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Avaliação das aprendizagens perceções e práticas de professores

1. not rio que esta estrat gia n o de natureza avaliativa uma vez que o objetivo da professora A foi facilitar e promover o ensino e a aprendizagem Salienta se que uma vez que nem todos os alunos participam nas corre es orais de exerc cios e que alguns n o participam na aula com d vidas existem sempre alguns alunos que n o usufruem do feedback Quando questionada acerca desta estrat gia fazer parte do processo de avalia o a docente referiu que uma pr tica frequente no entanto a partir das observa es em sala de aula ficou patente que a pr tica a que a docente se refere o feedback acerca de resultados de avalia o se n o for feito eles nunca sabem como que est o feedback como parte integrante do processo de avalia o A Ap s as avalia es entrego e fa o a corre o e digo lhes a minha opini o acerca das avalia es feedback dos resultados de avalia o dos alunos A 49 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Durante o feedback acerca das avalia es a professora A refere se apenas s percentagens finais atingidas pelos alunos e n o ao percurso que os levou at l por outro lado tamb m n o oferece aos alunos caminhos alternativos para solucionar as dificuldades que se manifestaram at chegar aquela classifica o A professora A considera que normalmente n o costuma questionar os seus alunos acerc
2. Pelo acima citado Fernandes 2008 considera adequada a denomina o Avalia o Formativa Alternativa AFA por se apresentar como uma alternativa avalia o formativa com as caracter sticas acima citadas Ainda segundo Fernandes 2008 a avalia o formativa alternativa ter de se reger pelas seguintes diretrizes recurso a um feedback oportuno de elevada qualidade o feedback deve ativar os processos cognitivos e metacognitivos dos alunos e estimular a motiva o e autoestima ambiente comunicacional pr ximo entre alunos e professor responsabiliza o progressiva dos alunos pelas suas pr prias aprendizagens sele o criteriosa de tarefas de modo a ativar processos complexos de pensamento an lise s ntese e conte dos nucleares do curr culo as tarefas proporcionam a estreita articula o entre a did tica a avalia o e os processos de aprendizagem a avalia o em sala de aula deve valorizar o sucesso e as aprendizagens de todos os alunos p 31 Chegamos ent o a uma avalia o que ocupa um papel essencial no processo ensino aprendizagem e que pode ser definida tal como Fernandes 2006 a entende processo sistem tico e deliberado de recolha de informa o relativa ao que os alunos sabem e s o capazes de fazer e essencialmente destinado a regular e a melhorar o ensino e a aprendizagem Assim a informa o obtida deve ser utilizada de forma a que os alunos compreendam o estado em que se
3. UNIVERSIDADE DE VORA ESCOLA DE CI NCIAS SOCIAS DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA E EDUCA O Avalia o das Aprendizagens Perce es e Pr ticas de professores do 32ciclo do Ensino B sico Ana Margarida do Cabo Marques Lou o Vilhena Branco Orienta o Ant nio Manuel guas Borralho Mestrado em Ci ncias da Educa o rea de especializa o Supervis o Pedag gica Disserta o vora 2013 UNIVERSIDADE DE EVORA ESCOLA DE CIENCIAS SOCIAS DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA E EDUCACAO Avalia o das Aprendizagens Perce es e Pr ticas de professores do 32ciclo do Ensino B sico Ana Margarida do Cabo Marques Lou o Vilhena Branco Orienta o Ant nio Manuel guas Borralho Mestrado em Ci ncias da Educa o rea de especializa o Supervis o Pedag gica Disserta o vora 2013 Ao Nelson e ao Francisco pela paci ncia dedica o e amor AGRADECIMENTOS A Deus sempre presente nos momentos de alegria e de ansiedade encaminhando me na dire o certa Aos meus pais pelo carinho apoio e incentivo Ao meu orientador Professor Doutor Ant nio Manuel guas Borralho pela disponibilidade e orienta o durante todo o processo de investiga o Aos professores de Ci ncias F sico Qu micas que participaram no estudo cuja disponibilidade e vontade de colaborar foram indispens veis na concretiza o desta investiga o Aos professores e colegas de mestrado pelos ensinamentos tra
4. 1 5 0 75 1 5 3 Correc o ortogr fica e Nunca deu erros ortogr ficos 1 5 1 5 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico sem ntica nem sem nticos no per odo Deu at 3 erros ortogr ficos e sem nticos no per odo Deu mais de 4 erros ortogr ficos e sem nticos no per odo 0 75
5. A avalia o sumativa envolve uma an lise do desempenho do aluno resultando num determinado grau ou classifica o Tanto a avalia o formativa como a avalia o sumativa t m um papel vital a desempenhar na educa o dos estudantes e embora aparentemente n o tenham muito em comum poderemos identificar v rias formas de coopera o com o intento de melhorar a aprendizagem dos alunos Fazer um uso formativo da avalia o sumativa significa usar a informa o que deriva desta para melhorar a presta o dos estudantes 68 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Para os professores consiste em encontrar uma variedade de estrat gias e um leque de tarefas e oportunidades de avalia o que assegurem que o estilo de aprendizagem do grupo de alunos direcionado para uma prepara o mais eficiente para a avalia o sumativa desta forma podem utilizar o conhecimento sobre si pr prios enquanto aprendizes e utilizar os seus resultados para enfatizar a aprendizagem Para os estudantes envolve o desenvolvimento da capacidade para identificar onde se encontra e onde precisa de estar e prepara o para a avalia o sumativa reconhecendo que esta pode ser uma oportunidade para incrementar a aprendizagem e para uma realiza o futura Uma das utiliza es formativas de um teste que segundo Santos 2002 poder vir a ser conducente ao sucesso do aluno a aborda
6. 42 Lisboa ME De Ketele Jean Marie 1993 Pref cio a In Jean Cardinet Ed Avaliar medir Porto Porto Editora Dias M 2008 Auto avalia o para a aprendizagem a perce o dos alunos do 1 ciclo disserta o de mestrado Universidade Portucalense Porto Earl L M 2003 Assessment as learning using classroom assessment to maximize student learning California Corwin Press Fernandes D 1991 Notas sobre os paradigmas de investiga o em educa o Noesis 18 1 4 Fernandes D 2005 Avalia o das aprendizagens reflectir agir e transformar Curitiba Futuro Eventos Fernandes D 2006 Para uma teoria da avalia o formativa Revista Portuguesa de Educa o 19 2 21 50 Fernandes D 2008 Avalia o das Aprendizagens Desafios s Teorias Pr ticas e Politicas Texto Editores Lisboa Fernandes D 2009 Avalia o das aprendizagens em Portugal investiga o e teoria da actividade Revista de Ci ncias da Educa o 9 87 100 Fernandes D Borralho A Vale I Gaspar A e Dias R 2011 Ensino avalia o e participa o dos alunos em contextos de experimenta o e generaliza o do novo programa de matem tica do ensino b sico Lisboa Universidade de Lisboa 86 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Ferreira C 2007 A avalia o no quotidiano da sala de aula Porto Porto Editora Furtado
7. a avalia o referida a uma norma ou padr o por exemplo a m dia e por isso os resultados de cada aluno s o comparados com os de outros grupos de alunos Fernandes 2008 p 57 O enfoque dado aos resultados obtidos pelos alunos assumindo o professor o papel principal no processo de ensino aprendizagem sendo a sua fun o transmitir o saber e a fun o do aluno receb lo passivamente dando posteriormente provas de que o assimilou em testes de avalia o sendo privilegiado o ensino em preju zo da aprendizagem Ap s a identifica o de algumas limita es nas avalia es efetuadas at aquela data sendo a principal o fato dos conhecimentos dos alunos serem o nico objeto de avalia o entre os anos 30 e os anos 50 do s c XX surge Ralph Tyler investigador e avaliador norte americano como figura de destaque no que se refere a altera es no conceito de avalia o que batizou o processo de avalia o do cumprimento ou n o dos objetivos definidos como Avalia o educacional sendo por isso considerado o seu pai Estamos ent o perante a segunda gera o da avalia o a avalia o como descri o Esta privilegia o ensino tecnicista onde organizado de maneira a cumprir os objetivos de aprendizagem previamente definidos Fernandes 2008 embora prevale am a maioria das caracter sticas da gera o anterior pode salientar se uma fun o reguladora da avalia o sem o significado pr t
8. foi poss vel porque as turmas s o reduzidas e porque est o em turnos B 7 3 13 13 55 72C realiza o de um teste de avalia o igual para todos os alunos sem quaisquer adapta es ao perfil dos alunos B Fernandes 2008 salienta a import ncia da sele o de tarefas para o in cio de um processo ensino aprendizagem orientado para a resolu o de problemas a este respeito P rez e Castro 1989 citados em Neto 1998 p 179 mencionam a urgente necessidade de ensinar a resolver problemas a alunos que t m de ser adequadamente preparados para lidar com essa crescente complexidade com as mudan as cont nuas a ela associadas e com o conhecimento em r pida e mete rica expans o Neto 1998 acrescenta ainda que este n o processo reservado s a alguns todos os alunos devem ter oportunidade de o conhecer pelo que a compet ncia para 73 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico resolver problemas deve ser um objetivo educacional importante e imperioso a prosseguir p 181 S NTESE INTERPRETATIVA e Conceito de avalia o Os discursos e as observa es efetuadas em sala de aula revelaram que ambas as professoras t m perce es comuns relativamente ao conceito de avalia o que englobam sobretudo caracter sticas da avalia o da aprendizagem embora se encontrem algumas ideias da avalia o para a aprendizagem Para professo
9. o como aprendizagem pode vir a fomentar uma mudan a na forma como os professores desenvolvem a avalia o nas escolas Tamb m para Fernandes 2005 fundamental refletir acerca dos pap is que o professor tem de desempenhar para que todos os seus alunos possam aprender n o esquecendo que este processo n o indissoci vel dos processos de ensinar e avaliar devendo os tr s ser integrados em toda a atividade pedag gica sendo para isso fundamental que exista uma mudan a significativa nas conce es dominantes acerca destes tr s processos A generalidade da investiga o em avalia o das aprendizagens realizada em Portugal tem como foco as conce es e ou as a es e pr ticas do professor como unidade de an lise Fernandes Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 2009 p 87 Poucas foram aquelas que obtiveram informa o acerca dos elementos utilizados pelos professores em sala de aula atrav s da observa o direta de aulas para um posterior confronto com as suas perce es acerca de avalia o das aprendizagens e do seu papel no desempenho escolar neste contexto que consider mos relevante para uma compreens o mais completa das pr ticas de avalia o dos professores que a sala de aula fosse tamb m considerada como elemento de an lise numa investiga o acerca das perce es dos professores sobre a avalia o enquanto fator promot
10. realizado no final de um tema e cuja fun o classificar a presta o dos alunos no que concerne aquisi o de conhecimentos e alcance de objetivos As minifichas abrangem menos mat ria e s o 71 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico aplicadas mais sistematicamente Estas declara es confirmam as observa es feitas em sala de aula no que diz respeito ao teste de avalia o mas no que se refere s minifichas a periodicidade de aplica o n o t o sistem tica como a professora B diz aplicando as na mesma propor o que os testes e funcionando como testes formativos com fun es de ficha de revis es t m menos mat ria por isso lhe chamam minifichas mas t m classifica es tal e qual e contam tal e qual s que t m um volume de mat ria menor minifichas formativas B vou utilizando ao longo do processo de ensino aprendizagem conforme a mat ria e os temas utiliza o dos instrumentos de avalia o B Um instrumento de avalia o pode servir n o s para consolidar a mat ria que est a ser dada como tamb m para aprofundar um bocadinho mais e para explorar depois por exemplo um relat rio ou um trabalho de pesquisa B 7 3 13 13 55 72C realiza o de um teste de avalia o B 4 4 13 13 55 72B realiza o de uma minificha de avalia o classificada B Entendemos que as perce es da professo
11. uma avalia o mais ampla onde s o avaliados mais conte dos em situa es pontuais normalmente duas vezes por per odo letivo a avalia o sumativa uma avalia o mais abrangente que tem em conta um maior volume de mat ria que se faz em menos momentos ao longo do ano B Lobo 1998 citado em Lopes 2011 considera a avalia o sumativa uma forma de medir conhecimentos compet ncias capacidades e atitudes dos alunos mas em situa es pontuais p 19 Esta dimens o que pode caracterizar a avalia o sumativa adequa se quando esta adquire uma imagem de resultado final que tem como fun o hierarquizar com fun es de certifica o e de verifica o de cumprimento de objetivos e Centrada no resultado final Das observa es efetuadas em sala de aula podemos inferir que os momentos em que vis vel a utiliza o de estrat gias e de instrumentos de avalia o s o pontuais e carregados de formalidade seja qual for a modalidade de avalia o com principal incid ncia na sumativa Claramente esta avalia o encontra se centrada no ju zo de valor final em que todas as informa es que derivam de momentos formais de avalia o s o contempladas nos crit rios de avalia o com vista a uma percentagem final que traduz uma nota 64 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico As minifichas de avalia o os testes os r
12. 2012 2013 DOM NIO OU REA tendo em conta as AVALIA O A AVALIAR CURRICULAR compet ncias esperadas DISCIPLINAR para o ciclo de escolaridade Por Instrumento de Avalia o Por TOTAL Par metro CONHECIMENTOS E Ci ncias F sicas e Fichas de avalia o 67 87 CAPACIDADES Qu micas Conhecimento de Grelhas de registo do 20 SABER SABER FAZER conceitos cient ficos e compreens o de fen menos naturais Capacidade de aplicar conhecimentos em novas situa es Dom nio progressivo de t cnicas e procedimentos espec ficos da disciplina Capacidade de comunica o utilizando linguagem cient fica trabalho individual ou de grupo em sala de aula e relat rios das atividades pr ticas experimentais 11 0 PONDERA O COMPET NCIAS TRANSVERSAIS 3 Ciclo 7 8 e 9 anos DOM NIOS A AVALIAR tendo em conta as compet ncias PAR METROS esperadas para o 3 CEB Por INDICADORES DE MEDIDA TOTAL Por Indicador Par metro ATITUDES E VALORES SABER SER Pontualidade Nunca chegou atrasado no per odo Chegou atrasado de 1 a 3 vezes por per odo Chegou atrasado 4 ou mais vezes por per odo 1 5 10 Respeito pelos colegas e pelo professor Respeitou sempre o professor ou os colegas no per odo N o respeitou o professor ou os colegas de 1 a 3 vezes no per odo N o respeitou o professor ou os colegas 4 ou m
13. Sala Tema 1 Estrat gias de ensino e aprendizagem SIM N O A OBSERVA ES 1 1 No in cio da aula explicita de forma clara as aprendizagens conte dos e objetivos bem como as tarefas a realizar 1 2 No in cio da aula efetua a articula o das aprendizagens a realizar com aprendizagens anteriores 1 3 No in cio da aula se houver lugar a trabalho de casa assegura se de que os alunos o realizaram e efetua a sua corre o 1 4 Apresenta o saber de forma problematizadora de modo a suscitar d vidas no aluno 1 5 Mant m os alunos ativamente envolvidos nas tarefas propostas 1 6 Diferencia as atividades de aprendizagem em aten o s caracter sticas dos alunos 1 7 Orienta o trabalho dos alunos com base em instru es precisas visando a sua concentra o e a autonomia na realiza o das tarefas 1 8 Utiliza o m todo expositivo de modo adequado designadamente na realiza o frequente de s nteses de aprendizagem 1 9 Atrav s do di logo apoia os alunos na constru o do conhecimento 1 10 Promove a aprendizagem de m todos de trabalho e de estudo na realiza o de atividades 1 11 Prop e atividades de apoio a alunos que revelem dificuldades de aprendizagem se a N O E 2 Estrat gias de avalia o das aprendizagens SIM NAO OBS OBSERVACOES 2 1 Diversifica os modos de organiza o do trabalho grupo turma trabalho de grupo trabalho de par trabalho individual 2 2 Promove o trabalho
14. Universidade do Minho 87 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Matos M 2011 Fun es e tipologias da avalia o das aprendizagens An lise do ensino secund rio Revista Alentejo Educa o 3 pp 31 43 Menino H amp Santos L s d Instrumentos de avalia o das aprendizagens em Matem tica o uso do relat rio escrito do teste em duas fases e do portef lio no 2 ciclo do Ensino B sico Consultado em www educ fc ul pt docentes msantos Hugomenino pdf acedido em 23 de Junho de 2013 Minayo M amp Sanches O 1993 Quantitativo Qualitativo Oposi o ou Complementaridade Caderno de Sa de P bica 9 3 239 262 Neto A J 1998 Resolu o de Problemas em F sica Conceitos processos e novas abordagens 12Fd Lisboa Instituto de Inova o Educacional Neves A Campos C Concei o J M amp Alaiz V 1992 Avaliar aprender o novo sistema de avalia o cadernos de Avalia o 5 Lisboa IIE Oliveira C 2008 Um Apanhado Te rico Conceitual sobre a Pesquisa Qualitativa Tipos T cnicas e Caracter sticas Revista Travessias 2 3 1 16 Oliveira Serrazina L s d A reflex o e o professor como investigador Consultado em www educ fc ul pt docentes jponte fp textos 20 02 oliveira serraz doc acedido em 12 de Maio de 2013 Onrubia J amp Coll C 1999 Evaluaci n de los aprendizajes y atenci
15. dire o da escola onde 13 da percentagem dizem respeito aos crit rios gerais de avalia o iguais para todos os grupos disciplinares estipulados pela dire o e aprovados pelo conselho pedag gico Os restantes 87 dizem respeito aos conhecimentos e s o distribu dos conforme o 69 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico grupo entende neste caso 20 para Grelhas de registo do trabalho individual ou de grupo em sala de aula e relat rios das atividades pr ticas experimentais e 67 para fichas de avalia o De seguida os crit rios de avalia o espec ficos foram aprovados em conselho pedag gico e alunos e encarregados de educa o foram informados dos mesmos foram ainda publicados na p gina da escola a professora B referiu ainda ter detetado algumas dificuldades na compreens o dos crit rios de avalia o pela maioria dos intervenientes na avalia o nomeadamente alguns alunos pais e encarregados de educa o Particularmente a docente relembrou os aos alunos sempre que estes realizaram a autoavalia o ou em momentos pontuais durante as pr ticas letivas os crit rios de avalia o da disciplina s o estipulados em grupo disciplinar B Assim que estes s o aprovados em conselho pedag gico costumo pedir para os alunos os transcreverem para o caderno B medida que v o surgindo algumas situa es v o send
16. em Correia e Freire 2010 p 13 Para que se modifiquem as pr ticas avaliativas de acordo com o processo de ensino aprendizagem necess rio que os professores conhe am novas perspetivas e modos de atua o no mbito da avalia o da aprendizagem Neste caso ambas as professoras referiram n o possuir forma o neste contexto sendo que talvez este fosse um caminho a seguir para fomentar o afastamento do ensino e da avalia o tradicional Fernandes et al 2011 no mbito do Relat rio Final de Avalia o do Novo Programa de Matem tica do Ensino B sico referem que o adequado desenvolvimento da avalia o formativa e a sua articula o com a avalia o sumativa interna podem contribuir para melhorar substancialmente as aprendizagens dos alunos 82 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Consequentemente a quest o da gest o do tempo pode vir a ser melhorada com uma adequada utiliza o daquelas duas modalidades de avalia o p 25 Partindo do princ pio que as aprendizagens dos alunos s o influenciadas pelas pr ticas de ensino e consequentemente de avalia o dos seus professores ent o urge a necessidade de interven o nesta mat ria que deve partir tanto da reflex o sobre a pr pria pr tica dos professores como da mudan a de altera o de ideias subjacentes cultura avaliativa dominante nas escolas que parece influenciar o desempenh
17. ent o o aluno e o encarregado de educa o entender o a avalia o como um jogo cujas regras conhecem e para as quais podem ser chamados a intervir Trata se de um jogo que implica a apropria o de crit rios na medida em que estes resultam da participa o de todos p 57 Como tal consideramos que a pr tica da professora A est de acordo com estes autores uma vez que no in cio do ano letivo participou na elabora o dos crit rios de avalia o da disciplina em quest o que respeitaram as diretrizes fornecidas pela dire o da escola onde 13 da percentagem total diz respeito s atitudes e L ngua Portuguesa e s o semelhantes em todos os grupos disciplinares e 87 dizem respeito aos conhecimentos e s o distribu dos conforme o grupo entende De seguida os crit rios de avalia o foram aprovados em conselho pedag gico e alunos e encarregados de educa o foram informados dos mesmos embora de acordo com a professora A tenham existido algumas dificuldades na compreens o dos mesmos pela maioria dos intervenientes na avalia o nomeadamente alguns alunos pais e encarregados de educa o foram ainda publicados na p gina da escola Salienta se no entanto que embora a sua elabora o esteja na nossa opini o de acordo coma as ideias apresentadas o seu produto apresentado sobre a forma de percentagem nota n o podendo no nosso entender ser considerado enquanto ju zo de valor Particularmente a docente relembrou o
18. es s o confirmadas por Ara jo et al 2012 quando as autoras citam Santiago 2012 que refere que o nosso pais se encontra em 12 lugar dos 33 pa ses do estudo p 11 no que concerne aplica o de testes Note se que apesar desta prefer ncia pela aplica o de testes as docentes esfor am se por aplicar outros instrumentos avaliativos o que nos parece estar de acordo com as suas perce es acerca da necessidade de diversificar a utiliza o de estrat gias e de instrumentos de avalia o A utiliza o de uma avalia o essencialmente focada nos resultados parece apontar para a pouca import ncia que as compet ncias de conhecimento processual assumem nas estrat gias de ensino e de avalia o dos participantes Raposo e Freire 2008 p 111 Ambas as docentes referem que os alunos s o informados dos crit rios de corre o de todos os instrumentos de avalia o antes de os realizarem mencionando como exemplo os relat rios de atividades experimentais os testes e os trabalhos de grupo Nos relat rios e nos trabalhos de grupo lhes entregue um gui o e nos testes uma matriz 79 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico No caso de os resultados obtidos numa determinada avalia o n o serem satisfat rios se for um problema generalizado turma as planifica es s o alteradas Se as d vidas forem pontuais a docente A combina com os alunos um
19. gias de ensino e aprendizagem estrat gias de avalia o utilizadas e instrumentos avaliativos utilizados Foram observadas 10 aulas de 45 minutos de cada participante tendo o cuidado de se tentar observar a mais variada tipologia de aulas aulas te ricas aulas de atividades experimentais aulas te rico pr ticas e aulas de teste Para consolidar e aprofundar os dados recolhidos a partir das entrevistas e da observa o de aulas foram elaboradas quest es orientadoras para a discuss o em grupo no sentido de fornecer dados pass veis de an lise no que se refere s interpreta es que os atores d o s suas pr ticas e aos acontecimentos com que se v m confrontados sejam sistemas de valores situa es conflituosas leituras das pr prias experi ncias ou refer ncias normativas Este tipo de entrevista tem a vantagem de os elementos de an lise serem de grande profundidade e de permitir recolher testemunhos e interpreta es Quivy e Campenhoudt 1992 p 22 A t cnica de entrevista de grupo de acordo com Denzin 2000 comummente utilizada para a triangula o de informa o ou em conjunto com outras t cnicas citado em Aires 2011 p 37 De facto este tipo de entrevista apresenta as vantagens de proporcionar a recolha de uma maior quantidade e diversidade de informa o de estimular os entrevistados bem como de apresentar um maior potencial cumulativo e elaborativo do que as respostas individuais Aires 2
20. o global dos alunos 60 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Refere ainda que com este tipo de registos poss vel ter um panorama geral da evolu o dos alunos e da sua progress o ou regress o ou seja esta estrat gia de avalia o funciona como feedback dos resultados dos alunos embora os alunos s tenham acesso a estas informa es na aula de autoavalia o de final de per odo ou seja n o existe um feedback sistem tico da professora para os alunos Fernandes 2008 refere que a perce o de avalia o como negocia o e constru o social de refer ncia construtivista assenta sobre v rios princ pios salientando se neste caso aqueles que confirmam as ideias da professora B a saber 1 Os professores devem utilizar uma variedade de estrat gias t cnicas e instrumentos de avalia o 2 A avalia o deve estar integrada no processo de ensino e aprendizagem 6 A avalia o uma constru o social em que s o tidos em conta os contextos a negocia o envolvimento dos participantes a constru o social do conhecimento e os processos cognitivos sociais e culturais na sala de aula p 63 3 2 B Conceito de avalia o formativa Para este objeto de estudo investig mos no mbito de tr s dimens es relevantes para a identifica o das perce es existentes acerca da avalia o formativa e Fun o reguladora De acor
21. que est o em rela o a uma determinada mat ria A Na conce o de avalia o formativa de Perrenoud 1999 este considera a uma pr tica de reflex o onde existe uma regula o intencional cuja inten o seria determinar ao mesmo tempo o caminho j percorrido por cada um e aquele que resta a percorrer com vista a intervir para otimizar os processos de aprendizagem em curso p 89 A professora A refere ainda que antes de iniciar um novo tema ou em ltima inst ncia uma nova componente curricular tem por h bito a realiza o de uma avalia o diagn stica com o intuito de reconhecer o estado dos conhecimentos 2 4 13 13 10 82C antes de iniciar a componente de f sica prop e aos alunos a realiza o de uma ficha de avalia o diagn stica A Este procedimento confirma as ideias de Leite e Fernandes 2002 que consideram que a avalia o diagn stica faz parte integrante do processo avaliativo podendo assim o professor adquirir informa es tanto no que concerne aos saberes dos alunos como dos processos inerentes aprendizagem Assim podemos considerar a avalia o diagn stica como avalia o formativa caso se recolham informa es acerca do estado das aprendizagens dos alunos tendo como objetivo a adapta o de estrat gias de remedia o e de refor o do ensino e Autoavalia o Embora a considere de extrema import ncia no processo de avalia o a professora A aplica a apenas enquanto
22. s a descri o e an lise dos dados recolhidos a partir das entrevistas semiestruturada e focal group e das observa es diretas procedemos ao confronto de algumas perce es ainda d bias com a realidade documental 2 3 Caracteriza o do Agrupamento e da Escola do 3 Ciclo O Agrupamento Vertical de Escolas de Gr ndola situa se no concelho de Gr ndola que faz parte do distrito de Set bal e juntamente com os concelhos de Alc cer do Sal Santiago do Cac m Sines e Odemira faz parte da sub regi o do Alentejo Litoral NUT III A sua popula o residente ronda os 15 mil habitantes distribu dos pelas freguesias de Gr ndola Azinheira dos Barros e S Mamede do S d o Melides Carvalhal e Santa Margarida da Serra Este munic pio possui um grande potencial de desenvolvimento ao qual est associado a extens o da sua costa o seu territ rio rural e florestal e a sua beleza natural Por isso os investimentos previstos ou em execu o no concelho potenciam um crescimento significativo ao n vel da empregabilidade e a consequente fixa o da popula o O turismo uma aposta estrat gica por isso abrem se para Gr ndola novas perspetivas de crescimento e os agentes locais p blicos ou privados devem equacion las e transform las em estrat gias de desenvolvimento equilibrado e equitativo para todos os Grandolenses num esfor o de tornar a sociedade local economicamente ativa socialmente justa e ambientalmente sust
23. 1993 existe uma profunda articula o entre a avalia o e a atividade humana que vem de h muito tempo No ano 2000 A C j os chineses selecionavam os seus oficiais recorrendo elabora o de exames escritos o que revelava a import ncia da avalia o Segundo Stufflebeam 2003 no processo de avalia o que deve ser cont nuo recolhem se analisam se e medem se dados que v o ao encontro de crit rios de relev ncia para julgar as decis es poss veis de ensino Hadiji 1993 cita tamb m este autor e refere que a avalia o um processo onde se delimitam obt m e fornecem factos que permitem fazer ju zos de valor Considerando que a avalia o um indicador que permite determinar a efic cia e o grau de avan o do ensino aprendizagem De Ketele 1993 refere a avalia o como um processo de verifica o de objetivos previamente definidos sendo no processo de ensino aprendizagem que surge a avalia o que funciona como um mecanismo de verifica o do cumprimento de objetivos previamente estabelecidos Segundo Hadji 1993 avaliar um ato de leitura de uma realidade observ vel realiza se com uma grelha previamente elaborada e tem como objetivo encontrar nessa realidade factos que v o ao encontro daquilo que expect vel Como podemos ver a palavra avalia o possui diversos significados que dependem dos contextos e das perspetivas em que abordada e que t m vindo a sofrer altera es ao longo
