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fundação de ensino "eurípedes soares da rocha"

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1. Na mesma posi o M RCIO T LIO VIANA disserta o seguinte O problema que o verbo se tornou irregular nem sempre se conjuga com todos os pronomes O capital ordena flexibilizem Mas se recusa a dizer flexibilizo E o fato de ser conjugado s na terceira pessoa faz o verbo incorporar elementos de seu contr rio se inova nas formas retrocede nas ess ncias se promete liberdade aumenta a opress o 2000 p 168 4 3 2 1 3 Normas trabalhistas Proteger ou Flexibilizar eis a quest o 75 Nos breves apontamentos acima mencionados verificamos duas palavras prote o e flexibiliza o na perspectiva do direito do trabalho no entanto houve grandes diverg ncias nesse ramo do direito principalmente no contexto da nova realidade do mundo contempor neo NORBERTO BOBBIO 1992 p 45 analisa essa problem tica no campo do direito do trabalho da seguinte maneira n o basta fundament lo ou proclam lo Nem tampouco basta proteg lo O problema da sua realiza o n o nem filos fico nem moral Mas tampouco um problema jur dico um problema cuja solu o depende de um certo desenvolvimento da sociedade e como tal desafia at mesmo a Constitui o mais evolu da e p e em crise at mesmo o mais perfeito mecanismo de garantia juridica Nessa perspectiva dificil achar um equilibrio entre a prote o e a flexibiliza o mas s se saber no futuro se as escolhas que s o feitas no
2. c sssssecsssessecsscessscssesssscesessescesesseesesecseesesscseeseenees 33 A A II cos dna EEAS le o 33 2 2 Conceito do Principio Protetor do Trabalhador er 38 SS A Ar o a Ra ea add 41 o qua in A T T a Na a oA a og 42 DEMAS de aplica o sauna aa dra tcs 42 2 5 1 A regra in dubio pro ODT ONIO x ais saa antera o aa 43 2 5 2 A regra da norma mais favor vel quis da 43 2 5 3 A regra da condi o mais ben fiCA ooconocnnncoconcooccononconnoconocnnncnnn ccoo no cono cnnncnnncos 45 CAP TULO 3 O princ pio da prote o ao trabalhador brasileiro e a A TENYA LE K E EEE EEEE EA E E E iai ga 47 3 1 Origem da Globaliza o ad 47 32 Conc ito da iD ai tia 50 3 tos da CloDaNZA O assa a o 52 3 3 1 Novo Sistema de Pr a 53 S A Disp t pelo Mercado 54 3 3 1 2 Novas Formas de Gest o asa 55 3 3 1 3 e A aeaa sis 57 Sala Computador nie e ds e a E dol A o 57 3 3 1 3 2 Internet e EM a ae a ibi 59 3 3 1 4 Neoliberalismo Aspectos Pol ticos e ECOM MICOS coooconoccnoccnoncncnnncconacins 68 30 2 Novo Sistema de Trabalho ica 70 332 ia A A eae RE 70 3 3 2 1 1 Posi o a favor da HexibiZa O as oes 12 3 3 2 1 2 Posi o contra ate O ia Ag A ese 73 3 3 2 1 3 Normas trabalhistas Proteger ou Flexibilizar eis a JO a o a a a 74 13 3 3 3 1 A subordina o nas rela es triangulares do trabalho obst culo epistemol gico no v nculo de trabalho ssa ri tirita 81 3 3 4 Desemprego e SU
3. es dignas aos trabalhadores e sanar os problemas sociais O jurista Arion Say o Romita 2003 p 212 acredita que a democracia a nica forma de limitar o mercado e dar poder de press o aos exclu dos Dentro dos par metros da democracia representativa urge realizar os anseios da democracia participativa com a cria o de mecanismos de distribui o de renda e da realiza o do ideal do pleno emprego Acreditamos tamb m nesta concep o mas devemos acrescentar condi es dignas e iguais para todos pois sem essas condi es o cidad o universal vulner vel a qualquer forma de governo Os efeitos da globaliza o transcendem qualquer fronteira ou sistema de governo da a necessidade de um princ pio universal e orientador dignidade humana para acompanhar as transforma es da sociedade ponderando as colis es de interesses econ mico e trabalho 109 Quando existir uma colis o de interesses fundamentais necess rio buscar um ponto de equil brio ponderando e harmonizando as diferen as existentes no caso concreto Segundo Canotilho A pretens o de validade absoluta de certos princ pios com sacrif cio de outros originaria a cria o de princ pios reciprocamente incompat veis com a conseq ente destrui o da tendencial unidade axiol gico normantiva da lei fundamental Da o reconhecimento de momentos de tens o ou antagonismo entre os v rios princ pios e a necessidade atr s ex
4. es eletr nicas e mail s com fotos pornogr ficas utilizando se do computador e do provedor da empresa bem assim do pr prio endere o eletr nico da empresa que lhe foi disponibilizado para a execu o de suas tarefas profissionais Insurge se o Reclamante no tocante admiss o das provas apresentadas pela Reclamada para comprovar a justa causa Aduz que a Reclamada teria violado o seu e mail sem a sua anu ncia contaminando assim as provas obtidas mediante esse acesso ilegal O Eg Tribunal Regional consignou no particular sem grifo no original JUSTA CAUSA MEIO DE PROVA LICITUDE O ju zo a quo n o acolheu a justa causa pretendida pela reclamada alegando que as provas obtidas o foram de modo ilegal com viola o ao art 5 XXII da Constitui o raz o pela qual condenou a reclamada no pagamento das seguintes verbas rescis rias de direito Renova a reclamada em sede de recurso ordin rio a tese da justa causa Diz que o autor utilizou se indevidamente do correio eletr nico e doe mail da empresa os quais Ihe foram concedidos para o exerc cio regulardas suas atividades para a transmiss o de fotos de conte do pornogr fico Aduz ainda que existe norma do Banco determinando que e mail recebido por empregado dever ficar restrito a assuntos inerentes ao trabalho Alega a reclamada que ainda que assim n o se considere mesmo na hip tese de se entender que tenha sido a prova produzida atrav s de meio il
5. bem como procuram acomoda o dentro do modelo neoliberal Essa acomoda o a s ntese do governo Lula A situa o brasileira atual n o reproduz fielmente a situa o designada pelo conceito de classe detentora n o estamos falando do conjunto da classe oper ria e os sindicalistas da Articula o Sindical est o muito longe de monopolizar os principais cargos do Executivo Federal Por m mesmo nessa vers o limitada a deten o de altos cargos no executivo federal pelos sindicalistas produz efeitos politicos e ideol gicos importantes A forma o do governo Lula vista por esses trabalhadores como uma situa o inteiramente nova Com esse governo esses sindicalistas imaginam ter chegado ao poder ou pelo menos estar participando dele e esperam do presidente sindicalista n o uma ruptura com o modelo capitalista neoliberal mas um neoliberalismo com crescimento econ mico e expans o do emprego Essa camada de trabalhadores tem aceitado parte do privatismo neoliberal e acredita que pode utilizar seu poder de organiza o e de press o sindical para converter alguns aspectos do neoliberalismo em instrumentos de defesa e de melhoria de suas condi es de vida Mas isso uma ilus o porque o modelo neoliberal s vai acentuar o desemprego e piorar as condi es de vida da maioria dos trabalhadores BOITO p 6 2004 Nesses breves fatos hist ricos percebe se que a classe trabalhadora lutou muito pelos seus direito
6. conclamara crist os descontentes com a Pax Romana a se absterem de participar em atos dessa vida social a abandonarem a capital do imp rio Roma ame a ou deixe a Or genes escreveu o Contra Celso um s culo ap s reafirmando o amor crist o a Roma mas n o Pax Romana pois os crist os 7 Para esse autor existe algumas vers es referente a globaliza o A primeira vers o da globaliza o perversa para ele a Pax Romana do que j retratamos A segunda aconteceu no s culo XVI com os imp rios coloniais e a terceira foi a do imperialismo de base nacional da primeira metade do s culo XX mundializa o integral 48 estavam a exigir outro sistema de p tria que n o aquele que se baseava na escravid o e na incorpora o de outros povos 1999 p 237 238 Alguns autores entendem que o marco das origens da globaliza o decorreu na passagem do s culo XV para o XVI como acredita o franc s Serge Gruzinski na sua obra A passagem do s culo 1480 1520 As origens da globaliza o Segundo Gruzinski A globaliza o que se esbo a entre o fim do s culo XV e o in cio do s culo XVI corresponde a um fen meno no global de desencravamento como bem demonstrou Pierre Chaunu quando prop s uma problem tica nova e objetiva da comunica o 1999 p 97 Esse desencravamento do mundo contempor neo a uma revolu o mental e cient fica cuja paternidade cabe aos portugueses mas da qual bem depressa os cast
7. derivado do latim principium origem come o J no sentido jur dico princ pios quer significar as normas elementares ou os requisitos primordiais institu dos como base como alicerce de alguma coisa A no o da termologia princ pios para Miguel Reale 1987 p 299 s o verdades fundantes de um sistema de conhecimento como tais admitidas por serem evidentes ou por terem sido comprovadas mas tamb m por motivos de ordem pr tica de car ter operacional isto como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da pr xis Al m disso procuramos no mbito da norma a diferencia o entre regras e princ pios via crit rios do Prof Canotilho 1999 p 1086 1087 a Grau de abstra o os princ pios s o normas com grau de abstra o relativamente elevado de modo diverso as regras possuem uma abstra o relativamente reduzida b Grau de determinabilidade na aplica o do caso concreto os princ pios por serem vagos e indeterminados carecem de media es concretizadoras do legislador Do juiz enquanto as regras s o suscept veis de aplica o directa c Car cter de fundamentalidade no sistema das fontes de direito os princ pios s o normas de natureza ou com papel fundamental no ordenamento jur dico devido sua posi o Hier rquica no sistema das 35 fontes ex princ pios constitucionais ou sua import ncia estruturante dentro do sistema jur dico ex princ pio do E
8. essa foi a id ia em torno da qual forjou se organizou se e institucionalizou se o Estado na o aquele que em suas palavras vigia quase neuroticamente suas fronteiras Globaliza o significaria nesta linha de racioc nio viola o quebra transgress o e ruptura 1999 p 52 53 4 3 Efeitos da globaliza o no Direito do Trabalho Os efeitos da globaliza o que ora discorremos limita se s novas formas de produ o e novas formas de trabalho Todavia v rios fatores influenciam os efeitos da globaliza o como por exemplo os fatores culturais pol ticos ideol gicos sociais e os avan os das tecnologias Sob esse prisma o presente trabalho n o ousa enfrentar todos os efeitos decorrentes do fen meno mas sim entender os principais efeitos que afetam o princ pio da prote o dentro do direito do trabalho Importante salientar que o princ pio da prote o n o se confunde com todas as normas Segundo Oris de Oliveira efeitos da globaliza o da economia podem ser O doutor Oris de Oliveira gentilmente concedeu uma entrevista respondendo algumas perguntas acerca do tema proposto em quest o ANEXO I 53 favor veis ou desfavor veis ao trabalhador Desde que n o se confunda princ pio da prote o com as todas as normas hoje postas o princ pio da prote o tem sempre seu lugar 4 3 1 Novo sistema de produ o Os velhos processos produtivos fordismo toyotismo est o send
9. o anterior concedida voluntariamente pela empresa por lei por conven o coletiva e por usos ou costumes se for mais favor vel ao trabalhador e n o poder ser alterada in pejus Essa regra encontra se positivada em nosso ordenamento jur dico nos artigos 468 da CLT e 7 da Constitui o Federal e representa uma garantia ad personam No mbito internacional a Organiza o Internacional do Trabalho estabelece que Em caso algum a ado o pela Confer ncia de uma conven o ou recomenda o ou a ratifica o por um Estado Membro de uma conven o dever o ser consideradas como afetando qualquer lei senten a costumes ou acordos que assegurem aos trabalhadores interessados condi es mais 46 favor veis que as previstas pela conveng o ou recomendag o OIT artigo 19 al nea 8 Ressalta se que essa regra est ligada s outras regras ou seja norma mais favor vel e a regra in d bio pro oper rio Entretanto todas as regras se distinguem conforme se verifica com os estudos de RUPRECHT Esse princ pio tem intima correla o com o da norma mais favor vel pois dela se distingue claramente ao supor a exist ncia de uma norma anterior concreta e reconhecida que j foi aplicada e que deve ser respeitada Justamente por ser mais proveitosa Com rela o regra in d bio pro oper rio distingue se por ser mais geral e ter uma expressa formula o juridico positiva 1995 p 26 Dessa for
10. 24 Em julho de 1917 houve uma greve geral n o s na capital paulista bem como nas cidades industrializadas do interior do Estado de S o Paulo Em dezembro de 1917 o governo publicou o decreto n 1596 que regulamentou pela primeira vez o trabalho feminino e infantil Assim esse momento demonstrou a grande for a dos trabalhadores Boris Koval 1982 p 145 salienta que A greve geral de 1917 demonstrou com evid ncia a for a e coes o do proletariado indicando que no pa s se criava uma nova correla o de for as sociais e que o proletariado entrava na arena pol tica O processo de autodetermina o de classe do proletariado brasileiro adquiriu ent o uma configura o pol tica bastante precisa Nisto desempenhou um importante papel a influ ncia ideol gica e transformadora da Grande Revolu o Socialista de outubro Entre 1930 e 1945 o processo de urbaniza o acelerou em fun o das transforma es econ micas do pa s A principal medida tomada pela Revolu o de 1930 foi a cria o do Minist rio do Trabalho Ind stria e Com rcio por Get lio Vargas entregue a um membro da oligarquia ga cha Lindolfo Collor A inten o era apresentar as novas leis trabalhistas como doa o do governo afastar os comunistas das classes trabalhadoras e incentivar os sindicalistas amarelos Os sindicatos amarelos express o usada na Fran a e EUA s o formados ou financiados pelos empres rios para fazer frent
11. 61 Em face ao direito do trabalho a internet pode ocasionar in meros obst culos jur dicos na sua m utiliza o que v o desde a viola o de privacidade do empregado at a viola o do direito de propriedade dos computadores dos empregadores Os juristas do direito do trabalho do mundo inteiro estudam v rios casos conflitantes causados pela internet que est o longe de serem resolvidos em curto prazo A pol mica mat ria que ora estudamos deve ser vista conforme cada caso e respeitando os princ pios constitucionais e princ pios do direito do trabalho Os empregadores alegam que a utiliza o dos seus computadores pelos empregados restrita ao trabalho proibindo o uso para outra atividade As premissas da proibi o se encontram na diminui o do trabalho do empregado que em decorr ncia disso a produ o ser afetada e reduzida causando incalcul veis preju zos os empregados colocam em risco a seguran a e o normal funcionamento da empresa aos conte dos acessados pelos empregados como sites de pornografia jogos bate papos dentre outros Al m disso a empresa invoca a proibi o do uso da internet para os acessos diversos do trabalho sob o fundamento do direito da propriedade dos computadores dos softwares dos pagamentos realizados aos provedores que disponibilizam a internet As empresas normalmente avisam expressamente que o uso dos computadores internet e do e mail de uso estritamente profi
12. Apesar da grande diverg ncia na apura o da responsabilidade penal da pessoa jur dica no direito atual em tese a empresa que cometer crime de viola o de correspond ncia poder ser responsabilizada pelo dano que ocasionar 68 possibilitando um entendimento mais justo pois os empregados poder o tamb m negociar a regra do monitoramento Essas regras decorrem do princ pio geral da boa f que est na esfera contratual dos princ pios constitucionais e dos princ pios do direito do trabalho principalmente no que tange o princ pio protetor do trabalhador Por outro lado os empregados devem resguardar as informa es vistas no ambiente de trabalho observando a prud ncia na rela o laboral para evitar danos imagem da empresa e o vazamento de informa o confidencial da empresa sob pena de responder por danos morais materiais e criminais Vale lembrar que o e mail corporativo e a internet equivalem a um poderoso instrumento de trabalho para empresa que devem ser utilizados para seus pr prios objetivos de trabalho sem contar que as manuten es dessas novas tecnologias s o geralmente dispendiosas ao empregador 4 3 1 4 Neoliberalismo aspectos pol ticos e econ micos Com a dissolu o da Uni o Sovi tica e a queda do muro de Berlim a guerra fria deu se por encerrada proclamando a vit ria do capitalismo fortalecendo ainda mais a expans o da globaliza o Nos aspectos econ micos a globaliza o
13. Regional ao apreciar e julgar o recurso ordin rio da Reclamada analisou todo o conjunto probat rio carreado aos autos e apenas n o acolheu os seus argumentos N o vislumbro nulidade a ser declarada porquanto o v ac rd o regional emitiu pronunciamento a respeito do tema cuja omiss o se alega consignando que resultou comprovada a emiss o de atestado m dico assim como se manifestou acerca dos cart es de ponto trazidos pela Reclamada Como j assentado em item anterior o fato de o rg o julgador decidir contrariamente aos interesses da parte n o significa negativa de presta o jurisdicional desde que o ac rd o se apresente fundamentado como sucedeu no caso dos autos Assim n o diviso viola o aos artigos 832 da CLT e 93 IX da Constitui o da Rep blica No tocante ao artigo 5 incisos XXXV e LV da Constitui o Federal estes n o se prestam arg ig o de nulidade por negativa de presta o jurisdicional a teor da Orienta o Jurisprudencial n 115 da SBDI 1 do TST N o conhe o pois do recurso de revista 1 2 ATESTADO M DICO IMPUGNA O No particular o Eg Regional consignou Recorre a Reclamada contra a condena o ao pagamento do per odo que vai de 05 a 07 10 1998 alegando que o Reclamante n o deu ci ncia a ela da sua condi o O nus de provar o fato impeditivo modificativo e extintivo de direito era da Reclamada CLT art 818 c c CPC art 333 II e esta n o sedes incumbiu de t
14. Ruprecht salienta que esse princ pio tem por objeto criar uma norma mais favor vel ao trabalhador procurando assim compensar as desigualdades econ micas e sua fraqueza diante do empregador 1995 p 9 Para Arnaldo S ssekind o princ pio da prote o do trabalhor resulta das normas imperativas e portanto de ordem p blica que caracterizam a institui es b sica do Estado nas rela es de trabalho visando a opor obst culos autonomia da vontade Essas regras cogentes formam a base do contrato de trabalho uma linha divis ria entre a vontade do Estado manifestada pelos poderes competentes e a dos contratantes Estes podem complementar ou suplementar o m nimo de prote o legal 1991 fls 128 O uruguaio Am rico de Pl Rodriguez um dos mais importantes estudiosos da mat ria aduz que o princ pio de prote o se refere ao crit rio fundamental que orienta o 40 direito do trabalho pois este ao inv s de inspirar se num prop sito de igualdade responde ao objetivo de estabelecer um amparo preferencial a uma das partes o trabalhador fls 83 O princ pio da prote o para Mauricio Godinho Delgado significa que o Direito do Trabalho estrutura em seu interior com suas normas institutos princ pios e presun es pr prias uma teia de prote o parte hipossuficiente na rela o empregat cia o obreiro visando a retificar ou atenuar no plano jur dico o desequil brio inerente ao pl
15. afastando o obst culo epistemol gico 3 3 4 Desemprego e subemprego 2 http www ilo org public english dialogue ifpdial downloads wpnr brazil pdf INFORME SOBRE AS SITUA ES DE TRABALHO E DE PROTE O DOS TRABALHADORES NO BRASIL Acesso 28 06 06 88 Em 2005 o crescimento mundial foi 4 3 mas o desemprego atingiu recorde pois 192 milh es de pessoas em todo o planeta estavam desempregadas diz a Organiza o Internacional do Trabalho OIT 2005 em seu estudo anual sobre as tend ncias de trabalho e emprego Depois de dois anos de diminui o o desemprego conservou se no patamar de 6 3 como o n mero de pessoas a entrar no mercado continua crescendo a manuten o da mesma taxa significa que h mais gente desempregada O relat rio mostra que principalmente nos pa ses menos desenvolvidos as pol ticas de governo n o conseguiram transformar crescimento econ mico em aumento significativo no mercado laboral Na globaliza o o desemprego n o significa somente que o trabalhador perdeu o seu sal rio pois aponta v rios aspectos na quest o social J foi dito antes que a globaliza o um processo de reorganiza o da divis o internacional do trabalho provocado pelas novas formas de produ o principalmente nos setores industriais no mundo inteiro Assim V rios aspectos da quest o social convergem no fen meno do desemprego o que pode acentuar a gravidade da quest o social das tens es que a
16. atravessamos recentemente destruiu tudo quanto se continha nas sedes das associa es de classes oper rias Assim o gr mio dos oper rios em industrias t xteis em via de organiza o desapareceu como desapareceu o gr mio dos sapateiros que era bem organizado Foi uma medida acertada a nosso ver e que nos p e a salvo de inquieta es por via de futuras greves Somos com alta estima e apre o Amgs Crds Obds Centro dos Industriais de Fia o e Tecelagem Gerente Percebe se que durante a revolu o de 1924 for as rebeldes do Ex rcito e da For a P blica tomam a cidade de S o Paulo durante o per odo de 5 a 27 de julho O estado de s tio concedido por sessenta dias a partir da data da eclos o da revolta serve como pretexto para investida policial contra as associa es oper rias Na Rep blica Velha as primeiras organiza es de trabalhadores sofreram forte influ ncia anarquista e caracterizavam se pelo mutualismo Lembramos aqui que os oper rios eram geralmente imigrantes e possu am uma certa consci ncia de classe e experi ncia em movimentos reivindicat rios e contatos com id ias anarquistas e socialistas 23 As primeiras associa es de oper rios eram portanto de ajuda m tua mantidas com baixas contribui es individuais visando cria o de fundos para doen as enterros manuten o de escolas e aposentadorias No final do s culo XIX surgiram as Ligas Oper rias precu
17. com base no trabalho e com o objetivo de alcan ar o bem estar e a justi a social 101 Para ilustre Prof Lafayette Pozzoli 2001 p 116 todas as normas constitucionais as que mais tipificam as id ias de imutabilidade e universalidade s o concernentes aos direitos humanos N o poderia ser diferente uma vez que o valor atribu do pessoa humana fundamento dos direitos humanos foi uma conquista que se integrou tradi o jur dica ocidental pela via do direito natural O jurista Mauricio Godinho Delgado 2001 p 121 salienta A Constitui o Brasileira incorporou o princ pio da dignidade humana em seu n cleo e o fez de maneira absolutamente moderna Conferiu lhe status multifuncional mas combinando unitariamente todas as suas fun es fundamento princ pio e objetivo Assegurou lhe amplitude de conceito de modo a ultrapassar sua vis o estritamente individualista em favor de uma dimens o social e comunit ria de afirma o da dignidade humana Enquanto ser social a pessoa humana tem assegurada por este princ pio iluminador e normativo n o apenas a intangibilidade de valores individuais b sicos como tamb m um m nimo de possibilidade de afirma o no plano circundante O princ pio da dignidade humana se encontra no n cleo basilar dos princ pios gerais do direito e o direito do trabalho faz parte desse n cleo sendo um dos elementos mais importantes da condi o de dignidade da pesso
18. do CPC dou parcial provimento ao recurso de revista da Reclamada para anulando o ac rd o regional no tocante condena o em horas extras no per odo entre mar o de 1997 e junho de1999 afastar a confiss o ficta da Reclamada e determinar seja apurada a jornada do Reclamante considerando o conjunto probat rio trazido aos autos ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho unanimemente negar provimento ao agravo de instrumento do Reclamante e dar provimento ao agravo de instrumento da Reclamada determinando o processamento do recurso de revista conhecer do recurso de revista da Reclamada por contrariedade ao art 843 1 da CLT e ao art 333 inc II do CPC e no m rito dar lhe parcial provimento para anulando o ac rd o regional no tocante condena o em horas extras no per odo entre mar o de 1997 e junho de 1999 afastar a confiss o ficta da Reclamada e determinar seja apurada a jornada do Reclamante considerando o conjunto probat rio trazido aos autos 153 Bras lia 18 de maio de 2005 JOAO ORESTE DALAZEN Ministro Relator V PROJETO SOBRE A COMPETENCIA SUPLEMENTAR DA JUSTICA DO TRABALHO PROJETO DE LEI N 6542 DE 2005 Regulamenta o inciso IX do art 114 da Constitui o Federal para dispor sobre compet ncias da Justi a do Trabalho referentes rela o de trabalho e d outras provid ncias O CONGRESSO NACIONAL decreta Art 1 O art 652 do Decreto L
19. la proporcionalidad el Tribunal Constitucional federal mide entre otras cosas la necessidad y la duraci n de la prisi n preventiva El principio de proporcionalidad en su sentido de prohibici n de la excesividad es un principio del Derecho justo que deriva inmediatamentede la idea de justicia indudablemente concecta com la idea de moderaci n y de medida justa en el sentido de equilibrio Derecho Justo Civitas 1985 pag 144 145 Na esp cie a invoca o do princ pio da proporcionalidade vem a prop sito da necessidade de sopesarem se os m ltiplos valores jur dicos em xeque sen o apenas o direito do empregado como qualquer cidad o inviolabilidade da comunica o e da privacidade No caso concreto de um lado n o h como ressaltado identidade de fins entre o correio eletr nico particular e o corporativo para que se pudesse cogitar de transgress o ao princ pio da inviolabilidade da comunica o De outra parte se certo que a Carta Magna tutela a intimidade e a privacidade do cidad o valores que insisto n o est o sequer em jogo em se cuidando de e mail corporativo dada a sua finalidade n o menos certo que tamb m tutela no mesmo preceito constitucional art 5 incisoX o direito do empregador imagem Ora ocioso repisar qu o comprometedora e danosa pode revelar se ao direito do empregador imagem a atua o do empregado na utiliza o da Internet e do correio eletr nico da empresa Adem
20. m do Direito do Trabalho uma resposta evolu o desta nova realidade A doutrina mais atenta j sugere uma nova tipologia trabalho coordenado ou trabalho parasubordinado com tutela adequada mas inferior aquela prevista para o trabalho subordinado e superior quela prevista para o trabalho aut nomo Enquanto continuam as discuss es sobre esse terceiro g nero a dicotomia codicista trabalho subordinado e trabalho aut nomo ainda persiste no nosso ordenamento jur dico levando a jurisprud ncia a se apegar a crit rios pr ticos para definir a rela o concreta Logo comprovado nos autos que a presta o de servi os se desenvolveu sob a orienta o e dire o do empregador a rela o jur dica est sob a gide do Direito do Trabalho Diante dessa informa o jurisprudencial podemos destacar alguns crit rios relevantes para a diferencia o entre a rela o de emprego e trabalho aut nomo Em primeiro lugar ficou comprovado via documentos juntados no processo a pessoalidade na presta o de servi os apesar de constar um contrato de presta o de servi os firmados entre o reclamante e o reclamado Nesse caso prevaleceu o conjunto harm nico das provas acostadas nos autos Em segundo lugar ficou provado o controle do hor rio de trabalho exercido pela empresa configurando a subordina o jur dica Dessa forma imaginamos a seguinte hip tese e se mesmo assim diante do caso acima citado como o Julgador ir distinguir
21. ncia n o obsta o reconhecimento do v nculo empregat cio Nada a prover VALOR DA REMUNERA O O MM Ju zo de primeiro grau fixou o sal rio do reclamante em R 1 400 00 quantia que a reclamada alega ser excessiva Segundo a reclamada a prova dos autos deixou claro que os valores lan ados nas notas fiscais eram rateados entre os s cios da empresa constitu da pelo autor e dois outros t cnicos A empresa requereu por isso a redu o desse valor O exame das notas de f 170 referentes poca em que o autor prestou servi os atrav s de sua firma individual mostra que era comum receber mensalmente quantias superiores import ncia fixada na senten a Ademais mesmo se considerarmos as import ncias lan adas nas notas fiscais emitidas pela sociedade de responsabilidade limitada da qual o reclamante era s cio o valor m dio aproxima se da quantia fixada pelo ju zo Por essa raz o entendo deva ser mantida a r senten a tamb m quanto a este aspecto Nada a prover MULTA RESCIS RIA A reclamada insurge se ainda contra o deferimento da multa prevista o artigo 477 da CLT alegando que a controv rsia sobre a rela o de emprego afasta a incid ncia dessa comina o A mat ria encontra se pacificada pela S mula 12 deste Regional assim redigida RELA O DE EMPREGO CONTROVERTIDA APLICA O DA MULTA PREVISTA NO ART 477 8 da CLT Mesmo havendo s ria controv rsia sobre a exist ncia de v nculo empregat cio e sendo est
22. nica empresa s o elementos denunciadores de uma rela o de emprego A bem da verdade conhecemos casos em que o pr prio motorista tem interesse em servir unicamente a uma empresa porque o volume de trabalho que ela oferece origina uma receita que o satisfaz plenamente preciso provar que a exclusividade do trabalho resulta de um ato de vontade do motorista e n o da empresa Como se n o poss vel formar se um crit rio que seja v lido para todas as situa es que em mat ria de transporte podem surgir entre os motorista de veiculo pr prio e as empresas mister analisar cada caso para averiguar se quando o trabalho aut nomo ou dependente 2003 p 29 30 4 Tramita no Congresso Nacional um projeto para regulamentar o inciso IX do art 114 da Constitui o Federal que disp e sobre compet ncias da Justi a do Trabalho referente rela o de trabalho ANEXO III 86 O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regi o tamb m j analisou a rela o de emprego e de trabalho aut nomo como segue abaixo Processo00988 2002 091 03 00 2 RO Data de Publica o14 05 2003 DJMG P gina 14 rg o Julgador Segunda Turma Ju za Relatora Alice Monteiro de Barros EMENTA RELA O DE EMPREGO E TRABALHO AUT NOMO A contraposi o trabalho subordinado e trabalho aut nomo exauriu sua fun o hist rica e os atuais fen menos de transforma o dos processos produtivos e das modalidades de atividade humana reclamam tamb
23. o sa de saneamento b sico e empregos Al m disso um requisito fundamental para elimina o da desigualdade a efetiva aplica o da norma bem como a fiscaliza o do trabalho Ressalta se tamb m que as associa es de bairros associa es de classes ONGs movimentos das mulheres e negros devem participar de mecanismos de a es contra as injusti as sociais Em pleno s culo XXI o desafio do direito do trabalho n o somente tutelar s rela es laborais no mbito do direito material e do direito processual mas sim interagir com 108 outros ramos da ci ncia economia pol tica filosofia etc tendo em vista que em cada segundo o setor produtivo se reestrutura para alcan ar novos mercados conseq entemente surgindo novas colis es na estrutura do trabalho ou seja a realidade social subordinada a fatores intr nsecos e extr nsecos d uma nova dimens o ordem jur dica posta j que esta tem que se adaptar modifica o que ocorre no plano factual impondo uma nova vis o acerca do direito do trabalho Com a chegada de um sistema econ mico gil e complexo que ultrapassa as fronteiras intercontinentais o dogmatismo jur dico brasileiro n o pode ficar est tico e esperar a desigualdade social prevalecer diante de um novo sistema de produ o O Estado democr tico contempor neo tem o desafio n o s de compensar o desequil brio causado pela busca do mercado comercial como tamb m dar condi
24. o de obra Os artes os pobres que n o tinham condi es de se manterem trabalhando em suas oficinas ou camponeses acabavam vendendo sua for a de trabalho aos capitalistas Dessa forma a revolu o industrial veio separar o trabalhador do produto de seu trabalho pois a quantidade e qualidade dos produtos acabados n o mais dependiam de sua capacidade mas sim da m quina utilizada No decorrer do s culo XVII a Inglaterra estabeleceu postos avan ados em territ rios asi tico africano e americano Com isso permitiu a constitui o de um mercado de escravos a explora o de fontes produtoras de mat rias primas e a cria o de um mercado consumidor para as manufaturas inglesas Na primeira Revolu o Industrial aconteceu a mecaniza o do tear modernizando o setor t xtil do algod o e se estendeu para outros setores chegando a atingir a metalurgia as minas de carv o os transportes e a pr pria agricultura Al m disso a teoria econ mica se desenvolveu com o pensamento dos economistas liberais os quais sustentavam que o Estado n o interviesse na economia limitando se a cuidar da seguran a e da justi a seu papel fundamental N o foi por acaso que a Inglaterra forneceu a ideologia para os movimentos de emancipa o da Am rica Latina pois tinha o interesse em ocupar sem restri es o mercado econ mico desses pa ses As necessidades inerentes expans o de mercados propiciavam est mulos a uma transf
25. 28 05 06 85 Quadro 02 CONTRATO DE Obst culo epistemol gico TRABALHO TRABALHO no v nculo de trabalho AUTONOMO zona cinzenta SUBORDINA O Subordina o e Autonomia AUTONOMIA O empregado est subordinado s Obst culo N o h o poder de dire o sobre a ordens de servi o de outrem atividade do trabalhador Legisla o Obst culo Legisla o natureza trabalhista conforme natureza civil art 2 e 3 da CLT Compet ncia Obst culo Compet ncia Justi a do Trabalho Justi a Comum Civil Organiza o Judici ria Obst culo Organiza o Judici ria Federal Estadual O obst culo epistemol gico no vinculo de trabalho exterioriza se na dif cil diferencia o entre o trabalho aut nomo e o trabalho decorrente do vinculo empregat cio Assim cabe ao aplicador da norma analisar com pondera o cada fato e ou prova que surgir na lide trabalhista Eduardo Grabiel Saad demonstra uma hip tese de rela o de trabalho de emprego e aut noma sen o vejamos O simples fato de ser o propriet rio do caminh o n o bastante para impedir o surgimento de uma rela o de emprego pois s o freq entes os casos de empregados que t m autom vel e que o usam no cumprimento do seu contrato de trabalho O pracista e o vendedor viajante de ordin rio t m autom vel pr prio Aqui tamb m o hor rio o controle do trabalho externo a exclusividade e a pessoalidade da presta o de servi os a uma
26. Diesel equivale a quantia de R 26 80 enquanto nas lojas paulistanas uma cal a com modelo similar nas lojas mais sofisticadas custa o equivalente a R 620 00 E n tido que o nordeste globalizou se gra as sua m o de obra barata e pode tornar se um importante parque industrial Al m disso a terceiriza o como forma de organiza o do mundo do trabalho inevit vel em qualquer lugar do mundo 81 Para alguns a terceiriza o contraria a prote o social o princ pio da prote o Mas isso n o verdade O exemplo anteriormente citado constata que n o somente a marca Diesel que beneficiada com a terceiriza o mas sim os trabalhadores que ter o mais empregos e sal rios mais dignos o Estado arrecadar mais tributos e os empres rios brasileiros poder o captar mais capital de giro para fazer novos investimentos Al m disso a Constitui o Federal n o pro be a terceiriza o muito menos lei ordin ria A Carta Magna no seu art 5 inciso XIII bem clara nesse sentido sen o vejamos livre o exerc cio de qualquer trabalho of cio ou profiss o atendidas as qualifica es profissionais que a lei estabelecer Por outro lado quando a terceiriza o omitir desvirtuar impedir ou fraudar os preceitos da Consolida o das Leis do Trabalho e as demais normas trabalhistas o valor do trabalho humano n o pode tolerar qualquer tipo de abuso ou aviltamento 3 3 3 1 A subordina o nas
