Home

reabilitação neurocognitiva dos processos atencionais e

1. Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 37 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais fun o articulat ria recupera o lexema ou codifica o fonol gica O fen meno na ponta da l ngua explica uma forma de distinguir palavras com formas id nticas e significados ou categorias gramaticais diferentes Estes est mulos t m lemas diferentes mas o mesmo lexema Por seu turno Dell prop e um modelo semelhante base de Levelt mas com a activa o interactiva Este composto por tr s camadas completamente interactivas tra os sem nticos palavra lemas camada fonol gica activa o do alvo e seus concorrentes em todos os n veis Neste paradigma s o ainda descritos e explicados os erros mistos tra os sem nticos fonol gicos gato rato os quais s o dificilmente explicados pelo modelo de Levelt A dita interac o discreta menos prov vel que a interactiva dado que s permite erros sem nticos Os erros mistos ocorrem ent o devido selec o do lemma tanto para a activa o sem ntica top down como para a fonol gica bottom up Neste sentido a RIA interac o restrita surge da cr tica ao modelo de Levelt n o seria poss vel aceder ao lexema sem o lemma e vice versa se o acesso ao lema fosse um pr requisito para a
2. es ansiosas actua igualmente ao n vel da reabilita o motora avalia o e reabilita o cognitiva no treino de aptid es funcionais em pacientes com disfun es do Sistema Nervoso Central bem como em investiga o Rizzo et al 2004 Em suma o conceito dos serious games centra se na capacidade de recorrer s propriedades caracter sticas dos videojogos tradicionais para fins que n o o de entretenimento Micheal amp Cohen 2006 cit in Gamito Oliveira Morais Rosa amp Saraiva 2007 garantindo deste modo a componente l dica admitida como base da actividade humana em termos sociais e civilizacionais homo ludens segundo Huizinga Huizinga 1971 citin Gamito et al 2007 E uma das preocupa es dos terapeutas foca se sobretudo na quest o do envolvimento e motiva o por parte do paciente os quais representam val ncias garantidas partida quando o mesmo confrontado com um ambiente virtual Weibel et al 2010 De acordo com Ferreira 2009 ambiente virtual diz respeito contexto do videojogo o qual envolve personagens objectos e cen rios realistas de alta defini o Com o desenvolvimento desta t cnica o jogador n o se limita a estar est tico a olhar para o ecr como convidado a transpor o seu corpo para a realidade em causa como sendo uma extens o do espa o virtual para o espa o f sico no qual se encontra o jogador o que acontece com por exemplo a consola lan ada pela Nintendo a Wii Por outro
3. o espec fica ou rede Em suma as fun es executivas envolvem uma variedade de processos independentes e est associado a sistemas neuronais pr frontais complexos com extensas conex es rec procas com a maior parte das regi es do c rebro Os processos executivos n o s o unit rios at porque os LF representam uma grande parte da rea do c rebro pelo que improv vel que toda esta rea tenha uma fun o unit ria Baddeley 1998 Estes processos executivos envolvem liga es entre diferentes regi es do c rebro sendo pouco exclusivos e associados com a fun o frontal A pr tica cl nica mostra que h doentes que podem ter decl nio na FE sem apresentarem les o frontal evidente e por outro lado h doentes com les o frontal e que n o revelam decl nio na FE Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 42 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 2 5 4 As Consequ ncias Emocionais e Comportamentais das Les es Frontais Sucintamente sabido que o lobo frontal do c rtex cerebral controla sobretudo as capacidades motoras aprendidas escrever andar de bicicleta fun es executivas linguagem a explorar na presente redac o e que coordena analogamente as express es faciais Assim uma les o nesta rea pode comprometer a
4. econo azo ea v v v 4 x 24092013 MES y 1 y 1 aie v _ 1121 4 oom CEEE E CO anaa f a o f s S o fosa Enae pp s102 MKS y y 4 4 eorom s S v 1 as i a 4 a f ae E t g EE gy oriento o rato A A A e _ _ SJ A A e e t i j tjl eo L a e e ele iei WHI FE i a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida X Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais SESS O 3 E DATA po a S dh 21 03 2013 19 03 2013 19 03 2013 19 03 2013 09 04 2013 02 05 2013 07 05 2013 28 05 2013 20 06 2013 27 06 2013 27 06 2013 02 07 2013 04 07 2013 18 07 2013 17 09 2013 01 10 2013 01 10 2013 03 10 2013 31 10 2013 AEC 10195 DT Co o E M nessa oo e E ws SS Aal o o a co uw To uy H o B ah dh o S M o gt mlz Hj lt H z R TF E Vile 2 G aja 2 co a H H a to tn La ki nr co co cn cn cm Fat z hd Q m 0 ham z Q z a ah 53 E elelelelelelele e e elelelele e e e is J A A S A S S S S S S S S _ S S S S J
5. es elementares tabuada geralmente aprendidas na inf ncia Se este ltimo mecanismo n o se realizar as regras gerais da opera o est o sempre acess veis h contudo um risco inerente aumento do tempo de resposta e a probabilidade de erro e g se em 3 2 o resultado tabelado for esquecido recordando o princ pio matem tico da soma poder se ia realizar a contagem da opera o de unidade para unidade desde 3 4 5 Partindo do prop sito de que as observa es neuropsicol gicas associam os circuitos anat micos a cada fun o significa neste caso que as reas occipito temporais inferiores de ambos os hemisf rios est o envolvidas no processo de identifica o visual o que d origem forma dos n meros ar bicos neste sentido a rea peris lvica esquerda est envolvida na representa o verbal dos n meros enquanto as reas parietais inferiores de ambos os hemisf rios est o envolvidas na representa o anal gica quantitativa Nos humanos a representa o interna para quantidades num ricas desenvolvem se no primeiro ano de idade servindo de base para aquisi o de capacidades para aprendizagem de s mbolos n meros e realiza o de c lculos Segundo Aebli 1978 a aprendizagem matem tica divide se em quatro fases sendo a primeira respeitante ac o que inclui objectos reais a segunda uma ilustra o simb lica das opera es matem ticas a terceiro transforma o dos s mbolos em n meros e por fim a au
6. exercendo uma influ ncia mpar em diversas fun es cognitivas entre as quais aprendizagem aten o e mem ria De salientar que a diminui o de acetilcolina causa um d fice na aprendizagem e mem ria e a perda de neur nios colin rgicos est intimamente relacionada com a doen a de Alzheimer Por seu turno a noradrenalina segregada pelos neur nios situados no locus coeruleus projectando se para o neoc rtex hipot lamo e cerebelo estando deste modo associada excita o fisica e mental Importa referir que igualmente respons vel por promover estados de humor euf ricos A liberta o de noradrenalina facilita a aten o e alerta durante o dia durante o sono REM os n veis deste neurotransmissor est o reduzidos sendo por isso importante nos processos de aprendizagem e mem ria Como doen as associadas relevam se a depress o ou estados de excita o em demasia ins nia A serotonina produzida nos neur nio seroton rgicos que se encontram nos n cleos de raphe do mesenc falo e tronco cerebral pelo que os neur nios projectam na para o hipot lamo sistema l mbico e neoc rtex A fun o da serotonina t o complexa como a sua distribui o sendo que nos humanos tem sido associada depress o ansiedade comportamento agressivo obesidade e outros dist rbios da alimenta o enxaquecas disfun o sexual e dor cr nica ou seja a serotonina desempenha um papel mpar ao n vel da regula o da aten
7. funcional era o nico m todo dispon vel para o estudo das fun es cerebrais o acesso a t cnicas como a Tomografia Axial Computorizada TAC e a Resson ncia Magn tica RM ambas aquisi es do s culo XX permitiram obter pela primeira vez informa es in vivo e com grande resolu o espacial Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 34 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais A vis o sindrom tica da linguagem apesar de primitiva n o deixa de representar uma compreens o parcial que numa primeira fase de avalia o pode ser til mas que deve ser complementada com outras formas de diagn stico sem perder de vista o facto de que os quadros cl ssicos nem sempre se verificam j que por vezes os sintomas n o s o aqueles que se esperavam As novas t cnicas de imagem estrutural e imagem funcional mostram quadros mais complexos onde a rela o clinico anat mica descrita entre tipo de afasia e les o cerebral mais complexa uma vez que comum ocorrer uma grande sobreposi o de les es 2 4 2 Modelos cognitivos e as reas da compreens o Apesar de d cadas de investiga o tem sido dif cil caracterizar os substractos neuronais implicados no processamento e compreens o da linguagem sendo no entanto de salientar o Modelo d
8. lculo Importa em primeira an lise referir a multiplicidade de processos envolvidos no c lculo sob o ponto de vista neuropsicol gico uma simples opera o aritm tica requer in meros mecanismos neurocognitivos nomeadamente mecanismos de processamento verbal e ou informa o gr fica percep o produ o e reconhecimento da escrita e dos algarismos bem como a representa o alg brica do n mero discrimina o visuo espacial alinhamento de d gitos a mem ria de curto e longo prazo e a sua a manuten o o racioc nio e a aten o Por seu turno h que ter em considera o o modo como a opera o de c lculo feita se mentalmente a informa o num rica e as regras de c lculo exigem que se mantenham armazenadas na mem ria de trabalho ou se a opera o realizada com base em suporte gr fico o papel pode sustentar as fun es da mem ria de trabalho apesar de agir na aritm tica mental A mem ria a longo prazo por sua vez interv m nas fun es deste processo atrav s de dois sistemas um que fornece informa es Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 29 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais acerca das regras gerais de c lculo de uma opera o particular e outro que permite recordar os resultados de opera
9. o que estas estruturas subcorticais desempenha s o da m xima import ncia uma vez que as estruturas corticais delas se abastecem mant m a reciprocidade das conex es Na realidade o hipocampo a porta de entrada para uma rede complexa de operadores que no seu conjunto constituem o sistema limbico Numa primeira inst ncia importa salientar que a mem ria armazenada como uma troca tempor ria de informa o pass vel de ser consolidada e convertida num tra o mn sico de longa dura o A consolida o depende em certa parte do estado emocional sabido que o hipocampo participa no processo de consolida o de alguns tipos de mem ria e que a am gdala poderia modular a consolida o dos tra os de mem ria noutras partes do c rebro sendo que atrav s da interac o destas estruturas que s o definidos diferentes modos de aprendizagem e mem ria Torna se ent o pertinente compreender a anatomia da mem ria para explicar o papel do hipocampo na consolida o O lobo temporal re ne a informa o da mem ria declarativa sendo que o hipocampo armazena mem rias de m dia dura o processo crucial para a consolida o da mem ria ap s a consolida o da mesma estas informa es s o transferidas para outras regi es do c rtex cerebral neoc rtex De referir que as regi es envolvidas s o as CA mais especificamente CA1 CA2 CA3 e CA4 situadas nos cornos de Amon giro para hipocampal c rtex entorrinal e c rtex peri
10. utica Aquando da compara o dos resultados obtidos antes e depois do programa proposto verificaram se valores com signific ncia estat stica com o aumento do score nos dois momentos de avalia o neuropsicol gica MoCA p 012 e WMS p 008 corroborando o estudo de Mendes Barbosa e Reis Mendes Barbosa amp Reis 2013 Contudo devido inacessibilidade s provas integrais de todos os utentes foi imposs vel a an lise dos itens que revelaram altera es significativas de valores o que constitui uma franca limita o ao presente estudo Por m as fragilidades da investiga o n o se cingiram somente situa o acima reportada Estando perante o que seria um estudo de cariz experimental a dimens o e a inexist ncia de um grupo de controlo representam uma restri o generaliza o dos resultados obtidos A amostra reduzida de nove utentes com diagn sticos de AVC isqu mico e hemorr gico constituiu um nico grupo uma vez que n o se verificou uma propor o aceit vel que permitisse uma compara o entre as tipologias do AVC O facto de os utentes pertencerem mesma institui o de reabilita o pode incluir igualmente uma limita o ao estudo na medida em que os resultados observados podem ter sofrido influ ncia das pr ticas ocupacionais da organiza o Neste sentido n o poss vel generalizar de resultados a outros Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci nc
11. CED O E ports RE asomar s s vp i osai a feasa O lala A A ld x a E CT TT R ormsa A a MM MKG C iens i emee ienten C oros a ieza asane PLACARDS caminho para a mercearia 1 a BMW b ICE TEA 2 a OPTIMUS b NIKE 3 a BMW b ICETEA 4 a CONTINENTE b TMN PELE ia tte Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XV Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Anexos Anexo I AVC em Portugal N mero de casos y p A K gt Estat sticas Via Ve ide AVC tu ji i o w E M t a Ps E INEM bd Estat stica N MERO DE CASOS POR ANO e cs a v10 N REGISTOS AVC POR N MERO DE CASOS POR ANO CODU NAC 2013 2006 492 2007 703 2008 1809 2009 2717 2010 2873 2011 2995 2012 3040 2013 2589 Z Totoi 17218 Instituto Nacional de Emerg ncia M dica Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XVI Marta Carvalho Martins Reabilita o Neuroc ognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Anexo II AVC em Portuga 1 Sexo Idade E 4 PB Estat sticas Via Verde AVC INEM a i Estat stica PIR MIDE E
12. Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 14 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais ainda que com as informa es obtidas atrav s do neurofeedback o indiv duo tem meioro para alterar o seu funcionamento e com orienta o terap utica h a possibilidade de condicionar alguns processos fisiol gicos com vista a atingir um funcionamento est vel e saud vel Importa esclarecer que as Neuroci ncias visam o estudo do sistema nervoso procurando compreender os mecanismos f sicos das capacidades psicol gicas sendo o seu objectivo geral identificar d ficits e inter rela es entre os mesmos bem como a avalia o do seu grau de gravidade e determina o da forma como o funcionamento geral do indiv duo afectado correla o entre um d fict espec fico e a neuropatologia Na realidade o termo Neuropsicologia consolidou se na segunda metade do s culo XX sobretudo com os estudos de pacientes c rebro lesados Contudo foi com os casos cl nicos dos soldados mutilados das Grandes Guerras que o avan o foi consideravelmente manifesto Esta ci ncia refere se ent o ao estudo das correla es entre as fun es cognitivas e as suas bases biol gicas sem d vida uma ci ncia de encruzilhada na medida em que re ne o conhecimento de v rias disciplinas cient ficas entre as quais Neuroanatomia
13. Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 53 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais apresentadas pelo monitor do computador ou projectada em tela enquanto que a matriz auditiva emitida por altifalantes Man 2010 De salientar que a imers o pass vel de ser mensurada atrav s do Immersive Tendencies Questionnaire ITQ Witmer amp Singer 1998 Conclui se assim que a RV possibilita o controlo de est mulos e mensura o das respostas comportamentais o que revela ser uma mais valia para a pr tica cl nica na rea da reabilita o uma vez que salvaguarda aspectos que n o s o assegurados pelos m todos tradicionais Schutheis 2001 cit in Man 2010 6 1 3 Estudos Trata se sem d vida de uma disciplina que tem vindo a sofrer um crescimento abrupto na rea da neuroreabilita o Man 2010 A Realidade Virtual tem efectivamente uma componente terap utica comprovada em casos de neglect Tsirlin Dupierrix Chokron Coquillart 2009 avalia o e reabilita o de les es cerebais Rose Brooks Rizzo 2005 reabilita o f sica Doucet 2005 reabilita o de les es medulares Carlozzi Gade Rizzo Tulsky 2012 recupera o da orienta o espacial Kober Wood Hofer Kreuzig Kiefer Neuper 2013 disfun o executiva Dores Carvalho Barbo
14. Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais wn tr wn wn p pt DATA 14 03 2013 12 03 2013 12 03 2013 12 03 201 12 03 201 02 04 201 23 04 201 30 04 2013 ML 21 05201 06 06 201 18 06 2013 25 06 2013 25 06 2013 25 06201 11 07201 18 07201 10 09 201 10 09 2013 19 09 201 19 09 201 26 09 201 01 10 2013 24 10 2013 AM AEC W Z 2 y a m om lw w el Sa tri li ht lt z m as _ w w w L om my R m lw i tri w us e gt E P on C gt S M E m T il _ w w tas SS S a Na M M Q E Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida VIII Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais mo E ar woms a v v among TE e am I AEC v 4 1 jaa032013 NN v x a aowe v x o osoaz av v x 4 Go0s2039 GF v v ozo mi v x 4 eemo O O EAC asos v v v _ Samira a ae mir po o aid esosmsjis 4 4 9 teme sir peso soslar s a v inde foma 4 09 12 5 ener males Pf ea oa asorar v v a ms v 1230 1
15. Psicologia Neurofisiologia Psicometria Neuro Radiologia Psicolingu stica entre outras O desenvolvimento da Neuropsicologia enquanto ci ncia estruturada acentuou se nos ltimos anos devido aos avan os da tecnologia aos progressos das ci ncias cognitivas e das neuroci ncias incluindo o estudo das les es cerebrais e dos circuitos neuronais e pesquisa paralela das t cnicas de imagem electroencefogr ficas EEG PET MRI assim como da psicometria estat stica testes de intelig ncia e desempenho cognitivo De referir que anteriormente a estas t cnicas o mapa neurol gico ia sendo construindo ap s a morte de sujeitos com les o cerebral Por um lado as t cnicas de imageologia permitiram deste modo alterar o rumo da avalia o neuropsicol gica que at ent o somente enfatizava a localiza o passando a dedicar se ao estudo do impacto dessa les o no comportamento por outro as t cnicas funcionais incidiam o estudo em indiv duos sem les o cerebral e na determina o do impacto funcional daquela les o o que permite concluir que a rea cerebral lesada pode afectar funcionalmente outras reas que dependiam desta de salientar ainda a diferen a entre uma t cnica estrutural e funcional enquanto a tomografia axial computorizada TAC estuda Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 15 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Ate
16. Uses of virtual reality for diagnosis rehabilitation and study of unilateral spatial neglect Review and analysis Cyberpsychology and Behavior 12 2 175 181 Wechsler D 2008 WMS III Escala de Mem ria de Wechsler 3 Edi o Manual t cnico Lisboa Cegoc Weibel D Wissmath B Mast F 2010 Immersion in Mediated Environments The Role of Personality Traits Cyberpsychology amp Behavior 13 1 5 Witmer B G amp Singer M J 1998 Measuring presence in virtual environments A presence questionnaire Presence Teleoperators and Virtual Environments 7 225 240 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 16 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Yan Z Xiangshan M Sha 2009 The Virtual Display Study on 3D Panorama in Tourist Areas Take Shilin World Geopark as an Example Jn Proceedings The 2009 International Symposium on Information Processing 229 232 van Zandvoort M J Kessels R P Nys G M de Haan E H Kappelle L J 2005 Early neuropsychological evaluation in patients with ischaemic stroke provides valid information Clinical Neurology and Neurosurgery 107 385 392 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida TI Marta Carva
17. altera o da compreens o e ou formula o da linguagem secund ria a uma disfun o de regi es cerebrais espec ficas respons veis por esta fun o cognitiva As les es que provocam afasia localizam se habitualmente no hemisf rio esquerdo e podem afectar de forma diferenciada os diversos constituintes funcionais da linguagem a morfologia da Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 32 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais palavra nomeadamente os fonemas unidade da palavra no discurso oral ou os morfemas base da palavra escrita o l xico colec o de palavras que tem um significado e a sintaxe estrutura gramatical Geralmente mais do que um destes processos est comprometido e das diferentes combina es surgem os diferentes tipos de afasia Franz Gall postou que a linguagem residia nos lobos frontais por detr s das rbitas e que os indiv duos com globos oculares mais protusos eram possuidores de maiores capacidades Das grandes descobertas da segunda metade deste s culo destacam se a identifica o das reas de Broca e de Wernicke como reas essenciais do processamento da linguagem a defini o e caracteriza o da afasia e a rela o entre a linguagem e a domin ncia manual e assim a sua localiza o na maioria
