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Texto Integral - Instituto da Defesa Nacional

1. que mereceram cober turas medi ticas completamente diferentes Abstract The Role of the Media in the War against Terrorism What Kind of Information Coverage This article analyses the coverage of terrorist acts as major mediatic events Its main purpose is to trigger a reflection on two questions on the one hand how the mass media can best avoid being instrumentalised by perpetrators of terrorist activities and serve their cause by publicising their goals On the other hand how can it serve its primary duty of keeping people informed about these events since the moment they start to the analyses of their consequences and the response by the authorities In an attempt to find a suitable modus operandi for media coverage of such events this paper focuses on three terrorist attacks 9 11 the Madrid trains station bombings in 11 March and London attacks of 7 7 that shaped the beginning of 21 century Ver o 2007 N 117 3 S rie pp 155 177 155 Na o Defesa O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas 1 Introdu o Estamos numa guerra E mais de metade desta guerra disputada no campo de batalha que s o os media Ayman al Zawahiri Julho de 2005 Um acto terrorista s vale se for divulgado J em 1985 a ent o primeira ministra brit nica Margaret Thatcher apontava o dedo aos media dizendo que a publicidade que estes davam a
2. 3 Sharif Shuja The Realignment of India US Relations Strategic Dimensions in Contemporary Review 287 1677 October 2005 p 209 4 Cf Dinshaw Mistry A Theoretical and Empirical Assessment of India as an Emerging Power in India Review 3 1 January 2004 93 Na o Defesa Henrique Raposo os EUA ocupam o terceiro lugar na escala demogr fica Estes dois gigantes t o signifi cativos em termos de poder estrutural e identidade normativa dentro do sistema inter estatal est o a executar uma in dita aproxima o estrat gica Este facto de primeira grandeza dentro de uma perspectiva realista tem sido desprezado no mundo ocidental sobre tudo na Europa Como salienta Ashutosh Sheshabalaya a ndia a grande omiss o das 2 percep es europeias E nos EUA o interesse pol tico pela ndia um fen meno recentissimo No final dos anos 80 todos os livros sobre a ndia existentes na Universi dade de Harvard estavam arrumados na sec o das religi es Os dois livros americanos marcantes dos anos 90 O Choque das Civiliza es de Huntington e o Fim da Hist ria de Fukuyama garantem ndia um papel absolutamente secund rio Ainda nos anos 90 Donald Kagan e Henry Kissinger projectavam um s culo XXI com os cinco suspeitos do 5 Este trabalho segue uma linha realista Raymond Aron e n o neorealista estruturalista Repare se na diferen a entre sistema inter estatal Aron e sistema int
3. Os media fizeram assim disparar a sua popularidade respeitabilidade e legitimidade entre milh es de mu ulmanos Um terr vel acto de terror transformou o mais famoso terrorista num dos l deres mundiais das not cias Nacos 2003 41 Apesar de n o ser retratado com uma imagem positiva ele partilhou o palco medi tico lado a lado com George W Bush Isto apesar de estar escondido de n o dar entrevistas nem aparecer em confer ncias de imprensa Analisando agora o comportamento dos media norte americanos eles fizeram com que toda a popula o se envolvesse nos acontecimentos O p blico confiou totalmente em que eles lhes estavam a dar toda a informa o Para os l deres da gest o da crise os media foram o nico meio de transmitir informa o importante ao p blico como o que fazer por exemplo onde poderiam fazer doa es de sangue e o que n o fazer por exemplo n o se dirigirem para Manhattan porque todos os t neis e pontes foram encerrados Os media tamb m espalharam o sentimento de patriotismo e deram oportu nidade ao p blico de se sentir parte dos acontecimentos e de dar a sua opini o atrav s de f runs cartas e mails No entanto a esta dist ncia dos acontecimentos tamb m podemos apontar alguns pontos negativos da cobertura medi tica e que n o foram exclusivos dos meios de comunica o social norte americanos As esta es de televis o repetiram as cenas mais chocantes demasiadas vezes O sentimen
4. Vejo assim em todas as formas de ditadura mecanismos falhados de constru o de Estados onde a agress o aos valores sociais ou a sua defesa se turvam Assim institui es sociais que t m por fun o discriminar entre agress o e resist ncia agress o devem ser apoiadas e desenvolvidas Popper que n o se opunha tentativa de realiza o desses ideais ainda que con denasse a sua realiza o atrav s de mecanismos de governa o dominados por grandes emo es como o amor deixou algumas recomenda es que em meu entender merecem uma revisita o Trabalhai no sentido da elimina o dos males concretos em vez da realiza o de bens abstractos N o viseis estabelecer a felicidade por meios pol ticos Visai antes a elimina o das mis rias concretas Ou ent o em termos mais pr ticos lutai pela erradica o da pobreza por meios directos garantindo por exemplo um rendimento m nimo Ou lutai contra as epidemias e a doen a construindo hospitais e escolas de Medicina Combatei a iliteracia como combateis a criminalidade Mas fazei tudo isto por meios directos Escolhei o que considerais ser o mal mais urgente da vossa 67 Cf Karl Popper Conjecturas e Refuta es Almedina 2003 473 e ss Na o Defesa 150 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Politica de Defesa e Seguranca sociedade e tentai
5. A raz o para tal entendimento diria de forma rasa decorre do facto de no continente africano a maior parte das pessoas viverem na mais absoluta mis ria e o dinheiro que nunca deixa de ser importante passa a ser por isso mesmo o mais importante Mas a efici ncia na resolu o dos problemas que garantam a procurada raz o de viver n o alcan ada apenas com o dinheiro cada vez mais dinheiro E frica j recebeu o equivalente a seis Planos Marshall E o que perturba que enquanto o Plano Marshall foi uma vit ria para os pa ses da Europa sa dos da Segunda Guerra Mundial a ajuda a frica n o conseguiu tirar o continente da mais profunda mis ria S o ali s os pr prios relat rios do Banco Mundial que sucessivamente t m demonstrado que os estudos normalmente n o encontram qualquer la o forte entre ajuda e o r pido crescimento remata Guest A subalternidade a que me refiro tem a ver pois com uma resist ncia mais ou menos escamoteada aos valores e princ pios da democracia liberal afirmou o preclaro jurista e ensa sta cabo verdiano Jorge Carlos Fonseca que n o escusa entretanto de acentuar de que se socorria da express o liberal por contraposi o a uma qualquer democracia revolucionaria 26 Cf Robert Guest frica o Continente Acorrentado Editora Civiliza o 2005 pp 174 175 em que referindo se not cia do Daily Telegraph de 27 de Agosto de 2002 se pode ler que
6. Em tempo de paz s o os filhos que enterram os pais Em tempo de guerra s o os pais que enterram os filhos A quest o tem tanto de antiga como de actual a resposta pode nos fazer pensar mas pode j n o ser t o actual pois todos sabemos que nos nossos tempos de uma guerra pode n o haver ningu m para enterrar por n o haver quem e por n o haver o que Ap s um desanuviamento na tens o dos dois blocos que mediaram o poder praticamente em toda a segunda metade do s culo XX as tens es latentes incluindo as resultantes da desintegra o da antiga Uni o Sovi tica como a Tchech nia ou o Uzbequist o deram lugar a conflitos de dif cil resolu o e de fronteiras ultrapassadas No tempo da globaliza o a guerra enquanto conflito declarado tem se descentraliza do Por m em termos de amea a terrorista globalizou se de tal forma que ningu m se pode gabar de dormir seguro tal a escalada nos m todos e dispositivos utilizados e no perigo que essa amea a representa atrav s das bombas sujas das armas qu micas e biol gicas e da pr pria explos o nuclear Contra a amea a que o terrorismo moderno constitui os mais recentes acontecimentos t m provado que n o s n o h defesa poss vel como tamb m parece n o existirem lugares seguros no mundo Os eixos dos conflitos tamb m se alteraram as velhas divis es leste oeste colonizados colonizado res e mesmo o car cter pol tico no seu sentido mais cl ssico parecem estar
7. Na o Defesa 86 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade Ap s uma an lise dos principais desenvolvimentos nesta ind stria procurou se derivar algumas implica es para o caso nacional em termos de um conjunto de instrumentos que podem contribuir para que Portugal possa beneficiar em termos de inova o e aumento de competitividade de uma inser o numa ind stria com uma elevada componente tecnol gica tendo por base a realidade portuguesa e alguns exemplos mais significativos de empresas integradas na holding do Estado EMPORDEF que revelam um conjunto de exemplos de contribui es muito positivas e dignas de registo para o desenvolvimento da competitividade da ind stria nacional Bibliografia Albrecht U 1988 Spin off A Fundamentalist Approach in Gummett P and Reppy J 1988 eds The Relations Between Defense and Civil Technologies Dordrecht Kluwer Carson I 2002 Transformed A Survey of the Global Defense Industry The Economist July 18 Clementson A 1988 Some Views on Industry Perspectives on Civil and Military R amp D in Gummett P and Reppy J 1988 eds The Relations Between Defense and Civil Technologies Dordrecht Kluwer Edgerton D 1988 The Relationship between Military and Civil Technology A Historical Perspective in Gummett P and Reppy J 1988 eds The Relations Between Defense and Civil Technologies Dordrecht Kluw
8. O pagamento dos honor rios aos autores 150 por artigo ser efectuado por transfe r ncia banc ria at 30 dias ap s a edi o da revista Cada autor receber quatro exemplares da revista e dez separatas do seu artigo na morada indicada Os casos n o especificados nestas Normas de Colabora o dever o ser apresentados ao Editor Executivo da Na o e Defesa PUBLICATION NORMS The submitted article will have to be sent as a Microsoft Word document by email to publicacoes idn mdn gov pt The text should obey to certain requirements e It should have between 30 000 and 50 000 characters spaces excluded and must be presented as a Microsoft Word document e The author should provide an abstract of the article until 1000 characters The article should not contain any reference to its author The sole means of identifying the author is a duly filled ID form http www idn gov pt documentos fichadeautor doc so its submission is compulsory The magazine s Editorial Board on an anonymous basis will appraise the text The article s approval by the Editorial Board implies the possession of exclusive publishing rights by Na o e Defesa The publication of non exclusive articles by this magazine depends upon acknowledgment of the legitimate holder of the article s publishing rights The author shall hold full responsibility for the content of the published article The Instituto da Defesa Nacional is responsible for the a
9. O presente estudo pretendeu contribuir de algum modo para um melhor entendi mento da ind stria de defesa num contexto alargado com particular enfoque na forma como esta ind stria se interliga com a inova o e a transfer ncia de tecnologia e da forma como pode contribuir para um aumento de competitividade da ind stria Frequentemente e erradamente a ind stria de defesa vista como uma ind stria que por um lado produz apenas armamento no sentido b lico e que por outro lado pouco ou nada contribui para o desenvolvimento de uma economia A primeira quest o prende se com uma vis o demasiado restrita do que consiste uma ind stria de defesa e a segunda com o facto de se ignorar a sua import ncia em termos de componente de elevada tecnologia em muitos casos state of the art Por outro lado ocorreram mudan as desde o fim da Guerra Fria que alteraram o paradigma anterior onde a ind stria de defesa frequentemente liderava em termos de inova o tecnol gica e com o desenvolvimento de tecnologias de duplo uso deixou tamb m de haver uma total separa o entre tecnologia de mbito e aplica es militar por um lado e civil por outro Na realidade muitas vezes no mbito civil que se desenvolvem tecnologias que s o tamb m de aplica o militar o que demonstra uma crescente liga o entre as ind strias de defesa e as outras ind strias na vertente tecnol gica e por essa via da sua import ncia na contribui o
10. Sobretudo desde os ataques de 11 de Setembro de 2001 e com o advento da fal cia do choque civilizacional o Isl o tem sido um dos temas predominantes em debate n o s nos meios acad micos como em qualquer f rum de discuss o pol tica Com esta centralidade convergem de uma forma geral diversas teses que colocam a culpa da crispa o mu ulmana na ac o das antigas pot ncias coloniais chegando se mesmo a legitimar esse comportamento vitimizador em diversas ac es de car cter subversivo das liberdades alheias leia se terrorismo Conv m recordar que n o h muitos meses ecoou em Trafalgar Square o grito We are all Hezbollah vindo de muitos quadrantes fora das minorias mu ulmanas radicadas em Londres Este l xico abundante n o apenas nos pa ses em quest o por raz es l gicas como cada vez mais tem conquistado adeptos nas sociedades liberais como que provando que novas bandeiras podem agora ser i adas ap s a derrocada do sonho dos socialismos puros Mas regressemos ao tema central desta recens o o imperialismo isl mico pela pena do professor de estudos mediterr nicos do King s College em Londres Efraim Karsh Na o 223 S Defesa Atrav s das Leituras O autor come a por p r em causa precisamente esse complexo p s colonial que tanto jeito d a determinados l deres mu ulmanos incapazes de fazer prosperar as suas sociedades Contrariando a literatura que discorre sobre a natureza reac
11. never before in history have all three of these powers been strong at the same time Brahma Chellaney The lone success story in the Bush administration s epic narrative of foreign policy failure is the approval of its nuclear deal with India Mira Kamdar India is an ancient civilization and has a mind of its own on each issue But our views are moving in parallel with the US Sharif Shuja 1 Considera es Iniciais Este artigo pretende responder a duas quest es Primeira a montante quais s o as causas que explicam a crescente proximidade estrat gica entre EUA e ndia Segunda a jusante a parceria Washington Nova Deli indicia alguma mudan a de fundo no sistema inter estatal Os EUA s o a maior democracia do Ocidente e a mais antiga do mundo a ndia a maior democracia do mundo Os EUA constituem a maior economia mundial a ndia a 4 economia mundial em PPP purchasing power parity Os EUA continuam a ser a super pot ncia militar indiscut vel a ndia uma pot ncia nuclear a terceira po t ncia militar com cerca de 1 26 milh es de soldados EUA 1 36 China 2 31 A ndia a segunda na o mais populosa do mundo a caminho de ultrapassar a China 1 Brahma Chellaney Japan India partnership key to bolstering stability in Asia in The Japan Times December 14 2007 2 Mira Kamdar The Real Price in India US Relations in World Policy Journal 23 4 Winter 2006 2007 p 60
12. nidade judaica americana o que contribuiu ainda mais para o arreigado dio anti americano sentido pelos rabes que acusam os Estados Unidos de seguirem uma pol tica sionista e neo colonialista Na o 13 S Defesa Abel Jos Santos Leite Finalmente a pol tica das na es rabes n o s nunca pretendeu realmente resolver o diferendo originado com a cria o do estado de Israel procurando um compromisso que parece ser inevit vel mas pelo contr rio ao longo dos anos tem se servido da causa palestiniana como arma pol tica para os seus pr prios conflitos internos j que um tema que assegura grande popularidade e ades o nos diferentes estados rabes quer se tenha tratado de estados mais conservadores como a Ar bia Saudita ou de estados mais progressistas como o Egipto de Nasser ou o Iraque de Saddam Hussein Com efeito tanto a n vel individual como a n vel dos diversos estados rabes e mesmo mu ulmanos a causa palestiniana e foi muitas vezes o nico ponto em que coincidiam as diversas pol ticas desses estados Ponto de uni o arma de arremesso pol tico ou trunfo interno a causa palestiniana ter sido mais vezes usada do que auxiliada pela pol tica inter nacional O conflito do Suez como ser o os conflitos israelo rabes subsequentes ser um marco na hist ria como a afirma o da irreversibilidade da exist ncia do estado de Israel 2 2 Antecedentes pr ximos Ap s um golpe militar perpetra
13. o trabalho perseverante honestidade seriedade uso parcimonioso do dinheiro e do tempo mais do que qual quer predestina o acabou por se converter num c digo secular de comportamento que viria a conduzir os Estados prosperidade A Europa levou s culos para conseguir um bom governo porque deveria a frica consegui lo em algumas d cadas pergunta de modo conclusivo David Landes Nunca duvidei de que os chamados valores ocidentais foram forjados num espa o geogr fico e cultural muito pr prios decorrentes de condicionantes sociol gicas e culturais em suma verdade Entretanto tenho hoje que dizer taxativamente que esses valores n o obstante terem sido criados na Europa s o para ser aplicados em frica Longe de insinuar que o comportamento pol tico do africano tem de se adequar ao europeu o ineditismo a que estas reflex es me conduzem que essa op o deve ser escutada e consequentemente tentada Assim como o Arts Business Forum de Londres no mbito de uma experi ncia para o aperfei oamento empresarial ter convidado empresas atrav s dos seus gestores a participar num programa experimental que consistia em aprender com o teatro eu provocaria os nossos dirigentes africanos a aprenderem com os nossos m sicos A m sica africana possui ali s uma riqueza e qualidade indiscut veis Pode ser por isso uma ptima fonte de inspira o A ideia tal como prop s o Arts Business Forum de Londr
14. 1995 p 85 25 Importantes reflex es sobre o Nacionalismo podem ser lidas em Isaiah Berlim A Apoteose da Vontade Rom ntica Biz ncio Lisboa 1999 pp 357 380 Na o Defesa 132 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a predat ria do comum dos governantes dos pa ses africanos para usar a met fora utilizada para as ocupa es da Alemanha nazi que aumenta na medida que ia comendo Numa outra passagem Landes para demonstrar a situa o tr gica por que frica atravessa vis vel atrav s das igualmente sinistras imagens das crian as esfomeadas que ami de a televis o nos d a conhecer diz frica n o est numa situa o t o m como parece est simplesmente muito pior Charles Handy no seu O Esp rito Faminto sublinha que em frica costuma se dizer que existem dois tipos de fome a fome menor e a fome maior A fome menor tem a ver com aquilo que se chamou s ndrome da priva o relativa manifestada hoje de forma dram tica pela vaga de emigra o clandestina de africanos para a Europa enquanto que a fome maior diferentemente tem a ver com a compreens o sobre o significado da vida sobre a raz o de viver Entretanto a fome maior n o pode ser satisfeita mitigando a fome menor ainda que outros continuem a entender que o problema africano econ mico
15. 31 34 Na o 127 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos Se verdade que os h bitos seculares t m um peso que n o pode ser desprezado j n o me sensibiliza qualquer atitude etnocentrista que coloca o subdesenvolvimento por conta da ra a ou da etnia 2 Modernidade versus Subalternidade dos Estados uma Dimens o Imposta ou Pressuposta Essa cria o do Renascimento ditada pela necessidade dos grupos sociais seden tarizados se organizarem com vista solu o de inevit veis problemas sociais levou a constitui o daquilo que convencionamos chamar comunidades estatais cada uma delas dotada para al m de um territ rio e uma popula o de um elemento essencial de identifica o que como recorda Adriano Moreira um poder que n o reconhece igual 2 na ordem interna nem superior na ordem externa isto a soberania Mas essa soberania afirma por outro depende da sua submiss o a regras para o seu reconhe cimento pela comunidade internacional sem o qual n o se identificariam um territ rio e um povo isentos da interfer ncia de outros poderes Como poder ltimo e perp tuo a soberania j n o s um atributo mas torna se a pr pria subst ncia da Rep blica Ou seja como ensinara Bodin o Estado s existe se for soberano Ningu m objecta hoje a n o universaliza o do processo da moderniza o dos Estados sendo que muitos se revelaram incapazes de realizarem isolados
16. London Routledge amp Kegan Paul 1974 1887 10 Ver Pascal Bruckner Multiculturalism Nationalism of the Minorities in New Perspectives Quarterly 23 3 Summer 2006 11 Aquilo que apelidamos de politicamente correcto confunde se com o multiculturalismo Ver Anthony Browne The Retreat of Reason Political Correctness and Corruption of Public Debate in Modern Britain London Civitas 2006 12 Ver Fernando Savater El Gran Fraude Madrid Aguilar 2004 13 Ver Kenan Malik Equal vs Plural Against Multiculturalism e Race Pluralism and the Meaning of Difference dispon veis em www kenanmalik com Ver ainda Luc Ferry e Andr Comte Sponville A Sabedoria dos Modernos Lisboa Piaget 2000 1998 pp 67 68 e 75 Jean Fran ois Revel A Grande Parada Lisboa Editorial Not cias 2001 p 312 Alain Renaut Traumatismos do P s Guerra in Alain Renaut dir Hist ria da Filosofia Pol tica vol 5 Lisboa Instituto Piaget 2002 2000 p 14 Na o 229 S Defesa Atrav s das Leituras pode ser negado pela imposi o de uma preserva o cultural inquestion vel Como aponta Sen os progressistas multiculturalistas ao fazerem uma defesa dogm tica da preserva o diversidade cultural acabam por cair no reaccionarismo cultural contr rio liberdade de escolha individual ser que ent o em prol da diversidade cultural devemos apoiar o conservadorismo cultural e pedir s pessoas que
17. O principal mentor foi o Sheikh Ali Fallahian ministro respons vel pelos servi os secretos e de seguran a Este comit secreto inclu a ainda a autoridade suprema do pa s Ali Khamenei O Ir o tem tamb m dirigido as suas actividades terroristas contra regimes rabes pr ocidentais da zona de forma a minar a influ ncia ocidental secular e de exportar a revolu o iraniana A Turquia a Jord nia o Bahrein t m sido os pa ses mais visados pelo Ir o que apoia grupos locais envolvidos em actividades subversivas Washington tem fortes suspeitas de que o Ir o apoiou os operacionais sauditas que em Junho de 1996 fizeram explodir um cami o armadilhado em Dhahran na Ar bia Saudita O atentado atingiu um complexo residencial de tropas americanas provocando 19 v timas Os suspeitos ter o recebido instru es de Teer o e utilizado passaportes iranianos emitidos pela embaixada iraniana na S ria Uma das pr ticas institucionalizadas da Rep blica Isl mica o apoio reiterado a grupos extremistas que lutam contra o Estado de Israel O Hezbollah constitui o principal dos grupos auxiliados por Teer o Nas palavras do ex Presidente Khatami o Hezbollah tem o dever sagrado de defender os Palestinianos contra Israel O governo de Teer o generoso com os grupos oposicionistas na Palestina fornecen do lhes treino informa o armamento e financiamento Os grupos militantes palestinianos s o entendidos enquanto instrumento da solida
18. Victor Marques dos Santos Vitor Rodrigues Viana Conselho Consultivo Abel Cabral Couto Ant nio Em lio Sachetti Ant nio Martins da Cruz Ant nio Vitorino Armando Marques Guedes Bernardino Gomes Carlos Gaspar Diogo Freitas do Amaral Em ni Lopes Fernando Carvalho Rodrigues Fernando Reino Guilherme Belchior Vieira Jo o Salgueiro Joaquim Aguiar Jos Manuel Dur o Barroso Jos Medeiros Ferreira Lu s Valen a Pinto Lu s Veiga da Cunha Manuel Braga da Cruz Maria Carrilho M rio Lemos Pires Nuno Severiano Teixeira Pel gio Castelo Branco Conselho Consultivo Internacional Bertrand Badie Presses de Sciences Po Paris Fran a Charles Moskos Department of Sociology Northwestern University Evanston Illinois USA Christopher Dandeker Department of War Studies King s College London Gr Bretanha Christopher Hill Centre of International Studies University of Cambridge Felipe Aguero Dept of International and Comparative Studies School of International Studies University of Miami USA George Modelski University of Washington USA Josef Joff Jornal Die Zeit Hamburg Alemanha Jurgen Brauer College of Business Administration Augusta State University USA Ken Booth Department of International Politics University of Wales Reino Unido Lawrence Freedman Department of War Studies King s College London Gr Bretanha Robert Kennedy Institute for Social Behavioral and Economic Research Universi
19. es entre Washington e Teer o levassem a um acordo para reduzir tens es no L bano tal entedimento s seria execut vel se os servi oes secretos iranianos cortassem as suas liga es ao Hezbollah Uma premissa digamos deveras optimista Por outro lado os esfor os europeus em trazer o Ir o para as negocia es permi tiram contrariamente s inten es originais que os mullahs perseguissem as suas ambi es nucleares sob o manto do di logo diplom tico Em 2003 tal como em 1997 e 1998 as conversa es foram novamente suspensas um claro reconhecimento do falhan o da estrat gia desenhada Se a diplomacia e o di logo negocial parecem n o colher frutos outra op o ser promover a mudan a pac fica do regime iraniano Aparentemente a Adminsitra o 28 Ver David Albright and Corey Hinderstein Unraveling the A Q Khan and Future Proliferation Networks The Washington Quarterly Vol 28 N 2 Spring 2005 pp 111 128 29 Ver Ray Takeyh Iran Builds the Bomb Survival Vol 46 N 4 Winter 2004 2005 pp 51 63 e Kenneth Pollack and Ray Takeyh Taking on Teheran Foreign Affairs March April 2005 Vol 84 N 2 pp 20 34 Na o 193 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima Bush est comprometida com esta estrat gia Todavia o di logo e a diplomacia s o estrat gias incompat veis com a promo o de uma pol tica de mudan a de regime na medida em que negocia es implicam o reconhec
20. mico que deturpa a autonomia da pol tica usando apenas a vari vel econ mica estrutural economia emergente De forma err nea BRIC coloca no mesmo conceito v rios Estados com Regimes pol ticos distintos dois regimes autorit rios R ssia e China e dois regimes demo liberais Brasil e ndia Se pretendemos compreender esta rep blica federal indiana ent o temos que cruzar a vari vel poder estrutural com a vari vel identidade normativa regime E quando fazemos isso percebemos que a ndia antes de representar um PIB fara nico 36 Ver Baldev Raj Nayar India Poverty Retreats with Globalization s Advance in YaleGlobal February 1 2007 37 Inaugural Address by Minister of External Affairs Shri Pranab Mukherjee at the Second SAARC Business Leaders Conclave in Mumbai April 17 2007 http www mea gov in sshome htm 38 World poverty reduced by growth in India and China in The Hindu April 18 2007 39 Ver Anand Giridharadas India s Edge Goes beyond Outsourcing in The New York Times April 4 2007 40 Ver prot tipo desta confian a em Ila Patnaik GDP Growth in 2007 in The Indian Express January 1 2007 41 Para a an lise econ mica da ndia ver Ashutosh Sheshabalaya Made in India a Pr xima Superpot ncia Econ mica e Tecnol gica Lisboa Centro Atl ntico 2006 Diana Farrell India Outsmarts China in Foreign Policy 152 January February 2006 pp 30 31 The place to b
21. o na Europa n o tem avan ado de forma mais r pida devido essencialmente s comple xas rela es e inter liga es nos respectivos pa ses entre o sector empresarial p blico e privado institui es p blicas minist rios e partidos pol ticos Uma an lise sum ria dos principais pa ses europeus mostra uma situa o contrastada Mas curioso notar que a Europa importa dos EUA cerca de 75 do seu equipamento de defesa Como resultado deste processo verifica se que 7 das 10 maiores empresas ligadas defesa no mundo s o norte americanas Quadro 2 16 Serfati 2000 17 Como o caso da Alemanha RU Holanda e Su cia 18 Serfati 2000 19 Sarmento Coelho 1999 Na o 71 S Defesa Vitor Ramon Fernandes Quadro 2 Dez maiores Defense Contractors Ranking Empresa Pais Volume de neg cios em 2005 na defesa 1 Lockheed Martin EUA 34 050 95 8 2 Boeing EUA 30 464 58 1 3 Northrop Grumman EUA 22 126 74 4 BAE Systems RU 20 345 80 5 Raytheon EUA 18 771 92 7 6 General Dynamics EUA 15 000 78 2 7 EADS Europa 10 506 24 2 8 Honeywell EUA 10 240 40 9 Thales Franca 8 869 63 1 10 Halliburton EUA 8 000 39 1 Fonte Defense News www defensenews com Existe uma diferen a significativa de dimens o entre as empresas norte americanas e europeias A t tulo de exemplo o volume de neg cio conjunto da BAE Systems e da EADS respectivamente a 4 e a 7 maior e
22. o disp e de for a suficiente para regular de forma independente os fluxos migrat rios Ou seja caso venha a ocorrer uma guerra civil no Iraque o Ir o n o estar em condi es de conter toda a massa de refugiados e as reivindica es de um Estado curdo antecipando dessa forma o desmembramento do pr prio Ir o Globalmente a invas o do Iraque que numa primeira an lise seria prejudicial ao Ir o acabou por ter v rios efeitos que directa ou indirectamente beneficiaram o Ir o refor ou a sua influ ncia regional aumentou o incentivo para prosseguir armas nucleares de forma a deter amea as que emergiram da nova situa o pol tica regional limitaram a capacidade do Ocidente de pressionar o Ir o A guerra no Iraque tamb m pode ter atrasado as possibilidades de reforma pol tica no Ir o uma vez que a elite pol tica religiosa instrumentalizou a ocupa o militar do Iraque e um ambiente de amea a contra o Ir o para travar a reforma do regime 72 Id p 21 Na o S Defesa 220 Atrav s das Leituras O Isl o foi sempre imperial ISLAMIC IMPERIALISM Islamic Imperialism A History EERAIM KARSH Efraim Karsh New Haven and London Yale University Press 2006 288 pp ISBN 0300106033 978 0300106039 O Isl o foi sempre imperial H um conjunto de verdades quase cr nicas que as opini es p blicas e muitas elites pol ticas ocidentais aceitam e proclamam numa ode ao politicamente correcto
23. perdendo toda a sua dignidade j que est ao servi o dos supremos interesses da colectividade encimado pelo Estado Aqui a ideia da inviolabilidade da dignidade da pessoa humana n o faz sentido e o homem pelas atrocidades que o regime lhe legitima transforma se diria sugestivamente Hannah Arendt em lobo do pr prio homem On simo Silveira citado por Vicente Lopes no seu Cabo Verde Os bastidores da Independ ncia Edi o Instituto Cam es Centro Cultural Praia Mindelo 1996 p 455 falando da gravidade que era o endeusamento de Am lcar Cabral por parte de alguns intelectuais cabo verdianos assinala um facto similar ainda assim n o menos surrealista em que numa reuni o em Conakry seu companheiro Carlos Reis lhe dizia N s n o precisamos pensar porque o Cabral pensa por n s Em Cabo Verde foi pela Lei Constitucional n 2 111 90 de 28 de Setembro que se instituiu o princ pio do pluralismo fazendo cair o artigo 4 da Constitui o que tamb m consagrava o PAICV como for a dirigente da sociedade e do Estado 33 Cf Paulo Otero in A Democracia Totalit ria Principia 2001 pp 17 e sgts 34 Ver O Homem Social de Sekou Toure in Silveira ob cit p 136 35 impressionante como On simo Silveira cambaleia intelectualmente sobre o processo de moderniza o dos Estados africanos come ando por considerar que a democracia n o pode ser tida como uma op o qualquer dimens o cultural sempr
24. tidas pelos jornalistas em vez de o serem pela imagem e voz do terrorista Nunca no decorrer de uma ac o terrorista os media devem divulgar a localiza o movimenta o ou planos das equipas de assalto a localiza o dos atiradores ou dos centros de opera es Tal pode p r vidas em perigo e prejudicar a opera o policial Os jornalistas n o podem esquecer se que os terroristas podem estar a ouvir as emiss es das televis es ou das r dios seja directamente seja atrav s de informa es transmitidas por c mplices ou por outros elementos do grupo O tratamento dos media relativamente ao terrorismo pode ter grande influ ncia nas respostas no assumir de responsabilidades e na cria o de pol ticas de longo prazo relacionadas com esta problem tica Por causa desta influ ncia os profissionais das not cias devem fazer uma escolha cuidada de imagens palavras e perspectivas no que toca a esta mat ria Devem tamb m evitar os preconceitos as ideias preconcebidas e ir al m da posi o pol tica dominante no momento n o se acomodando ao sentimento p blico corrente O p blico merece ser capaz de analisar os assuntos de variadas Na o 165 S Defesa Fatima Faria perspectivas Neste ponto os jornalistas devem tentar que o seu trabalho n o seja apenas descritivo mas mais explicativo Reconhe o que tamb m n o deve ser dado demasiado nfase a um indiv duo As ac es terroristas s o demasiado complexas para t
25. 29 Cf Isaiah Berlin ob cit p 369 Na o Defesa 134 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Politica de Defesa e Seguranca nico n o havia conflitos entre ou no interior dos pa ses africanos que a democracia n o trouxe qualquer benef cio para o estatuto das mulheres africanas ou ainda que no continente africano se deve acentuar o papel dos chamados direitos sociais econ micos e culturais em detrimento das liberdades fundamentais numa exig ncia de luta contra a pobreza H efectivamente quem defenda que o multipartidarismo em frica conduz inevitavelmente pol tica tnica pelo que no Uganda Museveni ter proibido os partidos pol ticos por essa mesma raz o Mas h sinais suficientes para acreditar que rela es amistosas entre tribos diferentes prevalecer o sobre os dios ainda latentes A Tanz nia tida com um exemplo bem sucedido para n o falar da frica do Sul onde Mandela se afirmou disposto a morrer pelo ideal de uma sociedade democr tica e livre na qual todas as pessoas vivem em harmonia e com oportunidades iguais Foi com algumas destas palavras que Nelson Mandela como r u se ter dirigido aos tribunais que o julgavam 3 O Totalitarismo Breves Refer ncias Decorre impl cito que entendo como uma das formas da n o moderniza o do Estado para al m dos Estados falhados ou ex guos toda e qu
26. A ndia tornou se essencial para esses dois objectivos americanos Esta estrat gia indiana que agora se consubstancia j circulava h muito entre a elite americana Em 2000 Stephen Cohen sugeria a aproxima o entre Washington e Nova Deli afirmando que sendo uma grande pot ncia emergente destinada a entrar no clube da China e do Jap o e a nica democracia funcional daquela regi o a ndia era o aliado 96 Ver Robert D Blackwill The India Imperative The National Interest 80 Summer 2005 pp 9 17 Ashley J Tellis India as a New Global Power na Action Agenda for the United States Carnegie Endowment for International Peace 2005 97 3 5 milh es de indianos trabalham nos pa ses do Golfo P rsico Bollywood um sucesso no mundo mu ulmano Durante s culos mesmo antes da presen a portuguesa no s culo XV os indianos mantive ram fortes rela es comerciais com a regi o do Golfo A ndia tem rela es hist ricas com o Ir o e j acordou com Teer o a constru o de um gasoduto entre o Ir o e a ndia atravessando o Paquist o A marinha indiana aumentou a sua presen a no Golfo e no mar Ar bico A ndia assegura seguran a mar tima no acesso ao Golfo P rsico no oceano ndico e no estreito de Malaca Ver Geoffrey Kemp The East Moves West in The National Interest 84 Summer 2006 pp 71 72 98 Ver antecipa o recomenda o desta mudan a de paradigma em C Raja Mohan A Paradigm Shift
27. A recolha de dados pessoais facilitada pelo uso da telemetria e da videovigil ncia novas potenciais amea as de invas o da privacidade e de uso indevido de dados pessoais Actualmente existem c maras que permitem filmar as pessoas e os seus comportamentos em esta es ferrovi rias ou de metro armaz ns ruas ou parques de estacionamento muitas vezes sem as pessoas se aperceberem p blico que em Londres um cidad o pode ser filmado em m dia 300 vezes durante o dia Cada vez mais modernas tecnologias v o constituindo potenciais novas amea as Os detectores de som permitem escutar conversas no interior de edif cios ou supostamente mantidas na privacidade do lar O sistema GPS Global Positioning System permite que um utilizador de telefone celular seja localizado nada impede at que um dispositivo de localiza o com este sistema seja colocado num carro ou no bolso de uma pessoa dando informa es sobre a localiza o de algu m que desconhece que est a ser vigiado como foi contado no romance C digo da Vinci Por sua vez os cart es electr nicos com dados de car cter pessoal designadamente dados biom tricos permitem controlar o acesso a instala es bem como as desloca es 29 William Underhill Big Ben or Big Brother Newsweek 28 de Fevereiro de 2000 citado por Seabra Lopes 30 O dado biom trico como a impress o digital um dado pessoal uma vez que permite a identifica o do seu titular
28. CE de 24 de Outubro de 1995 transposta pela Lei n 67 98 de 26 de Outubro Na o Defesa 50 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais caixas de correio que nos endere ada sem que tenhamos fornecidos os dados para tal ou vemo nos invadidos com spam que pode at ser agressivo para os valores que nos s o caros de que s o exemplo as mensagens electr nicas de publicidade a certos produtos corrente a instala o de cookies que pode ser utilizada para estabelecer um perfil do utilizador e desta forma vir a desvendar mesmo aspectos da vida ntima ou de web bugs que ficam tamb m registados no disco do computador por exemplo atrav s de uma mensagem de correio electr nico e que permitem dar a conhecer ao servidor a que o computador est ligado as pesquisas efectuadas dia e hora A recolha e interconex o de dados pessoais particularmente de dados sens veis s o outra das amea as mais correntemente citadas os servi os da administra o do Estado bem como grandes empresas e institui es financeiras recolhem informa es sobre as pessoas e com elas constituem grandes bases de dados pessoais necess rias ao cumpri mento das suas atribui es Ao estabelecer uma interconex o entre essas bases poss vel obter informa es de car cter privado como a religi o ou a sa de que se podem revelar discriminat rias em situa o de candidatura a emprego ou outras similares
29. De facto estas novas tecnologias sendo dinamizadoras de desenvolvimento segu ran a e bem estar vieram tamb m a revelar se como potencialmente atentat rias do direito privacidade de cada indiv duo uma vez que permitem conhecer e divulgar os movimentos das pessoas os seus gostos as suas caracter sticas e at a sua sa de f sica e mental A seguran a e a privacidade s o assim valores que devem estar associados utiliza o dos sistemas de informa o uma vez que nestes sistemas que se baseiam as actividades dos Estados das institui es das empresas e dos cidad os Diversas institui es como a Uni o Europeia o Conselho da Europa a OCDE e as Na es Unidas iniciaram e intensificaram o estudo e divulga o de instrumentos que consagram princ pios de seguran a da informa o e de protec o da privacidade tendo em vista prevenir a ileg tima utiliza o das tecnologias da informa o A Internet come ou por ser um meio de comunica o livre em que n o havia interfer ncia por parte dos governos e a liberdade de express o e a privacidade eram garantidas Hoje a Internet o suporte de infra estruturas vitais como as da seguran a 2 Conceito Estrat gico de Defesa Nacional RCM n 6 2003 Na o Defesa 38 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais energia transportes e actividades financeiras e como tal alvo de amea as liberdade dos cidad os e seguran
30. Deus jihad e imposto este dever sagrado a todos os mu ulmanos n o como meio de convers o de indiv duos ou comunidades ao Isl o mas como a mais importante arma para estabelecer a soberania de Al na Terra p 212 Aqueles que nos anos cinquenta e sessenta desenvolveram toda esta doutrina foram seguidos anos mais tarde pelos operacionais da al Qaeda express o m xima hoje em dia da vertente totalit ria e subversiva do Isl o Casablanca Argel Istambul Londres ou Nova Iorque com ou sem guerra no Iraque com ou sem apoios coliga o que lhe deu in cio foram j alvos dos terroristas Aqueles que falam em choque de civiliza es t m pouco em conta que foram e s o porventura mais os confrontos intra civilizacionais ex guerras na Europa guerras tnicas e civis dentro no M dio Oriente do que os que op em civiliza es ditas antag nicas Por outro lado seguindo o argumento da continui dade imperial do Isl o proposto neste livro o que assistimos a uma ret rica inflamada que n o seguida por todos os pa ses mu ulmanos provando tamb m que falar de mundo rabe um erro e que nem todas estas sociedades defendem a subvers o da actual ordem internacional em favor de uma universalidade isl mica restauradora do califado medieval da Andaluzia s Filipinas Com ou sem Israel Antes mesmo da breve passagem das pot ncias ocidentais pela regi o o que enfraquece desde logo a tese de um Ocidente opr
31. India tem o potencial Na o Defesa 114 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico dos EUA E bom frisar que Washington foi ao encontro das exig ncias da ndia e n o o inverso A Am rica precisa da India e a ndia sabe disso Apesar das fortes cr ticas 146 dos defensores do actual status quo nuclear quer ao nivel politico quer ao nivel da imprensa de refer ncia Bush concordou com tudo o que a ndia desejava Condoleezza Rice salienta precisamente o capital estrat gico que os EUA empregaram na ndia quando aceitaram o programa nuclear indiano Looking back decades from now we will recognize this moment as the time when America invested the strategic capital needed to recast its relationship with India Estamos perante uma mudanca de fundo na politica externa americana e por arrastamento na politica internacional Quando convidou Richard A Boucher para Secret rio Adjunto para o Sudeste Asi tico Condoleezza Rice fez quest o de dizer que este era o cargo mais aliciante de todo o departamento Aliciante porque a ndia o dado novo que preciso acrescentar equa o de 1945 1949 No final do s culo XIX perante uma China imperial j enfraquecida foi preciso formar uma coliga o ocidental para vergar os chineses boxers Os americanos fizeram parte dessa coliga o Hoje uma coliga o transatl ntica n o suficiente p
32. Ir o Atrav s do bloqueio do estreito de Tiran efectuado a partir de Sharm el Sheikh uma vez que a navega o no canal de Suez lhes estava vedada o com rcio mar timo de Israel ficava naturalmente muito condicionado Podiam assim alegar que estavam a ser v timas de uma asfixia comercial do desrespeito das normas da navega o internacional e de uma estigmatiza o no que respeitava livre circula o no canal Para os aliados esta abertura de uma nova frente era obviamente muito vantajosa por dois grandes motivos em primeiro lugar dispersava as for as eg pcias da zona do canal j que teriam que acorrer ao ataque a leste e sobretudo dava lhes a legitima o internacional poss vel na medida em que de facto j n o iriam despoletar nenhuma guerra mas apenas intervir ao serem confrontados com uma guerra em curso que iriam pacificar na salvaguarda dos seus interesses no canal A 30 de Outubro j com os israelitas a avan ar emitiram um ultimato conjunto ao Egipto e a Israel exigindo o fim das hostilidades e a retirada de todas as for as para uma dist ncia de 16 km do canal Exigiam ainda o direito de ocupar Port Said Ismailia e Suez com o fim de garantirem a navega o ao longo do canal Este ultimato recusado pelo Egipto o que lhes d o pretexto para se envolverem directamente nos acontecimentos Bem analisada a situa o a Israel nada prejudicavam as exig ncias dos aliados j que procurava apenas gar
33. Israel opunha se posi o brit nica mais diplom tica e com maior in rcia fruto de um rec m empossado Anthony den largos anos ministro dos neg cios estrangeiros do imortal Winston Churchill que apostava no bluff e que at ltima hora acreditou que o Egipto procuraria chegar a um entendimento e retiraria Nesta expectativa multiplicava contac tos a procurar a participa o americana infortunadamente num ano de elei es em que Eisenhower procurava sobretudo n o comprometer a sua reelei o definia o tipo de corpo expedicion rio a enviar quais seriam as hierarquias de comando quais os apoios europeus que conseguiria obter e todo um conjunto de manobras dilat rias que s faziam irritar os franceses e perder o timming certo para a interven o Um ltimo problema perturbava ainda a alian a e os estrategas pol ticos e militares 25 Esta dificuldade de coordena o foi uma constante de toda a opera o Um exemplo hilariante surgiu logo com o nome de c digo da opera o Esta era para se designar Hamilcar e j os ingleses tinham pintado numerosos H nos tejadilhos dos seus ve culos para o reconhecimento a reo quando verificaram que os franceses escreviam A pois em franc s escrevia se Am lcar e n o Hamilcar Decidiu se alterar o nome de c digo para opera o Mosqueteiro pois pelo menos come ava pela mesma letra em ambas as l nguas Depois a pr pria log stica dever se iam levar term metros cent grados o
34. Muito antes do 11 de Setembro a Al Qaeda j tinha descoberto as potencialidades da Internet e da televis o por sat lite Bin Laden ter mesmo dito que a ret rica e a propaganda por sat lite podem estar em p de igualdade com os bombistas e os m sseis cruzeiro Desde o in cio a organiza o investiu fortemente e de forma criativa na propaganda e nos media E estes tornaram se ainda mais importantes ap s a perda da sua base no Afeganist o quando a Al Qaeda se transformou numa organiza o mais virtual Como conclui Marc Lynch a estrat gia medi tica da Al Qaeda insepar vel da sua estrat gia Na o 159 S Defesa Fatima Faria pol tica com o terrorismo e a sua ac o a trabalharem a par do objectivo de potenciar a identidade isl mica e de confrontar essa identidade com a do Ocidente 2006 50 Neste contexto deparamo nos com um dos principais dilemas dos meios de comu nica o social no que diz respeito ao tratamento informativo de ac es terroristas Parece claro para os profissionais do jornalismo que sem algumas restri es na livre difus o de factos e opini es os media podem tornar se num instrumento ao servi o da causa terrorista Mas em contrapartida se a luta contra o terrorismo incluir medidas que destruam a credibilidade dos media os terroristas ter o ganho uma importante batalha a de minar os sistemas democr ticos Porque um dos pilares das democracias precisa mente o da liberda
35. Simone Weilv em meu entendimento perfeitamente ilustrativa para o tema em estudo de uma das raz es do porqu do insucesso na moderniza o dos Estados e que diz o seguinte 1 2 Q A N o existe distin o te rica entre o patol gico e o normal Um rel gio que funciona mal n o uma excep o s leis que regem os rel gios mas um mecanis mo diferente obedecendo s suas leis pr prias Este trabalho de investiga o foi realizado no mbito do Curso de Defesa Nacional 2005 2006 Arrogo apesar disso mas por inteiro e n o pretensiosismo diz lo as considera es que sobre esta quest o lucidamente fez Alain Peyrefitte no pr logo ao seu A Sociedade de Confian a Ensaio sobre as origens e a natureza do desenvolvimento Edi o Topbooks Instituto Liberal Rio de Janeiro no sentido de que a etologia humana comparada enquanto ci ncia dos comportamentos costumes mentalidades dos diferentes grupos humanos ainda uma balbuciante disciplina Jos Osvaldo de Meira Pena na introdu o ao seu livro Op o Preferencial pela Riqueza editado pelo Instituto Liberal Rio de Janeiro 1991 recorda nos a conhecida observa o ir nica que Friedrich A von Hayek costumava fazer extravagante mania de acrescentar o adjectivo social s express es relacio nadas com a vida pol tica e econ mica da sociedade Parcialmente impressionado com a observa o a op o pelo adjectivo social que fiz no t
36. Toward South Asia in The Washington Quarterly 26 1 Winter 2002 2003 pp 141 155 99 Edward Luce Apesar dos Deuses pp 255 256 100 Ver Lisa Curtis India s Expanding Role in Asia Adapting to Rising Power Status Backgrounder 2008 February 20 2007 Heritage Foundation Na o Defesa 106 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico para a conten o da China Em 2002 Lloyd Richardson exigiu que Washington repensasse a import ncia estrat gica da ndia chegando a dizer que a alian a com o Paquist o e a guerra no terror eram obst culos para a compreens o do essencial a ndia um grande poder democr tico com a for a econ mica militar necess ria para conter os efeitos da emerg ncia chinesa As recomenda es destes acad micos como muitas vezes acontece em Washington tiveram eco junto dos decisores pol ticos americanos E a ndia Por que raz o a ndia come ou a perspectivar os EUA de maneira diferente Em primeiro lugar a economia americana o parceiro central da economia indiana Facto que leva pol ticos indianos a declarar que the US is today very very important central almost to India s own development aspirations Em paralelo as universidades americanas s o a meta preferencial dos alunos indianos e o destino mais comum para os imigrantes indianos a Costa Oeste americana Mas claro o ponto central est relacion
37. Ver Ivo Daalder amp James Lindsay Democracies of the World Unite in American Interest 2 3 January February 2007 John Ikenberry and Anne Marie Slaugther Princeton Project on National Security Forging a World Under Liberty and Law US National Security in the 21st Century September 2006 p 26 172 Condoleezza Rice Our Opportunity with India in Washington Post March 13 2006 A15 Na o Defesa 120 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico cracias o cerne da identidade ocidental A economia capitalista partilhada por China e ndia cria poder A democracia liberal cria legitimidade apenas a ndia a possui Se a ndia como j vimos n o pode acompanhar a performance estrutural da China pode no entanto fazer valer a sua identidade legitimidade pol tica a fim de refor ar la os estrat gicos com os EUA e demais democracias asi ticas Jap o Austr lia etc Por isso ao inv s de Pequim Nova Deli encara Washington como um potenciador do poder indiano no sistema Washington um filtro que amplifica o poder indiano Ao inv s de russos e chineses os indianos t m acesso a esse filtro americano tal como europeus e japoneses Um Grande Poder n o apenas um PIB emergente Um Grande Poder tamb m aquele que transforma o seu poder em legitimidade 7 Considera es Finais Por que raz o ndia e EUA se aproximaram Ao n vel da i
38. a bomba vai exacerbar a instabilidade no M dio Oriente e intensificar a corrida armamentista em curso Os l deres iranianos querem a bomba para evitar que os Estados Unidos ou a Gr Bretanha fa am no Ir o o que fizeram no Iraque em 2003 a bomba teria efeitos dissuasores em rela o a poss veis ataques As armas nucleares s o entendidas como substituto das armas convencionais ou como meio de neutralizar as vantagens dos Estados hostis Anthony Cordesman um especialista diz que a prolifera o de armas de destrui o maci a oferece aos Estados que dominam uma das corridas armamentistas uma forma de continuar a procurar a superioridade ao mesmo tempo que oferece aos Estados mais pobres ou desafiadores uma forma mais econ mica de tentar igualar a balan a militar Em muitos aspectos a aquisi o de armas de destrui o maci a simplesmente uma extens o l gica da corrida ao armamento convencional por outros meios O regime iraniano tem outros objectivos estrat gicos Ele acredita que uma bomba altera a balan a de poder no M dio Oriente Israel deixar de ser o nico Estado da regi o a possuir a arma dissuasora por excel ncia E os estrategas iranianos esperam usar a amea a da bomba para aumentar a sua influ ncia na regi o e para refor ar o seu patroc nio frente anti israelita e anti ocidental nos Estados do Golfo P rsico Os grupos terroristas e insurreccionistas apoiados por Teer o t m em curso desde a
39. a dar lugar a uma viragem religiosa opondo fan ticos isl micos ao resto do mundo que n o se rev nessa mundivid ncia A toler ncia da oratio de Pico della Mir ndola volta a fazer falta bem como faz falta a ameniza o das desigualdades e injusti as que potenciam tudo isto Sabemos que infelizmente a hist ria da humanidade e a hist ria da guerra se confundem e que se as capacidades tecnol gicas permitem novas armas e novos potenciais na sua origem os princ pios s o os mesmos nos seu cumprimento dos seus objectivos mais sinistros As variantes s o iguais guerra qu mica e biol gica sempre houve terrorismo e guerra convencional tamb m as potencialidades destrutivas e os seus efeitos que s o agora exponencialmente maiores 47 Shimon Peres Tempo para a guerra Tempo para a paz p 15 Na o Defesa 34 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais Ana Vaz Administradora da Empresa de Gest o Partilhada de Recursos da Administra o P blica GeRAP Resumo As tecnologias da informa o conheceram grande desenvolvimento nas ltimas d cadas com particular nfase j no in cio do s culo XXI tornando cada vez mais imperiosa a necessi dade de se proteger a informa o para que a sua utiliza o abusiva n o venha a servir interesses ileg timos e atentat rios dos direitos liber dades e garantias dos cidad os Diversas institui es como a Uni o Europeia o Co
40. a face mais vis vel e preocupante do movimento de descoloniza o africana mas a todos os povos que lutassem pela sua auto determina o Nos anos de 1954 e 1955 a tens o o n mero e a viol ncia dos incidentes entre Israel e os estados rabes aumenta drasticamente de import ncia Ao arresto do navio israelita Bat Galim no canal do Suez pelos eg pcios respondiam os israelitas com o sequestro de um avi o comercial s rio a um recrudescimento dos ataques dos Fedayn s contra Israel sucediam se as repres lias israelitas como o Raid de Gaza de 28 de Fevereiro de 1955 que originou a morte a mais de 50 soldados eg pcios ou o ataque e destrui o de povoa es ou campos de refugiados eg pcios nas rela es israelo rabes n o se conse gue encontrar um primeiro agressor nem distinguir o que um ataque ou uma repre s lia Tamb m h que salientar outro aspecto igualmente relevante a constata o 14 Sendo inclusivamente gravemente ferido num confronto em Felouga 15 A primeira resolu o da Assembleia geral da ONU a consagrar este direito data de 12 de Fevereiro de 1952 resolu o 626 VII e consagra a legitimidade da iniciativa de Mossadegh da nacionaliza o do petr leo do Ir o 16 Este sequestro teve por objectivo a tomada de ref ns para trocar por prisioneiros israelitas O incidente ocorrido em Dezembro de 1954 por ordem do ent o chefe de Estado Maior Moshe Dyan ter sido o primeiro desvio a reo na regi o
41. a fam lia Gandhi 3 Na imprensa encon tramos cr ticas constantes ao funcionamento da democracia 4 Como j vimos os elei tores castigam os governos atrav s do voto 5 H uma recusa consciente do naciona 54 Pratap Bhanu Mehta Lessons on Globalization from India in Yale Global June 17 2004 55 Ver Ramachandra Guha Democracy s Biggest Gamble in World Policy Journal 19 1 Spring 2002 95 103 56 vet A Cancerous Growth in India s Body Politic in International Herald Tribune April 26 2007 57 Ver Arvind Verma Policing Elections in India in India Review 4 3 4 July October 2005 pp 354 376 58 Ver Mira Kamdar The Struggle for India s Soul in World Policy Journal 19 3 Fall 2002 pp 11 27 59 Ver Ramachandra Guha Holding the centre India Together March 17 2007 60 Ver Pavan K Varma A ndia no S culo XXI pp 37 81 61 Ver Manini Chatterjee How the North was lost in The Indian Express February 28 2007 62 Exemplo desta attitude cr tica V R Krishna Iyer For systemic change on the democratic path in The Hindu June 22 2007 Na o 101 S Defesa Henrique Raposo lismo hindu Se o BJP Bharatiya Janata Party direita nacionalista tem como objectivo criar um estado nacionalista hindu ent o conv m dizer que esse objectivo uma impossibilidade o indiano comum demasiado pragm tico e recusa esse tipo de regime o centro
42. a for aprovado sem o aval expl cito da R ssia e da China Podem os EUA como fizeram no Iraque recorrer for a preventiva atrav s de uma coliga es ad hoc Os custos pol ticos e diplom ticos de tal op o poder o ser aceites se o sucesso estiver antecipadamente garantido Mas a possibilidade de um falhan o um resultado que n o pode ser excluido poderia provocar a implos o da actual ordem internacional Considerando a experi ncia que decorre no Iraque pode se concluir que ser imposs vel ocupar militarmente um pa s de 70 milh es de habitantes traumatizados por uma hist ria repleta de inger ncia externa Significa que as numerosas instala es 30 Jeffrey Kopstein The Transatlantic Divide Over Democracy Promotion The Washington Quarterly Vol 22 N 2 Spring 2006 pp 85 98 31 Jason Zaborski Deterring a Nuclear Iran The Washington Quarterly Vol 28 N 3 Summer 2005 pp 153 167 e Michael Knights Iran s Conventional Forces Remain Key to Deterring Potential Threats Jane s Intelligence Review February 2006 pp 6 13 32 James Steinberg Preventing Force in US National Security Strategy Survival Vol 47 N 4 Winter 2005 2006 pp 55 72 Na o Defesa 194 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas nucleares iranianas teriam de ser destruidas atrav s do poder a reo em conjuga o com actos de sabotagem levados a cabo por for as irre
43. a forma como as coisas se fazem no seu pa s O conhecimento geral das pr ticas administrativas estrangeiras precisa de ser combi nado com um entendimento profundo dos constrangimentos oportunidades h bitos normas e condi es locais Isto significa que as solu es administrativas e institucionais precisam de ser desenvolvidas n o s com o contributo dos respons veis locais que chefiar o as institui es mas tamb m por eles Mas por outro j absolutamente inaceit vel pedir arrojo quando o que est em causa muito simplesmente a exig ncia do respeito pela dignidade da pessoa humana o respeito pela Carta Universal dos Direitos Humanos Particularmente inadmiss vel tamb m a pretensa corrobora o por outros autores de um atavismo cultural pr pria do africano que torna inexequivel qualquer processo de paz Mas aceit vel que quando um Estado perde a sua soberania como consequ ncia do seu colapso a comunidade internacional intervenha nos seus pr prios assuntos e at mesmo substitua uma autoridade abolida ou inibida de exercer capazmente as suas fun es a fim de restabelecer a ordem A resposta n o se afigura despida de enormes complexidades sempre que a comunidade internacional se v na imin ncia de declarar um Estado falhado com todas as consequ ncias da advenientes O princ pio da sobe rania recha a priori essa possibilidade Mas n o que muitos ditadores se servem dessa capa
44. a ser marcada por um enviusamento em favor das democracias atl nticas As regras e os privil gios edificados em 1944 45 n o reflectem a nova distribui o de poder e de legitimidade em 2007 A pergunta que se segue portanto a seguinte ser que a manuten o da ordem liberal internacional tal como a conhecemos implica que os ocidentais t m de ceder poder aos asi ticos dentro das organiza es interna cionais criadas por ocidentais e para ocidentais em 1945 E a tal tens o entre poder e identidade reside no seguinte at poder existir um fundamento normativo que permita aos ocidentais n o ceder poder autorit ria China ex viola o dos direitos humanos regime autorit rio de partido nico etc mas este argumento normativo j n o tem fundamento quando falamos em ceder poder s democracias n o ocidentais Brasil frica do Sul Jap o ou ndia Bras lia Pret ria T quio e Nova Deli t m tanta legitimidade como Washington Paris Berlim ou Ottawa Com que legitimidade liberal poder o Ocidente negar a presid ncia do FMI por exemplo liberal e democr tica ndia Por que raz o a autorit ria R ssia tem assento no G 8 e a ndia n o Como que os oci dentais sobretudo os EUA v o gerir esta tens o entre identidade liberal e poder dentro da ordem internacional liberal disso que trata o nosso pr ximo artigo 178 Ver James Kynge A China Abala o Mundo Lisboa Biz ncio 2006 Na o Defes
45. anos passa fome centenas de milhar de agricultores cometeram suic dio na ltima d cada Qualquer governo indiano n o pode ignorar estas situa es Na China existem problemas semelhantes mas o Partido Comunista Chin s pode ignor los Aqueles que resistem s medidas econ micas de Nova Deli podem derrubar os governos atrav s do voto aqueles que resistem pol tica econ mica de Pequim s o presos ou mortos Na China n o preciso um compromisso entre economia global e pol tica local Na ndia as manifesta es contra a globaliza o ou contra as reformas pr mercado fazem parte da equa o politica Em Nova Deli a globaliza o e a pol tica democr tica t m de chegar a um acordo um compromisso que domestique a tens o entre a l gica pol tica a ndia local que exige transfer ncia de recursos para os mais desfavorecidos e a l gica econ mica a ndia global que procura maximizar a competitividade econ mica a uma escala global um compromisso entre duas parcelas que fazem parte da equa o pol tica de qualquer democracia liberal globalization without democracy will be 49 Gurcharan Das The Killing of 24 7 Water in The India Times 21 April 2007 50 Ver Leah Fenwick Debating Delhi India s Ascending Path in The National Interest 89 May June 2007 pp 49 51 Siddharth Agarwal Facts hard to digest in Hindustan Times February 22 2007 Pankaj Mishra Impasse in India in New
46. article 2006 12 22 AR2006122200455 html Na o 191 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima clara viola o do Tratado de N o Prolifera o TNP a prud ncia aconselha o Ocidente a obstruir a nucleariza o do pais 3 As Op es Dispon veis As reac es diplom ticas dos EUA e da UE n o tardaram quando em Janeiro de 2006 o Ir o reactivou as suas instala es nucleares Subjacente posi o do Ocidente esteve a convic o de que a decis o constitu a um desafio diplom tico que obrigava europeus e americanos a remeterem a quest o para o Conselho de Seguran a das Na es Unidas Recorrer ao Conselho de Seguran a era a confirma o da gravidade da situa o e um passo necess rio para uma eventual autoriza o do uso da for a militar contra o regime Dias depois a situa o agudizou se quando Ahmadinejad anunciou uma boa not cia para o mundo o Ir o juntara se aos pa ses que detinham tecnologia nuclear Do ponto de vista de Teer o a posse de armas nucleares permitir lhe ia conter poss veis amea as regionais e n o menos importante projectar o seu poderio para o M dio Oriente a regi o onde poderia exercer a sua hegemonia A bomba isl mica iraniana seria por uma lado uma fonte de prest gio nacional e por outro um instru mento que permitiria ao pa s assumir a lideran a do mundo isl mico As armas nucleares refor ariam o regime externamente mas tamb
47. crescente Tendo por base esses acontecimentos coloca se a quest o sobre as implica es que decorrem para a Ind stria de Defesa Nacional e qual o seu contributo para a ind stria nacional A Ind stria de Defesa Nacional tem por quest es relacionadas com a dimens o do pa s um problema de aus ncia de massa cr tica Nesse sentido e por esse motivo tende a seguir as tend ncias internacionais nomeadamente dos EUA e europeias tendo presente a no o de que mais cedo ou mais tarde a Europa segue as tend ncias dos EUA Importa por isso tentar ganhar massa cr tica com o mercado interno e atrav s da internacionaliza o procurando adquirir capacidades para participar em projectos de maior valor acrescentado 33 James et al 1998 34 Um conceito mais abrangente do que defesa 35 Western European Armaments Organization Western European Armaments Group 36 Organisation de Coop ration Conjointe en Mati re d Armement Na o 79 S Defesa Vitor Ramon Fernandes Em primeiro lugar parece absolutamente critico que a industria de defesa seja encarada como o que de facto uma ind stria de alto valor acrescentado com uma componente tecnol gica e de inova o muito elevada e que por esse motivo um dos vectores que deve ser privilegiado como um excelente elemento de desenvolvimento da ind stria nacional e consequentemente do pa s Para al m de compreendida essa vis o tem de ser partilhada no sentido da pro
48. das outras fun es do helic ptero estes aparelhos tornaram se essenciais dada a sua capacidade de operarem em espa os reduzidos para a evacua o de feridos permitindo elevar a moral dos combatentes A t tulo de exemplo se bem que em sentido contr rio na nossa guerra colonial sobretudo no teatro de opera es da Guin Bissau o aparecimento dos m sseis terra ar Stella levou a que a operacionalidade dos meios a reos ficasse reduzida causando uma forte quebra na moral reflectida na vontade de combater dos efectivos portugueses Neste conflito destaca se ainda a estreia de outra novidade t ctica e t cnica muito importante que se ir desenvolver e tornar num tipo de armamento imprescind vel as quaisquer for as armadas Pela primeira vez foram utilizados num conflito m sseis teleguiados os Nord SS Antitanque franceses empregues pelas for as israelitas contra posi es eg pcias em Abu Aweiglia 35 O ataque ao Egipto descrito no romance de Jean Larteguy Os Centuri es pp 417 421 patenteando o ambiente vivido pelos intervenientes franceses na sua mescla de emo es Uma primeira fase de alguma alegria por acreditarem estar a fazer uma guerra com s ria import ncia na resolu o do conflito da Arg lia e depois com a retirada a tristeza da humilha o e a certeza de que a posi o francesa na col nia francesa perdera se no Egipto Na o Defesa 28 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Isr
49. de Ahmadinejad a sua base social de apoio ampla A sua rede de influ ncia manifesta se sobretudo nas mesquitas os mullahs na popula o pobre nos basij corpo paramilitar criado por Khomeini para organizar a resist ncia popular na guerra Ir o Iraque e nos Pasdarans ou Guardas Revolucion rios um poderoso corpo militar paralelo s for as armadas regulares A vit ria de Ahmadinejad nas presidenciais iranianas deve se a in meros factores Em primeira inst ncia o seu programa social ambicioso baseado numa ret rica populista 1 International Crisis Group ICG Iran What Does Ahmadi Nejad s Victory Mean Middle East Briefing n 18 Teer o Bruxelas 4 de Agosto de 2005 2 ICG op cit p 8 3 Id p 9 4 John Simpson Iran s New Leader A Familiar Face BBC News em http news bbc co uk go pr fi 1 hi world middle_east 4626081 stm 5 Ren Backmann O Ir o j n o tem medo da Am rica Vis o 2 de Fevereiro de 2006 p 58 60 Na o 199 S Defesa Maria do C u Pinto distribui o de riqueza mais justi a social aumento dos subs dios sociais e do peso do Estado luta contra a corrup o privatiza es e interesses instalados Este discurso aliado ao poder religioso dos mullahs e mobiliza o do eleitorado por parte dos basij e dos Pasdarans garantiu a Ahmadinejad a vit ria eleitoral Em segundo lugar Ahmadinejad o representante dos Pasdarans e dos basij a elite da
50. de Gujarat 2003 o governo BJP pretendeu antecipar as elei es estaduais daquele estado pensado que obteria uma vit ria f cil no meio da agita o resultante dos confrontos entre hindus e mu ulmanos Mas a comiss o eleitoral indiana recusou esse intento afirmando que n o existiam condi es de paz social para o efeito Mais tarde o Supremo Tribunal apoiou a comiss o contra os intentos do BJP Uma comiss o independente e o supremo tribunal bloquearam o poder executivo e o partido do poder Isto o constitucionalismo liberal estancou o nacionalismo militante poder executivo 67 7 000 more courts soon for speedy delivery of justice CJI in Hindustan Times June 18 2007 68 Ver Ramachandra Guha Patriot not chauvinist in India Together May 12 2007 Martha Nussbaum The Founder in The New Republic February 14 2005 p 31 Gurpreet Mahajan Secularism as Religious Non Discrimination the Universal and Particular in the Indian Context in India Review 1 1 January 2002 pp 33 51 69 Amit Chaudhuri Colonialized and Classicist in Times Literary Supplement August 5 2005 70 Amartya Sen Monmohan Singh in Time April 18 2005 71 Mais exemplos do melting pot indiano George Fernandes um jesu ta foi ministro da defesa do governo BJP James Michael Lyngdoh crist o foi presidente da comiss o eleitoral indiana Ratan Tata o maior empres rio do pa s zoro stico adorador de Zaratrus
51. de tr nsito centrais nucleares postos dos correios portos arranha c us est dios Uma descri o exaustiva que era mais til aos terroristas do que popula o de um pais em crise e ainda em estado de choque Ap s os ataques a Nova Iorque e a Washington os governos de alguns pa ses tentaram e alguns aplicaram um conjunto de medidas com vista a prevenir novos atentados e detectar mais facilmente a ac o de grupos terroristas Muitas destas medidas implicavam a viola o de alguns direitos dos cidad os e em alguns casos punham tamb m em causa a liberdade de express o e de informa o A 10 de Outu bro de 2001 a ent o Conselheira para a Seguran a Nacional dos Estados Unidos Condoleezza Rice teve um encontro com os respons veis das principais cadeias de televis o e pediu lhes que n o divulgassem grava es de Bin Laden A justifica o era que as mensagens do l der da Al Qaeda eram propaganda e incitavam morte de cidad os norte americanos No limite poderiam conter instru es para novos ataques As autoridades norte americanas tentaram ainda censurar o canal de televis o Al Jazeera procurando impedir que fosse visto no territ rio dos Estados Unidos tamb m com o mesmo tipo de justifica o Admito que mensagens como as de Bin Laden possam ter alguns efeitos psicol gicos entre a popula o e contribuir para prolongar a sensa o de medo mas dif cil acreditar que uma organiza o como a Al Qaeda qu
52. de um estudo que afirma estar o insucesso econ mico intimamente associado posse de riquezas naturais 54 Cf Handy ob cit p 45 que muito a prop sito conta a historia dos tr s amigos que gostavam de tocar piano e do orgulho com que falavam pela satisfa o que sentiam quando conseguiam tocar um trecho musical quase como o original Mas confronta a sua satisfa o com a hip tese de se comprar um CD gastando menos tempo e menos dinheiro e com resultados melhores Contudo para os amigos em quest o tal atitude tinha menos significado 55 Cf F Zakaria ob cit p 71 em que se refere ao estudo de dois economistas de Havard Jeffrey D Sachs e Andrew M Wagner conclusivo no sentido de que a posse de riquezas naturais est intimamente associada ao insucesso econ mico Fukuyama acusado num primeiro momento por no seu livro O Fim da Hist ria ter admitido que a democracia e os mercados poriam fim procura hist rica da perfei o 56 Cf R Guest ob cit p 241 145 Na o Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos canas n o foram planeadas por outro entendo que em Africa podemos aprender com Silicon Valley um valor que como enfatiza Handy lhes permite sonhar sempre O de que a fal ncia n o um fracasso mas um sinal de maturidade A quest o que se nos coloca a compreens o de que os pa ses tal como as pessoas s o os nicos donos e respons veis pelos pr prios destinos O livro do
53. de uma rede de comunica es electr nica ou para efeitos da factura o da mesma Na o Defesa 56 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais No mbito comunit rio a directiva 2006 24 CE vem tamb m definir condi es espec ficas para que os dados das comunica es possam ser teis no combate e preven o do terrorismo e da criminalidade organizada A protec o dos dados pessoais o objectivo principal da CNPD que tem difundido orienta es espec ficas sobre determinadas mat rias O recurso a sistemas biom tricos tem constitu do uma das suas preocupa es porquanto tem vindo recentemente a apresentar se como um meio tecnol gico que visa substituir ou refor ar a seguran a dos meios tradicionais de controlo de entradas e sa das Da a aprova o e difus o de Princ pios sobre a utiliza o de dados biom tricos no mbito do controlo de acessos e de assiduidade Ainda no que toca s rela es laborais a CNPD aprovou os Princ pios sobre a privacidade no local de trabalho abrangendo recomenda es sobre o tratamento de dados em centrais telef nicas o controlo do e mail e do acesso Internet O emprego da videovigil ncia tem sido tamb m objecto de preocupa o da CNPD nos Princ pios sobre o tratamento de dados por videovigil ncia em que se recomenda designadamente que os sistemas de videovigil ncia se apresentem como medida preventiva e d
