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Direitos Humanos, Uma paixão Refletida

1. em determinado momento a burguesia brasileira realizou seu movimento hist rico de uma forma que especificamente contra revolucion ria em termos do padr o democr tico burgu s cl ssico de revolu o nacional burguesa FERNANDES 1976 310 grifos no original Conclusao Podemos concluir que a passagem da Casa Grande a ordem social competitiva nao incluiu uma ruptura capaz de redefinir a natureza da competic o capitalista Nao veio atrav s de uma revoluc o econ mica e social mas foi sempre regulada por fatores que a impediam de sair do controle das classes dominantes A ordem social competitiva foi gestada a partir da Casa Grande e por isso teve que compactuar com esta atrav s de uma permanente unidade contradit ria dos princ pios de regula o social assim que se pode entender o Brasil moderno tanto no plano da sociedade quanto no do Estado No plano da sociedade permanecem aspectos sociais e econ micos cuja raz o de ser remontam Casa Grande Permanece o padr o dependente de desenvolvimento capitalista e a situa o interna sempre r gida demais para dar conta da instabilidade externa Mesmo no lado ideol gico vislumbramos a Casa Grande por todos os lados Se Gilberto Freyre come ou da Casa Grande e senzala e depois passou Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 235 aos Sobrados e mucambos hoje ainda poderia escrever algo como Salas de estar e depend ncias de emp
2. Considero a quest o como combater a viol ncia respeitando os direitos humanos como uma quest o falsa j que o pr prio desrespeito aos direitos humanos que gera a viol ncia Em primeiro lugar cabe a cr tica ao termo viol ncia principalmente express o viol ncia urbana que o soci logo franc s Loic Wacquant classifica como puro artefato burocr tico desprovido de coer ncia estat stica e de consist ncia sociol gica como instrumento de reconvers o e legitimac o do trabalho de vigil ncia policial De fato essa palavra viol ncia mistura tudo e qualquer coisa e quem participa de debates como esse sabe muito bem disso Por viol ncia pode se entender qualquer tipo de crime o tr fico por exemplo ou apenas os crimes que utilizam a for a f sica ou amea a de for a f sica caso em que o tr fico n o seria um crime violento Mesmo dentre os crimes que utilizam a for a f sica pode se fazer uma distin o entre os dolosos e os culposos caso em que por exemplo um atropelamento pode ou n o ser considerado viol ncia E ainda existe a viol ncia dom stica viol ncias fora do mbito criminal a chamada viol ncia estrutural com ou sem uso de for a f sica de cima para baixo ou de baixo para cima individual ou coletiva A viol ncia das revoltas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 91 92 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS populares como as
3. 228 HI OUTROS TRABALHOS processo foram os fazendeiros do Vale do Para ba ou os antigos senhores de engenho nordestinos O elemento t pico do segundo processo foi o fazendeiro de caf do Planalto Paulista FERNANDES 1976 155 Este senhor ao qual se pode chamar revolucion rio adapta se ao que lhe determinado de fora e se transforma em burgu s assumindo a partir de um padr o de domina o pessoal e pol tica o papel de baluarte da livre iniciativa e da empresa privada Mas antes de explicitarmos as consequ ncias desse processo ser interessante analisarmos seus aspectos ideol gicos Como j foi explicitado acima os setores constitu dos por homens livres desenvolveram suas atividades nas brechas da r gida rela o senhor escravo Isso gerava uma ambig idade com rela o posi o dos setores m dios Se por um lado a baixa elasticidade da ordem escravocrata lhes tolhia a iniciativa e oportunidade por outro as oportunidades que de fato surgiam dependiam da prosperidade do senhor Alie se o fato de que como os senhores n o se constitu am em estamento fechado ao homem livre sempre existia a possibilidade de se transformar em senhor Inclusive muitos dos representantes dos setores m dios profissionais liberais funcion rios p blicos jornalistas provinham de fam lias senhoriais Da resultou a forma espec fica de liberalismo brasileiro A escravid o se
4. Cidadania justi a e viol ncia Rio de Janeiro Funda o Get lio Vargas p 129 148 1999 MUNIZ Jacqueline 2001 A Crise de Identidade das Pol cias Militares Brasileiras Dilemas e Paradoxos da Forma o Educacional trabalho apresentado REDES Research for Education in Defense and Security Studies Center For Hemispheric Defense Studies Washington D C Maio MUNIZ Jacqueline et al 1997 Resist ncias e Dificuldades de Um Programa de Policiamento Comunit rio In Tempo Social 9 1 pp 197 213 NEILD Rachel 1995 Policing Haiti preliminary assessment of the new civilian security force Washington D C The Washington Office on Latin America 1995 PARENTI Christian Lockdown America police and prisons in the age of crisis New York Verso 2001 SAPORI Lu s Fl vio SOUZA Silas Barnab Viol ncia policial e cultura militar aspectos te ricos e emp ricos In Teoria e Sociedade n 7 junho pp 173 214 SOARES Luiz Eduardo 2000 Meu Casaco de General quinhentos dias no front da seguran a p blica no Rio de Janeiro S o Paulo Cia das Letras DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 195 196 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS SKOLNICK Jerome H FYFE James F Above the law police and the excessive use of force New York Free Press 1993 STEPAN Alfred Brazil s decentralized federalism bringing government closer to the citizens Daedulus S 1 v 129
5. Publicado no Jornal O TEMPO em 22 03 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL manuten o da ordem representam met fora pura da desordem Suas atividades com frequ ncia escapam ao controle dos pr prios governantes como aconteceu no assassinato do jornalista Vladimir Herzog em 1975 no epis dio das bombas no Riocentro em 1980 81 e para citar um exemplo estrangeiro com as atividades da CIA em Angola na d cada de 1970 que fomentaram a guerra civil naquele pa s Mais recentemente o pa s assistiu os epis dios envolvendo a Abin e o governo Fernando Henrique Cardoso As chamadas P2 os servi os de intelig ncia das pol cias militares mantiveram a mesma estrutura dos tempos de ditadura militar N o dif cil concluir que as mesmas pr ticas tamb m permaneceram Hoje suas principais v timas s o os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST cujas atividades jamais envolvem risco seguran a do Estado Policiais P2 se infiltram nos acampamentos e identificam as lideran as mapeando suas caracter sticas f sicas Quando a Pol cia Militar chega para fazer o despejo j sabe exatamente a quem prender No interior comum que os oficiais da P2 sejam amigos ou parentes dos fazendeiros e tamb m do juiz da comarca que autoriza escutas telef nicas sem qualquer base legal Como as escutas s o secretas as v timas n o podem recorrer As opera es muitas vezes
