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Carla Andreia Pimentel Rodrigues Um Modelo para a

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1. 16 Figura 5 S mbolo da EPA WaterSense 9 a eeeeeeeereesaaana 16 Figura 6 Primeiro s mbolo da marca WELS 13 resinas 17 Figura 7 Exemplos de etiquetas da marca WELS 13 17 Figura 8 S mbolo da Nordic Swan eco label 14 ccccsseeccceceeeeeeeeeeseeeeeeeeeeeeesssennaaes 18 Figura 9 S mbolo da Water Conservation Dublin 17 19 Figura 10 S mbolos da Water Efficiency Label 18 19 Figura 11 Esquema de certifica o de efici ncia h drica de edif cios 20 Figura 12 Exemplo do modelo de certificado energ tico para edif cios 22 23 Figura 13 Exemplo do modelo de certificado energ tico para aparelhos el ctricos 24 Figura 14 Gr fico dos consumos de gua em edif cios em Portugal previstos ap s aplica o das medidas do PNUEA 1 nn isieesiessreeneeam 25 Figura 15 R tulos de Efici ncia H drica adoptados em Portugal 29 Figura 16 Exemplos de r tulos de efici ncia h drica para autoclismos de pequeno VOLUME ssa soa SEU EGO Ue ha A AA UI E EA SA i aia SSD SO 37 ndice de Tabelas Tabela 1 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de autoclismos 36 Tabela 2 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de chuveiros 44 Tabela 3 Categorias de efici ncia h drica p
2. nn scrreseeenseeneaa 3 Boks Generalidades mene a pega RO O nd 3 2 2 O uso eficiente da agua como contributo para a sustentabilidade 3 2 3 O uso eficiente da gua e a Directiva Quadro gua 5 2 4 As altera es clim ticas e a disponibilidade de gua 7 2 5 As previs es do World Water Council ccccccccccccccccccecceceeeeeeeeeeeeeeeeeeees 9 2 6 Nota CONCIUSIVA vioi aaa raa aa aaa aeaii 11 3 Estado da arte Os modelos existentes para avalia o da efici ncia h drica em diversos PalSOS assa As ss isa ade nannan nnna 13 Bele Generalidades mniemania A E aot ject atte teasi aaa 13 3 2 A Avalia o da efici ncia h drica de produtos em diversos pa ses 13 3 2 1 Certifica o e ROlUIAGOM czecos cccsidactcariocscesniaeninencccnteepi aan cenacsteenteatieeniaiiue 13 3 2 2 Modelos existentes de avalia o da efici ncia h drica de produtos 14 3 3 A Avalia o da efici ncia h drica de edif cios 20 3 4 A sSit a ao em PORUGAl iniia aana ananipa 20 3 44 Generalidades niena nauena aAA NAA ENEA ESENIN E ENESEST ERAAN 20 3 5 Os modelos de avalia o da efici ncia energ tica em Portugal 21 3 5 1 Certifica o energ tica de edif cios as 21 3 5 2 Certifica o energ tica de aparelhos el ctricos 24 3 6 O potencial da redu o de consumos eee 25 4
3. Carla Andreia Pimentel Rodrigues 63 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos e n o utiliza o de programas com ciclos desnecess rios e g enxaguamento e selec o de programas conducentes a menor consumo de gua e regula o da m quina para a carga a utilizar e para o m nimo n vel de gua se possuir regulador para esse fim e lavagem de lou a na m quina em vez de a lavar m o e limpeza regular dos filtros e remo o de dep sitos Esta medida apresenta como vantagens a redu o do n mero de utiliza es pelo que resulta na redu o do consumo de gua e correspondente redu o das descargas de guas residuais Tem como vantagem adicional a redu o do consumo de energia Admitindo um utilizador tipo que lava a lou a todos os dias com meia carga e passa a lavar em dias alternados com carga total pressup e se que n o existe op o de meia carga esta altera o traduz se numa poupan a potencial de 3 3 m ano fogo mas no pa s apenas se aplica aos utilizadores dom sticos que utilizem a m quina de acordo com o caso tipo resultando numa efici ncia potencial at 50 1 A implementa o desta medida incide essencialmente em dois tipos de mecanismos e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizadores destes equipamentos n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gu
4. obrigat ria a rotulagem energ tica das m quinas de lavar lou a que inclui informa o sobre o consumo de gua Este requisito resulta da Directiva Comunit ria 97 17 CE Este r tulo obrigat rio nos locais de venda dos equipamentos fornece ao consumidor informa o relevante quer relativamente ao desempenho da m quina na lavagem e na secagem quer ao consumo de gua e energia por ciclo de lavagem de acordo com a EN 50242 Adicionalmente a Decis o da Comiss o 98 483 CE estabelece os crit rios ecol gicos para a atribui o do r tulo ecol gico 50 s m quinas de lavar lou a UE Ecolabelling Scheme 15 16 1 que volunt rio e se destina ao incentivo dos fabricantes para a concep o de produtos com menor impacto ambiental Este r tulo fornece ao consumidor a informa o necess ria para uma escolha criteriosa em termos ambientais Muitos fabricantes t m desenvolvido equipamentos com menores consumos de gua e energia Est o actualmente dispon veis no mercado v rios modelos com consumos de gua por lavagem abaixo dos 18 litros Sugere se assim que sejam ponderados os seguintes mecanismos para implementa o desta medida e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos compradores potenciais para utilizarem a informa o constante do r tulo energ tico na compara o dos diferentes modelos dispon veis no mercado e para preferirem adquirir produtos com r tulo ecol gico 50 e mo
5. Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos e normaliza o nomeadamente pelo desenvolvimento ou actualiza o de normas portuguesas relativas s caracter sticas dos equipamentos e de testes padr o para a sua avalia o por forma a garantir o seu bom funcionamento e consumos de gua baixos A normaliza o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins e rotulagem de produtos que deve ser obrigat ria ap s um per odo de transi o a rotulagem deve incluir a informa o necess ria ao consumidor sobre as caracter sticas de consumo de gua do equipamento no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos a certifica o dos produtos por organismo competente pode complementar um sistema de rotulagem Este mecanismo destina se a fabricantes distribuidores e comerciantes e certifica o homologa o e verifica o de conformidade com normas de produtos que existam ou venham a ser colocados no mercado com a finalidade de serem eficientes em termos de uso de gua inclus o nos mecanismos de certifica o j existentes da componente de consumo de gua por exemplo atrav s do estabelecimento de acordos com as associa es de industriais de modo a que sejam incentivadas a utilizar estes sistemas de certifica o os sistemas de certifica o devem ser implementados de forma concertada
6. No caso dos pa ses mediterr nicos como Portugal as altera es clim ticas poder o afectar significativamente as disponibilidades deste recurso a curto m dio prazo pelo que se torna urgente desenvolver medidas em todos os sectores para um aumento da efici ncia no uso da gua De facto pa ses como Fran a It lia Espanha e Portugal estar o em risco de ter um stress h drico igual ou superior a 40 pelo menos em parte do seu territ rio Figura 1 Actualmente a humanidade j utiliza cerca de 50 dos recursos de gua doce dispon veis Em 2025 essa percentagem subir para 75 2 Vater Sess Indicator Viithdtavel to Awailability Ration CR No Bless Low Stress Mid Stress High Stress Very High Stress O 1 22 0 4 0 8 Figura 1 Stress hidrico Cenario para 2025 de acordo com o World Water Council 2 Numa perspectiva de sustentabilidade a medida priorit ria a adoptar naturalmente aumentar a efici ncia no uso da gua Em Portugal estima se que as inefici ncias totais no uso da gua nos diversos sectores totalizem 3100 x 106 m ano representando aproximadamente 0 64 do Produto Interno Bruto portugu s 1 Cerca de metade deste valor atribu do a inefici ncias no abastecimento urbano sistemas p blicos e prediais No sector predial considera se que uma especial aten o deve ser dada ao uso de produtos eficientes e efici ncia global dos edif cios ponderando para al m 10 Carla Andreia Pime
7. Nos EUA a EPA criou o programa WaterSense 9 Figura 5 para promover os produtos e servi os eficientes do ponto de vista h drico com o intuito de motivar o uso consciente da gua desde o produtor ao construtor at ao consumidor De acordo com este programa s o desenvolvidas especifica es do produto que permitem a sua avalia o e certifica o Neste programa os produtores t m custos para obter a certifica o do produto 9 Em suma este programa estabelece especifica es para alta efici ncia dos WC e sistemas de rega T qu EPA WaterSense Figura 5 Simbolo da EPA WaterSense 9 O Governo Australiano introduziu o WELS Water Efficiency Labelling and Standards para informar os consumidores sobre a efici ncia h drica de alguns produtos 12 Este programa teve o seu inicio a 1 de Julho de 2005 e classifica os autoclismos das bacias de retrete chuveiros maquinas de lavar roupa urin is m quinas de lavar lou a etc de acordo com a sua efici ncia h drica O programa WELS 11 12 promove a conserva o da gua atrav s da informa o sobre a efici ncia h drica do produto no momento de venda permitindo assim ao consumidor comparar produtos e escolher o mais eficiente Os produtos WELS s o classificados de acordo com resultados testados em laborat rios 13 Inicialmente o seu s mbolo Figura 6 era constitu do por 5 letras A que indicavam a efici ncia do produto 16 Carla Andreia
8. Um modelo para certifica o rotulagem da efici ncia h drica de produtos 27 41 IAWOOUCG GO aaa AAAA A AAEN E AAA 27 4 2 Aspectos a considerar na cria o do modelo de certifica o e rotulagem da efici ncia h drica de produtos si sisscesaisnesiatsnenatiintyiathneniadiicencenidenaiiaiianioenansia 27 4 3 Crit rios para a certifica o e rotulagem da efici ncia h drica de produtos 30 AS ho FRUNOCUSIMOS i ien iris aaa ab ais a a asi iaeiei 30 4 3 2 Chuveiros cabe as de duche fais asessnisasessadussassadsaes sadias su asas sadias iu adadis 38 43 3 Tomeiras E TXOMEIOS culsaiuotaisniadas saio Salgadas gas sis adsl ganga ds isa Salgada gas sina adados 45 4 3 4 M quinas de lavar e outros dispositivos eeaeee eenen 57 Ad VNOLACONCIUSIVA pugasi tie crsusSeudene TE nude Da sevudavatevatescesentxvads RO GE E cudessncouest yee 69 5 Caso de St ssa a a aaa 70 6 CONCOS OOS asa aa eek caatianetasasenecnes asst puncecsasactie cats shemaae cnntetsiastoats 75 do Refer ncias bibliogr ficas sc cessceeseeerenaseeneeaaenanaea 77 ndice de Figuras Figura 1 Stress h drico Cen rio para 2025 de acordo com o World Water Council 2 10 Figura 2 Percentagem de gua consumida numa casa no Reino Unido 14 Figura 3 Marca Waterwise 8 cce ceeeecaaeeaaeaaanaaaaaaaaaaaanaanaaanaaaa 15 Figura 4 Percentagem de gua consumida numa casa nos Estados Unidos
9. Uso Eficiente da gua 1 Resolu o do Conselho de Ministros n 113 2005 de 30 6 que sugere a implementa o da rotulagem dos dispositivos de utiliza o prediais autoclismos chuveiros etc no sentido de disponibilizar aos consumidores o conhecimento da sua efici ncia h drica como medida de car cter obrigat rio ap s um per odo de transi o 1 2 Metodologia Para a elabora o da presente Disserta o foi efectuado numa primeira fase um levantamento dos diversos modelos de avalia o de efici ncia h drica de produtos e edif cios existentes em diversos pa ses Foi tamb m analisado para efeitos comparativos o caso da certifica o energ tica de edif cios e de aparelhos el ctricos em Portugal Ap s an lise dos diversos modelos conhecidos procedeu se proposta de um modelo espec fico de avalia o e rotulagem da efici ncia h drica de produtos aplic vel em Portugal procurando satisfazer crit rios de conforto performance e sa de p blica Carla Andreia Pimentel Rodrigues 1 Cap tulo 1 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 1 3 Resultados Esperados Espera se com a cria o de um Modelo de Avalia o da Efici ncia H drica de Produtos impulsionar um melhor desempenho dos fabricantes importadores e cidad os em termos de uso eficiente da gua Em Portugal estima se que as inefici ncias totais no uso da gua nos diversos sectores totalizem 3100
10. drica de produtos 3 ESTADO DA ARTE OS MODELOS EXISTENTES PARA AVALIA O DA EFICI NCIA H DRICA EM DIVERSOS PA SES 3 1 Generalidades Com o objectivo de modificar a forma de aplica o uso da gua a efici ncia h drica de produtos e edif cios j em alguns pa ses um factor que influencia o consumidor tanto na decis o de aquisi o utiliza o como no uso sustent vel da gua A presente Disserta o tem como objectivo o desenvolvimento de um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos estabelecendo crit rios para a sua rotulagem como um contributo fundamental para o uso sustent vel da gua Com efeito a rotulagem constitui a melhor forma de demonstrar aos consumidores a efici ncia h drica de produtos que adquirem 3 2 A Avalia o da efici ncia h drica de produtos em diversos pa ses 3 2 1 Certifica o e Rotulagem A rotulagem da efici ncia h drica de produtos tem sido implementada em diversos pa ses de forma volunt ria associada a uma certifica o da sua efici ncia h drica Em alguns pa ses contudo n o existe uma grada o dessa efici ncia mas sim um r tulo de efici ncia atribu do quando os consumos se situam abaixo de um determinado valor o caso por exemplo dos sistemas de rotulagem adoptados nos Estados Unidos ou nos Pa ses N rdicos Noutros casos Austr lia e Irlanda Cidade de Dublin por exemplo o r tulo estabelece uma classifica o vari
11. es de realiza o dos ensaios de certifica o A presente Disserta o tem precisamente como objectivo essencial estabelecer crit rios de base t cnico cient ficos para a elabora o destas especifica es T cnicas 28 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos As empresas aderentes ao sistema estabelecem um protocolo com a entidade respons vel pelo cumprimento do modelo atrav s do qual ser o definidas as condi es em que podem emitir e utilizar os r tulos A entidade respons vel controla o processo atrav s de ensaios peri dicos de car cter aleat rio dos produtos colocados no mercado com rotulagem a realizar por laborat rios acreditados ou reconhecidos por essa entidade Em resumo o modelo proposto tem tr s intervenientes 1 A entidade respons vel que atribui a certifica o e a autoriza o para uso dos r tulos atrav s de protocolos assinados com as empresas e tendo por base ensaios acreditados 2 As empresas fabricantes importadores que solicitam a certifica o e utilizam os r tulos permitindo um claro conhecimento aos cidad os da real efici ncia h drica dos seus produtos 3 Os laborat rios acreditados pelo IPAC ou aprovados pela entidade respons vel pela implementa o do sistema que realizam os ensaios comprovativos para credibiliza o do sistema Este modelo pode disponibilizar aos cidad os um conhecimento adeq
12. o das descargas de guas residuais Dado que o uso de torneiras est por vezes associado utiliza o de gua quente o impacto da redu o do caudal tamb m significativo na redu o do consumo de energia Deve notar se que n o apresenta nenhuma desvantagem relevante 46 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Em situa o de escassez esta medida pode traduzir se no aproveitamento de gua para usos que exijam menor qualidade ex limpezas sanit rias rega de plantas e lavagem de pavimentos A implementa o desta medida incide essencialmente em dois tipos de mecanismos e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizadores destes dispositivos n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e outros com instala es colectivas de entre as v rias possibilidades realcam se pela sua import ncia em termos de consumos a necessidade de promover a adequa o do uso em instala es colectivas atrav s da afixa o nas instala es de informa o que motive a poupan a de gua esta informa o pode ser dirigida aos empregados clientes alunos etc consoante o tipo de instala o a informa o deve ser colocada nos locais de utiliza o instala es sanit rias cozinhas balne rios etc e docu
13. o de legisla o estabelecido por acordo com a Carla Andreia Pimentel Rodrigues 33 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 34 ind stria do sector que impe a num prazo t o breve quanto poss vel a comercializa o de dispositivos n o eficientes preferencialmente sujeitos a certifica o A regulamenta o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins normaliza o nomeadamente pelo desenvolvimento ou actualiza o de normas portuguesas relativas s caracter sticas dos equipamentos eficientes e de testes padr o para a sua avalia o por forma a garantir o seu bom funcionamento e consumos de gua baixos A normaliza o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins rotulagem de produtos que deve ser obrigat ria ap s um per odo de transi o a rotulagem deve incluir a informa o necess ria ao consumidor sobre as caracter sticas de consumo de gua do equipamento no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos a certifica o dos produtos por organismo competente pode complementar um sistema de rotulagem Este mecanismo destina se a fabricantes distribuidores e comerciantes certifica o homologa o e verifica o de conformidade com normas de produtos que existam ou venham a ser colocados no mercado com a f