54. declarou oficialmente 30 Maria Jo o Guimar es O risco na crise com o Ir o que o bluff leve op o militar P blica n 504 22 de Janeiro de 2006 p 9 Na o Defesa 208 O Ir o de Ahmadinejad Os pa ses que condenam de forma mais veemente as actividades nucleares de Teer o s o os EUA e Israel Nos EUA muitos sectores t m vindo a defender o recurso ao instrumento militar para bloquear o Ir o Segundo Washington a amea a resulta da pol tica iraniana de apoio aos activistas e a grupos anti Israel aos rebeldes do Iraque e eventual aquisi o de um arsenal nuclear Podemos n o enfrentar um desafio maior vindo de um s pa s do que o do Ir o cujas pol ticas s o destinadas a criar um M dio Oriente que ser 180 graus diferente daquele M dio Oriente que n s gostar amos de ver criado Os Israelitas exortaram a comunidade internacional a impor san es ao Ir o e chamaram a aten o para a natureza do regime iraniano uma combina o entre uma ideologia fan tica e a posse de armamento nuclear Segundo respons veis israelitas Israel n o permitir que o Ir o se dote da arma nuclear A opini o de Tel Aviv tem influ do no endurecimento da posi o americana face a Teer o A China considera que um recurso ao CS pode complicar as coisas e endurecer as posi es de algumas das partes Como exemplo referiu a delibera o de Teer o de interromper as inspec es da AEIA s su
55. do terrorismo o Ir o violou in meras normas interna cionais N o pois de excluir que Teer o em posse de armamento nuclear contribua activamente para a prolifera o destas armas Sendo assim quais as op es que a comunidade internacional disp e para resolver este imbr glio N o existe uma nica op o que possa ser considerada ptima Todas as escolhas acarretam riscos significativos Mas se concedermos que um Ir o nuclearizado inaceit vel o uso da for a deve ser encarado Infelizmente ataques militares n o garantem que o programa nuclear seja abandonado mesmo que temporariamente N o menos relevante as consequ ncias do recurso for a podem ser traum ticas para os EUA e a Europa Contudo luz das alternativas o recurso for a militar n o deve ser colocado de lado Na o s Defesa 196 O Ir o de Ah Maria do C u Pinto Professora Auxiliar com Agrega o da Universidade do Minho Resumo O Presidente do Ir o Mahmoud Ahmadinejad reflecte a segunda gera o herdeira da Revo lu o Isl mica de 1979 que por natureza conservadora e anti ocidental A sua base de apoio um movimento que resulta da fus o entre conservadores extremistas religiosos grupos militares e para militares em particular os Guardas Revolucion rios e os basij que se prop em fazer cumprir os ideais da Revolu o Todos eles abra aram vis es socialmente con servadoras e internacionalmente conflitu
56. e protec o legal contra quaisquer formas de descrimina o 2 A lei estabelecer garantias efectivas contra a obten o e utiliza o abusivas ou contr rias dignidade humana de informa es relativas s pessoas e fam lias Tamb m o C digo Penal nos seus artigos 192 e 193 se refere devassa da vida privada e devassa por meio de inform tica respectivamente Como se referiu acima a videovigil ncia uma das t cnicas que mais podem atingir o direito privacidade Por isso o Decreto Lei n 35 2004 de 21 de Fevereiro sobre a actividade de seguran a privada disp e que a utiliza o da videovigil ncia para assegurar a protec o das pessoas e dos seus bens depende de autoriza o da Comiss o Nacional de Protec o de Dados CNPD que julga caso a caso atendendo finalidade face ao direito privacidade O seu artigo 13 sobre meios de vigil ncia electr nica disp e que a autoriza o destes meios dever ter em aten o o regime de protec o de dados previsto na Lei n 67 98 designadamente em mat ria de direito de acesso informa o oposi o de titulares e regime sancionat rio No particular aspecto das rela es laborais o C digo de Trabalho no seu art 27 refere se a dados biom tricos e o art 28 utiliza o de meios de vigil ncia dist ncia referindo que a sua utiliza o s permitida se os dados utilizados forem necess rios adequados e proporcionais aos f
57. e da democra cia e em consequ ncia dos recentes actos de terrorismo t m vindo a ser dada primazia seguran a e a aceitar novas medidas de controlo designadamente introduzindo e ampliando as normas relativas conserva o de dados de tr fego nas comunica es electr nicas incluindo se nestas as comunica es pela Internet A seguran a da informa o de facto uma forma de proteger os cidad os desde que seja conseguido o necess rio equil brio entre os valores em presen a Assim por exem plo est decidida a inser o de elementos biom tricos em documentos de identifica o e a utiliza o da videovigil ncia com regulamenta o adequada No seguimento desse movimento regulador de equil brios o novo passaporte portugu s PEP cont m um chip com dados biogr ficos e biom tricos do titular contendo 32 dados informativos visando a m xima seguran a e a inviabilidade de falsifica es Como se viu tanto instrumentos internacionais e comunit rios como a legisla o portuguesa t m revelado preocupa o pelo respeito dos princ pios de protec o da vida privada e dos dados pessoais mas cada vez mais em resultado das crescentes activida des terroristas com restri es suplementares que derivam da necessidade de numa sociedade democr tica privilegiar a protec o da seguran a do Estado da defesa da seguran a p blica da preven o investiga o e repress o das infrac es penais e de interesse
58. e de porta avi es americanos transformam qualquer ac o chinesa no ndico em algo de menor import ncia dentro da correla o de for as mar timas regio nais Ao aproximar se dos EUA Nova Deli altera a sua posi o tradicional Durante a Guerra Fria a pol tica externa indiana foi marcada por uma ret rica idealista na linha do excepcionalismo moral indiano cunhado por Nehru a new star rises a star of freedom in the East a new hope comes into being E esta estrela indiana segundo Nehru deveria manter a sua pureza e recusar contactos com o exterior A ndia nehrunina apresentava uma pol tica externa marcada por uma dogm tica autonomia estrat gica n o alinhamento uma ret rica idealista anti poder e tendia a encarar o mundo como palco de amea as e n o como um cen rio de oportunidades A partir dos anos 90 uma nova gera o fez a sua apari o em Nova Deli e as coisas come aram a mudar E esta mudan a geracional foi acompanhada pela subida ao poder pela primeira vez da direita nacionalista BJP em 1998 E o governo de Atal Bihari Vajpayee trouxe uma abordagem realista que rasgou em definitivo com o idealismo nehruniano Vajpayee logo ap s os testes nucleares de 1998 n o podia ter sido mais claro nenhum governo respons vel pode formular uma pol tica de seguran a com base em princ pios abs tractos secundarizando a realidade no terreno E se Nehru na condu o da sua pol tica externa recus
59. e foi efectuado por ca as israelitas que desviaram e for aram a aterragem no aeroporto de Lod Cf Noam Chomsky Piratas y Emperadores Byblos Barcelona 2004 p 117 17 Em qualquer estudo que se leia sobre este tema os incidentes s o t o numerosos que resulta infrut fero destacar este ou aquele As grandes diverg ncias s o apenas do ponto de vista da abordagem uns Na o 15 S Defesa Abel Jos Santos Leite que a maior parte dos alvos s o civis talvez por perversamente serem os mais medi ticos Quem n o se lembra do atentado contra a equipa ol mpica israelita participante nos jogos de Munique em 1972 ou a morte de uma crian a rabe apanhada entre dois fogos que ante os olhos do seu pai que impotente pedia ajuda era alvejada em directo e cujas imagens percorreram as televis es mundiais N o se tratam de acontecimentos passados no tempo mas que continuam a ocorrer com uma regularidade e um pre o humano pol tico e social perfeitamente inconceb veis 3 Nasser e a Situa o do Egipto A situa o ao tempo contrariava as pretens es de Nasser j que o Egipto rural e atrasado n o s n o tinha infra estruturas industriais como necessitava de quadros t cnicos especializados para levarem a cabo a moderniza o do pa s Havia pois que realizar profundas transforma es para tornar poss vel a viabiliza o dos seus objecti vos econ micos e pol ticos Come ou por implementar um conjunto de medidas qu
60. e rela es O aparecimento de novos Estados africanos ap s o movimento de descoloniza o que se seguiu ao fim da segunda Guerra Mundial p s a nu a incapacidade generali zada desses mesmos Estados para a gest o aut noma de pol ticas quer do ponto de vista da concep o que da sua execu o n o obstante toda uma gama de taumaturgos discursos a que assistimos quanto s perspectivas de constru o dos Estados cuja concretiza o assume n veis de performatividade homeop tica e ademais sob tratantes procedimentos dos seus dirigentes pol ticos Vimos j que a corrup o os problemas pol ticos e sociais a m governa o produziram espa os sem governos eficazes que n o se tratando de problemas novos continuam a ser invariavelmente ocupados agora por terroristas ou organiza es terroristas e do crime organizado que visam essencialmente ac es fora dos espa os que lhes d o acolhimento e protec o representando uma forte amea a particular mente para o mundo ocidental e ou os seus interesses fora dos seus espa os geogr ficos 40 esta a data tida como a referencia que marca a universaliza o do modelo de Estado mas n o Estado de facto Cf Jos Manuel Pureza et al Projecto sobre a Preven o de Conflitos Armados Coopera o para o Desenvolvimento e Integra o Justa no Sistema Internacional Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2005 p g 4 41 Compreende se hoje pacificamente
61. el Sheikh o que permite a reabertura do estreito de Tiran e a navega o do porto de Elat Como balan o final desta ofensiva israelita resultaram 1500 baixas eg pcias para 181 israelitas que fizeram ainda cerca de 6 mil prisioneiros e capturaram equipamento militar avaliado em 50 milh es de d lares Se somarmos as perdas eg pcias sofridas nos ataques das for as aliadas sobretudo as provocadas pelos bombardeamentos a reos verifica se que este conflito vai resultar praticamente na destrui o operacional do ex rcito eg pcio e no fortalecimento do ex rcito israelita Em termos de capital psicol gico esta vit ria esmagadora para as for as rabes e determinante para as for as de Israel consolidarem a fama da sua invencibilidade ajudando a conseguir os dividendos que ir o permitir o 32 Michael Orr Ataque Israelita ao Sinai p 103 Hugh Thomas O Caso Suez p 202 refere as perdas israelitas como tendo sido inferiores a 200 homens e cerca de 2000 eg pcios 33 Segundo as fontes citadas por Hugh Thomas O Caso Suez p 212 o Egipto ter perdido entre 650 e 1000 homens e 260 avi es Quanto aos aliados ter o sofrido a perda de 20 ingleses 10 franceses e 10 avi es quatro dos quais em acidentes Segundo Willmott O malogro do Suez p 99 ter o morrido 22 militares ingleses 10 franceses e perdido 10 avi es sendo 8 ingleses e 2 franceses especificando que 5 avi es ingleses foram abatidos e 3 acidentados que um a
62. faz sentir Abstract 50 Years Later the Suez War in the Israeli Arab Conflict Framework Fifty years after the Suez War broke out whether it is still consigned to oblivion or it is not well known to the public However it was a significant historical conflict not only because it involved the major world powers but also because it led to a radical turning point For the first time the great colonial powers were defeated This motivated a new world order which would spread rapidly as an alternative paradigm of a new international political strategy The Suez War accelerated the process of decolonisation and the increasing political weight of international pressure on it The crisis was also determinant to the beginning and development of the Israeli Arab conflict which tension we still have to address today Ver o 2007 N 117 3 S rie pp 7 34 Nagao Defesa 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes Acaba de chegar do Egipto creio Sim Foram vencidos pelos Eg pcios E no entanto eles corriam muito depressa nossa frente abandonando as armas e por vezes as cal as Esse grupo de fugitivos esse ex rcito de pacotilha incapaz de se servir do armamento que os Russos lhes tinham dado esses oficiais de belos bigodes que vestiam cal es para correr mais depressa venceram vos voc s os p ra quedistas que se diz serem as melhores tropas da Europa Livre e ve
63. for a contra Teer o Abstract The Iranian Question at Crossroads Nuclear Weapons and Geostrategic Consequences This paper considers the strategic culture of the Islamic Republic of Iran and how in combination with the revolutionary ideology dominant since the 1979 which overthrow the Shah Reza Pahlavi it has been providing a rational underpinning for the mullahs nuclear ambitions This paper will therefore consider the new regional security environment and the consequences resulting from a nuclearized Iran Since Iran s acquisition of nuclear weapons would generate tremendous regional insecurity we will also address the various phases and manner in which that program has been pursued Finally the paper considers that the options available to the West cannot simply be characterized as good or bad Irrespective of the option selected dire consequences will invariably result And although there appears to be a greater international consensus over the eventual use of force to prevent Iran s nuclearization that was the case during the Iraqi crisis the dangers stemming from this course of action are also considerable Verao 2007 Nagao N 117 3 S rie 179 Defesa pp 179 196 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas Dir se que a severidade da ret rica que emana regularmente de Washington sinaliza a imin ncia de uma ac o militar americana com o objectivo de neu
64. in dito em 2007 este conjunto de democracias liberais consolidadas em espa os n o atl nticos sendo a ndia o s mbolo m ximo dessa realidade Pensar numa comunidade de democracias em 1949 significava pensar apenas no Atl ntico Norte Hoje semelhante exerc cio implica alargar o leque geogr fico a fim de incluir pa ses como a Brasil Jap o ou ndia Ou seja para os EUA Abe ou Singh que t m tanto ou mais poder que Blair e Merkel s o aliados democr ticos t o importantes como Blair ou Merkel Pot ncias emergentes sempre existiram e como j salient mos a emerg ncia dos asi ticos apenas o regresso normalidade hist rica O que nunca existiu o que n o tem precedente hist rico esta partilha do mesmo regime pol tico democracia liberal entre Estados do Atl ntico e Estados do Pac fico e ndico Mais do que um desafio ao n vel da vari vel poder economia a ndia representa uma ruptura epistemol gica ao nivel da vari vel identidade legitimidade Seria mais c modo vislumbrar apenas o tal desvio de poder econ mico e tecnol gico os ocidentais poderiam assim dizer que estavam de facto a perder poder mas que continuavam a ter o monop lio da identi dade legitimidade demo liberal Mas n o assim A ndia tem poder mas tamb m tem legitimidade Como salienta Sunil Khilnani India s place in the world will ultimately depend on something more than economic growth its ability to nurture internal d
65. legitimidade normativa Temos assim a 1 ascens o estrutural de grandes poderes n o ocidentais 2 uma pluralidade de democracias liberais n o ocidentais e 3 grandes poderes n o ocidentais que s o ao mesmo tempo grandes democracias liberais ndia Jap o frica do Sul Brasil Nesta pluralidade de poder 162 Ver John Darwin After Tamerlane London Allen Lane 2007 p 504 163 Ver Clyde Prestowitz The Great Reverse Part I in YaleGlobal September 2 2004 164 Federico Rampini China e ndia as duas grandes pot ncias emergentes Lisboa Editorial Presen a 2007 p 90 165 Ibid p 22 Na o Defesa 118 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico neste pluralismo de legitimidade democr tica a Europa Atl ntico perde a velha centralidade que exibiu nos ltimos s culos O Atl ntico Norte s mais um espa o e n o o espa o central Seguindo apenas a l gica econ mica estrutural desvio do centro de gravidade Ashutosh Sheshabalaya afirma que a ndia amea a a auto imagem do Ocidente enquanto centro do mundo Sheshabalaya tem raz o N o A ndia de facto amea a a auto imagem do Ocidente mas n o amea a uma vaga ideia de centro do mundo A amea a da ndia mais espec fica A ndia amea a a auto imagem do Ocidente enquanto centro do mundo democr tico e liberal enquanto centro do chamado mundo livre Porque o que real mente
66. maiores manifesta es do nacionalismo rabe Regionalmente veio perpetuar uma tens o constante entre o mundo rabe e Israel pela afirma o de nacionalidades e identidades distintas na regi o cujas consequ ncias est o na origem dos desequil brios no M dio Oriente O segundo contributo sobre Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais remete nos para uma quest o pertinente que decorre do t nue equil brio entre a necessidade de proteger a seguran a do estado e consequentemente a seguran a dos cidad os que dele fazem parte e o direito privacidade ele pr prio prorrogativa de um mundo democr tico O terceiro artigo A Industria de Defesa Inova o e Competitividade consiste num estudo de caso sobre ind stria de defesa portuguesa tema particularmente relevante num momento em que Portugal enquanto parceiro europeu pode tomar parte activa no desafio que o da afirma o e desenvolvimento de uma ind stria de defesa europeia O quarto contributo sobre Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico oferece uma leitura singular sobre a configura o de um mundo p s Atl ntico com relev ncia estrat gica econ mica pol tica e identit ria paradigm tica de uma ordem regional Na nova equa o pol tica asi tica dimens o material do poder junta se a vertente valorativa e legitimadora da democracia O quinto contributo do presente n mero constitui
67. mantenham o seu pr prio passado cultural e n o adoptar outros estilos de vida mesmo quando tenham boas raz es para isso p 158 Neste sentido Sen faz a distin o entre uma sociedade multicultural isto cosmopolita onde a diversidade o resultado da livre escolha dos indiv duos e o monoculturalismo plural p 205 imposto pelo Estado Como salientou Roger Kimball what generally travels under the name of multiculturalism is really a form of mono cultural animus directed against the dominant culture Um exemplo oferecido por Sen comprova esta asser o de Kimball uma jovem muculmana pretender sair com um rapaz ingl s coisa normal numa sociedade cosmopolita mas esse intento travado pelos guardi es da comunidade e pelos pais da rapariga Ora precisamente a proibi o dos pais que contribui para o monocultu ralismo plural que parece receber a defesa mais clara e vis vel dos alegados multicul turalistas com base na import ncia de honrar as culturas tradicionais como se a liberdade da jovem n o tivesse qualquer relev ncia p 206 Os multiculturalistas afirmam que todas as culturas s o aut nticas nos seus pr prios termos e que ningu m tem o direito de integrar membros de outras culturas nas regras das sociedades lib erais A possibilidade de uma rapariga n o branca se ocidentalizar atrav s do contacto com os rapazes da maioria inglesa escandaliza os dogmas multiculturais para os multicul
68. mas este lento processo de ascens o econ mica n o ocidental sobre tudo na China e na ndia que est a mudar radicalmente a face da pol tica internacional A globaliza o depois da fase europeia at 1914 e americana depois de 1945 est a desenvolver uma fase asi tica Em 2005 este processo atravessou o Rubic o as economias em desenvolvimento sobretudo asi ticas passaram a produzir mais de 50 do output mundial Isto significa que o G 7 j n o domina a economia global E bom recordar que a emerg ncia asi tica um regresso ao passado at ao s culo XIX a ndia e a China detinham as maiores economias mundiais Segundo a Goldman Sachs apenas os EUA e o Jap o continuar o a pertencer ao grupo das sete maiores economias em 2050 a ndia ser a terceira maior economia do mundo atr s dos EUA e da China Os BRIC Brasil R ssia ndia e China substituir o a Fran a a It lia a Alemanha e o Reino Unido no topo da economia mundial Alguns especia listas acompanham o progn stico da Goldman Sachs e afirmam que em 2050 a economia indiana ultrapassar a economia americana Hoje as quatro economias mais poderosas em PPP EUA China Jap o e ndia j n o s o europeias A China ultrapassou a Gr Bretanha a Fran a e a It lia na classifica o das na es mais industrializadas e ultrapassou os EUA enquanto principal fornecedor mundial de ICT Information amp Communication Technology Europeus
69. menor 27 Desde o in cio a nica possibilidade encarada como poss vel mas que como vimos estava longe de ser acertada O caso do Suez a interven o armada que originou e a retirada for ada e desprestigiante que se lhe seguiu influenciou decisivamente todos os processos de descoloniza o subsequentes cuja solu o nunca poderia passar pela tentativa de manter indefinidamente uma posi o marcada exclusi vamente pela for a militar A descoloniza o poder se ia ter efectuado pela adop o de uma solu o federativa ou confederativa A ideia surgida na viragem do s culo XX ali s anterior aos processos revolucion rios de descoloniza o No caso portugu s refiram se por exemplo os nomes de Eduardo Costa Jos de Macedo e Marnoco e Sousa Na o 21 S Defesa Abel Jos Santos Leite 5 A Posi o de Israel Com a nacionaliza o da companhia do canal do Suez e com os dividendos da sua explora o Nasser esperava conseguir os fundos necess rios para fazer frente s neces sidades financeiras dos seus objectivos pol ticos e geo estrat gicos construir um Egipto moderno e industrializado e equipar se militarmente para se tornar uma pot ncia regional aumentando a sua capacidade b lica Sendo o pa s mais populoso do mundo rabe com os seus 45 milh es de habitantes que somados a uma aproxima o Uni o Sovi tica e a uma fonte de receita capaz de financiar o equipamento de um ex rcito poderoso c
70. menos bem remunerados e sobretudo para fazer press o sobre os cidad os mostrando lhes as vantagens que tirariam da sua ades o ao partido E isso levou afirmo eu a que se tenha tamb m criado nos nossos pa ses africanos um homem novo s que se trata de um homem astuto calculista e sem escr pulos este sim um subproduto que facilmente cede ao engodo pol tico partid rio 47 Admite se que um pa s que entabule a sua transi o para a democracia quando atinja um PIB per capita entre 3000 e 6000 d lares ter sucesso Para outros desenvolvimentos cf Fareed Zakaria Ob cit pp 66 70 48 Cf D Landes ob cit p 194 e A Cultura Importa Record Rio de Janeiro S o Paulo 2002 p 50 49 Cf Michael Novak O Esp rito do Capitalismo Democr tico Edi o Gr fica de Coimbra 1985 p 20 50 Cf D Lavroff ob cit pp 111 112 Na o Defesa 144 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a H mudan as sens veis em frica e de algum modo a ideia da democracia vai triunfando sobre a ideia revolucion ria de matriz marxista leninista diz se Lamen tavelmente penso contudo que este avan o n o tem significado mais do que a simples exist ncia de um quadro jur dico constitucional formal que obviamente n o suficiente para que os vest gios dessa conquista n o
71. mesma democracia liberal que Blair quis exportar para o Iraque Eis um paradoxo pouco salientado na literatura Blair foi universalista no exterior mas relativista no interior Foi Mill no sistema inter estatal face externa do Estado mas foi Herder dentro de portas face interna do Estado Um paradoxo que merece um desenvolvimento num espa o mais alargado Henrique Raposo 17 Roger Scruton O Ocidente e o Resto Lisboa Guerra e Paz 2006 p 140 18 Ver desconstru o do relativismo multiculturalista e cr tica das pol ticas multiculturalistas em Patrick West The Poverty of Multiculturalism London Civitas 2005 Na o 231 S Defesa Atrav s das Leituras Raymond Aron A Paz e a Guerra no S culo XXI Nuno Severiano Teixeira Jo o Marques de Almeida e Carlos Gaspar coordena o cient fica Lisboa Edi es Cosmos Instituto da Defesa Nacional 2007 216 pp ISBN 978 972 762 293 1 Aronianos precisam se O Instituto da Defesa Nacional e o Instituto Portugu s de Rela es Internacionais lan am em breve o livro Raymond Aron A Paz e a Guerra no S culo XXI Este trabalho que junta os contributos de intelectuais de v rios sectores que se reuniram no IDN numa confer ncia internacional com o objectivo de recuperar Aron da maior import ncia no panorama nacional e internacional Porqu Porque s o precisos mais aronianos no debate pol tico Essa a principal conclus o que podem
72. n 116 A 2006 de 16 de Junho Na o 45 S Defesa Ana Vaz mbito da seguran a tais como as For as Armadas a Pol cia de Seguran a P blica a Guarda Nacional Republicana a Pol cia Judici ria o Servi o de Informa es de Seguran a a Direc o Geral dos Servi os Prisionais o Servi o Nacional de Bombeiros e Protec o Civil entre outros foi sentida a necessidade de criar uma rede nacional nica em tecnologia trunking digital partilhada por estas for as e servi os de seguran a e emer g ncia Assim o Governo aprovou em Maio de 2006 a adjudica o da parceria p blico privada para o projecto SIRESP Sistema Integrado das Redes de Emerg ncia e Seguran a de Portugal que engloba servi os especiais de telecomunica es para garantir a efic cia dos sistemas de seguran a designadamente em situa es de crise por ocorr n cia de terramotos inc ndios atentados terroristas etc 2 3 Medidas legislativas de protec o da seguran a da informa o Atendendo import ncia crescente dos sistemas inform ticos e das redes de comu nica es nos Estados e a preocupa o com o n mero de viola es da sua seguran a tamb m em crescimento o Conselho da Uni o Europeia e o Parlamento t m vindo a estabelecer um enquadramento jur dico que permita regulamentar a seguran a dos sistemas inform ticos designadamente das redes e dos servi os de comunica es J em 1992 atendendo import ncia
73. no solo J na Guerra do Yom Kyppur em 1973 foram os Eg pcios e os S rios a tomar a ofensiva e a atacarem Israel simultaneamente nas duas frentes procurando uma demorada guerra de desgaste mais est tica que quase conseguiu levar de vencida os israelitas cujos efectivos se bem que melhor equipados eram muito menos numerosos do que os dos seus inimigos Valeu lhes ent o a zona tamp o do Sinai ocupada desde 1967 e s devolvida aos eg pcios nos acordos de Camp David em 1982 que lhes permitiu enfrentar em primeiro lugar os s rios a Norte e s depois acorrerem frente Oeste onde a necessidade do Egipto agora liderado por Anwar Sadat em obter vit rias vis veis era vital em termos internacionais Esta necessidade levou a que o Egipto abandonasse a sua posi o defensiva que lhes era favor vel permitindo a Israel obter nova vit ria A posi o eg pcia s n o saiu mais enfraquecida desta derrota militar desta feita devido ao embargo de exporta o de petr leo que originou a mais grave crise petrol fera de sempre e pressionou Israel para terminar o seu avan o e aceitar o cessar fogo No entanto Israel n o s se manteve nos territ rios ocupados como ainda os aumentou recolhendo elevados despojos militares No caso da primeira guerra do golfo Israel atendendo aos in meros pedidos da comunidade interna cional n o respondeu aos ataques dos m sseis Scud de Saddam Hussein Pensamos que foi a nica ocasi o em que Isra
74. nomeadamente os centros de investiga o ligados Universidade e s empresas potenciando os efeitos sinerg ticos dos meios financeiros disponibiliz veis com a capa cidade humana de investiga o existente Esta articula o dever ser feita com objectivos bem definidos e no contexto do desenvolvimento de tecnologias processos e ou produ tos visando prioridades empresariais evitando a interven o em programas pouco claros de objectivos tempor rios e mal definidos Para al m dos outros elementos do SNI nomeadamente as empresas e institui es financeiras a componente que respeita ao subsistema que habitualmente se designa por cient fico e tecnol gico integra as institui es de investiga o cient fica ligadas a estas reas existentes que s o j numerosas em Portugal Estas distribuem se segundo as seguintes categorias de acordo com o Plano Nacional de Inova o 42 Network Centric Organisation Industry Consortium 43 European Association of Remote Sensing Companies 44 At essa opera o tinha 100 da OGMA Ind stria Aeron utica de Portugal S A 45 Naval Defense Industries Group Na o 83 S Defesa Vitor Ramon Fernandes No dominio espec fico da defesa merece especial destaque a Direc o Geral de Armamento e Equipamentos de Defesa DGAED que tem como responsabili dades estudar executar e coordenar as actividades relativas ao ciclo de vida log stico de armamento e equipamentos de defesa ten
75. o S ria e na Ar bia Saudita As prioridades assumidas pelo Ir o no futuro Iraque s o assegurar a integridade territorial do Iraque garantir um governo central forte liderado por uma maioria xiita e fomentar a desordem controlada de forma a desacreditar os EUA no Iraque e no M dio Oriente Quanto ao primeiro aspecto o Ir o tem todo o interesse em manter a unidade territorial do Iraque pois a sua secess o poderia acarretar a independ ncia do Curdist o o qual estaria em condi es de aliciar os Curdos Iranianos provocando dessa forma graves problemas ao Estado iraniano Neste mbito Teer o tem prosseguido um conjunto de contactos ao n vel dos diversos grupos iraquianos que competem entre si inclusivamente Xiitas Curdos e radicais isl micos de forma a refrear quaisquer veleida des separatistas No que refere aos Xiitas a sua grande for a adv m da ac o das funda es caritati vas e religiosas que providenciam o necess rio bem estar s popula es assegurando a alimenta o educa o sa de e o regresso dos Iraquianos Xiitas expulsos na conjuntura da guerra Irao Iraque Com a desagrega o do Estado iraquiano as popula es passa ram a depender das organiza es pol ticas fortemente implicadas no esquema de poder 62 ICG op cit p 1 63 Id p 9 64 ICG op cit p 10 e Brzezinski et al op cit p 28 Na o 217 S Defesa Maria do C u Pinto iraniano Os tr s maiores p
76. o crentes Ora partindo do pressuposto ideol gico da luta permanente contra os infi is o Ir o encontra nos grupos terroristas um instrumento de luta contra a hegemonia ocidental sionista Desse modo o Ir o um dos Estados que mais activamente promove actividades terroristas subversivas escala internacional O envolvimento do Ir o em actividades terroristas tem sido uma constante desde o estabelecimento do regime teocr tico em Teer o Desde 1987 que foram assassinados na Europa mais de uma dezena de dissidentes incluindo o assassinato em Fran a em Agosto de 1991 do ex primeiro ministro Shapour Bakhtiar Esta campanha de elimina o de membros da oposi o registou um aumento de intensidade a partir de meados dos anos 90 O caso mais conhecido que viria a expor o envolvimento das figuras de topo do regime iraniano foi o assassinato em Berlim em Setembro de 1992 de quatro l deres da oposi o curda O epis dio conhecido como caso Mykonos do nome do restauran te onde o atentado teve lugar viria a ser investigado pela justi a alem que concluiu 33 Artigo 3 n 16 da CRI 34 CRI artigo 153 35 CRI artigo 154 Na o Defesa 210 O Ir o de Ahmadinejad em 1997 com um veredicto que acusava o aparelho de Estado iraniano de seguir uma pol tica deliberada de liquida o dos seus opositores O grupo encarregado pelo planeamento e execu o destes actos foram os Guardas Revolucion rios
77. o de 2006 p 20 32 Artigo de James Fallows The Nuclear Power Beside Irag Atlantic Monthly Maio de 2006 divulgado na rede Gulf2000 12 de Abril de 2006 Na o 209 S Defesa Maria do C u Pinto est envolvido no conflito iraquiano do qual se quer retirar e sabe que o Ir o pode desempenhar um papel importante na estabiliza o do pa s A interven o militar n o est contudo afastada 4 O Ir o e o Envolvimento em Actividades Terroristas Uma ambi o duradoura de Teer o constante nestes 26 anos desde a funda o da Rep blica Isl mica do Ir o a destrui o do Estado de Israel e a sabotagem do processo de paz do M dio Oriente N o obstante o per odo de abertura ao exterior inaugurado por Khatami a quest o da Palestina sempre foi uma pedra no sapato do regime de Teer o Da o sentimento geral de dio e repulsa profunda em rela o ao regime sionista de Tel Aviv s mbolo da opress o do mundo ocidental sobre os Mu ulmanos Por conse guinte toda a ac o leg tima para libertar os irm os Mu ulmanos do jugo ocidental Conforme expressa a Constitui o Iraniana o governo enquadrar a pol tica externa do pa s com base nos preceitos do Isl o assegura o apoio fraternal a todos os Mu ulmanos e apoio ilimitado a todos os oprimidos do mundo salvaguardar os crentes da domi e o combate contra os opressores em defesa dos oprimidos na o dos n
78. o de Estados e tinha chegado conclus o de que os valores ocidentais tinham sido criados na Europa mas para serem aplicados em frica Nenhuma sociedade democr tica e pr spera em frica poder ser realizada sem esses valores Diga se o que se quiser repito a inconting ncia para o sucesso s esta Copiar as pr ticas bem sucedidas p r de lado os processos falhados Dom Ant nio dos Reis Rodrigues recorda nos por um lado que Jo o Paulo IL transferindo em certo sentido o centro da quest o social do mbito nacional para o mbito internacional advertia para a necessidade de actuar para sanar os graves desequil brios entre as diversas reas do mundo Que completamente imposs vel gozar da paz e da prosperidade bens que pertencem por natureza a todo o g nero humano se forem obtidos e conservados por algum pa s em preju zo de outros povos e na es violando os seus direitos ou excluindo os das fontes do bem estar Por outro em 1965 o Conc lio Vaticano II punha particular nfase a um dever que deveria ser respeitado na ordem internacional Precisamente Gaudium et Spes n 86 alude quilo que chamou o grav ssimo dever de os povos mais desenvolvidos ajudarem os subdesenvolvidos Para tal devem convergir tr s deveres ou seja o dever de solidariedade o dever de justi a social e o dever de caridade universal Em suma e esta ltima advert ncia do Populorum Pr
79. o perempt ria que embora n o intervindo no conflito agiriam em conformidade com o texto da Alian a Atl ntica caso algum dos seus membros fosse directamente atacado por terceiros n o era de excluir uma interven o convencional de tropas volunt rias sovi ticas e chinesas Efectivamente j se encon travam no Egipto armas e instrutores do bloco de leste pelo que a possibilidade de refor o desses contingentes tinha que ser equacionada n o s pelas dificuldades acres cidas em termos militares como pelas consequ ncias pol ticas j que tal representaria uma escalada na gravidade e complexidade do conflito A quest o do Suez ficou marcada pela resposta Franco Brit nica nacionaliza o protagonizada por Nasser vista como uma atitude provocat ria tanto mais que de acordo com o estabelecido o canal passaria automaticamente para o controle eg pcio em 1968 Imediatamente ambos os pa ses amea aram retomar o canal pela for a se Nasser n o reconsiderasse Contudo a recusa do apoio dos Estados Unidos deixou os numa situa o embara osa por n o disporem num curto espa o de tempo de uma for a suficientemente forte em termos operacionais para levarem a cabo essa miss o A pr pria alian a come ava a dar mostras de alguma fragilidade e falta de coordena o a uma vontade de intervir por parte da Fran a dirigida por Guy de Mollet com o que houvesse dispon vel e supomos contando com a colabora o e o apoio de
80. p 65 44 Dinshaw Mistry A Theoretical and Empirical Assessment of India as an Emerging Power in India Review 3 1 January 2004 p 81 45 Shashi Tharoor A Glossary of Indianness The B List in The Times of India April 29 2007 46 A grande refer ncia desta linha de an lise Gucharan Das The India Model in Foreign Affairs 85 4 July August 2006 pp 2 16 47 Ver Making the trains run on time The Economist February 18th 2006 48 We Indians Have to Struggle to Catch Up in Der Spiegel Online April 9 2007 Na o 99 S Defesa Henrique Raposo conjuntura politica a ndia sempre uma imensa m quina de compromisso politico Estamos a falar de uma gigantesca federa o com mais de um milh o de politicos espalhados por 23 Estados e 7 territ rios Esta complexidade politica como bvio tem custos ao n vel da efic cia econ mica As tais reformas demoram mais tempo a surgir Afinal is not easy to reform in a democracy No regime autorit rio chin s os planificadores da economia podem lan ar qualquer pol tica econ mica sem necessidade de compromissos pol ticos internos e sem correrem o risco de perderem o poder nas elei es 60 da popula o indiana ainda vive em zonas rurais e pobres e a justaposi o entre riqueza e pobreza abissal por ano morrem 2 3 milh es de crian as devido a car ncias de nutri o metade das crian as com menos de cinco
81. para mulheres Ver Martha C Nussbaum Sex laws and inequality what India can teach the United States in Daedalus 131 1 Winter 2002 pp 95 106 75 Ver Tani Bhargav and Rajeev Bhargava The Indian Experience openDemocracy May 12 2006 76 Ver Christophe Jaffrelot The Impact of Affirmative Action in India More Political than Socioeconomic in India Review 5 2 April 2006 pp 173 189 77 Other Backward Classes 0 eufemismo socialista que Nehru encontrou para descrever a realidade das castas 78 Ver Dipankar Gupta Caste and Politics Identity over System in Annual Review Anthropology 34 1 2005 79 a e Bose Uttar Pradesh India s democratic landslip in openDemocracy May 5 2007 Na o 103 S Defesa Henrique Raposo A vida urbana provocada pela nova economia tamb m contribui para esta eros o do sistema de castas Nas grandes cidades como Mumbai a casta conta cada vez menos socialmente Para a juventude indiana Mumbai n o representa apenas dinheiro repre senta acima de tudo uma in dita liberdade de escolha fora do espartilho da casta Rajeev Bhargava numa tirada que parece inspirada em Henry Nau afirma que qualquer pa s has an ethical identity a collective self awareness constituted partly by values and principles to which it aspires e essa identidade tica essa auto consci ncia da ndia a Constitui o republicana 4 A Rela o EUA ndia de Estra
82. para o recrutamento de potenciais terroristas por exemplo o Comit Iraniano de Apoio s Vitimas da Intifada O aliciamento realiza se por meio da presta o de servi os gratuitos como cuidados de sa de educa o cor nica e viagens Segundo fontes israelitas elementos da pr pria Fatah o bra o armado da OLP receberam treino no Ir o Teer o tamb m financia os servi os sociais do Hamas na Palestina Efectivamente o Ir o envia importantes quantias financeiras para o sistema social do Hamas que por seu turno controla a rede sanit ria educacional e laboral dos palestinianos residentes nos territ rios ocupados Faixa de Gaza e Cisjord nia Ou seja o Ir o por interm dio do Hamas substituiu se Autoridade Palestiniana no forneci mento dos bens sociais mais b sicos e vitais para a popula o O Ir o e o Hezbollah gerem em comum a al Manar a poderosa cadeia de TV do Hezbollah com difus o a n vel internacional e que constitui um poderoso meio de propaganda junto da juventude mu ulmana Atrav s da glorifica o dos actos terroristas contra as for as da coliga o no Iraque e contra Israel o regime procura difundir a imagem dos EUA e da coliga o como opressores mundiais e amantes da causa sionista Os caminhos da al Qaeda tamb m passam pelo Ir o apesar desta considerar os Xiitas e por acr scimo o regime dos Ayatollahs no Ir o uma seita her tica e portanto ileg tima Apesar disso os puristas ira
83. patentes duas ideias chave primeira a da insustentabilidade da manuten o de um estado de guerra por parte de Portugal segunda decorrente da primeira que a interven o militar sendo necess ria teria que ter em vista um objectivo pol tico muito claro que era o de garantir o tempo necess rio a uma resolu o pol tica do conflito Tal n o foi conseguido e levou como sucedeu em Fran a no caso do Suez e da Arg lia queda dos pol ticos e do pr prio regime na Fran a da IV Rep blica e em Portugal onde as condi es eram muito diversas queda do regime totalit rio de ent o Na o 29 S Defesa Abel Jos Santos Leite de umas fronteiras tra adas a r gua e esquadro reacendendo velhos dios e conflitos que permaneceram latentes mas que foram atenuados neste per odo Este aspecto ter particular relev ncia em frica onde os massacres e as guerras continuam uma constan te at aos dias de hoje No preciso momento em que se escrevem estas linhas no Sud o ocidental prov ncias de Darfur morrem fome mais de um milh o de refugiados fugidos de uma guerra civil que estamos certos n o perceber o os motivos Aqui n o se colocam bombas porque n o as h nem se atiram pedras porque nem para isso h for a suficiente Nasser sai como o grande triunfador desta crise e assume o papel de grande her i do mundo rabe e do terceiro mundo em geral Apesar de n o ter obtido nenhuma vit ria militar ant
84. pelo dio ou doutro modo que de todos os ideais pol ticos o de fazer as pessoas felizes talvez o mais perigoso Conduz invariavelmente tentativa de impor aos outros a nossa escala de valores mais elevados Leva intoler ncia E baseia se numa total incompreens o dos nossos deveres morais Ainda assim n o falta quem ainda defenda que frica estava melhor sob os regimes ditatorinis e de partido nico Que a democracia aprofundou as divis es tnicas e religiosas e em consequ ncia o caos generalizado para esses pa ses N o constitui tamb m novidade o facto de n o faltarem pol ticos que procuram arregimentar apoiantes com base nas diferen as raciais tnicas ou religiosas servindo se da democracia para estimularem competi es pol ticas com base nessa dimens o Badie d nos o exemplo do Congo de Kabila onde mobiliza es c vicas se convertem em mobiliza es tnicas e s minorias vindas de algures se colocava sem custo o slogan da autenticidade zairense E aqui que a distin o entre a democracia e a democracia liberal se faz sentir Sem um quadro de constitucionalismo liberal a introdu o da democracia em socie dades divididas tem na realidade fomentado os nacionalismos os conflitos tnicos e mesmo a guerra diz nos Zakaria Isto em contraposi o s maduras democracias liberais que conseguem normalmente acomodar as divis es tnicas sem viol ncia ou terror e vivem
85. que estabeleceu com a sua contemporaneidade Coabitou com o conturbado clima internacional da Il Guerra Mundial e da Guerra Fria ver Christian Malis Raymond Aron e a Crise Transatl ntica 1945 1966 e Carlos Gaspar Raymond Aron e as Origens da Guerra Fria e com o agitado contexto pol tico da Fran a dos fil sofos do Maio de 68 ver Aurelian Craiutu A Resposta de Raymond Aron Metaf sica Irrespons vel de onde retirou duas li es incontorn veis Primeiro necess rio criar uma dist ncia anal tica tentado com preender antes de julgar mesmo sendo um adepto convicto do regime democr tico Aron era um analista cuidadoso do totalitarismo em geral e do regime sovi tico em particular partindo do princ pio que nenhum dos lados do conflito tem a totalidade da raz o Segundo com os seus contempor neos franceses que procuravam a resposta absoluta o mundo ideal aprendeu que n o existe uma medida pol tica justa a n o Na o 233 S Defesa Atrav s das Leituras ser a do bom senso Aron n o era um ide logo era um investigador de ideologias Era um analista parcial que tentava sempre pesar o outro lado da moeda Era um moderado no melhor sentido da palavra ajuizava era sempre preciso formular um ju zo caso contr rio o desempenho do seu papel ficaria sempre incompleto mas tendo em conta o pluralismo das propostas a identidade hist rica sociol gica dos intervenientes a complexidade das circunst ncias o qu
86. respeito escrupuloso pelo princ pio da proporcionalidade que poder ser a chave do problema 7 H um longo caminho a percorrer pelos Estados e pelas suas organiza es para em conjuga o poderem consciencializar por um lado as autoridades que orientam o combate ou combatem o terrorismo e a criminalidade organizada para a necessidade de no desenvolvimento das suas actividades obedecerem ao princ pio da proporcionalidade e consequentemente terem presente a necessidade de salvaguarda de direitos fundamen tais e por outro lado os cidad os em geral quer da extens o dos seus direitos fundamentais designadamente no dom nio da privacidade quer para a cautela a ter na utiliza o e divulga o dos dados pessoais quer ainda para a compreens o a ter para que em certas circunst ncias e para sua pr pria protec o tenha de haver restri es ao exerc cio daqueles direitos fundamentais esta uma tarefa de grande f lego que pode ser levada a cabo atrav s de ac es massivas de divulga o junto das popula es e pelos meios adequados da comunica o social dos seus direitos fundamentais e da eventual necessidade de restri es e junto das autoridades competentes pol ticas militares judici rias e de pol cia atrav s de ac es selectivamente dirigidas dos direitos fundamentais dos cidad os e da considera o que deve ser conferida ao princ pio da proporcionalidade Na o 63 S Defesa A Industr
87. sejam destru dos e postos em causa que a for a continua a prevalecer sobre a lei e a melhor maneira de mudar um sistema social derrubar os que est o no poder frica um continente rico sabemos todos Mas os recursos petrol feros excep o da Noruega n o se encontram em nenhum pa s democr tico Zakaria afirma que o petr leo como outros recursos naturais n o ajuda a desenvolver o capitalismo a sociedade civil e tamb m a democracia O dinheiro f cil torna desnecess rio o trabalho dif cil de cria o de uma sociedade moderna pelo que o autor chama os de trust fund states no sentido de que se autofinanciam atrav s dos fundos gerados pelos recursos naturais 5 2 Os factores imateriais Independentemente das discuss es que a quest o ainda suscita no sentido de relacionar o desenvolvimento dos pa ses alicer ando o quer tica cat lica protestante ou confuciana pressuposto hoje inelid vel o de que a riqueza em recursos naturais tem comprometido a moderniza o pol tica e o crescimento econ mico dos Estados Se como diz Guest ali s de forma concludente imposs vel em frica a cons tru o de um Silicon Valley porque as cobi adas ind strias de alta tecnologia ameri 51 Cf Daniel Etounga Manguelle in A Cultura Importa Record Rio de Janeiro S o Paulo 2002 p 118 52 Cf F Zakaria ob cit p 254 53 Cf F Zakaria ob cit p 71 que se refere conclus o
88. sentido da recupera o da dignidade e personalidade do homem africano Ainda assim trata se de uma perspectiva emocional que obviamente n o encontra abrigo no presente trabalho Na o 131 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos O que decorrente dessa etapa me desinquieta intelectualmente a perman ncia at hoje da ideia de que a frica Negra fundamentalmente comunit ria que as socie dades tradicionais n o conheciam por isso um regime de propriedade privada e s o caracterizadas por um intenso sentimento de solidariedade que ningu m est isolado e cada um sabe que pode contar com a ajuda dos membros da sua fam lia ou do seu grupo tnico quando est em dificuldades que o Socialismo africano ser pois comunit rio Decorrido todo esse tempo sobre o movimento de descoloniza o tornam se por um lado bafientas as explica es para justificar os males de que frica padece h que diz lo sem qualquer tipo de vergonha e por outro insubsistentes os alardes prof ticos particularmente quando sustentados num exaltado nacionalismo revolucio nario ou numa pretensa autenticidade africana como forma de evitar a decad ncia ou ru na das na es africanas Esse tipo de prosa floreada e emotiva como lhe chamou Isaiah Berlim assumiu em frica e assume ainda sob o manto da autenticidade africana uma forma de combate aos modelos ocidentais j que para utilizar uma express o da
89. serem utilizados por organiza es terroristas O paquistan s A Q Khan figura cimeira do mercado negro nuclear exemplifica os perigos inerentes constru o de programas nucleares sejam eles quais forem Por raz es pol ticas e econ micas Estados nucleares podem traficar conhecimentos nucleares a Estados p rias Em suma os perigos que resultam do programa nuclear iraniano mesmo se de acordo com as exig ncias do TNP evidenciam a fal ncia do actual regime de n o prolifera o As actividades nucleares de Ter o contribu ram em ltima an lise para minar a credibilidade do TNP e da AIEA Sendo assim quais s o as op es dispon veis quer UE quer aos EUA Poder se argumentar que a diplomacia ainda n o est esgotada que h ainda margem para um di logo construtivo entre o Ir o e os EUA Dito de outra forma a abertura dos canais diplom ticos e por conseguinte o abandono da pol tica americana de isolamento dos mullahs vem constituindo a chave para se ultrapassar os impasses dos anos recentes Esta via acarreta alguns problemas Primeiro e mais importante n o l quido que o Ir o aceite este caminho uma vez que a legitimidade do regime assenta numa pol tica externa revolucion ria Por outro lado conv m recordar que os mullahs aumentariam o seu poder relativamente ala mais moderada do regime caso continuem a resistir s press es do Ocidente Por outras palavras mesmo pondo a hip tese que negocia
90. tamb m os pr prios valores fundamentais da vida humana quando tais ac es assumem o car cter de terrorismo A preven o da criminalidade e particularmente o combate a ac es terroristas que atingem indiscriminadamente popula es inocentes acarretam a necessidade de se encontrar um equil brio entre o respeito devido ao valor fundamental da privacidade e da protec o dos dados pessoais e o direito igualmente essencial vida em sociedade que o da seguran a pessoal e dos Estados por via da seguran a da informa o Deve assim ser encontrado um equil brio na sequ ncia do princ pio da proporcionalidade entre as medidas de seguran a da informa o que visem impedir as ac es criminosas e as amea as que por aplica o dessas mesmas medidas possam atingir a privacidade Como se sabe os servi os de informa es bem como os servi os e for as de seguran a utilizam a escuta telef nica e a intercep o de mensagens para investigar prevenir ou combater actividades il citas como o crime organizado ou o terrorismo Na o Defesa 58 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais Precisamente para evitar o conhecimento do conte do das mensagens por via da sua intercep o referimos o uso da criptografia Mas esta pode em contrapartida ser utilizada pelos criminosos para evitar que as autoridades possam tomar conhecimento dos seus prop sitos Onde se deve situar a fronte
91. tese assumida por muitos de que deve ser evitada a mediatiza o do terroris mo defende tamb m que n o devem ser feitas entrevistas a l deres terroristas pois tal seria estar ao servi o da propaganda terrorista Mais uma vez n o concordo Porque tudo depende do tipo de voz que dada a estes intervenientes No respeito pela norma jornal stica de que a um acontecimento deve ser dada a vers o das diferentes partes em especial se os seus interesses e pontos de vista forem claramente antag nicos os media Na o Defesa 160 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas devem divulgar as mensagens de grupos terroristas ap s tratamento da informa o e de forma equilibrada com outras fontes Transmitir parte de uma mensagem de Bin Laden enquadrada num contexto diferente de transmitir a mensagem na ntegra Al m disso o papel dos media n o dizer ao p blico quem tem raz o ou n o Os media devem fazer uma cobertura correcta e dar ao p blico os elementos que este precisa para formar a sua opini o e julgar por si E h situa es que provam que as opini es contra os terroristas aumentaram depois de conhecidos atrav s da comunica o social os seus pontos de vista Mas quando surge a oportunidade de uma entrevista deste tipo o jornalista tem de ter cuidado para n o se deixar instrumentalizar nem se tornar num mero ve culo de propaganda Estas ocasi es d
92. the more recent tools especially on what concerns the Portuguese case This article reflects on the definition of the limits to protect privacy when what is at stake are the state s and people security Our conclusion tends to advise to apply the proportionality principle in order to get a balanced solution Verao 2007 N 117 3 S rie pp 35 63 35 Nagao Defesa Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais 1 Introdu o Portugal tal como os restantes Estados Membros da Uni o Europeia e os demais pa ses democr ticos defende os valores da democracia e do respeito pelos direitos humanos S poss vel beneficiar de liberdade e de justi a num ambiente de seguran a tal como previsto no art 28 da Declara o Universal dos Direitos do Homem de 10 de Dezembro de 1948 Toda a pessoa tem direito a que reine no plano social e no plano internacional uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liber dades enunciados na presente Declara o Tamb m a Constitui o da Republica Portuguesa no seu artigo 273 mostra preocu pa o pela seguran a das pessoas nos seguintes termos 1 obriga o do Estado assegurar a defesa nacional 2 A defesa nacional tem por objectivos garantir no respeito da ordem constitu cional das institui es democr ticas e das conven es internacionais a indepen d ncia nacional a integridade do territ ri
93. tivessem por base a constata o de que apenas a vida os fins e a historia dessa mesma na o d o vida e conferem significado a tudo o que o individuo e faz Essa perspectiva para al m de assentar num relativismo cultural abre a porta guerra de todos contra todos remata Berlin As pessoas vivem acrescentaria ainda sob aquilo que se tem caracterizado de enclave cultural sob um dossel sagrado em que todos se riem dos mesmos gracejos partilham as mesmas ideias e t m as mesmas opini es morais e est ticas Mas disse tamb m que ela pressuposta Porqu Toda a pressuposi o dessa subalternidade assenta por um lado nos ju zos atr s expendidos no sentido de que os valores que conduziram moderniza o dos Estados s o de natureza ocidental e que s por adop o poder o ter acolhimento noutras paragens Por outro mesmo entre os nacionais dos pa ses que sofreram a chamada Terceira Vaga da democratiza o a opini o dominante manifesta se no sentido de que por exemplo no tempo de partido ob cit p 11 na linha ali s da preocupa o de Jorge Carlos Fonseca quando os inimigos da democracia se apropriam da sua ret rica e imitam os seus rituais sabemos que a democracia ganhou a guerra 28 Para mais desenvolvimentos sobre as caracter sticas do Estado de n o direito ver Gomes Canotilho O Estado de Direito Cadernos Democr ticos n 7 Funda o M rio Soares Gradiva Lisboa 1999 pp 11 14
94. um ensaio sobre Os Valores Sociais na Constru o Na o 5 S Defesa Editorial de Estados e debate a quest o da moderniza o dos estados no contexto africano Equaciona as quest es decorrentes da necessidade de desenvolvimento de capacidades institucionais end genas da fragilidade dos modelos jur dico constitucionais nos pa ses africanos da coexist ncia entre o efeito estabilizador do comunitarismo e o impacto nocivo do nacionalismo revolucion rio evidenciando o recorrente estado de guerra a permeabilidade s condi es que conduzem multiplica o de estados falhados cons tata o ex guo monop lio leg timo da viol ncia e as dificuldades inerentes implementa o da democracia O Papel dos Media na Luta contra o Terrorismo toma como estudos de caso os ataques de 11 de Setembro em Nova Iorque de 11 de Mar o em Madrid e de 7 de Julho em Londres e reflecte sobre a fina linha divis ria entre o dever de informar que cumpre aos meios de comunica o e o risco de os mesmos poderem vir a ser instrumentalizados pelos pr prios perpetradores de actos terroristas por via da mediatiza o dos aconteci mentos Os dois ltimos artigos analisam a quest o iraniana de dois pontos de vista O primeiro A Encruzilhada Iraniana destaca o car cter de continuidade do programa nuclear iraniano cujas origens e desenvolvimento s o anteriores actual lideran a Seguindo este enquadramento estuda as suas consequ ncias para a segu
95. 11 Neste ponto a principal excep o foi o debate que se gerou volta da trucagem de uma fotografia que foi publicada a 12 de Mar o na primeira p gina de v rios jornais nomeadamente no El Pa s Na foto tirada junto aos carris da esta o de Atocha viam se os destro os de uma carruagem v rios cad veres e v rios feridos Nela era tamb m vis vel um membro decepado de uma das v timas Esta fotografia correu o mundo e fez capa em v rias publica es Mas n o apareceu da mesma forma em todas Houve jornais nomeadamente no Reino Unido que publicaram a foto mas retirando o pormenor do membro decepado de um dos cad veres 12 O director de informa o da TVE Alfredo Urdaci defendeu em todos os telejornais a tese oficial sobre a autoria dos atentados At muito perto da abertura das urnas no dia 14 de Mar o s existia para a televis o p blica espanhola um culpado a organiza o terrorista basca Na o 171 S Defesa Fatima Faria bascos A mesma indica o foi dada pela ministra dos Neg cios Estrangeiros Ana Palacio aos embaixadores do seu pa s Em v rias an lises pode ler se que a TVE escondeu o que os media internacionais mostravam As principais esta es de televis o europeias foram sempre apresentando as duas hip teses para a autoria dos ataques sem no entanto contestar a legitimidade das posi es oficiais Mas nos media europeus o 11 de Mar o nunca teve uma cobertura medi t
96. 2 brigada de p ra quedistas a oeste do desfiladeiro de Mitla posi o que amea ava directamente a estrada que liga a cidade de Suez ao centro da pen nsula do Sinai Os restantes efectivos da brigada atacam por terra o posto fronteiri o de El Kuntilla que controlam e avan am na direc o do desfiladeiro de Mitla A norte atacam e ocupam a faixa de Gaza com a 1 e 12 brigadas de infantaria apoiados pela 27 brigada de blindados para Sul empregaram inicialmente a 9 brigada de infantaria a que se juntaria a 202 brigada de p ra quedistas na tomada de Sharm el Sheikh ap s contornar o Sinai pela costa oeste Para Oeste dirigiram junto costa a 27 brigada de blindados e pelo interior atacando Abu Aweigila as 4 e 10 brigadas de infantaria a 37 brigada mecanizada e a 7 brigada de blindados O local que apresentou maior dificuldade foi Abu Aweigla sustendo inicialmente o ataque gra as a uma forte guarni o entrincheirada Por essa altura devido ao in cio dos bombardeamentos aliados as for as eg pcias recebem ordens para retirarem do Sinai para as posi es de El Qantara Ismailia e Suez As for as israelitas aproveitam a debandada eg pcia para conquistarem as posi es chave de Abu Aweigila El Arish Bir Girgafa e Mitla e para destruir ou capturar o m ximo poss vel de equipamento militar O ataque israelita ap s ter alcan ado todos os objectivos no Sinai termina a 5 de Novembro com a conquista de Sharm
97. 2001 dizia h j 30 anos que os terroristas querem muita gente a ver e muita gente atenta mas n o uma grande quantidade de gente morta Com esta afirma o destacava a ideia de que os terroristas est o mais interessados na publicidade que nos assassinatos apontando ao pormenor a ess ncia do terrorismo Mas com que finalidade os terroristas usam os media Em primeiro lugar para espalhar o medo entre a popula o alvo e n o s Depois para frustrar e perturbar a resposta dos governos e das for as de seguran a Finalmente para mobilizar incitar e atrair os seus apoiantes e outros potenciais simpatizantes para a sua causa Podem desta forma aumentar o recrutamento de novos membros e conseguir mais fundos financeiros criando condi es para eventuais ataques Vejamos o caso da Al Qaeda Esta organiza o e este fen meno medi tico concebe actos terroristas espectaculares recorrendo a m todos e a meios in ditos na hist ria do terrorismo conseguindo uma m xima exposi o na comunica o social Al m disso faz com que surjam nos media de todo o mundo mensagens previamente gravadas de Bin Laden e de Al Zawahiri divulgadas sempre em momentos chave Noutra frente usa a Internet como plataforma de comunica o entre os seus membros nomeadamente na troca de informa o durante a prepara o dos ataques e como fonte de recrutamento de novos elementos Esta percep o da import ncia dos media n o surgiu recentemente
98. 30 de Setembro de 2002 p 36 57 Finn op cit e Levitt op cit pp 14 15 58 Maurice R Greenberg Chair Terrorist Financing Report of an Independent Task Force Sponsored by the Council on Foreign Relations The Council on Foreign Relations Outubro de 2002 em http www cfr org publication php id 5080 e Levitt op cit p 14 59 Levitt op cit p 13 60 Richard Clarke Strategy for Eliminating the Threat from the Jihadist Networks of al Qaida Status and Prospects National Security Council Memo Janeiro de 2001 em http www2 gwu edu nsarchiv NSAEBB NSAEBB147 index htm e Levitt op cit p 15 Na o 215 S Defesa Maria do C u Pinto 5 A Influ ncia Iraniana no Iraque Desde o Governo do X Pahlevi que as rela es com o Estado iraquiano s o tensas O principal lit gio entre o Governo do X e o ent o regime de Saddam Hussein relacionava se com a demarca o da fronteira de Shatt al Arab porta fluvial estrategi camente relevante para ambos Os dois pa ses assinaram um acordo que estabelecia a fronteira na conflu ncia do Tigre e do Eufrates Todavia com a queda do X e a ascens o da Rep blica Isl mica o Iraque reocupou a prov ncia de Khuzest o e reabriu a quest o fronteiri a Com a ascens o de Khomeini ao poder o Iraque iniciou uma campanha militar contra Teer o A parte as considera es pol ticas Ir o teocratico vs regime secular do Iraque Bagdade representava o principa
99. 6 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas Bibliografia GARCIA LUENGO Oscar Los Medios de Comunicaci n y las Nuevas Tendencias del Terrorismo Internacional In Conferencia Internacional La Seguridad Europea en el Siglo XXI Universidad de Granada 5 9 11 2001 GASPAR Miguel Terror Televis o Telem vel O Papel dos Media no 11 de Mar o In Rela es Internacionais n 5 Mar o 2005 Lisboa p 133 146 LYNCH Marc Al Qaeda s Media Strategies In The National Interest Number 83 Spring 2006 NACOS Brigitte L Terrorism as Breaking News Attack on America In Political Science Quarterly Volume 118 Number 1 2003 p 23 52 PICARD Robert News Coverage as the Contagion of Terrorism Dangerous Charges Backed by Dubious Science In Terrorism and the Media Dilemmas for Government Journalists and the Public Brassey s inc USA 1990 p 100 110 PROTHEROE Alan H Terrorism Journalism and Democracy In Terrorism and the Media Dilemmas for Government Journalists and the Public Brassey s inc USA 1990 p 64 69 SEIB Philip The News Media and Terrorism Implications of Coverage In The Journal of Islamic Law and Culture DePaul University Fall Winter 2003 WILKINSON Paul Terrorism and Propaganda In Terrorism and the Media Dilemmas for Government Journalists and the Public Brassey s inc USA 1990 p 26 33 YAST
100. 6 111 Gwadar largamente ignorado pelos ocidentais um dos pontos quentes de todo o sistema Fica junto a Ormuz por onde passa 40 do petr leo mundial E um porto destinado marinha chinesa militar e comercial e para a coloca o de postos de escuta o ponto de chegada do corredor que liga o Golfo P rsico Paquist o China E um sinal da aproxima o China Paquist o e da tentativa de cerco sobre os flancos indianos ac o que naturalmente causa inquieta o em Nova Deli Depois a China e o Paquist o j assinaram protocolos para o desenvolvimento de um corredor energ tico entre Paquist o e China ao longo da Karakoram Um pipeline entre a costa do Paquist o e a China significa que Pequim reduzir a depend ncia chinesa em rela o s rotas mar timas policiadas pelos americanos estreito de Malaca estreito de Taiwan Isto p e em causa o estatuto de na o indispens vel que os EUA pretendem manter na sia 112 Ver John W Garver The Security Dilemma in Sino Indian Relations in India Review 1 4 October 2002 pp 1 38 113 Christopher Griffin Containment with Chinese Characteristics Beijing Hedges against the Rise of India AEI Asian Outlook 3 September 2006 Na o Defesa 108 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico referir que os exerc cios navais indo americanos com a participa o do porta avi es indiano Virant
101. A parceria EUA ndia mostra nos um sistema inter estatal crescentemente p s Atl ntico O Atl ntico Norte est a perder a centralidade que deteve durante os ltimos s culos estamos num mun do p s Atl ntico quer no que respeita dis tribui o de poder estrutural quer ao n vel da identidade legitimidade liberal Este artigo chama a aten o para o facto de a ndia al m de ser um Grande Poder ser tamb m uma demo cracia liberal Abstract USA India Partnership Power and Identity in the Post Atlantic Interstate System Which factors can help us to understand the growing strategic partnership between India and USA First Americans and Indians share the same liberal identity liberal democracy and open economy Second there isa concern in Washington and New Delhi regarding the unclear Chinese emergence and intentions Does this strategic partnership imply a paradigm shift in world politics We argue that the North Atlantic Area for the first time in many centuries is no longer the nexus of world politics We live in a post Atlantic world with a de Westernization of power and liberal legitimacy India and China are emerging economies and India is above all a rising democratic power Ver o 2007 N 117 3 S rie pp 91 122 91 Nagao Defesa Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico A strong Japan a strong China and a strong India
102. Apesar deste reconhecimento internacional o mesmo n o se passou em termos regionais pelo que Israel desde logo contou com a oposi o e hostilidade dos estados rabes vizinhos que de imediato atacaram o novo estado Deste conflito a que Israel mais do que vencer conseguiu sobreviver sairia apenas um periclitante armist cio e a fuga de mais de setecentos mil rabes para os territ rios vizinhos que se iriam instalar sobretudo no sul do L bano e na faixa de Gaza o come o de um dos mais acesos e 8 Assinado em Rodes a 24 de Fevereiro de 1949 9 Os n meros precisos s o em nosso entender imposs veis de vir a saber uma vez que o ltimo recenseamento na Palestina anterior a 1948 data de 1931 Ap s a cria o do estado de Israel os n meros s o contradit rios dependendo de quem efectua a sua estimativa Tamb m se tem que atender ao n mero de nascimentos que impedem uma contabiliza o rigorosa j que se trata de um grupo social com elevada taxa de natalidade Assim recorrendo aos n meros das Na es Unidas temos em 1950 cerca de 925 000 refugiados tendo se conclu do que em 1948 49 seria um n mero que rondaria os 726 000 indiv duos Segundo a mesma fonte em Junho de 1957 seriam 933 500 aumentando para 1 318 000 em Junho de 1966 Cf Nathan Weinstock O Sionismo contra Israel VoL II Os Isrnelitas procura de um futuro 1948 1968 Ulisseia Lisboa s d pp 41 42 Na o Defesa 12 50 Anos Depois a
103. EGNAC 4 inclui um cap tulo dedicado seguran a f sica das instala es e um outro seguran a l gica onde indica procedimentos de preven o para controlo l gico de acessos tais como a utiliza o de passwords e seu controlo posterior bem como medidas a observar na recolha tratamento e divulga o de resultados ou no desenvol vimento e aquisi o de suportes l gicos Outra das protec es tradicionais para evitar o conhecimento do conte do das mensagens transmitidas a utiliza o da criptografia disciplina que inclui os princ pios Na o Defesa 44 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais meios e m todos de transforma o de dados com a finalidade de ocultar o seu conte do este torna se inintelig vel salvo para pessoas autorizadas A OCDE tendo em vista o uso seguro das tecnologias da informa o para garantir a confidencialidade e integridade dos dados e especialmente a protec o da vida privada elaborou as Linhas de Orienta o para uma Pol tica de Criptografia adoptadas pelo Conselho em 1997 e que visam entre outros Promover a utiliza o da criptografia de forma a aumentar a confian a nas tecnologias e assim proteger a informa o designadamente os dados pessoais e consequentemente a vida privada Tomar medidas para que a criptografia n o ponha em risco a seguran a p blica o cumprimento das leis e a seguran a nacional Fomentar a ex
104. Fria e do teste nuclear indiano 1998 Quando Bush chegou ao poder ndia e EUA j n o eram os estranhos do passado Ver Gautam Adhikari India and America Estranged no more in Current History 103 672 April 2004 88 US India Joint Statement Office of the Press Secretary New Delhi March 2 2006 89 Para uma an lise ao acordo nuclear ver Henrique Raposo O S culo da ndia in Newsletter 9 IDN Fevereiro de 2006 90 Evan S Medeiros Strategic Hedging and the future of Asia Pacific Stability in The Washington Quarterly Winter 2005 06 p 150 91 Martin Walker India s Path to Greatness in Wilson Quarterly 30 3 Summer 2006 92 Indian Nuclear Scientists to monitor USS Nimitz in Hindustan Times July 1 2007 93 Ver descri o detalhada da strategic partnership entre EUA e India em K Alan Kronstadt India U S Relations CRS Issue Brief for Congress April 6 2006 dispon vel em www fas org 94 Ashton B Carter America s New Strategic Partner in Foreign Affairs 85 4 July August 2006 p 41 95 Indo Relations an Agenda for the Future Foreign Secretary Mr Shyam Saran s Adress to the Heritage Foundation Ministry of External Affairs March 3 2006 dispon vel em http meaindia nic in Na o 105 S Defesa Henrique Raposo Os influentes Robert Blackwill e Ashley J Tellis resumem a vis o americana a ndia um imperativo estrat gico para Washi
105. G nesis recorda nos Novak Deus criou os seres humanos Sua imagem Que somos chamados a igualar o nosso Criador em criatividade imagina o e generosidade e temos de ser vistos n o s com as nossas fraquezas mas tamb m como pessoas cujo destino ainda est por realizar John Locke citado por Novak em O Esp rito do Capitalismo Democr tico fez notar que um campo de morangos poderia produzir morangos em abund ncia Todavia sujeito ao cultivo e cuidados de uma intelig ncia pr tica poderia chegar a produzir n o o dobro mas dez vezes mais morangos Miguel ngelo citado por Handy em O Esp rito Faminto dizia que a forma perfeita encontra se escondida numa pedra tudo o que se tem a fazer parti la at a encontrar N o me contenho em citar Novak de novo que colocando a reflex o de Locke em termos teol gicos dizia A Cria o deixada a si mesma est incompleta e os seres humanos s o chamados a serem co criadores com Deus fazendo surgir novas potencialidades que o Criador escondeu A Cria o est cheia de segredos esperando serem descobertos Ou preciso ainda recordar com Novak que o petr leo esteve debaixo das areias da Ar bia durante milh es de anos relativamente sem valor para a ra a humana at que a aplica o da intelig ncia lhe encontrou utilidade Referindo se ao papel da magia e feiti aria Etounga Manguelle considerou serem altos os custos da ir
106. Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo rabes arreigados conflitos mundiais do drama dos campos de refugiados e da forma o de todo um conjunto de movimentos de resist ncia ainda hoje existentes e que levantam graves problemas quer do ponto de vista humanit rio quer do ponto de vista da seguran a n o s a Israel como ao resto do mundo Israel tornou se assim logo aquando da sua funda o um estado rodeado de inimigos muito mais numerosos e fortemente motivados para os combater Com o correr do tempo as pol ticas israelitas em rela o aos rabes residentes no territ rio ao inv s de procurarem amenizar as rela es entre as duas comunidades apenas as agravaram ao contr rio de os tentar integrar a pol tica israelita ter sido dirigida no sentido de os substituir por judeus numa pol tica racista praticada por um povo que tanto a sofreu na pele e que depois n o soube evitar a sua execu o em outros povos j que n o h povo eleito sem estrangeiros malditos Este um problema que ainda hoje dif cil de gerir e que s com profundas modifica es poder ser atenuado Por outro lado e em parte resultante do ponto anterior o povo israelita cedo soube que a sua exist ncia dependeria apenas da sua capacidade de resistir militarmente pelo que a sua motiva o lhes co natural A pr pria estrutura das IDF For as de Defesa Israelitas pressup e que mesmo os civis israelitas sejam basicamente sol
107. ISO revelou preocupa o em definir normas para os padr es de seguran a destacando se a ISO 6 Grupo sobre a seguran a da informa o e a vida privada do Comit de Pol tica da Informa o da Inform tica e das Comunica es PIIC da OCDE 7 Regulamento CE n 460 2004 de 10 de Mar o de 2004 Na o 41 S Defesa Ana Vaz 17799 2000 que trata aspectos como a politica de seguran a a seguran a da organiza o a seguran a pessoal f sica e ambiental o controlo de acessos e o desenvolvimento de sistemas e manuten o e a ISO 15443 mais dirigida para a seguran a na inform tica Tamb m em Portugal houve a preocupa o de definir normas de seguran a designadamente para informa o reservada para que os tratamentos automatizados estejam em conformidade com a classifica o de seguran a tendo em vista a defesa do Estado e de organiza es de que Portugal fa a parte como sejam SEGNAC 1 Instru es para a Seguran a Nacional Salvaguarda e Defesa das Mat rias Classificadas com normas de seguran a inform tica dirigidas a elemen tos da Administra o Publica SEGNAC 2 Normas para a Seguran a Nacional Salvaguarda e Defesa das Mat rias Classificadas Seguran a Industrial Tecnol gica e de Investiga o SEGNAC 3 Instru es para a seguran a Nacional Seguran a das Telecomunica es SEGNAC 4 Normas para a Seguran a Nacional Salvaguarda e Defesa das Mat rias Classi
108. Na o 51 S Defesa Ana Vaz dentro da organiza o at para utiliza o de instala es sanit rias como j aconteceu com uma empresa de cal ado no norte do pa s Outros aspectos da vida privada podem ser amea ados pelos sistemas infor m ticos no local de trabalho na medida em que poss vel ter conhecimento de todos os telefonemas efectuados dia hora n mero chamado e dura o os s tios da Internet a que acede ou at medir a produtividade do trabalhador atrav s da recolha de dados autom tica tempo de utiliza o do computador registos efectuados etc Nas resid ncias privadas a utiliza o de sensores de fluxos de fluidos que permitem medir e registar no computador os consumos de g s electricidade e gua d o por exemplo indica o sobre a desocupa o de casas ou sobre os h bitos e comportamentos dos residentes Foi atrav s do controlo de consumo de g s que a pol cia alem conseguiu localizar a c lula terrorista Baader Meinhof Os sensores de temperaturas at j permiti ram detectar pela pol cia norte americana a exist ncia de grow lights utilizadas para cultivar marijuana dentro de casa Em Portugal de 2004 para 2005 houve um aumento de 25 de crimes de devassa da vida privada atrav s da Internet tendo se registado neste ultimo ano 70 inqu ritos policiais O autor deste tipo de crime divulga na Internet informa es sobre a v tima com quem usualmente tem uma rela o de proximi
109. Nacao Defesa 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes Abel Jos Santos Leite Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais Ana Vaz A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade Vitor Ramon Fernandes Parceria Estrat gica EUA ndia Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico Henrique Raposo Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a Jo o Francisco de Brito dos Santos O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas F tima Faria A Encruzilhada lraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas Vasco Rato Bernardo Pires de Lima O Ir o de Ahmadinejad Maria do C u Pinto Instituto da Defesa Nacional NACAO E DEFESA Revista Quadrimestral Director Anibal J R Ferreira da Silva Coordenadora Editorial Isabel Ferreira Nunes Conselho Editorial Ant nio Silva Ribeiro Armando Serra Marques Guedes Carlos Pinto Coelho Isabel Ferreira Nunes Jo o Vieira Borges Jos Lu s Pinto Ramalho Jos Manuel Freire Nogueira Lu s Leit o Tom Luis Medeiros Ferreira Luis Moita Manuel Ennes Ferreira Maria Helena Carreiras Mendo Castro Henriques Miguel Monjardino Nuno Brito Paulo Jorge Canelas de Castro Rui Mora de Oliveira Vasco Rato
110. Peri dico de Barcelona publicou um texto no site do jornal com o t tulo Duas chamadas a partir de Moncloa a denunciar as press es do chefe do Governo Nesse texto Antonio Franco diz que recebeu um telefonema depois de ter dito R dio Nacional que o seu jornal admitia as duas hip teses sobre a autoria do atentado Na conversa telef nica Aznar dizia ter provas de que a ETA era respons vel pelas sucessivas explos es em Madrid 14 Instru es que Ana Palacio deu aos diplomatas dever vossa excel ncia aproveitar as ocasi es que se lhe apresentem para confirmar a autoria da ETA de estes brutais atentados ajudando assim a dissipar qualquer tipo de d vida que certas partes interessadas possam querer fazer surgir In El Pa s 13 de Mar o de 2004 Na o Defesa 172 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas cad veres sangue fumo ou destro os Nem t o pouco houve muitas cenas de desespero e de pessoas a chorar A imprensa mundial usou fotos de feridos ligeiros a caminhar pelo pr prio p e algumas fotos do autocarro que fazia a linha n 30 tiradas com zoom de uma dist ncia consider vel A aus ncia de imagens chocantes foi originada por uma precisa e ponderada decis o conjunta dos principais media brit nicos do Minist rio do Interior e das autoridades policiais As zonas atingidas foram rapidamente isoladas e o acesso restringido Al m disso a po
111. REBOV Vassily Como Ultrapassar o Medo In Diplomacia Pura n 0 Abril Junho 2005 p 33 34 Report of the Task Force on Disorders and Terrorism National Advisory Committee on Criminal Justice Standards and Goals Washington 1976 Na o 177 S Defesa A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrategicas Vasco Rato Assessor de Estudos no IDN Bernardo Pires de Lima Investigador no IDN Resumo Este artigo analisa a forma como a cultura estra t gica da Rep blica Isl mica do Ir o em con juga o com a ideologia revolucion ria que emergiu com o derrube do X Reza Pahlavi refor a as ambi es nucleares dos mullahs Nesta perspectiva o prop sito de adquirir armamento nuclear deve ser entendido como um objectivo racional O artigo analisar ainda o enquadramento de seguran a regional e as consequ ncias que resultar o de um Ir o nuclearizado Dado que a aquisi o de armas nucleares pelo Ir o previsivelmente conduzir a um clima generalizado de inseguran a regio nal abordaremos as op es dispon veis para prevenir a sua aquisi o e as suas previs veis consequ ncias As op es em aberto aos deci sores pol ticos Ocidentais n o podem ser cata logadas meramente como boas ou m s todas as op es invariavelmente acarretam conse qu ncias negativas e nalguns casos desas trosas precisamente neste quadro de op es menos boas que se deve equacionar o eventual uso da
112. Seguran a da Informa o A informa o um recurso que tem valor essencial para as organiza es incluin do se nesta acep o os Estados um valor decisivo e fundamental nos dias em que vivemos e assume um aspecto relevante na seguran a e defesa das na es Qualquer interrup o de servi o p blico utiliza o indevida de informa o classificada ou des trui o de dados de cariz importante pode p r em causa a confian a dos cidad os e os interesses e at a pr pria soberania dos Estados Em contrapartida os sistemas de seguran a da informa o devem tamb m ter em conta as amea as que hoje se colocam s liberdades individuais protec o dos dados pessoais e consequentemente privacidade Face aos desenvolvimentos das tecnologias atr s salientados os problemas da N seguran a da informa o dizem hoje sobretudo respeito protec o da informa o Na o 39 S Defesa Ana Vaz armazenada processada ou transmitida sob forma electr nica contra amea as delibera das ou acidentais As mudan as tecnol gicas das ltimas d cadas vieram dar import ncia crescente informa o quer ela seja utilizada a n vel pessoal quer nas organiza es ou nos Estados nestes n veis que se deve ponderar a exig ncia de seguran a e o seu impacto nos sistemas de Seguran a e Defesa A informa o crucial nos mbitos pol tico social e econ mico e da a sua import n cia crescente no se
113. WNN oue aysap oAgenouduioo Jexoue gt QG 7T Squspms saquepnasa S00 ST sjenpiaipur slenpiapur 3 00 02 suonmnsuI ssg mnsuI Ju diiosqns ou UIssy JemMauaYy oedeAousy uoyd I L euu 3 Auno dizfjegsod poo AyD epepies07 SSaJpy epeiow sanssi sou uondmosqns jenuuy jenuy esneuissy 9LUPN 9LUON jegsownpenb esy VSIAIa 3 OYOVN NORMAS DE COLABORACAO O artigo proposto para publica o dever ser enviado via correio electr nico para publicacoes idn mdn gov pt O texto ter de observar as seguintes normas e Ter entre 30 000 a 50 000 caracteres espa os exclu dos em Word for Windows e Ser acompanhado de um resumo em portugu s e em ingl s at 1000 caracteres cada O artigo sem indica o do autor e acompanhado pela Ficha de Identifica o dispon vel em http www idn gov pt documentos fichadeautor doc devidamente preenchida ser apreciado em regime de anonimato pelo Conselho Editorial da revista Os artigos aprovados pelo Conselho Editorial pressup em o direito de publica o exclu siva na revista Na o e Defesa A revista Na o e Defesa poder publicar artigos j editados noutras publica es mediante autoriza o por parte da respectiva Editora Todo o artigo publicado da inteira responsabilidade do autor sendo a revis o das provas tipogr ficas da responsabilidade do Instituto da Defesa Nacional
114. Were We re Going Remarks at the Confederation of Indian Industries New Delhi India April 7 2006 151 Ver AJ P Taylor The Struggle for Mastery of Europe 1848 1918 Oxford Oxford University Press 1977 1954 p 392 152 Ver Henrique Raposo O Regresso do Jap o o mundo Trans Pacifico eclipsa o mundo Trans Atl ntico IPRI Occasional Paper 12 Outubro de 2006 115 Nagao Defesa Henrique Raposo os europeus e os japoneses no mapa de parcerias americano Isto evidente no discurso e praxis pol tica e na comunidade de especialistas acad micos Richard Burns sub secret rio para assuntos pol ticos um homem essencial nesta parceria taxativo India will be one of two or three most important partners in the world O influente Thomas Donnelly do American Enterprise Institute tamb m n o tem d vidas a ndia can stand with Great Britain and Japan as America s closest great power partners in the front ranks of the free world Estas declara es apontam para uma parceria que por 155 ser t o revolucion ria ainda descrita como inimagin vel E o facto que esta inimagin vel parceria indicia duas mudan as de fundo na pol tica internacional 1 Este artigo come ou com a constata o de uma evid ncia emp rica existe um desvio do centro de gravidade do Atl ntico para o Pac fico Ora essa evid ncia precisa de ser refinada precisa de maior sofistica o anal tica Em primeiro lu
115. York Review of Books 54 11 June 28 2007 51 Em 2004 o BJP Bharatiya Janata Party De direita nacionalista no poder desde 1999 foi castigado nas urnas Apesar do crescimento econ mico os eleitores elegeram o Partido do Congresso O slogan do BJP India Shining soava a falso para os mais de 300 milh es que vivem abaixo do limiar da pobreza por isso que uma das prioridades do novo governo um plano geral para as zonas rurais agricultura Ver S Nihal Singh Indian Election Of Computer Mice and Men YaleGlobal May 17 2004 Mira Kamdar India Cannot Afford Rural Failure in YaleGlobal April 20 2007 52 Ver Pranab Bardhan Globalization Hits Road Bumps in India YaleGlobal October 3 2006 53 Ver Montek Singh Ahluwalia Understanding India s Reform Trajectory Past Trends and Future Challenges in India Review 3 3 October 2004 pp 269 277 Na o Defesa 100 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico 2 alienating mas tamb m certo que democracy without globalization will be imprudent Encontrar o equil brio entre estes dois p los a tarefa constante e sem fim de qualquer governo democraticamente eleito num quadro constitucional A ndia n o foge regra Portanto se o Estado indiano pode ser criticado pelos entraves que coloca globaliza o conv m salientar que esse mesmo Estado conseguiu manter um sistema const
116. a es Finais A guerra que abordamos neste estudo um epis dio do conflito que possivelmente ser o de mais dif cil resolu o n o s por opor todo um conjunto muito complexo de 44 Moshe Dyan apud William Stevenson Israel 6 Dias de Guerra p 20 45 Hoje acrescentariamos pelo menos um terceiro que o dos produtores de armamento e um quarto que sendo meramente virtual e explicitamente negado tem vindo a ganhar import ncia que o do medo do terrorismo Sobretudo a partir dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001 levados a cabo no seu pr prio territ rio e na impossibilidade de desmantelar a Al Qaeda da nica forma vis vel que seria a captura do seu l der carism tico Bin Laden o povo americano d muito mais aten o sua pol tica externa o que se traduz em votos Sabem no os candidatos e os seus assessores embora se co bam de o dizerem expressamente Na o s Defesa 32 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes realidades religiosas culturais pol ticas e tnicas mas porque cada dia que passa aumenta a espiral de dio e de viol ncia que h muito extravasou os limites territoriais do conflito De ambos os lados h d cadas de dio centenas de milhar de motivos de vingan a e o sangue de outras tantas centenas de milhar de mortos Um estudo que procurasse fazer o balan o deste conflito de 1948 at aos nossos dias fazendo o levantamento de todos os inci
117. a o 69 S Defesa Vitor Ramon Fernandes duplo uso tendo o processo de consolida o resultado em v rias mega fus es que levaram a um elevado n vel de concentra o de desenvolvimento tecnol gico Assim a ind stria caracteriza se por um lado por um conjunto de grandes empre sas resultante do processo de consolida o que operam como integradores de sistemas e por outro lado por um conjunto mais alargado de empresas fornecedoras menos especializadas que beneficiam das sinergias associadas s tecnologias de duplo uso e fornecem as grandes empresas da ind stria da defesa e outras empresas de outras reas Dois factores t m militado fortemente para a rapidez do processo nos EUA por um lado as ajudas p blicas ao processo de reestrutura o que em alguns casos atingiram valores pr ximos dos 50 desses custos e por outro o facto de ser um mercado nico de grande dimens o com um quadro regulamentar nico Esses dois factores t m permitido alavancar substancialmente na quest o das tecnologias de duplo uso captan do sinergias tecnol gicas e de redu o de custos de desenvolvimento de grande signifi cado O dom nio tecnol gico adicionado ao aparecimento das tecnologias de duplo uso s o claramente elementos chave para a estrat gia de desenvolvimento neste pa s que alarga a no o de seguran a militar seguran a econ mica Contrariamente aos EUA onde a ind stria est consolidada e pode captar maio
118. a Lisboa s d p 163 o tratado ter sido assinado por Guy de Mollet Ben Gurion e o representante brit nico seria o secret rio dos Neg cios Estrangeiros Selwin Lloyd estando ainda presente Patrick Dean subsecret rio adjunto de Estado Contudo parece n o haver provas documentais da reuni o ou de quem nelas participou Hugh Thomas op cit p 9 Para os israelitas ficar conhecida como Guerra da Independ ncia e como al Nakbah o desastre para os rabes o que revela bem a profunda diverg ncia original oe Na o Defesa 10 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo rabes Ao abordarmos este conflito pensamos ser de considerar alguns aspectos em geral em primeiro lugar h que salientar que um conflito em que a componente religiosa tem um significado fundamental opdem se dois povos dois tipos de sociedade duas culturas mas e mais importante que tudo o resto s o duas religi es que disputam os mesmos locais e os mesmos territ rios mutuamente simb licos e sagrados Depois e decorrente do anterior trata se de um conflito c clico que se arrasta no tempo e quando cinquenta anos depois escrevemos estas linhas ainda que com novas nuances continua a verificar se com a mesma intensidade e somando pesadas baixas para ambos os lados A grande altera o em termos militares deu se com a introdu o no status quo existente de um novo dado o facto de Israel passar a dispor de armamento nu
119. a Sen critica os conservadores do clash of civilizations e os progressistas das pol ticas multiculturalistas Estas duas fac es ocidentais partilham o mesmo problema metodol gico b sico p 92 elevam a comunidade religi o condi o de identidade nica dos homens desprezando assim todas as outras identidades classe profiss o ideias pol ticas e morais etc A identidade nica uma fic o inventada pelos fan ticos religiosos no terreno e este o ponto central de Sen pelos te ricos nos gabinetes ocidentais verdade que os Na o Defesa 226 Contra o romantismo conservador e progressista conservadores la Huntington e multiculturalistas la Said n o t m a inten o de causar viol ncia Mas o facto que o car cter redutor das teorias baseadas num s crit rio de classifica o pode contribuir para a viol ncia p 20 Sen no fundo vem criticar o nosso tempo estranhamente rom ntico reaccion rio culturalista e religioso Como afirmou um dos grandes cr ticos deste ambiente multi culturalista vivemos uma Era de Contra Iluminismo no Ocidente E curioso que seja um indiano a contestar esta atmosfera Sen o humanista o iluminista o kantiano que o Ocidente j n o tem E de forma kantiana precisamente Sen afirma que a cultura n o destino As identidades culturais influenciam mas n o determinam o nosso racioc nio A tese de Huntington tem um gra
120. a pobreza fome doen a superpopula o uma praga de pragas As determinantes advinham essencialmente do facto de os africanos p s coloniais n o possu rem experi ncia alguma de autonomia de governo e os seus dirigentes gozarem de uma legitimidade limitada por redes de parentesco e lealdades clientelistas remata Landes Na aus ncia de qualquer originalidade no que venho reproduzindo mesmo quanto s inequivocas responsabilidades do Ocidente no descalabro do continente africano uma nota mais sobre o porqu desse at hoje fadado curso por que se deixou prender Se verdade que os modelos jur dico constitucionais institu dos nos pa ses africanos eram constru es fr geis porque artificialmente copiados dos das antigas pot ncias coloniais tal circunst ncia veio a favorecer o que se afirmava ser o caminho que a frica Negra devia seguir isto o da institui o do partido nico ou unificado que segundo Lavroff a partir de 1962 viria a constituir a tend ncia na generalidade desses pa ses inaugurando se assim uma nova etapa na vida pol tica da frica Negra Fundada no chamado Socialismo africano e tendo como mentores Senghor Keita Nkrumah Ny r r ou Kenyatta proclamavam a sua afinidade aos valores da civiliza o africana Mas o que pretendo sublinhar n o consente a menor infer ncia no sentido de retirar a grandeza de alma das vozes da Negritude enquanto movimento propulsionador da descol
121. a 122 Os Valores Sociais na Constru o de Estados Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para 0 Estabelecimento de uma Politica de Detesa e Seguran a Jo o Francisco de Brito dos Santos Auditor do Curso de Defesa Nacional 2005 2006 Superintendente da Pol cia Nacional de Cabo Verde Resumo Por que raz o muitos Estados n o se desen volveram designadamente os da frica Negra a quest o que subjaz ao texto que na linha de muitos outros autores v nos factores imate riais uma dessas causas determinantes Sem fazer nenhum excurso hist rico sobre uma vas ta e balcanizada literatura sobre o tema o autor conclui que os chamados valores ocidentais nasceram na Europa mas para serem aplicados tamb m em frica A hist ria da constru o dos Estados em frica exige uma nova abor dagem que reflicta a distin o entre a demo cracia liberal e a democracia iliberal N o obs tante a convic o de que mesmo quando ape nas do ponto de vista formal a institui o da democracia acaba por vencer a guerra por contraposi o a busca quase obstinada do con senso empobrece a democracia Abstract The Social Values in the Construction of the States The promotion of Democracy as the Essential Requisite for the Establishment of a Defense and Security Policy The reason why many States namely those of Black Africa did not develop is the question addressed by this article Many authors see in the immate
122. a coliga o anglo americana Teer o enfrenta um novo conjunto de vantagens mas tamb m de desafios e de vulnerabilidades No que se refere s vantagens a deposi o de Saddam Hussein 61 ICG op cit p 2 Na o Defesa 216 O Ir o de Ahmadinejad permite ao Ir o projectar o seu poder regional favorecer a constitui o de um governo iraquiano liderado pelos Xiitas e desenvolver a tecnologia nuclear garante da sua sobreviv ncia numa regi o marcada pela instabilidade pol tica A presen a americana na fronteira ocidental bem como o desmembramento do Iraque representa por outro lado uma amea a para Teer o isolado num contexto rabe e anti xiita O mau estar entre os pa ses maioritariamente sunitas que temem uma nova era de domina o xiita poder afectar os interesses de Teer o uma vez que pode conduzir a uma nova corrida s armas no M dio Oriente e a uma reac o em cadeia contra o Ir o Nas palavras do monarca jordano Abdullah II a onda xiita que amea a difundir se no Iraque na S ria no L bano e no Golfo p e em risco os interesses do Ocidente e seus aliados na zona Ar bia Saudita Jord nia e Emiratos As ac es de Teer o ir o no sentido de tentar tornar imposs vel a presen a norte americana no Iraque segundo o Ayatollah Khamenei a invas o do Iraque tem como sentido apoiar o Estado sionista absorver os recursos energ ticos do M dio Oriente e derrubar os regimes vigentes no Ir
123. a da EMPORDEF 31 8 Desse modo pode r o contribuir para um aumento de competitividade n o apenas da ind stria de defesa nacional mas da ind stria nacional de um modo alargado 46 De salientar que a LPM tamb m contempla o financiamento de programas de Research amp Technology nacionais e internacionais Na o 85 S Defesa Vitor Ramon Fernandes Para al m disso a abertura de algumas estruturas accionistas das empresas participa das ou de novas empresas a entidades privadas tamb m muito importante em determi nados casos o que j acontece com algumas das empresas da EMPORDEF mormente a EDISOFT em que para al m da participa o da EMPORDEF tem como accionistas a NAV Portugal EPE e a Thales Nederland cada um com 30 e o caso da EID em que para al m da EMPORDEF tem tamb m como accionistas a Rhode amp Schwarz com 27 3 a EFACEC com 25 1 e o INETI com 4 5 Pretende se assim facilitar a liga o entre os grupos internacionais e as empresas portuguesas tendo como finalidade fomentar uma associa o entre a EMPORDEF parceiros privados portugueses e parceiros estran geiros adequados em particular que disponham de tecnologias e mercados interes santes Este aspecto particularmente importante neste contexto de tecnologias de duplo uso e de alguma migra o do sector militar para o sector civil no que respeita origem e desenvolvimento das tecnologias utilizadas na ind stria de defesa 4 Conclus es
124. a de joint programs entre empresas ou programas cooperativos entre governos na tentativa de partilhar custos de desenvolvi mento e de conseguir obter economias de escala Sem d vida que as firmas norte americanas e do sector aeron utico em particular beneficiam de uma pol tica de encomendas cuja escala lhes permite financiar a sua I amp D As empresas europeias neste caso t m mais dificuldade uma vez que o seu mercado de encomendas ainda se encontra muito fraccionado A fragmenta o do espa o europeu a nivel de I amp D com uma l gica de independ n cia nacional tem custos elevados pois d origem a um conjunto de mercados com encomendas relativamente pequenas com implica es negativas a n vel da produtivida de e da capacidade de investimento em I amp D A diversidade pode ser positiva pois permite fazer ressaltar os modelos mais aptos mas a aus ncia de uma estrat gia de coordena o conduz a inefici ncias e a desperd cio de recursos A cria o de massa cr tica no que respeita a centros de compet ncias e aos projectos em desenvolvimento favoreceria a complementaridade e uma certa concentra o de meios mantendo algum n vel de concorr ncia 23 Grant 1997 24 The Economist 24 de Agosto de 2006 25 Kirkpatrick 2004 Neste contexto tem se procurado obter componentes mais do tipo off the shelf muitas vezes desenvolvidos no sector civil e de duplo uso que s o menos dispendiosos do que componentes do tip
125. a dos Estados trazendo ribalta quest es sobre a privacidade que antes n o eram importantes Pretende se efectuar uma an lise do tema a partir dos estudos e instrumentos regulamentadores no mbito nacional comunit rio e internacional e reflectir sobre a quest o da defini o dos limites para a protec o da privacidade face necessidade de utiliza o da informa o de car cter pessoal para finalidades que podem ser considera das com um valor objectivamente maior como o caso da seguran a dos Estados e consequentemente das pessoas No desenvolvimento s o analisadas as amea as que impendem sobre a seguran a da informa o e sobre a defesa da privacidade bem como as correspondentes medidas de protec o e o estabelecimento do necess rio equil brio entre a seguran a da informa o e a protec o da privacidade e dos dados pessoais Para tanto estudam se os instrumen tos mais recentes que cobrem estas reas com especial enfoque para Portugal sempre com a preocupa o de p r em evid ncia o estado da arte do tema objecto deste trabalho Visa se efectuar uma reflex o que relacione a seguran a da informa o com a protec o da privacidade e dos dados pessoais salientando aspectos que evidenciem o indispens vel equil brio entre os dois temas objecto deste artigo e sugerindo mais adequada divulga o e consciencializa o dos direitos fundamentais e dos riscos em que a sociedade globalizada os faz incorrer 2
126. a integra o da ndia na globaliza o e na economia americana um dado fundamental para a prosperidade do povo indiano No passado a ndia socialista recusaria qualquer integra o com os EUA Hoje essa integra o o centro da economia indiana 5 As Sociedades na Vanguarda dos Estados A rela o estrat gica entre os dois Estados n o explica tudo A aproxima o entre ndia e EUA tamb m est relacionada com a familiaridade entre as sociedades De facto a di spora indiana a residir na Am rica tem sido determinante no estabelecimento de pontes entre os dois pa ses Estamos a falar de mais de 2 milh es de Indian Americans 132 PM s Speech at India Today Conclave New Delhi February 25 2005 dispon vel em http pmindia nic in 133 Ver Manmohan Singh Russell C Leffingwell Lecture with Manmohan Singh Council on Foreign Relations New York September 24 2004 134 No seu conjunto a di spora composta por 25 milh es de indianos a trabalhar em 110 pa ses a segunda maior do mundo s suplantada pela chinesa A grandeza econ mica cultural desta di spora fala por si foi recentemente criado um minist rio especial para os imigrantes Ministry of Overseas Indian Affairs E para os indianos o estatuto de Grande Poder da ndia est ligado s contribui es desta di spora econ mica cient fica acad mica intelectual cultural Numa poca de interdepend ncia uma di spora de 25 milh es de pe
127. a que pudesse servir de exemplo a outros pa ses mu ulmanos E apesar de ter declarado que a tecnologia necess ria ao fabrico de armas nucleares violava valores Isl micos n o rejeitou a hip tese de adquirir essas armas no futuro A aparente contradi o desfez se quando Ahmadinejad caracterizou as armas nucleares como defensivas isto como um meio de proteger o Isl o dos seus inimigos Se a 3 Para uma abordagem sobre a argumenta o do presidente ver Ray Takeyh A Profile in Defiance Being Mahmoud Ahmadinejad The National Interest N 83 Spring 2006 pp 16 21 4 Estes foram os resultados da segunda volta eleitoral Na primeira volta os resultados foram os seguintes Ali Akbar Hashemi Rafsanjani 22 Mahmoud Ahmadinejad 20 7 Mehdi Karrubi 18 7 Mohammad Bager Qalibaf 14 9 Mostafa Moin 14 7 Ali Larijani 6 4 Moshen Mehralizadeh 4 7 Cf http www rferLorg featuresarticle 2005 06 2380ccf1 a0c8 448f b33c f2afe0b795c3 html Na o 183 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima designa o destas armas como defensivas parece amenizar algumas preocupa es ocidentais deve se por m sublinhar que a concep o de amea a utilizada pressup e que a mera exist ncia do actual poderio ocidental compromete a sobreviv ncia da Rep blica Isl mica Durante os primeiros meses do seu mandato a ret rica pol tica de Ahmadinejad renovou os receios ocidentais quanto s ambi es nuclear
128. actividade comportamentos no tocante mudan a moral do indiv duo e do grupo valores educa o eram relegados ao n vel de sat lites insignificantes gravitando penosamente em torno da estrutura central 19 Sobre o indiscut vel papel do esp rito humano no desenvolvimento das sociedades referenciarei ami de os trabalhos de Max Weber e Michael Novak v g A tica Protestante e o Esp rito do Capitalismo e A tica Cat lica e o Esp rito do Capitalismo Contrariamente assevero desde j que a chamada autenticidade afri cana ou o Geist africano que nunca ningu m se prestou a definir mas que se refere de forma m ope s culturas tradicionais apresenta se me como desatino tolo que mais n o faz do que bloquear o pensamento cr tico que tem adormecido os pa ses do chamado Terceiro Mundo impedindo s vezes mas retardando sempre o seu progresso favorecendo a degrada o desastrosa da vida das suas popula es Na o Defesa 130 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Politica de Defesa e Seguranca David Landes diz de forma categ rica o seguinte Todos os males que afligiram a Am rica Latina e o M dio Oriente s o exponencialmente agravados na frica subsariana mau governo soberania n o preparada tecnologia atrasada educa o inadequada mau clima assessoria incompetente quando n o desonest
129. ada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas Apesar do apoio iraniano concedido a in meros grupos terroristas da regi o a rela o com o Hezbollah um grupo xiita liban s que frequentemente actua como substituto regional de Teer o particularmente pr xima Ap s a revolu o de 1979 Khomeini criou os Guardas da Revolu o a guarda pretoriana da revolu o Uma das suas divis es a For a Qods Jerusal m foi encarregue de exportar a revolu o e em 1982 iniciou as suas actividades no L bano Um ano depois o Hezbollah assumiu a responsabilidade pelos bombardeamentos que devastaram o acampamento dos Marines americanos em Beirute o mais mort fero ataque contra os EUA antes do 11 de Setembro de 2001 Mas o apoio do Ir o ao terrorismo n o se circunscreve ao L bano e Palestina O envolvimento de Teer o na guerra civil da B snia foi amplamente documentado e providenciou treino aos terroristas sauditas que destru ram as Torres Khobar Segundo o Relat rio da Comiss o do 11 de Setembro o Ir o mant m la os de longa data com a al Qaeda e alguns dos seus operacionais receberam treino no Ir o e no Vale de Bekka dominado pelo Hezbollah Estes exemplos n o esgotam o envolvimento iraniano em actos de terror mas demonstram que o apoio concedido a grupos terroristas uma componente essencial da pol tica externa dos mullahs justamente este patroc nio de grupos terroristas que agudiza as pre
130. adicional residiria numa interven o militar do Ir o no Iraque ou num ataque directo a Israel 4 Conclus es Dado que as inten es iranianas nunca poder o ser plenamente conhecidas afigura se como razo vel considerar que o pa s pretende adquirir capacidades nucleares para fins militares Parece inevit vel a entrada do Ir o no clube nuclear Nesse caso o Ocidente e os Estados vizinhos ter o de interagir com o Ir o num plano novo porque os equil brios regionais ter o sido alterados e a nova correla o de poder ser prejudicial para os interesses do Ocidente numa rea de import ncia estrat gica vital 33 Michael Knights Deterrence by Punishment Would Offer Last Resort Options for Iran Jane s Intelligence Review April 2006 pp 28 31 34 Ver Harold Hough Iranian Intentions The Strait of Hormuz or Beyond Jane s Intelligence Review Vol 7 N 10 October 1995 pp 454 457 Na o 195 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima A pol tica tra ada para impedir a nucleariza o do Ir o deve atender cultura estrat gica do pa s e natureza revolucion ria do regime Em resultado da leitura hobbesiana do sistema internacional feita pelos mullahs um Ir o nuclearizado representa um perigo assinal vel para a estabilidade regional A natureza revolucion ria do regime e o seu comportamento passado indicam que o perigo da prolifera o n o pode ser minimizado Estado patrocinador
131. ado com a percep o que a ndia tem da China ao n vel estrat gico Nova Deli encara a China como o seu principal problema a longo prazo logo faz todo o sentido o aprofundamento da rela o Washington Nova Deli Ap s a realiza o dos testes nucleares 1998 o Primeiro Ministro Atal Behari Vajpayee escreveu a Bill Clinton para dizer que a China n o o Paquist o era o principal motivo para a realiza o dos testes nucleares O or amento militar indiano tem aumentado entre 13 a 25 ao ano desde 1998 1 A marinha parece ser a prioridade de Nova Deli Em 2010 a marinha indiana ter ao seu dispor tr s porta avi es a segunda maior frota do mundo Objectivo Controlar o 101 Ver Stephen P Cohen India Rising in Washington Quarterly 24 3 Summer 2000 102 Ver Lloyd Richardson Now Play the India Card in Policy Review 115 October November 2002 103 Conv m frisar que esta perspectiva sobre a India vai continuar depois do consulado de Bush A India um ponto de consenso entre as elites republicanas conservadoras e democratas liberais A forma como o Senado aprovou o acordo nuclear 88 12 disso o exemplo cabal Ver Bruce Riedel US Indian Relations a New Agenda for a New Era Center of the Advanced Sudy of India at the University of Pennsylvania April 19 2007 President Bush s Trip to South Asia Challenges and Opportunities A Brookings Institution Policy Briefing February 23 2006 104 Sh
132. ados referentes sa de e vida sexual incluindo os gen ticos dos restantes dados pessoais Na o Defesa 62 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais 6 Esta estrutura de protec o da privacidade e dos dados pessoais foi todavia posta em causa sobretudo ap s os ataques terroristas do 11 de Setembro em Nova Iorque seguidos de ataques similares em Madrid e Londres Estes atentados bem como outras ac es reveladoras da exist ncia de criminalidade organizada e violenta revela ram a necessidade imperiosa de conciliar a seguran a da informa o com a salvaguarda da intimidade da vida privada e dos dados pessoais O combate ao terrorismo e s demais ac es de criminalidade organizada exigem que seja poss vel s autoridades competentes em casos especificamente previstos na lei p r em causa n o s a seguran a da informa o como a privacidade particularmente atrav s da intercep o de qualquer forma de comunica o e da vigil ncia por meios electr nicos e consequentemente revelia e no desconhecimento dos vigiados de comportamentos e de actividades suspeitos H assim um dif cil equil brio a definir por um lado entre a utiliza o de meios destinados a garantir a seguran a dos Estados e das popula es e por outro a salva guarda dos valores fundamentais do respeito pela liberdade de informa o pela priva cidade e pela protec o dos dados pessoas o
133. aelo Arabes 8 O Desfecho da Crise do Suez Os Estados Unidos e a Uni o Sovi tica para o efeito de acordo opdem se veemen temente interven o Franco brit nica Os sovi ticos elevam o seu discurso amea a nuclear caso Londres e Paris n o retirem as suas for as e os Estados Unidos liderados pelo presidente Eisenhower provocam uma queda da libra inglesa no mercado atrav s da venda maci a desta moeda A Inglaterra for ada a recuar e Fran a n o resta outra alternativa sen o acompanh la As suas tropas s o substitu das devido press o internacional por uma for a militar de interposi o da ONU que ocupa a pen nsula do Sinai As ltimas for as israelitas abandonam o Sinai em Mar o de 1957 Os pol ticos Guy Mollet e Anthony Eden s o os grandes derrotados O primeiro ficar para a hist ria como o mal amado e apesar de ter sido um dos obreiros da Uni o Europeia o Caso Suez e o agravamento da guerra da Arg lia levar o ao seu afastamento e queda da IV Rep blica francesa com a subida de De Gaulle ao poder em 1958 Anthony Eden tornado como principal respons vel pela humilha o brit nica abando na a pol tica no ano seguinte Tamb m as pretens es e posses coloniais europeias se encaminhar o para um ponto de n o retorno que culminar com a perda das col nias portuguesas ap s a revolu o de 25 de Abril de 1974 O caso do Suez o marco de um ciclo que se encerra A poca do colonialis
134. alquer tecnologia pol tico organizat ria de que os sistemas totalit rios fundados na ideia do socialismo africano s o uma manifesta o da deriva totalit ria socialista A filosofia politica do partido nico transformado em vanguarda da consci ncia colectiva e dos fins e metas socialmente desej veis eliminou da cena pol tica categorias 30 Jorge Carlos Fonseca in Endoscopia n 118 publicado no Jornal Horizonte de 6 de Julho de 2006 Republica de Cabo Verde Ou Lavroff que referencia os argumentos ent o expendidos no sentido de o estabelecimento do partido nico ser apresentado como a panaceia capaz de p r termo a todos os males desses pa ses Quanto aos argumentos invocados v g como meio de construir a unidade nacional de assegurar o desenvolvimento econ mico e de ser compat vel com o Socialismo africano ver Ob cit pp 53 62 31 Da maior import ncia para a compreens o dos regimes pol ticos institu dos na Africa negra ver por todos a tese de doutoramento de On simo Silveira frica ao Sul do Sahara Sistemas de Partidos e Ideologias de Socialismo Editora Africa Debate 2004 32 Cf Dimitri Lavroff ob cit p 109 alguns exemplos em como a Constitui o do Mali previa que o Partido define a pol tica do Estado no Burundi o partido tra a a orienta o pol tica geral da Na o e inspira a ac o do Estado Verifica a ac o do Governo e do poder judici rio Bem
135. amento indicador no sentido de que a comunidade acad mica v o colapso dos Estados sob perspectivas disciplinares diversas que como se referencia no estudo elaborado sobre a Preven o de Conflitos Armados Coopera o para o Desenvolvimento e Integra o Justa no Sistema Internacional Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2005 pp 9 11 v o desde as Rela es Internacionais aos Estudos Estrat gicos Economia e Estudos do Desenvolvimento Sociologia e Antropologia Pol ticas E consequentemente a grande probabilidade de ocorr ncia de conting ncias diversas de que acima falava e os autores do trabalho em apre o igualmente sublinham na medida em que as teorias podem n o corresponder s realidades reais 44 Rigorosamente deveremos falar em Teorias da Depend ncia uma vez que nem todos os seus mentores poderiam ser considerados marxistas como por exemplo o caso de Fernando Henrique Cardoso Ver Jo o Gomes Cravinho in Vis es do Mundo ICS p 184 e ss 141 Na o Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos devidas s circunst ncias locais Fukuyama diz isso de forma clara ao sublinhar que o car cter local do conhecimento requerido para delinear uma imensa variedade de boas pr ticas administrativas indica que a capacidade administrativa n o de facto transferida de uma sociedade para outra por administradores do mundo desenvolvido que ensina aos seus cong neres menos evolu dos
136. antir pesadas perdas ao ex rcito eg pcio para o que n o necessitavam de se aproximarem do limite de exclus o Al m disso Nasser nunca poderia aceitar a n o ser que retirasse do canal abdicando das suas reivindica es e deixasse as suas for as a leste sem liga es e 29 Willmott H P Malogro do Suez in A Guerra no Mundo Depois de 1945 Verbo Lisboa 1983 pp 88 100 p 96 Na o Defesa 24 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes entregues ao ataque israelita Se bem que n o existam provas documentais de uma combina o estrat gica entre os tr s estados que em 1956 atacaram o Egipto os factos s o que a ter havido alguma negocia o dificilmente ela poderia ter surtido melhores efeitos que os que verdadeiramente proporcionou Houve a garantia da parte dos aliados de que a sua for a a rea numa primeira fase protegeria os c us de Israel e sabia se que a primeira interven o aliada seria o bombardeamento das posi es aero estrat gicas do Egipto Com o controle dos ares garantido e com as for as de Nasser hesitantes entre a que frente acorrer a Israel restava somente esperar para contabilizar os efectivos perdidos pelo Egipto 6 O Ataque Israelita A 29 de Outubro de 1956 Israel desencadeou a opera o Kadesh desenvolvendo um ataque em v rias frentes com efectivos muito bem treinados motivados e comandados Chefiados por Moshe Dayan contam com um efectivo de
137. apoderarem do controle do canal Simbolicamente escolhido o mesmo dia em que ocorrera a deposi o da monarquia sendo um desafio claro Inglaterra e a afirma o de um l der para a na o rabe Em Fran a e Inglaterra estas not cias principalmente a nacionaliza o da Companhia do Canal caem como uma bomba No fundo s o todas as possess es europeias em frica e M dio Oriente que est o em causa ap s o descalabro dos seus interesses na sia A Inglaterra cujo imp rio se estendia praticamente da L bia Mal sia tinha vindo a perder numerosos territ rios como a ndia o Iraque o pr prio Egipto a Jord nia e Israel concedera a independ ncia ao Sud o enfrentava a revolta na Mal sia e contesta es um pouco por todo o lado Acabava de retirar as suas for as militares alvos constantes de ataques terroristas que ainda permaneciam na grande base de Ismailia precisamente para garantirem a seguran a do canal ap s a assinatura de um acordo com o Egipto Mais ainda se o vasto imp rio brit nico dependia em larga medida do tr fego no canal do Suez que evitava a necessidade dos seus navios contornarem a costa africana e constitu ra afinal o grande motivo da sua constru o por outro lado n o dependia menos do prest gio do seu poderio naval e militar poderio esse que agora era posto prova de uma forma perfeitamente vexat ria A Fran a cujo imp rio se vinha tamb m a desmoronar no Magreb acabava de conce
138. ar 22 anos Ou seja o dinamismo da sociedade indiana empres rios contrasta com a rigidez e lentid o do Estado burocratas A imprensa e os empres rios repetem constantemente a necessidade de mais reformas liberais nova lei laboral mais abertura ao investimento externo mudan as no sector financeiro que possibilitariam um crescimento ainda mais acelerado O empres rio Ratan Tata chega mesmo a dizer que o sistema pol tico indiano uma fraqueza econ mica quando se compara o crescimento indiano na casa dos 8 com o crescimento chin s na casa dos 11 Mas Tata como muitos outros esquece uma coisa antes de ser um PIB em articula o com a globaliza o a ndia um Estado com um regime e uma identidade normativa E a pol tica mesmo num mundo globalizado sempre local A China apresenta um trajecto econ mico quantitativamente superior reflexo da sua maior abertura em rela o ao exterior uma das ironias da hist ria a China ainda dominada pelo Partido Comunista totalmente aberta ao capitalismo global enquanto a ndia mant m algumas reservas proteccionistas Ora esta menor abertura indiana o resultado do trade off democr tico Na actual conjuntura o actual governo indiano liderado pelo Partido do Congresso tem de negociar com os seus parceiros de coli ga o os comunistas que se op em a qualquer medida reformista Em qualquer 43 Simon Long India s Hour in The World in 2006 The Economist
139. ar o Isl o como religi o dominante O pr prio Nasser era crente apesar de nunca confundir a religi o com o pr prio estado como apan gio dos estados fundamentalistas isl micos E assim uma orienta o sincr tica de concilia o entre linhas socialistas e de observ ncia religiosa A sua pol tica ir inclusivamente levar a uma forte reac o dos meios religiosos mais conservadores que atentam contra a sua vida Nasser responder na sua Filosofia da Revolu o podem assassinar Nasser mas outro ocupar o seu lugar A revolu o sobreviver Nasser Filosofia da Revolu o apud Michael B Oren La Guerra de los Seis Dins p 36 Na o Defesa 16 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo rabes Outra quest o que urgia resolver foi a do financiamento da barragem de Assu o que pretendia ser a grande obra do regime fornecendo a energia e o abastecimento de gua vitais para o desenvolvimento do pa s Inicialmente o mega projecto contou com a participa o dos Estados Unidos e da Gr Bretanha por m dentro da sua estrat gia de converter o Egipto numa pot ncia local precisava igualmente de armamento necessi dade essa agravada pelo facto de Israel ter vindo a adquirir Fran a grandes quantida des de equipamento militar Nasser sabe que para se tornar um verdadeiro l der carism tico no mundo rabe ter que mais tarde ou mais cedo enfrentar Israel e as pot ncias europ
140. ara controlar a China Os EUA precisam de aliados asi ticos para gerir a emerg ncia chinesa Precisam do regresso do Japao Mas e este um ponto central precisam de aliados al m dos tradicionais aliados de 1945 49 europeus e japoneses Neste sentido os indianos j s o t o importantes como para servir de intermedi rio entre o Ir o e a restante comunidade internacional Sobre Ir o ndia ver C Christine Fair India and Iran New Dehli s Balacing Act in The Washington Quarterly 30 3 Summer 2007 pp 145 159 Sobre ndia Paquist o ver V R Raghavan The Double Edged Effect in South Asia in The Washington Quarterly 27 4 Autumn 2004 pp 147 155 Ramachandra Guha Opening a Window in Kashmir in World Policy Journal 21 3 Fall 2004 p 92 Manoj Joshi Terror s Twisted Turn in Hindustan Times February 21 2007 Stephen P Cohen India Pakistan and Kashmir in Journal of Strategic Studies 25 4 December 2002 pp 57 58 145 Eduard Luce AsiaSource Interview January 18 2007 146 Ver Strobe Talbott Godd day for India Bad day for Non Proliferation in YaleGlobal July 21 2005 147 Ver Bend them break them The Economist October 22 2005 p 16 148 Edward Luce Apesar dos Deuses p 276 149 Condoleezza Rice Our Opportunity with India in Washington Post March 13 2006 A15 150 Ver Richard A Boucher The US India Frienship Where We Were and
141. aram se em opositores da monarquia Mobilizando se contra um processo de moderniza o encarado como sin nimo de ocidentaliza o e secularismo a componente Isl mica do movimento revolucion rio fora sempre extremamente reaccion ria N o admira por isso que a subsequente rejei o do ocidentalismo e a afirma o da centralidade do Isl o como express o dos ensinamentos do ayatollah Khomeini tenham at hoje permanecido como a ideologia dominante do regime revolucion rio A terceira causa da revolu o iraniana reside no legado do pa s em pol tica externa Dito de forma simples os iranianos partilhavam a percep o de que Reza Pahlavi era um mero instrumento americano incapaz de salvaguardar os interesses nacionais ira nianos Embora esta percep o ainda hoje continue a ser generalizada no pa s refor ada pela narrativa revolucion ria da Rep blica Isl mica seria errado reduzir o papel do X na regi o a um mero executor dos interesses estrat gicos norte americanos Tal caricatura ignora a consider vel autonomia do Ir o face Casa Branca Os inte resses regionais de Washington foram de facto promovidos pelo X mas isto porque 6 Khomeini representava uma corrente de pensamento isl mico no Ir o N o sendo a mais numerosa emergiu como triunfante Mohammed Borghei Iran s religious Establishment The Dialectics of Politization in Samith K Farsoun and Mehred Mashayekhi eds Iran Politi
142. arch Institute Footnotes vol 11 n 3 June 2006 82 Brahma Chellaney India can be America s best friend in International Herald Tribune July 1 2005 83 The US and India a Growing Strategic Partnership Bureau of Public Affairs Washington DC February 27 2006 84 Ashley J Tellis Indo US Relations Headed for a Grand Transformation in YaleGlobal 14 July 2005 85 Para uma breve e recente s mula do esp rito de Bandung ver Hee Yeon Cho and Kuan Hsing Chen Editorial introduction Bandung Third Worldism in Inter Asia Cultural Studies 6 4 2005 pp 473 475 86 A met fora entranged democracies foi cunhada por Dennis Klux Ver por exemplo Dennis Kux India s Fine Balance in Foreign Affairs 81 3 May June 2003 pp 93 106 Na o Defesa 104 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico situa o sobretudo o Departamento de Estado do segundo mandato Esta equipa C Rice R Zoellick P Zelikow R Burns come aram a encarar a ndia como uma pe a activa e n o como uma fonte passiva de problemas Em 2006 em Nova Deli Bush e Singh selaram a parceria com algo que n o deixa d vidas the successful transformation of the US India relationship will have a decisive and positive influence on the future international system Um ano antes durante a visita de Singh a Washington a parceria teve o seu baptismo de fogo
143. artidos iraquianos fundados no Ir o o Conselho Supremo da Revolu o Isl mica Iraquiana CSRII o Al Da wa and Al Da wa Tanzim al Iraq que obtiveram importantes resultados nas elei es legislativas de Dezembro 2005 mant m la os privilegiados com Teer o e est o seriamente apostados na cria o de um Estado iraquiano s lido e unido No que diz respeito aos Curdos o Ir o tem insistido numa pol tica de expans o das rela es econ micas com os partidos curdos iraquianos investindo sobretudo na cons tru o de infra estruturas e nas telecomunica es Com este conjunto de actividades o Ir o pretende acima de tudo que um hipot tico cen rio de guerra civil iraquiano n o ponha em risco a sua integridade territorial O Ir o pretende um governo central forte e liderado pelos Xiitas que inviabilize qualquer deriva secessionista no Iraque e garanta a exist ncia de uma governo amigo a Teer o Este governo central forte n o dever seguir o modelo teocr tico iraniano pois tal poderia gerar competi o ideol gica no seio do mundo xiita enfraquecendo assim as posi es hegem nicas de Teer o A fim de solidificar o futuro Estado iraquiano Teer o chamou a si os partidos pol ticos iraquianos criados no ex lio a fim de garantir a sua vit ria nas elei es parlamentares Os partidos iraquianos xiitas recebem apoio finan ceiro e propagand stico de Teer o que em troca deseja ter em Bagdade um regime amigo s lido no po
144. as ocidentais n o est a retirar poder aos Estados Pelo contr rio O Estado indiano por exemplo nunca possuiu tanto poder quer internamente quer externamente como agora A entrada na globaliza o dotou a ndia de uma capacidade material inusitada para refor ar o projecto pol tico do Estado Na o indiano Mais o sucesso capitalista tem sido fundamental para a eleva o da confian a dos indianos enquanto na o 119 C Raja Moha Big Deal Big Heat in The Indian Express July 24 2007 120 Este o argumento central de Pavan K Varma A ndia no S culo XXI Lisboa Editorial Presen a 2006 121 Ver Edward Luce Apesar dos Deuses pp 279 289 122 Cf S P Gupta Report of the committee on India 2020 New Delhi Planning Commission Government of India December 2002 123 Ex Joseph Nye The Paradox of American Power New York Oxford University Press 2002 124 Ex Antonio Negri e Michael Hardt Imp rio Lisboa Livros do Brasil 2004 2000 125 Ver defesa deste argumento em Martin Wolf Will the Nation State Survive Globalization in Foreign Affairs January February 2001 pp 178 190 126 Ver Baldev Raj Nayar Globalization and India s National Autonomy in Commonwealth amp Comparative Politics 41 2 July 2003 pp 1 3 Baldev Raj Nayar India s Globalization Evaluating the Economic Consequences Washington Policy Studies 22 East West Center 2006 127 V
145. as Torres G meas as cadeias de televis o fixaram a imagem na primeira torre e os espectadores de todo o 6 Informa o divulgada pela Ag ncia Lusa a 13 de Agosto de 2006 7 A escolha destes tr s acontecimentos medi ticos n o est relacionada com uma poss vel classifica o dos maiores actos terroristas desde 2001 Se fosse esse o crit rio nomeadamente no que toca ao n mero de v timas ou ao grau de espectacularidade dos actos praticados teria que incluir entre outros aconteci mentos como o assalto ao Teatro Dubrovka em Moscovo em Outubro de 2002 as explos es em Bali na Indon sia tamb m em Outubro de 2002 ou a tomada de ref ns na escola de Beslan na Oss tia do Norte em Setembro de 2004 Por v rios factores estes acontecimentos n o tiveram uma cobertura medi tica t o intensa como os casos a que me refiro neste trabalho Na o 167 S Defesa Fatima Faria mundo tiveram tempo de ligar os seus aparelhos e assistir a tudo ao segundo choque e ao desmoronar dos dois edificios Segundo a professora de Ci ncia Politica da Univer sidade de Columbia Brigitte L Nacos os ataques terroristas em Nova Iorque e Washing ton foram a produ o feita para televis o mais vista de sempre 2003 28 De facto n o dif cil admitir que os ataques foram planeados e executados tendo em aten o o modus operandi dos media e os seus efeitos na opini o p blica e entre os decisores pol ticos Os terroristas que arquit
146. as armas tornar se o bastante diferentes das actualmente conhecidas que j s o tecnologicamente muito avan adas de tal modo que em poucos anos o salto tecnol gico ser mesmo inacess vel para os pa ses menos desenvolvidos Este processo de transforma o gerou uma nova doutrina nos EUA e na NATO em resposta percep o do surgimento de novas amea as e inova o no mbito das novas tecnologias em que se pretendem For as Armadas com capacidade de melhor fazer face a pequenas e complexas conting ncias de car cter n o convencional Pretende se desse modo expandir as comunica es entre as unidades militares com capacidades de projec o de for a a maiores dist ncias e com maior grau de precis o Este processo que est muito dependente de um conjunto de elementos electr nicos muito sofisticados iniciou se ap s a cimeira de Roma em 1991 em que a NATO e os seus membros definiram uma nova estrat gia para a qual ter o contribu do os ensinamentos da guerra do Vietname e mais recentemente da Guerra do Golfo no Kuwait assim como a interven o na Jugosl via Estes acontecimentos evidenciaram algumas limita es do actual modelo das For as Armadas europeias 1 4 A tend ncia para um aumento dos custos O novo quadro internacional ao n vel dos conceitos de defesa corresponde sobrevaloriza o dos sistemas em detrimento do conceito tradicional de armamento o que trouxe repercuss es estruturais profundas sob
147. as finalidades 8 Alain Peyrefitte chama aten o para as discuss es euroc ntricas que consideravam que o desenvolvi mento e o subdesenvolvimento estariam inscritos nos genes A insinua o decorria do facto de nenhum povo de ra a branca figurar na lista dos pa ses subdesenvolvidos e da a considera o de que outras tinham uma inaptid o natural para o progresso que eram etnias retardadas ou at mesmo ra as inferiores entre outras N o fica claro se estamos perante mais uma analogia mas David Landes no seu A Riqueza e a Pobreza das Na es Por que s o algumas t o ricas e outras t o pobres 7 Edi o Gradiva 2005 p 556 ao referir se aos pa ses perdedores descreve as sociedades latino americanas como adversas ao mundo industrial Diz ainda Adriano Moreira que este modelo alcan ou uma projec o mundial e est vigente desde Floren a do s culo XV at s mais recentes independ ncias do Terceiro Mundo Importante para a compreens o dos problemas da constru o dos Estados hoje tem a ver com o facto de muitos Estados serem plurinacionais e algumas na es estarem divididas entre mais de um Estado Mas para mais desenvolvimentos cf Adriano Moreira Teoria das Rela es Internacionais 4 Edi o Almedina 2002 pp 341 e ss Sobre o simbolismo da Paz de Westf lia nas Rela es Internacionais ver Jo o Marques de Almeida A Paz de Westfalia a hist ria do sistema de Estados moderno
148. as instala es nucleares A ndia e a China desempenham um papel decisivo na evolu o da crise T m fortes la os com o Ir o mas querem a estabilidade na regi o e do sistema internacional Moscovo n o quer um Ir o at mico sua porta nem uma corrida bomba no M dio Oriente A China e a ndia precisam do petr leo iraniano mas tamb m t m tudo a perder com uma cat strofe na regi o que amea aria o seu abastecimento energ tico Com o passar do tempo e as evidentes manobras dilat rias do Ir o a China tem demonstrado menos paci ncia com Teer o Seguramente que Ahmadinejad age racionalmente A sua subida ao poder significa a marginaliza o pelo menos tempor ria dos reformistas Com a marginaliza o dos reformistas no regime est em curso uma luta entre conservadores pragm ticos e radicais milenaristas A escalada do conflito regional pode contribuir para fortalecer a sua posi o dom stica sobretudo porque Ahmadinejad teve uma vit ria eleitoral ines perada Al m disso o presidente iraniano calcula que os ocidentais recuar o perante san es econ micas que fariam subir a n veis insuport veis o pre o do petr leo que em 2006 devido procura crescente da China ndia e dos pr prios Estados Unidos sofreu um aumento de mais de 50 Washington est tamb m numa posi o dif cil 31 Francisca Gorj o Fernandes Rice diz que Ir o o maior desafio dos Estados Unidos P blico 10 de Mar
149. as s o indianos 36 dos matem ticos da NASA s o indianos no campo da pol tica externa existe uma forte comunidade de intelectuais indianos ou de origem indiana Zakaria Tellis Lal Bhagwati Sen D Sousa etc com enorme prest gio h um congressista indo americano eleito em 2004 Piyush Jindal Bobby Jindal filho de imigrantes indianos conquistou a candidatura republicana para governador da Louisiana o interesse pela ndia disparou exponencialmente na academia e no debate p blico tout court figuras de topo do meio acad mico e intelectual americano j t m a ndia como objecto de estudo Martha C Nussbaum o exemplo paradigm tico da moda indiana Ver Scott Kraft Calling India in LA Times May 6 2007 Edward Wasserman Outsourcing the news business overseas in Miami Herald May 28 2007 Ashutosh Sheshabalaya Made in India p 200 Arthur G Rubinoff Diaspora as a Factor in US India Relations in Asian Affairs an American Review 32 3 Fall 2005 pp 169 187 Martha C Nussbaum Fears of Democracy in The Chronicle of Higher Education 53 37 May 18 2007 Sumit Ganguly and Alyssa Ayres Introduction the State of India Studies in the United States 2006 in India Review 5 1 January 2006 pp 1 13 113 Na o Defesa Henrique Raposo 2 contactos pessoais superior proximidade entre os dois Estados n vel pol tico contactos oficiais A miss o diplom tica amer
150. atingiria os 794 mil milh es de d lares americanos USD um valor que era no entanto o mais baixo desde 1966 e estava cerca de 40 abaixo do seu montante mais elevado registado em 1987 No que se refere aos EUA o volume de despesas militares atingiu em 2005 um valor de 478 2 mil milh es de USD isto um montante superior ao resto do mundo em conjunto de esperar que estes montantes pelo menos se mantenham ou aumentem at 2007 na medida em que o Presidente George Bush o repetiu v rias vezes Tamb m de acordo com o SIPRI os EUA dever o continuar a dominar ao n vel das despesas militares Por exemplo o montante para a NATO Europa foi de aproxi madamente 160 mil milh es de USD um n vel bem abaixo dos EUA Em 2002 pa ses como o RU e a Fran a tiveram cada um deles despesas de montantes na ordem dos 50 mil milh es de USD mais exactamente 48 3 mil milh es de USD para o RU e 46 2 mil milh es de USD para a Fran a A Alemanha ficou bastante abaixo com 27 7 mil milh es de USD Por outro lado a R ssia gastou cerca de 16 mil milh es de USD enquanto que a China registou 31 1 mil milh es de USD e o Jap o 46 7 mil milh es de USD 1 SIPRI Yearbook 2006 O SIPRI o Stockholm International Peace Research Institute 2 Carson 2002 Na o 67 S Defesa Vitor Ramon Fernandes A industria de defesa continua a ter tamb m um peso muito significativo a nivel de emprego apesar dos decr scimos muito substancia
151. aulet Singh All Options Open to India in Asian Times April 20 2007 22 Henry Kissinger America s Assignment in Newsweek January 8 2005 Na o Defesa 96 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico desvio no centro de gravidade do Atl ntico para o Pac fico e isso significa que para os EUA as grandes quest es estrat gicas s o as seguintes 1 coopera o ou confronto com Pequim 2 Como gerir o regresso do Jap o com a emerg ncia da ndia e da China 3 Como coordenar a rela o China India no sentido de evitar misperception misunderstanding or miscalculation entre os dois gigantes asi ticos este enqua dramento estrat gico que serve de moldura parceria ndia China 3 ndia al m do PIB a Maior Democracia Liberal do Mundo A performance econ mica domina os livros e artigos sobre a ndia E os factos s o realmente impressionantes 1 30 a 40 milh es de pessoas est o a integrar a classe m dia todos os anos a classe m dia indiana 300 milh es superior popula o total dos EUA 2 o PIB indiano de 805bn a ndia a d cima economia do mundo em termos absolutos e a quarta em PPP entre 2002 e 2006 a ndia cresceu a 8 no ltimo ano fiscal cresceu a 9 4 3 A Tata comprou a Corus e a Mittal adquiriu a Arcelor 4 Em 2001 a ndia apresentava 354 milh es de pessoas entre os 5 19 anos logo e
152. ava o Poder e apostava na argumenta o idealista Vajpayee salientou a import ncia central do Poder para a confian a da ndia afirmando que milh es de indianos encararam os testes nucleares como um pren ncio da emerg ncia de strong and self confident India Se a ndia nehruniana recusava por princ pio o armamento nuclear a nova ndia do BJP recusou por princ pio o exclusivo nuclear dos cinco grandes China R ssia Fran a Reino Unido EUA e exigiu e exige ter acesso ao armamento nuclear Os indianos hoje assumem que a for a uma realidade inultrapass vel do sistema e que a ret rica idealista n o substituto altura do r pido crescimento econ mico Singh mant m a no o de que a ndia tem um lugar especial no mundo 114 Nehru The Noble Mansion of Free India in Brian MacArthur ed The Penguin Book of the Twentieth Century Speeches London Penguin 1999 p 239 115 Ver James Chiriyankandath Realigning India Indian Foreign Policy after the Cold War in The Round Table 93 374 April 2004 116 Ver Atal Bihari Vajpayee We have show them that ew mean business in India Today May 25 1998 117 Ver Jaswant Singh Against Nuclear Apartheid in Foreign Affairs 77 5 September October 1998 118 Ver Sumit Ganguly India s Foreign Policy Grows up in World Policy Journal 20 4 Winter 2003 04 pp 41 47 Na o 109 S Defesa Henrique Raposo mas a nd
153. az o Pascal Bruckner afirma que o multiculturalismo n o passa de nacionalismo para as minorias Se Huntington transforma o mundo numa federa o de religi es o multiculturalismo transformou a Gr Bretanha numa federa o de comunidades p 160 E apesar das implica es tir nicas de arrumar as pessoas em categorias r gidas que correspondam a comunidades espec ficas esta vis o frequentemente interpretada de forma bas tante desconcertante como aliada da liberdade individual p 207 E este ponto essencial O multiculturalismo aparece sempre vestido com a indument ria progres sista defensor da liberdade dos n o ocidentais contra a opress o da maioria branca Ora esta uma grande fraude para usarmos a express o de Fernando Savater Porque estamos perante um racioc nio reaccion rio que foi transformado numa causa supostamente progressista aquilo que no passado pertencia extrema direita hoje santificado pelo politicamente correcto progressista Em termos formais e epistemol gicos os multiculturalistas de hoje reproduzem o pensamento rom ntico e reaccion rio da velha direita Impondo uma vis o cosmopolita e realmente progressista sem aspas Sen distingue liberdade cultural de preserva o cultural pp 154 155 Se a liberdade de escolha importante ent o o resultado dessa liberdade de escolha tem de ser valorizado e n o 9 Ver Ferdinand T nnies Community and Association
154. bilidade de uma reviravolta revolucion ria com que os Americanos h tanto tempo sonham Apesar do princ pio da representatividade pol tica estar garantido no Ir o atrav s de elei es livres para a Presid ncia e para o Parlamento os rg os eleitos n o t m efectivamente poder real para encetar reformas de fundo do sistema pol tico Dada a aus ncia de um espa o pol tico verdadeiramente aberto o campo de batalha das diferentes concep es pol ticas tem precisamente lugar nos rg os pol ticos n o eleitos designadamente no seio do pr prio Conselho dos Guardi os Neste c rculo duas posi es est o em confronto os conservadores pragm ticos liderados por Hashemi Rafsanjani e os conservadores ortodoxos radicais liderados por Khamenei Os conser vadores pragm ticos defendem o modelo isl mico puro n o questionam de todo a estrutura teol gica do poder embora flex vel no plano econ mico uma maior abertura e no plano exterior a necessidade de encontrar um modus vivendi pragm tico com o Ocidente principalmente com os EUA Os conservadores ortodoxos diferem dos anteriores em rela o abertura econ mica dos monop lios estatais aos mercados internacionais e em rela o a uma plataforma de 18 Zbigniew Brzezinski Robert M Gates e Suzanne Maloney Iran Time for a New Approach NY Council on Foreign Relations 2004 0 p 13 19 De acordo com CFR cerca de 70 da popula o iraniana jovem altament
155. bora subordinada pol tica interna a campanha contemplou alguns dos mais prementes temas de pol tica externa Rafsanjani sugeriu que a sua vit ria conduziria a uma abertura nas rela es com os EUA ou seja implicitamente admitia a possibili dade de forjar um compromisso quanto quest o das armas nucleares Divergiu das posi es ortodoxas expressas no Parlamento e pelo L der Supremo Khamenei em defesa da via unilateral de enriquecimento de ur nio N o seria portanto inconceb vel que Rafsanjani uma vez eleito executasse uma pol tica externa pragm tica menos assente no confronto com o Ocidente As expectativas eram menos optimistas em rela o a Ahmadinejad Antigo membro do Corpo de Guardas da Revolu o Iraniana Ahmadinejad participara em 1979 na ocupa o da Embaixada dos EUA Mais tarde enquanto Presidente da C mara de Teer o ordenou que os funcion rios municipais adoptassem vestu rio apropriado e instalou elevadores separados para homens e mulheres nos edif cios p blicos Tendo em conta este curr culo de purismo ideol gico n o surpreendeu o seu apelo ao regresso dos princ pios da Revolu o Isl mica associando os s reformas econ micas e justi a social um eufemismo utilizado para criticar Rafsanjani Quanto pol tica externa Ahmadinejad definiu se como um nacionalista revolu cion rio Isl mico Reclamou a cria o de uma na o avan ada e poderosa uma vanguard
156. botagem e de espionagem e contra fugas de informa o Comiss o para a Fiscaliza o do Segredo de Estado cabe velar pelo cumprimento da lei Em Portugal tal como noutros pa ses europeus os ataques seguran a da informa o em respeito ali s pela Recomenda o 89 9 do Conselho da Europa atr s referida s o sancionados criminalmente Assim a Lei n 109 91 de 17 de Agosto sobre a criminalidade inform tica sanciona com penas de pris o os crimes de falsidade inform tica danos relativos a dados ou programas inform ticos sabotagem inform tica acesso e intercep o ileg timos por sua vez o C digo Penal prev no art 221 a puni o criminal da burla inform tica A protec o das comunica es em documentos escritos garantida pelo uso da assinatura digital foi objecto em Portugal do Decreto Lei n 290 D 99 de 2 de Agosto 19 Decreto do Presidente da Republica n 55 93 art 118 20 Este dispositivo inspirou o legislador portugu s que fez reflectir estas medidas no artigo 15 sobre medidas especiais de seguran a da Lei n 67 98 de 26 de Outubro relativa protec o de dados 21 Lei n 6 94 de 7 de Abril art 8 Na o 47 S Defesa Ana Vaz alterado pelos Decretos Lei n 62 2003 de 3 de Abril 165 2004 de 6 de Julho e 116 A 2006 de 16 de Junho e ainda pelo Decreto Regulamentar n 25 2004 de 15 de Julho que regulam a assinatura electr nica e a validade dos documentos ele
157. cal Culture in the Islamic Republic London Routledge 1992 pp 57 81 Shahrough Akhavi Religion and Politics in Contemporary Iran Clergy State Relations in the Pahlavi Period Albany State University of New York Press 1980 Fred Halliday Iran Dictatorship and Development New York Penguin Books 1979 Daniel Brumberg Reinventing Khomeini The Struggle for Reform in Iran Chicago Chicago University Press 2001 Sobre a transi o liderada por Khomeini ver Shireen T Hunter A Post Khomeini Iran Foreign Affairs Vol 68 N 5 Winter 1989 90 pp 133 149 e Shireen T Hunter Iran After Khomeini New York Praeger 1992 Sobre a d cada de Khomeini Robin Wright In the Name of God The Khomeini Decade New York Simon amp Schuster 1989 e Shaul Bakhash The Region of the Ayatollahs Iran and the Islamic Revolution 2 ed New York Basic Books 1984 Barry Rubin Paved with Good Intentions The American Experience and Iran Oxford Oxford University Press 1982 Mark J Gasiorowski US Foreign Policy and the Shah Building a Client State in Iran Ithaca Cornell University Press 1991 e Kenneth Pollack The Persian Puzzle The Conflict Between Iran and America New York Random House 2004 N oo No Na o 185 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima Reza Pahlavi acreditava que a consolida o da hegemonia iraniana na regi o convergia com a pol tica de Washington para o Golfo P rsico Seja como fo
158. cerca de 45 mil homens 130 avi es de combate e 180 tanques contra uma for a eg pcia um pouco menos numero sa O ataque estaria projectado para ser cumprido em v rias fases Dependendo dos resultados e do desenrolar da situa o por parte dos aliados a for a israelita prossegui ria ou n o os objectivos seguintes sendo portanto um plano bastante flex vel permi tindo recuar ou avan ar por etapas consoante o desenrolar dos acontecimentos Nasser ter sido apanhado desprevenido e ficado em d vida tratar se ia de uma incurs o punitiva ou de uma invas o de maiores dimens es Deveria enviar refor os ou concen trar se no canal Esta indecis o fruto de uma desadequada pondera o estrat gica explicada pela estrat gia de repres lias que Israel vinha adoptando desde 1951 e que ainda hoje mant m Possivelmente nem os pr prios israelitas o saberiam apenas estavam certos de se tratar de uma conjuntura por excel ncia que n o podiam desperdi ar e para a aproveitarem devidamente deviam proceder com o m ximo de oportunidade capitali zando os resultados obtidos antes de procederem fase seguinte 30 Cf Michael Orr Ataque Israelita ao Sinai in A Guerra no Mundo Verbo Lisboa 1983 pp 101 107 p 103 31 Idem Ibidem p 103 40 mil homens 60 avi es de combate e 150 tanques Na o 25 S Defesa Abel Jos Santos Leite A opera o inicia se com o lan amento aerotransportado de um batalh o da 20
