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Relatório Estágio Rute Dutra - Repositório Científico do Instituto

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1. adquirido n o mostrando evolu o Embora haja outras vari veis que possam condicionar a evolu o t cnica destes alunos nomeadamente o excesso de ocupa o noutras reas patologias do rg o vocal e principalmente o estarem na fase final da mudan a de voz Ver Se o II Compreender a voz na adolesc ncia conclui se que o trabalho feito nas aulas tem grande impacto no seu desenvolvimento vocal e consequentemente no seu desenvolvimento art stico Pode ainda salientar se que as compet ncias adquiridas s o mais evidentes num aluno que inicia os estudos de Canto com a regularidade que a frequ ncia de curso em regime integrado implica caso da aluna Mariana Jo o Maria Mariana aveludado no registo Timbre cheio no registo m dio e brilhante no registo agudo met lico no grave voz branca no agudo anasalado no Registo da voz falada Registo da voz cantada Quebras de registo Escape gl tico Agilidade Vibrato Afina o Controlo de din micas registo m dio anasalado no registo grave m dio grave m dio e agudo sol4 n o tem tem tem controla tem registo agudo grave m dio e agudo r 4 n o tem ocasional tem no registo m dio n o controlada na zona de passagem do registo m dio para o registo agudo n o tem 34 registo m dio agudo m dio e agudo sol 4 ocasional n o tem tem tem mas com pouco controlo n o
2. De acordo com os objetivos da investiga o os alunos selecionados iniciaram o estudo do Canto durante a mudan a de voz 6 dn a Os alunos que frequentam o regime integrado t m aulas de 45 minutos duas vezes por semana Os alunos que frequentam o regime supletivo que foram admitidos na EMCN pela 1 vez no presente ano letivo t m aulas de 45 minutos uma vez por semana Os alunos em regime supletivo que foram admitidos na EMCN em anos anteriores t m uma aula de 45 minutos e uma aula de 22 5 minutos por semana 16 Perfil dos alunos selecionados Os alunos selecionados apresentavam no inicio do ano letivo de 2012 2013 as seguintes caracteristicas vocais Joao Timbre Registo da voz falada Registo da voz cantada Quebras entre registos Escape glotico Agilidade Vibrato Afina o Controlo de din micas a 1 Extens o 7 f Voz de crian a Maria Mariana n o definido grave grave r 4 raramente e s no registo m dio e grave n o tem ocasional n o controlada na zona de passagem do registo m dio para o registo agudo n o tem si2 d 5 8 A puck Som produzido pela passagem de uma quantidade m nima de fluxo de ar pelas arestas das cordas vocais totalmente esticadas estando as cordas vocais inativas E caracterizado por ser um som com pouco volume e com n cleo 9 z la CAE Som produzido sem haver contra o das cordas vocais E car
3. Quando se avalia se a postura assumida por um aluno a mais adequada come a por observar se a forma como naturalmente o aluno se posiciona no seu dia a dia e qual a rela o entre o t rax e a cabe a um mau posicionamento dos ombros e ou um ngulo acentuado entre o maxilar inferior e o externo s o fatores que condicionam a emiss o vocal tamb m muito comum ouvir express es como entre outras voz engolada voz anasalada voz apitada voz estridente voz met lica e voz apertada referentes a alguns tipos de sonoridade resultantes de contra es no pesco o no maxilar inferior na l ngua nos l bios nos m sculos faciais nos ombros na regi o tor cica na regi o lombar na regi o abdominal na bacia e nos membros inferiores Relativamente respira o ouvem se express es como a respira o deve ser diafragm tica a respira o deve ser costo abdominal A utiliza o de express es como estas leva a que os alunos encolham ou distendam a barriga de forma exagerada com consequente altera o da postura A respira o de um cantor deve ser t o natural quanto o ato respirat rio do rec m nascido e din mica como se de um atleta se tratasse de forma a controlar e estabilizar a expira o n o sendo a inspira o mais do que a natural substitui o do ar utilizado Desta forma a a o rea o muscular que ocorre a partir do movimento do diafragma e da caixa tor cica acontece naturalmente e em cadeia ra
4. atrav s da descoberta e da experimenta o que se encontra o que cada aluno precisa para ter motiva o para continuar a desenvolver se como m sico e como cantor na busca da autonomia e do prazer de usufruir da sua voz e do seu Canto Os profissionais que lidam com jovens em mudan a de voz t m uma s ria responsabilidade na manuten o e no desenvolvimento das suas vozes E natural que a maioria sinta uma certa dificuldade em lidar com vozes de adolescentes o que est certamente ligado falta de informa o e forma o que t m na rea Sendo esta a fase mais fr gil na vida de um indiv duo a falta de compet ncias de um professor pode implicar a perda do potencial vocal de muitos jovens Com a informa o dispon vel o professor pode adquirir os conhecimentos necess rios ao exerc cio das suas fun es A sa de vocal devia ser ensinada a par da t cnica e da interpreta o para que os alunos sejam respons veis pela sua voz e tomem a consci ncia de que um instrumento nico e insubstitu vel Os adolescentes t m in meros interesses e nem todos s o musicais Como professores devemos entend los enquanto atravessam por esta fase das suas vidas e ensin los que a voz amadurece com o tempo e com a pr tica o nosso desafio ajudar estas vozes jovens a atingir o seu potencial m ximo para se conseguirem expressar individualmente Devemos facilitar o seu futuro enquanto cantores em vez de impedir o seu
5. Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Sinto que a minha t cnica est a evoluir A forma de eu colocar a voz de usar o meu corpo para cantar A t cnica que eu estou a aprender agora d para tudo N o costumo estudar muita ai a pesa A E ue t cnica tenho medo de n o estar a fazer bem a prejudicar a t cnica que a professora ensina Estudo meia hora depois fa o intervalo e depois estudo mais meia hora se tiver oportunidade Antes de uma audi o estudo um bocadinho mais Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Fora da escola EMCN canto no CIUL Gosto de todo o tipo de m sica exceto m sica pimba Gosto de cantar em p blico Era uma coisa que eu n o gostava de fazer quando tocava piano Cada um tem uma voz nica Para eu gostar de um cantor preciso ele ter um timbre interessante e ter uma boa expressividade e musicalidade Normalmente vou uma vez por semana Gulbenkian Canto todos os dias Perspetivas futuras Gostaria de ir para Londres estudar segunda op o Amesterd o Gostava de participar numa Opera ser solista Participar numa apresenta o fora da escola N o quero ser daquelas cantoras limitada a um espec fico g nero de m sica O Canto representa a minha paix o de vida 2 Leonor Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical
6. e Desenvolvimento de compet ncias interpretativas de um repert rio de diversos estilos e pocas Objetivos espec ficos e Postura correta e Respira o eficiente e Controlo emocional durante a execu o e Envolvimento expressivo emocional nas pe as a interpretar e Compreens o e elocu o de textos em portugu s latim alem o e italiano e quando poss vel em franc s ingl s e espanhol e Capacidade de memoriza o de um repert rio de diversos estilos e pocas Compet ncias a desenvolver durante o ano letivo e Disponibiliza o do rg o vocal e sua liga o com o corpo nomeadamente no uso eficiente do mecanismo de respira o produ o sonora livre e flex vel e Equil brio entre a voz falada e a voz cantada com respeito pelas caracter sticas individuais e Pr tica de dic o e Gest o equilibrada dos v rios espa os ressoadores 98 Igualdade nos registos Controlo da afina o Uso e controlo do vibrato Uso de din micas como ve culo consciente da capacidade expressiva individual 99 Anexo B plano de aula tipo Objetivos Atividades Estrat gias Relaxamento Obten o de uma postura correta Exerc cios de descontra o de Ombros bra os m os pernas p s bacia Pesco o cabe a maxilar inferior l bios bochechas l ngua e laringe Alongamentos Equil brio cabe a bacia Obten o de uma respira o natural Equil brio expira
7. o inspira o Redescoberta do ato respirat rio de crian a Exerc cios expirat rios seguidos da consequente inspira o Fona o Fala e canto A voz global Elocu o de consoantes e vogais Articula o sil bica Explora o de resson ncias Exerc cios de desenvolvimento das fun es vocais oclus o da glote voz de cabe a falsete registo de peito etc e do equil brio entre elas necess rio produ o de um som livre e flex vel Estudo de repert rio An lise musical e textual das obras a executar Aplica o das atividades desenvolvidas na 1 parte da aula no repert rio em estudo 100 Anexo C modelo de avalia o das aulas de Canto Escola de Musica Conservat rio Nacional Avalia o das aulas de Canto Ano letivo de 2012 2013 1 2 e 3 trimestre Disciplina de Canto em regime supletivo integrado Aluno Idade N Ano Grau 1 frequ ncia Crit rios de valoriza o 0 Mau 1 Insuficiente 2 Suficiente 3 Bom 4 Muito Bom 101 A Desenvolvimento geral adquirido pelo aluno Nota dela 5 1 Assiduidade e pontualidade 2 Organiza o do material necess rio para estudo 3 Realiza o dos trabalhos de casa 4 Realiza o das tarefas 5 Cumprimento das regras e postura 6 Identifica o e exposi o de d vidas 7 Desenvolvimento do sentido de responsabilidade 8 Participa
8. porque n o estou no Conservat rio Se eu estiver no Conservat rio e estiver a haver uma audi o e eu tiver um intervalo eu vou Mas n o penso em sair de casa de Carcavelos e ir at Lisboa para ver uma audi o 6 Maria V Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia A minha m e sempre teve uma paix o enorme pela m sica N s temos uma empresa familiar de anima o musical Fora do Conservat rio fazemos imensa m sica Eu comecei a cantar quando j tinha voz Eu comecei a estudar M sica aos 6 anos Aos 8 anos entrei para o Conservat rio e fiz Percuss o at h dois anos atr s que foi quando entrei para Canto Fiz o integrado do 7 at ao 9 ano A minha m e queria imenso que n s estud ssemos m sica para ela t o importante como ter matem tica ou portugu s P s nos logo a todos desde que ramos pequeninos Eu adoro cantar e estava em Percuss o Depois fizemos aquela obra a Arca de No e a professora Filomena Amaro foi selecionar quem que fazia os solistas e acho que foi a A professora selecionou me como uma das solistas percebi mesmo que queria cantar Eu tenho de ter outras coisas onde eu possa me dispersar e o Conservat rio era de manh at tarde e chegava a casa e j n o tinha tempo para fazer nada N o sei eu estou a gostar imenso de Artes mas est ser dif cil conciliar
9. 2 r 3 Etapa IV da mudan a de voz sil r 3 r 2 l 2 Etapa V da mudan a de voz soll r 3 sil sol 2 Tabela 7 Varia o da extens o e tessitura dos rapazes durante as diferentes etapas do desenvolvimento vocal Cooksey 18 3 3 A Esta teoria foi testada e validada posteriormente por outros investigadores profissionais da rea da voz atrav s de tecnologias mais avan adas como sonogramas 45 Cooksey veio revogar a ideia de que se deveria parar de cantar durante a mudan a de voz Na sua opini o os rapazes podem continuar a cantar durante todo o processo de desenvolvimento vocal e os professores s o alertados para a necessidade de aprofundarem conhecimentos sobre as especificidades da voz dos adolescentes qual est o associadas altera es f sicas e psicol gicas espec ficas e previs veis de maneira a poderem reformular e ou desenvolver novas pr ticas pedag gicas adaptados a todas as etapas do desenvolvimento vocal Em Voice transformation in male adolescents Cooksey 2000 pp 734 s o mencionados padr es associados mudan a de voz nos rapazes recolhidos de diversos estudos europeus e americanos 1 O amadurecimento da voz cantada surge segundo uma sequ ncia previs vel de padr es e a uma velocidade indeterminada sendo a defini o vocal tipo de voz altamente vari vel 2 A extens o o crit rio mais importante na determina o da etapa de desenvolvimento voca
10. Audi o de 24 de Maio de 2013 Cartaz Audi o de 3 de Mar o de 2013 08 07 PowerPoint Notas de programa da Audi o de 3 de Mar o de 2013 30 Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 105 Anexo F grava es em video das audi es escolares masterclasse e aula de prepara o para prova de recital final ndice Audi o la Jo o 0 53 Audi o 1b Maria Audi o 1c Mariana Masterclass Jo o Audi o 2a Jo o 0 25 Audi o 2b Maria Audi o 2c Mariana Audi o 3a Jo o 4 Audi o 3b Maria 2 38 Audi o 3c Mariana 1 49 Audi o 4a Jo o Audi o 4b Maria Audi o 4c Mariana Audi o 5a Jo o Audi o 5b Maria Audi o 5c Mariana Aula de prepara o para prova final Mariana Bi sates Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 106 Anexo G consentimentos para a realiza o das entrevistas ndice I Consentimento do Encarregado de Educa o de Mariana Fernandes II Consentimento do Encarregado de Educa o de Leonor Robert HI Consentimento do Encarregado de Educa o de Raquel Alves IV Consentimento do Encarregado de Educa o de Catarina Mouro V Consentimento do Encarregado de Educa o de Maria Kopke VI Consentimento do Encarregado de Educa o de Maria Vidal VII Consentimento do Encarregado d
11. as aulas de Canto dadas em ambos os regimes t m um forte impacto na consci ncia do desenvolvimento t cnico individual adquirido assim como na tomada de consci ncia acerca dos limites vocais impostos pelo desenvolvimento f sico e ps quico que est o de momento a atravessar de ressaltar que as dificuldades inerentes ao processo de desenvolvimento a que est o expostos nesta fase n o s o inibidoras da a o de cantar Ali s um padr o encontrado revela que todas as alunas passam o tempo a cantar e sentem um grande prazer em faz lo 88 Os resultados mostram que as alunas de Canto em regime integrado e em regime supletivo t m objetivos em rela o ao futuro da sua atividade vocal Enquanto que as alunas em regime integrado ambicionam prosseguir os seus estudos de Canto a n vel Superior as alunas em regime supletivo pretendem apenas consolidar a sua t cnica vocal e fazer o curso da EMCN embora manifestem o seu desejo de continuar a cantar independentemente de ser de forma profissional ou n o E importante reafirmar que esta investiga o tem um car cter explorat rio e que a amostra se refere apenas a uma realidade circunscrita a oito alunas sendo que qualquer generaliza o acerca dos resultados obtidos deve ser feita com prud ncia O cruzamento entre os dados desta investiga o e a literatura referente ao tema mostra que as experi ncias educacionais sociais e culturais em conjunto com as caracter sticas
12. ncia e tecnologia pp 141 162 Fuchs Michael Fro hlich Mathias Hentschel Bettina Stuermer Ingo W Kruse Eberhard Knauft Daniel 2007 Predicting Mutational Change in the Speaking Voice of Boys In Journal of Voice Vol 21 n 2 pp 169 178 Fuchs Michael Meuret Sylvia Taschner Roland Walter Thiel Susanne Dietz Andreas Gelbrich G tz 2009 Influence of Singing Activity Age and Sex on Voice Performance Parameters on Subjects Perception and Use of Their Voice in Childhood and Adolescence In Journal of Voice Vol 23 n 2 pp 182 189 Gackle Lynne 1991 The adolescent female voice Characteristics of Change and Stages of Development In Choral Journal Vol 31 n 8 pp 17 25 Gon alves Cecilia Margarida Couto de Almeida 2001 A composi o local do sistema de gest o numa escolar p blica de M sica In Tema e Varia es Disserta o de Mestrado Vol 1 pp 1 39 Lisboa Universidade de Lisboa Faculdade de Psicologia e de Ci ncias da Educa o 92 Gray David E 2004 Doing researche in the real world London Sage publications Ltd Gregg Jean Westerman 2000 Voice Teaching and Laryngeal maturation In Journal of Singing Vol 56 n 3 pp 67 69 Hargreaves David J North Adrian C 2000 The social Psychology of Music Oxford Oxford University Press Harries M L L Walker J M Williams D M Hawkins S Hughes I A 1997 Changes in the male voice at puberty I
13. o e empenho em atividades curriculares ensaios audi es e testes Contribui o para a Nota Final Ss Ss e S s S x o Q ww oO Ss a oO ue S O Jal S Ss E V a S Z o gt uv a Q a o k lt 1 a 1 Trabalho musical e estil stico 2 Trabalho t cnico 3 Trabalho nos textos e contextualiza o das pe as 4 Memoriza o de repert rio 5 Trabalho com o professor acompanhador e com os professores de l nguas 6 Cuidados com a sua sa de vocal 7 Elabora o de sum rios das aulas 8 Autonomia na aprendizagem t cnica e do seu repert rio Contribui o para a Nota Final A 2 Trabalho individual desenvolvido Pondera o de 30 na nota final 102 B Desenvolvimento especifico adquirido pelo aluno Nota de1a5 1 Aquisi o de no es essenciais sobre a anatomia e fisiologia vocal assim como da sua sa de vocal 2 No o geral sobre alguns conceitos falados em aula como vibrato timbre registo vocal coloratura voz de cabe a falsete voz de peito etc 3 Equil brio entre a inspira o e expira o e a oclus o das cordas vocais 4 Liga o entre a voz e o corpo produ o sonora livre e flex vel 5 Equil brio entre a voz falada e a voz cantada com respeito pelas caracter sticas individuais 6 Pr tica de dic o e gest o dos v rios espa os re
14. o emocional com o Canto Na EMCN gosto do que estou a fazer mais desafiante do que cantar numa banda Para fazer uma audi o passo mais vezes a m sica Gosto de m sica brasileira ou o muito por causa dos meus pais O concerto que mais me marcou foi quando fui ver a Traviata em It lia Chorei imenso Foi ha muito tempo N o gosto de cantores com a voz melosa O tipo de concertos a que eu vou normalmente n o s o do tipo que eu chamaria algu m do r Conservat rio para ir Vou com outras pessoas A EMCN n o se devia limitar s m sica cl ssica A M sica Erudita n o o estilo de m sica que mais ou o Eu gosto de Rock de tudo o que envolve Rock O meu estilo de m sica favorito Hard Core Metal Gosto de M sica Brasileira Ou o muito por causa dos meus pais Eu passo mais tempo com os meus amigos da escola porque n s conhecemo nos atrav s da m sica N s conhecemo nos porque temos os mesmos gostos musicais e porque vamos aos mesmos lugares e ent o consigo conversar com eles sobre isso Quando canto com a banda o p blico d me mais adrenalina Eu adoro quando estou a ouvir sopranos ou tenores ir para os agudos Eu n o abdicava do liceu pela m sica Eu conciliava como concilio Quando estou chateada viro me para a m sica n o s a cantar mas tamb m a escrever e a ouvir Perspetivas futuras Quero faz
15. o no meio social musical escolar Os dados indicam que h uma liga o direta entre o estreitamento de relacionamentos sociais fortes dentro da escola de m sica e o desenvolvimento de compet ncias vocais e performativas Explicitando as alunas de Canto que passam mais tempo dentro da EMCN como o caso das alunas a frequentar o curso de Canto em regime integrado apresentam um desenvolvimento vocal e musical superior ao das alunas que v m menos vezes EMCN como o caso das alunas a frequentar o curso de Canto em regime supletivo Al m disso as alunas do ensino integrado identificam se primeiramente com a m sica erudita e de seguida com outros g neros musicais ao contr rio das alunas do regime supletivo que acabam por se identificar em primeiro lugar com outros g neros musicais influenciados pelo gosto musical dos seus amigos da escola regular e em segundo com a m sica erudita Assim entende se que os alunos que est o mais envolvidos no meio social musical e escolar adquirem h bitos de estudo mais regulares e consistentes praticam de forma mais regular e aut noma a t cnica vocal feita nas aulas aprendem e conhecem mais repert rio erudito ouvem mais cantores assistem a mais concertos dentro e fora da escola e interessam se mais por desenvolver compet ncias performativas do que os alunos que n o est o t o envolvidos neste meio Considerando as outras vari veis desta investiga o os dados levam nos a concluir que
16. pouco variado Comparando este resultado com o resultado obtido nas tabelas oye 1 e 5 pode chegar se conclus o que a falta de maturidade t cnica e musical revela se condicionante na escolha de repertorio No caso especifico desta aluna nao foi facil encontrar um repert rio que a interessasse sob o ponto de vista de conte do dram tico e de poss vel execu o no seu estado de desenvolvimento De qualquer forma pode dizer se que o resultado do trabalho planeado com esta aluna esteve de acordo com os objetivos propostos As apresenta es p blicas e as provas de recital dos alunos assim como a quantidade e variedade de repert rio trabalhado revelam o cuidado posto em proporcionar aos alunos uma verdadeira oportunidade de alcan ar compet ncias art sticas ligadas performance que dificilmente se alcan ariam em exclusivo na sala de aula A maior dificuldade enfrentada foi a de fazer os alunos encararem o nervosismo sentido nas presta es como algo de positivo e transmitir lhes que o ser capaz um sentimento e uma experi ncia que confere autonomia e poder essenciais para o seu desenvolvimento como cantores Combater o n vel de ansiedade dos alunos fazendo com que o mesmo n o diminu sse as suas capacidades performativas e t cnicas foi complicado de conseguir Resumidamente parece nos evidente o desenvolvimento de compet ncias adquiridas com os tr s alunos de acordo com as estrat gias utilizadas para a obte
17. pr prias da personalidade de cada indiv duo s o os fatores que influenciam os adolescentes a escolher estudar Canto e a querer seguir uma carreira como cantores 89 REFLEXAO FINAL A reflex o sobre a pr tica pedag gica dos professores deveria ser um h bito Esta pode ser um instrumento que norteia o trabalho de um professor uma vez que favorece a aquisi o de novas abordagens sobre os problemas enfrentados fazendo com que o seu trabalho seja orientado de forma mais consciente e respons vel Investigar sobre o efeito do trabalho a curto m dio e longo prazo com os alunos algo que n o acontece nos nossos conservat rios que desde h muito seguem uma linha de procedimentos tradicionais adaptados apenas a determinado tipo de alunos Por este motivo os professores t m vindo a formar se com o tempo com o exerc cio da atividade com o contacto com outros professores com a tomada de consci ncia dos seus atos com as boas e m s experi ncias Formam se tamb m por voca o nas rela es familiares escolares e profissionais por aquilo que s o por aquilo que outros dizem que eles s o e pelo que desejam ser Refletir sobre os procedimentos pedag gicos neste contexto ajuda nos a libertarmo nos de comportamentos rotineiros a observarmo nos de outro ngulo permitindo nos perceber qual o impacto que temos junto dos alunos E desta forma que se alteram comportamentos que se mudam estrat gias que se evo
18. s alunas de ambos os regimes encontrados em Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto 79 Tabela 23 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Perspetivas futuras 80 Tabela 24 Repert rio referente s provas de recital realizadas no ano letivo 2012 2013 das alunas do curso de Canto em regime integrado 84 Tabela 25 Repert rio referente s Audi es realizadas no ano letivo de 2012 2013 das alunas do curso de Canto em regime supletivo 86 INDICE DE GRAFICOS Gr fico 1 Rela o entre o n mero de alunos do sexo feminino e do sexo masculino com a mesma idade a frequentar o 1 grau do curso de Canto em regime supletivo da EMCN no ano letivo de 2012 2013 72 Gr fico 2 Rela o entre o n mero de alunos do sexo feminino e do sexo masculino com a mesma idade a frequentar o 2 grau do curso de Canto em regime supletivo da EMCN no ano letivo de 2012 2013 73 Gr fico 3 Rela o entre o n mero de alunos do sexo feminino e do sexo masculino com a mesma idade a frequentar o 3 grau do curso de Canto em regime supletivo da EMCN no ano letivo de 2012 2013 73 Sec o I Pr tica Pedag gica Caracteriza o da Escola A EMCN uma escola p blica do ensino especializado da m sica situada no centro hist rico da cidade de Lisboa mais concretamente no antigo Convento dos Caetanos A cria o desta escola data de 1835 e deve se a o do reconhecido m