14. vel com a efici ncia do produto Carla Andreia Pimentel Rodrigues 13 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos O modelo volunt rio que se prop e para Portugal tamb m um modelo deste ltimo tipo 3 2 2 Modelos existentes de avalia o da efici ncia h drica de produtos No Reino Unido 5 6 7 a necessidade de poupar gua surgiu porque a regi o do sudoeste tem menos gua dispon vel do que a maior parte dos pa ses europeus Cada pessoa consome cerca de 150 litros por dia de gua valor que tem vindo a aumentar cerca de 1 desde 1930 Na verdade estes n veis de consumo n o s o sustent veis a longo prazo 7 Fundada em Setembro de 2005 a Waterwise 8 uma organiza o n o governamental cuja miss o se centra na diminui o do consumo de gua no Reino Unido at 2010 e na promo o do uso eficiente da gua Esta associa o a autoridade respons vel pelo uso eficiente da gua no Reino Unido Em 2006 a Waterwise 8 fundou a marca Waterwise que atribu da anualmente a produtos que demonstram um uso eficiente da gua ou que reduzem o seu desperd cio A Waterwise atribui grande parte dos consumos de gua lavagem pessoal banhos etc e aos autoclismos Figura 2 E maquina de lavar lou a E autoclismos E cozinha E maquina de lavar roupa E Lavagem pessoal E lavagem exterior m Outras utiliza es 4 Figura 2 Percentagem de gua
15. Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 3 6 O potencial da redu o de consumos Em termos de consumo urbano tendo se estimado o actual consumo til total em 330 x 106 m ano e calculando se uma procura efectiva total em 570 x 106 m ano verifica se que a actual efici ncia de utiliza o da gua de cerca de 58 1 20 21 49 51 Tendo em conta as perspectivas de evolu o em termos de procedimentos dos utilizadores e de evolu o tecnol gica dos equipamentos o PNUEA 1 prop e se atingir ao fim de um per odo de 10 anos uma efici ncia de utiliza o da gua de 80 1 Tendo em conta a variabilidade geogr fica e social do Pa s de que resultam situa es muito diferenciadas expect vel que esta m dia nacional possa atingir varia es numa gama de 10 quando interpretada escala regional ou local 1 Admitindo no horizonte do Programa 1 os actuais valores de refer ncia em termos de popula o e capita es o que naturalmente uma simplifica o este aumento de efici ncia traduzir se ia numa poupan a de 160 x 106 m ano de uma poupan a potencial m xima de 240 x 106 m ano correspondente a um valor de 244 x 106 ano a custos actuais 1 Refira se que apenas a redu o das perdas de gua nos sistemas p blicos de 40 para 15 como previsto no Plano Estrat gico de Abastecimento de gua e Saneamento de guas Residuais 2
16. Andreia Pimentel Rodrigues 51 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Como os caudais dependem da press o residual estabeleceu se para qualquer das classifica es uma press o residual de refer ncia em ensaios de 300kPa que a press o m dia em Portugal e tamb m a press o adoptada em diversos ensaios laboratoriais de refer ncia 32 As torneiras de caudal inferior a 4 litros por minuto no caso das torneiras de cozinha e caudal inferior a 2 litros por minuto no caso das torneiras de lavat rio resid ncias devem ter no r tulo uma recomenda o sobre a sua utiliza o apenas com torneiras com e arejador 25 37 38 40 45 46 47 48 49 51 Nas zonas p blicas contudo recomenda se a utiliza o de torneiras de volume maior ou igual a 2 litros por minuto em regra letra B ou superior para os modelos base Para os urin is considera se como factor condicionante o facto de gua da descarga ser suficiente para lavar as paredes internas do urinol e para repor o fecho h drico garantindo assim as condi es de salubridade do ambiente Os urindis podem funcionar com flux metros sistemas de infravermelhos sensores de l quido term statos e at sem gua No entanto os modelos mais utilizados s o os de flux metros e com sistema de infravermelhos Uma das medidas sugeridas no Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua consiste em garantir a regula o adequada d
17. As m quinas de lavar lou a dom stica nao s o ainda muito comuns nos lares portugueses estimando se de acordo com as estat sticas dispon veis que pouco mais de 16 dos lares tenham este equipamento 33 No entanto expect vel que este n mero aumente com a melhoria da qualidade de vida dos cidad os Os modelos dom sticos de m quina de lavar lou a actualmente em uso t m consumos de gua entre 12 e 36 litros por lavagem em modelos com capacidade para servi os de loi a para oito pessoas e entre 12 e 54 litros por lavagem para modelos com capacidade para servi os de doze pessoas podendo admitir se um valor m dio de 22 litros por lavagem em geral para este ltimo caso Estes equipamentos t m em geral uma vida til entre 8 a 16 anos dependendo nomeadamente da sua qualidade e da frequ ncia de utiliza o 1 Uma das medidas sugeridas pelo Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua consiste em utilizar a m quina de lavar lou a de modo a minimizar o n mero de utiliza es e o consumo de gua em cada utiliza o atrav s da altera o de comportamentos Sugest es para melhorar a efici ncia incluem e cumprimento das instru es do equipamento particularmente no que refere aS recomenda es relativas aos consumos de gua energia e aditivos detergente sal e abrilhantador e utiliza o da capacidade total de carga sempre que poss vel e minimiza o do enxaguamento da lou a antes de a colocar na m quina
18. FOOD AND RURAL AFFAIRS Inglaterra Water Efficiency in New Buildings 2006 6 www awwa org waterwise em Novembro de 2007 7 www communities gov uk em Novembro de 2007 8 www waterwise org uk em Novembro de 2007 9 www epa gov watersense em Novembro de 2007 10 LAN A l SILVA AFONSO A As Altera es Clim ticas as Medidas de Efici ncia Energ tica e a Sa de P blica Uma An lise ao N vel das Instala es Prediais Proceedings XIII SILUBESA Simp sio Luso Brasileiro de Engenharia Sanit ria e Ambiental Bel m do Par Brasil ABES 2008 11 WORLD PLUMBING REVIEW Austr lia Issue 2 2007 12 DERRIEN F ICHIKAWA N Grey Water Reuse in Buildings 33 International Symposium Water Supply and Drainage for Buildings CIB W062 2007 Brno Rep blica Checa 2007 13 www waterrating gov au em Novembro de 2007 14 http extension missouri edu em Novembro de 2007 15 www owr ehnr state nc usv em Novembro de 2007 16 http Awww svanen nu em Novembro de 2007 17 http www steldor com water conservation htm em Novembro de 2007 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 77 Cap tulo 7 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 18 http www sec org sg wels fags php em Novembro de 2007 19 www bsria co uk em Fevereiro de 2008 20 SILVA AFONSO A Apontamentos sobre Instala es Hidr ulicas e Prediais Tomo Instala es Prediais de guas e Esgotos Un
19. Iniciativa para a Sustentabilidade Proceedings Congresso de Inova o na Constru o Sustent vel CINCOS 08 Curia 2008 80 Carla Andreia Pimentel Rodrigues
20. Pimentel Rodrigues 39 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Admitindo que o utilizador demora em m dia 10 minutos no duche a redu o da dura o de gua corrente para 5 minutos por fechar a torneira enquanto se ensaboa ou por reduzir o tempo do duche permite uma poupan a potencial de 40 m ano fogo ou seja 192 000 000 m ano no Pa s apenas no que respeita aos utilizadores dom sticos o que corresponde a uma efici ncia potencial de 50 1 A implementa o desta medida incide essencialmente em dois tipos de mecanismos para os quais se sugerem algumas ac es e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizadores potenciais n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e outros com balne rios colectivos de entre as v rias possibilidades real am se pela sua import ncia em termos de consumos a necessidade de promover a adequa o do uso em instala es colectivas atrav s da afixa o nas instala es balne rios de informa o que motive a poupan a de gua esta informa o pode ser dirigida aos empregados clientes alunos etc consoante o tipo de instala o e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente atrav s de inclus o de aspectos relevantes em ac es de forma o em redes interiores em instala es
21. breve quanto poss vel estabelecido por acordo com a ind stria do sector a comercializa o de dispositivos n o eficientes A regulamenta o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins normaliza o nomeadamente pelo desenvolvimento ou actualiza o de normas portuguesas relativas s caracter sticas dos equipamentos e de testes padr o para a sua avalia o por forma a garantir o seu bom funcionamento e consumos de gua baixos A normaliza o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins rotulagem de produtos que deve ser obrigat ria ap s um per odo de transi o a rotulagem deve incluir a informa o necess ria ao consumidor Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos sobre as caracter sticas de consumo de gua do equipamento no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos a certifica o dos produtos por organismo competente pode complementar um sistema de rotulagem Este mecanismo destina se a fabricantes distribuidores e comerciantes e certifica o homologa o e verifica o de conformidade com normas de produtos que existam ou venham a ser colocados no mercado com a finalidade de serem eficientes em termos de uso de gua Adicionalmente a inclus o nos mecanismos de certific
22. colectivas e em manuais t cnicos especializados que venham a ser desenvolvidos dirigidos a profissionais na rea de saneamento b sico em particular a t cnicos respons veis pela gest o manuten o e uso eficiente da gua em instala es colectivas Em termos econ micos e embora n o tenham sido quantificados outros aspectos para al m da dura o do duche com gua corrente estima se que esta medida conduza a uma redu o da factura o de gua guas residuais e energia apenas em utiliza es dom sticas num total anual de 261 por fogo e de 129 221 376 para o pa s sem custos adicionais relevantes para os benefici rios directos 1 40 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Outras das medidas sugeridas de maior interesse no mbito da presente Disserta o consiste na substitui o ou adapta o de chuveiros convencionais por modelos mais eficientes com menor caudal de gua A diminui o do caudal ou volume total por utiliza o pode ser conseguida adoptando os seguintes procedimentos e adop o de um modelo com menor caudal sempre que for necess ria a substitui o de um chuveiro e utiliza o de torneiras misturadoras termoest ticas que permitem tamb m diminuir o consumo por utiliza o j que permitem a redu o do desperd cio at a gua ter a temperatura desejada por elimina o do tempo de regula o da
23. com altera es regulamentares A iniciativa deve ser dos fabricantes de dispositivos Em termos de execu o a implementa o de sistemas de rotulagem priorit rio embora a maioria dos restantes mecanismos possam ser desenvolvidos em paralelo 1 Em termos econ micos estima se que esta medida corresponde a um potencial significativo na redu o da factura o de gua e saneamento N o existe qualquer dificuldade tecnol gica na implementa o desta medida visto que est o j dispon veis no mercado nacional modelos de baixo consumo e sistemas de controlo de descarga diversos mas necess rio que seja dada informa o ao consumidor para que ele possa optar por modelos mais eficientes 56 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Para os flux metros de mict rios o modelo proposto considera que a utiliza o ideal letra A aquela que tem uma descarga entre 2 0 e 4 0 litros com base nos estudos e propostas existentes 25 37 38 40 45 46 47 48 49 51 Na tabela 5 apresentam se as categorias de efici ncia h drica pospostas neste modelo para os urin is Tabela 5 Flux metros de mict rios Volume nominal Categoria de litros por descarga Efici ncia H drica 1 0 2 0 A 2 0 4 0 A 4 0 6 0 B 6 0 8 0 C gt 8 0 D No caso das letras A e A devem ser colocadas recomenda es nos r tulos tal como n
24. dar inicio a uma resposta ao n vel do uso eficiente da gua atrav s da certifica o e rotulagem de efici ncia h drica 2 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 2 IMPORT NCIA DA EFICI NCIA H DRICA 2 1 Generalidades Neste Cap tulo salienta se a import ncia do uso eficiente da gua como contributo para a sustentabilidade e referem se as medidas de uso eficiente da gua descritas na Directiva Quadro da gua ainda feita uma an lise sobre as altera es clim ticas e a disponibilidade de gua e s o referidas as previs es do World Water Council neste dom nio 2 2 2 0 uso eficiente da gua como contributo para a sustentabilidade A gua um dos elementos essenciais vida no planeta e um recurso indispens vel grande maioria das actividades econ micas Tem uma grande influ ncia na qualidade de vida das popula es nomeadamente nas reas do abastecimento de gua e da drenagem e tratamento de guas residuais que t m fortes reflexos na sa de p blica Nem todas as utiliza es da gua s o feitas de forma eficiente dado que h uma parcela importante associada a inefici ncia de uso e a perdas Trata se portanto de uma componente que tem custos para a sociedade mas n o lhe traz benef cios Estes elevados volumes que n o s o devidamente utilizados indiciam assim potenciais de poupan a muito importantes A opti
25. de gua e energia numa habita o tipo com produtos da categoria A Custo da ae energia dia 0 0083 1 Agua Energia 0 214 0 240 0 064 0 072 0 059 0 067 Custo da energia Por ciclo Custo total mensal _ m s Agua Energia 7 19 2 15 2 00 Custo total anual ano gua Energia 87 51 26 20 24 31 Total Custo da Produto di rio gua dia 0 0004 1 Duche 64 8 0 026 Lavat rio 19 4 0 008 Pia lava 18 0 0 007 lou a Total Custo da Produto di rio gua Idia 0 0004 l Autoclismo 97 2 0 039 M quina 45 0 0 018 de lavar roupa M quina 16 0 0 006 de lavar lou a TOTAIS 0 065 0 055 0 039 0 083 0 061 1 84 14 19 30 30 22 41 504 1 0 104 0 561 16 84 204 92 Como se pode observar da an lise destas tabelas as economias totais estimadas para um fogo de dimens o m dia s o extremamente significativas da ordem dos 55 Os resultados atr s expressos demonstram a import ncia das pol ticas de uso eficiente da gua no sector predial com benef cios significativos para os cidad os e para a sustentabilidade do Pa s Carla Andreia Pimentel Rodrigues 73 Cap tulo 7 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 6 CONCLUS ES O uso eficiente da gua um imperativo ambiental em qualquer pa s do mundo Mas em alguns pa ses como Portugal torna se urgente desenvolver medidas neste mbito pois a
26. economias poss veis numa habita o tipo com utiliza o de produtos eficientes letra A por compara o com uma habita o equipada com produtos n o eficientes do tipo convencional conforme o Regulamento Geral dos Sistemas P blicos e Prediais de Distribui o de gua e de Drenagem de guas Residuais 34 Assim considerando que a ocupa o m dia de 2 7 pessoas por fogo de acordo com 25 37 38 39 40 43 44 45 46 47 48 49 51 e tendo em aten o os tempos de utiliza o acumulados ou o n mero de utiliza es habituais por pessoa adaptado de 48 pode construir se a seguinte tabela Tabela 8 considerando a habita o equipada com duche lavat rio pia lava lou a autoclismo e m quinas de lavagem Tabela 8 Consumos de gua numa habita o tipo com produtos convencionais Tempo de Coneunia utiliza o di rio Valor total Total Total Total Produto 7 acumulado 2 7 pessoas di rio mensal anual 1 pessoa min dia m m s m ano min Duche 0 15 5 13 5 121 5 3 6 44 3 Lavat rio 0 10 4 10 8 64 8 1 9 23 6 Pia lava 0 20 5 60 0 1 8 21 9 lou a N de utiliza es di rias ou de descargas por pessoa N utiliza es ou descargas totais 2 7 pessoas por Prodiiia utilizagao ou por descarga Autoclismo 9 6 16 2 145 8 4 4 53 2 Maquina de 90 1 90 0 2 7 32 9 lavar roupa Maquina de 22 1 22 0 0 7 8 0 lavar lou a TOTAIS 504 1 15 1 184 0 70 Carla Andrei
27. esp rito cr tico palavras chave Certifica o efici ncia h drica rotulagem resumo No presente trabalho proposto um modelo de Certifica o e Rotulagem da Efici ncia H drica de Produtos ainda feita uma descri o de outros sistemas an logos actualmente implementados em diversos pa ses comparando os respectivos modelos e analisado o caso particular do sistema de rotulagem que se pretende implementar em Portugal para certifica o de efici ncia h drica de produtos Finalmente apresenta se um caso de estudo para avalia o da poupan a de gua com a implementa o deste modelo keywords abstract Certification water efficiency labelling In this paper we proposed a system of Certification of the Water Efficiency of Producis It also made a description of other similar systems currently implemented in several countries comparing their models and is considered the particular case of the labeling scheme to be implemented in Portugal for certification of water efficiency of products Finally it presents a case study that demonstrates the saving of water with the implementation of this model ndice 1 WALK OG C AC ss an an aa 1 Tals 7 ODJECIVOS uaa en Ont renner men rent a ren Teri a cen rem er ere 1 1 2 Metodologia asas so pasa pasa ssi qa a site a uated cote uci a 1 1 3 Resultados EsperadOs ape miimapa s nnd ENE ag Miia ap alas pa 2 2 A import ncia da efici ncia h drica
