 99 LABELLE 2010 p 155 157 rumble of bass and beat which are mostly felt and h
139. ato que a percep o do espa o mudou uma vez que a audi o nesta influencia 45 It took time for the sounds of technology to rub their way across Europe The new sounds were gradually accepted as inevitable 36 By the early twentieth century the sounds of technology became more acceptable to the urban ear blending with the natural rhythms of antiquity 17 Ultimately the throb of the machine began to intoxicate man everywhere with its incessant vibrations 56 Schafer levanta ent o um questionamento estamos agora diante de um enigma apesar do grande aumento do ru do que as novas m quinas criaram raramente encontramos oposi o a esses ru dos SCHAFER 1976 p 74 Dificilmente o som era mencionado como um fator que contribui com o ambiente hostil das ind strias O funcion rios eram expostos a sons intensos durante as longas jornadas de trabalho mas pareciam n o perceber ou at se acostumarem com esta realidade Em diversos momentos da hist ria o Homem parece n o saber lidar com o excesso de som que considera inevit vel e por isso n o busca solu es para o problema No final do s culo XIX s o relatadas as primeiras reclama es sobre os ru dos industriais mas somente cem anos depois crit rios para o ru do foram estabelecidos como parte de programas de salubridade nas ind strias Segundo o autor desde 1830 j se sabia que o ru do poderia levar a surdez Como descreve S
140. ausas para o aumento da polui o sonora Atualmente constante a presen a de avi es ou helic pteros no c u E al m disso temos como fonte de ru do quest es relacionadas aos transportes como por exemplo o tipo de pavimento das vias ou o aumento do n mero de sem foros que exigem mais frenagens 21 O autor tamb m cita as fontes pontuais como o caso de bares ou at a constru o civil Por m ru do urbano muito mais intenso se produzido em uma cidade sem o planejamento devido A forma do espa o constru do pode intensificar sons devido a reverbera o nas superf cies refletoras Alfalto fachadas etc E al m disso a pr pria popula o os animais os eventos naturais produzem muitos ru dos A pesquisa de Cremonesi de 1984 desde esta data muitas mudan as ocorreram no contexto sonoro urbano das metr poles Por isso fundamental que todo trabalho sobre o tema relacione as fontes de ru do que ocorrem em seu tempo porque um cen rio em constante transforma o A pesquisa apresenta na tabela 9 1 a folha de anota es de campo do M todo Manual de levantamento de n veis sonoros por amonstragem extensa Pode se perceber como estas anota es eram realizadas com o n mero de eventos ocorridos e a intendidade dos mesmos O N vel de Intensidade Equivalente que seria como uma m dia sonora encontrada na avenida 9 De Julho foi de 75 dB A Atualmente est valor est certamente sup
141. autor destaca a preocupa o com a qualidade de vida dos habitantes das grandes metr poles que crescem desordenadamente e observa que este trabalho objetiva priorizar uma pequena parte dessa problem tica Em rela o a qualidade de vida o item polui o aparece nos grandes centros urbanos em especial a polui o sonora pois esta se espalha indistintamente por toda a regi o metropolitana afetando seus moradores de formas distintas CREMONESI 1984 p 2 Sobre as fontes causadoras do ru do urbano Cremonesi relaciona i Fontes estacion rias equipamentos urbanos discotecas restaurante boates parques etc constru o civil f bricas etc ii Fontes que prov m do tr fego ferrovi rio trens de passageiro trens de carga trens do metr trens de sub rbios etc iii Fontes provenientes de aeronaves em sobrevoo as reas habitadas aeronaves de passageiro com propuls o a turboh lice aeronave de passageiro com propuls o a rea o aeronaves militares earonaves de pequeno porte helic pteros etc iv Fontes de ru do que compoem o tr fego vi rio autom veis utilit rios motocicletas nibus caminhonh es etc CREMONESI 1984 p 38 Pode se perceber que a principal causa do ru do urbano s o os meios de transporte As m quinas para o transporte vem evoluindo se modernizando e isso v o se tornando mais silenciosas Por m o aumento do n mero de unidades uma das principais c
142. bano Como observa o autor A democracia fragment ria e mundana pode vir a florescer na cal ada como um local de movimento local e partilha o que Jane Jacobs se refere como vida p blica informal LABELLE 2010 p 88 Na cal ada o Homem se encontra em p blico por m dentro de um cen rio informal Al m disso est cercado de situa es diversas da vida cotidiana e de usu rios de todas as idades e classes sociais uma mistura de realidades fundamental que consolida uma paisagem sonora nica LaBelle um autor nascido na Noruega pa s que apresenta diferen as culturais grandes em rela o a conduta da popula o em locais p blicos Este n o aborda quest es como a ocupa o das cal adas por mendigos vendedores ambulantes e at mesmo a localiza o das bancas de jornal na trajet ria do pedestre No Brasil e em especial em S o Paulo a cal ada o retrato da diversidade social e o variedade de sons produzidos nesta muito grande Sobre o comportamento na cal ada o autor escreve Alegando um espa o informal do cotidiano o pedestre pode ser levado a infringir regras oficiais ao tentar atravessar a rua deixando a faixa de pedestres por um caminho alternativo A caminhada di ria como uma pr tica intermedi ria transmite um fluxo r tmico elementar para as estruturas mais fixas de rotina di ria O corpo individual a esse respeito n o tanto um agente resistente mas um movimento em negocia o c
143. ber sons considerados bons como os musicais ou se estes j est o completamente mascarados pelos ru dos urbanos Destaca se por fim os pontos de nibus e os heliportos Nos primeiros a a o constante dos nibus de frear e logo em seguida acelerar configura intensas fontes de ru dos ao longo de todo o trecho que se agrava devido a topografia em aclive O motor do nibus quando acelera quando em baixa rota o gera ru dos de baixa frequ ncia que s o muito mais dif ceis de barrar e tamb m de atenuar com mat rias absorvedores J os helic pteros s o as principais fontes de ru do a reo do trecho que normalmente atendem o p lo hospitalar O ru do a reo tamb m normalmente chega pr ximo ao solo com predomin ncia da baixa frequ ncia gerando um impacto pode ser sentido n o s no ouvido mas com vibra es em todo o corpo 159 vay 4 E 4 149 n 4 M f gt 1 4 7 d LS X mS rig a Mi TS i ven 4 A td E m 199 m Hn m E 3 IDE rs LES T REI TET Pi ERE P A Nu m Tim im 2 Em l 5b E um 24 DE USOS 2 161 N 24 avo mg Y EM ES dli x p Eun 9 4 m Eum M Sir
144. bols es de intensidade zonas de volume gradac es vari veis de fluxo ac stico que fazem da calcada uma esp cie de membrana sonora contornada pelo ru do da rua de um lado e pelos pr dios do outro LABELLE 2010 p 92 A cal ada funciona como uma membrana sonora de transi o e atrav s do manejo desta poss vel atrair os habitantes para o p blico Os roteiros cotidianos estabelecidos na cal ada dependem da hist ria do local de seu principal uso da forma de ocupa o urbana da configura o topogr fica e da cultura da popula o que define a forma de rela o pessoal e de uso do espa o comum Por isso fazer a analisa da mesma e de sua paisagem sonora buscar compreender ao modo de vida de uma poca Com diz o autor Seguindo estas intensidades e os movimentos entre os roteiros formais e cria es informais de pedestres a cal ada oferece uma linha para os fluxos e contrafluxos os sinais e batidas que reivindicam a dire o do sistema urbano LABELLE 2010 p 93 3 2 1 OS SONS DO PEDESTRE protagonista da paisagem sonora da certamente o pedestre Este que gera movimento no e tamb m estabelece uma diversidade social Segundo o autor a experi ncia da cal ada da cidade como uma zona de vida de pedestres parcialmente moldada por uma inunda o cont nua e o movimento de atividade sonora N s entramos em um espa o ac stico em cont nua evolu o com
145. cap tulo 7 O canal econ mico do aud vel p 244 SCHIMITT M et al 2000 Gest o Ambiental no Controle da Polui o Sonora A Experi ncia de Porto Alegre Anais do XIX Encontro da Sociedade Brasileira de Ac stica Minas Gerais Brasil SCHOMER P et al On Efforts to Standardize a Graphical Description of the 302 Soundscape Concept Internoise 2010 Noise and Sustainability Lisboa s n 2010 SCHULTE FORTKAMP B LERCHER P The importance of soundscape research for the assessment of noyse annoyance at the level of the community TecniAcustica Bilbao s n 2003 SERRANO Laura M Martinez Ac stica arquitet nica FAUUSP 1979 SHAW E A G 1975 Noise pollution What can be done Physics Today 28 1 46 58 Dispon vel lt www ci camarillo ca us govt PlanGenPlanPDF Noise pdf gt Acesso em 20 11 06 SILVA L The noise disturbs impacts on a town in Brazil community noise results In INTERNOISE 2005 Rio de Janeiro P ster Sociedade Brasileira de Ac stica 2005 p 67 SILVA P M da Ru do urbano modelos de previs o Lisboa Laborat rio Nacional de Engenharia Civil 1978 SILVA P rides Ac stica Arquitet nica amp Condicionamento de ar Edital Belo Horizonte 5a Ed 2005 Destaque para Ru do e urbanismo p 4 e cap tulo 1 Problemas ac sticos p 11 SOUZA L a C L ALMEIDA Manuela G Lu s B a b da ac stica arquitet
146. chafer A incapacidade de reconhecer o ru do durante as primeiras fases da Revolu o Industrial como um fator que contribui para multiplicar a toxicidade dos novos ambientes de trabalho um dos fatos mais estranhos da hist ria da percep o auditiva Devemos tentar determinar a raz o Isto pode ser parcialmente explicado como resultado da incapacidade de medir quantitativamente os sons SCHAFER 1976 p 76 Apesar do conhecimento musical j ser bem desenvolvido no final do s culo XIX agora estava levantada uma quest o diferente em rela o a ac stica a necessidade de controle de ru dos era poss vel nem identificar corretamente os sons indesej veis muito menos quantificar este som em excesso Como afirma Schafer O Decibel como um meio definitivo de estabelecer n veis de press o sonora n o entrou em uso extensivo at We are now confronted by an enigma despite the vast increase in noise that the new machines created rarely do we find opposition to these noises The inability to recognize noise during the early phases of the Industrial Revolution as a factor contributing to the multiplicatory toxicity of the new working environments is one of the strangest facts in the history of aural perception We must try to determine the reason It may be partly explained as a result of the inability to measure sounds quantitatively 57 1928 SCHAFER 1976 p 76 Portanto apenas a partir da d cada d
147. come into extended use until 1928 The association of Noise and power has never really been broken in the human imagination It descends from God to the priest to the industrialist and more recently to the broadcaster and the aviator The important thing to realize is this to have the Sacred Noise is not merely to make the biggest noise rather it is a matter of having the authority to make it without censure 58 Sagrado se espalhou por todo o mundo profano SCHAFER 1976 p 76 A partir da Revolu o Industrial os sons das m quinas come am a se espalhar e impactar a paisagem sonora cotidiana da popula o Neste momento tamb m surge um questionamento do papel da Igreja e seu real car ter divino uma vez que a Ind stria consegui tirar desta seu monop lio de poder E com o novo modo de vida mais acelerado em raz o do aumento nas jornadas de trabalho dos oper rios restava menos tempo para a religi o Mas em seguida os sons intensos come am a se popularizar e gradativamente v o perdendo seu car ter simb lico atrelado ao poder para se tornar uma caracter stica inevit vel da paisagem E Schafer acrescenta O aumento da intensidade da sa da de som a caracter stica mais marcante da paisagem sonora industrializada A ind stria deve crescer por isso seus sons devem crescer com ela Esse o tema constante dos ltimos duzentos anos Na verdade o barulho t o importante como um chamariz que se m quinas
148. como durava v rios dias as varia o metrol gicas causavam imprecis es consider veis no resultado Era necess rio tamb m uma ampla equipe o que elevava os custos para seu desenvolvimento o que muitas vezes inviabilizava o trabalho Atualmente existem alguns softwares de modelagem ac stica por exemplo o chamado CadnaA na empresa 01dB Nestes a metodologia o c lculo dos n veis de press o sonora com base nos dados de entrada H uma evidente diminui o do tempo e custo para a elabora o por m se tem a necessidade de obter informa es confi veis para o banco de dados um m todo muito din mico que permite a simula o de cen rios e a avalia o dos n veis sonoros que atingem as edifica es Este sem d vida o m todo mais recomendado para se produzir um mapa de ru do O son metro utilizado in loco posteriormente para realizar a chamada valida o ou seja alguns pontos s o escolhidos para verificar em campo a precis o dos resultados obtidos Para desenvolver um mapa de ru do necess rio levantar os seguintes bases e dados 1 Cartografia digital e Planta da rea nas escalas 1 1000 1 5000 1 10 000 em base Cad ou imagem a rea e Curva de n vel de no m nimo de 5 em 5 metros e Pontos cotados sobre o terreno pontes e viadutos 129 e Tra ados das vias rodovi rias e ferrovi rias e Localiza o de Aeroportos Heliportos e Localiza o de zonas industriais
149. costume da popula o aos altos n veis de ru do a realidade da perda auditiva parcial o mascaramento de som naturais com os de baixa informa o e o por fim o grau de perturba o real causada pela polui o sonora na vida das pessoas J foram apresentados os resultados por ponto de avalia o nas tabelas anteriores com as porcentagens calculadas sobre cada um dos oito locais representativos Neste momento a proposta fazer an lises gerais da rua Teodoro Sampaio que representam todo o trecho urbano escolhido como estudo de caso Primeiro s o estabelecidas rela es iniciais sobre as caracter sticas da amostragem ou seja do grupo de pessoas entrevistadas Estes dados s o fundamentais para demonstrar como este grupo representativo da sociedade e por isso pode ser utilizado para uma leitura da percep o geral da popula o uma vez que imposs vel entrevistar todos os usu rios do espa o urbano Do total de duzentos entrevistados 44 s o mulheres e 56 s o homens Espera se que quase sempre as popula es tenham aproximadamente metade de cada sexo mas segundo o IBGE 2013 a cidade de S o Paulo possui atualmente um n mero um pouco superior de mulheres Por m as entrevistas foram feitas na rua e culturalmente poss vel encontrar mais homens fora de suas resid ncias Ou seja O resultado foi coerente Tanto o sexo quanto a faixa et ria n o foram perguntados aos entrevistados apenas observados e re
150. cture and Fine Arts Perth Austr lia 1998 MERLIN A Polui o sonora no centro urbano do Munic pio de S o Paulo 2004 Disserta o Mestrado Instituto de Pesquisas Tecnol gicas do Estado de S o Paulo S o Paulo MORAES E Mapa de ru dos da Zona Comercial de Bel m uma parcela do mapa de ru dos da cidade de Bel m Brasil TecniAc stica Bilbao Espanha s n 2003 MINIST RIO DO TRABALHO Norma de Higiene Ocupacional Avalia o da Exposi o Ocupacional ao Ru do Fundacentro 2001 MINIST RIO DA AERON UTICA Instru es para Opera o de Helic pteros para Constru o e Utiliza o de Helipontos ou Heliportos 299 MORI Let cia Trilhos de Bonde de 1909 s o desenterrados durante obra em Pinheiros Folha de Paulo 2013 Link http www1 folha uol com br saopaulo 2013 08 1322674 trilhnos de bonde de 1909 sao desenterrados durante obra em pinheiros shtml Data do Acesso 10 24 13 MURGEL E Medidas de Controle de Ru do em Rodovias CETESB S o Paulo 2000 MURGEL Eduardo Fundamentos de Ac stica Ambiental Paulo Editora Senac S o Paulo 2007 Destaque para Ru dos de ve culos automotores p 69 Fontes fixas de polui o sonora p 95 T cnicas de controle ac stico p 101 NARDI S L V Mapeamento sonoro em ambiente urbano Estudo de caso rea central de Florian polis Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis SC 2008 NI
151. cular communities 75 3 1 A DIMENS O ESPACO TEMPORAL DO SOM Na introdu o do livro o autor diz que o que o motivou a pesquisar e escrever sobre o tema foi uma conversa que escutou em um trem entre um pai e seu filho pequeno que perguntou De onde que os sons v m e para onde eles v o LABELLE 2010 xvi Afirma que estas perguntas nortearam toda a pesquisa sobre os territ rios ac sticos Como descreve abaixo autor acredita que o som capaz de carregar informa es culturais sobre determinado contexto no qual ocorre A trajet ria aparentemente inocente do som que se move a partir de sua origem e para um ouvinte sem esquecer todas as superf cies corpos e outros sons contr rios um evento de transmiss o de uma grande quantidade de informa es totalmente influenciada pela geogr fica pelo social psicol gico e energia emocional Eu acredito que uma hist ria e cultura inteira pode ser encontrada dentro de um nico som da sua fonte at o seu destino o som gerador de uma gama diversificada de experi ncias assim como sua exist ncia especificamente vinculada a um determinado contexto uma express o mais profunda e prolongada figura da cultura LABELLE 2010 93 O autor defende que o som carrega informa es hist ricas geogr ficas e sociais de determinado local e por isso se configura como um retrato da cultura Al m disso acredita que este capaz de estabelecer um es
152. cultural dos morados de S o Paulo as diferen as de contexto s o muito grandes o que poderia mascarar os resultados As pessoas do interior poderiam classificar o espa o urbano como mais negativo que para seus padr es de cidade menor realmente seria mas para S o Paulo a rua Teodoro Sampaio bem qualificada como comprovou esta pesquisa Por 225 estas raz es decidiu se apenas entrevistar pessoas moradoras de S o Paulo Mas ent o como identificar as pessoas acostumadas ou n o ao ru do N o era correto perguntar diretamente para n o induzir o resultado A proposta foi estabelecer a primeira pergunta do question rio que Voc vive em um local tranq ilo Supostamente quem vive em um local tranquilo n o est acostumada ao ru dos intensos Um local tranquilo nunca muito ruidoso essa foi a premissa desta pesquisa E como pergunta final foi feita Voc vive em um local silencioso No final da entrevista j se podia tocar diretamente no assunto da ac stica urbana Com estas duas perguntas pretende se identificar se a maioria das pessoas relaciona a falta de tranquilidade da cidade ao ru do o que se provou que sim como veremos a seguir evidente que n o o nico fator que tirar a tranquilidade do espa o urbano mas um dos mais relevantes como vai demonstrar os resultados obtidos Na etapa seguinte do question rio inicial pergunta se Voc considera este local da cidade seguido
153. da Cidade de S o Paulo 1913 153 6 5 Recorte da Planta da Cidade de S o Paulo 1916 154 6 6 Recorte da Planta da Cidade de S o Paulo 1924 155 6 7 Recorte da Planta da Cidade de S o Paulo 1943 156 6 8 Recorte da Planta da Cidade de S o Paulo 1952 157 6 9 a 6 18 Mapas de an lise 160 6 19 a 6 25 Montagens Fotogr ficas Rua Teodoro Sampaio 172 7 1a 7 3 Mapas de Eventos 197 7 4 Fonte sonora lineak aan cia cam 203 7 5 a 7 7 Mapas de N vel de Intensidade Sonora em dBA 204 7 8 Medi es com 207 7 9 Medi es ac sticas na rua Teodoro 208 7 10 Anexo 2 NBR 10 151 citer ern eet an Re tea o age a Cata aros 210 xviii i INTRODU O Como constatou o autor Murray Schafer em 1979 a paisagem sonora do mundo est mudando SCHAFER apud ZARDINI 2005 p 158 O contexto sonoro das cidades vem se transformando com grande velocidade desde o per odo industrial O desenvolvimento da m quina cr
154. da Cristiano Vianna ou o canto dos p ssaros quando perto das reas verdes Este dado comprova que as pessoas ainda s o capazes de escutar sons sutis da paisagem sonora mesmo que com um frequ ncia certamente menor que no passado antes da hegemonia do autom vel 266 Do total quantos s o acostumados com o ru do n o moram local silencioso 5 096 E Acostumados 190 acostumados 10 Dos acostumados com ru do 190 quantos classificaram a paisagem sonora urbana como negativa perturbadora 0 5 8 Negativa 189 5 Positiva 1 267 Dos n o acostumados com ru do 10 quantos classificaram a paisagem sonora urbana como perturbadora E Negativa 4 Positiva 6 No total quais os sons que se destacam na paisagem sonora urbana W 1 Autom veis 198 9 50 4 5 1 8 2 nibus 147 3 Pessoas 67 8 4 Motos 65 5 M sica 25 6 P ssaros 6 7 Outros 53 8 17 a 8 20 Gr ficos de Avalia o da Qualidade da Paisagem Sonora FONTE Arquivo Pessoal 268 Para finalizar a an lise dos resultados da avalia o qualitativa a proposta foi estabelecer rela es que comparem a opini o dos entrevistados separados por sexo e idade e as diferen as encontradas nos quatro ponto de medi o al m das diverg ncias entre os resultados registrados no dia da semana e no s bado Primeiramente foi poss vel verificar que os homens foram mais cr ticos com
155. da cidade voc escuta agora i 3 E Es 5 Autom veis oto UTROS Buzinas C es e P ssaros sp jas 54 EE 6 Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio 9 Ju atio se Ro KE AMA Ea Sd tio Esquina com a Rua Cristiano Vianna DIA DA ENTREVISTA S bado TOTAL DE ENTREVISTAS 26 entrevistas Jar ai a Jovem 16 35 anos Adulto 35 50 anos Senhor 50 65 anos bo Feminino Medo 2 Voc considera este local da cidade Po m M E RU cr Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve up cL mem NECEM AE CEN af mo Moi 0 2 E Muito Verde Artificial Muito Artificial Muito Silencioso Silencioso Barulhento Muito Barulhento 2 Age Triste Muito Triste Organizado Muito Desorganizado rmm ELO Fluxo Muito Intenso E menso MuioFra 0 de 5 1 0 rc Ir nsito Muito 88 50 11 50 Estabelecimentos Muito Variados 2 ef ido 3 Quais sons da cidade voc escuta agora Pessoas WU SS M sica lojas 7 10 00 OUTROS Motos Buzinas e Helic ptero ISA 11 00 7 Que
156. da liberdade do som e por isso o resultado direto de suas escolhas de modo de vida Al m disso os ru dos pela sua verdade simb lica que se espalha por todo o tecido urbano sem discrimina es funciona com um agente para a inclus o de reas exclu das do espa o urbano ou at mesmo de partes da popula o que s o negligenciadas Pode ser um importante recurso para a aceita o da diversidade afinal os sons urbanos s o iguais para todos O som um fator de uni o e n o segrega o como afirma o autor os sons explicitamente aproximam os corpos LABELLE 2010 xxiv Independe de avaliar sua qualidade que ali s depende de in meros fatores e pode ser posto em diversas categorias que n o s desej vel ou indesej vel som cria uma geografia relacional que na maioria das vezes emocional controversa fluida e que estimula uma forma de conhecimento que se move dentro e fora do corpo 9 LABELLE 2010 xxv De forma tamb m inconsciente quando permite se ouvir os sons das cidades desperta se uma intimidade e conseq ente vontade de se relacionar com a mesma Escutar com cuidado buscar conhecer a cidade e sua sociedade com suas qualidades e defeitos 3 2 CAL ADA AC STICA O autor estabelece a cal ada como um Territ rio Ac stico relevante dentro do contexto urbano Como LaBelle defende deixando a casa e indo para fora a din mica do som e a experi ncia auditiva abrem se frente a uma
157. dissipa o ac stica deste trecho urbano espec fico chegamos ao mapa de ru do que representa o impacto da rua Teodoro Sampaio no entorno imediato 203 IMPACTO FONTE SONORA LINEAR 2 lt e S X6 mA 0 9393 8928892 E z 2 MAPA DE RU DO 88389882858 lt a 2 2 2 7 5 7 7 Mapas de N vel de Intensidade Sonora dBA FONTE Arquivo pessoal 7 3 METODOLOGIA PARA MEDI ES AC STICAS Para fazer a avalia o ac stica objetiva da rua Teodoro Sampaio realiza se medi es in loco com o son metro em alguns pontos representativos da via com o intuito de verificar os n veis de intensidade sonora no espa o p blico Foi utilizado um son metro Extech modelo HD600 conforme imagem abaixo 7 8 Medi es com son metro FONTE Arquivo pessoal As medi es ac sticas aconteceram dia 28 de novembro de 2013 uma quinta feira em per odos entre as 10 e as 12 horas evitando se assim as horas de pico do tr fego veicular Tamb m foram realizadas medi es no s bado dia 30 de novembro com o intuito de comparar os diferentes cen rios Todos os dias de medi o estavam ensolarados evitando interfer ncias aud veis advindas de fen menos da natureza como pede a NBR 10 151 nas Condi es Gerais Al m disso tamb m foram respeitadas as instru es para Medi es no exterior das edifica es da mesma norma 207 que definem que a
158. ditiva se dedicam para n o estabelecer delinea es entre o privado e p blico 9 LABELLE 2010 xxi A qualidade ambiental da cidade est intimamente ligada ao fluxo sonoro que esta circula Como descreve o autor o som com sua distributiva e deslocada permeabilidade parece surgir de todos os lugares este flui como um fluxo ambiental deixando objetos e corpos para tr s para captar outros em seu movimento 9 LABELLE 2010 xxii Outra caracter stica marcante do som retratar o movimento ou pode se dizer at mesmo a vida do p blico Como sintetiza LaBelle a cidade como uma geografia sonora particular potencializa a din mica inerente de som de se desintegrar e se reconfigurar antecipando suas particularidades espaciais e temporais 9 LABELLE 2010 xxii 3 1 2 RU DO COMO REGISTRO DA VITALIDADE ESPACIAL Para defender teorias sobre a paisagem sonora urbana das cidades contempor neas necess rio tamb m definir como controlar os som indesej veis chamados de ru dos Por m o LaBelle tem um vis o diferente dos mesmos Por um lado n o h como negar que as intensidades do ru do interferem na sa de e bem estar ambiental enquanto por outro lado o ru do pode ser compreendido como um registro da 101 The rich undulations of auditory materiality do much to unfix delineations between the private and the public 192 Sound in its distributive and dislocating permeability appears as
159. e LABELLE 2010 p 88 Ou seja 124 Developed predominantly within the field of acoustic ecology Soundwalking is a practice that encourages a deeper more sensitive approach to location based on actively exploring specific environments through walking and listening d Usually functioning as a guided tour by a leader the Soundwalk quietly probes a given place appraising the subtle and dramatic movements of the sound as they come to filter in and through the walking group 126 Rhythm in piecing together the heat of the sound wave with materiality of the built environment sculpts out a time space figure whose energies temporally demarcate the city 91 evento sonoro na cidade cria uma marca no tempo e uma no espago Portanto n o poss vel definir um contexto sonoro sem avaliar em que per odo hist rico este ocorreu Quando a popula o vai as ruas protestar e com isso gerar ru dos de aten o estes demarcam um espa o na cidade que possivelmente ir incomodar mais e demarcam um per odo temporal que se relaciona com a hist ria da cidade O autor demonstra grande interesse por manifesta es em espa o p blico Acredita que s o relatos hist ricos fundamentais que demonstram como o Homem com o intuito de se rebelar contra algum tema busca quebrar as regras pr estabelecidas do espa o urbano para incomodar e atrair a aten o para seus argumentos Como descreve A cidade uma esp cie de term
160. e 1930 que a unidade mais corrente para o estudo do controle de ru do foi de fato adotada Outra raz o para que n o houvesse reclama es em rela o a ru dos muito intensos segundo o autor que o som pode estar relacionado ao poder do superior e o costume dos funcion rios com situa o parecia inevit vel A associa o de ru do e poder nunca foi realmente desfeita na imagina o humana Ele descende de Deus para o padre para o industrial e mais recentemente para a transmissor de r dio e o aviador importante entender o seguinte para emitir o Ru do Sagrado n o basta apenas fazer o maior barulho mas sim uma quest o de ter a autoridade para faz lo sem censura SCHAFER 1976 p 76 O Homem sempre acreditou que Deus tinha o poder para fazer barulho afinal ele o grande criador e os primeiros ru dos intensos escutados foram sempre produzidos por fen menos naturais Quando novas inven es surgiram grandiosas e muito ruidosas eram diretamente associadas ao poder divino como continua Schafer N s j notamos como altos ru dos evocavam medo e respeito no passado e como eles pareciam ser a express o do poder divino Observamos tamb m como esse poder foi transferido de sons naturais trov o vulc o tempestade para os sons do sino da igreja e do rg o Durante a Revolu o Industrial o Ru do 20 The Decibel as a means of establishing definite sound pressure levels did not
161. e culos 77 s o autom veis leves 11 7 s o motos 8 s o nibus e 1 796 s o caminh es pesados Demais resultados est o nas tabelas a seguir 179 Dentre a categoria outros ru dos mediu se o n mero de pedestres porque estes s o fontes de diversos sons caracter sticos como anteriormente mencionado no cap tulo 3 Quase 100 dos ru dos n o produzidos pelos meios de transporte foram gerados pelos pedestres devido ao grande fluxo na via em quest o Outros ru dos naturais por exemplo como o canto de p ssaros ou n o aconteceram no curto per odo de tempo ou foram mascarados pela polui o sonora Outro caso os ru dos proveniente das obras dependem muito do est gio das mesmas que podem produzir ru dos intensos ou n o Por isso como o mapa de usos localizou obras em andamento ou estas n o est o em est gios que geram ru dos ou estes mais uma vez foram mascarados pelo n vel de intensidade sonora exterior muito alta 180 CONTAGENS RUA TEODORO SAMPAIO DIA DA SEMANA QUADRA RUA HOR RIO TEMPO N MERO RU DO A REO ijwio i 1 E RU DO TRAF GO olambut ncia o oia sleapoteteo a siwtom ve eoo sl camino ___ fonsa s lensa el ES OUTROS