19. sico e pedagogo portugu s Jo o Domingos Bomtempo 1775 1842 O projeto criado por este m sico foi implementado um ano depois de ter sido planeado embora com menos disciplinas e professores que o projeto original e anexado Casa Pia tendo este m sico como seu diretor O ensino musical at ent o de tipo religioso seguiu o modelo do Conservat rio parisiense com o objetivo de formar m sicos que pudessem ter um papel ativo em Portugal Depois de Bomtempo e ao longo de v rias d cadas a escola ent o denominada Conservat rio de M sica sofreu v rias reformas Entre estas destaca se a reforma de 1919 que por a o dos conceituados m sicos portugueses Vianna da Motta 1868 1948 e Lu s de Freitas Branco 1890 1955 diretor e subdiretor da sec o de m sica desta escola muito contribuiu para o desenvolvimento pedag gico e populacional da mesma Mais tarde foi a reforma estrutural de 1983 Decreto Lei n 310 83 de 1 de Julho que mais mudan as trouxe a esta institui o pois concebeu um novo tipo de organiza o para o ensino especializado da m sica que deixou de ter uma estrutura curricular nica onde se desenvolvia toda a forma o desde o n vel inicial at ao superior num nico estabelecimento de ensino subdividindo a em dois AR 7 pa ros 7 ees n veis o de n vel b sico e secund rio e o de n vel superior Presentemente poss vel frequentar na EMCN os cursos de e Inicia o destinado a cria
20. sonhos 3 Raquel Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Agora tenho mais no o daquilo que fa o e daquilo que tenho de fazer para determinadas coisas Com o crescimento acaba por haver uma maior maturidade vocal Tento estudar uma hora todos os dias t cnica meia hora e depois aplico essa t cnica rias que j estou a cantar Costumo fazer vocalizos tentar colocar a voz em determinado ponto e fazer vocalizos mediante aquilo que vou cantar a seguir Se uma ria mais rom ntica tento fazer vocalizos relacionados com a condu o de resson ncias e isso se uma ria mais barroca tento fazer exerc cios mais relacionados com as ligaduras barrocas para as acentua es O p blico para mim n o costuma ser um problema Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Canto nos tempos livres Canto em dois coros diferentes Gosto de m sica cl ssica mas tamb m sou uma fa incondicional de M sica Alternativa Estamos habituados a respeitar os gostos de cada um Gosto de ouvir como outros cantores est o a evoluir e que tipo de t cnica que eles aplicam Gosto de ouvir vozes diferentes Com os meus amigos canto mais m sica erudita Perspetivas futuras Acho que n o vou fazer o curso em tr s anos Talvez em cinco Porque acho que a voz numa mulher costuma amadurecer a partir dos dezoito e eu s quero i
21. 17 anos a entrar no 1 grau em ambos os regimes em rela o a anos anteriores e Houve pela primeira vez a entrada de rapazes com 18 anos em regime supletivo em anos anteriores entravam com o m nimo de 19 anos Para clarificar a an lise juntam se os seguintes gr ficos 1 grau do curso Canto em regime supletivo 5 Z 4 E SS E 83 Ef Raparigas Q o E 2 E Rapazes q E s amp a 0 15 16 17 18 19 20 21 Idade Gr fico 1 Rela o entre o n mero de alunos do sexo feminino e do sexo masculino com a mesma idade a frequentar o 1 grau do curso de Canto em regime supletivo da EMCN no ano letivo de 2012 2013 sido 2 grau do curso Canto em regime supletivo 2 E Raparigas E Rapazes N mero de estudantes Idade Gr fico 2 Rela o entre o n mero de alunos do sexo feminino e do sexo masculino com a mesma idade a frequentar o 2 grau do curso de Canto em regime supletivo da EMCN no ano letivo de 2012 2013 3 grau do curso Canto em regime supletivo E Raparigas 2 E Rapazes N mero de estudantes Idade Gr fico 3 Rela o entre o n mero de alunos do sexo feminino e do sexo masculino com a mesma idade a frequentar o 3 grau do curso de Canto em regime supletivo da EMCN no ano letivo de 2012 2013 TI Da observa o dos gr ficos 1 2 e 3 conclui se que e Ha mais raparigas do que rapazes a frequentar o curso de Canto em regime supletivo e H
22. 24 26 28 28 29 30 31 32 32 38 41 41 42 43 53 55 57 59 59 60 60 61 61 62 63 Natureza da investiga o Participantes T cnicas e instrumentos de recolha de dados Apresenta o e An lise de Resultados O ensino do Canto a adolescentes na EMCN O curso de Canto em regime integrado em outras escolas p blicas Apresenta o dos dados das entrevistas An lise dos dados das entrevistas Apresenta o dos dados dos programas das Provas de Recital e das Audi es An lise dos dados dos programas das Provas de Recital e das Audi es Conclus o REFLEX O FINAL BIBLIOGRAFIA LEGISLA O CONSULTADA SITES CONSULTADOS ANEXOS Anexo A planifica o anual Anexo B plano de aula tipo Anexo C modelo de avalia o das aulas de Canto Anexo D planos de aula e avalia es Anexo E programas das Audi es escolares realizadas Anexo F grava es em v deo das audi es escolares masterclasse e aula de prepara o para prova de recital final Anexo G consentimentos para a realiza o das entrevistas Anexo H gui o das entrevistas Anexo I entrevistas em ficheiro v deo Anexo J transcri o das entrevistas Anexo K s ntese de dados recolhidos nas entrevistas Anexo L programas das Provas de Recital das alunas que frequentam o regime integrado Anexo M proposta para a implementa o do curso profissional de Canto na EMCN Anexo N opini es das alunas participantes nesta investiga
23. C e D f S A Classe de Canto da EMCN n o tem crit rios de avalia o definidos para a avalia o trimestral das aulas de Canto Exames e Provas de Recital 31 Participa o em j ris e atividades n o pedag gicas e Vogal nos juris das Provas de Recital realizadas trimestralmente pelos alunos que frequentam o regime integrado e Vogal nos j ris das provas de admiss o de alunos EMCN e Reuni es gerais de professores reuni es de Departamento reuni es de Classe e reuni es de avalia o e Elabora o de uma proposta para a implementa o do Curso Profissional de Canto posteriormente aprovada pela EMCN e que aguarda aprecia o por parte do Minist rio da Educa o Ver anexo M An lise Cr tica da Atividade Docente Esta an lise incide sobre os resultados do trabalho t cnico e musical desenvolvido com os 3 alunos selecionados para a realiza o deste relat rio a partir de quatro instrumentos de recolha de dados caracter sticas vocais dos alunos no in cio do ano letivo de 2012 2013 Tabela 1 j referida na p gina 18 resultados da evolu o de compet ncias adquiridas durante os tr s per odos do ano letivo de 2012 2013 Tabela 4 caracter sticas vocais dos alunos no final do ano letivo de 2012 2013 Tabela 5 e lista de repert rio apresentado publicamente pelos alunos Tabela 6 Objetivos trabalhados em sala de aula Jo o Maria Mariana DOGE 2 P GOMES 1 P Mala 3 P MA 2 P
24. Celia H Purcell Pensa che sei mia figlia Tancredi Argirio G Rossini Five Elizabethan Songs I Gurney e Orpheus with his lute e Tears e Under the greenwood tree e Sleep e Spring Erinnerung G Mahler Eifersucht und stolz Die sch ne miillerin F Schubert 36 Alunos Maria Mariana Repert rio Spring I Gurney Mein glaubiges herze Cantata 68 J S Bach Pursue thy conquest love Dido and Aeneas Belinda H Purcell Gli sguardi trattieni Orfeo ed Euridice Amor C W Gl ck Oh worst than death indeed Angels ever bright and fair Theodora G F Handel Angels ever bright and fair Theodora G F Handel Dans un bois solitaire W A Mozart I attempt from love s sickness H Purcell Widmung R Schumann Ah How pleasant tis to love H Purcell Sound the trumpet H Purcell Cujus animam gementem Stabat Mater G B Pergolesi Vedrai carino D Giovanni Zerlina W A Mozart Meine seele h rt im sehen neun deutschen arien G F Handel O del mio dolce ardor Paride ed Elena Paride C W Gl ck Fantoches F tes Galantes C Debussy Tenho tantas saudades F Lacerda Eu vi a Narda F L Gra a Tabela 6 Lista de repert rio apresentado publicamente pelos alunos Como est expl cito na tabela 6 a aluna que adquiriu menos compet ncias interpretativas foi a Maria O repert rio n o s menor em quantidade como em termos interpretativos
25. H I e J Para poder avaliar a import ncia da sele o de repert rio das alunas dos diferentes regimes de frequ ncia do curso de Canto decidiu se analisar os programas relativos s Provas de Recital trimestrais dos alunos em regime integrado e os programas relativos s Audi es dos alunos em regime supletivo com o objetivo de o quantificar e perceber as diferen as na execu o do mesmo Ver anexos E e L Neste caso optou se fazer uma an lise qualitativa de observa o contabilizando o n mero de pe as aprendidas e relacionando as com a dificuldade t cnica apresentada assim como a variedade de estilos e idiomas apresentados O objetivo desta abordagem seria perceber as diferen as entre os alunos dos dois regimes no desenvolvimento de compet ncias interpretativas e na aquisi o de conhecimentos que permitam a compreens o do conte do po tico musical das obras executadas assim como o poss vel desenvolvimento t cnico tendo em conta a dificuldade que cada obra apresenta Apresenta o e An lise de Resultados O ensino do Canto a adolescentes na EMCN No ano letivo de 2012 2013 o n mero de alunos que frequenta o curso de Canto de 106 com idades compreendidas entre os 15 e os 36 anos O total de alunos com idades at os 21 anos de 55 sendo o excedente correspondente a alunos com idades compreendidas entre os 22 e os 36 anos Destes o n mero de alunos que frequenta o curso de Canto em regime integrado no 10
26. RE Postura correta 2 2 2 3 3 3 1 2 3 Respira o eficiente 2 2 2 2 2 2 1 2 2 Objetivos trabalhados em sala de aula Joao Maria Mariana LOGE 2 P eee 1 P Bee 3 P MA 2 P RE Equilibrio entre voz falada e voz cantada 2 2 3 1 2 2 1 2 2 Elocu o 2 2 2 2 2 2 1 2 2 Ressonancias 2 2 2 2 2 2 1 2 2 Igualdade nos registos 1 2 2 1 1 1 1 2 2 Controlo da afina o 1 2 3 1 1 2 2 2 2 Uso e controlo do vibrato 1 2 3 2 2 2 1 2 2 Uso de din micas 1 2 3 1 1 1 1 1 2 Equilibrio entre as diferentes fun es 2 2 2 2 2 2 1 2 2 vocais oclus o da glote voz de cabe a falsete registo de peito etc Envolvimento expressivo 2 2 3 1 1 2 1 1 2 An lise elocu o e articula o dos 2 3 4 2 2 2 2 2 3 textos literarios das obras a trabalhar Controlo emocional 2 3 3 2 3 3 3 3 4 1 N o desenvolvido 2 Em desenvolvimento 3 Desenvolvido 4 Bastante desenvolvido Tabela 4 Resultados da evolu o de compet ncias adquiridas durante os tr s per odos do ano letivo de 2012 2013 Observando a tabela 4 conclui se que e Nao houve retrocesso na aquisi o de compet ncias dentro dos objetivos a atingir por parte de todos os alunos e Os alunos mantiveram ou desenvolveram as compet ncias de uma forma evidente Qua e A aluna Mariana foi a que evoluiu de forma mais consistente e num maior numero de compet ncias e A aluna Maria foi a que manteve em mais compet ncias o desenvolvimento j
27. a qualidade vocal de um adulto mesmo depois da ltima etapa da mudan a de voz 11 A tessitura mantem se est vel em todas as etapas mas pode variar de indiv duo para indiv duo 12 As vari veis f sicas como o peso a altura a dimens o do t rax e da cintura o tempo de fona o e a capacidade pulmonar evidenciam um aumento constante durante as diferentes etapas Em geral o crescimento f sico a vari vel que acompanha todo o processo e o aumento de peso ocorre de forma mais significativa na ltima etapa 13 O falsete aparece durante a etapa II que a mais ativa do desenvolvimento vocal 14 A frequ ncia m dia da voz falada est pr xima da frequ ncia mais grave da extens o em todas as etapas embora isso n o corresponda sempre a uma utiliza o eficiente da voz 15 Os dados ac sticos revelam que existe o aumento do escape gl tico durante as etapas mais ativas do desenvolvimento vocal Cooksey 2000 a dedos 1 90 F No seguimento destes resultados Kenneth Phillips no seu livro Teaching kids to sing 7 5 Era 5 R 21 in ig 5 7 re ne informa es de v rios investigadores sobre as varia es ocorridas na extens o e tessitura dos adolescentes durante o processo de desenvolvimento vocal De acordo com essas informa es elaboraram se as seguintes tabelas 20 4 Professor da University of Iowa premiado na rea da pedagogia vocal para crian as e adolescentes al John Coo
28. ano de escolaridade de 3 e no 11 ano de escolaridade de 2 n mero significativamente inferior ao dos alunos que frequentam cursos de outros instrumentos no mesmo regime Atrav s de uma lista fornecida pelos servi os administrativos da EMCN Ver anexo O elaboraram se as tabelas 17 e 18 onde se pode constatar e comparar o n mero de alunos entre os 15 e os 21 anos rapazes e raparigas inscritos em cada grau do curso de Canto nos regimes supletivo e integrado no ano letivo de 2012 2013 70 ces Raparigas Rapazes Raparigas Rapazes Tabela 17 Alunos inscritos no curso de Canto da EMCN em regime integrado na EMCN no 1 2 e 3 grau no ano letivo de 2012 2013 Curso de Canto em regime supletivo na EMCN Raparigas Rapazes Raparigas Rapazes Raparigas Rapazes Tabela 18 Alunos inscritos no curso de Canto da EMCN em regime supletivo na EMCN no 1 2 e 3 grau no ano letivo de 2012 2013 Da observa o das tabelas conclui se que e Frequentam o curso de Canto 38 raparigas e 17 rapazes com idades compreendidas entre os 15 e os 21 anos e Entre os 15 e os 17 anos s um aluno do sexo masculino frequenta o curso de Canto e em regime integrado ARE e O n mero de alunos inscritos em cada grau aumenta com a idade independentemente do grau que frequentam e Houve um aumento significativo de raparigas com idades compreendidas entre os 15 e os
29. cantava esse foi o primeiro marco O meu professor de piano viu que eu gostava de cantar e incentivou os meus pais a levarem me a um ensaio do CIUL Eu gostei imenso Tinha 9 anos quando entrei no CIUL O Conservat rio em especial foi por causa da minha maestrina N o havia regime Profissional e eu tamb m n o queria estar a p r a M sica em 2 plano N o escolheria outro regime A minha fam lia apoiou me na decis o Rela o com o meio social musical escolar Nas horas vagas vou para uma sala estudar Canto Aqui na escola h um ambiente mais prop cio ao estudo Vou com amigos de outros instrumentos ver concertos Os meus amigos do Profissional n o gostam de outro tipo de m sica para al m do cl ssico Gosto de jazz o Conservat rio devia ter um programa al m da m sica erudita A maioria dos meus amigos s o aqui da escola e do CIUL Passo oito horas por dia aqui na EMCN Se os meus pais deixassem vinha mais EMCN 2 Leonor Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia Os meus pais cantam num coro amador Lembro me de ir aos fins de semana corais e ensaios O meu tio av maestro e a minha prima maestrina O meu filme preferido at aos 5 anos era uma grava o da Flauta M gica Sempre gostei de cantar aos 7 8 anos entrei no CIUL e a que comecei m
30. cnica dos alunos e determinar se a mesma tem diferen as nos alunos de ambos os regimes Perceber se o p blico uma fonte de motiva o Perceber a sua rela o com o Canto dentro e fora da EMCN e Perceber se todos os alunos se identificam como cantores de forma igual e Averiguar se o tempo m dio que os alunos passam no EMCN proporcional ao seu desenvolvimento como cantores e Relacionar o envolvimento entre o estudo individual e o meio social escolar e Conferir se relacionam com pessoas que tenham estilos musicais diferentes dos seus e se as suas escolhas musicais s o iguais s dos seus amigos A Temas Subtemas Indica o das quest es Objetivos das quest es e Perceber se as aulas de Canto mudaram a percep o que tinham da sua voz e se continuam a identificar se com a mesma Averiguar quais s o as expectativas em rela o ao regime de curso escolhido Averiguar se t m como objetivo Perspetivas futuras 17 18 19 20 seguir Canto a n vel superior e Examinar as diferen as entre os objetivos enquanto cantores dos alunos dos dois regimes Tabela 16 Estrutura base para a realiza o do gui o de entrevista rela o entre os temas e subtemas as quest es e os objetivos das mesmas O gui o de entrevista elaborado teve como t tulo A influ ncia dos antecedentes familiares culturais e sociais na escolha da frequ ncia do curso
31. com o autor professores com m todos de trabalho bem estruturados que n o utilizem este m todo poder o complementar o seu trabalho com alguns dos exerc cios propostos A tabela seguinte mostra a rela o entre as varias reas de trabalho e os objetivos que se prop e atingir 56 Areas do trabalho de t cnica vocal Objetivos Respira o Desenvolvimento da postura e eficiente uso do mecanismo da respira o Fona o Desenvolvimento de uma boa articula o em toda a extens o Resson ncia Uso de resson ncias de forma equilibrada em todos os registos Dic o Equil brio entre o espa o de resson ncia e a produ o de vogais e consoantes Express o Trabalho de din micas e de fraseado Tabela 13 reas de trabalho e objetivos a atingir m todo de Kenneth Phillips O desenvolvimento da identidade vocal e musical dos adolescentes Durante a mudan a de voz al m das altera es inerentes ao desenvolvimento f sico dos adolescentes ocorrem tamb m altera es a n vel ps quico nomeadamente o reconhecimento do que poderemos designar por nova voz parte integrante de um novo corpo Este conjunto de mudan as pode perturbar a afirma o da sua identidade e consequentemente serem marcantes na sua integra o social N o podemos esquecer que na adolesc ncia que a procura de uma identidade pr pria e de uma identidade social come am a ter maior import ncia Tal deve se falta do reconhe
32. controlada no registo grave tem Extens o Tessitura Tipo de voz Jo o Maria Mariana lal si3 sol2 mib5 sol2 sol5 d62 143 si2 144 r 3 d 5 tenor soprano soprano Tabela 5 Caracter sticas vocais dos alunos no final do ano letivo de 2012 2013 Comparando a tabela 1 com a tabela 5 pode constatar se que h uma evolu o clara nas compet ncias adquiridas sem altera o do tipo de voz Especificando a an lise no final do ano letivo os alunos selecionados apresentaram as seguintes altera es nas suas caracter sticas vocais Jo o N o revela sinais de mudan a de voz O timbre sofreu altera es nos diferentes registos O registo da voz falada desceu e estabilizou A nota de quebra de registo subiu uma 2 maior Desenvolveu a agilidade O vibrato tornou se consistente em toda a sua tessitura Adquiriu o controlo da afina o nos diferentes registos sem ter de recorrer ao falsete Adquiriu controlo no uso de din micas A extens o aumentou uma 3 menor na regi o aguda e uma 3 menor na regi o grave A tessitura aumentou uma 3 menor no registo agudo e uma 4 perfeita no registo grave Maria Est na ltima etapa da mudan a de voz ver Sec o II Compreender a voz na adolesc ncia O timbre sofreu altera es nos diferentes registos O registo da voz falada manteve se O registo da voz cantada passou de m dio para m dio e agudo A quebra de registo manteve se no r 4 A agili
33. da vida de um individuo situado entre os 11 e os 19 anos de idade Outros especialistas subdividem na em fases ou etapas de desenvolvimento a fase da puberdade dos 11 aos 14 anos a adolesc ncia m dia dos 14 aos 17 anos e a adolesc ncia tardia dos 18 aos 22 anos ou ainda a adolesc ncia precoce dos 10 aos 14 anos e a adolesc ncia tardia dos 15 aos 19 anos Apesar destas diferen as todos a definem como sendo a fase de transi o entre a inf ncia e a idade adulta a adolesc ncia pois n o um per odo de transi o entre a inf ncia e a adulticia mas uma fase cada vez mais alargada e diversa e por isso mesmo n o defin vel em termos de idade estrita em que se sentem vivenciam e experimentam ambos os menus o do mundo das crian as e o do mundo dos adultos Cordeiro 2009 32 E na adolesc ncia que o corpo e a mente sofrem um maior n mero de transforma es as quais al m de criarem instabilidade d vida e ang stia estimulam a autonomia emocional e surgem numa fase da vida em que o indiv duo for ado pela sociedade a escolher um caminho profissional e a definir um projeto de vida Compreender a voz na adolesc ncia As mudan as f sicas e psicol gicas ocorridas na adolesc ncia s o desencadeadas por s bitas altera es hormonais naturais nesta fase Simultaneamente ocorrem altera es no aparelho vocal que provocam a descida da frequ ncia m dia da voz falada e a descida m d
34. de Canto em regime integrado ou supletivo de alunos do 10 e 11 anos de escolaridade e inser o no ambiente escolar consciencializa o do desenvolvimento vocal adquirido e perspetivas futuras O referido gui o foi dividido em duas partes a primeira com trinta quest es relacionadas com a Motiva o para o estudo do Canto antecedentes familiares percurso art stico e rela o com o meio social musical e escolar e a segunda com vinte quest es relacionadas com as Atitudes em rela o ao Canto consciencializa o do desenvolvimento vocal adquirido identidade vocal liga o emocional com o Canto e perspetivas futuras A este gui o foi ainda adicionada a posteriori uma terceira parte que inclu a seis quest es relacionadas com a mudan a de voz Uma vez que estas quest es n o estavam inicialmente previstas foi permitido s alunas tomar conhecimento das referidas quest es no momento da entrevista antes de decidirem responder ou n o Ver anexos I e N 69 As quest es referidas serviram apenas como orienta o na realiza o das entrevistas tendo sofrido altera es durante as mesmas As altera es feitas foram propositadas e tiveram como objetivo conseguir um ambiente mais prop cio ao di logo numa linguagem mais adaptada das participantes e que por isso refletissem mais sinceridade e espontaneidade no seu conte do Cada entrevista teve uma dura o m dia de trinta minutos Ver anexos
35. envolve o corpo na sua totalidade faz sentido aquec lo antes da fona o Assim um bom aquecimento pode ser feito por etapas primeiro exercitando grupos musculares maiores passando progressivamente para grupos musculares mais pequenos usando diferentes fun es separadamente e englobando as a posteriori Um cantor pode ser comparado a um atleta precisa de um aquecimento global para que uma boa irriga o sangu nea seja proporcionada a todos os m sculos envolvidos nomeadamente os que integram o mecanismo de suspens o da laringe Como foi afirmado anteriormente ao considerarmos a voz como parte integrante do corpo necess ria para a manuten o vocal a pr tica de exerc cio f sico regular adaptada a cada indiv duo para lhe trazer os benef cios desejados Esta pr tica al m de estar relacionada com o conhecimento das funcionalidades do corpo o conhecimento de si pr prio e dos seus limites desenvolve a respira o a resist ncia e a flexibilidade e posiciona o corpo de forma natural al m de desenvolver a massa muscular D tamb m a oportunidade de trabalhar o corpo numa dimens o diferente permitindo lhe explorar sensa es que v o al m da express o vocal A rela o corpo voz mente n o pode limitar se a um modelo ideal de pr tica t cnica pois cada aluno um ser com caracter sticas nicas Ensinar a cuidar da voz E fun o de um professor de Canto informar os alunos sobre o que devem fazer como
36. lado h aqueles professores que pensam que o ambiente em sala de aula deve refletir o ambiente dos m sicos na vida profissional que pensam ser duro e competitivo Por outro lado h os que acham que o ambiente em sala de aula deve ser tolerante e encorajador A experi ncia 28 adquirida como aluna int rprete e pedagoga permitir o neste contexto a utiliza o da express o no meio que est a virtude Haver algo de mais reconfortante para um aluno do que perceber do entusiasmo do seu professor durante o processo de aprendizagem Organiza o do trabalho At ao ano letivo 2012 2013 um professor de Canto da EMCN deveria preparar os seus alunos para a realiza o do Exame Final do 3 ano do Curso de Canto cujo programa deveria ser elaborado a partir de obras preparadas durante o tempo de dura o do curso nomeadamente 1 Quatro pe as de autores portugueses em Portugu s 2 Tr s pe as dos s culos XIX XX e ou XXI 3 Uma ria de orat ria 4 Quatro pe as dos s culos XVI XVII e ou XVIII 5 Duas rias de pera Este exame tem sido para muitos alunos de Canto o teste para o in cio de uma poss vel carreira profissional como cantores ou a base que os habilita a poder prosseguir os seus estudos de Canto a n vel superior Para os professores de Canto o culminar do trabalho desenvolvido ao longo dos tr s anos do curso No ano letivo de 2012 2013 foi determinado que os alunos que