28. gua documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente pela inclus o dos aspectos relevantes em manuais t cnicos especializados e ac es de forma o a desenvolver sobre dimensionamento instala o opera o e manuten o de dispositivos em instala es colectivas dirigido essencialmente a profissionais em reas afins incentivos econ micos e financeiros que podem ser criados para os fabricantes investirem em termos de inova o e desenvolvimento de dispositivos eficientes cria o de linha de produtos econ micos e para certificarem os produtos incentivos fiscais na substitui o de dispositivos por outros mais eficientes preferencialmente produtos certificados destinados a respons veis por instala es dom sticas colectivas comerciais e industriais que usem este tipo de dispositivos regulamenta o t cnica de modo a estabelecer a obrigatoriedade de uso de dispositivos eficientes com controlo autom tico de descarga em novas constru es ou reabilita o de estruturas existentes atrav s da defini o de caudais m ximos para press es de refer ncia Outra alternativa a cria o de legisla o que impe a num prazo t o breve quanto poss vel estabelecido por acordo com a ind stria do sector a comercializa o de dispositivos n o eficientes A regulamenta o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins Carla Andreia Pimentel Rodrigues 55
29. infra estruturas existentes minimizando ou mesmo evitando em alguns casos a necessidade de amplia o e expans o dos sistemas de capta o adu o e distribui o de gua para abastecimento e de transporte e tratamento de guas residuais para acompanharem o desenvolvimento urbano agr cola e industrial com a nica preocupa o de se garantir a procura pelos utilizadores Para o cidad o em geral permite uma redu o dos encargos com a utiliza o da gua devido ao menor volume consumido e eventual descida de escal o sem preju zo da qualidade de vida do seu agregado familiar e da salvaguarda da sa de p blica Corresponde a obriga es do Pa s em termos de legisla o comunit ria nomeadamente da Directiva Quadro em termos da conserva o da gua e de crescente aplica o de custos reais no uso da gua e da Directiva IPPC no relativo obriga o de utiliza o das melhores t cnicas dispon veis nas unidades mais relevantes de diversos sectores industriais Alguns autores referem que o uso de tecnologias de poupan a de gua e de medidas econ micas apropriadas poderia reduzir at 40 a utiliza o de gua nos sectores industrial agr cola e dom stico 3 O uso sustent vel da gua traduz se assim numa medida imperativa ambiental numa necessidade estrat gica num interesse econ mico e nas obriga es de um Pa s 4 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 2 Um modelo para a avalia
30. n vel da redu o de consumos de energia n o implicando quaisquer inconvenientes ambientais Uma outra medida consiste na substitui o planeada ou quando o equipamento se encontra em fim de vida til de m quinas de lavar lou a convencionais por modelos com menor consumo de gua Esta medida apresenta como vantagens para al m da redu o do consumo de gua a correspondente redu o das descargas de guas residuais Em geral tem como vantagem adicional a redu o do consumo de energia devido maior efici ncia energ tica dos modelos mais recentes Admitindo a substitui o de uma m quina de utiliza o dom stica com consumo m dio de 22 litros por lavagem por outra com 18 litros por lavagem para servi os de 12 pessoas valor de refer ncia para atribui o do r tulo ecol gico 50 poss vel obter um potencial de redu o de 0 7 m ano fogo ou seja cerca de 560 000 m ano no pa s o que corresponde a uma efici ncia potencial de cerca de 18 1 Os mecanismos de implementa o desta medida devem incidir ao n vel da procura disponibilizando informa o ao consumidor no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos e ao n vel da oferta motivando a ind stria para colocar no mercado equipamentos mais eficientes Carla Andreia Pimentel Rodrigues 65 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Actualmente
31. naturalmente atingir os 100 no caso de dispositivos sem utiliza o de gua 1 Os mecanismos de implementa o desta medida devem incidir ao n vel da procura disponibilizando informa o ao consumidor no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos e ao n vel da oferta deforma indirecta limitando as caracter sticas dos produtos utilizados nas novas constru es ou reabilita o de constru es existentes atrav s dos regulamentos de redes interiores de edif cios 1 A ind stria deve ser incentivada para colocar no mercado equipamentos mais 54 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos eficientes e fornecer informa o que permita ao consumidor optar pelo dispositivo mais adequado ao seu caso A certifica o dos produtos pode ser uma via para que seja garantida a qualidade do produto colocado no mercado Sugere se que sejam adoptados os seguintes mecanismos para implementa o desta medida sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizadores potenciais incluindo os respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas para adquirirem modelos mais eficientes que debitem menor caudal e com sistema de controlo autom tico de descarga n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de
32. o 2000 45 EC estabelece os crit rios ecol gicos para a atribui o do r tulo ecol gico 50 s m quinas de lavar roupa dom sticas EU Ecolabelling Scheme que volunt rio e se destina ao incentivo dos fabricantes para a concep o de produtos com menor impacto ambiental Este r tulo fornece ao consumidor a informa o necess ria para uma escolha criteriosa em termos ambientais Muitos fabricantes t m desenvolvido equipamentos com menores consumos de gua e energia Est o actualmente dispon veis no mercado v rios modelos com consumos de gua por lavagem abaixo dos 50 litros Sugere se assim que sejam ponderados os seguintes mecanismos para implementa o desta medida e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos compradores potenciais para utilizarem a informa o constante do r tulo energ tico na compara o dos diferentes modelos dispon veis no mercado e para preferirem adquirir produtos com r tulo ecol gico 50 e modelos mais eficientes com menor consumo de gua e energia as ac es de sensibiliza o e informa o devem ser promovidas tanto a n vel central como pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas 60 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos adicionalmente deve ser promovida a sensibiliza o dos fabri
33. o da efici ncia h drica de produtos O abastecimento de gua exige tamb m um consumo significativo de energia Isto significa que se for usada menos gua ser consumida menos energia e em princ pio ser o emitidos menos gases com efeito de estufa Como nota final refira se que a Uni o Europeia EU est envolvida em diversos projectos e parcerias de gest o da gua por todo o globo 3 4 Ao abrigo do Acordo de Cotonu com os pa ses de frica das Cara bas e do Pac fico a UE est a ajudar os cidad os e os governos a enfrentar os efeitos das secas e inunda es e a gerir o ciclo da gua de uma forma sustent vel A escassez de gua particularmente problem tica em frica 3 4 onde milh es de pessoas n o t m acesso a um abastecimento regular de gua pot vel o que leva ao alastramento de problemas sanit rios 2 3 O uso eficiente da gua e a Directiva Quadro gua No item anterior apresentou se um conjunto inicial de objectivos a n vel europeu nacional e regional com vista a enfrentar e atenuar o desafio colocado pela escassez de gua e pelas secas na Uni o Essas op es visam a implementa o plena da Directiva Quadro gua seguidamente designada DQA uma quest o priorit ria para resolver o problema da m gest o dos recursos h dricos Esta quest o resulta frequentemente segundo a EU 3 4 de pol ticas ineficazes de tarifa o da gua que geralmente n o reflectem o grau de
34. o da necessidade deste programa uma descri o do mesmo a defini o das metas a atingir a sua estrutura e os mecanismos de implementa o S o tamb m descritas detalhadamente 87 medidas das quais 50 se destinam ao sector urbano 1 6 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos De acordo com o PNUEA existem v rias tecnologias recentes que tamb m podem ser utilizadas nas habita es para reduzir o consumo de gua e poupar dinheiro aos cidad os A instala o de cabe as de chuveiro de fluxo reduzido e a aplica o de limitadores de fluxo s torneiras s o maneiras f ceis de reduzir o consumo da gua Algumas m quinas de lavar roupa podem ajustar o consumo de gua carga e as sanitas com autoclismo de volume ajust vel j s o bastante comuns Note se que os autoclismos s o actualmente respons veis por grande parte dos consumos de gua nos edif cios cerca de 35 1 Existem tamb m m quinas de lavar lou a que gastam menos gua do que a usada numa lavagem m o Durante os meses mais frios o abastecimento de gua quente pode facilmente ser aperfei oado atrav s de um melhor isolamento das canaliza es A instala o de circuitos de retorno ou de aquecedores instant neos de gua nos s tios onde a gua quente mais necess ria como as bancas de cozinha e os chuveiros reduz a quantidade de gua desperdi ada na espera pela gu
35. o usa nunca descarga menor para usos sem mat ria fecal no sistema dual ou interrup o da descarga e que deita na sanita outros materiais que poderiam ser colocados no lixo com descarga associada ao passar a usar apenas uma descarga menor 3 litros em vez de 6 litros quando n o h mat ria fecal e ao n o deitar lixo na bacia de retrete 3 das descargas obt m uma poupan a potencial de 10 m ano fogo ou seja 48 000 000 m ano no Pa s apenas no que respeita aos utilizadores dom sticos o que corresponde a uma efici ncia potencial de 37 1 A implementa o desta medida n o implica tecnologia pelo que n o se prev em quaisquer dificuldades funcionais Em termos ambientais esta medida apresenta benef cios evidentes ao n vel da redu o de volumes de gua e de guas residuais n o implicando quaisquer inconvenientes Outra das medidas sugerida no Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 consiste na adapta o ou substitui o do autoclismo convencional eventualmente tamb m da bacia de retrete por outro com volume de descarga inferior ou seja utilizando autoclismos de baixo consumo com descarga de volume reduzido com descarga de dupla capacidade 6 3 litros ou com descarga controlada pelo utilizador Esta medida aplica se a qualquer instala o onde exista este tipo de dispositivo Os potenciais benefici rios desta medida incluem os propriet rios de instala es residenciais colectivas ou industria
36. papel significativo a desempenhar no sentido de proporcionar conhecimentos e de apoiar a elabora o de pol ticas A n vel nacional deve implementar se at 2010 uma tarifa o da gua baseada numa avalia o econ mica coerente das utiliza es da gua e do valor da gua com incentivos adequados para a utiliza o eficiente dos recursos h dricos e uma contribui o adequada das diferentes utiliza es de gua para a recupera o dos custos dos servi os h dricos em conformidade com os requisitos da DQA Todavia os agregados familiares devem independentemente dos seus recursos financeiros ter acesso a um abastecimento de gua adequado Tamb m a intensifica o dos esfor os para introduzir programas de medi o obrigat ria em todos os sectores consumidores de gua um factor que deve ser implementado a curto prazo ou seja deve assegurar se a plena aplica o da DQA 3 4 a fim de garantir ou restaurar a sustentabilidade dos recursos h dricos Em Portugal o Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua PNUEA 1 foi elaborado com o objectivo de avaliar a efici ncia com que a gua utilizada em Portugal nos sectores urbano agr cola e industrial Este estudo prop e tamb m um conjunto de medidas que permitem uma melhor utiliza o da gua tendo como vantagens adicionais a redu o das guas residuais resultantes e dos consumos energ ticos associados Neste documento s o apresentadas uma justifica
37. sensibilidade dos recursos h dricos a n vel local O principio do utilizador pagador podendo contribuir para reduzir perdas ou desperd cios desnecess rios pode assegurar que a gua se mantenha dispon vel para utiliza es essenciais Por outras palavras incentiva a utiliza o eficiente da gua Existe um enorme potencial para poupan a de gua na Uni o Europeia A Europa continua a desperdi ar pelo menos 20 4 da sua gua devido a inefici ncias A poupan a de gua deve tornar se uma grande prioridade pelo que devem ser exploradas todas as possibilidades para melhorar a efici ncia h drica Uma maior integra o das quest es h dricas em pol ticas sectoriais relacionadas com a gua fundamental para avan ar para uma cultura de poupan a de gua As realiza es a n vel comunit rio nacional e regional em mat ria de integra o Carla Andreia Pimentel Rodrigues 5 Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos variam muito consoante os sectores Em termos gerais verifica se uma falta de coer ncia e em alguns casos mesmo efeitos contraproducentes na protec o dos recursos h dricos Os actuais programas europeus e nacionais de avalia o e monitoriza o n o est o integrados nem s o exaustivos O colmatar das lacunas de conhecimentos e a garantia da comparabilidade dos dados na EU 4 por conseguinte uma condi o pr via Neste contexto a investiga o tem um
38. tais como aprova o da cria o do Sistema Nacional de Certifica o Energ tica e da Qualidade do Ar Interior nos Edif cios D L n 78 2006 22 que se responsabiliza pela aplica o dos regulamentos t rmicos para edif cios o Regulamento dos Sistemas Energ ticos de Climatiza o dos Edif cios RSECE D L n 79 2006 e o Regulamento das Caracter sticas do Comportamento T rmico de Edif cios RCCTE D L n 80 2006 que sofreram actualiza es e uma nova redac o A Directiva Europeia estabelece requisitos m nimos para novos edif cios e para reabilita es importantes de edif cios existentes com rea superiores a 100 m Indica a obrigatoriedade de certifica o energ tica dos edif cios de auditorias a caldeiras e a sistemas de aquecimento com mais de 15 kW 22 e a sistemas de ar condicionado em edif cios com mais de 12 kW A Certifica o Energ tica de Edif cios 22 obrigat ria para obter licen a de utiliza o em novos edif cios para reabilita es importantes de edif cios existentes com um custo superior a 25 do valor do edif cio sem terreno na loca o ou venda de edif cios de habita o e de servi os existentes cuja certifica o v lida por 5 anos o menos se aplicando para todos os edif cios de servi os com mais de 1000 m Este modelo tem como objectivos informar o utente como apoio decis o servir de instrumento eficaz de verifica o da regulamenta o t rmica nacio
39. x 106 m ano 1 representando aproximadamente 0 64 do Produto Interno Bruto portugu s Cerca de metade deste valor atribu do a inefici ncias no abastecimento urbano sistemas p blicos e prediais No sector predial considera se que uma especial aten o deve ser dada ao uso de produtos eficientes e efici ncia global dos edif cios ponderando para al m do uso de dispositivos eficientes a reutiliza o ou reciclagem da gua e o recurso a origens alternativas como a gua da chuva ou guas fre ticas Face a este cen rio o Governo portugu s decidiu implementar recentemente um Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 o qual prev entre outras medidas de rotulagem da efici ncia h drica de produtos e medidas de incentivo visando incrementar a efici ncia h drica em edif cios Prev se no Programa que a rotulagem seja desenvolvida por organiza es n o governamentais em articula o com as entidades governamentais do sector tendo em regra car cter volunt rio 1 Assim a necessidade de aumento da efici ncia no uso da gua corresponde a um imperativo ambiental de sustentabilidade tamb m uma necessidade estrat gica de Portugal face aos riscos de stress h drico e corresponde ainda a um interesse econ mico a todos os n veis em particular no que se refere aos cidad os sem preju zo da sua qualidade de vida e da salvaguarda da sa de p blica Com o desenvolvimento deste modelo pretende se
40. 1 e sempre que necess ria a substitui o de uma torneira optar por um modelo com menor caudal e a utiliza o de dispositivos mais eficientes permite diminuir o consumo por utiliza o de entre os diferentes mecanismos existentes destacam se as torneiras com maior ngulo de abertura do man pulo com redutor de caudal com dispositivo arejador com dispositivo pulverizador ou com sistema eco stop 36 permitindo obter dois caudais diferentes Os modelos com automatismo devem estar regulados convenientemente sob pena de poderem causar desperd cios ainda maiores que os modelos tradicionais e s o mais adequadas para instala es com uso colectivo por raz es de higiene e seguran a e a utiliza o de torneiras misturadoras monocomando termoest ticas que permitem tamb m diminuir o consumo por utiliza o j que permitem a redu o do desperd cio at a gua ter a temperatura desejada por elimina o do tempo de regula o da temperatura e facilidade de abertura e fecho e adapta o de dispositivos convencionais atrav s da instala o de arejador ou de redutor de press o anilha ou v lvula Admitindo a substitui o de uma torneira convencional com um caudal m dio de 6 litros por minuto por uma com 3 litros por minuto valor m dio j comum para torneiras existentes no mercado poss vel obter um potencial de redu o m ximo de 20 m ano fogo ou seja cerca de 95 000 000 m ano no pais Estes valores pr
