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Anais Simpósio Fluminense de Patrimônio Cultural e Científico

1. municipalidade 3 Escola Integra o IPHAN Escolas Assessoria a Diretores 4 Cultural Documentar as manifesta es Prestigiar a produ o O objetivo de cada uma das reas de atua o tornava bastante claro e precisa a pol tica p blica do IPHAN que se pretendia implantar na regi o Com base nessa proposta o ET apresentou seu primeiro conjunto de planos os quais privilegiava o 16 A luta para a preserva o do Centro Hist rico de Vassouras tem sido perdida para o cupim sendo esse um dos problemas mais graves mas n o o nico A situa o de tal ordem grave que a aplica o de recursos em im veis isoladamente n o mais combate a infesta o Situa o criada pela dificuldade de conserva o preventiva dos telhados da maior parte dos im veis residenciais e p blicos cujas dimens es monumentais inviabilizam o investimento por parte da maioria de seus propriet rios principalmente quando j na posse de herdeiros 17 N o foram computados os servi os no Museu Casa da Hera por se tratar de tombamento isolado situada fora da ent o vila do s culo XIX embora hoje dentro da rea urbana da cidade 18 Situa o hoje j bastante clara para parte significativa da comunidade principalmente das classes mais favorecidas Por exemplo em 2008 dois dias ap s a ruir a maior parte da Casa do Bar o de Vassouras um empres rio local comentou A cidade precisa parar de esconder a sua
2. o de material t cnico indispens vel para um pensar coletivo da gest o do centro hist rico N o foram produzidos sequer os mapas tem ticos e o mapeamento georreferenciado que permitiria pelo menos o conhecimento mais aprofundado da rea a ser preservada Muito pelo contr rio no que pese a conquista de parte significativa da comunidade local hoje est o em avan ado estado de ru na tr s dos maiores im veis da cidade o Asilo Bar o do Amparo antigo hospital a casa do Bar o de Vassouras in cio da hist ria desse tombamento e a casa das 14 janelas que pertenceu ao irm o do mesmo bar o O instrumento mais importante utilizado pelo IPHAN foi a conquista da Portaria 12 86 no que pesem todas as cr ticas que venham a sofrer deve se admitir que no contexto da rdua luta preservacionista vassourense ainda o que tem permitido garantir algum controle na expans o da rea de entorno Trata se da simples transposi o de parte do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano PDDU elaborado pela antiga SECPLAN 1977 no trecho que trata do centro hist rico de Vassouras Sem legisla o federal para a rea a C mara promoveu em um ano cinco altera es no PDDU com objetivo claro de cercear a atua o do IPHAN quando da instala o do ET A fiscaliza o sistem tica e a obriga o de se submeter os projetos para an lise os conflitos de interesse foram declarados e a alternativa foi a montagem da Portari
3. o de conflitos socioambientais Com o intuito de mostrar outros procedimentos adotados pelo Programa apresentam se dois projetos voltados respectivamente implementa o de novas cole es bot nicas e restaura o de jardins hist ricos 2 2 Cole o de plantas de mata atl ntica polinizadas por beija flores Jardim dos Beija Flores A flora brasileira apresenta muitas plantas ornamentais ricas em n ctar que podem ser cultivadas em jardins No entanto o que se observa que em detrimento da diversidade de esp cies de nossa flora nossos jardins normalmente apresentam um repert rio muito reduzido com predomin ncia de plantas ex ticas e divorciadas da realidade paisag stica local Os jardins por m podem auxiliar na manuten o de polinizadores e de plantas ricas em n ctar contribuindo simultaneamente para a conserva o da flora 1M e da fauna aut ctones Sabe se que existem cerca de 320 esp cies de beija flores que s o encontrados exclusivamente nas Am ricas particularmente na Am rica do Sul Seu metabolismo muito elevado e isso leva a necessidade de consumo de grandes quantidades de alimento que t m como base o n ctar das flores Quando um beija flor visita uma flor para tomar n ctar os gr os de p len ficam presos no bico ou em parte do seu corpo tornando o tamb m um excelente vetor para o transporte de p len entre as flores Por isso eles desempenham importante papel na p
4. o particular daquele momento 181 O Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST possui uma cole o de instrumentos cient ficos considerada das mais representativas do g nero Restrito inicialmente a objetos provenientes do Observat rio Nacional mais recentemente o MAST vem ampliando seu acervo com a coleta de objetos provenientes do Instituto de Engenharia Nuclear IEN do Centro de Tecnologia Mineral CETEM e do Centro Brasileiro de Pesquisas F sicas CBPF Ao redor dessa cole o foram desenvolvidos procedimentos espec ficos para sua preserva o 182 3 FERREIRA A B de H Novo Dicion rio 4 KUHL Beatriz Mugayar Hist ria e tica na Conserva o e na Restaura o de Monumentos Hist ricos 5 VINAZ S M Contemporary Theory of Conservation Num primeiro momento importante situar o nosso entendimento para o termo preserva o e em que mbito iremos utiliz lo O ato de preservar na sua acep o mais ampla e n o especializada movido por atividades fun es e assim definido no Dicion rio Aur lio a o que visa garantir a integridade ou perenidade de algo como por exemplo um bem cultural salvaguarda 3 Tratando se de preserva o qualquer que seja o enfoque essencial delimitar o seu objeto Bens culturais Ambiente Documentos Cultura Biodiversidade A diversidade de objetos reflete tamb m a pluralidade e abrang ncia das a es de preserva o No c
5. Clube Caxinguel dos antigos funcion rios do Horto 4 Casa reintegrada ao Arboreto atrav s de negocia o 5 Casa no interior da mata atr s do Aqueduto 6 Arboreto 7 rea de remanescentes de Mata Atl ntica em regenera o 8 rea reintegrada ao Arboreto atrav s de reassentamento de funcion rio Quando iniciamos este trabalho no ano de 2003 a rea era utilizada para descarte O volume de res duos era da ordem de 550 m3 m s compreendendo folhas galhos troncos tocos de madeira material triturado saibro barro entulho provenientes de obras e a es de manuten o do Arboreto como poda corte de grama remo o de rvores mortas e galhos Evidenciava se um quadro de degrada o t pico de reas de disposi o improvisadas No interior da rea o Aqueduto da Levada encontrava se completamente oculto pela vegeta o e em avan ado estado de degrada o embora fosse um bem tombado e um dos poucos aquedutos de pequeno porte da cidade do Rio de Janeiro constru do em 1853 na administra o de C ndido Baptista de Oliveira Diante desse quadro a interven o visou basicamente recupera o de uma rea degradada com uma cole o de situa es desarticuladas sua transforma o em um conjunto coerente e sua reintegra o ao tecido do Arboreto A necessidade de recupera o emergencial da rea fez com que trabalh ssemos s avessas ou seja primeiro se instalou o Centro de Compostage
6. DIRETRIZES E POTENCIAL CONSTRUTIVO DO CAMPUS ON MAST O PD ON MAST apresenta uma s rie de proposi es dentre as quais cabe destacar e A cria o de uma unidade gestora do Campus e A indica o de um conjunto de diretrizes visando unidade legibilidade e acessibilidade do Campus e A defini o de reas de expans o e ou 61 reordenamento espacial A unidade gestora foi proposta com o objetivo de se constituir um ambiente institucional mais adequado para a gest o compartilhada do campus Na etapa de diagn stico do PD ON MAST verificou se que era bastante fr gil a integra o das duas institui es na condu o dos assuntos comuns relativos administra o e manuten o do campus De certo modo esse quadro se refletia em problemas de conserva o do pr prio campus e do patrim nio tombado bem como em disputas por espa os A elabora o do 62 plano transformou se numa oportunidade para avalia o e revis o de pr ticas a partir do acordo sobre as diretrizes e propostas para o campus Em linhas gerais a unidade gestora foi uma figura criada para contribuir para que as atividades desenvolvidas pelo ON e pelo MAST possam se dar de forma harmoniosa sendo as iniciativas de cada institui o do conhecimento de todos e atendendo s voca es do Campus Com composi o parit ria seria a inst ncia respons vel por zelar pela preserva o do patrim nio tombado do Campus ON MAST e por co
7. es ao serem ocupadas por moradores e ser o consolidadas como moradias no processo de regulariza o fundi ria Um dos desafios que se imp em preserva o do patrim nio ambiental e cultural no CFMA e na antiga col nia se refere mitiga o dos impactos da ocupa o residencial A antiga col nia Juliano Moreira abriga um conjunto de comunidades em seu interior contando atualmente com aproximadamente 6000 fam lias concentradas em assentamentos adensados no setor 3 e assentamentos de baixa densidade no Setor 2 e no Setor 1 Campus Fiocruz da Mata Atl ntica respectivamente com aproximadamente 600 e 220 familias A maioria das comunidades do setor 1 e 2 diferentemente das fam lias do Setor 3 originou se pela ocupa o dos funcion rios da Col nia a partir dos anos 1960 Estes foram autorizados formal ou informalmente a construir casas como maneira de garantir uma presen a mais pr xima do local de trabalho Mas s o nesses dois setores onde se verifica de forma mais clara o impacto dos assentamentos residenciais sobre o patrim nio cultural e ambiental seja na ocupa o de edifica es funcionais algumas j citadas seja na apropria o das reas de influ ncia e no impacto paisag stico Se a tens o entre a expans o da cidade e a preserva o da floresta e do patrim nio cultural existente na Col nia j tendia a se acentuar com a implanta o do PAC Col nia e a valoriza o da terra es
8. o de forma mais abrangente O sucesso e o desafio dessa proposta metodol gica depende de uma vis o processual da cadeia operat ria na preserva o de bens de interesse cultural cient fico cujo planejamento deve ser construido atrav s de um conhecimento t cnico multidisciplinar que envolva a assessoria de diferentes especialistas Para tanto um trabalho que se constroi coletivamente sendo imprescind vel a elabora o de um programa de conserva o do espa o f sico que n o se limite exclusivamente ao edif cio hist rico mas tamb m que esteja relacionado a uma escala maior de abrang ncia que leve em considera o o entorno imediato bem como as condi es de gerenciamento acondicionamento acesso e uso do acervo Os palestrantes convidados para esta publica o apresentam suas experi ncias no planejamento das a es de preserva o de forma sistematizada Esses relatos nos auxiliam a perceber a sua import ncia para o patrim nio cujas a es de interven o ocorrem em sua maioria de forma descont nua e emergencial Apesar de complexo e exigir um preparo pr vio o planejamento deve constitui se como uma uma pr tica eficaz e um poderoso instrumento ao alcance de todos que conscientes de seus deveres e responsabilidades em rela o ao seus acervos estejam dispostos a zelar pelo inestim vel patrim nio cultural cient fico O artigo de abertura traz as experi ncias da Professora Beatriz K h
9. o cient fica atrav s de textos e atividades cient ficas de qualidade disponibilizadas no Portal do Museu de Patologia do IOC on line A p gina Museu da Patologia on line apoio Faperj edital 04 2007 pode ser acessada atrav s do endere o http museudapatologia ioc fiocruz br Esse Museu Virtual Fig 8 permite in meras possibilidades de acesso e apropria o das informa es armazenadas nas Cole es do Museu tais como a da hist ria da Patologia b das contribui es dos pesquisadores para o desenvolvimento cient fico brasileiro e c do processo histol gico e investigativo professor onde s o apresentados protocolos de aula pr tica e de procedimentos de histotecnologia H tamb m o Fale Conosco que visa ampliar a comunica o entre os visitantes e o Museu Nesta se o o visitante pode expor as suas d vidas contribuir com 167 sugest es e cr ticas e solicitar agendamento de visitas Al m disso disponibilizamos uma Linha do Tempo onde o visitante pode se informar sobre o contexto hist rico no qual as Cole es foram sendo constru das Existe ainda o link Visita Virtual Fig 9 onde o usu rio pode atrav s de qualquer computador conectado na rede visitar virtualmente as Cole es 168 Fotos panor micas do sal o do Museu da Patologia do IOC Netos Do Ce Base para a montagem da visita virtual hospedada no site Cole es sob sua guarda desenvolv
10. que como em outras 7 DOURADO Odete Conserva o ou Inven o Notas sobre uma rela o amb gua 8 O Laborat rio da Paisagem tem como principais linhas de a o o planejamento o projeto preserva o e restauro da paisagem a elabora o de normas t cnico cient ficas em restaura o e conserva o da paisagem do jardim Bot nico do RJ bem como o ensino a pesquisa extens o e interc mbios t cnico cient ficos 9 Autores Ana Rosa de Oliveira paisagista e Celso Bredariol engenheiro agr nomo paisagens hist ricas novas a es sup em tamb m uma interven o sobre seu modo de transmiss o no tempo Como bem observa Dourado trabalha se com o pr prio documento que se pretende preservar Nesse sentido sugere que as novas propostas dialoguem com as preexist ncias hist rico culturais n o avan ando sobre elas indiscriminadamente Contextualizado no exposto e no intuito de contribuir para discutir premissas de interven o em jardins bot nicos hist ricos apresentam se a seguir algumas das interven es propostas pelo Laborat rio da Paisagem no Jardim Bot nico do RJ atrav s dos seguintes programas Programa de Expans o e Revitaliza o de reas e jardins hist ricos do Jardim Bot nico do Rio de Janeiro e Programa Paisagens do Horto 1 PROGRAMA DE EXPANS O E REVITALIZA O DE REAS E JARDINS HIST RICOS DO JARDIM BOT NICO DO RIO DE JANEIRO Atualmente o Jardim B
11. Ci ncias Afins PD ON MAST com o objetivo de contribuir para reflex es sobre planejamento e gest o de conjuntos tombados O processo de elabora o do PD ON MAST que contou com assessoria t cnica do Instituto Brasileiro de Administra o Municipal IBAM foi desenvolvido em 2005 constituindo se como relevante experi ncia de media o das percep es e expectativas de v rias institui es em rela o ao mesmo bem O PD ON MAST como produto de um processo de planejamento representa compromissos que dever o nortear a a o tanto dos gestores da rea quanto dos rg os de tutela do patrim nio que a tombaram 51 O Campus ON MAST localizado na rea pericentral do Rio de Janeiro e situado em rea de Prote o do Ambiente Cultural 52 APAC tombado pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN 1986 e pelo Instituto Estadual do Patrim nio Cultural INEPAC 1987 O Observat rio Nacional ON e o Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST duas institui es historicamente ligadas mas sem vincula o hier rquica de uma em rela o outra compartilham o campus e mantinham at o in cio do processo de elabora o do PD ON MAST expectativas distintas sobre o aproveitamento do mesmo territ rio A iniciativa do Plano Diretor resultou de uma exig ncia dos rg os de tutela do patrim nio no momento em que parecia ter chegado ao ponto de satura o da
12. Luiz Roberto M de Estudo sobre a conserva o de instrumentos cient ficos hist ricos no Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST Cadernos do CEOM UNOESC Maring Paran v 21 p 243 274 2006 GRANATO Marcus SANTOS Claudia Penha dos FURTADO Jana na Lacerda GOMES Luiz Paulo Objetos de ci ncia e tecnologia como fontes documentais para a hist ria das ci ncias resultados parciais In VIN Encontro Nacional de Pesquisa em Ci ncia da Informa o 2007 Salvador Anais do VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Ci ncia da Informa o Bras lia ANCIB 2007 v 1 p 1 16 GRANATO Marcus TULLY Fran oise Le Guet Les principes de la restauration d instruments scientifiques le cas du cercle m ridien Gautier de l observatoire de Rio de Janeiro In Situ Revue des Patrimoines v 10 p 1 34 2009 GRANATO Marcus LOUREN O Marta Catarino Cole es Cient ficas Luso Brasileiras patrim nio a ser descoberto Rio de Janeiro MAST 2010 KUHL Beatriz Mugayar Hist ria e tica na Conserva o e na Restaura o de Monumentos Hist ricos REVISTACPC v 1 n 1 nov 2005 abr 2006 OLIVEIRA Maria Alice Ciocca de A Trajet ria da forma o da Cole o de Objetos de C amp T do Observat rio do Valongo 2011 Disserta o Mestrado Programa de P s Gradua o em Museologia e Patrim nio UNIRIO MAST Rio de Janeiro 2011 185p Orientador Prof Dr Marcus Granato SCHEINER Te
13. Roberto Burle Marx e a nova vis o da paisagem Observa se no quadro que a coluna Suporte e a coluna Tempo s o quase redundantes Justifica se este excesso por permitir vari ncia em rela o aos objetos do patrim nio cultural de suporte ef mero que pode assim ser subdividido em difuso e c clico Como exemplo de patrim nio cultural de suporte ef mero difuso est um elemento da culin ria baiana recentemente promovido a patrim nio imaterial o acaraj Trata se de um objeto que criado e consumido por uma multid o de agentes individuais de modo ass ncrono e quase instant neo em in meros locais pontualmente difusos num determinado contexto que espacialmente restrito mas temporalmente ilimitado J no caso do patrim nio cultural de suporte ef mero c clico a escolha recaiu sobre uma prociss o repetida h mais de dois s culos todo ano no segundo domingo de outubro em tradicional percurso de 4 5km entre a Pra a Santu rio e a Catedral de Bel m do Par A multid o de agentes atua coletiva e sincronizadamente num tempo e local pr determinados 4 QUEST ES AMBIENTAIS O principal valor patrimonial do SRBM no que se refere preserva o da flora o que se traduz pelo fato de ele ser um criadouro de plantas que foram trazidas de ambientes naturais muitos deles posteriormente devastados Algumas dessas plantas por serem end micas e em decorr ncia da destrui o de seus habitats de or
14. Thesaurus de Acervos Cient ficos em L ngua Portuguesa A Constru o e Forma o de Cole es Museol gicas e Tecnologia de Digitaliza o com Gera o de Modelos Virtuais aplicada ao Restauro de 22 Realizado em parceria com Laborat rio de Computa o Gr fica da COPPE UFRJ e pesquisadores do Visual Computing Lab da It lia um dos nicos grupos no mundo especializados em pesquisa na rea de tecnologia 3D aplicada heran a cultural o projeto tem como objetivo criar uma r plica virtual para documenta o de um instrumento cient fico astron mico a luneta meridiana Bamberg al m de reproduzir o seu funcionamento para fins ilustrativos e de aprendizado Os desafios de pesquisa que ser o encal ados pelo projeto est o relacionados aos m todos de reparo do instrumento aos algoritmos para produzir uma r plica virtual e a novas formas de integrar esta tecnologia especificamente ao restauro de instrumentos cient ficos dentro do mbito nacional 23 CASSAR M Enviromental Management Guidelines for Museums and Galleries Instrumentos Cient ficos Hist ricos 4 A CONSERVA O DE COLE ES CIENT FICAS NO MAST Finalmente abordaremos a conserva o de acervos cient ficos a partir da experi ncia desenvolvida no Museu A conserva o uma das atividades integrantes do processo de preserva o mas ser aqui abordada em item espec fico em fun o das particularidades que o
15. cnica Roseiral Autoria do projeto de revitaliza o Ana Rosa de Oliveira Paisagista Projetos complementares Fitossanidade Maria L cia Fran a Teixeira fitopatologista M rcia In cio Freire fitopatologista Solos e nutri o de plantas Luiz Ant nio Silva Jos Roberto de Melo Santos engenheiro florestal Colaboradores Cristiana Dieguez Bezerra Lia Gianelli Eleanor Mitch Equipe de Conserva o de reas verdes do JBRJ Patrocinador Leite de Rosas 5 Glasl C Relat rio do Jardim Bot nico e da Fazenda Nacional 45p 6 Vieira M E de Q Relat rio do Ministro da Agricultura Ind stria e Com rcio 49 p 7 Rodrigu sia Notici rio e Actividades v rias 1 1 95 96 b sicas para sele o do local da cole o contemplaram presen a de gua certo isolamento e dist ncia de locais tumultuados buscando a melhor adequa o do espa o existente s atividades de contempla o e observa o dos beija flores e plantas Os levantamentos pr vios implementa o do jardim contemplaram a identifica o e registro da composi o de esp cies de beija flores que ocorrem no JBRJ e a sua varia o ao longo do ano o invent rio de plantas de Mata Atl ntica polinizadas por beija flores com registro de aspectos referentes por exemplo s suas necessidades lum nicas aspectos da biologia floral e fenologia O jardim foi tratado enquanto lugar de parada para contempla o de beija flores e sensibil
16. em especial o de el trica e o da rede inform tica 19 instaladas a posteriori gerando uma s rie de problemas no espa o como condutores verticais no meio de ambientes livres e uma eletrocalha que faz curva fora da caixilharia externa do edif cio Por causa das atribula es do processo inclusive com a resist ncia de alguns professores e de muitos estudantes proposta projetual as obras foram morosas com v rias interrup es entre as etapas os departamentos s come aram a ser transferidos para seu local de origem estavam provisoriamente instalados junto a laborat rios de pesquisa no pavimento inferior em maio de 2011 ainda sem os m veis previstos pois a licita o apresentou problemas 20 Em fevereiro de 2009 foram iniciadas as obras dos jardins e de alguns pisos das reas externas mas sem a devida autoriza o dos rg os de preserva o gerando ainda questionamentos por serem consideradas n o priorit rias para um edif cio que estava com o est dio 3 interditado e com peda os de concreto caindo da cobertura e no que respeita gram tica do edif cio problem ticas No in cio daquele ano de 2009 foi ainda detectado um problema de empo amento de gua no interior do edif cio proveniente do escoamento dos condutores verticais que s o adossados s colunas e envolvidos por fechamento de alvenaria de tijolos Em vez de se limitar a abrir apenas alguns trechos da alvenaria
17. es de curto m dio e longo prazo Este trabalho propiciou a contrata o dos servi os de conserva o programada das coberturas do Museu Casa de Rui Barbosa que foram realizados em 2009 Os resultados puderam ser avaliados quando das grandes chuvas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em abril de 2010 2 2 Conserva o Programada das Alvenarias e seus revestimentos internos e externos Na etapa relativa aos revestimentos internos do Museu foram destacados os tr s materiais mais comuns pap is de parede pinturas art sticas e revestimentos cer micos Os pap is de parede de maior ocorr ncia na Casa foram estudados na primeira fase de desenvolvimento do projeto Os pap is de parede cujo estado de conserva o reflete quest es estruturais do edif cio e resultados de interven es anteriores mal sucedidas comprometem a figuratividade dos ambientes do Museu assim como sua caracteriza o hist rica A metodologia do trabalho contemplou uma investiga o hist rica dos pap is de parede seus aspectos t cnicos e seu uso no Museu Casa de Rui Barbosa considerando os fatores de risco ao material estado de conserva o e as condi es de interven o sobre o mesmo A pesquisa foi realizada em tr s etapas 1 Identifica o dos revestimentos atualmente existentes no museu bem como avalia o das transforma es dos ambientes interiores luz da iconografia dispon vel 2 Levantamento das interv
18. is filtro deionizador balan a de precis o etc 205 f n e Hon aAA i By sa AD nS de 48 DO g he Ly he 2 Figura 5 Conserva o do acervo Fonte autor 206 Figura 6 e 7 Conserva o do acervo Fonte autor O processo de conserva o pode ser dividido em dois n veis pequenos reparos e restaura o O primeiro passo identificar quais os danos que precisam ser reparados Nesta fase realizado um diagn stico onde preenchida uma planilha com as informa es de identifica o do processo e os danos observados O segundo passo desmontar e novamente higienizar o material a ser tratado principalmente se a costura original tiver sido mantida O passo seguinte o tratamento em si Quando os danos manchas de fungos insetos ou rasgos s o poucos ou pequenos usa se basicamente a limpeza localizada com p de borracha e o reparo quando necess rio com papel neutro tipo japon s que exceda alguns mil metros ao dano a ser consertado e cola de metilcelulose material inerte e revers vel que n o possui atrativos a um novo ataque de insetos Quando os danos s o mais profundos e graves o modo de agir precisa ser mais espec fico e trabalhoso Depois de desmontado cada folha danificada ou n o tratada separadamente Nesse caso realizado o banho de todo o conjunto para a retirada de res duos poeira e fungos principalmente manchas e o excesso de oxida
19. o processo de tomada de consci ncia do valor de um bem cultural Implica em observa o sensibiliza o crit rios de escolha an lise e decis o Aqui se percebe uma amplia o do conceito como identificado no trecho a seguir a raiz latina de preserva o pra e servare que vem a ser a a o de proteger qualquer um qualquer coisa colocando o ao abrigo de um mal Pra assim um prefixo amplificador e significa para algu m ou alguma coisa em dire o lan ar se frente Exprime anteced ncia antecipa o precau o intensidade predomin ncia prefulgura o Disso se pode inferir um aspecto de movimento em dire o uma a o que se faz com intensidade para algu m ou alguma coisa portanto tem um objetivo mais amplo em dire o ao humano transmiss o forma o dos indiv duos Continuando a an lise sobre o conceito de preserva o Khul afirma que a palavra preserva o no Brasil possui um sentido lato que abarca variados tipos de procedimentos como invent rios registros provid ncias legais para a tutela educa o patrimonial e pol ticas p blicas Nesse texto estamos nos referindo aos processos que possibilitam a preserva o de bens culturais que se inserem no patrim nio e mais especificamente naquele relacionado e proveniente da atividade de Ci ncia e Tecnologia S o as cole es cient ficas Cabe ressaltar que essas cole es podem
20. o da tinta ferrog lica e ainda ocorre a reposi o qu mica alcalina em seguida realizado o reenfibramento que recomp e o tamanho e a superf cie da folha aumentando assim sua resist ncia ao manuseio e prolongando sua perman ncia Ap s a secagem as folhas s o aparadas em um tamanho padr o para serem ent o prensadas e recosturadas voltando o conjunto sua forma original O acondicionamento o coroamento do processo de preserva o Nessa fase s o usados materiais inertes neutros de acidez e pap is alcalinos para estabilizar a acidez das fibras de celulose e dessa forma prolongar a perman ncia da informa o Figura 9 Guarda do acervo Fonte autor Figura 10 Guarda do acervo Fonte autor CONCLUS O Por conta de minha forma o na rea de preserva o e o estado de conserva o da maior parte do acervo recolhido desde o in cio das atividades no Arquivo foi aplicado um modelo de opera o voltado para a preserva o f sica dos suportes e consequentemente das informa es neles contidas Dessa forma a divulga o de um acervo bem preservado e seu uso por pesquisadores se torna mais coerente com uma verdadeira pol tica de arquivo Esse modelo operacional transmite aos funcion rios e estagi rios uma vis o privilegiada do documento e dos v rios aspectos que envolvem as atividades desenvolvidas em um arquivo 207 As cole es que fazem parte de nosso acervo s o repletas
21. o de antigos pavilh es ociosos e em franco processo de deteriora o para abrigar moradias ou equipamentos p blicos educacionais e de sa de o tratamento qualificado de suas reas de influ ncia al m das a es j citadas que apontam para um processo de m dio prazo visando recupera o do NHRC Foram tamb m definidos os limites de reas que ser o ambientalmente recuperadas e protegidas O in cio efetivo do processo de regulariza o fundi ria e urban stica das fam lias do CFMA que vem sendo desenvolvido atrav s de oficinas de planejamento participativo com os moradores das comunidades internas ao Campus tamb m aponta para a mitiga o de impactos sobre reas de preserva o ambiental e a consolida o de limites e a recupera o de reas de influ ncia de bens de interesse patrimonial de forma associada supera o da precariedade nos ndices urban sticos e de situa es que ofereciam risco sa de e a vida de muitas fam lias Podemos citar como resultado do pacto territorial definido no projeto urban stico aprovado pelas comunidades a perspectiva de recupera o e consolida o da rea de influ ncia da Canaleta que faz parte do sistema do Aqueduto e da faixa marginal de prote o do Rio Engenho Novo e outros cursos d gua A area de fronteira entre o CFMA o NHRC e os assentamentos residenciais se configura como o principal acesso ao CFMA e rea extremamente sens vel para o NH
22. supress o foi decidida no f rum O edif cio da Vila Penteado era originalmente destinado a uso residencial um corpo que em realidade abrigava duas casas a de lvares Penteado que ocupava o corpo central e uma das alas laterais e a de uma de suas filhas casada com A Prado que ocupava a outra ala a noroeste A ala noroeste era independente do restante da casa possuindo entrada aut noma e n o havia comunica o interna com a ala lvares Penteado Desse modo a face norte da vila que era a fachada principal voltada para a Avenida Higien polis mesmo sendo sim trica abrigava um organismo que n o possu a simetria bilateral Esse corpo com alguns anexos de servi o galinheiro dep sito de lenha etc estava solto no quarteir o que era todo de propriedade de lvares Penteado Com o passar do tempo o quarteir o foi fracionado e v rios dos lotes receberam edif cios em altura a Vila perdeu seu acesso para a avenida Higien polis para a qual era voltada sua fachada principal e a antiga entrada de servi o pela rua Maranh o passou a ser a entrada principal Foram estabelecidas formas de comunica o entre a ala Penteado e a ala Prado no t rreo e no primeiro pavimento e constru dos corpos anexos para o funcionamento da FAU que se estabeleceu no pr dio em 1948 nas laterais do edif cio e na atual parte posterior do lote para uso como ateli de projeto maquetaria dep sito etc 31 A
23. FAU compartilham desse racioc nio algo que pode ser notado pela supress o do artigo 29 mas ainda existe na Faculdade certa dificuldade em perceber as particularidades e caracter sticas de edif cios do final do s culo XIX e in cio do s culo XX e uma mentalidade que parece atribuir mais valor s solu es do modernismo do que s de outros per odos e em que est presente tamb m uma vis o idealizada dos pr prios edif cios modernos Isso diz respeito ao edif cio de Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi que foi concebido com amplos espa os abertos mas que tamb m previa partes fragmentadas em alguns de seus pavimentos como o caso do espa o destinado aos departamentos Esse espa o foi pensado em sua origem como fragment vel atrav s de divis rias leves que chegavam at a caixilharia da fachada para poder alterar a subdivis o por causa de transforma es das necessidades Nas pol micas envolvendo as recentes transforma es dos departamentos houve propostas para que o espa o fosse totalmente aberto sendo uma das exig ncias do Departamento do Patrim nio Hist rico ligado Secretaria de Cultura do Munic pio e S o Paulo que as divis rias n o chegassem at a caixilharia Aquele espa o t o mais bonito quanto mais vasto bem verdade mas n o h nada na l gica compositiva do edif cio que impe a a fragmenta o daquela rea que por ter sido pensada como vers til poderia ser tra
24. Historic Buildings Oxford Architectural Press 2001 GARRO Jorge Astorga Conserva o Programada das Coberturas e Elementos de Madeira do Museu Casa de Rui Barbosa relat rio final da bolsa GASPAROLI Paolo Uma metodologia operativa per attivita di prevenzione e manutenzione delle aree archeologiche di Roma e Ostia Antiche Dispon vel em http Awww best polimi it uploads media ALLEGATO_RICERCHE_2_01 pdf JOKILEHTO Jukka A History of Architectural Conservation Oxford Butterworth Heinemann 1999 KUHL Beatriz O tratamento das superf cies arquitet nicas como problema te rico da restaura o Anais do Museu Paulista S o Paulo v 12 p 309 330 jan dez 2004 LAENEN M JOKKILETO J Sustainable development and Immaterial Heritage ICCROM Newsletter local n 25 p 2 3 julho 1999 MORRIS William Manifesto of the Society for the Protection of Ancient Buildings In PRICE N S TALLEY JR M K VACCARO A M Historial and Philosofical Issues in the Conservation of Cultural Heritage Los Angeles The Getty Conservation Institute 1996 p 319 321 PINHEIRO Maria Lucia Bressan William Morris e a SPAB Rotunda Campinas n 3 p 22 35 out 2004 RIEGL Alois Le Culte Moderne des Monuments Son essence et sa Gen se Trad Daniel Wieczorek Paris ditions du Seuil 1984 RUSKIN John Les Sept Lampes de l architexture Paris Editions Deno l 1987 VIOLLET LE DUC Eug ne Restaura
25. Miss o e a Vis o do Museu e de cada uma das tr s cole es Este Planejamento Estrat gico baseou se na matriz S W O T com an lise de cen rios Para tanto buscamos identificar os pontos fortes e fracos do Museu e analisamos as amea as e as oportunidades existentes A partir dessa an lise foram definidos planos e estrat gias que diminu ssem a probabilidade de problemas provenientes das amea as identificadas e que convertessem os pontos fracos identificados em pontos positivos de modo a permitir atrav s das oportunidades identificadas e as que viriam a surgir neste per odo o alcance da vis o no prazo de 10 anos Em seguida esses planos e estrat gias foram convertidos em um portf lio de projetos Os projetos juntamente com os seus objetivos metas e planos de a o foram definidos em cinco eixos estruturantes que chamamos de reas de atua o das Cole es que s o Patrim nio Ensino Divulga o Cient fica Pesquisa e Desenvolvimento Tecnol gico Fig 2 Estes projetos levaram em conta o potencial de cada cole o bem como o tipo de acervo que a comp e Cabe aqui ressaltar por exemplo que a Cole o da Se o de Anatomia Patol gica devido ao m todo de conserva o e a idade do material apresenta um car ter mais expositivo e de pesquisa macrosc pica do que aplica o para desenvolvimento tecnol gico enquanto que a Cole o do Departamento de Patologia apresenta exatamente o opos
26. O diagn stico indicou como principais problemas danos causados por insetos papel quebradi o e danos mec nicos nas encaderna es Foram identificados ainda problemas relacionados ao excesso de radia o ultravioleta tendo em vista que a sala principal do acervo possui amplas janelas em ferro e vidro localizadas nas fachadas voltadas para norte sul e leste O diagnostico de conserva o do acervo apontou que os problemas de conserva o identificados possivelmente t m rela o com condi es inadequadas de umidade temperatura radia es luminosas e poluentes confirmando as informa es coletadas pelo monitoramento ambiental Seguindo a abordagem de trabalho que leva em considera o as diferentes camadas que comp em o conjunto estudado macroambiente edif cio e cole es o diagn stico das condi es ambientais teve in cio com o levantamento de dados sobre a cidade do Rio de Janeiro temperatura umidade relativa e pluviometria atrav s do site do Instituto Nacional de Meteorologia Inmet A institui o possui um banco de dados com medi es que v m sendo realizadas desde a d cada de 1930 e disponibiliza para consulta as Normais Climatol gicas colet nea de dados de cada um dos ndices citados anteriormente transformados em m dias mensais Para o trabalho foram levantadas as Normais mais recentes 1961 1990 A an lise das Normais Climatol gicas revela que a umidade relativa do ar na ci
27. UFRJ 2005 49 RIBEYROLLES Charles Brasil Pitoresco Vol 1 S o Paulo Livraria Martins Editora INL 1976 ROCHA Isabel PARRILHA Paulo Vassouras e o Vale do Para ba Relato de uma experi ncia 1984 2008 In COPEDOC Contribui o dos palestrantes da Oficina PEP 2007 Goi nia e Oficina PEP 2008 Vassouras Caderno de Estudos do PEP Rio de Janeiro IPHAN UNESCO 2008 p 133 148 ROCHA Isabel Vassouras In PESSOA Jos org et PICCINATO Giorgio Atlas de centros hist rico do Brasil Rio de Janeiro Casa da 50 Palavra 2007 p 132 139 Benjamin Benatar um pouco da vida social de Vassouras Vassouras edi o da autora 2002 SA Marcos Corr a de Os rf os de Eufr sia Revista Piau Rio de Janeiro n 19 2008 SILVA TELLES Augusto Carlos Vassouras Estudo da Constru o Residencial Urbana Separata da Revista do IPHAN vol 16 Rio de Janeiro 1968 THOMPSON Analucia org Entrevista com Augusto da Silva Telles Rio de Janeiro IPHAN DAF Copedoc 2010 RELAT RIOS OFICIAIS IPHAN Processo n 566 T 57 Parecer de Tombamento de Vassouras 1958 PERI DICOS CORREIO DE VASSOURAS Vassouras ano XXV v 1250 20 01 1963 TRIBUNA DO INTERIOR Vassouras 20 03 2008 1 Arquiteto e Urbanista Doutorando em Urbanismo PROURB FAU UFRJ Instituto Brasileiro de Administra o Municipal Pesquisador do Laborat rio de Projetos Urbanos do PROURB UFRJ 2 A equipe t
28. a si pr prio somente seu presidente que era o Diretor da Faculdade poderia faz lo e n o estava claro se era rg o consultivo ou deliberativo Era acionado esporadicamente apenas para ser informado do que estava ocorrendo sem poder se manifestar sobre o andamento das obras e sobre o m rito das quest es apresentadas Depois de numeros ssimas discuss es com os v rios setores da Faculdade a reuni o da congrega o de agosto de 2009 estabeleceu as bases para o funcionamento do novo Conselho Curador e o sistema para a elei o de seus membros O Conselho tornou se parit rio ou seja composto por sete servidores docentes sete servidores n o docentes e sete estudantes gradua o e p s gradua o com seus respectivos suplentes Esse Conselho reformulado tomou posse em dezembro de 2009 e no in cio de 2010 come ou a estabelecer os procedimentos para a elabora o do PDP O Conselho Curador por possuir car ter consultivo e n o deliberativo p de ter composi o parit ria algo raro na estrutura universit ria os membros do Conselho elegeram um representante discente para a presid ncia Fernando T lio S R Franco sendo o vice um docente e a secret ria executiva a bibliotec ria chefe da FAU Dina Elisabete Uliana Fernando T lio e Dina Uliana trabalharam de modo a organizar as atividades da melhor maneira poss vel com muita compet ncia N o foi tarefa f cil pois o ritmo de reuni es e
29. amp T que possa constituir um instrumento de trabalho e de recupera o da informa o facilitando a comunica o entre os museus de ci ncia e t cnica da esfera lus fona sobretudo Portugal e Brasil e est dispon vel em http chcul fc ul pt thesaurus Acesso em 23 de mai 2011 21 Coordenado por Marcio Ferreira Rangel o projeto tem por objetivo analisar a concep o de ci ncia mem ria e patrim nio presente na forma o do acervo do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins verificando o papel desempenhado pelas cole es na constru o do discurso de preserva o que resulta na cria o da institui o fortalecendo nos ltimos anos com v rios pesquisadores importantes desenvolvendo pesquisas e estudos sobre estes objetos O historiador Jim Bennett por exemplo desenvolve a constru o da trajet ria de instrumentos cient ficos tendo como ponto de partida o momento de sua fabrica o passando pelos diversos usos que possa ter tido em seu per odo de atividade funcional para em alguns casos chegar a um momento singular em que incorporado a uma cole o Adquire aqui uma nova fun o e significa o e inicia sua trajet ria interna dentro da cole o N o devem ser esquecidas segundo o autor as mudan as sociais pol ticas culturais e econ micas que poderiam influenciar a institui o detentora da cole o e consequentemente os artefatos que a constituem Samuel Alberti hi
30. as interven es espaciais com as atividades fins da escola art 23 Organizar e disponibilizar os estudos e relat rios retrospectivos bem como documentos e projetos de restauro e amplia o dos edif cios da FAUUSP 12 No que respeita especificamente fundamenta o dos artigos relacionados aos bens culturais a equipe t cnica de trabalho FAU Bem Cultrual naquela fase composta por Beatriz M Kuhl Bianca Riotto Luiza Strauss Marcos Acayaba Marcos Gibrin e Silvio Oksman elaborou texto intitulado Edif cios da FAU como Bens Culturais Fundamenta o Te rica para interven es dispon vel em www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor material leitura patrimonial fau bem cultural pdf Acesso em 14 jun 2011 Trechos desse texto de fundamenta o que coordenei s o retomados por extenso nas an lises que se seguem pois constituem a base para os enunciados dos artigos 17 19 e 20 do PDP relacionados diretamente com aquilo que motiva a preserva o S o fruto de pelo menos dois s culos e meio de formula es te ricas associadas a experimenta es sistem ticas na pr tica e um s culo em que a restaura o entendida como campo disciplinar aut nomo mas n o isolado pois necessariamente multidisciplinar A restaura o possui portanto referenciais te ricos e instrumentos t cnico operacionais que lhe s o pr prios que t m o intuito de transmitir os
31. bens da melhor maneira poss vel respeitando seus aspectos materiais documentais e de conforma o suas v rias estratifica es e as pr prias marcas da passagem do tempo sem desnatur los sem false los para que cumpram seu papel como bens culturais a saber para que possam de fato continuar a ser documentos fidedignos e como tal servir como efetivos suportes do conhecimento e da mem ria coletiva Por isso qualquer interven o deve ser justific vel e justificada do ponto de vista das raz es por que se preserva A repercussao desse enunciado para os bens culturais pertencentes a FAU retomada no artigo 20 embasado na Carta de Veneza em que se remete tamb m s recomenda es dos documentos do Icomos os artigos possuem car ter complementar e n o substitutivo Carta chamando a aten o para determinados pontos preconizado que sejam respeitados os princ pios da distinguibilidade da a o contempor nea da retrabalhabilidade da m nima interven o o todo associado ao artigo 19 em que se prescreve que as t cnicas utilizadas sejam compat veis com a consist ncia f sica dos edif cios e cuja efic cia seja comprovada atrav s da experimenta o 3 Princ pios b sicos que guiam as interven es trabalhados de modo concomitante e n o excludente 3 1 Distinguibilidade da a o contempor nea pois a restaura o que vinculada hist ria n o prop e o tempo co
32. cada de 1980 o Departamento de Patologia do IOC assumiu a salvaguarda dos acervos produzidos pela Se o Divis o de Anatomia Patol gica e da Cole o de Febre Amarela e iniciou um trabalho de invent rio e manuten o desses acervos A partir de um acordo com a Casa de Oswaldo Cruz todos os documentos referentes Cole o de Febre Amarela foram recuperados organizados e inventariados pelo Departamento de Documenta o e Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz e encontram se sob a sua guarda No in cio da d cada de 2000 essas Cole es foram transferidas para um local compat vel com o seu tamanho localizado no Pavilh o Lauro Travassos Neste local foi montado um laborat rio para a manuten o do acervo Com isso foi poss vel implantar o Programa Permanente de Salvaguarda do Acervo das Cole es do Museu e o Programa de Digitaliza o Continuada dos acervos 159 Em 2007 a Cole o da Se o de Anatomia Patol gica do IOC foi totalmente recuperada e inventariada Atualmente conta com 854 pe as anat micas remanescentes e dois arm rios expositivos da Cole o original Neste mesmo ano durante o projeto de revitaliza o das Cole es que estavam sob a guarda deste Departamento o Museu 160 foi reestruturado e passou a abrigar tr s Cole es de material biol gico Fig 1 assim constitu das 1 Cole o da Se o de Anatomia Patol gica CSAP Constitui a Cole o original do Museu da Patolog
33. cadastrais da arquitetura 4 Relat rio fotogr fico 5 Registro gr fico dos diversos momentos da constru o 6 Identifica o das patologias existentes e cria o de legendas para o mapeamento 7 Diagn stico do estado de conserva o das reas estudadas 8 Avalia o do estado das interven es j executadas 9 Avalia o das rela es interdiciplinares e das interfaces constatadas 124 10 Recomenda es gerais para restaura o das reas comprometidas prioriza o das interven es e elabora o de planilha de quantidades 11 Reda o de um plano de manuten o em forma de caderno de manuten o com procedimentos e as recomenda es para as interven es 12 Prepara o de um calend rio para a execu o da conserva o programada A pesquisa estabeleceu tr s modalidades de a es para preserva o a es preventivas a es de manuten o e a es de reparo As a es preventivas s o constitu das por rotinas de inspe o e execu o de relat rios e registros fotogr ficos para documentar e subsidiar tomadas de decis o As a es de manuten o respondem s demandas verificadas durante as inspe es e se constituem de servi os simples como limpeza de calhas e substitui o de telhas quebradas por exemplo J as a es de reparo s o mais complexas por que visam minimizar as vulnerabilidades e corrigir problemas Neste sentido foram programadas as a
34. capacidade do Campus para novas constru es O grande desafio seria indicar alternativas para atender s expectativas por novos espa os que se configuravam como demandas do desenvolvimento institucional de ON e MAST sem se perder a perspectiva da recupera o e valoriza o do patrim nio e protegido O conjunto arquitet nico aqui enfocado constru do no in cio da d cada de 1920 para abrigar as atividades do Observat rio Nacional um dos nicos dessa poca no mundo que manteve instrumentos originais de observa o em seus espa os de origem A arquitetura dos pavilh es e c pulas revela o momento hist rico de sua implanta o sendo express o de um per odo singular do desenvolvimento t cnico cient fico de f no progresso e na ci ncia A vegeta o atual do Campus abundante marcante na sua ralan a nam a hairra am ana not incarida Figura 01 Vista geral do Campus ON MAST Fonte IBAM Ao longo do tempo diversas constru es n o previstas no projeto original foram erguidas no Campus atendendo a novas necessidades do ON e mais recentemente do MAST Por outro lado constru es de valor hist rico e cultural da fase inicial de implanta o do Campus tiveram usos alterados As atividades desenvolvidas no local foram modificadas em quase cem anos A observa o cient fica por exemplo praticamente n o mais realizada no Campus tanto pela obsolesc ncia dos equipamentos instalados
35. caracter sticas t cnicas e a intera o com o ambiente circundante e Possibilitar o projeto de interven es futuras com base em crit rios que levem em considera o a vulnerabilidade da parte afetada e as inst ncias espec ficas da sua conserva o com indica o dos tempos de realiza o e dos resultados obtidos em interven es anteriores corretamente analisados e Estabelecer procedimentos para controlar culturalmente os processos de degrada o e as necessidades de transforma o com a es planejadas com base em interven es m nimas conjugando assim as necessidades de conserva o da obra para o futuro s necessidades da sua frui o e funcionamento no presente O foco da pesquisa para Conserva o Programada das Coberturas e Elementos de madeira foi o desenvolvimento de propostas operacionais de manuten o com procedimentos especifica es t cnicas temporalidade e sistemas de informa o e registro que pudessem embasar os processos administrativos de contrata o e fiscaliza o dos servi os O trabalho foi desenvolvido conforme metodologia a seguir descrita 1 Pesquisa documental sobre o hist rico da constru o da edifica o e da incorpora o de seu acervo e registro de todas as interven es de obras civis e de restaura o realizadas nos elementos estruturais de madeira 2 Levantamento bibliogr fico sobre o tema 3 Atualiza o em campo das plantas e base 123
36. cnica para elabora o do Plano Diretor ON MAST foi composta por Henrique Barandier Coorden o T cnica Leonardo Name e Paula Garcia Wettstein Arquitetos Cibele Correa Consultora em urbanismo Karin Segala Consultora em gest o de res duos s lidos Luciana Hamada Consultora em gest o energ tica e conforto ambiental Maria da Gra a Neves Consultora em administra o e gest o p blica Tiago Rodrigues Barboza Consultor jur dico Ricardo Moraes Supervis o T cnica Ana L cia Nadalutti La Rovere Supervis o Geral 3 De acordo com o disposto no Plano Diretor da Cidade do Rio de Janeiro pode ser delimitado como rea de Prote o do Ambiente Cultural APAC o territ rio de dom nio p blico ou privado que apresenta conjunto edificado de relevante interesse cultural cuja ocupa o e renova o devem ser compat veis com a prote o e a conserva o de sua ambi ncia e suas caracter sticas s cio espaciais identificadas como relevantes para a mem ria da cidade e para a manuten o da diversidade da ocupa o urbana constitu da ao longo do tempo PLANEJAMENTO E GEST O DE CONJUNTOS TOMBADOS A Experi ncia do Plano Diretor do Campus do Observat rio Nacional e do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins Rio de Janeiro RJ Henrique Barandier INTRODU O O presente artigo apresenta aspectos do Plano Diretor do Campus do Observat rio Nacional e Museu de Astronomia e de
37. da dissemina o da informa o disponibilizando o sistema de informa es criado atrav s de portal na internet ligado ao site da Funda o Casa de rui Barbosa e Estabelecer suporte para integra o dos processos de documenta o e conserva o do Patrim nio Constru do do s culo XIX promovendo a an lise comparativa do conjunto edificado do Museu Casa de Rui Barbosa com a produ o arquitet nica remanescente do per odo no Rio de Janeiro A documenta o envolve um processo cultural e interpretativo e depende de um suporte tecnol gico que vai transformar os dados e suas interpreta es em instrumentos eficientes O processo de documenta o n o pode ser considerado standardizado Para cada bem cultural espec fico h uma forma determinada de aquisi o arquivamento e gerenciamento de dados adequado ao objetivo da documenta o Neste sentido a metodologia baseia se nas etapas que comp em o processo de documenta o de bens culturais quais sejam o planejamento a pr tica o acesso e a dissemina o A estrat gia de a o ser desenvolver um ferramental espec fico para o Museu Casa de Rui Barbosa estruturado nas seguintes etapas metodol gicas l Planejamento defini o dos objetivos da documenta o atrav s da avalia o dos dados e recursos dispon veis Il Documenta o Levantamento e organiza o dos dados Coletar processar e analisar as informa es dispon veis p
38. das suas fun es Sua ocupa o foi planejada reconhecendo a voca o da institui o para pesquisas e o desenvolvimento cient fico e cultural bem como na rea ambiental e da biodiversidade amp sa de e a contribui o institucional para a promo o da sa de e do desenvolvimento local Pretende se que a sustentabilidade deste empreendimento contribua para fortalecer uma parcela da zona de amortecimento do Parque Estadual da Pedra Branca e possa ser refer ncia para outros gestores em reas de fronteira e outros campi da Fiocruz ou de institui es similares O Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica PD CFMA o instrumento de gest o que em acordo com a legisla o vigente e coerente com os interesses p blico e institucional orientar as pol ticas e a es definindo as diretrizes crit rios e par metros de uso e a ocupa o a serem respeitados no Campus ao longo do seu processo de implanta o Procurou se encontrar um equil brio no instrumento entre as fun es normativas de orienta o de diretrizes e de recomenda es para a gest o no intuito de criar um instrumento normativo de f cil aplicabilidade e fortemente embasado em conceitos de sustentabilidade e efetividade quanto a indicadores ambientais crit rios de conserva o patrimonial e desenvolvimento local com base em uma a o territorializada Os eixos tem ticos do Plano Diretor refletem essa preocupa o e foram assim e
39. de mestrado S o Paulo FAUUSP 2009 HOMEM Maria Cec lia Nacl rio Carlos Ekman um inovador na arquitetura paulista In FAUUSP Vila Penteado 100 anos S o Paulo FAUUSP 2002 7 A Cronologia foi desenvolvida por equipe coordenada por Beatriz Mugayar K hl e composta por Bianca Riotto Luiza Strauss e Silvio Oksman que tamb m coordenou o trabalho em determinadas fases e elaborou a linha do tempo O resultado da cronologia em que s o apresentadas quatro fases para cada um dos edif cios com a justificativa para a escolha das fases e a metodologia utilizada e mais a linha do tempo est o em www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor material leitura patrimonial cronologia pdf Acesso em 14 jun 2011 Os principios e diretrizes para os bens culturais foram desenvolvidos em especial pelo grupo de trabalho FAU Bem Cultural com muitas interfaces com as demais equipes como o Grupo T cnicas que realizou trabalho extenso e pormenorizado coordenado por Erica Yukiko Yoshioca em que quest es relacionadas aos procedimentos de manuten o por exemplo foram coordenadas a partir dos resultados parciais obtidos pelos dois grupos e com as propostas do grupo Procedimentos Os trabalhos desenvolvidos pela equipe t cnica FAU Bem Cultural tratou justamente de variadas quest es relacionadas ao fato de dois edif cios da FAU serem bens culturais protegidos por lei estadual e municipal a
40. de pesquisas e local de conserva o ex situ de elementos vegetais e Criar uma agenda de expans o progressiva do Arboreto compat vel com o andamento jur dico das desocupa es Os novos canteiros aleias e poss veis edifica es ou quiosques nas reas de Expans o do Arboreto dever o ter projeto de linguagem e est tica contempor nea e serem submetidos an lise do IPHAN Um estudo elaborado pela Coordena o de Cole es Vivas do Jardim Bot nico em 2003 constatou que a introdu o de novas esp cies neste Jardim foi muito limitada nas ltimas d cadas conforme pode ser observado na Figura 1 E 3 8 to 8 E E 3 B E 8 E A 3 E S 3 S 3 z 0 So 2 8 SS Hd HDA SA OMA bd db DS DS BO DDD x o Pg Pg ef S Es g EO OE EESC ECA S oulo XX no q Figura 1 Introdu o de esp cies nas cole es Vivas do JBRJ no s culo XX Fonte Laudo da Coordena o de Cole es Vivas do JBRJ ao Minist rio P blico Federal 2003 A expans o de novas cole es bot nicas estava no entanto limitada capacidade de a rea f sica do Arboreto abrigar novas cole es Como se observou anteriormente o Plano Diretor do JBRJ elaborado pelo IBAM j alertava em 2002 para a necessidade de se retomar uma pol tica de expans o do Arboreto atrav s da delimita o de novas reas e da implementa o progressiva de novas cole es bot