27. O DJ 10 06 2005 PROC N TST RR 613 2000 013 10 00 7 AC ORDA O 1 Turma JOD rla jc PROVA IL CITA E MAIL CORPORATIVO JUSTA CAUSA DIVULGA O DE MATERIAL PORNOGR FICO 1 Os sacrossantos direitos do cidad o privacidade e ao sigilo de correspond ncia constitucionalmente assegurados concernem comunica o estritamente pessoal ainda que 128 virtual e mail particular Assim apenas o e mail pessoal ou particular do empregado socorrendo se de provedor pr prio desfruta da protec o constitucional e legal de inviolabilidade 2 Solu o diversa imp e se em se tratando do chamado e mail corporativo instrumento de comunica o virtual mediante o qual o empregado louva se de terminal de computador e de provedor da empresa bem assim do pr prio endere o eletr nico que lhe disponibilizado igualmente pela empresa Destina se este a que nele trafeguem mensagens de cunho estritamente profissional Em princ pio de uso corporativo salvo consentimento do empregador Ostenta pois natureza jur dica equivalente de uma ferramenta de trabalho proporcionada pelo empregador ao empregado para a consecu o do servi o 3 A estreita e cada vez mais intensa vincula o que passou a existir de uns tempos a esta parte entre Internet e ou correspond ncia eletr nica e justa causa e ou crime exige muita parcim nia dos rg os jurisdicionais na qualifica o da ilicitude da prova referente ao desvio de
28. Saad p 45 2003 terceirizar proveio de terceiro do latim 78 tertiariu Na termologia jur dica terceiro a pessoa estranha a uma rela o jur dica inclusive processual Al m disso um dos fen menos econ micos que est o causando um grande impacto nas rela es de trabalho a descentraliza o produtiva com a consequente terceiriza o de parte da atividade econ mica Segundo Pinto 2000 p 500 terceiriza o transfer ncia de segmento ou segmentos do processo de produ o da empresa para outras de menor envergadura por m de maior especializa o na atividade transferida Ainda o mesmo autor salienta que a terceriza o pode ser considerada junto com a globaliza o subproduto natural da Revolu o Tecnol gica nos campos econ mico e organizacional da empresa Na verdade uma nica empresa de grande porte geralmente precisa de v rios servi os como de limpeza recursos humanos vigil ncia publicidade etc As pessoas que executavam esses servi os eram todos registrados e gozavam de toda seguran a jur dica Atualmente a empresa prefere que esses servi os sejam prestados por terceiros por pequena ou micro empresa independente A empresa de grande porte com a terceiriza o se beneficiar com a flexibilidade de negocia o de um contrato na esfera civil com a empresa de servi os e ganhar mais liberdade de contratar com outras empresas 79 Al m disso referente jornad
29. classe 3 4 Fundamentos O direito do trabalho busca a equidade f tica na relac o laboral pois da liberdade de negocia o entre os contratantes desiguais economicamente podem surgir in meras formas de explora o A posi o de superioridade hier rquica do empregador sob o empregado subordinado ativa o fundamento da prote o da parte mais vulner vel do contrato sendo esse singular e distintivo dos demais contratos O jurista argentino RUPRECHT 1995 p 10 fundamenta que o trabalhador depende do empregador n o em tudo que diz respeito tarefa que executa mas tamb m economicamente portanto justo para evitar que se torne totalmente submisso proteg lo contra os poss veis excessos ou desvios de seu empregador J passou o tempo em que o trabalho era uma mercadoria e o trabalhador uma ferramenta a mais Sua dignidade como ser humano lhe deve ser amplamente reconhecida e uma das formas efetivas de o fazer criando desigualdades em seu favor para compensar as que influem contra ele que dizer protegendo o contra o poss vel abuso patronal Dessa forma a concep o da dignidade humana deve se aplicar em todos os sentidos ao trabalhador assegurando lhe um m nimo sustent vel 3 5 Formas de aplica o Atualmente existem diversas formula es te ricas acerca das formas de aplica o do princ pio protetor Todavia destacamos a refer ncia te rica do uruguaio Am rico Pl 43 Rodriguez adu
30. consolidado o preposto deve ter conhecimento dos fatos alegados em ju zo sendo certo que suas declara es obrigam a empresa Assim o preposto est obrigado ao conhecimento de todos os fatos do relacionamento entre empregado e empregador que tenham sido trazidos aju zo Ainda que a inicial descreva jornada r gida durante todo o per odo ali indicado fato impugnado pelo empregador tal hor rio de trabalho deve preponderar em detrimento do desconhecimento das alega es patronais em ju zo por parte da preposta N o socorre reclamada data v nia o esfor o em fazer crer que a preposta reiterou as jornadas contidas nos cart es de ponto em rela o ao per odo anterior a julho de 1999 pois o desconhecimento revelado encerra inarred vel confiss o sobre os fatos ignorados fls 549 554 O Eg Regional considerou assim a Reclamada confessa quanto ao per odo de mar o de 1997 admiss o do Reclamante na Empresa at junho de 1999 inclusive no tocante jornada extraordin ria declinada na peti o inicial O Reclamante nas raz es do recurso de revista sustenta que lhe s o devidas todas as horas extras descritas na peti o inicial e n o somente as trabalhadas no per odo antes delimitado Alega viola o aos seguintes preceitos legais arts 333 inc I 348 349e 350 do CPC e art 818 da CLT Fundamenta Quando o empregador usa da faculdade de se fazer substituir por preposto este deve conhecer todos os fatos que der
31. do art 151 Al m disso a empresa responde por danos morais e patrimoniais por violar a correspond ncia digital do empregado A prote o do trabalhador na rela o de emprego contra despedida arbitr ria ou sem justa causa diante do indevido monitoramento est fundamentado nos moldes do art 7 inciso I da Constitui o Federal Al m disso o art 01 da Carta Magna assegura tamb m a dignidade da pessoa humana inciso HI e o valor social do trabalho inciso IV Hoje como n o existe uma legisla o pertinente mat ria os sindicatos poder o inserir cl usulas nas conven es coletivas ou acordos coletivos para regular o monitoramento 16 Art 5 da Constitui o Federal Todos s o iguais perante a lei sem distin o de qualquer natureza garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa s a inviolabilidade do direito vida liberdade igualdade seguran a e propriedade nos termos seguintes X s o inviol veis a intimidade a vida privada a honra e a imagem das pessoas assegurado o direito a indeniza o pelo dano material ou moral decorrente de sua viola o XII inviol vel o sigilo da correspond ncia e das comunica es telegr ficas de dados e das comunica es telef nicas salvo no ltimo caso por ordem judicial nas hip teses e na forma que a lei estabelecer para fins de investiga o criminal ou instru o processual penal 17 A m jo as Pr re
32. e a regra da condi o mais ben fica No terceiro cap tulo apresentamos as novas formas de produ o e novas formas de trabalho no s culo XXI A dial tica entre o capital e o trabalho persiste no mundo contempor neo A realidade social subordinada a fatores intr nsecos e extr nsecos d uma nova dimens o ordem jur dica posta j que esta tem que se adaptar modifica o que ocorre no plano factual impondo uma nova vis o sobre o tema Analisamos tamb m a subordina o nas rela es triangulares do trabalho em que se pode diagnosticar um obst culo epistemol gico da depend ncia Buscamos tamb m no quarto cap tulo destacar a import ncia da Organiza o Internacional do Trabalho OIT dentro do cen rio brasileiro haja vista que a ag ncia que fomenta e promove a prote o aos trabalhadores do mundo todo Finalmente o quinto cap tulo busca uma reflex o entre a dignidade da pessoa humana e o direito do trabalho analisando o aparecimento dos direitos sociais e o entendimento do conceito da dignidade humana para a partir de ent o ir ampliando a abordagem do assunto para os aspectos do direito do trabalho Al m disso mostrar a import ncia da garantia efetiva 16 do princ pio da dignidade da pessoa humana nas rela es de empregos assumindo o ponto central e orientador dentro da sociedade contempor nea Nota se que a realidade social subordinada a determinados fatores que a condicionam a a
33. e direitos fundamentais no trabalho e seu seguimento aprovada na 86 Reuni o da Conferencia Internacional do Trabalho realizada em Genebra em junho de 1998 Nela algumas vezes se utilizavam ambas as express es princ pios e direitos fundamentais como sin nimas outras vezes como princ pios relativos aos direitos fundamentais Logo a flexibiliza o n o tem investidura de um princ pio no direito do trabalho Por outro lado a prote o tem valor fonte e orientadora nas normas trabalhistas A expans o da flexibiliza o n o significa aumento de empregos e seguran a jur dica nas negocia es coletivas pelo contr rio aumentar o trabalho prec rio e enfraquecimento dos sindicatos JOS FRANCISCO SIQUEIRA NETO 1999 p 248 cita um exemplo referente flexibiliza o nos contratos trabalhistas no mbito internacional Um exemplo o caso espanhol n o obstante possuir o maior n mero de tipos de contratos flex veis de trabalho e o menor custo de m o de obra da Europa a Espanha n o conseguiu se livrar da maior taxa de desemprego dentre os pa ses da CCEE TT O jurista Oris de Oliveira ao ser questionado acerca da irrevers vel flexibiliza o dos direitos trabalhistas e quais as conseq ncias da flexibiliza o perante o princ pio protetor do trabalhador no Brasil respondeu da seguinte forma Desde que se entende que inflexibilidade sic dos direitos trabalhistas consiste em n o mexe
34. empregados das atividades meio ou seja os menos qualificados que trabalham em tempo integral e ganham sal rios baixos A rotatividade grande e as perspectivas de carreiras s o m nimas Diante do segundo grupo verifica se que o temor do desemprego leva o empregado condi o nfima fator esse que enfraquece a mobiliza o dos empregados conseq entemente as entidades sindicais enfraqueceram nas reivindica es laborais Na mesma tangente a livre negocia o das entidades sindicais sem a prote o do Judici rio especializado n o justifica o modelo neoliberal pois com a perda das reivindica es sindicais os sindicatos se encontraram vulner veis e em decorr ncia disso perderam os seus direitos 114 Nenhum instituto de conserva o do pensamento deve permanecer diante das transforma es econ micas sociais pol ticas e culturais Todavia o modelo conservador do neoliberalismo n o engana o observador menos avisado e os efeitos negativos da globalizac o n o podem ser justificados para precarizar os direitos dos empregados Da a necessidade de propor uma an lise cr tica no pensamento jur dico A participa o de novas alternativas epistemol gicas no direito contribui para minimizar as perturba es que se encontram no princ pio protetor O princ pio protetor n o foi colocado em xeque luz da globaliza o muito menos deixou de ser a base do direito do trabalho N o se podem confundir regras
35. fica a respeito da correta utiliza o do e mail corporativo pelo empregado e do poss vel monitoramento desta ferramenta de trabalho pelo Empregador revela se pertinente um r pido exame dessas quest es sob o prisma do Direito Comparado Em termos legislativos o Reino Unido o Pa s que mais evoluiu nesta rea o Parlamento aprovou lei conhecida como RIP Regulation of Investigatory Powers Act que autoriza os empregadores desde 24 10 2000 a promover o monitoramento de e mails e telefonemas de seus empregados nos seguintes termos textuais 3 Conduct consisting in the interception of a communication isauthorised by this section if a it is conduct by or on behalf of a person who provides a postal service or a telecommunications service and b it takes place for purposes connected with the provision or operation of that service or with the enforcement in relation to that service of any enactment relating to the use of postal services or telecommunications services Part I Chapter 1 Section 3 2 Mais adiante disp e ainda a referida Lei inglesa 3 Nothing in any regulations under seb section 2 shall authorise the interception of any communication except in the course of its transmissionusing apparatus or services provided by or to the person carrying on the business for use wholly or partly in connection with that business Partl Chapter 1 Section 4 3 Nos Estados Unidos da Am rica h diversos precedentes que a meu ve
36. jur dico A normativa atua como fonte supletiva no caso de aus ncia de lei S o meios de integra o de direito E a interpretativa opera como crit rio orientador do juiz ou do int rprete Todavia os principios do direito do trabalho n o est o restritos s fun es acima mencionadas pois complementam com outras fun es como podemos citar adiante a fun o de filtrar fun o de recriar normas obsoletas e a fun o de organizar A primeira Serve para depurar as no es que provenientes do direito comum deve ser adaptada s peculiaridades da mat ria A segunda fundamenta que o direito do trabalho um ramo em permanente movimento e evolu o raz o pela qual se o legislador n o acompanha o mesmo ritmo as normas podem facilmente envelhecer Os principios o atualizam e rejuvenescem A ltima fun o tem o car ter de introduzir ordem estrutura e pontos de refer ncias diante da enorme variedade e quantidade de normas trabalhistas AM RICO PL RODRIGES fls 44 45 Posto isso os princ pios consagram se em um elemento fundamental no sistema legal brasileiro haja vista que a generalidade desses permite que o sistema acompanhe a evolu o social e possa se adaptar s mudan as sem perder sua identidade 38 3 2 Conceito do princ pio protetor do trabalhador A conquista dos direitos sociais como garantias fundamentais foi idealizada no contexto pol tico e econ mico na primeira revolu o industria
37. lisbon html oit htm Acesso em 06 04 2006 124 ENTREVISTA gt Objetivo da entrevista a obten o de informa es do entrevistado sobre as condi es atuais das rela es trabalhistas no Brasil especificamente acerca dos efeitos da globaliza o perante o princ pio protetor do trabalhador gt Entrevistando 125 Leonardo de G nova Mestrando em Direito pela UNIVEM Faculdade de Direito de Mar lia Orientador Lafayette Pozzoli Tema da disserta o Os efeitos da globaliza o perante o princ pio protetor do trabalhador no Brasil gt Entrevistado Prof Dr Oris de Oliveira Professor de Direito do Trabalho USP e UNESP e Juiz do Trabalho 01 Quais s o os efeitos da introdu o da revolu o tecnol gica sobre os trabalhadores A internet causou algum impacto nas rela es de trabalho Fundamente RESPOSTA Respondo a pergunta sobre efeitos da revolu o tecnol gica sobre processo produtivo Na hist ria do processo de produ o contempor neo e posterior Primeira Revolu o Industria imp s se uma adequa o profissional correspondente Todo trabalhador n o unicamente o que trabalha em regime de emprego tem que se adaptar qualificando se ou re qualificando em sintonia com processo produtivo sem o que perde a empregabilidade A internet possibilitando tudo em tempo real n o poderia deixar de afetar o processo produtivo exigindo uma adequa o da m o de obra H
38. mail corporativo a inviolabilidade das correspond ncias postal e telef nica Marcelo Oliveira Rocha 2005 p 170 diz que Existem v rios problemas gerados pelo uso indevido dos computadores O primeiro deles a sobrecarga da mem ria e da rede Em segundo lugar h o tempo subtra do do trabalho que usado para preparar e enviar mensagens ou surfar na internet Em terceiro lugar o tempo gasto por todos os empregados que t m de ler enormes quantidades de mensagens Tudo isso reduz a produtividade do trabalho A montadora DaimlerCrysler antiga Mercedes Benz dispensou onze funcion rios em outubro de 2005 sob o argumento de terem gravado na mem ria de computadores do trabalho v rias fotos e v deos de 30 segundos com imagens pornogr ficas Antes de iniciar a varredura no sistema a montadora avisou os empregados de que iria agir dessa forma e que poderia haver consegii ncias aos trabalhadores As imagens identificadas pelos t cnicos estavam guardadas numa esp cie de arquivo que a companhia p e disposi o dos empregados para que gravem informa es pessoais em seus computadores Cada trabalhador 64 tem uma senha de acesso rede interna de dados Folha de S o Paulo 28 de outubro de 2005 Nesse caso o Advogado e fundador do Centro Brasileiro de Estudos Jur dicos da Internet entende o seguinte H ali um ambiente profissional e a empresa tem de proteg lo O objetivo a seguran a e a manuten o d
39. natureza dos recursos tecnol gicos fornecidos pelo empregador os referidos Tribunais americanos v m consignando que o empregado n o tem razo vel expectativa de privacidade quanto utiliza o do e mail corporativo e do acesso Internet atrav s do sistema operacional da empresa Acentuam inclusive que mesmo que houvesse uma razo vel expectativa de privacidade tal expectativa cederia diante do interesse do empregador em assegurar que seus empregados n o abusem do e mail da empresa e dos sistemas de Internet No leading case de Smyth v Pillsbury Co determinado Empregado alegou que havia sido dispensado de forma contr ria pol tica da empresa pois sua privacidade teria sido violada Neste caso a Eg United States Court for the Eastern District of Pennsylvania entendeu que o Empregado havia enviado v rias mensagens de e mail atrav s do sistema da Empresa que vieram a ser acessadas pelo seu Empregador sem a sua anu ncia Devido ao conte do impr prio destas mensagens o Empregador rescindiu o contrato de emprego Esta Eg Corte da Pennsylvania entretanto negou proced ncia ao pedido do Empregado a despeito de resultar comprovado que o Empregador havia reiterado aos seus Empregados que o e mail poderia ser utilizado para fins pessoais e que as mensagens n o seriam em momento algum interceptadas mantendo se confidenciais A aludida Corte americana entendeu que mesmo com as referidas concess es do Empregador o Empregado n
40. new forms of labour Since the industrial revolution we haven t faced such an agile and complex economical regime as the present one mixing internet speed and complexity opening doors for the technological revolution Thus contemporary society faced a new process generating social differences named elobalization Moreover the negative effects of globalization have struck directty the Brazilian society as well as the global one mainly on matters of changing the profile and volume of employment work qualifications and organization This research object is set then to state the globalization negative effects for the protector principle of the worker The theoretical critical fundamental of juridical dogmatics was the chosen search line to observe the object referred above So as means of verification of a trustful observance of the protector principle the present work scope is to make an analysis about its validity and importance within the law of labour in the social relations in Brazil under the perspective of the principle of human dignity and the historical conjuncture of workers Key words principle protector of the worker globalization work Principle of human dignity RESUMEN La econom a tiene un papel fundamental en las transformaciones del mundo globalizado alterando varios principios b sicos del derecho inclusive del derecho del trabajo impone tambi n una intensa integraci n de los mercados mundiales de producci n y de c
41. o assiste razo vel expectativa de privacidade nas mensagens arquivadas dentro daquela pasta ou dentro de sua caixa de e mail A mencionada conclus o fundou se no argumento de que as mensagens de e mail primeiro teriam circulado dentro de v rios pontos do sistema de e mail da Microsoft onde poderiam ser acessadas a qualquer hora pela Empresa e somente depois viriam a compor a esfera privada do Empregado Importa transcrever o seguinte trecho da decis o As asserted by McLaren in his petition e mail was delivered to theserver based inbox and was stored there to read McLaren could leave hise mail on the server or he could move the message to a different location According to McLaren his practice was to store his e mail messages in personal folders Even so any e mail messages stored in McLaren spersonal folders were first transmitted over the network and were at some point accessible by a third party Given these circumstances we cannot conclude that McLaren even by creating a personal password manifested and Microsoft recognized a reasonable expectation of privacy in the contents of the e mail messages such that Microsoft was precluded from reviewing the messages Case n 05 97 00824 1999 Tex App Lexis 4103 Tex Crt Of App May 1999 A Eg Court of Appeal of the State of California por sua vez no casoBourke v Nissan Motor Corporation manifestou se no mesmo sentido Whether an individual s constitutional right to privacy h
42. o correctas devem ser alteradas Assim os princ pios do direito do trabalho no qual o princ pio da prote o se enquadra podem ter as mais diversas origens advindos do campo da economia pol tica sociologia tica e principalmente do abuso do empregador nas rela es laborais Para Canotilho 1999 p 1100 As normas reconhecedoras de direitos econ micos sociais e culturais densificam o princ pio da socialidade que por sua vez concretiza o princ pio democr tico na sua dimens o de democracia econ mica social e pol tica Na economia e na pol tica v rios autores tra aram in meros paralelos entre o capitalista e o trabalhador demonstrando a desigualdade entre esses sujeitos S para exemplificar KARL MARX ainda quando jovem no livro Manuscritos econ mico Canotilho 1999 p 1090 observa tamb m a import ncia dos princ pios jur dicos fundamentais Pertencem ordem jur dica positiva e constituem um importante fundamento para a interpreta o integra o conhecimento e aplica o do direito positivo 36 filos ficos aludiu algumas diferen as entre os principiais personagens ou seja o trabalhador e o capitalista como podemos constatar abaixo A procura de homens regula necessariamente a produ o de homens como de qualquer outra mercadoria Se a oferta muito maior que a procura ent o parte dos trabalhadores cai na mis ria ou na fome Assim a exist ncia do trabalhado
43. o normativa estatal Segundo Sergio Pinto Martins 2004 p 25 prefere definir a flexibiliza o como um conjunto de regras que tem por objetivo instituir mecanismos tendentes a compatibilizar as mudan as de ordem econ mica tecnol gica pol tica ou social existentes na rela o entre o capital e o trabalho Conjunto porque forma um todo organizado um sistema para o fim de estabelecer mecanismos para compatibilizar as regras do Direito do Trabalho com as mudan as isto uma reuni o de medidas visando flexibilizar as rela es trabalhistas N o se faz a flexibiliza o apenas de uma forma ou mediante medidas isoladas mas dentro de um conjunto S o adotados v rios procedimentos para a flexibiliza o No direito estrangeiro a flexibiliza o percorre em diversos setores do Direito do Trabalho conforme explica o jurista Sergio Pinto Martins Na Alemanha a contrata o coletiva comum por ramo de atividade ou por regi o Os comit s de empresa participam ativamente dela inclusive por meio de regime de co gest o Na Argentina a Lei n 24 013 de 1991 chamada de Lei Nacional de Emprego tendo incorporado novas modalidades de contratados por tempo determinado ao sistema argentino de rela es de trabalho Na B lgica a flexibilidade mais da jornada de trabalho e dos contratos a tempo parcial No Equador a Lei n 133 de 1991 foi baseada na lei colombiana de 1990 Foi ampliada a possibilidade de cont
44. o tinha expectativa de privacidade ao utilizar o sistema da empresa para enviar suas mensagens de e mail Releva transcrever alguns trechos da decis o em apre o Liability only attaches when the intrusion is substantial and would be highly offensive to the ordinary reasonable person Borse 963 F 2d at621 citation omitted Although the Court of Appeals in Borse observed that the Pennsylvania courts have not had occasion to consider whether adischarge related to an employer s tortious invasion of an employee sprivacy violates public policy the Court of Appeals predicted that inany claim where the employee 144 claimed that his discharge related to aninvasion of his privacy the Pennsylvania Supreme Court would examine the facts and circumstances surrounding the alleged invasion of privacy If the court determined that the discharge was related to a substantial and highly offensive invasion of the employee s privacy believe that it would conclude that the discharge violated public policy Id at 622 Indetermining whether an alleged invasion of privacy is substantial and highly offensive to a reasonable person the Court of Appeals predicted that Pennsylvania would adopt a balancing test which balances theemployee s privacy interest against the employer s interest in maintaininga drug free workplace Id at 625 Because the Court of Appeals in Borsecould envision at least two ways in which an employer s drug and alcohol program might vio
45. os o poder diretivo cede ao direito do obreiro intimidade CF 14 Neste sentido decis o proferida pela Corte de Cassa o francesa em 02 10 01 n W 99 42 942 que se baseou no artigo 80 da Conven o Europ ia de Salvaguarda dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais 66 art 5 inc VIII Um nico email enviado para fins particulares em hor rio de caf n o tipifica justa causa Recurso provido Al m disso o monitoramento n o consentido pode caracterizar crime previsto na Lei n 9296 96 reguladora do referido dispositivo constitucional consistente em realizar intercepta o de comunica es telef nicas de inform tica ou telem tica ou quebrar segredo da Justi a sem autoriza o judicial ou com objetivos n o autorizados em lei Para Enoque Ribeiro dos Santos a rescis o contratual por justa causa n o se sustenta quando o empregador acessa a intimidade do trabalhador para configur la sem que esteja autorizado por ordem judicial 2000 p 133 Diante dessas duas correntes importante ressaltar que cada caso deve ser analisado dd o A a gt aes 15 na sua individualidade pois a internet considerada neutra Segundo Oris de Oliveira A internet possibilitando tudo em tempo real n o poderia deixar de afetar o processo produtivo exigindo uma adequa o da m o de obra Hoje o anafabite n o tem lugar no mercado de trabalho Exemplificando o telet
46. outrem uma vez que sendo independente trabalhar quando quiser como quiser e segundo os crit rios que determinar Autodetermina se no trabalho O empregado ao contr rio subordina se no trabalho 2000 p 156 5 Ee 22 o O obst culo epistemol gico constatado na terceiriza o aparece quando a autonomia contratual se confunde com a subordina o Para Mascaro quanto maior o n mero e a irrefutabilidade jur dica das ordens de servi o mais clara est a subordina o Quanto menor o n mero de ordens mais obscura ser Pode ocorrer uma zona cinzenta de dificil diagn stico 2000 p 157 2 Para o filosofo Hilton Japiass o obst culo epistemol gico s o retardos ou perturba es que se incrustam no pr prio ato de conhecer apresentado se como um instinto de conserva o do pensamento como uma prefer ncia dada mais s respostas do que s perguntas e impondo se como causas de in rcia 1996 p 200 84 Para Jos Francisco Siqueira Neto trabalho parasubordinado significa q p g esse tipo de trabalho como categoria intermedi ria entre o trabalhador aut nomo e o trabalhador subordinado abrangendo tipos de trabalho que n o se enquadram exatamente numa destas duas modalidades tradicionais O trabalho prestado com pessoalidade habitualidade e coordena o Ter se ia se poss vel um trabalho aut nomo com caracter sticas assimil veis ao trabalho subordinado Dadas as especialissimas c
47. presente momento ser o certas ou n o No entanto n o podemos ficar est ticos diante disso e sim propor algumas considera es que sejam importantes at a presente data sen o vejamos Quando existe uma colis o de interesses necess rio buscar n o s o princ pio da dignidade humana bem como o principio da proporcionalidade ROBERT ALEXY 1993 p 116 sugere a seguinte f rmula Toda norma de derecho fundamental vale s lo cuando y en la medida en que al inter s de libertad protegido no se le opone ning n inter s bien juridico de valor superior La aplicaci n de esta f rmula presupondr a una ponderaci n de los respectivos intereses 76 Nessa perspectiva o princ pio da prote o tem como um dos fundamentos a dignidade do trabalhador dessa forma justific vel o seu valor Por outro lado a flexibiliza o n o possui valor fonte de dignidade humana pelo contr rio um mecanismo econ mico fen meno criado por um sistema pol tico econ mico liberalismo sendo que esse mesmo sistema influenciou o surgimento do direito do trabalho para coibir os seus abusos Al m disso AMERICO PL RODRIGUEZ 2004 P 24 disserta sobre os princ pios do direito do trabalho no qual o princ pio da prote o essencial para garantir os seus valores fonte sen o vejamos Um exemplo recente da variedade de sentidos com que se usa a palavra princ pio a Declara o da OIT relativa aos princ pios
48. rela es triangulares do trabalho e o obst culo epistemol gico na rela o de emprego O avan o do setor produtivo e as novas demandas das rela es triangulares de trabalho ou formas de presta o aut noma de servi os nos obriga a analisar a subordina o sob outro prisma no contrato de trabalho para n o desproteger o empregado hipossuficente Segundo Arion Say o Romita As transforma es verificadas no processo de organiza o do trabalho refletem no instituto jur dico Contrato de Trabalho Os poss veis regimes de presta o de trabalho por uma pessoa f sica em proveito de outrem pessoa f sica ou jur dica inclusive o Estado s o historicamente o contratual e o estatut rio Deixando margem o 82 regime estatut rio adequado a uma rela o de direito p blico que vincula o prestador de servi os ao estado cabe considerar as formar de natureza contratual caracterizadas basicamente como trabalho subordinado e aut nomo A presta o de servi os de natureza continuativa e pessoal na atualidade d ensejo a um novo tipo ao lado do trabalho em que o trabalhador em que o prestador de servi os n o assume os riscos do empreendimento e daquele em que a autonomia organizativa prevalece surge o trabalho coordenado Com a crise da subordina o emergem novas formas nas quais o trabalho associado reduz o protecionismo dispensado ao trabalhador superando a dicotomia tradicional trabalho subordinado trabalho a
49. second instance even if we found that an employee had a reasonable expectation of privacy in the contents of his e mail communications over the company e mail system we do not find that a reasonable person would consider the defendant s interception of these communications to be a substantial and highly offensive invasion of his privacy Again we not e that by intercepting such communications the company is not as in the case of urinalysis or personal property searches requiring the employee to disclose any personal information about himself or invading the employee s person or personal effects Moreover 145 the company s interest inpreventing inappropriate and unprofessional comments or even illegalactivity over its e mail system outweighs any privacy interest the employee may have in those comments In sum we find that the defendant s actions did not tort iously invade the plaintiff s privacy and therefore did not violate public policy As are sult the motion to dismiss is granted Smyth v Pillsbury Co 914F Supp 97 100 E D Pa 1996 Outro caso famoso ocorreu no Estado do Texas onde o Quinto Distrito da Corte de Apela o do Texas tamb m se posicionou favoravelmente em rela o ao Empregador No aludido processo independentemente de a Empresa Microsoft haver providenciado ao Empregado uma senha de acesso para o e mail e uma pasta pessoal para arquivar suas mensagens a Eg Corte do Texas tamb m decidiu que ao Empregado n
50. sim a espera das expectativas de direitos b sicos principalmente no que tange liberdade e igualdade 20 1 2 Fase da Rep blica As manifesta es oper rias eram t midas e eram feitas pelos jornais oper rios publicados atrav s dos grupos ligas e centros socialistas formados por sua maioria por imigrantes europeus O Socialista S o Paulo 1896 foi editado pelo Centro Socialista de S Paulo trazia artigos em espanhol italiano e alem o Rodrigues 1966 p 129 S nessa fase que come am a aparecer algumas associa es de classe por exemplo Sociedade Uni o dos Foguistas em 1903 e Uni o dos Oper rios Estivadores em 1903 No ano de 1903 pelo Decreto n 979 nasceu o primeiro sindicato o sindicato rural Amauri Mascaro Nascimento 1989 p 55 descreve o seguinte O Decreto n 979 1903 permitiu a reuni o dos profissionais da agricultura e das ind strias rurais tanto pequenos produtores como empregadores com liberdade de escolha das formas de sindicaliza o tanto assim que para que o sindicato tivesse personalidade jur dica bastava o registro de dois exemplares dos estatutos da ata de instala o e da lista de s cios no Cart rio do Registro de Hipotecas do Distrito Percebe se que j se exigia uma forma solene para abertura do sindicato bom no entanto lembrar que no Brasil o desenvolvimento industrial n o resultou de uma evolu o secular como na Europa passando por etap
51. sindical quem afinal escolher a categoria que ir representar seus membros o pr prio empregador sistema eminentemente paternalista em rela o s empresas Isso muito comum na pr tica trabalhista em que a empresa possui diversas atividades preponderantes e acaba por escolher qual ser efetivamente sua categoria devendo seus empregados subordinarem se a sua decis o Portanto a ado o do princ pio da liberdade sindical em nosso sistema muito restrita e n o atende de forma satisfat ria as orienta es da Organiza o Internacional do Trabalho de sorte que temos garantido autonomia e representa o sindicais e sindicaliza o livre mas a unicidade prejudica o adequado cumprimento da liberdade sindical 2001 p 60 Assim ao lado de significativos avan os foram mantidos mecanismos incompat veis com os prop sitos maiores da garantia de um sistema fundado na autonomia privada coletiva e capaz de permitir o pleno desenvolvimento da a o sindical Al m disso os direitos trabalhistas foram inseridos no artigo 7 da Constitui o Federal de 1988 sen o vejamos rela o de emprego protegida contra dispensa arbitr ria e indeniza o compensat ria seguro desemprego fundo de garantia do tempo de servi o sal rio m nimo garantido inclusive quando se tratar de remunera o vari vel piso salarial sal rio irredut vel preservado contra reten o dolosa d cimo terceiro sal rio acr scimo pelo trabalho