18. como consequ ncia de les es cerebrais de natureza degenerativa ou adquirida Neste sentido entende se por Reabilita o Neurocognitiva o conjunto de processos terap uticos de estimula o sensorial aplicados a indiv duos nos quais tenham sido registadas altera es cognitivas Na realidade trata se de uma disciplina que visa minimizar os efeitos das fun es cognitivas danificadas em termos f sicos psicol gicos e sociais por meio de diversas t cnicas e estrat gias promovendo o desempenho de actividades din micas com fim readapta o do indiv duo no seu meio ambiente Os processos terap uticos que visam a recupera o das referidas fun es cognitivas denominam se ent o de processos de reabilita o cognitiva Numa primeira inst ncia selecciona se uma bateria de testes como ferramenta de despiste das capacidades e avalia o das compet ncias cognitivas intactas Ap s a aprecia o dos dados obtidos na avalia o neuropsicol gica delineado um programa de reabilita o o qual visa a recupera o das fun es cognitivas afectadas Por sua vez no final do processo de reabilita o neurocognitiva realiza se uma avalia o dos resultados obtidos com fim a analisar a efic cia Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 46 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral co
19. das Neuroci ncias A corrente frenol gica baseou se numa s rie de observa es emp ricas as quais consistiam na compara o de cr nios de indiv duos com defici ncia mental e de ilustres homens Contudo a frenologia revelou fragilidades nomeadamente ao n vel do pressuposto da exist ncia de um paralelismo entre o c rebro e o cr nio dos conceitos operacionais das fun es mentais estudadas f auto estima moralidade e da no o que determinava que fun es mentais independentes estariam localizadas em regi es distintas do c rebro Caldas 2000 Ainda assim foi claro o seu contributo para as Neuroci ncias uma vez que assumiu uma posi o n o dualista e permitiu o ensaio da localiza o de reas cerebrais espec ficas com os comportamentos Mais tarde viria Flourens a refutar os ideais postulados por Gall privilegiando a quest o da plasticidade do tecido nervoso ao relacionar o cerebelo com a motricidade o bulbo com a respira o e o c rebro com a intelig ncia e a percep o atrav s de experi ncias animais Todavia devido inspira o cartesiana da poca Flourens havia afirmado que o funcionamento da mente subordinava se ao total da massa cerebral e n o da localiza o espec fica como outrora Gall havia declarado Caldas 2000 Caldas 2000 postula H Jackson noutra ptica com a concep o de que o sistema nervoso seria hierarquizado funcionalmente isto a cada parte equivaleria um determinado n
20. dos indiv duos ao hemisf rio esquerdo Os estudos de Paul Broca mostraram a rela o entre o lobo frontal esquerdo e a linguagem Em 1865 Broca associou o hemisferio esquerdo produ o da fala e ideia de domin ncia manual Inicialmente Broca descreve a s ndroma de afasia motora como resultante de les es nas partes posteriores da terceira circunvala o frontal esquerda supondo que essa rea seria o centro das imagens motoras das palavras Em 1874 Wernicke descrevia a rela o causal entre a les o na primeira circunvala o temporal esquerda e uma das formas clinicas da afasia a afasia sensorial Wernicke atribui o nome afasia sensorial para contrastar com o conceito de afasia motora que foi descrito por Broca Na afasia motora os sujeitos falariam pouco mas compreenderiam a linguagem enquanto que na afasia sensorial a fala est preservada mas a sua linguagem inapropriada e a compreens o da linguagem dos outros est prejudicada Wernicke considerou ainda a possibilidade de uma les o afectar as fibras associativas que conectam a primeira circunvala o temporal terceira circunvala o frontal no hemisf rio esquerdo postulando assim a exist ncia de um tipo de afasial no qual o paciente compreenderia a linguagem de outros e teria a capacidade de produ o apesar do disturbio severo na repeti o afasia de condu o Propunha se assim um esquema b sico da organiza o da linguagem ainda hoje considerado a r
21. formatos Enquanto entrevista cl nica o prop sito centra se na compila o dos dados acerca da hist ria cl nica e pessoal do sujeito sem descurar da observa o e da rela o interpessoal com o doente de modo a reunir informa es acerca da sua orienta o pessoal espacial e temporal do seu n vel de consci ncia do seu discurso bem como do seu n vel de consci ncia e aten o Por seu turno enquanto exame mental a Avalia o Neuropsicol gica consiste na aplica o de question rios escalas e provas com fim an lise qualitativa e quantitativa dos resultados para conclu es informa es ou recomenda es cl nicas Sim es 1997 Na realidade este tipo de avalia o recorre a um conjunto diversificado de testes os quais permitem a explora o das dimens es psicol gicas fundamentais A selec o de testes realizada considerando os problemas neurol gicos o comportamento e essencialmente a natureza das queixas do utente Sim es 1997 Entenda se que as provas neuropsicol gicas s o tamb m aplicadas com o prop sito de diferenciar sujeitos com e sem les o cerebral assim como o de permitir a localiza o e a lateraliza o da les o e identificar reas como o funcionamento intacto ou com d fice De salientar que os dados neuropsicol gicos podem indicar disfun o em certos sistemas neurol gicas mesmo quando outros procedimentos n o conseguem identificar reas espec ficas para o d fice Universidad
22. instala es do departamento de Psicologia do CMRA A recolha da amostra ocorreu durante todas as ter as e quintas entre 12 de Mar o de 2013 e 31 de Outubro de 2013 com excep o do m s de Agosto Foram efectuadas 38 sess es de avalia o 216 sess es de reabilita o cognitiva e 22 reavalia es neuropsicol gicas por de forma a monitorizar o impacto do plano no funcionamento cognitivo dos sujeitos De salientar que numa primeira inst ncia aquando da admiss o ao Centro os sujeitos s o encaminhados para uma primeira consulta de Psicologia decorrida no Servi o de Reabilita o de Adultos 1 feita uma primeira avalia o neuropsicol gica com fim a determinar as altera es cognitivas que por sua vez permite a elabora o de um programa individualizado de reabilita o Em termos gerais a bateria de provas neuropsicol gicas aplicada consiste essencialmente em testes que sondam o rendimento intelectual geral as capacidades motoras e perceptivas velocidade de processamento da informa o aten o mem ria capacidade de aprendizagem e resolu o de problemas atrav s de uma bateria de provas aplicada pelo Servi o de Reabilita o de Adultos 1 Somente numa segunda fase de acordo com as capacidades e limita es de cada utente e ap s a aprecia o da referida avalia o e do relat rio m dico que poder o ter indica o para ingressar num plano de reabilita o cognitiva com recurso Realidade Virtual I
23. lulas nervosas altamente diferenciadas neop lio capazes de produzir uma linguagem simb lica permitindo assim ao Homem desempenhar tarefas intelectuais como leitura escrita e c lculo matem tico Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 44 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 3 Avalia o Neuropsicol gica e Reabilita o Neurocognitiva 3 1 mbito da Avali o Neuropsicol gica No mbito da Reabilita o Neurocognitiva a Avalia o Neuropsicol gica tem como finalidade a descri o detalhada das altera es cognitivas emocionais e comportamentais dos sujeitos que tenham sofrido algum tipo de les o cerebral Contudo redutor assumir que a pertin ncia da Avalia o Neuropsicol gica se cinge an lise das bases biol gicas dos fen menos psicol gicos e comportamentais A elabora o de um plano de reabilita o individualizado ou a possibilidade de prever progn sticos neuropsicol gicos em neurocirurgias incluem se igualmente nos objectivos da pr tica da Avalia o Parafraseando Barroso amp Junqu 1995 a investiga o a interven o cl nica e a reabilita o s o resumidamente as reas nas quais a Avalia o Neuropsicol gica assume um papel activo A Avalia o Neuropsicol gica apresenta se sob dois
24. nas avalia es neuropsicol gicas quer em regime de internamento ou ambulat rio como tamb m em avalia es breves na enfermaria De salientar que o MMSE n o fora descartado das provas neuropsicol gicas aplicadas sendo utilizada apenas em casos que o exijam nomeadamente de dem ncia 7 3 Procedimento O presente trabalho de investiga o teve lugar no Centro de Medicina de Reabilita o de Alcoit o no departamento de Psicologia Foi ent o a preocupa o em atender a casos de reabilita o cognitiva a v timas de AVC s com recurso a novas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 60 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais ferramentas tecnol gicas que serviu de mote ao desenvolvimento de um estudo desta natureza No primeiro contacto com os participantes foi apresentada a pertin ncia da terap utica bem como os objectivos das sess es dado que se trata de uma t cnica ainda pouco conhecida Todavia n o foi questionado o cariz da participa o no estudo dado que as sess es de reabilita o cognitiva por RV est o inseridas no programa de reabilita o do sujeito enquanto utente do CMRA Ap s todos os esclarecimentos precedeu se recolha da amostra no decorrer do programa de internamento e consultas externas dos utentes nas
25. o planeamento de tarefas inibi o de interfer ncia etc Como tem vindo a ser recorrente na rea das Neuroci ncias tamb m parte dos princ pios das FE resultam do estudo de doentes com les es no lobo frontal LF A pr tica cl nica demonstra que h doentes que podem ter decl nio na FE sem apresentarem les o frontal evidente e por outro lado h doentes com les o frontal e que n o revelam decl nio na FE A pesquisa na rea das fun es executivas assenta as suas ra zes no estudo de doentes com les es no lobo frontal LF Em tempos as FE eram associadas ao c rtex pr frontal CPF o que abarca todas as regi es dos lobos frontais que est o localizadas na zona anterior do cort x motor e pr motor bem como na rea suplementar motora Contudo o CPF pode ser dividido em tr s grandes regi es CPF dorsolateral base da mem ria de trabalho e fonte da selec o de respostas poss veis e supress o das inadequadas Fuster 2000 CPF medial inclui a circunvolu o cigulada anterior relacionado com o substrato da aten o sustentada da selec o de resposta e motiva o Bush et al 1999 e detec o de conflitos e monitoriza o de erros tarefas de flu ncia verbal fonol gica CPF ventral ou inferior que pode ser dividido em orbitofrontal e ventromedial descrito como sendo o suporte da inibi o adequa o social e sensibilidade recompensa e castigo Tremblay amp Schultz 2000 Lezak amp Howieson 20
26. o de objetos e a an lise das suas qualidades representa o perceptual e a via dorsal occ pito parietal a qual inclui o lobo parietal posterior e est envolvida na aprecia o das rela es espaciais entre objectos bem como nos desempenhos motores que dependem da percep o visual Estas vias ventral e dorsal s o consideradas respectivamente como vias de processamento de o qu e de onde Ambas as regi es cerebrais envolvidas fazem parte do sistema atencional cortical Posner 2001 prop s que a via dorsal seria parte de um sistema atencional posterior que alimentaria com suas representa es espaciais o lobo frontal Este por sua vez faria parte de um sistema atencional anterior envolvido na escolha das ac es adequadas Han et al Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 17 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 2004 dedicaram se ao estudo da fun o do c rtex parietal na rede neural da aten o e conclu ram que o c rtex parietal actua na modula o atencional de respostas neurais do c rtex visual e contribui para o engajamento do c rtex frontal no controle da aten o volunt ria Segundo Posner e Fan 2001 a orienta o visual segue uma ordem de acontecimentos primeiro h o desprendimento do foco de ate
27. o e dos n veis de vig lia bem como de outras fun es nervosas superiores Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 20 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais J a adrenalina produzida pelos neur nios adren rgicos na forma o reticular do tronco encef lico sendo um neurotransmissor excitat rio o aumento de adrenalina est associado ao stress agressividade e estados de mau humor Enquanto que a dopamina produzida nos neur nios dopamin rgicos da subst ncia negra do mesenc falo e projecta se para o c rtex pr frontal e o estriado ventral As projec es mais densas de dopamina v o para o c rtex motor prim rio O papel da dopamina no c rebro est relacionado com o comportamento motor e a ac o controlando n veis de estimula o e controlo motor Tem como doen as associadas comportamentos aditivos esquizofrenia e doen a de Parkinson 2 1 4 Modelos de Aten o Selectiva A aten o focada ou selectiva utilizada quando pretendido responder a um est mulo entre v rios apresentados simultaneamente s Neuroci ncias interessa compreender a que mecanismos o ser humano recorre quando s o processados melhor alguns est mulos em detrimento de outros Destacam se dois tipos de modelos que de forma evolutiva proc
28. reconhecimento de palavras e as interconex es dessa estrutura Assim a leitura em voz alta de um sistema de Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 35 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais escrita alfab tico pode ocorrer pelo menos de duas maneiras processo visual directo Rota Lexical ou atrav s de um processo envolvendo media o fonol gica Rota Fonol gica Recebendo assim consequentemente o nome de Modelos de Leitura de Dupla Rota Ellis 1995 Hillis amp Caramazza 1992 Ambas as rotas de leitura se iniciam com o sistema de an lise visual que tem as fun es de identificar as letras do alfabeto a posi o de cada letra na palavra e agrup las A Rota Fonol gica utiliza o processo de convers o grafema fonema envolvendo a procura de pron ncias para palavras n o familiares e pseudo palavras formadas por uma combina o de fonemas ou grafemas que n o existem no l xico de uma l ngua de uma forma serial traduzindo letras ou grupos de letras em fonemas atrav s da aplica o de regras As representa es fon micas armazenadas ativam as formas fonol gicas das palavras que por sua vez levam ativa o das representa es sem nticas e ortogr ficas correspondentes O fonema o menor elemento constitutivo da cad
29. recupera o espont nea ou outras vari veis externas Lomber amp Eggermont 2006 sabido que uma interven o precoce tem os seus benef cios no entanto diversas altera es corticais poder o ocorrer a fim do sistema se adaptar les o cerebral principalmente se decorrer durante a fase do periodo cr tico a neuroplasticidade observada em casos de les es do sistema nervoso pass vel de substituir uma regi o sensorial por outra de transferir uma fun o para outra rea cerebral de expandir os mapas corticais de acordo com o seu uso ou de assegurar o processamento alternativo entre o sistema afectado e outros que se mant m sadios Lomber amp Eggermont 2006 Note se que apesar da popula o que passou pelo gabinete de RV n o constituir uma amostra significativa para generalizar qualquer tipo de conclus o verificaram se melhorias ao n vel das fun es cognitivas ap s o programa de reabilita o cognitiva E t o importante quanto os dados estat sticos devem ser as opini es dos utentes que experienciaram as aplica es em RV a maioria tinha contacto com o computador antes da les o outros nem conhecimento tinham quanto ao funcionamento do mesmo e em certos casos n o havia empatia sequer pela tecnologia contudo a opini o foi un nime a RV deveria ser inclu do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 67 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neuro
30. se ent o assumir que a rea supramencionada ser respons vel pela motricidade dos m sculos faciais l ngua faringe e laringe controlada pelos nervos cranianos sensitivos ou aferentes que se originam nos neur nios situados na periferia dos rg os dos sentidos ou fora do enc falo agrupados de modo a formar g nglios sendo eles o trig meo facial hipoglosso e acess rio significa que os actos motores de fona o s o organizados pela rea de Broca c rtex pr motor que controla por sua vez o c rtex motor associado a musculatura dos rg os fonoarticulat rios OFAS Portanto o papel da rea de Broca ser organizar os actos motores para produzir distintos fonemas que constituem as palavras de uma frase Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 43 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Importa esclarecer que as reas envolvidas na linguagem de um adulto podem n o ser coincidir com as da crian a havendo ainda a hip tese de que existem zonas no c rebro que sejam utilizadas apenas durante o per odo de desenvolvimento da linguagem Vejamos A rea de Wernicke situada no lobo temporal reconhece o padr o de sinais auditivos e interpreta os at obter conceitos ou pensamentos activando um grupo distinto de neur nios par
31. se o sangue se propagar pelo espa o entre o c rebro e a membrana aracn ide em causa est uma hemorragia subaracn idea Habib 2000 O AVC isqu mico pode ser definido termos latos como sendo o fen meno inverso ao AVC hemorr gico Este causado por um co gulo sangu neo localizado o qual leva interrup o do fornecimento do oxig nio e dos nutrientes ao territ rio cerebral afectando por conseguinte os processos metab licos da rea envolvida Habib 2000 Caso esta priva o seja inferior a 24h est se perante um Acidente Isqu mico Transit rio AIT e a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 50 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais les o poder ser revers vel contudo se a isquemia perdurar para al m desse per odo as disfun es poder se o tornar definitivas e irrevers veis Habib 2000 Conforme supramencionado a determina o do tipo e subtipo do AVC em causa est directamente relacionado com o mecanismo que o despoletou Neste sentido quando o referido co gulo neste caso o trombo formado por aglomerados de plaquetas entre outras subst ncias presentes no sangue se instala no interior das art rias cerebrais e bloqueia a corrente sangu nea o AVC resultante do tipo tromb tico J o AVC isqu mico emb
32. sticos do INEM 2013 indicam que entre 2005 e 2012 o n mero de casos registados tem vindo a aumentar consideravelmente de 492 para 3040 respectivamente Anexo I No ano transacto no que respeita faixa et ria dos 40 75 anos foram registados mais casos em homens do em que as mulheres sendo que a partir dos 75 anos de idade a situa o inverteu se Anexo II De salientar que os casos registados t m vindo a diminuir n o s pela crescente sensibiliza o popula o atrav s das in meras campanhas de controlo da press o arterial como pela pr pria pol tica de redu o do consumo do tabaco Contudo devido ao envelhecimento da popula o portuguesa estima se os casos aumentem constituindo a terceira causa de morte mais comum seguida da doen a arterial coron ria e neoplasias 4 3 Tipos de AVC Torna se pertinente esclarecer os tipos de AVC na medida em que o mecanismo que o despoletou n o s determina a sua nomenclatura como as suas repercuss es divergem de tipo para tipo Importa referir que a classifica o dos subtipos de AVC difere de autor para autor no entanto a seguinte abordagem parece ser unanimemente aceite Definem se ent o dois tipos de AVC os quais se subdividem Quadro 1 No AVC hemorr gico ocorre um derrame causado pela ruptura dos vasos sangu neos que oxigenam o cora o Almeida 2000 Uma vez derramada no interior do c rebro a hemorragia denominada por hemorragia intracerebral por seu turno
33. tarefas que viriam a ser contempladas no ambiente virtual e do seu grau de dificuldade n o seria poss vel criar um plano de reabilita o adequado ao treino e estimula o das fun es cognitivas lesadas E sem a aprecia o do tratamento junto do doente perder se iam informa es determinantes que poderiam comprometer a auto avalia o do seu desempenho o feedback acerca do plano realizado e as dificuldades sentidas s o dados cruciais para o terapeuta equacionar em planos de reabilita o futuros Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 68 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 11 Conclus o Nas ltimas d cadas tem se assistido prolifera o dos ambientes virtuais em reas que n o a do entretenimento sendo que a Medicina e a Educa o t m sido os dom nios que mais os solicitam Mais recentemente a Reabilita o encontrou um potencial at ent o desconhecido no que respeita avalia o e recupera o dos d fices adquiridos em les es cerebrais Partindo do pressuposto que a t nica da reabilita o incide no maior contributo que se pode proporcionar recupera o do indiv duo lesado por um traumatismo ou patologia torna se pertinente constituir uma equipa multidisciplinar na medida em que o papel a dese