37. me diziam que tens muito Jeito para cantar Falaram me do Conservat rio e finalmente podia fazer Canto que era aquilo que queria fazer Eu j cantava em festas e o que eu gostava era de espet culos Escolhi s o Canto porque preferi centrar me apenas num curso n o mudaria de regime Rela o com o meio social musical escolar Com os meus colegas canto mais m sica erudita A maioria dos meus amigos s o do Conservat rio Estou aqui de segunda a s bado Nos furos estudo ou estou com os meus amigos As vezes vamos Gulbenkian quinta ou sexta noite todas as semanas h sempre um grupo diferente que 99 vai 4 Catarina Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia Ningu m na familia tem antecedentes musicais Eu andava sempre a cantar por todo o lado e at achavam que aquilo soava bem para uma mi da t o pequenina e ent o decidiram p r me numa escola de m sica Ent o comecei a frequentar aos 5 6 uma escola de m sica Eu quando crescer quero ser cantora lirica dizia em pequenina A minha m e gostava de Maria Callas Os meus pais sempre gostaram de m sica todos os g neros de m sica ouvem sempre muita m sica Gostamos de sair e ir a um concerto em fam lia Eu j fiz v rias peras fiz uma aos 10 Eu entrei para uma escola de m sica aos 5 6 para violino ti
38. o com o Alunas do curso de Alunas do curso de meio social musical e escolar Canto em regime Canto em regime integrado supletivo Costuma estudar Canto na escola EMCN Estuda meia hora pelo menos tr s vezes por semana Padr es de dados encontrados em Rela o com o meio social musical e escolar Cont Vem todos os dias EMCN A maioria dos amigos s o colegas da EMCN Passa mais tempo com pessoas que n o s o da EMCN e que t m o mesmo gosto musical Convive com colegas com gostos musicais diferentes dos seus Os seus amigos partilham do mesmo gosto musical Conheceu os seus amigos atrav s da m sica Gosta de ouvir outros estilos musicais O g nero de m sica preferido n o o Erudito O g nero de m sica preferido o Erudito Respeita os gostos musicais de todos os amigos colegas Gostaria de poder fazer outros g neros de m sica na EMCN Faz apenas as disciplinas obrigat rias para a frequ ncia do curso de Canto no regime supletivo Vai regularmente a concertos e audi es de colegas N o costuma ir a audi es e concertos Alunas do curso de Canto em regime integrado Alunas do curso de Canto em regime supletivo RGE X x X 1 Mariana 2 Leonor 3 Raquel 4 Catarina 5 Maria K 6 Maria V 7 Carolina 8 Beatriz Tabela 20 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Rela o com o meio social music
39. os dois Rela o com o meio social musical escolar Gosto do Cl ssico mas tamb m de Indi 2 Rock ou Pop ou Comercial ou Jazz Com os meus amigos ou o mais Pop Comercial Os meus amigos neste momento s o de fora do Conservat rio Venho seis horas por semana ao Conservat rio Gosto de passar tempo no Conservat rio sem ser a ter aulas N o me encontro com colegas do Conservat rio para ir a concertos nem para outros conv vios O Conservat rio devia de ter uma vertente que desse a escolher aos alunos se querem fazer outro estilo de m sica Agora sinto que n o fa o parte de um projeto espec fico dentro do Conservatorio O repert rio que mais ou o n o o que canto N o ou o o repert rio que canto com tanta frequ ncia como oi o outros tipos de m sica 7 Carolina Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia A minha m e cantora e professora na Escola Superior de Teatro e Cinema professora de Voz e o meu pai n o trabalha na m sica mas sempre estudou m sica estudou 117 na Am rica e toca piano Duas das minhas irm s tamb m s o m sicas uma cantora e outra toca viola da gamba Eu participei num concurso onde cantei j h algum tempo e fui final Eu tocava Violoncelo mas a minha paix o foi sempre o Piano e o Canto Sempre gostei muito mais do Can
40. pela disponibilidade pela amizade e acima de tudo por ter acreditado Resumo I O presente Relat rio de Est gio foi elaborado no mbito da Unidade Curricular UC de Est gio do Ensino Especializado EEE do Mestrado em Ensino da M sica da Escola Superior de M sica de Lisboa ramo de especializa o em Canto Incide sobre a Pr tica Pedag gica desenvolvida com tr s alunos de Canto da Escola de M sica do Conservat rio Nacional EMCN no ano letivo de 2012 2013 em diferentes n veis de desenvolvimento vocal adolescentes ou tendo sa do h pouco tempo da adolesc ncia Nesta sec o encontram se enumeradas as principais linhas pedag gicas seguidas assim como os principais motivos das op es tomadas Descreve se tamb m a forma como foi organizado e planeado o trabalho t cnico e musical desenvolvido com os alunos adequado fase de desenvolvimento f sico e vocal de cada um al m do conjunto de atividades escolares realizadas as quais tiveram como finalidade promover o seu desenvolvimento art stico Resumo II De acordo com a legisla o em vigor a EMCN tem vindo a aceitar no curso de Canto cada vez mais alunos adolescentes Apesar da escola oferecer duas op es de frequ ncia para o referido curso o regime integrado e o regime supletivo os alunos continuam a preferir frequent lo em regime supletivo Assim encarou se este projeto de investiga o como uma oportunidade de analisar parte da problem tica do ens
41. rio e na maioria dos casos frequentava tamb m o ensino superior em outras reas De acordo com as sucessivas altera es legislativas a EMCN foi adaptando os planos curriculares at ent o em vigor aos novos cursos criados curso b sico e curso secund rio Relativamente aos cursos de instrumentos os professores definiram novos objetivos e compet ncias desenvolveram novas estrat gias e adaptaram o repert rio a trabalhar tendo em considera o o desenvolvimento fisico motor e psicol gico das crian as e adolescentes No que respeita ao curso de Canto a elabora o de novos planos de estudo gerou in meras pol micas e discuss es uma vez que a natureza do ensino do Canto a crian as e adolescentes radicalmente diferente do ensino do Canto a adultos n o tendo a maioria dos professores forma o especializada nesta rea nem estando preparados para mudar ou adaptar as pr ticas pedag gicas desenvolvidas ao longo de anos de ensino a adultos Assim no mbito da realiza o do Relat rio de Est gio encarou se este projeto de investiga o como uma oportunidade de analisar parte da problem tica do ensino do Canto a adolescentes em particular a pertin ncia da continua o da implementa o do curso de Canto em regime integrado na EMCN partindo das quest es que fatores influenciam um aluno adolescente a querer frequentar o curso de Canto na EMCN em regime integrado ou em regime supletivo e quais as diferen as na aquis
42. rotina di ria nomeadamente e Ter uma postura correta e Coordenar a respira o e a fala e Beber gua frequentemente e Dar per odos de descanso di rio voz sobretudo quando se prev em muitas horas de ensaios por semana audi es e concertos e Dormir o suficiente 97 e o que devem evitar nomeadamente e Usar a voz sem primeiro aquecer o corpo e Pigarrear e tossir e Riralto gritar e chorar durante muito tempo e Sussurrar e falar durante demasiado tempo excessivamente grave excessivamente forte em esfor o e com excesso de emo o e Falar e cantar com os dentes cerrados e Cantar insistentemente num mesmo registo e Imitar ru dos e Usar frequentemente ataque gl tico e Tabaco drogas lcool e comida picante e Ambientes ruidosos com fumo secos e artificiais e Desidrata o e Medicamentos que n o sejam prescritos pelo m dico e Stress N o se pretendendo descrever de forma exaustiva as patologias vocais mais frequentemente sofridas pelos cantores conv m sublinhar que o desrespeito pelos pontos enumerados pode causar danos nas cordas vocais nomeadamente infe o respirat ria refluxo esof gico fuga gl tica p lipos n dulos quistos e tumores Alguns sinais de alerta para estas situa es podem ser e Frequente pigarrear secura c cegas aperto e ardor ou sensa o de corpo estranho na garganta e Dor ou tens o muscular na garganta ou no pesco o e Falhas na voz
43. rouquid o fadiga vocal altera es na fala ou perda repentina do controlo da mesma e Aumento de esfor o para produzir som e M sculos faciais demasiado ativos e olhos inexpressivos e Diminui o de tessitura perda de qualidade vocal perda de resson ncia e de clareza e Perda de controlo na din mica ce e Altera o do vibrato e Problemas de afina o Um jovem aluno nem sempre est atento a estes sinais nem segue com prud ncia os conselhos expostos Cabe ao professor relembr los pois eventualmente o aluno acabar por reconhec los Na pior das hip teses aceit los depois de passar por uma m experi ncia Procedimentos e estrat gias utilizados Trabalhar com alunos em mudan a de voz pode ser muito frustrante ou muito motivante Conhecendo as mudan as f sicas e psicol gicas que ocorrem na fase de adolesc ncia dos alunos um professor estar mais preparado para promover o seu desenvolvimento vocal sem comprometer a sua sa de Os adolescentes n o devem parar de cantar pelo contr rio devem ser encorajados a faz lo desde que tenham conhecimento das dificuldades que poder o surgir e de que estas s o tempor rias Poder haver fases em que os exerc cios e o repert rio tenham de ser adaptados facto que dever ser justificado ao aluno de forma a que o mesmo n o pense que as altera es atr s referidas s o obra do acaso A voz falada ou cantada naturalmente produzida na sequ n
44. 3 o numero de alunos do curso de Canto neste regime continua a ser muito inferior ao numero de alunos do curso de Canto em regime supletivo Problematica Com a implementa o do curso de Canto em regime integrado surgiu a necessidade da EMCN se adaptar a uma nova realidade pedag gica o que implicou que os professores de Canto lecionassem a adolescentes em mudan a de voz sem no entanto terem forma o especializada nesta rea Este problema levanta nos uma quest o de imediato qual a principal raz o pela qual a implementa o do curso de Canto em regime integrado na EMCN tem sido t o demorada At ao momento ainda n o foram apuradas as causas que levam a esta situa o nem t o pouco tomadas medidas para assegurar uma implementa o mais r pida do curso O que poder ser feito Ser o os problemas relacionados com a mudan a de voz a causa desta situa o Ser o facto de tradicionalmente o ensino do Canto ser exclusivo de vozes consideradas fisiologicamente amadurecidas a principal causa que leva a comunidade educativa a questionar se sobre o sucesso deste ensino a adolescentes Quest es de investiga o Tendo em conta a problem tica enunciada procurou elaborar se um estudo que respondesse s seguintes quest es de investiga o 1 Que fatores influenciam um aluno adolescente a querer frequentar o curso de Canto na EMCN em regime integrado ou em regime supletivo Quais as diferen as na aquisi
45. Eu adoro cantar em p blico A minha m e tamb m acompanha muitos cantores e eu vou ouvir normalmente Adoro as pessoas que quando cantam fa am parecer aquilo super f cil quando na verdade eu sei por experi ncia pr pria que n o assim t o facil Num cantor gosto da expressividade do que vem de dentro da pessoa Sempre que estamos na sala a ler ou assim a minha m e p e muita m sica l rica e m sica antiga mas no MP3 n o mais Rock Este ano estou a sentir que estou a fazer mesmo o que eu gosto Desenho e Canto Estou me a exprimir de duas maneiras diferentes Gosto muito de M sica Antiga Perspetivas futuras Acho que vou fazer este curso em cinco Sei que a minha voz vai mudar imenso entre os 15 e os 20 e o exame do 3 ano igual para todos quer tenham 15 anos quer tenham 20 anos Por isso eu prefiro fazer com 20 anos mais preparada e ter uma melhor nota e ficar mais contente comigo mesma do que fazer aos 18 e assim meio pressa e a despachar A pequeno prazo era mesmo ficar satisfeita com a minha voz A m dio prazo ter uma boa nota no exame final e a longo prazo conseguir ser reconhecida como boa cantora 124 Anexo L programas das Provas de Recital das alunas que frequentam o regime integrado ndice Programa N 1 Prova de 10 de Dezembro de 2012 Programa N 2 Prova de 12 de Mar o de 2013 Programa N 3a e N 3b Prova de 6 d
46. INSTITUTO pouirecnico He EL DELISBOA SUPERIOR DE MUSICA DE LISBOA Instituto Polit cnico de Lisboa Escola Superior de Musica de Lisboa RELATORIO DE ESTAGIO PARTICULARIDADES DO ENSINO DO CANTO A ADOLESCENTES NO CONTEXTO DA ESCOLA DE MUSICA DO CONSERVATORIO NACIONAL Mestrado em Ensino da Musica Rute Cristina Dutra Farrapa Data de entrega Agosto de 2013 Professor Orientador Luis Madureira Dedico este trabalho mem ria do meu Pai e da minha av Elisa aluna de Vianna da Motta fontes da minha paix o pelo Canto e pelo Ensino da M sica Agradecimentos Agrade o minha m e o apoio incondicional que me concedeu apesar de todos os maus momentos por que passou Agrade o aos meus filhos Beatriz e Eduardo todo o amor e carinho manifestados apesar da minha aus ncia Agrade o a todos os meus alunos pela entrega e confian a que ao longo dos ltimos treze anos sempre depositaram no meu trabalho a minha verdadeira fonte de inspira o Agrade o a todos os alunos que participaram nesta investiga o pela sua disponibilidade Agrade o a todos os professores da ESML pelo respeito pela disponibilidade e por nunca deixarem as minhas perguntas sem resposta Agrade o sobretudo ao meu Orientador o Professor Lu s Madureira pela oportunidade dada pelo profissionalismo pela forma generosa como norteou o meu saber t cnico e pedag gico pela confian a que sempre depositou no meu trabalho
47. NSULTADOS Cidade das profiss es Acedido a 21 de junho de 2013 em http cdp portodigital pt educacao e formacao ensino basico e secundario Conservat rio de M sica Calouste Gulbenkian Aveiro Acedido a 21 de fevereiro de 2013 em http www cmacg pt Conservat rio de M sica Calouste Gulbenkian de Braga Acedido a 5 de junho de 2013 em http www conservatoriodebraga pt Conservat rio de M sica de Coimbra Acedido a 28 de janeiro de 2013 em http www conservatoriomcoimbra pt Conservat rio de M sica do Porto Acedido a 28 de janeiro de 2013 em http www ct musica porto com Escola de M sica Conservat rio Nacional Acedido a 17 de junho de 2013 em http www emcn edu pt Instituto Gregoriano de Lisboa Acedido a 28 de janeiro de 2013 em http www inst gregoriano rcts pt Orquestra gera o Acedido a 9 de agosto de 2013 em http www orquestra geracao aml pt Wikip dia Acedido a 20 de Julho de 2013 em http pt wikipedia org wiki Faringe 97 ANEXOS Anexo A planifica o anual Nome do mestrando Rute Dutra Professor Orientador Luis Madureira Alunos Jo o Vaz Maria Kopke Mariana Fernandes PLANIFICA O ANUAL DAS AULAS DE CANTO 1 2 e 3 ano Objetivos gerais e Desenvolvimento t cnico tendo em vista a aquisi o de compet ncias vocais auditivas e motoras e Aquisi o de conhecimentos que permitam a compreens o do conte do po tico musical das obras a executar
48. Tr s alunas referem que gostariam de fazer outros g neros de m sica na EMCN e que isso seria uma raz o para as motivar a passar mais tempo na mesma 81 Da observa o da tabela 21 referente aos padr es de dados encontrados em Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido retiraram se as seguintes conclus es e Todas as alunas sentem a sua voz a evoluir com as aulas de Canto e Todas as alunas mostram saber distinguir entre o trabalho t cnico e o trabalho musical embora s metade delas consiga dar exemplos claros de exerc cios assim como explic los e Todas as alunas dizem identificar se com a sua voz apesar de sentirem que esta se vai modificando com o tempo Uma delas salienta que consegue expressar se melhor com esta voz do que com a de crian a e Todas as alunas t m consci ncia de que a sua voz est em desenvolvimento e que por isso n o pode soar como a de um adulto Da observa o da tabela 22 referente aos padr es de dados encontrados em Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto retiraram se as seguintes conclus es e A maioria das alunas n o gosta de nenhum tipo de voz espec fico e o que gosta de ouvir num cantor a sua expressividade e musicalidade Duas alunas dizem que gostam de vozes com timbre mais cheio e Mais de metade das alunas canta em coros ou outros agrupamentos musicais fora da EMCN e Todas as alunas mostram gostar de cant
49. a mais raparigas do que rapazes inscritos no curso de Canto at aos 18 anos e O n mero de rapazes e raparigas com 18 anos inscritos no 1 grau o mesmo e A quase totalidade dos rapazes entra no curso de Canto a partir dos 18 anos e Os rapazes entram no curso de Canto com uma m dia de 19 20 anos e A quantidade de rapazes e raparigas a frequentar o curso de Canto no 3 grau com 21 anos a mesma e No ano letivo de 2012 2013 h um acr scimo de alunos a frequentar o curso de Canto com idades inferiores a 18 anos O curso de Canto em regime integrado em outras escolas p blicas Em rela o s seis escolas oficias do ensino especializado da M sica em Portugal Continental somente tr s escolas ministram o curso de Canto em regime integrado o Conservat rio de M sica Calouste Gulbenkian de Braga o Conservat rio de M sica do Porto e a EMCN A primeira tem uma maioria de alunos a frequentar o curso de Canto no referido regime cerca de trinta no ano letivo de 2012 2013 As outras duas escolas t m cerca de seis alunos cada no referido ano letivo 25 ia fick aE A O Conservat rio de M sica Calouste Gulbenkian de Braga o Conservat rio de M sica do Porto o Conservat rio Regional de Aveiro Calouste Gulbenkian o Conservat rio de M sica de Coimbra o Instituto Gregoriano de Lisboa e a EMCN 26 me f ERAN Dados obtidos por contacto telef nico estabelecido com os Servi os Administrativos das esco
50. a o mesmo realizar no exame final de cada grau Apesar de n o ser um m todo de T cnica Vocal expl cito est o impl citos na extensa e detalhada lista de repert rio fornecida para escolha do exame de cada grau objetivos t cnicos m nimos a atingir Atrav s desse repert rio de diversas pocas e estilos pode avaliar se tamb m o desenvolvimento de compet ncias interpretativas Al m disso a variedade de estilos permite ao professor corresponder s prefer ncias musicais dos alunos assim como ao seu n vel musical e intelectual indispens vel manuten o da motiva o Nos exames finais al m das compet ncias j referidas s o avaliadas compet ncias de leitura primeira vista auditivas e de improvisa o conte do dram tico musical an lise e hist ria da m sica At ao 5 grau os exames s o compostos por tr s pe as cantadas em Ingl s e a partir do 6 grau por quatro pe as cantadas na l ngua original Todas devem ser executadas de mem ria e ser escolhidas de entre as diferentes categorias de repert rio apresentadas no Singing Syllabus de prefer ncia de diferentes compositores importante referir que at ao 5 grau a lista de pe as n o tem tipo de voz definida o que nos parece sugerir serem obras para vozes de rapazes e raparigas que ainda n o passaram pela mudan a de voz A partir do 6 grau as pe as 2 o Singing Syllabus do TCL renovado a cada ano letivo 55 estao divididas por
51. acterizado por ser um som com algum volume e com pouco n cleo 17 Tessitura Tipo de voz Jo o f f 3 Tenor Maria r 3 sol4 soprano Mariana f 3 fa4 Soprano Tabela 1 Caracter sticas vocais dos alunos no in cio do ano letivo de 2012 2013 e as seguintes habilita es Jo o Maria Mariana Idade Idade do in cio do estudo de Canto na EMCN Ano e regime do curso de Canto Estudos musicais Habilita es liter rias 20 21 19 2 ano em regime supletivo 8 grau F M 3 grau Obo conclu do 12 ano conclu do 15 16 13 2 ano em regime supletivo 7 grau F M 5 grau Violoncelo conclu do frequenta o 11 ano 14 15 14 1 ano em regime integrado 6 grau F M 2 grau Piano conclu do frequenta 010 ano Tabela 2 Habilita es dos alunos no ano letivo de 2012 2013 De uma forma resumida poderemos ainda acrescentar que no in cio do ano letivo os alunos selecionados apresentavam as seguintes caracter sticas 10 pa Intervalo que abrange o conjunto formado pelo registo grave registo m dio e registo agudo cujas notas limites grave e aguda pertencem respetivamente ao registo grave e agudo 11 z P Intervalo dentro da extens o mais confort vel para se cantar 18 Jo o Teve os primeiros sintomas de mudan a de voz aos 12 anos Est na etapa V da mudan a de voz Ve
52. adquirido A minha voz n o esta a mudar est a desenvolver se Acho que a minha voz est mais adulta Tem uma sonoridade mais cheia e a ver comigo Consigo expressar me melhor atrav s dela Fa o um aquecimento de vinte minutos Resson ncias fa o exerc cios de stacatto legato coloratura Para mim a coloratura p ssima por isso trabalho mais ou menos meia hora por dia Para uma audi o para al m da voz preparo me mentalmente Todas as noites imagino a Audi o e penso nela para quando l chegar saber as coisas e n o ficar nervosa 119 Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Passo a semana toda a cantar O meu estilo de m sica preferido o cl ssico claramente Ou o cantores muito regularmente Sou muito mais cr tica em rela o a cantores do que em rela o aos instrumentos Ou o outros cantores pela m sica O que mais gosto nos cantores a expressividade Prefiro algu m musical que me fa a sentir alguma coisa do que uma pessoa com uma t cnica perfeita mas que seja s isso A maioria dos meus amigos s o m sicos Perspetivas futuras Quero fazer este curso em tr s anos Gostava de ir para Londres estudar Canto para a Guildhall Gostava de cantar uma pera de Wagner na Metropolitan o Trist o e Isolda O Canto uma miss o poss vel Quero esfor ar me para atingir os meus 1
53. aisquer crit rios relativos idade ou ao ano de escolaridade dos interessados dependia de provas de sele o que tinham por base as compet ncias f sicas vocais e musicais dos candidatos preferencialmente adultos Assim durante as ltimas d cadas a maioria dos alunos que frequentava este curso j tinha terminado o ensino secund rio e frequentava ou tinha completado estudos superiores noutras reas Por esse motivo ao terminarem o curso secund rio de Canto j n o tinham idade ou disponibilidade de tempo para prosseguir estudos de Canto a n vel superior nas escolas superiores de m sica entretanto criadas para o efeito No ano letivo de 2011 2012 a EMCN recebeu os primeiros candidatos adolescentes ao curso de Canto em regime integrado e em regime supletivo No entanto as condi es de admiss o frequ ncia do curso em ambos os regimes foram diferentes enquanto que para o regime supletivo foram avaliadas as compet ncias demonstradas na prova vocal para o regime integrado foi tamb m exigido o 5 grau de Forma o Musical conclu do ou compet ncias musicais equivalentes No que diz respeito ao curso de Canto em regime integrado e na sequ ncia da pol tica de expans o adotada pela EMCN relativamente a este regime tem havido um aumento do n mero de candidatos admitidos dois no ano letivo de 2011 2012 tr s no ano letivo 60 2012 2013 e seis no ano letivo de 2013 2014 Mesmo assim no ano letivo de 2012 201
54. al e escolar Say 2 Padr es de dados encontrados em Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Sente que a sua voz est a evoluir com as aulas de Canto Identifica se com a sua voz apesar de sentir que esta est a amadurecer e a ficar diferente Tem consci ncia de que a sua voz est em desenvolvimento e que n o soa como a de um adulto Consegue distinguir o trabalho t cnico do trabalho musical D exemplos claros de exerc cios t cnicos e mostra saber os seus objetivos Prepara se de maneira diferente para uma apresenta o p blica Alunas do curso de Canto em re integrado 2 CI T HH gime x Alunas do curso de Canto em regime supletivo 1 Mariana 2 Leonor 3 Raquel 4 Catarina 5 Maria K 6 Maria V 7 Carolina 8 Beatriz Tabela 21 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido 78s Padr es de dados encontrados em Defini o da Alunas do curso de identidade vocal e liga o emocional com o Canto Canto em regime integrado Fora da EMCN canta em coro ou agrupamento Gosta de cantar em p blico N o gosta de nenhum tipo de voz em especial Gosta de um cantor com expressividade e musicalidade Ouve muita m sica erudita ou n o Est sempre a cantar Alunas do curso de Canto em regime supletivo 1 Mar