162. e S o Paulo mas sim que estas j perderam parte da percep o auditiva Mas como saber se quem disse que vive em um local silencioso realmente mora ou j teve alguma perda auditiva Busca se ent o verificar a faixa et ria predominante das pessoas que responderam que sim Na verdade esperava se que os senhores pudessem mais facilmente apresentar perdas auditivas mas o gr fico 8 13 mostrou na maioria s o os jovens que ou n o est o acostumados com o ru do mesmo ou j tem alguma perda auditiva ou de percep o afinal 44 desta faixa et ria respondeu que vive em local tranquilo Este fato pode estar associado ao aumento do uso de fones de ouvido com m sica com alt ssimo volume escutada com frequ ncia pelos jovens contempor neos 260 Do total quantos homens mulheres Homens 112 7 Mulheres 88 Do total quantos jovens adultos senhores E Jovens 51 Adultos 101 Senhores 48 261 Do total quantos vivem em um local tranquilo da cidade 9 Tranquilo 58 Intraquilo 142 Do total quantos jovens adultos senhores quantos vivem em um local tranquilo da cidade Senhores 48 Adultos 101 ranquilo Jovens 51 0 10 20 30 40 50 8 10 a 8 13 Gr ficos de An lise Amostragem FONTE Arquivo Pessoal 262 Segue se como uma avalia o voltada a qualidade ambiental urbana sem realizar ainda uma diferenciac o do aspecto do ru
163. e agora n o se tratava apenas do surgimento de novos sons de m quinas mas sim uma mudan a radical da rela o entre o Homem e os sons do ambiente como observa Schafer Os benef cios da transmiss o eletroac stica e reprodu o de som s o muito comemorados mas n o devem obscurecer o fato de que precisamente no momento em que Hi fi estava sendo 87 The three most revolutionary sound mechanisms of the Electric Revolution were the telephone the phonograph and the radio With the telephone and the radio sound was no longer tied to its original point in space with the phonograph it was released from its original point in time 65 organizada a paisagem sonora mundial estava entrando em uma condi o Lo fi permanente SCHAFER 1976 p 88 O Homem n o precisava mais prestar aten o nos sons a sua volta n o s porque estes n o s o mais interessantes e variados mas em raz o de que agora pode control los Pode falar com algu m ao telefone escutar uma informa o ou uma m sica quando quiser Se ach la agrad vel pode grav la para escutar depois Esta liberdade de articula o do som faz com que o Homem n o d valor ao ru do moment neo ou at que esteja entretido com ru dos artificiais escolhidos para seu mundo particular Como coloca Schafer Paredes costumavam existir para isolar sons Hoje paredes sonoras existem para isolar Da mesma forma a amplifica o intensa da m sica popular n
164. e do contexto sonoro urbano Como descreve Kang durante a Caminhada Sonora os participantes foram convidados a listar os sons que ouviram avaliar a sonoridade geral bem como os tr s principais sons individuais e fazer coment rios sobre cada 10 case study through semantic differential analysis was carried out for urban open public spaces in 2002 2005 with the aim of identifying factors that characterize the soundscape The study is based on a three stage field survey Stage one as a pilot study was a soundscape walk in four typical urban open public spaces Stage two included more detailed interviews in two selected sites with a much larger sample size from the general public Stage three consisted of several soundscape walks with architectural students examining differences between the general public and designers 171 The general purpose is to encourage the participants to listen carefully and make judgments about the sonic environment and the sounds they are experiencing 137 local 7 KANG 2007 p 84 A tabela abaixo mostra o formul rio de avalia o para cada ponto Table 3 5 Soundscape evaluation form used in the soundscape walk in Sheffield Boldfaced indices are those used in the second stage survey in the Peace Gardens and the Barkers Pool Very Fairly Little Neutral Little Fairly Very Agitating 2 0 2 3 Calming Comfortable 3 2 0 2 3 Uncomfortable Directional 3 2 0 2
165. e inicialmente muito ruidosos sempre agregaram uma carga simb lica por representarem o cone m ximo do sucesso da ind stria como diz o autor de todos os sons da Revolu o Industrial os dos trens parecem ao longo do tempo ter gerado as associa es sentimentais mais atraentes SCHAFER 1976 p 81 Mas n o foi apenas em raz o da simbologia O trem apesar de ser uma m quina n o possu a o som constante e desinteressante comum a estas como descreve o autor Em compara o com os sons do transporte moderno os dos trens eram ricos e caracter sticos o apito o sino a marcha lenta inicial 57 The flat continuous line in sound is an artificial construction Like the flat line in space itis rarely found in nature 58 In all earlier societies the majority of sounds were discrete and interrupted while today a large proportion perhaps the majority are continuous 59 Of all the sounds of the Industrial Revolution those of trains seen across time to have taken on the most attractive sentimental associations 61 do motor a r pida acelerac o com o escorregar das rodas que ent o abrandam novamente as explos es s bitas de fuga de vapor o ranger das rodas o barulho dos vag es o estalar dos trilhos a press o contra a janela quando outro trem passa na dire o oposta estes eram todos ru dos memor veis SCHAFER 1976 p 81 O trem proporciona ru dos interessantes e por esta raz
166. e reforca o argumento que a dificuldade para a apreens o do became the most inescapable signals of the soundscape for like the church bell and with even more merciless punctuality the clock measures the passing of audibly 34 Clocks regulated the movements of town with militant imperiousness 35 Surely am not the only one to conclude that the rhythm of hooves must have knocked around infectiously in the minds of travelers 36 Before the Industrial Revolution work was often wedded to song for the rhythms of labor were synchronized with the human breath cycle or arose out of the habits of hands and feet 37 The streets of all major European towns were seldom quiet in those days for there were the constant voices of hawkers street musicians and beggars 52 espa o resulta no seu abandono e n o que h a necessidade do aumento de atividade A ltima cita o do autor levanta outra quest o que tamb m ser tema deste trabalho a m sica de rua Como descreve M sica de rua era um assunto de constante controv rsia Intelectuais ficavam irritados com esta M sicos s rios ficaram indignados frequentemente pareciam n o m sicos que queriam engajar na pr tica n o para dar prazer mas simplesmente para acabar com o seu sil ncio dos outros SCHAFER 1976 p 66 Esta discuss o muito relevante considerando a cultura brasileira A m sica de rua uma manifesta o popular e segundo a legisla o b
167. eard as surprising vibrations as sound pressure and oscillating wave as throb function as part of the identity of the car and its driver or the crew directing according to a rhythmic pulse so much energy against all those that overhear 158 The boom of the bass aids in the cruising vehicle to search out possible routes through the city to capture attention and to compete The car than is also a drum delivering the beat as street culture on wheels which through an intersection with hip hop culture makes mega bass a racial and social statement 159 Bass culture put on wheels is a potent weapon for broadcasting in full view the legendary aggression at the heart of rhythm a signal preceding the potential use of the gun 104 O autor menciona ent o as competic es est ticas entre carros modificados at chegar nas de intensidade sonora dos mesmos No Brasil h competi es de Pared es que s o v rias caixas de som empilhadas que alcan am n veis de intensidade sonora alt ssimos e tamb m produzem sons de baixa frequ ncia LaBelle afirma que esses extremos deixam o carro inabit vel porque tornam o sistema de som mega bass customizado em uma interven o tecnol gica elaborada e mudam a express o musical e identifica o sonora com o esporte de vibra o LABELLE 2010 p 158 A rua o palco para a apresentac o do autom vel que produz sons e ru dos que caracterizam a c
168. ecido Conhecido Desconhecido Primeira Visita C C C C 2 Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort vel C C C C 3 Muito Calmo Calmo Agitado Muito Agitado C C C 231 4 Muito Claro Claro Escuro Muito Escuro D C C 5 Muito Verde Pouco Verde Artificial Muito Artificial C C C C 6 Muito Silencioso Silencioso Barulhento Muito Barulhento 2 C C C 7 Muito Amig vel Amig vel Hostil Muito Hostil C C C 8 Muito Alegre Alegre Triste Muito Triste C C C C 9 Muito Organizado Organizado Desorganizado Muito Desorganizado C C C C 10 Muito Seguro Seguro Inseguro Bem Inseguro C C C 11 Fluxo Muito Intenso Fraco Muito Fraco Intenso de Pessoas C C C C 12 fluxo intenso de ve cul Intenso Fraco Muito Fraco C C C C 13 jelecimentos Muito Val Variados Pouco Variados Iguais C C C C 14 Tr nsito Muito R pido Lento Muito Lento R pido C C C C 3 Quais sons da cidade voc escuta agora Anotar os tr s primeiros em ordem 1 2 3 4 Voc vive em um local silencioso SIM 232 8 2 RESULTADOS GERAIS POR PONTO A avaliac o qualitativa cumpriu o objetivo de avaliar a da populac o sobre a qualidade ambiental urbana afinal os resultados foram bem representativos e deram respostas interessantes a questionamentos iniciais deste traba
169. ectacular acoustics events for to this place man brought not only his voice raised in song but also the loudest machine he had till then produced the organ Poor towns quieter than prosperous towns 49 nossa perspectiva deste espaco n o vamos nos aproximar deste e cuid lo melhor Defende se que sim 2 1 2 A CONSOLIDAC O DA CIDADE Como j mencionado o autor acredita que em termos de paisagem sonora uma divis o pr tica no desenvolvimento urbano como em tantas outras reas Revolu o Industrial SCHAFER 1976 p 52 Antes de entrar discuss o sobre a cidade p s revolu o industrial aborda se os ru dos presentes na consolida o das primeiras cidades desde a Idade M dia Como descreve Schafer Olhando para o perfil de uma cidade medieval europ ia pode se notar que o castelo a muralha da cidade e da torre da igreja dominam a cena Na cidade moderna o arranha c u o edif cio do banco e a chamin de ind stria que s o as estruturas mais altas Isto muito nos diz sobre as proeminentes institui es sociais destas diferente sociedades SCHAFER 1976 p 53 Os s mbolos marcantes de uma cidade podem dizer muito sobre sua sociedade Mesmo considerando as contempor neas podem se fazer diversas distin es culturais Al m disso dentro de uma mesma metr pole como o caso de S o Paulo os bairros podem ser muito diferentes necess rio realizar uma an lise precisa dos u
170. el de ru do observado que s o a pra a Benedito Calixto no s bado com 69 dBA e a rua Cristiano Vianna durante a semana com 89 dBA respectivamente sempre considerando os n veis equivalentes Leg obtidos Sobre cada par metro que qualifica o espa o urbano foram relacionados o n mero de avalia es positivas e negativas que completam a coluna NA Em seguida se calculou a porcentagem que equivale a cada resposta Com isso foi poss vel calcular o delta ou seja a varia o de percep o positiva entre as avalia es feitas nos dois pontos mais extremos de n vel de ru do urbano O gr fico 8 30 sintetiza os resultados obtidos Considerando a varia o da percep o entre o ponto menos e mais ruidoso obteve se e aumento de 488 na classifica o do ambiente urbano como ARTIFICIAL aumento de 100 na classifica o do ambiente urbano como TRISTE DESORGANIZADO E INSEGURO e e aumento de 49 na classifica o do ambiente urbano como AGITADO Portanto comprova se a teoria de que a percepc o da qualidade urbana impactada pela intensidade do som A polui o sonora n o gera apenas impactos na sa de humana mas tem a capacidade de alterar a percepc o da populac o de um trecho urbano para pior o que pode colaborar muito para o descaso com o espa o p blico 276 ed MESE PL m REESE Slendo 2 o gt IHO 39 oo NE Ex o
171. elaborate psychological mechanism for filtering out undesirable sound in order to concentrate on what is desirable 42 mais agrad veis de seu ambiente o canto dos p ssaros aparece repetidamente do topo da SCHAFER 1976 p 29 Cada localidade geogr fica possui uma paisagem sonora singular apenas pela diferen a clim tica Cada ecossistema tem uma gama de plantas e animais que geram sons caracter sticos Toda paisagem sonora natural tem seus tons originais e muitas vezes originais que constituem Marcos SCHAFER 1976 p 26 Estes Marcos Sonoros conceito definido pelo autor como Soundmarks tornam o local nico ao conter sons somente ali encontrados Como exemplo de Marcos Sonoros naturais pode se destacar as cachoeiras com seu ru do fundamental como marco na percep o sonora Para a compreens o de uma paisagem sonora fundamental a correta leitura do espa o natural que esta se insere mesmo que em grande parte j tenha sido modificada pelo Homem como o caso do cen rio das grandes metr poles Como defende o autor cada territ rio da Terra tem sua pr pria sinfonia de aves proporcionando um tom vernacular t o caracter stico quanto a linguagem dos homens que l vivem SCHAFER 1976 p 31 Os sons naturais de um local s o t o primordiais quanto o instinto Humano e por esta raz o impactam nossos ouvidos mesmo que de forma inconsciente O autor consid
172. elevante por seu car ter investigativo o que resultou em materiais prim rios muito significativos Apresenta poucas discuss es conceituais por m no pre mbulo faz a proposta de um modelo para controle do ru do com base em um esquema de a es no qual destaca necessidade da avalia o custo benef cio das medidas tomadas Entre as a es para redu o de ru dos destacadas pelo autor est o redu o de ru do na fonte planejamento do tra ado de vias barreiras ac sticas e Isola o dos edif cios Estuda se como reduzir o ru do urbano a partir do preocupa o com seu maior vil o que o ru do de tr fego Por m o autor observa que a simples localiza o de reas livres lazer e edifica es em rela o as vias levando em conta os aspectos de ru do podem melhorar de maneira efetiva a qualidade de vida dentro de uma cidade DEL CARLO 1979 p 5 Quando se leva em considera o as fontes de ru do futuras para a elabora o de planos urbanos j poss vel evitar muito problemas graves de polui o sonora O cap tulo T cnicas e Sistemas de medidas esta obsoleto considerando a tecnologia atual para avalia o do ru do exterior Explica at o uso de gravadores de fita magn tica j extintos Por m um registro fundamental dos problemas que eram enfrentados para a correta avalia o dos ru dos o que consequentemente dificulta tamb m as medidas de atenua o posteriores Neste me
173. em mais atividade inclusive aos s bados e por isso apresentam n veis de press o sonora equivalente superiores ao restante A pra a Benedito Calixto que tamb m tem um uso espec fico aos s bados n o impacta tanto o entorno provavelmente devido a presen a significativa de vegeta o A seguir os dois mapas resultantes das medi es no dia da semana e no s bado 220 1 06 02101 ep e vOILSQOV SOLNOd 9398859228892 3333333337288 j me PRI Ls PR v gp 441 1 b97 06 02101 opeges e VOILSQOV OV IQ3N SOLNOd 1 59589882885 595998825 50 88 v gp 7 20 a 7 21 Mapa dos Resultados das Medi es Objetivas Leg e L pico FONTE Arquivo Pessoal 7 5 COMPARA O COM NBR 10 151 Para concluir a an lise quantitativa considerou se fundamental apresentar os n veis sonoros aceit veis para ambientes externos propostos pela norma brasileira da ABNT NBR 10 151 Esta norma considerada permissiva mas um par metro de compara o para determinar os locais com excesso de ru do Para ambientes externos a norma divide em seis tipos de reas s tios e fazendas estritamente residencial urbana ou de hospital ou de escolas rea mista predominantemente residencial rea mista com voca o comercial e administrativa rea mista com voca o recreacional rea predominantemen
174. em sonora e quanto o problema se destaca no cen rio urbano geral Al m disso se os usu rios frequentes j se acostumaram com os altos n veis de intensidade sonora A princ pio esta pesquisa ir utilizar a mesma tabela de avalia o com os 18 indicadores estabelecida por Jian Kang 2007 Ao longo do estudo de caso a rua Teodoro Sampaio posteriormente apresentada em detalhes ser o determinados quatro pontos de avalia o que exemplificam a diversidade da In addition they were asked to evaluate the importance of acoustics compared with other physical factors to indicate preferred sounds and to give design suggestions 139 paisagem sonora Em seguida a pesquisa de campo ir acontecer em duas etapas 1 Medidas com son metro nos 4 pontos determinados com o intuito de estabelecer uma base comparativa dos n veis de intensidade sonora obtidos 2 Entrevistas com a populac o usu ria com amostragem variada 50 entrevistas por ponto de avalia o sendo metade no dia da semana e metade no s bado No momento da entrevista ser o identificados o g nero faixa et ria assim como determinado metodologia de Kang para comprovar posteriormente a diversidade da amostragem A diferen a que nenhum dos participantes ser inicialmente alertado que se trata de uma avalia o sobre os sons urbanos porque justamente busca se saber se os mesmos percebem esse problema Por m no final da avalia
175. en sound is conducted directly through the skull of the headphone listener he is no longer regarding events on the acoustic horizon no longer is he surrounded by a sphere of moving elements He is the sphere He is the universe 73 REFERENCIAL TE RICO II CAP TULO 3 Os TERRIT RIOS AC STICOS BRANDON LABELLE segundo autor escolhido para a elabora o do referencial te rico sobre paisagem sonora um artista escritor e te rico sobre o som chamado Brandon LaBelle O trabalho dele explora quest es da vida social e narrativas culturais utilizando o som as performances os textos e interven es art sticas in loco Como resultado obt m projetos contextuais que criam formas de interven o incomuns em espa os p blicos Este tamb m professor da Bergen Academy of Art and Design na cidade de Bergen na Noruega mas atualmente vive em Berlin Alemanha convidado por institui es de todo o mundo para palestrar sobre temas como cultura auditiva artes espaciais e sonoras pr ticas de m dias experimentais e de voz Como o autor coloca sobre sua recente publica o T rrit rios ac sticos Cultura sonora e a vida cotidiana Tenho o objetivo de proporcionar uma an lise cuidadosa das rela es performativas inerentes espacialidade urbana tamb m de expor estudos sobre o som como uma pr tica capaz de se envolver criativamente essas rela es Combinando pesquisa em teoria urbana cultura popular e
176. ente perdeu se estas rela es de centralidade na cidade Isso tamb m est associado a falta de perspectiva no espa o p blico o que impede a popula o de se referenciar por algum edif cio central marcante O autor segue seu livro abordando diversos sons espec ficos da cidade que causam influ ncia sobre os seus habitantes Como observa certamente eu n o sou o nico a concluir que o ritmo dos cascos dos cavalos batem de forma contagiante nas mentes dos viajantes emitidos quando se pratica uma determinada atividade ficam atrelados a SCHAFER 1976 p 63 Os sons mem ria da mesma Neste contexto Schafer observa que antes da Revolu o Industrial o trabalho muitas vezes se atrelava a m sica pois os ritmos eram sincronizados com o ciclo de respira o humana ou com h bitos de m os e SCHAFER 1976 p 63 Havia um maior dedica o Humana para percep o sonora que era usada em conjunto com atividades de trabalho configurando um ritmo mais ameno por m mais equilibrado Mas em rela o especificamente as ruas que s o objeto deste trabalho o autor descreve sobre a Idade M dia as ruas de todas as grandes cidades europ ias eram raramente calmas naqueles dias pois existiam vozes constantes de vendedores ambulantes m sicos de rua e mendigos SCHAFER 1976 p 64 Mesmo com o ritmo de vida mais calmo o espaco p blico n o se esvaziava ou seja havia uma maior preocupac o com o mesmo o qu
177. ento cada vez maior de m quinas o ru do constante e artificial do motor das mesmas marca o contexto sonoro urbano Os restaurantes e bares na cal ada muitas vezes podem estabelecer locais charmosos dentro do caos da cidade mas tamb m s o poderosas fontes sonoras 107 O Homem urbano vive em ritmo fren tico e em um cen rio de super populac o no qual apenas mais um Por isso muitos buscam se diferenciar ou at criticar o modo de vida estabelecido atrav s da de ru dos m sica alta e manifesta es p blicas Passeatas greves ou at mesmo festas em espa o p blico geram ru dos eventuais por m marcantes O grande problema est no fato do aumento do ru do urbano impactar a percep o da popula o da qualidade ambiental urbana que passa a dar menos valor ao espa o p blico Esta perda de interesse muito prejudicial para a cidade que fica desvalorizada e rebaixada a fun o apenas conectar os usos cotidianos trabalho casa e deixa de estabelecer pontos de encontro em locais p blicos Enfim o crescimento das fontes de ru do na metr pole contempor nea evidente assim como o aumento dos n veis de intensidade e variedade de frequ ncias predominantes Vive se em um ambiente urbano hostil com muita informa o sonora vazia e o Homem tenta fechar o ouvido para polui o sonora mas n o consegue evitar a perturba o A observa o da paisagem sonora fundamental pa
178. era importante a percep o dos sons em movimento que auxiliam na compreens o do Homem no espa o e como explica s vezes eu pe o aos alunos pra identificarem sons em movimento na paisagem sonora O vento dizem alguns rvores dizem outros Mas sem objetos em seu caminho 15 No sound in nature has attached itself so affectionately to the human imagination as bird vocalizations In tests in many countries we have asked listeners to identify the most pleasant sounds of their environment bird songs appears repeatedly at or near the top of the list e Every natural soundscape has its unique tones and often they are so original as to constitute Soundmarks Each territory of the earth will have its own bird symphony providing a vernacular keynote as characteristic as the language of the men who live there 43 vento n o demonstra nenhum movimento aparente Paira nas orelhas energ tico mas sem dire o De todos os objetos as rvores d o as melhores pistas agitando suas folhas agora de um lado ora noutro assim que o vento passa elas SCHAFER 1976 p 23 As rvores demonstram melhor a movimenta o do vento do que o pr prio O ru do gerado por este s evidente quando a velocidade do vento muito alta e tamb m em dias chuvosos com a umidade do ar elevada ajuda na amplifica o do som devido ao som se propagar melhor em meio l quido Por m necess rio tamb m
179. erfil transversal Declive m dio Efeito de reverbera o reflex es m ltiplas por edif cios pr ximos 2 Dados relativos as caracter sticas do tr fego Fluxo m dio hor rio por sentido de tr fego Porcentagens de ve culos pesados Velocidades m dias de circula o para ve culos leves e pesados TR FEGO FERROVI RIO 1 Dados relativos as caracter sticas das linhas Tipo de trilhos Tipo de coloca o dos trilhos Travessas de madeira concreto estrutura r gida ou resiliente N mero de linhas em cada segmento Raio de curvatura Rugosidade 2 Dados relativos as caracter sticas do tr fego Tipos de composi o Tipologia de locomotiva N mero m dio de composi es de cada tipo por hora dia Velocidade m dia de circula o de cada tipo Comprimento de cada composi o Tipo de freios TR FEGO A REO 1 Dados relativos ao aeroporto N mero e localiza o de pistas Servid es aeron uticas Percursos de circula o Zonas de teste e run up 2 Dados relativos as aeronaves 131 Tipos de aeronaves N mero de aeronaves por dia m s ano 3 Dados relativos as opera es de v o Opera es de v o por tipo de aeronave e por pista Corredores a reos Rotas Distribui o de aeronaves por rota ngulo de decolagem de cada aeronave 4 Dados relativos a condi es atmosf ricas determinantes IND STRIA EDIF CIOS Regime de ventos dominantes Dire o Velocidades m dias Distribui
180. erformance ac stica com base no excesso de vibra o nos prazeres da pele e na identidade da LABELLE 2010 p 129 O autom vel pode gerar ru dos e nas grandes metr poles todos os motoristas ficam horas parados no tr nsito dentro destes Por m n o deixa de ser um sinal de status e privacidade Duas opera es t m maior poder atrav s do autom vel a privacidade ac stica conforme a mec nica e ritmos das fun es internas do carro encontra defini o r tmica e o controle da presen a do p blico que acentuada atrav s da estiliza o de privacidade O carro uma segunda pele LABELLE 2010 p 143 O Homem opta pelo autom vel individual porque seu interior traz prote o em meio ao espa o urbano hostil e violento mas tamb m porque transporte coletivo por vezes bem prec rio e insuficiente como no caso da cidade de S o Paulo Ainda o carro oferece a sensa o de controle dos sons que escuta no r dio da temperatura do ar condicionado do trajeto mais r pido etc como diz o autor 150 In which the automobile performs within a greater acoustical demonstration fixating on vibratory excess the pleasures of skin and community identity 15 Both operations take greater power through the automobile whereby acoustical privacy aligned with the very mechanics and rhythms of the car s internal functions finds rhythmic definition and controlling public presence is acce
181. erior O autor conclu sobre o m todo de medi o com son metro in loco O m todo acima exposto possibilita com a utiliza o de um instrumento relativamente barato e que entra agora em produ o no Brasil a realiza o das medi es mais comumente empregadas internacionalmente visando a avalia o do inc modo causado pelo ru do comunit rio A utiliza o desse m todo nos levantamentos necess rios ao planejamento urbano as espcifica es de isola o ac stica de fachadas etc trariam grandes melhorias a qualidade de vida nos meios urbanos sem grandes nus aos respons veis estas atividades CREMONESI 1984 p 49 Atualmente o son metro s utilizado in loco para fazer a calibra o dos softwares de mapas de ru do ou para averiguac o e controle de normas O programa computacional consegue elaborar a partir dos dados de entrada um comportamento do som em meio urbano mais global que considera todas 22 as fontes de ru do exterior Nota se que s em meados da d cada de 1980 que o son metro come ou a ser fabricado no Brasil e por isso que at hoje n o muito popularizado Em seguida o autor apresenta diversas medi es realizadas nas quais constam as caracter sticas do local de medi o com foto dados de ru dos com n veis em dBA dados de tr fego com contagem de fluxo por hora e velocidade m dia tabela com resultados por per odo de medi o e representa o gr fica dos result
182. esenta o gr fica da onda abaixo 280 M X REPOUSO 1 CICLO Representac o gr fica de uma onda FONTE VALLE 2009 p 9 Algumas vezes necess rio verificar o tempo de dura o de um ciclo Este chamado Per odo T da onda sendo expresso em segundos J uma das caracter sticas fundamentais da ac stica a Freq ncia f que o n mero de ciclos que ocorrem a cada segundo de tempo Este conceito n o define a velocidade de propaga o da onda sonora j que esta depende do meio de propaga o Al m disso fundamental ressaltar que raramente encontramos um som puro de uma frequ ncia s na natureza Os sons e ru dos s o composi es das mesmas e apresentam uma frequ ncia predominante A an lise do espectro de frequ ncia de uma onda sonora fundamental para compreender o abrang ncia desta no meio O espectro pode ser dividido em oitavas com dez valores num ricos ou ter os de oitavas mais preciso com 30 valor de frequ ncia segundo a imagem abaixo 281 Tiers d actaves FONTE FDTE Poli Integra Cada uma tem um comportamento distinto considerando as superf cies da cidade como as baixas freq ncias mais incomuns na natureza que s o mais dif ceis de se isolar Sua unidade chamada Hertz Hz mas equivale a ciclos por segundo A freq ncia definida por Segundo Murgel ru do de tr fego em geral apresenta uma faixa de frequ ncia predominante que var
183. ex o mais sentimental do leitor com o cen rio proposto Para iniciar a compreens o de um ambiente sonoro descreve Schafer O que o analista da paisagem sonora deve fazer primeiro descobrir as caracter sticas significativas da paisagem sonora os sons que s o importantes quer por causa de sua individualidade sua intensidade ou sua predomin ncia SCHAFER 1977 p 9 Por essa raz o o primeiro passo relacionar todas as fontes sonoras e caracterizar os sons como acontecem em dado recorte urbano Para avaliar os principais temas da Paisagem Sonora o autor define quatro categorias sonoras centrais Tons Principais Keynote sounds Alertas Sonoros Signals Marcos Sonoros Soundmarks e Sons Arquet picos 7 is a special talent of novelists to have captured the soundscapes of their own places and times and such descriptions constitute the best guide available in the reconstruction of soundscapes past 8 What the soundscape analyst must do first is to discover the significant features of the soundscape those sounds which are important either because of their individuality their numerousness or their domination 39 Archetypal sounds Este ltimo os Sons Arquet picos s o antigos e misteriosos sempre possuindo certo simbolismo do passado O Keynote um termo musical que significa a nota que d o tom da m sica Essa a ncora ou tom fundamental pelo qual a m sica vai se desenvolver