34. vm ee sme Oy eae omeno ao LEE e A lt a Jell t ae ae RED E RR RR 26207 amaa 4 at ororo mn O407mn IL v v a ias Si woman s s x eto wmon as oo E E PF sion oo ui S sorasa v v s v _ emmo amono 2205 OOO eromena s s a S A comigo omone saga o o os sino onoo ora faoto201fem v s v v emmo ammon o1 oO CE E O E omae v v v v amoo omiaa 12459 amina EEE dlelelelelel ele i A A eee a lk a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XII Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais ova over S SE oem EE ome mms ipi a o emana Ns gt gt ezaman v v o o ps tos SSS esaer ts E E oO asama y v 4 v o 13275 aerae asom s s s 1 0734 6 icons mseirquentapesaopeocao CTE eNe fossa TT sosm s s v lt ox 28395 ami O ormo r o o o o oar aeree CEEE TO ES es y y y y y y i 2 A S _ A e dale Ade elejet asas II Ce a EERE Goorman v x a v v_ 08342 amem asos2019 CA v osz Oo o Erama pn SA ESTE ET E E E aroem s x 1 05052 Ju na TT aroma vs a oro jonno CS RC 0921 7 sensors o i t HEHEH lt A
35. 04 asseguram que as fun es do CPF propagam se aos dois hemisf rios associando o CPF esquerdo iniciativa e ao processamento da informa o verbal ou concreta e o CPF direito inibi o de respostas e ao processamento da informa o visuo espacial abstracta ou conotativa e com a no o de conjunto hoje sabido que o CPF n o a nica rea do c rebro envolvida nas FE uma vez que est o envolvidos uma rede de conex es dos LF com outras reas cerebrais dado que a maioria dos processos inerentes s FE dependem da integridade de redes neurais complexas ao inv s de uma nica regi o do lobo frontal Exemplo disto a no o de que a mem ria de trabalho n o est depende somente do CPF dorsolateral mas tamb m de partes do lobo Parietal a capacidade de iniciativa est associada n o s ao c rtex pr frontal medial e ventral esquerdos mas tamb m dos n cleos da base e do t lamo enquanto que a capacidade de aten o est limitada n o s ao papel do CPF medial mas tamb m da integridade de outras regi es do hemisf rio direito e do t lamo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 41 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 2 5 3 As Fun es Executivas e a Memoria de Trabalho Segundo Baddeley 2002 a mem ria de trabalho de
36. 2001 Aspectos complexos da aten o como a capacidade de seguir sequ ncias ordenadas de pensamentos dependem fundamentalmente da rea pr frontal Machado 2003 Importa referir que les es no c rtex parietal posterior especialmente do hemisf rio direito resultam em neglig ncia para est mulos sensoriais ocorrendo do lado contralateral do espa o Ap s algumas semanas a hemineglig ncia desaparece mas ainda ocorre uma tend ncia de ignorar os est mulos neste lado quando s o apresentados simultaneamente est mulos no lado normal o que conhecido com extin o Em tarefas em que a aten o orientada previamente para um lado do espa o e o alvo visual aparece deste lado ou do lado Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 18 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais oposto observa se um comprometimento evidente da resposta apenas quando o lado ipsolesional compete com o lado contralesional pela aten o Assim quando a aten o orientada para o lado negligente e o alvo aparece deste lado o paciente responde rapidamente mas quando a aten o orientada para o lado inacto e o alvo aparece do lado negligente o paciente responde lentamente A aten o autom tica parece ser mais afetada que a volunt ria pela les o do c rtex parie
37. 5 N 5 E Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida X Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais SESS O 4 o rea amen remo om ras Meme dO NE JE 1 MS CEEE TES e yr mm Ps es pe E ___ ai ae Ce a v s f e oa L eee ae aioe av om Dee ms ae ai rose v v wara ume us ps annes e E ee eee eee eee ee E a ui ui o05203 mr sm ure rons 4 CALE A a O O Cr ozori v mese ase us v osoTanajar ema fiene sss omanje E a A sorma y ene nas amem 4 y asoca S lt wasa use sos CAC a a e ea E E nae C at a osoase o x nee ume yh aroma 3 v woe un vo SJ N S S _ S _ S _ dale if L als Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XI Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais SESS O 5 pata uem GE fg omic acme seems peoos o emma v sis a EE E O O TT 26 05 2013 NN s s v v camino nove cami vaio 1435 6 esep ses sm fee Gsosmsjav s v v v anmone camatonovo_ 13437 perene rcamtosmm o smer
38. A j A lala HY Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XIII Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais SESS O 7 NTE lavar os Tomar EH oes Si GO e DS sos i O E ooz av v va v v x 1833 aeaa y y y y eo L L Ade EE ep esosonjor v fv pv vv rfos TT ices JUL EL a ts abs atk aie 8 E Pa ps E a OO 0 Dos ps i os Saas Dos os fosse ER E E DC O O A A ENT E O es tozonjmks v ufa uv fo os vue e t AC APA _ A a ie A Goran ES E N E a a a FEFEFE J Mp S L ala e E a amis a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XIV Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais SESS O 8 a Lui E ea o cea ae arms sta a s Ts fas a forms famosas ox0420iJazc v v x x 1360 4 fiss o entet eaer v v x x 9 10283 4 isha base atom mean a o encena jo2 osa0iyfav v vw x x ow isso takai Yaaetn anita enconiiooms EEE a ia CE y y A _ dalee ehell Ce A ea a aa aa
39. MARTA FILIPA DE CARVALHO MARTINS REABILITACAO NEUROCOGNITIVA DOS PROCESSOS ATENCIONAIS E MNESICOS EM CASOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL COM UTILIZACAO DE AMBIENTES VIRTUAIS Orientador Pedro Gamito Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Lisboa 2013 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais MARTA FILIPA DE CARVALHO MARTINS REABILITACAO NEUROCOGNITIVA DOS PROCESSOS ATENCIONAIS E MNESICOS EM CASOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL COM UTILIZACAO DE AMBIENTES VIRTUAIS Disserta o apresentada para obten o do Grau de Mestre em Ciberterapia e Reabilita o Neurocognitiva no Curso de Mestrado de Ciberterapia e Reabilita o Neurocognitiva conferido pela Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Orientador Professor Doutor Pedro Gamito Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Lisboa 2013 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 2 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Dedicat ria Dedico esta disserta o a todos aqueles que fizeram parte deste processo aos que me ensinar
40. T RIA SEXO IDADE nac y pisno ly 2013 v N REGISTOS AVC POR PIR MIDE ET RIA SEXO E IDADE Distribui o B ra Masculino Feminino menos 20 2 2 menos 20 20 24 2 20 24 25 29 1 25 29 20 34 F 19 25 39 18 25 Soria 40 44 39 as 35 39 45 49 52 57 40 44 50 54 oF 66 45 49 55 59 127 73 s0 64 43 93 50 54 65 69 169 112 55 59 70 74 230 158 60 64 75 79 282 255 mais 80 181 209 SEP 70 74 75 79 mais 80 a a e Iv CODU NAC 2013 f2 k l1 Is mo Ea izs Ra 38 a lt 2 is7 a 66 SS 3 N 3 E 112 58 82 55 N 3 309 o en 16n vam kidal Instituto Nacional de Emerg ncia M dica Universidade Lus fona de Humanidades XVII e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Anexo III Exemplo teste MoCA Desenhar om REL GIO Coplor o F onze horas a Gaz 3 pomosi D sijalo devo temo com o m a ine mess caso voy que jar culo o iate sr Feacmna eit dab annie ents nA ta 56 aA APER E 1 AA DA Bd at Lele s mesulncia de onerose O wofehe dove repari a coqu ncia om sentido directo I mimere par segun O malate dewe repetir a sequ ncia am sentido inverno A rr QUE acy Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de P
41. a Vida 38 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais As fun es do CPF podem tamb m ser consideradas em fun o dos dois hemisf rios O CPF esquerdo encontra se associado iniciativa bem como ao processamento da informa o verbal concreta ou orientada p ara um objectivo e o CPF direito est relacionado com a inibi o de respostas assim como com o processamento da informa o visuo espacial abstracta ou conotativa e com a no o de conjunto Sabe se actualmente que o CPF n o a nica rea do c rebro envolvida nas FE Devido ao elevado n mero de conex es dos LF com outras reas cerebrais a maioria dos processos inerentes s FE dependem da integridade de redes neurais complexas ao inv s de uma nica regi o do lobo frontal Alguns exemplos deste facto s o a mem ria de trabalho que depende n o s do CPF dorsolateral mas tamb m de partes do lobo Parietal a capacidade de iniciativa que depende n o s dos c rtices pr frontal medial e ventral esquerdos mas tamb m dos n cleos da base e do t lamo a capacidade de aten o sustentada que est dependente n o s do CPF medial mas tamb m da integridade de muitas regi es do hemisf rio direito e do t lamo 2 5 2 Fun es de controlo manuten o e manipula o da informa o Muitas s o as defini es descritas na literatur
42. a circunvolu o angular esquerda possui um papel fundamental para o desempenho do c lculo recorramos ao caso H P em que uma les o sub angular provocou dificuldades de discurso serial digit spam escrita c lculo e representa es num ricas Deste modo conclui se que existe uma grande rede neuronal relacionada com a capacidade aritm tica na qual est o implicadas estruturas corticais e subcorticais a n vel parietal temporal frontal e n cleos da base com predom nio para o hemisf rio dominante Roland e Friberg atrav s de estudos do fluxo sangu neo durante a execu o de c lculos matem ticos demonstram que as reas parietais e o c rtex pr frontal s o activados neste processo corroborando assim o que mencionado anteriormente Roland amp Friberg 1985 2 3 2 Os principais modelos explicativos do c lculo Os n meros fazem parte do quotidiano e s o usados para quantificar posicionar e identificar objectos A capacidade de c lculo envolve assim uma s rie de processos cognitivos complexos a estimativa de quantidades o conhecimento dos n meros e dos s mbolos das opera es aritm ticas factos aritm ticos procedimentos das v rias opera es aritm ticas e ainda a mem ria de trabalho A representa o neuronal da informa o contida num n mero envolve uma extensa rede neuronal sendo mais proeminente a activa o do c rtex parietal posterior e do c rtex pr frontal Existem dois modelos recentes qu
43. a com fim a compreender os processos executivos e reduzidas as que os esclarecem na sua ess ncia Baddeley assume que se tratam de processos complexos utilizados com fim a resolver da melhor forma situa es que requeiram diversos processos cognitivos em simult neo por seu turno Shallice 1990 postula que na realidade n o s o usadas no seu potencial m ximo nas actividades de rotina na medida em que quando se confrontado com eventos inesperados e complexos s o desenvolvidas novas estrat gias j Burgess amp Shallice 1997 preconizam que se trata de um sistema que actua como que supervis o na hierarquia global dos processos mentais parte da mat ria das defini es poder se assumir em termos latos que s o a base de muitas compet ncias cognitivas emocionais e sociais Outrora acreditava se que as FE somente eram activadas quando confrontados c eventos novas e complexos uma vez que requerem a inibi o do comportamento e a formula o de novos planos e estrat gias Por outro lado qd em causa est o tarefas simples ou rotineiras essa activa o n o se verificaria Shallice 1990 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 39 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Apesar de n o se tratar dl processo cognitivo unit rio sab
44. a diferentes sinais Os neur nios s o assim activados em simult neo na por o inferior do lobo temporal os quais formam uma imagem do que se ouviu e outros no lobo parietal que armazenam conceitos relacionados Neste sentido a rede neuronal envolvida forma uma complexa central de processamento mas para verbalizar um pensamento ocorre o inverso Numa primeira fase activada uma representa o interna do assunto que canalizada para a rea de Broca na por o inferior do lobo frontal e convertida nos padr es de activa o neuronal necess rios produ o da fala Tamb m est o envolvidas na linguagem reas de controlo motor e as respons veis pela mem ria Em suma entenda se que na superf cie medial do c rebro dos mam feros situa se o sistema l mbico o qual surgiu com o aparecimento dos mam feros inferiores No fundo trata se de estrutura que comanda determinados comportamentos vitais de todos os mam feros criando e modulando igualmente fun es mais espec ficas as quais permitem ao animal distinguir o que lhe agrada ou desagrada Neste sentido emo es e sentimentos como a ira paix o amor dio alegria e tristeza s o cria es mam feras originadas no dito sistema sua responsabilidade acrescentam se ainda aspectos da identidade pessoal e importantes fun es ligadas mem ria E com a emerg ncia dos mam feros superiores a unidade cerebral desenvolveu se de tal modo resultando numa rede complexa de c
45. a esclarecer o fen meno da compreens o uma vez que implica o tratamento de informa o em diversas reas cerebrais processamento cognitivo reduzido quando o objecto se apresenta o mais real poss vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 11 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Actualmente a Realidade Virtual RV baseada nos Serious Games tem uma aplicabilidade promissora uma vez que permite uma experi ncia mais imersiva e uma abordagem mais realista por replicar quase na perfei o qualquer tipo de cen rio Em determinadas situa es psicoterap uticas o factor novidade que estas aplica es conferem pode facilitar o processo do tratamento Uma das caracter sticas mais importantes da RV centra se na simula o interactiva A interactividade sensorial combinada com o ambiente virtual criado para um fim espec fico garante que os objectivos da exposi o s o atingidos de um modo mais f cil e controlado do que com o m todo de imagina o Reid 2000 O impacto da realidade virtual baseada nos SG s medido atrav s da efic cia comprovada no tratamento de fobias ansiedade PTSD treino de inocula o de stress dor e adi es droga e alcool Gamito et al 2010 E no que se refere especificamente reabilita o da
46. am a sonhar e a concretizar os meus sonhos aos que me apoiaram quando j n o tinha for as e sobretudo aos que me mostraram que n o h imposs veis quando n o acreditamos em n s pr prios Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 3 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Agradecimentos E porque um trabalho muito mais que a dedica o e esfor o de uma pessoa quero aqui expressar o meu agradecimento a todos os que contribuiram directa ou indirectamente na minha vida e que tornaram poss vel a realiza o desta disserta o minha fam lia por serem o que s o pelo carinho incondicional e por todo o apoio emocional e financeiro Ao meu namorado por por ter acreditado em mim e nunca ter deixado que eu desistisse Catarina In s Bia e Ana Lu sa pela paci ncia e por terem estado quando sempre precisei Ao Professor Diogo Morais por todo o carinho apoio e conselhos que me deu longo desta caminhada N o seria f cil sem a sua disponibilidade Dra Elisabete Calisto e ao Dr Jos Pacheco pela recep o acompanhamento e ensinamentos na minha passagem pelo Centro de Medicina de Reabilita o de Alcoit o E por fim mas n o menos importante ao meu orientador Professor Pedro Gamito por ter confiado e apostado em m
47. aum Associates Inc Levelt W 1989 Speaking From Intention to Articulation Cambridge Massachusetts The MIT Press Lezak M Howieson D amp Loring D W 2004 Neuropsychological Assessment Oxford University Press Linden D 2006 How Psychotherapy Changes the Brain The Contribution of Functional Neuroimaging Mol Psychiatry 528 38 Man D 2010 Common Issues of Virtual Reality in Neuro Rehabilitation Virtual Reality Prof Jae Jin Kim Ed Available from http www intechopen com books virtual reality common issues of virtual reality in neuro rehabilitation Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 73 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Martin A amp Chao L L 2001 Semantic Memory and the Brain Structure and Processes Current Opinion in Neurobiology 11 194 201 Massano J 2009 Traumatismos Cr nio Encef licos In Neurologia Cl nica Compreender as Doen as Neurol gicas Porto Edi es Universidade Fernando Pessoa McCullagh S amp Feinstein A 2000 Treatment of pathological affect variability oh response for laughter and crying Journal Neuropsychiatry Clin Neurosci 12 100 102 McMahan A 2003 Immersion Engagement and Presence a Method for Analyzing 3 D Video Ga
48. bjectivo poder se assumir que existe a mem ria prospectiva Contudo para tal s o fundamentais tr s componentes cognitivos envolvidos nas situa es de multitasking mem ria retrospectiva a qual se refere capacidade de aprender e relembrar as regras da tarefa planeamento como sendo a capacidade de delinear uma Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 27 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais estrat gia e por ultimo haver intencionalidade na capacidade de seguir esse plano e as respectivas regras Uma das quest es mais interessantes acerca desta tem tica centra se na compreens o dos aspectos que diferenciam a mem ria retrospectiva da prospectiva sendo que se destacam alguns elementos como o tipo de sinal menos bvio na prospectiva n vel de codifica o mais elaborado ou processo de recupera o necess rio n vel mais elevado de activa o Importa referir que a mem ria prospectiva tem sido associada ao c rtex pr frontal ventral 2 2 4 Capacidade de Multitasking Shallice and Burgess 1991 postulam que doentes com les es frontais podem desempenhar tarefas de linguagem fun es executivas e provas de mem ria com distin o contudo manifestam dificuldade em eventos do quotidiano que requeiram capacidade de pla
49. cale Z 2 666 p 008 Com base nos resultados obtidos verificou se que os ambientes virtuais t m no processo de reabilita o cognitiva Neste sentido urge a necessidade de instaurar planos desta natureza nos hospitais e centros de reabilita o de modo a proporcionar a reaquisi o das fun es cognitivas lesadas e consequente melhoria da qualidade de vida dos utentes Palavras chave A V C Reabilita o Cognitiva Ambientes Virtuais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 5 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Abstract Cerebral Vascular Accident CVA is considered one of the most common acute neurologic deficits and major cause of death in Portugal In this sense the focus of rehabilitation focuses on the repurchase of the affected cognitive abilities Indeed the aim of this study is to assess the impact of a cognitive rehabilitation plan using Virtual Reality in the cognitive performance of a diagnosed CVA group of users of the Centro de Medicina de Reabilita o de Alcoit o after eight sessions of training and cognitive stimulation The clinical sample consisted of nine subjects N 9 with a mean age of 52 67 years SD 14 70 of which three are women N 3 33 3 and six are men N 6 66 7 The research results re
50. caminho novo mais longo e volta para casa O in cio da sexta sess o novamente reservado realiza o das tarefas de higiene pessoal e da escolha do vestu rio No entanto em vez de se limitar a tomar o pequeno almo o pedido ao sujeito que o prepare recorrendo a cinco ingredientes guardados no arm rio da cozinha Ap ndice VIII previamente estipulados pelo t cnico Assim conclu das as tarefas do apartamento pede se ao sujeito que saia rua e que encontre o carro cinzento metalizado Ap ndice IX estacionado numa das ruas no caminho mais longo para a mercearia Na s tima sess o novamente pedido que sejam realizadas as tarefas de higiene pessoal que escolha um vestu rio adequado ao tempo e que prepare o pequeno almo o com os mesmos ingredientes da sess o anterior Assim cumpridas as ditas actividades pede se que saia rua rumo mercearia pelo caminho mais r pido e que encontre a porta n 10 Ap ndice X Nesta tarefa pressup e se que o sujeito fa a a analogia com a realidade e que depreenda que a numera o dos pr dios se divida entre pares e mpares consoante o lado da rua onde se encontra A sess o termina quando o sujeito chegar porta da mercearia O in cio da ltima sess o de RV n o diferente das demais uma vez que consiste na realiza o de todas as tarefas ocorridas no interior do apartamento higiene pessoal escolher vestu rio e preparar pequeno almo o com os ingredientes habituais n