24. Barreira e Pinto 2005 A mudan a das pr ticas avaliativas passa pelo debate e pela reflex o entre professores alterando a maneira como percecionam o ensino avalia o e a aprendizagem atrav s da clarifica o das reas problem ticas tais como defini o de crit rios de avalia o diversifica o de estrat gias t cnicas e instrumentos atribui o de classifica es envolvimento de todos os intervenientes frequ ncia e natureza do feedback ou as quest es de fiabilidade e de equidade Fernandes 2005 citado em Raposo e Freire 2008 p 104 1 4 3 Estrat gias de avalia o Segundo Harlen 2006 para que as pr ticas avaliativas adquiram um caracter formativo essencial que a avalia o passe a fazer parte integrante do processo de ensino deve fomentar a compreens o informar acerca da progress o na aprendizagem conduzir a a es promotoras de aprendizagem e ser utilizada em diversos contextos educativos Note se que estas altera es s ser o pass veis de realizar caso se aposte na mudan a em quatro dire es no questionamento no feedback na avalia o por pares e autoavalia o e na sua verdadeira utiliza o formativa Black et al 2004 No que se refere ao questionamento fundamental o uso de perguntas desafiantes exploradoras de conte dos essenciais e promotoras do desenvolvimento da compreens o dos 27 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 cicl
25. De Boeck 2000 Pestana M H amp Gageiro J 2003 An lise de Dados para Ci ncias Sociais A Complementaridade do SPSS 32 ed Lisboa Edi es S labo Pinto J amp Santos L 2006 Modelos de avalia o das aprendizagens Lisboa Universidade Aberta Ponte J P 1997 Did tica da Matem tica Ensino secund rio Lisboa Minist rio da Educa o 88 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Quivy R amp Campenhoud L 1992 Manual de investiga o em ci ncias sociais Lisboa Gradiva Ramos A 2005 Crian as tecnologias e aprendizagem contributo para uma teoria substantiva Tese doutoramento Universidade do Minho Raposo P amp Freire A 2008 Avalia o das Aprendizagens Perspectivas de Professores de F sica e Qu mica Revista da Educa o 16 1 97 127 Ribeiro A C 1990 Desenvolvimento Curricular Lisboa Texto Editora Ribeiro A amp Ribeiro L 1990 Tipos de Avalia o In Planifica o e Avalia o do Ensino Aprendizagem pp 333 374 Lisboa Universidade Aberta Ribeiro L 1999 Avalia o da Aprendizagem Lisboa Texto Editora Ritchie J Spencer L 2002 Qualitative Data Analysis for Applied Policy Research In A M Huberman M B Miles The Qualitative Researcher s Companion pp 305 329 California Sage Consultado em 18 julho de 2012 em http www google pt books id 46jfwR6y5joC amp lpg
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28. ado por se centrar em objetivos comportamentais e nos resultados obtidos pelos alunos e sendo realizada preferencialmente ap s um dado per odo de ensino e de aprendizagem Fernandes 2006 Com o passar do tempo cheg mos a uma avalia o mais complexa e sofisticada interativa centrada nos processos cognitivos dos alunos e associada aos processos de feedback de regula o de auto avalia o e de auto regula o das aprendizagens p 23 De acordo com Leite e Fernandes 2002 a avalia o formativa pressup e sempre uma avalia o diagn stica quer dos pontos de partida dos alunos quer das situa es relativas aos processos que conduzem aprendizagem isto poder ser utilizada como avalia o diagn stica caso se recolham informa es acerca do estado das aprendizagens dos alunos tendo como objetivo a adapta o de estrat gias de remedia o e de refor o do ensino Black e William 2006 referem quatro elementos m nimos para a avalia o formativa Rela es entre o papel dos professores e a natureza da disciplina Papel dos professores na regula o das aprendizagens Intera es professor aluno Papel dos alunos na aprendizagem citado em Fernandes 2006 p 34 Podemos referir v rias leituras para a avalia o formativa sendo que dentro dos paradigmas cognitivista e construtivista poss vel referir a avalia o aut ntica a avalia o alternativa a avalia o contextualizada a avalia
29. as estrat gias utilizadas em sala de aula direcionando as para uma autoavalia o o ambiente educativo organizado no sentido de fomentar a confian a dos alunos e refor ada a participa o e intera o entre os alunos Leite e Fernandes 2002 nesta linha de pensamento que come am a despontar novas ideias tais como avalia o deve induzir e ou facilitar a tomada de decis es que regulem o ensino e as aprendizagens a recolha de informa o deve ir para al m dos resultados que os alunos obt m nos testes a avalia o tem de envolver os professores os pais os alunos e outros intervenientes os contextos de ensino e de aprendizagem devem ser tidos em conta no processo de avalia o a defini o de crit rios essencial para que se possa apreciar o m rito e o valor de um dado objecto de avalia o Fernandes 2008 p 59 N o obstante estas ideias era ainda pouco usual reconhec las em sala de aula e nas escolas sendo ainda fundamentalmente te ricas Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Em conformidade com o que aqui foi exposto podemos afirmar que esta gera o de avalia o se inscreve num paradigma subjetivista construtivista cuja origem se deve s falhas decorrentes dos testes padronizados de rendimento e evid ncia de que o seu objetivo assentava na sele o de indiv duos Na quarta gera o da avalia o enquadrada no
30. cooperativo e a entreajuda entre os alunos 2 3 Estimula e refor a a participa o de todos os alunos 2 4 Mostra se pr ximo dos alunos sem diminuir o n vel de 101 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico exig ncia 2 5 Refor a com frequ ncia os comportamentos adequados dos alunos 2 6 Proporciona oportunidades de os alunos identificarem os seus progressos e dificuldades 2 7 Prop e outras tarefas aos alunos em fun o de erros e dificuldades identificadas 2 8 Comunica e analisa com os alunos resultados da avalia o das aprendizagens 2 9 Avalia o trabalho dos alunos de forma regular e construtiva 2 10 Mant m algum tipo de registo do desempenho dos alunos 2 11 Realiza a autoavalia o dos alunos com frequ ncia 2 12 Realiza a autoavalia o dos alunos apenas no final do per odo letivo 2 13 Reflete com os alunos acerca da efic cia dos instrumentos de avalia o 2 14 Questiona os alunos oralmente 2 15 D feedback de qualidade aos alunos acerca das tarefas propostas 2 16 Utiliza o portef lio como t cnica de avalia o 2 17 Faz uma utiliza o formativa dos testes Hier N O z 3 Instrumentos de avalia o SIM NAO OBS OBSERVACOES 3 1 Utiliza instrumentos adequados aos objetivos e aos conteudos 3 2 Classifica todos os instrumen
31. do m todo cient fico que se traduz numa avalia o redutora e focada na medi o Encontra se orientada para a quantifica o utilizando normalmente testes que medem com rigor e objetivamente os conhecimentos dos alunos os avaliadores s o neutros n o contaminam o processo de avalia o nem s o contaminados por ele Fernandes 2008 p 61 1 1 3 Retrato te rico do construtivismo Parece nos oportuno a esta altura aprofundar um pouco a epistemologia construtivista no mbito da educa o em ci ncias Segundo Neto 1998 o conhecimento ao mesmo tempo conte do e u processo ou seja figurativo mas tamb m operativo p 149 ora deste ponto de vista qualquer abordagem dentro do paradigma construtivista que n o englobe este pressuposto ser partida redutora 10 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Assistimos ent o na maioria das vezes por necessidade investiga o aproxima o ora vertente conte do ora vertente do conhecimento exemplo disso a vertente de Ausubel que apoiava o conhecimento declarativo diferente da vertente de Piaget que apoiava o conhecimento do processo Do ponto de vista pedag gico onde falamos de seres completos que n o s o maioritariamente declarativos nem processuais s faria sentido falar da conjuga o das duas epistemologias Da perspetiva filos fica existiam dois grandes princ p
32. do professor sobre as orienta es curriculares dependem das suas ideias sobre avalia o e suas finalidades e derivam daquilo que valorizam como conte do das aprendizagens p 101 26 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Encontramos nas escolas diversas formas de aplicar a avalia o que variam consoante o professor entende a avalia o tornando a num processo solit rio guiado apenas pelas pr prias conce es V rios autores Campos 1996 Queir s 1997 Alves 2004 citados em Raposo e Freire 2008 referem que os seus estudos que envolvem professores de v rias disciplinas mostram que estes apresentam grande resist ncia em alterar as suas pr ticas de avalia o fator que pode ser explicado pelas diferentes perce es que possuem acerca do conceito de avalia o Martins et al 2002 mencionam que a resist ncia na mudan a pode ser explicada pela falta de uniformiza o nos crit rios de avalia o pode ser atribu da ao processo em si e dificuldade na constru o de instrumentos de avalia o adequados Apesar de se encontrarem alguns instrumentos que remetem para a pr tica da avalia o formativa nomeadamente os trabalhos de grupo trabalhos individuais apresenta es orais de trabalhos fichas de trabalho e produ o de textos os testes sumativos continuam a ser o instrumento mais comum nas pr ticas avaliativas dos professores
33. dos tempos No entanto na maioria das defini es comum o objetivo de proporcionar informa es essenciais ao processo ensino aprendizagem no sentido dos intervenientes produzirem os respetivos ju zos Constatamos ent o que o conceito de avalia o tem assumido v rias posi es alternando entre os paradigmas quantitativo e qualitativo por um lado a avalia o vista como uma medi o classifica o objetiva rigorosa e a curto prazo por outro vista como um ju zo de valor implicando a negocia o entre os intervenientes descri o e interpreta o do valor dos contextos e dos processos G mez 1985 e Gimeno 1988 citados por Pereira 2010 p 8 o que vai ao encontro da ideia de Pacheco 1984 que considera a avalia o como um processo de 5 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico adquirir e interpretar a informa o orientada por crit rios para a formula o de um ju zo de valor com o objetivo de se tomarem decis es citado em Pereira 2010 p 9 Hoje em dia podemos dizer que a avalia o se entende como uma atividade subjetiva que envolve muito mais do que apenas medir Aponta sobretudo para uma fun o social estabelecendo patamares hier rquicos selecionando e certificando alunos possuindo paralelamente uma fun o pedag gica onde a avalia o adquire um papel essencial no processo ensino aprendizagem Neste se
34. e Qu mica e colocadas durante este ano letivo 2012 2013 na Escola B sica D Jorge de Lencastre em Gr ndola De seguida apresentamos um quadro s ntese com a sua caracteriza o Quadro n 3 caracteriza o dos participantes no estudo 40 35 Feminino Feminino Engenharia Qu mica Licenciatura em F sica e profissionaliza o em servi o Qu mica ensino de 16 Anos 8 Anos Efetiva Contratada Sim Sim N o N o 38 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico CAPITULO Ill APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS No decorrer deste cap tulo apresentaremos os resultados reunidos durante as fases de recolha de dados j mencionadas entrevista individual semiestruturada observa o direta em sala de aula focal group e an lise documental assim como a sua discuss o De maneira a facilitar a estrutura deste cap tulo come aremos por descrever e analisar os dados relativos s perce es dos professores professor A e posteriormente professor B no que se refere aos conceitos de avalia o avalia o formativa e avalia o sumativa e posterior s ntese interpretativa De seguida adotaremos o mesmo procedimento mas para os dados relativos as pr ticas avaliativas utilizadas em sala de aula Por fim procederemos a uma s ntese interpretativa dos resultados obtidos Importa ainda referir que a entrevista individual decorreu
35. e ou grupo de alunos e isto pressup e uma adapta o de tarefas ao perfil de desempenho dos alunos de maneira a produzir um maior desenvolvimento da aprendizagem a toda a hora eu acho que desde que entramos numa sala que come amos a avaliar os alunos B a avalia o feita de forma constante sistem tica B o professor tem de ter a capacidade de aplicar convenientemente e de forma adequada a cada aluno ou grupo de alunos a avalia o adequada B Relativamente afirma o a avalia o feita de forma constante e sistem tica e tendo em conta que durante as observa es em sala de aula apenas se observou a aplica o de um teste de avalia o sumativa e de uma minificha de avalia o a professora B esclareceu que com esta frase n o se estava a referir a testes de avalia o escritos mas sim observa o em sala de aula e consequentes registos Embora considere imposs vel avaliar todos os alunos numa aula tenta registando por exemplo as presta es no quadro os trabalhos de casa e at mesmo a participa o oral No entanto refere a limita o subjacente ao tempo sendo que na maioria das vezes estes registos s o realizados durante o intervalo entre aulas de maneira a nenhuma informa o ficar esquecida Salienta no entanto que considera ainda n o ter atingido o modelo mais eficiente mas que continua a tentar em virtude da import ncia que considera existir para uma avalia
36. em grelhas no final de cada per odo autoavalia o A Ap s a realiza o da autoavalia o a PA procede heteroavalia o 14 3 13 13 55 8 C Os alunos realizaram a sua autoavalia o no final do per odo utilizando uma grelha espec fica para esse efeito durante esse processo os alunos monitorizaram os seus resultados e estabeleceram metas de aprendizagem a atingir no per odo seguinte Na mesma aula a professora procedeu heteroavalia o Sublinha se que no momento em que o aluno compreende o que se pretende que ele atinja e o que precisa de fazer para o alcan ar consegue autoavaliar se tornando se real a hip tese de estipular e atingir uma verdadeira meta de aprendizagem 45 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Perspetiva sumativa De acordo com o seu depoimento a avalia o formativa quando aplicada apresenta maioritariamente uma perspetiva sumativa os momentos de avalia o formativa tal como de avalia o sumativa segundo a professora A traduzem se na aplica o de fichas em momentos formais e de forma pontual pode ter como instrumento uma ficha igualzinha sumativa A Esta professora refere que por vezes quando a avalia o formativa classificada n o conta para o resultado final ora de acordo com as observa es efetuadas embora a docente tenha esta perce o na realidade isto n o se verifica uma v
37. essas tarefas S A 5 ao n vel de desempenho dos alunos O 6 E 25 Qual a sua ideia acerca do conceito de Y 9 T avalia o sumativa D E s A 26 Qual a fun o da avalia o sumativa e Caracterizar as percep es A q B 27 Costuma dar feedback dos resultados da dos professores 5 ee 5 avalia o aos seus alunos Se sim como e relativamente ao conceito O un g L quando o faz de avalia o sumativa NO EN PE 28 No processo de avalia o articula a s oa O 94 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Parte VII Identifica o de pr ticas avaliativas utilizadas 29 Quais as estrat gias de avalia o que utiliza mais regularmente Porqu 30 Quais os instrumentos de avalia o que utiliza Em que momentos Porqu 31 Costuma reflectir com os seus alunos acerca da efic cia dos instrumentos de avalia o relativamente s suas necessidades 32 A autoavalia o dos alunos influencia as suas pr ticas avaliativas em sala de aula Como Exemplifique 33 Os resultados obtidos pelos seus alunos potenciam modifica es nas suas pr ticas avaliativas posteriores Como Exemplifique e Identificar o tipo de estrat gias e de instrumentos que os professores dizem utilizar em sala de aula em sala de aula Baseado em Pereira V 2010 Concep es e pr ticas de avalia o dos professores de F
38. nem de carater formal passa se em momentos aleat rios e dirigida a toda a turma e Autoavalia o Tal como j foi referido para a professora A a autoavalia o n o utilizada enquanto estrat gia de avalia o 50 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Avalia o por pares N o sendo uma estrat gia que utilize durante a sua pr tica avaliativa ap s pedido de uma colega de grupo que se encontrava a frequentar uma a o de forma o no mbito da avalia o das aprendizagens a professora A decidiu aplicar a avalia o por pares nos seguintes moldes numa primeira aula foi aplicada uma ficha de avalia o sumativa na segunda aula a professora criou grupos de dois alunos o mais heterog neos poss vel de maneira a que um aluno com mais dificuldades estivesse sempre acompanhado de um aluno com mais sucesso Posteriormente projetou em powerpoint os crit rios de corre o das fichas de avalia o e estas foram distribu das aleatoriamente pelos grupos para que se procedesse sua corre o Desta maneira a avalia o foi integrada no processo de ensino aprendizagem tornando se num mecanismo de desenvolvimento de aprendizagens 2 4 13 13 55 82C tendo acesso aos crit rios de corre o da minificha e respetiva cota o projetados em powerpoint os alunos puderam corrigir as pr prias fichas verificando onde erraram A professora apr
39. ntese acerca das perce es deste professor relativamente ao conceito de avalia o foram designadas as seguintes dimens es de investiga o e Avalia o como medida Para a professora B a principal fun o da avalia o aferir o n vel de desempenho do aluno ou seja medir os conhecimentos adquiridos isto caso nos estejamos a referir a alunos porque ter exatamente as mesmas fun es classificativas caso se trate da avalia o de produtos ou de processos De acordo com a perce o da professora B a avalia o nestes moldes bastante til permitindo que se comparem resultados num ricos entre grupos a avalia o tem como fun es aferir B com a avalia o n s tamb m podemos aferir se os nossos m todos est o a ser eficazes ou n o talvez at os rg o de gest o porque podem ser analisados os resultados a outro n vel B se n o houver esta aferi o esta avalia o andamos toa sem saber se as coisas est o ou n o apreendidas pelos alunos B A presta o dos alunos traduzida por uma determinada percentagem que engloba as tarefas que os alunos realizaram at aquele momento a n vel de conhecimentos e a n vel de atitudes Os professores chegaram a esta percentagem atrav s da utiliza o de uma grelha elaborada em excell e que respeita o estipulado nos crit rios de avalia o da disciplina anexo 1 Esta perce o de avalia o como medida apresenta segundo
40. of seeking and interpreting evidence for use by learners and their teachers to decide where learners are in their learning where they need to go and how best to get there ARG 2002 p 2 citado em Ara jo et al 2013 p 5 1 3 3 Avalia o sumativa A avalia o sumativa consiste na formula o de um ju zo globalizante sobre o desenvolvimento das aprendizagens do aluno e das compet ncias definidas para cada disciplina e rea curricular Despacho Normativo 14 2011 p 45725 Esta uma avalia o centrada no resultado final sendo pontual redutora e quantitativa Atualmente esta a avalia o que permite a tomada decis es acerca da necessidade de apoios educativos de progress o ou reten o do aluno por isso uma avalia o que n o est integrada no processo ensino aprendizagem n o interativa Fernandes 2008 p 73 Podemos ent o afirmar que a avalia o sumativa tem como objetivo a formula o de ju zos de valor do progresso dos alunos numa determinada aprendizagem traduz se pela aferi o de informa es reunidas a partir de avalia es formativas durante o processo de ensino e pela obten o de dados pass veis de contribuir para a melhoria do ensino Ribeiro 1999 Segundo Bloom Hastings e Madaus 1971 a caracter stica fundamental da avalia o sumativa o julgamento do aluno do professor ou do programa feito em rela o efici ncia da aprendizagem ou do ensino
41. os alunos acerca da efic cia dos instrumentos utilizados B Em nenhuma aula os alunos foram convidados a refletir acerca efic cia dos instrumentos utilizados Oliveira e Serrazina s d mencionam um estudo de Serrazina 1998 sobre a import ncia da reflex o sobre as pr ticas onde considerado que os professores ao refletirem desenvolvem novas maneiras de pensar de compreender de agir e de equacionar os problemas da pr tica adquirindo uma maior consciencializa o pessoal e profissional sobre o que ser professor e como ser um professor que de modo consistente questiona as suas pr prias pr ticas p 12 72 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Adequa o de instrumentos avaliativos No que refere adequa o dos instrumentos de avalia o utilizados a professora B informa que o tipo de instrumentos propostos sempre o mesmo at porque desconhece a exist ncia de muitos mais O que costuma fazer adaptar o mesmo instrumento a alunos diferentes ou seja a mesma tarefa tem fins diferentes Refere tamb m que os resultados dos alunos podem contribuir para a adapta o dos instrumentos cita como exemplo uma situa o em que decidiram em conselho de turma que em virtude dos fracos resultados dos alunos no que se referia a interpreta o e leitura de textos todos os docentes deveriam adequar estrat gias e instrumentos Assim realizaram
42. paradigma subjetivista construtivista a avalia o perspetivada como negocia o e constru o onde a modalidade de avalia o formativa assume grande relev ncia Esta abordagem ser aprofundada com mais detalhe na sec o adiante 2 1 4 De maneira a clarificar esta transi o de paradigmas parece nos oportuno fazer uma s ntese das principais caracter sticas dos dois paradigmas de maneira a poder entende los de forma comparativa Consideramos interessante a semelhan a na genesis dos dois ambos em pa ses de cultura anglo sax nica o paradigma objetivista surgiu simultaneamente nos Estados Unidos e em Inglaterra d cada de 1960 enquanto o subjetivista construtivista surgiu nos Estados Unidos d cada de 1970 os dois caracterizados por um sistema capitalista desenvolvido No primeiro a avalia o assumia uma conce o de controlo sendo de caracter sumativo e tecno burocr tico seguia princ pios n o democr ticos e de puni o orientados para resultados e produtos Neste caso o enfoque reside no produto ou seja nos aspetos quantitativos devido s ra zes dos paradigmas do positivismo e do experimentalismo onde os interesses recaem no controlo predi o e comparabilidade A realidade torna se objetiva e centrada na produ o de rankings onde todos os participantes s o submetidos avalia o atrav s de instrumentos elaborados externamente e cujos resultados s o tamb m processados exteriormente No p
43. pedido o professor poder aproveitar mais uma ocasi o para construir contextos favor veis ao desenvolvimento de uma postura autorreflexiva nos seus alunos por exemplo o que te levou a escolher esta estrat gia porque que a solu o a que chegaste n o responde ao problema inicialmente colocado p 81 N o feedback acerca dos instrumentos de avalia o utilizados B Black e William 2001 consideram que o que necess rio uma cultura de sucesso assente num sentimento de acreditar que todos podem alcan ar os seus objetivos Nesta linha de pensamento a avalia o formativa pode ser uma ferramenta muito poderosa se a comunica o for direcionada no bom caminho Embora ajude todos os alunos pode dar particularmente bons resultados em alunos com fracos resultados Esta comunica o de que se fala foca se em problemas espec ficos no seu trabalho dando lhes ao mesmo tempo informa es claras sobre o que erram e pistas para o superarem e atingirem novas metas de avalia o Em conclus o feedback to any pupil should be about the particular qualities of his or her work with advice on what he or she can do to improve and should avoid comparisons whith other pupils p 6 Neste seguimento Fernandes 2008 refere que quando o feedback se revela uma estrat gia avaliativa continua e constante potencia o desenvolvimento nos alunos de compet ncias de autoavalia o e de autorregula o das suas apre
44. pr forma no final de cada per odo letivo e com o intuito de justificar as classifica es atribu das Na observa o realizada durante a autoavalia o os alunos s o recordados dos seus resultados at ao momento em quest o e atrav s da utiliza o de uma grelha em Excel id ntica da professora tentam chegar a um valor final do qual resultar a sua classifica o disciplina Salienta se que a partir desse valor percentagem que s o estabelecidas metas a atingir no futuro 44 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Note se que as metas estabelecidas s o num ricas e n o s o acompanhadas de um trabalho conjunto de comprometimento e cria o de estrat gias de atua o tanto para alunos como para professores com o intuito de progredir na aprendizagem superando as dificuldades at a encontradas O momento de autoavalia o n o se caracteriza pela reflex o de nenhum tipo sobre pr ticas instrumentos ou estrat gias de ensino ou de avalia o Em nenhum dos dados recolhidos estiveram presentes evid ncias que nos permitissem inferir que a autoavalia o seria uma ferramenta da avalia o formativa porque nem mesmo a docente assim o entende De acordo com as suas perce es a autoavalia o tem como fun o exclusiva confrontar o aluno com os resultados obtidos e por falta de tempo n o a aplicam mais frequentemente sendo talve
45. problemas de v rias ordens e nos mais variados setores nomeadamente na educa o Discute se a avalia o de alunos de professores de escolas com o prop sito de identificar poss veis problemas e supostas solu es esquecendo se por vezes que avaliar principalmente importante por poder ser um meio privilegiado para se compreender melhor a situa o de modo a intervir de forma fundamentada Correia e Freire 2010 p 2 O conceito de avalia o tem sofrido v rias altera es que t m acompanhado a evolu o das orienta es curriculares e do pr prio curr culo dado grande nfase avalia o diagn stica e avalia o formativa feita pelos professores e considera se que as pr ticas de avalia o devem potenciar oportunidades de aprendizagem e constituir fontes de informa o para alunos e professores Ponte 1997 A ideia de que a avalia o deve ser parte indissoci vel do processo de ensino aprendizagem com o objetivo de melhorar as aprendizagens dos alunos e informar o professor das dificuldades das aprendizagens dos seus alunos defendida por diversos autores Lopes 2011 p 5 De acordo com Earl 2003 existe uma inter rela o entre avalia o e aprendizagem onde podemos considerar tr s abordagens de avalia o avalia o para a aprendizagem avalia o da aprendizagem e avalia o como aprendizagem De acordo com a autora uma valoriza o da avalia o para a aprendizagem e da avalia
46. referente s atitudes e uma ultima referente L ngua Portuguesa sendo que a primeira engloba 87 da percentagem final a segunda 10 e a terceira 3 Importa referir que apenas a primeira parte varia de grupo disciplinar para grupo disciplinar os 13 restantes foram definidos pela dire o da escola e s o comuns a todos os grupos disciplinares Embora esteja vis vel a defini o de crit rios de avalia o n o nos parece clara a emiss o de ju zos de valor a partir dos mesmos mas sim a emiss o de uma percentagem que se traduz num valor nota final Os alunos n o participam no processo de avalia o sendo este exclusivo dos professores Salienta se que a avalia o requer sempre um ju zo de valor o confronto entre o referido observ vel e o referente os crit rios podendo conduzir ou n o a uma nota classifica o e Avalia o como negocia o e constru o social Esta dimens o pode ser caracterizada pela partilha de poder avaliativo pela integra o dos dom nios ensino aprendizagem e avalia o pela regula o da avalia o pela relev ncia do feedback pelo refor o do desenvolvimento das aprendizagens pelo utiliza o de m todos qualitativos e pela relev ncia dos contextos participa o negocia o e dos processos cognitivos e sociais na sala de aula Cid e Fialho 2013 p 9 Quando foi solicitado professora que esclarecesse o que entendia acerca de avalia o diversific
47. resolu o de problemas como de racioc nio e comunica o no segundo caso no gosto pela pesquisa persist ncia e responsabilidade e Portefdlios tal como os relat rios e di rios de bordo avaliam conhecimentos capacidades e o desenvolvimento global Caracterizam se por uma cole o organizada e devidamente planeada de trabalhos produzidos ao longo de um determinado per odo de tempo Proporcionam uma vis o t o alargada e detalhada quanto poss vel das diferentes componentes do desenvolvimento do sujeito cognitivo metacognitivo e afetivo O avaliado co respons vel no processo de avalia o A elabora o deste instrumento requer algum tempo e trabalho sistem tico e Testes question rios escritos avaliam conhecimentos e aprendizagens Na maioria das escolas usada pelos professores e pelas estruturas escolares como instrumento classificat rio e de poder para aprovar ou reprovar atrav s da obten o somat ria das classifica es S o caracterizados por exemplos distintos de perguntas podendo ser de car cter aberto ou fechado No primeiro caso incluem se as respostas abertas e de resposta condicionada no segundo caso as de resposta curta de preenchimento de lacunas de ordena o cronol gica de ordena o l gica de escolha m ltipla de dupla alternativa e de associa o e Teste em duas fases numa primeira fase reporta se ao teste individual em sala de aula com tempo limitado e sem aux lio do p