184. feita a partir as suas caracter sticas f sicas Como coloca o autor a id ia seria ter um cart o em que a informa o do som escutado poderia ser rapidamente notada e comparada com outros sons SCHAFER 1977 p 134 Inicialemente Schafer prop em o question rio de avalia o abaixo 1977 p 135 DEFINI O do evento sonoro 1 Dist ncia estimada do observador em metros 2 Intensidade estimada de som original decibels 3 Audi o Clara moderadamente clara ou pouco clara acima do som ambiente 4 Textura do ambiente Hi fi Lo fi natural humano tecnol gico 5 Ocorr ncia isolada repetitiva ou parte de um grande contexto ou mensagem 6 Fatores ambientais nenhuma reverbera o Pouca reverbera o Muita reverbera o Eco Enfraquecimento Dispers o 164 Sounds may be classified in several ways according to their physical characteristics acoustics or the way in which they are perceived psychoacoustics according to their function and meaning semiotics and semantics or according to their emotional of affective qualities aesthetics We classify information to discover similarities contrasts and patterns Like all techniques of analysis this can only be justified if leads to the improvement of perception judgment and invention 166 The idea would be to have card on which the salient information of sound he
185. final do trabalho escolhe se aplicar estes tr s m todos principais devido a sua maior abrang ncia e comprova o cient fica para em seguida inter relacionar os resultados obtidos Discute se ainda formas de classifica o que podem auxiliar na avalia o de eventos sonoros e formas gr ficas de representar a paisagem sonora 5 1 CLASSIFICA O DO RU DO Para se analisar um contexto sonoro necess rio primeiramente elencar todas as fontes de ru do envolvidas constantes ou eventuais e caracterizar os seus ru dos produzidos Este processo de classifica o pode ser feito com base em caracter sticas f sicas na percep o do Homem entre outros fatores como explica Murray Schafer Os sons podem ser classificados de diversas maneiras de acordo com suas caracter sticas f sicas ac stica ou a maneira em que eles s o percebidos psicoac stica de acordo com a sua fun o e 120 significado semi tica sem ntica ou de acordo com as qualidades afetivas est tica SCHAFER 1977 p 133 O autor acredita que a classificac o uma ferramenta importante para a avalia o de ru dos urbanos Complementa que podemos classificar informa es para descobrir semelhan as contrastes e padr es Como todas as t cnicas de an lise isso s pode ser justificado se proporcionar a melhoria da percep o avalia o e inven o SCHAFER 1977 p 133 A primeira forma de an lise de um evento sonoro
186. foi inaugurado o Entreposto atualmente Mercado Municipal de Pinheiros Dessa forma a regi o converteu se em n cleo receptor da produ o agr cola oriunda de reas ao longo das estradas para Itapecerica Cotia e Itu Talvez resida na presen a do Mercado a pr pria origem de Pinheiros como centro de com rcio atacadista Esta rua portanto sempre foi caracterizada pela facilidade de acesso por ser atendida por transporte p blico mas tamb m nunca foi um local silencioso porque a passagem do bonde em um aclive era um grande fonte de ru dos A grande tr nsito de pessoas em dire o ao Mercado Municipal tornou a Teodoro Sampaio uma rua interessante para a instala o do com rcio devido a grande visibilidade 6 1 Pra a Benedito Calixto e Rua Teodoro Sampaio 1925 Lucas Ramirez FONTE gazetadepinheiros com br No in cio do s culo XX praticamente estabeleceu se o esqueleto de Pinheiros baseado principalmente na presen a de uma s rie de radiais que se definiam em fun o de antigos caminhos Seu eixo principal uma se o da antiga estrada de Sorocaba compreendia as Ruas dos Pinheiros e 147 Butant praticamente as nicas ruas que n o possuem um tra ado retil neo Cruzava o um caminho de boiadas que ligava a Lapa Vila Clementino Esse ao passar por Pinheiros compreendia principalmente a Estrada Grande das Boiadas atual Av Di genes Ribeiro de Lima a Rua Fern o Dias a pr pria Rua dos Pinhe
187. forma integrada configurando um cen rio geral Como consequ ncia das pesquisas sobra a Paisagem Sonora foi criada uma nova disciplina definida pelo autor como Acoustic Design Esta se estrutura de forma interdisciplinar pois possui tr s grandes pilares que s o ci ncia sociologia e artes englobando principalmente a m sica Entre os seus objetivos est o estudar os efeitos de novos sons antes que eles sejam indiscriminadamente soltos no ambiente estudar o rico simbolismo que o som tem para o Homem e estudar os padr es de comportamento humano em diferentes ambientes sonoros para utilizar esses resultados para planejar futuros ambientes para o Homem SCHAFER 1977 p 5 O ato de projetar novos espa os considerando a sua qualidade sonora fundamental para o urbanismo porque consolida espa os com qualidade superior onde o Homem n o fica em estado constante de tens o corporal e assim pode elevar sua qualidade de vida Schafer ent o apresenta um pergunta final mas que neste trabalho cabe como um questionamento de partida A paisagem sonora mundial uma composi o indeterminada sobre a qual n o temos controle ou n s somos seus compositores e artistas respons veis por dar a este forma e beleza SCHAFER 1977 p 5 Deve se constatar que a paisagem sonora algo control vel e est fortemente conectada com as decis es projetuais 2 Only a total appreciation of the acoustic environment can give
188. gistrados nos question rios A idade exata n o era muito relevante para este trabalho por isso se estabeleceu 259 apenas que n o poderiam participar menores de 16 anos que normalmente tem uma audi o superior e maiores de 65 anos que por sua vez podem apresentar danos auditivos significativos Entre estas idades separou se em tr s faixas et rias jovens at 35 anos que representaram 2696 da amostragem adultos 35 a 50 anos com 5096 e os senhores 50 a 65 anos com 2496 Normalmente poss vel encontrar mais adultos nas ruas tanto em dias da semana no tr nsito para o trabalho quanto no lazer do final de semana Tamb m segundo o IBGE 2013 e a Funda o SEADE no munic pio de S o Paulo existem aproximadamente 6 300 000 adultos entre 14 e 49 anos sendo que a popula o total de 11 500 000 ou seja um pouco mais da metade similar aos resultados da pesquisa Em seguida separa se quantos vivem em um local tranquilo da cidade que supostamente n o est o sempre em contato com altos n veis de press o sonora e por isso determina se como suposi o que estes n o s o acostumados com o ru do Na verdade depois se verifica que quem diz viver em um local tranquilo muitas vezes apresenta baixa percep o ou at certa perda auditiva e por isso n o se incomoda com os ru dos do meio Ou seja n o que de fato as pessoas vivem em um local silencioso o que bem dif cil de encontrar considerando a cidade d
189. h bitos culturais A percep o da paisagem sonora ocorreu em tr s n veis distintos A exist ncia de identidade sonora e visual m todo proposto por Michael Southworth identifica o dos elementos da paisagem sonora conceitos de Murray Schafer e uma avalia o t cnica do comportamento do som e da transmiss o sonora no trecho urbano O pesquisador Michael Southworth na elabora o de pesquisa sobre a paisagem sonora no centro da cidade de Boston p gina 158 cap tulo 5 produziu um mapa de eventos sonoros que buscou avaliar que locais que se configuravam como fontes sonoras tamb m possu am forte identidade visual ou quando a identidade sonora n o estava relacionada com a visual ou vice versa Este conceito de identidade fundamental porque influencia muito a compress o dos habitantes da paisagem sonora Na avalia o do estudo de caso em quest o que resultou no Mapa de Eventos Sonoros pode se dizer que o trecho da rua que cont m o com rcio especializado em instrumentos musicais um local com forte identidade visual e sonora demarcado em vermelho Pela especificidade deste tipo de com rcio poss vel imaginar como s o normalmente as fachadas com suas vitrines e tamb m pode se facilmente imaginar o cen rio ac stico do local com uma mistura de m sica e ru do de tr fego J o restante da rua Teodoro Sampaio que possui um com rcio popular bem diversificado n o consegue estabelecer uma
190. he recent noise abatement campaigns is not so much an attempt to silence the world as an attempt to wrest Sacred Noise from industry as a prelude to the discovery of a more trustworthy proprietor to whom the power may be bequeathed 64 propriet rio deste poder simb lico Alguns eventos culturais como o Carnaval e seus trios el tricos tentam aumentar sua m sica a n veis de press o que podem causar surdez Por m entra se agora em uma nova fase na qual o ambiente t o hostil e ruidoso que o Homem se volta para sua individualidade na tentativa de estabelecer um universo particular melhor como veremos a seguir 2 2 3 REVOLU O EL TRICA Posterior a industrial o autor define a Revolu o El trica como uma grande contribuinte para outra transforma o na paisagem sonora e nos modos de vida da popula o devido a nova capacidade de transmiss o do som como descreve Os tr s mecanismos de som mais revolucion rios da Revolu o El trica foram o telefone o fon grafo e o r dio Com o telefone e o r dio o som n o estava mais ligado ao seu ponto original no espa o com o fon grafo este foi libertado de seu ponto original no tempo SCHAFER 1976 p 89 O que o autor chama de fon grafo de fato o primeiro equipamento para grava o sonora Possibilitar novas intera es com o som mudou a compress o do Homem do tempo e espa o Neste momento a paisagem sonora se transformou definitivamente uma vez qu
191. hegar ao ouvido de Deus SCHAFER 1976 p 51 A igreja foi o primeiro espa o interno no qual se explorou as propriedades da ac stica para gerar um espa o divino do ponto de vista da introspec o Humana Schafer descreve que o interior da igreja reverberou os eventos mais espetaculares ac stica para este lugar o Homem trouxe n o s a sua voz elevada em m sica mas tamb m a mais sonora m quina que ele tinha at ent o produzido o rg o SCHAFER 1976 p 52 Por m como o pr prio autor afirma que Cidades pobres s o mais silenciosas do que cidades pr speras SCHAFER 1976 p 52 cidadelas dos tempos passados n o seguiam a l gica do capital com seu lema tempo dinheiro e o ritmo cotidiano era muito mais ameno e qualidade de vida muito melhor Deve se avaliar nesta frase o sentido de prosperidade Algu m quer um ritmo de vida t o acelerado no qual s se visa ganhar dinheiro em detrimento da qualidade de vida Este pensamento n o tem fundamentos E al m disso n o seria bom ter um espa o p blico com qualidade Ser que se o espa o melhor percebido sem ru do em excessos mascarando os sons bons e se visuais forem abertas melhorando 27 The word of God originally came to man thought the ear not the eye By gathering his instruments and making an impressive noise man hoped in his turn to catch the ear of God 28 The interior of the church reverberated with the most sp
192. heirismo A Profa Gilda Bruna pelo incentivo e grandes ensinamentos Ao Prof Nelson Solano pela apresentac o do tema Aos meus av s Maria Helena e Hiram pela torcida A minha m e Katia e o Paulo pelo apoio Aos Profs Dominique Fretin e Leonardo Monteiro pelo direcionamento E por fim agradeco ao CAPES pelo apoio financeiro vi Mas tamb m queria pedir uma coisa Mario que s voc pode cumprir Todos os meus outros amigos ou n o saberiam o que fazer ou pensariam que sou um velho caduco e rid culo Quero que voc v com este gravador passeando pela Ilha Negra e grave todos os sons e ru dos que v encontrando Preciso desesperadamente de algo nem que seja o fantasma da minha casa A minha sa de n o anda nada bem Sinto falta do mar Sinto falta dos p ssaros Mande para mim os sons da minha casa Entre no jardim e fa a soar os sinos Primeiro grave esse repicar suave dos sininhos pequenos quando o vento bate neles e depois puxe o cord o do sino maior cinco seis vezes Sinos meus sinos N o h nada que soe t o bem como a palavra sino se a penduramos num campan rio junto ao mar E depois v at as pedras e grave a arrebenta o das ondas E se ouvir gaivotas grave E se ouvir o sil ncio das estrelas siderais grave O Carteiro e o Poeta Antonio Sk rmeta p g 83 e 84 Sobre a vida do poeta chileno Pablo Neruda vii viii RESUMO n O objetivo deste trabalho avaliar a paisagem
193. i EB ni inn 44 Me BU a UM NL iw ian um mg p Fi LI Beta Elia 5 2m ran B Tr em gr zt EEG ll E t zm PCM Ei Ez ad i E I m MT PES rr EE 1 2 2 Enim La Lo 4 DEDOS F lal m s zB F lt AW ENS S E if o 24 p U guns LF iia Pim Y Ts incedit Bg sand Li f rh m rc Ma z Em taz E EC T lt 4871 y en y A r arm gigi EZ mr imd E LR p LES RECS Rd gt a A 2 o LAL En NO Brea cl reet 3 m ixl nig RT z a eta minm E IN la i ea 4 XS ge ES 9 a 6 18 Mapas de FONTE Arquivo pessoal 6 4 ENSAIO FOTOGR FICO O USO NO ESPACO P BLICO Nesta etapa da pesquisa a proposta era realizar um ensaio fotogr fico in loco ob
194. ia entre 500 Hz e 1 500 Hz justamente dentro da faixa de maior percepc o do ru do pelos seres humanos de 1 000 Hz a 4 000 Hz um dos motivos pelos quais essa fonte sonora representa um constante problema ambiental MURGEL 2007 p 22 Deve se ainda citar o conceito de Comprimento de onda 2 medida em metros que a dist ncia exata entre pontos similares de uma onda a dist ncia a partir de qualquer valor de press o sonora para que um ciclo se 282 complete na curva de press o sonora vesus dist ncia Este pode ser definido pela f rmula A velocidade do som c em um determinado meio temperatura e umidade sempre constante Em um ar mido 70 a 20 C a velocidade de 347 m s Na verdade o ar o pior meio para a propagac o do som Quanto mais denso o meio mais velocidade o som consegue atingir Na gua l quida atinge 1 434 m s e na madeira 4 000 m s Conhecer este comprimento de onda possibilita verificar pontos para melhor audi o do som Um som de baixa frequ ncia de 60 Hz ter no ar um comprimento de onda de 6 94 metros Em espa os com dimens es inferiores a esta o som poder n o ser percebido A imagem abaixo representa este conceito Comprimento de onda A FONTE VALLE 2009 p 15 283 C INTENSIDADE SONORA Para caracterizar uma onda sonora devemos ainda apresentar outras qualidades da mesma Podemos distinguir em um som a altura o timbre e a intensidade A Al
195. ica para an lise de paisagens sonoras H uma grande desvantagem se considerada a paisagem visual na qual diversas fotos antigas podem ser analisadas com o intuito de The general acoustic environment of a society can be read as an indicator of the social conditions which produce it and may tell us much about the trending and evolution of that society soundscape consists of events heard not objects seen 38 compreender um cen rio passado Como as avalia es e registros de decibels s o recentes na paisagem sonora apenas pode se fazer suposi es de suas mudan as ao longo dos anos O autor ainda defende a import ncia de se avaliar fontes prim rias das descri es sonoras As fontes prim rias para Schafer s o textos nos quais o autor descreve situa es sonoras vivenciadas E mesmo assim como a compreens o do som possui um car ter subjetivo pessoal de cada int rprete devem se ponderar tais percep es A autenticidade de uma testemunha auditiva como chama o autor na l ngua inglesa earwitness muito dif cil de se comprovar Mas como afirma o autor um talento especial dos romancistas de capturar as paisagens sonoras de seus locais e tempos e essas descri es constituem o melhor guia dispon vel para a reconstru o das paisagens sonoras do passado SCHAFER 1977 p 9 Por exemplo o uso da descri o sonora como veio de enriquecer a caracteriza o de uma hist ria faz uma con
196. icas bambu metal pedra ou madeira e as fontes de energia tais como gua e SCHAFER 1976 p 59 Mesmo urbano das grandes metr poles deve se perceber variedade da fauna presente Como j mencionado o canto dos p ssaros fundamental dentro da forma o da paisagem sonora Al m disso os ru dos dos insetos tamb m est o frequentemente no cotidiano do Homem moderno principalmente o mais irritante deles produzido pelo mosquito ou pernilongo Os animais que produzem sons mais marcantes n o est o presentes no contexto urbano mas fundamental mencionar sua simbologia como descreve Schafer Os carn voros produzem a maior gama de sons individuais entre os animais e muitos desses sons como o rugido de le es o uivar dos lobos ou o riso de hienas tem qualidades t o especiais que marcam instantaneamente a imagina o humana Estes representam intensas imagens ac sticas Uma vez escutados nunca ser o confundidos ou esquecidos ao longo da vida SCHAFER 1976 p 38 Como coloca o autor alguns sons animais tem a capacidade de marcar nossa percep o auditiva de forma instintiva afinal Devemos chamar a aten o para o fato de que muitos dos sinais sonoros transmitidos entre os animais os de ca a aviso medo raiva ou de acasalamento muitas vezes s o similares em Many of the most unique keynote sounds are produced by the materials available in different ge
197. idade impactando tamb m os pedestres O carro pode completar a trajet ria sensorial do pedestre mapeada por Lefebvre literalmente dirigindo a din mica de contato vibrat rio e auto propuls o desta media o o carro como tecnologia uma est tica completa apresentando ao corpo uma elaborada rede de dispositivos e efetivas potencialidades Dirigir projetar a si mesmo Som e m sica apoiam dramaticamente esta realiza o marcando a rua como espa o de amplifica o da transformag o LABELLE 2010 p 136 Por representar as classes e estilos diversos o carro consolida uma certa disputa territorial que se d no da rua como observa o autor que embora o carro atrav s de todas as suas caracter sticas modificadas pode operar para a disputa cultural e territorial o intervalo ac stico que transmite 160 Such extremes of course make the car uninhabitable turning the customized mega bass sound system into an elaborate technical intervention and ultimately shifting musical expression and sonic identify to the sport of vibration car might be said to complete this sensorial trajectory of the walker mapped out by Lefebvre literally driving the dynamics of vibratory contact and self propulsion to a mediating height the car as technology is an aesthetic totally lodging the body within an elaborate network of devices and effective potentialities To drive is to project oneself Sound and music dr
198. idade acima de 100 decibels Por m os danos psicol gicos n o s o menos importantes porque impactam diretamente na qualidade de vida da popula o Os resultados da avalia o ac stica devem ser utilizados como dados de entrada na elabora o de projetos urbanos por exemplo atrav s da an lise dos resultados de mapas de ru do que demonstram n veis de intensidade de certo trecho de cidade Por isso outra justificativa relevante para a escolha deste tema o distanciamento do ensino da disciplina de conforto ambiental que engloba a ac stica do processo projetual Como descreve Schmid A especialidade chamada conforto ambiental nasceu deficiente Nas universidades sua separa o do projeto e da teoria da arquitetura prejudicial urgente que se busque atividades de educa o e pesquisa da comodidade e da adequa o como valores relacionados a uma transcend ncia que acontece na est tica da arquitetura SCHMID 2005 p 103 Como resultado tem se que apesar da relev ncia do tema afirma Roberto Starck Silva a escassez bibliogr fica de t tulos sobre o assunto tamanha que poss vel contar o n mero de obras nos dedos de uma s m o SILVA apud SOUZA ALMEIDA BRAGANGA 2009 p 07 e por esta raz o fundamental gerar conhecimento sobre a problem tica em quest o iv OBJETIVOS O objetivo deste trabalho avaliar a paisagem sonora da Rua Teodoro Sampaio na cidade de S o Paulo utilizado metod
199. ide a performative shelter for the senses by both filtering out the undifferentiating flood of sound as well as empowering individual agency in controlling what comes in 88 Na cidade contempor nea Homem busca isolar sua audi o do ru do urbano utilizando recursos tecnol gicos O pedestre n o suporta a polui o urbana e por isso utiliza fones de ouvido para evitar a agress o auditiva como j comentado por Murray Schafer Segundo o autor neste contexto o caminhante plugado encena uma esp cie de fantasma da cal ada n s nunca poderemos saber que mat ria sonora est flutuando atrav s da orelha do usu rio do iPod cujo passo define o limite vago entre zumbi e ativismo LABELLE 2010 p 98 corpo do pedestre n o se move mais segundo a m sica urbana mas agora segue uma m sica que poss vel prever movimento dos corpos mesmo que de forma inconsciente influenciado pela audi o Por isso que do ponto de vista art stico o autor considera que haver uma maior variedade de movimentos humanos no espa o p blico aumentando tamb m a variedade do som com diz Novos territ rios sonoros s o compostos no decorrer desta experi ncia de audi o m vel Quando o corpo se move em sincronia com a m sica o ouvinte transforma a cena p blica e fornece uma nova tonalidade para a rua da cidade THIBAUD apud LABELLE 2010 p 98 J Schafer acredita ser muito negativo o uso de fones de ou
200. identidade visual mas certamente poss vel imaginar o ambiente ac stico desta rea normalmente 191 muito ruidosa devido a concentra o de pedestres e a polui o sonora urbana Por sua vez os espa os que constituem vegeta o urbana mais significativa como a Benedito Calixto e a regi o do Hospital das Cl nicas possuem uma forte identidade visual afinal o conceito de rea verde muito direto por m a identidade sonora mais fraca por ser muito vari vel dependendo dos diversos usos poss veis A mudan a do cen rio ac stico de forma muito brusca enfraquece a identidade sonora a Benedito Calixto por exemplo vai de totalmente deserta aos domingos e chega atingir 98 dB no s bado a tarde em raz o do Chorinho na pra a e dos visitantes da feira de antiguidades O m todo tamb m prop em o reconhecimento de reas com sequ ncia visual e sonora Certamente locais com ambos os fatores fortes de identidade v o possuir esse sequ ncia por m pode se notar que locais com forte identidade visual e baixa identidade sonora tamb m costumam apresentar Isso ocorre porque a baixa identidade sonora est relacionada como a mudan a do contexto sonoro que n o se torna t o caracter stico mas esta sempre se relacionada com o que est ocorrendo no local ou seja com a cen rio visual E desta forma a sequ ncia visual e sonora ocorre porque o sons seguem a identidade visual j prevista
201. idos de forma emp rica mas conseguiram acomodar todas as descri es que encontramos at agora SCHAFER 1977 p 137 Estes cart es descritivos podem ser muito relevantes para se avaliar a mudan a das paisagens sonoras poss vel verificar por exemplo o momento em que se passa a encontrar em meio urbano mais sons humanos que naturais e posteriormente quanto encontra se mais sons tecnol gicos que humanos BARK OF A DOC SONG OF A BIRD Frequency Mass AUC ML Fluctuations Grain Dynamics Ea _ 124 FOX HORN CHURCH BELL Frequency Mass Esses Fluctuations ERRA Grain EE LI LUI MOTORCYCLE Frequency Mass Fluctuations Grain 7 5 3 Exemplos de cart es descritivos sonoros FONTE SCHAFER 1977 p 138 9 ALL BERNA lt 20 sec 125 5 2 SIMBOLOGIA SONORA O autor Murray Schafer ainda prop em uma outra forma de classifica o que considera fundamental e complementar psicoac stica Como o autor observa porque envolve tamb m a tradicional dividir o estudo do som desta maneira O f sico e engenheiro estudam ac stica o psic logo e o fisiologista estudam psicoac stica o linguista e o especialista em comunica es estudam sem ntica enquanto que para o poeta e
202. invention of electroacoustical equipment for the transmission and the storage of sound any sound no matter how tiny can be blown up and shot around the world or packaged on tape or record for the generations of the future We have split the sound from the maker of the sound 72 lt creates a synthetic soundscape in which natural sounds are becoming increasingly un natural while machine made substitutes are providing the operative signals directing modern life 67 desaparecido atrav s do para reaparecer novamente dist ncia SCHAFER 1976 p 92 No radio n o existe o sil ncio Na m sica cl ssica ou mesmo no teatro o sil ncio era fundamental A justaposi o ou colagem de sons do radio irracional Para constantemente atrair a aten o dos ouvintes produz sons artificiais totalmente abstratos Mas mesmo assim o autor afirma que o r dio tornou se realmente o canto do p ssaro da vida moderna o natural da paisagem sonora excluindo as for as hostis de fora SCHAFER 1976 p 93 2 3 M SICA E PERCEP O Para concluir a leitura hist rica de Schafer sobre as mudan as na paisagem sonora este busca demonstrar como tamb m na m sica houveram modifica es importantes A princ pio apresenta uma diferencia o A m sica pode ser de dois tipos absoluta ou program tica Na m sica absoluta compositores criam paisagens sonoras ideais da mente M sica program tica imita o
203. iou novas fontes de ru dos e como declarou Luigi Russolo pintor futurista em 1913 hoje em dia a m quina criou uma tal variedade e conten o de ru dos que o som puro em sua leveza e monotonia j n o provoca emo o RUSSOLO apud ZARDINI 2005 p 207 Os meios de transporte s o a principal causa do ru do urbano e o movimento fren tico nas grandes cidades gera fontes sonoras lineares intensas que cortam a cidade causando um impacto segregador da malha Como define Schafer o motor interno a combust o agora produz o som fundamental da civiliza o contempor nea SCHAFER apud ZARDINI 2005 p 183 A popula o urbana parou de perceber as sutilezas sonoras muito variadas no caso de uma conviv ncia em comunidade para optar pela utiliza o constante de fones de ouvido A paisagem sonora da cidade contempor nea t o hostil que necess rio se isolar sensivelmente dela Na mesma forma que a qualidade urbana do condom nio fechado questionado o mesmo pode se dizer do corpo fechado ou seja do habitante diminuindo progressivamente seu contato com o contexto sonoro da cidade Como descreve o ec logo Eugene Odum ambas as formas de polui o do ar sonora e qu mica s o comuns em cidades em situa o de satura o ODUM apud SCHMID 2005 p 14 As cidades cresceram sem planejamento e agora continuam a se adensar com pouco crit rio Neste contexto ou prop em se solu es para a polui o so
204. iros a Rua Groenl ndia a Rua das Boiadas Vila Nova Concei o O conjunto completava se com a Rua Paes Leme em dire o ao Porto do Veloso a atual Rua Cardeal Arcoverde que chegava at o Ara e a Rua Teodoro Sampaio em fun o dos bondes Sobre o in cio da urbaniza o da regi o de Pinheiros Em fins da d cada de 1930 a parte mais central de Pinheiros come ou a adquirir uma fisionomia mais urbana beneficiada pelos primeiros servi os p blicos al m dos bondes Esse processo inicia se em 1915 quando foi inaugurado o primeiro servi o de ilumina o p blica Em 1929 uma parte do casario passou a beneficiar se com o servi o de gua encanada Tamb m nesse per odo alguns logradouros come aram a ser pavimentados com paralelep pedos Na d cada de 40 Pinheiros apresentava se densamente edificado ocasi o em que j era dif cil determinar onde findava seu n cleo e come ava Cerqueira C sar A canaliza o do Rio Pinheiros em 1943 permitiu que novas reas fossem acrescentadas ao antigo n cleo A Avenida Eus bio Matoso come ou a ser tra ada permitindo a urbaniza o entre ela e a rua Butant A regi o entre a rua Iguatemi e o canal do rio foi toda urbanizada A Sociedade H pica Paulista mudou se e sua antiga rea foi arruada loteada e totalmente edificada com pr dios e apartamentos de tr s pavimentos hoje conhecidos como Pr dinhos da H pica com uma parte ocupada pelo Col gio Estadual Fern o Dias P
205. ise 1 2006 WOLD FORUM FOR ACOUSTIC ECOLOGY World Forum for Acoustic Ecology 2011 Disponivel em lt http Awfae proscenia net journal gt Acesso em 20 jan 2012 WOLD FORUM FOR ACOUSTIC ECOLOGY World Forum for Acoustic Ecology 2011 Disponivel em lt http Awfae proscenia net journal gt Acesso em 20 jan 2012 WHO World Health Organization 1995 Community Noise In Archives of tbe Center for Sensory research Volume 2 Stockholm World Health Organization 1999 Ocupational and Community Noise Dispon vel em http www who int mediacentre factsheets fs258 em index htm Acesso em 14 set 2006 HELMER R Pref cio do documento Guidelines for Community Noise World Health Organization 1999 Disponivel em http www who int docstore peh noise Comnoisefor htm Acesso 31 jan 2011 304 LUQUET P Acoustic Measurement World Health Organization Regional Office for Europe 2001 VALLE S lon do Manual pr tico de ac stica Rio de Janeiro Editora M sica e Tecnologia 2009 Destaque para Propaga o do som ao ar livre p 61 ZARDINI Mirko Sense of the City An alternate approach to urbanism Lars Muller Publishers Queb c 2005 Destaque para THOMPSON Emily Sound of the city Noise and noise abatement in the modern city p 158 112 SCHULTE FORTKAMP B The tuning of noise pollution with respect to expertise of people s mind Internoise 2010 Lisboa Portugal
206. ito est tico mas pouco pr tico Os autores n o chegam a sugerir uma esp cie de rotina de procedimentos para estudar cada ambiente quanto a seu tamanho aplica es caracter sticas especiais muito menos a vontade do dono ou adminitrador de que funcione desta ou daquela maneira Em outras palavras h muito saber descentralizado muita cultura mas pouca objetividade em meio a essa riqueza de conhecimentos VALLE 2009 p 7 Da mesma maneira que neste trabalho critica se a falta de conceitua o te rica sobre a ac stica da produ o liter ria brasileira tamb m compreens vel a preocupa o deste autor O conhecimento j divulgado em 14 z ac stica muito t cnico por m quase sempre n o pr tico dif cil transformar a teoria matem tica em solu es projetuais e por isso que os arquitetos e engenheiros acabam negligenciando o tema Esta obra d nfase ainda nos projetos de est dios de grava o por isso o nico cap tulo que aborda quest es importantes para a ac stica urbana o Propaga o do som ao ar livro por m explica fen menos f sicos de forma simplificada Do autor engenheiro mec nico eletricista e civil Ennio Cruz da Costa o segundo manual t cnico apresentado chamado Ac stica t cnica Este foi professor da UFRGS e embora especialista na rea de termot cnica iniciou a disciplina de ac stica aplicada na faculdade de arquitetura e vem atuando como
