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Cartilha MJ.indd - Ministério Público do Estado do Ceará
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1. GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL ART 231 C digo Penal 1940 Tr fico de mulheres Te E fer foto ET FTA ER n 11 106 de 2005 Tr fico internacional de pessoas Reda o dada pela Lei n 12 015 de 2009 Tr fico internacional de pessoa para fim de explora o sexual Ill se o agente ascendente padrasto madrasta irm o enteado c njuge companheiro tutor ou curador preceptor ou empregador da vitima ou se assumiu por lei ou outra forma obriga o de cuidado prote o ou vigil ncia ou IV h emprego de viol ncia grave amea a ou fraude 3 Seo crime cometido com o fim de obter vantagem econ mica aplica se tamb m multa ART 231 A Tr fico interno de pessoas Tr fico interno de pessoa para fim de explora o sexual Promover intermediar ou facilitar no territ rio nacional o recrutamento o transporte a transfer ncia O alojamento ou o acolhimento da pessoa que venha exercer a prostitui o Pena reclus o de 3 tr s a 8 oito anos e multa Par grafo nico Aplica se ao crime de que trata este artigo o disposto nos 1 e 2 do art 231 deste Decreto Lei Promover ou facilitar o deslocamento de algu m dentro do territ rio nacional para o exerc cio da prostitui o ou outra forma de explora o sexual Pena reclus o de 2 dois a 6 seis ano
2. O tr fico de pessoas um dos maiores problemas na sociedade de hoje e representa um tema de grande import ncia para o Brasil por sua incid ncia dentro do pa s e entre os nacionais vivendo no exterior Constitui a terceira modalidade criminosa mais lucrativa no mundo ultrapassada apenas pelo tr fico de armas e de drogas As estimativas de junho de 2012 da Organiza o Internacional do Trabalho OIT apontam uma cifra de 20 9 milh es de v timas de trabalho for ado e explora o sexual ao n vel mundial entre eles 5 5 milh es de crian as o que indica a relev ncia do tema do tr fico de pessoas no mundo de hoje O tr fico de pessoas uma viola o grave aos direitos de um ser humano e envolve em muitos casos a priva o de liberdade a explora o a viol ncia e a reten o de documentos de identidade O tr fico significa de acordo com o Protocolo Adicional Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organi zado Transnacional Relativo Preven o Repress o e Puni o do Tr fico de Pessoas em Especial Mulheres e Crian as tamb m Protocolo de Palermo 42 Parte desse cap tulo tem como refer ncia ICPMD Manual de Apoio ao Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil Departamento da Pol cia Federal 2010 3 International Labour Organisation ILO 2012 Global estimates of forced labour June 2012 covering the period 2002 2011 CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas O recrutam
3. V tima do tr fico identificada uma pessoa que tenha sido identificada como uma v tima do tr fico de acordo com um mecanismo formal ou informal de identifica o referida tamb m como Pessoa traficada identificada Direito de emigrar x soberania do Estado Outro conceito relevante a diferen a entre os direitos de Estados soberanos de proteger as suas fronteiras de conceder a nacionali dade admitir e deportar estrangeiros e a salvaguardar a seguran a nacional e o interesse p blico N o obstante estes direitos todas as pessoas t m o direito de sair livremente de um pa s mas paradoxal mente isso n o implica o direito de entrar num outro do Tr fico na Europa TRM EU OstWest Media Viena 2010 15 Programa Crian as Separadas na Europa SCEP op cit GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE Migrantes de retorno x afastados Em termos latos o conceito de retorno refere se ao ato ou ao processo de regressar ao pa s ou regi o de origem Isto pode ocorrer dentro das fronteiras territoriais de um pa s como no caso das pessoas internamente deslocadas IDPs que regres sam ou dos migrantes internacionais que regressam do pa s de destino ou de tr nsito para o pa s de origem Existem subcate gorias de retorno que podem descrever a forma como o retorno implementado por exemplo retorno volunt rio for ado as sistido e espont neo O retorno volunt rio consiste em um acordo entre o
4. A Pol tica e o Plano Estadual de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas do Par consistem em uma s rie de medidas para a erradica o do tr fico de pessoas no Par como a atua o efetiva na preven o no atendimento s v timas na repress o e na responsabiliza o dos envolvidos neste tipo de crime Espera se que cada vez mais Estados desenvolvam mecanismos de gest o em n vel estadual ou municipal para que possam dar conta dos desafios impostos pelo enfrentamento ao tr fico de pessoas nas suas diversas modalidades 104 Consultar em http www jusbrasil com br legislacao 1028919 decreto 13210 11 bahia ba 198 http www sejudh pa gov br p 11634more 1163 CAP TULO 4 Estrutura para O Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Este cap tulo re ne as informa es sobre o enfrentamento ao tr fico de pesso as no Brasil Proporciona uma vis o dos recursos dispon veis para identificar proteger e encaminhar potenciais v timas e v timas com o objetivo de melho rar o servi o prestado a este p blico especial em situa o de vulnerabilidade E D 4 1 V TIMAS DIRETAS E INDIRETAS NECESSIDADE DE PROTE O E ASSIST NCIA INTEGRAL Percebe se a necessidade de caracterizar diversos n veis de v timas de tr fico de pessoas para assim prestar lhes assist ncia conforme o grau de viol ncia sofrida
5. acompanhar o cumprimento das a es constantes do Plano Na cional para a Erradica o do Trabalho Escravo propondo as adapta es que se fizerem necess rias Il acompanhar a tramita o de projetos de lei relacionados com o combate e erradica o do trabalho escravo no Congresso Nacional bem como propor atos normativos que se fizerem necess rios im plementa o do Plano de que trata o inciso IIl acompanhar e avaliar os projetos de coopera o t cnica firma dos entre o Governo brasileiro e os organismos internacionais IV propor a elabora o de estudos e pesquisas e incentivar a realiza o de campanhas relacionadas erradica o do trabalho escravo e V elaborar e aprovar seu regimento interno A CONATRAE um rg o colegiado vinculado Secretaria Especial dos Direi tos Humanos da Presid ncia da Rep blica 126 Decreto de cria o da CONATRAE dispon vel em https www planalto gov br ccivil 03 DNN 2003 Dnn9943 htm 127 Composi o da CONATRAE pelo Secret rio Especial dos Direitos Humanos que a presidir e II pelos seguintes ministros de Estado a da Agricultura Pecu ria e Abastecimento b da Defesa c do Desenvolvimento Agr rio d do Meio Ambiente e da Previd ncia Social e f do Trabalho e Emprego III por dois representantes do Minist rio da Justi a sendo um do Departamento de Pol cia Federal e outro do Departamento de Pol cia Rodovi ria Federal e IV po
6. Instituto Ethos S o Paulo atendimentoa ethos org br 11 3897 2400 http www ethos org br Bibliografia ASBRAD Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas A experi ncia da Asbrad no Atendimento s v timas e na capacita o das redes de aten o Um manual Prefeitura Municipal de Guarulhos 2011 BUSCAR N Odalys Am rica Latina a migra o com rosto de mulher Ar tigo do Di rio Vermelho do Brasil 11 de fevereiro de 2005 Dispon vel em http Avww galizacig com actualidade 200502 vermelho america latina migracao com rostro mulher htm CECRIA Pesquisa sobre o Tr fico de Mulheres Meninas e Adolescentes para fins de explora o sexual no Brasil coordenada pelo CECRIA Centro de Refer n cia Estudos e A es sobre Crian as e Adolescentes 2002 DUARTE Madalena LEAL Maria Lucia TERESI Veronica Maria Coords Pesquisa Mulheres brasileiras na conex o Ib rica um estudo comparado entre migra o e tr fico In Prelo 2012 Desenvolvida pelo Grupo Viole SER UnB com financiamento do CNPQ em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra Portugal e Universidad Complutense de Ma drid GOMES Ana Virginia Moreira A prote o internacional contra a discrimina o da mulher no trabalho e o Direito do Trabalho brasileiro GENESIS Revista de Direito do Trabalho Curitiba v 143 2004 pg 647 663 HAZEU Marcel Migra o Internacional
7. L sbicas s o mulheres que sentem desejos sexuais por outras mu lheres e t m romances e rela es sexuais entre si Desde 1993 que a Organiza o Mundial da Sa de OMS retirou o lesbianismo bem como a homossexualidade como um todo de sua lista de doen as reconhecendo n o se tratar de nenhuma disfun o Gays s o homens que sentem desejos sexuais por outros homens t m tamb m romances e rela es entre si Homofobia um termo utilizado para significar medo preconceito discrimina o ou dio aos homossexuais Homossexualidade tamb m homossexualismo refere se ao atributo caracter stica ou qualidade de um ser sentir atra o por outro ser do mesmo sexo A homossexualidade pode ser de finida como manter rela es sexuais e afetivas entre pessoas do mesmo g nero Transg nero tamb m transexual um termo mais recente que se refere a pessoas cuja identidade de g nero n o est em con formidade com o sexo designado no nascimento nem com pa p is tradicionais de sexo As trans podem tomar a decis o de adaptar o seu sexo anat mico pr pria identidade de g nero atrav s de terapia hormonal ou cir rgica cirurgia de redesig 3 Lenin Campos Soares Homoerotismo e homossexualismo a historicidade de um conceito 2007 Dispon vel em http www artciencia com Admin Ficheiros LENINSOA379 pdf e a Wo No O e Rs GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSO
8. 4 246 de 22 de maio de 2002 8 Conven o dispon vel em http www cedin com br site pdf legislacao tratados convencao sobre asilo diplomatico pdf Conven o do Estatuto do Ap trida de Setembro de 1954 1 Dispon vel em http www2 mre gov br dai conapatri htm CAP TULO 1 Migra o e Migrantes Um dos grupos mais afetados pela situa o de ser ap tridas s o os pales tinos raz o pela qual em v rios pa ses de destino recebem a permiss o de resid ncia e ou at a nacionalidade Sendo a nacionalidade o direito de ter di reitos a situa o dos ap tridas de grave preocupa o para a comunidade internacional e as Na es Unidas ratificaram uma Conven o em 1961 para Reduzir os Casos de Apatridia Contrabando de migrantes x tr fico de pessoas No Cap tulo 2 ser feita uma an lise mais abrangente sobre as di feren as entre o contrabando de migrantes e o tr fico de pessoas Vale dizer aqui que a principal diferen a que no contrabando os migrantes contratam os servi os de um intermedi rio para facilitar o processo de cruzamento ilegal de fronteiras enquanto o tr fico de pessoas tem a finalidade de explora o do migrante Mais em ACNUR 2010 Preven o e Redu o da Apatridia Conven o da ONU de 1961 para Reduzir os Casos de Apatridia Ginebra ACNUR GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE O recrutamento o transporte a transfer ncia o alojamento
9. 4 6 3 Coordenadoria Nacional do Grupo Especial de Fiscaliza o M vel da Secretaria de Inspe o do Trabalho Minist rio do Trabalho e Emprego de responsabilidade direta do Minist rio do Trabalho e Emprego o combate ao trabalho escravo quando este consequ ncia do aliciamento de pessoas pois essa forma de recrutamento crime previsto na legisla o penal As a es envolvem a apura o de den ncias de trabalho escravo A prote o s 28 Portaria Disponivel em http portal mte gov br data files 8A7C816A2E7311D1012FFA7DD87E4E75 p 20110512 2 pdf 12 A Organiza o Internacional do Trabalho o Instituto Ethos e a ONG Rep rter Brasil desenvolveram um sistema de bus ca facilitado com base no Cadastro de Empregadores da Portaria 540 de 15 10 2004 a chamada Lista Suja divulgada pelo governo federal Dessa forma as empresas signat rias do Pacto Nacional para a Erradica o do Trabalho Escravo podem consultar se determinada propriedade est na rela o A ferramenta de grande import ncia para que o setor empresarial cheque com rapidez quais fazendas devem ser suspensas das listas de fornecedores Disponivel em http www reporterbrasil com br listasuja index php lingua pt CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas v timas ocorre por meio do resgate de trabalhadores e trabalhadoras tanto nos ambientes rurais como nos urbanos O Grupo Especial de Fiscaliza o M vel est atrelado Sec
10. praticado em pessoa viva e resulta morte Pena reclus o de oito a vinte anos e multa de duzentos a trezentos e sessenta dias multa Comprar ou vender tecidos rg os ou partes do corpo humano Pena reclus o de tr s a oito anos e multa de duzentos a trezentos e sessenta dias multa Par grafo nico Incorre na mesma pena quem promove intermedeia facilita ou aufere qualquer vantagem com a transa o Realizar transplante ou enxerto utilizando tecidos rg os ou partes do corpo humano de que se tem ci ncia terem sido obtidos em desacordo com os dispositivos desta Lei reng rec ode de um a seis anos e multa de cento e cinquenta a trezentos ias multa ART 16 ART 15 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Recolher transportar guardar ou distribuir partes do corpo humano de que se tem ci ncia terem sido obtidas em desacordo com os dispositivos desta Lei Pena reclus o de seis meses a dois anos e multa de cem a duzentos e cinquenta dias multa Realizar transplante ou enxerto em desacordo com o disposto no art 10 desta Lei e seu par grafo nico Pena deten o de seis meses a dois anos Deixar de recompor cad ver devolvendo lhe aspecto condigno para sepultamento ou deixar de entregar ou retardar sua entrega aos familiares ou interessados Pena deten o de seis meses a dois anos Publicar an ncio ou apelo p blic
11. o e Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e coordenar suas atividades Promover o di logo e a articula o entre as entidades do Comit Interinstitucional de Preven o e Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e outras organiza es do Poder P blico e da sociedade civil organizada visando aperfei oar o programa Encaminhar requerimento de v tima atendida para inser o no Programa de Prote o a Testemunhas do Estado de S o Paulo Provita SP e ou no Programa de Prote o a Crian as e Adolescentes Amea ados de Morte PPCAAM SP Compor novas parcerias relevantes com o fim de melhorar o atendimento conferindo s v timas de tr fico de pessoas no Estado de S o Paulo O Plano Estadual de S o Paulo n o define princ pios prioridades ou diretrizes espec ficas do Estado de S o Paulo para o enfrentamento ao tr fico de pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Estado da Bahia Decreto n 13 210 de 22 de agosto de 2011 da Bahia que institui no mbito do Poder Executivo a Pol tica Esta dual de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas A Pol tica Estadual de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas da Bahia tem por finalidade estabelecer princ pios diretrizes e a es de pre ven o e repress o ao tr fico de pessoas e de aten o s v timas Estado do Par Decreto Estadual no 423 que institui a Pol tica e o Plano Estadual de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas
12. reclus o de 3 tr s a 8 oito anos e multa 1 Se ocorre qualquer das hip teses do 1 do art 227 Pena reclus o de 4 quatro a 10 dez anos e multa 2 Se h emprego de viol ncia grave amea a ou fraude a pena de reclus o de 5 cinco a 12 doze anos e multa al m da pena correspondente viol ncia 92 Art 227 Induzir algu m a satisfazer a lasc via de outrem Pena reclus o de um a tr s anos 10 Se a v tima maior de 14 catorze e menor de 18 dezoito anos ou se o agente seu ascendente descendente c n juge ou companheiro irm o tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educa o de tratamento ou de guarda Reda o dada pela Lei n 11 106 de 2005 Pena reclus o de dois a cinco anos o Promover ou facilitar a entrada no territ rio nacional de algu m que nele venha a exercer a prostitui o ou outra forma de explora o sexual ou a sa da de algu m que v exerc la no estrangeiro Pena reclus o de 3 tr s a 8 oito anos 1 Incorre na mesma pena aquele que agenciar aliciar ou comprar a pessoa traficada assim como tendo conhecimento dessa condi o transport la transferi la ou aloj la 52 A pena aumentada da metade se l a v tima menor de 18 dezoito anos Il a v tima por enfermidade ou defici ncia mental n o tem o necess rio discernimento para a pr tica do ato
13. Para que se configure o crime do tr fico de pessoas fundamental que haja uma combina o de pelo menos um de cada dos tr s elementos constitu tivos e n o dos diferentes elementos mesmo que em alguns casos esses diferentes elementos constituam delitos penais em si mesmos Por exemplo o ato do rapto ou a agress o podem constituir delitos penais auton mos em virtude da legisla o penal interna de cada pa s O gr fico abaixo esbo a os elementos constitutivos do crime de tr fico de pessoas mostrando a necessidade das autoridades policiais de compro var pelo menos um elemento de cada coluna CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas Matriz dos elementos do crime de Tr fico de Pessoas e Recrutamento Alojamento Transporte 6 Acolhimento O Transfer ncia Amea a Abuso de autoridade Uso da for a Abuso de uma situa o de ili e O E vulnerabilidade de coa o Entrega ou aceita o de pagamentos ou benef cios Rapto para obter o consentimento e Fraude de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra O Engano e Explora o da Escravid o ou situa es prostitui o de outrem an logas escravid o Outras formas da O Servid o explora o sexual E E REE Extra o de rg os Explora o do trabalho FINALIDADE Servi os for ados TR FICO DE PESSOAS GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL O
14. da do territ rio nacional do clandestino ou do impedido artigo 27 Pena multa de 30 trinta vezes o Maior Valor de Refer ncia por estrangeiro transportar para o Brasil estrangeiro que esteja sem a documenta o em ordem Pena multa de dez vezes o Maior Valor de Refer ncia por estrangeiro al m da responsabilidade pelas despesas com a retirada deste do territ rio nacional empregar ou manter a seu servi o estrangeiro em situa o irregular ou impedido de exercer atividade remunerada Pena multa de trinta vezes o Maior Valor de Refer ncia por estrangeiro infringir o disposto nos artigos 21 2 24 98 104 1 ou 2 e 105 Pena deporta o infringir o disposto no artigo 25 Pena multa de cinco vezes o Maior Valor de Refer ncia para o resgatador e deporta o para o estrangeiro infringir o disposto nos artigos 18 37 2 ou 99 a 101 Pena cancelamento do registro e deporta o infringir o disposto no artigo 106 ou 107 Pena deten o de 1 um a 3 tr s anos e expuls o introduzir estrangeiro clandestinamente ou ocultar clandestino ou irregular Pena deten o de um a tr s anos e se o infrator for estrangeiro expuls o fazer declara o falsa em processo de transforma o de visto de registro de altera o de assentamentos de naturaliza o ou para a obten o de passaporte para estrangeiro laissez passer ou quando exigido vist
15. o da sociedade civil em inst ncias de controle social das pol ticas p blicas na rea de enfrentamento ao tr fico de pessoas incentivo participa o dos rg os de classe e conselhos profissionais na discuss o sobre tr fico de pessoas e garantia de acesso amplo e adequado a informa es em diferentes m dias e estabelecimento de canais de di logo entre o Estado sociedade e meios de comunica o referentes ao enfrentamento ao tr fico de pessoas E ainda descreve as Diretrizes Espec ficas no mbito da preven o da re press o ao tr fico de pessoas e de responsabiliza o de seus autores e aten o s v timas de tr fico de pessoas CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil NO MBITO DA PREVEN O implementa o de medidas preventivas nas pol ticas p blicas de maneira integrada e intersetorial nas reas de sa de educa o trabalho seguran a justi a turismo assist ncia social desenvolvimento rural esportes comunica o cultura direitos humanos dentre outras apoio e realiza o de campanhas socioeducativas e de conscientiza o nos mbitos internacional nacional regional e local considerando as diferentes realidades e linguagens monitoramento e avalia o de campanhas com a participa o da sociedade civil apoio mobiliza o social e fortalecimento da sociedade civil e fortalecimento dos projetos j existentes e fomento cria o de novos
16. o ou qual quer sistema de armazenamento e recupe ra o de informa o sem autoriza o dos propriet rios do copyright ICMPD Gonzagagasse 1 A 1010 Viena ustria Www icmpd org Esta publica o foi produzida com a ajuda da Uni o Europeia Seu conte do de ex clusiva responsabilidade dos respectivos autores e n o reflete de forma alguma as opini es da Uni o Europeia ou do ICMPD International Centre for Migration Policy Development sobre o tema bem como as conclus es nela contidas n o s o vinculati vas para nenhuma das partes Revis o Jos Eg dio Diagrama o Alan Alves Tiragem 1 000 exemplares GOVERNO FEDERAL Secretaria Nacional Minist rio da A de Justi a Justi a PA S RICO PA S SEM POBREZA Expediente MINISTRO DE ESTADO DA JUSTI A Jos Eduardo Cardozo SECRET RIA EXECUTIVA DO MINIST RIO DA JUSTI A M rcia Pelegrini SECRET RIO NACIONAL DE JUSTI A Paulo Abr o Pires J nior DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE JUSTI A CLASSIFICA O T TULOS E QUALIFICA O Fernanda Alves dos Anjos DIRETOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE JUSTI A CLASSIFICA O T TULOS E QUALIFICA O Davi Ulisses Brasil Sim es Pires COORDENADORA DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS Mariana Siqueira de Carvalho Oliveira EQUIPE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS Ana Luiza Moraes Patr o Angela Regina Cavalheiro Ansilieiro Eliene Xavier Moreira Lucicleia Souza e Silva Maria Ang lica
17. seu consentimento GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Tr fico de Tr fico de Contrabando de pessoas adultos pessoas crian as Migrantes Participa o de um grupo N o necess rio N o necess rio N o necess rio organizado 2 4 TR FICO E EXPLORA O DE TRABALHADORES MIGRANTES Existem ainda diferen as fundamentais entre a situa o de tr fico e explora o de trabalhadores migrantes Para que se configure o tr fico de pessoas essencial preencher ao menos uma das a es dispostas no artigo 3 do Pro tocolo de Palermo entre elas o recrutamento o transporte a transfer ncia o alojamento ou o acolhimento de pessoas assim como algum dos meios ame CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas a a ou uso da for a ou as outras formas de coa o ao rapto fraude ao en gano ao abuso de autoridade ou situa o de vulnerabilidade ou entrega ou aceita o de pagamentos ou benef cios para o fim da explora o da pessoa Por outro lado para que se configure explora o do trabalhador migrante pode haver qualquer tipo de a o que atente contra os princ pios do trabalho decente ou seja aquele adequadamente remunerado exercido em condi es de liberdade equidade e seguran a capaz de garantir uma vida digna O Trabalho Decente o ponto de converg ncia dos quatro objetivos estrat gicos da Organiza o
18. 29 03 2003 Preven o Repress o e Puni o do Tr fico de Pessoas em especial Mulheres e Crian as Protocolo Facultativo Conven o das Na es Unidas contra o Crime Decreto Organizado 12 12 2000 Legislativo Decreto n 5016 Transnacional n 231 12 03 2004 relativo ao 29 05 2003 Combate ao Tr fico de Migrantes por via Terrestre Mar tima e A rea Protocolo Opcional da Conven o Decreto sobre Elimina o Legislativo n Decreto n 4 316 13 03 2001 30 07 2002 de Todas as Formas s 107 no 31 07 2002 de Discrimina o 06 07 2002 contra a Mulher CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil CONVEN ES DA ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO OIT REFERENTE TEM TICA DO TR FICO DE PESSOAS Conven o sobre o Trabalho For ado n 29 ratificada pelo Brasilem 1957 Conven o sobre a Aboli o do Trabalho For ado n 105 ratificada pelo Brasilem 1965 Conven o sobre a Proibi o das Piores Formas de Trabalho Infantile a A o Imediata para a sua Elimina o n 182 ratificada pelo Brasilem 2000 1957 1958 Conven o sobre a Elimina o de Todas as Formas de Discrimina o em Mat ria de Emprego e Ocupa o n 111 de 1958 ratificada pelo Brasilem 1965 Conven o sobre os Trabalhadores Migrantes revisada n 97 ratificada pelo Brasilem 1965 1975 Conven o sobre os Trabalhadores Migrantes disposi es complementares n 143 n o ratificada pelo Brasil Co
19. 6 3 Coordenadoria Nacional do Grupo Especial de Fiscaliza o M vel da Secretaria de Inspe o do Trabalho Minist rio do Trabalho e Emprego 150 4 1 Conselho Nacional de Imigra o 133 4 8 Defensoria P blica da Uni o 136 49 Departamento da Pol cia Federal Diretoria de Investiga o e Combate ao Crime Organizado DICOR Coordena o Geral de Defesa Institucional CGDI Divis o de Direitos Humanos DDH 138 4 10 Outros atores importantes no processo de den ncia preven o atendimento s v timas e advocacy no mbito do tr fico de pessoas 140 Bibliografia Selecionada 143 Angkol T A Anexo Il 147 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Apresenta o com grande satisfa o que o De partamento de Justi a Qualifica o e T tulos da Secretaria Nacional de Jus ti a do Minist rio da Justi a DEJUS SNJ MJ e o International Centre for Migration Policy Development ICM PD apresentam esse Guia de Refer n cia Para a Rede de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil A s lida parceria j constru da en tre o DEJUS SNJ MJ e o ICMPD vem se traduzindo em uma s rie de pro gramas projetos e a es pontuais orientados no enfrentamento ao tr fico de pessoas e a prote o de migrantes em situa o de viola o de direitos humanos Essa atua o conjunta encontra respaldo em v rios documentos orientadores ela borados pela Comiss o Euro
20. Criminalidade Organizada Transnacional 2000 aprovado no Brasil pela Resolu o da Assembleia Geral 55 25 Anexo IIl e Protocolo contra o Tr fico Il cito de Migrantes por Vias Terrestre Mar tima e A rea que Suplementa a Conven o das Na es Uni das contra a Criminalidade Organizada Transnacional aprovado no Brasil pela Resolu o da Assembl ia Geral 55 25 Anexo IIl 2 50 A Conven o entrou em vigor em 29 de setembro de 2003 Foi promulgada pelo Brasil em 12 de mar o de 2004 com o Decreto n 5 015 51 O Protocolo entrou em vigor em 29 de setembro de 2003 Foi promulgado pelo Brasil em 12 de mar o de 2004 com o Decreto n 5 017 52 O Protocolo entrou em vigor em 29 de setembro de 2003 Foi promulgado pelo Brasil em 12 de mar o de 2004 com o Decreto n 5 016 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL A partir dessas normativas internacionais verificar se qual o conceito legal para o tr fico de pessoas e suas diferen as com outras modalidades criminosas relativas mobilidade pessoal 2 2 O PROTOCOLO DE PALERMO E O CONCEITO DO TR FICO DE PESSOAS 2 2 1 Elementos fundamentais constitutivos para a defini o do cri me de tr fico de pessoas O artigo 3 do Protocolo contra o tr fico de pessoas como vimos estabelece que o tr fico de pessoas conta com tr s elementos constitutivos 1 Os atos 2 Os meios 3 A finalidade de explora o
21. DPU a homologa o de senten as estrangeiras e ou a resolu o de outras pend ncias jur dicas no Brasil A Cartilha elenca alguns exemplos de situa es mais frequentes vivenciadas por brasileiras e brasileiros no exterior como por exemplo 1 Homologa o de Senten a Estrangeira de Div rcio 2 Homologa o de Senten as Estrangeiras sobre outros temas 3 Altera o de Nome ou Retifica o Averba o de Dados Pessoais em Registro Civil no Brasil 4 Guarda de crian as ou adolescentes Poder Familiar e Autoriza o Judicial para concess o de passaportes e para viagem de crian as ou adolescentes ao exterior 5 Cobran a de Alimentos e 6 Benef cios Previdenci rios 35 Para obter mais informa es referentes a assist ncia jur dica internacional consultar o site http www dpu gov br internacional index php pt assistencia juridica internacional questoes no exterior ou http portal mj gov br data Pages MJID6DEC8BITEMID6F07888A79B54B8ABADF9D4ASB900DBFPTBRIE htm 36 Cartilha dispon vel em http www dpu gov br images stories documentos PDF Cartilha DPU MRE digital pdf GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL A Defensoria P blica da Uni o possui sua p gina eletr nica na internet hos pedada no endere o www dpu gov br 4 9 DEPARTAMENTO DA POL CIA FEDERAL DIRETORIA DE INVESTIGA O E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO DICOR COORDENA O GE
22. Justi a Direitos Humanos e Cidadania Secretaria de Pol ticas para Mulheres e Promo o da Igualdade Racial Secretaria de Estado de Defesa Social Secretaria de Estado de Justi a e Direitos Humanos Secretaria de Estado da Justi a Cidadania e Direitos Humanos Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco SDS Secretaria de Estado de Assist ncia Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro Secretaria de Seguran a P blica do Rio Grande do Sul Secretaria da Justi a e da Defesa da Cidadania FONE 68 3224 1183 7865 Fax 68 3223 5789 68 3224 1183 7865 Fax 68 3223 5789 82 3315 1792 96 8802 3042 92 3215 2736 4769 71 3266 0131 3115 8460 8474 8462 8300 85 3454 2199 Fax 85 3454 2199 61 2104 1916 1914 62 3201 7417 7489 31 3915 5424 91 4009 2719 Fax 91 4009 2732 2719 41 3221 7249 3219 7340 3338 1832 81 3183 5067 5060 21 2334 5547 5540 9588 51 3288 1936 11 3241 4291 E MAIL gabinete segurancaBac gov br gabinete segurancaBac gov br nmlessaQyahoo com br thaisacocQhotmail com gabsejuspamapaQhotmail com katiusciapinheiroWhotmail com netp amazonasQsejus am gov br michellecustodioOsejus am gov br cristianochixaroQsejus am gov netpQsjcdh ba gov br luzia almeidaQsjcdh ba gov br netp ceQhotmail com net ceQsejus ce gov br marta santosQsejus df gov br getp sejusdf gmail com netpgoQ gmail c
23. Los migrantes indocumentados y los derechos humanos em Contribuciones a la Econom a noviembre de 2007 Texto completo em http www eumed net ce 2007c easf htm GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ao movimento de pessoas que deixam os seus pa ses de origem ou de resid ncia habitual para se fixarem permanentemente ou temporariamente noutro pa s Consequentemente esse tipo de migra o implica a transposi o de fronteiras internacionais Migra o econ mica ou volunt ria x migra o for ada refugia dos ver abaixo A migra o volunt ria um fen meno que se refere ao deslocamento por motivos econ micos afetivos ou de cunho sociocultural de um lugar para outro Quando uma pessoa perseguida e corre riscos concretos se ficar no pa s de origem ou de resid ncia v se obrigada a mudar e este fen meno conhecido como migra o for ada Esta pessoa se ficar no mesmo pa s chamada de pessoa deslocada internamente IDP sigla em Ingl s para internally displaced person Ainda no contexto hist rico a mi gra o for ada refere se ao deslocamento de pessoas escravizadas Refugiados x solicitantes de asilo Um refugiado um migrante com condi es peculiares amparado pela Conven o das Na es Unidas relativa ao Estatuto dos Refugia dos tamb m conhecida como a Conven o de Genebra de 1951 e pelo Protocolo sobre o Estatuto dos Refugiados de 1967 A Conven o imp e a pr