52. todas essas vantagens decretam a morte de algumas profiss es realizadas durante s culos E o pior os trabalhadores trocados pelos computadores s o deslocados para o trabalho prec rio ou ent o ao desemprego como veremos no item 4 3 4 Emprego e Subemprego Ainda podemos constatar que o mercado de trabalho mundial e o brasileiro n o conseguem absorver na mesma velocidade as pessoas desempregadas gerando uma grande desigualdade social 4 3 1 3 2 Internet e e mail A internet um outro instrumento important ssimo para a realiza o do trabalho na era tecnol gica pois uma rede que interliga diversas pessoas f sica e ou jur dica ao mesmo PRA E de y a E ms d E 13 tempo com o objetivo de transmiss o ou comunica o de dados dispon veis em sites O dicion rio Aur lio traz o seguinte conceito da internet 1 Conjunto de redes de computadores ligadas entre si 2 Rede de computadores de mbito mundial descentraliza e de assento p blico cujos principais servi os oferecidos s o o correio eletr nico e a Web 2005 p 486 13 Para Aur lio site significa conjunto de documentos inter relacionados dispostos na Web em um endere o espec fico de acesso 2005 p 743 60 Sabe se que a comunica o no mundo globalizado a mat ria prima b sica t o importante quanto foi a eletricidade para ind strias na segunda fase da Revolu o Industrial Os internautas brasileiros residenciais j s o ma
53. tripartismo ent o adotado talvez como conting ncia hist rica constitui ainda hoje um dos pilares da entidade 1994 p 19 Vale destacar tamb m que em Maio de 1944 a Confer ncia Internacional do Trabalho a assembl ia geral da Organiza o reunida em Filad lfia nos Estados Unidos aprovou uma declara o relativa aos fins e objetivos da OIT conhecida pela Declara o de Filad lfia 7 Numa poca do p s guerra e da reconstru o a Declara o reafirma os princ pios orientadores da OIT nos quais se deveria inspirar a pol tica dos pa ses membros Os en ae 30 princ pios s o e o trabalho n o uma mercadoria e a liberdade de express o e de associa o uma condi o indispens vel para um progresso constante e a pobreza onde quer que exista constitui um perigo para a prosperidade de todos e todos os seres humanos qualquer que seja a sua ra a a sua cren a ou o seu sexo t m direito de efetuar o seu progresso material e o seu desenvolvimento espiritual em liberdade e com dignidade com seguran a econ mica e com oportunidades iguais Tendo em conta esses princ pios a OIT definiu quatro objetivos estrat gicos que 3 orientam atualmente a sua a o e promover e aplicar os princ pios e direitos fundamentais no trabalho e desenvolver as oportunidades para que os homens e as mulheres tenham um emprego digno 2 http www ilo org public portugue region eurpro li
54. trouxe uma disputa por mercados internacionais em contrapartida houve uma concentra o de capital cada vez maior e uma internacionaliza o do capital for ando as economias dependentes a uma inser o subordinada no mercado internacional 18 Para Enoque Ribeiro dos Santos a empresa pode ser sujeito passivo do dano moral quando atingida por ato il cito que fira sua imagem reputa o e boa fama nos c rculos comerciais e financeiros em que opera O Dano moral na dispensa do empregado Ltr 2000 p 119 69 Em 1989 o governo americano FMI Banco Mundial e Bid se reuniram para tratar sobre assuntos da Am rica Latina para avaliar algumas reformas econ micas e apresentar uma proposta neoliberal Essa reuni o passou a se chamar Consenso de Washington V rios pa ses latinos adotaram as recomendac es como a Argentina Chile M xico inclusive o Brasil Os governos Collor Itamar Fernando Henrique Cardoso como por exemplos privatizaram a grande parte das empresas p blicas coloca o da conten o da infla o acima das quest es sociais dentre outras medidas recomendadas pelo referido Consenso repercutindo um aumento de desempregados uma flexibiliza o nas normas das rela es laborais e um crescente aumento da mis ria em todas as regi es do pa s As empresas brasileiras se depararam com v rios planos econ micos que tinham a finalidade de frear a infla o O plano cruzado por exemplo derrubou a infla
55. vel em http www folha uol com Br folha infomartica ultl24u18521 shtml Acesso em 10 11 2005 GOMES ngela de Castro Cidadania e direitos do trabalho Rio de Janeiro Jorge Zahar 2002 GRUZINSKI Serge A passagem do s culo 1480 1520 As origens da globaliza o Companhia das Letras 1999 GUIMAR ES Jos Augusto Chaves Sindicato Evolu o Hist rica Unesp Faculdade de Educa o Filosofia Ci ncias Sociais e da Documenta o Mar lia 1987 HILTON Japiass e Danilo Marcondes Dicion rio b sico de filosofia 3 Rio de Janeiro Jorge Zahar 1996 IANNI Octavio A Era do Globalismo Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 1997 ORGANIZA O INTERNACIONAL DO TRABALHO Informe anual 2003 KANT Immanuel Fundamentos da Metaf sica dos Costumes Traduzido do alem o por Paulo Quintela Lisboa Edi es 70 1997 Metaf sica dos Costumes Tradu o Edson Bini Bauru SP Edipro 2003 KOVAL Boris Hist ria do Proletariado Brasileiro 1857 a 1967 Traduzido do Russo por Clarice Lima Avierina S o Paulo Editora Alfa Omega 1982 LEITE Eduardo de Oliveira A Monografia Jur dica S o Paulo Revista dos Tribunais 1997 MAGANO Octavio Bueno Pol tica do Trabalho S o Paulo LTr 1992 121 MAIOR Jorge Luiz Souto O Empregador Pode Monitorar E Mail de Empregado Jornal do Advogado Ano XXXI n 299 p 11 outubro de 2005 MARTINS Jos de Souza O poder do atraso ensaios de sociologi
56. viola o dos seus direitos fundamentais 05 A subordina o enfrenta novos desafios diante das novas formas de produ o e de trabalho e foi diagnosticado um obst culo epistemol gico no v nculo de trabalho 06 A licitude do monitoramento do empregado ao acesso internet e do e mail corporativo pelo empregador No caso estudado constatou se que n o existe uma legisla o espec fica e pertinente mat ria por m dever o ser aplicados nesses casos os princ pios constitucionais e os princ pios do direito do trabalho Ressalta se que cada caso deve ser analisado conforme as suas pecularidades observando que n o deve comportar interpreta es que acarretem a precariza o do trabalho humano 07 O princ pio protetor assegura a pacifica o social O trabalho pensado n o como rela o t cnica de produ o mas como um suporte privilegiado de inser o na estrutura social A prote o dada ao individuo trabalhador coloca o na esfera da integra o social O isolamento social do trabalhador e a falta de participa o em qualquer atividade produtiva poder o gerar alguns efeitos negativos ou seja a exclus o e a pobreza 08 As conquistas hist ricas reconhecidas pelas Conven es Internacionais A OTT a principal fomentadora de declara es em favor ao trabalhador que busca a humaniza o nas rela es laborais no mbito internacional inclusive a OIT acolheu o princ pio da dignidade humana como fonte
57. 37 Titular do poder diretivo o empregador assume ao celebrar o contrato de trabalho n o apenas o poder de detalhar as tarefas a serem exercidas por seus empregados mas tamb m a pr pria forma ou os limites como devem ser exercidas Parece certo portanto que na aus ncia de regras expressas que viabilizem a utiliza o dos equipamentos da empresa para fins privados n o h como admitir sejam eles manipulados com esse prop sito a tal modo que se possa reconhecer ao empregado direito ao sigilo de correspond ncia eletr nica Muito embora dos autos aflore a absoluta aus ncia de regulamenta o empresarial a respeito da quest o o que poderia sugerir a inexist ncia de qualquer restri o para a utiliza o do e mail para fins pessoais certo que como consignado no parecer ministerial emitido em sess o em todos os e mail s acionados pelos empregados do Reclamado consta um breve texto em ingl s ressaltando o car ter confidencial das comunica es trocadas por aquele sistema eletr nico e a nota de que deveriam restituir mensagens recebidas com equ voco apagando as em seguida do pr prio programa de comunica o Ainda que fosse absolutamente silente o contrato ou os sistemas operados evidente que os postulados da lealdade e da boa f informativos da teoria geral dos contratos inibiriam qualquer racioc nio favor vel utiliza o dos equipamentos do empregador para fins moralmente censur veis Considera
58. 47 CAP TULO 4 O princ pio da prote o ao trabalhador brasileiro e a Globalizac o 4 1 Origem da Globalizac o A origem da globaliza o n o um ponto pac fico entre os estudiosos pois depende de que ngulo visto e quem investiga esse objeto A globaliza o n o tem uma data ou uma poca determinada ao contr rio de uma lei que tem data m s e ano no qual o agente do direito est acostumado a fazer as suas interpreta es O soci logo Oct vio lanni 1997 p 16 salienta que O globalismo n o nasce pronto acabado e muito menos presente vis vel e evidente Revela se aos poucos seja observa o seja ao pensamento A globaliza o decorre de v rios fatores culturais sociais pol ticos e econ micos encontrados num determinado local ou em m ltiplos locais Paulo Edgar Almeida Resende descreve uma passagem curiosa acerca da primeira globaliza o que considera perversa Pol bio cooptado pela corte romana em sua hist ria universal no segundo s culo a C referindo se Pax Romana escrevia Anteriormente as coisas que aconteciam no mundo n o tinham nenhuma conex o entre si Por m a partir de agora todos os eventos est o unidos em feixe comum O Crist o Or genes no s culo II d C fez a cr tica a esta primeira vers o do que podemos chamar de globaliza o perversa em seu livro Contra Celso O fil sofo Celso em o Discurso verdadeiro escrito no s culo anterior
59. Brasil a Uni o sendo que o Presidente ratificar as diretrizes legais da conven o e o Congresso Nacional ter a tarefa de aprovar buscando a normatiza o da prote o do trabalhador dentro da realidade social e econ mica do pa s com intuito na minimiza o dos conflitos de interesses entre os empregados e empregadores Para Mascaro a internacionaliza o do direito do trabalho altamente recomend vel dentro de certos pressupostos n o s pelo aspecto de unidade de tratamento jur dico de prote o ao trabalhador mas tamb m como modo de realiza o de um ideal de paz e entendimento entre os povos bem como para a maior facilidade de migra o de m o de obra entre os diversos pa ses 1995 p 69 Dessa forma Conven es declaradas pela OIT constituem um instrumento ao servi o de um desenvolvimento capaz de conciliar o progresso econ mico e a prote o social dos 2 http www ilo org public portugue region eurpro lisbon html oit htm Acesso em 06 04 2006 97 trabalhadores O alargamento da prote o internacional deve andar na mesma velocidade dos avan os tecnol gicos e nas novas formas de produ o apesar da diferen as culturais econ micas pol ticas e sociais Se a economia globalizou a prote o social deve ser amparada na esfera internacional atendendo as novas exig ncias impostas pelo sistema econ mico promovendo e implantando regras e principalmente princ pios de prote o em t
60. DEMPredO soares dai gata A endantints 87 CAPITULO 4 Organizac o Internacional do Trabalho OIT 0 0 94 CAP TULO 5 O princ pio da dignidade da pessoa humana e o direito do trabalho 99 5 1 Uma reflex o acerca dos direitos humanos em face ao direito do A CD A e 99 5 2 A garantia efetiva do princ pio da dignidade da pessoa humana nas rela es e o O e e eee 106 CONCLUSO ES iii iii do oo 113 REFERENCIAS ea 119 ANEXO I Question rio Oris de Olliveitra sssccccssssscccssssscccsscsscccsscsssescccssssssscssoenes 125 ANEXO II Ac rd o na ntegra Internet e e mail s csssssssssssssesscsessscssesssaceassasesseass 128 ANEXO III Projeto de Lei n 6 542 2005 compet ncia scccsccssscsssssssesesseseeeees 154 ANEXO IV Ac rd o na Integra Relagio de Emprego e Trabalho AUIONOMO O II RS O RU CO IES 155 14 INTRODU O O presente estudo seguindo setores do conhecimento que pode ser classificado nas ci ncias sociais mais precisamente na rea do direito nos seus ramos do direito do trabalho do direito constitucional direito econ mico e direito internacional abrange os valores sociais do trabalho e os princ pios do direito do trabalho A pesquisa visa identificar a validade do princ pio da prote o aos trabalhadores brasileiros no cen rio do s culo XXI os quais se encontram na rela o de emprego formais e informais e n o estatut rio Al m di
61. FUNDA O DE ENSINO EUR PEDES SOARES DA ROCHA CENTRO UNIVERSITARIO EURIPEDES DE MARILIA UNIVEM PROGRAMA DE MESTRADO DE DIREITO LEONARDO DE G NOVA O PRINC PIO DA PROTE O AO TRABALHADOR BRASILEIRO E SUAS PERSPECTIVAS NO SECULO XXI MAR LIA 2006 LEONARDO DE G NOVA O PRINC PIO DA PROTE O AO TRABALHADOR BRASILEIRO E SUAS PERSPECTIVAS NO SECULO XXI Disserta o apresentada ao Programa de Mestrado em Direito do UNIVEM Centro Universit rio Eur pides de Mar lia mantido pela Funda o de Ensino Eur pides Soares da Rocha como requisito parcial para obten o do t tulo de Mestre em Direito rea de concentra o Teoria do Direito e do Estado Orientador Prof Dr Lafayette Pozzoli MAR LIA 2006 G NOVA de Leonardo O princ pio da prote o ao trabalhador brasileiro e suas perspectivas no s culo XXI Leonardo de G nova orientador Lafayette Pozzoli Mar lia SP s n 2006 159 fls Disserta o P s gradua o em Direito Centro Universit rio Eur pides de Mar lia Funda o de Ensino Eur pides Soares da Rocha 1 Principio protetor do trabalhador 2 Globalizac o 3 Trabalho 4 Princ pio da dignidade da pessoa humana CDD 341 6 LEONARDO DE G NOVA O PRINC PIO DA PROTE O AO TRABALHADOR BRASILEIRO E SUAS PERSPECTIVAS NO SECULO XXI Banca examinadora de disserta o apresentada ao Programa de Mestrado em Direito da UNIVEM F E E S R como requisito parcial para obte
62. GISLA O TRABALHISTA NO BRASIL 1 1 Fase do Imp rio Antes de analisar a evolu o da legisla o trabalhista no Brasil necess rio refletir em s ntese a forma de trabalho e as atividades econ micas fomentadas na fase imperial haja vista que a hist ria desempenha um importante papel de desmistifica o do eterno e ajudar a compreender que vivemos no tempo da a o Na fase do Imp rio os historiadores n o relatam a respeito de um movimento social organizado at mesmo porque n o havia sequer uma classe oper ria muito menos organizada pois nem existia um fomento industrial ou comercial no Brasil A sociedade era patriarcal na agricultura as lavouras intensivas caf cana algod o eram trabalhadas por bra os escravos e depois da aboli o desconhecendo inteiramente que ao menos o trabalhador pudesse ter outro direito a n o ser o recebimento do sal rio ajustado A Constitui o Imperial de 1824 proibiu expressamente a forma es das corpora es temendo uma organiza o de trabalhadores pois no momento no velho continente estavam borbulhando v rios sindicatos ligas de oper rios com voz atuante na representa o pol tica nas localidades onde foram formadas O historiador Raymundo Campos 1983 p 168 relata que Um in cio de classe oper ria apareceu com a constru o de estradas onde se utilizava apenas m o de obra livre por exig ncia contratual do governo 19 No Rio d
63. Marx Dial tica lat Dialectia do gr Dialektike discuss o Marx faz da dial tica um m todo Insiste na necessidade de considerarmos a realidade socioecon mica de determianda poca como um todo articulado atravessado por contradi es especificas entre as quais a da luta de classes A partir dele mas gra as sobretudo contribui o de Engels a dial tica se converte no m todo do materialismo e no processo do movimento hist rico que considera a Natureza a como um todo coerente em que os fen menos se condicionam reciprocamente b como um estado de mudan a e de movimento c como o lugar onde o processo de crescimento das mudan as quantitativas gera por acumula o e por saltos muta es de ordem qualitativas d como sede das contradi es internas seus fen menos tendo 37 um lado positivo e o outro negativo um passado e um futuro o que provoca a luta das tend ncias contr rias que gera o progresso Marx Engels A veicula o da ideologia e aprovada por um determinado grupo social pode exteriorizar por exemplo em pactos sociais leis e principios Esse ltimo exterioriza se em uma pluralidade de fun es Em s ntese podemos apontar tr s fun es essenciais dos principios que s o fun o informadora fun o normativa e fun o interpretativa A fun o informadora como ensina o iminente Am rico Pl Rodriguez fls 43 44 inspira o legislador servindo de fundamento para o ordenamento
64. UA e Reino Unido 129 5 Pode o empregador monitorar e rastrear a atividade do empregado no ambiente de trabalho em e mail corporativo isto checar suas mensagens tanto do ponto de vista formal quanto sob o ngulo material ou de conte do N o il cita a prova assim obtida visando a demonstrar justa causa para a despedida decorrente do envio de material pornogr fico a colega de trabalho Inexist ncia de afronta ao art 5 incisos X XII e LVI da Constitui o Federal 6 Agravo de Instrumento do Reclamante a que se nega provimento Vistos relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n TST RR 613 2000 013 10 00 7 em que Recorrente HSBC SEGUROS BRASIL S A e Recorrido ELIELSON LOUREN O DO NASCIMENTO O Eg Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o mediante o v ac rd o de fls 531 566 deu provimento parcial ao recurso ordin rio da Reclamada para reconhecer a dispensa por justa causa do Reclamante afastando a condena o em verbas rescis rias e de entrega de guias do seguro desemprego Ao recurso ordin rio do Reclamante por sua vez deu provimento parcial para acrescer condena o o pagamento de horas extras referentes ao per odo compreendido entre mar o de 1997 e junho de 1999 Interpostos embargos de declara o pelo Reclamante e pela Reclamada ambos foram conhecidos e parcialmente providos para prestar esclarecimentos fls 589 597 Inconformadas as partes interpuseram recurso de r
65. a O direito do trabalho se relaciona diretamente com os direitos civis pol ticos econ micos sociais e culturais Veja que n o basta uma garantia jur dica para concretizar a efetividade do direito do trabalho Norberto Bobbio 1992 p 45 aduz a respeito do direito do trabalho n o basta fundament lo ou proclam lo Nem tampouco basta proteg lo O problema da sua realiza o n o nem filos fico nem moral Mas tampouco um problema jur dico um problema cuja solu o depende de um certo desenvolvimento da sociedade e como tal desafia at mesmo a Constitui o mais evolu da e p e em crise at mesmo o mais perfeito mecanismo de garantia jur dica 102 No entanto certo que o estudo do direito do trabalho deve ser repensado observando o princ pio protetor para ater um estudo jur dico ligado a uma realidade social conectado s transforma es econ micas industriais pol ticas internas e externas do nosso pa s A precariedade na rela o laboral um problema mundial mas os pa ses semi perif ricos Brasil M xico e Argentina e perif ricos Bol via e Paraguai s o os mais afetados sendo que o trabalho humano n o garantido em toda a sua extens o Ressalta se que os direitos civis pol ticos e sociais n o foram acolhidos na sua plenitude pelos trabalhadores J nos pa ses considerados centrais ou desenvolvidos o acesso aos direitos civis pol ticos e sociais s o alcan ados com
66. a da hist ria lenta S o Paulo Editora Hucitec 1994 MARTINS Sergio Pinto Direito do Trabalho S o Paulo Atlas MARTINS Sergio Pinto Flexibiliza o das Condi es de Trabalho S o Paulo Atlas 2004 MARX Karl Manuscritos Econ micos Filos ficos S o Paulo Martin Claret 2004 MELLO Celso Antonio Bandeira de Curso de Direito Administrativo S o Paulo Malheiros 1996 NAHAS Thereza Christina Legitimidade ativa dos sindicatos defesa dos direitos e interesses individuais homog neos no processo do trabalho processo de conhecimento S o Paulo Atlas 2001 NASCIMENTO Amauri Mascaro Direito Sindical Saraiva S o Paulo 1989 Curso de Direito do Trabalho hist ria e teoria geral do direito do trabalho rela es individuais e coletivas do trabalho S o Paulo Saraiva 1995 NAVES M rcio Bilharinho Marx ci ncia e revolu o S o Paulo Moderna Campinas SP Editora da Universidade de Capinas 2000 NETO Jos Francisco Siqueira Direito do Trabalho e Globaliza o Particularidades Nacionais In Sundfeld Ari Carlos Vieira Oscar Vilhena Coordenadores Direito Global S o Paulo School Of Global Law Editora Max Limonad 1999 OCA Santiago Barajas Montes de Conceptos B sicos Del Derecho del Trabajo M xico Fondo de Cultura Econ mica 1995 PINHEIRO Paulo S rgio e Hall Michael M A Classe Oper ria no Brasil 1889 1930 Documentos Vol II S o Paulo Editora Brasiliense S A
67. a de trabalho a grande empresa deixar de pagar o tempo ocioso quando esses funcion rios n o tiverem o que fazer mas ficar o disposi o do empregador e das horas extras Ressalta se que a empresa de grande porte n o s deixar de ser fiscalizada e ou atuada por irregularidades pelos rg os competentes como tamb m deixar de recolher os encargos sociais dos trabalhadores terceirizados Assim os ex funcion rios que abriram empresas para prestarem servi os para grande empresa perdem a seguran a que tinham Os efeitos da terceiriza o na era da globaliza o transcendem qualquer fronteira sendo que grandes grupos empresariais que produziam na forma vertical passam a explorar a atividade econ mica na forma horizontal em qualquer pa s ou seja a empresa que era detentora de todas as etapas de produ o distribui as etapas para outras empresas Recentemente o jornal Folha de S o Paulo publicou uma reportagem que retrata bem a terceiriza o implantada no Brasil com o seguinte t tulo Globaliza o com m o de obra barata cidade na periferia de Fortaleza produz para Diesel Donna Karan e outras 13 11 2005 B8 Para quem n o sabe Diesel Donna Karan s o grifes de luxo e possuem lojas espalhadas no mundo As grifes procuram o setor produtivo mais atraente para a fabrica o de seus produtos independente do pa s da origem da marca O que mais atrai para esse grupo empresarial a m o de obra bara
68. a dos direitos Tradu o Carlos Nelson Coutinho Rio de Janeiro Editora Campus 1992 BOXBERGER Gerald Klimenta Harald As dez mentiras sobre a globaliza o S o Paulo Aquariana 1999 CAMPOS Raymundo Hist ria do Brasil S o Paulo Editora Atual 1983 CANOTILHO Jos Joaquim Gomes Direito constitucional 3 Edi o Coimbra Livraria Almedina 1999 POSO Antonio Carta dei dirriti fondamental dell Unione Europea Pisa It lia Edizione Ets 2000 DALAZEN Jo o Oreste O Empregador Pode Monitorar E Mail de Empregado Jornal do Advogado Ano XXXI n 299 p 10 outubro de 2005 DELGADO Mauricio Godinho Princ pios de direito individual e coletivo do Trabalho S o Paulo Editora LTr 2001 DIEESE N mero estimado de empregados no setor financeiro no Brasil 1989 1996 Rio de Janeiro FARIA Jos Eduardo O direito na economia globalizada S o Paulo Editora Malheiros 1999 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda O Dicion rio da L ngua Portuguesa Curitiva Positivo 2005 120 FOLHA DE S O PAULO N mero de Processos Iniciados no Pa s S o Paulo p F1 01 08 2004 FOLHA DE SAO PAULO Empresa Demite 11 por Gravar Arquivo Porn S o Paulo p B15 28 10 2005 FOLHA DE S O PAULO Globaliza o com m o de obra barata cidade na periferia de Fortaleza produzem para Diesel Donna Karan e Outras S o Paulo p B8 13 11 2005 FOLHA ONLINE Confira um Raio X sobre a internet no Brasil Dispon
69. a produtividade dos empregados que pode ser afetada Alguns advogados entendem que o empregador tem raz o nesse caso Mesmo sendo um diret rio liberado pela empresa para colocar dados pessoais dos funcion rios preciso lembrar que se trata de um sistema de informa o pertencente empresa As empresas temem a falta de seguran a no caso do n o monitoramento da utiliza o dos e mails enviados pelos empregados Nesse caso a Lei ampara as empresas que fundamentam a dispensa por justa causa pela viola o de segredo da empresa nos moldes do art 482 CLT Constituem justa causa para rescis o do contrato de trabalho pelo empregador g viola o de segredo da empresa Ressalta que no Reino Unido j possui uma lei que autoriza os empregadores a promover o monitoramento de e mails e telefonemas de seus empregados Nessas circunst ncias o monitoramento n o configura um il cito mas sim um direito de propriedade que o empregador tem Por outro lado alguns juristas consideraram que o monitoramento do e mail do empregado contraria o direito privacidade intimidade e ao sigilo de correspond ncia que por sua vez resulta a viola o dos direitos fundamentais 65 O Juiz do trabalho e professor da Faculdade de Direito da USP Jorge Luiz Souto Maior Jornal do Advogado n 299 outubro de 2005 p 11 salienta que Por tr s da postura do empregador de defender seu direito de ler as mensagens enviad
70. a rela o de emprego e trabalho aut nomo 25 Ac rd o na ntegra ANEXO IV 87 E E 5 26 Para Jos Francisco Siqueira Neto problema da prote o dos trabalhadores fica totalmente vinculado comprova o ou n o da dissimula o do trabalho subordinado Confirmando a dissimula o o processo o mesmo j descrito no t pico referente ao trabalho subordinado Na hip tese da n o confirma o da dissimula o o caso seria puramente de trabalho aut nomo A fun o do princ pio protetor poder ser aplicada nesse caso observando as condi es mais favor veis aos empregados que restabelecer o equil brio da rela o empregat cia A regra da condi o mais ben fica pode ser utilizada tamb m nos casos em que pressup e a exist ncia de um caso concreto anteriormente reconhecida e determina que ela deve ser respeitada na medida em que for mais favor vel ao hipossuficiente que a nova norma aplic vel A jurisprud ncia ensina que Enunciado n 20 do TST N o obstante o pagamento da indeniza o de antiguidade presume se em fraude lei a resili o contratual se o empregado permaneceu prestando servi o ou tiver sido em curto prazo readimitido Dessa forma o princ pio da prote o deve ser aplicado quando demonstrar ind cios de fraude ou il cito na rela o de emprego principalmente quando houver uma terceiriza o camuflada ou disfar ada com objetivo de desvirtuar a lei
71. acar a conquista da Consolida o das Leis Trabalhistas e a cria o da Justi a especializada 1 3 Fase Constitucional 1988 O Brasil sempre manteve uma tradi o em suas Constitui es que desde 1934 inclu am normas sobre Direito Sindical As Conven es Coletivas de trabalho foram reconhecidas e assim permaneceram desde o in cio de sua Constitucionaliza o at hoje sendo que a Constitui o de 1988 deu autonomia aos sindicatos O sindicato brasileiro foi amparado pela Constitui o Federal de 1988 em v rios aspectos Todavia para sintetizar todos esses aspectos podemos tra ar alguns princ pios que a Carta Magna trouxe em seu texto como por exemplo e O princ pio da liberdade sindical e do direito de organiza o sindical e a manuten o do sistema confederativo com os sindicatos federa es e confedera es sem men o s centrais sindicais e a unicidade sindical e a livre administra o dos sindicatos e a liberdade individual de filia o e de desfilia o em sindicato e a direito de representa o dos trabalhadores nas empresas a partir de certo n mero de empregados por empresas 29 As transforma es operadas no plano constitucional criaram condi es para o desenvolvimento mas n o a plena realiza o do princ pio da liberdade sindical como bem destaca o entendimento da jurista Thereza Christina Nahas no seguinte sentido Dessa forma dentro de nosso princ pio de liberdade
72. ais se se cuida de e mail corporativo est em xeque tamb m e talvez principalmente o exerc cio do direito de propriedade do empregador sobre o computador capaz de acessar 148 INTERNET e sobre o pr prio provedor direito esse igualmente merecedor de tutela constitucional Tecidas essas considera es passo ao exame objetivo do agravo de instrumento do Reclamante A insurg ncia do Agravante n o merece prosperar No caso o pr prio Reclamante nas raz es do recurso de revista reconhece que o e mail corporativo foi disponibilizado pela Reclamada para ser utilizado somente para assuntos e mat rias afetas ao servi o fl 636 Fixada tal premissa e a exemplo do que j se delineia como visto no Direito Comparado n o diviso razo vel expectativa de privacidade do empregado na utiliza o de e mail corporativo fornecido pela Empresa Em meu entender o e mail corporativo n o desfruta da mesma prote o outorgada correspond ncia de natureza pessoal simples instrumento de trabalho que o Empregador confia ao Empregado para auxili lo no desempenho de suas atividades laborais Penso por conseguinte que se o e mail corporativo pertence Reclamada se instrumento de trabalho se n o existe expectativa de privacidade com rela o s mensagens enviadas pode o Empregador monitorar a atividade do Empregado no hor rio de trabalho Bem se compreende que assim seja porquanto as mensagens eletr nicas trafegam p
73. al Regional do Trabalho da Terceira Regi o pela sua Segunda Turma unanimemente em conhecer do recurso sem diverg ncia em negar lhe provimento Belo Horizonte 06 de maio de 2003 ALICE MONTEIRO DE BARROS Presidente ad hoc e Relatora TRT RO f 1 TRT RO 4604 03 00988 2002 091 03 00 2
74. al que trabalha A organiza o do trabalho denominada toyotismo contribuiu para a expans o da economia globalizada Fundamente RESPOSTA O fordismo n o passou e ainda onde perdura n o passa de um modo de produ o As rela es de trabalho no emprego e fora dele baseadas no fordismo de que a CLT uma das express es devem ser repensadas Repensar n o significa destruir tudo As leis s o como o amor s o eternas enquanto duram O toyotismo um modo de produ o historicamente vinculado ao momento hist rico e ser utilizado dentro e fora da globaliza o da economia 127 04 A flexibiliza o dos direitos trabalhistas irrevers vel Quais as conseqii ncias da flexibiliza o perante o princ pio protetor do trabalhador no Brasil RESPOSTA Desde que se entenda que inflexibilidade sic dos direitos trabalhistas consiste em n o mexer em nada do que est posto h flexibiliza es que podem estar ou n o estar em sintonia com o princ pio de prote o Por exemplo houve altera o na idade da aprendizagem empres ria que passou de 14 at 24 anos Houve flexibiliza o de uma norma superada em favor do jovem trabalhador H espa o por exemplo para contratos forma o para jovens 14 a 24 anos aceitos em pa ses em que h preocupa o de salvaguardar o princ pio de prote o que n o est tico AC RD O NA NTEGRA N MERO NICO PROC RR 613 2000 013 10 00 PUBLICA
75. al tarefa 152 Admitido pela Reclamada o trabalho no per odo de 05 a 07 de outubro de1998 s fls 455 e comprovada a emiss o de atestado m dico pr prio s fls 104 n o impugnado tem se que restou observado o mister do recorrido Acertada a decis o prim ria pelo que merece ser mantida neste item g n fl 544 No recurso de revista a Reclamada sustenta viola o aos arts 818 da CLTe 333 I do CPC Aduz que o Reclamante n o juntou o atestado m dico aos autos sendo indevida a condenag o da Empresa Agravante no tocante ao per odo de 5 a 7 de outubro de 1998 A irresigna o contudo resulta infundada Com efeito o Eg Regional analisando as provas carreadas aos autos assentou que o Reclamante havia efetivamente trabalhado no referido per odo e tamb m comprovado a emiss o do atestado m dico Invi vel em sede de cogni o extraordin ria e restrita o Eg TST reexaminar a mat ria sob pena de contrariedade S mula n 126 TST N o conhe o portanto do recurso de revista 1 3 HORAS EXTRAS NUS DA PROVA CONFISS O PREPOSTO DESCONHECIMENTO DOSFATOS Conhe o do recurso de revista no particular por viola o ao art 843 81 da CLT e ao art 333 inc II do CPC remetendo para tal aos fundamentos expendidos no julgamento do agravo de instrumento da Reclamada 2 M RITO DO RECURSO DE REVISTA Como corol rio do conhecimento por contrariedade ao art 843 81 da CLT e ao art 333 inc II
76. am origem ao diss dio art 843 80 da CLT c c art 345 do CPC pois o contr rio seria admitir a frustra o da norma inserida no art 848 consolidado No caso concreto n o foge regra o que resta desconhecido pela preposta na audi ncia realizada no dia 19 09 2001 dever ser aplicada a pena de confiss o nos estritos termos dos arts 343 82 CPC c c art 769 da CLT reformando a decis o prim ria neste particular para ser deferido todas as horas extras reclamadas na inicial fls 643 644 O Eg Tribunal a quo denegou seguimento ao recurso de revista no particular com suped neo no bice encontrado na S mula n 126 do TST A decis o h de ser mantida Com efeito constata se das argumenta es do Reclamante a n tida pretens o de revolver a mat ria f tico probat ria carreada aos autos requer seja reanalisado o depoimento da preposta para da aferir se esta desconheci aos fatos apenas at junho de 1999 inclusive ou at o per odo da dispensado empregado Tal an lise entretanto revela se invi vel em sede de recurso de revista motivo pelo qual este efetivamente n o merecia seguimento 133 Incide no caso o entendimento consagrado na S mula 126 desta Eg Corte 2 3 PROVA IL CITA JUSTA CAUSA E MAIL RASTREAMENTO INTIMIDADE INVIOLABILIDADE A Empresa ora Agravada despediu o ora Agravante por justa causa depois de constatar que o Reclamante no exerc cio de suas fun es teria expedido comunica
77. ando nunca ter sido empregadora do autor A mat ria a meu ver pr pria do m rito podendo levar improced ncia do pedido mas n o extin o do processo O direito de a o independe do direito substancial posto em discuss o e traduz o poder de invocar a tutela jurisdicional Rejeito a argiii o de ilegitimidade passiva RELA O DE EMPREGO As c pias de f 239 251 mostram que reclamada foi constitu da em sociedade por cotas de responsabilidade limitada tendo como objetivo a representa o e o com rcio de equipamentos de inform tica bem como a presta o de servi os de assist ncia t cnica nessa rea As partes concordam que o autor foi contratado pela reclamada para prestar servi os como t cnico em eletr nica com a atribui o de atender a chamados de clientes dessa ltima realizando reparos e servi os de manuten o em equipamentos de inform tica O ponto central de toda a discuss o travada entre as partes cinge se em torno da natureza do v nculo estabelecido entre ambas O reclamante sustenta ter 156 sido admitido como empregado ficando por isso sob o p lio da legisla o trabalhista A empresa por sua vez assegura que a presta o de servi os era aut noma sem subordina o e sem exclusividade As c pias de f 160 168 revelam que as partes firmaram contrato escrito em 01 03 96 Nessa poca o autor era titular de uma firma individual cujo nome fantasia era Autron Inform tica O ajuste fir