6. The militarization of policing in the information age Journal of Political and Military Sociology V 27 n 2 p 233 255 HOLLOWAY Thomas 1993 Policing Rio de Janeiro Repression ina 19 Century City Stanford Stanford University Press ISACSON Adam 1997 Altered States Security and Demilitarization in Central America Washington D C Center for International Policy and Arias Foundation KALMONOWIECKI Laura 1995 Military Power and Police in Argentina 1900 1955 New York Tese de Doutoramento New School for Social Research KLOCKARS Carl B 1996 A Theory of Excessive Force and Its Control In W A GELLER e H TOCH Orgs Police Brutality Understanding and Controlling Police Abuse of Force New Haven Yale University Press p 1 22 KOPEL David B BLACKMAN Paul M 1997 Can Soldiers be Peace Officers The Waco Disaster and the Militarization of American Law Enforcement Akron Law Review V 30 p 619 659 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS KRASKA Peter B 1996 Enjoying Militarism Political Personal Dilemmas in Studying U S Paramilitary Units Justice Quarterly V 13 n 3 p 405 429 KRASKA Peter B 1999 Militarizing Criminal Justice Exploring the Possibilities Journal of Political and Military Sociology V 27 n 2 p 205 215 KRASKA Peter B Org 200la Militarizing the American criminal justice system the changing rol
7. chama de sonhos comuns e a Am rica desunida Essa ltima concentra suas for as na luta contra o sadismo social como o escritor se refere ao racismo ao sexismo homofobia etc Aquela anterior aos anos 60 lutava contra o ego smo vale dizer contra a m distribui o da riqueza Ao mesmo tempo em que reconhece que a luta da esquerda Publicado no Jornal O TEMPO em 09 02 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL p s Vietn fez dos estados Unidos um pa s mais civilizado o fil sofo liberal norte americano adverte que a desigualdade e inseguran a econ mica aumentaram cada vez mais como se a esquerda ou tivesse que ignorar o estigma para concentrar sobre o dinheiro ou esquecer o dinheiro e concentrar sobre o estigma Ele afirma inclusive que a falta de aten o das esquerdas para o ego smo a principal raz o pela qual n o h mais diferen a entre os partidos Democrata e Republicano Ter orgulho de ser negro ou homossexual uma resposta inteiramente razo vel para a s dica humilha o a que alguns t m sido sujeitados Mas medida que esse orgulho impe a algu m de tamb m ter orgulho por ser um cidad o americano por pensar em seu pa s como sendo capaz de mudan as ou de ser capaz de unir se aos heterossexuais ou aos brancos em iniciativas transformadoras um desastre pol tico conclui claro que o racioc nio de Rorty gen rico e n o
8. defender bandido mas de delegar sociedade a tarefa de julgar os criminosos por meio de um poder que existe para isso porque a sociedade assim o quis Quem julgou Alexandre n o foi a sociedade Foram sicrano beltrano e fulano que estavam em servi o naquele dia e naquele lugar Os policiais diferem de acordo com sua hist ria de vida religi o ra a orienta o sexual Logo se a pol cia que vai julgar ent o n o haver regras claras para todos seguirmos N o haver defesa ou recurso Teremos de adaptar nossos gostos e h bitos de acordo com o policial que nos cerca Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL Defender os direitos humanos defender a seguran a jur dica e pol tica Se algu m se julga autorizado a torturar pelo crime de estupro sem qualquer procedimento legal ent o porque n o tamb m pelo crime do pensamento original pelo crime da orienta o sexual ou ainda pelo crime de ter nascido negro e pobre Afinal de contas o policial ali na hora quem det m o controle da situa o E se ele achar que bandido e merece ser castigado seja qual for o motivo ele vai castigar por isso que n o lhe pode ser permitido torturar ningu m Absolutamente ningu m Todo crime deve ser tratado como tal qualquer que seja a v tima A tortura serve apenas para refor ar estigmas para definir como potenciais bandidos uma parcela marginalizada da popula o Enquanto
9. em vez da flor A Constitui o cidad de 1988 marca o momento a partir do qual a sociedade brasileira passa a reivindicar tamb m a flor A arma possui menos destinat rios espec ficos classes perigosas grupos pol ticos Seu cliente a populac o como um todo A pol cia vista como servi o p blico essencial Al m dos controles da Justi a comum e militar e do Ex rcito as pol cias passam a ser controladas pelo Minist rio P blico institui o que representa toda a sociedade na supervis o de servi os p blicos Alguns estados criam outras ag ncias de controle externo como as ouvidorias de Pol cia No rastro do crescimento da criminalidade acad micos movimentos sociais pol ticos e as pr prias lideran as policiais discutem a quest o da seguran a p blica como nunca haviam feito antes SOARES 2000 KANT DE LIMA et alii 2000 A discuss o se d tendo como pano de fundo o paradigma do Estado democr tico de direito CERQUEIRA 1996 A crescente base de legitimidade das pol cias exige uma atua o cada vez mais embasada no princ pio da igualdade perante a lei As pol cias passam a responder n o apenas burocracia central e a poderes privados locais mas ao conjunto da comunidade pol tica Ao mesmo tempo precisam reagir ao aumento da criminalidade A grande dist ncia organizacional entre as duas pol cias passa a ser vista como fator de inefici ncia na realiza
10. humanos uma pol cia ineficiente Nesse sentido pode se exigir pol tica e juridicamente a necessidade da qualifica o dos policiais na teoria e na pr tica dos outros tr s princ pios legalidade proporcionalidade e razoabilidade Democracia significa tamb m um Judici rio atuante sens vel ao clamor social progressista e firme na defesa da ordem jur dica Assim a elabora o e implementa o da pol tica de seguran a p blica deve fundar se nos princ pios do direito e no respeito dignidade da pessoa humana DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 59 60 I ARTIGOS EM JORNAL DIALOGAR SIM MAS TAMB M DENUNCIAR No ltimo dia 14 02 2001 a Secretaria de Estado da Justi a e Direitos Humanos de Minas Gerais promoveu a primeira reuni o do F rum Interinstitucional de Direitos Humanos e Seguran a P blica composto de diversas entidades do governo do Estado da Prefeitura de Belo Horizonte das universidades e da sociedade civil O f rum criou v rios grupos de trabalho para discutir e implementar a es e reas diversas como o sistema penitenci rio o monitoramento da criminalidade e a educa o em direitos humanos Nesse trabalho conjunto a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania representa a Secretaria Municipal de Direitos de Cidadania na discuss o de um conceito de a es de seguran a p blica em conglomerados urbanos mais especificamente em reas de favelamento Esse grupo de