24. Santos Sousa Priscilla Hoffmann Mercadante Tatiana Tutida Ribeiro Correa V vian Sleiman de Oliveira GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL m rio Apresenta o 10 Cap tulo 1 Migra o e Migrantes 15 1 1 A hist ria das migra es 16 EEE DO E 13 Fatos E AN E POENE NN A E 4 im Ra E mo i dra i s migra o balho enem a 1 5 1 Emigra o e trabalho Ea 1 5 2 Imigra o e trabalho Er 1 6 Migra o interna no Brasil 34 1 7 Fluxos mistos de migrantes refugiados requerentes de asilo v timas de tr fico e migrantes 37 1 7 1 Feminiza o da migra o 37 1 7 2 Migrantes LGBT 38 Cap tulo 2 Tr fico de Pessoas 41 2 1 Conven o contra o Crime Organizado O Protocolo de Palermo e o conceito do tr fico de pessoas 46 221 Elementos fundamentais constitutivos para a defini o do crime de tr fico de pessoas 46 2 2 2 Indicadores 48 2 3 Diferen as conceituais sobre o tr fico de pessoas e contrabando de migrantes 52 2 4 Tr fico e explora o de trabalhadores migrantes 56 2 5 Modalidades de tr fico de pessoas 58 2 6 Tr fico e Prostitui o 62 2 7 Brasil como pais de origem tr nsito e destino de v timas de tr fico de pessoas Tr fico interno e internacional de pessoas 64 2 8 Caracteriza o geral e aspectos espec ficos sobre perfis de vitimas e traficantes Formas de aliciamento e recrutamento 67 2 9 Exemplos de ma
25. Suriname Guiana Francesa Guiana e Venezuela No caso do tr fico de crian as e adolescentes h ind cios de casos registra dos no Disque 100 n o se podendo por m identificar se se referem ao tr fico interno ou internacional pelos dados divulgados Por um lado especialistas relatam ind cios de exist ncia do tr fico interna cional de crian as e adolescentes nas fronteiras secas brasileiras principal mente nos limites dos Estados do Mato Grosso do Sul e Par Por outro lado informa es de organiza es internacionais e de atores que trabalham com v timas de explora o sexual como crian as e adolescentes apontam um n mero significativo de crian as e adolescentes v timas de tr fico interno para fins de explora o sexual Existem indica es da prostitui o for ada de transg neros no pa s bem como entre homens e transg neros brasileiros na Espanha e na It lia O tr fico sexual de mulheres e meninas brasileiras pode encontrar se em todas as partes do Brasil Ainda no Brasil verificamos a exist ncia de v timas masculinas conforme o relat rio americano Relat rio Anual sobre o Tr fico de Pessoas 2011 As mulheres meninas e adolescentes costumam ser con sideradas as v timas preferenciais do mercado sexual internacional para o caso das primeiras e interno para as meninas e adolescentes No Brasil o 73 Dados referentes a den ncias de janeiro a mar o de 2011 conforme relat rio dispon v
26. TIMAS DE TR FICO DE PESSOAS TR FICO INTERNO E INTERNACIONAL DE PESSOAS O Brasil caracteriza se por ser um pa s principalmente de origem de v timas de tr fico de pessoas Em grau menor tamb m um pa s de tr nsito e destino para pes soas traficadas Carateriza se ainda pela exist ncia de tr fico interno e internacio nal de pessoas principalmente para a explora o sexual e para trabalho for ado 70 A discuss o sobre o entendimento de ser a prostitui o uma forma de trabalho defendida por algumas feministas e pela corrente te rica das regulamentaristas Estas entendem que o exerc cio da prostitui o pode ser feito de forma livre pela mulher 71 Ver Gutierrez Ana Luisa Ord ez 2006 Feminismo y prostituci n Fundamentos del debate actual en Espa a Ovie do Trabe Colecci n Gaudiosa 72 Ver em http www mtecbo gov br cbosite pages informacoesGerais jsf CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas Pesquisas realizadas apontam para um n mero significativo de mulheres e transexuais brasileiras no exterior v timas de tr fico internacional princi palmente para fins de explora o sexual Nesse contexto verificamos casos detectados em v rios pa ses europeus Espanha It lia Portugal Reino Unido Holanda Su a Fran a e Alemanha bem como em destinos mais distantes como a Tail ndia e o Jap o Tamb m existem casos de tr fico para fins de explora o sexual em pa ses vizinhos como
27. aspectos do trabalho escravo contempor neo Cad Pagu no 31 Campinas July Dec 2008 82 Parte desse documento foi retirada do Produto 5 referente ao Diagn stico Nacional sobre o Enfrentamento ao Tr fico de Mulheres no Brasil resultante da consultoria externa realizada pela autora Ver nica Maria Teresi para a REM MERCO SUL pesquisa coordenada pela Secretaria de Pol ticas para as Mulheres CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas Sileiras Al m disso a pr pria caracter stica do fen meno por se tratar de um crime dificulta ainda mais a obten o de dados objetivos Situa o particular acontece em municipalidades brasileiras fronteiri as com outros pa ses como por exemplo Argentina Paraguai Uruguai Bol via Ve nezuela e Suriname onde os limites de fronteiras s o de dif cil identifica o e a entrada e sa da desses pa ses s o mais f ceis Nessas regi es h ind cios de tr fico de mulheres meninas e adolescentes para o mercado sexual Pesquisas realizadas na Espanha Portugal e It lia identificam mu lheres e transg neros v timas de tr fico ou de explora o com idades entre 18 e 30 anos indicando que a idade das mulheres e transg ne ros que saem do Brasil j se encontra no patamar da maioridade ci vil Informa es coletadas mostram que mulheres acabam viajan do por conta pr pria para pa ses mais desenvolvidos principalmente da Europa Ocidental com a perspectiva de melhorarem de vida Muitas v
28. bissexuais transg neros 37 Por exemplo Maria Cec lia Patr cio faz uma an lise interessante sobre os fluxos migrat rios de travestis brasileiros Espanha e chega a argumentar que a mobilidade possibilitada pela migra o internacional faz parte da constru o e rea firma o da identidade do travesti brasileiro Patr cio Maria Cecilia No truque fluxos migrat rios de travestis brasileiros Espanha Uma perspectiva transnacional 38 A t tulo de exemplo 1 pesquisas realizadas pelo ICMPD principalmente na It lia no mbito do Projeto Promovendo parcerias transnacionais preven o e resposta ao tr fico de seres humanos do Brasil para os Estados Membros da Uni o Europ ia 2 FUNDACION TRIANGULO Trabajadores masculinos del sexo aproximaci n a la prostituci n masculina en Madrid Madrid 2006 3 CARBALLO Marta de la Riva TERESI Ver nica Maria Investigaci n Hacia un protocolo de actuaci n en el contexto actual de trata de mujeres brasile as en Espa a Madrid IUDC 2009 CAP TULO 1 Migra o e Migrantes necess rio conceituar as diferentes identidades atualmente demarca das na sociedade Bissexualidade consiste na atra o fisica e emocional por pessoas tanto do mesmo sexo quanto do oposto com n veis variantes de interesse por cada um e identidade correspondente a esta orienta o sexual Bissexual portanto o termo aplicado a pessoas que se sentem atra das por ambos os sexos
29. casos excepcionais devidamente au torizados pelo Minist rio das Rela es Exteriores e tampouco pela contrata o de advogados para eventual defesa de cida d o brasileiro junto a rg os judici rios a menos que sejam comprovadamente desvalidos e a crit rio exclusivo da auto ridade consular GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Documentos emitidos pelos Consulados Custos A assist ncia consular prestada pelos Consulados inteiramente gra tuita A legaliza o e a emiss o de documentos no entanto envolvem um custo operacional e administrativo pelo respectivo servi o previs to pela Portaria n 619 de 16 de dezembro de 1992 O valor de cada legaliza o ou documento varia sendo estipulado em REAL OURO moeda espec fica para a cobran a dos emolumentos consulares se melhantes s taxas cobradas pelos Cart rios cujo valor se acha vincu lado varia o da moeda local em rela o ao d lar norte americano Documentos n o fornecidos pelos Consulados As reparti es consulares brasileiras possuem atribui es espec fi cas que visam a primordialmente prestar aux lio emergencial aos brasileiros residentes domiciliados ou em tr nsito no exterior Al m disso buscam satisfazer as necessidades notariais e documentais m nimas a fim de que os cidad os brasileiros possam estar no pleno exerc cio de seus direitos como cidad os Entretanto limita es de
30. das den ncias encaminhadas ao Disque 100 Dispon vel em http portal mij gov br sedh spdca T cartilha disque 100 21x21 1512 pdf ao GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Se estiver no exterior Espanha 900 990 055 op o 1 Informe 61 3799 0180 Portugal 800 800 550 op o 1 Informe 61 3799 0180 It lia 800 172 211 op o 1 Informe 61 3799 0180 4 5 3 Divis o de Assist ncia Consular do Minist rio das Rela es Exteriores O Servi o de Assist ncia Consular tem como objetivo prestar atendi mento a brasileiras e brasileiros no exterior Assim em caso de tr fico internacional qualquer pessoa traficada pode procurar os servi os con sulares nas embaixadas brasileiras nos pa ses onde se encontram ou no Consulado Geral para obter assist ncia De todas as formas ainda que o Consulado n o preste atendimento assistencial direto o servi o deve ser procurado no local que possa encaminhar corretamente o a cidad o a brasileiro a Fun es dos Consulados Proteger os interesses dos cidad os brasileiros desde que es tejam de acordo com a legisla o brasileira e com as leis locais Prestar aux lio e aconselhamento jur dico para cidad os sem no entanto poder agir como parte legalmente constitu da perante rg os locais Exercer as fun es de Not rio P blico e de oficial de Registro Civil e como tal emitir certid es de nascimento casamen
31. de Pessoas articular suas atividades aquelas dos Conselhos Nacionais de pol ticas p blicas que tenham interfa ce com o tema para promover a intersetorialidade das pol ticas de enfren tamento ao tr fico de pessoas articular e apoiar tecnicamente os Comit s Estaduais Distrital e Municipais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas na defini o de diretrizes comuns de atua o e na regulamenta o e cumpri mento de suas atribui es dentre outras da GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 4 3 REDE DE ATENDIMENTO S V TIMAS DE TR FICO O atendimento s v timas de tr fico de pessoas requer a exist ncia e a atu a o da rede de servi os locais regionais e internacionais que consigam abranger as complexidades dos impactos sofridos pelas v timas durante e ap s o processo de explora o Para o acompanhamento encaminhamento e eventual atendimento s v timas devem atuar os N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pesso as os Postos Avan ados os N cleos da Mulher nas Casas do Migrante e outros servi os especializados em atender as v timas de tr fico em todas as modalidades desta Abaixo ser o mencionados equipamentos de as sist ncia social que podem ser mobilizados em n vel local para prestar atendimento a pessoas traficadas 4 3 1 O atendimento s vitimas de tr fico compet ncias compartilhadas 1 Possibilidade de obter assist ncia s v ti
32. do trabalho noturno superior do diurno prote o do sal rio na forma da lei constituindo crime sua reten o dolosa participa o nos lucros ou resultados desvinculada da remunera o e excepcionalmente participa o na gest o da empresa conforme definido em lei sal rio fam lia pago em raz o do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei dura o do trabalho normal n o superior a oito horas di rias e quarenta e quatro semanais facultada a compensa o de hor rios e a redu o da jornada mediante acordo ou conven o coletiva de trabalho O jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento salvo negocia o coletiva o o e g lt CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos amp remunera o do servi o extraordin rio superior no m nimo em cinquenta por cento do normal e gozo de f rias anuais remuneradas com pelo menos um ter o a mais do que o sal rio normal O licen a gestante sem preju zo do emprego e do sal rio com a dura o de cento e vinte dias O licen a paternidade nos termos fixados em lei prote o do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos espec ficos nos termos da lei O aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o sendo no m nimo de trinta dias nos termos da
33. e as consequ ncias ps quicas ou f sicas vivenciadas Primeiro fun damental definir v timas diretas e v timas indiretas V timas diretas do tr fico s o aquelas que sofrem diretamente a viol ncia decorrente da explora o do aliciador ou recrutador S o aquelas que acabam tendo todos os efeitos f sicos e psicol gicos re sultantes da situa o de ser traficada V timas indiretas do tr fico s o pessoas pr ximas v tima que aca bam sofrendo as consequ ncias do tr fico de pessoas Muitas ve CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas zes acabam sendo amea ados pelas redes de tr fico de pessoas ou at mesmo sofrendo repres lias Geralmente as v timas indiretas ou ocultas como s o chamadas s o pessoas da fam lia ou da rede so cial pr xima da v tima direta Por meio desses conceitos podemos perceber que para al m da v tima direta do tr fico de pessoas que necessita sem sombra de d vidas de assist ncia psicos social direta as v timas indiretas tamb m necessitam de apoio e atendimento Principalmente ainda no transcorrer da situa o vivenciada de tr fico as v timas indiretas podem sofrer amea as repres lias ou at mesmo viol ncias estando vulner veis a o das redes criminosas de tr fico Os perpetradores devem ser tamb m punidos em rela o a crimes cometidos contra v timas indiretas Nesse sentido os N cleos de Enfrentamento ao Tr fico e os Postos A
34. exterior H ind cios de casos de mulheres que sem terem consci ncia de que est o aliciando suas amigas paren tes acabam conseguindo o contato e muitas vezes ajudando com dinheiro para a entrada de outras mulheres nos pa ses de destino eventualmente auxiliando re des de explora o Em alguns casos situa es assim podem se caracterizar como tr fico mas n o poss vel fazer uma generaliza o dos casos sendo necess rio observar atentamente os elementos concretos presentes em cada situa o Independentemente da exist ncia de redes de aliciadores verifica se a exist n cia de uma diversidade de possibilidades viabilizando a migra o para inserir se em diversos campos de trabalho entre os quais o mercado sexual o mais evidente As migrantes envolvem conhecidos amigos parentes e namorados em redes cujo funcionamento j foi descrito e documentado em pesquisas so bre redes migrat rias H intepreta es de grupos feministas chamados de abolicionistas que equiva lem ao servi o sexual e explora o De acordo com estes grupos todo exer c cio da prostitui o seria uma forma de explora o sexual que poderia resultar numa situa o de tr fico de pessoas caso se encontrem presentes os elementos necess rios para a configura o do crime de tr fico Por outro lado h interpreta es que diferenciam a prostitui o da explora o sexual Nesses casos pode haver exerc cio da prostitui
35. fico de Pessoas Central de Atendimento s Mulheres Ligue 180 central de aten dimento telef nico que recebe relatos de viol ncia contra mulhe res e reclama es sobre os servi os da rede e orienta as mulheres sobre seus direitos e os servi os da Rede que podem utilizar Consulados do Brasil no exterior o servi o de aten o para as bra sileiras que se encontrem no exterior Apesar dos consulados e em baixadas brasileiras oferecerem servi os de atendimento direto n o oferecem servi os especializados nem atendimento psicossocial 3 Desafios no atendimento s mulheres em situa o de tr fico de pessoas O grande desafio do Brasil inserir o atendimento s mulheres em si tua o de tr fico de pessoas no trabalho realizado pela Rede Especiali zada de Atendimento Mulher no Brasil e incluir uma articula o com as principais institui es e servi os dos pa ses de destino das mulheres brasileiras em situa o de tr fico de pessoas Outro desafio identificado a aus ncia de servi os para o atendimento de transg neros travestis e transexuais Principalmente no que se refere a abrigos n o h servi os p blicos especializados ou preparados para atender essa demanda j identificada uma vez que os transg neros s o um grupo vulner vel ao tr fico de pessoas e explora o no mercado do sexo nacional ou internacional 4 4 ACESSO JUSTI A NO BRASIL O atendimento s v timas de tr fic
36. homens crian as e adolescentes aprimorando e profissionalizando suas formas de ex 4 Protocolo Adicional Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo Preven o Repress o e Puni o do Tr fico de Pessoas em Especial Mulheres e Crian as promulgado no Brasil pelo Decreto N 5 017 de 12 de Mar o de 2004 45 Protocolo relativo Preven o Repress o e Puni o do Tr fico de Pessoas em especial Mulheres e Crian as que Suplementa a Conven o das Na es Unidas contra a Criminalidade Organizada Transnacional 2000 46 Protocolo contra o Tr fico Il cito de Migrantes por Via Terrestre Mar tima e A rea que Suplementa a Conven o das Na es Unidas contra a Criminalidade Organizada Transnacional 2000 47 Protocolo contra a Produ o Il cita e o Tr fico de Armas de Fogo suas Partes e Componentes e Muni o 2000 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL plora o lan ando o crime do tr fico de pessoas a ser considerado um dos principais problemas da ordem internacional A globaliza o do crime internacional d se pelos mesmos motivos que os das institui es leg timas seja pela possibilidade de inserir seus produtos atrav s do livre com rcio seja pelas brechas dos sistemas jur dicos visando sempre obter lucro Trocam se t cnicas de log stica mecanismos de comuni ca o e at mesmo pessoas co
37. mais relevantes estavam Estados Unidos Argentina Canad Brasil e Uruguai Naquela poca os japoneses tamb m come aram a migrar para o Brasil Na era dos nacionalismos do s culo XIX a emigra o era vista como um pro blema para a constru o de Estados na es Hoje em dia a emigra o bem como a imigra o s o vistas pela maioria dos atores sociais como facetas naturais da vida humana em sociedade Todavia o aumento dos fluxos migrat rios internacionais das ltimas d ca das sobretudo dos pa ses menos desenvolvidos para os pa ses desenvolvi dos provocou a regulamenta o crescente da imigra o e focou o interesse p blico neste fen meno inerente vida social de diferentes povos e culturas 1 Para consultar mapas interativos sobre a hist ria de migra es ver www bradshawfoundation com journey CAP TULO 1 Migra o e Migrantes Ora sendo o tr fico de pessoas um crime relacionado com as migra es in ternas e internacionais conv m ampliar o entendimento das migra es em geral para melhor compreender os elementos e o enfrentamento do tr fico de pessoas no contexto migrat rio 1 2 CONCEITOS CHAVE Esta se o visa apresentar conceitos e a terminologia utilizada no campo de estudo sobre os migrantes Um migrante essencialmente uma pessoa que n o nasceu onde vive A condi o de migrante refere se ao deslocamento feito por esta pessoa de um lugar de resi d ncia para outro
38. ncias de governos estaduais ou municipais devem buscar se valer das ferramentas administrativas que estejam de acordo as suas necessidades buscando uma atua o eficiente e sintoni zada com sua realidade Embora a exist ncia de uma pol tica ou de um plano dote a es esparsas de sistematicidade ao permitir que tanto os gestores como os benefici rios das pol ticas p blicas tenham uma vis o de conjunto existem outros mecanismos de ger ncia igualmente v lidos que podem ser usados com o mesmo grau de sucesso No caso do tr fico de pessoas o que se considera relevante conhecer exemplos de planos e pol ticas vigentes que possam servir como pr ticas inspiradoras da reflex o para eventual adapta o realidade local Nesse sentido h que se chamar a aten o para dois pontos centrais 1 que diretrizes estaduais ou municipais guardem compatibilidade de princ pios com eventuais instrumentos internacionais ratificados pelo Estado Brasileiro e 2 que guardem compatibilidade com as normas federais v lidas V rios estados j contam com Pol ticas e Programas Estaduais de Enfren tamento ao Tr fico de Pessoas Todos esses documentos consideram pre liminarmente a Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil e os Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas como base para a institui o de seus Planos Estaduais Apenas para fins de ilustra o seg
39. o desenvolvimento local ou regional do seu pa s de origem Documentado x indocumentado ou migrante em situa o irregular Um migrante documentado um migrante que tem autoriza o de per manecer e ou trabalhar no pa s de destino Usualmente uma pessoa que tendo ingressado sem autoriza o ou depois do vencimento do visto n o tem estatuto legal no pa s de destino ou de tr nsito conhe cido como migrante em situa o irregular Existe uma distin o entre um migrante que ingressa sem autoriza o e um migrante que reside ou trabalha sem autoriza o Um migrante em situa o irregular tam b m indocumentado ilegal ou sem pap is aquele migrante que tendo ingressado ilegalmente ou permanecido depois do vencimento do visto ou da autoriza o de resid ncia deixa de ter status legal no pa s de destino ou de tr nsito O termo se aplica aos migrantes que violam as normas administrativas de admiss o do pa s ou a qualquer outra pes soa que n o esteja autorizada a permanecer no pa s de destino Migra o interna x migra o internacional Uma pessoa que se desloca de um lugar para outro dentro do mes mo pa s chamada um migrante interno Esse tipo de migra o bastante comum por exemplo entre pessoas que deixam zonas rurais em dire o a zonas urbanas ver 1 6 Migra o Interna Bra sileira abaixo A migra o internacional por outro lado refere se 3 Ver Sandoval Forero E A
40. o sem explora o da 68 ver Agust n Laura Maria 2005 Trabajar en la industria del sexo y otros t picos migratorios Donostia Tercera Prensa 8 As abolicionistas entendem que a prostitui o uma forma de explora o da mulher e envolve rela es de poder dos homens sobre as mulheres GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL pessoa podendo a atividade sexual comercial constituir se em uma forma de trabalho Ainda assim as duas intepreta es est o de acordo de que o tr fico de pessoas e principalmente de mulheres uma das modalidades de crime or ganizado que deve ser combatido No Brasil o C digo Penal n o criminaliza o exerc cio da prostitui o S o tipificados no entanto a explora o de casa de prostitui o o rufianis mo e o tr fico de pessoas para fins de prostitui o ou explora o sexual de crian as e adolescentes Assim no Brasil a prostitui o n o crime mas a sua explora o sim Vale registrar que a prostitui o no Brasil apesar de n o ser considerada uma profiss o foi inclu da na Classifica o Brasileira de Ocupa es do Minist rio do Trabalho e Emprego A Classifica o Brasileira de Ocupa es CBO o documento normativo do reconhecimento da nomea o e da codifica o dos t tulos e conte dos das ocupa es do mercado de trabalho brasileiro 2 7 BRASIL COMO PA S DE ORIGEM TR NSITO E DESTINO DE V
41. ordem legal impedem que determinados servi os sejam prestados j que escapam compet ncia do Minist rio das Rela es Exterio res ou dependem de uma s rie de requisitos pr vios que o servi o consular n o est em condi es de atender Assim os consulados n o poder o fornecer certos servi os como documentos certid es atestados carteiras t tulos diplomas e de clara es por exemplo Mudan a dos dados de qualifica o civil como por exemplo retifica es do nome Carteira Nacional de Habilita o que fornecida pelos DE TRANS estaduais ou pelo DENATRAN T tulo de Eleitor fora dos per odos CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas O que os Consulados e as Embaixadas com Setor Consular N O podem fazer Interferir em pedidos de visto para brasileiros bem como na de nega o de entrada em pa ses estrangeiros Arcar com despesas m dicas hospitalares judiciais ou quais quer outras ainda que emergenciais Arcar com despesas de sepultamento crema o embalsama mento e transporte de restos mortais para o Brasil Efetuar reservas de hotel compra de passagens aluguel de ve culos armazenamento de bagagens Interferir em quest es de direito privado como direitos do consumidor o Emitir Carteira de Identidade compet ncia das Secretarias de Seguran a P blica dos Estados Registro Nacional de Estrangei ro Pol cia Fed
42. para consentir com seu transporte ou com a explora o de seu trabalho Faz se necess rio chamar a aten o para a diferen a existente entre as abordagens acerca do consentimento presentes no Protocolo de Palermo e na Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas do Brasil Enquanto o Protocolo de Palermo prev a necessidade do meio para se configurar o crime a Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas prev que Art 7 O consentimento dado pela v tima irrelevante para configura o de tr fico de pessoas 8 Decreto N 5 948 de 26 de outubro de 2006 que aprova a Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 2 6 TR FICO E PROSTITUI O Na m dia h frequentemente uma confus o entre a es relacionadas pros titui o e ao tr fico de pessoas No entanto o envolvimento no com rcio se xual ou em outras formas do trabalho sexual nem sempre implica em tr fico pelo qual importante fazer algumas diferencia es Exerc cio da prostitui o quando n o h terceiros se aproveitando do exerc cio da prostitui o Explora o da prostitui o quando algu m se aproveita do exerc cio da prostitui o de outrem Tr fico de pessoas quando se preenchem os requisitos atos meios e finalidade de explora o previstos no Protocolo de Palermo Verifica se
43. passou a exigir vistos dos haitianos No primeiro momento o ponto de entrada no Brasil foi efetivamente o Estado do Acre mas um importante contingente de haitianos chegou tamb m cidade de Tabatinga no Amazonas 33 Todas as informa es sobre a regulariza o de estrangeiros est o dispon veis no site do Minist rio da Justi a http portal mj gov br estrangeiros data Pages MJ33FCEB63PTBRIE htm GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Os haitianos receberam do governo do Acre assist ncia m dica e alimentar al m de abrigo Tal como no caso de outros solicitantes de asilo o Departa mento de Pol cia Federal fez os registros da solicita o de ref gio e emitiu um protocolo provis rio que serve de base legal para a estada dos solicitan tes haitianos no Brasil at a decis o de sua solicita o e permite a expedi o de carteira de trabalho provis ria pelo Minist rio do Trabalho A medida garantiu que os haitianos pudessem circular livremente pelo territ rio nacio nal j que muitos demonstraram interesse em procurar trabalho em outras regi es do Brasil 1 6 MIGRA O INTERNA NO BRASIL Outro aspecto importante das migra es refere se migra o interna no Bra sil Nesse caso os grandes fluxos migrat rios parecem ter sido impulsionados devido a dois grandes grupos de fatores ocorr ncia de situa es clim ticas n o gerenciadas adequadamente e a aus nci
44. projetos de preven o ao tr fico de pessoas NO MBITO DA REPRESS O AO TR FICO DE PESSOAS E DE RESPONSABILIZA O DE SEUS AUTORES coopera o entre rg os policiais nacionais e internacionais coopera o jur dica internacional sigilo dos procedimentos judiciais e administrativos nos termos da lei e integra o com pol ticas e a es de repress o e responsabiliza o dos autores de crimes correlatos z NO BITO DA ATEN O S V TIMAS DE TR FICO DE PESSOAS prote o e assist ncia jur dica social e de sa de s v timas diretas e indiretas de tr fico de pessoas assist ncia consular s v timas diretas e indiretas de tr fico de pessoas independentemente de sua situa o migrat ria e ocupa o acolhimento e abrigo provis rio das v timas de tr fico de pessoas reinser o social com a garantia de acesso educa o cultura forma o profissional e ao trabalho s v timas de tr fico de pessoas reinser o familiar e comunit ria de crian as e adolescentes v timas de tr fico de pessoas aten o s necessidades espec ficas das v timas com especial aten o a quest es de g nero orienta o sexual origem tnica ou social proced ncia nacionalidade ra a religi o faixa et ria situa o migrat ria atua o profissional ou outro status prote o da intimidade e da identidade das v timas de tr fico de pessoas e levantamento mapeamento atualiz
45. provis ria para o estrangeiro em situa o irregular no Brasil A possibilidade de regularizar se existe para os estrangeiros que entraram no Brasil at 1 de fevereiro de 2009 e permane am em situa o irregular Esta medida regularizou mais de 45 mil imigrantes principalmen te bolivianos chineses peruanos paraguaios e coreanos Em abril de 2011 iniciou se uma nova fase da regulariza o migrat ria com a convers o das autoriza es de resid ncias provis rias em permanentes Dos 45 mil benefi ciados pela anista concedida pelo Minist rio da Justi a no segundo semestre de 2009 40 j obtiveram a resid ncia permanente no pa s O processo de regulariza o consiste na concess o pelo Departamento de Pol cia Federal de uma autoriza o de resid ncia provis ria de at dois 31 ver a legisla o em http Awww planalto gov br ccivil 03 Ato2007 2010 2009 Lei L11961 htm 32 http noticias r7 com brasil noticias governo autoriza residencia permanente a 18 mil estrangeiros 20120130 html CAP TULO 1 Migra o e Migrantes anos A concess o da resid ncia permanente dada ap s um per odo de dois anos com comprova o de exerc cio de profiss o ou emprego l cito ou a propriedade de bens suficientes manuten o pr pria e de sua fam lia entre outros requisitos Conforme a Portaria n 2231 de 3 de julho de 2009 os pedidos de resid ncia provis ria e sua convers o em permanente s o decidid