41. de trabalho foi fren tico Ambos deram li es exemplares de como conduzir uma comiss o com clareza de prop sitos e procedimentos a consci ncia de que um trabalho conjunto entre pares e que a fun o principal dos dirigentes organizar e encaminhar os trabalhos e n o dar ordens e impor vis es pessoais Quando os trabalhos do conselho reformulado foram iniciados n o se tinha uma ideia precisa de como seria um plano diretor participativo Raquel Rolnik e Nabil Bonduki aproveitando sua experi ncia em processos semelhantes no planejamento urbano estruturam a rdua tarefa conduzindo o processo com a objetividade necess ria Outros professores foram assumindo a coordena o dos variados grupos de trabalho que se formaram nas diferentes etapas Antonio Carlos Barossi Beatriz Mugayar K hl Erica Yukiko Yoshioca Marcos de Azevedo Acayaba Milton Liebentritt de Almeida Braga o desenvolvimento dos trabalhos contou com a participa o de doze estudantes bolsistas um da p s gradua o os demais da gradua o que se alternaram entre os grupos dependendo da fase alguns participando do in cio ao fim do processo outros em etapas espec ficas Andr Leal Arua Wagner Bianca Riotto Gabriel de Andrade Fernandes Guilherme Hayakawa Luiza Strauss Marcos Gibrin Marcela Sayeg Ricardo Aguillar 21 22 da Silva Silvio Oksman p s gradua o Suzana Seykoyume Tateoka Os bolsistas desenvolveram
42. de trios el tricos e ou equipamentos geradores de mega decib is A Nota T cnica n 2 da Superintend ncia da Bahia preocupada com os impactos causados no Pelourinho e demais reas definiu e restringiu os eventos nesses locais Outro exemplo de transposi o de eventos consagrados e geradores de risco para os pequenos centros a queima de fogos na passagem de ano provocando deslocamento de ar suficiente para abalar as edifica es a sua volta do Mato Dentro cuja propriet ria j havia desistido de pensar na sua conserva o e est paulatinamente recuperando os espa os que j se abrem ao p blico partindo das orienta es recebidas no ETMP Contudo os investimentos mais significativos s o direcionados aos eventos geradores de grande p blico para os espet culos que efetivamente podem acontecer em outro cen rio e n o necessariamente na paisagem hist rica Pouco e ou equivocados esfor os s o direcionados pesquisa a recupera o das fontes prim rias a forma o de artes os nas reas de restauro de valoriza o do artesanato tradicional em extin o e principalmente para a quest o do presente Simp sio da especializa o de arquitetos urbanistas historiadores soci logos arque logos e demais profissionais para atuarem nesses centros Esfor o fundamental o agora Mestrado Profissional de Patrim nio promovido pelo Copedoc O desaparelhamento dos rg os p blicos municipai
43. do CFMA ser poss vel mitigar os impactos do iminente processo de mudan as clim ticas com a es de reflorestamento e restaura o ecol gica que inclui o manejo e o enriquecimento da biodiversidade intervindo diretamente na recupera o ambiental de aproximadamente 70 hectares e consequentemente do seu entorno O Plano Diretor oferece subs dios com diretrizes e instrumentos normativos espec ficos a uma gest o do patrim nio ambiental do CFMA que garanta uma melhoria cont nua e ao mesmo tempo viabilize uma ocupa o sustent vel Entre as diretrizes definidas nesse tema merecem destaque a defesa e prote o do patrim nio ambiental evitando processos promotores de degrada o tais como efeito de borda inc ndios florestais etc a preserva o e restaura o da biodiversidade preserva o e recupera o dos sistemas h dricos a recupera o de reas degradadas e ou erodidas a cria o de corredores ecol gicos 93 visando restabelecer o fluxo g nico entre fragmentos e matriz florestal Parque Estadual da Pedra Branca a orienta o de implanta o de novas edifica es somente em clareiras j existentes ou em casos estritamente necess rios em outras reas oferecendo contrapartidas ambientais que atenuem qualquer impacto previsto seguindo os crit rios aqui relacionados a implanta o de esp cies nativas nos reflorestamentos a preserva o da conforma o natural do terreno sempre que
44. em defesa da ordena o que procurava estabelecer Essa err nea suposi o encontra respaldo na lei ambiental que pro be a retirada de esp cimes de vegeta o nativa mesmo que ainda em forma o de reas onde essa lei pode ser aplicada onde poss vel acat la sem preju zo de valores mais altos Considerando que no SRBM tal procedimento n o tem condi es de ser adotado sem descaracterizar o patrim nio tombado conclui se que seu terreno n o pode ser governado pela lei ambiental mas sim por diretrizes adequadas gest o do patrim nio cultural Nesse momento entra um complicador hoje em dia h uma verdadeira sacraliza o do vegetal em quaisquer casos guisa de milit ncia contra destrui o do meio ambiente Ora tais a es n o devem ser confundidas porque n o poss vel nem l gico tentar frear a devasta o da Mata Atl ntica ou da Amaz nia deixando que a vegeta o nativa invada e desfigure jardins tombados nas cidades As plantas que a existem t m que agregar algum valor cultural que justifique sua presen a Atitude semelhante quela de decidir qual edifica o deve ser protegida e qual pode ser demolida deve ser aplicada na manuten o do patrim nio paisag stico Nem todas as plantas podem ou precisam ser preservadas Quase sempre o espa o vazio em um jardim tem mais significa o cultural do que uma rvore invasora do mesmo lugar Isso constitui mais um argumento para n
45. es como 1 Reconhecimento da institui o em termos de miss o fun o operacionaliza o recursos humanos qualifica o e quantidade equipamentos instala es e potencial 2 Deste conhecimento extra o das potencialidades e a es exequ veis 3 M os a obra Com dom nio sobre os pontos fortes e fracos do S tio Roberto Burle Marx buscamos uma forma de resolu o das a es sempre necessariamente integrada miss o da institui o guardar conservar e divulgar os acervos Cientes que o nome e a obra de Roberto Burle Marx eram de grande potencialidade para arrecada o de recursos e que o tempo era o nosso melhor aliado programamos o tempo com o seguinte crit rio e a es de emerg ncia at tr s anos e a es de curto prazo at cinco anos e a es de m dio e longo prazo at sete anos O plano de conserva o arquitet nica foi composto com trabalhos sequenciais desde a pesquisa de dados e informa es hist ricas at a efetiva realiza o das obras ou a es de conserva o Deste plano foram extra dos os itens exequ veis e fundamentais para recondicionar os espa os enquanto abrigo das demais cole es Assim para as a es emergenciais os recursos financeiros foram arrecadados e executados em tr s anos de 2008 a 2011 Visionando a condi o de abrigo os programas e projetos listados referiam se realiza o das obras em telhados e cobertura
46. es em curso nos ltimos anos teve por objetivo mostrar a complexidade da Situa o em que estava a Faculdade o que acabou por levar a propostas algumas delas sem precedentes na institui o Ap s a se o aberta de maio de 2009 a Congrega o da FAU decidiu interromper todas as obras em andamento com exce o das emergenciais e previamente aprovadas pela Congrega o nomeadamente a prote o das cabe as e a recupera o das vigas principais da cobertura e a conclus o das obras dos departamentos reformular o Conselho Curador que passou a ser rg o com car ter consultivo vinculado Congrega o e que teria como primeira tarefa elaborar um Plano Diretor Participativo Conselho ap s a elei o foi a apresentada na sequ ncia por ordem alfab tica apenas dos titulares Categoria servidores docentes Antonio Gil da Silva Andrade Beatriz Mugayar K hl Erica Yukiko Yoshioca Marcos de Azevedo Acayaba Milton Liebentritt de Almeida Braga Raquel Rolnik Nabil Bonduki Servidores n o docentes Jos Tadeu de Azevedo Maia Ivanilda Soares da Silva Rose Moraes Dina Elisabete Uliana Georgenaldo Falc o C ndida Maria Vuolo Maria Jos Polletti Discentes Andr Leal Andr Azenha Turazzi Fernando T lio Salva Rocha Franco Francisco Toledo Barros Ma ra Fernandes da Silva Paula Mollan Saito Ricardo Aguillar da Silva PDP O Conselho Curador na forma anterior n o tinha a prerrogativa de convocar
47. existente Os diversos centros urbanos a arquitetura rural as in meras manifesta es culturais o acervo arqueol gico o acervo arquiv stico hist rico e natural a conquista das diversas etnias em suma caracterizavam a tentativa de se amealhar a comunidade com o objetivo de se reverter a desvaloriza o constru da pelas elites dominantes e pela rep blica em rela o ao imp rio A es pontuais surgiram em todas as reas e hoje o Vale qui o Imp rio amplia seu lugar na constru o da identidade nacional particularmente com o espa o arduamente conquistado pelas manifesta es culturais de origem africana e das comunidades de baixa renda Por outro lado v rias cidades criaram legisla o de prote o com a participa o do ET Tr s Rios Para ba do Sul Mendes e Volta Redonda A a o mais forte e direcionada sempre foi voltada participa o da comunidade por meio de palestras pareceres e orienta es Tr s Rios Barra do Pira Pentagna e Conservat ria distritos de Valen a Barra Mansa Valen a Nesse sentido e ainda partindo do dedicado trabalho de Pedro e Dora Alc ntara o maior xito tendo sido junto aos propriet rios de fazendas com v rias orienta es e t cnicas repassadas para promover a conserva o desse patrim nio Nesse sentido deve se louvar em particular a Fazenda Cachoeira 46 9 Principalmente para espet culos que tiverem como par metros a utiliza o
48. hoje seu maior s mbolo Foi projetado pelo arquiteto portugu s Luiz Moraes Junior e constru do entre 1905 e 1918 no alto de uma das colinas do terreno da institui o com fachada principal voltada para a Ba a de Guanabara Segue a tend ncia de composi o arquitet nica do final do s culo XIX e in cio do s culo XX no Brasil o ecletismo revelando influ ncias da arquitetura mourisca principalmente em sua rica ornamenta o Figura 1 Pavilh o Mourisco Fonte Departamento de Patrim nio Historico COC A configura o do terreno do campus foi modificada ao longo do tempo e atualmente ele encontra se limitado a leste pela Avenida Brasil a oeste pela Avenida Leopoldo Bulh es e a noroeste pela Linha Amarela vias de tr fego intenso que cortam a cidade O limite sul do terreno definido pelo Rio Faria Timb Projetado para receber os laborat rios e salas de pesquisa dos primeiros cientistas da Fiocruz 0 edif cio conta com 5 pavimentos habit veis e 2 pavimentos t cnicos Abriga atualmente acervos de grande import ncia como a Cole o Entomol gica a Se o de Obras Raras da Biblioteca de Ci ncias Biom dicas e parte do acervo museol gico do Museu da Vida Al m das reas de acervo o Pavilh o abriga ainda salas de trabalho da presid ncia e de outras unidades da Fiocruz A Cole o Entomol gica sob responsabilidade do Instituto Oswaldo Cruz IOC composta por aproximadamente 5 milh
49. identificando outras fontes poss veis de acervos relacionados como o Col gio Pedro Il Rio de Janeiro o col gio Bento de Abreu em Araraquara S o Paulo e o Col gio Culto Ci ncia Campinas SP e promovendo a elabora o de um Thesaurus de acervos cient ficos em lingua portuguesa A biblioteca do MAST tem se consolidado como refer ncia nas reas de Hist ria da Ci ncia de Museologia e de Educa o em Ci ncia A partir de seu acervo bibliogr fico foi iniciada em 1999 a constru o da base de dados de trabalhos sobre hist ria da ci ncia publicados no Brasil denominada Bibliografia Brasileira de Hist ria da Ci ncia Destaca se ainda a doa o da biblioteca da Academia Brasileira de Ci ncias ao MAST em 2009 e do acervo da Associa o Brasileira de Conservadores Restauradores ABRACOR em 2010 Al m das atividades voltadas para o p blico em geral e para grupos escolares o MAST vem nos ltimos anos dedicando se em especial capacita o de professores para utiliza o de novos instrumentos did ticos no ensino de ci ncias Essas atividades de divulga o cient fica lhe valeram o Pr mio Latino americano de Populariza o da Ci ncia e Tecnologia outorgado pela Red POP em 1997 e no ano de 2000 a Men o Honrosa do Pr mio Jos Reis de Divulga o Cient fica promovido pelo CNPq A partir de 1997 o museu amplia suas reas de exposi o permanente procurando contextualizar parte
50. institui o e seus suportes e da sa de no Brasil A COC conta na sua estrutura com o Departamento de Patrim nio Hist rico DPH que tem a miss o de zelar pela preserva o do acervo arquitet nico e urban stico tombado e com interesse para preserva o da institui o De certo modo pode se dizer que ao mesmo tempo em que se constituiu claramente uma rea de preserva o e um corpo t cnico especialmente para esse fim no restante do campus a ocupa o se deu de forma intensa chegando atualmente a uma situa o limite para novos processos de expans o sem reformula es estruturantes Nesse per odo poucas constru es foram erguidas na rea de Preserva o Destas podemos destacar dois grupos principais e as edifica es de car ter permanente e linguagem contempor nea projetadas segundo crit rios que buscam a integra o com os bens de interesse para preserva o nas suas reas de entorno como o Anexo do Pavilh o do Rel gio o Anexo da Cavalari a e a edifica o que abriga o Servi o de Tecnologias da Informa o da COC Figura 15 Pr dio anexo ao Pavilh o do Rel gio constru do na d cada de 2000 Foto Ibam 2010 Figura 16 Pr dio anexo Cavalari a constru do na d cada de 1990 Foto Ibam 2010 13 Que tem em sua estrutura cinco vice presid ncias e nove assessorias que contam com estruturas independentes Figura 17 Edifica o que abriga o Servi o de Tecnol
51. ir gerenciar essas imagens correlacionando as com os demais dados que temos de cada caso especialmente a partir da documenta o impressa sob a guarda da COC Fig 6 e permitindo seu acesso ao p blico externo dentro de diretivas de seguran a e sigilo apropriadas Os descritores j foram todos definidos bem como as m scaras e os relat rios a serem emitidos pelo banco de dados Eu ad DISPONIBILIZA O CONTINUADA DAS INFORMA ES DAS COLE ES DO MUSEU DA PATOLOGIA DO I0C 2 1 Desenvolvimento de atividades did tico pedag gicas para o ensino n o formal e formal Para a rea de ensino n o formal foram formuladas atividades pedag gicas para o espa o enfatizando a experimenta o e a comunica o ativa dos visitantes com os objetos t cnicos ou objetos de experi ncia Assim as atividades desenvolvidas foram testadas em ambienta o n o formal pelos professores vinculados equipe do projeto com alunos dos Col gios Estaduais onde lecionam Estas atividades proporcionam al m da participa o do visitante a possibilidade de construir um conhecimento processual que integre as quest es cient ficas em um contexto hist rico nacional e institucional e cultural Para isso foram utilizados fatos da hist ria da Patologia para desmontar a vis o dominante de uma evolu o linear do conhecimento gerando d vidas e expectativas revelando a ci ncia como um processo din mico com contin
52. ligas de cobre prata e ferro Outros materiais como madeira marfim e couro tamb m podem ser encontrados e em objetos mais recentes aparecem os pl sticos e os cer micos trazendo grande complexidade ao tema 193 As condi es ambientais desempenham um papel muito importante no controle dos mecanismos de deteriora o a que os materiais s o suscet veis Os fatores mais importantes no controle desse ambiente s o a luz e a umidade relativa al m da polui o atmosf rica e da temperatura Em fun o dos materiais citados umidades relativas mais baixas em geral reduzem a velocidade de 194 destrui o dos objetos cient ficos A identifica o de objetos que precisem de conserva o determina a necessidade de um programa regular de inspe o das cole es realizado por conservadores e curadores Essa inspe o identifica os objetos e destaca os que est o precisando de conserva o urgente que s o aqueles em estado de deteriora o ativa nos museus Objetos de C amp T envolvem uma dimens o que os diferencia dos demais objetos culturais a funcionalidade Esse fator torna mais complexos os procedimentos para sua conserva o exigindo que antes da abordagem do objeto seja conhecido seu funcionamento e forma de utiliza o A primeira etapa da conserva o desses objetos o exame t cnico fase onde se realiza uma avalia o cuidadosa com o registro sistem tico das informa es e que talvez se
53. ncia e Tecnologia educa o e divulga o em ci ncias Dentre os principais objetivos do MAST est o e Coletar e preservar acervos documentais e museol gicos ligados a Ci ncia e Tecnologia e Promover e realizar estudos e pesquisas no campo da preserva o da hist ria da ci ncia da educa o e divulga o em ci ncias e Promover e patrocinar a forma o e especializa o de recursos humanos na rea de suas finalidades e Divulgar o conhecimento produzido na Institui o por meio da biblioteca especializada atividades e exposi es e Estabelecer interc mbio cient fico com Institui es similares e estreitar rela es com a comunidade cient fica e Prestar servi os t cnicos de sua compet ncia bem como vender produtos e tecnologias gerados pelo MAST 1 3 0 Campus ON MAST O Campus ON MAST ocupa rea de aproximadamente 40ha de uma pequena colina no bairro Vasco da Gama Regi o Administrativa de S o Crist v o Localiza se a cerca de 5km do centro da cidade numa rea com grande potencial de lazer e cultura que re ne diversos bens de interesse hist rico e cultural tais como a Quinta da Boa Vista o Museu do Primeiro Reinado entre outros A vegeta o abundante contrasta com a aridez do entorno imediato A organiza o espacial do conjunto caracterizada pela distribui o na grande rea central do Campus no topo do morro de c pulas pavilh es e demais elementos utilizad
54. nio cultural justamente a respons vel pelo adjetivo cultural associado ao substantivo patrim nio Embora n o tenhamos encontrado este fato explicitado em parte alguma da Colet nea de Leis sobre Preserva o do Patrim nio est reconhecido indiretamente na teoria jur dica como assinalado abaixo 175 176 3 FONSECA Cecilia Londres da O patrim nio em processo 4 Ibid embora a prote o incida sobre as coisas pois estas que constituem o objeto da prote o jur dica o objetivo da prote o legal assegurar a perman ncia dos valores culturais nelas identificados Observa se que os objetos concretos que suportam o patrim nio cultural aqueles hoje rotulados como patrim nio material obt m a qualifica o cultural emprestada justamente de seus componentes imateriais eclipsados primeira vista Constata se por exemplo que o Partenon material est na classifica o atual supervalorizado se comparado carga imaterial de cultura que tornou um povo capaz de conceb lo e constru lo Por m o mais importante em termos de cultura a mem ria ou o testemunho hist rico de uma capacidade organizacional construtiva e o registro da consci ncia de leis est ticas e matem ticas que orientaram sua implanta o Todo o processo de cria o do patrim nio aponta para isso por mais que o sistema classificat rio atual baseado na falsa ant tese divirja As c
55. no in cio s culo quanto pelo crescimento urbano no entorno Prote o do patrim nio e constru o de novas edifica es eram temas que se colocavam como contradit rios no in cio do processo de elabora o do Plano Diretor Mas o que de fato os tombamentos pretendiam preservar Seria mesmo imposs vel promover interven es no Campus e at mesmo construir novas edifica es sem preju zo dos valores protegidos pelos termos de tombamento A id ia e o desafio do Plano Diretor foi a de construir um instrumento que desse s quatro institui es diretamente interessadas no Campus ON MAST IPHAN e INEPAC uma vis o de conjunto do bem protegido orientando a a o planejada no tempo segundo crit rios previamente acordados de modo a evitar a sobreposi o de interven es pontuais desarticuladas importante observar ainda que estava em quest o n o apenas a defini o das possibilidades construtivas mas a pr pria reformula o e fortalecimento dos canais de interlocu o entre ON e MAST e desses com os rg os de prote o do patrim nio hist rico para se moldar melhores condi es para a gest o compartilhada do campus O quadro de escassez de espa os constru dos e a perspectiva de limita o no futuro pr ximo para novas constru es eram fatores que de certo modo tensionavam o relacionamento entre essas institui es pois representavam um cen rio de incertezas e eventualmente de d
56. o 15 1 Arquiteta e Urbanista Doutora em Arquitetura e Urbanismo USP e p s doutora em preserva o pela Universit delgi Studi di Roma La Sapienza Professora Associada da Universidade de S o Paulo USP PLANO DIRETOR PARA OS EDIF CIOS DA FAU USP Limites entre a moderniza o e a conserva o Beatriz Mugayar K hl Este texto baseado na experi ncia de ter feito parte da equipe que elaborou o Plano Diretor Participativo PDP para os edif cios da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU da Universidade de S o Paulo USP O processo foi conduzido pelo Conselho Curador dos edif cios da FAU USP e se desenrolou a partir do in cio de 2010 com a conceitua o do plano sendo sua vota o pela comunidade da FAU USP feita atrav s de f runs em 31 de maio e 03 de junho de 2011 Os resultados das vota es foram em 17 seguida sistematizados e ser o submetidos Congrega o da FAU Cabe aqui uma s rie de explica es a respeito do plano seu processo e suas motiva es Antes de mais nada necess rio esclarecer que o PDP n o se configura como um projeto que possa ser aplicado imediatamente na pr tica trata se em realidade de um processo conduzido com a participa o da comunidade FAU composta por funcion rios n o docentes estudantes e docentes e por ela aprovado atrav s de vota o para estabelecer princ pios diretrizes e procedimentos que versam sobre o uso e tra
57. o Trad Beatriz M Kuhl S o Paulo Ateli Editorial 2000 129 130 1 Arquiteta Conservadora Mestre em Hist ria e Preserva o do Patrim nio Cultural PROARO FAU UFRJ S tio Roberto Burle Marx IPHAN DESAFIOS DE CONSERVA O DOS ACERVOS ARQUITET NICO E ART STICO DO S TIO ROBERTO BURLE MARX Yanara Costa Haas INTRODU O Uma avalia o dos acervos tombados do S tio Roberto Burle Marx SRBM foi realizada entre os anos 2008 e 2011 objetivando estabelecer um plano para a conserva o dos diversos elementos existentes Utilizando medi es imagens antigas pesquisando em arquivos locais e observando cada pe a a equipe da Divis o T cnica especialmente da rea de Arquitetura descortinou um quadro de preocupa o sobre o estado das estruturas arquitet nicas enquanto abrigo da cole o art stica Alguns desafios foram elencados indicando urg ncia na elabora o de uma diretriz para a es emergenciais de curto m dio e longo prazo 1 0 TOMBAMENTO Com estudo iniciado no ano de 1984 no Processo n 1 131 T84 seu tombamento ocorreu em 14 de junho de 2002 Portaria 321 fl 329 do DOU sob duas inscri es a inscri o n 129 referente ao Livro do Tombo Arqueol gico Etnogr fico e Paisag stico e a inscri o n 623 no Livro do Tombo das Belas Artes Esta dupla inscri o ratificada em 02 de maio de 2011 incide sobre a obra 132 denominada S tio Roberto Burle Marx
58. o seja O primeiro passo para que se possa ampliar esse esfor o t o necess rio para a forma o e atualiza o dos profissionais da rea atuantes nas institui es culturais cient ficas do nosso estado Agradecemos o apoio da Funda o Carlos Chagas Filho de Amparo Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro FAPERJ na realiza o do evento e na publica o dos seus anais consolidando a miss o de apoio cient fico na rea de ci ncia e tecnologia dessa institui o no Rio de Janeiro 10 1 Arquiteta e urbanista mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ arquiteta do DPH COC Fiocruz e professora do Curso de Especializa o em Preserva o e gest o do patrim nio cultural das ci ncias e da sa de da Coc 2 Arquiteta urbanista doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP coordenadora das a es para preserva o arquitet nica do Museu Casa de Rui Barbosa do Centro de Mem ria e Informa o FCRB e professora do Curso de Especializa o em Preserva o e gest o do patrim nio cultural das ci ncias e da sa de da COC 3 Arquiteta e urbanista doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP arquiteta do DPH COC Fiocruz e professora do Curso de Especializa o em Preserva o e gest o do patrim nio cultural das ci ncias e da sa de da COC 4 Arquiteto e urbanista doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ coordenador do N cleo de Estudos
59. o avan o do treinamento e educa o no campo da preserva o arquitet nica A metodologia aplicada neste trabalho se resume em seis etapas b sicas levantamento bibliogr fico consolida o das informa es an lise tipol gica e formal diagn stico de conserva o estabelecimento de par metros e defini o de procedimentos t cnicos No desenvolvimento do trabalho vimos ser de extrema utilidade a execu o de 125 argamassas testes para uma melhor defini o dos procedimentos t cnicos que dever o ser empregados quando da restaura o das fachadas Demos assim in cio a uma primeira fase experimental que contou com a consultoria da Arquiteta Dra Maria Isabel Kanan cuja contribui o maior se deu na defini o das formula es das argamassas para teste bem como na orienta o de t cnicos quanto aos procedimentos a serem adotados A partir dos resultados da avalia o destas argamassas teste poderemos estabelecer uma especifica o t cnica para as argamassas de restaura o das fachadas do 126 Museu Casa de Rui Barbosa 2 4 Documenta o para preserva o A efic cia das a es preventivas requer um adequado sistema de organiza o para que o processo esteja sob controle em todas as suas etapas desde o planejamento at o monitoramento dos resultados de modo a se sedimentar o conhecimento necess rio O processo de documenta o uma ferramenta indispens vel para identifica o p
60. o em mal estado de conserva o e os espa os concorrem essencialmente para este quadro O pr dio da Administra o abriga a biblioteca principal com especialidades em bot nica arquitetura e paisagismo Em sala do segundo pavimento logo abaixo das caixas de gua de abastecimento do pr dio os livros est o em estanterias de a o No Ateli de Pintura est a outra parte da biblioteca tombada como elemento compositivo do espa o que serviria mas n o foi efetivado como moradia e ateli de Roberto Burle Marx 2 3 A Cole o Museol gica A cole o Roberto Burle Marx de acervo museol gico composta de 3126 objetos das mais variadas proced ncias Segundo a classifica o estabelecida no Tesauro do IPHAN s o objetos de artes visuais interiores em especial os utens lios de cozinha de trabalho art stico e objetos pessoais como vestimentas e culos Al m destes bens m veis podemos citar aqueles integrados s estruturas arquitet nicas e paisag sticas de autoria do paisagista como as composi es de pain is azulejados em cantaria ou em mosaico de vidro Toda a cole o pode ser dividida em dois grupos um referente s pe as colecionadas por Roberto segundo seu gosto e vontade e o outro referente sua produ o enquanto artista pl stico Outra forma de apreender esta cole o observ la segundo a disposi o espacial montada pelo pr prio Burle Marx na casa principal est o t
61. o localizar o valor paisag stico de um jardim tombado na mat ria de sua vegeta o mas sim nos princ pios imateriais que presidiram sua g nese 5 QUEST ES CULTURAIS O meio ambiente preservado um bem cultural Isto foi reconhecido por Rodrigo Mello Franco de Andrade ao criar os estatutos do Servi o do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional hoje IPHAN Da decorre que nas reas em que coincidem a preserva o cultural 179 deve ser privilegiada em rela o preserva o ambiental simplesmente porque aquela engloba esta e a rec proca n o verdadeira Isto n o significa que o meio ambiente valha menos do que a arte a arquitetura ou coisa parecida A preserva o ambiental refere se a entidades vastas como uma floresta um ecossistema o oceano ou a atmosfera enquanto que os bens culturais s o pontuais e escassos como o sal da terra Nos locais regidos pela preserva o cultural ou seja nos raros dentre os lugares da Terra onde o resultado da a o humana foi valorizado a ponto de ser protegido por determinada sociedade 180 este tipo de preserva o tem que ter preval ncia sobre a preserva o ambiental porque a compreende a inclui n o a desconsidera Ilustrando o ponto de vista imagine se o seguinte Se a floresta amaz nica for racionalmente preservada isto ser positivo para a cultura nacional e o povo brasileiro far jus a mais respeito porque ter praticado uma proeza inc
62. o trabalho com compet ncia e seriedade mpares assumindo de fato a responsabilidade pela execu o e dando mostras de grande profissionalismo O pr prio site do PDP foi inteiramente concebido e gerido pelos bolsistas As propostas para estrutura o do plano em suas v rias etapas foram sempre apresentadas Congrega o para discutir os temas envolvidos e aprovar o que se fizesse necess rio A estrutura o do processo come ou a ser elaborada nos primeiros meses de 2010 para ser apresentada Congrega o e depois comunidade e dar in cio ao processo em abril de 2010 as etapas principais foram e junho de 2010 leitura participativa feita por territ rios a saber espa os p blicos espa os de aula biblioteca espa os administrativos subsolo anexo Vila Penteado Ateli Fracarolli Os usu rios dos territ rios ou seja dos variados espa os da Faculdade foram convidados a participar de oficinas espec ficas para cada um deles para discutir problemas e qualidades daqueles espa os atrav s de metodologia advinda de planejamento participativo situacional Cada participante poderia apontar primeiramente tr s problemas daquele espa o e depois tr s qualidades potencialidades os temas levantados foram em seguida agrupados e discutidos pelo grupo como um todo julho e agosto de 2010 leituras t cnicas o entendimento dos edif cios da FAU como bens culturais e um primeiro reg
63. ou de Glaziou feito com plantas igualmente naturais tamb m um objeto do patrim nio cultural A diferen a para efeitos de classifica o est na durabilidade do suporte est tua perene jardim tempor rio 173 Desfazer as confus es que grassam neste assunto n o simples pois a solu o de uma delas depende da solu o da outra ou seja fazer prevalecer nos jardins tombados uma preserva o de ordem cultural em vez daquela de ordem natural requer fazer entender antes que a preserva o cultural quando incide sobre jardins ou parques precisa ser modulada segundo a temporalidade de seus componentes 174 materiais N o pode ser uma simples transposi o literal de procedimentos adequados arquitetura e obras de arte est tica por mais habituais que eles sejam O patrim nio que hoje se denomina imaterial embora tenha conquistado por press o irresist vel da realidade algum espa o no cen rio da cultura continua restrito a um gueto composto pelos objetos cuja mat ria simplesmente ignorada para efeitos de classifica o J o que est classificado como objeto do patrim nio cultural material apenas um bem cultural cujo suporte material perene ou assemelhado a isso Por m n o h caso em que os dois lados do esquema bin rio vigente material e imaterial encontrem se indissoci veis Como os mais consp cuos elementos constituintes dos jardins tombados rvores e plant
64. planejamento e a es efetivas na elabora o de projetos e na gest o territorial tendem a apresentar resultados positivos na conserva o do patrim nio ambiental e cultural de forma associada a outras pol ticas As diversas escalas de atua o e a possibilidade efetiva de garantir acompanhamento das a es a serem implementadas configuram aspectos relevantes para a transforma o desse territ rio em um bairro saud vel e integrado cidade O presente artigo prop e apresentar e tra ar algumas considera es sobre o processo de planejamento implantado no sentido de contribuir com a pol tica de preserva o de s tios hist ricos com a elabora o de estrat gias de preserva o consolidadas em instrumentos de planejamento e com sua efetividade O texto estruturado em 3 partes Inicialmente o Campus Fiocruz da Mata Atl ntica contextualizado como um dos setores da Col nia Juliano Moreira descrito o processo de municipaliza o e como a rea foi recebida pela Funda o Oswaldo Cruz Em seguida realizada uma breve caracteriza o e apresentada a situa o atual do patrim nio cultural e ambiental da Col nia Juliano Moreira e mais especificamente do Campus Por fim apresentada a proposta de planejamento concebida para o Campus 0 processo de planejamento integrado com outras institui es tendo como objeto a Col nia ressaltando aspectos relacionados aos objetivos e desafios da conse
65. poss vel evitando grandes deslocamentos de terra a sensibiliza o das comunidades interna e externa em rela o aos impactos de suas a es no 94 4 FUNDA O OSWALDO CRUZ Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica meio ambiente o fomento e a articula o de iniciativas de car ter socioambiental Entre as principais normativas definidas no tema podemos citar a orienta o de que cada unidade a se instalar no CFMA dever solicitar seu correspondente licenciamento ambiental aos rg os Federais Estaduais e Municipais competentes a orienta o de elabora o de Avalia o Ambiental Estrat gica para cada atividade a ser implantada no CFMA tendo em vista a defini o das melhores alternativas e a agilidade seu processo de Licenciamento Ambiental a determina o de elabora o de Avalia es de Impacto Ambientais AIA s a partir das propostas de interven o no CFMA que nortear o a elabora o dos projetos tanto de edifica es como de infraestrutura e paisagismo As an lises previstas para as atividades futuras devem ter como cen rio as defini es do projeto de Revegeta o de reas no Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Recupera o de reas Degradadas Manejo e Enriquecimento da Biodiversidade O Plano Diretor do CFMA tamb m objetiva proporcionar diretrizes e valorizar instrumentos normativos que garantam um adequado tratamento de seu patrim nio cultural refo
66. quadro de arranjo do acervo Identifica o documental de acordo com a NOBRADE Norma Brasileira de Descri o Arquiv stica para a elabora o de instrumento de pesquisa e a posterior transfer ncia desses dados para base de dados 203 Acondicionamento dos documentos em pastas caixas ou ma os confeccionados em material alcalino ou neutro essenciais para uma melhor preserva o dos documentos Disponibiliza o pesquisa e armazenamento em reas de dep sito O tratamento t cnico documental aplicado em nosso Arquivo prioriza a higieniza o pr via dos documentos antes de sua e Numera o das folhas e Ordena o cronol gica ordena o e descri o Durante o processo de higieniza o na rea de triagem observa se o conte do das informa es registradas e Conserva o preventiva interven o simples com pequenos reparos para o estado de conserva o do suporte papel que pode apresentar se muito manchado 204 pela a o da umidade insetos e fungos e ainda grande quantidade de poeira e res duos diversos marcas deixadas pelo ataque dos insetos Ocorre tamb m o aparecimento de ovos e larvas vivas que demandam observa es especiais durante algum tempo Identificamos em percentual bem elevado o efeito da acidez das fibras dos suportes mais recentes fim do s culo XIX em diante e das tintas empregadas ferrog lica principalmente ocasionando a fragilidade da
67. que embora algumas delas tenham sido propostas seguindo preceitos arquitet nicos reconhecidos sofreram descaracteriza es consider veis e n o representam hoje per odos ou estilos significativos da arquitetura nesse per odo mais precisamente em 73 1966 que o Campus Fiocruz de Manguinhos registrado como S tio Arqueol gico de Manguinhos no Cadastro Nacional de S tios CNS do Iphan em decorr ncia de achados fortuitos em raz o de uma forte chuva que provocou a queda de uma parte do barranco nas imedia es do Pavilh o Rockefeller A pesquisa desenvolvida teve a colabora o do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro que identificou vest gios pr hist ricos de um aldeamento tupinamba O terceiro per odo que vai de 1980 e se estende aos dias atuais marcado pela forte ocupa o da rea de baixada do campus resguardando em grande medida a rea reconhecida como de prote o rigorosa 74 12 Assim denominada no Plano Diretor da Fiocruz elaborado em 1988 pelo IBAM do ponto de vista da preserva o hist rico cultural e assumida pela institui o como rea de Interesse Hist rico Paisag stico aqui tratada como rea de Preserva o nesse per odo que se d o os tombamentos federal e estadual de edifica es existentes no campus e tamb m que criada a Casa de Oswaldo Cruz COC com a finalidade de pesquisar a hist ria e de preservar e divulgar a mem ria da
68. que n o somente vivem mas tamb m morrem Para mais do que entender perenizar a identidade de um jardim tombado no nico sentido poss vel desta express o indispens vel aprofundar o conceito de patrim nio cultural mesmo que para tanto seja necess rio chegar ao ponto de mudar a classifica o reformulando o atual modelo dicot mico em bases que compreendam toda a diversidade do patrim nio cultural 2 CLASSIFICA O Ao ser cunhado o termo Patrim nio Imaterial teve a fun o expressa de proteger bens culturais que ainda n o tinham sido 2 BORGES Jorge Luis El Idioma Anal tico de John Wilkins do livro Otras Inquisiciones oficialmente reconhecidos como carentes de prote o governamental tradi es orais festas saberes fazeres etc Por m o que aconteceu quase autonomamente que se criou uma dicotomia por for a exclusiva do poder das palavras no caso a palavra material justaposta palavra imaterial essa dicotomia que em ltima an lise impede que se atine com o conceito adequado e por consequ ncia com a maneira correta de conservar o SRBM Os jardins tombados n o encontram lugar na atual dicotomia material imaterial por mais que o conceito de patrim nio cultural como comum ouvir se amplie Na verdade o que vem acontecendo n o a amplia o do conceito mas apenas o aumento da variedade de objetos culturais protegidos sem o respectivo esfor o de compre
69. refer ncias ou evid ncias que permitam produzir uma pe a exatamente igual perdida uma etapa complexa que exige muita pesquisa e trabalho meticuloso acabamento superficial utilizando se um produto que d um brilho ou acabamento acetinado superf cie dependendo do efeito desejado pastas de polir l de aco fina 24 GRANATO M SANTOS L MIRANDA L Estudos sobre a Conserva o de Instrumentos Cient ficos 25 GRANATO M A Restaura o de Instrumentos Cient ficos Hist ricos 26 GRANATO M BRITO J SUZUKI C Restaura o do Pavilh o C pula Met lica e Luneta Equatorial de 32 cm Conjunto Arquitet nio do Museu deAstronomia e Ci ncias Afins Mast 27 GRANATO M TULLY F Les Principes de La Restauration D Instruments Scientifiques Le Cas Du Cercle M ridien Gautier de LObservatoire de Rio de Janeiro papel abrasivo etc utilizados manual ou mecanicamente limpeza para desengordurar utilizando um desengordurante como tricloroetileno ou percloroetileno com uma escova algod o ou papel absorvente O contato do objeto com os dedos ap s o trabalho deve ser evitado para n o deixar marcas digitais que possam trazer oxida o utilizar uma t cnica para obter a cor original de uma superf cie forma objeto ou em qualquer parte que tenha sido refeita A ideia retornar a uma apar ncia uniforme e a uma cor adequada como o original acabamento para o aspecto final assegura
70. rio da Ci ncia e Tecnologia MCT e tem como miss o institucional realizar e coordenar pesquisas geof sicas astron micas e astrof sicas formar pesquisadores em suas reas de atua o abrigar padr es metrol gicos e gerar manter e disseminar a hora legal brasileira procurando alcan ar os mais levados n veis internacionais de qualidade cient fica e tecnol gica sem causar danos ao meio ambiente Dentre os principais objetivos do ON est o e Desenvolver pesquisas cient ficas nas reas de astronomia astrof sica e geof sica medindo e armazenando grandezas f sicas acompanhando as suas aplica es e atuando como p lo nacional de p s doutoramento e de forma o de pesquisadores por interm dio de seus programas de mestrado e doutorado em estreita liga o com a comunidade cient fica e Desenvolver manter e operar equipamentos e instrumentos de medidas astron micas geof sicas e metrol gicas em reas de sua compet ncia e Realizar estudos tecnol gicos e estudos estrat gicos em geof sica e Sero laborat rio prim rio em tempo frequ ncia e em grandezas de uso na geof sica gerar a Hora Legal Brasileira e seu sincronismo em tempo real e executar pesquisa e servi os tecnol gicos nesses campos 1 2 O Museu de Astronomia e Ci ncias Afins O MAST foi criado em 08 de mar o de 1985 subordinado ao N cleo de Pesquisa em Hist ria da Ci ncia do CNPq Sua concep o teve origem no pro
71. se consegue o montante necess rio a morosidade de processos de licita o de servi os e obras feitos sempre pelo menor pre o sem que fosse poss vel elaborar editais de licita o por t cnica e pre o o que muitas vezes d resultados insatisfat rios do ponto de vista da qualidade da execu o A FAU respons vel atualmente por v rios edif cios na Cidade Universit ria Armando de Salles Oliveira pelo Edif cio Vilanova Artigas pelo Edif cio Anexo o Canteiro Experimental Antonio Domingos Battaglia e pelo Ateli Fraccaroli em que s o desenvolvidas as atividades ligadas gradua o em Arquitetura e Urbanismo e em Design respons vel ainda pelo Edif cio Vila Penteado voltado a atividades da p s gradua o situado na rua Maranh o no bairro de Higien polis Desses edif cios o Vilanova Artigas e a Vila Penteado s o bens culturais protegidos pela legisla o estadual e municipal Todos os edif cios incluindo os dois tombados possuem problemas s rios de conserva o em especial nas instala es el trica e hidr ulica e nas coberturas Na Vila Penteado no in cio de 2011 desabou trecho de um forro do espa o que se volta ao sagu o central por causa de infiltra es de gua na cobertura que necessita urgentemente de revis o geral que abrange tamb m o sistema e escoamento das guas pluviais o Edif cio Vilanova Artigas que desde sua constru o apresenta problemas s rios de es
72. ser constitu das de documentos em suporte papel os arquivos ou de objetos as cole es museol gicas Nossa an lise se restringir preserva o de objetos 1 0 MUSEU DE ASTRONOMIA E CIENCIAS AFINS 183 As origens institucionais do MAST remontam ao Grupo Mem ria da Astronomia criado no in cio da d cada de 1980 no mbito do Observat rio Nacional ON e dentro do contexto de mobiliza o no Brasil para a cria o de institui es voltadas para a pesquisa em hist ria da ci ncia e preserva o de acervos relacionados O grupo tinha como objetivo o lan amento das bases para a cria o de um museu de ci ncias voltado para a preserva o para a pesquisa hist rica e para a forma o de recursos pedag gicos no antigo pr dio sede do ON Em um segundo momento 1984 no rastro do pedido de tombamento do patrim nio 184 hist rico oriundo do ON por um elenco de personalidades da poca surge o N cleo de Pesquisa em Hist ria da Ci ncia como desdobramento do Grupo mencionado e cuja coordena o era diretamente vinculada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient fico e Tecnol gico CNPq No ano seguinte em 08 de mar o de 1985 o Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST foi finalmente criado pelo CNPa coincidindo com a cria o do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia e com um per odo de efervesc ncia e cria o de diversos museus e centros de ci ncia no Brasil O Museu est local
73. territ rio materializados em um rico conjunto arquitet nico patrim nio cultural tombado pelo Inepac e pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional Iphan Comp em esse patrim nio al m da cultura local variados bens m veis e im veis de valores hist rico art stico e cient fico Tal diversidade cultural evidencia se pelo conjunto de acervos de ordem arqueol gica arquitet nica documental cient fica e imaterial valorizados pelo patrim nio natural que os abriga DOMINGUES 2007 O N cleo Hist rico Rodrigues Caldas NHRC constitui se o primeiro n cleo de pacientes da Col nia e representativo destas transforma es hist ricas Sua implanta o respeitou o n cleo original da antiga fazenda reformando e utilizando as edifica es remanescentes da poca do engenho como instala es da nova institui o e construindo 85 as novas edifica es de forma cont gua e harmoniosa s edifica es preexistentes Vale ressaltar que o plantio de cana de a car considerado o principal entre v rios ciclos econ micos observados no in cio da ocupa o na regi o de Jacarepagu no per odo colonial o que a caracterizou como a Plan cie dos Onze Engenhos O aqueduto e as canaletas do s c XVIII que abasteciam e movimentavam a antiga f brica do engenho a sede da fazenda do s culo XIX e os pavilh es constru dos a partir da d cada de 1910 exclusivamente para abrigar as ativ
74. tornar operacional E isso que se espera que ocorra nas propostas que ser o feitas daqui em diante para a Faculdade BIBLIOGRAFIA BAROSSI Antonio Carlos Ensino de projeto na FAUUSP Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Tese de Doutorado S o Paulo FAUUSP 2005 FAUUSP Edif cio Vilanova Artigas Reformas programadas e em andamento S o Paulo FAUUSP 2009 Restauro e recupera o no Edificio Vilanova Artigas no Anexo e no Edif cio Vila Penteado S o Paulo FAUUSP 2009 Restauro e recupera o no Edif cio Vilanova Artigas cobertura S o Paulo FAUUSP 2010 Plano diretor participativo FAU 2011 2018 proposta para debate no f rum Dispon vel em http Awww usp br fau fau administracao congregacao planodiretor proposta index html Acesso em 10 jun 2011 GIANECCHINI Ana Clara T cnica e est tica no concreto armado um estudo sobre os edif cios do MASP e da FAUUSP Disserta o de mestrado S o Paulo FAUUSP 2009 HOMEM Maria Cec lia Nacl rio Carlos Ekman um inovador na arquitetura paulista In FAUUSP Vila Penteado 100 anos S o Paulo FAUUSP 2002 KUHL Beatriz Mugayar Notas sobre a Carta de Veneza Anais do Museu Paulista S o Paulo vol 18 n 2 p 287 320 Dez 2010 et all Edif cios da FAU como Bens Culturais Fundamenta o Te rica para interven es Dispon vel em www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor material
75. trabalho de preserva o desenvolvido em torno do patrim nio de C amp T pelo MAST se reflete tamb m no desenvolvimento de parcerias com o objetivo de contribuir para a preserva o do patrim nio cultural em outras institui es Como resultado acervos de interesse s o identificados objetos de valor hist rico registrados profissionais sensibilizados no sentido de preservar o patrim nio in situ ou quando n o poss vel objetos s o recebidos por doa o para salvamento de acervos amea ados 186 9 Dispon vel em http chcul fc ul pt thesaurus Acesso em 23 mai 2011 Alguns resultados dessas parcerias se concretizaram na identifica o e registro de conjuntos de objetos que constituem parte do patrim nio de C amp T brasileiro como as pe as do Instituto Nacional de Tecnologia INT as pe as relacionadas hist ria da energia nuclear no Brasil identificadas em diversos centros de pesquisa da rea nuclear Instituto de Pesquisas Energ ticas e Nucleares IPEN Instituto de Radiodosimetria IRD Instituto de Engenharia Nuclear IEN Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear CDTN Centro Brasileiro de Pesquisas f sicas CBPF os 300 objetos doados ao Museu pelo IEN e as 35 pe as doadas pelo Centro de Tecnologia Mineral CETEM Cabe tamb m destacar as pesquisas que o Museu desenvolve em parceria com institui es internacionais como o Museu de Ci ncia da Universidade de Lisboa
76. trato com esses objetos exige e de sua import ncia para a sua perman ncia Os objetos nos museus s o afetados pelas condi es em que s o expostos ou acondicionados Condi es ambientais inadequadas s o uma causa s ria de deteriora o muitas vezes agravada pelo fato de que os efeitos permanecem invis veis por um per odo longo Quando percept veis esses efeitos j podem ter comprometido a estrutura do objeto Essas condi es s o mais cr ticas em pa ses tropicais como o caso do Brasil Segundo Cassar a sobreviv ncia de um objeto afetada pelos seguintes fatores os materiais dos quais feito as condi es ambientais nas quais foi mantido antes de entrar para a cole o sua utiliza o antes de ser incorporado cole o as condi es ambientais em que mantido ap s ser incorporado cole o sua utiliza o como parte constituinte da cole o em exposi es para pesquisa como aux lio educacional ou objeto de trabalho qualquer tratamento anterior de conserva o ou reparo Os objetos de C amp T essenciais astronomia medicina f sica meteorologia matem tica e demais ci ncias apresentam t cnica de fabrica o geralmente muito complexa e os diversos materiais de que podem ser constru dos exigem cuidados espec ficos de conserva o Uma an lise desses objetos permite concluir que a maioria constitu da de metais especialmente
77. voltadas aos aspectos est ticos hist ricos memoriais e simb licos dos bens cient fico pelo conhecimento que as obras transmitem nos v rios campos do saber tanto humanidades quanto ci ncias naturais e ticas por n o se ter o direito de deformar nem de apagar testemunhos tidos como relevantes de gera es passadas e privar o presente e as gera es futuras da possibilidade de conhecimento de que os bens s o portadores nem de sua fun o como suporte da mem ria individual e coletiva Os preceitos te ricos da restaura o que deveriam guiar a interven o em bens considerados de interesse cultural s o par grafo nico Os mesmos requisitos devem ser respeitados durante a execu o da obra art 19 Atuar segundo o princ pio de compatibilidade de t cnicas e materiais levar em conta a consist ncia f sica dos edif cios com a utiliza o de t cnicas compat veis que n o sejam nocivas ao edif cio e aos seus usu rios e cuja efic cia seja comprovada atrav s de experimenta o art 20 Observar no caso dos bens culturais os princ pios da distinguibilidade da a o contempor nea retrabalhabilidade m nima interven o e demais recomenda es constantes nos documentos do ICOMOS International Council on Monuments and Sites art 21 Atuar em toda e qualquer proposta com qualidade irrepreens vel nos procedimentos t cnicas e materiais art 22 Compatibilizar
78. 44 roseiras num total de 300 variedades antigas e modernas Quando iniciamos o trabalho de recupera o do Roseiral em 2003 esse jardim hist rico j tinha sofrido uma reforma pela sua empresa mantenedora anterior que havia substitu do todas as rosas 114 existentes por hibridas de cha Por outro lado a carta de Floren a no seu artigo 17 estabelece que quando um jardim houver desaparecido totalmente ou quando s se possu rem elementos conjunturais de estados sucessivos n o se poderia empreender uma reconstitui o relevante sob a no o de jardim hist rico Baseado nessa orienta o e dadas as condi es existentes optou se por elaborar um novo projeto de cole o de rosas para o roseiral respeitando o tra ado de seus canteiros conc ntricos e adotando diretrizes voltadas para a melhoria das condi es existentes para o cultivo dessas plantas solos luminosidade aera o programa de controle de pragas e doen as e fundamentalmente para o enriquecimento da cole o de rosas Das cerca de 126 esp cies de roseiras silvestres hoje dispomos de mais de 30 mil h bridos de roseiras Essas variedades s o provenientes dos esfor os de produtores voltados obten o de rosas com formas cores aromas vigor e beleza mais acentuados As rosas atuais lembram pouco as rosas selvagens que tinham apenas cinco p talas A cole o de rosas que encontramos no roseiral do JBRJ compreendia apenas rosas h bridas
79. AC Col nia Programa de Acelera o do Crescimento da Col nia Juliano Moreira parceria entre Uni o e a prefeitura prevista no PAC Urbaniza o de Favelas e Saneamento cujo Acordo de Coopera o T cnica que inclui a Fiocruz e o Minist rio do Planejamento foi assinado em 25 de setembro 2008 O PAC Col nia consiste em um investimento p blico previsto para os setores 1 2 e 3 da Col nia da ordem de 100 milh es de reais posteriormente complementado com outros 42 milh es que visa a melhoria da habitabilidade na rea atrav s de investimento na estrutura o urbana em equipamentos p blicos e na regulariza o urban stica e fundi ria dos assentamentos residenciais al m de prever no projeto original verba para a recupera o do aqueduto das vias pra as e de um dos pavilh es do NHRC Essa a o de responsabilidade dos governos federal e municipal conta com Fiocruz no planejamento projeto e monitoramento de todas as a es que s o desenvolvidas e foi fruto da parceria estabelecida desde 2006 entre a institui o e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro PCRJ ap s longo processo de negocia o com o Governo Federal Esse projeto viabilizou de forma associada regulariza o fundi ria e urban stica das fam lias e qualifica o urbana do futuro bairro a defini o de estrat gias de conserva o patrimonial que est o sendo atualmente implantadas Entre elas cabe citar a recupera