55. almente impeditivas de uma experimenta o natural Para consegui lo o professor deve e Diversificar os exerc cios e Tentar imitar o som errado produzido pelo aluno quando tal aconte a e produzir de seguida o som pretendido e Usar e variar imagens fazendo as corresponder a determinadas sensa es impl citas na ativa o de determinadas fun es e resson ncias e Usar gestos e movimentos simultaneamente com determinado exerc cio de forma a agilizar a sua execu o e Usar repert rio como se de um exerc cio t cnico se tratasse e Praticar regularmente exerc cios ou partes de repert rio nos quais tenham sido atingidos os objetivos pretendidos e mecanizar a sua execu o de forma a um posterior reconhecimento auditivo e consequente aumento de autoconfian a Neste sentido aconselh vel gravar a presta o dos alunos em aulas e audi es para que o aluno se consciencialize dos processos ocorridos e das compet ncias adquiridas Para a aquisi o de uma s lida base t cnica dever o praticar se as seguintes atividades 1 Relaxamento Exerc cios de descontra o de ombros bra os m os pernas p s bacia pesco o cabe a maxilar inferior l bios bochechas l ngua e laringe 2 Postura Alongamentos e equil brio cabe a bacia 3 Respira o Redescoberta do ato respirat rio de crian a e exerc cios expirat rios seguidos da consequente inspira o 4 Fona o Elocu o de consoa
56. aos 12 13 anos dependendo do aparecimento dos primeiros sinais de maturidade fisica voz de soprano com qualidade aflautada leve gil e sem quebras evidentes de registos semelhante voz dos rapazes da mesma idade mas em geral menos pesada e menos potente Etapa II A in cio da puberdade 11 13 anos aparecimento dos primeiros sinais de maturidade fisica escape gl tico quebra de registo entre o sol3 e o si3 dificuldade em cantar abaixo do d 3 dificuldade ou desconforto a cantar perda de volume nas notas m dias e agudas emiss o de um som mais cheio nas notas graves e ou transi o descontrolada para a voz branca nas extremidades da extens o Etapa II B puberdade fase mais critica dos 13 aos 15 anos ap s o in cio da 1 menstrua o a tessitura pode mover se para uma regi o mais aguda ou mais grave e pode reduzir se a um intervalo de 5 ou 6 pode haver quebra de registo entre o sol3 e si3 e ou o r 4 e fa 4 as notas graves e m dias s o produzidas com mais facilidade e a voz em qualquer parte da sua extens o pode apresentar sinais de rouquid o e quebras tempor rias As raparigas podem sentir desconforto ao cantar e as suas vozes podem soar pouco claras estes ltimos sintomas descritos podem manter se ao longo da idade adulta na altura da menstrua o Etapa III jovem adulta entre os 14 e os 16 anos quando a menstrua o estabiliza a tessitura aumenta e estabiliza h mais facilidade no co
57. ar em p blico algumas at dizem que dessa forma que mais gostam de cantar e Todas as alunas ouvem muita m sica com cantores erudita ou n o e dizem que passam o tempo a cantar Da observa o da tabela 23 referente aos padr es de dados encontrados em Perspetivas futuras retiraram se as seguintes conclus es e Apenas duas alunas pretendem acabar o curso em tr s anos Todas as outras dizem que precisam de mais tempo para amadurecer a sua voz e Somente as alunas que frequentam o regime integrado mostram querer ser cantoras solistas 82 e Somente as alunas que frequentam o regime integrado desejam continuar os seus estudos de Canto a n vel superior Todas mostram vontade de faz lo no estrangeiro e As alunas que frequentam o regime supletivo n o sabem definir o que querem fazer do Canto a longo prazo apenas desejam acabar o curso na EMCN e exce o de uma aluna que frequenta o regime supletivo todas referem o Canto como aquilo que gosto mesmo de fazer Apresenta o dos dados dos programas das Provas de Recital e das Audi es Nas tabelas 24 e 25 apresentam se os dados recolhidos dos programas de Provas de Recital e Audi es apresentadas no ano letivo de 2012 2013 Alunas em regime integrado Leonor Prova de Recital de 10 de dezembro de 2012 Angels ever bright and fair Theodora G F H ndel Dans un bois solitaire W A Mozart I attempt from love s sic
58. are the feet Messiah G F Handel Audi o de 3 de mar o 2013 Pursue thy conquest love Dido and Aeneas Belinda H Purcell If music be the food of love 1 versao H Purcell Fairest Isle King Arthur Venus H Purcell 85 Audi o de 15 de mar o de 2013 N o fez Si si mio ben si si Serses Atalanta G F Handel Nao fez Audi o de 24 de maio de 2013 Gli sguardi trattieni Orfeo ed Euridice Amor C W Gl ck Angels ever bright and fair Theodora G F H ndel Mein liebster freund hat mich verlassen Bastien und Bastienne Bastienne W A Mozart Nulla in mundo pax sincera moteto A Vivaldi Se Paura spira G Frescobaldi L ho perduta me meschina Le nozze di Figaro Barbarina W A Mozart Si dolce il tormento C Monteverdi Alunas em regime supletivo Beatriz Audi o de 7 de dezembro de 2012 V adoro pupille Giulio Cesare Cleopatra G F Handel Audi o de 8 de fevereiro de 2013 Confuso smarito M Giuliani Audi o de 3 de mar o 2013 She that would gain a faithfull lover H Purcell Audi o de 15 de mar o de 2013 Venite inginnocchiatevi Le nozze di Figaro Audi o de 24 de maio de 2013 Esta noite modinha Francisco Leal Susanna W A Mozart Sound the trumpet H Purcell Tabela 25 Repert rio referente s Audi es
59. as como gato amigo 8 em palavras como carro ferramenta 129 Tipo de vogais Abertas anteriores ou palatais m dias ou centrais posteriores ou velares orais nasais orais nasais orais nasais em i em a a a 130 6 u adaptado de L L Barreto 131
60. ase An lise dos dados organiza o do material e reda o do trabalho Tabela 14 Descri o da metodologia utilizada nas diferentes fases da investiga o Natureza da investiga o Esta investiga o caracteriza se por ser uma investiga o explorat ria uma vez que se procura obter um primeiro contacto e uma maior familiaridade com a situa o a ser investigada e de natureza qualitativa baseada numa an lise pormenorizada da realidade investigada Sendo as principais caracter sticas de uma investiga o explorat ria a flexibilidade a criatividade e a informalidade considerou se que esta seria a escolha mais adequada para ir de encontro perspetiva do professor investigador aluno investigador e m sico investigador metodologia da investiga o a o Desta forma compreendemos melhor as particularidades das viv ncias e da aprendizagem dos alunos participantes neste estudo podendo direcionar e analisar quest es e compreender os seus pensamentos e linguagem Esta op o bem como a sele o da t cnica de recolha de dados teve como finalidade a descoberta de fatores inerentes problem tica em an lise de forma a obter resultados informativos acerca de aspetos 3163 concretos e justifica se por n o ser pretens o fazer um trabalho de campo exaustivo e quantitativo mas sim perceber uma realidade recente e de pequena dimens o respeitante ao ensino do Canto a adolescentes na EMCN n o tendo por esse motiv
61. bela 11 Varia o da extens o e tessitura das raparigas durante as quatro etapas da mudan a de voz Gackle 53 Tabela 12 Obras de inclus o obrigat ria nos programas de exame dos oito graus do curso de Canto do Trinity College London Singing Syllabus 2012 2013 56 Tabela 13 reas de trabalho e objetivos a atingir m todo de Kenneth Phillips 57 Tabela 14 Descri o da metodologia utilizada nas diferentes fases da investiga o 63 Tabela 15 Caracter sticas das alunas participantes nesta investiga o 65 Tabela 16 Estrutura base para a realiza o do gui o de entrevista rela o entre os temas e subtemas as quest es e os objetivos das mesmas 69 Tabela 17 Alunos inscritos no curso de Canto da EMCN em regime integrado na EMCN no 1 2 e 3 grau no ano letivo de 2012 2013 71 Tabela 18 Alunos inscritos no curso de Canto da EMCN em regime supletivo na EMCN no 12 2 e 3 grau no ano letivo de 2012 2013 71 Tabela 19 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia 76 Tabela 20 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Rela o com o meio social musical e escolar 77 Tabela 21 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido 78 Tabela 22 Padr es de dados comuns
62. cia simult nea de quatro processos f sicos e Respira o e Fona o e Articula o e Resson ncia Enquanto os alunos adolescentes n o conseguirem produzir um som seguro e claro devido mudan a de voz ver sec o II o professor deve orientar o seu trabalho atrav s de exerc cios que garantam uma s lida base t cnica e consequentemente a produ o de um som livre e flex vel Os exerc cios dever o promover em primeiro lugar a obten o de uma postura correta o equil brio entre a expira o e a inspira o e o abaixamento da laringe que nesta fase est posicionada mais acima do que aconselh vel Seguidamente dever o ser praticados exerc cios de produ o de combina es de vogais e consoantes e de explora o de resson ncias trabalhando sempre em extens o e sem nunca inibir a produ o natural do som 24 De in cio n o dever o trabalhar se altera es de din mica uma vez que a intensidade da voz naturalmente muito diminuta O amadurecimento vocal vai acontecendo ao ritmo de cada um O professor ter de respeitar o estado de desenvolvimento f sico e vocal de cada aluno a cada momento sensibilizando o para a evolu o e nunca para as limita es caracter sticas de uma voz em mudan a H v rias estrat gias de ordem pr tica que dever o ser utilizadas para ativar certas fun es musculares e resson ncias sem necessidade de recorrer a explica es te ricas norm
63. cimento de si pr prio como a crian a que j n o se e do reconhecimento de si pr prio como adulto que se est na emin ncia de ser A m sica faz parte integrante da humanidade desempenhando um papel fundamental na nossa vida Representa uma forma de comunica o universal e intemporal uma forma de representar de sentir e de traduzir o que de outra maneira n o pode ser traduzido A m sica pode gerar efeitos f sicos poderosos emo es profundas e pode ser usada para produzir varia es infinitamente subtis de expressividade que podem ter efeitos transit rios ou n o nos nossos comportamentos e sensa es No mbito da Psicologia j come a a reconhecer se a m sica como meio de compreender o comportamento humano de desenvolver rela es interpessoais e de construir a pr pria identidade Diversos estudos j demonstraram com algum detalhe que a sua contribui o para o desenvolvimento de aptid es de comunica o e a sua aplicabilidade terap utica nomeadamente como ferramenta de interven o psicossocial 57 em programas de reabilita o de jovens em situa es de risco est a tornar se cada vez mais indispens vel O gosto musical de um indiv duo muito vari vel e pode estar relacionado com o que ele sente em determinado momento com a sua situa o social e com um n mero infinito de vari veis Decidir o que escutar e ou executar m sica uma parte significativa de decidir o que som
64. dade ocasional Adquiriu vibrato no registo m dio Continua sem controlar a afina o sobretudo na zona de passagem do registo m dio para o registo agudo N o controla o uso de din micas A extens o aumentou uma 3 menor na regi o aguda e uma 3 maior na regi o grave A tessitura aumentou uma 2 maior no registo agudo e uma 3 menor no registo grave 35 Mariana Ultrapassou a ltima etapa da mudan a de voz ver Sec o II Compreender a voz na adolesc ncia O timbre deixou de ser voz branca e adquiriu resson ncias no registo m dio e agudo Manteve os registos da voz falada e da voz cantada Tem uma quebra de registo ocasional em sol 4 Deixou de ter escape gl tico Adquiriu agilidade Adquiriu vibrato embora ainda um pouco descontrolado Controla a afina o nos registos m dio e agudo sem recurso exclusivo voz de cabe a mas tem dificuldades em mant la no registo grave Controla o uso de din micas A extens o aumentou uma 8 na regi o aguda e uma 5 perfeita na regi o grave A tessitura aumentou uma 5 perfeita no registo agudo e uma 3 menor no registo grave De seguida passa a analisar se a rela o entre as compet ncias adquiridas e as exig ncias do repert rio executado Alunos Jo o Repert rio Der Heiland ist gekommen Komm Jesu komm Cantata BWV 61 J S Bach Sleep I Gurney Torna deh torna pargoletto mio Le nuove musiche G Caccini I love d fair
65. dan a de voz e ficou seriada em 1 lugar A m e professora de Pr tica de Teclado na EMCN aluna na EMCN h 6 anos e do Liceu de Oeiras Mariana Diz ter tido uma fase de descontrolo vocal aos 12 anos logo a seguir puberdade Est na etapa III da mudan a de voz Ver Se o II Compreender a voz na adolesc ncia Tem um vis vel desenvolvimento f sico acima da m dia sobretudo ao n vel das ancas e da altura Tem pouca estabilidade no registo m dio grave pouca resist ncia respirat ria e pouco volume N o tem uma boa leitura musical mas aprende muito bem de ouvido e n o tem dificuldades na memoriza o de repert rio em diversas l nguas membro do Coro Infantil da Universidade de Lisboa desde os 9 anos N o tem familiares m sicos aluna da EMCN pela primeira vez no presente ano letivo 19 Pr ticas Pedag gicas Desenvolvidas A voz o resultado da atividade simult nea de v rias fun es respons veis pela produ o de um som livre e flex vel ferramenta essencial para todo o desafio interpretativo Nas aulas de Canto abordam se entre outras quest es como postura respira o passiva relaxamento muscular respira o ativa tens o muscular contra o muscular voz falada e voz cantada antes de quaisquer outras considera es referentes an lise musical e interpreta o Conhecer a anatomia e a fisiologia do rg o vocal fundamental para o desenvolvimento de uma metodolo
66. das quest es Averiguar as diferen as entre o aproveitamento escolar dos alunos do curso de Canto em regime integrado e em regime supletivo e Perceber o tipo de envolvimento que os alunos de ambos os regimes t m com o meio escolar musical e Perceber se a inser o escolar dos alunos est relacionada com a motiva o para o estudo e Perceber se os seus amigos e colegas t m influ ncia no seu gosto musical poss veis influ ncias na sua identifica o musical e vocal e Perceber qual o ambiente que vivenciam mais tempo EMCN escola regular coro grupo de amigos Averiguar se os alunos se sentem ou n o desiludidos com o regime de frequ ncia do curso que escolheram na EMCN e se o mesmo vai de encontro s suas expectativas Averiguar se a m sica praticada na EMCN a m sica preferida dos alunos 67 Temas Subtemas Indica o das quest es Consciencializa o do desenvolvimento f 1 2 3 4 5 6 t cnico e musical adquirido Consequ ncias da pr tica do Canto Defini o da identidade vocal e 7 8 9 10 11 12 13 14 15 liga o emocional 16 com o Canto Objetivos das quest es e Perceber se h diferen as no grau de maturidade t cnica vocal entre os alunos do regime integrado e do regime supletivo Compreender o grau de envolvimento dos alunos de ambos os regimes no estudo do Canto Avaliar o grau de autonomia t
67. das vivenciadas pelas gera es anteriores Cada vez h mais crian as e jovens que t m um desenvolvimento fisico acima da m dia e em breve estes ser o a regra e n o a exce o A procura de um conjunto de padr es associados s diferentes fases do desenvolvimento vocal fisico e mental dos jovens parece ser uma base de orienta o mais s lida para entender a mudan a de voz do que considerar em exclusivo a varia o da extens o e tessitura vari veis que deveriam ser consideradas apenas como refer ncia 50 O processo de mudan a de voz que ocorre na adolesc ncia produz altera es nos registos vocais n o encontrados nas crian as Philips 1996 Este processo que envolve o crescimento da laringe e o aumento de dimens o e de espessura das cordas vocais impossibilita os rapazes cantar no registo m dio com o mesmo equil brio com que cantam no registo grave e no registo agudo perdendo tamb m a facilidade de cantar com a denominada voz branca medida que a voz vai descendo Para este autor exercitar as vozes dos rapazes adolescentes no registo de cabe a de forma leve e n o como falsete o segredo para desenvolver tenores agudos afirmando tamb m que os rapazes que cantam o d 2 e as notas abaixo dessa tornar se o provavelmente baixos os que cantam at ao r 2 tornar se o baritonos e os que n o descem al m do f 2 ser o tenores No entanto sublinha que estas defini es vocais n o devem ser confundidas c
68. de e O in cio dos seus estudos musicais deu se por influ ncia de familiares diretos a maioria dos quais m sicos e 4 das alunas refere que a iniciativa de estudar m sica surgiu de um desejo pessoal e Todas as alunas referem que se sujeitaram a estudar um instrumento pelo qual n o sentiam um gosto especial antes de estudar Canto e A maioria j sentia vontade de estudar Canto quando come ou a estudar um instrumento e O gosto pelo Canto intensificou se com a pr tica de cantar em coro depois de come arem a estudar um instrumento e As alunas que escolheram frequentar o regime integrado assumem o Canto como a sua prioridade e foram apoiadas na sua op o por pessoas com quem se relacionavam musicalmente e que conheciam a EMCN e As alunas que escolheram frequentar o regime supletivo gostam de v rias disciplinas e ambicionam ter a hip tese de escolher entre v rias profiss es no futuro 80 e A maioria das alunas que frequentava previamente o regime integrado e articulado prefere fazer o curso secund rio numa escola regular frequentando na EMCN o Curso de Canto em regime supletivo uma vez que acham que o ensino da M sica muito intenso e lhes ocupa demasiado tempo e Metade das alunas que frequentam o regime supletivo revelaram alguma incerteza na escolha feita e Metade das alunas que escolheram frequentar o regime supletivo refere que se tivesse a op o de fazer algumas das disciplinas que t m em outras r
69. de 2013 e Recital de alunos 3 de Mar o de 2013 From Purcell with Love realizado no Audit rio do Clube dos Oficiais da Marinha Mercante com a cravista convidada Joana Bagulho e Acompanhamento dos alunos presentes na masterclass da Professora Jill Feldmann realizada no dia 14 de Mar o de 2013 uma organiza o da Academia de M sica Antiga de Lisboa e da ESML Avalia o A avalia o final de cada trimestre foi feita tendo em considera o o trabalho desenvolvido nas aulas e as presta es p blicas caso dos alunos em regime supletivo ou a Prova de Recital apresentado perante um j ri no caso da aluna em regime integrado A avalia o de cada par metro teve em conta as caracter sticas dos alunos idade est dio de desenvolvimento f sico etc assim como o ano em que se encontrava inscrito no curso e o regime de frequ ncia escolhido Foram usados crit rios de valoriza o de 1 insuficiente a 5 excelente Ver anexo C No caso dos alunos em regime supletivo os par metros de avalia o assim como a sua pondera o para a nota do final de cada trimestre foram elaborados em fun o dos objetivos gerais dos objetivos espec ficos e das compet ncias a desenvolver descritas na Planifica o Anual Ver anexo A no caso da aluna em regime integrado a avalia o trimestral definida pela EMCN foi a m dia ponderada entre a avalia o cont nua 60 e a avalia o da Prova de Recital 40 Ver anexos
70. de cantar durante a mesma A mudan a de voz ocorre nos rapazes e nas raparigas Em meados do s culo XX muitos investigadores interessaram se por este fen meno e estudaram no detalhadamente Existem v rios estudos feitos sobre o desenvolvimento da voz cantada dos adolescentes sendo os principais investigadores John Cooksey mudan a de voz nos rapazes e Lynne Gackle mudan a de voz nas raparigas No entanto outros investigadores contribu ram de forma significativa sobre este tema suscitando altera es no percurso e destino vocal de muitos adolescentes que apoiados por teorias do s culo XIX como a de Manuel Garcia Cooksey 2009 eram desencorajados a cantar durante esta fase 15 ias y 5 x Este processo estabiliza por volta dos vinte anos altura em que come a o processo de ossifica o das cartilagens laringeas Esta ossifica o continua at maturidade vocal por volta dos quarenta anos Williams 2005 16 Nasceu em North Carolina EUA em 1942 Professor e diretor coral foi reconhecido por ter contribu do de forma significativa para o conhecimento da mudan a de voz nos rapazes 174 o gre p e E presentemente professora e diretora coral na Baylor University no Texas Fez in meras pesquisas e escreveu v rios artigos para o Choral Journal sobre a voz das raparigas e mulheres Em 2012 recebeu o pr mio Baylor s Outstanding Faculty Award in Research pelo trabalho realizado sobre a mudan a
71. de voz nas raparigas 44 Ao longo dos muitos anos de ensino a adolescentes Cooksey foi recolhendo dados que o levaram a formular v rias hip teses te ricas sobre poss veis etapas do desenvolvimento vocal ocorrido nos rapazes Entre 1977 e 1980 em conjunto com outros dois colegas da rea da voz conduziu um estudo longitudinal no qual foram recolhidos dados sobre 86 rapazes dos quais 41 eram cantores A an lise dos resultados confirmou a exist ncia de cinco etapas distintas da mudan a de voz nos rapazes com caracter sticas espec ficas associadas a cada uma delas Al m disso num esfor o cont nuo de testar e confirmar os seus resultados Cooksey usou dados de outros estudos europeus cruzou os com os seus e criou a Contemporary Ecletic Theory na qual caracteriza de uma forma ainda mais restrita a extens o e a tessitura dos rapazes em cada uma das cinco etapas da mudan a de voz A tabela seguinte mostra os resultados finais de Cooksey relativos extens o e tessitura dos rapazes durante a mudan a de voz Teve como refer ncia a frequ ncia 440Hz correspondente ao 143 o d 3 o vulgarmente chamado d central e est situado uma 6 maior abaixo do 143 Etapas do desenvolvimento vocal nos rapazes Extens o Tessitura Antes da mudan a de voz 1a2 fa4 do 3 1a 3 Etapa I da mudanga de voz l b2 d 4 si2 sol3 Etapa II da mudan a de voz f 2 l 3 sol 2 f 3 Etapa III da mudan a de voz r 2 f 3 f
72. des e dos planos de estudo continua a depender de tradi es que excluem os adolescentes do seu ensino Presentemente os professores de Canto j podem ter acesso a investiga es que demostram que a maioria das dificuldades dos cantores adolescentes n o s o mais do que particularidades pr prias do seu desenvolvimento vocal Alguns pedagogos investigadores chegam mesmo a sugerir abordagens pedag gicas inovadoras que t m como objetivo desenvolver compet ncias espec ficas encontradas em cada etapa do desenvolvimento vocal e ao mesmo tempo manter a motiva o dos alunos pelo Canto Cantar e ensinar Canto durante a mudan a de voz pode revelar se muito frustrante uma vez que o esfor o nem sempre recompensado com bons resultados Conhecer a morfologia do aparelho vocal dos jovens al m de todo o processo de desenvolvimento f sico e mental dos mesmos fundamental para que se possam desenvolver metodologias e estrat gias apropriadas que permitam a todos poder trabalhar e usufruir do seu trabalho de acordo com as particularidades do Canto na adolesc ncia Esperamos que este trabalho tenha contribu do para demostrar a import ncia que a frequ ncia do curso de Canto em regime integrado tem no desenvolvimento art stico de alunos adolescentes e no consequente desenvolvimento de futuros cantores profissionais contribuindo assim para uma melhor aceita o e implementa o deste curso na EMCN 9 BIBLIOGRAFIA Afons
73. desde o ano 2000 tem se constatado um ligeiro aumento do n mero de alunos a frequentar a escola em regime integrado e no curso profissional O corpo docente constitu do por cerca de 160 professores 137 dos quais lecionam disciplinas referentes forma o espec fica e os restantes lecionam as disciplinas de forma o geral Destes cerca de 60 s o contratados anualmente o que motiva uma certa instabilidade O pessoal n o docente compreende Funcion rios Administrativos Assistentes T cnicos e Assistentes Operacionais Existe ainda uma Associa o de Pais e Encarregados de Educa o Atualmente a EMCN disp e de tr s pisos com salas para aulas quatro salas destinadas a apresenta es p blicas uma biblioteca e uma sala de estudo para al m de uma sala para a Dire o uma sala de Professores e uma sala destinada aos Servi os Administrativos 4 aha nee Na ta ope ag 5 ponds Pah Consideramos habilita es liter rias as que n o incluem habilita es musicais 5 me Red O Ensino B sico compreende tr s ciclos o 1 que corresponde ao 1 2 3 e 4 anos o 2 que corresponde ao 5 e 6 anos e o 3 que corresponde ao 7 8 e 9 anos O Ensino secund rio compreende o 10 11 e 12 anos 14 Na EMCN existem os seguintes Departamentos Curriculares Ci ncias Sociais e Humanas e Linguas Matem tica Ci ncias Experimentais e Express es Cordas Sopros e Percuss o Teclas O
