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10 Anos da Revista EMERJ - Tribunal de Justiça do Estado do Rio

1. Revista da EMER v 11 n 41 2008 129 devedor ou por quem suceder a este na primeira o adquirente re vela imprud ncia ou seja corre voluntariamente um risco na se gunda em princ pio ele estar amparado pelo princ pio da boa f at prova em contr rio Logicamente na ltima hip tese inverte se o nus da prova que recair no exeguente no sentido de demons trar que o adquirente agiu imbu do de m f Por ltimo os julgadores analisaram detidamente as demais circunst ncias envolvidas com as hip teses em causa saber se a demanda em curso contra o devedor seria ou n o capaz de reduzi lo insolv ncia t pico previsto no art 593 Il do C digo de Proces so Civil mas comumente relegado a segundo plano na discuss o da causa saber se a penhora fora ou n o registrada porque sem esse ato n o se h presumir que o adquirente tinha not cia da constri o Subjacente a todo esse racioc nio figura a quest o da boa ou m f do adquirente sem cuja solu o exata o deslinde da contro v rsia assemelhar se mais a esp cie de adivinha o do que a qual quer outra coisa uma vez que juridicamente imposs vel julgar o problema sem aten o meticulosa ao t pico da boa f do adquirente Pelo que se est a ver esses arestos acolhem irrestritamente o princ pio da boa f como crit rio a tutelar a posi o do dominus do bem objeto da constri o tornando destarte relativa a pre
2. ISSN 1415 4951 vers o impressa REVISTA de Janeiro Vol 11 N 41 2008 a ISSN 1415 4951 vers o impressa REVISTA DA EMNER v 11 n 41 2008 Janeiro Fevereiro Mar o Rio de Janeiro O 2008 EMER Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMER Revista doutrin ria destinada ao enriquecimento da cultura jur dica do Pa s Conselho Editorial Min Carlos Alberto Menezes Direito Min Luiz Fux Des Semy Glanz Des Laerson Mauro Des Sergio Cavalieri Filho Des Wilson Marques Des Eduardo S crates Castanheira Sarmento Des Jorge de Miranda Magalh es Des Paulo Roberto Leite Ventura Des Let cia de Faria Sardas Des Jos Carlos Barbosa Moreira Des D cio Xavier Gama Des Jess Torres Pereira J nior Coordenador Editorial Des D cio Xavier Gama Produ o Gr fico Editorial Divis o de Publica es da EMERJ Editor Irapu Ara jo MTb MA001 24JP Editora o Val ria Monteiro de Andrade Editora o website Jaqueline Diniz Capa Andr Amora Revis o orto gr fica Suely Lima e Thereza Andrade Impress o Divis o de Artes Gr ficas TJ RJ Tiragem 3 500 exemplares Revista da EMERJ v 1 n 1 Rio de Janeiro EMER 1998 V Trimestral ISSN 1415 4951 V 1 n 4 1998 Anais da 4 Semana de Integra o Jur dica Interamericana N mero Especial 2003 Anais dos Semin rios EMERJ Debate o Novo C digo Civil parte
3. 1 Logo se a conformidade formal da imputa o penal com a prova processual atestada na senten a for requisito para conside rar se uma conduta anti tica ent o intrinsecamente n o mais o desvalor tico que se julga mas o desvalor jur dico Nesses casos os Processos Disciplinares n o julgar o o fato em sua conforma o tica mas estar o limitados a homologar decis es judiciais que for malmente permitam considerar essa conforma o Do que resulta r uma n tida subordina o de inst ncias Entretanto a concess o pol tica que se v no sistema jur dico refere se comunicabilidade de inst ncias que um princ pio diverso de subordina o tratando se de interdepend ncia e n o de sujei o Realmente se o ju zo administrativo decide uma coisa e o ju zo penal decide outra em mat ria de crime tal disparidade de solu es concorre para desacreditar um dos julgadores Por isso melhor seria que tratando se de crime o ju zo adminis trativo sobrestasse seu pronunciamento aguardando a deci s o do Poder Judici rio 7 ASPECTOS DA COMUNICABILIDADE DE INST NCIAS A comunicabilidade de inst ncias pode levar repercuss o do processo penal no processo administrativo quando negada por aquele a exist ncia ou a autoria do fato mas n o serve para sujeitar e impedir a realiza o do processo administrativo Ainda a comunicabilidade de inst ncias n o condiciona o pro cesso admin
4. Revista da EMER v 11 n 41 2008 247 Os interesses direitos coletivos s o institutos de direito proces sual e n o institutos de direito material Demais n o parece coerente em vista da unitariedade da situa o plurissubjetiva a afirma o de que o indiv duo em se tra tando de direitos difusos de dimens o individual poder propor a o individual cujo pedido n o ser a prote o de direito difuso mas de direito individual Ora a prote o de direito individual ao menos naquilo em que se inserir na posi o global ter efeitos ime diatos sobre a situa o jur dica individual dos demais integrantes da situa o jur dica plurisubjetiva objeto da lide em raz o do v nculo da unitariedade a que est o sujeitos A prote o do direito individual a prote o do direito difuso considerando se este na linguagem do autor referido como aquele de titularidade da coletividade A prote o do indiv duo a prote o do todo ou melhor de todos Barbosa Moreira cuidando do litiscons rcio unit rio alerta O resultado do feito n o pode s vezes deixar de produzir se a um s tempo e de modo igual para todos os titulares situa dos do mesmo lado Isso decorre da maneira pela qual essas posi es jur dicas individuais se inserem na situa o global Da haver entre as v rias posi es individuais uma vincula o t o ntima que qualquer evolu o ou ser homog nea ou im pratic vel A afir
5. Revista da EMER v 11 n 41 2008 263 Ademais o processamento do feito como a o coletiva abri ria a possibilidade da interven o de co legitimados na qualidade de litisconsortes em especial os entes coletivos o que garantiria a participa o de outros interessados na solu o do lit gio conforme permitido pelo art 5 da Lei da A o Civil P blica Lei n 7 347 85 Este pluralismo ativo da a o coletiva atende ao grau de im port ncia que tal demanda pode ter para a sociedade ou parte dela o que motivou Rodolfo de Camargo Mancuso a afirmar A solu o intermedi ria exsurge naturalmente como a mais indicada na esp cie Os interesses difusos pelo fato mesmo de sua natureza pedem uma legitima o difusa a ser reco nhecida em sede disjuntiva e concorrente aos cidad os per se ou agrupados em associa es e bem assim aos entes e rg os p blicos interessados ratione materiae a inclu do o Minist rio P blico Assim o problema da representatividade adequada que en volve o anseio por um processo coletivo apto a produzir um resulta do socialmente adequado restaria resolvido no processo individual que veicula lide de natureza coletiva em raz o da unitariedade n o s pela participa o do Minist rio P blico como pela possibilidade de litiscons rcio entre o indiv duo e os entes coletivos legitimados para a o coletiva que tivesse por causa de pedir a mesma lide Por fim processando s
6. 25 De acordo com a t cnica da pondera o adotada por Robert Alexy a solu o da colis o entre princ pios tendo em vista as circunst ncias do caso consiste em estabelecer entre aqueles uma rela o de preced ncia condicionada A determina o da rela o de preced ncia condicionada consiste em que levando em conta o caso se indicam as condi es sob as quais um princ pio precede ao outro Sob outras condi es a quest o da preced ncia pode ser solucionada inversamente Cf ALEXY Robert Teoria de los derechos fundamentales Trad Ernesto Garz n Vald s Madrid Centro de Estudios Constitucionales 1997 p 92 Acerca da distin o entre regras e princ pios transcreve se a li o de Ronald Dworkin A diferen a entre princ pios jur dicos e regras jur dicas de natureza l gica As regras s o aplic veis maneira do tudo ou nada Dados os fatos que a regra estipula ent o ou a regra v lida e neste caso a resposta que ela fornece deve ser aceita ou n o v lida e neste caso em nada contribui para a sua decis o Os princ pios possuem uma dimens o que as regras n o t m a dimens o do peso ou import ncia Quando os princ pios se entrecruzam por exemplo a pol tica de prote o aos compradores de autom veis se op e aos 166 Revista da EMER v 11 n 41 2008 absoluta mas sim relativa ou seja sempre luz de tais condi es 2 Consiste a pondera o para Luis Roberto Barroso e
7. A partir dessa constata o inicial j se pode afirmar que a tese prestigiada por in meros Ministros do Supremo Tribunal Fede ral n o comporta uma resposta linear pois para alguns agentes o crime de responsabilidade ensejar um julgamento jur dico e para outros um julgamento pol tico isto para n o falarmos naqueles que sequer s o alcan ados pela tipologia legal Avan ando nos alicerces estruturais da curiosa e criativa tese argumenta se que boa parte dos atos de improbidade definidos na Lei n 8 429 1992 encontra correspond ncia na tipologia da Lei n 1 079 1950 que trata dos crimes de responsabilidade o que seria suficiente para demonstrar que a infra o pol tica absorveria o ato de improbidade Al m disso o pr prio texto constitucional em seu art 85 V teria recepcionado esse entendimento ao dispor que o Presidente da Rep blica praticaria crime de responsabilidade sem pre que atentasse contra a probidade na Administra o possibilitan do o seu impeachment Como o par grafo nico do ltimo preceito disp e que esse tipo de crime seria definido em lei especial nada mais natural que concluir que a Lei de Improbidade faz s vezes de tal lei Afinal se crime de responsabilidade atentar contra a 19 Art 1 do Decreto Lei n 201 1967 O mesmo diploma normativo em seu art 4 fala nas infra es pol tico administrativas dos Prefeitos Municipais o que se assemelharia aos crimes de responsab
8. basta examinar o protot pico direito subjetivo a propriedade No cen rio solidarista deixou ela de ser definida como o espa o externamente delimitado no mbito do qual o propriet rio teria ampla liberdade para desenvolver suas atividades e para a emana o da senhoria sobre o seu bem A renovada compreens o do instituto atribui a determina o do seu conte do para o mbito da concreta rela o jur dica observados os centros de interesse extrapropriet rios e a exig ncia de exerc cio conforme a fun o social que se encontra definida pelo texto constitucional Revista da EMER v 11 n 41 2008 169 3 SURGE UMA NOVA CONTROV RSIA JURISPRUDENCIAL Recente decis o do Superior Tribunal de Justi a aparentemen te vai de encontro ao entendimento pac fico daquela corte em ac rd o da lavra do Min Humberto Gomes de Barros Embargos de diverg ncia no Resp 444 931 SP 2 Se o j 26 10 2005 em cujos termos o propriet rio do im vel n o participante da associa o e nem do ato que a instituiu n o pode ser responsabilizado pelo paga mento das respectivas taxas de manuten o Uma leitura mais atenta do ac rd o no entanto deixa claro que se trata de uma situa o isolada e particular referindo se ao caso do propriet rio que adquiriu o im vel quando ainda n o existia a sociedade n o tendo participado da constitui o desta o embargado n o participou da constitui o da sociedade embargante J er
9. calculus others metaphors will do is its grammar and this should be of vital interest to any intelligent educated person Ifit has not been of vital interest to any intelligent educated person If it has not been of such interest then the fault must be in the way in which it has been presented or in the failure to recognize its importance within this essentially human activity language 2 Le Language Encyclop die de La Pl iade Volume publicado sob a dire o de Andr Martinet Bruges Sainte Catherine 1968 p 4 5 Quels que soient leurs techniques leurs institutions et leurs modes de vie tous les groupes humains ont leur disposition au moins un syst me de signes que se rapproche suffisamment de ceux utilis s dans les autres groupes pour qu on puisse tous les appeler du nom commun de langues Ce qui est remarquable c est la fois l universalit du ph nom ne et la diversit des formes qu il prend Qu il s agisse du langage ou des langues le probl me est donc d abord de savoir s il y a un principe qui permette de distinguer clairement ce qui est linguistique de ce qui ne l est pas Cette question n est pas du tout de simple rh torique nombreuses sont les sciences qui accumulent un grand nombre de connaissances sans qu on sache exactement ce qui constitue leur d nominateur commun 62 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Ainda de acordo com Palmer o que torna o homem diferenci ado do resto do mundo animal
10. o a denominada causa e consegiente efeito a que faz men o Barbosa Moreira Conte do e efeitos da senten a varia es sobre o tema p 7 8 afirmando que natural que se estabele a rela o ntima entre o conte do e os efeitos de um dado jur dico O ordenamento atribui a cada ato jur dico em princ pio efeitos correspondentes ao respectivo conte do sem embargo da possibilidade de que eventualmente se atribuam efeitos iguais a atos de diferentes conte dos ou vice versa Para admitir a correspond ncia n o preciso ver entre o ato jur dico e os efeitos que ele produz ou pode produzir nexo de causalidade semelhante ao que existe entre um fato natural e suas consegi ncias Substitua se o conceito de causalidade neste mbito pelo de imputa o e continuar verdadeiro o princ pio de que depende do conte do do ato o serem tais ou quais os efeitos deste Ver tamb m Casio Scarpinella Bueno op cit p 64 10 Assim sendo com efeito ao reconhecer se o inadimplemento de qualquer obriga o e ordenar se judicialmente ao devedor que se submeta san o definitiva pela senten a d vida n o h mais a respeito da necessidade de realizar se a atua o da responsabilidade patrimonial Por isso a intima o do vencido para pagar e a sujei o Revista da EMER v 11 n 41 2008 275 A atividade executiva consequente da condena o pode se dar tanto internamente rela o processual em
11. o a que alude o c none constitucional do art 93 IX prevendo pena de nulidade para a inobserv ncia sob o grau de princ pio Embora este n o seja o momento oportuno apenas para aux lio da exposi o rememoram se as dificuldades por que passaram os te ricos da processual stica na tentativa de definir o real papel da senten a no tecido social Liebman em pref cio segundo edi o de seu Efic cia e Autoridade da Senten a deixa bem claro que a senten a o ato pelo qual o Estado titular do poder jurisdicional cumpre sua fun o distribuindo justi a entre os consociados Em complemento revela como corol rio desta descoberta a palavra do cientista que a senten a n o pode ser equiparada a contrato circunst ncia a que o mestre destina o ep teto de rel quia hist rica mas sim como ato jurisdicional ao lado do ato legislativo ou admi nistrativo 7 CPC Art 282 A peti o inicial indicar o juiz ou tribunal a que dirigida Il os nomes prenomes estado civil profiss o domic lio e resid ncia do autor e do r u III o fato e os fundamentos jur dicos do pedido IV o pedido com suas especifica es V o valor da causa VI as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados VII o requerimento para a cita o do r u CPP Art 41 A den ncia ou queixa conter a exposi o do fato criminoso com todas as suas circunst ncias a qualifica o d
12. o desse grati ficante e significativo efeito dado que a distribui o na 2 inst ncia aumentou em aproximadamente 70 e eis que o prazo m dio de julgamento fora reduzido em quase dois meses Seguindo inclina o profil tica do fato do tempo que produz injusti a a resposta t o precisa como as verdades matem ticas demonstradas diversos encontros de desembargadores com vistas uniformiza o de entendimentos foram realizados desde a gest o Desembargador Marcus Faver e especialmente incrementados na administra o Desembargador Sergio Cavalieri os quais resultaram na edi o de verbetes que culminaram por integrar a S mula de Jurisprud ncia Predominante do Tribunal o que permitiu a prola o pelo relator de decis es monocr ticas simplificadas e r pidas na forma do art 557 do CPC A percep o filos fica desses dois grandes gestores de que as proposi es morais e matem ticas antes se completam do que se distanciam segundo a concep o de John Locke valida a tese de que a promo o desses conclaves deve tornar se rotina institucional obrigat ria 288 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Dessarte ao menos pode conjecturar se sobre a tend ncia afinal os ju zos de certeza s o escassos de que a S mula influi positivamente no tempo de dura o dos recursos Outra conclus o at natural poderia ser extra da do aumento do n mero de impugna es recursais que igualmente teria sido fo
13. prote o social do trabalhador e aos interesses econ mi cos do pa s A legisla o trabalhista deveria obedecer a in meros preceitos tais como i proibir diferen a de sal rio para um mesmo trabalho por motivo de idade sexo nacionalidade ou estado civil ii estabelecer um sal rio m nimo capaz de satisfazer s necessi dades normais do trabalhador conforme as condi es regionais uma jornada de trabalho que n o excedesse 8 horas repouso hebdomad rio preferencialmente aos domingos f rias anuais remu neradas indeniza o por dispensa do trabalho sem justa causa iii proibir trabalho a menores de 14 anos trabalho noturno a menores de 16 anos e em ind strias insalubres a menores de 18 anos e a mulheres iv regulamentar o exerc cio de todas as profiss es e re conhecer as conven es coletivas de trabalho v organizar assis t ncia m dica e sanit ria ao trabalhador e gestante assegurando a esta descanso antes e depois do parto sem preju zo do sal rio e do emprego vi instituir previd ncia mediante contribui es do empregado do empregador e da Uni o Federal para os casos de velhice invalidez maternidade acidentes do trabalho e morte 90 Revista da EMER v 11 n 41 2008 O legislador constituinte i declarou a indistin o entre o tra balho manual t cnico e intelectual e a igualdade de direitos entre os respectivos profissionais ii determinou a educa o rural e a pre fer ncia do
14. da intensidade com que estiverem afetados no caso os interesses tutelados por cada um dos princ pios em confronto Assim o n vel de restri o de cada interesse ser inversamente proporcional ao peso espec fico que se emprestar no caso ao princ pio do qual ele se deduzir e diretamente proporcional ao peso que se atribuir ao princ pio protetor do bem jur dico concorrente Em outras palavras o julgador deve buscar um ponto de equil brio entre os interesses em jogo que atenda aos seguintes imperativos a a restri o a cada um dos interesses deve ser id nea para garantir a sobreviv ncia do outro b tal restri o deve ser a menor poss vel para a prote o do interesse contraposto e c o benef cio logrado com a restri o a um interesse tem de compensar o grau de sacrif cio imposto ao interesse antag nico SARMENTO Daniel A pondera o de interesses na Constitui o Federal Rio de Janeiro Lumen Juris 2003 p 102 103 Revista da EMER v 11 n 41 2008 167 final tal qual em um quadro bem pintado as diferentes cores possam ser percebidas embora alguma s dela s venha m a se destacar sobre as demais Esse de maneira geral o obje tivo daquilo que se convencionou denominar t cnica da pon dera o 27 A doutrina normalmente descreve a pondera o como um pro cesso dividido em tr s etapas com vistas resolu o dos chamados hard cases casos dif ceis em face dos quais o racioc nio tradic
15. das pelos irm os C G e H G Tais informa es segundo disse foram prestadas ao conhecido homem p blico pelo pr prio ofendido Como de f cil observa o era o pr prio ofendido O S M P que alegava que os irm os C G e H G atuavam como porta vozes do Mago Superior 134 Revista da EMER v 11 n 41 2008 C G e H G se viram denunciados por infra o ao art 171 do C digo Penal na modalidade da fic o legal do crime continuado tendo em vista o lapso de tempo decorrido e o n mero de crimes perpetrados Esta de forma bastante resumida a quaestio iuris na parte que interessa ao nosso estudo pois o volumoso feito contou com outros des dobramentos tais como o aditamento da den ncia al m de duas preli minares de natureza processual que aqui n o merecer o an lise por n o apresentarem qualquer relev ncia para o presente trabalho Chamado a oficiar em alega es finais escritas art 500 do CPP portanto na fase final da instru o postulat ria ap s refutar as preliminares suscitadas neguei qualquer valor prova sobrenatural isto atua o do Mago Peruano que por interm dio dos r us em atua o medi nica fez com que o lesado transfe risse para os acusados elevad ssimas somas em dinheiro al m de im veis Pareceu me que havia entre o ofendido e r us uma sociedade de fato que se estendeu por quase duas d cadas e que em determi nado momento por raz es ignoradas chegou ao f
16. do implicitamente em processo penal n o poderia ser submetida ao respectivo PAD antes do tr nsito em julgado de senten a condenat ria o que implicaria admitir uma revoga o parcial da legisla o espec fica disciplinar ou estabelecer uma incoer ncia e uma contradi o Conforme exposto nesse racioc nio um ato que n o anti tico antes de uma senten a anti tico depois da senten a ou se admite o racioc nio como il gico ou a conclus o atingir os fundamentos da institui o dos Processos Administrativos Disciplinares Primeiro o racioc nio il gico porque contraria o princ pio da L gica de n o contradi o segundo o qual uma coisa n o pode ser e n o ser ao mesmo tempo Segundo atingir os fundamentos da institui o dos Processos Disciplinares porque para tornar se l gico 12 Art 116 inciso Il da Lei n 8 112 1990 214 Revista da EMER v 11 n 41 2008 ter de admitir que n o cabe ao Processo Disciplinar julgar o aspec to tico de condutas criminosas mas ao ju zo penal Desse modo fica o juiz com a tarefa de dizer pela grada o da pena o que e o que n o tico E isso confirma a contradi o essencial de impor limites institui o dos Processos Disciplinares limites estes que n o est o previstos nas normas que os fundamentam Nesta contradi o fundamental considera se o PAD subordi nado ao processo penal Em tal concep o uma conduta criminosa que atente con
17. es denominadas condom nio de ades o irregular ou de fato elegem a figura de um administrador que tome frente s suas necessidades assim contratando servi os de terceiros para suprir a defici ncia provocada pelo ente p blico O condom nio de fato surgiu da necessidade de alguns propri et rios ou moradores de um determinado logradouro suprirem os servi os que deveriam ser prestados pelo ente p blico ou fornecidos de modo insatisfat rio como seguran a p blica distribui o de gua recolhimento de lixo e outros servi os cujo suprimento demande uma organiza o e participa o coletiva dos interessados Para a corrente contr ria n o poss vel privatizar o logradouro ou o espa o p blico e tampouco os servi os p blicos salvo mediante concess o cess o de uso ou permiss o o que impediria a edi o de atos como o Decreto n 1 168 de 8 de mar o de 1996 institu do pelo Munic pio do Rio de Janeiro que assim reza em seus artigos 1 e 2 Art 1 As Secretarias Municipais de Obras e Servi os P blicos e Urbanismo mediante ju zo discricion rio de seus rg os compe tentes poder o autorizar a instala o de guaritas e traves bascu lantes em logradouros p blicos de uso estritamente residencial Par grafo nico A autoriza o quando for deferida sempre o ser a t tulo prec rio mediante requerimento que se fa a acom panhar de delibera o de no m nimo 3 4 dos usu rios dos im veis a
18. fevereiro a junho 2002 N mero Especial 2004 Anais dos Semin rios EMERJ Debate o Novo C digo Civil parte Il julho 2002 a abril 2003 Edi o Especial 2007 Comemorativa do Octog simo Ano do C digo de Menores Mello Mattos 1 Direito Peri dicos Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMERJ CDD 340 05 CDU 34 05 Todos os direitos reservados Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro EMERJ Av Erasmo Braga 115 4 andar CEP 20020 903 Rio de Janeiro RJ Telefones 21 3133 3400 3133 3471 3133 3376 Fax 21 2533 4860 www emerj rj gov br emerjpublicacoesQOt rj gov br ELES Diretoria da EMER Diretor Geral Des Paulo Roberto Leite Ventura Conselho Consultivo Des Roberto Wider Des Ronald dos Santos Valladares Des Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho Des Nildson Ara jo da Cruz Des Jos Carlos Maldonado de Carvalho Des Antonio Carlos Esteves Torres Presidente da Comiss o Acad mica Des Newton Paulo Azeredo da Silveira Presidente da Comiss o de Inicia o e Aperfei oamento de Magistrados Des Indio Brasileiro Rocha Coordenador dos N cleos de Representa o Des Amaury Arruda de Souza Coordenador da Revista da EMER Des D cio Xavier Gama Secret ria Geral de Ensino Ros ngela Pereira Nunes Maldonado de Carvalho Assessora do Diretor Geral Maria de Lourdes Cardoso da Rocha Apresenta o Com o correr do tempo este espa o da Revist
19. nus inteiramente alheios ao problema da efetiva o de senten as v g arts 39 par grafo nico 284 par grafo nico 328 etc Em resumo o princ pio da univocidade j desrespeitado na vers o primitiva do estatuto processual viu se de novo ferido nas reformas de 2005 6 Seria demasiado esperar que o legislador se valesse do ensejo para corrigisse o defeito mas era razo vel preten der que pelo menos se abstivesse de agrav lo O contr rio que aconteceu 6 3 A palavra execu o Retomando o que ficou dito acerca do teor do art 475 lI a n ti da impress o dada pelo caput a de que o emprego da palavra execu o somente seria leg timo para um tipo de cumprimento D o a impress o de assim pensar conquanto n o explicitem o entendimento LUIZ RODRIGUES WAMBIER TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER JOS MIGUEL GARCIA MEDINA Breves coment rios nova sistem tica processual civil S o Paulo 2006 p 200 sobretudo vista dos exemplos ordem dos bens a serem penhorados proibi o de alienar o bem penhorado por pre o vil concurso singular de credores 7 No artigo Cumprimento e execu o de senten a necessidade de esclarecimentos conceituais in Temas de Direito Processual Nona S rie S o Paulo 2007 p 327 mencionamos por lapso o art 657 que todavia j n o ostenta a reda o anterior Lei n 11 382 nem cont m a palavra cumprida ou qualquer outra da fam lia Talvez valh
20. o civil poder ser proposta quando n o tiver sido categoricamente reconhecida a inexist ncia material do fato Art 66 do CPP Se o fato imputado ao funcion rio for um s e o julgado crimi nal negar a exist ncia desse fato ou negar a autoria atribu da Revista da EMER v 11 n 41 2008 215 ao funcion rio for oso ser reconhecer o efeito daquele jul gado no c vel at mesmo em obedi ncia regra do art 1 525 do C digo Civil RF 142 142 porque n o pode sub sistir a demiss o que teve por causa fato apurado em inqu rito administrativo e negado no processo penal RDA 27 79 se o fato que constitui il cito administrativo ao mes mo tempo il cito penal a decis o do juiz criminal que de clara inexistente o fato ou que o funcion rio n o foi seu autor v lida na inst ncia administrativa RDA 51 189 e 94 281 SUBORDINA O DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E COMUNICABILIDADE DE INST NCIAS N o se pode subordinar a instaura o do PAD a fatos em apu ra o em processo criminal ou ainda aguardar a confirma o da condena o penal do acusado pelo tr nsito em julgado da senten a pois se estaria subordinando o processo administrativo ao pro cesso penal Os Processos Administrativos Disciplinares s o independen tes de a es penais podendo entretanto tornarem se pe as a se rem utilizadas nas instru es de processos criminais na Justi a Cri minal caso as acusa es
21. o de n o fazer cessando com a ofensa e ainda para conden lo na obriga o de fazer consistente em reparar o dano obrando para que o meio am biente seja recomposto ao status quo ante N o admitir o direito de a o sem d vida uma ofensa ao direito fundamental de acesso justi a garantido no inciso XXXV do art 5 da Constitui o da Rep blica inafastabilidade do controle jurisdicional O interesse direito indivis vel e portanto a situa o plurissubjetiva unit ria que ele busca resguardar por meio de regula o uniforme n o muda sua natureza em raz o do nomen iuris que se d a o ou em raz o da legitima o respectiva N o resta d vida de que se formulados pedidos id nticos em a o coletiva e em a o individual ambas tendo por objeto a mes ma situa o plurissubjetiva costurada pelo v nculo da unitariedade a solu o para ambas as a es ter que ser a mesma pena de antinomia pr tica a inviabilizar a execu o das senten as Resulta desta conclus o que negar legitimidade quele que sofreu de forma direta e n o de forma reflexa a ofensa ao meio ambiente sob o fundamento de que a a o tem natureza coletiva e a lei nega tal legitima o ao indiv duo implica repita se negar efetividade a co mando constitucional Se verdade que a legisla o infraconstitucional n o conce deu ao indiv duo legitimidade para a a o coletiva n o menos ver dade que se o indiv d
22. o para a verdade real uma vez que n o se pode afirmar nem tampouco infirmar o que nele est contido 10 interessante observar que no caso do Mago Peruano 2 supra caso tivesse oficiado nos autos desde o in cio do procedi mento n o teria sequer oferecido a den ncia por falta de justa cau sa para a imputa o pois jamais admitiria formular acusa o con tra os indiciados naquelas circunst ncias 11 Deparando me com a psicografia como salientei 7 su pra de nada valeria igualmente colher o depoimento do m dium n o somente porque o conte do do escrito n o lhe pertenceria pois fora ditado por um esp rito como tamb m porque estar amos diante de uma verdadeira peti o de princ pio paralogismo em que se es taria acolhendo previamente como verdadeiro aquilo que se tinha em mira demonstrar Torna se evidente que o m dium iria confirmar haver recebido a mensagem do esp rito Demais disso resta saber se o padr o gr fico estampado no documento emanava do punho do m dium ou provinha do esp rito Se do primeiro estar amos novamente diante de uma peti o de princ pio Se do segundo haveria em tese a possibilidade da reali za o do exame grafot cnico efetivado por meio das indica es 142 Revista da EMER v 11 n 41 2008 constantes do art 174 Il e Ill do CPP Por m dada a peculiaridade da prova assim colhida n o se poderia prescindir da inquiri o do autor do escrito Como faz l
23. o plurissubjetiva unit ria O exame da distin o proposta pelo par grafo nico do art 81 do C digo de Defesa do Consumidor em termos de interesses direitos indivis veis e divis veis indica que o fato distintivo entre os direitos difusos e coletivos stricto sensu e os individuais homog ne os a unitariedade da situa o em que est o envolvidos aqueles e que falta a estes A unitariedade dos interesses direitos difusos e coletivos stricto sensu imporia solu o uniforme para todos os envolvidos na situa o plurissubjetiva objeto da lide A solu o uniforme importa ressaltar ao extremo n o resultaria de um senso de justi a ou de uma necessidade l gica mas de uma imposi o concreta e pr tica conforme anota Barbosa Moreira em seus estudos sobre o litiscons rcio unit rio instituto de direito processu al em tudo semelhante ao igualmente instituto de direito processual denominado interesses direitos coletivos valendo repetir seu alerta S o de ordem pr tica e n o de ordem puramente l gica as necessidades para cujo atendimento a imagina o do legisla 19 WATANABE Kazuo C digo de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto Rio de Janeiro Forense Universit ria 2004 p 815 2 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Litsicons rcio Unit rio Rio de Janeiro Forense 1972 p 144 Revista do Processo A es Coletivas na Constitui o Federal de 1988 S o Paulo RT n 61
24. o que n o pode ser afastada o indiv duo n o tem legiti midade para o exerc cio de tal direito A doutrina procura indicar quais os motivos que levaram o le gislador a afastar a legitimidade do indiv duo para a a o coletiva Mas pondera es v rias como as pertinentes ao conte do pol tico das demandas possibilidade de press es quanto 17 WATANABE kazuo C digo de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto Rio de Janeiro Forense Universit ria 2004 p 824 18 Ope legis Locu o latina que significa por for a de lei em virtude de lei cf Marcus Cl udio Acquaviva Dicion rio Enciclop dico de Direito Brasilense 242 Revista da EMER v 11 n 41 2008 propositura e prosseguimento da demanda produ o de prova adequada e ao prosseguimento destemido nas inst ncias su periores e necessidade enfim de um fortalecimento do au tor da demanda coletiva fizeram com que se exclu sse a legitima o individual para a tutela coletiva dos consumido res a t tulo coletivo A restri o legal legitima o do indiv duo na defesa de inte resse direito coletivo no entanto n o deve ser desde logo acolhida pela doutrina de maneira irrefletida e gen rica sem considera o da natureza em si do direito objeto de lide Os interesses direitos conforme sejam essencial ou acidentalmente coletivos dever o sofrer tratamento diferenciado em raz o da exist ncia ou n o de situa
25. que estas ser o aplicadas de acordo com a grada o prevista em lei e sem preju zo da a o penal cab vel b regulamentando esse dispositivo constitucional disp e o art 12 caput da Lei n 8 429 1992 que as san es ser o aplicadas inde pendentemente de outras de natureza penal atribu da a agentes pol ticos que em inst ncia penal e em sede de mandado de seguran a s o jurisdicionados originariamente do Superior Tribunal de Justi a A compet ncia origin ria do STJ est arrolada no art 105 da Constitui o Federal n o comportando extravasamento que ultrapasse os r gidos limites nele fixados Rec n 580 GO rel Min Jos Arnaldo da Fonseca j em 17 10 2001 DJ de 18 2 2002 p 210 Na doutrina Jos Antonio Lisboa Neiva Improbidade Administrativa Rio de Janeiro Editora Impetus 2005 p 26 Odete Medauar Direito Administrativo Moderno 5 ed S o Paulo Revista dos Tribunais p 52 George Sarmento Improbidade Administrativa Porto Alegre Editora S ntese 2002 p 192 S rgio Monteiro Medeiros Lei de Improbidade Coment rios e Anota es jurisprudenciais S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2003 p 3 F bio Medina Os rio Improbidade Adminsitrativa Observa es sobre a Lei 9 429 1992 2 ed Porto Alegre Editora S ntese 1998 p 217 224 Marino Pazaglini Filho et alii Improbidade Administrativa Aspectos Jur dicos da Defesa do Patrim nio P blico 4 ed S o Paulo Editora Atl
26. v 11 n 41 2008 211 devem representar anseios da sociedade A sociedade cria em de terminados momentos em determinados espa os padr es de com portamento aos quais faz com que sejam aderidas determinadas re a es do ordenamento A san o ou a puni o surge exatamente como a satisfa o que se d ao corpo social do qual foi emergente aquela norma jur dica Assim a segunda finalidade da apura o dis ciplinar reside exatamente na satisfa o que se d ao jurisdicionado ao administrado aquele que objeto da atividade da Administra o Em terceiro lugar a san o deve tamb m no mundo da psi cologia com reflexo no mundo do direito funcionar como um pre ventivo A pr pria exist ncia da san o deve servir de li o para que o comportamento il cito n o aconte a uma finalidade muito mais recomendat ria do que sancionat ria muito embora para a sua infelicidade h de ser muito mais sancionat ria E por ltimo lugar a aplica o da san o tem que haver com o efeito que se pode denominar como educativo ou recuperador Deseja se que com a aplica o da pena se crie naquele que come teu a les o e naqueles que ao seu lado gravitam a id ia de que aquela conduta foi inadequada e que ele deve se adequar a um pa dr o social e que consegientemente determinado padr o de com portamento deve ser evitado Essas s o as quatro finalidades b sicas de todas as apura es de transgress es discipli
27. 2 Constitui o de 1934 A Assembl ia Nacional Constituinte se prop s a organizar um regime democr tico que assegurasse unidade liberdade justi a e bem estar na o Dela participaram deputados eleitos pelo sufr gio universal e deputados eleitos por seus respectivos rg os de clas se Estruturou se uma tr plice ordem pol tica econ mica e social Foram mantidos i a forma republicana e federativa de Estado ii o sistema de governo democr tico representativo e presidencialista iii a separa o dos Poderes e o controle rec proco iv a declara o dos direitos individuais Foram inclu dos i na C mara dos De putados representantes eleitos pelas organiza es profissionais agru padas em 4 divis es a lavoura e pecu ria b ind stria c com r cio e transportes d profissionais liberais e funcion rios p blicos ii rg os de coopera o nas atividades governamentais minist rio p blico tribunal de contas conselhos t cnicos como representa o corporativa iii fun o moderadora do Senado coordena o dos Poderes continuidade administrativa velar pela Constitui o cola Revista da EMER v 11 n 41 2008 87 borar na feitura de leis iv Justi a Federal Eleitoral e Militar v voto feminino vi disciplina aut noma da ordem econ mica e soci al vii territ rios federais aut nomos Acre Guapor Igua u Pon ta Por Amap viii autonomia municipal O Legislativo bic
28. 4 Cf Peter H berle Teor a de la Constituci n como Ci ncia de la Cultura trad de Emilio Mikunda Madrid Editorial Tecnos 2000 p 44 Revista da EMER v 11 n 41 2008 193 mente normal que disposi es constitucionais id nticas sejam inter pretadas de forma diferente no tempo e no espa o permitindo que de um mesmo texto sejam extra dos conte dos distintos conforme a cultura em que apare a A interpenetra o entre texto normativo e realidade um cla ro indicativo de que a norma constitucional n o atemporal ou indi ferente aos padr es sociais do momento de sua aplica o Ainda que a Constitui o formal apresente uma voca o perenidade caracter stica inerente pr pria concep o de constitucionalismo as normas dela extra das n o assumem um contorno id ntico A nor ma constitucional vol til sustentando se a partir de um discurso argumentativo contempor neo realidade que direciona a sua concretiza o A integra o entre os planos real e jur dico tamb m se faz sentir na orienta o constitucional aberta representada por H berle com a tens o entre o poss vel potencialidades normativas do texto o necess rio reflete as pr compreens es e aspira es do int rpre te e o real os condicionamentos de ordem circunstancial Entre esses fatores se produzir tanto uma rela o de concorr ncia como sobretudo de coopera o exigindo seja identificada a dose corre ta
29. DINAMARCO C ndido Rangel e outros Teoria Geral do Processo S o Paulo Malheiros 1996 p 129 208 Revista da EMER v 11 n 41 2008 gen rico empregam se as express es sujeitos ou interessados Como o primeiro voc bulo remete no o de sujeito de direito subjetivo preferiu se o segundo que ali s foi adotado pela Lei federal 9 784 de 1999 Diante de tais considera es conclu mos que no Direito Admi nistrativo o conceito de processo tal qual colocado pelos processualistas n o poderia ter aplicabilidade uma vez que a admi nistra o n o det m jurisdi o Todavia n o nos parece dif cil aceitar que a express o processo administrativo est amplamente aceita e difundida no meio acad mico e no jurisprudencial de tal sorte que o pr prio legislador adotou essa denomina o ao tratar especificamen te da mat ria Ademais o pr prio constituinte fez refer ncia expressa ao processo administrativo em alguns dispositivos por exemplo art 5 incisos LV LXXII b e 41 1 inciso Il da CRFB Feitos estes esclarecimentos iniciais optamos por adotar a express o processo administrativo com todo respeito aos processualistas de modo a desenvolvermos o tema em conson n cia com a nomenclatura adotada na Constitui o da Rep blica e na legisla o infraconstitucional Isto posto podemos conceituar o processo administrativo em sentido amplo como uma s rie de opera es jur dicas que prepa r
30. Diante do texto legal verificamos que o legislador insiste em falar em condena o mas agora dando especial tratamento relati vo fase executiva da rela o processual criando uma sistem tica mais efetiva para a pr tica dos atos de satisfa o A grande quest o chave que determinar se a natureza jur di ca da decis o que se passa agora a executar condenat ria ou exe cutiva lato sensu tem liga o com um aspecto pr tico n o muito bem explicitado pela nova legisla o qual seja o do momento de in cio do cumprimento de senten a Em uma leitura idealista tal como apresentada na exposi o de motivos do projeto de lei que deu origem Lei n 11 232 verificamos que a proposta inovadora da nova sistemat tica da execu o civil no pafs de iniciar o cumprimento de senten a sem qualquer manifesta o do credor ou propositura de eventual a o aut noma desfazendo a estrutura dualista at ent o exis tente sob o principal argumento da celeridade e da efetividade processual Assim sendo ter amos o que a doutrina j vem denominando de cumprimento ex officio ou imediato pois uma vez transitada a decis o que reconhece a obriga o de pagamento de soma em di nheiro automaticamente se abriria a contagem do prazo de quinze dias para que se efetive o cumprimento volunt rio da referida obri ga o sob pena de ser incidida multa no valor de 10 dez por Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 277 cento a s
31. Em ambos ressalta o Autor citado havia relatos baseados no espiritismo liga dos os dois psicografia No terceiro evento ocorrido em 1980 no Mato Grosso do Sul o r u veio a ser condenado em segundo julga mento pela pr tica de homic dio culposo tendo por v tima sua mu lher MARC O Renato Psicografia e prova penal in Forum MP acesso em 13 de mar o de 2007 00 51h 136 Revista da EMER v 11 n 41 2008 4 Nos casos narrados 2 e 3 supra h not rias diferen as quanto maneira com que se deu a interven o sobrenatural No feito criminal em que atuei como Promotor de Justi a n o houve o uso de psicografia pois o Mago Peruano ou Mago Superior incor porava nos irm os C G e H G para influenciar a v tima Havia uma troca de benef cios O lesado fornecia dinheiro e patrim nio em tro ca de benef cios espirituais obtidos atrav s da a o do Mago certo que no processo havia uma correspond ncia redigida em c digo entre os dois acusados e o lesado que n o me foi poss vel decifrar n o podendo afirmar se ocorreu na hip tese tamb m o emprego de psicografia J nos eventos envolvendo os tr s casos de homic dio 3 su pra as repercuss es processuais no campo da prova ocorreram em raz o do uso da psicografia 5 Antes de examinar o thema sob o ngulo jur dico em fun o do nosso direito positivo gostaria de deixar bem claro que n o meu intento ofender ou menospr
32. Estrutura atual do Livro Il 6 Quest es terminol gicas 6 1 Um princ pio desprezado 6 2 A palavra cumprimen to 6 3 A palavra execu o 7 O T tulo III do Livro II 8 Considera es conclusivas Parcelamento Judicial da D vida Nagib Slaibi Filho Desembargador TJ RJ Professor EMERJ e UNIVERSO 1 O intento de acelerar o procedimento com a reforma das leis processuais 2 O acr scimo do art 745 A do CPC e a possibilidade de se parcelar o d bito do executado 3 Possibilidade de se parcelar tamb m o d bito em caso de execu o judicial e n o apenas na extrajudicial Reflexos do Novo C digo Civil nas Rela es de Trabalho Arnaldo Sussekind Ministro aposentado do TST e Titular da Academia Brasi leira de Letras Jur dicas Revista da EMER v 11 n 41 2008 17 19 32 37 1 O liberal individualismo da Revolu o Francesa e do C digo de Napole o seus reflexos no CCB Cl vis Bevilacqua e as tend ncias sociais modernas prestigiadas por normas do Direito do Trabalho e refletidas no novo C digo Civil Brasileiro 2 A liberdade de contratar e os limites da fun o social do contrato art 421 3 A derroga o do art 468 da CLT no que tange s altera es in pejus de que cogitam os incisos VI XIII e XIV do art 7 da Constitui o Ren ncia e transa o Os arts 166 e 843 do CC e as nulidades do novo C digo Princ pio da Proporcionalidade para al m da 43 Coisa Julgada M
33. Il p 283 Artigo 128 da Lei n 8 112 90 Estatuto do Servidor P blico da Uni o Na aplica o das penalidades ser o consideradas a natureza e a gravidade da infra o cometida os danos que dela provierem para o servi o p blico as circunst ncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais 1 Artigo 320 do C digo Penal Deixar o funcion rio por indulg ncia de responsabilizar subordinado que cometeu infra o no exerc cio do cargo ou quando lhe falte compet ncia n o levar o fato ao conhecimento da autoridade competente pena deten o de 15 dias a 1 m s ou multa 210 Revista da EMER v 11 n 41 2008 que o administrador for decidir se ser ou n o aplicada a san o dever motiv la de modo que se possa controlar a regularidade de sua aplica o Da mesma forma o administrador que deixar de apli car san o dever motivar a n o aplica o da mesma Para a consecu o desses objetivos a Administra o se vale do processo administrativo disciplinar ou mais comumente chama do processo disciplinar que o instrumento pelo qual se busca a tutela da hierarquia e disciplina no servi o p blico AS FINALIDADES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Para que ocorra uma perfeita simetria com os ditames da Cons titui o na apura o das transgress es disciplinares devem ser ob servadas quatro finalidades b sicas Em primeiro lugar a puni o a nota caracter stica da
34. Loteamentos e condom nios t 1 S o Paulo Max Limonad 1953 p 235 238 O condom nio de fato ou irregular n o se confunde com o loteamento fechado estabelecido segundo Marco Aur lio S Viana na forma da Lei n 6 766 79 embora ambos possam ou n o apresentar algumas caracter sticas comuns dentre as quais a o propriet rio de lote goza do direito de propriedade como todo e qualquer titular do dom nio sobre lote integrante de parcelamento tradicional conhecendo contudo algumas restri es 1a toda a gleba cercada ou murada em seu per metro 2a o acesso feito por um nico local como regra mas nada impede que haja mais de um havendo sempre portaria ou port o com porteiro estando o acesso submetido a identifica o pr via 3a as ruas pra as vias de comunica o e outros logradouros ou espa os livres t m seu uso limitado aos propriet rios dos lotes mediante permiss o ou concess o de uso outorgado pelo Munic pio 4a as vias de comunica o pra as e espa os livres do parcelamento continuam sendo propriedade do Munic pio alterando se apenas o direito de uso que retirado da coletividade e assegurado somente aos moradores do local Estabelece se uma comunh o relativamente ao uso 5a h dom nio comum sobre determinados bens tais como a cerca alambrado ou muro que cerca o loteamento a portaria quadras de esporte piscina enfim servi os e coisas que pertencem a todos 6a necess ria a manuten
35. O art 475 v g trata do duplo grau obrigat rio de jurisdi o assunto com o qual praticamente nada t m que ver os arts 475 A a 475 R a ele justapostos Foi o pre o pago para conjurar perplexidades supostamente inevit veis numa renumera o geral suspeita de vir a tornar menos f cil a localiza o dos textos cujos n meros j s o familiares a quantos lidam com o C digo A tal n o se limitam entretanto os rangidos das novas dobra di as s vezes a heterotopia como que se desforra dos curativos feitos alhures o caso por exemplo dos j citados Cap tulos IX e X do T tulo VIII do Livro a rubrica do t tulo Do procedimento ordi n rio mas facilmente se percebe que a ela de maneira alguma se acomodar o todas as hip teses em que se haja de proceder liqui da o e ou ao cumprimento da senten a O alcance do conte do mais vasto que o continente N o deixa de ser curioso que o pr prio texto reformado tenha achado necess rio excluir a incid ncia das regras do Cap tulo IX ao proibir a emiss o de senten a il quida nos processos sob procedimento comum sum rio art 475 A 3 grifamos intuitivo que senten a l quida proferida naquele ou em qualquer outro procedimento jamais comportaria liquida o nem pois cairia no mbito do cap tulo Ali s a rigor o problema come a antes o Livro continua a intitular se Do processo de conhecimento embora n o faltem no 22 Revista d
36. a exist ncia ou inexist ncia de hip teses excepcionais Se a teoria n o se presta enquanto instrumento pr tico e did tico merece ser abandonada pois deixa de possuir qualquer fun o Caso contr rio o que foi ela borado com o intuito de facilitar se mostrar como dificultador Ou pior uma verdadeira armadilha a estudantes e int rpretes do Direito em geral que eventualmente se esque am ou desconhe am a re gra exceptiva As exce es aqui apontadas n o demonstram apenas a supe ra o da teoria ent o existente Elas refletem tratamentos normativos t o distintos que indicam al m a impossibilidade de tamb m se construir uma nova teoria geral atualmente Concordando com Mello e Gomes GOMES Orlando Introdu o ao Direito Civil Rio de Janeiro Forense 2007 conclui se que Revista da EMER v 11 n 41 2008 153 Considerando esse sentido a elabora o de uma teoria geral das nulidades nos parece uma miss o irrealiz vel em face da desuniformidade com que as esp cies s o tratadas no plano do direito positivo Para atender s realidades e necessidades sociais o legislador se v na conting ncia de adotar regras que por constitu rem exce es s regras gerais criam a im possibilidade de serem tra adas as caracter sticas essenciais comuns a todas as esp cies o que permitiria a defini o dos princ pios gerais extra dos das normas de direito positivo Na verdade n o h ponto no campo das nulidade
37. ainda que parte deles apresente suas ressalvas Nesse sentido alguns elaboram te orias mais complexas com compara es a partir de v rios crit rios de distin o os interesses protegidos por exemplo ou a legitimida de para sua arg i o passando pelos efeitos e efic cia do reconhe cimento Outros mais precisos talvez elaboram distin es a partir de apenas um ou dois crit rios Uma breve reuni o dessas teorias sintetizando os diferentes as pectos por elas propostos no que ser chamado a partir deste ponto de teoria geral cl ssica das invalidades o objeto do pr ximo t pico 3 TEORIA GERAL CL SSICA DAS INVALIDADES Os doutrinadores fixam inicialmente o que seriam duas es p cies de invalidades as nulidades em sentido espec fico e as anulabilidades E a partir desse ponto estabelecem distin es en tre ambas decorrentes dos seguintes crit rios 2 Ob cit Como o caso de Amaral que inicialmente argumenta no sentido de concluir pela impossibilidade AMARAL Francisco Direito Civil Rio de Janeiro Renovar 2006 p 510 511 mas em momento posterior como se ver adiante apresenta sua proposta de teoria geral Cumpre destacar que somente foram analisadas teorias elaboradas luz do C digo Civil de 2002 e da legisla o anterior por este n o revogada uma vez que o referido diploma normativo trouxe mudan as no tratamento normativo das invalidades 5 Textos mais antigos fa
38. al m de epid mica formava uma faixa cont nua que abrangia v rios rg os e era contagiosa O terceiro ponto deixava claro que os esc ndalos n o s eram epid micos como tamb m constitu am doen a end mica da administra o pois eram consegiu ncia de uma filosofia de governo essencialmente pol tica visando sempre vencer a elei o seguinte e fortalecer o Partido Democr tico do qual dependiam os homens politicamente ambiciosos que cercavam o Presidente Truman O quarto ponto por sua import ncia merece ser literalmente transcrito consiste em que a administra o de Harry Truman longe de tomar medidas efetivas para aniquilar a corrup o em alguns casos protegia os culpados em outros permanecia indiferente ou empregava a m quina da administra o para bloquear e desviar os investigadores da corrup o As fraudes foram reveladas n o por causa da administra o mas apesar dela 178 Revista da EMER v 11 n 41 2008 t rio P blico mau vezo que os defensores da tese da prerrogativa teimam em n o extirpar Resist ncias parte foi editada a Lei n 10 628 de 24 de de zembro de 2002 que conferiu nova reda o ao par grafo 2 do art 84 do C digo de Processo Penal 2 e estendeu s a es de improbidade o foro por prerrogativa de fun o consagrado na esfera criminal Por ser basilar que a legisla o infraconstitucional somen te pode elastecer a compet ncia dos Tribunais quando expressamen te
39. ao qual se seguem em parte ainda e sobretudo porque v rias da quelas n o t m natureza cognitiva de modo que n o ficam bem acomodadas no Livro e menos ainda no Cap tulo X do T tulo III que trata do procedimento ordin rio 22 Agravou se a heterogeneidade do Livro e por conseguin te a inadequa o da respectiva rubrica Do processo de conheci mento menos por culpa desta que da incha o do conte do 32 Ao arrepio do que recomenda a boa t cnica e embora decerto n o intencionalmente exacerbou se o defeito da equivocidade sobretudo com o emprego um tanto prom scuo das palavras cumprimento e execu o e respectivos cognatos O presente artigo n o se propunha submeter as reformas do CPC a an lise cr tica minuciosa mas unicamente despertar a aten o dos reformadores e dos leitores para algumas quest es t cnicas a nosso ver nem sempre bem resolvidas Por isso n o nos deteremos em comentar deslizes de menor relev ncia como o uso ora de de cis o ora de senten a respectivamente nos arts 718 e 719 para designar o mesmo pronunciamento do juiz a decreta o de usufru to nem a superfluidade da adjetiva o m vel ou im vel n o h tertium genus na rubrica e noutros dispositivos da se o Uma pergunta final ser por demais atrevida a sugest o de que se passe a limpo o texto para escoim lo quanto poss vel de imperfei es como as mencionadas E j que estar amos com a m
40. certa perplexidade que alguns anteprojetos de c digo de processos coletivos procuram superar sobretudo a partir da experi ncia e da legisla o norte americanas 260 Revista da EMER v 11 n 41 2008 O anteprojeto Ada Pellegrini Grinover USP art 19 prop e que a adequada representatividade do indiv duo para legitimar se no p lo ativo de processo coletivo seja aferida a partir de tr s fato res 1 credibilidade capacidade e experi ncia do legitimado 2 seu hist rico na prote o judicial e extrajudicial dos interesses ou direitos difusos e coletivos 3 sua conduta em eventuais processos coletivos em que tenha atuado O C digo Modelo de Processos Coletivos para Ibero Am rica art 2 2 e o anteprojeto Alu sio Gon alves de Castro Mendes Unesa UER art 8 1 prop em que na an lise da represen tatividade adequada o juiz deva analisar 1 a credibilidade capa cidade prest gio e experi ncia do legitimado 2 seu hist rico na prote o judicial e extrajudicial dos interesses ou direitos dos mem bros do grupo categoria ou classe 3 sua conduta em outros pro cessos coletivos 4 a coincid ncia entre os interesses dos membros do grupo categoria ou classe e o objeto da demanda 5 o tempo de institui o da associa o e a representatividade desta ou da pessoa f sica perante o grupo categoria ou classe Os requisitos do C digo Modelo e do anteprojeto Aluisio Unesa UERJ s o m
41. cio dos juros de mora varia de conformidade com a esp cie analisada podendo ser a contar do vencimento ou termo da cita o do evento danoso do desembolso etc N o se olvide que se a verba foi indexada em sal rios m ni mos ou outro ndice inadmiss veis seriam a atualiza o monet ria e os juros sob pena de bis in idem Mas tudo isso n o se aplica ao dano moral mesmo tendo se em mira que ele ocorreu em determinado momento que a corre o monet ria e os juros n o podem retroagir para incidir sobre valor zero posto que antes do fixado na senten a valor algum existia Outrossim se tal retroa o fosse permitida quando os c lcu los atingissem a data da senten a import ncia diversa seria encon trada aberrante e paradoxalmente em compara o que nela foi estipulada A S mula n 97 do TJ R segue na mesma esteira 5 CONCLUS O A temperada aprecia o do que foi dito sem aprior stico pre conceito de autoridade aconselha o pensamento aberto a novos entendimentos mesmo que de relance afrontem as pr ticas que es t o sendo adotadas Ao fecho cabe real ar que esta despretenciosa abordagem tem o fito de instigar a reflex o dos operadores do Direito no sentido do moderado exerc cio do duplo grau de jurisdi o e da devolu o do conhecimento da mat ria ao segundo grau 112 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Da Senten a de Improced ncia Liminar Art 285 A do CPC
42. e s ato de vontade do juiz neste sentido de que o juiz queira formular a ordem da lei 7 Assim conclui Ov dio Baptista da Silva Curso de Processo Civil processo de conhecimento 4 ed S o Paulo RT 1998 v p 172 173 advertindo que na senten a de condena o n o h verdadeiramente uma ordem imposta pelo juiz ao condenado cuja desobedi ncia lhe acarretasse alguma san o A ordem que porventura se veja na senten a condenat ria est antes na lei e n o na senten a O juiz em verdade ao condenar limitar se a reproduzir e concretizar uma obriga o j existente e constante da lei 8 Essa a posi o de C ssio Scarpinella Bueno Ensaio sobre o cumprimento das senten as condenat rias RePro n 113 Revista dos Tribunais p 27 que comentando as caracter sticas de uma senten a condenat ria sustenta que h autores que negam e sempre negaram que uma senten a que mande algu m fazer ou n o fazer ou entregar alguma coisa seja propriamente condenat ria Em tempos mais recentes h aqueles que negam ser esta sua 274 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Tradicionalmente a condena o prepara a execu o por mera vontade legislativa e claro por raz es hist ricas que adv m da formata o processual romana marcada pela actio iudicati mas n o esta caracter stica a nosso ver contrariando inclusive tradici onal doutrina que determina a natureza jur dica de uma senten a como cond
43. meno concei tos morfol gicos como de redu o af rese s ncope ou ap cope COMO PENSAM OS JU ZES QUE PENSAM Este t tulo na verdade o subt tulo de uma obra que tenho utilizado exaustivamente em atividades intelectuais desta natureza o senhor HERRENDORF professor de direito para abordar o dif cil tema da fragilidade judicial no M xico faz um trabalho de retros pectiva hist rica e de compara o entre sistemas judiciais exami nando a ontologia da exist ncia do cargo de magistrado tra ando um minucioso mapa da atividade o que n o dispensou a an lise do estilo de pensamento dos juristas e da fenomenologia da senten a com surpresa n o investigado suficientemente 2 Por m curiosamente e para assombro dos juristas contempo r neos nenhuma das grandes correntes do pensamento jur di Idem ibidem La realidade es que muchos profesores em todos los niveles dan sua clases em castellano 31 CUNHA Celso Nova Gram tica Rio de Janeiro Nova Fronteira 1985 p 657 1 A CRASE ou seja a fus o de duas vogais id nticas numa s 2 A AF RESE ou seja a supress o de sons no in cio da palavra o caso do emprego da forma stamos por estamos 3 A S NCOPE ou seja a supress o de sons no meio da palavra o que sucede na pron ncia esp ran as por esperan as 4 A AP COPE ou seja a supress o de sons no fim da palavra 3 HERRENDORF Daniel E El Poder de los juezes C mo piensa
44. mentais do sistema jur dico tradicional Seus preceitos trazem o incisivo car ter revolucion rio da concep o filos fica que os inspira Suas institui es b sicas t m uma fei o pr pria singular inconfund vel Seu objeto compreende rela es cuja estrutura o se reveste hoje de capital import ncia para o desenvolvimento da sociedade Revista da EMER v 11 n 41 2008 41 Neste pressuposto n o se pode negar que as leis sociais est o exercendo uma profunda e decisiva influ ncia na evolu o do Direito cuja intensidade n o foi ainda devidamente sonda da Em verdade constituem uma precoce manifesta o do direito futuro Profetizou portanto o que o novo C digo Civil Brasileiro con sagrou tal como assinalou nos seus trabalhos sobre a codifica o desse ramo fundamental do Direito inquestion vel que o nome de Orlando Gomes est imorta lizado na hist ria do Direito Brasileiro como induvidoso que di versas disposi es do novo C digo Civil se harmonizam com a le gisla o trabalhista 42 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Princ pio da Proporcionalidade para Al m da Coisa Julgada Maria Berenice Dias Desembargadora do TJRS Vice Presidente Nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Fam lia IBDFAM Diz a Lei de Alimentos LA no art 15 com todas as letras A decis o judicial sobre alimentos n o transita em julgado Essa assertiva leg
45. nsito em julgado Significa isso que a palavra execu o no 1 do art 475 1 n o remete exclusivamente s hip teses de obriga o por quantia certa sen o a todas aquelas em que a satisfa o do litigante vitorioso reclame um suplemento de atividade E outro tanto se poder afirmar mutatis mutandis do disposto no 2 Quer isso dizer que execu o est empregada a em sentido amplo diverso do que sugere o caput H mais Ao arrolar os t tulos executivos judiciais O art 475 N inciso inclui no elenco a senten a proferida no processo civil que reconhe a a exist ncia de obriga o de fazer n o fazer entre 8 Sup rfluo ressaltar que se faz aqui abstra o da linguagem do atual Livro Il quanto execu o fundada em t tulo extrajudicial L se em NELSON NERY JUNIOR ROSA MARIA DE ANDRADE NERY C digo de Processo Civil comentado 92 ed S o Paulo 2006 p 586 Aplicam se s obriga es de fazer e n o fazer subsidiariamente as regras do cumprimento de senten a constantes do art CPC 475 et seg grifado no original Cf CARLOS ALBERTO ALVARO DE OLIVEIRA in A nova excecu o org do pr prio autor Rio de Janeiro 2006 p 187 8 o qual referindo se s esp cies dos arts 461 e 461 A sustenta que mesmo nessas hip teses poder ser necess rio ou conveniente em determinados casos o cumprimento provis rio da senten a a ser regido por analogia pelo mesmo regramento do art
46. o Um processo voltado aos fins a que se prop e delimitados pela busca incessante da entrega do bem da vida pleiteado desde o in cio da rela o processual podendo fazer atuar diversas modali dades de tutela de acordo com as circunst ncias f ticas posteriores ao reconhecimento da obriga o efetivando o respectivo decisum mediante a aplica o de meios executivos sub rogat rios mandamentais de execu o for ada por atividade estatal direta ou indireta mas sempre com base em conte do condenat rio Desta forma o cumprimento das decis es n o necessitava e agora ap s a nova legisla o processual em vigor nos moldes do formato medieval mais ainda n o necessita da abertura de um 2 Liebman Embargos do Executado op cit p 83 assinala que no uso germ nico e especialmente no longobardo cogni o e execu o n o se apresentavam distintas nem separadas o procedimento destinado satisfa o do credor constitu a um todo unit rio no qual se podia inserir a cogni o como um incidente n o aut nomo ao pronunciamento da senten a sucedia diretamente por obra do pr prio juiz a atividade tendente a obter o adimplemento do devedor ou quando menos an loga promessa em forma solene sem que por isso fosse de mister um requerimento especial do credor o qual j estava impl cito na peti o inicial que objetivava n o uma senten a sen o o resultado concreto final consistente no pagamento do
47. o especialmente se elevada probabilidade de acerto e s o graves os motivos que ensejam a de cis o Avaliadas as hip teses de enquadramento de servidor p blico previstas nos respectivos diplomas legais a doutrina e a jurisprud n cia confirma se que plenamente poss vel ser instaurado um pro cesso administrativo disciplinar ainda que o fato em apura o seja objeto de apura o em processo criminal Constata se que o julga mento moral pode ser formulado e regularmente processado e con clu do n o havendo motivo via de regra para aguardar a conclu s o de processo criminal ou ainda a repeti o de processo admi 2 Negada a exist ncia do fato no ju zo criminal n o subsiste a pena administrativa STE em RDA 94 86 somente a decis o na esfera criminal sobre a negativa do fato imputado geraria ao funcion rio p blico demitido pela den ncia da pr tica de peculato o direito de pleitear o seu reingresso no funcionalismo voltando para o lugar de onde fora alijado TJRS em RT 412 367 deve ser invalidada com a conseguinte reintegra o do servidor a demiss o fundada em pr tica de crime que veio a ser considerado inexistente pelo Judici rio TFR 221 121 A absolvi o no processo criminal n o invalida por si s a demiss o de funcion rio contra o qual ficou apurada infra o disciplinar TFR em RDA 77 206 Tamb m a alega o a pretens o de sustar a solu o do processo administrat
48. o de Jo o Batista LOPES de quem discordamos A estrutura r gida do condom nio n o permite altera o do modelo adotado pelo legislador fruto do desenho doutrin rio concebido ao longo do tempo 164 Revista da EMER v 11 n 41 2008 tos reais at picos margem do sistema sob o manto de denomi na es tradicionais Nem sempre o C digo Civil e as leis especiais se preocupam expressamente com a atividade privada assim levada a cabo e cujo controle pelo Judici rio no entanto indispens vel em raz o da tutela cons titucional da propriedade e da iniciativa econ mica ex pressa e enfaticamente ditada pelo Texto de 5 de outubro de 1988 ambas funcionalizadas por sua vez aos valores existenciais que regem todo o ordenamento dispostos como princ pios fundamentais da Constitui o g n Na Jornada de Direito Civil do Conselho da Justi a Federal foi aprovado o Enunciado n 89 em cujos termos o disposto nos artigos 1 331 a 1 358 do C digo Civil aplica se no que couber aos condom nios assemelhados tais como loteamentos fechados multipropriedade imobili ria e clubes de campo A incid ncia das regras sobre condom nio edil cio chamada urba niza o privada no direito espanhol defendida por Luiz D ez Picazo e Antonio Gull n haja vista os elementos comuns entre ambas as figuras 2 Multipropriedade imobili ria S o Paulo Saraiva 1993 p 84 85 Prossegue Examinem se em particu
49. o de convencimento Desta forma baixando os autos ao juiz de primeiro grau agora com a manifesta o do r u certamen te j que a causa est madura para julgamento somente resta ao juiz de primeiro grau proferir nova senten a E de acordo com seu convencimento j manifestado nova senten a de improced ncia haver de ser proferida com nova apela o para remessa ao Tribu nal que julgaria a apela o interposta N o se argumente que o r u deva ser citado para apresentar contesta o ou que novo prazo deva lhe ser aberto para contesta o Se a quest o de direito as teses defensivas do r u devem ser expostas nas contra raz es de apela o sendo esta a ratio da norma N o fosse este o intuito do legislador teria seguido a praxe do art 296 do CPC quando os autos sobem ao Tribunal sem cita o do r u e havendo cassa o da senten a baixando os autos a primeiro grau a sim o r u ser citado para contesta o N o vale aqui o argumento de que as hip teses do art 296 s o diversas por referi rem se a senten as terminativas eis que conforme j ressaltado o juiz pode indeferir uma peti o inicial por reconhecimento de pres cri o ou decad ncia o que leva a uma aprecia o merit ria da quest o Revista da EMER v 11 n 41 2008 123 Na hip tese do art 285 A do CPC se o r u citado para res ponder ao recurso tal ato serve precisamente para que o r u apre sente ao Judici rio
50. o e n o outro Ra l Canosa Usera Interpretati n Constitucional y F rmula Pol tica Madrid Centro de Estudios Constitucionales 1988 p 13 2 Em sentido contr rio Eros Roberto Grau Ensaio e Discurso sobre a Interpreta o Aplica o do Direito 3 ed S o Paulo Malheiros Editores 2005 p 82 Nas palavras de Savigny a interpreta o a reconstru o do conte do da lei Metodologia Jur dica Juristische Metodenlehre trad de Helo sa da Gra a Buratti Editora Rideel p 25 30 Cf Lenio Luiz Streck Jurisdi o Constitucional e Hermen utica Uma Nova Cr tica do Direito 22 ed Rio de Janeiro Forense 2004 p 594 31 Cf Friedrich M ller M todos de Trabalho do Direito Constitucional 3 ed trad de Peter Naumann Rio de Janeiro Editora Renovar 2005 p 53 54 Revista da EMER v 11 n 41 2008 191 concretiza o de uma disposi o normativa geral e abstrata Esse processo por sua vez sofre a influ ncia de fatores pr ticos te ricos e ideol gicos que refletem respectivamente a realidade a metodologia jur dica e os valores prestigiados pelo int rprete A interpreta o jur dica assim deve ser concebida como um processo aberto n o de submiss o a um conte do estruturalmente definido ou mesmo de recep o de uma ordem previamente dada A opera o conducente identifica o do conte do da norma assu me uma fei o necessariamente criativa n o no sentido da ed
51. o na massa que tal passar a limpo o c digo todo cuja sistem tica se tinha rachaduras de in cio agora se acha decididamente reduzida a cacos Revista da EMER v 11 n 41 2008 31 Parcelamento Judicial da D vida Nagib Slaibi Filho Desembargador do TJ RJ Professor da EMERJ e da UNIVERSO Na reforma das leis processuais intenta se n o somente ace lerar o procedimento mas principalmente atender ao dever institucional e raz o de ser da Justi a que a resolu o dos confli tos de interesse e a efetiva realiza o de suas decis es Neste desiderato a Lei n 11 382 06 acrescentou o artigo 745 A ao C digo de Processo Civil dispondo sobre os embargos do deve dor na execu o por t tulo extrajudicial e a possibilidade de o exe cutado requerer o parcelamento do d bito em at 6 seis vezes comprovado o dep sito de 30 do valor da execu o Assim ensina nos Humberto Theodoro J nior A medida tem o prop sito de facilitar a satisfa o do cr dito ajuizado com vantagens tanto para o executado como para o exegiiente O devedor se beneficia com o prazo de espera e com o afastamento dos riscos e custos da expropria o exe cutiva e o credor por sua vez recebe uma parcela do cr di to desde logo e fica livre dos percal os dos embargos do exe cutado E o estimado mestre esclarece que a medida visa realiza o da execu o de forma menos onerosa para o devedor atendendo
52. obrigada a depor a les A 3 cousa que se requer que os artigos n o sejam em si contr rios A 4 cousa que se requer que os ditos artigos sejam fundados em cousa que consista em feito e n o em ponto de Direito A 5 cousa que os artigos n o sejam meramente negativos porque sendo o n o ser a parte obrigada a depor a les salvo para se deixarem no juramento da parte contra quem se p em e n o para se dar a les a outra prova A 6 cousa que necess ria para o litigante ser obrigado a depor aos artigos que n o sejam os artigos criminosos porque no feito crime n o a parte obrigada a depor aos artigos que contra les foram dados Texto com introdu es breves notas e remiss es redigidas por Fernando H Mendes de Almeida S o Paulo Saraiva 1966 3 v p 192 195 56 Revista da EMER v 11 n 41 2008 severa cr tica telef nica do Prof S rgio Bermudes que entendeu a assertiva como pedante a inclina o organizativa dos pleitos ao estilo de antepassado do art 282 do CPC e 41 do CPP Para que n o nos percamos nos meandros hist ricos embora necess rios evidentemente estamos convidados a destinar aten o mais credenciada aos incisos Il do art 458 do CPC e III do art 381 do CPP No primeiro o juiz est obrigado a fundamentar a an lise e no segundo a indicar os motivos em que fundar a decis o ontologicamente a mesma coisa Trata se da fundamenta
53. por tratar se formalmente de pro va documental prevista em lei n o pode ela ser acoimada de prova il cita 13 3 Por m trata se de prova incab vel para a demonstra o dos fatos n o podendo servir de base quer para a condena o quer para absolvi o Revista da EMER v 11 n 41 2008 143 13 4 Como tal deve ser expungida desde logo do processo n o ultrapassando a fase de admiss o da prova 13 5 Quando muito caso chegue fase de valora o da pro va merecer desacolhimento 13 6 De nada valer o depoimento do m dium por eviden ciar se no caso uma verdadeira peti o de princ pio 13 7 N o deixa de ser estranh vel que a invoca o ao so brenatural se d sempre em favor dos r us buscando inocent los 13 8 A psicografia tem sido admitida ao que sei em proces sos da compet ncia do J ri justamente em raz o de que l o vere dicto imotivado sofrendo o jurado pelas raz es mais diversas toda a sorte de influ ncias medo supersti o crendice etc 13 9 N o haver qualquer cerceamento para a parte caso o juiz n o admita desde logo a produ o de qualquer prova fundada no sobrenatural 13 10 Qualquer fato que escape aos limites da nossa inteli g ncia no est gio atual de nosso conhecimento n o poder mere cer aceita o como prova 144 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Cr tica Cl ssica Teoria Geral das Invalidades no Direito Pri
54. sob a acusa o de ser ele o chefe de uma organiza o criminosa instala da na Assembl ia Legislativa de Rond nia organiza o esta que se ramificara pelas principais estruturas de poder do Estado cooptando inclusive membros do Tribunal de Justi a e do Tribunal de Contas o que terminou por atrair o caso para a esfera federal Sustentava se a incompet ncia do Superior Tribunal de Justi a e em especial a vio la o aos par grafos segundo e terceiro do art 53 c c o par grafo primeiro do art 27 ambos da Constitui o da Rep blica De acordo com esses preceitos o Deputado Estadual desde a expedi o do diploma 1 somente poderia ser preso em caso de flagrante de cri me inafian vel 2 nesse caso os autos deveriam ser remetidos dentro de vinte e quatro horas Assembl ia Legislativa para que resolvesse sobre a pris o e 3 iniciado o processo criminal por cri me praticado ap s a diploma o deveria o rg o jurisdicional dar ci ncia Assembl ia Legislativa que poderia sustar a tramita o da a o enquanto durasse o mandato Alegava se ainda a incon gru ncia de um mandado de pris o em flagrante figura inexistente no direito brasileiro bem como que a alegada flagr ncia referia se ao crime de quadrilha cuja pena m nima era de 1 um ano de pri s o n o se tratando portanto de crime inafian vel Quanto aos demais crimes imputados ao impetrante como n o havia flagrante n o poderiam l
55. sobre as tentativas de unifica o do expressar lus fono atrav s de reformula o gr fica 78 Revista da EMER v 11 n 41 2008 mento da plena comunica o com diferen a ortogr fica ou mesmo sem ela A EVOLU O CIENT FICA E A LINGU STICA DE COMO ATUAR DIANTE DESSES DOIS VETORES QUE SE DESENVOLVEM EM PROGRESSO DE MBITO COMUM DE COMO CONTORNAR O FORMALISMO SEM TRAIR O IDIOMA OU FRACIONAR A FUN O JUDICI RIA Este texto lido para a audi ncia n o oferece qualquer dificul dade de entendimento embora elaborado h mais de cem anos Uma noite destas vindo da cidade para o Engenho Novo en contrei no trem da Central uma rapaz aqui do bairro que eu conhe o de vista e de chap u Cumprimentou me sentou se ao p de mim falou da lua e dos ministros e acabou recitan do me versos A viagem era curta e os versos pode ser que n o fossem inteiramente maus Sucedeu por m que como eu estava cansado fechei os olhos tr s ou quatro vezes tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os ver sos no bolso 4 A l ngua mant m um padr o que resiste ao tempo To be or not to be j se aproxima de quatrocentos anos e mesmo quem n o fala ingl s e at quem fala n o deixa de perceber o significado deste s mbolo da d vida existencial hamletiana Nem se h de censurar o juiz que se expressa em poesia ou se utiliza de express es modernas de aceita o gen rica H pouco tem po um magi
56. 11 de 30 de outubro de 1945 emendando o artigo 92 da Carta de 1937 para atribuir fun es eleitorais aos ju zes ii a lei constitucio nal n 13 de 12 de novembro de 1945 declarando que os candida tos eleitos para a C mara e para o Senado nas elei es marcadas para 2 de dezembro de 1945 teriam poderes constituintes e se reu niriam 60 dias ap s as elei es em assembl ia constituinte para elaborar nova Constitui o A rep blica autocr tica chegava ao fim H epis dios pitorescos no constitucionalismo brasileiro Ob tida a independ ncia o primeiro Chefe de Estado brasileiro foi um 100 Revista da EMER v 11 n 41 2008 portugu s 2 Na rep blica candidato s impugna processo eleito ral fraudulento se perder as elei es se vencer defende o status quo Ditador deposto consensualmente 2 Ministro da Guerra es cal o subalterno d posse a Presidente da Rep blica escal o supe rior Realista sensato c nscio dos rumos sociais e pol ticos do seu tempo Get lio Vargas sem resist ncia deixa o poder nas m os do grupo militar que sempre o apoiou e que agora o pressionava O cerco ao Pal cio do Catete foi simb lico sem inten o b lica 29 10 45 O objetivo era mostrar ao povo a nova roupagem democr tica das for as armadas Vargas retorna terra natal em avi o mili tar com honras de Chefe de Estado A sua popularidade e a efici n cia da m quina eleitoral bem azeitada ficaram pro
57. 2 591 De outra parte as normas de conduta do CDC se aplicam s opera es e servi os banc rios tal como decidiu o Supremo Tribu nal Federal na A o Direta de Inconstitucionalidade n 2 591 afas tando qualquer d vida de que nos contratos de financiamento com garantia fiduci ria celebrados por ades o com institui es financei ras n o pode ser negada ao devedor fiduciante aderente a purga o da mora com o consequente convalescimento do contrato nesses casos a resolu o do contrato com o pagamento da integralidade da d vida deve sempre ser vista como alternativa a crit rio do consumi dor assim cabe ao devedor fiduciante optar entre o pagamento inte Revista da EMER v 11 n 41 2008 231 gral do saldo devedor que pressup e a resolu o do contrato e a purga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas No que tange aos contratos de aliena o fiduci ria em geral embora n o se apliquem os fundamentos contidos na ADIn 2 591 ainda assim a purga o da mora deve ser admitida porque assegu rada pelas normas gen ricas relativas mora C digo Civil arts 394 e seguintes e s obriga es independente da prerrogativa de que trata o 2 do art 54 do CDC 4 A JURISPRUD NCIA Sob esses fundamentos j passados mais de tr s anos da vi g ncia da Lei n 10 931 2004 a jurisprud ncia majorit ria assegura ao devedor fiduciante a purga o da mora mediante pagamento das presta
58. 799 p 75 maio 2002 1 Ibidem p 72 Assim o propriet rio de lote ou constru o que n o ingressa na associa o de moradores mas que deixa seu lixo ensacado porta de casa para ser retirado pelo funcion rio da associa o permite a instala o de interfone em sua resid ncia para comunica o com a portaria usa o servi o de varredura da rua feito por empregados pagos pela associa o usa o adesivo que identifica os carros dos moradores requer que os seguran as contratados verifiquem as pessoas que se dirigem sua moradia e n o apresenta qualquer obst culo ou cr tica s regras de conviv ncia do local desenvolve comportamento t pico a permitir que se infira sua t cita vincula o ao condom nio ou associa o 2 O contrato Tradu o Ana Coimbra e M Janu rio C Gomes Coimbra Almedina 1988 p 94 Para Karl Larenz os chamados atos concludentes decorrem de uma conduta que de acordo com as circunst ncias possa ser interpretada pela outra parte como express o do consentimento Tais atos concludentes ocorrem por exemplo quando o vendedor entrega sem palavras a coisa desejada LARENZ Karl Derecho de obligaciones T 1 Tradu o Jaime Santos Briz Madrid Editorial de Derecho Privado 1958 p 86 13 O desembargador Severiano In cio de Arag o em obra espec fica sobre o tema Regime jur dico do condom nio fechado Rio de Janeiro Forense 1997 p 11 defende a legitimidade da cobran a co