46. referente ao tr fico de pessoas consultar o site da Uni o Europ ia http euro pa eu legislation summaries justice freedom security fight against trafficking in human beings index pt htm Ver tamb m Carballo Marta de la Riva Teresi Ver nica Maria 2009 Investigaci n Hacia un protocolo de actuaci n en el contexto actual de trata de mujeres brasile as en Espa a Madrid IUDC Dispon vel em http Awww ucm es info IUDC pagina 209 Importante destacar que os principais instrumentos ao n vel da Uni o Europ ia s o Diretiva 2011 36 UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 5 abril de 2011 relativa preven o e luta contra o tr fico de seres humanos e protec o das v timas e que substitui a Decis o Quadro 2002 629 JAI do Conselho dispon vel aqui http eur lex europa eu LexUriServ LexUriServ do uri 0J L 2011 101 0001 0011 PT PDF e ao n vel do Conselho da Europa a Conven o do Conselho da Europa contra o Tr fico de Pessoas Pacto de Vars via de 2005 dispon vel em http www coe int t dg2 trafficking campaign Source PDF Convi97 Portuguese pdf INSTRUMENTO INTERNACIONAL Conven o para a Supress o do Tr fico de Pessoas e da Explora o da Prostitui o de Outrem Pacto Internacional sobre os Direitos Civil e Pol tico Pacto Internacional sobre os Direitos Econ micos Sociais e Culturais Conven o Americana sobre Direitos Humanos Pacto San Jos da Costa Rica Conven o so
47. surgem novas formas de delitos h provas de que o grupo de vitimas relacionados com grupos se movimenta por varias regi es criminosos durante um certo per odo de tempo 2 3 DIFEREN AS CONCEITUAIS SOBRE O TRAFICO DE PESSOAS E CONTRABANDO DE MIGRANTES A perspectiva de que vivemos em um mundo interligado traz tona a dis cuss o da migra o internacional e de sua rela o com as v rias vulnera bilidades decorrentes dentre elas o contrabando de migrantes e o tr fico de pessoas H diferen as conceituais entre a migra o o contrabando de migrantes e o tr fico de pessoas que devem ser analisadas possibilitando a compreens o e a cria o de mecanismos de enfrentamento contra esses dois ltimos e a gest o eficiente e humanizada das migra es Tanto o contrabando de migrantes como o tr fico de pessoas s o considera dos crimes mas por referirem se ao deslocamento de pessoas s o tamb m considerados esp cies do g nero migra o CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas No caso do contrabando tanto os contrabandistas de migrantes como os pr prios migrantes s o autores de crimes Por outro lado no caso do tr fico de pessoas s o traficante cometeu um crime enquanto o migrante mesmo tendo ingressado num pa s de forma il cita uma v tima O contrabando de migrantes tamb m chamado de tr fico de migrantes ou migrant smuggling em ingl s se verifica quando uma pessoa transportada co
48. 299 Falsidade ideol gica ART 304 Uso de documento falso ART 305 Supress o de documento ART 309 Fraude de lei sobre estrangeiro ART 333 Corrup o ativa ART 334 Contrabando ou descaminho CAP TULO 3 CRIMES RELACIONADOS AO TRABALHO ESCRAVO ART 149 Redu o condi o an loga de escravo ART 203 Frustra o de direito assegurado por lei trabalhista ART 206 Aliciamento para o fim de emigra o Aliciamento de trabalhadores de um local para ART 207 outro do territ rio nacional ART 309 Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promover lhe a entrada em territ rio nacional A Lei n 7492 86 Lei de crimes contra o sistema financeiro e a Lei N 12 683 12 lavagem de dinheiro criminaliza a lavagem de dinheiro sonega o fiscal e outros A Lei n 9 455 97 Lei de crimes de tortura ainda prev a prote o contra a tortura f sica e psicol gica 3 2 3 Lei n 8 069 de 13 de julho de 1990 Estatuto da Crian a e do Adolescente As crian as e adolescentes brasileiros gozam de prote o especial no qua dro legislativo brasileiro sobretudo estabelecida pelo Estatuto da Crian a e do Adolescente reconhecendo a sua condi o de particular vulnerabilidade em conson ncia com a Conven o dos Direitos da Crian a da ONU de 1990 Abaixo foram selecionados os artigos mais relevantes Nenhuma crian a ou adolescente ser objeto de qualquer forma de neglig ncia dis
49. 2D60D125BF0640 Resolu C3 A7 C3 A30 20Normativa 20n C2 BA 20 93 20de 2021 12 2010 pdf CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas 6 2 A concess o do visto permanente ou perman ncia poder ser estendida ao c njuge ou companheiro ascendentes descendentes e dependentes que tenham comprovada conviv ncia habitual com a v tima i Art 3 O pedido objeto desta Resolu o oriundo das autoridades policial ou judicial ou do Minist rio P blico que tenham a seu cargo uma persecu o criminal em que o estrangeiro seja v tima ser enca minhado ao Minist rio da Justi a que poder autorizar de imediato a perman ncia dos que estejam em situa o migrat ria regular no Pa s Par grafo nico Na hip tese de o estrangeiro encontrar se em si tua o migrat ria irregular o Minist rio da Justi a diligenciar junto ao Minist rio das Rela es Exteriores para a concess o do respecti vo visto no Brasil nos termos da Resolu o Normativa n 09 de 10 de novembro de 1997 Aspecto importante da Resolu o est disposto no artigo 5 Art 5 Os rg os p blicos envolvidos no atendimento s v timas de tr fico de pessoas poder o encaminhar parecer t cnico ao Minist rio da Justi a recomendando a concess o de visto permanente ou perman ncia nos termos desta Resolu o 6 1 Para fins do disposto no caput ser o aceitos os pareceres t c nicos encaminhados por meio dos
50. 4 Comiss o Pastoral da Terra CPT A Comiss o Pastoral da Terra uma organiza o ligada Igreja Cat lica que tem entre os pressupostos de sua miss o institucional a conquista dos direi tos terra e de resist ncia na terra uma entidade que conta com um im portante hist rico no combate pr tica de trabalho escravo no Brasil Desde 1970 a CPT acolhe den ncias de trabalho escravo na regi o Norte do pa s repassando as mesmas SIT MTE para que as provid ncias cab veis sejam tomadas Contatos com a CPT Nacional podem ser feitos atrav s de Comiss o Pastoral da Terra CPT Secretaria Nacional Endere o Rua 19 n 35 1 andar Edif cio Dom Abel Centro Goi nia GO CEP 74 030 090 Telefone 62 4008 6466 Fax 62 4008 6405 E mail comunicacaoQcptnacional org br cptdcptnacional org br A CPT conta ainda com 21 escrit rios regionais que podem ser contactados em casos de trabalho escravo 18 Para contatos com os escrit rios regionais da CPT favor consultar o s tio web http Awww cptnacional org br index php option com weblinksSview categorySid 266ltemid 28 CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Esses canais de den ncia s o fundamentais para o enfrentamento ao tr fico de pessoas e principalmente para o aspecto da responsabiliza o dos traficantes seja no tr fico para fins de explora o sexual seja para fins de explora o do trabalho 4 7 CONSELHO NA
51. AS NO BRASIL na o de sexo Entretanto o transg nero um termo conti nuadamente em evolu o e alguns transexuais se recusam a us lo Transfobia um termo utilizado para significar medo preconceito discrimina o ou dio aos transg neros transexuais Importante saber que a Rede de Brasileiras e Brasileiros na Europa apresen tou como uma das conclus es do Encontro Migra o Brasileira e Quest es de G nero realizado em Roma em julho de 2010 a inclus o nos debates sobre migra es as necessidades dos brasileiros e brasileiros LGBT vivendo no exterior 4 ICMPD Jornadas Transatl nticas Uma pesquisa explorat ria sobre tr fico de seres humanos do Brasil para It lia e Portugal 2011 Dispon vel em http blog justica gov br inicio wp content uploads 2012 05 JornadasTransatl C3 A2nticas 1 pdf 1 A Rede de Brasileiras e Brasileiros na Europa um grupo formado por cidad os que representam as comunidades brasileiras no exterior trabalhando diretamente em defesa dos seus direitos pol ticos sociais e culturais Os represen tantes est o em associa es sem fins lucrativos culturais organiza es informais e agrupamentos diversos Para mais informa es sobre os representantes da Rede em cada um dos pa ses da Europa consultar http rede brasileira eu CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL
52. BLICAS No contexto brasileiro o Governo Federal estabeleceu dois instrumentos na cionais espec ficos para o enfrentamento ao tr fico de pessoas a Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e os Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil Esses documentos devem ser incorporados transversalmente em outras pol ticas e programas nacionais como o Plano Nacional de Viol ncia contra a Mulher o Plano Nacional de Erradica o do Trabalho Escravo e outras pol ticas p blicas que vinculem crian a e adolescente direitos humanos migra es trabalho etc GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Podemos conceituar pol ticas p blicas como sendo um conjunto de a es pensadas organizadas coordenadas e desencadeadas pelo Estado com a inten o de atender a determinada tem tica e setores espec ficos da so ciedade As pol ticas p blicas definem a rea de atua o as prioridades e os princ pios diretores Por outro lado os Planos P blicos que podem ser nacionais estaduais e municipais t m a finalidade de definir programas e a es concretas para a obten o dos resultados esperados com aquela pol tica nacional Os programas por outro lado que tamb m podem ser nacionais estaduais e municipais trazem desenvolvidas as a es previstas nos Planos P blicos POL TICAS PLANOS PROGRAMAS P BLICAS P BLICOS 3 4 1 Po
53. CIONAL DE IMIGRA O O Conselho Nacional de Imigra o CNIg um rg o colegiado criado pela Lei n 6 815 de 19 de agosto de 1980 vinculado ao Minist rio do Trabalho e Empre go com organiza o e funcionamento definidos pelos Decretos n 840 de 22 de junho de 1993 e n 3 574 de 23 de agosto de 2000 O CNIg tem por finalidade Formular a pol tica de imigra o Il Coordenar e orientar as atividades de imigra o HI Efetuar o levantamento peri dico das necessidades de m o de obra estrangeira qualificada para admiss o em car ter permanente ou tempor rio IV Definir as regi es de que trata o art 18 da Lei n 6 815 de 19 de agosto de 1980 e elaborar os respectivos planos de imigra o V Promover ou fornecer estudos de problemas relativos imigra o VI Estabelecer normas de sele o de imigrantes visando proporcio nar m o de obra especializada aos v rios setores da economia na cional e captar recursos para setores espec ficos VII Dirimir as d vidas e solucionar os casos omissos no que diz res peito a imigrantes VIII Opinar sobre altera o da legisla o relativa imigra o quan do proposta por qualquer rg o do Poder Executivo GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL IX Elaborar seu regimento interno que dever ser submetido apro va o do Ministro de Estado do Trabalho O Minist rio de Trabalho e Emprego publicou
54. E PESSOAS NO BRASIL Nesse sentido comum encontrar relatos de migrantes brasileiras que sofreram com o duplo estigma por serem estrangeiras e por serem mu lheres e portanto menos valorizadas que migrantes homens em termos de aproveitamento de suas capacidades Mulheres migrantes podem es tar mais vulner veis a situa es de viol ncia f sica ou sexual que homens na mesma condi o 1 7 2 Migrantes LGBT Alguns estudos t m abordado o tema dos migrantes LGBT l sbicas gays bissexuais e transg nero Apesar de ainda n o existir informa es ofi ciais suficientes sobre esses fluxos migrat rios nem conhecimento apro fundado pode se afirmar que tal como o grupo das mulheres repre sentam um grupo de vulnerabilidade especial sobretudo por causa da discrimina o homof bica que sofrem nos seus pa ses de origem e ou nos seus pa ses de destino Por essa raz o alguns pa ses de destino chegam a conceder o estatu to de refugiado ou de prote o auxiliar a migrantes LGBT fugindo de viola es de direitos com fundamento em orienta o sexual diversa da heterossexualidade No entanto a vulnerabilidade deste grupo ainda n o reconhecida por todos os pa ses Uma s rie de publica es tem sublinhado os fatores de risco deste grupo de ser traficado para ser explorado no mercado do sexo Para facilitar a compreens o do que se est a referir como parte integran te do grupo de migrantes LGBT l sbicas gays
55. Estado de acolhi mento e o migrante de que esse regressar ao seu pa s de origem at um prazo determinado enquanto o retorno for ado tamb m deporta o afastamento expuls o significa que o Estado obriga o migrante a regressar organiza a viagem e apreende o migrante para garantir que regresse O retorno assistido acontece quando um Estado d assist ncia financeira e ou log stica a um migrante para facilitar o retorno e o retor no espont neo quando o migrante regressa ao seu pa s de origem inde pendentemente Retorno volunt rio assistido um termo que significa apoio log stico e financeiro facultado a requerentes de asilo rejeitados migrantes que foram v timas de tr fico e outros migrantes que n o po dem ou n o querem permanecer no pa s de acolhimento e que regressam voluntariamente aos seus pa ses de origem Remessas o dinheiro que um migrante envia para o seu pa s de origem seja para a sua familia seja para investir num projeto ou num empreendimento Ultimamente as remessas recebem cada vez mais aten o como fator de desenvolvimento nos pa ses de origem 18 Organiza o Internacional das Migra es Direito Internacional de Migra o Gloss rio s rie Migra es 2009 Dispo n vel em http publications iom int bookstore free IML22 pdf CAP TULO 1 reconhecido como tal pela ONU no Di logo de Alto N vel de 2006 sobre Migra o e Desenvolvimento O volume anual das remessas enviadas aos
56. GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Teresi Ver nica Maria Guia de refer ncia para a rede de enfrentamento ao tr fico de pessoas no Brasil Ver nica Maria Teresi Claire Healy Bras lia Minist rio da Justi a Secretaria Nacional de Justi a 2012 150 p il Esta publica o foi produzida com a ajuda da Uni o Europeia ISBN 1 Crime contra a pessoa 2 Crime contra a humanidade 3 Direitos humanos 4 Migra o I Healy Claire II Brasil Secretaria Nacional de Justi a II International Centre for Migration Policy Development IV T tulo CDD Ficha catalogr fica elaborada pela Biblioteca do Minist rio da Justi a lt gt ICMPD International Centre for Migration Policy Development GUIA DE REFER NCIA UNI O EUROPEIA Para a Rede de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil Outubro de 2012 Autores Os relat rios de pesquisa foram redigidos por Ver nica Maria Teresi e Claire Healy Equipe do ICMPD Joana B Cavalcanti Barbosa Radka Kristy na Chobotova Lukas Gehrke Fabiana Go renstein Martijn Pluim Enrico Ragaglia e Elisa Trossero Copyright International Centre for Migration Policy Development ICMPD 2012 Todos os direitos reservados Nenhuma par te desta publica o pode ser reproduzida copiada ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio eletr nico ou mec nico incluindo fotografia grava
57. GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Contatos Chefe da Divis o de Direitos Humanos DDH CGDI E mail ddh cgdiwdpf gov br Telefone 61 2024 8705 Chefe da Unidade de Repress o ao Tr fico de Pessoas URTP DDH CGDI E mail urtp ddhQdpf gov br Telefone 61 2024 7939 Chefe do Servi o de Repress o ao Trabalho For ado SETRAF DDH CGDI E mail setraf ddhQdpf gov br Telefone 61 2024 8167 4 10 OUTROS ATORES IMPORTANTES NO PROCESSO DE DENUNCIA PREVEN O ATENDIMENTO S V TIMAS E ADVOCACY NO MBITO DO TR FICO DE PESSOAS A Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior SGEB come ou a trabalhar em 2007 estabelecida pelo Decreto 5 979 e baseada numa recomenda o da comiss o parlamentar sobre emigra o ilegal No segun 39 Dispon vel em http denuncia pf gov br CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas do Congresso Brasileiros no Mundo em outubro de 2009 o Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior foi lan ado e regulado pelo Decreto 7 214 de junho de 2010 Este Conselho emite diretrizes para a pol tica dos brasileiros no estrangeiro e institui a Ata Consolidada para reivindica es e reclama es dos emigrantes brasileiros O s tio de web www brasileirosno mundo mre gov br um portal informativo para as comunidades brasileiras existentes no exterior N o se pode deix
58. Internacional do Trabalho OIT 1 O respeito aos direitos no trabalho em especial aqueles definidos como fundamentais pela Declara o Relativa aos Direitos e Princi pios Fundamentais no Trabalho e seu seguimento adotada em 1998 i liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de ne gocia o coletiva ii elimina o de todas as formas de trabalho for ado iii aboli o efetiva do trabalho infantil iv elimina o de todas as formas de discrimina o em mat ria de emprego e ocupa o 2 A promo o do emprego produtivo e de qualidade 3 A extens o da prote o social e 4 O fortalecimento do di logo social Assim percebe se que o tr fico de pessoas em fun o de seu conceito um acontecimento mais restrito do que a explora o do trabalhador migrante e por isso costuma haver mais condena es por explora o de migrantes que por tr fico de pessoas 61 Ver http Awww oit org br content o que e trabalho decente GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 2 5 MODALIDADES DE TR FICO DE PESSOAS O Protocolo contra o Tr fico de Pessoas estabelece que a explora o que representa a finalidade do ato de tr fico pode ser pelo menos para fins de explora o sexual para trabalho for ado servid o ou a remo o de rg os Tr fico de pessoas para fins de explora o sexual considerado aquele tipo de tr fico de pes
59. NFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 4 2 2 Qual o papel de N cleos e Postos nas Redes j existentes Os N cleos Estaduais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e os Postos Avan ados de Atendimento Humanizado ao Migrante devem desenvolver suas ativi dades em articula o com as redes regionais e locais de atendimento No caso de uma v tima de tr fico ser identificada pelo Posto Avan ado ou pelo N cleo e esta desejar retornar ao seu estado de origem o rg o de entrada realiza um tra balho de encaminhamento para a rede local de atendimento da regi o de origem tentando obter a continuidade do atendimento emergencial Por outro lado caso o desejo da v tima de tr fico seja o de permanecer naquele estado deve se arti cular o atendimento com a rede local de assist ncia daquela regi o Tratando se de atendimento feito mulher v tima de tr fico os casos devem ser encaminhados principalmente s redes de atendimento di reto locais por meio das Coordenadorias Estaduais e Municipais da Mulher que encaminham ao servi o dispon vel naquela regi o para o atendimento psicossocial necess rio por exemplo nas regi es onde funcionam o Centro de Refer ncia da Assist ncia Social CRAS o Cen tro de Refer ncia Especializada da Assist ncia Social CREAS ou o Cen tro de Refer ncia da Mulher As compet ncias dos N cleos e dos Postos est o dispostas na Portaria SNJ n 31 de 20 de Agosto de 2009 o Import
60. PCAAM foi criado em 2003 como uma das estrat gias do Governo Fe deral para o enfrentamento do tema da letalidade infanto juvenil institu do oficialmente em 2007 pelo Decreto 6 231 07 O PPCAAM tem por objetivo preservar a vida das crian as e dos adolescentes 22 Informa o dispon vel em http www sedh gov br spdca ppcaam GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL amea ados de morte com nfase na prote o integral e na conviv ncia fa miliar executado em diferentes estados e desde sua cria o at setembro de 2011 j estiveram sob prote o do programa 3 731 pessoas sendo 1 501 crian as e adolescentes e 2 230 familiares A identifica o da amea a e a inclus o no PPCAAM realizada por meio do Poder Judici rio dos Conselhos Tutelares e do Minist rio P blico caracterizados como Portas de Entrada sendo estas institui es tamb m respons veis pela fiscaliza o e aplica o da garantia dos direitos das crian as e dos adolescentes O Programa atua em dois n veis 1 No atendimento direto aos amea ados e suas fam lias retirando os do local da amea a e inserindo os em novos espa os de moradia e conviv ncia Por meio desta medida procura se oferecer oportunidades aos protegidos tanto no que se refere ao acompanhamento escolar como na inser o em projetos culturais e profissionalizantes entre outros 2 Na preven o por meio de estud
61. Presid ncia da Rep blica e pelos programas estaduais de prote o O programa est dispon vel em dez Estados que integram o Sistema Bahia Esp rito Santo Goi s Mato Grosso do Sul Minas Gerais Par Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do Sul e S o Paulo A maioria desses programas implementada por meio de conv nio cele brado entre a respectiva Secretaria de Justi a e ou Seguran a P blica e a Secretaria de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica Os progra mas possuem capacidade m dia de atendimento de trinta benefici rios CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas entre testemunhas v timas e seus familiares ou dependentes As situa es de prote o registradas em Estados que ainda n o se incorporaram ao Sistema s o atendidas pelo Programa Federal gerenciado diretamente pela Secretaria de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica A Como funcionam os programas de prote o Os programas de prote o s v timas e s testemunhas amea adas t m a sua operacionaliza o e funcionamento realizados por meio de estruturas especialmente delineadas para tal fim conforme prev a Lei n 9 807 99 tais como seus Conselho Deliberativo rg o Executor Equipe T cnica e Rede Solid ria de Prote o Equipe T cnica formada por profissionais especialmente contratados e ca pacitados para a fun o cabe a efetiva o de assist ncias social jur dica e p
62. Protocolo de Palermo n o conceitua explora o nem apresenta um rol exaustivo de finalidades para a configura o do tr fico de pessoas Para que se configure o tr fico de pessoas se exige que a pessoa haja cometido o ato ou os atos materiais com o fim de que a v tima seja explorada e por um ou v rios dos meios listados Al m disso para que se configure o delito do tr fico de pessoas n o necess rio que se produza a explora o mas sim que se verifique a inten o manifesta de explorar a pessoa 2 2 2 Indicadores Indicadores s o ferramentas utilizadas para identificar casos fazer avalia es e medir o grau de ocorr ncia de um determinado fen meno Podem ser teis para simplificar an lises de casos complexos que de outra forma iriam reque rer a manipula o de grande volume de informa o Indicadores devem ser interpretados como sinais e n o servem como conte do probat rio definitivo Profissionais que se valem de indicadores para pautar sua conduta devem sem pre estar atentos aos cuidados com a sua adapta o nos casos de aplica o respeitando as particularidades de cada caso individual e as diferen as regio nais Os indicadores podem ser ferramentas teis para apontar uma tend ncia mas devem ser balanceados e sempre adaptados s diferentes possibilidades A identifica o e a investiga o de casos de tr fico de pessoas pelas autoridades s o fundamentais e o Escrit rio das Na es Unidas sob
63. RAL DE DEFESA INSTITUCIONAL CGDI DIVISAO DE DIREITOS HUMANOS DDH O Departamento da Pol cia Federal tem compet ncia espec fica para atuar na repress o ao tr fico de pessoas e ao trabalho escravo servindo como um im portante canal de den ncias e o principal ator da repress o contra o tr fico internacional de pessoas A unidade institucional destacada para o tema do tr fico de pessoas est no m bito da Diretoria de Investiga o e Combate ao Crime Organizado DICOR cujo extrato do organograma em sua forma o atual apresenta se abaixo Diretoria de Investiga o e Combate ao Crime Organizado DICOR Divis o de Direitos Humanos DDH Servi o de Repress o Unidade de Repress o ao Trabalho ao Tr fico de For ado SETRAF Pessoas URTP 137 A Assessoria Internacional da DPU est localizada na Defensoria P blica Geral da Uni o situada no Setor Banc rio Sul Quadra 01 Blocos H I Lotes 26 27 CEP 70070 110 Bras lia DF Brasil Telefone para contato OO 55 61 3319 4380 E mail internacionalQdpu gov br 88 Compet ncias e organograma criados pelo Regimento Interno do DPF aprovado pela Portaria n 2877MJ de 30 de dezembro de 2011 Dispon vel em http Avww dpf gov br institucional Organograma unidades centrais 01 2012 E CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas A DICOR tem como atribui es coordenar planejar orientar e avaliar as opera es policiais relati
64. RENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Outras mulheres entendem que realmente concordaram em pagar o valor devido e se submetem s redes de tr fico explora o aceitando as condi es impostas pelos aliciadores N o h percep o de que eventualmente podem estar sendo exploradas muito menos traficadas Verifica se confor me a fala de uma mulher em situa o de prostitui o na Espanha transcrita pela pesquisadora Piscitelli que somente a prostitui o for ada por meio de coa o e amea a associada ao tr fico de pessoas Voc quer vir para a Europa mas n o tem dinheiro para a passagem A passagem custa 1 000 euros eu compro para voc porque eu tenho o dinheiro mas cobro 3 000 Mas a pol cia prende as romenas e n o os homens que est o na cal ada da frente controlando E elas t m que trabalhar queiram ou n o n o podem parar para comer ou t m que comer o que eles d o para elas Isso m fia com brasileira n o tem isso n o Trabalhadora sexual 43 anos h cinco trabalhando na Espanha Algumas pesquisas relatam a exist ncia de redes informais e familiares no Brasil que t m o objetivo de captar mulheres para a prostitui o no exte rior umas trazem outras mulheres na inten o de ajudar suas amigas e parentes a melhorar de vida As mulheres brasileiras que est o no pa s de destino s o o contato para a ida de outras brasileiras O dinheiro e o local de trabalho s o possi
65. S Idade da v tima Elemento subjetivo Tipifica o Legal Car ter Elemento material Consentimento do migrante Tr fico de pessoas adultos gt 18 anos Inten o Artigo 3 do Protocolo Facultativo Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo Preven o a Repreens o e Puni o do Tr fico de Pessoas principalmente Mulheres e Crian as Interno e internacional O Ato O Meios O Com fins de explora o Independente do consentimento da vitima artigo 3 al nea b Tr fico de pessoas crian as lt 18 anos Inten o Artigo 3 do Protocolo Facultativo Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo Preven o a Repreens o e Puni o do Tr fico de Pessoas principalmente Mulheres e Crian as Interno e internacional O Ato O Meios O Com fins de explora o Independente do consentimento da v tima Contrabando de Migrantes Qualquer idade Inten o Artigo 3 do Protocolo Facultativo Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo ao Combate ao Tr fico de Migrantes por Vias Terrestre Mar tima e A rea Internacional O Ato Facilita o da entrada ilegal em outro Estado O Com fins de obter um benef cio financeiro ou outro benef cio de ordem material A pessoa objeto do tr fico de migrantes d
66. SILO VITIMAS DE TRAFICO E MIGRANTES Fluxos mistos s o movimentos populacionais complexos que incluem refugiados requerentes de asilo migrantes econ micos e outros mi grantes importante saber que mesmo entre um grupo de migrantes podem ser encontradas situa es particulares como tr fico de pesso as contrabando de migrantes migra o indocumentada ou mesmo refugiados Os pa ses receptores devem estar capacitados para poder triar os migrantes de acordo com cada situa o e prestar o atendi mento adequado a cada uma das situa es identificadas O termo fluxo misto tamb m refere se ao fato de grupos de migrantes terem mem bros com necessidades e particularidades diferentes por exemplo mulheres pes soas com defici ncia ou pessoas LGBT temas que ser o abordados a seguir 1 7 1 Feminiza o da migra o O aumento progressivo no n mero absoluto e na propor o de mulheres nos fluxos de migra o mundiais referido como a feminiza o da mi gra o Este processo traz consigo uma preocupa o aumentada com os direitos dos migrantes sendo que as mulheres migrantes s o mais fre quentemente alvo de discrimina es e viol ncias com base em sua dupla vulnerabilidade por serem mulheres e adicionalmente migrantes Ainda por cima representam a maioria das v timas de tr fico em n vel mundial como veremos no segundo cap tulo GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO D
67. a o a cassa o da licen a de localiza o e de funcionamento do estabelecimento ART 244 A CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil 3 2 4 Lei n 9 434 de 4 de fevereiro de 1997 Disp e sobre a remo o de rg os tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e d outras provid ncias _ CAP TULO V DAS SAN ES PENAIS E ADMINISTRATIVAS SE O Dos Crimes Remover tecidos rg os ou partes do corpo de pessoa ou cad ver em desacordo com as disposi es desta Lei Pena reclus o de dois a seis anos e multa de 100 a 360 dias multa Se o crime cometido mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe Pena reclus o de tr s a oito anos e multa de 100 a 150 dias multa Se o crime praticado em pessoa viva e resulta para o ofendido incapacidade para as ocupa es habituais por mais de trinta dias Il perigo de vida HI debilidade permanente de membro sentido ou fun o IV acelera o de parto Pena reclus o de tr s a dez anos e multa de cem a duzentos dias multa Se o crime praticado em pessoa viva e resulta para o ofendido incapacidade para o trabalho Il enfermidade incur vel Ill perda ou inutiliza o de membro sentido ou fun o IV deformidade permanente V aborto Pena reclus o de quatro a doze anos e multa de cento e cinquenta a trezentos dias multa Se o crime
68. a o e divulga o de informa es sobre institui es governamentais e n o governamentais situadas no Brasil e no exterior que prestam assist ncia a v timas de tr fico de pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 3 4 2 Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil Em 2008 foi promulgado o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas PNETP por meio do Decreto no 6 347 de 8 de janeiro de 2008 que tinha como objetivo prevenir e reprimir o tr fico de pessoas responsabi lizar os seus autores e garantir aten o s v timas nos termos da legisla o em vigor e dos instrumentos internacionais de direitos humanos No Relat rio de Implementa o do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas est o dispostos os resultados de cada uma dessas a es para cada prioridade O material apresenta uma consolida o das a es realizadas no per o do de execu o do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Esse plano contemplou a es espec ficas para as perspectivas da preven o responsabiliza o e repress o dos agentes e aten o s v timas O Plano durou dois anos e trouxe a elabora o de recomenda es para a constru o do Il Plano O II PNETP estar em vigor a partir de 2012 e ter dura o de quatro anos O pro cesso de elabora o do Il Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pe