48. sess es de trabalho onde delinearam as estrat gias de atua o tendo em conta as possibilidades de cada disciplina e constru ram os instrumentos de avalia o a aplicar todos eles com a mesma estrutura De acordo com a professora esta iniciativa teve bastante sucesso e todos os envolvidos consideraram ser um procedimento a repetir e ressalva no entanto que foi necess rio despender de muito tempo n o letivo e que s foi poss vel praticar este tipo de atividade porque as turmas estavam divididas em turnos ficando muito menores e que quase todas as disciplinas possu am par pedag gico o que facilitou um melhor acompanhamento e diferencia o Esta a o foi avaliada por um lado aula a aula de uma maneira informal e sem instrumentos de registo por outro com testes de avalia o e trabalhos de pequeno grupo os instrumentos s o adaptados mas s o os mesmos at porque n o acho que existam muitos mais B se os resultados dos alunos n o est o a ser os melhores os mais satisfat rios tento por exemplo fazer mais avalia es formativas e a pr pria estrutura das quest es tentar adapta la B o par pedag gico uma estrat gia que possibilita fazer o que fiz B Adequamos as estrat gias e os instrumentos porque em conselho de turma nos apercebemos das dificuldades de interpreta o e de leitura dos alunos B fui avaliando aula aula o que faziam mas s
49. todos os dados recolhidos foram complementados com an lise documental nomeadamente das planifica es da rea disciplinar crit rios de avalia o pautas de avalia o dossi s e atas de reuni es de grupo disciplinar e departamento 36 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico A import ncia de possuir evid ncias de diversas fontes tornou poss vel concretizar a triangula o de informa o uma preocupa o que foi tida em conta como forma de refor ar a credibilidade do estudo Ramos 2005 citado por Denzin 2000 refere quatro tipos de triangula o a triangula o de dados preconiza o uso de diversas fontes de dados de modo a obter uma descri o mais rica e completa dos fen menos a triangula o de investigadores sugere que a participa o de diferentes investigadores no mesmo estudo permite obter m ltiplas observa es no campo e tamb m discuss es de pontos de vista o que contribui para reduzir poss veis enviesamentos a triangula o de teoria refere se possibilidade de o investigador recorrer a m ltiplas teorias para interpretar um conjunto de dados e a triangula o metodol gica a mais estudada e aplicada envolve a combina o de m ltiplos m todos geralmente observa o e entrevista de modo a compreender melhor os diferentes aspetos de uma realidade e a evitar os enviesamentos de uma metodologia nica p 113 Neste seguimento ap
50. transcrito na identifica o de palavras e conjuntos de palavras que tenham sentido para o estudo assim como na classifica o em categorias ou temas que tenham semelhan a quanto ao crit rio sint tico ou sem ntico Na realidade a t cnica de AC segundo a autora francesa comp e se de tr s grandes etapas pr an lise explora o do material tratamento dos resultados e interpreta o Bardin 2009 Dado que uma parte deste trabalho se baseia no material obtido a partir das entrevistas incidimos sobretudo nas duas ltimas fases da AC para que fosse poss vel n o s codific las mas tamb m elaborarmos objetos e dimens es a posteriori Deste modo procedeu se a uma an lise categorial tem tica uma vez que se constru ram dimens es de acordo com os temas focados nas entrevistas Durante a execu o desta investiga o come mos por fazer uma an lise preparat ria do conte do das entrevistas onde foram recolhidas as informa es que se revestiam de maior pertin ncia no sentido proposto por Ritchie e Spencer 2002 p 312 Before beginning the process of sifting and sorting data the researcher must become familiar with their range and diversity must gain an overview of the body of the material gathered Seguidamente foi elaborada uma pr categoriza o dos dados existentes de acordo com reas de significado perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o perce o dos professore
51. uma vez conclu dos citado em Lopes 2011 p 20 A avalia o sumativa o andaime que suporta todo o edif cio escolar sobretudo no campo da comprova o e hierarquiza o da aprendizagem e a nota um valor intr nseco s pr ticas escolares medindo unicamente a presta o dos alunos numa perspetiva de sucesso ou insucesso Pacheco 1998 p 119 Em termos de utiliza o esta modalidade de avalia o segundo Mufioz 1990 a mais utilizada sendo aplicada no final de um processo serve para medir as aprendizagens dos alunos e atribuir uma classifica o para posterior decis o de certifica o 21 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 1 3 4 Semelhan as e diferen as entre avalia o formativa e sumativa Como refere Carvalho 2004 citado por Dias 2008 a avalia o sumativa ao satisfazer principalmente a fun o social da avalia o tem um car ter normativo e p blico contrariamente avalia o formativa que um processo de car cter privado ao limitar se intimidade do professor e aluno e por vezes tamb m aos pais e a outros intervenientes particulares p 74 Matos 2011 cita Fernandes 2008 e refere que este procedeu a uma an lise da rela o entre a avalia o formativa e a avalia o sumativa onde considerou tr s possibilidades Rela o dicot mica oposta com rela es muito distintas entre o
52. xitos meta definida da aprendizagem e do ensino Tornar p blico o que Recolher dados sobre o que fazer parece ter sido aprendido para melhorar esses processos pelos alunos No in cio de uma Ao longo do processo de ensino No final de um per odo a sequ ncia de ensino e aprendizagem mais ou menos longo aprendizagem e n o apenas no inicio de um ano ou per odo Ao longo do processo de ensino e aprendizagem E Conhecimentos e Objetivos que orientam o ensino Instrumentos de avalia o dal compet ncias dos alunos e a aprendizagem segundo uma estrutura de e que constituem pr Evolu o da aprendizagem de s ntese o requisitos para as cada aluno S aprendizagens Processos de ensino e de z aprendizagem que estiveram na go origem dos resultados obtidos E Causas de insucessos de a aprendizagem e dos xitos dos alunos a Di logo com os alunos Instrumentos e procedimentos Instrumentos de avalia o O Observa o sistem tica formativos questionamentos segundo uma estrutura de o de aspetos espec ficos a registos escritos negocia o de s ntese 5 3 cada aluno crit rios de avalia o 2 o Testes diagn sticos autoavalia o avalia o por pares q Servir de base para a Fornecer indica es do estado Atribuir ao aluno uma F 8 organiza o dos processos das aprendizagens realizadas classifica o e de ensino e de Fornecer pistas para alte
53. 011 p 38 35 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico De acordo com Parasuraman 1986 uma Focal Group resulta numa discuss o objetiva conduzida ou moderada que introduz um t pico a um grupo de respondentes e direciona a sua discuss o sobre o tema de uma maneira n o estruturada e natural p 245 O Manual T cnico Il M todos e T cnicas de Recolha de Dados do Observat rio do Qren refere se a esta t cnica dizendo o uso de focus groups ou grupos de discuss o um m todo de investiga o social j consolidado que assume a forma de uma discuss o estruturada que envolve a partilha progressiva e a clarifica o dos pontos de vista e ideias dos participantes Usado inicialmente em estudos de mercado agora extensamente aplicado a uma variedade de contextos de aplica o e de investiga o acad mica com vista produ o de informa o e de conhecimento A t cnica tem particular interesse na an lise de temas ou dom nios que levantam opini es divergentes ou que envolvem quest es complexas que precisam de ser exploradas em maior detalhe Ao jogar com a interac o e o confronto de diferentes pontos de vista a t cnica serve para revelar as percep es e os pontos de vista dos participantes sobre t picos e quest es relevantes para a avalia o Estes podem estar relacionados com a sua implementa o resultados ou impactos p 1 2 Po
54. 3 Costuma dar feedback dos resultados da avalia o aos seus alunos Se sim como e quando o faz 54 No processo de avalia o articula a avalia o formativa com a avalia o sumativa Se sim como Exemplifique 99 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Parte VII Identifica o de pr ticas avaliativas utilizadas em sala de aula Quest es Notas 55 Quais as estrat gias de avalia o que utiliza mais regularmente Porqu 56 Quais os instrumentos de avalia o que utiliza Em que momentos Porqu 57 Costuma reflectir com os seus alunos acerca da efic cia dos instrumentos de avalia o relativamente s suas necessidades 58 A autoavalia o dos alunos influencia as suas pr ticas avaliativas em sala de aula Como Exemplifique 59 Os resultados obtidos pelos seus alunos potenciam modifica es nas suas pr ticas avaliativas posteriores Como Exemplifique Esta entrevista ser totalmente confidencial e ser a penas utilizada no estudo em quest o Muito obrigada 100 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Ap ndice 3 Gui o para observa o de aulas Nome do professor observado Disciplina Ano Turma Data Hora
55. NS AND PRACTICES ABSTRACT The purpose of this study as far as quality aspects are concerned was the characterization of teachers perceptions about assessment strategies identification and assessment instruments theoretically used by teachers as well as identify relationship between its teachers assumptions and their effective evaluation practices It was based on empirical data obtained from the application of three different data collection techniques as interviews direct observation and documentation analysis It was found some influence of the classical tradition of evaluation in its perceptions that fall into the first generations of evaluation where the prevailing orientation for classification certification at the expense of guidance for adjusting improving learning assessment practices suggesting characteristics of the evaluation learning rather than assessment for learning there is the attempt by the participants to diversify and modify their strategies and evaluation instruments which seems an approach to fourth generation evaluation Keywords assessment practices of teachers learning assessment assessment beliefs indice indice de quadros INTRODU O Justifica o e pertin ncia do estudo Problema e quest es de investiga o Organiza o da disserta o CAPITULO REVIS O DA LITERATURA 1 1 Evolu o hist rica do conceito de avalia o do ponto de vista conceptual 1 1 1 Primeiras gera es da a
56. Stufflebeam et al citado por Hadji 1993 v rias vantagens Para al m de corresponder ao movimento de desenvolvimento da medida cient fica esta defini o chama a aten o para as no es de objetividade e fidelidade e para o interesse que podem apresentar dados suscet veis de serem tratados matematicamente Mas por outro lado esta rela o apresenta o inconveniente maior de fazer sair do campo da avalia o tudo o que n o diretamente mensur vel p 36 58 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Avalia o como descri o Ainda relativamente ao conceito de avalia o a professora B tem a perce o de que embora este seja um conceito dif cil de definir adquire um carater subjetivo que depende do que est a ser avaliado e considera que os principais intervenientes s o os alunos e os professores No entanto o seu foco recai inevitavelmente nos alunos porque apenas estes usufruem das vantagens e desvantagens de um processo avaliativo o conceito de avalia o um conceito muito dif cil de definir B at subjetivo depende muito daquilo que em concreto n s queremos avaliar B a avalia o tem v rios destinat rios os alunos mas tamb m os professores B os alunos t m um papel muito importante devem ter um papel ativo porque s o eles os principais B s o eles o alvo a quem se de
57. a A quando questionada acerca da hip tese de adaptar planifica es estrat gias e ou instrumentos de acordo com o perfil da turma ou at de acordo com o perfil de um aluno refere que tenta faz lo mas do seu ponto de vista primordial que os alunos se sintam motivados e incentivados para o trabalho usufruindo de toda a sua aten o e concentra o em sala de aula se para isso for necess rio modificar as estrat gias que at a utilizou assim o far O mesmo se aplica quando questionada acerca da adapta o das tarefas propostas ao n vel de desempenho dos alunos neste caso refere que esta uma pr tica frequente embora durante este ano letivo isso n o se tenha verificado uma vez que nas turmas que lhe foram atribu das n o existissem alunos com necessidades educativas especiais ou que se destacassem pela positiva Esta afirma o deixa no ar alguma associa o entre a adapta o de instrumentos e alunos com dificuldades ou seja n o existe diferencia o entre os alunos a menos que se destaquem muito ou pela positiva ou pela negativa No que respeita adapta o de planifica es a professora A considera este procedimento extremamente producente uma vez que sendo o curr culo do terceiro ciclo flex vel se podem fazer adapta es planifica o de maneira a fomentar a articula o interdisciplinar fator que se tem manifestado promotor de sucesso e de tempo se vejo que eles est o completamente desinter
58. a A referiu que por falta de tempo n o faz registos durante as aulas utilizando os intervalos para o fazer de qualquer maneira n o utiliza grelhas predefinidas ou listas de verifica o opta por anotar fatores espec ficos e que se destacaram durante a aula quer digam respeito a conhecimentos como a atitudes Em nenhuma das aulas observadas foram identificados instrumentos de observa o grelhas de registo de desempenho dos alunos A e Instrumentos avaliativos Tendo em conta que as pr ticas avaliativas s o mais eficazes quanto mais diversificadas s o as informa es em que se baseiam tanto a n vel de dificuldades como de aptid es inerentes aos alunos torna se importante a identifica o dos instrumentos avaliativos utilizados pelos docentes porque s o estes os primeiros provedores de informa o no processo de avalia o Quando questionada acerca de quais os instrumentos avaliativos que utiliza a professora A destaca as minifichas os testes os relat rios experimentais trabalhos de grupo ou individuais e por vezes testes no moodle Minifichas testes relat rios trabalhos de grupo ou individuais s vezes testes no moodle instrumentos que utiliza 5 3 13 14 55 8 C realiza o de um teste de avalia o sumativa 2 4 13 13 10 82C realiza o de uma minificha de revis es para o teste 14 3 13 13 10 82C entrega de gui o para elabora o de trabalho em grupo S o realizados dois
59. a dos instrumentos avaliativos que utiliza uma vez que s o os pr prios a manifestarem se acerca dos mesmos n o preciso pedir opini o que eles dizem logo feedback acerca dos instrumentos de avalia o utilizados A Eles normalmente manifestam se logo feedback acerca dos instrumentos de avalia o utilizados A s vezes pergunto feedback acerca dos instrumentos de avalia o utilizados A surgiu a ideia dos testes no moodle Perguntei lhes o que achavam feedback acerca dos instrumentos de avalia o utilizados A e Questionamentos Durante as suas aulas a professora A realiza questionamentos orais frequentemente embora utilize quest es diretas e de resposta curta sim n o Do nosso ponto de vista e tendo em conta a opini o de Cid e Fialho 2013 seria mais produtivo fazer uso de perguntas desafiantes que explorem quest es fundamentais ao desenvolvimento da compreens o dos alunos p 3 Sublinha se ainda que durante os questionamentos embora a observa o seja constante em nenhum momento foram observados instrumentos de registo nem mesmo durante as aulas experimentais fa o quest es e vou avaliando na parte experimental observo a maneira como trabalham e avalia o escrita dou umas fichinhas e eles fazem estrat gias de avalia o A Esta estrat gia utilizada sobretudo para fazer a ponte entre a mat ria lecionada e a seguinte n o classificada
60. a reflex o dos professores acerca das suas pr ticas e das suas estrat gias e por outro promoveria a sua adequa o aos alunos Uma altera o deste tipo na cultura de avalia o deveria promover a avalia o como parte integrante do processo ensino aprendizagem o que implicaria mudan as nas pr ticas de avalia o na sala de aula 24 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico A avalia o da aprendizagem tem um car cter predominantemente sumativo ocorre quando os professores utilizam os elementos da aprendizagem dos alunos exclusivamente para fazer ju zos de valor acerca do seu desempenho no que se refere aos objetivos de aprendizagem estabelecidos De acordo com Black e William 1998 tem a finalidade de quantificar conhecimentos atitudes e compet ncias dos alunos O papel do professor dominante tendo o aluno pouca ou nenhuma participa o no processo A avalia o para a aprendizagem envolve a utiliza o da avalia o em sala de aula para elevar o rendimento dos alunos tem um caracter predominantemente formativo vista como suporte da aprendizagem e ensino e utilizada pelos professores para identificar e analisar as dificuldades dos alunos O seu enfoque encontra se no aconselhamento eficaz aos alunos e d menor enfase atribui o de classifica es A diversifica o dos instrumentos de avalia o propostos essencial para orientar os alu
61. acerca das modalidades de avalia o formativa e sumativa parece nos existirem algumas d vidas conceptuais nestes dom nios nomeadamente no que se refere s suas fun es Os participantes mostram se concordantes com a necessidade de diversificar estrat gias e instrumentos de avalia o mas na pr tica cingem se utiliza o dos mesmos instrumentos de sempre focados na avalia o de conhecimentos e desvalorizando o processo de constru o do conhecimento sem permitir a participa o ativa dos alunos nas avalia es e consequentemente nas aprendizagens Estes resultados parecem estar de acordo com diversos estudos no campo das perce es sobre avalia o Neves e Campos 1995 Amado 1998 Alves 2004 Raposo e Freire 2008 81 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Quando questionados acerca do que entendiam sobre a avalia o formativa e sumativa os professores associaram as suas respostas aos instrumentos utilizados e ao tipo de informa o obtida para atribui o inevit vel de classifica es Estas ideias atribuem avalia o qualquer que seja a sua modalidade um car cter redutor uma vez que n o est contemplado o desenvolvimento ou o percurso do aluno Na pr tica os instrumentos ditos de avalia o formativa pelas participantes grelhas de observa o relat rios cr ticos trabalhos de grupo s o muito pouco utilizados pelos pr
62. ada a professora A respondeu que se estava a referir utiliza o diversificada de estrat gias e instrumentos avaliativos 42 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico O feedback foi constante durante as observa es das aulas embora a professora A o utilize maioritariamente durante a resolu o de exerc cios de salientar que o feedback realizado oralmente com afirma es do g nero est correto ou est errado no ltimo caso seguida da explica o e da resposta correta Todos os elementos de avalia o s o entregues com uma men o qualitativa e com a percentagem final quantitativa e todas as quest es apresentam a cota o que obtiveram mas apenas as fichas de avalia o s o corrigidas em sala de aula Numa das ltimas aulas observadas a professora A decidiu implementar uma estrat gia que ainda n o tinha experimentado a avalia o por pares 2 4 13 13 55 8 C tendo acesso aos crit rios de corre o da minificha e respetiva cota o projectados em powerpoint os alunos puderam corrigir as pr prias fichas verificando onde erraram A professora aproveitou o erro para que os alunos chegassem resposta correta dando feedback a cada uma das hip teses de resposta Durante a corre o da ficha a professora esteve sentada na secret ria e os alunos procederam tarefa em grupos de dois A Contrariando o posicioname
63. ada um instrumento Hoffman 2009 citado em Viana 2013 defende a este respeito que a observa o n o instrumento de avalia o a n o ser que se transforme em registo p 25 e Instrumentos avaliativos Quando questionada acerca dos instrumentos de avalia o que mais utiliza a professora B referencia automaticamente os testes embora acrescente a utiliza o de relat rios trabalhos individuais e ou de grupo e minifichas Nas suas afirma es clara a prefer ncia pelo teste de avalia o que considera uma forma de avalia o mais justa eficaz e c lere Do seu ponto de vista os outros instrumentos mencionados acarretam a desconfian a n o sendo elaborados na sua presen a tornam a avalia o menos rigorosa e por vezes d bia testes instrumentos utilizados B o teste a forma que eu acho que se calhar mais eficaz e mais justa de avaliar porque trabalhos em grupo sempre d bio nunca sabemos quem o faz instrumentos utilizados B e mesmo os relat rios instrumentos utilizados B os testes os relat rios as minifichas os trabalhos de grupo e individuais instrumentos utilizados B Ap s a an lise da primeira entrevista pareceu nos esclarecedor questionar ambas as participantes acerca da diferen a entre minifichas de avalia o e testes de avalia o tomando a frente da resposta a professora B explicou que um teste um instrumento mais globalizante
64. ais vezes no per odo 1 5 Cumprimento das regras de bom funcionamento da aula Nunca perturbou o bom funcionamento da aula no per odo Perturbou de 1 a 3 vezes o bom funcionamento da aula no per odo Perturbou 4 ou mais vezes o bom funcionamento da aula no per odo 1 5 Cumprimento das Cumpriu sempre as tarefas trabalhos propostos tarefas trabalhos propostos nos Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico prazos definidos N o cumpriu as tarefas trabalhos propostos de 1 a 3 vezes por per odo N o cumpriu as tarefas trabalhos propostos 4 ou mais vezes por per odo Cumprimento das tarefas trabalhos propostos com qualidade Apresentou fez sempre as tarefas com qualidade Apresentou fez algumas vezes as tarefas com qualidade N o apresentou fez as tarefas com qualidade N Responsabiliza o pelos materiais necess rios para o bom funcionamento da disciplina Trouxe sempre o material necess rio no per odo N o trouxe o material necess rio de 1 a 3 vezes por per odo N o trouxe o material necess rio 4 ou mais vezes por per odo 1 5 L NGUA Correc o ortogr fica e sem ntica PORTUGUESA Nunca deu erros ortogr ficos nem sem nticos no per odo Deu at 3 erros ortogr ficos e sem nticos no per odo Deu mais de 4 erros ortogr ficos e sem nticos no per odo
65. ala de aula 33 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Assim no primeiro bloco procedemos identifica o da entrevistadora e do entrevistado localiza o geogr fica e temporal da entrevista e obtivemos autoriza o para a utiliza o de gravador no decorrer da entrevista No segundo bloco pretendemos conhecer os dados biogr ficos acad micos e profissionais dos docentes No terceiro bloco agradecemos a participa o do entrevistado nesta investiga o garantimos a sua confidencialidade e esclarecemos acerca dos objetivos da entrevista e do problema em estudo Os restantes blocos referiram se entrevista propriamente dita e respeitaram a ordem de quest es j mencionadas A entrevista foi conduzida pela entrevistadora e realizada individualmente em hor rio especifico e escolhido de acordo coma a disponibilidade dos docentes As declara es foram gravadas com a autoriza o pr via dos participantes e posteriormente transcritas e analisadas tendo em conta os resultados obtidos com as outras t cnicas de recolha de dados utilizadas a transcri o e an lise de conte do de cada uma das entrevistas pode ser consultada em formato digital no final da disserta o Por seu lado os dados tiveram um tratamento fundamentado na An lise de Conte do AC proposta por Bardin 2009 Tal consiste em tra os gen ricos na leitura detalhada de todo o material
66. alia es contabilizadas durante o ano letivo e Avalia o como descri o Cid e Fialho 2013 citam Fernandes 2005 referindo que nesta dimens o de avalia o a diferen a em rela o anterior o facto de se formularem objetivos comportamentais e de se verificar se eles s o ou n o atingidos pelos alunos e a preocupa o em conceptualizar o curr culo de forma mais abrangente p 7 A partir da an lise da entrevista individual podemos afirmar que a professora A considera que uma das fun es da avalia o verificar se os objetivos que s o estipulados para verificar a progress o de um aluno num determinado tema s o atingidos ou n o o que revelar se o tema em quest o foi ou n o consolidado pelos alunos 40 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico ver se cumprem os objetivos que foram definidos para eles A Durante a focal group foi ainda poss vel apurar que os objetivos mencionados s o estabelecidos a partir do programa curricular da disciplina em grupo disciplinar e a informa o dos mesmos apresentada aos alunos atrav s de uma matriz entregue uma semana antes da ficha de avalia o sumativa A partir das observa es ficou presente que a matriz mencionada projetada em powerpoint e lida integralmente aos alunos posteriormente fica dispon vel para fotocopiar na reprografia da escola Podemos afirm
67. alia o sumativa e de uma minificha de avalia o classificada em que outras ocasi es realizam avalia o B Os alunos s o os principais destinat rios da avalia o mas participam ou n o no processo Se sim como B Caracterizar as percep es dos professores relativamente ao conceito de avalia o da aprendizagem Parte V Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o formativa Foi referido que a AF informa o aluno acerca do estado da mat ria como que informa Apenas a partir das quest es corretas e erradas Qual a sua mais valia A avalia o feita mais a mi de quando classificada s vezes n o conta para nota durante as observa es em sala de aula apenas vi a realiza o de uma minificha de exerc cios revis es aplicada antes do teste classificada e cuja pondera o id ntica de um teste designado por sumativo qual a diferen a Se uma das fun es da AF informar os alunos acerca do cumprimento ou n o dos objetivos que devem atingir dentro de um determinado conte do em que altura estes s o informados dos mesmos No caso de uma classifica o menos boa a planifica o da disciplina reformulada de maneira a que os conte dos n o assimilados sejam novamente abordados ZA Caracterizar as percep es dos professores relativamente ao conceito de avalia o formativa 104 Avalia o d
68. alisam os contributos que a avalia o formativa pode dar para a compreens o dos alunos no ensino cient fico Neste estudo ficou patente que a partir da monitoriza o dos pr prios erros e progressos e dos erros e progressos dos seus colegas atrav s de feedback verbal e escrito viam as suas presta es melhorar em todas as atividades sendo que os alunos onde mais se evidenciava este fen meno eram aqueles que apresentavam resultados mais fracos Situa es que levem os alunos a apoiar os outros e a receber ajuda dos pares constituem experi ncias ricas na reestrutura o dos seus pr prios conhecimentos na regula o das suas aprendizagens e no desenvolvimento da responsabilidade e da autonomia Santos 2002 P 78 e Utiliza o formativa dos testes sumativos Nas pr ticas da professora B tendo em conta as observa es realizadas o teste tem a fun o exclusiva de classificar o n vel de aquisi o dos conhecimentos dos alunos e capacidade de cumprimentos dos objetivos definidos 12 3 13 13 10 72C a professora entregou o teste de avalia o Durante a corre o do teste n o recorre ao manual nem ao caderno para fornecer pistas futuras N o recorre a nenhuma resposta completa dos alunos utilizando sempre os pr prios termos e frases A corre o feita oralmente ou com recurso ao quadro e powerpoint Vai esclarecendo as d vidas medida que v o surgindo e no decorrer da corre o do teste B
69. alunos Que modalidades utiliza 41 Como s o estipulados os crit rios de avalia o da disciplina 42 Informa os seus alunos acerca dos crit rios de avalia o da disciplina Como e quando Parte V Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o formativa Quest es Notas 43 Qual o seu entendimento sobre avalia o formativa 44 Qual a fun o da avalia o formativa 45 Utiliza o feedback como parte integrante do processo de avalia o 46 Costuma dar feedback dos resultados de avalia o aos seus alunos Se sim como e quando o faz 98 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 47 Costuma pedir feedback aos seus alunos acerca do tipo de avalia o utilizado em sala de aula 48 Considera importante a autoavalia o dos seus alunos Solicita aos seus alunos que a realizem Se sim em que momentos e com que instrumentos 49 Procede heteroavalia o com os seus alunos 50 Que tarefas utiliza para realizar a avalia o formativa Adequa essas tarefas ao n vel de desempenho dos alunos Parte VI Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o sumativa Quest es Notas 51 Qual a sua ideia acerca do conceito de avalia o sumativa 52 Qual a fun o da avalia o sumativa 5