11. incluindo a pol cia deve seguir um crit rio de razoabilidade geral no momento em que toma decis es N o razo vel por exemplo ocupar uma favela durante duas semanas para descobrir o assassinato de um policial N o razo vel prender uma mulher na praia pela pr tica de topless O controle da razoabilidade da a o policial melhor desempenhado de maneira informal pela opini o p blica pelas entidades de direitos humanos conselhos comunit rios e ouvidorias de pol cia Mas aqui novamente n o se exclui o Poder Judici rio que pode inclusive responsabilizar os comandos em vez de simplesmente punir cabos e soldados d Em quarto lugar temos o princ pio da efici ncia introduzido na Constitui o brasileira pelo ministro Bresser Pereira Esse princ pio relaciona se a uma concep o profissional da viol ncia policial que impede o uso de mais for a f sica do que um policial altamente qualificado consideraria necess ria em uma determinada situa o Diferentemente dos tr s primeiros princ pios o controle da efici ncia policial n o se liga id ia de puni o mas sim de capacita o profissional determina o de indicadores de compet ncia e de responsa bilidade um controle que deve ser estabelecido interna e informalmente Mas a capacita o deve incluir a preocupa o com os direitos humanos pois a pol cia que despreza os direitos Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL
12. manuten o de empregos inclusive de tempo parcial destinados s pessoas portadoras de defici ncia que n o tenham acesso aos empregos comuns c a promo o de a es eficazes que propiciem a inser o nos setores p blicos e privado de pessoas portadoras de defici ncia d a ado o de legisla o espec fica que discipline a reserva de mercado de trabalho em favor das pessoas portadoras de defici ncia nas entidades da Administra o P blica e do setor privado e que regulamente a organiza o de oficinas e cong neres integradas ao mercado de trabalho e a situa o nelas das pessoas portadoras de defici ncia Lei 8112 90Art 5 S2 s pessoas portadoras de defici ncia assegurado o direito de se inscrever em concurso p blico para provimento de cargo cujas atribui es sejam compat veis com a defici ncia de que s o portadoras para tais pessoas ser o reservadas at 20 vinte por cento das vagas oferecidas no concurso Lei 8213 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 293 1991 Art 93 A empresa com 100 cem ou mais empregados est obrigada a preencher de 2 dois por cento a 5 cinco por cento dos seus cargos com benefici rios reabilitados ou pessoas portadoras de defici ncia habilitadas na seguinte proporc o JLei 9029 1995 Art 2 Constituem crime as seguintes pr ticas discriminat rias l a exig ncia de teste exame per cia laudo atestado declara o ou qualquer outro
13. noite s o todos pardos Os garotos judeus ortodoxos n o t m tanta paix o pela bola Mas as ruelas da cidade antiga formam corredores perfeitos para as famosas peladas de rua nas quais a bola n o sai se bater na parede S o os rabes que mais aproveitam Cidade de Israel em que h o maior n mero de habitantes recebendo benef cios sociais do Estado Jerusal m tem pre os que d o uma impress o de supervaloriza o da moeda como era o Brasil para os estrangeiros at o ano passado Um jornal custa cerca de R 3 Uma cerveja da mais barata R 6 por um copo de meio litro Modernidade e tradi o no ber o do cristianismo Quando o escritor brasileiro rico Ver ssimo visitou Jerusal m a cidade antiga pertencia Jord nia Convidado do governo de Israel o grande romancista ga cho teve que se contentar em avistar a cidade santa da sot ia do Mosteiro de Notre Dame de France e notou com raz o que o ouro de Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL seu nome n o apenas lend rio pois se faz vis vel n o s nas fachadas de suas casas templos e muros constru dos duma pedra calc ria trigueira que batida de sol ganha tonalidades douradas como tamb m na terra e na rocha de seu ch o e das encostas de seus morros montes e cerros Ouro espiritual j que sob o aspecto econ mico Jerusal m deixa a desejar Mesmo assim h 2 000 anos os judeus de todo o mundo ap s as cerim nias da P scoa
14. o Universidade de Bras lia com ingresso por concurso em 2002 Estava em fase de reda o de Disserta o de Mestrado com defesa prevista para 2005 Cursos realizados no exterior 1 The Relations between Europe and North America cidade de Bregenz ustria julho de 1999 promovido pelo Centre Internacional de Formation Europ enne 2 Curso de Alem o Berlim Alemanha agosto de 1999 a fevereiro de 2000 Os presentes dados representam um resumo do curr culo de Mateus Afonso Medeiros com os acr scimos dos eventos que se seguiram a seu falecimento Foram organizados por Maria L cia Miranda Afonso e Elza Maria Miranda Afonso DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 336 Visiting Scholar do Human Rights Institute of Columbia Law School da Universidade de Columbia Nova York USA como bolsista da Comiss o Fulbright no Programa Fulbright em Cidadania Participativa no per odo de agosto de 2001 a maio de 2002 XXII Curso Interdisciplinario en Derechos Humanos Derechos Econ micos Sociales y Culturales realizado no Instituto Interamericano de Direitos Humanos San Jos Costa Rica de 16 a 27 de agosto de 2004 Atividades na rea de direitos humanos e cidadania Analista legislativo da Comiss o de Direitos Humanos e Minorias da C mara dos Deputados Participante da Mesa 4 Atalhos de Obst culos da TV Popular na qualidade de um dos Coordenadores da Campanha Quem Financia a
15. o da aplica o de seus recursos pelo Tribunal de Contas da Uni o Art 6 Os Conselhos Nacionais do SEST e do SENAT ter o a seguinte composic o IV um representante da Confedera o Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres CNTTT Lei de Diretrizes e Bases da Educa o 1996 Art 39 A educa o profissional integrada s diferentes formas de educa o ao trabalho ci ncia e tecnologia conduz ao permanente desenvolvimento de aptid es para a vida produtiva Art 40 A educa o profissional ser desenvolvida em articula o com o ensino regular ou por diferentes estrat gias de educa o continuada em institui es especializadas ou no ambiente de trabalho Art 41 O conhecimento adquirido na educa o profissional inclusive no trabalho poder ser objeto de avalia o reconhecimento e certifica o para prosseguimento ou conclus o de estudos Art 42 As escolas t cnicas e profissionais al m dos seus cursos regulares oferecer o cursos especiais abertos comunidade condicionada a matr cula capacidade de aproveitamento e n o necessariamente ao n vel de escolaridade Medida Provis ria N 2168 40 2001 Art 8 Fica autorizada a cria o do Servi o Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESCOOP com personalidade jur dica de direito privado composto por entidades vinculadas ao sistema sindical sem preju zo da fiscaliza o da aplica o de seus recursos pelo Tr
