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O"Treino"como"promotor"da"Formação"com"vista"

1. Relacionamento com colegas e treinadores car ter e personalidade Unidade de Treino Padr o Feito o reconhecimento acerca das capacidades e fragilidades dos jogadores o treinador sente se mais vontade para construir o processo de treino Tendo em aten o a import ncia que o Modelo e os Princ pios de Jogo t m para a elabora o do plano de treino os exerc cios foram constru dos de forma a ajudarem a se alcan ar individual e coletivamente os objetivos perspetivados para os diferentes dom nios Assim a unidade de treino era composta no m ximo por quatro exerc cios Figura 4 A UNIDADE DE TREINO PADR O FORCE RELA O COM BOLA Regime T cnico Exerc cios de cariz mais anal tico em que se promova muita frequ ncia das ac es 15 pretendidas enquadradas 1x0 1x1 Intervenc o Descontinuidade Desg Emocional INTENCIONALIDADES Regime Psico T cnico T ctico Exercicios em que o principal objectivo moldar intenc es como por exemplo 15 cultura de toque toca e mexe reacc o a perda Me nhos Posses de Bola Jogos Reduzidos e Condicionados Interven o Descontinuidade Desg Emocional SUB PRINC PIOS Regime T ctico Exerc cios condicionados em que o nico objectivo a aquisi o e posterior 20 automatiza o de conte dos t cticos Exerc cios Muito Condicionados sem perder a ess ncia do jogo Intervenc o Descontinuidade Desg E
2. In other words I know who I am and why This means have roots of strong academic background and already some experience as coach but realize that also have wings that enable me to integrate my own style as person in my way for being coach KEY WORDS FOOTBALL INTERNSHIP DRAGON FORCE COACH YOUTH SPORT XVII Introduc o Introdu o 1 1 Contextualiza o do est gio profissionalizante O presente relat rio de est gio de forma o em exerc cio EFE parte do quadro legal de exig ncias para a realiza o do est gio profissionalizante do 2 ciclo em Treino de Alto Rendimento Desportivo TARD da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto FADEUP tendo em vista a obten o da forma o requerida para c dula de Treinador de Grau Il O grau Il de treinador considerado o primeiro n vel de forma o que permite ao treinador treinar autonomamente praticantes em todas as etapas da carreira desportiva e que se expressa na capacidade de planear organizar implementar e avaliar a atividade dos mesmos tanto no treino como na competi o IDP 2010 Este grau sucede o Grau l o qual corresponde base hier rquica de qualifica o profissional do treinador na medida em que n o reconhece ao treinador a possibilidade de orientar praticantes autonomamente nas etapas b sicas da forma o desportiva tendo este que ser supervisionado por outro treinador que se encontre numa fase mais ava
3. es e relat rios facultado pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto FADEUP sendo o mesmo ajustado em fun o das necessidades e da natureza das informa es que pretendemos expor Assim o presente relat rio comporta cinco cap tulos divididos em v rios pontos O primeiro dedicado Introdu o e nela consideramos os seguintes pontos iniciamos pela contextualiza o do est gio profissionalizante nomeadamente no sistema em que realizado isto no sistema acad mico na FADEUP no 2 Ciclo do TARD na modalidade de Futebol bem como dos objetivos e respetivas tarefas que o mesmo comporta De seguida e no sentido de dar enfoque s genu nas raz es que me trouxeram at aqui na medida em que considero ser de vital import ncia para melhor compreender quem sou onde perten o e quem ambiciono ser como treinador e naturalmente como pessoa realizo uma retrospetiva narrativa da minha experi ncia de vida onde o Futebol ocupa um espa o central O segundo cap tulo aporta informa o sobre o local onde realizamos o est gio ao n vel legal e constitucional diferenciando a DF enquanto escola m e e o clube parceiro onde concretizei o meu Est gio o Cust ias Futebol Clube Esta sistematiza o crucial para se compreender as rela es entre ambas as institui es porquanto todo o trabalho desenvolvido tanto concetual como metodol gico teve por base as demandas da DF De seguida realizada a caracteri
4. zona de conforto confrontando os jogadores com situa es desconhecidas para eles devido a falta de viv ncias de um contexto informal como o Futebol de Rua Deste modo pretend amos dot los de comportamentos que os ajudassem a resolver situa es como 1vs1 2vs1 1vs2 2vs2 3vs2 3vs3 at um m ximo de complexidade de 5vs5 Nestas intera es mais complexas pretend amos melhorar a t tica individual maioritariamente com o prop sito de procurarem constantemente buracos espa os livres entre advers rios por forma a mostrarem ao portador da bola e dar continuidade ao jogo Outro objetivo a partir de determinada altura da poca foi incrementar a capacidade de ver antes o jogo capacidade de antecipa o para consequentemente melhorarem a capacidade de jogar a um toque em fun o do seu contexto Com isto queremos demonstrar a nossa preocupa o para que as habilidades motoras espec ficas possam ser solicitadas no processo de ensino e treino de forma contextualizada e variada para aumentar a profici ncia dos jogadores Guilherme 2014 Neste dia do Morfociclo Padr o foi conferida particular aten o emotividade criando uma competi o interna com os formatos de jogo acima referidos e com modela o regulamentar de forma competi o se tornar por um lado mais estimulante e desafiadora e por outro mais compat vel para a obten o de sucesso A classifica o das equipas normalmente distribu
5. es mais encontros mais descobertas e mais paix o pelas coisas Que a gente tenha mais conforto mais colo mais paz mais conquistas mais garra mais amor mais humildade Clarissa Corr a N o importa Tente outra vez Fracasse outra vez Fracasse melhor Samuel Beckett Agradecimentos Ao Professor Doutor Jos Guilherme Oliveira pela sua ajuda e compreens o na orientac o deste trabalho Para mim foi e sempre ser uma refer ncia na concec o e operacionalizac o em Futebol A Professora Doutora Isabel Mesquita minha tia e madrinha pela ajuda incans vel ao longo do meu percurso acad mico recheado de momentos inesquec veis Pessoal e profissionalmente uma pessoa exemplar sempre pronta a ajudar porque a sua paix o pelo Desporto enorme A todos os treinadores do universo Dragon Force em especial ao Carlos Campos meu tutor e um amigo sempre presente ao Pedro Silva um enorme obrigado por me ter despertado a consci ncia para pensar mais e melhor sobre o treino porque a sabedoria nunca se esgota quando somos humildes e apaixonados por Futebol ao Jos Violante pela ajuda compreens o e partilha de ideias ao longo dos ltimos anos Aos meus Pais por todos os ensinamentos ao longo da vida que me t m tornado naquilo que hoje sou Muito obrigado A todos os que considero verdadeiros Amigos e que t m acompanhado o meu percurso ao longo dos anos fundamentalmente a Rafinha aos lreneus
6. es de treinador Mas sobre isso falaremos mais frente A partir desse momento tinha um nico pensamento e vontade tal como muitos mi dos da minha idade que quando fosse grande queria ser jogador de Futebol Contudo a minha motiva o para a pr tica desportiva n o se restringia ao Futebol As experi ncias obtidas ao n vel da Educa o F sica tamb m foram uma grande influ ncia para a minha alfabetiza o motora e forma o multidisciplinar Era sem d vida a minha disciplina preferida Nesta fascinava me cada conte do novo pois tinha sempre vontade de saber mais Preocupava me em ter sucesso em qualquer habilidade abordada Motivava me o facto de ter de me esfor ar de ter de trabalhar e treinar muito para conseguir ser bem sucedido Introdu o No entanto ao longo do meu percurso escolar comecei a desenvolver um esp rito cr tico em rela o disciplina de Educa o F sica EF visto que alguns professores n o se preocupavam com uma aprendizagem efetiva dos alunos A falta de desafio presente em algumas aulas de EF patente em algumas express es verbais dos professores como O que querem fazer Jogar bola levou me a pensar que era capaz de fazer melhor se estivesse a exercer essa fun o Esta viv ncia negativa acabou por contribuir para a minha escolha acad mica com uma vontade por fazer diferente mais e melhor 1 2 2 O momento da vis o do concretizar de um sonho O momento cha
7. n o preferido na reduc o da assimetria funcional dos membros inferiores em jovens jogadores de Futebol Porto J Guilherme Tese de Doutoramento em Ci ncias do Desporto apresentada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Hardman A Jones C amp Jones R 2010 Sports coaching virtue ethics and emulation Physical Education 8 Sport Pedagogy 15 4 345 359 Instituto do Desporto de Portugal 2010 Programa nacional de forma o de treinadores Lisboa IDP Jones R 2006 The sports coach as educator re conceptualising sports coaching Routledge London Jones R Morgan K and Harris K 2012 Developing coaching pedagogy Seeking a better integration of theory and practice Sport Education and Society 17 313 329 120 Refer ncias bibliogr ficas Jones R Armour K 8 Potrac P 2004 Sport coaching cultures from practice to theory London Routledge Kirschner P Vilsteren P Hummel H 8 Wigman M 1997 The design of a study environment for acquiring academic and professional competence Studies in Higher Education 22 2 151 171 Lima T 1988 A forma o desportiva dos jovens Revista Horizonte Vol V 25 21 26 Lyle J 2002 Sports coaching concepts A framework for coaches behaviour London Taylor e Francis Group Maciel J 2008 A In Corpo r Acc o Precoce dum jogar de Qualidade como Necessidade ECOJANTROPOSOCIALTOTAL Futebol um Fen meno AntropoSo
8. o disputavam os campeonatos nacionais ou distritais da 1 divis o Foi um ano fant stico em termos de sucesso desportivo como treinador adjunto de Sub 15 iniciados com a equipa a terminar o campeonato em 2 lugar e com apenas uma derrota frente ao FCP Como consequ ncia fui convidado a integrar a equipa s nior na fun o de preparador f sico apesar de n o acreditar nesta fun o no Futebol tal como se percebe nas palavras de Mourinho 2004 cit por Oliveira et al 2006 p 45 que n o considera Rui Faria o seu preparador f sico porque muito mais do que isso e esse conceito n o existe no seu modelo Esta fun o n o se enquadrava j na altura na minha conce o de Futebol a qual ser desenvolvida num espa o a jusante no relat rio mas encarei esta oportunidade como a mais entusiasmante e motivadora da minha at ent o breve carreira de Treinador de Futebol Esta poca desportiva trouxe me aprendizagens mas tamb m uma maior consciencializa o da cultura de resultado a qualquer pre o dominante no mundo do Futebol Por isso e apesar do objetivo da manuten o ter sido atingido no final da poca n o estava satisfeito e percebi que era chegada a hora de tentar outros contextos onde pudesse interferir no modo de conceber e treinar Futebol em suma ter mais responsabilidade mas tamb m mais liberdade na operacionaliza o de todo o processo de ensino treino competi o Claro est que neste momento j
9. A bem como dos escal es de forma o do FCP durante v rios anos 27 Enquadramento da pr tica profissional Tutor do Est gio Profissionalizante No meu Est gio Profissionalizante tive como Tutor na Instituic o de acolhimento DFC o Dr Carlos Campos Tem como habilita es a licenciatura em Desporto e Educa o F sica Pr Bolonha na FADEUP com especializac o no Ramo Treino Desportivo Opc o de Futebol tendo obtido a nota de 20 valores na monografia final de curso no ano de 2007 Em termos de experi ncia profissional destaca se o facto de ser coordenador T cnico das Escolas de Futebol Dragon Force desde 2011 e possuir o Grau Il de Treinador de Futebol UEFA B Enquanto treinador tem uma experi ncia consider vel na formac o para al m da experi ncia que vivenciou na func o de preparador f sico no GD Uni o de Leiria na poca de 2010 2011 2 2 4 Caracterizac o do contexto competitivo A Associa o de Futebol do Porto atualmente a maior associa o distrital do pa s criou na poca desportiva de 2014 2015 um novo campeonato de Futebol de Onze orientado especificamente para os jogadores nascidos em 2001 1 ano de iniciados designado de campeonato distrital de Juniores C Sub 14 Nesta poca desportiva participaram no referido campeonato 23 equipas divididas por duas s ries Na denominada 1 Fase estas eram compostas por 11 e 12 equipas que jogaram entre si a duas voltas casa e fora perfaze
10. Org Of Individual z Conte dos provoca o com bola e provoca o com bola e provocac o com bola e fe procura do espa o procura do espa o procura do espa o m Objetivos ped TES RE u interior interior interior gt Org Of Coletiva 22 e 32 Org Of Coletiva 22 e 32 Org Of Coletiva 22 e 32 E sub momento din mica sub din mica 32homem sub din mica 3 homem O do 3 homem e entrada e entrada nos espagos e entrada nos espa os E nos espa os interiores interiores interiores 4 ocupa o zonas finaliza o Figura 5 Morfociclo de Organiza o Ofensiva Observando a figura 5 pode parecer primeira vista que h uma repeti o sistem tica de conte dos A verdade que isso acontece efetivamente Contudo como dissemos anteriormente uma repeti o em especificidade onde direcionamos o padr o dos treinos em fun o dos Princ pios e Sub Princ pios e das contra es musculares que pretendemos 74 Realiza o da pr tica profissional solicitar em determinado dia do Morfociclo Com base em Tamarit 2013 o nosso Morfociclo Padr o respeitava com os devidos ajustes ao contexto as seguintes diretrizes SEGUNDA FEIRA Sub e Sub Sub Princ pios Recupera o Tens o de contra o muscular atrav s de contra es exc ntricas porque em Sub 14 necess rio menor tempo de recupera o Dia em que se mistura a recupera o com treino aquisitivo Recriar jogo colocan
11. Por tudo isto Introdu o competir trazia me entusiasmo pois era aqui que podia demonstrar os meus conhecimentos t cnicos e t ticos que podia vivenciar em grupo sensa es t o distintas como a vit ria e a derrota Mas a principal motiva o consubstanciava se na necessidade de estar com o outro de inclus o num grupo com o objetivo da conquista da vit ria atrav s do esfor o comum Os valores de partilha de coopera o de respeito pelo outro estavam no jogo de rua semelhan a do Desporto institucionalizado Era a alegria que sentia nestes momentos que fazia crescer cada vez mais a minha motiva o para praticar Desporto Assim o divertimento a nsia de perten a a um grupo e de fazer parte de uma equipa levavam me a uma crescente necessidade intr nseca de praticar um conjunto de atividades desportivas vivenciadas essencialmente no l dico do Futebol de Rua A socializa o entretenimento e autorrealiza o pessoal foram sem sombra de d vida os fatores motivacionais mais fortes e significativos na minha proximidade ao Desporto A minha autorrealiza o pessoal estava sobretudo associada vontade de vencer E foi quando a competitividade da rua deixou de ser suficiente que procurei outros patamares nomeadamente filiar me ao Desporto Federado Ent o aos onze anos de idade com um desejo enorme de jogar Futebol entrei para a equipa de Sub 13 infantis do Padroense Futebol Clube onde mais recentemente exerci fun
12. banco de suplentes do respetivo campo Em dias de jogos a ideia inicial seria a de ter dois treinadores adjuntos um filmaria o jogo e outro iria para o banco de suplentes com as fun es de delegado ao jogo acompanhando o Treinador Principal Como sucedeu o afastamento do treinador principiante as filmagens foram algo pontuais com a ajuda de outros treinadores ou mesmo de alguns pais de jogadores No sentido de otimizar a interven o dos treinadores na competi o as fun es do Treinador Principal eram debru ar se sobre a pr pria equipa enquanto o adjunto tinha como fun o observar o advers rio pontos fortes e fracos No intervalo havia sempre um di logo de alguns minutos at cinco no m ximo entre a equipa t cnica para ajustar a estrat gia ao contexto de jogo 26 Enquadramento da pr tica profissional No dia de jogo o aquecimento era realizado sempre pelo Treinador Principal no sentido de aumentar o sentimento de responsabilidade e compromisso dos jogadores ao mesmo tempo que se pretendia que eles percebessem a proximidade do Treinador Principal para com eles ou seja compreenderem que por muita exig ncia que fosse colocada est vamos todos no mesmo barco A construc o e edificac o da identidade coletiva da equipa foi uma preocupac o constante ao longo da poca Na medida em que a atividade desenvolvida pela equipa se enquadrou num mbito de atuac o que implicava a coordenac
13. deas de todo o processo ao mesmo tempo que era avaliado estou consciente de que o processo de aprendizagem cont nuo e din mico e que na gest o de uma equipa devemos ter uma perspetiva hol stica e multifatorial que v para al m do simples conhecimento dos conte dos da modalidade e se situe numa perspetiva sociocr tica e deontol gica encarando a profiss o com espirito de miss o At porque como refere Frade 2007 quem s sabe de Futebol nem de Futebol sabe 111 Considerac es finais 5 2 Perspetivas para o futuro Em rela o s perspetivas profissionais futuras considero que o contexto de Forma o da DF bastante rico e potenciador de experimenta o e reflex o condizente com a metodologia em que acredito o que por si s me garante estabilidade para operacionalizar as minhas ideias de jogo A curto prazo e porque me foi conferida a possibilidade de dar continuidade a este projeto ap s ser not ria uma evolu o da qualidade individual e do jogo coletivo da equipa que representei pretendo dot la de uma maior complexidade no dom nio das habilidades motoras espec ficas acrescentando uma progressiva preocupa o com comportamentos coletivos que nos possibilitem almejar o acesso pr tica de um jogo mais complexo e consequentemente obter um maior alinhamento entre o processo de treino e o rendimento competitivo obviamente sem nunca perder de vista que o FUTEBOL que deve estar a
14. e Ap s diagonal interior com bola o EXT contr rio avan a em apoio no corredor oposto 3vs2 Mobilidade do DL pelas costas do EXT Quando EXT recebe e puxa dentro pede mobilidade do DL nas costas Piv adota posi o de cobertura ofensiva ap s mobilidade DL PL faz desmarca o para aclaramento de espa o Mobilidade do DL pela frente do EXT dentro fora DL Quando no 2 sub momento o DL entrega bola no EXT continua movimento de desmarca o pela frente e Piv e DC do lado da bola fecham corredor central em cobertura ofensiva MI do lado da bola e PL ocupa espa os interiores para poss vel combina o 4 Reciclar jogo por tr s DCs ou GR voltar a 2 ou 1 sub momento 4 Sub Momento Finaliza o Finaliza o de 1 linha ap s cruzamento Ocupa o entrada nos espa os vitais de Finaliza o PL ataca 1 poste EXT contr rio ataca 2 poste em linha mais recuada e MC contr rio a bola entrada da rea 60 Realizac o da pr tica profissional Finalizac o de 2 linha Aproveitamento da conquista de espacos no corredor central e PL ataca GR para poss vel 2 bola Reciclar jogo por tr s voltar a 3 2 ou 1 sub momento 3 3 2 2 Organizagao Defensiva 1 Sub Momento Fecho dos Espa os Bloco m dio PL comanda o posicionamento do bloco numa linha imagin ria que toca a extremidade mais ofensiva do circulo central e GR fora da grande
15. motor alargado de um estilo nico e invejado em todo o mundo para al m de cultivar a imaginac o e a ilusao Jogadores de excel ncia como Pele Maradona Eus bio Cruyff Zidane Ronaldinho e mais recentemente Cristiano Ronaldo e Messi t m uma g nese comum isto os primeiros contactos com a bola foram na rua Foi esse local que os potenciou para uma relac o com a bola que mais parece uma extens o do corpo Raramente existia a interfer ncia de adultos a n o ser para assistir incentivar e comentar o seu talento projetando as suas potencialidades de serem mais tarde jogadores profissionais N o existiam equipamentos nem chuteiras caras mas n o se deixava de se identificar os melhores do mundo Fonseca 2006 Deco cit por Alves 2003 refere mesmo que nunca foi de exigir muito s precisava de uma bola e da autoriza o dos pais para andar na rua adorava jogar de prefer ncia descal o real ando que assim se sente mais o contacto com a bola S o v rios os testemunhos dos melhores futebolistas do mundo frisando que o Futebol requer acima de tudo liberdade de a o imagina o e 37 Enquadramento da pr tica profissional criatividade Todo este processo vivido pelas crian as na rua as suas brincadeiras com a bola nos p s muitas das vezes descalcos s o ingredientes m gicos que ensinam a jogar Fonseca 2006 Pires 2009 acrescenta mesmo que o Futebol de Rua foi durante anos a primeira e nica escola de
16. o e a velocidade Como explica Gomes cit por Campos 2007 p 53 atrav s da altern ncia horizontal em Especificidade que se varia o registo das solicita es espec ficas em cada dia porque se num dia promovermos situa es onde predominam as contra es exc ntricas e no dia seguinte funcionarmos nesse mesmo padr o registo de certeza que n o vai ter as mesmas condi es de realiza o pelo desgaste assimila o do dia anterior Reconhecendo isto desgaste do que se faz alternamos e para isso fracionamos o jogar para que 67 Realizac o da pr tica profissional em cada dia estejamos a desenvolver esse mesmo jogar gerindo esses aspetos Para Maciel cit por Tamarit 2013 parte 2 p 46 trata se de uma altern ncia horizontal por se referir necessidade de varia o dos contornos de jogo e de gest o dos bin mios esfor o desempenho e esfor o recupera o que se devem verificar ao longo dos v rios dias que comp em o Morfociclo Reconhecendo assim que existe uma rela o esfor ar recuperar que compromete a qualidade do processo Frade cit por Martins 2003 refere a necessidade de cumprir este Princ pio visto que aborda diferentes n veis de organiza o ao longo da semana para salvaguardar a qualidade do processo Sendo assim a altern ncia a que nos referimos s o nuances da Especificidade resultante dos n veis de organiza o abordado Oliveira et al 2006 desenharam u
17. odo competitivo demos ainda mais relev ncia a este sub momento no sentido de suprimir dificuldades como aconteceu com alguma regularidade nessa fase contra equipas que pressionavam nas nossas sa das Desse modo foram delineadas v rias situa es para as sa das de prefer ncia curtas pelo guarda redes como seja a cria o de espa os entrada nos espa os e de finaliza o como a seguir se especifica 1 Sub Momento Sa das pelo Guarda Redes Sa da em constru o curta pelos Defesas Centrais DCs e DCs est o abertos nos v rtices da area e DCs posicionados de frente para o advers rio com a orienta o dos apoios para o corredor central de forma a verem tudo e Defesas Laterais DLs profundos e abertos p s na linha para criar espa o para os DCs Ap s entrada da bola no DC varia o do Corredor de Jogo CJ antes de iniciar condu o para atrair e Piv e M dios Interiores MIs procuram espa o interior entre linhas para varia o do CJ liga es atrav s de pontes paredes GR adota posi o de cobertura para varia o do CJ DC contr rio d linha de passe para varia o do CJ 57 Realizac o da pr tica profissional Arrastamento para sa da em constru o curta pelo DL Sa da curta em seguran a pelo DL no corredor lateral e Ap s se aperceberem que n o d para sair curto pelos DCs ambos os DCs fecham dentro provocam arrastamento dos advers r
18. pp 175 182 Porto Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Centro de estudos de jogos desportivos C t J amp Abernethy B 2012 A developmental approach to sport expertise In S Murphy Ed The Oxford Handbook of Sport and Performance Psychology pp 435 447 New York NY Oxford University Press C t J Baker J amp Abernethy B 2007 Practice and play in the development of sport expertise In R Eklund amp G Tenenbaum Eds Handbook of sport psychology gr ed pp 184 202 Hoboken NJ Wiley C t J Erickson K amp Abernethy B 2013 Practice and play in sport development In J C t 8 R Lidor Eds Condition of children s talent development in sport pp 9 20 Morgantown WV Fitness Information Technology C t J Horton S MacDonald D amp Wilkes S 2009 The benefits of sampling sports during childhood Physical and Health Education Journal 74 4 6 11 Coutinho P Mesquita Fonseca A M amp De Martin Silva L 2014 Patterns of Sport Participation in Portuguese Volleyball Players according to expertise level and gender International Journal of Sports Science and Coaching 9 4 579 592 Cruyff J 2012 F tbol Mi Filosofia Barcelona edi es B S A Cruyff J 2002 Me gusta el f tbol Barcelona RBA Libros S A 118 Refer ncias bibliogr ficas Csikszentmihalyi M 1992 A response to the Kimiecik 8 Stein and Jackson pape
19. Formac o dos jogadores de Futebol Atualmente s o raras as vezes que se v criancas a jogar futebol na rua e a descobrirem sozinhas os segredos da bola em suma a desviarem se dos advers rios mas tamb m dos buracos e das irregularidades que lhes aparecem pelo caminho que lhes permitisse adquirirem uma hipersensibilidade ao jogo atrav s de uma pr tica constante Sobre isto Frade 2007 plasma a ideia de que o irregular deve ser condi o indispens vel na Forma o A este respeito Cruyff 2002 revela que quando treinava no Ajax muitas vezes pegava nos mi dos de 10 anos e em vez de irem para o relvado iam para a rua Este era um local que considera propicio a choques em que o ch o era de cimento e quem ca a magoava se sangrava mas logo de seguida se levantava Al m disso um campo cheio de irregularidades fomenta a capacidade de antecipa o e a rapidez Aprendem a chegar primeiro a soltar a bola antes e a pass la rapidamente Percebe se assim que a pr tica do Futebol de Rua que usualmente antecede a entrada em Escolas de Futebol Clubes ou seja um ambiente de pr tica formal revela se de extrema import ncia no desenvolvimento do jogador mormente no dom nio da rela o com a bola e com os aspetos centrais do jogo Todavia mais do que lamentar o facto da extin o do Futebol de Rua importa reconhecer e aproveitar o fermento que torna essa atividade t o rica dada as condi es naturais e
20. Futebol o tempo come ou a ficar escasso para me dedicar como idealizava ao segundo ano do mestrado A par a informa o que corria da possibilidade de realizar Est gio Profissionalizante que me concedia forma o para C dula de Treinador de Grau Il levou me a esperar pelo momento em que de facto j sabia que tal estava efetivado Tudo isto foi contribuindo para que apenas em 2014 2015 realizasse o Est gio Profissionalizante o que acabou por ter a grande vantagem de o puder efetivar como Treinador Principal dada a longa experi ncia que possuo tendo em conta a minha idade isto sou treinador desde 2006 at ao momento atual Este momento ofereceu me sem d vida condi es favor veis para a realiza o do Est gio porquanto estou por um lado totalmente identificado com os pressupostos concetuais e metodol gicos desta Escola de Futebol e por outro constituir um contexto de competi o desafiante que me estimula a querer calcorrear o caminho da excel ncia 12 Introdu o Assim no in cio da poca desportiva 2014 2015 a qual correspondia terceira no contexto DF e segunda como Treinador Principal liderei o mesmo grupo de jogadores da poca transata ou seja a equipa de Sub 14 da Dragon Force Cust ias DFC 1 3 Estrutura do relat rio Relativamente estrutura do relat rio que se apresenta de seguida foi tido em conta o documento Normas e orienta es para a reda o e apresenta o de disserta
21. PORTO FACULDADE DE DESPORTO UNIVERSIDADE DO PORTO O Treino como promotor da Formagao com vista ao Alto Rendimento Desportivo Estagio Profissionalizante numa Equipa de Iniciados de Competic o da Dragon Force Cust ias Andr Filipe Mesquita da Silva Orientador Professor Doutor Jos Guilherme Oliveira Relat rio Final do Est gio Profissional apresentado Faculdade de Desporto da Universidade do Porto com vista obten o do 2 Ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre em Treino de Alto Rendimento Decreto lei n 74 2006 de 24 de mar o Porto setembro de 2015 Mesquita A F 2015 O Treino como promotor da Forma o com vista ao Alto Rendimento Desportivo Est gio Profissionalizante numa Equipa de Iniciados de Competic o da Dragon Force Cust ias Porto A Mesquita Relat rio de est gio profissionalizante para a obtenc o de grau de Mestre em Treino de Alto Rendimento apresentado Faculdade de Desporto da Universidade do Porto PALAVRAS CHAVE FUTEBOL EST GIO DRAGON FORCE TREINADOR FORMA O Dedicat ria Para todos aqueles com quem partilhado o caminho de Ser Treinador com carinho especial aos que foram aos que s o e aos que vir o a ser meus jogadores Que a gente tenha mais capacidade de sonhar mais abra os de verdade mais olho no olho mais aperto de m o firme mais sorrisos sinceros Que a gente tenha mais sa de mais certezas mais respostas mais inspira