59. Decreto lei n 911 69 com a reda o dada pela Lei n 10 931 2004 prev que no prazo de 5 dias ap s a execu o da liminar o devedor fiduciante poder pagar a integralidade da d vida pendente grifamos Embora alguns julgados venham interpretando a express o d vida pendente como d vida vencida sem abarcar as parcelas vincendas por exemplo TJSP Agravo de Instrumento 1132142003 34 C mara de Direito Privado j 17 12 2007 o certo que o 2 do art 3 do Decreto lei n 911 69 se refere totalidade do saldo devedor do financiamento pois prev que uma vez paga tal integralidade da d vida pendente o bem ser restitu do ao deve dor fiduciante livre do nus grifamos libera o essa que pressu p e obviamente a quita o e a extin o dos contratos de m tuo e de aliena o fiduci ria Efetivamente o pagamento da integralidade da d vida importa em extin o do contrato de m tuo com a consegiente extin o do contrato de aliena o fiduci ria e nesse caso a extin o ter decorrido de resolu o por inexecu o de obriga o do devedor o contrato com porta a cl usula resolut ria mas nas rela es de consumo por ades o a escolha pela resolu o cabe ao consumidor sendo lhe assegurado op tar entre a resolu o do contrato mediante pagamento integral da d vida e a conserva o do contrato mediante purga o da mora 3 4 A A o Direta de Inconstitucionalidade n
60. Esp nola assinala que os efeitos da condi o quando expressa se produzem sem interven o dos tribunais e dispensada qualquer a o N o necess ria a interven o do juiz para pronunciar a resolu o do contrato n o lhe sendo l cito at mesmo consider lo como n o extinto in CARVALHO SANTOS J M de C digo Civil Brasileiro Interpretado Rio de Janeiro Livraria Freitas Bastos 12 ed 1984 v III p 71 8 RESTIFFE NETO Paulo Garantia fiduci ria S o Paulo Revista dos Tribunais 1975 p 381 ASSUMP O M rcio Calil A o de busca e apreens o decorrente de aliena o fiduci ria em garantia S o Paulo Editora Juarez de Oliveira 2 ed 2006 p 153 234 Revista da EMER v 11 n 41 2008 A o Individual e A o Coletiva O Fen meno da Unitariedade e a Legitimidade de Agir Marcelo Daltro Leite Procurador de Justi a do Estado do Rio de Janeiro e Mestre em Direito pela Univer sidade Est cio de S 1 INTRODU O A a o um direito p blico aut nomo e abstrato P blico porque corresponde a uma situa o jur dica de que desfruta o autor perante o Estado Aut nomo porquanto sua exist ncia n o est subordinada exist ncia do alegado direito subjetivo material obje to da lide Abstrato em rela o natureza do provimento jurisdicional isto h direito de a o ainda que a senten a seja de improced n cia do pedido n o h qualquer vincula o entre o dir
61. Il na subst ncia a execu o fundada em t tulo extrajudicial mas nele se encontram n o poucas regras apli c veis ao cumprimento da senten a conforme deixa certo o supracitado art 475 R Nem surpreende a tradicional inclus o nesse livro da disciplina de processos tipicamente cognitivos por nature za conquanto incidentes no curso de execu o o caso dos em bargos do devedor arts 736 e segs Da elimina o do antigo T tulo V tampouco resultou no Livro Il mudan a de numera o o T tulo VI continuou a ser tal As rubri cas s o as seguintes Da execu o em geral T tulo I Das diver sas esp cies de execu o T tulo Il Dos embargos do devedor T tulo III Da execu o por quantia certa contra devedor insolven te T tulo IV Da suspens o e da extin o do processo de execu o T tulo VI A prop sito bem se poderia ter aproveitado a ocasi o para modificar a inadequada rubrica do T tulo III substituindo se do de vedor por do executado de acordo com o desfecho desse pleito sabido pode se chegar conclus o de que o executado na verdade n o era devedor Por sinal claramente inculcava semelhante modi fica o o teor do primeiro dispositivo do T tulo IIl caput verbis O executado independentemente de penhora dep sito ou cau o poder opor se execu o por meio de embargos grifamos Em todo caso o legislador das reformas pode invocar guisa de aten
62. Il com ressalva do disposto no 2 Menos clara afigura se a compreens o do art 475 R segundo o qual se aplicam subsidiariamente ao cumprimen 5 Com acerto sublinha ARAKEN DE ASSIS ob cit p 177 que a despeito do teor literal do art 475 I caput na verdade a quest o da compet ncia surge em todas as esp cies de cumprimento independentemente da natureza da presta o imposta ao vencido ou do comportamento exig vel do condenado para satisfazer o vitorioso E a resposta a essa quest o n o varia em regra de um para outro caso 26 Revista da EMER v 11 n 41 2008 to da senten a no que couber as normas que regem o processo de execu o de t tulo extrajudicial Se de normas tais que se cogita ocorrer talvez a algum int rprete que o dispositivo respeita exclu sivamente s hip teses de cumprimento por execu o referidas na segunda parte do caput do art 475 1 O que ficou dito concerne ocioso frisar ao uso da palavra cumprimento nos textos reformados Se ampli ssemos nosso hori zonte para alcan ar tamb m as disposi es do c digo que as re centes reformas deixaram inc lumes verificar amos que v m de maior dist ncia as varia es de sentido Cumprimento e respecti vos cognatos como o verbo cumprir assumem ao longo do c di go significados nem sempre coincidentes Basta ver que em in me ros lugares se cogita de comportamentos volunt rios prescritos em raz o de dever ou de
63. Improbidade Esse lament vel epis dio n o deve ser esquecido Pelo con tr rio merece ser objeto de constante e cont nua reflex o sendo 1 A medida provis ria que estipula uma penalidade financeira contra os promotores caso suas den ncias n o sejam aceitas pelos pret rios em si mesma um golpe contra a Carta Magna configurando um golpe de Estado Se o Minist rio P blico n o investiga livremente os que devem guardar as riquezas nacionais ele tamb m nada pode fazer contra os que subtraem os bens privados O governo n o ponderou o risco indo contra os promotores ele subverte os ideais da vida civil Santo Agostinho diz que o Estado sem valores n o se diferencia das quadrilhas Roberto Romano professor de tica e de filosofia pol tica na Unicamp Em Defesa do Minist rio P blico in Folha de S Paulo edi o de 8 1 2001 Nossa democracia j possui instrumentos para corrigir excessos e punir irrespons veis sem uma medida que para alguns ficaria perfeita nos comp ndios jur dicos do regime militar fragilizar o acusador pode n o ser o melhor caminho para evitar acusa es injustas Pode acabar soando mais ou menos como aquela hist ria de tirar o sof da sala para evitar o que todo mundo sabe o qu Ou como j diziam nossas av s quando ramos crian as e tem amos ser punidos por malfeitores alheios quem n o deve n o teme Helena Chagas in Na contram o O Globo edi o de 8 1 2001 O Minist rio
64. Janei ro Desembargador Sergio Cavalieri Filho o Diretor Geral e os Diretores Adjuntos do Centro de Estudos e Debates CE DES Desembargadores Walter Felippe D Agostino Sylvio Capanema de Souza Carlos Eduardo da Fonseca Passos e Ricardo Silva de Bustamante A V IS A M aos senhores Magis trados Membros do Minist rio P blico e da Defensoria P bli ca advogados e demais interessados que foram aprovadas por ocasi o do Encontro de Desembargadores de C maras C veis do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro reali zado em Angra dos Reis nos dias 30 de junho 01 e 02 de julho de 2006 as primeiras concep es acerca da Reforma Proces sual abaixo transcritas 1 O r u ser intimado por via postal da senten a proferida com base no art 285 A do C digo de Processo Civil ap s o tr nsito em julgado em caso de n o interposi o de recurso pelo autor na forma do art 219 6 do mesmo estatuto 5 DO RECURSO DE APELA O Proferida a senten a com fulcro no art 285 A do CPC poder o autor da mesma apelar Esta apela o foi regulamentada de ma neira especial em um misto da apela o tradicional com a prevista das senten as dos demais casos de indeferimento da inicial regula da pelo art 296 do CPC Revista da EMER v 11 n 41 2008 121 1 Se o autor apelar facultado ao juiz decidir no prazo de 5 cinco dias n o manter a senten a e determinar o prosse guimento da a o Observe se
65. Liebman centralizado no poder das palavras e na for a da linguagem Tamb m este vetor a exemplo do ar que se respira em termos t cnicos e dogm ticos desempenha papel de import n cia solar no am lgama social L ngua n o exatamente linguagem Esta em muitas circuns t ncias dispensa palavras Talvez seja at mais til e importante do que a l ngua no caminho do objetivo da comunica o Em elogiada confer ncia proferida na EMERJ h dois anos o ilustre Prof Evanildo Bechara falando sobre l ngua e linguagem definiu esta ltima como o instrumento que se serve de qualquer sinal de comunica o para uma comunidade Linguagem 1 Rubrica ling stica Qualquer meio sistem tico de comunicar id ias ou sentimentos atrav s de signos con vencionais sonoros gr ficos gestuais etc Idioma 1 a l ngua pr pria de um povo de uma na o com o l xico e as formas gramaticais e fonol gicas que lhe s o pe culiares Ex o belo i dos fil sofos gregos 16 PACHECO Jos da Silva Evolu o do processo civil brasileiro Rio de Janeiro Renovar 2 ed 1924 p 36 Na alta Idade M dia da Europa Ocidental comum assinalar a inexist ncia de escolas especificamente jur dicas convergindo o estudo do direito para as escolas conventuais e catedrais que na base da organiza o do trivium lecionavam a mat ria jur dica no mbito da gram tica da ret rica e da dial tica Resumia se pois tal estudo ao que se ensin
66. Natacha Nascimento Gomes Tostes Gon alves de Oliveira Ju za de Direito do TJ RJ Ju za Diretora Executiva da 9 Regional da AMAERJ Ju za Representante do XII N cleo da EMERJ Mestre em Direito pela Univer sidade Gama Filho Professora de Direito Processual Civil da Unigranrio 1 DA CELERIDADE PROCESSUAL Com a inser o no art 5 da Magna Carta do inciso LXXVIII trazendo para o texto constitucional garantia j prevista nas Decla ra es Internacionais de Direitos Humanos inclusive na Conven o Americana sobre Direitos Humanos subscrita em 22 de no vembro de 1969 em San Jose na Costa Rica que faz men o em seu art 8 item I da garantia de dura o do processo dentro de tempo razo vel vem o legislador nacional reformista buscando meios legislativos para a concretiza o da garantia da dura o do processo dentro de um tempo razo vel uma vez que o pr prio texto constitucional determina a ado o de medidas que garantam a celeridade da tramita o do feito 1 Art 59 inciso LXXVIII a todos no mbito judicial e administrativo s o asseguarados a razo vel dura o do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramita o 2 Toda pessoa tem direito a ser ouvida com as devidas garantias e dentro de um prazo razo vel por um juiz ou tribunal competente independente e imparcial estabelecido anteriormente por lei na apura o de qualquer acusa o penal formulada contra ela ou para qu
67. P blico est apenas fazendo seu trabalho Est se excedendo Promotores de Justi a com vontade de aparecer s o a melhor novidade da Rep blica nestes ltimos anos Contrapartida direta da prolifera o de corruptos e corruptores com vontade de n o aparecer Dizem que o Supremo derrubar a medida provis ria intimidadora mas s o fato de ela ter sido bolada e editada mostra como vivemos em tempos assustadoramente interessantes Lu s Fernando Ver ssimo mimeo Revista da EMER v 11 n 41 2008 177 um marco significativo de duas vertentes opostas a certeza de que os governantes n o hesitar o em retaliar todos aqueles que ousem combater a corrup o e a import ncia da opini o p blica que n o permaneceu silente ao constatar que estava na imin ncia de ver enfraquecido o maior algoz da corrup o no Brasil Outro exemplo a persist ncia daqueles que lutam por esten der s a es de improbidade o foro por prerrogativa de fun o pre visto na esfera criminal Acostumados com essa regra de exce o que a nosso ver sequer deveria existir em um Pa s que se diz demo cr tico sonham em transferir esfera c vel a impunidade que asso la a seara criminal N o que a impunidade tamb m n o seja a regra em termos de combate improbidade mas sim porque os arautos da tese da prerrogativa h muito perceberam que s o grandes as perspectivas de altera o desse quadro Pergunta se quem deseja a manuten o do sta
68. P blico n 2 108 Aduz em s ntese que apesar de as san es da Lei n 8 429 1992 terem natureza c vel deve ser realizada uma constru o constitucional visando utiliza o das regras de compet ncia relativas mat ria criminal ante a parcial similitude dos efeitos da decis o perda do cargo e suspens o dos direitos pol ticos pois em que pese reconhecer a n o aceita o de uma interpreta o extensiva emtal seara a Constitui o n o aleijada postulado este que certamente seria violado fosse admitido que um juiz inferior julgasse outro de hierarquia superior isto em n tida afronta ao sistema constitucional consagrado de 1824 a 1988 m xime quando possa resultar em perda do cargo de juiz N o obstante o brilho dos argumentos entendemos que a capacidade de cria o do direito deferida ao legislador n o ao int rprete motivo pelo qual n o encampamos quer as premissas quer a conclus o 14 STJ Corte Especial HC n 22 342 RJ rel Min F lix Fischer j em 18 9 2002 DJ de 23 6 2003 p 231 15 Nesse sentido Arnoldo Wald e Gilmar Ferreira Mendes Compet ncia para julgar a o de improbidade administrativa in Revista de Informa o Legislativa n 138 213 186 Revista da EMER v 11 n 41 2008 que propriamente na raz o Com efeito o car ter penal ou extrapenal de determinada san o como vimos determinado pela op o pol tica do legislador n o propriamente por sua severidade rec
69. Trabalho Na espl ndida s ntese do saudoso jurista e pol tico Josaphat Marinho que foi o relator do projeto no Senado O C digo Novo v o homem integrado na sociedade o antigo divisou o indiv duo com seus privil gios Novo Curso de Direito Civil de Pablo Stolge Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho SP Saraiva vol 2002 p XX A diretriz mater a iluminar as normas atinentes ao contrato est inserida no art 421 in verbis A liberdade de contratar ser exercida em raz o e nos limites da fun o social do contrato Em esclarecedora palestra proferida no Rio de Janeiro o douto Desembargador Sylvio Capanema acentuou De um modelo individualista solidamente alicer ado nos velhos dogmas do Estado Liberal que transformava os princi Revista da EMER v 11 n 41 2008 37 pios da autonomia da vontade e da imutabilidade dos contra tos em valores quase absolutos passamos agora para um sis tema profundamente comprometido com a fun o social do direito e preocupado com a constru o da dignidade do ho mem e de uma sociedade mais justa e igualit ria A boa f objetiva que passa a exigir dos contratantes uma efe tiva conduta honesta leal e transparente transformou se em dever jur dico em cl usula geral impl cita em todos os con tratos substituindo o velho conceito de boa f subjetiva que traduzia mera exorta o tica que pouco contribu a para ga rantir equa es econ micas just
70. a consegi ncia dessa conduta o enfraqueci mento da democracia e das institui es que a comp em Todavia em que pese estarem os partidos obrigados a prever san es para os atos de indisciplina e infidelidade os quais poder o ir da simples advert ncia exclus o certo que a Constitui o n o permite a perda do mandato por infidelidade partid ria vedando a nas hip teses distintas daquelas previstas em seu artigo 15 dentre as quais a mesma n o se insere 52 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Embora n o se desconhe a que boa parte dos eleitores assu ma n o votar em partidos mas em candidatos trata se de cultura que n o deve ser incentivada at porque acaba estimulando o surgimento de l deres messi nicos que via de regra se apresentam como verdadeiros salvadores da p tria sem qualquer vincula o com as id ias e o programa dos partidos em cujas legenda tiveram abrigo Ali s a hist ria recente da Rep blica registra muitos exem plos nesse sentido merecendo men o pela notoriedade que dis pensa at mesmo refer ncias pessoais dois casos de elei o de Pre sidentes da Rep blica com esse vi s ambas com resultados desas trosos pelas crises institucionais que provocaram uma culminou em ren ncia precoce apenas sete meses depois da posse por mo tivos at hoje n o suficientemente esclarecidos e outra cujo desfe cho foi tamb m a ren ncia diante da iminente decreta o pelo Congre
71. a forma republicana federativa sem restringir os direitos dos munic pios e os direitos individuais arrolados na Constitui o de 1891 At a promulga o da nova Constitui o as garantias consti 86 Revista da EMER v 11 n 41 2008 tucionais ficariam suspensas e exclu dos da aprecia o judicial os atos do governo provis rio Criou se um tribunal especial para pro cesso e julgamento de crimes pol ticos e funcionais definidos em lei e situados fora do mbito do habeas corpus Foram designadas elei es para a assembl ia constituinte e institu da comiss o para ela borar o projeto de Constitui o decreto 21 402 de 14 05 1932 A aristocracia paulista duplamente contrariada por ter sido afastada do Poder e pela tardan a do chefe do governo provis rio em reunir a assembl ia constituinte serviu se da for a p blica estadual com ades o das for as federais aquarteladas nos Estados de S o Paulo e de Mato Grosso para ir luta e exigir uma Constitui o A refrega come ou em 9 de julho e terminou em 3 de outubro de 1932 com a derrota dos rebeldes Houve pris es e ex lios depois anistia geral A Comiss o Itamarati assim chamada porque se reunia no Pal cio das Rela es Exteriores e era chefiada pelo chanceler Afr nio de Melo Franco retomou os trabalhos e os apresentou assembl ia constituinte instalada em 15 11 1933 A assembl ia formulou emen das votou e promulgou a nova Constitui o 16 07 1934
72. aeroportos brasileiros v m sofrendo a crise quantitativa hoje no momento da elabora o deste trabalho agravada pelos problemas funcionais de controle do tr fe go a reo no Brasil As emissoras de televis o e r dio cobrem o pa s continente sem hip tese de cessa o por um segundo sequer Os linguajares regionais embora mantidos n o oferecem dificuldades de compreens o e at figuram como fator identificativo da origem de cada falante aqui e ali imitados em situa es de diversos mati zes especialmente em contatos pessoais e obras liter rias apresen tadas em teatro cinema ou na pequena tela quando n o em ondas radiof nicas Rep rteres localizados em capitais regionais mant m o sotaque de sua terra natal tornando o Brasil um pa s diferenciado sem os problemas por que passam It lia e Espanha por exemplo O Piemont s se diferencia do Napolitano como o Catal o do Galego em dist ncia idiom tica carente muitas vezes de legendas e dicio n rios Apesar de percal os not rios h entendimento de que a des peito das pol micas sobre imers o ling stica nas escolas a Catalunha vive no biling ismo sem problemas Embora o catal o seja forte na escola o castelhano domina em muitos ambientes Acusa se a atual generalitat de relaxar com a pol tica de imers o escolar em catal o Estas conclus es encimam oportuno artigo de 29 7 2007 de El Pa s em que se atesta No hay persecuci n ling stica La c
73. alguma coisa sen o em virtude de lei Vera Jacob de Fradera considera os condom nios de fato como manifesta o da chamada feudaliza o do direito privado de modo que Jo indiv duo dotado de uma m nima auto sufici ncia pe rante o Estado busca desvencilhar se da sua tutela criando ele mesmo estruturas e mecanismos aptos a dar lhe seguran a bem estar sa de garantias para a velhice etc Tal tend ncia pode ser observada pela mera observa o das comunidades que vivem em condom nios de luxo com segu ran a privada vinte e quatro horas por dia prescindindo da prote o oferecida pelo Estado esta na maior parte das ve zes quase prec ria Em seguida ser o examinados os argumentos favor veis ao pleno reconhecimento do condom nio de fato Em primeiro lugar merece ser destacada orienta o que re sultou na S mula 260 do Superior Tribunal de Justi a a conven o de condom nio aprovada ainda que sem registro eficaz para re gular as rela es entre os cond minos Logo apesar da aus ncia de expressa previs o normativa n o se pode afirmar seja o registro da conven o requisito de exist ncia e validade do condom nio n o figurando sequer como condi o da efic cia daquele ato regra perante os cond minos Parte dos autores favor veis ao reconhecimento do condom nio de fato considera a respectiva contribui o como obriga o propter rem desde que as restri es e obriga es i
74. alterado exatamente por esbarrar na coisa julgada Somente mediante a prova da ocorr ncia de mudan a na situa o de qual quer das partes poss vel alterar o valor dos alimentos Proposta a o revisional e n o comprovada mudan a na situa o das par tes as demandas n o s o aceitas s o julgadas improcedentes ou S rgio Gilberto Porto Doutrina e pr tica dos alimentos 108 4 Yussef Said Cahali Dos Alimentos 890 5 Yussef Said Cahali Dos Alimentos 939 Belmiro Pedro Welter Alimentos no C digo Civil 283 S rgio Gilberto Porto Doutrina e pr tica dos alimentos 110 Fabiana Marion Spengler Alimentos da a o execu o 1192 44 Revista da EMER v 11 n 41 2008 s o extintas sem julgamento do m rito pelo reconhecimento da ocorr ncia de coisa julgada CPC art 265 V Tudo isso decorre do princ pio da proporcionalidade a fixa o dos alimentos deve atentar s necessidades de quem os reclama e s possibilidades do obrigado de prest los CC art 1 694 19 Havendo altera o nesse par metro poss vel a qualquer tempo revisar se o valor da pens o aliment cia CC art 1 699 Tais modifi ca es como provocam afronta ao que se passou a chamar de trin mio proporcionalidade necessidade possibilidade autorizam a busca de nova equaliza o do valor dos alimentos A exig ncia de obedecer a este verdadeiro dogma que permite buscar a revis o para mais ou para menos ou a e
75. ao disposto no conhecido artigo 620 da lei processual e garantindo Humberto Theodoro Junior A Reforma da Execu o do T tulo Extrajudicial Ed Forense 2007 p 216 32 Revista da EMER v 11 n 41 2008 de outro lado o recebimento pelo credor do cr dito em um prazo menor do que o inicialmente esperado A solu o est prevista na lei somente para a execu o por t tulo extrajudicial levando natural indaga o quanto aplica o dessa morat ria no procedimento do cumprimento de senten a Humberto Theodoro J nior entende que n o Com o parcelamento legal busca se abreviar e n o procrastinar a satisfa o do direito do credor que acaba de ingressar em ju zo O credor por t tulo judicial n o est sujeito a o exe cutiva nem tampouco corre o risco de a o de embargos do devedor O cumprimento da senten a desenvolve se sumari amente e pode atingir em breve espa o de tempo a expropri a o do bem penhorado e a satisfa o do valor da condena o N o h pois lugar para prazo de espera e parcelamento num quadro processual como esse Tal entendimento conduz a uma s ria limita o para o magis trado na presta o jurisdicional o que neste estudo se pretende obviar pois A efici ncia do Poder Judici rio deixa de ser mat ria de exclu siva aten o dos integrantes da comunidade jur dica para merecer do universo da sociedade a cr tica e a vigil ncia da queles que
76. ao juiz decidir o m rito Isso ocorrer quando faltar algum requisito para que ele desempenhe essa fun o Nesse caso ele repele a iniciativa do autor declaran do simplesmente a inexist ncia de condi o para a presta o jurisdicional de composi o da lide Profere ent o uma senten a de encerramento da sua atividade denominada sen ten a terminativa porque se ela exaure a miss o do juiz n o alcan a o objetivo nem de prevenir nem de compor a lide Alexandre Freitas C mara discorrendo sobre o tema conclui que o termo condi es n o se aplica adequadamente ao instituto em quest o melhor seria a express o requisitos do provimento fi nal Nada obstante a inadequa o terminol gica entende que o termo j est consagrado na doutrina e por tal motivo deve ser acolhido Como afirmamos no t pico anterior as tradicionalmente cha madas condi es da a o s o a nosso ju zo requisitos do provimento final N o se mostra adequada a utiliza o da de signa o condi es uma vez que n o se est aqui diante de um evento futuro e incerto a que se subordina a efic cia de um ato jur dico sendo por esta raz o prefer vel falar em requi sitos Ademais n o parece que se esteja aqui diante de requi sitos da a o pois esta a nosso sentir existe ainda que tais requisitos n o se fa am presentes Mesmo quando ausente al guma das condi es da a o o que levar prola o de sen
77. c digo tico a probabilidade de executar se a reprova o de condutas convencional ou estatutariamente indesejadas no grupo social Toda tica efetivamente vigente no sentido da Sociolo gia costuma estar garantida em consider vel grau pela pro babilidade da reprova o no caso da transgress o isto de maneira convencional Por outro lado nem todas as ordens convencional ou juridicamente garantidas pretendem para si ou pelo menos n o necessariamente o car ter de normas ti cas As segundas que muitas vezes t m car ter puramente racional referente a fins geralmente o fazem ainda muito menos do que as primeiras O problema de se uma represen ta o de vig ncia normativa difundida entre muitas pessoas 14 A verdade em geral a conformidade da no o ideol gica com a realidade a cren a na percep o desta conformidade a certeza Ela portanto um estado subjetivo da alma podendo n o corresponder verdade objetiva Certeza e verdade nem sempre coincidem por vezes tem se a certeza do que objetivamente falso por vezes duvida se do que objetivamente verdadeiro E a mesma verdade que aparece certa a uns a outros parece duvidosa e por vezes at mesmo falsa a outros MALATESTA Nicola Framariano dei A l gica das provas em mat ria criminal Trad Paolo Capitano Campinas Bookseler 1996 p 21 13 Independ ncia das Inst ncias Administrativa e Penal A rejei o de den ncia por
78. concep o formulou se a dicotomia entre o p blico e o privado bem como a inevit vel reparti o de cada um desses ramos consoante graus de especificidade que identificavam 180 Revista da EMER v 11 n 41 2008 as novas ramifica es como esp cies do mesmo g nero com pon tos comuns de contato mas igualmente com disson ncias que desaconselhavam a an lise e a disciplina de forma conjunta No entanto qualquer que seja o ramo em que esteja armazenada a nor ma de conduta ela normalmente apresenta um componente indissoci vel qual seja uma san o para a sua inobserv ncia A san o ser pass vel de aplica o sempre que for identificada a subsun o de determinada conduta ao preceito proibitivo previsto de forma expl cita ou impl cita na norma A san o pena ou reprimenda apresenta se como o elo de uma grande cadeia cujo desdobramento l gico possibilita a concre o do ideal de bem estar social caracterizando se ainda como instrumento garantidor da soberania do direito concebido este n o como mero ideal abstrato mas como fator perp tuo e indissoci vel do bem estar geral Como se v sob o prisma ntico n o h distin o entre as san es cominadas nos diferentes ramos do direito quer tenham natureza penal civil pol tica ou administrativa pois em ess ncia todas visam a recompor coibir ou prevenir um padr o de conduta violado cuja observ ncia apresenta se necess ria manuten o do elo
79. d bito ou na restitui o da soma ou outra coisa qualquer 3 idem op cit p 89 24 idem op cit p 92 Revista da EMER v 11 n 41 2008 285 processo aut nomo pois cabe ao juiz exercer seu of cio a fim de cumprir a decis o prolatada essa valora o da decis o jurisdicional em especial in casu a senten a condenat ria que permitir uma completa atua o da jurisdi o pois atrav s da complementa o por meios executivos posteriores condena o prolatada em fase subsequente quela que se efetivou a cogni o que o processo civil refor a seus pro p sitos de caminhar mais agilmente e efetivamente rumo incan s vel busca da prote o ao direito material sem d vida revis o ou modernamente designada como revisita o voltada ao pragmatismo racionalidade que busca a realiza o forma que quer alcan ar o seu fim Cabe ao tempo e aos operadores jur dicos demonstrarem que os caminhos tra ados pelo legislador ser o interpretados com vista ao emprego de uma tipicidade e multiplicidade de atos que possam efetivamente produzir os prop sitos a que todo processo se destina a verdadeira entrega da pretens o de direito material representada pelo bem da vida perquirido pelo vencedor da demanda A incans vel busca de efetividade com base nos prop sitos lan ados pela nova sistem tica da execu o civil tamb m deve ter respaldo na vontade pol tica e administrativa dos operad
80. da unitariedade pena de decis es contradit rias A segunda solu o mais atual e consent nea com a moderna legisla o processual p tria surge neste trabalho como consegii n cia da li o de Aluisio Gon alves de Castro Mendes a respeito do tema e que toma por considera o igualmente a necess ria solu o uniforme unitariedade para a situa o plurissubjetiva objeto da lide Examinaremos cada uma das solu es H uma premissa que deve ser considerada antes de se deta lharem as solu es acima apresentadas n o qualquer pessoa que pode propor a o individual que tenha por conte do lide com ca racter sticas t picas de a o coletiva Tratando se de interesses direitos difusos apenas o indiv duo que tiver sofrido de modo direto a ofensa que tem legitimidade de agir Aquele que tiver sofrido a ofensa de modo reflexo n o pode propor a a o referida Retome se o exemplo anteriormente adota do A ind stria que polui rio ofende o direito de todos a meio ambien te ecologicamente equilibrado previsto no art 225 da Constitui o Federal A defesa coletiva deste direito constitucionalmente assegu rado confere se t o s queles entes do rol do art 82 do C digo de Defesa do Consumidor e do art 5 da Lei da A o Civil P blica A possibilidade de defesa individual no entanto n o est afastada desde que a ofensa repercuta diretamente no patrim nio jur dico de algu m Assim o morador ribeiri
81. de Alice eles podem muito bem jamais saber a dife ren a entre um adjetivo e um verbo Bechara naquele memor vel encontro tamb m ressaltou a secess o de fases pedag gicas em que ora se privilegiava a gram tica e ora o puro entendimento Criticando o deplor vel estado das coisas Palmer argumenta que poucas reas de nossas experi ncias s o t o pr ximas de n s ou mais frequentemente conosco do que a nossa linguagem Resumindo a import ncia de estudar gram tica o especialista assevera que a parte central da nossa linguagem sua mec nica seu c l culo qualquer outra met fora serve a sua gram tica E este deve ser de interesse vital para qualquer pessoa inteligen te educada Se n o houver este interesse a culpa deve recair na forma como a mat ria ter sido apresentada ou no fracas 18 HOUAISS Antonio e VILLAR Mauro de Salles 1939 Dicion rio Houaiss da L ngua Portuguesa Elaborado no Instituto Huaiss de Lexicografia e Banco de Dados da L ngua Portuguesa S C Ltda Rio de Janeiro Objetiva 2001 p 1 763 p 1 566 ep 1 762 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 61 so no reconhecimento da sua import ncia nesta atividade hu mana essencial a linguagem Estes conceitos devem ser considerados suficientes para o objeti vo deste trabalho porque nem de longe h a pretens o de se solver o problema cient fico que se aloja na defini o entre l ngua e linguagem o que ali s n o nos impede de t
82. de Processo Civil o qual pressup e CRISANTO MANDROLI Corso di Diritto Processuale Civile Giappichelli Editore Turim 11 ed v III p 122 9 ENRICO TULLIO LIEBMAN Processo de Execu o ed Saraiva 1946 p 178 Revista da EMER v 11 n 41 2008 131 logicamente que se cuide de aliena o feita pelo pr prio executa do n o por terceiro Para desvelar os contornos da fraude impende instruir meticulosamente o feito dos embargos de terceiro a fim de que a mat ria se aclare Se os rg os jurisdicionais n o se dispuse rem a isso melhor seria acaso confiar a solu o dos embargos a um computador visto como esses engenhos eletr nicos s o h beis a jogar xadrez e ganhar de mestres ex mios deste jogo o que os habi lita ao menos em tese a deslindar quest es jur dicas 132 Revista da EMER v 11 n 41 2008 A Invoca o ao Sobrenatural Vale como Prova Sergio Demoro Hamilton Procurador de Justi a aposentado do Minist rio P blico do Estado do Rio de Janeiro 1 A mat ria objeto do presente estudo raramente versada entre os tratadistas da prova em raz o da sua epis dica incid ncia no campo do processo penal muito embora vez por outra o tema venha baila atrav s de notici rios esparsos da imprensa quase sempre abordados de forma superficial buscando mais o sensacio nalismo da not cia que a informa o t cnica e precisa Fica se as sim sem saber ao certo at que
83. de encadeamento das rela es sociais Sob o aspecto axiol gico por sua vez as san es apresenta r o diferentes dosimetrias conforme a natureza da norma violada e a import ncia do interesse tutelado distinguindo se igualmente consoante a forma os crit rios as garantias e os respons veis pela aplica o Em suma as san es variar o em conformidade com os valores que se buscou preservar Caber ao rg o incumbido da produ o normativa direcionado pelos fatores socioculturais da poca identificar os in teresses que devem ser tutelados e estabelecer as san es em que incorrer o aqueles que os violarem Inexistindo um elenco aprior stico de san es cuja aplica o esteja adstrita a determinado ramo do direito torna se poss vel dizer que o poder sancionador do Estado forma um alicerce comum do qual se irradiam distintos efei tos os quais apresentar o peculiaridades pr prias conforme a seara em que venham a se manifestar No direito positivo p trio n o s o encontrados par metros aptos a infirmar a regra geral acima exposta existindo unicamente Revista da EMER v 11 n 41 2008 181 san es que s o preponderantemente aplicadas em determinado ramo do direito guisa de ilustra o pode se mencionar a o cerceamento da liberdade do cidad o normalmente san o de natureza penal art 5 XLVI CR 1988 tamb m pass vel de ser utilizado como san o contra o deposit rio infiel e o i
84. de sub roga o praticados pelo Estado como forma complementar decis o prolatada para a perfeita entre ga do bem da vida na mesma rela o processual sem a necessidade de um processo aut nomo de execu o tais t cnicas passaram a ser adotadas ope legis de forma casu stica passando a doutrina a diver gir em v rios pontos acerca das diferen as existentes entre ambas e delas perante a pr pria condena o stricto sensu 2 EXECUTIVIDADE LATO SENSU MANDAMENTALIDADE E CONDENA O Liebman ao estudar a condena o defendia a id ia de que a mesma pura e simples reconhecida em uma senten a n o teria efic cia executiva imediata pois dependia de um plus qual seja o in cio de um processo de execu o aut nomo j que a mesma ca racterizar se ia como preparat ria futura execu o ideal este fun dado no vetusto mito da nulla executio sine titulo Assim sendo a condena o n o teria o car ter de exigir auto maticamente o cumprimento da decis o prolatada necessitando de atos subsequentes exercitados em um processo posterior e aut no 268 Revista da EMER v 11 n 41 2008 mo independente daquele em que foi formada a convic o de co nhecimento que reconheceu a necessidade de que a parte cumpra a obriga o assumida e n o adimplida voluntariamente Diante dessas observa es a t cnica executiva lato sensu e a t cnica mandamental se afastariam da condena o para assumir uma qualidade de i
85. deve desenvolver atividade executiva direta pois s o conexas ao seu of cio e como verificamos nos coment rios trazidos por Liebman no sentido de que o requerimento que provo ca a execu o n o constitui exerc cio de uma nova a o de um novo direito contra a outra parte mas um simples ato de impulso processual com o fim de provocar a realiza o concreta dos atos incumbentes aos juiz N o haver peti o inicial na id ia de se voltar ao sistema processual da dualidade porque n o haver nova a o para dar cumprimento s senten as mas t o e somente requerimento que provocar e dar as bases que iniciar o o of cio do juiz preparando a atividade executiva em vista de que o pr prio C digo d essa disponibilidade ao credor nos termos do art 569 Assim sendo a execu o da senten a pertencer ao officium iudicis ou seja ao of cio do juiz por atribui o direta derivada do simples fato de ter julgado a causa E exatamente essa a raz o que deriva como fonte do direi to medieval que permite o cumprimento de senten as na mesma rela o processual e que permite a aplica o pelo rg o judicial das medidas que mais sejam eficazes a cada caso concreto em vista do comportamento do devedor e que j no direito interm dio se demonstrava como forma alternativa de se suprir os defeitos e falhas que apresentava a sistem tica da actio iudicati o que n o muda em nada a sistem tica at ent o havida ent
86. dire o ao fazimento de justi a deve con 34 TRABUCCHI Alberto Instituizioni di Diritto Civile Padova CEDAM 32 ed 1991 p 13 Sono quattro le fonti formali di produzione leggi regolamenti norme in materia di lavoro usi art 1 disposizioni prel Al cod civ 1 Le strutture fondamentali della vita giuridica sono regolate specialmente nella Costituzione che entrata in vigore il 1 gennaio 1948 2 Essa contiene nei Principi generali e nella Parte prima diritti e doveri dei cittadini precetti e alcune solenni affermazioni di principio bills of rights le quali fissano giuridica in modellodi un sistema economico e sociale cui si deve informare tutta la vita giuridica in altre parole la funzione dovrebbe essere quella di assicurare alcuni valori fondamentali nello sviluppo di una societ in movimento 35 Idem ibidem P 21 10 LA GIURISPRUDENZA LA DOTRINA L EQUITA LE CIRCOLARI MINISTERIAL Oltre alle fonti summenzionate che sono riconosciute espressamente dal c dice civile si sogliono ricordare come fonti indirette la giurisprudenza cio il complesso delle decisioni giudiziarie la dottrina cio risultati dello studio scientifico del diritto e l equit Magistrati e dottori sempre al centro della vita del diritto i primi per dirla come i francesi quase possessori dei testi legislativi da applicare i secondi moralmente responsabili della retta interpretazione delle norme e del sistema ebbero nei tempi passati
87. direito consolidadas a proprie dade e a posse no patrim nio do credor expedindo se desde logo novo certificado em nome do credor ou do terceiro para o qual ele tenha vendido o bem De fato a propriedade fiduci ria em garantia nada mais do que uma propriedade subordinada a uma condi o resolutiva o even to a que corresponde essa condi o o pagamento da d vida vincu lada propriedade fiduci ria e sua revers o ou consolida o resul ta de pleno direito da verifica o da condi o que quando ex pressa opera de pleno direito independente de interpela o vale dizer verificada a condi o seja positiva seja negativa atua auto maticamente sobre o v nculo jur dico resolvendo o vale por si s e dispensa a interven o do judici rio Por isso mesmo a sen ten a que julga procedente o pedido na a o de busca e apreens o tem car ter declarat rio n o a senten a que constitui a consoli da o da propriedade simplesmente a declara pois a consoli da o j ter ocorrido t o s por efeito do evento correspondente condi o Nesse aspecto a reformula o legislativa da Lei 10 931 04 est coerente com os princ pios 7 PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de direito civil Revista e atualizada de acordo com o C digo Civil de 2002 Atualizadora Maria Celina Bodin de Moraes Rio de Janeiro Forense 20 ed 2004 v p 568 569 No mesmo sentido
88. e econ mica da na o que desenvolvesse no esp rito brasileiro a consci ncia da solidariedade humana O ensino era facultado a estabelecimentos particulares leigos ou religiosos Revista da EMER v 11 n 41 2008 89 O ensino religioso era facultativo e ministrado de acordo com os princ pios da confiss o religiosa do aluno Era garantida a liberdade de c tedra O v nculo do casamento era indissol vel A fam lia esta va sob a prote o do Estado Os nubentes tinham de apresentar pro va de sanidade f sica e mental O casamento era civil e gratuita a sua celebra o O casamento religioso era reconhecido desde que observasse os procedimentos legais e fosse inscrito no registro civil A ordem econ mica e social tinha por base a justi a e as necessida des da vida social de modo a possibilitar a todos uma exist ncia digna Dentro desses limites a Constitui o garantia a liberdade econ mica Autorizava entretanto o monop lio estatal de ind stria ou de atividade econ mica quando assim o exigisse o interesse p blico Nacionalizava os bancos de dep sito as empresas de seguro as minas as jazidas e as fontes de energia hidr ulica Cabia lei promover essa nacionaliza o o fomento da economia popular aperfei oar e expandir o cr dito Era reconhecida a liberdade sindi cal Nos termos da lei promover se ia o amparo produ o e esta belecer se iam as condi es de trabalho na cidade e no campo ori entadas
89. e humanos O necess rio que o ponto nodal da quest o jur dica a inci d ncia da norma sobre a quest o seja considerada como a ratio decidendi na situa o sendo certo que a controv rsia assim gira a respeito da mat ria jur dica e n o sobre mat ria f tica Outro ponto necess rio que casos id nticos j tenham sido apreciados no ju zo anteriormente e julgados improcedentes Com Revista da EMER v 11 n 41 2008 117 raz o afirma Humberto Theodoro Junior que a identidade de ca sos e n o de causas eis que do contr rio estar se ia diante de litispend ncia e n o de lides repetitivas Com justi a critica se a express o senten a de total improce d ncia lan ada no texto legal eis que a senten a ou de improce d ncia ou n o N o h senten a de improced ncia parcial uma vez que neste caso o julgamento de proced ncia pois parte da pretens o autoral ter sido atendida Assim h de o julgador observar se a mat ria lhe trazida na quela inicial efetivamente id ntica a casos anteriores j julgados improcedentes naquele ju zo Observe se que n o h necessidade de se tratar de julgados do mesmo juiz mas do rg o judici rio onde tramita a demanda Para o ju zo de adequa o apreciando se a identidade entre as quest es novamente o julgador ter de lan ar m o de criterioso exame entre o caso concreto em aprecia o e os casos paradigma anteriormente julgados soment
90. efeitos ainda que transitoriamente por m n o en contrar prote o a menos que a condi o geradora da invalidade seja de certo modo e quando poss vel reparada em tempo e modo igualmente estabelecidos em lei Atualmente as hip teses de invalidade e suas respectivas con sequ ncias s o in meras Assim a utilidade pr tica e did tica de um esquema que sistematize o tratamento dessas diferentes situa es ineg vel e praticamente todos os estudos sobre teoria geral do direito privado se debru am sobre a tentativa de cumprir essa miss o Todavia ela n o uma tarefa f cil A grande maioria dos textos sobre invalidade dos neg cios jur di cos no Brasil menciona o qu o tormentoso tratar a mat ria em nosso Direito diante da absoluta falta de uniformidade entre os autores S o por demais conhecidos os embara os que se apresentam a um estudo mais completo das nulidades e parece bem certo que tais dificuldades se agravam em consegii ncia da opini o diver gente dos autores Estes na exposi o de suas pesquisas al m de variarem na linguagem e na intelig ncia dos textos que exa minam quase sempre se prendem a fatos de outros tempos ou a circunst ncias de outros lugares FERREIRA 1963 p 29 Tal desencontro acaba por se refletir nos textos legais que sem uma s lida base doutrin ria a lhes subsidiar adotam diferentes solu es entre si As legisla es n o t m disciplinado com perfei
91. ensina o l xico A senten a criminal da lavra do saudoso juiz Deocleciano d Oliveira endossou o pronunciamento do Minist rio P blico desacolhendo as preliminares arg idas e circa merita absolveu os denunciados No ju zo c vel igualmente foi recha ada a pretens o de O S M P buscando a repara o do dano tendo a senten a salienta do que se algum il cito fora praticado nas rela es havidas entre as partes O S M P seria quem o praticara 3 H outras experi ncias medi nicas relatadas envolvendo a figura do conhecido m dium brasileiro Chico Xavier falecido em 2001 em que em tr s casos emblem ticos suas psicografias aca baram por influenciar no resultado de tr s crimes que culminaram com a morte das v timas o que narra o douto Promotor de Justi a Renato Marc o em seu apreciado artigo Psicografia e prova pe nal Salienta o ilustre membro do Minist rio P blico de S o Paulo que nos tr s casos por ele indicados as psicografias influenciaram a prova em benef cio dos r us Dos tr s epis dios a que se refere o aludido doutrinador dois ocorreram no Estado de Goi s em 1976 e os respectivos processos foram distribu dos em momentos diversos ao julgamento do mesmo juiz de direito No primeiro caso deu se a absolvi o sum ria art 411 do CPP n o chegando o r u a ser sub metido a julgamento pelo J ri No segundo o acusado acabou ab solvido pelo Tribunal Popular por seis votos contra um
92. indispens vel sua conviv ncia com o outro Assim em primeiro lugar o int rprete ter de comparar o peso gen rico que a ordem constitucional confere em tese a cada um dos interesses envolvidos Para este mister ele deve adotar como norte a t boa sic de valores subjacente Constitui o verdade que as Constitui es n o costumam conter uma escala r gida de interesses ou valores n o havendo no sentido t cnico uma hierarquia entre as normas constitucionais Isto por m n o significa que a Lei Fundamental empreste a mesma relev ncia a todos os interesses que se abrigam sob o seu p lio no direito brasileiro parece induvidoso por exemplo que a liberdade individual ostenta sob o prisma constitucional um peso gen rico superior ao da seguran a p blica o que se evidencia diante da leitura dos princ pios fundamentais inscritos no art 1 do texto magno Isto no entanto n o significa que em toda e qualquer pondera o entre estes dois interesses a liberdade deve sempre prevalecer Pelo contr rio em certas hip teses em que o grau de comprometimento da seguran a da coletividade for bastante elevado esta poder se impor em face da liberdade individual mediante uma pondera o de interesses Na verdade o peso gen rico apenas indici rio do peso espec fico que cada princ pio vai assumir na resolu o do caso concreto Este s pode ser aquilatado em face do problema a ser solucionado Ele depender
93. li es anteriores e agregar experi ncias atuais que ilustrem a reda o Em uma certa noite de planejamentos familiares surpreendi me ao comentar sobre pretens es exageradas de um auxiliar ao acus lo de estar abusando de minha paci ncia utilizando a ex press o for ando a barra Express es coloquiais que se afastam do meu cotidiano profissional Nesta ocasi o Lu sa adolescente desti nou olhar de condescendente censura sem verbo Mas quis com toda certeza dizer a hem Neste caminhar epis dio ainda no seio familiar reacende es peran as A mesma adolescente que se utilizou das express es pa radinha e bolada se n o fiz refer ncia antes lembrem se de que o trabalho se origina de uma palestra farei com certeza logo adian te para esclarecer o que o velho pai exprimiu com todas as letras voc ou seja para explicar a terr vel reda o sobre o utilizado na Internet usa da completude terminol gica um fen meno encontradi o das express es ce oc etc Em artigo sobre o idioma colhe se do Jornal do Commercio A partir da Internet houve uma revolu o nos meios de comunica o O uso do computador exige bom senso no am biente de trabalho N o nada profissional receber uma men sagem de algu m que voc nunca viu na vida com sauda es do tipo oi fofa ou oi gato Gafe maior fazer gracinha es crevendo como um teenager por exemplo o evento foi tudooooo de bom e
94. localiza o do dispo sitivo que ficou perdido entre artigos que fazem men o a pedido dentro do sistema processual Melhor teria sido sua coloca o como art 295 A ou 296 A do CPC no t pico assim que trata do indeferimento da inicial O dispositivo que acirra discuss es entre os processualistas recebeu a seguinte reda o Art 285 A Quando a mat ria controvertida for unicamente de direito e no ju zo j houver sido proferida senten a de total improced ncia em outros casos id nticos poder ser dispen sada a cita o e proferida senten a reproduzindo se o teor da anteriormente prolatada VELLOSO Caio M rio da Silva O Poder Judici rio e a S mula Vinculante confer ncia magna proferida na EMERJ em 06 02 98 REVISTA DA EMERJ v 02 n 5 Rio de Janeiro EMERJ 1999 p 23 4 CRUZ E TUCCI Jos Rog rio Tempo e processo S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 p 91 114 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Cuida se como j acentuado de mais uma norma inserida no ordenamento jur dico em busca da celeridade processual at em raz o da necessidade de garantia da dura o do processo em tem po razo vel ter sido erigida categoria de garantia fundamental pela EC 45 04 art 5 inciso LXXVIII CF e tratando se de obriga o referente atividade judici ria do Estado seu descumprimento suscet vel de gerar obriga o de indenizar inclusive sob o aspecto da responsabilidade obj
95. m trata mento diferenciado na Constitui o da Rep blica Pensamos que 1 HEUSELER Elbert da Cruz Processo Administrativo Disciplinar Militar luz dos Princ pios Constitucionais e da Lei n 9 784 de 1999 Rio de Janeiro Lumen Juris 2007 Revista da EMER v 11 n 41 2008 213 os princ pios tamb m fundamentais da razoabilidade e da propor cionalidade que regem a atividade administrativa podem e devem ser levados em considera o O funcionamento da m quina estatal um cometimento indeclin vel e vinculativo mas ainda assim observada a razoabilidade e a proporcionalidade Se o funcionamento punitivo da m quina estatal ultrapassa em seus cursos ou em seus efeitos aquilo que a provoca o insensato deflagrar toda uma atividade persecut ria que o processo administrativo disciplinar para a paci fica o de um pequeno dano administra o seja ela civil ou mes mo militar FUNDAMENTOS DA AUTONOMIA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Os estatutos dos servidores de uma maneira geral prev em a submiss o do servidor ao processo administrativo disciplinar em ra z o do cometimento de uma conduta atentat ria aos deveres proi bi es e genericamente do desrespeito a preceitos de natureza ti ca decorrentes inclusive de fatos apurados em processo penal Por isso a hip tese de que um servidor acusado de ato que atente por exemplo contra a lealdade institui o em que serve fato apura
96. mesma A alus o remete por for a ao processo de conhecimento a sim concebe se que a Fa zenda haja ficado revel O dispositivo remanescente do antigo art 74I n que continha cl usula expressa de alcance n o limita do hip tese ora em foco a respectiva omiss o no texto novo tal vez revele no legislador certo escr pulo em embutir a refer ncia a processo de conhecimento em cap tulo supostamente reservado CASSIO SCARPINELLA BUENO ob cit v 3 p 295 analisando o art 745 remete expressamente ao art 743 para a enumera o dos casos de excesso de execu o 12 Corretamente ERNANE FID LIS DOS SANTOS Manual de Direito Processual Civil v 2 112 ed S o Paulo 2007 p 215 a prop sito do atual art 741 inciso A falta ou nulidade de cita o que causa de embargos do devedor n o a do processo de execu o mas a do de conhecimento de onde se originou o t tulo grifado no original 30 Revista da EMER v 11 n 41 2008 disciplina de uma esp cie de execu o A realidade no entanto transparece por sob o in til v u 8 CONSIDERA ES CONCLUSIVAS Em apertada s ntese assim se podem enunciar as principais conclus es a que o dito acima permite chegar com seguran a 12 Foi infeliz o legislador ao escolher o lugar onde inseriria as novas disposi es atinentes liquida o e ao cumprimento da senten a em parte por falta de liga o substancial com o art 475
97. natureza de tutela coletiva e estender a autoridade da coisa julgada produzida em sede de a o individual a todas as pessoas legitimadas propositura de outra a o individual ou coletiva em raz o do vinculo da unitariedade 5 A LEGITIMIDADE ATIVA DO INDIV DUO PARA A O INDIVIDUAL DE NATUREZA COLETIVA UNIT RIA E O PROCESSAMENTO DO FEITO COMO A O COLETIVA A segunda solu o elaborada a partir de considera es lan adas por Aluisio Gon alves de Castro Mendes prop e que a a o individual seja admitida e processada pelo Juiz como a o coletiva o que implicaria em se admitir de maneira transversa em determinadas hip teses a legitima o individual para a o coletiva A situa o completamente diversa em rela o aos interes ses denominados de essencialmente coletivos Os fatores pri 22 MENDES Aluisio Gon alves de Castro A es Coletivas no Direito Comparado e Nacional S o Paulo RT 2002 p 255 257 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 257 258 mordiais da diferencia o como visto anteriormente s o a indivisibilidade do objeto e a transindividualidade subjetiva A les o ou amea a de les o na esp cie n o afeta apenas uma nica pessoa e a provid ncia judicial por outro lado n o po der ser dirigida igualmente somente para uma nica pessoa ou parte da coletividade grupo classe ou categoria O car ter coletivo reflete na verdade esfera de problema que de manei
98. ncia sempre de uma maioria governante e uma minoria dis cordante Assim enquanto o partido da situa o e seus eventuais alia dos desempenham a fun o governamental procurando exercer o poder segundo as concep es constantes de seus programas os par tidos de oposi o t m por encargo controlar os atos dos governos eleitos nos mbitos federal estadual e municipal constituindo se ainda em alternativa v lida para assumir a condu o do Estado a inclu dos todos os entes federativos em elei es futuras al m de no plano legislativo constituir maiorias parlamentares Destarte um dos pilares do regime democr tico a exist n cia de partidos fortes e ideol gicos com programas de governo bem elaborados discutidos e socialmente conhecidos Tecidas essas pondera es preliminares passa se a abordar o tema que d t tulo ao presente artigo Como exemplo da import ncia atribu da pela Constitui o aos partidos pol ticos tem se a regra estatu da pelo par grafo 1 do arti Revista da EMER v 11 n 41 2008 51 go 17 segundo a qual devem os respectivos estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partid rias E isso n o se traduz em mera faculdade mas em efetivo dever j que se cuida de nor ma que tem natureza cogente Como observa Jos Afonso da Silva em sua festejada obra Curso de Direito Constitucional Positivo Malheiros 25 ed p 406 a disciplina deve ser entendida como resp
99. ncias apenas na esfera patrimonial do autor do processo O direito fundamental de acesso justi a deve ser garantido a toda e qualquer pessoa Se o indiv duo sofre direta mente o dano tem direito assegurado constitucionalmente de exer cer a o para preserva o de seu patrim nio Conciliar entretanto seu direito de a o com o resultado unit rio do processo o mister da ci ncia processual Conv m registrar o alerta de Nelson Nery J nior ao discorrer sobre o princ pio da inafastabilidade do controle jurisdicional direi to fundamental de acesso justi a Embora o destinat rio principal desta norma seja o legislador o comando constitucional atinge a todos indistintamente vale dizer n o pode o legislador e ningu m mais impedir que o Jurisdicionado v a ju zo deduzir pretens o Isto quer dizer que todos t m acesso justi a para postular tutela jurisdicional preventiva ou reparat ria relativamente a um direito Est o aqui contemplados n o s os direitos indivi duais como tamb m os difusos e coletivos Feitas estas considera es discorre se sobre a primeira solu o 23 NERY JUNIOR Nelson Princ pios do Processo Civil na Constitui o Federal S o Paulo RT 2004 p 130 e 132 Revista da EMER v 11 n 41 2008 251 4 A LEGITIMIDADE ATIVA DO INDIV DUO PARA A O INDIVIDUAL DE NATUREZA COLETIVA UNIT RIA E A EXTENS O DA COISA JULGADA AOS DEMAIS CO LEGITIMADOS PARA A ES INDIVIDUAI
100. necessidade N o h falar em coisa julgada quando ocorre desrespeito ao princ pio norteador da fixa o do encargo alimentar Agravo desprovido por maioria vencido o Relator TJRGS Al 70011932688 72 C Civ Rel Des Luiz Felipe Brasil Santos j 27 07 2005 14 Maria Berenice Dias Manual de Direito das Fam lias 487 48 Revista da EMER v 11 n 41 2008 com quem desatende ao encargo maior do poder familiar garantir a vida do filho Assim estipulado o encargo alimentar quer por acordo quer por decis o judicial poss vel a revis o do valor quando houver o desatendimento do princ pio da proporcionalidade Mesmo que n o tenha ocorrido altera o quer das possibilidades do alimentante quer das necessidades do alimentado impositiva a adequa o a qualquer tempo do valor dos alimentos Comprovada a despropor o mais do que poss vel aconse lh vel at recomend vel a revis o do encargo alimentar a qual quer tempo Assegurando a Constitui o Federal prioridade absoluta aos direitos das crian as e adolescentes entre eles o direito vida e dignidade n o se podem priorizar princ pios outros que venham em benef cio de quem desatenda obriga o de assist ncia para com os filhos e o dever de lealdade para com a Justi a N o se pode admitir afronta tica em nome da seguran a das rela es jur dicas Revista da EMER v 11 n 41 2008 49 Infidelid
101. norma jur dica haja vista que n o h que se falar em viola o de obriga o sem se falar em san o A san o talvez seja o tra o diacr tico quando confrontamos a norma de comportamento jur dico com a norma de comportamento tico na realidade com a efetividade da san o que se faz concretizar a norma jur dica situa o tica de fato Ent o a puni o a pr pria san o que est disposta na norma jur dica e a primeira realiza o da conduta como a conse quente puni o a concretiza o da norma jur dica O desej vel que ela funcionasse O desafio para o estudioso do direito era que a puni o funcio nasse sem que a norma jur dica fosse aplicada sem precisar ser lembrada que os homens vivessem harmonicamente e que as so lu es dos conflitos em especial aquelas heter nomas pr prias ao mundo do direito n o fossem necess rias Mas na realidade as coisas n o se passam assim E por isso que a forma mais excelsa de ma nifesta o da norma jur dica a aplica o da san o e no nosso caso em particular a aplica o da puni o disciplinar que a pri meira finalidade do processo administrativo disciplinar punitivo ou seja ensejar a incid ncia da san o que est como natural na pr pria preconiza o da norma jur dica Em segundo lugar a puni o tamb m preenche uma outra fi nalidade a da satisfa o social Sabemos que as normas jur dicas Revista da EMER
102. o a teoria das nulidades certamente porque a doutrina n o conseguiu ainda assentar com exatid o e uniformidade as suas linhas mestras Ao contr rio a mat ria muito obscurecida carece de boa exposi o dogm tica e alimenta acentuada desarmonia entre os escri tores n o somente no que se refere fixa o dos conceitos como ainda no que diz respeito terminologia que algo desencontrada 1 Sobre a separa o e an lise dos atos ou dos neg cios jur dicos em planos distintos de exist ncia validade e efic cia que n o s o objeto deste estudo sugere se a leitura da obra Neg cio jur dico exist ncia validade e efic cia de AZEVEDO Antonio Junqueira S o Paulo 2002 146 Revista da EMER v 11 n 41 2008 e imprecisa PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de Di reito Civil Rio de Janeiro Forense 2004 p 629 E num c rculo vicioso essas normas provocam a elabora o de novos estudos que tratando e valendo se das express es e dis posi es espec ficas das regras por eles analisadas ao inv s de cor rigir acentuam a dist ncia entre as diferentes abordagens de invalidades levadas a efeito Entretanto e at pelo acima exposto uma d vida se coloca ao estudioso do Direito Privado no Brasil a despeito de desej vel poss vel ainda hoje se falar em uma teoria das invalidades dos ne g cios jur dicos no Direito Privado brasileiro Os privatistas em geral defendem que sim
103. o artigo 17 da Lei n 6766 79 que pro be a altera o da destina o das vias p blicas e o artigo 180 V da Constitui o do Estado de S o Paulo no mesmo sentido ambas hierarquicamente superiores Cf KOJRANSKI Nelson A falta de previs o legal do loteamento fechado e suas consequ ncias Revista do Advogado S o Paulo n 90 p 117 119 mar 2007 Por m como adverte Danielle Machado Soares op cit p 93 a instaura o do condom nio de fato ou irregular pressup e um exame rigoroso da situa o a fim de avaliar o real interesse da coletividade para que n o haja desfalque do patrim nio p blico em rela o s ruas pra as e demais espa os p blicos Nas suas palavras o passo seguinte seria a desafeta o do bem Uma vez desafetado poderia ser incorporado ao dom nio privado A regra da administra o de que haja uma licita o s que para a hip tese se torna dispens vel tal procedimento tendo em vista que envolve situa es com destinat rios certos onde a competi o descabida Conclu mos portanto que existe uma possibilidade legal do sic Munic pio autorizar o uso das vias de circula o e das pra as aos propriet rios por meio de dois institutos do Direito Administrativo que s o a permiss o ou a concess o de uso Revista da EMER v 11 n 41 2008 159 cer ou se manter dentro de uma associa o Constitui o da Rep blica art 5 XX mais ainda ningu m obrigado a fazer
104. para o direito brasileiro em rela o a isto o que nas cautelares sempre ocorreu idem nos despejos nas possess rias nos mandados de seguran a e a bem da verdade em boa parte dos denominados procedimentos especiais Os dois dispositivos de resto outorgam ao juiz aplaudidos deveres poderes para bem atingir a tutela espec fica ou o resultado pr tico equivalente entendidas estas express es como a m xima coincid ncia poss vel entre o cumprimento jurisdicional e o pr jurisdicional da obriga o isto caso n o fosse necess rio o ingresso no Judici rio do cumprimento espont neo do v nculo obrigacional 276 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Tanto que com o advento da nova legisla o esta veio sim plesmente ratificar tal inten o no tocante a estas obriga es quan do se fez inserir o novo art 475 do CPC O reconhecimento de que a efic cia executiva do cumpri mento de senten a tem deriva o condenat ria encontra se pau tado dentro do novo contexto legislativo que ap s 23 06 2006 pas sou a vigorar em todo o pa s dispondo o art 475 J que Caso o devedor condenado ao pagamento de quantia certa ou j fixada em liquida o n o o efetue no prazo de quinze dias o montante da condena o ser acrescido de multa no percentual de dez por cento e a requerimento do credor e observado o disposto no art 614 inciso Il desta Lei expedir se mandado de penhora e avali a o
105. ponto a prova emanada de experi ncias medi nicas ou de documentos psicografados influiu ou n o na decis o da causa pois somente atrav s de percuciente exame dos autos respectivos que se poderia emitir um pronunciamento seguro a respeito dos fundamentos do julgado em que ela restou apreciada e at que ponto o dado sobrenatural teve relev ncia na decis o 2 Valho me inicialmente para o estudo do nosso assunto de um caso concreto distribu do 16 Vara Criminal GB em que tive a oportunidade de oficiar quando ainda Promotor Substituto ao tempo do extinto Estado da Guanabara atuando somente na fase final do processo ou seja quando da apresenta o das alega es finais es critas art 500 do CPP O feito criminal em tela pode ser assim resumido os denunci ados no processo em quest o n 2 2596 C G e H G haviam co nhecido o lesado O S M P no distante ano de 1928 e desde ent o Revista da EMER v 11 n 41 2008 133 passaram a exercer dom nio sobre a pessoa do ofendido O S M P mediante ardil a ponto de dominar lhe a vontade dizendo se C G com a participa o de H G porta voz de um Mago Peruano ima gin rio Por aconselhamento do tal Mago Peruano O S M P ho mem de grande fortuna passou a fazer a entrega de elevadas im port ncias em dinheiro aos referidos C G e H G bem como a trans ferir bens im veis para os acusados A atividade criminosa dos r us teve in cio em 1942 pr
106. popular No interior o mando pol tico estava nas m os dos coron is Havia permanente tens o entre o governo federal e os governos estaduais Cargos administrativos destinavam se aos apadrinhados independen temente de preparo ou efici ncia A economia se manteve essenci almente agr cola individualista e liberal tendo como carro chefe a produ o cafeeira Os camp nios desempregados sem terra para lavrar sem gado para cuidar sem mina para explorar vieram para a cidade e se empregaram em f bricas e servi os gerais formando a camada baixa da sociedade Profissionais liberais funcion rios p blicos empregados do com rcio propriet rios de im veis e de casas de com rcio militares formavam a camada m dia da socie dade Havia estabelecimentos industriais comerciais banc rios 82 Revista da EMER v 11 n 41 2008 estradas de ferro e companhia de bondes Os propriet rios das in d strias t xtil qu mica farmac utica metal rgica mec nica ce r mica roupas cal ados alimentos bebidas fumo couro borra cha madeira mobili rio papel juntamente com fazendeiros usineiros banqueiros e grandes comerciantes formavam a camada alta da sociedade aristocracia rural e urbana Culturalmente os brasileiros em geral tinham os olhos postos na Europa e nos EUA Express es da cultura nacional eram menosprezadas regionalismos carnaval m sica popular literatura pintura esporte Os capitalistas estrang
107. por a afora Escrever de forma abreviada como trocar voc por vc quando por qdo e hoje por hj s se a pessoa tiver 15 anos O epis dio ilustrativo de uma verdade lingu stica inafast vel em sociedade somos natural e inevitavelmente ao menos bil n g es Usamos um vocabul rio para o ambiente de trabalho e um 2 Jornal do Commercio B 9 Tecnologia 26 7 2007 Tempos mais do que modernos criam etiqueta digital no trabalho por Vera Fiori 2 Idem Por Fabio Arruda 64 Revista da EMER v 11 n 41 2008 outro na intimidade do lar S o reconhecidas outras modalidades de comunica o dependentes da ambi ncia em que os interlocutores se encontram De acordo com a sistem tica exposta por Bechara a estrutura o ling stica se estende atrav s de tr s planos universal hist rico e individual O primeiro o plano universal Chama se universal porque o plano que est acess vel a todas as pessoas que nascem com todas as suas faculdades psico f sicas e portanto est o devi damente preparadas para entrar neste dom nio da universali dade da linguagem o plano do pensar o plano de traba lhar com as regras elementares do pensar O segundo plano da linguagem o plano hist rico o plano das l nguas Porque uma l ngua n o nada mais nada me nos que o mergulho do homem na sua historicidade O terceiro plano o plano individual e se chama individual porque falamos sempr
108. produ o b defender os direitos dos associados c celebrar contratos coletivos de trabalho obrigat rios para os associados d impor contribui es aos associados e exercer fun es delegadas xi a greve era nociva ao capital e o lock out era nocivo ao traba lho conluio dos propriet rios para colocar fora de opera o suas empresas ambos incompat veis com os superiores interesses da pro du o nacional xii a produ o seria organizada em corpora es entidades representativas das for as do trabalho nacional colocadas sob a assist ncia e a prote o do Estado xiii as corpora es s o rg os do Estado e exercem fun es delegadas do Poder P blico xiv usura pun vel xv o processo de nacionaliza o da economia persiste xvi as terras dos silv colas s o inalien veis xvii conces s o de terras de rea superior a dez mil hectares dependia de pr via autoriza o do Conselho Federal Os t picos sobre fam lia educa o e cultura receberam espe cial aten o A inf ncia e a juventude deviam ser objeto de cuida dos e garantias especiais cabendo ao Estado todas as medidas des 96 Revista da EMER v 11 n 41 2008 tinadas a assegurar lhes condi es f sicas e morais de vida s e de harmonioso desenvolvimento das suas faculdades O abandono moral intelectual ou f sico da inf ncia e da juventude importava em falta grave dos respons veis por sua guarda e educa o Na hip te se de abandono
109. provadas e consideradas procedentes cons tituam il cito penal Ent o como ser poss vel conciliar a afirma o de que acusa es que constituam il cito penal possam ser provadas e consideradas procedentes em PAD com a tese de que o ato crimi noso s existir para os mesmos processos ap s condena o do acu sado no processo criminal A resposta quest o acima poder nos levar formalidade de admitir que se instaurando uma a o penal antes ou durante o funcio namento de um PAD nomeado para apurar o mesmo fato o Disci plinar anula se e deve se aguardar pela prova do processo judicial Pois isto m ngua de disposi o legal revela uma subordina o pol tica do processo administrativo ao processo penal e considera 1 Apud CRETELLA J NIOR Jos Pr tica do Processo Administrativo 32 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 p 129 216 Revista da EMER v 11 n 41 2008 previamente inv lida a prova que os Processos Disciplinares podem produzir N o ser por um atributo de verdade real ou presumida que a prova processual penal ter supremacia sobre a prova do processo administrativo Como n o h subordina o legal e n o h subordina o l gica a subordina o ter de ser pol tica Mas a possibilidade desta subordina o deve ser examinada com aten o ao pressuposto de que o Processo Disciplinar na maior parte dos casos um tribunal tico O que atesta a vig ncia de um
110. que foi reconheci da ou mediante a formata o de nova rela o processual agora aut noma buscando especificamente a satisfa o da decis o prolatada Em ambos os sentidos a operacionaliza o destas atividades depende da vontade legislativa pois se o legislador pretender maior celeridade e efetividade forma de realiza o do direito reconheci do poder como no caso o fez diante da nova sistem tica de exe cu o civil relativa s obriga es de pagamento de quantia certa instrumentalizar atos que d em a exata forma de realizar a vontade da lei aplicada ao caso concreto derivada de uma decis o de natu reza condenat ria 2 Assim tamb m fez o legislador quando modificou em 1995 e em 2002 a sistem tica do cumprimento de senten as que reconhe ciam uma obriga o de fazer n o fazer e de entrega de coisa res pectivamente na forma dos arts 461 e 461 A do CPC n o se alte rando seu conte do condenat rio ao nosso ver penhora apreens o do bem devido assim como os demais atos executivos s podem ser encarados como consect rios l gicos e necess rios da pr pria condena o nada havendo a justificara exig ncia de submeter o credor aos percal os de um novo processo para atingir aquilo que desde a propositura da a o de cogni o j era seu nico objetivo qual seja o de receber o que lhe devido A execu o de senten a e a garantia do devido processo legal Aide 1987 p 238 Em
111. que o demitiu do cargo de Agente de Pol cia Federal por auferir vantagens e proveitos pessoais em raz o das atribui es exercidas Pede concess o da seguran a para tornar sem efeito a demiss o sustando se o processo administrativo at final da decis o da esfera penal Invoca ainda em seu favor a presun o de inoc ncia prevista no art 5 inciso LVII da Constitui o da Rep blica bem como garantia constitucional da estabilidade art 41 81 O writ n o comporta de qualquer forma deferimento Se o descabimento n o fosse evidente vista do tr nsito e t rmino exemplares do processo disciplinar do ponto de vista legal as teses de m rito por que se bate a impetra o t m escassa consist ncia Com efeito proclama se de modo un ssono a independ ncia dos procedimentos administrativo e criminal nada havendo que condicione ou desautorize a conclus o disciplinar diante do desfecho ou falta de desfecho da quest o penal ainda quando a senten a criminal resulte absolut ria o inqu rito administrativo n o se v necessariamente destinado a terminar O tema do cerceamento de defesa e da presun o de inoc ncia segue a mesma trilha de quanto foi posto at agora foi dado ao postulante participar do processo intervindo com advogado e as dilig ncias tidas como necess rias foram deferidas Ao final do procedimento restou clara a incurs o do agente policial em transgress o disciplinar Primando o feito a
112. recebidas em setores conservadores da ca mada m dia da popula o e do c rculo militar Essas id ias reuni das em programa serviram de base funda o da A o Integralista Brasileira 1932 O movimento de car ter nacionalista e anticomunista adotou o lema Deus P tria e Fam lia Pretendia or ganizar um Estado forte com a extin o de todas as organiza es representativas de classes s elites cabia exercer o governo s massas faltava preparo para governar a na o O governo seria au torit rio a fim de garantir o novo regime e impedir a volta da desor dem democr tica O objetivo do novo Estado era o de pacificar a sociedade mediante mecanismos de concilia o entre as classes intervir nos neg cios privados sempre que assim o exigisse o inte resse p blico e promover o progresso do Brasil dentro da ordem Anarquistas socialistas comunistas e furta cores organizaram a Alian a Nacional Libertadora e escolheram Luiz Carlos Prestes como presidente de honra 1935 Entre os objetivos desse movimento estavam o de suspender o pagamento da d vida externa nacionali zar empresas de pa ses imperialistas proteger os pequenos e m dios propriet rios de terras entregar aos trabalhadores rurais as ter ras dos latifundi rios ampliar as liberdades c vicas e instaurar um governo popular O governo apoiado pelos integralistas e na lei de seguran a nacional reprimiu esse movimento da esquerda e fechou todos os seus n
113. requereu Indefiro o pedido no sentido de ser oficiado Pol cia Federal para que esta informe em que fase se encontra o Inqu rito Policial instaurado contra o impetrante distribu do 2a Vara Federal da Circunscri o de S o Paulo tendo em vista que s o distintas as duas esferas de responsabilidade disciplinar e criminal O impetrante subordina o inqu rito administrativo ao processo criminal e seu desfecho condenat rio quando s o aut nomas a responsabilidade disciplinar e a criminal e independentes as respectivas san es que podem coincidir ou n o sem que haja bis in idem no caso da coincid ncia Lein 1 711 de 1952 art 200 Decreto n 59 310 de 1966 art 369 N o foi apontada eiva de ilegalidade no processo administrativo nem a autoridade que praticou o ato impugnado incompetente Ministro Paulo Brossard Relator Tamb m a alega o a pretens o de sustar a solu o do processo administrativo espera da solu o de eventual processo penal sobre o mesmo fato n o encontra nenhum respaldo na jurisprud ncia pode vir a ter relevo segundo decorre a contrario sensu da jurisprud ncia consolidada na S mula 18 uma eventual absolvi o pelo mesmo fato material no processo criminal mas disso se cogitar se e quando sobrevier essa absolvi o Ministro Sep lveda Pertence MS 20 947 STF in RDA 178 41 42 220 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 respectivo Processo Administrativo Disciplinar q
114. se cogitou das senten as executivas ou mandamentais o que se ponderou foram os efeitos de certas senten as 272 Revista da EMER v 11 n 41 2008 complementem para uma melhor efetiva o n o caracteriza a exis t ncia de uma senten a que se distancia de uma condena o pois aqui temos verdadeira atividade executiva posterior cogni o por for a de pol tica legislativa A senten a que proferida em sede de a o que visa a conde na o de soma em dinheiro sem d vida condenat ria e claro por justificativas mais do que pol ticas e ideol gicas passa a deno minar se de executiva lato sensu para justificar um status quo diferenciado das demais decis es jurisdicionais permitindo assim maior efetividade Ora quem disse que a senten a executiva lato sensu tem maior efetividade que a condenat ria Se admitirmos o conceito comum de condena o sem d vida tal circunst ncia se operar mas se dotarmos a atividade condenat ria de meios eficazes com plementares decis o prolatada sem d vida estaremos diante de formata o procedimental que muito se aproxima da hip tese exe cutiva classificada por Pontes de Miranda mas na an lise do con te do da respectiva decis o verificaremos que estamos diante de uma obriga o e por suposto de uma efic cia condenat ria deriva da do reconhecimento de que tal obriga o n o fora cumprida res tando ao demandado se sujeitar aos atos expropriat r
115. se considere satisfeito o direito do autor Reforma do CPC Leis 11 187 2005 11 232 2005 11 276 2006 11 277 2006 e 11 280 2006 Daniel Amorim Assun o Neves et al S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 p 213 14 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 281 mento de senten a passando os demais atos a serem praticados pelo ju zo O prazo de cumprimento volunt rio definido na lei em 15 quin ze dias se iniciar no primeiro dia til posterior ao dia da publica o da intima o dirigida ao advogado do devedor para cientificar seu cliente no sentido de proceder ao cumprimento volunt rio do decisum Teremos assim um requerimento que dar efic cia senten a configurando n tida atividade condenat ria consequente do decisum prolatado Muito embora o ju zo possa at proceder ao corte na base da legitimidade dirigindo ao R u o comando estatal de dar cumprimen to obriga o a efic cia dos atos somente ser bem desenvolvida com a disposi o do credor em buscar atrav s de seu requerimento o in cio dos atos que levar o obten o do bem da vida postulado at porque poder o mesmo n o querer dar in cio ao cumprimento da senten a em vista de que a disposi o sobre o cr dito por for a da lei pode ser iniciada em at seis meses do tr nsito em julgado da decis o jamais se devendo entender que o cumprimento deva inici ar se obrigatoriamente independentemente da vontade credor Ter amo