69. a de planos de desenvolvimento locais que permitissem a fixa o de pessoas nos seus locais de origem Nesse sentido o pa s foi palco de movimenta es de grandes grupos populacionais definidos por ciclos econ micos epis dicos de curta dura o Na poca da coloniza o portuguesa registrou se o ciclo da cana de a car no Nordeste seguido pelo ciclo do ouro em Minas Gerais S culo XVIII que ocasionaram a migra o for ada de escravos para essa regi o e O ciclo da borracha levou um grande contingente populacional na sua maioria nordestinos para o Norte do Pa s S culo XIX e O ciclo do caf fez o mesmo com a Regi o Sudoeste S culo XIX sendo seguido pelo processo de industrializa o que provocou um forte movimento populacional em dire o a S o Paulo S culo XX e As obras necess rias transfer ncia da Capital do Pa s para CAP TULO 1 Migra o e Migrantes Bras lia tamb m causaram uma altera o na rota migrat ria in terna colocando o Planalto Central como local de destino para um grande contingente populacional oriundo do Norte e Nor deste do Pa s S culo XX No caso das migra es contempor neas preciso lembrar que na d cada de ses senta as secas e a falta de investimentos em pol ticas de desenvolvimento regional s o causas comumente apontadas como geradoras de deslocamentos internos Um exemplo claro foi o processo conhecido como xodo rural no qua
70. a e de mecanismos de comunica o 8 Ver Jesus Dam sio Evangelista de 2003 Tr fico Internacional de Mulheres e Crian as Brasil aspectos regionais e nacionais S o Paulo Saraiva p 2 e 14 Ver ainda o Relat rio da Anistia Internacional 2001 em Ingl s Broken bodies shattered minds torture and ill treatment of women p 16 49 Shelley Louise 2006 A Globaliza o do crime e do terrorismo CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas 2 1 CONVEN O CONTRA O CRIME ORGANIZADO TRANSNACIONAL E SEUS RESPECTIVOS PROTOCOLOS ADICIONAIS No que se refere ao tr fico de pessoas a normativa internacional mais signi ficativa foi assinada em Palermo It lia em 2000 Estes instrumentos legis lativos condicionam os pa ses a internalizarem seus preceitos estimulando a elabora o de leis internas e pol ticas p blicas espec ficas de preven o Ainda exige que os pa ses concentrem esfor os para reprimir os perpetrado res e atender integralmente as v timas de tr fico de pessoas e Conven o contra o Crime Organizado Transnacional 2000 prev a coopera o entre os Estados parte no combate ao crime organizado transnacional aprovada no Brasil pela Resolu o da Assembleia Geral 55 25 e Protocolo relativo Preven o Repress o e Puni o do Tr fico de Pes soas tamb m Protocolo de Palermo ver 2 2 em baixo em especial Mulheres e Crian as que Suplementa a Conven o das Na es Unidas contra a
71. a pessoa humana e da liberdade sexual posturas que a Lei Maria da Penha busca exatamente combater 3 2 7 Outros documentos relevantes em n vel federal Algumas normativas internas foram criadas para coordenar e estabelecer re gras claras de trabalho e objeto de atendimento e Minist rio da Justi a Portaria n 45 de 15 de dezembro de 2009 e Por taria n 31 da SNJ MJ de 20 de agosto de 2009 Essas portarias de terminam que os N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas t m por principal fun o articular e planejar a es para o enfrentamento ao tr fico de pessoas no mbito estadual enquanto que aos Postos Avan ados de Atendimento Humanizado ao Migrante cabe prestar servi o de recep o a brasileiros as n o admitidos as ou deportados as nos pontos de entrada Tamb m mencionam os Comit s Municipais e Estaduais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas como espa os de debate e alinha mento de a es em que participam as diferentes institui es e organi za es governamentais e n o governamentais envolvidas com o tema e Minist rio do Desenvolvimento Social Resolu o n 109 de 11 de novembro de 2009 Aprova a Tipifica o Nacional de Servi os Caso recente refere se transexual que sofreu maus tratos por parte do parceiro e consegue na Justi a direito aplica o da Lei Maria da Penha Veja decis o http s conjur com br dl homologacao flagrante resolucao cnj pdf 35 O Programa Nacional de Se
72. acao tif 378 pdf OIT Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil 2004 2011 Avalia es e Sugest es de Aprimoramento de Legisla o e Pol ticas P blicas Bras lia Or ganiza o Internacional do Trabalho OIT Escrit rio no Brasil Projeto de Combate ao Tr fico de Pessoas GTIP 2012 Dispon vel em http www oitbrasil org br sites default files topic gender pub enfrenta mento 20a0 20trafico brasil oit web 808 pdf OLIVEIRA M rcia Maria Migra es fronteiri as uma reflex o necess ria no Amazonas Artigo dispon vel em http www abep nepo unicamp br docs anais outros 5EncNacSobreMigracao public mig fro ref pdf 144 PISCITELLI Adriana Traficadas ou Aut nomas A no o de consentimento entre brasileiras que oferecem servi os sexuais na Espanha Dilemas jur di cos do enfrentamento ao tr fico internacional de seres humanos Bras lia Mi nist rio da Justi a 2007 SECRETARIA NACIONAL DE JUSTI A Relat rio Ind cios de tr fico de pessoas no universo de deportadas e n o admitidas que regressam ao Brasil via aeropor to de Guarulhos Bras lia Minist rio da Justi a 2006 SECRETARIA NACIONAL DE JUSTI A Relat rio O tr fico de seres humanos no Estado do Rio Grande do Sul Bras lia Minist rio da Justi a 2006 SECRETARIA NACIONAL DE JUSTICA Relat rio Final de Execu o do Plano Na cional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas 1 edi o Bras lia 2010 SODIREITOS Invest
73. agem e ao sal rio adiantado concedido ao trabalhador para deixar a fam lia abastecida durante sua aus ncia Nas fazendas eles s o submetidos a um cont nuo endividamento obrigando Os a pagar por todo material consumido e moradia O pagamento deve ser realizado por meio dos proventos recebidos pelo trabalhador que somente pode deixar a fazenda quando a d vida estiver quitada No mbito do perfil das mulheres v timas de tr fico n o poss vel precisar o perfil nem mesmo o n mero de mulheres traficadas no Brasil uma vez que os dados existentes n o s o suficientes Isto porque estamos abordando um tipo de crime que abrange aspectos transnacionais e porque a particularida de do crime que envolve a v tima como pr prio objeto do crime dificulta a identifica o do delito quando a v tima n o se identifica como tal O pro blema da autoidentifica o como v tima aplica se a todas as modalidades de tr fico de pessoas e de explora o No entanto observe se que falar em um nico perfil das mulheres v timas de tr fico no Brasil parece ser equivocado e pode levar a estigmatiza es que comprometam as pol ticas p blicas de preven o atendimento e repress o responsabiliza o bem como os processos penais N o h pesquisas sufi cientes que possibilitem afirmar toda a realidade do tr fico de mulheres bra 81 Costa Patr cia Trindade Maranh o 2008 A constru o da masculinidade e a banalidade do mal outros
74. ainda n o est totalmente adequada ao que prev aquele documento As leis brasileiras pro bem a maioria das formas de tr fico de pessoas no entanto existe espa o para melhorias no quadro legislativo brasileiro com rela o ao tr fico de pesso CAP TULO 3 as Na ltima d cada houve duas emendas significativas ao C digo Penal em rela o ao tr fico de pessoas As principais mudan as encontram se sublinhadas em italico M N E lt C digo Penal 1940 Tr fico de mulheres Te E fot oo To ER AERE n 11 106 de 2005 Tr fico internacional de pessoas Reda o dada pela Lei n 12 015 de 2009 Tr fico internacional de pessoa para fim de explora o sexual Promover ou facilitar a entrada no territ rio nacional de mulher que nele venha exercer a prostitui o ou a sa da de mulher que v exerc la no estrangeiro Pena reclus o de tr s a oito anos 1 Se ocorre qualquer das hip teses do 1 do art 227 Pena reclus o de quatro a dez anos 2 Se h emprego de viol ncia grave amea a ou fraude a pena de reclus o de 5 cinco a 12 doze anos al m da pena correspondente viol ncia 3 Seo crime cometido com o fim de lucro aplica se tamb m multa Promover intermediar ou facilitar a entrada no territ rio nacional de pessoa que venha exercer a prostitui o ou a sa da de pessoa para exerc la no estrangeiro Pena
75. al ao Migrante SP LOCAL Alf ndega Brasil Peru Rua Quintino Bocai va 2525 Centro Av M rio Ypiranga antiga Rua Recife Zona Centro Sul Rua Monteiro Lobato s n Bairro Santo Ant nio BR 319 s n Porto Fluvial da Ceasa Terminal Rodovi rio Pacheco Teles Rua Boulevard Pedro Rates s n Centro Rua Vieira J nior s n Centro Terminal Hidrovi rio Aeroporto Internacional Pinto Martins Aeroporto Internacional de Bel m T rreo em frente ao desembarque internacional Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Gale o Aeroporto Internacional de S o Paulo Guarulhos Terminal Rodovi rio Tiet 148 FONE 68 3548 1231 3224 1183 7865 92 9298 0678 92 3632 2479 8163 9014 Fax 92 3632 2479 92 3615 6182 Fax 92 6315 6182 92 9188 6518 92 9298 0678 9333 0663 9168 5254 9358 5136 85 3477 5565 91 4009 2732 219 21 3367 6070 11 2445 4719 11 3107 5645 Fax 11 3107 5645 E MAIL gabinete segurancaQac gov br neggao spuzaQWhotmail com elizabeth paivaQhotmail com romildaduarteQhotmail com amorimQsejus am gov br marccciasantosQhotmail com paahm ceWhotmail com sejudh pa ctetpQyahoo com br posto avancadoQyahoo com paaguarulhosEgmail com
76. al na gest o da rede local A Secretaria Nacional de Justi a SNJ do Minist rio da Justi a por meio do Pronasci desempenhou o papel central na elabora o e viabiliza o dos instrumentos adminis trativos que criaram os N cleos Estaduais e Postos Avan ados A SNJ coordena o Pro grama de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas ETP ver Se o 3 4 acima articula a rede de atores dedicados ao enfrentamento do tr fico de pessoas al m de executar monitorar e avaliar pol ticas e a es implementadas por todo o Governo Federal 107 O Programa Nacional de Seguran a P blica com Cidadania PRONASCI para o enfrentamento criminalidade no Bra sil foi institu do pela Lei n 11 530 de 24 de outubro de 2007 alterado pela Lei n 11 707 e regulamentado pelo Decreto n 6 490 ambos de 19 de junho de 2008 Dispon vel em http www mj gov br data Pages MJ34F31E13ITEMID4D3527BC648B4139BF88C5980CI6ECCSPTBRIE htm CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas O modelo dos N cleos e Postos chegou a ser debatido com representan tes da sociedade civil As organiza es integrantes do Projeto Trama de 2004 participaram de debates sobre o conte do da Portaria que definiu as atribui es de cada um dos equipamentos chegando se conclus o de que os Postos deveriam prestar atendimento a todos os migrantes e n o exclusivamente para casos de Tr fico de Pessoas Os N cleos s o respons veis por art
77. aldade de G nero Portugal Integram ainda a iniciativa o Servi o de Estrangeiros e Fronteiras de Portu gal a Divis o de Direitos Humanos da Pol cia Federal do Brasil o UNODC Cone Sul e Brasile a OIT Escrit rio de Bras lia O parceiro implementador o International Centre for Migration Policy Development ICMPD O objetivo geral do Projeto a pro te o dos direitos dos migrantes es pecialmente contra a explora o e o tr fico atrav s da difus o de infor ma es sobre direitos dos migran tes e do fortalecimento da capaci 12 dade institucional das organiza es brasileiras para enfrentar o tr fico de pessoas e prestar atendimento adequado s v timas e a migrantes em situa es de viola es de direi tos humanos O Projeto Itineris inclui um componen te dedicado ao fortalecimento institu cional dos N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e Postos Avan ados no Brasil apoiado pela Secreta ria Nacional de Justi a Minist rio da Justi a O objetivo desse componente fortalecer a atua o dos N cleos e Postos nos munic pios e estados atra v s de pesquisas estudos e eventos de forma o O componente de fortalecimento ins titucional aborda tr s grandes temas a Forma o em tr fico de pes soas com a elabora o de um guia de refer ncia sobre o tema e um evento de forma o no qual os principais conte dos abordados na publica o foram desenvolvido
78. ante destacar que nem todos os estados brasileiros possuem Centro de Refer ncia da Mulher locais preferen ciais para o atendimento das mulheres v timas de tr fico Na aus ncia desse servi o o atendimento encaminhado preferencialmente para os CREAS Portaria dispon vel em http portal mj gov br data Pages MJ395C2E18ITEMID77COEF9F847E4BDDBBO9S5SOFA F86BF7C4PTBRIE htm CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Articular e planejar o desenvolvimento das a es de enfrentamento ao tr fico de pessoas visando atua o integrada dos rg os p blicos e da sociedade civil Operacionalizar acompanhar e avaliar o processo de gest o das a es projetos e programas de enfrentamento ao tr fico de pessoas Fomentar planejar implantar acompanhar e avaliar pol ticas e planos municipais e estaduais de enfrentamento ao tr fico de pessoas Articular estruturar e consolidar a partir dos servi os e redes existentes um sistema estadual de refer ncia e atendimento s v timas de tr fico de pessoas Integrar fortalecer e mobilizar os servi os e redes de atendimento Fomentar e apoiar a cria o de Comit s Municipais e Estaduais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Sistematizar elaborar e divulgar estudos pesquisas e informa es sobre o tr fico de pessoas Capacitar e formar atores envolvidos direta ou indiretamente com o enfrentamento ao tr fico de pessoas
79. antes internos em todo o mundo PNUD 2009 A maioria dos migrantes internacionais ao n vel mundial migra a um pa s vizinho e s uma minoria que atravessa grandes dist ncias para chegar ao seu pa s de destino Apesar da sua hist ria como pa s de imigra o os n meros de imigrantes que chegaram ao Brasil na segunda metade do s culo XX n o s o compar veis com 21 http ec europa eu employment social spsi poverty social exclusion en htm e Relat rio Conjunto da Comiss o e o Conselho sobre a Inclus o Social 2003 http europa eu int comm employment social soc prot soc ncl fi nal joint inclusion report 2003 en pdf 22 European Commission 2012 3rd Annual Report on Immigration and Asylum 2011 Brussels COM 2012 250 final 23 United Nations Department of Economic and Social Affairs Population Division International Migration 2009 24 Relat rio de Desenvolvimento Humano 2009 CAP TULO 1 Migra o e Migrantes a imigra o maci a dos s culos anteriores No entanto a partir da d cada de 1970 houve um aumento nos n meros de imigrantes chegados ao Brasil vindos principalmente da Europa Paraguai Bol via Peru Jap o Cor ia do Sul China e pa ses africanos Entre 1986 e 1991 o grupo maior de imigrantes rec m chega dos eram procedentes da Europa seguido por imigrantes da Am rica Latina e Caribe Entre 1995 e 2000 por m os paraguaios passaram a constituir o grupo maior de pessoas a imigra
80. ar de mencionar os atores n o governamentais ONGs que contribuem para o enfrentamento ao tr fico de pessoas independen temente do mbito de trabalho que desenvolvam Entre esses atores importante citar a Alian a Global Contra o Tr fico de Mulheres GAATW sigla em Ingl s A GAATW uma rede de organiza es n o governamentais de todas as regi es do mundo que compartilham uma preocupa o com os direitos de mulheres crian as e homens cujos direitos humanos foram violados pela pr tica criminal de tr fico de pessoas A GAATW est empenhada em trabalhar para mudan as nos sistemas pol ticos econ micos sociais legais e estruturais que contribuem para a per sist ncia do tr fico de pessoas e outras viola es dos direitos humanos no contexto dos movimentos migrat rios para fins diversos incluindo a seguran a do trabalho e sustento Em particular a GAATW aborda as quest es diversas decorrentes do tr fico de pessoas tal como atualmente definido no Protocolo de Palermo Dentro deste quadro aborda os aspectos principais do tr fico de pessoas trabalho for ado e servi os em todos os setores da economia formal e informal bem como a organiza o p blica e privada de trabalho Al m disso a GAATW promove e defende os direitos e a seguran a de 0 Disponivel em http www gaatw org GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL todos os migrantes e
81. ara fins de explora o do trabalho Nesse sentido relevante mencionar a Instru o Normativa n 91 de 5 de outubro de 2011 que disp e sobre a fiscaliza o para a erradica o do traba lho em condi o an loga de escravo e d outras provid ncias Essa Instru o Normativa traz como indicadores da exist ncia de trabalho realizado em condi o an loga de escravo as seguintes situa es A submiss o de trabalhador a trabalhos for ados Il A submiss o de trabalhador a jornada exaustiva IIl A sujei o de trabalhador a condi es degradantes de trabalho IV A restri o da locomo o do trabalhador seja em raz o de d vida contra da seja por meio do cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador ou por qualquer outro meio com o fim de ret lo no local de trabalho 125 Ver em Organiza o Internacional do Trabalho 2009 Rede de enfrentamento ao tr fico de pessoas para fins de trabalho escravo e explora o sexual no Brasil CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas V A vigil ncia ostensiva no local de trabalho por parte do emprega dor ou seu preposto com o fim de ret lo no local de trabalho VI A posse de documentos ou objetos pessoais do trabalhador por parte do empregador ou seu preposto com o fim de ret lo no local de trabalho A normativa disp e diretamente no artigo 6 que O disposto nesta Instru o Normat
82. as trans nacionais e redes migrat rias em uma cidade na Amaz nia orientadora Mar lia Ferreira Emmi GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 1 6 1 Fluxos migrat rios em cidades de fronteiras A migra o entre os pa ses fronteiri os uma constante nos itiner rios mi grat rios e se insere no conjunto dos processos de mobilidade humana em n veis regional e internacional Para os estudos migrat rios a fronteira o lugar onde iniciam as possibilidades de sa da de liberta o de concretiza o da migra o A fronteira tamb m pode ser lugar de passagem marcado pelos encontros e desencontros de ordem cultural e social O Brasil conta com 16 889 km de rea de fronteira 2 533 350 km que atra vessa onze estados da federa o a saber Rio Grande do Sul Paran Santa Catarina Mato Grosso do Sul Mato Grosso Rond nia Acre Amazonas Rorai ma Par e Amap chegando a atingir 588 munic pios e afetando aproximada mente 10 milh es de cidad os em reas de fronteira com dez pa ses diferentes Popula es de fronteiras podem chegar a manifestar culturas pr prias em que o pr prio cotidiano vivido pelas pessoas das cidades de fronteira l nguas costu mes gastronomia acaba por sintetizar a experi ncia de viver entre dois pa ses fazendo parte de ambos sendo ao mesmo tempo algo diferente em fun o da combina o de influ ncias preciso sa
83. ber que comunidades localizadas em re as de fronteiras podem ser estigmatizadas como sendo oriundas de locais de alta incid ncia de a es criminosas de diversas ordens ou pela sua abertura a um fluxo constante de estrangeiros migrantes considerados indesej veis como os indocumentados ou irregulares que atravessaram a fronteira O importante compreender que os munic pios localizados nas fronteiras brasi leiras ainda que com caracter sticas pr prias devem contar com todo o aparato governamental necess rio para uma adequada implanta o da rede de prote o social conforme disposi es da legisla o brasileira e mais aqueles equipamen tos necess rios para lidar com sua realidade espec fica de porta de entrada ou sa da Nesse sentido a tr plice fronteira entre Argentina Brasil e Paraguai pode ser considerada um bom exemplo dos grandes desafios e das necessidades de fortale 36 Oliveira Marcia Maria Migra es fronteiri as uma reflex o necess ria no Amazonas Dispon vel em http www abep nepo unicamp br docs anais outros 5EncNacSobreMigracao public mig fro ref pdf CAP TULO 1 Migra o e Migrantes cimento da coopera o internacional em mat ria de imigra o equipamentos de prote o social e certamente em temas relacionados ao tr fico de pessoas e outras viola es de direitos humanos que afetam popula es migrantes 1 7 FLUXOS MISTOS DE MIGRANTES REFUGIADOS REQUERENTES DE A
84. bilitados pela rede organizada do mercado sexual no pa s de destino Os donos dos locais de exerc cio da prostitui o cuidam da infraestrutura log stica de encaminhamento da mulher do aeroporto ci dade e local de trabalho e do dinheiro a ser enviado para passagem e para despistar as autoridades de imigra o do pa s de destino Mas ressalte se que nem todos os casos de explora o da prostitui o cabem na denomina o de tr fico de pessoas de acordo com o Protocolo de Palermo 87 Piscitelli Adriana Traficadas ou Aut nomas A no o de consentimento entre brasileiras que oferecem servi os se xuais na Espanha Em prelo Bras lia Minist rio da Justi a Dilemas jur dicos do enfrentamento ao tr fico internacional de seres humanos CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas 2 9 EXEMPLOS DE MANIFESTA ES DO TR FICO DE ACORDO COM NACIONALIDADES Na pesquisa realizada na It lia no mbito do Projeto Promovendo Parcerias Transnacionais Preven o e Resposta ao Tr fico de Seres Humanos do Brasil para a Uni o Europeia ICMPD verificam se alguns m todos de recrutamen to para fins de tr fico de pessoas levando em conta aspectos de nacionalidade que tragam elementos diferenciados sobre o processo de tr fico de pessoas A diversidade de nacionalidades das mulheres traficadas implica em ado o de m todos de capta o sujei o e explora o diferentes por redes crimino sas de tr fico de pessoas Pe
85. bre a Elimina o de Todas as Formas de Discrimina o Contra a Mulher CEDAW sigla em Ingl s Conven o Internacional dos Direitos da Crian a Conven o Interamericana para Preven o Erradica o e Puni o da Viol ncia Contra a Mulher Conven o de Bel m do Par CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil RATIFICADO PROMULGADO no Brasil no Brasil 1958 Decreto 592 06 07 1992 DECRETO no Brasil Decreto Legislativo n 226 12 12 1991 Decreto Legislativo n 226 12 12 1991 ASSINADO 1949 16 12 1966 Decreto n 591 92 24 01 1992 16 12 1966 Decreto Legislativo n 217 25 09 1992 Decreto n 678 22 11 1969 06 11 1992 Decreto 4377 13 09 2002 revogou o Decreto 89 406 20 03 1984 Decreto Legislativo n 93 14 11 1983 18 12 1979 01 02 1984 Decreto Legislativo n 28 14 09 1990 Decreto n 99 710 21 11 1990 20 11 1989 24 09 1990 27 11 1995 Decreto n 1 973 06 06 1994 01 08 1996 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL INSTRUMENTO ASSINADO DECRETO ATIFICADO PROMULGADO INTERNACIONAL no Brasil no Brasil no Brasil Conven o contra Decreto n 5015 i i 12 12 2 o Crime grgonizado 12 2000 12 03 2004 Transnacional R Protocolo Facultativo Conven o das Na es Unidas contra o Crime Decreto Organizado aa Transnacional Penei Decreto n 5017 relativo oo E 12 03 2004 a
86. bui o para atuar nas causas relacionadas ao seu respectivo territ rio As Defensorias P blicas Estaduais atuam perante a Justi a Estadual e no mbito federal existe a Defensoria P blica da Uni o presente em todos os Estados atuando perante as Justi as Federal Eleitoral Militar e do Trabalho 14 Informa o dispon vel em http Awww dpu gov br index php searchword Manual Brasileiros no Exteri amp ordering Ssearchphrase allSltemid 1Soption com search CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Importante ressaltar que as Defensorias P blicas Estaduais e a da Uni o n o t m atribui o legal para atuar perante o Poder Judici rio de outros pa ses Por outro lado a Defensoria P blica da Uni o presta Assessoria Internacional com o objetivo de coordenar a assist ncia jur dica em mbito internacional oferecida s pessoas em condi o de vulnerabilidade socioecon mica na es fera federal a brasileiros ou estrangeiros em conformidade com legisla o nacional al m dos tratados e acordos assinados pelo Brasil A Defensoria P blica da Uni o DPU juntamente com o Minist rio das Rela es Exteriores MRE elaboraram a Cartilha de Orienta o Jur dica aos Brasileiros no Exterior que tem como objetivo esclarecer de forma did tica as d vidas mais frequentes dos brasileiros e brasileiras residentes no exterior quanto s provid ncias necess rias para obter gratuitamente por interm dio da
87. buscou consolidar concei tos defini es chave o marco legal e organiza es de apoio para auxiliar na atua o dos N cleos e Postos j em opera o mais aqueles que vi r o a se incorporar a essa rede em um futuro pr ximo Nesse sentido o documento foi produzido levando em considera o as recomenda es do p blico alvo a que se destina Foram realizadas v rias consultas e revis es em momentos diferentes para que se tivesse certeza de sua atualidade e utilidade Assim os parceiros gos tariam de aproveitar a oportunidade para agradecer aos envolvidos dire tamente ou indiretamente na reda o desse material que dedicaram uma parcela de seu tempo a aprimo rar esse Guia de Refer ncia e a torn lo um documento efetivamente til para todos os que trabalham e se in teressam pelo tema Desejamos uma boa leitura 11 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Introdu o O Projeto Itineris Prote o dos direi tos dos migrantes contra a explora o do Brasil para Estados Membros da Uni o Europeia conta com finan ciamento da Comiss o Europeia da Secretaria Nacional de Justi a Minis t rio da Justi a do Brasil do Conse lho Nacional de Imigra o Minist rio do Trabalho e Emprego do Brasil do Escrit rio Federal para Migra es da Su a da Secretaria Geral para Igual dade da Gal cia Espanha e da Comis s o para a Cidadania e Igu
88. cados nos relat rios da CONATRAE A t tulo de exemplo os trabalhadores rurais estudados por Patr cia Cos ta constituem se de homens principalmente origin rios da regi o Nor deste especialmente do Estado do Maranh o Em busca de trabalho diri gem se ou s o levados para fazendas no Par e no Mato Grosso Bahia ou Goi s Normalmente esses trabalhadores s o jovens com idade superior a 16 anos Esses homens geralmente s o do meio rural e s o filhos de pequenos agricultores Analisando se as motiva es desses trabalhadores pode se verificar que mui tas vezes impulsionados pelo desejo de melhores oportunidades de trabalho 73 Dados dispon veis em http portal mte gov br trab escravo resultados das operacoes de fiscalizacao para erradi cacao do trabalho escravo htm 80 Costa Patr cia Trindade Maranh o 2008 A constru o da masculinidade e a banalidade do mal outros aspectos do trabalho escravo contempor neo Cad Pagu no 31 Campinas July Dec 2008 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL os jovens s o recrutados e aliciados por fazendeiros ou um prepos to dos fazendeiros chamado gato Eles s o convidados a tra balhar em regi es distantes de seu domic lio mediante promessas enganosas de emprego e sal rio Eles descobrem tamb m ter contra do uma d vida junto ao gato referente s passagens ao que foi consumido durante a vi
89. cambio envio recebimento pequeno valores pdf 20 Braga Martes Ana Cristina O Compromisso do Retorno GV Pesquisa e BID apresenta o dispon vel em http idbdocs iadb org wsdocs getdocument aspx docnum 557085 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL de pobreza ou exclus o social as oportunidades e os recursos necess rios para participar da vida econ mica e social assegurando um padr o de vida considerado aceit vel na sociedade em que vivem Assegura tamb m que tenham participa o maior nas decis es que afetem as suas vidas e acesso aos seus direitos fundamentais Por meio de tal processo aos grupos vulne r veis s o concedidos acesso educa o treinamento emprego acomo da o servi os coletivos e assist ncia de sa de Um programa de inclus o social pode ser realizado num pa s de origem ou no de destino 1 3 FATOS E DADOS Estima se que o n mero total de migrantes internacionais pelo mundo em 2010 chegou a 214 milh es de pessoas ou uns 3 1 por cento da popula o mundial de mais de sete bilh es 2 Por volta de 20 destes migrantes residem nos Estados Unidos da Am rica 9 4 na Uni o Europeia e 5 7 no Canad S 0 32 dos migrantes internacionais do mundo residem no Brasil compreendendo 0 4 da popula o brasileira ou 688 000 pessoas Por outro lado o Relat rio sobre Desenvolvimento Humano de 2009 informa que h 740 milh es de migr
90. chamado sistema alban s um dos mais antigos m todos de opera o de tr fico na It lia Os albaneses variam os m todos de recrutamento e explora o das v timas poucas mulheres foram sequestradas muitas foram recrutadas com a falsa promessa de casamentos e ou ofertas de trabalho Depois mulheres foram for adas a prostituir se atrav s de vio l ncia f sica e ou psicol gica sendo estritamente controladas e receben do amea as contra suas fam lias O grupo criminoso ou o explorador in dividual tinha total controle sobre a vida e o trabalho da mulher traficada O chamado modelo nigeriano outra forma de tr fico para fins de ex plora o sexual na It lia O sistema baseado na servid o por d vidas que a d vida que as mulheres traficadas devem pagar para as ma dams as exploradoras Geralmente as mulheres nigerianas s o recru tadas com falsas promessas de trabalho e s o altamente exploradas Elas s o obrigadas a trabalhar longas horas di rias para pagar as d vidas assumidas diariamente A sujei o das mulheres nigerianas obtida de duas maneiras 1 Elas s o chantageadas com o uso indevido de rituais religiosos vud 2 Elas est o vinculadas a um contrato assinado muitas vezes no pa s de origem que as obriga a pagarem a d vida H como se pode ver uma frequente altera o no padr o do processo de tr fico que o torna mais sofisticado e aumenta as dificuldades de sua detec o Raram
91. contra o tr fico de pessoas e de prestar ser vi os popula o migrante no Bra sil Este Guia oferece informa es e esclarecimentos sobre as principais reas dos estudos das migra es incluindo defini es da terminolo gia mais relevante Ademais facili ta a identifica o de situa es con cretas de tr fico de pessoas al m de apresentar um panorama das principais pol ticas programas e projetos para as autoridades apon tadas como respons veis por este encaminhamento 14 O Guia ainda cont m os contatos para os servi os relevantes e explica es breves acerca do funcionamen to da infraestrutura brasileira para o enfrentamento ao tr fico de pes soas sejam elas crian as mulheres homens transg neros migrantes internos ou migrantes internacio nais Os principais textos legislativos encontram se citados aqui para f cil refer ncia abrangendo um leque amplo de reas de preocupa o O Guia descreve ainda as modalidades de tr fico de pessoas os indicado res da presen a do tr fico e os ele mentos que constituem o delito de tr fico conforme o Protocolo contra o Tr fico de Pessoas Protocolo de Palermo e os principais documentos internacionais que garantem direitos s pessoas traficadas Ainda que um Guia deste g nero n o possa retratar todas as situa es com as quais as equipes dos N cle os e Postos ser o confrontadas visa oferecer suficientes informa es contatos leg