70. ao conceito de avalia o sumativa em nenhum momento a professora B manifestou qualquer declara o ou teve qualquer atitude que se pudesse enquadrar nesta dimens o pelo que depreendemos que a sua pr tica coincide com as suas perce es n o atribuindo qualquer papel formativo avalia o sumativa 63 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Fun o classificativa Esta dimens o tal como o pr prio nome indica realizada no final do processo e representa um sum rio Nela o professor mede e aju za as aprendizagens realizadas pelos alunos e decide classificar de forma globalizante e definitiva as decis es de certifica o ou promo o Aferir se t m conhecimentos ou n o B Cortes o 2002 informa que esta modalidade de avalia o ocorre em momentos espec ficos nomeadamente no final de uma unidade de um curso ou de um per odo letivo Pretende geralmente traduzir de forma breve codificada a dist ncia a que se ficou de uma meta que explicita ou implicitamente se arbitrou ser importante de atingir O resultado pode exprimir se numericamente de acordo com uma escala que se escolhe 1 5 ou de 0 20 s o entre n s as escalas utilizadas em diferentes graus de ensino p 38 e Identifica o dos conhecimentos dos alunos De acordo com a resposta da professora B nos permitido referir que do seu ponto de vista a avalia o sumativa
71. aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 11 8 Outro s Caso exer a algum uns cargo s atualmente refira aqui qual ais Parte III Legitima o da entrevista 1 Objetivos da entrevista Caracterizar as percep es dos professores relativamente ao conceito de avalia o da aprendizagem Caracterizar as percep es dos professores relativamente ao conceito de avalia o formativa Caracterizar as percep es dos professores relativamente ao conceito de avalia o sumativa Identificar o tipo de estrat gias e de instrumentos que os professores dizem utilizar em sala de aula 2 Problema em estudo Quais as perce es dos professores sobre avalia o e como as p em em pr tica em sala de aula Parte IV Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o e das modalidades de atua o Quest es Notas 34 Qual a sua ideia acerca do conceito de avalia o 35 Quais s o as fun es da avalia o 36 A quem se destina a avalia o 37 Qual o papel da avalia o no processo de ensino aprendizagem 38 Qual o papel dos alunos na avalia o 97 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 39 Qual o papel dos professores na avalia o 40 Em que momentos procede avalia o dos seus
72. ar que a perce o acerca de avalia o da professora A tamb m se pode reportar avalia o de segunda gera o onde existe a defini o de objetivos tendo em conta o curr culo da disciplina cuja fun o a verifica o de conhecimentos e que permite a descri o dos pontos fortes e fracos dos avaliados e Avalia o como ju zo de valor Na dimens o avalia o como ju zo de valor para al m dos indicadores investigados nas dimens es anteriores focamos tamb m a defini o de crit rios de avalia o envolvimento de pais alunos e professores no processo de avalia o recolha de informa o diversificada contextualiza o e processos para al m dos resultados De acordo com os dados recolhidos a professora A considera que uma recolha diversificada de elementos de avalia o facilitar uma avalia o final como tal afirma que tudo o que os alunos elaboram em sala de aula e extra sala de aula contabilizado na avalia o final Quanto mais diversificada mais f cil acho que A Tudo aquilo que os alunos fazem tomado em conta para a avalia o A at aquelas coisas mais insignificantes que eles dizem t m de ser valorizadas A um professor deve ter em conta tudo aquilo que os alunos dizem em sala de aula para avalia o e devem utilizar diversos tipos de avalia o A Durante a focal group quando questionadas acerca do que entendiam pela frase os professores devem utilizar
73. aradigma subjetivista a avalia o toma uma posi o de emancipa o adotando uma fun o tico pol tica come a a reger se por princ pios formativos respeitando a identidade institucional A nfase dada no processo nomeadamente nos aspetos qualitativos de acordo com os princ pios orientadores dos paradigmas fundantes fenomenologia e hermen utica a avalia o assume ent o uma posi o descritiva e indutiva onde a verdade n o est absolutizada focando os interesses na emancipa o e transforma o A conce o da realidade torna se complexa embora din mica centrada no caracter diagn stico e formativo onde os sujeitos participam na avalia o atrav s de instrumentos elaborados interiormente e cujos resultados s o tamb m processados interiormente assumindo todos os participantes responsabilidade no processo de avalia o Silva 2009 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 1 1 2 Limita es das tr s primeiras gera es da avalia o Durante as tr s gera es mencionadas not ria a crescente complexidade e sofistica o na avalia o o que pode ser corroborado com o aumento de diversidade de utiliza o tanto de estrat gias como de instrumentos de avalia o assim como a n vel de objetos e finalidades da avalia o Pass mos de um processo redutor e limitado para um processo mais abrangente e sist mico que inclu a n o s os al
74. as aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Parte VI Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o sumativa 10 11 Durante a corre o de um teste sumativo no dia 12 de Mar o uma professora corrigiu o teste apenas recorrendo ao quadro e resolu o integral projetada em powerpoint consideram este procedimento contribui para a evolu o da aprendizagem dos alunos Os alunos s o informados acerca dos crit rios de corre o de todas as tarefas proposta e Caracterizar as percep es dos professores relativamente ao conceito de avalia o sumativa Parte VII Identifica o de pr ticas avaliativas utilizadas em sala de aula 12 13 14 15 16 17 18 tamb m referido que tudo aquilo que os alunos fazem tomado em conta para a avalia o como Em termos de atitudes por exemplo n o foi observado nenhum instrumento de recolha de dados como que estes s o registados Consideram a resposta correto ou errado feedback de qualidade Realizam a monotoriza o das avalia es de forma sistem tica ou pontualmente Numa das observa es foi utilizado o questionamento oral como estrat gia de avalia o que outras estrat gias utilizam Durante a observa o de aulas apenas foi poss vel verificar a utiliza o do instrumento de avalia o teste ficha que outros i
75. bro de 2011 pp 45723 45728 que se encontra em vigor e tem conte do muito 14 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico semelhante ao que revoga Estabelece tamb m os princ pios e procedimentos a observar na avalia o das aprendizagens e compet ncias no Ensino B sico A avalia o constitui um instrumento regulador das aprendizagens orientador do percurso escolar e certificador das diversas aquisi es realizadas pelo aluno ao longo do ensino b sico Os objetivos da avalia o s o os mesmos que no Despacho Normativo revogado e aquela assume as modalidades de diagn stico formativa e sumativa cada uma com os mesmos prop sitos que tinham sido definidos anteriormente De acordo com o mesmo a avalia o visa apoiar o processo educativo permitindo um reajustamento em fun o das necessidades que forem sendo detetadas certificar as diversas aprendizagens e compet ncias adquiridas pelo aluno e contribuir para melhorar a qualidade do sistema educativo p 45724 A avalia o incide essencialmente sobre as aprendizagens e compet ncias definidas no curr culo nacional para as diversas reas e disciplinas de cada ciclo e est subjacente aos seguintes princ pios ponto 6 p 45724 a Consist ncia entre os processos de avalia o e as aprendizagens e compet ncias pretendidas de acordo com os contextos em que ocorrem b Utiliza o de t cnica
76. cerca dos pr requisitos e a segunda acerca do estado de aprendizagem dos alunos Conforme a informa o obtida assim a professora pode adaptar estrat gias de atua o e de refor o aprendizagem No que se refere autoavalia o ambas as participantes a aplicam apenas no final do per odo letivo utilizando a com caracter informativo acerca das aprendizagens e como refor o no estabelecimento de metas a atingir Na pr tica embora este tipo de estrat gia possa evidenciar a promo o da reflex o sobre o percurso escolar dos alunos na pr tica isto n o se verifica uma vez que a autoavalia o traduzida por um n mero e as metas a atingir limitam se a tentar super lo Quando questionadas acerca da frequ ncia estrat gias e instrumentos de avalia o utilizados nesta modalidade as professoras referiram que geralmente a utilizam num momento formal antes do teste de avalia o sumativa e em forma de minifichas de avalia o igualmente classificadas e ponderadas nos crit rios de avalia o o que lhes confere um caracter sumativo Estas diferem do teste de avalia o segundo a professora B na medida em que servem para confrontar os alunos com dificuldades j identificadas no decorrer das aulas por exemplo na interpreta o da l ngua portuguesa Ora assim os alunos podem praticar n o s a aplica o de conhecimentos mas tamb m o exerc cio de exposi o de ideias e de interpreta o de textos As minifichas p
77. cognitivos sociais e culturais da sala de aula A avalia o deve utilizar m todos predominantemente qualitativos n o se pondo de parte a utiliza o de m todos quantitativos citado em Fernandes 2008 p 62 O avaliador surge agora como um agente de mudan a e os avaliados surgem como agentes activos e participativos colaborando discutindo e negociando Tal como considera Hadji 2001 o avaliador n o um instrumento de medida mas um ator num processo de comunica o social p 41 O processo de avalia o passa a ser um procedimento em que alunos e professores desempenham o papel de aprender e ensinar mutuamente ajudando se a construir o pr prio conhecimento Parece nos sensato afirmar que o processo avaliativo enquanto negocia o e constru o sendo cont nuo e colaborativo apresenta uma vertente construtivista De acordo com Pinto e Santos 2006 em contexto de sala de aula as tarefas propostas passam a ser elaboradas com o intuito do suprimento das dificuldades manifestadas pelos alunos para a reestrutura o dos saberes assimilados e para a sistematiza o de novas aprendizagens Este processo contribuir para a compreens o da natureza dos pr prios erros e das pr prias dificuldades que s apresentar sucesso se for assumida pelos alunos para tal essencial a constru o de instrumentos de avalia o que para al m de permitirem ao aluno o reconhecimento das suas fragilidades lhe permi
78. construir a sua pr pria autonomia atrav s do desenvolvimento da autoavalia o e Avalia o por pares Segundo a resposta da professora B esta n o uma estrat gia de avalia o que utilize embora reconhe a que bem explorada poderia seria uma mais valia Do seu ponto de vista esta poderia vir a contribuir para uma melhoria nos resultados uma vez que no seu entender por vezes os alunos compreendem mais facilmente um determinado conte do quando explicado numa linguagem mais pr xima da sua por exemplo por um colega de qualquer maneira esta estrat gia despenderia muito tempo o que atrasaria o cumprimento do programa curricular Em nenhuma das aulas assistidas os alunos participaram no processo de avalia o B 67 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico A defini o de avalia o por pares parece nos incidir na participa o de alunos e professores no processo de avalia o ou seja neste processo os intervenientes encontram se de maneira a clarificar objetivos e metas de aprendizagem podendo o aluno colaborar sugerindo aquilo que dever ser alvo de avalia o Tamb m Santos 2002 considera este processo simultaneamente externo e interno ao sujeito onde atrav s da comunica o os alunos se posicionam em situa es que promovem a aprendizagem a autoestima e a motiva o Lopes 2010 menciona um estudo de White e Frederiksen 1998 onde estes an
79. da e eles fazem o c lculo para si pr prios autoavalia o B Poucas vezes s quando h situa es no limite entre uma nota e outra procede heteroavalia o B 12 3 13 13 55 72C os alunos procederam autoavalia o numa grelha especifica para esse efeito a professora n o procedeu heteroavalia o B Assim sendo podemos afirmar que est impl cito nas perce es da professora que a autoavalia o surge em estreita rela o com o processo ensino aprendizagem de maneira a permitir ao aluno que reflita sobre o seu pr prio percurso enquanto sujeito aprendente mas na realidade de sala de aula essa pr tica n o se manifesta e Perspetiva sumativa Quando questionada acerca dos instrumentos que utiliza para aplicar a avalia o formativa a professora B refere que a mais usual s o as minifichas de avalia o explicando que uma minificha de avalia o uma ficha de exerc cios proposta aos alunos normalmente na antepen ltima aula 62 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico ao teste de avalia o e que tem como fun o preparar os alunos para a realiza o deste Note se que apesar de esta ficha focar menos conte dos e de necessitar de um tempo reduzido para a sua resolu o contemplada nos crit rios de avalia o com a mesma percentagem de um teste formal sendo sempre classificada No que se refere sua corre o
80. dback de qualidade ambas consideram que embora n o lhe consigam encontrar uma defini o exata esta n o passa por um est certo ou est errado seguido da resposta correta Para as professoras resulta na maioria das vezes em aproveitar as opini es diversas da turma sobre uma quest o e suscitar o debate a partir da compreens o do erro Na pr tica na maioria das vezes os alunos recebem os documentos de avalia o com as respetivas percentagens finais e cota es obtidas em cada quest o e as docentes explicam oralmente a quem questiona o porqu da obten o daquele valor e n o o total De acordo com as docentes quem n o questiona n o est interessado pelo que a informa o n o precisa de lhe chegar contudo para a professora B talvez fosse importante adaptar esta estrat gia de maneira a que suscitasse o interesse e a motiva o nesses alunos Embora as docentes n o tenham referido o feedback enquanto estrat gia de avalia o formativa esta utilizada muitas vezes o que indicia alguma falta de entendimento no que se refere a t cnicas de avalia o formativa 77 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Outra das estrat gias investigadas foi o questionamento oral este procedimento tamb m n o foi mencionado pelas participantes mas a partir das observa es conclu mos ser muito utilizado pela professora A embora o tipo de quest es reca
81. de avalia o sumativa Foram analisadas as quatro dimens es seguintes acerca das perce es dos participantes no que se refere avalia o sumativa Quadro 6 Dimens es relativas ao objeto conceito de avalia o sumativa Perspetiva formativa Classificativa Conceito de avalia o sumativa Identifica o dos conhecimentos dos alunos Centrada no resultado final e Perspetiva formativa No que se refere a este tema a professora A perceciona uma vertente formativa na avalia o sumativa mencionando estrat gias e instrumentos semelhantes para ambas as modalidades de avalia o Do seu ponto de vista qualquer instrumento ou estrat gia pode potenciar ao mesmo tempo informa o que se encaixe nas duas modalidades a diferen a residir na forma como a informa o posteriormente tratada e Classificativa Claramente e tendo em conta os dados recolhidos durante a investiga o a professora A identifica a avalia o sumativa tendo como prop sito a classifica o o resultado final traduzido por um n mero ou seja por uma avalia o quantitativa dessa avalia o n s contamos uma certa percentagem nos crit rios de avalia o A tamb m perce o da professora A que esta avalia o tem uma maior influ ncia no desempenho dos alunos uma vez que esta que eles conhecem enquanto vinculativa de resultados ou seja a avalia o sumativa em ltima inst ncia aquela que lhe
82. diversos tipos de avalia o a professora A esclareceu que com esta frase queria dizer que os professores n o devem utilizar apenas testes devem diversificar os instrumentos de avalia o tendo em conta o tipo de avalia o Durante a observa o de aulas os momentos de avalia o focaram se em algum questionamento oral aplica o de uma minificha de avalia o e aplica o de uma ficha de avalia o sumativa 41 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Ainda durante a observa o direta foi poss vel conferir que esta professora foca a avalia o nos alunos adquirindo ela uma posi o de avaliadora Relativamente defini o de crit rios de avalia o estes s o elaborados em grupo disciplinar no in cio do ano letivo e ap s aprova o em conselho pedag gico s o apresentados a alunos e encarregados de educa o o que vai ao encontro do estudo de Alaiz Gon alves e Barbosa 1997 citado em Pacheco 2002 p g 55 e que refere que quase todas as escolas dos v rios ciclos do ensino b sico definem crit rios de avalia o Esses crit rios referem se maioritariamente avalia o sumativa No entanto existe alguma refer ncia significativa avalia o formativa nesses documentos Ap s consulta do documento em quest o podemos verificar que os crit rios se encontram divididos em tr s partes uma referente aos conhecimentos outra
83. do com as ideias da professora B a avalia o formativa uma modalidade de avalia o que n o tem momentos espec ficos para realizar aplica se informalmente e de forma mais frequente oferecendo informa o acerca do desenvolvimento da aprendizagem do aluno a avalia o formativa uma avalia o que feita mais a mi de B serve exatamente para saber se os alunos se encontram em situa o de passar para uma mat ria seguinte ou se ainda n o est aquela mat ria compreendida e temos que a refor ar ou n o B Tendo em conta o depoimento da professora B e as observa es efetuadas s suas aulas podemos afirmar que a professora B atribui uma fun o reguladora avalia o formativa onde a informa o adquirida se torna numa ajuda no processo de aprendizagem proporcionando aos alunos pistas para a compreens o de erros e para a colmata o de dificuldades Saliente se que apenas numa situa o em que o aluno seja o principal agente da sua pr pria avalia o ou seja que participe no processo avaliativo sendo o regulador da sua aprendizagem que esta modalidade ser producente 61 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Autoavalia o A autoavalia o fundamental no processo de ensino e aprendizagem P de se perceber a partir da sua resposta que a professora B atribui autoavalia o o papel de respons vel pela to
84. dos curriculares de maneira a facilitar a planifica o do processo de ensino aprendizagem ou seja funciona como ponto de partida para aprendizagens futuras fornecendo informa o acerca dos pr requisitos do aluno de maneira a poder certificar se a probabilidade de determinada mat ria vir a ser aprendida Podemos ent o referir que caso a avalia o diagn stica seja aplicada no in cio do ano letivo proporcionar a informa o referente aos conte dos que n o foram assimilados e que s o necess rios compreens o dos seguintes caso seja aplicada de forma pontual poder contribuir para a ado o de estrat gias de remedia o de dificuldades dos alunos Em ambos os casos a sua fun o ser a de informar o professor acerca dos conhecimentos dos alunos antes de iniciarem um determinado tema 18 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 1 3 2 Avalia o formativa A avalia o formativa a principal modalidade de avalia o do ensino b sico assume car cter cont nuo e sistem tico e visa a regula o do ensino e da aprendizagem recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informa o de acordo com a natureza das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem Despacho Normativo 14 2011 p 45725 Relativamente a esta modalidade de avalia o de referir que nem sempre esta se entendeu tal como se entende nos nossos dias tendo come
85. e os princ pios e procedimentos a observar na avalia o das aprendizagens no Ensino B sico Refor a os princ pios j expressos no Despacho Normativo n 98 A 92 com nfase no car cter formativo da avalia o e valoriza o duma l gica de ciclo A avalia o pretende se que seja reguladora e sistem tica visando apoiar o processo educativo de modo a sustentar o sucesso de todos os alunos certificar compet ncias e melhorar a qualidade do sistema de ensino Est o previstas as modalidades de avalia o formativa e sumativa A primeira deve ser a principal modalidade no ensino b sico devendo ser cont nua sistem tica reguladora e contextualizada com as aprendizagens Deve incluir uma vertente de diagn stico para operacionalizar estrat gias e diferencia o e a avalia o sumativa deve ser uma s ntese globalizante das avalia es formativas Por outro lado o Decreto Lei 74 2004 de 26 de mar o estabelece que a avalia o consiste no processo regulador das aprendizagens orientador do percurso escolar e certificador das diversas aquisi es realizadas pelos alunos que tem por objetivo a aferi o de conhecimentos compet ncias e capacidades dos alunos e a verifica o do grau de cumprimento dos objetivos p 1934 O Despacho Normativo n 1 2005 Regime de avalia o dos alunos do Ensino B sico foi alterado pelo Despacho Normativo 14 2011 publicado em Di rio da Rep blica 22 s rie de 18 de Novem
86. e avalia o sumativa articula a avalia o formativa com a sumativa A Black et al 2004 afirmam que evidente a necessidade de incentivar os alunos para o ensino da F sica sendo que a maior dificuldade assenta sobre a quest o da motiva o para todos at para aqueles que apresentam maiores dificuldades a n vel cognitivo mais uma vez salientam a import ncia do feedback de qualidade e eficaz focado na melhoria da aprendizagem e consequentemente no desempenho dos alunos Note se que a motiva o dos alunos ser sempre catalisador para estimular os h bitos de trabalho no sentido de alcan ar objetivos 57 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Blancho e Coelho 1996 citados por Dias 2008 consideram que existem dois tipos de motiva o a auto motiva o quando o aluno manifesta o desejo de atingir um objetivo pelos seus pr prios meios e a heteromotiva o na qual o professor que incentiva atrav s de est mulos para o interesse da aprendizagem O aluno se solicitado por um est mulo que interessa reage favoravelmente a esse est mulo A motiva o s se completa quando aluno encontra raz o suficiente para o trabalho que realiza quando lhe aprecia o valor e percebe que os seus esfor os o encaminham para a realiza o do ideal desejado p 83 Professora B 3 1 B Conceito de avalia o Tendo como objetivo a constru o de uma s
87. e da constru o do conhecimento onde se pressup e uma certa continuidade no desenvolvimento do sistema cognitivo desde a crian a at aos homens da ci ncia passando pelo adulto normal Piaget 1987 citado em Neto 1998 p 155 Esta vertente do construtivismo Piagetiano apresenta um caracter formal assente nas estruturas e opera es do pensamento que se sobrep em aos conte dos do pensamento j Ausubel apesar de se identificar com estas ideias discorda do ponto em que Piaget acredita que o operativo estruturas e opera es gerais comanda o conhecimento figurativo conte dos espec ficos Na verdade Ausubel admite exatamente o contr rio postula como fator decisivo o papel das estruturas cognitivas isto a organiza o l gica dos conte dos espec ficos e a natureza desses mesmos conte dos enquanto Piaget estabelece como fator determinante no processo de aprendizagem e constru o de novos conhecimentos o n vel de desenvolvimento cognitivo atingido pelo sujeito os seus esquemas e opera es l gicas aplic veis a qualquer conte do Neto 1998 p 156 Em jeito de s ntese podemos afirmar que nas duas vertentes mencionadas se encontra presente a ideia primordial de Kant que para a efetiva aprendizagem e constru o de novos conhecimentos s o imprescind veis os conhecimentos pr vios 1 1 4 Quarta gera o da avalia o A avalia o como negocia o e constru o Tendo em conta a
88. e incidir sobre o que o aluno sabe sente pensa ou quer Nesta ordem de ideias Santos 2002 pensa que quando o professor coloca boas quest es de uma forma cont nua tais como O que fizeste Porque tomaste esta opcdo Porque pensaste assim Donde te surgiu esta ideia Em que outras situa es que este processo se poderia aplicar Se quisesses convencer algu m de que isto verdade o que dirias p 81 estas estar o claramente a contribuir para o refor o da autonomia mental durante a resolu o de tarefas e Autoavalia o Tal como j foi referido para a professora B a autoavalia o n o utilizada enquanto estrat gia de avalia o N o influencia da autoavalia o nas pr ticas avaliativas B Considerando a autoavalia o imprescind vel para a incrementa o de uma avalia o cuja fun o seja a melhoria da aprendizagem partimos do princ pio que esta o processo por excel ncia da regula o dado ser um processo interno ao pr prio sujeito Santos 2002 p 79 Na mesma linha de racioc nio Hadji 1993 p 95 refere a autoavalia o como a atividade de autocontrolo refletido das a es e comportamentos do sujeito que aprende sendo o autocontrolo uma parte integrante da metacogni o enquanto processo de tomada de consci ncia da sua atividade cognitiva Cabe mais uma vez ao professor adotar um papel central no processo ensino aprendizagem ajudando o aluno a
89. e por n o se pretender generalizar resultados e por a sua escolha ser conveniente ao estudo O departamento e a escola foram escolhidos propositadamente por serem aqueles a que a investigadora pertence permitindo assim maior facilidade de acesso s fontes de dados Os participantes no estudo foram dois professores a lecionar as mesmas disciplinas no grupo disciplinar referido do departamento curricular em quest o 31 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 2 2 Recolha dos dados Para a recolha de dados foram utilizadas as seguintes t cnicas numa primeira fase a realiza o de entrevistas semiestruturadas aos participantes do estudo numa segunda fase procedeu se observa o de aulas dos mesmos e por ltimo foi realizada uma Focal Group discuss o de grupo A primeira fase do estudo teve como objetivo caracterizar as perce es dos professores face aos conceitos de avalia o avalia o formativa e avalia o sumativa e identificar as estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizar em sala de aula foram delineados objetos de estudo e assumidas as respetivas dimens es de avalia o tal como ilustra o quadro n22 Quadro 2 Dimens es relativas a cada um dos objetos em estudo Avalia o como medida Avalia o como descri o Avalia o como ju zo de valor Avalia o como negocia o e constru o social Regu
90. e professores do 3 ciclo do Ensino B sico Em s ntese esta an lise parece apontar para um modo tradicional de avaliar recorrendo a testes e minifichas de avalia o e deixando em segundo plano algum trabalho em pares N o obstante estas evid ncias est clara alguma disponibilidade e vontade de incrementar uma maior diversifica o de estrat gias e instrumentos de avalia o manifestas por exemplo pela introdu o da primeira aula em avalia o por pares ou a atribui o de carater formativo a um teste de avalia o sumativa Note se que importante sublinhar a necessidade de tempo para fomentar a reflex o acerca do processo de ensino aprendizagem e quem sabe posterior adapta o de pr ticas de acordo com a sua vontade perfil e disponibilidade em adquirir novos conhecimentos e Estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizarem nas suas pr ticas letivas No mbito da avalia o formativa o feedback das principais estrat gias de avalia o pode ocorrer oralmente escrito ou no conjunto das duas modalidades As observa es aos participantes parecem indicar frequentemente este tipo de procedimento nas pr ticas letivas das professoras sendo que este serve na maioria das vezes para informar os alunos acerca dos resultados das avalia es e assinalar os erros e corrigi los por vezes serve tamb m para refor ar positivamente comportamentos ou aprendizagens Relativamente ao fee
91. elat rios e os trabalhos em grupo est o contemplados nos crit rios de avalia o consulta aos crit rios de avalia o da disciplina B Cortes o 2002 diz tratar se de uma avalia o que parece associada a um produto final e que resulta de tarefas ou testes de caracter pontual e geralmente quantitativo Neves et al 1992 partilham desta opini o ao considerarem que para alguns professores a avalia o sumativa pode traduzir se num ju zo global sobre o desenvolvimento dos conhecimentos compet ncias capacidades e atitudes tendo em conta os objetivos curriculares m nimos tanto definidos centralmente como a n vel de escola Esta modalidade de avalia o est assim mais centrada no produto realiza se na conclus o de um processo e traduz o rendimento dos alunos numa classifica o final 3 4 B Estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizarem nas suas pr ticas letivas e Feedback Neste ponto a professora B foi questionado acerca da natureza e papel do feedback enquanto estrat gia de avalia o relacionando o automaticamente com os resultados dos alunos e informou que sempre que entrega um documento de avalia o corrigido este vai acompanhado da cota o correspondente e da obtida na realidade Para al m disso consta do mesmo a avalia o quantitativa 0 100 e a avalia o qualitativa fraco insuficiente suficiente bom e muito bom sim at nas pr prias ava
92. em pr tica em sala de aula 4 1 Considera es finais Tendo em conta os resultados obtidos neste estudo podemos afirmar que est o vis veis nas perce es dos professores acerca de avalia o ideias subjacentes avalia o da aprendizagem Earl 2003 Na an lise dos resultados poss vel verificar a exist ncia de uma valoriza o excessiva relativamente aos produtos os instrumentos de avalia o traduzem se sobretudo por testes destinados recolha de informa o a partir da qual se atribu am classifica es aos alunos revelando uma constante preocupa o com a avalia o sumativa O papel do professor dominante tendo o aluno pouca ou nenhuma participa o no processo Black 1998 Cabe nos ent o concluir a presen a de perce es acerca da avalia o que se enquadram nas primeiras gera es da avalia o onde prevalece a orienta o para a classifica o e certifica o em detrimento da orienta o para a regula o e para a melhoria das aprendizagens Fernandes 2008 p 61 embora em algumas situa es possamos vislumbrar algumas atitudes ainda que t nues consistentes com a presen a de influ ncias construtivistas Vivemos ent o um per odo marcado pela tens o que adv m do paradigma psicom trico caracter stico das tr s primeiras gera es da avalia o e que claramente dominante nos nossos sistemas educativos Fernandes 2008 p 94 No que se refere s perce es