80. Carvalho In s El Jaick Andrade Renato Gama Rosa Costa Rio de Janeiro FIOCRUZ FCRB FAPERJ 2011 220p il 21x21cm 1 Cultura 2 Patrim nio Cultural 3 Preserva o 4 Congressos 5 Brasil CDD 363 69 ISBN 978 85 85239 77 0 Sum rio Apresenta o Introdu o Confer ncia Plano Diretor para os edif cios da FAU USP limites entre a moderniza o e a conserva o Mesas redondas S tios hist ricos Experi ncia na gest o de um centro hist rico de pequeno porte Vassouras RJ Planejamento e Gest o de Conjuntos Tombados a experi ncia do Plano Diretor do Campus do Observat rio Nacional e do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins Rio de Janeiro RJ O Plano de Preserva o da rea de Interesse Paisag stico do campus Fiocruz Manguinhos Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica a preserva o do patrim nio cultural e ambiental como aspecto relevante da estrat gia de ocupa o e gest o territorial Programa de restauro gest o e recupera o de jardins e reas hist ricas do Jardim Bot nico do RJ Edifica es hist ricas Pesquisa para a conserva o programada do patrim nio arquitet nico da Funda o Casa de Rui Barbosa Desafios de conserva o dos acervos arquitet nico e art stico do s tio Roberto Burle Marx A conserva o preventiva do acervo hist rico da Funda o Oswaldo Cruz o caso do Pavilh o Mourisco Cole es A gest o de cole es histopa
81. Cidade do Rio de Janeiro com a consolida o de um grupo de trabalho que tinha ent o como objetivo definir um plano de ocupa o para os outros setores da Col nia no entorno imediato do CFMA visando sua requalifica o e elaborar propostas para sua viabiliza o A etapa seguinte foi iniciada em 2007 quando h amplia o da equipe de implanta o do Campus cujos profissionais passam a ser organizados em Escrit rios T cnicos visando elaborar projetos estruturantes para o Campus e para a Col nia e desenvolver as a es de planejamento a partir das diretrizes aprovadas pela Presid ncia da Fiocruz O Escrit rio T cnico de Planejamento Territorial e Regulariza o Fundi ria foi o respons vel pela coordena o das a es necess rias ao desenvolvimento do Plano Diretor do CFMA e tem entre suas atribui es o acompanhamento das a es de aprimoramento do Plano e o apoio avalia o e elabora o de projetos que possuam impacto territorial e sejam regulados pelo mesmo O Escrit rio T cnico de Educa o e Gest o Ambiental ofereceu contribui o relevante na defini o das condicionantes ambientais e tem entre suas atribui es o desenvolvimento de estudos projetos e a es efetivas de recupera o e gest o ambiental A equipe da Casa de Oswaldo Cruz COC respons vel pelo Programa Mem ria Hist ria e Patrim nio Cultural da Sa de que busca a identifica o a preserva o a valoriza o
82. ENCHIMOL J L coord Manguinhos do Sonho vida A Ci ncia na Belle poque p 28 MUSEU DA PATOLOGIA gest o e reas de atua o Barbara Cristina Euzebio Pereira Dias de Oliveira Marcelo Pelajo Machado INTRODU O O Museu da Patologia foi criado por Oswaldo Cruz em 1903 quando se fazia necess rio erradicar a Febre Amarela no Pa s Para tanto Oswaldo Cruz incumbiu os pesquisadores do ent o Instituto Soroter pico de Manguinhos de realizarem o estudo da anatomia patol gica desta doen a e seu diagn stico necrosc pico Ap s a aut psia Os principais rg os com altera o deveriam ser recolhidos ao Museu do Instituto Soroter pico de Manguinhos Foi 197 estipulado que todas as pecas anat micas provenientes dos trabalhos e pesquisas do Instituto deveriam ser protocoladas junto ao Museu al m da obrigatoriedade da organiza o de uma Cole o de preparados de histologia normal e patol gica de embriologia comparada e humana Decreto n 17512 de 5 de novembro de 1926 artigos 16 a 18 Assim inicialmente a guarda desta Cole o estava a cargo da Se o de Anatomia Patol gica do ent o ainda Instituto Soroter pico Federal com o crescimento do Instituto e da Se o esta passou a se chamar Divis o de Anatomia Patol gica Decreto n 10 252 de 14 de agosto de 1942 j com o Instituto tamb m com o seu nome alterado 158 para em homenagem a seu fundador Instituto Oswaldo Cruz S o exempl
83. IAS Rob rio O patrim nio Paisag stico do S tio Roberto Burle Marx Rio de Janeiro RJ 2008 Tese Doutorado Programa de P s gradua o em Geografia Universidade Federal do Rio de Janeiro 2008 INSTITUTO DO PATRIM NIO HIST RICO E ART STICO NACIONAL Brasil Cartas Patrimoniais Caderno de documentos no 3 Bras lia IPHAN 1995 Invent rio de Bens Arquitet nicos Departamento de Identifica o e Documenta o DID 2002 Tesauro para bens m veis e integrados Departamento do Patrim nio Material e Fiscaliza o DEPAM 2006 143 144 1 Arquiteta Mestre em Arquitetura PROARO FAU UFRJ N cleo de Estudos de Urbanismo e Arquitetura em Sa de do Departamento de Patrim nio Hist rico da Casa de Oswaldo Cruz Fiocruz 2 O conceito de sustentabilidade est intimamente relacionado ao de desenvolvimento sustent vel entendido como aquele que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gera es futuras de suprir suas pr prias necessidades ONU BRUNDTLAND Nosso futuro comum CONSERVA O PREVENTIVA DO ACERVO HIST RICO DA FIOCRUZ O Caso do Pavilh o Mourisco Carla Maria Teixeira Coelho INTRODU O Desde as ltimas d cadas do s culo XX a conserva o preventiva vem se fortalecendo como estrat gia para conserva o de acervos im veis edif cios hist ricos e m veis cole es arquiv sticas bibliogr ficas museol gicas de forma integ
84. Ilha do Governador Al m destas edifica es o Inepac faz refer ncia s casas geminadas dos funcion rios e ao Chafariz como bens integrados ao conjunto 4 Portal e muro da antiga Fazenda 12 Pavilh o 7 20 Garagem de ambul ncias 13 Chafariz 21 Vacarias antigas estrebarias 14 Antigo Refeit rio ru nas 22 Pavilh o Agricola 15 Anexos do Refeit rio ru nas 23 Pocilga 16 Oficinas de manuten o 24 Horto da Pedra Branca Figura 02 Mapa N cleo Hist rico Rodrigues Caldas Identifica o edifica es e status prote o patrimonial Fonte Acervo DPH COC 2010 bem cultural tombado pelo Iphan em 1938 o aqueduto do s culo XVIII localizado no N cleo Hist rico Rodrigues Caldas Em torno do bem definida na Portaria n 003 1990 do IPHAN uma rea de ambi ncia que abarca parte do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica cuja revis o visando seu aprimoramento est em processo de negocia o com o rg o de modo a compatibilizar o instrumento de prote o ao resultado dos estudos e do processo de planejamento integrado realizado para o Campus e para o NHRC Figura 03 Ru nas da canaleta do Sistema do Aqueduto Fonte Acervo PDCFMA Fiocruz 2007 S o bens arqueol gicos inscritos no Iphan constituindo a Jazida Arqueol gica do Vale do Mosquito as ru nas do complexo de constru es coloniais incluindo o antigo sistema de canaliza o de gua aqueduto canaletas e reservat rio O sistem
85. J um tipo especial de paisagem com demandas nicas e inerentes pr pria constitui o e miss o Por um lado um jardim hist rico uma composi o arquitet nica vegetal que do ponto de vista da hist ria ou da arte apresenta interesse p blico e como tal considerado lt monumento gt 2 Por outro um jardim 103 bot nico uma rea protegida constitu da no seu todo ou em parte por cole es de plantas vivas cientificamente reconhecidas organizadas documentadas e identificadas com a finalidade de estudo pesquisa e documenta o do patrim nio flor stico do pa s acess vel ao p blico no todo ou em parte servindo educa o cultura ao lazer e conserva o do meio ambiente Sendo reconhecida sua import ncia hist rica cultural cient fica e paisag stica o Jardim Bot nico foi tombado pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional como monumento hist rico e art stico nacional A UNESCO definiu parte de sua rea como Reserva da Biosfera 104 3 Carta relativa prote o dos jardins hist ricos redigida pelo ICOMOS comit internacional de jardins e s tios hist ricos e pela IFLA Federa o internacional de Arquitetos Paisagistas em Floren a no ano de 1981 4 Lei No 10 316 DE 6 DE DEZEMBRO DE 2001 q Leadley E amp Greene J Org Manual T cnico Darwin para os Jardins Bot nicos 6TREIB Marc Representing a continent A n
86. Levantamentos e diagn stico Rio de Janeiro COC Fiocruz abril 2011 Plano de Ocupa o da rea de Preserva o do Campus Fiocruz Manguinhos Produto 3 propostas preliminares Rio de Janeiro COC Fiocruz agosto 2011 LABORAT RIO DE AN LISE URBANA E REPRESENTA O DIGITAL LAURD An lise Visual Urbana do Patrim nio Hist rico e Arquitet nico do Campus Manguinhos Rio de Janeiro LAURD PROURB FAU UFRJ FUJB 2010 1 Arquiteto e urbanista Mestre em Planejamento Urbano e Regional IPPUR UFRJ Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz Coordenador do Escrit rio T cnico de Planejamento Territorial e Regulariza o Fundi ria do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Fiocruz 2 Arquiteta e urbanista Especialista em Engenharia Urbana e Ambiental PUC Rio Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz Arquiteta do Escrit rio T cnico de Planejamento Territorial e Regulariza o Fundi ria do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica 3 Arquiteta Master em Arquitetura e Desenho Urbano pela Columbia University Pertenceu equipe da Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz como Arquiteta do Escrit rio T cnico de Planejamento Territorial e Regulariza o Fundi ria do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica PLANO DIRETOR DO CAMPUS FIOCRUZ DA MATA ATL NTICA a preserva o do patrim nio cultural e ambiental como aspecto relevante da e
87. Observat rio Nacional O tombamento definiu como bem a ser preservado todo o conte do da poligonal que define os limites do Campus destacando os seguintes aspectos e Os edif cios do Campus implantados nas tr s primeiras d cadas do s culo XX fase inicial do funcionamento do Observat rio Nacional no Morro de S o Janu rio e Refer ncia relev ncia arquitet nica e paisag stica do conjunto entendendo que a ele est o incorporados seus elementos art sticos como lumin rias estatu ria serralheria vidraria revestimentos decorativos de pisos paredes e forros bem como o acervo do Museu O tombamento pelo INEPAC se deu em 21 de outubro de 1987 por meio da Resolu o n 34 com base no processo E 03 31273 83 com destaque para os seguintes aspectos e Tomba o im vel Sede do Observat rio Nacional e Inclui no tombamento o acervo de instrumentos documentos equipamentos e m veis existentes e Identifica como rea de prote o da ambi ncia todo o Campus que constitui a propriedade incluindo as rvores existentes e a Ladeira do Gusm o Tanto o tombamento pelo IPHAN quanto o tombamento pelo INEPAC remetem para uma vis o de conjunto do Campus ON MAST com o primeiro enfatizando o projeto original de implanta o do Observat rio Nacional e o outro buscando assegurar a preserva o da ambi ncia do conjunto no qual o Edif cio Sede est inserido Quase duas d cadas depois dos atos de tombamento
88. RC O planejamento e desenho urbano propostos para a rea foram definidos considerando a preserva o de visadas a integridade do conjunto edificado a melhoria dos acessos a requalifica o e redefini o dos padr es de uso e apropria o dos logradouros p blicos principalmente o uso das vias por ve culos motorizados a incorpora o de fun es urbanas complementares aos usos propostos para essa rea e de forma associada garantindo o acesso adequado ao assentamento residencial existente pr ximo rea e ao Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Compreende se tamb m a Fiocruz no CFMA n o somente contribuindo no 97 processo de planejamento elabora o de projetos e na gest o de algumas atividades do NHRC mas tamb m como ncora econ mica do futuro bairro Col nia garantindo junto com a comunidade uma maior apropria o do espa o oferecendo sentido ao mesmo No aspecto social a implanta o do campus est associada a diversos projetos de desenvolvimento local com perspectivas de forma o de agentes comunit rios capacita o para o trabalho e um conjunto de outras a es que visam contribuir com a constru o de um territ rio saud vel social econ mico e ambientalmente justo e equilibrado Tais empreendimentos devem tamb m provocar 98 6 ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS Recomenda o Europa de 11 de setembro de 1995 7 Ibid ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS Recomenda o Eur
89. S 0101 47142010000200008 amp Ing pt amp nrm iso Acesso em 12 maio 2011 sistematizados graficamente dados sobre a Institui o sobre a estrutura o do ensino e sobre os edificios de modo a auxiliar a compreens o de altera es de usos dos espa os Foi feito tamb m um levantamento das leis de tombamento das resolu es de tombamentos referentes aos edif cios da FAU e dos preceitos te rico metodol gicos e pr tico operacionais que guiam as a es em bens culturais Na etapa sucessiva foram analisadas as implica es legais e deontol gicas ligadas ao fato de os edif cios da FAU serem bens culturais estabelecendo a fundamenta o te rica para elaborar as propostas que foram incorporadas nos princ pios e diretrizes do PDP Um dado levado em considera o nos trabalhos do grupo foi o fato de o rg o estadual de preserva o o Condephaat Conselho de Defesa do Patrim nio Hist rico Arqueol gico Art stico e Tur stico ter sido membro do Icomos International Council on Monuments and Sites e o CPC USP Centro de Preserva o Cultural da USP que tem tamb m a finalidade de definir crit rios e procedimentos relativos ao patrim nio cultural da USP ser membro institucional do Icomos rg o com papel consultivo e de colabora o da Unesco United Nations Educational Scientific and Cultural Organization Pela declara o de compromisso tico os membros do Icomos deveriam atuar em acordo com sua
90. SIMP SIO FLUMINENSE DE PATRIM NIO GULTURAL IENT FICO Planos Integrados de Preserva o Anais do Simp sio Fluminense de Patrim nio Cultural Cientifico Planos integrados de preserva o CARLA M TEXEIRA COELHO CLAUDIA S RODRIGUES CARVALHO IN S ELJAICK ANDRADE RENATO GAMA ROSA COSTA ORGS Rio de Janeiro 2011 Apoio x IPHAN Presidente da Republica Dilma Rousseff Minist rio da Sa de Ministro Alexandre Padilha Funda o Oswaldo Cruz Presidente Paulo Gadelha Casa de Oswaldo Cruz Diretora Nara Margareth Silva Azevedo Departamento de Patrim nio Hist rico Chefe Ana Maria O Barbedo Marques Patroc nio Ovarens Minist rio da Cultura Ministra Ana de Hollanda Funda o Casa de Rui Barbosa Presidente Wanderley Guilherme dos Santos Centro de Mem ria e Informa o Diretora Ana Maria Pessoa dos Santos N cleo de Preserva o Arquitet nica Coordenadora Claudia S Rodrigues de Carvalho Capa e projeto gr fico Bruno Alves Realiza o Minist rio da Sa de o J Casa de FIOCRUZ gt Funda o Oswaldo Cruz L Oswaldo Cruz A wintsr nto DA CULTURA Ficha Catalogr fica FS612 Simp sio Fluminense de Patrim nio Cultural Cientifico 1 2011 Rio de Janeiro RJ Anais do Simp sio Fluminense de Patrim nio Cultural Cient fico Planos integrados de preserva o Organiza o de Carla M Teixeira Coelho Claudia S Rodrigues
91. UNIDAS Recomenda o Europa de 11 de setembro de 1995 sobre a conserva o integrada das reas de paisagens culturais como integrantes 102 das pol ticas paisag sticas adotada pelo Comit de Ministros por ocasi o do 543 encontro de vice ministros MUSEU NACIONAL UFRJ Relat rio Final de Diagn stico de Potencial e Levantamento Arqueol gico campus Fiocruz Mata Atl ntica N cleo Hist rico Rodrigues Caldas coordena o de T nia Andrade Lima Rio de Janeiro 2010 PINHEIRO Marcos Jos A S Bruno Teixeira de CARVALHO Rubens Moreira Rodrigues de Preserva o territ rio e requalifica o o patrim nio cultural no planejamento da Col nia Juliano Moreira RJ In PPLA 2010 SEMIN RIO POL TICA E PLANEJAMENTO 2 2010 Curitiba Anais Curitiba Ambiens 2010 CD SPHAN Portaria n 7 de 01 dezembro de 1988 Estabelece os procedimentos necess rios para regulamentar os pedidos de permiss o e autoriza o quando do desenvolvimento de pesquisas de campo e escava es arqueol gicas no Pa s 1 Paisagista Doutora em Urbanismo FAU PROURB UFRJ Instituto de Pesquisas Jardim Bot nico do Rio de Janeiro Laborat rio da Paisagem 2 Cury Isabelle org Cartas patrimoniais PROGRAMA DE EXPANS O E REVITALIZA O DE REAS E JARDINS HIST RICOS DO JARDIM BOT NICO DO RIO DE JANEIRO Ana Rosa de Oliveira INTRODU O A rea do Jardim Bot nico do Rio de Janeiro JBR
92. Vila Penteado era uma resid ncia que se tornou sede de uma Faculdade apesar das transforma es ao longo do tempo manteve as leituras desses dois usos diversos sendo ainda poss vel compreender perfeitamente a resid ncia mesmo com as transforma es feitas pela utiliza o como Faculdade Essa deveria ser uma li o a ser aprendida e respeitada o novo uso mesmo que modifique a distribui o origin ria e se transforme ao longo do tempo deve respeitar as v rias estratifica es da casa as mudan as devem ser feitas de modo a permitir a leitura dos v rios estratos sem que o mais recente 32 15 Antes da abertura feita em 2002 da parede do hall em dire o ala oeste os frequentadores do edif cio deviam necessariamente dirigir se ao sagu o para deslocar se pelas alas da casa venha a obliterar os outros e a achatar as possibilidades de percep o do bem Com a proposta que estava impl cita no artigo 29 essa percep o seria muito prejudicada pois implicaria impor um tipo de circula o em torno do sagu o central no piso superior que nunca existiu e que resultaria em demoli es de paredes portantes de alvenaria para estabelecer uma l gica e distribui o totalmente alheias concep o do pr dio O elemento principal de articula o dos espa os da Vila com efeito o sagu o principal que tem p direito duplo em rela o a ele que se distribuem os espa os tanto no paviment
93. a do Aqueduto foi constru do com m o de obra escrava no s culo XVIII tem como manancial o Rio Engenho Novo e comp e se de um complexo de canaletas reservat rio e sistema de comportas com a capta o em uma barragem conhecida como Barragem da Cachoeira As canaletas apresentam se es constru das com blocos de pedra bruta aparelhada e semi aparelhada seixos rolados laterais e bordas argamassadas trechos apresentando tijolos e lajotas cer micos Ao longo das canaletas existem trilhas que ser o preservadas com a cria o de uma faixa com acesso restrito Atualmente se encontram em ru nas com somente pequenos trechos preservados e outros recebendo impacto indireto de ocupa es residenciais pela proximidade e apropria o de uso inadequada MUSEU NACIONAL 2010 Figura 04 Aqueduto Fonte Acervo PDCFMA Fiocruz 2007 S o edifica es de valor hist rico e arquitet nico no mbito da sa de localizadas no CFMA nas reas de ambi ncia dos bens tombados pelo Iphan e Inepac o Pavilh o Nossa Senhora dos Rem dios o Pavilh o 88 Agr cola as antigas vacarias a antiga pocilga e o antigo cinema Essas edifica es tamb m apresentam parcial estado de abandono e degrada o e alguns bens e mesmo reas de interesse arqueol gico s o impactadas por apropria o inadequada de suas reas de influ ncia Outras edifica es funcionais como os Pavilh es de Higieniza o 9 e 10 sofreram adapta
94. a localiza o do centro comercial residencial c vico administrativo religioso assist ncia social funer rio e paisag stico 5 IPHAN Processo n 566 T57 Parecer de Tombamento de Vassouras 6 THOMPSON Analucia org Entrevista com Augusto da Silva Telles p 82 83 Na concep o urban stica de Vassouras manifesta se com clareza correspond ncia l gica e sincera do viver e morrer em coletividade organizada Jurema Arnaut com muita precis o destaca nesse parecer uma inten o de se preservar o intang vel o modo de vida moldando a cidade que hoje identificado como imaterial O tombamento foi inscrito no livro Arqueol gico Paisag stico e Urban stico em 26 06 1958 atrav s do Processo n 566 1 57 tendo como base a zona urbana cujo tra ado come ou a ser definido ainda antes de 1836 Fig 2 Com a riqueza produzida pelo caf a planta cadastral de 1858 61 demonstra um adensamento coeso e bem definido Fig 3 WN Appa P E Tae j WEY 4 Figura 2 Vassouras 1836 Fonte In Silva Telles 1968 p 20 Figura 3 Vassouras 1858 61 Fonte In Silva Telles 1968 p 21 N o se tem at o momento documento comprobat rio de um projeto ou risco para a 39 defini o pr via do tra ado Contudo a cidade n o acompanhou a Estrada do Com rcio aberta por volta de 1820 Pelo contr rio foi gerada por uma perpendicular tra ada a partir da estrada para dar acesso pequen
95. a Dias de Oliveira Uma das a es prev a reestrutura o do Museu de Patologia baseando se tanto no hist rico de sua forma o quanto no das outras duas cole es que atualmente o comp e a de Anatomia Patol gica e a de Patologia Experimental O texto reafirma a import ncia que essas cole es e o museu assumem na miss o de uma institui o como a Funda o Oswaldo Cruz apresentando se como patrim nios hist rico cient ficos testemunhos das pesquisas e servi os realizados por esta centen ria institui o de pesquisa O reconhecimento e a identidade das cole es bot nicas o objeto do artigo de Rob rio Dias que defende a tese de que o patrim nio paisag stico um patrimonio imaterial propondo um modelo de classifica o pr prio A representatividade e singularidade da cole o de instrumentos cient ficos do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST discutida no artigo de Marcus Granato Seu texto finaliza abordando aspectos da conserva o de acervos cient ficos a partir da experi ncia desenvolvida no museu Por fim o autor Carlos Freitas apresenta em seu trabalho a trajet ria do Arquivo P blico Municipal sua hist ria e seu modelo operacional de gest o O artigo defende a miss o dos arquivos p blicos de prestar servi os ao poder p blico e comunidade garantindo o direito informa o e a preserva o da mem ria regional Incentivamos a todos uma boa leitura e reflex
96. a capela constru da em 1828 no alto da pedreira Nas plantas do s culo XIX pode se perceber que a ocupa o acompanhou o leito dos rios e c rregos e sempre que poss vel contornando a topografia Uma permuta de terras fez surgir uma grande gleba nesse local cuja propriedade passou para a rec m criada Irmandade de N S da Concei o de Vassouras quando um grupo de propriet rios rurais e de pol ticos for ou a cria o de uma vila apta a atender seus interesses 40 7 Sobre a ocupa o de Vassouras do Vale do Para ba e sua hist ria vide Silva Telles 1968 Lamego 1950 e Muniz 1979 e 2005 e Rocha 2002 At 1833 Paty do Alferes junto Estrada Real para Vila Rica mantinha a primazia entre freguesias mais importantes da regi o Contudo havia conflitos entre as mentalidades locais Produtores mais antigos ligados cultura da cana arraigados ao modelo colonial emperravam as ideias urbanas dos novos e rec m instalados propriet rios que vislumbravam no caf uma nova ordem econ mica tendo o imp rio como modelo provocando sua extin o e a cria o de Vassouras Um acordo entre o grupo pol tico vitoriosos na disputa contra Paty e detentores da riqueza e a Irmandade propriet ria da terra permitiu a divis o da rea em terrenos foreiros cuja cess o obrigava ocupa o e constru o em apenas um ano sob o risco de a C mara transferir o lote para outro e a consequente perda do
97. a cargo do Sr Hermann Schelle Entre 1991 e 1994 o construtor Adelino Bornelli Neto construiu o belo projeto de Ac cio Gil Borsoi e de sua esposa Janete Costa para abrigar um novo Ateli de Pintura e casa para Burle Marx Com estilo e materiais modernos o ateli foi constru do em concreto telhas met licas e muito vidro Seu propriet rio n o chegou a usufruir do Ateli devido ao seu falecimento em agosto de 94 L ele deixou telas grandiosas preparadas especialmente para as paredes mais um painel de azulejaria parte da sua biblioteca e da cole o de arte Figura 2 Ateli vista interna em 2008 Fonte arquivo pessoal Figura 3 Painel de azulejo integrado ao Ateli Fonte arquivo pessoal Figura 4 Fachada em cantaria R S o Bento Fonte acervo SRBM Garagem Edificada por Burle Marx trata se de constru o esp ria sem qualquer refer ncia est tico arquitet nica Com 72m2 utiliza se para a guarda dos autom veis e materiais de constru o Pr dio da Administra o Objetivando a doa o do SRBM para o Governo Federal Roberto Burle Marx mandou erigir um pr dio para abrigar as fun es administrativas e t cnicas da nova institui o Por este motivo encomendou ao seu amigo o arquiteto Ary Garcia Rosa um projeto cuja constru o de 550m foi realizada ao longo de tr s anos de 1981 a 1984 Neste local at hoje est o as referidas estruturas funcionais um audit rio um herb rio e um labora
98. a hierarquiza o dessa circula o e perdendo se a no o da distribui o origin ria da resid ncia Lembre se que ademais esse tipo de fragmenta o compat vel com as necessidades do programa de p s gradua o que utiliza espa os de variados tamanhos e mesmo espa os abertos com maior ou menor circula o para que as atividades como o funcionamento de grupos de estudo e de discuss o por exemplo possam ser desenvolvidas Desse modo o sagu o seus acessos e as vistas a ele relacionadas deveriam ser rigorosamente respeitados no que concerne l gica espacial como exige o artigo 17 e no que tange materialidade da obra paredes de alvenaria portante n o devem ser suprimidas 16 Como poss vel ver em VILANOVA ARTIGAS Jo o Batista Caderno dos riscos originais Projeto do Edif cio da FAUUSP na Cidade Universit ria S o Paulo FAUUSP 1998 p 50 Na constru o a disposi o foi diversa daquela esbo ada por Artigas mas o espa o era fragmentado Um dos argumentos utilizados para propor essa modifica o que o sagu o da Vila Penteado teria sido uma das fontes de inspira o de Vilanova Artigas para a concep o do sal o Caramelo na sede da FAU na Cidade Universit ria em torno do qual poss vel girar em todos os pavimentos Isso foi utilizado como justificativa para impor essa mesma l gica em algo que n o foi pensado para funcionar dessa forma Nem todos os membros da
99. a para evitar o confronto concreto Apesar desses fatos e reconhecendo a necessidade urgente de se fazer a cartografia o IPHAN RJ aprovou recursos e realizou um invent rio sum rio do centro hist rico e da rea de entorno que viabilizar a revis o da Portaria 12 86 Outro projeto de profundo impacto relaciona se ao Arquivo P blico Municipal Desde 1984 o ET vinha envidando esfor os para acessar os documentos dos s culos XIX e XX que se dizia compor o Arquivo P blico Sem condi es de mant lo em 1999 a Prefeitura n o s permitiu o acesso como delegou ao ETMP a responsabilidade de salvar a documenta o Foi preciso o risco de perda total para que a experi ncia institucional se fizesse til para a mem ria local O Conv nio j garantiu o acesso p blico para pesquisadores de volume significativo desse acervo Assim a hist ria est sendo revista pelas mais diversas reas de forma o profissional com os documentos dispon veis Esse projeto s foi poss vel gra as ao apoio da Funda o VITAE que viabilizou a aquisi o de equipamentos e materiais No momento a redu o do numero de servidores municipais e o 47 aumento constante de envio de documentos tem inviabilizado a consulta p blica Para finalizar esses primeiros tempos que j se comp em na mem ria de um escrit rio foram tempos duros e solit rios Foi uma poca precedida de uma experi ncia herc lea de M rio Affonso Carneiro que a
100. a per attivit di prevenzione e manutenzione delle aree archeologiche di Roma e Ostia Antiche traduzam na defini o de uma metodologia para execu o das atividades de preven o e manuten o com processos instru es operacionais e forma de registro Trata se principalmente de promover a ideia de conserva o programada como um processo em contraposi o as a es isoladas de restauro Pretendemos com as pesquisas que vem sendo desenvolvidas para a conserva o programada do Museu Casa de Rui Barbosa contribuir para o estabelecimento de uma nova forma de atuar no campo da preserva o arquitet nica que se constitua como bem disse o Prof Paolo Gasparoli do Polit cnico de Mil o num modo de pensar e agir alternativo em rela o ao passado e ao presente que promova as estrat gias de preven o e cura em confronto a t tica de considerar o restauro como solu o para todos os problemas a reflex o indaga o escolha e decis o em confronto com o fazer intervir modificar perseguindo a efic cia a longo prazo em contrapartida a busca da efici ncia e do benef cio imediatos BIBLIOGRAFIA BRANDI Cesare Teoria da Restaura o Trad Beatriz M K hl S o Paulo Ateli Editorial 2004 CORDEIRO Patr cia C Relat rio de Pesquisa FCRB 2011 CURY Isabelle Org Cartas Patrimoniais 2 ed rev aum Rio de Janeiro IPHAN 2000 FEILDEN Bernard M Conservation of
101. aisquer dos seus elementos componentes n o poder o ser demolidos salvo no caso de ru na iminente nem modificados transformados restaurados pintados ou removidos sem a pr via autoriza o em qualquer hip tese do Departamento de Patrim nio Hist rico DPH COC e nos termos em que ela for concedida Esses bens dever o ser recuperados e mantidos com aten o sua integridade e valorizados em sua rea de influ ncia atrav s de projeto paisag stico especifico merecendo destaque os espa os do entorno imediato das edifica es de interesse cultural como o Pavilh o Agr cola as vacarias e o Pavilh o de Nossa Senhora dos Rem dios Foi definido tamb m que a ocupa o dessas edifica es deve ser priorit ria em rela o constru o de novas edifica es desde que os usos sejam compat veis As novas edifica es a serem constru das nas proximidades de qualquer bem cultural dever o ainda seguir as recomenda es presentes no Plano no que se refere qualidade arquitet nica e apropriada inser o no contexto em que ser o implantadas tanto na proximidade desses bens como na paisagem em geral As novas edifica es ou acr scimos constru dos nas proximidades dos bens culturais n o devem sobrep los pela forma volume ou cor preservando sua escala As novas constru es devem integrar se e ao mesmo tempo distinguirse desses bens sendo destacada a contemporaneidade das novas constru es O Pla
102. ampus ON MAST Para atender s necessidades de novas constru es foram estabelecidos alguns crit rios gerais de interven o que permitiram a identifica o de reas adequadas e a es necess rias Foram eles e A ocupa o apenas perif rica admitindo se novas constru es nas cotas mais baixas do Campus descartando quaisquer ocupa es na parte mais alta do Morro de S o Janu rio onde se localiza o maior n mero de edifica es de relev ncia hist rica e arquitet nica e que possui maior destaque na paisagem da cidade e O condicionamento de novas constru es pretendidas a contrapartidas tais como a demoli o de outras constru es que interfiram na harmonia do Campus interven es paisag sticas reforma ou restaura o de edif cios relevantes sempre visando valoriza o do conjunto e A preserva o e valoriza o da vis o dos edif cios de valor hist rico e arquitet nico com destaque para a atual sede do MAST e as c pulas e pavilh es e Evitar ao m ximo a derrubada de rvores a n o ser que interfiram negativamente na vis o dos edif cios de valor hist rico ou se tornem risco de seguran a no caso de tal situa o se tornar inevit vel sempre promover o replantio em maior quantidade em outro local do Campus e A prioriza o de novas edifica es para as atividades cuja realiza o esteja diretamente ligada voca o do Campus 4 PROPOSI ES GEST O DO BEM TOMBADO
103. anista chefe do DPH COC Cristina Coelho Arquiteta e Urbanista DPH COC Coordena o In s El Jaick Andrade Arquiteta e Urbanista DPH COC Rubens Moreira R de Carvalho Arquiteto e Urbanista DPH COC Luciana Falc o Engenheira Civil Infraestrutura COC Daniel Moreira Arquiteto e Urbanista Infraestrutura COC Luis Madeira Arquiteto e Urbanista PICFMA Presid ncia Alline Serpa Arquiteta e Urbanista DIRAC Presid ncia e Ana Claudia Penna Arquiteta e Urbanista DIRAC Presid ncia Fazem parte da equipe contratada do Ibam Tereza Cristina Baratta Administradora P blica Dire o Ricardo Moraes Arquiteto e Urbanista Supervis o T cnica e Gerencial Henrique Barandier Arquiteto e Urbanista Coordena o T cnica Ricarda Lucilia Domingues Tavares Arquiteta e Urbanista Alice Amorim Belem Arquiteta e Urbanista Gra a Neves Consultora em Planejamento Estrat gico Adriana Ca la Arquiteta e Urbanista Consultora em Paisagismo Luciana Hamada Arquiteta e Urbanista Consultora em Conforto Ambiental e Efici ncia Energ tico e Crist v o Duarte Arquiteto e Urbanista Consultor em Preserva o do Patrim nio Cultural PLANO DE OCUPA O DA REA DE PRESERVA O DO CAMPUS FIOCRUZ MANGUINHOS Maria Cristina Coelho Duarte 3 A Av Brasil foi implantada na d cada de 1940 cortando a rea ocupada pelo ent o Instituto Oswaldo Cruz e redefinindo s
104. apela Cozinha de Pedra Antiga Adega GRUPO 2 Ateli de Pintura Garagem GRUPO 3 Pr dio da Administra o Marcenaria Casa de Pedra Casa Principal A data de sua constru o atribu da mesma da capela s culo XVII Originalmente erguida pelos propriet rios do ent o Engenho da Bica Belchior da Fonseca D ria e fam lia foi alterada e ampliada sucessivamente por Roberto Burle Marx desde sua aquisi o em 1949 Trata se de constru o t rrea em dois n veis com paredes caiadas na cor branca e esquadrias azuis Em estilo colonial possui diversos ambientes internos e uma varanda frontal que se estende ao longo de toda a fachada perfazendo 650m de rea constru da At o ano da morte de Burle Marx 1994 foi utilizada como moradia tendo 2 ALVIM Sandra Arquitetura religiosa colonial no Rio de Janeiro vol 2 pag 211 Esta classifica o foi composta por datas configurando a primeira delas o per odo entre o s culo XVI at o inicio do XVIII atualmente a fun o de museu casa Devido s suas in meras altera es possui diversas caracter sticas construtivas mas todas mimetizando o sistema colonial como os forros de gamela e paredes grossas O museu casa abriga as mais importantes cole es arte sacra cer mica conchas mobili rio e algumas produ es de Roberto Burle Marx esculturas desenhos e pinturas Figura 1 Casa Principal d cada de 60 Fon
105. ara formatar um banco de dados contendo os seguintes aspectos do Monumento a Identifica o b Localiza o entorno c Cronologia dos principais eventos relativos ao projeto constru o e interven es pelas quais o im vel tenha sofrido d Dados biogr ficos sobre propriet rios empreendedores e usu rios e Aspectos do programa f Descri o de materiais e sistemas t cnico construtivos aplicados g Descri o e cronologia das a es de preserva o h Descri o e cronologia das a es de manuten o e reparo i Estado de conserva o bom regular e p ssimo j Avalia o de riscos para a preserva o do Monumento k Refer ncias s fontes bibliogr ficas e documentais utilizadas IIl Gerenciamento e Dissemina o das 127 informa es homogeneizar os dados e identificar solu es tecnol gicas que permitam compartilhar as informa es de forma ampla visando a recupera o r pida dos dados coletados a atualiza o dos dados e a possibilidade de diferentes tipos de investiga o O trabalho em fase de desenvolvimento prev a cria o de um banco de dados de acesso restrito aos profissionais envolvidos nos processos de preserva o e um site para divulga o do trabalho junto ao p blico V rias institui es v m se debru ado no desenvolvimento de pesquisas e no estabelecimento de protocolos que se 128 15 GASPAROLI Paolo Uma metodologia operativ
106. articipativa atrav s de apresenta es dos estudos realizados e das diretrizes preliminares do Plano para as unidades da institui o Posteriormente foi solicitada a contribui o dos parceiros por eixo tem tico e finalmente a contribui o sobre a minuta do documento divulgada para todos os que participaram do processo at a sua aprova o no ano de 2010 pelo Conselho Deliberativo e pela Presid ncia da Fiocruz Em 28 de abril de 2011 a Presid ncia da Fiocruz assina a Portaria 139 2011 PR que confere efic cia ao Plano Diretor como instrumento de planejamento e gest o que com vistas a nortear as pol ticas e a es define as diretrizes crit rios e par metros de uso e ocupa o a serem respeitados no Campus Fiocruz da Mata Atl ntica ao longo do seu processo de desenvolvimento e cria o Comit de Acompanhamento do Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica CFMA como mecanismo de consulta e avalia o Um dos objetivos do CFMA servir como rea de expans o da institui o promovendo uma ocupa o sustent vel que garanta o equil brio entre as necessidades de suas diferentes unidades a necessidade de preserva o do patrim nio ambiental e cultural e a sa de dos seus funcion rios usu rios e vizinhan a O CFMA apresenta tamb m a oportunidade de servir a um efetivo reordenamento do Campus de Manguinhos com uma oferta de reas que permitir planejar uma reestrutura o e otimiza o
107. as n o s o perenes nem ef meros a materialidade dessa classe de objetos culturais fica sem lugar neste sistema bin rio o que sinaliza a exist ncia de lacuna conceitual Quanto ao papel das lacunas das insufici ncias das constru es te ricas para fazer lhes justi a vale lembrar a hist ria evolutiva da ci ncia cheia de exemplos semelhantes ou seja de regras cujas exce es indicaram necessidade de revis o Por exemplo o sistema solar imaginado por Ptolomeu com a Terra no centro do universo Funcionou durante s culos e apesar de resultados excelentes para as necessidades de ent o s alcan ava explicar as rbitas aparentemente retr gradas de alguns planetas mediante artif cios complex ssimos que puderam ser dispensados depois por uma vis o helioc ntrica mais abrangente Outro exemplo o sistema gravitacional de Newton desbancado pelo de algu m que n o se conformou com o fato de aquele sistema falhar em rela o rbita de Merc rio embora explicasse as de todos os demais planetas conhecidos A utilidade de lembrar destes fatos mostrar que as lacunas conceituais que surgem nos sistemas n o devem ser alijadas pelo potencial desconforto que carregam mas ao contr rio precisam ser encaradas como ind cios preciosos os nicos elementos capazes se enfrentados de orientar e redirecionar a uma realidade mais acurada e frut fera 3 0 TEMPO E A A O DE MANTER PATRIM NIO Des
108. as como se fossem j ias de uma coroa coloque sentinelas em volta dele como nos port es de uma cidade sitiada amarre o com tirantes de ferro onde ele ceder ap ie o com escoras de madeira onde ele desabar n o se importe 118 2 M 3 RUSKIN J A l mpada da em ria p 82 BRANDI Cesare Teoria da Restaura o p g 102 4 CURY Isabelle Cartas Patrimoniais p 13 bid p 91 bid p 177 bid p 211 bid p 247 bid p 281 com a m apar ncia dos refor os melhor uma muleta do que um membro perdido e fa a o com ternura e com rever ncia e continuamente e muitas gera es ainda nascer o e desaparecer o sob a sua sombra Teoria da Restaura o de Cesare Brandi a preocupa o com a preven o explicitada de v rias formas Com Brandi temos A restaura o preventiva tamb m mais imperativa se n o mais necess ria do que aquela de extrema urg ncia porque voltada de fato a impedir esta ltima que dificilmente poder ser realizada com uma salvatagem da obra de arte Pode se observar nos principais documentos do campo que a preocupa o com a preven o vem sendo objeto de manifesta es desde a primeira carta europ ia sobre a preserva o dos bens culturais a Carta de Atenas para Restaura o de Monumentos Hist ricos de 1931 que tr s em suas Doutrinas e Princ pios Gerais uma tend ncia geral a abandonar as reconstitui es integrais evita
109. aso da preserva o de bens culturais mais complexidade adicionada ao tema em torno de cultura seus multifacetados conceitos e mobilidade conceitual no tempo importante esclarecer que como apresentado por Beatriz M Kuhl Na concep o contempor nea alargada sobre os bens culturais a tutela n o mais se restringe apenas s grandes obras de arte como ocorria no passado mas se volta tamb m s obras modestas que com o tempo assumiram significa o cultural Nesse sentido prudente esclarecer que se utiliza a express o monumentos hist ricos n o como obras grandiosas isoladas mas vinculada ao sentido etimol gico de monumento e como interpretada por Riegl ou seja como instrumentos da mem ria coletiva e como obras de valor hist rico que mesmo n o sendo obras de arte s o sempre obras que possuem uma configura o uma conforma o Complementando esse esclarecimento o que consideramos como patrim nio s o aqueles bens que se destacam dos demais por um processo de significa o que se formaliza quando da escolha para que fa am parte desse conjunto O que os diferencia dos demais na moderna concep o museol gica inclui a no o de comunica o que pode traduzirse de formas diferentes signific ncia simbolismo conota o cultural met fora etc Os objetos de interesse da preserva o t m portanto em comum sua natureza simb lica todos s o s mbolos e todos t
110. assambar Vassouras Eurico Calvente 1974 Fonte Arquivo Noronha Santos IPHAN F096326 Nos extremos da rua os largos faziam as vezes de salas de espera e estar fosse para lazer fosse para organiza o do cortejo 41 Fig 8 ou de recep o junto ao cemit rio Espa os monumentais particularmente o do cemit rio com sua capela no melhor estilo palladiano iai Hil E ar Him ii i tail WS ie Rocha 2004 lt ME Figura 7 Cemit rio da Irmandade de Nossa Senhora Fonte Isabel 42 9 Curiosamente por um per odo o Teatro da cidade funcionou em im vel junto ao largo do Cemit rio que na analogia aqui proposta simboliza um grand finale 10 Principalmente de gua outro chafariz fora edificado atr s da Matriz quando o Imperador Pedro II em visita a cidade 1848 doou recursos para nova capta o por ter reprovado o sabor da gua do Chafariz Monumental 11 Pode ser que haja engano mas um dos raros casos que de cidade que ainda registra o local do enforcamento condena o por morte natural na forca Nesse local por exemplo foi executado Manoel Congo considerado l der de uma insurrei o da qual participaram cerda de 300 negros de um s senhor Figura 8 Pra a Sebasti o de Lacerda Vassouras Fonte Isabel Rocha 2004 A distribui o espacial permite portanto observar com clareza uma correspond ncia l gica e sincera
111. azer num bem tombado nem remetem explicitamente a documentos 10 A numera o dos artigos aqui apresentada a do jornal Plano diretor participativo FAU 2011 2018 Proposta para debate no f rum que foi elaborado para ir a vota o no F rum Quando a reda o deste texto foi conclu da a vers o final do plano com as integra es das vota es e com os aportes da Congrega o ainda n o haviam sido finalizados O material do jornal est dispon vel na rede no seguinte endere o http www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor proposta index html Acesso em 10 jun 2011 que o facam Por isso foram feitas as tentativas de estabelecer principios no plano diretor a partir dos documentos Icomos e remeter tamb m a esses documentos para aprofundamento e complementa o muito relevante que propostas apresentadas aos rg os de preserva o sejam circunstanciadas e baseadas em crit rios coerentes para poderem justificar eventuais mudan as que se fa am necess rias Essas discuss es repercutiram na elabora o de artigos do PDP que estabelece que devam ser asseguradas as condi es de seguran a uso habitabilidade e de preserva o artigo 3 e reiterada a responsabilidade da Faculdade que deve agir de modo irrepreens vel no que diz respeito a m todos e procedimentos ainda mais por ter edif cios considerados bens culturais artigo 5 As interv
112. biental e cultural na regulariza o fundi ria e urban stica da popula o residente na requalifica o urbana e ambiental de toda a rea e na perspectiva de transforma o daquele territ rio em um bairro saud vel e integrado cidade BIBLIOGRAFIA CONSELHO GESTOR DO PAC COL NIA Resolu o N 1 de 15 de Dezembro de 2008 Disp e sobre as diretrizes de uso e ocupa o do solo da Col nia Juliano Moreira Publicado no Di rio Oficial da Uni o de 25 de junho de 2009 ____ Resolu o N 2 de 15 de Dezembro de 2008 Disp e sobre a operacionaliza o de a es diversas relativas ao desenvolvimento do Programa de Acelera o do Crescimento PAC da Col nia Juliano Moreira Publicado no Di rio Oficial da Uni o de 25 de junho de 2009 DOMINGUES Luis Carlos Soares Madeira RODRIGUES Claudison Campus Fiocruz da Mata Atl ntica o desafio de implanta o de um novo Campus associando a promo o da conserva o ambiental e o desenvolvimento socioecon mico em uma rea de fronteira junto ao Parque Estadual da Pedra Branca munic pio do Rio de Janeiro In APP Urbana 2007 Semin rio Nacional sobre o tratamento de reas de preserva o Permanente em Meio Urbano e Restri es Ambientais ao Parcelamento do Solo S o Paulo 2007 DOMINGUES Luis Carlos Soares Madeira VINHOSA La s Camaz O Campus Fiocruz da Mata Atl ntica e o LEED ND Avalia o da proposta de uso e ocupa o de um Campus Instituci
113. bjeto de aten o da Fiocruz desde a origem da Casa de Oswaldo Cruz e foi gravado em mapa do Plano Diretor do Campus da Fiocruz de Manguinhos elaborado pelo IBAM em 1988 Figura 13 Foto a rea do Campus de Manguinhos com destaque para a rea de Preserva o onde est o as edifica es tombadas e com interesse de preserva o 1 Pavilh o Mourisco 2 Pavilh o do Rel gio 3 Cavalari a 4 Quinino 5 Casa de Ch 6 Pombal 7 Casa Amarela 8 Pavilh o Henrique Arag o 9 Pavilh o Arthur Neiva 10 Pavilh o Carlos Augusto Silva 11 Portaria da Av Brasil 12 Pavilh o Rockefeller 13 Hospital Evandro Chagas direita os mapas demonstrando a evolu o do processo de ocupa o Neles os elementos em cinza escuro representam as edifica es constru das no per odo correspondente ao mapa e em cinza claro as pr existentes ao per odo referido no mapa Fonte Elabora o Ibam a partir de imagem do Google Maps 2011 O primeiro per odo que vai do ano de funda o da institui o at 1960 marcado pela ocupa o da rea que mais tarde veio a ser recomendada como rea de prote o At 1960 EO e N v rier N AE o o mi 1960 a 1980 es ASI gt gt a PoP A 4 La rca A Hy ap 1980 a 2010 rigorosa em parecer do Iphan que hoje foco do POAP e cujo tra ado das vias guarda caracter sticas anteriores a esse per odo e tem no Cami
114. car as causas de deteriora o atrav s do diagn stico monitoramento e inspe o das condi es de conserva o 3 Priorizar interven es que reduzam as causas da deteriora o garantindo a aplica o dos recursos de forma equilibrada e sustent vel 4 Definir estrat gias de preserva o e desenvolver projetos para a sua aplica o 5 Desenvolver pesquisas para aprimorar os instrumentos de identifica o dos riscos que afetam os bens culturais assim como para o desenvolvimento de m todos para reduzir e ou eliminar estes riscos com abordagem sustent vel No escopo do Plano v m sendo realizados levantamentos diagn sticos projetos e apontadas interven es para mitigar as causas dos processos de deteriora o do edif cio hist rico bem como da cole o que abriga As primeiras a es tiveram como objetivo a redu o da umidade descendente atrav s da conserva o geral das coberturas e o controle da biodeteriora o atrav s de plano de combate infesta o de t rmitas Na sequ ncia foram realizadas a reforma do sistema de drenagem e esgoto do Jardim Hist rico a restaura o das esquadrias externas e a conserva o e restaura o da antiga cavalari a Em 2004 foi iniciado um projeto para o controle clim tico para a Biblioteca Rui Barbosa atrav s de coopera o t cnica com Getty Conservation Institute 121 O trabalho que contou com patroc nio de Vitae Apoio Cultura Educa
115. contravam misturados Cada dossi criado possui plantas especifica es t cnicas di rios de obra relat rios e fotografias A partir desse trabalho foi poss vel estabelecer uma cronologia das interven es realizadas no edif cio Al m de tornar acess veis informa es sobre as a es de conserva o e restaura o essa organiza o pr via dos dados possibilitou a identifica o de alguns pontos vulner veis da edifica o como por exemplo a cobertura Desde o final da d cada de 1980 foram realizadas as obras de reimpermeabilizacao do 5 e 7 pavimentos 1988 e 1991 de restaura o das ameias e torre es do 5 e 7 pavimentos 1996 e 1997 e dos dutos de guas pluviais 2000 Em 2005 um novo estudo para revis o da impermeabiliza o das coberturas foi realizado As torres norte e sul do Pavilh o passaram por obras de restaura o de grandes propor es em 1989 e 1990 respectivamente Em 2008 um mapeamento de danos realizado para subsidiar um novo projeto de restaura o j indicava graves problemas de conserva o e a necessidade de uma nova interven o atualmente o projeto aguarda libera o de verbas para ser executado Na fase de levantamento de dados foi realizada ainda pesquisa em material bibliogr fico existente sobre a edifica o e sobre os acervos O objetivo dessa etapa foi consolidar os dados hist ricos existentes incluindo as quest es relacionadas ao uso e modifica
116. cutir melhores pr ticas abordagens preventivas e necessidades de pesquisa no campo foi lan ada a c tedra da UNESCO em Conserva o Preventiva Monitoramento e Manuten o de Monumentos e S tios PRECOMOS na Universidade Cat lica de Leuven em 2009 A Conserva o Preventiva se refere a um conjunto de a es para mitigar as for as respons veis pela deteriora o e pela perda de signific ncia dos bens culturais envolvendo todas as medidas para retardar a perda de material aut ntico e como consequ ncia a sua integridade O cuidado preventivo deve ser cont nuo e cautelosamente repetido al m de incluir as medidas de emerg ncia tamb m entendidas como a preven o de novos danos Os conceitos que regulam a conserva o preventiva encontram se ainda em desenvolvimento tendo em vista que os resultados destas a es s o de quantifica o dif cil porque n o envolvem a melhoria das qualidades art sticas ou est ticas dos bens culturais A desacelera o dos processos de deteriora o material pode levar um longo per odo para ser percebida e a sua ado o depende de uma mudan a de abordagem administrativa que encare a preven o como uma estrat gia de a o 119 O presente trabalho relata as a es para conserva o preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa da Funda o Casa de Rui Barbosa que institui o vinculada ao Minist rio da Cultura e que tem como miss o promover a preserva o
117. d ncia fotografias etc O acervo origin rio do antigo Sindicato dos Produtores de A car do Rio de Janeiro e Esp rito Santo j desativado Essa documenta o guarda registros da produ o de a car e as pol ticas implantadas na regi o durante a primeira metade do s culo XX A documenta o encontrava se em poder da Firjan se o Campos e atualmente aguarda tratamento Em formato digital e microfilmes h documentos com informa es sobre a cidade e regi o especialmente do per odo colonial e imp rio de institui es como a Biblioteca Nacional Arquivo P blico do Estado do Rio de e Janeiro Instituto de Estudos Brasileiros IEB USP e Torre do Tombo O tratamento t cnico dispensado ao acervo ja identificado foi realizado de acordo com as seguintes etapas e Pr identifica o examinados individualmente para se identificar a tipologia documental e Higieniza o mec nica limpeza mec nica com trinchas e pinc is de pelos macios para a retirada de res duos de poeira insetos clipes grampos cravos e marcadores Interven o primordial nos documentos recolhidos estabiliza o do suporte quando necess rio para assegurar de forma eficiente suas condi es de preserva o Restaura o interven o profunda iniciado com banho aquoso para limpeza e desacidifica o do suporte e o posterior reenfibramento com polpa de celulose e nova montagem Estabelecimento de um
118. da manuten o de um ambiente natural com pequeno impacto humano com acesso de p blico para fins educativos e recreativos Constitui uma zona tamp o entre Zonas Primitiva e de Uso Intensivo O objetivo do manejo a manuten o de um ambiente natural com pequeno impacto humano apesar de oferecer acesso ao p blico com facilidade para fins educativos e recreativos Z DE USO INTENSIVO 12 4ha reas com interesse para futura ocupa o territorial as que j se encontram edificadas com uso agr cola ou antropizadas Esta Zona onde efetivamente se dar a implanta o de novas atividades e das novas edifica es est organizada em Quadras cada uma das quais apresentando voca es de uso e gabaritos pr prios segundo sua localiza o no conjunto 35 Z DE REG FUND 24 5h reas onde ocorre concentra o de popula es humanas residentes e suas respectivas reas de uso Uma vez regularizada a situa o fundi ria da popula o residente as reas hoje ocupadas ser o incorporadas cidade ES Zona de Interesse do Patrim nio Cultural Canaleta do Aqueduto conserva o e cidade deste Campus Figura 06 Mapa de Zoneamento do CFMA Fonte FUNDA O OSWALDO CRUZ Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Rio de Janeiro 2009 Para as quadras do Campus inseridas na Zona de Uso Intensivo foram estabelecidos indicadores urban sticos q
119. dade do Rio de Janeiro mant m se elevada ao longo do ano inteiro variando entre 77 e 80 na m dia apresentando pouca varia o entre os meses do ano J em rela o temperatura observa se uma varia o entre 19 C e 30 C ao longo do ano O conhecimento desses valores importante pois eles indicam de maneira geral as condi es ambientais a que est o submetidos os bens culturais localizados na cidade No caso de climas tropicais Umidos um dos principais agentes de deteriora o a umidade relativa elevada A presen a de umidade nos ambientes leva biodeteriora o de materiais construtivos dos edif cios e da mat ria que comp e os acervos m veis especialmente aqueles de base org nica Dados sobre a qualidade do ar e movimenta o do vento na cidade foram levantados em documentos produzidos pelo Instituto Estadual do Ambiente Inea De acordo com o monitoramento realizado pelo Inea a Avenida Brasil respons vel por 25 a 30 do total de poluentes do ar incluindo particulados e gases como di xido de enxofre e mon xido de carbono emitidos pelas vias de tr fego na Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro A an lise dos dados sobre movimenta o do vento na cidade indica que a predomin ncia nessa regi o de ventos no setor sul sudeste ou seja no caso do Pavilh o Mourisco o vento contribui para o transporte dos poluentes gerados na Avenida Brasil em dire o ao edif cio O conhecimen