22. Pacheco 2001 esta faixa et ria caraterizada por possuir fraca capacidade de aten o com predom nio da mem ria visual Nesse sentido opt mos por tentar consciencializ los da forma de jogar da DF b ssola concetual e metodol gica do nosso Modelo de Jogo e mais especificamente em fun o das minhas ideias como treinador Contudo quisemos desde logo provocar os que j eram da casa com o intuito de serem um exemplo para os restantes questionando os se realmente treinavam e pensavam diariamente em SEREM MELHORES no que se refere aos Princ pios base da DF como fator diferencial de todos os outros contextos Como se pode perceber neste per odo inicial houve a preocupa o tal como na poca anterior em transmitir os conte dos de treino relativos nossa forma de jogar Abordamos fundamentalmente a rela o com bola e em termos t ticos os momentos de Organiza o Ofensiva e s mais adiante a Organiza o Defensiva As Transi es eram aspetos que n o nos interessava 82 Realiza o da pr tica profissional muito nesta fase da poca Outro aspeto a que fomos mais sens veis do que na poca anterior relacionou se com a posi o dos jogadores em campo Para o efeito realizamos um Question rio Inicial aos Jogadores anexo 8 onde um dos pontos consistia em perguntar por ordem decrescente sobre as tr s posi es mais preferidas por eles em campo Pretendemos com isso evitar prob
23. Ponta de lan a Jogador 17 8 3 5 5 4 1 Guarda Redes Jogador 18 4 2 2 2 0 2 M dio centro Jogador 19 6 1 5 5 1 4 M dio centro Jogador 20 4 2 2 2 0 2 Extremo direito Jogador 21 8 4 4 4 0 4 Ponta de lan a Jogador 22 7 5 2 2 0 2 Ponta de lan a Jogador 23 8 4 4 4 0 4 M dio centro Observac o Os jogadores assinalados com s o os referidos anteriormente como pertencentes aos Sub 15 23 Enquadramento da pr tica profissional A an lise do Quadro 1 evidencia que os jogadores possuem uma pr tica desportiva heterog nea porquanto se situa entre 3 e 9 anos de pr tica desportiva de futebol em geral Essa engloba os anos de pr tica informal na impossibilidade de aferir o tempo de rua analisamos os contextos de turmas em Escolas de Futebol Clubes e oscila entre O a 5 anos Em relac o aos anos de pr tica formal com quadro competitivo h uma vari ncia entre 2 a 5 anos Percebe se ainda que a maioria apenas vivenciou desportiva e formalmente o contexto da DF 16 jogadores precisamente enquanto os restantes 8 passaram entre 1 a 4 anos por outros clubes antes de ingressarem na DF Por ltimo tamb m not ria a prefer ncia em campo por posi es ofensivas porquanto apenas cinco jogadores referiram preferir posi es defensivas Isto revela a prefer ncia em ter a posse de bola e participar ativamente na cria o de situa es de finaliza o 2 2 2 Caracteriza o e funcion
24. a Maltinha do Padr o e mais recentemente s Matildices Aos meus Av s particularmente av Adozinda pela simplicidade afeto e perseveran a que tem demonstrado ao longo da sua exist ncia o meu exemplo de vida minha futura Professora Doutora N que me acompanhou praticamente desde os primeiros passos nas aventuras e desventuras de inf ncia e que considero a irm que nunca tive s minhas princesas raz o do meu esfor o trabalho e dedica o Tita obrigado por seres a minha melhor amiga partilhares comigo momentos nicos como o dia mais importante das nossas vidas at ao momento o nascimento da Mati ndice geral ndice de figuras scscsssscssesssssssseseaessscsersesseareesenceacaesseorsteessrarstesseraesees IX Indice de Ee Ee cuina a a li XI Indices de MA Leeds XIII RESUMO costs iia XV ADSIRACI cui XVII Introdu o erisa a a aa aaa a eaaa RAR 1 1 1 Contextualizac o do est gio profissionalizante uuuunenunnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn 3 1 2 Acerca das raz es da escolha de ser Treinador estagi rio na A ann 5 1 2 1 O alvorecer da descoberta da alegria e do prazer de jogar 5 1 2 2 O momento da vis o do concretizar de UM sonho 9 1 3 Estrutura do Relat rio ass 13 Enquadramento da pr tica profissional oonncoccccccnnncccnccnnnonannnonnonnnnnnnnnos 15 2 1 Contexto legal e institucional ers see 17 2 1 1 Caraterizac o d
25. apenas quatro jogos nos quais nas ficamos agradados com a equipa Apesar de serem jogos com equipas que ficaram classificativamente id nticas a n s nos dois grupos existentes na fase anterior raramente conseguimos ser uma equipa objetiva visto que alguns princ pios estavam t o enraizados que n o consegu amos arranjar solu es foram do nosso padr o quando o advers rio pressionava com muita gente perto do portador da bola De facto a repeti o sistem tica induziu os jogadores ao gosto de realizarem certos comportamentos no contexto de treino que por exemplo a circula o para o lado vazio n o estava ainda intrinsecamente 94 Realiza o da pr tica profissional assimilada Outro aspeto que n o conseguimos novamente evitar foi a desist ncia de mais dois jogadores um pelo simples facto de no final do 2 per odo ter fraco aproveitamento escolar a quase todas as disciplinas e consequentemente ter sido castigado pelos pais atrav s da inibi o de jogar Futebol O outro jogador desistiu fundamentalmente por se sentir desmotivado dado n o melhorar os comportamentos em rela o aos colegas Apesar de dialogarmos com ele para o tentar motivar sentia se incapaz de melhorar e queria experimentar outra modalidade Aceitamos a sua decis o at porque perceb amos pelo seu modo de estar que era um jogador menos impulsionado por objetivos de SER MELHOR e mais pela socializa o que inerente pr tica desport
26. chamar atenc o em frente ao grupo de modo a que todos percebessem que a equipa mais importante que qualquer individualidade O prov rbio popular reitera que nos momentos maus que se v quem presta Tal entendimento serviu me de b ssola para me motivar a mim pr prio para intervir com mais afinco e sensibilidade e simultaneamente para refletir mais e ser mais cr tico em relac o a mim mesmo Tal aconteceu momento a momento de todo o processo levando me a questionar constantemente o que estava acontecendo quais as raz es de algo nao estar a funcionar como poderia melhorar o que estava errado e acima de tudo como poderia influenciar os meus jogadores a trabalhar arduamente e a confiarem em mim algo reconhecido como crucial para se ter sucesso como treinador Jones 2006 Purdy et al 2009 Ademais sendo Treinador estagi rio na presente poca senti me ainda mais inquieto e desafiado a ser mais reflexivo no m nimo por saber que teria que verter a minha pr tica num documento escrito sobre a minha pr tica Tal como refere Moon 2004 a aprendizagem experiencial n o existe s porque se aprende fazendo Erickson et al 2008 mas apenas quando se reflete sobre a pr pria experi ncia de forma intencionalmente desenvolvida atendendo aos contornos particulares de cada momento Percebi durante o meu est gio que ao refletir ultrapassava certas barreiras que me inibiam de arriscar a trabalhar de acordo com o meu
27. complexidade dos Princ pios e Sub Princ pios vivenciados e A Sub Din mica dominante do esfor o e do padr o de contra o muscular dominante implicado em determinado dia do Morfociclo e A Quantidade de jogadores a realizar o exerc cio O Espa o de jogo onde se realiza o exerc cio O Tempo de dura o do exerc cio O sentido da progress o exactamente isso porque a progress o do menos complexo para o mais complexo tem uma ordem e essa ordem s tem Sentido quando conhecemos bem o jogar e percebemos o que mais dif cil Imagine que tem uma equipa que luta para ser campe tem uma boa organiza o ofensiva e est habituada a ter determinado padr o de jogo Se calhar para esta equipa come ar pela organiza o defensiva pior Das palavras de Gomes cit por Campos 2007 conseguimos perceber que se deve priorizar os Pr nc pios e Sub Princ pios em fun o do nosso Modelo de Jogo e dos objetivos a alcan ar de forma progressivamente mais complexa e cumprindo a especificidade de cada dia da semana tendo em conta o Morfociclo Padr o que iremos apresentar adiante Princ pio da Altern ncia Horizontal em Especificidade Nas palavras de Frade cit por Tamarit 2013 as caracter sticas deste princ pio s o por vezes confundidas com outras metodologias O esfor o cansa o adv m da contra o muscular existindo tr s indicadores que caracterizam o seu modo de manifesta o a tens o a dura
28. das por tr s campos isto divis es era considerada para a pontua o individual do jogador a qual posteriormente ser detalhadamente apresentada em refer ncia aos materiais did ticos utilizados para a sua efetiva o De seguida apresentamos alguns exemplos mais concretos e elucidativos da operacionaliza o das unidades de treino de segunda feira 76 Realizac o da pr tica profissional Relac o com Bola Criatividade Individual e Toques com varios tipos de bolas n 3 4 5 de t nis e bate 0 ou seja passagem sem a bola cair divididos em grupos e Fintas e habilidades t cnicas visionadas i e televis o ou criadas por eles com muitos jogadores em espa o reduzido Habilidades Motoras Espec ficas e Jogos 1vs1 em que o golo com o p n o preferido ou precedido de uma finta top valia por tr s e Jogos 3vs3 em que o golo com o p preferido s valia dentro da pequena rea enquanto com o p n o preferido era livre Com estas situa es pretendemos aumentar o repert rio motor dos jogadores e no caso espec fico do treino das habilidades motoras espec ficas do membro inferior n o preferido pretendemos aumentar a sua utiliza o em contexto de jogo Intencionalidades Sub Princ pios e Jogos 3vs3 em que valia golo dentro da pequena rea mas se realizassem 5 7 ou 10 passes com passe no buraco a valer por tr s o golo valia tr s QUARTA FEIRA
29. descur ssemos aspetos de desenvolvimento t cnico numa perspetiva situacional que era impeditivo dos jogadores serem eficazes nas decis es tomadas Por outras palavras era not rio que compreendiam o cen rio de jogo e acediam a ela no sentido de jogarem mas n o conseguiam materializar as suas inten es em a es eficazes Estas evid ncias colocaram nos quest es sobre o nosso modo de trabalhar ainda mais depois de percebermos que nesta presente poca a nossa equipa revelava um n vel de competitivo inferior em rela o maioria e que por isso a insist ncia em aspetos fundamentalmente t ticos iria contribuir para a sua estagna o Poder amos tirar algum rendimento competitivo por for a de estrategicamente os colocar a jogar de um modo que levantava problemas ao advers rio atrav s de solu es que contribuem quase exclusivamente para a obten o de resultado competitivo numa perspetiva de resultado imediatista ou seja usando os jogadores para ganhar e n o os formar mas descurando o que urgia de fator ser treinado a melhoria das habilidades motoras espec ficas atendendo aos constrangimentos situacionais impostos pelo jogo ou em analogia a este aliada ao desenvolvimento da t tica individual na medida em que ambas as componentes se interligam e emergem no contexto de treino competi o Percebemos que s assim contribuiriamos para FORMAR estes jogadores nume perspetiva de desenvolvimento de m dio e longo prazo
30. dotando os das ferramentas necess rias para acederem a um jogo mais exigente mais tarde pois estariam capazes de realizarem a es eficazes em consequ ncia de decis es percebidas e intencionalmente empreendidas Com base neste entendimento e cientes que poder amos aumentar ainda mais o diferencial competitivo entre a nossa equipa e as restantes ajustamos o processo de treino diminuindo o trabalho do jogo posicional e incrementando o trabalho das habilidades motoras espec ficas situacionais e da t tica individual Pese embora o facto do jogo posicional ser um dos pilares do meu Modelo de Jogo e da DF como j foi referido tamb m entendemos que os jogadores necessitam de ter graus de liberdade que nem sempre e de forma expl cita s o estimulados pelo treino baseado no jogo posicional 96 Realiza o da pr tica profissional No final da poca notaram se substanciais diferen as mormente na maior capacidade ao n vel da t tica individual em rela o s trocas posicionais em campo revelando de algum modo algum engenho por parte dos jogadores para se libertarem das condicionantes t ticas Obviamente que algumas posi es tinham de ser garantidas permanentemente como era o caso do piv mas o foco era fundamentalmente ficarem livres e mostrarem se ao portador da bola nos buracos espa os Do mesmo modo atrav s da aplica o do Contrato da Equipa e da implementa o de sistemas de accounta
31. eram realizadas de forma rudimentar com regras pr prias e adaptadas s caracter sticas pr prias do contexto O contacto com os outros era um lugar de aprendizagem de partilha de viv ncias e de experi ncias E foi nesta inf ncia que alguns outros foram particularmente significativos para mim A minha tia que rodopiava constantemente entre deixar a minha prima na casa dos meus av s que tomava conta dos dois e ir dar treino as conversas entre ela e o meu tio tamb m ligado ao Futebol sobre Desporto que me despertavam a aten o mesmo n o percebendo muito bem o que queriam dizer Mas percebia claramente a determina o e prazer que a minha tia mostrava em ser treinadora e como vibrava com isso por isso que quando penso nesta poca da minha inf ncia encontro algumas das minhas principais motiva es para gostar quase obsessivamente tanto de Desporto A competi o era sem d vida um aspeto muito atrativo para mim pois era esta que me oferecia desafios que me colocava prova a todo o momento Tal como refere Bento 2006 p 14 goste se ou n o a competi o e a concorr ncia s o a alma e o grande motor do Desporto e da vida a competi o que confere sentido pr tica desportiva pois atrav s do confronto que as emo es mais fortes vivenciadas no Desporto se fazem revelar A disputa pela vit ria liberta um esp rito de tens o de vontade de vencer e evitar a derrota numa busca incans vel da alegria
32. espont neas que propicia ao desenvolvimento das habilidades de base para jogar Fonseca 2006 Assim torna se vital transportar a ess ncia e riqueza do Futebol de Rua para as Escolas de Futebol Clubes com o intuito de n o se perder tudo de bom que da rua adv m pr tica informal com est mulos diversificados e divertimento constante e deste modo maximizar os efeitos da aprendizagem A consci ncia do valor de manter alguns ingredientes da pr tica informal neste caso o Futebol de Rua no Desporto formal patente no 38 Enquadramento da pr tica profissional discurso de alguns especialistas quando referem as boas pr ticas de alguns de treinadores acerca do valor deste tipo de atividade mais informal logo mais livre e espont nea na dotac o motora geral e espec fica dos jogadores Neste mbito Roxburgh 2003 refere que os bons treinadores das camadas jovens sabem estabelecer o equil brio entre a realiza o de exerc cios mais estrtuturados e exerc cios mais livres Tal promove deste modo a um tempo o desenvolvimento consistente e vers til das habilidades t tico t cnicas sendo ainda promotor o incremento da autoconfian a e da livre express o Em boa verdade os treinadores que possuem mentalidade de rua apreciam o valor do jogo livre da autoexpress o e da paix o e por via disso nunca ir o permitir que o Futebol se torne est ril e mecanizado Pegando num ditado Japon s nunca
33. final pela disputa de subida de divis o objetivo de rendimento estabelecido no in cio da poca desportiva Uma conversa no seio da nossa equipa t cnica foi importante para se decidir que o nosso capit o de equipa deveria realizar a fase final neste contexto competitivo ajudando assim a equipa de Sub 15 e simultaneamente servindo de recompensa para todo o trabalho desenvolvido ao longo da poca desportiva O treinador dos Sub 15 e coordenador da DFC ficou agradado e aceitou tendo este jogador sido em quase todos os jogos uma das primeiras op es para entrar a determinado momento do jogo fator que nos deixou extremamente orgulhosos do trabalho realizado ao longo da poca Nestas novas circunst ncias foi necess rio arranjar mais um elemento que entrasse no grupo dos tr s capit es Esta decis o foi tomada tendo em conta os pressupostos do Contrato de Equipa e em particular os crit rios de empenho assiduidade e evolu o com tudo o que estava a ser realizado ao longo da poca desportiva Em consequ ncia escolhemos para esta fun o o tal DL esquerdo anteriormente referido que no ano anterior pouco jogava tendo sido mesmo considerado um patinho feio dentro do grupo e que nesta fase era um elemento fundamental na equipa 2 Fase Da primeira fase ret m se a principal mensagem de que com equipas que jogavam bem consegu amos aplicar a espa os a nossa forma de jogar Na 2 fase disputamos
34. fun o dos dias da semana O que se pretende que os nossos jogadores sejam capazes de jogar com a contra o e o relaxamento muscular do modo que nos interessa em busca de uma estabiliza o da forma ao longo da temporada Sobre isto Maciel cit por Tamarit 2013 p 79 aclara que a Periodiza o T tica rompe metodologicamente com o que se faz o foco centra se desde o primeiro dia na Intensidade que qualidade ou seja no desempenho manifesto na vivencia o e aquisi o de um jogar e n o em volume como capacidade condicional Nesta forma de entender o treino n o se procuram os chamados picos de forma mas sim n veis de desempenho elevados Morfociclo Padr o O treino desportivo segundo Bompa 1999 visto como uma atividade sistem tica de longa dura o nivelada de forma gradual e individual Da adv m a necessidade de haver um planeamento padr o de modo a estruturar o treino ajustando as suas necessidades de forma condicionante realidade 72 Realizac o da pr tica profissional que o envolve Surge assim o Morfociclo Padr o de treino que fundamental para a organizac o do processo a la long ou seja para que os comportamentos inerentes a nossa forma de jogar surjam atrav s da repeti o sistem tica dos Princ pios Sub Princ pios e Sub Sub Princ pios do nosso Modelo de Jogo Frade 2007 Apesar de cada jogo ser o referencial para analisar e refletir acerca do processo
35. gerava o aumento do erro tal n o me preocupou dado que considero que esse contexto importante para ajudar os jogadores a reverem as causas do insucesso e a descentrarem se da sensa o de fracasso porquanto n o foram eles que falharam mas a a o realizada Deste modo deixei de ver o erro com conota o negativa e passei a consider lo elemento central na aprendizagem Enquanto reflex o central do trabalho desenvolvido onde se integra as conce es desconstru das e reconstru das esta poca desportiva nunca demais revisitar as raz es das lacunas dos nossos jovens na pr tica do Futebol para ser capaz de as combater com intelig ncia e perspic cia criando contextos de treino jogo que colmatem fortes lacunas Atualmente os jovens t m menor viv ncias na rua local onde nasceram e se iniciaram futebolisticamente muitos dos melhores jogadores do mundo Este problema acentua se na medida em que somos uma sociedade de consumo onde a 110 Considerac es finais informa o flui a uma enorme velocidade Os jovens t m n o raramente dificuldade em filtrar toda a informa o existente sua volta e centram o seu tempo e a suas energias primordialmente em situa es c modas e prazerosas por exemplo jogos de computador e redes sociais onde o risco e o desafio s o sempre fatores controlados muito por conta do sedentarismo que lhe est inerente Assim cada vez mais importante que o Treina
36. me pudesse acolher com o objetivo de aprender a ser Treinador de Futebol Dito isto na poca desportiva 2005 2006 comecei a exercer a fun o de Treinador estagi rio na Associa o Juvenil Escola de Futebol Hern ni Gon alves Foi uma verdadeira fonte de aprendizagem porquanto passei cinco anos a colher conhecimentos e compet ncias que me possibilitaram evoluir para aquilo que hoje sou n o colocando aqui um sentido valorativo como treinador professor e como pessoa Durante essa fase terminei a Licenciatura na FADEUP curso de 5 anos Pr Bolonha do que em particular me lembro com elevado regozijo e prazer a disserta o final de curso intitulada A interven o pedag gica sobre o conte do do treinador de futebol profissional estudo de caso Este tema ofereceu me a possibilidade de estudar um grande 10 Introdu o treinador o que em muito contribuiu para me tornar mais reflexivo e critico em rela o minha pr pria pr tica como treinador Entretanto nos ltimos dois anos que estive na Escola de Futebol Hern ni Gon alves integrei a equipa de competi o de Sub 17 juvenis mas passado esse tempo senti que a n vel competitivo havia chegado a hora de vivenciar outros contextos e fui em busca de um clube que me proporcionasse maiores desafios profissionais e pessoais Assim imbu do de um maior esp rito competitivo fui para o Padroense Futebol Clube clube onde a maioria das equipas de competi
37. mero de escolas espalhadas por todo o pa s Na presente poca o Projeto DF possui catorze escolas de futebol distribu das por todo o pa s e Dragon Force Algarve IC Almancil e Dragon Force Amarante Parque Aqu tico e Dragon Force Braga ADC Aveleda e Dragon Force Col gio do Rosario Porto e Dragon Force Cust ias Cust ias FC e Dragon Force Ermesinde Col gio de Ermesinde e Dragon Force Famalic o AE Sport e Dragon Force Grij AD Grij e Dragon Force Lisboa CD Carlos Queiroz e Dragon Force Madeira CF Andorinha e Dragon Force Matosinhos CFBPRO e Dragon Force Porto Vitalis Park e Dragon Force Valadares Valadares FC e Dragon Force Viseu CF Os Repesenses 20 Enquadramento da pr tica profissional Destaca se ainda a recente expans o internacional das escolas Dragon Force para a Col mbia mais precisamente com a abertura de uma escola em Bogota A titulo de curiosidade particular o universo DF ainda composto por outras modalidades como uma Escola de Andebol uma Escola de Basquetebol uma Escola de H quei em Patins e uma Escola de Bilhar No total mais de 3000 criancas praticam diariamente a sua modalidade preferida em instalac es da DF 2 1 2 Caraterizac o da Dragon Force Cust ias O CFC constitui um clube parceiro com protocolo e de gest o direta com o FCP pela via da DFC at ao escal o de Sub 15 Apesar de toda a log stica semanal ser do encargo da DFC aquando da p
38. o espaco temporal compreendido entre setembro de 2014 e julho de 2015 Comportou um hor rio de trabalho semanal de cerca de 10 horas e ainda a realizac o dos jogos oficiais bem como de diversos torneios ao longo da poca desportiva O facto de ser treinador da DF h j dois anos em relac o data de in cio deste Est gio foi decisivo na escolha deste contexto desportivo A DF de facto uma Escola de Futebol de formac o de jogadores e treinadores comummente reconhecida pela comunidade desportiva dado colocar elevadas exig ncias na qualidade de formac o na rea do futebol Para al m disso a nossa identidade constru da com o clube mormente ao n vel do funcionamento log stico e mesmo da cultura desportiva e de orienta es metodol gicas bem como no desenvolvimento da pr tica desportiva dos jogadores foram elementos decisivos para a nossa escolha Para al m disso conforme expresso na introduc o sendo o FCP o meu clube a possibilidade de realizar Est gio numa instituigao alocada filos fica e metodologicamente a este clube constituiu para mim uma oportunidade mpar de realiza o pessoal e profissional Dragon Force G nese concec o objetivos e estrutura Para entendermos a sua g nese importante reportarmo nos um pouco a evoluc o hist rica do FCP O clube foi fundado em setembro de 1893 por Ant nio Nicolau d Almeida sendo atualmente o clube com mais t tulos nacionais e internacionais na hist ria
39. o obstante sabia que esta op o poderia ter um custo elevado n o ser convidado para continuar com esta equipa no final da poca desportiva dado imperar na cultura do Desporto em geral e no Futebol em particular o culto da vit ria como sin nimo de sucesso Em finais de junho cheguei mesmo a pensar que tal iria acontecer ser despedido e comecei a preparar me inclusive para estar uma poca parado pois as for as para aceitar outra equipa eram quase invis veis na realidade era uma forma inconsciente de me preparar para o choque de n o ser convidado Surpresa minha quando me convidaram para continuar com a mesmo equipa o que me rejovilou por perceber que afinal TREINAR BEM PARA FORMAR MELHOR COMPENSA 106 Considera es finais Considerac es finais 5 1 Conclus es Dada a extensiva explana o nos pontos anteriores do trabalho realizado e da minha perce o de autodesenvolvimento irei nas conclus es destacar em jeito de s ntese os aspetos centrais resultantes desta experi ncia formativa enquanto Treinador estagi rio e Treinador Principal da equipa Sub 14 do DFC No final da poca desportiva senti que desenvolvi compet ncias n o s do ponto de vista profissional e acad mico mas tamb m ao n vel pessoal Em termos desportivos considero ter um maior conhecimento dos pressupostos necess rios para ser um bom Treinador de Forma o em que o desenvolvimento das habilidades motoras espec ficas e da t tica in
40. os resultados do trabalho desenvolvido 3 1 Objetivos perspetivados para a equipa jogadores A import ncia da cria o de objetivos para a poca desportiva prende se com o facto de estabelecer compromissos entre todos os elementos constituintes da equipa e balizar metas concretas a titulo individual e coletivo N o obstante os objetivos projetados para a poca desportiva est o em conson ncia e alocados aos objetivos de Forma o de longo prazo O mesmo ser afirmar que o projetado constitui uma especifica o do trabalho a desenvolver e das metas a alcan ar num espa o de tempo concreto isto a poca desportiva mas tendo em conta o desenvolvimento desportivo de longo prazo do jogador O mesmo ser referir que a rota da excel ncia desportiva para o jogador equipa dever ser consumada por objetivos de curto e m dio prazo em alinhamento com o planeado a longo prazo Coutinho et al 2014 47 Realizac o da pr tica profissional Deste modo os objetivos definidos pelo treinadores devem ser transmitidos aos jogadores para que estes estejam a par das expectativas assim como do tipo de an lise ao qual o seu trabalho estar sujeito Para que os jogadores possam individual e coletivamente dar o seu melhor dever existir a preocupac o de alinhamento entre os objetivos que cada um tem em mente para si pr prio os objetivos perspetivados pelo treinador para cada jogador e ainda em relac o aos objetivos defin
41. pensamento e conce o de jogo sem beliscar os princ pios da DF o que me conferia aos poucos mais ousadia para arriscar para observar melhor o que os meus jogadores de facto precisavam de treinar em suma de ser capaz de adotar a minha identidade 105 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional como treinador assumindo me nas op es tomadas nas conce es defendidas e no trabalho realizado Outro aspeto resultante deste incremento da minha capacidade de reflex o cr tica foi a de alcan ar uma intencionalidade em tudo o que realizava ou seja todos os momentos do treino todos os eventos tinham de ter uma raz o de ser a pr tica pela pr tica sem prop sito foi banida na medida que percebi n o ser geradora de qualidade de treino Esta minha perspetiva teve reflexo no modo de treinar dos jogadores porquanto a necessidade de comprenderem o que faziam buscarem as raz es das suas a es permitiu lhes serem mais dedicados mais intencionais e objetivos No meu est gio apesar de existirem v rias pessoas significativas neste processo o Treinador Adjunto foi sem d vida o meu maior suporte senti nele um amigo que nunca me atrai oaria com quem podia partilhar as minhas ang stias as minhas d vidas em suma o meu porto seguro que me permitiu acreditar mais em n s que me catapultou para um arriscar no modo de treinar ciente da premissa que estava a valorizar a forma o em detrimento do resultado N
42. prazo Em contrapartida a especializa o precoce na qual se subordina por exemplo os jogadores desde cedo a restringirem a um treino especializado ao n vel posicional traduz se em grande parte em custos nefastos ao n vel formativo porquanto os jogadores s o limitados a treinar intensivamente determinadas a es o que obviamente exclui a aprendizagem de outras que podem ser decisivas no futuro muito assente numa pr tica deliberada Erickson et al 1993 e g demasiado nfase no rendimento dada a elevada estrutura da pr tica e ao esfor o extremo requerido em tarefas repetitivas Ward et al 2004 com preju zos que v o desde a performance desportiva at ao n vel psicol gico Diferentes estudos real am que a especializa o precoce pode por exemplo conduzir a um decr scimo do divertimento e da satisfa o associados participa o desportiva e a uma maior probabilidade da ocorr ncia do abandono desportivo do burnout e de les es Fraser Thomas et al 2008a Fraser Thomas et al 2008b Strachan et al 2009 Wall amp C t 2007 Para contrariar esta tend ncia fundamental os treinadores compreenderem que a Forma o dever anteceder a especializa o a qual para ser bem sucedida no futuro pressup e a exist ncia de alicerces adquiridos durante o per odo de Forma o do atleta Mesquita 1997 Estes devem ser criados o mais cedo poss vel tendo como base a qualidade do processo de trein