207. itos nas ruas SCHAFER 1976 p 67 Mas considera tamb m que O estudo da legisla o de ru do interessante n o porque sempre cumprida mas sim porque ela nos fornece um registro concreto de fobias e perturba es ac sticas Altera es na legisla o nos d o pistas para a mudan a de atitudes sociais e percep es e estas s o importantes para a compreens o precisa do simbolismo de som SCHAFER 1976 p 67 A partir da an lise das perturba es ac sticas do passado podem se perceber problemas que chegaram at a paisagem sonora atual e ainda se intensificaram Porque hoje em dia devido ao costume a uma situa o sonora indesejada a popula o acaba reclamando pouco da polui o sonora Acredita se que um estado imut vel e que n o h meios de melhor lo Al m disso as legisla es do passado tinham mais qualidade do ponto de vista da avalia o qualitativa dos sons como coloca o autor que a legisla o de redu o de ru do no in cio era seletiva e qualitativa em contraste com a legisla o moderna que come ou a fixar qualitativamente o 39 After art music moved indoors street music became an object of increasing scorn and a study of European noise abatement legislation between the sixteenth and nineteenth centuries shows how increasing amounts of it were directed against the activity It was not the result of centuries of legislative refinement but the invention of the
208. ivas reflex es sonoras Al m disso sempre que poss vel permitir um generoso distanciamento 115 4 2 7 VENTILA O O ltimo mecanismo de atenuac o que um aspecto natural que tamb m comp em clima a ventila o O sons da cidade se relacionam muito com as caracter sticas ambientais do local apesar que as vezes est modificada como por exemplo pela falta de vegeta o nativa O vento a favor do ouvinte pode amplificar bem pouco o som por m o vento contra pode diminuir at 35 dB nas altas frequ ncias como demonstra o gr fico abaixo Este fator pode ser ruim acidentalmente mas tamb m pode ser usado como recurso ambiental para o planejamento urbano O vento contra pode amenizar uma grande fonte de ru do do tr fego veicular j que esta gera sons em m dias e altas frequ ncias 10 A favor do vento Redu o ponderada A dB A Contra o vento 10 50 100 300 500 1000 2000 3000 dist ncia m 4 8 Redu o ponderada A pela dire o da ventila o FONTE FDTE Poli Integra 2012 Cada cidade possui uma carta de ventos predominantes para cada m s do ano Em S o Paulo segundo o Departamento Nacional de Meteorologia 2010 a primeira predomin ncia Leste durante todo o ano com 2 5 m s de velocidade m dia A segunda Sul de outubro a mar o com velocidade um pouco superior de 4 0 m s Com vento predominante vindo de leste o pior local para se instalar um parque industrial
209. la o traz o entorno para dentro do corpo contra a pele e mais profundo LABELLE 2010 p 141 Em outras palavras significa a vontade do Homem de barrar sons e vibra es indesej veis A sensibiliza o por vibra es geradas na rua tamb m pode ser bastante agressiva ao corpo humano Segundo LaBelle a sensa o do campo de percuss o como um canal entre o interior e o exterior atrav s de movimentos vibrat rios e r tmicos condiciona e revela aspectos que eu quero destacar na abordagem da rua a partir da no o de barreira auditiva e buscando o significado do interior do carro LABELLE 2010 p 141 Ru dos de percuss o s o produzidos por impactos em superf cies como por exemplo no asfalto da rua que vibra at atingir os p s dos pedestres nas cal adas 144 The street shifts the rhythmical coordinates of the sidewalk as a place of contact for the full propulsion of automotive experience as a vibration under the seat 145 Auditory latching is not only a means of finding security between a body and its surroundings but also how such a relation brings surroundings inside against the skin and deeper 146 The sensing of the percussive field as a conduit between inner and outer through movements vibratory and rhythmic condition and reveal aspects that want to hang onto in approaching the street borrowing from the notion of auditory latching and seeking those charged fields of meaning withi
210. laboram com a perda de urbanidade do cidad o Segundo o autor conectado eletronicamente o usu rio torna se um agente secreto no campo da sociabilidade Passeando na cidade o usu rio descobre uma forma de linguagem corporal que excede tanto o passo quanto a marcha para criar toda uma gama de gestos LABELLE 2010 p 102 Al m do ritmo fren tico que j impede os pedestres de terem tempo para se relacionar o isolamento da paisagem sonora torna o pedestre mais anti social Em resumo diversas s o as vari veis que contribuem para a consolida o da paisagem sonora da cal ada sendo que a influ ncia dos pedestres decisiva A forma de avalia o da qualidade sonora deste espa o considerando a qualidade de vida dos usu rios pode ser complexa devido a 121 Music supplies a deep psychic and emotional medium for how to negotiate urban life and how to compose daily rituals 122 The geographies promulgated by sound then give dynamic space for ducking and diving the writing occurring between body and law which may support understanding of the intensification of IPod use and the emergence of sound culture as a counter to the semiotic imagistic and ocular demands of modern society nes Electronically wired the user becomes a secret agent on the field of sociality Wandering in the city the user discovers a form of body language that exceeds both the step and the gait to include an entire range of gestures 90
211. le pode dominar mais espa o ac stico SCHAFER 1976 p 77 Em resumo pode se dizer que o som possui uma grande carga simb lica e tem a caracter stica fundamental de transmitir id ias de forma abrangente Mas Homem at na contemporaneidade deu muita import ncia para seu estudo e controle Os ru dos s o compreendidos como conseq ncia de outros fatores e nada pode feito para melhorar a paisagem sonora Somente agora que a polui o sonora se torna insuport vel nas grandes metr poles o assunto come a a ser debatido com maior efici ncia 2 2 1 A LINHA RETA DO SOM Considerando o vi s t cnico o autor observa que A Revolu o Industrial introduziu um outro efeito na paisagem sonora a linha reta SCHAFER 1976 p 78 Isso significa que na representa o gr fica do som pela primeira vez surge um resultado linear explica Schafer Quando o corpo do som prolongado e constante este representado no gr fico de n vel sonoro como uma linha horizontal cont nua M quinas compartilham este importante recurso pois elas geram baixa informa o sons de alta redund ncia SCHAFER 1976 p 78 A pequena diferencia o sonora torna o som cansativo para o ouvinte Em vez de apresentar varia es que s o instigantes n o apresentam novas 54 When sound power is sufficient to create a large acoustic profile we may speak of it too as imperialistic For instance a man with a loudspeaker is more im
212. lho Por exemplo grande parte da popula o relaciona a falta de tranq ilidade do espaco p blico pergunta 1 com a falta de sil ncio pergunta 4 Al m disso uma premissa desta pesquisa era entrevistar somente pessoas que se considerassem familiarizadas com a rua Teodoro Sampaio por que estes j tiveram supostamente um maior contato com a paisagem sonora do local para evitar percepc es imediatistas o que tamb m foi cumprido com certa facilidade Todos os entrevistados selecionados responderam Muito Conhecido ou Conhecido no item 2 1 Sobre o par metro relacionado a qualidade da paisagem sonora se o espa o urbano silencioso ou barulhento as respostas negativas foram evidentes e provou ser o par metro urbano com maior porcentagem geral de classifica es negativas como mostra a tabela abaixo BARULHENTO MUITO BARULHENTO Ponto 3 Semana 95 596 ss Ponto 4 S bado 8 1 Porcentagem de respostas negativas ao par metro urbano Barulho FONTE Arquivo Pessoal Por m deve se notar que grande parte dos entrevistados respondeu muito barulhento ou seja o barulho perturbador mas parece aceit vel 233 Esse resultado provavelmente seria diferente se os entrevistados n o fossem quase todos acostumados ao ru do um vez que pouqu ssimos disseram que vivem em locais silenciosos O local onde as pessoas classificaram a paisagem sonora da rua Teodoro Sampaio de forma mais positiva foi no ponto
213. liados com uma foto e ficha com as caracter sticas do local no qual tamb m registra Observa es muito relevantes Al m disso espa o nomeado Entrevistado no qual a descri o do local feita por algum usu rio o que resultada em considera es muito valiosas Os gr ficos das medi es objetivas tamb m s o apresentados Esta pesquisa muito objetiva e apresenta um retrato fundamental do contexto sonoro no final da d cada de 1970 em S o Paulo Outra disserta o de mestrado aqui apresentada que tamb m recebeu o t tulo de Ru do Urbano foi defendida em 1984 pelo arquiteto Jos Fernando Cremonesi que teve como orientador o pr prio professor Ualfrido del Carlo Tamb m foi desenvolvida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo por m teve como patrocinador o Instituto de Pesquisas Tecnol gicas do Estado de S o Paulo IPT O autor foi gerente do segundo conv nio firmado em 1977 entre o IPT ea Prefeitura do Munic pio de S o Paulo PMSP e coodenou trabalhos efetuados por t cnicos de tr s grupos distintos do IPT Agrupamento de Estudos de Habita o Agrupamento de Engenharia de Transportes e Agrupamento de Medidas Ambientais E como diz Cremonesi essa 20 experi ncia serviu de base para o trabalho ora apresentado CREMONESI 1984 p 2 O IPT a partir da d cada de 1980 a valorizar o estudo da polui o sonora Na introdu o o
214. lises do ru do por oitava e classificadas as ruas da cidade em tr s tipos em fun o do tr fego DEL CARLO 1979 p 117 A partir de 1956 um grande n mero de trabalhos s o iniciados em todo o mundo Del Carlo cita como mais importante o trabalho de Moll 1959 que propunha uma f rmula que permite calcular o ru do de tr fego em um determinado ponto Em s ntese as discuss es sobre a an lise e controle do ru do urbano comecam ap s a consolidac o efetiva da ind stria por volta de 1930 j os primeiros estudos sobre a paisagem sonora com o resgate da valorizac o da do Homem partir da d cada de 1970 com o in cio da valoriza o do resgate da qualidade ambiental da cidades e da melhora da qualidade de vida de sua popula o 32 REFERENCIAL TE RICO I CAP TULO 2 MUNDO COMO UMA COMPOSI O MUSICAL MACROC SMICA MURRAY SCHAFER O primeiro livro escolhido para a elabora o do referencial te rico sobre Paisagem Sonora foi o Raymond Murray Schafer autor que definiu este conceito no final da d cada de 1970 Este um consagrado compositor canadense nascido em 1933 que ficou conhecido com sua pesquisa sobre ambientes ac sticos no trabalho World Soundscape Project desenvolvido na Universidade Simon Fraser em Burbany Canad O autor tamb m um pianista consagrado que posteriormente dedicou grande parte de suas pesquisas sobre m todos de ensinar m sica para crian a
215. logical thrust that unfolds as a spatio temporal 77 Como teoria fundamental o autor defende que atrav s da experimentac o sonora poss vel conhecer como profundidade a contemporaneidade Assim com o som dif cil de representar por n o ser vis vel e tamb m devido a sua r pida dissipa o tamb m muito complexo fazer um retrato fiel de uma poca Como continua LaBelle Pela minha perspectiva isso faz do Som um modelo significativo para tamb m pensar e experimentar a condic o contempor nea uma vez que a relacional espacialidade da cultura global necessita de reformula o cont nua Ele nos localiza dentro de um ambiente muito agitado e cheio de energia que como fen menos auditivos muitas vezes ultrapassam os par metros convencionais e as possibilidades de representa o A liga o moment nea encontrada no arco de som igualmente uma forma o espacial cuja apar ncia tempor ria requer ocupa o como um projecto cont nuo Este o nosso lugar tamb m potencialmente Esta a nossa comunidade Esta din mica do conhecimento auditivo fornece ent o uma oportunidade fundamental para a movimenta o pelo contempor neo atrav s da cria o de lugares comuns que n o pertencem a p blico em particular e ainda que transmitem uma sensa o de intimidade o som sempre meu e n o meu eu n o posso segur la por muito tempo nem posso prender toda a sua energia itinerante LABELLE 2010 xvii
216. m de Reflex o Dados meteorol gicos A malha de pontos de c lculo define a precis o dos n veis de intensidade Por m deve se avaliar o tamanho do trecho urbano estudado Se determina se uma malha de 1 em 1 metro para uma cidade inteira o software pode levar dias para processar Ou seja o ideal utilizar a precis o de 1 metro para trecho menor e malhas mais espa adas para avaliar contextos sonoros urbanos gerais A altura de avalia o a posi o do observador em rela o ao modelo 3D Esta altura foi estipulada pelo Good Practice Guide WG AEN 2010 uma normativa europ ia com intuito de padronizar e assim facilitar a compress o t cnica de Mapas de Ru dos produzidos nos diversos pa ses Este determina v rios outros par metros para a elabora o destes mapas com por exemplo as cores das legendas tamb m presente na ISO 1996 133 necess rio definir tamb m a dist ncia m xima do impacto da fonte sonora porque o software s consegue ter um precis o aproximada da atenua o do meio A Ordem de Reflex o tamb m deve ser determinada afinal n o se consegue prever com precis o o tempo de reverbera o j que n o poss vel especificar exatamente o material de comp em cada superf cie da cidade Ap s processar o c lculo dos n veis de intensidade sonora o Mapa de ru do adquiri a apar ncia abaixo 9580000 9579600 9579700 9579800 9579900 LN ua 9579100 95
217. meiro e segundo plano SCHAFER 1976 p 43 normal haver no n vel de ru do equivalente em qualquer paisagem sonora como por exemplo do dia para a noite Por m quando esta diferen a n o muito significativa ou seja trata se de um ambiente sonoramente mais equilibrado pode se classificar como uma paisagem sonora Hi fi A compreens o do espa o muito mais imediata quando h perspectiva tanto sonora quanto visual Um espa o muito delimitado n o oferece a no o do seu entorno ou seja do todo Na sensa o sonora similar em ambientes com maior amplitude pode se perceber melhor a situa o espacial geral como diz Schafer O ambiente calmo da paisagem sonora Hi fi permite que o ouvinte possa perceber sons mais distantes assim como o campo permite um longo alcance visual A cidade abrevia esta facilidade para a audi o distante e vis o tamb m consolidando uma das mudan as mais importantes na hist ria da percep o SCHAFER 1976 p 43 23 The hi fi soundscape is one in which discrete sounds can be heard clearly because of the low ambient noise level The country is generally more hi fi than the city night more than day ancient times more than modern In the hi fi soundscape sounds overlap less frequently there is perspective foreground and background 24 The quiet ambience of the hi fi soundscape allows the listener to hear farther into the distance just as the coun
218. melhor forma de represent la atrav s da paisagem sonora que tamb m possibilita um registro din mico A m sica pode fazer o ouvinte para vivenciar um tempo passado como se fosse a atualidade Ouvir um som em sua totalidade n o significa apenas conhecer o valor de sua intensidade e suas frequ ncias predominantes Como coloca o autor a quest o n o se torna apenas buscar o som original em sua forma pura mas sim ouvi lo em seu contexto hist rico utilizando de um ouvido apurado como um fen meno significativo e material e compartilhar experi ncias participativas nos movimentos da 2 LABELLE 2010 p 108 A observa o das formas de uso e apropria o do espa o p blico s o retratos sociais de uma poca como acredita LaBelle a vida na cal ada funciona como uma chave para a compreens o das intera es entre as rela es sociais como a linguagem p blica e as diversas perturbadoras formas de apropria o ou uso caracterizando a cal ada como um espa o de express o discuss o e luta LABELLE 2010 p 109 LaBelle ainda defende que a rua da cidade como um contexto ac stico ressoa com agress o informa es pedidos e relatos ajudando a mobilizar e provocar defender e resistir de acordo com as demarca es territoriais a and documents it is equally an audible echo taking shape through material forms cultural markings and geographic flows History is also movement The audito
219. n the car 99 LaBelle considera que o interior do carro parte do territ rio ac stico da rua apesar de estar de certa forma isolado Este acredita que o carro torna se um espa o gerador que proporciona ao ouvinte uma rela o particular com a m sica tal como um espa o enclausurado enquanto tamb m garante volume e vibra o para a intensidade do percurso LABELLE 2010 p 142 O carro pode estabelecer um espa o interior sonoro artificial mas agrad vel por m o grande vil o da polui o sonoro porque gera de forma agressiva ru dos no ambiente exterior da cidade Neste contexto duas formas de controle de ru dos tr fego s o comentadas pelos autor A primeira o asfalto ac stico que muito controverso por n o apresentar boa durabilidade por ser mais poroso que o tradicional LaBelle comenta o desenvolvimento do asfalto com borracha ou asfalto silencioso completa o requinte do isolamento do autom vel minimizando o ru do ambiental criado pelo pr prio 9 LABELLE 2010 p 144 Este diminui o ru do e vibra o no interior do pr prio carro e por isso tamb m que foi bastante difundido na Europa Tamb m comenta sobre as Barreiras ac sticas O autor diz Isso pode ser visto na constru o elaborada de paredes de som que atuam como ap ndices s auto estradas Estas barreiras desviam as trajet rias do ru do do tr fego a fim de proteger vizinhos pr
220. nado local por m A protec o dos ouvidos um elaborado mecanismo psicol gico para filtrar o som indesej vel a fim de se concentrar no que desej vel SCHAFER 1977 p 11 Quando se vai dormir a percep o do som a ltima a se perder e a primeira a voltar quando voc acorda A audi o um sentido que n o pode ser evitado e por isso que um ru do no ambiente afeta tanto o Homem mesmo que as vezes de forma inconsciente 2 1 A PAISAGEM SONORA NATURAL A primeira parte do livro chamada Primeiras Paisagens Sonoras e come a a discutir os sons mais essenciais do cotidiano como os provenientes da fauna e flora O autor descreve os sons que caracterizavam as cidades at a Revolu o Industrial que considera como o grande marco para a mudan a da paisagem sonora urbana O primeiro som escutado pelo Homem foi o da gua acredita o autor Por esta ser fundamental vida seu ru do sempre foi uma atrativo a ser seguido Por m como coloca Schafer Nenhum som na natureza conectou se t o carinhosamente com a imagina o humana como as vocaliza es das aves Em testes em v rios pa ses pedimos aos ouvintes para identificarem os sons 13 The very emergence of noise pollution as a topic of public concern testifies to the fact that modern man is at last becoming concerned to clean the sludge out of his ears and regain the talent for clairaudience clean hearing 14 ears protection is an
221. nc pio tinha o total controle Atualmente dif cil evitar a polui o sonora at em espa os particulares Por m a grande inven o do s culo XIX segundo o autor foi a cria o de um m todo de inven o Diversas foram as inven es tecnol gicas do per odo Novas tecnologias geraram novas fontes sonoras mas como coloca Schafer levou tempo para que os sons da tecnologia se espalharem por toda a Europa Os novos sons foram gradualmente aceitos como inevit veis SCHAFER 1976 p 73 Em vez de se identificar o problema do ru do das m quinas e buscar tecnologias para torn las mais silenciosas a popula o preferiu aceitar os mesmos O autor continua dizendo que no in cio do s culo XX os sons da tecnologia tornaram se mais aceit veis para o ouvido urbano combinando com os ritmos naturais da antiguidade SCHAFER 1976 p 74 A medida que os ru dos das m quinas foram se tornando parte da mem ria do Homem como parte da hist ria de evolu o da humanidade os ru dos pareciam ser menos agressivos Eram compreendidos como sons do progresso o que explica a psicoac stica De qualquer modo os ru dos das novas tecnologias invadiram a vida do Homem de forma decisiva Schafer explica que em ltima an lise o pulsar da m quina come ou a intoxicar o homem em todos os lugares com suas vibra es incessantes SCHAFER 1976 p 74 Ou seja considerando ou n o o costume com a situa o o f
222. nda a import ncia das reas verdes no equil brio da ac stica urbana Sobre o desempenho ac stico da vegeta o Lucia Mascaro observa no livro Vegeta o Urbana As rvores e a vegeta o em geral podem ajudar a reduzir a contamina o de ru do de cinco maneiras diferentes pela absor o do som elimina se o som pela desvia o altera se a dire o do som pela reflex o o som refletido volta a sua fonte de origem pela refra o as ondas sonoras mudam de dire o ao redor de um objeto por ocultamento cobre se o som indesejado com outro mais agrad vel Dessa maneira as plantas amenizam o ru do As barreiras vegetais desviar o o som para longe dos ouvintes e refletir o o ru do para sua fonte uma vez que encontre os ngulos adequados em rela o a sua origem Se o ru do passa 195 atrav s ou ao redor da vegeta o ser refratado e em conseq ncia dissipado A vegeta o pode tamb m dissimular sons na medida que se escuta seletivamente os sons da natureza sobre os ru dos da cidade particularmente vantajoso para o ser humano o fato de que as plantas absorvem melhor os sons de alta frequ ncia que os de baixas porque os sons altos incomodam mais ao ouvido MASCAR 2005 O que a autora cnama de desvia o normalmente mais conhecido com dispers o e o ocultamento por mascaramento sonoro Certamente as a es mais eficazes da vegeta o s o absorver parte do ru do e assim
223. ndera o A o mais usual para a corre o da percep o auditiva do Homem A imagem abaixo demonstra a sua origem Quando o n vel de intensidade passa por este filtro a unidade passa a ser chamada dBA e sempre expressa em um valor nico porque a sensa o auditiva globalizada em nosso c rebro Como o Homem escuta pior as baixas frequ ncias a curva de pondera o A basicamente diminui os n veis sonoros graves Por exemplo em 50 Hz deve se subtrair 30 2 dB do n vel de intensidade global para se obter a percep o sonora do Homem 117 e Contorno de Igual Sonoridade de 40 dB normalizado a 0 dB a 1kHz 20 Hz 100 1 kHz 10 kHz dB Contorno de Igual 0 Sonoridade de 40 dB invertido e comparado coma 20 curva de Ponderac o A pondera o A 40 20 Hz 100 1 kHz 10 kHz 4 9 Curva de ponderac o A FONTE FDTE Poli Integra Por m deve se ressaltar que a ac stica do Homem tamb m chamada de muito subjetiva e depende de in meros fatores como idade classe social sexo bagagem cultural etc Assim como a vis o e talvez todas as formas sensoriais do Homem s o ponderadas pela interpreta o do mesmo do mundo Essas manipula es da audi o ocorrem muitas vezes de forma inconsciente por exemplo no caso do costume aos ru dos urbanos 4 4 OS EFEITOS F SICOS DO RU DO Considerando o ouvinte fundamental apresentar os efeitos do ru do ao
224. ndix 142 Os mapas de eventos sonoros s o muito representativos da paisagem sonora como demonstrado na ilustra o abaixo Como afirma Schafer A informa o para os mapas de eventos deve ser limitada a um determinado per odo de tempo e seria identificada pelo andar sobre ou em torno do local selecionado No caso de um bloco de cidade pode ser uma nica excurs o em torno deste SCHAFER 1977 p 132 Este mapa que mostra o centro de Boston produzido por Michael Southworth busca relacionar ambientes ac sticos similares ou contrastantes men 4 aal Ed lho ci with strong visual and E district lacking temporal continuity dull visual and sonic sequence district or elemant with strong visual but distrocting ond uninformative sounds sonic settings which are difficult to weak sonic identity differentiate from one onother district or elament with weak visual but 5 e sonia identity responsive space allowing sonic involveman nds of sow 5 8 Mapa de evento sonoro Centro de Boston FONTE SCHAFER 1977 Appendix I Para finalizar apresenta se o mapa abaixo que indica a percepc o sonora de crian as em espa o p blico no entorno da escola prim ria resultado de uma avalia o qualitativa e uma forma de evidenciar os locais de inc modo maior da popula o para posteriormente comparar com uma 174 Material for the even
225. ndo todas as fontes sonoras do entorno e tamb m prever as fontes internas as reas verdes e quadras para construir um cen rio muito semelhante a realidade E depois utilizar as medi es in loco com o equipamento son metro somente para checar os resultados e calibrar o mapa de ru dos resultante 7 4 RESULTADOS OBTIDOS Apresenta se agora os resultados obtidos das medi es em campo Primeiro os gr ficos dos n veis de intensidade sonora registrados ao longo de 5 minutos para os quatro pontos de medi o pr determinados Os primeiros foram feitos durante a semana em uma quinta feira como j mencionado e os quatro ltimos gr ficos s o resultados das medi es no s bado Os gr ficos s o fundamentais para determinar se o ru do tem caracter sticas especiais como por exemplo se este impulsivo caso que segundo a norma NBR 10 151 precisa de corre o que significa o acr scimo de 5 dBA no LA eq ABNT 2000 J as tabelas finais demonstram o c lculo do Leg que a m dia logar tmica dos n veis registrados no intervalo de tempo que durou a medi o Para finalizar os mapas resultantes com os pontos de medi o e o impacto sonoro de cada que auxiliam na compreens o dos resultados e por consequ ncia do problema S o dois mapas um com o resultado das medi es durante a semana e o outro no s bado 209 Como mostrado a seguir para cada um dos pontos primeiro apresenta se o gr fico que c
226. nfiguradas apenas com o devido arranjo dos volumes constru dos da cidade sombra 4 5 Zona de sombra e mascaramento ac stico FONTE Arqui O Geros Arquitetura 113 4 2 5 VEGETA O DENSA E DISTACIAMENTO Apesar do senso comum acreditar que a vegeta o funciona como uma barreira para isolamento ac stico isso n o se aplica na realidade O isolamento ocorre em materiais densos e sem vazios ou aberturas Basta pequenas passagens de ar como v os de esquadrias para o som ultrapassar Uma vegeta o muito densa pode proporcionar um pequeno isolamento mas tamb m funciona como um material absorvedor por exemplo em rela o as folhas ou at mesmo difusor do som o que muito ben fico considerando a qualidade ambiental da paisagem sonora urbana Outro ponto positivo acontece no campo da psicoac stica porque ao criar uma barreira visual a poss veis fontes de ru do estas costumam incomodar menos Al m disso deixar um espa o aberto para a vegeta o positivo para a cidade por v rias raz es ambientais sociais e at est ticas Do ponto de vista da ac stica urbana o melhor benef cio de se ter a vegeta o entre a fonte sonora e as edifica es e o distanciamento que esta estabelece como mostra a imagem Sempre que h uma certa dist ncia o ru do encontra diversas formas de atenua o e assim de amenizar suas intensidades CC gt rea de lazer LOSK lt 9 dr UmommG
227. nforma es culturais e sociais Por essa raz o n o deve se apenas objetivar a diminui o da intensidade dos ru dos em meio urbano porque estes s o a conseq ncia de problemas culturais o sintoma da cidade que est doente ou seja como um estado febril do corpo do Homem Por isso deve se estudar o que o ru do nos demonstra 104 For one hand there is no denial as to the intensities with which noise interferes with personal health and environmental well being while on the other hand noise may be heard as registering a particular vitality within the cultural and social sphere noise brings with it the expressiveness of freedom particularly when located on the street in plain view and within public space it may feature as a communicational link by supporting the passing of often difficult or challenging messages and in its unboundedness it both fulfills and problematizes the sociality of architectural spaces by granting it dynamic movement and temporal energy Noise can partially be heard to give form to the radically formless creating space for the intensities of diversity strangeness and the unfamiliar Noise then can be heard not merely as a symptom of symbolic vulnerability of theoretical disorder but as the evidence and the occasional catalyst of dynamic cultural change operative across the urban topos 82 sobre nossa sociedade em vez de apenas evit lo Como coloca o autor o ru do a express o
228. ng the street is more a functioning obstacle to such collective democratic concentration 136 The street operates according to its own particular behavior rhythm and expression contoured and choreographed by the automobile 137 The street more than the sidewalk signals the very hope of collective action as well as cultural expression As cultural mythology the street is where style takes place where trends are set and where the movements of vernacular languages from graffiti to graphics are made explicit It is the carrier of sonic messages a site for musical expressions and the location for noises to congeal into cultural form 96 instrumento ac stico para a propaga o e difus o de v rias sonoridades que a cidade em si trata de equacionar LABELLE 2010 p 130 Na cal ada o Homem fica exposto a realidade enquanto na rua protegido pelo autom vel este se sente mais poderoso para interpretar um papel na sociedade Segundo LaBelle em contraste com o pedestre na cal ada a rua impulsiona o voo livre da imagina o e literalmente capacita o ego com o rugido de um 29 LABELLE 2010 p 131 Dentro do autom vel se consolida um mundo particular que pode atravessar livremente a cidade sem estabelecer contato direto como diz o autor tomar posse da rua enquanto atr s do volante demarcar uma forma de ocupa o bem como sentir tang vel o mist rio da liberdade LABELLE 2010 p 131