78. ano f tico do contrato de trabalho 2001 p 40 J o estudioso Luiz de Pinho Pedreira da Silva define o princ pio de prote o como aquele em virtude do qual o Direito do Trabalho reconhecendo a desigualdade de fato entre os sujeitos da rela o jur dica de trabalho promove a atenua o da inferioridade econ mica hier rquica e intelectual dos trabalhadores 1999 p 29 Os juristas brasileiros Jos Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Filho definem o princ pio da prote o como Diante da real inferioridade econ mica e hier rquica do trabalhador na rela o individual de emprego o Direito deve dot lo de uma tutela que o torne juridicamente privilegiado diante do empregador 2000 p 417 As defini es citadas acima demonstram que o princ pio da prote o o princ pio basilar a raiz a viga mestre o n cleo do direito do trabalho sendo que o fundamento da prote o est ligado diretamente com a sua pr pria exist ncia pois sem ela n o haveria raz o de ter uma ci ncia pr pria consolidando normas doutrinas e jurisprud ncias pr prias Pergunta se ent o o direito do trabalho est em xeque O direito do trabalho surgiu paulatinamente para dar a devida dignidade ao empregado 41 3 3 Sujeitos No princ pio da prote o podemos citar basicamente dois sujeitos o empregado e empregador O empregado conforme a CLT no seu artigo 3 toda pessoa f sica que prestar servi os de nat
79. as been violateddepends first on a determination whether that individual had a personaland objectively reasonable expectation of privacy which was infringed Alarcon v Murphy 1988 201 Cal App 3d1 5 People ex rel Franchise TaxBd v Superior Court 1985 164 Cal App 3d 526 540 541 Nissan maintains that the evidence conclusively establishes that plaintiffs had noreasonable expectation of privacy in their E mail messages In support of this contention 146 they cite the following undisputed facts 1 Plaintiff seach signed a Computer User Registration Form which states that I tis company policy that employees and contractors restrict their use of company owned computer hardware and software to company business 2 In November or December of 1989 more than a year before her termination Hall learned from co workers that E mail messages were from time to time read by individuals other than the intended recipient Hall relayed this information to Bourke in March of 1990 3 In June 1990 a full six months before Bourke s termination a fellow employee Lori Eaton contacted Bourke to complain about the personal sexual nature of Bourke s E mail message which Eaton had retrieved for demonstration purposes duringa training session at an Infiniti dealership Nissan contends that the foregoing uncontroverted facts regarding plaintiffs knowledge that E mail messages could in fact be read with outthe author s knowledge or consent establishes a
80. as e recebidas por seu empregado na verdade est embutida uma nova forma de controle para potencializar o estado de sujei o do empregado Na dispensa de um empregado em raz o do envio de mensagens pornogr ficas que o que normalmente acontece acaba se adotando uma postura moralista Mas mais conden vel que o envio de mensagens pornogr ficas a invas o da privacidade que se faz para chegar a esta constata o Para apura o do crimes o direito privacidade pode ser limitado mas sempre por comando judicial devidamente justificado Nos tribunais europeus podemos destacar que a Corte Francesa vem dando prefer ncia preserva o da intimidade do empregado negando a possibilidade do empregador ter acesso s correspond ncias eletr nicas emitidas e recebidas pelo empregado no local de trabalho a ponto de negar a possibilidade de dispensa do empregado por tal motivo O Tribunal Regional do Trabalho da 02 Regi o n o tipificou justa causa pelo envio de e mail pelo empregado no seguinte sentido JULGAMENTO 03 08 2000 RELATOR A FERNANDO ANTONIO SAMPAIO DA SILVA REVISOR A AC RD O N 20000387414 PROCESSO N 20000347340 ANO 2000 TURMA 6 DATA DE PUBLICA O 08 08 2000 EMENTA Justa causa Email n o caracteriza se como correspond ncia pessoal O fato de ter sido enviado por computador da empresa n o lhe retira essa qualidade Mesmo que o objetivo da empresa seja a fiscaliza o dos servi
81. as individuais do cidad o EUA e Reino Unido n o ousaram estender ao e mail corporativo a prote o outorgada ao cidad o no tocante inviolabilidade da comunica o e da privacidade No Brasil penso que n o h raz o para adotar solu o diferente 147 Sem mais imperativo notar tamb m que n o h direito absoluto e que na concep o de direito justo repousa a necessidade de observ ncia do princ pio da proporcionalidade como mecanismo destinado a evitar a excessiva prote o a um direito em detrimento de outro KARL LARENZ em cl ssica obra ap s assinalar que se alude ao princ pio da proporcionalidade para designar las limitaciones o desventajas quealguien tiene que tolerar en un caso concreto en inter s de otro o de lageneralidad e depois de referir ao principio de que la intervenci n enun bien jur dico y la limitaci n de la libertad no puden ir m s all de loque sea necesario para la protecci n otro bien o de un inter s de mayorpeso arremata El principio de proporcionalidad suministra un criteriojur dico constitucional para llevar a cabo una ponderaci n ajustada de los intereses a proteger es decir del campo de protecci n de los derechos fundamentales por una parte y de los intereses dignos de defensa por otra Ello significa ante todo que los medios de intervenci n tienen que ser adecuados a los objetivos del legislador y que no pueden resultar excesivos para el particular Con el rasero de
82. as sucessivas como artesanato manufatura ind stria dom stica e grande ind stria Aqui o processo de industrializa o sofreu muitas interrup es Logo ap s a abertura dos Portos em 1808 por exemplo o artesanato e as primitivas manufaturas praticamente desapareceram n o agiientando a concorr ncia dos produtos ingleses Ainda no Imp rio o Bar o de Mau montou ind strias que terminaram em 21 fal ncia e s com a proclama o da rep blica ocorreria um novo surto de industrializa o Crescia o interesse pela atividade industrial e formava se com o caf e a imigrac o um mercado ampliado e uma nova mentalidade empresarial O desenvolvimento industrial baseava se na substitui o de importa es principalmente de tecidos e alimentos no Rio de Janeiro S o Paulo e Rio Grande do Sul S o Paulo superou o Rio de Janeiro No in cio do S culo XX o r pido crescimento da sua ind stria criou um proletariado classe trabalhadora que passou a ter um enorme peso na vida pol tica do pa s Segundo Campos 1983 p 168 Essa classe oper ria apareceu como um corpo estranho na sociedade brasileira e n o existia na poca qualquer legisla o que regulamentasse suas atividades As jornadas de trabalho chegavam em alguns casos a quinze horas por dia Os locais de trabalho eram insalubres sujos com excesso de barulho e falta de ilumina o Regra geral os sal rios eram baixos com alto ndice de desemprego entre os hom
83. as tecnologias de informa o e de telecomunica es O autor Paul Singer 1998 p 23 disserta que O desemprego estrutural causado pela globaliza o semelhante em seus efeitos ao desemprego tecnol gico ele n o aumenta necessariamente o numero total de pessoas sem trabalho mas contribui para deteriorar o mercado de trabalho para quem precisa vender sua capacidade de produzir Neste sentido a Terceira Revolu o Industrial e a globaliza o se somam As duas mudan as atingiram no Primeiro e no Terceiro Mundos os trabalhadores mais bem organizados que ao longo de muitos anos de lutas conseguiram conquistar n o s boa remunera o mas tamb m o que Jorge Mattoso 1993 chama apropriadamente de seguran a no trabalho Foram os trabalhadores industriais que conseguiram o direito de se sindicalizar de barganhar coletivamente com os empregadores de fazer greve sem correr o risco de demiss o de ter representa o permanente junto dire o da empresa Na medida em que foram exatamente estes os trabalhadores mais atingidos pelo desemprego tecnol gico e pelo desemprego estrutural a correla o de for a entre compradores e vendedores de for a de trabalho em cada pa s tornou se muito mais favor vel aos primeiros As empresas financeiras por exemplo empregavam cerca de 811 892 empregados em janeiro de 1989 No m s de dezembro de 1996 havia somente 497 108 empregados no setor financeiro que totalizou a demiss o
84. asil promulgou v rias leis trabalhistas para tentar conter as manifesta es trabalhistas mas na pr tica nada mudava s surtiam um efeito psicol gico Um momento hist rico de grande relev ncia foi a cria o da Justi a do Trabalho atrav s da Constitui o de 1934 mas foi criada como parte do poder Executivo e n o do Judici rio ngela de Castro Gomes disserta ainda que em 01 de maio de 1941 come ou a funcionar em todo o pa s a Justi a do Trabalho que mesmo prevista pela Carta de 1934 ainda n o existia de fato 2002 p 37 26 Posteriormente o presidente de honra da alianga Nacional Libertadora Luis Carlos Prestes publicou em 05 de julho de 1935 um programa formulando tr s tarefas fundamentais da etapa dada do movimento revolucion rio da poca 1 liberta o do imperalismo estrangeiro ingl s e norte americano 2 destrui o das sobreviv ncias pr capitalistas e a limpeza do caminho para o desenvolvimento livre e harm nico da economia nacional 3 conquista da verdade democracia para o povo Koval 1982 p 291 com intuito de propagar as id ias socialistas Dessa forma houve o golpe de 1937 que dissolveu o congresso e publicou a Constitui o segundo a qual o Brasil era declarado Estado Novo A Constitui o de 1937 foi restritiva considerando a greve recurso nocivo e anti social conforme dizia o artigo 139 da Constitui o As greves e lockouts s o a es declaradas an
85. ca Diante disso a sociedade contempor nea se deparou com um novo processo gerador de desigualdades sociais que atende pelo nome de globaliza o Ressalta se que as altera es econ micas no in cio do s culo XXI n o s atingiram diretamente a sociedade brasileira bem como a sociedade global principalmente na transforma o do perfil e volume do emprego das qualifica es e da organiza o do trabalho O objeto da pesquisa coloca se portanto na validade do princ pio da prote o ao trabalhador nas novas rela es de emprego Os fundamentos te rico cr tico da dogm tica jur dica foi a linha de pesquisa escolhida para observar o objeto acima referido Dessa forma para fins de verifica o quanto fiel observ ncia do princ pio protetor o presente trabalho teve como escopo fazer uma an lise quanto a sua validade e import ncia dentro do direito do trabalho e nas rela es sociais no Brasil sob a perspectiva do princ pio da dignidade humana e da conjuntura hist rica dos trabalhadores Palavras chaves princ pio protetor do trabalhador globaliza o trabalho Princ pio da dignidade da pessoa humana ABSTRACT Economy has a fundamental role on the changes in the world of globalization altering several basic principles of the law including those of the law of labour setting an intensive interaction in worldwide production and consumption markets New forms of production came up in the world and in consequence of that
86. carta magna um importante instrumento para o direito do trabalho mas a finalidade dada a ela ou seja a prote o ao trabalhador conquistada por esses longos anos est se deparando com a flexibiliza o decorrente da globaliza o Nas d cadas de sessenta e setenta os trabalhadores conseguiram expandir as suas reivindica es e nos anos oitenta houve a descentraliza o da Justi a do Trabalho para o interior do Brasil pois elas se concentravam somente nas grandes cidades Com a descentraliza o da Justi a houve um aumento de processos proporcionando aos empregados o acesso Justi a conforme demonstra o gr fico abaixo Quadro 01 2 500 000 2 299 768 272 312 2 000 000 4 N mero de processos 1 500 000 iniciados no pa s Fonte Folha de S o Paulo p F1 01 08 2004 1 000 000 500 000 0 1941 1971 1981 1991 2001 2003 31 Em 2002 ap s d cadas de espera a classe trabalhadora teoricamente chegou ao poder representado pelo governo Lula mas na pr tica somente os lideres sindicais empossados nos cargos p blicos distribu dos pela c pula do Partido dos Trabalhadores degusta o gosto do poder enquanto os milhares de trabalhadores brasileiros s o iludidos pela pol tica neoliberal esperando um milagre para conter o desemprego e a flexibiliza o das normas trabalhistas Para BOITO no atual governo de Lula existe a associa o de lideran as sindicalistas por meio de clientelismo
87. cesso iniciados no Brasil oooooocnnocccnonocccoonnncnoncnoonnncnonnncnnnnnnnns 30 Quadro 02 Obst culo epistemol gico no v nculo de trabalho oooonncnnnconnnincccnnccnonncconocnnos 85 Quadro 03 N mero estimado de empregados no setor financeiro no Brasil 1989 1996 90 Quadro 04 Decl nio do n mero de greves ooooocnoccnococooccconoconaconnnoonccconocnnn cono ncnn nc cono canncnnncoos 103 Ilustra o 01 m quina para Corte de Cat dida Ca q 58 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Art Artigo BID Banco Interamericano de Desenvolvimento CF Constituig o Federal CLT Consolida o das Leis do Trabalho Coord Coordenador DIEESE Departamento Intersindical de Estat stica e Estudos S cios Econ micos Min Ministro FMI Fundo Monet rio Internacional FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Servi o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica HSBC HSBC Bank Brasil S A N N mero OIT Organiza o Internacional do Trabalho Org Organizador SP S o Paulo TRT Tribunal Regional do Trabalho TST Tribunal Superior do Trabalho STF Supremo Tribunal Federal UNB Universidade de Bras lia USP Universidade de S o Paulo Vol Volume 12 SUM RIO INTRODU O iii A oa 14 CAP TULO 1 Evolu o hist rica da legisla o trabalhista no Brasil ssssscsseesesees 18 A A RE A a TR 18 Ls Fas da Republica Na 20 1 4 Fase Constitucional 1 ii tie 28 CAP TULO 2 O princ pio da protecA0
88. cito importante que seja utilizado no presente caso o princ pio da proporcionalidade de forma a afastar os extremos qual seja a total inadmissibilidade da prova considerada il cita Comungo dos fundamentos lan ados nas raz es de recurso da reclamada acercado princ pio da proporcionalidade A aplica o do princ pio da proporcionalidade tem o objetivo de impedir que atrav s do dogma ao respeito de determinadas garantias sejam violados outros direitos sen o maiores de igual import ncia ou que igualmente precisam ser preservados no caso dos presentes autos a pr pria reputa o da reclamada que poderia ter a sua imagem abalada A referida teoria portanto tem por objetivo sopesar os interesses e valores em discuss o quando da considera o da prova obtida atrav s de meio il cito de forma que seja poss vel a 134 verifica o da rela o custo benef cio da medida atrav s da pondera o entre os danos causados e os resultados a serem obtidos A prote o individualidade liberdade personalidade ou privacidade apesar de ser essencial no respeito ao Estado de Direito n o pode ser absoluta de forma a resultar no desrespeito a outras garantias de igual relev ncia Tal fato resulta na necessidade de que haja a pondera o do que gerar maior preju zo ao cidad o se a admissibilidade ou n o da prova ilicitamente obtida De acordo com a decis o de 1 grau a reclamada teria utilizado de mei
89. companhar as transforma es ocorridas em sociedade E dentro dessas transforma es nascem os efeitos decorrentes da globaliza o causando um grande impacto nos valores sociais do trabalho principalmente quando nos referimos ao princ pio da prote o do trabalhador pois com a chegada da automa o as linhas de produ o s o capazes de produzir diversos tipos de modelos em lotes menores e mais rent veis economicamente do que a produ o feita pelos oper rios proporcionando assim o desemprego em massa Al m disso um dos fen menos econ micos que est o causando grandes impactos nas rela es de emprego a descentraliza o produtiva com a consequente terceiriza o de parte da atividade econ mica A tradicional rela o de emprego cede cada vez mais a rela es triangulares de trabalho ou formas de presta o aut noma de servi os A fun o econ mica nas rela es de emprego torna se evidente tamb m a quem acompanha o recente debate em torno de sua flexibiliza o que quebra a rigidez das normas constitucionais A nova economia contempor nea modificou a organiza o de trabalho sob uma l gica muito mais exigente caracterizando a perda de autonomia em postos de trabalho aumento de ritmo e intensidade da jornada de trabalho forte desgaste mental flexibiliza o do uso da m o de obra e da produ o e eleva o do controle sobre o trabalho dos oper rios 17 Considerando esses aspectos e valoriza
90. conquistas hist ricas reconhecidas pelo Estado e pela Justi a do Trabalho O princ pio protetor conseguiu o seu reconhecimento via normas infra constitucionais CLT e demais Leis esparsas e pelas demais Constitui es Brasileiras paulatinamente No que toca Justi a do Trabalho com a sua descentraliza o para o interior do Brasil constatou se um aumento de processos proporcionando aos empregados o acesso Justi a 03 A inferioridade do trabalhador frente ao empregador e o mercado econ mico contempor neo ainda persiste considerando se que as mudan as e as alternativas nas quest es empresariais recaem sobre o elo mais fraco que s o os trabalhadores e suas entidades representativas 04 A inser o de tecnologias no ambiente de trabalho mudou a estrutural social do trabalho O computador a internet e os demais meios eletr nicos impulsionaram novos desafios sociedade o que toca a quest o do desemprego Entretanto os problemas n o s o as novas tecnologias mas sim a falta de qualifica o e a falta de acesso educa o voltada s necessidades da atual conjuntura econ mica A omiss o dos governantes na erradica o dos problemas b sicos como por exemplos o desvio or ament rio destinado educa o para alguns privilegiados e a corrup o refletem na forma o do cidad o brasileiro 116 conseq entemente o trabalhador n o acompanhar as novas exig ncias das novas tecnologias e acarretar a
91. constituem A aparecerem problemas relativos aos preconceitos de ra a idade e sexo tanto quanto relativos a religi o e l ngua cultura e civiliza o A perda do emprego um processo seletivo A prop sito disto colocam se dois aspectos Primeiro diferentes grupos sociais experienciam diferentes n veis de desemprego Segundo o desemprego tende a ser geograficamente desigual no interior dos pa ses No que se refere aos grupos sociais as pessoas menos sujeitas ao desemprego s o homens entre 25 e 54 anos com boa educa o ou boa forma o profissional Isso deixa vulner vel ao desemprego grande n mero de pessoas mulheres jovens velhos minorias Muitos desses s o trabalhadores n o qualificados ou semiqualificados Ianni 2004 p 137 A Era do Globalismo Nos grandes centros industriais da Europa e do EUA na d cada de 1970 em diante houve a transfer ncia da linha de produ o em parte para os pa ses perif ricos como Brasil 89 M xico Argentina Cor ia do Sul Taiwan e outros pa ses da sia oriental acarretando in meros desempregos nos pa ses considerados ricos Essa transfer ncia se d porque a m o de obra nos pa ses perif ricos mais barata e conseq entemente render mais lucro s empresas multinacionais Atualmente tanto os pa ses centrais quanto os perif ricos sofrem para resolver o problema do desemprego estrutural Segundo Paul Singer 1998 p 23 o desemprego estrutural ocorre porq
92. damento deste princ pio a natureza racional existe com fim em si assim que o homem se representa necessariamente a sua pr pria exist ncia Age de tal maneira que uses a humanidade tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio Am rico Pl Rodrigues 2004 p 74 acrescenta que O homem n o pode ser tratado como uma coisa deve ser sempre respeitado por sua pr pria dignidade De modo que em mat ria de quantidade de trabalho de condi es de trabalho de remunera o de trabalho h limites intranspon veis que todos devemos respeitar e fazer respeitar Outros direitos elencados no Artigo XXIII da Declara o Universal dos Direitos do Homem Todo homem tem direito ao trabalho livre escolha de emprego a condi o justas e favor veis de trabalho e prote o contra o desemprego Todo homem sem qualquer distin o tem direito a igual remunera o por igual trabalho Todo homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para prote o de seus interesses 100 A defini o do princ pio da dignidade humana uma tarefa complexa pois nem mesmo a Declara o sobre o Direito ao Desenvolvimento de 1986 no seu artigo 2 sabe definir com precis o sen o vejamos A pessoa humana o sujeito central do desenvolvimento e deve ser ativa participante e benefici ria do direito ao desenvol
93. de o que se extraida declara o de que o e mail corporativo destinava se somente para assuntos e mat rias afetas ao servi o fl 636 Por derradeiro n o h vulnera o ao princ pio que assegura a inadmissibilidade no processo das provas obtidas por meio il cito art 5 LVI por isso que sendo o e mail corporativo propriedade da Empresa meramente cedido ao Empregado para fins corporativos o Empregador poder exercer controle tanto formal como material conte do das mensagens que trafegam pelo seu sistema operacional O recurso de revista portanto afigura se inadmiss vel Nego provimento ao agravo de instrumento do Reclamante B AGRAVO DE INSTRUMENTO DA RECLAMADA 1 CONHECIMENTO Atendidos os pressupostos legais de admissibilidade conhe o do agravo de instrumento 2 M RITO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Conforme fundamentos expostos em item anterior o Eg Tribunal a quo acolheu o pedido de pagamento de horas extras referentes ao per odo entre mar o de 1997 a junho de 1999 conforme jornada descrita na peti o inicial ao fundamento de que a preposta revelou desconhecimento da jornada de labor efetiva do Reclamante no aludido per odo A Reclamada no recurso de revista aponta viola o ao artigo 333 incisos I e II do CPC e ao artigo 843 1 da CLT Sustenta que o desconhecimento dos fatos por parte da preposta acarreta confiss o ficta que por sua vez poder ser infirmada mediante prova em contr rio Adu
94. de 314 784 demiss es conforme demonstra o gr fico abaixo Quadro 03 N mero estimado de empregados no setor financeiro no Brasil 1989 1996 Meses 1989 io oo CN ws Fonte E A Geral dos AO e M E Ta 4 Ho Elabora o Dieese Seeb Rio 91 As demiss es nas empresas financeiras decorrem dos altos investimentos nos produtos tecnol gicos computadores que executam complexas equa es e na telecomunica o A substitui o dos trabalhadores pela m quina apresenta maior produtividade redu o de custos e de m o de obra e maiores lucros Embora o n mero de trabalhadores continue a declinar a produtividade da empresa financeira est subindo aceleradamente basta verificar que os maiores lucros apresentados no ano de 2005 foram das empresas financeiras Al m da substitui o do trabalhador pela m quina o desemprego aumentou a cada segundo com a entrada do contrato de trabalho parcial e tempor rio Segundo Jos Augusto Rodrigues Pinto 2000 p 145 Em conson ncia com a onda flexibilizante de princ pios trabalhistas foi promulgada em 21 01 98 a Lei n 9601 regulamentada pelo decreto n 2 490 de 04 02 98 que criou uma nova forma de contrata o com dura o determinada a que denominamos contrato de dura o prec ria apesar de boa parte da m dia denomin lo equivocadamente contrato provis rio contrato prec rio e contrato tempor rio denomina es enganosas por levarem conclus o com o contrato c
95. de computador do empregador ningu m pode exercer controle algum de conte do das mensagens porquanto a Constitui o Federal assegura a todo cidad o n o apenas o direito privacidade e intimidade como tamb m o sigilo de correspond ncia o que alcan a qualquer forma de comunica o pessoal ainda que virtual portanto inviol vel e sagrada a comunica o dedados em e mail particular Outra situa o a meu ju zo bem diversa aquela do chamado e mail corporativo em que o empregado utiliza se de computador da empresa deprovedor da empresa e do pr prio endere o eletr nico que lhe foi disponibilizado pela empresa tudo para a utiliza o estritamente em servi o Ilustrativamente poder se ia afirmar que o e mail corporativo como se fosse uma correspond ncia em papel timbrado da empresa O e mail corporativo distingue se do e mail pessoal ou particular do Empregado na medida em que aquele equivale a uma ferramenta de trabalho que a pr pria Empresa coloca sua disposi o para utiliza o em servi o O e mail corporativo disponibilizado pelo empregador ao empregado louvando se na confian a de que o empregado dele se utilizar em servi o e de forma adequada e tica A senha pessoal conferida ao empregado para o acesso de sua caixa de e mail n o uma ferramenta de prote o para evitar que o empregador tenha acesso ao conte do das mensagens Ao contr rio a senha instrumento de prote o do pr
96. de prote o ao empregado 117 09 A Constituig o Federal de 1998 reconheceu os direitos sociais especificamente os direitos dos trabalhadores Atualmente a Constitui o Federal de 1988 em seu art 4 inciso Il estampa os fundamentos dos tratados Internacionais de Prote o dos Direitos Humanos Al m disso o Brasil n o s ratificou o Pacto Internacional de Direitos Econ micos Sociais e Culturais bem como o Pacto Internacional de Direitos Civis e Pol ticos adotados por Resolu es da Assembl ia Geral das Na es Unidas Posteriormente em 25 de setembro de 1992 o Brasil ratificou a conven o Americana sobre os Direitos Humanos denominada como Pacto de San Jos da Costa Rica Em seguida em 21 de agosto de 1996 ratificou o Protocolo Adicional Conven o Americana sobre os Direitos Humanos em mat ria de Direitos Econ micos Sociais e Culturais denominado como Protocolo de San Salvador Portanto a Constitui o Federal absorveu os Tratados Internacionais de Direitos Humanos conforme se verifica no artigo 5 1 8 2 e 3 nos moldes da Emenda Constitucional n 45 de 08 12 04 sendo certo portanto a rela o do princ pio protetor com o princ pio da dignidade humana 11 O princ pio da dignidade humana como princ pio universal deve ser aplicado nas colis es de interesses quando constatar a precariedade do trabalho humano N o s a sa de f sica e mental bem como a dignidade e o patrim nio do
97. dentro e fora do mercado de trabalho dentro de uma perspectiva de imediata solu o mas tamb m na prepara o dos filhos daqueles trabalhadores que almejam em dia ter condi es dignas de trabalho na nossa sociedade CAP TULO 4 Organiza o Internacional do Trabalho OIT 94 Diante das novas formas de produ o e de trabalho na globaliza o procuramos estabelecer a import ncia da Organiza o Internacional de Trabalho aos direitos de prote o dos trabalhadores O Tratado de Paz assinado em Versalhes em Junho de 1919 criou a Ag ncia mais antiga do Sistema das Na es Unidas denominada como Organiza o Internacional do Trabalho OIT O Brasil membro fundador da OIT e participa das Assembl ias da Organiza o Segundo Arnaldo Siissekind 1994 p 17 A confer ncia de Paz de 1919 aprovou o tratado de Versailles cuja Parte XIII disp s sobre a cria o da OIT e enunciou os princ pios gerais que deveriam guiar a pol tica da Sociedade das Na es no campo do Trabalho O surgimento da OIT representou uma inova o no Direito Internacional com uma forma original e avan ada para a poca A internacionaliza o dos princ pios e das normas de prote o do trabalho buscou as aspira es ideol gicas dos diversos pa ses Europeus S ssekind entende que a tese da internacionaliza o das normas de prote o do trabalho j havia obtido expressiva resson ncia quando a Confer ncia da Paz se instalo
98. do coletivo inciso XIII dura o do trabalho normal n o superior a oito horas di rias e quarenta e quatro semanais facultada a compensa o de hor rios e a redu o da jornada mediante acordo ou conven o coletiva de trabalho inciso XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento salvo negocia o coletiva claro que a flexibiliza o depende da participa o efetiva dos sindicatos mas esses entes est o perdendo resist ncia contra o poder econ mico global como j constatado no decl nio das greves no quadro 02 Atualmente os sindicatos est o mais preocupados em preservar os empregos dos seus filiados do que mostrar resist ncia diante dos efeitos negativos da globaliza o O neoliberalismo contradiz com a sua pr pria exist ncia pois cria uma desigualdade nefasta trazendo consigo a flexibiliza o e conseqiientemente essas transforma es abriram caminho para a deslegaliza o das normas protetoras dos trabalhadores despolitizando as rela es de trabalho e as reduzindo a uma simples ordem de troca Faria 1999 p 229 A inser o precoce e criminosa de crian as no mercado de trabalho no Brasil outro exemplo da viola o dos direitos humanos apesar de haver leis que amparam o menor sen o vejamos o decreto n 4 134 de 25 04 2002 promulgou a Conven o n 138 da OIT bem como sua Recomenda o n 146 tendo por objeto a erradica o do trabalho
99. dos para tratar de assuntos n o relacionados ao trabalho Dessa forma a 01 Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu que valida a prova exibida em ju zo pelo empregador consistente em rastrear o e mail corporativo e seu provedor de acesso internet visando apurar de quem era a responsabilidade pela divulga o de fotos pornogr ficas a partir de seus equipamentos e sistemas de inform tica O e mail corporativo considerado uma ferramenta um instrumento de trabalho Assim de uso estritamente profissional subordinado fiscaliza o do empregador 63 De acordo com o ministro Dalazen N o h intimidade ou privacidade do empregado a ser preservada na medida em que essa modalidade de e mail n o colocada disposig o do empregado para fins particulares N o se pode vislumbrar direito privacidade na utiliza o de um sistema de comunica o virtual engendrado para o desempenho da atividade empresarial e de um oficio decorrente de contrato de emprego O e mail corporativo n o pode ser equiparado correspond ncia de natureza pessoal de modo a merecer a tutela constitucional simples instrumento de trabalho que o empregador confia ao empregado para auxili lo no desempenho de suas atividades laborais Bem se compreende que assim seja visto pois as mensagens eletr nicas trafegam pelo sistema operacional do empregador exclusivamente para fins corporativos Portanto n o h como estender ao e
100. e FUNCAMP 1981 122 PINTO Jos Augusto Rodrigues Repert rio de Conceitos Trabalhista v I S o Paulo LTr 2000 POZZOLI Lafayette Maritain e o Direito S o Paulo Edi es Loyola 2001 RIFKIN Jeremy O Fim dos Empregos O cont nuo Crescimento do Desemprego em todo o Mundo S o Paulo M Books 2004 RODRIGUEZ Martins Le ncio Conflito Industrial e Sindicalismo no Brasil Editora Difus o Europ ia do Livro S o Paulo 1966 RUSSOMANO Mozart Victor Curso de Direito do Trabalho Curitiba Juru Editora 1995 REVISTA GLOBO RURAL Agora o crescimento que gera o crescimento do desemprego Dispon vel em http globorural globo com barra asp d especiais bau bau3 htm Acesso em 07 nov 2005 REALE Miguel Li es Preliminares de Direito S o Paulo Saraiva 1987 Paradigmas da cultura contempor nea S o Paulo Saraiva 1996 REDINHA Maria Regina Gomes A Rela o Laboral Fragmentada Coimbra Coimbra Editora 1995 RICCIARDI Mario Globaliza o e Sindicatos In Diana de Lima e Sllva Ed sio Passos orgs Impactos da Globaliza o rela es de trabalho e sindicalismo na Am rica Latina e Europa S o Paulo Ltr 2001 ROCHA Marcelo Oliveira Direito do Trabalho e Internet Aspectos das novas tend ncias das rela es de trabalho na Era Informatizada S o Paulo Leud 2005 RODRIGUEZ Am rico Pl Princ pios de Direito do Trabalho S o Paulo Editora Ltr 2004 ROMITA Ario
101. e Janeiro capital federal da poca surgiu em 1870 a Liga Oper ria e em 1880 a Uni o Oper ria O Brasil foi palco de uma das maiores estruturas escravistas j conhecidas do mundo O trabalho escravo era a explorac o direta do ser humano tendo em vista que a remunera o do escravo consistia basicamente na sua sobreviv ncia e por outro lado o seu dono recebia a rentabilidade dos frutos produzidos por ele Posteriormente em 1889 foi abolida a escravid o atrav s da Lei urea Aos ex escravos e sua descend ncia n o restava outra sa da sen o viver na periferia das rela es de produ o e em lavouras Para ngela Maria de Castro Gomes 2002 p 15 uma das principais caracter sticas do inicio de uma luta por direitos do trabalho no Brasil foi a necessidade de enfrentar a dura heran a de um passado escravista que marcou profundamente toda a sociedade nas suas formas de tratar e de pensar seus trabalhadores Com a aboli o n o houve uma equipara o entre negros e brancos pois os negros eram ainda considerados coisas N o existia qualquer patamar de igualdade tendo em vista que os conjuntos de valores criados durante o per odo colonial n o terminou de imediato A passagem do escravo para servo foi muito lenta e de servo para uma pessoa dotada com capacidade jur dica plena demorou ainda mais Dessa forma na fase imperial n o foi diagnosticada nenhuma prote o ao trabalhador brasileiro mas
102. e M o Obra OGMO sic VIII entre empreiteiro e subempreiteiro ou qualquer destes e o dono da obra nos contratos de pequena empreitada sempre que os primeiros concorrerem pessoalmente com seu trabalho para a execu o dos servi os ainda que mediante o concurso de terceiros IX entre cooperativas de trabalho e seus associados X de conflitos envolvendo as demais esp cies de trabalhadores aut nomos tais como encanador eletricista digitador jardineiro dentre outros XI decorrentes de ass dio moral Art 2 Ficam revogados os incisos Ill e V da al nea a do art 652 do Decreto Lei n 5 452 de 1 de maio de 1943 Art 3 Esta Lei entra em vigor na data de sua publica o Sala da Comiss o AC RD O NA NTEGRA RELA O DE EMPREGO E TRABALHO AUTONOMO Processo00988 2002 091 03 00 2 RO Data de Publica o14 05 2003 DIMG P gina 14 Org o Julgador Segunda Turma Juiz Relator Alice Monteiro de Barros A Juiz Revisor Maria Jos Castro Baptista de Oliveira RELA O EMPREGO AUTONOMO Recorrente RG TECNOLOGIA E INFORM TICA LTDA Recorrido GERALDO MAGELA FONSECA EMENTA RELA O DE EMPREGO E TRABALHO AUT NOMO A contraposi o trabalho subordinado e trabalho aut nomo exauriu sua fun o hist rica e os atuais fen menos de transforma o dos processos produtivos e das modalidades de atividade humana reclamam tamb m do Direito do Trabalho uma resposta evolu o desta nova realidade A doutrina mais at
103. e aos verdadeiros sindicatos e rivalizam se com eles na a o sindical A lei dos 2 3 publicada em 1930 por Vargas tornava obrigat ria a presen a de dois ter os de trabalhadores brasileiros no quadro de funcion rios das empresas Aumentava a 25 oferta de trabalho para os da terra e diminuindo o n mero de estrangeiros no proletariado enfraquecia se a capacidade da luta de classe Todavia as cria es dos direitos trabalhistas na era Vargas foram fundamentais ao trabalhador brasileiro pois contribu ram para a expans o e ao acesso aos respectivos direitos Segundo ngela de Castro Gomes Essa condi o foi facilitada pela intstitui o da Carteira de Trabalho de 1932 que permetiu ao minist rio maior controle sobre a popula o trabalhadora Foi tamb m nesse mesmo ano que o governo reconheceu as profiss es que poderiam legalmente existir o que permitia aos trabalhadores ter acesso s leis e recorrer aos rg os da justi a do trabalho existentes E importante tamb m assinalar que entre 1932 e 1937 sobretudo durante a gest o do ministro Salgado Filho 1932 1934 s o sancionadas numerosas leis 2002 p 27 Em mar o de 1931 o governo passou a controlar a classe oper ria atrav s da Lei da Sindicaliza o elaborando normas para agrupar os trabalhadores expedindo os decretos n 19 770 de 1931 e n 24 694 de 1934 O governo de Get lio Vargas considerado como pai da legisla o trabalhista no Br