93. ema Salienta se no entanto que a carga hor ria da disciplina j contempla as atividades pr ticas e que em turmas com dimens es superiores a vinte alunos as aulas funcionam por turnos tornando se assim mais pequenas e funcionais nas aulas experimentais os alunos do CEF s o carregados de atividade pr tica porque t m uma atitude totalmente diferente e depois interessam se mais desta maneira influencia dos resultados dos alunos nas pr ticas letivas posteriores A No que se refere articula o entre avalia o sumativa e formativa a docente refere que uma pr tica pouco usual embora j o tenha feito dando o exemplo de classificar fichas formativas que contribuem para a nota final Fernandes 2008 refere a prop sito da articula o entre modalidades de avalia o que a avalia o de conhecimentos acad micos e a avalia o de atitudes capacidades ou de compet ncias metacognitivas devem ser feitas de forma integrada e insepar vel p 95 ou seja ambas as vis es devem coexistir e s o importantes no desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem por um lado o paradigma psicom trico que se encaixa nos pressupostos de uma avalia o externa e do outro o paradigma construtivista posto em pr tica em sala de aula s vezes articula a avalia o formativa com a sumativa A s vezes coloco fichas de avalia o formativa a contar para nota tal e qual como se fosse uma ficha d
94. encontram relativamente a um dado referencial de aprendizagem e desenvolvam a es que os ajudem a aprender ou a vencer as suas eventuais dificuldades p 32 Parece nos prudente dizer ent o que o seu objetivo ser uma aprendizagem eficaz e de qualidade e n o uma classifica o final sendo como tal uma avalia o formativa deste tipo a necess ria nas nossas salas de aula integrada no processo de ensino aprendizagem de maneira a que as aprendizagens dos alunos melhorem tal como vem sendo verificado pela investiga o de diversos autores nomeadamente Black e William 1998 e Fernandes 1996 As teorias elaboradas por estes autores complementam se uma vez que que a investiga o realizada por Domingos Fernandes em Portugal vai ao encontro da proposta no Reino Unido pelo Assessement Reform Group ARG na qual participaram os segundos autores 1 Assessement Reform Group ARG Surge a partir de um grupo volunt rio de investigadores em 1989 Em 1996 adota a denomina o Assessment Reform Group ARG e procurou fornecer aos decisores bases emp ricas a partir de investiga o realizada junto dos professores e escola Ara jo et al 2013 p 5 20 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico De acordo com Ara jo et al 2013 podemos ent o afirmar que a avalia o formativa alternativa entendida como avalia o para a aprendizagem pode ser definida como the process
95. endizagem n o deve ser a parte que demora mais tempo ou seja n o deve ser o processo preponderante Parece nos que nesta declara o transparece alguma hesita o em considerar a avalia o parte igualmente essencial no processo educativo Os crit rios de avalia o est o presentes em todas as pr ticas desenvolvidas a parte respeitante aos conhecimentos foi elaborada pelas participantes em conjunto e em grupo disciplinar a parte relativa s atitudes e L ngua Portuguesa foi elaborada pela dire o e comum a todos os grupos disciplinares Ap s aprova o do conselho pedag gico alunos pais e encarregados de educa o foram elucidados acerca dos par metros de avalia o a considerar e posteriormente estes ficaram dispon veis na p gina da escola para consulta Note se que nem alunos nem encarregados de educa o foram convidados as participar na sua execu o Salienta se que quando aplicados embora tenham sido elaborados com recurso a indicadores apenas na parte referente s atitudes n o conduzem a um ju zo de valor por parte das docentes mas sim a uma classifica o final 78 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico No que se refere observa o enquanto estrat gia de avalia o esta foca se essencialmente na avalia o das atitudes utilizando para o seu registo grelhas escritas ou apontamentos mentais Este procedimento facilmen
96. ent vel Evidentemente neste contexto a educa o assume uma import ncia extrema s com forma o de quadros de qualidade a regi o pode assegurar os objetivos desej veis Carta Educativa p 40 37 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Assim sendo a educa o um vetor estrat gico para o munic pio a oferta educativa e formativa organiza se numa rede escolar que comporta uma Escola Profissional uma Escola Secund ria e um Agrupamento Vertical de Escolas O Agrupamento Vertical de Escolas com sede na Escola B sica Integrada D Jorge de Lencastre comporta uma popula o escolar que ronda os 1494 alunos distribu dos pelo ensino Pr Escolar 1 ciclo 2 e 3 Ciclos do Ensino B sico Percursos Curriculares Alternativos Cursos de Educa o Forma o Educa o e Forma o de Adultos e ainda um projeto educativo espec fico que trabalhado com reclusos do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz A sua abrang ncia concelhia e a dimens o do seu territ rio educativo fazem com que no seio da Dire o Regional de Educa o do Alentejo seja um dos maiores em extens o geogr fica e em n mero de alunos 2 4 Caracteriza o dos participantes do estudo Os participantes neste estudo s o duas professoras do 3 ciclo do Ensino B sico pertencentes ao Departamento de Matem tica e Ci ncias Experimentais nomeadamente ao grupo 510 F sica
97. essados tenho de arranjar maneira dos interessar tenho de mudar as estrat gias das aulas tenho de fazer as altera es todas A Penso que sim tarefas adequadas ao n vel de desempenho dos alunos A como n o tenho alunos com necessidades educativas especiais e n o tenho alunos que se destaquem muito dos outros pela positiva a tarefa costuma ser a mesma tarefas adequadas ao n vel de desempenho dos alunos A 56 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Quando tenho alunos que se destaquem muito a fa o qualquer coisinha de diferente tarefas adequadas ao n vel de desempenho dos alunos A Os instrumentos de avalia o s o os mesmos para todos os alunos independentemente das suas dificuldades Relativamente influ ncia dos resultados dos alunos nas pr ticas letivas posteriores a docente d o exemplo de uma turma de um curso de educa o e forma o caracterizada pelos fracos resultados acad micos cujas estrat gias assentam sobretudo na pr tica experimental o que indicia maiores n veis de interesse e motiva o Quando interrogada acerca da hip tese de aplicar a mesma estrat gia a outras turmas com fracos resultados mas do ensino regular a professora A respondeu que tendo em conta a extens o do programa curricular as dimens es das turmas e a distribui o hor ria da disciplina seria imposs vel adotar este procedimento como sist
98. ewpoints on educational and human services evaluation 2nd Edition Dordrecht Kluwer Yin R 1994 Case study research design and methods London Sage Websites http www publico pt educacao noticia professores precisam de centrarse nos alunos diz ocde 1541515 http www rpedu pintoricardo com estatistica htm l http stat2 med up pt cursop glossario html 89 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Legisla o Despacho Normativo n 98 A 92 Despacho Normativo n230 2001 Decreto Lei 74 2004 Despacho Normativo n 1 2005 Despacho Normativo n 6 2010 Despacho Normativo n 14 2011 Decreto Lei 94 2011 Decreto Lei n 176 2012 Decreto Lei 139 2012 90 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Ap ndices 91 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 92 Ap ndice 1 Matriz da entrevista semi estruturada Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico A o z ee E ao Quest es Objetivos a S 5 Q n Ee h O E SR Apresenta o da es 1 Nome da entrevistadora a So entrevistadora o E Ex oc o O gt O Ovo N oO o 0 ER SZ no ES a 7 2 8272 2 Data de realiza o da entrevista L
99. ez que todas as avalia es tomam caracter formal tendo classifica o e participando na pondera o para o resultado final A nica vez em que uma dita avalia o formativa traduzida por uma ficha de exerc cios n o fez parte do resultado final foi no ltimo per odo em que por falta de tempo a docente decidiu entregar a ficha aos alunos para que estes a resolvessem em casa como prepara o para a ficha de avalia o No entanto n o a corrigiu nem solicitou aos alunos que lhe dessem o feedback das dificuldades sentidas durante a sua resolu o quando classificada s vezes n o conta para nota A os alunos realizaram uma minificha de exerc cios de prepara o para o teste classificada A De Landsheere 1976 citado em Pereira 2011 que faz a seguinte considera o a avalia o formativa tem por nico fim reconhecer onde que o aluno sente dificuldade e procurar inform lo Esta avalia o n o se traduz em nota nem muito menos em scores Trata se de um feedback para o aluno e para o professor p 18 De acordo com Cortes o 2002 a avalia o formativa deve ser o guia do processo ensino aprendizagem uma vez que fornece informa o diversa a alunos e a professores tanto no que se refere ao estado do seu trabalho como dando de pistas de estrat gias de atua o 46 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 3 3 A Conceito
100. gem positiva do erro ou seja em vez de o erro conduzir a diminui o de percentagens poder funcionar como informa o contribuindo para a compreens o da situa o de aprendizagem Se o aluno conseguir compreender a causa do erro conseguir visualizar hip teses de solu o cultivando assim a pr tica de autocorre o e autoavalia o Na opini o de Santos 2002 quando o pr prio consegue identificar o erro e corrigi lo acontece aprendizagem Cabe ao professor interpretar o seu significado formular hip teses explicativas do racioc nio do aluno para o poder orientar A orienta o por parte do professor deve atender a certos aspetos como seja n o identificar o erro nem t o pouco corrigi lo mas sim questionar ou apresentar pistas de orienta o da a o a desenvolver pelo aluno que o leve identifica o e corre o do erro p 78 Tendo em conta as observa es efetuadas e as opini es anteriores parece nos que a professora B n o adota estes procedimentos na sua pr tica letiva e Crit rios de avalia o No que se refere aos crit rios de avalia o as declara es da professora B s o semelhantes s j referidas e citadas pela professora A sendo do mesmo grupo disciplinar e pertencentes mesma escola estas pr ticas s o as mesmas particularmente no in cio do ano letivo participou na elabora o dos crit rios de avalia o da disciplina que respeitaram as diretrizes fornecidas pela
101. gistados 31 Consideram a resposta correto ou errado feedback de qualidade 32 Realizam a monotoriza o das avalia es de forma sistem tica ou pontualmente 33 Numa das observa es foi utilizado o questionamento oral como estrat gia de avalia o que outras estrat gias utilizam 34 Durante a observa o de aulas apenas foi poss vel verificar a utiliza o do instrumento de avalia o teste ficha que outros instrumentos avaliativos utilizam 35 Qual a import ncia da autoavalia o no processo de avalia o Durante a anterior entrevista foi referido que uma vez que n o existiam alunos com necessidades educativas especiais nas vossas turmas n o foi necess rio reformular adequar as planifica es e estrat gias de avalia o consideram que este um procedimento s aplic vel a alunos com este perfil 36 Esta entrevista ser totalmente confidenci ale ser apenas utilizada no estudo em quest o Muito obrigada Ana Vilhena Branco 108 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico ANEXOS 109 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Anexo 1 Crit rios de avalia o CRIT RIOS ESPEC FICOS DE AVALIA O Ci ncias F sicas e Qu micas DISCIPLINA PAR METROS INSTRUMENTOS DE PONDERA O
102. guimento parece nos adequado referir os paradigmas que rodeiam o conceito de avalia o Por um lado o paradigma objetivista que reporta s duas primeiras gera es onde se manifestaram altera es no conceito e por outro lado o paradigma subjetivista construtivista terceira e quarta gera es de avalia o 1 1 1 Primeiras gera es da avalia o De acordo com Guba e Lincoln 1989 podem ser mencionados quatro grandes momentos onde se verificaram altera es no conceito de avalia o O primeiro momento ou primeira gera o denominado por gera o da medida surgiu no in cio do s culo XX e foi caracterizado por se considerar avaliar como sin nimo de medir ou seja predominava a ideia de que a avalia o era uma quest o essencialmente t cnica que permitia medir com rigor e isen o as aprendizagens escolares dos alunos citado em Fernandes 2008 p 56 Come am a surgir falhas e limita es em termos de m todos de sele o e de orienta o do sistema escolar o que vai fomentar o interesse pelas pr ticas avaliativas nomeadamente pela medida e pelo rigor de acordo com Alves 2004 come am a desenvolver se os testes estandardizados de rendimento performance e intelig ncia ou seja desenvolvem se as t cnicas psicom tricas com aplica o em contexto escolar ao mesmo tempo surge a organiza o cient fica do trabalho que atribuiu s escolas o uso de testes com a finalidade de medir os objetiv
103. hor rio extra aula onde os esclarece Em rela o ao mesmo assunto a professora B refere que em todos os testes aplicados s suas turmas de 72ano apareciam quest es no mbito das dificuldades apresentadas no teste anterior de maneira a estas n o serem esquecidas nem ficarem por esclarecer No que se refere constru o dos instrumentos de avalia o as professoras dizem existir duas vertentes de trabalho no caso de existir mais do que um professor a lecionar o mesmo ano de escolaridade ent o os instrumentos s o constru dos em conjunto Se isto n o se verificar a constru o individual No que concerne adequa o de instrumentos e estrat gias de avalia o as docentes parecem considerar que as planifica es deveriam ser adequadas s turmas e at mesmo aos alunos mas na pr tica embora consigam algumas vezes utilizar metodologias diferentes mas devido falta de tempo raramente conseguem utilizar instrumentos diferentes ou adaptados ao perfil de cada aluno excluindo o exemplo dos alunos com NEE em que s o obrigados por lei Lopes 2011 refere Mun z 1990 menciona que a avalia o formativa fornece a oportunidade de comprovar resultados parciais das aprendizagens dos alunos permitindo ajustar ou modificar o ritmo do processo de ensino e de aprendizagem p 18 o que nos leva a depreender que esta se deve basear em informa es diversificadas intr nsecas ao desenvolvimento do processo de aprendizagem q
104. http www educ fc ul pt docentes msantos spce pdf acedido em 20 de Abril de 2013 Belei R Paschoal S Nascimento E amp Matsumoto P 2008 O uso de entrevista observa o e videograva o em pesquisa qualitativa Cadernos de Educa o 30 187 199 Bell J 1997 Como Realizar um Projeto de Investiga o um guia para a pesquisa em ci ncias sociais e da educa o Lisboa Gradiva Black P amp Wiliam D 1998 Assessment and Classroom Learning Assessment in Education 5 1 7 71 Black P amp Wiliam D 2001 Inside the Black Box Dispon vel em http weaeducation typepad co uk files blackbox 1 pdf acedido em 18 Maio 2013 Black P amp William D 2006 Developing a theory of formative assessment In J Gardner ed Assessment and learning London Sage pp 81 100 85 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Black P Harrison C Lee C Marshall B amp Wiliam D 2002 Working inside the black box Assessment for learning in the classroom 86 1 9 21 London Department of Education and Professional Studies King s College Black P Harrison C Lee C Marshall B amp Wiliam D 2004 Research into practice Formative assessment for learning In Societa Italiana di Fisica Research on Physics Education pp 91 102 Bologna Societ Italiana di Fisica IOS Press Bloom B Hastings e Madaus 1971 Handbook on For
105. i sobretudo nas quest es diretas de resposta curta sim n o A professora B parece n o considerar este procedimento muito til uma vez que considera que engloba muitos fatores limitantes tais como o tempo que leva a preparar extra aula o tempo que necessita para ser posto em pr tica em sala de aula e a dificuldade que encontra em aplic lo a todos os elementos de uma turma tendo em conta as dimens es desta Embora as professoras considerem a autoavalia o como uma poss vel ferramenta na avalia o formativa n o t m por h bito aplic la pelas raz es j mencionadas A avalia o por pares outro exemplo de procedimento fundamental na avalia o formativa que n o foi focado pelas participantes quando questionadas acerca de que estrat gias de avalia o formativa utilizavam a este respeito a professora A disse n o ser seu costume utilizar a avalia o por pares embora tenha gostado dos resultados obtidos a partir da nica vez que o utilizou A professora B nunca o utilizou mas considera a estrat gia um bom contributo para a melhoria das aprendizagens embora a refira como muito morosa podendo atrasar o cumprimento do programa Ainda relativamente a este tema ambas referem que n o um procedimento frequente at porque se deparam com v rios constrangimentos nomeadamente o tempo e a faixa et ria dos seus alunos De acordo com a professora B a avalia o embora fa a parte integrante do processo ensino e apr
106. ico e te rico que hoje lhe atribu do De acordo com o aqui referido poss vel afirmar que ambas as gera es citadas se posicionam num paradigma objetivista uma vez que est patente a utiliza o da avalia o numa perspetiva t cnica com o fim de alcan ar determinados objetivos A avalia o associada s bases epistemol gicas do positivismo o processo de avalia o da aprendizagem d se atrav s de testes e outros instrumentos de medi o onde se atribui um valor ao avaliado ou seja transparece uma vis o claramente objetiva A esse respeito Sobrinho 2004 citado em Silva 2009 p 2 esclarece que o paradigma objetivista Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico tem sido largamente utilizado pelos governos e por ag ncias multilaterais Evidentemente a quantifica o a objetividade a comparabilidade s o aspectos importantes de um processo avaliativo Erro seria n o os utilizar o que levaria aos v cios de um subjetivismo exclusivista Por m tamb m um grande equ voco utiliz los exclusivamente como nicos incorrendo se ent o numa extrema quantofrenia ou erro de equiparar a ci ncia verdade grifos nossos Silva 2009 refere que este g nero de modelos direcionados pelo tecnicismo assumem caracter sumativo baseando se em valores como produtividade efici ncia certeza e predi o assentam sobre dados quantitat
107. ilosofia do ensino secund rio de uma escola da Lez ria e M dio Tejo Disserta o de Mestrado FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CI NCIAS DA EDUCA O UNIVERSIDADE DE COIMBRA 95 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Ap ndice 2 Gui o da primeira entrevista semi estruturada Parte Caracteriza o da entrevista e apresenta o da entrevistadora 1 Nome da entrevistadora 2 Data de realiza o 3 Local da realiza o 4 Autoriza o para a utiliza o de um gravador Parte II Caracteriza o acad mica e profissional do entrevistado 5 Nome 6 Idade anos 7 G nero Masculino Feminino 8 Habilita es acad micas 8 1 Bacharelato ou equivalente em 8 2 Licenciatura em 8 3 Mestrado em 8 4 Doutoramento em 8 5 Especializa o em 9 Tempo de servi o anos 10 Grupo disciplinar a que se encontra afeto 11 Experi ncia em cargos Cargos SIM N O 11 1 Gest o Administra o Conselho Executivo Conselho Diretivo Diretor Comiss o administrativa provis ria 11 2 Conselho Pedag gico 11 3 Assembleia de Escola Conselho de Escola 11 4 Coordenador de Departamento Delegado de Grupo Disciplinar 11 5 Coordenador de Ciclo 11 6 Diretor de Turma 11 7 Coordenador de Projetos 96 Avalia o das
108. interpreta o reflex o informa o e decis o sobre os processos de ensino e aprendizagem Raposo e Freire 2008 p 97 Desenvolve se um novo conceito de escola onde se valoriza maioritariamente a avalia o formativa o que implica a diversifica o dos instrumentos de avalia o e o repensar dos prop sitos da avalia o que realizada nas escolas Fernandes 2006 salienta no entanto A avalia o n o uma quest o t cnica ou uma mera quest o de constru o e utiliza o de instrumentos nem um exerc cio de encaixar conhecimentos capacidades atitudes ou motiva es dos alunos numa qualquer categoria com o aux lio de uma qualquer taxonomia A avalia o um processo de desenvolvimento por e com seres humanos para seres humanos que envolve valores morais e ticos ju zos de valor e problemas de natureza sociocognitiva sociocultural antropol gica psicol gica e tamb m pol tica p 36 A modalidade de avalia o por que se opta ser reguladora da pr tica letiva e dos processos de aprendizagem dela decorrentes segundo Leite 1995 e ser em si mesma respons vel pelos aspetos educativos valorizados pela escola e desenvolvidos no quotidiano escolar Raposo e Freire p 99 Podemos afirmar que mudar a avalia o nas escolas um processo lento e complexo que dificilmente acompanha a publica o dos respetivos normativos legais Resulta num imenso trabalho de campo envolvente de toda a co
109. ios b sicos na corrente construtivista cujo m rito devido a von Glaserfeld 1987 1988 e que s o referidos por Neto 1998 o conhecimento n o passivamente recebido mas ativamente constru do pelo sujeito cognoscente a cogni o desempenha uma fun o adaptativa ao servi o da organiza o do mundo experiencial p 150 Ora os princ pios filos ficos foram desde logo muito influentes nas ideia da pedagogia e nas suas metodologias a saber O interesse do investigador e at certo ponto do educador deve incidir sobre os mecanismos que ocorrem internamente na mente do aluno e n o exclusivamente sobre as manifesta es externas desses mecanismos O conhecimento n o pode ser transferido directamente da mente do professor para a do aluno atrav s da comunica o verbal entre ambos ao contr rio a comunica o verbal dever ser encarada como uma ferramenta que ajuda e orienta o processo de constru o de conhecimento pelo aluno Aquilo que se aprende numa dada situa o depende tanto da situa o em si mesma como das estruturas de conhecimento materiais ou formais que se possuam do conhecimento pr vio a aprendizagem formal envolve sempre um aluno aprendiz construindo o seu conhecimento pessoal de alguma parte do conhecimento cient fico O professor deve ter constantemente em vista que os alunos s o sujeitos activos empenhados continuamente em encontrar significado para as estimula es do seu mundo e
110. ivos da efici ncia de um individuo em rela o a uma determinada tarefa tem tamb m como objetivo a utiliza o eficaz do resultado obtido com a avalia o assumindo as fun es pedag gica e social Neste estudo consideramos tr s modalidades de avalia o diagn stica formativa e sumativa 1 3 1 Avalia o diagn stica De acordo com o Despacho Normativo n21 2005 Il ponto 18 alterado e republicado pelo Despacho Normativo 14 2011 A avalia o diagn stica conduz ado o de estrat gias de diferencia o pedag gica e contribui para elaborar adequar e reformular o projeto curricular de turma facilitando a integra o escolar do aluno apoiando a orienta o escolar e vocacional Pode ocorrer em qualquer momento do ano letivo quando articulada com a avalia o formativa p 45725 De acordo com Ribeiro e Ribeiro 1990 a avalia o diagn stica tem como objetivo fundamental proceder a uma an lise de conhecimentos e aptid es que o aluno deve possuir num dado momento para poder iniciar novas aprendizagens p 352 Com base em Aranha 2004 a avalia o diagn stica tem como finalidades a defini o de objetivos estrat gias e metodologias para dar in cio ao processo de ensino e aprendizagem permitindo identificar o n vel inicial dos alunos p 21 Esta avalia o tem como principal objetivo a identifica o de dificuldades e capacidades dos alunos no que se refere aprendizagem dos conte
111. ivos que visam alcan ar resultados no mesmo sentido tornando a forma de conhecimento emp rico anal tica A terceira gera o que Guba e Lincoln 1989 designam por gera o da formula o de ju zos desponta da emerg ncia em superar os pontos fracos assinalados na gera o anterior esta surge nos anos 60 e caracteriza se por uma grande influ ncia do movimento construtivista Esta uma gera o pautada pela posi o de tomada de decis o na avalia o ou seja o avaliador passa a produzir um ju zo de valor Pinto e Santos 2006 De acordo com Pinto e Santos 2006 nesta fase que aparece a verdadeira profiss o de avaliadores passando o processo de avalia o a estar entregue a especialistas o que estreita a rela o entre avalia o e investiga o Os alunos passam a fazer parte do processo de avalia o participando na constru o dos saberes com o coadjuvo dos professores que recorrem aos conhecimentos e experi ncias reais dos alunos para os encaminharem em todo o processo Fernandes 2008 cita Scriven 1967 quando refere que nesta altura surge a distin o entre os conceitos de avalia o sumativa e avalia o formativa o primeiro associado presta o de contas certifica o e selec o e o segundo associado ao desenvolvimento melhoria das aprendizagens e regula o dos processos de ensino e de aprendizagem p 58 O professor passa a diversificar as tarefas propostas e
112. ladora Conceito de avalia o formativa Autoavalia o Perspetiva sumativa Perspetiva formativa Classificativa Identifica o dos conhecimentos dos alunos Centrada no resultado final Feedback Questionamentos Autoavalia o Estrat gias e instrumentos de Avalia o por pares avalia o que os professores dizem Utiliza o formativa dos testes utilizarem nas suas pr ticas letivas Crit rios de avalia o Instrumentos de observa o Instrumentos avaliativos Adequa o de instrumentos avaliativos Conceito de avalia o Conceito de avalia o sumativa Martins 2006 cita Bogdan e Biklen 2000 afirmando que as entrevistas qualitativas variam quanto ao grau de estrutura o desde as entrevistas estruturadas at s entrevistas n o estruturadas no entanto as entrevistas semiestruturadas t m a vantagem de se ficar com a certeza de obter dados compar veis entre os v rios sujeitos p 77 Apesar de n o ser for osamente obrigat ria no que respeita investiga o qualitativa a entrevista de facto uma t cnica ainda muito utilizada na recolha de dados pois Bogdan e Biklen 1994 mencionam que o termo dados refere se aos materiais em bruto que os investigadores 32 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico recolhem do mundo que se encontram a estudar s o os elementos q
113. lia es dada a cota o de cada pergunta o resultado final em percentagem feedback dos resultados de avalia o dos alunos B Tanto por escrito no cabe alho da pr pria prova como oralmente eu at lhes mostro as minhas pr prias grelhas em Excel feedback dos resultados de avalia o dos alunos B N o h uma regularidade no final de cada avalia o feito e depois se necess rio vou relembrando feedback dos resultados de avalia o dos alunos B Assumindo que a intera o entre alunos e professores indispens vel no processo avaliativo e que sem ela correr amos o risco de incidir num modelo de avalia o psicom trico urge esclarecer que o feedback adquire um papel de ponte entre alunos e professores Com isto queremos dizer que atrav s da comunica o entre alunos e professores que ambos tomam consci ncia da informa o que necessitam para progredir nas suas aprendizagens no primeiro caso e alterar as suas pr ticas de maneira a irem ao encontro das necessidades dos alunos no segundo caso Importa sublinhar que nos referimos ao feedback de qualidade que como Santos 2002 refere deve incidir em pr ticas deste g nero Em vez de registar ju zos de valor que pouco ou nada contribuem para a aprendizagem por exemplo confuso excelente vago n o responde ao 65 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico
114. linar a que soma A As minifichas de avalia o os testes os relat rios e os trabalhos em grupo est o contemplados nos crit rios de avalia o consulta aos crit rios de avalia o da disciplina 48 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 3 4 A Estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizar nas suas pr ticas letivas semelhan a do que foi realizado para os objetos de estudo anteriores tamb m no que concerne s estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizar nas suas pr ticas letivas foram identificadas dimens es de investiga o Quadro 7 Dimens es relativas aos objetos estrat gias e instrumentos de avalia o Feedback Questionamento Estrat gias de avalia o que os E 8 ood Autoavalia o professores dizem utilizarem nas suas Avalia o por pares pr ticas letivas Utiliza o formativa dos testes sumativos Crit rios de avalia o Instrumentos de avalia o que os Instrumentos de observa o professores dizem utilizar nas suas Instrumentos avaliativos pr ticas letivas Adequa o de instrumentos avaliativos e Feedback O feedback foi frequente durante as aulas mas sobretudo nas de resolu o de exerc cios onde os alunos podiam tirar d vidas e solucion las de acordo com as orienta es da professora A