159. cion ria que emergiu com o derrube em 1979 da monarquia do X Reza Pahlavi refor a as ambi es nucleares dos mullahs A luz desta cultura estrat gica iraniana o prop sito de adquirir armamento nuclear deve ser entendido como um objectivo racional N o significa isto que o Ocidente deve aceitar a inevitabilidade de um Ir o nuclearizado At porque tal desfecho compro meteria a estabilidade regional e por conseguinte aumentaria a possibilidade de um conflito de larga escala numa zona de vital relev ncia estrat gica para o Ocidente Constatar que h uma bvia racionalidade por detr s das ambi es iranianas significa meramente que existe um conjunto de preocupa es que sustenta as recentes escolhas feitas por Teer o Preocupa es essas que se acentuaram ap s o derrube de Saddam 1 Sobre os recentes acontecimentos ver Pascal Drouhaud Prolif ration Nucl aire Quelles Limites la Marche Forc e de l Iran D fense Nationale et S curit Collective mai 2006 pp 86 97 2 Sobre as raz es do Ir o para desenvolver o programa nuclear ver Ray Takeyh Iran Builds the Bomb Survival Vol 46 N 4 Winter 2004 2005 pp 51 63 Na o 181 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima Hussein A presen a de tropas americanas no Iraque e anteriormente a pol tica de promo o da democracia de George W Bush n o deve ser entendida como a causa do programa nuclear iraniano mas seguramente co
160. clear que inviabiliza as pretens es dos estados rabes vizinhos de efectuarem qualquer tipo de ataque convencional No entanto tal n o ter evitado a guerra de 1973 nem o recurso israelita amea a de utiliza o deste tipo de armamento numa altura em que tudo levava a supor que j o teriam Esta constata o e estas considera es merecem todavia uma salvaguarda incontorn vel uma vez que a pol tica oficial de Israel a este respeito a de ambiguidade estrat gica Finalmente trata se de uma zona do globo de extrema import ncia para a vida e a economia mundial j que aqui que se encontram os lugares 6 Cf Shimon Peres Tempo para a guerra Tempo para a paz p 37 foi a nossa suposta op o at mica 7 At data de hoje nenhum dirigente israelita admitiu ou negou a exist ncia de armas at micas nos arsenais israelitas Como dados concretos sabemos apenas que Israel o nico pa s do M dio Oriente que n o assinou o Tratado de N o Prolifera o Nuclear e que em Abril deste mesmo ano foi libertado Mordechai Vanunu que ainda se encontra sob grandes restri es judiciais ap s ter cumprido 18 anos de pris o por revelar informa es sobre o programa nuclear israelita tidas como confidenciais e atentat rias para a seguran a do estado Toda a informa o relativa ao assunto rigorosamente restrita e baseada sobretudo em especula es j que este um dos segredos mais bem guardados de sempre Moha
161. cluindo a procura de capacidades nucleares sem primeiro contemplar a ideologia dos mullahs Isto porque as ra zes isl micas do regime moldam a sua pol tica externa em duas dimens es cruciais Primeiro o islamismo xiita estabeleceu um discurso legitimador da manuten o do poder interno pelos cl rigos Dito de forma diferente as op es de pol tica externa s o encaradas sob o prisma do xiismo e legitimadas por uma vis o religiosa do mundo que se sobrep e a outras considera es incluindo o pragmatismo ocidental Neste sentido a pol tica do Ir o idealista pautando se por objectivos que escapam s categorias tradicionais da realpolitik o que torna a quest o nuclear e as negocia es em volta do programa iraniano t o complexa quanto aterradora Inerente a este discurso isl mico encontra se a no o de solidariedade com o mundo mu ulmano particularmente com as comunidades xiitas historicamente minorit rias e sujeitas a persegui es pelas maiorias sunitas dispersas pelo M dio Oriente A natureza revolucion ria do regime o reflexo e at certo ponto refor ada pela narrativa de vitimiza o que caracteriza o xiismo Da que a pol tica externa iraniana seja necessariamente internacionalista caracterizando como inimigos todos que se encontram em diverg ncia com o xiismo Concomitantemente o refor o do xiismo em qualquer parte do M dio Oriente refor a o Ir o e as possibilidades de a revolu o s
162. clus o do processo electivo Desta an lise patente que o poder ltimo o poder religioso localizado no L der Supremo Ahmadinejad n o disp e assim de autoridade suficiente para decidir sobre as grandes linhas de orienta o nacionais dado que o pr prio sistema constitucional oo Artigos 113 e 134 da Constitui o da Rep blica Isl mica do Ir o CRI em http www salamiran org IranInfo State Constitution 9 Artigo 71 da CRI 10 Artigo 110 n 10 da CRI 11 Artigo 110 n 4 da CRI 12 Id al nea 5 13 Artigo 71 da CRI 14 Artigo 94 da CRI 15 Artigo 110 da CRI 16 Artigo 111 da CRI Na o 201 S Defesa Maria do C u Pinto iraniano o remete para segundo plano A base de poder de Ahmadinejad mesmo mais fr gil do que a de Khatami o seu antecessor reformista Ali s caso o Presidente Ahmadinejad insista nas suas reformas pol ticas e sociais como a redistribui o da riqueza ou a batalha contra a corrup o corre o risco de fragilizar o seu poder Ou seja qualquer tentativa de controlar ou alterar o sistema econ mico e social vigente poder p lo em confronto com as estruturas de poder iraniano as quais n o est o dispostos a aceitar reformas que ponham em causa a sua base de poder Para al m das estruturas formais de poder o facto de subsistir no Ir o uma economia informal em que est o envolvidas as inst ncias m ximas do poder alimenta a pluralidad
163. como necess ria e benigna Cf Sumit Ganguly America and India at the turning point in Current History 104 686 March 2005 p 124 130 Ver C Raja Mohan Balancing Interests and Values India s Struggle with Democracy Promotion in The Washington Quarterly 30 3 Summer 2007 pp 99 115 Happy ending The Economist March 17 2005 p 59 131 oe india Global Democracy Initiative US Department of State Washington DC July 18 2005 111 Nagao Defesa Henrique Raposo no liberalismo econ mico defesa da globaliza o e no liberalismo pol tico defesa da democracia liberal como nico regime leg timo Para Singh a ideia de ndia it is the idea of an inclusive open multi cultural multi ethnic multi linguistic society I believe that this is the dominant trend of the political evolution of all societies in the 21 century Therefore we have an obligation to history and mankind to show that pluralism works India must show that democracy can deliver development and empower the marginalized Liberal democracy is the natural order of political organization in today s world All alternative systems authoritarian and majoritarian in varying degrees are an aberration Singh n o s identifica a India com a democracia liberal politica interna como afirma que a India essencial para o triunfo da democracia liberal no mundo politica externa No que diz respeito economia Singh afirma que
164. cos verificados a n vel civil 1 3 A transforma o face s novas amea as A exist ncia de um contexto estrat gico diferente e a emerg ncia de novos tipos de amea as tem imposto a necessidade de reestruturar as For as Armadas redu zindo as em efectivos mas dotando as de maior agilidade e rapidez de actua o o que s poss vel com o recurso a novos equipamentos e sistemas de armas tecnologi camente mais desenvolvidos A este esfor o corresponde tamb m uma maior exig ncia de pessoal profissionalizado e altamente qualificado trazendo novas exig ncias para a ind stria 20 www eads com annual reports www boeing com annual reports Na o 73 S Defesa Vitor Ramon Fernandes O recurso a equipamento tecnologicamente desenvolvido e que se pensa dever ser cada vez mais sofisticado tem se materializado num aumento das despesas militares em v rios pa ses nessa componente relativamente a despesas com pessoal Os novos ex rcitos p s Guerra Fria s o portanto estruturalmente bastante diferen tes das vers es anteriores utilizando novas armas para cumprir novas miss es Os meios requeridos pelas for as terrestres s o mais ligeiros e flex veis no seu emprego com menos homens e com grande capacidade de desloca o e comunica o Tamb m as for as navais e a reas experimentam id nticas altera es Os meios que dever o dispor s o e ser o cada vez mais avan ados do ponto de vista tecnol gico As nov
165. crescente da informa o nas actividades eco n micas e sociais o Conselho das Comunidades Europeias decidira adoptar um instru mento para enquadrar a ac o no dom nio da seguran a dos sistemas de informa o No seguimento desta preocupa o foi aprovada especificamente na rea das comu nica es electr nicas a Directiva 2002 21 CE de 7 de Mar o de 2002 que define as atribui es de autoridades reguladoras nacionais de forma a garantir a harmonia e a coer ncia das pr ticas dos diversos Estados Membros em mat ria de redes e servi os de comunica es electr nicas Foi tamb m aprovada a Directiva 2002 58 CE de 17 de Julho de 2002 relativa ao tratamento de dados pessoais e protec o da privacidade no sector das comunica es electr nicas que enumera as condi es em que os Estados Membros podem restringir os direitos e obriga es dos prestadores dos servi os de comunica es para salvaguardar a seguran a nacional a defesa a seguran a p blica no sentido de prevenir e investigar infrac es penais ou a utiliza o ileg tima das comunica es electr nicas 18 Decis o do Conselho 92 242 CEE de 31 de Mar o de 1992 no dom nio da seguran a dos sistemas de informa o Na o Defesa 46 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais J a Conven o de Aplica o do Acordo de Schengen de que Portugal parte contratante indicou as medidas a tomar para garan
166. ctiva n 2002 58 CE relativa ao tratamento de dados pessoais e protec o da privacidade no sector das comunica es electr nicas assegurando a protec o dos dados pessoais e os interesses dos assinantes Das medidas de protec o s o excepcionados os procedimentos necess rios para a protec o de actividades relacionadas com a seguran a p blica a defesa a seguran a do Estado e a preven o investiga o e repress o de infrac es penais que sejam definidos em lei especial Com este diploma pro be se a escuta ou a intercep o de comunica es ou a vigil ncia de comunica es e ainda a utiliza o dos dados de tr fego sem o consenti mento dos utilizadores Os dados de tr fego devem ser eliminados ou tornados an ni mos quando deixam de ser necess rios para a transmiss o da comunica o sendo que os tribunais podem obter informa es sobre estes dados com vista resolu o de lit gios no mbito de processos 36 Ea Lei n 2 94 de 19 de Fevereiro que estabelece os mecanismos de controlo e fiscaliza o do Sistema de Informa o Schengen tendo em vista preservar a seguran a do Estado e a seguran a p blica bem como a aplica o da Conven o nos territ rios das partes 37 Lei n 65 93 de 26 de Agosto alterada pela Lei n 8 95 de 29 de Marco 38 A Lei n 41 2004 de 18 de Agosto define dados de tr fego como quaisquer dados tratados para efeitos do envio de uma comunica o atrav s
167. ctor de Defesa quer entendida em sentido lato quer no sentido restrito de cariz militar Ao Estado Portugu s cabe garantir em todos os momentos a funcionalidade dos sistemas vitais de seguran a nacional nomeadamente as redes de energia comunica es transportes abastecimentos e informa o Haver ainda que ter em conta n o s os Sistemas de Informa o em geral mas tamb m em particular os sistemas de Informa es intelligence definindo se estes como os sistemas que processam informa o classificada isto de acesso restrito a pessoas credenciadas para o efeito Um sistema de informa o considerado seguro se reunir as seguintes caracter sti cas Confidencialidade no sentido de permitir o acesso apenas a utilizadores autori zados Integridade ou seja a garantia de que a informa o a correcta Disponibilidade o que significa a possibilidade de utilizar a informa o quando ela necess ria Na base dos sistemas de informa o relevam actualmente os sistemas inform ticos pelo que a seguran a inform tica assume particular import ncia visando salvaguardar a sua integridade funcional e prevenir a divulga o distor o ou destrui o il cita de 3 Comiss o Europeia Livro Verde sobre a seguran a dos sistemas de informa o 1994 4 Por Defesa Nacional entende se o conjunto de medidas tanto de car cter militar como pol tico econ mico social e cultural que adequadamente integrada
168. ctos Como em todas as situa es h que prevalecer o bom senso e deve apostar se num equil brio e numa avalia o correcta do que melhor para a seguran a de todos em determinado momen to Cr ticas excessivas podem minar a confian a das popula es nas for as de seguran a gerar um clima de receio e de instabilidade favorecendo unicamente as organiza es que visam levar por diante ac es terroristas Os media devem tomar consci ncia da sua posi o privilegiada e tal deve lev los a uma auto conten o Neste sentido devem tentar encontrar um equil brio entre por um lado a publica o de informa o verdadeira confirmada respons vel e pouco especulativa e por outro lado a colabora o com as for as de seguran a do Estado O papel dos media no combate ao terrorismo pode n o ser primeira vista muito evidente Ali s numa abordagem r pida pouco coerente e mal fundamentada poder at ser f cil identificar os pontos em que os media s o mais favor veis aos terroristas do que contra eles Mas n o nos podemos esquecer que a cobertura noticiosa uma ferramenta essencial para estimular o interesse p blico por estas quest es e para promover o seu envolvimento neste processo Numa altura em que pa ses por todo o mundo desenvolvem novas respostas para o terrorismo os media podem desempenhar um papel vital ao fornecerem informa o e ao unificarem o esfor o antiterrorista global Na o s Defesa 17
169. ctr nicos Face aprova o da Directiva 1999 93 CE de 13 de Dezembro que trata o quadro legal comunit rio para as assinaturas electr nicas o Decreto Lei n 62 2003 veio compatibilizar o regime jur dico portugu s da assinatura digital com as disposi es comunit rias Ainda no dom nio da protec o legislativa da seguran a da informa o a Lei n 67 98 de 26 de Outubro n o obstante ter como primeiro objectivo a protec o de dados pessoais e a que adiante se far refer ncia detalhada prev nos seus artigos 14 e 15 normas para a seguran a dos tratamentos da informa o que envolvem dados pessoais O acesso aos documentos administrativos que possam p r em risco ou causar danos seguran a interna e externa do Estado ficam sujeitos interdi o de acesso ou a acesso condicionado nos termos previstos pela Lei n 65 93 de 26 de Agosto alterada pela Lei n 8 95 de 29 de Mar o 3 Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais A defesa da privacidade ou da reserva da intimidade da vida privada e familiar como se lhe refere a Constitui o da Rep blica Portuguesa uma preocupa o relativa mente recente A no o de privacidade passou a ter mais pertin ncia quando come aram a surgir as grandes cidades e com elas os desconhecimentos m tuos das pessoas que nelas habitam A possibilidade de se esconder quem se na realidade ou obter benef cios por se descobrirem determinadas situa es da vi
170. da legalidade para cometerem atrocidades contra o seu pr prio povo e toda a sorte de crimes contra a humanidade A soberania neste caso merece o respeito da comunidade internacional O que me apraz registar para esta discuss o que se a ideia de interven o antes gozava de uma escassa aceita o a administra o internacional de Estados falhados ganhou desde as experi ncias do Kosovo e Timor Leste contornos novos que me levam pelo menos a ceder perante a seguinte realidade o problema do vazio pol tico administrativo e de seguran a conduz indubitavelmente a uma maior instabilidade interna e regional o que recordo de novo Badie n o se compadece com uma gest o exclusivamente soberanista isto partitiva concorrencial e por isso frequentemente contradit ria 45 Cf Francis Fukuyama ob cit p 97 Na o Defesa 142 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a 5 1 Da identifica o das sequelas dos Estados Falhados ou pass veis de falhar Existe um n mero variado de situa es que como o colapso da autoridade central a perda de controlo territorial a baixa capacidade administrativa e burocr tica a instabilidade pol tica as pol ticas neopatrimoniais a exist ncia de conflito armado as pol ticas repressivas os regimes autorit rios cabem dentro do conceito de Estado falhad
171. da privada de outros passou a ser um factor a ter em conta na vida moderna sobretudo devido ao aparecimento de meios de comunica o como a imprensa e mais tarde a televis o que permitem a divulga o imediata e a um n mero muito elevado de pessoas de acontecimentos de ndole ntima Passou assim a ser poss vel destruir a reputa o de uma pessoa ou divulgar dados da sua vida ntima 22 CRP art 26 n 1 23 Cf Seabra Lopes A protec o da privacidade e dos dados pessoais na sociedade da informa o tend ncias e desafios numa sociedade em transi o em Estudos em homenagem ao Prof Almeida Costa Universidade Cat lica Portuguesa Na o Defesa 48 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais Em 1890 esta no o de privacidade era j uma preocupa o tendo Samuel Warren publicado o artigo intitulado The right to privacy em que se defendia pela primeira vez o reconhecimento do direito privacidade e reserva da vida privada Mas s em 1948 a Assembleia Geral das Na es Unidas proclamou a Declara o Universal dos Direitos do Homem que refere no art 12 Ningu m sofrer intromiss es arbitr rias na sua vida privada na sua fam lia no seu domicilio ou na sua correspon d ncia nem ataques sua honra e reputa o Contra tais intromiss es ou ataques toda a pessoa tem direito protec o da lei consagrando assim o princ pio do respeito pela vida p
172. da sobre tudo da R dio Cairo e dos dirigentes rabes A an lise pol tica parecia n o deixar margens para d vidas de que um ataque rabe seria inevit vel sensibilizando a opini o p blica israelita para a necessidade e prem ncia da guerra Ap s esta conclus o apenas restava tentar perceber quando e como se daria e qual a melhor forma de se lhe oporem Ora os acontecimentos nesse Outono de 1956 corriam de fei o para os israelitas com a eminente invas o das for as Franco brit nicas Talvez nunca saibamos ao certo o que foi ou n o acordado uma vez que nenhuma das partes o divulgou publicamente por m militar e politicamente n o poderia haver maior lando cinco divis es de infantaria e duas divis es de blindados Durante a tr gua que se seguira a 1956 os Eg pcios tinham se equipado com armamento sovi tico muito sofisticado e em grande n mero como os avi es Mig 21 e os tanques T55 Numa ac o preventiva na imin ncia de um ataque por parte dos estados rabes a necessidade de avan ar era ditada pela imperiosidade de aniquilar a supremacia inimiga sobretudo em termos de efectivos a reos Tal decis o permitiu aos israelitas vencerem clara mente as for as eg pcias e for ar Nasser a pedir o cessar fogo Foi determinante uma vez mais o efeito surpresa que possibilitou a Israel desencadear um ataque rel mpago com a sua avia o conseguindo destruir grande parte da for a a rea eg pcia com os aparelhos apanhados
173. dade 3 2 Medidas de protec o da privacidade e dos dados pessoais Tal como acontece na seguran a da informa o as medidas de car cter f sico e l gico j referidas a esse prop sito s o igualmente aplic veis protec o da privacidade e dos dados pessoais Para al m destas s o especialmente relevantes as medidas de car cter legislativo a seguir mencionadas Recorde se a este prop sito o j citado artigo 8 da Conven o Europeia dos Direitos do Homem ratificada pela maioria dos Estados membros do Conselho da Europa entre os quais Portugal e que consequentemente constitui direito interno Esta Conven o prev que qualquer pessoa tem direito ao respeito da sua vida privada e da sua correspond ncia s podendo haver interfer ncia se estiver em causa a seguran a nacio 31 Relat rio da CNPD de 1996 32 Dados da Policia Judici ria Cf jornal O P blico de 24 de Agosto de 2006 Na o Defesa 52 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais nal ou a defesa da ordem e a preven o das infrac es penais ou ainda a protec o dos direitos e liberdades de terceiros Tamb m a Constitui o da Rep blica Portuguesa prev no art 26 1 A todos s o reconhecidos os direitos identidade pessoal ao desenvolvimento da personalidade capacidade civil cidadania ao bom nome e reputa o imagem palavra reserva da intimidade da vida privada e familiar
174. dados com licen as tempor rias uma vez que o servi o militar obrigat rio tanto para mulheres como para homens ficando estes obrigados a exerc cios regulares integrados na reserva que dura at aos 52 anos e a que passam ap s cumprirem pelo menos dois anos de servi o activo De reduzidas dimens es geogr ficas e demograficamente pouco numerosos contaram contudo com vultuosos apoios financeiros dos judeus na diaspora que lhes permitiram um desenvolvimento tecnol gico muito importante e os meios financeiros para susten tarem um ex rcito e uns servi os de informa o e seguran a muito eficazes dos quais dependeu e depende a sua exist ncia 10 Nathan Weinstock Op Cit p 63 11 Michael B Oren La Guerra de los Seis Dias Junio de 1967 y la formaci n del Pr ximo Oriente moderno p 47 12 Aquando da proclama o do estado de Israel a popula o judaica estaria compreendida entre os 650 e os 700 000 habitantes atingindo um milh o em Dezembro de 1949 Com a migra o para Israel dos sobreviventes dos campos de concentra o e de outras comunidades deslocadas em 1952 a comunidade judaica cifrar se ia em 1 450 000 pessoas atingindo em 1965 os 2 240 000 fruto sobretudo da emigra o de polacos de h ngaros e de norte africanos fugidos ap s os conflitos do ano de 1956 Cf Nathan Weinstock Op Cit pp 53 55 13 Dentro destes contributos vitais para Israel foram especialmente significativos os enviados pela comu
175. das preocupa es dos indianos o sucesso econ mico e n o a Hindutva pureza hindu do BJP 6 Existem checks and balances realmente institucionalizados e n o apenas no papel Estamos a falar de um pa s que se prepara para aumentar a sua rede judici ria com 7000 mil novos tribunais 7 A Constitui o explicitamente secular o ch o comum para uma diversidade cultural tnica e religiosa nica no mundo todas as comunidades e religi es t m o mesmo estatuto constitucional Este facto resultado de uma cultura pol tica marcada pelo pluralismo Se a Am rica um melting pot a ndia um melting pot ao quadrado A ndia composta por 80 de hindus tem um primeiro ministro sikh Manmohan Singh um Presidente mu ulmano Abdul Kalam o terceiro presidente mu ulmano da ndia e a l der do partido no poder Sonia Gandhi cat lica natural de It lia fala ingl s com sotaque ocidental e o seu hindi imperfeito 8 A ndia apresenta um dos mais avan ados sistemas de 63 Ver Antara Dev Sen India s Benign Earthquake in openDemocracy May 20 2004 64 Ver Parsa Venkateshwar The end of ideology in India openDemocracy June 10 2004 Niraja Gopal Jayal A Malevolent Embrace The BJP and Muslims in the Parliamentary Election of 2004 in India Review 3 3 July 2004 pp 183 209 65 Passing the Torch The Economist January 5 2006 66 O exemplo mais simb lico depois do massacre
176. de informa es a comunica o social pode esconder deixa espa o para a especula o e rumores e p e em causa os princ pios b sicos de um Estado democr tico Mas sendo a liberdade de express o um dos pilares das sociedades democr ticas considero que ao mesmo tempo os media t m um compromisso com o apuramento das responsabilidades penais derivadas dos atentados e uma obriga o moral para com a Na o 175 S Defesa Fatima Faria seguran a do Estado Em situa es de risco evidente em situa es em que noticiar um determinado acontecimento pode comprometer outros valores fundamentais do Estado o direito de informar n o se pode sobrepor ao direito de proteger os cidad os e a seguran a do pa s A liberdade nos media n o nem deve ser uma verdade absoluta E os profissionais da comunica o social antes de serem jornalistas s o cidad os com direitos mas tamb m com deveres para com a sociedade e para com o Estado A salvaguarda de vidas necessariamente uma prioridade que todos devemos proteger tal imp e leg timas limita es e responsabilidades nos media quando reportam as ac es terroristas e as respostas do Estado ao terrorismo uma quest o de interesse p blico Mas tal n o implica que os media n o cumpram tamb m o seu papel de fiscalizador das autoridades As for as de seguran a e os governantes por exemplo n o est o imunes a julgamentos imperfeitos e a comportamentos menos corre
177. de de imprensa Da o dilema como manter a liberdade dos media sem oferecer uma ajuda inadver tida aos terroristas Por vezes surge a sugest o do estabelecimento de restri es cobertura medi tica de actos terroristas Mas estas restri es devem ser impostas pelas autoridades governa mentais ou em vez disso ser voluntariamente adoptadas por uma imprensa respons vel As duas possibilidades t m pontos fracos A primeira op o evoca o medo da censura A segunda coloca d vidas sobre a utilidade e a fiabilidade dos media Mas uma auto regula o dos media deve passar ou n o por uma aus ncia de informa o sobre terrorismo Nesta quest o as opini es tamb m se dividem por um lado h quem argumente que restringir ou n o divulgar prefer vel j que limita a propaganda terrorista e permite aos servi os de contra terrorismo operar de forma mais efectiva Por outro lado h quem defenda que a aus ncia de not cias sobre os terroristas um passo para minar a credibilidade da imprensa e dos valores democr ticos da sociedade Na minha opini o o terrorismo um assunto que ningu m e muito menos os media pode ignorar E n o por ele n o ser noticiado que vai desaparecer N o dar a not cia do rebentamento de uma bomba por exemplo n o evita que outras situa es semelhantes aconte am Pode at ter o efeito contr rio pode fazer com que a bomba seguinte seja ainda mais potente para captar a aten o Esta
178. de modo pac fico com as outras democracias liberais para mim decisiva essa distin o j que as estat sticas t m demonstrado que tal como fez quest o de enfatizar Zakaria no decurso dos ltimos duzentos anos os Estados que transitaram para a democracia foram para a guerra mais frequentemente que as autocracias ou as democracias liberais 63 Cf Karl Popper A Sociedade aberta e os seus inimigos Volume II Editorial Fragmentos Lisboa 1993 pp 232 233 64 Cf Bertrand Badie ob cit p 131 Na o Defesa 148 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a Estes curtos apontamentos sobre a distin o entre a democracia e a democracia liberal assumem uma exclusiva import ncia para o meu pa s Cabo Verde particular mente no momento em que se discute a v rios n veis designadamente pol tico e acad mico sobre a op o ou n o de continuar ligado CEDEAO As opini es vindas a p blico s o absolutamente divergentes e creio que o problema divide at mesmo a sociedade cabo verdiana Ora da an lise dos argumentos expendidos n o nos dif cil descortinar uma perspectiva determinista que faz acreditar sem mais que a hist ria reserva um futuro melhor para essa comunidade devendo Cabo Verde por isso nela permanecer e uma outra mais pragm tica que advoga a sa da do pa s dessa me
179. de uma Pol tica de Defesa e Seguran a Jo o Francisco de Brito dos Santos O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas F tima Faria A Encruzilhada lraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas Vasco Rato Bernardo Pires de Lima O Ir o de Ahmadinejad Maria do C u Pinto Instituto da Defesa Nacional Politica Editorial Na o e Defesa uma Revista do Instituto da Defesa Nacional que se dedica abordagem de quest es no mbito da seguran a e defesa tanto no plano nacional como internacional Assim Na o e Defesa prop e se constituir um espa o aberto ao interc mbio de ideias e perspectivas dos v rios paradigmas e correntes te ricas relevantes para as quest es de seguran a e defesa fazendo coexistir as abordagens tradicionais com problem ticas mais recentes nomeadamente as respeitantes demografia e migra es seguran a alimentar direitos humanos tens es religiosas e tnicas conflitos sobre recursos naturais e meio ambiente A Revista dar aten o especial ao caso portugu s tornando se um espa o de reflex o e debate sobre as grandes quest es internacionais com reflexo em Portugal e sobre os interesses portugueses assim como sobre as grandes op es nacionais em mat ria de seguran a e defesa Editorial Policy Na o e Defesa Nation and Defence is a publication produced by the Instituto da Defesa Nacional National Defence Ins
180. dentes escaramu as ataques repres lias e guerras bem como das v timas que todas estas ac es provocaram seria uma tarefa herc lea e logo desactualizada Este conflito assemelha se a uma gigantesca bola de neve que cremos ningu m sabe como parar e onde parece que h muito tempo se a houve j todos perderam a raz o As mais t midas aproxima es a uma solu o pac fica para o conflito esbarram inevitavelmente com o fundamentalismo radical de ambas as partes que n o abrem m o do dio e da vingan a A t tulo de exemplo basta nos pensar em Anwar Sadat morto em plena parada militar por radicais isl micos ou em Ytzahk Rabin morto por um judeu extremista ambos v timas de atentados perpetrados por indiv duos dos seus pr prios campos que rejeitam a paz portanto uma situa o com m ltiplas frentes e em que por vezes paradoxalmente os inimigos parecem aliar se para se poderem continuar a guerrear As implica es no sentido mais lato deste conflito estendem se pela emerg ncia de uma nova ordem mundial nascida das cinzas da segunda guerra e da humilha o da derrota de duas grandes pot ncias que constituir um exemplo paradigm tico de que novos tempos se avizinham Seguir se o a Arg lia uma vez mais o Vietname e o Afeganist o que apressar a queda do bloco sovi tico Regressam os nacionalismos e os conflitos regionais mais ou menos generalizados a que se seguir o o regresso das grandes interven e
181. dentidade os dois Estados partilham o apre o pelo liberalismo pol tico e pelo liberalismo econ mico Depois ao n vel das rela es de poder a preocupa o com a China partilhada por Washington e Nova Deli A coordena o entre as duas maiores democracias liberais do mundo um elemento central para que a emerg ncia da China ocorra de forma previs vel e sem excessos revisionistas anti liberais e anti democr ticos Como salientou o poderoso Robert Zoellick os EUA est o a gerir a ascens o pouco transparente da China by enhancing its relations with countries in the region including Australia India and Japan E Zoellick n o podia ser mais claro em rela o utilidade da ndia India is a more striking example these guys read history they understand realpolitik Em suma h uma convergence of interests identidades entre EUA e ndia A parceria Washington Nova Deli indicia alguma mudan a de fundo na pol tica inter nacional Sim O mundo p s p s Guerra Fria o nosso um mundo p s atl ntico quer mas tamb m h uma converg ncia de 173 Ver Kaushik Basu Lee Kwan Yew s India Rethink BBC World News April 25 2005 174 Ver Dinshaw Mistry A Theoretical and Empirical Assessment of India as an Emerging World Power pp 64 87 175 Ver Stephen P Cohen President George W Bush s Visit to India and Pakistan The Brookings Institution February 23 2006 176 Ver Joel Brinkley i
182. der e sobretudo influenci vel A principal for a pol tica no Iraque o Conselho Supremo da Revolu o Isl mica uma cria o do regime dos Ayatollahs Na guerra entre 1980 e 1988 o bra o armado do Conselho os Corpos de Badr respons veis pela luta armada contra o regime iraquiano foram treinados e instru dos pelos Guardas Revolucion rias e lutaram ao lado do Ir o contra o Iraque Embora seja adepto de um Estado teocr tico o Conselho Supremo mostra se agora favor vel a um sistema democr tico baseado na representatividade democr tica o que de certa forma vai de encontro s inten es iranianas Teer o n o deseja o aparecimento de um regime capaz de fazer de Najaf o centro do mundo xiita em detrimento de Qom no Ir o Logo de esperar que haja um entendimento estreito entre o CSRII e o poder iraniano Finalmente no que respeita ao fomento de uma crise controlada no Iraque Teer o conta com um esquema algo complexo de redes pol tico sociais geridas por partidos 65 ICG op cit p 20 66 Id p 11 67 ICG op cit p 15 68 Id p 19 Na o Defesa 218 O Ir o de Ahmadinejad personalidades dos movimentos insurgentes e grupos terroristas Esta pol tica funda mental para Teer o na medida em que impede os EUA de agir contra os seus interesses e de fomentar uma mudan a de regime semelhante do Iraque O caso mais paradigm tico de insurg ncia militar apoiada pelo Ir o o envi
183. der em Mar o a indepen d ncia ao reino de Marrocos e Tun sia perdera de forma humilhante a Indochina e a 21 Extracto do discurso de Gamal Abdel Nasser no pal cio da Bolsa de Valores do Cairo em 26 de Julho de 1956 Iremos destruir de uma vez todos os tra os de ocupa o e de explora o Depois de cem anos cada um redescobriu os seus direitos n s construiremos o nosso edif cio demolindo um estado que vivia no interior do nosso estado o canal do Suez para o interesse do Egipto e n o para a sua explora o Em quatro anos sentimos que nos torn mos mais fortes e corajosos e assim como podemos destronar o rei a 26 de Julho no mesmo dia nacionalizaremos a Companhia do canal do Suez Discours de Gamal Abdel Nasser 26 Juillet 1956 consultado a 2 de Maio de 2004 in http fr encyclopedia yahoo com media xtr12 d02311 html Na o Defesa 18 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes bra os com uma feroz guerra na Arg lia estava ainda em piores condi es Por seu lado Israel sentia se amea ado por um vizinho que se preparava para alcan ar um equil brio sen o uma supremacia militar num curto espa o de tempo Tal era visto como o fim do estado de Israel pelo que urgia tudo fazer para travar atempadamente a situa o Encontramos pois tr s estados poderosos que desejam a queda de Nasser Ingla terra e Fran a duas grandes pot ncias e Israel um estado industr
184. do em 1952 contra o rei Farouk um grupo clandes tino de oficiais designado grupo dos oficiais livres toma o poder tendo como principais objectivos o derrube da monarquia cujo rei acusavam de ter sido o principal respons vel pela derrota de 1949 a expuls o dos ingleses e a elimina o do ex rcito israelita que invadira a Palestina j que defendiam a inexist ncia do estado de Israel e a restitui o aos rabes do territ rio por este ocupado ocupa o essa vista como uma usurpa o ileg tima e vergonhosa para todo o mundo rabe Com o sucesso da rebeli o os oficiais amotinados sob a direc o do general Muammad Naguib depuseram Farouk e implan taram a rep blica do Egipto Entre os oficiais que tomaram o poder destacava se Gamal Abdel Nasser o verdadeiro homem forte do movimento que em 1954 ir depor Naguib e assumir o poder tornando se presidente plenipotenci rio abolindo os partidos e a oposi o Nasser um homem com uma vis o estritamente nacionalista pr pan arabista que procura fazer do Egipto um pa s verdadeiramente independente industri alizado e um modelo para o mundo rabe Neste projecto inserem se a constru o da barragem de Assu o e a rentabiliza o eficaz e o dom nio do canal do Suez que desde a sua constru o em 1869 supervisionada por Ferdinand Lesseps era controlado por uma corpora o privada de capitais franco brit nicos e regulado pela Conven o de Constantinopla de 1888 Na
185. do em considera o as fases de planea mento projecto aquisi o sustenta o e aliena o Embora a DGAED n o seja uma ag ncia de I amp D de defesa est empenhada em promov la atrav s da proposta e avalia o de projectos de I amp D no dom nio da defesa a n vel nacional e interna cional mormente da WEAO da AED e da NATO tendo em particular aten o a quest o das tecnologias de duplo uso Atrav s de v rias das suas participadas a EMPORDEF tem tamb m prosseguido os esfor os de inova o e melhoria continuada Exemplos disso s o a cria o do N cleo de I amp D da EDISOFT junto da Universidade de vora ao abrigo do Programa NITEC N cleos de I amp DT nas Empresas promo vido pela Ag ncia de Inova o ADI e financiado parcialmente pelo Programa PRIME O N cleo abra a como principal projecto de investiga o e desenvolvimento a cria o do sistema ProtectoR dedicado ao sector profissional da seguran a e pro tec o civil que produzir uma solu o inovadora para todas as entidades envolvidas com as v rias actividades no mbito da Protec o Civil e Emerg ncia incluindo actos terroristas 3 4 A Lei de Programa o Militar O planeamento do investimento p blico no equipamento das For as Armadas Portuguesas consagrado na LPM pode permitir a articula o no interesse m tuo entre as necessidades dos utilizadores e o desenvolvimento da ind stria Assim h que identificar os equipamentos
186. do fr gil entra em colapso ou se s os Estados fracos fr geis ou sub consolidados podem falhar A par de toda a pertinente discuss o que a quest o alimenta salvaguardada que est a unidade de vistas quanto inevitabilidade dos conhecidos CFIs determinarem o colapso dos Estados creio que as melhores pondera es sobre os desafios que se colocam hoje consolida o de uma genu na democracia condi o essencial para que 46 Sobre a dificuldade em definir um Estado falhado bem assim as disputas de interesses pela comunidade internacional da emergentes postergando o dogma da soberania vestefaliana com os exemplos recentes dos conflitos na Lib ria Serra Leoa Ruanda e Congo ver Bertrand Badie ob cit pp 124 e ss Por outro lado na obra em apre o a evid ncia de que Estados privados da sua soberania dependente da sua capacidade reconhecida de manter a seguran a e a ordem tamb m podem negoci la com a comunidade internacional como foi o caso da Alb nia em 1997 Na o 143 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos um Estado n o fracasse encontramo las nos estudos estat sticos que relacionam o tempo de sobreviv ncia da democracia com o rendimento per capita As na es pr speras t m hip teses de consolidar as suas democracias afirma Zakaria citando o que Lipset j em 1959 dizia Resulta para mim inequ voco o facto de que s a modernidade ou seja a prosperidade capaz de impedir o colaps
187. doravante EMPORDEF apenas 40 Common Emergency Communications and Information Systems 41 Joint Research Centre Na o Defesa 82 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade Empresa dos quais se salientam o NCOIC a EARSC e a Rede de PME s Inovadoras da COTEC Tamb m a nivel do sector aeron utico foi atrav s da EMPORDEF que se procedeu privatiza o de 65 da OGMA Ind stria Aeron utica de Portugal S A que tem v rios projectos internacionais que se est o a desenvolver dos quais se salientam a renova o do contrato de gest o de frota dos C130 da For a A rea francesa o programa do avi o Pilatus PC 12 contratos com as operadoras BMI Luxair e Alit lia e um contrato com a Thales para o projecto de instala o do sistema de auto protec o com Radar Warning Receiver RWR para os onze avi es C130 da For a A rea belga Ao n vel dos ESTALEIROS NAVAIS DE VIANA DO CASTELO S A uma empresa do Grupo EMPORDEF desde 2005 100 esta empresa integra desde 2005 o NDIG que um grupo europeu recentemente criado de estaleiros navais e de fornecedores de equipamentos com interesses na ind stria militar naval e que faz parte da Associa o Europeia de Ind strias de Defesa e do Espa o 3 3 A investiga o e desenvolvimento O desenvolvimento de tecnologias e processos produtivos dever ser feito privile giando as rela es com todos os elementos do Sistema Nacional de Inova o SNI
188. dos sistemas inform ticos quer da Administra o do Estado quer de organiza es privadas Pelo Decreto lei n 217 97 de 20 de Agosto o servi o do Minist rio da Defesa Nacional designado por Autoridade Nacional de Seguran a passou a designar se por Gabinete Nacional de Seguran a Entre as suas compet ncias cabe salientar a de inspec cionar periodicamente os rg os de seguran a com vista a verificar o cumprimento de disposi es de seguran a designadamente das comunica es da inform tica e dos sistemas de informa o 2 1 Amen as seguran a da informa o Face sua crucial import ncia a informa o e o saber passaram tamb m a ser parte nevr lgica dos conflitos actuais chegando mesmo a falar se em Guerra de Informa o que enquadra aspectos de seguran a que devem preservar os interesses de cidad os Estados e organiza es nacionais e supranacionais de interesse p blico contra ac es que os pretendam prejudicar enquanto que em sentido restrito corresponde utiliza o da informa o que apresente aspectos de conflitual idade entre actores da sociedade A Guerra do Golfo foi considerada a primeira guerra da Era da In forma o A transmiss o de dados atrav s da Internet j essencial para a vida em sociedade mas apresenta uma grande vulnerabilidade porque existem m ltiplas hip teses de actua o de hackers e crackers para atacarem deliberadamente os sistemas inform ticos Por ve
189. e 3 A Quest o Nuclear Ahmadinejad tem vindo a escalar a crise nuclear que data de 2003 e que subiu para um novo patamar em Janeiro de 2006 quando o regime decidiu retomar a actividade no centro de pesquisa nuclear de Natanz e em duas instala es de apoio Ahmadinejad deixou bem claro que o Ir o n o vai abdicar do seu programa nuclear A Ag ncia obteve do Ir o durante dois anos a suspens o volunt ria do programa de enriquecimento de ur nio e um controlo das actividades nucleares Tal aconteceu desde que em Fevereiro de 2003 a Ag ncia come ou a investigar as informa es de um grupo dissidente iraniano Mujahedin Khalg que denunciou as actividades clandestinas de enriquecimen to de ur nio Na origem da actual crise est a posi o de Teer o de defender que n o existem restri es pesquisa nuclear no mbito do Tratado de N o Prolifera o Nuclear TNP O Ir o n o se comprometeu a n o realizar experi ncias nosso direito inalien vel possuir a tecnologia nuclear O Ir o escuda se no artigo IV do TNP que diz d aos signat rios o direito inalien vel de desenvolver a investiga o produ o e uso de energia nuclear para fins pac ficos e adquirir tecnologia para este efeito a outros signat rios O Ir o est a fazer progressos r pidos no desenvolvimento do ciclo de combust vel nuclear O Ir o tornou se assim o d cimo pa s no mundo a faz lo al m dos cinco membros do clube nuclear e de Is
190. e The Economist November 11 2004 Wall Street invades Mumbai in International Herald Tribune April 13 2007 Prasenjit K Basu India and the Knowledge Economy the Stealth Miracle is Sustainable in India as a New Global Leader London The Foreign Policy Centre 2005 pp 27 62 Joydeep Mukherji India s Long March to Capitalism in India Review 1 2 April 2002 pp 29 60 42 Exemplo deste erro Carl Dahlman China and India Emerging Technological Powers in Issues in Science amp Technology 23 3 Spring 2007 Na o Defesa 98 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico representa a preservation of democratic rule in a poor country of 1 1 billion people E como democracia liberal e n o como BRIC que a ndia actua no sistema inter estatal Coloquemos ent o a pol tica no centro da ci ncia pol tica Politics rather than just economic and material capabilities which are stressed by economic and business analysts are crucial to India s power prospects Antes de ser um PIB Nova Deli a capital da maior democracia liberal do mundo E nesta democracia liberal j um clich diz lo o sucesso econ mico tem sido feito contra a burocracia estatal the most crippling of Indian diseases a heran a do socialismo que marcou a vida da ndia entre 1947 e 1991 a constru o de 17 km de um metropolitano pode dur
191. e gurar o monop lio do uso da for a uma das dimens es essenciais da fun o dos Estados Pelo contr rio a for a apresenta se como um fen meno difuso e existem v rios centros de poder no interior dos Estados que disputam a hegemonia de uns sobre outros N o restam d vidas de que muitos Estados falhados s o a consequ ncia dos chamados CFls a par da mis ria galopante da corrup o dos dirigentes pol ticos do analfabetismo e das doen as que grassam pelo continente E n o me co bo de repetir que as solu es pol ticas at agora encontradas por serem antidemocr ticas t m assumido esta dram tica disjuntiva se perduram s o terr veis se s o fr geis Na o 139 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos tornam se destrutivas Africa para falar com Landes transformou se numa praga de pragas S a verdadeira democratiza o enquanto poderosa e extraordin ria for a para o bem diria Zakaria poder quebrar as indec ncias que a prepot ncia dos actuais governantes africanos tem permitido e ent o devolver a esperan a a esses povos desgra ados 5 Como Suster a Autodestrui o dos Estados em frica Os acontecimentos do 11 de Setembro mudaram o paradigma de coopera o e frica ganhou uma maior visibilidade Efectivamente o terrorismo pela t trica fenomenali dade como se manifesta interpela ao mundo civilizado a que sem demora se proceda ao curto circuito das suas fontes
192. e ao intercep tar as comunica es e assim obter informa es pessoais como pode essa intercep o ser indispens vel para a preven o investiga o detec o de atentados terroristas ou de actos de criminalidade organizada a necessidade de definir um enquadramento jur dico equilibrado que levou a Uni o Europeia a adoptar a Directiva 2002 58 CE relativa privacidade e s comuni ca es electr nicas e em seguimento dos atentados terroristas de Madrid a preparar uma nova Directiva sobre a mat ria Directiva 2006 24 CE que restringindo embora alguns direitos no mbito da protec o dos dados pessoais e da privacidade vem criar melhores condi es para se utilizarem os dados das comunica es no combate criminalidade e ao terrorismo Est no entanto sempre presente que tais restri es 39 Castells Manuel A Gal xia Internet Reflex es sobre Internet Neg cios e Sociedade Funda o Calouste Gulbenkian 2004 Na o 59 S Defesa Ana Vaz devem ser s as necess rias e adequadas para se atingirem as finalidades referidas com o respeito pelo princ pio da proporcionalidade A Uni o Europeia est bem consciente da exist ncia de conflito crescente e dura douro entre as m ltiplas tentativas dos governos em introduzir novos instrumentos de luta contra o terrorismo sem preju zo de ser considerada a necessidade de defender os princ pios de protec o de dados como elemento essencial da liberdade
193. e conseguiu levar por diante os planos do 11 de Setembro precise dos media americanos para dar instru es aos seus membros 3 2 O 11 de Mar o de 2004 A cobertura medi tica dos atentados de Madrid mais dif cil de analisar dadas as circunst ncias espec ficas da data em que se verificaram as explos es e a s rie de acontecimentos que posteriormente se desencadearam e que podem entrar na esfera da an lise pol tica que em termos de cobertura da comunica o social imposs vel separar os quatro grandes acontecimentos que marcaram quatro dias em Mar o de 2004 a 11 o atentado com explos es sucessivas em comboios que se dirigiam para a esta o de Atocha na capital espanhola a 12 as maiores manifesta Na o Defesa 170 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas es de sempre em toda a Espanha num sinal colectivo de condena o do terrorismo a 13 as manifesta es de car cter mais pol tico junto s sedes do Partido Popular em dia de reflex o eleitoral a 14 as elei es legislativas que retiraram o poder ao partido de Jos Mar a Aznar e deram a vit ria ao PSOE de Jos Lu s Rodriguez Zapatero Analisando a imprensa e os artigos de acad micos que estudam as quest es do jornalismo e da informa o s o poucas as refer ncias directas forma como jornalisticamente foram tratados os factos directamente ligados aos atentados de que f
194. e de centros decisores na Rep blica Isl mica O que est em causa na luta entre as fac es n o a sobreviv ncia ou a extin o da Revolu o Isl mica mas a divis o dos despojos do poder A economia formal vale 500 mil milh es de d lares mas existe uma economia informal grande parte da qual encorajada pelo sistema pol tico e gerida pelas funda es religiosas bonyads e outras redes que ligam o bazaar com diferentes partes da estrutura do poder Apesar dos efeitos negativos da Revolu o da guerra com o Iraque e das san es impostas por Washington o Ir o conheceu um desenvolvimento econ mi co r pido nestes ltimos anos impulsionado pelo petr leo constru o e especula o Os principais benefici rios foram os ramos em competi o da elite pol tica e econ mica ligada aos mullahs Estas fac es usaram a riqueza e influ ncia para se envolverem em actividades especulativas no mercado de ac es e imobili rio e para refor ar o seu poder pol tico expandindo as suas redes de clientelismo Ou seja a pr pria elite pol tica iraniana depende de um conjunto de inst ncias que d o vigor ao seu poder No caso de Ahmadinejad a sua base de apoio funda se quer nos Guardas Revolucion rios quer no conjunto de agentes sociais e econ micos como as funda es religiosas e o bazaar que de modo n o formal comandam a ineficiente mas organizada teia de poder Consequentemente o Presidente Ahmadinejad encontra se
195. e ficaram conhecidas como o socialismo rabe ou nasseriano nomeadamente atrav s da nacionaliza o dos principais sectores da economia e iniciando uma reforma agr ria que reduziu os limites da propriedade privada primeiro para 840 mil m e posteriormente para metade dessas dimens es fomentou cooperativas e universidades e caminhou no sentido da planifica o da economia acentuam a culpa israelita outros a rabe Resulta pois evidente que nem em trabalhos acad micos f cil ou poss vel permanecer neutro neste tema Assim optamos nesta nota por clarificar este aspecto com o objectivo de salientar o nosso esfor o de procurar a posi o mais imparcial e distanciada poss vel Do que analisamos resulta para n s que qualquer solu o a haver ter de passar pelo esquecimento m tuo dos agravos rec procos e pela procura de uma solu o que tentasse partir do zero procurando resolver os problemas que existem sem os agravar relembrando constantemente acontecimentos passados Esta dificuldade reconhecida pelos intervenientes directos Estamos de acordo em rela o ao futuro mas nos dif cil vermo nos livres dos entraves do passado Shimon Peres Op Cit p 71 18 Para an lise mais detalhada veja se Serge Groussard A Chacina dos Jogos Ol mpicos Civiliza o Porto 1975 19 Esta pol tica de alguma forma inovadora j que rejeita a ideia da luta de classes o materialismo e o laicismo do estado ao consider
196. e 1967 y la formaci n del Pr ximo Oriente moderno Ariel Barcelona 2003 pp 40 41 Shimon Peres afirma expressamente que se assinou um acordo tripartido em S vres de 22 a 24 de Outubro de 1956 onde se tra ou um plano de ataque conjunto Esse acordo sugerido por Maurice Bourg s Maunoury ao tempo ministro da defesa franc s contou com a presen a do pr prio de Ben Gurion e Moshe Dyan Contudo nada refere quanto presen a brit nica Cf Shimon Peres Tempo para Q Na o 9 S Defesa Abel Jos Santos Leite Inglaterra Hugh Thomas que estudou este conflito volvidos dez anos pelo que ainda conseguiu contactar directamente alguns dos principais intervenientes achou curioso o facto de os documentos oficiais n o terem estado minha disposi o e provavelmente jamais estarem de qualquer outra pessoa pois se eles existiram cr se que foram destru dos nessa altura ou pouco depois Para al m desse facto todos pareciam ter sofrido de uma verdadeira amn sia ou ent o escudavam se no segredo a que se encon travam obrigados Este acontecimento marca a extens o da Guerra Fria regi o do M dio Oriente cabendo lhe um lugar de destaque no agudizar das rela es entre os dois blocos que a protagonizavam e que se vinham agravando sobretudo a partir de 1954 por um lado com a retirada do apoio sovi tico a Israel transferido para os governos dos estados p s coloniais de quem esperavam conseguir uma amea a a
197. e Related SMEs Final Report to the European Commission July Manchester Policy Research in Engineering Science and Technology Janes s Defense Weekly 1998 UK Exports up 10 to 8 8b Janes s Defense Weekly 18 March 15 Kirkpatrick D 2004 Trends in the Costs of Weapon Systems and the Consequences Defense and Peace Economics Volume 15 n 3 June 259 273 Neuman S 2006 Defense Industries and Global Dependency Orbis n 3 Summer 429 451 Reppy J 2000 Conceptualizing the Role of Defense Industries in National Systems of Innovation in The Place of the Defense Industry in National Systems of Innovation Reppy J 2000 eds Peace Studies Program Cornell University Sarmento Coelho M 1999 Implica es Estrat gicas da Ind stria de Defesa Europeia Na o e Defesa n 90 Ver o 99 2 s rie 95 138 Serfati C 2000 The Place of the French Arms Industry in its National System of Innovation and in the Governmental Technology Policy in The Place of the Defense Industry in National Systems of Innovation Reppy J 2000 eds Peace Studies Program Cornell University Silva Mateus da 1999 Uma Ind stria de Defesa Competitiva e Vi vel para a Defesa da Europa Na o e Defesa n 90 Ver o 99 2 s rie 151 168 Na o Defesa 88 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade The Economist 2006 Collateral damage A
198. e a proximidade entre as duas sociedades n vel pr pol tico 135 Ver Abid Hussain and Richard F Celeste coord India US Relations A Vision for the Future Pacific Council on International Policy Observer Research Foundation June 2005 136 Ver Pramit Pal Chaudhuri The Indian Advantage in Hindustan Times February 19 2007 137 Ver Devesh Kapur Ideas and Economic Reforms in India The Role of International Migration and the Indian Diaspora in India Review 3 4 October 2004 pp 364 384 138 Ver Arthur G Rubinoff Diaspora as a Factor in US India Relations in Asian Affairs an American Review 32 3 Fall 2005 pp 169 187 139 Exemplos desta crescente aproxima o 65 mil americanos j vivem permanentemente na ndia pais americanos descobrem que a forma mais barata de preparar os seus filhos para o sucesso escolar atrav s da contrata o de explicadores indianos pela internet advogados indianos aconselham legal mente cidad os americanos sobre as leis americanas via internet jornalistas indianos trabalham para jornais americanos via internet media outsourcing cidad os americanos viajam at ndia para se submeterem a interven es cir rgicas a pre os baix ssimos milhares de estudantes indianos na ordem dos 70 mil frequentam as universidades americanas centenas de intelectuais indianos preenchem os quadros de doc ncia das universidades americanas 12 dos cientistas nas faculdades american
199. e a teoria das rela es internacionais in Pol tica Internacional p 46 10 Sobre o valor da soberania como pressuposto para a exist ncia do Estado ver Bertrand Badie Um Mundo sem Soberania Os Estados entre o Artif cio e a Responsabilidade Edi o Instituto Piaget 2000 pp 23 e ss No Na o Defesa 128 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Politica de Defesa e Seguranca ou objectivos que lhe foram assinados devendo considerar se exiguos isto definiti vamente incapazes de realizarem todas as finalidades estaduais e por isso obrigados a alienarem em terceiro Estado ou em organiza o internacional tal fun o adianta o ilustre Adriano Moreira A aten o a esses falhados ordenamentos sociais que como atr s referi e por con sequ ncia n o se traduzem no complexo de rela es de conviv ncia que livre e espon taneamente ou impostas a partir das estruturas organizadas do poder para a garantia da paz e seguran a jur dicas se estabelecem entre os indiv duos a par do seu n o reconhecimento como sujeitos de direito a n vel internacional tem sido objecto de uma particular aten o do mundo acad mico e pol tico E a pergunta que se coloca por que ser que muitos Estados n o se modernizaram Para ser preciso responderia com as duas conjecturas avan adas por Fukuyama no sentido de que por um
200. e assumida como op o para depois se aproximar de numa esp cie de patriotismo constitucional habermasiano ao considerar e bem que as lealdades tnicas e tri bais devem ceder lugar a uma lealdade institucional regulada por leis ordin rias e consagrada explicita ou implicitamente nos textos constitucionais para voltar a claudicar ao considerar que integra o social enquanto consequ ncia dessa moderniza o conduz transforma o do africano num ser individual atomizado o que n o deixa de lembrar um fino resgate do homem social de S kou Tour Cf o seu Sobre a democracia liberal do s culo XXI Direito e Cidadania 1997 n 2 p 43 Na o Defesa 136 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a Uma outra dimens o importante do totalitarismo a aus ncia do pluralismo pol tico A verdade a do partido nico que se converte em Estado e as dissid ncias mesmo no seu interior s o sancionadas com severidade aplicando a velha teoria de Santo Ign cio de Loyola enquanto militar En una fortaleza assediada toda dissidencia es traicion O totalitarismo afirma se pois como a nega o de uma concep o pluralista da sociedade e destr i qualquer cren a nos valores da toler ncia e do pluralismo N o capaz de ver a realidade sem ser com os olhos do partido Em tor
201. e beliger ncia permanente com o mundo exterior l gica esta fortemente enraizada na mensagem revolucion ria do Ayatollah Khomeini Como tal Ahmadinejad tem as suas pr prias credenciais revolucion rias integrou os Guardas Revolucion rios Pasdaran logo ap s a Revolu o e participou activamente na guerra Ir o Iraque Em termos doutrinais o pensamento pol tico de Ahmadinejad filia se no ide rio pol tico social de um movimento pol tico denominado Abadgaran O Abadgaran foi criado em 2003 quando um grupo de ultra ortodoxos isl micos decidiu formar uma alian a para concorrer s elei es municipais de Teer o O movimento resulta de uma fus o entre conservadores extremistas religiosos grupos militares e para militares em particular os Guardas Revolucion rios que se prop em fazer cumprir os ideais da Revolu o isl mica de 1978 792 O presidente iraniano faz parte de uma linha conservadora fiel aos princ pios da Revolu o que tamb m nacionalista xiita e anti americana Enquanto presidente da C mara de Teer o Ahmadinejad tentou contrariar os novos ventos reformistas promovidos pelo ex presidente Mohammed Khatami 1997 2005 por interm dio designadamente dos seus correligion rios pol ticos que usavam da intimida o e viol ncia f sica contra os que tinham um modo de vida considerado ocidental por exemplo o uso da maquilhagem e de certo tipo de vestu rio N o obstante a rigidez filos fica
202. e de circula o da informa o de forma segura um bem essencial preserva o dos direitos fundamentais e consequentemente ao funcionamento regular da sociedade N o se atinge todavia esse objectivo sem regula o adequada como disse j o Comiss rio Europeu para a Sociedade da Informa o e Empresas precisamos de um m nimo de regras e de regula o para que os benef cios da Sociedade da Informa o cheguem a todos e para que se crie um quadro de protec o dos direitos dos cidad os e das empresas sem que isso condicione a inova o e provoque barreiras t cnicas desnecess rias Por sua vez como bem acentuou o Secret rio Geral da Uni o Internacional de Telecomunica es na Cimeira Mundial sobre Sociedade da Informa o muitos foram os benef cios do desenvolvimento massivo da informa o e das tecnologias da comuni ca o especialmente ao n vel dos postos de trabalho e de riqueza gerada Mas esta transforma o cria tamb m preocupa es leg timas entre as quais a garantia do acesso informa o e s tecnologias da informa o bem como a preserva o dos direitos humanos e a liberdade seguran a e privacidade Vimos tamb m que a par do desenvolvimento das tecnologias da informa o proliferam assustadoramente t cnicas de uso perverso da liberdade de comunicar para a consecu o de ac es criminosas que atingem n o s os valores da protec o da privacidade e dos dados pessoais como
203. e de promo o de spin offs agrupando sectores afins existentes nas diferentes empresas concentrando os a fim de captar sinergias e tirar partido de complementaridades preencher lacunas funcionais com sentido estrat gico e uma cultura claramente empresarial A n vel da EDISOFT Empresa de Servi os e Desenvolvimento de Software S A uma empresa participada pela EMPORDEF 30 assegurou se a participar no projecto GALILEO atrav s da selec o para o desenvolvimento de v rias actividades cotando se como a empresa portuguesa com maior n mero de projectos e maior volume de neg cios nesse grande projecto Adicionalmente participa no projecto CECIS para a C lula Operacional de Protec o Civil da Direc o Geral do Ambiente da Uni o Europeia que o sistema operacional 24 24 desenvolvido pela EDISOFT que interliga as Protec es Civis dos 25 Estados Membros Foi tamb m a vencedora no competitivo concurso da Comiss o Europeia que visa a implementa o de uma plataforma europeia de comunica o de informa o florestal EFICP tendo como objectivo harmonizar a recolha e dissemina o de toda a informa o florestal no espa o comunit rio e melhorar a coordena o entre os Estados membros e as suas respectivas institui es ligadas aos sector Em 2005 a EDISOFT integrou tamb m organiza es ou entidades nacionais e internacionais que servem de plataforma de projec o aos servi os e solu es da 39 Denominada
204. e dissuas o para a pr tica de infrac es penais podendo servir de prova nos termos da lei processual sendo o acesso s imagens restrito s entidades que delas precisem para as finalidades estipuladas 4 Seguran a da Informa o Versus Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais A seguran a da informa o como dissemos no in cio pressuposto necess rio da liberdade e da justi a qualquer pessoa deve ter o direito de comunicar livremente sem que as suas comunica es sejam interceptadas e muito menos censuradas de ver garantido o seu direito identidade pessoal sem que os seus dados de identifica o sejam furtados e utilizados indevidamente por terceiros Deve assim ter a possibilidade de exercer os seus direitos de cidadania sem qualquer interfer ncia indevida dos Estados designadamente na vigil ncia e controlo dos seus comportamentos particular mente no mbito da sua vida privada e ter a seguran a de que os seus dados pessoais n o s o usados sem o seu consentimento de forma il cita No bin mio seguran a da informa o privacidade e protec o dos dados pessoais parece suficientemente demonstrado que o primeiro elemento fundamental para a consecu o do segundo mas em contrapartida o segundo pode ser afectado significativamente pela Na o 57 S Defesa Ana Vaz consecu o do primeiro Todas as recomenda es internacionais e disposi es legislativas nisso coincidem A liberdad
205. e educada e favor vel expans o dos direitos econ micos sociais pol ticos e culturais Brzezinski et al op cit p 14 20 Brzezinski et al op cit p 13 Na o 203 S Defesa Maria do C u Pinto compromisso politico com o Ocidente em geral e com os EUA em particular Neste momento s o os conservadores que dominam o aparelho de Estado e mant m um apertado controlo sobre o mesmo A ascens o de Ahmadinejad significativa na medida em que consolida a posi o ultra ortodoxa no aparelho de poder iraniano Ela significa por um lado a derrota das tentativas reformistas de Khatami desacreditado ao fim de dois mandatos porque se mostrou impotente para impor o seu plano de reformas e desmantelar um sistema armadilhado constru do para servir uma rede clientelar e olig rquica Por outro lado a vit ria de Ahmadinejad fez recuar as hostes pragm ticas lideradas por Rafsanjani o candidato que era dado como favorito para as presidenciais Isto a elei o do populista ortodoxo deu novo vigor e contribu u para a consolida o dos ultras do regime que desta forma ocultam o seu fracasso em termos econ micas pol ticos e internacionais Assim o populismo de Ahmadinejad o ardil perfeito para o adiamento das reformas pol ticas e sociais de que o Ir o necessita 2 Ahmadinejad e a Pol tica Externa Iraniana Quando abordamos a pol tica externa iraniana h que ter tamb m aqui em conta a div
206. e lhe valeu muitas vezes o isolamento num mundo fracturado ideologicamente As fracturas ideol gicas de hoje s o diferentes das da Guerra Fria mas continuam a pautar o debate pol tico Aron evitava as acredi tando na necessidade de um ju zo l cido Aron construiu todo o seu edif cio te rico filos fico nesta perspectiva Foi tamb m este molde que aplicou an lise concreta dos acontecimentos Por outras palavras o fil sofo n o ensinou as respostas mas a forma de chegar mais apurada resposta poss vel N o herdamos de Aron uma grelha de normas herdamos sim o exemplo de como se deve fazer e analisar pol tica internacional Aprendemos a complexidade do ju zo pol tico Aron era muito atento natureza espec fica da pol tica e assim compreendeu o que de t o peculiar e dif cil havia no ju zo pol tico Na opini o de Aron n o h receita para o bom ju zo pol tico Na pol tica extremamente importante ter a capacidade de percepcionar e compreender a inova o na hist ria As circuns t ncias excepcionais t m import ncia e as ac es do homem t m muitas consequ ncias intencionais Aurelien Craiutu pp 17 18 De Aron atrav s destes analistas das suas obras herdamos no fundo um conjunto de conselhos Neste livro com os seus mais diversos contributos sobre Raymond Aron te rico Jean Pierre Derriennic Bryan Paul Frost Miguel Morgado estratega Abel Cabral Couto observador Christian Malis Ca
207. e produ o era classificado correctamente como realista cl ssico Considerava o sistema an rquico acreditava que os Estados vivem em cons tante procura de poder para manterem ou reverem a sua situa o de preponder ncia nesse mesmo sistema Tamb m certo que explorou exaustivamente a codifica o te rica dos fen menos sendo ainda um dos te ricos que melhor define o conceito de terrorismo p 119 e ss Contudo Aron tamb m debateu exaustivamente os limites da teoria Concluiu que era necess rio acrescentar ao estudo do sistema a an lise do sujeito do sistema cada Estado tem um regime distinto uma determinada moral um conjunto de motiva es pr prias e estes factores s o tamb m determinantes na defini o de interesse nacional Para apoiar a decis o pol tica este foi sempre o objectivo de Aron que acreditava que a pior decis o a aus ncia de decis o necess rio compreender os actores atrav s da sociologia hist rica e n o apenas observ los pelo espartilho das normas te ricas imut veis No sistema necess rio colocar adequadamente as unidades S assim o quadro estar completo Neste campo Aron foi pioneiro Mas mais importante esta perspectiva a que melhor se adequa ao nosso tempo Hoje o pensamento ocidental desafiado por novas formas de fazer pol tica externa vindas das pot ncias emergentes do ndico e do Pac fico Aron compreendeu a import ncia da diversidade atrav s da rela o
208. ecnologia entre o sector militar e o civil Mais recente mente tem sido o sector civil a liderar o processo de inova o excep o de nichos 28 Neuman 2006 29 Sarmento Coelho 1999 30 Neuman 2006 31 Walker et al 1988 32 Albrecht 1988 Clementson 1988 e Edgerton 1988 Na o 77 S Defesa Vitor Ramon Fernandes muito particulares De qualquer forma parece existir evid ncia de um processo de transfer ncia de tecnologia importante entre os dois sectores civil e militar A transfer ncia de tecnologia consiste num processo atrav s do qual uma determi nada tecnologia aplicada a uma nova utiliza o nomeadamente na produ o de um novo produto e ou presta o de um novo servi o Consiste portanto numa partilha de conhecimento cient fico e ou tecnol gico entre duas entidades uma que det m esse conhecimento e outra que n o det m mas pretende dispor dele 2 1 import ncia das pol ticas p blicas O papel das pol ticas p blicas no contexto do processo de inova o e transfer ncia de tecnologias absolutamente estrat gico Por um lado o Estado tem um papel fundamental enquanto arquitecto de todo o processo e definidor das regras e do quadro legal Mas para al m disso o Estado deve agir como um dinamizador entre as partes que promove a difus o de tecnologias tendo por base tamb m os sistemas de incentivos existentes No dom nio da defesa e nos EUA especificamente es
209. ectaram o atentado n o se limitaram a provocar um n mero elevado de mortes e significativos danos materiais Eles quiseram que todo o pa s e todo o mundo assistissem s suas ac es percebessem o que os levou a tais actos solidificando o respeito que t m entre os seus pares e talvez conseguindo at novos apoiantes Quaisquer que fossem os seus objectivos imediatos e a longo prazo aqueles que planearam o 11 de Setembro estavam bem conscientes que os meios de comunica o social eram um ponto chave para concretizar os seus objectivos de ganhar visibilidade e difundir os seus ideais pol ticos e religiosos No entanto h que salvaguar dar este ponto a televis o que foi aproveitada pelos terroristas para propagar o seu crime tamb m suscitou com as imagens do terror um extenso rep dio contra eles Durante os dias a seguir aos ataques as esta es de televis o e r dio cobriram a trag dia vinte e quatro sobre vinte e quatro horas sem mesmo fazer pausas para intervalos comerciais Tamb m os jornais e as revistas reservaram quase todo o seu espa o para esta crise Por exemplo a Newsweek e a Time dedicaram todas as hist rias de capa ao 11 de Setembro e ao terrorismo nas oito semanas que se seguiram aos ataques De um momento para o outro os terroristas alteraram a agenda p blica da Am rica e afectaram profundamente a vida da maioria dos norte americanos E era precisamente este o objectivo dos arquitectos dos ataques Numa mensa
210. efectivamente no Conselho de Seguran a eles consti tuem um obst culo imposi o de san es ou a qualquer ac o armada contra Teer o Segundo Farhad Khosrokhavar nenhum pa s est em condi o de fazer imposi es ao Ir o Na actual conjuntura esta pot ncia surge como l der regional incontestado no M dio Oriente A sua import ncia n o permite atitudes imponderadas por parte da comunidade internacional que depende desta para a continua o dos fornecimentos de petr leo a custos acess veis e para a resolu o do imbr glio iraquiano A vizinhan a do Ir o tamb m lhe d raz o para estar mais descansado e confiante o Iraque e o Afeganist o taliban j n o representam uma amea a a R ssia depende de muitos contratos lucrativos com Teer o e da n o interven o iraniana na vizinha 24 Id p 18 25 Backmann op cit p 58 26 ICG op cit p 11 27 Backmann op cit p 58 Na o 205 S Defesa Maria do C u Pinto Chech nia a China n o pode perder um dos seus principais fornecedores de petr leo e de g s natural Os EUA est o demasiado absorvidos na quest o iraquiana cujo progres so pode ser influenciado por Teer o Em suma Teer o sente se forte do ponto de vista estrat gico e desdramatiza qual quer cen rio de interven o militar pois o mundo ocidental depende da sua boa vontade para o desempenho eficiente dos mercados energ ticos mundiais e do processo de paz no M dio Orient
211. efesa por parte de um Governo a entidade vendedora se obriga a celebrar e a realizar em conjunto com as institui es ou empresas nacionais um conjunto de contratos de determinado valor Em Portugal as contrapartidas s o geridas pela Comiss o Permanente de Contrapartidas CPC e pretende se que estas contribuam para o desenvolvimento de capacidades empresariais na rea das ind strias da defesa de modo a torn las competitivas nos mercados internacionais e a permitir a sua integra o em redes de cria o de valor na ind stria de defesa europeia Procura se fundamentalmente a participa o nacional na cadeia de valor associada aos equipamentos ou sistemas objecto do fornecimento ou ainda a constru o de capacidades nacionais ligadas sustenta o do ciclo de vida de equipamentos ou sistemas de defesa adquiridos pela For as Armadas Este quadro institucional implica uma articula o das preocupa es centradas na procura em que o principal objectivo a atingir a satisfa o das necessidades de defesa em associa o com a pol tica de aquisi es consagrada na LPM 3 2 A internacionaliza o No quadro da internacionaliza o justifica se tamb m a aproxima o a estruturas europeias que poder o permitir que equipas plurinacionais de empresas conduzam programas elaborados em comum segundo os objectivos definidos pelos diferentes Estados Este por exemplo o objectivo do OCCAR referido na sec o 3 2 ou dos Co