74. desenvolvimento ou mesmo contribuir para gerar sentimentos de incapacidade vocal Devemos tamb m ajudar estes alunos a entender que cada voz nica ela cresce e desenvolve se de forma exclusiva Gackle 1991 A an lise e reflex o dos procedimentos usados pelos professores em sala de aula devia ser uma pr tica comum Na verdade investigar sobre o efeito que o nosso trabalho tem a curto m dio e longo prazo nos alunos algo que n o acontece nos nossos conservat rios 39 que ha muito seguem uma linha de procedimentos tradicionalistas adaptados apenas a alunos com determinado tipo de caracteristicas Acredita se que este trabalho podera contribuir para mudar mentalidades entre os professores para alertar da urg ncia de altera o de rotinas para permitir a elabora o de m todos e estrat gias de ensino a adolescentes contribuindo para o sucesso escolar de muitos alunos Mais do que um mero transmissor de compet ncias t cnicas e interpretativas um professor dever ser algu m que oriente os seus alunos na concretiza o das suas op es de vida concretizando o desejo de exprimir emo es atrav s da m sica SAR Sec o II Investiga o Descri o do Projeto de Investiga o O ensino do Canto na EMCN foi at h dois anos atr s exclusivamente ministrado s vozes de adultos A maioria dos alunos que se candidatava e frequentava o curso de Canto j tinha completado o ensino secund
75. do desenvolvimento vocal dos adolescentes estrat gia pedag gica essencial para motivar os alunos a cantar nesta fase de transi o Estes dados s o da maior utilidade para todos os profissionais que trabalham com vozes de adolescentes Estudos sobre a aprendizagem do Canto na adolesc ncia J vem de longe a problem tica relativa ao ensino do Canto na inf ncia e na adolesc ncia Durante muito tempo pensou se que durante a mudan a de voz se deveria cessar toda a atividade relacionada com o Canto e mesmo hoje ainda h muitos professores de Canto que pensam dessa forma N o seria ent o arriscado obrigar os adolescentes a cantar we nas aulas de Coro de Educa o Musical e Forma o Musical sem a ajuda de um professor preparado para trabalhar eficazmente as suas vozes Se por um lado existe o receio de alguns professores em trabalhar estas vozes talvez pela falta de forma o na rea por outro existe um conjunto de trabalhos de investiga o que comprovam que ensinar as crian as e adolescentes a cantar fundamental Em 2002 a Academia Americana de Professores de Canto publicou uma importante declara o relativamente ao Ensino do Canto dirigido a crian as 4 Academia agora reconhece que ensinar Canto a crian as ben fico Na verdade cantores bem treinados de qualquer idade t m uma menor probabilidade relativamente a cantores n o treinados de causar les es no seu instrumento ou de permitir qu
76. e Educa o de Carolina Repas VIII Consentimento do Encarregado de Educa o de Beatriz Bagulho 32 Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 107 Anexo H gui o das entrevistas 1 PARTE Motiva o para o estudo do Canto antecedentes familiares experi ncia art stica e rela o com o meio social musical escolar 1 Onde nasceu 2 Os seus pais s o m sicos ou praticam alguma atividade musical amadora regular Se sim o que fazem especificamente 3 Com que idade come ou a cantar Lembra se da situa o espec fica e onde foi 4 Com que idade come ou a estudar m sica Pode descrever me o seu percurso de aluno de m sica at ter come ado a estudar Canto na EMCN 5 Quem a incentivou a ir para a EMCN 6 Que idade tinha quando concorreu ao curso de Canto na EMCN Entrou no curso na primeira tentativa Em que ano foi 7 Porqu o curso de Canto A sua fam lia e amigos apoiaram na Como reagiram ao saber da sua escolha 8 Quando come ou a estudar Canto na EMCN tinha que idade 9 Relativamente ao regime do curso de Canto que escolheu o que a levou a fazer essa escolha Considerou o outro regime 10 Se pudesse escolher de novo mudaria de regime Porqu 11 Presentemente al m da disciplina de Canto que disciplinas estuda na EMCN 12 Tem tido aproveitamento a todas as disciplinas mesmo as que n o s o espec ficas do curso de m sica Que tipo de aproveita
77. e Junho de 2013 35 Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 125 Anexo M proposta para a implementa o do curso profissional de Canto na EMCN 36 Ficheiro disponibilizado no DVD que acompanha este documento 126 Anexo N opini es das alunas participantes nesta investiga o sobre a sua Aree 37 viv ncia durante a mudanca de voz 37 Ficheiro disponibilizado no DVD que acompanha este documento 127 Anexo O listagem de alunos de Canto da EMCN no ano letivo de 2012 2013 38 Ficheiro disponibilizado no DVD que acompanha este documento 128 Anexo P classifica o tipol gica das consoantes e das vogais Modo de oclusivas ou explosivas articula o fricativas laterais vibrantes Fun o das cordas surdas sonoras surdas sonoras sonoras sonoras vocais Ponto de y orais orais articula o B Bilabiais Labiodentais Dentais Linguodentais Palatais Guturais 66 99 66 1 em palavras como pe a cedo sapo 2 66 39 66 2 em palavras como zero caso exame 66 3 em palavras como fera caro ou com a consoante rolada 99 66 39 66 4 em palavras como chave enxotar c es 66 5 em palavras como gente viajar 2 66 6 em palavras como carro quero 39 66 7 em palavr
78. e j estava no Conservat rio e conhecia pessoas e achava 2 que pod amos investir nisso Estou no 7 grau de Forma o Musical e fiz Violoncelo at ao 5 grau S depois que fui para o Canto Foi a minha m e que me incentivou a ir para a EMCN Eu comecei no articulado na verdade porque assim eu podia tirar disciplinas da escola e ter mais tempo para o Conservat rio A partir do secund rio do 10 ano eu j n o podia fazer o articulado Eu tamb m queria ter tempo para fazer outras coisas E tamb m por uma quest o de dist ncia Continuo a fazer tudo o que eu quero no Conservat rio N o considerei fazer o integrado Se eu ficasse no Conservat rio eu sa a de l muito tarde todos os dias e depois n o tinha tempo para fazer outras coisas A minha escola ocupa menos tempo do que o Conservat rio Rela o com o meio social musical escolar Fa o quatro disciplinas al m do Canto Este ano notei que desci de notas na EMCN e no liceu tamb m s vezes temos apresenta es na escola e algu m toca comigo e cantamos mas uma coisa a s rio as pessoas v o l de prop sito Os meus amigos n o costumam ir a audi es minhas no Conservat rio Por causa do Conservat rio perco tantas coisas Passo mais tempo com as pessoas do liceu porque eu passo mais tempo no liceu do que no Conservat rio Quando 116 tenho tempo livre
79. e o seu instrumento seja lesado por outros American Academy of Teachers of Singing 2002 1 Fuchs e os seus colegas 2009 no estudo Influence of Singing Activity Age and Sex on Voice Performance Parameters on Subjects Perception and Use of Their Voice in Childhood and Adolescence que envolveu 183 crian as e adolescentes entre os 6 e os 19 anos demonstraram como o treino vocal individual e regular tem efeitos muito positivos na performance vocal perce o do som emitido e controlo vocal Estudos como o de Welch e dos seus colegas 2008 2009 2010 sobre o programa nacional de Canto ministrado a crian as dos 7 aos 10 anos no Reino Unido comprovam a import ncia do treino vocal no desenvolvimento da voz da crian a e do adolescente Outras evid ncias cient ficas conclu ram que o treino vocal precoce tem efeitos muito positivos nomeadamente no que respeita aquisi o de compet ncias motoras ao aumento da tessitura m dia ao aumento da extens o dura o e intensidade do som e desenvolvimento da musculatura respirat ria Efetivamente todos estes estudos nos levam a refletir sobre a import ncia de conhecer as particularidades vocais dos adolescentes Se por um lado devem cantar e estudar Canto por outro as suas vozes n o devem ser tratadas como as dos adultos importante perceber que o aparelho vocal da crian a e do adolescente muito diferente do de um adulto e que por essa raz o exige uma abordage
80. eas teriam escolhido frequentar o regime integrado Da observa o da tabela 20 referente aos padr es de dados encontrados em Rela o com o meio social musical e escolar retiraram se as seguintes conclus es e As alunas que frequentam o regime integrado v m todos os dias EMCN e estudam Canto regularmente na escola e As alunas que frequentam o regime supletivo passam menos tempo na EMCN e n o t m h bitos de estudo do Canto regulares e As alunas que frequentam o regime integrado v o regularmente a concertos e audi es dentro e fora da EMCN ao contr rio das alunas que frequentam o regime supletivo que raramente o fazem e As alunas que frequentam o regime integrado preferem a m sica erudita embora ou am outros g neros musicais ao contr rio das alunas que frequentam o regime supletivo que preferem ouvir outros g neros musicais embora gostem de m sica erudita e As alunas conheceram os seus amigos atrav s da m sica partilhando assim do mesmo gosto musical e estes pertencem escola onde elas passam a maior parte do seu tempo a EMCN no caso das alunas que frequentam o regime integrado e outras escolas no caso das alunas que frequentam o regime supletivo exce o de uma aluna que refere que os seus amigos continuam a ser os seus antigos colegas da EMCN onde fez o integrado at ao 9 ano e Todas as alunas dizem respeitar os gostos musicais dos seus colegas se estes forem diferentes dos seus e
81. er uma banda o meu sonho Eu n o quero ficar em Portugal quero ir para Inglaterra estudar M sica formar uma banda l ir desenvolvendo a banda e ter uma carreira nisso o que eu mais gosto de fazer e n o s neste momento Acho que vai ser sempre Mesmo sem ser de fam lia M sica a coisa mais importante que eu tenho agora 6 Maria V Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Sinto que a minha voz est maior est mais controlada se n o tivesse as aulas de Canto estaria um caco n o sei bem explicar est muito mais colocada e muito mais definida Fa o dez minutos de t cnica 2 3 vezes por semana Exerc cios curtinhos e depois vejo repert rio 122 Acho que vou fazer o curso em quatro anos porque ainda s tenho 17 anos e n o sinto que a minha voz v evoluir assim t o rapidamente Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Canto num agrupamento vocal fora do Conservat rio o Figo Maduro com a minha fam lia Os seus amigos aqueles com quem passo mais tempo gostam do mesmo estilo musical que eu Agora gosto menos de cantar em p blico Antes adorava Perspetivas futuras estou com uma m dia p ssima Gostava de cantar no Coro Gulbenkian Eu ainda n o sei se quero seguir uma carreira no Canto Eu desde pequenina que gosto imenso de cantar ali s quando era peque
82. esmo a gostar de cantar Aos 9 anos fui para o Gregoriano estudar violino mas tinha coro e pr tica vocal Fui para o Gregoriano porque era perto de casa e escolhi Violino porque n o podia escolher Canto Vim para a EMCN porque tinha amigos c e queria ser M sica O Canto sempre foi aquilo que mais gostava o que mais gosto de expressar o que mais gosto de fazer At ao ano passado n o sabia se queria seguir Canto mas depois decidi vir N o escolheria outro regime Foi a minha escolha e a fam lia apoiou O instrumento nunca foi a principal prioridade 114 Rela o com o meio social musical escolar A maioria dos meus amigos s o daqui do Conservat rio A maioria dos meus amigos s o m sicos Costumo ver audi es e ir a concertos com os meus amigos Na EMCN apoiamo nos muito uns aos outros Os meus amigos gostam ainda mais de m sica cl ssica do que eu Ou o m sica erudita todos os dias 3 Raquel Antecedentes familiares e outras percurso musical e regime de frequ ncia O meu pai tocou rg o e o meu av tamb m Comecei a cantar porque gostava Tinha entrado numa academia e havia l alunos de Canto e eu gostava muito daquilo Comecei a tocar rg o aos 6 anos Fiz ensino articulado entre o 7 e o 9 ano em flauta transversal porque n o podia ter Canto como 1 instrumento Desde pequenina
83. exige da parte dos jovens uma completa readapta o ao seu novo rg o vocal ao seu novo corpo e ao seu novo ser A metodologia seguida nas aulas de Canto e de T cnica Vocal tem sido desenvolvida a pensar em vozes e mentes maduras e n o em vozes e mentes jovens ou ainda em desenvolvimento Pedir aos jovens que cantem como os adultos o mesmo que pedir lhes 59 que cantem em esfor o excedendo as suas capacidades despoletando inseguran as e comprometendo o seu relacionamento com a sua voz com o Canto e com a M sica Existem diversos estudos relativos mudan a de voz nos rapazes e nas raparigas Os mais conhecidos s o o de John Cooksey para a mudan a de voz nos rapazes e o de Lynne Gackle para a mudan a de voz nas raparigas Todos os investigadores referenciados neste relat rio t m uma opini o em comum a atividade vocal n o deve ser interrompida durante a mudan a de voz mas sim continuada em todas as etapas dessa mudan a sob a orienta o de profissionais especializados nesta rea interlocutores fundamentais no ultrapassar das vicissitudes caracter sticas desta fase do desenvolvimento vocal Metodologia de Investiga o Contextualiza o do problema Na sequ ncia da reforma estrutural do ensino art stico de 1983 o Curso de Canto da EMCN foi at h relativamente pouco tempo exclusivo do ensino secund rio e de frequ ncia em regime supletivo A admiss o ao curso apesar de n o implicar qu
84. frequentem o curso de Canto em regime integrado teriam de fazer Provas de Recital trimestrais tendo estas um peso de 30 a 50 na avalia o trimestral dada pelo professor da disciplina de Canto Este facto a par da necessidade de elabora o do Relat rio de Est gio no mbito da UC de DEE obrigou a uma planifica o anual definida com objetivos gerais e espec ficos al m de compet ncias a desenvolver durante o ano letivo estabelecidos num Plano de Aula Tipo que foi adaptado e gerido de forma diversa para cada aluno e para cada uma das aulas tendo em conta o desenvolvimento t cnico e musical assim como o seu estado emocional em sala de aula Ver anexos A e B 12 Este exame realizado pelos alunos que frequentam o curso de Canto em regime supletivo 29 A abordagem das compet ncias t cnicas e interpretativas a desenvolver foi feita de forma rigorosa e exigente criativa e l dica ministrada de forma paciente e adaptada as caracter sticas vocais f sicas cognitivas e psicol gicas de cada aluno Todas as aulas foram objeto de planifica o pr via e posterior reflex o e avalia o sum ria com o intuito de garantir uma linha de continuidade do trabalho realizado com cada aluno Desta forma tentou se sempre e Adequar os objetivos s especificidades de cada aluno e Envolver os alunos no processo de aprendizagem e Admitir o erro e propor a possibilidade de tentar de novo e Criar um clima de em
85. gia de ensino da t cnica vocal Para al m disso um professor de Canto al m de m sico profissional e pedagogo especializado tem de ter ainda no es de otorrinolaringologia terapia vocal psicologia relacional musicologia dom nio de diversas l nguas etc Estes aspetos acompanham no no exerc cio da sua miss o promover o desenvolvimento da autonomia t cnica e musical dos alunos ajudando os a atingir o potencial m ximo das suas capacidades vocais e interpretativas Assim um professor de Canto dever e Conhecer a anatomia e a fisiologia do rg o vocal e Saber escolher a cada momento exerc cios t cnicos e repert rio adequados s especificidades de cada aluno que n o excedam os seus limites f sicos intelectuais e emocionais e Conseguir exprimir se numa linguagem acess vel ao aluno A voz parte integrante de um todo A voz n o age isoladamente do corpo e da mente Para al m de um grande envolvimento emocional um cantor exposto a um esfor o f sico global que ultrapassa em muito o uso do seu aparelho vocal Nesse sentido dever ser dada particular aten o aos seguintes aspectos Postura e respira o E pr tica habitual entre os professores de Canto maestros e cantores trabalhar a postura e praticar exerc cios respirat rios para melhorar a emiss o vocal A rela o entre uma postura correta e uma respira o eficiente o primeiro passo para uma produ o vocal livre e flex vel 90
86. humano igual a um violoncelo Fumo que sobe P de bruxa Tra o preto definido sobre parede branca Som de ratinho Objetivo Controlar a igualdade de registos e a afina o Elevar o palato mole e baixar a laringe Explora o de resson ncias no espa o naso faringeo Alinhamento corporal Liberta o de poss veis contra es no pesco o e nos ombros Liberta o dos m sculos abdominais Descontra o muscular Participa o ativa de todo o corpo na produ o da voz N o colapsar nos finais de frase Explora o de resson ncias nasais Oclus o da glote n cleo Explora o de falsete Tabela 3 Descri o de algumas imagens utilizadas e sua correspond ncia com o objetivo pretendido OT O repert rio Pode afirmar se que comum os professores de Canto das escolas em Portugal proporem repert rio em italiano aos alunos em in cio de forma o uma vez que esta l ngua considerada particularmente vocal e de f cil leitura compreens o e memoriza o No entanto e apesar das vantagens descritas acreditamos que o mais importante para um aluno adolescente sentir afinidade com o repert rio a executar Independentemente do gosto pessoal do aluno e do seu desejo de executar determinado tipo de repert rio cabe ao professor a sele o do mesmo tendo por objetivo o desenvolvimento t cnico e interpretativo do aluno mesmo que contrarie o seu gosto mas podendo compens lo com material q
87. i o de compet ncias por parte de alunos adolescentes que frequentam o curso em regime integrado ou em regime supletivo Tendo em conta a falta de bibliografia sobre a tem tica optou se por uma pesquisa de ordem pr tica de tipo explorat rio e qualitativo Embora se tenha procedido an lise de quest es no mbito de um estudo de caso n o generaliz vel para al m da amostra recolhida dentro da EMCN considera se que estes resultados podem ser caracter sticos do tipo de escola e da amostra em causa permitindo apenas uma generaliza o condicionada de algumas das conclus es Considerando que antes de mais seria importante conhecer a complexidade da natureza vocal dos alunos de Canto na adolesc ncia sobretudo no que diz respeito mudan a de voz 41 nas raparigas e nos rapazes foi feita uma pesquisa bibliografica relacionada com o tema Na Revis o de Literatura ser apresentado um resumo cr tico da bibliografia referente com incid ncia na contextualiza o das mudan as vocais e f sicas que ocorrem na adolesc ncia e s o tamb m descritos e analisados dois m todos pedag gicos desenvolvidos para crian as e adolescentes por investigadores e pedagogos de renome internacional Foram tamb m contactadas telefonicamente as escolas p blicas do ensino especializado da m sica em Portugal Continental assim como alguns colegas da disciplina com o objetivo de obter informa es sobre o funcionamento do curso de Ca
88. ia da extens o vocal a qual pode ir at uma oitava nos rapazes e uma terceira nas raparigas Estas altera es f sicas s o nomeadamente e O crescimento do aparelho fonador a que corresponde um aumento do comprimento e do di metro da traqueia o abaixamento da laringe e o espessamento das cordas vocais 14 be ao A 5 Em geral a puberdade inicia se mais cedo nas raparigas do que nos rapazes Nas raparigas determinado pela primeira menstrua o e nos rapazes pela primeira ejacula o 43 e O alargamento do t rax e o crescimento dos pulm es a que corresponde um aumento da capacidade respirat ria e A amplia o das cavidades de resson ncia devido ao crescimento dos ossos da face dos seios perinasais do nariz e da faringe Durante o processo de crescimento f sico e vocal ocorre a chamada mudan a de voz Com esta mudan a al m do desenvolvimento da for a muscular ao n vel da laringe ocorrem altera es radicais ao n vel da produ o da voz falada e cantada Estas altera es que na fase mais cr tica podem durar em m dia 13 meses exigem aos adolescentes especialmente rapazes uma grande readapta o f sica e psicol gica Apesar de n o existirem provas cient ficas que justifiquem a paragem da pr tica do canto durante a mudan a da voz muitos s o os professores que por tradi o se recusam a trabalhar estas vozes e muitos s o os adolescentes que por essa raz o param
89. iana 2 Leonor 3 Raquel 4 Catarina 5 Maria K 6 Maria V 7 Carolina 8 Beatriz Tabela 22 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Padr es de dados encontrados em Perspetivas Alunas do curso de futuras Canto em regime integrado Pretende acabar curso de Canto em tr s anos Deseja continuar a estudar Canto a n vel superior Deseja estudar Canto no estrangeiro Quer ser uma cantora solista Cantar o que realmente gosta de fazer Alunas do curso de Canto em regime supletivo Padr es de dados encontrados em Perspetivas Alunas do curso de Alunas do curso de futuras Canto em regime Canto em regime integrado supletivo Cont N o define o que quer do Canto por enquanto quer apenas fazer o seu melhor na EMCN 1 Mariana 2 Leonor 3 Raquel 4 Catarina 5 Maria K 6 Maria V 7 Carolina 8 Beatriz Tabela 23 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Perspetivas futuras An lise dos dados das entrevistas Da observa o da tabela 19 referente aos padr es de dados encontrados em Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia retiraram se as seguintes conclus es e A maioria das alunas come ou por estudar um instrumento enquanto frequentava o 1 ciclo do Ensino B sico entre os 6 e os 9 anos de ida
90. ick Himonides Evangelos Saunders Jo Papageorgi Ioulia Rinta Tiija Preti Costanza Stewart Costanza Stewart Claire Lani Jennifer Vraka Maria Hill Joy 2009 The National Singing Programme for primary schools in England an initial baseline study In Music Education Research Vol 11 n 1 pp 1 22 Welch Graham Frederick Himonides Evangelos Saunders Jo Papageorgi Ioulia 2010 Researching the impact of the National Singing Programme Sing up in England Main findings of the first three years 2007 2010 Children s singing development self concept and sense of social inclusion Londres Institute of Education Williams Jenevora s d A few exercises for young voices Artigo nao publicado Acedido em 5 de Dezembro de 2011 http www stephengoss net Jenevora documents Vocal exercises pdf Williams Jenevora 2003 Why and how Intensive training for child choristers In Singing N 44 pp s p Acedido a 5 de Dezembro de 2011 em 94 http www stephengoss net Jenevora documents Why 20and 20How pdf Williams Jenevora 2005 Teaching singing and voice to children and adolescents In PEVoc 6 31 de Agosto 3 de Setembro Acedido a 5 de Dezembro de 2011 em http www stephengoss net documents child 20and 20adolescent 20voice 20 202005 pdf Williams Jenevora 2006 From boys to men The changing adolescent voice In Church Music Quaterly Setembro s p Acedido a 5 de Dezembro de 2011 em h
91. imento musical de um individuo dando continuidade a conclus es sobre o comportamento musical do mesmo desde a inf ncia at fase adulta Jane Davidson e Karen Burland McPherson 2006 afirmam que a maneira como os adultos sobretudo os pais e professores interagem com os adolescentes tem muita influ ncia no compromisso que os mesmos assumem com a m sica No entanto a mesma n o t o significativa como a proveniente dos colegas de grupo Mark Tarrant e os seus colegas McPherson 2006 investigaram sobre as identidades musicais dos adolescentes na perspetiva da teoria da identidade social tentando averiguar a rela o entre as identidades musicais individuais e a identidade musical do grupo Os seus resultados mostraram que a m sica escolhida pelos jovens reflete caracter sticas n o musicais 58 pr prias de cada um e que a mesma era usada para estreitar la os com outros membros do grupo sendo essa a mais poderosa marca da sua identidade individual Por outro lado os adolescentes s o tamb m influenciados pelas perce es que outros possam ter deles enquanto indiv duos musicais e essas perce es podem por usa vez influenciar a maneira como estes se sentem enquanto indiv duos musicais e como se comportam musicalmente A intera o entre as perce es sociais e as cren as pessoais influenciam a constru o da identidade musical de um adolescente e caracterizam no individualmente e socialmente Esta uma