43. que estar bem fora da rea para prevenir bolas nas costas 3 3 2 3 Transi o Ofensiva Transi o em seguran a retirar bola das zonas de press o Campo grande e Abertura da equipa em largura e profundidade para criar linhas de passe Transi o em profundidade Aproveitar inferioridade num rica advers ria para criar situa es de finaliza o Resolver com crit rio situa es de 2vs1 3vs1 3vs2 Explorar espa o entre DCs e DLs advers rio para entrada do PL ou EXT 3 3 2 4 Transi o Defensiva Rea o r pida perda Reagir e pressionar para recuperar bola 62 Realiza o da pr tica profissional e Sempre que percamos a bola dentro dos limites espaciais do nosso bloco m dio limites definidos previamente ver Org Defensiva Reagir e condicionar para obrigar a jogar para tr s Sempre que percamos a bola frente dos limites espaciais do nosso bloco m dio 3 3 2 5 Esquemas T ticos Ofensivos Cantos Longos e Atacar o 1 ou 2 poste em fun o da marca o zonal no sentido de criar indecis o nos advers rios Trocas posicionais no sentido de confundir as marca es advers rias individual Curtos Quando h espa o perto da bola um jogador livre que iria atacar a bola ou DL desse lado pode aparecer para fazer 2vs1 Livres Frontais Livres diretos Jogadas combinadas no sentido de criar imprevisibilidade aos jogadores da barreira e GR advers rio
44. que por vezes fossem penalizados estavam a come ar a ter a mentalidade necess ria que transforma o risco um desafio A estas quest es e consequentes respostas dos jogadores percebi que o MEDO de ERRAR era castrador da iniciativa do desenvolvimento da criatividade em suma da frui o de jogar pelo jogar sem receio do resultado Este aspeto salientado pela literatura na medida em que os jogadores para estarem em estado de flow isto totalmente focados na tarefa e possu rem as capacidades para a realizarem com xito Csikszentmihalyi 1992 necessitam de vivenciar o erro de o compreender de fazer dele conte do de an lise como meio de rever e melhorar a aprendizagem Mesquita 2004 Neste aspeto tornei me sens vel no decorrer da poca a entender que cada jogador 104 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional um caso e devo por isso atender s diferencas individuais para puder ser justo com todos Assim aos jogadores mais sens veis por serem chamados atenc o em p blico comecei a ter mais cuidado e a corrigir os aspetos delicados de forma a nao abalar a autoestima e confian a em espa os reservados N o obstante aos jogadores que gostavam de mostrar estatuto sobre os demais de forma a tirarem vantagem para si em relac o ao poder que queriam mostrar sobre os outros comecei a estar mais atento em todos os momentos que eles resvalassem e me dessem argumentos para os
45. rela es mais alinhadas entre o que leem no contexto de jogo por exemplo quem est livre para receber e a a o a executar por exemplo o modo mais ajustado de realizar o passe Neste mbito reportamo nos derrota pesad ssima contra o Boavista onde questionei os jogadores da seguinte forma Voc s preferem tentar ter a bola nos p s e chegar baliza do advers rio por poucas vezes que sejam ou como fizemos o ano passado na 2 volta em casa contra uma equipa que t nhamos perdido por 6 0 fora Sabendo voc s que nesse jogo s perdemos por 0 1 mas ficamos o jogo todo defesa poucas vezes tivemos a bola e s tent vamos sair em contra ataque O que me tem a dizer Como acham que se v o tornar melhores jogadores no futuro A maioria concordou que gostavam da forma como treinavam mas em contrapartida nos jogos sentiam que ao tentarem fazer coisas dif ceis cometiam erros que por vezes ajudava ainda mais o advers rio a marcar golo Outros acrescentaram que j se sentiam bem entenda se com a forma de jogar e n o com o resultado nem que fosse por momentos quando faziam essas coisas dif ceis em vez de irem pelo caminho mais f cil e resolver os problemas com um simples chuta para a frente Eu pr prio depois desse jogo me questionei o que que eu fiz hoje para os meus jogadores serem melhores Percebendo que eles eram capazes de perceber as vantagens de jogar mais livremente mesmo
46. s demasiado velho para ter uma inf ncia feliz fica uma mensagem simples que pode ser transmitida aos treinadores da Forma o mantenham se de cora o jovem No entanto no entender de Pires 2009 parece evidente que medida que as infraestruturas de pr tica melhoram os programas tornam se mais sofisticados emergindo o perigo de se perder de vista a liberdade e criatividade do jogo informal Para isso n o acontecer pensamos ser fundamental estimular o jogo deliberado em oposi o pr tica deliberada que se caracteriza por ser uma atividade conduzida maioritariamente pela crian a oferecendo assim caracter sticas nicas quando comparada com as atividades que s o criadas e conduzidas pelos adultos atividades essas que caracterizam a pr tica do Desporto organizado O jogo deliberado permite crian a experimentar novos comportamentos e habilidades dentro de um ambiente seguro mas simultaneamente estimulante Balish amp C t 2013 como o caso do Futebol de Rua Mais se salienta que este ambiente de treino assente no jogo deliberado permite crian a cometer erros sem ser criticada ser criativa sem ser julgada tentando a realiza o de uma nova habilidade sem que lhe imponham como faz lo As vantagens de aprendizagem do Futebol de Rua associam se a uma participa o desportiva de longo prazo ao desenvolvimento pessoal e ao alcance da expertise conforme se percebe nos coment rios de alguns ex j
47. seu desenvolvimento desportivo Em termos de rendimento uma vez que sendo o n vel competitivo da equipa substancialmente baixo em rela o maioria foram projetados objetivos de rendimento em jogo que n o passavam pela obrigatoriedade de ganhar mas de serem consumados indicadores ajustados s caracter sticas de cada advers rio Estes indicadores tinham como prop sito impulsionar semanalmente os jogadores para um maior compromisso e responsabilidade individual e coletivo e sobretudo para obterem n veis de motiva o necess rios para entrar e aceder ao jogo Objetivos pessoais e sociais Dada a pan plia de objetivos equacionados neste mbito porquanto s o cruciais para o desenvolvimento da pessoa que mora no jogador iremos de seguida focar aqueles que foram particularmente desenvolvidos atrav s de 50 Realizac o da pr tica profissional meios concretos de implementac o e avaliac o a apresentar no capitulo seguinte a saber Incidir na responsabilidade e autonomia dos jogadores e Intensificar o sentimento de afilia o e coes o de grupo Incentivar o comprometimento individual e coletivo com eles pr prios e em relac o equipa treinadores e Desenvolver a confian a o respeito pelo outro a resili ncia a disciplina e o car ter Desconstruir dogmas em rela o ao papel do rbitro e dos pais e Desconstruir a cultura dominante do Futebol enquanto Desporto em q
48. situa es prov veis que pudessem ocorrer durante os diferentes per odos considerados ajudando a resolver algumas situa es e agilizando o rendimento no treino e na competi o Planeamento e Avalia o da Atividade O calend rio anual anexo 2 e o plano semanal anexo 3 foram estabelecidos com base nos compromissos da equipa ao longo da poca desportiva e durante cada semana de treinos e jogos Um aspeto central para o desenvolvimento do planeamento ter um diagn stico do perfil dos jogadores que no caso da DF estabelecido usualmente no ltimo m s de trabalho da poca desportiva anterior No nosso caso concreto uma vez que t nhamos sido treinadores desta equipa fomos n s pr prios que realizamos as fichas de perfil dos jogadores na poca transata anexo 4 Ap s iniciar se a poca desportiva mais precisamente ap s as duas primeiras semanas foi realizada uma avalia o diagn stica da equipa anexo 5 Estes documentos ajudam a elucidar acerca das carater sticas e comportamentos dos jogadores e da equipa no per odo pr competitivo Sobre a avalia o diagn stica da equipa apraz me referir o seguinte Observa o 1 a turma revela Saber Estar nos treinos respeitando o in cio t rmino dos exerc cios e prestando aten o s indica es do treinador Ao n vel do Saber Fazer h na generalidade uma razo vel rela o com a bola Ao n vel da organiza o coletiva sabem ocupar racionalmente os esp
49. uma lavandaria e rouparia um bar 2 2 Contexto funcional 2 2 1 Caracteriza o da equipa e dos jogadores Na poca 2014 2015 a equipa de Sub 14 iniciados da DFC foi composta por 19 jogadores todos eles nascidos em 2001 A maior parte dos jogadores da equipa j se conheciam da poca transata e por conseguinte conheciam tamb m o contexto e a conce o de jogo da DF Apesar de existirem mais quatro jogadores nascidos no mesmo ano que tinham pertencido a esta equipa na poca desportiva anterior transitaram para a equipa de Sub 15 devido s suas elevadas aptid es para a pr tica e ainda por necessidades prementes para completar o plantel do referido escal o Na medida em que a forma o desportiva dos jogadores entendida na DF como priorit ria n o se sobrepondo a esta os objetivos de rendimento desportivo os quatro jogadores mencionados participaram pontualmente nos Sub 14 quando n o conflituasse com o calend rio competitivo dos Sub 15 apenas numa l gica de completar a convocat ria e nunca com prioridade em rela o aos restantes De seguida ser realizada uma an lise individual de cada jogador no sentido de se obter um quadro sin ptico caracterizador dos elementos que compuseram o plantel Ser real ada a informa o desportiva relacionada com os anos de pr tica desportiva de futebol em geral informal e formal anos e contextos de pr tica formal outros DF e a posi o preferencial no cont
50. 2 3 Transi o DIOS Isis oi 62 3 3 2 4 Transi o defensiva nennen 62 3 3 2 5 Esquemas t ticos ofensivos occcccccccccccccccooococcnannncnnnnnnnnnnos 63 3 3 2 6 Esquemas t ticos defensivos oooccccccccccccocccoocannccccnnnnnnnnnos 64 3 3 2 7 Intencionalidades eee 64 3 3 3 Princ pios Metodol gicos miccional 65 3 4 Implementa o da Atividade cooooonoconononcnoncnononcnnncnonononnnnnnnnnnnnos 69 3 5 Dificuldades encontradas e Estrat gias de Resolu o adotadas 81 3 6 Resultado do trabalho desenvolvido eee eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeees 95 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional 99 Considera es Finais estacionaria anar ieh nia 107 SL GON CIUSDES nn A AA AAA ai 109 5 2 Perspetivas para o futuro cata 112 Refer ncias bibliogr ficas een 115 ANEXOS a AAA AR AU A AAA a LE 127 VIII ndice de Figuras Enquadramento da pr tica profissional Figura 1 Conhecimentos necess rios para ser um Treinador DF Realiza o da pr tica profissional Figura 1 Esbo o de Guilherme adaptado por Tamarit 2010 Figura 2 Estrutura 1 4 3 3 adotada pela equipa Sub 14 DFC em 2014 Figura 3 Unidade de Treino Padr o para a poca Desportiva 2014 2015 Figura 4 Mortocicio PACA G asien een eek tedio Figura 5 Morfociclo de Organiza o Ofe
51. DF n o se limita a ensinar os praticantes a jogar futebol mas contemplar em concomit ncia outras reas de atua o Assim o desenvolvimento de compet ncias pessoais e sociais consumado pela aposta em reas pedag gicas como sendo a Nutri o a Cidadania e o Ambiente Atividades de lazer enquanto veiculo de aquisi o de h bitos de sa de cultura e ocupa o dos tempos livres e ainda a transmiss o dos valores e cultura do FCP 19 Enquadramento da pr tica profissional No que respeita aos escal es et rios alvo da DF estes comportam crian as de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 4 e os 14 anos Os praticantes s o agrupados por escal es et rios sendo que na poca desportiva de 2014 2015 foram constitu dos os seguintes escal es e Inicia o nascidos em 2009 2010 e B sico nascidos em 2007 2008 e Interm dio nascidos em 2005 2006 e Avan ado nascidos em 2003 2004 e Expert nascidos em 2001 2002 O selo de qualidade da DF para se ter tornado um espaco por excel ncia de forma o e desenvolvimento desportivo deveu se combina o da contrata o de treinadores qualificados com a aplica o de conce es e metodologias de trabalho pedag gica e cientificamente fundadas conforme j referido ao que se associou o elevado estatuto social e pol tico do FCP A confirmar a expans o e o desenvolvimento das Escolas DF est sem d vida o aumento nos ltimos tr s anos do n
52. ER Fut Rua est Drag o FORCE O d0 139007 1450015530 TOROO 13n00 F200 19h 00 Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro CAMPO DE FERIAS wn CAMPO DE FERIAS Bo Junho Julho so at 3 E 1 I CL E 20 21 Ss l El l lolol 1 El Tololol 1 ET Tololol 1 Ed Tololo 1 EO ofofo u Anexo 3 Plano Semanal de Atividades da Dragon Force Cust ias Plano Semanal de Atividades DRAGON FORCE CUSTOIAS rn NA O a rc ncagloc Pasto Cata rc INICIA O ES Potro Siva Arc Nesta sE Francesco Aretrado c PAS Art Teimosa Joye Antunes Singi Pete verte Miranda B SICO 81 BASCOC1 aM BASCO Er am Semana MN INIA O CT INGAGAO ED B SICO E AVAN ADO CT AVAN ADO Et EXPERT Cr EXPERT El INTERM DIO 81 INTERM DIO C1 INTERM DIO 01 INTERM DIO Er Sus 10 Sus tr Sus 12 Sus 13 SUB 14 sus 15 EE GRI 2 are ars Anexo 4 Modelo da Ficha de Perfil do Jogador FC Porto DRAGON FORCE FICHA DE PERFIL DO ALUNO ANO LECTIVO NOME TURMA ANO DE NASCIMENTO CARACTERIZA O EM POSSE Posicionamento em campo Decis es tomadas T cnica que solu es escolhe para a intencionalidade pretendida SEM POSSE Posicionamento Decis es T cnica RELA O COM A BOLA Sensibilidade na rela o corpo bola Dominio dos dois p s PERFIL COMPORTAMENTAL Disciplina Empenhamento Autonomi
53. Educac o F sica da Universidade do Porto Porto Rink J 1993 Teaching physical education for learning 2nd ed St Louis Mosby Rosado A amp Mesquita I 2009 Modelos concec es e estrat gias de formac o de treinadores In A Rosado amp Mesquita Eds Pedagog a do Desporto pp 207 219 Edi es FMH UTL Roxburgh A 2003 Entrevista Em linha www uefa com 123 Refer ncias bibliogr ficas Santos J M 2010 Uma poca na Associa o Juvenil Escola de Futebol Hern ni Gon alves Planear Conduzir Intervir e Avaliar no Processo de Treino Relat rio de Est gio Profissionalizante para a obten o do grau de Mestre em Treino de Alto Rendimento apresentado Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Santos S Jones R amp Mesquita I 2013 Do coaches orchestrate The working practices of elite Portuguese coaches Research Quarterly of exercise and sport 842 263 272 Santos S Mesquita l Gra a A amp Rosado A 2010 Coaches perceptions of competence and acknowledgement of training needs related to professional competences Journal of Sports Science and Medicine 9 62 70 Shon D 1987 Educating the reflexive practitioner Toward a new design for teaching and learning in the professions San Francisco Jossey Bass Publishers Strachan L C t J amp Deakin J 2009 Specializers versus samplers in youth sport Comparing expe
54. Fraser Thomas J C t J amp Deakin J 2008a Examining adolescent sport dropout and prolonged engagement from a developmental perspective Journal of Applied Sport Psychology 20 318 333 Fraser Thomas J C t J amp Deakin J 2008b Understanding dropout and prolonged engagement in adolescent competitive sport Psychology of Sport and Exercise 9 645 662 119 Refer ncias bibliogr ficas Garganta J Cunha amp Silva P 2000 O Jogo de Futebol entre o Caos e a Regra Revista Horizonte Vol XVI 91 5 8 Gomes M 2006 Do P como T cnica ao Pensamento T cnico dos P s Dentro da Caixa Preta da Periodiza o T ctica um estudo de caso Dissertac o de Licenciatura apresentada Faculdade de Ci ncias do Desporto e Educac o F sica da Universidade do Porto Guilherme J 1991 Especificidade O P s futebol do Pr futebol Um factor condicionante do alto rendimento desportivo Porto J Guilherme Oliveira Disserta o de Licenciatura apresentada a Faculdade de Desporto e de Educac o F sica da Universidade do Porto Guilherme J 2004 Conhecimento Espec fico em Futebol Contributos para a defini o de uma matriz din mica do processo de ensino aprendizagem treino do jogo Porto J Guilherme Oliveira Dissertac o de Mestrado apresentada Faculdade de Desporto e de Educac o F sica da Universidade do Porto Guilherme J 2014 A influ ncia do treino t cnico sobre o p
55. Grandes Principios Durac o de contrac o muscular Recriar jogo colocando obst culos no espa o de jogo Dia de treino aquisitivo com deslocamento menos descont nuos por parte dos jogadores Muitos jogadores a intervirem em espa os amplos mas mais reduzidos do que o jogo formal N o quer dizer que se fa a jogo ou se treine a campo inteiro 77 Realizac o da pr tica profissional Repeti o sistem tica com muita dura o dos exerc cios de por es grandes do jogar pretendido Ou seja mais jogadores mais dura o mais espa o e maior n mero de momentos de jogo presentes Bastante interven o do treinador de prefer ncia sem necessidade de interromper v rias vezes o treino colocando em causa a intensidade do mesmo O segundo treino da semana quarta feira estava reservado para o treino dos Grandes Princ pios aspetos macro do nosso jogar o que n o significa que jog vamos jogo 11vs11 e No plano dos detalhes havia o incentivo para chegarem antes da hora do treino e come arem a realizar toques bate 0 ou futev lei e No in cio do treino incidiamos bastante sobre as intencionalidades Sub Princ pios como o 2 e 3 sub momentos atrav s da cria o e aproveitamento de espa os Os comportamentos pretendidos incidiam em aproveitar a din mica do 3 homem para abrir espa os interiores e No aspeto mais macro dos Grandes Princ pios pretendiamos na pri
56. Jogo A Ideia do Treinador No in cio da pr tica profissional o aspeto basilar que o treinador deve ter presente uma Ideia de Jogo Como refere Tamarit 2013 p 10 A Ideia de Jogo o tipo de futebol que um treinador tem em mente e deseja que a sua equipa seja capaz de realizar uma conce o de jogo que cada treinador tem e que depende das experi ncias que este teve sejam pr ticas visionadas ou estudadas ou inclusive porque n o inventadas Por tanto esta ideia de jogo pertence ao Plano Axiol gico ao plano dos valores fundamental que cada treinador reflita sobre o jogo que pretende e o estruture de forma l gica e coerente criando Princ pios e Sub Principios de Jogo de acordo com a sua Ideia de Jogo Jos Tavares cit por Tamarit 2013 vai ainda mais longe referindo que n o pode compreender como que ser poss vel treinar sem que este conjunto de Ideias e Princ pios de Jogo estejam bem definidos percet vel nestas palavras que a Ideia de Jogo todo o entendimento que o Treinador tem sobre o fen meno Contudo quando o Treinador se depara com um determinado contexto deve ser inteligente ao ponto de se adaptar s circunst ncias mantendo a Matriz da sua Ideia de Jogo mas ajustando se de forma a ser eficiente e eficaz Tamarit 2013 Em suma para qualquer equipa de Futebol tem de haver uma ideia do jogar que se pretende efetivar Para a nossa equipa o gostar de ter a bola jogar
57. O 2006 Como quem se confessa In A L Pereira A Costa amp R P Garcia Eds O DESPORTO ENTRE LUGARES O lugar das Ci ncias Humanas para a compreens o do Desporto pp 7 12 Porto Faculdade de Desporto Universidade dos Porto Bompa T 1999 Periodization Theory and Methodology of Training 4a ed Champaign Human Kinetics Campos C 2007 A Singularidade da Intervenc o do Treinador como a sua Impress o Digital na Justifica o da Periodiza o T ctica como uma fenomenot cnica Porto C Campos Dissertac o de Licenciatura apresentada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Castelo J 1994 Futebol modelo t cnico t ctico do jogo identifica o e caracteriza o das grandes tend ncias evolutivas das equipas de rendimento superior Lisboa FMH Coelho O 2000 Pode a passada ser maior que a perna In Garganta J 117 Refer ncias bibliogr ficas Ed Horizontes e rbitas no treino dos jogos desportivos pp 91 110 Porto Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Centro de estudos de jogos desportivos Costa A 2004 Abordagem S cio Antropol gica do Futebol em Portugal Pa s de Futebol In J Garganta J Oliveira 8 M Murad Eds Futebol de Muitas Cores e Sabores Porto Campo das Letras Costantino M 2000 Desporto e efeitos perversos os jogos margem do jogo In Garganta J Ed Horizontes e rbitas no treino dos jogos desportivos
58. a Relacionamento ASSIDUIDADE OBSERVA ES DATA O TREINADOR DFF 010 01 Anexo 5 Avaliac o Diagn stica da Equipa FC Porto EM POSSE I s B MB Organiza o Colectiva x Nivel Individual media x SEM POSSE s B MB Organiza o Colectiva x N vel Individual m dia x RELAC O COM BOLA 1 s B MB N vel Global da Turma x Legenda Insatisfat rio S Satisfat rio B Bom MB Muito Bom Observa es Observa o 1 a turma revela Saber Estar nos treinos respeitando o in cio t rmino dos exerc cios e prestando aten o s indica es do treinador Ao n vel do Saber Fazer h na generalidade uma razo vel rela o com a bola Ao n vel da organiza o colectiva sabem ocupar racionalmente os espa os nos v rios momentos de jogo Contudo quando a equipa tem a posse de bola necessita melhorar a tomada de decis o e o aproveitamento de espa os Para isso necess rio que todos se revejam na import ncia de se mostrarem ao portador da bola e que esta possa circular em seguran a mesmo em zonas de maior confus o corredor central Sem a posse de bola fundamental melhorar a rea o imediata perda da bola com os jogadores mais perto a pressionarem nos momentos certos para condicionar de imediato o advers rio Interven o 1 nesta fase inicial fundamental centrar os objectivos na melhoria da organiza o ofensiva ind
59. a 1999 p 49 para quem o Modelo de Jogo condiciona um modelo de treino um modelo de exerc cios e necessariamente um modelo de jogador Mourinho cit por Campos 2007 p 7 expressa de forma mais detalhada o conceito de Modelo de Jogo na forma como este operacionaliza no trabalho da equipa e no seu contributo inequ voco para se jogar bem isto 53 Realizac o da pr tica profissional distribuir as pedras xadrez Nas suas palavras Exercitamos o nosso Modelo de Jogo exercitamos os nossos Princ pios e Sub Principios de Jogo adaptamos os jogadores a ideias comuns a todos de forma a estabelecer a mesma linguagem comportamental Trabalhamos exclusivamente as situa es de jogo que me interessam fazemos a sua distribui o semanal de acordo com a nossa l gica de recupera o treino e competi o progressividade e altern ncia Criamos h bitos com vista manuten o da forma desportiva da equipa que se traduz por um frequente jogar bem Fica assim evidente que a exist ncia de um Modelo de Jogo a base de tudo e a sua aprendizagem isto compreender e assimilar os seus Princ pios e desenvolvimento constitui se como algo de relev ncia inquestion vel Campos 2007 Contudo o Modelo de Jogo algo inacabado e nas palavras de Guilherme cit por Gomes 2006 p 130 um aspeto fundamental de todo o meu processo de treino porque ele que me vai orientando me vai direccionando em tudo aqu
60. a os nos v rios momentos de jogo Contudo quando a equipa tem a posse de bola necessita melhorar a tomada de decis o e o aproveitamento de espa os Para isso necess rio que todos se revejam na import ncia de se mostrarem ao portador da bola e que esta possa circular em seguran a mesmo em zonas de maior confus o corredor central Sem a posse de bola fundamental melhorar a rea o imediata perda da bola com os jogadores mais perto a pressionarem nos momentos certos para condicionar de imediato o advers rio 69 Realizac o da pr tica profissional Intervenc o 1 nesta fase inicial fundamental centrar os objetivos na melhoria da organiza o ofensiva individual e coletiva possibilitando ao jogador com bola v rias linhas de passe atrav s da ocupa o e aproveitamento de espa os pelos jogadores sem bola Para isso acontecer a nossa interven o vai ser focada em aspetos como o abrir buracos mostrarem se nos espacos entre advers rios paredes e pontes tabelas para atrair e libertar o 3 homem e passes de jogo Com isto esperemos que sejam capazes de sobreviver jogando sobre press o aumentando a qualidade na tomada de decis o e intensidade de jogo Com a avalia o diagn stica conseguimos ter uma perce o realista do n vel qualitativo da equipa em termos de comportamentos individuais e coletivos Esta revelou se de extrema import ncia para orientar o processo no se
61. a sentir e a viver o Desporto Assim para contar a minha hist ria tenho de retornar ao momento em que cheguei a este mundo Nasci no Porto a 19 de janeiro de 1985 e deste ent o que todas as pessoas achavam que era hiperativo pois nunca estava quieto mas n o passava apenas de uma crian a extrovertida que adorava a sensa o do movimento corporal sobre a bola e assim era feliz Sim a paix o pela bola Esse objeto fascinante e n o raras vezes feito de simples materiais como papel pl stico e fita cola servia para me deixar entretido num mundo paralelo durante horas Um mundo sem preocupa es em que a divers o era o centro do universo Nos intervalos da escola j gostava de intervir como jogador treinador ao formar a constitui o das equipas e colocava propositadamente o melhor jogador e as raparigas do meu lado contra o resto dos rapazes Era esse Futebol de Rua que me libertava e deixava ser totalmente crian a inconsciente de que as aprendizagens que retirava do jogar bola eram muito maior do que poderia imaginar A par do Saber Fazer cresceu o gosto pelo Saber mais sobre o jogo especialmente sobre o Futebol Clube do Porto FCP n o tive op o pois no dia que nasci o meu pai fez me s cio do FCP Desde cedo fui regularmente ao antigo Est dio das Antas com o meu pai mas lembro me de come ar a perceber as coisas com outros olhos no ano em que perdemos com o Barcelona o acesso final da Liga
62. a Escola de Futebol Dragon Force 17 2 1 2 Caraterizac o da Dragon Force Cust ias ococccccccccccccnncnnnnncnnnn 21 LO O une 22 2 2 1 Caraterizac o da equipa e dos jogadores nennen 22 2 2 2 Carateriza o e funcionamento da equipa t cnica 24 2 2 3 Equipa de orienta o e supervis o de est gio 27 2 2 4 Caracteriza o do contexto competitivo ooococccccccccccccnommmmmmo 28 VII 2 3 Macro Contexto de natureza concetual esses 29 2 3 1 Desafios do Treinador de Forma o occcccccccccncncnnnnanannnnnnnnnnnennnnnon 29 2 3 2 Natureza e Contornos da Forma o Desportiva 34 2 3 3 O Futebol de Rua como uma mais valia para a pr tica formal 36 2 3 4 T cnica e T tica duas faces da mesma moeda 40 Realiza o da pr tica profissional nesse ssa 45 3 1 Objetivos perspetivados para a equipa jogadores es 47 3 2 Concec o de Jogo A Ideia do Treinador ccccncccncccenenenencnnnnnnnanannnnnnnnnnos 52 3 3 O Modelo de JOGO zu ne 53 3 3 1 Referenciais do Modelo de Jogo da Dragon Force 53 3 3 2 O Modelo de Jogo Idealizado 22 55 3 3 2 1 Organiza o ofensiva ococccconnnnncconccnnnetacacconoccenencncndnnnnrnnnennna 56 3 3 2 2 Organiza o defensiva 4 44H 61 3 3
63. a capaz de construir um exerc cio Gr 7x6 em que o objetivo era treinar a 1 fase de constru o ap s sa da de bola pelo GR e entrada no corredor central Apesar da equipa em posse de bola ter mais um jogador de campo no corredor central a circula o era n o raramente realizada pelos corredores e de forma a condicion la colocava como fator obrigat rio a passagem da bola pelo Piv MC ou por uma zona central delimitada por sinalizadores antes de poderem marcar golo Com esta estrat gia estava a condicionar os jogadores a fazer algo s porque sim para chegarem ao que eles consideravam ser o verdadeiro objetivo tornando se por via disso uma a o mec nica Nesta poca e decorrente da minha altera o no modo de treinar coloquei no mesmo exerc cio uma regra potenciadora do comportamento pretendido ou seja o golo a valer tr s se a bola passasse pelo piv mantendo se o golo em qualquer circunst ncia Assim apesar de antigamente o foco n o deixar de ser o golo condi o indispens vel para haver jogo a verdade que n o raramente criava condicionalismos sem os quais n o era poss vel que o mesmo se concretizasse castrando os jogadores na tomada de decis o Nesta perspetiva alterei a configura o dos exerc cios para que o golo estivesse sempre presente n o deixando de criar regras potenciadoras de um determinado comportamento pretendido que a acontecer seria valorizado dependente ou independen