229. nora urbana ou ser necess rio construir edifica es cada vez mais isoladas do exterior configurando uma cidade que d as costas para seus espa os p blicos conveniente dizer que a sensa o no espa o em grande parte tamb m resultado da percep o do usu rio e por isso muitos estudiosos de ac stica defendem que a an lise apenas dos valores num ricos de intensidade insuficiente para compreender o impacto do som no espa o Como acredita Schmid sempre onde muitas ou muito poucas pessoas estiverem juntas aquele espa o pode se tornar muito desconfort vel SCHMID 2005 p 14 e para isso basta este n o estar em harmonia com sua fun o ii OBJETO DE ESTUDO O objeto de estudo desta disserta o a rela o da paisagem sonora e a qualidade de vida da popula o A proposta avaliar se a polui o sonora altera a percep o do usu rio da qualidade ambiental urbana Segundo Bruce Smith o som oferece o mais forte est mulo que os Humanos podem experimentar e o mais ef mero SMITH apud LABELLE 2010 p XV N o basta avaliar a intensidade sonora e se esta respeita as normas brasileiras ou n o deve se investigar o comportamento das pessoas no espa o constru do Porque como observa o arquiteto Richard Neutra s o raras as influ ncias ambientais cuja a percep o consciente garantida entretanto podem tornar se particularmente se faltar consci ncia para c
230. ns restri es do meio acad mico em rela o as avalia es qualitativas devido a sua suposta subjetividade por m j existem m todos amplamente utilizados e verificados 1 3 IN CIO DAS PESQUISAS INTERNACIONAIS 29 Para finalizar este cap tulo pretende se elaborar uma contextualizac o dos principais estudos sobre o tema em mbito internacional Sobre o in cio da pesquisa sobre o tema observa Holtz A percep o desta complexidade foi inicialmente percebida por Murray Schafer que no fim dos anos 60 e in cio dos 70 criou um grupo de pesquisa na Simon Fraser University em Vancouver Canad nomeado The World Soundscape Project 5 HOLTZ 2012 p 36 Devido a grande relev ncia da pesquisa de Murray Schafer este foi um dos autores escolhidos para a elabora o do referencial te rico sobre a paisagem sonora presente no pr ximo cap tulo Schafer compila todos seus estudos sobre o tema no livro The Soundscape que foi o primeiro tratado abrangente sobre o assunto As principais teorias desta obra ser o verificadas a seguir Em 1978 Barry Truax encerra a fase de publica es do grupo de pesquisa com o livro Handbook of Acoustic Ecology TRUAX 1978 Este foi um dos participantes do WSP que partiram para o estudo direto do uso do som ambiental na composi o musical mas logo apontou problemas Segundo Holtz nas d cadas seguintes v rios pesquisadores ao redor do mundo iniciaram pesq
231. ntar os principais livros brasileiros sobre o tema e descrever qual o prop sito do mesmo e de que forma aborda a quest o da ac stica em meio urbano poss vel dividir a produ o bibliogr fica sobre o tema em quatro tipos os livros que apresentam uma abordagem diferente e conceitual livros t cnicos que abordam a quest o da ac stica ambiental manuais t cnicos voltados para espa os interiores para m sica que apresentam alguns poucos conceitos sobre ru dos e os que mostram estudos de casos sobre an lise ac stica em ambientes exteriores Dentro de cada tipo de livro busca se destacar dois ou tr s representativos da produ o brasileira Primeiro apresentam se livros que buscam tratar da ac stica arquitet nica e ambiental sem a fundamenta o matem tica O livro A id ia de conforto Reflex es sobre o ambiente constru do de engenheiro mec nico Alo sio Leoni Schmid um exemplo como descreve o autor Para refor ar a literatura ainda escassa a respeito minha inten o original foi produzir um livro conceitual Que sem recorrer a linguagem matem tica transmitisse de forma efetiva o conte do essencial trazido por diversos autores que diretamente trataram seus t picos principais calor ilumina o ac stica e qualidade do ar SCHMID 2005 p 1 Este aborda todas as reas relativas ao conforto ambiental n o somente a ac stica Na introdu o e nos dois primeiros cap tulos este trata
232. ntuated through the stylization of privacy The car is a second skin 101 Criar um melhor isolamento para o autom vel compreendido como maximizar a capacidade de experimentar o conforto bloqueando o ru do exterior particularmente relacionados ao vento A protec o do carro viabiliza a privacidade do passeio e a capacidade de experimentar a sensa o de controle LABELLE 2010 p 144 Muitos pontos positivos podem ser levantados sobre o uso do autom vel mas todos relacionados ao aumento da individualidade do Homem Estes s o realmente ben ficos considerando a vida em comunidade onde se valoriza o contato com as diferen as para o aprimoramento da cidadania As cidades s o aglomerados populacionais que devem viver em harmonia A condi o de isolamento do carro do condom nio fechado etc n o colaboram para a sensa o de pertencimento do Homem no todo da cidade E quando o espa o comum n o de ningu m porque n o particular este fica subutilizado e at abandonado de todos por isso de ningu m Mas o carro al m da individualidade que proporciona ainda um s mbolo de poder O Homem gosta de exibir seu autom vel quando grande caro ou diferente E o r dio se popularizou tamb m com a ajuda do autom vel como coloca o autor Primeiramente instalados em carros da d cada de 1930 inicialmente como r dios de carro o autom vel foi rapidamente reconhecido como proporcionar n o s um e
233. o A reo Tarde 17h Manh 9h30 N mero de fontes de ru do DIURNO Dia da semana X Final de semana Domingo E Ru do A reo S bado Ru do Tr fego 8 Outros Ru dos Dia Semana 0 100 200 300 400 Rn N mero de fontes de ru do NOTURNO Dia da semana X Final de semana E Ru do A reo B Ru do Tr fego Dia Semana 8 Outros Ru dos 0 6 32 a 6 34 Gr ficos do n mero de fontes de ru dos FONTE Arquivo pessoal 189 CAP TULO 7 MAPA DE EVENTOS SONOROS E QUANTITATIVA A proposta deste cap tulo mostrar como foi realizada a primeira etapa da avalia o ac stica da rea escolhida como estudo de caso apresentada no cap tulo anterior que o trecho superior da rua Teodoro Sampaio em S o Paulo Diversas metodologias de avalia o j foram discutidas no cap tulo 5 mas a inten o agora descrever como o processo foi feito neste caso particular e em seguida mostrar os dados obtidos em campo para extrair as devidas conclus es sobre esta paisagem sonora O primeiro m todo de avalia o ac stica realizado foi a elabora o de Mapas de eventos sonoros que aconteceram como continuidade da an lise urbana do estudo de caso porque retratam em mapas as primeiras percep es ac sticas do pesquisador ao percorrer a rua em quest o J a avalia o quantitativa se refere a quantidade de som encontrado ou seja os n veis de intensidade presentes ao l
234. o Decreto 5296 2004 a defini o de dano auditivo a perda da percep o de pelo menos 41 dB nas frequ ncias de 500 Hz 1 kHz 2 kHz e 3 kHz Os dados do IBGE indicam 2 7 de entrevistados com poss veis desvios auditivos e este trabalho identificou 3 o que portanto est bem pr ximo da realidade Ainda sobre a paisagem sonora urbana perguntou se aos entrevistados quais sons estes escutavam no momento naquele local da cidade O objetivo principal era perceber se a popula o ainda consegue escutar sons classificados como positivos com o ru do de tr fego j capaz de mascarar todas as sutilezas da paisagem sonora Como j se imaginava considerando o total das entrevistas o ru do de tr fego dominou 73 das percep es da popula o sendo que 35 3 escutaram os autom veis 26 2 os nibus e 11 5 as motos conforme mostra o 8 20 As fontes de ru do que mais se destacaram ap s o tr nsito veicular foram as pr pria pessoas No cap tulos iniciais desta pesquisa discute se bastante o fato do pedestre ser uma fonte de ru do fundamental do espa o p blico N o s em rela o a fala mas seu pr prio movimento pela cal ada pode gerar sons diversos O pedestre um personagem muito importante no cen rio urbano e em muito contribui para a consolida o da paisagem sonora e a avalia o qualitativa demonstrou que a popula o percebe este fato Tamb m 11 5 das pessoas escutaram a m sica pr ximo ao ponto
235. o compositor deixado o dom nio da est tica Mas n o deve se fazer assim Muitos equ vocos e distor es se encontram ao longo dos limites que separam essas reas SCHAFER 1977 p 148 Por isso o autor apresenta uma tabela que prop em uma compreens o mais global do significado do evento sonoro 1977 p 148 AC STICA PSICOAC USTICA SEM NTICA EST TICA O que os sons Como s o O que significam O sentimento que s o percebidos gera Abaixo alguns exemplos objetivos do preenchimento desta tabela EVENTO AC STICA PSICOACUSTICA SEM NTICA EST TICA SONORO Alarme In cio abrupto Excita o s bita Sinal de alarme Medo estado de grito cont nuo desagrad vel equil brio com tom alto feio r pida diminui o do 167 t is traditional to divide the study of sound this way The physicist and engineer study acoustics the psychologist and physiologist study psychoacoustics the linguist and communications specialist study semantics while the poet and composer is left the domain of aesthetics But this will not do Too many misunderstandings and distortions lie along the edges separating these compartments 126 modula o de amplitude banda estreita interesse sujeito a fadiga auditiva rea de campo de ru do com sens vel freg ncia central de 6 000 Hz 85 dB M sica da Modula es Som com padr o Sonata do J S
236. o espa o urbano Atualmente ambos os cen rios passaram por bruscas modifica es O campo est cada vez mais mecanizado enquanto as metr poles s o voltadas para o setor terci rio pois perderam seu car ter industrial O que o autor busca nesta explica o apresentar conceitos para diferenciar as paisagens sonoras mais amenas que caracterizavam o ambiente rural das urbanas que se tornaram progressivamente mais agitadas at a atualidade Lembre se que este livro foi escrito na d cada de 1970 Para gerar esta diferencia o Schafer estabelece dois conceitos Paisagem Sonora Hi fi e Lo fi Na primeira o n vel de ru do equivalente baixo e por isso poss vel perceber nuances do som como explica o autor 21 We should draw attention to the fact that many of the signals communicated among animals those of hunting warning fright anger or mating often correspond very closely in duration intensity and inflection to many human expletives 22 The definition of space by acoustic means is much more ancient than the establishment of propriety lines and fences 46 Na paisagem sonora Hi fi os sons discretos podem ser ouvidos claramente por causa do baixo n vel de ru do ambiente O campo geralmente mais Hi fi do que a cidade a noite mais que de dia tempos antigos mais do que o moderno Na paisagem sonora de Hi fi os sons se sobrep em menos freq entemente e por isso h perspectiva pri
237. o impacto da polui o sonora ainda precisam ser aplicados at que sejam definidos procedimentos normatizados para a avalia o da qualidade das paisagens sonoras 278 Al m disso houve a tentativa de incluir a quest o da varia o de cen rio e uso do contexto urbano realizando medi es e entrevistas em dias da semana e no s bado Por m para trabalho futuros poss vel incluir tamb m avalia es nos domingos e em diferentes pocas do ano A varia o dos eventos sonoros um aspecto importante da caracterizac o da paisagem sonora e pode ser cada vez mais aprimorado incluindo os diferentes cen rios de um trecho urbano Para trabalhos futuros por m o mais relevante incluir nesta avalia o integrada da paisagem sonora a an lise do espectro de frequ ncia das fontes de ru do urbano Cada frequ ncia sonora causa um impacto diferente na percep o e sa de do homem e estas varia es devem ser tamb m consideradas Al m disso cada frequ ncia sonora tem um comportamento diferente no meio urbano altas frequ ncias s o mais f ceis de isolar e absorver mas podem causar reverbera o urbana ampliando a intensidade da polui o sonora enquanto a baixa frequ ncia se atenua mais lentamente e pode fazer vibrar n o s os t mpanos mas todo o corpo humano Para realiza o de avalia es do espectro de frequ ncia de fontes urbana necess rio o uso de son metros com tecnologia mais avan ada que n o
238. o s o poss veis de descrever Em mbito urbano a vis o reconhece facilmente uma barreira f sica ou at mesmo social As divis es dos lotes utilizando muros que se tornam cada vez mais altos devido a inseguran a com a viol ncia urbana conforma uma cidade muito fragmentada e segregadora Segundo o autor o som desconsidera as delimita es particulares visuais e materiais dos arranjos espaciais deslocando e substituindo os limites entre dentro e fora acima e em baixo 9 LABELLE 2010 xxi O som capaz de ultrapassar barreiras e limites estabelecidos dentro da cidade contempor nea Sentir o espa o da cidade atrav s da audi o 28 This is both participant within the physics and phenomenological behavior of sound as well as forming the conceptual and psychodynamic frame for recognizing how hearing is already an associative act 99 Often sound is what lends to directing our visual focus we hear something and this tells us where to look it eases around us in a flow of energy to which we consciously respond 1 Sound disregards the particular visual and material delineations of spatial arrangements displacing and replacing the lines between inside and out above from below 80 perceb lo de forma mais democr tica e igualit ria E por essa raz o possibilita uma compreens o espacial mais realista do urbano qual ocorre Como completa LaBelle as ricas ondula es da materialidade au
239. obre a paisagem sonora da rua A cal ada est sempre contornando a mesma por m estas apresentam comportamentos sonoros muito distintos como observa o autor que derivando das express es dos pedestres encontrados na cal ada para as intensidades de rua imediatamente deixa se para tr s os mais lentos e sutis movimentos do corpo individual para os ritmos mecanizados de tr tego LABELLE 2010 p 129 Estes espa os p blicos est o muito pr ximos mas a rua local de passagem de ve culos e por isso n o promove rela es sociais como complementa o autor que apesar da rua estar sempre relacionada como a 132 Sidewalk acoustics gives expression to the steady rhythms of the everyday as well as the transformative intensities of social unrest 133 To search to seek to wander the walk is the making of an itinerary Sidewalks then serve this process as a space allowing free passage a ground for the expressivity found at the base of the step 134 Drifting from the pedestrian expressions found on the sidewalk to the intensities of the street one immediately leaves behind the slower and more nuanced movements of the individual body for the mechanized rhythms of traffic 95 imagem da vida p blica preciso lembrar que a rua literalmente cheia de carros nibus e outros ve culos motorizados Ao inv s de um local para reuni o p blica a rua mais um obst culo operando para a concentrac o democr tica
240. ode se notar que a sempre cresce com o aumento da freq ncia central Al m disso em uma mesma temperatura quanto menor a umidade relativa maior a atenua o Na realidade quando mais vapor de gua tiver no ar maior velocidade do som ou seja mais facilmente o som se propaga E por essa raz o tamb m perde menos energia diminuindo a atenua o J com uma umidade relativa constante quando maior a temperatura maior tamb m a atenua o Na cidade de S o Paulo a temperatura m dia anual de 19 25 C e a umidade relativa m dia de 78 segundo o Departamento Nacional de Meteorologia 2010 Temperatura Humidade Coeficiente de atenua o atmosf rica a dB km Frequ ncia central nominal Hz 125 250 500 1000 2000 4000 8000 4 2 Coeficiente de atenua o atmosf rica a FONTE FDTE Poli Integra 2012 110 4 2 2 SUPERF CIES ABSORVENTES E ISOLANTES O espa o urbano possui mais superf cies isolantes como empenas cegas de concreto e o asfalto das ruas do que solos acusticamente macios Este fato aumenta a reverbera o urbana que veremos a seguir e amplifica os ru dos pela adi o de sons indiretos Um problema de se considerar a ac stica da edifica o de forma isolada do restante da cidade propor veda es externas muito isolantes para impedir a entrada da polui o sonora dos ambientes internos Por m apenas superf cies r gidas tornam a cidade cada vez mais ba
241. ographical locales bamboo stone metal or wood and sources of energy such as water and coal 20 The carnivores produce the greatest range of individual sounds among animals and many of these sounds such as the roaring of lions the howling of wolves or the laughing of hyenas have such striking qualities that they impress themselves instantaneously on the human imagination They present intense acoustic images One hearing and they will never be mistaken or forgotten in a lifetime 45 intensidade dura o e inflex o com a comunica o SCHAFER 1976 p 40 Por esta raz o que alguns sons animais apesar de n o presentes no dia a dia marcam nossa percep o sonora afinal representam a forma mais primordial de express o Em ambientes muito ruidosos o Homem com uma forma de prote o come a a produzir sons cada vez mais altos inclusive na fala e parece se tornar cada vez mais agressivo ao mundo Os ru dos gerados em espa o urbano n o respeitam os limites impostos pelo Homem Como observa Schafer a defini o de espa o na compreens o ac stica muito mais antiga do que o estabelecimento de linhas de propriedade e cercas SCHAFER 1976 p 33 A polui o sonora n o possui car ter acumulativo como o caso da contamina o qu mica do ar por m mais dif cil conter sua dissemina o e impactos 2 1 1 DO RURAL PARA O URBANO A paisagem sonora do campo possui um ritmo diferente da d
242. ologias diversas e complementares A proposta analisar o impacto desta na percep o da popula o da qualidade urbana e por consequ ncia constatar a piora da qualidade de vida Al m disso avaliar se o Homem capaz de acostumar se ao ru do em contraponto com a tentativa frequente de n o se sensibilizar com essa polui o sonora com LaBelle define o conceito de Barreira auditiva 2010 que fica evidente no uso crescente de fones de ouvido O Homem tenta fechar os ouvidos da mesma que fecha os olhos Pretende se obter respostas para quest es propostas por Schafer Qual a rela o entre o Homem e os sons de seu ambiente O que acontece quando esses sons mudam SCHAFER 1979 p 3 mudan a da paisagem sonora altera a compress o do Homem do espa o e por isso muda a forma de percep o do mesmo Com o foco no estudo de caso escolhido a rua Teodoro Sampaio em S o Paulo que estes questionamentos dever o ser respondidos por esta disserta o Dando sequ ncia ao racioc nio busca se compreender todo o contexto que o som carrega em meio urbano como questiona o autor Brandon LaBelle de onde os sons vem e para onde v o Minha sensa o de que toda uma hist ria e cultura podem ser encontrados dentro de um nico som LABELLE 2010 p XVI O intuito entender tamb m qualitativamente os sons urbanos ou seja analisar a carga simb lica dos mesmos a partir da percep o dos usu rios
243. om base em entrevistas com a popula o para verificar a percep o da qualidade urbana e sonora do trecho urbano Como conclus o os resultados de todos os m todos de avalia o ac stica e urbana aplicados s o relacionados com o intuito central de comprovar que a percep o da qualidade urbana impactada pela intensidade do som Palavras chave Paisagem sonora qualidade ambiental urbana percep o do som ABSTRACT The objective of this study is to evaluate the soundscape of Teodoro Sampaio Street in the city of S o Paulo and its impact on quality of life of its users The research involves both discussion about the control of urban noise as the determination of the positive sounds that qualify and characterize the public space First we undertake a literature review on urban soundscapes their impacts on users and nearby buildings The proposal is to raise what has been said about the theme in Brazil and cite some relevant research abroad Some academic studies have addressed this issue in the country but few showed some theoretical reflection on urban acoustics In a second step we intend to establish a theoretical foundation for understanding the behavior of sound in the external environment of the contemporary city This is mainly based on the work of two key authors Murray Schafer who defined the concept of Soundscape in 1979 and Brandon LaBelle proposing a recent study 2010 on what it defines as aco
244. ongo deste trecho urbano que normalmente medido em decibels Para isso foi realizada a medi o ac stica in loco com o uso do equipamento son metro Os resultados das medi es como gr ficos e dados t cnicos s o apresentados tanto em tabelas como na forma de mapas resultantes Para finalizar uma breve leitura da norma brasileira NBR 10 151 que aborda os procedimentos para a avalia o do ru do em reas habitadas visando o conforto da comunidade ABNT 2000 Esta a norma vigente para avaliar a ac stica em ambiente exterior e por isso um par metro de compara o fundamental para determinar se os valores obtidos no estudo s o excessivos 7 1 MAPA DE EVENTOS SONOROS O Mapa de eventos sonoros elaborado a partir das percep es sobre a ac stica urbana de um determinado local ao ser percorrido em sua totalidade Deve ser feito por algu m que seja conhecedor do tema que 190 consiga perceber como o cen rio ac stico da rea ocorre de forma objetiva n o apenas qualificando o como positivo ou negativo Antes foi mencionado que esta an lise aconteceu quase como conseq ncia das diversas visitas in loco e tamb m da an lise do urbano anteriormente realizada A revis o te rica realizada no in cio desta pesquisa tamb m colaborou para ampliar essa percep o na qual se verificou as formas de produ o de ru do caracter sticas do espa o p blico relacionando com eventos e
245. ont nua dentro dos padr es circundantes A partir desta perspectiva o pequeno TA fragmentary and mundane democracy might be said to flourish on the sidewalk as a field of local movement and sharing what Jane Jacobs refers as informal public life 85 espaco da calcada oferece um palco gerador de narrativas que se desdobram deste processo enquanto traz ao novas configura es excita o s bita e toda uma economia prom scua e dif cil no cora o da vida p blica LABELLE 2010 p 90 O pedestre n o consegue se movimentar como quer em um espa o p blico porque precisa considerar o movimento dos outros e os obst culos do caminho O autor acredita que o andar na cal ada um movimento de negocia o cont nua e respeitar o espa o e vontade do outro uma parte fundamental da vida em comunidade Como sintetiza LaBelle caminhar pode ser compreendido como uma a o mediadora em cujas configura es do fluxo sinuoso da vida privada e as geometrias de institui es p blicas se LABELLE 2010 p 91 A cal ada um espa o de transi o entre o p blico e privado e por isso capaz tamb m de quebrar mais facilmente estas delimita es r gidas principalmente atrav s da transmiss o da paisagem sonora Como observa o autor como um espa o de media o a cal ada estabelece um fluxo ac stico de tantos fatos e eventos Ela est repleta de energia atritos e ru do
246. oras urbanas para aplic las no estudo de caso rua Teodoro Sampaio em S o Paulo Mesmo que a popula o esteja acostumada com altos n veis de intensidade sonora os danos auditivos permanecem ou s o at maiores devido ao tempo prolongado de exposi o a condi es sonoras ruins Grande parte da tens o gerada no espa o urbano tamb m adv m da polui o sonora como observa Schmid que o ru do dependendo de suas caracter sticas f sicas e de seu teor de informa o sujeita nos a certo estado de tens o que n o conseguimos evitar SCHMID 2005 p 260 Segundo o mesmo autor dentro delas edifica es podemos preferir o sil ncio mas quando estamos fora sem a prote o do lar privar se da audi o causa mais inquietude que serenidade pois um alheamento forjado do mundo real SCHMID 2005 p 260 Apesar de muitas vezes pouco considerada a percep o sonora fundamental para a conex o do indiv duo com o ambiente constru do N o saud vel apenas evitar essa sensibiliza o Este trabalho busca demonstrar a relev ncia do tema a partir dos estudos dos pesquisadores da rea para comprovar a urg ncia de gerar conhecimento sobre ac stica urbana Considerar esse componente do ambiente acima de tudo desenvolver uma sensibilidade ao som perceber que como fen meno f sico ele um dos elementos qualificadores do SOUZA ALMEIDA 2009 p 13 afirma a
247. orrigi las ou neutraliz las NEUTRA apud SCHMID 2005 p 99 necess rio a realiza o de uma completa avalia o da paisagem sonora utilizando diferentes m todos complementares com o intuito de estabelecer par metros para a obten o de melhorias A percep o do usu rio a chave para realizar uma avalia o qualitativa do contexto sonoro urbano e tamb m possibilita verificar se os altos n veis de ru do s o capazes de impactar tamb m a qualidade ambiental da cidade uma vez que interfere na forma de apreens o do espa o Os ouvidos nos permitem monitorar todo o espa o ao nosso redor e o som a nosso favor contorna objetos para nos alertar de acontecimentos que n o perceber amos nem pela imagem nem pelo odor SCHMID 2005 p 260 acrescenta Schmid Devido ao car ter t cnico do estudo da ac stica muitos projetistas n o adquirem conhecimento na rea tornando grande parte da produ o arquitet nica atual deficit ria em rela o a esse aspecto Como acredita Schmid a ac stica provavelmente o aspecto f sico de maior complexidade do ambiente constru do SCHMID 2005 p 246 Al m dos evidentes problemas de intensidade sonora nas duas ltimas d cadas pesquisa cient ficas alertam para o fato de que o homem parece estar cada dia mais habituado com o ru do LACERDA 2005 Neste cen rio fundamental conhecer as metodologias de avalia o atualmente adotadas para paisagens son
248. ortamento do ru do propagado nas vias de tr fego diante da forma urbana e fornecer informa es que possam sevir como subs dios ao planejamento e desenho das cidades no que se refere a redu o de ru dos RAMOS 2007 p vi 26 A grande novidade apresentada foi a realizac o de uma mapa de ru do do rea escolhida como estudo de caso O autor explica o que s o modelagens e simulac es ac sticas e tamb m como elaborar estes mapas em softwares O estudo de caso sobre o impacto no entorno ap s a constru o do T nel Sebasti o Camargo sobre o qual comenta A transforma o de uma rua de bairro estritamente residencial em via coletora de triansito e lugar de passagem desqualificou a regi o avaliada Tem influ ncia no valor do solo urbano que neste caso houve desvaloriza o dos im veis em fun o da degrada o ambiental RAMOS 2007 p 63 A desembocadura do t nel descaracterizou a Pra a Cidade Jardim e aumentou muito o n mero de ve culos por hora que chega a mais de 3 000 unidades volume n o compat vel com o porte da via Por esta raz o os n veis de ru do medidos junto a embocadura do tunel s o incompat veis com a especificidade do bairro estritamente residencial RAMOS 2007 p 63 Nas Conclus es e recomenda es o autor sugere para trabalhos futuros possibilidade de correlacionar as imforma es objetivas dos mapas de ru dos e medi es in loco com a percep o subjetiva d
249. os do dia a principal fonte de ru dos o tr fego como j era previsto Mas poss vel verificar que no per odo da manh o ru do de tr fego maior que a tarde e a noite Como a Teodoro tem sentido centro demonstra que a rota mais utilizada para ir ao trabalho de autom vel do que para voltar Mas fundamental salientar que sempre possui um fluxo muito alto de ve culos mesmo a noite quando este cai pela metade J o n mero de pedestres no per odo de tarde maior que de manh possivelmente por se tratar de um per odo que as pessoas normalmente tem mais tempo de fazer compras no com rcio de rua J o gr fico comparativo do dia comercial com o final de semana considerando o per odo diurno demonstra que durante a semana o n mero de fontes de ru do 12 5 maior que no s bado e 66 7 maior que o n mero no domingo Por m o n mero de pedestres circulando nas cal adas praticamente igual na semana e no final de semana de 14 4 pessoas minuto para 12 9 pessoas minuto Durante a semana o eixo vi rio em quest o muito utilizado no trajeto para o trabalho mas no s bado o com rcio em si o grande atrativo No domingo a rua parece deserta porque o fluxo cai para 1 3 mas ainda assim apresenta 5 pessoas minuto O ltimo gr fico que compara o per odo noturno do dia da semana com o s bado apresentou dados relevantes porque no s bado o n mero de fontes sonoras 23 maior que durante a semana Is