51. capacidade do indiv duo em seleccionar a resposta adequada a um contexto social Na realidade uma les o nessa regi o pode ainda comprometer a capacidade de controlar as emo es e de comportar se segundo as normas sociais Contudo existem reas espec ficas do c rtex cerebral que s o respons veis por tipos espec ficos de comportamento portanto o local preciso e a extens o da les o determinam o tipo de sequela Neste sentido os efeitos de uma les o do lobo frontal sobre o comportamento diversificam consoante o tamanho e a localiza o do defeito f sico em causa No lobo frontal esquerdo est ent o situada a rea de Broca definida como a sede da express o da linguagem falada Ancestralmente com base no caso de Leborgne Broca descrevera que les es no hemisf rio esquerdo comprometem a fun o executiva relativa linguagem dado que o referido paciente tinha a sua linguagem oral restringida ao voc bulo tan ou seja apesar de compreender o que lhe diziam apenas dizia tan Neste sentido a inspec o face externa do c rebro revelou a presen a de uma les o na regi o frontal esquerda existia portanto uma correla o entre a dificuldade para encontrar as imagens motoras linguagem e a liga o no ter o posterior da circunvolu o frontal inferior esquerda rea de Broca assim Broca chamou aten o de que s o hemisf rio esquerdo se encontrava comprometido em caso de perda da linguagem Poder
52. ceder informa o lexical Caramazza e Miozzo defendem assim como Dell e Levelt que existe uma distin o entre a recupera o gramatical e a fonol gica mas argumentam contra o facto de um ser adequado ao outro Postulam ainda que a organiza o do conhecimento gramatical n o amodal e est duplicado fala e escrita Assim para a interac o restrita a activa o s din mica entre o lema e o lexema n o incluindo o sistema conceptual 2 5 Fun es Executivas 2 5 1 Anatomia das Fun es Executivas A pesquisa na rea das fun es executivas assenta as suas ra zes no estudo de doentes com les es no lobo frontal LF As FE eram descritas tradicionalmente como estando associadas ao c rtex pr frontal CPF o que engloba todas as regi es dos lobos frontais que est o localizadas anteriormente ao cort x motor e pr motor e rea suplementar motora O CPF pode ser dividido em tr s grandes regi es CPF dorsolateral que muitas vezes descrito como a base da mem ria de trabalho CPF medial que inclui a circunvolu o cigulada anterior que tem sido relacionado com o substrato da aten o sustentada da selec o de resposta e motiva o CPF ventral ou inferior que pode ser dividido em orbitofrontal e ventromedial e referido como o suporte da inibi o adequa o social e sensibilidade recompensa e castigo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias d
53. cognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais no plano da reabilita o A presente experi ncia foi vivida por parte dos utentes como algo inovador que confere motiva o e envolvimento tal que os distam da sua situa o actual o que torna o processo terap utico apraz vel e qui mais eficaz Como sugest o para estudos futuros atenta se adequa o dos equipamentos s necessidades individuais de cada utente cen rio personalizado s limita es em causa comandos mais acess veis e o touchpad como substituto do mouse devido a casos de mobilidade limitada ou reduzida e at mesmo de inexperi ncia Dado o elevado n mero de utentes admitido no CMRA com diagn sticos de les o cerebral em consequ ncia de AVC s aponta se como maior limita o a quest o da prontid o e efic cia da capacidade de resposta aos pedidos solicitados no que concerne lista de espera Em suma poder se afirmar que os principios preconizados por Sohlber amp Mateer 2001 foram respeitados Ao profissional de reabilita o compete numa primeira fase o planeamento a interven o e o recurso ao programa de RV como suporte para a realiza o dos objectivos do tratamento e numa segunda inst ncia proceder an lise dos resultados obtidos pelo desempenho em parceria com o doente considerando a reabilita o assitida por computador De facto sem um design pr vio das
54. com utiliza o de Ambientes Virtuais indiv duos atrav s de uma bateria de testes psicol gicos constitu da pela Escala Cl nica de Mem ria de Wechsler e pelo Teste de Barragem Toulouse Pi rron aplicadas em dois momentos distintos antes e ap s inicar o tratamento 7 2 1 Escala Cl nica de Mem ria de Wechsler WMS Em 1945 David Wechsler publicara a que viria a ser a primeira vers o da Escala de Mem ria de Wechsler Na realidade a WMS surge com o intuito de extrair em detalhe informa es relevantes relacionadas com diversas val ncias do funcionamento da mem ria no mbito das avalia es neuropsicol gicas avalia es cl nicas bem como em reabilita o Wechsler 2008 Trata se de um prova de aplica o r pida e simples e visa avaliar a aprendizagem e a mem ria atrav s de onze subtestes sete dos quais j se apresentavam na vers o anterior WMS R sendo que seis s o consideradas provas principais e cinco de administra o opcional Vejamos As ditas provas principais Mem ria L gica I e II Pares de Palavras I e II Sequ ncias de Letras e N meros s o apresentadas sob a forma auditiva sendo que as restantes Faces I e II Cenas de Familia I e II Localiza o Espacial s o apresentadas visualmente Relativamente s provas complementares est o contempladas as quest es relacionadas com a Orienta o e Informa o Listas de Palavras I e II Controlo Mental e Mem ria de D gitos sendo estas apresenta
55. da mat ria recente Ellis 2000 em termos sucintos definir se ia como um processo cognitivo que abarca m ltiplos eventos do dia a dia Quando uma actividade n o pode ser realizada no imediato torna se necess rio formar uma inten o que recorde a sua concretiza o noutro momento ou noutro Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 26 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais contexto Neste sentido entende se por memoria prospectiva 0 processo cognitivo que permite recordar e realizar os passos de um comportamento dirigido a objectivos futuros ou seja lembrar a inten o para realizar uma ac o A mem ria prospectiva segundo Ellis 1996 pode ser compreendida em quatro fases na codifica o e elabora o de planos de ac o que incluem as inten es da sua realiza o e um contexto imagin rio de recupera o destas inten es no intervalo de tempo onde diferentes eventos podem auxiliar a evoca o da inten o de realizar uma a o a realiza o da ac o planeada e por fim a avalia o dos resultados dessa ac o com um sistema de supervis o do resultado da ac o O ponto culminante da mem ria prospectiva parece ser a sua natureza intencional e n o o planeamento da ac o e os processos de recupera o Neste sentido u
56. das sob a forma auditiva enquanto que a Reprodu o Visual I e II apresentada visualmente Wechsler 2008 Sucintamente ap s a an lise e interpreta o dos resultados poder se o inferir dados de natureza qualitativa relacionados com o funcionamento da mem ria que permitem realizar diagn sticos identificar e quantificar d fices de mem ria permitem igualmente avaliar quais os aspectos mn sicos preservados deteriorados bem como identificar prematuramente tend ncias degenerativas e dem ncias Wechsler 2008 S o pass veis de ser avaliadas diversas val ncias da mem ria nomeadamente a mem ria a curto prazo a mem ria de trabalho a mem ria a longo prazo a mem ria declarativa a qual inclui a mem ria sem ntica e a mem ria epis dica contudo a WMS III avalia sobretudo a mem ria declarativa epis dica uma vez que a informa o apresentada nova e est inserida em situa es descritas no pr rpio testes exigindo assim por parte do Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 59 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais sujeito a aprendizagem e recupera o da informa o A aplica o completa da WMS III requer aproximadamente 90 minutos permitindo apenas o emprego individual a uma popula o com idades compreendidas entre
57. e Dupla Rota Neste modelo a rota ventral a qual envolve estruturas da parte superior e medial do lobo temporal est directamente ligada ao reconhecimento e compreens o do discurso Por outro lado a rota dorsal envolve estruturas do lobo frontal posterior lobo temporal e op rculo parietal estando esta rota relacionada na tradu o de sinais ac sticos em representa es motoras articulat rias Este modelo sugere que a rota ventral organizada bilateralmente enquanto que a rota dorsal dominante no hemisf rio esquerdo Os processos envolvidos na compreens o leitura e na produ o escrita da linguagem escrita s o estudados separadamente na Psicologia Cognitiva pois envolvem processos cognitivos distintos A leitura parte da informa o visual ao som descodifica o enquanto na escrita os segmentos fonol gicos associada as letras codifica o Nesta perspectiva a leitura uma actividade complexa composta por m ltiplos processos interdependentes dos quais os fundamentais seriam o reconhecimento de palavras e a compreens o da mensagem escrita O primeiro processo envolvido na leitura reconhecimento de palavras impressas tamb m denominado acesso ao l xico mental o acesso palavra na mem ria permanente dado um input gr fico Os processos mentais que permitem ao leitor identificar compreender e pronunciar palavras escritas s o explicados por meio de modelos que enfatizam a estrutura cognitiva envolvida no
58. e Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 52 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Burdea e Coiffet 2003 Por seu turno a imers o traduz se na capacidade que o sistema tem em transportar o utilizador para o ambiente simulado na realidade em causa est o caracter sticas do hardware e software do sistema Barilli Ebecker Cunha 2011 Gamito Oliveira Santos Morais Saraiva Pombal Mota 2008 Deste modo quantos mais altos os ndices de interac o imagina o e imers o maior ser a presen a capacidade que diz respeito sensa o psicol gica de estar presente num ambiente n o real Gamito Oliveira Morais Baptista Santos Soares Saraiva Rosa 2010 Com efeito a partir de revis es de literatura cient fica acerca da realidade virtual as ci ncias humanas definem vagamente o termo presen a como a sensa o de estar l e muitas das vezes imers o equivocadamente utilizada como sin nimo McMahan 2004 Autores como Bafios Botella Garcia Palacios Villa Perpin e Gallardo 1999 e Pausch Proffitt George e McMahan 2003 contribu ram para a expans o do estudo da imers o em ambientes virtuais Estudos desenvolvidos por Weibel Wissmath e Mast 2010 demonstram que a sensa o de estar imerso algo experienciado como sendo
59. e Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 45 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Importa referir que face bateria de provas neuropsicol gicas dispon veis a Avalia o Neuropsicol gica re ne crit rios de triagem de modo a garantir que as provas seleccionadas s o as indicadas para a avalia o do caso cl nico em causa De acordo com a hist ria cl nica do doente h que ter em conta o n vel de conhecimentos por forma a adequar o grau de dificuldade do teste por outro lado a prova deve ser sens vel detec o dos processos cognitivos alterados e posterior evolu o dos mesmos numa reavalia o e numa ltima inst ncia assegurar que a validade ecol gica das provas seleccionadas na medida em que crucial que o teste avalie as rela es entre os rendimentos do sujeito e a capacidade de as transpor para o mundo real 3 2 mbito da Reabilita o Neurocognitiva Importa compreender o termo cogni o como sendo a re ni o de actividades e processos mentais conscientes que mant m a pessoa a par do seu ambiente Enumeram se como fun es cognitivas a aten o a mem ria o racioc nio a resolu o de problemas o c lculo linguagem e fun es executivas Gleitman et al 2007 Contudo as ditas faculdades podem revelar se deficientes
60. e Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Indice INTRODU O ds 2 or Nort E ta akon el UC RUA isa Da da he calles a aa 11 1 Hist ria do Estudo da Rela o C rebro Comportamento ssssssesssessseeesssesssressresseesseresseee 13 Il Contributo das Neuroci ncias spas inca isra aaa a da ea 13 1 2 Rela o actual entre as Neuroci ncias e a Psicologia Cognitiva 14 2 Perspectiva Neuropsicol gica das Principais Fun es Cognitivas 17 Des big ALEN O EE E assa Ra vaga E Rb SAP ADO AAA SE sado na 17 22 MEMON A ais raia o RD A DI aa Bo See ia a 23 2 3 ALOUD OR PRE nana as tsar RNA GE RENT RR ERR SR RENATO E RR PS 29 PAM TINE Wek OOM PRONASCI EEEE aga aa E EE nasa oy eae ou rasa Feaeein E asad RDR ER RA 32 2 3 Fun es Executivas nisn n eie e R R E E R ATD RG n 38 3 Avalia o Neuropsicol gica e Reabilita o Neurocognitiva is 45 3 1 mbito da Avali o Neuropsicol gica meteram 45 3 2 mbito da Reabilita o Neurocognitiva c ccccccsscssssssesssssssessesessesseseesessessesssseeceeeaes 46 3 3 Abordagem da Reabilita o Neurocognitiva ice 47 3 4 Treino Cognitivo e Plasticidade Neuronal errar 47 4 acidente Vascular Cerebral sul ssasd Gage ttle a ao aqi pads asia ada dna 49 4 1 Defini o Factores de RISCO sqasatsa tas sues cesvseaggessdeensvagacadates aeadsaussseua ortis tsi 49 4 2 Preva
61. e a consolida o da LTP do hipocampo pode ser modulada como a mem ria pelo estado emocional e pela activa o da am gdala Estas conclus es podem contribuir para a explica o de como poderiam ocorrer os processos de consolida o da mem ria medida que se constituem num modelo mais fisiol gico dos processos de aprendizagem e mem ria que permitir compreender com mais precis o os mecanismos da consolida o da mem ria Um dos casos mais c lebres da literatura relatados na d cada de 50 comprovou a import ncia do hipocampo na consolida o das mem rias o caso de H M que com fim a neutralizar os sintomas da epilepsia foi removido o hipocampo bilateralmente Como sequela da interven o H M perdeu a capacidade de consolidar a mem ria de curto prazo em mem ria de longo prazo mas reteve a mem ria dos fatos que tinham ocorrido antes da les o ou seja numa fase inicial apresentou uma amn sia anter grada que persistiu depois de inalterada uma amn sia retr grada que se atenuou mas nenhuma perturba o da mem ria imediata ou da mem ria processual O mecanismo preciso da amn sia hipoc mpica ainda d bio no entanto no respeita explica o do esquecimento em geral existem diversas teorias que admitem um defeito n o s na codifica o como na consolida o e na recorda o a da consolida o commumente mais aceite 2 2 3 Mem ria prospectiva Apesar de o estudo da mem ria prospectiva ser considera
62. e demonstram isto mesmo um oriundo da Psicologia Cognitiva o Modelo de McCloskey e outro mais direccionado para as Neuroci ncia o Modelo de Dehaene ou do Triplo C digo McCloskey prop e um modelo cognitivo que prev uma passagem por um c digo amodal que servir para todos os modos ou seja o processamento num rico compreende basicamente tr s sistemas cognitivos funcionalmente distintos a compreens o dos n meros o c lculo e a produ o dos n meros que se comunicam atrav s de um nico tipo de abstracto para a quantidade Surge assim uma transcodifica o tanto para verbal escrita como para escrita verbal e verbal gestual em que a quantidade a mesma e o que muda Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 31 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais apenas a representa o H a distin o do formato do n mero da sua representa o sem ntica abstracta interna codifica a magnitude Por outro lado Dehaene elaborou o modelo da representa o num rica mais citado na literatura designado por triplo c digo Dehaene contrap e o Modelo de McCloskey pondo causa a no o de representa o interna amodal e abstracta para o processamento dos n meros e para o c lculo Defende que o indiv duo possui desde cedo uma esp cie de acu
63. e que tome o pequeno almo o antes de sair rumo mercearia Esta sess o dedicada Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 62 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais essencialmente a tarefas de c lculo a realizar na mercearia uma vez que lhe dada uma lista de compras com tr s artigos e um plafond a respeitar Ap ndice V A quarta sess o tem in cio sa da do apartamento e pedido ao sujeito que se recorde da rotina realizada no interior da casa e que se dirija novamente mercearia Esta sess o visa n o s incitar o c lculo mas tamb m a mem ria Ap s a elabora o de uma lista de cinco produtos diferentes da sess o anterior Ap ndice VI pedido ao sujeito que adquira os artigos da lista de acordo com o montante que tem dispon vel e que escolha mais um produto com fim a record los posteriormente A quinta sess o inicia se mais uma vez com as tarefas de higiene pessoal contudo introduzida uma nova actividade na rotina vivida no apartamento roupeiro pedido ao sujeito que antes de tomar o pequeno almo o se dirija ao roupeiro do quarto e escolha tr s pe as para se vestir incluindo o cal ado Ap ndice VII Uma vez realizadas todas as tarefas solicitadas o sujeito sai de casa em direc o mercearia por um
64. ea de Broca seria respons vel pela codifica o da linguagem oral na forma articulat ria e a rea de Wernicke respons vel pelo reconhecimento dos padr es da linguagem falada No seguimento dos estudos de Wernicke Lichtheim associou a este esquema um centro de conceitos ou representa es de objectos Wernicke aceitou algumas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 33 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais das observa es de Lichtheim mas n o concordou com o constructo te rico de um centro cortical nico Prop s em alternativa que os sistemas espec ficos sem ntico sensoriais se distribu am por m ltiplos locais em todo o c rebro e que se encontravam ligados entre si Alvo de v rias cr ticas esta hip tese perdeu a sua grande import ncia no in cio do s culo XX at ter sido revista e corrigida por Geschwind que formulou uma nova proposta para a rela o c rebro linguagem Esta envolvia a rea de Broca localizada nas regi es postero lateral e orbital do op rculo frontal esquerdo e a rea de Wernicke na regi o postero lateral do girus temporal superior esquerdo Estes dois centros mantinham se ligados pelo Fasc culo Arqueado que percorria a regi o profunda do girus supramarginal e a nsula Para Geschwind outras regi
65. ectiva processual Do ponto de vista da perspectiva estrutural a mem ria seria constitu da por v rios sistemas respons veis pelo armazenamento e reten o da informa o quer a curto prazo quer a longo prazo segundo a perspectiva processual a informa o daria entrada na mem ria aquisi o permanecia l durante um certo tempo reten o e por fim seria usada ou recordada recorda o Pinto 2001 2 2 2 O papel do hipocampo na consolida o O hipocampo participa na consolida o da mem ria mediante conex es rec procas com o lobo frontal regi o pr frontal nomeadamente atrav s dos corpos mamilares Esta Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 24 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais liga o desempenha um papel mpar pelo facto destes corpos serem vias fundamentais na uni o do hipocampo com as restantes estruturas que compoem o circuito hipocampal ou circuito de Papez De referir que referido circuito composto pelo hipocampo corpos mamilares n cleos tal micos anteriores am gdala e outros sectores do sistema l mbico J o sistema limbico interv m nos processos de mem ria a curto a longo prazo e na grava o definitiva neoc rtex de dados vividos que constituem a mem ria a longo prazo A fun
66. edetay Biase sasncegeani ges ncngutedetee aa I Ap ndice M Higiene pesso da ee IS ee II Ap ndice III Tomar o pequeno almo o ee eerereeerercereacena II Ap ndice LY Ira merenda an Res pai dt asia oi do a eee ees HI Ap ndice V Comprar tr s produtos espec ficos eecccesscecseneeceeeeecseceecseeeecnteeeenaeees HI Ap ndice VI Comprar cinco produtos espec ficos IV Ap ndice VII Vestir tres pe as de roupa sara asas sans ces ceca adia occa sadn ad nai eta a das pi IV Ap ndice VIII Preparar o pequeno almo o eesceeeeseeceeeeecseeeecetececeeeesnaeeesseeeenaeeees V Ap ndice IX Encontrar autom vel cinzento erre V Ap ndice X Encontrar o pr dio com n mero 10 re VI Ap ndice XI Encontrar placards publicit rios 0 ceecceeeecceceeececeeeeeceeeeeceteeeeeneeeesaeees VI Ap ndice XII Desempenho dos Utentes no Programa de Reabilita o Cognitiva VII DADE ROS na a n hte BI ehhh iS A EC A a SA Na Meee Ant XVI Anexo I AVC em Portugal N mero de Caso cccceeseceessececeeececeeeeeesteeeeseeeesaeeeeaes XVI Anexo II AVC em Portugal Sexo Idade amp 2 0 hoci3s34has Suostijacaiehabes bere pncesavdgncabeaesentenegs XVII Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 9 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acid