212. eg cios o que representa cerca de 1 2 mil milh es de USD Parte dessa diferen a explicada por ganhos associados a economias de escala relacionados com dimens o o que enfatiza a import ncia da dimens o para obter economias de escala e uma maior efici ncia e efic cia nos custos 1 2 A emerg ncia de tecnologias de duplo uso A emerg ncia de tecnologias de duplo uso isto de aplica o civil e ou militar tem sido tamb m uma componente importante na altera o das ind strias de defesa Este novo paradigma tecnol gico modificou a forma de pensar nesta ind stria desde h alguns anos Pela sua natureza dever continuar a desempenhar um papel importante na medida em que empresas do sector da defesa procuram aceder a tecnologias de origem civil posto que estas tecnologias permitem reduzir custos atrav s do fornecimen to a clientes das ind strias civil e militar simultaneamente captando economias de escala De certa forma a no o de ind stria de defesa esbate se e existe mais a tend ncia para se utilizar a designa o de ind strias de empresas ligadas defesa em alternativa a ind stria s de defesa No passado os desenvolvimentos de tecnologia de tipo e aplica o militar normal mente lideravam as tecnologias de aplica o civil Presentemente isso apenas ocorre em nichos muito espec ficos relacionados com determinadas aplica es O inverso tem frequentemente ocorrido devido aos avan os tecnol gi
213. egure as liberdades fundamentais e assente em ltima an lise no respeito pela dignidade da pessoa humana Na tradi o de Tocqueville v rios autores t m chamado a aten o para a impor t ncia crucial do capital social na consolida o das institui es democr ticas e como afirmou Ernest Gellner a democracia liberal n o mais do que uma represen ta o virtual do capital social isto da sociedade civil 6 A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a Muito naturalmente poderia ter prescindido na linha de Hayek do adjectivo so cial para caracterizar a import ncia dos valores na constru o de Estados Desta feita devo dizer que a omiss o do adjectivo liberal como nota distintiva das democracias iliberais apresenta se me decisiva Se j n o abundam aqueles que com maior ou menor atrevimento se prestam abertamente a propugnar um Estado de n o direito a verdade que na pr tica tal como acima fiz quest o de sublinhar muitas democracias particularmente as africanas s o s o numa perspectiva meramente formal As elei es multipartid rias que tiveram lugar na generalidade dos pa ses serviram essencialmente para produzir o caos e a instabili dade ao mesmo tempo que agravaram os casos de corrup o A conclus o hoje de que se tinha sobrevalorizado as elei es multipartid rias e em con
214. eia de crise e de emerg ncia e desta forma chegar a uma solu o que n o implique a perda de vidas Mas a personaliza o de um incidente pode chocar com esta estrat gia A reac o natural da opini o p blica simpatizar e solidarizar se com os ref ns e questionar o que fazem as autoridades e por que raz o a solu o est a tardar Neste sentido h quem defenda que a cobertura medi tica pode contribuir para apresentar os terroristas como os fortes e as autorida des como os fracos hesitantes ou desinteressados Noutras situa es os media podem divulgar de forma n o intencional informa o sens vel que comprometa os esfor os das autoridades e forne a uma ajuda aos terroris tas Por exemplo ao divulgarem o n mero total de pessoas que se encontram num edif cio sob sequestro podem p r em perigo aqueles que conseguiram esconder se Uma situa o lament vel aconteceu em Outubro de 1973 quando o voo 731 da Lufthansa foi desviado e acabou por aterrar em Mogad scio Para ajudar as autoridades o piloto dissimuladamente passou informa es pol cia sobre os piratas do ar Quando os media divulgaram essa informa o ela chegou at aos terroristas que rapidamente mataram o piloto Tamb m j aconteceu e considero inapropriado entrevistar membros de grupos que participam em actos terroristas enquanto estes est o a decorrer Este tipo de comportamento por parte da comunica o social ocorreu durante as
215. eias mais influentes na regi o sobretudo a brit nica e a francesa sendo fundamental a compra de armamento que incapaz de produzir No entanto a sua postura est longe de agradar aos estados ocidentais Com a instaura o de um regime de partido nico e a centraliza o nele de todo o poder a pol tica seguida por Nasser era vista com muitas reservas pelo ocidente O facto de ser um militar e se ter transformado num ditador com a aboli o dos partidos pol ticos e oposi o levaram a que fosse considerado um novo Hitler emergente isto como um pol tico potencialmente muito perigoso Nasser v ser lhe recusada a venda de armamento por parte das grandes pot ncias ocidentais como tal e considerando vital a posse desse arsenal virar se para o bloco sovi tico Como repres lia Washington e Londres suspendem o apoio t cnico e financei ro para a constru o da barragem e o Egipto volta se para a Uni o Sovi tica agora n o s para a compra de material militar mas tamb m na procura de apoio t cnico para colmatar as suas necessidades no campo da engenharia civil Como opositor ac rrimo exist ncia de Israel sonha ver restabelecida a grandeza do mundo isl mico de outrora atrav s de um movimento pan arabista que expulsasse as pot ncias europeias garantindo a independ ncia das na es rabes e a reconquista dos territ rios ocupados por Israel que considerava ilegitimamente usurpados aos palestinianos Em termos in
216. el essencial na dinamiza o de uma economia e no seu crescimento A preponder ncia dos EUA neste dom nio bastante clara com este pa s a ter uma balan a comercial com um saldo francamente positivo em rela o Europa mas simultaneamente pela sua dimens o enquanto pa s e volume de despesas em defesa e apesar da sua reduzida percentagem de armamento importado apresenta se como um mercado extremamente apetec vel para terceiros Evid ncia dessa import ncia encontra se nas tentativas da EADS de entrar no mercado de defesa norte americano bem como de v rias outras companhias europeias tais como a BAE Systems a Agusta Westland a Thales entre outras muitas vezes com subsidi rias nos EUA O mesmo est a ocorrer com empresas n o europeias A China apresenta se tamb m como um mercado de grandes dimens es que continua a crescer e que dever ser objecto de grande interesse como mercado alvo 2 A Liga o entre Ind strias de Defesa Tecnologia e Inova o As ind strias de defesa seja no sector aeron utico ou naval seja na rea terrestre est o associadas a tecnologia de ponta de natureza bastante diversificada desde com ponentes a sistemas integrados de v ria natureza e por isso muito ligadas e dependen tes da inova o No passado estas ind strias tinham a lideran a em termos de inova o podendo dar origem ou n o a aplica es na rea civil e existem estudos sobre o processo de transfer ncia de t
217. el foi atacado sem resposta No entanto n o s n o estava em causa o perigo de uma invas o do seu territ rio como antes do deflagrar do conflito Israel j tinha procedido a raides a reos cir rgicos contra alvos no Iraque De salientar tamb m a import ncia dos m sseis anti bal sticos Patriot instalados pelos americanos e as in meras contrapartidas pol ticas e militares que Israel recebeu Na o 23 S Defesa Abel Jos Santos Leite coincid ncia de interesses Pelo lado de Israel era evidente o interesse do Egipto ser for ado a concentrar os seus efectivos em duas frentes obrigando a desguarnecer as fronteiras com Israel que n o saberiam se atacaria ou n o na tentativa de ficar atento e refor ar o mais poss vel a zona do canal Apesar de n o lhes interessar ocupar a pen nsula do Sinai era lhes necess rio destro ar o ex rcito eg pcio que se tornara uma amea a muito s ria para o estado israelita Tal teria que ser efectuado atrav s de um ataque rel mpago j que um ataque mais t ctico e formal exigiria recursos militares de que Israel n o dispunha Feitas as contas certamente Israel n o voltaria a dispor de melhor ocasi o para atacar e libertar se do perigo eg pcio Politicamente o ataque era justificado pelo encerramento eg pcio do porto de Elat nica sa da para o mar Vermelho que abria o acesso ao ndico e por onde entrava cerca de 90 do abastecimento petrol fero principalmente proveniente do
218. endo a obrigatoriedade de uma autoridade independente que em cada Estado membro velasse pelo cumprimento dos princ pios Face ao crescente desenvolvimento da Internet e aos novos problemas criados pela sua utiliza o o Conselho da Europa aprovou em 1999 a Recomenda o R 99 5 que estabelece as Linhas Directrizes para Protec o das Pessoas face Recolha e Processamento de Dados Pessoais nas Auto estradas da Informa o tendentes a assegurar uma utiliza o correcta da Internet e chamando tamb m a aten o dos fornecedores de servi os de acesso rede Em 2000 o Conselho de Nice proclamou a Carta dos Direitos Fundamentais da Uni o Europeia que nos seus artigos 7 e 8 confirma o direito ao respeito pela vida privada e protec o dos dados pessoais 3 1 Amea as privacidade e aos dados pessoais J foi referida a possibilidade de tanto o direito privacidade como os dados pessoais serem objecto de actua es ileg timas por parte de terceiros De facto o aparecimento dos grandes sistemas inform ticos em 1970 e sobretudo a sua conjuga o com novos meios de comunica o veio potenciar o acesso indevido a dados pessoais e a sua utiliza o sem conhecimento do seu titular Todos recebemos publicidade nas 27 Recomenda o do Conselho da OCDE relativa s Linhas Directrizes sobre protec o da vida privada e dos fluxos transfronteiri os de dados pessoais aprovada em 23 de Setembro de 1980 28 Directiva 95 46
219. ensagens entre crimino sos com o objectivo de prepara o em segredo e oculta o da autoria das suas activida des delituosas entretanto a press o generalizada no sentido de garantir a seguran a da 42 Grupo do Artigo 29 Opinion 4 2003 Transfer of Passengers Data Na o 61 S Defesa Ana Vaz informa o nas actividades civis levaram a que fossem levantadas as dificuldades para uso corrente da criptografia e das assinaturas electr nicas com a reserva todavia de os programas de encripta o serem conhecidos das autoridades competentes para eficaz combate ao seu uso pela criminalidade organizada 4 Por sua vez o direito privacidade e protec o dos dados pessoais s o valores reconhecidos em todo o mundo civilizado e objecto de m ltiplas recomenda es e instrumentos jur dicos internacionais e comunit rios A Constitui o da Rep blica Portuguesa foi pioneira na defesa de tais valores como est bem reflectido no artigo 26 quanto defesa da privacidade e no art 35 quanto protec o dos dados pessoais Assim disp e o n 1 do art 26 que a todos s o reconhecidos os direitos identidade pessoal ao desenvolvimento da personalidade capacidade civil cidadania ao bom nome e reputa o imagem palavra reserva da intimidade da vida privada e familiar e protec o legal contra quaisquer formas de discrimina o Por seu lado o art 35 consagra os princ pios f
220. entre 1960 e 1997 a frica recebeu ajudas no total de cerca de 400 mil milh es de d lares 27 Sublinho que aceito a express o democracia liberal no preciso sentido em que o admite Samuel Huntington por oposi o democracia eleitoral ou como impressivamente registou Fareed Zakaria Na o 133 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos E a quest o que coloco a de saber se essa subalternidade imposta e pressuposta Afirmativamente diria que ela composta pelas duas dimens es primeira tem a ver com o facto de se caracterizarem por serem Estados de n o direito que se distinguem por assentarem em tr s ideias b sicas ou seja serem Estados que decretam leis arbitr rias Estados em que o direito se identi fica com a raz o do Estado imposta e iluminada por chefes Estados pautados por radical injusti a e desigualdade na aplica o do direito Aqui os direitos individuais assentes na dignidade da pessoa humana cedem porque em primeiro lugar est o os interesses do Estado O Estado diz nos Canotilho n o um esquema organizat rio limitado pelo direito uma realidade transcen dente uma realidade suprema Berlin chamando aten o para a nfase que os profetas do nacionalismo im primem no seu discurso e pensamento dizendo Os profetas do Nacionalismo falam por vezes como se as reivindica es superiores sen o supremas da na o em detri mento do indiv duo
221. er EuroDefense Portugal 2000 Elementos Essenciais para uma Politica da Industria Relacio nada com a Defesa Centro de Estudos EuroDefense Portugal Caderno n 2 Flamm K 2000 U S Defense Industry in the Post Cold War Economic Pressures and Security Dilemmas in The Place of the Defense Industry in National Systems of Innovation Reppy J 2000 eds Peace Studies Program Cornell University Grant C 1997 Linking Arms A Survey of the Global Defense Industry The Economist June 12 Gummett P and Reppy J 1988 eds The Relations Between Defense and Civil Technologies Dordrecht Kluwer Na o 87 S Defesa Vitor Ramon Fernandes Hartley K and Sandler T 2004 Le march des enterprises du secteur de la defense Probl mes Economiques n 2857 Hayward K 2005 I Have seen the Future and it Works The US Defence Industry Transformation Lessons for the UK Defense Industrial Base Defense and Peace Economics Volume 16 n 2 June 127 141 James A 2000 The Place of the UK defense Industry in its National Innovation System Co evolution of National Sectoral and Technological Systems in The Place of the Defense Industry in National Systems of Innovation Reppy J 2000 eds Peace Studies Program Cornell University James A Cameron H and Gummett P 1998 Transfer and Civil Use of Defense Related Technologies and Diversification of Defens
222. er Devesh Kapur The Causes and Consequences of India s IT Boom in India Review 1 2 April 2002 pp 91 110 Na o Defesa 110 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico Por outras palavras o socialismo gerou fraqueza estrutural e descren a O capitalismo p s 1991 est a gerar poder e confian a A vis o cl ssica indiana n o alinhamento estava baseada na presun o de fraqueza Hoje e essa a novidade come a a haver uma presun o de for a E com a for a acaba se o luxo do n o alinhamento A velha ndia via se como v tima de uma ordem internacional que n o controlava A nova ndia est a desenvolver a mentalidade de uma pot ncia com o poder para alterar a ordem internacional em seu benef cio No passado um porta avi es americano num porto indiano significaria a trai o soberania e b deslealdade em rela o aos princ pios do movimento n o alinhado Hoje sendo um poder nuclear uma for a mar tima de registo e uma economia pujante a ndia come a a encarar o mundo de outra forma e o USS Nimitz p de aportar em Chennai sem grandes percal os Nova Deli j n o v em Washington um obst culo consuma o da ndia enquanto pot ncia regional e global Mas esta mudan a de perspectiva sobre a Am rica n o se prende apenas com esta nova confian a derivada do poder Tamb m houve uma altera o de fundo ao n vel da identidade
223. erem um respons vel exclusivo Philip Seib 2003 defende que tal personaliza o simplifica e distorce a din mica do conflito Tal individualiza o pode transmitir a ideia que de um lado do conflito est um Estado as suas institui es e a sua popula o e do outro um indiv duo com um poder ilimitado que consegue mobilizar meios e pessoas e que dessa forma demonstra n o ser dif cil perturbar a ordem desse Estado A preocupa o com a forma como s o transmitidas as not cias relacionadas com um acto terrorista n o deve existir apenas enquanto ele decorre ou nos momentos imediata mente a seguir H que ter aten o forma como divulgada a informa o por exemplo sobre as investiga es que est o a ser realizadas para identificar os autores de um atentado Tomemos como exemplo os atentados de 11 de Mar o de 2004 Ap s a confirma o de que os autores dos ataques tinham liga es s redes terroristas isl micas as autoridades seguiram v rias pistas e acabaram dias depois por cercar um grupo de indiv duos suspeitos em Legan s nos arredores de Madrid Estes homens na maioria de origem magrebina preparavam novas ac es e acabaram por se suicidar ao rebentar os explosivos no apartamento onde se encontravam At esse momento foram poucas as not cias divulgadas sobre os poss veis autores dos atentados S depois do incidente de Legan s que os jornais come aram a publicar not cias sobre a identidade do
224. erior dos terroristas Estou a referir me a um poder pol tico que foi eleito pelos cidad os de um pa s para os governar e para lhes garantir a seguran a Mas mesmo assim o acesso do poder pol tico aos media n o deve ser ilimitado Numa situa o de crise pode ser dif cil distinguir entre uma comunica o oficial que se enquadra nos leg timos poderes e deveres de um actor pol tico e uma comunica o que visa desinformar a opini o p blica ou que implicitamente feita com objectivos eleitoralistas Por ltimo pode apontar se como um poss vel efeito negativo da cobertura medi tica o efeito de cont gio que pode ter a mediatiza o de actos terroristas Os argumentos para os que defendem esta teoria passam pela ideia de que os media encorajam a forma o de novos grupos e levam a que outros grupos menos poderosos ou at indiv duos cometam mais actos de viol ncia Porque defendem os media d o aos terroristas um palco para difundir as suas reivindica es e motivam nos a prosseguir as suas ac es No entanto n o h estudos cient ficos que provem que os media s o a causa do aumento do terrorismo Para Brian Jenkins director da investiga o sobre terrorismo da Rand Corporation os media s o respons veis pelo terrorismo na mesma medida que a avia o comercial respons vel pelos desvios de avi es A vasta rede de comunica o que sustenta os media simplesmente mais uma vulnerabilidade numa sociedade li
225. ernacional neorealismo O sistema inter estatal o resultado da inter ac o entre os diversos estados o sistema internacional a estrutura que controla os estados O sistema inter estatal end geno aos estados nasce da ac o pol tica aut noma e n o determinada dos estados o sistema internacional uma entidade ex gena que paira acima da vontade dos estados S o os estados atrav s das suas ac es e interac es que determinam a textura do sistema e n o o inverso Concentramos portanto a nossa an lise nas unidades os Estados e n o na estrutura sistema Somos devedores da escola realista neocl ssica Zakaria Schweller Nau A lente neocl ssica analisa sobretudo as percep es pol ticas que as elites de estado X t m sobre o fen meno Y ou o estado Z Ou seja a par dos factores materiais preciso estudar a forma como as elites percepcionam as diversas realidades emp ricas Schweller N o h uma realidade indiscut vel H diversas percep es sobre a realidade Neste sentido a par da dimens o estrutural preciso estudar a dimens o normativa dos estados preciso perceber a import ncia do regime constitucional que controla o poder material do estado Zakaria Neste trabalho sobretudo evidente a influ ncia de Henry Nau Tal como Nau utilizamos duas vari veis de estudo a o poder estrutural do Estado e b a identidade normativa do regime pol tico que controla esse poder estrutural A identidade naci
226. ernardo Pires de Lima inimigos existenciais do Ir o Aos olhos dos mullahs a Uni o Sovi tica um Estado ateu os EUA e a Europa eram definidas como pot ncias infi is cujos valores eram inerentemente hostis ao mundo mu ulmano Acrescenta se que do ponto de vista dos mullahs a capacidade de projec o de poder do Ocidente torna o e os EUA em particular numa formid vel amea a Na ptica de Teer o o Ocidente representa uma amea a existencial precisamente pela sua capacidade de derrubar a Rep blica Isl mica Porque teme o poderio do Ocidente o Ir o delineou uma pol tica externa e de defesa que visa fazer face a uma amea a existencial ou seja ser a capacidade nuclear que proporcionar ao pa s alguma medida de seguran a A experi ncia hist rica do pa s refor a esta constru o ideol gica dado que ao longo dos s culos a P rsia Ir o enfren tou uma pan plia de amea as e interven es externas Por exemplo no s culo XX o pa s foi alvo de interven es militares incluindo ocupa es territoriais pela Gr Bretanha os Estados Unidos e a Uni o Sovi tica Compreensivelmente a opini o p blica conso lidou a percep o de que as pot ncias estrangeiras procuraram apropriar se dos seus recursos energ ticos Imediatamente ap s o golpe que derrubou Mohammad Mosaddeq em 1953 no seguimento da sua decis o em nacionalizar a Anglo Iranian Oil Company o X foi visto como c mplice dos interesses ocide
227. erpetrado por um jovem de 22 anos oriundo do campo de refugiados de Nablus na Cisjord nia De acordo com o Ministro israelita da Defesa Shaul Mofaz o atentado foi financiado por Teer o planeado na S ria e perpetrado por palestinianos Ahmadinejad elogiou a resist ncia palestiniana como a nica forma de recuperar os direitos leg timos Ahmadinejad manifestou um forte apoio justa luta do povo palestiniano e encorajou o prosseguimento da luta e da resist ncia palestiniana contra Israel Na reuni o estiveram presentes os chefes da Jihad Isl mica Abdallah Shallah do Hamas Khaled Mechaal e da Frente Popular para a Liberta o da Palestina Comando Geral Ahmed Jibril Teer o usa os seus pr prios canais diplom ticos quer para garantir uma passagem segura dos seus agentes secretos do MOIS Minist rio de Intelligence e da Seguran a quer para coordenar futuras ac es terroristas com os grupos militantes isl micos Para al m do financiamento directo dos movimentos radicais isl micos o Ir o d treino a terroristas quer no seu territ rio quer no Vale de Bekaa no L bano A t tulo de exemplo os terroristas que atentaram contra as Torres Khobar Ar bia Saudita em 199 foram recrutados na S ria e treinados pelo Hezbollah nos campos de que disp em ao longo da fronteira Ir o Libano O vale de Bekaa uma mega estrutura de apoio terroris ta por onde passam os candidatos a atentados terroristas d
228. ersidade de p los decisores em mat ria de rela es externas A pol tica estrangeira iraniana dominada por din micas de rivalidade interna o que conduz frequentemente a posi es contrapostas no seio dos diversos organismos oficiais Conforme registamos anteriormente a exist ncia de dois grandes grupos conflituosos em mat ria de pol tica externa conservadores ortodoxos vs renovadores gera necessariamente uma resposta que oscila em grau entre o antagonismo e a acomoda o ao status quo A pol tica externa iraniana n o depende unicamente de um centro de poder como o MNE mas de uma rede complexa de v rios centros de poder e gravita entre os dois extremos Contudo mesmo a ala dura do regime khamenistas optaram por uma linha de acomoda o devido a considera es econ micas que se expressam na melhoria de rela es diplom ticas com os diferentes vizinhos C ucaso monarquias do Golfo Iraque 21 Como refere o Artigo 3 n 5 da Constitui o Iraniana o governo da Republica Isl mica tem o dever de utilizar todos os meios ao seu alcance para eliminar completamente o imperialismo e a influ ncia estrangeira sublinhado nosso 22 Brzezinski et al op cit p 15 23 Id p 17 Na o Defesa 204 O Ir o de Ahmadinejad Afeganist o e com a Uni o Europeia Quer Israel quer os EUA permanecem os arqui inimigos do regime iraniano Com a vit ria de Ahmadinejad e o assalto definiti
229. es os nossos pol ticos verem um espect culo conhecerem o director e o elenco e juntarem se num semin rio com a dura o de um dia realizado no final do festival com vista a discutirem o que se que aprenderam E n o hesito em recomendar aos nossos em Cabo Verde que oi am um Paulino Vieira Kim Alves Tito Paris ou Ba por exemplo E no fim lhes perguntem sobre a origem de tanto talento De certeza obter o a resposta decisiva que 68 Cf David Landes ob cit p 573 Na o Defesa 152 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a o profissionalismo trabalho perseverante honestidade seriedade est o na base do sucesso Unicamente Ainda assim apesar de poder parecer descabida a ideia os valores ocidentais foram criados na Europa mas para serem aplicados em frica Mas n o posso deixar de recordar uma conversa tida com K Alves esse alquimista da m sica cabo verdiana que por coincid ncia toca guitarra com uma destreza invej vel com a m o esquerda Das vantagens desse facto fazia quest o de evidenciar uma particularidade que com imensa surpresa registei por me parecer extraordin ria Dizia me A guitarra foi inventada por um destro mas para ser tocada por um canhoto Feliz acaso ouvir isto de ti respondi Estou a escrever algumas reflex es sobre a constru
230. es from Brazil to China move beyond emerging market status to establish themselves as major players on the world scene it lico nosso Quando nos refugiamos num abstracto parcimonioso e an nimo centro gravitacional estamos na verdade a fugir do facto pol tico essencial do novo tempo a exist ncia de v rios actores politicos n o ocidentais com poder para impor a sua vontade ou seja M Singh S Abe Lula da Silva H Jintao t m tanto ou mais poder do que Blair Merkel ou Sarkozy Ao longo dos ltimos s culos os asi ticos foram um objecto passivo do poder ocidental e n o um sujeito activo foram um cen rio para a ac o de outrem e n o actores com poder de iniciativa Hoje os Estados asi ticos recuperam o estatuto de sujeito e de actor No in cio do s culo XXI os asi ticos podem impor a sua vontade ao Ocidente ou no m nimo podem negociar de igual para igual com os ocidentais J s o comuns as compara es entre a emerg ncia da ndia e da China com a emerg ncia da Alemanha s culo XIX e dos EUA s culo XX Mas estas compara es apesar de pertinentes ficam ainda aqu m da realidade A ascens o da China e da ndia ainda mais significativa do que a ascens o da Alemanha e dos EUA A Alemanha 158 Nathan Gardels America No Longer Owns Globalization in New Perspectives Quarterly 24 2 Spring 2007 159 Conv m acrescentar que o acr scimo de hard power vem acompanhado por um refor o do so
231. es iranianas Num discurso proferido em Zehadan descreveu o Holocausto como um mito concebido pelas pot ncias ocidentais com o intuito de justificarem a sua cruzada em terras mu ul manas Em resposta os EUA a Uni o Europeia e o Vaticano manifestaram o seu rep dio perante uma declara o que questionava a exist ncia f sica de Israel Inequivocas estas reac es surgiram na sequ ncia da confer ncia The World Without Zionism onde Ahmadinejad afirmara que Israel deveria ser riscado do mapa acrescentando que a Alemanha e a ustria deveriam ceder parte dos seus territ rios para viabilizarem a cria o de um Estado judaico que pudesse substituir Israel Aparentemente ex tica a ret rica do presidente iraniano traduz na pr tica uma concep o ideol gica pre sente desde a funda o do regime isl mico entre os sectores revolucion rios mais ortodoxos Fruto de uma complexa converg ncia entre vari veis dom sticas e internacionais a revolu o de 1979 resultou fundamentalmente da conjuga o de tr s factores Primeiro a contesta o popular ao processo de moderniza o acelerada iniciado na d cada de 1960 com a Revolu o Verde mobilizou diversos estratos sociais contra a monarquia Incapaz de reprimir o movimento popular o regime do X Reza Pahlavi implodiu perante uma coliga o heterog nea que congregava a classe m dia religiosos tradicionalistas a esquerda radical e liberais laicos Como
232. es pelo contr rio apenas contar com derrotas e com a perda do seu ex rcito as suas vit rias no campo diplom tico internacional ser o importantes Desde logo o ter sobrevivido a um conflito com as tr s pot ncias mais significativas da regi o e assim ganhar maior protagonismo quer a n vel local com a federa o da Rep blica rabe Unida que ligou o Egipto S ria de 1958 a 1960 quer a n vel internacional com a imagem de Nasser a aumentar o seu carisma capitalizando a sua posi o na Liga rabe nos Pa ses N o Alinhados e na OUA Finalmente conseguindo a condena o pela ONU da invas o consegue antagonizar franceses e ingleses com os Estados Unidos da Am rica e ainda o endurecimento de posi es por parte da Uni o Sovi tica que chegara amea a nuclear Neste ano a primavera de Khrushtchev termina tamb m A partir da invas o da Hungria dar se um agravamento da tens o entre os dois blocos que atingir o seu cl max em 1962 com a crise dos m sseis em Cuba Com este panorama como campo de fundo Nasser consegue o apoio sovi tico para o Egipto bem como incitar o mundo rabe a apoiar activamente a causa palestiniana e os movimentos de resist ncia que se come am a formar Em 1964 sob direc o de Ahmed Chugary homem ligado aos servi os secretos eg pcios impulsi 38 O caso sudan s paradigm tico A sua popula o integra mais de 500 etnias falando cerca de duzentos dialectos sendo a grande diferenc
233. essor Este livro merecia tradu o em Portugal Primeiro por desfazer um conjunto de mitos contempor neos Segundo por ter na base uma linha que se recomenda frontal e academicamente s rio Bernardo Pires de Lima Na o 225 S Defesa Atrav s das Leituras IMARTYA SE Identidade e Viol ncia A Ilus o do Destino IDENTIDADE E VIDL NCIA 4rertya Sen Lisboa Tinta da China 2007 254 pp ISBN 978 972 8955 19 9 Contra o romantismo conservador e progressista O indiano Amartya Sen um dos grandes intelectuais do nosso tempo Nobel da Economia Harvard e sem exagero Identidade e Viol ncia um dos grandes ensaios publicados neste s culo Identidade e Viol ncia uma desintoxica o intelectual que procura exterminar as hero nas rom nticas e culturalistas que dominam o debate sobre o exterior e sobre o interior do Ocidente Ou seja Sen critica as teorias sofisticadas com caracter sticas isolacionistas como a divis o civilizacional ou o isolamento comu nit rio p 229 e as teses unifocais p 138 que reduzem os homens a uma nica identidade religi o comunidade O economista indiano devasta a tese do choque de civiliza es que se tornou um clich na explica o daquilo que ocorre no exterior do Ocidente o suposto conflito entre Isl o e Ocidente e as pol ticas multiculturalistas que marcam a pol tica interna dos Estados ocidentais sobretudo os anglo sax nicos De uma assentad
234. evem ser aproveitadas para explorar as causas que condu ziram viol ncia discutir posi es pol ticas e questionar sobre alternativas que n o passem necessariamente pela viol ncia Como em qualquer entrevista o jornalista deve fazer as perguntas que o p blico gostaria de ver respondidas e n o se limitar a ouvir o que o entrevistado quer dizer Outra quest o que se coloca quando abordamos esta tem tica da rela o entre os meios de comunica o social e o terrorismo a que diz respeito ao tipo de cobertura medi tica que deve ser conduzida enquanto decorre um acto terrorista Os cr ticos dos media acusam nos muitas vezes de interferirem de forma negativa durante um incidente ao difundirem informa o sens vel ou at envolvendo se directamente nas negocia es Tal aconteceu como veremos adiante mas tamb m representa uma das maiores li es que os media tiraram da sua actua o num momento de crise N o dif cil admitir que a ac o dos media interfere no comportamento dos terroristas Mas nem sempre essa interfer ncia se verifica no sentido negativo 2 1 Poss veis efeitos negativos da cobertura medi tica Nesta reflex o j foi dito que os media desempenham um papel vital para o terrorismo ao fornecer aos grupos terroristas uma plataforma para difundir os seus objectivos opini es e reivindica es E acima de tudo para espalhar o medo E que 3 Quando a BBC transmitiu uma entrevista com um membro do IRA al
235. externa da ndia Apesar de ser uma democracia desde a funda o a ndia nunca colocou a democracia no centro na sua pol tica externa O seu idealismo n o estava ligado liberdade e democracia mas sim solidariedade entre os povos colonizados pelos ocidentais Hoje e esta a mudan a a ndia est a substituir a identidade terceiro mundista por uma identidade liberal Nova Deli j n o l der do esp rito de Bandung essa gl ria pertence agora Venezuela Singh o primeiro PM indiano a sublinhar a relev ncia da sociedade aberta indiana para o mundo Um exemplo desta mudan a a US India Global Democracy Iniciative Esta iniciativa representa uma demarca o em rela o tradicional divis o Norte Sul divis o econ mica e p s colonial do mundo que sempre marcou a posi o n o alinhada indiana e uma aposta na divis o do mundo por regimes pol ticos democracias vs autoritarismos Esta iniciativa revolucion ria em Nova Deli A nova ndia tem a sua identidade assente 128 Ver C Raja Mohan Hypocrisy is an N letter word in Indian Express July 2 2007 129 Um exemplo durante as opera es de salvamento das v timas do Tsunami 2004 a marinha indiana e a marinha americana operaram juntas no Oceano ndico e no backyard indiano ex Sri Lanka No passado esta presen a de for as americanas provocaria a ira junto da elite diplom tica pol tica indiana Em 2004 essa presen a foi encarada
236. f an autonomous process going on in 5 isto as economias n o ocidentais s o cada vez mais independentes das economias ocidentais Os eventos dram ticos e televisionados Israel Palestina Iraque L bano Ir o Venezuela e Coreia do Norte podem fazer muito the developing countries 10 Ver Donald Kagan Sobre as Origens da Guerra e a Preserva o da Paz vol 2 Lisboa Temas da Actualidade 1995 p 334 Henry Kissinger Diplomacia Lisboa Gradiva 2002 1994 pp 702 731 11 Apesar da vizinhan a os chineses tamb m n o estavam preparados para a novidade da ascens o indiana S muito recentemente a elite chinesa come ou a percepcionar a ndia enquanto Grande Poder e rival Ver Jing Dong Yuan The Dragon and the Elephant Chinese Indian Relations in the 21 Century in The Washington Quarterly 30 3 Summer 2007 pp 131 144 12 Pavan K Varma A ndia no S culo XXI p 21 13 O termo Grande Poder retirado dos estudos cl ssicos de AJP Taylor Grande Poder aquele que tem a capacidade de lan ar uma guerra sobre outro Grande Poder Ver A J P Taylor The Struggle for Mastery of Europe 1848 1918 Oxford Oxford University Press 1977 1954 14 Ver Fareed Zakaria International Commerce is the True Battleground in Newsweek November 27 2006 15 Launch of 2007 World Development Indicators Washington The World Bank April 15 2007 95 Na o Defesa Henrique Raposo ru do medi tico
237. fesa e Seguran a 123 Jo o Francisco de Brito dos Santos O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas 155 F tima Faria A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas 179 Vasco Rato Bernardo Pires de Lima O Ir o de Ahmadinejad 197 Maria do C u Pinto Na o 3 S Defesa Indice Atrav s das Leituras O Islao foi sempre imperial por Bernardo Pires de Lima Contra o romantismo conservador e progressista por Henrique Raposo Aronianos precisam se por Diana Soller 223 226 232 Na o s Defesa EDITORIAL 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes analisa a crise que abalou o fr gil equil brio no M dio Oriente O primeiro artigo deste n mero equaciona a tens o entre as ltimas pot ncias europeias ocupantes e as pot ncias regionais emergentes que se configurou naquela regi o com a Crise do Suez durante a d cada de 50 A eclos o e desfecho da crise desenharam se muito para al m dos limites regionais da mesma A crise do Suez foi o reflexo de uma mir ade de interesses da Fran a contra os revoltosos rabes da ent o Arg lia francesa apoiados pelo Egipto da Gr Bretanha que procurava manter a integridade de um imp rio em colapso de Israel que necessitava de garantir a acessibilidade a espa os mar timos alternativos ao Medi terr neo e do Egipto para o qual o Suez simbolizou uma das
238. ficadas Seguran a Informatica Os programas de computador tal como os documentos devem ser classificados segundo crit rios estabelecidos em Muito Secreto Secreto Confidencial ou Re servado e esta uma responsabilidade atribu da aos directores de empresas organis mos e servi os Os documentos classificados de Muito Secreto e Secreto s podem ser objecto de tratamento inform tico se a entidade que lhes deu origem n o se opuser Para garantir a seguran a das mat rias classificadas foi criada a Autoridade Nacional de Seguran a no mbito da Organiza o do Tratado do Atl ntico Norte OTAN O Instituto de Inform tica do Minist rio das Finan as e a Autoridade Nacional de Seguran a publicaram em 1995 o Manual T cnico de Seguran a dos Sistemas e Tecnologias de Informa o que re ne os princ pios de seguran a da informa o a ter 8 ISO 17799 2000 Code of Practise for Information Security Management 9 ISO 15443 Information Technology Security Techniques 10 Resolu o do Conselho de Ministros n 50 88 de 3 de Dezembro 11 Resolu o do Conselho de Ministros n 37 89 de 24 de Outubro 12 Resolu o do Conselho de Ministros n 16 94 de 22 de Mar o 13 Resolu o do Conselho de Ministros n 5 90 de 28 de Fevereiro Na o Defesa 42 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais em conta pelos respons veis
239. ft power dos poderes culturas n o ocidentais Fen menos como Bollywood 800 filmes por ano e al Jazeera revelam que o mundo n o se representar apenas pela vis o euroc ntrica Tamb m o Ir o acaba de lan ar uma TV global destinada a combater a hegemonia ocidental no mercado dos media mundial Ver Mark Leonard The Geopolitics of 2026 in The World in 2006 London The Economist 2005 p 24 Ir o inaugura canal internacional de not cias in P blico P2 3 de Julho 2007 160 Ashley J Tellis Smoke Fire and What to Do in Asia in Policy Review 100 April March 2000 161 Um dos textos fundadores desta percep o foi certamente Mapping the Global Future Report of the National Intelligence Council s 2020 Project December 2004 117 Nagao Defesa Henrique Raposo emergiu enquanto pot ncia europeia dentro do concerto europeu do s culo XIX Os EUA emergiram enquanto elemento do Ocidente Hoje a ascens o dos novos poderes processa se fora desta esfera europeia ocidental E esta a novidade hist rica o Oci dente perdeu o monop lio dos Grandes Poderes Como salientou o historiador brita nico John Darwin a grande diverg ncia ao n vel do poder econ mico entre o espa o euro atl ntico e os poderes asi ticos constru da sobretudo nos s culos XIX e XX est a dar lugar a uma grande converg ncia que restaurar o antigo equil brio entre ocidentais e asi ticos que existiu at gros
240. g in The Times of India February 3 2007 141 Ver Pramit Pal Chaudhuri AsiaSource Interview May 10 2007 142 A quest o normativa que anima Teresita C Schaffer Building a New Partnership with India in The Washington Quarterly 25 2 Spring 2002 p 32 143 A quest o anal tica que anima President Bush s Trip to South Asia Challenges and Opportunities A Brookings Institution Policy Briefing February 23 2006 p 49 144 A rela o EUA Paquist o que incomoda a ndia e a rela o India Ir o que inquieta os EUA s o os obst culos principais Mas mesmo assim existem sinais positivos Um dos efeitos paradoxais do 9 11 foi a aproxima o entre Nova Deli e Islamabad O extremismo islamista come ou a preocupar o Paquist o e sob press o dos EUA Islamabad foi for ada a reconhecer que os jihadistas da Caxemira eram de facto terroristas Em Mar o de 2007 deu se a primeira reuni o do mecanismo indo paquistan s anti terrorismo Sobre o Ir o EUA e ndia t m posi es distintas Mas o Ir o poder ser uma oportuni dade para esta emergente parceria indo americana Na ndia a Am rica poder encontrar o apoio diplom tico adequado para lidar com Teer o A India tem rela es milenares com a P rsia A India vai construir um gasoduto entre Ir o e ndia Mais a ndia pretende ter influ ncia pol tico diplom tica no Afeganist o e na sia Central vendo no Ir o uma porta de acesso a essa regi o A
241. g timo a dados ou programas e a intercep o ileg tima Uma das formas mais correntes de obter ilegitimamente segredos militares ou comerciais a intercep o de comunica es A liga o de sistemas de informa es Internet constituiu um factor de risco acrescido para a vulnerabilidade desses sistemas uma vez que a comunica o pode ser mais facilmente interceptada e os dados desviados 2 2 Protec o da seguran a da informa o Perante o elenco de amea as enunciadas os Estados e outras entidades t m vindo a preocupar se com a adop o de medidas que permitam anular os efeitos das amea as referidas e das agress es delas consequentes Tal como as amea as tamb m as medidas de protec o t m car cter f sico ou l gico a que se v o somar as medidas de car cter legislativo As medidas de protec o f sicas devem incidir sobretudo nas instala es dos sistemas inform ticos incluindo os edif cios e equipamentos em que est o sedeados As medidas de seguran a l gica t m particularmente a ver com a seguran a dos dados dos programas e das redes Das v rias medidas que t m vindo a ser tomadas para defender sistemas de informa o figuram entre as mais divulgadas o uso de c digos de acesso passwords de firewalls e de programas antiv rus cada vez mais sofisticados de harmonia com a import ncia da informa o cujo acesso se pretende proteger e a eventual permeabilidade a ataques de hackers e crackers A S
242. gar h que resistir tenta o de considerar o espa o atl ntico como irrelevante Os europeus n o v o simplesmente passar de uma absoluta centralidade para um papel absolutamente secund rio At porque apesar do sucesso econ mico ndia e China t m s rios pro blemas estruturais que continuar o a atrasar a sua evolu o Caminhamos para uma situa o de equil brio entre espa o atl ntico e pot ncias asi ticas e n o para uma situa o de predom nio absoluto dos asi ticos tentador proclamar que em 2020 we will all know that we have been living in an Americanasian century Sim o mundo transpac fico EUA Estados asi ticos est a adquirir protagonismo mas est apenas a equilibrar a balan a com o mundo transatl ntico EUA Estados europeus A Am rica por enquanto ainda tem um p no Atl ntico Em segundo lugar h que oferecer real significado pol tico a uma express o que apol tica Qual o efectivo significado pol tico de desvio do centro de gravidade Os centros de gravidade at prova em contr rio n o t m capitais ex rcitos ou diplomatas 153 Nicholas Burns US India Relations in the Global Context Remarks at the Carnegie Endowment for International Peace Washington DC February 22 2007 154 Thomas Donnelly and Melissa Wisner A Global Partnership between The U S and India American Enterprise Institute Asian Outlook September 7 2005 pp 4 e 6 155 Cf Annpur
243. gem v deo citada pelo di rio brit nico The Guardian Bin Laden ter comentado desta forma a reac o dos norte americanos ao 11 de Setembro A est a Am rica cheia de medo de Norte a Sul de Oeste a Leste Gra as a Deus por isso Mas a altera o da agenda pol tica p blica e medi tica n o se sentiu apenas nos dias imediatamente ap s os ataques Seguiram se as amea as de anthrax o debate sobre os agentes biol gicos e qu micos e a ofensiva militar no Afeganist o De repente os media norte americanos come aram a dar aten o s reivindica es e preocupa es daqueles 8 Por exemplo Brigitte L Nacos cita uma sondagem que revela que 53 dos norte americanos de todo o pa s e n o apenas nas zonas atacadas no Leste alteraram os seus planos e actividades para o resto daquele dia O mesmo inqu rito revela que quatro em cada dez trabalhadores n o foram trabalhar ou foram mais cedo para casa naquela ter a feira Na o Defesa 168 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas que puseram em marcha os ataques e dos que os apoiaram O mundo mu ulmano passou a ter outra aten o da comunica o social Brigitte L Nacos elege Bin Laden como o grande vencedor medi tico do 11 de Setembro Quer estivesse ou n o directamente envolvido no planeamento dos ataques certo que foi de imediato rotulado pelos media como o inimigo p blico n mero um da Am rica
244. grupos para recolherem fundos e conseguirem novos adeptos facilitando o recrutamento Por exemplo o Hezbollah tem sites desde 1995 Neste momento tem tr s sites que se mantiveram activos e actualizados durante o recente conflito com Israel um do gabinete central de imprensa com informa o geral sobre o grupo recortes de imprensa declara es pol ticas e os discursos de Hassan Nasrallah al m de fotos e v deos outro para descrever os ataques a alvos israelitas e o da televis o Al Manar Os tr s podem ser consultados em rabe e em ingl s Na o Defesa 158 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas admir vel e desej vel e rejeita o processo pol tico tamb m um fen meno com caracter sticas cada vez mais globais n o est confinado s fronteiras nacionais gerado por redes organizadas a n vel internacional e pretende fazer v timas sem nacionalidade espec fica Nesta tentativa de defini o de terrorismo pode ainda acrescentar se que atrav s do uso ou da amea a da viol ncia os seus autores pretendem colocar a popula o alvo sob um estado de medo cr nico Para Raymond Aron citado por Wilkinson uma ac o de viol ncia rotulada de terrorista quando os seus efeitos psicol gicos s o desproporcionais face aos resultados puramente f sicos 1990 28 Tamb m o especialista em terrorismo Brian Michael Jenkins citado por Garcia Luengo
245. gulares Mas ataques a reos selectivos tamb m levantam interroga es complexas Primeira nem todos os alvos s o suscept veis de serem destru dos pois muitos est o fora do alcance das bombas anti bunker Segunda duvidoso que todas as instala es sejam conhecidas pelos servi os de intelligence ocidentais o que inviabilizaria a destrui o total das capacidades iranianas Terceira o conhecimento t cnico e os recursos humanos permaneceriam intactos suscept veis de serem mobilizados no futuro Quarta ataques militares confir mariam a vis o dos mullahs e serviriam para legitimar a politica externa revolucion ria e anti ocidental que perconizam Outros problemas poderiam surgir Em resposta aos ataques militares o Ir o poderia retaliar contra interesses europeus e norte americanos atrav s de organiza es terro ristas N o ser por exemplo descabido antecipar uma converg ncia de interesses entre Teer o e a al Qaeda Perante um ataque apelos unidade mu ulmana em pa ses como o Egipto a Jord nia e o Paquist o provocaria maior instabilidade comprometendo a sobrevivencia de regimes pr ocidentais Teer o poderia ainda reduzir ou suspender a sua produ o e exporta o de petr leo provocando assim um aumento de pre os na Europa e nos Estados Unidos e o caos na economia mundial No Iraque em solida riedade com os mullahs as mil cias pr iranianas aumentariam os ataques contra as tropas ocidentais Um risco
246. guns meses depois do assassinato do pol tico Airey Neave uma sondagem mostrou que 80 dos telespectadores aprovaram a decis o da transmiss o e uma larga maioria manifestou se ainda mais contr ria aos objectivos e ac es dos grupos terroristas depois do programa do que era antes sondagem citada por Alan H Protheroe 1990 Na o 161 S Defesa Fatima Faria entre outras consequ ncias a cobertura medi tica personaliza um incidente terrorista difunde a ideia de que qualquer cidad o vulner vel e que pessoas comuns como qualquer um de n s est o a ser usadas pelos terroristas Mas esta personaliza o torna se um risco quando por exemplo os media divulgam telefonemas com ref ns ou com os seus familiares Apesar de tal permitir saber o que se passa no local tamb m pode trazer consequ ncias negativas Algumas autoridades j alertaram que a publica o de fotogra fias nomes e profiss es de ref ns ou dos seus familiares pode coloc los sob amea a ou intimida o dos membros do grupo terrorista durante ou depois do incidente Esta personaliza o pode ainda ter outro efeito negativo Na resolu o de um incidente terrorista como o desvio de um avi o ou a tomada de ref ns dentro de um edif cio governos e for as de seguran a normalmente rejeitam tomar ac es agressivas para for ar um final r pido caso as circunst ncias n o os obriguem a isso Os negocia dores actuam com calma tentam atenuar a id
247. gura pol tica de Ahmadinejad preciso ter em conta que o sistema pol tico iraniano gravita em torno de dois grandes universos os 6 No sistema pol tico iraniano os chefes pol ticos t m sido simultaneamente l deres religiosos excep o de Ahmadinejad 7 Esta classe engloba n o s os pequenos comerciantes situados no espa o f sico do bazaar bem como o sector do com rcio de retalho a manufactura de pequena escala ou artesanal e o sector banc rio tradicional de certa forma a pequena burguesia embora na realidade muitos dos elementos daquele meio sejam grandes comerciantes e banc rios Caracterizam se pela exist ncia de um certo esp rito corporativo que deriva da multiplicidade das suas interac es da partilha dos mesmos espa os de viv ncia de uma cultura tradicional comum referenciada no Isl o e pela resist ncia penetra o de influ ncias externas Efectivamente a moderniza o das estruturas econ micas no sector banc rio e de com rcio reduziu o seu papel V Maria do C u Pinto Isl o fundamentalismo e Revolu o Iraniana tese de mestrado ISCSP Estrat gia vol IX 1997 Na o Defesa 200 O Ir o de Ahmadinejad corpos pol ticos eleitos Presid ncia e Parlamento Iraniano e os corpos politicos n o eleitos L der Supremo e o Conselho dos Guardi os A respeito dos corpos pol ticos eleitos a Presid ncia e Parlamento iranianos cumprem respectivamente as fun es de g
248. had India is Flat in Himal 20 6 June 2007 35 Ver C Raja Mohan India s New Regionalism in Himal 20 3 March 2007 Na o 97 S Defesa Henrique Raposo tivel que a redu o da pobreza um fen meno com sustenta o emp rica os politicos e os media indianos s o bem claros a este respeito 6 Estes n meros s o o fruto das reformas liberais iniciadas em 1991 abertura da economia socialista proteccionista ao com rcio internacional e ao investimento externo e da capacidade indiana para liderar sectores de ponta software outsourcing de servi os ind stria farmac utica m dica e biotecnol gica O respons vel da IBM para a ndia China claro India is at the epicentre of the flat world 7 A confian a nas reformas liberais e na capacidade indiana para liderar a globaliza o uma constante na imprensa indiana Por m n o iremos seguir esta abordagem econ mica e tecnol gica Este um artigo de ci ncia pol tica e n o um policy paper para uma consultora financeira Recusamos esta tend ncia para discutir a ndia no enquadramento BRIC A emerg ncia econ mica da ndia uma evid ncia emp rica como j demonstr mos apenas um ponto de partida e n o o ponto de chegada O papel do cientista pol tico analisar a quest o para l dessa evid ncia estrutural econ mica E desde logo devemos dizer que BRIC um conceito apolitico um conceito exclusivamente econ
249. ia o a origem negra ou rabe Estes t m procedido de forma sistem tica elimina o dos negros com quem recusam viver Assiste se pois a um clar ssimo genoc dio 39 Dentro das in meras organiza es podemos destacar a Fatah FPLP OLP NAYP Hamas Hezbollah Djihad isl mica e as suas m ltiplas ramifica es estrat gia t pica de organiza es terroristas que visam a descentraliza o por c lulas independentes tal como a Al Qaeda que dificultam a sua detec o e permitem a continua o das ac es mesmo em caso de elimina o de um ou mais n cleos que se ir o associar a outras organiza es terroristas como a ETA o IRA as Brigadas Vermelhas Setembro Negro Baader Meinhof Ex rcito Vermelho Japon s etc Na o Defesa 30 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes ona a cria o da Organiza o de Liberta o da Palestina OLP que vir a ser chefiada a partir de 1969 por Yasser Arafat Os dias que antecederam a guerra dos seis dias de 1967 ainda preservam um senti mento de vingan a da invas o do Sinai de 1956 e a propaganda rabe que firme mente convencia a emin ncia da destrui o de Israel dizia no programa Voz dos rabes da R dio Cairo n s temos pena de voc s judeus Como vos lastimamos Santo Deus Esta a nossa vingan a pelo Suez e pela agress o de 1956 Com a esmagadora derrota que se sucedeu e com os in meros territ rios ocupados po
250. ia de Defesa Inova o e Competitividade V tor Ramon Fernandes Auditor do CDN 2005 2006 Administrador da INDEP S A e da OGMA Imobili ria S A Assessor do Conselho de Administra o da EMPORDEF S G P S S A Resumo O presente artigo pretende contribuir para um melhor conhecimento da ind stria de defesa no sentido de se entender de que forma a ino va o e a transfer ncia de tecnologia concorrem para o aumento da competitividade da econo mia Ap s uma an lise dos principais desenvol vimentos nesta ind stria no p s Guerra Fria apresentam se e analisam se algumas medidas existentes para o desenvolvimento de uma es trat gia para o caso portugu s que permita beneficiar da inser o numa ind stria com uma elevada componente tecnol gica tomando como refer ncia alguns exemplos significativos de empresas do Grupo EMPORDEF Abstract The Defense Industry Innovation and Competitivity This article intends to provide a contribution for a better understanding of the development in the field of the defense industry in order to evaluate how innovation and technology transference may contribute to an increase of competitiveness Following an analysis of the major developments in this industry since the end of the Cold War we present and analyze some of the existing measures for the development of a strategy for Portugal that creates conditions to benefit from operating in a high technology industry taking as refe
251. ia de Singh tem algo que a India de Nehru n o tinha o poder para impor a sua vontade no sistema Em suma a India est a assimilar a li o n 1 da pol tica inter nacional the centrality of power Esta sede de poder poder chocar aqueles que ainda v em a ndia atrav s dos velhos mitos orientalistas os mitos que pintam os indianos como seres espirituais e sem interesse por coisas materiais riqueza poder Ora como salienta Pavan K Varma os indianos na verdade adoram poder bens materiais e status ao contr rio do que reza o mito ocidentais materialidade vs indianos espiritualidade os indianos t m uma vis o ultra pragm tica do mundo Um exemplo a diplomacia indiana obcecada com o estatuto especial que supostamente devido ndia a grandeza e o orgulho nacionais s o temas centrais da psique indiana Neste sentido uma comiss o parla mentar tra ou o objectivo da ndia do s culo XXI a ndia tem de estar entre os pa ses mais desenvolvidos em 2020 E este ponto essencial para percebermos a mudan a de perspectiva indiana sobre os EUA Vejamos O desenvolvimento econ mico gerado pelo capitalismo ao contr rio do que prega o optimismo liberal n o cria harmonia entre os Estados Cria isso sim Poder para cada um dos Estados E esse Poder refor a a capacidade de Estado X ou Y para actuar ofensivamen te no sistema inter estatal A globaliza o ao inv s do que dizem liberais e marxist
252. ializado e com grandes apoios internacionais A reac o dos tr s pa ses n o se faz esperar Julgando conseguir dividendos dos problemas que a Uni o Sovi tica enfrentava primeiro na Pol nia e depois na Hungria onde a insurrei o levou necessidade de uma invas o por parte das tropas sovi ticas para recuperarem o seu controle Fran a e Inglaterra acreditavam que a grande pot ncia do leste estaria demasiado empenhada nos seus problemas pr ximos para intervir ou dificultar de sobremaneira uma interven o naquela zona do globo No entanto tal n o se veio a verificar e o Marechal Bulganine chefe do governo sovi tico de Nikita Khrushtchev manifestou veementemente a hostilidade sovi tica a uma inter ven o contra Nasser em termos muito amea adores nomeadamente que havia o n4 perigo de as pequenas guerras se transformarem em grandes guerras acenando com o perigo da Uni o Sovi tica recorrer a armas n o convencionais Tamb m pressionou fortemente Israel para que abandonasse as posi es no Egipto mandando regressar a Moscovo o seu embaixador e amea ando com uma interven o militar Se bem que o perigo de utiliza o de armas nucleares contra a Fran a e a Inglaterra fosse muito pequeno atendendo s reais capacidades sovi ticas e clara supremacia 22 Agora o Norte de frica aparecia com regularidade nas not cias Na Arg lia nessa Primavera a rea dominada pelas guerrilhas rebeldes continuava a a
253. ica equivalente do 11 de Setembro que n o havia imagens em directo das explos es Madrid n o um centro global como Nova Iorque o n mero de v timas era claramente inferior e n o havia certezas quanto aos autores Mas como observa Miguel Gaspar a postura dos media internacionais mudou significativamente assim que passou a existir a certeza de que o atentado era de origem isl mica At essa altura o 11 de Mar o era um assunto interno S depois se tornou no primeiro atentado islamita na Europa Gaspar 2005 142 3 3 O 7 de Julho de 2005 Em todos os aspectos a cobertura medi tica dos atentados de Londres foi diferente da efectuada em 2001 e em 2004 No 11 de Setembro assistimos a parte dos atentados em directo vimos o desespero daqueles que se encontravam nos andares superiores das Torres G meas vimos o p nico que se gerou entre os nova iorquinos e os esfor os dos bombeiros para tentar salvar os que se encontravam dentro dos dois edif cios Minutos depois assistimos ao desmoronar das duas torres e aos caos que se gerou na Baixa de Manhattan No 11 de Mar o tivemos acesso a fotografias de corpos decepados nos carris s imagens a reas dos comboios destru dos de dezenas de feridos e de milhares de madrilenos destro ados No 7 de Julho a cobertura medi tica mostrou nos uma nova forma de abordar actos terroristas N o houve fotos chocantes n o houve detalhes do interior do metro nem 13 O director do El
254. icana em Nova Deli s suplantada por Bagdad e pela Cidade do M xico Por ano s o emitidos 800 mil vistos para indianos entrarem nos EUA o n mero mais elevado a seguir ao M xico no ltimo ano os consulados indianos nos EUA passaram um milh o de vistos para cidad os americanos entrarem na ndia um aumento de 400 E como salienta Pramit Pal Chaudhuri no momento em que o anti americanismo cresce um pouco por todo o lado o pr ameri canismo indiano cresceu de 54 para 71 entre 2002 e 2005 Para 70 dos jovens indianos a Am rica o pa s de elei o Recorde se que 500 milh es de indianos t m menos de 25 anos Esta gera o que chegar ao poder n o tem qualquer liga o com as pol ticas internas e externas do tempo da Guerra Fria socialismo n o alinha mento anti americanismo e uma gera o que vive marcada pelo sucesso da di spora indiana nos EUA e por este novo clima de aproxima o entre os dois pa ses 6 Sistema P s Atl ntico A rela o ndia EUA deve evoluir para uma alian a formal ou deve permanecer uma mera parceria A ndia vai ser uma Fran a asi tica ou um novo Japao As perguntas s o pertinentes mas secund rias Independentemente do r tulo o ponto central o seguinte a ndia uma prioridade absoluta para Washington Apesar dos potenciais obst culos Nova Deli consumir grande parte do capital pol tico diplom tico 140 Cf Chidanand Rajghatta The Visa Thin
255. imento da legitimidade pol tica do interluctor til esclarecer que a op o mudan a de regime n o significa substituir a linha dura pelos reformistas significa levar ao poder os sectores que rejeitam um regime clerical e n o os que procuram a sua liberaliza o Todavia a mudan a de regime n o garante por si s que as autoridades p s clericais abandonem o pro grama nuclear A posse de armas nucleares ser como o fora para o X um instrumento de afirma o externa e de legitima o interna Outra via reside na promo o de uma pol tica de conten o regional do Ir o Na sua ess ncia a conten o uma estrat gia que visa aprender a viver com a bomba Os apoiantes desta via sustentam que os arsenais nucleares americano e israelita s o suficientes para impedir o Ir o de lan ar um ataque Defensores desta estrat gia susten tam ainda que as inten es do Ir o seriam moderadas face ao poder de retalia o por parte dos EUA e de Israel Uma vez que esta perspectiva assenta na racionalidade do comportamento dos mullahs resta a d vida e se esse optimismo for pura ilus o Chegados a este ponto dir se que a op o militar a menos m Por m os riscos inerentes ao uso da for a militar s o consider veis Algumas quest es exigem clarifi ca o Primeira quais as consequ ncias de um falhan o na aprova o do uso da for a pelas Na es Unidas Segunda se o uso da for
256. implanta o do regime fundamentalista uma jihad que vai de Buenos Aires a Beirut Em todos estes anos e apesar da presid ncia do moderado Khatami o Ir o n o desistiu dos seus 28 Mail de Hossein Derakhshan para a rede Gulf2000 12 de Abril de 2006 29 Anthony H Cordesman Weapons of Mass Destruction in the Middle East Brassey s para RUSI London 1991 pp 16 7 Na o 207 S Defesa Maria do C u Pinto prop sitos de exportar a revolu o e de refor ar a influ ncia do Xiismo Possuir um escudo nuclear vai lhe permitir proteger e encorajar as actividades desestabilizantes daqueles grupos Os grupos anti israelitas como o Hezbollah Hamas e a Jihad Isl mica usam o territ rio liban s e palestiniano para lan ar as suas actividades terroristas contra Israel Aparte isso Teer o ambiciona incitar a rebeli o entre os Xiitas que residem na Ar bia Saudita e noutros Estados do Golfo S o comunidades marginalizadas e descon tentes que vivem no epicentro do mundo sunita e que o Ir o ambiciona agitar para os seus interesses pr prios A comunidade internacional tenta mostrar uma frente comum em rela o amea a iraniana apesar das divis es e desentendimentos quanto resposta a dar ao Ir o Os pa ses da troika empenhados nas negocia es Alemanha Fran a e Reino Unido t m vindo a endurecer a sua postura medida que o Ir o vai subindo a parada Este endurecimento tem o seu lado negativo para estes pa ses da UE pa
257. in ncia do que disse Michael Walzer sobre os cargos p blicos em reac o ao conhecido spoils system adverte Os cargos p blicos s o demasiado importantes para serem concebidos como des pojos da vit ria Ou melhor as vit rias s o demasiado ef meras e as maiorias dema siado inst veis para moldarem o servi o p blico de um Estado moderno 72 Cf Michael Walzer As Esferas da Justi a Editorial Presen a Colec o Fundamentos Lisboa 1999 p 134 Na o Defesa 154 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Mediatica dos Actos Terroristas F tima Faria Jornalista da RTP Auditora do Curso de Defesa Nacional 2005 2006 Resumo Este artigo tem por objectivo analisar os actos terroristas enquanto fen menos medi ticos e reflectir como dever ser delineada a cobertura jornal stica deste tipo de acontecimentos A ideia passa por encontrar uma forma de ac tua o de modo a que os media n o sejam usados como meras plataformas de divulga o dos objectivos das organiza es terroristas Em contrapartida cumpre lhes o dever de in formar a opini o p blica sobre estas ac es desde as consequ ncias identifica o dos autores at ao acompanhamento da actua o das autoridades Neste contexto s o analisadas tr s grandes ac es terroristas do in cio do s culo XXI o 11 de Setembro em Nova Iorque e Washington o 11 de Mar o em Madrid e o 7 de Julho em Londres
258. ins a atingir Em termos mais gerais o C digo de Trabalho prev disposi es em mat ria de pro tec o da privacidade e dos dados pessoais art 16 e na rea do teletrabalho art 237 No que respeita ao uso do correio electr nico e ao acesso Internet no local de trabalho a CNPD considera que n o se devem restringir a fins exclusivamente profis sionais e afirma ainda que se afigura il cito o acesso ou a divulga o dos conte dos das mensagens recebidas ou dos s tios visitados excepto para efeitos criminais e na sequ n cia de despacho de autoridade judicial ou com o consentimento do pr prio 33 Relat rio de actividades da CNPD 2001 02 Na o 53 S Defesa Ana Vaz A CNPD proibiu a videovigil ncia em infant rios com a finalidade de permitir aos pais conhecer em cada momento o estado dos seus filhos e o que faziam tendo considerado desproporcional esta finalidade face ao direito privacidade das crian as e dos trabalhadores dos infant rios que estariam permanentemente em observa o No que toca utiliza o de c maras de v deo fixas ou m veis por for as e organismos de seguran a a Lei n 1 2005 de 10 de Janeiro permite a apenas para protec o de edif cios instala es p blicas ou outras com interesse para a defesa nacional e para seguran a das pessoas e bens p blicos ou privados bem como para a preven o de crimes A utiliza o das c maras em vias de comunica o terre
259. io Perante informa es n o confirmadas a atitude dos media foi a mais cuidadosa poss vel Como escreveu Eduardo Cintra Torres num artigo de opini o publicado a 10 de Julho de 2005 no P blico o efeito do terrorismo tanto maior quanto for inesperado Como referi anteriormente esse efeito surpresa foi minorado pelas autoridades que tinham a indica o da enorme probabilidade de o pa s ser alvo dos terroristas e assim puderam estudar e criar um plano de actua o Todos sabiam como actuar incluindo os media E desta forma conclui Cintra Torres a reac o brit nica s bombas em Londres indica que desta vez o terrorismo perdeu a efic cia nos efeitos obtidos mata inocentes mas n o p ra democracias e as suas economias Nem p ra a boa televis o que deu uma li o m televis o 4 Conclus o Como se pode depreender pela reflex o anteriormente exposta e como concluia Brigitte L Nacos terroristas e media n o s o amantes s o mais como parceiros num casamento de conveni ncia no qual os terroristas precisam de toda a cobertura medi tica que consigam obter e os media precisam dos acontecimentos dram ticos chocantes sensacionais e tr gicos para sustentar e impulsionar as audi ncias e as tiragens 2003 52 O v nculo que une media e terrorismo parece estar regido pelos par metros do princ pio do benef cio m tuo No entanto os media n o d o cobertura s ac es terro ristas apenas porque ta
260. ionalizados E tamb m T nnies reconheceria esta 5 Ver Samuel Huntington Who Are We New York Simon amp Schuster 2004 6 Pascal Boniface As Li es do 11 de Setembro Livros do Horizonte Lisboa 2002 p 10 7 Para uma descri o da ideologia e das pol ticas multiculturalistas ver Jos Pedro Teixeira Fernandes Multiculturalismo e Seguran a Societal in Rela es Internacionais 9 Marco 2006 pp 129 149 Jos Pedro Teixeira Fernandes Multiculturalismo como ideologia e pol tica p blica in Atl ntico 10 Janeiro 2006 pp 37 9 Um homem isolado seria sempre uma flor roubada s suas ra zes arrancada ao tronco a que pertence ca da por terra para murchar Cf Herder Ensaio sobre a Origem da Linguagem Lisboa Ant gona 1997 1772 p 163 oo Na o Defesa 228 Contra o romantismo conservador e progressista divis o No s culo XIX j em pura reac o nacionalista contra a Modernidade francesa e brit nica T nnies construiu a express o m xima do romantismo germ nico atrav s do confronto entre Gemeinschaft Comunidade e Gesellschaft Sociedade T nnies contrastava a vitalidade da conviv ncia ntima familiar e exclusivista da Comunidade com a suposta desumanidade da Sociedade composta supostamente por estranhos e regida por contratos legais e n o por la os de perten a afectivos e tnicos Hoje o multiculturalismo repete esta linha de pensamento Por essa r
261. ique de Marco de 2006 Ver http www diplo uol com br 2006 03 a1274 38 Cf Na o e Defesa n 112 39 Se os organizadores dos ataques ao World Trade Center e ao Pent gono eram da classe m dia como diz Fukuyama numa condena o ideia estabelecida de que os terroristas s o um produto da pobreza n o h duvidas de que os Estados falhados dado sua inefici ncia e falta de autoridade como por outro sublinha a autora Maria do C u Pinto p em disposi o dos terroristas uma massa de descontentes que s o facilmente recrut veis Na o Defesa 138 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a consiste em reduzir os conflitos pol ticos no continente ajudar na reforma do seu sistema pol tico e nessa base traz lo para o mundo globalizado Tais ac es exigem uma melhor com preens o do que se passa em frica S a longo prazo note se era a calendariza o para a redu o dos conflitos no continente e a ajuda na reforma do seu sistema pol tico entrarem na ordem do dia da comunidade internacional volto a sublinhar Fukuyama citando Chester Crocker diz nos entretanto que ap s o final da Guerra Fria os Estados fracos ou falhados tornariam provavelmente o problema mais impor tante da ordem internacional Pelas consequ ncias que os conflitos de fraca inten
262. ira A utiliza o de sistemas criptogr ficos tem sido dificultada por pa ses que querem manter a possibilidade de intercep o e compreens o das comunica es tendo em vista a preven o e repress o de crimes e a defesa nacional Esta atitude contestada por Castells quando diz que a ultima tentativa por parte dos governos para manter algum grau de controlo sobre os fluxos de informa o e que uma grande ironia hist rica que a tentativa de controlar a informa o proibindo a distribui o da capacidade de encripta o deixe os Estados e a sociedade indefesos perante os ataques efectuados a partir da periferia da rede A Fran a por exemplo que tinha legislado no sentido de restringir a utiliza o de criptografia anunciou em 1999 que os cidad os poderiam utiliz la sem restri es A encripta o das mensagens que circulam no ciberespa o poderia de facto ser facilitada e at incentivada pelos governos se tal n o viesse a revelar se afinal como uma arma para utiliza o de terroristas e organiza es criminosas problema que entretanto tem vindo a ser resolvido atrav s da utiliza o de programas de encripta o cuja estrutura conhecida das autoridades competentes Mas n o s a criptografia que se revela como uma arma de dois gumes As comunica es electr nicas s o cada vez mais utilizadas pelos cidad os na sua vida di ria vimos que tamb m por essa via tanto se pode invadir a privacidad
263. is que se verificaram desde 1991 de que s o exemplo tr s das mais importantes ind strias de defesa Nestes salientam se os EUA com um volume de emprego bastante superior ao dos dois outros maiores pa ses da Europa Ocidental em termos de defesa Quadro 1 Quadro 1 Volume de emprego nos tr s maiores pa ses Milhares 1991 1995 1996 1997 1998 1999 2000 EUA 3 045 2 315 2 210 2 215 2 180 2 240 2 425 Reino Unido 510 410 415 370 355 320 305 Franca 248 193 185 178 175 171 166 Fonte SIPRI Yearbook 2003 Historicamente a ind stria de defesa tem sido uma ind stria essencialmente de car cter dom stico derivado das suas caracter sticas de seguran a nacional com um mercado que envolve compradores e vendedores pese embora se esteja a assistir actualmente a um processo de internacionaliza o Desde o in cio da d cada de 90 correram v rios acontecimentos e altera es de procedimentos que importa analisar 1 1 O processo de reestrutura o e consolida o Desde o fim da Guerra Fria tem se constatado um conjunto de altera es relativas reestrutura o e consolida o na ind stria as quais t m ocorrido a velocidades diferentes consoante se trate da Europa ou dos EUA Nos EUA a reestrutura o parece ter por base a no o de que apenas um pequeno grupo de empresas de grande dimens o ser o capazes de manter um n vel de competitividade e capacidades tecnol gicas que permitir o c