250. ounds and give further comments for each site 138 No segundo est gio foram escolhidos dois locais do caminho anteriormente verificado que eram relativamente mais representativos da paisagem sonora t pica em espagos urbanos p blicos abertos The Peace Gardens e The Barkers Pool Utilizando a tabela de avalia o 491 pedestres foram entrevistados em dois per odos do ano diferentes outono inverno primavera ver o Os entrevistados foram escolhidos aleatoriamente nos dois locais No livro o autor apresenta tamb m gr ficos da divis o dos entrevistados em g nero idade forma o e ocupa o com o intuito de provar que a amostragem em ambos os pontos foi bem diversificada Na terceira etapa uma Caminhada Sonora foi realizada pelo mesmo trajeto com 223 alunos de arquitetura e design para examinar como estes avaliam a paisagem sonora urbana que vivenciam todos os dias A tabela de avalia o contendo os 18 indicadores foi novamente utilizada Como acrescenta o autor al m disso eles foram convidados para avaliar a import ncia da ac stica em compara o com outros fatores f sicos para indicar sons preferidos dar sugest es de design KANG 2007 p 88 5 4 1 ADEQUA ES DA AVALIA O QUALITATIVA O objetivo do trabalho anterior era comparar a percep o dos sons urbanos de estudantes de arquitetura com o p blico em geral Por m a proposta desta disserta o avaliar como a popula o percebe a paisag
251. pa o particular e ainda definir um recorte temporal 33 The seemingly innocent trajectory of sound as it moves from its source and toward listener without forgetting all the surfaces bodies and other sounds it brushes against is a story imparting a great deal of information fully charged with geographic social psychological and emotional energy My feeling is that an entire history and culture can be found within a single sound from its source to its destination sound is generative of a diverse range of experiences as well as remaining specifically tied to a given context as a deeper expressive and prolonged figure of culture 76 O som um movimento itinerante que traz imediatamente dois corpos juntos o que sugere a intensidade e a graca com que o som pode criar um espa o relacional um ponto de encontro difuso e ainda pontual um espa o privado que exige algo entre eles um espa o exterior uma geografia de intimidade que tamb m incorpora a din mica da interfer ncia o ru do a transgress o De um corpo para o outro um elo feito que une os dois juntos em um instante temporal enquanto permanecendo solto frouxo at retornar para a monotonia geral do lugar O som pode ser ouvido ao dizer Este o nosso momento LABELLE 2010 xvii O som diz Este o nosso momento porque define um recorte temporal nico Se o evento sonoro ocorre em determinado momento consequentemente tamb m aconteceu em um
252. paisagem Hi fi na qual poss vel ouvir sons diferenciados e naturais inicia se a consolida o uma paisagem Lo fi que devido a grande quantidade de sons s os que se destacam podem ser ouvidos e estes normalmente s o provenientes das m quinas que s o fontes com maior pot ncia sonora O autor acredita que a paisagem sonora Lo fi se originou do congestionamento sonoro Al m disso acrescenta sobre a d cada de 1970 hoje o mundo sofre de uma superpopula o de sons h tanta informa o ac stica que pouco pode emergir com clareza SCHAFER 1976 p 71 E assim se identifica o in cio da polui o sonora em meio urbano 42 Early noise abatement legislation was selective and qualitative contrasting with that of the modern era which has begun to fix quantitative limits decibels for all sounds 43 The Industrial Revolution introduced a multitude of new sounds with unhappy consequences for many of natural and human sounds which they tended to obscure Today the world suffers from an overpopulation of sounds there is so much acoustic information that little of it can emerge with clarity 55 A an lise da transforma o na paisagem sonora fundamental para a compreens o da percep o auditiva e espacial urbana da sociedade atual Com os sons predominantes se tornando cada vez mais desinteressantes o Homem se distancia do meio natural e do espa o comum e p blico para se proteger em local privado onde a pri
253. perceived in the sonic garden of Bisarno Castle in Florence Forum Acusticum Aalborg Dinamarca s n 2011 MAIA Paulo Alves Estimativa de exposi es n o cont nuas a ru dos Minist rio do Trabalho Fundacentro 2002 MAIA M A L Contribui o ao Mapeamento de Ru do Urbano da Cidade de Porto Alegre 2003 Disserta o Mestrado Escola de Engenharia Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre RS 298 MASCAR Lucia MASCAR Juan Vegeta o Urbana Editora 4 Porto Alegre 2005 MARTINS W C et al Modelo emp rico para previs o de ru do de tr fego para a cidade de S o Paulo S o Paulo IPT 1984 Comunica o T cnica 304 MARCELO Carla B Sons e Formas As Barreiras Ac sticas na Atenua o do Ru do na Cidade Disserta o de mestrado FAU Universidade Presbiteriana Mackenzie 2006 MARDONES M D M Mapeamento dos N veis de Ru do em Copacabana Rio de Janeiro Atrav s de Simula o Computacional Rio de Janeiro Universidade MARSH A J Noise Tool software University of Western Australia School of Architecture and Fine Arts Perth Austr lia 1998 MA H ZHANG S Analysis of sound environment in coastwise area of Haihe river and preliminary study on its soundscape design and soundscape expression method ICA International Congress on Acoustics Sydney Australia s n 2010 MARSH A J Noise Tool software University of Western Australia School of Archite
254. perialistic than one without because he can dominate more acoustic space 55 The Industrial Revolution introduced another effect into the soundscape the flat line 26 When the body of the sound is prolonged and unchanging it is produced by the graphic level recorder as an extended horizontal line Machines share this important feature for they create low information high redundancy sounds 60 informa es e por isso o Homem passa gradativamente a ignorar estes ru dos e al m disso a se acostumar com eles Como coloca o autor a linha reta cont nua no som uma constru o artificial Como a linha reta no espa o que raramente encontrada na natureza SCHAFER 1976 p 78 Esta uma grande mudan a na paisagem sonora que pode se verificar ap s o aparecimento da m quina O Homem convive com sons mais intensos e constantes o que torna o dia a dia mais desinteressante Como observa Schafer em todas as sociedades anteriores a maioria dos sons eram discretos e interrompidos enquanto hoje uma grande parte talvez a maioria s o cont nuos SCHAFER 1976 p 78 O Homem costumava ser mais perceptivo aos sons do ambiente mas al m disso os pr prios ru dos predominantes se modificaram e se tornaram mais chatos encobrindo os encantadores sons naturais 2 2 2 O RU DO DOS TRANSPORTES Neste contexto o autor passa ent o a analisar o impacto dos ru dos causados pelos meios de transporte Os trens apesar d
255. pr ximo a pra a Benedito Calixto e aos s bados Este resultado provavelmente se d devido a psicoac stica ou seja o entrevistado olhando para uma rea verde e em um dia de lazer e n o trabalho mais f cil n o se perturbar com os altos n veis de press o sonora do espa o p blico O objetivo da pergunta 3 Quais sons da cidade voc escuta agora comprovou que apesar do costume as pessoas ainda s o capazes de perceber sons da paisagem sonora considerados positivos o que representava uma d vida desta pesquisa O canto dos p ssaros foi escutado por 5 das pessoas no ponto pr ximo a pra a Benedito Calixto e a m sica do com rcio de instrumentos musicais no ponto da rua Cristiano Vianna foi escutada por 18 5 das pessoas durante a semana e 10 no s bado Mas evidentemente o ru do de tr fego veicular foi o mais escutado em todos os pontos e em dos os dias pesquisados Os Autom veis e nibus foram os grandes destaques em primeiro e segundo lugar Os entrevistados n o foram induzidos as respostas n o havia uma lista pr via ou seja estes tinham que falar a fonte dos tr s principais sons que estavam escutando livremente Por isso alguns deram apenas uma ou duas respostas como Autom veis e s isso As porcentagens foram calculadas em cima de todas as fonte de ru do citadas em cada ponto e por esta raz o que em algumas tabelas o n mero total maior A seguir s o apresentadas as 8 tabelas dos
256. prio programa faz uma calibra o afinal alguma fonte de ru do pode ter sido esquecida ou ter alguma pequena diferen a nos fatores de atenua o Como demonstrado o software uma ferramenta fundamental para estudo do contexto sonora da cidade Como observa Marcos Holtz T cnicas de mapeamento de ru do juntamente com normas para predi o sonora podem ser grandes ferramentas para munir os planejadores urbanos na aplica o correta de redu o de ru do e uma maneira econ mica e fact vel HOLTZ 2011 p 10 5 4 CAMINHADA SONORA SOUNDWALK Outra forma fundamental de avalia o da paisagem sonora urbana a Caminha Sonora ou Soundwalk Para apresentar est metodologia vou descrever uma pesquisa de campo realizada por Jian Kang consultor e professor de ac stica na Faculdade de Arquitetura da Universidade de 135 Sheffield Inglaterra presente no livro Urban Sound Environmet 2007 Como Kang observa H dois tipos de sons relacionados com as diferentes formas de processamento considerando os ouvintes Uma a audic o hol stica que processa a paisagem sonora como um todo sem processamento sem ntico Em outras palavras o ru do ambiente da cidade ou ru do de fundo considerado e nenhum evento espec fico pode ser isolado A outra a audi o descritiva que tem como objetivo a identifica o de fontes ou eventos ac sticos importante que a audi o descritiva indique as dimens es
257. psicol gicas e sociais de uma fonte de som em um ambiente urbano Com base em uma abordagem cognitiva da paisagem sonora urbana foi sugerido que as principais categorias dos sons e suas propriedades lingu sticas e em n veis psicol gicos devem ser identificadas antes de descrev las em uma dimens o f sica e manipul las experimentalmente em paradigmas psicof sicos KANG 2007 p 83 O autor acredita que antes de uma avalia o objetiva dos n veis de intensidade sonora fundamental fazer uma avalia o qualitativa dos n veis psicol gicos de percep o do som que chama de An lise Sem ntica Diferencial Para isso descreve uma metodologia de an lise aplicada em estudo de caso Um estudo de caso atrav s da an lise diferencial sem ntica foi realizada para espa os p blicos urbanos em 2002 2005 com o There are two kinds of sounds related to the different ways of processing in terms of the users listening One is holistic hearing which processes the soundscape as a whole without semantic processing In other words ambient noise of the city or background noise is considered and no specific event can be isolated The other is descriptive listening which aimed at the identification of acoustic sources or events It is important that descriptive listening indicates the psychological and social dimensions of a sound source in a urban environment Based on a cognitive approach of urban soundscape it was sugges
258. pula o de Curitiba Revista Sa de P blica n 36 p 521 524 S o Paulo SATTLER M A Estudo comparativo de n veis de ru do entre pavimento asf ltico e pavimento com pedra gran tica regular In Encontro Latino Americano e V Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Constru do 1999 Fortaleza RS Anais do Il Encontro Latino Americano e V Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Constru do Florian polis SC UFSC 1999 SATTLER M A SPERB M BIANCHIN F M NUNES A E P FERNANDES A M BRETANHA A M L MATTUELLA J R FISCHER D Ru do de Tr fego Rodovi rio Estimativas A Partir do Fluxo de Ve culos In Congresso Iberoamericano de Ac stica l Simp sio de Metrologia em Ac stica e Vibra es do Mercosul 180 Encontro da SOBRAC 1998 Florian polis Anais do Congresso Iberoamericano de Ac stica l Simp sio de Metrologia e Normaliza o em Ac stica e Vibra es do Mercosul Florian polis SC UFSC 1998 v 1 p 519 522 SATTLER M A et al Ru do de tr fego rodovi rio estimativas a partir do fluxo de ve culos In ENCONTRO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE AC STICA Florian polis Anais Florian polis Sociedade Brasileira de Ac stica 1998 p 519 522 SCHAFER R Murray The Soundscape Destiny Books Vancouver 1993 SCHMID Alo sio L A id ia de conforto Reflex es sobre o ambiente constru do Curitiba Pacto Ambiental 2005 Destaque para
259. que apesar da sua import ncia quase sempre passa despercebida Por essa raz o traduz se o conceito de Keynote sounds como Tons Principais Na ac stica urbana de que os Tons Principais nem sempre podem ser ouvidos de forma consciente o fato de que eles s o onipresentes sugere a possibilidade de uma influ ncia profunda e penetrante sobre o nosso comportamento e humor SCHAFER 1977 p 9 Os Tons Principais da paisagem s o aqueles criados pela geografia e clima como pela gua vento vegeta o e animais Estes sons podem tamb m ter signific ncia arquet pica e conseguem afetar o modo de vida de uma sociedade Os sons arqu tipos colaboram com a compreens o de um espa o desconhecido uma vez que se baseiam em um modelo ou imagem pr estabelecida Por exemplo pode se nunca ter visitado certa praia mas se tem internamente a sensa o auditiva exata que esta oferece E as paisagens sonoras de comunidades litor neas ser o sempre mais parecidas do ponto de vista dos Tons principais do que em regi es montanhosas E os sons naturais afetam o modo de vida a medida que quanto mais presentes menos tens o geram na popula o uma quest o fisiol gica Humana deve se ter o contato com as mudan as clim ticas para garantir sa de O Signals ou Alertas Sonoros s o os sons que s o ouvidos conscientemente e al m disso devem ser escutados porque constituem um alerta sonoro como por exemplo sinos assobio
260. que passam por um mesmo trajeto pr determinado e devem fazer considera o sobre suas percep es sonoras e espaciais Neste grupo devem ter pessoas de diferentes idades n vel de escolaridade e base cultural No final o intuito apresentar todos os resultados obtidos com as diferentes formas de avalia o e comprovar que existe rela es entre o aumento o n vel de intensidade sonoro dado em decibels e a da qualidade urbana pela popula o Esta investiga o sobre a ac stica urbana busca oferecer informa es tanto objetivas quanto emp ricas sobre a qualidade do espa o constru do E ainda objetiva apresentar informa es fundamentais para o in cio do desenvolvimento do projeto urbano Quanto mais informa es forem consideradas como dados de entrada para projetos urban sticos mais consistente este ficar CAP TULO 1 EsTUDO BIBLIOGR FICO AC STICA URBANA 1 1 LivrOS BRASILEIROS Existem poucos livros brasileiros sobre ac stica e quase todos possuem um car ter t cnico Estes trazem explica es matem ticas para os fen menos f sicos no formato de manuais Por esta raz o o ensino de ac stica na faculdade de arquitetura e urbanismo desinteressante afinal possui muito c lculo com pouca rela o direta ao ato de projetar Poucos livros exploram a ac stica conceitual e raros abordam quest es qualitativas do som no espa o constru do Busca se neste trabalho leva
261. ra compreender o trecho urbano porque s o elementos interligados Quanto mais intensos os n veis de press o sonora mais negativa a popula o percebe a cidade e por consequ ncia a evita A seguir vamos analisar o comportamento do som no espa o urbano e as formas de sua atenua o 4 2 MECANISMO DE ATENUA O SONORA NA CIDADE Para apresentar as formas de atenua o em meio exterior usa se como refer ncia a tabela proposta pelo professor Bistafa 2006 na qual relaciona os mecanismos poss veis uma breve descri o do mesmo e as condi es e dist ncia necess ria para uma atenua o de 5 dB percept vel Em seguida discute se cada item pontuado 108 Atenuac o i Mecanismo Descric o sucinta Condi es A 10 e 70 de umidade relativa Absor o sonora do ar atmosf rico Absor o do ar 9 3 1 500 m em 500 Hz 250 m em 4 kHz Solo macio 9 4 Interfer ncia quase Para alturas da fonte e 85 sempre destrutiva do receptor da ordem de entre o som direto e 12 10 pm e d Hz fletido sob o refletido sobre solo e 1 000 Hz acusticamente macio Barreira 9 5 Atenua o provocada Quando o receptor Todas por uma barreira encontra se na sombra ac stica entre a fonte e ac stica gerada receptor combinada pela barreira em com uma atenua o temperaturas normais e adicional de solo sem vento acusticamente macio
262. raco Desorganizado 1 1 228 Question rio para a avalia o da paisagem sonora Par metros para qualificar o espaco urbano A proposta escolher 10 itens para n o tornar a entrevista muito longa Quais sons da cidade voc escuta agora Anotar os tr s primeiros Avaliar se o entrevistado percebe sons considerados positivos ou apenas ru dos urbanos Voc vive em um local silencioso SIM N O Avaliar se o entrevistado relaciona a tranq ilidade com o sil ncio 8 1 QUESTION RIO FINAL PROPOSTO Para avaliar a aplicabilidade do question rio inicial ou seja se as pessoas realmente iriam compreender as quest es e se os resultados estariam de acordo com o esperado realiza se um teste de campo no qual 20 entrevistas j na rua Teodoro Sampaio Uma das propostas desta pesquisa era selecionar pessoas j familiarizadas com o local porque o usu rio freq ente j possui uma compress o do local mais aprimorada Por esta raz o o primeiro par metro estabelecido foi se o local da cidade era muito conhecido conhecido desconhecido ou primeira visita Como demonstra os resultados esta pergunta cumpriu a expectativa porque a grande maioria dos entrevistados j era familiarizado com o local o que certamente j melhorou a qualidade das respostas dadas Ao total foram escolhidos 14 par metros de qualificac o do espaco p blico sendo que alguns foram cortados porque na hora do teste pediam muitas explicac e
263. rada enquanto musicaliza o significado de estar na estrada atrav s de seu pr prio sistema de entretenimento LABELLE 2010 p 149 Os carros podem gerar atritos sociais porque tamb m representam as diferen as de classes e de estilo de vida Como observa o autor o carro permite um aumento da estiliza o para a apari o p blica onde o corpo atrav s da extensa m quina do autom vel pode atravessar as linhas da criminalidade para produzir um confronto com a cultura dominante LABELLE 2010 p 149 Produzindo m sica ou ru dos tamb m de baixa frequ ncia com o aux lio de subwoofers os ve culos conseguem sensibilizar um grande numero de pessoas 154 The expressiveness of car culture spans the globe finding extreme manifestation in forms of self styled design and personalized usage 155 Introducing sound and related audio technologies into the style of customization only elaborates upon existing relation between sound and cars As auditory design reveals the car itself is a sound emitting machine as well as a sonic potential awaiting animation the car creates noise and vibration through its impact and contact with road surfaces while musicalizing what it means to be on the road through its own entertainment systems 156 The car allows an increased stylization to public appearance where the body through the extensive machinery of the automobile may slip across the lines of criminality to produce a confront
264. rado a mancha urbana da cidade de S o Paulo Por m a rua Teodoro Sampaio assim como o trilho do bonde j parecem chegar ao seu destino final no Mercado de Pinheiros Bairros como o Pacaembu e a Villa America atual Jardins come am a ser tra ados Em 1916 o mapa da cidade j representa no bairro de Pinheiros e tamb m o in cio do Butantan do outro lado do Rio Pinheiros O Instituto de Butantan j est presente Por m este trecho n o est dentro do limite urbano e sim suburbano linha azul com bolinhas A Rua Teodoro Sampaio j aparece finalizada chegando at o importante Mercado de Pinheiros Mas somente o 150 trecho inicial da rua que tema desta pesquisa j apresenta algumas edifica es Um grande trecho da Teodoro Sampaio entre a rua Capote Valente e a rua C nego Eugenio Leite n o se conectava com a rua Arco Verde devido a topografia acidentada Em 1924 o tra ado da Villa Cerqueira C sar pouco se modifica O grande desenvolvimento ocorreu no chamado vetor oeste que engloba os bairros Villa America Jardim America Jardim Europa e Jardim Paulista O c rrego entre a Rua Lisboa e Rua Francisco Leit o ainda est vis vel e se localiza onde mais tarde constru da a avenida Henrique Schaumann Este mapa apresenta as curvas de n vel que demonstram como a topografia acontece como um vale do c rrego que nasce no Espig o Central para desaguar no Rio Verde e em seguida no Rio Pinheiros Dando um
265. rasileira se for uma atividade representativa da cultura e se for de comum acordo com certa popula o deve ser permitido O carnaval de rua outro exemplo importante Por m produzir ru dos na rua sempre causa problemas porque sempre algum indiv duo ir preferir o sil ncio e ele tem esse direito Est na Constitui o Federal que a casa o asilo inviol vel do indiv duo Art 5 VI e o ru do pode ser considerado como um invasor indesejado Devido a diverg ncia de opini es deve ser analisado cada caso A solu o no passado foi levar a m sica para o interior da edifica o como descreve Schafer Depois que a m sica acontecia no interior m sica de rua tornou se um objeto de desprezo cada vez maior e um estudo da legisla o europ ia de redu o de ru do entre os s culos XVI e 38 Street music was a continual subject of controversy Intellectuals were irritated by it Serious musicians were outraged for frequently it appears that unmusical would engage in the practice not at all to bring pleasure but merely to have their silence bought off 53 XIX mostra como grande parte desta era dirigida contra a atividade SCHAFER 1976 p 66 As primeiras legisla es contra ru dos j buscavam acabar com a m sica no espa o p blico Por m como coloca Schafer n o foi o resultado de s culos de aperfei oamento legislativo mas a inven o do autom vel que abafou as vozes dos gr
266. rcher Then are performed the objective measurements with sound level meters in situ resulting in maps of analysis of intensity levels considering the change of scenery from the week and Saturday It follows with a qualitative assessment made based on interviews with the population to verify the perception of urban and sound quality of the urban stretch In conclusion the results of all methods applied for acoustics and urban evaluation are related to the central purpose of proving that the perception of urban quality is affected by sound intensity Keywords Soundscape urban environmental quality perception of sound xii SUM RIO INTRODU O 1 ii OBJETO DE ESTUDO ME 2 lil JUSTIFICATIVA asi a sud exu card nem ua Ep RET MERECE 4 OBJETIVOS EP 5 VE TODO OCA 6 LM 9 EsTUDO BIBLIOGR FICO AC STICA URBANA 1 1 LIVROS BRASILEIROS 9 1 2 TRABALHOS 65 0 18 1 3 IN CIO DAS PESQUISAS 15 0 29 o I 33 MUNDO COMO UMA COMPOSI O MUSICAL MACROC SMICA MURRAY SCHAFER 2 1 PAISAGEM SONORA 1 42 2 1 1 DO RURAL PARA O 2 00 2 2 nnns 46 2 1 2 A CONSOLIDA O
267. rda tempor ria do umbral audi o que depende da intensidade dura o e frequ ncia do est mulo e pode durar horas uma esp cie de fadiga auditiva mas que pode causar danos permanentes Em situa es graves mas frequentemente identificadas nas cidades contempor neas o ru do pode causar Enj os e sonol ncia dor de cabe a perda da concentra o baixa produtividade ins nia estresse perda parcial da audi o e outras consequ ncias no sistema nervoso central 119 CAP TULO 5 M TODOS DE SONORA necess rio compreender o comportamento do som no constru do mas somente com um m todo de avalia o ac stica ou a combina o destes poss vel afirmar a qualidade sonora do ambiente urbano Neste cap tulo se pretende apresentar formas de avaliac o da paisagem sonora da cidade para que na pr xima etapa da pesquisa algumas metodologias apresentadas sejam aplicadas na avalia o do estudo de caso que a rua Teodoro Sampaio em S o Paulo Dentre as metodologias de avalia o pode se citar tr s grandes reas o mapa de evento sonoro que sintetiza as observa es t cnicas observadas do comportamento do som na cidade o m todo experimental ou objetivo que se baseia em dados obtidos com son metro em campo para avaliar n veis de intensidade sonora e a avalia o qualitativa que considera a percep o do Homem em rela o a paisagem sonora Na etapa
268. ristiano Viai DIA DA ENTREVISTA Dia da Semana TOTAL DE ENTREVISTAS 25 entrevistas a Jovem 16 35 anos 35 50 anos Senhor 50 65 anos Feminino Medo EE 2 Voc considera este local da cidade Po m M Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve DO RC ENT umm NENNEN af Emo Mete E Muito Verde Artificial Muito Artificial Muito Silencioso Barulhento Muito Barulhento o t t J 1 ANNE oS p 2 Muito Organizado Muito Desorganizado 2 2 2 1 5 mm rmm 15141 5 0 E Yo Yo Estabel Muito Variados P Quais sons da cidade voc escuta agora E LO 8 50 D 16 00 16 00 17 50 AEIR 3 Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio Esquina cc jm a Rua Capote Valente DIA DA ENTREVISTA Dia da Semana TOTAL DE ENTREVISTAS 22 entrevistas 102 15 21 Jovemisasanos aduto35 50anos senhor 50 65 anos 2 8 Feminino Masculino 2 Voc considera este local da cidade mM vii Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve aa 4 50 77 50 18 00 0 00 142 ato C
269. rovid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia Se o de 9 de dezembro de 1987 CONATRAN 2006 Resolu o estabelece limites para o volume de som emitido pelos ve culos Dispon vel em lt http www estadao com br ultimas cidades noticias 2006 nov 11 25 htm gt Acesso em 11 nov 2006 PMSP Concurso p blico vencido em 2002 por Barbosa e Corbucci Arquitetos Dispon vel em lt http www arcoweb com br arquitetura arquitetura493 asp gt Acesso em 20 set 2006 Lei 11 938 de 1995 Pro be a propaganda sonora na cidade de S o Paulo Di rio Oficial do munic pio de S o Paulo 18 de Dezembro de 2006 Dispon vel em http www prefeitura sp gov br portal a cidade noticias index php p 13918 gt Acesso em 21 dez 2006 Secretaria Municipal de Transportes Dispon vel em lt http portal prefeitura sp gov br noticias sec transportes 2006 11 0003 gt Acesso em 12 dez 2006 PSIU Programa de Sil ncio Urbano S o Paulo 2006 Dispon vel em http www prefeitura sp gov br portal a cidade noticias index php p 13905 gt Acesso em 16 nov 2006 PREFEITURA DO MUNIC PIO DE S O PAULO PSIU Programa de 294 Sil ncio Urbano S o Paulo 2004 Dispon vel em lt www prefeiturasp gov br guia psiu legisla o 0001 gt Acesso em 16 2004 1995 Lei N 11 804 de 19 de junho de 1995 Disp e sobre avalia o da aceitabilidade de ru dos na Cidade de S o Paulo visando o controle da comunidade
270. rulhenta reverberando o ru do j intenso produzido Visando a qualidade ambiental em meio urbano deve se proteger reas verdes com solos absorvedores ou at pensar em solu es de fachadas verdes como a imagem abaixo projeto do arquiteto Enrique Browne que evitam a reverbera o de fachada star jasmine Persistent Species White Flower Summer Blossoming plumbago Persistent Species Light blue Flower Summer Blossoming parthenocissus Deciduous Species Red Foliage Fall bougainvillea Semi persistent Species Red Pink Flower Summer Blossoming 4 3 Fachada verde absorvedora ac stica FONTE Consorcio Concepcion www ebrowne cl 111 4 2 3 BARREIRA AC STICA A barreira ac stica pode ser um elemento projetado matematicamente um anteparo para impedir a sonora como apresentado pela autora Carla Marcelo em sua disserta o de mestrado MARCELO 2006 Ao longo de fontes sonoras lineares como por exemplo nas ferrovias pode ser um recurso fundamental para proteger acusticamente ocupa es pr ximas usos sens veis aos ru dos Uma barreira ac stica que considera a qualidade ambiental urbana deve tamb m possuir material absorvedor para evitar reverbera es indevidas Por exemplo no caso de um t nel para tr nsito de ve culos que n o apresentar material absorvedor em sua superf cie interna vai sofrer uma amplifica o sonora
271. ry then may lend dynamic appeal to the historical imagination to not only fixate on archival pages but to supplement such reading with a sense for what is buried within for history is also made concrete through initial articulations interactions frictions and the vibrations of bodies voices movements and their expressiveness To read then might be to also hear what lies somewhere between the words inside the white blanks or over and around the languages that were once scratched onto paper as an emotional energy 128 The question becomes not so much to seek the original sound in pure form but to hear it within history through an extended ear as a significant phenomenon material and shared experience participating in the movements of history 129 Sidewalk life acts as key to understanding the interactions between social norms as public language and their upsetting through diverse appropriation or use marking the sidewalk as a space for expression argument and fighting 93 voz transmite informa es enquanto defende limites territoriais LABELLE 2010 p 112 O som pode ser tamb m parceiro da lei ao impor com autoridade os limites pr estabelecidos Ouvir com aten o os ru dos da cidade compreender os anseios de sua popula o como descreve o autor Ao seguir o ru do do tumulto e brigas de rua meu interesse foi ouvir sobre a hist ria e ainda que brevemente reconhecer de que forma a vida dos
272. s Apresentam se neste trabalho as teorias presentes em sua principal obra que foi publicada em 1977 com o t tulo de The Tunning of the World e republicada me 1994 com o nome de The Soundscape Este livro re ne e tamb m busca organizar textos e outras publica es do autor em particular dos livros The New Soundscape e do The Book of Noise al m de diversos documentos do pr prio World Soundscape Project certamente o livro mais representativo de sua obra como ambientalista da ecologia ac stica designa o esta devido a seus trabalhos com nfase em preservar a natureza f sica dos ambientes e a paisagem sonora composta por todos os sons que permeiam o espa o Como define Gordon Hempton Para mim um ecologista ac stico acima de tudo uma pessoa que sabe escutar O que fazemos tratar todos os sons com igual import ncia para saber interpret los HEMPTON apud CHAO 2011 O autor introduz o livro dizendo que a paisagem sonora do mundo est mudando SCHAFER 1977 p 3 O Homem moderno final da d cada de 1970 come a a habitar um mundo com um ambiente ac stico radicalmente The soundscape of the world is changing 33 diferente de tempos passados Nos s culos passados a aglomerac es urbanas n o se encontravam em estado de satura o tanto de habitantes quanto de meios de transporte A concentrac o normalmente causa problemas sonoros devido proximidade das fontes sonoras Quanto mais densa