115. lonso L 2002 Integra o curr culo avalia o Que significados Que constrangimentos Que implica es In P Abrantes amp F Ara jo Orgs Avalia o das aprendizagens das concep es s pr ticas pp 17 23 Lisboa Minist rio da Educa o Alves M 2004 Curr culo e avalia o Uma Perspectiva Integrada Porto Porto Editora Amado J 2008e Introdu o investiga o qualitativo Investiga o educacional Il A entrevista Texto n o publicado Coimbra FPCE Universidade de Coimbra ARG 2002 Assessment for learning 10 principles Port Melbourne Cambridge University Press Retirado de http webarchive nationalarchives gov uk acedido em 20 de Maio de 2013 Aranha 2004 Teoria e Metodologia da Medi o e Avalia o Vila Real S rie Did tica n 49 UTAD Ara jo L Rosario F Fialho 2013 Avalia o Formativa e Forma o de Professores Um estudo explorat rio In J B Nico A Tobias amp F Ferreira Orgs Educa es no Alentejo Mangualde Edi es Pedago Bardin L 2009 An lise de conte do Lisboa Edi es 70 Barreira C 2007 Avalia o ser sujeito ou sujeitar se Textos de apoio cadeira de Modelos e Pr ticas de Avalia o da Forma o Texto n o publicado Coimbra FPCE Universidade de Coimbra Barreira C Pinto J 2006 A Investiga o em Portugal sobre a Avalia o das Aprendizagens dos Alunos 1990 2005 Dispon vel em
116. m constrangimentos sua aplica o nomeadamente o tempo e a necessidade de cumprimento do programa curricular e Conceito de avalia o sumativa Do ponto de vista da professora A o mesmo tipo de informa o pode potenciar tanto a avalia o formativa como a avalia o sumativa dependendo do seu objetivo o que vai ao encontro da sua pr tica durante uma aula quando utilizou um teste sumativo com fins formativos Ainda assim este tratou se de um caso pontual na maioria das vezes a avalia o sumativa tem como prop sito a classifica o final que traduz o n vel em que os alunos se encontram na aquisi o de conhecimentos A professora B atribui avalia o sumativa uma fun o exclusiva de aferi o de conhecimentos ou seja traduz se num n mero que lhe permite reconhecer se o aluno cumpriu ou n o os objetivos estipulados Estes resultados mostram que as perce es das professoras acerca da avalia o e das suas modalidades de atua o est o de acordo com as ideias fundamentais das primeiras tr s gera es de avalia o mostrando alguma predomin ncia do paradigma objetivista sobre o paradigma construtivista Os discursos de ambas s o caracterizados por destacarem os produtos e os conhecimentos sem deixarem de atribuir algum peso s atitudes destacando se aqui o que nos parece ser uma avalia o da aprendizagem e n o para a aprendizagem 76 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas d
117. mada de consci ncia do percurso de aprendizagem do aluno Sim muito importante autoavalia o B Sim uma forma at de se consciencializarem autoavalia o B Santos 2002 citado em Pinto e Santos 2006 caracteriza a autoavalia o como um processo de metacogni o p 40 onde a reflex o sobre o pr prio percurso encaminha o aluno no sentido de se inteirar da posi o em que se encontra relativamente s metas previamente definidas Pereira 2010 salienta que a identifica o e compreens o por parte do aluno dos seus erros permite lhe a determina o dos meios para superar as suas lacunas quer seja a pedir ajuda de forma concreta ou a desenvolver estrat gias pessoais p 27 Relativamente aos momentos em que solicita aos alunos a autoavalia o a professora B refere que o faz apenas no final dos per odos letivos utilizando uma grelha onde est o descriminados os par metros avaliados nos crit rios de avalia o e as respetivas pondera es e que preenchida pelos alunos com os resultados at ali adquiridos Das observa es efetuadas constatamos que apesar de a docente atribuir um papel consciencializador autoavalia o nos poucos momentos em que a usou n o promove a reflex o sobre o processo ensino aprendizagem No final de cada per odo autoavalia o B com uma grelha autoavalia o B tipo uma grelha de Excel s que eu tenho a minha para a turma to
118. mative and Sumative Evaluation of Student Learning New York McGraw Hill Book Company Bogdan R amp Biklen S 1994 Investiga o Qualitativa em educa o uma introdu o teoria e aos m todos Porto Porto Editora Carvalho A L 2004 Avalia o da aprendizagem em ensino cl nico no curso da licenciatura em enfermagem Lisboa Instituto Piaget Cid M amp Fialho 2011 Crit rios de avalia o Da fundamenta o operacionaliza o In Fialho amp H Salgueiro orgs Turma Mais e sucesso escolar Contributos te ricos e pr ticos pp 109 124 vora Centro de Investiga o em Educa o e Psicologia Universidade de vora Cid M amp Fialho 2013 Material de apoio Forma o em Perspetivas atuais da avalia o da aprendizagem realizada na Escola B sica D Jorge de Lencastre em Gr ndola Chizzotti A 2003 A pesquisa qualitativa em ci ncias humanas e sociais evolu o e desafios Revista Portuguesa de Educa o 16 2 221 236 Correia M S M e Freire A M M S 2010 Pr ticas de Avalia o De Professores de Ci ncias F sico Qu micas do Ensino B sico Ci ncia amp Educa o 16 1 1 15 Cortes o L 2002 Formas de ensinar formas de avaliar Breve an lise de pr ticas correntes de avalia o In Departamento de Educa o B sica Reorganiza o curricular do Ensino B sico Avalia o das aprendizagens das concep es s pr ticas pp 35
119. mens o da avalia o cuja vis o se engloba na avalia o de primeira gera o tem o enfoque nos conhecimentos sendo suas fun es classificar selecionar e ou certificar os alunos Estes encontram se ausentes de participa o na maioria das vezes os contextos s o ignorados os resultados traduzem se por um n mero quantifica o e a avalia o referida a uma norma ou padr o por exemplo a m dia e por isso os resultados de cada aluno s o comparados com os de outros grupos de alunos Com base nestes pressupostos e tendo em conta a an lise das entrevistas e a observa o poss vel verificar que a professora A considera que a principal fun o da avalia o classificar a avalia o deve servir para ver em que n vel que os alunos e n o s est o A serve para caracterizar o nivel em que o aluno se encontra A Durante a observa o direta de aulas verificou se que a presta o dos alunos traduzida por uma determinada percentagem que engloba as tarefas que os alunos realizaram at aquele momento a n vel de conhecimentos e a n vel de atitudes A professora chega a esta percentagem atrav s do preenchimento de uma grelha elaborada em Excel e que respeita o estipulado nos crit rios de avalia o da disciplina anexo 1 Desta maneira podemos afirmar que para esta professora a avalia o se traduz por um resultado quantificado traduzido pela m dia num rica de todas as av
120. munidade educativa que resulte em mudan as significativas ao n vel das pr ticas avaliativas em sala de aula o que de acordo com Perrenoud 1993 p 186 uma fonte de inquietude para os professores porque se traduz numa 16 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico inova o pedag gica sendo necess rio que o professor se questione sobre as mesmas promovendo o insight necess rio mudan a conceptual Fullan 2001 citado em Raposo e Freire 2008 p 99 De acordo com Ara jo et al 2013 Em termos de avalia o a sala de aula ainda uma black box que recebe inputs e cujos outputs s o ansiosamente esperados pela administra o pais alunos etc Os professores s o normalmente o elo mais fraco no que diz respeito aos outputs porque se espera que fa am uma gest o da sala de aula de modo a propiciar retorno de qualidade p 4 Podemos dizer que se torna complexo os professores realizarem esta tarefa sem que exista uma retaguarda de medidas educativas que possibilitem a otimiza o dos outputs pela qualidade dos inputs Black e Wiliam 2001 citados em Ara jo et al 2012 p 4 17 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 1 3 Modalidades da avalia o De acordo com Onrubia e Col 1999 a avalia o n o tem como objetivo apenas a obten o de dados elucidat
121. n a la diversidad Barcelona Ice Horsori Pacheco J A 1994 A Avalia o dos alunos na perspectiva da reforma Proposta de trabalho Porto Porto Editora Pacheco J A 1995 O Pensamento e a Ac o do Professor Porto Porto Editora Pacheco J A 1998 A Avalia o da aprendizagem In Leandro S Almeida amp Jos Tavares orgs Conhecer aprender avaliar p 113 129 Porto Porto Editora Pacheco J A B 2002 Crit rios de avalia o na escola In Avalia o das aprendizagens das conce es s pr ticas pp 53 64 Lisboa Departamento da Educa o B sica Parasuraman A 1986 Marketing research Toronto Addison Wesley Publishing Company Pereira V 2010 Concep es e pr ticas de avalia o dos professores de Filosofia do ensino secund rio de uma escola da Lez ria e M dio Tejo Disserta o de mestrado Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o da Universidade de Coimbra Perrenoud P 1992 N o mexam na minha avalia o Para uma abordagem sist mica da mudan a pedag gica In A Estrela amp A N voa eds Avalia es em Educa o Novas Perspectivas p 155 173 Lisboa Faculdade de Psicologia e Ci ncias da Educa o Perrenoud P 1993 Pr ticas pedag gicas profiss o docente e forma o Lisboa Publica es Dom Quixote Perrenoud P 1999 Vers des d marches didactiques favorisant une r gulation individualis e desapprentissages Bruxelles
122. na maioria das vezes feita na aula seguinte anterior ao teste pela professora com o aux lio do quadro sim s o todas classifica o da avalia o formativa B saber se conseguiram atingir ou n o os conhecimentos que s o estruturantes para o que vem a seguir B Salienta se que todas as quest es s o assinaladas com a respetiva cota o inicial e a obtida assim como as classifica es quantitativas e qualitativas Por esta raz o parece nos que esta vis o de avalia o formativa pode dar origem a uma regula o retroativa das aprendizagens Fernandes 2008 p 64 onde o teste formativo serve para detetar as dificuldades dos alunos no t rmino do processo ensino aprendizagem ao inv s de as detetar durante o processo Este tipo de avalia o de acordo com os estudos de v rios autores citados por Fernandes 2008 nomeadamente Dwyer 1998 e Harlen e James 1998 ainda muito usual nos sistemas educativos atuais onde esta avalia o tem uma periodicidade pontual pouco interativa n o exige a participa o dos alunos e est focalizada na verifica o do cumprimento de objetivos comportamentais 4 3 B Conceito de avalia o sumativa Para este objeto de estudo investig mos no mbito de quatro dimens es relevantes para a identifica o das perce es existentes acerca da avalia o sumativa e Perspetiva formativa Quando questionada acerca da perce o que tinha no que se refere
123. ndizagens durante e n o apenas no final de um dado per odo de ensino e aprendizagem p 84 Importa sublinhar que apenas quando a sua qualidade se manifesta que este adquire uma fun o eficaz devendo por isso promover a participa o entre os alunos e fomentar o pensamento e Questionamento No que diz respeito ao questionamento oral a professora B menciona a dificuldade que encontra em realiz lo as dimens es da turma e a falta de tempo para organizar todos os procedimentos que esta tarefa engloba s o os fatores mais apontados Como tal prefere a avalia o escrita que todos os alunos fazem ao mesmo tempo em alturas espec ficas e que ela corrige fora da sala de aula oral eu acho que torna se complicado fazer uma avalia o oral sistem tica estrat gias de avalia o Acho que com a escrita resulta melhor estrat gias de avalia o B Neste caso supomos o questionamento oral enquanto estrat gia de avalia o que ocorre no decorrer do processo ensino aprendizagem e que aponta no sentido da recolha de informa o descritiva do processo de aprendizagem dos alunos nomeadamente estrat gias de aplica o de conhecimentos racioc nio na resolu o de tarefas e interpreta o de textos tal como Ferreira 66 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 2007 p 129 refere o interrogat rio ou o questionamento oral tem d
124. no dia 28 de Janeiro de 2013 a observa o das aulas dos participantes decorreu no per odo entre 4 de Mar o e 12 de Abril de 2013 resultando em 20 aulas de 45minutos da disciplina de Ci ncias F sico Qu micas 10 aulas dos 7 anos professora B e 10 aulas dos 8 anos professor A de escolaridade A entrevista em grupo foi realizada ap s a an lise dos dados recolhidos nas duas primeiras fases no dia 16 de Julho e a an lise documental acompanhou todas as fases sempre que se verificou necess rio DESCRI O E AN LISE Professora A 3 1 A Conceito de avalia o Com o objetivo de encontrar uma resposta fidedigna e rigorosa que fosse elucidativa das perce es dos participantes acerca do conceito de avalia o foram utilizadas quatro dimens es de investiga o conforme se pode verificar no quadro seguinte Quadro 4 Dimens es relativas ao objeto conceito de avalia o Avalia o como medida Avalia o como descri o Conceito de avalia o Avalia o como ju zo de valor Avalia o como negocia o e constru o social 39 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Avalia o como medida Em termos pr ticos pode significar que a avalia o se reduz a pouco mais do que administra o de um ou mais testes e atribui o de uma classifica o em per odos determinados Fernandes 2008 p 57 Este di
125. nos e professores no sentido da regula o do processo ensino aprendizagem O professor assume o papel central e para que a aprendizagem dos alunos seja eficaz fundamental que Partilhe as metas de aprendizagem com os alunos de forma a que estas se tornem explicitas para eles Ajude os alunos a compreender essas metas a fim de que as atinjam Forne a feedback construtivo que ajude os alunos a identificar as formas de melhorar o seu rendimento Acredite que cada aluno pode melhorar os seus resultados de aprendizagem anteriores e que os alunos possam rever e reflectir sobre o desempenho e os progressos conseguidos Se assegure de que os alunos aprendem estrat gias de auto avalia o para identificarem reas que precisam de melhorar Reconhe a que tanto a motiva o como a autoestima essenciais para uma aprendizagem eficaz e para o progresso podem ser intensificadas atrav s de t cnicas de avalia o eficazes Lopes e Silva 2012 P 4 De acordo com Earl 2003 esta avalia o dependendo do diagn stico de compet ncias elaborado pelo professor pode fomentar a participa o ativa dos alunos na constru o da pr pria aprendizagem e o aumento dos seus n veis de autonomia devidamente orientados pelos professores A avalia o como aprendizagem enfatiza o papel do aluno no processo de aprendizagem adquirindo este um papel mais ativo e participativo Decorre de uma reflex o conjunta entre professor e aluno sobre com
126. nsmitidos Aos amigos que me ajudaram na revis o dos textos e na pesquisa AVALIA O DAS APRENDIZAGENS PERCE ES E PR TICAS DE PROFESSORES DO 3 CICLO DO ENSINO B SICO RESUMO Este estudo de natureza qualitativa teve como objetivos a caracteriza o das perce es dos professores acerca de avalia o a identifica o das estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizar e indagar a exist ncia de rela o entre essas perce es e as suas pr ticas avaliativas Baseou se em dados emp ricos obtidos a partir da aplica o de tr s t cnicas de recolha de dados entrevistas observa o direta e an lise documental Constatou se alguma influ ncia da tradi o cl ssica de avalia o nas suas perce es que se enquadram nas primeiras gera es da avalia o onde prevalece a orienta o para a classifica o certifica o em detrimento da orienta o para a regula o melhoria das aprendizagens sugerindo pr ticas avaliativas caracter sticas da avalia o da aprendizagem e n o da avalia o para a aprendizagem destacando se a tentativa das participantes em diversificar e modificar as suas estrat gias e instrumentos avaliativos o que parece uma aproxima o quarta gera o de avalia o Palavras chave pr ticas avaliativas de professores avalia o das aprendizagens perce es sobre avalia o EVALUATION OF LEARNINGS THIRD GRADE BASIC SCHOOL TEACHERS PERCEPTIO
127. nstrumentos avaliativos utilizam Qual a import ncia da autoavalia o no processo de avalia o Durante a anterior entrevista foi referido que uma vez que n o existiam alunos com necessidades educativas especiais nas vossas turmas n o foi necess rio reformular adequar as planifica es e estrat gias de avalia o consideram que este um procedimento s aplic vel a alunos com este perfil e Identificar o tipo de estrat gias e de instrumentos que os professores dizem utilizar em sala de aula 105 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Ap ndice 5 Gui o da focal group Parte Caracteriza o da entrevista 12 Data de realiza o 13 Local da realiza o 14 Autoriza o para a utiliza o de um gravador Parte II Legitima o da entrevista 3 Objetivos da entrevista Aprofundar os resultados obtidos com a entrevista semiestruturada e confront los com as observa es em sala de aula de maneira a obter uma melhor e mais fidedigna caracteriza o das perce es dos professores relativamente ao conceito de avalia o da aprendizagem do conceito de avalia o formativa do conceito de avalia o sumativa identificar o tipo de estrat gias e de instrumentos que os professores dizem utilizar em sala de aula 4 Problema em estudo Quais as perce es dos professores sobre avalia o e como as
128. nto dos depoimentos e das observa es efetuadas nesta dimens o encontra se Fernandes 2008 quando enuncia um conjunto de ideias basilares da quarta gera o de avalia o j citadas na revis o de literatura de acordo com estas embora existam s o poucos os ind cios de que a professora apresenta uma postura de constru o e negocia o em sala de aula 3 2 A Conceito de avalia o formativa Tendo em vista a constru o de uma resposta cred vel relativamente s perce es da docente no que concerne ao conceito de avalia o foram tidas em conta tr s dimens es de investiga o conforme o quadro seguinte Quadro 5 Dimens es relativas ao objeto conceito de avalia o formativa Reguladora Conceito de avalia o formativa Autoavalia o Perspetiva sumativa 43 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Reguladora De acordo com a professora A a avalia o formativa tem uma fun o informativa ou seja do seu ponto de vista o objetivo da sua utiliza o prende se com a necessidade do aluno se aperceber se est ou n o na posse dos conhecimentos de maneira a poder regular a aprendizagem depois j t m mais ou menos uma percep o do que que est pior necess rio estudar mais A inform los sobre o seu estado em rela o aquela mat ria A serve acima de tudo para os alunos verem como
129. o do Ensino B sico alunos este tipo de perguntas requere mais tempo de espera por parte do professor que dever deixar alguma margem para a resposta do aluno Relativamente ao feedback Black et al 2004 mencionam que para que este seja efetivo deve resultar de experi ncias de aprendizagem que forne am evid ncias capazes de ajuizar sobre qual o passo seguinte que leva a mais e melhor aprendizagem Ainda na mesma linha de pensamento Fernandes 2005 menciona o papel fundamental do feedback na aprendizagem porque atrav s dele os alunos s o sistematicamente lembrados dos n veis de aprendizagem que necess rio alcan ar e ficam cientes dos seus pr prios progressos tendo em conta a compara o com os seus pr prios desempenhos anteriores ou crit rios previamente definidos p 84 Na autoavalia o e avalia o por pares os alunos s o incentivados compreens o daquilo em que v o ser avaliados identificando o que solicitado e aquilo que necessitam de realizar para responder a essa solicita o A partir do momento em que aluno atinge este patamar de compreens o encontra se preparado para se autoavaliar contribuindo assim para a pr pria aprendizagem e refor o de autonomia A avalia o por pares fomenta o rigor no trabalho dos alunos fortalece a inter rela o entre alunos e favorece a comunica o professor aluno No que concerne utiliza o formativa dos testes Black et al 2004 referem q
130. o do professor Em suma resta nos inferir a exist ncia de um problema com a avalia o cuja solu o poder residir ao n vel da forma o e do acesso a materiais disponibilizados aos professores Assim necess rio apostar na forma o de professores para a utiliza o equilibrada das t cnicas de testagem e de n o testagem de modo que o percurso escolar do aluno seja quantitativa e qualitativamente julgado em fun o das suas possibilidades e ritmos de aprendizagem Pacheco 1994 p 135 83 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 84 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS Abrantes P 2001 Reorganiza o curricular do ensino b sico Princ pios medidas e implica es Lisboa Minist rio Educa o Aires L 2011 Paradigma Qualitativo e Pr ticas de Investiga o Educacional Lisboa Universidade Aberta Allad L 1986 Estrat gias de avalia o formativa concep es psicopedag gicas e modalidades de diferencia o In Linda Allad Jean Cardinet amp Philippe Perrenoud Orgs Avalia o formativa num ensino diferenciado pp 175 210 Coimbra Almedina Almeida V 2006 Avalia o de programas sociais de mensura o de resultados para uma abordagem construtivista Pesquisas e pr ticas psicossociais 1 2 pp 1 13 A
131. o e participa o Um estudo sobre o papel dos actores na avalia o da forma o continua Documento policopiado Disserta o de Doutoramento Universidade do Minho Instituto de Educa o e Psicologia Madaus G D Stufflebeam e Kellaghan T 2000 Evaluation Models Viewpoints on Educational and Human Services Evaluation Second Edition Kluwer Academic Publishers Boston Dordrecht London Manuais t cnicos Observat rio do Qren Manual T cnico Il M todos e T cnicas de Recolha de Dados do Observat rio do Qren retirado de www observatorio pt item1 php lang 0 amp id page 548 acedido em 12 de Mar o de 2013 Manzini J E 2004 Entrevista semiestruturadas an lise de objetivos e de roteiros Acedido em 18 de Abril de 2013 em http www sepq org br Ilsipeg anais pdf gt3 04 pdf Maroco J 2003 An lise Estat stica com utiliza o do SPSS 22 ed Lisboa Edi es Silabo Marques S 2011 As provas de aferi o do 42ano de escolaridade Influ ncia nas pr ticas de ensino e avalia o de tr s professoras Disserta o de Mestrado Instituto de Educa o da Universidade de Lisboa Martins A coord 2002 Livro Branco da F sica e da Qu mica Lisboa Minist rio da Educa o DES Martins V 2006 Avalia o do valor educativo de um software de elabora o de partituras um estudo de caso com o programa Finale no 1 ciclo Disserta o de Mestrado Instituto de Educa o e Psicologia
132. o monitorizar os seus progressos de maneira a atingir os seus objetivos futuros refor ada a responsabilidade do aluno envolvendo o em processos de auto e h tero avalia o Tal como a avalia o para a aprendizagem tem um caracter predominantemente formativo 25 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Seguindo a linha de pensamento de Earl 2003 necess ria uma valoriza o das duas ltimas abordagens de avalia o sendo estas as que efetivamente contribuem para a aprendizagem dos alunos envolvendo todos os intervenientes no processo ensino aprendizagem N o obstante o anterior importante referir que a avalia o da aprendizagem desempenha ainda que reduzido um papel de refer ncia quando se pretende verificar o resultado cumulativo do trabalho realizado pelos intervenientes Marques 2011 1 4 2 Pr ticas de avalia o das aprendizagens enquanto a escola der tanto peso aquisi o de conhecimentos descontextualizados e t o pouco transfer ncia e constru o de compet ncias toda a avalia o correr o risco de se transformar em um concurso de excel ncia Perrenoud 1999 p 168 De acordo com Pacheco 1994 as perce es dos professores acerca de avalia o aparecem rodeadas de grande complexidade ora se apresenta na escola como uma obriga o institucional muito formalizada pelos normativos existentes ora frequentemen
133. o qual foi previamente elaborado um roteiro com perguntas estruturantes e principais Estas por sua vez s o simples mas basilares para o alcance dos objetivos pretendidos pelo investigador complementadas por quest es inerentes s circunst ncias moment neas que permitem n o somente a realiza o de perguntas que s o necess rias pesquisa e n o podem ser deixadas de lado mas tamb m a relativiza o dessas perguntas dando liberdade ao entrevistado e a possibilidade de surgir novos questionamentos n o previstos pelo pesquisador o que poder ocasionar uma melhor compreens o do objeto em quest o Oliveira 2008 pp 12 13 Neste estudo foram realizadas entrevistas semiestruturadas por nos parecerem as indicadas neste contexto conduzidas atrav s de um gui o onde se encontram algumas quest es gerais que foram exploradas mediante as respostas dadas pelos participantes No que respeita ao gui o das entrevistas este foi estruturado em sete blocos com vinte e seis quest es agrupadas do seguinte modo nove relacionadas com a caracteriza o das perce es dos professores acerca da avalia o e das suas modalidades de atua o oito relacionadas com a caracteriza o das perce es dos professores acerca da avalia o formativa quatro que versam caracterizar as perce es dos professores acerca da avalia o sumativa e por fim cinco que est o relacionadas com a identifica o de pr ticas avaliativas utilizadas em s
134. o reguladora a avalia o formadora ou a avalia o educativa sendo todas elas abordagens para a avalia o formativa Existem casos em que n o poss vel desprezar as diferen as nos seus conte dos n o devendo no entanto consider las modelos de avalia o Podemos ainda assim salientar que estas formas de avalia o formativa se encontram muito distantes da abordagem behaviorista vista como restrita e limitada ao cumprimento de objetivos comportamentais e posteriores tarefas de remedia o Citado por Fernandes 2006 Allan 1986 considerou a avalia o formativa behaviorista como origin ria de uma regula o retroativa das aprendizagens p 64 uma vez que s posteriormente ao processo ensino aprendizagem que as dificuldades dos alunos s o detetadas na maioria das vezes atrav s do chamado teste formativo Ainda hoje este o tipo de avalia o 19 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico formativo levado a cabo pela maioria dos professores uma avalia o pontual pouco interativa e onde os alunos pouco participam Na mesma linha de pensamento Fernandes 2006 refere tamb m que esta forma a que est ainda mais presente nas pr ticas docentes e pode ocorrer ap s a leciona o de uma unidade curricular ou a anteceder um momento de avalia o sumativa formal tomando a designa o de revis es da mat ria dada ou de um teste formativo
135. o relembrados crit rios de avalia o B 12 3 13 13 55 72C antes de os alunos iniciarem a sua autoavalia o os alunos foram relembrados dos crit rios de avalia o da disciplina B Segundo Ferreira 2007 citado em Cid e Fialho 2011 p 115 o aluno s ultrapassar as suas dificuldades e consolidar as aprendizagens j conseguidas se o professor s fizer uso de estrat gias diferenciadas A informa o reunida ter de se encontrar estreitamente ligada aos objetivos pr definidos e ao estabelecimento de crit rios de avalia o e obtida a partir de tarefas diversificadas que funcionem enquanto instrumento de avalia o Os crit rios neste contexto correspondem a orienta es da a o que indicam o que tem de ser feito no processo de aprendizagem situam o aluno em rela o a essa tarefa e indicam o n vel de sucesso da resolu o alcan ada Tal como j foi referido relativamente professora A embora a elabora o dos crit rios de avalia o esteja na nossa opini o de acordo com a as ideias apresentadas o seu produto apresentado sobre a forma de percentagem nota n o podendo no nosso entender ser considerado enquanto ju zo de valor e Instrumentos de observa o Esta estrat gia n o foi observada em nenhuma das aulas assistidas no entanto quando questionada acerca deste facto a professora B referiu que em virtude da dimens o das turmas e do diminuto hor rio letiv
136. o tanto do professor como da institui o escolar em envolver professores pais alunos e outros intervenientes no processo da avalia o nomeadamente no que se refere neste caso ao estabelecimento de crit rios 59 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico No entanto n o claro nenhuma intens o ou procedimento que nos leve a crer no estabelecimento de ju zos de valor e Avalia o como negocia o e constru o social De acordo com as perce es da professora B o processo avaliativo encontra se integrado no processo ensino aprendizagem pois o professor est constantemente a avaliar tudo e todos pelo que podemos inferir a utiliza o de variadas estrat gias t cnicas e instrumentos avaliativos Durante a focal group quando questionada acerca do que entendia pela frase os professores devem utilizar diversos tipos de avalia o a professora B referiu que com esta frase entende utilizar v rias modalidades de avalia o ao longo do tempo durante o processo ensino aprendizagem em momentos espec ficos dando como exemplo a avalia o diagn stica que se aplica no in cio de um conte do ou tema A escolha da modalidade a utilizar ser de acordo com o tipo de informa o que quer adquirir ou seja de acordo com os seus objetivos Por outro lado refere que a avalia o deve ser diferenciada e personalizada sendo deste modo espec fica para cada aluno