120. das vias e caminhos destacando se a falta de unidade entre os caminhos novos e os mais antigos 58 e A conserva o das edifica es e Otratamento est tico e ou paisag stico dos diversos elementos constru dos tais como muros guaritas etc e As condi es de acessibilidade nos percursos do Campus e internamente nas edifica es e Os impactos negativos sobre o espa o do Campus produzidos pelas edifica es dos lotes vizinhos Destacou se ainda que das 14 edifica es identificadas como em estado de conserva o ruim nove delas pertenciam ao conjunto original enfatizado no tombamento federal O diagn stico demonstrou que as alternativas a serem tra adas para amplia o do potencial construtivo proposto para o Campus teriam que estar atreladas recupera o e conserva o do conjunto existente de interesse hist rico e cultural 2 INTERPRETA O DOS VALORES A SEREM PROTEGIDOS E VOCA ES DO CAMPUS ON MAST A discuss o dos valores do Campus ON MAST a serem protegidos e de suas voca es resultou nos princ pios gerais do plano diretor que balizaram as propostas contidas no documento e devem orientar a gest o do conjunto no tempo No tombamento pelo IPHAN em 14 de agosto de 1986 com base no processo 1009 179 inscri o 509 no Livro Hist rico e inscri o 095 no Livro Arqueol gico Etnogr fico e Paisag stico o Campus foi denominado como Conjunto Arquitet nico e Paisag stico do
121. de mapas da regi o foram adequadas sugest es e restri es de uso e manejo de oito bi tipos A preserva o desse patrim nio da cidade do interesse da sociedade como um todo tanto pelos servi os ambientais que ele presta regi o quanto pela beleza c nica que oferece ao bairro O PEPB compreende todas as encostas do Maci o da Pedra Branca localizadas acima da cota de n vel de 100 metros A Fiocruz assim como outras institui es vizinhas Projac GlaxoSmithKline Furnas que atualmente gerenciam reas de fronteira entre o PEPB e a cidade vem se esfor ando na recupera o das reas do seu entorno e na cria o de condi es favor veis para alcan ar um equil brio entre a acelerada expans o urbana e a preserva o deste patrim nio natural S o bens naturais tombados pelo Instituto Estadual do Patrim nio Cultural Inepac e que impactam diretamente o Campus Fiocruz da Mata Atl ntica o Parque Estadual da Pedra Branca constitu do pelo tombamento da Mata Atl ntica de 1991 e o Morro Dois Irm os tombado em 1972 A rea que envolve os tr s tombamentos do Inepac N cleo Hist rico Rodrigues Caldas Parque Estadual da Pedra Branca e Morro Dois Irm os definida como rea de ambi ncia destes bens Observam se ainda na rea do Campus e em seu entorno registros de sucessivos ciclos hist ricos com suas peculiaridades quanto ao uso dos recursos naturais e s formas de ocupa o do
122. de 1940 e 1950 tamb m produziram novo salto de desenvolvimento da institui o com novas constru es agora seguindo os preceitos da arquitetura modernista projetadas por arquitetos da Divis o de Obras do ent o Minist rio da Educa o e Sa de que hoje constituem o acervo modernista do Campus de Manguinhos com alguns de seus exemplares tombados definitivamente pelo Instituto Estadual de Patrim nio Cultural Inepac no in cio da d cada de 2000 Figura 11 Pavilh o Arthur Neiva constru do em 1947 e tombado Figura 12 Pavilh o Carlos Augusto da Silva antigo Restaurante Central constru do em 1948 e tombado pelo Inepac em 2001 Foto Ibam 2010 Em 1947 foi inaugurada a Avenida Brasil como um importante eixo de liga o do 71 centro da cidade com a Zona Norte e a Baixada Fluminense que estavam em pleno processo de ocupa o e com ela deu se a constru o da portaria da Av Brasil tamb m modernista para o campus do IOC que teve em 1948 seus limites definidos como se apresenta hoje Ao analisar o processo de ocupa o do territ rio que hoje constitui o Campus Fiocruz Manguinhos identificam se tr s per odos distintos que marcam sua evolu o 72 10 A delimita o da rea de Preserva o do Campus foi indicada originalmente em relat rio de Edgar Jacintho FNPM IPHAN 20 12 1985 para ser mantida sob regime de prote o rigorosa N o foi inclu da no tombamento do Iphan mas o
123. de C amp T do MAST como fonte hist rica As pesquisas realizadas permitiram verificar que alguns grupos de pesquisa no exterior j fazem um trabalho interessante e instigante utilizando esses objetos 4 Foi poss vel perceber que n o apenas poss vel tratar o objeto de C amp T como fonte para hist ria e que atualmente ao menos no exterior j constituiu um novo dom nio historiogr fico que vem se 5 BENNETT J Museumsand The History of Science 6 ALBERTI S Objects and The Museum p 560 7 OLIVEIRA M A Trajet ria da Forma o da Cole o de Objetos de C amp T do Observat rio do Valongo 8 Coordenado por Marcus Granato o projeto tem por objetivo geral ampliar o conhecimento sobre conjuntos de objetos de C amp T existentes no pa s propiciando sua melhor preserva o e um estudo te rico sobre o patrim nio de C amp T no Brasil e est dispon vel em http Avww mast br projetovalorizacao index html Acesso em 23 de mai 2011 19 Coordenado por Maria Lucia de Niemeyer Matheus Loureiro tem por objetivo elaborar uma an lise te rica e conceitual dos processos de musealiza o a partir de uma perspectiva informacional em diferentes inst ncias com nfase nos dom nios da Ci ncia e Tecnologia 20 Coordenado por Marcus Granato pelo lado brasileiro o projeto de coopera o internacional com institui es portuguesas pretende desenvolver um thesaurus terminol gico para objetos de C
124. de Urbanismo e Arquitetura em Sa de DPH COC Fiocruz vice coordenador e professor do Curso de Especializa o em Preserva o e gest o do patrim nio cultural das ci ncias e da sa de Introdu o Carla M Texeira Coelho Claudia S Rodrigues Carvalho In s El Jaick Andrade Renato Gama Rosa Costa O I Simp sio Fluminense de Patrim nio Cultural Cient fico com a tem tica Planos Integrados de Preserva o s tios edif cios hist ricos e cole es representou um grande esfor o das institui es cient ficas organizadoras a Casa de Oswaldo Cruz COC Fiocruz e o Centro de Mem ria e Informa o Funda o Casa de Rui Barbosa no sentido de estreitar os la os que as une a outras institui es cient ficas fluminenses O evento se constiuiu enquanto uma oportunidade de trocar experi ncias e questionamentos cr ticos no complexo caminho da preserva o do patrim nio hist rico Compreendendo que um determinado bem n o pode ser preservado 11 fora de seu contexto foram abordadas tr s escalas de atua o no campo o s tio hist rico o edif cio de interesse hist rico e suas cole es As institui es que organizaram e que apoiaram o evento s o detentoras de acervos t cnicos e cient ficos sejam cole es edifica es hist ricas e s tios hist ricos Os atuais desafios que as institui es enfrentam hoje dizem respeito tanto limita o de seu crescimento f sico no terri
125. de ao programa de expans o de reas de uso p blico e cole es do Jardim bot nico vem sendo desenvolvido o Programa Paisagens do Horto para a rea do Horto Florestal cujos 83 hectares pertencem ao Jardim Bot nico e cujo territ rio apresenta se como o ltimo remanescente para expans o de cole es e reas de uso p blico do Jardim constitu do de remanescentes florestais cursos d gua infraestrutura associada ao apoio das atividades do jardim Bot nico viveiro de mudas unidade de compostagem setor de m quinas caminhos e vias etc e remanescentes de edifica es e planta es hist ricas que remontam aos s culos XIX e XX Al m da infraestrutura e edifica es diretamente associadas ao Jardim Bot nico a rea apresenta em seu interior zonas urbanas consolidadas e informais edifica es associadas a outras institui es p blicas e privadas SERPRO LIGHT O uso dessa paisagem sem um planejamento pr vio al m de ocupar grande parte da ltima rea remanescente para expans o do Jardim foi acompanhado de a es de canaliza o de cursos de gua ocupa o de reas com riscos hidrogeol gicos encostas e margens de rios desmatamento de remanescentes de Mata Atl ntica polui o ocupa es informais gerando impactos negativos com incid ncia na zona natural e urbana Figura 10 Planta da rea do Horto Florestal Fonte Laborat rio da Paisagem JBRJ A proposta ir desenvolver um pla
126. de ch Estas variedades apesar de apresentarem rosas maiores mais vistosas n o t m um bom efeito pl stico em jardins pelo seu porte alto e esguio Por outro lado sabe se que as rosas s o esp cies de climas temperado e t m sua rea de ocorr ncia natural restrita ao hemisf rio norte O clima do Rio de Janeiro n o o mais indicado para o cultivo de rosas Visando uma melhor adequa o dos exemplares ao Roseiral do JBRJ privilegiou se a escolha de rosas sempre floridas e poliantas variedades que melhor se adaptam aos climas quentes como o do Rio e pela melhor adequa o de seu porte e produ o de flores cria o de jardins de rosas proposta previu a inclus o de 55 variedades de cultivares de rosas Al m das rosas poliantas e floribundas inclu ram se rosas anas rasteiras biscuits trepadeira entre outras Figura 9 Planta da nova proposta do Roseiral com a lista de variedades de rosas Fonte Laborat rio da Paisagem JBRJ No que se refere aos seus aspectos pl sticos buscando uma melhor legibilidade e percep o do conjunto separaram se as rosas por grupos crom ticos e por variedades buscando tirar maior partido de seus recursos pl sticos As cores selecionadas constitu ram uma gama que vai do branco puro ao vinho Em sua disposi o previu se espirais de cores que partem do centro do jardim e deslocam se para as extremidades 3 PROGRAMA PAISAGENS DO HORTO Dando continuida
127. de informa es sobre o 208 rico passado da regi o com possibilidades ilimitadas de pesquisas A cada ano O n mero de pesquisadores aumenta e assim o acervo divulgado e presta servi os comunidade Para os que n o possuem conhecimentos necess rios para desenvolver uma pesquisa o Arquivo tem oferecido ajuda atrav s de um funcion rio capacitado Dependendo do volume da pesquisa atende tamb m a pedidos formulados a partir de locais distantes O atendimento aos pesquisadores realizado na Sala de Consultas que possui instrumentos de pesquisa mesas individuais leitora de microfilmes e computador Al m disso possui tamb m uma pequena biblioteca de apoio com acervo voltado basicamente para hist ria regional e legisla o al m de t tulos mais abrangentes o o p a A Cy Lo ELTA Apoio Patroc nio Realiza o Minist rio da Sa de A ye a Casa de A 3 Ae RA RASA l NERS Ovrarers iape Oswaldo Cruz Oswaldo Cruz EUNDRENS i Casa de Rui Barbosa
128. de que ficou estabelecida na ci ncia a express o espa o tempo manifestou se uma tend ncia subliminar de encarar o tempo como apenas mais uma dimens o do nosso universo a quarta e isso tem reduzido seus privil gios de categoria especial Por m h uma cabal diferen a entre essa dimens o e as tr s espaciais Enquanto temos algum poder de nos deslocar no espa o somos prisioneiros imobilizados no fluxo do tempo ou seja incapazes de nos deslocar a nosso bel prazer para o futuro ou para o passado Essa diferen a insuper vel propiciou a cria o de uma classe de agentes cuja dif cil miss o levar ao futuro o que possu mos de precioso no presente e que n o desejamos ver desprovido de valor durante o percurso Em outras palavras conservar o patrim nio cultural minimizar a probabilidade de perder ou esquecer uma cultura t o custosamente obtida Vendo dessa forma nossa a o essencialmente transportar esse valor n o no espa o mas no tempo raz o para que os conceitos relacionados com o patrim nio cultural passem a incorporar essa dimens o quando classificam seus objetos A base conceitual dicot mica utilizada hoje desconsidera por completo a chamada quarta dimens o justamente aquela com a qual lidamos a que tentamos vencer a que justifica nossa profiss o de conservar de transportar para o futuro Os objetos culturais est o classificados como materiais ou imateriais de uma vez po
129. de sua cole o em espa os tem ticos Espa o Espectroscopia Espa o Sismologia Observando o C u Por outro lado seus espa os de divulga o cient fica s o aprimorados com base nas pesquisas em educa o em espa os n o formais que realiza Ao longo dos anos s o instalados os m dulos da exposi o permanente Laborat rio de Ci ncias Ciclos Astron micos e a Vida na Terra e Esta es do Ano a Terra em Movimento A partir de 2003 inicia se um processo de fortalecimento e de trabalho intenso e prof cuo Em conjunto com o Observat rio Nacional o Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN o Instituto Estadual do Patrim nio Cultural INEPAC e o Instituto Brasileiro de Administra o Municipal IBAM elaborado o primeiro plano diretor para a utiliza o do campus A partir dessas orienta es um concurso nacional organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil IAB para escolher um projeto paisag stico para o campus Esse projeto come ou a ser implantado por m dulos a partir de 2010 Foram iniciadas gest es para a constru o de um pr dio anexo que abriga hoje as atividades t cnicas e de pesquisa deixando o pr dio hist rico sede da institui o totalmente dedicado s reas expositivas O pr dio anexo foi inaugurado em 01 de junho de 2010 e sua ocupa o paulatina ocorre a partir desse momento Em paralelo elabora um projeto para
130. de tutela do patrim nio Por um lado se atende s necessidades de amplia o da rea constru da do campus e por outro se refor a a necessidade de a es integradas para recupera o e conserva o do conjunto tombado O plano prev um potencial construtivo para cada rea e sugere como principal contrapartida a implanta o do projeto paisag stico Para orientar a gest o do 64 plano o campus foi subdividido em quatro setores paisag sticos que ser o reconfigurados no momento de execu o das novas edifica es em cada uma das reas de expans o e ou reordenamento Figura 09 Setores Paisag sticos Fonte IBAM O quadro a seguir apresenta os n meros a serem obtidos com a aplica o dos crit rios espec ficos de ocupa o de cada rea e demais propostas do PD ON MAST demonstrando a possibilidade de expressivo aumento do potencial construtivo do campus 1500 3000 Unidades sob a guarda do ON a serem demolidas total ou parcialmente como contrapartidas para novas constru es Unidades sob a guarda do ON a serem demolidas total ou parcialmente como contrapartidas para novas constru es Unidades residenciais a serem liberadas e Unidades residenciais a serem demolidas para implanta o de novas edifica es Areas de Expans o e ou EN O je Quadro 01 Potencial construtivo estimado Fonte PD ON MAST IBAM 65 66 Embora o resultado final se expresse de forma simples e objetiva
131. do viver e morrer em coletividade organizada t o bem registrada por Thedim Barreto e entendido por Jurema Arnaut j citados Pela linha longitudinal Fig 9 pode se vislumbrar uma cidade prociss o met fora da pr pria vida Prociss o que brota aos p s da ampla pra a da matriz e desenrola se at o reposit rio final no cemit rio situado literalmente em seu extremo oposto A trilha percorrida arborizada fornecendo refrig rio aos caminhantes calejados pelo irregular cal amento em p de moleque e lajedo de pedra passando antes pelos espa os de sociabilidade lazer abastecer conviver morar e fazer Figura 9 Centro Hist rico de Vassouras 1985 Fonte Acervo do Escrit rio T cnico do M dio Para ba IPHAN RJ A prociss o tem um hiato lacuna bem ao centro ao lado da Igreja no espa o de tratar curativo ou n o no Hospital da Santa Casa de Miseric rdia constru do e mantido pelo Barr o de Tingu em 1853 seu provedor perp tuo que atendia indistintamente brancos e negros Em torno da vila e portanto fora dela o Largo da Forca na pedreira e as ch caras Sendo elas dos Teixeira Leite a de Joaquim Jos no alto da rua do Col gio a de Francisco Carlos no caminho pr ximo pedreira as dos Corr a e Castro a de Pedro no alto atr s do hospital a de Laureano nos fundos da vila atr s da Casa do Bar o do Ribeir o e por fim a do Visconde de Arax reinando absol
132. duzam ao aprofundamento do conhecimento sobre a obra e a um diagn stico aprofundado para embasar e justificar a proposta que deve ser prefigurada e controlada atrav s de projeto Isso poderia parecer uma obviedade ainda mais numa faculdade de arquitetura mas o passado recente mostrou que esse tipo de aproxima o metodol gica menos evidente do que parece O artigo 17 trata diretamente dos bens culturais 2 exigindo o seu respeito no que concerne aos seus aspectos materiais documentais e de conforma o e que esse respeito seja baseado naquilo que motiva a preserva o nomeadamente as raz es de cunho cultural cient fico e tico O artigo baseado no entendimento da preserva o como ato de cultura e essa vis o resultado de processo plurissecular Os princ pios te ricos que devem fundamentar as interven es pr ticas como enunciados no artigo 20 prov m desse processo ou seja o entendimento das raz es de se preservar deve conduzir a formas id neas de como faz lo As ra zes desse tipo de rela o com bens legados por outras pocas est o no s culo XV em que as formas de agir em obras entendidas como de interesse cultural passaram paulatinamente e muito lentamente e n o sem variadas contradi es a n o mais ser ocasionadas apenas por raz es pr ticas como as de uso ou econ micas por exemplo que continuam sempre presentes mas a ser movidas por quest es de cunho cultural
133. e o O GRANATO M LOUREN O M Cole es Cient ficas Luso Brasileiras 1 GRANATO M Imagens da Ci ncias 2 GOL ASVEL J Autenticidade Mem ria e Ideologias Nacionais 3 GRANATO M SANTOS C FURTADO T GOMES L Objetos d Ci ncias e Tecnologia como Fontes Documentais para a Hist ria das Ci ncias Resultados Parciais 14 FURTADO J Objetos Cole es e Biografia A Hist ria do Laborat rio de Qu mica do Imperial Observat rio do Rio de Janeiro sendo um no mbito de outras cole es cient ficas luso brasileiras e outro no mbito do patrim nio sob a guarda do Museu Al m dessas iniciativas o Museu realiza exposi es tempor rias utilizando em diversas ocasi es tem ticas que possibilitam explorar o acervo como por exemplo Instrumentos Cient ficos e as Grandes Exposi es Universais 2000 Instrumentos Cient ficos Diferentes Olhares 2000 Uma Carta para o C u 2001 Pavilh o e Luneta Equatorial 32 cm Projeto de Restaura o 2001 Luiz Cruls um Cientista a Servi o do Brasil 2004 Objetos de Ci ncia e Tecnologia Trajet rias em Museus 2005 Restaura o do C rculo Meridiano de Gautier e Reabilita o do Pavilh o Correspondente 2005 Mostra de instrumentos de Meteorologia 2008 Tesouros do Patrim nio da Ci ncia e Tecnologia no Brasil 2010 As atividades de preserva o realizadas em torno da cole o de instrumentos cient ficos do MAST determ
134. e era capaz de coletar um fragmento de f gado de uma pessoa que tivesse falecido com suspeita de febre amarela Estes fragmentos eram enviados para o Laborat rio de Histopatologia criado no campus de Manguinhos e neste eram devidamente processados e analisados por cinco patologistas que deveriam ter um consenso diagn stico para que fosse poss vel liberar o diagn stico final e alimentar seguramente as estat sticas da poca Este Laborat rio funcionou como parte do conv nio at 1939 em seguida o governo brasileiro assumiu sozinho o combate doen a criando o Servi o Nacional de Febre Amarela que continuava a funcionar nos mesmos moldes de gerenciamento da Funda o Rockefeller A doen a foi ficando restrita s regi es silvestres do Pa s Em 1949 todo o acervo do Laborat rio de Histopatologia seus funcion rios e infraestrutura foram transferidos para o Instituto Oswaldo Cruz Como os patologistas deste laborat rio j colaboravam com os da Divis o de Anatomia Patol gica l se instalaram juntamente com o acervo Magarinos Torres ent o chefe do Laborat rio de Histopatologia da Febre Amarela continuou a desenvolver no IOC as suas pesquisas sobre a histopatologia da Febre Amarela em colabora o com v rios outros pesquisadores 4 LENT H O Massacre de Manguinhos A Divis o de Anatomia Patol gica j com os dois acervos e ocupando todo o atual Pavilh o Carlos Chagas sofreu juntamente com o Institut
135. e 1980 Figura 04 Vista dos primeiros edif cios constru dos para abrigar o ent o Instituto Oswaldo Cruz no in cio do s c XX Em destaque o Pavilh o Mourisco e ao lado a estrebaria da antiga fazenda que permaneceu nos primeiros anos de funcionamento do Instituto servindo lhe provisoriamente Fonte DAD COC Figura 05 Pavilh o Mourisco constru do no per odo de 1905 a 1918 Principal exemplar do Nahm tombado pelo IPHAN em 1981 Foto Ibam 2010 69 Figura 06 Cavalari a constru do amp 1904 e tombado pelo IPHAN em 1981 Foto Ibam 2010 70 7 O primeiro de um conjunto de seis pavilh es que comporiam uma complexo hospitalar cujos outros cinco n o chegaram a ser erigidos 8 Essa edifica o representa hoje o elo entre dois momentos expressivos do ent o Instituto Oswaldo Cruz o de sua funda o quando se construiu um conjunto de edifica es ecl ticas e o de sua primeira grande expans o nas d cadas de 1940 1950 com a constru o de edifica es modernistas EE n Figura 07 Pavilh o do Rel gio antigo Pavilh o da Peste constru do em 1904 e tombado pelo IPHAN em 1981 Foto Ibam 2010 A implanta o dessas primeiras edifica es apresenta uma l gica coerente com a pol tica higienista de fins do s culo XIX e in cio do XX visto que se deu principalmente nas colinas existentes Na colina maior o Pavilh o Mourisco sede e os demais edif cios que com
136. e Marx tape aria mobili rio vestu rio biblioteca e piano Neste local est o acondicionados em mapotecas cerca de 1700 desenhos sendo 1489 de sua pr pria autoria O painel de azulejo considerado como elemento integrado est fixado na parede externa da constru o 3 0 ESTADO ENCONTRADO E OS PROBLEMAS 3 1 Acervo arquitet nico O cadastramento das diversas estruturas arquitet nicas estava impreciso e poucos na forma digital N o havia um arquivo espec fico ou organizado sobre o assunto Foram encontrados diversos desenhos com obras realizadas e ou projetadas para realiza o futura 137 Figura 5 C pia heliogr fica do projeto original Fonte arquivo SRBM Figura 6 Desenho digital em 2008 Fonte arquivo SRBM 138 Com pouca iconografia o entendimento da evolu o arquitet nica das edifica es estava comprometido Nas edifica es todas as formas de cobertura telhados ou laje de concreto estavam permitindo infiltra o de guas de chuva sobre os acervos internos As instala es de seguran a incluindo o sistema el trico estavam comprometidas ou desativadas Muitas esquadrias estavam sem condi es de abertura ou sem fun o de isolante externo interno das intemp ries 3 2 Acervo Bibliogr fico Com muitas pe as para restaurar a biblioteca n o conta com profissional habilitado e as novas aquisi es sequer s o incorporadas ao acervo A sua cataloga o foi r
137. e Oswaldo Cruz e a exposi o comemorativa dos 100 anos da exposi o de Dresden de 1911 Durante os eventos Fiocruz pra Voc e Semana Nacional de Ci ncia e Tecnologia os estandes tiveram uma m dia de 300 visitantes por dia de evento pertencentes a todos os n veis sociais com idade variando entre 3 e 50 anos Em eventos dedicados ao p blico especializado podemos citar entre outros CRICS8 e Il Simp sio Nacional de Cole es Cient ficas Congressos de Virologia Congresso Brasileiro de Histotecnologia Semana de Patrim nio de 2009 e Simp sio Internacional Brasil Alemanha Fig 7 Divulga o em eventos cient ficos i SIMPOSIO NACIONAL DE dias Il Core es centisas x iiad 166 FIOCRUZ PRAWVOCE FIOCRUZ al mayo ZN FIOCRUZ A 2PAT A NY 45 de media o entre as atividades l dicas e o 5 KOTLER P ROBERTO E acervo museol gico Durante esses eventos Marketing social buscamos tamb m apresentar os acervos cient ficos como patrim nio cultural a ci ncia como parte do cotidiano das pessoas o modo de trabalho dos pesquisadores de nossa rea de atua o e os benef cios obtidos para a sociedade informa es sobre as formas de preven o e combate das mais variadas doen as cujas pe as est o depositadas na Cole o Com nfase nas doen as hep ticas foi poss vel trabalhar junto aos visitantes o combate ao alcoolismo atrav s da demonstra o da
138. e a pesquisa da mem ria e da produ o liter ria e human stica brasileira bem como congregar iniciativas de reflex o e debate sobre a cultura brasileira A Institui o promove atividades de pesquisa 120 antes restritas a utiliza o dos seus acervos e a divulga o da obra de Rui Barbosa agora abrangendo novos campos do conhecimento como o caso das pesquisas para a preserva o do patrim nio cultural 1 0 PLANO DE CONSERVA O PREVENTIVA DO MUSEU CASA DE RUI BARBOSA O Museu Casa de Rui Barbosa foi fundado em 1930 na casa que abrigou o ilustre brasileiro nos ltimos 28 anos da sua vida Um dos primeiros monumentos nacionais a ser tombado pelo IPHAN em 1938 o edif cio tem reconhecido valor hist rico e art stico por se tratar de importante exemplar da arquitetura carioca de matriz classicizante do s culo XIX e tamb m por abrigar um valioso acervo documental e de artes decorativas com destaque para a biblioteca composta por mais de 30 000 t tulos Constru do em 1850 o edif cio apresenta solu es da arquitetura tradicional brasileira entre elas paredes externas portantes em alvenarias mistas de tijolos e pedras paredes divis rias internas em tabiques estucados estrutura de pisos forros e telhado em madeira e cobertura em telhas cer micas do tipo francesas As fachadas apresentam nas suas linhas gerais e na modenatura a influ ncia da arquitetura acad mica com acr scimos de detalhes do f
139. e ao projeto dos espa os f sicos da FAU equipes de manuten o de conserva o formas de elabora o de projetos seja atrav s de escrit rio acad mico seja atrav s de concurso etc dezembro 2010 janeiro e fevereiro 2011 elabora o dos princ pios diretrizes e procedimentos que dever o ser seguidos no futuro nas interven es nos edif cios Foi feita uma leitura acurada dos espa os dos v rios edif cios a partir das leituras t cnicas e participativas para oferecer indica o de usos que se consolidaram em determinadas reas que devem por m passar por manuten es ou eventualmente por readequa es reas livres circula o exposi o e conv vio que devem ser mantidas como tal usos n o consolidados que podem se necess rio ser transferidos para outras reas Ou seja de espa os que podem ser redefinidos atrav s de novas utiliza es Outra atividade desse per odo foi a elabora o de material de divulga o para a prepara o do f rum do PDP em que os princ pios diretrizes e procedimentos seriam votados pela comunidade FAU mar o e abril de 2011 apresenta es p blicas das propostas em v rias se es e hor rios para informar devidamente toda a comunidade dos resultados obtidos e das propostas a serem votadas no F rum abril e maio de 2011 ap s informar 23 devidamente os v rios seguimentos da comunidade FAU houve um per odo para discuss o e recebimento de
140. e conhecimento de procedimentos de preserva o de cole es e arquivos e para a coleta de documentos arquiv sticos e museol gicos Desenvolve parcerias nacionais com diversas institui es seja no intuito de auxiliar na preserva o de conjuntos de objetos ou arquivos seja para colaborar com a divulga o cient fica Suas exposi es itinerantes correm o pa s e a institui o adquire papel significativo na organiza o e realiza o das Semanas Nacionais de C amp T 188 O MAST trabalha com a perspectiva de firmar se como um Museu de Ci ncia e T cnica de mbito nacional que possa auxiliar o MCT a estabelecer e implementar pol ticas de preserva o do acervo cultural relacionado Ci ncia e Tecnologia 2 A COLE O DE OBJETOS DE C amp T DO MAST O acervo museol gico do MAST formado por esculturas equipamentos fotogr ficos instrumentos cient ficos instrumentos de comunica o m quinas e motores m quinas de escrever e mobili rio Destaca se a cole o de instrumentos cient ficos que caracteriza O Museu como de ci ncia e t cnica Contando com cerca de 2 000 objetos considerada das mais representativas e significativas de seu g nero e formada em sua maioria por instrumentos adquiridos pelo Imperial Observat rio entre 1850 e 1930 nas reas de Astronomia tica C lculo e Desenho Eletricidade Geod sia Metrologia Meteorologia Medi o do Tempo etc Mais recentemente o M
141. e para a economia gerada pelo turismo em constante e crescente expans o A expectativa de um apoio municipal caracteriza se em ledo engano j que os Prefeitos dos pequenos centros de forma geral n o t m for a pol tica suficiente para fazer frente aos interesses imediatistas da classe econ mica dominante dessas cidades N o constituindo exce o Vassouras muito pelo contr rio segue a regra geral do confronto legando ao IPHAN o nus institucional pol tico econ mico social e cultural das a es preservacionistas Para se ter uma id ia apesar do atual quadro muito favor vel preserva o no Vale o Prefeito de Valen a promove campanha de destombamento de im veis em seu centro hist rico recentemente tombado pelo INEPAC por for a de a o movida pela comunidade local junto ao Minist rio P blico Estadual Outra quest o muito clara para o ETMP envolve o contexto hist rico no qual se insere Vassouras Al m da falta de retorno simb lico e factual a Rep blica promoveu uma desconstru o dos valores imagens e s mbolos que haviam sido gestados ao longo do per odo imperial A economia cafeeira sustent culo do Imp rio era cultivada em grande escala no sul fluminense cujos fazendeiros poca se mobilizaram como seria de se esperar amea a abolicionista Assim Petr polis guardou a face rom ntica do Imp rio e Vassouras a face literalmente velada A Rep blica fez duas interven
142. e sua cole o museol gica e bibliogr fica Para o tombamento a natureza espec fica da obra o conjunto paisag stico e os acervos 2 ARQUITETURA E ARTE Quando doado a ent o Funda o Nacional pr Mem ria Roberto Burle Marx determinou as fun es b sicas do SRBM conserva o pesquisa e difus o de bens naturais e culturais e o caracterizou como um centro de estudos no caso um Centro de Estudos de Paisagismo Bot nica e Conserva o da Natureza Atualmente o Sito Roberto Burle Marx muito mais que um laborat rio vivo de estudos em bot nica e em paisagismo este lugar uma explos o de sensa es das artes Nele seu famoso propriet rio construiu produziu colecionou e viveu muito mais do que a natureza ele a completou com arquitetura e arte Neste caso TUDO considerado acervo S o os acervos e Paisag stico e Bot nico o SRBM existe fundamentalmente pela cole o bot nica pelo conjunto paisag stico e pelos experimentos deles derivados e Arquitet nico conjunto atual formado por 10 constru es e Bibliogr fico cole o pr pria e aquisi o permanente e Museol gico art stico cole o e produ o m veis e integrados mobili rio vestu rio 2 1 As Edifica es O SRBM atualmente composto de dez constru es al m das reas de sombrais que podem ser divididas geograficamente em tr s conjuntos GRUPO 1 Casa Principal e Loggia C
143. ealizada por t tulos mas n o h informatiza o dos dados o que dificulta o acesso aos livros por t tulo ou autor Por estar abrigada em dois locais diversos tamb m h dificuldade na compreens o da totalidade dos t tulos E E m Figura 7 Biblioteca ala esquerda Fonte arquivo pessoal er Mie TE i T Ai a ita ip i Figura 8 Biblioteca ala direita Fonte arquivo pessoal t No Ateli de Pintura a biblioteca estava intocada e sem conserva o sofrendo com as constantes infiltra es da laje sobre a estante de madeira Esta cole o pelo posicionamento das estantes em rela o s claraboias submetida incid ncia solar direta No Pr dio da Administra o os livros estavam sob condi es clim ticas extremas temperaturas oscilantes diuturnamente e umidade relativa n o submetida a controle e ainda suscet vel s altera es na presen a de pessoas Acrescido a estes fatores houve um per odo de oito meses em que os livros ficaram trancados na sala sem funcion rios submetidos ao condicionamento de ar ininterrupto 3 3 Acervo Museol gico n o tinha par metros ambientais ideais para a conserva o ou estabiliza o dos Todo o acervo sem nenhuma exce o foi catalogado fichado e fotografado O maior problema encontrado residia na aus ncia de manuten o Algumas telas estavam no Ateli exatamente abaixo de infiltra es de telhado Outros 22 quadros outr
144. eitmam este belo espa o moderno objetivava melhorar a rea de recep o para as constantes festas promovidas por Burle Marx Pelo seu car ter de modernidade o projeto foi premiado em 1963 1 pr mio IAB GB com artigo publicado na Revista ARQUITETURA n 19 em janeiro de 1964 e 134 constru do nos prim rdios da d cada de 70 Totalmente constru da em concreto e pedra de cantaria de demoli o o espa o com 563m semiaberto em dois n veis tendo em sua cobertura um espelho d gua que verte sobre um pequeno lago com carpas Sobre o lago est o p rgulas em concreto cujos cachos de flor de jade destacam se no conjunto paisag stico Um painel de azulejo tamb m de autoria de Burle Marx foi encaixado em data posterior e entre pilares compondo uma das laterais da constru o Antiga Adega Constru o de menor ou nenhum valor est tico este pr dio de dois pavimentos abrigou originalmente uma adega climatizada uma lavanderia para os acess rios de pintura e um dep sito para as serigrafias Sua constru o realizada por Burle Marx data de 1992 e atualmente serve como sanit rios adaptados para os visitantes Ateli de Pintura No in cio da d cada de 1980 Roberto Burle Marx R adquiriu uma fachada em cantaria na Rua de S o Bento esquina da Rua Conselheiro Saraiva no centro do Rio de Janeiro Sua desmontagem transporte e remontagem sob promont rio retangular na cota 50 do terreno ficou
145. el Bezerra BENCHETRIT Sarah F Um Olhar Contempor neo sobre a Preserva o do Patrim nio Cultural Material Rio de Janeiro Museu Hist rico nacional 2008 p 119 129 FERREIRA Aur lio Buarque de Holanda Novo Dicion rio da L ngua Portuguesa 2 ed Rio de Janeiro Editora Nova Fronteira 1987 FURTADO Janaina Lacerda Objetos Cole es e Biografia a hist ria do laborat rio de qu mica do Imperial Observat rio do Rio de Janeiro In GRANATO Marcus RANGEL Marcio F Cultura Material e Patrim nio de C amp T Rio de Janeiro MAST 2009 p 154 174 GON ALVES Jos Reginaldo S Autenticidade mem ria e ideologia nacionais o problema dos patrim nios culturais In FRY Peter ESTERCI Neide GOLDENBERG Miriam Org Fazendo antropologia no Brasi 1 Rio de Janeiro DP amp A Capes 2001 GRANATO Marcus A Restaura o de Instrumentos Cient ficos Hist ricos Tese doutorado Programa de P s Gradua o em Engenharia Metal rgica e de Materiais COOPE UFRJ 2003 GRANATO Marcus Imagens da Ci ncia O Acervo do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins Rio de Janeiro MAST 2010 GRANATO Marcus BRITO Jusselma Duarte de SUZUKI Cristiane Restaura o do pavilh o c pula met lica e luneta equatorial de 32 cm conjunto arquitet nico do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST Anais do Museu Paulista Impresso v 13 n 1 p 273 311 2005 GRANATO Marcus SANTOS Leandro Rosa dos MIRANDA
146. ele poca constitu am o complexo voltado para a pesquisa e produ o de vacinas e na colina menor e mais ventilada o Hospital Oswaldo Cruz mais tarde denominado Instituto de Pesquisa Cl nica Evandro Chagas lpec Figura 08 Esta em ci processo de tombamento pelo Iphan Foto Ibam 2010 Durante a primeira metade do s culo XX outras institui es de sa de foram se instalando no mesmo terreno como a Funda o Rockefeller na d cada de 1930 e mais tarde foram congregadas ao ent o Instituto Oswaldo Cruz IOC denomina o que o ISF passou a ter em 1908 dando origem Funda o Oswaldo Cruz em 1970 Figura 09 Pavilh o Rockefeller constru do entre 1935 e 1937 Acervo DAD COC Fiocruz Nesse processo novas constru es foram executadas para sediar essas institui es e tamb m para possibilitar a expans o do IOC que se estruturava cada vez mais em suas atividades agregando novas como a produ o de f rmacos e a forma o profissional em diversos n veis 9 O Pavilh o Arthur Neiva tamb m conhecido como Pavilh o de Cursos e o Pavilh o Carlos Augusto da Silva que abrigava o antigo Refeit rio Central projetados pelo arquiteto Jorge Ferreira premiado na Bienal de Arquitetura de S o Paulo Figura 10 0 Campus da Fiocruz na d cada de 1950 com novas instala es Fonte DAD COC Fiocruz Assim como as duas primeiras d cadas de forma o do ent o IOC as d cadas
147. em meio plan cie instala se em rea elevada em rela o aos arredores protegido dos alagamentos na poca das chuvas Tratando se de um edif cio de grande beleza arquitet nica e de valor hist rico inestim vel que conta com amplos espa os julgamos que o Solar abrigue paralelamente ao Arquivo e sem preju zo de suas atividades espec ficas uma pequena rea de exposi o que tenha a fun o de divulgar as atividades ali desenvolvidas e estimular e divulgar a cultura produzida na regi o A exist ncia desse espa o onde se realizam pequenas apresenta es musicais e de teatro exposi es semin rios cursos certamente contribuem para aproximar o APM da comunidade conscientizando os cidad os sobre a import ncia da preserva o de sua mem ria Figura 1 Arquivo P blico Municipal de Campos dos Goytacazes Fonte autor Figura 2 Arquivo P blico Municipal de Campos dos Goytacazes Fonte autor Desde o in cio de suas atividades o Arquivo mant m uma pol tica de capacita o e atualiza o de seus funcion rios e colaboradores Esse modelo de capacita o atinge todo o pessoal envolvido no tratamento t cnico dos documentos recolhidos com treinamentos espec ficos visitas t cnicas a outras institui es participa o em eventos na rea com apresenta o de trabalhos e trocas de experi ncias A capacita o em determinadas atividades desenvolvidas em um arquivo de fundamental imp
148. emendas e sugest es aos artigos do PDP atrav s de endere o espec fico na internet em que para cada artigo poderia ser feita sugest o de supress o modifica o ou adi o As emendas podiam ser individuais ou coletivas tamb m nesse per odo todas as emendas apresentadas foram sistematizadas para serem votadas juntamente com os artigos no F rum 31 de maio e 3 de junho vota o de todos os artigos e emendas propostas ao PDP com participa o de qualquer 24 4 Para dados sobre o processo necess rio entrar no site da FAU www usp br fau e depois em Plano Diretor Participativo e em seguida proposta O texto do PDP para o f rum est em http www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor proposta index html Acesso em 10 jun 2011 Os resultados das vota es e sua sistematiza o dever o estar dispon veis num futuro pr ximo membro da comunidade que quisesse se inscrever o peso de cada uma das categorias servidores n o docentes servidores docentes e estudantes era o mesmo na vota o os votos individuais eram computados nas respectivas categorias e o plano com o resultado das vota es dever ser submetido aprecia o da Congrega o da Faculdade Como poss vel perceber atrav s dessa descri o sucinta o processo foi extremamente trabalhoso e complexo com variadas etapas sempre relidas em fun o dos resultados anteriores Houve sempre u
149. en es nos pap is de parede a partir da documenta o do Arquivo Hist rico Institucional 3 Inspe o e identifica o de danos existentes O resultado da pesquisa foi a indica o de solu es de tratamento e defini o de par metros para substitui o dependendo do caso estabelecendo graus de prioridade 2 3 Conserva o Programada das Superf cies Arquitet nicas As superf cies arquitet nicas externas fachadas do Museu Casa de Rui Barbosa foram restauradas na d cada de 1970 com materiais e t cnicas distintas daquelas originalmente usadas na constru o do edif cio A compatibilidade dos materiais utilizados as agress es ambientais bem como a manuten o deficiente provocaram a deteriora o atualmente verificada excesso de umidade desagrega o de material empolamento das pinturas etc sendo necess ria a aplica o de novas argamassas bem como de tintas para sua restaura o e conserva o Diante da complexidade desta a o demos in cio pesquisa com os seguintes objetivos e Fornecer par metros t cnicos para a conserva o das superf cies arquitet nicas do Museu e do acervo que ele abriga e Estabelecer fundamenta o te rica para tomada de decis es em rela o a conserva o das superf cies arquitet nicas e Contribuir para a melhoria dos projetos contrata es e execu o de obras de conserva o do patrim nio cultural e Contribuir para
150. en es devem valorizar a linguagem arquitet nica dos edif cios e sua rela o com o entorno artigo 8 Outro tema de grande import ncia diz respeito s manuten es no artigo 15 estabelecida a necessidade de incorporar uma rotina de manuten o corretiva e preventiva a estrutura administrativa a Faculdade devendo ser eficaz do ponto de vista t cnico e baseada em estudos multidisciplinares O tema retomado no artigo 34 em que s o definidas as a es de manuten o ordin ria manuten o extraordin ria conserva o restauro e amplia o e qual deve ser o procedimento a ser seguido na estrutura da Faculdade para cada uma delas A manuten o retomada no artigo seguinte que trata da elabora o de plano de manuten es definindo os tipos de manuten o preventiva corretiva e emergencial especificando que deve ser precedido por estudos multidisciplinares e nele baseado e ainda elaborada uma lista de controle com periodicidade regular com relat rios e registros gr ficos dos problemas para monitor los e identificar pontos mais sens veis onde h maior probabilidade de um dano ocorrer e se repetir Foi previsto tamb m o estabelecimento de ciclos de manuten o a serem respeitados de maneira rigorosa Esse monitoramento com o registro do estado de conserva o ao longo do tempo de especial import ncia pois ajuda a definir prioridades a interven o em eleme
151. end los Numa recente reuni o do IPHAN tivemos evid ncia importante disso durante uma apresenta o de slides foi projetado um documento oficial com a seguinte listagem supostamente abrangente de todo o patrim nio cultural a seus cuidados a Patrim nio material b Patrim nio imaterial c Patrim nio natural e d S tios arqueol gicos de se inferir que os dois ltimos n o se incluam nos dois primeiros Faz lembrar um texto de Borges no qual citada uma antiga enciclop dia chinesa chamada Emp rio Celestial de Conhecimentos Ben volos que cont m a seguinte classifica o dos animais a pertencentes ao imperador b empalhados c amestrados etc Os sintomas de que o atual sistema n o serve mais s o os problemas de manuten o que o patrim nio paisag stico sofre ao ser confundido com outros e os conflitos que pipocam aqui e ali relacionados com o patrim nio arqueol gico Tais sintomas pass veis de serem atribu dos a lacunas conceituais demandam urg ncia na mudan a O patrim nio paisag stico um patrim nio imaterial cujo principal suporte material a vegeta o tempor rio e portanto necessariamente substitu vel Trata se de um patrim nio cultural e n o de um patrim nio natural como tem sido repetida e oficialmente classificado Assim como uma escultura do Aleijadinho em pedra sab o material natural um objeto cultural um jardim de Burle Marx
152. ente de Mata Atl ntica tendo sido por isso denominado o setor ambiental da antiga col nia O diagn stico ambiental e o levantamento flor stico j realizados destacam o valor ambiental da rea considerando crit rios como qualidade da biodiversidade presen a de esp cies end micas ou esp cies raras zonas de matas ciliares protegendo riachos fragmentos de ecossistemas amea ados est gio avan ado de conserva o florestal e presen a de nascentes O Campus envolvido pelo Parque Estadual da Pedra Branca PEPB e 54 de sua rea ou seja 260 hectares encontra se acima da cota 100 e constituem portanto uma rea de Prote o Ambiental tamb m sob gest o do PEPB O PEPB possui aproximadamente 12 500 hectares uma unidade de conserva o integral representa uma das maiores florestas urbanas do mundo e pertence ao bioma Mata Atl ntica reconhecidamente uma das maiores biodiversidades do planeta e uma das mais amea adas A rea cedida Fiocruz encontra se em sua zona de amortecimento Resolu o CONAMA n 13 de 06 de dezembro de 1990 O PEPB e seu entorno representam laborat rios vivos de como a diversidade biol gica reage s altera es humanas na regi o da Mata Atl ntica A localiza o do Campus portanto estrat gica para a conserva o dos remanescentes florestais do Maci o da Pedra Branca Atrav s de reconhecimento em campo an lise aerofotogr fica entrevistas e an lise
153. ento os estudos para Conserva o das Superf cies Arquitet nicas do Museu Casa de Rui Barbosa em fun o da complexidade das a es envolvidas assim como demos in cio a um processo cont nuo de documenta o sobre o conjunto edif cio acervo do Museu Casa de Rui Barbosa para que se constitua num instrumento de monitoramento e controle da qualidade para sua preserva o gerenciamento e uso Trata se do estabelecimento de um sistema de informa es apropriadas e atualizadas relativo hist ria ao valor de patrim nio materialidade s interven es passadas e s condi es atuais do bem cultural cujo t tulo Documenta o para Preserva o Estas pesquisas v m sendo desenvolvidas sob nossa orienta o com bolsistas do Programa de Incentivo Produ o do Conhecimento T cnico e Cient fico na rea da Cultura da FCRB o qual pretende formar treinar e capacitar recursos humanos em programas de desenvolvimento tecnol gico de refer ncia em preserva o e tratamento de acervos assim como em humanidades 2 1 Conserva o Programada das Coberturas e Elementos de Madeira Destacam se dentre os objetivos da nossa pesquisa para conserva o programada e Sistematizar procedimentos que previnam e minimizem a necessidade de interven es de maior porte permitindo assim controlar de modo racional as transforma es do edif cio hist rico em estreita rela o com a natureza dos materiais as
154. erene na ess ncia teve sua perenidade prejudicada tais como os arqueol gicos Uma das pe as mais fundamentais da obra de Roberto Burle Marx a paisagem de seu S tio principalmente quando palavra paisagem agregada pr tica e conceitualmente ao mecanismo que possibilitou sua exist ncia que estruturou e diferenciou uma trajet ria profissional e que explica em grande parte as justas homenagens a seu criador O surpreendente que este acervo protegido pelo INEPAC desde 1985 e tombado em 2000 pelo IPHAN apesar do amplo reconhecimento de sua excel ncia conviva com a falta de crit rios minimamente aceitos crit rios que permitam trabalhar sem sobressaltos Ali s tampouco existe de modo geral consci ncia clara dos motivos que justificam a prote o do SRBM Quando n o confundidos com os de um jardim bot nico os valores que ali vicejam s o ora tomados pelos de uma reserva natural ocasi o em que invocada a legisla o ambiental como par metro de preserva o ora pelos de obras est ticas momento em que se preconiza uma transposi o literal de procedimentos normalmente utilizados para proteger objetos arquitet nicos ou de artes pl sticas Como nenhuma das tr s formas de enquadramento mencionadas jardim bot nico reserva ecol gica e paisagem congelada possibilita uma solu o mantenedora ganha nitidez a contradi o de conservar ad aeternum um conjunto de plantas vivas
155. ersr Ae Hsia mais tblisstente para a atua o sobre um determinado conjunto ao longo do tempo O processo de elabora o do PD ON MAST pode se dizer se constituiu numa estrat gia para e Aproxima o e intera o entre rg os de patrim nio e institui es respons veis pela gest o do bem protegido e Desfazer a no o de que o tombamento significa o congelamento de um determinado conjunto e simultaneamente orientar as a es sobre esse conjunto e Favorecer e potencializar a rela o do bem tombado com o meio urbano no qual est inserido e Que demandas de interven o sobre o bem tombado n o sejam apresentadas aos rg os de patrim nio isoladamente no varejo de cada a o mas sempre ancoradas numa vis o de conjunto da rea protegida e Revelar as pessoas que utilizam o Campus seu valor hist rico e cultural para que possam zelar pela sua preserva o e pautar suas a es sempre na perspectiva de valoriza o do patrim nio 1 Arquiteta Mestre em Arquitetura PROARO FAU UFRJ Arquiteta da do Departamento de Patrim nio Hist rico da Casa de Oswaldo Cruz FIOCRUZ 2 O POAP elaborado por uma equipe t cnica formada por profissionais da Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz e do Instituto Brasileiro de Administra o Municipal Ibam Fazem parte da equipe da Fiocruz Marcos Jos Pinheiro Vice Diretor de Informa o e Patrim nio Cultural COC Ana Maria Marques Arquiteta e Urb
156. es relevantes no Vale a primeira com a cria o de Barra do Pira 1890 e a segunda com a implanta o da Companhia Sider rgica a partir de 1941 Afora isso alterou o tra ado da Rodovia Presidente Dutra Rio S o Paulo retirou as redes de ferrovia de menor porte primeiro e depois transformou a Central do Brasil num corredor de passagem de cargas sem paragem cortando todo o Estado do Rio de Janeiro Esse quadro est bastante expl cito no bras o de Vassouras 1929 com os dizeres Mihi Maxime Debetur Brasiliae Incrementum desenhado pelo ilustre Affonso Escragnolle Taunay que em nome dos mun cipes esclarecia os fatos e cobrava a conta da falta de investimentos A mim imenso deve o progresso do Brasil Superando a historia Nesse quadro 0 tombamento de Vassouras em 1958 ficou a merc do esfor o her ico dos t cnicos do IPHAN que se deslocavam periodicamente para a cidade de onde deveriam ser expulsos com express es do tipo v o pentear macacos como aconselhou o jornal j citado Situa o que persistia em 1984 quando da instala o do ET cujo trabalho dos primeiros anos foi o de dar continuidade aos trabalhos dos arquitetos Dora e Pedro Alc ntara que lecionavam na Faculdade de Arquitetura de Barra do Pira desde 1971 A contribui o inquestion vel de ambos relacionou se ao seu empenho no sentido de estimularem junto aos habitantes da regi o a consci ncia do imenso patrim nio a
157. es de insetos coletados desde 1901 pelos primeiros cientistas da institui o Desde ent o ela vem crescendo e ocupando salas do 2 pavimento do Pavilh o Mourisco Em 2008 foi conclu da a obra de restaura o da ala frontal do Pavilh o incluindo a constru o de estanterias met licas com arquivos deslizantes pr prios para o armazenamento das gavetas de madeira onde est o acondicionados os insetos da cole o Um sistema de veda o com borrachas foi previsto em cada um dos m dulos dos arquivos deslizantes com o objetivo de garantir a estanqueidade do conjunto Figura 2 Vista da Cole o Entomol gica Fonte Departamento de Patrim nio Hist rico COC Ainda no 2 pavimento encontram se as salas de exposi o Oswaldo Cruz e Carlos Chagas que abrigam parte do acervo museol gico sob responsabilidade do Museu da Vida COC composto por objetos diversos como equipamentos de laborat rio mobili rio e obras de arte Figura 3 Vista da sala Oswaldo Cruz Fonte Departamento de Patrim nio Historico COC A Se o de Obras Raras A Overmeer da Biblioteca de Ci ncias Biom dicas sob responsabilidade do Instituto de Comunica o e Informa o Cient fica e Tecnol gica em Sa de lcict ocupa ainda hoje as salas originalmente projetadas para abrigar a biblioteca do Instituto localizadas no 3 pavimento do Pavilh o Mourisco O acervo abrigado em rea separada do sal o de leitura em um conjunto de estan
158. es na edifica o desde sua constru o at os dias atuais e a organiza o das informa es sobre materiais e t cnicas construtivas para alimenta o do invent rio sobre o edif cio A segunda fase do diagn stico incluiu visitas a campo para levantamento de informa es 151 Atrav s da observa o direta e entrevistas com curadores das cole es e usu rios do edif cio foram coletadas informa es sobre o estado de conserva o dos materiais construtivos do edif cio das instala es existentes e das cole es e ainda sobre os m todos de armazenamento e de exposi o das cole es rotinas de limpeza e manuten o e pol ticas de preserva o Para o desenvolvimento do diagn stico das cole es foi contratada a empresa Papel e Natureza Assessoria em Preserva o O trabalho foi coordenado pela diretora t cnica da empresa a muse loga Ingrid Beck e contemplou os tr s acervos abrigados no Pavilh o 152 5 Informa es dispon veis em http www inmet gov br 6 Grande parte dos autores que tratam desse tema estabelece o ndice de 65 de UR como limite de seguran a para evitar a biodeteriora o A partir desse valor e dependendo do tempo de exposi o materiais de base org nica estar o mais sujeitos deteriora o por agentes biol gicos Na Biblioteca por exemplo foi realizado um levantamento por amostragem aleat ria para a quantifica o da frequ ncia dos danos no acervo
159. esenvolvido pela institui o que respons vel pela preserva o de acervo relacionado vida e obra de Rui Barbosa incluindo o edif cio onde residiu mobili rio biblioteca e arquivo pessoal podemos destacar a implementa o de um sistema de controle ambiental para a biblioteca localizada no Museu casa e o estabelecimento de planos de conserva o programada para o conjunto edificado 1 PRESERVA O DO PATRIM NIO CULTURAL CIENT FICO DA FIOCRUZ Criada em 1900 com o nome de Instituto Soroter pico Federal a Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz institui o p blica de pesquisa ligada ao Minist rio da Sa de sediada no Rio de Janeiro respons vel pela preserva o de importante acervo relacionado ao patrim nio cultural da sa de Grande parte 3 CASSAR May Interdiscipinarity in preventive conservation desse acervo foi gerada ao longo de mais de um s culo pelos processos de trabalho da pr pria institui o A Casa de Oswaldo Cruz COC criada na d cada de 1980 a unidade t cnico cient fica da Fiocruz respons vel pela preserva o e valoriza o da mem ria da institui o e dos seus campos de atua o Atualmente a equipe t cnica da COC atua na preserva o de edif cios hist ricos acervos arquiv sticos bibliogr ficos e museol gicos que representam importante fonte de conhecimento tanto no campo da cultura quanto das ci ncias Al m dos acervos sob sua direta responsabil