64. a equipa est a jogar pelos corredores laterais e fica pressionada Vari veis potenciadoras dos comportamentos pretendidos Ap s 5 7 10 passes no meio campo ofensivo o golo valia tr s No caso espec fico de querer melhorar o campo grande e a procura do lado vazio se a bola entrasse num EXT ou DL num corredor valia logo golo ou se finalizassem valia tr s No caso de querer que a equipa atribu sse import ncia ao ficar com bola sem a pressa de procurar apenas a verticalidade para a baliza bem como de tentar finalizar com mais jogadores perto da rea bloco alto colocava o crit rio de s poderem marcar golo ap s entrar dentro da grande rea mas podendo voltar a sair e recome ar a fase de constru o No caso de querer melhorar a finaliza o de algum avan ado especificamente se fosse esse jogador a marcar golo dentro da grande rea o golo valia cinco 79 Realizac o da pr tica profissional SEXTA FEIRA Sub e Sub Sub Princ pios Velocidade de contrac o muscular atrav s de movimentos limpos Dia de treino aquisitivo mas que tem de contemplar o desgaste verificado no treino anterior e Viv ncias de pequenas fra es do jogar e aspetos de reduzida complexidade relativos dimens o estrat gica Os exerc cios ser o manipulados para que exista muita velocidade de deslocamento preocupa o fundamental no que se refere ao plano individual Ao longo da poca desportiva este foi o dia e
65. ador ser dotado de compet ncias profissionais as quais n o se limitam aos saberes espec ficos da modalidade mas tamb m aos de n vel deontol gico o que passa por perceber as exig ncias e responsabilidades impostas pela profiss o e agir dentro do quadro tico que a mesma requer e relacional onde se destaca a capacidade de promover a comunica o e a intera o entre todos os intervenientes do processo do Desporto Estas exig ncias s o segundo Rosado e Mesquita 2009 promotoras de atitudes s cio cr ticas ajudando o treinador a compreender que o conhecimento e as compet ncias a adquirir n o podem nem devem ser apenas um instrumento profissional mas tamb m um meio de se formar enquanto pessoa Conforme refere Hardmann et al 2010 o treinador n o pode separar a pessoa que daquela que revela enquanto treinador devendo ambos se interligar num compromisso de valoriza o e crescimento pessoal e profissional Conforme diferentes investigadores e especialistas Bento 2000 Coelho 2000 Constantino 2000 Mesquita 2004 referem o Desporto sem d vida um poderoso ve culo de educa o de melhoria da sa de e de prepara o para a vida o que requer que exista entre forma o e rendimento uma rela o de conviv ncia perene de forma a auxiliar o treinador a suportar o seu trabalho numa tica numa filosofia que o guie Uma conce o moderna de treinador exige que este reconhe a o car ter integrado complexo e di
66. adveio de termos tido tempo substancial de posse de bola conseguirmos jogar no meio campo com trocas posicionais de forma a haverem sempre jogadores livres no entanto ainda faltava por vezes objetividade para chegar a baliza advers ria Apesar destas contrariedades os comportamentos de jogo pretendidos estavam a aparecer cada vez com maior regularidade o que nos deixou bastante satisfeitos Para al m disso perdemos apenas por 1 2 com o novo entenda se o ex GR jogador de campo a marcar o nosso golo Ganhamos um jogador e pensamos que a equipa ganhou novo nimo e cren a no processo que est vamos a construir Em boa verdade comparando os jogos contra o Boavista num espa o temporal de tr s meses tivemos uma evolu o fant stica daquilo que pretend amos para a nossa forma de jogar Outro jogo de boa memoria para n s foi a derrota de 2 0 contra o Leix es Apesar de perdermos fomos dominadores Conseguimos uma posse de bola diversificada com jogadores uns dos outros a jogarem a um dois toques por forma a usarem a din mica do 3 homem para explorar o lado vazio e tentar finalizar No ltimo ter o do campo come ou tamb m a sobressair o lado do detalhe individual a express o m xima de criatividade e singularidade de cada jogador Em rela o h j referida entrada do antigo GR para jogador de campo esta originou uma situa o particular de inc modo num jogador que at ent o era titular indiscut
67. ais originando tri ngulos e losangos e Privilegiar o aparecimento dos princ pios do modelo de jogo tendo em conta as formas de jogo futebol 3 de 5 e de 7 3 3 2 O Modelo de Jogo Idealizado O Modelo de Jogo Idealizado pela equipa t cnica foi constru do com base numa avaliac o pr via dos jogadores na cultura de jogo do clube e nas minhas convic es e ideias de jogo como treinador sem descurar as ideias e conce es dos outros elementos da equipa t cnica Assim e ap s a avalia o dos jogadores quer em termos individuais quer em termos coletivos ideia que iremos desenvolver adiante tendo j por base as refer ncias da poca anterior optamos por manter a equipa organizada numa estrutura de 1 4 3 3 conforme se ilustra na Figura 2 Esta op o decorreu sobretudo de dois fatores considerarmos ser a mais adequada as qualidades dos jogadores e tamb m por termos obtido na poca anterior algum sucesso com esta estrutura De facto o 1 4 3 3 possibilita que a equipa quando tem bola fa a rapidamente campo grande tendo uma maior diversidade nas poss veis a es de jogo Por m este sistema din mico e serve apenas de refer ncia do posicionamento inicial 99 Realizac o da pr tica profissional Estrutura 1 4 3 3 Figura 2 Estrutura 1 4 3 3 adotada pela equipa Sub 14 DFC em 2014 2015 A partir desta base estrutural implementamos um regime de prioridades ou Principios de Jogo para cada um d
68. amento da equipa t cnica A equipa t cnica foi constitu da por um Treinador Principal um Treinador Adjunto que exercia simultaneamente as fun es de delegado ao jogo um Treinador de Guarda redes um diretor desportivo e um outro Treinador principiante ainda sem habilita es credenciadas para o desempenho da fun o Quadro 2 Contudo este ltimo foi afastado ainda na fase inicial da poca por motivos disciplinares associados sua conduta na representa o do clube e n o foi poss vel substitu lo Quadro 2 Perfil individual da equipa t cnica e do diretor desportivo Treinador Principal 10 7 3 e re FADEUP Treinador Adjunto 8 3 5 di e e E na Treinador Guarda redes 4 3 1 ee FADEDA Diretor Desportivo 18 12 ano 24 Enquadramento da pr tica profissional A fungao de Treinador Adjunto foi realizada pelo Treinador Principal dos Sub 12 com o qual o Treinador Principal se identificava em termos concetuais e metodol gicos Dito isto houve uma grande abertura e disponibilidade entre ambos para exporem as suas ideias e sugest es relativas a constru o e implementa o do processo de treino Em particular a sua identifica o com a nossa conce o de treino e confian a m tua patente possibilitou que lhe fossem conferidas fun es que revelam alguma autonomia nomeadamente a planifica o conjunta das sess es de treino bem como a discuss o de estrat gias com o Treinador Princ
69. antecedente ao primeiro jogo oficial no sentido de refor ar a coes o da equipa e a identidade ao clube afixamos as melhores respostas dos jogadores aquando dos question rios aplicados no in cio da poca Foram elas O meu sonho um dia ser jogador de futebol e vou lutar para isso e dar o meu melhor Tenho paix o pelo futebol e tamb m tenho paix o pela minha equipa Dragon Force Cust ias vou lutar sempre at ao fim pela minha equipa Para ser futebolista tem que se ter t cnica espirito de sacrif cio e vontade mas acima de tudo tem que se ter paix o e orgulho pelo que fazemos Estas mensagens foram muito bem recebidas no seio do grupo No final do jogo que perdemos por 1 0 sentimos que pod amos ter feito um pouco melhor O advers rio optava muitas vezes por transi es r pidas nas costas da nossa linha defensiva e com o p blico da casa a apoiar de forma efusiva a sua equipa n o fomos capazes de ter controlo emocional Com isso come amos a jogar imagem do advers rio adotando a es que n o est vamos habituados a aplicar em treino jogo e por isso tivemos imensas dificuldades em ficar de posse da bola e consequentemente em criar situa es de finaliza o Para agravar ainda mais a situa o os jogadores come aram a entrar em di logo 88 Realizac o da pr tica profissional com os advers rios e a discutir decis es de arbitragem Em fun o destes comportamentos decidimos log
70. ara uma Formac o multilateral isto que seja alfabetizadora ao n vel motor de tal modo que permita aos jogadores possu rem os requisitos para se especializarem mais tarde no seu Desporto Relacionada com uma Formac o multilateral est sem d vida a import ncia de uma pr tica diversificada entendida como um elemento fulcral do desenvolvimento desportivo de longo prazo Diversos estudos t m reconhecido o impacto positivo de uma pr tica diversificada n o s no desenvolvimento pessoal do jogador mas na continuidade da sua participac o desportiva ao longo do tempo C t et al 2009 N o obstante esta pr tica diversificada referencia se n o apenas viv ncia de diferentes modalidades desportivas mas tamb m e essencialmente no mesmo Desporto a uma elevada diversidade de experi ncias de treino aprendizagem No estudo de Ford 2009 o autor verificou que a pr tica do Futebol em contextos formais na presenca do jogo em variantes simplificadas mostrou ser essencial no 35 Enquadramento da pr tica profissional desenvolvimento t tico t cnico de base tendo os jogadores que vivenciaram esta metodologia de treino alcan ado na sua maioria o Alto Rendimento Desportivo Considerando a dificuldade de calcular e prever o talento desportivo importante que os programas desportivos possam oferecer oportunidades desportivas desafiantes e diversificadas estimuladoras do desenvolvimento da compet ncia desportiva a longo
71. articipac o nos quadros competitivos da Associac o de Futebol do Porto este clube parceiro usa o nome de Cust ias Futebol Clube Este clube foi fundado em 10 de agosto de 1942 e conta no seu historial com alguns t tulos regionais de Futebol de Onze Mais recentemente na poca de 2013 2014 a equipa de futebol s nior sagrou se vice campe da 1 Divis o da Associa o de Futebol do Porto ascendendo na presente poca desportiva Divis o de Honra da mesma Associa o Em termos de recursos log sticos e materiais o clube tem todas as condi es necess rias para a efetiva o de um trabalho de qualidade Tal sucede devido ao Est dio Municipal de Cust ias servir como infraestrutura desportiva da Escola DFC contando com instala es de grande qualidade nomeadamente um campo de futebol de 11 em relva sint tica com luz artificial que integra dois campos de futebol de sete Quanto ao material de treino tem disposi o balizas de v rios tamanhos bolas coletes cones e sinalizadores uma bancada coberta com capacidade para 870 pessoas Retirado de http pt wikipedia org wiki Cust ias Futebol Clube 21 Enquadramento da pr tica profissional e um edif cio de apoio a atividade desportiva composto por quatro balnearios para os jogadores e um para os treinadores arbitros e sala de multiusos designada Espa o Aberto um departamento m dico um anexo para arrumos do material desportivo
72. atual que influencia tudo o que est sua volta o que conduz Frade 2007 a afirmar que o Futebol n o um fen meno natural mas sim constru do Pelo que foi dito anteriormente consideramos muito importante abordar as fun es e as compet ncias do treinador em particular no contexto da forma o na medida em que a atividade deste profissional dadas as fun es e tarefas que comporta de natureza complexa e din mica Jones 2006 Tal exige lhe n o s o dom nio de conhecimentos e compet ncias como um esp rito forte de miss o face profiss o De seguida alocamos as nossas preocupa es em rela o aos diferentes contextos de forma o desportiva em particular no que se refere ao Futebol estabelecendo se a rela o entre o valor do Futebol de Rua e as Escolas de Futebol Clubes 2 3 1 Desafios do Treinador de Forma o A qualifica o dos processos de forma o de treinadores constitui um tema central no mbito dos programas de desenvolvimento desportivo A interven o deste profissional tem vindo desde o in cio da segunda metade do s culo passado a estender se a diferentes contextos e n veis de pr tica muito por conta do Desporto assumir um conceito plural isto n o esta circunscrito 29 Enquadramento da pr tica profissional aos mais dotados mas a todos que os n veis e contextos de pr tica Lyle 2002 Esta realidade tem vindo a remeter cada vez mais para a necessidade do trein
73. bility do Portugu s prestar contas Metzler 2000 o qual foi operacionalizado pelo recurso a tabelas de pontua o e recompensa constante no treino sempre que emergiam a es eficazes em alinhamento com os objetivos tra ados individuais e coletivos os jogadores desenvolveram compet ncias pessoais e sociais imprescind veis para se tornarem melhores pessoas e jogadores Neste mbito destaca se o aumento do comprometimento com os treinadores colegas e clube uma maior responsabilidade assumida pelos seus comportamentos um maior fair play plasmado no aceitar de n o ser titular ou mesmo n o ser convocado e ainda numa maior aceita o das decis es do rbitro o que resultou numa maior concentra o no fruir do jogo Todas estas conquistas aliadas a uma grande concentra o nos treinos em fazerem melhor conseguiu ajud los a descentrarem se dos insucessos competitivos e a aumentarem ao longo da poca a motiva o para treinar mais e melhor pois perceberem que nem sempre o resultado competitivo tudo e n o a nica coisa que deve servir de motiva o para se treinar A mensagem que quer amos passar de que h um longo caminho a percorrer de trabalho e dedica o e que nem sempre todas as pocas desportivas t m o mesmo sabor de vit ria esta mensagem teria de ser assumida pelos jogadores se queriam ser melhores de modo a estarem cada vez mais prontos para competir com aqueles que revelavam um desempen
74. cesso No sentido de otimizar o papel de cada um dos intervenientes da equipa t cnica foram implementadas rotinas din micas de trabalho as quais tornam o 25 Enquadramento da pr tica profissional processo de intervenc o no treino e na competic o mais organizado e consequentemente mais qualificado como sejam Assiduidade Controlada por um dos treinadores Postura no treino Responsabilidade por manter os exerc cios em rota isto com elevada profici ncia por parte de todos os intervenientes nao permitindo a exist ncia de tempos mortos nao planeados por falta de material ex bolas Interven o no treino Intervir de acordo com os conte dos planeados com qualidade e no timing certo o que nao descarta a necessidade de flexibilizar e adaptar estrat gias em fungao do dia da semana do morfociclo padrao e mesmo da idiossincrasia de cada exerc cio situa o de treino Gest o do tempo de treino No sentido de otimizar o tempo de treino efetivo no intervalo entre exerc cios um dos treinadores foi sempre respons vel pelos alongamentos o que implicava a discuss o pr via para cada treino em rela o ao que fazer como quando e onde o fazer enquanto o outro treinador preparava o exerc cio seguinte Rotinas de arruma o do material As balizas eram sempre arrumadas pelos jogadores com um treinador sempre a ajudar Os jogadores eram ainda respons veis por juntar todo o material junto ao
75. cialTotal que primeiro se estranha e depois se entranha e logo logo ganha se Porto J Maciel Disserta o de Licenciatura apresentada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Maciel J 2011 N o O Deixes Matar O Bom Futebol e Quem o Joga Pelo Futebol Adentro Perda de Tempo 1a ed Porto Chiado Editora Magill RA 2007 Motor Learning and control Concepts and applications Eighth ed New York McGraw Hill Mesquita 1997 A pedagogia do treino A formac o em jogos desportivos colectivos Livros Horizonte 1 edi o Mesquita 2004 Refundar a coopera o escola clube no Desporto de crian as e jovens In A Gaya Marques A amp G Tani Eds Desporto para crian as e jovens Raz es e finalidades pp 143 170 Rio Grande do Sul Universidade Federal Mesquita I 2009 O ensino e treino da t cnica nos jogos desportivos In A Rosado amp Mesquita Eds Pedagogia do Desporto pp 165 184 Lisboa Edi es FMH UTL Mesquita 2010 Contributo para uma mudan a de paradigma na forma o de treinadores Raz es contextos e finalidades In J Bento G Tani 8 A Prista Eds Desporto e Educa o F sica em Portugu s pp 84 98 121 Refer ncias bibliogr ficas Porto Universidade do Porto Faculdade de Desporto Centro de Investiga o forma o Inova o e Interven o em Desporto Mesquita 2013 O papel das comunidades de pr tica na fo
76. delino 2000 corrobora desta opini o ao referirem que a pr tica desportiva contribui para a Forma o do indiv duo ao n vel do foro psicol gico e social desenvolve a tomada de decis o a concentra o a aten o o conceito de autoestima ajustado o respeito pelos outros e o esp rito de grupo 34 Enquadramento da pr tica profissional No que se referencia especificamente ao paradigma de Formac o desportiva Barbanti 2009 refere que desde a d cada de oitenta do s culo passado tem vindo a surgiu uma enorme controv rsia relativa Formac o Desportiva dos mais jovens devido h exist ncia de dois paradigmas Formac o mais especializada que transforma o treino dos jovens numa pr tica repetitiva das habilidades espec ficas da modalidade em quest o descurando o desenvolvimento mais amplo das suas capacidades que s o necess rias para posteriores rendimentos Formac o de car ter global multilateral em que o treino mais diversificado tentando ir ao encontro das fases de desenvolvimento da crianca e promovendo para al m de habilidades espec ficas de um determinado Desporto as habilidades consideradas fundamentais para a coordena o geral Numa an lise a estes dois paradigmas de Formagao Lima 1988 defende que a Formac o desportiva de criancas e jovens n o se pode transformar numa simples reprodu o do Desporto adulto devendo contrariamente caracterizar se por um processo que contribui p
77. dividual a um tempo consistente e vers til nos jogadores corporiza os alicerces basilares para se intentar a forma o desportiva numa perspetiva de longo prazo tendente ao alto rendimento Em suma a minha preocupa o centrou se em perceber as necessidades dos jogadores e desenvolver um processo que fosse ao encontro da melhoria individual e coletiva visando a sua evolu o a longo prazo e n o apenas para obterem resultados imediatos O foco dever ser sempre o futuro como poss veis jogadores de futebol Ao n vel pessoal e profissional esta poca desportiva foi particularmente significativa porquanto a minha evolu o como treinador pautou se essencialmente em ser capaz de me desafiar em sair da minha zona de conforto em adaptar melhor o meu trabalho s necessidades prementes dos meus jogadores e da minha equipa Tal foi not rio na maior aten o conferida ao desenvolvimento da criatividade das habilidades motoras espec ficas bem como da intelig ncia t tica Para isso foi necess rio ajustar um dos princ pios do modelo de jogo DF o jogo posicional para conferir maiores graus de liberdade e trocas posicionais entre os jogadores com a cria o de um maior n mero de exerc cios abertos que pudessem desplotar respostas imprevis veis e n o mecanizadas Concomitantemente esta maior liberdade e agenciamento conferido a mim mesmo como treinador almejou a constru o de um maior sentido de id
78. do futebol portugu s Com uma grande ascens o desportiva nas ltimas d cadas houve necessidade de modernizar as suas infraestruturas atrav s da cria o do Est dio do Drag o e do Complexo de Centros de Treinos e Formac o Desportiva Porto Gaia O desenvolvimento das estruturas log sticas e funcionais expandiram os 17 Enquadramento da pr tica profissional horizontes de trabalho e desenvolvimento das equipas jogadores na perspetiva de longo prazo muito por conta de uma organizac o que assenta em alicerces metodol gicos e log sticos efetivos o que tem vindo a culminar numa qualidade superior de trabalho ao nivel dos escal es de forma o Derivado deste enquadramento surgiu o Projeto DF o qual comegou a ser planeado na poca desportiva 2006 2007 N o obstante foi no ano seguinte 2007 2008 que o FCP abriu a Escola do Drag o no campo do Padroense Futebol Clube tendo a mesma servido de embri o para a implementac o deste projeto Em consequ ncia foi precisamente a 6 de setembro de 2008 no emblem tico e renovado campo da Constitui o que nasceu a primeira Escola de Futebol Dragon Force denominado Vitalis Park A ideia do projeto n o seria uma novidade para a comunidade j que outras escolas existiam no pa s N o obstante a diferenca poderia ser exercida ao n vel do conceito da autenticidade de uma cultura desportiva que estava associada ao FCP e fundamentalmente do processo Como refere Ricardo Ramo
79. do obst culos no espa o de jogo Deslocamentos e intera es permanentes entre os jogadores Poucos jogadores a intervirem em espa os reduzidos Intensidade elevada e pouca dura o dos exerc cios ou com bastantes intervalos Situa es bastante competitivas torneios internos futebol de rua Emotividade do nosso jogar propriocetividade plasticidade e adaptabilidade Desta forma o primeiro treino da semana segunda feira era dedicado a Sub Princ pios e Sub Sub Princ pios do nosso Modelo de Jogo em que incidiamos No plano dos detalhes individual Assim privilegi vamos a rela o com bola nomeadamente a capacidade de fingir e enganar como est mulo criatividade individual e potenci vamos a assimetria funcional valorizando o uso do p n o preferido e Aspetos relativos s intencionalidades como a cultura de toque e toca e mexe procurando constantemente buracos para ficarem livres por forma a se mostrarem ao portador da bola e Nas interRela es setoriais e intersetoriais do nosso jogar Capacidade de atrair para libertar e entrada nos espa os interiores 75 Realizac o da pr tica profissional Neste sentido privilegiamos o contato permanente com a bola a criatividade individual a propriocetividade e potenciamos a as habilidades motoras espec ficas Isto atrav s de crit rios de xito que incentivavam a explora o do erro com o intuito de sa rem da sua
80. do por refer ncia uma perspetiva ecl tica de Forma o Neste sentido preconizamos objetivos de ndole desportivo compet ncia e rendimento pessoais e sociais Objetivos desportivos compet ncia e rendimento No que concerne aos objetivos desportivos para o plantel em geral a equipa t cnica definiu desde o in cio que a b ssola de todo o processo ao longo da poca desportiva seria a prioriza o dos objetivos de Forma o em detrimento da supravaloriza o dos objetivos de rendimento que s o maioritariamente a norma na cultura dominante do Futebol Assim nos objetivos desportivos em termos de compet ncia isto compet ncias t tico t cnicas a aposta residiu na melhoria da qualidade individual e coletiva da nossa forma de jogar visando sobretudo o desenvolvimento dos jogadores a m dio e a longo prazo Este lema poder ser expresso no entendimento de que em nenhum momento o resultado foi colocado em primeiro lugar relativamente qualidade de jogo a praticar pela equipa Sabendo se priori que a nossa equipa estava inserida num quadro competitivo de grau de dificuldade elevado em rela o poca anterior uma vez que o n vel desta equipa era comparativamente inferior em rela o maioria como o caso do expoente m ximo de competitividade o Dragon Force Porto definimos que um dos baluartes ao longo da poca seria conceder tempo de jogo a todos os jogadores Isto porque e
81. dor o sentido ef mero do Desporto ou seja nunca se vencedor nem derrotado para a vida porque ap s cada jogo h sempre que virar a p gina que voltar ao treino para se dar mais e melhor No fundo a esperan a que move o treinador a procurar a perfei o o desejo de dar aos outros sempre mais tornando os melhores pessoas e melhores desportistas isto que me move como treinador e que me faz sentir FELIZ nesta minha atividade profissional 113 Refer ncias bibliogr ficas Refer ncias bibliogr ficas Abraham A e Collins D 1998 Examining and extending research in coach development Quest 50 59 79 Adelino J 2000 O treino da t cnica nos jogos desportivos In Garganta J Ed Horizontes e orbitras no treino dos jogos desportivos pp 91 110 Porto Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Centro de estudos de jogos desportivos Alves S 2003 Deco O Preco da Gl ria Estoril editora Prime Books Balish S amp C t J 2013 The influence of community on athletic development an integrated case study Qualitative Research in Sport Barbanti V 2009 As capacidades motoras dos esportistas S o Paulo Editora Manole Bento J 2000 Do futuro do desporto e do desporto do futuro In Garganta J Ed Horizontes e orbitras no treino dos jogos desportivos pp 189 206 Porto Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Centro de estudos de jogos desportivos Bento J
82. dor de Futebol da Forma o crie no treino contextos com os principais ingredientes do Futebol de Rua onde o risco e o erro t m de estar presentes de forma a colmatar as lacunas de alfabetiza o motora derivadas do sedentarismo Dito isto podemos afirmar que atualmente sinto me mais treinador no que se refere ao processo de treino propriamente dito O est gio obrigou me a refletir de forma critica a minha pr tica profissional a questionar os meus h bitos e rotinas instaladas a olhar para dentro de mim como pessoa por perceber que isso invariavelmente vertido na forma como atuo com os jogadores Dito isto percebo a minha pr tica profissional enquanto Treinador de Futebol como sendo orientada pela preocupa o com a individualidade de cada jogador bem como com a especificidade dos Princ pios Metodol gicos que s o os alicerces da Periodiza o T tica Tal n o significa que possa perder de vista as caracter sticas idiossincr ticas do contexto de pr tica onde atuo as quais reivindicam que proceda com flexibilidade percebendo o que a cada momento pedido S assim serei capaz de n o tornar um paradigma de ensino do futebol robusto e pertinente a Periodiza o T tica em doutrina a seguir religiosamente Por fim e apesar de toda a evolu o percebida pela oportunidade de ser Treinador estagi rio em concomit ncia com a fun o de Treinador Principal deu me espa o para decidir e tomar as r
83. dos Campe es em 1994 Como doeu perceber que o que mais amamos tamb m nos provoca desgostos A efemeridade do Desporto n o h perdedores nem vencedores para a vida foi clara pela primeira vez na minha cabe a da percebi que a esperan a o sonho est sempre presente no Desporto pois a seguir a uma derrota h sempre a possibilidade de trabalhar mais e melhor para ganhar Mas gostava de ver acima de tudo Futebol Por isso n o me restringia a ver o meu clube do cora o Desse mesmo ano tenho na memoria o pen lti falhado por Roberto Introdu o Baggio dolo na final do Campeonato do Mundo de Futebol Apesar dessas desilus es numa fase em que come ava a perceber o jogo na sua dimens o macro nunca deixei de ter o sorriso no rosto e a vontade nos p s sempre que vislumbrava uma bola de futebol Ainda nesse ano em conjunto com os meus pais mudamos de casa e passei a ter um espa o pr prio para a pr tica desportiva com um recreio equipado entre outras divers es com um campo polidesportivo Nas f rias de ver o passava os dias inteiros a jogar e s parava para almo ar se a minha m e me fosse chamar Percebe se facilmente que o meu gosto pelo Desporto nasceu fundamentalmente nas experi ncias l dicas de rua em contexto escolar e familiar Neles encontrava um espa o cheio de oportunidades para praticar n o apenas de Futebol mas outras modalidades tais como Basquetebol e Voleibol claro que algumas destas pr ticas
84. ducativos quer seja o treinador ou o professor deve se equacionar em simult neo o processo e a pessoa No mbito do Est gio em treino desportivo percebemos o quanto importante para o treinador estagi rio aprender a tomar consci ncia das suas dificuldades dos seus dilemas e problemas de forma a aprender a lidar com eles e a aperfei oar se a transformar obst culos em oportunidades de aprendizagem 1 2 Acerca das raz es da escolha de ser Treinador estagi rio na FADEUP 1 2 1 O alvorecer da descoberta da alegria e do prazer de jogar Ap s refletir profundamente sobre o modo de escrever as raz es de ser Treinador estagi rio de Futebol e no sentido de n o replicar frases comuns e ideias rebuscadas repetidamente invocadas nos relat rios optei por fazer uma viagem retrospetiva minha vida mormente s pessoas aos lugares s experi ncias s emo es e sentimentos que influenciaram a minha escolha pelo ramo Treino Desporto Futebol da licenciatura em Ci ncias do Desporto e em particular o Mestrado em Treino de Alto Rendimento Desportivo da FADEUP e que culminou neste est gio profissionalizante Introdu o O percurso que culmina naquilo que hoje sou profissionalmente na vertente que a minha grande paix o Treinador de Futebol est indelevelmente associado minha hist ria de vida e daqueles que a moldaram ao longo do tempo Vivi experi ncias que me levaram sempre a experienciar