137. o tendo em conta a extens o do programa curricular torna se quase imposs vel fazer anota es relativas a conhecimentos e atitudes para todos os elementos da turma em tempo real de aula Ao contr rio costuma anotar observa es pontuais no intervalo 70 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico entre aulas que posteriormente transporta para uma grelha de registo espec fica onde est o contemplados todos os par metros avaliados Em nenhuma das aulas observadas foram identificados instrumentos de observa o grelhas de registo de desempenho dos alunos B Cid e Fialho 2011 mencionam a dificuldade que existe na observa o constante de todos os alunos sublinhando que n o existem momentos formais para esta observa o sendo que durante todo o ano letivo o professor se depara com muitas oportunidades para o fazer enquanto decorrem as aprendizagens As autoras citam Ferreira 2007 referindo que para tal existem variados instrumentos de observa o que se podem utilizar nomeadamente listas de verifica o grelhas de observa o registos descritivos e em ltima inst ncia fichas de trabalho que permitam evidenciar as estrat gias utilizadas pelos alunos durante a realiza o de uma determinada tarefa p 116 Importa no entanto referir que tendo em conta que geralmente a observa o n o acompanhada de registos escritos por vezes nem consider
138. ocalizar geogr fica e E 5 a ef Oo wv K es E SSS gg 3 Local de realiza o da entrevista temporalmente a entrevista E Sie m2 Ooo ul LS A N O Obter autoriza o para o Pao de ag re as 3 ON 4 Autoriza o para a utiliza o de gravador utilizar o gravador no os r cs decorrer da entrevista O e 5 O 1 Nome O E Conhecer os dados 8 bb RAE biogr ficos dos docentes o O i i E7 O 3 G nero 6 2 2 2 N o O 2 oo S eee Sc ERRO Z o 4 Habilita es acad micas Recolher dados acad micos v O a 1 fe o g o wv 6 o Q n Q 2 N vn E 5 Tempo de service D O P Rudd Conhecer os dados va 6 Grupo disciplinar a que se encontra afeto fies ss o At rae profissionais dos docentes 5 O 7 Experi ncia em cargos O o E Agradecer a participa o os Garantir confidencialidade w0 un g oS Esclarecer acerca dos ec SIZE objectivos da entrevista e Ep informar acerca do problema em estudo 93 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico avalia o formativa com a avalia o sumativa Se sim como Exemplifique A 8 Qual a sua ideia acerca do conceito de E avalia o g 9 Quais s o as fun es da avalia o vo 4 s 10 A quem se destina a avalia o 11 Qual o papel da avalia o no processo de oO w U 5 ensino aprendi
139. odem ser consideradas um ensaio para o teste Z Na mesma linha de pensamento Fernandes 2006 refere que esta forma de avalia o formativa que est ainda mais presente nas pr ticas docentes e pode ocorrer ap s a leciona o 15 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico de uma unidade curricular ou a anteceder um momento de avalia o sumativa formal tomando a designa o de revis es da mat ria dada ou de um teste formativo Embora n o tenham sido mencionados pelas professoras a partir das observa es efetuadas podemos concluir que para al m das minifichas utilizam de forma constante o feedback oral particularmente durante a resolu o de exerc cios embora tamb m o utilizem na forma escrita quando entregam documentos escritos sendo neste caso limitado a uma men o qualitativa Cortes o 2002 considera um exemplo de feedback eficaz quando por exemplo no final de um trabalho ou per odo de trabalho o professor comunica oralmente ou por escrito atrav s de express es como Muito Bem Conseguiste Aten o o trabalho que fizeste ainda n o foi ws suficiente p 38 A professora A utilizou a avalia o por pares em pelo menos uma aula Da an lise dos discursos das professoras podemos ainda concluir que ambas as professoras parecem considerar a avalia o formativa til ao processo de ensino aprendizagem embora refiram que existe
140. ofessores e desta forma n o ser poss vel avaliar o percurso seguido pelo aluno Tamir 1990 citado em Correia e Freire 2010 p 12 Note se que ambos os professores distribuiam feedback com frequ ncia mas quase inconscientemente uma vez que este n o era valorizado enquanto estrat gia avaliativa Desta maneira conclui se que os professores ainda n o consideram a avalia o integrada no processo de ensino e aprendizagem O ensino de factos e procedimentos rotineiros imprescind vel mas paralelamente urgente a avalia o do conhecimento processual da comunica o e das atitudes Saliente se que estes professores implementam a realiza o de trabalho experimental todas as semanas o que poder significar alguma evolu o no sentido da avalia o do percurso processual De facto as professoras referiram a exist ncia de constrangimentos realiza o de pr ticas formativas tais como a falta de tempo e as dimens es das turmas Parece nos existir alguma resist ncia na utiliza o da avalia o formativa e da pedagogia diferenciada Perrenoud 1999 considera alguns fatores respons veis por este fen meno tais como o efeito das turmas a sobrecarga dos programas e a conce o dos meios de ensino e das did ticas que quase n o privilegiam a diferencia o O hor rio escolar a ordena o dos espa os s o restri es dissuasivas para quem n o sente visceralmente a paix o pela igualdade citado
141. or das aprendizagens dos alunos Pelo acima referido pensamos que a reflex o sobre algumas das quest es que a avalia o imp e aos professores se torna fundamental As perce es que os professores t m sobre a avalia o a forma como a avalia o se organiza e se desenvolve nas salas de aula a avalia o para determinar o estado das aprendizagens dos alunos e a avalia o para promover o sucesso escolar dos mesmos s o algumas das quest es que merecem ser investigadas e analisadas de maneira a contribu rem para a cria o do conhecimento necess rio para o estabelecimento adequado das medidas a tomar para uma mudan a urgente no processo ensino aprendizagem Fernandes 2005 Problema e quest es de investiga o Definimos como problema de investiga o para o presente estudo o que pode ser traduzido pela seguinte pergunta de partida Quais as perce es dos professores sobre avalia o e como as p em em pr tica em sala de aula Para tentar dar resposta pergunta de partida foram delineadas quest es orientadoras Quest o 1 Qual a perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o Quest o 2 Qual a perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o formativa Quest o 3 Qual a perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o sumativa Quest o 4 Que tipo de estrat gias e de instrumentos de avalia o s o utilizadas pelos professores nas
142. os definidos Machado 2007 Segundo Guba e Lincoln 1989 existiram dois fatores influenciadores desta gera o um pautado pela afirma o e credibilidade dos estudos sociais e humanos junto da comunidade cient fica come ando a quantificar aprendizagens aptid es ou intelig ncias dos alunos utilizando o m todo cient fico o que at a n o se verificava e outro foi a necessidade de se conseguir tornar o trabalho dos seres humanos mais eficaz produtivo e eficiente Para tal foram essenciais as ideias de Frederick Taylor que segundo Madaus Stufflebeam e Kellaghan 2000 influenciam Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico at hoje o mundo da educa o e que tiveram o seu auge no per odo entre 1900 e 1930 denominado por Idade da Efici ncia e dos Testes Fazendo uma ponte com os sistemas educativos atuais podemos dizer que a avalia o dos alunos pode reduzir se aplica o de testes e atribui o de classifica es em momentos pr definidos Ou seja uma perspetiva em que classificar selecionar e certificar s o as fun es da avalia o por excel ncia os conhecimentos s o o nico objecto de avalia o os alunos n o participam no processo de avalia o a avalia o em geral descontextualizada se privilegia a quantifica o de resultados em busca da objetividade procurando garantir a neutralidade do professor avaliador
143. oveitou o erro para que os alunos chegassem resposta correta dando feedback a cada uma das hip teses de resposta Durante a corre o da ficha a professora circulou pela sala respondendo a d vidas enquanto os alunos procederam tarefa em grupos de dois A Este procedimento veio incentivar o trabalho mais rigoroso e facilitar a comunica o entre alunos e professores sobre as aprendizagens efetuadas para al m de que o feedback se tornou mais eficaz e de qualidade e Utiliza o formativa dos testes sumativos Embora a docente tenha a perce o que esta uma pr tica usual nas suas aulas das observa es efetuadas foi poss vel verificar que os testes servem apenas para aferir conhecimentos Regra geral durante a sua corre o os alunos limitam se a copiar a corre o elaborada pela professora sem perderem tempo a explorar as causas do erro Nas aulas posteriores prova a professora n o volta a referir os conte dos onde os alunos manifestaram mais dificuldades referindo apenas que aquele tema poder voltar a ser avaliado no teste seguinte 12 3 13 82C a corre o do teste realizada apenas pela professora no quadro ou com aux lio da resolu o em powerpoint os alunos limitam se a copiar a resolu o das quest es que erraram A Na nossa opini o e na mesma linha de pensamento de Hadiji 1993 seria producente utilizar a corre o do teste para consolidar a confian a do aluno identificar as suas lac
144. p em em pr tica em sala de aula Parte Ill Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o e das modalidades de atua o Quest es Notas 19 O que entendem pela frase os professores devem utilizar diversos tipos de avalia o A 20 M Durante a entrevista foi referido que a avalia o feita de forma constante e sistem tica mas durante as observa es em sala de aula apenas se observou a aplica o de um teste de avalia o sumativa e de uma minificha de avalia o classificada em que outras ocasi es realizam avalia o B 21 Os alunos s o os principais destinat rios da avalia o mas participam ou n o no 106 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico processo Se sim como B Parte IV Caracteriza o das perce es dos professores acerca da avalia o formativa Quest es Notas 22 23 24 Foi referido que a AF informa o aluno acerca do estado da mat ria como que informa Apenas a partir das quest es corretas e erradas Qual a sua mais valia 25 26 WY Mt A avalia o feita mais a mi de quando classificada s vezes n o conta para nota durante as observa es em sala de aula apenas vi a realiza o de uma minificha de exerc cios revis es aplicada antes do
145. po de reflex o acerca da efic cia das estrat gias e dos instrumentos de avalia o utilizados a professora A mostrou se reticente referindo que dependia dos alunos por exemplo durante este ano letivo apenas o fez uma vez no final da atividade de avalia o por pares j citada e porque fazia parte da tarefa em quest o No 55 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico entanto salientou que o feedback dos alunos foi muito positivo pelo que est a considerar continuar com este tipo de tarefas Depende dos alunos reflex o acerca da efic cia dos instrumentos de avalia o utilizados A se eles acham que esta ou aquela maneira de dar aula mais produtiva para eles ent o vamos fazer isso A Referiu tamb m que ap s alguns coment rios favor veis de alguns alunos numa determinada turma durante as aulas de resolu o de exerc cios ou atividades experimentais em grupos de dois fica sempre uma cadeira vazia junto s mesas de trabalho para que ou ela ou um dos melhores alunos possa circular pelos grupos a retirar duvidas ou simplesmente para ajudar na execu o da tarefa Este ano fazemos muitos trabalhos em grupo em sala de aula resolu o de exerc cios ou atividades experimentais est l sempre uma cadeirinha vazia onde eu ou outro aluno nos podemos sentar para retirar d vidas A Sem fazer men o avalia o formativa a professor
146. r m segundo Fontana e Frey 2001 h desvantagens a ela associadas a cultura do grupo pode interferir com a express o individual o grupo pode ser dominado por uma s pessoa o pensamento do grupo um poss vel resultado do processo e exige mais compet ncias ao entrevistador na gest o das din micas do grupo citado em Aires 2011 p 38 Nesta etapa reunimos os participantes e estes foram confrontados com as diferen as encontradas entre aquilo que diziam fazer e aquilo que realmente faziam e onde tent mos encontrar argumentos justificativos para este fen meno Esta t cnica contou com o mesmo tipo de procedimento utilizado na entrevista semiestruturada foi constru do uma matriz ap ndice 4 e um gui o ap ndice 5 que ap s valida o foi aplicada em data combinada de acordo com a disponibilidade dos participantes do gui o fizeram parte dezoito quest es elaboradas tendo em conta os seguintes objetos de estudo perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o formativa perce o dos professores relativamente ao conceito de avalia o sumativa tipo de estrat gias e instrumentos de avalia o utilizados pelos professores nas suas pr ticas letivas Depois de adquiridos todos os dados que consider mos essenciais para podermos vir a dar resposta s quest es de investiga o inicialmente definidas procedemos sua triangula o
147. r s gera es anteriores a avalia o da quarta distingue se pelos seguintes aspectos antes de tudo um processo s cio pol tico um processo compartilhado e colaborativo um processo de ensino e aprendizagem um processo cont nuo recursivo e altamente divergente um processo emergente e substancialmente imprevis vel um processo com resultados imprevis veis um processo que constr i uma realidade Almeida 2006 P 12 Esta uma gera o que segundo Guba e Lincoln 1989 est baseada num conjunto de princ pios Os professores devem partilhar o poder de avaliar com os alunos e outros intervenientes e devem utilizar uma variedade de estrat gias t cnicas e instrumentos de avalia o A avalia o deve estar integrada no processo de ensino e aprendizagem A avalia o formativa deve ser a modalidade privilegiada da avalia o com a fun o principal de melhorar e de regular as aprendizagens O feedback nas suas mais variadas formas frequ ncias e distribui es um processo indispens vel para que a avalia o se integre plenamente no processo de ensino aprendizagem A avalia o deve servir mais para ajudar as pessoas a desenvolverem as suas aprendizagens do que para as julgar ou classificar numa escala A avalia o uma constru o social em que s o tidos em conta os contextos a negocia o o envolvimento dos participantes a constru o social do conhecimento e os processos
148. ra o Decidir da progress o ou 0 aprendizagem reten o do aluno De acordo com o relat rio da OCDE 2012 Organiza o para a Coopera o e Desenvolvimento Econ mico para Portugal um dos pontos fracos encontrados na avalia o o facto da modalidade formativa ser frequente em termos de pol tica de escola embora n o se verifique com a mesma frequ ncia nas pr ticas letivas o que se reflete nas aprendizagens por outro lado existe uma crescente aferi o de notas centrada nos procedimentos em deferimento dos resultados de aprendizagem 23 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Como prioridades e recomenda es Paulo Santiago coordenador do relat rio aponta a necessidade de transformar as pr ticas docentes ainda muito tradicionais e de encorajar na aprendizagem di ria na aula a uma maior intera o e um retorno individualizado sobre o desempenho Apesar dos progressos que tem havido em desenvolver pr ticas docentes menos tradicionais o conceito de feedback ainda tende a ser limitado s notas dos testes e o feedback imediato na aula com uma fun o formativa est ainda pouco desenvolvido Santiago 2012 em comunicado ao Jornal P blico Neste relat rio defendido ainda a urgente participa o dos alunos na sua pr pria aprendizagem dando nfase assim avalia o formativa e apontando algumas estrat gias de at
149. ra A a avalia o surge associada s fun es de classifica o e verifica o do cumprimento de objetivos deixando clara a intens o de medida de conhecimentos e da valoriza o de resultados das avalia es No mesmo sentido a professora B indica como fun es da avalia o a aferi o do n vel de conhecimento dos alunos medi o dos conhecimentos dos alunos e a verifica o do cumprimentos dos objetivos estipulados permitindo assim uma descri o dos pontos fortes e fracos do desempenho escolar dos alunos avalia o da aprendizagem Paralelamente a estes discursos ambas referem a import ncia da elabora o e aplica o de crit rios de avalia o estes englobam tanto os conhecimentos como as atitudes referindo se maioritariamente avalia o sumativa mas tamb m formativa A an lise destes evidencia que a avalia o dos alunos assume um caracter objetivo que depende da soma dos resultados obtidos em todos os par metros avaliados traduzida por uma percentagem que confere aos alunos um determinado n vel quantitativo As professoras refor am que este tipo de crit rios contribui para uma avalia o clara e justa embora tenham referido algumas dificuldades na compreens o destes pela maioria dos intervenientes na avalia o nomeadamente alguns alunos pais e encarregados de educa o Ainda acerca do conceito de avalia o a professora B refere a necessidade de utiliza o de variadas estrat gias
150. ra B v o no sentido de os instrumentos de avalia o funcionarem como t cnicas de recolha de informa o que ser o a base da avalia o dos alunos O objetivo que dever estar presente aquando da sua elabora o dever ser a consolida o de conhecimentos e n o a supera o de obst culos no processo de aprendizagem Fazendo a disciplina de ci ncias f sico qu micas parte do departamento de Matem tica e Ci ncias Experimentais parece nos oportuno citar o artigo de Menino e Santos s d onde os autores exp em que no relat rio Matem tica 2001 APM 1998 o grupo de trabalho refere que quando confrontados com uma lista de instrumentos de avalia o a maioria dos professores diz utilizar essencialmente a observa o os testes escritos e as quest es orais nas suas pr ticas avaliativas Destes instrumentos referem que o teste escrito aquele que mais valorizam p 1 Relativamente constru o dos instrumentos de avalia o a professora B menciona que quando existem dois ou mais docentes a lecionar o mesmo ano de escolaridade existe coopera o e colabora o na elabora o dos instrumentos caso contr rio isto n o se verifica No que se refere fomenta o da reflex o sobre a sua pr pria pr tica a partir da pondera o conjunta professora e alunos acerca das estrat gias e instrumentos de avalia o a professora B refere que n o o costuma fazer n o costumo fazer isso reflex o com
151. rofessor podendo em alguns casos ser realizado com consulta Numa segunda fase oferece uma segunda oportunidade ao aluno que a partir de um conjunto de registos elaborados referentes primeira fase podem reflectir e corrigir seus erros individualmente ou em grupo Nesta fase a autonomia e a autoavalia o s o incentivadas Para que sejam poss veis mudan as a n vel de pr ticas avaliativas em sala de aula fundamental a reflex o e o debate assim como a partilha de experi ncias que permitam desmistificar as dificuldades sugeridas pela maioria dos professores no que concerne avalia o da aprendizagem 29 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 30 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico CAPITULO Il METODOLOGIA 2 1 Op o metodol gica Cresce por m a consci ncia e o compromisso de que a pesquisa uma pr tica v lida e necess ria na constru o solid ria da vida social e os pesquisadores que optaram pela pesquisa qualitativa ao se decidirem pela descoberta de novas vias investigativas n o pretenderam nem pretendem furtar se ao rigor e objetividade mas reconhecem que a experi ncia humana n o pode ser confinada aos m todos nomot ticos de analis la e descrev la Chizzotti 2003 p 232 Uma vez que se pretende compreender as perce es individuais de professores no
152. s aos alunos sempre que estes realizaram a autoavalia o ou em momentos pontuais durante as pr ticas letivas Em grupo no in cio do ano letivo tendo em conta as informa es que s o dadas pela Dire o com os crit rios gerais do agrupamento crit rios de avalia o da disciplina A 26 na primeira aula apresenta se o programa da disciplina e os crit rios de avalia o A 14 3 13 13 55 8 C Durante a autoavalia o a professora relembrou os crit rios de avalia o 52 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 53 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico e Instrumentos de observa o a partir dos dados recolhidos no trabalho em sala de aula que o professor re ne informa o diversificada em rela o aos alunos e que de maneira a ser formalizada dever ser registada em instrumentos espec ficos Segundo Pacheco 2002 a este processo de recolha formal e informal de informa o e tratamento valorativo de modo a obter se uma decis o d se o nome de nota o Por mais t cnicas que se utilizem para a objetivar a nota o parte integrante de um processo subjetivamente constru do a partir de in meros fatores p 54 Ora este um procedimento que n o foi observado em nenhuma das aulas assistidas no entanto quando questionada acerca deste facto a professor
153. s e instrumentos de avalia o diversificados c Primazia da avalia o formativa com valoriza o dos processos de auto avalia o regulada e sua articula o com os momentos de avalia o sumativa d Valoriza o da evolu o do aluno e Transpar ncia e rigor do processo de avalia o nomeadamente atrav s da clarifica o e da explicita o dos crit rios adotados f Diversifica o dos intervenientes no processo de avalia o Segundo o Despacho Normativo n 6 2010 Regime de certifica o das aprendizagens realizadas pelo aluno no ensino publicado em Di rio da Rep blica II S rie de 19 de Fevereiro de 2010 p 7462 ponto 7 Interv m no processo de avalia o a O professor b O aluno c O conselho de docentes no 1 2 ciclo ou o conselho de turma nos 2 2 e 3 ciclos d Os rg os de gest o da escola ou do agrupamento de escolas e O encarregado de educa o f O docente de educa o especial e outros profissionais que acompanham o desenvolvimento do processo educativo do aluno g A administra o educativa Este Despacho Normativo foi alterado e republicado pelo Decreto lei 94 2011 que se encontra em vigor e que estabelece os princ pios orientadores da gest o curricular a avalia o das aprendizagens nos ensinos b sico e secund rio Estas sucessivas altera es v m contribuir para o abandono de uma vis o tradicional de que o curr culo e a avalia o s o sistemas
154. s intervenientes e com objetos finalidades e fun es de avalia o tamb m diferentes Dimens es de avalia o situadas entre dois p los extremos a avalia o formativa informal e a avalia o sumativa formal Entre estes dois extremos temos a avalia o formativa formal e a avalia o sumativa informal cujas finalidades e pr ticas apresentam semelhan as Complementaridade entre avalia o para as aprendizagens e a avalia o das aprendizagens p 39 Tamb m Leite e Fernandes 2002 prop em que estas duas modalidades de avalia o formativa e sumativa apresentam semelhan as e diferen as na sua aplica o Admitindo duas vertentes na avalia o formativa uma dimens o diagn stica e uma dimens o formativa apontam em jeito de s ntese que consta no Quadro 1 22 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Quadro 1 Grelha de semelhan as e diferen as entre avalia o formativa e avalia o sumativa adaptado de Cid e Fialho 2013 Avalia o Formativa Avalia o Sumativa Obter indica es sobre Fornecer informa es ao Classificar os alunos conhecimentos aptid es professor e ao aluno sobre o Favorecer a exist ncia de E interesses dos alunos progresso da aprendizagem e s nteses ae Identificar pontos de sobre o efeitos do ensino Situar o aluno face a uma partida dos alunos Detetar os problemas e os
155. s limita es encontradas s tr s primeiras gera es da avalia o j mencionadas Guba e Lincoln 1989 apresentam uma nova abordagem denominada avalia o receptiva e construtivista ou seja uma avalia o que d resposta s reivindica es e quest es de grupos de interesse e construtivista pois baseada no paradigma subjetivista construtivista Guba e Lincoln 1989 referem se a esta quarta proposta de avalia o como sendo emergente mas madura que abrange todos os intervenientes envolvidos no dom nio avaliado e que tem como m todo a negocia o Na mesma linha de pensamento Furtado 2001 define os intervenientes no processo avaliativo como grupos de interesse grupos de interesse ou implicados ou ainda stakeholders s o definidos como organiza es grupos ou indiv duos potencialmente v timas ou benefici rios do processo avaliativo De modo geral os grupos de interesse s o formados por pessoas com caracter sticas comuns gestores usu rios etc que t m algum interesse na performance no produto ou no impacto do objeto da avalia o isto est o de alguma maneira envolvidos ou potencialmente afetados pelo programa e por eventuais consequ ncias do processo avaliativo Weiss 1983 Guba e Lincoln 1989 Rossi et al 1999 citado em Furtado 2001 p 169 12 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Comparada s t
156. s no final das aulas relat rios nas aulas experimentais alturas em que utiliza os instrumentos antes do teste dou sempre minifichas e trabalhos de grupo em alturas com poucos testes tentando fazer articula o com outras disciplinas Utilizou o questionamento oral acerca do conte do que se encontrava a lecionar A Na maioria das aulas 6 em 10 o modo de organiza o do trabalho o trabalho individual A 4 4 13 13 10 82C a professora fez algumas demonstra es pr ticas elucidativas do conte do lecionado solicitando a participa o dos alunos A N o pr tica da docente a proposta de atividades extra aula nomeadamente a realiza o de trabalhos de casa No que se refere constru o dos instrumentos de avalia o a professora A refere a exist ncia de duas vertentes de trabalho no caso de existir mais do que um professor a lecionar o mesmo ano de escolaridade ent o os instrumentos s o constru dos em conjunto Se isto n o se verificar a constru o individual e Adequa o de instrumentos avaliativos Oliveira e Serrazina s d consideram que a reflex o sobre a pr pria pr tica surge como uma possibilidade dos professores terem oportunidade de voltar atr s e rever acontecimentos e procedimentos de maneira a melhorar a efic cia de estrat gias e quem sabe de instrumentos utilizados no processo de ensino e aprendizagem Ao responder sobre se solicitava aos alunos algum ti
157. s proporciona um resultado para a progress o na aprendizagem futura Porque eles acham que s a sumativa que vai servir para os avaliar A Quando sabem que a ficha conta para nota ficam nervosos e n o a conseguem resolver A Apesar de a professora A ter presente que a imagem que a maioria dos alunos possui acerca da avalia o sumativa n o ser a mais satisfat ria considerando a redutora e final ainda assim a 47 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico maioria dos instrumentos avaliativos que utiliza s o para classificar o que torna todos os momentos de avalia o sumativos As minifichas de avalia o os testes os relat rios e os trabalhos em grupo s o na maioria das vezes classificadas e Identifica o dos conhecimentos dos alunos Do ponto de vista da professora A tamb m a avalia o sumativa pode ter como fun o a identifica o dos conhecimentos dos alunos ap s um determinado tempo de leccionamento podendo a partir do resultado final aferir o n vel em que se encontram num determinado tema dizer em que n vel que eles est o A e Centrada no resultado final Por fim e como objetivo final a avalia o sumativa servir para chegar a um valor final valor esse que resultado da soma de v rias percentagens relativas aos par metros avaliados pela professora e que foram alvo das pondera es estabelecidas em grupo discip
158. s relativamente ao conceito de avalia o formativa perce o dos professores 34 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico relativamente ao conceito de avalia o sumativa tipo de estrat gias e instrumentos de avalia o utilizados pelos professores nas suas pr ticas letivas que foram consideradas relevantes e unidades de sentido extra das das entrevistas No momento seguinte foram definidos objetos e dimens es de an lise Foi tida em conta que a categoriza o feita teve fundamentalmente a ver com a interpreta o do investigador sendo este condicionado por v rios aspetos como o contexto situacional em que realizou a recolha de dados A categoriza o implicou de unidades de sentido a sua numera o e classifica o de acordo com os objetos estabelecidos Huberman e Miles 1984 citado por Neto 1998 pp 328 Depois desta fase procedemos observa o dos participantes em sala de aula No que se refere a esta t cnica adot mos n o s a observa o do tipo naturalista que Estrela 1994 citado em Marques 2011 p 38 refere como uma observa o do comportamento dos indiv duos nas circunst ncias da sua vida quotidiana como tamb m a observa o sistem tica recorrendo elabora o de um gui o de observa o ap ndice 3 validado anteriormente ao in cio da sua aplica o em que foram focados os aspetos espec ficos a serem observados estrat
159. separados como se pode ver de acordo com o artigo 3 do 15 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Decreto Lei n26 2001 de 18 de Janeiro republicado como anexo Il no Decreto Lei 94 2011 que estabelece os princ pios orientadores da organiza o e da gest o curricular do ensino b sico bem como da avalia o das aprendizagens e do processo de desenvolvimento do curr culo nacional Paralelamente s altera es introduzidas pelas reformas preconizadas nos Ensinos B sico e Secund rio surge o alargamento da escolaridade obrigat ria para doze anos contemplado no Decreto Lei n 176 2012 de 2 de agosto que veio estabelecer o alargamento da idade de cumprimento da escolaridade obrigat ria at aos 18 anos e consagrar a universalidade da educa o pr escolar para as crian as a partir dos cinco anos de idade sendo considerado fulcral para o progresso social econ mico e cultural de todos os portugueses esta altera o veio traduzir se numa escola com mais alunos e com uma popula o escolar mais diversificada O Decreto Lei 139 2012 de 5 de Julho vem refor ar o papel classificativo da avalia o o que denota algum retrocesso na valoriza o da avalia o formativa e uma crescente valoriza o da avalia o sumativa Como refere Abrantes 2001 a principal fun o da avalia o ser ajudar a promover ou melhorar a forma o dos alunos envolvendo