160. etros lineares formado por documentos textuais iconogr ficos al m de microfilmes e digitais que se revestem de comprovado valor informativo e probat rio Destacam se no acervo os processos cartor rios 200 recolhidos ao Arquivo P blico a partir de um conv nio com o Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro 1 A IMPLANTA O DO ARQUIVO O processo de cria o de um arquivo p blico na cidade passou por diversas tentativas Em 1999 a Pr Reitoria de Extens o da UENF come ou um movimento para a cria o definitiva de um arquivo promovendo reuni es com lideran as pol ticas municipais a visita de t cnicos de outras institui es e a divulga o pela imprensa local das propostas Contou tamb m com o apoio do Arquivo P blico do Estado do Rio de Janeiro APERJ Durante todo o ano seguinte foram identificados conjuntos documentais importantes para o munic pio foram realizadas diversas reuni es para esclarecimento sobre procedimentos para sua implanta o O edif cio que abriga o Arquivo Solar do Col gio que tem esse nome em virtude de ter sido a sede de uma grande fazenda que pertencia ao Col gio Jesu ta localizado na cidade do Rio de Janeiro foi tombado pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional IPHAN em 1946 e desapropriado pelo Governo do Estado em 1977 O Solar constru do na segunda metade do s culo XVII e segundo historiadores locais em local privilegiado
161. eu uma atividade online na forma de um Quiz Este foi desenvolvido em linguagem flash e apresenta quest es que v o desde as hist ricas sob a forma o das Cole es do Museu da Patologia at as voltadas para a preven o de doen as e de assuntos abordados no ensino formal com a tem tica de histologia biologia celular e virologia O Museu da Patologia do IOC online foi lan ado no evento Fiocruz pra Voc 20097 onde buscamos divulgar o site e as informa es sobre o Museu da Patologia e suas Cole es Cient ficas bem como realizar algumas pr ticas de citologia e colora o com as pessoas que visitaram o estande Fig 10 pergunta e resposta sobre o Museu da Patologia e abaixo desta detalhe do estande de lan amento demonstrando a visita virtual ao sal o localizado no Pavilh o Lauro Travassos que abriga as Cole es do Museu da Patologia do IOC Fonte autor Existe ainda uma se o do site dedicada exclusivamente ao Portf lio de projetos Fig 12 onde poss vel acessar todos os projetos vinculados ao Museu da Patologia do IOC com o intuito de aumentar a possibilidade de fomento por parceiros externos Em rela o aos projetos do Plano Diretor estamos buscando ainda parceiros para a implementa o e correto acondicionamento da reserva t cnica visando diminui o do espa o ocupado pelo acervo e a montagem das atividades l dicas e do espa o expositivo do Museu da Patologia Em conclus
162. eus acessos e caminhos INTRODU O Este artigo apresenta o contexto os objetivos o processo de constru o ainda em curso e as premissas do Plano de Ocupa o da rea de Preserva o do Campus Fiocruz Manguinhos POAP Manguinhos O Campus da Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz em Manguinhos na Zona Norte do Rio de Janeiro se caracteriza por ser o campus de funda o e tradicional sede da institui o que ocupa uma rea de 850 000m em regi o de densa e desordenada ocupa o cortada pela Avenida Brasil um dos principais eixos vi rios da cidade entre outras vias de grande circula o SMES Cotas vei A Cidade Sa ves am niver8itaria J TEN A FIOCRUZ Manguinhos wey Benfica Figura 01 Localiza o do Campus de Manguinhos no seu entorno imediato Fonte Elabora o Ibam a partir de imagem do Google Maps 2010 67 68 4 Popularmente conhecido como Castelo da Fiocruz 5 Na d cada de 1980 criada a unidade t cnico cient fica Casa de Oswaldo Cruz com a miss o de desenvolver atividades de preserva o da mem ria da Institui o e das ci ncias e sa de no Brasil dentre outras atribui es Sua vasta arboriza o que emoldura edif cios de estilos e tipologias arquitet nicas marcantes garante nesse contexto qualidade ambiental diferenciada e se destaca como paisagem singular que tem o Pavilh o Mourisco como referencial maior da institui o pre
163. ew Botanical Garden in Melbourne favors eference over replication Por ser um monumento vivo a salvaguarda do jardim hist rico requer regras espec ficas as quais se constituem objeto da Carta de Floren a entre outros Como institui o cient fica que abriga um jardim bot nico sua finalidade promover realizar e divulgar o ensino e as pesquisas t cnico cient ficas sobre os recursos flor sticos do Brasil visando ao conhecimento e conserva o da biodiversidade assim como manuten o das cole es cient ficas sob sua responsabilidade No que se refere ao gerenciamento das cole es bot nicas Leadley e Greene indicam que esse deveria ser feito no contexto das metas e dos objetivos de cada Jardim Bot nico ou seja em harmonia com sua miss o Com rela o s diretrizes para interven o no conjunto da paisagem do JBRJ o plano diretor de 2002 destacou entre outras a necessidade de restauro de jardins e reas hist ricas e de cria o de novas reas para ampliar cole es nacionais de refer ncia e manter unidades associadas representativas dos diversos ecossistemas brasileiros Nesse sentido as a es que incidem na paisagem do JBRJ t m sido basicamente orientadas preserva o de seus valores do passado e do presente bem como ao planejamento e ao desenho da configura o da paisagem do jardim bot nico do futuro Tal processo sup e a es de a prote o conserva
164. go de Ana Rosa de Oliveira 14 o qual contribui para discutir a dualidade cient fica e est tica cultural do objeto A autora narra a sua experi ncia na elabora o e implementa o de um programa de expans o e revitaliza o de reas e jardins hist ricos do Instituto de Pesquisa do Jardim Bot nico do Rio de Janeiro cujas implica es v o al m da elabora o de um projeto paisag stico de restaura o e ou implementa o das cole es bot nicas Na mesa redonda sobre Edifica es Hist ricas o tema da conserva o preventiva perpassa os tr s artigos mostrando por meio das experi ncias das suas autoras os trabalhos e desafios da conserva o dos edif cios sede de suas institui es Claudia S Rodrigues de Carvalho relata a import ncia dessa metodologia para as institui es que t m sob sua guarda importantes acervos documentais e de arte como a Casa de Rui Barbosa Ela inicia seu texto recuperando documentos e cartas em que se destaca o tema da preven o tornando claras as vantagens desse tipo de a o no meio patrimonial Ao contr rio do que se prop e a partir de uma interven o de restauro muitas das vezes usadas para salvar de forma emergencial um bem edificado a conserva o preventiva atua de forma planejada e cont nua No artigo seguinte Yanara Haas apresenta os desafios de se preservar o acervo do mais importante arquiteto pintor art stico e paisagista do movimento modern
165. histopatol gica de embri es de galinha infectados com amostra de v rus 17DD Acompanha esse material a documenta o referente aos protocolos de pesquisa fotomicrografias de campo claro de microscopia confocal a laser imunofluoresc ncia colora es especiais e reconstru es 3D e de l minas completas escaneadas Cole o do Departamento de Patologia constitui o documento biol gico de Figura 1 Imagens COLE O DA SE O DE Museu da Patologia do 10C por Cole o a que pertence Fonte autor s em Patologia Experimental realizadas pelo Departamento e Laborat rio de Patologia do IOC Este Departamento Laborat rio historicamente o sucessor da Se o Divis o de Anatomia Patol gica do IOC respons veis pela montagem da Cole o original do Museu at por volta da d cada de 1960 1970 Esta reestrutura o baseou se tanto no hist rico de forma o do Museu e das outras duas Cole es que atualmente o comp e quanto na sua Miss o Institucional como patrim nio hist rico cient fico testemunho das pesquisas e servi os realizados por esta centen ria institui o de pesquisa Em seguida a equipe do Departamento de Patologia iniciou um processo de Planejamento estrat gico para o Museu e suas Cole es para o per odo de 2007 a 2016 Desta forma foram redigidos os Planos Diretores que vem norteando o nosso trabalho de Gest o desses acervos biol gicos Nesse sentido foram definidas a
166. i o Norte Fluminense at meados do s culo XIX o maior acervo documental s o cerca de trinta mil processos e quatrocentos livros diversos ainda em tratamento mas j se encontram liberados pesquisa os processos 202 de testamento 1390 invent rio 5170 tutela 90 investiga o de paternidade 120 e usucapi o 45 Dessa documenta o o registro mais antigo um invent rio do ano de 1698 Do cart rio do Segundo Of cio um dos mais antigos da cidade foram recolhidos livros de escrituras e registro de im veis compra e venda de escravos notas procura es etc A cole o de Jornais Campistas acervo formado pela Biblioteca Municipal e doado ao Arquivo possui jornais editados em Campos desde meados do s culo XIX 1850 2000 contendo t tulos raros n o mais publicados e t tulos em circula o Dispon vel em microfilmes e originais muito procurado por pesquisadores pelas informa es do cotidiano da regi o an ncios de estabelecimentos comerciais elei es participa o em movimentos pol ticos e de sua produ o industrial agr cola e movimenta o econ mica A cole o de Di rios Oficiais do Estado do Rio de Janeiro trata se de acervo formado pela Biblioteca Municipal e doado ao Arquivo Com edi es desde os anos 1940 ao ano 2000 a maior parte encadernada Muito solicitada pela popula o para comprova o de direitos especialmente para solicita o de aposentadoria
167. ia Este nome foi adotado para esta Cole o por ser a primeira unidade a ser respons vel pela coleta e guarda do acervo Cole o de Febre amarela composta atualmente por duas sub cole es Sub cole o Hist rica e Sub Cole o Experimental A sub Cole o Hist rica constitui o acervo gerado pelo Laborat rio de Histopatologia da Febre Amarela fruto do conv nio entre o governo brasileiro e a Funda o Rockefeller O acervo biol gico desta Sub Cole o composto de aproximadamente 500 mil amostras de f gado coletadas por viscerotomia durante as campanhas antiamar licas ocorridas entre as d cadas de 1930 e 1970 procedentes de todo o COLEGKO DE territ rio brasileiro e de Tara alguns pa ses vizinhos Resaad Al m disso acompanha LELEL o material biol gico uma ERATA extensa documenta o sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz com dados important ssimos por exemplo sobre a WA instituto Oswaldo Cruz E Museu da Patologia do acervo do COLECAO DO DEPARTAMENTO origem e localiza o dos casos A Sub Cole o Experimental foi iniciada em 2009 a partir da necessidade de uma Cole o que recebesse o dep sito de material histopatol gico de febre amarela proveniente de um projeto realizado por colabora o entre duas Unidades da Fiocruz Biomanguinhos e IOC e composta atualmente por 34 casos depositados pelo Laborat rio de Patologia produto de projeto de estudo da an lise
168. ia qualificada do ON e do MAST nesse local A discuss o de princ pios gerais do PD ON MAST o desenho de uma unidade gestora do campus e a formula o de diretrizes gerais foram os balizadores para defini o das reas que poderiam receber novas constru es no campus para atender s demandas de ON e MAST Se no momento inicial a ideia de satura o do campus era bastante forte a an lise aprofundada do conjunto e seus condicionantes permitiram vislumbrar alternativas Atendendo aos crit rios gerais de interven o estabelecidos foram definidas tr s reas adequadas para implanta o de novas constru es com possibilidade de aumento da rea constru da atual Tais reas foram denominadas reas de expans o E foi definida ainda uma rea denominada de reordenamento espacial que poderia ser renovada mas desde que novas constru es n o ultrapassem a rea constru da do conjunto ali localizado Para cada uma das reas foram definidos crit rios espec ficos de ocupa o rea m xima de proje o para novas edifica es gabaritos etc bem como contrapartidas para autoriza o de novas constru es O plano prev ainda as a es necess rias 63 para a libera o de cada rea e indica remanejamentos de usos das edifica es Os crit rios espec ficos de cada rea e as contrapartidas previstas conformam um sistema de compromissos das institui es ocupantes do campus entre sie com os rg os
169. idade existem ainda aqueles que pertencem a outras unidades da Fiocruz e encontram se abrigados em edifica es cuja preserva o faz parte das a es da COC Nos ltimos anos a COC vem buscando investir em a es preventivas para garantir a conserva o desses acervos fomentando a interdisciplinaridade entre as equipes de seus diferentes departamentos e de outras unidades da Fiocruz A conserva o preventiva deve ser uma responsabilidade compartilhada exigindo grande intera o entre diferentes tipos de profissionais arquivistas muse logos conservadores arquitetos engenheiros que trazem diferentes experi ncias e perspectivas para identificar os problemas e propor solu es evitando a sobreposi o de esfor os Dessa forma em 2008 a COC criou um Grupo de Trabalho formado por profissionais de diferentes reas e perfis cujo objetivo conceber organizar e desenvolver a es para a implanta o de planos de conserva o preventiva para os acervos sob sua responsabilidade Atrav s do trabalho interdisciplinar o Grupo busca contribuir com estrat gias de car ter preventivo para a conserva o de bens m veis e im veis Uma das primeiras a es do Grupo foi a elabora o do projeto de pesquisa Conserva o preventiva dos acervos preservados pela Casa de Oswaldo Cruz selecionado pelo Programa de apoio a pesquisa e ao desenvolvimento tecnol gico 2009 2010 da COC O desenvolvimento do p
170. idades de tratamento psiqui trico da Col nia representam os v rios momentos da hist ria constituem marcos 86 simb licos importantes para a popula o local e para a cidade do Rio de Janeiro valor explicitado pelas diversas formas de prote o desse conjunto Apesar do parcial estado de abandono e degrada o que o N cleo se encontra em um processo que coincide com o decl nio das atividades da Col nia fica clara a import ncia e o potencial de desenvolver e viabilizar uma proposta de PESEN i 1 Aqueduto dos Psicopatas 9 Pavilh o 4 17 Oficinas de manuten o recupera o patrimonia le 2 Casa sede da antiga Fazenda 10 Pavilh o 5 18 Antigo Cinema 3 Igreja N Sra dos Rem dios 11 Pavilh o 6 19 Pavilh es 10 e 12 descaracter izados de gest o integrada 5 Resid ncia dos funcion rios 6 Pavilh o 1 O patrim nio cultural da Trama antiga col nia comp e se assim por bens de valor hist rico e arquitet nico no mbito da sa de testemunhas de uma parte importante da Hist ria da Sa de P blica no Rio de Janeiro no s culo XX com nfase na Assist ncia Psiqui trica S o reconhecidos como patrim nio cultural na esfera estadual tombados pelo Inepac em 1990 a antiga sede da Fazenda Engenho Novo e a Igreja Nossa Senhora dos Rem dios edificados no s culo XIX e os sete pavilh es hospitalares da d cada de 1920 constru dos para abrigar os psicopatas transferidos das col nias da
171. igem s o talvez as ltimas que restem no planeta Nesse aspecto as a es que dever o ser encorajadas e programadas s o inicialmente a continuidade na manuten o desses esp cimes e em seguida sua multiplica o e difus o Por m antes de distribuir esp cimes multiplicados a outros jardins ou de volta ao habitat natural essa difus o dever primeiro ocorrer dentro do pr prio S tio uma forma de backup do acervo bot nico provid ncia totalmente vinculada aos cuidados de preserva o pois salvaguarda contra acidentes e pragas cuja probabilidade de extinguir essas plantas aumentaria muito se elas estivessem concentradas num nico local Assim sendo as diretrizes para o tratamento do acervo do S tio precisam incluir a escolha de locais adequados a esses plantios O aspecto citado acima exemplifica uma a o gerenciadora ditada por um conceito de paisagem que assimila os processos geradores dessa mesma paisagem contradizendo aquele outro conceito que localiza o valor paisag stico na mat ria que o constitui Outro aspecto de confus o na quest o ambiental envolve uma preserva o indiscriminada e injustificada de nativas e ex ticas invasoras que incessantemente tentam colonizar todas as reas de terreno dispon vel Pelo fato de Burle Marx ter sido um incans vel defensor da natureza cr em algumas pessoas que ele seria incapaz de erradicar um vegetal sequer por mais daninho que fosse mesmo
172. inal do Oitocentos As superf cies arquitet nicas t m acabamento em pintura na cor rosa salmon o que confere ao conjunto uma unidade formal Desde a sua constru o a edifica o vem passando por in meras transforma es que est o relacionadas principalmente aos processos hist ricos de uso de envelhecimento natural dos seus materiais constitutivos e das agress es ambientais decorrentes das transforma es do seu entorno e mais recentemente dos processos de altera o clim tica que vem atingindo os quatro cantos do planeta A sua preserva o objeto da preocupa o de t cnicos e especialistas que t m dirigido in meras interven es de conserva o e restaura o Destacam se nos trabalhos de preserva o duas interven es de maior porte a primeira na d cada de 1970 que foi muito extensa atingindo quase a totalidade do edif cio desde o por o at a cobertura Nesta ocasi o foram aplicadas argamassas de cimento nas fachadas foram restauradas as pinturas decorativas dos forros e os pap is de parede foram totalmente substitu dos A segunda grande interven o realizada em 1986 contemplou a restaura o da Ala de Servi o do Museu para que passasse a integrar o circuito de visita o Ambas interven es foram realizados pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional com supervis o do arquiteto Lucio Costa Desde o final dos anos 1990 as a es de preserva o buscam in
173. inaram o in cio de pesquisas sobre o patrim nio cultural relacionado ci ncia e t cnica na esfera de atua o do Grupo de Pesquisas em Preserva o de Acervos Culturais GPPAC sediado no Museu O advento do Programa de P s Gradua o em Museologia e Patrim nio PPG PMUS que o MAST e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO realizam em parceria estimulou o aprofundamento das reflex es sobre o assunto e o desenvolvimento de algumas disserta es em torno do tema O objeto configurado na produ o art stica ou no artefato de uso cotidiano tem sido preterido como fonte de an lise hist rica em muitas correntes historiogr ficas apesar da sua for a discursiva Por outro lado a obra de arte e o objeto somente t m exist ncia atrav s de sua rela o com a sociedade caso contr rio seus discursos s o inexistentes No caso do patrim nio cultural relacionado Ci ncia e Tecnologia C amp T aqueles objetos que s o testemunhos dos processos cient ficos e do desenvolvimento tecnol gico n o s o mais utilizados para reproduzir questionar ou estudar os fen menos f sicos N o possuem portanto o mesmo valor de uso comum no caso o funcional mas sim um valor agora redimensionado baseado no seu significado e nas informa es que podemos obter a partir deles 191 Em uma das frentes de estudo do GPPAC foi pesquisada metodologia de abordagem que possibilitasse trabalhar os objetos
174. incompet ncia atr s da m scara falsa que criaram para o IPHAN N o fosse o IPHAN e o nosso Centro Hist rico estaria no ch o h tempos Tribuna do Interior 20 03 2008 p 5 conhecimento mapeamento e estudos do centro hist rico Dos 28 planos apresentados ao longo do tempo tendo como objetivo o conjunto urbano s em 2007 e 2008 foram realizados os invent rios sum rios do Centro Hist rico de Vassouras O risco de perda de bens tombados obrigou apresenta o de 37 propostas muitas delas tendo sido inclusive reapresentadas exaustivamente 03 foram realizadas com recursos pr prios do IPHAN sempre em car ter emergencial o telhado das casas geminadas da Rua Bar o de Massambar da ASEPAVA e primeira recupera o de um im vel para instala o da Casa de Cultura Recursos captados pela Prefeitura Municipal de Vassouras tanto nos Minist rios da Cultura e do Turismo quanto na iniciativa privada permitiram obras em outros im veis Casa da Cultura Casa de C mara e Cadeia Casa do Bar o do Ribeir o Como se v a a o p blica se reportou emerg ncia de forma geral o apagar de inc ndios pontuais Para tanto de muito valeu o aux lio de alguns raros e bravos parceiros O apoio decisivo deveria vir da Prefeitura Municipal de Vassouras propriet ria de maior parte do acervo tombado e interessada direta nos benef cios que seu centro hist rico traz para a qualidade do ambiente urbano
175. investimento realizado Al m disso do interessado era exigida a obten o do alvar de arruado s emitido depois de criadas as adequadas condi es de tr nsito na rea fronteiri a ao seu im vel Tais obriga es comprovam a inten o de se criar em ritmo acelerado uma cidade digna da emergente nobiliarquia imperial tanto que seu primeiro C digo de Postura foi editado ainda em 1834 Com tamanho empenho o Censo de 1851 computou s na Freguesia sede a de Nossa Senhora da Concei o de Vassouras uma popula o composta de 3 291 pessoas livres e 10 086 escravos Uma vis o da real vontade desse grupo foi registrada pela lente de Victor Frond em 1859 Fig 4 e exp s o acelerado processo de implanta o do novo espa o urbano Ou seja em apenas 26 anos de funda o Vassouras j contava com imponentes edifica es Figura 4 Vassouras Victor Frond 1859 Fonte In Ribeyrolles 1976 A primitiva capela foi ampliada at que em 1872 incorporava amplo adro igreja conclu da A pra a frontal ao templo funcionava como centro das atividades com um monumental chafariz 1842 para o abastecimento de gua de seus habitantes A conclus o da pra a se deu na Presid ncia de Caetano Furquim de Almeida em 1857 com a pavimenta o do passeio e o plantio das palmeiras imperiais Em 1860 as antigas e primitivas edifica es j haviam sido substitu das por im veis de gosto apurado a maior par
176. io de Janeiro Rede Brasileira de Jardins Bot nicos 1999 RODRIGUESIA Noticidrio e Actividades varias 1 1 95 96 1935 TREIB Marc Representing a continent A new Botanical Garden in Melbourne favors reference over replication Landscape Architecture October 2007 VIEIRA M E de Q Relat rio do Ministro da Agricultura Ind stria e Com rcio 1914 1 Arquiteta Doutora em Arquitetura FAU USP Centro de Mem ria e Informa o da Funda o Casa de Rui Barbosa A PESQUISA PARA CONSERVA O PROGRAMADA DO PATRIM NIO EDIFICADO DA FUNDA O CASA DE RUI BARBOSA Claudia S Rodrigues de Carvalho INTRODU O A afirma o de que a manuten o e a preven o s o as formas de conter o avan o dos processos de deteriora o dos edif cios t o verdadeira quanto pouco praticada sobretudo os de interesse hist rico e art stico retardando assim a necessidade de interven es de grande porte que via de regra comprometem os tecidos antigos e a autenticidade material 17 Dos escritos de John Ruskin em que dizia cuide bem de seus monumentos e n o precisar restaur los Algumas chapas de chumbo colocadas a tempo num telhado algumas folhas secas e gravetos removidos a tempo de uma calha salvar o tanto o telhado como as paredes da ru na Zele por um edif cio antigo com ansioso desvelo proteja o o melhor poss vel e a qualquer custo de todas as amea as de dilapida o Conte suas pedr
177. irizada precisa de constante capacita o e A escassez de recurso p blico para manuten o de um bem tombado da dimens o e complexidade do S tio Roberto Burle Marx concorreu para a intensa degrada o dos acervos e Aus ncia de entendimento do meio ambiente como instrumento degradador e aus ncia de a es programadas de forma integrada para a conserva o das pe as E fator de considera o a multiplicidade do acervo e de seu comportamento espec fico e Aus ncia de Plano de conserva o e de Plano museol gico estabelecidos a escassez de recursos humanos comprometendo a continuidade das a es de preserva o al m do que o efetivo n o qualificado e comprometido concorrendo para o quadro preocupante 4 AS A ES O GRANDE DESAFIO O maior desafio para a conserva o desta inestim vel cole o est na aus ncia de profissionais especializados em conserva o de acervos no corpo de funcion rios da Institui o Todos os trabalhos direcionados por arquitetos muse logos bibliotec rios entre outros que porventura trabalharam na institui o em tempos passados foram de essencial compet ncia e valia Agora O comprometimento maior reside na continuidade destas a es sem os especialistas Atualmente a Divis o T cnica do SRBM conta somente com trabalhos no campo da biologia agronomia e arquitetura Mesmo assim foram definidas algumas diretrizes para reiniciar ou dar continuidade as a
178. is J o 22 especifica que as interven es espaciais devem ser compat veis com as atividades fim da escola O artigo 23 enuncia que estudos relat rios projetos devam ser disponibilizados para a comunidade esse artigo recebeu uma emenda aditiva aceita em vota o que especifica que tamb m as obras realizadas devam ser documentadas em suas v rias fases e disponibilizadas para a comunidade Como poss vel notar atrav s desses enunciados aprovados com a participa o de toda a comunidade muito se avan ou na FAU nos ltimos dois anos em rela o a um maior amadurecimento e conscientiza o no que respeita s interven es nos edif cios da Faculdade estabelecendo se uma base comum consci ncia a respeito de certas quest es poderia parecer estar consolidada mas na verdade as leituras e interesses envolvidos em determinados problemas s o ainda bastante d spares Um exemplo pode ser visto em parte do artigo 29 item Il a2 em que para o edif cio da Vila Penteado era preconizada a altera o de circula o que permitiria que se girasse em torno de toda a volta do sagu o principal Houve muita pol mica em rela o ao artigo como um todo no pr prio Conselho Curador pois esse artigo avan ava em quest es de distribui o de fun es no espa o que n o faziam parte do escopo do plano diretor e sim do plano de massas e n o estavam suficientemente amadurecidas e felizmente sua
179. isputas O processo de elabora o do PD ON MAST foi pautado por algumas quest es principais a saber a A interpreta o dos termos de tombamento do IPHAN e do INEPAC de modo a firmar o entendimento sobre os valores que se deseja proteger b A defini o de mecanismos para concilia o das expectativas de novas constru es com a es de valoriza o do patrim nio dentre as quais o tratamento paisag stico do campus a restaura o de edifica es tombadas e a demoli o de constru es que descaracterizam o conjunto arquitet nico c indica o do potencial construtivo do Campus e as condi es para atingi lo 1 0 OBSERVAT RIO NACIONAL O MUSEU 93 DE ASTRONOMIA E CIENCIAS AFINS E 0 CAMPUS ON MAST 1 1 0 Observatorio Nacional A recomenda o da cria o do Observat rio Nacional foi efetuada por D Pedro I tendo como objetivo a orienta o da navega o e a implanta o de ensino e estudos geogr ficos do territ rio brasileiro Inicialmente chamado de Imperial Observat rio do Rio de Janeiro foi instalado no torre o da Escola Militar tendo sido transferido por volta de 1845 para o terra o da antiga igreja dos jesu tas no Morro do Castelo no centro da cidade do Rio de Janeiro local que 54 ocupou at a transfer ncia total para o Campus atual em 1922 Atualmente o ON uma Unidade de Pesquisa vinculada Subsecretaria de Coordena o de Unidades de Pesquisa do Minist
180. istro visual das condi es f sicas dos espa os elaborando uma avalia o preliminar de seu desempenho no que diz respeita seguran a e habitabilidade sistematiza o das leituras participativas articula o dos resultados da leitura patrimonial da leituras t cnica e da participativa setembro e outubro de 2010 leitura do funcionamento da FAU por natureza de atividades considerando as fun es de ensino gradua o e p s gradua o pesquisa extens o universit ria conviv ncia gest o administra o as reuni es de trabalhos foram abertas comunidade para discutir as variadas quest es que surgem a partir das atividade outubro e novembro 2010 releitura dos resultados das leituras t cnicas e participativas por territ rio e por atividades para a formula o de propostas atrav s de equipes de trabalhos estruturadas em v rias frentes Grupo FAU Bem Cultural que tratava das implica es relacionadas ao fato de os edif cios serem bens culturais Grupo T cnicas que aprofundou o registro e an lise de patologias e de condi es de desempenho dos espa os no que respeita ao uso seguran a e habitabilidade Grupo Premissas e Programas que trabalhou com a fundamenta o para futuros projetos as necessidades de reas para as atividades desenvolvidas na Faculdade Grupo Procedimentos que estruturou uma s rie de propostas de encaminhamento das quest es relacionadas gest o
181. itet nico e paisag stico representa e que deve ser preservado remete para indica o numa vis o de futuro das voca es do Campus ON MAST que foram delineadas no plano levando em considera o ainda 59 e A interpreta o das atividades historicamente desenvolvidas no Campus ON MAST em grande medida ainda presentes e A necessidade do Campus na sua condi o de bem tombado poder ser usufru do pela sociedade e As leg timas necessidades de expans o que as duas institui es que compartilham o Campus se 60 colocam para cumprimento de suas respectivas miss es No mbito do PD ON MAST considerou se como voca es do Campus voca o hist rica voca o cultural e voca o cient fica e tecnol gica A voca o hist rica justificada por tratar se de um dos nicos conjuntos no mundo que manteve instrumentos originais de observa o em seus espa os de origem caracterizando se como um registro das atividades do Observat rio Nacional nas primeiras d cadas do s culo XX e representando um testemunho do est gio cient fico e tecnol gico do pa s naquele momento A voca o cultural dada pelo seu patrim nio arquitet nico e pelo acervo documental e de instrumentos cient ficos que abriga caracterizando se como bens de interesse coletivo que devem ser acess veis sociedade por meio de atividades tais como visita o p blica do Campus realiza o de exposi es tempor rias o
182. iza o A transfer ncia dessa unidade requereu assim um melhor dimensionamento da rea necess ria aos servi os municipais e o planejamento de regulariza o fundi ria que apresenta uma problem tica de ordem socioecon mica associada aos desafios de conserva o ambiental e cultural A Funda o Oswaldo Cruz j estava presente na Col nia Juliano Moreira desde 1995 com 84 a reativa o do projeto de produ o de medicamentos fitoter picos intensificando a es em prol da pesquisa e do fomento do setor Sa de e assegurando assim o dom nio de parte da rea Entretanto o Setor 1 da antiga col nia Juliano Moreira foi formalmente recebido pela institui o somente em 2008 atrav s de uma autoriza o prec ria de uso realizada pelo Outorgante Cedente a Superintend ncia de Patrim nio da Uni o posteriormente consolidada em 25 de junho de 2007 atrav s de um Contrato de Cess o de Uso processo no 05018 009490 2003 95 que imp e um conjunto de responsabilidades Outorgada Cession ria entre elas a administra o uso conserva o e demais responsabilidades oriundas do desenvolvimento de suas atividades fins 2 0 PATRIM NIO AMBIENTAL E CULTURAL DO CAMPUS O Campus Fiocruz da Mata Atl ntica ocupa o maior setor da antiga col nia e o mais bem preservado ambientalmente com cerca de cinco milh es de metros quadrados 500 hectares dos quais aproximadamente 80 s o cobertos por importante remanesc
183. iza o atrav s de implementa o do sistema de sinaliza o e interpreta o do mesmo Al m do plantio de esp cies de Mata Atl ntica que atraiam beija flores foi implementada uma infraestrutura b sica para o mesmo com previs o de constru o de pequenos terra os e conten es de reas erodidas bancos caminhos canais de gua e fontes A apresenta o de dados sobre beija flores plantas ornit filas e rela es planta polinizador foi feita atrav s de tambores rotat rios vide figura em anexo articulados por temas intera es ecol gicas entre plantas e animais dados gerais sobre beija flores e plantas ornit filas e dados espec ficos sobre os beija flores e as plantas de Mata Atl ntica encontrados no referido jardim Sinaliza o Informativa Figura 8 Vista dos tambores de sinaliza o do Jardim dos Beija flores Fonte Laborat rio da Paisagem JBRJ 2 3 Revitaliza o do roseiral A data de cria o do roseiral do JBRJ desconhecida H registros do cultivo de 113 rosas no JBRJ desde 1873 Em 1914 consta que durante a administra o de John Willis em rea pr xima estufa 1 um terreno que sofria inunda es constantes foi readequado para implementa o do roseiral 8 Consta tamb m que um roseiral foi inaugurado em 1935 na mesma rea que o atual durante a administra o de Paulo de Campos Porto Naquela poca em 19 canteiros conc ntricos foram plantadas 11
184. izado num campus com rea aproximada de 44 mil metros quadrados no Morro de S o Janu rio Bairro Imperial de S o Crist v o na cidade do Rio de Janeiro Esse campus tem import ncia para o espa o urbano no qual est inserido por se tratar de rea de interesse hist rico e cultural bem como por sua abundante vegeta o que contrasta com a aridez das reas de entorno As edifica es hist ricas e as cole es envolvidas no processo de cria o da institui o s o preservadas por Lei Federal de 1986 e o MAST criado na perspectiva de ser um espa o n o s de preserva o mas de difus o da cultura cient fica No ano seguinte o Instituto Estadual do Patrim nio Cultural INEPAC tomba a ambi ncia do campus suas edifica es e cole es O tombamento dividiu o acervo institucional em arquiv stico bibliogr fico e museol gico e o acervo inicial do MAST foi constitu do de objetos c pulas e pavilh es de observa o procedentes do Imperial Observat rio Observat rio Nacional ON e de documentos textuais do ON e do CNPq estando diretamente relacionado com a hist ria da ci ncia e da t cnica no Brasil dos s culos XIX e XX De forma surpreendente esses testemunhos n o foram em sua maioria descaracterizados pelas moderniza es t picas das reas cient fica e tecnol gica em sua busca constante pelo mais moderno Aqui encontramos instrumentos cient ficos de grande porte instalados em se
185. ja a fase fundamental para permitir um processo decis rio adequado revelando muita coisa que n o est aparente A desmontagem do instrumento necess ria para que um exame completo seja poss vel An lises qu micas podem ser necess rias para um melhor diagn stico e sempre que poss vel devem ser avalia es n o destrutivas importante que em todos os est gios do exame da conserva o e da restaura o as evid ncias sobre os materiais originais e m todos sejam reconhecidas e registradas antes que qualquer trabalho seja realizado no objeto O procedimento geral para a conserva o restaura o de um objeto cient fico pode ser o seguinte exame t cnico realizado assim que o objeto recebido com muita aten o e precis o permite ter uma id ia geral sobre o objeto e seu funcionamento abertura de dossi para a pe a as primeiras informa es que v o compor o arquivo sobre o objeto s o suas dimens es e a data de entrega desmontagem levando em conta as t cnicas adequadas para parafusos corro dos fotos devem ser tiradas durante o procedimento limpeza superficial onde devem ser feitos testes primeiro em partes secund rias com os produtos que ser o utilizados selecionando os que melhor resultado apresentarem sem modificar a apar ncia geral da superf cie preciso neutralizar o agente de limpeza e depois lavar com gua partes que faltam podem ser refeitas caso existam
186. jeto Mem ria da Astronomia e Ci ncias Afins no Brasil desenvolvido pelo Observat rio Nacional a partir de 1982 Em agosto de 1984 foi encaminhado presid ncia do CNPq o projeto de cria o do Museu fundamentado em realiza es semelhantes em Observat rios Internacionais O acervo do MAST constitu do de bens m veis e im veis oriundos principalmente do Observat rio Nacional O acervo museol gico composto por cerca de 2 000 pe as e vem sendo ampliado com cole es oriundas de outros rg os de pesquisa como o IEN e o CETEM As cole es juntamente com o patrim nio natural e arquitet nico do Campus ON MAST s o tombadas pelo INEPAC e pelo IPHAN Atualmente o MAST uma unidade de pesquisa integrante da estrutura do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia MCT Como um centro nacional de pesquisa de interc mbio cient fico de forma o treinamento e aperfei oamento de pessoal cient fico tem por finalidade preservar e estudar os elementos constitutivos do legado cient fico e tecnol gico nacional realizar atividades educativas e de divulga o cient fica dirigidas ao est mulo e sensibiliza o para a ci ncia desenvolver atividades culturais voltadas para a compreens o da natureza e das rela es entre sociedade ci ncia e t cnica e produzir conhecimento sobre a hist ria das ci ncias e da t cnica no Brasil sobre a preserva o de bens m veis e im veis relativos Ci
187. jetos parciais foram desenvolvidos por arquitetos diferentes fazendo com que algumas obras atrapalhassem o andamento das atividades da faculdade e outras fossem iniciadas sem a necess ria aprova o dos rg os de preserva o Esses fatores somados a certas propostas pol micas n o discutidas de forma abrangente com a comunidade FAU nem com os rg os de preserva o sem justificativas mais embasadas acabaram por gerar uma s rie de questionamentos e protestos que levaram reformula o do Conselho Curador e proposta de elabora o do PDP em 2009 Na gest o Sawaya v rias obras foram conduzidas algumas delas mencionadas a seguir Em 2007 foi iniciada a transforma o do setor administrativo Em janeiro de 2009 os tr s departamentos da FAU USP hist ria tecnologia e projeto foram esvaziados para serem readequados foi proposto novo sistema de distribui o interna e o alinhamento adequado de seus limites pois parte do departamento de projeto avan ava sobre a circula o e sobre o espa o do ateli interdisciplinar As obras come aram a ser licitadas sem o projeto ter sido aprovado pelos rg os de preserva o o que levou paralisa o do processo houve uma s rie de tratativas com os rg os e reformula o da proposta inicial para depois ser recome ado o processo licitat rio O refazimento dos pisos e a instala o das divis rias foram feitos antes dos projetos complementares
188. junto s comunidades detentoras de fragmentos da mem ria nacional foram instalados os Escrit rios T cnicos Cabendo aqui uma corre o a bem da verdade foram instalados euscritorios pois a presen a na maioria absoluta dos casos de um s t cnico para cumprir todas as fun es no ET desde a limpeza do local de trabalho at a emiss o de pareceres em processos de tombamentos fez desses profissionais indiv duos t cnicos O Escrit rio T cnico de Vassouras foi instalado em 02 de fevereiro de 1984 com 38 4 THOMPSON Analucia org Entrevista com Augusto da Silva Telles p 82 a responsabilidade especifica de atuar no Conjunto Paisag stico e Urban stico de Vassouras tombado pelo Processo 566 1 57 atender s demandas de quatro im veis com tombamento isolados implementar uma pol tica preservacionista na regi o do M dio Vale do Para ba Fluminense sul do Estado do Rio de Janeiro e ainda administrar o Museu Casa da Hera 1984 1986 1995 2007 Projeto ambicioso principalmente se considerada a rea abrangida Fig 1 o potencial existente e os recursos dispon veis Em suma um desafio Levy Gasparian Rio das Flores Tr s Rios Para ba do Sul Valen a Porto Real Itatiaia Quatis Resende Bi Paty do Alferes i t Miguel Volta Redonda riral Pereira Rio Claro me Mendes leng P Pinheiral Frontin Figura 1 Regi o do M dio Vale do Para ba Fluminense Fonte Go
189. l com o Plano Diretor Participativo PDP para os edif cios da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo FAU da Universidade de S o Paulo USP A contribui o inicial dessa experi ncia relatar n o um projeto acabado mas o desenrolar do pr prio processo muito particular e sem precedentes na hist ria da faculdade como Beatriz nos chama a aten o Esse processo contou com a participa o da comunidade da FAU USP envolvendo durante um ano e meio funcion rios n o docentes estudantes e docentes A dimens o do processo coloca para a comunidade muitos desafios a vencer como a proposta de se estabelecer par metros desde as manuten es ordin rias at a constru o de eventuais novos pr dios al m de trazer para pauta os desafios da conserva o e do restauro e da elabora o de um plano de conserva o programada para edifica es modernas Essa experi ncia pontual mas de imensa complexidade se coaduna com as experi ncias n o menos complexas relatadas pelos profissionais em planos diretores de s tios hist ricos seja ao n vel da cidade como em Vassouras ou ao n vel dos campi de institui es cient ficas Jardim Bot nico MAST e FIOCRUZ O papel do planejamento urbano na revitaliza o e gest o de cidades e campi culturais cient ficos est destacado nos textos de seus autores Sob o prisma da gest o da preserva o de s tios hist ricos urbanos Isabel Rocha analisa criticamente em seu ar
190. leitura patrimonial fau bem cultural pdf Acesso em 14 jun 2011 VILANOVA ARTIGAS Jo o Batista Caderno dos riscos originais Projeto do Edif cio da FAUUSP na Cidade Universit ria S o Paulo FAUUSP 1998 35 36 1 Arquiteta FABP Doutoranda em Arquitetura PROARO FAU UFRJ P professora de Arquitetura Brasileira e T cnica Retrospectiva UGB Arquiteta do Escrit rio T cnico do IPHAN em Vassouras 2 Coordenadora Geral de Documenta o e Pesquisa COPEDOC PHAN respons vel pelo Mestrado Profissional em Patrim nio antes Programa de Especializa o em Patrim nio 3 O presente texto rev e complementa a palestra citada vide ROCHA et PARILHA EXPERI NCIA NA GEST O DE UM CENTRO HIST RICO DE PEQUENO PORTE VASSOURAS RJ Isabel Rocha Em 2008 um convite de Lia Motta para que o Escrit rio T cnico M dio Vale do Para ba ETMP partilhasse suas experi ncias com os alunos do Programa de Especializa o em Patrim nio motivou uma pausa para se realizar pela primeira vez uma retrospectiva dos ent o 24 anos de atividades Agora o convite restringe o relato trajet ria do Escrit rio T cnico reduzido gest o do centro hist rico de Vassouras relatando suas poucas conquistas e muito de suas ang stias A partir dos anos de 1980 atrav s da pol tica 37 institucional que objetivou levar o IPHAN at as reas de concentra o de bens tombados atuando diretamente
191. lh o Agr cola CFMA Abril de 2011 DPH COC Parecer sobre o Pavilh o Rem dios CFMA Abril de 2006 ___ Relat rio sobre o Processo de Desocupa o do Pavilh o Nossa Senhora dos Rem dios Outubro de 2006 Produto relativo ao Projeto Desenvolvimento Comunit rio e Educa o para o Meio Ambiente no Campus FIOCRUZ da Mata Atl ntica Pesquisa e Interven o Social Conv nio N 98 2005 INEPAC Invent rio do N cleo Hist rico Rodrigues Caldas incluindo defini o de rea de ambi ncia 1990 Processo de tombamento E 18 001 178 90 IPHAN Portaria N 003 de 13 05 1990 Determina as especifica es a serem observadas para quaisquer interven es nas reas de entorno da Igreja Nossa Senhora da Pena a Casa da Fazenda do Engenho D gua a Casa da Fazenda da Taquara e sua respectiva capela e o Aqueduto da Col nia dos Psicopatas situados em Jacarepagu Rio de Janeiro RJ ____ Portaria 127 de 30 de abril de 2009 Estabelece a chancela da Paisagem Cultural Brasileira 101 Invent rio do Aqueduto da Col nia de Psicopatas N Processo 0101 138 Outro processo 0154 T 38 Livro Belas Artes N inscr 053 Vol 1 F 010 Data 11 05 1938 Livro Hist rico N inscr 031 Vol 1 F 007 Data 11 05 1938 MINIST RIO DA SA DE Col nia Juliano Moreira a es conclusivas do processo de municipaliza o e redefini o de rea Relat rio final Bras lia 2001 ORGANIZA O DAS NA ES
192. ltou que a manuten o permanente crucial para a conserva o efetiva de uma cidade hist rica ou de uma rea urbana De uma forma geral estes documentos preconizam a necessidade de manuten o regular para a preserva o do patrim nio 10 PRECOMOS Preventive Conservation Maintenance and Monitoring of Monuments and Sites http precomos org acesso em 10 de agosto de 2011 constru do mas a conserva o preventiva aplicada ao patrim nio constru do tem apresentado um desenvolvimento substancialmente menor se comparada aplica o da abordagem preventiva aos bens m veis e cole es nos ltimos quarenta anos A preserva o arquitet nica preventiva envolve inspe es frequentes e informadas interven es m nimas e solu es que minimizem os riscos Envolve ainda e principalmente uma mudan a de ponto de vista passando das a es de preserva o singulares e espa adas no tempo para o entendimento de que a conserva o se constitui num processo O desafio de incorporar preserva o do patrim nio constru do estrat gias de conserva o preventiva reside n o s na necessidade de desenvolvimento de ferramentas apropriadas e suporte tecnol gico mas tamb m no desenvolvimento de pol ticas adequadas de tutela e gest o Dentre os esfor os para incorporar a preven o na preserva o do patrim nio edificado destacam se a es na Europa e nos Estados Unidos Com o objetivo de dis
193. m e se fez a reconstru o do relevo e dos acessos depois se iniciou o programa de estabelecimento de novas cole es o qual est sendo gradativamente implementado 11 Projeto de autoria de Luiz Antonio Silva engenheiro agr nomo 12 Ficha T cnica Autores Ana Rosa de Oliveira paisagista Leandro Silva bot nico Nara L Cardoso Vasconcelos bi loga Projetos complementares sinaliza o do jardim Bernardo Zortea arquiteto e designer Cl udio Resmini Estrutura para ep fitas Luiz Cancio paisagista Colaboradores Elis ngela Medeiros de Almeida bi loga Lia Gianelli de Azevedo paisagista Patroc nio CEG G s Natural jtaliza o sao Rev A interven o permitiu integrar o Jardim Bot nico Trilha da Mata Atl ntica recuperada e ao Aqueduto da Levada restaurado e disponibilizar 5 500 m2 para disposi o de novas cole es bot nicas Paralelamente para atender necessidade de disciplinar a coleta disposi o e destina o de res duos provenientes das atividades de manuten o do JBRJ foi criado o Centro de Compostagem do JBRJ Sua complementa o permitiu padronizar estocar e destinar res duos brutos toras tocos etc al m de transformar res duos verdes em adubos org nico compostagem Para execu o dessas interven es em reas t o pr ximas de moradias em situa o de contesta o judicial foi tamb m necess rio trabalhar amplamente com negocia
194. m grande esfor o para divulgar as atividades tornar o processo de fato participativo e informar os resultados parciais obtidos As emendas propostas aos artigos elaborados pelo Conselho Curador para o PDP pelos v rios setores da comunidade FAU foram em sua maioria de grande interesse Com a vota o do F rum com efeito a proposta resultou melhor do que a vers o original do PDP As sugest es deixaram a reda o de determinados artigos mais clara e precisa as aditivas especificaram de maneira mais adequada variadas quest es e as supress es foram voltadas a propostas que n o estavam suficientemente amadurecidas naquele momento mas que dever o ser retomadas nos desdobramentos futuros como consequ ncia do PDP Como mencionado o plano diretor nao se configura como projeto de aplica o imediata mas como uma s rie de principios diretrizes e procedimentos que dever o ser seguidos em propostas futuras que dever o ser todas devidamente debatidas e informadas comunidade inclusive no que respeita manuten o ordin ria dos edif cios sua conserva o programada restaura o mudan as de uso de reas e novas constru es Uma das primeiras tarefas que suceder ao PDP a elabora o de um plano de massas Ainda n o se trata de projeto mas de uma primeira proposta que espacializa as altera es de uso no espa o realocando eventualmente fun es no conjunto de edif cios da Faculdade
195. m um potencial de comunica o seja de significados sociais seja de sentimentais A heran a cultural aquilo que se transmite conscientemente ou n o de gera o em gera o Essa transfer ncia n o se relaciona a toda a cultura mas a uma sele o realizada por crit rios de valor muito estritos escolhidos a partir de valores pol ticos e culturais As causas emocionais e afetivas se juntam aos primeiros crit rios A preserva o surge como instrumento para essa transmiss o e consiste em qualquer a o que se relacione manuten o f sica desse bem cultural mas tamb m a qualquer iniciativa que esteja relacionada ao maior conhecimento sobre o mesmo e sobre as melhores condi es de como resguard lo 6 SCHEINER T C M Imagens do N o Lugar Comunica es e os Novos Patrim nios p 88 89 7 COSTA H FG Atribui o de valor ao patrim nio material e imaterial Afinal com qual patrim nio nos preocupamos p 122 8 KUHL B M Hist ria e tica na Conserva o e na Restaura o de Monumentos Hist ricos p 59 para as futuras gera es Inclui portanto a documenta o a pesquisa em todas as dimens es a conserva o e a pr pria restaura o aqui entendida como uma das poss veis a es para a conserva o de um bem Para Scheiner preservar evitar a morte influir no tempo buscar ainda que pelo artif cio uma forma de eternidade Para Heloisa Costa preserva o
196. memoriais e simb licos dos bens cient fico o conhecimento que transmitem nos v rios campos do saber e tico por n o se ter o direito de apagar testemunhos relevantes de gera es passadas e de privar o presente e o futuro de bens portadores de elementos identit rios al m da possibilidade de conhecimento que transmitem art 18 Respeitar nos projetos de interven o os requisitos de desempenho para as atividades previstas para a Faculdade segundo crit rios embasados em normatiza o internacional de seguran a estrutural contra inc ndio no uso e na opera o incluindo acessibilidade salubridade estanqueidade pureza e qualidade do ar condi es de sa de e higiene e conforto ambiental conforto higrot rmico ac stico visual t til e antropodin mico Como consequ ncia do trabalho de an lise e de diagn stico das variadas equipes e considerando as leituras participativas foram estabelecidas algumas metas para obras em todos os edif cios da faculdade especificando aquelas que devem ser realizadas imediatamente as de curto prazo e as de m dio e longo prazo art 30 Outros artigos tratam mais diretamente de princ pios te rico metodol gicos que devem guiar as interven es e est o enunciados nos artigos 16 a 23 No artigo 16 insiste se na necessidade de que qualquer interven o nos edif cios seja precedida por estudos multidisciplinares que con
197. ment a proposed model for evaluating museum environmental management needs Los Angeles The Getty Conservation Institute 1998 Dispon vel em http Awww getty edu conservation publications pdf publications assessmodeleng pdf Acesso em 19 jun 2008 GUICHEN Gael de Preventive conservation a mere fad or far reaching change In Museum International Paris v 51 n 201 pp 4 6 1999 OLIVEIRA Benedito Tadeu de COSTA Renato da Gama Rosa PESSOA Alexandre Jos de Souza Um lugar para a ci ncia a forma o do campus de Manguinhos Rio de Janeiro Editora Fiocruz 2003 ONU COMISS O BRUNDTLAND Nosso futuro comum Comiss o Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Rio de Janeiro Editora da Funda o Get lio Vargas 1987 PUTT Neal SLADE Sarah Teamwork for Preventive Conservation CCROM Roma 2003 Dispon vel em http Awww iccrom org eng 02info_en 02_04pdf pubs_en ICCROM_ doc01_Teamwork pdf Acesso em 18 abr 2008 155 156 1 Graduada em Microbiologia e Imunologia UFRJ Doutora em Ci ncias Microbiologia UFRJ Pesquisadora Visitante Laborat rio de Patologia Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz Fiocruz 2 Graduado em Medicina UFRJ Doutor em Biologia Celular e Molecular Fiocruz e p s doutor em Bioci ncias Centro Alem o de Pesquisas sobre o C ncer DKFZ Pesquisador Titular e Chefe do Laborat rio de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz Fiocruz 3 B
198. mo revers vel e n o pode induzir o observador ao engano de confundir a interven o ou eventuais acr scimos com o que existia anteriormente al m de dever documentar a si pr pria Se for necess rio alterar uma disposi o interna ou inserir novos elementos esses novos 29 elementos n o dever o recair na imita o nem tampouco em competi o com a obra como estratificada ao longo do tempo Carta de Veneza Artigos 9 12 13 Lembre se que em casos de manuten o ordin ria ou extraordin ria materiais t cnicas e formas semelhantes podem ser usadas 3 2 Retrabalhabilidade pois a restaura o n o deve impedir tem antes de facilitar qualquer interven o futura portanto n o pode alterar a obra em sua subst ncia devendo inserir se com propriedade e de modo respeitoso em rela o ao preexistente de forma a n o impedir ou inviabilizar interven es futuras que se fa am necess rias Carta de Veneza Artigo 5 10 3 3 M nima interven o pois a restaura o n o pode desnaturar o documento hist rico nem a obra como imagem figurada devendo respeitar suas v rias estratifica es e preservara a p tina e Aremo o de uma adi o s pode ser justificada luz de quest es de cunho documental formal e material quando forem altera es que deturpam ou s o incongruentes com a obra como estratificada ao longo do tempo desse modo quando s o propostas remo es de adi e