16. o israelense ainda se faz presente at o prefeito de Bel m cuja administra o assinou conv nio com a Prefeitura de Belo Horizonte transformando as duas cidades em irm s necessita de autoriza o para ir a Jerusal m As linhas telef nicas a luz el trica e principalmente a escassa gua da regi o s o controladas por empresas israelenses Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL Seguran a maior contra apocal pticos Para alguns o Sab foi s a desculpa das autoridades para evitar festas e prevenir contra crist os apocal pticos Na cidade antiga a seguran a refor ada parecia um exagero aos olhos de um brasileiro que quando as fardas e metralhadoras do Ex rcito de seu pa s j andavam fora dos quart is era uma crian a A m dia local que na sexta feira informara que portadores da s ndrome de Jerusal m j come aram a encher o ambulat rio do hospital psiqui trico anunciou no domingo tamb m os jornais n o circulam durante o Sab que a pol cia recolheu um punhado de crist os extremistas que tentaram praticar atos de viol ncia inclusive suic dio Pessoalmente n o vi ningu m dan ando um samba em trajes de mai espera do fim dos tempos N o veio a mulher gr vida revestida do Sol a Lua debaixo dos seus p s e na cabe a uma coroa de 12 estrelas o s mbolo da Jerusal m celeste descrito pelo Livro do Apocalipse Uma prociss o saiu do monte das Oliveir
17. COMISS RIO REX Comecei a assistir ao seriado Comiss rio Rex programa em que um simp tico c o ajuda seu amigo investigador a desvendar assassinatos e prender criminosos com a inten o de estudar alem o Em princ pio considerei um sacrif cio ficar at tarde diante da TV No entanto depois dos primeiros epis dios fiquei fascinado pela maneira como a s rie de produ o austr aca enxerga a efici ncia policial Ao contr rio do que acontece nos entalados norte americanos e nas ruas brasileiras o bandido nunca morre Ao tentar escapar ele atingido por um tiro Na perna Pol cia eficiente a que prende n o a que mata Para quem est acostumado com as ocorr ncias brasileiras em que a pol cia atira para matar diante da menor resist ncia o Comiss rio Rex mais assustador que os sons guturais da l ngua alem Em 1995 a pol cia do Rio de Janeiro matou mais civis do que todas as 19 mil pol cias norte americanas somadas Em S o Paulo no ano de 1992 1 190 civis morreram em a es policiais No na seguinte esse n mero caiu para 243 ou seja baixou cerca de 80 O Rio de Janeiro tem alta criminalidade mas l n o ocorrem tantos crimes quanto em toda a extens o dos Estados Unidos Assim como pouco prov vel que a viol ncia em S o Paulo tenha aumentado ou diminu do em 80 de um ano para o outro O que esses e outros n meros comprovam o bvio ululante a pol cia br
18. DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 15 16 Hoje a perda de Mateus nos revolve em grave dilema A dor nos diz para fechar a casa e a alma para nos deixar morrer um pouco ou muito talvez por aquele com aquele que tanto amamos Mas o que Mateus nos ensinou nos impele na direc o contr ria com emoc o Como nos deixar imobilizar se tudo o que ele nos transmitiu foi movimento Como nos deixar vencer pela tristeza se ele era a express o da alegria Como nos esconder detr s da saudade se tudo o que ele foi era PROMESSA Estas foram as raz es pelas quais no dia 17 de setembro de 2005 a fam lia de Mateus fez uma assembl ia na qual lavrou se a ata de cria o da Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros RECIMAM cabendo a mim anunci la aqui hoje para os amigos presentes Foi a maneira que encontramos de manter a imagem dele viva e nos sentir ainda pr ximos juntos A RECIMAM ou como j est sendo carinhosamente chamada a Rede Mateus dedicada ao desenvolvimento de programas em direitos humanos inclus o social e cidadania construindo e transmitindo metodologias de a o social oferecendo cursos e oficinas dentre outras a es Foi criada para dar continuidade ao trabalho de Mateus cuja milit ncia na rea de direitos humanos foi brutalmente interrompida pela viol ncia urbana Mateus nos deixou as sementes Pois vamos plant las Mateus n o foi apenas um familiar e um amigo amado
19. Introduc o Nos ltimos 20 anos as rec m re estabelecidas democracias da Am rica Latina enfrentaram o desafio de reformar suas for as policiais Os esfor os se concentraram na cria o de mecanismos institucionais de responsabi liza o estimulando as pol cias a se submeter ao Estado de Direito e a respeitar as liberdades civis Processos de reformas foram iniciados na Argentina no Brasil na Col mbia em El Salvador na Guatemala no Haiti em Honduras no M xico e na Nicar gua Algumas dessas tentativas contaram com a assist ncia de Estados estrangeiros e de organismos internacionais como a Organiza o dos Estados Americanos Apesar das diferen as sociais econ micas e pol ticas que predominam na regi o os esfor os de reforma tiveram um objetivo comum a desmilitariza o das pol cias Nas d cadas de 1960 e 1970 muitos Estados latino americanos foram governados por regimes militares Onde n o era o pr prio Ex rcito o respons vel pelo policiamento as pol cias estiveram sob o r gido controle das for as armadas Com a queda desses regimes nos anos de 1980 e em vista de seu triste impacto sobre os direitos humanos a aten o foi centrada na separa o de pap is entre pol cias e ex rcitos CALL 2002 Apesar de alguns progressos no estabelecimento de tal divis o funcional os efeitos das reformas em termos dos direitos humanos t m sido desencorajadores A hostiliza o de grupos marginalizado
20. Que meios n o jur dicos existem para limit los exemplo mercado regionaliza o Como os Direitos Humanos determinam a programa o aspectos dos referentes da por o n o informada da opini o p blica A TV deve no m nimo competir em formas de igualdade com outros formadores e referentes o que estabelece a CF 88 A Campanha trata da rela o entre quatro temas que nos s o caros m dia democracia liberdade de express o e cidadania Trata de m dia porque pretende discutir a produ o da verdade e das identidades ou seja a forma como n s seres humanos ao nos comunicarmos constru mos a id ia do outro e de n s mesmos Numa democracia todos queremos que esse processo de constru o seja influenciado pelo maior n mero poss vel de pessoas E se em nossos tempos o principal meio de produzir a informa o atrav s da radiodifus o esta deve incluir e n o excluir E o que significa a inclus o democr tica Significa impor a regra da maioria produ o da informa o claro que n o Todos sabemos que democracia e maioria nem sempre andam juntas Alguns direitos b sicos s o universalmente garantidos mesmo contra a for a da maioria assim que entendemos a liberdade de express o um direito resguardado contra a for a da maioria mas tamb m um direito que deve ser inclusivo ou seja o direito de falar mas tamb m de ser ouvido de informar a si mesmo e aos outros Assim s