264. ist ncia de pol ticas e legisla es compat veis e a troca de experi n cias entre os diversos Estados e organiza es No dom nio das comunica es escritas essencial recorrer tamb m assinatura electr nica um meio criptogr fico de assegurar a integridade e a autenticidade dos documentos As assinaturas electr nicas podem assumir v rias modalidades biom tricas quando se baseiam em caracter sticas f sicas da pessoa hologr ficas quando constru das a partir de caracter sticas constantes da assinatura ou digitais quando s o baseadas num sistema criptogr fico assim trico constitu do por duas chaves uma p blica e outra privada Para que uma assinatura digital cumpra o objectivo previsto na legisla o portu guesa deve ser fornecida por uma entidade certificadora Estas entidades fazem acom panhar as assinaturas de um certificado digital que garante a titularidade da chave p blica e a data da sua validade As entidades certificadoras s o credenciadas na Uni o Europeia por autoridades credenciadoras Em Portugal a autoridade credenciadora a Autoridade Nacional de Seguran a Em Portugal tem havido medidas para introduzir formas avan adas de seguran a em sistemas de informa o mais sens veis existindo v rias entidades com atribui es no 15 Anexo Recomenda o do Conselho da OCDE adoptada na 895 Sess o 16 Seabra Lopes Direito dos Registos e do Notariado Almedina 2005 17 Decreto Lei
265. ite al Qaeda treinar os seus agentes no Ir o em troca do resultado desse treino se destinar a ac es conduzidas essencialmente contra Israel e os Estados Unidos O Ir o deu abrigo a figuras de topo da al Qaeda como Abu Musab al Zarqawi Saif al Adel e Saad bin Laden o filho mais velho de Osama bin Laden No mesmo sentido aquela apontou para a exist ncia de alian as ad hoc entre o Hezbollah e a al Qaeda em conjuga o com outras redes terroristas em opera es de lavagem de dinheiro e outras actividades il citas No que refere particularmente ao Ir o o mesmo relat rio denuncia a persist ncia de contactos entre os quadros da seguran a iraniana MOIS e os agentes da al Qaeda aos quais foi concedida a possibi lidade de receberem treino terrorista no Vale de Bekaa Richard Clarke Conselheiro para a Seguran a Nacional dos EUA afirmou que a al Qaeda tamb m refor ou os contactos com os grupos radicais isl micos que por seu turno s o financiados pelo Ir o 53 Levitt op cit pp 13 15 e Peter Finn Al Qaeda Deputies Harbored by Iran Pair are Plotting Attacks Sources Say Washington Post 27 de Agosto de 2002 54 The 9 11 Commission Report Final Report of the National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States em http www 9 11commission gov report index htm 55 Id 56 Al Sharq al Awsat 1 de Junho de 2003 David E Kaplan et al Run and Gun U S News and World Report
266. itucional democr tico e judicial a funcionar Desde 1952 realizaram se 12 elei es nacionais e incont veis elei es regionais Isto s foi poss vel devido ac o do India Civil Service A mesma estrutura burocr tica estatal simultaneamente respon s vel pelo atraso na acumula o de poder material e respons vel pela constru o da identidade democr tica Na ndia como em qualquer democracia liberal a lentid o econ mica esconde a legitimidade pol tica Existe corrup o Sim 125 dos 538 deputados est o envolvidos em processos judiciais 98 da popula o acha que os seus pol ticos s o corruptos H ainda problemas com os actos eleitorais Sim Existe o perigo da direita nacionalista e da extrema esquerda mao sta Sim Mas o certo que a identidade normativa da ndia permanece ligada democracia e Constitui o liberal secular E os sinais desta identidade pol tica s o t o poderosos empiricamente como os dados da emerg ncia econ mica 1 nas ltimas elei es nacionais 2004 5398 candidatos de 220 partidos disputaram os 543 c rculos eleitorais 380 milh es de pessoas votaram h 675 milh es de eleitores usando 1 25 milh es de m quinas de voto electr nicas em 700 mil cabines de voto De forma mais simples o acto eleitoral na ndia a actividade pol tica organizada mais extensa da hist ria da humanidade 2 Os eleitores j n o seguem acriticamente l deres carism ticos como
267. iv Shankar Menon US India Relations in the Global Context Remarks at the Carnegie Endowment for International Peace Washington DC February 22 2007 105 Ver Jaithirth Rao Presidents may come they may go in The Indian Express March 13 2007 106 Ver Mohammed Ayoob India Matters in The Washington Quarterly 23 1 Winter 2000 pp 27 39 Ashton B Carter America s New Strategic Partner pp 33 36 107 Ver Edward Luce Apesar dos Deuses p 269 108 A ndia prepara se para fazer a sua maior despesa militar de sempre aquisi o de 126 ca as ameri canos suecos franceses e russos competem entre si pelos favores da for a a rea indiana Cf India to float its biggest ever defence tender by month end in Hindustan Times June 18 2007 Na o 107 S Defesa Henrique Raposo oceano ndico o Mare Nostrum indiano impedindo qualquer veleidade chinesa no ndico verdade que o com rcio entre ndia e China est em expans o 13 bili es de d lares em 2004 Por m quando a animosidade pol tica permanece activa os la os de interdepend ncia econ mica n o s o suficientes para garantir estabilidade e confian a pol tica Recorde se que China e ndia travaram uma guerra em 1962 Este conflito deixou uma disputa fronteiri a ainda por resolver Mas o presente ainda mais problem tico do que o passado At a sia pode ser um frasco pequeno para dois escorpi es que no conjunto rep
268. iversity and pluralism through the structures of liberal constitutional democracy From the first economics stems power from the stems legitimacy 9 166 Ashutosh Sheshabalaya Made in India p 17 167 Sunil Khilnani India as a Bridging Power in India as a New Global Leader London The Foreign Policy Centre 2005 p 12 Na o 119 S Defesa Henrique Raposo A India tem tanta legitimidade democratica e liberal como qualquer demo cracia ocidental A reviravolta de 180 que a India provoca no olhar que lancamos sobre a politica internacional n o adv m da emerg ncia material Adv m isso sim da constata o de que o mundo ocidental n o tem qualquer direito de propriedade sobre as ideias democr ticas Singh num discurso t pico da confian a que anima pol ticos e intelectuais indianos afirma que there is no doubt that the 21 is going to be an Indian century N o sabemos se Singh tem ou n o raz o Somos cientistas pol ticos e n o cartomantes da parcim nia N o sabemos se a ndia ser ou n o a pot ncia hegem nica no final do s culo XXI Mas sabemos uma coisa no in cio do s culo XXI a ndia j nos obriga a alterar radicalmente as nossas perspectivas anal ticas Sentimos essa mudan a de perspectiva quando olhamos para o sistema com a lente do poder E sentimos uma altera o ainda maior quando usamos a lente da identidade legitimidade Estamos num mundo p s atl ntico quer em ter
269. ivos sa de vida sexual ou condena es penais Esta Conven o consagra princ pios de protec o de dados que vieram posteriormente a ser desenvolvidos 24 Samuel Warren e Louis D Brandeis Harvard Law Review citado em J de Seabra Lopes A protec o da privacidade e dos dados pessoais na sociedade da informa o tend ncias e desafios numa sociedade em transi o 25 Art 8 n 1 26 Directiva 95 46 CE de 24 de Outubro de 1995 art 2 al a e Lei n 67 98 de 26 de Outubro art 3 al a Na o 49 S Defesa Ana Vaz Tamb m tendo em vista a livre circula o da informa o entre os Estados membros de forma a desenvolver as rela es econ micas e sociais a OCDE j aprovara no ano anterior as linhas directrizes relativas protec o da vida privada e dos fluxos transfronteiri os de dados de car cter pessoal No mesmo sentido a Assembleia Geral das Na es Unidas aprovou em 1990 as linhas directrizes relativas aos ficheiros automatizados de dados pessoais referindo pela primeira vez em instrumentos internacionais a necessidade de previs o de uma autori dade respons vel em cada pa s pelo cumprimento dos princ pios de protec o de dados pessoais Em 1995 a Uni o Europeia aprovou uma directiva sobre a protec o de dados pessoais inspirada em instrumentos j existentes designadamente a Conven o 108 mas ampliando o campo de aplica o aos dados tratados manualmente e prev
270. japoneses e americanos detinham o monop lio sobre os produtos de valor acrescentado devido sua superioridade tecnol gica esse monop lio foi quebrado por chineses e indianos O monop lio ocidental sobre os fluxos de capital tamb m foi quebrado o mesmo se passa no mercado petrol fero Estas mudan as estruturais tal como indicou Henry Kissinger t m uma consequ ncia ao n vel da percep o das prioridades estrat gicas for all their importance the regional crises Irag North Korea are dwarfed by the fundamental transfer of power within the international system Por outras palavras dentro do sistema inter estatal h um 16 Ver Clyde Prestowitz Chindia tilts the playing field in Current History 105 690 April 2006 pp 147 148 17 Ver Pam Woodall The New Titans a survey of the world economy in The Economist September 16 2006 Coming of Age e Climbing Back The Economist January 19 2006 18 Ver Roopa Purushothaman and Dominic Wilson Dreaming with BRICs the Path to 2050 Global Economics Paper 99 Goldman Sachs October 1 2003 dispon vel em http www2 goldmansachs com insight research reports 99 pdf 19 Ver por exemplo Edward Luce One Land Two Planets in Newstatesman January 30 2006 pp 23 25 20 Ver Dan Steinbock New Innovation Challengers the Rise of China and India in The National Interest 87 January February 2007 21 Ver Zorawar D
271. l conveniente em termos de audi ncia e de capta o de p blico Cumprindo a sua fun o de informar a opini o p blica os meios de comuni ca o social em situa es de terrorismo t m inegavelmente o papel de duplo porta voz de dois discursos opostos elaborados a partir de chaves diferentes por um lado fazem chegar aos cidad os as diversas press es pol ticas que exigem o fim da viol ncia por Na o Defesa 174 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas outro amplificam os efeitos das estrat gias terroristas ao serem seus protagonistas involunt rios Mesmo correndo o risco de ser um palco de ac o privilegiado para os terroristas os media n o podem demitir se do seu papel A liberdade de express o um direito fundamental das sociedades democr ticas Mesmo os crimes mais graves n o podem justificar restri es Este direito maioritariamente exercido pelos media e defendo que quaisquer limita es devem ser sempre decididas pelas chefias de forma volunt ria no respeito pelas normas da tica profissional Qualquer interven o das autoridades p blicas neste dom nio deve ser completamente evitada compreens vel que ap s uma amea a ou ap s ter sido alvo de um acto terrorista o poder pol tico tenha a tenta o de fazer tudo para por um lado identificar travar a ac o e condenar os culpados e por outro proteger os cidad os de novas
272. l cia metropolitana accionou de imediato uma estrat gia de comunica o bem delineada que evitou alarmismos excessivos acalmou a opini o p blica e impediu desloca es para as zonas afectadas pelos rebentamentos Quando os media chegaram aos locais atingidos as v timas j tinham sido atendidas pelas equipas de socorro Nunca se viram imagens de descontrolo de p nico de desespero N o houve gritos nem choros nem corpos queimados nem cad veres envoltos em len is brancos Como escreveu C ndida Pinto no Expresso de 9 de Julho de 2005 o horror do acto n o foi ocultado mas as consequ ncias foram cuidadosamente afastadas dos olhares da opini o p blica Tudo isto tamb m foi poss vel porque desde o 11 de Setembro as autoridades brit nicas tinham consci ncia de que o Reino Unido seria alvo de um ataque S nunca apuraram quando que tal atentado poderia acontecer Mas os planos de emerg ncia foram delineados atempadamente e ao pormenor e envolviam tamb m os media As autoridades contavam com a coopera o dos meios de comunica o social em particular as r dios e as televis es para manter a popula o informada sobre v rias quest es pr ticas como por exemplo o estado da rede de transportes p blicos Toda a estrat gia de comunica o foi definida at ao mais pequeno detalhe Ao contr rio de outras situa es todas as declara es oficiais foram proferidas pelo chefe da Scotland Yard Ian Blair n o ha
273. l obst culo afirma o do Ir o enquanto pot ncia regional Isolado por um conjunto de regimes rabes sunitas liderados pelo Iraque ate invas o do Kuwait e atacado pelos regimes ocidentais Europa e EUA o Ir o conheceu a derrota e humilha o Apesar das rela es de rivalidade que imperaram entre o Ir o e o Iraque o sul do Iraque considerado o heartland do mundo xiita pois l que se encontram as cidades santas de Najaf e de Karbala centros de devo o e de peregrina o xiita A isto conv m acrescentar o facto das rela es transfronteiri as terem persistido ao longo dos tempos anteriores mesmo ao Imp rio Otomano o que permitiu inclusive o cruzamento tnico entre persas e rabes o resultado est hoje presente no Ir o e no sul do Iraque onde os la os de parentesco s o comuns Ali s os iranianos consideram o Iraque uma extens o natural da P rsia Com a queda do Imp rio Otomano e a forma o de Estados independentes as lealdades tnico religiosas constru ram se em torno dos respectivos Estados Na o A t tulo de exemplo quer os Curdos quer os Xiitas iraquianos lutaram ao lado do Iraque contra o Ir o passando por cima das lealdades tnicas e religiosas Consequentemente a ascens o de um governo iraquiano dominado pelos Xiitas n o implica de modo algum uma rendi o face aos interesses iranianos que ainda s o vistos como estrangeiros e inimigos Com o derrube do regime de Saddam Hussein pel
274. lado Estados modernos n o existiram de todo em vastas partes do mundo como o caso da frica subsariana antes do colonialismo europeu e que por outro ap s a Segunda Guerra Mundial a descoloniza o conduziu a um frenesim de constru o de Estados por todo o mundo em vias de desenvolvimento mas que apenas teve lugar no plano formal em muitas outras partes da frica N o obstante esta evid ncia que poderia ter guiado a determina o das premissas para o tratamento do problema o s culo passado foi essencialmente marcado pela contro v rsia quanto dimens o do Estado As perspectivas minimalista e centralizadora do Estado contendiam ardorosamente as suas virtualidades sendo que o liberalismo seria derrotado na primeira metade do s culo XX e o autoritarismo populista seria esmagado e desacreditado na segunda metade 11 Esta express o proposta por Adriano Moreira o equivalente ao Estado falhado 12 Jo o Carlos Espada e Jo o Cardoso Rosas Liberdade e Ordem Espont nea em que Hayek caracteriza a ordem matura grown order como uma estrutura que surge em virtude da auto organiza o dos seus elementos Cf ob cit p 35 13 Jo o Carlos Espada e Jo o Cardoso Rosas Liberdade e Ordem Espont nea em que Hayek caracteriza a organiza o made order como uma estrutura criada por for as exteriores que imp em aos elementos constituintes da mesma o cumprimento de determinadas instru es tendo e
275. ldomroep 6 7 2004 in www2 rnw nl rnw pt atualidade oriente m dio at040706 israel at micas consultado em 14 de Julho de 2004 Na o 11 S Defesa Abel Jos Santos Leite santos das tr s religi es com maiores repercuss es no ocidente as principais jazidas petrol feras e os principais produtores de petr leo Esta zona continua a ser o grande motor do mundo industrializado pelo que qualquer agita o pol tica se reflecte nos pre os do petr leo e consequentemente na economia mundial 2 Contextualiza o do Conflito 2 1 Antecedentes remotos O final da segunda guerra mundial e o reconhecimento do holocausto do povo judeu contribu ram decisivamente para a concatena o de esfor os no sentido da cria o de um estado judaico O movimento sionista iniciado em finais do s culo XIX por Theodor Herzl que reuniu o primeiro congresso em 1897 preconizava a cria o de uma p tria judaica por direito pr prio que viria a ser proposta por Lord Balfour em 2 de Novembro de 1917 e ratificada posteriormente no Congresso de San Remo Em 1922 a Sociedade das Na es confia Gr Bretanha um mandato sobre a Palestina e logo surgem os primeiros conflitos entre rabes e judeus e entre ambos e os ingleses que se agravam principalmente a partir de 1929 Com o apoio das grandes pot ncias foi decidida nas Na es Unidas em 1947 a cria o do estado judaico de Israel e agendada para 15 de Maio de 1948 a sua independ ncia
276. m ticas ideias provando que a continuidade evidente com um Isl o imperial que entre o s culo VII e o fim do Imp rio Otomano se sedimentou exportaremos a nossa revolu o atrav s do mundo at que os ecos de nao h outro deus sen o Al e Maom o seu mensageiro sejam escutados por todo o mundo Mas n o s esta predisposi o subversiva da ordem internacional se reflectiu na revolu o isl mica iraniana Se no plano estatal este caso foi emblem tico do revanchismo que o reformista Reza Pahlavi provocou nos radicais acicatado pelas suas liga es a pa ses ocidentais o terrorismo isl mico que teve nos ataques de 11 de Setembro o seu eco mais conseguido vive da inspira o imperialista e totalit ria que o Isl o sempre tra ou Inspira o esta que reside na doutrina de Sayyid Qutb um eg pcio anti Nasser que viveu nos Estados Unidos e revitalizou apenas aquilo em que h muito a tend ncia global do islamismo assentava o estabelecimento do reino de Al na Terra a elimina o do reino do homem a manuten o da soberania dos seus usurpadores e a sua restaura o a Al a aboli o das leis humanas e a implementa o da lei divina sharia n o podem apenas ser alcan adas atrav s de serm es ou preces Por isso Al estabele Na o Defesa 224 O Isl o foi sempre imperial ceu apenas uma causa para matar onde n o haja outro recurso e ela conduzida pelo prop sito de
277. m anulariam a dissid ncia interna Nesse sentido assegurariam a continua o do regime revolucion rio A quest o nuclear iraniana aponta para as limita es do regime de n o prolifera o vigente Recorde se que o TNP permite que os seus signat rios desenvolvam investi ga o e capacidades nucleares limitadas em troca da total abertura e transpar ncia do processo Como qualquer outro signat rio o Ir o pode desenvolver capacidades civis que a determinada altura podem facilmente ser convertidas em capacidades militares Por exemplo o Tratado permite produzir gua em ebuli o que uma vez aquecida se transforma em ur nio enriquecido Em consequ ncia reactores como o de Bushehr 26 O problema tratado em Shahram Chubin Iran s National Security Policy Capabilities Intentions and Impact Washington The Carnegie Endowment for International Peace 1994 Patrick Clawson ed Iran s Strategic Intentions and Capabilities Washington National Defense University Press Institute for National Security Studies 1994 27 Ver Iran Declares Key Nuclear Advance BBC News 11 April 2006 Dispon vel em http news bbe co uk 2 hi middle east 4900260 stm Na o Defesa 192 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas poder o em dezoito meses apenas produzir plut nio suficiente para cinquenta armas nucleares Tais programas requerem cientistas e conhecimentos t cnicos pass veis de
278. m ou por qualquer outro meio bem como o direito de informar de se informar e de ser informados sem impedimentos nem discrimina es e que o exerc cio destes direitos n o pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura 2 Para que a liberdade de informa o se possa exprimir sem peias censuras ou intromiss es indevidas indispens vel que os sistemas de informa o possam reunir as caracter sticas necess rias a garantir a seguran a da informa o isto Confidencialidade Integridade e Disponibilidade da informa o 3 Cedo a seguran a da informa o foi posta em causa por ac es criminosas que v o desde o acesso indevido informa o quebrando a caracter stica da confidencialidade at altera o do seu conte do pondo em cheque a sua integridade assim tem sido poss vel o uso indevido de dados pessoais o roubo de identidades a burla e a falsidade inform ticas a espionagem industrial e a pr pria sabotagem tudo para causar preju zo ou obter benef cios econ micos ou de outra natureza designadamente na intercep o de segredos militares pondo em causa a seguran a nacional A encripta o de mensagens como forma de assegurar a confidencialidade e a integridade das mensagens transmitidas foi um rem dio encontrado embora inicial mente os Estados tenham reservado o uso da criptografia apenas para mensagens militares por receio de ela ser utilizada para a transmiss o de m
279. m vista determinados fins Cf ob cit p 35 14 Francis Fukuyama A Constru o de Estados Governa o e Ordem Mundial no S culo XXI Lisboa Gradiva 2006 p 16 15 Francis Fukuyama ob cit p 17 refere se ao facto de depois da Segunda Guerra Mundial ao aumento das fun es e dimens o do Estado seguiu se a reac o contr ria na forma do thacherismo e reaganismo Na o 129 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos Da a subalterniza o do problema da constru o de Estados que era tal como atr s referi igualmente t o importante como o que animou o mundo acad mico e pol tico Para agravar esse descuidado disfarce as pol ticas para o desenvolvimento africano particularmente por parte dos EUA apenas serviam nas palavras de Henry Kissinger como um lenitivo em rela o ao passado j que uma parte significativa da popula o dos EUA que de origem africana viveu antes e depois da escravatura condi es que n o orgulham nenhum americano E com muita frequ ncia ouvimos da boca de pol ticos europeus que a rela o de coopera o da Europa com as suas ex col nias condicionada por um sentimento de culpa do colonizador Entretanto a quest o principal continua por resolver como ajudar os pa ses a criar uma capacidade institucional end gena de modo a sa rem do estado de subdesenvol vimento a que se encontram votados isto de assegurar as suas fun es soberana
280. ma Na o Defesa 78 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade ADRIANE que consiste numa iniciativa do Parlamento Europeu apoiada pela Comiss o Europeia Os seus principais objectivos s o refor ar o contacto networking coopera o desenvolvimento e emprego de novas tecnologias no dom nio do espa o e da defesa Salienta se tamb m o programa EUREKA da UE que tem objectivos civis de refor o da coopera o entre empresas e centros de investiga o no dom nio das tecnologias de duplo uso De notar que pela primeira vez o 6 Programa Quadro introduziu em 2004 uma Preparatory Action para financiamento de Research amp Technology na rea de security e o 7 Programa Quadro um programa s para security Merecem tamb m destaque a WEAO WEAGS que pretendia at h pouco tempo promover a coopera o industrial no mbito da defesa a n vel europeu mas que vai ser encerrada e as suas actividades passadas para a AED bem como a OCCAR criada pela Alemanha Fran a It lia e RU que tem tido algum papel na evolu o a n vel de metodologias de procurement 3 Implica es para a Ind stria de Defesa Nacional A ind stria de defesa tem vindo a sofrer grandes altera es ao longo do tempo das quais se salientam nomeadamente v rias reestrutura es e concentra es o desenvol vimento de tecnologias de duplo uso uma transforma o face a um novo contexto estrat gico e uma internacionaliza o
281. mais impressiva a declara o de Jomo Kenyatta enquanto presidente do Qu nia que em 1974 dizia a B blia imp e aos filhos obedecer e honrar seu pai o KANU o nosso pai O nosso dever assim ditado por Deus 135 Na o Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos b sicas de um Estado de direito como a publicidade cr tica a discuss o e dissensos parlamentares e pol ticos a autonomia da sociedade civil O Estado totalit rio comporta antes de tudo um fen meno de estatiza o ou de estadualiza o do indiv duo e da sociedade suprimindo a liberdade procu rando modelar a vida privada a alma o esp rito e os costumes dos destinat rios do poder para utilizar as expressivas palavras de Karl Loewenstein O Estado tudo e tudo s tem exist ncia no Estado um exemplo de sociedade que se afirma contra o homem e a sua inalien vel dignidade como ser nico e irrepet vel Por outro lado porque procura definir novas categorias morais segundo o princ pio de que os fins justificam os meios prefere a disciplina justi a a autoridade liberdade a obedi ncia consci ncia e a viol ncia toler ncia Uma das dimens es caracterizadoras do Estado totalit rio o seu anti individua lismo uma clara tradu o da sua oposi o ao liberalismo transformando o homem num simples instrumento de realiza o dos fins da colectividade O homem passa a ser absolutamente instrumentalizado
282. med El Baradei chefe da Ag ncia Internacional de Energia At mica sugeriu a 13 de Julho de 2004 em Moscovo que Israel deveria considerar discutir a possibilidade de um M dio Oriente sem armas nucleares Se pouco ou nada se sabe ao certo sobre esta quest o s se pode conjecturar acerca da data em que efectivamente Israel teria obtido armas nucleares Para a maioria dos analistas Israel ter cerca de duzentas ogivas nucleares e j teria cerca de doze em 1973 aquando da guerra do Yom Kippur Contudo apesar do peso dissuasor deste tipo de armamento h que considerar dois aspectos o an ncio da sua posse poderia ter levado os sovi ticos a disponibilizarem este tipo de armamento aos rabes for ando a uma escalada muito grave do conflito e por outro lado o fanatismo religioso rabe subverte todos os c lculos j que estes pressup em que o inimigo n o queira morrer o que como sabemos e os homens bomba s o prova disso n o s n o acontece como muitos desejam morrer na luta como m rtires de Deus Cr se tamb m que Israel ter hoje em dia a possibilidade de lan ar ogivas nucleares por meios terra terra ar terra e mar terra para o que dispor de tr s submarinos preparados para o efeito Questionado sobre o assunto Ariel Sharon na r dio militar israelita considerou que Israel obrigado a ter todos os componentes de for a necess rios sua defesa Cf Raida Herrero As Armas at micas de Israel Radio Nederland Were
283. mit s Richelieu criados originalmente em Fran a por empresas agrupadas numa federa o mas que est o a ser criados tamb m noutros pa ses europeus e que tem como objectivo a participa o em programas industriais comuns e proporcionar a forma o de alian as estrat gicas internacionais 38 Ver DL n 154 de 7 de Agosto de 2006 Na o 81 S Defesa Vitor Ramon Fernandes No caso da Ind stria de Defesa Nacional a EMPORDEF S G P S S A que a empresa holding das ind strias de defesa nacional criada em Dezembro de 199 e que tutelada pelos Minist rios da Defesa e das Finan as composta por um con junto alargado de empresas que est o organizadas em tr s n cleos distintos que s o o industrial o tecnol gico e o financeiro Este grupo tem estado a desenvolver um esfor o orientado para a exporta o com a prepara o e melhoria de capacidades para participar cada vez mais em projectos internacionais A EMPORDEF est a refor ar a sua actua o como centro da decis o estrat gica da ind stria de defesa para clarificar o seu campo de ac o e a sua capacidade de interven o ao n vel do investi mento na consecu o das op es estrat gicas quer no quadro das empresas do seu universo quer no quadro de novos projectos empresariais e pelas suas empresas parti cipadas A t tulo de alguns exemplos deste esfor o salientam se o processo de elimina o de redund ncias entre empresas do grupo
284. mo o da Ind stria de Defesa Nacional n o no sentido proteccionista mas no sentido de uma vis o estrat gica de progresso e de desenvolvimento econ mico investindo nesta ind stria ao n vel adequado para atingir os objectivos estrat gicos como o caso dos pa ses desenvolvidos referidos no presente trabalho come ando pelos EUA Natural mente que o grau de investimento dever ser adequado ao pa s Essa partilha compete a todos aqueles que compreendem a import ncia desta ind stria e muito particularmen te aos que nela t m responsabilidades directas Adicionalmente uma das quest es fundamentais que importa ter presente o facto de que mais cedo ou mais tarde ocorrer a cria o de um mercado de defesa europeu A este respeito merece refer ncia o coment rio de Nick Witney Chief Executive da AED a respeito da cadeia de abastecimento do mercado da ind stria europeu Going it alone on a national basis is no longer sustainable Tendo por base a internacionaliza o desta ind stria j em curso a sua estrutura de funcionamento com as grandes empresas a serem fornecidas por um conjunto de PMEs e todo o processo relacionado com a cria o de um mercado europeu de defesa fundamental que as empresas da Ind stria de Defesa Nacional estejam preparadas para competir e participar nos v rios projectos que de forma crescente tender o a existir concorrendo com as suas hom logas num mercado muito mais vasto e abert
285. mo europeu terminara e com ele terminou tamb m a simplifica o do mundo que a sua artificialidade permitira Com a retirada das pot ncias coloniais as diversidades tnicas religiosas e tribais v o despontar dentro 36 O acordo do envio desta for a foi proposto pelo ministro dos assuntos exteriores do Canad Lester Pearson e aceite mediante um duplo acordo de boa vontade o primeiro estabelecido entre o secret rio geral da ONU Dag Hammarskjold e Nasser e o segundo entre o secret rio de estado norte americano Foster Dulles e Golda Meir altura ministra dos neg cios estrangeiros de Israel 37 Este processo de descoloniza o foi sucedido por um neo colonialismo de car cter financeiro e por uma luta pelo controle geo estrat gico travada pelos EUA e a URSS que apenas fez agravar os problemas estruturais dos pa ses do 3 mundo O caso da descoloniza o portuguesa e este condom nio de responsabilidade russo americana do mundo Cf p 141 da obra a seguir citada encontra se bem expl cito em Adriano Moreira O nov ssimo Pr ncipe An lise da Revolu o Interven o Braga 2 Ed 1977 Na mesma linha com a particularidade de ser anterior ao 25 de Abril de 1974 deve se salientar igualmente a profunda an lise de Ant nio de Sp nola Portugal e o Futuro Editorial Arc dia s l 3 Ed 1974 Em ambos os autores directamente intervenientes na direc o da pol tica portuguesa neste processo iniciado em 1961 encontram se
286. mos de poder estrutural quer em termos de identidade normativa Ainda n o um mundo transpac fico n o h ainda a centralidade transpac fica mas com certeza um mundo p s atl ntico j n o h a centralidade atl ntica e europeia H dez anos Kissinger e Donald Kagan nem sequer consideravam a ndia como um Grande Poder Hoje n o s somos obrigados a considerar a ndia como um dos cinco grandes poderes num imagin rio concerto escala global como tamb m somos for ados a colocar a ndia como membro de pleno direito de uma liga de democracias global Porque de facto insuficiente dizer que a ndia um poder emergente A ndia isso sim a rising democratic power Um Grande Poder que tamb m uma Democracia Liberal Lee Kwan Yew afirmou que China e ndia will shake the world Certo Mas agitam o mundo de maneira diferente A China agita apenas o equil brio de poder do sistema de estados e a correla o de for as da economia mundial A ndia al m de agitar o sistema e a economia tamb m agita a composi o da comunidade de demo 168 Amartya Sen Identidade e Viol ncia Lisboa Tinta da China 2007 p 89 169 Ver PM s inaugural speech at Pravasi Bharatiya Mumbai January 7 2005 170 Como faz Richard Haass Ver Richard Haass Opportunity America s Moment to Alter History Course New York PublicAffairs 2005 171 Como fazem as duplas Ikenberry Slaugther e Daalder Lindsay
287. mpresa em termos de volume de neg cios representam 91 do volume de neg cios da Lockheed e aproximadamente a mesma dimens o da Boeing Em termos de emprego a Lockheed tinha mais de 135 000 empre gados e a Boeing tinha 153 000 em 2006 enquanto que a BAE tinha 100 100 e a EADS tinha 113 210 em 2005 Existem outras diferen as importantes nomeadamente em rela o quota parte relacionada com a defesa Enquanto que a Lockheed Martin e a Raytheon t m mais de 90 do seu volume de neg cios relacionado com a defesa a BAE Systems que a maior empresa europeia tem cerca de 80 mas com uma dimens o bastante inferior em termos de volume de neg cios Por outro lado a EADS que a segunda maior empresa europeia nesta rea opera essencialmente no sector aeroespacial tendo como sua grande concorrente a norte americana Boeing mas a propor o do volume de neg cios que esta ltima tem no sector da defesa bastante superior de 58 1 versus 24 2 Um dos aspectos mais relevantes o facto das despesas em I amp D em rela o ao volume de neg cios ser superior no caso das empresas europeias relativamente s norte americanas O grupo EADS reporta cerca de 6 do seu volume de neg cios I amp D ou seja 2 mil milh es de Euros em 2005 enquanto que a Boeing que o seu principal Na o Defesa 72 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade concorrente americano afecta aproximadamente 4 do seu volume de n
288. n new tone Rice voices frustration with China in New York Times August 20 2005 177 Eric Lorber amp Pramit Mitra US India Relations Convergence of Interests in Center for Strategic and Internacional Studies South Asia Monitor 84 July 4 2005 121 Na o Defesa Henrique Raposo ao nivel do poder quer ao nivel da identidade liberal costume dizer se que a China abala as estruturas de poder do mundo Certo Mas a ndia al m de abalar o mundo poder abala tamb m a estrutura interna do Ocidente identidade Por duas raz es 1 a ndia e Jap o e Brasil e frica do Sul e Austr lia Nova Zel ndia partilha com os ocidentais a mesma identidade pol tica o mesmo regime pol tico Do ponto de vista normativo a ndia for a os ocidentais a admitir que o Ocidente Atl ntico Norte n o tem qualquer monop lio da legitimidade 2 Dentro do sistema de alian as do Estado central do Ocidente EUA a ndia e Jap o e Austr lia tem tanta import ncia como a alian a transatl ntica Hoje os EUA s o em igual medida transpac ficos e transa tl nticos E esta realidade p s atl ntica quer ao n vel do poder estrutural quer ao n vel da identidade liberal conduz nos a um outro ponto dentro da chamada ordem internacional liberal FMI OMC Banco Mundial e at a ONU existe uma tens o entre poder e identidade A distribui o de poder dentro das diversas institui es internacionais continua
289. na Nautiyal Current Trends in India US Relations Hopes for a Secure Future in Strategic Insights V 4 April 2006 156 Ver Pranab Bardhan Crouching Tiger Lumbering Elephant The Rise of China and India in a Comparative Economic Perspective in Brown Journal of World Affairs XII 1 Fall Winter 2006 pp 57 58 157 Varun Sahni India and the Asian Security Architecture in Current History 105 690 April 2006 p 163 Na o Defesa 116 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico Quando dizemos que h um desvio no centro de gravidade estamos a juntar na mesma estrutura an nima todas as economias asi ticas Esta f rmula PIB chin s PIB indiano PIB japon s PIB de demais tigres e drag es asi ticos claro cria um centro de gravidade O problema que esta f rmula n o existe na realidade uma fic o econ mica estrutural que n s inventamos para simplificar uma realidade pol tica complexa e plural As diversas economias estruturais emergentes n o se fundem num nico depo sit rio dessa riqueza num nico centro de gravidade V rios actores pol ticos China Jap o ndia etc n o podem ser remetidos para um conceito an nimo que mistura geografia e economia sia Pac fico Chindia Em suma n o h um eixo de gravidade mas sim uma pluralidade de centros de poder power is draining away from the US to multiple centers as countri
290. nceram correndo na vossa frente Porque voc s tentaram praticar no Egipto um jogo que j n o adoptado Jean Larteguy 1 Introdu o Em 1956 ver se desenrolar um conflito no M dio Oriente envolvendo directamente a Fran a a Gr Bretanha Israel e o Egipto No entanto este conflito que ficar conhe cido como a Guerra de Suez de curta dura o e aparentemente esquecido e subvalori zado rapidamente se estenderia a um endurecimento das posi es pol ticas de todas as grandes pot ncias mundiais e viria a alterar profundamente a situa o pol tico econ mica europeia tendo sido um conflito em que ningu m p de realmente apresentar se como vitorioso excepto Israel que contudo ter preferido que n o se especulasse muito sobre o assunto sobretudo no que respeita ao conluio a ter existido com a Fran a e a 1 Jean Larteguy Os Centuri es Bertrand Lisboa s d datado pelo autor em Julho de 1959 p 443 2 Apesar do l der eg pcio Gamal Abdel Nasser ter proclamado a sua vit ria pol tica e militar utilizando toda a sua m quina de propaganda vangloriando se de sozinho o Egipto ter enfrentado e derrotado a Franca a Gra bretanha e Israel tal mensagem destinava se apenas opini o p blica interna e dos estados rabes Nasser tinha perfeita consci ncia de que perdera efectivamente o conflito n o se deixando cair na sua pr pria propaganda Cf Michael B Oren La Guerra de los seis Dias Junio d
291. ndem cada vez mais de uma complexa infra estrutura de forne cedores e sub contratantes muitos dos quais s o pequenas e m dias empresas Colocam portanto uma nfase cada vez maior nas rela es de parceria de m dio longo prazo Nos EUA as ind strias ligadas defesa constituem em geral p los de desenvolvi mento tecnol gico e de inova o de sentido estrat gico crescentemente cruzados com m ltiplas reas de processos e produtos para aplica es civis sendo que h uma forte interven o p blica na defini o dos quadros estrat gicos de desenvolvimento tecnol gico e empresarial no financiamento dos programas de investiga o e desenvolvimento I amp D e na aquisi o de equipamentos e sistemas A pol tica norte americana tem tamb m encorajado a utiliza o de produtos comer ciais civis nas ind strias de defesa sempre que poss vel erodindo as fronteiras entre as aplica es de natureza civil e militar Nos EUA o Governo atrav s de diversas ag ncias p blicas tem orientado as pol ticas de concentra o industrial de reforma do procurement e das tecnologias de 5 Kirkpatrick 2004 6 Defense News 2005 7 Refira se por exemplo que muitos dos grandes grupos diversificados tais como a General Electric e a Texas Instruments desinvestiram na rea da defesa 8 Institute for Strategic Studies 9 Grant 1997 10 James et al 1998 11 Sarmento Coelho 1999 12 Flamm 2000 N
292. ngton A India 0 aliado natural em dois pontos 1 terrorismo islamista e acima de tudo 2 China Os indianos partilham com os EUA a preocupa o com o terrorismo islamita nas duas ltimas d cadas a ndia foi o pa s que mais sofreu com o jihadismo Mais a ndia tem uma forte influ ncia no M dio Oriente Mas aten o a ndia n o encarada dentro da narrativa da guerra ao terror mas sim num contexto com objectivos estrat gicos a longo prazo ou seja dentro da equa o chinesa Em Washington a f rmula Paquist o ndia do tempo da Guerra Fria e p s Guerra Fria deu lugar f rmula China ndia do nosso tempo j sem vest gios da Guerra Fria E tendo Pequim como pano de fundo o objectivo estrat gico americano tem duas dimens es a colocar uma cunha entre China e ndia impedindo qualquer coliga o Nova Deli Pequim uma hipot tica Chindia anti americana seria o pior cen rio poss vel para a actual ordem internacional b A ndia como parceiro da Am rica essencial para que a emerg ncia chinesa ocorra sem excessos revisionistas Depois ao n vel do mercado global a ndia um factor de estabiliza o econ mica e pol tica de uma regi o que representa um quarto do com rcio dos EUA Ou seja na sia que se vai decidir 1 a estabilidade do sistema de Estados e a posi o de lideran a dos EUA nesse sistema e 2 a prosperidade da sociedade americana e a sustentabilidade da globaliza o
293. nhos a Aliados Informais A ndia ir emergir como poder independente como aliado dos EUA como parceiro da China A op o indiana mudar profundamente a pol tica asi tica e mundial por isso a ndia muitas vezes descrita como o swing state do sistema Perante isto a posi o oficial dos EUA n o podia ser mais clara Washington pretende auxiliar a ndia a transformar se num grande poder do s culo XXI Washington v na ndia um rising global power and partner one whose interests converge in important respects with those of the United States Esta posi o representa uma transforma o diplom tica sem precedentes h uma mudan a de 180 graus na perspectiva americana sobre a ndia e vice versa Durante a Guerra Fria a ndia foi l der do Movimento dos N o Alinhados Bandung que tendia a aproximar se da URSS e a criticar os EUA Depois durante os anos 90 Washington encarou a ndia enquanto cen rio de dois problemas de seguran a a prolifera o nuclear e a quest o de Caxemira Paquist o Ou seja EUA e ndia foram durante d cadas as estranged democracies A Administra o Bush revolucionou esta 80 Ver Suketu Mehta Megacities Mega Dreams for a Connected World in YaleGlobal June 14 2007 81 Rajeev Bhargava Words saves Lifes India the BJP and the Constitution openDemocracy October 2 2002 Ver tamb m Ainslie T Embree Why Its so Important to Know About India Foreign Policy Rese
294. nianos adeptos da ortodoxia religiosa demons traram no passado alguma flexibilidade doutrin ria o que possibilitou a forma o de alian as ad hoc com a al Qaeda Desde o 11 de Setembro o Ir o serve de ponto de 48 Iran Ordered Slaying of Kurdish Leaders German Prosecutor AFP 27 de Maio de 1993 e Levitt op cit 10 49 Loa op cit p 6 50 Interpal Part I Special Information Bulletin Intelligence and Terrorism Information Center at the Center for Special Studies Israel Dezembro de 2004 em http www intelligence org iVeng sib 12_04 interpal htm e Levitt op cit p 17 51 Levitt op cit p 15 52 U S Department of State International Information Programs Bush Says Iran Must Contribute to War against Terror Expresses Hope Iran Will Help Stabilize Afghanistan 10 de Janeiro de 2002 e Brzezinski et al op cit p 25 Na o Defesa 214 O Ir o de Ahmadinejad passagem e porto de abrigo para os operacionais da al Qaeda e outros grupos terroris tas caso do Hezbollah e Hamas O territ rio do Ir o constitui um ponto de encontro para os jihadistas e um centro decisor para a elite da al Qaeda O relat rio da Comiss o Parlamentar sobre o 11 de Setembro do Congresso americano nota a persis t ncia de contactos entre funcion rios de seguran a iranianos e importantes figuras da al Qaeda O relat rio chamava a aten o para um acordo formal com os Iranianos que perm
295. no cerne de diversos p los de poder ora colaborantes ora em competi o para a obten o do poder 1 Ahmadinejad e o Contexto Nacional O Ir o passa actualmente por uma situa o de crise econ mica resultante em larga medida das sequelas da guerra Ir o Iraque do embargo econ mico imposto pelos EUA 17 Tom Porteous Reading Iran Prospect n 118 Janeiro de 2006 p 6 Na o Defesa 202 O Ir o de Ahmadinejad pelas distor es do pr prio mercado e pela incapacidade do Estado reformar a pr pria economia A sua popula o esmagadoramente jovem educada e desempregada favor vel s reformas pol ticas e sociais e aspira a usufruir do modelo de vida ocidental e das suas liberdades Apesar do seu aparente imobilismo rigidez e da repress o dominante a sociedade iraniana uma sociedade marcada por grande debate interno confronto e vivacidade de ideias Pode se mesmo dizer que possui um sistema pol tico competiti vo que ultrapassa a c pula governativa formal e as estruturas clandestinas de poder que dominam o Ir o Este pa s tem al m disso uma das opini es p blicas mais esclarecidas e contestat rias do M dio Oriente A crise econ mica e social combina se actualmente com uma situa o de estabili dade pol tica de natureza conservadora baseada nos valores religiosos da Rep blica Isl mica e das inst ncias que a controlam no presente cen rio assim de afastar a possi
296. no da Task Force on Disorders and Terrorism defendia que a cobertura medi tica deve dar um nfase apropriado s consequ ncias imediatas e a longo prazo da viol ncia para as v timas e para os seus autores Aconse lhava tamb m que deve ser inclu da informa o fidedigna das capacidades das autori dades para lidar com estas situa es e que deve ser evitada uma glamouriza o excessiva das pessoas respons veis por estes crimes Este documento recomendava tamb m que se evitassem as entrevistas a barricados ou a sequestradores devendo ser dada prioridade informa o transmitida pelos porta vozes oficiais Defendia ainda que se deveria atrasar ou reter algum tipo de informa o que possa obstruir a ac o das for as de seguran a ou p r em perigo a vida dos ref ns Para os rg os de comunica o social dif cil criar regras e procedimentos padr o para este tipo de acontecimentos dada a sua imprevisibilidade e porque os factos e as circunst ncias s o vari veis de incidente para incidente Mas regra geral os media podem pautar a sua actua o com base em determinados princ pios ticos que se aplicam genericamente a muitas outras situa es que s o not cia Uma componente essencial destas hist rias s o as reivindica es e as exig ncias feitas pelos terroristas e defendo que estas devem ser divulgadas Mas podem ser divulgadas sem ser dada uma plataforma excessiva aos terroristas devem ser transmi
297. no de ideias muito simples e claras facilmente sintetiz veis e transportando uma carga axiol gica mobilizadora de multid es atrav s de uma ret rica reveladora de toda a energia que existe na linguagem o partido nico transforma se no principal instrumento de con quista e exerc cio do poder O partido nico diria transforma se numa m quina de suc o das consci ncias Mas o totalitarismo pressup e ainda o dom nio dos rg os de comunica o social Foi Tocqueville quem ter afirmado antecipando se a uma ideia atribu da a Churchill que a liberdade de imprensa o pior regime com excep o daqueles regimes que aboliram a liberdade de imprensa Pois o totalitarismo suprime a liberdade radicalmente enquanto utiliza uma linguagem publicit ria que intoxica e manipula as pessoas A sua dimens o tentacular enfraquece a sociedade civil colocando se ao servi o da doutrina do partido nico em suma uma sociedade de vigil ncia m tua diria Peyrefitte 4 Conflitos de Fraca Intensidade e a Emergencia de Estados Falhados Opini es no sentido de que a Ordem Vestefaliana atravessa uma crise sist mica em que os seus princ pios s o postos em causa ou ainda se modernamente o Estado se revela dispens vel Kissinger e Fukuyama fizeram notar que elas retrocedem face manifesta incapacidade de se lhe fazer sobrevir uma alternativa consensual Estas opini es sobre as quais por exiguidade de espa o apena
298. nselho da Europa a OCDE e as Na es Unidas iniciaram e intensificaram o estudo e divulga o de instrumentos que consagram princ pios de seguran a da informa o e de protec o da privacidade tendo em vista pre venir a ileg tima utiliza o das tecnologias da informa o O presente artigo estuda os ins trumentos mais recentes que cobrem estas reas com especial nfase no que respeita a Portugal Este artigo visa reflectir sobre a quest o da defini o dos limites para a protec o da pri vacidade face necessidade de utiliza o da informa o de car cter pessoal a fim de ga rantir a seguran a dos Estados e consequente mente das pessoas o respeito pelo princ pio da proporcionalidade poder ser a chave do problema Abstract Information Security Privacy Policy and Personal Data Protection The information technologies have developed significantly in the past decades especially since the beginning ofthe 21st century However itis necessary to make sure that the information is used properly without risking serving illegitimate interests or questioning the rights liberties and guarantees of citizens Several institutions such as the EU the Council of Europe the OSCD and the United Nations have already started studying and developing the tools to assure a balance between information security rights and privacy policy in order to prevent the illegitimate use of these technologies This article analyses
299. nt the style has been more confrontational and has aggravated tensions with Washington It is important to bear in mind that Iran is governed by complex institutions and competing power centres that inherently favour continuity over change More importantly none of the fundamentals of past behaviour has changed the regime is not about to collapse it holds pivotal cards on Iraq and nuclear proliferation and it continues to support terrorist activities abroad Thus any chance of modifying its behaviour will come if at all through serious coordinated efforts to engage it Autora dos livros As Na es Unidas e a Manuten o da Paz Coimbra Almedina 2007 O Isl o na Europa coord Lisboa Pref cio 2006 Infi is na Terra do Isl o os Estados Unidos o M dio Oriente e o Isl o Funda o Calouste Gulbenkian 2003 Islamist and Middle Eastern Terrorism A Threat to Europe Centro Militare di Studi Strategici CeMISS Rubbettino Roma 2002 Political Islam and the United States A Study of U S Policy Towards the Islamist Movements in the Middle East Ithaca Press Reading 1999 Ver o 2007 N 117 3 S rie pp 197 220 Na o Defesa O Ir o de Ahmadinejad O Presidente do Irao Mahmoud Ahmadinejad eleito em Junho de 2005 corresponde segunda gera o herdeira da Revolu o Isl mica de 1979 por natureza conservadora e anti ocidental O seu pensamento pol tico radica se na l gica de conflito
300. ntais na apropria o das riquezas iranianas N o se torna dif cil pois perceber que os mullahs tal como os bolcheviques depois de 1917 acreditassem estar cercados por Estados determinados a destruirem o rec m criado regime revolucion rio Este conjunto de percep es seria determinante para a forma o da cultura estra t gica do regime isl mico At ao derrube de Saddam Hussein o Ir o confrontou se com um vizinho poderoso determinado a subverter a revolu o isl mica Motivado por considera es defensivas designadamente pela necessidade de impedir o aumento da influ ncia iraniana no sul do Iraque a pol tica hegem nica de Bagdad levou Teer o a concluir que o desenvolvimento de armas nucleares seria a resposta mais eficaz s capacidades do regime de Saddam Hussein Com efeito os c lculos dos mullahs n o eram desprovidos de sentido estrat gico Primeiro porque durante a guerra de 1980 88 Saddam Hussein utilizou armas de destrui o maci as contra o Ir o Segundo ao longo da mesma d cada Bagdad iniciou o seu programa nuclear o que incentivou o desenvolvimento das capacidades nucleares iranianas 17 Lee Waters Chemical Weapons in the Iran Iraq War Military Review Vol 70 N 10 October 1990 pp 56 63 Na o Defesa 188 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas Se o derrube de Saddam Hussein retirou uma fonte de preocupa o ao regime revolucion ri
301. ntre 170 a 200 milh es v o procurar emprego nos pr ximos 15 anos 5 Apesar do ru do da esquerda marxista a globaliza o significa uma elimina o da pobreza sem precedentes hist ricos a percentagem da popula o abaixo do limiar da pobreza passou de 55 1973 para 26 2000 Este n mero muito disputado mas indiscu 23 Ver Fareed Zakaria Adrift in a Turbulent in Newsweek April 24 2006 24 Ver Pang Zhongying Debating Delhi the Dragon and the Elephant in The National Interest 89 May June 2007 p 48 25 Jing Dong Yuan The Dragon and the Elephant Chinese Indian Relations in the 21 Century p 140 26 Pavan K Varma A India no S culo XXI p 223 27 Cf Ashutosh Sheshabalaya Made in ndia p 374 28 Evolu o 1985 227bn 1995 355bn 2004 695bn Cf India at a Glance The World Bank April 23 2007 29 The World Bank World Development Indicators Database April 23 2007 http siteresources worldbank org DATASTATISTICS Resources GDP pdf 30 The World Bank World Development Indicators Database April 23 2007 http siteresources worldbank org DATASTATISTICS Resources GDP_PPP pdf 31 Goldilocks tests the vindaloo The Economist June 9 2007 32 Ver Matthew Kaminski Heavy Mittal in The Wall Street Journal February 4 2006 33 Cf Laveesh Bhandari Wages of the Young in The Indian Express February 17 2007 34 Ver por exemplo Vijay Pras
302. ntribuiu para a sua acelera o Seja como for o primeiro passo no sentido de definir uma resposta adequada ao desafio nuclear iraniano reside no reconhecimento de que a pol tica externa do pa s tudo menos irracional ou fruto do temperamento de um ou outro pol tico Este artigo analisar ainda o enquadramento de seguran a regional e as conse qu ncias que resultar o de um Ir o nuclearizado Dado que a aquisi o de armas nucleares pelo Ir o previsivelmente conduzir a um clima generalizado de insegu ran a regional abordam se as op es dispon veis para prevenir a aquisi o de armas nucleares pelo Ir o e as suas previs veis consequ ncias As op es em aberto aos decisores pol ticos ocidentais n o podem ser catalogadas como simplesmente boas ou m s todas as op es invariavelmente acarretam consequ ncias negativas e nalguns casos desastrosas precisamente neste quadro de op es menos boas que se deve equacionar o eventual uso da for a contra Teer o 1 Um Legado Revolucion rio O optimismo que alastrou pelo Ocidente ap s a elei o do reformista Mohammad Khatami em 1997 deu lugar a um crescente cepticismo medida que a ala refor mista era metodicamente neutralizada pelos ortodoxos do regime Perante a derrota inequ voca dos reformistas americanos e europeus conclu ram que a sua capacidade para influenciar a pol tica iraniana particularmente no que dizia respeito quest o nuclear era deveras
303. nvolver a sua actividade log stica de prepara o dos seus filiados e de condu o das suas opera es sem risco de interfer ncias externas O Afeganist o referido como o exemplo mais ilustrativo de um Estado falhado tomado por uma organiza o terrorista neste caso a al Qaeda e o Sud o que entre 1994 e 1996 tinha dado guarida a bin Laden l der dessa mesma organiza o terrorista N o obstante a consci ncia da corrup o crescente em frica e do caos da resul tante alguns pa ses africanos transformaram se em para sos para grupos terroristas lavagem de dinheiro e organiza es criminosas Contudo o pouco interesse estra t gico ou a aus ncia de interesses decisivos em termos de seguran a do continente fez com que por exemplo Kissinger se pronunciasse no sentido de que a tarefa mais urgente dever ser aliviar o sofrimento em frica e p r fim s epidemias A longo prazo a necessidade 37 conhecido o papel de substitui o de institui es estatais que as Madrassas t m nos pa ses mucul manos ou pa ses que acolhem elementos dessa comunidade em que prestam um servi o de indiscut vel valor por proporcionarem aos mais pobres a possibilidade real de um futuro melhor mas de outras que igualmente se prestam doutrina o dos estudantes no sentido de que a Jihad leg tima e nobre diz nos William Dalrymple no artigo Viagem ao interior das Madrassas publicado no Le Monde Diplomat
304. o Defesa 14 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes Na sua perspectiva pan arabista Nasser nutre um profundo dio a Israel lem bremos que participou no primeiro conflito israelo rabe e aos ingleses que considera serem imperialistas e verdadeiros invasores do Egipto e de muitos outros locais do mundo De forma geral a sua posi o defende o direito dos povos a disporem livremente dos seus recursos naturais que no caso eg pcio eram essencialmente a explora o do algod o cujos pre os eram controlados por Londres e consequ ncia natural deste princ pio a explora o do canal do Suez O direito auto determina o dos povos era propugnado em geral salientando as tr s vertentes particulares os estados rabes os estados isl micos e os estados africanos Neste esp rito agudizam se os ataques s for as brit nicas estacionadas na zona do canal sobretudo na grande base de Ismailia a Israel atrav s do fomento de ac es terroristas lan adas da faixa de Gaza com elementos recrutados entre os refugiados e contra os franceses j que o Egipto apoiava declaradamente as pretens es independentistas na guerra da Arg lia que se inicia em 1954 da Frente de Liberta o Nacional com fornecimentos de armas e abrigo e cobertura aos respectivos l deres Atrav s da R dio Cairo a R dio Voz dos rabes designadamente encorajava abertamente revolta n o s na Arg lia no momento
305. o tailor made Na o 75 S Defesa Vitor Ramon Fernandes A evolu o da Pol tica Europeia de Seguran a e Defesa PESD consignada no Tratado Constitucional da Uni o Europeia cujo processo de ratifica o est presente mente interrompido dever permitir uma evolu o para um mercado nico para o sector da defesa o que traria vantagens a esse n vel Mais ainda com o objectivo de apoiar o desenvolvimento das capacidades de investiga o dos procedimentos de aquisi o e dos equipamentos de defesa foi criada em 12 de Julho de 2004 a Ag ncia Europeia de Defesa AED Ap s a delibera o de Novembro de 2005 a AED poder desempenhar um papel relevante no sentido de se criar um mercado nico europeu no que respeita s aquisi es de equipamentos e servi os de defesa permitindo s empresas realizar contratos com n veis de produ o de dimens o semelhante aos norte americanos bem como racionalizar as despesas de I amp D e obter maiores economias de escala Os avan os nesta mat ria t m no entanto sido relativamente reduzidos motivados fundamentalmente pela tentativa dos governos de protegerem as suas ind strias nacio nais invocando frequentemente raz es de seguran a e independ ncia nacionais Mas esta a tend ncia 15 A crescente internacionaliza o das ind strias de defesa Apesar de historicamente a ind stria de defesa ter assumido um car cter essenci almente dom stico est se
306. o com oportunidades que de outra forma porventura dificilmente existir o A exist ncia de valor acrescentado na Ind stria de Defesa Nacional e da sua import ncia a n vel da tecnologia e de inova o est bem patente nos exemplos abaixo apresentados que n o representam a sua totalidade Trata se de projectos internacionais ligados exporta o para al m dos nacionais quer de mbito militar essencialmente relacionados com o equipamento e moderniza o das For as Armadas portuguesas quer de mbito civil relativamente s tecnologias de duplo uso Existem tamb m v rios instrumentos que facilitam e promovem o desenvolvimento da Ind stria de Defesa Nacional Esses instrumentos devem ser utilizados de forma 37 Ver nomeadamente o relat rio apresentado pelo EuroDefense Portugal 2000 pelo Grupo de Reflex o Estrat gica sobre as Ind strias Relacionadas com a Defesa GREID Na o Defesa 80 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade articulada e coerente no quadro de uma estrat gia para as ind strias de defesa atrav s de linhas de ac o para uma actua o estruturante Desses instrumentos salientam se as contrapartidas a internacionaliza o a investiga o e desenvolvimento a Lei de Progra ma o Militar LPM os modernos instrumentos de financiamento e as parcerias p bli co privado PPP 3 1 As contrapartidas As contrapartidas ocorrem quando na aquisi o de equipamento de d
307. o o quadro geoestrat gico subsequente aumentou a inseguran a dos mullahs Ap s os acontecimentos de 11 de Setembro os EUA estenderam a sua presen a no M dio Oriente e na sia Central agravando assim o sentimento de cerco e vulnerabilidade de Teer o For as americanas estacionadas em Estados vizinhos o refor o da Marinha americana no Mar Vermelho as armas nucleares paquistanesas e a presen a da NATO no Afeganist o passariam a ser fontes permanentes de inseguran a iraniana Ao mesmo tempo as autoridades iranianas n o exclu am a possibilidade do regime p s baatista ou das entidades a emergir ap s o desmembramento do Estado iraquiano vir a retomar o seu programa nuclear Mas mesmo que essas eventualidades n o se concretizem a perman ncia de tropas americanas em territ rio iraquiano refor a o receio de que a Rep blica Isl mica possa ser o verdadeiro alvo estrat gico da Casa Branca Sendo assim n o surpreende o consenso das elites quanto necessidade de fabricar armamento nuclear para salvaguardar a soberania do pa s Na perspectiva de Teer o o cerco americano est dependente da exist ncia futura de Israel concedido como um Estado cruzado cuja simples presen a na regi o amea a a Rep blica Isl mica Atendendo a esta leitura da carta pol tica regional Telavive mant m que um Ir o nuclearizado constitui um perigo iminente sua sobreviv ncia Uma vez que os objectivos da politica externa delineada pel
308. o Hezbollah Hamas Jihad Isl mica e da Brigada dos M rtires de al Aqsa O Ir o tamb m transfere armamento sofisticado para o Hezbollah desde armas ligeiras a rockets adquiridos na S ria e transportados depois para os campos de treino no L bano A intercepta o do navio Karine A em 2002 veio implicar directamente o Ir o enquanto financiador da campanha terrorista contra Israel A carga contida no Karine A desde rockets Katyuska m sseis anti tanque morteiros minas e armas ligeiras poderia ter alterado a rela o de for as entre os grupos militantes palestinianos e as for as armadas israelitas 44 Pedro Caldeira Rodrigues L der do Ir o re ne se com grupos palestinianos radicais P blico 21 de Janeiro de 2006 p 11 45 Levitt op cit p 10 46 Id p 6 47 Nora Boustany Yugoslavia s Search for Truth Washington Post 13 de Fevereiro de 2002 e Levitt op cit p 7 Na o 213 S Defesa Maria do C u Pinto Al m disso segundo a intelligence alema dois operacionais da secreta iraniana e dois operacionais do Hezbollah foram respons veis pelo assass nio dos quatro l deres do Partido Democr tico do Curdist o Iraquiano em Berlim em 1992 Ou seja existe uma coordena o de ac es terroristas entre os quadros da secreta iraniana e o movimento radical Hezbollah Al m do patroc nio directo das organiza es terroristas Teer o utiliza toda a sua rede assistencial e caritativa
309. o Inverno A Nova Carta do Poder Mundial 2004 107 Primavera For as Armadas e Sociedade Continuidade e Mudan a Extra Julho Educa o da Juventude Car cter Lideran a e Cidadania 108 Ver o Portugal e o Mar 109 Outono Inverno Seguran a Internacional amp Outros Ensaios 2005 110 Primavera Teoria das Rela es Internacionais 11 Ver o Raymond Aron Um Intelectual Comprometido 112 Outono Inverno N mero n o Tem tico 2006 113 Primavera N mero n o Tem tico 114 Ver o Seguran a na frica Subsariana 115 Outono Inverno Portugal na Europa Vinte Anos Depois 2007 116 Primavera N mero n o Tem tico EUROpress Editores e Distribuidores de Publica es Lda Rua Jo o Saraiva 10 A 1700 249 Lisboa Tel 218444340 Fax 21 849 20 61 europress mail telepac pt 8S 9b Z6E TZ TSE XCE4 00 9b Z6E TZ TSE od 3d Ao6upwupi sa0 ed qnd d 06 Up MMM TdlddSaL L4IMS DIS OZ ZZZZ 000 0000 ZITO T820 OSLd NYAI suogduosgns ublasioy 40 Alosjndwod JegsueA yueg elpugsaysues ep OAMeAOJdWOD JexaUe OZ ZZZZ 000 0000 CTTO 18 20 dIN eHBSUPg elugjejsueil 1VINLHOd POST ZT0 66ET S sapepissadoN sep epesjeo TYNOIDVN VS343d Vd OLNLILSNI ajeqd ejeq ainjeubis einjeuissy OZT 6TT SIT SJU uonduosqns Man einjeulsse eAON NGI Op wapio e ooueg ou anbauyo OMeIOWNA quowAedo idg ojuawebed 31d SD yoee epeo gt 0 Sanss SnolAd1d SS10119JUY SOJO
310. o ao apoio prestado por Teer o a movimentos terro ristas isl micos O State Department Country Reports on Terrorism e o Patterns of Global Terrorism caracterizam o Ir o como o mais activo pa s patrocinador de terrorismo Com efeito trata se de um vector tradicional da pol tica externa iraniana O apoio ao terrorismo palestiniano tem sido uma constante desde o estabelecimento da Rep blica Isl mica e os servi os secretos iranianos tiveram um papel fulcral no lan amento do movimento jihadista na Palestina Recentemente Teer o anunciou formalmente estar preparado para financiar o Hamas na sua luta contra Israel 20 Sobre as consequ ncias para a regi o de um Ir o nuclear ver Steven Ekovich Iran and New Threats in the Persian Gulf and Middle East Orbis Vol 48 N 1 Winter 2004 pp 71 87 21 Country Reports on Terrorism and Patterns of Global Terrorism p 8 dispon vel em www state gov documents organization 45322 pdf Ainda Edgar O Ballance Islamic Fundamentalist Terrorism 1979 95 The Iranian Connection Washington Square New York University Press 1997 22 Ver Hamas Chief Vows to Support Iran BBC News 15 December 2005 dispon vel em http news bbe co uk 2 hi middle east 4532570 stm e Iranian Leader Praises Hamas Washington Post 20 February 2006 dispon vel em http www washingtonpost com wp dyn content article 2006 02 20 AR2006022000665 html Na o Defesa 190 A Encruzilh
311. o canal com a procura de novos produtores de petr leo e de novas formas de o comerciar O bloqueio do canal em 1956 sendo um s rio aviso para a conting ncia que constitu a a depend ncia daquela rota foi efectivado sobretudo com a guerra de 1967 que levou inoperacionalidade do canal por um per odo de oito anos Esta situa o 40 Cujo nome verdadeiro era Abu Ammar Apesar de o local a data do seu nascimento e a sua juventude permanecerem envoltos em grande mist rio cr se que ter nascido no Cairo em 1929 41 Programa Voz dos rabes da R dio Cairo de 22 de Maio de 1967 Apud William Stevenson Israel 6 dias de Guerra In cio Lisboa 1967 p 54 42 N meros extra dos de Michael B Oren La Guerra de los Seis Dins p 46 43 Declara es a F Charles Roux no Le Monde 1 de Dezembro de 1956 apud Luc Marion L introwvable neutralisation du canal de Suez I S C s d in www stratisc org 26 web pp retirado em 22 de Julho de 2004 Na o 31 S Defesa Abel Jos Santos Leite provocou a procura de novas alternativas como o recurso aos super petroleiros que tornavam economicamente vi vel a rota do Cabo e a multiplica o dos pipelines acabando por ser a pol tica do canal a ter que se alterar j que se os utentes s o clientes do Egipto n o menos verdade que o cliente quem acaba por mandar uma vez que se o produto n o for atractivo ele n o o compra e s se podem cobrar portagens se houver quem
312. o de remessas financeiras e de apoio militar ao ex rcito privado de Mugtada al Sadr o Ex rcito do Mahdi uma for a religiosa radical xiita que luta contra a ocupa o das tropas ocidentais e um regime democr tico no Iraque Enquanto tal al Sadr constitui um dos mais graves entraves ao processo de pacifica o iraquiano e um dos l deres isl micos mais radicais no Iraque Uma outra organiza o isl mica radical apoiada pelo Ir o o movimento Ansar al Islam uma organiza o radical salafita formada por Curdos e Afeg os rabes que advoga a guerra santa contra o Ocidente e que domina um conjunto de aglomerados populacionais na fronteira Ir o Iraque Este grupo est na origem de um conjunto de atentados bombistas e assassinatos pol ticos de dirigentes pol ticos moderados e mant m contactos com o Gabinete dos Guardas Revolucion rios no Curdist o Qarargah e Ramezan Para al m deste contacto institucionalizado sup e se a exist ncia de campos de treino iranianos postos disposi o dos activistas ansaristas na montanha de Dizli e o h bito de dar ref gio pol tico aos mesmos N o restam d vidas que o Ir o procura influenciar de forma determinante o futuro do Iraque Todavia h uma s rie de quest es em aberto relacionados com esta estrat gia haver no Ir o for a suficiente para se impor a uma popula o maioritariamente rabe e nacionalista De que forma que Teer o pode garantir que os grup
313. o de modelos modernos de financiamen to ao cliente pr tica corrente em todos os sectores da economia e em utiliza o crescente nos pa ses da NATO Assim poder se flexibilizar a irregularidade do ponto de vista do fabricante das encomendas da LPM possibilitando uma separa o temporal entre o ritmo aleat rio das aquisi es e o ritmo desejavelmente cont nuo de fabrica o sem altera o do montante global das encomendas As disposi es relativas ao financiamento no quadro da LPM est o no art 3 da Lei Org nica n 4 2006 3 6 As parcerias p blico privadas Assume tamb m import ncia estrat gica a implanta o no seio do conjunto empre sarial das ind strias de defesa de uma capacidade empresarial privada o que dever ser feito tendo em conta a especificidade deste sector e a necessidade de defender por um lado um permanente sentido de inova o e do risco inerente e por outro lado a continua o de uma capacidade significativa de alguma influ ncia do Estado nesta rea de decis o estrat gica Este esfor o por parte do Estado tem vindo a ser conduzido atrav s da EMPORDEF cujas empresas est o inseridas em v rias parcerias com o objectivo de poderem competir no mercado internacional e em projectos de maior valor acrescentado como j por exemplo o caso da EDISOFT dos ESTALEIROS NAVAIS de VIANA DO CASTELO e da EID Empresa de Investiga o e Desenvolvimento de Electr nica S A tamb m uma participad
314. o dos Estados Entre saber se o rendimento per capita ou a vontade moral que favorece a democracia gostaria de sublinhar que a moral aquela que conduziu modernidade passa a ser conte do uno dessa modernidade de cuja durabilidade por sua vez tal como evidenciou Zakaria n o independe o rendimento per capita da maior import ncia para a discuss o em tela a reflex o de Weber sobre o tipo de homem que o protestantismo produziu E a tese por ele sustentada a de que o protestantismo produziu um novo tipo de homem de neg cios um diferente tipo de pessoa que tinha por objectivo viver e trabalhar de um certo modo Esse modo que importante e a riqueza seria quanto muito um subproduto Argumenta o seme lhante feita por Michael Novak que afirma de forma incisiva que a sanidade de uma Rep blica depende de uma cidadania disciplinada Em frica o Socialismo africano tal como ideado e posteriormente aplicado resul tou na transforma o da Administra o P blica numa coutada do partido nico e em conson ncia com a perspectiva totalit ria um instrumento para premiar as devo es causa do partido normalmente queles cuja fidelidade n o deixa d vidas Contra riamente s teses atr s expendidas oi amos Lavroff que afirma o controlo do aparelho administrativo o meio sonhado para recompensar as dedica es causa do partido pela concess o de postos mais ou
315. o e a liberdade e a seguran a das popula es contra qualquer agress o ou amea a externas A defesa nacional abrange tamb m como se v a seguran a das pessoas que tem naturalmente a ver com a defesa dos seus direitos liberdades e garantias a que se referem os artigos 2 18 e 19 da Constitui o da Rep blica Portuguesa a se define a Rep blica Portuguesa como um Estado de Direito Democr tico em que se garantem os direitos e liberdades fundamentais s limitados em caso de estado de s tio ou de emerg ncia Por isso os objectivos estrat gicos da seguran a e defesa nacional s o a independ n cia nacional a integridade do territ rio e a seguran a e liberdade dos cidad os A defesa dos direitos fundamentais envolve tamb m a protec o da privacidade preocupa o constitucional quando se prev que todos t m direito reserva da intimi dade da vida privada e sua imagem 1 Lei de Defesa Nacional e das For as Armadas Lei n 29 82 de 11 de Dezembro A seguran a nacional define se como a condi o da na o que se traduz pela permanente garantia da sua sobreviv ncia em paz e liberdade assegurando a soberania independ ncia e unidade a integridade do territ rio a salvaguarda colectiva de pessoas e dos valores espirituais o desenvolvimento normal das tarefas do estado a liberdade de ac o pol tica dos rg os de soberania e o pleno funcionamento das institui es democr ticas Instituto da Defe
316. o fornecimento petrol fero da Europa e por outro com o estabelecimento estrat gico da Liga do Norte que formando uma alian a entre a Turquia o Ir o o Paquist o a Gr Bretanha e os Estados Unidos visavam garantir esse fornecimento e constitu am uma s ria amea a fronteira da Uni o Sovi tica levando os a optarem por apoiar a causa rabe com particular nfase no interesse dos palestinianos j que era a mais f cil e popular forma de granjear simpatias no mundo rabe e mu ulmano Desta forma n o s colhiam simpatias e garantiam influ ncia na zona como dificultavam a posi o ocidental encurralada entre o dilema de procurar agradar s na es rabes e a Israel Apesar da particularidade da interven o directa de pot ncias n o regionais este conflito inscreve se no contexto cl ssico das Guerras Israelo rabes j que contribuiu para a cria o de um equil brio de for as que iria perdurar por mais de dez anos Nesta medida e adoptando a designa o cl ssica podemos considerar como sendo quatro as guerras que o comp em a Guerra da instaura o do estado de Israel 1948 49 de que n o sairia nenhum acordo de paz a Guerra do Suez de 1956 a Guerra dos Seis Dias de 1967 e a Guerra do Yom Kippur de 1973 A partir deste ltimo conflito entrou se no que podemos designar por per odo de guerra permanente a Guerra Tempo para a Paz D Quixote Lisboa 2004 p 53 Segundo Hugh Thomas O Caso Suez Editora Ulissei