199. n o se trata de um arranjo bvio A necessidade de libera o de reas para a constru o de novas edifica es uma vez que reas livres n o eram mais dispon veis no campus mostrou se como uma grande oportunidade para se combinar as a es de renova o do ambiente constru do com a valoriza o do patrim nio cultural Os n meros mostram que apesar de considerado inicialmente saturado o Campus ON MAST pode mais do que dobrar sua rea constru da Ainda que sejam descontadas as reas das edifica es que j estavam projetadas no in cio de processo de elabora o do plano as alternativas propostas permitem o acr scimo de cerca de 5 000m2 de rea constru da no campus mais de 50 do total atual o que n o parece desprez vel 5 CONSIDERA ES FINAIS Em s ntese o PD ON MAST se constitui numa refer ncia para o ordenamento do espa o f sico do campus e para gest o do conjunto tombado Consiste num documento que apresenta uma caracteriza o da situa o atual do Campus identifica as condicionantes para a previs o de interven es sobre o espa o f sico expressa demandas das institui es que compartilham o Campus define voca es do Campus e indica reas adequadas para novas constru es com seus crit rios espec ficos A PANA staf acazouratpins dames ewastiicade planeradnastoueaseaco na Aanslriacies ae fanais de comunica o eficazes entre os diferentes agentes Boshini eS RIaIRa capa
200. n master para a rea e projetos para novas reas de uso p blico e cole es As propostas ser o focadas na sensibilidade para a paisagem em termos de valor e qualidade e inseridas numa dimens o natural cultural e social tomando 15 como fonte de refer ncia diferentes atitudes estrat gias pol ticas de interven o focadas na solu o de problemas de suas reas cr ticas e buscando integrar componentes s vezes conflitivos indefinidos contradit rios Paralelamente pretende se desvelar componentes que tenham potencial de revelar esse territ rio como uma poderosa paisagem proporcionando uma consci ncia do ambiente sociocultural e natural e ao mesmo tempo criando um sistema de novas centralidades revelando valores inesperados que todo territ rio costuma apresentar 116 BIBLIOGRAFIA CURY Isabelle org Cartas patrimoniais Rio de Janeiro IPHAN 2000 DOURADO Odete Conserva o ou Inven o Notas sobre uma rela o amb gua In CARDOSO Luiz Ant nio Fernandes OLIVEIRA Ol via Fernandes de org Re Discutindo o Modernismo universalidade e diversidade do movimento moderno em arquitetura e urbanismo no Brasil Salvador MAu v 1 1997 p 139 146 GLASL C Relat rio do Jardim Bot nico e da Fazenda Nacional Imperial Instituto Fluminense de Agricultura 1843 LEADLEY E GREENE J org Manual T cnico Darwin para os Jardins Bot nicos Instituto de Pesquisas Jardim Bot nico do R
201. na perspectiva de orientar a gest o do conjunto partiu se da interpreta o dos valores que se buscou proteger numa compreens o temporal e espacial do bem tombado A valoriza o por meio do tombamento do conjunto implantado em 1921 transcende os valores arquitet nicos e paisag sticos remetendo a um per odo singular da hist ria do desenvolvimento t cnico cient fico da na o de firme f no progresso da Ci ncia quando o Rio de Janeiro ainda era Capital Federal Nesta perspectiva seria importante priorizar no plano medidas que valorizassem as marcas dessa implanta o hist rica Do ponto de vista espacial os valores do Campus ON MAST s o percebidos tanto na escala do pr prio campus como na da sua rela o com o bairro e a cidade O conjunto de pavilh es e c pulas particularmente interessantes pela arquitetura singular apesar do mau estado de conserva o de algumas constru es e dos espa os livres permaneceu preservado nas rela es espaciais mais relevantes sem interfer ncias significativas O conjunto tem ainda destaque na paisagem do bairro tamb m em fun o de sua topografia Morro de S o Janu rio podendo ser visto a partir de grandes dist ncias ou ngulos inusitados A vegeta o abundante do Campus ON MAST outro aspecto fundamental na composi o de sua ambi ncia e na sua rela o com a regi o da S o Crist v o A interpreta o do valor cultural que o conjunto arqu
202. ncia material que lhe sirva de suporte e que o torne percept vel c Sendo a preserva o patrimonial fundamentalmente ligada ao tempo afinal trata se de fazer com que alguma coisa 171 permane a dispon vel al m do momento presente preciso que a mat ria dos objetos que se pretende conservar em bom estado seja considerada segundo sua durabilidade pois ela que vai modular determinar definir esta a o 1 ANTECEDENTES A falta de um m todo oficialmente estabelecido para lidar com jardins tombados foi reconhecida na reuni o do Conselho Cultural do IPHAN 10 08 2000 que decidiu o tombamento do S tio Roberto Burle Marx SRBM e est documentada na ata dessa mesma reuni o Esta falta j causou muito desgaste e desperd cio de energia 172 Uma s rie de cr ticas desencontradas forma como est sendo gerenciado o acervo paisag stico do SRBM obrigaram a pensar sobre a origem desse problema A presente proposta surgiu portanto para dirimir controv rsias relativas ao tratamento do principal acervo do SRBM o paisag stico H boa chance de que uma explica o dela aqui usando o como exemplo seja til a todos pois pretende ser unificadora capaz de corrigir a exclus o conceitual ou inclus o prec ria apendicular improvisada daqueles objetos cujo suporte material essencialmente tempor rio tais como os jardins tombados e tamb m de outros objetos cujo suporte material embora p
203. ndem entre outras atividades a restaura o de jardins hist ricos amplia o de reas cria o de novas cole es bot nicas e tem ticas recupera o de reas degradadas implanta o de equipamentos de uso coletivo educa o ambiental sensibiliza o para uso racional de recursos diferentes projetos contemplados Fonte JBRJ A efetiva o de um Programa de Expans o e Revitaliza o de reas e jardins hist ricos do Jardim Bot nico do RJ n o se resumia no entanto elabora o de um projeto paisag stico restaura o e ou implementa o das cole es A reconquista progressiva das reas ocupadas implicou desenvolver pr ticas de negocia o entre os atores sociais envolvidos e a viabiliza o de recursos para a cria o de alternativas para seu deslocamento Foi necess rio construir um suporte minimamente homog neo a ser usado para os fins cient ficos e paisag sticos desejados e tamb m atender a quest es de infra estrutura e do pr prio funcionamento do Jardim Bot nico como um todo particularmente em rela o ao destino dos res duos 109 A rea de interven o do programa aqui apresentada j executada e em pleno funcionamento compreende o projeto de recupera o da rea de descarte do Jardim Bot nico e do entorno do Aqueduto da Levada a revitaliza o do Roseiral e a implementa o do Jardim dos Beija flores Estes projetos buscam ilustrar respectivamente algumas
204. ndo a forma original de armazenamento das l minas C Compara o entre os frascos antes esquerda e depois direita da recupera o D Nova forma de armazenamento das l minas ap s a limpeza f sica individual das mesmas E Detalhe do bloco histol gico de parafina contendo um fragmento de f gado original da Cole o F L minas histol gicas coradas Antes esquerda e ap s direita a recupera o Fonte Maria Castro A a E e Guttemberg Brito F 1 2 Programa de Digitaliza o Continuada do acervo da CFA Apoio BNDES edital Apoio A Projetos de Preserva o de Acervos Com o recurso captado junto ao BNDES foi poss vel contratar os servi os de uma empresa especializada em digitaliza o de acervos permitindo que fossem digitalizadas 90 mil l minas da CFA em pouco mais de um ano Coube nossa equipe a limpeza t cnica individual desses preparados e seu acondicionamento em caixas pl sticas para l minas al m do controle individual da qualidade das imagens que eram recebidas gravadas em DVD Fig 5 digitalizadas notar que a indexa o respeita a numera o original da CFA quatro dos DVDs personalizados entregues pela empresa que prestou o servi o de digitaliza o imagens digitalizadas de duas l minas originais da Cole o de Febre Amarela do IOC uma com um nico corte corado e outra com dois cortes Fonte autor Nesse per odo iniciamos a estrutura o do banco de dados que
205. ndo a preserva o pela aplica o de um verniz protetor atrav s de uma escova ou spray Os trabalhos de conserva o acad micos se iniciaram no MAST em 1998 com uma avalia o sistem tica do estado de conserva o dos objetos da cole o e do ambiente de guarda O resultado foi inesperado pois apesar do ambiente apresentar alta umidade relativa m dia apenas cerca de 2 dos objetos foram considerados em situa o cr tica exigindo uma avalia o sobre a necessidade de sua restaura o A partir de uma oficina de manuten o de instrumentos cient ficos MAST implementou em 2000 um Laborat rio de Conserva o de Objetos Met licos LAMET onde desenvolve uma s rie de atividades de conserva o treinamento e pesquisa relacionados a um programa de conserva o regular de seus objetos que permite a sua higieniza o peri dica a cada tr s anos Ainda em 2011 o Museu dever transferir o LAMET para o pr dio anexo recentemente constru do onde o Laborat rio contar com mais espa o e infraestrutura de forma a atender melhor s demandas internas relacionadas cole o aos projetos de pesquisa e s aula de p s gradua o al m das demandas externas por servi os de conserva o e treinamento Alguns instrumentos foram objeto de 195 interven es mais aprofundadas a partir do treinamento de pessoal e desenvolvimento de metodologias espec ficas para esse tipo de acervo Podemos citar um te
206. ndo assim seus riscos pela ado o de um sistema de manuten o regular e permanente apropriada para assegurar a preserva o dos edif cios Trinta anos mais tarde a Carta de Veneza de 1964 reiterou no artigo de n 4 que essencial para a conserva o de monumentos que eles sejam mantidos em uma base permanente A Conven o do Patrim nio Mundial da UNESCO em 1972 salientou a import ncia da gest o p blica e privada em todos os n veis de cuidados com o patrim nio e em seu artigo 5 declara que cada estado membro deve desenvolver os estudos e as pesquisas cient ficas e t cnica e aperfei oar os m todos de interven o que permitem a um Estado enfrentar os perigos que amea am o seu patrim nio cultural e natural mencionando ainda a responsabilidade compartilhada para a manuten o continuada e o controle das mudan as como instrumento de gest o Poder amos ainda destacar a Declara o de Amsterd de 1975 que apontou claramente para a necessidade de manuten o para combater a deteriora o e a neglig ncia E ainda somam se a esta lista a Carta de Burra com defini es relativas manuten o ao reparo e reconstru o A manuten o significa a cont nua prote o do tecido original e deve ser distinguido da repara o Repara o envolve a restaura o e a reconstru o e a Carta de Washington sobre a conserva o das cidades hist ricas que ressa
207. nduzir o processo de acompanhamento da execu o do Plano Diretor Dentre as atribui es da unidade gestora destaca se a de supervisionar o desenvolvimento e implanta o dos principais projetos de interven o f sico espacial previstos pelo PD ON MAST e Projeto paisag stico do Campus e Projetos de novas constru es para as reas de expans o e reordenamento espacial e Projeto de sinaliza o do Campus e Projetos de valoriza o do conjunto tombado As diretrizes para o Campus ON MAST foram propostas de modo a favorecer sua compreens o no tempo e no espa o ressaltando seus valores culturais art sticos est ticos e naturais Devem orientar as a es sobre o conjunto tombado visando ao resgate de sua unidade e legibilidade bem como melhores condi es de acessibilidade Para cada uma das reas foram definidos crit rios espec ficos de ocupa o rea m xima de proje o para novas edifica es gabaritos etc bem como contrapartidas para autoriza o de novas constru es O plano prev ainda as a es necess rias para a libera o de cada rea e indica remanejamentos de usos das edifica es Os crit rios espec ficos de cada rea e as contrapartidas previstas conformam um sistema de compromissos das institui es ocupantes do campus entre sie com os rg os de tutela do patrim nio Por um lado se atende s necessidades de amplia o da rea constru da do campus e por outro
208. nho Oswaldo Cruz seu referencial mais significativo 11 Como o Pavilh o Mourisco e o Pavilh o Arthur Neiva Sad e Ta r iA Figura 14 Caminho Oswaldo Cruz Foto Cleide Leit o Acervo COC Fiocruz Foto inscrita no concurso Olhares sobre o Patrim nio realizado pela COC em 2010 Essa rea cont m o registro temporal de forma o da institui o com exemplares arquitet nicos de todos os momentos do processo de forma o da Fiocruz desde sua funda o at os tempos atuais Alguns desses exemplares foram contemplados na sua concep o com jardins projetados especialmente para compor lhes a ambi ncia que hoje s o reconhecidos como jardins hist ricos Embora novas constru es tenham surgido ap s 1960 nessa parcela do territ rio pouco se alterou a configura o f sico espacial alcan ada nessa data o que demonstra uma pr tica preservacionista da institui o mesmo antes de seus acervos terem seus valores hist rico culturais reconhecidos oficialmente pelos rg os de tutela do patrim nio cultural desse per odo tamb m o in cio do reflorestamento da rea que garante ainda hoje uma qualidade elevada do ambiente especialmente se considerarmos a aridez que a regi o passou a ter com as ocupa es irregulares que se formaram no entorno do campus O segundo per odo que vai de 1960 a 1980 marcado pelo in cio da ocupa o da rea de baixada do campus S o constru es
209. nicas Da rea total de 137 hectares do Jardim Bot nico 83 hectares constituem remanescentes de Mata Atl ntica e aproximadamente 54 hectares s o destinados ao Arboreto e rea de visita o p blica Um estudo da Diretoria da Prefeitura e da Procuradoria Geral do JBRJ constatou que as reas dispon veis para novos usos totalizavam em torno de 10 800 m2 O Quadro 2 mostra estas reas selecionadas para o Programa de Expans o do Arboreto e discrimina a ocupa o ent o existente o tamanho aproximado da rea a ser integrada ao JBRJ e as a es necess rias para a desocupa o 107 Como se observa pelos dados do Quadro 2 estas reas tinham ocupa o alheia aos fins do Jardim Bot nico dentre elas disposi o de res duos vegetais provenientes das atividades de manuten o do Arboreto 5 500 m espa o residencial 2 000 m p tio de escola p blica 800 m fixa o de antena de 108 Quadro 2 Areas dispon veis para Expans o do Arboreto do JBRJ Fonte Diretoria da Prefeitura do JBRJ e Procuradoria Geral 2003 Alternativa de Terreno liberado Ocupa o existente rea aproximada m desocupa o efetivada para expans o do Jardim Disposi o de Bot nico Antiga rea de descarte Bicano Entorno imediato do Aqueduto da Levada Jardim das Crian as Resid ncia Sr Am ncio P tio da Escola J lia Kubistcheck Entorno do Estufim do Bromeli rio Entrada Pachec
210. no Diretor valoriza a inser o de novas edifica es que estejam atentas legibilidade entre o novo conjunto edificado e o protegido Os projetos de saneamento paisagismo e urbaniza o a serem implantados no entorno dos bens culturais tamb m dever o ser avaliados previamente pelo DPH COC respeitando se a ambi ncia e as perspectivas interessantes e sempre com o objetivo de salvaguardar o bem Dever o ser suprimidos sempre que poss vel o posteamento e a fia o excessivos nas proximidades dos bens culturais Dever ser cumprida a Lei Federal 3924 61 e o Decreto Municipal n 22 872 de 07 05 2008 atrav s do acompanhamento e da pesquisa arqueol gica com a comunica o imediata de achados fortuitos durante as obras de implanta o que envolvam a movimenta o do solo ou que representem 95 empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrim nio arqueol gico A contrata o e o acompanhamento dos servi os especializados de arqueologia de acordo com a Portaria SPHAN n 7 1988 dever o ser especificados e geridos pelo DPH COC O Plano Diretor como instrumento orientador do uso e ocupa o do Campus e como importante suporte s a es de preserva o patrimonial deve oferecer a legitimidade necess ria para a a o de rg os externos de prote o patrimonial compreendendo a especificidade da Fiocruz de possuir uma unidade interna respons vel pelo tema Era portanto indispens vel a apre
211. nquisiciones Ed Emec Buenos Aires 1952 dispon vel em http Awww idce upenn edu myl wilkins html ELIOVSON S Os jardins de Burle Marx tradu o Roberto Grey Rio de Janeiro Salamandra 1991 FONSECA C L da O patrim nio em processo Rio de Janeiro UFRJ Minc IPHAN 1997 IPHAN Colet nea de Leis sobre Preserva o do Patrim nio Edi es do Patrim nio Rio de Janeiro IPHAN 2006 MOTTA F L Roberto Burle Marx e a nova vis o da paisagem S o Paulo Nobel 1983 1 Engenheiro de Metal rgica e de Materiais UFRJ Doutor em Engenharia Metal rgica e de Materiais COPPE UFRJ Tecnologista s nior do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins MAST Professor do curso de especializa o em Preserva o de Acervos da C amp T UNIRIO MAST 2 BRENNI P Instruments in South America A PRESERVA O DE COLE ES DE CI NCIA E TECNOLOGIA a experi ncia do MAST Marcus Granato INTRODU O O patrim nio cultural que assimila as obras do passado uma constru o de cada gera o uma caracter stica humana desconhecida de todo o resto do mundo vivo animal ou vegetal Encerra em si o que o homem sabe transmitir a outros humanos sob as formas oral e pl stica sobre a experi ncia cultural que teve na vida O patrim nio cultural n o legado gra as aos reflexos instintivos gen ticos e sim gra as a um aprendizado reflexivo que adapta cada conhecimento adquirido situa
212. nsforma es do espa o f sico dos edif cios da FAU O intuito 18 que essa base te rico metodol gica sirva de guia para qualquer tipo de interven o feita nos pr dios desde as manuten es ordin rias at a constru o de eventuais novos pr dios abrangendo por conseguinte tamb m os processos de conserva o e restauro e a proposta de elabora o de um plano de conserva o programada Note se que planos e projetos que se tornar o operacionais ser o feitos numa etapa subsequente o que foi realizado ao longo desse per odo de trabalho foi um extenso processo de apreens o das quest es envolvidas e dos anseios da comunidade FAU para estabelecer as bases para futuros trabalhos Esse processo muito particular sem precedentes na Universidade de S o Paulo foi motivado por circunst ncias pouco usuais A FAU USP assim como grande parte dos organismos p blicos enfrenta uma s rie de problemas para fazer face manuten o de seus edif cios envolvendo fatores como a dificuldade de obter verbas para a realiza o de estudos e diagn sticos que levem a um aprofundamento cognitivo suficiente para elaborar propostas e projetos mais bem fundamentados os problemas em estruturar um or amento adequado s reais e prementes necessidades pois por vezes s o destinadas verbas at mesmo vultosas a rubricas espec ficas que podem n o corresponder aos problemas mais urgentes para os quais n o
213. nsformada Seria mais adequado buscar a m nima fragmenta o poss vel para que os departamentos pudessem desenvolver suas fun es sem tentar impor um nico tipo de solu o num espa o que n o foi concebido para ser necessariamente aberto por completo Apesar do muito que se avan ou nos 33 ltimos anos existe sim um risco de que a configura o dos pr dios como concebida e transformada ao longo do tempo n o seja de fato respeitada nas interven es Nem tanto por se ater a uma equivocada no o de progresso das fun es da Faculdade mas por se voltar a uma vis o idealizada da concep o da obra arquitet nica e querer imp la obra real de Artigas e Cascaldi ou a um edif cio de poca totalmente distinta e n o trabalhar com as obras como realmente concebidas constru das e estratificadas ao longo dos anos Os artigos do plano diretor no entanto apresentam princ pios coerentes embasados no entendimento dos procedimentos de 34 interven o em bens culturais como campo disciplinar aut nomo com seus referenciais te rico metodol gicos e t cnico operacionais que devem conduzir a uma a o de fato respeitosa Esses princ pios guia n o se colocam como regras de aplica o f cil n o s o receitas que podem ser aplicadas diretamente na pr tica s o base deontol gica de atua o cujo embasamento deve ser interpretado de maneira fundamentada jamais apressada ou redutora para se
214. ntos que est o em estado razo vel de conserva o mas apresentam decaimento acelerado pode se mostrar mais urgente do que aquela em elementos muito degradados mas est veis Nesse sentido apurar n o apenas o estado de conserva o mas levar em conta o fator tempo essencial Outro dado de grande interesse especificado no artigo que em qualquer obra de maior porte como a cobertura do Edif cio Vilanova Artigas por exemplo o projeto deva vir acompanhado de um programa de manuten o em que devem ser estabelecidos os procedimentos e a periodicidade das a es 11 O texto dos artigos como enunciados no jornal citado a seguir e est dispon vel em http www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor proposta index html Acesso em 10 jun 2011 art 16 Qualquer obra ou interven o que venha a ser feita nos edif cios da FAUUSP deve ser precedida por extensos estudos necessariamente multidisciplinares que levem ao aprofundamento cognitivo a respeito da obra e a um processo acurado de diagn stico para justificar a proposta e se configurar como projeto entendido como instrumento que prefigura e controla a interven o art 17 Respeitar no que concerne aos bens culturais as obras em seus aspectos materiais de conforma o e documentais justificando o projeto luz das motiva es da preserva o as raz es de cunho cultural aspectos est ticos hist ricos
215. o exterior sala do acervo objeto O tempo m nimo de dura o desse tipo de monitoramento deve ser de um ano para que as caracter sticas ambientais das reas em quest o possam ser avaliadas ao longo das quatro esta es visto que cada uma delas representa mudan as em rela o temperatura umidade relativa do ar insola o e incid ncia de ventos Levando se em considera o a dura o da pesquisa foi estabelecido um per odo de 18 meses de monitoramento 153 154 SEGUNDO PAVIMENTO ouracoootr serto H O sexos ore TERCEIRO PAVIMENTO ia ytt Figura 5 Localiza o dos equipamentos de monitoramento ambiental instalados no Pavilh o Mourisco Fonte Departamento de Patrim nio Hist rico COC Fiocruz Os dados coletados foram mensalmente recolhidos e organizados em planilhas digitais e gr ficos mensais e anuais foram produzidos para cada um dos pontos monitorados A partir da an lise dos dados de umidade relativa e temperatura levantados e das quest es apontadas pelo diagn stico de conserva o dos acervos poss vel avaliar o impacto que as condi es ambientais externas t m sobre os ambientes de guarda dos acervos e a rela o entre as condi es nas reas de guarda e a conserva o dos acervos As informa es levantadas v m sendo organizadas em um caderno de diagn stico que engloba tanto as quest es relacionadas ao edif cio quanto s cole e
216. o apresentamos neste artigo o racional de gest o de um Museu de Patologia fundamentada em um Plano Diretor decenal constitu do sob cinco eixos estruturantes integrados Este planejamento estrat gico vem apresentando resultados positivos conforme aqui demonstrado nas vertentes de Patrim nio e Divulga o Cient fica cujos desdobramentos apontam para novos horizontes de desafios BIBLIOGRAFIA BENCHIMOL J L coord Manguinhos do Sonho vida A Ci ncia na Belle Epoque Rio de Janeiro Casa de Oswaldo Cruz Funda o Oswaldo Cruz 1990 KOTLER P Marketing para institui es que n o visam lucro S o Paulo Editora Atlas P286 KOTLER P e ROBERTO E Marketing social Estrat gia para alterar o comportamento p blico Rio de Janeiro Campus 1992 LENT H O Massacre de Manguinhos Cole o Depoimentos v 7 Rio de Janeiro Avenir Editora Limitada 1978 MACHADO NETO M N Marketing Cultural das pr ticas teoria Rio de Janeiro Editora Ci ncia Moderna 2002 169 170 1 Paisagista Doutor em Geografia UFRJ Especilaista em Engenharia do Meio Ambiente Diretor do S tio Roberto Burle Marx IPHAN UM MODELO PARA O PATRIM NIO CULTURAL Rob rio Dias INTRODU O Esta proposta apoia se nas seguintes premissas a Todo o patrim nio cultural essencial e prevalentemente imaterial b N o h patrim nio cultural cuja ess ncia imaterial esteja desvinculada de alguma subst
217. o do papel observada em muitos manuscritos est ligada aos seus componentes b sicos H ainda as constitu das pelo sulfato de cobre cor azul e verde usadas em mapas que sofrem corros o pela rea o com a umidade e poluentes Os agentes humanos tamb m s o um importante fator na degrada o dos acervos Al m do manuseio incorreto que danifica ou mesmo destr i o suporte ocorre tamb m os danos provocados pelo uso de alimentos e l quidos e pelas m os sujas onde a gordura e a sujeira passam para o papel provocando manchas e alterando seu pH Os agentes biol gicos principais causadores de destrui o dos acervos especialmente livros e documentos S o eles os fungos insetos e roedores Para que esses agentes se proliferem e atuem preciso que o local onde os acervos se encontrem armazenados esteja com a temperatura e umidade relativa elevada com pouca circula o do ar e falta de higiene O Arquivo possui um setor dedicado preserva o e conserva o preventiva conta com uma equipe especialmente treinada composta por tr s funcion rios e dois bolsistas S o oriundos da regi o com forma o na rea de hist ria que recebeu treinamentos espec ficos na rea Operam com instrumentos e equipamentos b sicos que permitem a realiza o de processos de restaura o desde os mais simples aos mais elaborados como mesas especiais prensa mesa de suc o reenfibradora de pap is secadora de pap
218. o Le o 1235 10800m o Res duos Vegetais Res duos vesti rio e campo de bocha Disposi o de Res duos Vegetais Residencial Estacionamento improvisado Antena de Celular Cria o de Unidade de Compostagem e deslocamento de rea de descarte A o demolit ria das constru es sobre o Aqueduto limpeza e restaura o do monumento Limpeza terraplanagem e aproveitamento do composto org nico para a produ o de mudas no Horto do JBRJ A o civil p blica e indeniza o de benfeitorias Conv nio para renova o de cess o de uso e integra o da Escola ao Arboreto A o de reintegra o de posse e reassentamento para casa vazia Limpeza pavimenta o instala o de port o e estacionamento A o ordin ria em tramita o com senten a determinando a E telefonia celular 500 m estacionamento improvisado 2 000 m e Atendendo s diretrizes do Plano Diretor do JBRJ que remetem recupera o de jardins e reas hist ricas e insufici ncia de espa o f sico no Arboreto para ampliar as cole es vivas nacionais de refer ncia e manter unidades associadas representativas dos diversos ecossistemas brasileiros o Laborat rio da Paisagem da Diretoria de Ambiente e Tecnologia do JBRJ elaborou o Programa de Expans o e Revitaliza o de reas e jardins hist ricos do Jardim Bot nico do RJ Os projetos que integraram esse programa compree
219. o brasileiro A autora nos relata o trabalho que vem sendo realizado nos ltimos tr s anos nos acervos arquitet nico e art stico do S tio Roberto Burle Marx IPHAN S o ainda objetivos deste artigo o relato da avalia o e da exposi o dos problemas considerados como desafio para o desenvolvimento de um plano de conserva o preventiva bem como as a es resultantes j postas em pr tica com sucesso e relatadas no texto De forma semelhante Carla Coelho nos apresenta algumas a es em andamento na conserva o preventiva do edif cio principal da Funda o Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro Sua autora nos chama aten o para o diagn stico da conserva o etapa importante das a es de preven o a bens edificados possuidores de acervos tanto quanto o reconhecimento de que as a es de conserva o devem envolver diferentes profissionais e n o apenas arquitetos mas igualmente musedlogos arquivistas historiadores Os artigos que comp em o tema Cole es tratam dos diferentes objetos presentes nos acervos culturais cient ficos como por exemplo o bot nico o museol gico o biol gico e o arquiv stico O hist rico da forma o da Cole o Histopatol gica do Laborat rio de Histopatologia da Febre Amarela atualmente denominada Cole o de Febre Amarela do Instituto Oswaldo Cruz e as a es empreendidas para a sua conserva o s o os objetivos do artigo escrito por Marcelo Pelajo e Barbar
220. o conhecimento e a divulga o do Patrim nio Cultural da Sa de presente no Campus Fiocruz da Mata 89 Atl ntica e em seu entorno cujas a es e projetos no processo de planejamento e gest o patrimonial baseiam se na aplica o dos princ pios de conserva o integrada recomendado pela Declara o de Amsterd 1975 Essa orienta o influenciou sobre medida as defini es do Plano Diretor do CFMA nesse tema Essa etapa de planejamento comportou um conjunto de a es coordenadas em diferentes frentes Entre as etapas realizadas constam a revis o do diagn stico e das condicionantes para a ocupa o pesquisa de refer ncias de Projetos Urbanos e Planos Diretores de Campi e pequenos munic pios e 90 Planos de Conserva o do patrim nio ambiental e cultural o que auxiliou n o somente na defini o da organiza o espacial do territ rio como na estrutura do instrumento normativo a formula o de diretrizes gerais para a elabora o da proposta de ocupa o o aprimoramento da proposta de ocupa o em sua dimens o conceitual e de zoneamento a elabora o da minuta do Plano Diretor constitu do por eixos tem ticos concebidos a partir do conhecimento do Campus e para atender s suas especificidades assim como para facilitar a incorpora o de pareceres de consultores de cada rea de conhecimento a divulga o do Plano no contexto da institui o Todo o processo de trabalho se deu de forma p
221. o das caracter sticas ambientais Est o ainda propostos e Avaliar toda a documenta o existente nos arquivos sobre os acervos museol gico e bibliogr fico e Criar banco de dados informatizado utilizando se dos elementos j digitalizados 142 e Substituir o mobili rio de guarda dos acervos como estanteria de livros e traineis para a Reserva T cnica e Proceder conserva o das pe as segundo a especificidade do acervo e Criar um manual de manuten o direcionado aos funcion rios da casa e Alterar a condi o ambiental das salas que abrigam acervo de telas e Melhoria na ilumina o Para m dio e longo prazo foram pontuadas a es ao n vel de conserva o preventiva e divulga o do acervo Os planos de valida o acompanhamento e manuten o das obras arquitet nicas e das a es que ser o implementadas nos acervos tamb m s o objetos deste tempo Est o listados e Novas obras de melhoria de instala es prediais revis o de forros e lumin rias pintura das edifica es novos remanejamento de salas funcionais no pr dio da administra o e Plano para eliminar e evitar riscos e Implantar sistemas de monitoramento e controle ambiental e Desenvolver e implantar um plano museol gico e Possibilitar acesso aos acervos bibliogr fico e museol gico e Desenvolver um plano de manuten o predial e dos diversos acervos buscando sobretudo integrar e capacitar todos o
222. o e Promo o Social resultou na instala o em 2006 de um sistema de ventila o e desumidifica o que atende n o s preserva o da cole o e do edif cio mas tamb m s condi es de conforto do visitante A partir de 2005 o Plano de Conserva o Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa passou a contar com linha de pesquisa intitulada Estrat gias de Conserva o Preventiva para edif cios hist ricos que abrigam cole es e desde ent o j foram realizados estudos para a conserva o programada das coberturas e dos elementos de madeira das alvenarias e seus 14 A pesquisa para Conserva o programada das coberturas e elementos de madeira foi realizada pelo bolsista arquiteto Jorga Astorga Garro de mar o de 2006 a dezembro de 2007 A pesquisa para Conserva o programa das alvenarias e seus revestimentos internos e externos foi realizada pelos bolsistas arquiteto Daniel Lopes Moreira e estudantes de arquitetura Ilka Moura da Silva e Patr cia Cavalcante Cordeiro de mar o de 2008 a julho de 2009 A conserva o das superf cies arquitet nicas est sendo desenvolvida pelo bolsista arquiteto MSc Thiago Turino e teve in cio em agosto de 2010 O projeto Documenta o para Preserva o contou com a participa o da bolsista arquiteta Juliana Pavan agosto de 2010 a fevereiro de 2011 e esta sendo desenvolvido pela bolsista arquiteta Patr cia C Cordeiro desde agosto de 2010
223. o muitas perdas durante o evento denominado Massacre de Manguinhos Durante as d cadas de 1970 1980 a Divis o foi transferida para um dos andares do atual Pavilh o Gomes de Faria um espa o muito pequeno quando comparado com o que tinha nos cinco andares do Pavilh o Carlos Chagas Na d cada de 1980 com a reestrutura o do IOC agora uma Unidade da Fiocruz foi criada a estrutura administrativa de Departamentos Nesse momento a Divis o d origem ao Departamento de Patologia Em 1984 dois pesquisadores foram convidados a se integrarem no Departamento os Dr Henrique L Lenzi e a Dra Jane Lenzi Iniciaram ent o uma grande reforma no Departamento ao longo dos anos com o objetivo de capacitar mais pessoas para o trabalho com Patologia Experimental e modernizar a infraestrutura instalada na poca de sua chegada Com o in cio dos trabalhos de Patologia Experimental no Departamento iniciou se uma nova Cole o denominada Cole o do Departamento de Patologia do IOC que guarda atualmente em seu acervo a mem ria biol gica e documental de quase 30 anos de pesquisa nas v rias reas de atua o no Departamento bem como a mem ria de todos os servi os prestados em diagn stico para o SUS e das mais diversas colabora es cient ficas realizadas Associadas a esse material existem mais de 500 mil imagens de microscopia nos mais diversos suportes dos materiais analisados pelo Departamento ao longo dos anos Na d
224. o ou manuten o de seus tra os significativos e caracter sticos justificadas por seu valor patrimonial b gest o a es que visam assegurar a manuten o dessa paisagem numa perspectiva de desenvolvimento sustent vel no sentido de orientar e harmonizar as novas interven es humanas e as altera es resultantes das din micas c clicas pr prias das plantas e de seu meio c ordenamento e projeto a es com car ter prospectivo visando valoriza o recupera o ou cria o de cole o e de novas reas de uso p blico No que concerne ao desenho das paisagens de jardins bot nicos Treib observa que apesar das peculiaridades dessas institui es muitas das quest es que se sintetizam na concep o de seus projetos aplicam se amplamente a outras tipologias de paisagens Isso inclui a composi o de ec topos a orienta o e a educa o de visitantes o papel da interpreta o e representa o de ambientes naturais a cria o de novas formas da paisagem na contemporaneidade Treib indica os jardins bot nicos de Barcelona 1999 Bordeaux 2002 e Melbourne 2007 como exemplos significativos de posturas voltadas n o apenas cria o de uma reserva para plantas mas tamb m provis o de um lugar uma express o da cultura contempor nea equivalente a outras modalidades art sticas e culturais mais estabelecidas e reconhecidas Outra especificidade do desenho das paisagens do JBRJ
225. o t rreo quanto no superior Quando a Vila funcionava como resid ncia a ent o entrada principal na face norte conduzia diretamente ao sagu o a entrada lateral na face sudeste tamb m conduzia a esse sal o Com o acesso principal agora sendo feito pela face voltada a rua Maranh o e com a uni o com a ala Prado o sagu o n o perdeu import ncia pelo contr rio com o acesso agora feito pelo antigo escrit rio de lvares Penteado atual hall de entrada ou pela antiga entrada principal a distribui o para as diversas reas da casa feita preferencialmente pelo sagu o central No pavimento superior o sagu o elemento essencial de refer ncia para a percep o do espa o e para a circula o duas de suas laterais s o cegas mas existem dois espa os que atualmente funcionam como sala de estudos que se abrem para o sagu o e para as fachadas nas faces norte e sul ampliando a percep o do espa o s o tamb m palco privilegiado de observa o para quem ali circula ou permanece Uma das salas tem mais tr nsito a voltada para a rua Maranh o por permitir a uni o entre as v rias alas da casa A outra volta se a um fluxo mais restrito pois era na verdade uma antec mera aos aposentos de lvares Penteado que hoje sala de aula Destruindo os elementos divis rios dos aposentos de lvares Penteado seria estabelecida uma circula o indistinta em torno de todo o sagu o n o mais havendo
226. odas as pe as colecionadas e poucas de sua autoria enquanto no ateli est o guardadas somente pe as produzidas por ele Separadamente no pr dio da Administra o est guardado o conjunto de diplomas certificados e medalhas que o profissional recebeu ao longo de sua vida Nas reas livres muitas esculturas presenteadas a Burle Marx est o expostas Mais detalhadamente encontramos as seguintes distribui es 1 Na Casa Principal ou museu casa Carrancas panelas de pedra sab o e de cobre pedras preciosas como ametistas e quartzos uma grande cole o de conchas com variados tamanhos especialmente a Tridacna gigas a maior da sua cole o al m de pedras de cantaria lustres pinturas desenhos esculturas sacras esculturas em cer mica cole o do Vale do Jequitinhonha utens lios de cozinha vestu rio mobili rio pain is de azulejo cer mico Gea e Brennand piano tecidos colchas almofadas e toalhas de mesa pintadas por BM vidros e cristais 2 Na Capela Imagens sacras tr s altares em madeira e uma pia batismal em pedra sab o 3 Na Loggia Painel de azulejo cer mico pintado m o e lustres em madeira 4 Cozinha de Pedra Painel fabricado pela Cer mica Gea a partir de desenho de Burle Marx assim como outro painel da f brica Brennand dentro do sanit rio 5 No Ateli de Pintura Esculturas em vidro bronze madeira e cer mica lustre em ferro e vidro telas de autoria de Burl
227. odolito astron mico a luneta equatorial de 32 cm de ocular o c rculo meridiano de Gautier e um identificador de astros No momento est o sendo iniciados os trabalhos de diagn stico para poss vel restaura o de uma luneta meridiana fabricada no final do s culo XIX por Carl Bamberg Alemanha Com a incorpora o de objetos mais recentes novos problemas de conserva o se estabeleceram especialmente relacionados complexidade do funcionamento das 196 pe as e variedade de seus componentes materiais Assim os novos desafios para a rea nesse momento s o estabelecer novos procedimentos de identifica o de materiais e de interven o que permitam a melhor preserva o desses artefatos BIBLIOGRAFIA ALBERTI Samuel J J M Objects and the museum SIS v 96 p 559 571 2005 BENNETT Jim Museums and the history of science S S v 96 p 602 608 2005 BRENNI Paolo Instruments in South America the Collection of the Museu de Astronomia e Ci ncias Afins of Rio de Janeiro Bulletin of the Scientifique Instrument Society n 65 p 25 28 2000 CASSAR May Environmental Management Guidelines for Museums and Galleries Museum amp Galleries Comission London Routledge Ed 1999 COSTA Heloisa H F Gon alves da Atribui o de valor ao patrim nio material e imaterial Afinal com qual patrim nio nos preocupamos In CARVALHO Claudia S Rodrigues de GRANATO Marcus BEZERRA Rafa
228. ogias da Informa o COC constru da em 2010 Foto Ibam 2010 e as edifica es voltadas infraestrutura do campus subesta es casas de m quinas instala es provis rias para obras e manuten o etc permanentes ou provis rias com implanta o que prioriza a funcionalidade e desprovidas de crit rios formais e de integra o com o entorno Al m desses dois grupos verificam se tamb m interven es em bens de interesse para preserva o que n o seguiram crit rios aceit veis de preserva o seja por necessidade de atualiza o das edifica es para absorver os avan os tecnol gicos relacionados as atividades laboratoriais de produ o de pesquisa e tamb m administrativas seja para abrigar novos usos ou para amplia o de usos preexistentes No entanto essas edifica es s o em geral pass veis de serem recuperadas nas suas caracter sticas essenciais Atualmente a Fiocruz composta por grande n mero de unidades t cnico cient ficas e t cnico administrativas espalhadas por todo o Brasil mas ainda no Campus Fiocruz de Manguinhos que a maioria dessas unidades se concentra junto com a Presid ncia s desenvolvendo atividades das mais diversas naturezas pesquisa produ o educa o assist ncia administra o divulga o cient fica etc e muitas das quais ocupam edif cios localizados na rea de Preserva o alguns deles tombados em processo de tombamento o
229. ogle Earth 2007 1 VASSOURAS UMA PAISAGEM UM MODO DE VIDA O registro de Vassouras como patrim nio nacional foi resultado direto da atua o do ent o jovem arquiteto Augusto Carlos da Silva Telles descendente direto do Bar o de Vassouras profundo conhecedor da interessante vila implantada em uma meia encosta Segundo seu pr prio testemunho uma obra do acaso Foi o seguinte um dia eu tinha feito umas fotografias de Vassouras Alcides da Rocha Miranda viu aquilo e disse Voc mostrou ao Rodrigo essas fotografias Eu falei Nao sei se o Rodrigo se interessaria por isso Ele me levou ao oitavo andar falou com Rodrigo Ficamos vendo as fotografias at as onze horas da noite Doutor Rodrigo falou Pega esse material todo faz um resumo disso e faz uma proposta de tombamento N o sabia nem o que era tombamento foi o primeiro tombamento de um conjunto do s culo XIX O parecer do relator ao Conselho Paulo Thedim Barreto po tico abordando os aspectos mais significativos do centro hist rico provavelmente por isso inscrito como Conjunto Paisag stico e Urban stico e n o arquitet nico como por ele mesmo citado Trata se de um Conjunto Urban stico e Arquitet nico do s culo XIX de valor apreci vel merecendo ser preservado nos termos do Decreto Lei n 25 A rea indicada para tombamento expressa sentido de urbaniza o ordenada no significado ao respeito a topografi
230. oi realizada a primeira experi ncia de aplica o desse tipo de diagn stico no Brasil no Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia A partir de um trabalho de parceria entre o Museu o GCI a Funda o Vitae e o Centro de Conserva o e Restaura o de Bens Culturais M veis da Universidade Federal de Minas Gerais Ceco UFMG foi desenvolvido um trabalho de diagn stico tendo como um dos objetivos testar a adequa o da metodologia do GCI para institui es brasileiras O Museu de Arte Sacra trata se de um importante conjunto formado por edifica es do s culo XVII que abrigavam o antigo Convento de Santa Teresa dAvila e pelo acervo composto por pe as de arte sacra do s culo XVII ao XIX origin rias de diversas irmandades religiosas O trabalho realizado buscou identificar as causas e os agentes dos processos de deteriora o do edif cio e das cole es e definiu diretrizes de curto m dio e longo prazo para aprimoramento das condi es de conserva o do conjunto No Rio de Janeiro desde 1997 a Funda o Casa de Rui Barbosa FCRB institui o p blica vinculada ao Minist rio da Cultura vem realizando um estudo de longo prazo no sentido de desenvolver estrat gias para a conserva o preventiva dos bens m veis e im veis sob sua tutela adotando a metodologia proposta pelo GCI como base para elabora o das diferentes etapas do diagn stico Dentre os resultados obtidos a partir do trabalho d
231. oliniza o das esp cies 112 13 Conforme a Lei n 10 316 que estabeleceu a autarquia federal Instituto de Pesquisas Jardim Bot nico do Rio de Janeiro JBRJ e suas atribui es processo essencial para a forma o de frutos e sementes na maioria das plantas ae r Lista de plantas gr INSTITUTO DE PESQUISAS f EL JARDIM BOT NICO DO RJ Argi Jardim dos beija flores a 1 A re Prancha 1 Fonte Laborat rio da Paisagem JBRJ A motiva o para criar uma cole o tem tica de plantas de Mata Atl ntica polinizadas por beija flores associou se por um lado disponibilidade destes recursos beija flores no entorno imediato do Jardim Bot nico em rea remanescente de Mata Atl ntica da Floresta da Tijuca e por outro a uma intu da necessidade a de despertar a vis o dos visitantes nacionais e estrangeiros para um recurso t pico da Am rica Tropical e fundamentalmente para as intera es entre animais e plantas Tal iniciativa ia ao encontro das principais compet ncias do JBRJ a promo o do conhecimento e a conserva o da biodiversidade Figuras 6 e 7 Vistas das plantas ornit filas de Mata Atl ntica e dos beija flores que ocorrem no JBRJ Fonte Laborat rio da Paisagem JBRJ y m junto Trilha da Mata Atl ntica que articula o Jardim com uma rea remanescente de Mata Atl ntica ligada Floresta da Tijuca e ao Parque da Cidade As premissas 14 Ficha t
232. om os rg os de preserva o quanto com as unidades da Fiocruz que o GG vem buscando conhecer uma a uma mais detalhadamente quanto s suas especificidades e necessidades por meio de reuni es com seus diretores e assessores diretos al m de lhes apresentar as premissas do plano e debater como essas unidades poderiam se integrar ao processo incorporando no seu planejamento e principalmente na sua pr tica as recomenda es e diretrizes 14 Dispon vel em http www fiocruz br congressointerno media relatorio final ultima versao pdf 15 O Congresso Interno o rg o m ximo de representa o institucional da Funda o Oswaldo Cruz A ele compete deliberar sobre assuntos estrat gicos relacionados ao macroprojeto institucional sobre o regimento interno e propostas de altera o do estatuto bem como sobre mat rias que possam interferir nos rumos da institui o O Congresso acontece a cada quatro anos sempre no primeiro ano de cada nova gest o da Presid ncia da Fiocruz Dispon vel em http www fiocruz br cgi cgilua exe sys start htm sid 381 do POAP a partir da sua conclus o como instrumento normativo e de sua implantacao monitorada O POAP deve assim constitui se num instrumento de auxilio gest o e ao planejamento f sico territorial do campus por meio da orienta o aos diferentes agentes que atuam sobre o conjunto protegido buscando a ordena o e a requalifica o da rea
233. omum perante os demais povos do planeta Entretanto se o descaso vier a se instaurar em nossa terra a ponto de por exemplo Ouro Preto que patrim nio da humanidade ser tragada inicialmente pela vegeta o pioneira pelo que comumente se chama de ervas daninhas e em seguida pela mata permanente o Brasil desde um ponto de vista estritamente natural n o ter sofrido nada embora em termos de zelo pelo patrim nio cultural fique irremediavelmente desqualificado 6 CONCLUS O importante enfrentar a tarefa intelectual de unificar o campo te rico do patrim nio preenchendo as lacunas mencionadas e adotando uma base te rica mais compreensiva que n o mantenha os patrim nios paisag stico arqueol gico ferrovi rio e que outros mais surgirem exclu dos de conceito ou inclu dos precariamente N o qualquer fragmento de telha do s culo XIX que sustenta informa o ou d testemunho de algo que valha a pena lembrar O mesmo se d com rela o aos elementos peculiares do paisagismo n o qualquer planta que encerra representatividade superior ao nus de mant la H espa os vazios bem mais significativos do que certos objetos animados ou inanimados n o importa e ser o sempre os valores intang veis os nicos capazes de decidir a quest o nesses casos ou em quaisquer outros relativos a bens culturais BIBLIOGRAFIA BORGES JORGE LU S El Idioma Anal tico de John Wilkins do livro Otras I
234. onal a partir dos crit rios do Sistema de Certifica o Ambiental um estudo de caso In IV Encontro Nacional e II Latino Americano Edifica es e Comunidades Sustent veis Anais Recife 2009 CD FUNDA O OSWALDO CRUZ Conhecimento da rea e Diagn stico Urban stico Rio de Janeiro 2004 ____ Diagn stico Ambiental Rio de Janeiro 2004 ____ Presid ncia Portaria 139 2011 PR Confere efic cia ao Plano Diretor como instrumento de planejamento e gest o que com vistas a nortear as pol ticas e a es define as diretrizes crit rios e par metros de uso e ocupa o a serem respeitados no Campus Fiocruz da Mata Atl ntica ao longo do seu processo de desenvolvimento e Cria o Comit de Acompanhamento do Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica como mecanismo de consulta e avalia o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Plano Diretor do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Rio de Janeiro 2009 Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Projeto de recupera o e restaura o ecol gica no Campus Fiocruz da Mata Atl ntica e adjanc ncias em Jacarepagu RJ Projeto aprovado pelo Edital da Mata Atl ntica pelo BNDES 4 anos Rio de Janeiro 2010 ____ Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Plano de trabalho de regulariza o fundi ria Julho de 2010 DPH COC Relat rio e Parecer sobre o Pavi
235. onquistas do esp rito humano apenas eventual ou acidentalmente corporificadas no m rmore s o intang veis Por outro lado para que hoje um objeto seja classificado como pertencente ao patrim nio imaterial a mat ria do mesmo enquanto faz parte dele precisa ser suficientemente ef mera para passar por inexistente Artes os produzem em s rie suas obras s o consumidas s vezes quase instantaneamente uma festa produzida para durar horas J nos casos em que a durabilidade material ainda provis ria mas a qualidade de ser ef mera n o t o acentuada instaura se a indefini o H pelo menos um tipo de patrim nio cultural cuja mat ria caracter stica n o essencialmente perene nem ef mera mas algo intermedi rio S o os jardins tombados Neles o que tem possibilidade de ser permanentemente mantido tamb m imaterial s o os princ pios que presidiram a disposi o de seus elementos no espa o e n o a vegeta o sua parte material Esta possui din mica biol gica e tem dura o vari vel sendo for osamente substitu vel Portanto a reformula o conceitual e classificat ria necess ria principalmente para esses casos que constituem a pedra de trope o O novo enfoque cria um campo bidimensional para organizar a quest o Esta tentativa n o de demonstrar n o o caso mas de convencer de que esse modelo mais adequado realidade da manuten o Se
236. ontribuem tanto para o desenvolvimento e futura alimenta o do banco de dados quanto para fomento de questionamentos e dados para o desenvolvimento da pesquisa Estes resultados tamb m permitem que os pesquisadores atuem em conjunto com parte da equipe que respons vel pelo desenvolvimento das atividades did ticas a serem realizadas tanto no espa o n o formal de ensino aprendizagem como tamb m as que v o figurar na p gina do Museu da Patologia on line Manuten o do Patrim nio Desenvolvimento Ensin tecnol gico emo Difus o e da ci ncia Pesquisa populariza o Figura 3 A interliga o de atua o dos eixos estruturantes Fonte autor Para a sustentabilidade financeira do Plano Direto a equipe do Museu busca submeter projetos s ag ncias de fomento pesquisa ou manuten o de acervos e conta ainda com um valor anual do Tesouro proveniente da Vice Diretoria de Cole es e Laborat rios de Refer ncia do IOC Nesse sentido contamos por meio de projetos aprovados em editais com o apoio da Faperj CNPq e BNDES O Plano Diretor do Museu da Patologia do IOC e de suas respectivas cole es revisto a cada dois anos buscando monitorar a efic cia dos planos executados e estrat gias adotadas verificar o andamento dos cronogramas dos projetos a capacidade de resposta s chamadas de editais existentes bem como s intemp ries que tenham surgido A cada avalia o os or amento
237. opa de 11 de setembro de 1995 impactos positivos na gera o de empregos e na oferta de servi os p blicos e privados para a popula o local bem como aumento de oportunidades de forma o e capacita o associado a processos de educa o patrimonial e ambiental A pr xima etapa prevista para o Plano Diretor do CFMA prop e revisar o documento e aperfei o lo a partir da conclus o do processo de regulariza o fundi ria da redefini o dos limites do Campus em fun o de seus resultados da finaliza o das obras do PAC e das negocia es advindas do processo de gest o de reas do setor 2 Tais a es t m previs o de conclus o em 2013 4 CONSIDERA ES FINAIS As caracter sticas excepcionais encontradas em rela o ao patrim nio ambiental e cultural da col nia e mais especificamente no CFMA sinalizam a import ncia de decis es racionais de planejamento e manejo para a manuten o e expans o desses atributos O processo de planejamento territorial desenvolvido no CFMA e na antiga col nia coerente com a abordagem proposta pela Recomenda o Europa de 11 de Setembro de 1995 que trata sobre a conserva o integrada das reas de paisagens culturais como integrantes de pol ticas paisag sticas e entre suas recomenda es aponta para a necessidade do desenvolvimento de estrat gias para integrar a evolu o orientada da paisagem e a preserva o das reas de paisagem cultural como pa
238. ora amontoados em quarto da Casa Principal foram expostos nas paredes da Administragao por nao haver outro melhor local para guarda los Sem limpeza ou 13 controle do ambiente algumas destas telas Figura 9 Ateli antiga sala mapoteca retrairam envergando o suporte Fonte arquivo pessoal Muitas pequenas pecas do acervo da Casa N o obstante as quest es observadas em Principal n o recebem a correta manuten o cada tipo de acervo pontuamos quest es de de limpeza apesar de a estrutura museal ordem estrutural como ter sido preparada para tal Os aparelhos desumidificadores n o s o submetidos rotina necess ria O moderno sistema de sensores de aproxima o presen a e fuma a foi desativado por desconhecimento da equipe de manuten o e Insufici ncia de seguran a f sica humana e eletr nica O desafio da parte eletr nica est nos surtos que atingem o quadro geral de energia pois a regi o desprovida de estabilizador de tens o e na aus ncia de treinamento Os 1489 desenhos de Burle Marx foram de equipe para rotineiramente manter higienizados acondicionados em papel os equipamentos em plena fun o Os seda e guardados em mapotecas em muros delimitadores do terreno s foram sala do Ateli de Pintura mas este local constru dos na parte frontal com 350m de extens o As laterais com cerca de 140 1km cada e a parte lim trofe posterior n o est o cercadas A seguran a humana terce