21. SKOCPOL Theda 1985 Bringing the State Back In Strategies of Analysis in Current Research In Peter B Evans Dietrich Rueschmeyer e Theda Skocpol Orgs Bringing the State Back In Cambridge Cambridge University Press VIANNA Oliveira 1999 Institui es Pol ticas Brasileiras Bras lia Conselho Editorial do Senado Federal Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 237 DISCRICIONARIEDADE E A CONSTRU O DO OUTRO NO TRABALHO DAS POL CIAS O presente trabalho prop e uma reflex o sobre a discricionariedade e a constru o do outro no trabalho das pol cias O objetivo analisar as novas modalidades de policiamento reunidas sob o r tulo do policiamento comunit rio a partir de uma tica dos direitos humanos especificamente a partir da id ia de que os direitos humanos devem limitar o trabalho das pol cias O pano de fundo da an lise o debate entre J rgen Habermas e Michel Foucault Este ensaio deve ser interpretado como um anteprojeto de pesquisa uma apresenta o da pertin ncia do tema al m de sugest es para seu aprofundamento Em princ pio n o restringirei as reflex es a qualquer ordem pol tica espec fica Em geral tratarei daquela organiza o presente na maior parte do mundo cujos membros est o autorizados a aplicar discricionariamente a for a do Estado O problema Se em termos weberianos o Estado se define pelo uso da for a ent o a pol cia sua qui
22. es em que cada ramo da justi a atua bem como da severidade das penas impostas por cada uma ver Zaverucha 1999 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 158 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS uma forma interna de controle Mas mecanismos de controle interno s o largamente ineficazes quando est o em jogo normas e procedimentos que n o foram internalizados pela organizac o Mesmo quando os tribunais militares conseguem reunir provas suficientes para condenac o como provas de abuso da forca letal podem deixar de faz lo simplesmente porque n o consideram aquela infra o como uma viola o da disciplina ou do dever militar Mesmo em pol cias civis quando se trata do uso da for a a efic cia dos mecanismos de controle interno bastante question vel A perspectiva dos supervisores sobre a necessidade e a intensidade da for a n o t o diferente da de seus pares Mecanismos externos de controle s o essenciais portanto para assegurar que os limites ao uso da for a sejam internalizados pela organiza o policial 2 Conclus o A maioria das pol cias modernas inclusive as do mundo democr tico tornaram se militarizadas em alguma 11 O Centro Santos Dias de Direitos Humanos analisou 380 julgamentos de policiais militares pela justi a militar de S o Paulo entre os anos de 1977 e 1983 A inten o era cobrir todos os processos mas a organiza o n o obteve acesso aos documentos necess
23. in Moral Imperialism Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 251 esp cie de consenso sobre a distribui o do bem p blico pol cia Mesmo que haja evid ncias emp ricas de que a discricionariedade policial se resume s t cnicas de coletar informa es para processamento pela sociedade do risco a tica do discurso permite testar as estrat gias policiais como a do policiamento comunit rio a partir de um vi s normativo a partir do qual as estrat gias ter o de se legitimar A sociedade do risco tender a atuar segundo uma racionalidade instrumental A tica do discurso exige uma a o comunicativa a qual coloca justamente a pergunta que interessa a uma tica dos direitos humanos como o discurso filos fico da verdade pode estabelecer limites aos direitos do poder Ao mesmo tempo o paradigma habermasiano tem s rias limita es a come ar pela sua pretens o de universalidade Como tica de cidadania em termos de pol cia a a o comunicativa busca a inclus o Parece ser aplic vel apenas quele grupo de pessoas que compartilham uma mesma cultura pol tica Entretanto se h direitos humanos que os indiv duos ou grupos reivindicam contra a sua pol cia a pol cia de sua ordem pol tica tamb m h aqueles que s o reivindicados contra a pol cia dos outros Entendam se os outros aqui n o como outros de n s mesmos mas como aquilo que Will Kimlicka denomina
24. n 2 primavera p 145 169 2000 STEPAN Alfred LINZ Juan Problems of Democratic Transition and Consolidation Southern Europe South America and Post Communist Europe Baltimore e Londres John Hopkins University Press Especialmente o cap tulo 1 TORRES Jo o Camilo de Oliveira A forma o do federalismo no Brasil S o Paulo Companhia Editora Nacional 1961 WOLA Demilitarizing public order the international community police reform and human rights in Central America and Haiti Washington D C The Washington Office on Latin America 1995 Mateus Afonso Medeiros II OUTROS TRABALHOS HI OUTROS TRABALHOS 199 M DIA E DIREITOS HUMANOS Breve apresenta o pessoal necess ria para que voc s saibam de onde falo Principalmente depois de toda a qualidade do pessoal que voc s t m tido aqui nesse Projeto Entretelas N o sou um profissional de m dia muito menos um acad mico com interesse espec fico em m dia Citar experi ncia passada com direitos humanos trabalho acad mico no estudo das organiza es policiais e do federalismo brasileiro com enfoques pouco relacionados quest o da m dia Mas por um truque do destino acabei vindo a trabalhar na coordena o da campanha Quem Financia a Baixaria Contra a Cidadania Essa campanha uma concep o do deputado federal Orlando Fantazzini do PT de S o Paulo e eu coordeno a sua assessoria Estive aqui inclusive em Mar o quando o
25. o profissional e do trabalho b o empenho do Poder P blico quanto ao surgimento e manuten o de empregos inclusive de tempo parcial destinados s pessoas portadoras de defici ncia que n o tenham acesso Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 291 aos empregos comuns c a promo o de a es eficazes que propiciem a inser o nos setores p blicos e privado de pessoas portadoras de defici ncia d a ado o de legisla o espec fica que discipline a reserva de mercado de trabalho em favor das pessoas portadoras de defici ncia nas entidades da Administra o P blica e do setor privado e que regulamente a organiza o de oficinas e cong neres integradas ao mercado de trabalho e a situa o nelas das pessoas portadoras de defici ncia Lei 8112 90Art 5 2 s pessoas portadoras de defici ncia assegurado o direito de se inscrever em concurso p blico para provimento de cargo cujas atribui es sejam compat veis com a defici ncia de que s o portadoras para tais pessoas ser o reservadas at 20 vinte por cento das vagas oferecidas no concurso INDICADOR 4 Normas legales que reafirman explicitamente el derecho al trabajo para las mujeres y las personas con alguna discapacidad Consolida o das Leis do Trabalho Art 5 A todo trabalho de igual valor corresponder sal rio igual sem distin o de sexo Art 373 A Ressalvadas as disposi es legais destinadas a corrigi