104. e espelham jornadas n o r gidas fato que denota a liberdade do autor em registrar os hor rios trabalhados Vale ressaltar que algumas folhas de presen a cont m anota es de jornada ora superior ora inferior descrita pela reclamada circunst ncia n o negada na defesa Considerando a exist ncia de pagamento de sobre jornada nos contra cheques passo an lise da prova oral observando mais uma vez que incumbia ao reclamante provar de forma inconteste o cumprimento da jornada descrita na inicial Em rela o ao per odo anterior a 28 07 1998 as duas testemunhas do acionante s fis 352 353 foram imprecisas na indica o dos hor rios valendo frisar que a prova oper ria cingiu se a uma jornada m dia n o a alegada pelo obreiro Tamb m em rela o ao intervalo intrajornada n o houve coer ncia probat ria Dentro de tal contexto mereceria provimento o recurso patronal e desprovimento o arrazoado obreiro que pela prova testemunhal produzida n o se desincumbiu do nus que lhe competia restando veross meis as jornadas estampadas nos controles de freqii ncia Entretanto n o o que ocorre No caso dos autos a distribui o do nus da prova resta prejudicada pelo teor das alega es feitas pela preposta ouvida que revelou desconhecimento da jornada obreira em rela o ao per odo compreendido entre o in cio da rela o de emprego e o m s de junho de 1999 132 A vista do 1 do art 843
105. e reconhecido apenas em Juizo aplica se ao empregador a multa por atraso no pagamento das verbas rescis rias Nada a prover COMPENSA O A condena o abrange t o somente O pagamento de parcelas trabalhistas decorrentes do reconhecimento da rela o de emprego Como a empresa insistia em afirmar a aus ncia de v nculo dessa natureza resta claro que nada foi pago ao reclamante sob igual t tulo no curso da presta o de servi os Logo n o h compensa o a deferir Nada a prover JUSTI A GRATUITA A reclamada questiona por fim a concess o dos benef cios da justi a gratuita ao reclamante Registro inicialmente que n o vislumbro sequer interesse da reclamada em questionar essa mat ria na medida em que a concess o desse pleito n o lhe traz nenhum nus pois a hip tese n o envolve o pagamento de honor rios advocat cios 158 Ademais a declara o de f 138 confirma o estado de miserabilidade do obreiro de molde a lhe garantir os benef cios da justi a gratuita nos termos da Lei 1060 60 e do artigo 790 3 da CLT com reda o dada pela Lei 10537 02 Frise se que nenhum desses dispositivos limita a concess o dessa assist ncia apenas aos trabalhadores assistidos pelo sindicato ao contr rio do que alega a reclamada Logo tamb m sob este prisma h de ser mantida a r decis o Nada a prover Diante do exposto nego provimento ao recurso da reclamada FUNDAMENTOS PELOS QUAIS ACORDAM os Ju zes do Tribun
106. e san es para o caso de n o atendimento das convoca es desde advert ncia passando por multas e no caso de quatro ocorr ncias dessa natureza rescis o contratual f 163 A meu ver todas essas previs es evidenciam o controle exercido pela empresa Ademais a obriga o de confeccionar relat rios de atendimento tamb m revela a fiscaliza o exercida pela reclamada sobre o trabalho do obreiro Releva acentuar ainda que o autor constituiu a firma individual posteriormente ao in cio da presta o de servi os sendo esse mais um ind cio de que a reclamada tentou mascarar o v nculo empregat cio por esse meio tentando atribuir ao obreiro 157 a condi o de trabalhador aut nomo Ademais tamb m h prova segura da inteira aus ncia de autonomia financeira do reclamante pois o documento de f 32 mostra que a reclamada propiciava lhe os meios necess rios ao seu deslocamento para atender aos chamados dos clientes al m de fornecer lhe vale refei o A meu ver o quadro probat rio autoriza o reconhecimento do v nculo empregat cio valendo acentuar ainda serem incontroversos a n o eventualidade e a onerosidade dos servi os prestados pelo reclamante Apenas a t tulo de esclarecimento vale frisar que o artigo 3 da CLT n o estabelece a exclusividade como pressuposto da rela o de emprego Dessa forma se o autor em alguma poca teve clientes pr prios e esse fato n o chegou a ser evidenciado claramente essa circunst
107. ecimento das fotos a ela anexadas foi feito sem a participa o ou expressa anu ncia de nenhum dos integrantes da cadeia eletr nica o que por si s caracteriza viola o da correspond ncia e a quebra da legalidade Apesar de o Reclamado ter dito que a conta de e mail por ela fornecida ao Autor foi na condi o de que sua utiliza o se desse exclusivamente para tratar de assuntos e mat rias afetas ao servi o isso n o significa dizer que o autorizaria quebrar o sigilo da 139 correspond ncia e ter acesso ao teor dos e mails do Recorrente sem sua anu ncia ou de algum dos integrantes da cadeia O fato do sic Autor descumprir a determina o do Reclamado para somente usar sua conta de e mail para cuidar de assuntos do servi o poderia ser fato grave o suficiente para ensejar a rescis o contratual por justa causa conforme o caso Mas isso n o se confunde com os meios atrav s dos quais o Reclamado teve acesso ao teor do e mail uma vez que para isso imprescind vel que o acesso seja l cito Constitui o art 5 LVI c cart 332 do CPC sem m cula a nenhum princ pio ou garantia constitucionalmente assegurada inclusive o da inviolabilidade do sigilo da correspond ncia art 5 XII fls 634 636 A peculiaridade e a estupenda relev ncia do presente caso recomendam uma abordagem particularizada dos seus m ltiplos aspectos 2 3 1 A INTERNET NO AMBIENTE DE TRABALHO Sabe se que a Internet e sua tecnologia fo
108. edade que tem menor prote o legal tanto no direito do trabalho como no direito previdenci rio 2004 p 30 34 A fun o econ mica nas rela es do trabalho torna se evidente tamb m a quem acompanhar o recente debate em torno de sua flexibiliza o que quebra a rigidez das normas constitucionais como por exemplo o artigo 7 inciso VI da Constitui o Federal irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acordo coletivo O jurista Santiago Barajas Montes de Oca M xico 1995 p 44 cita Jean Claude Javillier que analisa a flexibiliza o da seguinte maneira representa el conflicto de las ideologias pues para algunos juslaboralistas la flexibilidad es el diablo um concepto patronal por excel ncia para otros es um angel um proceso que salvar a los oper rios del desempleo Assim ser que s existem impactos negativos absolutos decorrentes da flexibiliza o A quest o da flexibiliza o das normas trabalhistas complexa e existem posi es a favor e posi es contra 4 3 2 1 1 Posi o a favor da flexibiliza o A posi o considerada partid ria do neoliberalismo sustenta que certas formas de precariedade do emprego redu o dos custos da produ o e reorganiza o do tempo de trabalho s o ben ficas sociedade podendo trazer um aumento no n mero de empregos e permitindo que a empresa se ajuste sem custos adicionais s exig ncias da nova realidade econ m
109. efronta em pleno s culo XXI com o intenso ritmo de trabalho gerado pelos novos sistemas ou novas formas de gest es Essa intensidade de trabalho as 10 O melhor aproveitamento poss vel do tempo de produ o inclu do se tamb m o transporte o controle de qualidade e o estoque garantido pelo just in time Ricardo Antunes 2000 p 34 1 O Kanban placas que s o utilizadas para a reposi o das pe as fundamental medida que se inverte o processo do final ap s a venda que se inicia a reposi o de estoques o Kaban a senha utilizada que alude necessidade de reposi o das pe as produtos Da o fato de em sua origem o Kanban estar associado ao modelo de funcionamento dos supermercados que rep em os produtos nas prateleiras depois da venda Ricardo Antunes 2000 p 34 57 grandes mudan as e a forte press o s o fatores determinantes para o esgotamento f sico e psicol gico O esgotamento f sico e psicol gico pode ocasionar fadiga cr nica hipertens o c ncer problemas mentais e inclusive a morte como acontecem nos grandes pa ses asi ticos Esse fen meno conhecido no Jap o como Karoshi e na China como Guolaosi Portanto a restrutura o produtiva reduz emprego e pode causar in meras doen as pelo excesso de trabalho exigido pelas empresas 4 3 1 3 Avan o tecnol gico 4 3 1 3 1 Computador Os engenheiros da Universidade de Pensilv nia nos Estados Unidos desenvolve
110. ei n 5 452 de 1 de maio de 1943 que aprova a Consolida o das Leis do Trabalho passa a vigorar acrescido da seguinte al nea f E E AU DE cori Pt DN RR JON NR de Mos ea O ORE compete ainda ao juiz do trabalho processar e julgar os lit gios decorrentes de rela es de trabalho que n o configurando v nculo empregat cio envolvam dentre outras as a es I de cobran a de cr dito resultante de comiss es de representante comercial ou de contrato de agenciamento e distribui o quando o representante agente ou distribuidor for pessoa fisica II de cobran a de quota parte de parceria agricola pesquera pecu ria extrativa vegetal e mineral em que o parceiro outorgado desenvolva seu trabalho direta e pessoalmente admitida a ajuda da fam lia HI decorrentes de execu o e de extin o de contratos agr rios entre o propriet rio rural e o parceiro outorgado quando este desenvolva seu trabalho direta e pessoalmente ainda que com a ajuda dos membros da fam lia IV de cobran a de honor rios decorrentes de exerc cio de mandato oneroso exceto os que se qualifiquem como rela o de consumo nos termos da Lei n 8 078 de 1990 154 V de cobran a de cr ditos de corretagem inclusive de seguro em face da corretora em se tratando de corretor aut nomo VI de cobran a de honor rios de leiloeiros em faca da casa de leil es VII entre trabalhadores portu rios e operadores portu rios ou o rg o Gestor d
111. elhanos participam Gra as a eles e a seus predecessores judeus e rabes a globaliza o tamb m inventa uma l ngua nica a dos algarismos e do c lculo astron mico 1999 p 98 As expedi es Ib ricas inauguram de outra forma o processo de globaliza o aceleram e intensificam os contatos com as popula es distantes 1999 p 100 Todavia a tese mais aceita acerca da origem da globaliza o est centrada nas tr s revolu es industriais Na primeira Revolu o Industrial surgiu a m quina que deu uma outra forma de transforma o dos recursos naturais aumentando a produ o e a distribui o dos produtos modificando o fator econ mico da poca pois era tudo produzido artesanalmente nos s culos XVII e XVIII A revolu o industrial foi um processo de transforma es que transferiu a supremacia econ mica do capital comercial para o industrial no velho continente principalmente na Inglaterra Al m disso os trabalhadores em parte sa ram do setor prim rio agr cola para o setor secund rio ind stria A ind stria por sua vez intensificou a separa o entre trabalhadores e os meios de produ o pois somente aqueles que possu am muito dinheiro que podiam ser propriet rios dos meios de produ o teares m quinas pr dios Os propriet rios eram denominados de capitalistas que para captar em mais dinheiro ac mulo de capital e para fazer funcionar suas 49 m quinas precisavam de m
112. elo sistema operacional do Empregador exclusivamente para fins corporativos como ferramenta de trabalho Por isso sem a prote o do sigilo pessoal de correspond ncia N o colhe o argumento do Reclamante de que a Empresa Agravada supostamente reconheceu a inviolabilidade do e mail corporativo ao providenciar para o ora Agravante uma senha pessoal de acesso para a caixa de correio eletr nico Insisto em assinalar que a senha pessoal n o gera qualquer expectativa de privacidade em rela o ao e mail corporativo tendo em conta que dita senha ferramenta de prote o do Empregador ou seja visa a evitar que terceiros alheios sua confian a acessem o conte do das mensagens Objetivamente n o vislumbro ofensa ao princ pio da inviolabilidade do sigilo das correspond ncias art 5 XII CF 88 porquanto o e mail corporativo era concedido ao Reclamante para o exerc cio das atividades laborais e assim para o tr nsito de mensagens de cunho eminentemente profissional N o h como equipar lo para efeito de prote o intercep o s correspond ncias postais e telef nicas Igualmente n o detecto afronta ao princ pio da inviolabilidade intimidade e privacidade art 5 X CF 88 na medida em que n o h intimidade ou privacidade do Empregado a ser resguardada no tocante ao uso de e mail corporativo disponibilizado pela Empresa Afora isso no caso o empregado n o tinha 149 razo vel expectativa de privacida
113. ens pela utiliza o da m o de obra mais barata de mulheres e crian as Apareceram as doen as sociais resultantes da mis ria e das prec rias condi es de trabalho sendo a tuberculose a mais comum A pr pria classe oper ria consumia os produtos que fabricava como tecidos cal ados produtos aliment cios da o lucro dos empres rios resultou n o somente dos baixos sal rios pagos mas tamb m do consumo da classe oper ria Portanto os oper rios realizavam a acumula o capitalista como produtor e consumidor Moravam em conglomerados pr ximos s f bricas denominados corti os embora algumas f bricas tivessem criado vilas oper rias com condi es melhores de moradia por m com disciplina r gida quase militar sobre a vida cotidiana dos moradores 22 Quanto garantia no emprego a aus ncia era total A dispensa podia ocorrer a qualquer momento sem que o patr o pagasse indenizac o ou aviso pr vio N o havia Semana Inglesa f rias e nem aposentadoria A greve nem pensar pois era considerada um ato il cito os sindicatos n o eram reconhecidos e sofriam repress o nos momentos de agita o pol tica como bem exemplifica a Circular n 346 14 agosto 1924 que circulou nos Centros dos Industriais de Fia o e Tecelagem Pinheiro 1981 p 210 211 CONFIDENCIAL Amigos e Srs temos a honra de informar a V Sas confidencialmente que a pol cia aproveitando se dos dias anormais que
114. enta j sugere uma nova tipologia trabalho coordenado ou trabalho parasubordinado com tutela adequada mas inferior quela prevista para o trabalho subordinado e superior quela prevista para o trabalho aut nomo Enquanto continuam as discuss es sobre esse terceiro g nero a dicotomia codicista trabalho subordinado e trabalho aut nomo ainda persiste no nosso ordenamento jur dico levando a jurisprud ncia a se apegar a crit rios pr ticos para definir a rela o concreta Logo comprovado nos autos que a presta o de servi os se desenvolveu sob a orienta o e dire o do empregador a rela o juridica est sob a gide do Direito do Trabalho Vistos relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordin rio em que figuram como recorrente RG TECNOLOGIA E INFORM TICA LTDA e como recorrido GERALDO MAGELA FONSECA 155 RELAT RIO Insurge se a reclamada RG TECNOLOGIA E INFORM TICA LTDA contra a senten a proferida pela MM Vara do Trabalho de Nova Lima que julgou parcialmente procedente a reclamag o ajuizada por GERALDO MAGELA FONSECA Argumenta s f 388 403 estar comprovado o fato de o autor jamais lhe ter prestado servigos como empregado o que afasta a compet ncia dessa Justi a especializada Renova a argiii o de car ncia de a o invocando a aus ncia da rela o de emprego Quanto ao m rito afirma a aus ncia da subordina o jur dica o que torna indevido o pagamento das verbas trabalhistas re
115. es de 5 9 p p pontos percentuais dos n o alfabetizados sem instru o e menos de 1 ano seguida da Regi o Centro Oeste 4 p p para as mulheres e 3 p p para os homens A Regi o Nordeste historicamente apresenta um n vel de instru o que se situa aqu m daquele do restante do Pa s mas vem registrando um quadro de melhoria nos ltimos anos A expectativa de que a queda na propor o da popula o ocupada n o alfabetizada nesta regi o possa sofrer uma modifica o ainda mais acentuada em vista do forte investimento p blico em pol ticas educacionais No entanto este n o um processo que aconte a muito rapidamente at porque a educa o dos filhos sofre a influ ncia do n vel de instru o dos pais Embora o grupo de maior n vel de instru o apare a com propor o crescente em todo o Brasil este comportamento mais significativo nas regi es mais industrializadas Regi es Sudeste e Sul e naquela em desenvolvimento industrial Regi o Centro Oeste As pessoas ocupadas com n vel superior incompleto apresentaram incremento significativo em todas as regi es O crescimento do n vel de instru o formal do trabalhador brasileiro parece indicar que o mercado de trabalho est cada vez mais exigente e seletivo Os resultados para o Pa s como um todo mostraram que o maior contingente da popula o ocupada tem de um a tr s anos de estudo o mesmo ocorrendo em n vel regional Exce o aparece na Regi o Norde
116. evista O Exmo Sr Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10 Regi o denegou seguimento a ambos os recursos Ao recurso de revista do Reclamante com apoio nas S mulas n 23 126 296 e 297 do TST assim como por inexist ncia de ofensa direta Constitui o da Rep blica A seu turno o recurso de revista da Reclamada foi trancado com amparo nas S mulas n s 23 126 e 297 do TST Entendeu ainda que o Eg Tribunal a quo n o negou presta o jurisdicional s partes apenas decidiu contrariamente aos seus interesses Contra essa decis o ambas as partes interpuseram agravo de instrumento O Reclamante alegando que o recurso de revista admiss vel por viola o a dispositivos constitucionais e legais bem assim por diverg ncia jurisprudencial A Reclamada aduzindo que o recurso admiss vel na forma do disposto nas al neas a e c do art 896 da CLT Contraminuta da Reclamada s fls 698 702 Contraminuta do Reclamante s fls 703 710 o relat rio A AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMANTE 1 CONHECIMENTO 130 Atendidos os pressupostos legais de admissibilidade conhe o do agravo deinstrumento 2 M RITO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 2 1 PRELIMINAR NULIDADE NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL Alega o Reclamante no recurso de revista que o Eg Regional mesmo provocado mediante embargos de declara o negou se a enfrentar a quest o referente din mica da investiga o dos e mails e tampouco discor
117. finalidade na utiliza o dessa tecnologia tomando se em conta inclusive o princ pio da proporcionalidade e pois os diversos valores jur dicos tutelados pela lei e pela Constitui o Federal A experi ncia subministrada ao magistrado pela observa o do que ordinariamente acontece revela que notadamente o e mail corporativo n o raro sofre acentuado desvio de finalidade mediante a utiliza o abusiva ou ilegal de que exemplo o envio de fotos pornogr ficas Constitui assim em ltima an lise expediente pelo qual o empregado pode provocar expressivo preju zo ao empregador 4 Se se cuida de e mail corporativo declaradamente destinado somente para assuntos e mat rias afetas ao servi o o que est em jogo antes de tudo o exerc cio do direito de propriedade do empregador sobre o computador capaz de acessar INTERNET e sobre o pr prio provedor Insta ter presente tamb m a responsabilidade do empregador perante terceiros pelos atos de seus empregados em servi o C digo Civil art 932 inc lI bem como que est em xeque o direito imagem do empregador igualmente merecedor de tutela constitucional Sobretudo imperativo considerar que o empregado ao receber uma caixa de e mail de seu empregador para uso corporativo mediante ci ncia pr via de que neles o mente podem transitar mensagens profissionais n o tem razo vel expectativa de privacidade quanto a esta como se vem entendendo no Direito Comparado E
118. i qualquer possibilidade de entendimento do trabalho como mercadoria j que passa a ser entendido como inerente personalidade do ser humano Pelo trabalho o homem se harmoniza com a natureza transmitindo lhe o sopro da sua intelig ncia O trabalho um criador como tamb m um fator de humaniza o do homem um dos valores que a sociedade reconhece como fundamentais Amauri Mascaro Nascimento Curso de Direito do Trabalho 1995 p 279 G NOVA Leonardo de O princ pio da protec o ao trabalhador brasileiro e suas perspectivas no s culo XXI 2006 159 fls Dissertac o apresentada ao Programa de Mestrado em direito do UNIVEM Centro Universit rio Eur pides de Mar lia Fundac o de Ensino Eur pides Soares da Rocha como requisito parcial para obtenc o do t tulo de Mestre em Direito rea de concentrac o Teoria do Direito e do Estado Mar lia 2006 RESUMO A economia tem um papel fundamental para as transforma es no mundo da globaliza o alterando v rios princ pios basilares do direito inclusive do direito do trabalho ditando a intensa integra o dos mercados mundiais de produ o e consumo Novas formas de produ o apareceram no mundo consequentemente apareceram novas formas de trabalho Desde a Revolu o Industrial n o nos deparamos com um regime econ mico t o gil e complexo como o atual se confundindo com a velocidade e a complexidade da internet abrindo as portas para a Revolu o Tecnol gi
119. ica 173 A rigidez das normas do trabalho n o s um obst culo para o desenvolvimento econ mico bem como a prote o prejudica a autonomia da liberdade sindical O direito do trabalho seria assim um direto im vel intoc vel insuscet vel de ajustes capazes de adapt lo a novas realidades Neste sentido o jurista OCTAVIO BUENO MAGANO 1992 p 326 salienta para que a crescente demanda de flexibilidade registrada nos ltimos tempos n o resulta de des gnios pol ticos de prefer ncia contra os sindicatos mas pelo contr rio reflete um fato objetivo nascido de m ltiplos fatores que se modificaram nas caracter sticas dos mercados e nos mecanismos da produ o ARION SAY O ROMITA 2003 66 salienta que a corrente contr ria flexibiliza o estatizante sob a influ ncia do fascismo italiano O mesmo autor relata que A caracter stica de apego ao passado vis vel por que as id ias do grupo filiado a esta corrente resguardam a filosofia s cia do Estado Novo de Getulio Vargas 1937 1945 Estas id ias s o anacr nicas o est gio de evolu o econ mica do Brasil hoje n o mais o mesmo dos anos 1940 Por outro lado o regime pol tico tamb m mudou da ditadura getuliana o Pa s envolveu para um Estado democr tico de direito Constitui o art 1 2003 65 Ressalta ainda o entendimento do Sergio Pinto Martins No sistema jur dico brasileiro valem mais as regra
120. ilmente concedeu uma entrevista respondendo algumas perguntas acerca do tema proposto em quest o ANEXO I 55 O consumidor n o se tornou mais exigente mas sim ficou vulner vel e mais pobre conseq entemente mais manipulado pelo novo sistema capitalista N o foi por acaso que as empresas multinacionais procuraram e procuram novos mercados consumidores para explorar economicamente as suas atividades A concorr ncia se acentua mais na base que no topo pois enquanto as contratadas se matam para ganhar os contratos as contratantes se unem em fus es incorpora es e oligop lios de todo tipo Dessa forma a forte competi o internacional as empresas de grande porte ficam mais enxutas e aumentam a produtividade 4 3 1 2 Novas formas de gest o A ind stria principal ente fomentador de empregos busca cada vez mais novas formas de gest es basta verificar o decl nio da verticaliza o fordista que geralmente utiliza a amplia o das reas de atua o produtiva enquanto no toyotismo a horizontaliza o expande em todos os cantos do mundo O toyotismo procura reduzir a rea de atua o produtiva e utiliza as subcontratadas ou empresas terceirizadas para explorar o seu ramo econ mico reduzindo encargos trabalhistas e previdenci rios sem contar a redu o dos encargos operacionais para administrar in meros empregados 56 A produ o no modo toyotismo visa ao estoque m nimo onde s o utilizados
121. im as vantagens geradas por essa m quina s o v rias para o seu titular propriet rio como por exemplo redu o de custos maior precis o nas 12 A revista Globo Rural estampa a realidade do avan o tecnol gico no setor agr cola sen o vejamos As m quinas que devoram cana e empregos nas usinas de Ribeir o Preto custam 250 mil d lares cada e representam ineg vel avan o tecnol gico Proje es feitas pelo Instituto de Economia Agr cola IEA indicam que no ano de 2000 a oferta de emprego rural n o regi o de Ribeir o Preto ser 55 inferior ao previsto em consequ ncia da mecaniza o no corte da cana O impasse resume um conflito que tende a se multiplicar com a unifica o dos mercados mundiais A globaliza o econ mica exacerba a competitividade e acelera a automa o do trabalho em escala planet ria Desenha se assim um nexo perverso onde o progresso tecnol gico gera e agrava a exclud ncia social Ou como prefere o economista Wilson Cano da Unicamp Agora o crescimento que gera o crescimento do desemprego Fonte http globorural globo com barra asp d especiais bau bau3 htm Acesso 07 nov 05 59 tarefas de calcular capacidade de coletar e armazenar automaticamente dados para registros capacidade de agregar grandes quantidades de dados teis para o planejamento e tomadas de decis o e principalmente a redu o da necessidade de for a de trabalho no controle dos recursos e do processo Entretanto
122. inada pelo Reclamante na peti o inicial se as folhas individuais de presen a carreadas aos autos registram jornada diversa com intervalo e marca o de hor rios extras e o Reclamante por qualquer outro meio de prova n o consegue demonstrar a presta o das horas extraordin rias postuladas Desse modo o Eg Regional ao n o acolher o pedido de horas extras com amparo nas folhas individuais de presen a carreadas aos autos cuja idoneidade n o foi desconstitu da afrontou o artigo 843 1 da CLT Tal dispositivo legal n o reza que o desconhecimento de fatos controvertidos e relevantes pelo preposto gera presun o absoluta das alega es da parte contr ria Nesta diretriz o seguinte precedente desta Eg Corte PREPOSTO CONFISS O FICTA DESCONHECIMENTO DE FATOS PRESUN O RELATIVAI A confiss o ficta decorrente de o preposto ignorar fatos relevantes e controvertidos da causa gera presun o apenas relativa de veracidade dos fatos alegados pelo antagonista a qual por isso mesmo pode ser infirmada por prova em contr rio 2 Nada obsta a que o rg o judicante a despeito da confiss o ficta em apre o no tocante efetiva jornada de labor rejeite o pleito de horas extras se as folhas individuais de presen a carreadas aos autos registram jornada normal do empregado com intervalo e marca o de hor rios extras e o Reclamante por qualquer outro meio de prova n o demonstra a presta o das horas extraordin rias
123. infantil O artigo 403 da CLT concilia com a Conveng on 138 da OIT promulgada pelo Decreto n 4134 de 15 02 2002 Al m disso com a forma o dos blocos econ micos internacionais com a tend ncia da prote o do menor evidente e dever ser mais uma arma contra a viola o dos direitos 105 humanos constituindo um direito fundamental como podemos constar na Carta Dos Direitos Fundamentais da Uni o Europ ia Articolo 32 Diritto del lavoro minorile e protezione dei giovani sul luogo di lavoro Il lavoro minorile vietato L eta minima per l ammissione al lavoro non puo essere inferiore all eta in cui termina la scuola dell obbligo fatte salve le norme piu favorevoli ai giovani ed eccettuate deroghe linitate I glovani ammessi al lavoro devono beneficiare di condizioni di lavoro appropriate alla loro et ed essere protetti contro lo sfruttamento economico o contro ogni lavoro che possa minarne la sicurezza la salute lo sviluppo fisico mentale morale o sociale o che possa mettere a rischio la loro instruzione 2000 p 25 No entanto n o basta somente a inser o jur dica para tutelar o menor pois a sociedade precisa de uma pol tica econ mica cultural educacional e social efetiva abrangente e continuada tendo em vista que onde mais se encontra trabalho infantil onde se encontra a omiss o de Estado e conseq entemente a mis ria O trabalho infantil uma terr vel viola o ao
124. iola o ao e mail do reclamante posto que isto n o era de sua propriedade Sendo o e mail propriedade da reclamada a mesma poderia ter amplo conhecimento da forma como estava sendo utilizado Ocorre que muitos funcion rios vem se utilizando da internet e da intranet para fins outros que n o os inerentes s atividades da empresa Tal conduta traduz se em ato faltoso e do ponto de vista de muitos juristas inclusive ensejador de rescis o contratual por justa causa H que se concordar que tal situa o n o pode ser enquadrada no artigo 5 inciso XII da Constitui o Federal 135 O legislador constituinte ao criar este dispositivo o fez com o intuito de proteger a intimidade das pessoas em situa es que comumente ocorrem em locais privados Entretanto evidente que dentro de uma empresa onde todos os instrumentos s o de sua propriedade e disponibilizados aos empregados com o nico objetivo de melhor desenvolverem suas atividades a situa o diversa sendo at mesmo bvio que n o exista confidencialidade dentro das empresas e que os usu rios acima de tudo n o confundam sua vida particular com a atividade profissional Quando o empregado comete um ato de improbidade ou mesmo um delito utilizando se do e mail da empresa esta em regra responde solidariamente por tal ato Sob este prisma podemos ent o constatar o qu o grave e delicada esta quest o que demanda a aprecia o jur dica dos profiss
125. ionais do Direito Enquadrando tal situa o Consolida o das Leis do Trabalho verifica se que tal conduta e absolutamente impr pria podendo configurar justa causa para a rescis o contratual dependendo do caso e da gravidade do ato praticado Considerando que os equipamentos de inform tica s o disponibilizados pelas empresas aos seus funcion rios com a finalidade nica de atender s suas atividades laborativas o controle do e mail apresenta se como a forma mais eficaz tanto de prote o e fiscaliza o s informa es que tramitam no mbito da empresa inclusive sigilosas quanto de evitar o mau uso do sistema internet que pode inclusive atentar contra a moral e os bons costumes causando a imagem da empresa preju zos de larga monta Desta forma n o ha qualquer ind cio de que a reclamada tenha tentado invadir deliberadamente a suposta privacidade do autor ressaltando seque diante da gravidade das den ncias recebidas cabia ao empregador promover as dilig ncias necess rias a apura o dos fatos denunciados sob pena de incorrer em omiss o Assim n o vejo com a mesma clareza do Juizo a quo a suposta viola o garantia da intimidade do reclamante raz o pela qual no presente caso n o ha que se falar na obten o de provas por meio il cito fls 535 540 Interessante tamb m transcrever alguns trechos do voto do Juiz Douglas Alencar Rodrigues Revisor Sr Presidente Estou de acordo com o bem cuidad
126. ircunst ncias do trabalho ora referido cremos que a melhor denomina o para o mesmo seria trabalho parasubordinado Para Arion Say o Romita Est o destinadas ao desaparecimento as rela es de trabalho que perduram durante o arco da inteira vida produtiva As formas de trabalho integradas na empresa tendem a perder espa o e passam a ocupar cada vez mais o espa o situado na zona cinzenta entre a subordina o e a autonomia trabalho coordenado 2003 p 219 220 Dessa forma podemos considerar que a zona cinzenta ou caracter sticas assimil veis citadas na doutrina na verdade as in meras perturba es que se incrustam no pr prio ato de conhecer a depend ncia de um v nculo de trabalho que pode ser um vinculo empregat cio ou um v nculo aut nomo que por ora denominamos como obst culo epistemol gico no v nculo de trabalho e n o trabalho parasubordinado ou coordenado pois essa termologia nos levaria a pensar em um novo tipo de trabalho e conseq entemente n o existiria norma regras princ pios etc aplic vel para esse caso Ademais a subordina o n o pode ser analisada de forma isolada haja vista que o v nculo aut nomo possui natureza adversa civil Diante disso para melhor compreens o apresentamos o seguinte gr fico 2 http www ilo org public english dialogue ifpdial downloads wpnr brazil pdf INFORME SOBRE AS SITUA ES DE TRABALHO E DE PROTE O DOS TRABALHADORES NO BRASIL Acesso
127. is de 11 030 724 milh es e Folha Online 2005 sessenta e quatro por cento 64 dos usu rios corporativos t m acesso internet Folha Online 2005 Al m disso nove milh es e setecentos mil correntistas fazem transa es banc rias via internet Folha Online 2005 e sete bilh es e quinhentos mil foi o valor de vendas online em 2004 Folha Online 2005 Da a import ncia da internet A rela o de trabalho tradicional apresenta um v nculo psicol gico moral e social e normalmente se situa dentro da empresa Imagine ent o a exposi o dessa rela o na internet A internet tamb m n o representa uma id ia ing nua de uma rede que interliga os seus usu rios pois basta saber que o detentor ou futuros detentores da internet poder o utilizar esse instrumento conforme os seus interesses como por exemplo a sua utiliza o para fins b licos pol ticos e principalmente econ micos Hoje o organismo norte americano que administra todos os endere os de p ginas eletr nicas do mundo denominado como Icann As in meras na es reclamam que n o t m uma representa o democr tica no controle da internet e em decorr ncia desse fato foi realizada a C pula da Sociedade da Informa o na Tun sia em novembro de 2005 Nessa C pula foi criado um F rum de Governan a da Internet cuja primeira reuni o ser convocada pelo secret rio geral das Na es Unidas Kofi Annan que deve acontecer na Gr cia em 2006
128. itui o portuguesa 110 A Constitui o n o dedica qualquer cap tulo especial a uma lt lt constitui o do trabalho gt gt Isto posto compreende se por dois motivos fundamentais 1 dados os preceitos constitucionais do trabalho se conduzirem a normas de garantia de direito ao trabalho do direito de trabalho e dos direitos dos trabalhadores a Constitui o vincou a sua inequ voca dimens o subjetiva e o seu car ter de lt lt direitos fundamentais gt gt deslocando esses preceitos para o capitulo referente a direitos fundamentais 2 superando a tend ncia cl ssica com justifica o hist rica para caracterizar o direito de trabalho como simples direito de prote o lt lt orienta o protectiva gt gt no direito do trabalho a Constitui o erigiu o lt lt trabalho gt gt os lt lt direitos dos trabalhadores gt gt e a lt lt interven o democr tica dos trabalhadores gt gt em elemento constitutivo da pr pria ordem constitucional global e em instrumento privilegiado de realiza o do princ pio da democracia econ mica e social cfr Art 2 Assim considerando as tais premissas podemos chegar conclus o de que os interesses econ micos e os interesses dos trabalhadores devem ser interpretados num contexto geral no sistema democr tico brasileiro haja vista que a Constitui o Brasileira prev n o somente os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa bem como prev a garantia dos pri