239. ores e institui o temem o processo de faveliza o da rea Para os primeiros h permanente contradi o entre o interesse individual melhorar vender ou expandir a sua moradia e o interesse coletivo evitar a faveliza o Para a institui o h o temor de que a expans o da ocupa o habitacional inviabilize o cumprimento da sua miss o institucional O JBRJ rea de prote o ambiental segundo a legisla o federal estando pois obrigado ao cumprimento das leis federais que regem seu funcionamento O Plano Diretor do Jardim Bot nico elaborado pelo Instituto Brasileiro de Administra o Municipal IBAM 2002 e aprovado pela Diretoria da Institui o em 2002 estabelece como seus setores dentre outros e O Arboreto rea de acondicionamento das cole es bot nicas e jardins As reas de expans o do Arboreto reas de acondicionamento das cole es bot nicas de ocupa o progressiva e em longo prazo que visam inser o de novos canteiros e caminhos para percurso e lazer dos visitantes e plantio de novas esp cies consolidando sua fun o de conserva o ex situ de esp cies brasileiras bem como de laborat rio de pesquisas sobre elas Neste mesmo Plano Diretor entre outras recomenda es encontramos as seguintes e Expandir o Arboreto atrav s da delimita o de reas com este fim e do plantio progressivo de esp cies visando ampliar a atua o do Jardim Bot nico como laborat rio
240. ort ncia para o sucesso de um empreendimento dessa magnitude 2 O ACERVO O Arquivo mant m sob sua guarda documentos produzidos pelos Poderes Executivo e Legislativo Municipal e Judici rio Estadual uma grande cole o de jornais publicados em Campos al m de cole es particulares O acervo produzido pela Administra o P blica Municipal desde o per odo colonial est em fase de identifica o documental sendo gradativamente liberado pesquisa Do Executivo Municipal h registros administrativos financeiros de pessoal legisla o correspond ncia solicita es de obras por habitantes registros fotogr ficos etc em tratamento t cnico parte desse acervo j disponibilizado pesquisa A documenta o extensa com muitas s ries e subs ries Parte foi recolhida no antigo edif cio da Prefeitura junto a documentos anteriores cria o do Executivo Municipal Da C mara Municipal sob a guarda do Arquivo a partir de um conv nio est o 201 documentos administrativos desde o per odo colonial 1728 1918 destacando se livros de notas posturas municipais juramento de vereadores registros de marcas de gado matadouro sepultamento impostos etc A partir de um conv nio com o Tribunal de Justi a do Estado do Rio de Janeiro o Arquivo tem a guarda de processos acumulados pelo F rum de Campos e livros do Cart rio do Segundo Of cio O Munic pio foi muito extenso abrangendo toda a reg
241. orto ambiental e efici ncia energ tica projetos em andamento ou previstos na rea de Preserva o e no campus Manguinhos voca es e gest o da rea de Preserva o entre outros importante destacar que toda essa discuss o s tem sido poss vel a partir do conhecimento compartilhado de vasto 16 Plano de Ocupa o da rea de Preserva o do Campus Fiocruz Manguinhos Produto 3 propostas preliminares Rio de Janeiro Ibam COC Fiocruz 2011 levantamento realizado sobre o Campus Fiocruz Manguinhos como um todo e em especial sobre a sua rea de preserva o empreendido pelo DPH e pela Dirac ao longo de v rios anos e complementado pelo IBAM no mbito da elabora o do POAP 3 CONCLUS O Resta dizer a t tulo de conclus o do relato de um processo ainda em curso que essa experi ncia vem promovendo com maior intensidade a reflex o e a discuss o sobre a preserva o do patrim nio hist rico cultural da institui o nas suas diversas unidades fortalecendo assim a consci ncia da responsabilidade de todos sobre essa tarefa E embora a Fiocruz tenha em sua estrutura um setor respons vel pelas a es de preserva o no seu patrim nio arquitet nico e urban stico a experi ncia mostra que essas a es s se tornam efetivas enquanto pr ticas incorporadas no quotidiano das pessoas que dele usufruem Dessa forma espera se que o POAP Fiocruz Manguinhos possa se concretizar como meio para um
242. os ltimos anos tem recebido refor os preciosos O principal dele foi a contrata o do arquiteto Paulo Parrilha Figueiredo Filho que passou a dirigir o ET e com apoio do atual Superintendente Regional Carlos Fernando Andrade tem sido aparelhado com equipamentos e ve culo No momento est em andamento a elabora o de projetos para recuperar im veis em ru nas e para restaurar a futura Casa do Patrim nio no sobrado do Bar o do Ribeir o im vel pertencente ao Tribunal de Justi a do Estado cedido ao IPHAN que vai abrigar o Arquivo P blico e a sede do ETMP Outro aliado de import ncia e peso tem sido o Minist rio P blico Federal localizado em Volta Redonda ao garantir o respaldo legal das a es preservacionistas na cidade de Vassouras cobrando a es aos respons veis Cabe registrar ainda que cunhar o conhecimento administrativo e t cnico do servi o p blico em condi es t o adversas forja um aprendizado intransfer vel mas memor vel O trajeto percorrido com partida na amplitude do nimo da juventude como O largo espa o da pra a a frente da Matriz j est se adentrando no afunilamento da cidade prociss o no passar da idade Segundo Marcos Corr a de S a luta em tentar salvar Vassouras de si mesma defendendo pal cios dos outros como se fossem seus a arquiteta do IPHAN conhece at os tijolos e pedras enterrados nas paredes dos monumentos arquitet nicos Assim parafra
243. os das contribui es da Se o de Anatomia Patol gica a os estudos de Rocha Lima e de Magarinos Torres sobre a anatomia patol gica da febre amarela e b as les es histol gicas da doen a de Chagas pela primeira vez descritas por Gaspar Vianna e ilustradas por Castro Silva Em paralelo aos trabalhos da Divis o de Anatomia Patol gica e muitas vezes em colabora o com patologistas membros desta come a a surgir uma nova Cole o no campus do IOC em Manguinhos a Cole o Histopatol gica do Laborat rio de Histopatologia da Febre Amarela atualmente denominada Cole o de Febre Amarela Tanto o Laborat rio quanto a Cole o foram frutos do conv nio entre o governo brasileiro e a Funda o Rockefeller firmado logo ap s a epidemia ocorrida em 1928 no qual esta Funda o assumiu as a es de combate febre amarela no Pa s com o intuito de erradic la por completo Cabe aqui ressaltar que ainda n o era conhecido o ciclo da febre amarela silvestre o qual mais tarde seria o motivo pelo qual a febre amarela n o poderia ser erradicada por completo do Pa s Para melhorar e possibilitar o diagn stico necrosc pico da doen a e o controle da ocorr ncia dos casos em todo territ rio nacional sem a necessidade da presen a de um m dico para a coleta de material foi implantada a viscerotomia Com o instrumento viscer tomo e a t cnica apropriada qualquer pessoa treinada mesmo sem forma o na rea de sa d
244. os de C amp T com base nos procedimentos museol gicos utilizados para cole es museol gicas em geral e o processamento t cnico da cole o continua at os dias atuais Um invent rio parcial da cole o foi publicado em 2000 e um invent rio atualizado foi elaborado em 2010 Nesse processo os instrumentos foram fotografados e foi montado um arquivo iconogr fico da cole o al m de um banco de imagens digitalizadas Finalmente foi implantado o registro informatizado por meio de um software desenvolvido no MAST especialmente para esse tipo de cole o Como j mencionado em item anterior foi estabelecida uma classifica o por tipologias para a cole o com base em crit rios internacionais que dever ser revista brevemente em fun o da amplia o da diversidade de objetos da cole o Quanto dissemina o dos objetos da cole o o MAST elaborou em 1999 com apoio da Funda o de Amparo Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro FAPERJ e da Funda o Vitae um multim dia com uma mostra de 400 objetos da cole o contendo imagens informa es sucintas sobre os instrumentos al m de uma descri o sobre o trabalho meticuloso que vem sendo empreendido Esse material foi distribu do nacionalmente e veiculado pela internet na p gina institucional do MAST e na Reserva T cnica do museu atrav s de tr s terminais informatizados Foram publicados dois livros recentemente que apresentam a col
245. os para observa o do c u poca de sua implanta o O edif cio principal inicialmente sede do ON e atualmente sede do MAST destaca se pela sua impon ncia e qualidade arquitet nica 55 56 Figuras 02 a 05 Pavilh es e c pulas que formam o conjunto de observa o situado no topo do morro onde se localiza o campus Fonte IBAM 4 Tais informa es referem se situa o verificada no diagn stico para elabora o do Plano Diretor em 2005 Figuras 06 e 07 Edif cio Sede na poca da implanta o do conjunto e atualmente meio vegeta o do campus Fonte INEPAC IBAM O mapa apresentado a seguir representam a distribui o das edifica es do campus entre e ON e MAST A compreens o da distribui o dos usos no campus dos elementos que materializam os valores protegidos pelos tombamentos bem como das condi es em que se encontrava cada constru o foram refer ncias fundamentais para formula o das propostas consolidadas Legenda re 4 Limite do Campus ON MAST 4 E Edifica es ON E Edifica es MAST a caio ii 57 Fonte IRAM Figura 08 Rede F sica do Campus ON MAST distribui o das edifica es por institui o Fonte IBAM 2005 Considerando o estado de conserva o do campus o diagn stico que embasou o PD ON MAST destacou como mais relevantes aspectos relativos e A conserva o e a ordenamento da cobertura vegetal e Otratamento
246. ot nico do Rio de Janeiro ocupa uma rea de 137 hectares situada na Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro entre os bairros da G vea e do Jardim Bot nico Do total dessa rea 54 ha constituem o Arboreto aberto visita o p blica contendo os jardins hist ricos e as cole es hist ricas e cient ficas de plantas e 83 ha s o de rea de remanescentes de Mata Atl ntica entremeados por ocupa es habitacionais ou institucionais O terreno de propriedade da Uni o e est sob administra o do JBRJ Desde a d cada de 1970 correm na Justi a Federal 247 a es de reintegra o de posse face as moradias constru das no interior dessa rea p blica Sempre se evidencia conflito quando ocorrem tentativas de execu o de senten as favor veis reintegra o Na maioria dos casos os moradores organizam se em manifesta es p blicas e impedem a execu o das senten as O Quadro 1 mostra a evolu o dessas ocupa es habitacionais e denota que n o h processo de crescimento descontrolado 105 Domo N mero de Casas 1975 1985 2005 Quadro 1 Evolu o das Ocupa es Habitacionais no JBRJ 377 408 589 Fontes Relat rio Osvaldo Menezes de 1976 79 Levantamento Cadastral Censit rio IBDF 1985 e Cadastro ITERJ 2005 106 H no entanto um ambiente conflitivo no que se refere ao controle urbano sobre amplia es de constru es existentes ou sobre novas constru es Morad
247. p s quatro meses de profunda solid o pediu transfer ncia lamentavelmente Retomou por breve per odo suficiente para realizar todo o levantamento hist rico da Santa Casa de Miseric rdia de Valen a Injustigado no governo Collor foi colocado em disponibilidade retomando posteriormente n o mais para Vassouras 20 S Marcos Corr a de Os rf os de Eufr sia Revista Piau 21 Composto em 1952 com o t tulo Vassouras Vassouras por Luiz Gonzaga e David Nasser tornou se hino na cidade quando recentemente foi resgatado do esquecimento por Andr Jacques Martins Monteiro em uma de suas in meras pesquisas sobre a cidade 22 Composto em 1952 com o t tulo Vassouras Vassouras por Luiz Gonzaga e David Nasser tornou se hino na cidade quando recentemente foi resgatado do esquecimento por Andr Jacques Martins Monteiro em uma de suas in meras pesquisas sobre a cidade 23 Denomina o interna dos Escrit rios por se situarem nas comunidades fora das regionais O IPHAN conquistou a realiza o de concurso em 1979 e o seguinte s ocorreu em 2009 A extensa rea de atua o com dist ncias extremas de ate 124 km a total falta de infraestrutura inclusive de telefone as acomoda es poca em um anexo constru do para abrigar o vigia do Museu Casa da Hera tomava a experi ncia muito mais dif cil e por isso mesmo estimulante Depois cresceu e ocupou a senzala numa cess o especial N
248. premissas para recupera o de reas degradadas gest o ecol gica de res duos restaura o de jardins hist ricos conserva o da diversidade biol gica e ao estreitamento das rela es do Jardim com a sociedade Descrevem se a seguir a metodologia adotada e os 110 10 Ficha T cnica Autoria e gest o do projeto Ana Rosa de Oliveira paisagista Celso Bredariol Engenheiro Agr nomo Projetos complementares Restauro Aqueduto M nica Rocio Neves Lea Therezinha Unidade de Compostagem Luiz Ant nio Silva Engenheiro Agr nomo Sinaliza o Bernardo Zortea arquiteto e designer Cl udio Resmini arquiteto Patroc nio Eletrobr s CEG G s Natural Emendas parlamentares Jorge Bittar e Roberto Saturnino Braga Minist rio da Cultura Lei de Incentivo Cultura resultados alcan ados 2 METODOLOGIA E RESULTADOS 2 1 Projeto de recupera o da antiga rea de descarte A rea de interven o do Projeto de recupera o da antiga rea de descarte situa se no entorno do Aqueduto da Levada Ela faz limite com o Clube Caxinguel de antigos funcion rios do Horto com o assentamento Caxinguel implantado na d cada de 1960 para a remo o de favela que se formava no interior do Arboreto e para propiciar moradias a funcion rios do JBRJ e com a rea de instala o do Centro de Compostagem junto subesta o territorial da Light de Expans o do Arboreto 2 Assentamento Caxinguel 3
249. preservada de modo a confirm la e legitim la como ambi ncia valorizadora dos bens culturais nela presentes e portanto como bem cultural maior na sua integralidade Nesse contexto o POAP tem como premissa b sica a preserva o do acervo arquitet nico e paisag stico do Campus Fiocruz Manguinhos e a partir de uma vis o estrat gica da rea como fator de valora o institucional est alinhado com o Plano Quadrienal da Fiocruz para o per odo de 2011 a 2014 PQ Fiocruz 2011 2014 aprovado no ltimo Congresso Interno da Fiocruz realizado em outubro de 2010 figurando direta ou indiretamente em alguns macro projetos tais como e Governan a inova o e sustentabilidade em uma perspectiva territorializada nos campi da Fiocruz que tem entre os seus produtos esperados a elabora o dos Planos Diretores dos campi com implanta o monitorada o estabelecimento de projetos de coopera o interinstitucional para preserva o e mem ria do patrim nio cultural do territ rio dos campi e a elabora o de projetos arquitet nicos segundo crit rios de eco efici ncia sustentabilidade ambiental e de preserva o patrimonial nos campi e Gest o do Patrim nio da Ci ncia e Tecnologia em Sa de que tem entre os seus objetivos o fortalecimento da colabora o nacional e internacional na rea de patrim nio cultural e cient fico visando preserva o e o fortalecimento de uma pol tica de ace
250. prev interven es futuras e novas constru es tudo segundo OS princ pios diretrizes e procedimentos aprovados no PDP Outra tarefa ser informar e formar as equipes de manuten o e de limpeza da FAU para que sejam utilizados procedimentos e materiais compat veis e n o danosos aos edif cios e a elabora o de manuais de manuten o que dever o ser seguidos no futuro Os par metros para as altera es e inova es necess rias e para a salvaguarda dos edif cios reconhecidos como bens culturais da Faculdade s o estabelecidos portanto pelos princ pios e diretrizes presentes no plano alguns dos quais voltados exclusivamente aos bens culturais outros a todos os edif cios 5 O material desenvolvido pelas equipes e os resultados parciais est o na se o material complementar relacionada ao endere o do PDP Os dados da equipe FAU Bem cultural est o em http www usp br fau fau administracao congregacao planodiretor material leitura_ patrimonial index html Acesso em 10 jun 2011 6 Para o estabelecimento das fases e elabora o da cronologia foram feitas entrevistas e consultadas v rias obras em especial BAROSSI Antonio Carlos Ensino de projeto na FAUUSP Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de S o Paulo Tese de Doutorado S o Paulo FAUUSP 2005 GIANECCHINI Ana Clara T cnica e est tica no concreto armado um estudo sobre os edif cios do MASP e da FAUUSP Disserta o
251. processo de produ o de um ambiente saud vel seguro confort vel e culturalmente enriquecedor tendo e A preserva o como celebra o da vida assegurando a dinamiza o e a vitalidade dos espa os e bens protegidos e A preserva o do conjunto arquitet nico e paisag stico de Maguinhos como uma pr tica s cio espacial incorporada din mica do cotidiano vivido pela Fiocruz e O Campus Manguinhos como espa o privilegiado para a conserva o e a disponibiliza o dos acervos cient fico arquitet nico paisag stico urban stico iconogr fico bibliogr fico arqueol gico museogr fico etc etc etc que comp em o Patrim nio Cultural da Fiocruz e O Campus Manguinhos como vitrine da Fiocruz refor ando a voca o de Campus Parque dedicada ao ensino pesquisa e extens o divulga o cient fica produ o cultural 79 BIBLIOGRAFIA COC Portal da Casa de Oswaldo Cruz Dispon vel em http www coc fiocruz br FIOCRUZ Portal da Funda o Oswaldo Cruz Dispon vel em http Avww fiocruz br Plano Quadrienal Fiocruz 2011 2014 Dispon vel em http Avww fiocruz br congressointerno media relatorio final ultima versao pdf IBAM Plano de Ocupa o da rea de Preserva o do Campus Fiocruz Manguinhos Produto 1 Plano de trabalho Rio de Janeiro COC Fiocruz setembro 2010 80 __ Plano de Ocupa o da rea de Preserva o do Campus Fiocruz Manguinhos Produto 2
252. que envolvia os condutores em alguns dos pilares para fazer o diagn stico do problema e estudar uma solu o adequada pois foi verificado que durante a constru o foi instalada apenas a metade dos condutores de ferro fundido previstos no projeto procedeu se demoli o total dessas veda es de tijolos deixando as colunas sem sua carne e assim permaneceram at a reda o deste texto com ruidosas e poeirentas obras de demoli o iniciadas em mar o de 2009 em pleno per odo letivo executadas em hor rio de aulas causando grande transtorno ainda mais grave na biblioteca em que a higieniza o total do acervo acabara de ser conclu da Ao projeto dos departamentos que gerou descontentamentos s transforma es da diretoria e rea administrativa adubagem do jardim feita com fertilizante n o curado de modo adequado que causou mau cheiro insuport vel por quase duas semanas abertura das colunas com a consequente sujeira e ru do veio somar se a proposta feita no final de 2008 e in cio de 2009 de colocar uma sobre cobertura no Edif cio Vilanova Artigas Foi a gota d gua que deu vaz o a uma revolta geral que repercutiu na imprensa nos rg os de preserva o e levou realiza o de Congrega es abertas em maio de 2009 para controlar e dar novo direcionamento s quest es que envolviam o espa o f sico da Faculdade Essa sint tica descri o de algumas das interven
253. r ando a coer ncia entre a preserva o dos bens do Campus e de toda a Col nia Importante ressaltar que a Fiocruz det m diversos acervos com diferentes caracter sticas entre eles acervos cient ficos hist ricos e art sticos que integram um conjunto de bens cuja experi ncia na sua prote o preserva o conserva o e divulga o fazem na uma institui o com grande tradi o na defesa do Patrim nio Cultural Entre as diretrizes definidas nesse tema para o CFMA merecem destaque a defesa dos bens culturais em situa o de risco a identifica o preserva o e divulga o do patrim nio cultural do campus e seu entorno o controle sobre a interven o usos propostos e a garantia da ambi ncia do patrim nio edificado atrav s da manuten o de seu entorno defesa e prote o de jazida arqueol gica registrada no Cadastro Nacional de S tios Arqueol gicos CNSA do Iphan a amplia o da ficha de registro da jazida supracitada e o registro de novas jazidas evidenciadas bem como incorpora o dos vest gios arqueol gicos identificados ao plano de ordena o do territ rio e nos projetos de restaura o patrimonial previstos a amplia o do acesso da popula o da cidade do Rio de Janeiro ao patrim nio cultural local incentivo forma o e capacita o t cnica de jovens para os of cios de restaura o de edifica es e documenta o O Plano Diretor define que os bens culturais ou qu
254. r de seus 26 anos de exist ncia amadureceu institucionalmente e se transformou em institui o de refer ncia para a preserva o de acervos de Ci ncia e Tecnologia Desde sua cria o o MAST tem investido em programas de divulga o da ci ncia como o Brincando com a ci ncia e o Observa o do c u Em 1985 com a aproxima o do cometa Halley o MAST recebeu milhares de visitantes para observa o em seus telesc pios e no ver o de 1987 realizou com grande repercuss o o programa O Museu vai praia que levava conceitos b sicos de ci ncia popula o que frequentava as praias cariocas nos finais de semana Ainda nesse contexto o Museu foi respons vel pela cria o no Brasil do primeiro Parque da Ci ncia ao ar livre hoje montado tamb m em Vit ria no Esp rito Santo Em junho de 1995 inaugurado o primeiro m dulo da primeira exposi o permanente do Museu denominada Quatro Cantos de Origem Nesse mesmo momento instala se a reserva t cnica de instrumentos em algumas salas do pr dio sede elegantemente mobiliadas com arm rios e vitrines originais do in cio do s culo XX incorporando se tamb m ao circuito de visita o do museu como reserva t cnica visit vel A abertura desse espa o ao p blico objetivou dar acesso 185 quase totalidade do acervo do MAST e apesar de n o ter sido o prop sito original as salas recriam a atmosfera dos gabinetes de ci ncia do final do s culo XIX O
255. r todas como se estivessem na eternidade Ora isso n o adequado e muito menos poss vel porque embora as coisas tombadas o sejam em raz o de seus componentes imateriais que podem e devem enquanto houver cultura ser defendidos da a o destruidora do tempo todas elas t m suportes materiais de dura es diferentes algumas control veis algumas prolong veis outras n o Para ao contr rio agregar temporalidade ao conceito a classifica o aqui proposta foi feita com base na dura o dos componentes materiais de seus objetos no car ter cronol gico de suas respectivas subst ncias car ter fundante que n o pode ser ignorado nem modificado se quisermos assegurar a identidade do objetos culturais conservados Significa dizer que para serem mantidas para que seus valores culturais permane am as coisas perenes t m que continuar sendo perenes e as coisas ef meras t m que continuar sendo ef meras A citada dicotomia vigente deixa de alguma forma subentendido que o patrim nio que material n o imaterial e vice versa como se essas duas categorias esgotassem as necessidades de entendimento No entanto como elas convivem em todos os exemplos isto como todo patrim nio imaterial est associado a um suporte material ainda que em certos casos ef mero e em outros de dura o limitada essa bipolaridade n o funciona para classific lo A parte imaterial constante de todos os objetos do patrim
256. ra tanto o POAP dever conter e Diretrizes gerais para a rea de Preserva o visando manuten o e valoriza o das suas caracter sticas hist rico culturais e Diretrizes espec ficas das reas de abrang ncia dos bens culturais im veis visando garantir a vitalidade da rea e a din mica da institui o associadas preserva o de forma integrada e valorizadora e Propostas de a o visando requalifica o dos bens patrimoniais e dos espa os livres que os envolvem de modo a promover paulatinamente a recupera o e o fortalecimento dos valores atribu dos e intr nsecos do acervo arquitet nico urban stico e paisag stico do campus e e Crit rios de interven o e recomenda es para uma atua o focada nos valores intr nsecos do patrim nio arquitet nico e paisag stico da Fiocruz Para definir as diretrizes gerais da rea de Preserva o e as espec ficas das reas de abrang ncia dos bens culturais im veis v em sendo tratados diversos temas que nortear o as propostas do plano Dentre eles destacam se principalmente bens de interesse hist rico e cultural e valores a serem protegidos edifica es elementos e usos impactantes no conjunto preservado reas de renova o de conjuntos edificados remo es e reloca es acessos circula o estacionamentos e condi es de acessibilidade infraestrutura urbana e de log stica reas verdes e valores paisag sticos conf
257. rada Partindo do princ pio fundamental de que devemos atuar principalmente nas causas da deteriora o ao inv s de atuar nas consequ ncias a conserva o preventiva pode ser entendida como um conjunto de 145 estrat gias definidas de forma interdisciplinar visando garantir a conserva o de edif cios e cole es de maneira sustent vel Tem como objetivos a identifica o dos riscos e a erradica o ou minimiza o das causas de deteriora o de bens culturais evitando assim interven es de grande impacto Para o alcance de tais objetivos a conserva o preventiva baseia se no desenvolvimento de diagn sticos minuciosos dos objetos do ambiente onde se encontram dos agentes e dos processos de deteriora o abordando de forma integrada os conjuntos formados por acervos m veis os edif cios que os abrigam e os s tios onde esses se localizam 146 Uma das ferramentas mais importantes para estabelecimento de estrat gias de conserva o preventiva o diagn stico de conserva o A partir da experi ncia acumulada pelos pesquisadores da institui o o Getty Conservation Institute GCI desenvolveu uma metodologia referencial para elabora o de diagn sticos de conserva o integrados de edif cios e cole es consolidada no final da d cada de 1990 atrav s do manual The conservation assessment a proposed model for evaluating museum environmental management needs Ainda na d cada de 1990 f
258. ral para a instala o de fornos destinados queima do lixo urbano na cidade do Rio de Janeiro RJ que funcionaram no local at o ano de 1900 A Fiocruz foi criada com a finalidade de fabricar soros e vacinas contra a peste bub nica que acometia a popula o brasileira na virada do s culo XIX para o XX e teve como 6 O Pavilh o Mourisco a Cavalari a e o Pavilh o do Rel gio primeiro diretor geral o Bar o de Pedro Afonso e como diretor t cnico o jovem bacteriologista Oswaldo Cruz rec m chegado da Fran a onde fez sua especializa o em sa de p blica no Instituto Pasteur de Paris J em 1902 Oswaldo Cruz assumiu a dire o geral do Instituto ampliando suas atividades que passaram a incluir tamb m a pesquisa b sica aplicada e a forma o de recursos humanos Em seus primeiros anos de funcionamento a institui o utilizou as instala es adaptadas da antiga fazenda que foram paulatinamente sendo substitu das por novas edifica es O primeiro conjunto de edifica es constru do nas duas primeiras d cadas do s culo XX foi projetado pelo arquiteto portugu s residente no Brasil Luiz Moraes J nior sob orienta o do pr prio Oswaldo Cruz e constitui hoje o N cleo Arquitet nico Hist rico de Manguinhos Nahm que integra o acervo de arquitetura ecl tica da institui o com alguns de seus exemplares tombados pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional Iphan na d cada d
259. rat gias de conserva o A metodologia proposta pelo GCI n o especificamente formatada para avalia o de edif cios hist ricos mas sim para qualquer tipo de edif cio que abrigue acervos Tendo em vista a especificidade do objeto de estudo da pesquisa foram incorporadas ao trabalho an lises mais aprofundadas em rela o ao hist rico do edif cio s interven es realizadas ao longo dos anos e ao estado de conserva o dos materiais construtivos O processo de diagn stico deve ser sempre iniciado com a reuni o de toda a informa o dispon vel sobre o edif cio e as cole es tendo em vista que a an lise da documenta o existente sobre um bem capaz de revelar dados que n o podem ser obtidos atrav s da observa o direta Durante a primeira fase do diagn stico foi identificada a exist ncia de farta documenta o t cnica relativa as obras realizadas no Pavilh o Mourisco a partir da d cada de 1980 poca da cria o do Departamento de Patrim nio Hist rico da COC A forma de organiza o e armazenamento dessa documenta o entretanto n o permitia que essas informa es estivessem acess veis para consulta Com a orienta o dos t cnicos do Departamento de Arquivo e Documenta o da COC foi realizada a organiza o dessa documenta o em dossi s por projeto obra tendo sido necess ria a separa o pr via dos documentos referentes a outros pr dios do campus Manguinhos que se en
260. re eles o patrim nio cultural e ambiental e a regulariza o fundi ria e urban stica principalmente onde os conflitos de terra e a ilegalidade s o aspectos importantes da problem tica Al m disso as a es institucionais integradas tendem a gerar cen rios mais promissores maior sustentabilidade s a es al m de efic cia na a o e efetividade de resultados dado que as propostas s o avaliadas por diversos agentes que tendem a maximizar a sua contribui o na apropria o das oportunidades geradas pela recupera o patrimonial Essa oportunidade resultado da inclus o desde o inicio do processo de planejamento das institui es respons veis pela prote o patrimonial O planejamento do Campus respeitou as reas de influ ncia definidas como estrat gia de prote o do patrim nio cultural presentes nos outros setores da Col nia principalmente a rea do NHRC cont gua ao mesmo A integra o entre o Plano Diretor do CFMA e o Plano de Ocupa o da Col nia assim como entre os projetos urban sticos e de gest o uma das caracter sticas espec ficas que tem sido considerada um diferencial dessa experi ncia O trabalho realizado ao longo das ltimas duas d cadas principalmente nos ltimos cinco anos demonstra a capacidade dos rg os p blicos federais estaduais e municipais de transcender interesses espec ficos e regionais tornando poss vel integrar conhecimentos fortalecer valores e
261. registros de diplomas de escolas p blicas e resultados de concursos p blicos Encontra se em tratamento a cole o de documentos de escravos localizados no por o da antiga Prefeitura que tamb m abrigou a C mara Municipal separado em pequenos fardos mas junto aos demais documentos p blicos Composto por a es de liberdade recibos de compra e venda nascimento bito devolu o de escravo furto devassa testamento etc A cole o particular do Dr Oswaldo Cardoso de Melo m dico e pol tico de express o regional prefeito e deputado estadual que atuou a partir de 1930 foi doada pela fam lia e j identificada Composta por correspond ncias fotografias livros t cnicos e de hist ria e pol tica artigos publicados recortes de jornais sobre sua atua o pol tica etc Foi a primeira cole o particular doada ao Arquivo em 2002 Ainda sem tratamento a cole o particular de Jos Evaristo Assis da Penha sindicalista pol tico local membro do Partido Comunista Brasileiro na era Vargas e posterior composta por livros sobre pol tica muitos editados em Cuba certificados artigos fotos correspond ncia recortes de jornais revistas etc O mais recente recolhimento ao Arquivo ocorrido em maio de 2011 composto por documentos administrativos livros de atas planilhas de produ o de a car e cana projetos de irriga o de diversas usinas livros t cnicos legisla o correspon
262. revestimentos internos pap is de parede das superf cies arquitet nicas externas e tamb m um sistema cont nuo de gerenciamento das informa es cuja metodologia e resultados ser o expostos a seguir 2 CONSERVA O PROGRAMADA METODOLOGIA DE PESQUISA E RESULTADOS A linha de pesquisa Estrat gias de conserva o preventiva para edif cios hist ricos que abrigam cole es integra o grupo de pesquisa da FCRB CNPO Museu Casa de Rui Barbosa mem ria espa o e representa es Seu objeto a busca de solu es sustent veis para preserva o integrada do edif cio hist rico e das cole es que abriga e est focada no perfil museu casa Suas a es abrangem a identifica o do patrim nio tutelado pela Institui o na sua historicidade composi o e materialidade a avalia o dos riscos para sua preserva o O desenvolvimento de m todos para preven o e tratamento e a cria o de instrumentos did ticos para difus o da conserva o preventiva no Brasil O primeiro m dulo de pesquisas foi realizado de 2006 a 2007 e tratou da Conserva o Programada das Coberturas Em 2008 iniciaram se os estudos para a Conserva o Programada das Alvenarias e seus Revestimentos Internos e Externos dando se prioridade ao estudo dos revestimentos em papel de parede nos interiores do edif cio em fun o dos problemas existentes que afetam a integridade e legibilidade do Monumento Encontram se em desenvolvim
263. reza Cristina Moletta Imagens do Nao Lugar comunica o e os novos patrim nios Rio de Janeiro UFRJ ECO Tese Doutorado em Comunica o e Cultura 2004 294p Orientador Profa Dra Priscila Siqueira Kuperman VINAZ Salvador Mu os Contemporary Theory of Conservation Oxford Elsevier Ltd ed 2005 197 198 1 Muse logo Mestre em Pol ticas Sociais UENF Diretor do Arquivo P blico de Campos dos Goytacazes O ARQUIVO P BLICO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES SUAS COLE ES E ATIVIDADES Carlos Roberto Bastos Freitas INTRODU O O Arquivo P blico Municipal APM de Campos dos Goytacazes Regi o Norte do Estado do Rio de Janeiro criado pela Lei Municipal n 7 060 de 18 de maio de 2001 a partir de um projeto elaborado em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro UENF tem por objetivo prestar servi os ao poder p blico e comunidade garantindo o direito informa o e a preserva o da mem ria regional Na estrutura organizacional est subordinado Funda o Cultural Jornalista 199 Oswaldo Lima rg o da Prefeitura Municipal A partir de dezembro de 2010 passou a se chamar Arquivo P blico Municipal Waldir Pinto de Carvalho em homenagem ao escritor pesquisador e teatr logo que representou em seus trabalhos a vida costumes e os tipos humanos da regi o O Arquivo mesmo sendo jovem j mant m sob a sua guarda um acervo de aproximadamente 600 m
264. rojeto conta com a colabora o da Funda o Casa de Rui Barbosa atrav s de conv nio estabelecido entre as institui es 147 2 0 PROJETO DE PESQUISA O projeto de pesquisa Conserva o preventiva dos acervos preservados pela Casa de Oswaldo Cruz tem como objetivos identificar as causas de degrada o e riscos potenciais aos acervos preservados pela COC e definir estrat gias de conserva o para edif cios e cole es entendidos contemporaneamente como conjuntos sist micos e n o mais como objetos isolados reduzindo a necessidade de interven es restauradoras 148 4 Estilo arquitet nico desenvolvido no mbito da arte isl mica entre a segunda metade do s culo XI e o final do XV Com o objetivo de estabelecer uma experi ncia piloto foram definidos como objetos de estudo da pesquisa o Pavilh o Mourisco e a Reserva T cnica do Museu da Vida No presente trabalho enfocaremos as pesquisas relacionadas ao Pavilh o Mourisco pois al m de abrigar importantes acervos m veis o Pavilh o trata se de uma edifica o de grande import ncia art stica e hist rica tendo sido tombado pelo Instituto do Patrim nio Hist rico e Art stico Nacional Iphan em 1981 Localizado no campus principal da Fiocruz no bairro de Manguinhos zona norte da cidade do Rio de Janeiro o Pavilh o Mourisco faz parte da primeira gera o de edif cios constru dos para abrigar as atividades da institui o e ainda
265. rote o interpreta o e preserva o material dos bens culturais Atrav s da documenta o e dos invent rios do patrim nio cultural pode se garantir a precis o e a consist ncia das tomadas de decis o para a preserva o e por este motivo os invent rios ocupam lugar significativo na maioria das conven es internacionais de salvaguarda da heran a cultural A documenta o do Museu Casa de Rui Barbosa constitu da por informa es reunidas atrav s do tempo pelas mais variadas formas de coleta e pesquisa relativas a sua configura o f sica condi o de conserva o e uso do monumento que embora conformem uma base de conhecimento requerem estrutura o e cria o de acesso sistem tico para que possam efetivamente integrar o processo de conserva o do bem cultural Os objetivos gerais da pesquisa s o e Adquirir o conhecimento necess rio para ampliar o entendimento sobre o Museu Casa de Rui Barbosa enquanto bem de valor cultural seu transcurso no tempo seus valores que devem ser transmitidos s gera es futuras e Fornecer subs dios para o controle das interven es e transforma es que impactam sobre o monumento garantindo atrav s do conhecimento que qualquer a o de preserva o deste patrim nio seja sens vel a sua forma materialidade tecido constru do e ao seu valor hist rico e cultural e Promover interesse e o envolvimento de outros atores na sua preserva o atrav s
266. rte de uma pol tica que abranja a totalidade da paisagem e que estabele a a prote o unificada dos interesses culturais est ticos ecol gicos e sociais do respectivo territ rio A pertin ncia e a utilidade do conceito de paisagem cultural na abordagem sobre o objeto deste artigo se d pelo fato da exist ncia de bens na intercess o entre o patrim nio ambiental e cultural e por tratar se de uma rea topograficamente delimitada da paisagem formada por caracter sticas especificas naturais e ocupa o humana que ilustra sua evolu o seu estabelecimento e seu car ter atrav s do tempo e do espa o al m de valores social e culturalmente reconhecidos gra as remanescentes f sicos que refletem atividades desenvolvidas no passado Compreende se a oportunidade de se refletir sobre o processo de estabelecimento de chancela da rea como Paisagem Cultural Brasileira segundo previsto na Portaria 127 do Iphan de 30 de abril de 2009 Isso se justifica pelo fato do objeto contemplar integralmente o conjunto de fatores impl citos nas paisagens culturais por j reconhecer e atuar sobre a necessidade de a es e iniciativas administrativas e institucionais de preserva o de um contexto cultural complexo e pelo fato de j ter se estabelecido um processo de planejamento e gest o integrada O processo de planejamento territorial no CFMA e na antiga col nia buscou integrar um conjunto de temas ent
267. rva o do patrim nio ambiental e cultural 1 0 CAMPUS FIOCRUZ DA MATA ATL NTICA E A COL NIA JULIANO MOREIRA O Campus Fiocruz da Mata Atl ntica localiza se no bairro de Jacarepagu na Zona Oeste do munic pio de Rio de Janeiro e representa uma parcela da antiga col nia Juliano Moreira Esta foi dividida em seis setores no final dos anos 1990 em decorr ncia do processo de municipaliza o dos servi os de sa de do Hospital Psiqui trico Col nia Juliano Moreira da esfera federal do Sistema nico de Sa de A municipaliza o do hospital insere se no conjunto de medidas governamentais de implementa o da Lei Org nica da Sa de n 8 080 de 19 9 1990 T SETOR 1 ZONA REGULADA PELO PD 2 COMUNI ZONAS EM REGULARIZA O FUNDI RIA DEMAIS SETORES DA COL NIA ZONAS N O REGULADAS PELO P ENYCE SETOR dA ZONAS DE A O INTEGRADA BEBES PEA fH ocupa o oa nocauz 6 CRPHF REA INCORPORADA A FIOCRUZ ESA RRS ARI ROR ANRE Figura 01 Mapa Localiza o Campus Fiocruz da Mata Atl ntica e a antiga col nia Juliano Moreira Fonte Acervo PDCFMA Fiocruz 2007 A rea da Col nia Juliano Moreira com cerca de 786 hectares foi adquirida em 1912 e concebida dentro da tica asilar na poca inovadora de col nia agr cola instalada num pr prio da Uni o Federal de dimens es rurais O in cio da constru o dos pavilh es para os alienados data de 1919 A distante regi o de Jacarepagu a
268. s Paul Gautier c rculo meridiano e acess rios de astronomia e Pellin 1913 instrumentos de tica f sica de Paris Adam Hilger 1924 de Londres espectrosc pios e acess rios Gustav Heyde de Dresden tr nsitos e teodolitos Carl Zeiss 1926 de Jena instrumentos astron micos e ticos Thomas Cooke and Sons de York telesc pios e seus acess rios L Leroy U Nardin e C Rieflres rel gios astron micos e cron metros Societ Genevoise des Instruments de Pr cision comparador 1914 de Genebra Al m disso na cole o existem alguns instrumentos de qualidade feitos no Rio de Janeiro por construtores locais Jos Maria dos Reis e seu sucessor Jos Hermida Pazos Uma an lise de certos grupos de objetos da cole o procedente do Observat rio Nacional juntamente com os arquivos permite levantar quest es interessantes para an lise hist rica Certos grupos possuem por exemplo cinco seis ou mais instrumentos iguais como teodolitos ou term metros Alguns instrumentos sequer foram retirados de suas caixas originais estando em perfeito estado de conserva o como novos Alguns outros por outro lado apresentam muitas marcas demonstrando que foram muito utilizados Seria o Observat rio durante certos per odos de sua hist ria um dep sito de instrumentos que poderiam ser emprestados para outras reparti es quando fosse necess rio Por exemplo para as muitas expedi es cient fica
269. s e cronogramas s o atualizados um novo ranking de prioridades de projeto elencado e novas estrat gias de fomento s o estudadas visando o cumprimento dos objetivos para os quais as estrat gias habituais de fomento n o sejam v lidas Para ilustrar a forma de atua o do trabalho em vertentes apresentamos a seguir a nossa experi ncia de trabalho nas vertentes de preserva o de patrim nio e divulga o cient fica 1 PATRIM NIO PRESERVA O E MODERNIZA O DA COLE O DE FEBRE AMARELA A Preserva o e a moderniza o da Cole o de Febre Amarela est o sendo realizadas a partir do cumprimento de dois Programas voltados para a salvaguarda do acervo a saber 1 1 Programa Permanente de Salvaguarda do Acervo Apoio Faperj APQ4 Todo o acervo da Cole o de Febre Amarela fragmentos formolizados blocos e l minas coradas Fig 4 constitui patrim nio inestim vel ci ncia e ao povo brasileiro Estes esp cimes dependem de manuten o t cnica constante e permanente quer pela troca de fixador no caso das viscerotomias quer pela limpeza individual de cada bloco e l mina Esse processo portanto muito trabalhoso em especial quando considerado o tamanho do acervo 498 mil casos rascos com material envolto em gaze imerso em formalina ap s a troca do fixador e com a nova etiqueta de identifica o quando existe etiqueta original esta preservada tamb m B Gaveta representa
270. s e alguns desdobramentos do trabalho j podem ser observados Foi constatado por exemplo que o sistema de climatiza o central existente instalado na d cada de 1990 precisaria ser substitu do O diagn stico realizado forneceu dados sobre os impactos no edif cio causados pelo sistema existente e sobre as condi es ambientais observadas nas reas de acervo Tais informa es contribu ram para o estabelecimento de diretrizes para um novo sistema de climatiza o cujo projeto encontra se atualmente em desenvolvimento De forma mais geral as an lises realizadas durante o projeto de pesquisa ser o importantes para o estabelecimento de um plano de conserva o preventiva que estabelecer prioridades e estrat gias de interven o no conjunto BIBLIOGRAFIA CARVALHO Claudia Rodrigues O projeto de conserva o preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa Funda o Casa de Rui Barbosa Rio de Janeiro s d Dispon vel em http www casaruibarbosa gov br dados DOC artigos a j FCRB ClaudiaCarvalho Projeto de conservacao preventiva do museu Casa de Rui Barbosa pdf Acesso em mar 2007 CASSAR May Environmental Management guidelines for museums and galleries Roudledge Londres 1995 2006 Interdiscipinarity in preventive conservation UCL London Disponivel em http www ucl ac uk sustainableheritage interdisciplinarity pdf Acesso em 4 ago 2008 DARDS Kathlenn The conservation assess
271. s fibras e ainda a transposi o da mancha fato que dificulta a leitura Figura 3 Conserva o do acervo Fonte autor Figura 4 Conserva o do acervo Fonte Autor As condi es ambientais locais especialmente com os altos ndices de temperatura e umidade relativa caracter sticos da Regi o s o um forte fator de acelera o do processo de degrada o do suporte O controle da umidade e temperatura uma preocupa o constante Como estamos em uma rea de plan cie sem obst culos relevantes circula o dos ventos dominantes nordeste mais seco e dificilmente acompanhado de chuvas a temperatura na rea do Solar sempre mais baixa do que na rea urbana A umidade aumenta especialmente com a chegada de frentes frias durante a primavera e o ver o carregadas pelo vento sul caracteristicamente forte Durante o inverno as chuvas s o escassas e a umidade n o elevada As tintas utilizadas nos documentos mais antigos s o constitu das por um pigmento cor e um diluente acrescido de um adesivo para fixar o pigmento ao papel S o de v rios tipos a tinta da China composta de negro de fuligem misturado goma ar bica ou cola de peixe foi amplamente usada at o s culo XV tendo sido gradativamente substitu da pela ferrog lica composta de sulfato de ferro cido galot nico extra do do carvalho e um aglutinante em geral goma ar bica Foi comum a adi o de corantes A corros
272. s funcion rios da institui o CONCLUS O As a es praticadas nestes tr s ltimos anos podem ser consideradas satisfat rias tanto para o acervo quanto para as estruturas arquitet nicas A partir das avalia es diretrizes e da meta do tempo este trabalho tem demonstrado o qu o se faz importante um acompanhamento sistem tico de cada etapa trazendo luz novas avalia es e novas metas Entendemos que tudo uma quest o de planejamento com participa o interdisciplinar e por isso que alcan amos e resolu o das infiltra es nos telhados da casa da capela do ateli e em breve na administra o e digitaliza o evitando a manipula o dos desenhos constantemente solicitados e reordenamento e otimiza o dos espa os abrigo das cole es especialmente as bibliotecas e a nova reserva t cnica e pleno funcionamento dos dispositivos de seguran a eletr nica do Ateli e da Casa Principal Muitas etapas est o a cumprir altera es de percurso ser o consideradas principalmente as derivadas dos recursos financeiros Os desafios continuam BIBLIOGRAFIA ALVIM Sandra P F Arquitetura religiosa colonial no Rio de Janeiro plantas fachadas e volumes Volume 2 Rio de Janeiro Editora UFRJ IPHAN Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1999 CHOAY Fran oise tradu o de Luciano Vieira Machado A alegoria do patrim nio S o Paulo Esta o Liberdade Editora UNESP 2001 D
273. s n o por vontade de voltar a um suposto estado original mas proposi o fruto de processo cr tico fundamentado do ponto de vista documental formal e 30 material que considera determinadas estratos como n o adequados ou at mesmo prejudiciais para a percep o da obra ou at mesmo para a sua sobreviv ncia por problemas de incompatibilidade de materiais Carta de Veneza Artigo 11 e Respeito pela patina as limpezas dever o ser controladas de modo a respeitar a superf cie da obra como alterada pelo tempo n o se confundindo por m p tina com patologias que dever o ser tratadas e 3 4 Compatibilidade de t cnicas e materiais deve se levar em conta a dn consist ncia f sica do objeto com a 14 Ibid p 6 7 aplica o para seu tratamento de t cnicas compat veis que n o sejam nocivas ao bem e cuja efic cia seja comprovada atrav s de muitos anos de experimenta o Carta de Veneza Artigo 10 O artigo 18 volta se a todos os edif cios da Faculdade assim como o artigo 19 e n o apenas aos bens culturais prescrevendo o respeito em qualquer interven o aos requisitos de desempenho para as atividades com base na normativa internacional de seguran a salubridade e conforto ambiental que tamb m devem ser respeitados durante a execu o das obras O artigo 21 reitera ser necess rio atuar com qualidade irrepreens vel no que respeita a procedimentos t cnicas e materia
274. s tanto na conserva o e no manejo como E Z INTANG VEL 262 ha Por o localizada acima da cota de 00 meme PERDS reas Boredodos abako devem odia qua 56 encontrem ern bom anlar de coserven o Esta Zona dedicada prote o integral dos ecossistemas pesquisa e ao monitoramento amt E Z PRIMITIVA 91 6ha Areas com pequeno grau de modifica o antr pica e adjacentes rea delimitada como Zona Intangivel configurando uma faixa de transi o entre esta e as demais zonas O objetivo geral do manejo a preserva o garantindo a evolu o natural do ambiente e a facilita o das atividades de pesquisa cient fica e educa o EM Z DE RECUPERA O 76 Sha reas de solo exposto e ou coberto por gram neas reas de plan cie com afloramento do len ol fre tico margens de cursos de gua reas de vegeta o secund ria em est gios inicial e ou avan ado de regenera o reas limitrofes com setores urbanizados Tem como objetivo a recupera o de reas degradadas im portantes para a manuten o da rede hidrogr fica encostas reas alagadas reas de amortecimento da zona intang vel e primitiva EB Z DEHORTOS 3 4ha Destinadas implanta o de ras prioritariamente com esp cies medicinais e aquelas orientadas para a restaura o ambiental de setores do campus ou reas pr ximas o VIA A kapanagao Ge eccnrbes A eucente dee ADEREN a dr GSN 6 SOMME da spots EM Z DE USO EXTENSIVO 29 6ha Dedica
275. s cartas e doutrinas conven es internacionais e ainda respeitar as recomenda es da Unesco Do ponto de vista deontol gico portanto deveriam ser seguidas as recomenda es do Icomos ao atuar nos bens culturais da USP Desse modo foram analisadas as cartas patrimoniais em especial a Carta de Veneza para estabelecer a fundamenta o das diretrizes de interven o Um dos pontos discutidos nas reuni es com a comunidade que costuma causar muitos equ vocos diz respeito s implica es legais do tombamento Um de seus efeitos controlar altera es que venham a ser feitas nos bens pois as a es devem seguir aquilo que estipulado nas leis As leis estabelecem que qualquer obra a ser feita no edif cio inclusive uma simples pintura tem de ser autorizada pelos Conselhos deliberativos dos rg os estadual Condephaat e municipal Conpresp Conselho Municipal de Preserva o do Patrim nio Hist rico Cultural e Ambiental da Cidade de S o Paulo A lei ao contr rio do que pensam muitos dos membros da comunidade FAU n o impede transforma es nos edif cios mas exige que as propostas sejam previamente examinadas pelos corpos t cnicos dos rg os e aprovadas pelos seus respectivos Conselhos para que os bens n o sejam desnaturados No entanto os instrumentos normativos dos rg os n o definem as modalidades de interven o nem OS princ pios que deveriam gui las ou seja aquilo que l cito f
276. s de pequeno porte tanto de insumos quanto de profissionais al m da falta da vontade pol tica j citada para elaborarem planos diretores com efetiva participa o da sociedade tem sido o maior entrave Vassouras j produziu tr s o primeiro e mais completo sendo de 1977 est em vigor at o momento Em 1991 a Prefeitura contratou firma especializada em plano diretor que como produto final apresentou um trabalho de o copia e cola a partir do Plano da Cidade do Rio de Janeiro Situa o mais grave foi a tentativa de 2005 Excelente projeto elogiado pelas institui es patrocinadoras foi elaborado com a presen a de um t cnico da Prefeitura do IPHAN e da Universidade Severino Sombra na constru o do Termo de Refer ncia do Plano Diretor Participativo De tal ordem ficou o projeto que o Programa Monumenta garantiu junto UNESCO quase o triplo do valor destinado as demais cidades Lamentavelmente turbul ncias na pol tica local inviabilizaram o projeto e desmontaram a equipe Na sequ ncia o Plano Diretor Participativo desaguou no c rrego de um s t cnico que trouxe propostas prontas por m e irrelevantes para o munic pio desarticulando a participa o e conduzindo a um descr dito do que se propunha daquilo que seria o processo da constru o de uma cidade poss vel Os recursos destinados foram equivocadamente utilizados em Vassouras frustrando a expectativa criada particularmente na gera
277. s e de regulariza o da rede de seguran a el trica Pelo grave quadro de conserva o algumas obras de restaura o foram fundamentais intervindo na laje de cobertura da Cozinha de Pedra nas coberturas e telhados do Ateli de Pintura Foram ainda estabilizados os quadros e sistemas de seguran a da Casa Principal e do Ateli de Pintura Precedida de obras de melhoria do Ateli de Pintura e nova sala e layout da biblioteca principal na administra o uma nova organiza o dos espa os de guarda da pinacoteca Reserva T cnica e das mapotecas assegurou estabilidade do ambiente para as cole es Especialmente a retirada da biblioteca de sala imediatamente abaixo da caixa de gua da edifica o para sala sem proximidade com instala es hidr ulicas As a es de curto prazo referem se na sua maioria conserva o de parte do acervo museol gico disposto em reas de risco ou continuamente manipulado de forma inadequada Mesmo sem recurso humano j foram realizados e Digitaliza o dos desenhos atrav s de fotografias de alta resolu o e Higieniza o e recondicionamento dos desenhos em nova sala de mapoteca submetida a controle ambiental e Conserva o urgente de telas e pain is de azulejo em estado mau estado de conserva o 141 e Transfer ncia de todas as telas para uma nova Reserva T cnica e das mapotecas para novo espa o e Avalia o de cada ambiente abrigo de acervo em fun
278. s e t cnicas que foram realizadas pelo territ rio nacional Ou para a realiza o de trabalhos de meteorologia em todo o pa s Essas quest es fazem parte de pesquisas sobre a cole o que est o em desenvolvimento e permitir o colaborar na constru o da hist ria da ci ncia no Brasil A partir de 2003 inicia se a coleta de objetos procedentes de dois outros institutos pertencentes ao Minist rio da Ci ncia e da Tecnologia o Instituto de Engenharia Nuclear IEN e o Centro de Tecnologia Mineral CETEM Do IEN foram doados cerca de 300 objetos como oscilosc pios balan as cintil metro cromat grafos al m de equipamentos do antigo laborat rio fotogr fico da institui o Esses objetos ainda est o sendo pesquisados mas ap s a realiza o do invent rio constatamos que foram adquiridos a partir de meados do s culo XX de fabricantes su os Mettler Instrumente AG norte americanos Beckman Instruments INC Hewlett Parckard entre outros e japoneses Toa Eletronics Ltda Minolta Camera Co Ltd Merecem destaque 189 os equipamentos fabricados no Brasil pela Gepeto Eletr nica Ltda e pela C G LTDA al m de equipamentos produzidos pelo pr prio IEN Foram tamb m doados alguns cat logos de fabricantes Os objetos doados pelo CETEM formam um grupo com 35 itens e juntamente com os anteriores respondem pol tica institucional de incorporar ao acervo museol gico do MAST objetos n o mais em uso em in