116. seus argumentos e n o simplesmente para to mar ci ncia da causa H de se lembrar ainda que a C mara estar preventa As sim se determinar a baixa dos autos ao ju zo de primeiro grau por entender que n o era caso de improced ncia mas sim de proce d ncia da nova senten a proferida lembrando se de que n o pode o Tribunal determinar ao juiz de primeiro grau que julgue proceden te o pedido do autor caber nova apela o que tornar mesma C mara a qual ir depois deste c rculo que o feito seguiu proferir o julgamento que desde o in cio j estava preestabelecido Se o objetivo da reforma foi de efetivamente garantir a celeridade processual e antes da norma do art 285 A j havia se permitido ao Tribunal desde logo julgar o m rito em se tratando de causa madura para julgamento na hip tese do art 515 3 do CPC outro entendimento n o resta correto que n o a permiss o ao Tribu nal de entendendo meritoriamente incorreta a conclus o do julgador mas estando a causa madura para julgamento prover a apela o julgando procedente o pedido N o h afronta ao duplo grau de jurisdi o Argumentar o al guns que o r u n o ter oportunidade para apelar deste julgado Ora em qualquer caso de reforma de senten a merit ria a parte que se viu vencida no Tribunal n o poder apelar do julgado proferido que reverteu sua situa o em julgamento de apela o De outro turno n o h repita se ofens
117. stantibus e a a o revisional outra a o tem objeto pr prio e diferente causa de pedir Diante de nova situa o f tica n o pode prevalecer decis o exarada frente a distintas condi es das partes Ali s tal ressalva est expressa na lei no mesmo artigo 15 pode a qualquer tempo ser revista em face da modifica o da situa o financeira dos interessados O estatuto processual ao tratar da coisa julgada estabelece que nenhum juiz decidir quest es j decididas CPC art 471 salvo se tratando se de rela es jur dicas continuativas sobrevier modifica o no estado de fato ou de direito Assim a senten a que decide sobre os alimentos passa em julgado em rela o situa o de fato existente no momento em que pronunciada cessando seu efeito preclusivo quando por eventos supervenientes possa considerar se alterado o estado de fato ou de direito precedente mente acertado A senten a revisional n o deixa de considerar a decis o judicial anterior apenas adapta o valor dos alimentos aos novos fatos Portanto a senten a que decide alimentos faz sim coisa julgada A a o revisional de alimentos deve ser lastreada em fatos ocorridos ap s a origem da obriga o alimentar ou seja com base em fatos supervenientes o que diz de forma un nime a doutrina Se n o ocorre altera o quer das possibilidades do alimentante quer das necessidades do alimentando o valor dos alimentos n o pode ser
118. vista disso alerta S rgio Muritiba A o Executiva Lato Sensu e A o Mandamental S o Paulo RT 2005 p 217e 256 que a t cnica condenat ria foi especialmente constru da para atender os deveres de dar quantia e foi historicamente moldada para veicular pretens es pecuni rias de cunho ressarcit rio que tinha no meio execut rio da expropria o o instrumento ideal exce o de uma proposta legislativa de emprego de t cnicas executivas diretas quando a quantia em dinheiro fosse encontrada in natura todas as demais hip teses que acabam por exigir a expropria o e por suposto mais tempo novos atos e opera es a exemplo da penhora da avalia o e da arremata o ou adjudica o diminuiriam a efici ncia da t cnica executiva lato sensu ou mandamental s situa es substanciais que envolvam deveres de pagamento de quantia certa sendo caracteristicamente tal atividade processual marcada pela efic cia de uma senten a condenat ria 12 Cassio Scarpinella Bueno Ensaio sobre o cumprimento das senten as condenat rias op cit p 30 idem op cit p 32 33 identificando que o que ocorre nestas a es do art 461 A nada mais e nada menos do que autorizar o juiz em um mesmo processo sem solu o de continuidade a declarar a exist ncia de direitos e realizar concretamente esta declara o desde pronto independentemente de como esta realiza o concreta vai se dar Friso N o h nada de extraordin rio
119. 004 p 114 In our time political speech and writing are largely the defense of the indefensible Things like the continuance of British rule in India the Russian purges and deportations the dropping of the atom bombs on Japan can indeed be defended but only by arguments which are too brutal for most people to face and which do not square with the professed aims of political parties Capa Political language is designed to make lies sound truthful and murder respectable and to give an appearance of solidity to pure wind Revista da EMER v 11 n 41 2008 81 Constitucionalismo no Brasil 1930 1945 Antonio Sebasti o de Lima Juiz de Direito aposentado do Estado do Rio de Janeiro Mestre em Ci ncias Jur dicas Professor de Teoria do Estado e Direito Constitucional INTRODU O Instaurada a Rep blica no Brasil cresceram a popula o e os problemas Os costumes e a mentalidade no mundo pol tico n o se afei oaram ao republicanismo O esp rito de nobreza e o desprezo pelo trabalho manual continuavam A pol tica nacional gravitava em torno dos Estados de S o Paulo Rio de Janeiro e Minas Gerais como gravitara no Imp rio em torno das prov ncias nordestinas no ciclo do a car Os demais Estados seguiam a reboque como va g es de uma locomotiva A competi o pelos cargos eletivos pri mou pela deslealdade e viol ncia A disputa pol tica estava adstrita aos membros das oligarquias regionais sem participa o
120. 1 2008 Um caso concreto entre poucos outros sobre o tema As experi ncias medi nicas ou de documentos psicografados e sua relev ncia na decis o Cabe definir o que seja psicografar ou o que significa psicografia mesmo que j haja essas defini es nos Dicion rios Aur lio 12 ed p g 1 154 Tipos de provas permitidas e vedadas no CPP A doutrina quanto veda o da prova psicogr fica Renato Marc o in F rum MP Psicografia e prova penal A influ ncia de tend ncia religiosa ou filos fica conduzir a certo entendimento O eventual exame pericial grafot cnico do documento O entendimento de Bonnier e sua increpa o contra tal prova Cr tica Cl ssica Teoria Geral das Invalidades no Direito Privado Brasileiro Ricardo Luiz Pereira Marques Professor universit rio e especialista em Economia de Empre sa pela FGV Advogado 1 Introdu o 2 As invalidades no direito privado brasileiro 3 A teoria geral cl ssica das invalidades 4 A an lise cr tica da teoria geral das invalidades 4 1 O interesse privado 4 2 Legitimidade para arg i o 4 3 Atua o jurisdicional 4 4 Efic cias da declara o judicial 4 5 Convalescimento pelo decurso do tempo 5 Impossibilidade atual de uma teoria geral das invalidades 6 Conclus o Condom nio de Fato ou Irregular Legitimidade da Cobran a da Contribui o pela Associa o de Moradores Guilherme Magalh es Martins Membro do MP RJ Professor da EMER
121. 188 Revista da EMER v 11 n 41 2008 probidade qualquer conduta que consubstancie improbidade admi nistrativa ser em ltima ratio crime de responsabilidade Com a devida v nia daqueles que encampam esse entendi mento n o tem ele a m nima plausibilidade jur dica Inicialmente cumpre manifestar um certo al vio na constata o de que os crimes contra a Administra o P blica tipificados em leis especiais que consubstanciam evidentes manifesta es de desprezo probidade n o foram considerados crimes de responsabilidade O impeachment desde a sua g nese tratado como um ins tituto de natureza pol tico constitucional que busca afastar o agente pol tico de um cargo p blico que demonstrou n o ter aptid o para ocupar Os crimes de responsabilidade do mesmo modo consubstanciam infra es pol ticas sujeitando o agente a um julga mento de igual natureza Nesse sentido ali s dispunha a Exposi o de Motivos que acompanhava a Lei n 1 079 1950 ao tratar do iter a ser seguido na persecu o dos crimes de responsabilidade que ao conjunto de provid ncias e medidas que o constituem d se o nome de processo porque este o termo gen rico com que se designam os atos de acusa o defesa e julgamento mas em ltima an lise um processo sui generis que n o se confunde e se n o pode con fundir com o processo judici rio porque promana de outros funda mentos e visa a outros fins 21 Essa con
122. 29 Vara C vel 1 Introdu o 2 O recurso 3 A modera o em segunda inst ncia 4 A enviesada altera o da import ncia estabelecida 5 Conclus o Da Senten a de Improced ncia Liminar Art 285 A do CPC Natacha Nascimento Gomes Tostes Gon alves de Oliveira Ju za de Direito do TJ RJ Professora de Direito Processual Ci vil da Unigranrio e Mestre em Direito pela Universidade Gama Filho 1 Da celeridade processual 2 O que disp e o art 285 A do CPC 3 Requisitos para a aplica o do art 285 A do C P C 4 Dispensa de cita o 5 Do recurso de apela o 6 Considera es finais A Penhora Incidente sobre Bem de Terceiro Conceituada na Justi a Laboral como Decor rente de Responsabilidade Objetiva Juary C Silva Juiz de Direito aposentado do TJ RJ A penhora de bens de terceiro na execu o quando adquiridos de s cios da executada 2 Pr tica muito frequente na Justi a do Trabalho 3 Reconhecimento de responsabilidade objetiva desse terceiro 4 Art 593 inc Il do CPC e a presun o absoluta 5 Distin o pretoriana entre o d bito e a responsabilidade do terceiro O registro da penhora A quest o constitucional quanto ao direito da propriedade A Invoca o ao Sobrenatural Vale como Prova Sergio Demoro Hamilton Procurador de Justi a aposentado do Minist rio P blico do Estado do Rio de Janeiro Professor Universit rio 108 113 126 133 10 Revista da EMER v 11 n 4
123. 39 952 R da 3 turma que teve como relator o Ministro Waldemar Zveiter com a seguinte ementa CIVIL A O DE COBRAN A COTAS CONDOMINIAIS CONVEN O DE CONDOM NIO N O REGISTRADA LOTEAMENTO CONDOM NIO HORIZONTAL Um con dom nio ainda que at pico caracteriza uma comunh o e n o se afigura justo nem jur dico em tal circunst ncia que um participante aproveitando se do esfor o dessa comunh o e a cujo custeio deve estar vinculado todo e qualquer titular da unidadet Caber ao Judici rio desconstituir e punir eventual tentativa do fabrico de associa es ou condom nios esp rios onde v g uma c lula de espertalh es queira extorquir obulos cota da comunidade fechada g n 162 Revista da EMER v 11 n 41 2008 beneficiando se dos servi os e das benfeitorias realizadas e suportadas pelos outros cond minos dela n o participe contributivamente D J 19 4 99 j 23 2 99 O enriquecimento sem causa C digo Civil art 884 886 eleito pela jurisprud ncia como o fundamento de efic cia do condom nio de fato abrange tanto os direitos obrigacionais como os direitos reais 4 cuja linha divis ria por vezes se mostra um tanto t nue Logo como bem destacado por Leonardo Mattietto a oponibilidade a terceiros pode conferir efic cia real a certas regras de organiza o dos grupos sociais pois o esquema simples e tradicio nal que separa os direitos reais e os direitos obrigaci
124. 4 397 relator Desembargador Nagib Slaibi Filho julgamento 13 12 2007 Agravo de Instrumento A o de Busca e Apreens o Aliena o Fiduci ria Purga da mora Possibilidade Agravo contra decis o que deferiu a purga da mora em a o de busca e apreens o de ve culo objeto de aliena o fiduci ria em garantia A Lei n 10 931 04 que alterou a reda o do art 3 do Decreto lei n 911 69 n o vedou o direito do devedor de purgar a mora na a o de busca e apreens o Entendimento jurisprudencial deste E Tribunal de Justi a Agravo conhecido e desprovido TJRJ 13 C mara C vel Agravo de Instrumento 2007 002 229209 relator Desembargador Azevedo Pinto voto vencido Desembargador Nametala Jorge julgamento 31 10 2007 Aliena o fiduci ria Busca e apreens o Artigo 3 1 do Decreto n 911 69 Reda o dada pela Lei n 10 931 2004 Purga da mora Admissibilidade Faculdade n o exercida pelo devedor Venda do bem antes da senten a Deferimento A nova reda o do artigo 3 18 do Decreto lei n 911 69 dada pela Lein 10 931 2004 n o excluiu a possibilidade de o devedor purgar a mora nas a es de busca e apreens o devendo ser interpretada luz do C digo de Defesa do Consumidor art 54 29 No entanto cumprida a liminar e n o havendo inten o do devedor em purgar a mora de se admitir a venda do bem antes da senten a TJSP 35 C mara de Direito Privado Agravo de Instrumetno n 11
125. 40 quarenta por cento do valor financiado Revista da EMER v 11 n 41 2008 225 essa omiss o suscita questionamento quanto ao termo inicial do pra zo seja para purga o da mora ou para resposta do r u Na nova reda o o Decreto lei 911 69 omisso quanto pur ga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas dis pondo o 2 do art 3 que o devedor fiduciante poder pagar a integralidade da d vida pendente segundo os valores apresentados pelo credor fiduci rio na inicial hip tese na qual o bem lhe ser restitu do livre do nus 2 1 Emenda modificativa ao Projeto de Lei n 3 065 2004 Essa nova reda o decorre do Projeto de Lei 3 065 04 pelo qual o Poder Executivo prop s altera es no Decreto lei 911 69 visando a dar celeridade venda do bem apreendido principal mente para evitar sua deteriora o Nesse sentido contemplava a venda antecipada do bem logo ap s sua apreens o impondo ao credor pesada multa caso julgado improcedente o pedido omitia se entretanto quanto purga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas e quanto cita o do r u Contra essas omiss es nos manifestamos no Instituto dos Advogados Brasileiros e na Ordem dos Advogados do Brasil Sec o do Estado do Rio de Janeiro tendo esta formulado proposi o que na C mara foi con vertida na Emenda Modificativa 22 ao Projeto de Lei 3 065 04 A Emenda entretanto n o foi acolhida mant
126. 40912008 relator Desembargador Cl vis Castelo julgamento 17 12 2007 A o de busca e apreens o Aliena o fiduci ria em garantia Purga o da mora perante a Lei n 10 931 de 2004 Valores Parcelas vencidas at a data do dep sito acrescidas dos encargos pertinentes As disposi es introduzidas no procedimento pela Lei n 10 931 de 2004 n o suprimiram a possibilidade de purga o da mora nas a es de busca e apreens o regidas pelo Decreto lei n 911 de 1969 A express o d vida pendente do 29 do artigo 3 do Decreto lei n 911 de 1969 refere se d vida vencida sem abarcar as parcelas vincendas facultando se a purga o da mora e a sobrevida do contrato uma vez que n o sendo permitida a elis o estaria desnaturada a natureza do contrato de financiamento garantido por aliena o fiduci ria TJSP 34 C mara de Direito Privado Agravo de Instrumento 1132142003 relator Desembargador Irineu Pedrotti julgamento 17 12 2007 Agravo de instrumento A o de busca e apreens o Inviabilidade da constitui o em mora Purga da mora Valor devido Complementa o do dep sito Mesmo ap s do advento da Lei n 10 931 04 para fins de purga da mora o devedor deve depositar o valor devido e vencido at a data do dep sito n o devendo ser inclu das no c lculo do d bito as parcelas vincendas Agravo de Instrumento parcialmente provido TJRS 13 C mara C vel Agravo de Instrumento n 70019623651 relato
127. 475 l e respectivos par grafos e incisos no que couber Por seu turno GUILHERME RIZZO AMARAL no cit vol coletivo p 92 fala em cumprimento provis rio e execu o provis ria deixando claro n o obstante a alus o separada a cada qual que o conceito de provisoriedade comum a ambas as modalidades de efetiva o do decisum 28 Revista da EMER v 11 n 41 2008 gar coisa ou pagar quantia Consoante se percebe a refer ncia gen rica n o se restringe rea das senten as que imponham pa gamento em dinheiro Ora t tulo executivo express o que so mente pode significar t tulo h bil instaura o de execu o Por conseguinte o texto autoriza o uso desta palavra com rela o a sen ten as atinentes a quaisquer obriga es em sens vel desarmonia com o disposto no art 475 1 caput que o limita aos casos de obri ga o por quantia certa Outro exemplo de emprego por assim di zer prom scuo de palavras de ambas as fam lias o do art 475 P cujo caput fala em cumprimento ao passo que o par grafo nico alude a exeguente e executado Em suma o uso amb guo da palavra execu o do ponto de vista em que agora nos colocamos nada fica a dever ao de cumpri mento Se n o se poderia negar que uma e outra j eram equ vocas na reda o origin ria do c digo o legislador das reformas s fez agravar o defeito 7 O T TULO III DO LIVRO Il Merece an lise parte por suas pe
128. 6 de dezembro de 1964 olhou para o assunto art 8 e abra ou na sua disciplina esta modalidade especial de aproveitamento condominial de espa o Estabeleceu regras espec ficas para o caso de se levantar mais de uma edifica o em terreno aberto ainda que n o ocorra a superposi o de unidades Em tais circunst ncias em rela o s unidades aut nomas que se constitu rem de casas t rreas ou assobradadas ser discriminada a parte do terreno ocupada pela edifica o e tamb m aquela eventualmente reservada como de utilidade exclusiva e bem assim a fra o ideal sobre a totalidade do terreno e partes comuns correspondente a cada unidade art 8 al nea a O princ pio jur dico dominante o mesmo do edif cio urbano guardadas as peculiaridades especiais Cada titular o dono da sua unidade e como se lhe reserva um terreno utiliza o exclusiva pode cerc lo ou fech lo Mas n o lhe assiste o direito de dissociar a sua unidade do conjunto condominial nem separ la da fra o ideal que lhe corresponde nesse conjunto g n PEREIRA Caio M rio da Silva Condom nio e incorpora es 9 ed Rio de Janeiro Forense 1995 p 70 72 172 Revista da EMER v 11 n 41 2008 e o condom nio fechado que possui mera apar ncia de condo m nio N o se confundem o condom nio de fato e o loteamento fe chado pois apenas este ltimo se identifica com a disciplina do art 8 da Lei n 4 591 64 que prev
129. A NOVA REFORMA DO C DIGO DE PROCESSO CIVIL Com o advento da nova Lei n 11 232 05 que estabeleceu a fase de cumprimento das senten as no processo de conhecimento e revogou dispositivos relativos execu o fundada em t tulo judi cial dando outras provid ncias os operadores do direito se depara ram com uma nova sistem tica de efetiva o da execu o de t tu los executivos judiciais at ent o n o empregada genericamente no sistema processual civil brasileiro ao menos no que diz respeito busca da satisfa o do direito material consignado em decis es jurisdicionais definitivas que dispunham sobre a condena o de al gu m a pagar quantia certa A tentativa do legislador de reformular o t o atravancado pro cedimento de execu o por quantia certa contra devedor solvente adveio dos constantes reclamos da doutrina e da jurisprud ncia no sentido da total inefic cia da formata o processual at ent o apli cada 266 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Com efeito a vestusta formata o processual fundada na dualidade processual cogni o precedida de execu o que remonta poca romana vinculada id ia da necessidade de exercitar actio iudicati para cumprimento do decisum prolatado n o mais se ade quava com outras parametriza es e constru es legislativas mo dernas que permitiram ao longo dos anos a entrega do bem da vida no curso do mesmo procedimento interpolando e combinando atos co
130. A depend ncia direta da comunica o e do fiel resultado de seu recebimento ou transmiss o imp e ao operador das mec nicas procedimentais embora cingido aos termos dos instrumentos pro cessuais o redobro do poder criativo para sem desertar das exi g ncias vetustas das regras e normas acumuladas ao correr dos tem 7 C digo de Processo Civil Art 151 O juiz nomear int rprete toda vez que o repute necess rio para analisar documento de entendimento duvidoso redigido em l ngua estrangeira II verter em portugu s as declara es das partes e das testemunhas que n o conhecerem o idioma nacional Ill traduzir a linguagem m mica dos surdos mudos que n o puderem transmitir a sua vontade por escrito Art 156 Em todos os atos e termos do processo obrigat rio o uso do vern culo Art 157 S poder ser junto aos autos documento redigido em l ngua estrangeira quando acompanhado de vers o em vern culo firmada por tradutor juramentado 2 Black s Law Dictionary The examination ofa witness by a party Minn USA St Paul 5 ed 1979 p 339 68 Revista da EMER v 11 n 41 2008 pos e sob dom nio de f rmulas estruturais seculares todas voltadas para os objetivos de clareza e seguran a a que aludia o Rei D Jos ao editar a Lei da boa raz o cumprir o seu relevante papel no de senvolvimento social A migra o dentro do territ rio nacional intensifica se em pro gress o geom trica de ano para ano Os
131. ADMINISTRATIVO Ao pretendermos estudar o tema acerca do processo adminis trativo disciplinar PAD deparamos com uma primeira necessida de que estabelecer o conceito de processo administrativo de modo que possamos ter uma no o inicial de como se situa o tema na doutrina estabelecendo uma principiologia necess ria ao nosso es tudo Entretanto ao tentarmos conceituar o processo administrativo lato sensu nos deparamos com v rias linhas de pensamento prin cipalmente no sentido de n o aceitar a defini o do tema como pro cesso mas como procedimento A controv rsia de conceitos no di reito brasileiro j muito antiga No entanto tomando uma ou outra linha de conceitua o n o podemos nos furtar de admitir que em ambos os casos busca se estabelecer a apura o de fatos que t m relev ncia para a Administra o Processo e procedimento s o termos que remontam ao direito romano O termo processo adv m do latim procedere que signifi ca seguir adiante ou seja o exerc cio efetivo de uma atividade Revista da EMER v 11 n 41 2008 205 destinada a um determinado fim juridicamente a obten o da prote o jur dica mediante a interven o de rg os do Estado para a pacifica o das rela es jur dicas j estabelecidas pelo direito ma terial Por outro lado o procedimento a maneira e a forma com que s o desenvolvidos os atos do processo conforme se pode depreender do conceito firmado p
132. Administrativo S o Paulo Revista dos Tribunais 2000 p 64 tais san es t m natureza pol tica com o que n o concordamos ante a natureza do rg o que as aplicar e a necessidade de fundamenta o da decis o a ser proferida art 93 IX da CR 1988 o que possibilita seu reexame por outro rg o em havendo irresigna o elementos estes incompat veis com uma decis o essencialmente pol tica Ives Gandra da Silva Martins Aspectos Procedimentais do Instituto Jur dico do Impeachment e Conforma o da Figura da Improbidade Administrativa in RT n 685 287 sustenta que as san es teriam natureza penal j que a Lei n 8 429 1992 tipifica verdadeiros crimes de responsabilidade S rgio de Andr a Ferreira A Probidade na Administra o P blica in Boletim de Direito Administrativo agosto 2002 623 do mesmo modo afirma que os atos de improbidade s o esp cies do mesmo g nero dos crimes de responsabilidade e das infra es pol tico administrativas 17 Art 52 le par grafo nico da CR 1988 18 Art 102 I c da CR 1988 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 187 a uma pena de pris o E para os Senadores Deputados e Vereado res N o nada Em outras palavras esses agentes n o se engua dram na tipologia dos crimes de responsabilidade estando sujeitos unicamente ao controle pol tico realizado no mbito do pr prio Par lamento o que eventualmente pode resultar na perda do manda to
133. Ainda assim a inevitalibilidade da arte de escrever muita vez se anuncia impingindo ao magistrado f rmu las pouco usuais de manifesta o mas justific veis diante deste fe n meno t cnico da produ o cient fica humana bem de ver que para o caso das senten as os cuidados exigem desdobro visto que se trata de documento que n o s com p e o lit gio entre partes mas e muitas vezes d o o rumo do desen volvimento social solidificando em direito o que os usos e as ten d ncias geralmente aceitas prescrevem para a vida das comunida des H cento e setenta anos para um caso de estupro ou atentado violento ao pudor 2 assim se manifestava o magistrado O adjunto de promotor p blico representando contra o cabra Manoel Duda porque no dia 11 do m s de Nossa Senhora Sant Ana quando a mulher de Xico Bento ia para a fonte j perto dela o supracitado cabra que estava de tocaia em uma moita de mato sahiu della de supet o e fez proposta dita mulher por quem queria para coisa que n o se pode trazer a lume e como ella se recuzasse o dito cabra abrafolou se dela deitou a no ch o deixando as encomendas della de fora e ao Deus dar Elle n o conseguiu matrim nio porque ella gritou e veio em assucare della Nocreto Correia assim como Norberto Barbosa que prenderam o cujo em flagrante Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer nau fr gio do sucesso fazem prova Considero Que o cabra Manoel Du
134. EDIONDOS IMP E CUMPRIMENTO DA PENA NE CESSARIAMENTE EM REGIME FECHADO N O H INCONSTITUCIONALIDADE EM SEMELHANTE RIGOR LE GAL VISTO QUE O PRINC PIO DA INDIVIDUALIZA O DA PENA N O SE OFENDE NA IMPOSSIBILIDADE DE SER PRO GRESSIVO O REGIME DE CUMPRIMENTO DA PENA RETI Revista da EMER v 11 n 41 2008 105 RADA A PERSPECTIVA DA PROGRESS O FRENTE A CARAC TERIZA O LEGAL DA HEDIONDEZ DE TODO MODO TEM O JUIZ COMO DAR TRATO INDIVIDUAL A FIXA O DA PENA SOBRETUDO NO QUE SE REFERE A INTENSIDA DE DA MESMA HABEAS CORPUS INDEFERIDO POR MAI ORIA HC 69657 SP S O PAULO HABEAS CORPUS Relator a Min MARCO AUR LIO Relator a p Ac rd o Min FRANCISCO REZEK Julgamento 18 12 1992 rg o Julgador Tribunal Pleno Tanto assim que o Excelso Tribunal editou o Verbete n 698 com a seguinte reda o N o se estende aos demais crimes hedi ondos a admissibilidade de progress o no regime de execu o da pena aplicada ao crime de tortura Tal verbete deixa evidente que o Supremo Tribunal Federal apenas admitia a progress o de regime dentre os crimes relaciona dos no caput do artigo 2 da Lei 8 072 90 ao crime de tortura isso porque a Lei 9 455 de 07 de abril de 1997 expressamente admitia no par grafo s timo do artigo primeiro bem verdade que por conta das recentes altera es na com posi o do Excelso Tribunal nos ltimos meses prevaleceu mas n o de forma pac fica a posi o qu
135. INAMARCO o processo indispens vel fun o jurisdicional exercida com vistas ao objetivo de eliminar conflitos e fazer justi a mediante a atua o da vontade concreta da lei por defini o o instrumento atrav s do qual a jurisdi o opera instrumento para a positiva o do poder DINAMARCO C ndido Rangel e outros Teoria Geral do Processo S o Paulo Malheiros 1996 p 279 2 Procedimento um encadeamento de atos em que o antecedente condicionante do consequente convergentes para um fim comum guardando embora cada um deles sua autonomia conformando um processo no seu todo MOREIRA NETO Diogo de Figueiredo Curso de Direito Administrativo Rio de Janeiro Forense 1996 p 114 3 Processo uma opera o por meio da qual se obt m a composi o da lide SANTOS Moacyr Amaral Primeiras Linhas de Direito Processual Civil S o Paulo Saraiva 1992 p 11 206 Revista da EMER v 11 n 41 2008 O processo um mecanismo de garantia por isso sua no o essencialmente teleol gica vinculada ao fim de todas as fun es estatais que o interesse p blico Assim em sentido amplo abran ge os instrumentos de que se utilizam os tr s Poderes do Estado Judici rio Legislativo e Executivo para a consecu o de seus fins conforme ensina Di Pietro Cada qual desempenhando fun es di versas se utiliza de processo pr prio cuja fonte criadora a pr pria Constitui o sentido este que l
136. J e da Universidade C n dido Mendes 1 Situa o geral do tema Argumentos favor veis e des favor veis ao reconhecimento do condom nio de fato 2 Revista da EMER v 11 n 41 2008 145 156 Pondera o de interesses no conflito entre os princ pios da veda o do enriquecimento sem causa e da liberdade de associa o 3 Surge uma nova controv rsia juris prudencial O Combate Corrup o no Brasil Responsa bilidade tica e Moral do Supremo Tribunal Federal na sua Desarticula o Emerson Garcia Membro do Minist rio P blico no RJ P s Graduado em Ci n cias Pol ticas e Internacionais 1 Introdu o 2 Natureza jur dica das san es cominadas na Lei de Improbidade 3 Atos de improbidade e crimes de responsabilidade no es distintas e inconfund veis 4 Interpreta o constitucional 5 Ideologia e din mica de interpreta o constitucional 6 A impossibilidade de a jurisdi o constitucional ignorar a realidade 7 Ep logo In Comunicabilidade da Senten a Penal no Processo Administrativo Disciplinar Elbert da Cruz Heuseler Professor de Direito Administrativo e Direito P blico no Cur so de P s Gradua o e Gradua o em Direito na Universi dade Est cio de S Mestre em Direito da Administra o P blica pela UGF 1 Procedimento no Processo Administrativo 2 Processo Administrativo Disciplinar PAD 3 As finalidades do Processo Administrativo Disciplinar 4 A san
137. Revista da EMER v 11 n 41 2008 243 dor criou o duplo expediente da extens o da res iudicata e da unitariedade do litiscons rcio com seu regime especial preciso que a regra jur dica concreta formulada na senten a n o possa operar praticamente sen o quando aplicada s v rias posi es individuais Vale definir nesta quadra interesse direito essencialmente coletivo luz de sua similitude com o litiscons rcio unit rio Interesse direito essencialmente coletivo instituto de direito processual que visa regular numa s norma jur dica concreta situa es pluri subjetivas unit rias de dimens o coletiva que compreendem um n mero indeterminado difusos ou determin vel coletivos stricto sensu de pessoas que t m po si es jur dicas individuais de t o ntima comunh o em rela o a determinado bem que a solu o para a lide deve ser uniforme do ponto de vista pr tico para todos os titulares A unitariedade destas situa es plurissubjetivas admite afirma o no sentido de que a preserva o do direito de um dos interessa dos a preserva o dos demais a perda do direito de um a perda dos direitos dos demais ou ainda a modifica o do direito de um a modifica o dos direitos dos demais Em outros termos se a situa o f tico jur dica em exame plurissubjetiva de natureza unit ria disto resulta que a solu o deve ser n o s a mesma para todos mas deve influir concret
138. S OU COLETIVAS Barbosa Moreira sustenta que os interesses direitos essenci almente coletivos sujeitam o processo disciplina da unitariedade Tratando se de interesses essencialmente coletivos em rela o aos quais s conceb vel um regime uniforme para todos os interessados fica o processo necessariamente sujeito a uma disciplina caracterizada pela unitariedade com todas as con segli ncias de rigor Esta mesma disciplina a unitariedade norteia o mestre cario ca na emiss o de opinio em consulta que lhe foi formulada nos seguintes termos Micro Espuma Artefatos de Borracha S A submete aprecia o consulta que se desdobra em duas indaga es 12 Proposta por um dos interessados a o de nulidade de patente influi o resultado do processo no que eventualmente se venha a instaurar por iniciativa de outro interessado com o mesmo objeto e fundamento 2 Se por hip tese no momento da propositura da segunda demanda o primeiro processo se acha pendente em grau de recurso contra a decis o de primeira inst ncia opon vel ao novo impugnante a exce o de litispend ncia A a o de nulidade de patente de inven o integra um grupo muito caracter stico de rem dios judiciais O processo a que 24 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Tutela Jurisdicional dos Interesses Coletivos ou Difusos Temas de Direito Processual Civil terceira s rie S o Paulo Saraiva 1984 p 196 23 MOREIRA Jos C
139. Wr blewski Constituci n p 76 e Engisch Introdu o ao Pensamento p 171 57 Cf Engisch Introdu o ao Pensamento p 173 58 208 U S 412 1908 59 Cf Nowak e Rotunda American Constitutional Law 5 ed St Paul West Publishing Co 1995 p 376 377 American Constitutional Law 2 ed Nova lorque The Foundation Press 1988 p 568 e 573 198 Revista da EMER v 11 n 41 2008 constitucionalidade de lei do Estado da Baviera que exigia uma especial autoriza o da autoridade competente para a instala o de novas farm cias BVerfGE 7 377 Ao reconhecer a incompati bilidade dessa medida com a liberdade de exerc cio profissional garantida na Grundgesetz baseou se nos seguintes argumentos a laudos periciais demonstravam que a liberdade de instala o de farm cias em outros pa ses do mesmo n vel civilizat rio da Ale manha n o trazia qualquer amea a sa de p blica b em raz o do elevado custo de instala o essa liberdade n o conduziria necessariamente a uma exagerada multiplica o desses estabe lecimentos c o poss vel risco de os farmac uticos n o cumprirem os seus deveres legais em raz o da diminui o de sua capacidade financeira consegi ncia do aumento de competitividade era in fundado j que al m de as op es pessoais equivocadas n o po deriam justificar medidas legislativas dessa natureza a supera o do modelo de farm cia de fabrica o pelo de entrega au
140. a o sendo lhe facultado purgar a mora desde que j hou vesse pago mais de 40 do pre o financiado Questionava se se o valor da purga o de mora haveria de corresponder ao somat rio das presta es atrasadas e acess rios ou se deveria compreender as presta es vincendas registrando se na doutrina e na jurisprud ncia o entendimento majorit rio segundo o qual n o deveriam ser inclu das as presta es vincendas cujo vencimento s se anteciparia se a mora n o fosse purgada 1 STJ RESP n 138096 SP 4a Turma 10 11 97 DJ 9 2 98 p 23 Rel Min Ruy Rosado de Aguiar RESP 49649 MG RESP 54515 REP 101095 MG RHC 1163 SC 224 Revista da EMER v 11 n 41 2008 De outra parte quanto exig ncia legal de pagamento m nimo de 40 como requisito para purga o da mora registraram se julga dos no sentido de se admitir a purga o independente do percentual que o devedor fiduciante tivesse pago sob o fundamento de que de veriam ser criadas facilidades para recomposi o do fluxo de paga mentos visando a recolocar o contrato no seu curso normal em vista da fun o econ mica e social do contrato isto a circula o da riqueza que se processa n o s pela comercializa o de bens mas tamb m pelo regular funcionamento do mercado de cr dito e isso pressup e o retorno dos capitais emprestados e sua reaplica o em novas opera es de cr dito visando a novas aquisi es de bens N o obstante a S
141. a a legitimidade das partes e o interesse processual A dic o do texto transcrito parece indicar que a possibilidade jur dica a legitimidade das partes e o interesse processual seriam exemplos das condi es da a o mas em verdade s o os tr s requi sitos gen ricos reconhecidos pela doutrina como necess rios emis s o de senten a de m rito Humberto Theodoro J nior discorrendo sobre as condi es da a o esclarece Para aqueles que segundo as mais modernas concep es pro cessuais entendem que a a o n o direito concreto sen ten a favor vel mas poder jur dico de obter uma senten a de m rito isto senten a que componha definitivamente o con flito de interesses de pretens o resistida lide as condi es da a o s o tr s 12 possibilidade jur dica do pedido 2 interesse de agir 3 legitimidade de parte 4 ARRUDA ALVIM J M apud Theodoro J nior Humberto Curso de Direito Processual Civil Rio de Janeiro 2005 p 62 5 THEODORO J NIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil Rio de Janeiro Forense 2005 p 63 236 Revista da EMER v 11 n 41 2008 As condi es da a o s o requisitos necess rios para que o juiz possa emitir um provimento final de composi o da lide A falta de qualquer destes requisitos impede a solu o do lit gio e imp e ao julgador a termina o do processo conforme esclarece S rgio Bermudes Nem sempre poss vel
142. a ao tomar co nhecimento o credor de que o valor estabelecido desatende ao prin c pio da proporcionalidade cabe buscar a adequa o sem que pos sa o devedor sustentar que a pretens o esbarra na coisa julgada Cabe lembrar que a obriga o alimentar tem caracter sticas pr prias visa a assegurar o direito vida emana o do direito da personalidade que tem assento constitucional CF art 5 sendo regulado por normas cogentes de ordem p blica tanto que os ali mentos s o irrenunci veis CC art 1 707 Mais ao juiz que cabe fixar o valor dos alimentos tanto que tem ele a possibilidade de es tipular valor superior ao pleiteado pelo autor sem que se possa falar em decis o ultra petita ou afronta ao art 460 do CPC nem tampouco ao art 485 V do mesmo estatuto legal Desincumbe se o juiz do dever de fixar o valor dos alimentos mediante a an lise das provas vindas ao processo atentando ao fato de que nas a es de alimen to h a invers o dos nus probat rios Ao autor cabe t o s provar a obriga o alimentar do r u LA art 29 do alimentante o dever de comprovar seus ganhos at porque dif cil ao credor ter acesso a tais dados protegidos que se encontram pela inviolabilidade do di 8 Francisco Jos Cahali Oferta de Alimentos 162 Yussef Said Cahali Dos Alimentos 34 10 Belmiro Pedro Welter Alimentos no C digo Civil 274 46 Revista da EMER v 11 n 41 2008 reito priv
143. a o empregado acusa o patr o de ter praticado alguma falta grave e se vencer a a o leva o total da indeniza o como se tives se sido dispensado pelo patr o sem justa causa Neste caso o empregado acusou o patr o de p lo PELADO em companhia de centenas de empregados todos em fila indiana dupla e de ser revistado para ver se n o estava furtando nada O pelado era escolhido mediante sorteio Fiz a senten a em versos Veja 38 http jornal valeparaibano com br 2004 03 28 dom wcsecos html 74 Revista da EMER v 11 n 41 2008 1 Junta de Concilia o e Julgamento de S o Gon alo ATA Em 10 12 91 s 12h30min depois de vistos discutidos e relatados os autos do Processo n 12 91 em que s o partes Jorge Lu s de Matos e Casas Sendas Com rcio e Ind stria S A proferiu se esta senten a Quem dera aqui pudesse ser um canto assim deitado eternamente em ber o espl ndido ao som do mar e luz do c u profundo de riso farto e f cil do tom do carmim da boca das crian as enfeiti ando o mundo Pudesse cada qual depois da labuta imaginar a vida entre olhares c ndidos sentar pra descansar vencida a eterna luta espargir perd o em inocentes c nticos Patr o e empregado num passe de m gica repartindo o p o feito um acordo t cito meio a meio irm os como conv m l gica quebrando a predi o desesperada e tr gica A fome saciada ao suor do rosto e a sede mitigada no p lio da t ni
144. a EMER v 11 n 41 2008 Cap tulo X disposi es relativas a atos de ndole ostensivamente executiva como para ficarmos num exemplo as de que cuidam o art 475 e seus par grafos 4 ESTRUTURA ATUAL DO LIVRO I O Livro com a rubrica Do processo de conhecimento apre sentou sempre extens o bastante avantajada em confronto com os outros Na vers o original continha 565 artigos mais da metade do total 1 220 Em parte consider vel devia se isso ao fato de n o ter o legislador contemplado uma Parte Geral onde se concentrassem as disposi es genericamente aplic veis s diversas esp cies de processos como as constantes dos T tulos Da jurisdi o e da a o II Das partes e dos procuradores III Do Minist rio P blico IV Dos rg os judici rios e dos auxiliares da Justi a V Dos atos processuais e VI Da forma o da suspens o e da extin o do processo do livro sob exame A superioridade em n meros continua a existir depois das re formas e at aumentou com a transposi o de dispositivos do Livro Il Ela subsiste ainda a deixar se de lado a remiss o feita no art 475 R que em ltima an lise concorre para inflar o Livro em particular o Cap tulo X do T tulo VIII com as normas do Livro II ditas aplic veis subsidiariamente e no que couber f rmulas n o raro de concretiza o problem tica ao cumprimento da senten a Recapitulando o atual Livro na v
145. a a pena advertir o leitor que no presente texto estamos fazendo abstra o do uso de cumprimento ou cognato no sentido do direito material em que o termo tamb m aparece em diversas disposi es do c digo exemplificativamente arts 63 288 585 8 2 Revista da EMER v 11 n 41 2008 27 o de senten a relativa a obriga o por quantia certa Em tal pers pectiva cumprimento e execu o estariam aquele e esta em rela o de g nero a esp cie desprovida a outra esp cie a regida pelos arts 461 e 461 A de designa o especial A quest o que de imediato se p e aplicam se ao cumpri mento segundo os arts 461 e ou 461 A as disposi es dos 1 e 2 do art 475 l cujo texto apenas se refere literalmente execu o Para come ar as no es de provisoriedade e definitividade da execu o n o se ligam sen o a senten as que imponham paga mento em dinheiro A resposta h de ser negativa Suponhamos que o juiz haja imposto ao r u um facere e a senten a venha a ser confirmada em grau de apela o por m o vencido interponha re curso especial Enquanto pendente a apela o a senten a ainda n o produzir efeito depois disso todavia muda a situa o O re curso especial n o tem efeito suspensivo por m a senten a at a n o haver transitado em julgado Ser ela suscet vel de efetiva o Decerto que sim mas a t tulo provis rio a t tulo definitivo s ap s o tr
146. a a presen a permanente de princ pios e valores cujo con torno frequentemente se lan a ao terreno da intangibilidade mate rial Assim desde pocas n o muito bem definidas no passado para que raz es filos ficas religiosas sociais n o tornassem o processo uma imensa biblioteca de largos e cansativos volumes pedidos res postas e decis es passaram a ser parametrizados com regras r gi das de elabora o que em resultado moderno no caso da senten a penal por exemplo exigem at a indica o dos artigos de lei aplicados art 381 IV do CPP Embora sem a certeza cient fica absoluta l cito supor que os articulados que j v m das Afonsinas Manuelinas e conservados nas Filipinas consubstanciavam com 5 CPP Art 381 A senten a conter IV a indica o dos artigos de lei aplicados 6 Ordena es Filipinas Ordena es e leis do Reino de Portugal Recopiladas por mandato d el Rei D Felipe o Primeiro T tulo LIII EM QUE MODO SE FAR O ARTIGOS PARA AS PARTES SEREM OBRIGADAS DEPOR A LES Para os artigos serem feitos em forma que a parte contra quem se derem seja obrigada a depor a les se requererem 6 cousas A 1 que sejam feitos s bre causa certa porque se forem fundados s bre cousa incerta n o ser a outra obrigada a depor a les A 2 cousa que se requer que os artigos sejam pertencentes ao feito de que se trata porque n o o sendo n o ser a parte contra quem se d o
147. a ao contradit rio ou ampla defesa uma vez que citado o r u para responder ao recurso teve plena oportunidade para apresentar ao Tribunal todos os funda mentos de sua defesa 6 CONSIDERA ES FINAIS Podemos verificar assim que positiva a inser o do art 285 A na ordem processual nacional constituindo poderoso instrumento para a consecu o da celeridade processual permitindo a rejei o de lides repetitivas com dedu o de pretens es j examinadas e rejeitadas pelo Judici rio liminarmente contribuindo assim para que os feitos tenham fim dentro de um prazo razo vel 124 Revista da EMER v 11 n 41 2008 N o h inconstitucionalidade no referido artigo quanto dis pensa de cita o antes da senten a eis que a mesma ser de impro ced ncia n o havendo preju zo jur dico para o r u n o sendo o nico caso em que a inicial indeferida meritoriamente pois quan do o julgador reconhece prescri o ou decad ncia indefere a inicial e encerra o feito com exame de m rito Havendo apela o o r u ser citado para apresentar contra raz es ao recurso oportunidade em que dever apresentar todos os seus argumentos defensivos uma vez que outro n o seria o sentido da norma Da que inclusive por aplica o anal gica do art 515 3 do CPC temos que poss vel ao Tribunal prover o recurso para o julgamento da proced ncia do pedido do autor sem aquebrantar o contradit rio e a amp
148. a de depoentes de qualquer origem de qualquer n vel social de qual quer parte do pa s e at de fora dele quando a lei ainda que o ma gistrado domine o idioma do estrangeiro depoente obriga a que fun cione int rprete Nestas circunst ncias lembre se de que o contato entre o juiz e a testemunha colaboradora da justi a pessoal intransfer vel direto ao contr rio do sistema da common law em que se adota a mec nica do cross examination pela qual o pr prio advogado se dirige testemunha com resultados raramente ortodoxos no sen tido da lisura e integridade da coleta As emo es s vezes esca pam do controle As rea es nem sempre podem ser bloqueadas De certa feita numa comarca do interior do estado recebendo a revela o de que um determinado cidad o chamado a depor tinha como sua m e uma de suas irm s de alguma forma meu semblan te deve ter demonstrado a repulsa ao incesto de tal forma evidente e indisfar vel que a profissional requerente da prova tentando contornar o mal estar constrangedor usando de uma frase t pica da regi o em seu modest ssimo entender amenizadora do peso que passou a reinar no ambiente esclareceu ao juiz referindo se ao pai incestuoso Ele era muito arteiro doutor Navegar nesses mares n o muito serenos da comunica o apenas uma das dificuldades que tornam o exerc cio profissional do direito em qualquer de suas facetas mais tormentoso e desafiante
149. a do tema visto que o juiz h de transpor os umbrais das vontades subjacentes no mago psicol gico para extrair em muitas e muitas circunst ncias o l rio do lodo Em nosso tempo o discurso pol tico e os textos s o largamente a defesa do indefens vel por que como incisivamente exp e Orwell A linguagem pol tica estruturada para fazer mentiras parecerem verdade assassinatos respeit veis e dar apar ncia s lida ao vento Conjurar mentiras condenar homic dios revelar a realidade da vida trazendo a verdade ao prosc nio reduzindo os atentados contra a vida ao reles patamar de crime e concretizar as genu nas aspira es dos homens de bem custe o que custar atrav s do uso desta maravilhosa ferramenta a sua l ngua a miss o ideol gica com que o verdadeiro juiz materializa do seu sacerd cio E Idem ibidem P 92 EI momento central de la interpretaci n o al menos el que se muestra como m s relevatre en el an lisis jur dico consiste en la atribuci n de un significado al enunciado normativo que ha sido previamente seleccionado El juez que no forma parte de una comunidad ling stica perfecta y homog nea viene llamado a elegir dentro de esa rea de indeterminaci n y por tanto cuando adscribe un significado ejecuta un acto ling stico no asertivo sino directivo que no puede ser justificado por referencia a hechos sino a valores 4 ORWELL George Why I Write London Penguin Books 2
150. a fam lia de grave dano conhecido pela outra parte art 156 e por les o quando uma pessoa sob premente necessida de ou por inexperi ncia se obriga a presta o manifestante desproprocional ao valor da presta o oposta art 157 As precitadas normas como se infere irradiam luz para a co tidiana aplica o do Direito do Trabalho fundamentado a interpre ta o que a doutrina e a jurisprud ncia v m dando s nulidades nas rela es de trabalho Ao ensejo do centen rio de nascimento do not vel jurista que foi Orlando Gomes parece me oportuno registrar alguns atos de que participou correlacionados com a afirma o do Direito do Trabalho em nosso Pa s e a sua influ ncia na socializa o de C digo Civil de 2002 No inesquec vel Primeiro Congresso Brasileiro de Direito So cial realizado em maio de 1941 na cidade de S o Paulo e primoro samente organizado pelo eminente Professor Cesarino Junior e o renomado advogado Ruy de Azevedo Sodr fez sucesso a tese apre sentada por Orlando Gomes sobre a Influ ncia da Legisla o do Trabalho na Evolu o do Direito Vale reproduzir nesta oportunida de os seus primeiros par grafos A legisla o do trabalho o mais importante processo normativo da sociabiliza o do Direito N o deve ser com preendida pois como um simples fen meno de especializa o das disciplinas jur dicas Os princ pios que a informam contrariam os postulados funda
151. a habilidade para falar Mas o papel da gram tica essencial para esta caracter stica humana Outros animais podem dar significado aos sons Mas a liga o entre som e significado para eles muito mais primitivo do que para o homem A liga o para o homem simplesmente a gram tica Em recente palestra apresentada na EMERJ Ives Gandra da Silva Martins para assegurar o aspecto de perenidade que cerca o direito vida exaltou o uso do modo indicativo na express o reproduzida da obra do Direito Fundamental Vida fazendo re cordar o conceito deste modo para Napole o de Almeida Assim a pr pria ontologia da mec nica gramatical possibilita o esclarecimento de textos important ssimos e garante lhes os resul tados Dificilmente se poderia conjecturar sobre melhor oportunida de para retratar o papel gram tico intr nseca e extr nsecamente na pe a da comunica o Este particular pode ser visto de forma mais clara se dermos uma olhada na id ia de comunica o Apesar de interessado por s culos na sua linguagem apenas recentemente o homem passou a examin la sob o enfoque cient fico como um sistema de comuni ca o Assim com estas premissas fundamentais para estabelecer a inevitabilidade evolucionista e mutante da linguagem perante o pensamento de que a mais adequada roupagem penso ter sido de 2 Direito Fundamental Vida Coordena o de Ives Gandra da Silva Martins S o Paulo Quartier Latin 2005
152. a observar que os casos emblem ticos acima referidos 3 supra envolviam todos crime doloso contra a vida homic dio e pois deveriam merecer julgamento pelo tribunal popular 9 Recha ar a psicografia importaria numa limita o prova pois o documento em que ela se consubstancia constitui meio de prova l cito art 231 e sgts do CPP Penso que n o No meu entendimento o documento psicografado n o deve ria chegar sequer fase de valora o da prova Esbarraria na fase 5 ACERO Julio Procedimento Penal p 226 4 edi ao Editorial Jos M Cajica Jr S A Puebla Puc M xico Revista da EMER v 11 n 41 2008 141 de admiss o cumprindo ao juiz indeferi lo in limine litis escoimando o dos autos N o haveria em tal maneira de decidir qualquer ato de arb trio do julgador pois n o somente as provas il citas s o inadmissi veis Igualmente as provas absurdas e que n o apresentam um m nimo de verossimilhan a s o incab veis e impertinentes bom assinalar que fatos que escapam aos limites da nossa intelig ncia por mera quest o de bom senso n o merecem evi dentemente aceita o como prova pois n o podem ser submetidas a um ju zo cr tico severo No caso da psicografia haveria formalmente um documento nos autos que tornaria l cita a prova pretendida Por m tal docu mento seria de todo descabido impertinente e imprest vel por n o ser capaz de trazer qualquer contribui
153. a organiza o condominial em terrenos n o identificados normalmente atrav s dos condom nios de casas com ruas internas que funcionam como rea comum No entanto a concep o contr ria ao reconhecimento da plena efic cia do condom nio de fato desconsidera que por meio de tal figura proporciona se propriedade o melhor desempenho da sua fun o social pois o que a coletividade vislumbra ao instituir esse modelo de condom nio por ades o a melhoria da condi o de vida dentro do seu per metro urbano evitando se a viol ncia que assola os grandes centros e suprindo se a car ncia dos servi os municipais tais como fornecimento de gua e esgoto lim pezas pavimenta o etc Como ensina Gustavo Tepedino a fun o social manifesta a capacidade do elemento funcional em alterar a estrutura do dom nio e atuando como crit rio de valora o no exerc cio do direito que dever ser direcionado para um m ximo social A tutela consti tucional da propriedade para o Professor Titular de Direito Civil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro estabelece um direito subjetivo d ctil cujo conte do pode se definir somente na situa o concreta no momento em que se compatibilizam as v rias situa es jur dicas constitucionalmente protegidas Assume a fun o social para Pietro Perlingieri um papel de tipo promocional no sentido de que a disciplina das formas de pro 37 S Antonio Carlo
154. a pagar por um erro seu 287 291 14 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 Colaboraram neste N mero Alessandro Rostagno 266 Antonio Carlos Esteves Torres 54 Antonio Sebasti o de Lima 82 Arnaldo Sussekind 37 Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos 287 Elbert da Cruz Heuseler 205 Emerson Garcia 175 Guilherme Magalh es Martins 156 Jos Carlos Barbosa Moreira 19 Juary C da Silva 126 Maria Berenice Dias 43 Manoel Carpena Amorim 17 Marcelo Daltro Leite 235 Mauricio Magnus Ferreira 102 Melhim Namem Chalhub 244 Nagib Slaibi Filho 32 Natacha Nascimento G T G de Oliveira 40 Oswaldo Henrique Freixinho 108 Ricardo Luiz Pereira Marques 145 Roberto Felinto 50 S rgio Demoro Hamilton 133 Revista da EMER v 11 n 41 2008 15 10 Anos da Revista EMER Manoel Carpena Amorim Desembargador aposentado Ex Diretor Geral da EMERJ Caros Leitores A nossa Revista completou com a edi o anterior 10 anos Como eu disse no 1 editorial de apresenta o em 1998 Quando assumimos a Dire o da EMERJ como n o poderia deixar de ser estabelecemos como um dos projetos priorit rios a Edi o da nossa Revista A Escola que tem v rias publica es Boletim Informativo Boletim Acad mico e Boletim da Biblioteca ainda n o tinha uma Revista com as galas de uma publica o cultural compat vel com o n vel de nossa produ o cient fica Prosseguindo Dentre todas e
155. a permanente e est vel dotada de ideologia e programa pr prios destinados arregimenta o coletiva buscando conquistar o poder seja pela ocupa o de car gos seja pela capacidade de influenciar nas decis es pol ticas 50 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Tem ele portanto como fun o fundamental organizar a von tade popular e exprimi la na busca do poder Em suma o partido pol tico o instrumento pelo qual se reali za a representa o pol tica do povo at porque nosso sistema elei toral n o admite candidaturas avulsas haja vista a regra do artigo 14 par grafo 3 inciso V da Lei Maior que exige a filia o partid ria como uma das condi es de elegibilidade A corroborar tal entendimento prev a legisla o infraconstitucional a possibilidade nas elei es proporcionais do voto de legenda ou seja aquele que dado exclusivamente ao par tido sem men o ao nome do candidato sendo contado como v li do para o c lculo dos quocientes eleitoral e partid rio os quais por seu turno determinar o o n mero de candidatos eleitos por cada agremia o N o demais salientar tamb m que se a Constitui o p e a democracia como princ pio fundamental como acima se observou e estabelece o pluripartidarismo como princ pio de organiza o partid ria artigo 17 caput infere se como corol rio l gico a possi bilidade de dissenso e a altern ncia no poder o que pressup e a exist
156. a propriet rio do im vel mesmo antes de cria da a associa o As delibera es desta ainda que revertam em prol de todos os moradores do loteamento n o podem ser impos tas ao embargado Ele tinha a faculdade mais do que isto o direito constitucional de associar se ou n o E n o o fez Assim n o pode ser atingido no rateio das despesas de manuten o do loteamento decididas e implementadas pela associa o Por m um outro ac rd o ainda mais recente relatado pelo Ministro Carlos Alberto Direito no Recurso Especial n 623 274 R modificou o panorama da discuss o trazendo controv rsia orien ta o daquela corte acerca da mat ria ao estabelecer que n o basta para a cobran a que a associa o de moradores exista formal mente devendo se observar o disposto no art 8 da Lei n 4 591 64 A ementa a seguinte EMBARGOS DE DIVERG NCIA RECURSO ESPECIAL ASSOCIA O DE MORADORES TAXAS DE MANUTEN O DO LOTEAMENTO IMPOSI O A QUEM N O ASSOCIADO IMPOSSIBILIDADE As taxas de manuten o criadas por associa o de moradores n o podem ser impostas a propriet rio de im vel que n o associado nem aderiu ao ato que instituiu o encargo Por m segundo o voto vencido do Ministro Fernando Gon alves o propriet rio de unidade em loteamento est obrigado a concorrer no rateio das despesas de melhoramentos que beneficiam a todos ainda que n o fa a parte da associa o dado que al m de
157. a resposta afirmativa indaga o inicial deste breve enfoque i de que pode a c mara ou turma alterar o valor do dano moral Revista da EMER v 11 n 41 2008 109 Ser que tal conclus o deve ser absoluta Com todas as v nias entendo que n o Primeiramente averbo em sintonia com in meros juristas de renome que nem sempre o recurso espelha sincera convic o de que a senten a guerreada n o a adequada ao caso por isso que n o raramente ele manejado com des gnio procrastinat rio ou outras esconsas raz es Por outra face reconhece se que os Magistrados c veis de pri meiro grau muitas vezes aflitos com a colossal carga de servi os e acossados pela exorta o de atender s estat sticas fixam o valor do dano moral com fundamenta o gen rica sem exteriorizar um m nimo de par metros objetivos tanto quanto poss vel Contudo j est ocorrendo sensibilidade para melhor explicita o do convencimento que levou ao patamar estipulado 3 A MODERA O EM SEGUNDA INST NCIA claro que o rg o de segundo grau pode concluir pela confi gura o ou n o do dano moral Por m salvo nos casos de valor teratol gico fixado evidente mente muito al m ou aqu m do admiss vel para aquela lide estaria ele na escorreita postura de livrar se da instintiva tenta o de modi ficar a import ncia estabelecida pois do contr rio substituiria uma conclus o de cunho predominantemente subjetivo p
158. a tornou se re servado n o raro para um di logo sobre as atividades da Escola da Magistratura Dedicando se mais ao preparo de seus estagi rios a ESCOLA se ocupa do ensino com professores orientadores que d o realce ao estudo de casos concretos Os ndices de aproveitamento tor nam se mais evidentes e se destacaram no mais recente concurso p blico para a Magistratura do Estado dentre os aprovados 61 1 tinham forma o em cursos da EMER e em seguida no concurso para a carreira do Minist rio P blico realizado no Rio de Janeiro o percentual dos candidatos aprovados oriundos de cursos da EMERJ foi de 54 Hoje voltamos a agradecer aos colegas a colabora o que nos trazem e que nos permitem ampliar a presen a de magistrados no conjunto dos trabalhos de cada n mero da Revista Sabemos da satisfa o de os estagi rios de encontrarem a orienta o ou o ponto de vista do professor sobre temas diversos tratados Gostar amos de ouvir tamb m sugest es para melhoria de seria o de artigos por mat ria ou por apresenta o Uma vez que da capa sua ilustra o e cores s ouvimos boas refer ncias em outros pontos poderiam residir motivos para algum reparo ou cr ti ca Depois de dez anos decorridos desde que se iniciaram as edi es da Revista passamos a pensar nas valiosas sugest es de cole gas que poderiam nos levar a introduzir altera es sem preju zo da livre escolha dos temas pelos articulistas De qualqu
159. acidade e ao sigilo Assim vindo informa es falsas ou incompletas n o disp e o magistrado dos elementos para quantificar os alimentos segundo a baliza legal E fixados os alimentos com dados falsos ou incompletos e evidenciada a afronta ao princ pio da proporcionalidade imp e se a corre o do valor do encargo a qual quer tempo Nem na a o de oferta de alimentos est o juiz adstrito ao valor oferecido pelo autor Sem transpor os limites da demanda pode estabelecer valor acima do que foi oferecido ainda que n o tenha o credor feito uso da via reconvencional Assim h a possibilidade de fixa o do quantum em valor superior ao ofertado sem tornar a decis o infra ou ultra petita Inclusive quando os alimentos forem acordados pelas partes pode o juiz negar a homologa o se a estipula o desatende fla grantemente ao interesse de uma das partes Outro n o o motivo que imp e nas a es de alimentos a participa o do Minist rio P blico pois este disp e da condi o n o s de fiscal da lei mas de substituto processual podendo agir em nome da parte e fazer uso da via recursal at contra a vontade da parte quando esta menor ou incapaz e seu representante n o est atentando aos seus interes ses Mesmo que os alimentos tenham sido fixados por acordo judi cial ou extrajudicial comprovado o desatendimento ao trin mio proporcionalidade possibilidade necessidade poss vel a revis o do encargo a qua
160. acteri za dentre outros motivos quando o neg cio jur dico contiver de clara o confiss o condi o ou cl usula n o verdadeira art 167 inciso Il Nas rela es de trabalho comum a simula o de moda lidade contratual com o objetivo de encobrir inquestion vel rela o de emprego E o v cio de consentimento imposto ao trabalhador pode advir de erro dolo coa o estado de perigo ou les o irresist vel Pelo C digo Civil os neg cios jur dicos s o anul veis ao con tr rio do neg cio nulo e prevalecem at que a nulidade seja decla rada em ju zo 40 a quando as declara es de vontade emanarem de erro subs tancial que poderia ser percebido por pessoal de dilig ncia normal em face das circunst ncias do neg cio art 138 b por dolo quando este for a sua causa art 145 consideran do se doloso o sil ncio intencional de fato ou qualidade que se conhecido pela outra parte o neg cio n o se teria realiza do art 147 c por coa o capaz de viciar a declara o de vontade de uma das partes art 151 cumprindo na sua an lise ter em conta o sexo a idade a condi o a sa de o temperamento do paciente e todas as demais circunst ncias que possam in fluir na gravidade dela art 152 Revista da EMER v 11 n 41 2008 d quando o estado de perigo induz a parte a assumir obriga o excessivamente onerosa premida da necessidade de sal var se ou a pessoa de su
161. ade que obriga a autorida de p blica ou o ente particular a perfazer ou n o determinado ato Qual a diferen a entre ambas as senten as A de que em uma mandamental estar amos diante de uma obriga o infung vel e em outra executiva Jato sensu de uma obriga o que pode ser substi tu da por atos de sub roga o estatal sendo nitidamente aqui marcada pela fungibilidade Assim sendo em ambas as hip teses aponta o legislador em procedimentos diversos a inten o de melhor tutelar estas obriga es aplicando decis o que as reconhece ou estabelece meios eficazes de cumprimento seja por vias diretas como a ordem con tida na mandamentalidade seja por atos de sub roga o sem exe cu o aut moma devolvendo ao vencedor sua condi o jur dica at ent o violada seja mediante atos expropriat rios expedidos pelo Estado juiz em vista do n o cumprimento volunt rio a quem esta obriga o vinculada 3 Proto Pisani op cit p 161 sustenta que a tutela condenat ria pode ser verificada tanto em um plano repressivo quanto em um plano preventivo da porque a referida tutela poderia ser efetivada em diversos sentidos de acordo com a pretens o postulada em ju zo seja com objetivo sub rogat rio seja na forma da utiliza o de medidas de coer o podendo ser impresso assim car ter executivo lato sensu ou mandamental aos efeitos da decis o prolatada sem que se desnature a condi o de condenat ria da
162. ade Partid ria Roberto Felinto Desembargador do TJ RJ Presidente da AMAER A Constitui o de 1988 estabelece em seu artigo 1 que a Rep blica se constitui em Estado Democr tico de Direito esclare cendo ainda no par grafo nico do referido dispositivo que todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente Em s ntese podemos definir o Estado Democr tico de Direito como a verdadeira consagra o do poder popular Como o exerc cio do poder diretamente pelo povo ocorre ape nas nas hip teses previstas no artigo 14 da Carta Magna plebiscito referendo e iniciativa popular tem se que a regra geral a da representatividade No que diz com o Poder Legislativo objeto destas breves con sidera es exercido pelo Congresso Nacional a n vel Federal in tegrado pela C mara dos Deputados e pelo Senado Federal casas que se comp em respectivamente por representantes do povo e dos Estados e Distrito Federal Os deputados s o eleitos pelo sistema proporcional e os senadores segundo o princ pio majorit rio artigos 44 a 46 da Constitui o Por outro lado o exerc cio do mandato pol tico que o povo outorga a seus representantes se d por interm dio dos partidos pol ticos entidades cuja exist ncia e fortalecimento mostram se impres cind veis para a preserva o do Estado Democr tico de Direito como a seguir se ver O partido pol tico inst ncia associativ
163. ade de termos palavras respeito gram tica do contr rio sem um padr o gramatical em muito pouco tempo a comuni ca o estaria prejudicada a necessitar de um novo Champollion a acertada disposi o da frase uma bela professora pode n o ser uma professora bela O conselho de Freire aos estudiosos da l ngua ain da prevalece O dif cil do escrever est em observar a pureza vern cula que compreende n o s como entende Castilho Ant nio as pala vras genu nas tomadas na verdadeira acep o e a corre o gramatical no uso delas mas ainda a disposi o dos voc bulos e frases segundo os costumes gosto e ndole do idioma De toda sorte com a velocidade globalizada das transforma es sociais nem sempre os art fices da teoria ling stica conse guem medida equilibrada de propostas estruturais Agora mesmo como se colhe de oportuna cr tica do Prof Alberto R Guerra Filho quando se vai aos meandros do Acordo Ortogr fico vem a frus tra o constata se que as altera es s o irrelevantes Limitam se a 0 5 do vocabul rio usado no Brasil e a 1 6 do empregado em Portugal por exemplo v o ou voo de galinha A discuss o em torno de quase nada bem sintom tica da pouca import ncia que algumas exig ncias prevale am em detri FREIRE Laudelino Regras pr ticas para bem escrever Rio de Janeiro L tus do Saber 2000 p 11 Jornal do Brasil Caderno Opini o A 11
164. ade jur dica da empresa e direciona a execu o contra bens dos s cios ainda que estes j os tenham alienado Da resulta que terceiros inteiramente desconectados da lide venham a sofrer constri o em bens seus m veis ou im veis Sur presos eles correm para o advogado que logo interp e embargos de terceiro rem dio jur dico previsto no C digo de Processo Civil j que silente no particular a Consolida o das Leis do Trabalho Trata se de reconhecimento jurisdicional de t pica responsabili dade objetiva isto desligada do elemento culpa Todavia a doutrina italiana assinalava que a refer ncia culpa como pressuposto indefect vel e elemento essencial da responsabilidade n o constitui sen o um mito RENATO SCOGNAMIGLIO verbete Responsabilit C vile em Nov ssimo Digesto Italiano UTET Turim 1982 v XV P 634 2 RENATO SCOGNAMIGLIO Ob Cit p 635 126 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 O permissivo legal que embassa a penhora figura no art 593 Il do C digo de Processo Civil verbis Considera se em fraude de execu o a aliena o de bens Il quando ao tempo da aliena o ou onera o corria contra o devedor demanda capaz de reduzi lo insolv ncia Esse dispositivo toda obviedade estabelece uma presun o como se disse presumem se em fraude execu o as alie na es etc Mas que esp cie de presun o absoluta ou relativa A praxe forense laboral en
165. ado como compensa o pelos da nos morais sofridos s poss vel em casos excepcionais para que se afaste flagrante descompasso em rela o ao que ordi nariamente entende o STJ como justa compensa o Tal medida se justifica na presente hip tese porque n o de se aceitar que o Tribunal reduza o valor compensat rio estabele cido na senten a apenas com fundamento em um pr vio ta belamento de valores financeiros v lido para toda e qualquer demanda de forma a relegar a um plano secund rio as cir cunst ncias f ticas espec ficas de cada lide 4 A ENVIESADA ALTERA O DA IMPORT NCIA ESTA BELECIDA H tamb m o meio indireto de alterar o valor do dano moral qual seja o concernente data da incid ncia da atualiza o mone t ria e ou dos juros morat rios Antes de adentrar nesta ltima vereda proposta incumbe gizar em aligeirada lembran a que se at os juros que s o um plus po dem ser deferidos sem pedido expresso art 293 do CPC com mai or raz o tamb m deve ser reconhecida a atualiza o monet ria na mesma hip tese porquanto esta representa somente a conserva o da quantia apontada No que respeita corre o monet ria pretorianamente resta assentado em linhas gerais que ela deve incidir a partir da data do Revista da EMER v 11 n 41 2008 111 efetivo preju zo em se falando de ato il cito ou da em que deveria ser cumprida a obriga o na culpa contratual J o in
166. agem Rio de Janeiro Lumen JUris 2006 p 11 14 202 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Tamb m dif cil imaginar que tenha passado despercebido ao Tri bunal o efeito devastador que sua decis o causar em termos de prolifera o da corrup o A explica o simples como os altos escal es de poder estar o imunes Lei de Improbidade f cil ima ginar que neles ser concentrado todo o poder de decis o sujeitan do os t o somente responsabiliza o nas esferas pol tica e crimi nal cuja inefic cia n o precisa ser lembrada ou explicada A posi o do Tribunal destoa 1 do senso comum da esmaga dora maioria da coletividade pois salvo engano n o visualizamos a exist ncia de movimentos sociais pr e contra a corrup o 2 da quase totalidade da doutrina 3 de todos os tribunais do Pa s e 4 dos compromissos assumidos pelo Brasil no plano internacional v g Conven o Interamericana de Combate Corrup o e Con ven o das Na es Unidas de Combate Corrup o 8 EP LOGO Na conhecida classifica o de Heidenheimer que leva em considera o a percep o das elites e da opini o p blica em rela o corrup o esta se subdivide em negra cinza e branca Na corrup o negra divisado um consenso entre as elites e a opini o p blica quanto reprova o de um ato e imprescindibilidade de sua puni o Na corrup o cinza alguns elementos normalmente oriund
167. ais amplos que os do anteprojeto Ada USP porque sub metem a legitimidade coincid ncia entre os interesses do legiti mado e o objeto da demanda fato que em muito afasta a possibili dade de se constitu rem em nossas plagas os profissionais de de manda coletiva Toda esta discuss o em torno da legitima o e da representatividade adequada do legitimado em especial em rela o ao indiv duo demonstra a import ncia de se examinar com acuidade a a o individual que em raz o do fen meno da unitariedade veicula pedido de tutela coletiva O C digo Modelo de Processos Coletivos para Ibero Am rica e os anteprojetos Aluisio Unesa UER e Ada USP encontram se publicados na seguinte obra LUCON Paulo Henrique dos Santos Coord Tutela Coletiva 20 anos da Lei da A o Civil P blica e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos 15 anos do C digo de Defesa do Consumidor S o Paulo Atlas 2006 p 7 48 e 286 O anteprojeto Aluisio Unesa Uer resultou de exame do projeto Ada Usp feito pelos alunos de Aluisio Gon alves de Castro Mendes nos mestrados da Universidade Est cio de S e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro dando origem a um novo texto O anteprojeto Ada USP publicado na obra acima mencionada resultou de trabalho desenvolvido pela Prof Ada Pellegrini Grinover com seus alunos no curso de p s graduandos da USP tendo contado com sugest es oferecidas por Aluisio Mendes a partir das conclus es obtidas nos debates realizad
168. ais pedidos nesse sentido por m s Seria dif cil mencionar os trabalhos que despertaram maior interesse nos leitores tomando por base os pedidos de c pias de bons textos publicados Um deles contudo destacamos por tantos outros t o grande foi o n mero de pedidos de c pia do artigo Trata se de A Teoria da Perda de uma Chance em Sede de Responsabili dade Civil do Desembargador Roberto de Abreu e Silva Vol 9 n 36 com cerca de 40 pedidos de v rias regi es do Brasil todos aten didos Foi o de maior curiosidade intelectual manifestada sobre o tema em curto per odo talvez pela aguda reflex o do eminente expositor sobre a mat ria Hoje registramos com satisfa o o retorno de nosso articulista de primeira hora e grande Amigo da Revista Desembargador Jos Carlos Barbosa Moreira com mais um trabalho atual ssimo D cio Xavier Gama Desembargador Coordenador da Revista da EMERJ 6 Revista da EMER v 11 n 41 2008 SUM RIO 10 Anos da Revista EMER Manoel Carpena Amorim Desembargador aposentado do TJ RJ Ex Diretor da EMERJ Depoimento sobre a hist ria da cria o da Revista Observa es sobre a Estrutura e a Termino logia do CPC ap s as Reformas das Leis n 11 232 e 11 382 Jos Carlos Barbosa Moreira Professor da Faculdade de Direito da UERJ e Desembargador aposentado do TJ RJ 1 Introdu o 2 O panorama geral 3 Aspectos da metodologia das reformas 4 Estrutura atual do Livro 5
169. al foi amplamente contestada pela doutrina consoli dando se o entendimento de que as senten as proferidas em a es de alimentos como quaisquer outras senten as podem ter sua efi c cia limitada no tempo quando fatos supervenientes alterem os dados da equa o nela traduzida De nenhuma particularidade es pecial se reveste a senten a aliment ria quanto coisa julgada Essa orienta o acabou sendo aceita pela jurisprud ncia ficando com isso pacificado o entendimento de que a senten a que fixa os alimentos faz coisa julgada Como a obriga o alimentar de modo geral dilata se por lon gos per odos de tempo comum ocorrer o aumento ou a redu o quer das possibilidades do alimentante quer das necessidades do alimentando Portanto s o frequentes as a es revisionais o que no entanto n o afronta a imutabilidade do decidido A possibilidade revisional leva falsa id ia de que a decis o sobre alimentos n o imut vel Transitada em julgado a senten a que estabelece a obri 1 Adroaldo Furtado Fabr cio A coisa julgada nas a es de alimentos 28 2 Araken de Assis Breve contribui o ao estudo da coisa julgada nas a es de alimentos 90 Revista da EMER v 11 n 41 2008 43 ga o alimentar atinge a condi o de coisa julgada material n o podendo novamente esta quest o ser reexaminada Em se tratando de rela o jur dica continuativa a senten a tem impl cita a cl usu la rebus sic
170. almente as do juiz natural de inde pend ncia e imparcialidade Por m o car ter p blico da jurisdi o aponta a exist ncia de um interesse p blico no seu exerc cio e esse o escopo de atua o do direito de conferir efic cia e obrigatoriedade ao ordenamento jur dico do Estado Isso especifica mente para que os conflitos sejam pacificados de modo justo pois sem justi a n o se sustenta a paz Na Administra o a pacifica o de conflitos n o uma ques t o central o a presta o de servi os a ordena o de atividades privadas mediante o poder de pol cia o fomento de atividades que realizem o interesse p blico e outras mas n o de forma pacifica o de conflitos Por isso a Administra o n o imparcial como o juiz gestora do interesse p blico e atua na defesa deste embora obede a ao princ pio da igualdade ou isonomia Desse modo maior a import ncia da ado o do processo no campo administrativo Dessa no o segue se a de que partes s o aqueles que est o em estado de sujei o perante o juiz Por isso tem se evitado usar no processo administrativo o termo parte De forma espec fica uti liza se termos como licitantes candidatos e contribuintes e de modo 5 A jurisdi o pode ser conceituada como uma das fun es do Estado mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para imparcialmente buscar a pacifica o do conflito que os envolve com justi a
171. am a edi o do ato administrativo permitindo que o Estado atinja seus fins atrav s da manifesta o da Administra o quer expressa espontaneamente quer por iniciativa do administrado funcion rio p blico ou n o O PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PAD Apresentado o primeiro conceito fundamental de processo administrativo devemos agora ampliar o assunto de forma que alcancemos por fim o conceito do processo administrativo discipli nar Para tanto h necessidade de superarmos um primeiro step a quest o disciplinar Neste desiderato h algumas pondera es a serem apresentadas 6 A Lei n 9 784 de 29 de janeiro de 1999 disp e na sua ementa Regula o processo administrativo no mbito da Administra o P blica Federal 7 CRETELLA J NIOR Jos Direito Administrativo Brasileiro Rio de Janeiro Forense 1987 v II p 271 Revista da EMER v 11 n 41 2008 209 A fim de manter a ordena o adequada do servi o p blico e para assegurar o cumprimento das obriga es por parte dos seus agentes assegurado Administra o o Poder Disciplinar que vem a ser o poder conferido Administra o para organizar se interna mente aplicando san es e penalidades aos seus agentes por for a de uma infra o de car ter funcional O Poder Disciplinar tem origem e raz o de ser no interesse e na necessidade de aperfei oamento progressivo do servi o p bli co assegurando a ordem interna a conduta
172. am condenados raz o pela qual devem ser compelidos ao cumprimento de seu dever social Assim visando atender tanto quanto poss vel aos interesses dos envolvidos propiciando meios razo veis para o cumpri mento da senten a e a manten a da vida comunit ria proce do ao seguinte escalonamento da d vida Revista da EMER v 11 n 41 2008 35 a mantenho a penhora de R 17 000 00 dezessete mil reais liberando o restante que se encontra bloqueado b como as cotas devem ser pagas at o dia 10 de cada m s no dia 13 deste m s de fevereiro dever ser bloqueada a quantia de R 18 000 00 dezoito mil reais c restando a grosso modo a quantia de R 135 000 00 cento e trinta e cinco mil reais e suprindo a omiss o dos cond minos devedores que n o institu ram cota extra para o pagamento de tal obriga o decreto cota extra a ser satisfeita pelas 412 quatrocen tas e doze unidades durante 5 cinco meses de R 65 00 sessenta e cinco reais para cada uma delas d a cobran a da cota extra ora constitu da ao menos por en quanto n o necessita de garantia pela penhora on line pelo que determino ao Senhor S ndico no segundo dia til seguinte ao venci mento de cada contribui o pagar o devido diretamente credora com c pia do demonstrativo do banco recebedor Em face do constante nos itens a e b a penhora on line ser levantada integralmente no dia 15 deste m s autorizando se o pa gamento credo