26. objetiva significa neste caso em primeiro lugar a resolu o segundo regras calcul veis Mas sem considera es pessoais tamb m o lema do mercado e de toda persegui o de interesses puramente econ micos em geral A realiza o conseq ente da domina o burocr tica significa o nivelamento da honra estamental e portanto quando n o se restringe o princ pio da liberdade de mercado a domina o universal da situa o de classe Mas tamb m para a burocracia moderna o segundo elemento as regras calcul veis tem import ncia predominante A peculiaridade da cultura moderna especialmente a de sua base t cnico econ mica exige precisamente essa calculabilidade do resultado A burocracia em seu desenvolvimento pleno encontra se tamb m num sentido espec fico sob o princ pio sine ira ac studio Ela desenvolve sua peculiaridade espec fica bem vinda ao capitalismo com tanto maior perfei o quanto mais se desumaniza vale dizer quanto mais perfeitamente consegue realizar aquela qualidade espec fica que louvada como sua virtude a elimina o do amor do dio e de todos os elementos sentimentais puramente pessoais e de um modo geral irracionais que Mateus Afonso Medeiros se subtraem ao c lculo na execu o das tarefas oficiais Em vez do senhor das ordens mais antigas movido por simpatia pessoal favor gra a e gratid o a cultura moderna exige para o apa
27. A Constitui o portuguesa por exemplo em vez de estabelecer a elabora o de um c digo de tica para a programa o de televis o consagra o chamado direito de antena que garante a determinados grupos sociais e pol ticos o uso das redes de televis o H o instituto do ombudsman que em termos gerais n o possui poder punitivo mas que produz impacto sobre os padr es ticos dos meios de comunica o 16 Condi es consideradas por Ernesto Ottone como fundamentais para o exerc cio da cidadania nas sociedades de informa o Ver Ernesto Ottone Las Nuevas Dimensiones de la Igualdad Trabalho apresentado ao XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos San Jos Instituto Interamericano de Direitos Humanos 2004 pg 18 Mateus Afonso Medeiros Entretanto o caminho defendido pela Campanha o que tem dado certo politicamente Ainda plenamente aceit vel do ponto de vista da Declarac o Americana que estabelece a proibic o da censura pr via e a sujeic o dos meios a responsabilidades ulteriores necess rias para assegurar o respeito aos direitos dos demais e a protec o da ordem sa de e moral p blicas A defini o dessa necessidade fica para a pol tica e para o caso concreto Passamos a perguntar se a proposta da Campanha aumenta ou diminui o gozo da liberdade de express o no Brasil Para responder propomos relacionar os casos e a proposta Declara o de Princ pios sobre a Liberdade de
28. Assim em determinados momentos hist ricos como na aprova o da Lei do Ventre 6 Baseamo nos na an lise de Jos Murilo de Carvalho 1981 sobre a elite pol tica imperial Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 233 Livre essa elite foi capaz de se aliar a outros setores e contrariar os interesses escravistas CARVALHO 1981 180 A defesa de um Estado central e forte no plano nacional se beneficiava os setores dominantes na medida em que reduzia o conflito fortalecia tamb m a pr pria base de poder da elite pol tica Sintomaticamente seriam as press es por representa o mais aut ntica e direta de interesses que iriam tornar cada vez mais dif cil a reprodu o da elite imperial Cabe destacar em meio a essas press es a atua o dos setores militares Durante quase todo o Imp rio o Ex rcito sofreu uma pol tica de erradica o por parte da elite civil COELHO 1976 34 58 Embasavam tal desconfian a a a divis o do oficialato entre brasileiros e portugueses e b as rebeli es do per odo da Reg ncia 1831 a 1840 quando a tropa do Ex rcito uniu se a setores populares para se constitu rem no n cleo insurgente CARVALHO 1981 133 55 A cria o da Guarda Nacional que serviu ao mesmo tempo para cooptar as oligarquias agr rias e contrapor o poder civil ao militar deixou m goas no oficialato e na tropa Al m disso como os filhos da elite se transformavam em oficiais da Guarda Nacional abria s
29. Express o combinados em alguns casos com os par metros para interpreta o da liberdade de express o apresentados por Eduardo Bertoni Com rela o ao princ pio 05 proibi o de censura pr via pode se dizer que a Campanha n o altera seu cumprimento pelo ordenamento jur dico brasileiro na medida em que prop em apenas controles a posteriori da radiodifus o A necessidade de responsabiliza o ulterior como j foi dito fica para a defini o da esfera pol tica desde que seguindo o 4 par metro de interpreta o a decis o pol tica seja democr tica Tamb m se pode afirmar que a Campanha respeita o par metro da proporcionalidade o interesse p blico de estabelecer normas ticas para o uso de concess es p blicas n o atinge aqueles meios de comunica o que n o s o concess es jornal internet etc o controle estabelecido atrav s de um procedimento p blico sobre o qual os poderes do Estado t m menor interfer ncia s o garantidas a voz e a defesa dos concession rios 17 Tamb m existe no Brasil desde 1995 o F rum Nacional pela Democratiza o da Comunica o que basicamente trabalha pela democratiza o no acesso s concess es Sem esquecer a import ncia do movimento e sua contribui o para o tema por exemplo na press o pela cria o do Conselho de Comunica o Social do Congresso Nacional imperioso reconhecer que ele nunca alcan ou o n vel de mobiliza o social conseguido