129. ivindicadas na inicial Se assim n o se entender questiona o valor da remunera o fixada na senten a e pede a exclus o da multa prevista no artigo 477 da CLT Acrescenta que o reclamante deixou de comprovar o preenchimento dos requisitos necess rios percep o do seguro desemprego motivo pelo qual indevida a entrega das guias correspondentes Insurge se por fim contra o deferimento dos benef cios da justi a gratuita ao reclamante e renova o pedido de compensa o formulado na defesa Contra raz es s f 408 412 Os autos chegaram a este Tribunal no dia 04 04 03 sendo distribu dos no dia 22 04 03 Desnecess rio o parecer escrito da d Procuradoria porque ausente interesse p blico o relat rio VOTO Conhe o do recurso regularmente interposto M RITO INCOMPET NCIA A reclamada insiste na arg i o de incompet ncia da Justi a do Trabalho alegando que o reclamante era trabalhador aut nomo e n o empregado contratado sob a gide da CLT O reclamante postulou o reconhecimento do v nculo empregat cio Todos os pedidos refletem esse pleito principal e se constituem exclusivamente de parcelas trabalhistas A compet ncia para apreciar o feito portanto dessa Justi a Especializada Eventual aus ncia da rela o de emprego levar improced ncia dos pedidos mas n o atrai a incompet ncia deste Ju zo Nada a prover CAR NCIA DE A O A reclamada insiste na argui o de ilegitimidade passiva sustent
130. iza o dos mesmos das transforma es t cnicas etc Diante disso as sociedades industriais contempor neas deparam se com um novo processo gerador de desigualdades sociais que atende pelo nome de globaliza o 4 2 Conceito de Globaliza o 51 O dicion rio do Aur lio traz a seguinte defini o Globaliza o Processo de integra o entre as economias e sociedades dos v rios pa ses esp no que se refere produ o de mercadorias e servi os aos mercados financeiros e difus o de informa es 2005 p 434 Essa defini o n o retrata o verdadeiro sentido da globaliza o inclusive mal sabemos se h possibilidade de limit lo e defini lo haja vista a complexidade desse fen meno A verdade anda conforme a realidade f tica num prazo de tempo ou poca imposs vel classific la em absoluta A verdade considerada como relativa Algo verdadeiro at prova em contr rio Assim antes de discorrer sobre esse objeto de estudo necess rio colocar algumas no es gerais para melhor compreens o a que o leitor se submete A globaliza o segundo o soci logo e professor Octavio lanni 1997 p 7 significa um novo ciclo de expans o do capitalismo como modo de produ o e processo civilizat rio de alcance mundial Um processo de amplas propor es envolvendo na es e nacionalidades regimes pol ticos e projetos nacionais culturas e civiliza es Para o professor da Unive
131. l e a consolida o desses direitos foi reconhecida no s culo XX Norberto Bobbio 1992 p 77 salienta no seguinte sentido Numa sociedade em que s os propriet rios tinham cidadania ativa era bvio que o direito de propriedade fosse levado a direito fundamental do mesmo modo tamb m foi algo bvio que na sociedade dos pa ses da primeira revolu o industrial quando entram em cena os movimentos oper rios o direito ao trabalho tivesse sido elevado a direito fundamental Podemos constatar que no s culo XVIII apareceram os direitos civis propriedade liberdade individual garantias pessoais j no s culo XIX houve a expans o dos direitos pol ticos democracia representativa partidos sufr gio universal e por fim no s culo XX surgiram os direitos sociais e coletivos Dessa forma ficou evidente que os direitos sociais e coletivos foram tutelados posteriormente aos direitos civis e pol ticos tendo em vista que a aristocracia do s culo XVIII ao s culo XX n o tinha interesse de garantir os direitos sociais principalmente ao trabalho humano pois o trabalho alienado dos servos e dos oper rios eram os propulsores das suas ind strias e propriedades Nota se ainda que a aristocracia dominava a organiza o social e pol tica manipulando os interesses inerentes concep o liberal No pensamento liberal de Rousseau na sua obra o Contrato Social foi recordada a termologia da igualdade e liberdade p
132. late the public policy protecting individuals fromtortious invasion of privacy by private actors id at 626 the Courtvacated the district court s order dismissing the plaintiffs complaintand remanded the case to the district court with directions to grant Borseleave to amend the Compliant to allege how the defendant s drug andalcohol program violates her right to privacy Applying the Restatement definition of the tort of intrusion up on seclusion to the facts and circumstances of the case sub judice we find that plaintiff has failed to state a claim upon which relief can be granted In the first instance unlike urinalysis and personal property searches we do not find a reasonable expectation of privacy in e mail communications voluntarily made by an employee to his supervisor over the company e mail system notwithstanding any assurances that such communications would not be intercepted by management Once plaintiff communicated the alleged unprofessional comments to a second person hissupervisor over an e mail system which was apparently utilized by the entire company any reasonable expectation of privacy was lost Significantly the defendant did not require plaintiff as in the case of an urinalysis or personal property search to disclose any personal information about himself Rather plaintiff voluntarily communicated the alleged unprofessional comments over the company e mail system We find no privacy interests in such communications In the
133. lquer ilegalidade Impende ter presente que em caso de o empregado utilizar de forma indevida ou abusiva o e mail corporativo poder a Empresa em tese responder perante terceiros por qualquer preju zo tal como sucederia coma utiliza o danosa de qualquer outra ferramenta de trabalho C digo Civil de 2002 art 932 inciso II Neste sentido apropriada a advert ncia de Alexandre Agra BELMONTE Umas das raz es que levam ao rastreamento das navega es e e mails diz respeito associa o da m utiliza o ao bom nome e reputa o da empresa No terreno da responsabilidade civil n o t m validade os chamados Legal Disclaimers ou avisos de isen o de responsabilidade empresarial quere metem ao funcion rio e n o Empresa a responsabilidade pelo envio de e mail causador de preju zo moral ou material Assim como n o teria valor o aviso afixado na porta de ve culo funcional informativo de que a empresa n o responderia pelos xingamentos agress es f sicas ou abalroamentos ocorridos em hor rio de servi o remetendo ao empregado a integral responsabilidade pelos atos Isto porque o empregador responde perante terceiros pelos danos praticados pelo empregado ou preposto IN MONITORAMENTO DA 142 CORRESP NDENCIA ELETR NICA NAS RELA ES DE TRABALHO LTr 2004 P 113 3 2 3 MONITORAMENTO DO E MAIL CORPORATIVO NO DIREITO COMPARADO Uma vez que o Brasil como visto ressente se da aus ncia de normatividade espec
134. m todos E 10 11 AS En A edi dit a organizacionais como just in time Kanban subcontrata o terceiriza o flexibiliza o controle de qualidade total elimina o do desperd cio etc Para Ricardo Antunes um ponto essencial do toyotismo que para a efetiva flexibiliza o do aparato produtivo tamb m imprescind vel a flexibiliza o dos trabalhadores Direitos flex veis de modo a dispor deste for a de trabalho em fun o direta das necessidades do mercado consumidor O toyotismo estrutura se a partir de um n mero m nimo de trabalhadores ampliando os atrav s de horas extras trabalhadores tempor rios ou subcontrata o dependendo das condi es de mercado O ponto de partida b sico um n mero reduzido de trabalhadores e a realiza o de horas extras Isto explica por que um oper rio da Toyota trabalha aproximadamente 2 300 horas em m dia por ano enquanto na B lgica Ford Genk General motors Anvers Volkswagen Forest Renault vilvorde e volvo Gand trabalha entre 1 550 e 1650 horas por ano 2000 p 36 O filme Tempos Modernos de Charles Chaplin Modern Times EUA 1936 focalizou a vida de um oper rio na sociedade industrial caracterizada pela produ o com base no sistema de linha de montagem especializa o do trabalho e desqualificado Agora o oper rio precisa ser qualificado executor de in meras tarefas e integrado ao n cleo de pessoas O polivalente oper rio d
135. ma foram apresentados os fundamentos do princ pio da prote o e est o interligados com o princ pio da dignidade humana Segundo Oris de Oliveira Em l gica formal distinguem se a COMPREENS O elementos ESS NCIAIS de uma conceito e sua EXTENS O sujeitos aos quais se aplica o conceito Todos os elementos essenciais do conceito de Direitos Humanos e se aplicam ao todo trabalhador empregado ou n o Freqiientemente se apresenta o princ pio de prote o consubstanciado somente no confronte de normas a duvidosa in d bio pro oper rio b de normas mais ou menos favor veis c condi o mais favor vel Vis o insuficiente Ele se estende feitura da lei sua interpreta o e sua aplica o Assim como o C digo de Defesa do Consumidor as normas que protegem o trabalho de emprego ou n o s o C digo de Defesa do Trabalhador Hoje o princ pio de prote o n o se deve restringir rela o de emprego mas a todas as rela es em que h necessidade de fixar normas que levem em considera o uma situa o jur dica desigual O princ pio protetor como fonte de direito deve ser levado em conta n o somente nas lides trabalhistas mas sim na elabora o das leis conven es acordos sindicais pois tutela o bem mais valioso do ser humano a vida com dignidade O doutor Oris de Oliveira gentilmente concedeu uma entrevista respondendo algumas perguntas acerca do tema proposto em quest o ANEXO I
136. mado estabelecia que a empresa contratada Autron deveria prestar servi os de m o de obra de manuten o t cnica corretiva e preventiva em equipamentos de inform tica Posteriormente em 01 08 2000 a reclamada celebrou um novo contrato dessa vez com empresa RG2 Inform tica Ltda com o mesmo objeto Essa 2 empresa era uma sociedade por cotas de responsabilidade limitada formada pelo autor com mais dois outros t cnicos que tamb m prestavam servi os reclamada Maur cio e Anderson Impressiona primeira vista a previs o contida no item 2 da cl usula que trata das condi es da presta o de servi os f 162 inserida no pacto firmado entre autor e reclamada De acordo com esse dispositivo poderia o reclamante atrav s de sua firma individual designar para a consecu o dos trabalhos profissionais de sua escolha cabendo lhe entretanto exclusivamente e sem solidariedade da contratante todos os encargos trabalhistas previdenci rios fiscais tribut rios e civis que decorrerem da presta o de servi os por seus prepostos A um primeiro exame essa previs o revela a aus ncia do pressuposto da pessoalidade na presta o de servi os exigida pelo artigo 3 da CLT H no entanto outros elementos nos autos que levam a crer que esse pressuposto esteve presente na rela o estabelecida entre as partes Em primeiro lugar n o resta d vida quanto ao fato de o autor ter trabalhado de forma pessoal ao longo de todo o pact
137. maio ficavam sempre aqu m do aumento do custo de vida passando a ser um dos problemas permanentes da economia brasileira A Constitui o de 1946 restabeleceu o direito de greve suporte das conven es coletivas mas cujos abusos o C digo Penal de 1940 puniu como crime assim o Decreto Lei n 9070 de 1946 o disciplinou e a lei n 4330 de 1964 o transformou em procedimento formal No periodo entre 1964 e 1967 visando manter o arrocho salarial dos trabalhadores parte essencial da politica econ mica foi decretada a proibi o das greves e realizadas interven es em 425 sindicatos Segundo Campos 1983 p 238 no governo Figueiredo em 1979 uma greve dos metal rgicos do ABC paralisou 180 mil oper rios e s terminou por interven o do governo nos sindicatos Em 1981 na mesma regi o 330 mil oper rios paravam por 41 dias As duas greves ultrapassaram a a o sindical transformando se em uma a o politica renovada sob o comando de Lula Em 1985 foi revogada a portaria do Minist rio do Trabalho que proibia a forma o dos sindicatos concebendo tr s centrais sindicais que s o CGT Central Geral dos Trabalhadores a CUT Central nica dos Trabalhadores e a USI Uni o Sindical Independente Posteriormente atrav s dessas surgiram a FS For a Sindical e a nova CGT Confedera o Geral dos Trabalhadores 28 Assim a prote o aos trabalhadores foi inserida no contexto hist rico devendo dest
138. mais efic cia No setor econ mico n o diferente esse panorama sendo que os trabalhadores e sindicatos dos pa ses subdesenvolvidos atravessam uma crise sem precedentes tendo em vista os efeitos da globaliza o ou seja a flexibiliza o das normas a descentraliza o produtiva com a terceiriza o de parte da atividade econ mica ganho das presta es de servi os e perda dos contratos laborais aumento do desemprego dos trabalhadores menos qualificados resultando o esvaziamento das suas prote es jur dicas Ricardo Antunes 2000 p 151 retrata a crise que assola a classe trabalhadora vis vel a redu o do oper rio fabril industrial gerado pela grande ind stria comandada pelo bin mio taylorismo fordismo especialmente nos pa ses capitalistas avan ados Por m paralelamente a este processo verifica se uma crescente subproletariza o do trabalho atrav s da incorpora o do trabalho prec rio tempor rio parcial etc O desemprego nos pa ses desenvolvidos nas d cadas de 1980 e 1990 demonstraram que houve uma redu o do n mero de greves e o aumento da viola o do direitos humanos atrav s das manifesta es de racismo e xenofobia Ricardo Antunes 2000 p 152 visualizou nos pa ses desenvolvidos crescentes casos de viola o dos direitos humanos sen o vejamos Isso se verifica tamb m no decl nio do n mero de greves sen o vejamos Quadro 04 103 Aumentam os casos de corpo
139. mica imposta pelos pa ses mais desenvolvidos financeiramente principalmente o princ pio da prote o do trabalhador que durante s culos trabalhadores lutaram para adquirir a tal prote o 4 3 2 Novo Sistema de Trabalho 4 3 2 1 Flexibiliza o Diante da crescente revolu o tecnol gica e as novas formas de gest es empresariais as flexibiliza es das normas trabalhistas aumentam a cada dia que se passa no mundo e no Brasil Para Jos Augusto Rodrigues Pinto 2000 p 283 flexibiliza o a decorr ncia jur dica direta da globaliza o a qual se define como a sujei o dos sistemas econ micos nacionais aos interesses 71 universalizados do capital e da atividade econ mica tornados poss veis pela conjuga o tecnol gica da cibern tica inform tica e automa o A agress o da economia globalizada ao emprego for a o Direito do Trabalho a deslocar o eixo de sua estrutura em seus ramos internos mais importantes a no individual afrouxando a r gida disciplina tutelar do trabalhador exercida por meio da norma estatal em nome do principio nuclear da prote o o que importa em passar responsabilidade dos pr prios atores da rela es de trabalho a negocia o de suas categorias b no sindical e Coletivo impondo a mudan a da postura tradicionalmente reivindicativa das representa es sindicais para outra negociadora dos interesses das categorias na posi o inclusive de recipiend rio da fun
140. n o do t tulo de Mestre em Direito Resultado 10 0 DEZ ORIENTADOR Prof Dr Lafayette Pozzoli 1 EXAMINADOR A Prof Dr NORMA SUELI PADILHA 2 EXAMINADOR A Prof Dr THEREZA CRISTINA NAHAS Marilia 30 de junho de 2006 DEDICAT RIAS Aos meus pais Laurindo de G nova in memoriam que apesar da aus ncia f sica est presente na realiza o deste sonho Ceres Ferreira da Silva de G nova pelo apoio e incentivo por me ajudar a concretizar este objetivo Que um dia eu possa retribuir lhe todo amor e dedica o Aos meus irm os Glauco e Ciro por fazerem parte da minha vida A minha noiva Juliana pelo apoio e companheirismo AGRADECIMENTOS Primordialmente a Deus por me conceder a gra a da vida e da realiza o deste trabalho Aos meus professores que colaboraram diretamente na elabora o deste trabalho nossos mais profundos agradecimentos Aos funcion rios especialmente a L cia Samara e Camila pela gentileza e profissionalismo Ao Prof Dr Lafayette Pozzoli pela sempre pronta e eficaz orienta o O trabalho n o considerado mercadoria tamb m por uma raz o e ordem filos fica qual seja a da sua dignidade A filosofia moderna uma filosofia da atividade e tende a definir o homem como um ser que pela sua criatividade objetiva a cultura na natureza A id ia particular do trabalho passa a ser confundida com a do esp rito portanto se identificam o que exclu
141. n Say o O princ pio da prote o em xeque e outros ensaios S o Paulo Editora LTr 2003 RUPRECHT Alfredo J Os Princ pios do Direito do Trabalho S o Paulo LTr 1995 SAAD Eduardo Gabriel Consolida o das Leis do Trabalho Comentada S o Paulo Ltr 2003 123 SANTOS Enoque Ribeiro dos O Dano Moral na Dispensa do Empregado S o Paulo Ltr 2000 SILVA De Pl cido e Vocabul rio Jur dico Rio de Janeiro Forense 1987 SILVA Liuz de Pinho Pedreira da Principiologia do Direito do Trabalho S o Paulo LTr 1997 SINGER Paul Globalizac o e Desemprego Diagn sticos e alternativas S o Paulo Contexto 2001 SUSSEKIND Arnaldo et alii Institui es de Direito do Trabalho 12 ed I volume S o Paulo LTr 1991 Institui es de Direito do Trabalho 16 ed II volume S o Paulo LTr 1996 SUSSEKIND Arnaldo Conven es da OIT S o Paulo Ltr 1994 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 02 REGI O TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10 REGI O TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15 REGI O VIANA Marcio T lio A Prote o Social do Trabalhador no Mundo Globalizado O Direito do Trabalho no Liminar do S culo XXI In Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte n 37 2000 www ibge gov br home estatistica populacao mapa mercado trabalho mapa mercado trabalho pdf Acesso em 19 02 06 www ilo org public portugue region eurpro
142. nas da lei pois s o considerados como normas fundamentais do ordenamento jur dico Para Celso Antonio Bandeira de Mello 1996 p 545 546 Principio j averbamos alhures por defini o mandamento nuclear de um sistema verdadeiro alicerce dele disposi o que se irradia sobre diferentes normas compondo lhes o esp rito e servindo de crit rio para sua exata compreens o e intelig ncia exatamente por definir a l gica e a racionalidade do sistema normativo no que lhe confere a t nica e lhe d sentido harm nico o conhecimento dos princ pios que preside a 34 intelecg o das diferentes partes componentes do todo unit rio que h por nome sistema jur dico positivo Violar um princ pio muito mais grave que transgredir uma norma qualquer A desaten o ao princ pio implica ofensa n o apenas a um espec fico mandamento obrigat rio mas a todo o sistema de comandos a mais grave forma de ilegalidade ou de inconstitucionalidade conforme o escal o do princ pio atingido porque representa insurg ncia contra todo o sistema subvers o de seus valores fundamentais contum lia irremiss vel a seu arcabou o l gico e corros o de sua estrutura mestra A termologia princ pios na filosofia conforme AUR LIO 1988 p 529 s o proposi es diretoras de uma ci ncia s quais todo o desenvolvimento posterior dessa ci ncia deve estar subordinado Para DE PL CIDO E SILVA 1987 p 447 princ pio
143. nc pios gerais da atividade econ mica conforme art 1 e 170 da CF Inclusive no art 4 par grafo nico da Carta Magna disp e que o Brasil buscar a integra o econ mica pol tica social e cultural dos povos da Am rica Latina harmonizado tais interesses no direito internacional Todavia deve observar que a Constitui o Federal adota nas suas diretrizes fundamentais a preval ncia dos direitos humanos como prev em os artigos 1 dignidade da pessoa humana e 4 preval ncia dos direitos humanos Assim o objeto da presente pesquisa estabelece uma estreita correla o com o princ pio da dignidade humana pois os dois institutos jur dicos visam ao mesmo objetivo ou seja garantir a dignidade 37 Canotilho refere se a Constitui o portuguesa 38 O Decreto n 678 de 6 de novembro de 1992 promulgou a Conven o Am rica sobre os Direito Humanos Pacto de S o Jos da Costa Rica 111 Nessa perspectiva a tend ncia do princ pio da prote o no s culo XXI tem como um dos fundamentos a dignidade do trabalhador dessa forma justific vel o seu valor Por outro lado a flexibiliza o n o possui valor fonte de dignidade humana pelo contr rio um mecanismo econ mico fen meno criado por um sistema pol tico econ mico neoliberalismo sendo que esse mesmo sistema liberalismo influenciou o surgimento do direito do trabalho justificadora hist rica Teoria Cl ssica para coibir os se
144. ndo a necessidade de estabelecer se um entendimento claro e preciso nos alicerces dos direitos fundamentais e do direito trabalho como foco central da pesquisa no princ pio da prote o proporcionando um debate e uma amplia o das formula es te ricas a esse respeito observando as profundas mudan as nos processos de trabalho particularmente na organiza o do trabalho no marco da globaliza o que ainda n o foram avaliadas na sua integralidade A relev ncia social do problema a ser investigado fixa se na interpreta o e aplica o do princ pio da prote o ao trabalhador brasileiro no direito do trabalho e nas rela es de emprego frente s r pidas e profundas mudan as sociais no s culo XXT Importante destacar que estamos vivendo e protagonizando um momento importante da hist ria da humanidade no qual o direito busca sinergia para harmonizar as novas altera es de emprego e o princ pio da prote o A situa o complexa mas a presente pesquisa busca no aperfei oamento de conceitos e teses j existentes um direito universalizado aten o promo o e prote o daqueles que trabalham independente de sua forma de inser o no processo produtivo Al m disso busca tamb m defini es ou redefini es de estrat gias de enfrentamento perante as implica es da nova rela o de emprego e as conseqii ncias adversas sobre o princ pio da prote o 18 1 CAP TULO EVOLU O HIST RICA DA LE
145. ndo os objetivos que justificaram a concess o de e mail pelo Reclamado n o h como equipar lo s correspond ncias postais e telef nicas alcan adas pela tutela de privacidade inscrita no art 5 inciso XII da CF Seja como for n o sendo poss vel na vis o deste ju zo CPC art 131 reconhecer privacidade no sistema de comunica o eletr nico disponibilizado pelo Reclamado para a execu o pelo Reclamante de suas atividades profissionais resta claro que a a o empresarial rastreando o provedor de acesso Internet para descobrir o respons vel pela publica o de fotos pornogr ficas n o violou qualquer garantia constitucional tampouco contaminando as provas colhidas pela empresa ao contr rio do que inteligiu o d ju zo prim rio Fixadas essas premissas tenho como n tida a pr tica de ato suscet vel de autorizar a resolu o do contrato por mau procedimento Merece pois provimento a irresigna o patronal 138 Se o e mail concedido pelo empregador para o exerc cio das atividades laborais n o h como equipar lo s correspond ncias postais e telef nicas objetos da tutela constitucional inscrita no art 5 inciso XII da CF Tratando se de ferramenta de trabalho e n o de benef cio contratual indireto o acesso ao correio eletr nico n o se qualifica como espa o eminentemente privado insuscet vel de controle por parte do empregador titular do poder diretivo e propriet rio d
146. noturno participa o nos lucros ou resultados sal rio fam lia jornada de 44 horas semanais e de seis horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento repouso semanal remunerado f rias anuais licen a paternidade e gestante prote o ao mercado de trabalho da mulher aviso pr vio redu o dos riscos inerentes ao trabalho com prote o sa de higiene e seguran a al m de acr scimo remunerat rio pelo servi o penoso insalubre ou perigoso aposentadoria assist ncia gratuita aos filhos e dependentes em creches e pr escolas reconhecimento dos acordos e conven es coletivas de trabalho prote o em face da 30 automa o seguro contra acidentes do trabalho e indeniza o civil quando resultante de culpa ou dolo do empregador prescri o quinquenal at o limite de dois anos ap s a extin o do contrato proibi o de discrimina o inclusive contra deficientes f sicos e tamb m em rela o natureza do trabalho manual t cnico e intelectual proibig o de trabalho noturno perigoso ou insalubre aos menores e de qualquer trabalho exceto em forma de aprendizagem ao menor de 16 anos igualdade de direitos para o trabalhador avulso Todavia a Constitui o Federal de 1988 foi logo flexibilizando alguns destes direitos conquistados como por exemplo no inciso VI que proclama a irredutibilidade da contraprestac o e logo emenda Salvo o disposto em conveng o ou acordo coletivo A
147. nte todo o direito do trabalho nasceu sob o impulso de um prop sito de prote o Se este n o tivesse existido o direito do trabalho n o teria surgido Surgiu com o preciso objetivo de equilibrar com uma desigualdade jur dica favor vel a desigualdade econ mica e social que havia nos fatos Segundo Kant 2003 p 25 um princ pio que converte certas a es em deveres uma lei pr tica Assim n o s os princ pios da dignidade humana bem como o princ pio rotetor do trabalhador buscam aplica es com a m xima plenitude poss vel p plica p p O poder executivo e legislativo deve se ater efetividade pr tica da norma buscando sempre a dignidade humana como fim e nunca como meio combatendo no plano real o 4 Para Kant 2003 p 26 uma m xima um princ pio subjetivo de a o um princ pio que o pr prio sujeito converte em sua regra como ele deseja agir um principio de dever por outro lado um princ pio que a raz o a ele prescreve absolutamente e assim objetivamente como ele deve agir 35 Para Lu s Roberto Barroso 2002 p 85 A efetividade significa portanto a realiza o do Direito o desempenho concreto de sua fun o social Ela representa a materializa o no mundo dos fatos dos preceitos legais e simboliza a aproxima o t o ntima quanto poss vel entre o dever ser normativo e o ser da realidade social 107 trabalho escravo o trabalho do menor dentre o
148. o 44 Como explica Amauri Mascaro Nascimento 1995 p 179 Havendo duas ou mais normas jur dicas trabalhistas sobre a mesma mat ria ser hierarquicamente superior e portanto aplic vel ao caso concreto a que oferecer maiores vantagens ao trabalhador dando lhe condi es mais favor veis salvo no caso de leis proibitivas do Estado Um ponto importante deve ser destacado a norma mais favor vel n o aplicada na ordem hier rquica pr estabelecida pois aplica a norma mais favor vel ao empregado Entretanto Mauricio Godinho Delgado pondera que Operador jur dico deve busca a regra mais favor vel enfocando globalmente o conjunto de regras componentes do sistema discriminado no m ximo os preceitos em fun o da mat ria de modo a n o perder ao longo desse processo o car ter sistem tico da ordem jur dica e os sentidos l gicos e teleol gicos b sicos que sempre devem informar o fen meno do direito 2001 p 45 O fundamento legal do princ pio na norma mais favor vel na Constitui o Federal do Brasil para Amauri Mascaro Nascimento 1995 p 180 se encontra no art 7 caput onde preceitua os direitos fundamentais dos trabalhadores consolidando garantias m nimas Al m disso a lei ordin ria estabelece tamb m normas mais vantajosas do que a pr pria Constitui o A CLT por sua vez apresenta o artigo 620 que diz o seguinte As condi es estabelecidas em Conven o quando mais fav
149. o o que se constata da farta prova documental anexada inicial constante de in meros relat rios de atendimento onde se v que os chamados encaminhados ao reclamante foram por ele mesmo atendidos Ademais nota se dos documentos de f 14 16 que o autor participou de cursos de forma o patrocinados pela reclamada e ministrados por outra empresa voltados para o aprimoramento pessoal do obreiro nas t cnicas de atendimento a clientes e no trabalho em equipe O material de f 105 106 mostra inclusive que a empresa forneceu ao trabalhador orienta es sobre como se deveria conduzir no atendimento aos clientes revelando portanto que a conduta pessoal de cada um dos t cnicos era considerada um fator importante na presta o de servi os Esse quadro a meu ver pende favoravelmente ao reclamante e evidencia a pessoalidade da presta o de servi os Quanto subordina o jur dica registro que o primeiro contrato escrito entre as partes estabelecia a obriga o de atender chamados no per odo compreendido entre 08 00 h e 18 00 h ressalvado apenas o intervalo de uma hora e meia para almo o f 166 Resta claro que o autor nessa poca sofria intenso controle em seu hor rio de trabalho Posteriormente a reclamada flexibilizou essa disposi o passando a fixar um prazo para o atendimento dos chamados exigindo por m a finaliza o de pelo menos 60 desses pedidos por m s f 162 H inclusive cl usula prevendo a aplica o d
150. o mensal de ndices pr ximos a 25 00 para o ndice de 1 00 em apenas um m s Entretanto esse plano n o conseguiu se manter por muito tempo O plano real instalado em 1994 com o governo Itamar e a continua o desse mesmo plano com o governo Fernando Henrique Cardoso intensificaram os ajustes Dessa forma as mesmas tiveram que se adaptar ao ambiente econ mico sem infla o As recomenda es adotadas no Consenso de Washington n o se preocuparam com o direito social propondo somente medidas para o neoliberalismo econ mico considerando ainda menos interfer ncia do Estado e m xima iniciativa privada 70 No campo social os efeitos negativos da globaliza o atingiram diretamente n o s a sociedade brasileira mas tamb m a sociedade global principalmente na transforma o do perfil e volume do emprego das qualifica es e da organiza o do trabalho Al m disso a tend ncia dentro desse cen rio contempor neo a desinstitucionaliza o da prote o social sendo uma forma de ocultar os efeitos do conflito entre o capital e o trabalho O discurso de invoca o da flexibiliza o das normas trabalhistas propondo o fim das garantias legais comprova que em alguns aspectos o neoliberalismo tenta ressuscitar um passado marcado pela barb rie da sociedade baseada no absolutismo da liberdade contratual Dessa forma os princ pios basilares do direito do trabalho tamb m s o afetados pela nova ordem econ
151. o substitu dos por outros processos produ o neofordismo neotoyotismo onde novos processos de trabalho emergem no cron metro e na produ o em s rie e de massa constando uma substitui o pela flexibiliza o da produ o pela especializa o flex vel por novos padr es de busca de produtividade por formas de adequa o da produ o l gica do mercado ou seja neoliberalismo Nota se que num contexto de crescente desigualdade mundial entre o Norte e o Sul estranhamente pa ses perif ricos como Brasil limitam se ao cumprimento das determina es do capital financeiro e industrial que s atendem aos interesses dos Pa ses Centrais como EUA Inglaterra Fran a etc As transforma es das economias mundiais sofrem uma tend ncia da busca da flexibilidade perante as rela es de trabalho pois com o avan o tecnol gico a m o de obra se torna em parte obsoleta al m do que os per odos de crise s o constantes nessa era globalizada Observe se que com o surgimento de setores de produ o novos tipos de fornecimento de servi os financeiros novos mercados e sobretudo taxas altamente intensificadas de inova o comercial tecnol gica e organizacional as empresas procuram a 54 m o de obra especializada terceirizada e evitam encargos trabalhistas e previdenci rios pois o v nculo direto entre o empregador e o empregado encarece o produto produzido n o conseguindo competir com outros produ
152. o voto condutor mas pe o permiss o para tecer algumas breves considera es apenas acerca da falta grave discuti dano recurso empresarial Como esclareceu a d Ju za Relatora o Banco recorrente deliberou rescindir por falta grave o contrato de trabalho mantido com o Reclamante ap s constatar que ele no exerc cio de suas fun es fez expedir comunica es eletr nicas e mail s com fotos pornogr ficas utilizando 136 se do computador da empresa de seu provedor e do pr prio endere o eletr nico que Ihe foram disponibilizados para a execu o de suas atribui es A mat ria in dita e suscita uma s rie infind vel de quest es como a que foi tratada na inst ncia prim ria envolvendo a natureza il cita do acervo probat rio constru do pelo Reclamado a partir do rastreamento de seu pr prio provedor para identifica o da unidade respons vel pela remessados e mail s com aquele conte do pornogr fico Na opini o do 1 Julgador Prim rio porque obtidas a partir da quebra do sigilo de correspond ncia do Reclamante as provas obtidas seriam il citas por isso n o se prestando Justifica o da falta grave aplicada ante a ofensa aos incisos XII e LVI do art 5 da CF Penso por m que a solu o diversa reclamando o percurso prejudicial de algumas etapas de racioc nio Em primeiro plano cabe aferir se o e mail concedido para o exerc cio funcional pode ou n o ser equiparado s correspond ncias postai
153. odos os pa ses que interagem com a economia globalizada A internacionaliza o da legisla o do trabalhado merece a devida import ncia no cen rio da globaliza o haja vista que os paises signat rios da OIT j consolidaram o princ pio da dignidade humana como fonte de prote o ao trabalhador O jurista mexicano Santiago Barajas Montes de Oca salienta que La Declaraci n Universal de los Derechos del Hombre es el primer documento de la poca contempor neo que ha reconocido el derecho de todo ser humano al trabajo a la libre elecci n de ste y a la protecci n contra el desempleo Se le reconoce adem s en uni n de su familia el derecho a una existencia digna a un nivel de vida que le asegure y garantice la salud el bienestar la alimentaci n el vestido y la vivenda Para el trabaiador lo m s importante es la oportunidad de ganarse la vida mediante una ocupaci n elegida libremente el derecho a disfrutar condiciones de trabajo equitativas u satisfactorias que no deriven en la explotaci n econ mica y social as como el derecho a la seguridad social que le permita el m s ndice de salud f sica y mental Id nticos son los principios de la Declaraci n de la Organizaci n de las Naciones Unidas sobre Progreso Social y Desarrollo donde se indica art 6 que el desarrollo exige que se garantice a toda persona el derecho a trabajar y elegir libremente en tanto que el progreso social exige la participaci n de todos l
154. oje o anafabite n o tem lugar no mercado de trabalho Exemplificando o teletrabalho executado em regime de emprego ou de modo aut nomo Todavia como toda t cnica a Internet neutra e pode ser bem ou mal usada na rela o capital trabalho tanto por parte do tomador de servi o como de seu prestador 126 02 Qual a rela o dos direitos humanos e do princ pio da prote o do trabalhador RESPOSTA Em l gica formal distinguem se a COMPREENS O elementos ESS NCIAIS de uma conceito e sua EXTENS O sujeitos aos quais se aplica o conceito Todos os elementos essenciais do conceito de Direitos Humanos e aplicam ao todo trabalhador empregado ou n o Freq entemente se apresenta o princ pio de prote o consubstanciado somente no confronte de normas a duvidosa in d bio pro oper rio b de normas mais ou menos favor veis c condi o mais favor vel Vis o insuficiente Ele se estende feitura da lei sua interpreta o e sua aplica o Assim como o C digo de Defesa do Consumidor as normas que protegem o trabalho de emprego ou n o s o C digo de Defesa do Trabalhador Hoje o princ pio de prote o n o se deve restringir rela o de emprego mas a todas as rela es em que h necessidade de fixar normas que levem em considera o uma situa o jur dica desigual 03 O recuo do oper rio tradicional da era do fordismo acarreta a perda de refer ncia e de relev ncia do ser soci