173. amente na situa o f tico jur dica de cada indiv duo de modo id ntico Hip tese cl ssica e rica e por isso mesmo acolhida por parte da doutrina diz respeito legitima o para exercer direito de a o para coibir agress o ao meio ambiente Antes de enfrentar tal ques t o parece necess rio que se proponham duas indaga es que per mitir o uma melhor reflex o sobre o tema 1 Poderia um morador ribeirinho propor a o civil p blica de obriga o de n o fazer abs ter se de poluir e de fazer a repara o de danos ao meio ambiente em face de empresa que estivesse poluindo o rio que margeia sua propriedade 22 Poderia um morador ribeirinho propor a o indivi 244 Revista da EMER v 11 n 41 2008 dual de obriga o de n o fazer abster se de poluir e repara o de danos ao meio ambiente em face de empresa que estivesse poluin do o rio que margeia sua propriedade A viola o ao meio ambiente ecologicamente equilibrado sem sobra de d vida uma ofensa que merece tratamento unit rio raz o pela qual se cuida de hip tese de interesse direito essencial mente coletivo na esp cie difuso A doutrina diverge sobre o tema e as respostas a estas indaga es encontram solu es distintas Kazuo Watanabe discorrendo sobre a legitima o do indiv duo para a o coletiva sustenta Pelas regras que disciplinam as obriga es indivis veis seria admiss vel em linha de princ pio a legitima o c
174. ameral rec m constitu do elege Vargas em 17 07 1934 Presidente da Rep blica com mandato at 03 05 1938 O tribunal de c pula do Poder Judici rio passou a denominar se Cor te Suprema em cuja compet ncia foi inclu do o recurso extraordi n rio Nos tribunais estaduais 1 5 dos lugares foram destinados aos membros do Minist rio P blico e advogados Entre as garantias dos ju zes foi inclu da a inamovibilidade Ao juiz eram proibidas ativida de pol tico partid ria e qualquer outra fun o salvo a de professor O juiz estava obrigado a sentenciar Ante a lacuna da lei o juiz devia decidir por analogia equidade ou aplicar os princ pios gerais de direito Foram proibidos i foro privilegiado ii tribunais de ex ce o iii pris o por d vidas multas ou custas iv extradi o por crimes pol ticos ou de opini o v penas de morte banimento con fisco e de car ter perp tuo Os necessitados podiam obter assist n cia judici ria e gratuidade quanto s despesas processuais Foram mantidas as cautelas relativas pris o do indiv duo com o dever da autoridade de comunic la imediatamente ao magistrado O direito processual foi unificado Coube Uni o legislar sobre direito pro cessual direito rural e arbitragem comercial Constaram do texto constitucional os direitos a liberdade sub sist ncia seguran a individual e propriedade A inclus o do direito a subsist ncia refletia o aspecto social da Constitui
175. anos ilustres um pr ncipe um or culo que fizesse o papel de julgador Pode n o ter havido doutrina Mas direito e julgador jamais deixaram de se encontrar O juiz n o deixa de ostentar sua condi o humana para exer cer suas fun es Como j se deixou lavrado ser pensante que n o pode se afastar de preceitos ideol gicos ainda mais que a axiologia um dos pilares da filosofia jur dica ao lado da ontologia da l gica jur dica formal e da l gica jur dica transcendental dirige as condutas que se desdobram em dire o a valores quest o que se tornou o centro das aten es atuais do direito DE COMO N O ABANDONAR A T CNICA E AO MESMO TEMPO N O DESERTAR DA CRIATIVIDADE AS FONTES DO DIREITO E OS JULGADOS A despeito de conhecidas diatribes filos ficas sobre o que se considera fonte do direito a teoria que divide a mat ria em dois significados parece ter aceita o gen rica fontes de cria o e pro 33 Idem ibidem P 69 De todas estas expresiones que utilizan los juristas y que de alg n modo exponen su modo de pensar la m s peculiar de todas son las sentencias Lo curioso es que hay un funcionario que socialmente nunca ha faltado se trata del juzgador Bajo la forma de un anciano sabio un consejo de ilustres decanos un pr ncipe un or culo o un funcionario investido a ese efecto siempre hay en la organizaci n social un juzgador esto es un rgano del cual sociol gicamente se admite una actitud
176. antigo par grafo primeiro do artigo 2 da Lei n 8 072 90 preceituava que A pena por crime previsto neste artigo ser cum prida integralmente em regime fechado 102 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Assim em termos de legisla o lege lata era expressamen te vedada a progress o de regime aos apenados por crimes previs tos no caput do artigo 2 da citada lei Por bvio a Lei n 11 464 07 ao possibilitar a progress o de regime mais ben fica novatio legis in mellius e portanto por for a do par grafo nico do artigo 2 do C digo Penal deve ser aplicada mesmo para as hip teses que antecederam sua entrada em vigor No entanto em muitas ocasi es n o vem sendo este o enten dimento adotado pelos Tribunais de Justi a e em especial pelo Su perior Tribunal de Justi a Isso porque data venia parte se de uma falsa premissa e por consegi ncia chega se a uma conclus o equivocada e injusta Entendem alguns que pelo simples fato de o Supremo Tribunal Federal ter em controle difuso declarado a inconstitucionalidade do par grafo primeiro do artigo 2 da Lei n 8 072 90 prevaleceria o artigo 112 da Lei de Execu o Penal Lei n 7 210 84 Vale dizer o citado dispositivo estabelece a progress o de re gime com o cumprimento de ao menos um sexto da pena no regime anterior Assim se comparada a Lei n 11 464 07 com o artigo 112 da LEP evidente que a primeira lei seria o que a dout
177. aprova o quanto a determinado comportamento ou atitude em lugar do comum muito bem ou mesmo do anacr nico bravo de origem italiana reservado a ambientes oper sticos o enf tico man dou bem sobre o qual por enquanto embora j antevendo sua per man ncia dado o fato de j estar sendo usado em faixas diversas da escala social prefiro n o me estender em comentos at porque como j revelado pai de adolescente ao relatar esta viv ncia mesma filha mais nova esta em lugar de se referir ao fato ocor r ncia experi ncia v l tal coisa em cr tica acerba sobre minha intoler ncia com a modernidade limitou se a com um ar de enfado confirmando meu anacronismo irrrevers vel destinar me um N o sei h muito n o sei neste op sculo se em algum mo mento desta exposi o como j advertido originalmente realizada em palestra na EMARF terei ressaltado se o fiz ainda em reitera es encare o me seja concedida condescend ncia visto que o discurso diante de plat ia ainda mais da categoria da que se encon trava naquela Escola irm da EMER J permitia e at exigiria o retor no a pontos j tra ados para repisando os torn los mais claros que estes relatos configuram etapas indispens veis para conjugar o exerc cio profissional do juiz recep o de not cias dados revela Revista da EMER v 11 n 41 2008 67 es vindas do exame de documentos ou da coleta da palavr
178. ara a consecu o do fim de esperar que isso aconte a mas qual quer ju zo categ rico h de pressupor que um belo dia 2 se resolva proceder a investiga es emp ricas e elaborar com boa metodologia estat sticas baseadas nos resultados coisa de que ningu m parece cogitar at agora Entretanto aspectos h que desde logo podem e devem ser objeto de exame porque dizem de modo prec puo com a t cnica empregada nas leis reformadoras A valora o aqui n o depende essencialmente da maneira por que as inova es atuar o na pr ti ca embora seja grave equ voco supor que uma coisa nada tenha que ver com a outra a qualidade da t cnica por certo repercutir na conforma o do quotidiano forense de maneira ben fica ou mal fi ca No segundo caso o progn stico f cil dar ensejo a d vidas hermen uticas a diverg ncias na interpreta o e na aplica o do texto com a inevit vel sequela da multiplica o de incidentes e de recursos fonte de indesej veis delongas na perspectiva indicada que pretende colocar se o presente escrito interessa lhe menos o quid do que o quomodo das modifi ca es recentes do CPC Consoante se procurar mostrar uma ava lia o cuidadosa por em relevo n o poucos defeitos alguns deci didamente graves 2 O PANORAMA GERAL Ningu m ignora que a modifica o substancial do regime ori gin rio do C digo consistiu no abandono em regra da dualidade de processos o d
179. ara a defesa da ordem jur dica do regime de mocr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis revela que na defesa dos interesses massificados este atua legitimado por um princ pio constitucional que constitui o prin c pio da presun o constitucional de legitimidade pela afir ma o de direito Nesta linha de conta por for a de sua legitimidade presumida para a es que veiculem lide de natureza coletiva o Minist rio P blico ainda que intervindo sem a qualidade de parte principal do processo garantiria a adequada representativa A Lei da A o Civil P blica Lei n 7 347 85 no 1 do art 5 determina que o Minist rio P blico se n o intervier no processo como parte atuar obrigatoriamente como fiscal da lei Esta interven o do Minist rio P blico que j se prev em lei para as a es coletivas poder naturalmente por analogia ser ampliada para que o Parquet intervenha nas a es individuais que veiculem lide de natureza coletiva em raz o da unitariedade N o haveria nesta linha de racioc nio grandes inova es mas se permitiria que as demandas propostas por indiv duos sofressem um controle de Institui o cujo mister a representa o da socieda de no processo 32 MAZZILLI Hugo Nigro A Defesa dos Interesses Difusos em Ju zo S o Paulo RT 1991 p 134 33 ALMEIDA Greg rio Assagra de Direito Processual Coletivo Brasileiro S o Paulo Saraiva 2003 p 515 516
180. ares em todo o territ rio nacional diariamente elevando a fun 11 CPC Art 463 Ao publicar a senten a de m rito o juiz cumpre e acaba o of cio jurisdicional s podendo alter la 12 CPC Art 475 1 O cumprimento da senten a far se conforme os arts 461 e 461 A desta Lei ou tratando se de obriga o por quantia certa por execu o nos termos dos demais artigos deste Cap tulo Art 475 R Aplicam se subsidiariamente ao cumprimento da senten a no que couber as normas que regem o processo de execu o de t tulo extrajudicial 13 Idem ibidem P 5 6 58 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 o jurisdicional ao patamar de arcabou o suporte para a seguran a da exist ncia jur dica de uma na o H momentos em que esta miss o se agiganta no desempe nho de seu papel corporificando a pe a aglutinadora de atos e fatos jur dicos de t o amplo significado que a tornam um mbolo dinamizador das fun es sociais alterando n o apenas situa es comportamentais particulares mas impondo corre o de rumo da pr pria hist ria Ficam neste patamar por exemplo as senten as confirmadoras das condi es humanas dos escravos as que impu seram penalidades aos poderosos as que como a da condena o pelo assass nio de Vladimir Herzog gt mudaram regimes e destinos Estes momentos modernos s o o somat rio de lutas cuja di mens o ainda n o pode ser aquilatada inteiramente H fatos hist ric
181. aria Berenice Dias Desembargadora do TJRS e Vice Presidente do Instituto Brasi leiro de Direito de Fam lia IBDFAM 1 Consagrou a jurisprud ncia o entendimento de que a decis o judicial sobre alimentos transita em julgado art 15 da LA 2 O princ pio da proporcionalidade necessidades do alimentando e possibilidades do alimentante 3 O direito vida de quem reclama alimentos Nem na oferta de alimentos est o juiz adstrito ao valor oferecido pelo autor 4 Fixa o por acordo ou judicialmente Revis o em qualquer tempo Infidelidade Partid ria 50 Roberto Felinto Desembargador do TJ RJ Presidente da AMAER 1 A regra geral da representatividade na Constitui o art 14 2 O sistema proporcional e majorit rio dos arts 44 e 46 3 Mandado pol tico sempre por interm dio de partidos pol ticos 4 Desligamento do partido pelo candidato eleito representa infidelidade partid ria 5 O desrespeito e o n o acatamento ao programa do partido 6 O mandato parlamentar pertence ao partido 8 Revista da EMER v 11 n 41 2008 T cnica de Senten a L ngua e Linguagem Antonio Carlos Esteves Torres Desembargador do TJ RJ Presidente do F rum de Direito Em presarial EMERJ A Senten a T cnica Il Linguagem 1 Como pensam os ju zes que pensam 2 Como n o abandonar a t cnica e ao mesmo tempo n o desertar da criatividade As fontes do Direito e os julgados Ill A evolu o cient fica e a ling st
182. arlos Barbosa Declara o de nulidade de patente A o proposta por um dos co legitimados Extens o subjetiva da coisa julgada Oponibilidade da exce o de litispend ncia em segundo processo instaurado no curso do primeiro Revista do Minist rio P blico da Guanabara 1969 v 12 p 153 252 Revista da EMER v 11 n 41 2008 d origem seu exerc cio tem por objeto uma situa o jur dica que respeita direta e homogeneamente a uma pluralidade de pessoas de tal sorte que a norma concreta a cuja forma o se visa mediante a emiss o da senten a definitiva s concebi vel como norma que se imponha com igual efic cia a todas as pessoas A nota comum a todos estes processos consiste em que o res pectivo resultado impens vel como referido apenas a uma das pessoas habilitadas a instaur los pois define uma situa o jur dica que tal qual afirmada ou negada pela senten a n o pode ser sen o verdadeiro para todas ou falsa para todas Costuma se dizer ent o que o ato impugnado s pode subsis tir por julgar se v lido em rela o s rie total dos co legiti mados impugna o e se ao contr rio for tido como defei tuoso s pode anular se ou declara se nulo em rela o a essa mesma s rie de pessoas no seu conjunto A eventualidade oposta levaria a consegl ncias n o apenas logicamente ab surdas sen o praticamente invi veis Essa gama de possibilidade suscita o rduo problema
183. as Uma das caracter sticas do Direito do Trabalho a irrenunciabilidade de direito institu do por norma legal imperativa e esse princ pio alcan a tanto a transa o que corresponde a um ne g cio jur dico bilateral quanto a ren ncia que um ato unilateral A renunciabilidade de direitos em rela o ao trabalhador deve ser admitida apenas excepcionalmente em face das condi es es peciais configuradas em cada caso concreto Ainda que se trate de direito n o imposto por norma jur dica de ordem p blica a ren n cia admitida em princ pio deve ser examinada de conformidade com os princ pios tendentes a restringi la Destarte s o irrenunci veis os direitos que a lei as conven es coletivas as senten as normativas e as decis es administrativas conferem aos trabalhado res salvo se a ren ncia for admitida por norma constitucional ou legal ou se n o acarretar uma desvantagem para o trabalhador ou um preju zo coletividade s o renunci veis os direitos que consti tuem o conte do contratual da rela o de emprego nascidos do ajuste expresso ou t cito dos contratantes ou quando n o haja proi bi o legal inexista v cio de consentimento que importe preju zo ao empregado Consoante estatui a CLT ser o nulos de pleno direito a os atos praticados com o objetivo de desvirtuar impedir ou fraudar a apli ca o dos preceitos contidos na presente Consolida o art 99 b a altera o contratual e
184. as 1999 p 135 Marino Pazzaglini Filho Lei de Improbidade Administrativa Comentada S o Paulo Editora Atlas 2002 p 115 Carlos Frederico Brito dos Santos Improbidade Administrativa Reflex es sobre a Lei n 8 429 1992 Rio de Janeiro Forense 2002 p 1 Marcelo Figueiredo Probidade Administrativa Coment rios Lei 8 429 1992 e Legisla o Complementar 3 ed S o Paulo Malheiros 1998 p 87 Wallace Paiva Martins J nior Probidade Administrativa S o Paulo Saraiva 2001 p 255 Antonio Jos de Mattos Neto Responsabilidade Civil por Improbidade Administrativa RT 752 31 Jos Augusto Delgado Improbidade Administrativa Algumas Controv rsias Doutrin rias e Jurisprudenciais sobre a Lei de Improbidade Administrativa in Improbidade Administrativa Quest es Pol micas e Atuais org por C ssio Scarpinelle Bueno et alii S o Paulo Malheiros 2001 p 211 S rgio Ferraz Aspectos Processuais na Lei sobre Improbidade Administrativa in Improbidade Administrativa Quest es Pol micas e Atuais p 370 Jos Nilo de Castro Improbidade Administrativa Municipal in Caderno de Direito Municipal n 8 2000 p 82 F bio Konder Comparato A es de Improbidade Administrativa RTDP n 26 153 Jos Guilherme Giacomuzzi A Moralidade Administrativa e a Boa f da Administra o P blica o conte do dogm tico da moralidade administrativa S o Paulo Malheiros Editores 2002 p 179 Rita Andr a Rehem Almeida Tourinho Dis
185. as nuli dades das anulabilidades a legitimidade supostamente mais am pla para se arg ir aquelas Os autores que assim sustentam se ba seiam no art 168 do C digo Civil que prev a alega o das nuli dades por parte de qualquer interessado e do Minist rio P blico Contudo o que esses estudiosos deixam passar que o pr prio art 168 expl cito em demonstrar sua aplicabilidade limitada Com efeito na sua parte inicial est expresso que a regra de legitimida de ali disposta vale apenas para as nulidades dos artigos antece dentes N o se trata de uma regra geral portanto mas sim bas tante espec fica restrita s hip teses dos arts 166 e 167 Assim as nulidades previstas em outros artigos ao longo do C digo Civil bem como aquelas dispostas em leis especiais de Direito Privado n o est o obrigatoriamente submetidas mesma disciplina o caso por exemplo das nulidades incidentes sobre os atos de aliena o dos im veis dos filhos praticados pelos pais sem autoriza o judi cial que segundo o par grafo nico do art 1 691 do C digo Civil somente podem ser reclamadas pelos pr prios filhos herdeiros ou representante legal Quanto legisla o especial podem se citar dentre outras as nulidades sobre cl usulas contratuais de contra tos de consumo previstas no C digo de Defesa do Consumidor Lei n 8 078 que somente podem ser questionadas pela parte que firmou o neg cio jur dico e por ele se pr
186. atureza penal ou c vel rectius extrapenal luz do direito posto inclinamo nos por esta ltima alicer ando se tal concep o nos seguintes fatores 4 No mesmo sentido STJ 62 T REsp n 161 322 PE rel Min Franciulli Netto j em 7 3 2002 DJ de 16 9 2002 6 T HC n 13 894 R rel Min Fernando Gon alves j em 21 2 2002 DJ de 22 4 2002 p 260 1 T MC n 3 018 60 rel Min Francisco Falc o j em 10 4 2001 DJ de 17 9 2001 p 108 6 T REsp n 150 329 rel Min Vicente Leal j em 2 3 1999 DJ de 5 4 1999 1 Se o AGRRCL n 748 SP rel Min Pe anha Martins j em 13 6 2001 DJ de 10 9 2001 A 2 Turma do ST por ocasi o do julgamento do AGRMC n 2 840 SP ocorrido em 2 8 2001 publicado no DJ de 17 9 2001 p 128 sendo relatora a Min Eliana Calmon deixou assentado que decidida pela Corte Especial a compet ncia da Primeira Se o para o julgamento de cautelares oriundas de processo de natureza civil onde se questiona improbidade administrativa e j extinto o mandato do Prefeito perde o objeto a a o cautelar A Corte Especial do STJ do mesmo modo j decidiu que n o h usurpa o de compet ncia do Tribunal em caso de inqu rito civil p blico instaurado pelo Minist rio P blico para apurar atos de improbidade administrativa cuja pr tica 182 Revista da EMER v 11 n 41 2008 a o art 37 8 4 in fine da Constitui o estabelece as san es para os atos de improbidade e prev
187. autorizada pela Constitui o o Supremo Tribunal Federal decla rou a inconstitucionalidade do preceito O esfor o no entanto n o foi em v o Essa singela altera o legislativa paralisou a grande maioria das a es de improbidade que tramitavam em todo o Pa s contribuindo para o desvanecimento de provas e a dilapida o de patrim nios isto para n o falar na forma o de c digos paralelos de conduta pois a indefini o do ju zo competente inviabilizava a ado o de medidas coercivas sobre a esfera jur dica alheia sedimentando uma confort vel sensa o de impunidade A tese que continua a ser discutida no Congresso Nacional desta feita no mbito de uma reforma constitucional perdeu muito do seu brilho Explica se se em passado recente discutia se o ju zo competente para julgar os altos escal es do poder pela pr ti ca de atos de improbidade hoje j se nega a pr pria possibilidade de virem a pratic los Essa interessante linha argumentativa foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal por meio da Reclama o n 2 138 2002 alegando se que 1 o Tribunal competente para processar os Ministros de Estado por crime de responsabilida de 2 qualquer atentado probidade configura crime de respon sabilidade e consegientemente 3 o juiz federal de primeira ins t ncia ao reconhecer se competente para julgar Ministro de Esta 3 ADI n 2 797 DF rel Min Sep lveda Pertence j em 15 09 2005 Na oca
188. autos permitindo portanto exame cr tico de um dado concreto Cabe assim por primeiro definir o que seja psicografar ou mais ainda o que significa psicografia O verbo psicografar significa redigir o que ditado por esp ri tos ao passo que o substantivo psicografia consiste na escrita dos esp ritos pela m o do m dium Por seu turno como j definido 2 supra o m dium figura como intermedi rio entre os vivos e os mor tos Nessa ordem de id ias o que vem para os autos um docu mento tal como o define nossa lei processual penal em seu artigo 232 Para ela consideram se documentos quaisquer escritos Portanto prima facie cogita se de meio de prova previsto em lei art 232 do CPP Cap tulo IX T tulo VII Livro do CPP que se ocupa Da Prova Se assim em um primeiro exame da mat ria dever se ia aplicar o brocardo nulla restrictio sine lege tendo em vista que as restri es todas elas s o de direito singular isto n o existem sem lei expressa que as consagrem Haver assim pr via regra vedando a prova podendo ela ser encontrada na lei processu al ou na lei material estejam tais veda es expressas nos c digos respectivos ou ainda em leis extravagantes Outras vezes a proibi o decorrer de manifesta incompatibilidade com os princ pios consagrados na pr pria Constitui o da Rep blica Esta portanto h de ser a orienta o consent nea com os sis temas do livre conven
189. ava nos conventos mosteiros igrejas com escopo pr tico 17 Ap ndice s Ordena es Filipinas Texto com introdu o breves notas e remiss es redigidas por Fernando H Mendes de Almeida S o Paulo Saraiva 1966 2 v p 146 60 Revista da EMER v 11 n 41 2008 L ngua 5 ling stica Sistema de representa o constitu do por palavras e regras que as combinam em frases que os indiv du os de uma comunidade ling stica usam como principal meio de comunica o e de express o falado ou escrito Em uma pequena grande obra editada pela Penguin Books no in cio dos anos setenta na Inglaterra Frank Palmer estudioso da ling stica conjectura sobre a necessidade de se estudar gram tica invocando passagem interessant ssima de Alice no Pa s das Maravi lhas na qual Alice em di logo com Humpt Dumpty o ovo enigm tico se indaga sobre se poss vel fazer com que palavras possam significar coisas diferentes obtendo como resposta que a grande quest o saber quem exerce o comando entre elas O interlocutor esclarece que elas t m temperamento especialmente os verbos os mais orgulhosos Com adjetivos voc pode fazer o que quiser N o com os verbos Ainda assim eu posso controlar o conjunto Enigma ticamente complementa impenetrabilidade o que eu digo O autor se recorda de que para poupar as crian as do aborre cimento o ensino da gram tica passou a ser tirado dos resumos e diferentemente
190. bara o judicial Ser contado a partir da intima o das partes da chegada do processo ao ju zo da causa 278 Revista da EMER v 11 n 41 2008 sequente imposi o da multa e de penhora e avalia o de bens vol tados efetiva o do decisum Essa foi a proposta que est consignada na exposi o de moti vos do anteprojeto da Lei n 11 232 05 quando propugna a imediata satisfa o da decis o jurisdicional permitindo a efetiva entrega do bem da vida pretendido Teoricamente seria fant stico mas na pr tica verificamos que algumas circunst ncias impediriam a operacionalidade da respecti va norma que n o se efetivaria da forma como eventualmente quis o legislador sen o vejamos Pois bem se na decis o judicial que ser objeto do respectivo cumprimento haveria determina o para pagamento de soma em dinheiro deveria a mesma explicitar a determina o de um paga mento pelo vencido devidamente atualizado dentro do prazo legal de cumprimento volunt rio bem como o ndice a ser utilizado e o acr scimo de verbas de sucumb ncia al m do alerta dirigido ao devedor de que diante de eventual inadimplemento da obriga o contida no decisum estaria o mesmo sujeito multa de dez por cento prevista na nova lei Caso contr rio quem far a conta O pr prio devedor Ou os autos dever o ser remetidos ao contador do ju zo Supondo que a decis o n o disponha acerca da forma do pagamento e o devedor apresente a
191. bastecimento de gua e conserva o de vias e logradouros p blicos de uso comum do povo Para a institui o do condom nio de fato tem se recorrido associa o civil de moradores oriunda da autonomia da vontade obtendo tal figura cada vez mais maior reconhecimento jurisprudencial para atender ao interesse da coletividade SOARES Danielle Macedo Condom nio de fato incid ncia do princ pio da autonomia privada nas rela es jur dicas reais Rio de Janeiro Renovar 1999 p 82 A insufici ncia do poder p blico quanto s quest es de seguran a 156 Revista da EMER v 11 n 41 2008 A express o loteamento fechado d uma primeira id ia de como esse condom nio fechado se forma dentro de um loteamento pois as vias de acesso s o logradouros p blicos mas que fechado no sentido de que os moradores controlam tais acessos nem sempre de forma legal mas que tem alguma efic cia Ocorre uma esp cie de fus o entre o loteamento e o condo m nio edil cio diante do que a doutrina atribui ao condom nio de fato uma natureza jur dica h brida e d plice Segundo a doutrina mais abalizada sobre o tema no condo m nio de fato n o h propriamente comunh o incidente sobre direi higiene abastecimento de gua conserva o de vias e logradouros p blicos de uso comum do povo levou os propriet rios de lotes individuais a se agruparem informalmente de modo a comportarem se como cond minos sem que houv
192. bidade administrativa e ressarcimento por dano causado ao patrim nio p blico com pedido de liminar de indisponibilidade e de afastamento de cargo p blico Ao final n o vislumbrando qualquer usurpa o de sua compet ncia terminou por denegar a ordem unanimidade ante a inexist ncia de amea a ao direito de ir e vir do paciente Em seu voto o Ministro Sep lveda Pertence ressaltou ser bvio que do inqu rito civil para apurar improbidade administrativa pode resultar a colheita de elementos informativos de natureza criminal mas deixava claro que a circunst ncia de o fato a apurar ter repercuss es penais n o elide a possibilidade do inqu rito civil e s por si n o desloca para o Supremo Tribunal Federal a compet ncia para realiz lo Revista da EMER v 11 n 41 2008 185 feitos Conselheiros dos Tribunais de Contas membros dos Tribu nais Regionais do Trabalho e Ju zes de Tribunais Regionais Fede rais figurem no p lo passivo H quem procure sustentar a aplicabilidade do foro por prer rogativa de fun o nesta seara sob o argumento de que a severidade das san es cominadas o justificaria pois teriam forte conte do penal Essa tese no entanto possui maior alicerce na emo o ST 6 Turma RMS n 6 208 rel Min Anselmo Santiago j em 10 11 1998 DJ de 15 3 1999 N o merece ser acolhida a tese de que os amplos termos do art 29 X da CR 1988 julgamento do Prefeito perante o Tribunal de J
193. ca c mplice da raz o indivisivelmente nica e o sonho acalentado aos ventos de agosto XIV No Decreto Universal na Carta que Federal e no Estatuto Repressivo o delito do patr o por ser evento lascivo afronta alma e ao pudor Antes que passe em julgado este nosso decis rio se nos empreste ajut rio Revista da EMER v 11 n 41 2008 75 76 que a Junta fa a um favor oficie DRT noticiando o ocorrido e lhe pe a provid ncia com absoluta urg ncia antes qu outro trabalhador seja inda mais ofendido XVI Roga se ao leitor pouco espanto por tal julgado esquisito moda de verso e canto e n o de escrito erudito pois que a solid o do of cio enli a o homem ao mart rio faz do julgar supl cio e do justi ar del rio Juiz ser dividido fato que a judicatura longe de ser sinecura se apressa mais a mostrar coisa de reverso e verso feito imagem e seu oposto talhada com g nio e gosto neste op sculo de GULLAR Uma parte de mim todo mundo outra parte ningu m fundo sem fundo Uma parte de mim multid o outra parte estranheza e solid o Uma parte de mim pesa e pondera outra parte delira Uma parte de mim almo a e janta outra parte se espania Uma parte de mim permanente outra parte se sabe de repente Uma parte de mim s vertigem outra parte linguagem Revista da EMER v 11 n 41 2008 Traduzir uma parte noutra parte que uma quest o de vida e morte se
194. cabia ao Estado prover as crian as e adolescentes de conforto e dos cuidados indispens veis sua preserva o f sica e moral Aos pais miser veis assistia o direito de invocar o aux lio e prote o do Estado para a subsist ncia e educa o da prole A edu ca o integral da prole era o primeiro dever e o direito natural dos pais cabendo ao Estado suprir as defici ncias e lacunas da educa o particular A arte a ci ncia e o seu ensino eram livres iniciati va individual e de associa es ou de coletividades p blicas e par ticulares Era dever da na o e do Estado assegurar s crian as e jovens carentes uma educa o adequada s suas faculdades apti d es e tend ncias vocacionais mediante a funda o de institui es p blicas de ensino em todos os graus O primeiro dever do Estado em mat ria de educa o era o ensino pr vocacional e profissional destinado s camadas menos favorecidas As ind strias e os sindica tos econ micos tinham o dever de criar na esfera de sua especiali dade escolas de aprendizes destinadas aos filhos dos seus oper rios ou dos seus associados Apesar da gratuidade do ensino prim rio instituiu se contribui o m dica e mensal caixa escolar para quem tivesse condi es de pagar O ensino c vico a educa o f sica e os trabalhos manuais eram obrigat rios em todas as escolas prim rias e secund rias Institui es seriam fundadas com o fim de organizar para a juventu
195. ce 1942 Conjugou os interesses da classe patronal com os da classe trabalhadora ao criar rg o nico tutelar do capital e do trabalho o Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio No terreno da previd ncia social foram criados sucessivamen te os institutos de aposentadorias e pens es dos mar timos dos comerci rios dos banc rios dos trabalhadores em trapiches e ar maz ns de caf dos oper rios estivadores e dos industri rios As sim ficaram amparadas todas as categorias de trabalhadores urba nos No que tange cidadania foi elaborado o C digo Eleitoral 1932 que instituiu a justi a eleitoral o sufr gio universal o voto direto secreto obrigat rio masculino e feminino representa o proporci onal e candidatura avulsa O Congresso Nacional votou a Lei de Seguran a Nacional 1935 Foram publicados os C digos Penal Processo Penal Processo Civil Ca a e Pesca Minas guas o Esta tuto dos Funcion rios P blicos e a Consolida o das Leis do Traba lho O per odo foi desfavor vel liberdade pol tica A expans o da Revista da EMER v 11 n 41 2008 99 burocracia estatal ensejou milhares de empregos A educa o p blica atingiu uma efici ncia jamais superada Em qualidade de ensi no somente os col gios de jesu tas tinham condi es de competir com a escola p blica Para bem organiz la foi criado um minist rio pr prio Apesar da nfase da autocracia nos deveres dos gover nad
196. cessuais visando a efetivo cumprimento de decis es jurisdicionais sem que se crie ou se transforme o conte do da deci s o que se busca efetivar dando lhe um suposta natureza jur dica diversa pois em vista de uma efic cia que ditada pela pr pria lei e n o pelo magistrado o conte do da decis o proferida juridica mente se completa mas n o se modifica A Lei n 11 232 05 teve por objetivo propiciar uma melhor atua o da lei ao caso concreto em vista da excessiva inefetividade que apresentava a formata o processual destinada execu o por quantia certa contra devedor solvente Assim sendo redefinindo estruturalmente os conceitos de ins titutos processuais e sistematizando de maneira mais efetiva todo o iter por que caminha a pretens o inicial para chegar sua efetiva satisfa o na mesma rela o processual redefiniu o legislador par metros de efetividade mas n o de conte do ou natureza jur di ca pois a nova sistem tica do cumprimento de senten a continua a manter como objeto principal do n cleo da decis o jurisdicional que se faz cumprir uma obriga o n o adimplida e por suposto ensejando o ideal condenat rio 6 Giuseppe Chiovenda Instituzioni di diritto procesual civile Napoli Jovene 1 933 p 230 sustentando que a condena o n o em verdade com respeito parte vencida um ato aut nomo de vontade do juiz n o uma ordem do juiz a formula o de uma ordem contida na lei
197. cia do in cio da referida fase e informe a seu cliente a necessidade de cumprimento volunt rio no prazo de quinze dias da obriga o reconhecida pela senten a Juntamente a este requerimento desde j seria apresentado pelo advogado do credor anexa peti o toda a mem ria de c l culo que exige o art 475 combinado com o art 614 Il do CPC incluindo se a as verbas de sucumb ncia e os valores relativos ao montante principal j devidamente atualizado Sem preju zo ou embargo desde j poder ser requerido ao final da peti o que caso n o cumprida a obriga o voluntariamente pelo devedor seja imposta ex off cio a multa prevista na lei acres centando se 10 dez por cento sobre o valor apurado na mem ria de c lculo para fins de expedi o de mandado de penhora e avalia o na forma do art 475 par grafo primeiro do CPC Podem in clusive tamb m na mesma peti o ser informados pelo credor da dos de eventuais bens im veis ou m veis de propriedade do deve dor que tenha conhecimento o que facilitar assim o cumprimento do mandado de penhora e avalia o pelo Oficial de Justi a Assim sendo n o precisar o credor retornar aos autos para requerer a penhora e avalia o pois j poder deixar requerida a necess ria atua o jurisdicional em peti o de in cio de cumpri 16 Comentando com precis o acerca do momento de in cio do cumprimento de senten a Daniel Amorim Assump o Neve
198. cimento e com a busca da verdade real con sagrados em nossa lei processual penal que estabelece a ampla 2 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa Editora Nova Fronteiro 12 edi o p 1154 Apudop cit in n 2 dessas notas 138 Revista da EMER v 11 n 41 2008 liberdade na produ o de provas n VII da Exposi o de Motivos do CPP O C digo de Processo Civil quando se ocupa Das Provas declara em suas Disposi es Gerais que todos os meios legais bem como os moralmente leg timos s o h beis para provar a verdade dos fatos art 332 Se o Cap tulo VI T tulo VIII do Livro preceito que sem sombra de d vida encontra aplica o no processo penal art 3 do CPP Sabe se da mesma forma que o procedimento probat rio passa por diversas fases a saber a propositura da prova pela parte a ad miss o da prova pelo juiz a produ o da prova e por fim a valora o da prova pelo magistrado por ocasi o da senten a Dessa maneira diante da natural perplexidade com que se depara o magistrado diante da indica o pela parte de uma prova arrimada no sobrenatural deve ou n o o juiz admiti la ainda na pri meira fase do rito probat rio Renato Marc o no artigo acima assinalado a respeito do uso da psicografia como prova penal salienta que n o h no ordenamento jur dico vigente qualquer preceito expresso que pro ba a apresenta o
199. cleos no pa s Sob a dire o de Prestes em novem bro de 1935 os comunistas reagiram a partir de Natal RN O movi 92 Revista da EMER v 11 n 41 2008 mento conhecido como intentona comunista espraiou se para Olinda Recife e Rio de Janeiro O governo venceu os confrontos armados e prendeu os insurretos inclusive Prestes e sua companhei ra a alem Olga Ben rio deportada para a Alemanha onde foi fu zilada 1942 A repress o aos comunistas abriu v lvula ao potencial auto cr tico de Vargas O decl nio do liberalismo pol tico no continente europeu e a ascens o de ditaduras de direita Europa ocidental e de esquerda Europa oriental serviam de amparo ideol gico a prop si tos autocr ticos no Brasil Sintom ticas eram as rela es do gover no brasileiro com o governo alem o Nas trocas internacionais a Alemanha nazista foi a principal e maior parceira do Brasil 1936 Para as elei es de 1938 havia 3 candidatos presid ncia da Rep blica Armando Salles de Oliveira Jos Am rico de Almeida e Pl nio Salgado Temendo o restabelecimento da rep blica velha pelo futu ro vencedor do pleito temor real ou fict cio o grupo civil militar de apoio a Vargas tramou o golpe forjou um documento comunista denominado Plano Cohen divulgou o como verdadeiro e provocou a decreta o do estado de guerra pelo Legislativo Esse estado de guerra foi inven o dos parlamentares ad terrorem pois a Consti tui o em v
200. conta errada pagando a menor com a utiliza o de c lculos e ndices de atualiza o equivocados criar se ia um incidente de impugna o destes 13 Esse o pensamento de Rog rio Licastro Torres de Mello A defesa na nova execu o de t tulo judicial in Processo de Execu o Civil Modifica es da Lei n 11 232 05 S o Paulo Quartier Latin 2006 p 288 289 apontando que de acordo com a estrutura t pica das senten as executivas lato sensu a intima o do r u a cumprir a condena o adv m do pr prio dispositivo da senten a ou seja do ato do juiz e vez publicada a senten a tal ato j se v consumado A hip tese mais exemplificativa que encontramos adv m das senten as de proced ncia das a es de despejo por falta de pagamento julgada procedente a a o de despejo o juiz fixar prazo de trinta dias para a desocupa o volunt ria Lei n 8 245 91 artigo 63 Percebe se destarte que a ordem de cumprimento do preceito condenat rio no regime t pico das senten as executivas lato sensu vem tona com a simples publica o da senten a no Di rio Oficial A nosso ver seria esta a conforma o natural da fase executiva criada pela Lei n 11 232 05 prolatada a decis o condenat ria de quantia certa por interm dio de sua publica o j se materializa a intima o do devedor para pagar muito embora admita o autor logo ap s na p 289 que em havendo interpreta o duvidosa da lei relativa aos art
201. contra a decis o prolatada Sem d vida adviria um hiato temporal maior entre a prola o da deci s o de primeira inst ncia e o seu tr nsito em julgado ap s confir ma o a senten a pelo Tribunal ap s ter negado provimento Ape la o interposta justificando mais do que nunca uma melhor atua liza o dos valores que ser o objeto do cumprimento Muito embora toda a proposta legislativa para o novo proces so de execu o de senten a seja no sentido de imprimir a denomi nada efic cia executiva lato sensu pensamos que ainda permane ce a natureza jur dica condenat ria do decisum necessitando se por quest es pr ticas e de maior efetividade e organiza o do iter processual de um requerimento simples mas formal por parte do credor para dar in cio fase de cumprimento de senten a Nesse sentido em vista de um preciso acompanhamento do advogado do credor o que natural nas a es em que foi vencedor seu cliente poder o mesmo consultar o tr nsito em julgado em cart rio ou ainda desde j ultrapassado o prazo para interposi o de eventual recurso requerer a certifica o do mesmo para dar in cio ao cumprimento da referida decis o 280 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Mediante peti o simples com fundamento no art 475 re querer o caus dico ao ju zo competente o cumprimento da decis o transitada em julgado requerendo a intima o do advogado do de vedor para que tome ci n
202. cricionariedade Administrativa A o de Improbidade amp Controle Principiol gico Curitiba Editora Juru 2004 p 134 136e A Efic cia Social da Atua o do Minist rio P blico no Combate Improbidade Administrativa RDA n 227 253 Walter Claudius Rothenburg A o por Improbidade Administrativa Aspectos de Relevo in Improbidade Administrativa 10 anos da Lei n 8 429 1992 org por Jos Ad rcio Leite Sampaio et alii Belo Horizonte Editora Del Rey 2002 p 462 466 Carlos Eduardo Ter arolli Improbidade Administrativa no Exerc cio das Fun es do Minist rio P blico Curitiba Juru Editora 2002 p 75 e Benedicto de Tolosa Filho Coment rios Lei de Improbidade Administrativa Rio de Janeiro Forense 2003 p 42 46 e 134 Fl vio S tiro Fernandes Improbidade Administrativa RDA 210 177 fala em san es de natureza pol tica ou c vel Francisco Octavio de Almeida Prado Improbidade Administrativa S o Paulo Malheiros 2001 p 20 29 sustenta que a disciplina b sica dos atos de improbidade n o obstante a exist ncia de pontos de tangenciamento com o direito civil v g repara o do dano encarta se no direito p blico e mais precisamente no mbito do direito administrativo situando se as san es cominadas no mbito do direito administrativo sancionador Fernando Rodrigues Martins ob cit p 83 entende que as san es t m natureza civil ressarcimento perdimento e multa administrativa perda da f
203. culiaridades o T tulo II do Livro Il J ficou registrado que n o nova a rubrica Dos embargos do devedor conquanto critic vel pois afinal de contas repita se bem pode suceder que na verdade o executado embargante n o seja devedor Mas vamos diretamente a outros pontos Comp e se o aludido t tulo de quatro cap tulos cujas rubricas s o Das disposi es gerais 1 Dos embargos execu o contra a Fazenda P blica II Dos embargos execu o III e Dos em bargos na execu o por carta IV A rubrica do Cap tulo III Dos embargos execu o cobre evid ncia mat ria mais vasta do que sugere basta atentar em que a os embargos execu o con tra a Fazenda P blica nada mais s o que uma esp cie de embar gos execu o individualizada apenas pela qualidade do sujeito passivo e b a disposi o solit ria do art 747 sobre quest o de 1 Essa e outras incoer ncias levam gua ao moinho de quem faz t bua rasa da diferen a que se pretendeu estabelecer entre cumprimento e execu o assim enfaticamente CASSIO SCARPINELLA BUENO A nova etapa da reforma do C digo de Processo Civil v S o Paulo 2006 p 68 Para todos os fins a palavra execu o e a express o cumprimento da senten a podem e devem ser tidas como sin nimas grifos do autor Revista da EMER v 11 n 41 2008 29 compet ncia nem sequer contempla outra esp cie mas apenas in cidente
204. da agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ella e fazer chumbreg ncias Revista da EMER v 11 n 41 2008 73 coisas que s ao marido della competia conxambrar porque casados pelo regime da Santa Igreja Catholica Romana Que o cabra Manoel Duda um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as fam lias de suas vizinhas tanto que quiz tamb m fazer conxambranas com Quit ria e Clarinha mo as donzellas Que Manoel Duda um sujeito perigoso e que se n o tiver uma cousa que atenue a perigan a dele amanham est me tendo medo at nos homens Assim CONDENO o cabra Manoel Duda pelo malef cio que fez mulher de Xico Bento a ser CAPADO capadura que dever ser feita a macete A execu o desta pe a dever ser feita na cadeia desta Villa Nomeio carrasco o carcereiro Cumpra se e apregue se editais nos lugares p blicos Manoel Fernandes dos Santos Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha aos 15 de outubro de 1833 3 Recusando se obedi ncia das f rmulas r gidas do estilo fo rense o hoje Desembargador Federal Jos Geraldo da Fonseca n o resistiu ao comando da veia po tica e decidiu entre outros casos da seguinte forma ENTENDA O CASO O empregado pediu rescis o indireta do contrato de trabalho por falta grave do patr o Rescis o indireta a termina o do contrato de trabalho por iniciativa do empregado quando este o empregado n o quer pedir demiss o Na rescis o indiret
205. da por raz es pol ticas ou que seus membros s desejam aparecer pra ticando excessos de toda ordem pouco tardou at que as retalia es germinassem no plano legislativo Essa tend ncia foi especial mente sentida com a edi o da Medida Provis ria n 2 088 35 de 27 de dezembro de 2000 em que o Sr Presidente da Rep blica sob os ausp cios da urg ncia e da necessidade 1 instaurou uma fase pr via no rito processual postergando ao m ximo o pr prio aperfei oamento da rela o processual 2 considerou ato de improbidade O ajuizamento da a o contra um r u que se saiba inocente 3 permitiu que o r u em reconven o pleiteasse a aplica o das san es ao subscritor da a o nota a reconven o era ajuizada contra quem n o era parte no processo pois o autor da a o era o Minist rio P blico ou a pessoa jur dica lesada e para fechar com chave de ouro 4 quando a imputa o fosse considerada manifestamente improcedente o agente p blico seria condenado ao pagamento de uma multa n o superior a R 151 000 00 cento e cingienta e um mil reais f cil constatar que a generalidade da Medida Provis ria n o conseguiu encobrir o seu real destinat rio o Minist rio P blico Para justificar o abuso na edi o de medidas provis rias o Sr Presidente da Rep blica em cadeia nacional de televis o declarou que a MP n 2 088 35 00 era necess ria para conter os abusos de alguns mem bros d
206. de per odos de trabalho anual nos campos e nas ofici nas e de promover lhe a disciplina moral e o adestramento f sico de maneira a prepar la ao cumprimento dos seus deveres para com a economia e a defesa da na o IV CONCLUS O No per odo revolucion rio 1930 1945 foi marcante a tens o entre liberalismo e socialismo A solu o conciliat ria entre os ex tremos caracterizou da para frente o constitucionalismo brasileiro A inclus o do povo no processo pol tico ocorreu modestamente atra v s de algumas vozes na assembl ia constituinte no curto per odo Revista da EMER v 11 n 41 2008 97 democr tico que precedeu autocracia O governo era para o povo mas n o pelo povo o mesmo princ pio defendido por D Pedro A tens o entre governo federal e governo estadual foi resolvida em favor do primeiro O poder do governo federal tornou se incontrast vel e acabou com a chamada pol tica dos governadores As conquistas dos trabalhadores foram in meras O progresso eco n mico e social foi not vel Sem descuidar da classe produtora Get lio Vargas suspendeu o pagamento da d vida p blica externa e deferiu ao Banco do Brasil o monop lio cambial 1938 Amparou a classe trabalhadora da qual recebia simpatia e apoio pol tico Ao iniciar os seus discursos dirigia se aos trabalhadores do Brasil de modo a salientar o ngulo social do seu governo A lideran a de Vargas atendia aos interesses das oligarquias diss
207. de cada um deles para que o processo de concretiza o seja corretamente finalizado uma boa exegese constitucional tender a ser o resultado dessa tr ade cognitiva A Constitui o corretamente interpretada alcan ar um fi nal feliz happy ending no o indicativa daquilo que a justi a ou a filosofia pol tica requer vale dizer corresponder aos valores supremos ou hist ricos que inspiram a ordem jur dica A partir da Cf H berle Teor a de la Constituci n p 45 42 Como afirmou Hesse n o h interpreta o da Constitui o independentemente de problemas concretos Elementos de Direito Constitucional p 62 Pluralismo y Constituci n Est dios de Teor a Constitucional de la Sociedade Abierta Die Verfassung des Pluralismus Studien zur Verfassungstheorie der offenen Gselschaft trad de Emilio Mikunda Madrid Editorial Tecnos 2002 p 59 e ss Cf James E Fleming Constitutional Tragedy in Dying Or Whose Tragedy Is It Anyway in Constitutional Stupidities Constitutional Tragedies org por William N Eskridge Jr e Sanford Levinson New York New York University Press 1998 p 162 168 4 Cf Norberto Bobbio Teor a General del Derecho trad de Jorge Guerrero R 2 ed 3 reimp Bogot Editorial Temis 1999 p 20 194 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 atividade desenvolvida pelo int rprete a Constitui o como o direi to pode ser justa ou injusta c
208. de de os altos escal es do poder responderem por atos de improbidade Acres a se ser igualmente fact vel que se estabele a uma esp cie de apartheid jur dico os agentes pol ticos que nos crimes de responsabilidade tenham o foro por prerrogativa de fun o previsto na Constitui o n o praticam atos de improbidade os demais leia se os Prefeitos Municipais sim luz desse quadro aparentemente sacramentado parece nos relevante demonstrar o equ voco da tese bvio n o fosse o fato de estar sendo acolhida pelo Supremo Tribunal Federal e principal mente a sua discrep ncia em rela o ao papel diuturnamente de sempenhado pela jurisdi o constitucional na interpreta o da Cons titui o Com isto espera se demonstrar o pesado fardo a ser deixa do pelo Supremo Tribunal Federal para a popula o brasileira pois como afirmou o Ministro Carlos Velloso essa tese um convite para a corrup o 2 NATUREZA JUR DICA DAS SAN ES COMINADAS NA LEI DE IMPROBIDADE Com o evolver das civiliza es e a constante muta o das rela es intersubjetivas foi inevit vel o aperfei oamento do regramento social Outrora de propor es reduzidas ao alcance e sob o controle de todos hodiernamente afigura se eivado de com plexidade mpar culminando em ser aglutinado em compartimen tos normativos os quais se encontram subdivididos conforme a na tureza e a import ncia dos interesses tutelados Com esteio em tal
209. de documento produzido por psicografia uma vez que de prova il cita n o se trata concluindo por afirmar que no siste ma jur dico brasileiro n o h como normatizar o uso do documento psicografado como meio de prova seja para autoriz lo seja para ved lo O Estado no fim de contas laico Portanto de acordo com o pensamento daquele ilustre Promo tor de Justi a a prova em quest o merece ser admitida produzida e valorada pelo juiz por n o se tratar de prova obtida por meio il cito De outra banda deve deixar se ao juiz de acordo com o siste ma do livre convencimento dar ao documento o valor que entender cab vel como procederia com qualquer outro meio de prova 7 Coloco me tomado por s ria d vida diante de tal posi o em rela o ao thema Como ser poss vel a valora o de prova que se n o veda da expressamente jamais poder ser normatizada Em consegii ncia da indaga o vejo me levado a uma outra pergunta como colocar a sorte de um feito criminal nas m os das convic es religiosas do magistrado Revista da EMER v 11 n 41 2008 139 Um juiz fosse ele agn stico ou mais ao extremo fosse ele ateu jamais admitiria tal modalidade de prova Por outro v rtice um julgador que fosse adepto da cren a esp rita aceitaria como v lida a psicografia ao argumento de que ela n o expressamente proibida pela lei processual e que vem ao encontro de sua cren a religiosa Restaria a possibi
210. de no princ pio constitucional da liberdade associativa o que desobriga qualquer pessoa de perten 7 Ambos os argumentos acima s o defendidos pelo advogado paulista Nelson Kojranski Posi o radical de ampla receptividade sustenta que basta o fato de ser propriet rio de lote para que seja obrigado a arcar com as despesas de manuten o A simples equipara o de cond mino a propriet rio na falta de regulamenta o legal pr pria nem sempre admiss vel O princ pio da igualdade repele em face dos loteamentos fechados que todos sejam tratados cegamente iguais Enquanto no condom nio edil cio as despesas de condom nio derivam de uma conven o na qual basta a indica o dos percentuais de rateio exatamente por inexistir outras diferen as entre os cond minos essa igualdade n o ocorre com os propriet rios de lotes E prossegue Pode se portanto afirmar com seguran a que n o se pode travestir o loteamento em condom nio A legisla o condominial de ordem substantiva n o tem como lhe possa ser ajustada e muito menos ser aplicada E sic com maior raz o considerar a taxa de conserva o como revestida de obriga o de natureza propter rem Mesmo porque sic at a constitucionalidade da concess o de direito real de uso de legalidade question vel por se tratar de um patrim nio p blico que bem de uso comum do povo E question vel porque a concess o municipal contraria
211. de seus agentes e o regime hier rquico A express o servidor p blico abrange tr s pessoas a o fun cion rio p blico que o servidor que titulariza um cargo sob regi me estatut rio b o empregado p blico que o servidor que titulariza um emprego sob um regime celetista diverso daquele empregado na iniciativa privada e o c contratado em car ter tempor rio que aquele contratado diante de uma situa o excepcional de interesse p blico Atualmente se tem optado por nominar de Agentes Admi nistrativos os antigos funcion rios p blicos Todas as pessoas envolvidas na express o agentes p blicos portanto estar o sujeitas ao poder disciplinar da Administra o S ser o submetidas a san es entretanto quando a infra o for fun cional ou seja infra o relacionada com a atividade desenvolvida pelo agente p blico O exerc cio do poder disciplinar um ato discricion rio visto que o administrador p blico ao aplicar san es poder fazer um ju zo de valores No entanto n o h discricionariedade ao decidir pela apura o da falta disciplinar sob pena de cometimento do cri me de condescend ncia criminal o que n o obriga necessaria mente a aplica o de uma puni o disciplinar ao servidor Sempre 8 CAETANO Marcello Do poder disciplinar no direito administrativo portugu s 1932 p 25 apud CRETELLA JUNIOR Jos Direito Administrativo Brasileiro Rio de Janeiro Forense 1987 v
212. decis o jurisdicional que verificando o n o pagamento no prazo legal imporia atos de coer o e posterior sub roga o com a con 14 Nesse sentido Athos Gusm o Carneiro Do cumprimento da senten a conforme a Lei n 11 232 2005 Parcial retorno ao medievalismo Por que n o in Novas Reformas do C digo de Processo Civil Revista do Advogado AASP 2006 p 23 sustentando que assim na senten a condenat ria por quantia l quida ou na decis o de liquida o de senten a a lei alerta para o tempo iudicati de quinze dias concedido para que o devedor cumpra voluntariamente sua obriga o Tal prazo passa automaticamente a fluir independentemente de qualquer intima o da data em que a senten a ou o ac rd o CPC art 512 se torne exig vel quer por haver transitado em julgado quer porque interposto recurso sem efeito suspensivo Essa a posi o de Humberto Theodoro Jr As novas Reformas do C digo de Processo Civil op cit p 145 afirmando que do tr nsito em julgado que se conta dito prazo pois da que a senten a se torna exequ vel Se por m o recurso pendente n o tiver efeito suspensivo e por isso for cab vel a execu o provis ria o credor poder requer la com as cautelas respectivas sem entretanto exigir a multa Se o tr nsito em julgado ocorre em inst ncia superior em grau de recurso enquanto os autos n o baixarem inst ncia de origem o prazo de quinze dias n o correr por em
213. decis o ou mesmo decis es con tradit rias a respeito de situa o plurissubjetiva que exija tratamen to uniforme a auctoritas rei iudicatae adquirida pela senten a em processo individual que tenha por objeto lide de conte do essencial mente coletivo em raz o da mesma natureza unit ria deve ser es tendida aos eventuais processos iniciados pelos co legitimados tan to os individuais como os do rol legal para a a o coletiva Desta forma se morador ribeirinho exerce o direito de a o em face de ind stria pedindo a condena o do r u na obriga o de abster se de praticar os atos danosos ao rio que margeia a propri edade das partes b condena o do r u na obriga o de fazer con sistente na repara o do meio ambiente e v sua pretens o atendi da a autoridade da coisa julgada adquirida pela senten a neste pro cesso deve atingir n o apenas os processos instaurados pelos de mais legitimados individuais os outros moradores ribeirinhos mas tamb m repita se pelos legitimados a o coletiva Do contr rio firme no alerta do mestre carioca poder haver duas ou mais sen ten as para solucionar uma nica situa o que ademais exige tra tamento uniforme unitariedade Com efeito n o parece razo vel do ponto de vista pr tico que duas ou mais senten as d em solu es diversas para a repara o do dano ambiental Qual delas o r u dever cumprir Os ju zes de eventuais processos subsequen
214. desgaste para o r u que ter de passar por todo um tr mite processual muitas vezes moroso e dispendioso com consegi ncias mal ficas al m de con tribuir se para o assoberbamento dos ju zos de primeiro grau com a es em tr mite cuja sorte j estaria desde o in cio conhecida Desta maneira com todas as v nias s vozes que se levantam em contr rio parece nos que se trata de dispositivo tendente a me lhorar a presta o jurisdicional Todavia h de se cuidar para a ade qua o dos dispositivos necess rios para a correta aplica o do di tame processual a fim de que o mesmo n o se transforme em ins trumento de nega o de direito em vez de servir de meio para a melhoria do sistema jurisdicional Para tanto passa se a apreciar os requisitos para a aplica o do dispositivo 3 REQUISITOS PARA A APLICA O DO ART 285 A DO CPC Para o indeferimento merit rio da inicial exige a lei que a mat ria controvertida seja UNICAMENTE de direito Quanto a este primeiro ponto existem processualistas que v m interpretando es tritamente o dispositivo aduzindo que o mesmo somente encontra aplicabilidade quando os autos versarem sobre mat ria exclusiva mente jur dica Temos entretanto que a melhor interpreta o n o deve ser esta at porque em qualquer caso concreto levado apre cia o judicial existem fatos em questionamento uma vez que os processos n o versam sobre teses abstratas mas sobre problemas reais
215. din ria e por tanto de eventual substitui o processual A legitimidade de agir nas a es coletivas est restrita ao Mi nist rio P blico Uni o aos Estados aos Munic pios ao Distrito Federal s entidades e rg os da administra o p blica direta ou indireta ainda que sem personalidade jur dica especificamente destinados defesa dos interesses e direitos protegidos pelo C digo de Defesa do Consumidor e finalmente s associa es legalmente constitu das h pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos pelo C di go de Defesa do Consumidor Este o rol de legitimados previsto no art 82 da Lei n 8 078 90 C digo de Defesa do Consumidor e no art 5 da Lei n 7 347 85 Lei da A o Civil P blica A legisla o p tria conforme anota Kazuo Watanabe ado tou a f rmula da legitima o ope legis isto restrita s hip teses previstas em lei sem margem de valora o pelo Juiz de eventual legitima o n o prevista em lei O referido autor preferia a legitima o a partir da id ia da adequada representatividade ado tando o sistema norte americano do ope judicis 2 CONSIDERA ES GERAIS SOBRE A ILEGITIMIDADE LEGITIMIDADE DO INDIV DUO PARA A O INDIVIDUAL DE NATUREZA COLETIVA UNIT RIA O exame dos dispositivos legais que delimitam os legitimados ao exerc cio do direito de a o de tutela coletiva implica em constata
216. dministrativo na esp cie pela legalidade e pela garantia da ampla defesa n o h como evocar o princ pio da inoc ncia presumida para refutar suas conclus es Ministro Francisco Rezek Relator MS 20 948 STF in RDA 178 43 44 2 PEREIRA Armando Pr tica do processo administrativo 2a edi o Rio de Janeiro Funda o Get lio Vargas 1966 p 9 Revista da EMER v 11 n 41 2008 221 Ainda assim de ressaltar que aguardar o tr nsito em julgado de senten a penal para declarar os efeitos de um Processo Discipli nar n o medida que resulte de imposi o legal S o usuais deci s es judiciais determinando reingresso de funcion rios demitidos ap s senten a criminal que declara inexist ncia de fato ou negativa de autoria Mas tais decis es judiciais n o cogitam de v cio de ori gem do processo administrativo ou do ato demiss rio porque uma contradi o entre decis es penal e administrativa s tem relevo se e quando sobrevier a absolvi o criminal o que ensina a Jurispru d ncia Da que n o ser ilegal ou sequer inaudita a demiss o de um servidor a bem do servi o p blico com base em PAD que apreciou as implica es ticas de fato t pico penal Embora permane a a possibilidade de reintegra o em decorr ncia de senten a criminal que categoricamente declare a inexist ncia do fato ou negue a au toria imputada ao acusado n o age ilegalmente ou sem motivo a autoridade que decide pela exclus
217. do autor da demanda coletiva fizeram com que se exclu sse a legitima o individual para a tutela dos consumidores a t tulo coletivo Algumas experi ncias vividas no campo da a o popular que tem sido utilizada com alguma fregii ncia como instrumento pol tico de press o e at de vindita serviram tamb m para o perfilhamento da op o legislativa mencionada Os temores que justificaram a negativa da legitima o indivi dual n o guardam coer ncia com o texto constitucional O uso da a o popular como instrumento de press o pol tica ou de vindita fato reconhecidamente verdadeiro n o impediu o legislador consti tuinte de ampliar o rol de bens que podem ser defendidos por meio desta a o constitucional acrescentando entre aqueles previstos na Lei 4 717 65 o meio ambiente e a moralidade administrativa A contradi o evidente pois se o constituinte ampliou as hip teses de utiliza o da a o popular para permitir que o cidad o possa defender os interesses da coletividade cumpria ao legislador ordi n rio n o s regular adequadamente os crit rios de legitima o desta a o a fim de impedir seu uso indevido como outorgar ao indiv duo na orienta o do constituinte legitima o para qualquer outra a o coletiva a ela estendendo os mesmos crit rios da a o popu lar O legislador p trio n o obrou em nenhum dos dois sentidos A legitima o do indiv duo para a a o coletiva ainda suscita
218. do devedor Proce d ncia dos embargos de terceiro ST 3 Turma Ag 9 500 SP AgRe rel Min Nilson Naves j 21 5 9 1 negaram provi mento v u DJU 17 6 91 P 8 208 Esses arestos enfrentaram e resolveram a quest o com juridicidade e adequa o mpares em todos os seus aspectos f ticos e jur dicos Em primeiro lugar os julgadores empregaram a terminologia apropriada em termos de direito privado efic cia ou inefic cia da aliena o em face do credor exeguente porquanto disso que se cuida isto saber se o ato de aliena o deve ou n o produzir efei tos ante a penhora incidente sobre o bem Seria de todo equivoca do ao rev s falar de nulidade da aliena o ou de invalidade da penhora A quest o jur dica em conflito reside justamente em saber que instituto deve prevalecer se a penhora se a aliena o Em segundo lugar eles levaram em conta com todo acerto o tratar se de bem penhorado ap s sua aliena o a terceiro o que induz chamar cola o o tema da boa ou m f do adquirente Com efeito s o radicalmente distintas as hip teses de aliena o pelo 5 THEOTONIO NEGR O e JOS ROBERTO FERREIRA GOUV A C digo de Processo Civil e Legisla o Processual em Vigor ed Saraiva S o Paulo 35 ed 2003 nota 16 ao art 593 THEOTONIO NEGR O e JOS ROBERTO FERREIRA GOUV A ob cit mesma nota 7 THEOTONIO NEGR O E JOS ROBERTO FERREIRA GOUV A ob cit mesma nota
219. dom nio deitado Tais express es buscam indicar aquela modalidade de aproveitamento do solo que n o se subordina ao regime da Lei n 6 766 79 Sua disciplina gen rica est na Lei n 4 591 64 que regulamenta o condom nio e as incorpora es imobili rias especialmente o art 8 Mas loteamento fechado tem sido o termo escolhido por alguns para indicar o loteamento constitu do na forma da Lei n 6 766 79 por ela regido mas que se afasta do loteamento tradicional porque as vias de circula o e os logradouros p blicos que passam ao dom nio p blico t m sua utiliza o assegurada apenas aos propriet rios dos lotes o que se faz mediante permiss o ou concess o de uso Sugerimos que a express o loteamento fechado fique reservada para o loteamento aprovado na forma da Lei n 6 766 79 mas onde o uso das vias de circula o pra as e outros logradouros e espa os livres fica assegurado apenas aos propriet rios e moradores 3 Acerca do tema vale transcrever o coment rio do professor Caio M rio da Silva Pereira ao art 8 da Lei n 4 591 64 Nos ltimos tempos mesmo no regime do Dec n 5 481 de 1928 e ao arrepio da sua letra que condicionava a propriedade horizontal ao n mero de pavimentos e ao material de constru o surgiu a id ia de se fazerem constru es em praias balne rios lugares pitorescos etc que os interessados vinculavam ao mesmo sistema embora n o pudessem invocar a sua tutela A Lei n 4 591 de 1
220. e Janeiro Renovar 1997 p 206 Isso decorre da disciplina unit ria ainda que n o sistem tica das situa es subjetivas Revista da EMER v 11 n 41 2008 163 Uma posi o intermedi ria na doutrina adotada por Jo o Batista Lopes admite ser inafast vel o dever de participa o e rateio das des pesas comuns desde que a associa o traduza a vontade da maioria e seja regularmente constitu da justificando se a cobran a independen temente de regra expressa sob pena de enriquecimento sem causa Por m discordamos da afirma o feita pelo mesmo autor no sentido de que n o admiss vel por simples vontade dos propriet rios de lotes e sem observ ncia da lei converter o loteamento em condom nio em edif cios N o podem ser negadas a efic cia e relev ncia jur dica do condom nio de fato apenas com fundamento nos princ pios do numerus clausus e da tipicidade dos direitos reais Discorrendo sobre a multipropriedade imobili ria Gustavo Tepedino perquire o significado atual do princ pio do numerus clausus diante da evolu o do direito de propriedade e da autonomia privada Admitindo se assim como disposi o imperativa o elenco taxativo de direitos reais concebido pelo legislador resta ain da aberto um significativo espa o deixado autonomia pri vada neste campo Independentemente da natureza contratual ou real atribu da aos respectivos direitos cer to que o ordenamento permit
221. e Direito Civil Rio de Janeiro v 16 p 65 e 69 out dez 2003 2 Alguns par metros normativos para a pondera o constitucional In BARROSO Luis Roberto Org A nova interpreta o constitucional pondera o direitos fundamentais e rela es privadas 2 ed Rio de Janeiro Renovar 2006 p 57 59 2 NEVES Jos Roberto de Castro O enriquecimento sem causa dimens o atual do princ pio do direito civil In MORAES Maria Celina Bodin de Princ pios do direito civil contempor neo Rio de Janeiro Renovar 2006 p 220 168 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Civil em cujos termos as despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um cond mino ou de alguns deles incumbem a quem delas se serve Se determinado morador n o se vale dos servi os de seguran a n o pode ser compelido a custe los prevalecendo no caso concreto a liberdade de associa o Por fim numa terceira fase decis o ser o examinados con juntamente os diferentes grupos de normas e a repercuss o dos fa tos sobre eles a fim de apurar os pesos que devem ser atribu dos aos diferentes elementos em disputa Al m de definir que o grupo de normas deve prevalecer faz se necess rio decidir qu o intensamente aquele e a solu o por ele indicada deve preponderar em detrimen to dos demais Deve prevalecer no caso o princ pio que condena o enrique cimento sem causa tendo em vista n o somente os benef cios pro porcionado
222. e cabendo a aplica o do dispositi vo em caso de perfeita similitude sob pena de afronta ao princ pio da isonomia e da pr pria seguran a jur dica que o dispositivo tam b m pretende alcan ar Observe se que se a parte entende que seu caso apesar de similar diferencia se de casos anteriormente julgados dever at por medida de cautela expor na pr pria inicial os pontos de distin o o que indica necessidade de tamb m ser feito um ju zo pr vio de compara o com casos paradigma eventualmente julgados no mbito daquela circunscri o territorial Neste mesmo sentido a li o de Humberto Theodoro Junior indispens vel que a quest o de direito suscitada na nova demanda seja exatamente a mesma enfrentada na senten a anterior As causas identificam se pelo pedido e pela causa de pedir Se a tese de direito for a mesma mas a pretens o diferente n o se pode falar em casos id nticos para os fins do 7 THEODORO JUNIOR Humberto As novas reformas do C digo de Processo Civil Rio de Janeiro Forense 2006 p 17 118 Revista da EMER v 11 n 41 2008 art 285 A Da mesma forma n o ocorrer dita identidade se mesmo sendo id ntico o pedido os quadros f ticos descritos nas duas causas se diferenciarem 8 Encontrando identidade entre os casos poder o juiz proferir desde logo senten a de improced ncia Afirma a lei que dever reproduzir o teor da senten a anteriormente prolatada Doutr
223. e com algu m Falamos sempre em uma determinada circunst ncia Falamos sempre a respeito de um tema Esse entorno do discurso nos leva sempre a adequar a nossa linguagem pessoa que nos ouve ou pessoa que nos l uma caracter stica da linguagem que se chama alteridade Seja qual for o enfoque oferecido mat ria um ponto comum aproxima os fatos que parecem t o dispersos na linha cient fica a necessidade de comunica o Para este particular cumpre trazer tona diferenciais inarred veis da evolu o ling stica mesmo que n o haja palavra adequada atrav s de sinais ou sons algu m pode se comunicar com algu m n o raro criando termos e express es populares que dependendo da aceita o acabam por integrar o 2 Confer ncia proferida em 6 5 2005 na abertura do projeto Justi a aos Imortais Encontros Liter rios realizados pelo Cultural EMER Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro Transcrito na Revista da EMER Vol 8 n 32 2005 p 18 20 Revista da EMER v 11 n 41 2008 65 vocabul rio oficial e at logrando promo o para os escal es supe riores do falar culto Este fen meno tem sido descrito com a expres s o do ingl s upgrade Nesta linha de desenvolvimento importa trazer ao debate um fator que para o exerc cio da comunica o em geral introduz difi culdades e desafios para os que se servem da l ngua atrav s de canais reservados a atividades profissio
224. e conhecimento e o de execu o no tocante s hip teses em que se fa a imprescind vel um suplemento de atividade judicial para converter o decisum em realidade deixada parte ademais a disciplina da execu o fundada em t tulo extrajudicial Ter da resultado ao que tudo indica a decis o de retra ar as fron teiras entre o Livro I e o Livro II do texto primitivo v rias das dispo si es constantes do antigo Livro Il foram deslocadas com as devi das altera es para o Livro onde se incorporaram na maioria aos Cap tulos IX Da liquida o da senten a e X Do cumprimento da senten a do T tulo VIII Desde logo mister reconhecer que o deslocamento melho rou em mais de um ponto a estrutura do C digo A liquida o da 20 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Z senten a por exemplo nunca estivera bem situada no Livro II j que regulava e regula atividade substancialmente cognitiva sim ples complementa o da decis o cujo conte do ela passa a inte grar O mesmo se dir das disposi es relativas s senten as que julgam procedente pedido de condena o do r u a emitir declara o de vontade Em nosso ordenamento com a bvia ressalva de condena es acess rias n o preciso nem cab vel suplemento algum de atividade ordenada efetiva o dessas senten as uma vez transitadas em julgado elas produzem por si s s efeitos iguais aos que produziria o adimplemento do dev
225. e considerava a inconstitucionalidade da veda o progress o de regime por vio la o a garantia constitucional de individualiza o da pena artigo 5 LXVI da Constitui o da Rep blica de 1988 No entanto todos os pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal que envolveram essa quest o foram feitos atrav s de Recur so Extraordin rio ou de habeas corpus Como se sabe as decis es proferidas tanto em Recurso Extra ordin rio quanto no citado rem dio constitucional t m efeito ape nas inter partes Vale dizer em nenhuma oportunidade o rg o m ximo do Poder Judici rio declarou a inconstitucionalidade da veda o pro gress o de regime por meio de uma a o direta de inconstitucionalidade ADIn o que teria o cond o de atingir a todas as pessoas 106 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Sequer o Supremo Tribunal Federal se fez valer do comando constitucional previsto no artigo 52 X da Carta Magna Por conta disso for oso reconhecer que o antigo par grafo primeiro do artigo 2 da Lei n 8 072 90 permaneceu em vigor at o in cio da vig ncia da Lei n 11 464 07 Isso porque tecnicamente uma lei apenas deixa de vigorar quando declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em controle concentrado ou quando revogada por uma nova lei Repise se que simples e eventuais declara es de inconstitu cionalidades operadas em controle difuso n o t m o poder de ex pelir do mund
226. e de enunciado de princ pio do processo penal N o atenta contra essa garantia a instaura o de processo administrativo para apurar responsabilidade diversa que o mesmo fato enseja Por isso falso o entendimento de que sem uma senten a condenat ria fica impedido o processo administrativo para julgar a repercuss o moral de fato t pico penal conforme vem assentando a jurisprud n cia CONCLUS ES ACERCA DA COMUNICABILIDADE DE INST NCIAS Constata se que o princ pio da comunicabilidade de inst nci as n o motiva a autoridade administrativa a deixar de instaurar o 19 CRETELLA J NIOR Jos Coment rios Constitui o Brasileira de 1988 volume Rio de Janeiro Forense Universit ria 1990 p 536 20 Processo administrativo disciplinar Demiss o do Servi o p blico ap s regular procedimento administrativo em que suas regras espec ficas foram observadas Insubordina o do procedimento administrativo ao processo criminal Autonomia das responsabilidades civil disciplinar e criminal e de suas respectivas san es Lei n 1 711 52 art 20 e Decreto n 59 310 66 art 369 Ementa Alega o impetrante que n o ficaram provadas a materialidade e autoria da falta disciplinar que o procedimento administrativo deveria ser suspenso enquanto n o formalizada a acusa o na esfera criminal j que ele se baseia em pena de demiss o no il cito penal e que houve cerceamento da defesa por indeferimento de dilig ncias que
227. e esta concep o perde diariamente terreno frente da doutrina mais recente que resiste a ver na senten a uma pura opera o l gica e no juiz um ser inanimado que n o pode moderar nem a for a nem o rigor da lei segundo o apotegma de Montesquieu Esta forma de pensar do grande autor uruguaio n o o dispen sava de conceber que a senten a tem por sem d vida uma l gica que lhe particular e que dela n o pode ficar ausente Ali s para as nossas finalidades vale repetir que Couture ap s chamar a aten o para o fato de que na busca da verdade o juiz atua como um verda deiro historiador investigador dos fatos hist ricos admite que a le gisla o processual de muitos pa ses das Am ricas descreve t o minuciosamente a forma da senten a impondo aos ju zes uma or dem t o presa ao formulismo segundo modelos cl ssicos que aca ba por dar s decis es um estilo arcaico que n o contribui para a compreens o do povo Diante dessas circunst ncias era de se prever que ao longo da evolu o do processo como ci ncia mat ria aut noma os te ricos emprestassem a este fator o conjunto de regras que o torne padronizado disciplinado organizado limitado dentro de crit rios que os especialistas identificam como emana es de princ pios pres supostos e requisitos que como ensinou o mestre uruguaio eleva o ao resultado que se origina da opera o a que la doctrina llama formaci n o g nesis l gica de
228. e hoje quase regra geral Por isso o elemento da boa f passou a ser arg ido e discu tido em tais execu es como dado crucial para ensejar a constri o Na justi a comum a jurisprud ncia mostra se oscilante po r m o mais das vezes adotam se temperamentos exeguibilidade sobre bens de terceiros teor do que se colhe dos seguintes ac rd os N o eficaz a aliena o feita a terceiro que de boa f adqui re o bem de um sucessor do devedor embora contra este cor resse a o de cobran a capaz de reduzi lo insolv ncia se dela o comprador n o tinha conhecimento ST 42 Turma 3 HUMBERTO THEODORO J NIOR Processo de Execu o LEUD S o Paulo 6 ed 1981 p 153 HUMBERTO THEODORO JUNIOR ob cit p 169 128 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Resp 185 813 MG rel Min Ruy Rosado 5 11 98 deram pro vimento v u DJU 1 2 99 p 214 Ainda que se admita que ineficaz a aliena o de bem penho rado mesmo n o registrada a penhora o mesmo n o sucede quando feita por terceiro que n o o executado Necessidade de amparar aquele que n o tendo adquirido o bem do deve dor agiu de boa f STJ RJ 669 186 Neste sentido STJ RT 691 190 RT 720 142 JTAERGS 102 2608 Execu o Aliena o de bem penhorado n o estando regis trada a penhora No caso da aliena o do bem j por um ter ceiro imp e se resguardar a boa f estando comprovada do adquirente por n o ter adquirido o bem
229. e o estabelecimento de situa es jur dicas com efic cia real que traduzem normativa convencional tendo de se sujeitar a um controle de legitimidade sob pena de se estipularem verdadeiros direi patrimoniais como observa o mesmo autor op cit p 202 das situa es subjetivas patrimoniais poss vel apresentar uma elabora o unit ria mesmo que n o sistem tica considerando que ainda deve ser reconstru da uma disciplina comum da rela o patrimonial Esta n o pode ser identificada com aquela das obriga es nem com aquela dos direitos reais Nenhuma das duas disciplinas constitui de forma exclusiva o direito comum das rela es e das situa es patrimoniais que possa ser concebido como a s ntese da disciplina de todas as rela es patrimoniais g n 18 Condom nio 9 ed S o Paulo Revista dos Tribunais 2006 p 197 Ibidem p 196 Nas palavras do mesmo autor ibidem p 198 Ja cobran a dos encargos n o pode fundar se no art 1 336 do novo C digo Civil uma vez que n o se cuida de condom nio edil cio mas sim no princ pio geral de direito que veda o enriquecimento sem causa De qualquer modo por m a introdu o de inova es exige a concord ncia da unanimidade dos propriet rios dos lotes j que n o existindo condom nio edil cio n o h quanto a esse ponto como invocar a for a das delibera es assembleares 2 MATTIETTO Associa o op cit p 77 Em sentido contr rio a posi