92. importante constata o sobretudo numa poca em que a natureza da experi ncia musical est em constante muta o Influ ncias do ambiente social na escolha da carreira musical profissional Numa pesquisa levada a cabo por Jane Davidson McPherson 2006 onde foram entrevistados 257 alunos de m sica metade com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos concluiu se que na inf ncia o principal apoio para o estudo da m sica vinha da fam lia e que esse apoio diminu a consideravelmente na adolesc ncia Nesta fase a principal fonte de motiva o para o estudo da m sica derivava de fatores intr nsecos nos quais os professores assumem um papel relevante passando de figuras quase parentais na inf ncia a mentores na adolesc ncia Para estes jovens as caracter sticas da personalidade do professor parecem ser menos importantes do que a sua dimens o art stica e pedag gica Os dados encontrados revelavam tamb m que fatores sociais tais como a press o dos colegas pais e professores podiam influenciar a sua motiva o na escolha da sua futura carreira profissional como m sicos Nesse mesmo estudo provou se tamb m que o envolvimento dos adolescentes entre os 14 e os 18 anos com o estudo da m sica determinante na op o por uma carreira de m sico Conclus o A voz do adolescente muito diferente da voz do adulto na adolesc ncia que a voz sofre as transforma es mais radicais tal como o corpo e a mente Isso
93. ino do Canto a adolescentes em particular a pertin ncia da expans o do curso de Canto em regime integrado na EMCN partindo das seguintes quest es que fatores influenciam um aluno adolescente a querer frequentar o curso de Canto na EMCN em regime integrado ou em regime supletivo e quais as diferen as na aquisi o de compet ncias por parte de alunos adolescentes que frequentam o curso nos referidos regimes Considerando que seria importante conhecer a complexidade da natureza vocal dos adolescentes no que respeita mudan a de voz foi feita uma pesquisa bibliogr fica relacionada com o tema assim como foram descritos e analisados alguns m todos pedag gicos praticados com adolescentes De seguida foram entrevistadas oito alunas que frequentam o curso de Canto na EMCN quatro em regime supletivo e quatro em regime integrado Foram tamb m recolhidos os programas de audi es e exames com o objetivo de quantificar o repert rio trabalhado e analisar as diferen as na execu o Os dados obtidos revelaram que as raz es que levam um adolescente a querer estudar Canto e a optar pela frequ ncia do curso em regime integrado ou em regime supletivo est o diretamente relacionadas com o meio social e escolar em que os alunos est o inseridos e com as experi ncias vocais anteriormente vividas Os dados revelaram ainda que as alunas que frequentam o curso em regime integrado desenvolvem mais rapidamente a sua autonomia t cnica e musical d
94. iolino Violoncelo e Piano Em 2007 2008 iniciou se o projeto Orquestra Gera o sob a responsabilidade pedag gica da EMCN com a colabora o de maestros do Sistema Nacional das Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela Na rea metropolitana de 15 Lisboa este projeto engloba oito municipios com cerca de 550 alunos de instrumentos de corda sopro e percuss o com idades compreendidas entre os 6 e os 17 anos A EMCN tem sido respons vel pela forma o de muitos dos mais conceituados m sicos portugueses de acordo com os princ pios da sua miss o Qualificar os alunos atrav s de uma s lida forma o nas suas m ltiplas vertentes human stica cient fica hist rica tica ecol gica est tica art stica e musical capacitando os para uma op o profissional como m sicos Escola de M sica do Conservat rio Nacional Caracteriza o dos Alunos Crit rios de sele o Para a realiza o deste relat rio foram selecionados tr s dos dezasseis alunos que me foram atribu dos no in cio do ano letivo de acordo com os seguintes crit rios e Sexo e Diferentes estados de desenvolvimento vocal fisico e Diferentes graus de desenvolvimento t cnico e Diferentes n veis de desenvolvimento musical e Diferentes regimes de frequ ncia do curso de Canto supletivo e integrado e Tempo semanal de aulas id ntico e Diferentes antecedentes familiares e s cio culturais e Percursos musicais diferentes
95. kness H Purcell Widmung R Schumann Venite inginnocchiatevi Le nozze di Figaro Susanna W A Mozart Lamero saro costante Il Re pastore W A Mozart Saper Vorreste Un Ballo in maschera Oscar G Verdi Prova de Recital de 12 de mar o de 2013 e 18 abril 2013 Ah How pleasant tis to love H Purcell Cujus animam gementem Stabat Mater G B Pergolesi Vedrai carino D Giovanni Zerlina W A Mozart Meine seele hort im sehen Neun deutschen arien G F H ndel The Plaint Fairy Queen H Purcell Liria P Rodrigues Paysage Sentimental C Debussy Porgi amor Le nozze di Figaro Condessa W A Mozart 83 Prova de Recital de 6 de junho de 2013 O del mio dolce ardor Paride ed Elena Paride C W Gliick Fantoches F tes Galantes C Debussy Tenho tantas saudades F Lacerda Eu vi a Narda F L Gra a Bester jungling Der Shauspieldirektor Mme Silbenklang W A Mozart Quia respexit Magnificat J S Bach Le rossignol des lilas Rehnaldo Hahn Flosst mein heiland Orat rio Natal J S Bach Alunas em regime integrado Catarina Prova de Recital de 10 de dezembro de 2012 Ich folge dir gleichfalls Paix o S Jo o J S Bach Lungi dal caro bene G Sarti Ma rendi pur contento composizioni da Camera V Bellini Blute nur du liebes Herz Paix o S Mateus J S Bach Ama sospira Alcina Morgana G F H ndel P
96. ksey Irvin Cooper Karl Kuersteiner Herman Frederick Mayer e Jack Sacher Duncan Mckenzie Paul Roe Frederick Swanson e Dick Thompson 47 Etapas do desenvolvimento vocal Extens o Tessitura dos rapazes de 12 e 13 anos Antes da mudan a de voz Sib2 fa4 r 3 r 4 Durante a mudan a de voz sol sol3 sib2 gt f 3 r 2 1 3 sol2 d63 sibl gt f 2 e 143 gt d64 d62 mi2 Imediatamente a seguir mudan a r 2 s0 3 sol2 r 3 de voz 1al r 3 d 2 sol2 Tabela 8 Varia o da extens o e da tessitura dos rapazes de 12 e 13 anos durante as diferentes etapas do desenvolvimento vocal Phillips Rapazes com 14 anos ou mais Extens o Tessitura r 2 fa3 sol2 r 3 Depois da mudanga de voz sibl fa3 mib2 sib2 soll r 3 d62 s0l2 mil si2 lal mi2 Tabela 9 Varia o da extens o e da tessitura dos rapazes de 14 anos ou mais depois da mudan a de voz Phillips 48 Phillips tamb m da opini o que as varia es de extens o e tessitura vocais embora mais evidentes nos rapazes tamb m ocorrem nas raparigas Segundo este investigador o registo de peito nas raparigas come a na zona do d 3 e desce medida que a voz come a a amadurecer o registo m dio parecido com o de uma crian a e tem uma oitava de extens o entre o d 3 e o d 4 e o registo agudo come a em d 4 e tem uma oitava de extens o No entanto mais comum as raparigas cantarem com mais qualidade no regis
97. l 3 Outros crit rios s o a tessitura a qualidade vocal o desenvolvimento dos registos e a frequ ncia m dia da voz falada 4 Entre os 12 13 anos podem ocorrer todas as etapas descritas 5 Para a maioria dos rapazes a mudan a de voz come a entre os 12 e os 13 anos e atinge o seu ponto cl max entre os 13 e os 14 anos No entanto as vozes continuam a amadurecer depois disso 6 Em todas as etapas h menos varia o nas notas graves da extens o do que nas notas agudas 7 A primeira etapa do desenvolvimento corresponde sempre ao in cio da puberdade que pode variar de indiv duo para indiv duo As mudan as mais bvias est o relacionadas com o desenvolvimento das capacidades reprodutoras As primeiras dificuldades que surgem na voz cantada t m a ver com o registo agudo que se torna mais for ado e inst vel Pode surgir tamb m escape gl tico 19 E A Ay E ini Entendido como uma particular sequ ncia de sons que possuem a mesma qualidade sonora e que s o produzidos com o mesmo padr o vibrat rio pelas cordas vocais dentro de um certo intervalo O Connor 2011 SAGE 8 As diferentes etapas da mudan a de voz est o diretamente relacionadas com as diferentes fases da puberdade as mudan as vocais mais bvias ocorrem no cl max do desenvolvimento reprodutivo 9 Em m dia o per odo de tempo durante o qual ocorrem mais mudan as de 13 meses 10 N o se deve esperar que um adolescente tenha
98. las em Fevereiro de 2013 27 A funcionar desde 1993 ao abrigo da portaria n 1196 93 de 13 de Novembro 28 oa Dados fornecidos atrav s de conversa telef nica com colega que leciona na respetiva escola no presente ano letivo de 2012 2013 ETA o Apresenta o dos dados das entrevistas Para clarificar a an lise os dados foram agrupados segundo os temas e subtemas definidos divididos por regime de frequ ncia Ver anexo K A partir desta s ntese detalhada dos dados fornecidos pelas participantes nas oito entrevistas foram encontrados diversos padr es comuns que conduziram organiza o de novos dados descritos e contabilizados nas tabelas 19 20 21 22 e 23 Para facilitar a realiza o das tabelas foi atribu do a cada aluna um n mero de 1 a 8 Foram alvo de an lise as considera es de v ria ordem expressas pelas alunas nomeadamente comportamentos atitudes e motiva es Padr es de dados encontrados em Antecedentes Alunas do curso de Alunas do curso de familiares e outras influ ncias percurso musical e Canto em regime Canto em regime regime de frequ ncia integrado supletivo E E A iniciativa de estudar m sica surgiu de um desejo pessoal influenciada pela fam lia a estudar um instrumento Come a a estudar m sica depois dos 6 anos Sujeitou se a estudar um instrumento porque n o tinha idade para ter aulas de Canto O gosto pelo Canto surge depois de come ar a estudar um i
99. lui Ainda h muitas perguntas sem resposta no que diz respeito elabora o de estrat gias pedag gicas para se ultrapassarem os problemas vocais que surgem em cada etapa do desenvolvimento dos adolescentes Da literatura revista muitos s o os estudos que documentam de forma detalhada a mudan a de voz dos rapazes no entanto poucos s o os estudos que o fazem em rela o mudan a de voz nas raparigas sendo este um t pico que precisa ainda de muita investiga o Al m das implica es f sicas a mudan a de voz pode ter v rias implica es na vida pessoal e social dos adolescentes Ela interfere a n vel pessoal ao alterar a imagem que o jovem tem de si mesmo enquanto indiv duo singular detentor de caracter sticas pr prias interfere a n vel social com a implica o da aceita o dos outros a esta sua nova condi o e com a sua necessidade de integra o num grupo interfere no desenvolvimento musical e vocal dos alunos uma vez que as mudan as que v o acontecendo no seu corpo comprometem o desenvolvimento natural e saud vel da sua voz e consequentemente a 90 efic cia da sua emiss o tornando a irregular no que diz respeito sua extens o e tessitura interfere no seu percurso musical nomeadamente porque os planos de estudo dos cursos de Canto das escolas de m sica oficiais n o t m em considera o o desenvolvimento dos jovens e interfere no gosto pelo Canto uma vez que a maioria das mentalida
100. m t cnica de acordo com a fase do seu desenvolvimento al m de repert rio espec fico que apoie a sua tend ncia natural para se expressar vocalmente c f American Academy of Teachers of Singing 2002 54 M todos de ensino de Canto a adolescentes Da informa o recolhida destacaram se duas abordagens pedag gicas o m todo implementado pelo Trinity College London TCL e o m todo de Kenneth Philips descrito no seu livro Teaching kids to sing 1996 Ambos incluem todas as fases do desenvolvimento vocal de rapazes e raparigas dos 6 aos 18 anos diferindo apenas no tipo de orienta o pedag gica enquanto o primeiro segue uma linha pedag gica voltada para a performance onde a variedade de repert rio prevalece a segunda segue uma linha pedag gica puramente t cnica A escolha destas duas linhas pedag gicas t o distintas surge da necessidade de se adaptarem novas estrat gias pr tica pedag gica a desenvolver com adolescentes O TCL uma escola de ensino especializado da m sica em todos os n veis A estrutura curricular do curso de Canto ministrado segundo o m todo TCL descrita no Singing Syllabus e dividida por oito graus Para cada grau est referenciada uma extensa lista de pe as em v rias tonalidades com indica o da extens o al m de exerc cios t cnicos como os de Bray e Vaccai Destes os professores podem escolher segundo as caracter sticas vocais e musicais de cada aluno o programa par
101. mais de cantar dentro ou fora da EMCN 109 2 PARTE Consequ ncias da pr tica do Canto consciencializa o do desenvolvimento t cnico musical adquirido defini o da identidade vocal liga o emocional com o Canto e perspetivas futuras 1 Sente que a sua voz est a mudar com as aulas de Canto 2 Como descreveria essas mudan as 3 Estudar canto vai fazer de si um melhor cantor Porqu 4 Nesta altura sente se mais bem preparado vocalmente do que quando entrou na EMCN 5 Costuma estudar t cnica sozinha Estuda durante quanto tempo Quantas vezes por semana 6 Podia descrever me o que faz quando estuda sozinha Que rotinas tem 7 Gosta de cantar em p blico 8 Como se costuma preparar para fazer uma apresenta o p blica concerto audi o exame 9 Gosta de ouvir outros cantores 10 Com que frequ ncia os ouve 11 Que motivo a leva a ouvi los a voz ou a m sica 12 O repert rio que mais ouve o mesmo que canta 13 Acha que a sua voz parecida com a de algum cantor em especial Gostaria que fosse Com quem 14 Quando ouve algu m a cantar o que mais chama a sua aten o a t cnica os gestos a m sica o timbre a postura a indument ria 15 Quando foi a ltima vez que foi ouvir um concerto Tinha cantores 110 16 Ouve musica na internet O que costuma ouvir e com que frequ ncia 17 Acha que vai fazer o curso de Canto em 3 anos Se n o em quantos P
102. mento m dia 13 Na escola costuma cantar para os seus colegas Eles sabem que estuda Canto Costuma ensinar lhes a cantar melhor Que tipo de m sica 14 A maioria dos seus amigos s o neste momento seus colegas da EMCN 108 15 Passa mais tempo com os amigos colegas da EMCN ou com outros 16 Quanto tempo por semana passa na EMCN Desse tempo tem algum livre O que costuma fazer 17 Gosta de passar tempo na EMCN sem ser a ter aulas 18 Costuma vir estudar para a EMCN E ver concertos e audi es de outras classes 19 Encontra se com outros colegas da EMCN para ir a concertos fora da escola E para outros conv vios 20 Os seus colegas da EMCN costumam ouvir as suas audi es e exames E os colegas da escola 21 O que pensa da EMCN como escola gosta das disciplinas acha as adequadas aos seus gostos e espectativas 22 Que gostaria que mudasse na EMCN de forma a melhorar o tempo que l passa 23 Nos tempos livres f rias fins de semana costuma cantar Que tipo de m sica 24 Canta em algum agrupamento vocal fora da EMCN H quanto tempo 25 Durante quanto tempo ensaiam por semana 26 Se tivesse de escolher entre a sua participa o numa audi o na EMCN e um concerto do seu agrupamento o que faria 27 Qual o seu estilo de m sica favorito 28 Os seus amigos gostam do mesmo estilo de m sica 29 Relaciona se com pessoas que t m gostos musicais diferentes dos seus 30 Gosta
103. n o dos objetivos programados Ver anexos A D E e F Conclus o Ao longo de d cadas de ensino o professor de Canto foi visto como um difusor de ideias incontest veis transmitindo conhecimentos adquiridos na sua pr tica n o se preocupando com aspectos de car cter pedag gico nem com a contribui o destes para a evolu o da aprendizagem dos seus alunos A forma o acad mica da maioria dos professores de Canto com mais de dez anos de experi ncia em escolas oficiais do ensino especializado da m sica e com forma o a n vel de licenciatura voltada essencialmente para a Performance n o tendo os referidos professores forma o espec fica de pedagogia e did tica de ensino do Canto e da T cnica Vocal Assim o percurso profissional pedag gico destes professores acaba por se desenvolver a partir das pr prias experi ncias de aprendizagem e da experi ncia enquanto professores levando a que a organiza o dos procedimentos em sala de aula venha de experi ncias pr ticas acumuladas 38 ao longo do tempo de contacto com diversos profissionais com percursos musicais e expectativas diversas Esta experi ncia extremamente valiosa n o deve ser marginalizada nem trocada por um manual t cnico Um bom professor tem experi ncias para partilhar experi ncias que nascem da sua pr tica e do seu contacto direto e di rio com os seus alunos Um bom professor sabe que cada aluno um caso novo para descobrir e que
104. n as dos 6 aos 9 anos e B sico destinado a crian as e jovens dos 10 anos aos 15 anos e Secund rio ou Profissional a partir dos 15 anos 3 se y mi Neste contexto foram implementados os cursos gerais de Instrumento Forma o Musical e Canto ministrados em escolas de m sica vocacionais como a EMCN e foram criadas as Escolas Superiores de M sica inseridas no mbito do Ensino Superior Polit cnico oa je Por sua vez a frequ ncia dos cursos b sico e secund rio pode ser feita ao abrigo de um dos seguintes regimes de frequ ncia e Regime Supletivo quando a forma o espec fica e vocacional ministrada no estabelecimento de ensino art stico especializado independentemente das habilita es liter rias do aluno e Regime Articulado quando as disciplinas de forma o geral s o ministradas em NR ERES E escolas de 2 ciclo 3 ciclo ou secund rio e apenas as disciplinas de forma o espec fica e vocacional s o ministradas no estabelecimento de ensino art stico especializado e Regime Integrado quando as disciplinas de forma o geral e as disciplinas de forma o espec fica e vocacional s o ministradas no estabelecimento de ensino art stico especializado A popula o escolar da EMCN maioritariamente proveniente do distrito de Lisboa Presentemente a escola tem cerca de 900 alunos A maior parte destes frequenta a institui o em regime supletivo No entanto
105. n Archives of Disease in Childhood Vol 77 n 5 pp 445 447 Haston Gabrielle L 2007 Physiological Changes in the Adolescent Female Voice Applications for Choral Instruction Disserta o de Mestrado em Musica Chatanooga Universidade do Tennessee Acedido a 5 de Setembro de 2011 em http www utc edu Administration DepartmentalHonors HastonG pdf Husler Frederick Marling Yvonne 1976 Singing the physical nature os the vocal organ A guide to the unlocking of the singing voice Essex Hutchinson and co Ltd Lips Helmut 1989 Iniciacion a la t cnica vocal Lleida Orfeo Lleidata London Trinity College 2012 Singing Syllabus 2013 2014 Londres Trinity College London McGraw Phill 2007 A familia em primeiro lugar O plano passo a passo para criar uma familia feliz Porto Porto Editora McPherson Gary E 2006 The child as musician a handbook of musical development Oxford Oxford University Press Miyamoto Karen 2005 Effects of a remedial singing method on the vocal pitch accuracy of inaccurate elementary singers In Research and Issues in Music Education Vol 3 n 1 pp s p Acedido a 5 de Fevereiro de 2012 em http www stthomas edu rimeonline vol3 miyamoto htm Murdock Ron 1996 Born to Sing In Curiosity recaptured exploring ways we think and move California Mornum Time Press Oliveira Vilmar Pereira 2012 A influ ncia do gosto musical no processo de constru o da iden
106. na Nascimento e eu adorava Comecei aos seis mas fui para Violino na Inicia o do Conservat rio Depois fiz integrado do 7 ao 9 sa no 10 e 2 vim para Canto que era no fundo o que eu queria Porque o Violino nunca foi o que eu quis fazer Eu sempre quis vir para Canto s que n o se pode entrar quando se pequeno s depois dos quinze anos Por isso eu sempre fiz o violino um bocado por meio para vir para Canto para ganhar bases na m sica e n o sei qu para depois vir para Canto Porque as minhas duas escolhas sempre foram desenhar e cantar Ali s nos ltimos tr s anos at mais desenhar do que cantar S o ano passado que retomei esta coisa de cantar Rela o com o meio social musical e escolar Os meus amigos assim mais pr ximos s o ca do Conservat rio Na Ant nio Arroio s tenho uma grande amiga mas ela tamb m anda ca Passo dez horas por semana no Conservat rio Gosto muito de vir c Tenho c 118 amigos Venho ver Audi es ou Concertos ao Conservat rio quando algum amigo meu toca mas n o um h bito Se houvesse aqui a possibilidade de fazer as disciplinas de Arte eu ficava J cantei no CIUL J cantei numa banda eu era a vocalista Dados fornecidos pelas alunas que frequentam o regime integrado referentes 2 Parte das entrevistas Consequ ncias da pr tica do Canto 1 Mariana
107. nha coro tamb m Chegando ao fim do 9 ano fiz uma prova para entrar aqui no integrado de Canto A minha m e j conhecia assim o Conservat rio Eu sempre quis canto lirico Nunca quis mais nada Eu acho que a nica coisa que eu me sinto bem a fazer 115 Para estar no supletivo era preciso ter uma escola e eu n o me sentia bem em nenhum dos cursos Rela o com o meio social musical e escolar N s aqui somos todos amigos uns dos outros Somos todos um grande grupo A maioria dos seus amigos s o aqui da escola Aqui eu sinto me bem a estudar Os meus colegas costumam ouvir as minhas audi es Encontro me com colegas do Conservat rio para ir a concertos Dados fornecidos pelas alunas que frequentam o regime supletivo referentes 1 Parte das entrevistas Motiva o para o estudo do Canto 5 Maria K Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia A minha m e toca piano professora de Pr tica de Teclado no Conservat rio J foi pianista acompanhadora O meu pai n o trabalha com isso mas sempre tocou instrumentos a vida toda dele Pensou ser M sico e sabe m sica tanto quanto a minha m e O meu irm o tamb m canta toca contrabaixo e tamb m est no Conservat rio Estava entre o 5 ano ou 6 ano quando comecei a ter aulas de Canto Eu gostava de cantar por cantar assim em casa e como a minha m
108. nina dizia que queria ser cantora l rica mas agora tenho mais op es Eu n o me vejo a desistir de Canto Se desistir do Canto fico um bocado nora 7 Carolina Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Especialmente pela quest o do ar do espa o no in cio eu tinha mesmo muito ar e j sabia j de alguns anos porque a professora de coro j me tinha dito v rias vezes e eu ainda piorava n o sabia como havia de fazer Este ano eu sinto que estou a melhorar no primeiro e segundo per odo melhorei muito isso e estou a tentar fazer o espa o ainda est um bocado est a desenvolver mas eu vou tentando s vezes pe o ajuda minha m e e ela faz me um aquecimento Ela a maior parte das vezes p e me a cantar no ch o ou a empurrar uma parede para conseguir fazer as coisas melhor Dependendo das aulas que vou tendo a professora diz me para fazer algum determinado com a l ngua d exemplo tem sido basicamente com as dicas que a professora d de aula para aula Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Eu estou sempre a cantar Eu gosto muito de M sica Antiga Gosto de cantar em p blico mas fico muito muito nervosa Acho que a minha voz parecida com a da minha irm O que gosto de ouvir num cantor a expressividade A m sica tamb m Perspetivas futuras Eu acho que n o vou fazer o cu
109. nstrumento O gosto pelo Canto foi sempre maior do que o gosto por um instrumento Escolhe o curso de Canto em regime integrado porque n o sente nenhum gosto especial por outra rea Escolhe o curso de Canto em regime supletivo por gostar de outras mat rias n o contempladas no curso de m sica a T E O E See _ E gt l mM e Pee E E eo 1 N N 1 Padr es de dados encontrados em Antecedentes Alunas do curso de Alunas do curso de familiares e outras influ ncias percurso musical e Canto em regime Canto em regime regime de frequ ncia integrado supletivo Teve influ ncia de pessoas com quem se relacionava Elo 3 x x x x musicalmente na escolha do regime integrado Fez ensino articulado ou integrado at ao 9 ano Teria escolhido o regime integrado se pudesse fazer disciplinas de outra rea em conjunto com as de M sica Revela algumas d vidas no regime de frequ ncia EE x x escolhido A familia apoia totalmente a sua decis o na escolha do k X X X X X curso e do regime 1 Mariana 2 Leonor 3 Raquel 4 Catarina 5 Maria K 6 Maria V 7 Carolina 8 Beatriz Acha que fazer musica em exclusivo lhe ocupa demasiado tempo Tabela 19 Padr es de dados comuns s alunas de ambos os regimes encontrados em Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia Padr es de dados encontrados em Rela