85. e obrigava a criar a desenvolver estrat gias que mantivessem os jogadores focados e motivados em todo o processo independentemente dos resultados Em termos concetuais e consequentemente metodol gicos passei a dar primazia a aspetos relativos a melhoria individual dos jogadores ou seja ao lado dos detalhes para que pudessem ser melhores independentemente das necessidades competitivas Com isso criei contextos de treino mais abertos com maiores graus de liberdade autonomia e capacidade decisional por parte dos jogadores n o porque fosse at ent o um treinador que privilegiasse exercicios fechados mec nicos e castradores em que os jogadores fossem obrigados a ir por um determinado caminho mas porque nem sempre contemplava a simples premissa de que o aspeto fundamental do jogo o golo E que precisamente esta visao que tem de estar sempre presente independentemente da criac o de regras que conduzam os jogadores a uma ideia de jogo comum 101 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional Neste novo modo de treinar deparei me com uma grande dificuldade isto o modo de dar informa o aos jogadores Se os quero mais libertos para interpretar o jogo n o lhes devo dar solu es mas sim ajud los a encontr las Ou seja como refere Mesquita 2009 repetir a procura de solu es mas n o as solu es previamente estabelecidas Em termos pr ticos antes desta poca er
86. ec ficas do Futebol logo de natureza aberta Uma habilidade classificada de aberta 41 Enquadramento da pr tica profissional se o contexto de realiza o manifestar altera es que exijam flexibilidade do padr o de movimento ou a utiliza o de diferentes padr es Pelo contr rio uma habilidade considerada fechada se o contexto de realiza o se mantiver est vel durante as diferentes execu es n o contribuindo para a necessidade de uma altera o significativa do padr o espec fico do movimento Magill 2007 Assim percebe se que profici ncia dos jogadores de Futebol durante o jogo est dependente de um conjunto abrangente de capacidades e compet ncias sendo uma das mais influentes a qualidade de execu o das habilidades motoras espec ficas Tani 2008 O mesmo autor reconhece a import ncia que as habilidades motoras espec ficas assumem no decurso do jogo nomeadamente no que se reporta sua estreita rela o com as op es t ticas influindo substancialmente na qualidade de desempenho dos jogadores e das equipas Pela vis o de Guilherme 2014 p 13 conseguimos perceber que as habilidades motoras espec ficas constituem os meios que os jogadores de Futebol utilizam para jogarem o jogo mas para isso acontecer torna se conveniente que os contextos de pr tica de aprendizagem e de desenvolvimento das diferentes habilidades motoras induzam a express o de comportamentos espec
87. edu o sem empobrecimento Des integrag o dos principios Articula o de sentido 2 feira 3 feira 4 feira Subprincipios Subprincipios dos sub princ pios Prop sitos t cticos estrat gicos regime de tens o dura o velocidade Desgaste emocional Descontinuo 5 feira 6 feira Subprincipios Subprincipios dos sub principios Prop sitos t cticos estrat gicos regime de tens o E dura E o velocidade Desgaste emocional Descontinuo N Principios Metodol gicos gt Principio da Altern ncia Horizontal em Especificidade Principio da Progress o Complexa Principio das Propens es Pragmatizag o Principios Metodol gicos inter e intraconectados Problematizag o da Fraccionag o Um Padr o de Conex es Adapta o Adaptabilidade H bito que se adquire na ac o em regime do entendimento de uma determinada rela o mente h bito Anexo 2 Calend rio Anual de Atividades do universo Dragon Force CALEND RIO ANUAL ESCOLA DE FUTEBOL FC PORTO DRAGON FORCE 2014 2015 Dragon Force Cup EE vr Activ Pais e Filhos Ei de F rias HA Nacional 9h00 11h00 9h 00 13h00 9h 00 18 30 Encontros s bado fpr social Enc IPSS Epa Tem tico Bias FC Porto 05 00 13h 00 SH00 11500 horario a definir DRAGON Torneio Tem tico rs Final Team Selections Ta a dos Campe es
88. einar jogar quanto querem ficar sentados a ver televis o Porque que n o posso ser o melhor jogador da minha equipa Porque que n o posso ser o melhor jogador da minha idade Eu n o vejo porque n o Mas para isso tenho de querer muito e fazer o meu melhor para que isso possa acontecer viii Anexo 10 Calend rio de Jogos 2014 2015 1 31 Ago HG S15 DFC 2 03 Set DFPorto DFC 3 06 Set DFC Leix es 4 14 Set Foz DFC 5 20 Set DFC S13 DFC 14 6 21 Set DFC DF Valadares 7 27 Set Infesta DFC 1 12 Out Arcozelo DFC 2 19 Out DFC Castelo Maia 3 26 Out Valadares DFC 4 02 Nov DFC SC Porto 5 09 Nov Boavista DFC 6 16 Nov DFC Coimbr es 7 23 Nov DFC Leix es 8 30 Nov Maia DFC 9 07 Dez DFC Pedras Rubras 10 14 Dez Dragon Force DFC 11 04 Jan DFC Macieira Maia 12 11 Jan DFC Arcozelo 13 18 Jan Castelo Maia DFC 14 25 Jan DFC Valadares 15 01 Fev SC Porto DFC 16 08 Fev DFC Boavista 17 15 Fev Coimbr es DFC 18 22 Fev Leix es DFC 19 01 Mar DFC Maia 20 08 Mar Pedras Rubras DFC 21 15 Mar DFC Dragon Force 22 22 Mar Macieira Maia DFC 1 19 Abr SC Porto DFC 2 25 Abr DFC Escola 115 3 10 Mai DFC SC Porto 4 17 Mai Escola 115 DFC DFF
89. entidade do que quero ser como treinador isto ter as minhas pr prias 109 Considerac es finais concec es e desenvolver o meu projeto de ac o o que resultou num incremento da minha autoconfianca paradoxalmente numa poca desportiva em que os resultados competitivos mostravam ser uma sombra negra que poderia denegrir o meu trabalho e convic es Tal n o aconteceu por ter conseguido vingar a ideia levada a cabo no trabalho desenvolvido de que formar deve prevalecer sobre o ganhar a tudo o custo ou seja nem que para isso se instrumentalize os jogadores ao jogo que confere maior probabilidade de vit ria ao treinador Remei contra esta cultura infelizmente ainda existente no futebol e sinto me recompensado por perceber que no final da poca os meus jogadores eram bem melhores do que no in cio revelando j alguma magia nos p s algum discernimento t tico e a no o de uma determinada forma de jogar A este desenvolvimento dos jogadores n o foi alheio o maior espa o decisional e a maior autonomia e liberdade que lhes foi conferido em direta propor o com a responsabilidade e compromisso perante eles pr prios e com a equipa Tal possibilitou lhes a descoberta de indicadores pertinentes no contexto de treino jogo geradores de solu es t ticas diversificadas e eficazes sustent culo da evolu o para o acesso a um jogo mais complexo a m dio e longo prazo Pese embora perceber que tal
90. ersidade por possuir reconhecimento legal e institucional para formar treinadores sem d vida precursor da afirma o socioprofissional e da consolida o da carreira de treinador Tal se deve ao facto da forma o acad mica pelo ide rio que sustenta e pelo acervo de conhecimento que comporta fornecer um inestim vel contributo na eleva o e qualifica o dos processos formativos e consequentemente na persegui o da excel ncia profissional do treinador Mesquita 2010 p 95 Acima de tudo entendemos que o Ensino Superior poder combater um certo pragmatismo instalado no mbito do Treino desportivo e consequentemente na forma o de treinadores o qual incorpora uma conce o tecnocr tica da profiss o baseada em saberes de experi ncia feita pouco criativos e contru do com pouco fundamento cient fico Jones et al 2011 Nelson et al 2013 Por ser um espa o onde coabitam investiga o e forma o o ensino superior possui condi es mpares para sustentar em primados pedag gicos e cient ficos a forma o e o desenvolvimento profissional do treinador o que por sua vez vai contribuir para a eleva o do estatuto profissional do treinador No mbito da FADEUP o est gio profissionalizante surge no 2 ciclo em Treino de Alto Rendimento Desportivo TARD no segundo ano do curso e visa desenvolver trabalho aut nomo de conce o planeamento realiza o e avalia o do processo de Treino e
91. esas Equipa de fora realizava me nhos Recursos Promotores da Motivac o Compromisso e Responsabilidade dos Jogadores A motivac o para nos um fator importantissimo para a evolugao de qualquer jogador em qualquer contexto e n vel de pr tica Dadas as dificuldades percebidas do desnivelamento competitivo entre a nossa equipa e a maioria das restantes foi elaborado no in cio da poca um Contrato de Equipa anexo 6 com o prop sito de aumentar a responsabilizac o e comprometimento dos jogadores bem como a sua motivac o na medida em que possuindo referenciais de conduta e respetiva premiac o otimizaria no nosso entendimento a sua participac o O Contrato de Equipa tinha como grande pilar um sistema de pontuac o centrado fundamentalmente no processo de treino e nos conte dos que eram solicitados que designamos de Tabela de Objetivos Individuais anexo 7 Os jogadores eram valorizados quando o treinador referia que determinado exerc cio estava a contar para a tabela de pontos o que exigia elevada performance na sua realizac o Al m disso no final de cada unidade de treino atribu amos ainda tr s pontos para o melhor jogador do treino que numa fase posterior se estendeu aos tr s melhores por posi o em campo defesas m dios e atacantes Nas convocatorias para os jogos os tr s jogadores mais pontuados por posi es ao longo da semana eram automaticamente titulares 3 5 Dificuldades encont
92. exto de Pr tica desportiva desenvolvida em ambientes n o institucionais como por exemplo a rua orientada e regulada pelos pr prios praticantes n o estruturada e ou sistematizada onde o principal objetivo se situa na promo o do divertimento entre os praticantes C t et al 2007 C t et al 2012 C t et al 2013 Pr tica desportiva desenvolvida em ambientes de treino institucionais orientada por um treinador ou adulto estruturada e sistem tica onde um dos principais objetivos o desenvolvimento e o alcance da performance Ericsson et al 1993 C t et al 2013 22 Enquadramento da pr tica profissional jogo formal Quadro 1 An lise individual dos jogadores Jogador 1 6 2 4 4 2 2 M dio centro Jogador 2 4 2 2 2 0 2 Ponta de lanca Jogador 3 5 3 2 2 0 2 M dio centro Jogador 4 8 6 2 2 0 2 Defesa direito Jogador 5 4 1 3 3 2 1 M dio centro Jogador 6 6 2 4 4 2 2 Extremo direito Jogador 7 5 3 2 2 0 2 Defesa esquerdo Jogador 8 5 0 5 5 0 5 Defesa central Jogador 9 4 1 3 3 0 3 Extremo esquerdo Jogador 10 4 0 4 4 0 4 M dio centro Jogador 11 5 3 2 2 0 2 Extremo esquerdo Jogador 12 7 5 2 2 0 2 Defesa central Jogador 13 3 1 2 2 0 2 Extremo esquerdo Jogador 14 5 3 2 2 0 2 M dio centro Jogador 15 9 5 4 4 3 1 M dio ofensivo Jogador 16 3 0 3 3 2 1
93. ferenciado dos processos de aprendizagem treino e desenvolvimento de praticantes desportistas competindo lhe promov los e assegur los no quadro cultural pol tico social e desportivo onde atua Rosado amp Mesquita 2009 De facto o treino por ser um processo complexo em que as habilidades e as tomadas de decis o assumem protagonismo requer do treinador a capacidade de integrar e processar informa o imprevis vel din mica e espec fica fundada em valores ticos Abraham amp Collins 1998 30 Enquadramento da pr tica profissional Em boa verdade o treinador cada vez mais uma personagem central na lideranca do processo de treino dos praticantes sendo respons vel pela coordena o de equipas de trabalho o que lhe exige um dominio vasto de conhecimentos e compet ncias em refer ncia s m ltiplas fun es que desempenha Abraham amp Collins 1998 e ajustadas s condi es particulares do envolvimento da pr tica Assim as compet ncias profissionais as quais incluem o conjunto de atitudes conhecimentos e habilidades em conson ncia com as exig ncias de contextos de pr tica Kirschner et al 1997 expressam se na capacidade do treinador aplicar o conhecimento estrat gico e situacional Jones et al 2004 Kirschner et al 1997 adaptado as circunstancias da pr tica pois s desse modo efetivamente competente A investigac o neste dom nio tem revelado que entre as compet ncias mais valorizada
94. ficos e representativos do jogo sendo recomend vel que os n veis de complexidade dos contextos sejam adaptados aos n veis de profici ncia dos jogadores O desenvolvimento das habilidades motoras espec ficas requer o recurso a contextos de treino que criem condi es que variam tanto em complexidade crescente como integrando variantes para a mesma complexidade em refer ncia aos acontecimentos de jogo Vickers 1990 Atrav s desta combina o criado o que Rink 1993 designa de progress o em h lice em virtude da forma de realiza o das habilidades motoras espec ficas estarem dependentes dos constrangimentos situacionais como sejam as varia es de ritmo a intensidade a amplitude gestual a varia o da domin ncia lateral entre outros aspetos 42 Enquadramento da pr tica profissional Na presente poca a nossa equipa possu a lacunas t cnicas situacionais que os impedia de tomar solu es ajustadas e oportunas N o raramente apresentavam decis es t ticas interessantes sabendo n s pela observa o e pelo questionamento que frequentemente estava presente no treino as quais n o se materializavam dada a falta de repert rio t cnico Dai que a nossa op o nesta poca em termos de prioridade no trabalho desenvolvido tivesse se centrado na dota o dos jogadores de um repert rio t cnico sustentado na conce o perfilhada por n s a de habilidade motora espec fica anteriormente j explanada
95. gicamente mais concretos dentro do grupo Uma vez que t nhamos a no o de n o estarmos a altura de disputar o campeonato com a maior parte das equipas de forma regular definimos objetivos relacionados com a melhoria qualitativa do desempenho individual Com esta vis o e operacionalizada nos exercicios de forma sistem tica e intencional o resultado competitivo foi relegado para segundo plano apesar de nao ser negligenciado Com isto pretendeu se passar a mensagem de que os objetivos individuais devem estar ao servico dos coletivos e que o lado individual s se expressa se houver uma estrutura coletiva que o sustente Santos 2010 p 71 Assim no planeamento das unidades de treinos a abordagem passou a contemplar maiores graus liberdade Futebol de Rua e maior competic o nos treinos com muito tempo de jogo Ou seja o que era uma preocupac o central as segundas feiras dia dos detalhes e maior foco nas quest es individuais estendeu se aos restantes dias com o feedback constante em serem melhores capazes de fingir com o corpo e enganarem com o corpo Isto mantendo a l gica semanal dos conte dos de treino Os exerc cios mais ou menos complexos pediam a concretizac o destes e de outros aspetos como abrir buracos espacos e quem n o tinha a bola teria de estar sempre em movimento procura desses espacos Em concomit ncia com estas estrat gias do foro metodol gico preocupamo nos em incrementar o
96. gnific ncia e autenticidade quando aplicado apropriadamente na l gica funcional do jogo Contudo n o raramente a falta de dom nio t cnico em refer ncia s exig ncias de jogo impede que os jogadores mesmo que compreendam o cen rio apliquem solu es ajustadas e oportunas Segundo Connoly 1977 cit por Guilherme 2014 as habilidades motoras s o perspetivadas enquanto recursos que os seres humanos utilizam para interagir com o seu ambiente Na opini o de Tani et al 2006 no contexto desportivo a express o habilidade motora tem sido utilizada para dar corpo a duas ideias distintas embora complementares Por um lado a mesma conotada com o ato ou a tarefa cuja consuma o proficiente requer um 40 Enquadramento da pr tica profissional processo de aprendizagem Por outro lado reconhecida como um indicador da qualidade de desempenho isto quanto maior for a habilidade melhor a qualidade de profici ncia na execu o da tarefa realizada Assim enquanto a t cnica est relacionada com a informa o relevante para a realiza o da tarefa a habilidade uma aquisi o do indiv duo que lhe provocou mudan as internas aos n veis cognitivo percetivo e motor e que foi adquirida atrav s de processos de aprendizagem A defini o de habilidade motora integra algumas caracter sticas relevantes que poder o ser pertinentes para os respetivos processos de ensino e de treino tais como e Ser direci
97. guida detalhadamente apresentado o nosso Modelo de Jogo bem como a implementa o da atividade complementada pela apresenta o das barreiras encontradas e estrat gias de remedia o que aplicamos bem como uma s ntese dos resultados do trabalho desenvolvido O quarto cap tulo por excel ncia o espa o onde refletimos sobre a experi ncia de Est gio em particular num esfor o de compreendermos e tornarmos mais expl cito os desafios e dilemas vivenciados o modo como esta experi ncia nos moldou e o que sentimos ter percebido como mais nefasto e mais positivo no nosso desenvolvimento profissional O quinto cap tulo aponta as considera es finais que integram as principais conclus es e o que perspetivamos para o nosso futuro enquanto treinadores O sexto cap tulo apresenta as refer ncias bibliogr ficas No s timo cap tulo s o apresentados os documentos em anexo que servem de refer ncia aos materiais did ticos e metodol gicos aplicados nas diferentes tarefas alocadas ao desenvolvimento do processo de treino competi o no decurso da poca desportiva 14 Enquadramento da pr tica profissional Enquadramento da pr tica profissional 2 1 Contexto legal e institucional 2 1 1 Caraterizac o da Escola de Futebol Dragon Force O nosso Est gio Profissionalizante inserido no Mestrado em TARD da FADEUP realizou se no FCP no seu projeto DF Mais precisamente num dos seus clubes parceiros a DFC e teve como durac o
98. ho superior nesse momento do seu desenvolvimento desportivo 97 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional A semelhan a do crit rio utilizado para invocar as raz es da escolha de ser Treinador estagi rio na FADEUP decidimos a partir deste ponto escrever na primeira pessoa do singular na medida que s o espacos por excel ncia em que refletido o est gio numa perspetiva individual O esforco de refletir em retrospetiva acerca do que cresci como treinador esta poca conduz me indelevelmente para a rdua tarefa percebida logo no in cio da poca de ter que manter os jogadores motivados para treinarem ao arrepio de constantes derrotas que teriam que n o ignoradas mas bem digeridas por todos Por isso afirmo que sendo treinador h j 10 anos esta foi talvez a minha poca mais dif cil pois sendo Treinador Principal e querendo fazer um bom trabalho me confrontei com a maior dificuldade de todas motivar para treinar mais e melhor sem a recompensa da vit ria do fim de semana As estrat gias que utilizei no sentido de a um tempo MOTIVAR E APRENDER MAIS E MELHOR revelaram se prof cuas e mostraram me que ser treinador superar sempre todos os obst culos mesmo quando aparentemente parece que nada mais h a fazer Consequentemente esta experi ncia revelou se muito rica porquanto me catapultou para trabalhar numa zona de desconforto que m
99. icar o processo que est vamos a realizar nessa poca dado alguns pais focalizarem as suas criticas n o existentes no ano anterior nos fracos resultados Com isso tentamos lev los a entender 90 Realizac o da pr tica profissional que a nossa preocupa o era a evolu o de cada um dos seus educandos no sentido de se tornarem melhores e mais capazes de resolver problemas que o jogo viria a colocar no futuro Salientamos lhes ainda que as equipas na Formac o apenas se preocupam com o resultado a qualquer custo privilegiam o pouco contato com a bola fundamentam o seu jogo em transi es permanentes com a cren a de que dois ou tr s jogadores resolvem os problemas Ao faz lo estar amos a pensar exclusivamente na vit ria a qualquer custo isto sendo os jogadores instrumentalizados para servirem os objetivos de sucesso competitivo do treinador A partir desse momento senti um click dos jogadores nos jogos Deixou de haver tanto stress emocional provavelmente como consequ ncia do nosso di logo com os pais Em contrapartida como nota negativa um dos jogadores com alguma influ ncia acabou por desistir por quest es escolares familiares Foi um incidente sentido negativamente por toda a equipa e apesar do esfor o de muitos jogadores em alterar esta decis o tal n o sucedeu No entanto nesta fase surgiu um outro problema O novo GR da equipa apesar de ter maiores dificuldades t cnicas tinha com
100. iculdades advindas do desnivelamento competitivo entre a nossa equipa e a maioria das restantes tiveram sempre omnipresentes e foram sem d vida a nossa maior batalha para motivar os jogadores a treinar independentemente do resultado nos jogos Mas tamb m tivemos a alegria de perceber que os nossos jogadores de quando em vez j conseguiam ter alguma magia nos p s e coletivamente estabelecer liga es que privilegiavam o aparecimento desse lado individual enquanto a maioria das restantes equipas continuava subordinada a organiza es r gidas e estruturadas Ali s foi precisamente neste aspeto que os postulados do Futebol de Rua nos serviram de norte nossa interven o ao permitir uma forma o mais orientada a um tempo para a versatilidade aumentando os graus de liberdade e a criatividade dos jogadores e consist ncia aumentando o dom nio t cnico na tomada de decis o individual Outro aspeto decorrente de conferir mais espa o aos jogadores para tomarem decis es foi a cria o de maior abertura para o di logo com eles no sentido de os ajudar a rever os erros de constru rem um entendimento baseado na sua pr pria compreens o e n o porque o treinador assim quer Tal tornou os mais comprometidos porque perceberem a rela o entre fazer bem e ter sucesso ou fazer mal e ter insucesso e ainda serem capazes de 103 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional estabelecerem
101. idos para a equipa o que crucial para que se criem as melhores condi es de trabalho Castelo 1994 Caracterizac o dos objetivos gerais para a nossa equipa Atendendo a que o nosso Est gio foi realizado na DF os nossos objetivos embora definidos concretamente para a nossa equipa n o deixaram de descurar os objetivos gerais da mesma Assim tendo como refer ncia a filosofia a cultura e os valores da DF definimos como objetivos gerais para a nossa equipa e Desenvolver os jogadores desportivamente em termos t ticos t cnicos f sicos e psicol gicos e Incutir valores como a responsabilidade o esp rito de grupo a capacidade de sacrif cio a capacidade de superac o e a disciplina entre outros porquanto o car ter do jogador n o independente da sua pessoa e Promover a paix o e o entusiasmo pela pr tica desportiva enquanto fatores edificantes da filia o ao Desporto para a vida e mola de motivac o necess ria para almejar querer sempre ser melhor e Acompanhar a Formac o escolar dos jogadores dando grande import ncia a CADERNETA Registo de Empenho e Desenvolvimento Educativo documento que faz a ligac o entre a Escola e a Dragon Force 48 Realizac o da pr tica profissional Caracterizac o dos objetivos espec ficos No in cio do per odo pr competitivo e ap s uma avaliac o inicial individual e coletiva da equipa definimos os objetivos espec ficos para a poca desportiva ten
102. ilizaremos como refer ncia o livro intitulado Periodizaci n T tica vs Periodizaci n T tica o qual desenvolve de forma detalhado o pensamento de V tor Frade acerca da mesma Princ pio das Propens es De acordo com Tamarit 2013 parte 2 p 39 o princ pio das propens es consiste em alcan ar atrav s da cria o de um exerc cio contextualizado que apare am um grande n mero de vezes o que queremos que os nossos jogadores vivenciem e adquiram a todos os n veis ou seja APeriodizac o T tica uma metodologia de treino que foi criada pelo Professor Vitor Frade 7 Coordenador metodol gico do FCP e ex docente da FADEUP 65 Realizac o da pr tica profissional modelar o exerc cio para o contexto pretendido Para ele ser importante a interven o do treinador Para Resende 2002 os jogadores assimilam determinados Princ pios de Jogo resultantes da repeti o sistem tica Maciel cit por Tamarit 2013 p 40 acrescenta que estes devem ser mecanismos n o mec nicos atrav s da vivencia o de contextos abertos O mesmo autor refere que este Princ pio tem como prop sito criar contextos de vivencia o ricos que permitam que os desempenhos dos jogadores verifiquem uma elevada ocorr ncia de InterA es relativas ao nosso jogar e de modo particular aos contornos que o jogar v verificando ao longo dos v rios dias do Morfociclo Assim o que pretendemos apresentar como constan
103. ilo que fa o e pe o para fazerem dia a dia Em conclus o o Modelo de Jogo o referencial de todo o processo conferindo lhe um sentido e que permite estabelecer um objetivo comum entre os intervenientes jogadores e treinador no projeto de jogo coletivo Gomes 2006 No mbito do nosso Est gio como estamos inseridos num contexto DF o nosso Modelo de Jogo Idealizado esteve alocado a um conjunto de ideias e princ pios que determinam os pilares do Modelo de Jogo o Manual do Treinador os conte dos a realizar em cada fase de ensino e o Manual Pedag gico Este documento designa se Manual T cnico da Dragon Force Ideias de base Desenvolver uma filosofia de jogo congruente com o modelo institu do no Departamento de Forma o do FCP Permitir a evolu o de jogadores com distintos n veis de desempenho 54 Realiza o da pr tica profissional Princ pios de Jogo fundamentais e A posse e a circula o da bola como obsess o objetiva e inteligente da equipa e de todos os jogadores e A zona pressionante como m todo que condicione o comportamento ofensivo do advers rio e que nos permite recuperar a posse da bola e Transi es fortes que aproveitem a desorganiza o moment nea da equipa advers ria Neste Modelo de Jogo o jogo posicional assume uma import ncia elevada no nosso jogo e caracteriza se Por formar muitas linhas em largura e profundidade Disp r os jogadores em diagon
104. ino Para consubstanciar os conhecimentos anteriores no processo de treino o Treinador DF deve ser capaz de e Manter a Disciplina no Treino e Criar contextos de treino prop cios ao aparecimento de uma determinada forma de jogar Princ pio das Propens es como veremos mais adiante e Criar contextos de treino com elevada Densidade competitiva e Fazer com que cada treino seja um Desafio e Ter uma Interven o ajustada e congruente com os conte dos de treino Complementarmente uma das grandes prioridades longitudinais do processo DF a imprescindibilidade de possuir treinadores que sejam capazes de se envolver emocionalmente e contagiar a paix o pelo jogo 2 3 2 Natureza e contornos da Forma o desportiva Como refere Moita 2008 apesar do conceito Forma o ser alvo de v rias reflex es dif cil delimitar o seu significado devido diversidade de sentidos em fun o dos contextos e momentos que a mesma tem lugar ao longo da exist ncia do ser humano No contexto desportivo a pr tica fundamental na Forma o do indiv duo enquanto atleta e pessoa N o obstante n o basta ao treinador ter sido jogador para que exista uma garantia de que o processo de Forma o que lidera seja promotor da qualidade requerida para o desenvolvimento efetivo desses jogadores Mesquita 1997 Lima 1988 refere que a Forma o desportiva de crian as e jovens constitui um aspeto curial da Forma o integral A
105. ios e aparece o DL no corredor para receber Arrastamento para sa da em constru o direta para o Extremo EXT Cria o de espa o para sa da direta para o EXT no corredor lateral e Ap s se aperceberem que n o d para sair curto nem pelos DCs nem pelo DL equipa movimenta se para arrastar advers rio DCs e Piv fecham dentro refer ncia a meia lua e Extremos baixam junto linha e PL cai sobre o nosso corredor do lado da bola e Extremo do lado da bola ap s baixar faz um movimento interior para receber do GR que joga longo sua dire o Ao receber tentar de imediato procurar os Mls ou PL 2 Sub Momento Cria o de Espa os Passe de 1 esta o ap s atra o em condu o do DC Forma o de losango DC DL Piv e MI para cria o de v rias linhas de passe DL com calcanhares na linha procura estar aberto para atrair e jogar dentro ou provocar com desmarca es perpendiculares linha final para criar espa o para o MI e Piv a aparecer no espa o entre linhas para liga o atrav s de pontes paredes DC do lado contr rio fecha para compensar a subida do DC que iniciou condu o 58 Realizac o da pr tica profissional Diagonal longa ap s atra o em condu o do Piv ou MI EXT contr rio fica bem aberto e bola colocada no espa o entre o DC e DL contr rios Rece o orientada para a frente para aproveitar a conquista espa o temporal 1vs1 Recicla