92. crimina o explora o viol ncia crueldade e opress o punido na forma da lei qualquer atentado por a o ou omiss o aos seus direitos fundamentais Nenhuma crian a poder viajar para fora da comarca onde reside desacompanhada dos pais ou respons veis sem expressa autoriza o judicial 1 A autoriza o n o ser exigida quando a tratar se de comarca cont gua da resid ncia da crian a se na mesma unidade da Federa o ou inclu da na mesma regi o metropolitana b a crian a estiver acompanhada 1 de ascendente ou colateral maior at o terceiro grau comprovado documentalmente o parentesco 2 de pessoa maior expressamente autorizada pelo pai m e ou respons vel 2 A autoridade judici ria poder a pedido dos pais ou respons vel conceder autoriza o v lida por dois anos Art 84 Quando se tratar de viagem ao exterior a autoriza o dispens vel se a crian a ou adolescente estiver acompanhado de ambos os pais ou respons vel Il viajar na companhia de um dos pais autorizado expressamente pelo outro atrav s de documento com firma reconhecida Sem pr via e expressa autoriza o judicial nenhuma crian a ou adolescente nascido em territ rio nacional poder sair do Pa s em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL pr linhas de a o da pol tica de atend
93. da pelo Minist rio de Justi a D se o debate entre sociedade civile governo sobre qual seria o papel dos N cleos e dos Postos Avan ados 2008 A partir do debate durante a Oficina sobre Servi os de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas organizada pela Secretaria de Pol ticas para Mulheres e pelo Minist rio da Justi a da qual participaram organiza es da sociedade civil foi publicada a Portaria SNJ n 31 de 20 de agosto de 2009 acima referida e no Anexo XI que definiu o papel dos N cleos e Postos 4 2009 2 NETPs e PAAHMs est o dispon veis em www mj gov br traficodepessoas Rede de Enfrentamento Ver Anexo II 13 O N cleo de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas do Estado de S o Paulo j vinha desenvolvendo suas atividades antes de 2008 conforme a cria o dos escrit rios de atendimento ao tr fico de pessoas a partir de 2003 T Importante ressaltar que ocorreram mais oficinas como a realizada em 2009 Normalmente s o realizadas duas oficinas por ano e desde 2011 s o realizadas reuni es t cnicas peri dicas com toda a rede coordenadas pela Secretaria Nacional de Justi a visando a harmoniza o da atua o e a troca de informa es e experi ncias CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Os contatos de todos os NETPs e Postos Avan ados em funcionamento encontram se no Anexo Il 4 2 3 Comit de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Os Comit s de Enfrentamento ao T
94. dade 98 3 A Pol ticas e Planos Estaduais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas 100 Cap tulo 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas 101 terseeseesesereseesessessesseeeessesseetssensesseesresenssssessresenssssesseesensesseeseseennneseenessesseee 4 1 V timas diretas e indiretas necessidade de prote o e assist ncia integral 104 4 2 Redes de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas N cleos Postos e Comit s 106 4 2 1 N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e Postos Avan ados de Atendimento Humanizado ao Migrante 106 4 2 2 Qual o papel de N cleos e Postos nas Redes j existentes 108 4 3 Rede de Atendimento s V timas de Tr fico 112 4 3 1 O atendimento s vitimas de tr fico compet ncias compartilhadas 112 Sum rio 4 4 Acesso Justi a no Brasil 115 4 4 1 Programa de Prote o Testemunha 116 4 4 3 Programa de Prote o a Crian as e Adolescentes Amea ados de Morte PPCAAM 119 4 5 Canais de den ncia de casos de tr fico de pessoas 120 4 5 1 Disque Direitos Humanos Disque 100 120 3 5 z Central de Atendimento Mulher Ligue 180 121 4 5 3 Divis o de Assist ncia Consular do Minist rio das Rela es Exteriores 122 4 a Onde denunciar casos de tr fico de pessoas com fins de explora o laboral 126 CN de Inspe o do Trabalho 126 4 6 2 Comiss o Nacional para a Erradica o do Trabalho Escravo CONATRAE 129 4
95. de Mulheres na periferia de Bel m Identidades fam lias transnacionais e redes migrat rias em uma cidade na Ama z nia Disserta o de mestrado 2011 ICMPD Jornadas Transatl nticas Uma pesquisa explorat ria sobre tr fico de seres humanos do Brasil para It lia e Portugal Viena 2011 Dispon vel em http blog justica gov br inicio wp content uploads 2012 05 JornadasTransatl C3 A2nticas 1 pdf 143 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL MARANH O COSTA Patr cia Trindade A constru o da masculinidade e a banalidade do mal outros aspectos do trabalho escravo contempor neo Cadernos Pagu no 31 Campinas julho dezembro de 2008 p 173 Dispon vel em http www scielo br scielo php pid S0104 83332008000200009Sscript sci arttext MELO M nica de MASSULA Let cia Tr fico de Mulheres preven o puni o e prote o S o Paulo BH Gr fica Realiza o CLADEM e Consulado Geral dos Estados Unidos em S o Paulo 2003 MINIST RIO DO TRABALHO E EMPREGO Cartilha Brasileiras e Brasileiros no Exterior Informa es Uteis S A Dispon vel em http portal mte gov br cartilha exterior sumario htm OIT Manual de Capacita o sobre enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Bras lia Organiza o Internacional do Trabalho OIT Escrit rio no Brasil 2009 Dispon vel em http www oitbrasil org br sites default files topic tip pub manual capa cit
96. de preven o e de puni o GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 4 2 REDES DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS N CLEOS POSTOS E COMIT S 4 2 1 N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e Postos Avan a dos de Atendimento Humanizado ao Migrante O I Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas previu a cria o dos N cleos Estaduais de Preven o e Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas NETPs e dos Postos Avan ados de Atendimento Humanizado ao Migrante PAAHMs Suas estruturas foram refor adas a partir da A o 41 do Programa Nacional de Seguran a P blica com Cidadania Pronasci voltada especificamente para seu estabelecimento em parceria com os governos estaduais A cria o desses espa os visa oferecer suporte s v timas no caso de v timas de tr fico internacio nal quando ainda se encontram no aeroporto ou posteriormente com atendi mento direto emergencial difus o de informa es esclarecedoras ou promo o de a es de preven o Os NETPs s o unidades administrativas do Poder Exe cutivo Estadual para o desenvolvimento de pol ticas p blicas de enfrentamento ao tr fico de pessoas Os Comit s de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas ver 4 2 2 abaixo ainda t m o objetivo de atuar como um canal de di logo com repre sentantes da sociedade e dos Governos estaduais e municipais para promover a abordagem multissetori
97. dispon vel aqui em Espanhol www unodc org documents human trafficking HT indicators S LOWRES pdf GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL CRIAN AS As crian as ou adolescentes sujeitos ao tr fico podem n o ter acesso aos seus pais ou O n o ter tempo para brincar tutores e parecer intimidadas e comportarem se de uma forma que n o corresponde ao comportamento t pico das crian as da sua idade estar fazendo trabalhos que n o viver separadas de outras crian as e em casas que n o cumprem com os requisitos m nimos de habitabilidade comer separadas dos outros membros da fam lia receber sobras para comer s o apropriados para crian as viajar sem estar acompanhadas O n o ter acesso educa o de adultos As seguintes situa es tamb m podem indicar que crian as t m sido objeto de tr fico O A presen a em tamanhos para crian as de roupas utilizadas para trabalho manual ou sexual 6 a presen a de brinquedos camas e roupa de crian as em lugares inapropriados como bord is ou f bricas A afirma o por um adulto que encontrou uma crian a n o acompanhada EXPLORA O NO TRABALHO DOM STICO As pessoas sujeitas ao tr fico para fins de explora o no servi o dom stico podem viver com uma familia o n o comer com o resto da familia dormir num espa o compartilhado ou inadequado ser dadas por de
98. el em http portal mj gov br sedh spdca T RELATORIO 202011 20 agosto pdf 74 A Pestraf em 2002 j indicava ind cios de tr fico interno de crian as e adolescentes para fins de explora o sexual 73 Dispon vel em Portugu s em http portuguese brazil usembassy gov pt tip2011 html GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL tr fico para fins sexuais identificado era predominantemente entre meninas negras e mulatas com idades compreendidas entre 15 e 25 anos conforme identificado pela Pesquisa PESTRAF publicada em 2002 levada a cabo pelo CECRIA As v timas menores de idade s o aliciadas para o tr fico interno pela dificuldade existente na retirada de crian as do pa s Dados da Comiss o Nacional para a Erradica o do Trabalho Escravo CO NATRAE tamb m indicam o n mero de pessoas resgatadas de 2005 a 2010 apesar de n o haver a identifica o por sexo O ano de 2009 representou um pico no n mero de opera es implementadas enquanto 2007 represen tou o pico no n mero de trabalhadores resgatados Trabalhadores Namero de cujos contratos N mero de a foram Trabalhadores estabelecimentos E opera es E formalizados resgatados inspecionados no curso da a o fiscal 2 145 3 412 3 021 3 637 3 454 4 271 76 CECRIA Pesquisa sobre o Tr fico de Mulheres Meninas e Adolescentes para fins de explora o sexual no Brasil co ordenada pe
99. ente encontram se casos nos quais todos os elementos do crime est o presentes ou visivelmente demarcados A maior parte dos casos de tr fico tem contornos e nuances mais complexas e portanto mais dif ceis de serem identificados classificados e atendidos Nesse sentido considera se importante n o adotar um perfil de pessoa tra ficada com caracter sticas bastante marcadas como ferramenta nica para o processo de identifica o Deve se por outro lado guardar uma aten o especial aos elementos que podem estar presentes em situa es de tr fico mais diversas elementos estes que levem maior possibilidade de identifi ca o de casos concretos de tr fico de pessoas CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 3 1 LEGISLA O REFERENTE AO TR FICO DE PESSOAS 3 1 1 Tratados assinados e ou ratificados pelo Brasil O Brasil vem assinando e ratificando tratados internacionais relevantes para o enfrentamento ao tr fico de pessoas indicando sua preocupa o com a tem tica assim como demonstrando para a comunidade internacional sua inten o de incorporar e adaptar sua legisla o interna legisla o internacional Segue uma breve compila o dos principais documentos internacionais que guardam rela o direta ou indireta com a tem tica do tr fico de pessoas 30 Para consulta da legisla o europ ia
100. ento o transporte a transfer ncia o alojamento ou o acolhimento de pessoas recorrendo amea a ou uso da for a ou a outras formas de coa o ao rapto fraude ao engano ao abu so de autoridade ou situa o de vulnerabilidade ou entrega ou aceita o de pagamentos ou benef cios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de explo ra o A explora o incluir no m nimo a explora o da prostitui o de outrem ou outras formas de explora o sexual o trabalho ou servi os for ados escravatura ou pr ticas similares escravatura a servid o ou a remo o de rg os Conforme esta normativa internacional das Na es Unidas ONU o tr fico de pessoas uma das modalidades de crime organizado transna cional Assim a Conven o contra o Crime Organizado Transnacional e seus tr s Protocolos determinam a es em tr s temas centrais o trafico de pessoas especialmente de mulheres e crian as o contrabando de migrantes e a luta contra a fabrica o e tr fico de armas e de drogas Sendo uma das modalidades do crime organizado o tr fico de pessoas tamb m em si apresenta v rias modalidades que s o tr fico para fins de explora o sexual explora o laboral mendic ncia for ada e remo o de rg os entre outras Especificamente no caso do tr fico de pessoas o crime organizado se beneficia da situa o de vulnerabilidade de mulheres
101. er dos meios referidos na al nea q 65 O caso mais importante at agora refere se Opera o Bisturi 2003 Aconteceu em Pernambuco Brasil Dados sobre a Opera o Bisturi podem ser obtidos em http www aids gov br node 38643 6 Ver em Relat rio Resposta ao requerimento n 031 11 aprovado em reuni o da Comiss o Parlamentar de Inqu rito sobre Tr fico de Pessoas do Senado Federal em 24 de Maio de 2011 CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas O Protocolo determina que configurando se todos os elementos para a caracteriza o do crime do tr fico de pessoas a o meio fim mesmo que haja consentimento da v tima configura se o crime do tr fico de pessoas Assim h configura o do tr fico de pessoas mesmo que o transporte seja feito com o consentimento da v tima uma vez que h a explora o dessa pessoa no destino final Entende se pela vontade da v tima estar viciada pelos meios utilizados que ela tem direito prote o especial Assim o consentimento irrelevante para a caracteriza o do tr fico sempre que se utilizem os meios elencados no Protocolo Deve se chamar a aten o para as particularidades que dizem respeito a casos de tr fico de crian as ou adolescentes Em situa es assim a utiliza o dos meios referidos pelo Protocolo de Palermo considerada irrelevante uma vez que uma pessoa com menos de 18 anos de idade segundo os tratados internacionais n o tem capacidade
102. eral Carteira Nacional de Habilita o DETRAN dos Estados ou DENATRAN Esses documentos somente podem ser solicitados no Brasil e Emitir atestado de boa sa de e Emitir atestado de bons antecedentes somente no Brasil pes soalmente ou mediante procurador junto Pol cia Federal ou Secretarias de Seguran a P blica dos Estados Emitir atestado de estado civil Receber inscri es para concursos p blicos Representar brasileiro perante a Justi a Receber pagamentos de impostos como IRPF taxas tributos de recolhimento federal estadual ou municipal dever o ser efe tuados em territ rio nacional pessoalmente ou por procurador GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Os endere os dos Consulados e Embaixadas do Brasil no exterior podem ser encontrados no Portal Consular acess vel em http Awyww portalconsular mre gov br apoio embaixadas e consulados 4 6 ONDE DENUNCIAR CASOS DE TR FICO DE PESSOAS COM FINS DE EXPLORA O LABORAL 4 6 1 Minist rio do Trabalho Secretaria de Inspe o do Trabalho A Secretaria de Inspe o do Trabalho tem dentre outras a compet ncia de for mular e propor as diretrizes para a inspe o do trabalho inclusive do trabalho portu rio priorizando o estabelecimento de pol ticas de combate ao trabalho for ado e infantil bem como a todas as formas de trabalho degradante que podem incluir casos de tr fico de pessoas p
103. esentam o mesmo fen meno visto desde a perspectiva geral do pa s de origem e do pa s de destino respectivamente Consequentemente uma pessoa pode ser ao mesmo tempo um migrante um emigrante ou um imigrante conforme a perspectiva do observador Pa ses de origem tr nsito e destino O deslocamento de um migrante num processo de migra o interna cional implica sair do seu pa s de origem ou de resid ncia habitual para entrar num pa s de destino tamb m pa s receptor No decor rer deste processo o migrante tamb m pode passar por outro pa s onde pode ter ou n o autoriza o de permanecer ou transitar que chamado o pa s de tr nsito Migra o definitiva x migra o tempor ria sazonal circular Teoricamente como vimos acima um migrante algu m que vive fora do seu pa s de nascimento ou de resid ncia habitual durante um per odo geralmente superior a um ano No entanto h migrantes que CAP TULO 1 Migra o e Migrantes voltam para o seu pa s de origem ap s alguns meses usualmente conhecidos como migrantes tempor rios enquanto outros migran tes ficam definitivamente no pa s de destino Ainda h migrantes que trabalham sazonalmente deslocando se conforme o ritmo de traba lho conhecidos como migrantes sazonais A teoria da migra o cir cular foi desenvolvida nos ltimos anos para descrever o processo dos migrantes que saem do seu pa s mas a ele regressam para contribuir para
104. ezes mulheres ao aceitarem ir a outro pa s ainda que cientes que ir o trabalhar no mercado sexual n o est o informadas sobre as condi es reais que as esperam ali Quando chegam encontram se com seus documentos re tidos por redes de tr fico ou de explora o ficando confinadas em locais pr prios para a prostitui o padecendo de maus tratos uma vez que n o podem sair at pagarem toda a d vida contra da com a viagem transporte e alojamen to sendo objeto de amea as constantes contra suas fam lias e filhos 8 83 Sodireitos 2008 Investigaci n Tripartita sobre Trata de Mujeres Brasil Rep blica Dominicana y Suriname 84 Carballo Marta de la Riva Teresi Ver nica Maria 2009 Investigaci n Hacia un protocolo de actuaci n en el contexto actual de trata de mujeres brasile as en Espa a Madrid IUDC Ver tamb m ICMPD 2011 Jornadas Transatl nticas Uma pesquisa explorat ria sobre tr fico de seres humanos do Brasil para It lia e Portugal 2011 Duarte Madalena Leal Maria Lucia e Teresi Veronica Maria 2011 Mulheres brasileiras na conex o Ib rica um estudo comparado entre migra o e tr fico 85 A Pestraf assim como outras pesquisas referentes ao tr fico de mulheres no Brasil indica ainda que a maioria das mulheres v timas de tr fico t m filhos 88 O conceito de v timas indiretas ser trabalhado mais adiante no cap tulo 4 deste Guia GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENF
105. guran a P blica com Cidadania PRONASCI para o enfrentamento criminalidade no Brasil foi institu do pela Lei n 11 530 de 24 de outubro de 2007 alterado pela Lei n 11 707 e regulamentado pelo Decreto n 6 490 ambos de 19 de junho de 2008 Dispon vel em http Avww mj gov br data Pages MJ34F31E13ITEMID4D3527BC648B4139BF88C5980C16ECC8PTBRIE htm GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Socioassistenciais Essa resolu o aprova a Tipifica o Nacional de Servi os Socioassistenciais organizados por n veis de comple xidade do Sistema nico da Assist ncia Social Prote o Social B sica e Prote o Social Especial e Conselho Nacional de Imigra o Minist rio do Trabalho e Emprego Resolu o Normativa CNIg n 93 de 21 de Dezembro de 2010 DOU 23 12 2010 Disp e sobre a concess o de visto permanente ou perma n ncia no Brasil a estrangeiro considerado v tima do tr fico de pessoas e Minist rio do Trabalho e Emprego e Secretaria de Direitos Huma nos Portaria Interministerial n 2 de 12 de maio de 2011 Cria o Cadastro Nacional de Empregadores que tenham submetido tra balhadores a condi es an logas s de escravo Lista Suja 3 3 COMPET NCIAS PARA INVESTIGA O E RESPONSABILIZA O PENAL DO CRIME DE TR FICO DE PESSOAS No mbito da responsabiliza o fundamental conhecer quais os rg os e institui es competentes para a insta
106. h que se ficar atento a eventuais repercuss es em casos nos quais haja intersec es en tre os dois fen menos Por esses motivos o tr fico de pessoas considerado uma viola o de direi tos humanos especificamente o direito vida liberdade e ao direito de n o ser submetido a escravid o em nenhuma de suas formas diferentemente do que ocorre com o contrabando de migrantes An lise comparativa entre os crimes do tr fico de pessoas e o contrabando de migrantes 58 Art 3 do Protocolo contra o Contrabando de Migrantes por Terra Mar e Ar Suplementando a Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional 2000 59 A migra o irregular caracteriza se pela exist ncia de consentimento v lido por parte da pessoa que migra para outro pa s sem o atendimento dos requisitos legais exigidos Neste caso n o h intermedi rios ou o pagamento de taxas ilegais para o ingresso no pa s de destino Da mesma forma n o se estabelece no momento de chegada nos pa ses de destino uma rela o de pagamento de d vidas contra das anteriormente Organiza o Internacional do Trabalho Escritorio Brasil 2009 Manual de Capacita o sobre enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Dispon vel em http Awww oit org br node 378 6 UNODC 2010 Manual sobre la lucha contra la trata de personas para profesionales de la justicia penal CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas PRINCIPAIS DIFEREN AS E ASSOCIA E
107. ia n 546 de 11 de mar o de 2010 com a indica o dos trabalhadores estrangeiros irregu lares endere ado ao Minist rio da Justi a e devidamente instru do com pa recer t cnico de um dos seguintes rg os de acordo com sua compet ncia Secretaria Nacional de Justi a do Minist rio da Justi a II N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas III Postos Avan ados de servi os de recep o a brasileiros as deportados as e n o admitidos as nos principais pontos de entrada e sa da do Pa s IV Secretaria de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica e V Servi os que prestem atendimento a v timas de viol ncia e de tr fico de pessoas Uma boa pr tica para a preven o de situa es de tr fico de pessoas para fins de trabalho for ado escravo a determina o do Minist rio do Trabalho e Emprego para que o transporte de trabalhadores recrutados para trabalhar em localidade diversa da sua origem seja comunicado s SRTE por interm dio da Certid o De clarat ria de Transporte de Trabalhadores CDTT IN SIT MTE 76 2009 CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas 4 6 2 Comiss o Nacional para a Erradica o do Trabalho Escravo CONATRAE A CONATRAE foi criada em agosto de 2003 com a finalidade de moni torar a execu o do Plano Nacional para a Erradica o do Trabalho Escra vo lan ado em 11 de mar o de 2003 Art 2 Compete CONATRAE
108. icular pol tica e tecnicamente a implementa o da Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas trabalhando para a cria o de pol tica e plano esta duais Eles t m abrang ncia estadual e atuam na articula o de rg os p blicos e entidades civis envolvidos no enfrentamento ao tr fico e no suporte s Pol cias Federal e Civil por meio do for necimento de informa es Apoiam ainda o encaminhamento das v timas para os abrigos para servi os de apoio psicol gico aux lio ao retorno cidade de origem e implementam a es de enfrenta mento ao tr fico de pessoas junto com rg os p blicos e a socie dade civil T m compet ncia ainda na rea de desenvolvimento de pesquisas sobre o tr fico de pessoas e na forma o capacita o e sensibiliza o de rg os e do p blico sobre o tr fico Os Postos Avan ados de Atendimento Humanizado ao Migran te foram concebidos para funcionar em espa os de grande cir cula o de migrantes e prestar atendimento imediato ao mi grante deportado ou n o admitido no pa s de destino atender pessoas identificadas como v timas de tr fico no exterior ou pessoas que apresentem ind cios de tr fico de pessoas e que retornam ao Brasil al m de funcionar em estreita articula ao com o NETP do seu Estado Atuam ainda na preven o orien 108 Ver Portaria MJ n 1 696 de 27 de julho de 2011 109 www projetotrama org br GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE E
109. iculdades de fiscaliza o das condi es de trabalho e a rela o altamente personalizada entre trabalhadoras dom sticas e seus em pregadores e empregadoras as colocam em situa o especialmente vulner vel explora o Situa es como o n o pagamento de sa l rios e a perda da liberdade de ir e vir podem atingir mulheres e meninas trabalhadoras dom sticas Tr fico de pessoas para remo o de rg os considerado aquele tipo de tr fico onde se pretende a remo o de rg os da pessoa para o transplante em outra s pessoa s No contexto brasileiro contempor neo h consenso de especialistas sobre e a exist ncia do tr fico de pessoas para fins de explora o sexual sendo as mulheres transg neros ver Se o 1 6 2 acima crian as e adolescentes suas principais v timas e a exist ncia do tr fico de pessoas para fins de explora o do tra balho sendo os homens suas principais v timas e a exist ncia do tr fico de pessoas para fins de extra o de r 63 OIT Cidadania Direitos Humanos e Tr fico de Pessoas Manual para Promotoras Legais Populares Escritorio Brasil 2009 4 OIT Cidadania Direitos Humanos e Tr fico de Pessoas Manual para Promotoras Legais Populares Escritorio Brasil 2009 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL g os ainda que os dados referentes a essa modalidade sejam bastante limitados N o h dados concretos de
110. igaci n Tripartita sobre Trata de Mujeres Brasil Rep blica Dominicana y Suriname 2008 Em Espanhol UNODC Manual sobre la lucha contra la trata de personas para profesionales de la justicia penal 2010 Em Espanhol 145 MAPA NACIONAL DE N CLEOS ESTADUAIS DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS E POSTOS AVAN ADOS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AO MIGRANTE NETP AM POSTO AM NETP AC POSTO AC NETP PA NETP CE POSTO PA PA CE PI PE SE RN Em AL BA MG Es NETP RJ POSTO R J NETP SP POSTO SP 146 Anexo Il CONTATOS INSTITUCIONAIS DOS N CLEOS DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS E POSTOS AVAN ADOS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AO MIGRANTE N CLEOS DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NOME NETP AC Brasil ia NETP AC Cruzeiro do Sul NETP AL NETP AP NETP AM NETP BA NETP CE NETP DF NETP GO NETP MG NETP PA NETP PR NETP PE NETP RJ NETP RS NETP SP LOCAL Secretaria de Estado e Seguran a P blica Secretaria de Estado e Seguran a P blica Secretaria de Estado da Mulher da Cidadania e Direitos Humanos Secretaria de Estado da Justi a e Seguran a P blica do Estado do Amap Secretaria de Estado de Justi a e Direitos Humanos Secretaria da Justi a Cidadania e Direitos Humanos SJCDH Secretaria de Justi a e Cidadania do Estado do Cear Secretaria da
111. ileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade Es Fi seguintes ARTIGO 5 xil O livre o exerc cio de qualquer trabalho of cio ou profiss o atendidas as qualifica es profissionais que a lei estabelecer S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social O rela o de emprego protegida contra despedida arbitr ria ou sem justa causa nos termos de lei complementar que prever indeniza o compensat ria dentre outros direitos seguro desemprego em caso de desemprego involunt rio fundo de garantia do tempo de servi o sal rio m nimo fixado em lei nacionalmente unificado capaz de atender s suas necessidades vitais b sicas e s de sua familia com moradia alimenta o educa o sa de lazer vestu rio higiene transporte e previd ncia social com reajustes peri dicos que lhe preservem o poder aquisitivo sendo vedada sua vincula o para qualquer fim piso salarial proporcional extens o e complexidade do trabalho irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acordo coletivo garantia de sal rio nunca inferior ao m nimo para os que percebem remunera o vari vel ARTIGO 7 d cimo terceiro sal rio com base na remunera o integral ou no valor da aposentadoria remunera o
112. ilidade e interdepend ncia dos direitos humanos transversalidade das dimens es de g nero orienta o sexual origem tnica ou social proced ncia ra a e faixa et ria nas pol ticas publicas Os membros do Grupo de Trabalho Interministerial foram designados conforme Portaria Conjunta n 631 de 13 de mar o de 2007 que foi assinada pelo Minist rio de Estado da Justi a o Secret rio Especial de Direitos Humanos e a Se cretaria Especial de Pol ticas para as Mulheres Foram designados membros l Secretaria Especial de Direitos Humanos Il Secretaria Especial de Pol ticas para as Mulheres Ill Secretaria de Pol ticas de Promo o de Igualdade Racial IV Casa Civil V Minist rio da Justi a VI Minist rio do Desenvolvimento Social e Combate Fome VII Minist rio da Sa de VIII Minist rio do Trabalho e Emprego IX Minist rio do Desenvolvimento Agr rio X Minist rio da Educa o XI Mi nist rio das Rela es Exteriores XII Minist rio do Turismo XIII Minist rio da Cultura XIV Advocacia Geral da Uni o 100 Importante destacar o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas v lido entre os anos de 2008 a 2010 Para elabora o do Il Plano foram realizados uma consulta p blica assim como o Il Encontro Nacional da Rede de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas para definir prioridades GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Esse docu
113. imento IIl servi os especiais de preven o e atendimento m dico e A pe as mas de neglig ncia maus tratos explora o abuso cruel ade e opress o V prote o jur dico social por entidades de defesa dos direitos da crian a e do adolescente Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro mediante pasamento ou recompensa ena reclus o de um a quatro anos e multa j Par grafo nico Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a pagamento ou recompensa Promover ou auxiliar a efetiva o de ato destinado ao envio de crian a ou adolescente para o exterior com inobserv ncia das formalidades legais ou com o fito de obter lucro Pena reclus o de quatro a seis anos e multa Par grafo nico Se h emprego de viol ncia grave amea a ou fraude Pena reclus o de seis a 8 oito anos al m da pena correspondente viol ncia ART 239 ART 238 ART 87 Submeter crian a ou adolescente prostitui o ou explora o sexual Transportar crian a ou adolescente por qualquer meio com inobserv ncia do disposto nos artigos 83 84 e 85 desta Lei Pena multa de tr s a vinte sal rios de refer ncia aplicando se o dobro em caso de reincid ncia 251 244 A ART ART SE O II DOS CRIMES EM ESP CIE Oferecer trocar disponibilizar transmitir distribuir publicar ou divulgar por qualquer meio inclusive por meio de sistema de inform tica ou