67. eia falada que permite distin es sem nticas enquanto o grafema a refer ncia gr fica de um fonema Na leitura por Rota Lexical as representa es de milhares de palavras familiares s o armazenadas em um l xico de entrada visual que activado pela apresenta o visual de uma palavra Isto seguido pela o bten o do significado a partir do sistema sem ntico dep sito de todo o conhecimento sobre os significados de palavras familiares e ent o a palavra pode ser articulada Atrav s da rota lexical palavras de alta frequ ncia que ocorr ncias na l ngua s o reconhecidas com maior rapidez e precis o do que palavras de baixa frequ ncia o que conhecido como efeito de frequ ncia Apenas o procedimento fonol gico gerativo isto capaz de permitir a identifica o das palavras encontradas pela primeira vez ou palavras para quais n o est dispon vel uma representa o ortogr fica na mem ria Gra as a esta propriedade de gerativismo a rota fonol gica constitui um elemento essencial na aquisi o da leitura Al gria Leybaert amp Mousty 1997 A leitura n o envolve apenas o reconhecimento de palavras isoladas O seu objetivo principal a compreens o do material lido Para isso a identifica o de palavras uma condi o necess ria embora n o seja suficiente Al gria amp cols 1997 A compreens o da leitura requer capacidades cognitivas como a elabora o de infer ncias e lingu sticas com
68. ente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Anexo M Exemplo teste MOCK aaa snd ie Shouse alan Grist a XVII Anexo TV Exetiplo teste EM Wesson eie ntes herioti eee eies t ea XIX ndice de Quadros Quadro I Tipologia do AVC TIPOS DE AVC SUBTIPOS DE AVC S Intracerebral Hemorr gico bs Subaracn ide Isau mi Tromb tico squ mico d Emb lico Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 10 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais INTRODUCAO O Acidente Vascular Cerebral AVC definido pela Organiza o Mundial de Sa de OMS como sendo um comprometimento neurol gico de in cio s bito com sinais cl nicos focais ou generalizados que podem evoluir em 24 horas para um quadro de morte sem outra causa aparente devido a altera es na irriga o sangu nea Mausner 1999 Dados registados pelo Instituto Nacional de Emerg ncia M dica INEM estimam que no ano passado em Portugal 3040 pessoas sofreram um Acidente Vascular Cerebral assumindo se deste modo como a primeira causa de morte e depend ncia Importa salientar que o AVC um problema de sa de p blica sujeitando muitos dos sobreviventos a sequelas ps quicas e f sicas o que confere doen a um grande impacto a n vel s cio econ
69. es desempenhavam tamb m um papel fundamental nos programas da linguagem os dois c rtex auditivos e as vias interhemisf ricas que os ligam o ter o inferior dos c rtex motor e somato sensorial e o girus angular esquerdo e a sua liga o com o lobo temporal l mbico Nas d cadas que se seguiram ocorreu uma profunda altera o na conceptualiza o dos modelos cognitivos para a linguagem e tamb m para a mem ria Os sistemas neuronais respons veis por estas capacidades deixaram de ser vistos como um pequeno n mero de centros mas antes como numerosas rede interligada de muitas regi es funcionais no c rtex cerebral e n cleos subcorticais Deixou se de acreditar que o processamento da linguagem dependia apenas das reas de Broca e de Wernicke mas tamb m de v rias regi es corticais do hemisf rio esquerdo nomeadamente da regi o temporal rea motora suplementar pr frontal bem como do t lamo e dos g nglios da base A perspectiva localizadora continua a ser til no diagn stico topogr fico das les es cerebrais mas tamb m redutora quando se considera a complexidade funcional e anat mica associada ao processamento da linguagem Com efeito hoje sabe se que esta fun o depende de conjuntos de estruturas neuronais ligadas em rede networks e que o c rebro humano possuiu reas de converg ncia onde se projectam e re nem os diferentes constituintes duma palavra ou conceito E se por um lado o modelo de correla o an tomo
70. ficos dado que estes exigem concentra o e interac o com o ambiente virtual incitando o racioc nio e a compreens o do discurso daquela situa o em particular e por conseguinte a tomar decis es Em termos sucintos poder se definir Realidade Virtual como um sistema de avan ado de interac o homem m quina no qual os utilizadores s o personagens activas num ambiente tridimensional virtual que suporta a representa o de entidades virtuais que interagem com o humano de forma semelhante das entidades reais Man 2010 Na realidade a Realidade Virtual surgiu no contexto da avia o com o primeiro simulador computacional de voo o qual permitia ao utilizador a interac o visual e a auditiva em tempo real com o sistema Katz et al 2005 cit in Man 2010 6 1 2 Principios da Realidade Virtual Os principios deste paradigma assentam em tr s v rtices que permitem avaliar qualquer sistema de Realidade Virtual os tr s I s interac o imagina o e imers o Burdea e Coiffet 2003 Sucintamente um sistema de R V considera se interactivo na medida em que a ac o do participante permite alterar o ambiente virtual e receber esse feedback em tempo real ou seja trata se da influ ncia rec proca entre o participante e o espa o virtual Yan Xiangshan Sha 2009 O conceito de imagina o define se como a capacidade da mente percepcionar como reais situa es ou ambientes que n o existem Universidade Lus fona d
71. firmando que menos relevante a localiza o do afunilamento para a aten o selectiva do que a compreens o da exig ncias colocadas ao sujeito pela tarefa Desta forma as tarefas pouco exigentes podem ser efectuadas simultaneamente e a aten o pode ser concebida como um conjunto de processos e recursos cognitivos para a categoriza o e reconhecimento dos est mulos Os cr ticos deste modelo argumentam que devido nossa capacidade de desenvolver compet ncias torna se imposs vel avaliar com precis o os limites ou a capacidade do sistema de procesamento Os modelos multimodais combinam as teorias da selec o de filtro e de filtro tardio postulando que a mensagem pode ser captada pela aten o em m ltiplos n veis tais como o sensorial filltro sem ntica e consciente filtro tardio Mais tarde Lavie prop e mais uma vez o modelo de Kahneman postulando que a selec o da aten o pode ser mais precoce ou mais tardia Segundo este autor a selec o mais precoce ou mais tardia dependendo do peso da informa o a processar sendo que a quantidade de aten o dispendida na tarefa priorit ria depende da quantidade de informa o a ser processada e da natureza desse processamento Kahneman 1973 2 2 Mem ria 2 2 1 A Mem ria e a Aprendizagem A mem ria representa um componente fundamental no sistema cognitivo na medida em que desempenha um papel activo em tarefas de aprendizagem no quotidiano nomeadamente em sit
72. hip teses concebidas em torno de ensaios com vista a compreender o processamento de informa o percep o pensamento e mem ria Sabendo que a Neuroci ncia Cognitiva se dedica ao estudo dos mecanismos biol gicos subjacentes cogni o especialmente no que respeita aos substractos neuronais do processamento mental e suas manifesta es comportamentais poder se admitir que se trata de uma disciplina unificada e aliada Psicologia e Neuroci ncia transversal a mat rias como a Psicologia Cognitiva ou a Neurobiologia na d cada de 90 que a Psicologia Cognitiva sofre a influ ncia das Neuroci ncias atrav s do conhecimento do c rebro e das t cnicas de acesso ao mesmo De acordo com Lopes Lopes e Teixeira 2004 as Neuroci ncias apresentam um cen rio reducionista face Psicologia contudo demonstram se muito importantes devido aos seus ideais conhecer o c rebro pode trazer infinitos benef cios para a Psicoterapia e Neuropsicologia Al m de que pode contribuir para uma reflex o entre a mente c rebro e o comportamento Uma das t cnicas inovadoras utilizadas para o conhecimento do c rebro foi a electroencefalografia EEG de referir que quando a finalidade passa pela auto regula o por onde o indiv duo aprende a controlar os processos f sicos e mentais para um melhor funcionamento do organismo denomina se neurofeedback Chaves 1997 O autor refere Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias
73. ias da Vida 28 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 2 2 5 Mem ria de Trabalho Trata se do primeiro est dio que interv m no processo mn sico propriamente dito permitindo adquirir e reter durante um curto periodo uma informa o nova O conceito de mem ria de trabalho ou mem ria a curto prazo foi amplamente desenvolvido por Baddeley Para este autor trata se do ou dos sistemas utilizados com o fim de reter temporariamente e de manipular a informa o nova implicada em processos tais como a compreens o a aprendizagem e o raciocinio Baddeley 1986 pois o aspecto da mem ria directamente accionado pela actividade em curso e necess rio para a continuidade dos comportamentos Sendo muito limitada a sua capacidade de armazenagem para que as informa es sejam retidas t m de ser codificadas e transferidas para a mem ria secund ria ou de longo prazo A mem ria de trabalho compreende assim um centro executivo que supervisa a actividade de dois subsistemas o circuito articulador e o registo visuo espacial O circuito articulador o mecanismo que permite que o indiv duo se recorde de uma informa o repetindo a mentalmente de maneira ininterrupta Enquanto o registo visuo espacial permite a representa o mental de um lugar ou de um objecto 2 3 C lculo 2 3 1 Processos envolvidos no c
74. ias da Vida 66 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Centros de Reabilita o restringindo as conclus es do estudo a esta mesma popula o tratou se portanto de um estudo explorat rio A estas limita es acrescem ainda a escassa bateria de provas administrada e a frequ ncia com que foram realizadas Uma vez que os utentes internados no CMRA permaneciam durante um curto periodo de tempo na institui o era crucial garantir a realiza o das oito sess es do programa de reabilita o e reduzir ao m nimo os testes de avalia o neuropsicol gica a serem aplicados Dadas as limita es supramencionadas em estudos futuros dever o ser garantidas a elabora o de um grupo de controlo bem como a administra o de uma bateria de provas neuropsicol gicas mais exaustiva de modo a avaliar as fun es cognitivas lesadas com maior precis o Por seu turno face abordagem terap utica e aos resultados obtidos verificou se que a interven o com recurso RV poder ter sido promotora da recupera o das capacidades cognitivas afectadas pela les o Dores Barborsa Marques Carvalho Sousa amp Castro Caldas 2012 No entanto n o leg timo inferir que a RV seja respons vel pela melhoria do estado cognitivo dos sujeitos uma vez que n o poss vel garantir que estejam exclu dos casos de
75. iatry and Clinical Neurosciences 24 Dehaene S Naccache L Cohen L LeBihan D Mangin J Poline J amp Rivi re D 2001 Cerebral Mechanisms of Word Masking and Unconscious Repetition Priming Nature Neuroscience vol 4 n7 Direc o Geral da Sa de 2003 Rede de Referencia o Hospitalar de Medicina F sica e de Reabilita o Lisboa Direc o Geral da Sa de Dores A Carvalho I Barbosa F Almeida I Guerreiro S Oliveira B Sousa L Caldas A 2012 Computer Assisted Rehabilitation Program Virtual Reality CARP VR A Program for Cognitive Rehabilitation of Executive Functions Virtual and Networked Organizations Emergent Technologies and Tools Communications in Computer and Information Science 248 90 100 Dong Y Sharma V K Chan B P Venketasubramanian N Teoh H L Seet R C Tanicala S Chan Y H Chen C 2010 The Montreal Cognitive Assessment MoCA is superior to the Mini Mental State Examination MMSE for detection of vascular cognitive impairment after acute stroke Journal of Neurological Sciences 299 15 18 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 71 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Doucet B 2012 The Issue Is Neurorehabilitation Are we doi
76. ico N 3 33 3 11 1 ao n vel do ensino b sico N 1 11 1 e igualmente 11 1 no caso do alfabetismo N 1 11 1 De salientar que a maioria dos utentes N 7 77 89 era abrangida pelo regime de internamento sendo que um utente N 1 11 1 frequentava as sess es de RV em regime ambulat rio e outro N 1 11 1 iniciara a terap utica em regime de internamento e mais tarde aquando da alta m dica continuara em regime ambulat rio No que concerne ao diagn stico importa referir que a maioria dos utentes N 8 88 9 foram acompanhados no seguimento de um AVC dos quais cinco casos se remetem a um Acidente Vascular Cerebral Hemorr gico N 5 55 6 dois a Acidente Vascular Cerebral Isqu mico N 2 22 2 um caso de AVC n o classificado N 1 11 1 por aus ncia de relat rios cl nicos e um utente N 1 11 1 portador de les es cerebrais subsequente de uma tentativa de suic dio com f rmacos inject veis 7 2 Medidas de Avalia o crucial avaliar as zonas cerebrais afectadas pelo acidente e as faculdades cognitivas comprometidas n o s para o terapeuta delinear o programa de interven o de modo a corresponder s necessidades como para uma posterior an lise da evolu o do estado dos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 58 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral
77. ido que as FE s o um constructo psicol gico constitu do por m ltiplas compet ncias inter relacionadas luz dos escritos de Kolb e Wishaw o lobo frontal dotado de sistemas de controlo que d o azo ao desenvolvimento de diferentes estrat gias como resposta a est mulos internos e externos tais como planeament de ac es tomada de decis o e correc o de erros Deste modo os processos executivos surgem como factores subjacentes a estas fun es inibi o e altern ncia mem ria de trabalho e aten o selectiva Apontaria ainda como caracter sticas peculiares das FE o controlo dos impulsos auto regula o iniciativa flexibilidade mental utiliza o do feed back planeamento ou organiza o e estrat gias de resolu o de problemas Miyake 2000 admite que dos in meros factores em causa alguns tendem a ser frequentes inibi o altern ncia switching e actualiza o updating Para uma melhor compreens o definamos ent o os conceitos supramencionados Poder se restringir a inibi o capacidade de suprimir uma resposta dominante ou autom tica quando esta se mostra desadequada ao contexto associar a altern ncia ao intercalo entre diferentes tarefas ou at mesmo entre elementos da mesma tarefa e relacionar actualiza o com a capacidade de avaliar a informa o nova e rever a existente na mem ria de trabalho de modo substituir informa es remotas por outras mais recentes De n
78. im ao longo do curso Os projectos em que me integrou o est gio que me proporcionou o meu muito obrigado A todos os que me acompanharam neste processo de evolu o pessoal e profissional muito obrigada Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 4 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Resumo O Acidente Cerebral Vascular AVC considerado um dos d fices neurol gicos agudos mais comuns e das principais causas de morte em Portugal Neste sentido a t nica da reabilita o incide na reaquisi o das capacidades cognitivas afectadas Com efeito o objectivo do presente estudo verificar o impacto do plano de reabilita o cognitiva com recurso Realidade Virtual no desempenho cognitivo de um grupo de utentes do Centro de Medicina de Reabilita o de Alcoit o com diagn stico de AVC ap s oito sess es de treino e estimula o cognitiva A amostra cl nica constitu da por nove sujeitos N 9 com uma m dia de idades de 52 67 anos DP 14 70 dos quais tr s s o mulheres N 3 33 3 e seis s o homens N 6 66 7 Os resultados desta investiga o revelaram uma diferen a estatisticamente significativa entre os dois momentos da avalia o neuropsicol gica Montreal Cognitive Assessment Z 2 524 p 012 e da Wechsler Memory S
79. imular o treino da aten o e da mem ria atrav s do aumento gradual das tarefas bem como do seu grau de dificuldade Na referida sess o de treino sess o 0 apresentado o cen rio onde v o decorrer as sess es terap uticas e pedido ao sujeito que percorra o apartamento e experimente as tarefas para que identifique e exponha as suas dificuldades de modo a minimiz las A sess o termina aquando do esclarecimento de todas as d vidas Sendo o cen rio uma simula o das tarefas do quotidiano real foi delineado um plano que consiste nas ditas oito sess es de actividades virtuais obedecendo sempre ao princ pio do gradual aumento de dificuldade e de tarefas Consequentemente na primeira sess o pedido ao sujeito que execute a sua higiene pessoal Ap ndice II a qual consiste em tomar banho e lavar os dentes que coma torradas e beba o copo de leite como pequeno almo o Ap ndice III e que percorra o caminho ate mercearia A sess o 1 dada por terminada aquando da realiza o das tarefas supramencionadas A segunda sess o inicia se novamente com a realiza o das tarefas de higiene e de pequeno almo o e que se dirija mercearia para comprar um produto sua escolha alertando que seja tido em conta o pre o Ap ndice IV Feitas as compras pedido ao sujeito que regresse novamente a casa terminando assim a sess o Na terceira sess o pedido ao utente que realize as habituais tarefas de higiene pessoal
80. lado estes ambientes s o flex veis no que respeita s necessidades individuais de cada paciente e dotado de uma caracter stica impar trata se de uma experi ncia pass vel de ser repetida De facto os serious games est o em ampla expans o e demostram ser extremamente vi veis no mbito da reabilita o cognitiva Man 2010 Situa es que sejam impratic veis em contexto real quer por quest es monet rias de seguran a logisticamente complexas ou por n o ser garantido o controlo necess rio estes cen rios virtuais proporcionam a recria o e simula o de tarefas exequ veis no dia a dia Contudo uma boa an lise a um produto n o se cinge s suas qualidades Tamb m os serious games demonstram algumas fragilidades Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 56 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais nomeadamente ao n vel do desconforto que os equipamentos que garantem uma maior capacidade de imers o possam causar e g peso do HMD diminu do por conseguinte a sensa o de presen a e a cybersickness conforme supramencionado igualmente considerada uma limita o do recurso a estes ambientes Importa ressalvar que a introdu o tecnol gica n o implica necessariamente uma nova abordagem te rica da psicoterapia a presente
81. le nelinearna EO RR RE NR DR DRE a PRN PRE SPD 49 4 3 TipOs de AVC oirre eE aaa adidas cogu doada aa E GEAR caga ada A a doi NDA SU Va Soda UN ado onda 50 6 Esicol pia Computacional va SS ae hee i Ri 52 nT Realidade Viral ssis iiid a e i A ei 52 o PA TRC IES q 0 Pe PETAEN EA EA E Peet E TEA E E EE ERRAR 55 Te MELOdOIOSIA sip in a a E E E E R a a nt 58 E BU AOS e E NU RR BRO PRP dekaeedat 58 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 8 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 12 M didas Me A VAM ACA sas pera danada dn id dae 58 1 3 Proc dimnentO ss eite es ges Sedat catia tigadsiat ath Spas a s aaa is DRI Roof saga PRIOR Sa 60 BR OSU ACO sorene reste an a ea tat E dna da ent td Eno ar a 65 LO DISCUSS AO asi osso ni aa eS Jade aca eh Meee adie aa ices ee ee cade oaia 66 TI Conclus o nininini edie ec EAE tas as de eda baat 69 Referencias Bibliopr ficas gls fe ten aah hades a ee alate ee edie aoe teats 70 Tabelas spies de Dee PAR OR RO RD ER TR RD adh 78 Tabela I Caracter sticas demogr ficas da amostra reereeea 78 Tabela II Provas Neuropsicol gicas Antes e Depois do Programa 78 ApendicEs us 6 ele oh a i alba dale Rl Saleh GPO aS Saluki OS tS Ck I Ap ndice I Cen rio de Treinos asiccoasats cs schgce
82. lho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Tabelas Tabela I Caracter sticas demogr ficas da amostra N 9 Vari veis Categorias M DP Min M x Frequ ncias Sexo Masculino 66 7 N 6 Feminino 33 3 N 3 Idade 52 67 14 697 22 73 Estado Civil Casado 55 6 N 5 Solteiro 44 4 N 4 Habilita es Liter rias Analfabeto 11 1 N 1 Ensino B sico 11 1 N 1 Ensino Secund rio 33 3 N 3 Ensino Superior 44 4 N 4 Regime Internamento 77 8 N 7 Ambulat rio 11 1 N 1 Int e Amb 11 1 N 1 Diagn stico AVC 89 8 N 8 Outros 11 1 N 1 Diagn stico Espec fico AVC Hemorr gico 55 6 N 5 AVC Isqu mico 22 2 N 2 AVC Indeterminado 11 1 N 1 Outro Diagn stico 11 1 N 1 M M dia DP Desvio Padr o Min M nimo M x M ximo Tabela II Provas Neuropsicol gicas Antes e Depois do Programa 1 Momento 2 Momento M DP M DP Z MoCA 22 388 4 428 26 333 2 738 2 524 WMS 47 277 13 776 57 194 15 595 2 666 p lt 05 p lt 01 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 78 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndices Ap ndice I Cen rio de Trein