30. ISACSON 1997 Fundaci n Arias 1997 WOLA 1995 WOLA e Hemisphere Initiatives 1993 NEILD 1995 e No contexto de uma democracia consolidada a militarizac o significa um aumento quantitativo e qualitativo no uso de unidades paramilitares de policia como as SWATs o uso progressivo de met foras de guerra para descrever os m todos de controle social o maior envolvimento militar em seguranca interna e as crescentes dificuldades associadas ao modelo organizacional centrado na disciplina e hierarquia KRASKA 1996 1999 2001a KRASKA e CUBELIS 1997 KRASKA e KAPPELER 1997 KOPEL e BLACKMAN 1997 PARENTI 2001 111 160 SKOLNICK e FYFE 1993 113 133 Notadamente essas duas defini es n o diferenciam entre os aspectos internos da militariza o policial o grau em que as pol cias adotam ideologia e organiza o militaristas e seus aspectos externos o grau em que as for as armadas exercem influ ncia sobre as organiza es policiais Uma conceitualiza o mais ampla deve levar ambos os aspectos em considera o Acima de tudo desmilitarizar significa transformar o ethos do policiamento Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 137 Ethos militar versus ethos policial Qual a diferen a entre as pol cias e as for as armadas A organiza o policial moderna foi definida de diversas maneiras Partindo do pressuposto de essas organiza es s o o resultado da tentativa de racionaliza
31. Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada VARIACION N o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 316 HI OUTROS TRABALHOS II SINDICALIZACION Y HUELGA VARIABLE 1 Protecci n de la libertad de sindicalizaci n y su ejercicio efectivo INDICADORES INDICADOR 1 Disposiciones constitucionales y legales que establecen y regulan el derecho a formar sindicatos Constitui o Pol tica Art 80 livre a associa o profissional ou sindical observado o seguinte l a lei n o poder exigir autoriza o do Estado para a funda o de sindicato ressalvado o registro no rg o competente vedadas ao poder p blico a interfer ncia e a interven o na organiza o sindical II vedada a cria o de mais de uma organiza o sindical em qualquer grau representativa de categoria profissional ou econ mica na mesma base territorial que ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados n o podendo ser inferior rea de um Munic pio O Art 42 8 5o pro be a sindicaliza o e a greve dos servidores militares federais e estaduais INDICADOR 1 Disposiciones constitucionales y legales que establecen y regulan el derecho a formar sindicatos Constituic o Pol tica Art So livre a associac o profissional ou sindical observado o seguint
32. Universidade de Columbia Comiss o Nacional de Direitos Humanos Mestrado em Ci ncias Pol ticas da UnB em tantos relat rios textos participa es e a es Todos os testemunhos dos amigos e companheiros nestes ltimos meses revelam uma pessoa que sabia conciliar qualidades fundamentais era inteligente e sens vel deixava se tocar de forma profunda pelas tristezas e injusti as sem deixar de praticar a grande qualidade da Alegria Quando argumentava em prol de uma causa era cr tico e contundente mas logo em seguida se abria em do ura e amizade Se errava como nos acontece de quando Fala de L cia Afonso por ocasi o da homenagem p stuma organizada pelo Vereador Arnaldo God y na C mara Municipal de Belo Horizonte em 27 09 2005 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 13 14 em quando era capaz de rever admitir refazer e at de sorrir de si mesmo como quem sabe s o as dores do crescimento humano Mateus sabia disso como quem inspirou tal compreens o em seu primeiro sopro de vida Se posso resumir tudo em uma nica qualidade eu diria que Mateus era uma pessoa que sabia amar com os encontros e desencontros as ilus es e as desilus es que o amor nos faz experimentar exigindo sempre uma nova aprendizagem mais abertura mais coragem mais desprendimento J dizia o poeta o amor n o tem sa da sen o na amplitude dos horizontes que nos abre Dentre tantas lembran as permitam me relatar uma das
33. alternativamente se possui algum conte do emancipat rio ou pelo menos democr tico Essa quest o pode ser situada num debate entre Michel Foucault e J rgen Habermas Para este cr tica e poder s o inst ncias idealmente separ veis O papel da cr tica suspender o poder identificando os pressupostos ideais do discurso os quais s o pressupostos pragm ticos e universais que justificam teorias ticas pol ticas e sociais A partir desses pressupostos a simetria e a reciprocidade dos atores envolvidos na a o comunicativa pode se distinguir normativamente entre poder leg timo e ileg timo Para 10 Enrique Dussel tica da liberta o na idade da globaliza o e da exclus o S o Paulo Vozes s d p 373 375 11 Vide o magistral ensaio de Victor Tadros Between Governance and Discipline The Law and Michel Foucault Oxford Journal of Legal Studies v 18 1998 p 75 103 12 Para o aprofundamento neste debate vide Michael Kelly org Critique and power recasting the Foucault Habermas debate Cambridge MIT Press 1998 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 243 Foucault n o h pressupostos discursivos universais Cr tica tamb m poder n o sendo poss vel distinguir entre sua pr tica e sua episteme Conseq entemente toda cr tica local e limitada no tempo De fato existe uma esfera de poder jur dico determinada pela simetria e reciprocidade Mas h uma esfera correlata
34. blica n o indica apenas o sujeito da opini o mas tamb m a natureza e o dom nio das opini es em quest o Em seu sentido prim rio uma opini o considerada p blica n o apenas por ser difundida entre os p blicos como tamb m por dizer respeito a coisas p blicas res publica grifos no original Entretanto quando falamos em uma sociedade de massas em m dias audiovisuais e novas tecnologias n o se trata apenas do questionamento do Estado todo poderoso Trata se do mecanismo mesmo de reprodu o da cultura os valores os estere tipos os her is e vil es da coletividade N o poss vel que os limites ticos dessa atividade sejam responsabilidade exclusiva de alguns poucos ou mesmo uma categoria profissional ou mesmo por uma parte significativa da sociedade civil Essa uma responsabilidade e um direito de toda a comunidade pol tica atrav s de mecanismos democr ticos pois e a est a via de m o dupla apenas esses garantem a esfera de liberdade sobre a qual acabamos de falar 19 Giovanni Sartori A Teoria da Democracia Revisitada o debate contempor neo S o Paulo Editora tica 1994 vol 1 p 125 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 279 280 Neste contexto n o a liberdade de express o que garante a democracia mas exatamente o contr rio Toda pessoa tem o direito de participar da vida cultural e art stica da comunidade proclama o art 14 1 a d