230. e o feito pelo rito da a o coletiva a senten a proferida em tal processo teria n o apenas efic cia sobre todas as situa es individuais inseridas na situa o plurissubjetiva global o que j seria natural e pr prio do fen meno da unitariedade mas a respeito dela haveria a possibilidade de se constituir coisa julgada erga omnes em raz o do disposto no art 16 da Lei da A o Civil P blica 34 MANCUSO Rodolfo de Camargo Interesses Difusos S o Paulo RT 2000 p 225 35 Vale registrar novamente que a senten a proferida em processo individual que tenha por objeto situa o de natureza plurissubjetiva unit ria provavelmente conter dispositivo cujos efeitos ser o em parte limitados s partes e em parte erga omnes Assim naquilo que decidir especificamente situa o individual como a repara o dos preju zos com a perda de animal ou de lavoura ter efeito apenas entre as partes de outra sorte naquilo que decidir a respeito da situa o plurissubjetiva unit ria ter efeito erga omnes 264 Revista da EMER v 11 n 41 2008 A solu o proposta por Barbosa Moreira para as a es sujeitas ao fen meno da unitariedade restaria absorvida pela presente solu o de se submeterem as a es individuais que veiculem pedido de natureza coletiva ao rito das a es coletivas O processamento da a o individual pelo rito da a o coleti va implica em se admitir que excepcionalmente o indiv duo tem le
231. e pode falar em interpreta o como ato de conhe cimento ou ato de vontade No primeiro caso parte se da pre missa de que o texto possui uma unidade de sentido que encontra abrigo na vontade do legislador no segundo ao rev s reconheci da a impossibilidade de se atribuir um sentido claro e un voco ao texto e aos seus mentores n o bastando o mero conhecimento de algo previamente ultimado sendo necess ria a consciente forma o do que anteriormente fora apenas delineado Acres a se que a norma constitucional apesar de individuali zada a partir de um texto sofre a influ ncia de outros textos e de outras normas igualmente integrantes do sistema Uma disposi o constitucional n o pode ser concebida como uma part cula isolada insuscet vel de influ ncia do exterior e impass vel de influenci lo Integra uma unidade existencial a Constitui o e ser direcionada por essa unidade no processo de delineamento da norma Essa constata o tamb m contribui para demonstrar a inviabilidade da ideologia est tica pois a intera o das disposi es e das normas do sistema impede a manuten o do seu sentido original sempre que 51 J rzy Wr blewski Constituci n y teor a p 76 Thomas Paine em obra escrita no final do S culo XVIII ao discorrer sobre a imutabilidade de determinadas disposi es constitucionais proferiu senten a que bem sintetiza as cr ticas ideologia est tica nunca existiu nunca exist
232. e se determinem seus direitos e obriga es de natureza civil trabalhista fiscal ou de qualquer outra natureza art 8 item I do Pacto de San Jose da Costa Rica grifo nosso Revista da EMER v 11 n 41 2008 113 A quest o da celeridade da tramita o dos feitos preocupa o concreta at porque efetivamente se reconhece que o maior problema da Justi a a lentid o N o se imagine por m que o problema da lentid o da Justi a seja uma quest o exclusivamente nacional Ao contr rio trata se de quest o recorrente inclusive nos pa ses europeus sendo certo que frequentemente a Fran a censu rada pela Corte de Haia pela morosidade no tr mite processual Foi dentro do objetivo de inserir no direito brasileiro mecanis mos para garantir a celeridade processual que foram levadas a cabo as reformas processuais de 1994 1998 2001 2002 e agora as re formas de 2005 e 2006 com a edi o das Leis 11 187 05 11 232 05 11 276 06 11 277 06 11 280 06 e 11 341 06 2 DO DISPOSITIVO DO ART 285 A DO CPC Talvez o mais pol mico dos dispositivos trazidos pelas refor mas processuais seja o novel art 285 A do CPC inserido no CPC pela Lei 11 277 de 2006 em vigor desde maio de 2006 que possibi lita ao juiz o indeferimento da inicial com julgamento liminar da improced ncia do pedido em se tratando de caso id ntico a outros que foram pelo ju zo julgados improcedentes Inicialmente parece haver equ voco na
233. e tange forma de implemento da obriga o do devedor cir cunst ncia que em aten o ao princ pio da conserva o dos con tratos justifica a analogia O leasing uma loca o financeira envolvendo frui o e aquisi o j a aliena o fiduci ria contrato acess rio que visa constitui o da propriedade fiduci ria para garantia de financiamento Entretanto ambos t m em comum Revista da EMER v 11 n 41 2008 227 3 1 Estrutura e fun o do contrato de financiamento com garantia real Com efeito a concess o de financiamento ou o parcelamento de certo pagamento configura concess o de cr dito no seu mais amplo sentido opera o que necessariamente precedida de an lise do cadastro e da renda do solicitante do cr dito com base nesse exa me que se fixa o limite da opera o considerada a capacidade de pagamento do pretendente a partir do exame desses dados que o credor estabelece as demais condi es do financiamento O valor das presta es mensais e o prazo do contrato s o esta belecidos em estrita conformidade com a capacidade de pagamento do tomador isto dentro de um limite considerado suport vel em rela o sua renda Com efeito o financiamento e o consequente parcelamento do pagamento t m como bvio pressuposto a incapa cidade do tomador de pagar integralmente o pre o de uma s vez Por isso que precisa do financiamento e do parcelamento e esse mesmo pressup
234. ecente decis o do Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul Por acordo os alimentos foram estipulados em dois sal rios m nimos e mais despesas de edu ca o quando o genitor recebia somente de sal rio doze mil reais al m de possuir rendimentos outros Da o pedido revisional Ora impedir o reequacionamento em obedi ncia coisa julgada per petuar a injusti a que o acordo consolidou Disp e o filho do direito de usufruir as mesmas condi es de vida do genitor O acordo desa tendeu ao interesse do filho com o que inclusive sequer poderia a m e ter concordado Por tais fundamentos que a maioria invocan do a primazia do princ pio da proporcionalidade sobre a coisa julgada procedeu necess ria equaliza o do valor dos alimentos fixando os de forma proporcional aos ganhos do genitor Sobre a imutabilidade da coisa julgada pairam princ pios ou tros que justificam a perene possibilidade de os alimentos serem re visados Ainda que haja coisa julgada em sede de alimentos pre valece a necessidade de impor o atendimento a diretrizes mais rele vantes N o pode a Justi a favorecer quem age de m f e descumpre o dever de lealdade processual Sobretudo n o pode ser conivente 13 ALIMENTOS REVIS O PRINC PIO DA PROPORCIONALIDADE COISA JULGADA Fixados os alimentos desatendendo ao princ pio da proporcionalidade cab vel sua revis o ainda que n o tenha ocorrido altera o no bin mio possibilidade
235. ecis o lhe ser necessari amente favor vel 8 THEODORO JUNIOR Humberto Ob Cit p 16 Revista da EMER v 11 n 41 2008 119 O argumento de que a hip tese excepcional pois gerar coisa julgada material sendo ent o necess ria a cientifica o do r u n o resiste a um aprofundamento na quest o que n o ser este o nico caso em que se formar coisa julgada material sem participa o do r u Por op o legislativa no direito brasileiro prescri o e deca d ncia s o consideradas mat rias merit rias e seu reconhecimento levam solu o merit ria da quest o art 269 inciso IV do CPC Ora desde que o CPC entrou em vigor possibilita se ao julgador o indeferimento da inicial por reconhecimento de plano da prescri o e da decad ncia cabendo lembrar que ap s a Lei 11 280 06 prescri o passou a ser mat ria cognisc vel de of cio pelo julgador Assim de h muito que o juiz ao reconhecer de plano na cabe a da inicial a exist ncia de decad ncia ou prescri o indefe ria a inicial sendo o feito encerrado com exame de m rito forman do se assim coisa julgada material e em momento algum revolu es levantaram se contra a n o cita o do r u na quest o Mais uma vez podemos nos valer das li es de Theodoro Junior quando afirma que Em tais esp cies perfeitamente poss vel limitar o julgamento quest o de direito sem risco algum de preju zo para o de
236. edor Era o que estatu am os antigos arts 639 a 641 de inser o clamorosamente heterot pica no Livro Il em boa hora transferidos para lugar adequado Cap tulo VIII Se o do T tulo VIII do Livro e com melhor seria o a partir do dispositivo mais geral art 466 A para o mais especial art 466 C T m se destarte dois conjuntos de disposi es um inserto no Livro I arts 475 A e segs outro no Livro Il arts 566 e segs Abran ge o primeiro bloco as regras concernentes liquida o e ao cha mado cumprimento da senten a respectivamente Cap tulos IX e X do T tulo VIII do Livro o segundo na maior parte as referentes execu o fundada em t tulo extrajudicial N o se trata no entanto de compartimentos estanques como se ver n o faltam superposi es e contamina es rec procas e o pr prio texto refor mado expressis verbis manda aplicar subsidiariamente ao cum primento de senten a no que couber as normas que regem o pro cesso de execu o de t tulo extrajudicial art 475 R Para usar sem quebra do devido respeito express o popular os operadores do di reito precisar o trabalhar com um olho no padre outro na missa S o evidentes os riscos e fora bem melhor sem embargo das temi das dificuldades na tramita o de projeto mais extenso no Congres 1 Tomamos a liberdade de remeter o leitor inclusive para outras indica es bibliogr ficas ao nosso artigo Aspecto
237. egitimar a sua pris o A Ministra relatora iniciou o seu voto realizando uma ampla exposi o das circunst ncias f ticas subjacentes ao caso conferin do especial nfase ao preocupante quadro de anormalidade institucional que se instalara no Estado de Rond nia a todos os De putados Estaduais estavam sendo investigados pela sua participa o no crime organizado b a organiza o havia cooptado mem bros das principais estruturas de poder do Estado inclusive o Presi dente do Tribunal de Justi a e membros do Tribunal de Contas e c al m de desviar recursos p blicos os membros da organiza o condicionavam a produ o normativa obten o de benesses A alegada incompet ncia do Superior Tribunal de Justi a foi de pronto afastada isto porque alguns membros da organiza o 200 Revista da EMER v 11 n 41 2008 criminosa deveriam ser julgados perante esse rg o o que exercia uma vis atractiva em rela o a todos os demais No que concerne alegada viola o ao estatuto protetivo da imunidade parlamentar a Ministra reconheceu que a decis o da intitulada autoridade coatora apesar de destoar do claro sentido das regras constitucionais invocadas era plenamente justificada pelas circunst ncias do caso harmonizando se com as demais normas do sistema Em seu voto afirmou a Ministra que a Constitui o ao mesmo tempo em que assegura a imunidade relativa dos parlamentares o que feito em benef cio do eleit
238. eiros e nacionais investiam na produ o de bens Exclu am a produ o de m quinas e equipamentos porque i aos estrangeiros interessava manter a economia brasilei ra dependente da economia dos seus pa ses ii aos nacionais inte ressava a produ o de bens de consumo por ser menos dispendiosa ter mercado interno e assegurar bons lucros Como n o havia leis protetoras da classe trabalhadora institutos de previd ncia e assis t ncia social nem esp rito humanit rio da classe patronal os oper rios recebiam sal rios baixos trabalhavam at 16 horas por dia as fam lias moravam em casas sem conforto casebres ou corti os pagavam aluguel abusivo alimentavam se mal e careciam de cui dados com a sa de e higiene Crian as e adolescentes submetiam se ao mesmo regime de trabalho dos adultos Ante as p ssimas con di es de vida os oper rios come aram a reagir e a promover gre ves como a de S o Paulo em 1917 que come ou na capital e se espalhou para o interior e para fora do Estado com quebra quebra saques tomada de bondes al m da inatividade das f bricas e dos transportes ferrovi rios O pleito dos grevistas era por melhor pa dr o de vida sal rios condi es de trabalho qualidade dos alimen tos redu o dos pre os dos bens de primeira necessidade e do valor do aluguel da moradia Da classe oper ria faziam parte os imigran tes entre os quais anarquistas italianos espanh is e portugueses experient
239. eito de a o e a natureza do provimento jurisdicional O exerc cio do direito de a o est sujeito no entanto ao preenchimento de requisitos b sicos sem cuja presen a o rg o jurisdicional n o estar em situa o de enfrentar o lit gio e dar s partes uma solu o que componha definitivamente o conflito de interesses 1 Parte consider vel da doutrina entende que a a o n o um direito mas um poder A discuss o a respeito desta quest o n o se afigura relevante para o tema em exame neste cap tulo de modo a indicar que a mesma deva ser tratada nesta obra 2 CINTRA Ant nio Carlos de Ara jo GRINOVER Ada Pellegrini DINAMARCO C ndido Teoria geral do processo S o Paulo RT 1979 p 219 3 THEODORO J NIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil Rio de Janeiro Forense 2005 p 62 Revista da EMER v 11 n 41 2008 235 A estes requisitos a doutrina tem denominado condi es da a o conceituadas por Arruda Alvim como categorias l gico jur dicas existentes na doutrina e muitas vezes na lei como clara mente o caso do direito vigente mediante as quais se admite que algu m chegue obten o da senten a final A legisla o p tria conforme anotado por Arruda Alvim aco lheu as condi es da a o nos seguintes termos Art 267 Extingue se o processo sem julgamento do m rito VI quando n o concorrer qualquer das condi es da a o como a possibilidade jur dic
240. eito e acatamento do programa e objetivos do partido s regras de seu estatuto cum primento de seus deveres e probidade no exerc cio dos mandatos bem como a aceita o das decis es tomadas pela maioria de seus filiados e militantes Ainda segundo o mesmo autor o ato indisciplinar mais s rio o da infidelidade partid ria que se manifesta de dois modos a oposi o pela atitude ou pelo voto a diretrizes legitima mente estabelecidas pelo partido e o apoio ostensivo ou disfar ado a candidatos de outra agremia o Al m das duas hip teses relacionadas pelo insigne constitucionalista n o se pode deixar de reconhecer tamb m como infidelidade o fato de o candidato eleito se desligar do partido As constantes trocas que se verificam imediatamente ap s as disputas eleitorais tendo como protagonistas os parlamentares re c m eleitos as quais com raras e honrosas exce es s o motiva das n o por quest es ideol gicas mas por inconfess veis interesses particulares constituem espet culos deprimentes que debilitam os partidos e desqualificam os envolvidos Com efeito ao migrar para outra agremia o acabam eles por desrespeitar a escolha do elei tor que bem ou mal ainda que mirando a pessoa do candidato votou na legenda partid ria E isto porque em tese ao escolher seu representante o eleitor se baseia nas id ias apresentadas as quais devem estar sintonizadas com a linha estabelecida pelo partido Certamente
241. eja por causa de anulabilidades mas tamb m em ra z o de nulidades do testamento Caso tais prazos transcorram sem qualquer manifesta o das partes legitimadas as nulidades 152 Revista da EMER v 11 n 41 2008 em refer ncia se convalescer o contrariando a suposta regra ge ral ora em an lise Por outro lado h hip teses inversas ou seja de anulabilidades que n o possuem tempo certo para serem arg idas o caso da disposta no art 1 601 do C digo Civil segundo o qual a a o de contesta o de paternidade dos filhos nascidos de sua mulher imprescrit vel com rela o ao marido sem qualquer ressalva quan to aos motivos Portanto pode essa a o ser fundada em erro dolo ou coa o por exemplo causas de anulabilidade segundo o art 171 do C digo Civil 5 IMPOSSIBILIDADE ATUAL DE UMA TEORIA GERAL DAS INVALIDADES Como se v a grande maioria dos crit rios integrantes do que aqui se chamou de teoria geral cl ssica das invalidades reconhe ce bastantes exce es muitas vezes previstas no pr prio C digo Civil outras em legisla es esparsas Tal circunst ncia suficiente para descaracterizar aquela constru o doutrin ria enquanto uma teoria geral pertinente uma vez que a utilidade que ela possa ofere cer depende como visto de sua aplicabilidade a todas as situa es poss veis N o h raz o para se insistir em uma teoria geral que n o exima seus analistas de investigar caso a caso
242. ejudicou DELGADO Maur cio Godinho Curso de Direito do Trabalho S o Paulo LTr 2004 p 74 150 Revista da EMER v 11 n 41 2008 4 3 Atua o jurisdicional No tocante possibilidade de declara o de of cio das nulida des por parte dos magistrados ao contr rio das anulabilidades que sempre demandariam provoca o dos legitimados tamb m uma conclus o decorrente do art 168 do C digo Civil mais especifica mente de seu par grafo nico Desse modo aqui tamb m vale a observa o feita anteriormente no sentido de que tal dispositivo le gal n o tem aplicabilidade irrestrita no Direito Privado E uma de monstra o dessa circunst ncia a previs o do art 1 549 do mes mo C digo Civil que disp e que somente por a o direta ou seja jamais de of cio que pode se dar a decreta o da nulidade do casamento pelos motivos expostos no art 1 548 4 4 Efic cia da declara o judicial Acerca desse crit rio de distin o que conforme menciona do defende efeitos retroativos apenas declara o de nulidades o que surpreende que ainda seja colocado e por tantos estudiosos mesmo n o havendo qualquer base para tanto An lise cuidadosa do C digo Civil mostra n o s que a declara o de anulabilidades pode tamb m ser retroativa como h hip teses de nulidades que mesmo declaradas por senten a continuam a gerar efeitos Desde 1916 o art 158 do C digo Civil ent o promulgado
243. elos princ pios b sicos norteadores do direito penal que sempre assumir uma posi o subsidi ria no exerc 5 Art 52 XXXIX da CR 1988 184 Revista da EMER v 11 n 41 2008 cio do poder sancionador do Estado j que este como visto deflui de uma origem comum e as normas penais em raz o de sua maior severidade outorgam garantias mais amplas ao cida d o A quest o ora estudada longe de apresentar import ncia me ramente acad mica possui grande relevo para a fixa o do rito a ser seguido e para a identifica o do rg o jurisdicional competente para processar e julgar a lide j que parcela consider vel dos agen tes mprobos goza de foro por prerrogativa de fun o nas causas de natureza criminal Identificada a natureza c vel das san es a serem aplicadas inafast vel ser a utiliza o das regras gerais de compet ncia nas a es que versem sobre improbidade administrativa o que culmi nar em atribuir ao Ju zo monocr tico verbi gratia o processo e o julgamento das causas em que o Presidente da Rep blica o Procu rador Geral da Rep blica Senadores Deputados Federais Pre Nos crimes comuns o Prefeito ser julgado perante o Tribunal de Justi a art 29 X da CR 1988 os membros do Congresso Nacional perante o Supremo Tribunal Federal art 102 b da CR 1988 o Governador e os membros dos Tribunais Regionais Federais Regionais do Trabalho e de Justi a perante o Superio
244. em maior agilidade e efi c cia junto decis o proferida Haveria aqui o chamado corte na base da legitimidade da parte que justificaria a natureza jur dica da senten a proferida como exe cutiva Jato sensu Ora mesmo que o juiz ao final de sua decis o explicite que desde j estaria o R u obrigado a cumprir a obriga o de pagamen to de soma em dinheiro consignada no respectivo decisum tal sen ten a n o deixa de ser caracterizada como condenat ria pois o fato de existirem meios executivos posteriores decis o que a a serem descontados em folha de pagamento s referentes s presta es de obriga es de fazer infung veis Em todas as senten as o credor se utilizar de medidas de coer o frente ao obrigado mas nunca ter de valer se de execu o for ada a fim de obter a presta o que fora objeto da senten a condenat ria Segundo Humberto Theodoro Jr As novas Reformas do C digo de Processo Civil Rio de Janeiro Forense 2006 p 127 128 n o h distin o pelo objeto entre as senten as ditas executivas e mandamentais diante da senten a condenat ria pois todas se referem a acertamentos de direitos violados e san es correspondentes A diferen a n o estava no ato de sentenciar mas apenas na forma de operar os efeitos condenat rios Quando se classificavam as senten as em declarat rias constitutivas e condenat rias sempre se levava em conta o objeto o conte do do ato decis rio J quando
245. enat ria Se a carga preponderante da atividade jurisdicional dada perante a senten a prolatada que caracterizar sua natureza jur di ca segundo Pontes de Miranda ent o essa for a maior que nas condenat rias permitir sua classifica o E qual a carga imperativa de uma senten a condenat ria Ser a obriga o reconhecida pelo ju zo e a determina o de seu adimplemento associada aus ncia de atividade executiva pos terior demandando assim execu o ex intervalo Se o n cleo da decis o se volta ao pedido efetivado pelo Au tor veremos que exatamente este n cleo que imprimir a imposi o estatal que exalta em uma condena o consubstanciada em uma obriga o a ser cumprida pois esta a vontade da lei aplicada ao caso concreto pelo Estado que determina a senten a A forma de cumprimento desta vontade caracteriza se como atividade complementar e consegii ncia da atividade principal j operacionalizada pela jurisdi o qual seja a de condenar o venci do no cumprimento de sua obriga o traduzindo se a execu o e os meios por ela efetivados sejam diretos ou indiretos como efeitos jur dicos pr ticos derivados da condena o natureza rotulando a de executiva ou mandamental Mais para alguns como decorr ncia desta ltima afirma o existe acesa pol mica na doutrina quanto a uma senten a que estabelece um facere non facere ou um dare poder cumprir se por processo de execu
246. endo se o Decreto lei 911 69 omisso quanto purga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas 3 A GARANTIA DO DIREITO PURGA O DA MORA A omiss o entretanto n o afasta a possibilidade da purga o sobretudo considerando se a estrutura e a fun o do contrato de fi nanciamento para aquisi o de bens de consumo dur veis e a prio ridade que o direito confere manuten o do contrato Com efeito a par da prioridade que se confere manuten o do contrato at mesmo em caso de onerosidade excessiva C digo Civil artigo 479 a mora em contratos dessa esp cie enseja a possi bilidade de purga o circunst ncia que faz convalescer o contrato s se admitindo a resolu o depois de esgotadas todas as oportuni dades de emenda da mora 226 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Efetivamente apesar de a d vida ser considerada una o direito positivo consagrou a purga o mediante pagamento das parcelas vencidas em aten o fun o econ mica e social do contrato de cr dito e de venda com pagamento parcelado sobretudo os que envolvam situa es de maior densidade social Disso s o exemplos o Decreto lei 745 69 que assegura ao promitente comprador em mora o pagamento das pres ta es vencidas e a Lei n 9 514 97 pela qual a condi o resolut ria do contrato de aliena o fiduci ria s se considera implementada se o de vedor notificado n o pagar as presta es vencidas Em ambos
247. ent o que semelhantemente s demais hip te ses de indeferimento da inicial esta apela o ter efeito misto ou iterativo eis que possibilitado o ju zo de retrata o A apela o deve ser oposta no prazo de 15 dias devidamente preparada seguindo se todos os preceitos atinentes apela o tra dicional Recebendo a far o juiz inicialmente o ju zo de admissibilidade da pe a podendo negar seguimento ao recurso caso ausente um dos pressupostos de admissibilidade recursal inclusive utilizando se do dispositivo do art 518 1 do CPC n o ser recebi da a apela o quando a senten a estiver lastreada em s mula do STJ ou do STF aplicando assim a s mula impeditiva de recurso Feito o ju zo de admissibilidade positivo poder o juiz refor mar a senten a caso em que a inicial ser admitida e seguir o processo seu curso habitual Mantida por m a senten a n o subi r o os autos automaticamente ao Tribunal como s i acontecer nas demais hip teses de indeferimento da inicial nos termos do art 296 do CPC exigindo a lei que seja o r u citado para responder ao recur so retomando ent o a pr tica anterior Lei 8 952 94 2 Caso seja mantida a senten a ser ordenada a cita o do r u para responder ao recurso O r u citado assim para responder ao recurso O prazo por conseguinte n o o correspondente ao prazo de defesa na a o em curso mas sim O prazo para contra raz es m
248. entir ser confi vel para o advogado e para o jurisdicionado O pior por que pode passar um Juiz deixar de ser acreditado Hoje devemos tra 292 Revista da EMER v 11 n 41 2008 balhar para restaurar a autoridade um princ pio de conduta que vem sendo solapado Se quisermos manter a autoridade temos que nos responsabilizar pelos nossos erros N o tomei esta decis o buscando algo de extraordin rio Meu compro misso com o Poder Judici rio com a Justi a e com a socie dade para os quais prestamos nosso servi o Da correspondente Ana Tronfi em Comodoro Rivadavia para o jornal argentino La Nacion Revista da EMER v 11 n 41 2008 293
249. er acrescida ao valor principal da condena o a ser im posta a partir do d cimo sexto dia ou exatamente do primeiro dia ap s o decurso do prazo legal dirigido ao vencido conforme o art 475 do C digo de Processo Civil Somente ap s decorrido esse prazo e da atividade ex officio desenvolvida pelo juiz arbitrando a multa ter amos a presen a do credor que daria prosseguimento ao cumprimento requerendo a expedi o de mandado de penhora e avalia o e apresentando sua conta na forma da parte final do mesmo diploma legal Achados os bens suficientes para iniciar se a fase de expropria o e satisfa o e efetivado o auto de penhora o advogado do devedor restar inti mado para a apresenta o de eventual impugna o na forma do par grafo primeiro do art 475 Ser que ent o toda a senten a que condene o devedor a pagar quantia certa dever trazer em sua parte dispositiva o corte na base da legitimidade que preponderantemente justificaria a efi c cia executiva lato sensu a determina o do pagamento atu alizado da d vida dentro do prazo de 15 dias ap s o seu tr nsito em julgado Seria essa determina o judicial o tal corte a que se refere a doutrina e que justificaria a efic cia executiva da decis o Por suposto dentro deste racioc nio o in cio do cumprimento se daria imediatamente e dependeria claro da vontade do vencido em adimplir voluntariamente a decis o proferida em obedi ncia
250. er forma uma vez tenha sempre ouvido boas refer ncias apresenta o externa com altera es nas cores de cada n mero resta imaginar poss veis mudan as na forma de apresenta o dos artigos que n o devem ser muitos longos mas que podem ter distribui o diversa por ma t ria ou por localiza o Por isto mesmo temos evitado publicar trabalhos de tripla ou mais colabora o no mesmo artigo por exem plo para identifica o do autor da tese Da mesma forma n o acha Revista da EMER v 11 n 41 2008 5 mos conveniente a divulga o pela Revista de monografias ou tra balhos que t m origem em autorizados cursos de P s Gradua o ou de Mestrado Nossa Revista n o tem espa o para sequer acolher todos os artigos individuais que excedem quase sempre ao n mero que comporta o volume de um trimestre de 300 p ginas aproxima damente Entendo excelente qualquer que seja a manifesta o cr tica dos amigos e colegas sobre o rumo desta publica o da ESCOLA que j ultrapassou o seu quadrag simo n mero Por outro lado temos recebido muitos e mails manifestando interesse por fazer assinaturas da Revista Muitos pretendem adqui rir n meros avulsos Infelizmente tal sistema de distribui o ainda n o p de ser adotado Outros contudo nos apresentam solicita es de remessa de c pias de artigos via Internet dentre os que sa ram em edi es anteriores Chegamos a atender com prazer cerca de vinte ou m
251. er obtida com meios ou instrumentos pertencentes a outrem E prossegue os direitos reais bem como a propriedade intelectual direitos de autor e propriedade industrial n o constituem simples direitos de exclus o assentes sobre o dever geral de n o inger ncia de terceiros na liga o do titular com a res a obra a patente invento etc Mais do que isso os direitos reais e direitos absolutos afins reservam para o respectivo titular o aproveitamento econ mico dos bens correspondentes expresso nas vantagens provenientes do seu uso frui o consumo ou aliena o A pessoa que intrometendo se nos bens jur dicos alheios consegue uma vantagem patrimonial obt m na custa do titular do respectivo direito mesmo que este n o estivesse disposto a realizar os actos donde a vantagem procede A aquisi o feita pelo intrometido carece de causa porque segundo a tal correcta ordena o jur dica dos bens a vantagem patrimonial alcan ada pelo enriquecido pertence a outra pessoa ao titular do direito VARELA Jo o de Matos Antunes Das obriga es em geral V 7 ed Coimbra Almedina 1993 p 479 480 15 MATTIETTO Leonardo Associa o de moradores condom nio de fato e cobran a de contribui es Revista Jur dica S o Paulo v 53 ago 2005 p 77 Conven o op cit p 226 Perfis do Direito Civil Uma introdu o ao Direito Civil Constitucional Tradu o Maria Cristina de Cicco Rio d
252. erdade compreende em arruma o cuja falta de homogeneidade salta aos olhos a disposi es de incid ncia gen rica nele embutidos m n gua de uma Parte Geral b com maior propriedade regras que governam a atividade cognitiva inclusive agora a liquida o exceto as peculiares aos procedimentos especiais relegadas ao Livro IV c disposi es tradicionalmente situadas no campo da exe cu o relativas atividade porventura necess ria para dar efetividade a senten as de proced ncia arts 475 1 e segs A op o foi criticada em sede doutrin ria v g H LIO TORNAGHI Coment rios ao C digo de Processo Civil v S o Paulo 1974 p 70 em data mais recente e com extens o bem maior ARAKEN DE ASSIS ob cit p 3 4 o qual verbera a hipertrofia do Livro I e o consequente desequil brio estrutural do CPC Revista da EMER v 11 n 41 2008 23 Disso tudo ressai ainda mais que antes das reformas a impro priedade da rubrica Do processo de conhecimento Ela mistura alhos com bugalhos soma quantidades heterog neas v cio t o critic vel em direito quanto em matem tica 5 ESTRUTURA ATUAL DO LIVRO II O Livro Il conserva em grande parte o conte do anterior s reformas ressalvadas as disposi es que se deslocaram para o Li vro e as constantes do antigo T tulo V que tinham por objeto a remi o de bens penhorados instituto extinto pela Lei n 11 382 A mat ria pr pria do Livro
253. erente ao devido processo legal quer pela com pet ncia recursal atribu da aos tribunais Ao longo do tempo alinham se v rios fundamentos para os recursos destacando se entre muitos a o inconformismo da parte vencida b a falibilidade em diversos sentidos do julgador monocr tico c o equil brio do bin mio seguran a e justi a na composi o dos lit gios d a necessidade de mitigar a afli o ps quica j que como bem real ado por Gabriel Rezende Filho psicologicamente o re curso corresponde a uma irresist vel tend ncia humana A par disso nsito aos recursos o efeito devolutivo definido por Vicente Greco Filho como aquele consistente em transferir ao rg o ad quem o conhecimento da mat ria julgada em grau inferi or de jurisdi o Trata se como se infere de plano da atribui o cometida ao segundo grau de conhecer a mat ria hostilizada na esteira do prin c pio tantum devolutum quantum appellatum Neste corrim o o ac rd o vide ainda decis o monocr tica do relator normalmente substitui a senten a impugnada Como bem pontuam entretanto ilustres doutrinadores entre eles Gilson Delgado Miranda e Patr cia Miranda Pizzol o rg o julgador n o est adstrito ao pedido formulado pelo recorrente ou manifesta o do recorrido podendo julgar o recurso em alguns casos como nas mat rias de ordem p blica fora dos limites do pe dido de nova decis o Tudo isso prestigia
254. ervi os p blicos da dos em concess o e nos estabelecimentos de determinados ramos de com rcio e ind stria xii remeteu lei medidas de controle tarif rio dos servi os concedidos ou delegados para que no interesse coleti vo os lucros dos concession rios ou delegados n o excedessem a justa retribui o do capital necess rio respectiva expans o Il INTERREGNO AUTOCR TICO 1 Carta de 1937 A Constitui o de 1934 teve curta dura o em decorr ncia da instabilidade institucional gerada principalmente pelo antagonis mo entre os integralistas e os comunistas Greves se sucediam Luiz Revista da EMER v 11 n 41 2008 91 Carlos Prestes se filiara ao comunismo e fundara a Liga de A o Revolucion ria 1930 lan ando um manifesto na o Qualificava como limitado o prop sito da Alian a Liberal sustent culo de Vargas de mudar pessoas no Poder Dizia que a eram v s as promessas de moeda est vel voto secreto liberdade pol tica e respeito Consti tui o b qualquer revolu o sem a participa o popular reveste o car ter de disputa entre oligarquias as quais compostas de proprie t rios dos latif ndios e dos meios de produ o apoiadas nos imperi alismos estrangeiros exploram e dividem o povo brasileiro c essa minoria dominante s seria vencida por uma insurrei o geral da massa urbana e rural O fascismo europeu repercutiu no Brasil e inspirou as id ias de Pl nio Salgado bem
255. es b haja incerteza no pertinente a determinado ou determinados direi tos ou obriga es c a d vida se refira a direitos patrimoniais isto direitos incorporados ao patrim nio de uma das partes do contrato d a controv rsia seja extinta mediante conces s es rec procas Institui es de Direito do Trabalho SP LTr 22 ed v p 118 Em virtude dos princ pios que norteiam o Direito do Trabalho a ren ncia e a transa o de direitos devem ser admitidas como ex ce o Por isto mesmo n o se deve falar em ren ncia ou em transa o tacitamente manifestadas nem interpretar extensivamente o ato pelo qual o trabalhador se despoja de direitos que lhe s o assegura dos ou transaciona sobre eles Ali s no concernente transa o o novo C digo Civil expl cito Revista da EMER v 11 n 41 2008 39 Art 843 A transa o interpreta se restritivamente e por ela n o se transmitem apenas se declaram ou se reconhecem direitos O art 166 do C digo Civil dentre os eventos determinantes da nulidade do neg cio jur dico preceitua que este ser nulo quando Ill O motivo determinante comum a ambas as partes for il cito VI tiver por objetivo fraudar lei imperativa VII A lei taxativamente o declarar nulo ou proibir a pr tica sem cominar san o A fraude como soe acontecer pode verificar se tal como explicita o C digo Civil em virtude de simula o que se car
256. es de Figueiredo Interessada Mar tima Seguros S A DECIS O Cumprimento de senten a visando satisfa o da quantia de R 140 558 52 valor de abril de 2006 fls 58 59 deste instru mento O condom nio reclama que a penhora on line chegou a R 168 706 22 bloqueando se a quantia de R 34 108 02 o que inviabiliza o seu funcionamento pois tem receita e despesa or adas em mais ou menos R 100 000 00 mensais com obri ga es junto a 32 empregados mais pagamento de gua luz elevadores e encargos em outra causa Pediu reforma da decis o que mandou fazer a penhora on line com o acr scimo de 10 do art 475 do C digo de Processo Civil restringindo se a penhora em 15 do que arrecadar dia riamente liberando se a conta nesta propor o Reconhe o a urg ncia do pedido condominial posto como liminar neste recurso incidental em face de suas obriga es perante empregados e terceiros assim propiciando a continu a o da vida comunit ria Por outro lado a credora pessoa idosa Incide o disposto no art 475 M da lei processual pois o pros seguimento dos atos executivos pelo modo pelo qual se reali za poder causar les o insuport vel a uma grande comuni dade de pessoas o que deve ser levado em conta juntamente com o direito da credora de ver o seu cr dito satisfeito O fato que os cond minos neste caso sequer se reuniram em assembl ia geral para discutir e encontrar solu o para o pagamento a que for
257. es na luta social Objetivando o amparo material e a defe sa de direitos os trabalhadores organizaram sindicatos e institui es beneficentes e de socorro m tuo Diante disso e da press o social o governo criou a Caixa de Aposentadoria e Pens es dos Ferrovi rios 1923 como primeiro passo da sua atua o no terreno previdenci rio Revista da EMER v 11 n 41 2008 83 Entretanto militava contra os oper rios a fartura de m o de obra da qual se aproveitava a classe patronal para aviltar o valor da for a de trabalho e negligenciar a salubridade Dispondo do poder pol tico a classe patronal servia se do aparelho estatal para reprimir os movi mentos sociais dos trabalhadores Ficou c lebre a afirma o atribu da ao presidente Washington Luiz de que a quest o social era uma quest o de pol cia O presidente teria dito que a quest o oper ria interessava mais ordem p blica do que ordem social Prevale ceu por m a vers o divulgada pelos opositores pol ticos O ativismo do Partido Comunista Brasileiro e a rebeli o dos tenentes do Ex rcito levaram o presidente Artur Bernardes a decre tar o estado de s tio 1923 1926 Os jovens oficiais estavam descon tentes com os oficiais superiores que segundo eles colocavam o Ex rcito a servi o da aristocracia e n o a servi o da na o Qualifi cavam de corrupto o sistema pol tico em vigor Mostravam se preo cupados com o custo de vida e com as prec rias condi e
258. es vencidas mais encargos porquanto tal faculdade deriva de outras disposi es legais relacionadas com os direitos constituci onal obrigacional e de prote o das rela es de consumo as quais devem ser interpretadas de forma sistem tica inclusive a priorida de que se confere manuten o do contrato at mesmo em caso de onerosidade excessiva C digo Civil art 479 como ocorre em rela o aos contratos de leasing e de venda com reserva de dom nio a que nos referimos anteriormente 5 CONSOLIDA O DA PROPRIEDADE NO CREDOR A nova lei mant m a apreens o liminar do bem mas antecipa a consolida o da propriedade no patrim nio do credor fiduci rio autorizando o a vender o bem logo ap s o cumprimento da liminar de apreens o caso o devedor n o purgue a mora nos cinco dias que 5 Trecho do voto da Desembargadora Isabel de Borba Lucas relatora do Agravo de Instrumento n 70016941668 da 14 C mara C vel do Tribunal de Justi a do Rio Grande do Sul julgado 21 9 2006 6 A Lei n 10 931 2004 entrou em vigor h pouco mais de tr s anos de modo que ainda n o se tem not cia de decis es do Superior Tribunal de Justi a sobre essa mat ria Seguem alguns ac rd os de tribunais estatuais Direito Processual Civil Aplica o do artigo 557 do Digesto Processual e do artigo 31 inciso VIII do Regimento Interno do Tribunal de Justi a Recurso manifestamente improcedente Direito Processual Civil Agravo de instrume
259. esidente depois de realizado o plebiscito marcar as elei es ao Parlamento Nacional v determinava que antes das elei es fosse constitu do o Conselho da Economia Nacional vi atribu a ao presidente o poder de expedir decretos leis sobre todas as mat rias da compet ncia legislativa da Uni o enquanto o Par lamento Nacional n o se reunisse vii recepcionava todo o direito anterior que fosse compat vel com o novo regime 2 Ciclo social autocr tico O plebiscito nacional que submeteria a Carta aprova o ou reprova o do povo nunca se realizou Enquanto n o fosse reunido o Parlamento Nacional a fun o legislativa cabia ao Presidente da Rep blica Como o Parlamento nunca se reuniu o presidente legis lou durante o per odo em que se manteve no Poder 1937 a 1945 O estado de emerg ncia s acabou em 30 11 45 pela lei constitucio nal n 16 A ordem econ mica e social reproduzia em grande parte as disposi es da Constitui o brasileira de 1934 da Carta do Traba lho italiana e do programa da A o Integralista Brasileira Isto se nota dos seguintes preceitos i a riqueza e a prosperidade nacional fundam se na iniciativa individual no poder de cria o de organi za o e de inven o do indiv duo exercido nos limites do bem p blico ii a interven o do Estado no dom nio econ mico s se legi tima para suprir as defici ncias da iniciativa individual e coordenar os fatores da produ o de mane
260. esmo que diverso do prazo de contesta o na a o em espec fico Apresentada a resposta do r u subir o os autos a julgamento pelo Tribunal J se iniciam as discuss es a respeito da possibilidade de o Tribunal apreciando o recurso e estando a causa madura para jul gamento proferir julgamento merit rio inclusive de proced ncia do pedido 122 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Temos que desde que tenha sido de tal o r u advertido no mandado de cita o expedido e que a causa apresente se ao Tribu nal efetivamente madura para julgamento nada obstar que assim seja procedido at por aplica o anal gica do disposto no art 515 3 do CPC que entendendo o Tribunal que a causa n o comportava apli ca o do art 285 A do CPC por n o ser id ntica aos casos anterio res e n o estar em condi es de imediato julgamento com efeito dever anular a senten a determinando a baixa dos autos ao pri meiro grau para que a causa seja instru da e julgada Todavia quando entender o Tribunal que a causa est pronta para receber julgamento merit rio e j havendo o r u colocado suas teses defensivas seria um contra senso baixar os autos ao juiz de primeiro grau para que nova senten a fosse proferida Isto porque n o pode o Tribunal determinar a baixa dos autos ao julgador para que seja proferida senten a de proced ncia pois tal quebraria o princ pio da independ ncia do julgador e de sua livre forma
261. essa orienta o for efetivamente seguida pela jurisprud ncia estar o acolhidas no mbito da lei nova certas situa es jur dicas que clamam por regulamenta o Esse entendimento pode impulsionar a multipropriedade que talvez assim acabe por receber o incentivo que lhe falta e especialmente o condom nio de fato chamado no Enunciado do C E F de loteamento fechado que cada dia mais necessita de regras firmes que possibilitem o seu desenvolvimento dentro da sociedade Certamente a inclus o desses condom nios at picos e ou fatos jur dicos dentro da regulamenta o geral do condom nio abrir caminho para futuro reconhecimento de cada um deles como novo instituto do direito com regras pr prias que permitam sua individualiza o e desenvolvimento Cf AVVAD Pedro Elias Condom nio em edifica es no novo C digo Civil Rio de Janeiro Renovar 2004 p 262 263 2 Sistema de Derecho Civil V III 6 ed Madrid Tecnos 1998 p 264 tradu o livre Trata se de uma situa o an loga ao condom nio de fato em que uma determinada extens o de terreno parcelada criando se divis es independentes nas quais se edificam vivendas unifamiliares sem que haja um condom nio edil cio formalmente constitu do Revista da EMER v 11 n 41 2008 165 Dentre as normas do C digo Civil aplic veis mat ria mere ce especial destaque o artigo 1 340 As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um cond m
262. esse uma efetiva rela o condominial Esses propriet rios atrav s de associa es denominadas condom nios de ades o ou irregulares ou de fato elegiam a pessoa de um administrador para que tomasse frente face s suas necessidades e desse modo contratavam servi os de terceiros para suprir a defici ncia provocada pelo ente p blico Na realidade o que a coletividade fez foi criar um mecanismo voltado a preencher esta omiss o sem se preocupar com os moldes impostos pelo legislador 2O loteamento ensina Wilson de Souza Campos Batalha uma opera o de facto que se utiliza dos dados t cnicos da agrimensura Consiste em dividir rea ou gleba em tantas outras por es aut nomas com possibilidade de vida pr pria Ao partir ou dividir certa extens o territorial em lotes na esfera dos factos deve se ter em vista a viabilidade d sses lotes a possibilidade de sua exist ncia aut noma precipuamente no que tange s vias de comunica o Realizado sse loteamento de facto com os requisitos acima necess rio para os efeitos do Decreto lei n 58 e do Decreto n 3 079 que o mesmo se revista de car ter jur dico mediante o preenchimento de uma s rie de requisitos legais e consequente inscri o no registro imobili rio Destarte a opera o de facto orientada pelos requisitos t cnicos de agrimensura se converte em opera o jur dica atendidas as exig ncias legais e regulamentares BATALHA Wilson de Souza Campos
263. etiva prevista no art 37 6 da Carta Mag na que n o se trata aqui de ato judicial t pico mas da atividade meio do Poder Judici rio A atividade fim a presta o jurisdicional mas seu desenvolvimento o atendimento aos litigantes e no caso em comento o prazo de dura o do feito at a entrega do provi mento final insere se na atividade meio denominada de atividade judici ria nada sendo diferenciada assim das demais atividades prestadas pelo Estado donde a perfeita adequa o previs o de responsabilidade por descumprimento atrav s da aplica o do art 37 6 da Magna Carta Um dos grandes obst culos c lere presta o jurisdicional s o as chamadas a es repetitivas que se multiplicam em cente nas ou milhares pelos Tribunais Pode se pensar guisa de exem plo na edi o de uma lei ou na ado o de um plano econ mico que supostamente venha a ofender direitos de toda uma categoria Pouco tempo depois ingressam em ju zo visando obten o de decis o de acertamento a respeito da aplicabilidade ou n o da nor ma seus efeitos eventuais aspectos pecuni rios dentre outros de uma mir ade de a es onde o nico elemento diferenciador o nome do autor Em verdade cuida se de caso onde seria prefer vel o manejamento de a es coletivas mas como estas n o s o obrigat rias at porque feririam o direito constitucional de acesso justi a multiplicam se no Judici rio a
264. etiva da coisa julgada Oponibilidade da exce o de litispend ncia em segundo processo instaurado no curso do primeiro Revista do Minist rio P blico da Guanabara 1969 v 12 p 153 28 MOREIRA Jos Carlos Barbosa A efic cia Preclusiva da Coisa Julgada Material no Sistema do Processo Civil Brasileiro Temas de Direito Processual primeira s rie S o Paulo Saraiva 1988 p 101 256 Revista da EMER v 11 n 41 2008 de senten a de improced ncia m rito por falta de provas Fora destas hip teses a efic cia preclusiva pan processual A amplia o constitucional das hip teses de admiss o da a o popular verdadeira a o coletiva de legitima o individual permi tia uma utiliza o por analogia como prop s o mestre carioca das regras relativas autoridade da coisa julgada Basta que se veja a possibilidade de a o popular para defesa do meio ambiente e da moralidade administrativa conforme admi tido pelo inciso LXXIII do art 5 da Constitui o da Rep blica hip teses n o previstas na Lei n 4 717 65 para se reconhecer que as regras que lhe s o pertinentes podem ser utilizadas analogicamente nas a es individuais cujas lides tenham natureza coletiva Esta enfim a primeira solu o qual seja admitir em home nagem ao direito fundamental de acesso justi a a legitimidade do indiv duo ofendido de forma direta em seu patrim nio para a o individual que veicule pedido de
265. ezar aqueles que professando o espiritismo acreditam na veracidade de tais fen menos sobrenatu rais Professo com respeito o irenismo Minha an lise ir ater se t o somente em fun o do nosso ius positum para que se possa chegar a uma conclus o se diante da lei podem eles embasar uma decis o judicial Com efeito desde que se examine a nossa Constitui o Fede ral veremos que ela considera inviol vel a liberdade de consci ncia e de cren a assegurando o livre exerc cio dos cultos religiosos e protegendo os locais de culto e suas liturgias na forma da lei art 5 VI al m disso apertis verbis afirma a nossa Carta Magna que ningu m ser privado de direitos por motivo de cren a religiosa ou de convic o filos fica ou pol tica art 5 VIII Dessa maneira a pr pria Lei Maior que ao consagrar o Esta do laico exige tal postura por parte do int rprete Portanto que fique bem claro nosso posicionamento diante de t o delicado assunto envolvendo mat ria de cren a religiosa que respeito ainda quando n o a aceite Revista da EMER v 11 n 41 2008 137 6 Nos epis dios examinados envolvendo a psicografia 3 su pra o assunto torna se mais delicado que o evento noticiado relati vo ao Mago Peruano este ao meu pensar totalmente bizarro e inaceit vel A raz o da maior dificuldade no enfrentamento do problema reside no fato de que o documento psicografado ganha materializa o nos
266. fastar a iniquidade que surgiria com a conclus o de que o Prefeito em flagrante disson ncia do princ pio da isonomia o nico agente p blico no Brasil a gozar de foro especial para o julgamento dos atos de improbidade A 2 Turma do STJ do mesmo modo j decidiu que o Prefeito Municipal s tem o Tribunal de Justi a como seu juiz natural nas a es penais e n o nas c veis ROMS n 2 621 PR rel Min Adhemar Maciel j em 15 5 1997 DJ de 23 06 1997 RSTJ 98 140 Na ocasi o afirmou o relator ora como bem asseverou o eminente Ministro Cesar Asfor Rocha ao proferir o seu voto condutor no RMS n 1 981 AM a regra contida no art 29 VIII da Constitui o Federal deve ser interpretada com temperamento de forma sistem tica e integrativa a outros princ pios constitucionais por isso que compete ao Tribunal de Justi a julgar o Prefeito Municipal apenas no pertinente aos crimes comuns 1 Turma do STJ un nime publicado na RSTJ 58 167 No mesmo sentido Alexandre de Moraes Direito Constitucional p 260 261 12 STJ Corte Especial Rec n 780 AP rel Min C sar Asfor Rocha red des Min Ruy Rosado de Aguiar j em 7 11 2001 DJ de 7 10 2002 13 ST Corte Especial Rec n 591 rel Min N lson Naves j em 19 12 1999 DJ de 15 5 2000 Em parecer sobre o tema Paulo Brossard sustenta a compet ncia do ST para processar e julgar membro de Tribunal Regional do Trabalho por ato de improbidade in Revista Interesse
267. fiduci ria em garantia A o de busca e apreens o Decis o do ju zo a quo deferiu a liminar que foi devidamente cumprida Agravado citado que requer a purga da mora e parcelamento do d bito Decis o agravada que determinou o pagamento integral incluindo at as custas e honor rios advocat cios Alega o do agravante de que com a altera o inserida pela lei 10 931 2004 n o h mais purga de mora mas sim pagamento integral da d vida N o apresentado pedido de pagamento integral do d bito no prazo do art 3 1 e 2 do Decreto lei n 911 de 1 de outubro de 1969 com a reda o que lhe deu a Lei n 10 931 de 02 de agosto de 2004 n o tem mais o devedor direito a pagar Propriedade e posse j consolidadas no agravante nos termos do 1 citado Provimento do recurso TJRJ 15 C mara C vel Agravo de Instrumetno n 2007 002 29750 relator Desembargador S rgio L cio Cruz julgamento 13 12 2007 Revista da EMER v 11 n 41 2008 233 Como consta da Exposi o de Motivos Projeto de Lei do Exe cutivo 3 065 2004 essa antecipa o visa a evitar o risco de deterio ra o do bem sobretudo quando se trata de autom veis que per manecem em p tios ao longo de todo o processamento at o tr nsi to em julgado da senten a Faz sentido Para atender a esse prop sito a lei prev que efetivada a apre ens o do bem e n o havendo purga o da mora nos cinco dias sub seguentes consideram se de pleno
268. gir favoravelmente no mundo dos fa tos provocando at mesmo efeitos an logos aos da proced n cia do pedido da A o Coletiva caso fosse ajuizada a comu nidade de pessoas indeterminadas titular do respectivo direito difuso Cita se como exemplo a quest o ambiental consoan te j salientado em t pico anterior quando se tratou do objeto do direito processual coletivo A posi o de Assagra de Almeida inobstante a excel ncia de sua obra guarda igualmente incompreens es sobre a natureza dos interesses direitos essencialmente coletivos resultando negativa a resposta primeira pergunta acima formulada mas afirmativa a res posta segunda pergunta embora o resultado pr tico de ambas a a es venha a ser id ntico De in cio conv m relembrar a opini o defendida pelo autor deste trabalho de que os interesses direitos coletivos n o s o direitos de uma coletividade numa perspectiva jur dica de direito material na medida em que a coletividade ou a sociedade n o pessoa e portanto n o titular de direitos e de obriga es embora a socieda de tenha sua exist ncia do ponto de vista da Ci ncia Pol tica ou da Sociologia s o direitos individuais que em raz o da unitariedade transindividualidade essencial ou similitude pela origem comum transindividualidade acidental podem ser defendidos conjuntamente pela legitima o extraordin ria e regulados concretamente atrav s de tutela jurisdicional coletiva
269. gislador Como f cil perceber por demais dif cil sustentar que uma resposta positiva a esses questionamentos possa ser amparada pela Constitui o pela moral ou pela raz o N o se pode perder de vista que a pr pria Constitui o fala separadamente em atos de improbidade e em crimes de res ponsabilidade remetendo a sua defini o para a legisla o infraconstitucional Como se constata por imperativo constitucio nal as figuras coexistem Al m disso como ensejam san es diver sas a serem aplicadas em esferas distintas jurisdicional e pol tica n o se pode falar sequer em bis in idem Com escusas pela obviedade pode se afirmar que a Lei n 1 079 1950 a lei especial a que refere o par grafo nico do art 85 da Constitui o enquanto a Lei n 8 429 1992 a lei a que se refere o par grafo 4 do art 37 Os agentes pol ticos assim s o sujeitos ativos em potencial dos atos de improbidade conclus o ali s que encontra resson n cia nos termos extremamente amplos do art 2 da Lei de Improbidade reputa se agente p blico para os efeitos desta lei todo aquele que exerce ainda que transitoriamente ou sem remunera a la moral y tica p blicas En fin tras esta construcci n subyace una identificaci n absolutamente inaceptable y que no resiste el m s m nimo juicio desde una perspectiva democr tica la identificaci n entre inocencia pol tica e inocencia penal Esta identificaci n lle
270. gitimidade para a o coletiva porque isso que ocorrer na pr tica quando ofendido de forma direta em seu patrim nio jur dico proponha a o individual que veicule pedido de tutela coletiva em raz o do v nculo da unitariedade a que fica submetida a situa o plurissubjetiva global em que se insere a situa o individual do au tor da a o Esta solu o adequada para superar o conflito entre o direito fundamental de acesso justi a direito fundamental de a o e a falta de legitimidade individual para a o coletiva fato que ocorre no atual estado da legisla o como para superar o conflito entre o direito fundamental de acesso justi a e a falta de representatividade adequada fato que poder ocorrer se aprovado anteprojeto que ad mita a legitimidade do indiv duo mas a submeta ao preenchimento de certos requisitos sempre que se cuidar de viola o direta n o reflexa a direito individual vinculado a situa o plurissubjetiva glo bal costurada pelo fen meno da unitariedade Revista da EMER v 11 n 41 2008 265 Cumprimento de Senten a Executividade Lato Sensu ou Condena o Especial Alessandro Rostagno Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas da Secretaria da Fazenda do Estado de S o Paulo com mestrado em Direito Processual Civil pela PUC SP Professor de Cursos de P s Gradua o Lato Sensu em Direito Processual Civil e de Direito Processual Tribut rio 1 A PROPOSTA D
271. gnitivos e executivos em uma s rela o processual a exemplo dos procedimentos especiais e logo ap s das disposi es contidas nos artigos 461 e 461 A do CPC inseridas no contexto processual com a reforma de 1995 As t cnicas legislativas consagradas naqueles procedimentos e o estudo aprofundado da doutrina acerca da combina o de atos executivos e cognitivos ou ainda at cautelares em um mesmo procedimento trouxeram o ideal de um processo sincr tico ou seja um processo nico composto de v rias fases e incidentes mas que n o permitiria a instaura o de nova rela o processual para dar cumprimento ao objeto jur dico reconhecido naquela que fora pre cedente Pelo contr rio na formata o sincr tica a tipologia do iter processual aponta para a evolu o de uma segii ncia de atos com natureza jur dica de finalidade diversa ora cognitiva ora executi va ora at cautelar mas jamais permitindo que qualquer efetiva o ou cumprimento de decis o seja concretizada fora daquela mesma rela o processual que reconheceu ou n o o direito postulado Mas como classificar sob a tica da natureza jur dica o provi mento contido nessas esp cies de tutela jurisdicional com base nos estudos doutrin rios conhecidos Pontes de Miranda em seu c lebre estudo acerca da efic cia das decis es jurisdicionais quando tenta efetivar uma classifica o das senten as imp e uma an lise sob a tica de cinco eventuais ef
272. gularidade Acres a se que a interpreta o constitucional sofre a a o de tr s elementos hermen uticos que apresentam uma operatividade mais limitada no mbito da interpreta o jur dica em geral S o eles a evolutividade a politicidade e a extrema sensibilidade axiol gica A evolutividade sofre a influ ncia dos contornos acentuadamente abertos das disposi es constitucionais o que lhes assegura grande mobilidade e um grande poder de adapta o aos circunstancialismos presentes no momento de sua aplica o A politicidade est associ ada ao fato de a ordem constitucional regular as principais portas de entrada da pol tica na esfera do direito que s o a organiza o dos rg os de soberania e o processo de elabora o normativa Quanto ao fator axiol gico poss vel afirmar que as Constitui es modernas sect rias do pluralismo pol tico e que buscam harmoni zar uma multiplicidade de padr es ideol gicos ao que se soma a estrutura demasiado aberta de suas disposi es s o o campo prop cio prolifera o de valores de indiscut vel relev ncia na concretiza o do seu conte do Interpreta o e modifica o refletem os dois n veis de desen volvimento constitucional sendo necessariamente influenciadas pelas cristaliza es culturais do meio social Assim absoluta 38 Cf Aguila Cinq questions inRFDC n 21 p 9 15 1995 Cf Canosa Usera Interpretaci n p 106
273. he confere a Teoria Geral do Proces so e por isso mesmo o que deve ser levado em conta pelas de mais reas da t cnica jur dica Pois importante que exista no meio jur dico rigor conceitual At porque muitas s o as impropriedades do uso do termo processo tanto pela legisla o como pela pr pria doutrina um exemplo seu uso referindo se aos autos processuais Visto que o processo est presente em todos os poderes do Estado n o est nele a nota distintiva entre as fun es estatais mas nas pr prias peculiaridades de cada fun o Desse modo cabe ao Direito Administrativo o estudo das peculiaridades da processualidade administrativa que se mostram na fun o adminis trativa n o no processo A distin o da mesma com rela o fun o legislativa pac fica pois a esta cabe editar leis e aquela cabe sua execu o No entanto com rela o ao Judici rio e Adminis tra o existem algumas dificuldades pois diz se que ambos cum prem a lei Inclusive diz se que a Administra o cumpre a lei de of cio e o Judici rio mediante o processo Mas se ambos atuam atrav s deste n o est nele como visto a nota distintiva Para a distin o entre fun o administrativa e jurisdicional igualmente foram propostos v rios crit rios a do fim pelo qual a jurisdi o busca satisfazer o interesse das partes enquanto a Admi nistra o o interesse p blico Por m o car ter p blico da primeira demons
274. hece na pr pria decis o a legitimidade da posse de uma partes ao autor se procedente e ao r u se se manifesta pela improced ncia permitin do ao mesmo logo ap s o seu tr nsito em julgado na mesma rela o processual efetivar a referida decis o atrav s de atos de sub roga o conseguentes da decis o prolatada para a obten o de seu prop sito in casu sendo expedido mandado de reintegra o de 2 Nesse sentido a li o de Proto Pisani Lezioni di diritto processuale civile 3 ed Napoli Jovene 1999 p 34 270 Revista da EMER v 11 n 41 2008 posse em favor da parte caso n o tenha havido cumprimento vo lunt rio da decis o pois estar se ia restituindo ao verdadeiro e leg ti mo possuidor a sua condi o jur dica que fora violada Houve execu o aut noma N o mas simples atos de natu reza executiva conseguentes da decis o prolatada Mas por qu Por que assim quis o legislador por for a de pol tica legislativa no que tange prote o possess ria Mas por que n o estar amos neste caso diante de senten a condenat ria Somente pelo fato de que teria o juiz reconhecido a legitimidade da posse de uma das partes na senten a Ora se o juiz reconhece a posse de algu m em sua decis o est sem d vida antes de tudo a perfazer atividade declarat ria e quando determina a entrega desta posse por algu m emite um co mando que se delimita em uma obriga o Tamb m assim na mandamentalid
275. i o de uma norma geral a partir de um vazio legislativo mas como reflexo da integra o da atividade do int rprete quela iniciada pelo legislador N o por outra raz o que se atribui ao int rprete um poder de n vel id ntico ao da autoridade que editou a disposi o normativa objeto de interpreta o o int rprete da lei det m um poder legislativo e o int rprete da Constitui o um Poder Constituinte As op es valorativas do int rprete terminam por aperfei oar os contornos se m nticos da disposi o normativa assumindo vital import ncia na constru o do seu conte do poder constituinte e int rprete em momentos que embora sucessivos integram uma unicidade operativa s o os respons veis pela individualiza o da norma constitucional O reconhecimento da for a normativa da Constitui o e a necessidade de determinar o seu significado bem demonstram que a interpreta o constitucional em muito se assemelha interpreta 32 Cf Otto Pfersmann Esquisse d une Th orie des Droits Fondamentaux in Droits des libert s fondamentaux org por Louis Favoreau 2 ed Paris Dalloz 2002 p 83 83 84 3 Cf Jerzy Wr blewski Constituci n y teor a general de la interpretati n jur dica 1 ed reimp Madrid Cuadernos Civitas 2001 p 18 34 Cf Peter H berle Hermen utica Tradicional A Sociedade Aberta dos Int rpretes da Constitui o Contribui o para a Interpreta o Plurali
276. i nanciamentos em presta es se desenvolve num compasso estabe lecido em harmonia com a rentabilidade por ele almejada e com as perspectivas de reaplica o dos valores recebidos de tal modo que eventualmente o recebimento antecipado de uma d vida pode se tornar inconveniente para o credor Por isso mesmo em pa ses em que as opera es de cr dito s o feitas em larga escala o pr pagamento considerado indese j vel de tal modo que os financiadores procuram desencoraj lo estipulando cl usulas penais que imp em multa ao devedor que antecipar o pagamento pois o que atende ao interesse do credor a regularidade do fluxo financeiro que lhe assegura o recebimento do seu cr dito no prazo programado e n o antes 3 2 O princ pio da conserva o do contrato De outra parte a apropria o plena do bem por parte do cre dor deve ser sempre vista como solu o excepcional a ser adotada somente na hip tese de n o ser poss vel em curto prazo a recom posi o do curso normal da programa o financeira do contrato Al m disso e considerando a fun o dos direitos reais de garantia n o se pode esquecer que o v nculo que se estabelece entre o titular da propriedade fiduci ria em garantia e o bem visa t o somente a realiza o do seu valor econ mico para satisfa o do cr dito e n o a apropria o do bem Efetivamente a recomposi o do fluxo de pagamento medi ante pagamento das presta es vencidas v
277. i onal da subsun o n o adequado Para Ana Paula de Barcellos haver uma primeira fase em que se identificam os comandos normativos ou as normas relevan tes em conflito Neste momento as diversas indica es normativas devem ser agrupadas em fun o da solu o que este jam sugerindo Ou seja informa es que indicam a mesma solu o devem formar um conjunto de argumentos O prop sito desse agru pamento facilitar o trabalho posterior de compara o entre os ele mentos normativos em jogo Enquanto a liberdade de associa o encontra fundamento no art 5 XVII e XX da Constitui o Federal o princ pio que veda o enriquecimento sem causa encontra esteio no art 3 da Carta Po l tica como relevante fator de uma sociedade mais justa e solid ria consagrada pois como objetivo fundamental da Rep blica Na segunda fase ocorrer o exame das circunst ncias con cretas do caso e suas repercuss es sobre os elementos normativos diante do que normalmente se diz que a pondera o depende espe cialmente do caso concreto e das suas particularidades Um crit rio f tico que poder auxiliar o operador do direito nesta etapa ser a j mencionada regra do artigo 1 340 do C digo BARROSO Luis Roberto Colis o entre liberdade de express o e direitos da personalidade Crit rios de pondera o Interpreta o constitucionalmente adequada do C digo Civil e da Lei de Imprensa Revista Trimestral d
278. i vidual j que sua g nese se encontra atrelada a caracteres eminen temente sociol gicos Em s ntese interpretatio ex nunc e n o interpretatio ex tunc 7 A IMPOSSIBILIDADE DE A JURISDI O CONSTITUCIONAL IGNORAR A REALIDADE As intensas transforma es vivenciadas pela met dica consti tucional exige sejam revisitados aspectos nucleares de atua o da jurisdi o constitucional que no processo de concretiza o da nor ma passar a apreciar a realidade de forma mais intensa n o raro com a necessidade de dila o probat ria No direito norte americano tornou se c lebre o memorial uti lizado pelo advogado Louis D Brandeis Brandeis Brief no caso Muller vs State of Oregon que dedicava duas p ginas s ques t es jur dicas e cento e dez aos efeitos delet rios que a longa dura o da jornada de trabalho causava mulher Com isto contribuiu para que o Supremo Tribunal reconhecesse que o papel social e bio l gico dessa camada da popula o poderia ser comprometido pelo trabalho excessivo Memoriais como esse anota Tribe ajudaram a salvar in meros estatutos da invalida o contribuindo para que o Supremo Tribunal visualizasse a real e substancial rela o entre o estatuto e os seus objetivos No direito alem o o Bundesverfassungsgericht tem analisa do as prognoses legislativas e a possibilidade de ocorrerem os fatos em que se baseiam no caso Apotheken Urteil o Tribunal verificou a 56 Cf
279. ia geral das invalidades no Direito Privado brasi 154 Revista da EMER v 11 n 41 2008 leiro seja diante de excessiva abertura a exce es da teoria j constru da seja porque se mostra imposs vel a regulamenta o ade quada dos fatos cotidianos cada vez mais complexos a partir de regras muito gerais de conduta Com efeito o que se infere de exa me das mais recentes disposi es legais um movimento em senti do contr rio ou seja o surgimento de v rias teorias espec ficas de invalidades a regulamentar os defeitos potencialmente incidentes sobre atos e neg cios jur dicos determinados op o mais acertada de abordagem jur dica Revista da EMER v 11 n 41 2008 155 Condom nio de Fato ou Irregular Legitimidade da Cobran a da Contribui o pela Associa o de Moradores Guilherme Magalh es Martins Membro do Minist rio P blico R J Doutor e Mestre em Direito Civil pela UERJ Professor dos cursos de gradua o e p s gradua o da Universidade Candido Mendes e da EMER 1 SITUA O GERAL DO TEMA ARGUMENTOS FAVOR VEIS E DESFAVOR VEIS AO RECONHECIMENTO DO CONDOM NIO DE FATO Surgem nos dias de hoje situa es que cada vez mais re clamam a interven o do poder p blico ao mesmo tempo em que o Estado se ausenta na sua obriga o de proporcionar seguran a aos cidad os o que se soma insufici ncia na presta o de outros servi os p blicos em especial higiene a
280. iabiliza a conserva o do contrato e assim contribui para a realiza o da sua fun o soci al no seu mais amplo sentido N o se deve entretanto admitir o uso abusivo dessa prerroga tiva devendo ser coibida a reitera o tal como ocorre por exem plo na lei das loca es pela qual a faculdade de purga o da mora n o admitida se o locat rio a tiver utilizado por duas vezes nos doze meses imediatamente anteriores propositura da a o de des pejo fundada na falta de pagamento 4 Art 62 par grafo nico da Lei n 8 245 91 Revista da EMER v 11 n 41 2008 229 Em suma a interpreta o segundo a qual a purga o da mora se faz pelo montante das presta es que se vencerem at a data do pagamento atende de uma parte ao interesse do devedor de adqui rir o bem mediante pagamento parcelado do pre o De outra parte atende tamb m ao interesse do credor de receber seu cr dito pois o objeto da sua atividade econ mica o cr dito e n o a comercializa o do bem objeto da garantia J a ruptura do contrato que se opera pelo vencimento anteci pado da totalidade do saldo do financiamento constitui anomalia em face da fun o econ mica peculiar a essa modalidade de finan ciamento devendo ser priorizada a purga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas e n o pagas como forma de restaurar o programa contratual Nesse sentido registre se a manifesta o emitida logo ap s a pr
281. iais e culturais No entanto se o texto programa da norma o mesmo como assegurar a sobreviv ncia da ordem constitucional em reali dade mbito da norma distinta daquela contempor nea sua en trada em vigor Como regular situa es futuras desconhecidas quan do do surgimento da Constitui o Em uma palavra com a sua inter preta o Cf Francesco Carnelutti Il primato del diritto in Discorsi Intorno al Diritto Padova CEDAM 1937 p 16 17 Nas palavras do autor a justi a como a beleza provavelmente aquele tanto de divino que n s procuramos vincular forma humana 47 Cf Hamon Troper e Burdeau Manuel p 57 Revista da EMER v 11 n 41 2008 195 A Constitui o ainda que est tica no texto din mica no con te do estando o seu evolver dependente de uma interpreta o prospectiva vale dizer de uma identifica o de sentido contempo r nea sua aplica o Fosse prestigiado o seu sentido origin rio ignorando se todo o processo evolutivo da sociedade o dever ser se distanciaria de tal modo do ser que terminaria por transmudar se em algo imposs vel de ser Tal ocorrendo a Constitui o n o mais pode ria subsistir acarretando a ruptura da ordem constitucional efeito inevit vel na medida em que as altera es na vida social s o mais c leres que as altera es promovidas nas disposi es constitucio nais Observado o balizamento fixado pelo texto constitucional am
282. ic cias que preponderantemente uma senten a poderia produzir Sob sua an lise de forma magn fica e profunda ficou sedimentada na doutrina p tria muito embora at hoje ainda exis tam aqueles que somente aceitam a classifica o trin ria a no o de que as senten as poderiam ter carga preponderantemente Revista da EMER v 11 n 41 2008 267 declarat ria constitutiva condenat ria mandamental e executiva lato sensu As tr s primeiras com objeto definido pelo pedido apresenta do em ju zo em vista de que se busca especificamente o reconhe cimento da exist ncia ou inexist ncia de uma dada rela o jur dica processual ou de um fato ou da cria o modifica o ou extin o de uma dada situa o jur dica ou ainda da necessidade de se exi gir de algu m o cumprimento de uma obriga o em vista da im possibilidade da obten o do adimplemento volunt rio dado um facere non facere ou derivada da entrega de coisa certa ou incer ta inclusive pagamento de soma em dinheiro Quanto s duas ltimas formas mandamentalidade e executividade lato sensu muito embora o ilustre jurista tenha ten tado sistematizar ao m ximo suas digre es acerca das t cnicas dife renciadas consubstanciadas ora em uma ordem dirigida especifica mente a algu m que deva ser cumprida por for a da inevitabilidade da jurisdi o e da infungibilidade da obriga o ora por for a da ne cessidade de se efetivar atos
283. ica como atuar diante desses dois vetores que se desenvolvem em progresso de mbito comum Como contornar o formalismo sem trair o idioma ou fracionar a fun o judici ria Constitucionalismo no Brasil 1930 1945 Antonio Sebasti o de Lima Juiz de Direito aposentado do TJ RJ Mestre em Ci ncias Jur di cas Professor de Teoria do Estado e Direito Constitucional 1 Introdu o Fim da 1 Rep blica Revolu o de 1930 Il A segunda Rep blica Governo provis rio Constitui o de 1934 Ciclo social democr tico Ill Interregno autocr tico Carta de 1937 Ciclo social autocr tico IV Conclus o Fim da autocracia civil A Nova Disciplina da Progress o de Regime Trazida pela Lei n 11 464 07 Maur cio Magnus Ferreira Juiz de Direito Titular da 2 Vara Criminal de Barra Mansa do TY R 1 Progress o de regime prisional 2 A Lei n 11 464 07 O 1 do art 2 da Lei 8 072 e a data em que passou a vigorar a nova disciplina da progress o de regime 3 O entendimento j manifestado em decis es dos Tribunais de Justi a e mesmo do ST 4 O cumprimento de ao menos um sexto da pena 5 O art 112 da L E P e o Ac rd o no H C 83 799 MS Rel Min Maria Tereza Moura 6 O ac rd o no H C 82 959 SP Rel Min Marco Aur lio e o enunciado n 698 do STF Revista da EMER v 11 n 41 2008 54 82 102 O Dano Moral em Segunda Inst ncia Oswaldo Henrique Freixinho Juiz de Direito do TJ RJ na
284. ida de de ver efetivada sua pretens o relativa ao pedido inicial Uma obriga o no plano do direito material constitui se em um liame existente entre sujeitos sendo que de um lado se p e aquele que passa a ter o poder subjetivo de exigibilidade de uma presta o definida no aspecto objetivo de toda obriga o e de outro aquele que dever adimplir a referida presta o por for a da lei ou da con ven o a que se obrigou Se n o cumprida a referida presta o o devedor por for a de seu comportamento omissivo gera a denominada crise de coopera o produzindo se o inadimplemento ensejando assim a necessi dade de restaura o ou preven o do direito subjetivo violado ou amea ado pela senten a condenat ria De forma generalizada tem se afirmado que o processo sincr tico seria marcadamente fundado na t cnica da executividade lato sensu ou seja na sistem tica que engloba atos de cogni o e de execu o na mesma rela o processual e que a natureza jur di ca da senten a prolatada seria diversa de uma senten a condenat ria pois nesta n o haveria o chamado corte na base da legitimidade que a senten a de natureza executiva Jato sensu ofertaria ao autor ou ao R u no momento em que consigna em seu conte do disposi o sobre a posse ou o direito relativo ao bem da vida pretendido Esta caracter stica remontaria segundo a melhor doutrina por exemplo a uma senten a possess ria em que o juiz recon
285. identes por m quando multid es o aclamaram no Rio de Janeiro e em S o Paulo percebeu que o povo estava sedento de mitos Luiz Carlos Prestes tornara se um mito cavaleiro da esperan a Vargas entendeu que as manifesta es populares em torno do seu nome eram de apoio ao mito ao her i da revolu o ao homem providencial ao salvador da p tria Aceitou o papel e colocou se acima das fac es causan do estranheza e contrariedade aos oligarcas Afastou se do liberalis mo individualista para organizar um Estado Novo intervencionista fundado no bem estar geral Colocou se a meio caminho entre os liberais e os socialistas Instaurou um governo social autocr tico moda fascista No uso do poder de tributar fortaleceu a Uni o Os Estados devedores do Banco do Brasil ficavam dependentes do governo central Isto os reduzia condi o de prov ncias Al m do apoio da massa popular Vargas recebia o apoio da parcela dos mi litares principalmente dos tenentes de 1922 e 1924 liderada pelo coronel G es Monteiro que desejava um governo forte o suficiente para implantar uma pol tica que atendesse aos interesses nacionais e n o apenas aos interesses de alguns Estados e de oligarquias re gionais um governo que resolvesse a quest o social amparando a camada baixa da sociedade brasileira Os militares n o aspiravam ao exerc cio direto do Poder e sim garantir um Poder Nacional exer cido dentro daquelas diretrizes A resist ncia a
286. igor j previa o estado de s tio Francisco Campos redi giu o projeto de uma nova Constitui o que foi aprovado pelo grupo conspirador composto entre outros por Pl nio Salgado Eurico Gaspar Dutra G es Monteiro e Filinto M ller O Presidente da Rep blica outorgou o projeto na o 10 11 1937 A Carta de 1937 foi inspirada na lei fundamental da Pol nia de 1935 Get lio Vargas afirmou que a Carta era provis ria e se desti nava a propiciar uma economia forte sem a qual na opini o dele nenhum pa s livre Almejava pacificar a pol tica interna e alcan ar a uni o e a integra o nacional Pontos program ticos dos integralistas constaram dessa Carta Foram mantidos i a forma fe derativa de Estado ii o sistema presidencialista de governo iii a separa o funcional dos Poderes iv a declara o de direitos com restri es v as normas sobre fam lia educa o cultura e econo mia vi as leis do antigo regime compat veis com o novo vii os s mbolos nacionais Foram exclu dos i o Senado Federal ii os Revista da EMER v 11 n 41 2008 93 rg os de coopera o nas atividades governamentais iii as justi as federal e eleitoral iv os s mbolos estaduais e municipais Fo ram criados i o Parlamento Nacional composto pela C mara dos Deputados e pelo Conselho Federal ii o Conselho de Economia Nacional para colaborar na fun o legislativa composto de repre sentantes da produ o nac
287. igos 475 1 par grafo segundo e 475 par grafo quinto no sentido de haver inten o do legislador em deixar a requerimento e promo o do credor os atos de in cio da fase de cumprimento associada a indiscut vel necessidade de atualiza o do d bito estar amos diante da id ia de que o cumprimento da senten a ensejaria requerimento inicial anterior convoca o do executado para pagamento volunt rio Revista da EMER v 11 n 41 2008 279 valores uma vez intimado o credor para se pronunciar acerca do pagamento Entendemos que a reforma n o se efetivou com este intuito mas pelo contr rio optou o legislador por fugir de eventuais em pecilhos que viessem a obstruir o cumprimento exigindo assim um requerimento do credor para dar in cio ao cumprimento de senten a O legislador delegou ao credor a apresenta o dos valores que constituir o a mem ria de c lculo que servir de base para a penhora e avalia o na forma do art 475 par grafo primeiro do CPC bem como a pr pria lei que imp e prazo de seis meses para o in cio da execu o na forma do par grafo quinto do art 475 dispondo que n o sendo requerida a execu o no prazo de seis meses o juiz mandar arquivar os autos sem preju zo de seu desarquivamento a pedido da parte constando tamb m do artigo 475 par grafco segundo a prescri o legal de que ao credor l cito promover a execu o E se for interposto recurso