273. s Como demonstrou as medi es objetivas todo o trecho estudado muito homog neo com n veis de intensidade sonora bem acima do aceit vel pela norma brasileira Por essa raz o que poss vel concluir que as diferen as no n mero de classifica es negativas acontece por outros 269 fatos urbanos que tem o poder de influenciar a psicoac stica ponto com menos classifica es negativas foi pr ximo a pra a Benedito Calixto com 81 5 de reclama es seguido pelo ponto da rua Cristiano Vianna como o com rcio especializado em artigos musicais com 96 de queixas mesmo sendo que este ltimo teve o pior registro de n vel de intensidade de todo o trecho com 82 dBA Desta forma comprova se que elementos urbanos diferenciados conseguem diminuir o impacto da polui o sonora na popula o Vale lembrar que os graves danos a sa de acontecessem inconscientemente mas talvez possam at ser amenizados devido a diminui o do estado de tens o corporal Ou seja uma rea verde ou uma atrativo cultural consegue sim melhorar a qualidade ambiental urbana principalmente em rela o ao impacto da paisagem sonora No ponto da rua Eneas Aguiar foram registrados um pouco mais classifica es negativa que na rua Cristiano Vianna com 96 5 de reclama es A parte superior da rua Teodoro Sampaio tamb m possui elementos urbanos diferenciados como as unidades de sa de da Universidade de S o Paulo apesar de que postas de uma forma
274. s o que tornava a entrevista muito longa e pouco objetiva 229 Outra mudanga radical foi na forma de classificar cada par metro Durante a realiza o do teste quando foi perguntado por exemplo de Confort vel a Desconfort vel d uma nota de 1 a 5 os entrevistados respondiam apenas ou Confort vel ou Desconfort vel Nunca davam a nota o que prolongava muito o tempo da entrevista Por essa raz o como se mostrou necess rio explicar o que significava cada valor num rico estes foram abandonados para dar lugar a pergunta direta Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort vel Parece uma mudan a desnecess ria mas em campo foi fundamental Para facilitar as entrevistas dados como sexo ou idade n o foram perguntados mas apenas se registrou segundo a apar ncia do entrevistado Como s o caracter sticas que n o interferem para a avalia o da paisagem sonora foi melhor adotar esse m todo para inclusive evitar constrangimentos desnecess rios Ao todo foram feitas 200 entrevistas sendo metade durante a semana e metade no s bado Destas 100 entrevistas 25 foram aplicadas em cada um dos pontos estabelecidos no cap tulo anterior que s o 1 Esquina com a Pra a Benedito Calixto 2 Esquina com a Rua Cristiano Vianna 3 Esquina com a Rua Capote Valente 4 Esquina com a Av Dr Eneas Carvalho de Aguiar As entrevistas sempre foram realizadas em hor rio comercial com o objeti
275. s e sirenes Apesar da compreens o mais imediata o Alerta Sonoro pode com frequ ncia ser organizado em c digos bem elaborados permitindo mensagens de Even though keynote sounds may not always be heard consciously the fact that they are ubiquitously there suggests the possibility of a deep and pervasive influence on our behavior and moods 40 consider vel complexidade para ser transmitido para aquele que pode interpret la SCHAFER 1977 p 10 descreve Schafer O conceito de Soundmark ou Marco Sonoro derivado da palavra paisagem na l ngua inglesa landmark e se refere a um som que possui qualidades especiais e nicas que caracterizam uma comunidade Segundo o autor Uma vez que um Marco Sonoro foi identificado este merece ser protegido porque os Marcos Sonoros tornam nica a experi ncia sonora da comunidade SCHAFER 1977 p 10 Normalmente os Marcos Sonoros est o relacionados com a cultura de certo local como por exemplo com manifesta es de m sica na pra a sons de um jogo de futebol ou os ru dos de uma feira de rua S o sons gerados por eventos pontuais que se repetem com determinada frequ ncia em determinado local e s o de conhecimento p blico O autor se remete hist ria para demonstrar a import ncia do sentido da audi o Conta que antes dos dias da escrita nos dias dos profetas e picos o sentido da audi o era mais vital que a vis o A palavra de Deus a his
276. s medi es devem ser efetuadas em pontos afastados aproximadamente 1 2m do piso e pelo menos 2 m de quaisquer superf cies refletoras como muros paredes etc ABNT 2000 Em todas as medi es foram utilizados per odos de amostragem de 5 minutos com leituras em Fast e em malha A 7 9 Medi es ac sticas na rua Teodoro Sampaio FONTE Arquivo Pessoal Para analisar a paisagem sonora da rua Teodoro Sampaio quatro pontos foram escolhidos para medi o com duas quadras de dist ncia entre eles sempre em cruzamentos da rua em quest o Esquina com a Pra a Benedito Calixto Esquina com a Rua Cristiano Vianna Esquina com a Rua Capote Valente gt o Esquina com a Av Dr Eneas Carvalho de Aguiar As medi es ac sticas foram sempre realizadas na cal ada direita da rua pr xima ao corredor de nibus por ser o lado aparentemente mais utilizado 208 pelos pedestres tamb m em raz o dos pontos de nibus Como a cal ada estreita considerando o fluxo de pedestres com largura de 2 5 metros muitas vezes n o foi poss vel ficar t o perto da rua e a medi o foi feita no meio da cal ada Tentou se tamb m evitar ao m ximo a proximidade de muros e demais anteparos como os v rios postes instalados que podem se configurar como barreiras ac sticas ou como canalizadores sonoros Uma forma alternativa de fazer a avalia o ac stica de uma rua seria elaborar um modelo previsional em software considera
277. s para formar um tecido sonoro sinalizando o fluxo cont nuo da LABELLE 2010 p 92 A cal ada pode transmitir a vida da resid ncia para a rua que por sua vez pode transmitir tamb m sua energia Este interc mbio valioso a medida que relaciona os espa os da cidade refor ando sua unidade 111 Claiming an informal space within everyday the walker might be said to push against official scripts through the force of crossing the street or side stepping the crosswalk for an alternative path The daily stroll as an intermediate practice imparts an elemental rhythmic flux to the more fixed structures of daily routine The individual body in this regard is not so much a resisting agent but a movement in continual negotiation within surrounding patterns From this perspective the small space of the sidewalk offers a generative stage for narratives that unfold this process while bringing into relief new configurations sudden excitement arguments an entire promiscuous and difficult economy at the heart of public life c Walking might be seen to enact a mediating action in whose configurations the meandering flow of private life and the geometries of public institutions meet 118 mediating space the sidewalk draws out an acoustical flux of so many occurrences and events It teems with energy frictions and noises to form a sonorous fabric signaling the ongoing flow of life 86 Com continua LaBelle
278. salto temporal maior em 1943 o tra ado j se encontra muito mais consolidado Surge o bairro do Sumar e tamb m o Pacaembu j est mais desenvolvido inclusive com o est dio de futebol O bairro Vila Madalena j se inicia por m ainda n o sobe at o Espig o Central Aparece o Cemit rio S o Paulo na Rua Arco Verde sendo seu acesso na altura da rua Francisco Leit o O c rrego de Pinheiros foi canalizado e constru da a avenida Henrique Schaumann A avenida Rebou as est tra ada mas n o atravessa ainda o rio Pinheiros que est canalizado e retificado O bairro de Alto de Pinheiros j est tra ado inclusive com a Pra a Panamericana Do outro lado do rio poss vel verificar o J quei Clube de S o Paulo Para finalizar a pesquisa sobre a consolida o do territ rio entorno da rua Teodoro Sampaio apresentado o mapa de 1952 o ltimo registro feito ainda com o bonde em funcionamento O terreno do antigo Hospital de isolamento dividido por uma rua e as diversas edifica es est o presentes como a Faculdade de Medicina edif cio mais antigo e o Hospital da Cl nicas Este se consolida com um p lo de sa de da cidade A rua Eus bio Matoso surge como continua o da avenida Rebou as e ganha uma ponte para atravessar o rio Pinheiros chegando na avenida Vital Brasil Surge a Cidade Universit ria 151 oes ep einiejeJd NANS 31NOJ S061 oes ep ep L199 ep
279. seguem se dissipar devido a barreira ac stica produzida pelos edif cios altos do entorno que est o identificados em amarelo com o n mero de pavimentos Al m 194 disso as superf cies r gidas da cidade como fachadas de edif cios e o asfalto ajudam na reverbera o sonora resultando na amplifica o dos ru dos Quando os edif cios altos est o bem pr ximos estes conformam o que A u conhecido como desfiladeiros urbanos ou at canyons urbanos porque o som fica aprisionado e ainda sofre reverbera o nos planos verticais que normalmente s o compostas por superf cies r gidas Este fen meno pode ser verificado em quatro locais do trecho urbano estudado identificados em laranja sempre considerando o aprisionamento sonoro no interior da quadra fundamental ressaltar que n o necess rio que tenha uma rua entre os edif cios altos pr ximos se estes est o perpendiculares a uma via de tr fego intenso tamb m v o receber com intensidade aprisionar a at amplificar os ru dos E o grande problema que muitas as janelas dos dormit rios ou outros usos mais sens veis ao ru do s o voltadas para o interior da quadra com o intuito de proteger as mesmas da polui o sonora da rua de acesso E o trecho urbano estudado um exemplo claro do impacto da reverbera o sonora no interior das quadras que atingem justamente as fachadas que parecem estas mais protegidas Deve se destacar ai
280. servando o comportamento da populac o no p blico verificando alguns eventos frequentes que se relacionam com a ac stica urbana As fotos s o aqui apresentadas ap s uma sele o e agrupamento segundo aos fen menos semelhantes comentados a seguir O primeiro comportamento facilmente identificado foi pedestres com fones de ouvido ao caminhar pelas cal adas Foi poss vel identificar diversas pessoas criando um ambiente ac stico privado como definiu o autor Murray Schafer ou criando um Head space na g ria norte americana A id ia voc poder controlar os sons que escuta e ao mesmo tempo evitar os ru dos urbanos O problema por m que os pedestres perdem a aten o com o meio urbano e por consequ ncia aumentam os riscos de atropelamento por exemplo Al m disso muitos escutam m sica em n veis de intensidade alt ssimos que em exposi o prolongada diretamente no ouvido causam danos auditivos graves Atualmente comum ver pedestres falando sozinhos na rua Al m de ouvir m sica muito usam o fone de ouvido para falar ao celular Como comenta Brandon LaBelle caminhante plugado encena uma esp cie de fantasma da cal ada n s nunca poderemos saber que mat ria sonora est flutuando atrav s da orelha do usu rio do iPod cujo passo define o limite vago entre zumbi e ativismo LABELLE 2010 p 98 As imagens demonstram como a rua Teodoro Sampaio apesar de muito movimentada
281. smo cap tulo Del Carlo propoem uma tabela para caracteriza o do tr fego DEL CARLO 1979 p 31 para identificar in loco o volume de tr fego tipos de ve culos leves ou pesados e a velocidade m dia encontrada Esta forma de contagens ainda proposta atualmente principalmente em locais onde n o poss vel encontrar um base de dados confi vel realizadas pelo rg o de tr nsito Atualmente estes s o utilizados como dados de entrada em softwares de realizam mapas de ru do urbano que estabelecem curvas isof nicas de igual intensidade sonora 19 J o cap tulo question rios usados para as entrevistas apresenta dois tipos de question rios um desenvolvido pelo autor em S o Paulo e outro usado nos Estados Unidos por Sanford Fidell A op o por realizar an lises qualitativas demonstra a preocupa o do autor com a percep o e consequente pertuba o com a polui o sonora do habitante da cidade Considerar a psico ac stica muito relevante no caso da sensibiliza o auditiva que subjetiva a medidad que passa pela filtro de cada ind viduo A an lise qualitativa fundamental considerando a avalia o de uma paisagem sonora na qual se busca um equ brio sonoro e n o apenas evitar ru dos intensos em excesso uma forma cab vel de identificar sons que tamb m s o considerados positivos pela popula o No cap tulo Resultados dos levantamentos de campo o autor apresenta os locais ava
282. so se deve ao fato do uso para lazer porque a rua possui bares e restaurantes principalmente 187 pr ximos da pra a Benedito Calixto As fontes de ru do de tr fego s o 18 6 maiores no s bado e as de ru do de pedestres s o 33 7 maiores Portanto existe mais pessoas caminhando na Teodoro Sampaio no s bado a noite que durante a semana O dia da semana que foi realizado o estudo foi na quarta feira dia intermedi rio da semana Mas possivelmente esta diferen a n o seria t o grande se compararmos com a sexta feira a noite que tamb m um dia voltado para o lazer e descanso importante destacar que a contagem de fontes de ru do ainda n o se configura como uma metodologia t cnica para avalia o de uma paisagem sonora mas foi realiza nesta pesquisa como forma de conhecer e entender melhor os fluxos do trecho escolhido como estudo de caso Nem sempre um local e hor rio que apresenta o maior n mero de fontes de ru do ter tamb m o maior n vel de intensidade sonora porque depende muito do tipo intensidade e frequ ncia dos sons gerados Mas de qualquer forma normalmente quanto maior o n mero de fontes maior a polui o sonora e por isso esse estudo muito pertinente para esta pesquisa No cap tulo seguinte apresenta se os resultados das avalia es ac sticas in loco e suas respectivas conclus es N mero de fontes de ru do Dia da semana Noite 21h Outros Ru dos E Ru do Tr fego Ruid
283. sobre o som e o espa o urbano dando nfase para ambientes p blicos Soundway ou caminho ac stico um m todo de avalia o qualitativa do espa o sonoro anteriormente comentada O autor acredita que assim pode perceber as formas que as pessoas v m expressar sua rela o com o som e sua circula o RATH apud LABELLE 2010 xx A autor tamb m trata da quest o do ru do mas com uma abordagem muito diferente da normalmente encontrada como veremos a seguir Como observa LaBelle eu estive mais interessado em n o abordar a quest o do ru do como uma an lise dos n veis de press o sonora mas sim realizar um inqu rito geral sobre os significados que o ru do pode ter dentro de contextos espec ficos para comunidades espec ficas LABELLE 2010 xxiv 20 Acoustic Territories traces the soundways of the contemporary metropolis rendering a topography of auditory life through a spatial structure beginning with underground territories through to the home as a site and then further to streets and neighborhoods and finally to the movements of cars and the infrastructure of transmission towers that put messages into the air The ways people come to express their relation to sound and it circulation 92 Pye been more interested to push the question of noise away from an analysis of sound pressure levels and toward a general inquiry into the meanings noise may have within specific contexts for parti
284. sonora da Rua Teodoro Sampaio na cidade de S o Paulo e o impacto desta na qualidade de vida dos seus usu rios A pesquisa envolve tanto a discuss o sobre o controle de ru dos urbanos quanto a determina o dos sons positivos que qualificam e caracterizam o espa o p blico Primeiramente elabora se uma revis o bibliogr fica sobre paisagens sonoras urbanas seus impactos nos usu rios e nas edifica es pr ximas A proposta levantar o que j foi discutido sobre o tema no Brasil e citar algumas pesquisas relevantes no exterior Alguns trabalhos acad micos j abordaram este tema no pais mas poucos apresentaram alguma reflex o te rica sobre a ac stica urbana Em um segundo momento pretende se estabelecer uma fundamenta o te rica para compreender o comportamento do som no ambiente externo da cidade contempor nea Esta baseia se principalmente no trabalho de dois autores centrais Murray Schafer que definiu o conceito de paisagem sonora ou Soundscape em 1979 e o Brandon LaBelle que prop e um estudo recente de 2010 sobre o que define como territ rios ac sticos Segue se com a apresenta o das metodologias de an lise dos ru dos em meio urbano Primeiro discute se meios gr ficos de apresentar os sons urbanos desde mapas de ru dos t cnicos com curvas isof nicas de n veis de intensidade at gr ficos e esquemas atrativos e informativos que permitam a r pida compreens o da situa o ac stica de
285. sos do local e os pontos de concentra o comunit ria devem ser verificados com o intuito de compreender com este espa o funciona para assim caracterizar a sua paisagem sonora 30 In terms of the soundscape a practical division of developing urbanization is as in so many other matters as well the Industrial Revolution d Looking at the profile of a medieval European city we at once note that the castle the city wall and the church spire dominate the scene In the modern city it is the high rise apartment the bank tower and the factory chimney which are the tallest structures This tells us a good deal about the prominent social institutions of the societies 50 Por m a simbologia n o est apenas nas edifica es marcantes Os sinais sonoros s o muito importantes para descrever uma sociedade uma vez que imprimem um ritmo na mesma como exemplifica Schafer O sinal sonoro mais saliente na comunidade crist o sino da igreja Este capaz de definir a comunidade j que a par quia um espa o sonoro circunscrito no raio de influ ncia do sino O sino da igreja um som central que atrai e unifica a comunidade em um sentido social e assim aproxima o Homem Deus SCHAFER 1976 p 54 O som sempre foi muito explorado pela religi o devido sua capacidade de sensibilizar o emocional Humano Mas tamb m fundamental salientar a capacidade do som de alertar como no caso das sirenes de ambul ncias
286. spa o de conforto e mobilidade mas de est tica e estilo e al m disso um meio de divulga o de novas formas de marketing musical LABELLE 2010 p 145 152 To create an improved automobile seal is seen to maximize the ability to experience comfort by blocking out exterior noise particularly related to wind The car s seal lends dramatically to the privacy of the ride and the ability to experience the feeling of control 153 First fitted into cars in the 19305 initially as car radios the automobile was quickly recognized as providing not only a space of comfort and mobility but of aesthetics and style and along with that a vehicle for new forms of musical marketing 102 O autom vel reflete a est tica e estilo do propriet rio O carro como um reflexo da personalidade esportivo cl ssico fam lia etc Como observa LaBelle a expressividade da cultura do carro abrange todo o globo encontrando extrema manifesta o em formas de estiliza o individual e uso personalizado LABELLE 2010 p 148 uma fonte de m sica e ru dos para o meio urbano Introduzindo som e tecnologias de udio ao estilo de personaliza o s colabora como prova da rela o existente entre som e carros O projeto ac stico revela o carro em si uma m quina emissora de som bem como um potencial sonoro aguardando movimento o carro gera ru do e vibra o atrav s do seu impacto e contato com as superf cies da est
287. speech of moderns times 66 SCHAFER 1976 p 89 Al m disso certos sons podem ter impacto global como observa abaixo Desde a inven o de equipamentos eletroac sticos para a transmiss o e o armazenamento de som qualquer som n o importa qu o pequeno pode ser aumentado e enviado para todo o mundo ou gravado em fitas para as gera es do futuro N s separamos o som da fonte sonora SCHAFER 1976 p 90 Os pesquisadores da paisagem sonora est o preocupados com mudan as na percep o e no comportamento da sociedade em rela o ao ru dos ambientais porque somente com base nestas transforma es do modo de compreens o que poss vel avaliar a paisagem sonora contempor nea Schafer sintetiza sobre a d cada de 1970 que cria se uma paisagem sonora sint tica em que os sons naturais est o se tornando cada vez mais n o naturais enquanto os substitutos feitos por m quinas est o fornecendo os sinais que dirigem a vida moderna SCHAFER 1976 p 91 Percebe se que poss vel usar a transmiss o sonora para influenciar e moldar uma cultura e que a publicidade e o marketing tem tanto poder na Era moderna A inven o e populariza o do radio possibilitou novas viv ncias sonoras em espa os p blicos diz o autor O r dio estendeu o alcance do som para produzir perfis expandidos que eram not veis tamb m por possibilitarem espa os ac sticos interrompidos Nunca antes o som tinha 7 Since the
288. stica a m sica tamb m mudou muito ao longo do tempo e atualmente frequente notar influ ncias de sons industriais e tecnol gicos por exemplo na m sica eletr nica O autor descreve que sua pesquisa apresenta uma reafirma o da m sica como forma de obter a influ ncia harm nica do som no mundo a nossa volta SCHAFER 1977 p 6 A influ ncia harm nica o equil brio das frequ ncias sonoras gerando um resultado positivo para a percep o humana Deve se ter uma estimula o harm nica do aparelho auditivo com o intuito de n o receber est mulos nem muito agudos nem graves O Homem mais perturbado por sons agudos e eventuais como por exemplo buzinas de motos ou ambul ncias Por m sons graves frequentes como o passar dos avi es pode tamb m ser muito incomodativo A produ o musical de certo per odo pode retratar a satisfa o ou n o da popula o com a pol tica H poucas d vidas de que atrav s da interpreta o sintom tica da m sica poss vel compreender mais profundamente momentos hist ricos A m sica um retrato cultural de seu per odo hist rico e de forma similar o ambiente ac stico urbano pode ser muito representativo sobre certa cultura Como define Schafer O ambiente ac stico de uma 37 sociedade pode ser lido como um indicador das condi es sociais que os produzem e podem nos dizer bastante sobre a tend ncia e evolu o da sociedade 1977 p 7
289. stion rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio pe m UP STRUM Ce EP 7 tt V eru i Esquina com a Rua Capote Valente DIA DA ENTREVISTA S bado TOTAL DE ENTREVISTAS 26 entrevistas Jar gt 1 a Jovem 16 35 anos Adulto 35 50 anos Senhor 50 65 anos e Feminino 38 50 61 5 1 Voc vive em um local tranq ilo ius mm D 2 Voc considera este local da cidade Po m M E RU cr Muito Confort vel Confort vel Desconfort vel Muito Desconfort ve ucc 7 50 88 50 4 00 0 00 NENNEN EN 1 ml cp TIL Muito Silencioso Silencioso Barulhento Muito Barulhento ELO Muito Organizado Muito Desorganizado GL no emen el t 9 pof o 5 E Fluxo Muito Intenso 95603 pene cT ujemi ET Estabelecimentos wito Variados Kapigo Kale e NAT rl nw de 5 Fluxo intenso de Muito Fraco e culos 22 7 50 8 Question rio para avalia o da qualidade ambiental urbana PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio gt rca des us ERA mw Esquina com Av Dr Eneas Carvalho de Aguiar DIA DA ENTREVISTA S bado TOTAL DE ENTREVISTAS 26 entrevistas a Jovem 16 35 anos
290. sto 2013 FONTE viatrolebus com br 149 6 2 CONSOLIDA O DO TERRIT RIO MAPAS HIST RICOS A partir da an lise dos mapas hist ricos da cidade de S o Paulo poss vel verificar com a rua Teodoro Sampaio foi se consolidando ao longos dos anos Apresenta se em seguida o recorte de seis mapas hist ricos da SMDU da Prefeitura de S o Paulo dos anos 1905 1913 1916 1924 1943 e 1952 A rua Teodoro Sampaio nasce pr xima ao Cemit rio do Ara e tamb m atr s do grande terreno do Hospital de Isolamento Por isso era de se esperar que a rua deveria ser mais isolada calma com pouco movimento Mas a passagem do bonde em dire o ao Mercado de Pinheiros mudou definitivamente seu destino est rua se transformou em um eixo rodovi rio de import ncia metropolitana A seguir descreve se esta transforma o O primeiro dos mapas de 1905 apresenta o in cio da abertura da rua Teodoro Sampaio Na poca a rua s tinha a extens o de cinco quarteir es sendo que terminava na Rua Jo o Moura O tra ado do bonde j aparece mas ainda inacabado terminando na rua Capote Valente Neste mapa poss vel perceber como a rua foi sendo aberta ao mesmo tempo que o trilho do bonde constru do Mas j existiam dois tra ados at a Vila de Pinheiros a rua dos Pinheiros como continua o da Av Dr Rebou as e a Rua Arco Verde O mapa de 1913 n o apresenta o bairro de Pinheiros mostrando como este ainda n o estava de fato incorpo
291. sua variabilidade does cen rios Considerando a problem tica o autor comenta sobre as Caminhadas ac sticas ou Soundwalk na l ngua inglesa Desenvolvido predominantemente no campo da ecologia ac stica Soundwalking uma pr tica que estimula uma abordagem mais profunda e sens vel para a compreens o sonora com base em explorar ativamente ambientes espec ficos atrav s de caminhada e da audi o LABELLE 2010 p 104 Estas s o caminhas pela cidade normalmente pelas cal adas e pra as com o intuito de perceber o territ rio ac stico da mesma Contendo diversas pessoas de diferentes classes sociais e et rias estas fazem considera es sobre a qualidade do espa o relacionando com poss veis eventos sonoros LaBelle descreve que funcionando normalmente como uma visita guiada por um l der o Soundwalk investiga lentamente um determinado local avaliando os movimentos sutis e dram ticos do som enquanto eles v m para atravessar o grupo da caminhada LABELLE 2010 p 104 Medir objetivamente o som para evitar ru dos com altas intensidades n o suficiente para configurar uma paisagem sonora que colabore com a qualidade ambiental urbana No cap tulo Formas de Avalia o aprofunda se sobre o tema 3 2 2 CONFRONTOS EM P BLICO Segundo LaBelle Ao juntar o calor da onda sonora com a materialidade do ambiente constru do esculpe se uma figura no espa o tempo cujas energias demarcam a cidade temporalment
292. t ria de tribo e todas as outras informa es importantes eram escutadas e n o vistas SCHAFER 1977 p 11 A audi o tem um papel importante para a percep o do espa o a nossa volta A sociedade Europ ia no geral sempre valorizou mais a vis o como evidencia o ditado popular Ver para Crer e de certa forma espalhou essa cultura por muitas partes do mundo Por m como afirma Schafer A pr pria emerg ncia da polui o sonora como um t pico de preocupa o p blica atesta a fato que o Homem moderno est finalmente come ando a se 10 Sounds signals may often be organized into quite elaborate codes permitting messages of considerable complexity to be transmitted to those who can interpret them 1 Once soundmark has been identified it deserves to be protected for soundmarks make the acoustic life of the community unique 12 Before the days of writing in the days of the prophets and epics the sense of hearing was more vital than the sense of sight The Word of God the history of the tribe and all other important information was heard not seen 41 preocupar em limpar a lama de suas orelhas e recuperar o talento para uma clairaundience audi o SCHAFER 1977 p 11 O conceito definido pelo autor como clairaudience significa ter excepcionais poderes de audi o ou seja ter consci ncia dos sons que se permite ouvir Pode se optar por apenas olhar para um determi
293. tados Gr ficos da Medi o Ac stica C lculo do Leg Dia da Semana FONTE Arquivo Pessoal MEDI O S BADO 5 Esquina com Benedito Calixto Leq 69 1 dBA Lpico 91 5 dBA Standard HD600 RealTime Graph 130 0 117 0 104 0 91 0 78 0 650 rS 4 39 0 26 0 13 0 0 0 4 t 11 11 07 11 12 19 11 13 33 11 14 46 11 15 59 11 17 12 Start Time 30 11 2013 11 11 07 Maxnum 91 50 30 11 2013 11 14 11 Minnum 62 60 30 11 2013 11 16 32 Sample Rate 1 00 Average 69 25 PLANILHA DE C LCULO DE Lec Medi o Objetiva Cidade Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Pra a Benedito Calixto TEMPO EM SEGUNDOS FECHO EFE o o 2 z z Obs Feira de antiguidades na praca Benedito Calixto 215 6 Esquina com Rua Cristiano Vianna Leg 76 1 Lpico 91 7 dBA 130 0 Standard HD600 RealTime Graph 117 0 91 0 78 0 65 0 52 0 390 26 0 13 0 0 0 o o 2 z z Obs 11 11 07 11 12 15 11 13 23 11 14 32 11 15 41 Start Time 30 11 2013 11 11 07 Maxnum 91 70 30 11 2013 11 16 18 Minnum 65 00 30 11 2013 11 15 55 Sample Rate 1 00 Average 73 61 PLANILHA DE C LCULO DE Lec Medi o Objetiva Rua Teodoro Sampaio SP Esquina com a Rua Cristiano Vianna M sica na cal ada 11 16 50 216 7 Esquina com Rua Capote Valente Leq 70 2 dBA Lpico 89 dBA Standard HD600 RealTime Graph 130 0 117 0 91 0 78 0 65 0 52 0 39
294. te industrial conforme tabela abaixo Tabela 1 N vel de crit rio de avalia o NCA para ambientes externos em dB A rea estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 4 prdoniranementere enia s 7 22 Tabela 1 NBR 10 151 FONTE ABNT 2000 Para o entorno da regi o dos Hospital das Cl nicas que tamb m cont m edif cios da universidade da USP o ideal seria o m ximo de 50 dB no per odo diurno e 45 dB no noturno Mas no restante da rua Teodoro Sampaio que se configura como uma rea mista com vocac o comercial e administrativa em sua predomin ncia pode se considerar valores maiores de no m ximo 60 dB no per odo diurno e 55 dB no noturno Pode se concluir que se obteve valores de n veis de press o sonora m dios bem superiores a norma em todos os pontos de medi o considerando o dia da semana e tamb m o s bado O valor do Leq mais 223 baixo registrado pr ximo a pra a Benedito Calixto foi de 69 dBA fundamental lembrar que quando se dobra o n vel de intensidade aumenta se apenas 3 dBA como demonstrado na imagem abaixo Portanto a diferen a de 9 dBA do estimulado com m ximo pela norma bem distante da realidade da paisagem sonora local 60dB 60dB xd 7 23 Duplica o de N veis Sonoros FONTE AMANCO BRASIL 2010 A polui o sonora da