106. ipal As suas tarefas estendiam se ainda fun o complementar de delegado ao jogo preenchendo as fichas nos jogos oficiais Esta colabora o e confian a rec proca incrementou a qualidade das interven es e decis es no treino O Treinador de Guarda redes apesar de n o estar permanentemente em contacto com a restante equipa t cnica visto que era respons vel pelo treino de guarda redes de todos os escal es de forma o da DFC era informado previamente sobre o planeamento do treino da equipa no sentido de ajustar os momentos de treino espec fico de guarda redes ao treino coletivo com a restante equipa Tinha ainda como tarefas fazer o aquecimento dos guarda redes nos dias dos jogos em que estivesse dispon vel A fun o de diretor de todos os escal es de forma o foi desempenhada por um dos dirigentes do Cust ias Futebol Clube sendo respons vel pelas quest es log sticas gerais identificando se totalmente com a cultura do clube e respetivo funcionamento Enquanto Treinador Principal da equipa Sub 14 do DFC assumi as fun es de lideran a da equipa t cnica o que consequentemente implicou a cria o e orienta o de um conjunto vasto de tarefas tais como a conce o de um modelo de jogo o planeamento anual com base num morfociclo padr o o planeamento semanal das unidades de treino e a estrutura o e operacionaliza o do processo de treino a orienta o e gest o da competi o e supervis o de todo o pro
107. iva No entanto passados dois meses ja nos ltimos dias da poca desportiva pediu para voltar Aceit mo lo com o compromisso de no futuro treinar de modo mais s rio para melhorar individualmente e conseguir ser um elemento mais ativo no seio da equipa 3 6 Resultado do trabalho desenvolvido Um dos aspetos mais relevantes do trabalho desenvolvido foi a prem ncia percebida logo no in cio da poca desportiva em alterar o enfoque dos objetivos individuais e coletivos da poca transata o que nos obrigaria a romper de algum modo com a minha aplicabilidade dos Princ pios relativos ao meu Modelo de Jogo Em concomit ncia era nossa convic o que esta mudan a fosse adotada intencional e deliberadamente pelos jogadores para que todos equipa t cnica e jogadores partilh ssemos a mesma vis o do nosso modo de treinar e jogar Esta consci ncia percebida da necessidade de mudar a nossa perspetiva de trabalho deveu se da experi ncia vivenciada com esta equipa na poca transata em que apesar de termos obtido algum sucesso competitivo n o ficamos satisfeitos como o nosso modo de treinar porquanto era muito centrado em definir caminhos de algum modo rotinizados aos jogadores Em suma a obsess o em aplicar os Princ pios de Jogo do nosso paradigma de treino a Periodiza o T tica conduziu nos a que nos centr ssemos em 95 Realizac o da pr tica profissional demasia no jogo posicional e
108. ividual e coletiva possibilitando ao jogador com bola v rias linhas de passe atrav s da ocupa o e aproveitamento de espa os pelos jogadores sem bola Para isso acontecer a nossa interven o vai ser focada em aspectos como o abrir buracos mostrarem se nos espa os entre advers rios paredes e pontes tabelas para atrair e libertar o 32homem e passes de jogo Com isto esperemos que sejam capazes de sobreviver jogando sobre press o aumentando a qualidade na tomada de decis o e intensidade de jogo 20 09 2014 TN Andr Mesquita DFF 012 01 Anexo 6 Contrato de Equipa FC Porto Contrato de Equipa Este contrato tem como objectivos esclarecer todos os pormenores da Liga Interna Sub 14 DF Cust ias bem como criar um compromisso por parte de todos os jogadores e treinadores para a presente poca Liga Interna Ponto 1 Para esta Liga contar o os exercicios jogos realizados durante o treino em que o treinador avisar previamente que s o pontu veis para a Liga Ponto 2 O Treino de Segunda feira contar com um torneio interno com regras previamente definidas Se vencerem o jogo anterior do campeonato as regras ser o escolhidas por voc s Ponto 3 Sistema de pontua o Nos torneios os jogadores da equipa vencedora fazem 6 pontos 1 divis o 3 22divis o ou 1 3 divis o para a Liga Nos exerc cios jogos em que o treinador avise que s o pontu veis para a Liga o
109. lemas e gerir as suas motiva es optando por desenvolv los na maioria dos casos onde se sentiam melhor a jogar em detrimento das necessidades de rendimento imediato da equipa Apenas tr s jogadores corresponderam a estas circunst ncias isto n o coincidia a posi o de jogo com a sua prefer ncia por diferentes motivos Destas situa es a de mais f cil resolu o relacionava se com um jogador que jogava a DC na poca anterior embora o seu sonho fosse o de jogar numa posi o interm dia no campo Devido subida ao escal o Sub 15 do at ent o melhor Piv da equipa promovemos o referido jogador a essa posi o tamb m porque revelava alguma aptid o para tal tendo a partir de ent o demonstrado maior empenhamento e alegria nos treinos Outra situa o referenciou se a um jogador que inicialmente era o nico GR da equipa mas que com o surgimento mais adiante de outro iremos abordar de forma exaustiva mais adiante opt mos por retir lo da baliza e s ter um GR porquanto o seu habitat natural era e continua a ser o de jogador de campo Este jogador enquanto GR revelou sempre esp rito de miss o mas o facto de possuir uma estatura baixa em analogia estatura dos pais era pronunciador de uma previs o relativa de que n o iria ter sucesso no futuro e por outro lado a no o que sabia fazer melhor outras posi es como seja a de MC Com esta op o acreditamos que ta
110. logo que a motiva o deles estava diretamente relacionada com as ambi es da maioria dos pais em unicamente quererem ganhar jogos A partir destes acontecimentos refor amos ainda mais a valoriza o dos nossos objetivos de forma o no sentido de desenvolver melhor os jogadores no que eram as suas principais lacunas e para que percebessem que aquele era efetivamente o caminho independentemente das influ ncias externas Assim a competi o permaneceu valorizada do modo mais adequado s nossas circunst ncias tendo os respetivos objetivos sido ajustados de forma mais realista ao nosso contexto Com isso criamos uma tabela classificativa exclusivamente com equipas que consider vamos do 89 Realizac o da pr tica profissional nosso campeonato isto foram inclu das as equipas do nosso nivel competitivo ou pr ximo que perfaziam cerca de metade da totalidade do quadro competitivo Esta tabela era atualizada e afixada no primeiro treino semanal logo s segundas feiras tendo sido designada de O nosso Campeonato representativa dos objetivos de rendimento At ao final da 1 volta obtivemos praticamente apenas derrotas nos jogos realizados Nao quer isto dizer que o processo estivesse a ser comprometido at porque o primeiro jogo em que realmente emergiu a concretizac o de algum do trabalho metodol gico projetado desde o in cio da poca foi quando perdemos 4 0 contra o Maia Neste jogo conseg
111. m Alto Rendimento Desportivo perspetivando a sua forma o desenvolvimento e carreira desportiva de longo prazo numa modalidade desportiva p 2 artigo 2 do regulamento de est gio consultar em www fade up pt A preocupa o do Est gio profissionalizante ser um momento de forma o por excel ncia onde pr tica e reflex o devem coabitar de forma a tornar este momento um meio de verdadeira Aprendizagem Experiencial Moon 2002 contundente no respetivo regulamento Assim referido neste regulamento que a forma o das diversas compet ncias deve ser conducente Introdu o ao desempenho cr tico e reflexivo apetrechando os treinadores dos conhecimentos e compet ncias que lhes permitam responder da forma mais adequada aos desafios e exig ncias da profiss o Estas compet ncias profissionais organizam se nas seguintes reas de desempenho Organiza o e gest o do processo de treino no Desporto de Rendimento Participa o na institui o cooperante Desenvolvimento profissional p 2 artigo 2 do regulamento de est gio consultar em www fade up pt Percebe se claramente que o treinador em forma o n o dever ser encarado como algo independente do processo que lidera organiza implementa e avalia porquanto da forma de ele ser das conce es que perfilha v o depender as decis es e atitudes que toma isto o que ele como treinador Da que Perrenoud 1993 refere que na forma o de agentes e
112. m morfociclo para esquematizar o padr o semanal desenvolvido por Jos Mourinho anexo 1 onde cada dia tem uma cor diferente para evidenciar a altern ncia do regime de solicita es tudo isto em Divina Propor o Tamarit 2013 completa esta no o de Princ pios Metodol gicos que deve ser entendido como um nico Principio referindo que durante o processo estes devem ser doseados pelo treinador de forma a privilegiar a domin ncia de um tipo de contra o muscular em detrimento de outro em conson ncia com os objetivos di rios do Morfociclo Padr o conseguindo se a maximiza o de uma contra o muscular num dia assim como a sua recupera o nos outros de maneira a manter a equipa preparada e fresca para a competi o Apesar da metodologia da Periodiza o T tica ter tido uma grande influ ncia sobre aquilo que hoje sou como treinador desde a sua teoriza o nas aulas da FADEUP de Metodologia de Futebol s comecei a ter maior sensibilidade para a sua operacionaliza o quando comecei a vivenciar diariamente o contexto Dragon Force Isto porque anteriormente n o tinha com quem discutir ideias e refletir in loco sobre a pr tica nesta perspetiva 68 Realizac o da pr tica profissional 3 4 Implementac o da Atividade Para podermos controlar melhor o processo existiu a necessidade de elaborar primeiro um planeamento estruturado e organizado O planeamento resultou da tentativa de prever
113. m que mais vezes alteramos a sua operacionaliza o Inicialmente optamos por come ar com alguma rela o com bola atrav s de passes em losango com v rias din micas Depois passamos a realizar Futev lei 3vs3 numa fase em que era preciso motiv los e descontra los para a competi o No entanto consideramos que com estas situa es restava pouco tempo do treino para sistematizar os Sub Princ pios Assim passamos a nos preocupar com as din micas do 3 homem apelando a trocas posicionais permanentes mas alertando para as compensa es e as coberturas ofensivas e ainda a preocupa o com as zonas de finaliza o Assim a partir da segunda metade da poca passamos a orientar o processo pela seguinte l gica Rela o com Bola Situa es de finaliza o 1xGR e 1xGR em que ap s finalizar vai defender a sua baliza para onde se desloca outro jogador em 1xGR Intencionalidades Sub Princ pios Assim a maioria do treino passou a incidir em situa es em que a equipa era dividida em 3 grupos e realizavam situa es em formato de campeonato ou bota fora criando regras potenciadoras dos comportamentos pretendidos 80 Realizac o da pr tica profissional Jogo GR 5 x 5 GR em que o portador de bola s podia pass la a colegas livres caso contr rio era marcada falta outra situac o era um jogador realizar passe de primeira para dentro da rea onde s poderia entrar um atacante perante o GR sem def
114. meira constru o de jogo abrir bem o campo ap s as sa das ou recupera o da posse de bola para que houvessem espa os interiores no sentido dos jogadores mais darem linhas de passe em seguran a ao portador da bola Pegando novamente no planeamento de conte dos relativos a organiza o ofensiva vamos exemplificar alguns exerc cios de maior repeti o sistem tica neste dia Intencionalidades Sub Princ pios Me nhos 3 x 1 jogar a 1 toque e tentar realizar 5 7 ou 10 passes Me nhos 4 x 2 jogar com toques livres ou 3 toques e tentavam realizar 5 7 10 passes Passe no buraco valia por tr s Em ambas as situa es quem tivesse maior n mero de acontecimentos inter e 78 Realizac o da pr tica profissional intragrupo ganhava ponto para a tabela Jogos 4 x 2 GR Equipa em posse pode marcar golo das seguintes formas em func o dos objetivos livremente se for a um toque ap s realizar 5 7 10 passes em que passe no buraco vale tr s ou dentro da pequena rea Equipa sem bola procurava roubar e chegar a linha com a bola controlada Principios de Jogo Jogos GR 8 Apoio x 8 GR Equipa em posse de bola tem mais um jogador no corredor central n o condicionado a esse espa o mas pedindo lhe que fa a uma posi o interior sendo mais f cil se o mesmo tiver j esse tipo de inten es com o intuito de privilegiar a circula o de bola pelo corredor central nomeadamente quando
115. mocional Epoca 2014 2015 Treinador Andr Mesquita Figura 3 Unidade de Treino Padr o para a poca Desportiva 2014 2015 Em termos estruturais a norma era que o primeiro exerc cio pretendia conferir maior import ncia a ativagao motora atrav s da relac o com bola 71 Realizac o da pr tica profissional controlo passe recec o finta remate etc o segundo por sua vez estava relacionado com as intencionalidades da nossa forma de jogar enquanto o terceiro e quarto exerc cios estavam associados aos Princ pios e Sub Princ pios os quais visam as liga es setoriais intersetoriais e coletivas com maior ou menor n mero de jogadores envolvidos Definidas as linhas orientadoras para cada unidade de treino importava contextualizar as linhas gerais e espec ficas de elabora o do Morfociclo Padr o Para isso tivemos de nos reportar novamente ao Princ pios Metodol gicos em particular altern ncia horizontal em especificidade respons vel pelos diferentes n veis de organiza o ao longo da semana no sentido de salvaguardar a qualidade do processo Gomes 2006 Tal como refere Tamarit 2013 a m xima preocupa o da Periodiza o T tica induzir os jogadores a expressarem determinados comportamentos espec ficos da nossa forma de jogar alternando Sub Principios e Sub Sub Princ pios de Jogo que exijam uma vari ncia de predom nio de determinadas contra es musculares em detrimento de outras em
116. n ada da carreira desportiva IDP 2010 Por sua vez o grau Ill sucede ao Grau Il e referencia se ao treino no mais elevado n vel de rendimento competitivo da modalidade destinado ao treinador que se encontra no top da carreira no que concerne ao planeamento orienta o e condu o do processo de treino e competi o IDP 2010 O reconhecimento do Ensino Superior como via de forma o formal de treinadores deveras recente tendo resultado das diretrizes emanadas do processo europeu em conferir atividade de treinador um car ter profissional e robusto ao n vel formativo Portugal foi um dos poucos pa ses onde foi modificado recentemente o modelo de forma o de treinadores competindo destacar o Ensino Superior como uma via formal de forma o e a inclus o do Est gio Profissional como obrigat rio para a obten o de grau IDP 2010 A possibilidade da forma o de treinadores ultrapassar o exclusivo dom nio do sistema desportivo e ser realizada tamb m no contexto da forma o acad mica desde que os planos curriculares elejam o treino desportivo nos seus curr culos e os programas e respetivos conte dos v o ao encontro das exig ncias requeridas pelo sistema desportivo na modalidade em Introdu o quest o reveste a forma o de treinadores de requisitos pedag gicos e cient ficos imprescind veis para elevar a aprendizagem e o desenvolvimento profissional do treinador Mesquita 2014 Em particular a Univ
117. ndo 20 a 22 jogos por equipa respetivamente Em seguida realizou se a 2 Fase em que a distribui o das equipas apresentava as seguintes caracter sticas 1 e 2 classificados eram agrupados na primeira s rie para se apurar o campe o distrital da AFP em Juniores C Sub 14 o 3 e 4 classificados eram agrupados na segunda s rie e assim sucessivamente at aos ltimos classificados num total de cinco s ries 5 Retirado de http pt wikipedia org wiki Associa o de Futebol do Porto 28 Enquadramento da pr tica profissional 2 3 Macro Contexto de natureza concetual Para nos enquadrarmos convenientemente num determinado contexto fundamental conhec lo e entend lo como um todo Sobre isto Guilherme 1991 p 8 refere que s conheceremos e poderemos agir em determinada realidade atual se conhecermos e entendermos todas as suas origens Para um melhor entendimento do Futebol e da sua dimens o importa compreend lo como parte integrante de uma dimens o superior configurada 14 no Desporto Maciel 2011 O Desporto apresenta se assim como um espelho exacto ou deformante das nossas sociedades contempor neas Gritti 1975 cit por Costa 2004 p 55 e consequentemente o Futebol um dos principais representantes do universo desportivo Costa 2004 p 55 Percebe se assim que o Futebol um fen meno antropossocial total inserido numa sociedade e numa realidade
118. nha capacidade de autorreflex o cr tica uma maior abertura para considerar os argumentos da equipa t cnica e ainda maior espa o de autonomia decisional conferido aos jogadores e de di logo na an lise dos problemas emergentes da pr tica Em jeito de s ntese este est gio possibilitou me o desenvolvimento de uma mente de treinador mais aberta e flex vel mas simultaneamente mais consistente e bem fundamentada Por outras palavras sei quem sou e porque sou isto tenho ra zes consistentes derivada da minha forma o acad mica e da experi ncia alguma como Treinador mas percebo que possuo asas para almejar integrar o meu estilo a minha pessoa no modo de jogar no modo de ser treinador PALAVRAS CHAVE FUTEBOL EST GIO DRAGON FORCE TREINADOR FORMA O XV Abstract The youth football context should be seen as a way to develop the players performance medium and long term since it plays a crucial role in building technical and tactical skills that are required to achieve excellence in sport Based on this assumption we defined a set of aims to develop in our professional internship with the under 14 team from Dragon Force Cust ias These aims were to develop the players sporting abilities according to the Dragon Force principals and particularly to address the existing weaknesses in individual tactics and specific motor skills Concerning the individual and social level there were three determinant areas to inc
119. no corredor central e estimular a criatividade individual constituiu a nossa ideia chave invocando muito da filosofia do DF O mesmo ser afirmar que Ideia de Jogo do Treinador consubstancia se em fun o das circunst ncias do contexto em que est inserido na cria o de um Modelo de Jogo 52 Realizac o da pr tica profissional 3 3 O Modelo de Jogo 3 3 1 Referenciais do Modelo de Jogo da Dragon Force O Modelo de Jogo como Intengao Pr via constitu do pela interac o entre diversos fatores tais como cultura do pa s cultura e hist ria do clube estruturas e objetivos do clube ideia de jogo do treinador estruturas de jogo carater sticas e n vel dos jogadores e outras relacionadas com o momento da temporada religi o clima hor rios conforme elucida a Figura 1 Cultura de Pa s Cultura Historia del Modelo de Juego Caracteristicas Estructuras y Nivel de los Objetivos del Jugadores Club Estructurals 0 Idea de Juego Sistema s de del entrenador Juego Figura 1 Esbo o de Guilherme adaptado por Tamarit 2010 O Modelo de Jogo fulcral para conceber e desenvolver um processo coerente e espec fico que se reflita na cria o de um determinado jogar Constitui por isso um aspeto nuclear do processo de treino ao ponto deste deixar de ter sentido sem a sua exist ncia j que a partir dele que tudo se gere organiza desenvolve e cria Guilherme 2004 Assim pensa tamb m Fari
120. nsiva nos 33 53 56 71 73 74 ndice de Quadros Enquadramento da pr tica profissional Quadro 1 An lise individual dos jogadores nn Quadro 2 Perfil individual da equipa t cnica e do diretor desportivo XI ndice de Anexos Anexo 1 Morfociclo de Mourinho na perspetiva de Oliveira et al 2006 i Anexo 2 Calendario Anual de Atividades do universo Dragon Force ii Anexo 3 Plano Semanal de Atividades da Dragon Force Cust ias ii Anexo 4 Modelo da Ficha de Perfil do Jogador erenenn gt iii Anexo 5 Avalia o Diagn stica da Equipa iv Anexo 6 Contrato de Equipa siii v Anexo 7 Modelo da Tabela de Pontos dos Jogadores vi Anexo 8 Question rio inicial aos jogadores vii Anexo 9 Tabela de Objetivos individuais nennen nennen viii Anexo 10 Calendario de Jogos 2014 2015 ix XIII Resumo O Futebol no contexto juvenil deve ser encarado numa perspetiva de desenvolvimento dos jogadores a m dio e longo prazo porquanto constitui um fator decisivo na construc o dos alicerces t ticos e t cnicos requeridos para o alcance da excel ncia desportiva Baseado nesta premissa edificamos os objetivos do nosso Est gio Profissionalizante realizado no escal o de iniciados Sub 14 da Dragon Force Cust ias e que se con
121. ntido de planear exerc cios que contemplem a melhoria de determinados Princ pios e Sub Princ pios de Jogo representativos e identificativos da forma de jogar que pretendemos para a equipa Assim come amos por destacar e incidir o nosso plano de a o na necessidade de melhorar determinados Sub Sub Princ pios relacionados com o plano mais micro o plano dos detalhes visto que os jogadores e a equipa apresentavam debilidades na rela o com bola nos dom nios da propriocetividade da criatividade individual e nas habilidades motoras espec ficas em contexto de jogo Outros aspetos avaliados como uma necessidade e que consideramos fundamental numa perspetiva de sucesso a m dio e longo prazo sao a tomada de decis o e o aproveitamento de espa os sub momento da organiza o ofensiva Nos momentos em que a equipa n o tenha a posse de bola ser necess rio focarmos o processo na rea o perda com press o imediata sobre o portador da bola Com o planeamento e avalia o elaborados desenrolou se a fase da realiza o do plano e controlo Durante esse processo o treinador elaborou novas avalia o individuais e coletivas a cada tr s meses trimestre do processo apontando a progress o ou regress o do jogador tendo em conta os seguintes crit rios 70 Realizac o da pr tica profissional e Rendimento desportivo desempenho t tico e t cnico e Comportamentos e atitudes nos treinos jogos empenho e dedica o
122. nto o jogador como a equipa sairiam a ganhar Por ltimo o caso mais complicado relacionou se com um jogador que apesar de ser particularmente empenhado nos treinos jogos denotava lacunas t ticas e t cnicas graves Na poca anterior este jogador alternou entre as posi es de DC e DL mas gostava era de jogar a EXT Dado este desfasamento tivemos uma conversa e ficou combinado que iria experimentar 83 Realizac o da pr tica profissional essa posi o EXT mas na 2 fase do campeonato alcan ou a autoperce o de que n o estaria a ter sucesso e voltou para DL onde desde a tem vindo a conseguir evidenciar melhor performance De salientar a situa o de um jogador que a nossa e exclusivamente perspetiva foi considerada para a posi o escolhida Devido subida do DL esquerdo para o escal o de Sub 15 optamos em colocar o referido jogador a DL direito o qual coincidentemente era o jogador que menos tinha jogado na poca anterior Apesar de inicialmente ter estranhado jogar nesta posi o consideramos que jogar a DL esquerdo seria ben fico para a sua rela o com bola devido s v rias possibilidades comportamentos e necessidades permanentes de se ajustar ao p n o preferido Acabou a poca como o DL mais utilizado e atualmente prefere jogar nesse lado do campo Em virtude de conhecermos a maioria dos jogadores optamos desde logo por incluir competi o no final da primeira semana de treinos Contud
123. o devido ao n mero reduzido de jogadores para esse primeiro jogo foi convocado um misto de jogadores Sub 14 e Sub 15 Na confronta o com a competi o deu para tirar o pulso performance individual de cada um e din mica coletiva entre todos Percebemos de imediato que havia muito trabalho pela frente A semana seguinte foi preenchida com mais minutos em contexto de jogo treino na quarta feira e no s bado Um desses foi contra uma equipa que conhec amos bem a DF Porto que tinha jogadores com muita qualidade individual e por terem um n cleo duro h j alguns anos conseguiam ser uma equipa com din micas bem definidas colocando muita intensidade no jogo Aqui n o apenas pelo resultado mas porque tivemos pouco tempo em posse de bola percebemos que a dist ncia entre as duas equipas era gigante Apesar de evidentemente haver falhas na organiza o coletiva da equipa onde por exemplo est vamos condicionados nas sa das visto que o GR n o tinha capacidade de colocar bolas longas nesta situa o o grande fator diferencial percebido residia na qualidade dos jogadores das duas equipas com desvantagem clara para a nossa Devido a estas evid ncias este constituiu o primeiro grande momento de reflex o que nos conduziu ao 84 Realiza o da pr tica profissional seguinte questionamento introspetivo Se continuarmos preocupados com as mesmas coisas e a trabalhar da mesma forma que na poca passada
124. o caminho j est previamente tra ado ou seja os conte dos e Princ pios de Jogo da nossa forma de jogar s o imut veis Contudo h a necessidade de ajustar em fun o dos comportamentos e problemas revelados pela equipa ao longo da semana De seguida apresentado o Morfociclo Padr o Figura 4 utilizado pela nossa equipa Sub 14 DFC na poca desportiva s MORFOCICLO PADR O rn DRAGON FORCE 3 TREINOS POR SEMANA COMPETICAO Relac o com Bola la sedate pe lol Tema a definir Tema a definir eIntencionalidades elntencionalidades Sub Princ pios eSub Princ pios Rela es no plano Intersectorial sectorial ou individual micro e Futebol de Rua Liga Interna Relac es no plano Intersectorial sectorial ou individual micro eGrandes Princ pios Rela es no plano Colectivo e Intersectorial macro Interven o Intensidade Interven o Emotividade Intensidade Descontinuidade Emotividade Descontinuidade Epoca 2014 2015 Treinador Andr Mesquita Figura 4 Morfociclo Padrao Fica visivel pela Figura anterior que a equipa de competic o Sub 14 da DFC treinava tr s vezes por semana Estes eram realizados s segundas quartas e sextas feiras das 19 15h at s 20 30h dispondo de diferentes espacos de treino s segundas feiras era usado um quarto de um campo de 73 Realizac o da pr tica profissional Futebol de Onze e s
125. o com as outras equipas t cnicas todo o nosso trabalho foi realizado em conson ncia com as orienta es do Coordenador T cnico da DFC o que por sua vez estava em estreita relac o com o Modelo de Jogo e Treino da DF Neste sentido na qualidade de Treinador Principal cumpria me a responsabilidade de enviar semanalmente ao Coordenador T cnico o relat rio referente ao jogo anterior bem como o morfociclo para a semana seguinte at dois dias ap s o ltimo jogo 2 2 3 Equipa de Orientac o e Supervis o de Est gio Orientador do Est gio Profissionalizante da FADEUP O meu Est gio Profissionalizante foi orientado pelo Professor Doutor Jos Guilherme Oliveira coordenador do gabinete de Futebol da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Possuidor do Grau IV de Treinador de Futebol UEFA PRO e formador nos Cursos de Treinador de Futebol de diferentes graus agrega na mesma pessoa tr s pap is complementares professor treinador e investigador o que se constitui como uma mais valia ao nivel pedag gico cient fico e metodol gico E indubitavelmente uma figura de destaque enquanto treinador com uma vasta experi ncia no Futebol Profissional e no seu percurso de formac o Atualmente exerce a func o de selecionador de Sub 18 na Federa o Portuguesa de Futebol FPF Destacam se no seu curriculum as fun es de Treinador Principal das equipas do FCP B e da Acad mica de Coimbra preparador f sico da Sele o Nacional
126. o da Universidade do Porto Moon J A 2004 A handbook of reflection and experiential learning Theory and practice London Kogan Page 122 Refer ncias bibliogr ficas Morais T 2006 compromisso nunca desistir As vit rias no Desporto aplicadas ao sucesso nas empresas Nelson L Cushion C and Potrac P 2013 Enhancing the provision of coach education the recommendations of UK coaching practitioners Physical Education and Sport Pedagogy 18 204 218 Oliveira B Amieiro N Resende N 8 Barreto R 2006 Mourinho Porqu tantas vit rias 1a ed Gradiva Pacheco R 2001 O ensino do futebol de 7 Um jogo de inicia o ao futebol de 11 GRAFIASA Perrenoud P 1993 Pr ticas pedag gicas Profiss o docente e Forma o Lisboa Publica es D Quixote Pires B 2009 A import ncia do Futebol de Rua na forma o de jogadores de Futebol de excel ncia Monografia apresentada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Purdy L Jones R amp Cassidy T 2009 Negotiation and capital athletes use of power in an elite men s rowing Program Sport Education and Society 14 3 321 338 Ramos F 2003 Futebol Da Rua a Competi o Lisboa Instituto do Desporto de Portugal Resende N 2002 Periodiza o T ctica Uma concep o metodol gica que uma consequ ncia trivial da especificidade do nosso jogo de futebol Faculdade de Ci ncias do Desporto e de