110. ntes e vogais 5 Fala e canto Articula o sil bica e sobre a mesma vogal 25 6 Resson ncia Explora o dos v rios espa os ressoadores 7 Registos A voz global exerc cios de desenvolvimento das fun es vocais e do equil brio entre elas Durante este processo os alunos dever o consciencializar se dos resultados mesmo que estes n o sejam ainda os pretendidos valorizando se os objetivos atingidos Trabalhar a voz um ato de paci ncia e persist ncia Aprender a ouvir sentir e corrigir s poss vel com a repeti o De sublinhar a import ncia do di logo sem o qual o aluno n o sentir suficiente vontade para expor d vidas e partilhar experi ncias indispens veis para um melhor conhecimento da personalidade dos alunos e manter em cada aula um n vel de desafio com metas alcan veis indispens veis para o desenvolvimento da motiva o intr nseca De acordo com a pr tica pedag gica desenvolvida foi evidente que as vozes jovens evoluem muito depressa quando estimuladas corretamente mas que precisam de tempo para recuperar No princ pio a pr tica deve cingir se a dois ou tr s exerc cios que podem ser trabalhados com pequenas varia es durante algumas semanas Se essa pr tica se tornar um exerc cio fastidioso poder fazer se alternadamente no repert rio de uma forma mais l dica Alunos novos e adolescentes n o poder o ao in cio estudar individualmente com efic cia pois
111. nto em regime integrado nessas escolas assim como o n mero de alunos inscritos Seguidamente foram elaboradas e registadas oito entrevistas a alunas adolescentes a estudar Canto na EMCN quatro ao abrigo do regime integrado e quatro ao abrigo do regime supletivo no ano letivo de 2012 2013 e foi recolhida informa o sobre as suas audi es e provas p blicas com o objetivo de quantificar o repert rio e perceber as diferen as na execu o do mesmo Na Metodologia de Investiga o ser o descritos os procedimentos metodol gicos que nortearam esta investiga o descrevendo a e caracterizando a como uma investiga o explorat ria e qualitativa Na Apresenta o e An lise de Resultados ser o descritos os dados recolhidos ao longo da investiga o com a descri o dos principais padr es encontrados nas oito entrevistas segundo os temas e subtemas assim como a an lise dos programas das apresenta es p blicas Na Conclus o ser feita uma reflex o aprofundada sobre os resultados obtidos Revis o de Literatura Ao longo da hist ria o conceito de adolesc ncia foi sofrendo altera es em fun o da poca e do ambiente social econ mico e cultural a que reporta Muitos s o os que teorizaram sobre a adolesc ncia e o per odo da vida a que se referencia Se dif cil marcar o seu in cio igualmente dif cil marcar o seu fim 42 Para a Organiza o Mundial de Sa de a adolesc ncia o per odo
112. ntrolo das notas de passagem entre os registos embora ainda possa ocorrer uma quebra entre o r 4 e o fa 4 O escape gl tico come a a diminuir e a voz ganha um timbre mais rico al m de se tornar mais fluente surge o vibrato o som ganha mais resson ncias e mais volume e a voz torna se mais gil Na tabela seguinte est o reunidos os principais resultados obtidos por Gackle relativamente varia o da extens o e tessitura das raparigas durante as quatro etapas da AD mudan a da voz Os valores em par ntesis representam exce es que ocorrem frequentemente Etapas do desenvolvimento vocal nas Extens o Tessitura raparigas Etapa I da mudan a de voz sib2 fa4 144 r 3 r 4 Etapa II A da mudan a de voz 142 s 014 144 r 3 r 4 Etapa II B da mudan a de voz fase l42 f 4 144 si2 d 4 cr tica Etapa III da mudan a de voz 142 sol2 144 si4 l 2 gt sol4 Tabela 11 Varia o da extens o e tessitura das raparigas durante as quatro etapas da mudan a de voz Gackle Em rela o Etapa II B a autora refor a que apesar da voz dar a ilus o de ser grave necess rio continuar a exercitar a totalidade da extens o uma vez que as altera es desta fase s o transit rias e que o uso continuado do registo grave pode ser prejudicial As diferentes fases de transi o da voz cantada sugeridas por estes e outros autores s o indispens veis a uma sele o de repert rio adequado a cada etapa
113. o Eu adorava ir para fora Talvez ir para It lia estudar e depois andar por a a cantar onde me queiram Gostava muito de fazer Opera O Canto para mim est no TOP o principal Dados fornecidos pelas alunas que frequentam o regime supletivo referentes 2 Parte das entrevistas Consequ ncias da pr tica do Canto 5 Maria K Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Estou com a voz mais amadurecida Acho que de ano para ano eu sinto imensa diferen a e vendo grava es antigas e as de agora Vou a mais agudos e a mais graves do que ia antes acho eu e passar da voz de cabe a para os graves s vezes ainda me atrapalha mas j n o o que era antes Estudar Canto uma vantagem que eu tenho em rela o a pessoas que cantam s por cantar D me experi ncia fico a saber coisas Com as aulas de Canto eu aprendo postura aprendo a estar em palco vou tendo audi es uma coisa que ainda vou ter de desenvolver bastante mas vai melhorando Normalmente fa o aquilo que me 121 apetece lembro me dos exerc cios que fa o nas aulas e tento fazer isso tenho piano no quarto por isso s vezes fa o vou vendo se estou afinada Eu n o tenho muito conhecimento de cantores famosos bons eruditos nunca foi o que eu sempre ouvia assim mas gosto quando ou o gosto Defini o da identidade vocal e liga
114. o Filipa Maria de Sousa 2009 Identidade Etnica Modelos Relacionais e Bem Estar na Adolesc ncia Disserta o de Mestrado em Psicologia Social e das Organiza es ISCTE IUL Instituto Universitario de Lisboa American Academy of Teachers of Singing 2002 Teaching Children to sing A statement by the American Academy of Teachers of Singing Acedido a 5 de Dezembro de 2011 em http americanacademyofteachersofsinging org assets articles TeachingChildren pdf Bunch Meribeth 1995 3 Edi o Dynamics of the singing voice Viena Springer Verlag Cooksey J 2000 Voice transformation in male adolescents In L Thurman amp G Welch Eds Bodymind and Voice Foundations of Voice Education Rev Ed pp 718 744 Collegeville MN The VoiceCare Network amp the National Center for Voice and Speech Cooksey John M Welch Graham F 1998 Adolescence Singing Development and National Curricula Design In British Journal of Music Education Vol 15 n 1 pp 99 119 Cordeiro Mario 2009 O grande livro do adolescente Lisboa A Esfera dos Livros Davis S G 2011 Musical identities and music education A review essay International Journal of Education amp tha Arts Vol 12 Acedido em 23 de Agosto de 2012 em http www ijea org vDr6 Dinville C 1998 Les troubles de la voix et leur r ducation Paris Masson Ferreira Manuela Nelas Paula Batista Adolesc ncias Adolescentes In Educa o ci
115. o qualquer prop sito de generaliza o Para tentar atingir os objetivos propostos foi feito um levantamento bibliogr fico foram realizadas entrevistas com os indiv duos diretamente relacionados com o problema e foi recolhido material que comprovasse o n vel de desenvolvimento t cnico musical e performativo dos mesmos Considerou se pertinente seguir uma metodologia de natureza qualitativa pois entendeu se que seria a mais adequada para compreender os processos e os fen menos inerentes problem tica desta investiga o a partir das representa es e percep es dos indiv duos j que s o estes a base das quest es levantadas Como refere Yin Yin 2012 p 11 pretendemos uma investiga o que capte os verdadeiros significados dos acontecimentos na perspetiva dos indiv duos a serem estudados Este tipo de investiga o privilegia essencialmente a compreens o dos problemas a partir da perspetiva dos sujeitos da investiga o Deste modo pensamos que as t cnicas de pesquisa qualitativa a entrevista e a observa o participante que se utilizaram nesta investiga o s o as que melhor colocam o investigador em contacto direto e aprofundado com os indiv duos e permitem compreender em pormenor o que esses indiv duos pensam sobre o assunto ou agem em determinadas circunst ncias No entanto importante sublinhar que sendo os dados interpretados pelo investigador poss vel que reflitam alguma subjeti
116. o de compet ncias por parte de alunos adolescentes que frequentam o curso em regime integrado ou em regime supletivo Dada a abrang ncia destas quest es considerou se pertinente formular as seguintes subquest es Dados fornecidos pelo j ri das provas de admiss o realizadas a 11 de Maio de 2013 pelas 10h na EMCN 61 1 Que papel desempenha a fam lia do aluno nesta decis o 2 Que papel desempenham as experi ncias musicais do aluno nesta decis o 3 Que papel desempenha o contexto social em que o aluno est inserido nesta decis o 4 Quais as consequ ncias de uma pr tica regular de trabalho vocal num contexto escolar Objetivos da investiga o Este trabalho de investiga o prop e analisar a problem tica do ensino do Canto a adolescentes na EMCN tendo em conta que a frequ ncia do curso coincide com a fase de mudan a de voz S o objetivos gerais deste trabalho e Recolher e analisar informa es relativas ao desenvolvimento vocal f sico e psicol gico dos adolescentes e Conhecer as raz es que os levaram a optar por uma carreira como cantores S o objetivos espec ficos deste trabalho e Compreender se a escolha do curso de Canto e do tipo de regime de frequ ncia se deve a influ ncias familiares culturais e ou sociais e Analisar de acordo com o tipo de regime de frequ ncia escolhido i As diferen as de inser o no ambiente escolar ii As consequ ncias de uma pr tica vocal reg
117. o que as alunas que o frequentam em regime supletivo Palavras chave Canto Adolesc ncia Mudan a de Voz Regime Integrado Regime Supletivo Abstract I The present internship report was prepared as part of the Curricular Unity CU of the Specialized Teaching Stage for Master in Music Teaching at Escola Superior de Musica de Lisboa in the scope of the CU of Didacticism in Specialized Teaching It is focused on the pedagogical practice developed with three singing students of the Escola de Musica do Conservat rio Nacional EMCN during the 2012 2013 school year each with different levels in vocal development being adolescents or having recently left adolescence In this section the main pedagogical lines which were followed are listed as well as the main reasons which led to their choice How the technical and musical work was organized and planned with the students is also described according to the physical and vocal development of each one in addition to all school activities held the aim of which was to promote the artistic development of students Abstract II According to the legislative rules the EMCN has incorporated a growing number of adolescent students in to the singing course Although the school has provided two attendance options for the above course regime integrado and regime supletivo students still prefer to attend the latter This research project was seen as an opportunity to analyse part of the problem
118. o sobre a sua viv ncia durante a mudan a de voz Anexo O listagem de alunos de Canto da EMCN no ano letivo de 2012 2013 Anexo P classifica o tipol gica das consoantes e das vogais 63 64 66 70 70 74 75 80 83 86 87 90 92 96 97 98 98 100 101 104 105 106 107 108 112 113 114 125 126 127 128 129 INDICE DE TABELAS Tabela 1 Caracteristicas vocais dos alunos no inicio do ano letivo de 2012 2013 18 Tabela 2 Habilita es dos alunos no ano letivo de 2012 2013 18 Tabela 3 Descri o de algumas imagens utilizadas e sua correspond ncia com o objetivo pretendido 27 Tabela 4 Resultados da evolu o de compet ncias adquiridas durante os tr s per odos do ano letivo de 2012 2013 33 Tabela 5 Caracter sticas vocais dos alunos no final do ano letivo de 2012 2013 35 Tabela 6 Lista de repert rio apresentado publicamente pelos alunos 37 Tabela 7 Varia o da extens o e tessitura dos rapazes durante as diferentes etapas do desenvolvimento vocal Cooksey 45 Tabela 8 Varia o da extens o e da tessitura dos rapazes de 12 e 13 anos durante as diferentes etapas do desenvolvimento vocal Phillips 48 Tabela 9 Varia o da extens o e da tessitura dos rapazes de 14 anos ou mais depois da mudan a de voz Phillips 48 Tabela 10 Varia o da extens o e tessitura das raparigas de 12 13 e 14 anos durante as diferentes etapas do desenvolvimento vocal Phillips 50 Ta
119. om as usadas para as vozes adultas Nas raparigas o primeiro sinal de mudan a de voz muitas vezes uma ligeira rouquid o inseguran a na emiss o vocal e escape gl tico resultante da insuficiente contra o dos m sculos interaritenoideos Gackle 1991 Embora muitas vezes a mudan a de voz n o seja evidente nas raparigas tem efeitos tempor rios na voz cantada nomeadamente e Diminui o da capacidade e facilidade de cantar sons agudos e Inseguran a e ou irregularidade na afina o e Ocorr ncia de quebras nos diferentes registos e Aparecimento gradual de rouquid o e Diminui o da extens o e inconsist ncia da mesma e Manifesta o de aspereza ou sujidade na voz e Dificuldade ou sensa o de desconforto a cantar e ou a falar Devemos ainda referir importantes transforma es a n vel f sico que naturalmente t m repercuss es a n vel vocal e mesmo psicol gico e Crescimento f sico geral e Alargamento da estrutura ssea em especial ao nivel das ancas e Nascimento dos segundos molares e Crescimento de pelos pubicos e Desenvolvimento mam rio e Aparecimento da primeira menstrua o 51 Segundo Gackle a mudan a de voz nas raparigas esta dividida em quatro etapas s quais correspondem uma s rie de caracter sticas t picas das diferentes fases do desenvolvimento f sico das adolescentes l Etapa I pr puberdade 8 11 anos ou at
120. orqu 18 Depois do 12 ano gostaria de frequentar um Curso Superior de Canto 19 Quais s o as suas ambi es enquanto cantora a pequeno prazo e a longo prazo 20 O que representa a M sica e o Canto para si 111 Anexo I entrevistas em ficheiro v deo ndice I Mariana Fernandes II Leonor Robert II Raquel Alves IV e IV Catarina Mouro V Maria Kopke VI Maria Vidal VII Carolina Repas VIII Beatriz Bagulho 33 Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 112 Anexo J transcri o das entrevistas ndice I A Mariana Fernandes II A Leonor Robert II A Raquel Alves IVA Catarina Mouro V A Maria Kopke VI A Maria Vidal VII A Carolina Repas VIII A Beatriz Bagulho 34 Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 113 Anexo K sintese de dados recolhidos nas entrevistas Dados fornecidos pelas alunas que frequentam o regime integrado referentes 1 Parte das entrevistas Motiva o para o estudo do Canto 1 Mariana Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia Comecei a cantar desde que comecei a andar Eu sempre adorei cantar nunca fui muito de instrumentos A minha m e p s me na m sica desde muito pequenina aos 3 99 66 anos estudei piano e violino Aos 3 4 anos fizemos um espet culo eu
121. os individualmente e dentro da sociedade na adolesc ncia que se come am a definir as prefer ncias musicais que perduram para o resto da vida Numa recente pesquisa feita sobre as contribui es e influ ncias da m sica na constru o da identidade dos jovens Oliveira 2012 concluiu se que a m sica al m de ser um instrumento de aquisi o de cultura e lazer um instrumento de integra o social pois serve de meio para os jovens estabelecerem trocas experi ncias relacionamentos sonhos modos de vida e modos de ser Al m disso ajuda os a inserir se em grupos de conviv ncia que representam a escolha da sua pr pria identidade social Hargreaves Music and adolescent identity 2000 defende que a adolesc ncia pode ser um per odo cr tico na determina o das prefer ncias musicais e que a m sica pode ser um importante instrumento nas perce es sociais dos adolescentes O conceito de identidade musical permite nos olhar para as v rias intera es entre a m sica e o individuo identidade que pode variar ao longo da vida e que est ligada a experi ncias de atividade musical individual ou em grupo Entender o conceito de identidade musical nas crian as e nos jovens relevante uma vez que nos permite compreender a base do desenvolvimento musical individual enquanto a identidade se constr i Al m disso fornece nos uma maneira de conceptualizar uma liga o entre as influ ncias biol gicas e sociais e o desenvolv
122. patia e entusiasmo e Ajustar os processos pedag gicos a cada aluno e Gerir rigorosamente o tempo de aula assim como o tipo e a quantidade de feedback dado esperando desta forma contribuir para o desenvolvimento de compet ncias metacognitivas dos alunos Tendo em conta o programa geral do Exame Final do Curso de Canto atr s referido foi estabelecido que cada aluno executasse durante o ano letivo repert rio em pelo menos tr s l nguas e tr s estilos diferentes e articularam se pr ticas de trabalho com as disciplinas de Italiano e Alem o Atividades realizadas De acordo com as orienta es program ticas do Curso de Canto da EMCN do programa geral da escola e do trabalho desenvolvido em anos anteriores foram realizadas as seguintes atividades paralelamente s aulas individuais e Sess es individuais de trabalho t cnico e musical e An lise de grava es de aulas e apresenta es p blicas e Ensaios com o pianista acompanhador e com a cravista acompanhadora convidada para prepara o das Audi es e Provas de Recital e An lise cr tica feita pelos alunos aos ensaios gerais das audi es referidas no n mero anterior e Prepara o de alunos para a participa o em concertos organizados pela escola 30 e Audi es trimestrais 7 de Dezembro de 2012 8 de Fevereiro de 2013 14 de Mar o de 2013 e 24 de Maio de 2013 e Provas de Recital 10 de Dezembro de 2012 12 de Mar o de 2013 e 6 de Junho
123. periences previously acquired Furthermore data also showed that girls who attend the regime integrado have a faster development in their musical and technical autonomy as compared to those attending the regime supletivo Keywords Singing Adolescence Voice Change Regime Integrado Regime Supletivo INDICE GERAL Sec o I Pr tica Pedag gica Caracteriza o da Escola Caracteriza o dos Alunos Crit rios de sele o Perfil dos alunos selecionados Pr ticas Pedag gicas Desenvolvidas A voz parte integrante de um todo Postura e respira o Aquecimento Ensinar a cuidar da voz Procedimentos e estrat gias utilizados Outras estrat gias e pr ticas O repert rio A rela o professor aluno Organiza o do trabalho Atividades realizadas Avalia o Participa o em j ris e atividades n o pedag gicas An lise Cr tica da Atividade Docente Conclus o Sec o II Investiga o Descri o do Projeto de Investiga o Revis o de Literatura Compreender a voz na adolesc ncia Estudos sobre a aprendizagem do Canto na adolesc ncia M todos de ensino de Canto a adolescentes O desenvolvimento da identidade vocal e musical dos adolescentes Influ ncias do ambiente social na escolha da carreira musical profissional Conclus o Metodologia de Investiga o Contextualiza o do problema Problem tica Quest es de investiga o Objetivos da investiga o Fases da investiga o 13 13 16 16 17 20 20 20 21 22
124. r para uma Superior depois de a voz j estar mesmo segura Agora com a idade que tenho ela ainda muito fr gil Gostava de ir para fora fazer o curso superior Eu gostava de cantar em peras e cantar por a A seguir ao 12 era fazer o curso superior pensar talvez num 120 Mestrado tudo na rea do Canto O Canto uma parte da minha vida aquilo que gosto Pp de fazer 4 Catarina Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Aprendo coisas 2 que n o sabia que n o fazia a m nima ideia O Canto uma disciplina muito puxada Fa o mesmo meia hora de vocalizos e depois vejo as pe as Os vocalizos dependem das pe as se tenho uma pe a assim com uns agudos estramb licos tenho de fazer uns certos vocalizos por exemplo para puxar as resson ncias de baixo para cima tenho que incidir mais nos agudos Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Canto muito nos tempos livres Gosto mesmo de m sica erudita Alguns dos meus amigos gostam do mesmo estilo que eu Se estiver agarrada ao computador estou a ouvir m sica sempre Canto sempre Canto L rico mais pela voz em si do que pelo repert rio Gosto de vozes com cor com musicalidade mesmo Perspetivas futuras Acho que n o vou fazer o curso em 3 anos porque a voz n o est plenamente amadurecida antes dos dezoit
125. r Se o II Compreender a voz na adolesc ncia A nota mais grave da sua extens o est perto da frequ ncia m dia da voz falada desde h 1 ano Os registos ainda n o est o totalmente homogeneizados mudando com demasiada facilidade para falsete Tem uma excelente leitura 1 vista e extrema facilidade em memorizar repert rio em diversas l nguas membro do Coro Lisboa Cantat e do Coro Gulbenkian Integra diversos agrupamentos de Folk Jazz e M sica Tradicional Portuguesa A m e professora de Educa o Musical e o pai integra o agrupamento Gaiteiros de Lisboa aluno da EMCN h 6 anos trabalhador estudante Maria Teve os primeiros sintomas de mudan a de voz aos 11 anos Est na fase II B da mudan a de voz Ver Se o II Compreender a voz na adolesc ncia A sua voz falada est vel mas a voz cantada n o o No registo agudo tem ainda voz branca Mostra muita inseguran a na afina o especialmente nas passagens entre registos Tem boa pr tica de dic o Tem gest o equilibrada dos v rios espa os ressoadores apesar de ainda se revelarem quebras evidentes na passagem de registos Revela dificuldades na memoriza o de repert rio de n vel m dio Integra uma Banda Rock o que a obriga a explorar um repert rio essencialmente no registo m dio grave e em Ingl s Teve aulas de T cnica Vocal na EMCN rea Projeto antes de fazer provas de admiss o ao curso de Canto durante a fase mais cr tica da mu
126. realizadas no ano letivo de 2012 2013 das alunas do curso de Canto em regime supletivo An lise dos dados dos programas das Provas de Recital e das Audi es Da observa o das tabela 24 e 25 retiraram se as seguintes conclus es e De um modo geral constata se que as alunas que frequentam o curso de Canto em regime integrado fazem mais repert rio que as alunas que frequentam o curso de Canto em regime supletivo e O repert rio executado pelas alunas que frequentam o curso de Canto no regime integrado de maior dificuldade t cnica e interpretativa do que o repert rio executado pelas alunas que frequentam o curso de Canto no regime supletivo e As alunas em regime integrado executam pe as de v rios estilos e pocas e em v rias l nguas e As alunas em regime supletivo cantam pe as essencialmente da poca barroca e em Ingl s e Italiano 86 Conclusao A presente investiga o avaliou as poss veis causas familiares sociais e culturais que podem influenciar um adolescente a optar pela frequ ncia do curso de Canto em regime integrado ou em regime supletivo A maioria das alunas investigadas tem a certeza de que cantar o que mais gosta de fazer mas apenas metade tem a certeza que quer seguir Canto profissionalmente Os dados expostos mostram que a influ ncia familiar embora determinante durante a inf ncia assume um papel secund rio na adolesc ncia sendo substitu da pela dos professores maestro
127. related to teaching singing to adolescents in particular the relevance of the continued implementation of the singing course in the regime integrado based on the following questions Which factors influence the adolescent students to choose either the regime integrado or the regime supletivo for singing at EMCN What are the differences in the skills acquired by students in either one regime or the other Considering that it is important to know the complexity of the vocal nature of adolescents as regards to voice change a bibliographic search related to the topic was done When the subjects of general education and specific music training are both taught at the music school When the specific and vocational training is given at the music school whatever are the students qualifications or age In addition several teaching methods practiced with adolescents were described and analysed Eight interviews to adolescents attending the singing course at EMCN were then executed four under the regime integrado and another four under the regime supletivo Programs of all their public performances held this academic year were also collected with the aim of quantifying the repertoire and understanding differences in its execution Data obtained revealed that reasons for an adolescent to choose the regime integrado or the regime supletivo are directly related to social and school environments in which they are inserted as well as the vocal ex