317. o lado as interac es entre elementos de diferentes civiliza es s o des prezadas Sen recorda que descobertas cient ficas matem ticas de cientistas indianos chineses e mu ulmanos foram essenciais para o arranque do Renascimento europeu Poder amos aqui acrescentar que na actualidade a sociedade americana est mais 1 Patrick West The Poverty of Multiculturalism London Civitas 2005 p 5 2 Ver Samuel P Huntington O Choque das Civiliza es Lisboa Gradiva 2001 1996 3 S N Eisenstadt M ltiplas Modernidades Lisboa Livros Horizonte 2007 p 9 4 Fouad Ajami A Convoca o in O Choque das Civiliza es o debate sobre a tese de Samuel P Huntington Lisboa Gradiva 1999 p 34 Na o 227 S Defesa Atrav s das Leituras proxima do M xico e da India do que de qualquer pais ocidental Nao por acaso Huntington uma das vozes mais cr ticas da crescente influ ncia hisp nica e asi tica na Am rica Resumindo a tese de Huntington corresponde mais aos desejos de Bin Laden do que realidade actual A doutrina multiculturalista n o aceita um facto a cultura n o fica parada p 154 Para os multiculturalistas a cultura uma realidade t o definitiva e im vel como a biologia e por isso o Estado deve financiar o imobilismo cultural de uma comunidade Os multiculturalistas ingressam no irracionalismo e relativismo devedores da predisposi o rom ntica quando afirmam que n o
318. o ou como mais concretamente referem os autores do Relat rio sobre a Preven o de Conflitos Armados Coopera o no de Estados Frageis Falhados e em Colapso S o os chamados conceitos operacionais cujas defini es igualmente diversas n o discordam no essencial notam ainda os autores do referido estudo Entre Estados Fr geis Falhados e em Colapso apenas muda a gradua o sendo que um Estado em colapso representa a vers o extrema de um Estado fr gil ou falhado Estabelecido este parcial consenso seja me permitido revelar a minha aproxima o queles que definem o Estado falhado como Estado ileg timo no sentido de que a legitimidade estatal reside num contrato social entre grupos de actores chave na sociedade Estado mer cado e sociedade civil contrato este com pelo menos tr s crit rios 1 o uso da viol ncia pelo Estado limitado e previs vel 2 o Estado garante ou contribui para tal n veis m nimos de bem estar s cio econ mico e a seguran a f sica dos seus cidad os 3 os cidad os t m um certo grau de controlo sobre a pol tica sobre o modo como o poder exercido e por quem esta uma concep o liberal do Estado que definitiva mente assumo porque igualmente coerente com as reflex es que propugno Porque a defini o mesmo do ponto de vista etimol gico redutora afigura se me igualmente merecedora de cuidado a quest o que se coloca no sentido de saber a partir de que momento que um Esta
319. o terrorismo era o seu oxig nio De facto o terrorismo impo tente se n o for publicitado Depende do impacto dram tico para captar a aten o da opini o p blica e consequentemente atingir o seu principal objectivo espalhar o medo Entre os diversos meios de comunica o social televis o que cabe o papel mais central na estrat gia dos terroristas por poder transmitir not cias de forma instant nea e nonstop e por ter capacidade para difundir imagens e palavras de qualquer parte para todas as partes do globo Os principais atentados terroristas a que assistimos nos ltimos anos usaram de forma exaustiva todos os acessos dispon veis aos meios de comunica o social Os ataques de 11 de Setembro por exemplo foram planeados ao minuto de modo a que no momento do embate do segundo avi o no World Trade Center as principais cadeias de televis o de todo o mundo estivessem a transmitir em directo Involuntariamente os media serviram os objectivos dos autores dos atentados e agiram como estes previram Mas al m deste aproveitamento os grupos terroristas t m outras estrat gias de envolvimento da comunica o social Alguns t m os seus pr prios canais de televis o e esta es de r dio e usam os v rios suportes tecnol gicos para produzir informa o sobre si pr prios o caso dos v deos com mensagens dos l deres dos grupos terroristas ou com imagens de ref ns que tentam fazer circular nos media Al m di
320. obreviver num mundo hostil pelos menos esta a vis o de Teer o Sendo uma minoria historicamente perseguida os xiitas definem se como uma comunidade transnacional permanentemente amea ada Mas a relev ncia do xiismo para a pol tica externa produz hostilidade relativamente a outros Estados vistos como 13 Mehrdad Mashayekhi The Politics of Nationalism and Political Culture in Samih K Farsoun and Mehred Mashayekhi eds Iran Political Culture in the Islamic Republic London Routledge 1992 Luciano Zaccara Iran y la Cuesti n Nuclear Politica Exterior Vol 109 January February 2006 14 Moshen Milani Shi ism and the State in the Constitution of the Islamic Republic of Iran in Samith K Farsoun and Mehred Mashayekhi eds Iran Political Culture in the Islamic Republic London Routledge 1992 e Homa Omid Islam and the Post Revolutionary State in Iran New York St Martin s Press 1994 15 Ver James Turner and John Kelsay Cross Crescent and Sword The Justification and Limitation of War in Western and Islamic Tradition New York Greenwood Press 1990 e James Turner Johnson and John Kelsay eds Just War and Jihad Historical and Theoretical Perspectives on War and Peace in Western and Islamic Traditions New York Greenwood Press 1991 16 Sobre este tema Vali Nasr The Shia Revival How Conflicts within Islam Will Shape the Future New York W W Norton 2006 Na o 187 S Defesa Vasco Rato e B
321. ocupa es ocidentais quanto s ambi es nucleares iranianas George W Bush fez por diversas vezes alus o ao nexo entre Estados p rias terrorismo e prolifera o de armas de destrui o maci a porque Washington receia que um Ir o nuclearizado possa providenciar estas armas a grupos terroristas Tais cen rios apesar de pouco veros meis n o podem ser definitivamente exclu dos porque desde 1979 o regime demonstra que n o se sente constrangido pelas normas que pautam o comportamento internacional dos Estados Uma vez que o Ocidente n o pode estar seguro que as inten es dos mullahs sejam benignas e porque a Rep blica Isl mica desenvolveu o seu programa nuclear em 23 O principal livro sobre o movimento liban s continua a ser Judith Palmer Harik Hezbollah The Changing Face of Terrorism London Tauris 2004 24 Kenneth Katzman The Warriors of Islam Iran s Revolutionary Guard Boulder Westview Press 1993 Ronald Perron The Iranian Islamic Revolutionary Guard Corp Middle East Insight June July 1985 25 Ver Marcia Christoff Kurop Al Qaeda s Balkan Links The Wall Street Journal Europe 1 November 2001 Brendan O Neill The Bosnian Connection New Statesman 8 February 2004 p 13 Cees Wiebes Intelligence and the War in Bosnia 1992 1995 Miinster Lit Verlag 2003 Iran Held Liable in Khobar Attack Washington Post 23 December 2006 dispon vel em http www washingtonpost com wp dyn content
322. ogressio n 43 o sup rfluo dos pa ses ricos deve p r se ao servi o dos pa ses pobres Que os ricos ser o os pri meiros a beneficiar com isto Nada mais premonit rio se se atentar no grave pro 69 Recomendo vivamente a audi o do seu trabalho discogr fico a solo intitulado A Dan a das Ilhas E aqueles que duvidam da pertin ncia das minhas reflex es e propostas compreender o seguramente a partir da a razoabilidade das mesmas 70 Cf Sobre o Uso da Riqueza o Destino Universal dos Bens Edi o Principia 2005 pp 118 e ss 71 Cf Centesimus Annus n 21 Na o 153 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos blema que o mundo desenvolvido vive hoje por causa das vagas de imigracao clandes tina Tudo isso n o merece a menor contesta o n o fora eu educado segundo esses princ pios Mas muito ponderosa tamb m a opini o de que o problema africano essencialmente da necessidade de uma boa governa o Cabo Verde um pa s pobre em recursos naturais deve entretanto ser rico em valores morais Pessoalmente enquanto agente da Administra o P blica instrumento decisivo do nosso desenvolvimento e que dever por isso ser portadora dos valores universais que est o na base de uma sociedade civilizada deixo uma derradeira reflex o A Administra o P blica deve ser espa o para of cio de pessoas qualificadas fora do alcance de um qualquer partido triunfante pelo que a pert
323. ompetir e ter sucesso no futuro Com a redu o de investimento na defesa nos EUA verificou se uma grande concen tra o na ind stria em que durante a segunda metade dos anos 90 at data o n mero de principais companhias ligadas defesa Defense Contrators independentes passou de 3 James 2000 4 Hartley and Sandler 2004 Na o S Defesa 68 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade 24 para 4 e os 10 principais Defense Contrators mundiais t m um volume de neg cios que ultrapassa os 175 mil milh es de d lares americanos A ind stria est fundamental mente concentrada na Boeing na Lockheed Martin na Northrop Grumman e na Raytheon As 10 principais companhias ligadas s ind strias de defesa empregavam cerca de um milh o de pessoas em 2005 sem contar com o emprego de natureza indirecta associado a toda uma cadeia de fornecedores que giram em redor desta ind stria Isto representa cerca de 10 do volume de emprego directo nesta ind stria com um volume de emprego directo de 11 1 milh es em 1995 e um valor superior a esse em empregos indirectos Em 1987 o total era de 17 5 milh es de pessoas o que revela tamb m o esfor o de racionaliza o e de reorganiza o que ocorreu nesta ind stria A n vel de estrutura e de cadeia de abastecimento ocorreram tamb m transforma es significativas Se verdade que o sector da defesa dominado pelas Defense Contrators essas empresas depe
324. onal t o importante como o poder nacional N o existe um Poder puro cru e abstracto a flutuar acima dos homens num hipot tico sistema rido e sem ideias Sem uma auto imagem normativa e qualitativa os Estados nem sequer t m incentivos para conceber e perseguir os interesses nacionais materiais quantitativos A identidade o filtro epistemol gico qualitativo entre a realidade material do estado e a realidade material do sistema Ver Henry Nau At Home Abroad Identity and Power in American Foreign Policy Ithaca Century Foundation 2002 Fareed Zakaria From Wealth to Power Princeton Princeton University Press 1999 Randall L Schweller Unanswered Threats Princeton Princeton University Press 2006 Raymond Aron The Imperial Republic New Jersey Prentice Hall 1974 6 O que levou o realista neocl ssico Fareed Zakaria a comparar a aproxima o Bush ndia aproxima o Nixon China Cf Fareed Zakaria Nixon to China Bush to India in Newsweek 147 9 27 February 2006 7 A omiss o da ndia nas percep es europeias o grande mote de Ashutosh Sheshabalaya Made in India Lisboa Centro Atl ntico 2006 8 Ver Edward Luce Apesar dos Deuses A Estranha Ascens o da ndia Moderna Lisboa Biz ncio 2007 pp 13 22 9 Ver esta cr tica em Pavan K Varma A ndia no S culo XXI Lisboa Presen a 2006 pp 32 33 Na o Defesa 94 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Es
325. oniza o em frica 20 21 22 23 Ver David S Landes in A Riqueza e a Pobreza das Na es Gradiva 2005 p 563 564 Estas t m sido particularmente caracterizadas pela atitude paternalista das antigas pot ncias coloniais particularmente no que se refere sua marca na institui o dos sistemas pol tico constitucionais Dimitri Lavroff considera que havia uma certa infantilidade em crer que um ordenamento jur dico copiado dos que existiam nos pa ses industrializados possuidores de uma tradi o democr tica pudesse funcionar em pa ses economicamente subdesenvolvidos e que tinham conhecido sistemas pol ticos tradicionais muitas vezes destru dos por dec nios de administra o colonial Ver o seu Os Partidos Pol ticos da frica Negra Bertrand Lisboa 1975 p 9 Sobre a distin o entre partido nico e unificado ver Lavroff ob cit pp 41 52 s eventuais d vidas que esta considera o possa suscitar dissipo as de antem o recordando as palavras que Jean Paul Sartre fez constar do pref cio Anthologie de la nouvelle po sie africaine et malgache e que profundamente me sensibilizam Que esper veis pois quando retir sseis a morda a que tapava estas bocas negras Que elas vos entoassem louvores Ningu m de bom senso para referir me a outras responsabilidades coloniais deixa de qualificar a escravatura de atroz e violenta Era esta a principal dimens o da Negritude enquanto desiderato no
326. onjunto de componentes inertes completamente de pendentes de for as externas que os obriguem ac o e lhes indiquem os objectivos a atingir Que o que d vida sociedade enquanto algo vivo e que se cumpre enquanto tal a converg ncia n o planeada das escolhas livres dos indiv duos que a cons mm tituem Ou que os planos pr ticos Racionalistas n o apenas est o condenados ao fracasso o qual s pode ser adiado pelo uso continuado da for a repressiva como constituem um grave ataque possibilidade da evolu o futura da pr pria actividade social cujo livre desenvolvimento acabam por impedir Particularmente ilustrativo da fraude que constitui essa perspectiva racionalista e que a cita o paradigmaticamente reflecte para a nossa discuss o o facto de os amantes da sociedade planificada n o aprenderem com os seus erros e falhan os his t ricos j que o erro nunca assacado teoria mas a defici ncias na respectiva execu o sublinha ainda Oakeshott Parto dessa cogitatio para defender afirmando que a moderniza o dos Estados sendo uma conquista ou dito de forma concludente o resultado de uma cria o das sociedades livres do mundo ocidental ainda que o caminho aqui seguido para a alcan ar n o tenha sido necessariamente o mesmo na maior parte da Europa diz nos Zakaria o caminho para a democracia liberal foi tortuoso e sangrento pontuado de epis dios penosos revolu o
327. onverte se num elemento gerador de grande desequil brio para a regi o sobretudo para a sobreviv ncia de Israel que acreditava ser o primeiro alvo do Egipto A pr pria situa o geogr fica de Israel era e militarmente desfavor vel por diversas raz es Os pa ses vizinhos excep o do Egipto disp em da vantagem topogr fica dos montes Hermon Gola e Hebron eleva es que permitem artilharia locais de fogo privilegiados e pontos de observa o por excel ncia para a compreens o dos movimen tos militares das for as israelitas Para al m desta desvantagem um estado rodeado de inimigos muit ssimo mais numerosos que nunca aceitaram a exist ncia de Israel H que contar ainda com a depend ncia da gua proveniente do rio Jord o o nico rio impor tante de Israel que nasce na zona do anti l bano portanto fora das suas fronteiras Dada a escassa pluviosidade em toda a regi o a gua deste rio indispens vel para Israel levando a in meros conflitos com os pa ses rabes vizinhos que por diversas vezes tentaram desviar o curso do rio dentro das suas fronteiras nomeadamente a partir do desvio das fontes dos rios Banias e Hatzabani Foi a partir da gua do rio Jord o captada principalmente a sul do lago Tiber ades que Israel atrav s de uma extensa rede de canais que se estendem at o norte do deserto de Neguev conseguiu fazer florescer a sua agri cultura e tornar habit vel essa regi o Os conflitos motivado
328. orma foram divulgadas as primeiras imagens se houve ou n o respeito pela privacida de das v timas se as imagens transmitidas em directo foram ou n o demasiado chocan tes O que de facto acabou por centrar as aten es foi a forma como as autoridades geriram a crise provocada pelos ataques e como tentaram manipular a imprensa e o p blico com o objectivo de retirar dividendos eleitorais Logo na manh de 11 de Mar o o ministro do Interior ngel Acebes em confer ncia de imprensa lan ou a acusa o de que a ETA era respons vel pelos atentados baseando se apenas em antecedentes Dois dias depois o mesmo governante j vinha admitir a hip tese isl mica para a autoria dos ataques Para Miguel Gaspar a simples enuncia o de uma certeza e a nega o dessa certeza em pouco mais de quarenta e oito horas mostravam que o Governo n o estava a ser completamente honesto na gest o da crise e isso s por si era muito grave 2005 140 Os factos que comprovaram esta tese acabaram por ser divulgados e bem vis veis A TVE foi o principal alvo da manipula o e tal notou se no tipo de programa o emitida na noite dos atentados v rios document rios sobre as ac es da ETA e nos servi os noticiosos Al m disso soube se pouco tempo depois que o chefe de Governo Jos Mar a Aznar fez v rios telefonemas para os chefes de redac o e directores de jornais a pedir lhes que insistissem na hip tese dos separatistas
329. os EUA aceitaram como leg timo o programa nuclear indiano Actualmente o n vel de proximidade entre EUA e ndia apresenta muitas das caracter sticas de uma alian a formal Os exerc cios militares conjuntos multiplicam se as for as americanas trabalham com as for as indianas num grau de proximidade que estava reservado para os aliados da NATO Em Julho de 2007 no momento mais simb lico o USS Nimitz aportou em Chennai pela primeira vez um porta avi es americano atracou num porto indiano N o uma alian a formal no sentido de um tratado assinado mas esta parceria tem todos os ingredientes de uma alian a de facto A realidade emp rica diz nos que a ndia neste momento um informal ally dos EUA Ali s os respons veis americanos afirmam constantemente que ndia e EUA s o aliados naturais e Nova Deli responde no mesmo tom the security convergence between two major democratic powers like the US and India is a natural one Resta uma pergunta Porqu Por que raz o t o natural esta aproxima o O que levou Washington a revolucionar a sua maneira de percepcionar a ndia O que leva Nova Deli a sacudir o p n o alinhado e a entrar numa parceria com os EUA 87 A aproxima o come ou no tempo de Clinton Vajpayee Em Mar o de 2000 Clinton fez uma visita de cinco dias ndia a primeira de um presidente americano em 22 anos que em termos simb licos serviu para quebrar o gelo da Guerra
330. os mullahs incluem a destrui o do Estado judaico a recupera o dos lugares sagrados e a cria o de uma Palestina plena os israelitas aparentam estar preparados para recorrer for a militar preventiva Entre os estrategas hebraicos o uso da for a preventiva tornou se aceit vel porque se pensa que assim se poder retardar o programa nuclear iraniano durante alguns anos ou d cadas A eventualidade de um ataque militar israelita provoca inquieta es nas capitais ocidentais uma vez que tal ac o comprometeria a prec ria estabilidade regional que ainda perdura Por outro lado nenhuma solu o se afigura como duradoura a menos que Israel obtenha garantias de seguran a cred veis Por exemplo a seguran a de Israel poderia ser garantida atrav s de um tratado entre Israel e a NATO O Artigo V da Alian a Atl ntica uma garantia de defesa colectiva em caso de ataque contra um dos seus membros reduziria as inquieta es do Estado judaico para al m de constituir um 18 Numa diferente perspectiva ver Trita Parsi Is Nuclear Parity With Iran a Blessing in Disguise for Israel Jane s Intelligence Review January 2006 pp 34 37 19 Ver Louis Ren Beres Israel Iran and Prospects for Nuclear War in the Middle East Strategic Review Vol 21 N 2 Spring 1993 pp 52 60 Na o 189 S Defesa Vasco Rato e Bernardo Pires de Lima poderoso factor de dissuas o De qualquer forma a capacidade n
331. os subversivos obede am aos seus intentos At que ponto a estrat gia de gest o do caos pass vel de controlo O Ir o n o representa a nica porta de entrada de armamento e de guerrilheiros no Iraque mas sim a S ria Ar bia Saudita e a Jord nia Desse modo a influ ncia do Ir o resumir se aos partidos iraquianos favor veis a um bom relacionamento com Teer o No que concerne aos movimentos insurgentes as potencialidades de controlo do regime iraniano s o reduzidas e arriscadas Embora por exemplo o radical al Sadr tenha recebido armas e fundos do Ir o o seu pensamento ultra nacionalista e anti persa diminui o alcance da influ ncia e capacidade de controlo pelo Ir o e poder 69 Id p 20 70 Noventa e cinco por cento dos insurgentes radicais em Falluja eram de origem iraquiana e s 5 eram sunitas rabes 71 Id p 18 Na o 219 S Defesa Maria do C u Pinto transform lo de aliado em advers rio Por outro lado a influencia xiita em organiza es sunitas como o Ansar al Islam residual visto que os mesmos consideram os Xiitas hereges em paralelo com as restantes organiza es e c lulas terroristas Ali s dado que estes grupos s o por natureza hostis aos Xiitas o Ir o poder ver o seu plano de crise controlada fracassar dando in cio a uma guerra civil Neste mbito a obsess o iraniana de enfrentar os EUA no Iraque poder criar problemas s rios ao Ir o que n
332. os tirar dos diversos ensaios deste livro que revisita analisa e adapta aos desafios do s culo XXI as mais diferentes e complementares facetas de Aron a de te rico a de fil sofo pol tico a de estratega a de analista incisivo a de pensador solit rio Aron no retrato tra ado pela maioria dos intervenientes um dos mais completos e prof cuos pensadores do s culo XX n o s pela extens o da obra que nos deixou como pela qualidade e diversidade de tem ticas que abordou No entanto como afirma Bryan Paul Frost Aron mais citado do que lido p 101 N o existe propriamente uma escola aroniana ou um pensamento herdado de Raymond Aron pela seguinte raz o recorrendo novamente a Frost o fil sofo franc s rejeitou a cria o de um sistema normativo de regras recusou se a elaborar uma lista de pressupostos comportamentais do Estados Por outras palavras como analista pol tico mas tamb m como fil sofo sabia que n o existem receitas nicas para a complexidade Na o Defesa 232 Aronianos precisam se dos problemas Mas a melhor solu o poss vel o caminho menos mau n o existe perfei o nas decis es pol ticas encontrava se no equil brio da an lise do sistema menos mut vel e da entidade o Estado que encerra em si uma diversidade de elementos que n o podiam ser ignorados certo que Aron se guiou por crit rios te ricos de an lise aos quais se manteve fiel ao longo de d cadas d
333. osas tendo alguns apoiado actividades violentas no exterior Na perspectiva externa o estilo tem sido mais agressivo o que tem agravado as tens es com Washington Importa lembrar que o Ir o governado por institui es complexas com v rios centros de poder em competi o favorecendo a continuidade mudan a Ne nhum dos aspectos essenciais do comporta mento passado mudou o regime est longe do colapso det m trunfos no que diz respeito quer ao Iraque quer prolifera o nuclear Al m disso apoia a actividade terrorista no estrangeiro Consequentemente qualquer possibilidade de mudan a no seu comporta mento s poder resultar de um esfor o s rio e coordenado de integra o do Ir o madinejad Abstract Ahmadinejad s Iran The surprise election of Mahmoud Ahmadinejad has given its rise to pessimistic predictions about Iran s domestic and foreign policies and relations with the U S and the European Union There are reasons for concern Based on his rhetoric past performance and affiliations Ahmadinejad signals a rightward turn and the Islamic Revolution s fervour Ideologically the best indicator of his views are the positions of his allies the Islamic Revolutionary Guard Corps IRGC the basij militia and the Abadgaran movement All of them have embraced socially conservative and internationally confrontational outlooks and some of which have supported violent activity abroad On the foreign fro
334. overnar e de legislar Todavia de acordo com a Constitui o Iraniana o Presidente respons vel perante o Guia Supremo que tem o poder de o demitir Por outro lado n o controla as For as Armadas e desse modo lhe negado o poder de fazer a guerra e a paz Esta compet ncia exclusiva do L der Supremo que atrav s do comando supremo das For as Armadas Revolucion rias domina o cen rio diplom tico e militar Por sua vez embora o Parlamento produza legisla o esta tem de passar pelo filtro do Conselho dos Guardi os a fim de apreciar a sua constitucionalidade No que respeita aos rg os n o eleitos o Guia Supremo e o Conselho dos Guardi os s o os mais relevantes O L der Supremo para al m de ser o Comandante Supremo das For as Armadas constitui igualmente o mais alto magistrado da Na o respons vel pela investidura e demiss o dos altos magistrados e nomeia seis dos doze membros do Conselho dos Guardi os Por interm dio deste rg o o Guia Supremo controla toda a actividade legislativa parlamentar velando assim pela rigidez doutrin ria da ortodoxia isl mica revolucion ria O Conselho dos Guardi os para al m de julgar a constitucionalidade das leis aprovadas pela Assembleia determina quais os candidatos aptos a concorrerem Presid ncia e ao Parlamento Dessa forma todos os candidatos Presid ncia do Ir o t m que seguir escrupulosamente os preceitos deste rg o sob pena de ex
335. p em Autoridade Palestiniana dominada at recentemente pela Fatah Por outro lado os dirigentes dos movimentos radicais isl micos mant m contactos a alto n vel com as autoridades iranianas Segundo o mesmo relat rio em Maio de 2000 realizou se uma reuni o entre o embaixador iraniano em Damasco com os representan tes do Hamas Jihad Isl mica e do Hezbollah e um encontro de alto n vel entre o L der Supremo o Ayatollah Ali Khamenei e o lider da Jihad Isl mica Ramadan Shallah Tal 38 Id p 9 39 Brzezinski et al op cit p 31 40 Levitt op cit p 2 41 Ibid 42 Tran as a State Sponsoring and Operating Terror Special Information Bulletin Intelligence and Terrorism Information Center at the Center for Special Studies Israel Abril de 2003 emhttp www intelligence org il eng iran htm 43 Id Levitt op cit pp 4 5 Iran and Syria as Stratetegic Support for Palestinian Terrorism Israel Defense Forces Setembro de 2002 em http www intelligence org iVeng Na o Defesa 212 O Ir o de Ahmadinejad sintom tico do empenho do Ir o em sabotar o Roteiro para a Paz e reverter as condi es prop cias ao entendimento israelo palestiniano Durante a sua visita S ria em Janeiro de 2006 Ahmadinejad reuniu se com os dirigentes de 10 grupos radicais palestinianos No dia anterior tinha ocorrido um atentado suicida em Telavive que provocou cerca de 30 feridos O atentado foi p
336. pacientemente convencer as pessoas de que nos podemos livrar dele Mas n o tenteis realizar esses objectivos indirectamente planeando e trabalhando para um ideal long nquo de uma sociedade inteiramente boa Por muito gratos que vos sintais pela sua vis o inspiradora n o penseis que estais obrigados a trabalhar para a sua realiza o ou que tendes por miss o abrir os olhos dos outros para a sua beleza N o permitais que os vossos sonhos de um mundo maravilhoso vos alheiem das reivindica es dos homens que vivem aqui e agora Os nossos semelhantes t m direito nossa ajuda Nenhuma gera o deve ser sacrificada em nome de gera es futuras em nome de um ideal de felicidade que pode n o se realizar nunca Em suma a tese que Popper defende a de que a mis ria humana o problema mais urgente de uma pol tica p blica racional e que a felicidade deve ser deixada aos nossos esfor os individuais Os Estados civilizados criaram um modelo de desenvolvimento centrado nas pes soas Contrariamente em frica as pol ticas t m levado a um sistem tico esquecimento das pessoas concretas e ao empobrecimento da sociedade civil e reprimem a capacidade humana para criar inventar e empreender Enquanto que as naturais desigualdades na Europa criam as chamadas ilhas de pobreza em frica criam pelas raz es enunciadas continentes de pobreza A Europa tem consequentemente exclu dos mas facto dissimile frica tida como
337. perspectiva burkeana do contrato social se entendida na vil dimens o da sua ambival ncia as sociedades est o ligadas pelos mir ades de fios que se estendem para o passado e para o futuro dessas mesmas sociedades Tamb m em frica neste caso por causa do colonialismo a combina o de feridas mentais n o sanadas com a imagem de uma na o como sociedade dos vivos dos mortos e dos vindouros tem demonstrado uma deficiente compreens o da reali dade social quando vista na perspectiva de um nacionalismo patol gico Se as inde pend ncias foram antecedidas em um bom n mero de casos de uma guerra de liberta o que mobilizou paix o e identidade os governos que se seguiram eram a personifica o autocr tica da vontade popular num homem forte levando a morte da democracia ao mesmo tempo que se revelaram ineptos com uma excep o parcial para a pilhagem considera Landes Sinteticamente diria que o pluralismo pol tico quando existe recorde se que a maioria dos l deres africanos dos pa ses do per odo p s colonial viam no partido nico ou unificado a panaceia para todos os males assumido apenas na apar ncia a atitude 24 Se compararmos o sofrimento que nos poupou o Che com o que nos poupou a anestesia teremos que dar a palma da m o a esta ltima pois trouxe uma verdadeira fonte de bem estar aos homens diz nos Jorge Angel Livraga em Os Grandes Mitos do S culo XX Edi es Nova Acr pole Porto
338. podemos invocar crit rios de comportamento racional que n o os que ocorrem na comunidade a que pertencemos p 64 Este relativismo historicista foi o centro da velha direita rom ntica naciona lista e anti iluminista do s culo XIX e da primeira metade do s culo XX Tal como velhos te ricos da direita reaccion ria T nnies Herder Fichte os progressistas multiculturalistas afirmam que o indiv duo n o tem acesso a qualquer identidade independente da comunidade onde nasceu o passado cultural onde se insere determina sempre a sua tica e o seu racioc nio Sen particularmente cr tico em rela o s pol ticas multiculturalistas da Gr Bretanha O exemplo paradigm tico destacado ao longo do livro o seguinte as crian as mu ulmanas que nascem no Reino Unido frequentam escolas de f faith schools patrocinadas pelo Estado Ou seja Londres financia e legitima um ensino baseado na exclusividade da f Se nasceu mu ulmana a crian a X vai para uma escola exclusiva para mu ulmanos a crian a educada no culto da aceita o acr tica da f em detri mento de uma pondera o cr tica p 212 Herder o primeiro dos rom nticos germa nicos aquele que lan ou a semente anti iluminista sentir se ia em casa neste progressismo multicultural que o resultado deste progressismo n o uma conviv ncia cosmopolita numa sociedade mas sim uma divis o entre comunidades que n o passam de guetos instituc
339. por lei natural que os jovens mu ulmanos sejam incapazes de aderir sociedade onde vivem e acabem por ser atra dos pela viol ncia legitimada pelo islamismo como prova derradeira da sua identidade A amea a seguran a dos ingleses n o est no M dio Oriente mas sim no cora o de Londres e demais cidades brit nicas O 7 7 foi preparado em Leeds e n o em Teer o o 9 11 foi preparado em Hamburgo e n o em Bagdad Estes atentados foram executados por jovens mu ulmanos que vivem na sociedade ocidental e n o nas sociedades rabes jovens que vivem margem da sociedade porque simplesmente os estados ocidentais foram colhidos pela no o de que integrar um jovem mu ulmano uma viol ncia cultural ileg tima e violentadora dos direitos culturais O 7 7 antes de ser fruto do quibismo ou wahhabismo das ar bias filho do multiculturalismo brit nico Em suma as abordagens comunitaristas constituem a maior barreira intelectual p 76 an lise da pol tica contempor nea E este problema come a logo em casa A Gr Bretanha de Tony Blair disso um exemplo Repare se o mesmo Estado Gr Bretanha que defende o universalismo dos valores humanistas e iluministas no exterior intervencionismo liberal de Tony Blair o mesmo Estado que internamente nega esse universalismo quando patrocina um ensino baseado num apartheid religioso que sem rodeios representa a nega o dos pilares da democracia liberal a
340. princ pio de entregar os diversos comandos Inglaterra por ser o estado que disponibilizava maior n mero de efectivos que seriam coadjuvados por um hom logo franc s O comandante supremo designado foi o general Charles Keightley coadjuvado pelo vice almirante franc s Barjot As for as terrestres ficavam sob a al ada do general Hugh Stockwell e do general Andr Beaufre as for as navais seriam comandadas pelo almirante Maxwell Richmond e o seu adjunto contra almirante Lancelot quanto for a a rea seria entregue ao comando do marechal Barnett e ao general Brohon As principais for as inglesas envolvidas foram o 3 grupo de batalh es p ra quedistas os 40 42 e 45 regimentos de comandos fuzileiros 2 batalh es da 16 brigada p ra quedista um esquadr o de engenharia e de blindados e o 6 regimento real de carros de combate Contavam ainda com cerca de 100 navios dos 130 envolvidos bem como cerca de 300 avi es e helic pteros estacionados nos porta avi es Bulwark Ocean e Theseus juntamente com tropas de combate Quanto aos franceses utilizaram a famosa 10 divis o colonial francesa de p ra quedistas chefiada pelo general Na o 27 S Defesa Abel Jos Santos Leite Massu veterana dos duros combates da Indochina e da Arg lia o 3 regimento de comandos da marinha dois esquadr es de blindados AMX um esquadr o de carros de combate Patton e outro de engenharia Contavam ainda com dois porta avi e
341. promover as trocas o com rcio as rela es banc rias a telemedicina a administra o p blica electr nica e outras aplica es electr nicas O Conselho da Europa reconhecendo a import ncia de responder ao desafio da criminalidade inform tica que na grande maioria das vezes tem um car cter transfronteiri o desenvolveu esfor os no sentido de harmonizar as legisla es e pr ticas a nivel internacional Em consequ ncia aprovou em 1989 a Recomenda o n R 89 9 sobre a criminalidade relacionada com os computadores Tamb m a Organiza o de Coopera o e de Desenvolvimento Econ mico OCDE que em 1992 tinha estabelecido linhas directrizes para a seguran a dos sistemas de informa o face ao desenvolvimento que estes sistemas sofreram procedeu sua rean lise em 1997 Para tanto incumbiu um Grupo de Trabalho de estudar a nova situa o face ao aumento crescente de amea as designadamente a trag dia do 11 de Setembro e em 25 de Julho de 2002 o Conselho da OCDE aprovou novas Linhas Directrizes para a Seguran a dos Sistemas de Informa o e das Redes No mbito da Uni o Europeia foi criada em 2004 a Ag ncia Europeia para a Seguran a das Redes e da Informa o com o objectivo primordial de refor ar a capaci dade dos Estados Membros na rea da preven o tratamento e resposta aos problemas de seguran a da informa o e das redes Por sua vez tamb m a International Standardization Organization
342. que o problema africano n o s econ mico mas essencialmente de natureza institucional e pol tica Sobre a capacidade institucional dos Estados africanos oferta e procura de institui es ver de forma tendencialmente completa a raz o da subalternidade ter sido interna e externamente imposta in Francis Fukuyama ob cit pp 35 50 Na o Defesa 140 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Politica de Defesa e Seguranca A impossibilidade de afastar em absoluto poss veis ac es terroristas nos terri t rios dos pa ses ocidentais muito menos a previs o da dimens o das suas sempre catastr ficas consequ ncias faz com que o terrorismo se apresente como um problema que n o se compadece para parafrasear Badie com uma gest o exclusivamente soberanista isto partitiva concorrencial e por isso frequentemente contradit ria Os exemplos do 11 de Setembro fizeram entrar definitivamente e com assento digno creio a quest o da constru o dos Estados na agenda pol tica da comunidade internacional Para o efeito cooperar passou a ser a palavra chave N o sendo f cil descortinar o modo a quest o que se coloca a de como suster a autodestrui o dos Estados em frica Independentemente daquilo que a mais fecunda imagina o dos estudiosos analistas pol ticos comunidade internacional doadores de um modo geral po
343. que podem ser produzidos e actualizados pela ind stria portuguesa ou por parcerias entre empresas nacionais e detentores de tecnologia desde que da n o decorra preju zo para as caracter sticas e desempenho dos equipamentos nem aumentos significativos de custos tal como acontece nos outros pa ses A defini o das reas de desenvolvimento da ind stria portuguesa de defesa exige uma coordena o estrat gica entre os utilizadores os decisores pol ticos e a ind stria particularmente dos nichos de mercado em que as empresas podem ser competitivas ou dos projectos internacionais em que as suas empresas podem partici par bem como as correspondentes contrapartidas de aquisi o Uma das medidas importantes no quadro da LPM que merece destaque a Lei Org nica n 4 2006 a altera o Lei anterior de 2003 que alarga o per odo para o qual Na o Defesa 84 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade a lei vigora para tr s sex nios em vez de quatro anos art 14 adaptando se melhor s exig ncias dos projectos militares 3 5 Os modernos instrumentos de financiamento A redu o dos or amentos de defesa continua a ser uma importante amea a sobreviv ncia das empresas do sector Derivado da necessidade de criar um calend rio regular de despesas que se articule com uma estabilidade temporal de receitas e o ciclo de vida e de produ o dos equipamentos militares importante a utiliza
344. queira passar A nova pol tica do Egipto em rela o ao canal altera se ent o no sentido de procurar tornar esta rota de novo aliciante pelo que em 1975 Anwar el Sadat lan ou um programa de promo o de toda a zona do canal que foi alargado e apetrechado de complexos melhoramentos permitindo a inaugura o a 16 de Dezembro de 1980 da nova estrutura que franqueava a passagem a navios de muito maiores dimens es voltando a dinamizar toda a regi o Proclamava se agora a oferta do canal ao mundo evitando o desinteresse internacional e a estagna o de toda uma importante zona e fonte de rendimentos No que respeita posi o dos Estados Unidos da Am rica assistimos no M dio Oriente a uma ambiguidade que com as devidas diferen as ainda hoje se verifica Estrategicamente em termos de pol tica interna os dirigentes viam se e v em se confrontados com seguinte dilema N o h petr leo em Israel mas por outro lado n o h votos rabes na Am rica Noutros termos a quest o coloca se com a necessidade de ter que haver muita pondera o entre dois dos mais importantes grupos de press o americanos o judaico e o do petr leo Se atendermos ao tipo de sistema eleitoral americano rapidamente constatamos que o financiamento dos candidatos e sempre foi de import ncia capital para a sua elei o pelo que a classe pol tica obrigada a jogar num equil brio de interesses inst vel e nem sempre compat vel 9 Consider
345. r a narrativa de que Teer o apenas executava a pol tica americana para a regi o continua a dominar o l xico politica das autoridades revolucion rias iranianas Por isso o anti ocidentalismo e o anti americanismo em particular serve para testemunhar a soberania nacional 2 Uma Cultura Estrat gica de Vitimiza o Imediatamente ap s o derrube de Reza Pahlavi o regime Isl mico confrontou se com in meras dificuldades na esfera da seguran a nacional Em resultado da fragmenta o das For as Armadas durante os meses de turbul ncia pol tica que precederam a queda do X a vulnerabilidade do pa s face aos seus vizinhos em particular relativamente ao poderoso Iraque aumentou consideravelmente Agravando esta situa o as capaci dades operacionais das For as Armadas foram comprometidas pela adop o de uma concep o revolucion ria de comando que enfatizava a subservi ncia pol tica A neces sidade de garantir a lealdade da institui o militar estava no centro das preocupa es dos mullahs porque alguns sectores da cadeia de comando permaneciam leais mo narquia Ao procurar colmatar esta vulnerabilidade os cl rigos criaram estruturas paralelas em particular os Guardas da Revolu o para defenderem a Revolu o Isl mica Na frente internacional a inexperi ncia diplom tica das elites revolucio n rias alicer ada em objectivos maximalistas de pol tica externa fomentados por um messianismo religioso resul
346. r Israel e um elevad s simo n mero de refugiados dispostos a tudo o conflito extravasou n o s as fronteiras como a regi o fazendo da d cada de 70 a d cada do in cio do terrorismo internacional Israel ap s retirar da pen nsula do Sinai ir dispor de um per odo de alguma acalmia Pese embora o perigo sempre constante de ataques rabes o n mero de civis israelitas mortos em atentados desceu significativamente se considerarmos que entre 1949 e 1956 morreram 486 pessoas e entre 1957 e 1967 morrer o 189 No per odo subsequente ao conflito do Suez em Israel a popula o ir triplicar e o ndice anual de crescimento ultrapassar os 10 n mero apenas acompanhado pelo Jap o Com o aumento da tranquilidade proporcionada pela destrui o do grosso do ex rcito eg pcio e depois pelo atoleiro que constituir para Nasser a sua interven o no I men onde chegou a ter 50 mil homens e aproveitando os conflitos e desentendimentos entre os diversos estados rabes Israel p de dedicar se ao seu desenvolvimento econ mico e ao rearmamento e melhoramento progressivo do seu ex rcito No que respeita ao canal e sua import ncia estrat gica a pol tica de Nasser expressa eloquentemente pelo administrador eg pcio do novo organismo de gest o do canal El Hefnaoui que afirma que os utilizadores do canal passariam a ser clientes do Egipto levou a que se come asse a equacionar e a operar a desloca o estrat gica da zona d
347. r o processo de paz no M dio Oriente e dessa forma tornar insustent vel a presen a do Estado de Israel no mapa pol tico arabe Um relat rio da C mara dos Representantes do Congresso dos EUA denuncia o apoio iraniano aos movimentos terroristas O mesmo estudo revela o patroc nio iraniano do Hezbollah designadamente nas opera es suicidas em Beirute contra tropas francesas e americanas 1983 e 1984 na Ar bia Saudita 1996 contra a Em baixada de Israel na Argentina 1992 e contra o Centro Judaico de Buenos Aires 1994 4 Os servi os de informa o norte americanos acreditam que a capacidade de mobiliza o internacional do Hezbollah equivalente ou mesmo superior al Qaeda deve se em grande parte rela o ntima do movimento com os servi os de informa o iranianos De acordo com os servi os de informa o canadianos o Ir o transfere anual mente valores compreendidos entre os tr s a dezoito milh es de d lares para o Hezbollah Para al m de receptor directo de ajuda iraniana o Hezbollah serve de ponto de liga o entre o Ir o e os grupos radicais palestinianos principalmente a Jihad Isl mica e o Hamas Com base num relat rio palestiniano confiscado pelas autoridades israelitas o Ir o transferiu 400 mil d lares directamente s brigadas Izz ad Din al Qassam do Hamas montante que variava de acordo com o n mero de ataques contra Israel e 700 mil d lares para as organiza es isl micas que se o
348. ra quem o relaciona mento comercial com o Ir o um grande aliciante Em troca da coopera o iraniana a UE tinha oferecido ao Ir o apoiar o seu pedido de ades o Organiza o Mundial de Com rcio vender seis Airbuses civis e concluir um tratado de com rcio e coopera o bilateral Mas algumas destas promessas dependiam da boa vontade americana e portanto podiam revelar se invi veis O ponto de viragem nas negocia es aconteceu no Ver o de 2005 quando as negocia es da troika chegaram a um beco sem sa da Nos ltimos meses houve mudan as no Ir o que os Europeus n o souberam reconhecer A elei o de Ahmadinejad contribu u para o impasse negocial A sua ret rica populista e fundamentalista e o facto de ele ter mudado a equipa negocial vieram dificultar o di logo Na condu o das negocia es os Iranianos t m bem presente o caso similar da Coreia do Norte que desenvolveu armas nucleares ao arrepio do TNP posteriormente decidiu retirar se do tratado e conseguiu sair impune tendo al m disso obtido chorudas compensa es por parte de Washington e de T quio Ali s os Iranianos fazem a compara o com a Coreia do Norte e pensam porque que n o podem obter as mesmas recompensas pela sua coopera o O presidente iraniano critica a posi o do Ocidente que acusa de ter dois pesos e duas medidas pretende privar o Ir o de tecnologia nuclear mas permite que Israel mantenha um arsenal nuclear que ali s nunca
349. racionalidade na constru o dos Estados em frica E recordando Jean Francois Revel pergunta inteligente o ser humano que n o se deixa guiar pela intelig ncia O mesmo Etounga Manguelle afirma Se a Europa esse peda o de terra que representa uma pequena por o da humanidade foi capaz de se impor no mundo dominando o e organizando o para seu exclusivo benef cio porque desenvolveu uma cultura vitoriosa de rigor e trabalho livre de for as invis veis Preci samos imit la 57 Cf C Handy ob cit p 53 58 Cf M Novak pref cio ob cit p 12 59 Cf Daniel Etounga Manguelle ob cit p 124 e ss No mesmo sentido ver ainda Silveira ob cit DeC n 2 Praia 1997 p 43 que afirma ser a autoridade do Estado entendida como emana o do poder tradicional de ra zes m ticas e pr ticas de leituras inescrut vel Na o Defesa 146 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Politica de Defesa e Seguranca Mas esta a irracionalidade que igualmente proponho salvaguardados obvia mente os condicionalismos locais O que n o pode ser descurado tal como sublinhou Fonseca no artigo de opini o j referido que por exemplo a adapta o do modelo democr tico s condi es culturais e sociais africanas n o poder fazer olvidar que em todo o caso se tratar de um regime de democracia que ass
350. rael ndia Paquist o Coreia do Norte e Brasil Os Iranianos dizem querer proceder ao enriquecimento de ur nio em pequenas quantidades para fins de investiga o A Uni o Europeia UE e os EUA t m um entendimento diametralmente oposto e n o v em qualquer diferen a no enriquecimento de ur nio em pequena ou larga escala pois a quest o relevante o dom nio da tecnologia do processamento a partir da pode ser empregue para fins civis ou militares Os pa ses ocidentais argumentam ainda que n o poss vel confiar no regime Na o Defesa 206 O Ir o de Ahmadinejad de Teer o devido ao facto de este ter ocultado parte do seu programa nuclear desde que o desencadeou em meados dos anos 80 numa altura em que estava envolvido na guerra com o Iraque O programa nuclear foi retomado em 1997 pelo reformista Mohammed Khatami tido como um liberal O dom nio da tecnologia nuclear uma causa popular defendida por mais de dois ter os da opini o p blica iraniana e pelas elites independentemente da sua posi o no espectro pol tico porque refor a o orgulho nacional O Ir o pretende dotar se da arma n o para a usar n o prov vel que o Ir o desencadeie uma guerra nuclear no M dio Oriente atacando o seu arqui inimigo que tamb m a nica pot ncia nuclear da zona Israel A arma nuclear confere ao Estado que a possui poder influ ncia status poder de negocia o e de chantagear O problema que
351. ran a regional e interna cional e a eventualidade do emprego da for a para o conter ou mesmo evitar O segundo texto O Ir o de Ahmadinejad aborda a complexidade do aparelho pol tico iraniano e a forma como este tende a perpetuar a ideologia do regime a desestabilizar e compro meter a cria o de uma nova ordem interna no Iraque e a promover a dissemina o de actividade terrorista com s rias implica es para a estabilidade regional Isabel Ferreira Nunes Na o s Defesa 6 Anos Depois Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes Abel Jos Santos Leite Mestre em Hist ria e Cultura Europeia Contempor neas Resumo No ano em que perfazem cerca de 50 anos so bre a sua eclos o a Guerra do Suez permanece esquecida ou pouco conhecida do p blico por tugu s Contudo tratou se de um conflito sig nificativo na hist ria n o s por ter envolvido as principais pot ncias mundiais como ter de sencadeado uma viragem radical em que pela primeira vez as pot ncias coloniais foram as grandes derrotadas Tal facto prenunciou uma nova ordem mundial que perdurou como um paradigma alternativo de uma nova estrat gia pol tica internacional A crise do Suez veio ace lerar o processo de descoloniza o e o aumento do peso pol tico das press es internacionais sobre o mesmo Estes acontecimentos foram determinantes na emerg ncia e desenvolvi mento dos conflitos Israelo rabes cuja tens o ainda hoje se
352. re as ind strias de defesa A impor t ncia da electr nica e das tecnologias de informa o nos v rios sub sectores da ind s tria de defesa tem sido crescente 21 Hayward 2005 22 Neuman 2006 Na o s Defesa 74 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade Um dos exemplos mais marcantes tem sido o caso da aeron utica A t tulo de exemplo refira se que um F 16 desenvolvido nos anos 70 pela Lockheed Martin custava em 1997 cerca de 30 milh es de USD de cada exemplar Um F 22 que um modelo mais avan ado desenvolvido pela mesma empresa na mesma altura custava cerca de 100 milh es de USD cada exemplar e presentemente custa mais 300 milh es O peso da electr nica nos custos unit rios de produ o dos avi es de combate passou de aproximadamente 25 do seu valor nos anos 70 para cerca de 40 actualmente Adicionalmente durante a Guerra Fria os aumentos de custos na produ o de armamento situavam se nos 5 a 10 ao ano Os aumentos que se t m verificado desde 1989 nos v rios tipos de unidades de material militar t m se mantido relativamente est veis No entanto as taxas de crescimento dos custos das novas tecnologias s o muito superiores ao de outro tipo de armamento menos sofisticado devido ao aumento de custos de produ o e aos custos associados a I amp D Em reas tais como a aeron utica tendo em considera o os custos de desenvolvi mento de uma aeronave frequente a exist nci
353. reduzida E dado que a melhoria das rela es com Teer o pressupunha avan os em assuntos pendentes como por exemplo a n o prolifera o o conflito israelo palestiniano e a continua o dos apoios ao terrorismo isl mico as perspectivas quanto a uma normaliza o diplom tica com a Rep blica Isl mica desfaziam se medida que o movimento reformista perdia lan Em 2005 com a linha ortodoxa firmemente instalada no poder pouco restava sen o aguardar novas elei es presidenciais na expectativa de que um candidato reformista sa sse vitorioso Nas semanas que antecederam a elei o presidencial analistas oci dentais admitiam que o ex presidente Akhbar Rafsanjani considerado um cl rigo mo derado poderia vencer o sufr gio Quanto ao presidente da C mara de Teer o Mahmoud Ahmadinejad um populista apoiado pelos sectores ultraortodoxos poucos Na o Defesa 182 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas observadores acreditavam na possibilidade da sua vit ria N o obstante a mensagem de regenera o veiculada por Ahmadinejad que fez a campanha contra a corrup o e as demais pr ticas sociais n o isl micas obteve 64 dos votos Rafsanjani conseguiu apenas 36 O triunfo de Ahmadinejad fortaleceu os duros do regime entrinchei rados nos rg os legislativo executivo judicial e n o menos importante nas for as de seguran a e servi os de informa o Em
354. rence some significant examples of companies that are part of EMPORDEF a Portuguese state owned defense group Verao 2007 N 117 3 S rie pp 65 89 65 Nagao Defesa A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade 1 A Ind stria de Defesa Enquadramento Geral e Evolu o Recente Com o fim da Guerra Fria no in cio dos anos 90 celebraram se um conjunto de tratados e estabeleceram se acordos tendo como objectivo uma redu o dos armamen tos para a consolida o de uma paz mundial duradoura Essa situa o levou a uma diminui o importante das encomendas de equipamento militar tradicional a uma queda significativa de emprego na ind stria e a uma redu o substancial nas despesas associadas defesa de v rios pa ses Por exemplo no caso dos Estados Unidos da Am rica EUA o or amento de defesa consistia em aproximadamen te 5 do seu PIB no in cio da d cada de 90 mas foi reduzido para cerca de 3 no ano 2000 Desde ent o aumentou mas devido essencialmente aos custos da guerra no Afeganist o e no Iraque bem como luta contra o terrorismo em geral ap s o 11 de Setembro de 2001 Nos casos do Reino Unido RU e da Fran a parece haver uma estabiliza o em torno dos 2 5 3 ap s valores na ordem dos 3 5 4 Apesar de tudo a ind stria de defesa continua a ter uma dimens o bastante significativa em termos de volume de despesas militares a n vel mundial Em 2002 estimava se que o seu volume
355. res sinergias bem como reduzir custos de produ o e custos associados a I amp D atrav s de economias de escala na Europa est se em presen a de uma ind stria fragmentada Praticamente s no RU Fran a e Alemanha as ind strias ligadas defesa t m massa cr tica tecnol gica que lhes d uma import ncia estrat gica em condi es de competitividade em rela o aos EUA e que constitui uma base de polariza o para o desenvolvimento potencial de uma ind stria europeia ligada defesa A estrutura das ind strias ligadas defesa extremamente desagregada e desigual enquadrada por muitas e diversificadas medidas de pol tica industrial nacional com cada pa s pelo menos os mais fortes no sector a marcar posi es para o futuro tendo em conta o previs vel aprofundamento da restrutura o em curso em que as redes de coopera o transnacional entre empresas ser o factor determinante no ambiente de competitividade 13 James et al 1998 14 Frequentemente denominados the big three 15 James 2000 Na o Defesa 70 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade muito variada a rela o entre os Estados nacionais e as respectivas ind strias relacionadas com a defesa desde um forte voluntarismo centralismo at uma quase total separa o Mas not ria a import ncia atribu da pela maioria dos governos europeus sua ind stria de defesa e ao seu papel mais ou menos activo na rees
356. resentam 2 4 bili es de pessoas Em rela o ndia a China tem conduzido uma estrat gia simult nea de 1 la os comerciais e 2 conten o geopol tica isto enquanto estabelece la os econ micos com a ndia a China tem refor ado a sua liga o pol tica e estrat gica com o arqui rival da ndia o Paquist o A China pretende expandir a auto estrada Karakoram que liga a China costa paquistanesa e j construiu um porto de guas profundas em Gwadar Tamb m existem acordos navais chineses com a Birm nia e o Sri Lanka no flanco oriental da ndia Atrav s desta estrat gia string of pearls Birm nia Sri Lanka Paquist o a China pretende cercar a ndia mostrando que a China a indiscut vel senhora da sia Esta press o chinesa produziu uma contra resposta indiana Nova Deli iniciou a Look East Policy intensifica o das rela es com os vizinhos chineses do Pac fico Os indianos estabeleceram novos la os de seguran a com o Jap o Vietname e Taiwan Nova Deli tamb m refor ou la os j existentes com a Austr lia e a Nova Zel ndia 2 A parceria com Washington a conclus o l gica desta Look East Policy Sem o apoio de Washington India is at risk of being boxed by Beijing s containment strategy Neste sentido basta 109 Ver Eric Margolis India Rules the Waves in US Naval Institute Proceedings 131 3 March 2005 110 Brahma Chellaney Imperial China in Hindustan Times October 29 200
357. respeito ao nosso futuro comum Porque n o se equivalem afigura se me determinante para a quest o em apre o a destrin a que se deve estabelecer entre o amplo debate e o amplo consenso S o coisas distintas Aqui de acordo com o princ pio da necessidade o que n o pode faltar um 65 Comunidade de Pa ses para o Desenvolvimento Econ mico da Africa Ocidental 66 Foi a express o que o escritor luso italiano ter utilizado na conversa com o tamb m escritor Francisco Jos Viegas durante o programa O Livro Aberto quando se referia s manifesta es xen fobas alimentadas pelo governo de S lvio Berlusconi males que entende significarem uma perda antropol gica para a sociedade italiana Na o 149 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos amplo debate O acordo para a mudan a requer consenso enquanto que os meios para a mudan a requerem debate amplo pois o fim acord vel mas o modo sempre discut vel 7 Alguns Conselhos de Karl Popper Revisitados Popper evidenciou nos seus textos que o racionalismo utopista sempre se serviu da viol ncia que por sua vez comporta a propaganda a supress o da cr tica e o exterm nio de toda a oposi o Os seus dirigentes converteram se em deuses quando n o eram vistos como deuses Ainda que os fins propostos sejam ben volos prop sitos a que ningu m se op e apenas trouxeram infelicidade e a mis ria de estar condenado a viver sob o jugo de uma tirania
358. rial factors one of those decisive causes Without making any historical excurse on a vast balkanised literature on the topic the author concludes that the so called western values originated in Europe are to be also applied in Africa The construction of States in Africa requires today a new approach that considers the distinction between liberal democracy and illiberal democracy Despite the conviction that even when only on the formal point of view the institution of democracy ends by wining the war by contraposition the almost obstinate search for consensus impoverishes democracy Verao 2007 Nagao N 117 3 S rie 123 Defesa pp 123 154 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a 1 Introdu o Se com o presente artigo n o me deixo conduzir por nenhum excurso hist rico que abarque a abundante e fecunda discuss o sobre a raz o do triunfo de umas e o colapso de outras sociedades em compensa o olho com aten o para culturas e civiliza es diferentes e convence me ainda muito particularmente o facto de ter a cabe a assente em alguns valores que me mobilizam neste intenso e constante debate Modela ainda a percep o que fa o do problema da constru o dos Estados ou para ser mais impressivo da moderniza o dos Estados a reflex o cartesiana utilizada por
359. riedade mu ulmana contra a presen a dos infi is em territ rio sagrado do Isl o Ao longo dos ltimos 15 anos as rela es de Teer o com os grupos militantes isl micos t m se intensificado devido inten o partilhada de impedir uma solu o negociada com Israel Grande parte do financiamento de grupos como a Frente Popular de Liberta o da Palestina o Hamas a Jihad Isl mica da Palestina e as Brigadas dos M rtires de al Agsa prov m dos cofres iranianos O Rei Abdullah II da Jord nia num encontro de alto nivel em 2002 com o Presidente dos EUA denunciou o Ir o como principal apoiante do Hezbollah o qual conduziu uma s rie de ataques de rockets contra alvos israelitas a partir da Jord nia Ao actuar desta forma o Ir o pretendia abrir uma nova frente de guerra contra Israel 36 Brzezinski et al op cit p 30 37 Matthew A Levitt Iranian State Sponsorship of Terror Threatening U S Security Global Stability and Regional Peace Joint hearing of the Committee on International Relations Subcommittee on the Middle East and Central Asia and the Subcommittee on International Terrorism and Nonproliferation U S House of Representatives 16 de Fevereiro de 2005 p 12 Na o 211 S Defesa Maria do C u Pinto N o obstante a aceita o formal da solu o de dois Estados na Palestina desde 2002 o apoio cont nuo do Ir o aos movimentos radicais palestinianos demonstra a vontade de torpedea
360. rivada Logo a seguir em 1950 foi reafirmado na Conven o Europeia dos Direitos do Homem que toda a pessoa tem direito ao respeito da sua vida privada e familiar do seu domic lio e da sua correspond ncia Por sua vez o desenvolvimento da inform tica e a possibilidade de efectuar pesqui sas em grandes bases de dados bancos servi os fiscais seguran a social e consequente acesso a dados pessoais possibilitou a utiliza o abusiva e il cita desses dados o progresso das novas tecnologias permite hoje conhecer os movimentos das pessoas n o s desde que saem de casa mas at no seu interior atrav s de vigil ncia electr nica e da utiliza o da Internet No conceito de dados pessoais s o abrangidos os elementos que usualmente servem para identificar uma pessoa nome apelido morada data lugar de nascimento bem como qualquer conjunto de informa es que permitam identificar uma pessoa por refer ncia a um n mero de identifica o ou atrav s de elementos espec ficos relativos sua identidade f sica fisiol gica ps quica econ mica cultural ou social incluindo a voz e a imagem da pessoa O Conselho da Europa sempre manifestou preocupa o pelo estudo desta mat ria pelo que em 1981 submeteu assinatura dos Estados membros a Conven o 108 para a Protec o das Pessoas relativamente ao Tratamento Automatizado de Dados Pessoais dando especial aten o aos dados sens veis como s o os relat
361. rlos Gaspar e sobretudo pensador Aurelian Craiutu Pierre Hassner encontramos ensinamentos de um dos mais in fluentes pensadores do s culo XX que tem profunda resson ncia nos dilemas do s culo XXI Continuamos pois a precisar de aronianos Diana Soller Na o s Defesa 234 REVISTA NACAO E DEFESA N meros tem ticos editados 1998 84 Inverno Uma Nova NATO numa Nova Europa 85 Primavera Portugal e o Desafio Europeu 86 Ver o O Desafio das guas Seguran a Internacional e Desenvolvimento Duradouro 87 Outono O Estado em Mudan a 1999 88 Inverno Mulheres nas For as Armadas 89 Primavera Portugal na NATO 1949 1999 90 Ver o Economia amp Defesa 91 Outono Opera es de Paz 2000 92 Inverno Portugal e as Opera es de Paz na B snia 93 Primavera Novos Rumos da Educa o para a Cidadania 94 Ver o Democracia e For as Armadas 95 96 Outono Inverno Preven o de Conflitos e Cultura da Paz 2001 9 Primavera Nova Ordem Jur dica Internacional 98 Ver o For as Armadas em Mudan a 99 Outono Seguran a para o S culo XXI 100 Inverno De Maastrich a Nova Iorque 2002 101 Primavera Europa e o Mediterr neo 102 Ver o Repensar a NATO 103 Outono Inverno Novos Desafios Seguran a Europeia Extra Dezembro Coopera o Regional e a Seguran a no Mediterr neo C4 2003 104 Primavera Evolu o das Na es Unidas Extra Abril A Revolu o nos Assuntos Militares 105 Ver o Soberania e Interven es Militares 106 Outon
362. rticle s typographical revision The author s honorarium for each published article 150 will be paid by bank transfer up to 30 days after the article s publication Four issues of the magazine and ten offprints will be sent to the address indicated in the ID form All cases not envisioned by in these Norms should be presented to the Executive Publisher of Na o e Defesa VOLUME ANTERIOR Energia Geopolitica e a Politica da Biosfera Henrique Schwarz A Seguran a Energ tica da Europa Antonio Costa Silva Seguran a e Defesa no Ensino Superior Adriano Moreira S curit et D fense dans l Enseignement Sup rieur en France et en Europe Bernard Bo ne A Vertente Europeia Continental e a Vertente Atl ntico Global na Pol tica Externa Portuguesa Rui Pereira An lise da Tend ncia Institucional Ocupacional dos Oficiais da Guarda Nacional Republicana Jorge Gaspar Esteves Desafios Europeus Projectos Nacionais Realidades da Globaliza o Jo o Salgueiro Re Pensar a Sociologia dos Conflitos a Disputa Paradigm tica entre a Paz Negativa e ou a Paz Positiva Maria da Saudade Baltazar ISSN 0870 757X II 00117
363. s Antes gostaria de recordar com Michael Novak uma constata o que arrebata sobremaneira os estudiosos N o f cil explicar o espectacular sucesso econ mico dos japoneses apenas em termos materiais Ao contr rio dos brasileiros que t m recursos naturais em abund ncia e um territ rio enorme os japoneses apinham se nas plan cies costeiras de ilhas min sculas com uma densidade populacional elevad ssima poucos recursos naturais e quase nenhumas fontes de energia Apesar disso o Jap o rico e o Brasil pobre Volto a uma outra constata o que pela sua pertin ncia n o posso deixar de aludir 16 Como ao longo do trabalho sublinharei este problema visto hoje n o tendo em aten o a largueza dos Estados mas sim a concep o de institui es adequadas para o desenvolvimento Esta dimens o n o tinha sido explorada anteriormente 17 Ver Henry Kissinger Precisar a Am rica de uma Pol tica Externa Para uma Diplomacia do S culo XXI Edi es Gradiva 2003 p 187 18 Peyrefitte diz nos que os dados da hist ria econ mica recursos em mat rias primas capitais m o de obra rela es de produ o investimentos trocas distribui o ndices de crescimento foram postos at agora no centro das explica es do desenvolvimento Os tra os mais imateriais de uma civiliza o religi o preconceitos supersti es reflexos hist ricos atitudes perante a autoridade tabus motores da
364. s morais que obedece no o de continuidade cultural defendida por exemplo por Oakeshott como processo evolutivo ainda que diferentemente alguns dos seus disc pulos particularmente Roger Scruton viram esses valores n o como uma op o mas algo de origem gen tica pr pria da condi o de se ser ingl s e que portanto a ideia de uma filosofia liberal que ultrapassasse as fronteiras nacionais e fosse de natureza universal n o passava de uma aberra o 6 Sublinho entretanto que nada se assemelha exalta o que o filosofo Joseph de Maistre fazia do preconceito em rela o actividade cient fica A irracionalidade que prefiro na abordagem deste tema encontra sugest o no sentido encontrado por Charles Handy para a descontinuidade que as mudan as actualmente comportam e que por isso exige que pensemos de forma invertida mesmo que tanto os pensadores como as ideias possam parecer absurdos Cf A Era da Irracionalidade Edi es CETOP 1992 pp 18 19 Mas n o deixa de ser particularmente impressiva a cr tica oakeshottiana ao racionalismo no sentido de que planear n o a forma apropriada para a organiza o da sociedade Para maiores desenvolvimentos cf Jo o Carlos Espada e Jo o Cardoso Rosas ob cit pp 47 50 H pois que arriscar salvaguardados os condicionalismos locais aplicar outros valores i e os ocidentais 7 Ver Guy Sorman A Solu o Liberal Editorial Inqu rito 1986 pp
365. s Unidos que se encontravam na embaixada n o ficaram ref ns dos iranianos Mais tarde souberam que estes indiv duos tinham fugido para a embaixada do Canad Esta informa o nunca foi divulgada at ao momento em que todos os ref ns deixaram o Ir o Noutro caso durante o desvio do voo 847 da TWA os jornalistas tiveram conhecimento mas nunca divulgaram que entre as 153 pessoas a bordo estava um elemento da U S National Security Agency 2 3 A cobertura medi tica Tendo em conta os aspectos negativos e positivos anteriormente referidos proponho uma reflex o sobre os pontos que devem guiar os rg os de comunica o social na cobertura de um acto terrorista N o tenho d vidas que a responsabilidade principal de uma imprensa livre informar o p blico dos acontecimentos de modo a que os cidad os possam tomar decis es e formar a sua opini o com base numa informa o cred vel Assim sendo considero impens vel sugerir que n o se divulguem not cias sobre terrorismo No entanto quest o importante saber como divulgar este tipo de informa o de modo a que n o v de encontro aos objectivos medi ticos dos terroristas e muito menos que crie Na o Defesa 164 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas obst culos ao papel de observador e de fiscalizador que a comunica o social desempe nha num Estado democr tico J em 1976 um relat rio norte america
366. s e cerca de 200 avi es Apanhados em duas frentes as for as eg pcias mal preparadas e enquadradas n o conseguiram causar qualquer problema aos avan os das for as Franco brit nicas com postas por corpos de elite bem treinados e com grande experi ncia como tropas de choque reflectindo a fraca organiza o e motiva o j demonstrada frente s for as israelitas No dia 6 de Novembro Port Fouad e Port Said situados nas duas margens do canal tinham sido tomados e na limpeza de Port Said foi utilizado pela primeira vez um ataque heli transportado em larga escala com o envio do 45 regimento de comandos ingleses Por sua vez os franceses refor aram as suas posi es em Port Fouad com uma unidade aerotransportada da legi o estrangeira e tr s regimentos de comandos enqua drados por blindados Antes do cessar fogo anunciado pelos ingleses s 19 horas locais os comandantes no terreno conseguiram ainda alargar a sua posi o ligando Port Said s testas de ponte mais a sul designadamente a El Cap e El Qantara 34 Uma for a de 400 homens procedente dos porta avi es Ocean e Theseus Esta novidade t ctica ir determinar a imprescindibilidade da polival ncia do helic ptero nos conflitos seguintes nomeadamente na Arg lia e no Vietname Desde ent o tornou se nas suas v rias fun es uma arma de extrema import ncia que encontramos presente em todos os conflitos com provas dadas da sua efic cia N o descurando nenhuma
367. s e coordenadas e desenvolvidas global e sectorialmente permitem refor ar as potencialidades da na o e minimizar as suas vulnerabilidades com vista a torn la apta a enfrentar todo o tipo de amea as que directa ou indirectamente possam p r em causa a seguran a nacional IDN 5 Resolu o do Conselho de Ministros n 6 2003 que aprova o Conceito Estrat gico de Defesa Nacional Na o Defesa 40 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais informa o fazendo apelo utiliza o de t cnicas f sicas e l gicas tendo em conta as caracter sticas do hardware do software das instala es e dos procedimentos Pensando hoje numa sociedade global h que tomar medidas a n vel internacional que incluam organiza es Estados e tamb m empresas privadas para que seja poss vel a partilha de informa o e o seu tratamento de acordo com crit rios estabelecidos e aceites por todos A Organiza o das Na es Unidas estabeleceu o dia 17 de Maio como dia Mundial da Sociedade da Informa o que em 2006 foi dedicado promo o da ciberseguran a Nas comemora es deste dia o Secret rio Geral das Na es Unidas Kofi Annan salien tou que num mundo crescentemente interligado e em rede defender os nossos sistemas e infra estruturas vitais contra o ataque de cibercriminosos e ao mesmo tempo promover a confian a em transac es electr nicas assume uma import ncia cr tica para
368. s econ micos e financeiros importantes do Estado Na sequ ncia do atentado terrorista do 11 de Setembro em Nova Iorque o Conselho da Uni o Europeia estabeleceu um acordo com o governo dos EUA para lhe permitir o acesso aos dados recolhidos juntos dos viajantes das transportadoras a reas PNR O Parlamento Europeu considerou este acordo ilegal porque a directiva de protec o de dados instrumento invocado n o se aplica a quest es de defesa do Estado e seguran a O Grupo do Artigo 29 acompanhou o Parlamento Europeu dando um 40 8 Relat rio anual do Grupo de Trabalho do Artigo 29 Comiss o Europeia 41 Grupo consultivo previsto no art 29 da Directiva n 95 46 CE composto por representantes das autoridades nacionais de protec o de dados que funciona junto da Comiss o Europeia Na o Defesa 60 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais parecer negativo ao fornecimento deste tipo de dados que considerou desproporcio nado O Tribunal de Justi a veio a confirmar este entendimento 5 Conclus es 1 A informa o tem uma relevante import ncia para o desenvolvimento e manuten o de uma sociedade livre e democr tica A afirma o da liberdade de infor mar e de ser informado est bem acentuada nos n 1 e 2 do art 37 da Constitui o da Rep blica ao afirmar que todos t m o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra pela image
369. s elites dentro do sistema pol tico iraniano cujas ramifica es se estendem ao Parla mento aos Guardas Revolucion rios ao Conselho dos Guardi os e ao pr prio L der Guia Supremo o Ayatollah Ali Khamenei Os dirigentes do movimento pol tico Abadgaran desfrutam de uma enorme cumpli cidade com os Guardas Revolucion rios que no sistema pol tico iraniano representam um Estado dentro do Estado controlando numerosos aspectos da vida econ mica social e pol tica Por sua vez este corpo paramilitar goza da coniv ncia do L der Supremo que deles depende para a manuten o do poder Da que os Guardas controlem sectores econ micos important ssimos no com rcio telecomunica es energia obras p blicas inclusivamente actividades na economia informal burla alfandeg ria lavagem de dinheiro tr fico de droga Assim sendo o tipo de interesses que os Pasdaran det m d lhes a possibilidade de condicionar o progresso econ mico e pol tico do Ir o Finalmente Ahmadinejad conta com o apoio dos l deres religiosos e tribais os quais devido aos esquemas de corrup o dominam as associa es e funda es isl micas de caridade e o com rcio tradicional o chamado bazaar Em conclus o o Presidente Ahmadinejad est envolvido nas redes conservadoras e poderosas do regime iraniano cujos arquitectos s o o L der Guia Supremo o Conselho dos Guardi os e os Guardas Revolucion rios Para compreender a ascens o da fi