127. o e da interven o das pessoas que orientam a Forma o 2 3 3 O Futebol de Rua como uma mais valia para a pr tica formal Hodiernamente um dos problemas comuns pr tica desportiva do Futebol ao n vel da Forma o reside na falta de horas de pr tica informal que proporcionem viv ncias e constrangimentos diversificados num ambiente de 36 Enquadramento da pr tica profissional liberdade autonomia e divers o N o obstante esta evid ncia o Futebol dado o seu grande impacto s cio cultural e desportivo fonte de elevada atrac o para as crian as e jovens e normalmente por via disso na rua que por h bito comeca a paix o em jogar de forma absolutamente espont nea sem que a sua aprendizagem seja orientada por adultos Ramos 2003 Conforme refere Cruyff 2012 p 9 a rua onde se descobre o futebol e donde surge a paix o por este jogo Na rua se aprende a driblar a combinar entre dois chutando contra o bordo da calgada e a chutar e receber a bola contra uma parede A pr tica do Futebol de Rua efetuada em terrenos baldios e irregulares com bolas de diferentes texturas e dimens es e sem a presen a de qualquer treinador atrav s de pequenos jogos de 3vs3 4vs4 consoante o n mero de participantes existentes em espacos variados largos ou compridos e com dimens es reduzidas Pacheco 2001 Sendo disputado nos mais diversos locais isso possibilita aos jovens a aquisig o de um repert rio
128. o no treino seguinte sermos mais rigorosos tanto ao n vel metodol gico como disciplinar nomeadamente em rela o s demonstra es de desagrado dos jogadores para com as decis es dos treinadores ou excesso de agressividade em jogo Todos estes comportamentos passaram a ser advertidos com cart es Entretanto e apesar de no jogo seguinte termos ganho por n meros expressivos 5 0 permaneceram evidentes algumas das nossas fragilidades particularmente nas dificuldades em ligar o jogo pelo corredor central bem como manter a calma com bola para tomarmos as melhores decis es Nas semanas seguintes continuamos a treinar estes e outros aspetos da organiza o ofensiva com feedback maioritariamente orientados para quest es mais micro fruto do qual come ou a emergir mais qualidade nas a es dos jogadores tanto na din mica como na regularidade Contudo na 5 jornada fomos jogar contra o Boavista num campo pelado e foi um momento marcante da poca onde perdemos por 9 0 Assim e apesar da equipa t cnica ter sido sincera com todos os jogadores desde o in cio da poca onde alertamos para as dificuldades com que nos ir amos deparar a desmotiva o come ou a acentuar se com os fracos resultados at esse momento ademais por n o estavam habituados na poca anterior Como treinador achei que era o momento para reunir a equipa e perceber o porqu desse sentimento visto que j estavam alertados para tal Percebi desde
129. o servi o dos jovens e n o estes ao servi o do FUTEBOL N o obstante porque o sonho comanda a vida e sendo o Futebol a minha paix o mesmo sem ser o meu ganha p o almejo ter a possibilidade de a m dio e longo prazo experienciar viv ncias mais enriquecedoras num contexto com um grau competitivo mais elevado como o caso da Forma o do FCP Por fim quero apenas expressar o que me vai na alma finalizando ao jeito do modo como iniciei este relat rio de est gio quando invoquei as raz es de ser Treinador estagi rio da FADEUP Ser treinador para mim acima de tudo um espa o de realiza o pessoal onde as minhas vit rias encontram muito mais fundamento no que percebo dar aos meus jogadores como pessoas e jogadores pois o Desporto neste caso o Futebol que lhes permite isto do que propriamente no ganhar aos outros Obviamente que a competi o a alma do treino pois sem ela n o h raz es para treinar no Desporto de competi o mas a competi o tem me mostrado ser acima de tudo um momento de autosupera o de transcend ncia da vontade de ultrapassar os nossos pr prios limites Porque para mim o valor de uma vit ria de uma medalha vale sobretudo o sorriso dos jovens a sua alegria n o devem ser 112 Considerac es finais trof us a serem exibidos pelos treinadores quando fazem do Desporto o meio de terem palco Ademais o que me move querer continuar a ser treina
130. o vantagem uma maior estatura comparativamente com o outro GR Procuramos desde logo dar lhe alguma confian a at porque ficou percet vel que era um jogador com problemas de autoconfian a e muito sens vel ao erro em contrapartida o outro GR que apesar da instabilidade que sentia derivada da sua baixa estatura era muito confiante nas suas capacidades e bastante competitivo Nessa continuidade numa sess o de treino o novo GR n o aguentou a press o que ele mesmo se colocava e abandonou o campo de jogo O treinador de GR foi de imediato falar com o jogador que lhe transmitiu o sentimento negativo que originou esta situa o falta de autoconfian a Com isso tomamos uma decis o que em bastidores j andava a ser constru da Consideramos que era chegado o momento do GR mais antigo na equipa e tamb m de mais baixa estatura transitar para jogador de campo ficando apenas como alternativa na baliza em caso de necessidade Reunimos com o jogador e com os pais e no momento que lhe demos a boa nova o seu rosto t mido transformou se num longo e largo sorriso demonstrando que j esperava aquele momento h j 91 Realizac o da pr tica profissional algum tempo O jogo seguinte era novamente contra o grande Boavista Apesar de terem presente na memoria o resultado da 1 volta senti a equipa mais confiante e expectante pelo jogo No final revelou se na nossa tica o melhor jogo da poca Esta percec o
131. obviamente sempre em rela o com os problemas t ticos suscitados pela variabilidade contextual e especificidade do jogo 43 Realizac o da pr tica profissional Realizac o da pr tica profissional No presente ponto pretende se refletir acerca da pr tica profissional desenvolvida no desenrolar da poca desportiva 2014 2015 clarificando deste modo a ess ncia do que foi o est gio na Dragon Force Cust ias mais propriamente na equipa de Iniciados Sub 14 de Competic o Iniciaremos apresentando os objetivos gerais e espec ficos para a equipa jogadores na medida em que as mesmas s o norteadoras do trabalho desenvolvido isto as nossas metas de refer ncia a alcancar servindo ao mesmo tempo de meio de regula o e monotoriza o do trabalho desenvolvido Um maior afastamento ou proximidade aos objetivos tracados no decurso do desenvolvimento do processo de treino competic o ajuda nos a perceber os desvios ocorridos e comitantemente consciencializar a raz o dos mesmos reajustando o processo de treino competi o De seguida apresentamos a nossa conce o de jogo como base para a explana o do nosso modelo de jogo Atrav s do nosso modo de entender a contextualiza o da pr tica partimos para a implementa o das atividades e em seguida fazermos uma descri o mais pormenorizada com uma focaliza o nas dificuldades encontradas e as Estrat gias de Remedia o adotadas Por ltimo iremos referir
132. ogadores de futebol de 39 Enquadramento da pr tica profissional elite anteriormente apresentados O DF reforca o papel do Futebol de Rua na medida em que outro ponto de destaque no Manual T cnico como uma prioridade longitudinal ao longo do processo Em suma a ideia do Futebol de Rua constituir um estilo de vida que est latente em cada mi do e que apenas temos de fazer despert lo a mensagem priorit ria Parece assim importante refletir sobre o potencial do Futebol de Rua como pr tica informal diametralmente oposta s condi es demasiadamente estruturadas e por isso de algum modo castradoras da pr tica formal e tentar criar em ambientes de Escolas de Futebol Clubes condi es de treino geradoras de criatividade e de envolvimento gratificante Por m este desejo caso sempre esbarra na exalta o da competi o precoce na Forma o e por via disso a prefer ncia por um treino altamente estruturado onde os jovens s o sufocados sem terem espa o para errar fator priorit rio de uma aprendizagem percebida e constru da solidamente 2 3 4 T cnica e t tica duas faces da mesma moeda Treinar Futebol com qualidade requer que exista elevada complementaridade entre t tica e t cnica pois como refere Mesquita 2009 p 165 se por um lado o jogador tem que compreender os eventos correntes para tomar decis es acertadas por outro tem que possuir um vasto repert rio t cnico que s adquire si
133. omentos em fun o do contexto onde estamos inseridos h quem se sinta obrigado a usar todas as armas para ganhar Felizmente o nosso contexto n o nos obriga a pensar assim e talvez por isso muitos dos jogadores que chegam efetivamente ao alto rendimento desportivo e se tornam profissionais prov m de clubes de dimens o mais reduzida onde vivenciaram contextos mais ricos e diversificados mas igualmente potenciadores da criatividade individual de cada um deles Numa an lise individual de evolu o dos jogadores e tendo por refer ncia a pretens o inicial nos objetivos individuais o jogador que mais evolu u no que se refere s habilidades motoras espec ficas em contexto de jogo foi sem d vida o capit o de equipa Contudo este jogador desde o in cio da poca j revelava grandes aptid es comparativamente com muitos elementos da equipa tendo sido alcan ado um momento em que se percebia que os outros raramente o acompanhavam comitantemente a press o recaia sobre ele para resolver por vezes sozinho algumas situa es de jogo Apesar da evolu o da equipa e melhor presta o em competi o come amos a aperceber nos de alguns atritos nos treinos e consequente desinteresse e tristeza quando estava inserido num grupo que considerasse ser constitu do por jogadores fracos 93 Realizac o da pr tica profissional Estes momentos coincidiram com a fase em que a equipa de Sub 15 atingiu a fase
134. onada para alcan ar objetivos em contextos espec ficos o que permite referir que na base da execu o de uma habilidade existe uma intencionalidade pr via Bruner 1973 cit por Guilherme 2014 e Requisitar simultaneamente precis o consist ncia e flexibilidade relativamente a o a realizar Connely 1977 cit por Guilherme 2014 e Capacidade de atingir os mesmos objetivos ou de realizar a mesma a o atrav s de diferentes padr es de movimento caracter stica que Hebb 1949 cit por Tani 2008 denominou de equival ncia motora No caso espec fico do Futebol Guilherme 2014 p 22 refere que um passe pode ser executado de diferentes formas i e com a parte interna do p com a parte externa com a parte dorsal com a parte plantar ou at com o calcanhar Todas estas variantes da habilidade motora espec fica do passe apresentam padr es de movimento diferenciados Tal significa que se durante o processo de treino n o for contemplada a explora o de diferentes padr es o report rio motor dessa habilidade ser limitado e desajustado s exig ncias que os jogos desportivos e o Futebol em particular reclamam Tani 2008 Na medida em que o contexto de pr tica do jogo de Futebol caracteriza se por uma grande aleatoriedade complexidade e imprevisibilidade Garganta et al 2000 imposs vel antecipar quando e como as diferentes habilidades motoras v o ser requisitadas exigindo que mesmas sejam esp
135. os quatro momentos organiza o ofensiva organiza o defensiva transi o ofensiva e transi o defensiva e esquemas t ticos de jogo com o intuito de identificarmos um ponto de partida para a constru o do nosso jogar 3 3 2 1 Organiza o Ofensiva Na constru o da nossa forma de jogar a organiza o ofensiva da equipa abrange os princ pios antes referidos da posse e da circula o da bola como obsess o objetiva e inteligente da equipa Isto ter maior posse de bola que a equipa advers ria e conseguir originar v rias situa es de finaliza o atrav s dessa posse A constru o do jogo ofensivo dividiu se em quatro sub momentos 1 Sa das pelo Guarda Redes 2 Cria o de espa os 3 Aproveitamento de espa os 4 Finaliza o 56 Realizac o da pr tica profissional Sendo o jogo ofensivo um momento de jogo bastante importante para o nosso jogar come amos a trabalhar desde a primeira semana do per odo pr competitivo Com o conhecimento pr vio dos jogadores e do trabalho realizado no ano anterior opt mos por come ar a treinar a manuten o da posse de bola assim como as sa das pelo guarda redes pois seria a partir do guarda redes que iriamos iniciar o jogo ofensivo da nossa equipa Pelos problemas existentes na poca transata 2013 2014 em que tivemos na posi o de guarda redes dois jogadores de campo at chegar um guarda redes j no decorrer do in cio do per
136. quartas feiras e sextas feiras era usado metade de um campo de Futebol de Onze A luz da Periodizac o T tica o Morfociclo Padr o foi constru do para contextos competitivos nos quais as equipas treinassem por norma cinco vezes por semana Assim tal como refere Vieira cit por Tamarit 2013 as circunst ncias por serem outras dado a nossa equipa ter apenas tr s dias de treinos exigem que se seja sens vel a elas e consequentemente exista adaptac o Nas palavras de Pereira cit por Tamarit 2013 o Morfociclo Padr o est dependente do contexto em que trabalhamos e devemos ser inteligentes para saber interpret lo Para melhor se perceber toda a operacionalizac o do Morfociclo Padr o apresentamos de seguida um exemplo pr tico de Morfociclo em organizac o ofensiva sub momento de maior import ncia para o nosso processo bem como os aspetos fundamentais de cada uma das sess es de treinos Este exemplo relativo semana antecedente ao jogo da 2 volta contra o Boavista perdemos 1 2 e que falaremos mais adiante 2 a 8 Fevereiro Semana 21 DIA 22 Feira 32 Feira 42 Feira 52 Feira 62 Feira S bado Domingo Relac o com bola Relac o com bola Relac o com bola protec o 12toque prote o 1 toque prote o 1 toque condu o e drible condu o e drible condu o e drible lt enganar e fingir enganar e fingir enganar e fingir E Org Of Individual Org Of Individual
137. r jogo por tr s DCs ou GR voltar a 1 sub momento Piv DCs e GR na cobertura d o linha de passe em seguran a e Ap s entrada em condu o do DC o outro DC fecha o meio e d cobertura ofensiva prevenir o momento de perda e Ap s entrada em condu o do DC GR d linha de passe no limite da grande rea do lado da bola 3 Sub Momento Aproveitamento de Espa os Jogo Posicional Cultura de Toque Varia o do jogo em largura e profundidade com quebras no sentido da varia o e Atra o no espa o interior atrav s de liga es de pontes paredes dos Mls e Piv MI em apoio frontal no espa o entre linhas Piv de perfil para acelerar jogo jogar a dois toques 1vs1 no corredor lateral Quando EXT recebe e vai para cima pede aclaramento movimento para libertar espa o para entrada do DL Atra o no corredor lateral para posterior entrada nos espa os Toca e mexe Combina es diretas indiretas Piv ou MI a dar apoio frontal para combina o direta indireta com o DL 59 Realizac o da pr tica profissional Dentro Fora PL PL e EXT alternam o posicionamento em fun o um do outro Quando EXT tem bola s o necess rias desmarca es movimenta es que permitam a cria o de espa os Diagonal do PL no lado cego do defesa advers rio do lado da bola e Ou passa para o PL e faz diagonal interior sem bola ou faz diagonal interior com bola
138. ra uma equipa em que o n cleo duro de jogadores competia em conjunto apenas pelo segundo ano consecutivo e tinha perdido quatro dos melhores jogadores do ano anterior para a equipa de Sub 15 Com isto pretend amos preparar os jogadores para que no final da poca pudessem estar a um n vel que lhes permitisse a passagem de uma forma sustent vel em termos de requisitos t ticos e t cnicos para o escal o acima 49 Realizac o da pr tica profissional Deste modo foram priorizados os seguintes aspetos em termos de compet ncias de jogo a adquirir e Melhorar as habilidades motoras espec ficas dos jogadores e a t tica individual na rela o com a bola nas intencionalidades e nos momentos de jogo atrav s da melhoria das capacidades cognitivas percetivas e decisionais e Diminuir em particular o desnivelamento da assimetria funcional de forma a permitir aos jogadores utilizarem ambos os membros inferiores independentemente da sua domin ncia lateral Tal indutor de um repert rio t cnico mais vasto capaz de responder s variantes de tempo espa o e momento omipresentes no jogo na rela o com a bola colegas advers rios e constrangimentos afetos a tarefa e Potenciar a criatividade individual e intelig ncia t tica em contextos que possuindo os constrangimentos do jogo facilitam a sua compreensao e Efetuar uma avalia o inicial interm dia e final dos jogadores como fator de an lise do
139. radas e Estrat gias de Resolu o adotadas No sentido de se compreender os problemas que surgiram ao longo da poca bem como as estrat gias adotadas momento a momento na tentativa de os resolver opt mos por fazer uma an lise retrospetiva temporal da poca 81 Realizac o da pr tica profissional desportiva em fun o dos diferentes per odos da poca e momentos mais particulares quando tal se justificava Deste modo parece nos ser mais percet vel identificar n o s o desenvolvimento da implementac o da atividade como tamb m de uma forma oportuna e contextualizada invocar eventos que alteraram de algum modo a nossa intervenc o no sentido de nos ajustarmos aos constrangimentos imprevis veis que o processo de treino competic o nos coloca enquanto treinadores no nosso quotidiano Per odo Pr Competitivo O nosso Per odo Pr Competitivo teve a durac o de sete semanas nas quais tent mos ao m ximo construir uma equipa que apesar de manter o n cleo duro do ano anterior tinha perdido jogadores nucleares para os quais n o houve substituic o conforme j referido Percebe se que o intuito inicial foi integrar os novos elementos e almejar potenciar ao m ximo os jogadores que transitaram desta equipa da poca anterior principalmente aqueles que tinham vivenciado menos tempo de jogo Nesta fase para al m das sess es de treino pr ticas recorremos a duas sess es te ricas visto que como refere
140. rea para prevenir bolas nas costas Fecho do bloco em largura Fechar o lado da bola com refer ncia espacial da linha da pequena rea Jogo de coberturas Piv sempre a equilibrar o centro da equipa important ssimo nas coberturas EXT sempre a ver bola e espa o Coberturas DC DC nunca podem ficar paralelos sempre na diagonal Nas sa das do advers rio PL e Mis fazem compensa es na press o aos DC fechando o meio 2 Sub Momento Cria o de Zonas de Press o Pressionar forte sempre que o advers rio tente jogar dentro do nosso bloco Obrigar a jogar para tr s ou para os corredores laterais sempre que entrarem no nosso bloco Pressionar nos corredores laterais Aproveitar a linha lateral como zona favor vel para pressionar o advers rio 61 Realizac o da pr tica profissional Importante jogador mais pr ximo pressionar forte o advers rio com bola e os restantes jogadores marcarem os advers rios mais pr ximos Pressionar sa das do advers rio armadilha PL fecha a linha de passe para o outro DC apenas quando o DC com bola se encontra em condu o j no corredor lateral Condicionar sa das do advers rio para os corredores laterais Pressionar lan amentos de linha lateral no campo todo Reagir rapidamente e reduzir espa o marcando advers rios mais pr ximos criar nos jogadores a convi o de que imposs vel sair com bola da nossa press o nos lan amentos GR tem
141. rease responsibility commitment and autonomy through the use of accountability systems that increased motivation and involvement levels Furthermore being a particular demanding season in what respects to the performance goals we were aware about the necessity to create and implement strategies to motivate the players and therefore to achieve a central demanding to be better as person and players The culture of winning at all costs unfortunately still remains in the field of youth football and had to be demystified by the use of specific work strategies In particular at the methodological level in order to implement the tactical periodization principles there was the necessity to adapt the game contexts to the players level and create situations that allowed to develop specific motor skills and to increase the players freedom for in accordance reading interpreting and acting As a coach understand that most of all have reached the maturity to implement my own ideas which helped me to build a stronger identity as such This was possible because there was an improvement in my ability to reflect about my work and to be more open to the ideas of my stuff team and finally a greater capacity for autonomous decision and discussion about practical issues was given to the players To summarise this internship allowed me to develop a more open and flexible but also more consistent and supported coach mentality
142. responsabilidade de gerar ambientes propulsores do desenvolvimento do Desporto Deve ainda ser capaz de valorizar a integra o do conhecimento e o desenvolvimento tecnol gico emergente da investiga o cient fica e de experi ncias de sucesso internacionalmente reconhecidas catapultadoras do desenvolvimento do Desporto em geral e do Futebol em particular Assim de acordo com o Manual T cnico DF o Perfil de Treinador de Forma o consubstancia se na capacidade de intervir com qualidade em tr s grandes dom nios 32 Enquadramento da pr tica profissional E CONHECIMENTOS CARACTER STICAS DIDACTICO DAS FAIXAS ETARIAS METODOL GICOS Figura 2 Conhecimentos necess rios para ser um Treinador DF Conhecimentos sobre o jogo e Capacidade para compreender o Modelo de Jogo Dragon Force e Capacidade para observar o jogo e os jogadores retirando conclus es relevantes Conhecimentos das caracter sticas das faixas et rias e Capacidade para escolher exerc cios adequados Princ pio de Propens o e Capacidade para comunicar eficazmente e Com entusiasmo e Com expressividade Com um l xico adequado idade Conhecimentos did tico metodol gicos e Capacidade de planeamento e Capacidade para intervir com qualidade durante o treino e Capacidade para demonstrar e Capacidade para refletir e melhorar o processo 33 Enquadramento da pr tica profissional Princ pios did ticos fundamentais no Tre
143. riences and outcomes The Sport Psychologist 23 77 92 Tamarit X 2013 Periodizaci n T ctica vs Periodizaci n T ctica V tor Frade aclara Espanha MBF Tani G 2008 Equival ncia motora variabilidade e graus de liberdade desafios para o ensino de jogos desportivos In Tavares F Gra a A Garganta J Mesquita ed Olhares e contextos da performance nos jogos desportivos Porto Universidade do Porto p 85 92 Tani G Santos S amp J nior C 2006 O Ensino da T cnica e a Aquisi o de Habilidades Motoras no Desporto In Tani G Bento J Petersen R ed Pedagogia do Desporto Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 227 240 Vereijken B amp Whitting H T A 1990 In defence of discovery learning Canadian Journal of Sport Psycology 15 99 106 124 Refer ncias bibliogr ficas Vickers J 1990 Instructional design for teaching physical education Champaign Ill Human Kinetics Ward P Hodges N J Williams A M amp Starkes J L 2004 Deliberate practice and expert performance Defining the path to excellence In A M Williams 8 N J Hodges Eds Skill acquisition in sport Research theory and practice pp 231 258 New York Routledge 125 127 Anexos Anexo 1 Morfociclo de Mourinho na perspectiva de Oliveira et al 2006 Recuperag o Operacionaliza o Aquisitiva da Organiza o de Jogo Recuperag o Inteireza inquebrant vel do jogar R
144. rma o da identidade profissional do treinador de Desporto In J Nascimento V Ramos amp F Tavares Org Jogos Desportivos Forma o e investiga o pp 295 318 Cole o Temas Movimento Florian polis Mesquita I 2014 Mudan a de paradigma na forma o de treinadores O valor da aprendizagem experiencial In P Batista P Queir s amp A Gra a Eds O est gio profissional na re construg o da identidade profissional em Educa o F sica pp 333 359 Porto Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Mesquita l Borges M Rosado A amp Batista P 2012 Self efficacy perceived training needs and coaching competences The case of Portuguese Handball European Journal of Sport Sciences 12 2 168 178 Mesquita l Isidro S amp Rosado A 2010 Portuguese coaches perceptions of and preferences for knowledge sources related to their professional background Journal of Sports Science and Medicine 9 3 480 489 Mesquita l Ribeiro J Santos S amp Morgan K 2014 Coach learning and coach education Portuguese expert coaches perspective The Sport Psychologist 28 124 136 Metzler M 2000 Instructional Models for Physical Education Allyn and Bacon Massachusetts Moita M 2008 Um percurso de sucesso na formac o de jogadores em Futebol Estudo realizado no Sporting Clube de Portugal Academia Sporting Puma Monografia apresentada a Faculdade de Desport
145. rodu o simultaneamente de consci ncia de que nas modalidades para as quais n o tinha tanta aptid o f sica teria de trabalhar mais e com maior dedica o para obter algum sucesso Contudo chegado o momento das provas consegui superar esta maior dificuldade e a par de uma boa m dia de Ensino Secund rio entrei na FCDEF no ano letivo de 2004 2005 Foi por certo um dos momentos mais felizes da minha vida que recordo com enorme orgulho e satisfa o Conv m acrescentar que desde os 10 anos at este momento pratiquei ininterruptamente Futebol e posteriormente Futsal federado No entanto num momento de fraqueza ap s n o ter sido selecionado para transitar para a equipa s nior de uma equipa de Futsal que disputava o campeonato da 1 divis o nacional na qual tinha sido capit o na poca desportiva anterior enquanto j nior acabei por me focar completamente no curso de Desporto deixando a pr tica federativa Ainda hoje considero uma op o errada mas foi o caminho que decidi seguir Com estes eventos comecei a ter mais tempo para refletir sobre o que os professores ensinavam e como isso poderia auxiliar na orienta o para a pr tica do Futebol Em consequ ncia no final da conclus o do primeiro ano letivo da Faculdade sem que houvesse a necessidade imediata de optar por determinada rea de especializa o acontecia no respetivo plano de estudos da licenciatura apenas no 3 ano procurei uma Escola de Futebol Clube que
146. ros optando sempre pelo p preferido o que em algumas circunst ncias evidenciou ser altamente penalizador para a efetiva o da a o pretendida Decorrente da incid ncia na t tica individual o jogo seguinte evidenciou algumas melhorias em aproxima o ao que consider vamos basilar para atingir uma determinada forma de jogar Apesar da equipa ter muitas dificuldades em organiza o defensiva pelo simples facto dos jogadores ao ganhar a bola procurarem realizar pequenas liga es entre eles procurando de imediato espa os para progredir no campo tornou os mais imprevis veis contra uma equipa que tamb m revelou bastantes fragilidades e permitiu 85 Realizac o da pr tica profissional tempo e espaco para se jogar em zonas interiores precisamente nesta zona que pretendemos que a nossa equipa jogue e concomitantemente sejam criadas oportunidades substantivas de aprendizagem para evolu rem para um contexto mais complexo Neste per odo da poca surgiu um novo problema relacionado com constrangimentos familiares nomeadamente a marcac o de f rias por alguns pais para o m s de setembro e a ocorr ncia de faltas a jogos treino por se considerar que nao sao a s rio por nao terem transporte Com isto percebemos tamb m que havia uma falta de sentido de responsabilidade e compromisso de alguns jogadores e pais o que nos conduziu a valorizar ainda mais as presengas e a pontualidade nos treinos atrav s do