128. ro haver um aluno ou mesmo um cantor profissional que respire eficientemente o que provoca altera es de postura e contra es musculares compensat rias De uma forma sucinta os problemas mais comuns encontrados em sala de aula s o e Falta de tonicidade muscular geral e Rigidez dos ombros e Rigidez do maxilar inferior normalmente manifesta em falta de mobilidade e Inspira o excessiva e consequente reten o de ar e Falta de flexibilidade respirat ria Aquecimento Uma boa sequ ncia de trabalho t cnico deve come ar pelo aquecimento das articula es alongamento e relaxamento do pesco o dos m sculos faciais dos l bios e da l ngua dos m sculos intr nsecos e extr nsecos da laringe e produ o de consoantes explosivas e fricativas consoantes sonoras e vogais Ver anexo P come ando num registo m dio 21 correspondente ao da fala e continuando progressivamente em intervalos cada vez maiores at mais agudo e mais grave com sequ ncias r tmico mel dicas mais complexas Come ar a aquecer a voz com exerc cios de escalas e arpejos considerado por alguns dos mais competentes professores e cantores da atualidade o mesmo que executar um repert rio de belcanto sem aquecer a voz causa de grande n mero de patologias em cantores inexperientes O aquecimento corporal antes do aquecimento vocal acelera o processo reabilitador que uma sess o de t cnica vocal pode ter Sendo o canto uma a o que
129. rova de Recital de 12 de mar o de 2013 e 18 abril 2013 Batti batti Don Giovanni Zerlina W A Mozart Erinnerung G Mahler Sonetto Proemio dell Opera Merc di voi dueto vocal Barbara Strozzi Die Bekehrte H Wolf Che sento Se pieta di me non senti Giulio Cesare Cleopatra G F Handel Sonetto Proemio dell Opera Merc di voi dueto vocal Barbara Strozzi Prova de Recital de 6 de junho de 2013 Movetevi a pieta Le nuove musiche G Caccini Quia respexit Magnificat J S Bach Ne men con l ombre Serse Romilda G F Handel Stabat Mater Stabat Mater dueto G Pergolesi Quoniam Missa em D menor trio W A Mozart Stabat Mater Stabat Mater dueto G Pergolesi Quis non posset Stabat Mater J Haydn Il mio crudel martoro Ariodante Ginevra G F Handel Quoniam Missa em D menor trio W A Mozart Tabela 24 Repert rio referente s provas de recital realizadas no ano letivo 2012 2013 das alunas do curso de Canto em regime integrado 84 Alunas em regime supletivo Carolina Audi o de 7 de dezembro de 2012 Spring Ivor Gurney Jerusalem Jerusalem Paulus J F Mendelssohn Dira che amor per me Serses Atalanta G F Handel Sospiri di foco F Cavalli Audi o de 8 de fevereiro de 2013 Mein gl ubiges herze BWV 68 J S Bach Fairest isle King Arthur Venus H Purcell How beautiful
130. rso em tr s anos porque eu ainda sou jovem e a minha voz n o est suficientemente evolu da em rela o a pessoas mais velhas e n o justo porque n o estamos ao mesmo n vel E eu preciso de evoluir mais do que eles recisam porque t m a voz mais est vel do que a minha Nunca pensei muito no futuro ed 123 O Canto o que eu estou a fazer o que eu gosto mesmo e pronto a influ ncia que a minha fam lia tem tamb m me ajudou muito e apoiou muito 8 Beatriz Consciencializa o do desenvolvimento t cnico e musical adquirido Eu acho que sim mas uma evolu o gradual como crescer por isso est sempre a acompanhar me e por isso eu n o reparo logo Mas quando penso no 1 per odo ou at no ano passado reparo que h diferen as mais f cil fa o um pequeno aquecimento e mais f cil ter a voz preparada O ano passado eu tinha de estar a aquecer imenso e n o sei qu para atingir as notas mais altas e est se a tornar n o sei est a ganhar mais forma n o sei descrever Meia hora vinte minutos tr s vezes nas melhores cinco Defini o da identidade vocal e liga o emocional com o Canto Eu tive num coro que era da Universidade de Lisboa CIUL mas depois sa e recentemente durante os ltimos oito meses tinha uma Banda e eu era a vocalista Gosto de New Wave Relaciono me com pessoas que n o tenham o mesmo estilo musical que eu
131. s e colegas de grupo Um dos padr es encontrado nestas entrevistas foi o facto de todas as alunas revelarem partilhar do mesmo gosto musical com os seus amigos mais pr ximos e com os quais passam mais tempo Estes resultados em conjunto com a fundamenta o te rica sublinham tamb m a influ ncia social e cultural no desenvolvimento do gosto musical na adolesc ncia Embora todas as alunas admitam que gostam de v rios tipos de m sica a m sica partilhada com os seus colegas que prevalece na sua defini o do seu gosto musical No entanto sublinha se que o impulso que as adolescentes manifestam pela m sica e pelo Canto que as leva a escolherem esta rea numa tentativa cont nua de ir de encontro ao que sentem ser o que mais gostam de fazer Relativamente s influ ncias que as experi ncias musicais desempenham nesta decis o acreditamos que estudar um instrumento numa escola que facilite aos alunos experi ncias pedag gicas musicais abrangentes n o limitadas ao pr prio instrumento ou cantar num coro ou agrupamento de crian as e jovens aumenta a possibilidade de se desenvolver o gosto pelo Canto mais cedo e consequentemente a motiva o para a escolha deste curso na adolesc ncia Da mesma forma percebe se que os jovens que nunca estudaram numa escola de m sica ou que nunca tiveram oportunidade de cantar durante algum tempo em coro t m menos possibilidades de desenvolver o interesse pelo estudo do Canto acabando por de
132. senvolver la os sociais com grupos de identidades musicais e vocais diferentes Estes jovens poder o gostar muito de cantar mas n o consideram optar por frequentar o curso de Canto na EMCN por este estar associado a uma identidade social e musical diferente da sua Os resultados indicam que a escolha da frequ ncia do curso de Canto ao abrigo dos regimes integrado e supletivo determinada sobretudo pela quantidade de experi ncias cantadas vivenciadas e pelo gosto intr nseco que cada aluna desenvolveu pelo Canto Erudito 87 Assim os alunos que tenham tido a experi ncia de ter ouvido muitos cantores assistido a muitos concertos cantado em coros participado em concertos espet culos e peras v o sentir se mais seguros em rela o ao seu gosto pelo Canto acabando por escolher o regime integrado Da mesma forma alunos que tenham tido poucas experi ncias vocais v o sentir se mais inseguros em rela o ao seu gosto pelo Canto erudito e optam por escolher frequentar o regime supletivo acabando tamb m por desenvolver um gosto maior por outros g neros musicais e ou outras reas profissionais Pela observa o dos aspetos analisados conclui se que h v rias diferen as entre as alunas adolescentes que frequentam o curso de Canto da EMCN nos dois regimes de frequ ncia mencionados Essas diferen as revelam se essencialmente no desenvolvimento vocal e de repert rio na aquisi o de autonomia t cnica e na inclus
133. ser lhes dif cil adquirir uma coordena o muscular correta Ver Sec o II Compreender a voz na adolesc ncia e a capacidade de memorizar mecanicamente os exerc cios Nesse sentido fundamental ensin los a praticar exerc cios de extens o e dura o diminuta apenas com um ou dois objetivos espec ficos e no m ximo durante dez minutos por dia assim como organizar e registar o estudo individual responsabilizando os pelo seu trabalho e consequente aquisi o de autonomia Outras estrat gias e pr ticas Para que o aluno entenda o que est a tentar mecanizar o recurso a imagens muitas vezes mais til do que qualquer explica o de car ter cient fico O uso de imagens pode ajudar a e Memorizar sensa es correspondentes a determinados equil brios musculares e Promover a rela o entre t cnica e interpreta o e Facilitar a comunica o entre o professor e o aluno e Minimizar o controlo t cnico e promover a criatividade interpretativa HOG A mesma imagem n o produz os mesmos efeitos na qualidade do som emitido por diversos alunos podendo mesmo ser muito diferente do pretendido Ao recorrer a esta estrat gia o professor ter de estar particularmente atento experimenta o e aos resultados obtidos Imagem Deslizar num escorrega Bocejo Claro Escuro Marioneta Bola em cima de um repuxo Abandono do maxilar inferior Pernas como duas molas que sustentam o corpo Corpo
134. ssoadores 7 Igualdade nos registos 8 Controlo da afina o gt g S E s s z g S x S oq o o ww oO Ss oO a o fas S E Ss Q 5 S Ss a S 3 o V A a 9 Controlo e uso do vibrato 10 Uso de din micas como ve culo consciente da capacidade expressiva individual Contribui o para a Nota Final 1 Postura em palco 2 Uso do trabalho t cnico desenvolvido 3 Controlo emocional durante a execu o 4 Envolvimento expressivo e emocional 5 Capacidade de memoriza o do repert rio 6 Rigor estil stico e musical Contribui o para a Nota Final B 2 Na audi o Pondera o de 30 na nota NOTA FINAL 103 Anexo D planos de aula e avalia es ndice A Planos de aula do Jo o B Planos de aula da Maria C Planos de aula da Mariana D Avalia es e Relat rios trimestrais do Jo o E Avalia es e Relat rios trimestrais da Maria F Avalia es e Relat rios trimestrais da Mariana Ficheiros disponibilizados no DVD que acompanha este documento 104 Anexo E programas das Audi es escolares realizadas ndice Programa N 1 Audi o de 7 de Dezembro de 2012 Programa N 2 Audi o de 8 de Fevereiro de 2013 Programa N 3 Audi o de 3 de Mar o de 2013 Programa N 4 Audi o de 15 de Mar o de 2013 Programa N 5
135. ta o pesquisa leitura e an lise de material escrito sob a perspetiva cr tica do investigador na observa o e na an lise das presta es p blicas Assim para proceder realiza o do gui o de entrevista foi elaborada uma estrutura em partes tem ticas correspondentes a objetivos espec ficos relacionados com as quest es de investiga o Na tabela seguinte apresenta se a estrutura a partir da qual se elaborou o gui o de entrevista partindo do t pico de investiga o Fatores que influenciam a escolha do curso de Canto na adolesc ncia Temas Subtemas Indica o das quest es Objetivos das quest es e Perceber se o ambiente familiar e ou meio social influenciou a escolha do estudo da m sica Averiguar o motivo da escolha do curso de Canto Motiva o para o estudo do e Averiguar a exist ncia de Anden 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A O a Canto e escolha experi ncias musicais que tenham familiares e outras do regime de sido relevantes para a escolha do influ ncias percurso frequ ncia do curso de Canto art stico e regime de PRESS frequ ncia q e Averiguar a raz o da escolha do regime de frequ ncia do curso de Canto e o grau de satisfa o em rela o ao mesmo i662 Temas Subtemas Rela o com o meio social musical escolar Indica o das quest es 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Objetivos
136. tidade na juventude In O Portal dos psic logos Acedido em 12 de fevereiro de 2013 em http www psicologia pt 93 Ormezzano Yves 2000 Le guide de la voix Paris Editions Odile Jacob Pereira Ana Leonor 2009 A voz cantada infantil Pedagogia e didactica In Revista de Educa o Musical N 132 pp 33 45 Phillips Kenneth 1996 Teaching kids to sing Nova York Schirmer Books Scarpel Renata D arc 1999 Aquecimento e Desaquecimento Vocal no Canto Disserta o da Especialiaza o em Fonoaudiologia S o Paulo CEFAC Schmidt Jan 2008 Basics of Singing 6 Edi o Nova York Schirmer Books Sim es Sara Braga 2011 Especificidades do Canto no ensino b sico Disserta o de Mestrado em Ensino da M sica Aveiro Universidade de Aveiro Vieira M M 1996 Voz e rela o educativa Porto Edi es Afrontamento Welch Graham Frederick 2006 Singing and Vocal Development In McPherson G ed The Child as Musician a handbook of musical development Nova York Oxford University Press Welch Graham Frederick Himonides Evangelos Saunders Jo Papageorgi Ioulia Rinta Tiija Preti Costanza Stewart Costanza Stewart Claire Lani Jennifer Vraka Maria Hill Joy 2008 Researching the first year of the National Singing Programme in England An initial impact evaluation of children s singing behaviours and singer identity Londres Institute of Education Welch Graham Freder
137. to tamb m por causa da minha fam lia Agora estou mesmo inteiramente dedicada a isto N o sabia do regime integrado Eu j pensei v rias vezes nisso porque este ano a minha escola n o est a correr assim l muito bem A minha m e j me sugeriu v rias vezes mudar para integrado e eu tenho vindo a pensar Gostava de ser veterin ria por isso escolhi Ci ncias Rela o com o meio social musical escolar A minha turma na escola regular tem seis pessoas que estudam m sica tocam guitarra e fazemos coisas a vozes mesmo muito engra ado porque n o tive assim uma turma mesmo na escola que n o seja de m sica que tivessem experi ncia musical Costumamos cantar Bossa Nova N o tenho tempo para ir ao Conservat rio ver Audi es A maioria dos seus amigos s o da escola Passo mais tempo com eles do que com os do Conservat rio Os meus colegas n o v m ver as minhas Audi es Eu gosto muito de estar c mesmo muito e gostava de conhecer mais pessoas 99 c 8 Beatriz Antecedentes familiares e outras influ ncias percurso musical e regime de frequ ncia A minha m e professora na Escola Superior de M sica professora de Cravo mas tamb m de Pr ticas de Teclado Foi por causa dela principalmente que eu entrei no Conservat rio Comecei a estudar m sica aos seis anos As aulas de coro eram ao s bado de manh Eram com a professora Joa
138. to m dio devido ao facto de n o conseguirem ajustar o padr o vibrat rio do registo grave ao do registo agudo uma vez que nesta fase a laringe posicionada mais acima interfere com o alongamento e encurtamento das cordas vocais Deve ser dada particular aten o ao facto de que cantar no registo de peito acima do d 3 potencialmente prejudicial uma vez que as cordas vocais excessivamente friccionadas a altas frequ ncias podem sofrer danos A tabela seguinte mostra o cruzamento de informa o obtida em v rios estudos sobre a extens o e a tessitura das raparigas de 12 13 e 14 anos durante o seu desenvolvimento vocal As frequ ncias mais graves indicados como limites da extens o nas raparigas referem se a vozes de meio soprano e contralto consideradas exce es nestas idades Aconselha se o uso desta tabela somente para fins comparativos uma vez que a informa o dada sobre o durante e o depois da mudan a de voz n o suficientemente detalhada 22 oe ey Ran i Caracter stica da voz relacionada com o registo m dio grave e com resson ncias e timbre espec ficos determinados pelo uso de parte da musculatura que une a laringe ao externo percepcionada pela vibra o da zona tor cica 49 Etapas do desenvolvimento vocal Extens o Tessitura das raparigas de 12 13 e 14 anos Antes da mudan a de voz sib2 fa4 r 3 r 4 Durante e depois da mudan a de mib3 gt sib4 lab3 gt mib4
139. ttp www stephengoss net Jenevora documents From 20boys 20to 20men 20 20the 20changing 20adolescent 20voice 20Q 20 amp 20A pdf Williams Jenevora 2008 Thoughts on training the adolescent voice entrevista Acedido a 5 de Dezembro de 2011 em http www vocalprocess co uk resources Interview_Jenevora Williams 1 htm Wurgler Pamela Sewell 1990 A perceptual study of vocal registers in the singing voices of children Disserta o de Doutoramento Ohio The Ohio State University Zahner Peggy 2000 Vocal Pedagogy and Appropriate Repertoire for Pre Adolescent Children Projecto de Investiga o para a disciplina de Choral Resources Acedido a 5 de Janeiro de 2012 em http www2 truman edu ed27 eg folio Zahner Reflections Evidence Crabb Pre AdVoice PDF 95 LEGISLACAO CONSULTADA Portaria n 27 2004 Jornal Oficial da Regi o Aut noma dos A ores 1 S rie N 15 pp 655 659 Portaria n 76 2009 Jornal Oficial da Regi o Aut noma dos A ores 1 S rie n 148 pp 2793 2871 Portaria n 691 2009 Di rio da Rep blica 1 S rie N 121 pp 4147 4156 Acedido a 6 de Dezembro de 2011 e 8 de Maio de 2013 em http legislacao min edu pt np4 np3content newsld 3869 amp fileName portaria 691 2009 pdf Portaria n 267 2011 Di rio da Rep blica 1 S rie N 178 pp 4470 4484 Acedido a 6 de Dezembro de 2011 em http dre pt pdfl sdip 2011 09 17800 0447004484 pdf 96 SITES CO
140. ue ponha prova as suas capacidades Algumas ced ncias poder o ser permitidas em sala de aula de forma a demonstrar claramente que a op o do aluno n o foi a mais correta A m sica evoca emo es Para um adolescente o desencadear dessa emo es faz parte do seu universo de liberdade e criatividade Por essa raz o dever ser permitida esporadicamente a execu o de um repert rio habitualmente interpretado numa fase mais madura desde que no mbito do desenvolvimento t cnico adquirido A rela o professor aluno Em todas as aulas que implicam um professor para um aluno acaba por se estabelecer entre ambos uma rela o muito pr xima Essa proximidade implica o estabelecimento de uma rela o de confian a essencial ao sucesso da aprendizagem No caso espec fico do Canto e sendo o rg o vocal parte integrante do corpo todo o tipo de corre es a n vel t cnico e interpretativo podem implicar mudan as do estado emocional do aluno e consequentes altera es da sua voz com as quais preciso saber lidar para que n o haja perda da confian a desej vel na rela o de trabalho Mais importante do que o desenvolvimento imediato ser o conhecimento m tuo e a disponibilidade do professor no estabelecimento de uma rela o de confian a No ensino especializado da m sica de car cter individual parece haver duas estrat gias de relacionamento opostas no que diz respeito a formas de motivar um aluno Por um
141. ular iii As perspetivas futuras Com os resultados obtidos pretende se ainda sensibilizar a comunidade educativa da EMCN para as particularidades do ensino do Canto a adolescentes assim como para a pertin ncia de expans o do curso de Canto em regime integrado demonstrando os benef cios que da adv m no desenvolvimento musical e vocal dos adolescentes 62 Fases da investiga o Este trabalho de investiga o foi guiado pelas seguintes fases 1 Fase Elabora o de uma lista de poss veis temas de investiga o recolha de bibliografia defini o de uma poss vel quest o de investiga o reda o do ndice provis rio 2 Fase Recolha de dados sobre o universo escolar realiza o de question rios piloto abordagem a alguns alunos e encarregados educa o na tentativa de perceber o grau de aceita o e coopera o em poss veis entrevistas 3 Fase Elabora o do gui o de entrevista pedidos de autoriza o aos Encarregados de Educa o para a realiza o das entrevistas contactos telef nicos com os servi os administrativos das escolas oficiais de M sica de Portugal Continental para contextualizar a situa o do ensino do curso de Canto em regime integrado 4 Fase Trabalho de Campo marca o grava o em v deo formato HD e transcri o das entrevistas p o g recolha dos programas referentes a todos os recitais audi es e provas das alunas entrevistadas 5 F
142. vidade Participantes Foram objeto de estudo alunas do curso de Canto em regime integrado e em regime supletivo inscritas neste curso nos anos letivos de 2011 2012 e de 2012 2013 As participantes envolvidas s o presentemente alunas de Canto da EMCN com idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos e que frequentam o 10 ou o 11 ano de escolaridade Sendo o n mero de alunos adolescentes a frequentar o curso de Canto da EMCN muito reduzido Tabelas 17 e 18 decidiu se analisar dados referentes a oito alunas quatro frequentando o curso de Canto em regime supletivo e quatro em regime integrado 64 Todos os participantes neste estudo s o raparigas A tabela 15 apresenta caracter sticas das alunas participantes relevantes para esta investiga o Participantes Curso de Canto em Curso de Canto em A frequentar o A frequentar o regime integrado regime supletivo 10 ano 11 ano Leonor 15 anos Catarina 16 anos Maria V 16 17 anos Beatriz 15 anos Tabela 15 Caracter sticas das alunas participantes nesta investiga o 65 T cnicas e instrumentos de recolha de dados Sendo esta investiga o assente na perspetiva metodol gica da investiga o a o recorreu se a t cnicas de recolha de dados baseadas na conversa o isto entrevistas semiestruturadas elaboradas com a finalidade de promover o di logo centrado na perspetiva do participante na an lise de documen
143. voz d 3 gt sol4 f 3 d 4 l 2 gt mi4 r 3 l 3 f 2 d 4 si2 f 3 Tabela 10 Varia o da extens o e tessitura das raparigas de 12 13 e 14 anos durante as diferentes etapas do desenvolvimento vocal Phillips Como se pode verificar pela an lise das tabelas 7 8 9 e 10 verifica se uma descida gradual da frequ ncia grave na extens o nos rapazes e uma subida nas raparigas O mesmo n o acontece com a frequ ncia aguda da extens o que desce de forma bastante abrupta nos rapazes e sobe nas raparigas Comparando a tabela 7 com as tabelas 8 e 9 podemos afirmar que a opini o dos v rios investigadores comum a mudan a de voz um processo gradual e previs vel Neste contexto podemos concluir que as limita es de ordem vocal e as vicissitudes t cnicas enfrentadas por adolescentes durante a mudan a de voz fazem parte do processo de desenvolvimento natural s o ultrapass veis e n o correspondem a incapacidades definitivas Tendo em conta a experi ncia pedag gica com adolescentes nos ltimos anos de ensino de Canto ainda nos mais f cil compreender o processo de desenvolvimento vocal se observado a par do desenvolvimento fisico n o o limitando a faixas et rias espec ficas ou temporais nunca esquecendo que cada caso um caso de salientar que nos ltimos anos com as mudan as de alimenta o e de h bitos que as novas gera es t m sofrido existem tamb m altera es no seu desenvolvimento diferentes
144. vozes femininas e masculinas dando a entender que os alunos deste nivel ja passaram pela mudan a de voz Assim um aluno que fa a o 6 grau de Canto na TCL ter em m dia 14 anos e estar a frequentar o equivalente ao 10 ano do curso de Canto em regime integrado da EMCN As obras de inclus o obrigat ria nos programas de exame dos oito graus do curso de Canto do TCL dever o pertencer aos seguintes g neros e ou pocas Can o popular rias de Musicais e de Filmes pera Opereta Orat ria Can o Francesa Alem Italiana ou em outra l ngua incluindo rias antigas que n o perten am a peras inteiras Can o Inglesa at ao S culo XX Can o Inglesa dos S culos XX e XXI Tabela 12 Obras de inclus o obrigat ria nos programas de exame dos oito graus do curso de Canto do Trinity College London Singing Syllabus 2012 2013 O m todo de Kenneth Phillips foi estruturado tendo em conta a evolu o das vozes de crian as e adolescentes incluindo a fase da mudan a de voz Est organizado em 12 graus correspondentes aos 12 anos de escolaridade Consiste numa s rie de noventa exerc cios que abrangem cinco reas de trabalho respira o fona o resson ncia dic o e express o que dever o ser praticados durante os 12 anos de escolaridade A organiza o das sequ ncias e o n mero de exerc cios praticados anualmente depender naturalmente do ano de in cio dos estudos de Canto De acordo
145. x da cod D DO ci Canto Classes de Conjunto e L nguas espec ficas para os alunos do curso secund rio de Canto 7 Ci ncias Musicais As disciplinas das componentes da forma o especializada departamentos referidos nos pontos 3 4 5 6 e 7 s o as seguintes e Cordas Violino Violeta Violoncelo Viola da Gamba Contrabaixo Guitarra Guitarra Portuguesa Ala de e Harpa e Sopros e Percuss o Flauta Transversal Clarinete Obo Fagote Saxofone Flauta Bisel Trompete Trompa Trombone Tuba e Percuss o e Teclas Piano Cravo rg o Acorde o Instrumento de Tecla Pr tica de Teclado e Acompanhamento e Canto Classes de Conjunto e L nguas Canto T cnica Vocal e Repert rio Educa o Vocal T cnica Vocal Orquestras Coro M sica de C mara Produ o Italiano Alem o e Franc s e Ci ncias Musicais Forma o Musical An lise e T cnicas de Composi o Hist ria da M sica Ac stica F sica do Som e Hist ria da Cultura e das Artes A EMCN tamb m organiza masterclasses semin rios confer ncias concertos audi es concursos exposi es publica es e visitas de estudo como complemento da forma o dada Numa tentativa de descentraliza o e inclus o social come aram a funcionar no ano letivo de 2002 2003 dois P los da EMCN na Amadora e em Sacav m com o apoio das respetivas autarquias Presentemente estas extens es pedag gicas s oferecem os Cursos de Inicia o de V

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