279. s les es macro e microsc picas associadas ingest o cr nica de bebidas alco licas Al m disso buscamos trabalhar com temas referentes ao combate ao tabagismo atrav s da demonstra o das altera es macrosc picas em pe as de pulm o principalmente Desta forma estamos segundo Philip Kotler utilizando o marketing social como uma estrat gia de mudan a de comportamento O marketing social segundo Kotler ocupa se em persuadir tamb m mas n o quanto ao consumo e sim no sentido de alterar cren as atitudes valores ou comportamentos o conjunto de atividades que visam ensejar e aumentar a aceita o de uma ideia ou pr tica social no seio de um determinado segmento social Citamos ainda o conceito de marketing social de Machado Neto O marketing social uma estrat gia de mudan a de comportamento Combina os melhores elementos das abordagens 6 MACHADO NETO M N Marketing Cultural das praticas a teoria p 65 68 tradicionais de mudanga social num esquema integrado de planejamento e a o aproveitando os avan os da tecnologia das comunica es e a capacidade de marketing 2 3 Museu da Patologia online Al m da estrat gia de divulga o mencionada no item anterior buscamos alternativas para quebrar as barreiras do tempo espa o dos hor rios de visita e da comunidade local optamos com o uso da internet abrir as janelas do ciberespa o para o fluxo de informa es divulga
280. se refor a a necessidade de a es integradas para recupera o e conserva o do conjunto tombado O plano prev um potencial construtivo para cada rea e sugere como principal contrapartida a implanta o do projeto paisag stico Para orientar a gest o do plano o campus foi subdividido em quatro setores paisag sticos que ser o reconfigurados no momento de execu o das novas edifica es em cada uma das reas de expans o e ou reordenamento 5 Cabe assinalar que em 2007 o MAST promoveu um concurso p blico organizado pelo IAB RJ para a escolha do projeto paisag stico do Campus Iniciativa muito importante para a implementa o do PD ON MAST e Diretrizes para os Acessos e Circula o e Estacionamentos e Diretrizes para Sinaliza o e Interpreta o dos Espa os do Campus e Diretrizes para o Projeto Paisagistico e Integra o dos Espa os e Diretrizes para as Edifica es A implanta o do projeto paisag stico foi considerada a o estrat gica para o Campus ON MAST Na avalia o do plano diretor a elabora o desse projeto era fundamental para articula o das diversas a es previstas para permitir o adequado aproveitamento das reas de expans o para propiciar a integra o dos diferentes espa os que comp em o conjunto tombado Complementarmente o projeto paisag stico poderia contribuir para a sustentabilidade ambiental do campus e de modo mais amplo para a perman nc
281. seando Luiz Gonzaga Adeus Leblon Copacabana Icara T em Vassouras Mas n o vou ficar aqui A iniciativa do IPHAN em tombar pequenos centros fundamental para a compreens o de nossa forma o enquanto na o Contudo a instala o de escrit rios que frutifiquem pol ticas p blicas de preserva o esbarra em algumas quest es de urgente solu o o or amento destinado institui o para fazer frente demanda no territ rio nacional a car ncia permanente de concurso para aparelhamento institucional principalmente nas pontas a distribui o das verbas entre outros A legisla o de incentivo fiscal Pronac n o consegue atender s necessidades desses centros urbanos Os motivos est o ligados por um lado a aus ncia de projetos para o Fundo Nacional de Cultura por parte das prefeituras que carecem de alterar sua postura diante de seu patrim nio e ou da documenta o necess ria al m da car ncia de pessoal habilitado Por outro lado pelo desinteresse dos mecenas em investir em cidades cujo retorno n o as atraem Nesse sentido seria determinante que o PRONAC dispusesse de mecanismos mais eficientes para conquistar investimentos para essas reas Uma ideia poderia ser a cria o de um maior desconto no imposto de renda para os investidores que aplicassem recursos para recupera o e manuten o de im veis em conjuntos tombados com menor n mero de habitantes tornando mais atra
282. sede na Cidade Universit ria e a Vila Penteado S o exemplares de interesse arquitet nico de grande signific ncia n o apenas para a USP mas para a arquitetura brasileira um privil gio que implica por m responsabilidades pois a Faculdade tem a obriga o de zelar da melhor maneira poss vel por eles atuando de modo irrepreens vel no que diz respeito ao m todo e procedimentos Esses edif cios s o representantes insignes de momentos distintos da hist ria arquitet nica de S o Paulo a Vila Penteado foi projetada por Carlos Ekman e exemplar raro de arquitetura residencial da virada do s culo XIX para o XX conclu da em 1902 pois um dos poucos edif cios residenciais filiado ao movimento secess o vienense que sobrevive na cidade o edif cio projetado por Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi terminado no final dos anos 1960 um dos expoentes do brutalismo da chamada escola paulista S o ainda documentos de enorme relev ncia portadores de conhecimentos em v rios campos do saber e associados a fatos de grande import ncia passados e presentes fazendo com que essas obras sejam significativas tamb m por aspectos memoriais e simb licos O grupo desenvolveu numa primeira etapa trabalhos paralelos que depois foram aprofundados nas etapas sucessivas Foi feito inicialmente um estudo de cronologia desses edif cios ou melhor de como as fun es foram distribu das no espa o com o int
283. senta o 96 5 CONSELHO GESTOR DO PAC COL NIA Resolu o N 2 de 15 de Dezembro de 2008 de restri es e orienta es claras para as quest es de interesse patrimonial sem entretanto impedir a criatividade dos profissionais e a necess ria flexibilidade do processo de an lise e desenvolvimento de propostas de interven o sobre o s tio As orienta es espec ficas no tema da preserva o patrimonial integram se s orienta es de outros temas como mobilidade paisagismo desenho urbano bem como ao desenho do instrumento e seu aprimoramento cont nuo com foco em sua efetividade Considera se que os aspectos acima trazem uma contribui o pr tica regulat ria em estrat gias de conserva o do patrim nio cultural e ambiental A Fiocruz devido sua experi ncia neste tipo de atividade complexidade deste trabalho e necessidade de envidar esfor os integrados tamb m assumiu o compromisso a partir da cess o da rea do CFMA de participar e promover a es destinadas preserva o e salvaguarda das edifica es em sua rea e no N cleo Hist rico Rodrigues Caldas bem como das outras edifica es da antiga col nia Juliano Moreira consideradas Patrim nio Cultural de Sa de Uma a o determinante para o cen rio futuro da regi o que se deu em paralelo ao desenvolvimento do Plano Diretor foi o desenvolvimento do Plano de Ocupa o da antiga col nia e o inicio efetivo do P
284. sente no quotidiano da cidade Figura 02 Vista a rea do Campus na virada do s culo XX para o XXI que revela o processo mais recente de ocupa o do Campus Fonte DAD Fiocruz Figura 03 Vista do Campus Fiocruz Manguinhos desde o pr dio da Expans o da Fiocruz Fonte Equipe Laurd 2009 Seu acervo arquitet nico e paisag stico de reconhecido valor hist rico e cultural vem sendo desde a d cada de 1980 objeto de a es de preserva o empreendidas pela pr pria institui o que por outro lado vive momentos de expressiva expans o de suas atividades apontando portanto para a necessidade de revis o de seus espa os livres e constru dos de modo criterioso Nesse contexto o POAP Manguinhos assume papel de extrema import ncia no processo constante de preserva o do acervo arquitet nico e paisag stico e visa atuar na esfera da valoriza o por meio da requalifica o do patrim nio arquitet nico e paisag stico existente sob diversos aspectos e da regula o sobre novas interven es de modo a garantir a manuten o dos valores intr nsecos de seus acervos atuais e futuros 1 0 PROCESSO DE FORMA O DO CAMPUS FIOCRUZ MANGUINHOS E A CONSTITUI O DE SEU ACERVO ARQUITET NICO E PAISAG STICO A Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz tem origem no Instituto Soroter pico Federal ISF fundado em 25 de maio de 1900 em terras da antiga Fazenda de Manguinhos desapropriada em 1892 pelo Governo Fede
285. sso ao acervo do patrim nio cient fico e cultural da Fiocruz e e Fiocruz Saud vel que tem entre os seus objetivos a integra o de a es 77 de infraestrutura e a busca de seu alinhamento junto aos objetivos macro estrat gicos da Fiocruz a elabora o e a implementa o do Plano Diretor de Ocupa o do Campus da Fiocruz em Manguinhos tendo como etapas preliminares o plano de diretrizes urban sticas o plano de preserva o ambiental e o plano de preserva o da rea de interesse hist rico que neste caso e num primeiro momento se traduz no POAP Fiocruz Manguinhos A partir dessas inser es e da sua premissa b sica o POAP deve resultar num termo de compromisso ampliado que alia orienta es dos rg os de prote o do patrim nio com as 78 metas institucionais da Fiocruz e tem como principais objetivos e Propor diretrizes para assegurar a preserva o da rea de influ ncia dos bens tombados e garantir a preserva o do patrim nio arquitet nico e paisag stico propondo a es de curto m dio e longo prazo e Propor a es para garantir a legibilidade a mobilidade e a acessibilidade no campus e mais especificamente na rea foco do POAP e Alcangar a compatibilidade entre a expans o do campus e a preserva o e a recupera o das edifica es tombadas e de suas reas de influ ncia assim como de outros bens que no futuro possam vir a ser protegidos oficialmente Pa
286. ssourense passou a publicar uma s rie de reportagens assinadas colabora o de Ant nio Dias Rosa Dentre os termos utilizados est o lugar comum de se responsabilizar o IPHAN entravaram lhe o progresso impuzera lhe mais de cem anos de atraso Correio de Vassouras 20 01 1963 p 1 Um dos artigos cita as obriga es do citado rg o no processo de tombamento como a notifica o pr via dos propriet rios dos im veis garantindo lhes assim o direito de resposta e questionamento Como se tratava de um conjunto a notifica o em quest o deveria ser C mara e ao Prefeito e n o aos propriet rios isoladamente situa o questionada pelo o autor que por esse motivo se insurgia Assim sendo o meu conselho aos prejudicados notadamente aqueles que est o sendo apouquentados pelos fiscais do DPHAN exigir deles a prova do regular e legal tombamento e se n o derem essa prova devem mand los pentear macacos 2 JORNADA RETOMANDO O DESAFIO Foi nesse rico e diverso patrim nio que o IPHAN instalou seu ET em 04 02 1984 cujo Plano de Trabalho foi submetido 6 DR tr s meses depois propondo 04 reas de atua o bem distintas 1 Administrativo Conv nios Orienta o comunidade Vistoria e fiscaliza o 2 Mem ria e Preserva o Registro da 43 mem ria e hist ria regional Cadastro da mem ria arquitet nica Debates sobre a interven o em bem tombado Estreitar a o junto
287. stitutos do MCT Foram selecionados objetos provenientes de algumas das reas t cnicas de atua o do instituto como an lise qu mica processos eletrol ticos processos pirometal rgicos processos por extra o por solventes onde destacamos balan as 190 analisadores de gua medidores de ph condutiv metro dentre outros S o objetos fabricados a partir de meados do s culo XX e encomendados nos EUA Alemanha e Holanda dentre outros pa ses Em 2007 foi recebida a doa o de um espectr metro do Instituto de F sica da UFRJ utilizado pelo Prof Joaquim da Costa Ribeiro e mais recentemente em 2009 foi incorporado um acelerador linear de part culas procedente do Centro Brasileiro de Pesquisas F sicas CBPF MCT Em 2011 est em processo de doa o por esse mesmo instituto de conjunto de objetos utilizados por pesquisadores importantes como C sar Lattes 3 PROCEDIMENTOS DE PRESERVA O PARA COLE ES CIENT FICAS NO MAST O primeiro momento em qualquer processo de preserva o constitui se em conhecer o que se quer preservar Assim no MAST identifica se a partir de 1993 um movimento para o registro sistem tico dos objetos de C amp T pertencentes ao seu acervo museol gico Esse trabalho desenvolvido sobre a cole o refere se al m do registro cataloga o conserva o pesquisa e dissemina o de seus objetos Foi desenvolvida uma metodologia de documenta o espec fica para objet
288. storiador de cole es e museus de hist ria natural desenvolve estudos sobre a hist ria dos museus a partir dos objetos existentes em suas cole es Utiliza para isso o conceito proposto pela antropologia da biografia cultural dos objetos Para o autor o momento mais importante nessa biografia seria o da sua incorpora o por uma institui o museol gica A esse momento n s denominamos momentu museologicum no qual o objeto perde seu valor funcional e de uso e assume novos valores e significados no mbito da institui o Museu Utilizando essas duas concep es como base foi realizado um estudo in dito no Brasil de constru o da trajet ria da cole o de objetos de C amp T do Observat rio do Valongo em disserta o recentemente defendida no PPG PMUS Numa outra frente de pesquisa do GPPAC foram avaliados modelos de leitura para objetos culturais propiciando um melhor entendimento sobre cultura material sobre a quest o da interpreta o de objetos musealizados e permitindo ampliar o conhecimento sobre os artefatos trabalhados e seus fabricantes Os estudos nessas diversas frentes de pesquisa se articulam de forma a produzir uma sinergia que multiplique os resultados alcan ados em cada projeto No momento est o sendo desenvolvidos os seguintes estudos de interesse para o tema Valoriza o do Patrim nio Cient fico e Tecnol gico Brasileiro Musealiza o como Processo Informacional
289. strat gia de ocupa o e gest o territorial Luis Carlos Soares Madeira Domingues La s Camaz Vinhosa e Maria Cecilia Benites INTRODU O As experi ncias de planejamento territorial sobre reas que apresentam caracter sticas especiais quanto ao patrim nio cultural e ambiental devem responder aos desafios de sua preserva o como parte de uma pol tica que estabele a a prote o unificada dos interesses culturais est ticos ecol gicos e sociais do respectivo territ rio 81 A Funda o Oswaldo Cruz Fiocruz recebeu recentemente do Governo Federal uma rea onde est sendo implantado o Campus Fiocruz da Mata Atl ntica CFMA que apresenta excepcionalidades quanto ao patrim nio ambiental e cultural Os desafios sua preserva o refletem a tens o entre a expans o da cidade e a preserva o da floresta cont gua ao Campus e o patrim nio cultural existente no Campus e seu entorno A implanta o em curso de um grande programa p blico de urbaniza o e a previs o de novos empreendimentos imobili rios nesse contexto tendem a valorizar a terra e estimular o adensamento 82 dos assentamentos j existentes aumentando a press o sobre o patrim nio ambiental e cultural O Campus um dos setores da antiga col nia Juliano Moreira resultado do processo de municipaliza o iniciado nos anos 1990 que deflagra um processo de planejamento e a o interinstitucional cujas etapas subsequentes de
290. struturados Uso e Ocupa o do solo Patrim nio Ambiental Patrim nio Cultural Sistema Vi rio e Mobilidade Paisagismo Ilumina o P blica Energia gua Res duos Edifica es e Seguran a Essa estrutura responde tamb m necessidade de atender s especificidades institucionais da Fiocruz sua voca o orientada sa de pesquisa ensino e preserva o da biodiversidade e do patrim nio cultural bem como a inten o de definir com clareza as compet ncias de cada uma destas tem ticas ao mesmo tempo em que promove sua interdepend ncia e a possibilidade de cont nua atualiza o com contribui es das diferentes unidades da Fiocruz Introdu o xi 7 Proposta de Uso e tati Diretrizes e Normas espec ficas por eixo tem tico Patrim nio Ambiental Refer ncias Patrim nio Cultural Internas niamentos E edo ee e Mobilidade po aisagamo Ilumina o Publica Energa Agua jaca hte Avalia o e Edifica es Atualiza o Bibliografia Legisia o Memoria continua Indicadores Normas Brasileiras e intemacionais Seguran a N UsoeOcupa odoSoo Fases de Implanta Diretores de outros campi Gest o do PD Estrutura de Gest o do plano SGA SIG outros Figura 05 Estrutura do Plano Diretor Fonte FUNDA O OSWALDO CRUZ Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Plano Diretor do Campus Fiocruz da Ma
291. t ent o de car ter exclusivamente rural e pouco articulada aos demais centros urbanos da cidade apresentava se como espa o apropriado para a instala o da nova institui o que preconizava o isolamento como modelo de assist ncia psiqui trica A antiga col nia agr cola por muito tempo foi refer ncia nacional em aten o Sa de Mental Dos anos 1920 aos 1980 funcionava como destino final para pacientes considerados irrecuper veis e na d cada de 1960 chegou a abrigar cerca de 5 000 pessoas Principalmente nas ltimas d cadas suas terras foram alvo de ocupa es diversas Cerca de 10 da rea atual formada por uma densa favela rea extramuros por outro lado aproximadamente 50 integra uma reserva de mata atl ntica Ap s a municipaliza o o equipamento de aten o sa de mental passou a chamar se Instituto Municipal de Assist ncia Sa de Juliano Moreira e abriga hoje cerca de seiscentos pacientes O processo de municipaliza o da Col nia Juliano Moreira definiu uma profunda negocia o sobre a regulariza o das ocupa es que esse pr prio da Uni o Federal abriga e as responsabilidades das institui es cession rias sobre suas reas 83 A principal etapa desse processo no que se refere sua municipaliza o preserva o destina o e jurisdi o patrimonial sinalizou os procedimentos decorrentes que compreendem aspectos sociais jur dicos de seguran a e de fiscal
292. t rio para pesquisas al m da principal biblioteca com cerca de 1 600 t tulos especializados em bot nica arquitetura e paisagismo Suas caracter sticas est tico estil sticas no entanto deixam a desejar em rela o aos demais edif cios modernos da institui o ae Marcenaria Local emblem tico devido sua eterna fun o constru da para abrigar as m quinas de carpintaria e marcenaria Desde 1988 e com 21m este local produziu 90 das pe as forros mobili rio chassis das telas entre outros artefatos existentes no SRBM Ainda hoje antigos funcion rios nela trabalham para a manuten o e conserva o das estruturas arquitet nicas Casa de Pedra Para servir de pouso e moradia tempor ria Guilherme Siegfried Marx irm o e s cio de Roberto construiu com pedras lavradas da 136 3 A publica o Tesauro para Bens M veis e Integrados cont m um conjunto de termos e classifica es que visa a uma correta identifica o e indexa o dos bens culturais do IPHAN regi o uma pequena resid ncia de 107m2 Deste local foi administrado o S tio e seus neg cios particulares antes de se tornar institui o p blica 2 2 As Bibliotecas Na ltima contagem realizada nas bibliotecas do S tio Roberto Burle Marx foram confirmados 2 634 t tulos catalogados por assunto e em torno de 250 novos t tulos n o catalogados Divididos em espa os distintos Ateli e Administra o os livros est
293. t rio como ao acondicionamento desses acervos Isto evidencia a necessidade da troca de experi ncias e impress es entre seus pares O planejamento atrav s de planos integrados de conserva o um instrumento 12 fundamental que precisa ser inclu do na gest o institucional O encontro cient fico foi realizado nos dias 18 a 20 de agosto de 2011 na cidade do Rio de Janeiro O evento ocorreu no mbito da primeira edi o da Semana do Patrim nio Fluminense Nos dois primeiros dias do evento foram realizadas tr s mesas redondas e uma confer ncia magna compostas por palestrantes convidados al m de uma sess o de p steres as quais ocorreram no audit rio da Funda o Casa de Rui Barbosa no bairro de Botafogo No terceiro dia foi organizada uma visita ao campus da Fiocruz em Manguinhos para o fechamento do evento O objetivo desse passeio guiado foi apresentar o s tio e as edifica es hist ricas da institui o Os palestrantes foram escolhidos por sua contribui o na pr tica e na reflex o sobre a conserva o do patrim nio em diferentes escalas desde munic pios campi cient ficos e tecnol gicos edifica es hist ricas at cole es cient ficas A tarefa de preservar e conservar documentos de interesse cultural cient fico envolve tanto cuidados com sua estrutura f sica como com seu significado cultural O plano integrado de preserva o pressup e a cria o de um planejamento da conserva
294. ta Atl ntica Rio de Janeiro 2009 A procura por um equil brio entre a expans o das reas constru das e a preserva o do n patrim nio ambiental cultural e paisag stico do lugar foi observada em grande parte dos planos consultados que consideram os sistemas naturais e a paisagem cultural como a base do sentido do lugar e prev em seu crescimento entendendo as edifica es como parte da paisagem contribuindo com a mesma privilegiando os deslocamentos de pedestres Estes exemplos auxiliaram na ado o de par metros urban sticos diferenciados para as distintas quadras do CFMA de maneira que fosse otimizada a ocupa o e ao mesmo tempo conservadas as caracter sticas fundamentais de cada rea dentro do Campus e sua paisagem 92 Nesse contexto definiram se diretrizes e instrumentos normativos que objetivam garantir um adequado tratamento dos espa os e edifica es de interesse patrimonial refor ando a coer ncia entre a no plano de ocupa o estabelecendo crit rios par metros e usos diferenciados para cada zona Buscou se conciliar a press o urbana e a regenera o da mata com n veis de restri o ocupa o que preserva o dos bens do Campus e de toda a v o diminuindo gradativamente em dire o Col nia Juliano Moreira a rea urbana refor ando a l gica e a fun o de amortecimento entre unidade de O zoneamento foi usado como recurso para se atingirem os objetivos definido
295. tanqueidade da cobertura teve seu estado agravado nos 2 Os dados sobre as obras foram baseados nos jornais de divulga o elaborados pela diretoria FAUUSP Edif cio Vilanova Artigas Reformas programadas e em andamento S o Paulo FAUUSP 2009 Restauro e recupera o no Edif cio Vilanova Artigas no Anexo e no Edif cio Vila Penteado S o Paulo FAUUSP 2009 Restauro e recupera o no Eif cio Vilanova Artigas cobertura S o Paulo FAUUSP 2010 Parte do material pode ser obtida no s tio da FAU nas se es t cnicas de apoio Geef Grupo Executivo dos Espa os F sicos http www usp br fau fau secoes espacos_fisicos index html Acesso em 10 jun 2011 Nos textos estao especificados os autores de cada uma das propostas ltimos anos com um dos est dios o 3 interditado desde 2009 t m sido colocadas redes de prote o sobre alguns trechos de circula o para escudar os usu rios de eventuais desprendimentos do concreto com ferragens processo que depois se estendeu para o Ateli Interdepartamental o Sal o Caramelo e mais recentemente no in cio de 2011 para as rampas e est dios Durante o per odo de dire o de Silvio de Barros Sawaya do final de 2006 ao final de 2010 foram feitas numerosas tentativas de enfrentar esses problemas essas interven es foram feitas por m sem um planejamento cuidadoso por vezes sem um projeto unificador que articulasse as partes os v rios pro
296. te acervo SRBM Loggia Idealizada por Roberto Burle Marx este espa o foi constru do na d cada de 70 para abrigar um ateli de estamparia Na forma de uma loggia este pequeno ateli com arcada em pedra e paredes internas revestidas com azulejo estampado por Burle Marx hoje serve de passagem eventos e contempla o dos visitantes Capela A mais antiga das constru es do SRBM a capela do s culo XVII mais precisamente de 1861 foi constru da por Belchior da Fonseca D ria em homenagem a Santo Ant nio santo de devo o de sua fam lia ainda em Portugal Tipologicamente classificada como igreja colonial da primeira fase do Rio de Janeiro a capela possui altar central e dois pequenos laterais na nave coro com acesso por escada de madeira interna sacristia e sala de votos torre sineira externa na fachada principal esquerda fachada composta por porta central e duas janelas superiores sim tricas e torre sineira frontal junto a lateral esquerda Submetida s poucas obras de restaura o esta constru o ainda mant m caracter sticas originais como alvenaria de pedra estrutura do telhado em madeira e 133 telh o colonial Sempre utilizada como espa o de culto religioso a pequena capela mantida tamb m pela comunidade local que tem acesso livre aos finais de semana Cozinha de Pedra ou Pavilh o e P rgula da Flor de Jade Encomendado aos amigos arquitetos Francisco Haroldo Barroso Beltr o e Rubem Br
297. te de inspira o neocl ssica a Casa de C mara e Cadeia o Banco Comercial 8 Trata se de refer ncia ao not rio arquiteto renascentista italiano Andrea di Pietro della Gondola vulgo Palladio 1508 1580 e Agr cola as resid ncias do Bar o do Ribeir o do Bar o de Vassouras do Bar o de Itamb de Jo o Evangelista Teixeira Leite de Francisco Jos Teixeira e Souza de Caetano Furquim de Almeida entre outras Situadas na rea central nobre em torno da pra a Fig 5 e da igreja algumas mesclavam solu es oriundas de um modo de viver e fazer ainda mineiro revelados por exemplo pela ado o de avarandado na fachada de fundos Figura 5 Vassouras Pra a Bar o de Campo Belo c 1955 Fonte Cole o particular de L cio Corr a e Castro Rompido o bloqueio da pedreira por detr s da Matriz a cidade se expandiu atrav s de uma pequena e estreita rua Fig 6 desembocando em amplo largo diante do monumental port o do Cemit rio da Irmandade de Nossa Senhora Fig 7 Essa rua atendendo ao cortejo f nebre passou a abrigar as casas mais simples geminadas t picas de nossas cidades interioranas Assim a vila passou a conjugar dois cen rios bem distintos cujo limite era o largo inicial dessa ltima rua Junto e a frente da Matriz as boas e honradas fam lias enriquecidas pelo caf aos fundos os mais humildes os profissionais liberais os assalariados Figura 6 Rua Bar o de M
298. tegrada com o desenvolvimento institucional Como inst ncia de discuss o de conte dos tomadas de posi o e defini o das proposi es para a elabora o do POAP foi criado o Grupo Gestor GG que formado por t cnicos da Casa de Oswaldo Cruz em especial do Departamento de Patrim nio Hist rico da Diretoria de Infraestrutura do Campus Dirac da presid ncia da Fiocruz e do Instituto Brasileiro de Administra o Municipal Ibam com encontros semanais ao longo de um per odo que j se estende por mais de um ano Para interagir com os rg os de tutela e com as outras unidades da Fiocruz foi proposto inicialmente o Comit Interinstitucional CI composto pelo GG e por representantes desses rg os e unidades em encontros mais esparsos que a agenda do GG no formato de oficinas de trabalho para discutir e validar as etapas e os resultados do processo em curso Mas o desenvolvimento dos trabalhos j no in cio mostrou que a rela o com os rg os de preserva o deveria se dar de forma mais direta visando uma participa o mais efetiva desses rg os no processo de reflex o e proposi es do plano e que a rela o com as unidades da Fiocruz deveria ser de forma customizada conforme suas especificidades e demandas visto grande diversidade de fun es e de formas de apropria o dos espa os do campus por essas unidades Com nova din mica o POAP ganhou corpo nas discuss es peri dicas tanto c
299. tegrar edif cio hist rico e as cole es que abriga tendo como base 11 O Plano de Conserva o Preventiva segundo a defini o aprovada no Curso Regional Programa o da Conserva o Preventiva em Institui es em Havana 22 de setembro 2000 consiste na concep o coordena o e execu o de um conjunto de estrat gias sistem ticas organizadas no tempo e espa o desenvolvidas por uma equipe interdisciplinar com o consenso da comunidade a fim de preservar resguardar e difundir a mem ria coletiva no presente e projeta la para o futuro para refor ar a sua identidade cultural e elevar a qualidade de vida 12 Ver tamb m http www casaruibarbosa gov br interna php ID S 218 13 Ver tamb m http www getty edu conservation science climate climate component4 html a preven o para minimizar os processos de deteriora o evitar interven es invasivas e garantir a sua transmiss o para as gera es futuras que vem sendo consubstanciados no Plano de Conserva o Preventiva do Museu Casa de Rui Barbosa O Plano de Conserva o Preventiva do Museu Casa de Rui coordenado pelo N cleo de Preserva o Arquitet nica e tem os seguintes objetivos 1 Incrementar e ampliar as a es de preserva o do patrim nio cultural promovendo a interdisciplinaridade e a coopera o com o compromisso de estabelecer a es sustent veis para a preserva o integrada do conjunto 2 Identifi
300. tes de a o de quatro andares importado de Nova York e instalado em 1913 Constitu do de material bibliogr fico diversificado livros peri dicos teses e folhetos o acervo composto por cerca de 40 mil volumes de obras nas reas de hist ria natural ci ncias biol gicas medicina e sa de p blica publicadas entre os s culos XVII e XX 149 150 Figura 4 Vista da rea de acervo da Se o de Obras Raras Fonte Departamento de Patrim nio Hist rico COC 3 A METODOLOGIA UTILIZADA O estado atual de um bem cultural seja ele m vel ou im vel o resultado cumulativo de condi es ambientais passadas e atuais da vulnerabilidade intr nseca dos materiais da presen a de fatores que fomentam a deteriora o do uso e do hist rico das interven es que ele sofreu O conhecimento sobre todos esses fatores fundamental para a defini o de estrat gias para a conserva o dos objetos A partir da metodologia para elabora o de diagn sticos de conserva o desenvolvida pelo GCI que prop e a an lise integrada do macroclima do edif cio das cole es e dos aspectos organizacionais que impactam sobre sua preserva o foi definido pelo grupo um plano de trabalho para o desenvolvimento da pesquisa contemplando tr s etapas principais elabora o do diagn stico de conserva o dos acervos e do edif cio monitoramento ambiental das reas de guarda dos acervos e o estabelecimento de est
301. tigo o papel as a es e os desafios do Escrit rio T cnico M dio Vale do Para ba ETMP na cidade de Vassouras dentro de uma retrospectiva dos seus 24 anos de atua o Em seu artigo Henrique Barandier apresenta sua experi ncia no campo de elabora o e media o das diferentes percep es e expectativas com o desenvolvimento de planos diretores de s tios urbanos com conjuntos tombados como foi o caso do Plano Diretor do campus do Observat rio Nacional e do Museu de Astronomia e Ci ncias Afins no Rio de Janeiro No artigo de Cristina Coelho s o apresentados os primeiros esfor os na constru o coletiva de um plano de ocupa o para a rea de Preserva o do Campus Fiocruz em Manguinhos no Rio de Janeiro A autora destaca a import ncia de atuar na esfera 13 da valoriza o por meio da requalifica o do patrim nio arquitet nico e paisag stico existentes No artigo desenvolvido por Luis Carlos Soares Madeira Domingues La s Camaz Vinhosa e Maria Cecilia Benites apresentado a experi ncia da equipe de relacionar e incorporar a preserva o de preexist ncias ao planejamento territorial de um novo campus o Campus Fiocruz da Mata Atl ntica Os autores defendem uma pol tica que estabele a a prote o unificada dos interesses culturais est ticos ecol gicos e sociais do respectivo territ rio J a gest o do patrim nio paisag stico que integra jardins bot nicos hist ricos abordado no arti
302. timulando o adensamento desses assentamentos e definindo a implanta o de novos assentamentos no interior do setor 2 e no entorno imediato da antiga col nia a press o sobre o patrim nio ambiental e cultural aponta para riscos crescentes A perspectiva de regulariza o fundi ria das fam lias existentes pode significar uma oportunidade de consolidar pactos territoriais importantes no sentido de reverter esse cen rio associado a a es mais espec ficas de recupera o e gest o patrimonial e outras a es de planejamento territorial consolidando a zona de amortecimento do PEPB e do NHRC 3 0 PLANO DIRETOR DO CAMPUS FIOCRUZ DA MATA ATL NTICA primeira etapa do planejamento do Campus foi iniciada em 2003 quando a Fiocruz recebeu a rea do Governo Federal e consistiu na elabora o de um conjunto de estudos e diagn sticos Entre os estudos realizados destacam se os diagn sticos social habitacional ambiental de infraestrutura e o urban stico que incorporou de forma integrada o conte do dos anteriores Estes auxiliaram a defini o das diretrizes de uso e ocupa o para o Campus e dos eixos program ticos de atividades Biodiversidade e Sa de Preserva o do Patrim nio Cultural da Sa de e Fitomedicamentos que conformavam a proposta de diretrizes para o CFMA preliminarmente validada pela Presid ncia j em 2005 Em 2006 iniciou se uma parceria de planejamento entre Fiocruz e a Prefeitura da
303. tiva a a o junto s comunidades detentoras de patrim nio cultural que assistem impotentes ao seu desaparecimento Os t cnicos do IPHAN nesses locais ficam expostos aos argumentos desde os mais incipientes como dos que nos mandam pentear macacos at aqueles que citam investimentos de vulto em im veis isolados situados em centros maiores Sem desmerecer e ou diminuir a import ncia de cada um dos exemplares assim recuperados algumas dessas edifica es consomem valores suficientes para recuperar todo o centro hist rico de Vassouras e ainda sobraria para os im veis isolados na rea de atua o do ETMP Esta reflex o tem por objetivo chamar a aten o para que mecanismos de incentivos fiscais devam e possam ser revistos para atrair mecenas para os pequenos centros hist ricos que clamam por a es urgentes impedindo a agonia de nossa mem ria BIBLIOGRAFIA LAMEGO Alberto Ribeiro O Homem e as Serra setores da evolu o fluminense Rio de Janeiro IBGE 1950 MUNIZ C lia Maria Loureiro Os Donos da Terra Um estudo sobre a estrutura fundi ria do Vale do Para ba Fluminense no s culo XIX Disserta o de Mestrado Niter i Instituto de Ci ncias Humanas e Filosofia Centro de Estudos Gerais UFF 1979 Riqueza Fugaz Trajet rias e Estrat gias de Fam lias de Propriet rios de Terras de Vassouras 1820 1890 Tese de Doutorado Rio de Janeiro Instituto de Filosofia e Ci ncias Sociais
304. to um apelo muito maior para a pesquisa e o desenvolvimento tecnol gico do que um car ter expositivo 161 162 MM Instituto Oswaldo Cruz S ae E Museu da Patologia is urso de Forma o Continuada 3 de peofessores Programa Continuado de reserva o dos acervos pa o n o formal de sino apreecisagem Desenvolvimento de novos m todos m todos i processamento de tecidos que favore am a preserva o de dcidos nuch icos Figura 2 Esquema representando as reas de atua o do Museu da Patologia do IOC com seus respectivos objetivos ou metas Fonte autor Embora os projetos estejam separados por eixo estruturante os resultados alcan ados s o sempre analisados com uma vis o multidisciplinar promovendo o di logo entre as v rias vertentes de atua o Patrim nio Pesquisa Difus o e Populariza o da Ci ncia Ensino e Desenvolvimento Tecnol gico Fig 3 o que favorece o fomento e amplia o do escopo de an lise ou do levantamento de dados individualizados em cada vertente Nesse sentido as atividades desenvolvidas nas tr s cole es que comp em o Museu de Patologia do IOC s o superpostas e interdependentes e seus resultados s o complementares a uma vis o mais global e integradora Por exemplo a pesquisa e digitaliza o dos documentos s o realizadas por representantes das reas de inform tica e de pesquisa biol gica e documental Desta forma os resultados obtidos c
305. to desses dados ratifica as informa es levantadas durante o diagn stico de conserva o do edif cio e dos acervos que indicou a presen a de poeira como uma das quest es preocupantes para todo o conjunto Buscando aproximar mais a an lise do objeto de estudo foi proposta no plano de trabalho da pesquisa uma rotina de monitoramento ambiental do conjunto O monitoramento ambiental compreende o recolhimento e registro de dados relativos aos par metros ambientais em determinado local medidos de maneira sistem tica uniforme e repetitiva A coleta de dados a longo prazo possibilita a identifica o das rela es entre a deteriora o dos objetos e suas causas possibilitando ainda a verifica o da efic cia das solu es de conserva o adotadas para os acervos O Pavilh o Mourisco possui aproximadamente 6 000 m2 de rea constru da e mais de 60 compartimentos Para o desenvolvimento da pesquisa foram definidas reas priorit rias a serem monitoradas Sala da Cole o Entomol gica Biblioteca de Obras Raras sala do acervo sala de duplicatas e sal o de leitura e Sala de exposi o Oswaldo Cruz Foi definido ainda um ponto de monitoramento externo na varanda leste da edifica o Para realiza o do monitoramento vem sendo utilizados equipamentos tipo dataloggers que medem e armazenam dados de temperatura e umidade a cada hora em cada um dos pontos definidos buscando diferentes escalas de observa
306. todo patrim nio cultural passar a ser reconhecido por sua imaterialidade de concreto vai permanecer apenas o suporte dos v rios tipos de patrim nio cultural Com efeito n o nos custa muito admitir este fato j assinalado teoricamente A classifica o do Partenon neste sistema proposto poderia apenas por enquanto ser patrim nio cultural imaterial de suporte perene Haver exemplos de patrim nio cultural imaterial de suporte ef mero Como a palavra imaterial denominador comum constante em todos os casos cabe suprimi la Ent o em vez de classificar os patrim nios culturais em uma de duas categorias material ou imaterial isto ser feito segundo a dura o de seus respectivos suportes materiais num gradiente que vai de entidade a evento e realizando uma divis o tern ria perene tempor rio e ef mero A vantagem desse modo de classifica o que al m de reas semelhantes ao SRBM todo tipo de patrim nio cultural pode ser contemplado encaixado no seguinte quadro TABELA 01 PROPOSTA PARA CLASSIFICA O DO PATRIM NIO CULTURAL SUPORTE A O TEMPO perene conserva o infinito preserva o indeterminado substitui o muito extenso c clico ef mero reedi o m dio prazo difuso EXEMPLO obras de arquitetura escultura pintura etc obras de paisagismo acaraj festa do C rio de Nazar 177 178 5 ELIOVSON S Os jardins de Burle Marx MOTTA F L
307. tol gicas a experi ncia do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz Um Modelo para o Patrim nio Cultural A preserva o de cole es de ci ncia e tecnologia a experi ncia do MAST O Arquivo P blico de Campos dos Goytacazes suas cole es e atividades Beatriz Kuhl Isabel Rocha Henrique Barandier Cristina Coelho Luis Carlos Soares Madeira Domingues La s Camaz Vinhosa e Maria Cecilia Benites Ana Rosa de Oliveira Claudia S Rodrigues de Carvalho Yanara Haas Carla Maria T Coelho Barbara Cristina Euzebio Pereira Dias de Oliveira e Marcelo Pelajo Machado Rob rio Dias Marcus Granato Carlos Freitas 35 35 49 65 79 101 115 129 143 155 169 179 197 Apresenta o Claudia S Rodrigues Carvalho Renato Gama Rosa Costa Constitui uma importante iniciativa tornar dispon vel essa colet nea de artigos de interesse para a rea de preserva o do patrim nio cultural cient fico organizados a partir das palestras apresentadas no Simp sio Fluminense de Patrim nio Cultural Cient fico Esse simp sio foi uma realiza o do N cleo de Estudos de Urbanismo e Arquitetura em Sa de Neuas do Departamento de Patrim nio Hist rico da Casa de Oswaldo Cruz Fiocruz e do Centro de Mem ria e Informa o da Funda o Casa de Rui Barbosa FCRB Em vista da car ncia de publica es sobre planos integrados de preserva o esperamos que essa publica
308. tomar atitudes ampliando se os horizontes e as perspectivas de uma atua o conjunta tendo como base o interesse p blico A a o de planejamento tamb m incorporou diversas escalas de an lise desde a restrita aos limites do Campus at sua rela o com a antiga col nia e a inser o da estrat gia de requalifica o da rea da Col nia e de seu N cleo Hist rico com forte influ ncia nos bairros de entorno e em seu contexto regional j que por exemplo compreende 99 se a import ncia dessa parcela no mbito de um projeto que vise recuperar a mem ria da plan cie dos 11 engenhos que abrange todo a regi o de Jacarepagu A implanta o do CFMA dever se dar a longo prazo mas as interven es do PAC Col nia j est o sendo realizadas e suas transforma es se dar o em at dois anos ou seja at o final de 2013 A r pida transforma o que dever ocorrer na antiga col nia desperta a import ncia de avalia o e monitoramento constante sobre a paisagem e os impactos s cio culturais das mudan as que ocorrer o Nesse contexto a presen a da Fiocruz e o processo gradativo de implanta o do CFMA 100 apontam para um maior controle e mitiga o dos riscos apontados O processo de planejamento interinstitucional que marca a municipaliza o da antiga col nia se renova de forma cont nua e para um futuro pr ximo tende a apresentar resultados relevantes na conserva o do patrim nio am
309. u com interesse para preserva o pelo olhar do DPH 75 Esse panorama demonstra a complexidade que o POAP deve enfrentar tanto no processo de sua elabora o quanto no de sua implanta o e monitoramento 2 0 PLANO DE OCUPA O DA REA DE PRESERVA O DO CAMPUS FIOCRUZ MANGUINHOS POAP Fiocruz Manguinhos A elabora o do POAP Fiocruz Manguinhos vem sendo discutida desde 2008 mas foi em setembro de 2010 que a Casa de Oswaldo Cruz deu in cio efetivo a esse processo que ainda se encontra em curso Conta com a consultoria do Instituto Brasileiro de Administra o Municipal lbam que junto com a Fiocruz vem construindo de forma 76 participativa na institui o e com os rg os de tutela dos bens tombados Iphan e Inepac as diretrizes e as recomenda es que dever o nortear todas as futuras interven es na rea de Preserva o e algumas fora dela em especial as que possam causar impactos a essa rea e aos bens tombados e com interesse para preserva o nela presentes Sob coordena o geral da COC o processo de elabora o do POAP se organiza em inst ncias diferenciadas de atua o que v m ao longo do processo sofrendo constantes avalia es e reformula es na busca cada vez maior de uma constru o transparente e colaborativa que resulte em corresponsabilidades na gest o por um campus culturalmente valorizado que preserva os suportes de sua mem ria inscrita no territ rio de forma in
310. u permanentes abertura da biblioteca especializada para todo e qualquer interessado realiza o de atividades educativas e de difus o do conhecimento cient fico nas reas de interesse das duas institui es A voca o cient fica e tecnol gica do Campus ON MAST resulta de sua condi o de p lo de produ o do conhecimento particularmente nas reas de astronomia geof sica hist ria da ci ncia preserva o de acervos e educa o em ci ncia e no campo da metrologia de tempo e frequ ncia pela atribui o do Servi o da Hora do Observat rio Nacional de gera o da Hora Legal Brasileira e certifica o eletr nica de documentos 3 A CONSTRU O DE CRIT RIOS GERAIS PARA INTERVEN O NO CAMPUS ON MAST As demandas do ON e do MAST por novos espa os constru dos exigiram a constru o luz dos valores e voca es do Campus de crit rios gerais para futuras interven es Ressalte se que as expectativas expressas no mbito do processo de elabora o do plano diziam respeito a necessidades objetivas de ON e MAST para realiza o em boas condi es tanto das atividades que j acontecem no Campus bem como de outras atividades relacionadas s perspectivas de expans o e diversifica o de suas atividades Foram compreendidas portanto como leg timas aspira es das institui es para cumprimento de suas miss es tendo sido assimiladas no plano aquelas compat veis com as voca es do C
311. ue promovem uma ocupa o de baixa densidade taxa de ocupa o m dia de 35 e ndice de aproveitamento do terreno m dio de 0 95 baixo ndice de impermeabiliza o do solo 50 nas reas mais adensadas afastamentos amplos que viabilizam ventila o e arboriza o dos espa os entre os edif cios e gabaritos de no m ximo tr s andares com pilotis para evitar impacto na paisagem garantindo a continuidade do verde com a cria o de corredores ecol gicos a ameniza o do clima atrav s de barreiras vegetadas e facilitando a implanta o de um campus predominantemente pedestre Somam se s reas do CFMA duas reas no Setor 2 da antiga col nia indicadas no mapa de zoneamento como Reserva de rea para uso institucional Fiocruz equipamento p blico cont guas ao Campus e geridas atualmente pela Secretaria Municipal de Sa de que podem servir a atividades da Fiocruz e ou institui es parceiras A cess o dessas reas com usos predefinidos estrat gica para o Campus para a Col nia e para a cidade pela sua dimens o e localiza o ao definir usos que podem superar demandas sociais importantes atuar como amortecimento em rela o rea ocupada de entorno e para a institui o por serem reas planas para ocupa o intensiva aumentando a rea edific vel e a capacidade de amplia o das atividades institucionais sem pressionar reas ambientalmente mais fr geis Com a implanta o
312. uidades e descontinuidades perman ncias e rupturas em que n o existem certezas absolutas Essas atividades foram aplicadas em eventos destinados ao p blico em geral cinco edi es consecutivas do Fiocruz pra Voc e na edi o 2009 da Feira Nacional de Ci ncia e Tecnologia e algumas delas j se encontram disponibilizadas no espa o professor de nosso site http museudapatologia ioc fiocruz br 2 2 Divulgagao do Museu da Patologia do 10C em eventos de cient ficos e em eventos abertos a comunidade Adotamos como estrat gia para divulga o das informa es arquivadas nos acervos pertencentes ao Museu da Patologia do IOC a participa o em eventos cient ficos tanto da rea de divulga o e comunica o cient fica como em eventos abertos comunidade leiga Nesse sentido estamos ampliando a visibilidade das Cole es e do Museu bem como contribuindo com o fomento a pesquisa cient fica nos acervos parcerias formadas em eventos cient ficos com p blico especializado biol gicos e documentais bem como a divulga o e populariza o da ci ncia em nossa rea de trabalho Para tanto j participamos de seis edi es 165 consecutivas do Fiocruz pra Voc 2006 2011 em uma edi o da Semana Nacional de Ci ncia e Tecnologia 2009 e em tr s exposi es organizadas pela Casa de Oswaldo Cruz exposi o da Semana do Patrim nio de 2009 Exposi o de Longa Dura o Carlos Chagas
313. uito de compreender de que modo os edif cios foram ocupados ao longo do tempo Essa etapa foi essencial para sistematizar e sintetizar graficamente informa es esparsas permitindo um melhor entendimento das formas de ocupa o dos pr dios que por sua vez forneceram elementos para na etapa sucessiva elaborar an lise mais acurada da caracteriza o da composi o dos pr dios das formas de articula o de seus espa os de modo a que esses elementos caracterizadores venham a ser respeitados em interven es Essas an lises s o parte integrante do processo de aprofundamento cognitivo em rela o s obras e devem fazer parte de qualquer a o Foi elaborada ainda uma linha do tempo em que foram 8 O Condephaat foi membro institucional do Icomos Brasil pelo menos at a ltima lista divulgada pela institui o em 1999 Atualmente apenas a lista dos membros individuais est dispon vel no s tio do Icomos Brasil Na consulta feita ao s tio do Condephaat n o aparece nenhuma men o ao Icomos lt www cultura sp gov br gt Acesso em 14 jun 2011 9 Para a an lise do papel das cartas patrimoniais interpreta o circunstanciada dos artigos da Carta de Veneza e bibliografia sobre o tema ver KUHL Beatriz Mugayar Notas sobre a Carta de Veneza Anais do Museu Paulista S o Paulo vol 18 n 2 p 287 320 Dez 2010 Tamb m dispon vel em http www scielo br scielo php script sci_arttext amp pid
314. um centro de visitantes e um pr dio que abrigue sua biblioteca j sem qualquer possibilidade de expans o no pr dio sede As obras do pr dio da biblioteca se iniciar o ao final de 2010 com previs o de inaugura o para 2012 O MAST apresenta hoje uma estrutura organizacional com quatro coordena es t cnicas Museologia Educa o em Ci ncias Hist ria da Ci ncia Documenta o e Arquivo e a seguinte miss o institucional Ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento cient fico e tecnol gico por meio da pesquisa preserva o de acervos divulga o e hist ria da ci ncia e da tecnologia no Brasil Realiza pesquisas nas reas de Museologia e Patrim nio Educa o em Ci ncia e Hist ria da Ci ncia e nesse mbito a partir dos projetos desenvolvidos estabelece parcerias para o desenvolvimento de cursos de P s Gradua o lato e stricto sensos No primeiro caso trata se dos cursos de especializa o em Preserva o de Acervos de Ci ncia e Tecnologia PPACT e Divulga o da Ci ncia da Tecnologia e da Sa de No segundo caso destaca se o pioneiro Programa de P s Gradua o em Museologia e Patrim nio mestrado e doutorado que a UNIRIO e o MAST realizam em parceria A institui o assim afirma se como p lo 187 importante na forma o de pesquisadores em suas reas finalistas A partir de suas iniciativas o MAST adquire abrang ncia nacional funcionando como um centro produtor d
315. us pavilh es de origem sem que a eletr nica tenha transformado as caracter sticas originais de utiliza o desses objetos antigos As edifica es que constituem um conjunto de exemplares t picos do programa arquitet nico da rea de astronomia e da produ o arquitet nica dos primeiros anos do s culo XX est o bem preservadas em sua concep o original necessitando em alguns casos de restaura o ou de interven es menos intensas que viabilizem a sua melhor preserva o para as gera es futuras Quanto aos arquivos o trabalho de capta o e tratamento foi cont nuo desde a cria o do Museu partindo inicialmente do recolhimento da documenta o de valor hist rico existente no campus que se encontrava dispersa em diferentes edifica es Em seguida foram sendo formados outros fundos atrav s de doa es espont neas de cientistas e seus herdeiros bem como por doa es intermediadas por pesquisadores de diferentes institui es As cole es museol gicas foram formadas a partir dos objetos provenientes do Observat rio como j mencionado e come aram a ser trabalhadas sistematicamente a partir de 1993 quando foi iniciado o registro e a conserva o dos objetos seguindo padr es museol gicos internacionais Posteriormente objetos provenientes de outras institui es de pesquisa do MCT foram incorporados ao acervo ampliando significativamente o conjunto preservado O MAST no decorre
316. useu tem coletado objetos pertencentes a institutos de pesquisa do MCT que s o provenientes da segunda metade do s culo XX e de reas como a Engenharia Nuclear e a Tecnologia Mineral importante destacar a grande variedade e elevada qualidade dos objetos origin rios do Observat rio Juntamente com instrumentos que podem ser encontrados em institui es e museus similares telesc pios teodolitos c rculos meridianos tr nsitos rel gios de precis o magnet metros instrumentos de meteorologia comparadores etc o MAST preserva alguns instrumentos muito particulares por exemplo o mar grafo previsor de mar s de Kelvin o analisador de Henrici o instrumento de Salmoiraghi para determinar a equa o pessoal instrumentos para instalar fios de teia de aranha em ret culos m quinas de divis o e outros instrumentos especiais Pelo menos um instrumento do Museu nico um altazimute do final do s culo XIX inventado pelo astr nomo Emanuel Liais e fabricado nas oficinas de Jose Hermida Pazos no Rio de Janeiro Esse instrumento ganhou v rios pr mios em diversas exposi es no Brasil e na Europa Os fabricantes representados nesse conjunto da cole o do MAST est o entre os mais famosos e h beis da Europa e representam os nomes de maior prest gio na ind stria de precis o da poca Exemplificando alguns dos fabricantes pode se citar Brunner Fr res magnet metros c rculos meridianos e teodolito
317. uta no caminho da boiada 12 Tanto o Arquivo P blico Municipal hoje no ETMP quanto o Arquivo do Judici rio na Universidade Severino Sombra guardam mem rias de casos quase inacredit veis para o per odo como o da senhora e depois de sua filha que divorciadas passaram a exigir pens o aliment cia Ou do marido tra do pela esposa com um de seus escravos que provavelmente provocou aborto por n o saber de quem era o filho al m de diversos casos envolvendo escravos e senhores e de como seu deu cabo ao facinora Cigano Beijo 13 Esse caso entre outros est descritos em Rocha 2002 14 N o claro se o cronista colaborador do jornal ou se o artigo foi feito com a sua colabora o 15 CORREIO DE VASSOURAS p 1 A paisagem urbana edificada durante o imp rio foi cen rio e palco de tantos dramas entre eles casamentos div rcios e adult rios heran as disputadas por herdeiros ou ainda m dicos cobrando tratamentos n o realizados no falecido e credores suspeitos termos de bem viver para vizinhos e desafetos o negociante que no final da vida confessou ser judeu e n o pode ser enterrado no cemit rio do bar o que preferiu a negra e imp s sua presen a entre a elite local os vereadores que faltavam s sess es lan ando m o das desculpas mais inusitadas O tombamento formalmente informado C mara Municipal n o provocou rea es p blicas at 1963 quando o Correio Va

Anais Simpósio Fluminense de Patrimônio Cultural e Científico

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