147. rs Journal of Applied Sport Psychology 4 181 183 Erickson K Bruner M MacDonald D and C t J 2008 Gaining Insight into Actual and Preferred Sources of Coaching Knowledge International Journal of Sports Science amp and Coaching 3 4 527 538 Ericsson K A Krampe R T amp Tesch R mer C 1993 The role of deliberate practice in the acquisition of expert performance Psychological Review 100 363 406 Exercise and Health C t J 1999 The influence of the family in the development of talent in sports The Sport Psychologist 13 395 417 Faria R 1999 Periodiza o T ctica Um Imperativo Conceptometodol gico do Rendimento Superior em Futebol Porto R Faria Disserta o de Licenciatura apresentada Faculdade de Desporto e de Educa o F sica da Universidade do Porto Fonseca H amp Garganta J 2006 Futebol de Rua um Beco com Sa da Do Jogo Espont neo Pr tica Deliberada Disserta o de Monografia apresentada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Edi o Vis o e Contextos Ford P R Ward P Hodges N J and Williams A M The Role of Deliberate Practice and Play in Career Progression in Sport the Early Engagement Hypothesis High Ability Studies 2009 20 1 65 75 Frade V 2007 Apontamentos das aulas de Metodologia de Futebol 3 Ano Op o de Futebol Dossi de Aulas n o publicado Faculdade de Desporto Universidade do Porto
148. s Laterais Marcar o livre para a zona entre o 1 poste e o meio da baliza Marcar o livre para a zona entre o meio da baliza e o 2 poste Lan amentos Laterais Jogadas combinadas no sentido de criar espa o para receber a bola trocas entre Piv MI EXT AV 63 Realizac o da pr tica profissional 3 3 2 6 Esquemas T ticos Defensivos Cantos Marcac o mista com quatro jogadores na linha de pequena rea dois jogadores em cada poste e os restantes em marcac o individual aos jogadores mais altos perigosos e Aten o coloca o dos apoios atitude pr ativa atacar o espa o nas costas do colega da frente e Sa da do s jogador es mais perto da bola nos cantos curtos No m nimo em igualdade num rica Livres Aten o coloca o dos apoios atitude pr ativa atacar o espa o nas costas do colega da frente 2 bola m nimo em igualdade num rica na barreira em fun o dos jogadores perto da bola GR a definir o n mero de jogadores na barreira Lan amentos Laterais Marca o zona n o acompanhando os movimentos dos jogadores da equipa advers ria 3 3 2 7 Intencionalidades Inter relacionadas com os princ pios de jogo fundamentais da nossa forma de jogar com estas premissas que pretendemos criar jogadores FCP e Cultura de Toque e Toca e Mexe e L gica do 3 Homem pontes paredes o Retirar de Press o e Rea o Perda 64 Realiza o da pr tica profis
149. s atual gestor do Projeto DF Tivemos desde cedo a preocupac o em conceber um projeto diferenciador e inovador que aliasse a qualidade das infraestruturas desportivas e recursos humanos a transmiss o de valores e cultura do F C Porto N o fomos pioneiros na introdu o das escolas de futebol mas fomos inovadores porque melhoramos o servi o a todos os n veis com uma qualidade mpar nas instala es nos recursos humanos na metodologia de treino nos processos de trabalho e no apoio de v rios departamentos transversais tais como a nutri o a pedagogia e a psicologia Para al m de tudo isto na poca desportiva 2009 2010 conseguimos certificar com selo de qualidade a escola de futebol Dragon Force respeitando as normas ISO 9001 2008 permitindo nos expandir a escola de futebol Dragon Force pelo pa s sempre com grande rigor e controlo A mesma pessoa num momento mais atual acrescenta Hoje comemoramos a ambi o e paix o do FC Porto atrav s do Dragon Force Tem seis anos de vida e um projeto ambicioso que tem como principal objetivo servir a forma o do FCP E f lo atrav s de profissionais e treinadores muito dedicados rigorosos competentes e apaixonados por aquilo que fazem Ro 1 Retirado de http www fcporto pt pt noticias Pages Aniversario Dragon Force2014 aspx p page 5 18 Enquadramento da pr tica profissional Derivado das excelentes condi es de trabalho proporcionadas por uma insti
150. s jogadores da equipa vencedora fazem entre 1 a 3 pontos Nos treinos cart o amarelo menos 1 ponto duplo amarelo menos 3 e vermelho direto menos 5 pontos Ponto 4 Pr mios Mensalmente no final de cada m s o vencedor da Liga o jogador que consiga acumular mais pontos nesse m s ganha o direito de no m s seguinte jogar a totalidade dos 70 minutos sem ser substitu do em um dos jogos do do campeonato Trimestralmente os 3 primeiros classificados em cada trimestre ter o o direito a receber um pr mio prenda surpresa Anualmente o jogador que no final da poca ficar em 1 na Liga Interna receber o grande pr mio Anexo 7 Modelo da Tabela de Pontos dos Jogadores DRAGON FORCE CUSTOIAS SUB14 FC Port lo DRAGON TABELA DE PONTOS FORCE Semana X NUM NOME JOGO ANTERIOR SEGUNDA FEIRA QUARTA FEIRA SEXTA FEIRA TOTAL vi Anexo 8 Question rio Inicial aos Jogadores FC Porto DRAGON FORCE Benvindo a equipa de competi o Sub 14 do Dragon Force de Cust ias Contamos contigo para uma poca de novos desafios e conquistas Sonha e treina muito para um dia alcancares metas mais altas Os treinadores est o aqui para te ajudar sempre Agora come a por preencher esta ficha para te conhecermos melhor e entrega a no pr ximo treino Ficha de Jogador Nome E mail Data de Nascimen
151. s pelos treinadores se encontram as compet ncias de mbito relacional e de pensamento cr tico Mesquita et al 2012 Santos et al 2010 todavia n o raramente estas compet ncias s o desvalorizadas nos cursos de Formac o de Treinadores Mesquita et al 2014 Embora se reconheca a import ncia do conhecimento profundo e sustentado cientifica e metodologicamente da modalidade desportiva e das Ci ncias do Desporto afetas ao rendimento desportivo como o caso da biomec nica fisiologia etc as mat rias de foro deontol gico pedag gico e social s o fundamentais para ajudar o treinador a se reconhecer como tal a compreender o que exige a sua profiss o e em particular a estar preparado para atuar no ambiente amb guo e complexo onde desenvolve a sua atividade profissional Santos et al 2013 No que respeita ao Treino de Jovens mesmo quando orientado para o Alto Rendimento Desportivo como o caso do ambiente onde atuamos a primeira miss o do treinador ser educador Daqui emerge que ser competente neste n vel de pr tica significa ser capaz de fomentar o gosto e entusiasmo pela pr tica desportiva valorizando nao s a compet ncia desportiva mas tamb m o desenvolvimento pessoal e social dos jovens praticantes atrav s do fomento de valores e atitudes importantes para o desenvolvimento da literacia desportiva e da filiac o pr tica desportiva para a 31 Enquadramento da pr tica profissional vida Mesq
152. sentido de responsabilidade comprometimento disciplina e motiva o pois apenas com atitude de jogador na sua plenitude era poss vel criarem a convic o que poderiam SER MELHORES Neste sentido o Contrato de Equipa aplicado desde o in cio da poca come ou a ser mais monitorizado o que implicava que na aus ncia do seu cumprimento os jogadores eram de algum modo sancionados o que evidenciou ser particularmente ben fico na consciencializa o do sentido de terem deveres e n o s direitos Paralelamente introduzimos uma tabela de Objetivos Individuais com incid ncia na rela o com bola com o intuito de estimul los dentro e fora casa e escola do contexto do clube a 87 Realizac o da pr tica profissional melhorarem Entre os aspetos inclu dos na tabela destacam se a sua relagao com bola tais como toques com p forte toques com p fraco toques com a coxa toques de cabeca toques livres passagens em grupos de 2 sem deixar cair a bola voltas habilidades livres entre outros Estes crit rios eram avaliados mensalmente na primeira segunda feira de cada m s e os pontos contavam para a tabela de pontos dos jogadores referentes Liga Interna Per odo Competitivo 1 Fase Com o in cio das competi es oficiais totalidade do jogos em anexo 10 procuramos que a equipa conseguisse aplicar os comportamentos desejados independentemente da qualidade demonstrada pelos advers rios Assim na palestra
153. ser que os nossos jogadores estar o mais perto dos jogadores da DF Porto no final da poca A partir deste momento e em conson ncia com o treinador adjunto o foco passou a orientar se para melhorar conte dos de base que nesta faixa et ria j deveriam ter sido vivenciados e assimilados Estes conte dos estavam relacionados diretamente com as componentes t tico t cnicas o que nos conduziu a concedermos maior import ncia componente t cnica no processo de treino competi o Tal n o significou que este tivesse sido operacionalizado de forma anal tica ou descontextualizada dos pressupostos a aplicar em jogo Pelo contr rio a ideia era dotar os jogadores de uma maior diversidade de a es que lhes possibilitasse ter sucesso nas intencionalidades coletivas Assim e complementada pelas avalia es individuais realizadas aos jogadores neste per odo foi poss vel identificar e compreender os problemas maiores de cada um em particular e da equipa como um todo No tocante aos aspetos ofensivos identificamos dificuldades dos jogadores em interpretarem os momentos prop cios para a condu o de bola para situa es de 1vs1 na qualidade do passe e no primeiro toque na ocupa o dos espa os livres e tamb m na orienta o dos apoios para diminuir o tempo de execu o e aumentar a efic cia da a o seguinte De salientar que raramente os jogadores usavam o p n o preferido com exce o de dois jogadores ambidest
154. sional 3 3 4 Princ pios Metodol gicos Como referimos anteriormente o Modelo de Jogo o referencial de todo o processo Para Campos 2007 no sentido de se obter um processo de treino de qualidade fundamental conhecer bem o Modelo de Jogo nas suas ideias gerais e comportamentos espec ficos que permitam reajustamentos constantes de acordo com os contextos tendo em vista a Especificidade o Supra Princ pio Para que o Modelo de Jogo seja operacionalizado de forma coerente e com uma l gica de continuidade com manifesta evolu o por parte dos jogadores e da equipa temos que repetir sistematicamente os comportamentos que queremos implementar Assim surgem referenciais metodol gicos que servem de fio condutor do processo tais como o Princ pio das Propens es o Princ pio da Progress o Complexa e o Princ pio da Altern ncia Horizontal em Especificidade que s o os pilares da repeti o sistem tica e s uma intera o entre eles permitir que se treine em Especificidade Como refere Guilherme cit por Campos 2007 p 52 a maior dificuldade e a maior complexidade surge dessa intera o uma vez que s o os tr s extremamente importantes em termos de evolu o do jogo tanto em termos coletivos como em termos Assim tanto a DF como institui o como eu na vertente de treinador guiamo nos pela Periodiza o T tica e os seus respetivos princ pios metodol gicos Dito isto importa falar um pouco sobre eles e ut
155. sistema de pontuac o A premissa de que Quem quer muito est sempre presente foi adotada como mandamento Assim para al m da preocupa o com a constru o da nossa forma de jogar sentimos necessidade de estabelecer estrat gias para tornar o grupo mais forte e que fosse revelador de uma maior paix o pelo Jogo para al m dos resultados Estas preocupa es advinham de possuirmos indicadores suficientes para prever uma poca dif cil sendo que para n s o mais importante era os jogadores acreditarem num processo que os fizesse crescer pessoal e desportivamente Neste sentido opt mos por designar tr s capit es tal como na poca transata mas com a particularidade de terem val ncias complementares e com isso influenciarem o restante grupo nas seguintes vertentes Morais 2006 atitude dedicac o concentrac o e superac o intelig ncia criatividade e amizade exemplo para os restantes elementos do grupo Nesta estrat gia possibilitamos aos jogadores a escolha de um dos capit es tendo sido percet vel o sentido de justi a que possu am escolheram um jogador que era um exemplo de dedica o e amizade enquanto os restantes capit es foram escolhidos por n s Com a aproxima o do in cio do per odo competitivo e consecutivas 86 Realizac o da pr tica profissional derrotas nos jogos treino fomos ganhando consci ncia da necessidade fundamental de estabelecer objetivos estrate
156. substanciam nos seguintes pontos dotar os jogadores das compet ncias desportivas de acordo com as premissas da escola Dragon Force e em particular suprir lacunas prementes ao n vel da t tica individual e das habilidades motoras espec ficas Ao n vel pessoal e social tr s vetores foram determinantes incrementar a responsabilidade o compromisso e a autonomia atrav s do recurso a sistemas de accountability que incrementaram os n veis de motiva o e envolvimento Ademais tendo sido uma poca desportiva em que os objetivos de rendimento eram de dif cil concretiza o fomos sens veis necessidade de construir e implantar estrat gias para motivar os jogadores em prol de uma ideia comum isto serem melhores como pessoas e como desportistas A cultura da vit ria a qualquer pre o ainda erradamente presente no Futebol Juvenil teve que ser desmistificada Na viabiliza o dos princ pios da periodiza o t tica houve a necessidade de adaptar os contextos de jogo ao n vel de desempenho dos jogadores pela cria o de situa es que permitissem a melhoria das habilidades motoras espec ficas e incrementassem os seus graus de liberdade para em conson ncia lerem interpretarem e agirem Como treinador entendo acima de tudo que alcancei maturidade para colocar em pr tica as minhas pr prias ideias com consci ncia o que me levou a construir uma identidade mais s lida como treinador Para tal contribuiu o incremento da mi
157. te ao longo do processo semanal de treinos uma coer ncia em rela o aos conte dos de treino a serem operacionalizados privilegiando situa es abertas isto a cria o de comportamentos atrav s da repeti o sistem tica de possibilidades de ocorr ncia numa perspetiva de repetir sem repetir Vereijken B amp Whitting H T A 1990 Princ pio da Progress o Complexa Conforme refere Tamarit 2013 este princ pio consiste em priorizar o que consideramos mais importante isto hierarquizar os Princ pios e Sub Princ pios de Jogo na evolu o do jogar No entanto teremos de ter no o que sendo um princ pio a sua utiliza o n o linear na medida em que existem desvios avan os e recuos no processo a considerar Sobre isto Tavares cit por Tamarit 2013 acrescenta que se durante algum tempo deixarmos de trabalhar alguns desses Princ pios e Sub Princ pios os jogadores perdem esses comportamentos interaA es intencionalizadas para um determinado jogar De forma a ser consistente no desenvolvimento fundamental que exista coer ncia com a Matriz do nosso jogar sem que exista perda de sentido Segundo o grande objetivo chegar ao jogo seguinte com os jogadores na melhor forma poss vel Para isso devemos ter em conta que a complexidade de um exerc cio depende da rela o existente entre muitas vari veis com 66 Realiza o da pr tica profissional destaque para Tamarit 2013 e A
158. temente do golo existir Foi um dos aspetos que mais tentei melhorar e o qual prestei bastante aten o em contexto competitivo A grande maioria das equipas advers rias mesmo aquelas que gostavam de ter a bola revelavam padr es de comportamentos mecanizados em que a organiza o da equipa abafava por completo os graus de liberdade e a parte criativa dos jogadores Se me perguntassem quem era o melhor jogador Qual era o jogador que 102 Autorreflex o acerca do Desenvolvimento profissional aconselhavas para a Forma o de um clube grande Eu tinha muitas dificuldades em responder porque raramente algum jogador se destacava dentro de uma equipa nos crit rios individuais que considero chave para se atingir a excel ncia no futuro Perante estas minhas apoquenta es que me orientavam cada vez mais para a certeza que tinha que ser mais assertivo e est vel nesta minha forma de treinar atrav s de conversas com o meu adjunto confirmei o meu entendimento optando por comegar a realizar sobretudo exerc cios de jogo abertos Para al m disso eliminei quase por completo as situa es anal ticas com o intuito de explorar ao m ximo as situa es jog veis e outras em refer ncia ao Futebol de Rua mesmo tendo em conta que a equipa continuava a ter dificuldades em ganhar jogos do quadro competitivo mas progressivamente com resultados desfavor veis menos avolumados Como j reiterado as dif
159. tinha conclu do a Licenciatura na FADEUP e j estava sensibilizado para um modo de entender o Futebol bem diferente 11 Introdu o Neste impulso candidatei me ao FCP Escola de Futebol Dragon Force DF escola com a qual me identifico a n vel concetual e metodol gico Quando soube que tinha sido aceite senti uma enorme satisfa o porque acabara de entrar na casa que sempre sonhei no clube do meu cora o Desde logo soube que premissas como a paix o o rigor a compet ncia e a dedica o estariam mais do que nunca presentes diariamente na minha vida Desde esse momento considerei que estava no clube ideal para catapultar em mim a necessidade de atualizar conhecimentos o que me induziu a inscrever me no Mestrado de Alto Rendimento Desportivo especializa o em Futebol na FADEUP Percebia que o treinador um pr tico te rico o que significa que as decis es que toma n o se baseiam num ativismo pr tico ou seja fazer por fazer mas em conce es de treino que o ajudam a compreender melhor a pr tica e concomitantemente a intervir eficazmente respaldado por um saber pedag gica e cientificamente fundado Mesquita 2014 O grande hiato entre a conclus o do 1 ano e o 2 ano quatro anos paradoxalmente teve sempre a mesma explica o o Futebol Dada a necessidade de ter outra profiss o que me paga a maior parte das contas sou personal trainer e nunca ter conseguido deixar de ser treinador de
160. to a Qual o sistema que mais gostas Gr 4 3 3 ou Gr 4 4 2 Coloca por ordem as posi es em que mais gostas de jogar 1 2 3 Como jogador qual achas que a tua maior qualidade E o teu maior defeito O que mais gostas de fazer nos treinos O que gostavas de treinar para te sentires melhor jogador do que aquilo que s O que estarias disposto a fazer pela tua equipa Quais s o os teus sonhos O que mais gostas de fazer nos teus tempos livres vii Anexo 9 Tabela de Objetivos Individuais DF CUST IAS SUB14 FC Porto TABELA OBJECTIVOS INDIVIDUAIS FORCE Toques Toques Toques Toques P Forte P Fraco Coxa Cabe a M S Toques Passagens Voltas Outros Objectivo 40 10 20 5 40 10 3 Parar no P Objectivo 60 20 60 Parar no Peito Objectivo 80 Parar nas Costas Objectivo 80 30 100 9 Volta ao Mundo Objectivo 40 15 120 20 5 Levantamentos Objectivo 100 12 10 Toques Canela Objectivo Toques at ao MC Objectivo 120 50 180 15 Maradona Objectivo 60 25 200 40 Volta ao Universo Objectivo 150 75 75 35 250 50 20 Inventa TU Final S jogas no treino N o tens tempo para a bola na escola casa mas queres ser como eles Muitos de voc s dizem que querem jogar e ser melhores mas n o querem assim tanto Voc s s querem um bocadinho N o querem mais do que jogar playstation N o querem tanto quanto querem ter umas determinadas chuteiras Muitos de voc s n o querem tanto tr
161. tui o que interliga de forma otimal a estrutura e a conce o de forma o desde 2008 at 2014 transitaram 83 futebolistas das Escolas DF para as equipas de forma o do FCP Na medida que este projeto possui uma perspetiva ecl tica de forma o e desenvolvimento desportivo isto n o considera apenas a componente desportiva mas tamb m a pessoal e social os seus objetivos integram aspetos de diferente ndole a saber e Desportivos os quais se projetam na capacita o para formar e captar novos talentos e da servir de nicho para toda a forma o e Marketing da Imagem no qual se perspetiva a otimiza o da marca FCP como sin nimo de contexto de forma o desportiva por excel ncia de crian as e jovens Qualidade nos servi os prestados e responsabilidade c vica e social porquanto importou expandir a comunidade escolar em geral e as criangas oriundas de meios sociais menos favorecidos a pr tica desportiva de forma gratuita e Financeiros na medida em que ao tornar este projeto simultaneamente abrangente ou seja permitir a pr tica a todos independentemente da capacidade individual e particular no que se referencia possibilidade de captar os jogadores mais dotados na proje o de uma via de desenvolvimento de longo prazo com vista excel ncia desportiva permitiu perceber que o mesmo seria indutor de maior fonte de receitas Esta pan plia de objetivos radica no entendimento de que a
162. ue tudo vale para ganhar Com estes objetivos pretendemos promover o desenvolvimento integral dos nossos jogadores Procur mos que essa melhoria fosse o mais abrangente poss vel enquanto pessoa e tamb m ao n vel desportivo no sentido de proporcionar o maior n mero de experi ncias ricas aos nossos jogadores nos mais diversos n veis de desempenho t tico t cnico psicol gico f sico comunicacional Santos 2010 Foram tamb m definidos objetivos individuais de acordo com as capacidades de cada jogador o seu n vel atual de performance o seu ritmo de aprendizagem as suas caracter sticas de personalidade e necessidades de forma o e rendimento nos v rios dom nios desportivo pessoal e social Assumem tal import ncia na medida em que a defini o de objetivos tendo em conta exclusivamente o plantel em geral n o considera as necessidades e potencialidades individuais e consequentemente n o se atende ao desenvolvimento individual de cada jogador fator imprescind vel de evolu o do jogador a m dio e longo prazo De facto os jogadores desta equipa evidenciavam logo no in cio da poca necessidades particulares que ao serem atendidas momento a momento do processo de treino foram sofrendo metamorfoses que indiciaram a necessidade de interven o e 51 Realizac o da pr tica profissional reajustamento constante dos objetivos individuais regularmente monitorizados e avaliados 3 2 Concec o de
163. uimos ter alguma posse de bola jogar mais vezes e durante mais tempo no corredor central por vezes at com a concretizac o de ligagdes a um dois toques bem como criar situa es de finaliza o Contudo no final dos jogos os jogadores revelavam alguma frustra o perante os resultados pois o seu esfor o n o era recompensado No entanto um aspeto que frisamos ami de no balne rio com o objetivo de os motivar era relativo ao desempenho constantemente superior da equipa isto era lhes transmitida a no o de que j iam conseguindo colocar as nossas ideias em pr tica Ap s analisarmos o que se passou durante a 1 volta conclu mos que a equipa conseguiu concretizar em jogo os comportamentos de treino mais facilmente contra as melhores equipas ou contra aquelas que pelo menos gostavam de tratar bem a bola Tal devia se ao facto do nosso maior problema ser contra equipas agressivas e que jogassem permanentemente em transi es at porque n o era o nosso foco no treino dado os jogadores evidenciarem falta de serenidade para recuperar a bola e come arem de imediato a construir jogo O in cio da 2 volta coincidiu com praticamente o inicio do 2 trimestre do ano escolar per odo no qual foi realizada a avalia o interm dia dos jogadores com os crit rios anteriormente referidos Neste momento foi realizada uma reuni o com os pais tendo o mesmo sido transmitido para al m de se ter aproveitado para desmistif
164. uita 2004 Deste modo a sensibilidade para intervir e refletir com sentido de responsabilidade sobre os problemas ticos c vicos e sociais releva se como eixo estruturante da aquisic o de compet ncias profissionais no mbito do Treino de Jovens No mbito da influ ncia que pode exercer no desenvolvimento da literacia desportiva das compet ncias motoras e do entusiasmo pela pr tica sobressai a import ncia do Treinador de Jovens ser capaz de criar ambientes positivos de aprendizagem os quais devem ser propulsores do desejo de autossuperac o da busca progressiva da autonomia do comprometimento e da responsabilidade dos praticantes na prossecuc o das tarefas de treino e de competic o Do mesmo modo a sua intervenc o t cnica tem de ser balizada por referenciais de qualidade na medida em que nas etapas da Forma o inicial que a dota o motora geral e os contornos elementares da dota o motora espec fica s o adquiridas Mesquita 2009 Isto exige uma Forma o espec fica capaz de responder s exig ncias particulares da modalidade e simultaneamente abrangente no que se referencia explora o das possibilidades educativas do Desporto na Forma o de crian as e jovens Mesquita 2013 No mesmo comprimento de onda a sua vis o sobre o mundo e o Desporto ter de ser abrangente tica e deontologicamente fundada sendo capaz de influenciar a ado o de boas pr ticas aos profissionais e jogadores sob a sua
165. ve para a minha incurs o no curso de Desporto foi a primeira visita em 1998 s nov ssimas instala es da FADEUP designada at ent o de Faculdade de Ci ncias do Desporto e Educa o F sica FCDEF institui o que at a desconhecia A minha tia levou me l sem saber por certo o impacto que tal teria em mim Fiquei fascinado n o imaginava que pudesse existir no mundo um lugar como aquele em que tudo era apelativo para se ser melhor no Desporto para aprender e saber mais para ser melhor para ser mais feliz O impacto em mim foi tal que no ltimo ano do 3 ciclo recusei veemente realizar testes psicot cnicos elaborados no sentido de ajudarem os alunos a perceberem as suas voca es visto que j tinha a forte convic o para onde queria entrar no Ensino Superior Quando transitei para o Ensino Secund rio na Escola Secund ria Carolina Michaelis optei de imediato pela rea de Desporto na medida que me possibilitava experienciar situa es de maior exig ncia e de me preparar mais convenientemente para a realidade que provavelmente iria encontrar no futuro Neste comprimento de onda havia tamb m a preocupa o por parte dos professores em nos prepararem para a primeira barreira a ultrapassar no acesso ao ensino superior os pr requisitos Neste mbito a minha maior dificuldade era a Nata o apesar de ter experienciado a modalidade durante cerca de 2 anos obrigando me a um esfor o de autossupera o e Int
166. vel mas que passou a partilha tempo de jogo com o primeiro Tal foi evidente esta situa o que num determinado treino houve confronto com excesso de agressividade de ambas as partes lhes sendo dada ordem de expuls o assistindo o resto do treino sentados no banco de suplentes No final tivemos uma conversa com ambos no sentido de perceberem que a equipa est acima de interesses individuais e de que ambos iriam continuar a ter tempo de jogo medida das circunst ncias e 92 Realiza o da pr tica profissional necessidades de cada jogo Num dos ltimos jogos da 1 fase defrontamos uma equipa Sub 13 da Forma o do FCP que por quest es competitivas visto que tem outras equipas da Forma o equipavam DF Este era um jogo onde a motiva o era naturalmente acrescida inerente ao facto de se jogar contra o expoente m ximo de Forma o em Portugal pelo menos aos nossos olhos Apesar da equipa advers ria ser constitu da por jogadores mais novos eram naturalmente dotados de imensa qualidade t tico t cnica o que nos obrigou a superarmo nos individual e coletivamente Apesar de n o ter sido o jogo mais bem conseguido da nossa parte alcan amos algo que nos deixou a pensar como ao intervalo o jogo estava 0 0 na segunda parte o advers rio mudou estrategicamente a sua forma de jogar porque sentiram que s dessa forma conseguiriam alterar o resultado Para n s foi um sinal evidente de que em determinados m
167. za o do contexto funcional mais precisamente no que se referencia s caracter sticas da equipa t cnica e din mica de funcionamento para al m de serem apresentadas algumas caracter sticas dos jogadores que 13 Introdu o auxiliem a perceber o seu n vel de experi ncia desportiva no Futebol em diferentes ambientes de pr tica secundadas da identifica o das prefer ncias posicionais em jogo Este cap tulo finalizado com um enquadramento concetual sin tico do macro contexto onde atuamos de forma a se identificar as nossas conce es e perspetivas sobre a forma o do jovem futebolista numa perspetiva de desenvolvimento de longo prazo Neste n vel destacamos 1 o papel e compet ncias do treinador e os desafios que o mesmo tem que enfrentar na sua atividade profissional atendendo ao contexto de forma o 2 a refer ncia complementaridade da pr tica desportiva informal e formal salientando se neste n vel o valor do Futebol de Rua e os ensinamentos que este deve trazer pr tica formal do Futebol 3 a complementaridade entre t tica e t cnica no treino do Futebol enquanto conceito curial para se intentar um treino que considere a ecologia do jogo O terceiro cap tulo debru a se em particular no desenvolvimento da nossa pr tica profissional onde de maior relev ncia apresentar os objetivos para a equipa os quais por sua vez assentam numa conce o de jogo a qual perfilha a ideia do treinador De se

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