41. 1 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 42 sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos compradores potenciais incluindo respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas para adquirirem modelos mais eficientes que debitem menor caudal n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente pela inclus o de aspectos relevantes em ac es de forma o ou manuais t cnicos especializados que venham a ser desenvolvidos dirigidos essencialmente a profissionais na rea de saneamento b sico incentivos econ micos e financeiros que podem ser criados para os fabricantes investirem em termos de inova o e desenvolvimento de dispositivos eficientes cria o de linha de produtos econ micos e para certificarem os produtos incentivos fiscais para respons veis por instala es dom sticas colectivas comerciais e industriais na substitui o de dispositivos por outros mais eficientes preferencialmente produtos certificados regulamenta o t cnica de modo a estabelecer a obrigatoriedade de uso de dispositivos eficientes em novas constru es ou reabilita o de estruturas existentes atrav s da defini o de caudais m ximos para press es de refer ncia outra alternativa a cria o de legisla o que impe a num prazo t o
42. 3 permite um aumento de efici ncia para pr ximo de 70 o que vem confirmar a viabilidade da meta proposta no per odo de uma d cada 20 21 49 51 Com a aplica o de medidas de uso eficiente da gua prev se o seguinte gr fico de consumos em edif cios maquina de lavar lou a autoclismos maquina de lavar roupa m torneiras m duche Figura 14 Gr fico dos consumos de gua em edif cios em Portugal previstos ap s aplica o das medidas do PNUEA 1 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 25 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 4 UM MODELO PARA CERTIFICA O ROTULAGEM DA EFICI NCIA H DRICA DE PRODUTOS 4 1 Introdu o Em Portugal a necessidade de um uso eficiente da gua foi j reconhecida como prioridade nacional como se refere no Cap tulo 2 atrav s da publica o da Resolu o do Conselho de Ministros n 113 2005 de 30 6 a qual aprova o Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 Entre as ac es propostas neste programa destacam se as propostas de rotulagem dos dispositivos de utiliza o prediais autoclismos chuveiros etc no sentido de disponibilizar aos consumidores o conhecimento da sua efici ncia h drica Prop e se no Programa 1 que esta medida venha a ter car cter obrigat rio ap s um per odo de transi o Face ao exposto torna se urgente definir e implementar em Portugal um modelo para a certifica
43. Conservation Las Vegas Watersmart08 2008 42 BROWN C Water Efficiency for Sustainable Living Las Vegas Watersmart08 2008 43 VICKERS A Water Efficiency or Water Conservation Whats the Difference Las Vegas Watersmart08 2008 44 PLUMBING CODES AND WATER CONSERVATION Facilitating the Implementation and Installation of New Water Efficient Technologies Las Vegas Watersmart08 2008 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 79 Cap tulo 7 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 45 GAULEY B High Efficiency Toilets in Commercial Applications Las Vegas Watersmart08 2008 46 CUMMINGS S Future Directions for Water Efficient Fixtures Las Vegas Watersmart08 2008 47 SHOULER M Water Efficient Appliances for Efficient Homes Proceedings of the CIB W062 International Symposium 2005 Water Supply and Drainage for Buildings Brussels B lgica 2005 48 MALO A Uso Sustent vel da Agua Estrat gias de Educa o Ambiental Coimbra Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra 2006 49 ABRANTES V SILVA AFONSO A Water efficiency in the Housing Sector The Implementation of Certification and Labelling Measures in Portugal Proceedings of the XXXVI IAHS World Congress on Housing ndia 2008 50 _http europa eu scadplus consultado em Outubro de 2008 51 RODRIGUES C SILVA AFONSO A A Implementa o da Certifica o de Efici ncia H drica de Produtos em Portugal Uma
44. PRE Universidade de Aveiro Departamento de Engenharia Civil 2008 Carla Andreia Um Modelo para a Avalia o da Efici ncia H drica de Pimentel Rodrigues Produtos PRE Universidade de Aveiro Departamento de Engenharia Civil 2008 Carla Andreia Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de Pimentel Rodrigues produtos Disserta o apresentada a Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necess rios obten o do grau de Mestre em Engenharia Civil realizada sob a orienta o cient fica do Professor Associado Convidado Armando Baptista da Silva Afonso do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro Enquanto o po o n o seca n o sabemos dar valor gua Thomas Fuller o j ri presidente Prof Doutor An bal Guimar es da Costa Professor Catedr tico do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro Prof Doutor V tor Carlos Trindade Abrantes Almeida Professor Catedr tico da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Prof Doutor Armando Baptista da Silva Afonso Professor Associado Convidado do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro Agradecimentos Aos meus pais pelo incentivo e apoio ao longo desta caminhada Ao Pedro por estar sempre presente e por me apoiar em todos os momentos Ao Professor Doutor Armando Silva Afonso pelo incentivo e pelas notas dominantes da sua orienta o Aos meus amigos por todo o apoio e
45. Pimentel Rodrigues Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Type Tested Lig MAXX Water Contem Rating AA PRA Ra po its aoe VICES ASKON K Figura 6 Primeiro s mbolo da marca WELS 13 A actual marca WELS Figura 7 tem um determinado n mero de estrelas que permite uma r pida compara o entre produtos e uma figura que indica o consumo ou caudal do dispositivo 13 A estrelas podem ir de 0 a 6 significando o maior n mero de estrelas uma maior efici ncia A informa o acerca de efici ncia h drica obtida com bases em ensaios de acordo com a Norma WELS ASNZS 6400 2005 Water efficient Products Rating and Labelling 11 13 Estes ensaios s o realizados na National Association ogf Testiong Autorities ou numa entidade regulada pelo WELS Depois de registados os produtos s o listados na internet numa base de dados da WELS AM The more A stars the more T 5 The more water efficient I stars the more water efficient WATER WATER RATING MALINN RATING Vera brembar Hedd ABC A joint government and industry program N pare eang Licence No 0095 Veater Corumpuon ri aros Mam mesa n seco we Dr AT litres per minute For more information ard to compare appliances refer to When tested in accordance with Standard AS NZS 6400 www waterrating gov au E ee Figura 7 Exemplos de etiquetas da marca WELS 13 Carla Andreia Pimentel Ro
46. Singapura foi implementado em 2007 um modelo que classifica os dispositivos em tr s n veis 18 O produto que tiver o maior numero de vistos o melhor do ponto de vista h drico Esta marca Figura 10 cont m ainda informa o relativa quantidade de gua que o dispositivo consome Figura 10 S mbolos da Water Efficiency Label 18 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 19 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 3 3 A Avalia o da efici ncia h drica de edif cios No Reino Unido existe desde Dezembro de 2006 um documento criado pelo DEFRA Department for Environment Food and Rural Affairs que procura estabelecer as bases para programas de avalia o da efici ncia h drica em edif cios 19 N o se conhecem contudo modelos espec ficos desenvolvidos para a avalia o da efici ncia h drica dos edif cios sendo certo que esta efici ncia n o depende apenas dos dispositivos instalados mas tamb m de outros factores como por exemplo o uso de fontes alternativas gua da chuva guas fre ticas gua salgada etc o isolamento da gua quente etc Em Portugal alguns autores 20 21 49 51 consideram o seguinte conceito Figura 11 para a avalia o da efici ncia h drica de edif cios como o mais adequado Y Reduzir consumos 5 Efici ncia h drica de produtos Reutilizar gua Efici ncia h drica Reciclar gua dos edif cios Y Recorrer a or
47. a o j existentes da componente de consumo de gua por exemplo atrav s do estabelecimento de acordos com as associa es de industriais de modo a que sejam incentivadas a utilizar estes sistemas de certifica o os sistemas de certifica o devem ser implementados de forma concertada com altera es regulamentares A iniciativa deve ser dos fabricantes de dispositivos Em termos econ micos estima se que num caso tipo esta medida corresponda a um potencial de redu o da factura o de gua guas residuais e energia num total anual de 130 por fogo e de 64 610 688 para o Pa s 1 Assumindo um investimento m dio de 75 para substituir o chuveiro este seria recuperado atrav s de poupan a de gua em cerca de 8 meses 1 N o se prev qualquer dificuldade tecnol gica na implementa o desta medida visto que est o j dispon veis no mercado nacional modelos de baixo consumo necess rio que a informa o seja dada ao consumidor no local de compra para que ele possa optar por modelos mais eficientes e que seja garantida a qualidade funcional dos dispositivos para n o perder a confian a do consumidor Em termos ambientais esta medida apresenta benef cios evidentes ao n vel da redu o de volumes de gua e de guas residuais e ao n vel da redu o de consumos de energia n o implicando quaisquer inconvenientes ambientais 1 Na tabela 2 apresentam se as categorias de efici ncia h drica posposta
48. a Pimentel Rodrigues Cap tulo 5 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Considerando produtos da categoria A podem obter se os resultados que constam da Tabela 9 Tabela 9 Consumos de gua numa habita o tipo com produtos da categoria A Tempo de Cone utiliza o di rio Valor total Total Total Total Produto Vs acumulado 2 7 pessoas di rio mensal anual 1 pessoa min dia m m s_ m ano min Duche 0 08 5 13 5 64 8 1 9 23 6 Lavat rio 0 03 4 10 8 19 4 0 6 7 1 Pia lava 0 06 5 18 0 0 5 6 6 lou a N de en ee por utiliza es N utiliza es ee di rias ou de a pe descarga snes o 2 7 pessoas Produto por pessoa Autoclismo 6 6 16 2 97 2 2 9 35 5 Maquina de 45 1 45 0 1 3 16 4 lavar roupa Maquina de 16 1 16 0 0 5 5 8 lavar louga TOTAIS 260 4 7 8 95 1 Como se pode observar a economia obtida extremamente significativa aproximando se de 48 Pode estender se esta an lise as poupan as resultantes desta efici ncia em termos da factura da gua e da factura energ tica No que se refere a tarifas m dias da gua ponderaram se os valores referidos em 48 donde resulta um valor m dio a n vel do Pa s de 0 40 m No que se refere factura energ tica e considerando a utiliza o de g s natural o valor obtido em 48 foi de 0 11 kWh Carla Andreia Pimentel Rodrigues 71 Cap tulo 5 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de
49. a e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e outros com equipamentos de lavagem de lou a em instala es colectivas devem ser estabelecidos procedimentos para que empregados e operadores de m quinas optimizem a sua utiliza o adicionalmente a informa o deve ser colocada nos locais de utiliza o por exemplo cozinhas e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente atrav s de inclus o dos aspectos relevantes em manuais t cnicos especializados e em ac es de forma o que venham a ser desenvolvidos destinadas 64 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos essencialmente a t cnicos respons veis pela gest o manuten o e uso eficiente da gua em instala es prediais Embora n o se tenham quantificado outros aspectos para al m do aumento da carga m dia por lavagem em termos econ micos estima se que para este caso esta medida conduza a uma redu o da factura o de gua guas residuais e energia apenas em utiliza es dom sticas num total anual de 24 por fogo e de 1 475 010 para o pa s sem custos adicionais relevantes para os benefici rios directos 1 Os custos associados implementa o da medida dependem dos meios mobilizados para a sua concretiza o Em termos ambientais esta medida apresenta benef cios evidentes ao n vel da redu o de volumes de gua e de guas residuais e ao
50. a efici ncia h drica de produtos aspectos relevantes relativos a esta medida destinadas essencialmente a profissionais em reas afins e regulamenta o t cnica de modo a estabelecer a obrigatoriedade de instala o de sistemas de controlo autom tico em instala es colectivas A regulamenta o dirige se particularmente a respons veis por instala es e aos profissionais de reas afins Em termos ambientais esta medida apresenta evidentes benef cios ao n vel da redu o de volumes de gua e de guas residuais n o implicando quaisquer inconvenientes Por fim uma outra medida consiste na adapta o ou substitui o de urin is tradicionais por outros dispositivos mais eficientes e com sistema de controlo autom tico de descarga associado Existem j dispon veis aparelhos que utilizam caudais muito inferiores aos modelos tradicionais ou sem utiliza o de gua Esta medida particularmente adequada para instala es novas ou quando da sua remodela o A diminui o do caudal ou volume total por utiliza o pode ser conseguida adoptando os seguintes procedimentos e sempre que necess ria a substitui o de um urinol optar por um modelo com menor caudal e com sistema de descarga autom tico e garantir a regula o adequada do volume frequ ncia e dura o das descargas em fun o da utiliza o logo a partir da instala o A poupan a obtida pode ser muito significativa dependo do sistema podendo
51. a os autoclismos permitindo assim ao consumidor escolher a melhor solu o Neste modelo considera se como categoria de refer ncia a letra A que corresponde ao autoclismo de dupla descarga de 6 litros V rios estudos indicam que a utiliza o destes autoclismos de dupla descarga pode permitir poupan as Carla Andreia Pimentel Rodrigues 35 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos de gua de cerca de 30 a 40 em rela o aos aparelhos com descarga completa 25 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 Considerando que o autoclismo mais eficiente aquele que cumpre as suas fun es de limpeza e higiene com o menor consumo de gua foi estabelecida uma tabela com as categorias de efici ncia h drica pospostas neste modelo para os autoclismos Tabela 1 Nessa tabela indicado o volume nominal da descarga podendo esta ser dupla interrompida ou completa Tabela 1 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de autoclismos UE paa a ine bd de nominal Toe de de carca Efici ncia descarga descarga para litros H drica completa oJoji for La ei No Wi To LTE 4 0 Dupla descarga A 4 0 4 5 2 0 3 0 5 0 Dupla descarga A 4 5 5 0 3 0 4 0 6 0 Dupla descarga A 6 0 6 5 3 0 4 0 7 0 Dupla descarga B 7 0 7 5 3 0 4 0 9 0 Dupla descarga Cc 8 5 9 0 4 0 C interrup de desc A t 4 0 4 5 5 0 C interrup de desc A 4 5 5 0 6 0 C interr
52. a prEN 14055 pelo que qualquer certifica o de efici ncia h drica deve exigir o pr vio cumprimento da normaliza o existente relativa respectiva performance Este foi o crit rio adoptado no presente modelo proposto que estabeleceu para os autoclismos de pequeno volume categorias de efici ncia h drica A ou A mas com indica o obrigat ria no r tulo de um aviso relativo performance do conjunto e s condi es da rede de drenagem Figura 16 em todos os autoclismos de 4 e 5 litros EFICI NCIA H DRICA Figura 16 Exemplos de rotulos de efici ncia hidrica para autoclismos de pequeno volume Carla Andreia Pimentel Rodrigues 37 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Nas zonas p blicas contudo recomenda se a utiliza o de autoclismos de volume maior ou igual a 7 litros em regra letra B ou superior para os modelos base por raz es de higiene 4 3 2 Chuveiros cabe as de duche Os banhos e duches representam em Portugal mais de 30 do consumo m dio di rio dom stico Os factores que condicionam o uso eficiente de gua associado aos duches s o o caudal do chuveiro que depende da press o da rede e eventualmente do equipamento que aquece gua e da dura o do duche Neste sentido fundamental coordenar os diferentes factores para obter um dispositivo eficiente Nos EUA a lei federal Federal Energy Policy Act de 1992 9 estabele
53. a quente Alguns gestos simples como optar pelo duche em vez do banho de imers o ou fechar a torneira enquanto se faz a barba ou se lavam os dentes podem ter um impacto sens vel na nossa utiliza o di ria Verificar a exist ncia de fugas nas torneiras e sanitas e evitar os excessos na rega de plantas e jardins sao outros conselhos teis Mas a consciencializa o continua a ser uma das melhores formas de poupar gua Saber que a quantidade di ria de gua usada em m dia pela maioria dos africanos menor do que a quantidade usada numa descarga de autoclismo na Europa deve despertar a responsabilidade de todos para uma utiliza o mais eficiente da gua 2 4 As altera es clim ticas e a disponibilidade de gua As condi es climat ricas invulgares e extremas quer em termos de precipita es quer em termos de secas est o a tornar se cada vez mais comuns Recentemente Ver o de 2007 habitantes de algumas regi es do Reino Unido Carla Andreia Pimentel Rodrigues 7 Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 5 6 tiveram de abandonar as suas casas que ficaram isoladas devido s chuvas torrenciais e grandes inunda es Longe de terem um efeito positivo sobre as reservas de gua as chuvas torrenciais tendem a sobrecarregar os sistemas naturais de capta o e a poluir os sistemas de abastecimento de gua O problema da escassez de gua igualmente grave sobretudo nalg