155. onsumo Nuevas formas de producci n surgieron en el mundo por lo tanto aparecieron nuevas formas de trabajo Desde la revoluci n industrial no hab a surgido un r gimen econ mico tan gil y complejo como el actual se confunde con la velocidad y la complejidad de la Internet abriendo las puertas de la revoluci n tecnol gica Frente a esto la sociedad contempor nea se ha deparado con un nuevo proceso generador de desigualdades sociales que han afectado directamente la sociedad brasile a como tambi n la sociedad global principalmente en la transformaci n del perfil y del n mero de empleos de las calificaciones y de la organizaci n del trabajo El objetivo de este estudio pretende afirmar cuales son los efectos negativos de la globalizaci n delante del principio protector del trabajador La l nea de pesquisa escogida para observar el objeto descrito anteriormente fueron los fundamentos te rico cr ticos de la dogm tica jur dica As con el fin de verificar el principio protector fiel el presente trabajo tuvo como base dentro del derecho del trabajo hacer un an lisis de la validad la importancia y de las relaciones sociales en Brasil bajo la perspectiva del principio de la dignidad humana y del contexto hist rico de los trabajadores Palabras Claves principio protector del trabajador globalizaci n trabajo principio de la dignidad del ser humano 10 LISTA DE QUADROS E ILUSTRA ES Fls Quadro 01 N mero de Pro
156. or veis prevalecer o sobre as estipuladas em acordo princ pio da aplica o da norma mais favor vel TRT15 Regi o Decis o N 002038 2004 PATR RECURSO ORDIN RIO Juiz a JOS PITAS 5 Mascaro salienta que Ao contr rio do direito comum em nosso direito a pir mide que entre as normas se forma ter como v rtice n o a Constitui o Federal ou lei federal ou conven es coletivas de modo imut vel O v rtice da pir mide da hierarquia das normas trabalhistas ser ocupado pela norma vantajosa ao trabalhador dentre as diferentes em vigor 1995 p 179 45 Dessa forma em caso de d vida sobre a aplica o de normas legais ou convencionais prevalecer a mais favor vel ao empregado 3 5 3 A regra da condi o mais ben fica O jurista uruguaio RODRIGUEZ p 131 conceitua a regra da condi o mais ben fica no seguinte sentido A regra da condi o mais ben fica pressup e a exist ncia de uma situa o concreta anteriormente reconhecida e determina que ela deve ser respeitada na medida em que seja mais favor vel ao trabalhador que a nova norma aplic vel Para o argentino RUPRECHT 1995 p 26 De acordo com esse princ pio os direitos que os trabalhadores adquiriram intregram seu patrim nio e deles n o podem ser privados por uma nova disposi o a menos que a lei disponha o contr rio No Direito do Trabalho o princ pio ou regra da condi o mais ben fica protege a situa o ou condi
157. orma o tecnol gica que tinha tr s fun es essenciais A primeira a m quina que era a 50 for a motriz que desempenhava as mesmas tarefas movidas pela m o do homem A segunda aumentar a produ o E a terceira almejar o lucro da atividade capitalista industrial O motor a vapor surgiu com James Watt que possibilitou o desenvolvimento da explora o da atividade industrial Al m disso os avan os tecnol gicos deram a oportunidade ao escoamento da produ o com a cria o da navega o a vapor e a locomotiva Na segunda Revolu o Industrial foi introduzida a produ o industrial em s rie fordismo de 1900 at os anos de 1950 1960 Diante do avan o da mecaniza o industrial v rios trabalhadores sa ram do setor prim rio Agr cola e do setor secund rio ind stria para trabalhar no setor terci rio servi os A inven o da eletricidade e por consequ ncia a sua utilidade na ind stria impulsionou a produ o Hoje nos deparamos com um regime econ mico gil e complexo confundindo se com a velocidade e a complexidade da internet abrindo as portas para a Revolu o Tecnol gica denominada tamb m como a terceira Revolu o Industrial Norberto Bobbio 1992 p 18 explica que O elenco dos direitos do homem se modificou e continua a se modificar com a mudan a das condi es hist ricas ou seja dos carecimentos e dos interesses das classes no poder dos meios dispon veis para a real
158. os equipamentos e sistemas operados Por isso o rastreamento do sistema de provis o de acesso Internet como forma de identificar o respons vel pelo envio de fotos pornogr ficas a partir dos equipamentos da empresa n o denota quebra de sigilo de correspond ncia art 5 inciso XII da CF igualmente n o desqualificando a prova assim obtida art 5 inciso LVI da CF nulificando a justa causa aplicada CLT art 482 N o havendo d vida acerca das reais finalidades do equipamento e sistema disponibilizados a divulga o de fotos pornogr ficas a terceiros com s rios riscos pr pria imagem da empresa empregadora exp e o mau procedimento do empregado justificando a resolu o do pacto laboral Com essas breves considera es acompanho o voto condutor como voto Sr Presidente Sustenta o Reclamante no recurso de revista que o Eg Tribunal a quo teria violado o art 5 incisos X XII e LVI da Constitui o Federal particularmente ao admitir as provas il citas apresentadas pela Reclamada Argumenta o Agravante Temos que a prova produzida pela empresa para substanciar a censur vel justa causa alegada em sua defesa e reconhecida pelo Regional n o pode ser admitida em ju zo pois totalmente contaminada em raz o da flagrante ilegalidade j que violada a correspond ncia do Autor Ge Ficou portanto patente que o acesso ao inteiro teor da correspond ncia eletr nica e mail o que abrange o conh
159. os il citos substanciados no rastreamento do e mail do reclamante para descobrir quem teria passado as fotos pornogr ficas para outras pessoas dentro da empresa A reclamada com o objetivo de averiguar quem dentro da empresa estava a praticar tal fato rastreou n o s o e mail do reclamante como o seu pr prio provedor Entendo que sendo a reclamada detentora do provedor cabe a ela o direito de rastrear ou n o os computadores da sua empresa mormente quando s o fornecidos aos empregados para o trabalho A partir do momento que surge urna d vida de uso indevido dos e mail por urn certo grupo s se poder tirar esta d vida atrav s do rastreamento do seu provedor A empresa poderia rastrear todos os endere os eletr nicos porque n o haveria qualquer intimidade a ser preservada posto que o e mail n o poderia ser utilizado para fins particulares importante frisar que o obreiro em seu depoimento conforme se v as fls 117 n o infirmou as alega es patronais no sentido de que a utiliza o do e mail estaria restrita para fins de trabalho tendo em vista ter declarado que o depoente n o tem certeza se a reclamada tinha restri o em rela o ao uso de e mail para assunto que n o de servigo Nestas circunst ncias sequer se poderia falar em privacidade o fato que a reclamada concedeu ao autor um e mail com vistas exclusiva utiliza o para o trabalho visto que o provedor era do HSBC N o h qualquer v
160. os miembros de la sociedad en un trabajo productivo socialmente til y ajustado a un r gimen protector de los derechos humanos 1995 p 303 Assim sob a tutela da Organiza o Internacional do Trabalho o princ pio da prote o se exterioriza atrav s do princ pio da dignidade humana proporcionando ao trabalhador direitos fundamentais para sua subsist ncia no s culo XXI Diante disso passaremos a dissertar sobre o princ pio da dignidade humana e o direito do trabalho no pr ximo cap tulo 98 05 CAP TULO O princ pio da dignidade humana e o Direito do Trabalho 99 5 1 Uma reflex o acerca dos direitos Humanos em face ao direito do trabalho Ap s a segunda guerra mundial foi inserida a internacionaliza o dos direitos humanos para garantir os direitos indispon veis ou b sicos em resposta aos genocidios e atrocidades cometidos por Hitler Em 10 12 1948 a Declara o Universal dos Direitos do Homem foi aprovada pela Assembl ia Geral da ONU em Paris preceituando direitos b sicos do ser humano inclusive em rela o ao trabalho conforme o artigo XXIII sen o vejamos Todo homem que trabalha tem direito a uma remunera o justa e satisfat ria que lhe assegure assim como sua fam lia uma exist ncia compat vel com a dignidade humana e a a ys j xi gt 33 que se acrescentar o se necess rio outros meios de prote o social A dignidade humana para Kant 1997 p 69 o fun
161. posta de aceitar que os princ pios n o obedecem em caso de conflito a uma l gica do tudo ou nada antes podem ser objeto e pondera o e concord ncia pratica consoante o seu peso e as circunst ncias do caso 1999 p 1108 Diante dessas informa es podemos seguir alguns crit rios para harmonizar os interesses fundamentais Segundo Canotilho sob o aspecto do direito Constitucional econ mico O princ pio da democracia social e econ mica que na sua configura o geral quer nas concretiza es concretas disseminadas ao longo da Constitui o constitui um limite e um impulso para o legislador Como limite o legislador n o pode executar uma pol tica econ mica e social de sinal contr rio ao imposto pelas normas constitucionais como impulso o princ pio da democracia econ mica e social exige positivamente ao legislador e aos outros rg o concretizadores a prossecu o de uma pol tica em conformidade com as normas concretamente impositivas da Constitui o Esta pol tica como demonstra J Rawls tanto pode ser de rariz liberal social n o socialista como de natureza social democrata com alguns acenos socializantes desde que se proponha otimizar as expectativas dos menos favorecidos em condi es de uma justa igualdade de oportunidades 1999 p 333 334 grifo nosso J no aspecto Constitucional do trabalho Canotilho 1999 p 334 disserta o seguinte 36 Canotilho refere se a Const
162. postuladas Inexist ncia de afronta ao art 334 II do CPC 3 Recurso de revista de que n o se conhece TST RR 803831 2001 DJ de 03 12 2004 Ministro Relator JO O ORESTE DALAZEN Portanto admito o recurso de revista na forma da al nea b do art 896da CLT por vulnera o ao artigo 843 1 da CLT Ante o exposto dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso de revista interposto pela Reclamada Com fulcro no artigo 897 7 da CLT Lei n 9 756 98 passo desde logo ao julgamento do recurso principal ora admitido uma vez observadas as formalidades tra adas na Resolu o Administrativa n 736 2000 do TST DJU 11 10 2000 P 279 280 151 B RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA 1 CONHECIMENTO Satisfeitos os pressupostos comuns de admissibilidade examino os espec ficos do recurso de revista 1 1 PRELIMINAR NULIDADE NEGATIVA DE PRESTA O JURISDICIONAL Alega a Reclamada no recurso de revista que o Eg Regional mesmo provocado mediante embargos de declara o negou se a enfrentar as seguintes quest es quanto inexist ncia de atestado m dico nos autos referente aos dias 5 6 e 7 de outubro de 1998 e quanto juntada de cart es de ponto v lidos elidindo a condena o em horas extras no per odo de mar o de 1997 a junho de 1999 Aponta vulnera o ao artigo 832 da CLT e ao artigo 5 incisos XXXV e LV da Constitui o Federal N o assiste raz o Reclamada Com efeito o Eg
163. prio empregador utilizada 141 para evitar que terceiros alheios sua confian a tenham acesso s informa es trocadas dentro do sistema de e mail da empresa que muitas vezes s o referentes a assuntos internos e confidenciais claro que n o se pode negar ao empregado a utiliza o comedida do e mail enviando uma mensagem eventual ou da internet para por exemplo verificar saldo banc rio para fins particulares desde que esta utiliza o reitero seja comedida e em observ ncia da lei da moral e dos bons costumes Convenci me contudo de que sendo o empregador propriet rio do e mail corporativo poder ele exercer um controle tanto formal quantidade hor rios de expedi o destinat rios etc quanto material de conte do sobre o correio eletr nico Inexiste no Brasil disciplinamento espec fico de prote o privacidade do empregado diante da utiliza o do e mail corporativo na empresa Cumpre ser afastada para logo a hip tese de sigilo de correspond ncia em rela o ao empregado no tocante ao uso do e mail corporativo se n o h como aqui razo vel expectativa de privacidade Se o e mail de uso corporativo a n o ser que o empregador consinta deve destinar se ao uso estritamente profissional Quer dizer nesse caso o correio eletr nico n o pode ser utilizado para fins pessoais muito menos para provocar preju zo ao empregador para dar vaz o lasc via do empregado ou para cometer qua
164. queda da produtividade quando n o lentid o no sistema de inform tica da empresa 140 Essas e muitas outras situa es bem conhecidas denotam que a tecnologia da Internet mormente da correspond ncia eletr nica com seus encantos e mazelas tem suscitado um elenco infind vel de tormentosas e atormentadoras quest es jur dicas Uma de tais quest es consiste em saber se o empregador tem direito de rastrear ou monitorar o e mail corporativo disponibilizado ao empregado para uso em servi o e em ltima an lise se l cita a prova assim obtida destinada apura o de justa causa em processo judicial 3 2 2 E MAIL CORPORATIVO E E MAIL PARTICULAR Insta ressaltar preliminarmente que o correio eletr nico n o um servi o postal e o dep sito de mensagens n o tecnicamente uma caixa postal propriamente dita Trata se t o somente de um meio de comunica o sendo o e mail apenas um deposit rio de mensagens eletr nicas enviadas para um endere o virtual como bem assinala Alexandre Agra Belmonte em preciosa monografia sobre o tema O Monitoramento da Correspond ncia Eletr nica nas Rela es de Trabalho S o Paulo LTr 2004 p 64 Parece me imperativo a prop sito desde logo distinguir duas situa es b sicas e mail particular ou pessoal do empregado e e mail corporativo No caso de e mail particular ou pessoal do empregado em provedor pr prio deste ainda que acessado louvando se do terminal
165. r merecem realce A Eg Corte Suprema dos Estados Unidos analisou a quest o referente privacidade no ambiente de trabalho no famoso caso O Connor v Ortega 480 U S 107 S Ct 1492 94 L Ed 2d 714 de 1987 poca a Eg Suprema Corte Norte Americana reconheceu que os empregados t m direito privacidade no ambiente de trabalho digna de prote o legal Entretanto deve se ponderar esta privacidade em rela o s peculiaridades de cada ambiente de trabalho A Eg Corte assentou que em certas reas os empregados podem ter uma razo vel expectativa de privacidade expectation of privacy Mas ressalva se nunca de forma absoluta The decision recognized that with the question of privacy in the workplace there are no absolutes Often whether an employee has are asonable expectation of privacy is a 143 question of specific practices within the employee s workplace and the issue of whether an employee has a reasonable expectation of privacy must be addressed on a case by case basis Id IN 716 1497 Sob tal entendimento diversos cidad os daquele Pa s moveram a es em desfavor do empregador ao argumento de que este supostamente teria violado sua privacidade ao monitorar o e mail corporativo A maioria das Cortes americanas por m tende a assentar que o empregado ao receber uma caixa de e mail de seu empregador n o tem expectativa de privacidade quanto a esta Vale dizer tendo em vista o ambiente de trabalho e a
166. r contrariamente aos interesses da parte n o significa negativa de presta o jurisdicional desde que o ac rd o se apresente fundamentado como sucedeu no caso dos autos Com efeito observa se que o v ac rd o recorrido atendeu ao comando do artigo 458 do CPC e ao artigo 832 da CLT embora de forma diversa da pretendida pelo Reclamante Desse modo inc lumes os referidos preceitos legais 131 No tocante aos artigos 538 do CPC 769 832 e 897 A da CLT e 5 incisos II e LV da Constitui o Federal estes n o se prestam sequer em tese argilig o de nulidade por negativa de presta o jurisdicional a teor da Orienta o Jurisprudencial n 115 da SBDI 1 do TST Embargos Nulidade por negativa de presta o jurisdicional Conhecimento por viola o Art 458 CPC ou art 93 IX CF 1988 Inserido em20 11 1997 Admite se o conhecimento do recurso quanto preliminar de nulidade por negativa de presta o jurisdicional por viola o do art 832 da CLT ou do art 458 do CPC ou do art 93 IX da CF 1988 Inadmiss vel o recurso de revista no particular 2 2 HORAS EXTRAS DESCONHECIMENTO DA PREPOSTA CONFISS O FICTA Ap s detalhada an lise do conjunto probat rio o Eg Tribunal a quo condenou a Reclamada em horas extras sob os seguintes fundamentos No que tange aos cart es de ponto entendo v lidos os registros neles contidos vista da constata o de que todos os documentos cont m a assinatura do reclamante
167. r em nada do que est posto h flexibiliza es que podem estar ou n o estar em sintonia com o principio de prote o Por exemplo houve altera o na idade da aprendizagem empres ria que passou de 14 at 24 anos Houve flexibiliza o de uma norma superada em favor do jovem trabalhador H espa o por exemplo para contratos forma o para jovens 14 a 24 anos aceitos em pa ses em que h preocupa o de salvaguardar o principio de prote o que n o est tico Portanto o principio da prote o protege os direitos fundamentais do trabalho medida que aparece a flexibiliza o valendo ent o como bem juridico superior Dessa forma certo que a prote o liberdade igualdade e dignidade do trabalhador devem ser resguardadas certo tamb m que as normas trabalhistas n o devem ser r gidas mas elas j est o ligadas com realidade social conseq entemente j est o atendendo s exig ncias do mundo globalizado No entanto n o quer dizer que mude sua finalidade nem sua raz o de ser nem suas fontes orientadoras Pelo contr rio deve aplicar os princ pios que regem o direito do trabalho adequadamente poca e s realidades efetivas em que ela est inserida 3 3 3 Terceiriza o A tradicional rela o de emprego cede cada vez mais a rela es triangulares de trabalho ou formas de presta o aut noma de servi os que atende pelo nome de terceiriza o Segundo Eduardo Gabriel
168. r torna se reduzida s mesmas condi es que a exist ncia de qualquer outra mercadoria Se a oferta excede a procura um dos elementos que comp em o pre o lucro renda de terra sal rios ser pago abaixo do seu valor uma parte da procura destes fatores ser retirada do uso e o pre o corrente seguir para o pre o natural Mas onde existe uma extensa divis o do trabalho extremamente dif cil para o trabalhor orientar o seu trabalho para outras aplica es e por causa da sua subordina o ao capitalista o primeiro a sofrer dificuldades Outro ponto desfavor vel ao trabalhador as categorias de sal rio dos diferentes tipos de trabalhadores variam muito mais do que os lucros nas diversas atividades em que o capital empregado Todas as diferen as naturais culturais e sociais da atividade individual aparecem no trabalho e s o remuneradas de modo diverso enquanto o capital inerte mant m um rendimento invari vel e indiferente atividade individual real MARX 2004 p 66 67 As id ias de Marx contribuiram para os avan os dos direitos sociais propondo uma dial tica na esfera social econ mica e pol tica contrapondo com o poder capitalista Veja que a ideologia dele permitiu uma reflex o mais cr tica em rela o explora o do trabalho humano contribuindo para a expans o da prote o aos direitos dos trabalhadores O fil sofo Hilton Japiass 1996 p 70 71 define a dial tica desenvolvida por
169. rabalho executado em regime de emprego ou de modo aut nomo Todavia como toda t cnica a Internet neutra e pode ser bem ou mal usada na rela o capital trabalho tanto por parte do tomador de servi o como de seu prestador Assim o monitoramento dos acessos dos computadores dos empregados pelas empresas s poder ser permitido caso haja a ci ncia dada pelo empregado ou ent o quando envolver o interesse p blico como por exemplo no caso da utiliza o da internet para divulgar pornografia infantil pelo empregado e com a autoriza o judicial poder a empresa monitorar Para evitar interpreta es d bias a ci ncia dada pelo empregado deve ser expressa 15 O doutor Oris de Oliveira gentilmente concedeu uma entrevista respondendo algumas perguntas acerca do tema proposto em quest o ANEXO I 67 Al m disso a empresa deve divulgar por meio de circulares ou avisos o monitoramento no recinto do estabelecimento empresarial Ressalta se que a empresa poder monitorar somente o e mail corporativo ficando vedado o monitoramento dos e mails particulares ou at mesmo o e mail fornecido pela empresa para fins particulares Se a empresa faculta ao empregado a utiliza o do email e da internet durante a jornada de trabalho dever respeitar a intimidade e a privacidade do mesmo conforme a norma Constitucional sob pena de responder crime de viola o de correspond ncia conforme o C digo Penal nos moldes
170. ram uma m quina para armazenar e agilizar os dados ou informa es Essa m quina era conhecida como ENIAC Eletronic Integrator and Calculator e foi constru da em 1947 Segundo Aur lio computador o aparelho ou dispositivo capaz de realizar opera es l gicas e matem ticas segundo programas previamente preparados 2005 p 251 O aperfei oamento do computador durante longas d cadas possibilitou ao usu rio a utiliza o de v rios programas que facilitaria o seu modo de viver O homem foi introduzindo paulatinamente o computador nas tarefas que somente o homem poderia fazer 58 da mais simples at a mais complexa tarefa Hoje em dia j supera a marca de 24 milh es de PCs computadores pessoais em uso no Brasil segundo FGV Eaesp mar o 2005 Diante desse invento o setor produtivo acoplou e aperfei oou o computador m quina tradicional gerando mais lucros Somente para exemplificar uma m quina de cortar cana 2 programada para cortar limpar picar e acomodar entre 700 e 800 toneladas de cana por dia Uma m quina faz o servi o de 100 homens Na verdade substitui quase 250 b ias frias Ela corta cana crua o que atinge mais que o dobro da m o de obra utilizada no servi o convencional precedido de queima da palhada Trabalha ininterruptamente 20 horas por dia Ilustra o 01 O computador tem como objetivo uma melhor quantidade qualidade oportunidade ou organiza o das informa es Ass
171. ram rapidamente absorvidas pelas Empresas que se utilizam desse novo meio de comunica o para desenvolver os meios de produ o proporcionando dentre outras vantagens maior efici ncia para as suas atividades O n mero expressivo de empregados trabalhando online uma indica o clara da efici ncia e utilidade das comunica es eletr nicas tais como e mail e acesso Internet para fins profissionais De baixo custo e r pidas as comunica es eletr nicas podem melhorar a efici ncia e produtividade dos empregados propiciando formas convenientes de comunica o com clientes colegas de trabalho al m de transmiss o de informa es de modo infinitamente mais eficiente Dadas as bvias vantagens inquestion vel o fato de as empresas estarem cada vez mais lan ando m o de tais recursos tecnol gicos Sabe se todavia que alguns empregados com relativa frequ ncia abusam na opera o do e mail corporativo e da pr pria Internet sob m ltiplas formas bem conhecidas envio a terceiros de fotos pornogr ficas ou a divulga o de mensagens obscenas racistas difamat rias reveladoras de segredo empresarial ou contendo v rus etc Outras vezes o empregado em terminal de computador da empresa no hor rio de trabalho vale se da Internet para baixar m sicas e filmes ou acessa sites adultos e enfim consome tempo e recursos preciosos do empregador para tratar de assuntos n o relacionados ao servi o acarretando sens vel
172. rata o por tempo determinado A dispensa foi facilitada O exerc cio do direito de greve foi limitado Nos Estados Unidos fala se no emprego discricion rio no employment at will O empregador tem a plena liberdade de fixar os termos e as condi es de trabalho de acordo com as sua necessidades A concession bargainig tem por objetivo a redu o de sal rios como forma de evitar o fechamento de empresas ou o deslocamento para outro pa s Foi muito utilizada em certas industrias automobil sticas que Jos Augusto salienta ainda poss vel dizer que desde o fato econ mico da globaliza o e por via da flexibiliza o normativa estatal da rela o de trabalho subordinado o direito do Trabalho est em compasso efetivo de reflex o visando ao recondicionamento de suas id ias estruturais 2000 p 284 2 Para Sergio a flexibiliza o das regras trabalhistas ainda uma forma de atenuar o princ pio da prote o rela o laboral O referido princ pio n o ser por m eliminado mas ser o minorados seus efeitos em certas situa es especificas 2004 p 26 12 passavam por crises As leis trabalhistas americanas s o m nimas Versam sobre sal rio m nimo desemprego aposentadoria treinamento sa de e negocia o As restantes condi es de trabalho s o delegadas aos contratos individuais ou coletivos Na It lia a lei de 1984 dispoe sobre a contrata o a tempo parcial regulando os contratos de solidari
173. rativismo xenofobia racismo no seio da pr pria classe trabalhadora Tudo isso permite constatar que o movimento sindical encontra se numa crise de propor es nunca vistas atingindo com intensidade na d cada de 1980 o sindicalismo nos pa ses avan ados e que na viragem de 1980 para 1990 atingiu diretamente os pa ses subordinados especialmente aqueles dotados de um parque produtivo relevante como o caso do Brasil Anos 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 Pa ses Brasil Canad EUA Cor ia do Sul Dinamarca Espanha Finl ndia Irlanda It lia Holanda Inglaterra Austr lia Nova Zel ndia Fonte FARIA p 240 1999 Verifica se que quanto maior a taxa de n mero de desempregados menor a resist ncia atrav s das greves organizadas pelos sindicatos perante o poder econ mico liberal O trabalhador fica vulner vel exclus o da economia formal quando h elevados ndices de desempregos e n o procura solidarizar com as manifesta es sindicais por temer o desemprego como retalia o abrindo uma porta para precariza o do trabalho e uma massa de exclu dos dentro de uma sociedade A Constitui o Federal de 1988 apesar de reconhecer os direitos sociais no artigo 7 e incisos flexibilizou alguns direitos trabalhistas S para exemplificar pode constar a 104 flexibiliza o nos seguintes incisos inciso VI irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acor
174. reu acerca da participa o das partes que receberam a mensagem eletr nica Inconformado aponta viola o aos seguintes preceitos legais art 538 doCPC arts 769 832 e 897 A da CLT arts 5 II e LV e 93 IX daConstitui o Federal O inconformismo contudo n o merece prosperar O Eg Regional ao apreciar e julgar os embargos de declara o do Reclamante assim consignou No que toca ao rastreamento das mensagens cumpre lembrar inicialmente que o preposto em depoimento pessoal detalhou o encadeamento dos fatos e o modus operandi da investiga o a fls 351 352 O rastreamento executado pela Reclamada foi explicitado na defesa a fls 120 e confirmado pelas testemunhas CLAUDEMIR BORIN MEIRA a fls 296 297 e GUILHERME DE ALMEIDA MENDES a fls 318 319 Despiciendo discorrer como pretende o Embargante sobre a participa o ou envolvimento das partes que as mensagens eletr nicas sedirigiam nos trabalhos de rastreamento eis que a sua realiza o se deuem n vel de processamento de dados internamente na empresa Tal conclus o est exposta a fls 537 2 5 par grafos do ac rd o Improcede a obscuridade apontada no particular fl 593 Diante do quadro ora delineado n o vislumbro nulidade a ser acolhida tendo se manifestado o Eg Regional sobre todos os aspectos relevantes para a solu o da lide conforme o seu livre convencimento motivado arts 125 e 131 do CPC O fato de o rg o julgador decidi
175. riado pela Lei n 6 019 74 completamente distinto O contrato tempor rio n o soluciona e tampouco sana o desemprego no Brasil mas sim cria uma precariedade nas contrata es laborais pois o trabalhador deixa de ter uma certa estabilidade e provoca a redu o do sal rio haja vista que a prote o da normatiza o trabalhista dada ao contrato de trabalho por prazo indeterminado maior Al m disso o contrato tempor rio tem a sua import ncia dentro do sistema legal trabalhista mas n o sana esse efeito desemprego da globaliza o Talvez o principal rem dio para amenizar esse efeito seja a interven o pol tica Os governantes devem inserir programas educacionais eficientes para qualificar as pessoas encontradas no desemprego e preparar os jovens a nova ordem posta O papel da educa o fundamental para a 92 qualifica o dos indiv duos pois contribui para formar uma m o de obra especializada capaz de obter maiores sal rios e melhor se adequar ao mercado de trabalho No Brasil constataram se menores ndices de desemprego nas regi es que possuem trabalhadores mais qualificados Segundo IBGE entre 1992 e 1997 mostrou um quadro de melhoria do nivel de qualifica o do trabalhador Houve diminui o da popula o ocupada em geral nos grupos de menor instru o sem instru o e menos de 1 ano e de 1 a 3 anos de estudo A Regi o Nordeste apresentou decr scimo para homens e mulher
176. rinc pios ligados diretamente ao princ pio da dignidade 3 Naves M rcio Bilharinho 2000 p 25 descreve sobre o trabalho alienado segundo Marx A aliena o do trabalho consiste portanto em que o produto do trabalho os objetos produzidos pelo trabalhador n o lhe pertencem aparecendo lhe como algo estranho como um poder independente dele e que o domina Quanto mais o trabalhador produz mais v se privado dos objetos necess rios sua subsist ncia e na medida em que menos objetos ele possui mais ele cai sob o dom nio dos produtos que s o criados por ele isto sob o dom nio do capital 39 da pessoa humana mas o princ pio da igualdade foi normatizado posteriormente somente no aspecto formal na ideologia do Estado liberal cl ssico Com o aparecimento das reivindica es dos oper rios e com o fortalecimento no campo ideol gico apareceram as primeiras prote es aos empregados proporcionando uma igualdade mais justa entre os atores da rela o laboral Sabe se que no direito do trabalho o empregado parte inferior no contrato laboral sendo por outro lado o empregador a parte superior pois o detentor do capital n o podendo assim tratar a igualdade de uma maneira formal por isso nesse ramo do direito existe o princ pio protetor do empregado n o s para pacificar o desequil brio e a desigualdade do contrato de trabalho bem como pacificar os conflitos sociais O jurista argentino Alfredo J
177. rnou se uma exig ncia em face aos aparecimentos de quest es que a sua pr pria evolu o a colocava por n o encontrar respostas nos quadros tradicionais Novas formas de produ o e de trabalho surgiram no entanto o direito deve ser identificado como justo n o devendo ser utilizado como artif cio pelas classes dominantes 113 Os obst culos sociais e jur dicos da globalizac o nasceram do discurso neoliberal que reafirmou a velha lei da oferta e procura justificando a como solug o de todos os problemas de uma na o ou blocos econ micos refor ando o papel do mercado como rem dio para todos os males Todavia os pa ses ricos que propagam essa teoria n o praticam uma livre economia de mercado pois concedem subs dios aos setores econ micos agr cola siderurgia etc gerando mais empregos est veis Al m disso o modelo neoliberal acredita tamb m na m nima interven o estatal mas na pr tica no que se refere ao princ pio protetor a minimiza o da interfer ncia estatal prejudica o equil brio na rela o laboral possibilitando mais ac mulo do capital e menos direitos ao empregado haja vista a inferioridade do ltimo Constata ainda que no mundo contempor neo existem dois grupos de empregados O primeiro grupo s o os empregados mais qualificados com bons sal rios e perspectivas de carreira Geralmente t m mobilidade funcional e t m disponibilidade para fazer horas extras O segundo grupo s o os
178. rodu o e da equidade reprodu o da riqueza e pacifica o de maneira a conjugar subordinar e coordenar o Estado neoliberal aos princ pios e valores do Estado social democr tico aplicando o princ pio protetor como um norteador nas rela es de emprego 33 CAP TULO 3 O princ pio protetor do trabalhador 3 1 No es Gerais A evolu o da hist ria nos mostrou que os trabalhadores brasileiros percorreram uma longa trajet ria para conquistar os seus direitos individuais e coletivos inclusive in meras p ginas dessa hist ria foram escritas com sangue O resultado dessa conquista foi a compila o de v rias normas estatais e conven es sociais pactuando uma tr gua entre a luta do capital e do trabalho No palco desse pacto se destaca um princ pio como fonte de direito do trabalho o princ pio da prote o tamb m conhecido por outras denomina es ou seja RUSSOMANO 1995 p 37 fala em princ pio de prote o tutelar para SUSSEKIND 1991 p 128 alude ao princ pio da prote o do trabalhor Todavia antes de abordar o tema da prote o do empregado necess rio assinalar que a abordagem do tema proposto se encontra no ordenamento jur dico centralizado na utiliza o do princ pio norteador do direito do trabalho Para interpretar o princ pio deve se buscar o valor fonte em que ele est fundamentado Atualmente os princ pios deixaram de ser interpretados s como meios de preencher as lacu
179. rsidade de Bologna Mario Ricciardi 2001 p 211 elobaliza o entende se o conjunto dos processos que permitem conceber desenvolver produzir distribuir e consumir produtos e servi os em escala mundial agindo em mercados cada vez mais diversificados mas ao mesmo tempo dominados por normas e padr es quase que universais Tais bens e servi os s o produzidos por organiza es que agem em escala mundial cujo capital pertence a uma multiplicidade de indiv duos pertencentes a diferentes na es que perseguem verdadeiras estrat gias mundiais nas quais cada vez mais dif cil identificar uma espec fica atribui o do tipo territorial e nacional 32 O autor Jos Eduardo Faria j tem uma vis o mais cr tica acerca desse fen meno pois considera que a globaliza o altamente seletiva contradit ria e paradoxal considerando ainda por globaliza o se entende basicamente essa integra o sist mica da economia em n vel supranacional deflagrada pela crescente diferencia o estrutural e funcional dos sistemas produtivos pela subsequente amplia o das redes empresariais comerciais e financeiras em escala mundial atuando de modo cada vez mais independente dos controles pol ticos e jur dicos ao n vel nacional esse fen meno como afirma Habermas acaba comprometendo mortalmente a id ia republicana de comunidade Desenvolvida a partir da pr xis da auto determina o coletiva numa dimens o tico cultural