160. seu contexto natural foi adotada uma abordagem qualitativa de natureza naturalista descritiva possibilitando que o investigador se concentrasse numa situa o espec fica e tentasse identificar os processos interativos dela decorrentes Bell 1997 A investiga o qualitativa abrange nos nossos dias um campo transdisciplinar que deriva de multiparadigmas de an lise adotando subsequentemente multim todos de investiga o que a tornam cada vez mais presente no campo investigativo no dom nio educacional Chizzotti 2003 p 221 De facto a par de uma amplia o de meios e estilos cada vez mais investigadores n o obstante formados e familiarizados com a metodologia convencional quantitativa versam sobre as quest es da pesquisa qualitativa e aplicam na nos seus estudos Chizzotti 2003 p 222 Com este tipo de metodologia s o revelados os significados latentes e ou velados do objeto de pesquisa fruto do trabalho criterioso de um investigador dotado de uma sensibilidade peculiar e rigoroso que numa fase mais avan ada ir consubstanciar a sua interpreta o num texto zelosamente escrito com perspic cia e compet ncia cient ficas Chizzotti 2003 p 221 O presente estudo decorreu num agrupamento de escolas do Alentejo envolvendo o Departamento de Matem tica e Ci ncias Experimentais particularmente o grupo disciplinar 510 F sica e Qu mica Os participantes foram selecionados intencionalment
161. stina a avalia o os alunos B Para a professora B a avalia o pode tamb m assumir a fun o de verifica o do cumprimento dos objetivos estipulados de maneira a executar o curr culo de forma mais ampla o que leva a uma descri o ainda que n o formal dos pontos fortes e fracos dos alunos no seu desempenho escolar saber se conseguiram atingir ou n o os objetivos estipulados B Segundo Fernandes 2008 estas perce es encaixam se no quadro caracter stico da segunda gera o de avalia o onde a maioria das perspetivas de uma avalia o enquanto medida se mant m embora agora n o se limite apenas a medir indo ao n vel de descrever at que ponto os alunos atingem os objetivos definidos p 57 Fernandes 2008 refere a este respeito que a influ ncia das ideias desta gera o vis vel em muitas das avalia es que se desenvolvem nos sistemas educativos atuais p 58 e Avalia o como ju zo de valor A partir da an lise do documento referente aos crit rios de avalia o da disciplina e da ata da reuni o de grupo disciplinar em que foram estipulados 5 de Setembro de 2012 foi poss vel verificar que o processo de avalia o conta com a defini o de crit rios que englobam par metros de avalia o que visam informa o do desempenho dos alunos que vai para al m dos resultados de maneira a que se possa apreciar o m rito e o valor do avaliado Por outro lado existe a preocupa
162. suas pr ticas letivas Quest o 5 Existe rela o entre as perce es dos professores sobre avalia o e as suas pr ticas avaliativas Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Organiza o da disserta o Esta disserta o encontra se dividida numa introdu o e quatro cap tulos introdu o revis o da literatura metodologia apresenta o e tratamento de dados e por fim conclus es e recomenda es Na Introdu o apresentamos a justifica o e pertin ncia do estudo o problema e quest es de investiga o e a organiza o da disserta o No primeiro capitulo apresentamos a revis o da literatura onde fazemos uma abordagem evolu o hist rica do conceito de avalia o do ponto de vista conceptual focando as primeiras gera es da avalia o as suas limita es e a quarta gera o da avalia o De seguida feita uma abordagem evolu o hist rica do mesmo conceito mas do ponto de vista legislativo Ap s esta reflex o focamos as v rias modalidades da avalia o nomeadamente avalia o diagn stica formativa e sumativa Ainda neste cap tulo abordado o conceito de avalia o no processo de ensino aprendizagem destacando a avalia o das e para as aprendizagens pr ticas de avalia o estrat gias de avalia o e t cnicas e instrumentos de avalia o O segundo cap tulo refere se metodologia ado
163. t cnicas e instrumentos avaliativos consoante a modalidade de avalia o utilizada sendo esta ideia confrontada pela utiliza o quase exclusiva de testes trabalhos e relat rios Z A modalidade de avalia o que assume maior relev ncia para as professoras a sumativa embora tamb m afirmem implementar a avalia o diagn stica no in cio de um tema ou conte do De acordo com as perce es das professoras a avalia o formativa aparece muito 74 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico valorizada e assume um papel de reguladora do processo ensino aprendizagem mas na pr tica revela se traduzida por um teste que nas palavras da professora B serve como ensaio avalia o sumativa Outro aspeto que tamb m parece n o fazer muito sentido para as docentes a articula o entre modalidades de avalia o e Conceito de avalia o formativa Para a professora B a avalia o formativa n o tem momentos espec ficos para realizar a sua fun o orientar e regular a aprendizagem pensa ainda que a informa o que obt m a partir dela vai ajudar os alunos no processo de ensino aprendizagem proporcionando lhes pistas para a compreens o de erros e colmata o de d vidas Para a professora A a avalia o formativa pressup e a realiza o anterior de uma avalia o diagn stica ambas as modalidades com o objetivo de recolha de informa o a primeira a
164. tada nele s o justificadas a op o metodol gica e a t cnica de recolha de dados utilizada e s o apresentadas as caracteriza es do Agrupamento Escola onde decorreu a investiga o e dos participantes no estudo No terceiro cap tulo apresentam se os dados obtidos durante a investiga o e respetivo tratamento nomeadamente a an lise de conte do das entrevistas aplicadas aos participantes e sua confronta o com as observa es em sala de aula Posteriormente volt mos a realizar uma an lise de conte do agora entrevista realizada em grupo No final o quarto cap tulo onde se apresenta uma s ntese de todo o trabalho desenvolvido assim como das respetivas conclus es Deixamos tamb m algumas recomenda es para estudos futuros no campo da avalia o das aprendizagens Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico CAPITULO REVIS O DA LITERATURA 1 1 Evolu o hist rica do conceito de avalia o do ponto de vista conceptual Recorrendo ao significado do termo avaliar verificamos que esta uma palavra que deriva do termo latim valere que significa atribuir valor e m rito ao objeto em estudo Portanto avaliar atribuir um ju zo de valor sobre a propriedade de um processo para a aferi o da qualidade do seu resultado De acordo com Hadji
165. tam encontrar os meios para superar essas mesmas fragilidades Pinto e Santos 2006 Parece nos de acordo com o que temos vindo a referir que esta quarta gera o de avalia o se aproxima da avalia o formativa alternativa Fernandes 2008 p 63 na medida em que 13 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico tamb m esta modalidade de avalia o requer uma partilha de responsabilidades em material de ensino avalia o e aprendizagens e consequentemente uma redefini o dos pap is dos alunos e dos professores Fernandes 2006 p 32 esta uma tem tica que ser abordada mais frente 1 2 Evolu o hist rica do conceito de avalia o do ponto de vista legislativo Com o Despacho normativo n 98 A 92 a avalia o definida como elemento regulador da pr tica educativa devendo assumir um car cter sistem tico e cont nuo Est o previstas as modalidades formativa sumativa aferida e especializada Neste despacho estabelecido que a avalia o formativa deve ser a principal modalidade de avalia o no ensino b sico A avalia o sumativa entende se como um ju zo globalizante dos conhecimentos compet ncias capacidades e atitudes O Despacho Normativo n230 2001 Regime de Avalia o dos Alunos do Ensino B sico Revogado publicado em Di rio da Rep blica S rie B de 19 de Julho de 2001 pp 4438 4441 estabelec
166. te vista como uma atividade dos professores sobre os alunos ora um processo que permite entre outros aspetos a distin o entre bons e maus alunos o reconhecimento da autoridade e benevol ncia dos professores a manuten o da ordem disciplina na sala de aula p 11 Muitos dos estudos que t m vindo a ser desenvolvidos t m demonstrado que hoje em dia j poss vel encontrar professores que entendem a avalia o enquanto reguladora das aprendizagens apresentando assim um carater formativo todavia estas perce es n o se evidenciam em sala de aula no que se refere a pr ticas avaliativas Segundo Barreira e Pinto 2005 e Alonso 2002 apesar de teoricamente os professores acompanharem as mudan as legislativas que se t m vindo a observar na pr tica ainda se encontram muito centrados em pr ticas de avalia o tradicionais que visam apenas a medi o classifica o de aprendizagens Vivemos ent o um per odo marcado pela tens o que adv m do paradigma psicom trico caracter stico das tr s primeiras gera es da avalia o e que claramente dominante nos nossos sistemas educativos Fernandes 2008 p 94 A tend ncia flui no sentido da quantifica o de comportamentos atitudes e capacidades facilmente medidos em sala de aula atrav s de testes elaborados especificamente para cada objetivo observ vel Segundo Raposo e Freire 2008 as pr ticas avaliativas refletem as interpreta es
167. te transcrito para a grelha de avalia o final dos alunos onde est o claros os par metros a avaliar A este respeito a professora B refere mais uma vez o fator tempo como constrangimento avalia o dos alunos em tempo real de sala de aula pelo que diz realizar os registos referentes s observa es mais tarde no intervalo ou em casa tentando n o deixar passar nenhuma informa o importante No que concerne transcri o dos registos que resultam das observa es em sala de aula para a grelha final de avalia o esta professora considera que o formato em que se encontram os crit rios gerais de avalia o da escola facilita uma vez que se baseia no n mero de vezes que um determinado comportamento se repete sendo lhe atribu da uma percentagem diferente A professora A aponta os mesmos constrangimentos do que a professora B no entanto diz n o utilizar grelhas predefinidas ou listas de verifica o optando por realizar anota es de situa es espec ficas que se destacaram tanto a n vel de conhecimentos como de atitudes Os instrumentos de avalia o que as participantes dizem utilizar maioritariamente s o os testes as minifichas os relat rios e os trabalhos de grupo a este respeito a Professora B n o esconde a sua prefer ncia pelos testes atribuindo aos outros instrumentos um car cter menos formal e por vezes envolto em pouca seriedade por n o serem realizados em ambiente sala de aula Estas declara
168. teste classificada e cuja pondera o id ntica de um teste designado por sumativo qual a diferen a Se uma das fun es da AF informar os alunos acerca do cumprimento ou n o dos objetivos que devem atingir dentro de um determinado conte do em que altura estes s o informados dos mesmos 27 No caso de uma classifica o menos boa a planifica o da disciplina reformulada de maneira a que os conte dos n o assimilados sejam novamente abordados Parte VI Caracteriza o das perce es dos professores acerca da avalia o sumativa Quest es Notas 28 Durante a corre o de um teste sumativo no dia 12 de Mar o uma professora corrigiu o teste apenas recorrendo ao quadro e resolu o integral projetada em powerpoint consideram este procedimento contribui para a evolu o da aprendizagem dos alunos 107 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico 29 Os alunos s o informados acerca dos crit rios de corre o de todas as tarefas proposta Parte VII Identifica o de pr ticas avaliativas utilizadas em sala de aula Quest es Notas 30 tamb m referido que tudo aquilo que os alunos fazem tomado em conta para a avalia o como Em termos de atitudes por exemplo n o foi observado nenhum instrumento de recolha de dados como que estes s o re
169. testes por per odo letivo que coincidem normalmente com o final de um tema capitulo as minifichas s o realizadas antes do teste sendo que embora a docente n o o refira assumem caracter de ficha de revis es classificada ou seja mini teste de avalia o Os testes no moodle conforme informa o da docente processam se nos mesmos momentos recaindo a diferen a no local e hor rio onde os realizam 54 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Em rela o aos relat rios s o solicitados no final de cada atividade experimental e elaborados em grupo durante a aula os trabalhos de grupo seguem um gui o elaborado pela docente e entregue aos alunos tal como a rubrica de avalia o correspondente ao trabalho em causa Os grupos nunca excedem os quatro elementos sendo escolhidos pela docente Os trabalhos individuais resumem se aos exerc cios no caderno propostos no princ pio da aula tendo para a sua resolu o aproximadamente 10 minutos Estes exerc cios s o corrigidos no quadro pelos pr prios alunos Embora n o tenha sido referido pela professora A foi tamb m observado em sala de aula a utiliza o do questionamento oral como ponte entre v rios conte dos e sem possuir um carater formalmente sumativo supomos que durante esses momentos a avalia o assumia se maioritariamente formativa testes no final de cada unidade s vezes dou minificha
170. tos de avalia o utilizados 3 3 Informa acerca dos crit rios de corre o antes de propor uma tarefa 3 4 Utiliza rubricas de avalia o com crit rios e indicadores 3 5 Solicita relat rios de atividades experimentais 3 6 Prop e a realiza o de fichas de trabalho de consolida o e aplica o de conhecimentos 3 7 Solicita apresenta es orais 3 8 Solicita a realiza o de trabalhos de pares ou de grupo 3 9 Realiza testes sumativos 3 10 Solicita a realiza o de tarefas investigativas 102 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Baseado em Cid M amp Fialho 2013 Material de apoio Forma o em Perspetivas atuais da avalia o da aprendizagem realizada na Escola B sica D Jorge de Lencastre em Gr ndola 103 Categorias Subcategorias Ap ndice 4 Matriz para gui o de Focal Group Quest es Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Objetivos Parte IV Caracteriza o das percep es dos professores acerca da avalia o e das modalidades de atua o 1 O que entendem pela frase os professores devem utilizar diversos tipos de avalia o A Durante a entrevista foi referido que a avalia o feita de forma constante e sistem tica mas durante as observa es em sala de aula apenas se observou a aplica o de um teste de av
171. ua o tais como apoio individualizado oportunidades para autoavalia o e envolvimento no conte do da sua aprendizagem 1 4 Avalia o das aprendizagens 1 4 1 Avalia o das e para as aprendizagens De acordo com Earl 2003 uma valoriza o da avalia o para a aprendizagem e da avalia o como aprendizagem pode vir a fomentar uma mudan a na forma como os professores desenvolvem a avalia o nas escolas Segundo Fernandes 2005 fundamental refletir acerca dos pap is que o professor tem de desempenhar para que todos os seus alunos possam aprender n o esquecendo que este processo n o indissoci vel dos processos de ensinar e avaliar devendo os tr s ser integrados em toda a atividade pedag gica sendo para isso fundamental que exista uma mudan a significativa nas conce es dominantes acerca destes tr s processos S o not rias as altera es que a avalia o tem vindo a sofrer tanto a n vel de orienta es curriculares como do pr prio curr culo as avalia es diagn stica e formativa ganham destaque e pressup e se que as pr ticas avaliativas sejam promotoras da aprendizagem e origem de informa o relevante tanto para professores como para alunos Ponte 1997 A Reorganiza o Curricular do Ensino B sico veio refor ar a ideia de que curr culo e avalia o devem ser entendidos como parte integrante do mesmo sistema sendo indissoci veis Abrantes 2001 Por um lado a avalia o promoveria
172. ue formam a base da an lise p 149 Yin 1994 considera a entrevista como um m todo de excel ncia na recolha de informa es uma vez que este procedimento tornar se natural durante uma conversa entre as pessoas intervenientes Pereira 2010 define entrevista como uma conversa que desenvolvida entre duas ou mais pessoas dirigida por uma delas com a inten o de obter informa o da s outra p 64 tendo sido escolhida neste trabalho para fornecimento de dados que facultassem uma vis o complementar e que fossem triangulados com as observa es de pr ticas avaliativas em contexto de sala de aula entende se por triangula o a combina o entre t cnicas Deste modo e de acordo com Manzini 2004 existem tr s tipos de entrevistas estruturada semiestruturada e n o estruturada p 2 Genericamente o primeiro tipo carateriza se por conter perguntas fechadas o segundo direcionado por um roteiro previamente constru do contendo normalmente quest es abertas o terceiro baseia se numa ampla liberdade de formula o de quest es assim como numa ampla presen a do entrevistado Belei Paschoal Nascimento e Matsumoto 2008 p 189 As entrevistas utilizadas para a realiza o deste trabalho cujas matriz e gui o se encontram como ap ndice 1 e ap ndice 2 respetivamente poder se o incluir na tipologia de semiestruturadas ou semidiretivas dado que versam sobre um assunto sobre
173. ue o teste sumativo deveria ser visto como uma mais valia no processo de aprendizagem servindo de instrumento de monitoriza o de aprendizagens Sendo assim torna se essencial a introdu o de novas estrat gias de avalia o e do refor o das j existentes 1 4 4 T cnicas e instrumentos de avalia o Muitas das dificuldades que os professores apontam como inerentes mudan a de pr ticas avaliativas prendem se com a constru o de instrumentos de avalia o Relativamente a esta tem tica Santos 2002 e Cid e Fialho 2013 destacam alguns instrumentos de avalia o e suas finalidades e Instrumentos de observa o avaliam capacidades compet ncias e atitudes em diferentes situa es e tarefas Exemplos debates trabalhos experimentais quest es orais participa o em sala de aula trabalhos de grupo trabalhos de casa pesquisas etc e Relat rios e di rios de bordo avaliam conhecimentos capacidades e o desenvolvimento global Traduzem se em produ es escritas sobre problemas tarefas de investiga o ou projetos Como vantagem tem a possibilidade de contribuir para a reten o e 28 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico organiza o mental do conhecimento adquirido proporcionando aos alunos a oportunidade de observar a sua presta o numa determinada tarefa Desenvolve capacidades e atitudes no primeiro caso tanto ao n vel da
174. ue venham a permitir a altera o de procedimentos inerentes tomada de ju zos de valor e de decis es educativas particularmente altera o de metodologia e adapta o de instrumentos e procedimentos Relativamente rela o entre as perce es dos professores sobre avalia o e as suas pr ticas avaliativas parece nos claro que embora as perce es dos professores revelem algumas nuances caracter sticas de uma avalia o para a aprendizagem na pr tica o professor aparece ainda como figura central n o tendo os alunos qualquer papel interventivo no processo As pr ticas avaliativas utilizadas visam sobretudo os conhecimentos adquiridos em detrimento das atitudes e valores Como salientam Peralta 2002 e Alves 2004 citados em Correia e Freire 2010 avaliar implica observar os alunos na realiza o de atividades t o pr ximas quanto poss vel de situa es aut nticas usando para tal um conjunto de instrumentos que permitam a recolha de evid ncias sobre o desenvolvimento das compet ncias do aluno p 12 80 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico CAPITULO IV RESULTADOS DA PESQUISA Neste cap tulo apresentaremos as considera es finais acerca dos resultados obtidos durante esta investiga o Teremos sempre presente a tentativa de resposta ao problema de investiga o Quais as perce es dos professores sobre avalia o e como as p em
175. unas e dificuldades gui lo e acompanh lo nas diversas etapas da sua aprendizagem reajustar e instaurar uma verdadeira rela o pedag gica 51 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico Salienta se em car cter de exce o que durante a atividade referida no ponto anterior para al m dos alunos puderem participar no processo de avalia o usufru ram do apoio personalizado da professora assim como do apoio de um colega O erro foi utlizado para avan ar na solu o correta e os alunos puderam perceber como se organiza um dos processos da avalia o dando assim uma utiliza o formativa do teste e Crit rios de avalia o De acordo com Cid e Fialho 2013 podemos considerar fun o dos crit rios de avalia o medir a qualidade ou os atributos representativos de um objeto com o intuito de emitir um ju zo de valor p 12 sendo que para tal estes dever o ser operacionalizados com o aux lio de indicadores que descrevem caracter sticas ou n veis de desempenho relativamente aos crit rios pag 12 Na mesma linha de pensamento Pacheco 2002 refere ainda que o crit rio por isso uma forma de reunir dados de julg los de atribuir lhes um ju zo de valor e de comunic los aos encarregados de educa o Se a escola esclarecer os crit rios de avalia o de acordo com as modalidades e procedimentos determinados pela Administra o central
176. unos mas tamb m os outros intervenientes no processo ensino aprendizagem Podemos ent o dizer que nesta altura a avalia o surgia como um mecanismo de recolha de informa o de um ou mais objetos com o objetivo de vir a formular um ju zo final potenciador de tomada de decis es Joint Commitee on Standars for Educacional Evaluation 1981 citado em Fernandes 2008 p 60 De acordo com Barreira 2007 come a a existir uma maior consci ncia de que a complexidade do contexto educativo encaminha o processo para uma maior diversidade de estrat gias e pr ticas avaliativas Na vis o de Guba e Lincoln 2000 citados por Fernandes 2008 os modelos abstratos uniformes e universais das tr s gera es anteriores no seu conjunto apresentam tr s importantes limita es 1 A primeira diz respeito ao facto das avalia es dos programas de institui es ou de sistemas educativos tenderem para refletir os pontos de vista de quem as encomenda ou financia atribuindo a responsabilidade pelo seu insucesso aos professores e alunos e deixando margem os outros intervenientes 2 Tendo em conta a diversidade de meios socio culturais de onde os nossos alunos s o provenientes torna se urgente uma avalia o que tenha em conta a sociedade multicultural em que vivemos ou seja existe necessidade de diversificar os procedimentos de avalia o articulando os com o ensino 3 Estas gera es encontram se demasiado dependentes
177. valia o 1 1 2 Limita es das tr s primeiras gera es da avalia o 1 1 3 Retrato te rico do construtivismo 1 1 4 Quarta gera o da avalia o A avalia o como negocia o e constru o 1 2 Evolu o hist rica do conceito de avalia o do ponto de vista legislativo 1 3 Modalidades da avalia o 1 3 1 Avalia o diagn stica 1 3 2 Avalia o formativa 1 3 3 Avalia o sumativa 1 3 4 Semelhan as e diferen as entre avalia o formativa e sumativa 1 4 Avalia o das aprendizagens 1 4 1 Avalia o das e para as aprendizagens 1 4 2 Pr ticas de avalia o das aprendizagens 1 4 3 Estrat gias de avalia o 1 4 4 T cnicas e instrumentos de avalia o CAPITULO II METODOLOGIA 2 1 Op o metodol gica 2 2 Recolha dos dados 2 3 Caracteriza o do Agrupamento e da Escola do 3 Ciclo 2 4 Caracteriza o dos participantes do estudo 10 10 12 14 18 18 19 21 22 24 24 26 27 28 31 31 32 37 38 CAPITULO Ill APRESENTA O E DISCUSS O DOS RESULTADOS DESCRI O E AN LISE Professor A 3 1 A Conceito de avalia o 3 2 A Conceit o de avalia o formativa 3 3 A Conceito de avalia o sumativa 39 39 39 39 43 47 3 4 A Estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizarem nas suas pr ticas letivas Professora B 3 1 B Conceito de avalia o 3 2 B Conceito de avalia o formativa 3 3 B Conceito de a
178. valia o sumativa 49 58 58 61 63 3 4 B Estrat gias e instrumentos de avalia o que os professores dizem utilizarem nas suas pr ticas letivas S NTESE INTERPRETATIVA CAPITULO IV RESULTADOS DA PESQUISA 4 1 Considera es finais REFER NCIAS BIBLIOGRAFICAS Websites Ap ndices Anexos 65 74 81 81 84 89 91 109 indice de quadros Quadro 1 Grelha de semelhan as e diferen as entre avalia o formativa e avalia o sumativa 23 Quadro 2 Dimens es relativas a cada um dos objetos em estudo Quadro 3 caracteriza o dos participantes no estudo Quadro 4 Dimens es relativas ao objeto conceito de avalia o Quadro 5 Dimens es relativas ao objeto conceito de avalia o formativa Quadro 6 Dimens es relativas ao objeto conceito de avalia o sumativa Quadro 7 Dimens es relativas aos objetos estrat gias e instrumentos de avalia o 32 38 39 43 47 49 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico INTRODU O Come aremos por apresentar a justifica o e pertin ncia do presente estudo seguindo se a apresenta o do problema de investiga o e respetivas quest es orientadoras e por fim a estrutura desta disserta o Justifica o e pertin ncia do estudo Hoje em dia e ao longo dos ltimos anos o conceito de avalia o tem vindo a assumir um papel fundamental como resposta a
179. xperiencial e n o meros receptores passivos simplesmente regulados por essas estimula es Nessa procura activa e motivada de significados interessam n o s s corretas correctas dos alunos mas tamb m e s vezes sobretudo os seus erros e desvios como assinala von Glasersfeld s o esses erros e desvios que melhor permitem elucidar o professor sobre os modos pr prios que o aluno est a utilizar na sua constru o do mundo Como que se preconiza assim uma esp cie de psicologia ou pedagogia do erro que ao inv s de o penalizar o desmitifica o valoriza pedagogicamente e o compreende Neto 1998 p 151 Particularmente no ensino das ci ncias a dita psicologia do erro tem uma import ncia relevante uma vez que nas suas pr ticas de ensino que o erro frequentemente penalizado nomeadamente no que concerne resolu o de problemas Acredita se que muitas das ideias encontradas nos pressupostos de von Glasersfeld t m origem na filosofia de Kant onde estava patente o carater subjetivo ligado ao alcance cognitivo do mundo real Note se que Kant foi central na mudan a de paradigma atribuindo a regula o do conhecimento dos objetos ao sujeito e n o os objetos a imporem o seu conhecimento ao sujeito Neto 1998 p 152 11 Avalia o das aprendizagens Perce es e pr ticas de professores do 3 ciclo do Ensino B sico A partir das ideias de Kant Piaget iniciou a sua an lis
180. z essa a raz o para n o a considerar enquanto avalia o formativa De maneira a ter um maior conhecimento acerca da efic cia das suas estrat gias de avalia o seria producente realizar autoavalia o do seu m todo assim como solicitar aos seus alunos uma autoavalia o n o s dos seus resultados e do seu percurso escolar como tamb m das estrat gias e instrumentos de ensino aprendizagem e avalia o utilizados pela docente permitindo assim a melhoria das pr prias pr ticas em sala de aula Neste contexto a professora A considera que a autoavalia o se encontra estreitamente ligada aos resultados pelo que apenas a relaciona com os resultados dos alunos sem nunca a considerar fundamental para o seu pr prio desempenho Do seu ponto de vista esta uma estrat gia cuja fun o incide na tomada de consci ncia do aluno relativamente ao ponto da sua situa o escolar importante para n s tamb m sabermos o que que eles acham do estado em que est o na disciplina autoavalia o A Realiza a no final do per odo utilizando uma grelha espec fica que os alunos preenchem com os resultados que obtiveram nos diversos par metros avaliados sujeitos respetiva pondera o Este procedimento aplica se tanto a n vel dos conhecimentos como ao n vel das atitudes uso grelhas autoavalia o A os alunos mais conscientes normalmente acertam na sua autoavalia o autoavalia o A Fa o a
181. zagem a S g 8 re e Caracterizar as percep es ao 12 Qual o papel dos alunos na avalia o 2 32 dos professores o gs 13 Qual o papel dos professores na a EN SE avalia o relativamente ao conceito o a o E ee de avalia o da 58 14 Em que momentos procede avalia o oe et aprendizagem 2 dos seus alunos Que modalidades utiliza oO UW ud 5 7 os 15 Como s o estipulados os crit rios de Do e PRE nee avalia o da disciplina 16 Informa os seus alunos acerca dos es 5 crit rios de avalia o da disciplina Como e quando E 17 Qual o seu entendimento sobre avalia o E formativa E 18 Qual a fun o da avalia o formativa Q 19 Utiliza o feedback como parte integrante s do processo de avalia o oO a 20 Costuma dar feedback dos resultados de e avalia o aos seus alunos Se sim como e O 5 quando o faz o 21 Costuma pedir feedback aos seus alunos 2 2 A sj e Caracterizar as percep es gt 2 acerca do tipo de avalia o utilizado em g k salade sula dos professores e a eS relativamente ao conceito a a 22 Considera importante a autoavalia o dos d Rae ae e avalia o formativa 3 seus alunos Solicita aos seus alunos que a 9 realizem Se sim em que momentos e oO 2 com que instrumentos a 23 Procede heteroavalia o com os seus E alunos ul q 24 Que tarefas utiliza para realizar a E avalia o formativa Adequa

Avaliação das aprendizagens perceções e práticas de professores

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