54. ada de autoclismos em que parte do custo subsidiado Actualmente est o dispon veis aparelhos eficientes com volumes por descarga de 6 litros permitindo uma descarga m nima de 3 litros dupla descarga Estes aparelhos funcionam de forma adequada particularmente se associados a uma bacia de retrete tamb m desenhada para maximizar a limpeza e arraste com esses volumes de gua A redu o do volume por descarga num autoclismo existente tamb m pode ser obtida colocando um volume ou barreira no reservat rio que reduza o volume de armazenamento activo No entanto esta redu o n o deve resultar na necessidade de proceder frequentemente a descarga dupla o que obviamente anularia a vantagem inicial A redu o do consumo associado ao autoclismo pode ser atingida das seguintes formas e por altera o dos comportamentos de uso que induzam desperd cios e por adapta o ou substitui o do equipamento padr o ou seja utilizando autoclismos de baixo consumo com descarga de volume reduzido com descarga de dupla capacidade 6 3 litros ou com descarga controlada pelo utilizador e em casas isoladas ou pequenos aglomerados recorrendo a solu es espec ficas como sejam as bacias de retrete sem uso de gua bacias de retrete com compostagem com incinera o v cuo ou qu micas Carla Andreia Pimentel Rodrigues 31 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Admitindo que o utilizador n
55. aixo consumo e o sistema de aquecimento da gua que deve funcionar mesmo para caudais baixos sob pena de ser afectado o desempenho do sistema e o conforto do utilizador Uma das medidas sugeridas no Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 consiste em sensibilizar a popula o para a possibilidade de poupan a de gua relativamente a duches e banhos Sugerem se para o efeito os seguintes cuidados e utiliza o preferencial do duche em alternativa ao banho de imers o e utiliza o de duches curtos com um per odo de gua corrente n o superior a 5 minutos e fecho da gua do duche durante o per odo de ensaboamento e em caso de op o pelo banho utiliza o de apenas 1 3 do n vel maximo da banheira Em situa o de escassez sugerem se ainda os seguintes cuidados e recolha da gua fria corrente at chegar a gua quente torneira para posterior rega de plantas ou lavagens na habita o e utiliza o de recipiente para certos usos lavagem de vegetais de m os etc e reutiliza o no autoclismo ou na rega consoante apropriado e substitui o do banho ou duche por lavagem com esponja e bacia com gua Esta medida aplica se quer a resid ncias quer a instala es colectivas p blicas ou privadas industriais e at mesmo comerciais Esta medida apresenta como vantagem n o apenas a redu o dos consumos de gua mas tamb m da descarga de guas residuais e de consumo de energia Carla Andreia
56. alia o da efici ncia h drica water efficiency de dispositivos no mbito do ciclo predial da gua Deste modo com este modelo procura se estabelecer um conjunto de procedimentos e crit rios com o intuito de padronizar a avalia o e certifica o da efici ncia h drica de dispositivos atribuindo uma rotulagem indicativa desse desempenho num quadro mais global do uso sustent vel da gua Um exemplo de um modelo an logo ao que se desenvolve na presente Disserta o o caso da Certifica o Energ tica dos Edif cios e Aparelhos El ctricos que mais frente se descreve 3 5 Os modelos de avalia o da efici ncia energ tica em Portugal 3 5 1 Certifica o energ tica de edif cios Em Portugal existe actualmente um Programa Nacional para a Efici ncia Energ tica nos Edif cios 22 com a miss o de efectuar a Certifica o Energ tica dos Edif cios Esta certifica o surge depois da publica o em Di rio da Rep blica DR 67 S rie A de 04 de Abril de tr s diplomas que transp em parcialmente para a ordem jur dica nacional a Directiva n 2002 91 CE do Carla Andreia Pimentel Rodrigues 21 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de Dezembro relativa ao desempenho energ tico dos edif cios Estes diplomas contemplam importantes altera es legislativas e dos h bitos de projecto no sector dos edif cios
57. ar roupa convencionais por modelos com menor consumo de gua Esta medida apresenta como vantagens para al m da redu o do consumo de gua a correspondente redu o das descargas de guas residuais Em geral tem como vantagem adicional a redu o do consumo de energia devido maior efici ncia energ tica dos modelos mais recentes N o apresenta nenhuma desvantagem relevante Carla Andreia Pimentel Rodrigues 59 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Admitindo a substitui o de uma m quina de utiliza o dom stica com consumo m dio de 90 litros por lavagem por outra com 60 litros por lavagem valor de refer ncia para atribui o do r tulo ecol gico 50 poss vel obter um potencial de redu o de 5 4 m ano fogo ou seja cerca de 21 600 000 m ano no pais o que corresponde a uma efici ncia potencial de 33 1 Actualmente obrigat ria a rotulagem energ tica das m quinas de lavar roupa dom sticas que inclui informa o sobre o consumo de gua Este requisito resulta da Directiva Comunit ria 95 12 EC rectificada pela Directiva 96 89 EC Este r tulo obrigat rio nos locais de venda dos equipamentos fornece ao consumidor informa o relevante quer relativamente ao desempenho da m quina na lavagem e na secagem quer ao consumo de gua e energia por ciclo de lavagem tipo para algod o a 60 de acordo com a EN 60456 1999 Adicionalmente a Decis o da Comiss
58. ara efeitos de rotulagem de torneiras de lavat rio resid ncias inperioa E Ea AAKE ia eddie 51 Tabela 4 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de torneiras de COZINHA B E E E EE 51 Tabela 5 Flux metros de Mict rios errar renan rea ranana 57 Tabela 6 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de m quinas de lavar OUD A Suds seas sinos ass pio sciq ones RARE sad Seeds ie e 63 Tabela 7 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de m quinas de FERN ZS 1d 69 65 DRDS POR RN RR RS UR DRE RU RS READ DR RR RR ee 69 Tabela 8 Consumos de gua numa habita o tipo com produtos convencionais 70 Tabela 9 Consumos de gua numa habita o tipo com produtos da categoria A 71 Tabela 10 Custos de agua e energia numa habita o tipo com produtos convencionais Cap tulo 1 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 1 INTRODU O 1 1 Objectivos Esta Disserta o tem como objectivo o desenvolvimento de um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos semelhan a do j existente noutras especialidades da constru o como o caso da energia O desenvolvimento deste modelo integra se no quadro das preocupa es da sociedade actual no sentido de alargar a todos os sectores as medidas de sustentabilidade ambiental Este trabalho enquadra se tamb m na proposta do Programa Nacional para o
59. ca o de conformidade com normas de produtos que existam ou venham a ser colocados no mercado com a finalidade de serem eficientes em termos de uso de gua Adicionalmente inclus o nos mecanismos de certifica o j existentes da componente de consumo de gua por exemplo atrav s do estabelecimento de acordos com as associa es de industriais de modo a que sejam incentivadas a utilizar estes sistemas de certifica o Os sistemas de certifica o devem ser implementados de forma concertada com altera es regulamentares A iniciativa deve ser dos fabricantes de dispositivos Em termos de execu o a implementa o de sistemas de rotulagem priorit rio embora a maioria dos restantes mecanismos possam ser desenvolvidos em paralelo 1 Em termos econ micos estima se que esta medida corresponda a um potencial de redu o da factura o de gua guas residuais e energia num total anual de 90 por fogo e de 44 019 113 para o pa s 1 Assumindo um investimento m dio de 75 para substituir uma torneira preferencialmente a que tenha maior frequ ncia e dura o de uso este seria recuperado atrav s de poupan a de gua em cerca de 10 meses Se for feita apenas a adapta o de um difusor ou dispositivo semelhante o investimento bastante inferior necess rio que seja dada informa o ao consumidor para que ele possa optar por modelos mais eficientes Nas tabelas 3 e 4 apresentam se as categorias de ef
60. cantes para obten o do r tulo ecol gico 50 da UE para as m quinas de lavar roupa e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente incluindo em manuais e ac es de forma o que venham a ser desenvolvido os aspectos relevantes relativos a esta medida destinados essencialmente aos profissionais em reas afins e incentivos econ micos e financeiros e certifica o ambiental de servi os e organismos para motivar fabricantes para obten o de certifica o ambiental das respectivas organiza es ISO 14000 e EMAS como previsto genericamente para a ind stria e para obten o do r tulo ecol gico 50 UE para as m quinas de lavar roupa e regulamenta o t cnica sob forma de legisla o que impe a num prazo t o breve quanto poss vel estabelecido por acordo com a ind stria do sector a comercializa o de equipamento dom stico com consumo superior a 12 litros de gua por kg de roupa de algod o por lavagem para equipamentos dom sticos r tulo ecol gico A regulamenta o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins e normaliza o necess ria para m quinas n o dom sticas semelhan a do j desenvolvido para os equipamentos dom sticos A normaliza o dirige se particularmente aos fabricantes de equipamentos e rotulagem de produtos para m quinas n o dom sticas semelhan a do que j existe para os equipamentos dom sticos que deve ser obr
61. ce que os chuveiros comercializados t m de ser eficientes caudal igual ou inferior a cerca de 9 5 litros por minuto para uma press o de 345 kPa com o m ximo de 11 4 litros por minuto excepto se exig ncias de seguran a obrigarem a caudais superiores Por outro lado na Austr lia 13 o sistema de classifica o estabelece um bom desempenho AAA para dispositivos com caudal inferior ou igual a 9 litros por minuto 0 15 litros por segundo Note se que em Portugal o Regulamento Geral 34 estabelece caudais de 30 litros por minuto como caudal de descarga para um chuveiro para dimensionamento da rede interior de guas residuais Embora n o se estabele a nenhuma obrigatoriedade de instala o de determinado tipo de dispositivos o dimensionamento para caudais muito superiores pode resultar em menor desempenho se forem instalados dispositivos de baixo consumo O caudal do chuveiro depende da press o da gua chegada ao dispositivo e eventualmente do equipamento utilizado para aquecer a gua esquentador termoacumulador ou caldeira mural 38 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos O caudal de gua quente frequentemente inferior ao de gua fria para o mesmo grau de abertura da torneira devido perda de carga e ou limita o do d bito no sistema de aquecimento de gua Assim necess rio considerar a compatibilidade entre um chuveiro de b
62. consumida numa casa no Reino Unido Mo Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Depois de atribu da a Marca Waterwise Figura 3 esta pode ser usada pelo seu detentor demonstrando que o produto especialmente eficiente do ponto de vista h drico que est dispon vel no mercado do Reino Unido e que de boa qualidade e design waterwise AWARD WINNING WATER SAVER Figura 3 Marca Waterwise 8 Fundada em Julho de 1970 nos Estados Unidos 9 a EPA Environmental Protection Agency tem como miss o a protec o da sa de p blica e do ambiente Esta entidade surgiu para combater a problem tica de um r pido crescimento populacional duplica o da popula o entre os anos de 1950 e 2000 que provocou em particular um aumento das necessidades de gua para tr s vezes mais tornando o uso eficiente da gua numa quest o priorit ria Nos Estados Unidos a maior parte dos consumos residenciais devem se as descargas dos autoclismos cerca de 40 9 sendo o segundo maior consumo o das m quinas de lavar roupa Figura 4 1 2 E maquina lavar roupa E duche E torneiras E banheira E autoclismos m maquina lavar lou a E outros usos domesticos 2 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 15 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Figura 4 Percentagem de gua consumida numa casa nos Estados Unidos
63. delos mais eficientes com menor consumo de gua e energia as ac es de sensibiliza o e informa o devem ser promovidas tanto a n vel central como pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas adicionalmente deve ser promovida a sensibiliza o dos fabricantes para obten o do r tulo ecol gico 50 da UE para as m quinas de lavar lou a e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente incluindo em manuais e ac es de forma o que venham a ser desenvolvidas os 66 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos aspectos relevantes relativos a esta medida Os destinat rios s o essencialmente os profissionais em reas afins e incentivos econ micos e financeiros e certifica o ambiental de servi os e organismos para motivar fabricantes para obten o de certifica o ambiental das respectivas organiza es como previsto genericamente para a ind stria e para obten o do r tulo ecol gico 50 UE para as m quinas de lavar roupa e regulamenta o t cnica sob forma de legisla o que impe a num prazo t o breve quanto poss vel estabelecido por acordo com a ind stria do sector a comercializa o de equipamento dom stico com consumo superior a 0 6 s 11 2 litros de gua por ciclo sendo s o n mero de servi os de lou a padr o a
64. drigues 17 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Nos anos 80 o enorme interesse nas quest es ambientais promoveu a associa o de v rios pa ses n rdicos com este objectivo A Dinamarca a Noruega a Su cia a Finl ndia e a Isl ndia adoptaram o Nordic Swan eco label Figura 8 14 15 que indica se o produto bom do ponto de vista ambiental motivando os produtores a desenvolver produtos amigos do ambiente O Nordic Swan est dispon vel para 60 categorias Na categoria de aplica es da gua est o inclu dos os sistemas de autoclismos das bacias de retrete m quinas de lavar e sistemas de lavagem 14 f UM Figura 8 S mbolo da Nordic Swan eco label 14 Na Irlanda a cidade de Dublin em colabora o com a Dublin Region Water Conservation Project 17 desenvolveu um programa para promo o da conserva o da gua e para ajuda ao consumidor A marca volunt ria Water Conservation Label Figura 9 17 foi desenvolvida como um programa pioneiro e incidia inicialmente nas m quinas de lavar lou a e de lavar roupa Este programa foi implementado na cidade de Dublin e posteriormente alargado a todo o pa s 18 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Dublin Region Water Conservation Project www doblingity ie Figura 9 Simbolo da Water Conservation Dublin 17 Em
65. essup em a altera o de todos os dispositivos convencionais Os mecanismos de implementa o devem ser ponderados tendo por base as seguintes possibilidades 48 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos compradores potenciais para adquirirem modelos mais eficientes que debitem menor caudal n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente pela inclus o de aspectos relevantes em manual t cnico especializado e ac es de forma o que venham a ser desenvolvidos dirigido essencialmente a profissionais na rea de saneamento b sico e incentivos econ micos e financeiros que podem ser criados para os fabricantes de dispositivos investirem em termos de inova o e desenvolvimento de dispositivos eficientes cria o de linha de produtos econ micos e para certificarem os produtos e incentivos fiscais na substitui o de dispositivos por outros mais eficientes destinados a respons veis por instala es dom sticas comerciais e industriais preferencialmente produtos certificados e regulamenta o t cnica de modo a estabelecer a obrigatoriedade de uso de dispositivos eficientes em novas cons
66. ia da qualidade e da efici ncia nas instala es prediais de abastecimento de gua e de drenagem No mbito dos seus objectivos a ANQIP 24 desenvolve ou apoia a realiza o de estudos t cnicos e ou cient ficos promove ac es de forma o para t cnicos instaladores e outros intervenientes edita publica es promove semin rios col quios e outros eventos de car cter t cnico e ou cient fico divulga estudos normas e regulamentos cria sistemas volunt rios de certifica o de qualidade e de efici ncia h drica para uso dos seus associados e de outras entidades interessadas realiza por solicita o externa auditorias a instala es existentes ou em constru o e d pareceres sobre projectos quando solicitada para tal 24 Neste modelo a melhor efici ncia corresponde letra A utilizando se tamb m uma indica o gr fica por gotas para melhor compreens o do s mbolo bem como uma pequena barra lateral indicativa A exist ncia das classifica es A e A tem em vista algumas aplica es especiais ou condicionadas como mais frente se esclarece Este modelo baseado em Especifica es T cnicas a elaborar por Comiss es T cnicas sectoriais para os diversos produtos autoclismos torneiras flux metros m quinas de lavar e urin is de modo a estabelecer os necess rios valores de refer ncia para atribui o de cada uma das letras 21 Estas Especifica es T cnicas estabelecem tamb m as condi