114. iola es con tra direitos humanos em geral Atualmente o Disque Den ncia funciona diariamente das 8h as 22h inclu sive em fins de semana e feriados A liga o gratuita e o usu rio n o preci sa se identificar As den ncias recebidas s o analisadas e encaminhadas no prazo de 24h aos rg os de prote o defesa e responsabiliza o 2 4 5 2 Central de Atendimento Mulher Ligue 180 Em 2005 a Secretaria de Pol ticas para as Mulheres lan ou a Central de Atendimento Mulher Ligue 180 que tem como finalidade receber den n cias orientar e encaminhar para os rg os competentes os casos de tr fico de pessoas e de c rcere privado Nos casos de viol ncia contra a mulher do m stica por exemplo a Central orienta a mulher sobre seus direitos e sobre onde deve buscar ajuda e ou fazer a den ncia A Secretaria de Pol ticas para a Mulheres estendeu os servi os oferecidos pelo Ligue 180 para pessoas localizadas fora do Brasil atrav s do estabelecimento das linhas internacionais que ser o divulgadas nos consulados e embaixadas do Brasil no exterior atualmente limitado a Portugal Espanha e It lia e que ser o direcionadas diretamente para o Ligue 180 Esse canal de den ncia ser relevante para coletar denuncias de v timas de tr fico de pessoas 123 Informa o dispon vel na Cartilha do Disque Den ncia publicada em 2010 Esse documento traz informa es rele vantes sobre o funcionamento e seguimento
115. iosas no seu pa s de origem pode ser protegida por outro Estado soberano como asilado pol tico O Brasil ratificou no mbito da Organiza o dos Estados Americanos OEA a Conven o sobre Asilo Diplom tico em 1957 por meio do Decreto n 42 636 de 13 de novembro de 1957 A Conven o sobre Asilo Diplom tico tem como delimita o geogr fica os pa ses integrantes da OEA mas somente aqueles que tenham ratificado assim como o Brasil a Conven o de 1957 Conforme preceitua a Conven o em seu artigo V O asilo s poder ser concedido em casos de urg ncia e pelo tempo estritamente indispens vel para que o asilado deixe o pa s com as ga rantias concedidas pelo governo do Estado territorial a fim de n o cor rerem perigo sua vida sua liberdade ou sua integridade pessoal ou para que de outra maneira o asilado seja posto em seguran a O ap trida conforme defini o da Conven o sobre o Estatuto dos Ap tridas toda pessoa que n o seja considerada por qualquer Estado segundo a sua legisla o como seu nacional A Conven o do Estatuto do Ap trida de Setembro de 1954 determina que os Estados ratificantes daquela Conven o dever o aplicar as disposi es contidas nela sem discrimina o por motivo de ra a religi o ou pa s de origem O Brasil ratificou no mbito da Organiza o das Na es Unidas a Conven o sobre o Estatuto dos Ap tridas em 2002 por meio do Decreto n
116. isla o e mapeamen to de autoridades para a melhoria cont nua do servi o prestado a este grupo em especial condi o de vul nerabilidade que s o as v timas de tr fico de pessoas e os migrantes em situa o de viola o de direitos CAP TULO 1 Migra o e Migrantes GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 1 1 A HIST RIA DAS MIGRA ES A hist ria da humanidade se confunde com a hist ria das migra es A palavra mi gra o vem do latino migr re mudar de resid ncia Da a percep o da migra o como movimento de uma pessoa a outro lugar por um tempo determinado ge ralmente mais que um ano No entanto a migra o tamb m pode ser vista como uma simples mudan a de resid ncia sem ter em conta o per odo de tempo A hist ria das migra es remonta pelo menos h 160 000 anos antes da era comum com a mobilidade de grupos de seres humanos dentro do continente africano A hist ria pr colombiana do Brasil e do estabelecimento no Brasil de europeus e migrantes africanos for ados tamb m uma hist ria que gira em tor no da migra o come ando com o Tratado de Tordesilhas que dividiu as terras descobertas e por descobrir fora da Europa entre Espanha e Portugal em 1494 Durante a poca hist rica da migra o em massa entre 1846 e 1940 cerca de 55 milh es de migrantes sa ram da Europa para as Am ricas Entre os pa ses receptores
117. iva aplic vel em casos nos quais o Auditor Fiscal do Trabalho identifique tr fico de pessoas para fins de explora o de trabalho em condi o an loga de escravo uma vez presente qualquer das hip teses previstas nos incisos a VI do Art 3 desta Instru o Normativa O artigo 6 62 disp e que Os casos de tr fico de trabalhadores estrangeiros em situa o migra t ria irregular para fins de explora o de trabalho em condi o an lo ga de escravo que venham a ser identificados pelos Auditores Fiscais do Trabalho dever o ser encaminhados para concess o do visto per manente ou perman ncia no Brasil de acordo com o que determina a Resolu o Normativa n 93 de 21 de dezembro de 2010 do Conselho Nacional de Imigra o CNIg al m de todos os demais procedimen tos previstos nos Artigos 13 e 14 desta Instru o Normativa Aspecto relevante da normativa e que tem incid ncia direta sobre o trabalho desenvolvido pelos N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e pelos Postos Avan ados a possibilidade de serem requisitados a elaborar um parecer t cnico com a indica o dos trabalhadores estrangeiros irregulares para a concess o de visto permanente ou perman ncia no Brasil GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 63 O encaminhamento referido na al nea anterior ser efetuado mediante oficio da chefia superior nos termos do Art 18 Il da Portar
118. l tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil O Decreto Presidencial n 5 948 de 26 de outubro de 2006 aprovou a Po l tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil represen tando um marco hist rico e reconhecendo o tr fico de pessoas como um problema multidimensional exigindo a implementa o de a es articuladas e coma participa o de v rios atores envolvidos direta ou indiretamente com esse enfrentamento conforme Artigo 3 do Decreto 97 No caso do Brasil o Estado deve ser entendido nos seus tr s n veis federal estadual e municipal Importante destacar que h um dispositivo que autoriza o grupo respons vel pela elabora o do Plano Nacional de En frentamento ao Tr fico de Pessoas a convidar outros rg os e entidades da administra o p blica e da sociedade civil para participar de suas atividades Artigo 3 par grafo 3 demonstrando o car ter inclusivo em que se prop e a constru o dessa pol tica p blica Ademais importante destacar que a sociedade civil organizada principalmente as ONGs de aten dimento s v timas de tr fico j vinham desenvolvendo a es e tinham experi ncia no atendimento s v timas de tr fico o que foi fundamental para a troca de experi ncias e conhecimento sobre a problem tica do tr fico de pessoas no Brasil CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil A Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas
119. l um grande contingente de pequenos agricultores ou desempregados do campo fugiu da seca em dire o ao Sudeste Rio de Janeiro e S o Paulo A expans o da fronteira agr cola trouxe consigo fluxos populacionais do Sul e Sudeste em dire o aos estados do Norte nos anos 70 e 80 A seguir houve um aumento na migra o em dire o s cidades de porte m dio que tiveram um expressivo crescimento nos anos 90 Outra caracter stica apontada como t pica dos processos migrat rios ocorri dos no Brasil que se assentam sob a base da explora o dos recursos natu rais de forma predat ria sem preocupa es com os aspectos urban sticos de fixa o do novo contingente populacional no local de destino ou de melhoria dos equipamentos p blicos b sicos saneamento educa o sa de etc O denominador comum a todos esses processos parece ser a quest o do emprego e da consequente expectativa de melhoria de vida Contemporaneamente percebe se uma altera o nesse panorama uma vez que as cidades de pequeno e m dio portes t m atra do cada vez mais pesso as em busca de uma melhor qualidade de vida que a oferecida nas grandes cidades As grandes capitais j n o crescem no ritmo de antes mas ainda n o chegam a diminuir de tamanho Brito Fausto As migra es internas no Brasil CEDEPLAR texto para discuss o n 366 35 Hazeu Marcel Theodor 2011 Migra o internacional de mulheres na periferia de Bel m identidades fam li
120. lei redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a O adicional de remunera o para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei XXIV O aposentadoria XXV O assist ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at seis anos de idade em creches e pr escolas XXVI reconhecimento das conven es e acordos coletivos de trabalho XXVII O prote o em face da automa o na forma da lei XXVIII O seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que este est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa O a o quanto aos cr ditos resultantes das rela es de trabalho com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais at o limite de dois anos ap s a extin o do contrato de trabalho amp proibi o de diferen a de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rio de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil XXXII proibi o de qualquer discrimina o no tocante a sal rio e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos XXXIII amp proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos
121. lo CECRIA Centro de Refer ncia Estudos e A es sobre Crian as e Adolescentes 2002 pg 61 Pesquisa conhecida como Pestraf Apesar da Pestraf ser de 2002 ela ainda a nica pesquisa nacional realizada sobre tr fico de pessoas 77 Criada em agosto de 2003 a Comiss o Nacional Para a Erradica o do Trabalho Escravo CONATRAE rg o colegiado vinculado Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica tem a fun o primordial de monitorar a execu o do Plano Nacional para a Erradica o do Trabalho Escravo Dispon vel em http portal mj gov br sedh ct conatrae conatrae htm 78 Dados dispon veis em http portal mte gov br data files 8A7C816A308E140C013099A935684CEE quadro resu mo 1995 2010 pdf CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas 2 8 CARACTERIZA O GERAL E ASPECTOS ESPEC FICOS SOBRE PERFIS DE V TIMAS E TRAFICANTES FORMAS DE ALICIAMENTO E RECRUTAMENTO Informa es da OIT indicam que h uma maior concentra o de mulhe res e meninas na explora o sexual e nos servi os dom sticos Por outro lado as v timas homens e meninos encontram se mais presentes em um leque mais amplo de atividades econ micas sendo submetidos a situa es de trabalho for ado Sabe se que h mais informa es consolidadas sobre o perfil das v timas de tr fico brasileiras para fins de explora o sexual Os dados relativos s v timas de tr fico para fins de trabalho for ado podem ser verifi
122. logia de servi o de recep o a brasileiros as n o admitidos ou deportados as nos principais pontos de entrada Fornecer informa es sobre a documentos e procedimentos referentes a viagens nacionais e internacionais b direitos e deveres de brasileiros as no exterior c direitos e deveres de estrangeiros as no Brasil d servi os consulares e e quaisquer outras informa es necess rias e pertinentes Prestar apoio para a localiza o de pessoas desaparecidas no exterior b orienta es sobre procedimentos e encaminhamentos para as redes de servi o Atualmente j existem funcionando quinze NETPs no Brasil nos Estados de Acre Alagoas Amap Amazonas Bahia Cear Distrito Federal Goi s Minas Gerais Par Paran Pernambuco Rio de Janeiro Rio Grande do Sul e S o Paulo BREVE HIST RICO SOBRE O PROCESSO DE CRIA O DOS NUCLEOS E DEMAIS SERVI OS Cria o de Escrit rios de Atendimento ao Tr fico de Pessoas cujo objetivo era estabelecer algum servi o para a recep o e o acompanhamento das v timas de tr fico no momento do seu retorno ao Brasil Tais escrit rios estavam situados em quatro estados brasileiros Cear Goi s Rio de Janeiro e S o Paulo e selecionados a partir do crit rio de uma demanda espont nea 2003 Cria o dos N cleos a partir da elabora o e implementa o da Pol tica e do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas coordena
123. m a finalidade de obter melhores resultados Assim como as multinacionais abrem sucursais no mundo inteiro para tirar proveito da m o de obra atrativa ou dos mercados de mat rias pri mas o mesmo ocorre com os neg cios ilegais Al m disso os neg cios internacionais tanto os leg timos quanto os il citos tamb m criam no mundo inteiro toda a infraestrutura necess ria para a produ o o marke ting e as necessidades de distribui o Empresas ilegais podem se expan dir geograficamente para aproveitar essas novas condi es econ micas gra as revolu o nas comunica es e no transporte internacional A rede articulada para fins de tr fico possibilita a cria o de uma grande estrutura de servi os meio para a obten o de lucros como fornecedores de documentos fal sos prestadores de servi os jur dicos lavadores de dinheiro redes de transportes entre outros Quando os neg cios ligados a uma modalidade do crime organizado chegam a ser grandes e est veis as redes tendem a se diversificar em outras mo dalidades como faria qualquer grande empresa l cita Por outro lado o aprimora mento do crime organizado reflete a insufici ncia dos mecanismos de enfrenta mento tradicionais individuais de cada Estado corroborando para a necessidade de utiliza o de novas formas de combate atrav s da coopera o bilateral regional e at multilateral e ainda por meio da coopera o t cnica policial tecnol gica econ mic
124. mas no mbito do Sistema nico da Assist ncia Social SUAS O Brasil conta com servi os especializados criados no mbito do SUAS que atendem entre outras as demandas das v timas do tr fico de pessoas Servi os ofertados no mbito da Prote o Social Especial de M dia Complexidade do SUAS que realiza atendimento especializado s fa m lias e aos indiv duos em situa o de risco pessoal e social e viola o de direitos 5 Disposto na Resolu o n 109 de 11 de novembro de 2009 Aprova a Tipifica o Nacional de Servi os Socioassis tenciais Dispon vel em http Awww mds gov br suas resolucao cnas no109 2009 tipificacao nacional de servicos socioassistenciais CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Servi o de Prote o e Atendimento Especializado a Fam lias e Indiv du os PAEFI Servi o Especializado em Abordagem Social Servi o de prote o social a adolescentes em cumprimento da medida socioeducativa de Liberdade Assistida LA e de Presta o de Servi os Comunidade PSC Servi o de Prote o Social Especial para Pessoas com Defici ncia Ido sas e suas Fam lias Servi o Especializado para Pessoas em Situa o de Rua Unidade de Refer ncia Centro de Refer ncia Especializado de Assist n cia Social CREAS H 1 590 CREAS no Brasil Por outro lado h servi os ofertados no mbito da Prote o Social Espe cial de Alta Complexidade do SUAS q
125. mente dif cil quantificar os emigrantes brasilei ros sobretudo porque em muitos pa ses s o representativos os n meros de mi grantes de origem brasileira em situa o irregular A t tulo de exemplo o Itamaraty estima que no ano de 2009 137 600 brasileiros viv am em Portugal enquanto apenas 116 220 encontravam se registados como residentes em 2009 de acordo com registros do Servi o de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal SEF Os emigrantes brasileiros residem principalmente nos Estados Unidos da Am rica no Paraguai e no Jap o Mais de 800 000 brasileiros vivem ainda na Europa sobretudo no Reino Unido Portugal e Espanha O Minist rio das Rela es Exteriores tamb m colaborou no estabelecimento de v rias Casas do Trabalhador Brasileiro criadas pelo Minist rio do Trabalho e Emprego atrav s do Conselho Nacional de Imigra o em lugares que acolhem grandes n meros de trabalhadores brasileiros Por exemplo foi criada em 2010 a Casa do Trabalhador Brasileiro no Jap o na cidade de Hamamatsu ponto focal dos cerca de 230 500 migrantes brasileiros que residem neste pa s 2 Minist rio de Rela es Exteriores 2009 Brasileiros no Mundo Estimativas 2nd Ed 30 Minist rio das Rela es Exteriores Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior Divis o das Comunidades Brasileiras no Exterior Junho de 2011 Brasileiros no Mundo Estimati
126. mento ainda inclui as Diretrizes Gerais da Pol tica Nacional de En frentamento ao Tr fico de Pessoas como sendo fortalecimento do pacto federativo por meio da atua o conjunta e articulada de todas as esferas de governo na preven o e repress o ao tr fico de pessoas bem como no atendimento e reinser o social das v timas fomento coopera o internacional bilateral ou multilateral articula o com organiza es n o governamentais nacionais e internacionais estrutura o de rede de enfrentamento ao tr fico de pessoas envolvendo todas as esferas de governo e organiza es da sociedade civil fortalecimento da atua o nas regi es de fronteira em portos aeroportos rodovias esta es rodovi rias e ferrovi rias e demais reas de incid ncia verifica o da condi o de v tima e respectiva prote o e atendimento no exterior e em territ rio nacional bem como sua reinser o social incentivo e realiza o de pesquisas considerando as diversidades regionais organiza o e compartilhamento de dados incentivo forma o e capacita o de profissionais para a preven o e repress o ao tr fico de pessoas bem como para a verifica o da condi o de v tima e para o atendimento e reinser o social das vitimas harmoniza o das legisla es e procedimentos administrativos nas esferas federal estadual e municipal relativas ao tema incentivo participa
127. mo re fugiado num pa s de destino Tem o direito de ingressar num pa s e de residir a enquanto o seu caso analisado Em muitos pa ses durante o tempo de tramita o do pedido o solicitante n o tem direito de trabalhar no entan to no Brasil os solicitantes de asilo podem trabalhar enquanto esperam uma decis o Caso obtenha o reconhecimento da preced ncia de seu pedido seu estatus passa a ser o de refugiado com a obten o do direito de perman ncia Neste caso n o pode ser punido por entrada irregular no pa s de destino Caso haja uma decis o negativa n o recebe autoriza o para residir no pa s de des tino N o obstante muitos solicitantes de asilo cujos pedidos s o indeferidos fazem um novo requerimento de prote o auxiliar por raz es humanit rias O direito de asilo pol tico uma antiga institui o jur dica segundo a qual uma pessoa perseguida por suas opini es pol ticas situa o racial ou con Dispon vel em http Awww2 mre gov br dai refugiados htm Acesso em 07 02 2012 5 ACNUR 2010 Tend ncias Globais 2009 Refugiados Solicitantes de Ref gio Repatriados Pessoas Deslocadas Teles Ferreira Barreto Luiz Paulo org 2010 Ref gio no Brasil Bras lia Minist rio de Justi a e ACNUR 7 ACNUR 2010 Direitos e deveres dos solicitantes de ref gio no Brasil ACNUR Brasil GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL vic es relig
128. mulheres e as sim previne vulnerabilidades para o tr fico de pessoas e tamb m modifica a compreens o brasileira do fen meno da viol ncia de g nero Outro aspecto relevante da lei a possibilidade da incorpora o dos conceitos de g nero para al m dos conceitos de sexo feminino e masculino Caso recente refe re se transexual que sofreu maus tratos por parte do parceiro e consegue na Jus ti a direito aplica o da Lei Maria da Penha de acordo com as palavras do Juiz Destarte n o posso acolher o respeit vel parecer ministerial e ig norar a forma pela qual a ofendida se apresenta perante todas as demais pessoas n o restando d vida rela o ao seu sexo social ou seja a identidade que a pessoa assume perante a sociedade 33 8 O Estado assegurar a assist ncia fam lia na pessoa de cada um dos que a integram criando mecanismos para coibir a viol ncia no mbito de suas rela es CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil Somados todos esses fatores a transexualidade da v tima as caracter sti cas f sicas femininas evidenciadas e seu comportamento social conferir ofendida tratamento jur dico que n o o dispensado s mulheres nos casos em que a distin o estiver autorizada por lei transmuda se no co metimento de um terr vel preconceito e discrimina o inadmiss vel em afronta inequ voca aos princ pios da igualdade sem distin o de sexo e orienta o sexual da dignidade d
129. na perspectiva da promo o dos direitos humanos Mobilizar e sensibilizar grupos espec ficos e comunidade em geral sobre o tema do tr fico de pessoas Potencializar a amplia o e o aperfei oamento do conhecimento sobre o enfrentamento ao tr fico de pessoas nas inst ncias e rg os envolvidos na repress o ao crime e responsabiliza o dos autores Favorecer a coopera o entre os rg os federais estaduais e municipais envolvidos no enfrentamento ao tr fico de pessoas para atua o articulada na repress o a esse crime e responsabiliza o dos autores Impulsionar em mbito estadual mecanismos de repress o ao tr fico de pessoas e consequente responsabiliza o dos autores Definir de forma articulada fluxo de encaminhamento que inclua compet ncias e responsabilidades das institui es inseridas no sistema estadual de disque den ncia Prestar aux lio s v timas do tr fico de pessoas no retorno localidade de origem caso seja solicitado Instar o Governo Federal a promover parcerias com governos e organiza es estrangeiras para o enfrentamento ao tr fico de pessoas Articular a implementa o de Postos Avan ados a serem instalados nos pontos de entrada e sa da de pessoas a crit rio de cada Estado ou Munic pio GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL ART 4 COMPETE AOS POSTOS AVAN ADOS Implementar e consolidar uma metodo
130. ndimento Mulher em situa o de viol ncia Centro de Refer ncia de Atendimento Mulher N cleos de Atendimento Mulher em Situa o de Viol ncia Centros Integrados da Mulher Servi os de Abrigamento Casas Abrigo Casas de Acolhimento Provis rio Casas de Pas sagem Delegacias Especializadas de Atendimento Mulher N cleos da Mulher nas Defensorias P blicas Promotorias Es pecializadas Juizados Especiais em Viol ncia Dom stica e Familiar contra a Mulher Centros de Refer ncia Especializados da Assist ncia Social CRE AS na aus ncia dos Centros de Refer ncia de Atendimento Especializado s Mulheres em situa o de viol ncia os CREAS dever o assumir o papel de oferecer atendimento adequado e direcionado a mulheres em situa o de tr fico de pessoas atra v s de atendimento individual e oferecendo aten o e prote o social especial o PAIF Programa de Atendimento Integral Fam lia principal servi o desenvolvido no Centro de Refer ncia de Atendimento Mulher que possibilita detectar vulnerabilidades enfrentadas pelos diversos membros da fam lia 3 Importante ressaltar que os Servi os de Abrigamento est o distribu dos por todos os estados da Rep blica Federativa do Brasil no importante ressaltar que apesar de fazer parte da rede que tamb m atende tr fico os juizados s o exclusivos para casos de viol ncia dom stica CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr
131. nifesta es do tr fico de acordo com nacionalidades 71 Capitulo 3 Tr fico de Pessoas no Brasil 73 3 1 Legisla o referente ao Tr fico de Pessoas 74 E 1 1 Tratados assinados e ou ratificados pelo Brasil 74 3 1 2 Legisla o internacional relevante 77 32 Legisla interna e pec fica sobre tr fico de pessoas 78 Em Constitui o Fedora E ses ease pe 322 C digo Penal 1940 Crimes conexos 84 3 2 3 Lei n 8 069 de 13 de julho de 1990 Estatuto da Crian a e do Adolescente 85 3 2 4 Lei n 9 434 de 4 de fevereiro de 1997 Disp e sobre a remo o de rg os tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e d outras provid ncias 87 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 3 2 5 Lei n 6 815 de Agosto de 1980 Define a situa o jur dica do estrangeiro no Brasil cria o Conselho Nacional de Imigra o CNIg 88 3 2 6 Lei n 1 340 de 7 de Agosto de 2006 Lei Maria da Penha lei contra a viol ncia dom stica e familiar contra a mulher 90 3 2 7 Outros documentos relevantes em n vel federal 91 33 Compet ncias para investiga o e responsabiliza o penal do crime e do tr fico de pessoas 92 3 4 Pol ticas p blicas 93 3 4 1 Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil 94 3 4 2 Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas no Brasil 98 3 4 3A import ncia da intersetoriali
132. no Brasil insti tuiu o Grupo de Trabalho Interministerial que foi o Grupo respons vel pela elabora o do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas A regulamenta o brasileira de enfrentamento ao tr fico de pessoas compreendida principalmente pela Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e pe los Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas forma um conjunto de a es desencadeadas pelo Estado brasileiro principalmente no mbito federal com a finalidade de estabelecer princ pios diretrizes e a es de preven o e repres s o ao tr fico de pessoas e de atendimento s v timas conforme as normas e ins trumentos nacionais e internacionais de direitos humanos e a legisla o brasileira A Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas trouxe em seu texto os seus princ pios norteadores entre eles respeito dignidade da pessoa humana n o discrimina o por motivo de g nero orienta o sexual origem tnica ou social proced ncia nacionalidade atua o profissional ra a religi o faixa et ria situa o migrat ria ou outro status prote o e assist ncia integral s v timas diretas e indiretas independentemente de nacionalidade e de colabora o em processos judiciais promo o e garantia da cidadania e dos direitos humanos respeito a tratados e conven es internacionais de direitos humanos universalidade indivisib
133. nsensualmente por terceiros a outro pa s por meios ilegais com a inten o de obter direta ou indiretamente benef cio financeiro A utiliza o do servi o de terceiro se d porque essa pessoa n o pode ingressar no pa s destino pelos meios legais por n o ser nacional nem residente permanente e n o preencher os requisitos necess rios para obter o visto ou a autoriza o de resid ncia exigidos No contrabando h a atua o consciente e dirigida do migrante que pactua com terceiro o transporte at o destino pretendido Esse terceiro contratado pelo migrante em troca de um benef cio econ mico assumindo aquele a responsabilidade de lev lo ao pa s pretendido Essa modalidade criminosa n o conta com o elemento da coer o e do enga no Assim o contrabando de migrantes n o uma viola o dos direitos hu manos mas sim uma viola o s leis migrat rias e pressup e a participa o volunt ria de imigrantes com as redes de contrabando na inten o de obter a entrada ou admiss o ilegal ou irregular em outro pa s Por outro lado o tr fico de pessoas envolve o deslocamento destas atrav s do engano da coa o ou do aproveitamento de sua condi o de vulnera bilidade com a inten o de explor la no destino final obtendo benef cio financeiro Essa explora o pode ser sexual para fins de trabalho for ado casamento for ado remo o de rg os entre outras formas n o explicita das pelo Pro
134. ntes n o tem diminuido em resposta crise e Em resposta s consequencias da crise alguns governos t m tenta do devolver os migrantes aos seus pa ses Instituiram se programas especiais de retorno volunt rio para os migrantes em v rios pa ses e Asituac o dos migrantes que permaneceram em seus pa ses de desti no tem se deteriorado em geral Em pocas de contra o econ mica os migrantes tendem a ser a categoria de trabalhadores mais afetadas pela perda de trabalho proporcionalmente mais que os nacionais 27 Ver Climate Refugees Legal and Policy Responses to Environmentally Induced Migration dispon vel em http Awww europarl europa eu committees de studiesdownload html languageDocument ENSfile 60931 28 En el marco de un programa semejante aplicado en Espa a 8 724 personas aceptaron el ofrecimiento es decir aproximadamente el 10 de la posible poblaci n beneficiaria Instituto de Pol tica Migratoria 2009 CAP TULO 1 Migra o e Migrantes 1 5 MIGRA O E TRABALHO O fen meno da migra o para fins de trabalho afeta tanto os fluxos dos bra Sileiros para trabalhar no exterior quanto o n mero crescente de estrangei ros que v m ao Brasil para trabalhar 1 5 1 Emigra o e trabalho S o cerca de tr s milh es os brasileiros que residem permanentemente fora do Brasil a maioria do qual tamb m trabalha no estrangeiro ou em situa o legal ou em situa o irregular particular
135. nven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo Preven o Repress o e Puni o do Tr fico de Pessoas em Especial Mulheres e Crian as promulgado no Brasil pelo Decreto N 5 017 de 12 de Mar o de 2004 8 Art 3 do Protocolo contra o Contrabando de Migrantes por Terra Mar e Ar Suplementando a Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional 2000 14 Esta uma vers o adaptada do Anexo de Trabalho Defini es e Terminologia do ICMPD Departamento Italiano de Oportunidades Iguais Diretrizes para o Desenvolvimento de um Mecanismo de Refer ncia Transnacional para as V timas CAP TULO 1 Migra o e Migrantes Crian a traficada Uma crian a traficada qualquer pessoa menor de 18 anos que seja recrutada transportada transferida mantida sob guarda ou recebida com o prop sito de ex plora o seja dentro ou fora de um pa s ainda que nenhum elemento de coer o engano abuso de autoridade ou qualquer outra forma de abuso seja usada Traficante Um traficante uma pessoa c mplice no tr fico de outro ser humano ou seres humanos para qualquer forma de explora o V tima do tr fico assistida uma pessoa que foi identificada como v tima do tr fico e que concordou em aceitar assist ncia de organiza es n o governamentais governamen tais e internacionais e outras relevantes referida tamb m como pessoa tra ficada ou pessoa assistida
136. nven o sobre as Ag ncias de Emprego Privadas n 181 n o ratificada 1997 pelo Brasil 3 1 2 Legisla o internacional relevante No mbito internacional a Conven o Internacional sobre a Prote o dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros de suas Fam lias foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1990 entrou em vigor em 12 de Julho de 2003 At a data apenas 45 pa ses em todo o mundo ratificaram a Conven o incluindo nove pa ses sul americanos No Brasil a ratifica o da Conven o encontra se em tramita o no Con gresso Nacional A Conven o leva em conta as normas e princ pios estabelecidos nos ins trumentos pertinentes elaborados no mbito da Organiza o Internacional do Trabalho principalmente a Conven o sobre Trabalhadores Migrantes n OtextodaConven oencontra sedispon velaqui http Awvww oas org dil port 1990 20Conven C3 A7 C3 A30 20 Internacional 20sobre 20a2 20Protec wC3 A7 C3 A30 20dos 20Direitos 20de 20Todos 200s 20Trabalha dores 20Migrantes 20e 20suas 20Fam C3 ADlias 20a 20resolu C3 A7 C3 A30 2045 158 20de 20 18 20de 20dezembro 20de 201990 pdf GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE 97 a Conven o sobre as Migra es em Condi es Abusivas e Promo o da Igualdade de Oportunidades e de Tratamento dos Trabalhadores Migran tes n 143 a Recomenda o Relativa Migra o para o Emprego n 86 a Recomenda o relativa aos Trabalhado