180. rsoras dos sindicatos Essas ligas funcionavam como assistenciais e visavam organizar o proletariado no confronto com a classe patronal Em 1890 foi fundado o Partido Oper rio PO e em 1902 formou se o Partido Socialista Brasileiro PSB tendo o jornal Avanti como seu porta voz A seguir o Brasil foi convulsionado por greves que exigiam a jornada de oito horas de trabalho Em 1903 foi reconhecido o sindicato rural e em 1907 o sindicato urbano O movimento comunista foi sem d vida a maior influ ncia para a constru o da uni o dos trabalhadores e posteriormente para a cria o dos sindicatos brasileiros Boris Koval 1982 p 138 relata sobre a grande revolu o socialista ocorrida em outubro de 1917 na antiga Uni o Sovi tica Outubro exerceu tamb m uma enorme influ ncia na Am rica Latina Disto um dos resultados mais importantes foi n o somente a intensifica o do movimento antiimperialista mas a r pida acelera o do processo pol tico de forma o do proletariado como classe e o surgimento de sua forma mais elevada de luta o movimento comunista N o muito diferente da nossa realidade atual em 1917 as maiores empresas pertenciam ao capital estrangeiro as quais n o tinham nenhum interesse de regular qualquer tipo de direito a favor dos trabalhadores Por conseguinte os sindicatos e parte minorit ria dos trabalhadores viram no movimento comunista uma forma para combater o antiimperalismo
181. s travando verdadeiras batalhas no campo pol tico econ mico e sociol gico V rios regimes pol ticos se passaram novos sistemas econ micos apareceram tudo pela busca do poder e do ac mulo do capital n o muito diferente da realidade em que estamos inseridos MARTINS disserta sobre o clientelismo as indica es sugerem que o clientelismo pol tico sempre foi e antes de tudo preferencialmente uma rela o de troca de favores pol ticos por benef cios econ micos n o importa a escala 1994 p 29 32 O novo sistema econ mico implantado atualmente uma nova estrat gia de explora o do trabalho e supervalorizac o dos ganhos empresariais ou ao menos uma tentativa de manter em tempos de extrema competitividade capitalista esses ganhos em patamares que permitam a reprodu o do capital No Brasil direito do trabalho e o direito social s o direitos recentes conquistados no s culo passado Dessa forma com o atraso na regulamenta o das leis trabalhistas o pa s n o s conseguiu amparar efetivamente o trabalhador mas tamb m n o alcan ou a todos Essa demora consequentemente influir numa eficiente democratiza o social principalmente com a chegada da globaliza o Atualmente s o inevit veis as mudan as na rea do direito do trabalho em face globaliza o no entanto deve se estabelecer uma balan a de valores entre a garantia digna do trabalhador e a necessidade de acumula o p
182. s a matter of law that plaintiffs had no objectively reasonable expectation of privacy in those messages In contradiction of that conclusion plaintiffs assert that they had such an expectation because they were given passwords to access the computer system and were told to safeguard their passwords While plaintiffs statements that they believed that their E mail messages would remain private may be sufficient on a motion for summary judgment toraise the issue of plaintiffs subjective understanding the question presented to us is whether their expectations of privacy were objectivelyreasonable as a matter of law We agree with the trial court that theywere not In the absence of a reasonable expectation of privacy there can be noviolation of the right to privacy Alarcon v Murphy supra 201Cal App 3d 1 5 Thus plaintiffs causes of actions for common lawinvasion of privacy and violation of the constitutional right to privacywere properly dismissed on summary judgment Case n B068705 July 2003 Abra aram igualmente tal diretriz os seguintes precedentesnorte americanos Restuccia v Burk Technology Inc julgado pela Eg Supreme Judicial Court of Massachusetts em 12 08 96 Fraser v Nation wide Life Insurance Co julgado pela Eg United States Court of Appels for theThird Circuit em 23 06 03 Perceba se assim dessa r pida men o ao Direito Comparado que dois Pa s paladinos do respeito s liberdades civis e aos direitos e garanti
183. s direitos humanos que deve ser sanada As ocupa es mais comuns em que se encontra trabalho infantil s o nas olarias no trabalho dom stico nas carvoarias na agricultura e na constru o civil Esse breve coment rio sobre o direito do trabalho correlacionado com o princ pio da dignidade humana apenas um gr o de areia na imensid o de um deserto sendo imposs vel esgotar o assunto nesse presente trabalho 5 2 A garantia efetiva do princ pio da dignidade da pessoa humana nas rela es laborais 106 A raz o natural do princ pio da dignidade humana existe com fim em si segundo concep o Kantiana e devemos lembrar a evolu o din mica e constante do homem N o sabemos se progresso econ mico ser infinito ou finito mas sabemos que teremos que percorrer um caminho pacificador de conflitos de interesses dentro da sociedade contempor nea Como visto no texto o direito do trabalho est inserido nesta evolu o em estado de metamorfose e busca condi es dignas diante dos efeitos da globaliza o O direito do trabalho foi pensado em favor dos trabalhadores tendo como cerne o princ pio da dignidade humana e o princ pio protetor do hipossuficiente assim como existe uma intensa gama de normas internacionais e nacionais para regular o trabalho Esse universo normatizado deve agir com toda plenitude ou seja deve procurar a efetividade desses direitos Al m disso Rodriguez 2004 p 80 salienta o segui
184. s do que os princ pios Assim uma lei que estabele a situa o menos favor vel ao trabalhador pode mitigar sensivelmente o princ pio da prote o e da melhoria das condi es de trabalho 2004 p 122 4 3 2 1 2 Posi o contra a flexibiliza o 74 A segunda posi o sustenta que a legisla o do trabalho j se mostra suficiente flex vel e que aumentar a dose de flexibilizac o resultar em preju zos para os trabalhadores Segundo essa corrente de pensamento o direito do trabalho possui finalidade eminentemente reivindicat ria em raz o do que jamais se pode pensar em reduzir conquistas sociais O direito do trabalho nunca retrocede pelo contr rio busca sempre ampliar os direitos assegurados aos trabalhadores tendo em vista que esse direito visa proteger o hipossuficiente econ mico A finalidade do direito do trabalho a prote o da classe trabalhadora Logo inadmiss vel a sua flexibiliza o O Estado tem um papel fundamental nesse processo intervindo e protegendo os direitos dos trabalhadores pois a legisla o do trabalho deriva da atividade intervencionista do Estado assegurando seus direitos irrenunci veis Segundo MARIA REGINA GOMES REDINHA 1995 p 59 A flexibiliza o n o nem pode ser considerada um fim em si mesma e muito menos a cura universal para a recupera o econ mica e para a solu o do problema do emprego podendo inclusive desembocar numa pr tica autof gica
185. s e telef nicas e nessa condi o se estaria alcan ado pela tutela de privacidade inscrita no art 5 inciso XII da CF Em segundo lugar se a a o empresarial rastreando o provedor de acesso Internet para descobrir o respons vel pela publica o de fotos pornogr ficas a partir de seus equipamentos e sistemas teria ou n o violado alguma garantia constitucional contaminando as provas obtidas E finalmente em terceiro plano cumpre decidir se os fatos apurados justificaram ou n o a resolu o contratual praticada pelo Reclamado Em rela o ao primeiro aspecto n o vejo com todas as venias devidas aoi Ju zo Prim rio como reconhecer a exist ncia de direito privacidade na utiliza o dos equipamentos de trabalho fornecidos pelo empregador Relembro inicialmente que o art 5 inciso IX da CF consagra a todos os cidad os a liberdade de express o comunicativa independentemente de censura ou licen a igualmente assegurando em seu inciso X a tutela da intimidade da vida privada da honra e da imagem das pessoas com a previs o de indeniza o quando violadas Preconiza tamb m o inc XII do mesmo art 5 da CF No caso concreto contudo nenhum desses dispositivos restou mal ferido como passo a evidenciar Definitivamente n o h como reconhecer a exist ncia de direito privacidade na utiliza o de equipamentos concebidos para a execu o de fun es geradas por contrato de trabalho 1
186. sbon html oit htm Acesso em 06 04 2006 http www ilo org public portugue region eurpro lisbon html oit htm Acesso em 06 04 2006 http www ilo org public portugue region eurpro lisbon html oit htm Acesso em 06 04 2006 96 e alargar a prote o social e refor ar o tripartismo e o di logo social Em 1998 foi aprovada pela Confer ncia Internacional do Trabalho a Declara o da OIT relativa aos Princ pios e Direitos Fundamentais no Trabalho A Comunidade internacional assume a obriga o de aplicar promover e respeitar as conven es essenciais da OIT relativas aos direitos fundamentais no trabalho ou seja Conven o n 29 sobre o trabalho for ado 1930 Conven o n 105 sobre a elimina o do trabalho for ado 1957 Conven o n 87 sobre a liberdade sindical e a protec o do direito sindical 1948 Conven o n 98 sobre o direito de organiza o e de negocia o colectiva 1949 Conven o n 100 sobre a igualdade de remunera o 1951 Conven o n 111 sobre a discrimina o emprego e profiss o 1958 Conven o n 138 sobre a idade m nima 1973 Conven o n 182 sobre as piores formas de trabalho infantil 1999 Ressalta que as conven es internacionais s o normas jur dicas emanadas da Confer ncia Internacional da OIT e os pa ses convencionados devem adot las dentro dos preceitos ou limites constitucionais E a compet ncia para celebrar os tratados e conven es no
187. se refere compet ncia nas rela es de trabalho Para ilustre doutrinadora Thereza Christina Nahas 2006 Rela o de trabalho portanto toda aquela em que algu m se obriga a determinada presta o com objetivo de atingir uma invalidade esperada pelo outro Se o trabalho desenvolvido for subordinado e decorrer de uma rela o de emprego ser tipicamente um contrato de trabalho caso contr rio poder ser uma rela o e natureza civil ou de consumo Assim passamos compreens o do significado da subordina o Mascaro conceitua da seguinte forma como uma situa o em que se encontra o trabalhador decorrente da limita o contratual da autonomia da sua vontade para o fim de transferir ao empregador o poder de dire o sobre a atividade que desempenhar O empregado um subordinado porque ao se colocar nessa condi o consentiu por contrato que o seu trabalho seja dirigido por outrem o empregador Este pode dar ordens de servi o Pode dizer ao empregado de que modo dever trabalhar o que dever fazer em hor rio em que local etc N o ser demais lembrar aqui um conceito que ajuda a compress o desse problema O contrato de trabalho um contrato de atividade Isso que dizer que a atividade de algu m dirigida por outrem mediante sal rio Em se tratando de trabalhador aut nomo n o h o poder de dire o sobre a atividade do trabalhor O aut nomo n o est subordinado s ordens de servi o de
188. ssional inclusive algumas delas informam que as opera es dos usu rios s o diariamente monitoradas Mas ser que esse procedimento legal O empregador pode monitorar o acesso internet e do e mail no ambiente de trabalho 62 Como n o h legisla o no Brasil acerca da mat ria a discuss o se concentra no seio doutrin rio e jurisprudencial No TST at o momento h s um caso julgado favor vel ao empregador Nele um funcion rio do HSBC foi demitido por enviar e mail com imagens pornogr ficas Todavia h recurso impetrado no STF No debate doutrin rio aparecem duas posi es A primeira posi o a favor do monitoramento e reconhece o direito de propriedade do empregador O ministro do Tribunal Superior do Trabalho e professor da UnB Jo o Oreste Dalazen Jornal do Advogado OAB SP n 299 outubro de 2005 reconhece o direito de propriedade do empregador sobre o computador sobre o provedor e sobre o pr prio correio eletr nico Acerca da mat ria o ministro destaca o que segue Sabe se todavia que alguns empregados com relativa freqii ncia abusam da utiliza o do email corporativo envio a terceiros de fotos pornogr ficas ou divulga o de mensagens obscenas racistas difamat rias reveladoras de segredo empresarial ou contendo v rus etc Outras vezes o empregado em terminal da empresa vale se da internet para baixar m sicas e filmes Enfim consome tempo e recursos preciosos do emprega
189. sso o estudo n o abrange os demais trabalhadores que a nova Emenda Constitucional n 45 disp e sobre o inciso IX que poder ser tema de um novo trabalho sendo certo que o objetivo deste trabalho tra ar par metros interpretativos para causas que configuram o v nculo empregat cio Buscamos uma pesquisa de natureza bibliogr fica documental digital e estudos de casos com os quais procuramos tra ar um paralelo entre o entendimento das opini es de juristas pensadores e par metros constatados na realidade social brasileira caracterizando se como um estudo de car ter anal tico O primeiro cap tulo preliminarmente busca os fatos hist ricos concentrados no direito brasileiro visando identificar os principais enfoques hist ricos do direito do trabalho tanto no aspecto individual quanto no aspecto coletivo pois a sua pr pria hist ria se confunde com a hist ria da humanidade 15 Todavia importante pesquisar as evolu es e as mudan as do movimento oper rio as quais s o cada vez mais constantes onde o Estado perde a for a e o capitalismo avan a de uma forma avassaladora devendo compreender a sua origem e suas conquistas J o segundo cap tulo remete ao princ pio protetor que aborda as refer ncias conceituais e a sua import ncia na rela o de emprego Al m disso verifica as formas de aplica o do princ pio da prote o em via do in dubio pro operario a regra da norma mais favor vel
190. stado de Direito d Proximidade da id ia de direito os princ pios s o standards juridicamente vinculantes radicados nas exig ncias de justi a Dworkin ou na id ia de direito Larenz regras podem ser normas vinculativas com um conte do meramente funcional f Natureza normogen tica os princ pios s o fundamento de regras isto s o normas que est o na base ou constituem a ratio de regras jur dicas desempenhando por isso uma fun o normogen tica fundamentante consegiientemente os princ pios ao constitu rem exig ncias de optimiza o permitem o balanceamento de valores e interesses n o obdecem como regras logica do tudo ou nada consoante o seu peso e a pondera o de outros princ pios eventualmente conflituantes as regras n o deixam espa o para qualquer outra solu o pois se uma regra vale tem validade deve cumprir se na exacta medida das suas prescri es nem mais nem menos Como se ver mais adinate em caso de conflito entre princ pios estes podem ser objeto de pondera o de harmoniza o pois eles cont m apenas exig ncias ou standars que em primeira linha prima facie devem ser realizados as regras cont m fixa es normativas definitivas sendo insustent vel a validade simult nea de regras contradit rias Real a se tamb m que os princ pios suscitam problemas de validade e peso import ncia pondera o valia as regras colocam apenas quest es de validade se elas n o s
191. ste em que o grupo sem instru o representa 38 2 da popula o ocupada Evidencia se a predomin ncia da popula o ocupada com o 1 grau incompleto que se faz mais intensa na Regi o Sul com um percentual de 41 4 1997 seguida das Regi es Centro Oeste e Sudeste Dessa forma o desemprego no Brasil tende a aumentar com a globaliza o pois o sistema de produ o imposto aos trabalhadores provoca a diminui o da prote o nas rela es 2 http www ibge gov br home estatistica populacao mapa mercado trabalho mapa mercado trabalho pdf Acesso 19 02 06 93 laborais A flexibiliza o das normas n o acabar com o desemprego haja vista que o problema do desemprego n o est no escopo jur dico mas sim nos entraves pol ticos sociais econ micos e culturais de cada pa s O desemprego ou desenvolvimento de uma sociedade n o pode ser observado de modo isolado somente no campo jur dico pois n o compreender a sua real dimens o Ressalta se todavia que n o basta proclamar ou proteger o direito ao trabalho como diz Norberto Bobbio mas depende de um certo desenvolvimento da sociedade buscando um direito universalizado aten o promo o e prote o daqueles que trabalham independente de sua forma de inser o no processo produtivo A educa o o ponto de partida n o s para redefinir estrat gias para enfrentar os dilemas da sociedade contempor nea promovendo a qualifica o dos trabalhadores
192. ta Segundo a Folha de S o Paulo o piso salarial de uma 80 costureira no Cear equivale quantia de R 320 00 trezentos e vinte reais enquanto em grandes centros o piso salarial pode chegar ao triplo do valor recebido no Cear A trajet ria da produ o da cal a da marca Diesel organizada da seguinte maneira O modelo enviado pelo escrit rio central da Diesel na It lia para a confec o cearense SN localizada em Horizonte regi o metropolitana de Fortaleza As especifica es v o por e mail em formato especial a ser lido pela m quina de corte da f brica SN Os aviamentos bot es e z peres entre outros s o importados pela SN da pr pria Diesel na It lia assim como as etiquetas O algod o produzido em Mato Grosso do Sul de onde segue para ser beneficiado em Santa Catarina e o tecido do tipo sarja vem da ind stria t xtil Renaux de Brusque Santa Catarina Na SN o tecido cortado de acordo com as especifica es da marca italiana em computador especial para corte De l segue para as costureiras que montam a pe a e posteriormente os produtos s o costurados e lavados O pr ximo passo aplica o dos aviamentos e etiquetas Totalmente montada a pe a posta no saco pl stico com a marca Diesel importada junto das etiquetas e aviamentos E finalmente sai da cidade de Horizonte com a dire o aos portos cearences de onde parte para o exterior A cal a fabricada pela SN com a marca da
193. ti sociais perigosas tanto para os trabalhadores quanto para o capital e por isso s o inconcili veis com os altos interesses da produ o nacional O decreto lei 1 402 de 1939 com cinq enta e cinco artigos disciplinou as associa es os sindicatos e a sua din mica normas que foram incorporadas pela Consolida o das Leis do Trabalho em 1943 de fei o corporativista do modelo italiano de sindicalismo p blico Para professora ngela de Castro Gomes A CLT como se tornou conhecida reunia e sistematizava toda a legisla o at ent o elaborada no campo do Direito do Trabalho passando a ser nomeada como a b blia do trabalhador Como tal ela devia ser lida conhecida e reclamada pelos trabalhadores e para tanto segundo o pr prio Vargas o governo iria se empenhar Num certo sentido pode se dizer que o fez embora seja sempre muito dif cil considerar o real alcance desse empenho Isto porque durante o Estado Novo mesmo ap s 1942 1943 quando o regime se esfor ou para implementar seu modelo de organiza o sindical corporativa a repress o aos trabalhadores n o cessou 2002 p 39 27 Vale ressaltar um outro momento hist rico importante para os trabalhadores que foi a cria o da Lei do sal rio m nimo em 1940 calculado em termos regionais baseado no custo dos elementos m nimos necess rios sobreviv ncia do trabalhador Todavia os c lculos dos reajustes anuais anunciados pelo governo no dia 1 de
194. tos que s o produzidos por esse setor terceirizado No Brasil o ponto de partida do processo de reestrutura o ocorreu na d cada de 1980 nos principais setores da economia modificando a forma da produ o e da presta o de servi os na empresas Isso n o significa que o fordismo acabou Segundo Oris de Oliveira O fordismo n o passou e ainda onde perdura n o passa de um modo de produ o As rela es de trabalho no emprego e fora dele baseadas no fordismo de que a CLT uma das express es devem ser repensadas repensar n o significa destruir tudo As leis s o como amor s o eternas enquanto duram O toyotismo um modo de produ o historicamente vinculado ao momento hist rico e ser utilizado dentro e fora da globaliza o da economia Assim sendo independentemente do modo de produ o fordismo ou toyotismo houve uma reestrutura o e n o foi influenciada por um nico fator mas sim por diversos fatores conforme relacionamos abaixo 4 3 1 1 A disputa pelo mercado Na era da globaliza o j n o basta produzir no mercado t o acirrado ou seja para vender j n o basta produzir preciso produzir barato para que se possa vender barato e ao mesmo tempo descobrir novos consumidores dentro ou fora do pa s Al m disso as empresas n o centralizam as suas vendas para o mercado interno mas sim procuram as exporta es para elevar os seus lucros O doutor Oris de Oliveira gent
195. trabalhador n o poder o ser reduzidos em nome da globaliza o Al m disso esse princ pio n o atende s a ordem jur dica mas sim a ordem econ mica Portanto os efeitos da globaliza o n o alteram o princ pio protetor muito menos enfraquecem a sua utiliza o perante as novas formas de produ o e formas de trabalho N o poderia ser diferente haja vista que esse princ pio acompanha as muta es ocorridas no seio da sociedade atendendo a realidade f tica do trabalhador 118 REFER NCIAS ALEXY Robert Teoria de Los Derechos Fundamentales Madrid Centro de Est dios Constitucionales 1993 ANTUNES Ricardo Adeus ao Trabalho Ensaio sobre as metamorfose e a centralidade do mundo do trabalho S o Paulo Cortez Campinas SP Editora da Universidade de Campinas 2000 ASSOCIA O BRASILEIRA DE NORMAS T CNICAS NBR 14724 informa o e documenta o trabalhos acad micos apresenta o Rio de Janeiro ABNT 2002 119 Barroso Lu s Roberto O direito constitucional e a efetividade de suas normas limites e possibilidades da Constituic o brasileira Rio de Janeiro Renovar 2002 BATISTA Paulo Nogueira O consenso de Washington em defesa do interesse nacional S o Paulo Paz e Terra 1994 BRASIL Constituic o Federal 1988 S o Paulo Saraiva 2004 BRASIL Consolidac o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2005 BRASIL C digo Penal S o Paulo Saraiva 2002 BOBBIO Noberto A er
196. trabalhistas com o princ pio protetor haja vista que este serve como um leme orientador das regras trabalhistas j existentes dos julgados da elabora o de uma lei feita pelos rg os competentes dos acordos e conven es coletivas na fiscaliza o do trabalho e nas conven es internacionais A regra por sua vez poder ser alterada para atender s novas aspira es econ micas sociais e culturais desde que os contratos de trabalho individual ou coletivo sejam justos Nenhuma forma de diminui o do empregado tanto na esfera material quanto na esfera f sica e ps quica servem para justificar qualquer modelo de produ o e ac mulo de capital Da a import ncia da prote o pois atender dignidade do empregado Da an lise empreendida no presente trabalho foi poss vel identificar que enquanto durar o trabalho humano durar o princ pio protetor do trabalho considerando que v rios fatores sustentam e sustentar o a sua exist ncia Ser o enumerados os pontos relevantes justificadores da disserta o 115 01 As conquistas hist ricas dos trabalhadores no que tange as suas reivindica es individuais e coletivas N o basta olhar o passado para ratificar a prote o dos trabalhadores haja vista que nasceram novos obst culos na busca da harmoniza o da rela o laboral e portanto novas demandas de prote o ser o exigidas No entanto a hist ria rege os destinos da sociedade futura 02 As
197. u no Pal cio de Versailles Lan ada pelo industrial socialista da Gr Bretanha Robert Owen 1818 ampliada pelo professor da Sorbone Louis Blanqui 1838 defendida pelo industrial alsaciano Daniel Legrand 1841 inclu da no Manifesto socialista de Marx e Engels 1848 e advogada pelo Papa Le o XIII na Enc clica Rerum Novarum 1891 in meros foram os conclaves que sobre o tema se realizaram No mbito governamental cumpre destacar o Congresso de Berlim 1990 e as confer ncias de Berna 1905 1906 e 1913 dos quais resultaram as primeiras conven es internacionais do trabalho 1994 p 18 A participa o de representantes dos empregadores e dos trabalhadores colaborando em p de igualdade com os representantes dos Governos tendo em vista a procura de consensos para promover o bem comum tripartismo ou coopera o tripartida constitui um tra o distintivo da OIT em rela o s demais Organiza es das Na es Unidas Al m disso o jurista S ssekind destaca que A estrutura com que foi instituida a OIT ainda prevalece Confer ncia Internacional do Trabalho assembl ia geral Conselho de Administrag o 2 Para Siissekind o Brasil como um dos paises vitoriosos na primeira guerra mundial foi um dos vinte e nove signat rios do Tratado de Versailles e portanto membro fundador da OIT 1994 p 17 95 dire o colegiada e Reparti o Internacional do Trabalho secretaria t cnico administrativa E o
198. ue os que s o v timas da desindustrializa o em geral n o t m pronto acesso aos novos postos de trabalho A quest o do desemprego nos pa ses centrais n o f cil de ser resolvida e t o perto de solu o mas existem nesses pa ses alternativas para amenizar os efeitos do desemprego como seguro desemprego eficiente qualifica o ou requalifica o dos trabalhadores em outros setores da produ o pelo pr prio sindicato ou pelo governo etc Enquanto nos pa ses perif ricos como o Brasil os trabalhadores n o possuem sistemas alternativos eficientes para conter o desemprego e precariza o do direito do trabalho Al m do desemprego estrutural podemos ressaltar o desemprego tecnol gico que corresponde elevado ndice de postos de trabalho desativados pela ocupa o da m quina como verificamos no item Avan o Tecnol gico item 4 3 1 3 Para Jeremy Rifkin 2004 p 6 o dilema entre a crescente concorr ncia global e encargos trabalhistas cada vez maiores as multinacionais parecerem determinadas a acelerar a transi o entre trabalhadores humanos e seus substitutos mecanizados Seu ardor revolucion rio ultimamente tem sido incentivado por considera es irresist veis sobre a linha de lucro Na Europa onde se atribui a culpa na 90 estagnac o da economia e da perda da competitividade nos mercados mundiais ao custo da m o de obra as empresas est o se apressando em substituir sua for a de trabalho por nov
199. ureza n o eventual a empregador sob a depend ncia deste e mediante sal rio A CLT no artigo 2 considera se empregador a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econ mica admite assalaria e dirige a presta o pessoal de servi os Importante salientar que empresa e empregador s o palavras sin nimas Al m disso as empresas podem ser nacionais estrangeiras ou multinacionais p blicas ou privadas com fins lucrativos ou sem fins lucrativos etc Na sua concep o o direito do trabalho protegia os empregados menos favorecidos principalmente aqueles urbanos que trabalhavam nas ind strias Posteriormente com a evolu o da sociedade o direito do trabalho alcan ou outros empregados mais qualificados como por exemplo o economista empregado administrador empregado engenheiro empregado etc Atualmente a legisla o brasileira ampara todos os empregados bastando que esses se enquadrem no artigo 3 da CLT Ressalta que a termologia trabalhador n o significa necessariamente empregado haja vista as altera es dadas no art 114 da Constitui o Federal Assim o princ pio da prote o s acolhe o empregado descrito na CLT 42 Al m disso os sindicatos tamb m s o amparados pelo princ pio da prote o nas esferas da legisla o constitucionais e infra constitucionais haja vista que o sindicato tem a finalidade de proteger os seus entes individuais e da sua pr pria
200. us abusos Os direitos fundamentais do homem no qual est inserido o trabalhador devem ser garantidos incondicionalmente posicionado os contra os abusos desta nova economia contempor nea N o s o direito do trabalho mas tamb m o direito social vivem em metamorfose diante dos acontecimentos atuais mas devem garantir o m nimo para o trabalhador para n o coloc lo numa situa o de escravo da globaliza o principalmente nos pa ses perif ricos e semi perif ricos assim como devem minimizar os seus efeitos negativos dando condi es de trabalho dignas Miguel Reale 1996 p 143 sustenta que pode parecer paradoxal mas substancialmente verdadeira a afirma o de que quanto mais s o vertiginosas as muta es resultantes do desenvolvimento cient fico e tecnol gico mais ainda se imp e o encontro de solu es serenamente baseadas no primado da raz o tendo como referencial a integralidade da pessoa humana valor fonte de todos os valores e direitos universais por ser o homem o nico ente cujo ser o seu dever ser Assim a concep o da dignidade humana deve se aplicar em todos os sentidos ao trabalhador e o Estado deve assegurar esse desenvolvimento sustent vel equilibrando os dist rbios causados pelos mercados externo e interno e promovendo a igualdade social descendo do plano ideal ao plano real e efetivo 112 CONCLUS O Em virtude da globaliza o a reflex o sobre a ci ncia jur dica to
201. ut nomo em favor de um tertium genus qual seja o trabalho coordenado sob a influ ncia de uma realidade social cada vez mais complexa e problem tica como resposta a situa o contratuais amb guas nas quais o tra o decisivo se afigura como a necessidade de propiciar uma ocupa o ou oportunidade de obten o de renda ou fonte de sustento 2003 p 219 Diante dessas considera es devemos entender o que significa subordina o Subordina o o estado em que se coloca o empregado perante o empregador quando por for a do contrato individual p e sua energia pessoal disposi o da empresa para a execu o dos servi os necess rios aos seus fins Jos Augusto Rodrigues Pinto 2000 p 484 Todavia definir a termologia subordina o n o uma tarefa t o simples como parece como pondera Mascaro as dificuldades come am diante de uma pergunta Que subordina o 2000 155 Inicialmente precisamos estabelecer uma importante diferen a entre empregado e trabalhador aut nomo pois o empregado subordinado e tutelado pela CLT e o trabalhador aut nomo n o As regras que norteiam os contratos dos aut nomos est o em outros ramos do direito como por exemplo no direito comercial direito civil e demais legisla es esparsas 21 Nova classifica o 83 Al m disso diante do art 114 da Constitui o Federal conforme Emenda 45 05 exigisse uma outra diferencia o no que
202. utras viola es No que tange o trabalho numa vis o mais abrangente a omiss o do Estado por falta de pol ticas eficazes proporciona graves problemas sociais como por exemplo o desemprego trabalhos prec rios informais a flexibiliza o das normas etc No Brasil as diretrizes pol ticas que visam erradica o da desigualdade e discrimina o n o s o suficientes e falta uma fiscaliza o dos rg os competentes para verificar a situa o do trabalho principalmente no Norte Nordeste e Centro Oeste do pa s Segundo informe da Organiza o Internacional do Trabalho 2003 a desigualdade e a discrimina o persistem ainda no Brasil para enfrentar las desigualdades y formas de discriminaci n existentes em Brasil se requiere de um esfuerzo concertado y transversal em el que las dimensiones de g nero y raza adquieran protagonismo em las pol tica p blicas para abatir la pobreza mejorar la cobertura y calidad de la educaci n generar empleo y elevar los ingresos Junto con esto es igualmente necesario el pleno respeito y aplicaci n de las normas internacionales de trabajo as como de la legislaci n nacional que existe y se est desarrollando en Brasil para avanzar hacia la eliminaci n de la desigualdad y de todas las formas de discriminaci n A garantia efetiva da dignidade humana deve ser relacionada com uma pol tica capaz de reduzir a mis ria e que busque uma sinergia de investimentos na rea de educa
203. vimento Nota se que pode haver conota o de ordem subjetiva moral religiosa jur dica social e econ mica No entanto o princ pio nesse contexto n o tem a fun o de conceituar pois um leme um orientador no mecanismo jur dico Atualmente deve se rever o conceito de soberania no que tange os direitos fundamentais pois a internacionaliza o dos direitos humanos deve passar da concep o ideol gica de Thomas Hobbes que se fundamenta na soberania centrada no Estado para a concep o ideol gica de Kant que busca a soberania centrada na cidadania universal Na mesma posi o Norberto Bobbio 1992 p 30 disserta os direitos do homem nascem como direitos naturais universais desenvolvem se como direitos positivos particulares para finalmente encontrarem sua plena realiza o como direitos positivos universais A Constitui o Federal brasileira de 1988 s acolheu o princ pio da dignidade humana como preceito fundamental conforme a Declara o Universal dos Direitos do Homem bem como inseriu no seu texto os direitos sociais pois esses direitos precisam de uma tutela mais espec fica tendo em vista a sua vulnerabilidade diante do poder econ mico Al m disso a Carta Magna disp s no artigo 170 a valoriza o do trabalho humano assegurando a todos a exist ncia digna conforme os ditames da justi a social Finalmente conforme o artigo 193 do texto legal constitucional o legislador busca uma ordem social
204. z ainda que o pr prio Eg Regional considerou v lidos os cart es de ponto carreados aos autos porquanto a prova testemunhal n o se mostrou suficiente para afastar a fidelidade dos registros Traz arestos para confronto Assiste raz o Reclamada ora Agravante Conforme visto o pr prio Eg Regional acentuou que a Reclamada produziu prova v lida e id nea da jornada de labor do Empregado no caso os cart es de ponto assinados pelo Reclamante N o obstante constata se dos fundamentos do v ac rd o regional que a condena o da Reclamada ao pagamento de horas extras no per odo entre mar o de 1997 a junho de 1999 fundou se t o somente no fato de a preposta n o ter demonstrado conhecimento de todos os fatos controvertidos Por conseguinte o Eg Regional presumiu de forma absoluta que a circunst ncia de a preposta desconhecer a jornada de trabalho do Reclamante seria o suficiente para afastar todo 150 o conjunto probat rio dos autos e para permitir o reconhecimento da jornada declinada na peti o inicial Ora a confiss o t cita decorrente de o preposto ignorar fatos relevantes e controvertidos da causa gera presun o apenas relativa de veracidade dos fatos alegados pelo antagonista a qual por isso mesmo pode ser infirmada por prova em contr rio Nada obsta desse modo a que o rg o judicante a despeito da confiss o t cita em apre o rejeite o pleito das horas extras em conformidade com a jornada decl
205. z que o princ pio da prote o se expressa sob tr s formas distintas ou seja regra in dubio pro oper rio a regra da norma mais favor vel e a regra da condi o mais ben fica 3 5 1 A regra in dubio pro oper rio O conceito dessa regra se exterioriza quando no caso de d vida nas diversas interpreta es de uma norma em que o juiz ou int rprete se depararem deve ser aplicada interpreta o mais ben fica ao trabalhador Para RODRIGUEZ o crit rio segundo o qual no caso de que uma norma seja suscet vel de entender se de v rios modos deve se preferir a interpreta o mais favor vel ao trabalhador p 107 Todavia essa regra deve ser aplicada com pondera o haja vista que deve ser aplicada somente quando todas as interpreta es se mostram insuficientes para dirimir o lit gio contratual 3 5 2 A regra da norma mais favor vel O direito do trabalho distingue se dos demais ramos jur dicos nas suas in meras fontes O princ pio da prote o como fonte desse direito apresenta a regra da norma mais favor vel exteriorizando a sua particularidade e a sua import ncia na aplica o das normas Diante da desigualdade entre o empregado e empregador aplicada a norma mais favor vel para resolver uma situa o EMENTA CONFLITO DE NORMAS REGULAMENTO INTERNO x NORMA COLETIVA Havendo conflito de normas de mesmo poder de mando prevalecer aquela mais favor vel ao trabalhador em raz o d

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