67. ici ncia h drica pospostas neste modelo para as torneiras 50 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Tabela 3 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de torneiras de lavat rio resid ncias Torneiras de Torneiras de Volume nominal Torneiras de lavat rio com lavat rio com litros minuto EWE ike ale eco stop ou eco stop e arejador arejador lt 2 0 A A A 2 0 4 0 B A At 4 0 6 0 C B A 6 0 8 0 D Cc B gt 8 0 E D Cc Tabela 4 Categorias de efici ncia hidrica para efeitos de rotulagem de torneiras de cozinha Torneiras de Torneiras de Volume nominal Torneiras de cozinha com cozinha com litros minuto cozinha eco stop ou eco stop e arejador arejador lt 4 0 A A At 4 0 6 0 B A A 6 0 8 0 C B A 8 0 10 0 D Cc B gt 10 0 E D C Para as torneiras de lavat rio resid ncias o modelo proposto considera que a utiliza o ideal letra A aquela que tem um consumo de gua de 2 0 I minuto tendo em aten o os estudos e propostas existentes em pa ses que j adoptaram a rotulagem da efici ncia h drica 25 37 38 39 40 43 44 45 46 47 48 49 51 Para as torneiras de cozinha o modelo proposto considera que a utiliza o ideal letra A aquela que tem um consumo de gua de 4 0 I minuto Para as categorias A e A recomenda se a utiliza o de torneiras com arejador Carla
68. igat ria ap s um per odo de transi o Este mecanismo destina se a fabricantes distribuidores e comerciantes e certifica o homologa o e verifica o de conformidade com normas de produtos para m quinas de lavar roupa dom sticas e n o dom sticas sendo necess rio nestas ltimas desenvolver mecanismos semelhan a do j desenvolvido para os equipamentos dom sticos A iniciativa deve ser dos fabricantes de equipamentos Carla Andreia Pimentel Rodrigues 61 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Em termos de execu o a implementa o de sistemas de rotulagem para m quinas n o dom sticas priorit rio embora a maioria dos restantes mecanismos possam ser desenvolvidos em paralelo Em termos econ micos estima se que esta medida corresponde a um potencial redu o da factura o de gua guas residuais e eventualmente energia num total anual de 19 por fogo e de 7 768 078 para o pa s sem custos adicionais para al m dos inerentes substitui o regular do equipamento 1 N o existe qualquer dificuldade tecnol gica na implementa o desta medida visto que est o j dispon veis no mercado nacional modelos de baixo consumo N o se prev em quaisquer dificuldades funcionais relevantes de implementa o desta medida visto que n o h altera es sens veis ao n vel da opera o desses novos modelos de m quinas de lavar Este aspecto vai tamb m fac
69. igens alternativas Figura 11 Esquema de certifica o de efici ncia h drica de edif cios O conceito de efici ncia h drica nos edif cios portanto mais abrangente do que a simples efici ncia de produtos considerando se que uma medida de sustentabilidade ambiental n o menos importante 3 4 A situa o em Portugal 3 4 1 Generalidades Como se refere no Cap tulo 2 em Portugal a necessidade de um uso eficiente da gua levou publica o do Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 Resolu o do Conselho de Ministros n 113 2005 de 30 6 20 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Entre as ac es propostas neste programa destacam se as propostas de rotulagem dos dispositivos de utiliza o prediais autoclismos chuveiros etc no sentido de disponibilizar aos consumidores o conhecimento da sua efici ncia h drica Prop e se no Programa que esta medida venha a ter car cter obrigat rio ap s um per odo de transi o O Programa 1 prev o envolvimento das empresas das entidades gestoras e de organiza es n o governamentais para a implementa o destas medidas Contudo o PNUEA n o promoveu em Portugal o estudo de qualquer modelo para a avalia o da efici ncia h drica quer de dispositivos quer de edif cios O modelo desenvolvido na presente Disserta o pretende estabelecer crit rios para a av
70. ilitar a aceitabilidade social da medida pelos destinat rios embora eventualmente condicionada pelo receio potencial de um menor desempenho de lavagem devido ao baixo consumo de gua o que n o se verifica em termos reais e devendo este aspecto ser esclarecido nas campanhas de sensibiliza o N o se prev um agravamento do custo de aquisi o do equipamento na medida em que os modelos de baixo consumo n o apresentam custos significativamente mais elevados que os restantes Em termos ambientais esta medida apresenta evidentes benef cios ao n vel da redu o de volumes de gua e de guas residuais e ao n vel da redu o de consumos de energia n o implicando quaisquer inconvenientes ambientais Para m quinas de lavar roupa o modelo proposto considera que a utiliza o correspondente a letra A aquela que consome 12 0 litros por kg considerando de acordo com o r tulo ecol gico 50 uma descarga de 60 litros por lavagem Na tabela 6 apresentam se as categorias de efici ncia h drica pospostas neste modelo para as m quinas de lavar roupa 62 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Tabela 6 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de m quinas de lavar roupa Volume nominal Categoria de litros por kg Efici ncia H drica lt 5 0 A gt 5 0 lt 9 0 A gt 9 0 lt 12 0 A gt 12 0 lt 15 0 B gt 15 0 Cc
71. inalidade de serem eficientes em termos de uso de gua Dever ainda ser feita a inclus o nos mecanismos de certifica o j existentes da componente de consumo de gua por exemplo atrav s do estabelecimento de acordos com as associa es de industriais de modo a que sejam incentivadas a utilizar estes sistemas de certifica o os sistemas de certifica o devem ser implementados de forma concertada com altera es regulamentares A iniciativa deve ser dos fabricantes de dispositivos A responsabilidade da implementa o essencialmente da tutela do ambiente economia e finan as sugerindo se o envolvimento de entidades gestoras e de associa es de utilizadores e outras nas reas afins Em termos de execu o a implementa o de sistemas de rotulagem priorit ria embora a maioria dos restantes mecanismos possam ser desenvolvidos em paralelo Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos N o existem dificuldades tecnol gicas na implementa o desta medida visto que est o j dispon veis no mercado nacional modelos de baixo consumo N o se prev em quaisquer dificuldades funcionais relevantes de implementa o desta medida visto que n o h altera es sens veis ao n vel da opera o desses novos modelos Este aspecto facilita a aceitabilidade social da medida pelos destinat rios embora eventualmente condicionada pelo receio potencial de u
72. is Podem ainda beneficiar desta medida os inquilinos de instala es As vantagens resultantes s o a redu o dos consumos de gua e da descarga de guas residuais e n o apresenta nenhuma desvantagem relevante Admitindo a substitui o de um autoclismo convencional com descarga constante de 10 litros por modelo eficiente com descarga dupla de 6 3 litros obt m se uma poupan a potencial de 28 m ano fogo ou seja 134 m ano no Pais Esta redu o implica uma efici ncia potencial de 60 1 Os mecanismos de implementa o desta medida devem incidir ao n vel da procura disponibilizando informa o ao consumidor no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos 32 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos alternativos e ao n vel da oferta de forma indirecta limitando as caracter sticas dos produtos utilizados nas novas constru es ou renova o das existentes A ind stria deve ser incentivada para colocar no mercado equipamentos mais eficientes e fornecer informa o rotulagem que permita ao consumidor optar pelo dispositivo mais adequado ao seu caso 1 A certifica o dos produtos constitui neste caso uma via fundamental para que seja garantida a conformidade do produto colocado no mercado O Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua sugere que os mecanismos de implementa o devem ser p
73. iversidade de Aveiro 2001 21 SILVA AFONSO A RODRIGUES C Water Efficiency of Products and Buildings The Implementation of Certification and Labelling Measures in Portugal Proceedings of the CIB W062 International Symposium 2008 Water Supply and Drainage for Buildings Hong Kong China 2008 22 www p3e portugal com certificacao consultado em Novembro de 2007 23 MINISTERIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITORIO Plano Estrat gico de Abastecimento de Agua e de Saneamento de Aguas Residuais Lisboa 2000 24 www angip pt consultado em Janeiro 2008 25 www watersmart com consultado em Outubro de 2008 26 OLIVEIRA A SILVA AFONSO A COSTA V FIGUEIREDO J COELHO C FIGUEIRA E PEREIRA S Optimization of The Water Cycle in the House of the Future of the University of Aveiro Proceedings International Conference RSC 06 Rethinking Sustainable Construction 2006 Next Generation of Green Building Sarasota EUA University of Florida 2006 27 CASTRO R SILVA AFONSO A Integration of Sustainability in Sanitary Installations The Example of the AveiroDOMUS House of the Future Proceedings SBO7 Sustainable Construction Materials and Practices Lisboa Portugal 2007 28 SILVA AFONSO A Contributos para o Dimensionamento de Redes de guas em Edif cios Especiais Aplica o de Modelos Matem ticos Porto Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2001 29 www webciencia c
74. m a press o adoptada em diversos ensaios laboratoriais de refer ncia 32 Em rela o s banheiras entendeu se que as torneiras n o devem ser classificadas dado que o consumo de gua quente depende do volume da banheira que se pretende encher e n o do caudal do dispositivo a Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 4 3 3 Torneiras e flux metros As torneiras s o o dispositivo mais comum quer na habita o quer em instala es colectivas Numa habita o comum existem no m nimo 3 a 5 torneiras distribu das pela cozinha e pelas casas de banho A frequ ncia de uso de dif cil quantifica o e com grande varia o temporal e espacial bastante elevada Esta varia o tamb m se verifica em termos de dura o da utiliza o que pode variar entre poucos segundos at v rios minutos sendo que com o aumento da fiabilidade dos sistemas de distribui o de gua se tem verificado uma altera o gradual dos h bitos de utiliza o no sentido de aumentar o tempo em que as torneiras est o abertas N o se faz refer ncia especial s torneiras temporizadas dado que segundo estudos recentes nos Estados Unidos 25 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 n o conduzem a uma economia significativa pois apesar de funcionarem menos tempo funcionam sempre ao caudal m ximo Assim a vantagem destas torneiras coloca se numa perspectiva de segura
75. m menor desempenho de arrastamento de materiais o que pode ser minimizado atrav s da certifica o da performance devendo ser esclarecido este aspecto na informa o do fabricante Esta informa o deve ainda incentivar o uso de descarga reduzida para usos compat veis Uma outra medida consiste na substitui o da bacia de retrete convencional por outra com funcionamento sem recurso ao uso de gua A adop o deste tipo de instala o permite reduzir significativamente o consumo de gua na habita o n o sendo preconizada para aglomerados urbanos mas apenas para casas isoladas ou pequenos aglomerados rurais As tecnologias alternativas podem ser divididas em quatro categorias principais bacias de retrete com compostagem com incinera o por v cuo ou qu micas Alguns sistemas prop em ainda a separa o da urina para posterior armazenamento tratamento e utiliza o como fertilizante Este tipo de solu es tem sido estudado no mbito da procura de solu es mais sustent veis para as guas residuais urbanas Os benefici rios directos desta medida podem ser consumidores p blicos ou privados Esta medida apesar de reduzir significativamente o consumo s vi vel em casos particulares e requer que os utilizadores efectuem a manuten o adequada Por tal motivo n o desenvolvido no mbito da presente Disserta o Ap s an lise de todas estas medidas considera se fundamental estabelecer uma classifica o par
76. menta o forma o e apoio t cnico nomeadamente atrav s da inclus o de aspectos relevantes em manual t cnico especializado sobre opera o e manuten o de dispositivos em instala es colectivas dirigido a profissionais na rea de saneamento b sico e em ac es de forma o em redes interiores em instala es residenciais comerciais industriais e outras colectivas destinadas essencialmente a t cnicos respons veis pela gest o manuten o e uso eficiente da gua em instala es prediais Em termos econ micos e embora n o tenham sido quantificados outros aspectos para al m da dura o da gua corrente na torneira estima se que num caso tipo esta medida conduza a um potencial redu o da factura o de gua guas residuais e energia num total anual de 90 por fogo apenas para utiliza es dom sticas sem custos adicionais relevantes para os benefici rios directos Os custos associados implementa o da medida dependem dos meios mobilizados para a sua concretiza o Carla Andreia Pimentel Rodrigues 47 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Outra das medidas sugeridas consiste na substitui o ou adapta o de torneiras convencionais lavat rios bid s banheiras e lava lou as por modelos mais eficientes e com menor caudal de gua A diminui o do caudal ou volume total por utiliza o pode ser conseguida adoptando os seguintes procedimentos
77. miza o da utiliza o da gua efici ncia de utiliza o sem condicionar a efic cia da sua utiliza o ao n vel das necessidades vitais da qualidade de vida e do desenvolvimento s cio econ mico permite reduzir a sua utiliza o e contribuir para alcan ar os objectivos de sustentabilidade Sendo a gua um factor essencial para o desenvolvimento s cio econ mico de um Pa s considera se ainda como um recurso estrat gico e estruturante o que refor a a necessidade de garantir uma elevada efici ncia do seu uso Carla Andreia Pimentel Rodrigues 3 Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Um esfor o de aumento da efici ncia do uso da gua traduz se numa redu o de caudais captados e de polui o provocada contribuindo para n o delapidar as disponibilidades e reservas estrat gicas de recursos A n vel econ mico o uso sustent vel da gua tem um papel fundamental visto que as poupan as potenciais de gua correspondem a um valor muito relevante estimado em cerca de 0 64 do Produto Interno Bruto nacional 3 Tamb m ao n vel empresarial a gua se revela um importante factor de produ o em numerosos sectores de actividade econ mica e a minimiza o dos encargos Atrav s da maior efici ncia da sua utiliza o aumenta naturalmente a competitividade das empresas nos mercados nacional e internacional Ao n vel das entidades gestoras permite um melhor aproveitamento das
78. n a e n o de economia de gua No que se refere as torneiras temporizadas por sensor a situa o an loga 25 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 Nestes casos a vantagem em rela o as tradicionais coloca se em termos de higiene Em termos m dios estima se que as torneiras representem cerca de 16 do consumo na habita o Os principais factores objectivos que condicionam o consumo eficiente de gua nas torneiras s o o caudal e a dura o de utiliza o Tamb m o tipo de utiliza o residencial p blica ou em cozinhas condiciona o consumo Adicionalmente podem se distinguir dois tipos de uso gua corrente dura o total ou parcial do uso e enchimento esvaziamento de volume de bacia Nos EUA a Federal Energy Policy Act de 1992 9 1 estabelece que as torneiras n o devem ter caudais superiores a 9 5 litros por minuto para uma press o de 345 kPa enquanto que na Austr lia o sistema de classifica o estabelece um bom desempenho AAA para dispositivos com caudal inferior ou igual a 9 litros por minuto 0 15 litros por segundo Carla Andreia Pimentel Rodrigues 45 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Certos modelos de torneiras com pulverizador ou com emulsionamento de ar no l quido com arejadores podem apresentar caudais de conforto de cerca de 3 4 litros por minuto 1 Uma das medidas sugeridas no Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 co
79. nal RCCTE e TSECE e servir de ferramenta para a actualiza o continua dos objectivos da pol tica energ tica para os edif cios 22 Existem v rias entidades certificadoras acreditadas pelo IPQ Instituto Portugu s da Qualidade com base na EN 45004 Estas entidades devem ser de dimens o m nima para ter viabilidade econ mica independentes dos projectos a certificar e isentas ter respons veis t cnicos credenciados e uma carteira de colaboradores com forma o adequada Os t cnicos credenciados devem obter aprova o em ac es de forma o adequadas e reconhecimento pelas OE Ordem dos Engenheiros OA Ordem 22 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos dos Arquitectos ou ANET Associa o Nacional de Engenheiros T cnicos que atribuem a acredita o dos respectivos cursos As entidades certificadoras n o s o entidades formadoras verificando se uma independ ncia de ambas as actividades A certifica o energ tica feita com base no RCCTE Regulamento das Caracter sticas de Comportamento T rmico dos Edif cios 22 e no RSECE Regulamento dos Sistemas Energ ticos de Climatiza o dos Edif cios Para a instru o do processo de certifica o energ tica necess ria uma mem ria descritiva do projecto de arquitectura e do projecto de climatiza o incluindo o c lculo de cargas e necessidades de energia documentos de dem