137. o de sa da Pena reclus o de um a cinco anos e se o infrator for estrangeiro expuls o infringir o disposto nos artigos 45 a 48 Pena multa de cinco a dez vezes o Maior Valor de Refer ncia infringir o disposto no artigo 26 1 ou 64 Pena deporta o e na reincid ncia expuls o infringir ou deixar de observar qualquer disposi o desta Lei ou de seu Regulamento para a qual n o seja cominada san o especial Pena multa de duas a 5 cinco vezes o Maior Valor de Refer ncia GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 3 2 6 Lei n 11 340 de 7 de Agosto de 2006 Lei Maria da Penha lei contra a viol ncia dom stica e familiar contra a mulher Esta lei cria mecanismos para coibir a viol ncia dom stica e familiar contra a mulher nos seguintes termos e do 68 do artigo 226 da Constitui o Federal e da Conven o sobre a Elimina o de Todas as Formas de Discrimi na o contra as Mulheres e e da Conven o Interamericana para Prevenir Punir e Erradicar a Viol ncia contra a Mulher A Lei ainda disp e sobre a cria o dos Juizados de Viol ncia Dom stica e Familiar contra a Mulher altera o C digo de Processo Penal o C digo Penal ea Lei de Execu o Penal e d outras provid ncias Apesar da Lei Maria da Penha n o tratar diretamente do tr fico de pessoas ela aborda o enfrentamento viol ncia dom stica contra as
138. o em desacordo com o disposto no art 11 Pena multa de cem a duzentos dias multa ART 20 ART 19 ART 18 ART 17 3 2 5 Lei n 6 815 de Agosto de 1980 Define a situa o jur dica do estrangeiro no Brasil cria o Conselho Nacional de Imigra o CNIg Sendo os imigrantes internacionais entre os grupos mais vitimizados pelo tr fico de pessoas o quadro legislativo referente imigra o tamb m relevante a esta tem tica T TULO XII DAS INFRA ES E PENALIDADES Constitui infra o sujeitando o infrator s penas aqui cominadas entrar no territ rio nacional sem estar autorizado clandestino Pena deporta o demorar se no territ rio nacional ap s esgotado o prazo legal de estada Pena multa de um d cimo do Maior Valor de Refer ncia por dia de excesso at o m ximo de 10 dez vezes o Maior Valor de Refer ncia e deporta o caso n o saia no prazo fixado ART 125 deixar de registrar se no rg o competente dentro do prazo estabelecido nesta Lei artigo 30 Pena multa de um d cimo do Maior Valor de Refer ncia por dia de excesso at o m ximo de 10 dez vezes o Maior Valor de Refer ncia i N i E lt CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil deixar de cumprir o disposto nos artigos 96 102 e 103 Pena multa de duas a dez vezes o Maior Valor de Refer ncia deixar a empresa transportadora de atender manuten o ou promover a sa
139. o que distingue um migrante de um turista ou um viajante de neg cios O termo migrante se aplica a pessoas e a seus familiares que v o para outro pa s ou regi o com vistas a melhorar suas condi es sociais e materiais suas perspectivas e as de seus familiares Um migrante pode ser ainda uma pessoa que tendo migrado anteriormente a um pa s ou uma regi o onde n o nasceu regressa ao lugar pa s de origem Esta pessoa nomeada um migrante de retorno o 2 No entanto os descendentes que nasceram no pa s de destino mais abaixo de um genitor ou dois parentes migrantes podem ser referidos como migrantes seja por autoidentifica o seja por terceiros GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE Migra o significa o deslocamento de pessoas de um lugar para ou tro seja dentro do mesmo pa s migra o interna seja para outro pa s migra o internacional para fins de estabelecer resid ncia no outro lugar Emigra o significa vista desde a perspectiva do pa s de origem sair de um pa s para estabelecer se noutro A distin o entre emigra o e imigra o apoia se t o somente na perspectiva de quem a observa Imigra o significa vista desde a perspectiva do pa s de destino en trar num pa s que n o seja o pa s de nascimento nem o pa s da re sid ncia habitual para estabelecer se num eventual pa s de destino Fica claro portanto que a migra o a emigra o e a imigra o repr
140. o tamb m envolve o acesso Justi a Um dos aspectos mais relevantes para o restabelecimento dos direitos da v tima envolve os elementos abordados a seguir GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Direito a informa o Todas as equipes dos Postos Avan ados e N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas devem se orientar pelas diretrizes e princ pios estabelecidos pela Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas Uma das obriga es prestar informa es s v timas quanto ao processo judicial Direito preserva o da sua identidade H possibilidade de preser va o da identidade da v tima Por m ainda n o h legisla o es pec fica penal ou processual que obrigue essa preserva o da iden tidade no caso de procedimentos judiciais sobre tr fico de pessoas Direito de serem ouvidas por uma autoridade As v timas t m direito a serem ouvidas Caso a v tima queira ser ouvida por um rg o do Sistema de Justi a ou de Seguran a P blica ela deve ser encaminhada sendo acompanhada por um t cnico da equi pe do Posto ou N cleo quando necess rio 4 4 1 Programa de Prote o Testemunha O Sistema Nacional de Assist ncia s V timas e s Testemunhas Ame a adas composto pelo Programa Federal de Assist ncia a V timas e a Testemunhas Amea adas regulamentado pelo Decreto n 3 518 00 e gerenciado pela Secretaria dos Direitos Humanos da
141. om fernanda givisiezQdefesasocial mg gov br sejudh pa ctetpQyahoo com br stella natalQhotmail com netppeQsds pe gov br netppeQgmail com netp rj dhQgmail com grazielladhQ gmail com rsnapazQssp rs gov br netpspOjustica sp gov br 142 Estes contatos foram atualizados em 21 de junho de 2012 A lista atualizada encontra se dispon vel em http portal mij gov br data Pages MJ395C2E18ITEMIDO7802C53100C4AA3A3CD057F1F1964D4PTBRIE htm 147 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL POSTOS AVAN ADOS DE ATENDIMENTO HUMANIZADO AO MIGRANTE NOME Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante AC Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante Fluvial de Itacoatiara AM Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante da Rodovi ria de Manaus AM Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante Fluvial de Humait AM Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante Fluvial da Ceasa em Manaus AM Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante da Rodovi ria de Manacapuru AM Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante Fluvial de Parintins AM Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante CE Posto Avan ado de Direitos para Viajantes PA Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante RJ Posto Avan ado de Atendimento Humanizado ao Migrante SP Posto de Atendimento Especi
142. os e pesquisas bem como no apoio a proje tos de interven o com adolescentes em situa o de vulnerabilidade 4 5 CANAIS DE DEN NCIA DE CASOS DE TR FICO DE PESSOAS fundamental conhecer e saber onde denunciar uma situa o de tr fico de pessoas Disponibilizam se nesse espa o alguns rg os respons veis por receber ind cios de den ncias de tr fico de pessoas para depois re pass las rede de atendimento e responsabiliza o das v timas de tr fi co de pessoas no Brasil 4 5 1 Disque Direitos Humanos Disque 100 O Disque Den ncia Nacional um servi o de discagem direta e gratuita dispo n vel para todo o Brasil coordenado pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica SDH O servi o tem contabilizado mais de 940 aten dia CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas dimentos di rios Sua fun o encaminhar as den ncias rede de prote o e responsabiliza o local onde a v tima se encontre al m de utilizar os dados para mapear as regi es mais cr ticas possibilitando uma defini o das regi es priorit rias no estabelecimento de pol ticas p blicas Importante destacar que esse servi o foi inicialmente criado em 2004 e fi cou conhecido como Disque Den ncia Ele foi pensado inicialmente para registrar viola es de direitos sexuais contra crian as e adolescentes mas recentemente sua compet ncia foi estendida para atender a v
143. os pelo Departamento de Pol cia Federal e os casos omissos ou especiais s o resolvidos pela Secretaria Nacional de Justi a O contexto regional tamb m foi fortemente impactado pela altera o do ce n rio econ mico global e regional O Brasil teve um desempenho econ mico acima da m dia regional passando a atrair um n mero expressivo de migran tes latino americanos especialmente bolivianos e peruanos A maior parte dos migrantes encontra se situada em S o Paulo muitos em situa o de irregularidade documental e exercendo ocupa es de baixa qua lifica o Em v rias oportunidades a imprensa brasileira noticiou a situa o de imigrantes bolivianos encontrados em situa o de explora o do trabalho ligados ao setor t xtil particularmente preocupante a situa o das mulhe res e crian as migrantes libertadas nas fiscaliza es conduzidas pelas equi pes de inspe o das Superintend ncias do Trabalho Um desenvolvimento muito recente na hist ria brasileira das migra es foi a chegada de um n mero significativo de haitianos nas fronteiras do pa s fugindo da pobreza e dos desastres ambientais e sanit rios da ilha caribe nha At a data eram mais de 4 000 os imigrantes haitianos que chegaram ao Brasil nos ltimos dois anos Segundo os relatos dos haitianos o trajeto feito por via a rea do Haiti at o Peru ou Equador e depois por via terres tre at a fronteira do Brasil Ap s 25 de janeiro de 2012 o Peru
144. ote o para aquele que devido a fundados temores de persegui o por motivos de ra a re ligi o nacionalidade grupo social ou opini es pol ticas encontre se fora de seu pa s de nacionalidade e n o possa ou n o queira acolher se prote o de tal pa s Artigo 1 de notar que o Alto Comissariado das Na es Unidas para Refugiados ACNUR s estabeleceu sua presen a na Am rica Latina duas d cadas de pois da promulga o da Conven o O Brasil assumiu a responsabilidade e o compromisso seja com a ratifica o do Estatuto dos Refugiados Decreto CAP TULO 1 Migra o e Migrantes n 50215 61 seja com a promulga o de uma legisla o espec fica interna Lei n 9474 97 ampliando a garantia a essas pessoas no artigo 1 III da citada Lei no qual se estabelece o reconhecimento da garantia de ref gio a todo indiv duo que devido grave e generalizada viola o de direitos humanos obrigado a deixar seu pa s de nacionalidade para buscar ref gio em outro pa s A t tulo de ilustra o no fim de 2009 de acordo com o ACNUR havia 43 3 milh es de pessoas deslocadas no mundo das quais 15 2 milh es eram ofi cialmente refugiados Em 2010 4 306 refugiados viviam no Brasil de 75 diferentes nacionalidades incluindo 39 de angolanos 14 de colombianos e 10 de cidad os da Rep blica Democr tica do Congo Um solicitante de asilo uma pessoa que pede o reconhecimento co
145. ou o acolhimento de pessoas recorrendo amea a ou uso da for a ou a outras formas de coa o ao rapto fraude ao engano ao abu so de autoridade ou situa o de vulnerabilidade ou entrega ou aceita o de pagamentos ou benef cios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de explo ra o A explora o incluir no m nimo a explora o da prostitui o de outrem ou outras formas de explora o sexual o trabalho ou servi os for ados escravatura ou pr ticas similares escravatura a servid o ou a remo o de rg os 2 O contrabando de migrantes definido como a aquisi o para obter direta ou indiretamente benef cio financeiro ou outro mate rial da entrada ilegal de uma pessoa num Estado parte da qual a pessoa n o cidad ou residente permanente Assist ncia Assist ncia s v timas do tr fico compreende medidas programas e ser vi os visando recupera o das v timas do tr fico Pode incluir mas n o se limita a moradia adequada assist ncia m dica psicol gica e material educacional treinamento e oportunidades de emprego aconselhamento e assist ncia jur dica Primeiro a assist ncia de curto e longo prazos pode ser oferecida por organiza es n o governamentais governamentais e in ternacionais nos pa ses de destino tr nsito e origem podendo envolver um ou m ltiplos servi os 12 Protocolo Adicional Co
146. pa ses em desenvolvimento foi estimado em 2006 em 167 bilh es de d lares No entanto no contexto brasileiro o volume das remessas est diminuin do Em 2011 chegou a um ponto baixo de 1 97 bilh o de d lares No Brasil a maior parte das remessas dos emigrantes usada para contri buir com a economia familiar ou para pagar d vidas al m do dinheiro ser utilizado para investimentos recomend vel trabalhar no sentido de diminuir o valor das taxas cobradas por ag ncias para enviar remessas para fomentar o desenvolvimento Crian a Uma crian a definida como uma pessoa menor de 18 anos de idade referida tamb m como um menor de idade Direitos humanos Os direitos humanos s o direitos e liberdades fundamentais e univer sais que todo ser humano tem disposi o Consistem em direitos civis pol ticos econ micos sociais e culturais que os Estados s o obrigados a respeitar plenamente de acordo com normas comuns ratificadas pela legisla o nacional e internacional Inclus o social A inclus o social refere se ao processo que assegura aos que est o em risco 17 Kofi Annan 2006 International Migration and Development ONU 18 Fagundes lvaro e Patr cia Campos Mello 29 01 2012 Remessa de brasileiro a menor desde 2002 em Folha 19 Para mais informa es sobre remessas consultar a cartilha elaborada pelo Banco Central do Brasil dispon vel em http www bcb gov br rex cartilha cartilha
147. peia e seus rg os auxiliares e pelo Gover no brasileiro em mat ria de tr fico de pessoas Nesse sentido de se destacar o Il Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas apresenta do sociedade civil em novembro de 2011 em Recife O processo que 10 conduziu aprova o desse Plano foi beneficiado pela participa o ampla de atores e organiza es da sociedade civil e governos engaja dos na coopera o nacional e inter nacional contra o tr fico de pesso as O ICMPD e o DEJUS SNJ MJ t m orgulho de ter colaborado para que esse processo contasse com signifi cativa participa o de parceiros eu ropeus relevantes engajados no en frentamento ao tr fico de pessoas Como forma de colaborar para uma eficiente implementa o do II Pla no Nacional as organiza es par ceiras estruturaram na forma do Projeto Itineris um amplo leque de pesquisas estudos eventos de for ma o e publica es para garantir que o principal bra o operativo da pol tica que s o os N cleos de En frentamento ao Tr fico de Pessoas e Postos Avan ados contem com estrutura suficiente para dar conta dos desafios ligados ao atendimen to e refer ncia encaminhamento de pessoas traficadas ou explora das independentemente de sua nacionalidade status migrat rio ou qualquer outro poss vel crit rio de exclus o tais como g nero idade ou orienta o sexual Esse Guia de Refer ncia que ora se apresenta
148. que dentro da perspectiva de algumas mulheres brasileiras inseridas no mercado sexual a prostitui o aparece como atividade moment nea at conseguir juntar dinheiro suficiente para retornar ao Brasil e desenvolver uma atividade aqui ou at mesmo inserir se em outra atividade no pa s de destino Por outro lado tamb m verifica se a dificuldade da inser o laboral no pa s de desti no pela situa o de irregularidade documental em que muitas se encontram ver Se o 1 5 acima Frequentemente as mulheres brasileiras entram como turistas na Europa tendo o prazo de perman ncia sido estipulado em tr s meses Assim ao estender sua perman ncia para al m do tempo concedido pelas autoridades muitas passam situa o de migrantes irregulares Essa situa o de irregularidade as torna mais vulner veis basicamente por dois motivos 1 frente aos cafet es que muitas vezes amea am denunci las s au CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas toridades policiais de destino se n o fizerem o que eles determinam e 2 em rela o tentativa de sair da prostitui o e inserir se em outra atividade pela aus ncia de possibilidades de seguir outro caminho profissional dada a condi o de irregularidade migrat ria No Brasil pesquisas indicam a exist ncia de aliciadoras que convencem outras mulheres acerca das vantagens da inser o nas redes sexuais atrav s de suas ex peri ncias bem sucedidas com a prostitui o no
149. r fico de Pessoas devem se caracterizar por serem espa os de articula o plurais e democr ticos de representantes do poder p blico setor privado e sociedade civil para o estabelecimento de prioridades e na constru o de uma agenda comum de a es no enfrenta mento ao tr fico de pessoas Os comit s locais devem tamb m trabalhar diretamente com os NETPs possi bilitando que esses encontrem na rede de atores parceiros fundamentais para o atendimento s v timas de tr fico realizando os encaminhamentos necess rios Os comit s compostos por atores p blicos e n o governamentais devem atuar em rede de forma intersetorial auxiliando e completando a atua o dos NETPs Faz se necess rio mencionar que h previs o de instala o do Comit Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas nos termos da demanda formulada pela Rede Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas A proposta ori gin ria foi submetida consulta dos participantes durante o Il Encontro da mencionada Rede realizado em Recife em 2011 O Comit Nacional ser instalado no mbito do Minist rio da Justi a e ter a compet ncia de propor estrat gias para gest o e implementa o de a es da Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas aprovada pelo Decreto no 5 948 de 26 de outubro de 2006 propor o desenvolvimento de estudos e a es sobre o tema acompanhar a implementa o dos Planos Nacionais de Enfrentamento ao Tr fico
150. r at nove representantes de entidades privadas n o governamentais reconhecidas nacionalmente e que possuam atividades rele vantes relacionadas ao combate ao trabalho escravo Disponivel em https www planalto gov br ccivil 03 DNN 2003 Dnn9943 htm GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Combate ao Trabalho Escravo Lista Suja A denominada Lista Suja refere se a um Cadastro de Empregadores que foram condenados administrativamente por explora o de trabalho escra vo Com essa lista o Governo Brasileiro veda que pessoas f sicas e jur dicas condenadas administrativamente por explora o de trabalho escravo se be neficiem de financiamentos p blicos O Cadastro de Empregadores constitui se em uma das mais importantes me didas implementadas e uma indiscut vel boa pr tica A Portaria Interministerial n 2 de 12 de maio de 2011 28 enuncia regras sobre a atualiza o semestral do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condi es an logas de escravo ao discipli nar os meios de inclus o e de exclus o dos nomes das empresas infrato ras no do Cadastro O art 2 imp e que a inclus o do nome da empresa infratora no Cadastro ocorrer ap s decis o administrativa final relativa ao auto de infra o la vrado em decorr ncia de a o fiscal em que tenha havido a identifica o de trabalhadores submetidos ao trabalho escravo 9
151. r para o Brasil seguidos pelos europeus os latinoame ricanos os japoneses e os estadounidenses Em fun o da recente tend ncia que se estabeleceu a partir da crise mundial de 2008 at agora o Brasil voltou a receber mais imigrantes por causa da for a da sua economia A concess o de vistos de perman ncia a imigrantes no Brasil cresceu 67 de 2009 para 2010 No ano de 2011 cerca de dois milh es de es trangeiros estavam morando no Brasil Dados do Minist rio da Justi a mostram um aumento de 52 5 no n mero de regulariza es de estrangeiros saltando de 961 mil registros em 2010 para 1 466 milh es at junho de 2011 2 1 4 AS PRINCIPAIS CAUSAS DAS MIGRA ES Na grande maioria dos casos a decis o de migrar resulta de uma combina o de fatores interconectados como s o a pobreza a busca por melhores oportu nidades de trabalho ou perspectivas de carreira em outros lugares casamento com um estrangeiro motivos ambientais secas ou inunda es guerras entre outras motiva es O fato de migrar para al m da mera possibilidade de melho rar economicamente ainda pode ter motiva es das mais complexas e vari veis como por exemplo conhecer novas culturas um sentido de aventura ou com portamentos considerados transgress es sociais no pa s regi o de origem ex orienta o sexual diversa da heterossexualidade 2 Ver OIM 2010 Perfil Migrat rio do Brasil 2009 Genebra OIM 2 Ver not cias sobre o
152. ra oficinas clandestinas As pessoas que t m sido objeto de tr fico para fins de explora o laboral podem viver em grupos nos mesmos depender do seu empregador para lugares em que trabalham uma s rie de servi os incluindo o 5 3 trabalho o transporte e o alojamento n o estar vestidas adequadamente para o trabalho que fazem O ter sua capacidade de se e f T movimentar reduzida n o ter acesso livre aos sal rios F estar sujeitas a insultos abusos n o ter contrato de trabalho amea as ou viol ncia trabalhar longas jornadas ser castigadas com multas para de trabalho impor lhes disciplina carecer de capacita o b sica e de licen as profissionais GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL MENDIC NCIA E CRIMES MENORES As pessoas sujeitas ao tr fico para fins de mendic ncia ou pr tica de crimes menores podem O ser crian as ou adolescentes O ser crian as da mesma velhos ou migrantes com nacionalidade ou origem que se defici ncia que mendigam em movimentam em grandes grupos lugares p blicos ou nos meios com poucos adultos de transporte p blicos ser crian as n o acompanhadas ser crian as ou adolescentes que foram encontradas por um que transportam e ou vendem adulto da mesma nacionalidade ou drogas il citas origem tnica As seguintes situa es tamb m podem indicar que as pessoas foram sujeitas ao tr fico para fins de mendic ncia O
153. re Drogas e Crime UNODC sigla em Ingl s desenvolveu uma lista de indicadores para ajudar autoridades po liciais e o p blico em geral a identificarem uma poss vel v tima de tr fico Existe tamb m um importante trabalho sobre indicadores e a identifica o de trabalho for ado e tr fico de pessoas feito pela Organiza o Internacional do Trabalho OIT e a Autoridade portuguesa de Condi es de Trabalho 54 A lista completa encontra se dispon vel aqui em Espanhol www unodc org documents human trafficking HT indicators S LOWRES pdf 55 Ver ACT 2008 Trabalho For ado e Tr fico de Pessoas Um Manual para Inspectores de Trabalho OIT p 18 Dispon vel em http www act gov pt pt PT crc PublicacoesElectronicas Documents Trabalho forcado e trafi co de pessoas pdf CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas A lista elaborada pelo UNODC inclui indicadores gerais indicadores para v timas do tr fico crian as e adolescentes indicadores da explora o no tra balho dom stico da explora o sexual da explora o laboral e indicadores do tr fico para fins de explora o de mendic ncia e delitos de pequeno po tencial ofensivo Profissionais que tenham contato di rio com migrantes in ternas ou internacionais deveriam familiarizar se com esta lista abrangente Segue uma sele o dos indicadores mais relevantes Indicadores do Tr fico de Pessoas INDICADORES GERAIS As pessoas sujeitas ao tr fico podem acredi
154. res Migrantes n 151 a Conven o sobre Trabalho For ado ou Obrigat rio n 29 ea Conven o sobre a Aboli o do Trabalho For ado n 105 Esse documento internacional apesar de ainda n o ratificado pelo Brasil re conhece a import ncia do trabalho realizado pelos trabalhadores migrantes a import ncia da extens o do fen meno migrat rio que envolve milhares de pessoas e afeta um grande n mero de Estados na comunidade internacio nal reconhece que os direitos dos trabalhadores migrantes e dos membros de suas fam lias n o t m sido suficientemente reconhecidos pelos Estados Membros das Na es Unidas merecendo uma prote o internacional ade quada disp e que devem ser adotadas medidas adequadas a fim de prevenir e eliminar os movimentos clandestinos e o tr fico de trabalhadores migran tes e que devem ser desencorajados empregos de trabalhadores migrantes em situa o de irregularidade em fun o da necessidade de encorajar que todos os trabalhadores tenham acesso aos seus direitos fundamentais 3 2 LEGISLA O INTERNA ESPEC FICA SOBRE TR FICO DE PESSOAS O crime do tr fico de pessoas passou por diversas altera es legislativas No quadro abaixo s o expostas essas altera es indicando a evolu o do crime conforme preconiza a legisla o internacional principalmente o Pro tocolo contra o Tr fico de Pessoas Protocolo de Palermo Por outro lado importante destacar que a legisla o brasileira
155. retaria de Ins pe o do Trabalho e como j foi mencionado tem como objetivo resgatar trabalhadores em situa o an loga de escravos por meio da realiza o de opera es de fiscaliza o Contatos Coordenadoria Nacional do Grupo Especial de Fiscaliza o M vel Secretaria de Inspe o do Trabalho Minist rio do Trabalho e Emprego Telefones 061 3317 6174 3317 6273 3317 6692 3317 6719 Fax 061 3226 9353 E mail conor sitQmte gov br Site http portal mte gov br trab escravo Endere o Esplanada dos Minist rios Bloco F Anexo Ala B 1 Andar Gabinete Bras lia DF CEP 70 059 900 1 Respons vel pelo cadastro previsto na Portaria N 540 2004 Telefones 061 3317 6174 061 3317 6174 6632 6162 6751 Fax 061 3317 8270 Endere o Esplanada dos Minist rios Bloco F Anexo Ala B 1 An dar sala 126 CEP 70059 900 330 O Quadro Geral das opera es de Fiscaliza o para Erradica o do Trabalho Escravo SIT SRTE 1995 a 2010 Disponi vel em http portal mte gov br data files 8A7C816A308E140C013099A935684CEE quadro resumo 1995 2010 pdf GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 2 Chefia da Divis o de Fiscaliza o para Erradica o do Trabalho Escravo Telefones 061 3317 6623 061 3317 6623 Fax 061 3317 8268 Endere o Esplanada dos Minist rios Bloco F Anexo Ala B 1 Andar sala 126 CEP 70059 900 4 6
156. rg os relacionados abaixo de acordo com sua compet ncia Secretaria Nacional de Justi a do Minist rio da Justi a N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL ll Postos Avan ados de servi os de recep o a brasileiros as deportados as e n o admitidos as nos principais pontos de entrada e sa da do Pa s IV Secretaria de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica e V Servi os que prestem atendimento a v timas de viol ncia e de tr fico de pessoas 2 O parecer t cnico a que se refere o caput deste artigo dever estar fundamentado luz da Pol tica Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas aprovada pelo Decreto n 5 948 de 26 de ou tubro de 2006 especificando os ind cios de que o estrangeiro se enquadra na situa o de v tima de tr fico de pessoas 4 8 DEFENSORIA P BLICA DA UNI O A Defensoria P blica um rg o do Estado que tem por objetivo pres tar orienta o e assist ncia jur dica s pessoas que comprovarem inca pacidade econ mica para pagar pelos servi os de um advogado ou as custas de um processo judicial Estas pessoas t m direito ao aux lio de um defensor p blico que poder at mesmo acionar o Poder Judici rio de forma gratuita Quase todos os Estados e o Distrito Federal t m a sua Defensoria P blica Por m cada uma delas tem atri
157. s 1 Incorre na mesma pena aquele que agenciar aliciar vender ou comprar a pessoa traficada assim como tendo conhecimento dessa condi o transport la transferi la ou aloj la CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil Bo Reda o dada pela Lei Reda o dada pela Lei n C digo Penal 1940 ne 11 106 de 2005 12 015 de 2009 Tr fico interno de pessoa para fim de explora o sexual Tr fico interno de pessoas 2 A pena aumentada da metade se a v tima menor de 18 dezoito anos Il a v tima por enfermidade ou defici ncia mental n o tem o necess rio discernimento para a pr tica do ato IIl se o agente ascendente padrasto madrasta irm o enteado c njuge companheiro tutor ou curador preceptor ou empregador da v tima ou se assumiu por lei ou outra forma obriga o de cuidado prote o ou vigil ncia ou IV h emprego de viol ncia grave amea a ou fraude 3 Seo crime cometido com o fim de obter vantagem econ mica aplica se tamb m multa F vel M N E lt 3 2 1 Constitui o Federal de 1988 Seguem aqui os artigos relevantes para a prote o de todas as pessoas em territ rio brasileiro conforme a Constitui o Brasileira GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos bras
158. s art 2 2 cidad os que j se encontram sob cust dia do Estado CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e Anu ncia do protegido O ingresso no programa as restri es de seguran a e demais medidas por ele adotadas ter o sempre a ci ncia e concord ncia da pessoa a ser protegida ou de seu representante legal art 2 3 que ser o expressas em Termo de Compromisso assinado no momento da inclus o Em s ntese pode se apontar como potenciais benefici rios do pro grama as pessoas que se encontram em situa o de risco decorrente da colabora o prestada a procedimento criminal em que figuram como v tima ou testemunha que estejam no gozo de sua liberdade e cuja personalidade e conduta sejam compat veis com as restri es de comportamento exigidas pelo programa ao qual desejam volun tariamente aderir Um aspecto relevante do Programa de Prote o s Testemunhas no caso de v timas de tr fico de pessoas refere se necessidade de colabora o da v tima no inqu rito policial ou no processo judicial Se a v tima n o aceitar colaborar ela n o pode ser inserida no programa Os casos que n o preencherem esses requisitos n o est o privados de even tuais medidas de prote o que se fa am necess rias 4 4 3 Programa de Prote o a Crian as e Adolescentes Amea ados de Morte PPCAAM O Programa de Prote o a Crian as e Adolescentes Amea ados de Morte P