370. s limitarei a refe renciar partiam da s mile preocupa o de saber se por um lado a n o interfer ncia nos assuntos internos de outros Estados deveria ser abandonada em prol de um conceito de interven o de humanitarismo universal ou de jurisdi o universal e por outro do facto da preven o da fal ncia dos Estados pelos problemas que originam para si e para 36 Cf Jo o Carlos Espada A Tradi o da Liberdade Principia 1998 p 106 Na o 137 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos os outros aumentar a probabilidade dessa interfer ncia externa para resolver o proble ma pela for a Mesmo no plano dos princ pios a soberania n o mais um ponto fixo mas um elemento permanente de negocia o amplamente utilizado pelos governantes diz Bertrand Badie Referi acima que se no passado o problema da constru o dos Estados j cons titu a uma preocupa o da comunidade internacional o p s 11 de Setembro veio tornar evidente a imperiosidade de se incrementar os mecanismos que impossibilitem os grupos terroristas de transformarem os Estados falhados em presa f cil parasi tando os Maria do C u Pinto num substancial e informativo trabalho intitulado Ten d ncias nos Conflitos de Fraca Intensidade real a o facto dos Estados falhados virem dando guarida a terroristas e suas organiza es ao mesmo tempo que lhes favorecem o seu pr prio territ rio para que possam dese
371. s na primeira guerra do Golfo na antiga Jugosl via e de novo ao M dio Oriente regressando afinal onde tudo parece ter come ado A quest o final que poderemos levantar a da inevitabilidade ou n o da guerra Dever se como Clausewitz consider la uma continua o das rela es pol ticas uma realiza o destas por outros meios e se sim ent o qual o fim ou os fins que esse meio pretende alcan ar Ser a vit ria militar e a imposi o da vontade de um estado sobre o outro um verdadeiro fim ou como a hist ria parece mostrar apenas uma imposi o transit ria j que nunca vimos um estado ou um imp rio impor se defini tivamente pela for a O Reich que iria durar mil anos durou quantos Quais as rela es a estabelecer entre a pol tica e a estrat gia militar Se Clausewitz foi clarividente ao preconizar a submiss o do poder militar ao poder pol tico resta saber se poder ao 46 Carl Von Clausewitz Da Guerra Perspectivas amp Realidades Lisboa 1976 p 87 Na o 33 S Defesa Abel Jos Santos Leite poder pol tico enquanto manifesta o abstracta da raz o humana e n o de humanas raz es interessar a guerra como a imposi o a outros de uma vontade e a seguir a m xima de Maquiavel em que os fins justificam os meios Qual a diferen a entre a guerra e a paz pergunta um s bio grego A sua resposta infelizmente aplica se letra nossa regi o cansada de tanto dio
372. s para as suas necessidades De facto a sa da conveniente para a pol tica Franco brit nica no canal n o era f cil de encontrar talvez porque partindo do pressuposto de uma interven o militar na rea ela n o existisse na conjuntura que ent o se apresentava Desta forma a expedi o aliada ao Egipto estava condenada ao fracasso ainda antes de se iniciar a poca das conquistas europeias terminara e s a Fran a e a Inglaterra pareceram n o se terem apercebido disso 26 Segundo Hugh Thomas Op Cit pp 99 os pol ticos teriam imaginado que Nasser cairia provavelmente antes de os ex rcitos terem chegado no Cairo N o se sabendo mais sob se efectivamente foram tomadas quaisquer medidas para que tal acontecesse n o nos parece plaus vel aceitar esta opini o tanto mais que quando se deu o ataque Nasser estava no poder e a ter havido qualquer plano nesse sentido ter se ia que prever a conting ncia de tal dado n o se verificar Contudo parece nos certo que houve uma deficiente plani fica o pol tica teoria que a suspens o t o precoce do ataque s parece confirmar j que se o Cairo fosse o objectivo a atingir a pol tica Franco brit nica teria protelado a negocia o da retirada como ali s fizeram os israelitas dando tempo a que as for as no terreno alcan assem os seus objectivos estrat gicos Contudo como vimos parece nos que esta aus ncia de estrat gia obrigou a ter que se optar pela pol tica do mal
373. s pela quest o da gua ori ginaram numerosos incidentes militares com a S ria levando a ataques israelitas sempre que a engenharia do pa s vizinho amea ava desviar ou reduzir o caudal do Jord o Sendo um territ rio pouco vasto em que as dist ncias s o muito reduzidas aqui verdadeiramente se aplica a locu o latina si vis pacem para bellum uma vez que Israel n o pode manobrar sem ter que consentir perdas estrat gicas importantes pelo que s o for ados a optar quase sempre por guerras ofensivas e a jogar na antecipa o Na 28 O mesmo vir a acontecer na Guerra dos Seis Dias em 1967 logo ap s a retirada das for as da ONU da pen nsula do Sinai A 16 de Maio desse mesmo ano os eg pcios reocuparam a pen nsula do Sinai insta Na o Defesa 22 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes previs o da conting ncia da defesa do seu territ rio necessitar da anexa o desses locais para garantir as zonas tamp o que lhes permitissem aumentar a sua margem de manobra militar j em 1955 com o regresso ao poder de Ben Gurion fora solicitado ao estado maior que estudasse a op o de invadir o Sinai na eventualidade de tal se vir a revelar necess rio Todos os sinais evidenciavam um ataque eminente como o refor o militar os deslocamentos de tropas o recrudescimento dos ataques e sabotagens terroristas e a constante propaganda intimidat ria que apelava ao levantamento rabe oriun
374. s suspeitos e as v rias ramifica es da rede que criaram Se tais informa es tivessem surgido antes a ac o das autoridades poderia ter sido comprometida e os v rios elementos da rede poderiam ter sido alertados para o tipo de dados que a pol cia tinha j em seu poder O mesmo cuidado deve existir quando os media t m acesso a informa o que indicie que poder estar a ser preparada uma ac o terrorista Na minha opini o tal informa o s deve ser divulgada tal como qualquer outra quando completamente confirmada e usando sempre o suporte das fontes oficiais E tendo tamb m em aten o os efeitos que a not cia pode ter junto da opini o p blica evitando qualquer alarmismo desnecess rio Ainda em Agosto do ano passado o governo do Reino Unido pediu aos media brit nicos para terem conten o na cobertura da alegada conspira o para fazer explodir em pleno voo v rios avi es com destino aos Estados Unidos Num comunicado conjunto dirigido aos principais rg os de comunica o social o ministro do Interior e o procu rador geral consideravam que a investiga o ent o em curso poderia ser perturbada Na o Defesa 166 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas por reportagens demasiado sensacionalistas Algumas das informa es divulgadas poderiam interferir de forma negativa na ac o policial Por isso fundamental uma rela o permanen
375. sa Nacional Na o 37 S Defesa Ana Vaz A liberdade tem pois como pressuposto necess rio tanto o direito seguran a como o reconhecimento de direitos fundamentais Se bem que no mundo actual se tenham atenuado as tradicionais amea as de cariz militar surgem agora novos riscos e amea as potenciais de que s o exemplo os tr gicos acontecimentos do 11 de Setembro em Nova Iorque bem como os de Londres e Madrid Assim foi alterada a situa o pol tico estrat gica internacional criando se novos desa fios no contexto internacional e eliminando se fronteiras definidas o que leva a falar mesmo em riscos multifacetados e multidimensionais Aos Estados cabe resolver o problema das amea as seguran a dos cidad os protegendo os inclusive da criminalidade organizada mesmo a transnacional sem deixar ao mesmo tempo de prover a que os dados pessoais n o sejam utilizados indevidamente nem a privacidade das pessoas injustificadamente atingida A necessidade de protec o da privacidade e dos dados pessoais conheceu not vel agravamento pelo facto de as tecnologias da informa o terem registado grande desen volvimento nas ltimas d cadas com particular nfase j no in cio do s culo XXI tornando cada vez mais imperiosa a necessidade de se proteger a informa o para que a sua utiliza o abusiva n o venha a servir interesses ileg timos e atentat rios dos direitos liberdades e garantias dos cidad os
376. sabido no seguimento de uma disputa prolongada entre as fac es revo lucion rias os cl rigos tradicionalistas liderados pelo ayatollah Ruhollah Khomeini apoderaram se das estruturas do Estado e da sociedade Recorrendo ao terror genera lizado afastaram os restantes elementos que contribu ram para o sucesso da revolu o de 1979 Contudo o regime nascido de m ltiplos compromissos institucionais entre as correntes do movimento popular que derrubara o X preservou um grau significativo de pluralismo pol tico institucional Dito de outra forma a Rep blica Isl mica continua a ser palco de uma incessante competi o entre centros de poder rivais o que faz com que a pol tica interna seja frequentemente determinada por alinhamentos na pol tica 5 Marvin Zonis Majestic Failure The Fall of the Shah Chicago University of Chicago Press 1991 Na o Defesa 184 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas externa ou que a pol tica externa resulte de entendimentos entre coliga es dom s ticas A segunda raz o que explica a derrota do X o papel fulcral do islamismo politizado teorizado por Khomeini Quando Reza Pahlavi implementou o seu projecto de moderniza o os privil gios dos cl rigos tornaram se dif ceis de conciliar com os novos padr es de autoridade resultantes das mudan as socio econ micas Despro vidos da sua autoridade tradicional muitos mullahs transform
377. saltos a avi es cercos a edif cios raptos e outros actos de terrorismo prolongados Na minha opini o s o pr ticas que podem interferir com os esfor os das autoridades para resolver a crise e at provocar um prolongamento deste tipo de situa es Este tipo de entrevistas normalmente por telefone aumenta a carga espectacular do evento contribui para Na o Defesa 162 O Papel dos Media na Luta Contra o Terrorismo que Cobertura Medi tica dos Actos Terroristas espalhar o medo e d uma visibilidade inapropriada aos grupos envolvidos Como referi anteriormente defendo que o mesmo n o acontece com entrevistas a l deres deste tipo de grupos fora das situa es de crise n o interfere com os esfor os das autoridades para controlar um incidente espec fico n o coloca em perigo a vida de ref ns e n o pode prolongar uma situa o de crise quando ela n o existe No entanto a aten o que os media devem ter para n o se deixarem instrumentalizar n o se deve centrar apenas nos grupos terroristas H que ter em conta que podem tamb m ser instrumentalizados pelo poder politico t certo que deve ser dada voz s autoridades que tentam gerir a crise pois delas v m informa es fundamentais para tranquilizar a opini o p blica e para se tentar restabelecer a normalidade poss vel ap s um incidente terrorista certo tamb m que a legitimidade que o poder pol tico tem para aparecer nos media sem d vida muito sup
378. sequ ncia negligenciado os princ pios elementares do governo liberal diz Zakaria citando Michael Chege Ainda que a institui o da democracia possa ser tida como um factor propiciador para a instaura o de reformas pol ticas econ micas e legais h quem entenda que 60 No sentido encontrado por Charles Handy que exige que pensemos de forma invertida mesmo que tanto os pensadores como as ideias possam parecer absurdos 61 Cf Jo o Carlos Espada Ensaios sobre a Liberdade Principia Lisboa 2002 pp 61 76 62 Ver Francis Fukuyama A Grande Ruptura A Natureza Humana e a Reconstitui o da Ordem Social Quetzal Editores Lisboa 2000 p 39 Na o 147 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos Africa mais que de democracia carece de boa governa o os sinais continuam a revelar se pouco encorajadores e os regimes continuam a manifestar pouca diferen a em rela o s anteriores ditaduras Afirmei noutro momento que a largueza do Estado n o tem nada a ver com a efic cia do mesmo At porque e a hist ria tem nos fornecido exemplos mais do que evidentes o chamado Estado pol cia que pretende regular tudo a ponto de assumir a pr pria tarefa de realizar a felicidade dos s bditos contra a ideia de um Estado limitado pela lei amiga do Direito Karl Popper sublinhou de forma inequ voca que quem defender que n o a raz o mas o amor quem deve governar est a abrir o caminho para os que governam
379. si o de que a democracia liberal imposs vel fora do Ocidente ou mesmo daquelas que a admitem com algumas reservas a verdade que afigurando se como um dos defensores desta cl usula diz Huntington existe pelo menos uma democracia liberal em cada civiliza o que a democracia liberal n o incompat vel com as grandes culturas n o ocidentais que o grau de aceita o varia consoante o respectivo grau de ocidentaliza o Noutro passo distinguindo e bem entre democracia eleitoral e democracia liberal adianta por ltimo que a probabilidade de as democracias eleitorais se transformarem em demo cracias plenas depende da influ ncia exercida pelo Ocidente nas respectivas sociedades N o est em causa a verdade hist rica que traduzem os pensamentos que acabo de reproduzir Para mim a defectividade que por um lado tomo como desmerecedora do problema e por outro enfraquece a sua abordagem est em confundir a univer salidade de um valor com a sua natureza ocidental tout court Entendo pois que s o dimens es rigorosamente diferentes e que n o se confundem Posto isto gostaria de deixar claro que atravessa as minhas reflex es um quasi preconceito o rep dio s certezas dessa antropologia cultural por um lado e as certezas t picas do pensamento econ mico oitocentista por outro Mas esta atitude n o me inibe de admitir que dos povos exigido um c digo m nimo de obriga e
380. sidade CFI s provocam designa damente ao n vel da eros o da soberania a prioridade agora diz nos Maria do C u Pinto a preven o dos mesmos Por contraposi o s sociedades do mundo desenvolvido frica um conti nente que se distingue pelo seu permanente warfare Esses conflitos que a autora em refer ncia analisa os CFIs s o incrivelmente destrutivos na medida em que ao con fundirem o governo for as armadas e o povo provocam a ingovernabilidade e atingem popula es civis aterrorizando as atrav s das mais violentas manifesta es de dio tnico Porque s o de cariz nacionalistas e n o meramente xen fobas destroem as estruturas econ micas e sociais cedendo lugar a gangs criminosos que criam as suas redes informais Nestas circunst ncias a soberania assume apenas uma dimens o me ramente ilus ria Pela pertin ncia gostaria de recordar um facto que Badie revela dever merecer a nossa aten o mas que n o conhecido Para o autor a aboli o da soberania tamb m se tem traduzido na privatiza o internacional de determinadas dimens es essenciais de um Estado soberano Mo ambique por exemplo privatizou as alf ndegas confiando a sua gest o a uma empresa especializada e a Serra Leoa fez contrato com uma empresa fornecedora de mil cias privadas para repelir em Maio de 1995 a ofensiva dos rebeldes sobre Freetown Paralelamente enquanto institui o os Estados revelaram se incapazes de ass
381. situa es de terror Mas qualquer estrat gia destinada a acabar com a amea a do terrorismo deve promover o respeito pela liberdade de express o e pela liberdade dos media em vez de impor restri es a estes direitos fundamentais Defendo que em nenhuma situa o a amea a do terrorismo possa ser usada como desculpa para impor restri es ao direito de liberdade de express o e ao da liberdade de informar e a outros direitos como a independ ncia editorial a protec o de fontes confidenciais o acesso informa o por parte das autoridades a liberdade de movimen to e o direito privacidade das comunica es Porque nenhuma limita o imposta pelas autoridades conseguiria p r fim ao proble ma Como disse n o por n o se dar a not cia de um acontecimento que ele deixa de existir ou que se apagam os seus efeitos e as suas consequ ncias Al m disso noticiar as ac es terroristas faz parte da obriga o dos media em servir a opini o p blica que o papel do Jornalismo n o dizer s pessoas o que pensar fornecer informa o s pessoas para a usarem para pensar Noticiar o terrorismo necess rio e um dever dos profissionais da comunica o social E h que fazer uma clara distin o uma coisa noticiar as suas consequ ncias e origens tamb m a outra fazer a defesa do terrorismo N o dar a not cia de um acto terrorista afecta a credibilidade dos media o p blico pode questionar que outro tipo
382. sma comunidade uma vez que os prop sitos para que foi criada n o foram alcan ados e os resultados t m sido globalmente negativos para Cabo Verde Esta ltima perspectiva admite essa via como consequ ncia superveniente da imposi o da tirania das circuns t ncias na vida econ mica do pa s diria eu Sob que pano uma democracia liberal como constitucionalmente queremos ser discutiria esta quest o Indubitavelmente sob o pano de que n o existem comunidades definitivas pois elas s o infinitamente revog veis desde que venha a ser esse o enten dimento na medida em que devemos ser n s a escrever o gui o da nossa pr pria vida como povo Cabo Verde recorde se foi igualmente constru do no in cio atrav s de um sistema mais ou menos opressivo que obviamente tende a manifestar o seu efeito de sequela n o obstante a consagra o do princ pio constitucional de que A Republica de Cabo Verde organiza se em Estado de direito democr tico que todas as ditaduras conduzem a perdas antropol gicas incomensur veis e se a censura pol tica como diz Steiner n o mata deixa marcas que n o saem com um qualquer duche para reproduzir a imagem que o escritor Ant nio Tabucci utilizou ao referir se It lia p s Berlusconi Particularmente quando reiteradamente usamos ainda que inconscientemente o meca nismo que a ditadura nos induziu a desenvolver como a autocensura e o n o pronunci amento sobre quest es que dizem
383. so modo 1750 O gap entre asi ticos e ocidentais est a diminuir a passos largos Como j afirm mos o peso asi tico n o vai simples mente esmagar o Ocidente Mas o fundamental aqui n o isso O facto fundamental que os ocidentais est o a perder a centralidade que ostentaram nos ltimos s culos A novidade que o peso do Ocidente s pode diminuir A novidade que o cresci mento da ndia e da China encurta o espa o de manobra de europeus e americanos A novidade a converg ncia o equil brio entre o mundo transpac fico e o mundo transatl ntico a perda de poder relativo do Atl ntico Norte No fundo a novidade que acabou simplesmente a Era em que o homem branco uma pequena minoria no planeta podia viver dos proventos da sua superioridade cient fica e tecnol gica industrial e militar 2 Mas h outra novidade talvez ainda mais marcante Outrora um quase mono p lio do Atl ntico Norte o regime constitucional democracia liberal que det m a legitimidade da ordem internacional liberal hoje uma realidade plural e global ndia Jap o Coreia do Sul Taiwan Brasil frica do Sul Israel eis democracias liberais fora da esfera do Atl ntico Norte No in cio do s culo XXI os ocidentais s o obrigados a partilhar com n o ocidentais a legitimidade que adv m da democracia liberal Ou seja al m de ter perdido a centralidade em termos de poder o Atl ntico Norte tamb m perdeu o monop lio da
384. social fascismo e guerra ela igualmente poss vel para outros mundos culturalmente diferentes ainda que os factos tendam at hoje a negar esta razoabilidade te rica Mas h vozes oriundas de espa os acad micos e pol ticos que assumidamente procuram fazer escola afirmando que o mundo que o ocidente criou n o pass vel de ser compartilhado com outras culturas a n o ser por adop o o que perfilha Schlesinger Jr citado por Huntington afirmando ser a Europa a fonte a nica fonte das ideias de liberdade individual democracia pol tica Estado de direito direitos humanos e liberdade cultural Estas ideias s o europeias e n o asi ticas nem africanas nem do M dio Oriente salvo por adop o N o aceito pois as afirma es de que valores s o os desses mundos e para esses mundos em concreto porque nascidos ali ou s considera es que exaltam o valor do que nosso simplesmente porque nosso t picas de um qualquer nacionalismo 5 Cf A Inven o Democr tica Edi o Instituto de Ci ncias Sociais 2000 p 22 Na o Defesa 126 Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de Defesa e Seguran a que n o h pois universalidade para al m da diferen a que por isso o nico e verdadeiro valor universal a diferen a Ponderadas as vozes que com firmeza adoptam a po
385. ssa recomendar como ac es instrumentais de coopera o mas que podem at e por isso mesmo revelar se contingentes pessoalmente n o vislumbro alternativa nica op o capaz de melhorar o curso dos acontecimentos que n o tenha como fundamento a seguinte inconting ncia Copiar as pr ticas bem sucedidas p r de lado os processos falhados Foi assim que a Europa se desenvolveu os pa ses asi ticos igualmente e com semelhante sucesso tem sido esta a via escolhida na Am rica Latina sobretudo ap s o fracasso da teoria da depend ncia idealizada na linha da ret rica marxista pelo economista Ra l Prebisch N o h pois nenhuma novidade aqui nem sequer o problema de inteligibilidade mas sim comportamental moral A sorte n o cumpre aqui qualquer papel uma vez que n o se est a propor que se reinvente a roda Sublinhe se que n o est minimamente em causa o facto de se ter que fazer adapta es 42 Fareed Zakaria ob cit p 28 29 expressa a sua opini o no sentido de que o desenvolvimento da Igreja Cat lica ter constitu do a fonte para a liberdade no Ocidente e que em consequ ncia sobreveio lhe a democracia N o tenho a menor d vida de que s com a paz duradoira nos pa ses africanos o valor da toler ncia poder ser cultivada para poder tamb m vir a dar lugar a qualquer coisa diferente do que s o agora e porque n o uma democracia liberal 43 Afigura se me pertinente este r pido apont
386. sso j n o se limitam aos tradicionais meios de comunica o e usam cada vez mais os novos media em particular a Internet 1 Vassily Yastrebov especialista em sa de mental considera que uma das mais importantes consequ ncias do terrorismo pretendida pelos terroristas o estado de p nico da popula o Para ele a caracter stica espec fica das diferentes formas de terrorismo um estado prolongado de ansiedade e medo por parte da popula o que se mant m na expectativa da trag dia incerteza essa que causa graves perturba es psicol gicas 2005 33 34 Na o 157 S Defesa Fatima Faria que apesar de precisarem e usarem os media como fonte vital para as suas ac es os terroristas tamb m j perceberam que o acesso que t m comunica o social n o o mesmo que t m as fontes oficiais E sabem tamb m que os media ao mostrarem a viol ncia provocada pelos terroristas podem cumprir um dos seus objectivos que espalhar o medo mas podem tamb m chamar a aten o da opini o p blica passar uma imagem negativa n o lhes dando legitimidade pol tica Com o aparecimento da Internet no entanto os mesmos grupos passaram a poder disseminar a informa o que preten dem sem cortes e sem qualquer filtragem feita pelos jornalistas Como foi referido apesar de os media n o criarem ac es terroristas a sua actua o pode facilitar o sucesso estrat gico dos grupos terroristas O objectivo deste
387. ssoas que atinge sempre as elites dos pa ses onde se instala representa uma mais valia digna de registo Ver PM s inaugural speech at Pravasi Bharatiya Mumbai January 7 2005 Parag Khanna Bollystan India s Diasporic Diplomacy in India as a New Global Leader London The Foreign Policy Centre 2005 pp 16 26 Na o Defesa 112 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico 200 mil s o milion rios que come am a ser uma poderosa marca no quotidiano americano sobretudo na Costa Oeste LA Silicone Valley Seattle Os indianos formam menos de 1 da popula o americana mas representam 26 de novas empresas fundadas por imigrantes Esta comunidade indiana j a comunidade mais rica dos EUA suplantando neste ponto a comunidade judaica E os indo americanos foram essenciais em dois aspectos 1 na India foram decisivos para a mudan a das pol ticas econ micas que conduziram a economia indiana para um caminho mais americano isto liberal 2 nos EUA a di spora foi fundamental para a transforma o da atitude do Congresso americano em rela o ndia de indiferen a hostilidade do passado para a actual defesa da aproxima o 139 Est assim criado um cen rio para o desenvolvimento de uma identidade parti lhada entre americanos e indianos E esta identidade partilhada tem o potencial para ser refor ada no futuro qu
388. stre sujeita a autoriza o do Minist rio da Administra o Interna sob condi o de que o parecer pr vio da CNPD n o seja negativo Esta lei prev ainda que a utiliza o da videovigil ncia seja regida pelo principio da proporcionalidade ou seja a sua utiliza o tem que mostrar se adequada manuten o da seguran a e ordem p blica e preven o de crimes no pressuposto da exist ncia de riscos objectivos e de que respeitada a intimidade das pessoas Pelo que respeita particularmente protec o dos dados pessoais salienta se que a Constitui o da Rep blica Portuguesa foi mesmo a primeira de entre as dos pa ses europeus a tratar este problema no seu artigo 35 A Conven o 108 do Conselho da Europa constituiu o primeiro instrumento interna cional vinculativo nesta mat ria Posteriormente foi aprovado um protocolo adicional que prev a necessidade de uma Autoridade de Controlo Independente em cada Estado membro para garantia do cumprimento dos princ pios de protec o de dados bem como define as condi es em que podem ser efectuadas transfer ncias de dados pessoais entre Estados O Conselho da Europa ainda na sequ ncia da Conven o 108 aprovou v rias recomenda es sectoriais designadamente sobre protec o de dados nos sectores de investiga o cient fica e estat sticas bancos de dados m dicos seguran a social sector pol cia e emprego que detalham medidas a ter em conta em cada um des
389. ta Azim Wipro um dos mu ulmanos mais ricos do mundo devido maioria que det m no gigante indiano do software Wipro O antigo presidente do supremo tribunal era mu ulmano Os indianos hindus veneram int rpretes mu ulmanos de m sica cl ssica jogadores de cr quete mu ulmanos e o contingente de estrelas mu ulmanas de Bollywood A Na o Defesa 102 Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico descrimina o positiva affirmative action do mundo exemplo 22 5 dos postos de trabalho governamentais t m de estar reservados para as castas mais baixas E esta pol tica de discrimina o positiva sobretudo evidente na condi o das mulheres Se podemos dizer que Nehru errou nas pol ticas econ micas tamb m verdade que Nehru acertou no que diz respeito aos direitos e protec o das mulheres Ali s o feminismo indiano desenvolveu se de forma independente em rela o ao feminismo ocidental de tal modo que Martha Nussbaum afirma que os EUA t m muito a aprender com a ndia no que diz respeito legisla o sobre a igualdade entre sexos 9 As elei es est o a corroer a tradicional hierarquia de castas Na Constitui o indiana o dalit Bhimrao Ambedkar o principal autor da Constitui o indiana o terceiro pai fundador da ndia moderna ao lado de Nehru e Gandhi imp s a igualdade de todos os indiv duos perante a lei independentemente da casta O
390. ta ind stria passou nos lti mos dez anos por um processo em que o Estado desempenhou um papel essencial nomeadamente pelo apoio financeiro a fundo perdido na elimina o das sobrecapacidades resultantes das fus es apesar de se tratar de um sistema empresarial totalmente privado Na Europa n o existe ainda uma perspectiva comum para o aprofundamento das condi es pol ticas para a restrutura o das ind strias de defesa e para a manuten o refor o das capacidades tecnol gicas e de inova o A posi o prevalecente nos pa ses da UE considera que a resposta estrat gica mudan a nos mercados da defesa um problema que compete s pr prias empresas envolvidas resolver No entanto em Espanha e com maior protagonismo em Fran a o Estado tem desempenhado um papel central na reorganiza o empresarial das ind strias de defesa nomeadamente com vista privatiza o De registar que tem havido algumas iniciativas de pol ticas p blicas dirigidas para a diversifica o e transfer ncia de tecnologia na Europa Muitas dessas medidas t m sido concebidas e implementadas essencialmente ao n vel local e regional utilizando muitas vezes financiamentos dos programas comunit rios Para al m de pol ticas espec ficas por parte dos pa ses no dom nio da defesa existem tamb m v rias medidas adoptadas no quadro da UE dos quais se salienta o programa KONVER que apoia o programa de diversifica o e iniciativas como o progra
391. tamb m a assistir a uma crescente internacionaliza o em que o mercado de exporta es de armamento assume grande import ncia em v rios pa ses fabricantes Recentemente nomeadamente em Fran a o volume de receitas provenientes das exporta es ultrapassou o volume de vendas internas no pa s chegando ao ponto das For as Armadas francesas sugerirem que a procura externa em vez das suas necessida des internas que orientava a produ o de armamento naquele pa s No entanto a Fran a importa grandes volumes de armamento tal como a maioria dos pa ses inclusive aqueles que s o grandes produtores de armamento Mesmo no caso dos EUA que importam apenas uma pequena percentagem de armamento e s o grandes exportadores as exporta es assumem grande import ncia em termos de volume a n vel mundial dada a sua dimens o 26 Neuman 2006 27 Hayward 2005 Na o Defesa 76 A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade Os EUA apresentavam em 1999 um ratio de 4 8 de volume de importa es de armamento em termos de percentagem das suas exporta es de armamento mas o ratio para a Fran a era de 27 6 para o RU era de 50 para a Alemanha era de 68 4 e para a R ssia era 15 6 Estas rela es de com rcio internacional de armamento fornecem tamb m informa o relativa depend ncia existente entre os pa ses a este n vel dando suporte no o de que a inova o e a tecnologia podem assumir um pap
392. tatal P s Atl ntico costume EUA Alemanha Europa Jap o China e R ssia Hoje percebe se que a ndia um inesperado sexto passageiro que vem alterar estes c lculos ocidentais e at chineses Por aquilo que representa per se e devido crescente proximidade com os EUA a ndia j n o o min sculo pontinho nos ecr s dos radares dos estrategos e dos analistas pol ticos sobretudo nos pa ses ocidentais O acordo nuclear EUA ndia o dado simb lico que oficializa o ingresso de Nova Deli no clube dos Grandes Poderes Ao reconhecer o programa nuclear indiano os EUA permitem a entrada da ndia no clube que pertencia em exclusivo aos vencedores da II Guerra China Fran a Ingla terra R ssia e EUA N o h sinal pol tico mais importante do que este Analisemos portanto 1 o porqu da aproxima o entre ndia e EUA e 2 o perfil do sistema inter estatal que indiciado por esta parceria 2 Ponto de Partida o Desvio no Centro de Gravidade Entre 2001 e 2006 a economia mundial conheceu o per odo de maior crescimento das ltimas tr s d cadas O crescimento per capita foi de 3 2 escala global uma marca sem precedentes hist ricos Vivemos ainda outro fen meno sem precedentes EUA Europa e Jap o crescem mas China ndia Brasil e demais economias em desenvolvimento crescem a um ritmo superior O crescimento de 7 2 das economias em desenvolvi mento permite dizer que there is a kind o
393. te e respons vel entre os media e as autoridades Deve haver discuss es regulares entre ambos e uma rela o baseada numa confian a m tua que deve ser alimentada pelas duas partes Aos media cabe respeitar o trabalho das autoridades e for as de seguran a sem interferir no desfecho dos aconte cimentos mas as autoridades devem ter tamb m a preocupa o de conhecer o funciona mento e os procedimentos b sicos dos media 3 Os Media e os Atentados Terroristas Tr s Casos que Marcaram o In cio do S culo XXI Depois da reflex o sobre a melhor conduta a seguir pelos media no que toca ao delicado tema do terrorismo proponho uma an lise da cobertura medi tica de tr s grandes ac es terroristas Os casos que me proponho analisar foram escolhidos pela intensa cobertura medi tica de que foram alvo e por terem dado origem a atitudes t o diferentes por parte dos meios de comunica o social e tamb m das autoridades 3 1 O 11 de Setembro de 2001 A 11 de Setembro de 2001 em 82 minutos os Estados Unidos sofreram uma s rie de ataques sincronizados que resultaram no mais mortal e mais devastador caso de terro rismo da hist ria Minutos depois de o primeiro avi o ter chocado com a Torre Norte do World Trade Center as primeiras imagens do edif cio em chamas apareciam nos ecr s de todo o mundo Milh es de pessoas estavam a ver televis o ou a seguir os aconteci mentos pela Internet Nos 18 minutos que separaram os dois embates n
394. terconex o bloqueio apagamento ou destrui o de dados pessoais Na o 55 S Defesa Ana Vaz Por motivos de seguran a do Estado e de preven o ou investiga o criminal dispensado o direito de informa o do seu titular mediante disposi o legal adequada ou delibera o da CNPD sendo em qualquer caso o direito de acesso exercido atrav s da CNPD Se o conhecimento destes dados prejudicar os motivos invocados a CNPD limita se a informar os titulares dos dados das dilig ncias efectuadas artigos 10 e 11 Assim o acesso pelos titulares a dados policiais s poss vel com recurso intermedia o da CNPD O mesmo acontece com o acesso aos dados constantes do Sistema de Informa o de Schengen A seguran a do Estado a seguran a p blica ou a preven o investiga o e repress o de infrac es penais s o tamb m os motivos invocados para que a CNPD possa autorizar a transfer ncia de dados se houver legisla o espec fica ou constituir obriga o em conven o ou acordo internacional de que Portugal fa a parte art 23 Por sua vez a Lei de Acesso aos Documentos da Administra o acautela no art 8 o direito de acesso a dados pessoais contidos em documentos administrativos bem como no art 9 a possibilidade da sua correc o Os dados relativos a sa de s s o comunica dos ao interessado atrav s de um m dico por ele designado A Lei n 41 2004 de 18 de Agosto transp e a dire
395. ternacionais inicia contactos diplom ticos intensos dirigidos para os tr s vectores anteriormente citados o rabe o isl mico e o africano Real a se a 20 Esta analogia ter sido usada pela primeira vez pelo coronel Louis Mangin auxiliar do ministro da defesa Bourg s Maunoury num jantar em Lyon em Maio de 1956 Cf Hugh Thomas O Caso Suez p 28 Este paralelo aludia ao facto de que quanto mais poderoso se tornasse mais perigoso e caro seria destron lo tal como Hitler que deveria ter sido neutralizado antes de ter de ser combatido em 1939 O seu pan arabismo foi considerado similar ao pan germanismo de Hitler por John Foster Dulles secret rio de estado norte americano neste per odo e o verdadeiro homem forte da diplomacia na presid ncia de Eisenhower que considerava Nasser como um fan tico extremamente perigoso Cf Noam Chomsky El nuevo orden mundial y el viejo Critica Barcelona 2 ed 2003 pp 259 260 Na o 17 S Defesa Abel Jos Santos Leite sua posi o a nivel dos Pa ses N o Alinhados compartilhando o protagonismo com homens como o Marechal Tito e Nerhu na confer ncia de Bandung em Abril de 1955 e pelo facto de ser um dos principais impulsionadores da forma o da Organiza o de Unidade Africana a 25 de Maio de 1963 4 O In cio da Crise A 26 de Julho de 1956 na Bolsa de Valores do Cairo Nasser pronuncia um discurso inflamado no qual est criptada a ordem para as tropas eg pcias se
396. tes dom nios Como j foi referido o Conselho e o Parlamento da Uni o Europeia aprovaram directivas em mat ria de protec o de dados a Directiva 95 46 CE do Parlamento 34 8 Relat rio do Grupo de Trabalho Artigo 29 Comiss o Europeia Na o Defesa 54 Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais Europeu e do Conselho de 24 de Outubro de 1995 relativa protec o das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e livre circula o desses dados No sector da protec o de dados na rea das telecomunica es foi aprovada a Directiva 2002 58 CE de 12 de Julho de 2002 relativa ao tratamento de dados pessoais e protec o da privacidade no sector das comunica es electr nicas para alargar o seu mbito a todas as comunica es electr nicas incluindo a Internet O Conselho e o Parlamento da Uni o Europeia consideraram que os princ pios da protec o de dados deveriam ser tamb m respeitados no mbito das pr prias institui es da Uni o Europeia em consequ ncia do que aprovaram o Regulamento CE n 45 2001 do Parlamento e do Conselho de 18 de Dezembro de 2000 A primeira lei portuguesa de protec o de dados foi a Lei n 10 91 de 29 de Abril que dizia respeito apenas a dados pessoais informatizados veio a ser alterada pela Lei n 28 94 de 29 de Agosto no sentido de refor ar a protec o dos dados pessoais ambas entretanto substi
397. tir a seguran a do Sistema de Informa o Schengen relativas a controlo da entrada nas instala es controlo dos suportes de dados controlo da inser o controlo da utiliza o controlo de acesso controlo de transmiss o controlo da introdu o e controlo do transporte No caso de transmiss o de dados ou de servi os situados fora dos territ rios das partes contratantes devem ser tomadas medidas espec ficas para garantir a sua seguran a Face aos atentados terroristas o Conselho e o Parlamento da Uni o Europeia em Dezembro de 2002 tendo em conta que os dados gerados no sistema de comunica es s o um instrumento muito til para combater a criminalidade organizada aprovaram a Directiva 2006 24 CE de 15 de Mar o de 2006 relativa conserva o de dados gerados ou tratados no contexto da oferta de servi os de comunica es electr nicas publicamente dispon veis ou de redes p blicas de comunica es As mat rias protegidas pelo segredo de Estado est o submetidas a um regime particular de protec o nos termos da Lei n 6 94 de 7 de Abril todos os documentos e informa es cujo conhecimento por pessoa n o autorizada ponha em risco ou prejudi que a independ ncia nacional a unidade e integridade do Estado e a sua seguran a interna e externa s o abrangidos pelas normas que configuram o segredo do Estado Os documentos submetidos a este regime s o objecto de adequadas medidas de protec o contra ac es de sa
398. titute which is dedicated to dealing with questions in the area of security and defence both at a national and international level Thus Na o e Defesa aims to constitute an open forum for the exchange of ideas and views of the various paradigms and theoretical currents which are relevant to matters of security and defence by making traditional approaches co exist with more recent problems namely those related to demography and migratory movements the security of foodstuffs human rights religious and ethnic tensions conflicts regarding natural resources and the environment The publication shall pay special attention to the portuguese situation and shall become a space for meditation and debate on the broad choices which face Portugal in terms of security and defence as well as on important international matters which reflect on Portugal and on portuguese interests Na o Defesa 2 INDICE Editorial 5 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes 7 Abel Jos Santos Leite Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais 35 Ana Vaz A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade 65 Vitor Ramon Fernandes Parceria Estrat gica EUA ndia Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico 91 Henrique Raposo Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento de uma Pol tica de De
399. tiva do Isl o em rela o ao Ocidente o seu argumento s lido e assente em fontes originais procura demonstrar que a hist ria isl mica tem no seu mago uma perspectiva n o s universal do reino da f como imperial na conquista do fi is de Al Do profeta Maom 632 recorre uma das m ximas da sua doutrina combater todos os homens at que eles digam n o h outro deus sen o Al mostrando que tanto a profecia como o seu ide logo tinham tanto de religioso como de pol tico e militar Esta vis o imperial do Isl o cresce at derrocada do Imp rio Otomano no final da Primeira Guerra Mundial A implos o do califado e a seculariza o que Atat rk imprime ao agora Estado Na o turco tamb m ele uma subvers o ao esp rito e letra do Isl o N o por acaso que a arma desta subvers o nos nossos dias o terrorismo fundamen talista aponta como seus alvos todo e qualquer pa s mu ulmanos sobretudo que encetem um caminho de seculariza o das estruturas do Estado optem por reformas sociais e pol ticas de cariz ocidental ou tracem um rumo internacional cooperante com as democracias liberais Esta concep o totalit ria e revanchista contra aqueles que n o seguem a vis o radical do Isl o produz revolu es como a que p s fim ao reinado do x Reza Pahlavi no Ir o 1979 e abriu caminho ao regime dos ayatollahs xiitas liderados por Khomeini Precisamente sobre este Efraim Karsh recupera uma das suas emble
400. to de medo vivido no dia dos ataques prolon gou se desta forma por tempo excessivo Robert Samuelson apontava como resultado perverso do tipo de cobertura medi tica que estava a ser feito o perigo dos media se estarem a transformar em potenciais aliados silenciosos do terrorismo Isto porque o terrorismo n o s morte e destrui o tamb m gerar medo semear a suspei o minar a confian a nos l deres pol ticos levar as pessoas e os governos a fazer coisas que nunca fariam mais um assalto nossa psicologia que aos nossos corpos 9 A mesma autora sublinha que nas dez semanas que se seguiram aos ataques a revista Time fez capa com Bin Laden tr s vezes e com George W Bush duas vezes Durante o mesmo per odo a Newsweek fez capa duas vezes com o l der da Al Qaeda e nenhuma com o presidente dos Estados Unidos 10 Artigo Unwitting Accomplices publicado no Washington Post a 7 de Novembro de 2001 citado por Brigitte L Nacos 2003 50 Na o 169 S Defesa Fatima Faria Outro comportamento que temos que condenar foi a persistente especula o volta de poss veis novos ataques Para citar um exemplo a revista Newsweek de 5 de Novembro de 2001 elegia como assunto de capa o que deveria ser feito para proteger a Am rica dos perigos do terrorismo Neste artigo eram descritos os alvos mais vulner veis como aeroportos f bricas de produtos qu micos armaz ns de alimentos Internet filas
401. tou num radicalismo que isolou o novo regime Em Revolution and War Stephen Walt demonstrou que regimes revolucion rios fomentam inseguran a em Estados circundantes assim como junto das grandes po t ncias do sistema internacional Com efeito o triunfo de Khomeini em 1979 corro borou esta generaliza o A pol tica externa iraniana causou e continua a provocar enorme preocupa o porque resulta da conjuga o de um islamismo anti imperialista e do legado hist rico de inger ncia nos assuntos da P rsia Ir o Estes dois elementos foram fundidos pelos cl rigos para construir um nacionalismo isl mico iraniano que entre outras consequ ncias gerou um consenso interno em redor do desenvolvimento 10 Nikola Schahgaldian The Iranian Military Under the Islamic Republic Santa Monica Rand Corp 1985 11 Stephen Walt Revolution and War Ithaca Cornell University Press 1996 12 Uma abordagem recente sobre a hist ria do Ir o pode ser encontrada em Patrick Clawson and Barry Rubin Eternal Iran Continuity and Chaos New York Palgrave 2005 Na o Defesa 186 A Encruzilhada Iraniana Armas Nucleares e Consequ ncias Geoestrat gicas de armamento nuclear capaz de salvaguardar a revolu o Isl mica e a integridade do Estado A posse de armas nucleares pois o resultado directo das preocupa es de seguran a do regime revolucion rio imposs vel analisar os objectivos estrat gicos iranianos actuais in
402. trabalho tentar perceber de que forma os media devem actuar de modo a cumprirem o seu papel numa sociedade democr tica o de informar sem censura e sem condicionalismos superiores sem serem usados como uma plataforma que sirva os interesses dos grupos terroristas 2 O Terrorismo na Era Medi tica Ao longo deste artigo o termo terrorismo utilizado para identificar o uso delibe rado ou amea a de viol ncia para criar medo num alvo populacional muito maior que o grupo das v timas imediatas de modo a alcan ar os objectivos dos seus promotores na viola o da lei Trata se do uso deliberado de intimida o psicol gica e viol ncia f sica que p e em causa a seguran a e o bem estar dos cidad os comuns a estabilidade do sistema pol tico o desenvolvimento econ mico e a pr pria sobreviv ncia da Demo cracia O terrorismo a que me refiro o que idealiza a viol ncia para um profissional das for as de seguran a a viol ncia um mal necess rio para um terrorista uma ac o 2 Em 1998 12 das 30 organiza es terroristas identificadas pelo Departamento de Estado norte americano tinham os seus pr prios websites Em 2004 uma maioria de 33 grupos da mesma lista mantinha oficialmente uma presen a online Os investigadores n o conseguiram ainda apurar se a habilidade de comunica o online resultou num aumento ou num decr scimo de actos terroristas Certo que as actividades online aumentam as capacidades destes
403. tralizar o programa nuclear iraniano Em diversas ocasi es George W Bush explicitou que todas as op es est o a ser consideradas admitindo assim que a Casa Branca n o exclui em definitivo o uso da for a militar contra o regime de Teer o Componentes normais de um processo diplom tico espinhoso declara es desta natureza visam dissuadir os mullahs de procederem aquisi o de armas nucleares Dito de outra forma se verdade que o uso da for a militar n o foi exclu do igualmente verdade que de momento essa amea a pretende apenas credibilizar um processo diplom tico pautado pelo insucesso As ac es recentes das autoridades iranianas indicam que embora ainda n o seja inevit vel o uso da for a torna se cada vez mais prov vel Teer o continua a recusar negociar em boa f no mbito da Ag ncia Internacional de Energia At mica AIEA reduzindo assim as op es cred veis dos actores empenhados em travar a nucleari za o do pa s Por m na medida em que o comportamento das elites iranianas se encontra enraizado num conjunto de preceitos ideol gicos e numa cultura estrat gica que enfatiza a malevol ncia estrangeira relativamente ao regime isl mico os mullahs dificilmente abandonar o as suas ambi es nucleares Sendo assim mais cedo ou mais tarde o uso da for a ser equacionado Este artigo analisa a forma como a cultura estrat gica da Rep blica Isl mica em conjuga o com a ideologia revolu
404. trutura o e moderniza o da sua respectiva economia nacional Em Fran a o Estado desempenha um papel fulcral na configura o da ind stria com uma forte ac o de pol tica p blica que vai da promo o da diversifica o transfer ncia de tecnologia e da defini o e financiamento dos programas de I amp D canaliza o de fundos regionais para reformula o de empresas Noutros pa ses os problemas das ind strias ligadas defesa s o enquadrados nos sistemas gerais de pol tica industrial por os Estados considerarem que as respostas estrat gicas s altera es de fundo do mercado das empresas ligadas defesa s o do seu pr prio foro fazem parte do seu neg cio e como tal devem ser deixadas s pr prias empresas A reestrutura o das ind strias ligadas defesa tem consequ ncias importantes para a competitividade da Europa e a sua posi o relativa aos EUA Sem uma ind stria de defesa europeia n o ser poss vel o desenvolvimento de uma verdadeira pol tica externa e de seguran a comum Tamb m se tem verificado alguma reestrutura o a n vel de racionaliza o de processos e consolida o dos quais se salienta o cons rcio europeu EADS A EADS constitu da em 10 de Julho de 2000 resultou da fus o entre a A rospatiale Matra de Fran a a DASA DaimlerChrysler Aerospace da Alemanha e a CASA Construcciones Aeron uticas SA de Espanha No entanto o processo de consolida o e reestrutura
405. tu das pela Lei n 67 98 de 26 de Outubro relativa protec o de dados pessoais Esta lei aplica se ao tratamento automatizado ou n o de dados pessoais e abrange a videovigil ncia e ainda o tratamento de dados que tenham por objectivo a seguran a p blica a defesa nacional e a seguran a do Estado excepto se existir legisla o especi fica ou normas de direito internacional que vinculem Portugal S o definidas as qualidades dos dados pessoais e as condi es de legitimidade do tratamento proibindo se o tratamento de dados sens veis como as convic es filos ficas ou pol ticas a filia o partid ria ou sindical a religi o a vida privada a origem racial ou tnica a sexualidade a sa de e ainda o tratamento de dados gen ticos com as excep es previstas na lei artigos 5 e 6 A constitui o de ficheiros relativos a pessoas suspeitas de actividades il citas a infrac es penais ou a medidas de seguran a s pode ser efectuada por organismos cuja lei org nica lhes d essa compet ncia O tratamento de dados para efeitos de investiga o policial deve restringir se preven o de um perigo concreto ou repress o de uma determinada infrac o artigo 8 35 O art 3 define tratamento como quaisquer opera es de recolha registo organiza o conserva o adapta o ou altera o recupera o consulta utiliza o comunica o por transmiss o ou difus o ou ainda a compara o in
406. tulo do presente trabalho neste caso concordante com a que Michael Novak fez em A Etica Cat lica e o Esp rito do Capitalismo Edi es Principia Cascais 2001 pp 97 98 para fugir cr tica de Hayek quanto ao significado de justi a social enquanto virtude que como sublinha o pr prio Hayek praticava tendo contudo como pr condi o de realiza o uma ordem social assente nos valores da liberdade pol tica econ mica e moral e cultural que se o valor tem a virtualidade de impulsionar e modelar condutas como entendo que tem ent o chamo lhe virtude Note se que a cita o visava criticar o regime de Estaline que fazia uso continuado da for a repressiva que para a autora n o deveria ser considerado como um Estado oper rio deformado mas como um mecanismo social diferente definido pelas engrenagens que o comp em e funcionando de acordo com essas engrenagens Cf Simone Weil Opress o e Liberdade Morais Editora Lisboa 1964 p 20 Cf ainda Jo o Carlos Espada e Jo o Cardoso Rosas Pensamento Pol tico Contempor neo Bertrand Editora Lisboa 2004 p 48 50 texto da autoria de Jos Carepa E foram em grande medida essas as fraudu lentas experi ncias governativas em quase todos os chamados Estados falhados particularmente em Africa 125 Na o Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos que na linha do que defende Michael Oakeshott a sociedade n o um maqui nismo n o formada por um c
407. turalistas os direitos da rapariga s o inferiores aos direitos da comunidade No multiculturalismo como no velho nacionalismo s h direitos colectivos Para Fichte dado que existia apenas o grupo Gattung a liberdade individual passou a ser uma escolha efectuada por algo sobre individual Para o rom ntico Fichte a liber dade existia para a comunidade para a na o e n o para o indiv duo Os multicultura listas repetem o paradoxo de Fichte proclamam que X livre no momento em que X perde a sua liberdade para a comunidade Por fim Sen n o tem qualquer pudor em estabelecer um nexo de causalidade entre as pol ticas multiculturalistas e os atentados terroristas do 7 7 Afinal tr s d cadas de 14 Roger Kimball Institutionalizing our demise Am rica vs multiculturalism in New Criterion 20 10 June 2004 p 7 15 Ver Keith Windschuttle The Ethnocentrism of Clifford Geertz in New Criterion 21 2 October 2002 16 Ver Isaiah Berlin Rousseau e Outros Cinco Inimigos da Liberdade Lisboa Gradiva 2005 pp 94 98 Na o Defesa 230 Contra 0 romantismo conservador e progressista pol ticas multiculturalistas produziram o seguinte 40 dos brit nicos mu ulmanos deseja ver a sharia introduzida na Gr Bretanha ou seja 800 mil pessoas querem viver parte usando um mecanismo legal que a completa nega o da lei brit nica Neste ambiente de divis o entre comunidades programada
408. ty of California USA Todd Sandler School of Social Sciences University of Texas at Dallas USA Zbigniew Brzezinski Center for Strategic International Studies Washington USA Assistente de Edi o Colabora o Cristina Cardoso Diana Soller Normas de Colabora o Consultar a contracapa Assinaturas Ver ltima p gina Propriedade Edi o e Design Gr fico Instituto da Defesa Nacional Cal ada das Necessidades 5 1399 017 Lisboa Tel 21 392 46 00 Fax 21 392 46 58 E mail publicacoes idn mdn gov pt www idn gov pt Composi o Impress o e Distribui o EUROPRESS Editores e Distribuidores de Publica es Lda Praceta da Rep blica loja A 2620 162 P voa de Santo Adri o Tel 21 844 43 40 Fax 21 849 20 61 ISSN 0870 757X Dep sito Legal 54 801 92 Tiragem 2 000 exemplares O conte do dos artigos da inteira responsabilidade dos autores Nacao Ver o 200 3 Serie Defesa 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes Abel Jos Santos Leite Seguran a da Informa o Protec o da Privacidade e dos Dados Pessoais Ana Vaz A Ind stria de Defesa Inova o e Competitividade Vitor Ramon Fernandes Parceria Estrat gica EUA India Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal P s Atl ntico Henrique Raposo Os Valores Sociais na Constru o de Estados A Promo o da Democracia como Pressuposto Essencial para o Estabelecimento
409. u fahrenheit Vinho ou ch Cf Hugh Thomas Op Cit pp 96 98 Na o Defesa 20 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes das grandes pot ncias Esta quest o primeira vista eminentemente pol tica tinha no entanto que considerar a componente militar associada Qual o objectivo pol tico da interven o Limitar se ia a conquistar posi es estrat gicas na zona do canal o que seria a repeti o da situa o que tornada insustent vel pelos constantes ataques levara os ingleses a retirar as suas for as Seria avan ar at ao Cairo e depor Nasser Tal possibilidade revelava se ainda mais dif cil de concretizar pois como faz lo Atacando por Alexandria ou pela zona do canal Quem garantiria que Nasser seria apanhado e n o retirasse encabe ando depois a resist ncia ao invasor Esta hip tese s conduziria a uma muito maior necessidade de perman ncia de tropas que ambos os pa ses n o podiam dispor e a um aumento da rea a proteger e consequentemente a expor aos ataques eg pcios n o falando das repercuss es a n vel internacional que seriam muito mais dif ceis de calcular e minimizar Toda esta quest o parece n o ter sido devidamente escalpelizada pelas duas pot n cias por um lado pressionadas pelas suas opini es p blicas e pelos seus interesses estrat gicos por outro sem conseguirem encontrar no terreno e no quadro internacional o conjunto de solu es fundamentai
410. uclear de Israel foi desenvolvida porque desde a guerra de 1967 o pa s reconhece que a sua seguran a reside na auto sufici ncia militar V rios Estados vizinhos do Ir o expressam apreens es relativamente s ambi es nucleares iranianas Pa ses do Golfo P rsico temem que um Ir o nuclear possa vir a incentivar a milit ncia xiita das suas popula es e assim destabilizar regimes que enfrentam actualmente problemas graves de legitima o Em resposta os Estados do Golfo poder o ser for ados a desenvolver capacidades nucleares pr prias ou em alternativa ter o de se colocar debaixo de um chap u nuclear americano ou saudita Dir se que nenhuma destas alternativas garante a estabilidade das monarquias da regi o Semelhantes preocupa es s o manifestadas pela Ar bia Saudita Um regime revolucion rio xiita nuclearizado teria de ser equilibrado atrav s de capacidades nu cleares aut nomas ou uma maior mas politicamente insustent vel depend ncia em rela o a Washington Estes cen rios apontam para um interessante paradoxo um Ir o nuclearizado obrigaria os EUA a consolidarem a sua presen a militar na regi o e dessa forma aumentariam os receios iranianos quanto a um cerco militar Criar se ia um dilema de seguran a cujo nico desfecho poss vel seria a plena nucleariza o do M dio Oriente As preocupa es iranianas com a seguran a regional n o podem ser avaliadas na aus ncia de uma avalia o quant
411. ugust 24 Walker W Graham M e Harbor B From Components to Integrated Systems Technological Diversity and Interactions Between the Military and Civilian Sectors in Gummett P and Reppy J 1988 eds The relations between Defense and Civil Technologies Dordrecht Kluwer Outras Fontes EDISOFT S A 2006 Relat rio amp Contas de 2005 Lazarim EDISOFT EID S A 2006 Relat rio amp Contas de 2005 Lazarim EID EMPORDEF S G P S S A 2006 Relat rio amp Contas de 2005 Lisboa EMPORDEF ENVC S A 2006 Relat rio amp Contas de 2005 Viana do castelo ENVC Defense News 2005 www defensenews com Lei de Programa o Militar Lei Org nica n 4 2006 Assembleia da Rep blica 29 de Agosto de 2006 OGMA S A 2006 Relat rio amp Contas de 2005 Alverca OGMA SIPRI Yearbook v rios anos Na o 89 S Defesa Parceria Estrat gica EUA ndia Poder e Identidade no Sistema Inter Estatal Pos Atlantico Henrique Raposo Investigador no Instituto da Defesa Nacional Resumo Por que raz o a ndia e os EUA encetaram uma in dita parceria estrat gica Em primeiro lugar americanos e indianos partilham a mesma identidade liberal globaliza o econ mica de mocracia liberal Depois a emerg ncia impre vis vel da China um factor de preocupa o em Washington e Nova Deli Esta parceria indicia alguma mudan a de fundo nos paradigmas da pol tica internacional Sim
412. um continente exclu do Enquanto na Europa os governos procuram com medidas de pol tica continuar a preparar as capacidades individuais em frica a este problema acrescido o da necessidade da constru o de capacidades institucionais para que o desenvolvimento seja auto sustentado Em frica a fome n o apenas material tamb m moral Entre Europa e frica os objectivos s o diferentes De um lado a nfase na educa o Do outro a nfase na moral n vezes O continente africano reclama uma dimens o moral n o numa escala aritm tica mas dado ao atraso civilizacional numa escala geom trica frica com Estados desfeitos e comunidades esfaceladas clama pela responsabilidade dos seus l deres e o que definitivamente preconcebo n o vai no sentido da uniformi za o de modelos de desenvolvimento mas de uma mudan a que seja orientada para a cria o de Estados decentes j que os nossos problemas est o aqu m dos decorrentes Na o 151 S Defesa Joao Francisco de Brito dos Santos da Prosperidade versus Solidariedade T m essencialmente a ver com a cria o da dec ncia p blica isto de dec ncias p blicas abrangendo todas as rela es de poder Conclus o Tenho vindo n o sem alguma dificuldade a procurar encontrar as raz es para o subdesenvolvimento africano ao mesmo tempo que insinuo pistas poss veis que possam servir de resposta situa o N o restam d vidas de que s
413. umentar Cada dia trazia uma nova lista de baixas incluindo pela primeira vez desde que tinham come ado as perturba es algumas baixas entre os civis franceses Os fellagha desciam ominosamente da montanha para a plan cie notava se uma apreen s o colectiva inarticulada e desanimada sobre o resultado de um conjunto de acontecimentos por demais familiar e crescia a ansiedade sobre os amigos e parentes que l viviam ou combatiam Herbert Steinhouse Frente Argelina FLN OAS Ulisseia Lisboa s d pp 15 e 16 23 Este objectivo n o s saiu gorado como pelo contr rio dele se aproveitou a Uni o Sovi tica para esmagar impunemente a insurrei o h ngara Com todas as aten es viradas para o M dio Oriente a 27 de Outubro Imre Nagy forma um governo de uni o nacional e a 1 de Novembro declara a neutralidade da Hungria e a sua sa da do Pacto de Vars via A 4 de Novembro 200 mil homens e 2000 tanques invadem o pa s que a 13 de Novembro v anunciado por Janos Kadar o governo revolucion rio de cariz sovi tico Dois anos depois Nagy e outros dirigentes da revolu o foram fuzilados na Rom nia Perderam a vida nestes confrontos mais de tr s milhares de h ngaros e cerca de 200 mil tiveram de fugir do pa s 24 Carta de Bulganine a Anthony den a 12 9 1956 publicada no Izvestia 23 4 56 e no Soviet News 29 4 1957 Na o 19 S Defesa Abel Jos Santos Leite americana nesse dom nio e pela sua afirma
414. undamentais da protec o de dados pessoais prevendo especialmente que todos os cidad os t m o direito de acesso aos dados informatizados que lhes digam respeito podendo exigir a sua rectifica o e actualiza o e o direito de conhecer a finalidade a que se destinam nos termos da lei e proibindo o acesso a dados pessoais de terceiros salvo em casos excepcionais previstos na lei 5 Para salvaguarda da privacidade e da protec o de dados pessoais a seguran a da informa o um valor indispens vel E nesse sentido no seguimento ali s de tratados internacionais como a Conven o 108 do Conselho da Europa e de instrumen tos jur dicos comunit rios designadamente a citada directiva 95 46 CE a Lei n 67 98 de 26 de Outubro determina no seu art 14 que o respons vel pelo tratamento deve p r em pr tica as medidas t cnicas e organizativas adequadas para proteger os dados pessoais contra a destrui o acidental ou il cita a perda acidental a altera o a difus o ou o acesso n o autorizados nomeadamente quando o tratamento implicar a sua transmiss o por rede e contra qualquer outra forma de tratamento il cito Para protec o de dados pessoais de maior sensibilidade o art 15 exige medidas de seguran a mais severas bem como o controlo da inser o utiliza o acesso e transmis s o desses dados Determina ainda que os sistemas de tratamento da informa o garantam a separa o l gica entre os d
415. ve problema revela se deficiente muito antes de chegarmos ao ponto de perguntar se as civiliza es diferenciadas se chocam necessariamente p 74 Porque h um erro logo na casa de partida Huntington reduz a pluralidade de identidades a uma nica identidade religi o H aqui um erro grosseiro na forma como se analisa os homens que actuam no palco hist rico Huntington cria um mapa mundo onde s existe a cor da religi o um mapa sem considera es pol ticas tipo de regime estrat gicas alian as ou econ micas O mundo fica reduzido a uma federa o de religi es p 14 a blocos religiosos separadas por estritas identidades dicot micas p 31 judaico crist os vs hindus vs mu ulmanos vs confucionistas Al m disso este reducionismo religioso despreza as diferen as existentes dentro das tais civiliza es e as interac es entre partes das diferentes civiliza es Quem v o mundo pela lente de Huntington nunca conseguir ver as diferen as internas do mundo isl mico e nunca perceber que mesmo no seio do Ocidente desenvolveu se um vasto e relevante leque de variedades da Modernidade De facto o Ocidente representado por Huntington uma fic o irreal Huntington pinta um Ocidente sem fissuras e ordei ramente dentro das muralhas E como sabemos o Ocidente neste momento apresenta enormes e in meras fissuras internas e as muralhas ocidentais amea aram ruir em 2003 Por outr
416. vendo uma multiplica o de fontes que por vezes pode gerar informa es contradit rias No caso dos atentados de Londres as informa es eram lan adas quase a conta gotas mas todas confirmadas Mas n o ser leg timo dizer que foi apenas o apertado controlo das autoridades que originou este tipo de cobertura medi tica A pol tica editorial das principais cadeias de televis o como a BBC e a Sky News tamb m contribuiu para que t o poucas imagens de desgra a tenham chegado aos telespectadores da tradi o da televis o brit nica n o mostrar pessoas em situa es de grande desespero e ang stia nem de cad veres E neste acontecimento concreto essas cadeias de televis o n o cederam perante o sensa cionalismo a emo o gratuita e a falta de rigor Num artigo publicado no Di rio de Na o 173 S Defesa Fatima Faria Noticias Miguel Gaspar dizia tratar se de uma li o sobre o medo Agindo assim as televis es travaram a generaliza o do p nico que o atentado deveria provocar O jornalista e cr tico de televis o acrescentava que a conten o esteve no tom na atitude nas imagens das v timas que foram apresentadas Mas esteve sobretudo no rigor E na forma como aqueles jornalistas escolheram o rigor quando havia poucas informa es dispon veis A falta de informa es fidedignas costuma facilitar a especula o e o sensacionalis mo Mas no caso dos atentados de Londres aconteceu o contr r
417. vi o franc s desapareceu e outro sofreu um acidente Na o Defesa 26 50 Anos Depois a Guerra do Suez no Contexto das Guerras Israelo Arabes estabelecimento de um equil brio em que o confronto directo ser evitado e temido Pela segunda vez haviam se imposto militarmente de forma perempt ria 7 A Interven o Franco Brit nica A Opera o Mosqueteiro nome de c digo do ataque Franco brit nico iniciou se a 31 de Outubro sendo efectuadas opera es de bombardeamento a reo sobre as posi es eg pcias A 2 e 3 de Novembro enviado o corpo expedicion rio com vista a garantir o controle de Port Said Port Fouad Ismailia El Quantara e Suez Os desembarques mais importantes dar se o nos dias 4 e 5 de Novembro As for as europeias presentes envolveram cerca de 90 mil homens e desenrola ram um plano de ataque concertado em tr s fases distintas A primeira fase visava estabelecer a hegemonia a rea e enfraquecer as defesas terrestres eg pcias seguir se ia o lan amento de unidades p ra quedistas com o objectivo de ocuparem os pontos estrat gicos como aer dromos e os portos Said e Fouat contando com o apoio a reo e da artilharia naval dos vasos de guerra que posicionados no Mediterr neo garantiam a escolta aos navios que transportavam as tropas de desembarque Finalmente desembarcadas as for as passariam a contar com o apoio de for as blindadas artilharia e engenharia A estrutura de comando obedeceu ao
418. vo ao poder pelas hostes revolu cion rias do regime Pasdaran e os basij o pragmatismo de Rafsanjani foi posto de lado em favor de uma ideologia reaccion ria em que o Ocidente e o Isl o s o vistos como irreconcili veis Neste contexto segundo a linha oficial Israel e os EUA representam a opress o ocidental contra os Mu ulmanos e como tal dever o ser activamente comba tidos Para o Ocidente em geral e para a Europa em particular a elei o de Ahmadinejad representa o predom nio de uma linha dura com consequ ncias para o processo de paz do M dio Oriente e para a melhoria das rela es entre o Ocidente e o Ir o Ahmadinejad tem pautado a sua ac o externa por uma postura hostil e agressiva como faz prova o programa nuclear e o apoio a organiza es militantes isl micas nomeadamente o Hezbollah Ahmadinejad refor ou a pol tica anti ocidental do L der Supremo Logo a normaliza o das rela es entre o Ir o e o Ocidente que Khatami esbo ou cautelosamente sem for ar demasiado n o constitui uma prioridade do seu governo Na actual agenda da pol tica externa iraniana destaca se a procura de novos par ceiros e aliados para contrapor s press es do bloco ocidental Neste cap tulo a ndia e a China e at certo grau a R ssia ocupam um lugar de destaque no equil brio de for as entre o Ir o e o Ocidente Eles desempenham um papel dissuasor de supostos intentos agressivos ocidentais sionistas
419. voto simboliza uma mudan a na milenar equa o de poder indiana as castas mais baixas intoc veis ou dalit t m agora um instrumento para impor a sua vontade s castas mais altas Mais devido a medidas de discrimina o positiva h uma vaga de pol ticos e partidos dalit E no jogo pol tico j ningu m pode ignorar os partidos OBC verdade que a identidade social definida pela casta n o desapareceu Mas a hierarquia tradicional entrou em decl nio devido ac o da identidade pol tica da ndia Hoje uma democracia de castas compete com a sociedade de castas a democracia trouxe algo de ca tico e horizontal ao que sempre foi linear e vertical Devido a esta crescente participa o das castas mais baixas a representatividade da democracia indiana hoje superior a qualquer per odo dos ltimos 60 anos 10 ndia o segundo pa s mu ulmano do mundo 150 milh es de mu ulmanos vivem lado a lado com a maioria hindu em relativa harmonia O massacre de Gujarat foi a excep o que confirma a regra A ndia tem feriados diferenciados para crist os sikhs budistas mu ulmanos e hindus 72 Ver Yasmin Khan India Shining in Prospect 136 July 2007 73 Sanjukta Ghosh Feminism in India in Democratiya 9 Summer 2007 74 A 72 emenda constitui o 1992 estabeleceu um programa de affirmative action para mulheres ao n vel dos conselhos municipais panchayats 33 dos lugares est o reservados
420. vre e tecnologicamente avan ada 4 Sobre esta quest o veremos mais frente o caso espec fico de Espanha ap s os atentados de Madrid em Mar o de 2004 5 Citado por Robert Picard 1990 103 Na o 163 S Defesa Fatima Faria 2 2 Possiveis efeitos positivos da cobertura mediatica Em contraponto com a teoria do efeito de cont gio h quem defenda que a partir do momento que os media divulgam uma ac o terrorista quem a organizou j n o necessita de promover novos ataques pois j mostrou do que capaz e j tornou p blicos os seus objectivos Al m disso os media podem ter influ ncia positiva ao exigir uma resposta adequa da das autoridades aos actos terroristas e podem ser um ve culo de express o das leg timas preocupa es do p blico no que diz respeito a quest es importantes e at um ve culo de press o sobre os governos para que actuem e sejam alteradas certas pol ticas Tamb m podem alertar a popula o para eventuais comportamentos suspeitos e evitar assim algumas ac es Casos em que o comportamento dos media foi lament vel foram j referidos mas h tamb m que mencionar determinados epis dios que provam que nestas situa es tamb m pode haver bom senso respeito pelo trabalho das autoridades e tica profis sional Por exemplo durante a crise na embaixada norte americana em Teer o em 1979 alguns rep rteres norte americanos souberam que seis cidad os dos Estado
421. zes actuam por conta pr pria e noutras situa es enquadrados em organiza es terroristas A forma de comunica o possibilitada pelo uso da Internet faz desta um novo Teatro de Guerra como referiu o General Loureiro dos Santos no mbito de confer n cia ao Curso de Defesa Nacional de 2005 2006 altura em que tamb m salientou que a Internet a grande madrassa da guerra santa pois os ensinamentos e comando de opera es terroristas s o feitos atrav s dela As amea as seguran a da informa o visam desencadear um incidente que venha a provocar danos num sistema de informa o ou entidade e podem ser delibera das ou involunt rias de natureza f sica ou l gica 14 Dinis Jos Ant nio Rodrigues Guerra de Informa o edi o Silabo 2005 Na o 43 S Defesa Ana Vaz A informa o est armazenada em suportes edif cios cofres de seguran a disposi tivos electr nicos Todos estes suportes podem estar sujeitos a amea as f sicas tanto naturais terramotos inunda es inc ndios como por ac o humana fogo posto bombardeamentos dissemina o de gases cortes nas redes de abastecimento p blico De entre as amea as l gicas relevam o acesso e utiliza o ileg tima da informa o a intercep o de comunica es e outras ac es criminosas tais como a fraude inform tica a falsidade inform tica a espionagem inform tica danos em dados ou programas sabotagem inform tica acesso ile

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