288. ilidade da Lei n 1 079 1950 Nesse sentido Penal Processual Penal Prefeito Crime de Responsabilidade D L 201 de 1967 artigo 1 crimes comuns Os crimes denominados de responsabilidade tipificados no art 1 do D L 201 de 1967 s o crimes comuns que dever o ser julgados pelo Poder Judici rio independentemente do pronunciamento da C mara dos Vereadores art 1 s o de a o p blica e punidos com pena de reclus o e de deten o art 1 1 e o processo o comum do C P P com pequenas modifica es art 29 No art 4 o D L 201 de 1967 cuida das infra es pol tico administrativas dos prefeitos sujeitos ao julgamento pelo C mara dos Vereadores e sancionadas com a cassa o do mandato Essas infra es que podem na tradi o do direito brasileiro ser denominadas de crimes de responsabilidade Il A a o penal contra prefeito municipal por crime tipificado no art 1 do D L 201 de 1967 pode ser instaurada mesmo ap s a extin o do mandato Ill Revis o da jurisprud ncia do Supremo Tribunal Federal IV HC indeferido STF Pleno HC n 60 671 PI rel Min Carlos Velloso DJ de 19 05 1995 2 Como nica exce o pode ser mencionado o crime de responsabilidade pass vel de ser praticado pelo Presidente da C mara dos Vereadores que gastar mais de 70 de sua receita com folha de pagamento inclu do o gasto com subs dio de seus Vereadores art 29 A SS 1 e 3 da CR 1988
289. im As transa es poderiam ter sido feitas atrav s de atos jur dicos simulados ou por meio de neg cios fiduci rios praticados entre as partes Ressaltei que se tratava de mera hip tese pois jamais me foi poss vel saber o que havia de subjacente na rela o comercial de que participaram as partes em contenda A esdr xula e infantil alega o trazida aos autos de que o Mago Peruano tamb m indicado no processo como Mago Superior atra v s dos irm os C G e H G exercia sobre o lesado total influ ncia mantendo o sob dom nio absoluto n o mereceu da minha parte qualquer relev ncia at porque rid cula Com efeito o lesado era homem de indiscut vel intelig ncia empres rio bem sucedido no seu campo de atividades tendo inclusive exercido o cargo de Mi nistro da Fazenda em car ter interino Em contrapartida os r us pareciam me pessoas de poucas letras sendo conhecidos como lu tadores de jiu jitsu que desfrutavam de grande popularidade Dessa maneira n o cr vel que o lesado fosse aceitar a influ ncia de um Mago soando me inveross mil a afirma o de que Revista da EMER v 11 n 41 2008 135 transferira para os r us vultosas somas em dinheiro e im veis em troca de benef cios espirituais obtidos gra as ao aconselhamento do Mago Peruano atrav s dos m diuns C G e H G Para os n o iniciados m dium na doutrina esp rita o intermedi rio entre os vivos e a alma dos mortos o que
290. imidade ativa do indiv duo para a o individual de natureza coletiva unit ria e a extens o da coisa julgada aos demais co legitimados para a es individuais ou coletivas 5 A legitimidade ativa do indiv duo para a a o individual de natureza coletiva unit ria e o processamento do feito como a o coletiva Cumprimento de Senten a Executividade Lato Sensu ou Condena o Especial Alessandro Rostagno Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas da Secretaria da Fazenda Revista da EMER v 11 n 41 2008 224 235 266 do Estado de S o Paulo com mestrado em Direito Processual Civil pela PUC SP Professor de Cursos de P s Gradua o Lato Sensu em Direito Processual Civil e de Direito Processual Tri but rio 1 A proposta da nova reforma do CPC 2 Executividade lato sensu mandamentalidade e condena o 3 Cumprimento de senten a uma condena o especial Relev ncia da S mula de Jurisprud ncia Pre dominante Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos Desembargador do TJ RJ Uniformiza o de entendimentos Influ ncias positivas Repercuss o na produtividade e qualidade dos provimentos judiciais Racionaliza o da presta o jurisdicional e redu o do prazo de dura o dos recursos Conforma o com os princ pios da efetividade processual e seguran a jur dica Devemos ser um Exemplo de tica n o Men tir e ser Confi veis Um exemplo que vem de fora Entrevista com o Juiz que se obrigou
291. inadores v m defendendo que dever ent o simplesmente o julgador copiar a senten a anterior Temos que n o este o esp rito da lei Um caso A tem de ser julgado por senten a para aquele caso e n o atrav s de senten a que foi proferida no caso B Desta forma o julgador tem de lavrar senten a para aquele caso em julgamento A reprodu o do julgado anterior deve estar inserida na fundamenta o do julgado a fim de se demonstrar que o caso concreto id ntico aos casos paradigma sendo certo que alguns defendem a possibilidade do inteiro teor da senten a ante rior ou das senten as anteriores acompanharem por c pia o jul gado atual A necessidade por m que o julgador demonstre de forma clara que o caso em comento id ntico a casos anterior mente julgados improcedentes para possibilitar a aplica o do julgamento liminar de improced ncia 4 DISPENSA DE CITA O Convencendo se o julgador de que se enquadrar o caso nas disposi es do art 285 A do CPC a senten a merit ria proferida sem pr via oitiva do r u N o h ofensa ao contradit rio na quest o uma vez que se contradit rio atrav s do bin mio informa o participa o garan tir parte o direito de expor seus argumentos para influenciar a forma o de convencimento do julgador e se o r u no fim das con tas obter um julgamento que lhe integralmente favor vel n o se justifica a necessidade de cit lo pois a d
292. ino ou de alguns deles incumbem a quem delas se serve Caso haja inclusive no condom nio de fato servi os ou partes comuns de utiliza o restrita a um ou alguns cond minos apenas estes arcar o com as respectivas despesas de conserva o e cus teio n o sendo tais verbas inclu das no rateio da contribui o dos demais integrantes da associa o Na hip tese a causa da obriga o em foco se desloca do fato da titularidade para a efetiva possibi lidade de utiliza o O mesmo pode ser dito acerca das regras sobre a assembl ia e a administra o do condom nio arts 1 347 a 1 356 que poder o ser supletivamente aplicadas no que couber 2 PONDERA O DE INTERESSES NO CONFLITO ENTRE OS PRINC PIOS DA VEDA O DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA E DA LIBERDADE DE ASSOCIA O A t cnica de pondera o de interesses permite determinar no caso concreto qual princ pio deve prevalecer no caso de um conflito entre ambos de um lado a veda o do enriquecimento sem causa do outro a liberdade de associa o O objetivo dessa t cnica reside na identifica o de con di es de fato que luz do dado normativo sobretudo constitu cional sejam consideradas relevantes para a solu o da coli s o de interesses no caso concreto permitindo ao julgador esta belecer uma regra de preval ncia que incida n o de forma 24 FACHIN Luiz Edson Coment rios ao C digo Civil V 15 S o Paulo Saraiva 2003 p 268 269
293. insufici ncia de provas n o impede a responsabiliza o pelos mesmos fatos em inst ncia administrativa uma vez que as inst ncias penal e administrativa s o independentes Com esse entendimento o Tribunal indeferiu mandado de seguran a impetrado por ex prefeito que teve rejeitada a den ncia contra ele apresentada por crime de peculato em que pretendia o arquivamento da tomada de contas especial do TCU sobre os mesmos fatos Precedente citado MS 21 708 DF DJU de 18 5 2001 MS 23 625 DF rel Min Maur cio Corr a 8 11 2001 MS 23625 STF No mesmo sentido Administrativo Mandado de Seguran a Policial militar Processo disciplinar Instaura o Ju zo administrativo Desvincula o A inst ncia administrativa n o est vinculada ao Ju zo Criminal o que somente ocorre nas hip teses em que a absolvi o criminal reconhecer a inexist ncia do fato ou negar a autoria do crime n o havendo quebra do princ pio de inoc ncia na forma o de Ju zo Administrativo em face do envolvimento do servidor em crime atentat rio dignidade funcional ROMS 9472 PB Rel Min Vicente Leal 16 5 2000 6 Turma ST Revista da EMER v 11 n 41 2008 217 pertence ou n o ao dom nio da tica sendo em caso negati vo simples conven o ou simples norma jur dica s pode ser decidido pela Sociologia emp rica com refer ncia que le conceito do tico que efetivamente ou era v lido no c r culo de pessoas em quest o
294. ional com paridade entre empregados e empregadores designados pelas associa es profissionais e pelos sin dicatos Na c pula do Poder Judici rio situava se o Supremo Tribu nal Federal Ao Judici rio era vedado conhecer de quest es exclusi vamente pol ticas Foram mantidas com restri es as garantias dos ju zes i vitaliciedade com aposentadoria compuls ria aos 68 anos de idade ou por invalidez ii inamovibilidade com remo o com puls ria em virtude do interesse p blico por decis o de 2 3 dos ju zes do tribunal superior iii irredutibilidade de vencimentos sujeitos entretanto a impostos Foi mantido o controle judicial da legalidade e da constitucionalidade dos atos dos poderes Legislativo e Executi vo Da cidadania ativa foram exclu dos os analfabetos os militares em servi o ativo os mendigos e os que estivessem privados dos direitos pol ticos Assegurava os direitos derivados da liberdade se guran a individual e propriedade O direito subsist ncia foi trata do no t pico sobre a fam lia Aos direitos de fei o liberal havia res tri es tais como i censura pr via da imprensa do teatro do ci nema e do r dio ainda n o havia televis o ii proibi o circula o difus o e representa o a crit rio da autoridade e no interesse da paz da ordem e da seguran a p blica iii pena de morte para delitos contra o Estado e para o homic dio praticado por motivo f til e com extremos de
295. ios estatais que se voltam ao ideal de entrega do bem da vida reconhecido ao ven cedor na esfera cognitiva Tais provimentos no entender da doutrina s o caracteristica mente tidos como provimentos de repercuss o f sica ou seja se dis tinguiriam daqueles ditos tradicionais pelo fato de contemplarem o vencedor na mesma rela o processual com a aplica o de atos executivos expedidos at ex officio pela pr pria jurisdi o sem que dependam de um processo aut nomo de execu o Se a condena o prepara a execu o e o t tulo executivo o bilhete de ingresso atividade estatal sub rogat ria que visa a dar cumprimento e satisfa o decis o prolatada em sede cognitiva na linha de pensamento carneluttiana esta mesma condena o poder tamb m por for a de pol tica legislativa ter efetividade por 5 Francesco Carnelutti Titolo esecutivo e scienza del processo in Rivista di diritto processuale civile Milano Giuffr 1934 p 14 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 273 interm dio de atos subseg entes dirigidos ao vencido dentro do mesmo processo resultando uma consegiu ncia natural da vontade da lei ao caso concreto tutelado como queria Chiovenda Muito mais do que preparar a execu o a condena o nesse sentir operar se ia com efic cia plena sem demandar atos de outro processo aut nomo para buscar operacionalidade A t cnica legislativa pode muito bem empregar diversas for mas pro
296. ir e nunca poder existir um Parlamento nem corpo algum de homens nem gera o destes em nenhum pa s que possua o direito ou o poder de obrigar e controlar a posteridade at o fim dos tempos Todas as pocas e gera es devem ser livres e atuar por si mesmas em todos os casos em que atuaram por si mesmas as pocas e gera es que as precederam A vaidade e a presun o de governar al m da tumba a mais rid cula e insolente de todas as tiranias O homem n o tem direito de propriedade sobre o homem nem nenhuma gera o tem direito de propriedade sobre as gera es vindouras Los Derechos del Hombre trad de Jos Antonio Fern ndez de Castro e Tom s Mu os Molina M xico Fondo de Cultura Econ mica 1996 p 35 36 52 Cf Engisch Introdu o ao Pensamento Jur dico de J Baptista Machado 8 ed Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 2001 p 170 183 53 Cf Hamon Troper e Burdeau Manuel p 58 59 54 Nesse sentido Hesse Elementos de Direito Constitucional p 56 e ss 55 Cf Norberto Bobbio Teoria dell Ordinamento Giuridico Torino G Giappichelli Editore 1960 p 3 Revista da EMER v 11 n 41 2008 197 novas disposi es sejam aprovadas ou antigas disposi es sejam modificadas ou suprimidas A for a normativa da Constitui o n o se coaduna com o subjetivismo da mens egislatoris n o sendo leg timo que seu al cance e seus efeitos sejam forjados em elementos de natureza ind
297. ira a evitar ou resolver conflitos e introduzir no jogo das competi es individuais os interesses da na Revista da EMER v 11 n 41 2008 95 o representados pelo Estado essa interven o poderia ser mediata ou imediata revestindo a forma de controle de est mulo ou de ges t o direta iii o trabalho um dever social antes de ser um direito individual iv o trabalho honesto como meio de subsist ncia do indiv duo um direito de todos v o trabalho constitui um bem que cabe ao Estado proteger vi dos contratos coletivos de trabalho con clu dos pelas associa es de empregadores de trabalhadores e ar tistas deviam constar a dura o do v nculo a remunera o a disci plina interna e o hor rio de trabalho vii a modalidade do sal rio seria a mais apropriada s exig ncias do oper rio e da empresa viii nas empresas de trabalho cont nuo a mudan a de propriet rio n o rescindia o contrato de trabalho os direitos que o empregado manti nha com o antigo eram mantidos com o novo propriet rio ix as associa es de trabalhadores tinham o dever de prestar aos seus associados aux lio ou assist ncia quanto s pr ticas administrativas ou judiciais relativas aos seguros de acidentes de trabalho e aos se guros sociais x embora admitida a liberdade sindical somente o sindicato regularmente reconhecido pelo Estado tinha o direito de a representa o legal dos que participavam da respectiva catego ria de
298. istrativo a ponto de anular seus efeitos exceto quando 16 WEBER Max Economia e sociedade fundamentos da sociologia compreensiva Trad Regis Barbosa e Karen Elsabe Barbosa 3a ed Bras lia Universidade de Bras lia 1994 p 22 17 CRETELLA J NIOR Jos Pr tica do Processo Administrativo S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 p 101 218 Revista da EMER v 11 n 41 2008 uma senten a absolut ria categoricamente negar a exist ncia do fato ou a autoria imputada ao acusado pelo mesmo fato em proces so administrativo somente a decis o na esfera criminal sobre a negativa do fato imputado geraria ao funcion rio p blico demitido pela den ncia da pr tica de peculato o direito de pleitear o ser reingresso no funcionalismo voltando para o lugar de onde fora alijado TJRS em RT 412 367 a decis o do juiz criminal que declara que o funcion rio n o foi seu autor v lida na inst ncia administrativa RF 94 281 A absolvi o por inefi ci ncia da prova n o tem influ ncia igual da absolvi o pela inexist ncia material do fato ou por n o ter sido o funcion rio seu autor no tocante inst ncia administrativa RDA 51 191 A absolvi o no processo criminal n o invalida por si s a demiss o de funcion rio contra o qual ficou apurada infra o disciplinar TFR em RDA 77 206 8 De qualquer modo embora no intuito de evitar decis es con tradit rias do Judici rio e do Executivo
299. ivo espera da solu o de eventual processo penal sobre o mesmo fato n o encontra nenhum respaldo na jurisprud ncia pode vir a ter relevo segundo decorre a contrario sensu da jurisprud ncia consolidada na S mula 18 uma eventual absolvi o pelo mesmo fato material no processo criminal mas disso se cogitar se e quando sobrevier essa absolvi o Ministro Sep lveda Pertence MS 20 947 STF in RDA 178 41 42 antes citado 222 Revista da EMER v 11 n 41 2008 nistrativo eventualmente instaurado antes da decis o penal de tal sorte a admitir se a pr tica de um constrangimento ilegal que de outra forma n o se v como ser alegado Verificou se que n o v lida a tese de subordina o do pro cesso administrativo ao processo criminal segundo a qual um pro cesso administrativo n o pode instaurar se para apurar ato crimino so sem pr via condena o transitada em julgado no ju zo penal Verificou se mais que a jurisprud ncia e a doutrina s o fartas em exemplos de processos administrativos iniciados e encerrados antes da conclus o de a es penais sem cogitar de ilegalidade do ato administrativo Constatou se que admiss vel a tese da comunicabilidade de inst ncias mas que isto deve ser detidamente avaliado a fim de n o resvalar para a tese da subordina o a qual pode inviabilizar o jul gamento tico de fatos que constituam crime transformando os pro cessos disciplinares nestes casos em meras f
300. j dispunha que Anulado o ato restituir se o as partes ao estado em que antes dele se achavam e n o sendo poss vel restitu las ser o indenizadas com o equivalente disposi o repetida literalmente pelo art 182 do diploma de 2002 Ou seja h muito resta claro no C digo Civil que tamb m a declara o de anulabilidade surte efei tos a partir da data em que o neg cio jur dico tenha sido firmado Curiosamente por m essa uma circunst ncia que continua a pas sar despercebida por parte respeit vel da doutrina Na d cada de 60 o professor Valle Ferreira chamava a aten o para essa quest o No o tamb m infundada mas muito repetida a que se re fere ao efeito retroativo das declara es de nulidade Segundo ficou exposto anteriormente qualquer que seja a causa de invalidade no fundo sempre a mesma coisa a mesma Revista da EMER v 11 n 41 2008 151 invalidade e em todos os casos o v cio dirimente e con tempor neo da forma o do ato quer se trate de nulidade quer de anulabilidade FERREIRA ob cit Por m n o o caso de como procede Ferreira estabelecer se uma regra geral contr ria isto de que sempre a declara o das nulidades ou anulabilidades ter efeitos retroativos Isso porque o C digo Civil tamb m h muito disciplina hip teses de atos e neg cios jur dicos que mesmo eivados de nulidades reconhecidas em senten a continuam a surtir efic cia ou ao meno
301. judicativa que se distancia y diferencia de la actitud legisferante y la actitud ejecutiva o administrativa Revista da EMER v 11 n 41 2008 71 du o e fontes de cogni o Para estas ltimas segundo a doutrina italiana a tarefa est em reconhecer nos textos a norma jur dica J para as demais o n cleo a din mica que leva ao ordenamento ressaltando se o seu surgimento e dos preceitos jur dicos Assim no dizer incisivo de TRABUCCHI s o fontes formais a lei a norma e os usos capitaneando a constitui o Esta doutrina reserva para a jurisprud ncia o papel de fonte indireta centralizando magistrados e doutores na vida do direito O nosso sempre lembrado Caio M rio da Silva Pereira com a vis o de lince futurista opta por conside rar a jurisprud ncia como fonte informativa ou intelectual do direito descrevendo o papel dos tribunais na sua vivifica o e adapta o s transforma es sociais O fato que a jurisprud ncia entre n s ajusta a intelig ncia do direito positivo adequando a aos casos concretos atrav s da f rmula da incid ncia e da primazia dos princ pios Em suma como ensina Firmino Ferreira Paz interpretar regra jur dica conhecer lhe o su porte f ctico e lhe verificar a possibilidade jur dica de incidir S Se o juiz n o pode afastar se das regras de interpreta o do direito a metodologia de adapta o dos princ pios que devem su plantar os obst culos em
302. la defesa pois nesta hip tese o r u ter tido oportunidade para apresentar seus argumentos participando demo craticamente do feito Ressalte se ainda que n o h incompatibilidade da norma do art 285 A do CPC com a norma do art 518 1 do mesmo diploma legal podendo o juiz negar seguimento apela o da senten a que in limine julgou improcedente o pedido do autor caso esteja a sen ten a lastreada em s mula do Supremo Tribunal Federal ou do Su perior Tribunal de Justi a Finalmente para manejar corretamente o novel dispositivo haver o os operadores do direito de desenvolver t cnicas de criteriosa compara o entre os feitos anteriormente ajuizados e jul gados e o feito em quest o para apurar se a identidade de casos verificando se a quest o envolve verdadeiramente a mesma fattispecie uma vez que a aplica o do art 285 A do CPC somente pode ser feita quando h perfeita identidade de quest es entre os casos paradigma e o caso colocado em aprecia o Revista da EMER v 11 n 41 2008 125 A Penhora Incidente sobre Bem de Terceiro Conceituada na Justi a Laboral como Decorrente de Responsabilidade Objetiva Juary C Silva Juiz de Direito aposentado Na Justi a Trabalhista bastante comum a incid ncia de pe nhora sobre bens de terceiros adquirentes de s cios das empresas executadas Verificada a inexist ncia ou insufici ncia de bens soci ais O juiz desconsidera a personalid
303. la sentencia Hoje a teoria e a lei oferecem os trilhos definidores pelos quais percorre o carro decis rio 3 COUTURE Eduardo J Fundamentos del derecho procesal civil Buenos Aires Depalma 3 ed 1993 p 280 Como documento la sentencia es la pieza escrita emanada del tribunal que contiene el texto de la decisi n emitida Idem ibidem P 292 La legislaci n procesal de nuestros pa ses describe minuciosamente la forma de la sentencia imponiendo a los jueces un orden y hasta un extra o formulismo seg n los modelos cl sicos Esto da a los fallos un estilo arcaico que no contribuye a su comprensi n por el pueblo Revista da EMER v 11 n 41 2008 55 Art 162 8 18 do CPC Senten a o ato do juiz que implica alguma das situa es previstas nos artigos 267 e 269 desta Lei Art 458 S o requisitos essenciais da senten a l o relat rio que conter os nomes das partes a suma do pedido e da resposta do r u bem como o registro das princi pais ocorr ncias havidas no andamento do processo Il os fundamentos em que o juiz analisar as quest es de fato e de direito IIl o dispositivo em que o juiz resolver as quest es que as partes lhe submeterem Art 215 do CPP Na reda o do depoimento o juiz dever cingir se tanto quanto poss vel s express es usadas pelas tes temunhas reproduzindo fielmente as suas frases Vale a esta altura recordar que a hist ria do processo n o dispens
304. lar a corroborar o quanto at aqui foi desenvolvido os contratos ditos de multipropriedade praticados no Brasil estabelecem se condom nios ordin rios cuja forma perfeitamente l cita n o ferindo o princ pio do numerus clausus mas cujo conte do cont m cl usulas sacramentadas pelo registro do t tulo aquisitivo no Registro de Im veis de efic cia duvidosa pelas quais os adquirentes renunciam a direitos e divisibilidade criando situa o jur dica dificilmente contida no conte do t pico da fun o condominial 22 Na cr tica de Pedro Elias Avvad reda o do art 1 331 do C digo Civil Se de um lado considerarmos que o legislador perdeu a oportunidade de regular determinadas situa es j definitivamente incorporadas ao ordenamento jur dico como s o os condom nios de casas e edif cios que mereciam no m nimo alguma refer ncia que os distinguisse como esp cie do g nero condom nio tamb m n o se pode criticar a aus ncia de registro para alguns fatos jur dicos ainda n o suficientemente amadurecidos para integrar o C digo pela possibilidade ainda que em tese de se volatilizarem e se esva rem antes de se converterem em institutos jur dicos Parece em princ pio que o legislador foi bastante evasivo na conceitua o do condom nio edil cio o suficiente para abrigar dentro da singela defini o que fez desse instituto se que aqui assim se pode classificar o caputdo art 1 331 Portanto se
305. lidade do exame caligr fico do documento regulado minuciosamente no art 174 do CPP que versa a respeito do reconhecimento de escritos por compara o de letra Mas que letra Do m dium Do esp rito Seria uma forma t cnica pela qual se poderia chegar a uma conclus o definitiva N o creio Penso que ainda assim tal modalidade de exame grafot cnico n o daria suficiente respaldo para a aceita o da validade da psicografia pois n o seria poss vel caso assim desejasse uma das partes ou o determinasse o pr prio juiz submeter se ao crivo do contradit rio o esp rito desencarnado para que confirmasse o laudo se positivo a respeito da autoria do escrito ou viesse a contest lo se negativo em rela o ao valor do documento Tal direito n o poderia ser sonegado parte acusadora caso desejasse por tratar se de direito individual assegurado pela Consti tui o Federal aos litigantes em qualquer processo judicial art 5 LV Referi me de modo especial ao Minist rio P blico ou ao que relante pois tanto quanto me foi dado observar a psicografia so mente tem sido utilizada em favor dos r us certo que na esp cie restaria a possibilidade de sabatinar sob o crivo do contradit rio o m dium Por m ele n o seria o autor intelectual do escrito mas mero copista daquilo que o esp rito lhe teria ditado O documento por si s dada a peculiaridade da prova n o poderia merecer aceita o sem que se co
306. lquer tempo A motiva o a mesma Algu m foi induzido em erro ao transacionar alimentos em valor menor do que a lei assegura Em se tratando de encargo a favor de crian a ou adolescente sequer disp e o guardi o da possibilidade de aceitar quantia inferior e com isso exonerar o detentor do poder familiar do dever de sustento que a lei lhe imp e Portanto desimporta que tenham os alimentos sido fixados por acordo ou judicialmente Flagrado o desatendimento ao crit rio da proporcionalidade cabe a corre o pela via revisional Inaceitar tal 4 Francisco Jos Cahali Oferta de Alimentos 163 12 S rgio Gilberto Porto Doutrina e pr tica dos alimentos 85 Revista da EMER v 11 n 41 2008 47 possibilidade permitir que o devedor se beneficie da pr pria torpe za visto que em decorr ncia de sua omiss o ao n o fornecer dados precisos de seus rendimentos os alimentos n o foram estabelecidos em obedi ncia ao par metro legal Diante de todo esse leque de hip teses fica claro o descabimento da limita o da via revisional somente quando existir altera o de um dos p los do bin mio possibilidade necessidade A revis o dos alimentos poss vel sempre que houver afronta ao prin c pio da proporcionalidade quer porque houve altera o nas condi es de qualquer das partes quer porque este princ pio foi desaten dido por ocasi o da fixa o dos alimentos Ali s esta foi a situa o que deu origem a r
307. m Nela pois de supor que se compreendam quaisquer moda lidades de cumprimento O teor do art 475 1 caput entretanto n o se harmoniza com tal suposi o A conjun o ou alternativa que distingue nitidamente duas categorias de um lado as regidas pe los arts 461 e 461 A de outro as de obriga o por quantia certa nas quais incidem os demais artigos do cap tulo E a linguagem utilizada d a entender que s estas se cumprem por execu o ao passo que ao cumprimento daquelas n o adequado semelhante nomen iuris T m se pois duas esp cies de cumprimento uma por execu o outra sem denomina o particular e parece limi tar se aquela a incid ncia dos demais artigos do cap tulo des mentindo se assim o car ter gen rico da rubrica que a rigor con viria nessa ptica a uma nica das duas esp cies A acep o gen rica do termo volta tona contudo no art 475 P caput que enumera os ju zos perante os quais se proceder efetiva o batizada de cumprimento do julgado A bvio tan to se alude s hip teses de obriga o por quantia certa quanto a quaisquer outras nada importando que sejam regidas pelo art 461 ou pelo art 461 A Por exemplo em se tratando de entrega de coi sa n o sofre d vida que as provid ncias contempladas no 2 do art 461 A caso necess rias competir o ao ju zo que processou a causa no primeiro grau de jurisdi o art 475 P n
308. m a Emenda Constitucional n 45 e outras manifesta es padronizadoras do pensamento O Professor Jos Carlos Barbosa Moreira em interessante en saio sobre a S mula faz pertinente observa o falta de elementos que pudessem fornecer subs dios para o reconhecimento da efetiva utilidade daquela na abrevia o do tempo de julgamento e mesmo na diminui o do n mero de processos verbis Revista da EMER v 11 n 41 2008 287 pena que n o se haja tomado a iniciativa de colher dados e elaborar estat sticas cuja luz se pudesse medir objetivamen te o impacto produzido pela institui o da S mula na quanti dade de processos e na respectiva dura o como s i aconte cer entre n s e sem embargo do ju zo favor vel que predomi nou nos meios judiciais ficamos imersos na penumbra do impressionismo Temas de Direito Processual Nona S rie Saraiva p 301 Pois bem no Tribunal de Justi a do Rio de Janeiro a situa o de clareza solar cuja nitidez chega a ofuscar n o se aplicando as cr ticas justamente formuladas por nosso maior processualista Com efeito os resultados da pesquisa integram o site do Tribunal e men salmente sua produtividade divulgada naquele de forma discri minada em demonstra o de absoluta transpar ncia do Judici rio Estadual Fluminense quanto aos seus resultados em busca de ver dades cient ficas e aprimoramento de seu mister Qual a m gica empreendida para a obten
309. m longo per odo ditatorial Espera se no entanto sofra a quest o maior amadurecimento no mbito do mais elevado tribunal brasileiro o que por certo con tribuir para sedimentar os pr prios alicerces do Estado brasileiro evitando o descr dito das institui es e consequentemente da pr pria democracia A gravidade da situa o n o passou despercebida a m ltiplos setores da sociedade Para citar apenas uma iniciativa que busca contornar os seus efeitos delet rios merece men o a Sugest o n 226 2006 apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil em maio de 2006 Comiss o de Legisla o Participativa da C mara dos Deputados Nesse documento a OAB prop e seja apresentado um projeto de lei que promova um acr scimo parte final do art 1 da Lei de Improbidade verbis Os atos de improbidade praticados por qualquer agente p blico ser o punidos na forma desta lei sem preju zo da aplica o ao respons vel conforme as circunst ncias das san es cominadas na Lei n 1079 de 10 de abril de 1950 204 Revista da EMER v 11 n 41 2008 In Comunicabilidade da Senten a Penal no Processo Administrativo Disciplinar Elbert da Cruz Heuseler Mestre em Direito da Administra o P blica pela UGF Professor de Direito Adminis trativo do CEPAD e no Curso de P s Gradua o em Direito P blico e Gradua o em Direito da Universidade Est cio de S PROCEDIMENTO OU PROCESSO
310. m los juezes qu piensam Buenos Aires Abeledo Perrot 2 ed 1994 p 65 Pero curiosamente y para a sombro de los juristas contempor neos ninguna de las grandes corrientes del pensamiento jur dico se ha ocupado de ese tan peculiar modo de pensar Es asombroso porque siempre desde que los hombres debieron convivir en este mundo ha habido derecho desde que existe la convivencia y por lo tanto las relaciones rec procas existe tambi n el derecho desde que esas relaciones jur dicas exponen entuertos existen jueces y con ellos un modo peculiar muy peculiar de pensar esas relaciones 70 Revista da EMER v 11 n 41 2008 co se tem ocupado deste modo de pensar t o peculiar as sombroso porque sempre desde que os homens se determina ram a conviver neste mundo existe o direito desde que exista a conviv ncia e portanto as rela es rec procas existe tam b m o direito desde que essas rela es jur dicas causem pre ju zos existem ju zes e com eles um modo peculiar muito peculiar de pensar essas rela es Apesar disso n o h como se negar que a ci ncia jur dica se desenvolve atrav s de um modo pr prio diverso do das outras ci n cias o que percebido pelas express es que os juristas empregam para dar a conhecer suas id ias as senten as s o as f rmulas mais peculiares de que se utilizam os juristas para expor sua maneira de pensar nunca deixou de haver algu m um s bio um conselho de dec
311. m para afastar a incid ncia dos lapsos temporais previs tos na Lei n 11 464 2007 para que o ju zo das execu es cri minais analise os requisitos objetivos e subjetivos do paciente para a obten o da progress o de regime de acordo com o regramento do art 112 da Lei de Execu es Penais HC 83 799 MS Rel Min Maria Thereza de Assis Moura julgado em 25 9 2007 No entanto esse racioc nio jur dico falacioso Isso porque como acima j foi asseverado o Supremo Tribu nal Federal recentemente e por diversas vezes declarou a inconstitucionalidade da Lei n 8 072 90 especificamente na parte em que se vedava a progress o de regime 104 Oportuno transcrever o leading case no Excelso Tribunal PENA REGIME DE CUMPRIMENTO PROGRESS O RA Z O DE SER A progress o no regime de cumprimento da pena nas esp cies fechado semi aberto e aberto tem como raz o maior a ressocializa o do preso que mais dia ou menos dia voltar ao conv vio social PENA CRIMES HEDIONDOS REGIME DE CUMPRIMENTO PROGRESS O BICE AR TIGO 2 1 DA LEI N 8 072 90 INCONSTITU CIONALIDADE EVOLU O JURISPRUDENCIAL Conflita com a garantia da individualiza o da pena artigo 5 inciso XLVI da Constitui o Federal a imposi o mediante norma do cumprimento da pena em regime integralmente fechado Revista da EMER v 11 n 41 2008 Nova intelig ncia do princ pio da individualiza o da pena em e
312. m pelo art 16 da Lei 7 347 85 Lei da A o Civil P blica e pelo art 103 le Il da Lei n 8 78 90 C digo de Defesa do Consumidor isto a coisa julgada que se constitu no processo individual impede a aprecia o de nova e id n tica demanda individual ou coletiva salvo se o primeiro pedido ti ver sido julgado improcedente por insufici ncia de provas Vigoraria aqui a efic cia preclusiva pan processual da coisa julgada em qualquer hip tese distinta da improced ncia por falta de provas A este prop sito nos esclarece Barbosa Moreira Se a decis o das que s produzem coisa julgada formal o feito preclusivo restringe se ao interior do processo em que foi proferi do se das que geram coisa julgada material como a senten a definitiva o efeito preclusivo projeta se ad extra fazendo sentir se nos eventuais processos subsegiientes Da qualificar se de pan processual a efic cia preclusiva da coisa julgada material Curiosamente em se tratando de a o coletiva a efic cia preclusiva da coisa julgada se limita ao processo n o apenas quan do se cuida de senten a terminativa mas tamb m quando se trata perda de animal ou de lavoura ter efeito apenas entre as partes de outra sorte naquilo que decidir a respeito da situa o plurissubjetiva unit ria ter efeito erga omnes 2 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Declara o de nulidade de patente A o proposta por um dos co legitimados Extens o subj
313. m preju zo direto ou indireto ao trabalhador art 468 salvo nos casos expressos previstos em lei Esses casos 38 Revista da EMER v 11 n 41 2008 que na legisla o trabalhista infraconstitucional eram raros foram consideravelmente ampliados pela Constitui o de 1988 cujo art 7 facultou s conven es coletivas e aos acordos coletivos deles participaram obrigatoriamente os sindicatos dos trabalhadores a estipularem redu o do sal rio contratual inciso VI compensa o ou redu o da jornada de trabalho inciso XIII e amplia o da jorna da dos turnos ininterruptos de revezamento inciso XIV evidente que essas exce es ao regramento geral n o podem ser ampliadas raz o por que n o se estendem aos temas tratados nos demais incisos ainda que atinentes a presta es de natureza salarial sal rio m ni mo piso salarial 13 sal rio adicionais de trabalho insalubre ou perigoso etc Por via de consegii ncia o art 468 da CLT foi derrogado no que tange s alter es in pejus de que cogitam os incisos VI XIII e XIV do art 7 da Constitui o A transa o um neg cio jur dico ato bilateral em virtude do qual como escrevemos alhures as partes interessadas extinguem obriga es litigiosas ou du vidosas Para que haja transa o imprescind vel que a duas pessoas pelo menos estejam vinculadas entre si por for a da rela o jur dica da qual decorrem direitos e obriga
314. m um pro cesso pelo qual por meio de compress es rec procas ser poss vel chegar a uma solu o adequada superando a l gica unidirecional do processo de subsun o premissa maior premissa menor Ser preciso um racioc nio de estrutura diversa mais com plexo capaz de trabalhar multidirecionalmente produzindo a regra concreta que vai reger a hip tese a partir de uma s ntese dos distintos elementos normativos incidentes sobre aquele conjunto de fatos De alguma forma cada um desses elemen tos dever ser considerado na medida de sua import ncia e pertin ncia para o caso concreto de modo que na solu o princ pios de liberdade de contrato aquele que vai resolver o conflito tem de levar em conta a for a relativa de cada um DWORKIN Ronald Levando os direitos a s rio Tradu o de Nelson Boeira S o Paulo Martins Fontes 2002 p 39 e 42 2 Acerca do procedimento l gico a ser adotado pelo int rprete na t cnica de pondera o de interesses em mat ria constitucional escreve Daniel Sarmento que defronta se o int rprete com a constata o de que determinada hip tese de fato tutelada por dois princ pios constitucionais que apontam para solu es divergentes Neste caso ele deve luz das circunst ncias concretas impor compress es rec procas sobre os interesses protegidos pelos princ pios em disputa objetivando lograr um ponto timo onde a restri o a cada interesse seja a m nima
315. ma o de que a a o o processo e a coisa julgada se r o regulados pelas regras do direito processual individual est correta em parte sobretudo porque a coisa julgada deve ter outro tratamento Ora em se tratando de situa o plurissubjetiva costurada pelo v nculo da unitariedade disto resulta que a coisa julgada ter de se impor a todos os eventuais titulares das rela es jur dicas individu ais que comp em no conjunto a situa o global plurissubjetiva N o ser razo vel que havendo decis o definitiva sobre a cessa o da ofensa e sobre a recomposi o do meio ambiente pos 22 MOREIRA Jos Carlos Barbosa Litiscons rcio Unit rio p 143 248 Revista da EMER v 11 n 41 2008 sa outro propriet rio ribeirinho ou ente legitimado a o coletiva propor nova a o veiculando o mesmo pedido Se assim fosse ad mitido qual senten a executar na hip tese de haver varia es cir cunstanciais Por outro turno estaria o indiv duo impedido de exercer seu direito de acesso justi a porque o objeto da lide direito coletivo para o qual n o tem legitimidade sobretudo porque a coisa julgada teria efeito erga omnes sem os cuidados da verifica o da adequa da representatividade Ineg veis as dificuldades para se conciliar o imperativo cons titucional do livre acesso Justi a e os rigores legais sobre a legitima o para a o coletiva quando se cuida de situa o sujeita ao v nculo da unita
316. mandado e sem indagar da veracidade ou n o dos fatos afir mados pelo autor Se a quest o no plano de direito n o lhe fa vorece pode a pretens o ser denegada prima facie sem preju zo jur dico algum para o demandado que ainda n o foi citado 1 Da que temos n o ser necess ria qualquer comunica o ao r u mesmo ap s a senten a proferida pois n o haver nenhum in teresse recursal do r u tamb m n o havendo qualquer imperativo jur dico em dar se ci ncia ao r u ap s o tr nsito em julgado da sen ten a uma vez que a esfera jur dica do demandado nenhuma alte Veja se a respeito Theodoro Junior ob cit p 14 10 THEODORO JUNIOR Humberto ob cit p 16 120 Revista da EMER v 11 n 41 2008 ra o sofreu e em se tratando de casos repetitivos o r u j teve ci ncia pr via nos outros feitos que foram julgados com sua parti cipa o das raz es de decidir do ju zo em casos similares Todavia considerando a previs o de comunica o ao r u do tr nsito em julgado da senten a que reconhecia a prescri o ou a decad ncia o que pode ser feito na cabe a da inicial h previs o legislativa de comunica o oficial ao r u do julgado o que deu ensejo ao entendimento esposado pelo E Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro consolidado no enunciado abaixo mencio nado AVISO TJ N 33 de 07 07 2006 ESTADUAL O Presidente do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de
317. mentado pela S mula Isso no entanto configura equ voco de abordagem N o se objetiva tamb m asseverar que diminua o n mero de recursos mas indubitavelmente n o foi ela que provocou o acr scimo Este de correu da maior produtividade no 1 grau de jurisdi o com a prola o de mais senten as o que inevitavelmente produziu mai or quantidade de recursos Recorra se novamente l gica lockiana conforme a mesma reportagem em 2003 foram julgados 588 537 processos e em 2006 1 059 936 feitos Ora se foi proferido n mero substancialmente su perior de senten as e dado o inconformismo natural do ser humano com as circunst ncias que lhe s o desfavor veis outra verdade l gica n o poderia ocorrer sen o o incremento de recursos Sem o escopo de realizar o racioc nio indutivo de que a S mula reduz o n mero de processos ou de recursos visto como por ora seria precipitado e inconsistente afirm lo outra observa o contudo pode ser feita o acr scimo de senten as de 2006 em rela o a 2003 foi da ordem de 80 e o de recursos aproximada mente de 70 o acr scimo de recursos portanto foi inferior ao de senten as A conclus o geral inarredavelmente obtida foi a expressiva redu o do tempo de dura o dos recursos ap s a realiza o de encontros visando uniformiza o de entendimentos A vida moderna se tem mostrado extremamente veloz em mudan as especialmente na rea tecnol gica As tra
318. mentava o tempo livre do farmac utico d opini es de peritos indicavam que a maior procura de medicamentos decorreria de circunstancialismos associados ao p s guerra v g desnutri o e patologias de ordem psicol gica No direito brasileiro o Supremo Tribunal Federal em n o pou cas ocasi es tem moldado a norma constitucional luz da realida de chegando mesmo a realizar uma interpreta o ab rogante nas hip teses em que a disposi o normativa mostrou se totalmente dissonante dos fins a que se destinava O Tribunal por sua Primeira Turma em julgamento emblem tico proferiu decis o que no caso concreto afastou a in cid ncia de regra constitucional que se mostrava absolutamente in compat vel com a situa o de anormalidade institucional presente no momento de sua aplica o trata se do Habeas corpus n 89 417 7 julgado em 22 de Agosto de 2006 sendo relatora a Ministra C r men L cia 61 Cf Gilmar Ferreira Mendes Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade 3 ed 2 tiragem S o Paulo Editora Saraiva 2006 p 475 477 O voto da Ministra relatora foi obtido junto ao seu gabinente acrescendo se que o ac rd o ainda n o foi objeto de publica o Revista da EMER v 11 n 41 2008 199 O habeas corpus foi impetrado por parlamentar do Estado de Rond nia cuja pris o em flagrante fora decretada pela Ministra relatora do Inqu rito n 529 do Superior Tribunal de Justi a
319. mitidos pela lei ora porque lesivos da reserva de lei que caracteriza a propriedade ora porque n o merecedores de tutela na medida em que s o limitativos ou impeditivos da fun o social ou da acessibilidade a todos da propriedade Nesta perspectiva muitos estatutos privados principalmente em tema de condom nio e multipropriedade esperam ainda um reexame completo em termos de validade e de merecimento de tutela E a esfera de influ ncia da fun o social destinada a alargar se j que a garantia contida no art 42 Const n o pode ser circunscrita propriedade mas deve interessar toda e qualquer forma de pertin ncia appartenenza da riqueza TEPEDINO Gustavo Multipropriedade op cit p 85 174 Revista da EMER v 11 n 41 2008 O Combate Corrup o no Brasil Responsabilidade tica e Moral do Supremo Tribunal Federal na sua Desarticula o Emerson Garcia Membro do Minist rio P blico do Estado do Rio de Janeiro Consultor Jur dico da Procura doria Geral de Justi a P s Graduado em Ci ncias Pol ticas e Internacionais e Mestrando em Ci ncias Jur dico Pol ticas pela Universidade de Lisboa 1 INTRODU O Poucos anos ap s a reestrutura o democr tica do Pa s o le gislador infraconstitucional valendo se da liberdade de conforma o deixada pelo art 37 4 da Constitui o da Rep blica editou a Lei n 8 429 de 2 de junho de 1992 A denominada Lei de Improbidade p
320. mpletasse atrav s da pro va oral Mas como faz lo Bonnier examinando o valor emanado da prova obtida por meio de invoca o ao sobrenatural lan a sem meias palavras BONNIER Edouard Procedure Civile Paris 1847 Joubert 140 Revista da EMER v 11 n 41 2008 vigoroso an tema contra seu aproveitamento no processo in verbis En el dia no se permitir a ya como hijo un Tribunal escoc s en 1754 que dos testigos afirmaron bajo juramento que les hab a revelado un esp ritu celestial el nombre del autor de un homic dio No mesmo sentido o pensamento de Julio Acero que trans creve inclusive o ensinamento de Bonnier 8 Averbe se que no caso de crime de compet ncia do Tribu nal do J ri a valora o do documento psicografado torna se especi almente delicada partindo do fato de que o veredicto n o funda mentado Ali n o h falar em livre convencimento sistema adotado pelo juiz de direito para validar suas decis es No J ri ao contr rio o sistema esposado o da ntima convic o dos jurados tornando lot rica a decis o que viesse a acolher como prova o documento psicografado Bastaria que o Conselho de Senten a se visse com posto em sua maioria por adeptos do espiritismo ou por pessoas influenci veis por tais fen menos para que a prova obtida por meio de psicografia ganhasse relevo incomensur vel em rela o s de mais mesmo quando estas a desmentissem totalmente Relev
321. mpostas pelo loteador estejam inscritas nas condi es gerais do loteamento te 8 O direito dos contratos no s culo XXI a constru o de uma no o metanacional de contrato decorrente da globaliza o da integra o regional e sob influ ncia da doutrina comparatista In DINIZ Maria Helena LISBOA Roberto Senise O Direito Civil no S culo XXI S o Paulo Saraiva 2003 p 549 MATTIETTO Leonardo op cit p 227 160 Revista da EMER v 11 n 41 2008 nham sido levadas a registro e sejam aceitas pelo comprador no ato da compra A doutrina alude ainda a um comportamento social t pico por parte do morador do condom nio at pico ou de fato a partir da acei ta o dos servi os que lhe s o oferecidos e aos quais adere sendo lhe exig vel a respectiva contribui o No caso utilizando a li o de Enzo Roppo a vontade de acei tar n o expressa mas resulta implicitamente e de forma digamos operativa da atitude e da actividade do sujeito J para uma segunda corrente sustenta se a efic cia dessa associa o e do compromisso assumido n o como obriga o propter rem mas como decorr ncia das limita es do direito de propriedade condicionando o seu uso ao interesse coletivo e ainda condena o quase universal do locupletamento custa do empo brecimento alheio 10 CASTRO Fl via Viveiros de Obriga es propter rem e condom nios at picos Revista dos Tribunais S o Paulo v
322. mula 284 de 13 de maio de 2004 p s fim a essa controv rsia ratificando a exig ncia de pagamento m nimo de 40 do valor financiado como requisito para a purga o da mora 2 A REFORMULA O LEGAL DE 2004 Toda essa constru o doutrin ria e jurisprudencial entretanto ficou prejudicada com a entrada em vigor da Lei 10 931 04 cujo artigo 56 deu nova reda o aos par grafos do artigo 3 do Decreto lei 911 69 que omisso quanto purga o da mora apenas referin do se faculdade do devedor de pagar integralmente a d vida n o mais se referindo ao requisito de pagamento m nimo de 40 do fi nanciamento O 2 do artigo 3 do Decreto lei 911 69 com a nova reda o inova tamb m ao prever que a peti o inicial da a o de busca e apreens o dever indicar o valor da d vida semelhan a do proces so de execu o comum O fato de o devedor pagar integralmente a d vida n o o impede de questionar o valor apresentado pelo credor na inicial e tal questionamento dever ser formulado na resposta que lhe facultada no prazo de 15 dias 3 e 4 do art 3 do DL 911 69 Disp e ainda esse mesmo dispositivo que o pagamento da d vida dever se dar no prazo do 1 esse dispositivo trata da exe cu o da liminar de busca e apreens o A lei n o fala em cita o e 2 S mula 284 13 5 2004 A purga de mora nos contratos de aliena o fiduci ria s permitida quando j pagos pelo menos
323. nadimplente do d bito alimentar art 5 LXVII da CR 1988 erigindo se como eficaz meio de coer o para o cumprimento de tais obriga es e igualmente como san o disciplinar em rela o aos militares n o podendo ser afastado nem mesmo com a utiliza o do habeas corpus art 142 2 da CR 1988 b a infra o aos deveres funcionais pode acarretar para o ser vidor p blico a perda do cargo que poder caracterizar uma san o de natureza c vel art 37 4 da CR 1988 administrativa art 41 8 1 Ile III da CR 1988 ou penal art 5 XLVI da CR 1988 c a suspens o dos direitos pol ticos pode apresentar se como consequ ncia de uma san o penal art 15 III da CR 1988 ou de uma san o pol tica art 85 da CR 1988 e Lei n 1 079 1950 No mbito espec fico da improbidade administrativa tal qual disciplinada na Lei n 8 429 1992 as san es ser o aplicadas por um rg o jurisdicional com abstra o de qualquer concep o de natureza hier rquica o que afasta a possibilidade de sua caracteri za o como san o disciplinar rectius administrativa De acordo com o art 12 a perda de bens ou valores de origem il cita o ressarcimento do dano a perda da fun o p blica a suspen s o dos direitos pol ticos a multa civil e a proibi o de contratar ou receber incentivos do Poder P blico s o pass veis de aplica o por um rg o jurisdicional restando analisar se possuem n
324. nais a evolu o do idioma sob o ponto de vista de tempo e espa o imp e compromisso cerrado com a atualiza o especialmente diante de outra vertente inevit vel o direito por exemplo para todos n o distinguindo classes sociais ra as credos como se observa do comando constitucio nal do e no idioma A for a da linguagem que evolui velozmente de tal ordem que em pouco tempo n o superior ao espa o de uma d cada mui tos desses coment rios deixar o de fazer sentido porque de forma gradual e lenta express es que nascem da necessidade de comuni ca o popular se incrustam no idioma padronizado abandonando o est gio de g ria passando a gozar de qualidade aceita no cabedal do linguajar comum se impondo como termos e voc bulos inevit veis do falar cotidiano a ponto de se tornarem indispens veis com preens o Numa leitura ocasional do C digo de Tr nsito Brasileiro Lei 9 503 97 diploma de amplo espectro de interesse geral atingindo a todas as camadas e n veis sociais em muitas passagens o legisla dor foi obrigado a esclarecer com tradu o simult nea o significa do por exemplo de guia de cal ada lembrando tratar se do comun ssimo meio fio art 48 sendo que nas defini es e concei tos do Anexo explica que catadi ptrico quer simplesmente dizer olho de gato O uso de express es espec ficas de um determinado momen to em determinado local nem sempre pode obedecer a co
325. nares O que efetivamente se conclui que a aplica o de qualquer que seja a natureza da puni o se constitui em uma constri o em direitos fundamentais da individualidade Todos esses quatro objetivos s o socialmente relevantes mas todos eles individualmente s o dolorosos A cada dia verificamos que a realidade do mundo do direito n o est na realiza o do bem estar social mas sim do bem estar individual na virtualidade das nossas realiza es e de nossas aptid es individuais que se situa o ordenamento jur dico A busca da felicidade de cada um de n s mais importante do que a felicidade de todos em conjunto Nesse sentido falta a sensibilidade de entender a natureza anteriormente apresentada da necessidade de impor um castigo a um dos nossos semelhantes 212 Revista da EMER v 11 n 41 2008 A SAN O DISCIPLINAR A san o no direito penal incide num dos bens que ao lado do direito vida direito supremo situa se quase como tal que o da liberdade A liberdade do indiv duo tem a sua origem na pr pria ori gem do homem Consegientemente toda e qualquer medida de restri o liberdade se apresenta de forma dolorosa e o direito pe nal foi bastante sens vel a esse tema Da as escolas terem se apre sentado no curso do tempo sempre muito preocupadas em propor solu es jur dicas que funcionem como alternativas aplica o de penalidades restritivas de liberdade Sem nos alongarmos nessa
326. natureza e refesto de dificuldades n o raro ocorrer que o ju zo trabalhista venha a apreciar a validade de sucessivas penhoras decretadas no mesmo feito e at em processos distintos N o examinada a quest o da boa f a quest o quase sempre decidida contra o embargante enten dimento que costuma tamb m ser mantido no julgamento do agravo de peti o interposto De outra parte o exame da boa f depende da instru o probat ria ampla n o se podendo dirimi lo luz t o s de prova documental e do cotejo das datas das aliena es Caso haja denega o de prova cumprir ao interessado agravar de instrumento ou pelo menos formular protesto para obstar o cerceio de defesa Se qualquer dessas provid ncias n o surtir o efeito desejado no agravo de peti o interposto dever se arg ir a quest o constitu cional fundada na preval ncia de simples faculdade processual a penhora sobre o direito de propriedade ao amparo da Lei Magna A n o mais ser poss vel passar ao largo da seara constitucional por isso que caso o propriet rio perca o bem a Justi a ter dado preval ncia a mera faculdade processual sobre l dimo direito ca racterizado na Carta Pol tica como fundamental Claro est que existem aliena es fraudulentas praticadas com o exclusivo escopo de frustrar a execu o mas tampouco ser jur dico decidir a mat ria com a odamento atento singela literalidade do art 593 Il do C digo
327. ncluindo 1 Entendemos que perfeitamente poss vel luz da doutrina e com espeque no art 8 da Lei n 4 591 64 a ado o do regime condominial especial horizontal aos chamados conjuntos loteamentos ou condom nios fechados 2 N o havendo conven o e engajamento ao regime supra passa o conjunto habitacional ao regime comum da lei civil permitindo as considera es e abordagens alinhadas em ordem a solucionar d vidas partindo se da presun o de ades o impl cita ao estatuto associativo pois carente o loteamento fechado de servi os suplementares de infra estrutura e regular funcionamento a ningu m l cito adquirir unidade favorecida necessariamente pelos benef cios proporcionados sem os nus dessa frui o pena de se endeusar o enriquecimento il cito Partindo desta coloca o t cnica afirmamos tal como acontece no condom nio cl ssico e horizontal a imperatividade do an debeatur da exigibilidade das taxas de manuten o e custeio tolerando se num certo grau a discuss o da forma o dos valores a ratear do quantum debeatur Afirmamos consegientemente e em tese que regido o loteamento fechado pelos princ pios associativos pode a maioria cobrar compulsoriamente as cotas de rateio e qui excluir judicialmente o associado discordante A ressalva bvia a de que estamos cogitando n o de loteamentos abertos ou associa es de bairros onde at a CF pode ser invocada pela faculdade de n o as
328. ndepend ncia da mesma ao ponto de se consti tu rem formas espec ficas de presta o jurisdicional Entendemos que n o pois s o estas t cnicas as mesmas que s o concretamente observadas como exemplos de efeitos jur dicos pr ticos derivados da condena o pois ao se determinar uma or dem a algu m ou ao se imporem atos de sub roga o estatal para fins de complementa o e consegiente satisfa o da decis o previ amente obtida nada mais se faz do que se empregar t cnica pro cessual espec fica voltada a uma melhor efetiva o da obriga o reconhecida na decis o jurisdicional Ou seja s o meios processuais de entrega mais r pida e mais efetiva do bem da vida que inevitavelmente pertence quele que saiu vitorioso na a o tida como condenat ria e que ao final em uma senten a reconhece a necessidade do cumprimento de uma obriga o seja ela de entrega de coisa de fazer n o fazer e claro tamb m de pagar quantia certa esp cie de obriga o de dar Assim sendo executividade Jato sensu e mandamentalidade s o efeitos jur dicos derivados da condena o e que ope legis po dem encontram aplicabilidade na mesma rela o processual ou fora dela dependendo da pol tica legislativa adotada As novas disposi es contidas acerca da nova t cnica legislativa lan ada com a recente reforma processual caracterizam sem embargo respeitadas as posi es doutrin rias contr rias claro 1 Para Humberto Theod
329. nho que usa da gua do rio para abastecer sua propriedade sofre efeito direto em seu patrim nio a legitimar a propositura da a o individual De outra sorte o mora dor da cidade banhada pelo mesmo rio embora sofra com a polui o a ofensa em seu patrim nio reflexa e n o lhe confere legiti midade para a o individual ficando espera da iniciativa dos legi timados a o coletiva A intensidade da ofensa e o preju zo causa do pela mesma no patrim nio jur dico de cada indiv duo que vai determinar a legitimidade para a propositura da a o Tratando se de interesses direitos coletivos em sentido estrito outra esp cie de interesse direito essencialmente coletivo a prin c pio qualquer integrante do grupo categoria ou classe pode propor 250 Revista da EMER v 11 n 41 2008 a o individual tendo por objeto lide com caracter stica de a o coletiva Exemplo desta hip tese a o de nulidade de assembl ia de acionistas de sociedade an nima Qualquer acionista tem legiti midade para propor a a o individual cuja senten a necessaria mente produzir na pr tica o mesmo efeito para os demais acio nistas Estes esclarecimentos fazem se necess rios porque n o se afi gura coerente a simples afirma o da falta de legitimidade do indi v duo para a a o individual quando esta veicule pedido que tenha natureza de tutela coletiva ou de igual modo a afirma o da legitima o com consequ
330. normativo O int r prete identifica a fonte de direito associa a disposi o normativa realidade e a partir de uma opera o mental individualiza a nor ma Essa atividade n o reflete propriamente uma re produ o pois o texto n o possui um sentido imanente em que a atividade do int rprete se limitaria a mostrar o seu conte do Sob a ep grafe da interpreta o jur dica podem ser inclu dos dois sentidos distintos a a an lise do significado de um conjunto de dados lingu sticos e mais especificamente de textos normativos e b o ato pelo qual se produz uma norma particular a partir da 2 Na s ntese de Karl Korinek interpreta o jur dica como um processo mental para compreender Zur Interpretation von Verfassungsrecht in Staatsrecht in Theorie und Praxis Festschrift Robert Walter zum 60 Geburtstag Wien Manzsche Verlags 1991 p 363 365 Cf P rez Lu o Derechos Humanos Estado de Derecho y Constituci n 8 ed Madrid Editorial Tecnos 2003 p 254 2 Cf Vergottini Diritto Costituzionale 3 ed Padova CEDAM 2001 p 163 Segundo o autor a interpreta o o perfil din mico da fonte A interpreta o no entanto n o se confunde com a aplica o interpretar equivale a preparar o iter que produzir em cada caso a norma ad hoc mas finaliza quando o sujeito int rprete decide entre as solu es poss veis a partir daqui o momento que vivemos o da aplica
331. nsforma es jur dicas conquanto n o passem na mesma velocidade ocorrem muito mais rapidamente que no passado a exigir atualiza o per manente da jurisprud ncia predominante de forma catalogada com a edi o de tantos verbetes poss veis quantas forem as teses em di verg ncia guardado o devido tempo de matura o do pensamento preservada a independ ncia do magistrado a fim de que o ritmo Revista da EMER v 11 n 41 2008 289 imprimido nos julgamentos seja mantido oxal aumentado sem todavia prejudicar sua qualidade Resta ent o dar o passo decisivo como pensamento inova dor mas sem a pretens o cabotina de partir do zero estabelecer a cultura do prop sito de uniformizar entendimentos que aproximem atrav s da realiza o de congressos de acordo com a necessidade porventura at com previs o regimental de sua periodicidade m ni ma de modo a abreviar a dura o do tempo de julgamento dos recursos proporcionar seguran a aos jurisdicionados de que deter minados temas jur dicos s o resolvidos em certo sentido e diminuir a sobrecarga no 2 grau de jurisdi o Eis a a pr xima miss o da Justi a Fluminense a ser conduzida por um pacificador de id ias e vontades 290 Revista da EMER v 11 n 41 2008 ENTREVISTA COM O JUIZ QUE SE OBRIGOU A PAGAR POR UM ERRO SEU Devemos ser um Exemplo de tica n o Mentir e ser Confi veis Um Juiz est para ministrar justi a Ma
332. nstitu da uma Associa o de Propriet rios e Moradores do Vale do Eldorado sociedade civil sem fins lucrativos estabe lecendo o art 2 dos estatutos que a Associa o congre gar todos os propriet rios e moradores das resid ncias que constituem o n cleo denominado ELDORADO e PAL n que subscreverem o presente ou forem admitidos posteriormen te na forma destes Estatutos fls 10v 11 Quando disp e so bre os deveres dos associados estabelece o pagamento de mensalidades N o h d vida portanto de que se trata de associa o de moradores associa o sem fins lucrativos que congrega na forma de seu estatuto aqueles que aderirem Isso quer dizer parte do terreno ocupada pela edifica o e tamb m aquela eventualmente reservada como de utiliza o exclusiva dessas casas como jardim e quintal bem assim a fra o ideal do todo do terreno e de partes comuns que corresponder s unidades b em rela o s unidades aut nomas que constitu rem edif cios de dois ou mais pavimentos ser discriminada a parte do terreno ocupada pela edifica o aquela que eventualmente for reservada como de utiliza o exclusiva correspondente s unidades do edif cio e ainda a fra o ideal do todo do terreno e de partes comuns que corresponder a cada uma das unidades c ser o discriminadas as partes do total do terreno que poder o ser utilizadas em comum pelos titulares de direito sobre os v rios tipos de
333. nto Aliena o Fiduci ria Busca e apreens o Decis o que deferiu a purga da mora Inobstante a nova reda o do artigo 39 2 do Decreto Lei 911 69 n o restou vedada a possibilidade do devedor efetuar o pagamento das presta es vencidas nos contratos de aliena o fiduci ria pois da express o poder pagar ressai tal possibilidade Princ pio da probidade e boa f nos contratos Artigos 422 e 423 do C digo Civil Manuten o dos contratos A par da prioridade que se confere manuten o do contrato at mesmo em caso de onerosidade excessiva C digo Civil art 479 a mora em contratos dessa esp cie enseja a possibilidade de purga o circunst ncia que faz convalescer o contrato s se admitindo a 232 Revista da EMER v 11 n 41 2008 se seguirem a esse ato Pelo procedimento anterior a propriedade s se consolidava ap s transitada em julgado a senten a que julgasse procedente o pedido e s a que o credor poderia vender o bem resolu o depois de esgotadas todas as oportunidades de emenda da mora Apesar de a d vida ser considerada una o direito positivo consagrou a purga o mediante pagamento das parcelas vencidas em aten o fun o econ mica e social do contrato de cr dito e de venda com pagamento parcelado sobretudo os que envolvam situa es de maior densidade social Recurso a que se nega seguimento pela manifesta improced ncia TJRJ 6 C mara C vel Agravo de Instrumento 2007 002 3
334. nto e o processo de execu o s o atividades distintas e que s devem ser tratadas em rela es processuais distintas 20 Assim j se manifestava Humberto Theodoro Jr A execu o de senten a e a garantia do devido processo legal Aide 1987 p 239 com fundamento no pensamento de Pontes de Miranda posicionando se no sentido de que n o h raz o no plano l gico para continuar a considerar nas a es condenat rias a for a execut ria como diferida se nas a es especiais a execu o pode ser admitida como parte integrante essencial da pr pria a o origin ria Nossa proposi o que em se abandonando velhas e injustific veis tradi es roman sticas toda e qualquer pretens o condenat ria possa ser examinada e atendida dentro de um nico processo de sorte que o ato final de satisfa o do direito do autor n o venha a se transformar numa nova e injustific vel a o como ocorre atualmente em nosso processo civil Revista da EMER v 11 n 41 2008 283 imediata do decisum permitindo assim que na mesma rela o pro cessual o julgador pela compet ncia que lhe foi direcionada em vista do julgar e conhecer tamb m possa como efeito da causa executar satisfazendo e entregando sob os meios que disp e a ju risdi o o bem da vida pretendido pelo credor e reconhecido pelo comando sentencial que imp e o cumprimento da obriga o at ent o n o adimplida voluntariamente pelo devedor O juiz pode e
335. ntroles r gidos de adequa o Embora como lembra Bechara fosse inimagin vel num des lize ling stico em condol ncias pela morte do pai de algu m se pudesse ouvir Meus p sames por seu pai ter batido as botas o fato que descontado o exagero de tend ncia pedag gica em al guma situa o os falantes podem adiantar o caso restrito de um 66 Revista da EMER v 11 n 41 2008 determinado falar empregando a linguagem coloquial em circuns t ncias ainda n o receptivas da modernidade Tudo estruturalmente correto mas ling isticamente inadequado Durante uma das ltimas audi ncias que presidi como juiz de primeiro grau ap s exaustivas tentativas de estimular o acordo reni tentes as partes quanto aos seus pontos de vista uma jovem advogada deixando se levar pela espontaneidade do seu estado de esp rito au tom tica e incisivamente desistindo da concilia o requereu impositivamente Excel ncia manda ver O requerimento pron tamente entendido como sendo a definitiva desist ncia quanto a tran sigir para p r fim ao processo figurou na assentada ipsis litteris n o sem alguma surpresa por parte da profissional que esperava a tradu o para um simples Excel ncia requeiro seja proferida a decis o sem saber que naquele instante o epis dio era recolhido para uma ocasi o cient fica futura como efetivamente veio a ocorrer Em dias atuais anda em voga substituindo declara es de
336. ntuais co le gitimados para a o coletiva que tenha a mesma lide por causa de pedir para garantir a certeza da adequada representatividade con ferindo se ademais senten a autoridade de coisa julgada erga omnes A segunda hip tese que ser objeto de an lise A legitima o do indiv duo foi rejeitada pela legisla o brasi leira basicamente por dois motivos a possibilidade de utiliza o da a o coletiva como instrumento pol tico ou acordo esp rio e a difi culdade de se aceitar que o juiz pudesse exercer um ju zo sobre a legitima o sem crit rios objetivos Kazuo Watanabe esclarece os motivos que a seu sentir con tribu ram para que a legitima o dos indiv duos fosse repelida pela legisla o brasileira 3 WATANABE kazuo C digo de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto Rio de Janeiro Forense Universit ria 2004 p 788 e 815 Revista da EMER v 11 n 41 2008 259 Todavia n o se chegou a ponto de legitimar a pessoa f sica s a es coletivas talvez pela inseguran a gerada pela falta de norma expressa sobre a aferi o pelo juiz da representatividade adequada Mas pondera es v rias como as pertinentes ao conte do pol tico das demandas a possibilidade de press es quanto propositura e prosseguimento da demanda produ o de pro vas adequadas e ao prosseguimento destemido nas inst ncias superiores e necessidade enfim de um fortalecimento
337. o 12 H um dado intrigante em rela o psicografia que exi ge por certo an lise cuidadosa que ela vem sendo usada de forma sistem tica em benef cio dos r us Nunca me deparei diante de uma acusa o origin ria do Minist rio P blico fundada na psicografia Outro aspecto que merece ser destacado reside na circuns t ncia do seu aproveitamento tamb m usual nos processos da com pet ncia do J ri Ali mais que nunca passando da f mera crendi ce o jurado sofre sem d vidas grande influ ncia para absolver o r u tanto mais que sua decis o n o vem motivada Outras vezes movido pelo medo do desconhecido ou ainda por simples supersti o o jurado tende a acatar a comunica o do al m sempre muito bem explorada pelo tipo de orat ria usado pela defesa da tribuna do J ri N o se pode olvidar que os jurados s o pessoas oriundas das mais diversas camadas da popula o muitas vezes desprovidas de forma o religiosa e cultural sujeitos portanto aos apelos emocio nais lan ados no interesse da defesa no objetivo de obter a absolvi o Tanto quanto eu saiba repito os esp ritos jamais auxiliaram o Minist rio P blico 13 Pode se em resumo chegar a algumas conclus es 13 1 A prova medi nica por n o poder ser infirmada nem confirmada n o deve merecer aceita o uma vez que n o enseja ao juiz e s partes a realiza o de um ju zo cr tico adequado 13 2 No caso da psicografia
338. o A cidadania ativa foi ampliada com a inclus o das mulheres e dos sargentos e a redu o da idade m nima para 18 anos O voto era obrigat rio para os homens e facultativo para as mulheres salvo se estas exerces sem fun o p blica remunerada Continuaram exclu dos os analfa betos os mendigos os cabos e soldados e todos os que estivessem privados dos direitos pol ticos O acesso aos cargos p blicos era permitido a todos os brasileiros vedada acumula o A primeira investidura dependia de exame de sanidade e concurso p blico de provas ou t tulos o que n o acontecia na primeira rep blica No rol das garantias o legislador constituinte acrescentou o direito adquiri 88 Revista da EMER v 11 n 41 2008 do o ato jur dico perfeito a coisa julgada que constavam da lei civil e criou o mandado de seguran a para defesa de direito certo e incontest vel amea ado ou violado por ato manifestamente inconstitucional ou ilegal de qualquer autoridade O interesse social ou coletivo foi lan ado como limite ao exerc cio do direito de pro priedade permitida a desapropria o por necessidade ou utilidade p blica Na hip tese de perigo atual ou iminente o Estado podia usar a propriedade particular As marcas de ind stria de com rcio e o nome comercial receberam prote o O direito de prover pr pria subsist ncia e da fam lia mediante trabalho honesto foi reco nhecido a todos Coube ao poder p blico ampara
339. o de parte na rela o jur dica de direito processual Alu sio Gon alves de Castro Mendes ao tratar da legitima o para agir nas a es coletivas recorrendo s li es do incompar vel mestre Barbosa Moreira anota Mas por vezes como leciona Jos Carlos Barbosa Moreira em aten o a motivos especiais de conveni ncia confere a lei efi c cia legitimante situa o subjetiva diversa da que se submete como objeto do ju zo aprecia o do rg o judicial Esses casos que s o excepcionais fundam se quase sempre na exist ncia de um v nculo entre as duas situa es considerado suficientemente intenso pelo legislador para justificar o fato de autorizar se algu m que nem sequer se afirma titular da res iudicium deducta a exigir do juiz um pronunciamento sobre direito alheio A condi o da a o denominada legitimidade de parte Jegitimatio ad causam pode ser ao menos luz do art 6 do C digo de Processo Civil de duas esp cies ordin ria e extraor din ria Desta forma havendo coincid ncia entre a situa o legitimante e a causa posta em ju zo estar se diante de legitima o ordin ria N o ocorrendo tal rela o de adequa o e existindo hip tese de a lei autorizar que algu m demande ou venha a ser demandado em nome pr prio para defender direito que suposta 10 MENDES Aluisio Gon alves de Castro A es Coletivas no Direito Comparado e Nacional S o Paulo RT 2002
340. o Minist rio P blico 176 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Com essa farisaica e extravagante explica o o Chefe do Executivo Federal que jurou defender a Constitui o da Rep bli ca tentou aniquilar o mais eficaz instrumento de combate corrup o posto disposi o da sociedade brasileira simples mente para punir alguns abusos Nas hip teses de abuso se que algum existiu a lei pr diga em puni es estando o autor sujeito a san es de ordem civil criminal e disciplinar logo inexistia qualquer justificativa id nea para atingir uma Institui o que tem a incumb ncia de defender a ordem jur dica e o regime democr tico Essa Medida Provis ria longe de representar uma mera op o pol tica ou uma resposta necess ria aos anseios da comunida de talvez seja um dos mais graves atentados incipiente demo cracia p tria Ao inv s de municiar aqueles que est o entrincheirados na luta contra a corrup o o Executivo apontou lhes pesada artilharia em lugar de um escudo pintou lhes um alvo no peito Esse fato no entanto n o passou despercebido opini o p blica o que levou o Sr Presidente da Rep blica ante a avalanche de cr ticas a introduzir modifica es na reedi o subsequente da Medida Provis ria n 2 088 Nesta reedi o no entanto foi mantida a fase pr via o que ainda hoje consubstancia um percal o diuturnamente enfrentado para a concre o das san es da Lei de
341. o acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identific lo a classifica o do crime e quando necess rio o rol das testemunhas CPC Art 458 S o requisitos essenciais da senten a ll os fundamentos em que o juiz analisar as quest es de fato e de direito CPP Art 381 A senten a conter III a indica o dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decis o CRFB Art 93 Lei complementar de iniciativa do Supremo Tribunal Federal dispor sobre o Estatuto da Magistratura observados os seguintes princ pios IX todos os julgamentos do Poder Judici rio ser o p blicos e fundamentadas todas as decis es sob pena de nulidade podendo a lei limitar a presen a em determinados atos s pr prias partes e a seus advogados ou somente a estes em casos nos quais a preserva o do direito intimidade do interessado no sigilo n o prejudique o interesse p blico informa o Reda o dada pela Emenda Constitucional n 45 de 2004 10 LIEBMAN Enrico Tullio Efic cia e Autoridade da Senten a Rio de Janeiro Forense 1984 p V Revista da EMER v 11 n 41 2008 57 A frase inicial deste par grafo como se colhe da reprodu o em nota Os tempos mudaram E ousando embarcar no mes mo estilo continuam a mudar E agora com mais velocidade do que nunca e com viol ncia raramente observada antes A configu ra o dos interesses muda a face do direito Coletivos difusos indi
342. o concordam Tepedino Barboza e Moraes e respectivamente Pereira s o propostas em AMARAL COELHO e PEREIRA 148 Revista da EMER v 11 n 41 2008 teoria aqui mencionada padece ou n o de tais problemas o que o pr ximo item se prop e a verificar 4 AN LISE CR TICA DA TEORIA GERAL CL SSICA DAS INVALIDADES Conforme j mencionado uma teoria que se pretenda geral mas que admita ou somente se sustente por meio de uma s rie de exce es perde a sua utilidade pr tica pois pode ao contr rio do que se prop e levar em verdade a graves enganos Deixa tam b m de ser did tica porque ao inv s de contribuir para o entendi mento do estudante sobre a mat ria acaba por promover confus es quanto adequada resolu o de um caso concreto Com efeito uma teoria geral busca a partir da realidade enun ciar princ pios gerais que harmonicamente estruturados sin tetizem a ess ncia da institui o a que se refere aplicando se a todas as situa es poss veis A elabora o de uma teoria geral na rea do direito portanto tem de partir da an lise das nor mas do direito positivo e num processo gradativo de abstra o chegar enuncia o de princ pios t o gerais que a eles se ajustem todas as esp cies que integram a institui o jur dica respectiva MELLO Marcos Bernardes de Teoria do fato jur dico S o Paulo Saraiva 2004 p 14 15 Portanto a um teste de sua capacidade de abstra o deve
343. o disciplinar 5 Fundamentos da autonomia do Processo Administrativo Disciplinar 6 Subordina o do processo administrativo e comunicabilidadede inst ncias 7 Aspectos da comuni cabilidade de inst ncias 8 Conclus o acerca da comuni cabilidade de inst ncias 175 205 12 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Aliena o Fiduci ria de Bens M veis Busca e Apreens o Purga o da Mora e Consolida o da Propriedade Melhim Namem Chalhub Advogado Professor na EMER 1 Antecedentes 2 A reformula o legal de 2004 2 1 Emenda Modificativa ao Projeto de Lei n 3 065 2004 3 A garantia do direito purga o da mora 3 1 Estrutura e fun o do contrato de financiamento com garantia real 3 2 O princ pio da conserva o do contrato 3 3 A aplica o da cl usula resolut ria a crit rio do consumidor nos contratos de ades o 3 4 A A o Direta de Inconstitucionalidade n 2 591 3 5 A jurisprud ncia 4 Consolida o da propriedade no credor A o Individual e A o Coletiva O Fen meno da Unitariedade e Legitimidade de Agir Marcelo Daltro Leite Procurador de Justi a do MP RJ e Mestre em Direito pela Uni versidade Est cio de S 1 Introdu o 2 Considera es sobre a ilegitimidade legitimidade do indiv duo para a o indiv dual de natureza coletiva unit ria 3 Duas propostas sobre a legitimidade ativa do indiv duo para a o individual de natureza coletiva unit ria 4 A legit
344. o e conserva o das vias de comunica o pra as e espa os livres quando o pr prio Munic pio n o se incumbe disso 7a o mesmo ocorre com rela o manuten o de uma portaria de um servi o de vigil ncia e seguran a al m daquele pertinente aos servi os e partes comuns 8a finalmente reclama se uma administra o que se incumbir das tarefas afetas ao funcionamento interno do loteamento da gest o do dinheiro necess rio manuten o e conserva o das partes comuns servi os e outros necess rios vida do loteamento No entanto a principal distin o entre o loteamento fechado e o loteamento tradicional se refere ao fato de o uso das vias de circula o pra as e outros logradouros e espa os livres ficar assegurado apenas aos propriet rios e moradores VIANA Marco Aur lio S Loteamento fechado e loteamento tradicional Rio de Janeiro AIDE 1991 p 55 56 e 29 SOARES Danielle Macedo op cit p 83 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 157 tos reais Tem se a uma esp cie de loteamento com propriedades individuais e uma situa o f tica de apar ncia condominial Para Danielle Macedo Soares o condom nio de fato possui natureza jur dica h brida pois apresenta ao mesmo tempo caracte r sticas do direito obrigacional e do direito real Propriet rios de lotes individuais se agrupam informalmente comportando se como cond minos sem que haja uma efetiva rela o condominial Associa
345. o governo revolucio n rio de Vargas localizava se em setores da camada alta e da ca 98 Revista da EMER v 11 n 41 2008 mada m dia da sociedade Resist ncia velada enquanto o presiden te mantinha o flanco protegido desvelada quando ele convocou elei es ao cabo da segunda guerra mundial Na rea econ mica as exporta es declinaram em face da crise internacional do capitalismo 1929 O governo aristocr tico Washington Luiz tentou equilibrar a queda do caf com exporta es de frutas A produ o voltou se para o mercado interno caf algod o a car cacau fumo cereais erva mate carnes leite manteiga ovos vinhos frutas madeira borracha No intuito de pro teger a produ o o governo autocr tico Get lio Vargas criou o Departamento Nacional do Caf e os institutos do lcool do Pinho do Mate o que beneficiou a camada alta da sociedade Com uma pol tica protecionista o Brasil entrou definitivamente na era da in dustrializa o A orienta o era no sentido de produzir m quinas e equipamentos a fim de livrar o Brasil da depend ncia econ mica em rela o aos pa ses industrializados Durante a segunda guerra mundial cresceram substancialmente as exporta es de material estrat gico para os EUA borracha e min rios O governo criou i o Conselho Nacional do Petr leo 1938 embri o da Petrobr s 1953 ii a Companhia Sider rgica Nacional 1941 iii a Companhia Vale do Rio Do