80. nergia de uma forma mais eficiente antes de estudar alternativas Esta abordagem tamb m v lida para a escassez de gua e as secas Para fazer face escassez de gua e s secas a primeira prioridade avan ar para uma economia de efici ncia h drica e de poupan a de gua A poupan a de gua significa tamb m poupan a de energia dado que como atr s se refere a capta o transporte e tratamento da gua e dos efluentes s o opera es com um elevado custo energ tico Neste contexto essencial uma melhor gest o da procura de gua Um dos efeitos graves das altera es clim ticas o da redu o das disponibilidades de gua doce em muitas partes do mundo o que a torna cada vez mais valiosa quer do ponto de vista econ mico quer do ponto de vista comunit rio e social O uso racional da gua tornou se assim uma grande prioridade face s altera es clim ticas 2 5 As previs es do World Water Council Sendo a gua um recurso limitado que necess rio proteger e conservar o seu uso eficiente um imperativo ambiental em qualquer pa s do mundo De acordo com as previs es do World Water Council 2 23 pa ses poder o enfrentar uma escassez absoluta de gua em 2025 e entre 46 e 52 pa ses totalizando cerca de 3 000 milh es de pessoas poder o sofrer de stress h drico nessa data Carla Andreia Pimentel Rodrigues 9 Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos
81. nsiste em promover a altera o dos h bitos da popula o relativamente utiliza o das diferentes torneiras na habita o lavat rios bid s banheiras e lava lou as de modo a evitar o desperd cio Sugest es para reduzir o consumo neste tipo de usos incluem e minimiza o da utiliza o de gua corrente para lavar ou descongelar alimentos com utiliza o alternativa de alguidar para lavagem de lou a ou roupa com alguidar para escovar os dentes com uso de copo ou fechando a torneira durante a escovagem para fazer a barba com gua no lavat rio ou com utiliza o alternativa de m quina el ctrica ou lavar as m os e verifica o do fecho correcto das torneiras ap s o uso n o as deixando a correr ou a pingar e utiliza o da menor quantidade de gua poss vel para cozinhar os alimentos usando alternativamente vapor microondas ou panela de press o poupando gua vitaminas e melhorando o sabor e utiliza o de alguma gua de lavagens enxaguamento de roupa ou lou a ou de duches com pouco detergente para outros usos como sejam lavagens na casa e por per odos limitados em rega de plantas tamb m para encher autoclismos desligando previamente as torneiras e utiliza o da gua de cozer vegetais para confeccionar sopas ou para cozer outros vegetais no frigor fico dura v rios dias Esta medida apresenta como vantagens para al m da redu o do consumo de gua a correspondente redu
82. ntel Rodrigues Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos do uso de dispositivos eficientes a reutiliza o ou reciclagem da gua e o recurso a origens alternativas como a gua da chuva ou guas fre ticas Face a este cen rio o Governo portugu s decidiu implementar recentemente um Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 o qual prev entre outras medidas de rotulagem da efici ncia h drica de produtos e medidas de incentivo visando incrementar a efici ncia h drica em edif cios Prev se no Programa 1 que a rotulagem seja desenvolvida por organiza es n o governamentais em articula o com as entidades governamentais do sector tendo em regra car cter volunt rio 2 6 Nota conclusiva Da an lise deste Cap tulo pode concluir se que o uso eficiente da gua constitui um contributo indispens vel para a sustentabilidade deste recurso A Directiva Quadro Agua 3 4 e o Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 s o dois documentos que comprovam essa mesma import ncia Relativamente as altera es clim ticas importante referir que Portugal um pa s que a curto m dio prazo poder sofrer consequ ncias relevantes destas altera es A gua ser um bem escasso pelo que se torna fundamental e urgente us la de forma eficiente e sustent vel Carla Andreia Pimentel Rodrigues 11 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h
83. o colocado na parte exterior dos electrodom sticos de modo a ficar vis vel ao consumidor A etiqueta energ tica 22 Figura 13 obrigat ria nos aparelhos el ctricos m quinas de lavar e secar roupa m quinas de lavar loi a frigor ficos e combinados fornos el ctricos aparelhos de ar condicionado e ilumina o e permite comparar f cil e rapidamente a efici ncia energ tica e o consumo dos electrodom sticos da mesma categoria Para a mesma capacidade e caracter sticas um aparelho classificado como A considerado como mais eficiente e econ mico e o G como o menos adequado a estes n veis No caso das etiquetas dos equipamentos de frio existem duas classes suplementares A e A para os equipamentos com n veis de efici ncia superiores a A 22 Ao escolher equipamentos energicamente mais eficientes poupa se e conserva Energia refer ncia do aparelho Fabricante marca do fabricante e do modelo Modelo se o ambiente classifica o de efici ncia energ tica etiqueta ecol gica europeia Corano dm were Gom bese ass rendido do east consumo anual de energia kWh O temer maos vota mro so coretutes e Eana oe acre tar mus oraingo Care Do Anen beeen Volume de alimentos congelados capacidade e n mero de estrelas Nivel de ru do SEA e 1 par nivel de ru do dB A bandeira europeia Figura 13 Exemplo do modelo de certificado energ tico para aparelhos el ctricos 24 Carla
84. o e rotulagem da efici ncia h drica de dispositivos de utiliza o prediais produtos 4 2 Aspectos a considerar na cria o do modelo de certifica o e rotulagem da efici ncia h drica de produtos De um modo geral a certifica o e rotulagem da efici ncia h drica de produtos tem sido implementada em diversos pa ses de forma volunt ria como anteriormente se refere Em alguns pa ses contudo n o existe uma grada o dessa efici ncia mas sim um r tulo de efici ncia atribu do quando os consumos se situam abaixo de um determinado valor como anteriormente se refere o caso por exemplo dos sistemas de rotulagem adoptados nos Estados Unidos ou nos Pa ses N rdicos Noutros casos Austr lia e Irlanda Cidade de Dublin por exemplo o r tulo estabelece uma classifica o vari vel com a efici ncia do produto Carla Andreia Pimentel Rodrigues 27 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos O modelo que se prop e tamb m um modelo deste ltimo tipo e de car cter volunt rio Os r tulos gen ricos foram j estudados e propostos pela ANQIP Associa o Nacional para a Qualidade nas Instala es Prediais 24 A ANQIP uma associa o portuguesa sem fins lucrativos criada em 2007 que tem entre os seus associados diversas Universidades empresas do sector entidades gestoras e t cnicos em nome individual cujos objectivos essenciais s o a promo o e a garant
85. o volume frequ ncia e dura o das descargas em fun o da utiliza o logo a partir da instala o e periodicamente por forma a diminuir tanto quanto poss vel o caudal ou o volume total por utiliza o 1 Esta medida apresenta como vantagens para al m da redu o do consumo de gua a correspondente redu o das descargas de guas residuais Em situa o de escassez devem ser refor ados os cuidados acima referidos A poupan a obtida pode ser muito significativa dependendo do sistema n o se dispondo no entanto de informa o suficiente que permita a realiza o de c lculos para um caso tipo 1 A implementa o desta medida incide essencialmente em dois tipos de mecanismos 52 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizadores potenciais em particular em instala es colectivas n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e outros com urin is e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente atrav s da inclus o dos aspectos relevantes em ac es de forma o e em manuais t cnicos especializados que venham a ser desenvolvidos destinados a profissionais em reas afins Em termos econ micos estima se que esta medida possa cor
86. om consultado em Novembro de 2007 30 _http insaar inag pt Pagina Indicadores indi27 html em Novembro de 2007 78 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 7 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 31 RODRIGUES C SILVA AFONSO A A Qualidade na Constru o ao N vel das Instala es Prediais de guas e Esgotos Situa o e Perspectivas em Portugal Proceedings Congresso Constru o Coimbra Portugal 2007 32 LABORAT RIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL Regras de C lculo de Instala es de Distribui o de guas de Drenagem Predial de guas Residuais e Drenagem de guas Pluviais Lisboa 1990 33 www ine pt em Mar o de 2008 34 IMPRENSA NACIONAL Regulamento Geral dos Sistemas P blicos e Prediais de Distribui o de gua e Drenagem de guas Residuais Lisboa 1995 35 SILVA AFONSO O Novo Regulamento Portugu s de guas e Esgotos Anotado e Comentado Vol 1 Casa do Castelo Editora Coimbra 1997 36 www ramonsoler net consultado em Mar o de 2008 37 MEZA G How to Develop a Conservation Master Plan in 6 Steps Las Vegas Watersmart08 2008 38 DICKINSON M WaterSense 2020 Las Vegas Watersmart08 2008 39 HARRIS R WaterSmart from the Start Las Vegas Watersmart08 2008 40 FITZGERALD J Water Conservation in Buildings Water Efficiency Enhancing Sustainable Development Las Vegas Watersmart08 2008 41 DICKINSON M The ABC s of Water
87. onderados tendo por base as seguintes possibilidades 1 e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizadores potenciais incluindo os respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas para adquirirem modelos mais eficientes que utilizem menor volume de descarga n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente pela inclus o de aspectos relevantes em ac es de forma o e em manuais t cnicos especializados que venham a ser desenvolvidos e que foquem a opera o e manuten o de dispositivos em instala es residenciais e colectivas dirigido essencialmente a profissionais na rea de saneamento b sico e incentivos econ micos e financeiros que podem ser criados para os fabricantes investirem em termos de inova o e desenvolvimento de dispositivos eficientes cria o de linha de produtos econ micos e para certificarem os produtos e incentivos fiscais na substitui o de dispositivos por outros mais eficientes em instala es dom sticas colectivas comerciais e industriais preferencialmente produtos certificados e regulamenta o t cnica de modo a estabelecer a obrigatoriedade de uso de dispositivos eficientes em novas constru es ou reabilita o de estruturas existentes atrav s da defini o de volumes m ximos outra alternativa a cria
88. onstra o do RCCTE e do RSECE projecto dos sistemas de ilumina o quando for aplic vel o RSECE e desenhos de arquitectura Nos novos edif cios a certifica o feita em duas fases 22 a primeira fase realiza se no pedido de licenciamento e a segunda fase ap s a constru o estar conclu da Nos edif cios existentes a certifica o realizada em apenas uma fase Na Figura 12 apresenta se o modelo de certificado energ tico para edif cios NOMELOGO DA SIMBOLO DO SPQ ENTIDADE ACREDITADA Aquecimento p n Tipo Edificin Frac o es Arrefecimento Morada Tipe Area LEl de Pavimento sos Tipe Data de Emiss o do Certificado Ibumina o Consume Energ tico KW nr ane Emiss es de CO tom ano Assinatura do Director T cnico V lido at Selo Branco Figura 12 Exemplo do modelo de certificado energ tico para edif cios 22 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 23 Cap tulo 3 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 3 5 2 Certifica o energ tica de aparelhos el ctricos No mercado podem encontrar se variad ssimas op es de equipamentos Para fazer a escolha mais acertada existe uma etiqueta energ tica que permite escolher os que apresentam menores consumos energ ticos A Uni o Europeia criou a etiqueta energ tica 22 para informar o consumidor sobre a efici ncia consumo rendimento capacidade e ru do dos v rios equipamentos dom sticos Trata se de um r tul
89. ores destes equipamentos n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e outros com equipamentos de lavagem de roupa em instala es colectivas devem ser estabelecidos procedimentos para que empregados e operadores de m quinas optimizem a sua utiliza o adicionalmente a informa o deve ser colocada nos locais de utiliza o por exemplo lavandarias e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente atrav s de inclus o dos aspectos relevantes em manuais t cnicos especializados e em ac es de forma o que venham a ser desenvolvidos destinadas essencialmente a t cnicos respons veis pela gest o manuten o e uso eficiente da gua em instala es prediais Em termos econ micos e embora n o tenham sido quantificados outros aspectos para al m do aumento da carga m dia por lavagem estima se que neste caso esta medida conduza a uma redu o da factura o de gua guas residuais e energia apenas em utiliza es dom sticas num total anual de 6 por fogo e de 2 424 955 para o pa s sem custos adicionais relevantes para os benefici rios directos 1 Os custos associados implementa o da medida dependem dos meios mobilizados para a sua concretiza o Uma outra medida consiste na substitui o planeada ou quando o equipamento se encontra em fim de vida til de m quinas de lav
90. os autoclismos sobre a necessidade de garantir a performance do conjunto em termos de limpeza 4 3 4 M quinas de lavar e outros dispositivos As m quinas de lavar roupas dom sticas s o hoje em dia equipamentos de utiliza o generalizada As m quinas de lavar dom sticas t m tido uma evolu o r pida em termos de redu o dos consumos na lavagem Os modelos de m quina de lavar actualmente em uso t m consumos de gua muito vari veis entre 35 e 220 litros por lavagem podendo admitir se um valor m dio de 90 litros por lavagem em geral para uma capacidade de carga de 5 kg de roupa de algod o Estes equipamentos t m em geral uma vida til entre 8 e 16 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 57 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos anos dependendo nomeadamente da sua qualidade e da frequ ncia de utiliza o O volume utilizado em cada lavagem tanto nas m quinas de lavar roupa como de lou a condicionado pelas caracter sticas da m quina programas idade tipo a carga colocada em cada lavagem tipo e quantidade de detergente se formar muita espuma aumenta o consumo de gua Uma das medidas sugeridas no Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua consiste em utilizar a m quina de lavar roupa de modo a minimizar o n mero de utiliza es e o consumo de gua em cada utiliza o atrav s da altera o de comportamentos Sugest es para melhorar a efici ncia incl
91. plic vel m quina de lavar lou a r tulo ecol gico A regulamenta o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins e normaliza o necess ria para m quinas n o dom sticas semelhan a do j desenvolvido para os equipamentos dom sticos A normaliza o dirige se particularmente aos fabricantes de equipamentos e rotulagem de produtos para m quinas n o dom sticas semelhan a do que j existe para os equipamentos dom sticos que deve ser obrigat ria ap s um per odo de transi o Este mecanismo destina se a fabricantes distribuidores e comerciantes e certifica o homologa o e verifica o de conformidade com normas de produtos para m quinas dom sticas e n o dom sticas A iniciativa deve ser dos fabricantes de equipamentos Em termos de execu o a implementa o de sistemas de rotulagem para m quinas n o dom sticas priorit rio embora a maioria dos restantes mecanismos possam ser desenvolvidos em paralelo Em termos econ micos estima se que esta medida conduza a uma redu o da factura o de gua guas residuais e eventualmente energia num total anual de 6 por fogo e de 503 486 para o pa s sem custos adicionais para al m dos inerentes substitui o regular do equipamento 1 Carla Andreia Pimentel Rodrigues 67 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos N o existe qualquer dific
92. produtos Considerando que para aquecer 1 m de gua a 37 C s o necess rios 30 kWh de energia 48 obt m se um valor de 0 0033 1 Note se por curiosidade que o valor do custo da energia el ctrica n o significativamente diferente 0 12 kWh segundo 48 Os valores indicados s o conservadores pois n o incluem Imposto sobre o Valor Acrescentado nem termos fixos Podem construir se ent o as Tabelas 10 e 11 para estes valores Para as m quinas de lavar roupa e lou a consideraram se valores m dios retirados da consulta de cat logos dos fabricantes 1 20 kWh e 1 05 kWh por lavagem respectivamente Tabela 10 Custos de gua e energia numa habita o tipo com produtos convencionais Custo total Custo total Custo total di rio mensal anual Custo da Custo da Produto gua energia 0 0004 0 0033 l ao es cate Agua Energia Agua Energia Agua Energia Duche 121 5 0 049 0 401 0 450 13 49 164 09 Lavat rio 64 8 0 026 0 214 0 240 7 19 87 51 Pia lava 60 0 0 024 0 198 0 222 6 66 81 03 louga Custo da Custo da Produto agua energia 0 0004 1 Por ciclo Autoclismo 145 8 0 058 E 0 058 1 75 21 29 M quina 90 0 0 036 0 13 1 66 4 98 60 59 de lavar roupa M quina 22 0 0 009 0 12 1 29 3 86 47 01 de lavar lou a TOTAIS 37 93 72 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 5 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Tabela 11 Custos