83. lico refere se igualmente interfer ncia na corrente sangu nea contudo ao inv s de se formar um co gulo com res duos que por l circulam originado por um corpo estranho gordura o qual resulta da acumula o do colesterol nas paredes arteriais arteriosclerose Habib 2000 Quadros desta natureza ocorrem geralmente de forma s bita e poder o estabilizar e agravar ao longo do tempo como express o de uma emboliza o recorrente Almeida 2010 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 51 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 6 Psicologia Computacional 6 1 Realidade Virtual 6 1 1 Origem da Realidade Virtual not ria a preocupa o dos neuropsic logos em adoptar medidas que contemplem a reestrutura o cognitiva em diversos dom nios atrav s de exerc cios que representam tarefas da vida quotidiana Estes exerc cios s o pass veis de ser reproduzidos em diversos formatos entre os quais destacam se os formul rios a visualiza o de imagens e v deo e mais recentemente o recurso a serious games Na realidade o computador pode ser encarado como a ferramenta mais completa em contexto clinico aquando de um processo de neuroreabilita o uma vez que congrega requisitos audiovisuais para a aplica o de exerc cios espec
84. liza o de Ambientes Virtuais depois da an lise de significado de ambos os inputs pelo que assim estar a se perante uma selec o por sentido que incompat vel com a teoria do filtro A teoria do filtro atenuador de Treisman 1964 d de algum modo continuidade ideia de filtro de Broadbent alegando que o filtro n o bloqueia totalmente as mensagens n o atendidas apenas as atenua sendo que todas as mensagens passam pelo sistema central de processamento Kahneman 2001 As mensagens s o deste modo processadas de forma sistem tica primeiro atrav s das suas caracter sticas f sicas e depois sem nticas A mensagem n o atendida atenuada ou reduzida fica num buffer de mem ria de curto prazo podendo ser recuperada mais tarde em maior ou menor grau dependendo do limite de capacidade do sistema de processamento As principais cr ticas a este modelo incidem essencialmente no modo pouco preciso como explicam o processo de an lise sem ntica bem como natureza do processo de atenua o Tamb m se levantaram quest es relacionadas com a escuta dic tica Kahneman 2001 O modelo de Deutsch amp Deutsch 1963 denominado de modelo do filtro tardio responde aos m ltiplos problemas e cr ticas do modelo de Broadbent argumentando que h uma an lise do significado de todos os est mulos Os autores sugerem ainda que a selec o ou filtro s ocorre depois da an lise sem ntica Sendo assim todos os est mulos
85. m casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndice VIII Preparar o pequeno almo o Ap ndice IX Encontrar autom vel cinzento Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida V Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndice X Encontrar o pr dio com n mero 10 Ap ndice XI Encontrar pl acards publicit rios Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida VI Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndice XII Desempenho dos Utentes no Programa de Reabilita o Cognitiva SESS O 0 DATA UIENTE CEN RIO om ODDS RE a 02 03 2015 ESTO E aaan RR E asmoen v f CEO AV V emain wame v CEEA DI E assomme v f pm E E asas EE E O ii j ej 4H ej SH ai i at a a E eanan v 072013 AR a eT cae woso fT frome E a eo R ZEN ME E A wora v f eomm v oo oo enose v TT aeann A e CETIM v a j Aj j ej Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida VI
86. m utiliza o de Ambientes Virtuais da interven o atrav s dos relatos subjectivos do desempenho efectivo nas tarefas e do comportamento quotidiano adquirido 3 3 Abordagem da Reabilita o Neurocognitiva S o descritas em tr s categorias as abordagens postuladas por Sohlberg e Matter 2001 nomeadamente a abordagem do processo cl nico a de estimula o geral e a abordagem da adapta o funcional No que concerne primeira papel do terapeuta a prescri o de actividades hierarquicamente organizadas e dirigidas a componentes espec ficos dos processos cognitivos de forma repetitiva e adequada Na realidade esta abordagem coloca a t nica na repeti o uma vez que o treino directo de processos cognitivos pass vel produzir a reorganiza o dos processos lesados Os autores preconizam igualmente a aplica o de materiais de treino cognitivo e g software assumindo que qualquer estimula o resulta na promo o das faculdades afectadas abordagem de estimula o geral E por fim a abordagem da adapta o funcional respeita ao treino espec fico das fun es cognitivas afectadas em contexto da vida real dispensando do setting cl nico 3 4 Treino Cognitivo e Plasticidade Neuronal No contexto da Reabilita o Neurocognitiva com recurso a Serious Games baseados em Realidade Virtual o treino cognitivo consiste na repeti o adequada de tarefas hierarquicamente organizadas representadas pelo n veis do jog
87. ma inten o uma ac o a ser realizada num tempo espec fico do futuro Para Ellis 1996 somente quando se propicia um espa o entre o presente e uma ac o futura concreta que se est perante um processo de mem ria prospectiva Por esta raz o este sistema de mem ria tem recebido diferentes nomes mem ria prospectiva Dalla Barba 1993 mem ria intencional Goschke amp Kuhl 1996 Kvavilashvili 1987 mem ria para actividades di rias Cohen 1991 e mem ria do futuro Einstein amp Daniel 1990 Por exemplo situa es como passear o c o tomar os medicamentos hora certa ou comprar p o a caminho de casa s o exemplos quotidianos de tarefas habituais que envolvem a mem ria prospectiva Assim sendo e com fim a garantir o funcionamento sadio da mem ria prospectiva do ponto de vista de Burguess e de encontro teoria de Ellis 1996 h o que ser asseguradas cinco caracter sticas uma das quais exige que sejam desempenhadas diversas tarefas e estas sejam conclu das requer igualmente a articula o de tarefas a realiza o de tarefas em simult neo devem ser evitadas e numa outra inst ncia as interrup es devem ser algo dadas como garantidas dado que as coisas podem n o surgir como planeadas e por fim a inten o uma tarefa iniciada e interrompida antes de ser finalizada e quando o sujeito a retoma sabe em que parte ficou Concluindo se o seguinte a partir do momento em que h inten o num determinado o
88. mes Morais J Kolinsky R Colin C Pattamadilok C Ventura P 2003 Progresso Em Neuropsicologia Cognitiva Uma Discuss o de Modelos Funcionais do Reconhecimento das Palavras Vol 1 Cadernos Rom nicos em Ci ncias Cognitivas Nasreddine Z S Phillips N A B dirian V Charbonneau S Whitehead V Collin I Cummings J L Chertkow H 2005 The Montreal Cognitive Assessment MoCA A brief screening tool for mild cognitive impairment Journal of the American Geriatrics Society 53 695 699 Nelson C Luciana M 2001 Handbook of Developmental Cognitive Neuroscience USA Massachusetts Institute of Tecnology Olson M Hergenhahn B 2004 Introduction to the theories of learning London Prentice Hall Pausch R Proffitt D e Williamns G Quantifying Immersion in Virtual Reality Perfetti C amp Hogaboam T 1975 Relationship Between Single Word Decoding and Reading Comprehension Skill Journal of Educational Psychology 67Pontes L M Hubner M M 2008 A Reabilita o Neuropsicol gica sob a tica da Psicologia Comportamental Rev Psig Cl n 35 6 12 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 74 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Posner M Peterson S 1990 The attention sy
89. mico As consequ ncias les es cerebrais s o pass veis de afectar distintos dom nios sejam do foro cognitivo emocional comportamental os quais poder o comprometer o relacionamento familiar social e profissional E o tipo d fice cognitivo difere segundo o tipo de les o que ocorreu se devido a focos de infec es doen as degenerativas neoplasias ou traumatismos cr nio encef licos Neste sentido a reabilita o assume um papel mpar no que respeita recupera o dos d fices adquiridos de modo a atinjirem o melhor ajustamento social e qualidade de vida Por seu turno sabido que o impacto dos jogos enquanto actividade social assegurado pela ind stria do entretenimento contudo Rakoczy Rakoczy 2007 cit in Gamito Oliveira Morais Rosa amp Saraiva 2010 acrescenta o car cter educativo neles impl cito de acordo com as limita es e regras que lhes s o inerentes os jogos estimulam novos modos de pensamento novas aprendizagens e novos comportamentos Com efeito quando a finalidade dos jogos ultrapassa as barreiras do entretenimento estas plataformas l dicas s o denominadas de Serious Games Michael amp Chen 2006 Os autores v o mais longe quando assumem que o prop sito dos referidos jogos s rios centra se na educa o e em segundo plano no entretenimento Com o intuito de garantir melhor compreens o por parte do utilizador os ambientes virtuais s o elaborados com recurso a t cnicas de 3D Import
90. mpenhar transversal s mais diversas reas m dicas DGS 2003 Em suma no mbito da reabilita o o pretendido a coopera o convergente de cada rea com o intuito de definir um plano pass vel de atingir objectivos comuns Neste sentido Pontes amp Hubner 2008 preconizam a optimiza o do aproveitamento das fun es na sua totalidade ou parcialmente a fim de adquirir novas capacidades de modo a permitir compensar as capacidades afectadas Na realidade o que se verifica no CMRA constante a preocupa o e o investimento em equipamentos assim como em profissionais de modo a garantir a excel ncia na reabilita o Estar na vanguarda da tecnologia igualmente um princ pio a respeitar Por outras palavras parece haver espa o para explorar e desenvolver uma rea ainda embrion ria no contexto da reabilita o cognitiva em Portugal a Realidade Virtual a qual envolve psic logos neuropsic logos e engenheiros inform ticos constituindo uma equipa de profissionais que atendesse ao caso espec fico de cada indiv duo sabido que at implementa o de um plano terap utico com recurso RV est o envolvidos processos demorados e exigentes Neste sentido espera se com a presente investiga o contribuir para os avan os do estudo da tem tica em causa Conclui se ent o que com os recursos correctos e uma equipa de profissionais dedicada a Realidade Virtual baseada em Serious Games poder vir a constit
91. mporta referir que ambos os gabinetes estiveram sempre em contacto para que n o houvesse sobrecarga de avalia es no departamento de Reabilita o de Adultos 1 Neste sentido ficou acordado que os utentes que fossem encaminhados para o departamento de RV Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 61 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais fossem avaliados pelo t cnico estagi rio em dois momentos antes da primeira sess o de reabilita o cognitiva por RV e ap s a ltima sess o Assim sendo foram sujeitos a duas provas com fim a avaliar a aten o e a mem ria atrav s do Montreal Cognitive Assessment MoCA e da Escala de Mem ria de Wechsler EMW Anexo III e Anexo IV respectivamente No que respeita ao plano de reabilita o cognitiva com recurso RV quantificam se oito sess es s quais precede uma dedicada ao cen rio de treino Ap ndice I O prop sito desta sess o prende se essencialmente com quest es relacionadas com a habitua o ao equipamento computador e rato com a familiariza o dos utentes aos os comandos e n o obstante o pr prio treino com o ambiente virtual Nesta sess o s o ainda exploradas poss veis restri es f sicas e ou adversidades face ao cen rio O plano das sess es foi estruturado de modo a est
92. mulador que lhe permite seguir quantidades de v rios tamanhos embora apenas reconhe a com maior precis o pequenos conjuntos de objectos De acordo com este modelo as informa es num ricas podem ser manipuladas no c rebro de tr s formas visual ar bico verbal e anal gico Na representa o anal gica de quantidade os n meros podem ser representados com um formato verbal e g doze e uma forma visual na qual o n mero representado como uma sequ ncia de s mbolos num ricos e g 12 Este processo permite que a informa o seja modificada de um c digo para outro i e converter um n mero ar bico para uma palavra num rica l para um e vice versa Dehaene e os seus colaboradores indicaram que o sentido do n mero depende essencialmente das reas parietal e pr frontal com o segmento horizontal do sulco bilateral intraparietal Dehaene 2004 Este modelo afirma ainda que sabemos identificar o tipo de activa o neuronal em que n o existe consci ncia porque h acesso cognitivo tratando se de processos recorrentes globais em que a activa o das diferentes zonas interactua por todo o c rebro 2 4 Linguagem 2 4 1 A vis o cl ssica das reas de linguagem O estudo das afasias foi sempre desde o in cio da hist ria da neurologia a melhor fonte de informa o de que a comunidade cient fica dispunha para conhecer o papel do c rebro na linguagem Em neurologia emprega se o termo afasia como defini o de uma
93. n o antigo lobo parietal mudan a col culo superior e engajamento no novo foco pulvinar do t lamo sendo cada uma dessas opera es computadas em reas cerebrais diferentes Juntas essas reas cerebrais desempenham a tarefa de orienta o sendo que les es no lobo parietal mesenc falo e t lamo podem resultar na s ndrome de neglig ncia ou extin o Posner amp Fan 2001 sabido que o giro supra marginal direito desempenha um papel caracter stico na produ o do movimento dos olhos e na mudan a da aten o fun o essa que n o se verifica no giro supra marginal esquerdo Segundo Machado 2003 as repercuss es de les es do lado direito da rea temporoparietal resulta a s ndrome da neglig ncia ou s ndrome de inaten o uma vez que em causa est o envolvidas reas intimamente relacionadas com processos visuoespaciais Tamb m o trabalho de Posner e Fan 2001 alerta para as evid ncias da lateraliza o da aten o em humanos relatando que na jun o parietal temporal rea relacionada ao desprendimento de um foco antigo de aten o para um novo a les o no lado direito mais significativa para o d ficit atencional do que no lado esquerdo A rede frontal incluindo o giro do c ngulo anterior e c rtex lateral pr frontal igualmente activada em tarefas que envolvem a aten o executiva ou seja quando o conflito est presente e a produ o de uma resposta n o habitual requerida Posner e Fan
94. ncionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais a massa encef lica a resson ncia m gn tica funcional fMRI permite a avalia o da actividade cognitiva ou seja nas t cnicas funcionais s o abordadas as consequ ncias da les o as reas que afectou e o estudo de sujeitos normais enquanto nas t cnicas estruturais somente se cinge localiza o da les o cerebral Poder se admitir que a rela o da Psicologia Cognitiva com as Neuroci ncias ocorre ao n vel da mente e do c rebro integrados e interdependentes uma vez que os processos mentais exercem influ ncia na plasticidade cerebral em v rias estruturas celular molecular e circuitos neuronais Na realidade a expans o desta rea resulta da simbiose das mais diversas disciplinas que estudam o comportamento com fim a demonstrar os mecanismos do c rebro e a sua rela o com o funcionamento cognitivo Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 16 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 2 Perspectiva Neuropsicol gica das Principais Fun es Cognitivas 2 1 Aten o 2 1 1 Principais reas cerebrais envolvidas no processo atencional Em termos latos poder se compreender aten o como a fun o mental cujo fim co
95. nd A J amp Reisberg D 2007 Psicologia 7 Edi o Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Gil R 2007 Neuropsicolog a Barcelona Elsevier Masson Habib M 2000 Bases Neurol gicas dos Comportamentos Lisboa Climepsi Editores Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 72 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Hillis A E amp Caramazza A 1992 The Reading Process and Its Disorders Cognitive Neuropsychology In Clinical Practice New York Oxford University Press INEM Estatisticas Via Verde Available from http avc inem pt avc stats_avc_site stats asp Junqu C amp Barroso J 2001 Neuropsicologia Madrid Editorial S ntisis Kendler H 1980 Introdu o Psicologia I volume Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Kober S Wood G Hofer D Kreuzig W Kiefer M Neuper C 2013 Virtual Reality in Neurologic Rehabilitation of Spatial Disorientation Journal of NeuroEngineering and Rehabilitation 10 7 Kolb B e Whishaw I 1998 Brain Plasticity and Behavior Canadian Centre for Behavioural Neuroscience 49 43 64 Kwan Min Lee K M amp Nass C 2005 Social Psychological Origins of Feelings of Presence Creating Social Presence with Machine Generated Voices Lawrence Erib
96. neamento e multitasking A luz dos conhecimentos de Burguess o conceito multitasking pode ser descrito como a capacidade inerente ao desempenho simult neo de v rias tarefas n o automatizadas Ali s os casos em que diagnosticada perturba o na aplica o de estrat gias Burguess e Shalice 1996 n o s o manifestados em ambiente de laborat rio uma vez que o papel dos lobos frontais em tarefas de multitasking designado atrav s de caracter sticas de execu o necess rias em tarefas da vida real definindo este tipo de tarefa como sendo um tipo de padr o que requer uma organiza o e uma estrutura o dos objectivos relacionados com situa es da vida real como as supramencionadas Como tal devem estar envolvidas na dita multitarefa tr s componentes cognitivas fundamentais a garantia de que h mem ria retrospectiva dado que est relacionada com a aptid o de relembrar aprender as regras da tarefa dotar da capacidade de planeamento delinear um plano e e manifestar intencionalidade na capacidade de seguir esse plano e as respectivas regras Contudo a contribui o das neuroci ncias nesta rea n o passa muitas vezes pela mera aplica o de provas neuropsicol gicas MET e SET dado que conforme referido neste tipo de situa es s o revelados defeitos no que respeita ao recurso a situa es da vida real dos sujeitos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci nc
97. ng all that we can Am J Occup Ther 66 488 493 Farah M 2004 Visual Agnosia United States of America MIT Press Feldman R S 2007 Introdu o Psicologia 6 Edi o Amadora McGraw Hill Ferreira E 2009 Paradigmas do Jogar Interac o Corpo e Imers o nos Videogames VIII Brazilian Symposium on Games and Digital Entertainment Ferro J amp Pimentel J 2006 Neurologia Princ pios Diagn stico e Tratamento Lisboa Editora Lidel Gamito P Oliveira J Morais D Baptista A Santos N Soares F Saraiva T Rosa P 2010 Training presence the importance of virtual reality experience on the sense of being there Stud Health Technol Inform 154 128 33 Gamito P Oliveira J Morais D Rosa P Saraiva T 2007 Serious Games for Serious problems from Ludicus to Therapeuticus Virtual Reality Prof Jae Jin Kim Ed Available from http www intechopen com books virtual reality serious games for serious problems from ludicus to therapeuticus Gamito P Oliveira J Santos P Morais D Saraiva T Pombal M amp Mota B 2008 Presence Immersion and Cybersickness Assessment through a Test Anxiety Virtual Environment In Annual Review of CyberTherapy and Telemedicine USA San Diego Garcia Palacios A Hoffman H See S Tsai A Botella C 2001 Redefining Therapeutic Success with Virtual Reality Exposure Therapy Cyberpsychol Behav Gleitman H Fridlu
98. nitorizadas de acordo com o sucesso fracasso da tarefa bem como as limita es sentidas pelo utente caso necess rio Em todas as sess es s o efectuados os registos quanto ao tempo que o paciente demora a efectuar a tarefa se ele cumpre correctamente a tarefa ou n o tendo como objectivo que cada vez menos seja necess ria a interven o do terapeuta Ap ndice XII Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 64 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 8 Resultados Uma vez que a amostra considerada reduzida N lt 30 recorreu se ao Teste N o Param trico Wilcoxon com o intuito de avaliar as diferen as entre o primeiro e o segundo momento da avalia o neuropsicol gica antes e depois da interven o Face aos resultados verificou se que ap s a interven o terap utica existem diferen as estatisticamente significativas entre os momentos avaliativos nomeadamente no teste MoCA Z 2 524 p 012 e na WMS Z 2 666 p 008 Neste sentido rejeita se a hip tese nula verifica se um aumento nos valores das m dias entre o primeiro momento do teste MoCA M 22 39 DP 4 43 e o segundo momento M 26 33 DP 2 74 o que pressup e um progresso cognitivo assim como no teste WMS em que do primeiro momento M 47 28 DP 13 78 para o segund