346. o jur dico uma lei Por tais raz es tecnicamente deve a Lei n 11 464 07 ser apli cada aos fatos anteriores a sua vig ncia ainda que decididos por senten a condenat ria transitada em julgado por for a do par gra fo nico do artigo 2 do C digo Penal uma vez que possibilita a progress o de regime enquanto a lei anterior Lei n 8 072 90 a vedava expressamente Trata se como j foi consignado de uma novatio legis in mellius Adotar entendimento diverso al m de n o encontrar eco no ordenamento jur dico em vigor vai de encontro ao anseio social Vale dizer um pronunciamento judicial que confere a um con denado pela pr tica de um crime hediondo ou assemelhado o direi to de progredir de regime ao final do cumprimento de apenas 1 6 um sexto de pena desprovido de bom senso e de Justi a Gera no seio social uma perigosa sensa o de impunidade que contri bui inequivocamente para a reitera o e prolifera o de pr ticas criminosas Revista da EMER v 11 n 41 2008 107 O Dano Moral em Segunda Inst ncia Oswaldo Henrique Freixinho Juiz de Direito TJ RJ Nunca ande pelo caminho tra ado pois ele conduz somente at onde os outros foram Alexandre Graham Bell 1 INTRODU O Como not rio a lei regula os assuntos de um modo amplo fixando princ pios e consegu ncias N o estabelece para cada evento uma rela o espec fica nem tampouco decide casos isolados Em dec
347. o tem por finalidade a defesa desses eventuais direi tos patrimoniais mas antes sua atua o se d porque o legis lador naquele momento entendeu que aqueles direitos inte ressariam diretamente pr pria sociedade politicamente or ganizada como verdadeiros direitos sociais A grande linha divis ria a possibilitar identificar a atua o do MP como parte na a o civil lato sensu seja como substituto 12 MENDES Aluisio Gon alves de Castro A es Coletivas no Direito Comparado e Nacional S o Paulo RT 2002 p 241 3 LENZA Pedro Teoria Geral da A o Civil P blica S o Paulo RT 2003 p 179 180 14 CARNEIRO Paulo Cezar Pinheiro O Minist rio P blico no Processo Civil e Penal promotor natural atribui o e conflito Rio de Janeiro Forense 1989 p 26 27 240 Revista da EMER v 11 n 41 2008 processual legitimado extraordin rio e portanto defenden do direito alheio seja como parte principal legitimado ordi n rio defendendo direito social tra ada na medida em que predominem nos interesses em jogo respectivamente o inte resse particular de terceiros ou o interesse p blico da socieda de politicamente organizada N o pretendemos neste traba lho que n o tem por escopo analisar a a o civil p blica es gotar o tema entretanto reservaremos a express o a o civil p blica como meio de exerc cio de atividade institucional do MP como previsto constitucionalmente e portanto es
348. ode ser considerada um diploma de ineg vel singula ridade sob m ltiplos aspectos 1 foi proposta e sancionada pelo Pre sidente Fernando Collor de Mello primeiro e nico Chefe de Estado brasileiro a ser afastado do cargo num processo de impeachment 2 alcan a todo agente que mantenha contato com o dinheiro p bli co ainda que sua atividade seja estritamente privada bem como os detentores de mandato eletivo classe pol tica tradicionalmente imune a qualquer sancionamento art 2 e 3 coexiste com as demais esferas de responsabilidade penal administrativa e pol tica permi Revista da EMER v 11 n 41 2008 175 tindo que um juiz com compet ncia c vel aplique as severas pena lidades que comina s singularidades da Lei de Improbidade somou se uma con tundente atua o do Minist rio P blico brasileiro Institui o que assumiu um relevante papel no mbito das estruturas estatais de poder O resultado dessa simbiose de todos conhecido m ltiplas a es judiciais foram ajuizadas contra agentes p blicos que at ent o somente eram alcan ados pela m tica figura da responsabi lidade pol tica uma esp cie de sino sem badalo tamanha a rari dade de sua aplica o Como desdobramento tamb m aqui se fez presente a velha m xima de Newton para toda a o h uma rea o Al m da ret rica populista sempre calcada na requentada argumenta o de que a atua o do Minist rio P blico movi
349. ogia do CPC ap s as Reformas das Leis n 11 232 e 11 382 Jos Carlos Barbosa Moreira Professor da Faculdade de Direito da UERJ Desembargador aposentado do TJRJ 1 INTRODU O N o sabemos e provavelmente jamais saberemos com algo que se aproxime da exatid o se e em que medida as reformas do CPC operadas pelas Leis n s 11 232 de 22 12 2005 e 11 382 de 6 12 2006 estar o influindo no ritmo da presta o jurisdicional e em particular no da efetiva o das decis es Para que pud ssemos formar a esse respeito opini o menos arbitr ria precisar amos de elementos concretos colhidos na realidade forense acerca do que vinha ocorrendo antes das reformas e do que passou a ocorrer de pois delas Que nos conste por m nunca se cuidou e pouca espe ran a existe de que se venha doravante a cuidar de colher dados confi veis a tal prop sito extremamente improv vel para dizer o menos que as avalia es deixem de ser como sempre t m sido eminentemente subjetivas restando aos interessados consolar se com o pirandelliano cos se vi pare O que ficou dito n o deve entender se por for a qual conde na o da empresa reformadora Ningu m por em d vida o louv vel prop sito dos respectivos promotores apostados em agilizar o funcionamento da m quina da Justi a E de algumas inova es afi gura se manifesta a capacidade se bem manejadas de contribuir Revista da EMER v 11 n 41 2008 19 p
350. olon gando se at setembro de 1959 Portanto estendendo se por longos 17 anos Vendo se espoliado em seu patrim nio O S M P pretendeu reaver os bens materiais que havia entregue aos r us por influ ncia do aludido Mago Peruano C G e H G alegaram ent o que n o devolveriam as vultosas quantias em dinheiro e os im veis que lhes tinham sido doados sob o argumento de que o ofendido igualmen te n o lhes poderia restituir os bens espirituais sic recebidos atra v s da a o do tal Mago Peruano O processo em exame gozou na poca de grande repercus s o pois tanto o lesado como os imputados eram pessoas bastante conhecidas tendo o ofendido arrolado uma s rie de testemunhas de not ria representatividade social entre elas o jornalista e empres rio Roberto Marinho presidente das Organiza es Globo Jornal Revistas TV etc que ao prestar depoimento se disse velho ami go da v tima e que certa feita ouvira do pr prio O S M P declara o de que a figura de um Mago Peruano o influenciara para entregar recursos dele lesado para neg cios imobili rios em favor dos de nunciados Igualmente prestou depoimento Eloy Dutra pol tico bastante influente naquele momento afirmando que conhecia O S M P tido e havido como protetor dos irm os C G e H G Salientou em seu depoimento que o lesado fora v tima de um estelionato uma vez que fora induzido em erro por meio de fraudes religiosas sic aplica
351. omulga o da lei pelo F rum Permanente de Ju zes de Varas C veis de Pernambuco na forma do Enunciado n 32 sob funda mento de que o direito purga o da mora subsiste pois decor re de outros dispositivos legais a que o aplicador n o pode dei xar de recorrer quando tiver de garanti la ao r u na a o de bus ca e apreens o numa interpreta o sistem tica dos diversos di plomas legais sobre rela es obrigacionais e dos princ pios fun damentais das rela es de consumo Invoca se tamb m o prin c pio geral da conserva o dos contratos e a prerrogativa conferida ao consumidor pelo 2 do art 54 do C digo de Defesa do Consumidor em articula o com a S mula 297 do STJ pela qual o C digo de Defesa do Consumidor aplic vel s institui es financeiras 3 3 A aplica o da cl usula resolut ria a crit rio do consumidor Embora n o pare a necess rio buscar apoio na prerrogativa conferida pelo 2 do art 54 do CDC para assegurar o direito purga o da mora na medida em que os fundamentos j se encon tram nas normas gerais relativas s obriga es seja para as rela es contratuais de consumo ou para os contratos parit rios impor ta tamb m dispensar aten o a esse fundamento 230 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Com efeito ao estabelecer os procedimentos relativos a o de busca e apreens o do bem m vel objeto de aliena o fiduci ria o 2 do art 3 do
352. on viv ncia entre los dos idiomas se da com la inmigraci n Mesmo assim aqui e ali se colhem declara es como a re alidade que muitos professores em todos os n veis d o suas aulas 2 E Pa s 29 7 2007 8 BILING ISMO Vivir en catal n y en castellano Pese a las pol micas sobre inmersi n ling stica en las escuelas Catalu a vive el biling ismo sin problemas se ala el autor El catal n es fuerte en la escuela el castellano domina en muchos mbitos Jordi Pujol acusa a la actual Generalitat de relajar la pol tica de inmersi n escolar en catal n Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 69 em castelhano Depreende se ent o que a conviv ncia n o t o po tica como se possa imaginar Entre n s num primeiro momento se algu m emite uma se qu ncia fraseol gica como digamos p p p interrogativamente fora de contexto ningu m tem a possibilidade de entend la de pron to No entanto se transportarmos a fala para um ambiente familiar localizarmos uma pessoa na cozinha com a miss o de providenci ar a fervura de gua com o intuito de fazer caf chegando o l quido ao ponto de 96 se o encarregado da tarefa com d vida indaga em voz alta a quem est na sala sobre a oportunidade de adicionar o produto para a infus o nenhum genu no brasileiro com toda a cer teza deixaria de decifrar a d vida posso p r o p sem precisar dominar a gram tica ao ponto de reconhecer no fen
353. onais revela se na contemporaneidade um esquema pobre incapaz de explicar to das as formas de utiliza o dos bens que emergem da vida social Conclui Pietro Perlingieri portanto que o mesmo interesse pode ser satisfeito com situa es diversas credit rias ou reais Toda via a diversidade de situa o incide sobre a qualidade e sobre a intensidade de tutela 14 Tal conclus o refor ada por Jorge Americano O instituto da propriedade temperado na rigidez das suas consegii ncias pelas regras da equidade para evitar o accrescimo injustificado de um patrimonio custa do outro A lei n o formula uma theoria do locupletamento porque prefere declarar caso por caso essa ilegitimidade para d ahi tirar consequencias a bem da protec o devida ao patrimonio diminuido Cf AMERICANO Jorge Ensaio sobre o enriquecimento sem causa S o Paulo Livraria Academica Saraiva 1933 p 65 Dentre as poss veis aplica es do princ pio do enriquecimento sem causa em mat ria de direitos reais o autor menciona luz do C digo Civil de 1916 as hip teses da constru o e planta o em im vel alheio al m da solu o dada pelo legislador especifica o confus o comist o e adjun o embora mencione luz do ordenamento ent o vigente inexistir uma teoria do enriquecimento sem causa Trata se no caso mencionando express o utilizada por Antunes Varela de vantagem patrimonial obtida custa de outrem por s
354. onclus o que ser alcan ada com a realiza o de um ju zo valorativo voltado intera o entre disposi o normativa e realidade Em outras palavras somente ser poss vel concluir pela justi a ou injusti a de uma disposi o constitucional ao final do processo de concretiza o O objetivo da interpreta o constitucional conduzir o operador do direito obten o de um re sultado racionalmente justific vel e constitucionalmente correto A import ncia da interpreta o constitucional decorre de tr s fatores principais a a indetermina o de sentido do texto que pode ser vago ou amb guo absorvendo uma pluralidade de conte dos isto sem olvidar que as disposi es constitucionais s o acentu adamente conflitantes b a irrelev ncia da inten o dos constituin tes e c a evolu o das concep es pol ticas e sociais exigindo a cont nua atualiza o do conte do normativo da Constitui o 6 IDEOLOGIA DIN MICA DE INTERPRETA O CONS TITUCIONAL Entrando em vigor a Constitui o assume individualidade pr pria e desprende se da vontade constituinte o conte do da ordem constitucional encontrado a partir de seu texto n o do elemento an mico que influenciou o poder respons vel pela sua elabora o Longe de ser um instrumento de regula o meramente sazo nal a Constitui o vocacionada continuidade devendo acom panhar o Estado em todas as suas vicissitudes hist ricas soc
355. oncorrente de todos os indiv duos para defesa dos interesses difusos ou coletivos de natureza indivis vel Mas pondera es v rias como as pertinentes ao conte do pol tico das demandas possibilidade de press es quanto propositura e prosseguimento da demanda produ o de prova adequada e ao prossegui mento destemido nas inst ncias superiores e necessidade enfim de um fortalecimento do autor da demanda coletiva fizeram com que se exclu sse a legitima o individual para a tutela coletiva dos consumidores a t tulo coletivo A posi o do referido autor parece indicar que n o admite a defesa individual de situa o plurissubjetiva de dimens o coletiva e de natureza unit ria sem qualquer ressalva na hip tese do titular de direito violado sofrer diretamente a ofensa As respostas s duas per guntas restariam negativas Esta posi o expressa incompreens o sobre a din mica das situa es plurissubjetivas unit rias Se o propriet rio ribeirinho teve de modo direto e n o reflexamente violado direito de usar e gozar plena e qualitativa mente de sua propriedade em raz o de conduta il cita de vizinho de 21 WATANABE Kazuo C digo de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do anteprojeto Rio de Janeiro Forense Universit ria 2004 p 815 Revista da EMER v 11 n 41 2008 245 rio acima parece razo vel e jur dico que possa buscar prote o jurisdicional para condenar o culpado em obriga
356. oncretos que a limita o ou n o do barulho bem como a manuten o ou n o das atividades da ind stria produza efei tos apenas em rela o ao autor individual Revista da EMER v 11 n 41 2008 A impossibilidade l gica de fracionamento do objeto em tais hip tese enseja inclusive a dificuldade de diferencia o en tre tutela coletiva e individual demandando dessa forma so lu o comum ainda que a iniciativa tenha sido individual E assim sendo o melhor talvez fosse n o a denega o pura e simples da admissibilidade de a es propostas por cidad o ou cidad os at porque ela j existe em certas hip teses em raz o do alargamento do objeto da a o popular alcan ando o pr prio meio ambiente mas a amplia o definitiva do rol de legitimados As a es receberiam ent o sempre trata mento coletivo compat vel com os interesses em confli to grifo n o existente no original A li o de Alu sio Gon alves de Castro Mendes a prop sito da amplia o do rol de legitimados para que as a es possam receber sempre tratamento coletivo compat vel com os interesses em confli to pode ser acolhida em dois sentidos de lege ferenda empreen der esfor os para que o Congresso Nacional acolha a legitima o do indiv duo e de lege lata admiss o de excepcional legitima o do indiv duo com o processamento da a o individual como coletiva permitindo a interven o do Minist rio P blico e de eve
357. op sito da marcha era i despertar a cons ci ncia do povo brasileiro para a perversidade do sistema pol tico em vigor e a necessidade de um novo modelo ii mostrar discord ncia com a conduta servil do comando militar O povo se manteve esquivo aguardando o desfecho Ap s 3 anos de marcha 30 000 km Luiz Carlos Prestes declarou encerrada a miss o por entender que n o havia mais motivo para prosseguir pois Bernardes j n o era mais presidente e os reflexos positivos da rebeli o j se faziam sentir No Amazonas o movimento rebelde liderado por um tenente tinha por objetivo mudar o modelo econ mico de capitalis ta para socialista Os rebeldes assumiram o governo formaram uma junta governativa e entre outras medidas prenderam negociantes que especulavam com bens de primeira necessidade Decorrido um m s aproximadamente as for as situacionistas retomaram o go verno local A rebeli o de oficiais e pra as caracterizava viola o do dever de obedi ncia e colocava em risco a organiza o militar brasileira cujas colunas mestras eram a hierarquia e a disciplina Os l deres da revolta exilaram se na Bol via A dissid ncia no seio da oficialidade advertira o Brasil sobre a nova realidade mundial descortinada nos c us alem es russos e italianos O almejado equil brio de for as em face das desaven as en tre os pa ses europeus culminou em guerra mundial 1914 1918 Em consequ ncia do conflito o mercado europeu retrai
358. or Jr Curso de Direito Processual Civil v Rio de Janeiro Forense 2000 p 457 as peculiaridades vinculadas s senten as mandamentais e executivas Jato sensu n o s o suficientes para criar senten as essencialmente diversas no plano processual das tr s categorias cl ssicas Tanto as que se dizem executivas como as mandamentais realizam a ess ncia das condenat rias isto declaram a situa o jur dica dos litigantes e ordenam uma presta o de uma parte em favor da outra A forma de realizar processualmente essa presta o isto de execut la que diverge A diferen a reside pois na execu o e respectivo procedimento Sendo assim n o h raz o para admitir uma natureza diferente a tais senten as O procedimento em que a senten a se profere que foge dos padr es comuns Esse sim deve sr arrolado entre os especiais pelo fato de permitir que numa s rela o processual se re nam os atos do processo de conhecimento e os do processo de execu o O procedimento que merece a classifica o de executivo lato sensu ou mandamental Revista da EMER v 11 n 41 2008 269 mecanismo de efetiva o da decis o condenat ria prolatada em fase cognitiva e que agora dispensando processo executivo ex interva lo permite que o jurisdicionado obtenha mediante meios executivos diretos ou indiretos aplicados de maneira complementar dependen do do tipo de obriga o contida no conte do decis rio a possibil
359. or Moreira Neto O tema da caracteriza o do processo e de sua distin o dos institutos afins como o procedimento objeto da Teoria Geral do Processo Esta a partir da no o do monop lio da jurisdi o pressu posto do Estado de Direito durante um certo per odo considerou interdependentes as no es de jurisdi o e processo pelo que n o concebia jurisdi o sem processo e vice versa Com isso tinha se como conclus o necess ria a id ia de que fora do exerc cio da fun o jurisdicional ou seja do Poder Judici rio n o poderia haver processo apenas procedimentos A concep o publicista do processo em que a a o tida como direito independente do direito material permitiu o desloca mento da preocupa o cient fica com foco na jurisdi o para a pre ocupa o pol tico social centrada na fun o estatal De outro lado a no o de processo como rela o jur dica no qual s o exercidos poderes nus deveres e faculdades libertou o da perspectiva es treita de simples sucess o ordenada de fatos Essa nova postura teve acolhida no Direito Administrativo pois este j liberto da vis o dicot mica Administra o x Administrado passou a atentar para a necessidade de aproxima o entre sociedade e Estado Tamb m percebeu que necess rio controlar o processo de realiza o dos atos administrativos para que estes respeitem efetivamente as ga rantias e direitos dos cidad os 1 Segundo D
360. or com vistas autonomia do rg o legiferante pro be a impunidade absoluta de quem quer que seja sendo estes os referenciais de interpreta o das disposi es consti tucionais suscitadas pelo impetrante Invocando as li es de Black e de Rui Barbosa defendeu que qualquer lei deve ser interpretada em conson ncia com a realidade o seu esp rito e a raz o n o podendo ser exclu da do sistema em que inserida A imunidade parlamentar existe para o regular funcionamento das institui es democr ticas n o para legitimar a sua destrui o e autorizar a pr tica de crimes amp No caso concreto a aplica o das regras invocadas pelo impetrante sempre asseguraria a sua impunidade pois a manuten o da pris o seria decidida pelos demais integrantes da organiza o criminosa seus pares na Assembl ia Legislativa do Estado de Rond nia Perante esse lament vel quadro questiona a Ministra como se cogitar ent o numa situa o de absoluta anomalia institucional jur dica e tica que os membros daquela Casa poderiam decidir livremente sobre a pris o de um de seus membros m xime quando ele tido como o chefe indiscut vel da organiza o criminosa que coordena as a es do grupo e cobra dos demais integrantes o cum primento das tarefas que lhes s o repassadas As indica es para importantes cargos s o de sua responsabilidade e controla medi ante pagamento os deputados estaduais fls 80 Sendo eviden
361. or outra igual mente subjetiva em terreno t o movedi o ainda que com indica o de paradigmas Lamentavelmente emergem freq entes altera es de valo res por exemplo entre R 2 000 00 e R 5 000 00 o que sobre n o parecer adequado tisna ou coloca em d vida o esperado despojamento do rg o revisor Ali s mesmo relativo a instituto diverso n o impertinente que se traga a lume o entendimento de que a decis o concessiva da tutela antecipada s deve ser modificada se teratol gica ou contr ria ao ordenamento em vigor Neste compasso j se percebe que os dois princ pios duplo grau e devolu o da mat ria n o devem ser potencializados ao ponto de ensejar a substitui o de um convencimento subjetivo ra 110 Revista da EMER v 11 n 41 2008 zo vel por outro at proveniente de rg o colegiado no que tange ao valor do dano moral Veja se que as recentes modifica es no Processo Civil bem como a ado o da s mula vinculante mitigaram sobremodo o du plo grau e a devolu o da mat ria inst ncia superior algumas vezes at eliminando aqueles princ pios Outrotanto quando o Magistrado de primeiro grau fixa o mon tante do dano moral acha que o faz razoavelmente porque mais de perto presidiu a cogni o processual concretizando o princ pio da identidade f sica do juiz No Recurso Especial n 659 420 PB DJ de 01 02 06 o ST deixou consignado que A revis o do valor estipul
362. ores do di reito e do Poder Judici rio pois sem um perfeito aparelhamento infraestrutural que possa responder aos anseios e prop sitos da lei teremos sem d vida a total inefic cia da tutela jurisdicional que tanto se almeja restando inefetiva toda a modifica o legislativa trazida com as novas reformas processuais 23 Humberto Theodoro Jr As novas reformas do C digo de Processo Civil op cit p 104 assinala que em pleno s culo XXI voltou se a presenciar o mesmo fen meno da Idade M dia o inconformismo com a separa o da atividade jurisdicional de cogni o e de execu o em compartimentos estanques e a luta para eliminar a desnecess ria figura da a o aut noma de execu o de senten a a velha actio iudicati do direito romano 26 Nesse sentido C ndido Dinamarco Execu o Civil Malheiros 1997 p 133 observando que n o h desnatura o da natureza jur dica condenat ria de uma senten a que se sucede de atos executivos na mesma rela o processual considerando in til e desnecess rio rotular de executiva a referida decis o pelo fato de o processo seja um s E j admitia poca da publica o que h nesse sentido sincr tico relevante significado pol tico na medida em que o exerc cio da fun o p blica jurisdicional ficaria liberto do condicionamento a nova iniciativa do demandante Tem significado positivo tamb m em rela o ao escopo pacificador que lhe move o Estado a exe
363. ormalidades homologat rias de decis es judiciais Nesse sentido viu se que a comunicabilidade de inst ncias n o leva a impugnar a instaura o e conclus o de processo administrativo embora sirva para motivar o sobrestamento de decis es finais em processos administrativos que julgam fatos t picos penais Mas viu se tamb m que deixar de sobrestar n o constitui anomalia jur dica sendo leg timo e motivado o ato demission rio E de tudo conclui se pela possibilidade de sub miss o de servidor a processo disciplinar antes do tr nsito em julga do da senten a criminal sem que isso constitua uma ilegalidade especialmente quando elevada a probabilidade de acerto da deci s o e s o graves os motivos que a ensejam Revista da EMER v 11 n 41 2008 223 Aliena o Fiduci ria de Bens M veis Busca e Apreens o Purga o da Mora e Consolida o da Propriedade Melhim Namem Chalhub Advogado Professor da EMERJ A Lei 10 931 04 introduziu importantes modifica es no De creto lei 911 69 em rela o ao procedimento de busca e apreens o dos bens m veis objeto de propriedade fiduci ria repercutindo no mecanismo da purga o da mora e dando consolida o da propri edade tratamento compat vel com os efeitos da cl usula resolutiva 1 ANTECEDENTES At a vig ncia da nova lei o Decreto lei 911 69 dispunha que na a o de busca e apreens o o devedor era citado para apresentar contest
364. orr ncia vai o aplicador da lei situado em seu tempo e ambi ncia plasmando e oxigenando o sentido e alcance de dis positivos legais diante de cada situa o exsurgente Carlos Maximiliano in Hermen utica e Aplica o do Di reito 112 Edi o Forense p 60 j alertou que n o pode um povo imobilizar se dentro de uma f rmula hier tica por ele pr prio pro mulgada ela indicar de modo geral o caminho a senda a diretriz valer como um guia jamais como um la o que prenda um grilh o que encadeie Dilata se a regra severa com imprimir elasticidade relativa por meio da interpreta o Nesta toada algumas posi es acerca do montante do dano moral podem ser submetidas aos estudiosos certamente tolerantes e receptivos a novas id ias 2 O RECURSO Pode a c mara ou turma modificar o quantum do dano moral fixado na senten a recorrida At intuitivamente a resposta positiva logo colocada 108 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Com efeito sabe se que em decorr ncia do desvirtuamento e manipula o dos recursos nos s culos anteriores houve mesmo a sugest o nos debates que informaram a Assembl ia Constituinte Francesa em fins do s culo XVIII de supress o dos recursos Todavia prevaleceu a decis o naquela not vel sede de ad mitir os recursos sujeitando os ao sistema do duplo grau de jurisdi o O princ pio do duplo grau de jurisdi o apenas impl cito na Lei Maior quer por in
365. os a dimens o social dos direitos fundamentais encontrou am paro no ide rio do grupo civil militar que apoiava o presidente fun dado na experi ncia do governo Mussolini que prestigiava o capi tal o trabalho a fam lia a sa de a educa o e a cultura Exibindo oportunismo e vis o de estadista Vargas reprime a sua simpatia pessoal para com os governos autorit rios do Eixo It lia Alemanha Jap o e alinha se com os EUA na segunda guerra mundial ao lado de outros pa ses americanos em sintonia com a posi o firmada anteriormente na confer ncia dos chanceleres no Rio de Janeiro 1932 Vargas permite a instala o de bases a reas estadunidenses em Bel m Natal e Recife Combatendo ditaduras na Europa as for as armadas ficaram numa situa o contradit ria sustentando uma ditadura no seu pr prio pa s C nscio disto Vargas expede lei constitucional convocando elei es gerais 28 02 1945 Os parlamentares eleitos teriam poderes para reformar a Carta de 1937 Pol ticos e professores universit rios aproveitaram o ensejo para divulgar manifesto na o em que levantavam suspeita de que haveria fraude nas elei es O movimento ganhou f lego e apoio das for as armadas O presidente retira se do governo 29 10 1945 Assume a presid ncia da Rep blica Jos Linhares presidente do Supremo Tribunal Federal que recebeu o cargo das m os do Minis tro da Guerra O novo presidente expede i a lei constitucional n
366. os casos a notifica o premonit ria com abertura de oportunidade para pagamento das presta es vencidas requisito essencial para a resolu o do contrato H al m disso a figura afim da venda com reserva de dom nio para a qual em caso de apreen s o do bem o C digo de Processo Civil assegura a purga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas artigo 1 071 S 2 coerentemente com essa pol tica legislativa que deve ser interpretado o 2 do artigo 3 do Decreto lei 911 69 Ensejando que a purga o da mora se fa a mediante pagamento das presta es vencidas e n o pagas hip tese em que convalescer o contrato sem preju zo da faculdade que confere ao devedor de pagar a tota lidade da d vida para obter a restitui o do bem livre da propriedade fiduci ria Essa interpreta o compat vel com a natureza do con trato de financiamento de bens de consumo dur veis A par das hip teses similares previstas em lei importa tam b m considerar situa es outras em que a lei omissa mas n o obstante a omiss o a jurisprud ncia vem admitindo a purga o da mora mediante pagamento das presta es vencidas o caso das a es de reintegra o de posse de bem dado em arrendamento mercantil leasing verdade que o leasing figura distinta da alie na o fiduci ria da venda com reserva de dom nio e da promessa de venda de lote de terreno mas com estas tem pontos de contato no qu
367. os das elites defendem a puni o do ato enquanto a maioria da popula o assume uma posi o d bia Por ltimo na corrup o branca a maior parte das elites e da popula o por tolerar certos atos de corrup o n o ap ia com vigor a sua criminaliza o e con sequente coibi o Arriscar amos afirmar que no Brasil temos uma corrup o negra claramente end mica em v rios setores da vida p blica Esse estado de coisas bem demonstra a elevada responsabilidade tica e 66 Como n o poderia deixar de ser da semente plantada no Supremo Tribunal Federal j come am a germinar as primeiras ervas daninhas como o caso do ac rd o proferido pela 1 Turma do Superior Tribunal de Justi a no julgamento do Recurso Especial n 456 649 MG rel p o ac rd o Min Luiz Fux j em 05 09 2006 em que se afirmou que Prefeitos e Vereadores como agentes pol ticos que s o n o se submetem Lei de Improbidade Perspectives on the Perception of Corruption in Political Corruption A Handbook org por Arnold Heidenheimer et alii 3 ed Londres Transactions Pub 1993 p 161 ess Revista da EMER v 11 n 41 2008 203 moral do Supremo Tribunal Federal na recep o da tese que lhe foi apresentada Discuss es em torno da legitimidade da jurisdi o constitucional por certo voltar o a aflorar o que sempre temer rio no mbito de um Estado de Direito democraticamente constitu do mas rec m sa do de u
368. os nos cursos de mestrado da Unesa e na UERJ Revista da EMER v 11 n 41 2008 261 Caso a legisla o p tria venha a acolher no futuro legitima o individual para a o coletiva vale indagar se a falta daqueles requi sitos antes transcritos poder impedir que o indiv duo ofendido de forma direta em seu patrim nio exer a o direito fundamental de a o quando esta veicule pretens o de natureza coletiva em raz o do v nculo da unitariedade A quest o da adequada representatividade que de in cio em raz o da incompreens o do legislador vedou a legitima o indivi dual poder ao final manter esta veda o se o indiv duo n o pre encher os requisitos da lei Poder negar se legitima o ao indiv duo que na rea o a ofensa direta a seu patrim nio manejar a o de conte do coletivo em raz o da indivisibilidade de seu objeto Parece que os anteprojetos acima referidos n o consideraram a hip tese em exame de sorte que se a legisla o acolher a legitima o individual para a o coletiva a a o individual com reflexo na esfera coletiva ainda ser motivo de perplexidade Diante desse quadro a solu o de se acolher legitimidade de agir do indiv duo para a o individual com conte do coletivo mas submetendo o processo aos rigores do rito da a o coletiva o que implica em admitir excepcional legitima o individual para a o coletiva afigura se coerente do ponto de vista sistem tico e
369. os que necessitam de s culos at a configura o material de sua import ncia no cen rio mundial Penso neste momento na Revolu o Francesa que para muitos ainda n o chegou ao seu t rmino Mas a confec o de um ato decis rio no formato que hoje se conhece exigiu a transposi o de longos e tortuosos caminhos te ricos e dogm ticos Para o nosso prop sito conveniente trazer tona o aspecto pedag gico que se prenunciou ainda na Alta Idade M dia quando a inexist ncia de escolas especializadas em direito englobava a ci ncia jur dica na metodologia chamada trivium pela qual o ensino se apoiava na gram tica na ret rica e na dial tica ligando indissoluvelmente os destinos das pr ticas jur dicas ao das l nguas numa mec nica t o especial que al m de tornar os ramos insepar veis ainda fornece a base para o racioc nio sobre a influ n 14 GRINBERG Keila Liberata a lei da ambig idade as a es de liberdade da Corte de Apela o do Rio de Janeiro Rio de Janeiro Relume Dumar 1994 p 86 Julgo por senten a para que produza seus devidos e legais efeitos Exiba a libertanda em ju zo por seu curador a quantia de um conto e duzentos mil r is em que foi avaliada e seja citado seu senhor para receber a dita quantia no dia e hora que o Escriv o marcar para exibi o pagas pela libertanda as custas Rio 8 de outubro de 1872 Jo o Sertonio 15 Processo n 136 76 Pelo exposto julgo a pre
370. osto que leva a crer que por ocasi o da busca e apreens o o devedor tamb m n o ter capacidade financeira para pagar a totalidade da d vida Essa circunst ncia poderia lev lo a perder seu direito aquisi o do bem importando em imediata con solida o da propriedade no patrim nio do credor sua venda logo a seguir Consideradas as alternativas que se p em diante do credor receber as parcelas vencidas com a recomposi o do fluxo mensal de recebimentos ou apropriar se do bem e vend lo parece n o haver d vida de que sua prioridade ser o recebimento do cr dito ainda que parceladamente sendo a apropria o do bem sua ltima op o s admiss vel ap s frustradas todas as oportunidades de emen da da mora que o interesse do credor o recebimento do seu cr dito e n o a apropria o do bem Importa que receba no prazo programa do e com os rendimentos pactuados que s o calculados em termos compat veis com o prazo de retorno do capital emprestado o fato de serem contratos de trato sucessivo em que o pagamento da obriga o se faz parceladamente justificando se por esse aspecto equipara o de tratamento no que tange purga o da mora como forma de viabilizar a aplica o do princ pio da conserva o dos contratos 228 Revista da EMER v 11 n 41 2008 No caso das institui es financeiras o cr dito o pr prio ob jeto da sua atividade econ mica sendo certo que o retorno dos f
371. p 361 Que los aludidos pactos internacionales contienen cl usulas espec ficas que resguardan la vida de la persona humana desde el momento de la concepci n En efecto el art 4 1 del Pacto de San Jos de Costa Rica establece Toda persona tiene derecho a que se respete su vida Este derecho estar protegido por la ley y en general a partir del momento de la concepci n 2 ALMEIDA Napole o Mendes de Gram tica Met dica da L ngua Portuguesa S o Paulo Saraiva 1999 p 5 413 MODO Como a pr pria palavra est dizendo modo na conjuga o de um verbo vem a ser a maneira por que se realize a a o expressa por esse verbo De tr s maneiras podemos enunciar uma a o da os tr s modos verbais 1 Modo indicativo Indica este modo que a a o expressa pelo verbo exercida de maneira real categ rica definida quer o ju zo seja afirmativo quer negativo quer interrogativo fa o vejo fiz vi fizera n o ir s n o irei 23 Idem ibidem P 8 We can see this point more clearly ifwe look briefly at the idea of communication Men have for centuries been interested in the language they speak but only in recent years have they attempted to examine it in an objective or scientific way Some scholars in their resolve to look at language without prejudice and preconception have begun with the premise that language is a communication system Revista da EMER v 11 n 41 2008 63 substancial conveni ncia reproduzir as
372. p 240 MENDES Aluisio Gon alves de Castro A es Coletivas no Direito Comparado e Nacional S o Paulo RT 2002 p 240 Revista da EMER v 11 n 41 2008 239 mente em parte ou no todo n o lhe pertence a legitima o ser extraordin ria 2 O surgimento da a o coletiva produziu na doutrina novas reflex es sobre o instituto da legitima o para agir Pedro Lenza esclarece que ao que parece a grande maio ria da doutrina posiciona se pela legitima o extraordin ria nas a es coletivas havendo substitui o processual da coletividade Nesse sentido destaquem se Grinover Dinamarco Yarshell Zavaski Vigliar Pedro da Silva Dinamarco e Ephraim de Campos Junior Vale registrar duas posi es na doutrina que rejeitam a tese da legitima o extraordin ria Paulo Cezar Pinheiro Carneiro discorrendo sobre a legitima o do Minist rio P blico na a o civil p blica afirma que a mesma ordin ria O Minist rio P blico como rg o agente no campo c vel pro move a a o civil p blica figurando nessa qualidade como parte principal N o se trata de substitui o processual pois a atua o do MP se d nessa hip tese em nome pr prio defendendo interesse p blico lato sensu do qual titular como rg o do Estado da pr pria sociedade como um todo Pouco importa que existam eventual e reflexamente interes ses patrimoniais de pessoas ou grupos vez que a interven o do MP n
373. p blica ao princ pio da seguran a de todos e de cada um dos membros da sociedade Nem se indague sobre a excepcionalidade e a gravidade da pris o mais ainda quan do se volta contra um agente que representa o povo Em outro julgamento o Pleno do Supremo Tribunal Federal ne gou provimento a Reclama o ajuizada contra ato de Tribunal de Jus ti a que determinara o sequestro de verbas do Estado para a quita o de precat rio que beneficiava pessoa portadora de doen a grave e incur vel Como observou o Ministro Eros Grau o Tribunal firmara o entendimento partindo da literalidade do par grafo 2 do art 100 da Constitui o que o seg estro somente seria cab vel se houvesse preteri o ao direito de prefer ncia na quita o do precat rio o que n o ocorria no caso concreto Apesar disso a Reclama o n o foi acolhida pela unanimidade dos Ministros j que a situa o deveria ser considerada uma exce o regra constitucional Volvendo Reclama o n 2 138 2000 pouco prov vel que os Ministros do Supremo Tribunal Federal desconhe am haver mui ta corrup o no Brasil o que em muito dificulta a compreens o das raz es que o est o levando a desarticular a Lei de Improbidade amp STF Pleno Reclama o n 3 034 rel Min Sep lveda Pertence j em 21 09 2006 amp Sobre as m ltiplas estat sticas a respeito do tema remetemos primeira parte da obra Improbidade Administrativa 32ed 2 tir
374. perversidade iv exclus o da pris o disciplinar do mbito do habeas corpus v tribunal especial para o processo e julgamento dos crimes contra o Estado e contra a economia popular O exerc cio dos direitos e garantias individuais estava condicionado ao bem p blico s necessidades da defesa ao bem estar geral paz ordem e s exig ncias de seguran a da na o e do Estado N o havia liberdade de express o e comunica o Vargas defendia o Estado Novo contra as investidas da parce la da aristocracia rural e urbana que pretendia restaurar as pr ticas da primeira Rep blica Os opositores sofriam persegui o implac 94 Revista da EMER v 11 n 41 2008 vel No interesse do servi o p blico ou por conveni ncia do regi me o governo podia aposentar ou reformar funcion rios civis e mi litares a seu exclusivo arb trio nos 60 dias ap s a promulga o da Carta camada baixa da sociedade que sempre ficara margem do processo pol tico as restri es liberdade pol tica pouco ou nada afetavam Essa Carta em suas disposi es transit rias e finais i declarava o estado de emerg ncia em todo o Pa s ii previa plebis cito nacional para confirm la ou rejeit la e que seria regulado mediante decreto do Presidente da Rep blica iii renovava o man dato do presidente em exerc cio at a realiza o do plebiscito iv dissolvia os rg os legislativos federais estaduais e municipais ca bendo ao pr
375. pla a liberdade do int rprete na sua constante releitura permitin do que sem acr scimos modifica es ou supress es seja a Consti tui o continuamente atualizada Wr blewski atribuiu a essa concep o o designativo de ide ologia din mica de interpreta o jur dica contrapondo a ideolo gia est tica de interpreta o jur dica A primeira defende a adapta o do direito s necessidades da vida social desprendendo o do legislador hist rico a segunda por sua vez prestigia os valores b sicos de certeza e estabilidade vinculando a norma vontade do legislador hist rico e n o admitindo seja ela atualizada pelo int r prete Enquanto a ideologia din mica visualiza matizes de adapta bilidade e criatividade na interpreta o melhor se adaptando s vi 48 A Constitui o como sistema normativo aberto e din mico apresenta uma estrutura dial gica Caliess traduzida na disponibilidade e capacidade de aprendizagem das normas constitucionais para captarem a mudan a da realidade e estarem abertas s concep es cambiantes da verdade e da justi a Gomes Canotilho Direito Constitucional e Teoria da Constitui o 7 ed Coimbra Almedina 2003 p 1145 4 Constituci n y teor a 2001 p 72 75 50 c lebre a teoria de Savigny ao afirmar que interpretar significa transportar se ao ponto de vista do legislador reproduzir artificialmente suas opera es e recompor a lei pelo pen
376. proces sual sobre que versa a consulta Se o processo se realiza ape nas com a presen a de um dos co legitimados ou de uma parte deles que influ ncia exerce sobre a posi o individual de cada um dos outros que nele n o s o ou n o foram par tes A alternativa indicada pela abertura do par ntese monstra que a quest o necessariamente se desdobra em duas conforme se tenha em vista processo ainda pendente ou processo j encer rado Mas a resposta dupla indaga o h de ser logicamente inspirada por crit rio uniforme o mesmo princ pio deve valer para ambas as situa es A unitariedade concebida como a inevitabilidade de decis o uniforme ocorre em in meros casos nos quais permite a lei Revista da EMER v 11 n 41 2008 253 que a demanda seja proposta autonomamente por qualquer dos co legitimados sendo certo por outro lado que se estes se litisconsorciam uma de duas ou o pedido acolhido quan to a todos ou quanto a todos rejeitado Ora a ndole facultativa desse litiscons rcio enseja a instaura o de processos sucessivos mediante a propositura de a es aut nomas com identidade de fundamento e de objeto por dois ou mais co legitimados Mas um nico meio existe de assegurar a uniformidade da solu o na hip tese de serem sucessivos os processos vincular ao pronunciamento emitido no primeiro deles e transitado em julgado os ju zes dos eventuais processos subsegiientes Em out
377. pronunciou Jos Roberto dos Santos Bedaque Direito e Processo S o Paulo Malheiros 1995 p 102 referindo se necessidade de uma mais efetiva tutela das senten as condenat rias quando sustenta que a partir de situa es tuteladas de forma mais eficaz pelo legislador que possibilita a auto executoriedade de determinadas senten as condenat rias despejo possess rias aliena o fiduci ria passa se a imaginar a possibilidade de se estender essa t cnica a outras hip teses Vale a pena meditar inclusive sobre as vantagens de ma senten a condenat ria referente a quantia de prescindir do processo de execu o Bastaria a intima o do r u para cumpri la em determinado prazo sob pena de penhora Seriam ressalvadas evidentemente as situa es excepcionais como por exemplo a cita o ficta no processo cognitivo Esse racioc nio v lido para todas as esp cies de execu o Tal afirma o tamb m foi ventilada por Humberto Theodor J nior A execu o de senten a e a garantia do devido processo legal Rio de Janeiro Aide 1987 p 237 pois embora o que queira de fato o credor seja a concretiza o efetiva de seu direito s n o poss vel por exemplo o autor de uma a o de indeniza o pedir desde logo a condena o do devedor ao pagamento do preju zo com a comina o de penhora e praceamento de bens e consequente pagamento do que lhe devido porque teima em prevalecer o dogma de que o processo de conhecime
378. prop sitos da permanente troca de experi ncia de que vive qualquer ramo cient fico Em linhas pr vias e gerais apesar das ltimas altera es vindas a lume atrav s de diplomas legislativos como as da Lei n 11 232 05 h consenso ainda quanto a considerar se a senten a o ato mais importan te da fun o jurisdicional Para o sempre atual Moacyr Amaral Santos este o ato culminante do processo Proferindo a o juiz d cumprimento obriga o jurisdicional do Estado Por ela se esgota a fun o Ainda n o est completamente assimilado o abandono da ana logia entre senten a e silogismo para a defini o estrutural do mais significativo momento do processo Para Moacyr Amaral Santos ain da na d cada de 1960 este cotejo era de ineg vel serventia Na forma o da senten a ter assim o juiz de estabelecer duas premissas uma referente aos fatos outra referente ao di reito S o as premissas do silogismo SANTOS Moacyr Amaral Primeiras Linhas de Direito Processual Civil S o Paulo Max Limond 2 ed 3 v 1965 p 12 2 Idem ibidem P 17 54 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 J para Eduardo J Couture embora reconhecendo que duran te muito tempo a doutrina tenha concebido a senten a como um resultado das mesmas opera es realizadas com premissas na se qu ncia do pensamento de Calamandrei em edi o da d cada de 1990 de seu precioso Fundamentos Del Derecho Procesal Civil assevera qu
379. que se propusiese recuperar un control sobre el razonamiento jur dico y sobre la argumentaci n judicial hab a de asumir las ense anzas de la cr tica antiformalista y aparecer formulada en t rminos muy diferentes a los de la ex gesis El principio de vinculaci n a la ley era algo m s que un expediente t cnico al parecer fracasado para explicar la actuaci n de los tribunales en la resoluci n de los conflictos era sobre todo un postulado fundamental del sistema de legitimidad del Estado de Derecho 80 Revista da EMER v 11 n 41 2008 de uma comunidade ling stica perfeita e homog nea chamado a eleger dentro do universo da determina o sem praticar atos de asser o mas sim diretivos n o justific veis com refer ncia a fatos mas sim a valores Neste exerc cio nada simples os magistrados se deparam com f rmulas de comunica o variadas n o podendo se afastar da inevitabilidade de caracter sticas pr prias de todas todas vejam bem as reas de atua o artes ci ncia filosofia pol tica sendo que a prop sito de pol tica como algu m j disse com uma surpre endente franqueza a moral pol tica n o corresponde moral jur dica Para ficar bem marcada a imensa dificuldade interpretativa da linguagem ao menos no tocante a este ltimo segmento sirvo me de uma assertiva que pode muito bem atuar como advert ncia conclusiva com respeito a tudo que quisemos expor no atinente delicadez
380. r arte ser arte 5 SOBRE O NAUFR GIO DO PROJETO XI A pobre Nau Capit nia de que aqui teimo em falar serviu pra tudo no mundo menos pra andar no mar 7 SOBRE A IMPROCED NCIA DOS PEDIDOS POSTOS NA INICIAL E A REVERS O DA SUCUMB NCIA XIV Copio de Cam es a arquitetura de um dos seus sonetos mais bonitos e cumpro a sina da judicatura de calmar minha moda os mais aflitos Ponho em versos crus meus desencantos Oh Nau minha infeliz que nem partiste porque deu no seu projeto tudo errado repousa em Jurujuba s e triste at que se ache e puna o seu culpado CONCLUS O Do que veio exposto DOU PROVIMENTO ao recurso ordi n rio interposto pelo CLUBE NAVAL para reformar inteira mente a senten a de primeiro grau e julgar improcedentes os pedidos com revers o de sucumb ncia quanto a custas Mantenho o valor da causa fixado em senten a e declaro prejudicado o recurso adesivo interposto pelo reclamante ACOR DAM os Ju zes da S tima Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1 Regi o por unanimidade dar provimento ao Revista da EMER v 11 n 41 2008 77 recurso em conformidade com a fundamenta o do voto do juiz relator Rio de Janeiro de 2004 Juiz Jos Geraldo da Fonseca Relator Assim como a t cnica jur dica prevista para a reda o de senten as r gida por outro lado tamb m a mec nica vernacular verna escravo nascido na casa do senhor original exigiu sempre propried
381. r Tribunal de Justi a art 105 a da CR 1988 etc 7 STF AGRG em Peti o n 693 4 rel Min Ilmar Galv o j em 12 8 1993 DJ de 19 3 1996 p 5 013 Em reiteradas oportunidades o STF decidiu que n o competente para processar e julgar as a es populares ajuizadas em face do Presidente da Rep blica Peti es n 2 239 RS DJU de 2 2 01 1 546 RJ 1 282 AgRg RJ 713 R 682 MS e 626 MO 8 TRF 12R AG n 01000132274 DF DJ de 4 5 2001 p 640 STF AGRG em Reclama o n 1 110 1 rel Min Celso de Mello j em 25 11 1999 DJ de 7 12 1999 p 58 L se na ementa do julgado que o Supremo Tribunal Federal mesmo tratando se de pessoas ou autoridades que disp em em raz o do of cio de prerrogativa de foro nos casos estritos de crimes comuns n o tem compet ncia origin ria para processar e julgar a es civis p blicas que contra elas possam ser ajuizadas Precedentes 10 STE Ing n 1 205 5 rel Min Carlos Velloso j em 21 2 1997 DJ de 4 3 1997 p 4 800 1 e STF Pleno HC n 80 112 PR rel Min Sydney Sanches j em 1 8 2000 DJ de 17 11 2000 Neste ltimo caso o writ havia sido impetrado visando ao trancamento de inqu rito civil p blico instaurado para apurar a pr tica de atos de improbidade em que se vislumbrava o envolvimento de Deputado Federal Anteriormente ao julgamento o Tribunal foi cientificado do ajuizamento em primeira inst ncia de a o civil p blica declarat ria de ato de impro
382. r as n voas que toldaram os conceitos dos atos praticados pelo juiz vista das infidelidades esparsas ao longo do texto s defini es do art 162 881 a 39 4 De qualquer maneira lament vel que as reformas recentes tampouco hajam dado ao princ pio a devida aten o As equivocidades s o frequentes Vamos ilustrar o asserto com alguns exemplos 6 2 A PALAVRA CUMPRIMENTO O Cap tulo X do T tulo VIII acrescentado pela Lei n 11 232 logo de sa da usa a palavra cumprimento na rubrica e no caput do 4 Vide BARBOSA MOREIRA Coment rios ao C digo de Processo Civil v V 13 ed Rio de Janeiro 2006 p 241 e segs Diga se de passagem que a Lei n 11 232 modificou para pior o teor do 1 uma extensa cr tica em nosso artigo A nova defini o de senten a in Temas de Direito Processual Nona S rie S o Paulo 2007 p 167e segs Revista da EMER v 11 n 41 2008 25 primeiro dispositivo o art 475 1 verbis O cumprimento da senten a far se conforme os arts 461 e 461 A desta Lei ou tratando se de obriga o por quantia certa por execu o nos termos os demais artigos deste Cap tulo V se com facilidade que o conceito de cum primento n o tem a mesma extens o em ambos os textos Com efeito a rubrica abrange logicamente todo o cap tulo como caracter stico das rubricas cuja fun o consiste justamente em identificar in genere o objeto das disposi es que se lhes se gue
383. r os indigentes na forma da lei Das reparti es p blicas foi exigida celeridade tanto nos procedimentos como no fornecimento de certid es para defesa de direitos As profiss es de escritor jornalista e professor ficaram isentas de tributa o Qualquer cidad o podia pleitear anula o dos atos lesivos ao patrim nio da Uni o dos Estados e dos Munic pios 3 Ciclo social democr tico Com a Constitui o de 1934 a social democracia ingressa no constitucionalismo brasileiro Uni o aos Estados e aos Munic pi os couberam atribui es no setor social tais como i assegurar amparo aos desvalidos criando servi os especializados ii estimu lar a educa o eug nica iii amparar a maternidade e a inf ncia iv socorrer as fam lias de prole numerosa v proteger a juventude contra toda explora o e abandono f sico moral e intelectual vi adotar medidas a legislativas e administrativas tendentes a restrin gir a mortalidade infantil b de higiene que impedissem a propaga o de doen as transmiss veis vii cuidar da higiene mental e in centivar a luta contra os venenos sociais viii favorecer o desenvol vimento das ci ncias das artes das letras e da cultura em geral ix proteger os objetos de interesse hist rico e o patrim nio art stico do Pa s x prestar assist ncia ao trabalhador intelectual Cabia fam lia e ao Poder P blico ministrar educa o visando efici ncia de fatores da vida moral
384. ra das quantias mencionadas em tais itens Delego ilustre Ju za de Direito da 46 Vara C vel o que mais for necess rio para o cumprimento desta decis o C pias desta decis o dever o ser urgentemente afixadas por Oficial de Justi a nas portarias e nos elevadores do Condom nio Oficie se ao Ju zo de origem Intimem se a agravada e o interessado para impugnar este recurso querendo no prazo legal Rio de Janeiro em 2 de fevereiro de 2007 Desembargador Nagib Slaibi Filho Relator Tal decis o relatorial foi prestigiada pelos integrantes do rg o fracion rio Enfim no julgamento dos casos concretos ainda em sede de cumprimento de senten a pela analogia autorizada pelo disposto no art 126 da lei processual pode e deve o magistrado funda mentadamente parcelar a d vida E 36 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Reflexos do Novo C digo Civil nas Rela es de Trabalho Arnaldo Siissekind Ministro aposentado do TST e Titular da Academia Brasileira de Letras Jur dicas O C digo Civil do dout ssimo Cl vis Bevilaqua refletiu com indiscut vel rigor o liberal individualismo da Revolu o Francesa consubstanciado no C digo de Napole o J o novo C digo Civil brasileiro projetado por renomada comiss o sob a presid ncia do em rito Miguel Reale refletiu as tend ncias sociais contempor ne as prestigiando princ pios e normas que se sintonizam com as con sagradas pelo Direito do
385. ra Desembargadora L cia de Castro Boller julgamento 9 5 2007 Agravo de Instrumento Aliena o fiduci ria A o de busca e apreens o Purga da mora mediante o pagamento das parcelas atrasadas do contrato at o dia do dep sito acrescidas dos seus encargos morat rios Direito a ser assegurado ao devedor fiduci rio mesmo ap s o advento da lei 10 931 04 Interpreta o sistem tica de princ pios constitucionais obrigacionais e de prote o s rela es de consumo Desconsidera o do vencimento antecipado da aven a Negado seguimento ao agravo de instrumento TJRS 14 C mara C vel Agravo de Instrumento n 70016941668 relatora Desembargadora Isabel de Borba Lucas julgamento 21 9 2006 A o de busca e apreens o Aliena o fiduci ria Purga da mora fora do prazo legal Na a o de busca e apreens o cujo procedimento de cogni o restrita a mora constitui se ex re exigindo se para comprov la a simples notifica o contendo refer ncia apenas ao contrato inadimplido Decreto lei n 911 69 Como advento da Lei n 10 931 2004 o prazo para a purga da mora de 05 dias ressalvando se que o pagamento deve ser feito integralidade da d vida segundo os valores apresentados pelo credor sob pena de consolida o da posse e propriedade em favor do credor fiduci rio Senten a correta Recurso improvido TJRJ 1 C mara C vel relator Desembargador Maldonado de Carvalho julgamento 6 11 2007 Aliena o
386. ra mais ou menos ampla possui dimens o soci al repercutindo e mexendo muitas vezes entretanto com di reito individuais tamb m agasalhados singularmente Ques t es relacionadas ao meio ambiente podem fornecer exem plos incontroversos da exist ncia de uma faixa cinzenta entre o p blico e o individual que deve merecer prote o ampla e n o restrita sob pena de serem maculados valores juridica mente amparados O art 225 da Constitui o v g prev que todos t m o direito ao meio ambiente ecologicamente equili brado bem de uso comum do povo e essencial sadia quali dade de vida impondo se ao Poder P blico e coletividade o dever de defend lo e preserv lo para as presentes e futuras gera es Os interesses acima ventilados seriam mais precisamente difusos Por conseguinte a limita o infraconstitucional da legitima o com fulcro no art 5 da Lei n 7 347 85 ou do art 82 da Lei 8 078 90 estaria apta para excluir os indiv duos amea ados ou lesados do direito de a o A resposta parece ser negativa diante do comando constitucional inscrito prin cipalmente nos princ pios da inafastabilidade da presta o jurisdicional e do devido processo legal A a o ajuizada pelo indiv duo ainda que voltada para a de fesa do seu direito trangliilidade ou sa de refletir em toda a coletividade porque demandar solu o uniforme na me dida em que n o se pode conceber por exemplo em termos c
387. ransitar pelos caminhos da correla o entre a senten a sua t cnica e os instrumentos vernaculares obrigat rios atrav s dos quais as decis es se materializam A partir da li o de Bechara com apoio na li o de Palmer e apenas para defini o dos limites de nossa proposta n o ser de todo in til a lembran a de que embora sejam quais forem suas t cnicas institui es e modo de vida todos os grupos humanos tenham sua disposi o ao menos um sistema de signos que se aproxima do que utilizado por outros grupos para permitir que possamos cham lo de l ngua o fato que estamos muito longe de conhecer todas as l nguas passadas presentes ou futuras e ainda assim atrav s dos sentidos combina o de sons sem liga o direta com caracteres de representatividade retira se a contribui o que nos permite falar de linguagem mesmo se o invent rio das l nguas n o seja exaustivo Seja tratando se de linguagem ou de l ngua o problema saber pri meiramente se h um princ pio que permita distinguir claramente o que lingu stico do que n o E esta quest o n o se apresenta de f cil solu o at porque s o numerosas as ci ncias que acumulam um grande n mero de conhecimentos sem que se saiba exatamente o que lhes constitui seu denominador comum 19 PALMER Frank Grammar Middlesex Penguin Books 2 ed 1972 p 7 The central part of a language its mechanics its
388. ras palavras ampliar a estes a autoridade da coisa julgada que naquele se constituiu em ordem a afastar pela proibi o do reexame a possibilidade de decis es contradit rias luz de todo o exposto assim respondemos s duas indaga es em que se desdobra a consulta 12 Sim Ressalvada a hip tese de ter sido o primeiro pedido julgado improcedente apenas por defici ncia de prova a coi sa julgada que nele se constitua valendo em face de todos os co legitimados torna inadmiss vel a a o id ntica proposta por qualquer outro deles 2 Sim A exce o de litispend ncia opon vel como o seria se j encerrado o primeiro processo a exce o de coisa julgada A solu o encontrada pelo prof Barbosa Moreira pode ser apli cada por similitude de situa es ao processo individual proposto por ofendido de forma direta que tenha por objeto lide de caracter stica coletiva garantindo seu direito fundamental de acesso justi a e ao mesmo tempo dando tratamento uniforme s demais situa es indi viduais envolvidas na situa o pluri subjetiva global unit ria Assim como a a o de nulidade de patente por sua natureza unit ria exige que a senten a produza efeitos em rela o a todos os 254 Revista da EMER v 11 n 41 2008 co legitimados ainda que n o tenham sido partes estendendo se aos processos por estes instaurados a autoridade da coisa julgada de modo a impedir a revis o da
389. rcer a jurisdi o uma vez que lhe permitiria chegar de modo menos ocmplicado e moroso consumada elimina o dos lit gios 2 V Ada Pellegrini Grinover Candido Dinamarco dentro da id ia de revis o dos conceitos processuais com finalidade e busca de efetividade processual 286 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Relev ncia da S mula de Jurisprud ncia Predominante Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos Desembargador do TJ RJ Mat ria publicada no peri dico O Globo de 09 09 07 s fls 34 de autoria da jornalista Nadja Sampaio vem assim intitulada Rio tem Justi a mais r pida do pa s O t tulo n o constitui mero achismo A reportagem al m de abalizadas opini es externadas est instru da com dados estat sti cos antes de mais nada extremamente seguros Afinal vetusta a asser o de que n meros n o mentem Permito me limitar a discuss o s conquistas obtidas no 2 grau de jurisdi o Segundo as informa es o tempo m dio de julgamento de recursos decresceu em 52 dias de 2003 para 2006 refer ncia aqui feita apenas a administra es conclu das De fato de 2003 para 2006 o prazo fora reduzido de 158 dias para 106 malgrado distribu dos 76 821 feitos no Tribunal em 2003 ao passo que em 2006 a distribui o ascendeu para 129 070 processos Dentre os fatores que o legislador considerou como influentes na acelera o do tr mite processual encontra se a S mula Vinculante de acordo co
390. re a argumenta o judi cial era necess rio assumir o ensino da cr tica antiformalista e reformular os termos da exegese para explicar a atua o dos tribu nais na solu o dos conflitos Tratava se de um postulado fundamen tal do sistema de legitimidade do Estado de Direito O que se propu nha era formar o processo de decis o judicial de acordo com certos crit rios objetivos e ideol gicamente plaus veis de modo a n o ce der passo pura arbitrariedade subjetiva inaugurando um novo ho rizonte completamente novo e aberto a o transformadora e ide ol gica da judicatura A parte central da interpreta o ao menos a que se mostra como mais relevante na an lise jur dica consiste na atribui o de um significado ao enunciado normativo previamente selecionado o que n o uma mera quest o de fato visto que as leis est o formuladas com uma linguagem natural e obviamente todo enunciado de uma l ngua natural se acha em certa medida conta minado de indetermina o sem ntica O juiz que n o forma parte 42 SANCH S Luis Prieto Ideolog a e Interpretaci n Jur dica Tese para a c tedra da Universidad de Castilla La Mancha 1986 reimpr 1993 p 47 Tras la crisis del positivismo legalista y el descr dito de la jurisprudencia conceptual el irracionalismo amenazaba con apoderarse de todo proceso de interpretaci n o aplicaci n jur dica y en ltima instancia del Derecho mismo pero a su vez cualquier empresa
391. re n s pois igual mente se apresentava como complexa e ineficaz diante de uma 21 Liebman Embargos do Executado op cit p 84 85 citando a doutrina de Martino de Fano as cr ticas formata o da execu o sem o novus processus e as hip teses trazidas por outros doutrinadores do uso espec fico da actio ou da execu o sem intervalo V tamb m Humerto Theodoro Jr As novas Reformas do C digo de Processo Civil op cit p 100 101 284 Revista da EMER v 11 n 41 2008 dualidade processual entre cogni o e execu o que n o mais se justificava Por toda a longa exposi o hist rica trazida por Liebman ao final reconhece o processualista italiano que a senten a condenat ria todavia a mais de conferir ao vencedor a actio iudicati permite lhe seguir como sabemos procedimento muito mais simples para obter a execu o sem um novus processus por essa via pode se atuar o ius executivum diretamente sem verifi ca o da subsist ncia do direito de cr dito Com objetivo de permitir uma simplifica o e agiliza o do procedimento a via adequada nestas circunst ncias para na pr tica se efetivar o comando judicial uma peti o postulada pelo credor sem actio sem lide sem libelo e claro sem a necess ria produ o de outra senten a mas de forma r pida e direta que se caracterize pelo requerimento de exortar o devedor a cumprir a senten a sob pena de se efetivar preceito que ordena a execu
392. resolve o dilema que envolve o direito fundamental de acesso justi a e o risco de a es propostas por pessoas sem capacidade experi ncia ou tica A submiss o do processo individual ao rito do processo coleti vo tem o fundamental benef cio de permitir que o Minist rio P blico e outros co legitimados para a a o coletiva que tivesse a mesma lide por causa de pedir intervenham no feito e garantam de certa forma a adequada representatividade Parte consider vel da doutrina e da jurisprud ncia tem nega do a legitimidade do Minist rio P blico para defesa dos interesses direitos individuais homog neos acidentalmente coletivos que n o sejam decorrentes de rela o consumerista mas h unanimidade de que em se tratando de direitos difusos e coletivos essencialmen te coletivos em rela o aos quais incide o fen meno da unitariedade tem o Parquet legitimidade por presun o constitucional 262 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Hugo Nigro Mazzilli leciona que De parte do Minist rio P blico o interesse de agir presumi do Em outras palavras quando a lei confere legitimidade para intervir presume lhe o interesse Ou como diz Salvatore Satta o interesse do Minist rio P blico expresso na pr pria nor ma que lhe permitiu ou conferiu o modo de atuar Greg rio Assagra de Almeida por seu turno esclarece O perfil constitucional do Minist rio P blico como institui o vocacionada p
393. rgo Em que momento percebeu o erro Quando recebi a resposta por parte da advogada do estado pro vincial Na contesta o me fez ver que havia me equivocado em termos muito claros Em consegi ncia tomei a decis o de carrear para mim a responsabilidade do erro cometido N o pensou em deixar que a causa seguisse sua tramita o Que a quest o fosse resolvida pela C mara de Apela o por exemplo Sempre existe a alternativa da omiss o ou de olhar para outro lado Mas n o o que deve ser feito Nem avaliei tal situa o A tramita o da causa estava recente em sua primeira etapa raz o pela qual era poss vel emendar o equ voco Eu tenho um profundo respeito pela C mara de Apela o de Comodoro Rivadavia onde deveria chegar a causa se seguisse adiante como estava planejado Que diriam ou pensariam os ju zes Antoun n o poderia ter feito isto Houve um sentimento de pudor em sua decis o Sim sem d vida At de vergonha Por isto insisto em dizer que n o se deve persistir no erro sobre o qual deve recair sua responsabilidade Eu vivo na minha cidade onde nasci todos me conhecem estou sempre com meus amigos S quero prolatar boas senten as fundament las e dando as raz es que a sustentam Qual a fun o de um juiz na sociedade atual Hoje desde mais de cem anos a de fazer justi a Mas creio que nos tempos atuais a sociedade exige que se v mais al m Devemos ser um exemplo de tica n o m
394. riedade 3 DUAS PROPOSTAS SOBRE A LEGITIMIDADE ATIVA DO INDIV DUO PARA A O INDIVIDUAL DE NATUREZA COLETIVA UNIT RIA Buscando preservar o direito fundamental de acesso Justi a duas solu es podem ser adotadas quando se tratar de a o indivi dual que envolva interesses direitos essencialmente coletivos 1 admitir a legitimidade do indiv duo ofendido de forma direta em seu patrim nio para a o individual que veicule pedido de nature za de tutela coletiva e estender a autoridade da coisa julgada pro duzida em sede de a o individual a todas as pessoas legitimadas propositura de outra a o individual ou coletiva em raz o do v n culo da unitariedade 2 admitir a legitimidade do indiv duo para a o individual que ser processada como a o coletiva a permitir a interven o do Minist rio P blico e de poss veis co legitimados para a o coletiva que tivesse a mesma lide por causa de pedir garantindo se com isso a certeza da adequada representatividade e a coisa julgada erga omnes A primeira solu o encontra guarida em posi o defendida por Barbosa Moreira ainda na vig ncia do C digo de Processo Civil de 1939 quando respondeu a consulta sobre a poss vel exist ncia de duas a es de nulidade de patente ocasi o em que defendeu a extens o da coisa julgada a todos os co legitimados considerando Revista da EMER v 11 n 41 2008 249 que se cuidava de situa o sujeita ao fen meno
395. rina classifica de novatio legis in pejus e portanto n o teria retroatividade Nesse sentido traz se cola o recent ssimo ac rd o do Su perior Tribunal de Justi a CRIMES HEDIONDOS PROGRESS O REGIME LAPSOS TEMPORAIS LEI N 11 464 2007 Trata se de habeas corpus substitutivo impetrado contra ato do Tribunal a quo por ocasi o do julgamento do anterior writ em favor do paciente que afastou o bice progress o de re gime imposto na senten a condenat ria de 4 anos e 8 meses de reclus o por tr fico de entorpecentes mas impondo a ob serv ncia do lapso temporal previsto na Lei n 11 464 2007 Explica a Min Relatora que essa lei baniu expressamente a veda o progress o de regime prisional em casos de conde nados por crimes hediondos contudo estabeleceu lapsos tem Revista da EMER v 11 n 41 2008 103 porais mais gravosos para os condenados desses crimes cons tituindo se nesse ponto verdadeira novatio legis in pejus cuja aplica o retroativa vedada pelo art 5 XL da CF 1988 e art 29 do CP Assim a novel legisla o deve incidir apenas nos crimes hediondos e assemelhados praticados ap s 29 de mar o de 2007 Ressalta que este Superior Tribunal adotou o mesmo posicionamento quando do advento da Lei n 8 072 1990 ficando sua aplica o restrita aos crimes cometidos ap s sua vig ncia por tamb m se tratar de norma mais prejudicial ao condenado Com esse entendimento a Turma concedeu a orde
396. rter A Revista um acontecimento auspicioso e quando ela com pleta10 anos de exist ncia cabe a todos n s irmanados nos reunir em torno da mesma mesa entoando as mesmas can es e agora n o mais sonhando os mesmos sonhos mas aplaudindo o trabalho que imaginei na minha gest o e que teve sempre o apoio e o prest gio dos demais diretores que se seguiram Sergio Cavalieri e Paulo Ventura foram dois baluartes na manuten o da Revista valorizan do sobremaneira a publica o que manteve durante esse tempo a sua extraordin ria qualidade Na Dire o Geral recebi muitos convites para visitar outros pa ses e nunca viajei sem levar alguns exemplares da Revista que est o espalhados por bibliotecas de Consulados ou Embaixadas bra sileiras at no Extremo Oriente Quem for ao Jap o China ou Tail ndia certamente vai encontrar esses registros o que n o deixa de ser motivo do orgulho de todos n s Certa vez em discurso proferido na ocasi o da inaugura o do retrato do Des Sergio Cavalieri na Galeria dos ex Diretores Gerais tive a oportunidade de dizer que a EMERJ era uma Institui o iluminada porque todos que passamos pela sua dire o nos dedica mos de corpo e alma sua vida e sua grandeza Que Deus continue a nos aben oar A EMERJ a Escola do Juiz onde pulsa o cora o da magistratura fluminense g 18 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Observa es sobre a Estrutura e a Terminol
397. s assevera que o art 475 do CPC prev que o prazo somente come a a tramitar quando a quantia a ser cobrada seja certa exigindo evidentemete uma liquidez da obriga o para que se possa exigir do demandado o pagamento Conforme a melhor doutrina liquidez n o significa a determina o do valor mas sua determinabilidade por meros c lculos aritm ticos de forma que ap s o reconhecimento do direito na senten a sempre haver reajustes para atualiza o do valor devido o que se acentua na hip tese de recursos para os rg os de superposi o E mesmo nos casos em que n o h apela o a experi ncia mostra que entre o momento de prola o da senten a e o momento de in cio da busca da satisfa o do direito haver um lapso temporal suficiente a exigir a atualiza o do valor O que se pretende demonstrar que o demandante dever como ato inicial da fase de cumprimento da senten a que condena o demandado a pagar quantia certa apresentar um memorial de c lculos atualizando o valor da condena o at a presente data nica forma poss vel de se determinar o valor exato da obriga o nesse momento processual Resta evidente que uma vez apresentado o descritivo de c lculo nos autos o demandado dever ser intimado na pessoa de seu patrono como se ver para que tome conhecimento de quanto o valor atualizado de sua obriga o de pagar quantia at aquele momento dando lhe ci ncia de quanto dever pagar para que
398. s da execu o em mat ria de obriga o de emitir declara o e vontade in Estudos de direito processual em mem ria de Luiz Machado Guimar es Rio de Janeiro 1999 p 205 e segs espec 215 Cf na mais moderna doutrina ALEXANDRE FREITAS C MARA Li es de Direito Processual Civil v II Rio de Janeiro 2006 p 270 ARAKEN DE ASSIS Cumprimento da senten a Rio de Janeiro 2006 p 82 3 2 Comparem se os arts 475 1 caput principio e 644 bvia a redund ncia na remiss o ao art 461 Revista da EMER v 11 n 41 2008 21 so Nacional englobar toda a mat ria numa nica lei em vez de dar lhe tratamento fragment rio para n o dizer assistem tico 3 ASPECTOS DA METODOLOGIA DAS REFORMAS semelhan a do que se vem fazendo noutros pa ses v g na It lia o legislador brasileiro optou por manter em regra a numera o dos dispositivos n o modificados ou s atingidos por modifica es secund rias Da a necessidade em que se achou de assinalar os outros portadores de novidades relevantes com o acr scimo de uma letra em seguida ao n mero de cada qual para ficarmos no exemplo mais gritante o art 475 v se agora distinguido com um s quito de nada menos de treze pingentes de 475 A a 475 R Mais um pouco e teria de recorrer se ao alfabeto grego Infelizmente n o se p de ou n o se quis tomar o cuidado de atrelar cada reboque a um carro chefe a que ele se ajustasse ratione materiae
399. s no tempo atual se acrescenta a obriga o de ser um exemplo de tica Um juiz deve ser confi vel atrav s dos seus atos e suas decis es Que suas pala vras sirvam como um aporte para a necessidade de restabelecer a sua autoridade disse ao jornal argentino La Nacion o juiz de Sarmiento Gustavo Antoun Este magistrado resolveu assumir e corrigir um erro proces sual no curso de uma causa instru da por ele contra o estado Chubutense Chubut uma prov ncia da Argentina declarando nulidade do processo pelo que imp s a si pagar uma multa de 7 000 pesos a advogada da Fiscaliza o Estadual Antoun sustentou que sua decis o n o deveria chamar a aten o afirmando que n o se deve persistir no erro Os erros n o cons troem a verdade Tem se que trazer para si a responsabilidade dos equ vocos e seguir adiante O que o levou a tomar a decis o para declarar nulo o proces so de uma causa que estava sob sua jurisdi o e atribuir a si a responsabilidade do pagamento dos honor rios advogada que patrocinava o estado provincial Minha filosofia de vida meus princ pios Como sempre me diz minha esposa um juiz tem que ser e parecer Juiz uma auto ridade na terra e tem que se assumir como tal com a res Revista da EMER v 11 n 41 2008 291 ponsabilidade que o cargo exige Quando algu m pretende seguir a carreira para ser Juiz assume compromissos que s o inelut veis Tem que estar comprometido com o ca
400. s tem mantidos os efeitos gerados at ent o Podem se citar os exemplos do art 1 597 Il que cuida da presun o de concep o na const ncia do casa mento e dos efeitos dela decorrentes mantidos mesmo ap s a anu la o do casamento bem como os arts 1 561 e 1 563 que regula mentam efeitos do casamento nulo 4 5 Convalescimento pelo decurso do tempo Por fim acerca da possibilidade de convalescimento das invalidades pelo transcorrer de certo per odo o art 169 do C digo Civil disp e que o neg cio jur dico nulo n o convalesce pelo de curso do tempo Ao contr rio do que acontece com o artigo antecessor n o h sinal nessa frase de limita o abrang ncia da prescri o legal E por certo foi tal circunst ncia que levou os elaboradores da teoria cl ssica das invalidades a defender que esse preceito legal seria uma regra geral das nulidades a diferenci las das anulabilidades sempre pass veis de convalida o segundo lei tura dos arts 178 e 179 A amplitude desses tr s dispositivos por m n o exata mente essa pois o art 48 do mesmo C digo Civil por exemplo prev a decad ncia em tr s anos do direito de se anular as deci s es colegiadas das pessoas jur dicas quando violarem a lei ou quando estiverem eivadas de simula o ambas causas de nuli dade segundo os art 166 e 167 Merece registro tamb m a li mita o de cinco anos prevista no art 1 859 para se impugnar a validade s
401. s a es individuais cujas iniciais s o verdadeiros formul rios apenas alterado o nome do postulante Tais a es assoberbam o Judici rio e antes da medida trazida a lume pela Lei 11 277 06 mesmo depois de no ju zo j terem sido 5 Vide nota 1 Revista da EMER v 11 n 41 2008 115 prolatadas diversas senten as afastando o cabimento da pretens o do autor as ainda n o julgadas e as que continuavam sendo ajuiza das tinham de seguir todo o iter procedimental citando se o r u e cumprindo se todos os atos processuais at a senten a final cujo teor de todos j era previamente conhecido Institu a se assim o chamado processo troca de papel A inicial vem redigida na forma de formul rio assim como a contes ta o a r plica os memoriais os recursos e as contra raz es recursais As pr prias decis es judiciais traziam os mesmos funda mentos posto que os casos s o id nticos com altera o apenas do nome do autor Da a necessidade de ado o de sistema que permita decidir se no nascedouro tais lides eis que as mesmas est o desde o nascedouro fadadas ao insucesso mas antes da norma do art 285 A causavam verdadeiro engarrafamento no Judici rio arrastan do se nas serventias servindo de desgaste in til aos litigantes e tra zendo preju zo queles que aguardavam com lide que efetivamen te demandava conhecimento espec fico de caso concreto n o repetitivo e que ficavam aguardando mese
402. s a fio na fila dos pro cessos precedida pelas a es repetitivas que haviam sido anterior mente ajuzadas A pr tica de indeferimento liminar da inicial com o afasta mento merit rio da pretens o autoral foi positivada atrav s do arti go ora inserido no ordenamento jur dico mas j era adotada com relativa frequ ncia no mbito da Justi a Federal do Estado do Rio de Janeiro onde se multiplicam os processos id nticos e a es repetitivas Alguns processualistas aduzem que a possibilidade do art 285 A do CPC a contrapartida da antecipa o de tutela Quando o di reito do autor reconhecido como bom e digno de ser atendido des de logo pode e deve o julgador antecipar os efeitos do provimento merit rio na forma do art 273 do Diploma Processual evitando que o autor tenha de aguardar at julgamento final para haver sua pre tens o com desnecess rio disp ndio de tempo e energia 6 ZEFIRO Gabriel Semin rio sobre a Reforma do C digo de Processo Civil 2006 Rio de Janeiro dispon vel em grava o em fitas VHS e DVD na videoteca da EMERJ Rio de Janeiro 116 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Doravante se para os autores com direito a ser atendido de forma pr reconhecida j existia a antecipa o de tutela o reco nhecimento liminar da improced ncia do pedido a contrapartida aplic vel aos casos em que j se reconheceu seguramente a im proced ncia da pretens o autoral evitando se