295. ted that the meaningful categories of sounds and their properties at linguistic and psychological levels should be identified before describing them in a physical dimensions and experimentally manipulating them in psychophysical paradigms 136 objetivo de identificar os fatores que caracterizam a paisagem sonora O estudo baseado em uma pesquisa de campo em tr s est gios O primeiro est gio como um estudo piloto foi uma Caminhada Sonora em quatro t picos espa os p blicos urbanos Est gio dois incluiu entrevistas mais detalhadas em dois locais selecionados com uma amostragem muito maior do p blico em geral Terceira fase consistia em v rias Caminhas Sonoras com estudantes de arquitetura examinando as diferen as entre o p blico em geral e designers KANG 2007 p 83 A an lise foi dividida em tr s etapas Segundo o autor durante a caminhada o objetivo geral incentivar os participantes a ouvir atentamente e fazer julgamentos sobre o ambiente sonoro e os sons que eles est o experimentando KANG 2007 p 83 A primeira parte foi realizada para estabelecer indicadores para a avalia o da percep o sonora Foi feita uma Caminhada Sonora com 48 alunos universit rios com idade entre 18 25 anos sendo 30 homens e 18 mulheres A caminhada come ou em frente a Universidade de Sheffield passando por quatro pontos escolhidos para a realiza o da investiga o ac stica representativos da diversidad
296. the movements of sound as an immersive acoustic also exist below the line of audibility in the shape of vibrations Sound and vibration are intimately linked forming a partnership that extends the air borne wave to the material world as frictions and tactile feeling 13 What am seeking here are forms of sensorial latching that operate below the line of consciousness as well as audibility the womb to the motions of the body and speech and further to the fundamental embodied sense of being the ground where footsteps down boulevards or alleys along carpeted staircases or across wooden floors make for a primary rivet aligning body with place 98 da onda sonora coincide com a natural do material pode ocorrer at uma amplifica o da vibra o Mesmo no interior do ve culo que aparentemente isolado acusticamente do ru do a reo exterior sente se vibra es do ambiente como o autor observa a rua muda as coordenadas r tmicas da cal ada por ser um lugar de contato de a total propuls o da experi ncia automotiva como uma vibra o sob o assento LABELLE 2010 p 137 Pode se fechar os olhos mas o ouvido n o poss vel desligar Neste contexto de sensibiliza o urbana mesmo inconsciente o autor define o conceito de Auditory latching chamado aqui de Barreira auditiva que n o apenas um meio de encontrar seguran a entre o corpo e seus arredores mas tamb m como tal re
297. tica em Vila Ipanema Ipatinga MG GRUNOW 2008 p 54 e 62 sendo este tlimo um projeto de prote o ac stica para a empresa Vale para a constru o de uma nova linha ferrovi ria no munic pio de Ipatinga no chamado Vale do A o no estado de Minas Gerais A proposta foi a implanta o de uma barreira ac stica com 7 metros de altura No livro est o demonstrados atrav s de mapas de ru do diversas simula es sonoras em planta eleva o e corte Acredita se que os livros aqui apresentados s o representativos do tipo de aboradagem das obras sobre ac stica no Brasil Foram justamente selecionados como exemplos relevantes da produ o bibliogr fica sobre o tema Pode se perceber que todos s o bem recentes sendo o mais antigo de 2008 escrito por Ennio Cruz da Costa Alguns trabalhos acad micos s o um pouco mais antigos como veremos a seguir 17 Al m disso quase todos foram escritos por engenheiros em sua maioria mec nicos Foram nove livros estudados e apenas tr s de arquitetos bem recente a difus o do ensino da ac stica nas faculdades de arquitetura e tamb m deve se avaliar a qualidade deste ensino E pode se constatar que livros escritos por arquitetos apresentam ganhos por sua abordagem mais pr tica ou atrav s de uma linguagem visual diferenciada como o caso da autora L a Cristina Lucas de Souza ou devido a presen a de estudos de Caso como por exemplo o do autor R gio Paniago Carvalho
298. tores bicicletas com motor auxiliar e ve culos assemelhados limites m ximos de ru do com o ve culo em acelera o e a condi o parado Di rio Oficial da Uni o Bras lia 15 fev 1993 1993c Resolu o CONAMA N 006 de 31 de agosto de 1993 Estabelece prazo para os fabricantes e empresas de importa o de ve culos automotores 292 disporem de procedimentos e infra estrutura para a divulga o sistem tica ao p blico em geral das recomenda es e especifica es de calibra o regulagem e manuten o do motor dos sistemas de alimenta o de combust vel de igni o de carga el trica de partida de arrefecimento de escapamento e sempre que aplic vel dos componentes de sistemas de controle de emiss o de gases part culas e ru do Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1 ago 1993 1995 Resolu o CONAMA No 017 de 13 de dezembro de 1995 Ratifica limites m ximos de ru dos de ve culos Di rio Oficial da Uni o Bras lia 29 dez 1995 1997 Resolu o CONAMA N 230 de 22 de agosto de 1997 Pro be o uso de equipamentos que possam reduzir a efic cia do controle de emiss o do ru do e poluentes Di rio Oficial da Uni o Bras lia 26 ago 1997 1999a Resolu o CONAMA N 252 de 01 de fevereiro de 1999 Estabelece limites m ximos de ru dos de poluentes e ru do emitido por ve culos automotores entre os Estados Partes do MERCOSUL Di rio Oficial da Uni o Bras lia 11 jan 1999 199
299. trar n veis de intensidade e tamb m percep es humanas Quanto maior o n mero de informa es sobre a paisagem sonora melhor para propor meios de melhor a qualidade ambiental urbana 144 CAP TULO 6 EsTUDO DE CASO RUA TEODORO SAMPAIO Este cap tulo apresenta in meros dados hist ricos e atuais sobre o estudo de caso escolhido que a rua Teodoro Sampaio no bairro de Pinheiros na cidade de S o Paulo apresentado o contexto hist rico do bairro uma avalia o da consolida o urbana atrav s da an lise de mapas hist ricos da SMDU mapas atuais feitos com base em levantamentos em campo al m de um ensaio fotogr fico sobre uso do espa o p blico no trecho escolhido J em rela o ao estudo da ac stica urbana como uma primeira abordagem realizada a contagem das fontes de ru dos encontradas em um ponto intermedi rio da rua Avalia es da paisagem sonora mais aprofundadas ser o tema do cap tulo seguinte O objetivo deste cap tulo ent o identificar as caracter sticas fundamentais do local que o diferenciam de qualquer outro ponto da cidade afim destas colaborarem para a compreens o mais realista da paisagem sonora 6 1 CONTEXTO HIST RICO O bairro de Pinheiros teve origem numa aldeia ind gena situada margem direita do rio de mesmo nome pr ximo de onde atualmente encontra se a ponte que liga a avenida Eus bio Matoso avenida Vital Brasil J o trecho da rua Teodoro Sampaio escolhido
300. trav s dos equipamentos urbanos dispon veis e pela pretensa 23 possibilidade de aculturamento na realidade o grande desafio do homem urbano CREMONESI 1984 p 153 Na verdade deve se questinar a necessidade do Homem urbano de suportar este ambiente t o hostil Os tr s pr ximos trabalhos apresentados s o mais recentes de 2006 at 2012 e s o dissertac es de mestrado que j demonstram novas tecnologias para a avalia o e manejo do ru do urbano A primeira destas estudada tem o t tulo Sons e Formas As barreiras ac sticas na atenua o do ru do na cidade da autora Carla Bas lio Marcelo Foi defendida na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2006 e teve como orientador o professor Dr Ladislao Szabo e como co orientadora a Dra Gilda Collet Bruna atual orientadora desta pesquisa A autora escolheu estudar um m todo de atenua o do ru do urbano que a barreira ac stica Este de extrema import ncia porque h muito preconceito sobre as barreiras porque normalmente se configuraram como grandes muros Mas Marcelo demonstra que h uma grande variedade de formas de projetar uma barreira ac stica eficiente e que est pode estar muito bem inserida em um contexto urbano e apresentar melhorias evidentes Como a autora diz O objetivo desta disserta o o estudo de barreiras ac sticas para a atenua o do ru do da cidade Ser o discorridos m todos e formas que podem ser adotadas no projeto
301. tryside exercises long range viewing The city abbreviates this facility for distant hearing and seeing marking one of the more important changes in the history of perception 47 Os grandes edif cios da cidade dificultam a percep o do espa o urbano por isso muito importante que o arquiteto tire partido das visuais poss veis em seus projetos afinal do local onde se enxerga tamb m se recebe som direto Em oposi o a primeira o autor define a paisagem sonora Lo hi com n vel de intensidade sonora muito elevada o que mascara os sons mais caracter sticos do local com capacidade de emocionar Em uma paisagem sonora Lo hi sinais ac sticos individuais s o obscurecidos em uma densa variedade de sons O som sutil como pisadas na neve um sino de igreja do outro lado do vale ou um animal passando por arbustos mascarado pela banda de transmiss o de ru do A perspectiva est perdida Na esquina de uma rua do centro da cidade moderna n o h nenhum distanciamento h apenas a presen a SCHAFER 1976 p 43 Estes s o os grandes problemas que caracterizam a cidade contempor nea no vi s da ac stica a falta de perspectiva causada pela grande obstru o das diversas edifica es que resulta em uma percep o espacial deficiente e assim o territ rio compreendido como de ningu m e por isso abandonado o segundo problema s o os n veis de ru do muito altos que mascaram os sons agr
302. ts maps would have to be limited to a specific period of time and would be gathered by walking over or around the selected location In case of a city block this might be a single excursion around the block 143 z pesquisa de n veis de intensidade Um dos itens da legenda o Good Noise ou sons bons o que demonstra uma nova forma de avaliar os sons em meio urbano considerando a totalidade da paisagem sonora afinal nem todos os sons s o ruins e nem se deseja o sil ncio total n 386 GS Canogue wGiS Scot Moore Jean Exrscet Vane 02 The East Ausin Emeconmertai Justice Prorect collaboration between De Praec contacts Susana PODER and Sem UT Austin Texas data sources Oty of Kost 005 TEXAS e e c o c 2 N x5 o 2 u O o 5 3 a 5 9 o 6 Y 4 3 Sg 832 8 5 s IE BS d 5 E Ea 3 C 5 c 6 5 25 8 6 2 SIHH 2 3 o AE EM 5243 9 28188 3 5 9 de percep o sonora pr xima a escola prim ria FONTE The University of Texas at Austin 2007 ACESSO 14 07 2013 Demonstrou se os m todos poss veis de avalia o dos sons em meio urbano e formas de gerar representa es gr ficas mais interessantes e compreens veis para mos
303. tura se relaciona com a frequ ncia sonora e nos diz se o som agudo m dio ou grave Segundo Costa Segundo a frequ ncia classificamos as vozes em baixo Bar tono tenor contralto soprano etc e as notas musicais em diversas escalas COSTA 2003 p 3 Pode se considerar que sons graves tem frequ ncias abaixo de 250 Hz sons m dios entre 250 Hz e 2 000 Hz e agudos acima de 2 000 Hz O Timbre se relaciona diretamente com a composi o harm nica da onda sonora ou seja com sua forma e se relaciona com a maneira pr pria de vibrar de cada fonte Este nos permite diferenciar fontes sonoras como por exemplo saber que instrumento musical produziu certo som Duas notas iguais em instrumentos diferentes tem a mesma fundamental mas harm nicos diferentes A Intensidade l do som diz respeito a amplitude da onda sonora que caracteriza a varia o de press o do meio em que se verifica a sua propaga o Permite distinguir sons fortes de fracos A intensidade do som medida por meio da pot ncia sonora propagada por unidade de superf cie a qual toma o nome de intensidade energ tica Esta pode ser calculada pela f rmula d N VEL LOGAR TMICO SONORO Deve se esclarecer que a intensidade f sica do som n o igual ao n vel de intensidade da audi o humana Segundo Bistafa O n vel de press o sonora 284 a medida f sica para caracterizar a sensa o subjetiva da intensidade de sons sendo sempre calc
304. uisas com vis es muito diferentes entre si HOLTZ 2012 p 37 Alguns pesquisadores criticavam a vis o fenomenol gica de Schafer como por exemplo Schulte Fortkamp 2003 que considerava sua perspectiva elitista Apesar das diverg ncias as pesquisas iniciadas por Schafer possibilitaram uma melhor comprenss o da problem ticas e das formas poss veis de aplicar este conhecimento no planejamento urbano At ent o somente estudos objetivos com n veis de ru dos medidos em decib is eram realizados me mbito internacional 30 Na busca por sistematizar o conhecimento de avaliac o qualitativa Raimbaut e Dubois 2005 com base em entrevistas com planejadores urbanos e cidad os comuns propoem um modelo alternativo de mapeamento do ru do J Di Gariele e Maffei 2011 propoem um sistema de classifica nao para espa os urbanos baseados em soundwalks Caminhadas com medi es sonoras com p s processamento baseado em crit rios pscioac sticos loudness sharpness and roughness Segundo Holtz Crit rios psicoac sticos tamb m foram utilizados por Dokmeci Kang e Johnson 2011 para o estudo de soundscapes em reas p blicas internas em estudo na Universidade de Sheffield Foi constatado que a utiliza o do espa o tem grande import ncia na avalia nao subjetiva e os resultados sugeriram que os indicadores psicoac sticos tiveram uma correla o mais forte com a resposta dos usu rios do que as medi es em n vel
305. ulado com o valor eficaz da press o sonora BISFATA 2006 p 17 O n vel de press o sonora igual ao n vel de intensidade Quando se trata da sensa o auditiva da intensidade deve se utilizar uma rela o logar tmica Por isso que o N vel de Intensidade Sonora a rela o logar tmica entre a intensidade energ tica e a intensidade de refer ncia que limiar da percep o para 1 000 Hz que igual a lo 102 w m O n vel logar tmico de intensidade sonora tem o s mbolo L de de level em ingl s e dado pela f rmula Li log Bel ou Li 10 log Decibel Sendo lo 1012 w m A unidade fundamental da ac stica o Decibel que igual 0 1 Bel de s mbolo dB O decibel se tornou mais usual porque verificou se que 1 dB era a m nima variac o da pot ncia sonora detect vel pelo sistema auditivo Foi nomeada em 1924 em homenagem a Alexander Graham Bell 1847 1922 propriet rio da Bell Telephone Laboratories que desenvolveu esta nova unidade BISTAFA 2006 p 16 Para se ter par metros de an lise da unidade em quest o pode se dizer que de 0 a 45 dB se trata de um ambiente calmo at 75 dB um ambiente ruidoso mas sem perigo at 95 dB perigo de surdez em caso de exposi o prolongada at 110 dB perigo de surdez em caso de exposic o tempor ria 1 hora por dia e acima mesmo em caso de exposi o acidental o perigo de surdez apreci vel 285 Por resultar
306. um trecho urbano Tamb m se demonstra formas de quantificar as fontes sonoras e caracterizar seus ru dos dados que s o fundamentais para entrada em softwares espec ficos Esta etapa envolve tamb m a apresenta o de um m todo de avalia o qualitativa dos usu rios proposta no livro Urban Sound Enviroment do autor Jian Kang A seguir apresenta se a an lise urbana da rua tomada como estudo de caso No in cio desenvolve se um levantamento hist rico da mudan a de uso deste territ rio com o intuito de caracterizar seu papel no contexto urbano Al m disso atrav s da an lise de mapas hist ricos da SMDU verificar como este trecho foi progressivamente consolidado Em seguida passa se para uma avalia o das condi es atuais com a precisa caracteriza o do entorno que resulta em ensaios fotogr ficos e mapas informativos A proposta levantar todos os dados relevantes que caracterizam este local que s o fundamentais para a compreens o aprofundada do seu cen rio ac stico O pr ximo passo avaliar a qualidade da paisagem sonora Primeiramente s o elaborados Mapas de eventos sonoros com base na observa o do pesquisador da ac stica do local Em seguida s o realizadas as medi es objetivas com son metros in loco que resultam em mapas de an lise dos n veis de intensidade do local considerando a mudan a de cen rio entre a semana e o s bado Segue se com a avalia o qualitativa feita c
307. uma cidade e mais heterog nea em rela o aos usos mais ruidosa esta ser Outra quest o que se diferencia do passado a din mica da vida contempor nea necess rio sempre correr contra o tempo e com este intuito estamos sempre em movimento em tr nsito E quanto mais atividade mas sons produzidos Em uma cidade como Paulo o seu atual ritmo fren tico facilmente verific vel atrav s da compreens o da paisagem sonora os ru dos do tr fico rodovi rio que se intensificam nos hor rios de pico o avi es passando as ruas com rotas de nibus as constantes obras da constru o civil o fluxo de pedestres nas ruas a m sica dos bares o latido dos diversos cachorros al m das atividades eventuais Os novos sons da cidade se diferenciam em qualidade e intensidade dos antigos Os sons tradicionais como eventos de m sica podem ser os mesmos Os sons naturais como o produzido pelos ventos e p ssaros tamb m podem ser similares Por m a grande diferen a a proximidade das fontes sonoras que encontramos em uma cidade em estado de satura o Na verdade at mesmo o vento devido a proximidade dos edif cios n o gera seu som original devido a mudan a na configura o espacial Os p ssaros acontecem em menor n mero que antes devido a car ncia de reas verdes nas cidades contempor neas Tudo mudou a paisagem sonora se transforma junto com as mudan as no modo de vida da sociedade mas isso n o
308. umindo poss vel prever o impacto de uma fonte sonora qualquer em meio urbano utilizando a metodologia de c lculo anteriormente proposta evidente que com a utilizac o de um software espec fico de ac stica como por exemplo o CadnaA na empresa 01 dB poss vel construir um mapa de ru do muito fiel a realidade afinal v rias fontes sonoras podem ser caracterizadas e apenas as predominantes Por m como o uso de softwares ainda n o est muito disseminado no Brasil fundamental demonstrar como este n o a nica ferramenta para realizar uma avalia o sobre ac stica urbana Por m pode se dizer os resultados num ricos das metodologias de c lculo s o abstratos como dados iniciais para o desenvolvimento de projetos urbanos Por isso elabora se aqui mapas explicativos das etapas do comportamento do som na cidade apresentados a seguir Primeiramente o mapa que demonstra o impacto sonoro da fonte linear da rua Teodoro Sampaio no entorno Mas este s seria realista em um campo aberto e livre e n o em um meio urbano cheio de barreiras e superf cies r gidas Por esta raz o considera se o segundo mapa de dispers o sonora Considerando os edif cios altos e as amplifica es sonoras por reverbera o por exemplo no caso dos desfiladeiros urbanos tem se como resultado uma mancha irregular que demonstra por onde o som consegue se dissipar E relacionando a atenua o em campo livre com as particularidades de
309. ustic territories It follows with a presentation of noise analysis methods in urban areas First it discusses graphical ways of presenting the urban sounds from technical noise maps with equal loudness curves of intensity levels to attractive and informative graphs and diagrams enabling quick understanding of the acoustic situation of an urban stretch Also demonstrates ways to quantify the noise sources and characterize their noise data that are essential for entry into specific software This step also involves the presentation of a method for qualitative assessment of users proposed in the book Urban Sound Enviroment the author Jian Kang The following presents the analysis of urban street taken as a case study Earlier develops a historical survey of the change of use of the territory in xi order to characterize their role in the urban context Furthermore through the analysis of historical maps check how this urban stretch was gradually consolidated Then it goes to an assessment of current conditions with the precise characterization of the surroundings resulting in photographic essays and informative maps The proposal is to collect all relevant data characterizing this location which are fundamental to the deep understanding of its acoustic setting The next step is to evaluate the quality of the soundscape First they are prepared maps of sound events based on acoustic observation of the site taken by the resea
310. v rias perspectivas LABELLE 2010 p 94 A cal ada um ambiente ac stico em evolu o porque mut vel afinal quase nunca apresenta os mesmos personagens e cenas Por isso que para 114 Following these intensities and the movements between formal scripts and informal pedestrian rewriting the sidewalk provides a line to the flows and counterflows the signals and beats which lay claim onto the urban system 115 The experience of the city sidewalk as a zone of pedestrian life is partly shaped by a continual flood and movement of sonic activity We enter an acoustic space in continual evolution with so many perspectives 87 7 se verificar uma paisagem sonora aprofundamento contexto hist rico e social do local e apenas medidas r pidas de n vel de intensidade sonora necess rio um monitoramento sonoro constante Como acrescenta LaBelle com a mistura de vozes tr nsito sinais e todos os pequenos tra os sonoros de tantas a es e corpos a ac stica da cal ada joga com a intersec o desses fluxos entre endere os privados e di logo com o p blico LABELLE 2010 p 94 realmente dif cil encontrar espa os na cidade que sejam t o en rgicos quanto a cal ada Segundo o autor uma esp cie de vapor febril a ac stica da cal ada uma reverbera o conectiva quebrando a barreira da vida privada enquanto enfrenta o movimento cont nuo do espa o
311. v E e o 2 96 N kic fu 4 EIN g oSe 2A A las zd 2 LAB 77 2 ESSEN V ff A h AN 2 AVE k 5 lt gt 2 901722 7 v Es SR ol 2 f 5 D A g NS 5 155 11 x p E IUE ao 5 2 YE T o neg oes ep einyejeJd NANS 31NOJ o neg oes ep ep ep 79 k 522 M te o ANA An um an oed 2 gt gt 156 das 5 6 8 Recorte da Planta da Cidade de S o Paulo 1952 FONTE SMDU Prefeitura de S o Paulo S 182N NO e S e lt NN 12 lt lt l MZ a AN 5 157 6 3 MAPAS DE AN LISE URBANA Em seguida apresenta se dez mapas de leitura urbana da situa o atual do trecho escolhido como estudo de caso Com da foto a rea do Google Earth que delimitou o recorte proposto por esta pesquisa todos os demais mapas foram elaborados com base em levantamentos de campo ou seja n o foi consultada nenhuma outra fonte de informa o A proposta era levantar de forma precisa e atualizada como est consolidado este territ rio nos dias de hoje
312. vido porque diminuem a percep o do Homem do espa o a sua volta com uma perda inclusive de seguran a por desviar a aten o dos sinais urbanos Ambas as considera es s o v lidas afinal como diz LaBelle a m sica fornece um 119 The wired up walker enacts a sort of ghosting of the sidewalk we may never know what sonic matter is floating through the ear of the IPod user whose step occupies the vague threshold between zombism and activism 120 New sonic territories are composed in the course of this mobile listening experience As the body moves in synch with the music the listener transforms the public scene and provides a new tonality to the city street 89 profundo meio ps quico e emocional para saber como negociar a vida urbana e como compor rituais di rios LABELLE 2010 p 99 O Homem prefere manipular o som da forma que convir do que agir de uma jeito que n o incomode os demais e compartilhar o som ambiente poss vel criar cen rios fict cios com a introdu o de sons artificiais que fazem o mascaramento de ru dos urbanos Como coloca o autor as paisagens estabelecidas pelo som criam um espa o din mico para o aprofundamento do di logo que ocorre entre o corpo e as regras que permite o entendimento da intensifica o do uso do iPod e do surgimento da cultura de som de forma imag tica segundo a ocular demanda da sociedade moderna LABELLE 2010 p 88 uso de fones de ouvido co
313. vo do com rcio estar em pleno funcionamento mas evitou se ou hor rios de pico do tr nsito nos quais o ru do de tr fego chega ser t o intenso que pode mascarar qualquer outra percep o Dentre os diversos par metros de qualifica o do espa o urbano apenas um deles se refere ao ru do e foi evidentemente o classificado como mais negativo como mostram os resultados finais Ap s todos os par metros tamb m foi perguntado Quais sons da cidade voc escuta agora A proposta era identificar se os pedestres ainda percebem sons de qualidade como os naturais por exemplo o canto dos p ssaros ou a m sica advinda do com rcio especializado A seguir o question rio final aplicado em campo 230 QUESTION RIO PARA AVALIACAO DA QUALIDADE AMBIENTAL URBANA Para maiores de 16 anos e menores de 65 anos N MERO DO QUESTION RIO PONTO DA ENTREVISTA Rua Teodoro Sampaio Esquina com a Pra a Benedito Calixto Esquina com a Rua Cristiano Vianna Esquina com a Rua Capote Valente Esquina com a Av Dr Eneas Carvalho de Aguiar DIA DA ENTREVISTA Sempre em hor rio comercial Dia da Semana S bado IDADE N o perguntar Jovem 16 35 anos Adulto 35 50 anos Senhor 50 65 anos SEXO N o perguntar Feminino Masculino 1 Voc vive em um local tranq ilo SIM N O 2 Voc considera este local da cidade Marcar com um X 1 Muito Conh
314. w imagine project org gt Acesso em 25 fevereiro 2011 IMAGINE Guidelines and good practice on strategic noise mapping Deliverable 8 of the IMAGINE project IMAGINE 2007 Disponivel em http www imagine project org gt Acesso em 19 abril 2011 297 ISO 1996 ISO 1996 1 de 1 de agosto de 2003 Ac stica Descri o medi o e avalia o do ru do ambiental Parte 1 Grandezas fundamentais e procedimentos de avalia o 1998 ISO 362 1998 Acoustics Measurement af noise emitted accelerating road vehicles Engineering method 2000 ISO TC59 SC3 Building construction sustainable buildings sustainability indicators Annex 1 to N 450 2008 ISO 1996 1 2003 Acoustics Description and measurement of environmental noise Part l Basic quantities and procedures KALISKI K Challenges and opportunities for noise mapping in United States Acoustics Paris s n 2008 KANG J Towards Science and Practice of Soundscape COST ActionTD 0804 Sondscape of European Cities and Landscapes Forum Acusticum 2011 Aalborg Dinamarca s n 2011 KANG Jian Urban Sound Environment Taylor amp Francis USA Canad 2007 LABELLE Brandon Acoustic Territories Sound culture and everyday life Berlin 2010 LACERDA Adriana Ambiente urbano e percepc o da poluic o sonora Univ Tuiuti do Paran Ambiente amp Sociedade Vol VIII n 2 jul dez 2005 LICITRA G Assessment of the soundscape
315. w to belong to find place as well as how not to belong to drift To be out of place and still to search for new connection for proximity Auditory knowledge is non dualistic It is based on empathy and divergence allowing for careful understanding and deep involvement in the present while connecting to the dynamics of mediation displacement and virtuality 79 Para LaBelle a audi o o sentido que estabelece a rela o do Homem com o espa o e com os outros seres vivos Avalia se tanto dentro da f sica e comportamento fenomenol gico de som bem como a forma o do quadro conceitual e psicodin mico para o reconhecimento de como a audi o j um ato associativo LABELLE 2010 xix defende o autor Vive se atualmente em uma sociedade que prioriza o sentido da vis o Por m muitas vezes o som o que dirige nosso foco visual ouvimos algo e isso nos diz para onde olhar este passa suave em torno de n s como um fluxo de energia ao qual n s conscientemente respondemos LABELLE 2010 xix Ou seja pode se valorizar as informa es visuais mas a audi o que define para onde o Homem deve olhar poss vel fechar os olhos por m os ouvidos est o em alerta mesmo durante sono A vis o produz um est mulo mais direto que sensibiliza o Homem de forma mais clara e objetiva portanto de forma mais racional J a audi o consegue acessar nosso inconsciente e produzir sensa es que as vezes n
316. ximos ou 9 LABELLE 2010 p 145 H certo preconceito com estas barreiras por falta de conhecimento sobre suas possibilidades est ticas que n o precisam acontecer com pared es de concreto em meio urbano Enfim existem outras diversas formas de combate a polui o sonora mas o intuito do autor foi apenas dizer que h meios de fazer este controle 7 The car becomes a generative space that affords the listening body a private relation to music as an enclosed space while also granting volume and vibration to the intensity of the drive 148 In addition developments in asphalt rubber or silent asphalt complement the refinement of the automobile seal by minimizing environmental noise created by car itself 149 This can be further seen the elaborate construction of sound walls that act as appendages to freeways These barriers deflect the trajectories of traffic noise in order to shield nearby neighbors or offices 100 3 3 2 AUTOM VEL COMO S MBOLO Antigamente os vizinhos se reuniam e as crian as brincavam na rua Mas realidade de uma metr pole contempor nea muito diferente Grande parte da an lise feita por LaBelle sobre a paisagem ac stica da rua discute o papel e simbologia do autom vel Este a principal fonte de ru dos urbanos e atrav s de sua l gica que as rela es nesta atualmente acontecem Com acredita o autor o autom vel realiza uma grande p

Helena Rodi Neumann

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