99. nsiste em seleccionar est mulos sensoriais apresentados ou n o em simult neo os quais ser o teis e pertinentes para a realiza o de uma actividade motora ou mental Gleitman Fridlund e Reisberg 2007 De entre os estudos acerca da neuroanatomia da aten o destacam se as modalidades de aten o visual e em menor propor o de aten o auditiva Alexandre Luria propunha a tese de que as estruturas da parte superior do tronco encef lico e a forma o reticular seriam respons veis pela manuten o do n vel de vig lia e manifesta o da reac o de alerta geral enquanto o c rtex l mbico e a regi o frontal estariam relacionados com o reconhecimento seletivo de um determinado est mulo inibindo respostas a est mulos irrelevantes Luria 1981 cit in Rodrigues e Ciasca 2010 Estudos mais recentes confirmam e acrescentam informa o s proposi es postuladas por Luria No que se refere s informa es visuais a orienta o autom tica ex gena da aten o parece uma envolver uma via filogeneticamente antiga via retinotectal a qual se projecta da retina para os col culos superiores enquanto a orienta o volunt ria end gena parece estar envolvida com o controlo cortical Importa esclarecer que o sistema visual formado essencialmente por duas vias que se originam no c rtex visual prim rio a via ventral occ pito temporal a qual projectada para o lobo temporal inferior e relaciona se com a identifica
100. ntido importa referir que o discurso normal espont neo decorre do processo de lexicaliza o o qual compreende dois est gios a selec o do item lexical apropriado a n vel mental e a codifica o fonol gica do item seleccionado isto de modo a criar a representa o do item no seu contexto necess rio proceder verbaliza o do mesmo Levelt 1989 De notar que a selec o de um item e a sua codifica o fonol gica poder ocorrer em dois est dios sucessivos mas n o sobrepostos o primeiro concerne selec o lexical no qual Kempen 1977 1978 introduz o conceito de Jemma e o segundo respeita codifica o fonol gica ou seja a informa o fonol gica dirigida por cada lemma No estudo da produ o da palavra o paradigma levado a cabo por Levelt assume o modelo de activa o em cascata directa o qual prop e que h uma prepara o da mensagem e inten o de comunicar macro planeamento depois uma constru o do molde gramatical e fonol gico micro planeamento e por fim a produ o de discurso De acordo com o modelo est tico discreto procede se por duas fases a primeira resulta a partir do conceito sem ntico que acede a uma rede amodal escolha do conceito lexicaliza o que representa a recupera o do lema acesso s propriedades sint ticas depois desta fase conclu da segue se a segunda que diz respeito ao acesso representa o fonol gica que por sua vez permite acesso
101. o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida I Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndice II Higiene pessoal Ap ndice III Tomar o pequeno almo o NENE Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida IH Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndice IV Ir mercearia Ap ndice V Comprar tr s produtos espec ficos Valor Disponivel 10 00 Valor Total 0 00 Airuuich Ariel Arroz Azete Barritas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida HI Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Ap ndice VI Comprar cinco produtos espec ficos of Psucar pm CER Ap ndice VII Vestir tr s pe as de roupa Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida IV Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos e
102. o conhecimento do vocabul rio da sintaxe entre outras Braibant 1997 A literatura sugere Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 36 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais uma rela o entre automatismo precis o e rapidez no reconhecimento de palavras e compreens o de leitura Al gria amp cols 1997 Morais 1996 Perfetti amp Hogaboam 1975 Quanto mais r pida for a identifica o de cada palavra maior a capacidade da mem ria de trabalho consagrada s opera es de an lise sint tica de integra o sem ntica dos constituintes da frase e de integra o das frases na organiza o textual processos importantes para a compreens o da leitura Morais 1996 2 4 3 Modelos de produ o da palavra sabido que a investiga o dos processos cognitivos subjacentes a actividades de produ o e de compreens o da linguagem compete actualmente Psicolingu stica dado que se dedica n o somente ao estudo do processamento adulto bem como a pesquisas respeitantes aquisi o da linguagem ou aos casos de perda e de d ficit de ordem lingu stica Em termos gerais a linguagem concebida segundo a maioria dos modelos como uma actividade complexa que envolve o processamento de informa o em diferentes n veis Neste se
103. o com o intuito de incrementar gradualmente o grau de complexidade do est mulo grau de dificuldade inerente a cada n vel de acordo com o desempenho do sujeito na tarefa refor o positivo negativo No entanto o sucesso deste tipo de interven o terap utica somente se verifica por serem considerados os princ pios basilares da reabilita o cognitiva o c rebro dotado de uma plasticidade que lhe permite recuperar os danos cognitivos resultantes da les o e assegurar que o indiv duo tem a capacidade de se adaptar a n vel comportamental s necessidades exigidas do meio Stuss Winocur e Robertson 2010 cit in Stuss Winocur e Robertson 2010 De acordo com Yusuff Yusuff 2009 cit in Gamito et al 2007 o sistema Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 47 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais deve participar informa es acerca performance do jogador de modo a que as suas ac es futuras sejam influenciadas pelo referido feedback Em suma o paradigma desta abordagem centra se no conceito de plasticidade neuronal o qual descrito por Kolb e Whishaw 1998 como a capacidade que o c rebro tem em alterar as suas estruturas e recuperar as suas fun es Dados emp ricos sugerem que ao longo do desenvolvimento e do envelheciment
104. o M 57 19 DP 15 60 se verifica uma melhoria no desempenho dos sujeitos Tabela I Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 65 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 10 Discuss o Como referido anteriormente esta investiga o procurou avaliar a efic cia de um programa de reabilita o neurocognitivo com recurso a ambientes virtuais baseados em serious games com fim ao treino e recupera o dos processos atencionais e mn sicos comprometidos no seguimento de um AVC Considera se que a componente l dica aliada terap utica poderia ser um agente facilitador do processo de neuroreabilita o Schutheis 2001 cit in Man 2010 Rose Brooks Rizzo 2005 Rizzo Schultheisc Kerns e Mateerd 2004 Rizzo 1997 De acordo com Perry Andureu Cavallaro Veneman Carmien e Keller Perry Andureu Cavallaro Veneman Carmien amp Keller 2011 os jogos aplicados pr tica cl nica nomeadamente no mbito da neuroreabilita o assumem um papel mpar na recupera o dos d fices cognitivos adquiridos no seguimento de um AVC Na presente investiga o o efeito das sess es de reabilita o neurocognitiva com base em serious games foi verificado na amostra cl nica recolhida atrav s da an lise de resultados pr e p s interven o terap
105. o entanto a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 63 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais actividade de exterior desta oitava sess o reservada explora o de todos os placards publicit rios presentes no caminho mais r pido para a mercearia Nesta tarefa pedido ao sujeito que memorize quantos cartazes encontra e que marcas representam Ap ndice XI Caso suscitem d vidas quanto s tarefas a desempenhar ou aos comandos a utilizar o terapeuta interv m o menos poss vel no decorrer da sess o de modo promover a autonomia do sujeito enquanto indiv duo n o virtual Contudo a fim de evitar sentimentos de profunda frustra o s o dadas simples pistas que auxiliam e motivam a conclus o da tarefa Importa ainda referir que ap s a realiza o de cada sess o solicitado ao utente que recorde hierarquicamente todas as tarefas cumpridas e questionados pequenos detalhes que o t cnico estagi rio considere importantes tais como a cor das pe as de roupa que escolheu o itiner rio feito at mercearia ou at mesmo a localiza o do apartamento Este pequeno exerc cio permite rastrear o n vel de envolvimento e aten o na sess o bem como o treino activo da mem ria De salientar que todas as sess es s o cronometradas e mo
106. o normal bem como no decurso de patologias o c rebro cr vel como uma estrutura din mica que reage experi ncia e que a aprendizagem um factor preponderante na concep o da ideia da neuroplasticidade na medida em que o treino intensivo e precoce modifica a extens o das reas das reas cerebrais implicadas Schlaug 2001 No decorrer do processo evolutivo o desenvolvimento de rela es interpessoais e de interac es com o meio s foram poss veis devido ac o sin rgica dos rg os coordenados pelo Sistema Nervoso Central ac o esta ocorrida por meio do fen meno da neuroplasticidade o qual confere a readapta o funcional e morfol gica de estruturas face aprendizagem experi ncia e no caso do presente estudo aos danos cognitivos Kolb e Gibb 1999 cit in Nelson e Luciana 2001 Por outro lado Kolb e Gibb 1999 acrescentam ainda que h que ter em considera o que a recupera o funcional depende de in meros factores relacionados com o doente e com a pr pria patologia nomeadamente o sexo a idade a domin ncia manual ou quest es de natureza sociocultural Nelson e Luciana 2001 Neste sentido enquadra se o recurso serious games como ferramenta terap utica a qual actua ao n vel da neuroplasticidade atrav s da aprendizagem obtida pelo treino cognitivo Russel e Norvig 2009 sabido que indiv duos com perturba es neurol gicas de ordem degenerativa traum tica ou tumoral que afectam determinadas zona
107. oblemas de hipertens o arterial HTA diabetes doen as card acas e algumas valvupatias Ferro e Pimentel 2006 Estudos de Junqu amp Barroso 2001 sugerem que outro factor de maior vulnerabilidade o g nero os homens manifestam ser mais propensos a patologias vasculares que as mulheres sendo que 40 dos homens pode vir a sofrer a reincid ncia de um AVC enquanto que o mesmo se revela em somentei 20 das mulheres Torna se ent o pertinente esclarecer os tipos de AVC na medida em que o mecanismo que o despoletou n o s determina a sua nomenclatura como as suas repercuss es divergem de tipo para tipo 4 2 Preval ncia N o subestimando os demais h d ficts neurol gicos mais preocupantes que outros na medida em que comprometem n o s as actividades di rias como p em em risco a pr pria vida Efectivamente o acidente vascular cerebral AVC representa um consider vel Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 49 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais problema de sa de p blica uma vez que apresenta uma grande taxa de incid ncia de morbilidade e mortalidade a n vel mundial Contudo nem a sua incid ncia ou morbilidade parecem ser preponderantes numa interven o precoce nos factores de risco Carvalho 2009 Dados estat
108. oda uma qualidade de vida crucial garantir um acompanhamento precoce sabido que ap s uma les o cerebral adquirida diversos s o os mecanismos implicados na reabilita o neuropsicol gica bem como as repercuss es que os danos t m a n vel f sico emocional cognitivo e comportamental Contudo pretendido intervir n o somente no doente como nas respectivas fam lias 6 2 Ciberterapia A Ciberterapia insere se no mbito da Terapia Cognitivo Comportamental TCC a qual tem sido apontada como tratamento de elei o para o tratamento de diversos transtornos do foro mental e reabilita o cognitiva de les es cerebrais gra as sua evid ncia emp rica Butler Chapman Forman amp Beck 2006 Estudos de neuroimagem confirmaram o que j se previa as Psicoterapias Cognitivo Comportamentais produzem mudan as fisiol gicas e funcionais em muitas reas cerebrais Linden 2006 O racional da Ciberterapia tem por base os princ pios da tele sa de um g nero de medicina dist ncia o qual inclui n o s actividades m dicas envolvendo pacientes como tamb m actividades que visam alcan ar o p blico saud vel remotamente neste caso atrav s da internet Riva Botella L geron Optale 2004 Na realidade os benef cios deste programa inovador incluem um acompanhamento psicoterap utico continuado o acesso a popula o que n o tenha disponibilidade financeira ou mobilidade para se deslocar ao consult rio pro
109. om tica no controlo do Sistema Nervoso Aut nomo recebendo influ ncia do hipot lamo e sistema l mbico assim como no controlo neuroend crino os comportamentos instintivos e motivados a integra o de reflexos e a prop sito da referida fun o cogntiva na selec o de est mulos sensoriais s o igualmente assegurados pelos n cleos de forma o reticular uma vez que permite filtrar os est mulos relevantes dos est mulos irrelevantes Dos principais n cleos da forma o reticular destacam se os n cleos de rafe l cus cereleus a subst ncia cinzenta periaquedutal e a rea tegmentar ventral nos quais s o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 19 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais produzidos uma s rie de neurotransmissores modeladores de sistemas corticais e subcorticais 2 1 2 Principais neurotransmissores Todo o processo envolvente aos n cleos de forma o reticular n o seria poss vel sem a ac o de neurotransmissores espec ficos nomeadamente da acetilcolina noradrenalina serotonina adrenalina e dopamina a acetilcolina produzida nos n cleos basais de Meynert e nos n cleos pedunculopontinos nos quais os neur nios colin rgicos a projectam para o c rtex pr frontal t lamo e para a subst ncia negra
110. om tricos Ci ncia amp Sa de Coletiva 1 1247 1256 Barroso J e Junqu C 2001 Neuropsicolog a Editorial S ntesis Madrid Branco T amp Santos R 2010 Reabilita o da Pessoa com AVC Coimbra Formasau Burdea G Coiffet P 2003 Virtual Reality Technology Canada John Wiley amp Sons Inc Press 2003 Butler A Chapman J Foreman E Beck A 2006 The empirical status of cognitive behavioral therapy a review of meta analyses Clinical Psychol Rev 26 17 31 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 70 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Carlozzi N Gade V Rizzo A Tulsky D 2012 Using virtual reality driving simulators in persons with spinal cord injury three screen display versus head mounted display Disability and Rehabilitation Assistive Tecnology 1 5 Castro Caldas A 2000 A Heran a de Franz Joseph Gall O c rebro ao servi o do comportamento humano Amadora McGraw Hill Coelho M 1997 Afasia ap s Acidente Vascular Cerebral N 2 Boletim do Hospital de S o Marcos Braga Davidoff L 2006 Introdu o Psicologia Brasil Pearson Makron Books Delavarian M Afrooz A Gharibzadeh S 2012 Virtual Reality and Down Syndrome Rehabilitation Journal of Neuropsych
111. os 16 e os 89 anos Wechsler 2008 7 2 2 Montreal Cognitive Assessment MoCA O MoCA considerado um instrumento breve de rastreio cognitivo uma vez que avalia distintos dom nios cognitivos sendo aplic vel em dez minutos no entanto a prova n o tem tempo limite Esta prova constitu da por onze itens que acessam aten o e concentra o fun es executivas mem ria linguagem capacidade visuo construtivas capacidade de abstrac o c lculo e orienta o Nasreddine Phillips B dirian Charbonneau Whitehead Collin Cummings amp Chertkow 2005 O score total de 30 pontos sendo a pontua o de 26 ou superior considerada normal Nasreddine et al 2005 Importa referir que actualmente o MoCA o teste de rastreio cognitivo mais utilizado no Servi o 1 no mbito da avalia o neuropsicol gica do CMRA At ent o o Mini Mental State Examination MMSE era a prova eleita contudo ap s conclus es inferidas pela investiga o e reflex es te ricas verificou se que o MoCA seria mais sens vel detec o de determinados d fices cognitivos relacionados com a patologia cerebrovascular Segundo Dong Sharma Chan Venketasubramanian Teoh Seet Tanicala Chan amp Chen 2010 o MMSE n o seria suficientemente sens vel a d fices mais complexos relacionados com o funcionamento executivo o pensamento abstracto e a capacidade visuo espacial Neste sentido o Servi ol optou por aplicar o MoCA n o apenas
112. otar que a capacidade de inibi o mant m se sem decl nio com o avan ar da idade o mesmo n o se verifica com a altern ncia e a actualiza o Miyake 2000 Neste sentido torna se pertinente compreender os processos envolvidos nos sistemas neuronais Importa referir q o HE respeita no c rtex PFDL por conseguinte activa o das respostas poss veis selec o das respostas correctas e o HD monitoriza o da informa o externa e interna tarefas de aten o e mem ria Assim quanto maior a necessidade de monitoriza o mais incerteza maior a activa o Refutando a ideia de que as FE podem ser entendidas como 1 sistema unit rio recorro dimens o do LF dado q representa grande por o da rea do c rebro pelo que improv vel que toda esta rea tenha uma fun o unit ria Baddeley 1998 Os ditos processos executivos envolvem liga es entre diferentes regi es do c rebro sendo pouco exclusivos e associados com a fun o frontal O lobo frontal tem sistemas de controlo que permitem implementar diferentes estrat gias para responder a est mulos internos e externos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 40 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais sendo por isso respons vel pela tomada de decis o e implementa
113. porcionando assim a possibilidade levar o tratamento a cabo de forma domiciliar e do ponto de vista do profissional a garantia da monitoriza o do estado de evolu o do paciente ou a possibilidade de atender os casos de urg ncia Schoenber Ruwe Dawson McDonald Houston Forducey 2008 E neste sentido uma das vertentes que Riva 1999 preconiza efectivamente como potencial meio para neuroreabilita o o recurso a ferramentas tecnol gicas 6 2 1 Serious Games Os avan os crescentes da tecnologia cada vez mais ditam a actualidade e s o indubitavelmente uma mais valia para levar a cabo novas interven es psicoterap uticas A luz dos pressupostos de Rizzo 1997 pioneiro nos estudos da rea h um potencial Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 55 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais terap utico oculto nos cen rios virtuais aliar o jogo componente terap utica nomeadamente reabilita o neuropsicol gica ap s um evento traum tico ou les o cerebral revela ser um recurso a adoptar uma vez que o aspecto l dico confere maior motiva o e envolvimento na tarefa Rizzo Schultheisc Kerns e Mateerd 2004 Importa salientar que o recurso realidade virtual n o se limita ao tratamento de perturba es de perturba
114. positivo e satisfat rio Contudo outras s o as pesquisas que apontam para a import ncia que determinadas caracter sticas individuais t m em influenciar a capacidade de imers o Weibel et al 2010 Neste sentido a experi ncia pode ser imersiva e n o imersiva consoante o equipamento utilizado Na sua forma mais imersiva fala se da transmiss o dos aspectos visuais e auditivos por meio de unidades port teis data gloves headmounted display HMD dotadas de sensores de alta precis o Man 2010 Entenda se que nestes casos poder ocorrer um fen meno o qual poder ser definido como uma resposta fisiol gica natural despoletada por um processamento espec fico de est mulos cybersickness na realidade trata se da assincronia entre a informa o recebida pelo aparelho vestibular visual e proprioceptivo Stanney et al 2002 cit in Gamito et al 2008 E com os progressos tecnol gicos alcan ados at ent o permitiram o desenvolvimento de sistemas de realidade virtual mais econ micos e eficazes com a funcionalidade de reprodu o em computadores tradicionais velocidade de computa o capacidade nitidez de imagens e gr ficos bem como sistemas de apresenta o interfaces instrumentos h pticos o tracking os softwares e at mesmo os sistemas de apresenta o s o ferramentas agora melhoradas Rizzo et al 2004 Por seu turno na sua forma n o imersiva as caracter sticas visuais do ambiente s o Universidade
115. rance W C Jr Coffey C E 2002 Executive control function a review of its promise and challenges for clinical research A report from the Committee on Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 15 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Research of the American Neuropsychiatric Association J Neuropsychiatry Clin Neurosci 14 377 405 Schlaug G 2001 The Brain of Musicians A Model for Functional and Structural Adaptation Ann NY Acad Sci Schoenber M Ruwe W Dawson K McDonald N Houston B P Forducey 2008 Comparison of Functional Outcomes and Treatment Cost Between a Computer Based Cognitive Rehabilitation Teletherapy Program and a Face to Face Rehabilitation Program Professional Psychology Research and Practice 39 169 175 Sim es M 1997 Avalia o Neuropsicol gica Psychologica 17 137 139 Sohlberg M Mateer C 2001 Cognitive Rehabilitation An Integrative Neuropsychological Approach New York Guilford Press Stuss D Winocur G Robertson I 2010 Cognitive Neuro Rehabilitation evidence and application UK Cambridge University Press Thompson R F amp Madigan S A 2005 Memory USA Princeton University Press Tsirlin I Dupierrix E Chokron S Coquillart S 2009