403. s conceptos radicalmente diferentes la responsabilidad pol tica y la penal El segundo es uma responsabilidad subjetiva por culpa o dolo y la primera es uma responsabilidad objetiva que adem s de culpa y dolo incluye la responsabilidad in vigilando e in eligendo El proceso de exigencia es diferente la responsabilidad penal requiere la fijaci n n tida y firme de los hechos hasta conducir a un convencimiento judicial de la culpabilidad mientras que la responsabilidad pol tica requiere s lo el convencimiento pol tico moral de tal culpabilidad El par metro de juicio es diverso el de la responsabilidad judicial es el ordenamiento jur dico penal que incluye nicamente las conductas que merecen el m ximo desvalor por parte de la sociedad mientras que em la pol tica el par metro de ju cio es un c digo de conducta m s vinculado Revista da EMER v 11 n 41 2008 189 Entender que ao Legislativo defeso atribuir consegu ncias criminais c veis pol ticas ou administrativas a um mesmo fato in clusive com identidade de tipologia algo novo na ci ncia jur dica Se o Constituinte origin rio n o imp s tal veda o ser leg timo ao pseudo int rprete imp la E o pior cr vel a tese de que a Lei n 1 079 1950 especial em rela o Lei n 8 429 1992 culminado em absorver a ltima N o pode o agente p blico responder por seus atos em diferentes esferas todas previamente definidas e indi vidualizadas pelo Le
404. s de A rela o jur dica de direito real e a rela o jur dica de direito obrigacional Obriga o propter rem O condom nio de fato irregular ou at pico e a obriga o de rateio das despesas Revista de Direito da Procuradoria Geral do Munic pio do Rio de Janeiro Rio de Janeiro n 3 p 105 2002 38 SOARES Danielle Machado op cit p 93 3 Contornos constitucionais da propriedade privada In Temas de Direito Civil Rio de Janeiro Renovar 1999 p 282 e 291 Revista da EMER v 11 n 41 2008 173 priedade e suas interpreta es deveriam ser atuadas para garantir e para promover os valores sobre os quais se funda o ordenamento O objetivo da fun o social portanto promover formas de aproveitamento dos bens que beneficiem a coletividade luz dos valores existenciais e sociais situados no v rtice do ordenamento constitucional como o caso dos chamados condom nios de fato ou irregulares Conclui se portanto que deve ser assegurada plena efic cia cobran a das despesas para custeio dos servi os decorrentes do condom nio de fato com fundamento no princ pio que veda o enri quecimento sem causa a incidir indistintamente sobre situa es ju r dicas de ndole real ou pessoal Op cit p 228 Adverte por m PERLINGIERI op cit p 229 230 que nem o ato administrativo nem aquele negocial dos particulares poder conter limites propriedade fora daqueles ad
405. s dezenas de empregados e fornecedores requerendo o levantamento da pe nhora Observou se de plano que o condom nio sequer se dera ao trabalho de convocar assembl ia geral para instituir meio de cum primento da senten a com a cobran a de cotas extras se n o hou vesse outro meio Enfim n o podia o magistrado em sede de cumprimento de senten a socorrer se de c moda posi o legalista em face da imi nente ocorr ncia de caos na vida condominial por sua impossibili dade de pagar sal rios aos empregados e as obriga es com os for necedores p blicos e privados Imagine agora se esse mesmo caso ocorresse antes da vig n cia da Lei 11 382 06 que incluiu o artigo 745 A ao CPC Nesse caso os aplicadores do direito que se sentem mais seguros com as regras legais logo invocariam o artigo 126 do C digo de Processo Civil que disp e O juiz n o se exime de senten ciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei No jul gamento da lide caber lhe aplicar as normas legais n o as ha vendo recorrer analogia aos costumes e aos princ pios gerais de direito Veja o que se decidiu no ac rd o do Agravo de Instrumento n 2007 002 03062 julgado pela Sexta C mara C vel do Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro 34 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Agravo de instrumento n 2007 002 03062 Agravante Condom nio do Edif cio Parque Residencial Centro do Rio Agravado Maria Efig nia Soar
406. s em que vivia grande parte da popula o Na disputa presidencial para o quadri nio 1923 1926 esses jovens oficiais apoiavam o candidato da oposi o Nilo Pe anha Em torno dessa candidatura uniram se Pernambuco Bahia Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul movimento conhecido como rea o republicana O mineiro Artur Bernardes venceu as elei es O estopim da revolta foi o fechamento do Clube Militar e a pris o do seu presidente marechal Hermes da Fonseca cujo filho capit o Euclides da Fonseca tomou o Forte de Copacabana e atacou o quartel general do Ex rcito A a o arrojada repercutiu em outras unidades militares Um grupo de oficiais e pra as ignorou o estado de s tio e saiu do Forte de Copacabana para enfrentar a tropa do governo num gesto corajoso rebelde e suicida Somente dois escaparam com vida Siqueira Campos e Eduardo Gomes Pos teriormente 1924 unidades militares de S o Paulo se rebelaram contra o governo central Os oficiais reivindicavam um governo pro vis rio a convoca o de uma assembl ia constituinte e reforma pol tica que inclu sse o voto secreto Houve combates nas ruas e bairros da cidade Os rebeldes marcharam para o Sul e se juntaram no Paran aos rebeldes que vinham do Rio Grande do Sul forman do a denominada Coluna Prestes De l partiram para o Norte do 84 Revista da EMER v 11 n 41 2008 pa s vencendo as batalhas travadas com as for as governamentais em todo o percurso O pr
407. s em que se possam enunciar regras sem que haja a necessidade de men cionar pelo menos uma exce o MELLO ob cit p 15 O que se percebe uma tend ncia irrevers vel de divis o das duas esp cies reconhecidas de invalidades em incont veis outras figuras todas com regras pr prias criadas em lei para como acima afirmado por Mello se atender s complexidades da vida cotidiana E essa diversidade de regulamentos impede que os novos tipos de invalidades sejam comparados entre si e enquadrados em aperta das categorias sistem ticas Portanto n o h mais como se falar em nulidade ou anulabilidade principalmente em sentido geral mas sim em tipos espec ficos de invalidades para as mais diferentes situ a es cujo regulamento dever ser buscado pelo int rprete direta mente na legisla o respectiva Abandona se a id ia de uma teoria geral e acolhem se teorias especiais de invalidades como as inci dentes sobre transa es doa es testamentos casamento contra tos de trabalho contratos de loca o propriedade intelectual regis tros p blicos etc todas diferentes entre si certo que o trabalho do int rprete resta dificultado com essa variedade de objetos de estudo Mas tamb m ineg vel que essa a nica estrat gia capaz de dar contar da diversidade de situa es que a vida coloca aos cidad os diariamente 6 CONCLUS O Conclui se portanto pela impossibilidade de se sustentar atu almente uma teor
408. s ent o condena o sem processo aut nomo de exe cu o Sim e com atos espec ficos que formatam uma fase poste rior cogni o para melhor permitir a entrega da presta o jurisdicional sem que se tenha aqui modifica o da natureza jur dica da senten a mas sim t o e somente pol tica legislativa que visa ao emprego de meios de sub roga o a fim de melhor atender a satisfa o dos cr ditos derivados de condena o de soma em di nheiro 718 17 Luis Rodrigues Wambier Tereza Arruda Alvim Wambier e Jos Miguel Garcia Medina em coment rios reforma processual sustentam que prevista uma medida executiva coercitiva ope legis j que o descumprimento da obriga o reconhecida na senten a condenat ria acarretar a incid ncia de multa de 10 sobre o valor da condena o Embora a medida coercitiva citada incida imediatamente o que permite compreender a referida senten a quanto a este ponto como executiva lato sensu o in cio da pr tica de atos de expropria o penhora arremata o etc condicionado pelo art 475 do CPC ao requerimento do credor Assim embora unificadas procedimentalmente as a es de conhecimento e de execu o a senten a mant m aspecto peculiar que a caracteriza como condenat ria o de depender para a realiza o dos atos executivos de requerimento realizado posteriormente ao seu proferimento pelo credor In Breves coment rios nova sistem tica processual ci
409. s pelos servi os prestados aos moradores como segu ran a ou limpeza dentre outros como tamb m a valoriza o imo bili ria Como bem observa Danielle Machado Soares um im vel situado em um condom nio ainda que de fato tem o seu valor co mercial valorizado O locupletamento vai existir pois os demais moradores ir o arcar com o status que a propriedade assumir em raz o do mercado A veda o do enriquecimento sem causa encontra esteio ain da no princ pio constitucional da solidariedade a traduzir a expres s o mais profunda da solidariedade que caracteriza a pessoa huma na impondo a todos um dever jur dico de respeito de mbito cole tivo cujo objetivo visa beneficiar a sociedade como um todo Danielle Machado Soares op cit p 101 menciona o caso de um morador de determinada comunidade que em raz o de sua profiss o tem a sua casa guardada como se fosse uma fortaleza n o caracterizando dessa forma a necessidade da seguran a oferecida por esse tipo de associa o Na vis o deste propriet rio o benef cio se daria de modo contr rio eis que devido a sic sua condi o estaria ele indiretamente oferecendo seguran a aos demais associados 31 Idem 32 MORAES Maria Celina Bodin O princ pio da solidariedade In PEREIRA Antonio Celso Alves MELLO Celso de Albuquerque Estudos em homenagem a Carlos Alberto Menezes Direito Rio de Janeiro Renovar 2003 p 542 e 549 Prossegue a autora
410. sabem que somente os rg os da Justi a podem tratar em igualdade de condi es os indiv duos que se dife renciam pela maior ou menor capacidade de lutar pelos seus interesses e em consegii ncia de garantir a pr pria exist n cia e desenvolvimento Enfim a lei um roteiro seguro para o magistrado no julga mento da lide e no cumprimento da senten a como indicam os arts 126 e 127 do C digo Processual sem que no entanto nela se esgo tem as possibilidades para as resolu es dos casos pois o magistra 2 Humberto Theodoro op cit p 217 3 Nagib Slaibi Filho Direito Constitucional Rio de Janeiro Ed Forense 2006 p 538 Revista da EMER v 11 n 41 2008 33 do tamb m deve se ver obrigado a se socorrer da analogia dos cos tumes dos princ pios gerais do Direito somente podendo julgar por equidade quando autorizado pela norma legal A lei n o prev o parcelamento do d bito no cumprimento da senten a mas a tal se viu obrigado o signat rio a conceder Houve um caso concreto em que um grande condom nio de unidades residenciais fora condenado a indenizar a vi va de cond mino que ca ra no fosso do elevador Ap s a devida liquida o em fase de cumprimento de sen ten a foi realizada penhora on line o que levou a agravo de instrumento em que argumentava o condom nio que o valor pe nhorado inviabilizou o prosseguimento de suas atividades como por exemplo pagamento de gua luz mais de tr
411. samento Trait de Droit Romain Tome Premier trad de M CH Guenoux Paris Firmin Didot Fr res Libraires Imprimeurs de L Institut de France 1840 p 207 O reconhecimento de que o processo de concretiza o da norma essencialmente criativo reflexo inevit vel de um sistema aberto pode ser considerado o grande triunfo da hermen utica Gomes Canotilho Constitui o Dirigente e Vincula o do Legislador 2 ed Coimbra Almedina 2001 p 62 e 184 Como afirmou Radbruch a lei pode ser muito mais inteligente do que os seus criadores Filosofia do Direito trad de Marlene Holzhausen S o Paulo Martins Fontes 2004 p 164 Apesar da evolu o do constitucionalismo contempor neo francamente partid rio da ideologia din mica merece lembran a que o direito alem o vivenciou uma vaga de refluxo com a ascens o do Nacional Socialismo e a preval ncia do Fiihrerprinzip princ pio de organiza o pol tica que atribu a as ordens do F hrer for a de lei conferindo uma fei o personalista interpreta o 196 Revista da EMER v 11 n 41 2008 cissitudes da vida social a est tica a concebe como uma atividade de descobrimento resultando num governo dos mortos sobre os vi vos Apesar de voltada intera o entre texto e realidade essa classifica o quanto aos seus efeitos pode ser reconduzida s teo rias subjetiva e objetiva conforme seja prestigiada ou n o a vonta de do legislador Tamb m s
412. se submeter a teoria geral cl ssica das invalidades no Direito Privado brasileiro analisando se separadamente algumas das distin es de fendidas pelos autores privatistas a come ar pela que divide as invalidades pelo suposto interesse a ser protegido 4 1 Interesse protegido Essa distin o segundo os defensores da teoria em exame se apresenta como a mais importante vez que dela decorreriam as demais Contudo talvez seja a que tenha sua improced ncia mais percept vel pois o pressuposto de que as regras de nulidades visari am a proteger interesses p blicos supostamente violados em hip teses que causariam repulsa social n o resiste a an lise para al m dos arts 166 e 167 do C digo Civil Revista da EMER v 11 n 41 2008 149 A Consolida o das Leis do Trabalho por exemplo lei espe cial pertencente ao Direito Privado em seu art 9 disp e serem nulos de pleno direito ou seja casos de nulidade todos os atos praticados com o intuito de contornar os seus preceitos N o se dis corda de que tentativas de burlar a legisla o trabalhista devem ser combatidas e por isso que a lei criou referido meio de repress o Mas tamb m certo que as normas de Direito do Trabalho cuidam de interesses meramente particulares ao menos em sua grande maioria 4 2 Legitimidade para argii o Avan ando na an lise da tentativa de sistematiza o das invalidades outra regra que se invoca para se diferenciar
413. se admita o sobrestamento do processo administrativo no aguardo da decis o judicial que po der repercutir na decis o administrativa n o h norma legal que o imponha Tratando se de policial exclu do da Corpora o a bem da disciplina e ap s regular procedimento administrativo a au toridade que praticou o ato se afigura competente para tal As inst ncias penal e administrativa s o independentes entre si n o havendo qualquer raz o para sobrestar o feito administra tivo no aguardo da decis o criminal Recurso desprovido STJ ROMS 11315 GO DJ 11 12 2000 Resulta que n o h motivo legal ou jur dico para que um pro cesso administrativo disciplinar tenha sua instaura o ou seu pros IR Apud CRETELLA J NIOR Jos Pr tica do Processo Administrativo S o Paulo Revista dos Tribunais 1999 Revista da EMER v 11 n 41 2008 219 seguimento subordinado a uma decis o de processo criminal Nem milita em favor de tal tese a suposi o de que quando um fato objeto de a o penal a inexist ncia de senten a condenat ria inibe o processo administrativo em raz o da presun o legal de inoc n cia do acusado A presun o de inoc ncia decorre do mandamento constitucio nal ningu m ser considerado culpado at o tr nsito em julgado de senten a condenat ria Art 5 LVII CF Mas culpabilidade a situa o do agente que deve responder pela viola o da lei penal Trata s
414. sente a o PROCEDENTE e o fa o para nos termos do artigo 4 inciso do C digo de Processo Civil declarar a exist ncia de rela o jur dica entre os Autores e a R consistente na obriga o desta indenizar aqueles pelos danos materiais e morais decorrentes da morte do jornalista Vladimir Herzog marido e pai dos Autores ficando a R condenada em honor rios advocat cios que a teor do artigo 20 4 do mesmo diploma legal fixo em Cr 50 000 00 cinquenta mil cruzeiros Determino outrossim com fundamento no artigo 40 do C digo de Processo Penal sejam extra das e remetidas ao Sr Procurador Geral da Justi a Militar para as provid ncias legais que couberem Custas ex lege P R I S o Paulo 27 de outubro de 1978 M RCIO JOS DE MORAES Juiz Federal Revista da EMER v 11 n 41 2008 59 cia do direito can nico porque as mat rias eram ensinadas nos con ventos e mosteiros Na segunda metade do s culo XVIII evitando que houvesse abuso ofensa incerteza nas decis es influentes nos misteres da organiza o social o Rei de Portugal declarando a autoridade do direito romano do can nico e dos assentos estilos e costumes edi tou a Lei de 18 de agosto de 1769 em que se determinam regras sobre a segura interpreta o das leis restringindo o campo de atua o dos julgadores observ ncia da boa raz o II LINGUAGEM Que nos seja permitido transitar a reboque do ltimo pensa mento de
415. si o com tr s votos vencidos Gilmar Mendes Eros Grau e Ellen Gracie que defenderam a similitude entre ato de improbidade e crime de responsabilidade o Tribunal decidiu que a a o de improbidade tem natureza c vel enquanto o foro por prerrogativa de fun o restringe se seara penal ao equiparar a a o civil por ato de improbidade a o penal a lei contrariou o art 37 S 4 da Constitui o o foro por prerrogativa pressup e a atualidade do exerc cio da fun o isto sob pena de transmudar se em privil gio ferindo o princ pio da isonomia o Legislativo n o poderia por via infraconstitucional desautorizar o cancelamento da S mula n 394 e a compet ncia do Supremo Tribunal Federal foi exaustivamente prevista na Constitui o somente podendo ser ampliada por emenda ou pelo pr prio Tribunal com o aux lio da teoria dos poderes impl citos Revista da EMER v 11 n 41 2008 179 do que utilizara avi es da FAB para desfrutar momentos de lazer em Fernando de Noronha praxe administrativa segundo o agen te usurpou a compet ncia do Tribunal Apesar de o resultado da Reclama o j estar definido isto por existirem seis votos a favor e apenas um contra o do Ministro Carlos Velloso o acolhimento da tese ainda permanece em aber to j que o Tribunal sofreu consider veis altera es em sua com posi o O teor dos debates no entanto deixa evidente que o Tri bunal n o compactuar com a possibilida
416. socia o in casu trabalhamos com a hip tese de conjunto residencial ou loteamento fechado com servi os e utilidades permanentemente prestados comunidade Revista da EMER v 11 n 41 2008 161 O Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro no julga mento da uniformiza o de jurisprud ncia n 2004 018 00012 ocor rido em 4 de abril de 2005 editou a S mula n 79 em cujos termos em respeito ao princ pio que veda o enriquecimento sem causa as associa es de moradores podem exigir dos n o associados em igualdade de condi es com os associados que concorram para o custeio dos servi os por elas efetivamente prestados e que sejam do interesse comum dos moradores da localidade Tal enunciado ao acolher a tese do enriquecimento sem cau sa foi fortemente influenciado pelos precedentes do Superior Tribu nal de Justi a acerca da mat ria em especial o Recurso Especial n 169 997 RS relatado pelo Min Ruy Rosado de Aguiar cuja funda menta o se baseia na circunst ncia de que a conserva o manu ten o e seguran a do loteamento ou condom nio de fato beneficia a todos que ali residem de modo que a desobriga o do cond mino de contribuir para as despesas comuns levar a duas situa es indesej veis lan ar conta dos demais a sua cota o que injusto e prejudicar a conser va o dos pr dios o que socialmente inconveniente No mesmo sentido o Recurso Especial n 1
417. ssas atividades que vimos desenvolvendo com afinco esta a Revista certamente a mais tradicional e com toda a certeza a mais nobre E conclu Trata se portanto de motivo dos mais auspiciosos e que nos enche de orgulho Revista da EMERJ vol 1 n 1 1998 Lembro me bem de como foram dif ceis aqueles tempos Outros setores do Tribunal n o viam com bons olhos a publi ca o que certamente iria interferir em outras reas que ent o tamb m queriam desenvolver atividades culturais Vejam que assumi a Escola no in cio de 1997 mas s um ano depois em mar o de 1998 conseguimos publicar o 1 n mero ape sar da nossa determina o de criar a Revista Enfim os obst culos foram removidos e a Revista tornou se uma realidade pujante Sem d vida no pa s inteiro nenhuma Revista da EMER v 11 n 41 2008 17 outra publica o do g nero manteve por tanto tempo a sua qua lidade Hoje podemos testemunhar a sua exist ncia Dez anos j se passaram Quando o eminente Des Paulo Roberto Leite Ventura que de senvolve uma administra o brilhante e sem ressalvas quis come morar a maioridade da Escola lan ando uma Edi o lind ssima so bre as atividades que vem desenvolvendo frente da Institui o pediu me que sintetizasse as cria es de maior import ncia na mi nha gest o n o titubeei em apontar a Revista como uma delas Ficaram os registros hist ricos que ningu m tem o direito de subve
418. sso Nacional de impeachment do eleito por suposto envolvimento naquilo que o genial Chico Buarque de Holanda numa de suas obras primas denominou de tenebrosas transa es conta de tais considera es conclui se que o mandato par lamentar pertence ao partido e n o ao candidato que ao menos teoricamente se elegeu gra as ao programa que apresentou ao elei tor Esse entendimento ali s j foi manifestado pelo Tribunal Supe rior Eleitoral cujos ministros em resposta Consulta n 1 398 for mulada pelo ent o Partido da Frente Liberal atual Democratas de finiram por maioria de 6 votos a 1 que os mandatos obtidos nas elei es proporcionais deputados federais estaduais e vereadores s o do partido Faz se necess rio pois alterar a Constitui o de modo a permitir n o apenas a perda do mandato por parte dos infi is mas tamb m a aplica o de san es aos partidos que os receberem de sorte a coibir a migra o partid ria e o uso da pol tica como jogo de interesses pessoais com o que certamente se contribuir para o aper fei oamento da democracia no Brasil Revista da EMER v 11 n 41 2008 53 T cnica de Senten a L ngua e Linguagem Antonio Carlos Esteves Torres Desembargador do TJ RJ Presidente do F rum Permanente de Direito Empresarial da EMERJ A SENTEN A T CNICA Em ocasi es de estudo revisitar conceitos comportamento inevit vel imprescind vel para
419. sta e Procedimental da Constitui o Die offene Gesellschaft der Verfasungsinterpreten Ein Beitrag zur pluralistischen und prozessualen Verfassungsinterpretation trad de Gilmar Ferreira Mendes 1 reimp Porto Alegre S rgio Antonio Fabris Editor 2002 p 30 35 Cf Konrad Hesse Elementos de Direito Constitucional da Rep blica Federativa da Alemanha trad de Lu s Afonso Heck Porto Alegre Sergio Antonio Fabris 1998 p 61 3 Hamon Troper e Burdeau Manuel de Droit Constitutionnel 27 ed Paris L G D 2001 p 59 37 Cf Jerzy Wr blewski Constituci n y teor a general de la interpretaci n jur dica trad de Arantxa Azurza Madrid Cuadernos Civitas 2001 p 83 192 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 o jur dica em geral As especificidades no entanto n o permitem uma ampla e irrestrita superposi o entre essas figuras Apesar de igualmente voltada ao delineamento da norma a interpreta o cons titucional diretamente influenciada pelo car ter fundante da Cons titui o que ocupa uma posi o de preemin ncia na hierarquia do sistema sendo este um n tido diferencial em rela o interpreta o das demais esp cies normativas A supremacia constitucional um claro indicativo de que o processo de concretiza o das normas constitucionais incluindo a atividade interpretativa apresenta fun es e m todos pr prios conferindo lhe algumas caracter sticas de ineg vel sin
420. stante da plataforma da Alian a Liberal anun ciada por ele durante a campanha eleitoral na Esplanada do Caste lo centro do Rio de Janeiro O novo governo seria por prazo indeterminado A primeira rep blica chegava ao fim Il A SEGUNDA REP BLICA 1 Governo Provis rio Get lio Vargas chega ao Rio de Janeiro recebe a chefia do governo das m os da junta militar 03 11 1930 e baixa o decreto n 19 398 de 11 11 1930 carta constitucional da transi o instituindo o Governo Provis rio da Rep blica dos Estados Unidos do Brasil Isto implicava o exerc cio pleno das fun es legislativas e executivas at que fosse eleita uma assembl ia constituinte Foram dissolvidos todos os rg os deliberativos nas esferas federal estadual e munici pal O direito anterior ficou sujeito s modifica es introduzidas pelo novo regime Na esfera do direito privado continuaram em vigor as rela es jur dicas constitu das na forma da lei e garantidos os res pectivos direitos adquiridos Na esfera do direito p blico mantinham se as rela es jur dicas que estivessem em harmonia com o interes se p blico e com a moralidade administrativa Para administrar cada Estado foi nomeado um Interventor Os Estados e o Distrito Federal mantiveram formalmente a autonomia financeira O governo pro vis rio se prop s a garantir a ordem e a seguran a p blica e promo ver a reorganiza o geral da Rep blica A futura Constitui o deve ria manter
421. stata o refor ada pela reda o do art 42 da Lei n 1 079 1950 A den ncia s poder ser recebida se o denunciado n o tiver por qualquer motivo deixado definitivamente o cargo Deixando o cargo suprimida estaria a responsabilidade pol tica do agente O art 3 da Lei n 1 079 1950 ressaltou de forma expressa que ainda seria poss vel o julgamento do agente perante o rg o jurisdicional competente em tendo praticado crime comum N o bastasse isto o art 52 par grafo nico da Constitui o disp e que no julgamento dos crimes de responsabilidade imputados ao Presidente e ao Vice Presidente da Rep blica aos Ministros de Estado aos Comandantes da Marinha do Ex rcito e da Aeron utica aos Ministros do Supremo Tribunal Federal ao Procurador Geral da Rep blica e ao Advogado Geral da Uni o funcionar como Presidente o do Supremo Tribunal Federal limitando se a condena o que somente ser proferida por dois ter os dos votos do Senado Federal perda do cargo com inabilita o por oito anos para o exerc cio de fun o p blica sem preju zo das demais san es judiciais cab veis luz desses preceitos resta incontroversa a dicotomia e a independ ncia entre as inst ncias pol tica e jurisdicional 2 El enfrentamiento y discusi n pol tica se traslada de la sede parlamentaria a los tribunales y por ende a la opini n p blica a trav s de los medios de comunicaci n Pero sobre todo se confunden do
422. strado empregou vou direto ao assunto de forma a dei xar bem claro que n o ia perder tempo com circunl quios ou per fra ses Entendi muito bem e todos que leram tamb m Pode n o estar de acordo com o padr o mais ortodoxo da linguagem jur dica Mas dentro de uma d cada ser express o considerada erudita A vai a colabora o intento nico deste lembrete expositivo para os que escrevem e para os que l em ou leem com a men 41 ASSIS Machado de Trecho de Dom Casmurro Revista da EMER v 11 n 41 2008 79 sagem de otimismo no sentido de que a comunica o n o ser pre judicada pelas altera es evolutivas do linguajar nem o universo dos operadores do direito diminu do com a t cnica da manuten o das regras m nimas da gram tica da ret rica ou da dial tica exi gindo apenas dos profissionais um pouco de aten o a estes par metros que protegem a clareza do que se diz ou se escreve Para um t rmino de trabalho n o se pode deixar de trazer a exame o fato ineg vel de que o pr prio direito passa por transforma es dogm ticas que no dizer de Sanch s se alojam entre crises de positivismo legalista e do descr dito da jurisprud ncia conceptual com o perigo de preval ncia do irracionalismo que amea ava apo derar se de todo o processo de interpreta o ou aplica o jur dica do Direito em ltima inst ncia Para a empresa de resgate do con trole sobre o reacioanarismo jur dico e sob
423. sun o exarada no art 593 II do C digo de Processo Civil uma constru o jurisdicional bem lastreada que s merece enc mios Curioso notar que o direito italiano trata essa quest o de ma neira frontalmente oposta nossa situando a no C digo Civil no qual se prev a o revogat ria como prius para a execu o sobre bens alienados a terceiros Por via de consegu ncia n o dado ao credor penhorar bens de terceiro antes de propor e vencer aludida a o Apresenta se bvio que o legislador italiano resguarda muito mais o direito de propriedade merc desse requisito do que faz o nosso Como observa com n mia acuidade Crisanto Mandrioli nisso o ato de constri o atinge terceiro que n o o propriet rio e por isso 8 Art 2901 do C digo Civil Italiano 130 Revista da EMER v 11 n 41 2008 se fala em expropria o contra o terceiro propriet rio mas no ins tante em que se instaura o processo expropriat rio esse terceiro deixa de ser tal no plano processual assumindo a posi o de parte nesse plano e s continuando a ser terceiro no mbito material Isso ocorre porque at onde se perceba nosso Direito ao re v s do italiano n o acolheu o princ pio comum de que possession vaut titre o qual n o encontrou aceita o em Portugal raz o por que toda essa mat ria no Brasil est ainda dominada pelas regras do Direito Romano Dado que o processo de execu o lento por
424. suscet vel de ocorrer em qualquer hip tese O defeito assinalado por ltimo j vem do texto original do c digo mas o legislador das reformas bem podia ter aproveitado a oportunidade para corrigi lo Quanto ao resto exclusivamente sua a responsabilidade Decididamente impr pria reitere se porque restritiva demais a rubrica do Cap tulo IIl sob a qual poderiam perfeitamente situar se as disposi es dos Cap tulos Il e IV Por outro lado naquele e s naquele figura disposi o art 743 que estabe lece em termos expressos o conceito de excesso de execu o como se a quest o n o pudesse surgir sen o em face da Fazenda P blica Nada menos exato conforme ali s evidencia o art 745 n III principio localizado no Cap tulo III Dos embargos execu o o qual igualmente se refere embora sem defini lo ao excesso de execu o Deve entender se claro que a enumera o do art 743 vale tamb m a vista da rubrica parece que o Livro Il trata unicamente da execu o fundada em t tulo extrajudicial No entanto o inciso do art 741 torna patente a estranh vel intromiss o de regra que no contexto s pode respeitar ao processo de conhecimento Com efei to autoriza ele a propositura de embargos na execu o contra a Fazenda P bica com fundamento na falta ou nulidade da cita o se o processo correu revelia Ora n o h conceber que a Fazen da deixe correr revelia a execu o
425. te a impossibilidade de os parlamentares decidirem livremente sobre Nas palavras da Ministra C rmen L cia a Constitui o n o diferencia o parlamentar para privilegi lo Distingue o etorna o imune ao processo judicial e at mesmo pris o para que os princ pios do Estado Democr tico da Rep blica sejam cumpridos jamais para que eles sejam desvirtuados Afinal o que se garante a imunidade n o a impunidade Essa incompat vel com a Democracia com a Rep blica e com o pr prio princ pio do Estado de Direito Revista da EMER v 11 n 41 2008 201 a pris o como se aplicar as regras constitucionais invocadas Em situa es desse tipo h que se sacrificar a interpreta o literal e isolada de uma regra para se assegurar a aplica o e o respeito de todo o sistema constitucional Apesar de ser o impetrante um parla mentar a necessidade de garantir a seguran a p blica indica que a pris o haver de ser aplicada segundo as regras que valem para todos quando o status funcional de algu m j n o esteja em perfeita adequa o ao of cio que determina a aplica o do regime jur dico constitucional ao agente Apesar do n o atendimento das regras espec ficas que regu lam a pris o de parlamentares o que se tem por demonstrado que o m nimo do conte do normativo exigido para a pris o decretada na conting ncia de uma excepcional condi o foi atendido A pris o atende portanto ordem
426. te ao exercit la estar agindo sempre como parte principal legiti mado ordin rio Nelson Nery J nior e Rosa Maria de Andrade Nery defen dem tese de legitima o aut noma para condu o do processo A dicotomia cl ssica legitima o ordin ria extraordin ria s tem cabimento para a explica o de fen menos envolvendo direito individual Quando a lei legitima alguma entidade a defender direito n o individual coletivo ou difuso o legitima do n o estar defendendo direito alheio em nome pr prio por que n o se pode identificar o titular do direito N o poderia ser admitida a o judicial proposta pelos prejudicados pela po lui o pelos consumidores de energia el trica enquanto classe ou grupo de pessoas A legitimidade para a defesa dos direitos difusos e coletivos n o extraordin ria substitui o processual mas sim legitima o aut noma para a condu o do processo Barbosa Moreira ao menos em rela o legitima o das associa es e dos sindicatos para defesa dos interesses de seus as 15 NERY JR Nelson NERY Rosa Maria de Andrade C digo de Processo Civil Comentado e legisla o processual civil em vigor S o Paulo RT 2001 p 1885 16 MOREIRA Jos Carlos Barbosa A es Coletivas na Constitui o Federal de 1988 Revista do Processo S o Paulo RT n 61 Revista da EMER v 11 n 41 2008 241 sociados defende que se trata de legitima o extraor
427. tem tica importante considerar que a preocupa o do operador do Direito Penal deve ser olhada pelos estudiosos do Direito Administrativo da mesma forma at porque se considerarmos a hip tese de que s h uma Ci ncia do Direito de que ela nica devemos ver que aquilo que sustent culo do Direito Pe nal deve ser tamb m verificado aqui no Direito Administrativo Nesse sentido devemos considerar que parece ser imprescin d vel que tenhamos sempre a aplica o da san o como exce o O ideal que o aparato sancionat rio estatal n o precise ser acionado A partir dessa considera o b sica podemos sugerir quatro linhas de princ pios que poderiam ser observados nos processos punitivos A insignific ncia da ofensa que uma realidade no Direito Penal deve coexistir no Direito Administrativo de maneira que o administrador se conven a neste caso de que n o compensa p r a m quina estatal em funcionamento claro que a primeira indaga o que se faz em rela o ao afastamento do princ pio da legali dade princ pio este que fundamental cardeal de toda a atividade da Administra o P blica e como ent o n o aplicar todos os rigores da lei pela simples raz o da insignific ncia da amea a ou da les o No mesmo sentido como deixar de observar os princ pios da disci plina e da hierarquia em todos os ramos do servi o p blico e em especial em rela o aos militares os quais por oportuno t
428. ten a meramente terminativa a qual n o cont m resolu o 6 BERMUDES S rgio Introdu o ao Processo Civil Rio de Janeiro Forense 2002 p 53 7 C MARA Alexandre de Freitas Li es de Direito Processual Civil Rio de Janeiro Lumen Juris 2002 v p 120 Revista da EMER v 11 n 41 2008 237 do m rito ter havido exerc cio de fun o jurisdicional o que revela ter havido exerc cio do poder de a o Assim e consi derando que a presen a de tais requisitos se faz necess ria para que o ju zo possa proferir o provimento final do processo a senten a de m rito no processo cognitivo a satisfa o do cr dito no processo executivo a senten a cautelar no proces so dessa natureza que preferimos a denomina o requisi tos do provimento final comum encontrarmos em sede doutrin ria a enumera o de tr s condi es da ac o freqiientemente designadas legitimidade das partes interesse de agir e possibilidade jur dica do pedido A legitimidade das partes condi o da a o que se configu ra na simples coincid ncia entre a situa o afirmada apenas afir mada pelo autor ao propor a a o e o esquema de prote o tra a do pela lei O requisito da pertin ncia subjetiva da a o encontra de re gra sua adequa o na coincid ncia entre os sujeitos da rela o ju r dica de direito material e os sujeitos da rela o jur dica de direito processual raz o pela qual entende o do
429. tende a absoluta Com isso firma se uma esp cie pretoriana de distin o entre d bito e responsabilidade origin ria da doutrina germ nica que estabeleceu a diferen a entre Schuld d vida ou d bito e Haftung responsabilidade sujei es jur dicas que atingem pessoas distin tas Quanto a essa distin o juridicamente nada h a objetar de vez que ela exprime t o s fen meno correntio na vida do Direito O que causa esp cie a amplitude com que o art 593 II do C digo de Processo Civil vem sendo interpretado como se ele tives se criado uma presun o absoluta de fraude quando na verdade o texto a estabelece t o s relativa De outra parte a mat ria envolve quest o nitidamente consti tucional O direito de propriedade conceituado como direito fun damental atendida a sua fun o social Constitui o Federal art 5 incisos XXII e XXIII mas nesta ltima n o se inclui evidente mente a aptid o para servir de objeto execut rio para quem quer que seja Logo se penhorado bem de terceiro entra em testilha o direito de propriedade deste por for a de constri o processual que n o tem ndole constitucional Na penhora de bem do pr prio deve dor logicamente n o existe esse problema por isso que aquele efe tivamente o obrigado Quando porem se penhora bem de terceiro o direito de pro priedade deste afrontado n o obstante cuidar se de direito funda mental O conflito entretan
430. tes propostos pelo demais co legi timados devem ficar vinculados primeira decis o tr nsita em jul gado a respeito daquela situa o global plurissubjetiva de natureza unit ria ou podem emitir nova norma concreta para regular a mes ma situa o Razo vel supor que a resposta a tais perguntas no sentido de que os ju zes dos processos individuais e coletivos subsegiuentes encontram se impedidos de decidir novamente a quest o por for a da coisa julgada 2 Vale registrar que a senten a proferida em processo individual que tenha por objeto situa o de natureza pluris subjetiva unit ria provavelmente conter dispositivo cujos efeitos ser o em parte limitados s partes e em parte erga omnes Assim naquilo que decidir especificamente situa o individual como a repara o dos preju zos com a Revista da EMER v 11 n 41 2008 255 A unitariedade concebida como a inevitabilidade de decis o uniforme deve ser o fio condutor a orientar os ju zes na admissibilidade da a o individual ou coletiva quando a lide que ela veicula tenha natureza de situa o plurissubjetiva pr pria dos direitos essencialmente coletivos e j tenha sido decidida em pro cesso individual anterior A autoridade da coisa julgada importa recordar seguindo as li es de Barbosa Moreira deve ser aplicada nas mesmas condi es do disposto no art 18 da Lei n 4 717 65 Lei da A o Popular cuja orienta o foi acolhida tamb
431. tingidos pela eventual aposi o de equipamentos no logradouro p blico 5 MATTIETTO Leonardo Conven o de condom nio n o registrada S mula n 260 do Superior Tribunal de Justi a Revista Trimestral de Direito Civil Rio de Janeiro v 9 jan mar 2002 p 225 6 Op cit p 83 A natureza d plice atribu da ao condom nio de fato se d devida sic a sic fus o de dois institutos tradicionais o loteamento e o condom nio horizontal que d o origem a essa nova modalidade 158 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Art 2 autoriza o de que trata o artigo anterior fica condicio nada pr via audi ncia dos rg os municipais interessados bem como da associa o de moradores do bairro se houver Da mesma forma para os defensores de tal entendimento n o se pode travestir o loteamento em condom nio a equipara o entre ambas as figuras segundo defendido pelo Min Ari Pargendler no julgamento do Recurso Especial n 444 931 SP constituiria uma mera fic o jur dica destinada a legitimar a representatividade da associ a o perante os propriet rios n o associados A ementa daquele ac rd o 3 turma Resp 444 931 SP j 12 08 03 a seguinte O propriet rio de lote n o est obrigado a concorrer para o custeio de servi os prestados por associa o de moradores se n o os solicitou Por m o principal argumento dos opositores do condom nio de fato ou loteamento fechado resi
432. tius real perspectiva de efetividade o que em muito justifica o temor de alguns Al m disso n o se nos afigura poss vel igualar porquanto vegetais frutas e leguminosas pois cada qual possui suas caracte r sticas intr nsecas A compet ncia do mesmo modo e isto impor tante repetir determinada em conformidade com a natureza da mat ria versada o que impede a extens o do foro por prerrogativa de fun o sob os ausp cios de uma pseudo for a de compreens o s a es de natureza c vel 3 ATOS DE IMPROBIDADE E CRIMES DE RESPONSABILIDADE NO ES DISTINTAS E INCONFUND VEIS A tese de que a Lei de Improbidade veicularia crimes de res ponsabilidade encontrou pouco prest gio na doutrina e nenhuma ades o na jurisprud ncia A primeira dificuldade que se encontra identificar o que venham a ser crimes de responsabilidade proposi o que enseja n o poucas d vidas e perplexidades Para o Presi dente da Rep blica crime de responsabilidade uma infra o pol tico administrativa que o sujeita a um julgamento pol tico sem ne cessidade de fundamenta o perante o Senado Federal Para o Ministro de Estado uma infra o associada a atos pol ticos e ad ministrativos que o sujeita a um julgamento totalmente jur dico com a necessidade de fundamenta o perante o Supremo Tribunal Fe deral Para o Prefeito Municipal um crime comum que o sujeita 16 Para lvaro Lazzarini Temas de Direito
433. to n o adentra a seara constitucional situando se no mbito infraconstitucional onde preferencialmente Revista da EMER v 11 n 41 2008 127 h de resolver se Mas de qualquer sorte cumpre ter em mente que a propriedade constitui direito fundamental quando que a penhora n o direito mas simples faculdade processual Quando a execu o afeta bem de terceiro diz se que a res ponsabilidade execut ria secund ria conforme se expressou Enrico Tullio Liebman Na fraude execu o n o se requer a presen a do consilium fraudis pouco importa tamb m a boa f do adquirente ainda no dizer de Liebman a inten o fraudulenta est in re ipsa Inexistindo a pr via sujei o do bem objeto da execu o ou seja quando se cuidar de pend ncia de a o fundamentada em direito real termos do art 593 do C digo do Processo Civil dever o credor demonstrar a insolv ncia do devedor eventus damni To davia essa hip tese conceptualmente imposs vel de ocorrer na Justi a Laboral visto como nesta inexiste execu o fundada em di reito real A constru o legal da execu o sobre bem de terceiro n o puramente objetiva tendo em conta que ela admite a an lise da quest o da boa f do adquirente correntia na jurisprud ncia O codificador de 1973 foi rigoroso como o fora o de 1939 ape nas porque n o vislumbrou que a execu o pudesse atingir bem de terceiro que s pocas era exce o
434. tra dispositivo estatut rio disciplinar n o um fato para o processo administrativo antes do tr nsito em julgado de uma senten a condenat ria Pressup e se como inv lida a prova produzida no processo administrativo acerca de fato t pico penal O fato n o visto em sua materialidade mas na sua formalidade processual penal o que corresponde generaliza o do princ pio de que h senten as pe nais que podem repercutir no processo administrativo Contudo mesmo nas hip teses em que se admite a repercus s o de uma senten a judicial no processo administrativo isto n o feito para consider lo ileg timo e sim para temperar seus resulta dos como se v das pr prias regras do processo penal Em tal enten dimento a ju zo da autoridade competente pode se sobrestar a de cis o final no processo administrativo mas isto n o serve de causa para declarar improcedente a instaura o e conclus o do processo Nesse sentido vejamos o que Cretella Junior nos apresenta Sem preju zo do disposto no artigo anterior a a o para ressar cimento do dano poder ser proposta no ju zo c vel contra o autor do crime e se for o caso contra o respons vel civil Art 64 do C digo de Processo Penal Intentada a a o penal o juiz da a o civil poder suspender o curso desta at o julgamento definitivo daquela Par grafo nico do Art 64 do CPP N o obstante a senten a absolut ria no ju zo criminal a a
435. tra que este tamb m seu fim b org nico pelo qual jurisdi o a atividade do Judici rio e administra o do Executivo Toda via n o existe separa o absoluta entre as fun es dos tr s Poderes c da unilateralidade que existe na Administra o aliada desi gualdade dos sujeitos enquanto que na jurisdi o h bilateralidade DIPIETRO Maria Sylvia Zanella Direito Administrativo S o Paulo Atlas 1992 p 343 Revista da EMER v 11 n 41 2008 207 e igualdade entre os mesmos Entretanto a Administra o tamb m pode figurar como parte interessada quando ter tratamento parit rio com rela o ao particular tendo nus e deveres no processo d o da in rcia que diz atuar a Administra o de of cio e a jurisdi o n o Por m aquela tamb m atua por provoca o Presentemente considera se que a distin o reside em dois pontos b sicos que caracterizam a fun o jurisdicional quais se jam o car ter substitutivo da mesma e seu escopo jur dico de atua o do direito os quais n o est o presentes na Administra o A rela o processual estabelecida no exerc cio da jurisdi o de natureza triangular pois nela atuam as partes e o juiz Aquelas em condi o de igualdade entre si mas n o com rela o ao juiz que estranho aos interesses das partes O juiz atua sempre com poder de sujei o sobre as partes que legitimado pelas garantias do devido processo legal especi
436. trabalhador nacional na coloniza o e aproveitamento das terras p blicas bem como a organiza o de col nias agr colas destinadas aos habitantes de zonas empobrecidas e aos sem traba lho iii disciplinou a entrada e a perman ncia de imigrantes no territ rio nacional iv criou a justi a do trabalho vinculada ao Mi nist rio do Trabalho por m com poder jurisdicional constitu da de tribunais e comiss es juntas de concilia o para dirimir quest es entre empregados e empregadores regidas pela legisla o social v concedeu usucapi o especial a todo brasileiro que n o sendo propriet rio rural ou urbano ocupasse por 10 anos cont nuos sem oposi o nem reconhecimento de dom nio alheio um trecho de ter ra at 10 hectares tornando o produtivo por seu trabalho e tendo nele a sua morada vi reduziu o imposto sobre im vel rural de 50 hectares ou menos vii instituiu imposto progressivo sobre a trans miss o de bens por heran a ou legado viii assegurou respeito posse das terras pelos silv colas ix vedou a propriedade de empre sas jornal sticas pol ticas ou noticiosas a estrangeiros e a socieda des an nimas por a es ao portador assegurou estabilidade no em prego f rias e aposentadoria aos respectivos redatores e emprega dos x reservou a brasileiros natos na propor o de 2 3 a proprie dade a arma o o comando e a tripula o dos navios nacionais xi reservou percentagem de brasileiros nos s
437. tus quo a popula o ou aqueles que se acostu maram e pensam em institucionalizar a confort vel sensa o de liberdade que a garantia da impunidade lhes causa Algu m seria ing nuo o suficiente para n o perceber as consegii ncias que a pre tendida altera o legislativa causaria no combate improbidade Basta afirmar que as investiga es e a consegiente propositura das a es deixariam de ser realizadas por milhares de Promotores de Justi a e Procuradores da Rep blica e passariam a ser concentradas nas m os de alguns poucos Chefes institucionais diga se de passa gem escolhidos pelo Chefe do Executivo o que acrescenta um in desej vel componente pol tico estrutrura organizacional do Minis 2 Ao discorrer sobre os graves casos de corrup o detectados durante a administra o do Presidente norte americano Harry S Truman Jules Abels destacou quatro pontos principais The Truman Scandals Henry Regnery Company Chicago 1956 p 307 314 apud Francisco Bilac Moreira Pinto Enriquecimento Il cito no Exerc cio de Cargos P blicos Rio de Janeiro Forense 1960 p 35 37 De acordo com o primeiro a corrup o al m de ter se disseminado entre grande n mero de funcion rios p blicos espalhados por todo o Pa s infestou a m quina arrecadadora de impostos o que poderia gerar a irrita o dos contribuintes e lev los a uma evas o fiscal em massa O segundo ponto demonstrava que a corrup o na administra o Truman
438. tutela prestada Barbosa Moreira ao tratar da quest o in Temas de Direito Processual Oitava S rie S o Paulo Saraiva 2004 p 135 cita v rios exemplos de tutelas de condena o que n o correspondam a t tulo executivo stricto sensu e portanto n o aparelham processo de execu o aut nomo como a senten a que condena perda de sinal pago relativa presta o futura de alimentos Revista da EMER v 11 n 41 2008 271 Nesse sentido em todos os casos estamos diante de atividade condenat ria seguida de atos processuais que visam atrav s da ati vidade estatal a imprimir for a de cumprimento seja na esfera de direitos e at de liberdade da pessoa obrigada ou mediante expro pria o patrimonial N tida inten o da lei sempre em evitar que as referidas obri ga es convertam se em perdas e danos haja vista a impossibilida de f tica de seu cumprimento 3 CUMPRIMENTO DE SENTEN A UMA CONDENA O ESPECIAL Transportando estas id ias sistem tica do cumprimento de senten a estabelecido na forma da Lei n 11 232 05 podemos ob servar que o legislador no art 475 e seus par grafos subseguentes ao falar em condena o de obriga o de soma de dinheiro cria mecanismos processuais que visam a impedir a forma o de uma execu o aut noma privilegiando a efetiva o da decis o prolatada na forma de complement la na mesma rela o processual por atos subseq entes que nitidamente imprim
439. u ante a circunst ncia de que o mau vezo n o inven o sua mas remonta a 1973 intuitivo que a disposi o do art 598 Aplicam se subsidiariamente execu o as disposi es que regem o processo 24 Revista da EMER v 11 n 41 2008 de conhecimento seria desnecess ria caso se abrisse o texto do C digo por uma Parte Geral onde se localizassem as normas gene ricamente aplic veis a todas as esp cies de processos Seja como for e sem preju zo das cr ticas pertinentes corroborado fica que os Livros e Il n o s o compartimentos hermeticamente fechados cada qual toma de empr stimo ao outro as disposi es acaso impres cind veis para complementar a respectiva disciplina Existem e j existiam antes das reformas infiltra es e intrus es de um livro no outro 6 QUEST ES TERMINOL GICAS 6 1 Um princ pio desprezado Ensina antiga sabedoria que as leis devem de prefer ncia empregar as palavras sempre em igual sentido uma estrat gia superior de tra ar disposi es definit rias n o raro o talhe do le gislador alfaiate produz roupa excessivamente justa ou folgada de mais Ao contr rio se invari vel a acep o em que se emprega cada palavra a doutrina mediante o cotejo entre os v rios dispositi vos onde ela figura sem dificuldade extrai da conceito preciso Seria incorreto dizer que o CPC desde a reda o origin ria rendeu a devida homenagem a esse princ pio Basta lembra
440. u se O pre o do caf despencou A economia brasileira encolheu Impossibili tado de pagar a d vida externa o governo brasileiro valeu se da morat ria at 1927 quando reiniciou os pagamentos A situa o agravou se novamente com a crise mundial do capitalismo 1929 Escoaram se os cr ditos brasileiros ganhos durante a guerra mun dial provenientes do fornecimento de cacau a car e borracha aos aliados Enquanto o governo dos EUA abatido pela crise trocava o capitalismo liberal pelo capitalismo intervencionista o governo bra sileiro buscava solu o caseira Disputavam a sucess o de Washing ton Luiz que sucedera Arthur Bernardes na presid ncia da Rep bli ca o paulista Julio Prestes nenhum parentesco com Luiz Carlos pela situa o e o ga cho Get lio Vargas pela oposi o Revista da EMER v 11 n 41 2008 85 Pernambucanos baianos cariocas e ga chos uniram se para aca bar com o dom nio de paulistas e mineiros na pol tica nacional Ale gando fraude nas elei es que perdera Vargas rebela se contra a ordem em vigor Para ba e Minas Gerais v timas das fraudes se uniram ao Rio Grande do Sul As for as rebeldes depuseram Wa shington Luiz impediram a posse de Julio Prestes e assumiram o comando da Na o Enquanto uma junta militar ocupava o gover no o comando da revolu o sediado em Ponta Grossa PR desloca va se para o Rio de Janeiro com o objetivo segundo Vargas de rea lizar o programa con
441. uando um servidor acusado de ato criminoso que atenta contra a tica que deve pos suir no servi o p blico Deve se entender que n o h motiva o para protelar a instaura o e a conclus o de processo administrati vo mesmo quando aceito como obrigat rio o sobrestamento por coincid ncia de fato O fato de ser obrigat rio sobrestar a decis o at que a autorida de judici ria competente se pronuncie sobre a exist ncia de crime n o significa que o procedimento disciplinar n o seja instaurado e n o corra todos os seus tr mites normais O pro cesso administrativo muito ao contr rio deve ter curso normal apenas a autoridade administrativa n o proferir a decis o que envolva reconhecimento de crime antes de ser julgado pelo poder competente se realmente houve tal il cito 2 Da tamb m que a comunicabilidade de inst ncias pode le var a sobrestar a decis o final em Processos Administrativos Disci plinares mas n o motivando os dirigentes de organiza es a dei xarem de instaur los n o motiva a revoga o do procedimento iniciado e exaurido 21 Mandado de Seguran a Puni o disciplinar Aus ncia de ilegalidade formal no contexto da puni o disciplinar ll O procedimento disciplinar independe de inqu rito de natureza penal Mandado de Seguran a indeferido Ementa Edson Francisco dos Santos insurge se contra o ato do senhor Presidente da rep blica datado de 26 de abril do corrente ano
442. ue j fora objeto de exame ao ensejo da a o de alimentos esbarra na coisa julgada material ensejando a extin o do feito sem julgamento de m rito com amparo no art 267 V do CPC Negaram provimento ao apelo do autor e proveram o apelo da r TJRGS AC 70010170603 72C Civ Rel Des Luiz Felipe Brasil Santos j 13 04 2005 7 Alice de Souza Birchal A rela o processual dos av s no Direito de Fam lia direito busca da ancestralidade conviv ncia familiar e alimentos 54 Revista da EMER v 11 n 41 2008 45 revisional se imp e Esta adequa o pode ser levada a efeito a qual quer tempo mesmo que inexista altera o nas condi es econ mi cas ou na situa o de vida de qualquer das partes Nessa hip tese igualmente n o cabe alegar coisa julgada pois esta n o se cristaliza se quando da fixa o dos alimentos foi des respeitado o princ pio da proporcionalidade Outra n o pode ser a solu o Esta a nica forma de impedir a perpetua o de flagran tes injusti as Cabe o exemplo mais corriqueiro quando os alimen tos s o fixados sem que tenha id ia o credor dos reais ganhos do devedor at porque em geral n o convivem alimentante e alimen tado sob o mesmo teto e muitas vezes sequer residem na mesma cidade Isso tudo sem considerar a inten o do devedor de n o cum prir com a obriga o de sustento sendo unilaterais os elementos trazidos como prova da sua condi o de vida Or
443. uma funzione vicina a quella del legislatore 3 PEREIRA Caio M rio da Silva Institui es de Direito Civil Rio de Janeiro Forense 20 ed 2004 vol p 58 Mas n o negamos jurisprud ncia o valor de fonte informativa ou intelectual do direito Na sua fun o espec fica os tribunais aplicando e interpretando a lei vivificam na e adaptam na s transforma es econ micas e sociais Pela autoridade intelectual de seus ju zes como em raz o de constitu rem os julgamentos o meio material de se apurar como a regra jur dica deve ser entendida a consulta jurisprud ncia elemento informativo de constante utilidade medida que se distancia a poca em que a lei votada o seu texto puro perde a vivacidade original e ent o a discuss o perante as Cortes como a palavra destas que mant m a norma em plena atualidade PAZ Firmino Ferreira Incid ncia de Regra Jur dica S o Paulo Lex p 55 72 Revista da EMER v 11 n 41 2008 tar com a mec nica da criatividade que se expressa atrav s da lin guagem A EC 45 com a institui o da s mula vinculante esmore ceu as resist ncias quanto ao papel da jurisprud ncia na forma o do direito Aqui est o ponto mais importante para a reuni o das tr s com ponentes do t tulo do trabalho As raz es hist ricas geogr ficas temporais sociol gicas fi los ficas doutrin rias conduzem o julgador a um tipo de linguagem caracter stica da profiss o
444. un o e proibi o de contratar e constitucional suspens o dos direitos pol ticos entendimento que encampado por Waldo Fazzio J nior Improbidade Administrativa e Crimes de Prefeitos S o Paulo Atlas 2001 p 47 e 296 para quem h um cons rcio de penalidades civis pol ticas e administrativas Jos Jairo Gomes Apontamentos sobre a Improbidade Administrativa in Improbidade Administrativa 10 anos da Lei n 8 429 1992 p 258 as identifica como sendo san es de responsabilidade por il cito civil administrativo de natureza sui generis Affonso Ghizzo Neto Improbidade Administrativa e Lei de Responsabilidade Fiscal Florian polis Habitus 2001 p 83 visualiza uma natureza administrativa disciplinar O STJ por sua 3 Se o em posi o isolada tamb m entendeu que a Lei n 8 429 1992 disp e sobre il citos penais MS n 6 478 rel Min Jorge Scartezzini j em 26 4 2000 DJ de 29 5 2000 Revista da EMER v 11 n 41 2008 183 c as condutas il citas elencadas nos arts 9 10 e 11 da Lei de Improbidade ante o emprego do voc bulo notadamente tem ca r ter meramente enunciativo o que apresenta total incompatibili dade com o princ pio da estrita legalidade que rege a seara penal segundo o qual a norma incriminadora deve conter expressa e pr via descri o da conduta criminosa d o processo criminal atinge de forma mais incisiva o status dignitatis do indiv duo o que exige expressa caracteri
445. unidades aut nomas d ser o discriminadas as reas que se constitu rem em passagem comum para as vias p blicas ou para as unidades entre si Revista da EMER v 11 n 41 2008 171 que esse tipo de associa o n o pode ser considerado um con dom nio para os efeitos da Lei 4 591 64 Como associa o ci vil ela exige a ades o de cada associado n o sendo razo vel pressupor se de acordo com os pr prios estatutos que auto maticamente aqueles que adquirem o lote est o obrigados a se integrar diferente portanto da pr pria estrutura do condo m nio organizado sob o regime da Lei n 4 591 64 Assim admitindo se poss vel a vig ncia do art 3 do Decreto Lei n 271 67 n o revogado pela Lei n 6 766 79 seria neces s rio que os moradores conviessem na forma o do condomi nio cuidando se de forma at pica n o sendo suficiente que a constitui o de uma associa o prevendo alcance apenas daqueles que subscreverem ou que posteriormente aderirem autorize a cobran a compuls ria da taxa condominial O ac rd o acima por m se baseia numa premissa equi vocada qual seja a equipara o entre o loteamento fechado constitu do na forma do mencionado art 8 da Lei n 4 591 64 35 Essa terminologia n o chega a ser pac fica na doutrina pois para Marco Aur lio S Viana op cit p 29 Fala se em loteamento fechado loteamento especial loteamento em condom nio loteamento integrado e con
446. uo sofre de forma direta e n o de forma reflexa a ofensa tem ele o direito de buscar prote o do Judici rio contra a ofensa de que foi v tima Esta contradi o n o ficou despercebida por Greg rio Assagra de Almeida muito embora suas conclus es n o sejam plenamente satisfat rias Sustenta o referido autor O indiv duo salvo na condi o de cidad o e precisamente nas hip teses de admissibilidade de a o popular como foi analisa do no item anterior n o portador de legitimidade ativa provocativa no campo do direito processual coletivo comum No que tange aos direitos difusos de dimens o individual ten do em vista que o indiv duo poder ser atingido diretamente 246 Revista da EMER v 11 n 41 2008 em sua esfera de direito subjetivo a Constitui o Federal ga rante lhe o acesso justi a art 59 XXXV Todavia o que ele ir buscar via tutela jurisdicional n o prote o de um direi to difuso cujo titular uma coletividade de pessoas indeterminadas e indetermin veis mas de seu direito subjeti vo diretamente atingido A a o o processo e a coisa julgada na hip tese pertencem ao direito processual individual s o aplic veis assim as disposi es do CPC O que se nota na hip tese que tendo em vista que se trata de um direito cujo bem jur dico tutelado no mundo dos fatos de imposs vel divis o a proced ncia do pedido formulado na a o individu al ajuizada poder atin
447. usti a impediriam que o Prefeito fosse julgado pelo juiz monocr tico por atos de improbidade Tem se aqui aquilo que Larenz in Metodologia da Ci ncia do Direito trad de Jos Lamego Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 1997 p 535 denominou de lacuna oculta presente sempre que a lei cont m precisamente uma regra aplic vel a casos desta esp cie mas que segundo o seu sentido e fim n o se ajusta a este determinado grupo de casos porque n o atende sua especificidade relvante para a valora o Essa lacuna oculta ser preenchida a partir da interpreta o da disposi o normativa norteada principalmente por crit rios teleol gico sistem ticos Especificamente em rela o aos preceitos constitucionais que disp em sobre o foro por prerrogativa de fun o constata se a observ ncia de duas diretrizes b sicas referem se mat ria criminal e a algumas causas em que haja restri o de direitos fundamentais do cidad o sendo a autoridade contemplada com o foro especial a respons vel pela coa o v g mandado de seguran a habeas corpus etc Em nenhum momento a Constitui o prestigiou entendimento t o amplo quanto aquele sugerido pelos defensores da tese de que o Prefeito n o poderia ser julgado em 12 inst ncia por atos de improbidade simples e c moda interpreta o literal do art 29 X da CR 1988 deve ser preferida aquela que desvenda a sua ratio e preserva a harmonia do sistema o que terminar por a
448. usufruir das benfeitorias comuns e dos servi os prestados e custeados pelos vizinhos tem valorizado o seu patrim nio 34 Art 8 Quando em terreno onde n o houver edifica o o propriet rio o promitente comprador ou cession rio deste ou promitente cession rio sobre ele desejar erigir mais de uma edifica o observar se tamb m o seguinte a em rela o s unidades aut nomas que se constitu rem em casas t rreas ou assobradadas ser discriminada a 170 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Segundo a ementa deste mesmo ac rd o Nada impede que os moradores de determinado loteamento constituam condom nio mas deve ser obedecido o que disp e o artigo 8 da Lei n 4 591 64 No caso isso n o ocorreu sendo a autora sociedade civil e os esta tutos sociais obrigando apenas aqueles que o subscreveram ou fo ram posteriormente admitidos O voto do relator nega a exist ncia do condom nio verifican do t o somente a exist ncia de uma associa o civil sem fins lucra tivos que n o poderia ser equiparada comunh o de direito O que me parece relevante para julgar a mat ria examinar a natureza jur dica da associa o autora que na verdade n o se trata de condom nio mas de uma associa o civil sem fins lucrativos e a pretens o equiparar esse tipo de associa o com os condom nios para efeito de autorizar se a cobran a de quotas V se do documento juntado aos autos com a inicial que foi co
449. utor Arruda Alvim que es tar legitimado o autor quando for o poss vel titular do direito preten dido ao passo que a legitimidade do r u decorre do fato de ser ele a pessoa indicada em sendo procedente a a o a suportar os efeitos oriundos da senten a Esta equa o partes processuais partes materiais entenden do partes como sujeitos da rela o jur dica encontra sua afirma o legislativa no art 6 do C digo de Processo Civil Art 6 Ningu m poder pleitear em nome pr prio direito alheio salvo quando autorizado por lei A pertin ncia subjetiva da a o quando se determina na coin cid ncia entre os sujeitos da rela o jur dica de direito processual e BERMUDES S rgio Introdu o ao Processo Civil Forense Rio de Janeiro 2002 p 54 9 THEODORO J NIOR Humberto Curso de Direito Processual Civil Rio de Janeiro Forense 2005 p 67 238 Revista da EMER v 11 n 41 2008 os sujeitos da rela o jur dica de direito material d causa cha mada legitima o ordin ria Pode ocorrer entretanto que a legitima o para exercer o di reito de a o n o se afirme naquela equa o mas em outros crit rios previstos em lei conforme autoriza a segunda parte do art 6 do C digo de Processo Civil de tal modo que aquele que n o sujeito da rela o jur dica de direito material possa em nome pr prio de fender em ju zo a posi o jur dica de outrem assumindo a posi
450. va a la aberrante conclusi n de que los responsables pol ticos pueden desempe ar su cargo como quieran siempre que sus conductas no signifiquen la comisi n de un delito Rafael Bastos Gisbert La Corrupci n de los Gobernantes responsabilidad pol tica y responsabilidad penal in La Corrupci n aspectos jur dicos y econ micos org por Eduardo A Fabi n Caparr s Salamanca Ratio Legis 2000 p 37 3 Arts 15 V e 37 42 da CR 1988 2 Arts 29 2 e 39 50 caput e 1 52 l 85 caput e par grafo nico 86 caput e 1 Il 96 IIl 100 6 102 I c 105 l a 108 I a 167 12 da CR 1988 25 Arts 37 4 e 85 par grafo nico da CR 1988 190 Revista da EMERJ v 11 n 41 2008 o por elei o nomea o designa o contrata o ou qualquer outra forma de investidura ou v nculo mandato cargo emprego ou fun o nas entidades mencionadas no artigo anterior Apesar da clareza desses argumentos ainda se deve perquirir se seria tica e moralmente permitido ao int rprete ltimo da Cons titui o construir uma interpreta o semelhante quela que vem paulatinamente delineando 4 INTERPRETA O CONSTITUCIONAL A interpreta o jur dica reflete um processo intelectivo que permite sejam alcan ados conte dos normativos a partir de f rmu las ling sticas indicativo de que o int rprete constr i a norma com observ ncia de um dado balizamento o texto
451. vadas quando i dois meses depois de ter deixado o governo ele eleito senador por dois Estados SP e RGS e deputado por v rios Estados fato in dito na hist ria do Brasil ii participa da assembl ia constituinte iii o Ministro da Guerra do seu governo eleito Presidente da Rep blica 1946 1950 iv na elei o seguinte o povo o recoloca na presid n cia 1950 Revista da EMER v 11 n 41 2008 101 A Nova Disciplina da Progress o de Regime Trazida pela Lei n 11 464 07 Mauricio Magnus Ferreira Juiz de Direito Titular da 2 Vara Criminal de Barra Mansa do TJ RJ No dia 29 de mar o de 2007 entrou em vigor a Lei n 11 464 07 que alterou a reda o do artigo 2 da Lei n 8 072 de 28 de julho de 1990 Em raz o dessa nova lei o par grafo 1 do artigo 2 da Lei n 8 072 90 passou a ter a seguinte reda o 1 A pena por crime previsto neste artigo ser cumprida inicialmente em regime fechado 2 A progress o de regime no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo dar se ap s o cumprimento de 2 5 dois quintos da pena se o apenado for prim rio e de 3 5 tr s quintos se reincidente Verifica se pois que foi concedido aos condenados por cri mes hediondos crimes de tortura tr fico il cito de entorpecentes e drogas e afins e terrorismo direito progress o de regime Resta portanto apurar a partir de quando essa nova lei ser aplicada O
452. vado Brasileiro Ricardo Luiz Pereira Marques Mestrando em Direito Privado pela PUC MG Especialista em Direito da Economia e da Empresa pela FGV Professor universit rio Advogado 1 INTRODU O O presente estudo se prop e a analisar a viabilidade de uma teoria geral das invalidades no atual Direito Privado brasileiro Para tanto percorrer algumas etapas a come ar pela defini o do que sejam as invalidades e das dificuldades de abordagem do tema Em seguida ser o levantados tratamentos doutrin rios at ent o reali zados reunindo os em uma hipot tica teoria nica para facilidade de sua an lise cr tica E a partir desta an lise cr tica pretende se apresentar uma resposta pergunta constante do t tulo deste texto 2 INVALIDADES NO DIREITO PRIVADO BRASILEIRO A invalidade ou nulidade em sentido gen rico a conse qu ncia prevista pelo Direito para os neg cios jur dicos e tamb m para os atos jur dicos por for a do art 185 do C digo Civil firma dos mediante circunst ncias espec ficas ou sem a observ ncia de certas exig ncias previamente fixadas nas normas jur dicas E a na tureza dessa consegu ncia pode ser deduzida de sua pr pria no menclatura isto deixa o ordenamento de reconhecer validade aquele ato relegando o margem de seu mbito de a o e influ n cia Ele at reconhecido como existente e portanto capaz de Revista da EMER v 11 n 41 2008 145 gerar certos
453. vici ados por anulabilidades f possibilidade de ratifica o imposs vel quando se trata de nulidades o contr rio ocorrendo nas anulabilidades Valendo se dessa teoria geral restaria ao int rprete no caso concreto apenas definir se o v cio incidente sobre o neg cio jur di co sob sua an lise seria uma nulidade ou anulabilidade pois todas as consegu ncias da advindas especialmente a forma de se atuar frente ao problema seriam dadas pelas distin es acima estabelecidas Dessa praticidade na operacionaliza o das normas bem como da facilidade proporcionada ao estudo desse instituto que decorre o sentido de se buscar uma teoria geral das invalidades Todavia como dedutivo qualquer teoria geral somente se mostra apta a cumprir esse papel se n o apresentar incoer ncias E se a Distin o realizada por AMARAL ob cit MATTIETTO Leonardo de Andrade Invalidade dos atos e neg cios jur dicos In Tepedino Gustavo coord A Parte Geral do Novo C digo Civil Rio de Janeiro Renovar 2007 PEREIRA ob cit e TEPEDINO Gustavo BARBOZA Helo sa MORAES Maria C B C digo Civil Interpretado Rio de Janeiro Renovar 2004 V 1 765 p 7 Para se evitar mal entendidos a partir deste ponto se referir s nulidades em sentido espec fico apenas pela express o nulidades e s nulidades em sentido gen rico pelo termo invalidades 8 As demais distin es exceto as da al nea d e e com a qual n
454. viduais homog neos dessa ou daquela gera o lan am o juiz ao torvelinho da pr tica e ang stia da teoria O Juiz como se apreen dia da reda o anterior do art 463 do CPC ao proferir a senten a dava por cumprido o seu of cio A despeito de n o haver mudan a dogm tica o magistrado resolvendo o conflito remanesce pondo fim a uma etapa de seu mister mas agora d prosseguimento n o mais com um novo processo de execu o mas perseguindo a reali dade eficaz de seu trabalho continuando seu of cio em dire o ao cumprimento do que fora decidido como o imp em os artigos 475 le 475 R do CPC 2 sintom tica a disserta o de Liebman ao eleger a lingua gem como a respons vel pela descoberta inconsciente da verdade sobre o fato de a autoridade da coisa julgada n o ser efeito da sen ten a e sim uma qualidade como se extraiu das palavras usadas no caminho da conceitua o legislativa de seus atos imutabilidade definitividade intangibilidade incontestabilidade voc bulos que dizem respeito a um atributo do objeto a que se referem S o termos que n o subsistem por si s s Com este instrumental fixa se o prop sito de estimular o racio c nio sobre o significado social de uma senten a como elemento que garante as rela es e o equil brio da coletividade Para o desavisado ou para o leigo torna se dificultoso entender que n o se trata de uma determinada senten a Mas de milhares milhares e milh
455. vil v Il S o Paulo RT 2006 p 144 18 V C ssio Scarpinella Bueno op cit p 32 sustentando que senten as condenat rias podem viver e de resto j vivem entre n s sem processo de execu o 282 Revista da EMER v 11 n 41 2008 Estar amos diante de uma decis o com proje o proces sual voltada a uma condena o especial ou seja dotada de meios executivos especiais ditados pelo legislador posteriores fase cognitiva pois de forma mais requintada estaria o processo cum prindo seus resultados sem postergar a efic cia que deriva do con te do para outra rela o aut noma mas ao mesmo tempo sem se deixar perder a caracter stica da condena o qual seja fazer atuar verdadeira execu o for ada por substitui o da vontade do devedor ao poder estatal fazendo se atuar por meios sub rogat rios estabelecendo assim uma nova vis o do cumprimen to das decis es condenat rias dentro dos prop sitos do processo sincr tico 20 As fontes hist ricas trazem precedentes experimentados so bretudo pelo direito medieval que em muito se assemelham com a sistem tica introduzida pela Lei n 11 232 06 em vista que sem descaracterizar se a natureza jur dica condenat ria da decis o prolatada sem se efetivar nova a o com proposta executiva ou seja sem se exigir actio iudicati ao julgado ter amos como con sequ ncia da pr pria atividade jurisdicional a efic cia executiva 19 Assim j se
456. volu o jurisprudencial assentada a inconstitucionalidade do artigo 2 18 da Lei n 8 072 90 HC 82959 SP S O PAULO HABEAS CORPUS Relator a Min MARCO AUR LIO Julgamento 23 02 2006 rg o Julgador Tribunal Pleno Deve ser consignado no entanto que em termos quantitati vos ou seja em quantidade de julgados prevalece no Supremo Tri bunal Federal o entendimento de que a antiga reda o da Lei n 8 072 90 era constitucional Registre se que desde a entrada em vi gor da Lei 8 072 em 1990 o Supremo Tribunal Federal por diversas oportunidades atestou a sua constitucionalidade Nesse sentido ler EMENTA Habeas corpus 2 Processual Penal 3 Crime he diondo 4 Progress o de regime 5 A jurisprud ncia do Supre mo Tribunal Federal reconhece a constitucionalidade do art 2 81 da Lein 8 072 de 1990 Precedentes 6 Entendimento contr rio dos Ministros Sep lveda Pertence e Marco Aur lio Ressalva de uma melhor an lise da mat ria 7 Habeas corpus indeferido HC 82638 SP S O PAULO HABEAS CORPUS Relator a Min SEP LVEDA PERTENCE Relator a p Ac rd o Min GILMAR MENDES Julgamento 19 12 2002 rg o Julgador Tribunal Pleno HABEAS CORPUS LEI DOS CRIMES HEDIONDOS PENA CUMPRIDA NECESSARIAMENTE EM REGIME FECHADO CONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 2 PAR 1 DA LEI 8 072 TR FICO IL CITO DE ENTORPECENTES CONDENA O ONDE O ARTIGO 2 PAR 1 DA LEI 8 072 DOS CRI MES H
457. xonera o da obriga o alimentar Portanto o que autoriza a modifica o do quantum o surgimento de um fato novo que enseje desequil brio do encargo alimentar Essas possibilidades revisionais decorrem exclusivamente da exig ncia de respeito ao princ pio da proporcionalidade Ali s esse o fundamento que permite a altera o a qualquer tempo do valor dos alimentos quer para major los quer para reduzi los quer in clusive para p r fim ao encargo quando n o h mais necessidade do credor ou possibilidade do devedor Mas a obedi ncia a esse crit rio norteador da obriga o alimentar imp e se n o s ap s a fixa o dos alimentos para efeitos revisionais Tal poss vel sempre que houver flagrada afronta a este preceito Deve ser respeitado o prin c pio da proporcionalidade tamb m por ocasi o da fixa o dos ali mentos Desrespeitado tal princ pio necess rio admitir a modifi ca o dos alimentos para ser estabelecido o equil brio exigido pela lei Ora se os alimentos foram fixados sem atentar s reais possibi lidades do alimentante ou s verdadeiras necessidades do alimenta do houve desatendimento ao par metro legal e o uso da via 6 ALIMENTOS Revisional Coisa Julgada material Para que possa cogitar se de alterar o montante dos alimentos impera seja alegado e comprovado tenha ocorrido modifica o no bin mio alimentar Se no entanto o pedido confessadamente de reaprecia o da prova q
458. za o da con duta como infra o penal sendo relevante frisar que ela produzir variados efeitos secund rios e a utiliza o do voc bulo pena no art 12 da Lei n 8 429 1992 n o tem o cond o de alterar a ess ncia dos institutos m xi me quando a similitude com o direito penal meramente se m ntica f a refer ncia a inqu rito policial constante do art 22 da Lei n 8 429 1992 tamb m n o permite a vincula o dos il citos previs tos neste diploma legal esfera penal j que o mesmo dispositivo estabelece a possibilidade de o Minist rio P blico requisitar a ins taura o de processo administrativo e n o exclui a utiliza o do inqu rito civil previsto na Lei n 7 347 85 o que demonstra que cada qual ser utilizado em conformidade com a tica de an lise do il ci to e possibilitar a colheita de provas para a aplica o de distintas san es ao agente g a aplica o das san es elencadas no art 12 da Lei de Improbidade pressup e o ajuizamento de a o civil art 18 possu indo legitimidade ativa ad causam o Minist rio P blico e o ente ao qual esteja vinculado o agente p blico enquanto que as san es penais s o aplicadas em a es de igual natureza tendo legitimida de salvo as exce es constitucionais unicamente o Minist rio P blico Em que pese sua natureza extrapenal a aplica o das san es cominadas na Lei de Improbidade n o raro haver de ser direcionada p
459. zem refer ncia ainda s nulidades de pleno direito que representariam defeitos t o graves que sequer dependeriam de declara o judicial para serem invalidados Contudo essa categoria n o encontra lugar no Direito Moderno ao menos n o no plano da validade como bem observa o conhecido texto do professor Valle Ferreira FERREIRA Jos G do Valle Subs dios para o estudo das nulidades Revista da Faculdade de Direito da UFMG ano XIV n 3 1963 Revista da EMER v 11 n 41 2008 147 a o interesse protegido as nulidades protegeriam o interesse social ou p blico e as anulabilidades buscariam somente o interes se privado das partes que firmaram o neg cio jur dico b legitimidade de arg i o enquanto as nulidades poderiam ser invocadas por qualquer interessado mesmo o Minist rio P bli co as anulabilidades somente poderiam ser arg idas pela parte que firmou o neg cio e que por elas foi prejudicada c atua o jurisdicional as nulidades poderiam ser julgadas e declaradas de of cio pelos magistrados j as anulabilidades somen te poderiam ser analisadas ap s provoca o da parte legitimada para argui las d efic cia da declara o judicial que tratando se de nulida des teria efeitos retroativos e quando de anulabilidades somente a partir da data em que for proferida e convalescimento pelo decurso do tempo tamb m imposs vel nos neg cios eivados de nulidade mas ocorrente naqueles

10 Anos da Revista EMERJ - Tribunal de Justiça do Estado do Rio

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