93. responder a um potencial significativo na redu o da factura o de gua e guas residuais embora varie consoante o caso particular Outra das medidas sugeridas consiste na melhoria da frequ ncia e dura o de descarga nos urin is atrav s da instala o de sistemas de controlo autom tico da descarga Existem v rios tipos sistemas de infravermelhos sensores de l quido e sistemas magn ticos associados s portas e term statos A redu o do desperd cio de gua nos urin is pode assim ser conseguida de modo bastante eficiente Esta medida aplica se a qualquer instala o onde exista este tipo de dispositivo As redu es de consumo estimadas com base na experi ncia inglesa variam de 50 a 90 dos volumes de gua neste uso 8 Sugerem se os seguintes tipos de mecanismos para implementa o desta medida e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos respons veis por instala es colectivas comerciais e industriais para instala o de sistemas de controlo autom tico de descarga em urin is n o s promovida a n vel central mas tamb m pelos gestores dos sistemas de abastecimento de gua e pelos respons veis por unidades de com rcio ind stria e instala es colectivas e documenta o forma o e apoio t cnico nomeadamente incluindo em manuais e ac es de forma o que venham a ser desenvolvidos os Carla Andreia Pimentel Rodrigues 58 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o d
94. s disponibilidades do recurso poder o estar significativamente afectadas a curto m dio prazo Note se que no caso da gua quente a redu o do consumo poss vel em m quinas de lavar roupa e lou a e em cabe as de chuveiro contribui tamb m para a redu o dos consumos energ ticos A redu o dos consumos contribui ainda para reduzir o volume de efluentes diminuindo as dimens es das Esta es de Tratamento de guas Residuais os di metros na rede de drenagem e os consumos energ ticos no tratamento das guas residuais Assim uma especial aten o deve ser dada ao uso de produtos eficientes mas os consumidores devem ser capazes de identificar os produtos eficientes impondo se a adop o de sistemas de rotulagem de f cil interpreta o No que se refere aos recursos h dricos em Portugal esta iniciativa dar seguramente resposta a uma necessidade crucial e urgente de interven o que visa garantir num futuro pr ximo as desejadas e indispens veis condi es de sustentabilidade Carla Andreia Pimentel Rodrigues 75 Cap tulo 7 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 7 REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS 1 LABORAT RIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua Lisboa 2001 2 www worldwatercouncil org em Janeiro de 2008 3 http eur lex europa eu em Novembro de 2007 4 http ec europa eu em Novembro de 2007 5 DEPARTMENT FOR ENVIRONMENT
95. s neste modelo para os duches Carla Andreia Pimentel Rodrigues 43 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Tabela 2 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de chuveiros Torneiras ou Volume Chuveiros ou Torneiras nominal torneiras de poles gom termost ticas E s termost tica ou litros minuto duche eco stop com eco stop lt 5 0 A At A 5 0 9 0 B A At 9 0 15 0 C B A 15 0 30 0 D C B gt 30 E D C O modelo proposto considera que a utiliza o ideal letra A aquela que tem um consumo de gua de 5 0 I minuto tendo em aten o estudos e propostas j efectuados neste mbito noutros pa ses 25 37 38 39 40 41 42 43 44 45 No entanto deve notar se que nestes casos o choque t rmico ou escald o pode ocorrer mais facilmente pelo que para as categorias A e A se recomenda a utiliza o de torneiras termost ticas mant m a temperatura constante sendo tamb m desej vel a utiliza o de v lvulas que permitam manter caudal constante e ou torneiras com sistema eco stop 36 Assim os chuveiros de caudal inferior a 5 litros por minuto devem ter no r tulo uma recomenda o sobre a sua utiliza o apenas com torneiras termost ticas Como os caudais dependem da press o residual estabeleceu se para qualquer das classifica es uma press o residual de refer ncia para ensaios de 300kPa que a press o m dia em Portugal e tamb
96. ta o insuficiente o termo escassez de agua significa que a procura de gua excede os recursos h dricos exploraveis em condi es sustent veis At data pelo menos 11 da popula o europeia e 17 do seu territ rio foram afectados pela escassez de gua 4 As tend ncias recentes revelam um alastramento significativo da escassez de gua na Europa A escassez de gua e as secas n o s o meramente uma quest o a tratar pelos gestores de recursos h dricos T m um impacto directo nos cidad os e nos sectores econ micos que utilizam e dependem da gua como a agricultura o 8 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 2 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos turismo a ind stria a energia e os transportes A energia hidroel ctrica que uma fonte de energia neutra em termos de carbono depende fortemente da disponibilidade de gua A escassez de gua e as secas t m tamb m impactos mais vastos nos recursos naturais em geral devido a efeitos secund rios negativos na biodiversidade na qualidade da gua nos riscos de inc ndios florestais e no empobrecimento dos solos A 10 de Janeiro de 2007 a Comiss o adoptou um conjunto de medidas sobre energia e altera es clim ticas com vista a orientar a UE 4 para uma pol tica energ tica sustent vel competitiva e segura Um dos seus temas centrais enfrentar o desafio da energia fazendo em primeiro lugar um esfor o para utilizar a e
97. tam se as categorias de efici ncia h drica pospostas neste modelo para as m quinas de lavar lou a 68 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Tabela 7 Categorias de efici ncia h drica para efeitos de rotulagem de m quinas de lavar lou a Volume nominal Para servi os at 8 Para servi os at 12 litros por lavagem pessoas pessoas lt 12 0 A A gt 12 0 lt 16 0 A A gt 16 0 lt 22 0 B A gt 22 0 lt 36 0 Cc B gt 36 0 D Cc 4 4 Nota conclusiva Da an lise deste Cap tulo conclui se que com o modelo proposto foram estabelecidos par metros que permitem categorizar os diversos produtos autoclismos torneiras duches flux metros e maquinas de lavar roupa e lou a dando informa o ao consumidor sobre a sua capacidade de uso da gua de forma eficiente Estes crit rios foram baseados na an lise dos estudos desenvolvidos e nas experi ncias de aplica o da rotulagem de efici ncia h drica em diversos pa ses do mundo 25 37 38 40 45 46 47 48 49 51 tendo em aten o as condi es particulares de cada um desses pa ses e ponderando a situa o h bitos e costumes da realidade portuguesa Carla Andreia Pimentel Rodrigues 69 Cap tulo 5 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos 5 CASO DE ESTUDO No mbito da presente Disserta o considerou se de interesse analisar as
98. temperatura e facilidade de abertura e fecho e de torneiras com sistema eco stop 36 que permite obter dois caudais diferentes e adapta o de dispositivos convencionais atrav s da instala o de arejador de redutor de press o anilha ou v lvula ou de v lvula de seccionamento Admitindo a substitui o de um chuveiro convencional com um caudal m dio de 12 litros por minuto por um com 9 litros por minuto valor comum para os esquentadores existentes no mercado poss vel obter um potencial de redu o de 20 m ano fogo ou seja cerca de 96 000 000 m ano no pa s o que corresponde a uma efici ncia potencial de 25 1 Os mecanismos de implementa o desta medida devem incidir ao n vel da procura disponibilizando informa o ao consumidor no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos e ao n vel da oferta de forma indirecta limitando as caracter sticas dos produtos utilizados nas novas constru es ou renova o das existentes A ind stria deve ser incentivada para colocar no mercado equipamentos mais eficientes e fornecer informa o que permita ao consumidor optar pelo dispositivo mais adequado ao seu caso A certifica o dos produtos pode ser uma via para que seja garantida a qualidade do produto colocado no mercado Os mecanismos de implementa o devem ser ponderados tendo por base as seguintes possibilidades Carla Andreia Pimentel Rodrigues 4
99. tru es ou reabilita o de estruturas existentes atrav s da defini o de caudais m ximos para press es de refer ncia outra alternativa a cria o de legisla o que impe a num prazo t o breve quanto poss vel estabelecido por acordo com a ind stria do sector a comercializa o de dispositivos n o eficientes A regulamenta o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins e normaliza o nomeadamente pelo desenvolvimento ou actualiza o de normas portuguesas relativas s caracter sticas dos equipamentos e de testes padr o para a sua avalia o por forma a garantir o seu bom funcionamento e baixos consumos de gua A normaliza o dirige se particularmente aos fabricantes de dispositivos e aos profissionais de reas afins e rotulagem de produtos que deve ser obrigat ria ap s um per odo de transi o a rotulagem deve incluir a informa o necess ria ao consumidor Carla Andreia Pimentel Rodrigues 49 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos sobre as caracter sticas de consumo de gua do equipamento no local de compra de forma clara e objectiva de modo a que ele possa comparar os equipamentos alternativos a certifica o dos produtos por organismo competente pode complementar um sistema de rotulagem Este mecanismo destina se a fabricantes distribuidores e comerciantes e certifica o homologa o e verifi
100. ua pelos utilizadores a generaliza o do uso de dispositivos e equipamento eficientes e uma actua o na redu o de perdas e desperd cios 4 3 Crit rios para a certifica o e rotulagem da efici ncia h drica de produtos 4 3 1 Autoclismos As descargas dos autoclismos representam em Portugal um dos maiores pesos no consumo dom stico de gua mais de 35 25 37 38 40 45 46 47 48 49 51 28 48 Estes consumos derivam nao s das descargas associadas as necessidades fisiol gicas mas tamb m da utiliza o inadequada como as descargas de res duos s lidos na bacia de retrete e fugas devido falta de estanquidade do autoclismo 30 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Os autoclismos tradicionais t m capacidades que podem variar entre os 7 litros e os 15 litros por descarga A utiliza o de autoclismos com descargas de 6 litros tem a sua efici ncia provada em diversos pa ses Sendo as descargas de autoclismo um dos usos mais significativos na habita o a utiliza o de autoclismos com descarga de 6 litros em vez dos tradicionais 9 litros ou mais levar a redu es significativas como evidente A redu o do volume de descarga do autoclismo indicada no Programa Nacional para o Uso Eficiente da gua 1 como uma das medidas mais eficientes podendo ser implementados programas de substitui o alarg
101. uado sobre a efici ncia h drica dos produtos no mercado e orienta os cidad os na escolha dos produtos de modo a evitar a adop o de solu es que n o se revelem adequadas do ponto de vista de desempenho t cnico ou que sejam suscept veis de gerar problemas nas instala es Os r tulos propostos s o os que se seguem na Figura 15 OO Ne Se Figura 15 Rotulos de Efici ncia Hidrica adoptados em Portugal Carla Andreia Pimentel Rodrigues 29 Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Considera se importante na defini o deste modelo distinguir dois conceitos distintos Conserva o da gua Efici ncia da gua Entende se por conserva o da gua uma redu o de perdas desperd cio ou uso da gua procurando nunca esgotar as fontes Por outro lado entende se por efici ncia do uso da gua como uma minimiza o da quantidade de gua utilizada para cumprimento das fun es m nimas para as quais solicitada Foi com base neste ltimo conceito que se desenvolveu o modelo proposto no presente trabalho Pretende se assim classificar os diversos dispositivos de forma a facilmente se conseguir identificar o mais eficiente do ponto de vista h drico e tamb m o que permite conservar maior quantidade de gua salvaguardando aspectos de conforto sa de p blica e performance do aparelho Em resumo com o modelo proposto pretende se promover o uso adequado da g
102. uem 1 e consulta das instru es do equipamento particularmente no que se refere as recomenda es relativas aos consumos de gua energia e detergente e utiliza o da m quina apenas com carga completa e nao utiliza o de programas com ciclos desnecess rios e g pr lavagem e selec o dos programas conducentes a menor consumo de gua e regula o da m quina para a carga a utilizar e para o n vel de gua m nimo se possuir regulador para esse fim e n o proceder lavagem de roupa que ainda n o necessite de tal por exemplo por estar apenas amarrotada e g toalhas nos hot is mas n o suja Esta medida apresenta como vantagens a redu o do n mero de utiliza es pelo que resulta na redu o do consumo de gua e correspondente redu o das descargas de guas residuais Tem como vantagem adicional a redu o do consumo de energia Admitindo uma carga actual m dia de 80 o aumento para uma carga m dia de 95 traduz se numa poupan a potencial de 1 8 m ano fogo ou seja 7 200 000 m ano no pa s apenas no que respeita aos utilizadores dom sticos o que corresponde a uma efici ncia potencial que pode atingir os 16 1 A implementa o desta medida incide essencialmente em dois tipos de mecanismos 58 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos e sensibiliza o informa o e educa o devendo ser dirigida aos utilizad
103. uldade tecnol gica na implementa o desta medida visto que est o j dispon veis no mercado nacional modelos de baixo consumo N o se prev em quaisquer dificuldades funcionais relevantes de implementa o desta medida visto que n o h altera es sens veis ao n vel da opera o desses novos modelos de m quinas de lavar Este aspecto vai tamb m facilitar a aceitabilidade social da medida pelos destinat rios embora eventualmente condicionada pelo receio potencial de um menor desempenho de lavagem devido ao baixo consumo de gua o que n o se verifica em termos reais e que deve ser esclarecido nas campanhas de sensibiliza o N o se prev um agravamento do custo de aquisi o do equipamento na medida em que os modelos de baixo consumo n o apresentam custos significativamente mais elevados que os restantes Em termos ambientais esta medida apresenta evidentes benef cios ao n vel da redu o de volumes de gua e de guas residuais e ao n vel da redu o de consumos de energia n o implicando quaisquer inconvenientes ambientais Para m quinas de lavar lou a o modelo proposto considera que a utiliza o ideal letra A aquela que consome entre 12 0 e 16 0 litros lavagem considerando de acordo com o r tulo ecol gico 50 a aplica o da seguinte f rmula 0 6 s 11 2 litros de gua por ciclo sendo s o n mero de servi os de lou a padr o aplic vel a maquina de lavar lou a Na tabela 7 apresen
104. umas partes do mundo em desenvolvimento onde a desertifica o est a afastar algumas pessoas dos seus locais de origem Em 1994 as Na es Unidas adoptaram a sua Conven o de Combate Desertifica o para enfrentar o problema 4 10 Na rida Kyzylorda Oblast no sudoeste do Cazaquist o d cadas de agricultura e irriga o intensivas fizeram com que os n veis do Mar Aral e dos rios pr ximos baixassem consideravelmente Maquinaria mal concebida e m todos de cultivo antiquados resultaram numa crise ambiental e social Um projecto financiado pela UE ajudou os agricultores locais a desenvolver formas de usar a gua com mais efici ncia e a optar pelo cultivo de produtos mais adaptados ao ambiente agreste e menos dependentes da irriga o Na UE as secas aumentaram dramaticamente em n mero e intensidade nos ltimos trinta anos Verificou se um aumento no n mero de reas e de pessoas afectadas pelas secas de quase 20 entre 1976 e 2006 3 4 Uma das secas mais generalizadas ocorreu em 2003 quando mais de 100 milh es de pessoas e um ter o do territ rio da UE foram afectados Os danos para a economia europeia cifraram se em pelo menos 8 7 mil milh es de euros O custo total das secas nos ltimos trinta anos foi de 100 mil milh es de euros O custo m dio anual quadruplicou durante esse mesmo per odo 4 Embora o termo seca designe uma redu o tempor ria da disponibilidade de gua devida por exemplo a uma precipi
105. up de desc B 6 0 6 5 7 0 C interrup de desc Cc 7 0 7 5 9 0 C interrup de desc D 8 5 9 0 4 0 Completa A 4 0 4 5 5 0 Completa B 4 5 5 0 6 0 Completa Cc 6 0 6 5 7 0 Completa D 7 0 7 5 9 0 Completa E 8 5 9 0 36 Carla Andreia Pimentel Rodrigues Cap tulo 4 Um modelo para a avalia o da efici ncia h drica de produtos Note se que os valores m nimos de volumes ou caudais admiss veis nas instala es correntes est o limitados por raz es de desempenho conforto ou mesmo sa de p blica No caso dos autoclismos por exemplo a adop o de modelos de 4 litros tem se revelado como um factor de problemas ao n vel do arrastamento de s lidos nas redes prediais e p blicas exigindo se para a sua adop o incompat vel com muitas das redes existentes uma altera o dos crit rios habituais de dimensionamento das redes Acresce que a Norma Europeia EN 12056 2 n o permite a adop o de autoclismos de 4 litros em redes prediais dimensionadas de acordo com o chamado Sistema da Norma que precisamente o sistema habitual em Portugal admitido pelo Regulamento Geral 34 Por outro lado h que averiguar se o volume de descarga compat vel com as caracter sticas da bacia de retrete Habitualmente a performance do conjunto assegurada pelo cumprimento de Normas Europeias relativas performance dos dispositivos ou aparelhos no caso dos autoclismos por exemplo pode referir se

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