116. revis o de literatura pretende apenas elucidar o potencial desta t cnica uma vez que s o preservados os elementos fundamentais da psicoterapia nomeadamente a rela o terap utica Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 57 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 7 Metodologia 7 1 Amostra Para a elabora o da presente tese recorreu se a uma amostra cl nica constitu da por 9 utentes N 9 com idades compreendidas entre os 22 e 73 anos de idade M 52 67 DP 14 70 acompanhados pelo Servi o de Reabilita o de Adultos 1 do departamento de Psicologia do Centro de Medicina de Reabilita o de Alcoit o CMRA no seguimento de uma les o cerebral cujas consequ ncias tivessem comprometido as faculdades atencionais e mn sicas do sujeito o que constitui o crit rio de inclus o Considerando a distribui o da amostra por sexo sabido que seis sujeitos s o do sexo masculino N 6 66 7 e tr s do sexo feminino N 3 33 3 Quanto ao estado civ l cinco sujeitos s o casados N 5 55 6 e quatro sujeitos solteiros N 4 44 4 No que respeita ao n vel de habilita es liter rias sabe se que 44 da popula o amostral possui habilita es liter rias ao n vel do ensino secund rio N 4 44 4 33 3 ao n vel do ensino b s
117. rrinal les es localizadas em CAJ CAS levam a d fices de mem ria Uma vez que a actividade do c rtex entorrinal regi o adjacente ao hipocampo influi nas reas associativas corticais a forma o hipocampal pode estimular diversas regi es dos lobos temporal parietal e frontal influenciando inevitavelmente os processos de memoriza o o que leva a que muitas das conex es sin pticas da forma o hipocampal possam ser alteradas pela actividade neuronal Contudo n o h ainda consenso na comunidade cient fica no que respeita ao tipo de informa o que Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 25 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais modificada e como esta plasticidade coopera com o hipocampo aquando da consolida o da mem ria de curto prazo em mem ria de longo prazo Por outro lado sabe se que o t lamo desempenha igualmente um papel activo na consolida o da mem ria uma vez que constitui o sistema l mbico em especial o circuito de Papez o qual influencia directamente o sistema relacionado com as emo es Neste sentido tanto no hipocampo como na am gdala manifesta se uma forma de plasticidade sin ptica denominada potencia o a longo prazo LTP considerada a um mecanismo celular da mem ria H estudos que revelam qu
118. s o processados o afunilamento na aten o selectiva ocorre tardiamente no processamento de informa o e a selec o tem lugar na mem ria de trabalho Kahneman 2001 O trabalho desenvolvido por Moray 1969 refor a esta teoria tendo emparelhado choques el ctricos com uma palavra condicionando desta forma uma resposta galvanica da pele palavra A cr tica a este modelo surge a partir do facto de ser improv vel que toda a informa o seja processada semanticamente antes de ser tomada conhecimento da mesma Esta sugest o apoiada nas evid ncias comparativamente com as mensagens n o atendidas mais eficaz a detectar palavras chave em mensagens atendidas Kahneman 2001 Posteriormente os modelos de afunilamento deram lugar aos modelos de capacidade tamb m eles de aten o selectiva Os modelos de capacidade defendem que s ocorre selec o se esse processo for necess rio e que este processo flex vel visto que depende de v rios factores da tarefa e caracter sticas do sujeito pressupondo a exist ncia de diferentes modelos Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 22 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais desta forma flex vel que o modelo de capacidade de Kahneman 1973 aborda o processamento de aten o a
119. s cortical ou subcortical c rebro podem por em causa fun es cognitivas antes preservadas Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 48 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 4 O Acidente Vascular Cerebral 4 1 Defini o e Factores de Risco sabido que aquando de uma les o cerebral todo o funcionamento cognitivo pode ser comprometido E as implica es da ocorr ncia de um AVC manifestam se em v rios dominos da vida do indiv duo n o s em fun o da rea afectada do tipo de les o como do estado de sa de geral da v tima De acordo com a Organiza o Mundial de Sa de 2005 poder se compreender o AVC como um complexo de sintomas de origem neurol gica provocado por um dist rbio na irriga o sangu nea seja interrup o ou mesmo limita o constituindo uma emerg ncia m dica uma vez que requer cuidados imediatos com fim a minimizar as sequelas Almeida 2010 Definem se por factores de risco caracter sticas individuais ou comportamentos que podem tornar os indiv duos vulner veis a um quadro patol gico cerebrovascular desta natureza S o maioritariamente caracterizados como grupos de risco os revelam estilos de vida sedent rios h bitos tab gicos consumo de lcool hiperlipedimia obesidade hist ricos de pr
120. s sequelas do AVC diversos s o os estudos que se dedicam reabilita o f sica e motora Cameir o Berm dez i Badia Zimmerli Duarte Oller e Verschure 2012 Saposnik amp Levin 2011 entre outros Perante a pluridisciplidade de reas que a Realidade Virtual actua o sucesso corroborado e os resultados promissores descritos na literatura a presente investiga o pretende contribuir para o estudo desta terap utica atrav s da avalia o da efic cia do programa cognitivo aplicado a uma amostra de utentes de um Centro de Reabilita o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 12 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais 1 Hist ria do Estudo da Rela o C rebro Comportamento O mais not vel desenvolvimento no estudo das rela es entre c rebro e comportamento remonta aos prim rdios do s culo XIX ap s Franz J Gall e a cria o da cranioscopia posteriormente renomeada de frenologia onde fora estabelecida a exist ncia de uma correspond ncia directa entre protuber ncias e depress es do cr nio e do c rebro a uma faculdade intelectual ou ps quica Neste contexto emerge a corrente localizacionista com Gall onde as ditas faculdades seriam localiz veis nas circunvolu es do c rtex cerebral Caldas 2000 1 1 Contributo
121. sa Almeida Guerreiro Oliveira Sousa Caldas 2012 telereabilita o Rizzo Strickland Bouchard 2004 s ndrome de Down Delavarian Afrooz Gharibzadeh 2012 treino de mem ria Yip Man 2013 Caglio Latini Corazzini D Agata Cauda Sacco Monteverdi Zettin Duca Geminiani 2012 entre outros nomeadamente aprendizagem uma vez que o sistema de Realidade Virtual permite a flexibilidade requerida em processos de aprendizagem e caso o sistema seja dotado de intelig ncia artificial AJ a principal vantagem foca se na capacidade de an lise instant nea das repostas do utilizador e consequente assist ncia imediata atrav s de pistas e feedback Yip amp Man 2010 cit in Man 2010 Noutra vertente a Realidade Virtual actua igualmente ao n vel do tratamento de perturba es ansiosas e comportamentos aditivos controlo de stress em pacientes com neoplasias distra o da dor em pacientes queimados perturba es da imagem corporal com perturba es alimentares treino de aptid es funcionais em pacientes com disfun es do Sistema Nervoso Central e igualmente na investiga o Rizzo et al 2004 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 54 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Dado que determinados danos cerebrais comprometem t
122. sempenha um papel mpar nas actividades complexas e considerada uma componente integrante do funcionamento executivo O autor define a mem ria de trabalho como um sistema de capacidade limitada que permite o armazenamento tempor rio e a manipula o de informa o necess ria para tarefas t o complexas como a compreens o a aprendizagem ou o racioc nio De acordo com este modelo a mem ria de trabalho consiste num sistema de capacidade atencional limitada e dois sistemas filiais As fun es do centro executivo incluem a aten o selectiva coordena o de duas ou mais actividades concorrentes altern ncia da aten o switching attention e a recupera o da informa o da mem ria a longo prazo Primeiro o centro executivo atende de forma selectiva a um extremo de informa o enquanto inibe informa o irrelevante e distrac es Segundo o centro executivo permite que m ltiplas tarefas sejam terminadas ao mesmo tempo coordenando a mem ria de trabalho atrav s de diferentes tarefas Terceiro a capacidade de alternar a aten o um conjunto de respostas dentro de uma tarefa ou situa o que requer flexibilidade mental E por fim ocorre a selec o e activa o tempor ria das representa es da mem ria a longo prazo apesar de muitos processos do centro executivo estarem associados ao CPF Baddeley 2000 Baddeley em 1996 sugere que o conceito n o deve ser definido em termos de uma localiza
123. sicologia e Ci ncias da Vida XVII Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Anexo IV Exemplo teste E M W Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XIX Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida XX
124. stem in the human brain Annual Reviews Neuroscience 13 25 42 Price C J Friston K J 1997 Cognitive Conjunction A New Approach to Brain Activation Experiments Neurolmage Reid D 2002 Virtual Reality and the Person Environment Experience Vol 5 Cyberpsychology amp Behavior Riva G 1999 Virtual Reality as Communication Tool a Socio Cognitive Analyses Journal Presence Teleoperators and Virtual Environments 8 462 468 Riva G 2005 Virtual Reality in Psychotherapy Review Cyberpsychol Behav Riva G Botella C L geron P Optale G 2004 Cybertherapy Internet and Virtual Reality as Assessment and Rehabilitation Tools for Clinical Psychology and Neuroscience Amsterdam Ios Press Rizzo A Buckwalter J Neumann U 1997 Virtual reality and cognitive rehabilitation A brief review of the future The Journal of Head Trauma Rehabilitation 12 6 Rizzo A Schultheisc M Kerns K Mateerd C 2004 Analysis of Assets for Virtual Reality Applications in Neuropsychology Neuropsychological Rehabilitation 207 240 Rizzo A Strickland D Bouchard S 2004 The Challenge of Using Virtual Reality in Telerehabilitation Telemedicine Journal and E Health 10 2 Rose F Brooks B Rizzo A 2005 Virtual Reality in Brain Damage Rehabilitation Review Cyberpsychology amp Behavior 8 3 Royall D R Lauterbach E C Cummings J L Reeve A Rummans T A Kaufer D I LaF
125. tal posterior Contudo h um aumento do fluxo sangu neo no c rtex frontal lateral quando a aten o mobilizada tanto automaticamente como voluntariamente Les es do c rtex frontal lateral especialmente do hemisf rio direito resultam em neglig ncia para est mulos sensoriais ocorrendo do lado contralateral do espa o H um aumento do fluxo sangu neo no n cleo pulvinar em tarefas que exigem a filtragem de est mulos distractores da aten o A desativa o unilateral dos neur nios da referida regi o por um agonista gaba rgico mucimol dificulta a orienta o da aten o encoberta para alvos no campo visual contralateral A discrimina o visual de cor ou forma fica particularmente comprometida na presen a concomitante de est mulos distractores Em contraste a activa o unilateral destes neur nios por um antagonista gaba rgico bicuculina facilitando a orienta o da aten o encoberta para alvos contralaterais 2 1 2 Import ncia dos n cleos de forma o reticular A forma o reticular excerce uma influ ncia excitat ria sobre todo o c rebro atrav s da projec o de v rios n cleos sendo activada por um input sensorial e por ac o do c rtex Importa salientar que as principais fun es da forma o reticular actuam no controlo da actividade el ctrica cortical sono vig lia no controlo eferente da sensibilidade ao n vel da inibi o ou modula o da entrada de dor no controlo da motricidade s
126. tomatiza o dos resultados conhecidos Sob o ponto de vista neuropsicol gico o c lculo uma fun o bastante complexa em que numa opera o aritm tica interv m uma grande quantidade de mecanismos neurocognitivos como o mecanismo de processamento verbal e gr fico de informa o percep o representa o de n meros s mbolos e discrimina o visuo espacial mem ria e racioc nio Dada a complexidade dos mecanismos implicados vulgar que les es encef licas extensas que produzam dem ncia epis dios de neglect afasia alexia agrafia e s ndrome de Grestman a capacidade de c lculo afectada diz respeito a acalculias secund rias Como tem vindo a ser confirmado sobretudo na rea das Neuroci ncias atrav s do estudo les es cerebrais poss vel determinar poss veis substractos neuronais relacionados com o c lculo contribuindo assim para o progresso do conhecimento cient fico Les es parieto temporais esquerdas podem provocar alexia e agrafia num rica Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 30 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais les es parietais direitas est o relacionadas com acalculias visuo espacial les es parietais temporais direitas ou esquerdas est o relacionadas com anaritmetia e mostram tamb m que
127. tores externos como a aten o ou a motiva o do sujeito no momento Habib 2000 Na etapa do armazenamento da informa o ocorre o processo de conserva o dos tra os mn sicos durante determinado periodo de tempo vari vel consoante a necessidade ou at mesmo pela qualidade da aquisi o por sua vez a etapa da evoca o consiste na recupera o da informa o que fora previamente armazenada O que parece ser uma mem ria nica na verdade uma constru o complexa de sistemas de tratamento de informa o que actuam em diferentes val ncias Contudo a aprendizagem e a mem ria tem sido estudadas e apresentadas isoladamente em muitos manuais devido aos diversos mbitos que a aprendizagem e o conhecimento implicam Mas a aprendizagem e mem ria s o interdependentes Pinto 2001 Esta interdepend ncia ocorre devido estrutura e significado do material a ser aprendido est em grande parte dependente do conhecimento actualmente retido na mem ria isto daquilo que a pessoa j sabe e capaz de recordar O actual conhecimento de uma pessoa n o s influencia a aprendizagem de novos conhecimentos e informa es pelo aprendiz mas tamb m o modo como o material ser organizado para reten o e recupera o futura Para melhor se compreender cientificamente a mem ria humana t m sido adoptadas diferentes perspectivas Pinto 2001 O autor refere que as mais frequentes sao designadas por perspectiva estrutural e a persp
128. ua es que requerem a capacidade racioc nio c lculo ou at mesmo em tarefas de compreens o verbal e escrita Torna se dificil eleger uma defini o nica para caracterizar a mem ria uma vez que sabido que n o se limita ao acto isolado de apreender reter e recuperar informa o Chaves 1993 Actualmente entende se que se trata de um processo mn sico mais abrangente que mediante as percep es experi ncias passadas e emo es os mecanismos e as comunica es neurobiol gicas sofrem influ ncia Segundo Signoret Signoret 1987 cit in Habib 2000 o referido sistema de reten o de informa o ocorre em tr s est dios sucessivos de actividade mn sica memoriza o armazenamento e rememora o De salientar que apesar da nomenclatura adoptada por cada autor para a Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 23 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais caracteriza o de cada fase do processo mn sico o conceito em causa transversal Na primeira etapa o contexto em que os processos de aquisi o da informa o ocorre determinante para o modo em que esta vai ser codificada n o s do ponto de vista temporal como espacial uma vez que em causa est n o s a qualidade do pr prio processo perceptivo como a influ ncia de fac
129. uir uma mais valia para a mudan a de paradigma da Reabilita o Neurocognitiva Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 69 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais Refer ncias Bibliograficas Afifi A K amp Bergman R A 2008 Neuroanatomia Funcional Texto e Atlas L Candido Trad S o Paulo Editora Roca Almeida L B 2010 Introdu o Neuroci ncia Arquitectura Fun o Interac es e Doen a no Sistema Nervoso Lisboa Climepsi Editores Amaral J R 1967 O teste de barragem de Toulouse e Pi ron na media o e diagn stico da aten o elementos de aferi o para a popula o portuguesa Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Baldo J V amp Shimamura A P 1998 Letter and Cattegory Fluency in Patients with Frontal Lobe Lesions Neuropsychology 12 259 267 Ba os R Botella C Garc a Palacios A Villa H Perpin C e Gallardo M 1999 Psychological Variables and Reality Judgment in Virtual Environments The Roles of Absorption Dissociation Cyberpsychology amp Behavior 2 Barilli E Ebecker N Cunha G 2011 A tecnologia de realidade virtual como recurso para forma o em sa de p blica dist ncia uma aplica o para a aprendizagem dos procedimentos antrop
130. uraram explicar o processo atencional Os modelos em causa s o os de afunilamento filtro atenua o e selec o tardia e os de capacidade O modelo de filtro de Cherry tem por base os estudos sobre a audi o dic tica em tarefas mascaradas shadowed tasks Broadbent 1958 d continuidade ao trabalho de Cherry afirmando que os seres humanos processam a informa o de forma serial em s ries consecutivas em vez de o fazer de forma paralela em simult neo Broadbent 1958 cit in Kahneman 2001 O mesmo autor afirma ainda que a aten o selecciona os est mulos pelas caracter sticas f sicas procuradas pelo sujeito comprovando que existe ent o um filtro entre a mem ria sensorial e a mem ria curto prazo que selecciona a informa o relevante para o sujeiro deixando tudo o que acess rio de lado O modelo de Broadbent colocou e estudou a quest o do modo de processamento da informa o e encorajou outros investigadores na rea de aten o selectiva Kahneman 2001 Este modelo apoiado por evid ncias suportadas a partir da tarefa de escuta dic tica e no procedimento de split span Uma das pr ncipais cr ticas prende se com o facto de a selec o poder ocorrer tanto antes como Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 21 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com uti
131. vealed a statistically significant difference between the two moments of neuropsychological assessment Montreal Cognitive Assessment Z 2 524 p 012 and the Wechsler Memory Scale Z 2 666 p 008 Based on the results obtained was verified that virtual environments have in the cognitive rehabilitation process In this sense there is an urgent need to establish such plans in hospitals and rehabilitation centers to provide for restoration of the damaged cognitive functions and thereby improving the quality of life of users Keywords Stroke Cognitive Rehabilitation Virtual Environments Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 6 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais ABREVIATURAS E SIGLAS RV Realidade Virtual SG Serious Games PET Positron Emission Tomography Tomografia por Emiss o de Positr es EEG Electroencefalograma MRI Magnetic Resonance Imaging Imagiologia de Resson ncia Magn tica fMRI Functional Magnetic Resonance Imaging Imagiologia de Resson ncia Magn tica Funcional AVC Acidente Vascular Cerebral Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 7 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acident
132. vel de funcionamento a medula os g nglios basais ou at o c rtex cerebral correspondendo a n veis evolutivamente superiores de actividade cognitiva opondo se assim Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Psicologia e Ci ncias da Vida 13 Marta Carvalho Martins Reabilita o Neurocognitiva dos Processos Atencionais e Mn sicos em casos de Acidente Vascular Cerebral com utiliza o de Ambientes Virtuais as teses localizacionistas De referir que Jackson fora mais longe qualquer fun o mental superior recorreria a todo o c rebro na medida em que cada rea seria respons vel por uma determinada fun o cognitiva Atrav s da an lise do desenvolvimento da Neuropsicologia enquanto ci ncia durante o s c XIX constata se que o estudo com pacientes portadores de les es cerebrais fora incomensur vel e imprescind vel para a sua consolida o Contudo h um desfasamento entre as pocas dos estudos de Jackson s c XIX e do in cio das Neuroci ncias 1920 pass vel de ser justificado luz origem epistemol gica da Psicologia Filosofia das cren as localizacionistas e unitaristas do crescente interesse pela psican lise ou do desinteresse pelo estudo do material biol gico Caldas 2000 1 2 Rela o actual entre as Neuroci ncias e a Psicologia Cognitiva Na realidade muitos dos estudos desenvolvidos com fim a explorar as rela es entre o c rebro e a fun o cognitiva resultam de

reabilitação neurocognitiva dos processos atencionais e

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

reabilita&ccedil;&atilde;o neurocognitiva dos processos atencionais e

Contents

Download Pdf Manuals

Related Search

Related Contents

reabilitação neurocognitiva dos processos atencionais e