159. s A forma o foi realizada entre os dias 09 e 11 de novembro de 2011 em Reci fe Pernambuco e os parceiros t m a satisfa o de apresentar esse Guia de Refer ncia como produto final da primeira etapa desse componente Ser o implementados e publicados ainda como parte integrante do esfor o que caracteriza o projeto b Levantamento de lacunas e ne cessidades para elabora o de um manual sobre procedimentos pa dr es e fluxos de atendimento al m de uma capacita o para validar os resultados da pesquisa e os proce dimentos propostos com base em uma extensa coleta de dados e con sultas a atores variados que com p em a rede local de enfrentamento ao tr fico de pessoas em mais de dez estados da federa o c Forma o de redes locais de multiplicadores para preven o PS nes e 13 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ao tr fico de pessoas no qual ser elaborado um guia para forma o de formadores para que atuem como multiplicado res do conhecimento j acumu lado sobre a tem tica Parte dos profissionais dos Postos e N cleos ser capacitada para fazer uso das ferramentas de forma o de redes de multiplicadores nos seus locais de origem O objetivo deste Guia de Refer ncia de proporcionar ajuda s equipes dos N cleos de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e Postos Avan ados em opera o no Brasil O ob jetivo final tanto de N cleos como de Postos o de atuar
160. s dados do Minist rio da Justi a em http portal mj gov br estrangeiros GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Os fatores que motivam uma pessoa para emigrar diferenciam se bastante consoante a situa o nos pa ses de origem e destino e a facilidade do migrante em viajar e se estabe lecer em um novo pa s Por isso os migrantes tendem a estar entre as idades de 20 e 40 anos o que n o implica que pessoas de outras idades tamb m n o possam migrar como por exemplo os estadounidenses aposentados que migram internamente para o Estado da Fl rida ou os europeus do norte aposentados que emigram para o sul da Europa A decis o pode ser tomada de forma independente por uma pessoa s ou como estrat gia familiar situa o em que os membros da fam lia querem melhorar a sua situa o finan ciando a migra o de um de v rios ou de todos os membros da fam lia No caso da migra o dos refugiados as causas s o prioritariamente a persegui o tni ca pol tica ou ideol gica ou o fato de haver uma guerra ou viol ncia no pa s de origem Os desastres naturais repentinos ocasionaram deslocamento de mais de 36 milh es de pessoas em 2008 Desse n mero mais de 20 milh es foram deslocadas devido a desastres clim ticos pelo mundo Ainda a crise mundial financeira recente trouxe uma s rie de consequ n cias para as migra es e os migrantes e Ocontingente total de migra
161. salvo na condi o de aprendiz a partir de quatorze anos XXXIV igualdade de direitos entre o trabalhador com v nculo empregat cio permanente e o trabalhador avulso Par grafo nico S o assegurados categoria dos trabalhadores dom sticos os direitos previstos nos incisos IV VI VIII XV XVII XVIII XIX XXI e XXIV bem como a sua integra o previd ncia social GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 3 2 2 C digo Penal 1940 crimes conexos O C digo Penal de 1940 tamb m prev a prote o da integridade f sica de pessoas a prote o contra a explora o sexual e a puni o de organiza es criminosas ART 121 Homic dio ART 129 Les es corporais E ART 136 Maus tratos ART 146 Constrangimento ilegal ART 148 Sequestro com c rcere privado d ART 213 Estupro DO ART 214 Atentado violento ao pudor ART 218 Corrup o de menores EE CC E ART 227 Media o para servir lascivia de outrem ART 228 Favorecimento da prostitui o ART 229 Casa de prostitui o E ART 230 Rufianismo CRIMES RELACIONADOS A ORGANIZA ES CRIMINOSAS ESTELIONATO FALSIFICA ES E CRIMES FINANCEIROS ART 158 Extors o ART 160 Extors o indireta ART 171 Estelionato ART 288 Forma o de quadrilha ART 297 Falsifica o de documento p blico ART
162. saparecidas pelo seu empregador apesar de que ainda estejam vivendo com ele n o abandonar nunca a casa por motivos sociais ou faz lo raramente n o abandonar nunca a casa sem o seu empregador receber somente restos para comer estar sujetas a insultos abusos amea as ou viol ncias CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas EXPLORA O SEXUAL As pessoas sujeitas ao tr fico para fins de explora o sexual podem sair escoltadas quando v o e viver ou viajar em grupo algumas voltam do trabalho compras etc vezes com outras pessoas que n o falam a mesma lingua O ter tatuagens ou outras marcas que indiquem que s o propriedade de n o estar de posse de documento seus exploradores de identifica o civil O trabalhar muitas horas por dia ou ter poucas roupas para vestir ter poucos ou nenhum dia livre E i f NE n o ter dinheiro pr prio em 6 dormir onde trabalham esp cie As seguintes situa es tamb m poderiam indicar pessoas sujeitas ao tr fico para fins de explora o sexual h provas de que as v timas t m 6 h an ncios de bordeis ou lugares tido rela es sexuais sem prote o semelhantes que oferecem e ou violentadas os servi os de mulheres de determinada origem tnica ou nacionalidade EXPLORA O LABORAL As pessoas sujeitas ao tr fico para fins de explora o laboral s o geralmente obrigadas a trabalhar em setores como agricultura constru o lazer servi os e manufatu
163. sicol gica necess rias tanto para a an lise da necessidade da prote o e da adequa o dos casos ao Programa quanto para o constante acompanha mento dos benefici rios A Rede Solid ria de Prote o por fim o conjunto de associa es civis entidades e demais organiza es n o governamentais que se disp em voluntariamente a receber os admitidos no programa proporcionando lhes moradia e oportunidades de inser o social em local diverso de sua resid ncia habitual Assim a not cia de que uma v tima ou testemunha corre risco levada ao Conselho Deliberativo que decide quanto sua inclus o no Programa para tanto considerando a an lise do caso feita pela Equipe T cnica e o parecer da lavra do Minist rio P blico Lei n 9 807 99 art 3 O rg o Executor ent o providencia o traslado e a acomoda o da pessoa em local sigiloso pela Rede de Prote o 121 Informa o dispon vel em http portal mj gov br sedh ct spddh cgpvta sistema htm di GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Em situa es emergenciais a v tima ou testemunha colocada provisoria mente sob cust dia dos rg os policiais enquanto feita a triagem do caso 4 4 2 Requisitos para ingresso no programa Esquematicamente pode se assim resumir os requisitos de ingresso nos pro gramas de prote o conforme determina o da Lei n 9 807 99 a Situa o de risco A pessoa de
164. soas que tem como finalidade a explora o do trabalho se xual de outrem Em muitas situa es a explora o sexual assume caracter sticas de tra balho for ado e deve sempre ser considerada uma grave viola o de direi tos humanos Este tipo de explora o ocorre quando se estabelece uma rela o de mercantiliza o e abuso do corpo de uma pessoa com o objetivo de obter dela servi os sexuais No caso de pessoas adultas a pr tica da prostitui o considerada explora o sexual comercial ou prostitui o for ada quando aparecem as caracter sticas de trabalho for a do como cerceamento da liberdade servid o por d vida reten o de documentos amea a etc 2 Tr fico de pessoas para fins de trabalho for ado e servid o considerado aquele tipo de tr fico de pessoas que tem como finalidade a explora o do trabalho de outrem 62 OIT Cidadania Direitos Humanos e Tr fico de Pessoas Manual para Promotoras Legais Populares Escritorio Brasil 2009 CAP TULO 2 Tr fico de Pessoas No Brasil a maioria dos trabalhadores em situa o de trabalho es cravo ou em condi es an logas escravid o est na rea rural em especial nas fronteiras agr colas e nas frentes de trabalho sazonais onde a fiscaliza o e as possibilidades de fuga s o mais dif ceis O trabalho dom stico realizado em determinadas condi es tamb m pode ser definido como uma forma de trabalho for ado As dif
165. squisadores relatam que as redes desenvolveram diferentes estrat gias para lidar com a repress o policial e com as pr prias pessoas traficadas v timas cada vez mais novas e com menos acesso a infor ma o oriundas de diferentes regi es para que n o tenham elos entre si a exist ncia de formas cada vez mais negociadas de lidar com as v timas que exercem prostitui o em espa os fechados apartamentos e hot is implican do em compartilhamento das responsabilidades entre v timas e aliciadores tidos como parceiros de neg cios e consequentemente uma diminui o da percep o da viol ncia Seguem aqui exemplos de manifesta es do tr fico de acordo com nacio nalidades conforme descritos na obra citada Isto n o tenciona apresentar uma lista exaustiva de m todos e manifesta es nem estabelecer que existe s uma manifesta o do tr fico em cada pa s sendo que existem m ltiplas outras formas como o recrutamento de meninos soldados os casamentos for ados a ado o ilegal etc 88 ICMPD 2011 Jornadas Transatl nticas A pesquisa explorat ria sobre tr fico de seres humanos do Brasil para It lia e Portugal 2011 Dispon vel em http blog justica gov br inicio wp content uploads 2012 05 JornadasTransatl C3 A2nticas 1 pdf 8 Ver Children of the drug trade http www fightforpeace net default asp contentID 11Slang 1 GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL O
166. sso as passou por um per odo de consulta p blica para o qual foi disponibilizado um canal de comunica o virtual pelo Minist rio da Justi a onde qualquer pessoa no Brasil ou n o podia enviar colabora es para a constru o do Il Plano O material recolhido na etapa de consulta p blica deu origem ao documento base para o Il Plano Esse material compilado foi levado ao Il Encontro Nacio nal da Rede de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas realizado em novembro de 2011 em Recife PE onde estiveram presentes diversos segmentos do go verno e da sociedade civil para destacar as prioridades do II Plano 3 4 3 A import ncia da intersetorialidade O tema da intersetorialidade sempre visto como um grande desafio pe los atores que trabalham com a implementa o e execu o de pol ticas p blicas A intersetorialidade envolve transversalmente todas as autori Para acessar o documento www mj gov br traficodepessoas Publica es Relat rios CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil dades relevantes na aplica o de uma pol tica Especificamente no mbi to do tr fico de pessoas a intersetorialidade tem como desafio articular diferentes setores para a garantia dos direitos das v timas de tr fico e a puni o de perpetradores o que deve ser garantido pela execu o de m ltiplas pol ticas p blicas gerais e espec ficas criadas para o enfrenta mento ao tr fico de pessoas Permite considerar as v timas em sua
167. suas fam lias contra as amea as de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado e informal No Brasil diversas ONGs distribu das pelo pa s s o filiadas GAATW e podem ser um apoio ao trabalho dos N cleos e dos Postos Avan ados Destacam se as abaixo entre outras ORG CIDADE EMAIL FONE SITE ASBRAD Guarulhos asbradguarulhosa ig com br asbradguarulhosa terra com br 11 6409 9518 Www asbrad org br Projeto Trama Sodireitos Rio de Janeiro projetotramaa projetotrama org br sodireitos gmail com 21 2507 6464 ext 215 91 3224 7338 91 8883 0449 WWW projetotrama org br http twitter com sodireitos Salvador ongchame gmail com 71 3321 9 166 https www facebook com 22 28025 7294671 Coletivo Leila Diniz Campo Grande Natal ibissQibiss com br gerenciagibiss co org br analbaa coletivoleiladiniz org br analba brazao yahoo com br 67 30276171 84 32019487 http www ibiss co org br site WWW coletivoleiladiniz org Criola Rio de Janeiro criola criola org br 21 2518 6194 www criola com br Outras organiza es importantes no mbito do enfrentamento ao tr fico de pessoas no Brasil ORG CIDADE EMAIL FONE SITE Reporter Brasil S o Paulo contato reporterbrasil com br 11 4873 7646 WWW reporterbrasil org br
168. tar que t m de trabalhar contra sua vontade ser incapazes de abandonar seus lugares de trabalho mostrar sinais de que algu m est controlando seus movimentos sentir que n o podem ir embora de onde est o dar ind cios de ansiedade e medo ser objeto de viol ncia ou amea as contra elas seus familiares ou seus seres queridos sofrer les es ou incapacidades t picas de determinados trabalhos ou medidas de controle desconfiar das autoridades receber amea as de que ser o relatadas s autoridades sentir temor em revelar sua situa o migrat ria n o estar de posse de seus passaportes ou outros documentos de viagem ou identifica o porque estes est o em poder de outra pessoa O ter documentos de identidade ou de viagem falsos permitir que outros falem por elas quando algu m lhes dirige a palavra diretamente n o ter dias livres ter uma intera o limitada ou nula com a rede social n o estar familiarizado com o idioma local n o conhecer o endere o da sua casa ou do seu trabalho ser objeto de castigos para impor lhe disciplina ser incapaz de negociar condi es de trabalho receber uma remunera o escassa ou nula n o ter acesso aten o m dica ter recebido o pagamento dos gastos com o transporte ao pa s de destino por meio de facilitadores e estar obrigados a reembols los trabalhando ou prestando servi os nesse pa s 56 A lista completa encontra se
169. telem tico fotografia v deo ou outro registro que contenha cena de sexo expl cito ou pornogr fica envolvendo crian a ou adolescente 1 Nas mesmas penas incorre quem assegura os meios ou servi os para o armazenamento das fotografias cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo Il assegura por qualquer meio o acesso por rede de computadores s rocais cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo ad 2 As condutas tipificadas nos incisos e Il do 1o deste artigo s o pun veis qo o respons vel legal pela presta o do servi o oficialmente notificado eixa de desabilitar o acesso ao conte do il cito de que trata o caput deste artigo Vender fornecer ainda que gratuitamente ou entregar de qualquer forma a crian a ou a adolescente fogos de estampido ou de artif cio exceto aqueles ue pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano fisico em caso de utiliza o indevida Pena deten o de seis meses a dois anos e multa ART 241 A ART 244 Submeter crian a ou adolescente como tais definidos no art 20 desta Lei rostitui o ou explora o sexual ena reclus o de quatro a dez anos e multa 1 Incorrem nas mesmas penas o propriet rio o gerente ou o respons vel pelo local em que se verifique a submiss o de crian a ou adolescente s paucas referidas no caput deste artigo f A 2 Constitui efeito obrigat rio da conden
170. to bito procura es declara es etc Expedir documentos de viagem passaportes etc e efetuar ano ta es nos mesmos 1 Dispon vel em http www portalconsular mre gov br informacoes gerais atribuicoes dos consulados CAP TULO 4 Estrutura para o Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas e Atuar como rg o alistador militar Proceder ao alistamento eleitoral em poca de elei es presi denciais e conduzir os processos eleitorais em sua jurisdi o Prestar informa es relativas ao imposto de renda Prestar informa es relativas legisla o aduaneira e afins Emitir c dula de identifica o consular Autenticar documentos para que produzam efeitos no Brasil Expedir certificados e atestados previstos na legisla o brasileira Conceder de acordo com a legisla o brasileira vistos de entra da para que cidad os estrangeiros possam ingressar em territ rio nacional Recomenda es importantes A autoridade consular trabalha com o prop sito b sico de n o permitir que os cidad os brasileiros em tr nsito residentes ou domiciliados sofram qualquer tipo de discrimina o Todo problema relativo deten o pris o ou falecimento de ci dad o brasileiro dever ser imediatamente levado ao conheci mento da autoridade consular brasileira Os Consulados entretanto n o podem responsabilizar se por d vidas e despesas incorridas por brasileiros nem por sua re patria o a n o ser em
171. tocolo de Palermo Diz se que h a comercializa o da pessoa atrav s do tr fico dela 57 O Protocolo Facultativo Conven o das Na es Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo ao Com bate ao Tr fico de Migrantes por Via Terrestre Mar tima e A rea conceitua em seu artigo 3 que o tr fico de migrantes significa a promo o com o objetivo de obter direta ou indiretamente um benef cio financeiro ou outro benef cio mate rial da entrada ilegal de uma pessoa num Estado Parte do qual essa pessoa n o seja nacional ou residente permanente GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL Como vimos na Se o 1 2 o contrabando de migrantes definido como a aquisi o para obter direta ou indiretamente benef cio financeiro ou ou tro material da entrada ilegal de uma pessoa num Estado parte da qual a pessoa n o cidad ou residente permanente Por isso o contrabando de migrantes distingue se tamb m da migra o irregular uma vez que o mi grante irregular n o utiliza os servi os de um terceiro No ambiente do tr fico de pessoas verificam se casos de v timas que co me am voluntariamente pagando intermedi rios para conseguir ingressar em outro pa s o que configura o contrabando de imigrantes Embora sejam dois fen menos distintos h casos em que migrantes contrabandeados foram vendidos ou recrutados por redes de tr fico Assim
172. totalidade nas suas necessidades individuais e coletivas indicando que a es requerem parcerias com outros setores do mbito da educa o trabalho e emprego habita o assist ncia repress o entre outros Est diretamente vinculada ao conceito de rede que requer articula o rela es horizontais entre parceiros e interdepend ncia de servi os para ga rantir a integralidade da a o nesse sentido que a intersetorialidade e a atua o em rede devem ser sempre elementos fundamentais para a execu o das atividades dos N cleos de Enfrenta mento ao Tr fico de Pessoas e dos Postos Avan ados garantindo a efetividade no atendimento integral das v timas diretas e indiretas do tr fico assim como refor cando suas fun es de servi os essenciais no enfrentamento ao tr fico de pessoas GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 3 4 4 Pol ticas e Planos Estaduais de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas A gest o p blica brasileira em seus tr s n veis federal estadual ou mu nicipal comumente organiza sua atua o com base em pol ticas e pla nos sistematizadores de suas prioridades e a es guardando o respeito aos princ pios da publicidade e da transpar ncia Embora a constru o de pol ticas e planos tenha sido um recurso comum nas ltimas d ca das obviamente n o deve ser encarado como um percurso obrigat rio e de sentido nico As inst
173. tr fico de pessoas para fins de casamento for ado Inexiste dispositivo espec fico no Brasil a tratar do tr fico de pessoas para fins de trabalho for ado ou remo o de rg os Entretanto outros dispositi vos legais s o aplicados subsidiariamente para reprimir estas modalidades E objetivando proteger a organiza o do trabalho o C digo Penal a partir da promulga o da Lei n 9 777 de 29 de dezembro de 1998 alterou a pena para o aliciamento de trabalhadores de um lugar para outro nos limites do territ rio nacional passando de dois meses a um ano de deten o para um a tr s anos al m de incluir dois par grafos em seu artigo 207 um para os casos em que o consentimento derivado de fraude ou cobran a e outro para o caso de a v tima ser menor de idade Referente ao tr fico de pessoas para fins de remo o de rg os aplicada a Lei n 9 434 de 1997 que disp e sobre a remo o de rg os tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento Nesta Lei s o tipificados os casos de comercializa o de rg os tecidos e partes do corpo humano 2 5 1 A quest o do consentimento O Protocolo contra o Tr fico de Pessoas estabelece explicitamente em seu artigo 3 al nea b que o consentimento dado pela v tima de tr fico de pes soas tendo em vista qualquer tipo de explora o descrito na al nea a do presen te artigo ser considerado irrelevante se tiver sido utilizado qualqu
174. ue realiza o acolhimento tempor rio a indiv duos e ou fam lias afastados do n cleo familiar e ou comunit rios de origem Servi o de Acolhimento Institucional 8 Servi o de Acolhimento em Rep blica Servi o de Acolhimento em Fam lia Acolhedora Servi o de prote o em situa es de calamidades p blicas e de emerg ncias Unidade de Refer ncia Unidades de Acolhimento 6 Atende fam lias e indiv duos que vivenciam viola es de direitos incluindo entre outras situa es o Tr fico de Pessoas 17 Censo SUAS 2010 Sagi MDS 8 Atende fam lias e indiv duos com v nculos familiares rompidos ou fragilizados a fim de garantir a prote o integral incluindo o acolhimento de indiv duos refugiados ou em situa o de tr fico de pessoas sem amea a de morte que poder ser desenvolvido em local espec fico a depender da incid ncia da demanda GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL 2 Possibilidade de obter assist ncia s v timas no mbito dos servi os espe cializados de atendimento mulher Esses servi os atendem exclusivamente a mulheres e possuem especialida de no tema de viol ncia contra as mulheres Importante destacar que esses servi os n o s o espec ficos para atendimento s v timas de tr fico de pes soas mas foram criados para o enfrentamento da viol ncia contra a mulher Incluem os seguintes servi os e Centros Especializados de Ate
175. uem as refer ncias sobre os documentos de gest o existentes nos Estados j mencionados Estado de Pernambuco Decreto n 31 659 de 14 de abril de 2008 que institu no mbito do Poder Executivo a Pol tica Estadual de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas O Plano Estadual de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas de Per nambuco coordenado pela Secretaria de Defesa Social do Estado de Pernambuco Estado de S o Paulo Decreto N 54 101 de 12 de mar o de 2009 institui o Programa Estadual de Preven o e Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas PEPETP junto Secretaria da Justi a e da Defesa da Ci dadania e d provid ncias correlatas 2 O Programa Estadual de Preven o e Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas de S o Paulo est subordinado Secretaria da Justi a e da Defesa da Cidadania por meio do N cleo de Preven o e Enfrenta mento ao Tr fico de Pessoas 11 Dispon vel em http Avww policiacivil pe gov br images docs decretos 2008 DECRETO 20ESTADUAL 20N 20 31 659 20DE 2014 04 2008 Instituiw20a 20pol ticaw20estadual 20de 20enfrentamento 20a0 20Tr fic pdf 102 Publicado no DOE de 13 de mar o de 2009 13 O Plano Estadual de S o Paulo estabelece as compet ncias do N cleo de S o Paulo Elaborar proposta de Plano de Trabalho Plurianual e Planilha Financeira do Plano Estadual a ser encaminhada ao Secre tario da Justi a e Cidadania de S o Paulo Secretariar o Comit Interinstitucional de Preven
176. uma cartilha Brasilei ras e Brasileiros no Exterior Informa es teis com informa es sobre como preparar para emigrar o processo de emigra o a resi d ncia no estrangeiro e as possibilidades para regressar ao Brasil A cartilha tenciona promover o combate migra o irregular e pres tar informa o apropriada sobre vistos e autoriza es de resid ncia direitos e deveres os riscos da migra o irregular e os perigos do tr fico de pessoas importante saber que o Conselho Nacional de Imigra o aprovou uma Re solu o que disp e sobre a concess o de visto permanente ou perman ncia no Brasil a estrangeiro reconhecido como v tima do tr fico de pessoas A Resolu o N 93 2010 disp e que 1 Art 1 Ao estrangeiro que esteja no Brasil em situa o de vulnerabili dade v tima do crime de tr fico de pessoas poder ser concedido vis to permanente ou perman ncia nos termos do art 16 da Lei n 6 815 de 19 de agosto de 1980 que ser condicionado ao prazo de um ano 1 A partir da concess o do visto a que se refere o caput o estran geiro estar autorizado a permanecer no Brasil e poder decidir se voluntariamente colaborar com eventual investiga o ou processo criminal em curso 32 http portal mte gov br cartilha exterior 33 Resolu o Normativa CNIg n 93 de 21 de dezembro de 2010 DOU 23 12 2010 Dispon vel em http portal mte gov br data files FF8080812D5CA2D301
177. ura o de investiga es e processos judiciais referentes ao tr fico de pessoas Assim como conhecer a legisla o fundamental conhecer as compet ncias ao se almejar a responsabiliza o penal pelo crime de tr fico Segue planilha das principais compet ncias Dispon vel em http Avww mds gov br suas resolucao cnas no109 2009 tipificacao nacional de servicos socioassistenciais CAP TULO 3 Tr fico de Pessoas no Brasil AUTORIDADES COMPETENTES JUSTI A PARA INVESTIGAR COMPETENTE E DENUNCIAR Minist rio P blico e Pol cia Federal CRIME V TIMAS Tr fico Homens Justi a Federal Internacional de Mulheres e Pessoas Crian as Homens Mulheres e Crian as Minist rio P blico e Pol cias Federal e Justi a Estadual Estadual Tr fico Interno de Pessoas No mbito do tr fico internacional de pessoas a Pol cia Federal compe tente para a realiza o de opera es pris o e instaura o de inqu ritos policiais para iniciar o procedimento de responsabiliza o de traficantes Em se tratando de crime de tr fico interno de pessoas onde haja dois ou mais Estados envolvidos a compet ncia tamb m da Pol cia Federal do Minist rio P blico Federal e da Justi a Federal Quando houver casos de tr fico interno com abrang ncia territorial menor que dois estados a compet ncia da Pol cia Civil do Minist rio P blico Es tadual e da Justi a Comum 3 4 POL TICAS P
178. van ados devem ser um canal de identifica o de todas as v timas de aco lhimento inicial de articula o e porta de entrada para os servi os de aten dimento continuados a serem ofertados por outros rg os de articula o estadual para a elabora o da Pol tica e dos Planos Estaduais ver Se o 3 4 4 acima e da cria o dos Comit s e garantidores da prote o das v timas conforme as necessidades das v timas diretas e indiretas Importante destacar que a necessidade de prote o e assist ncia integral s v timas diretas e indiretas do tr fico de pessoas requer como vimos acima uma abordagem intersetorial uma vez que estas devem ser assistidas nas suas mais variadas dimens es social psicol gica econ mica laboral entre outras ver Se o 3 4 3 acima 108 Os N cleos de Enfrentamento ao Tr fico e Postos Avan ados ser o descritos e abordados mais frente neste Guia O Plano Nacional de Enfrentamento ao Tr fico de Pessoas previu a cria o dos N cleos Estaduais de Preven o e En frentamento ao Tr fico de Pessoas NETPs e os Postos Avan ados de Atendimento Humanizado ao Migrante que foram implementados para garantir os direitos das v timas A cria o desses espa os garante atualmente suporte s v timas no caso de v timas de tr fico internacional quando ainda se encontram no aeroporto ou posteriormente com atendimento direto difus o de informa es esclarecedoras ou pol ticas p blicas
179. vas investiga o de crimes de genoc dio homic dio explora o sexual de crian as e adoles centes tr fico de pessoas e contrabando de migrantes crimes contra a dignidade sexual hate crimes de redu o condi o an loga de escravo crimes contra a organiza o do trabalho amea a e a outros crimes de grave viola o aos direitos humanos de atribui o do Departamento de Pol cia Federal inclusive aque les praticados via internet J a Divis o de Direitos Humanos DDH que integra a DICOR tem como atribui o apurar os crimes contra os direitos humanos na es fera federal Deve se mencionar que esta a nica divis o da Pol cia Federal que lida com crimes em que as v timas s o pessoas f sicas e n o institui es federais A Divis o de Direitos Humanos subdividida em quatro outras unidades sendo duas delas relevantes para os temas tratados nesse Guia o Servi o de Repress o ao Trabalho For ado SETRAF e a Unidade de Repress o ao Tr fico de Pessoas URTP O SETRAF Servi o de Repress o ao Trabalho For ado atua em casos so bre redu o condi o an loga a de escravo e seus crimes conexos den tre os quais contrabando de migrantes e tr fico de pessoas para fins de explora o laboral J a URTP Unidade de Repress o ao Tr fico de Pessoas atua em casos sobre tr fico de pessoas para fins de explora o sexual comercializa o de rg os ou para fins de ado o
180. vas Dispon vel em http Awww brasileirosnomundo itamaraty gov br a comunidade estimativas populacionais das comunidades Brasileiros 20no 20Mundo 202011 20 20Estimativas 20 20Terceira 20 Edicao 20 20v2 pdf GUIA DE REFER NCIA PARA A REDE DE ENFRENTAMENTO AO TR FICO DE PESSOAS NO BRASIL A crise econ mica de 2008 deu causa a uma significativa altera o nos flu xos migrat rios que envolvem o Brasil Antes tido como pa s de emigra o o Brasil passou a ser o centro de um fluxo migrat rio de composi o variada contendo brasileiros e brasileiras retornados e novos migrantes europeus latino americanos e asi ticos Brasileiras e brasileiros no exterior foram afetados pela diminui o signi ficativa do n mero de postos de trabalho dispon veis e com o progressivo enxugamento das economias dos tradicionais pa ses de destino como por exemplo Estados Unidos Portugal e Espanha De outro foram surpreendi dos com a melhora do cen rio econ mico no Brasil e com a abertura de novos postos de trabalho em ritmo acelerado Isso fez com que um sig nificativo n mero de migrantes e suas fam lias optassem por retornar ao Brasil de forma massiva 1 5 2 Imigra o e trabalho Quanto aos trabalhadores migrantes estrangeiros no Brasil a Lei no 11 961 de 2 de julho de 2009 conhecida como Anistia porque concede uma anis tia a determinados migrantes em situa o irregular disp e sobre a conces s o de visto de resid ncia
181. ve estar coagida ou exposta a grave amea a art 1 caput Obviamente n o necess rio que a coa o ou amea a j se tenha consumado sendo bastante a exist ncia de elementos que demonstrem a probabilidade de que tal possa vir a ocorrer A situa o de risco entretanto deve ser atual b Rela o de causalidade A situa o de risco em que se encontra a pessoa deve decorrer da colabora o por ela prestada a procedimen to criminal em que figura como v tima ou testemunha art 1 caput Assim pessoas sob amea a ou coa o motivadas por quaisquer ou tros fatores n o comportam ingresso nos programas c Personalidade e conduta compat veis As pessoas a serem inclu das nos programas devem ter personalidade e conduta compat veis com as restri es de comportamento a eles inerentes art 2 2 sob pena de p r em risco as demais pessoas protegidas as equipes t cnicas e a rede de prote o como um todo Da a decis o de ingres so s tomada ap s a realiza o de uma entrevista conduzida por uma equipe multidisciplinar incluindo um psic logo e os protegidos podem ser exclu dos quando revelarem conduta incompat vel art To Il oA d Inexist ncia de limita es liberdade necess rio que a pessoa esteja no gozo de sua liberdade raz o pela qual est o exclu dos os condenados que estejam cumprindo pena e os indiciados ou acusa dos sob pris o cautelar em qualquer de suas modalidade
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