35. blicos Ainda mesmo que as for as armadas n o interfiram nas estrat gias policiais podem controlar a quantidade e a qualidade do armamento dispon vel para as pol cias Militariza o da intelig ncia O v nculo pol tico entre pol cia e for as armadas se estende para a informa o Atividades de intelig ncia concernentes seguran a externa n o s o rigorosamente submetidas ao escrut nio pol tico Quando se trata de seguran a externa a distin o civil militar obscurecida mesmo em democracias est veis Na medida em que no mbito dom stico os ex rcitos assumem maior controle sobre a coleta de informa es teorias da raz o de Estado tornam se mais aceit veis A preocupa o ret rica da seguran a passa a sobrepujar a necessidade de responsabiliza o Assim h menor escrut nio civil da informa o coletada e do uso de tal informa o uma situa o que favorece o abuso A informa o essencial para o planejamento policial s o necess rios dados abundantes sobre os locais e horas em que os crimes violentos acontecem Entretanto as ag ncias militares de intelig ncia tendem a se concentrar em dissidentes pol ticos ou em grupos vistos como amea as ao Estado dados de pouca utilidade para o planejamento rotineiro da atividade policial No Brasil a lei determina que as pol cias militares integrem os sistemas de intelig ncia e contra intelig ncia administrados pelas for as armadas At
36. blicos s o irredut veis ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts 39 8 40 150 II 153 HI e 153 8 20 I Art 39 S lo A fixa o dos padr es de vencimento e dos demais componentes do sistema remunerat rio observara I a natureza o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira ll os requisitos para a investidura III as peculiaridades dos cargos FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION Sim Foi aumentado o prazo prescricional da a o trabalhista no meio rural Foi aumentada de 14 para 16 anos a idade m nima para o trabalho Foi revogada a irredutibilidade e isonomia dos vencimentos dos servidores p blicos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 312 HI OUTROS TRABALHOS INDICADORES INDICADOR 2 Indagar sobre disposici n constitucional que haga referencia a la estabilidad laboral de los trabajadores Constitui o Pol tica Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social I rela o de emprego protegida contra despedida arbitr ria ou sem justa causa nos termos de lei complementar qu
37. cada vez mais o objetivo de realizar batidas em reas quentes de criminalidade onde residem popula es latino ou afro americanas No Brasil situa o parecida nas constantes invas es de favelas Para subir o morro a pol cia certamente deve estar em baixo Em vez de policiamento ostensivo muitas favelas convivem com a emerg ncia para militar Essas pol ticas n o dependem de legisla o mas de rg os executivos estaduais Entretanto outras dimens es de militariza o interna exercem forte influ ncia sobre o sucesso dessas pol ticas Por exemplo um programa efetivo de policiamento comunit rio pode ser seriamente Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 187 comprometido por uma cadeia r gida de comando com 12 escalas hier rquicas Cf MUNIZ 1997 Em geral a legislac o federal n o trata das estrat gias a serem adotadas no policiamento ostensivo Estas s o decididas no plano do estado por rg os civis pela policia militar ou por ambos Por exemplo as estrat gias de policiamento de movimentos sociais e pol ticos variam consideravelmente O dia a dia da atividade policial permanece militarizado no que diz respeito ao policiamento de favelas Entretanto j foram testadas experi ncias alternativas como programas de policiamento comunit rio Cf SOARES 2000 No caso do policiamento de movimentos sociais o governador de estado pode estabelecer pr
38. de um estudo para o outro sem a tentativa de uma defini o mais uniforme Caso contr rio servir apenas para que seus autores gozem de certa notoriedade midi tica E os jornais n o hesitar o em publicar esses estudos com manchetes dizendo que a viol ncia aumentou tantos por cento para quem sabe no dia seguinte dizerem que diminuiu tantos por cento E ficamos n s cidad os sem saber o que realmente aconteceu N o quero ser deselegante definindo palavras que devem ou n o ser utilizadas Mas se queremos usar o termo viol ncia devemos pelo menos escolher m todos coletivamente acordados e reconhecidos para medir e Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS quantificar pelo menos para que trabalhemos todos com os mesmos n meros A viol ncia ou n o consequ ncia do desemprego Bem se entendermos viol ncia e crimina lidade como sin nimos podemos afirmar que n o h rela o direta ou determinante entre os dois fen menos Se entendermos o termo viol ncia de outra maneira ent o n o poss vel imaginar qual seja sua rela o com o desemprego A chamada viol ncia dom stica um problema milenar e envolve homens e mulheres empregados e desempregados Os crimes de furto podem at diminuir em per odos de desemprego j que o trabalhador desempregado tende a ficar em casa inibindo o ataque de ladr es As atividades da economia informal e o tr fico de drogas uma d
39. despedem se uns dos outros com as palavras O pr ximo ano em Jerusal m O Estado de Israel n o parece disposto a abandonar sua anexa o da parte rabe o lado oriental considerada ilegal pelas Na es Unidas Em 14 de setembro do ano passado um dia ap s o lan amento da nova rodada de negocia es entre palestinos e israelenses sobre o status dos territ rios ocupados o primeiro ministro israelense Ehud Barak visitou a col nia judaica de Maale Adumim sete quil metros a leste da Jerusal m rabe onde cerca de 30 mil colonos habitam uma extens o de terra maior que Tel Aviv Isolamento palestino Digo que voc s s o parte de Jerusal m Barak declarou Maale Adumim foi a primeira col nia a receber status de cidade Seus habitantes gozam de vantajosos benef cios sociais e seu j anunciado plano de expans o se for levado a cabo tornar imposs vel dirigir um carro de Bel m a Ramal sem passar por territ rio israelense o que isolaria ainda mais os palestinos de Jerusal m e tornaria praticamente invi vel o Estado palestino independente Alona Isabel uma judia de belos olhos azuis que acredita que tudo est escrito no Talmude est prestes a cumprir o servi o militar obrigat rio Ela informa que palestinos e israelenses come am a se entender mas que nunca ser poss vel uma conviv ncia sem ressentimentos porque eles mataram nossas crian as e n s as deles DIREITOS HUMAN
40. es capitalistas hegem nicas exerce tremenda press o sobre o padr o imperializado dependente e subdesenvolvido de desenvolvimento capitalista provocando uma hipertrofia Trabalho apresentado ao professor Dr Ant nio Brussi do Mestrado em Ci ncias Pol ticas da UnB em 2005 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 223 224 HI OUTROS TRABALHOS acentuada dos fatores sociais e pol ticos da domina o burguesa fato este que impede a efetiva realiza o dos conflitos que caracterizam o capitalismo A segunda no o a de unidade contradit ria dos princ pios de ordena o social proposta por Maria Sylvia de Carvalho Franco 1997 caracterizada dentre outros exemplos pela exist ncia no latif ndio de duas atividades essencialmente opostas produ o direta de meios de vida e produ o de mercadorias Como a autora bem salienta uma modalidade de produzir n o existe sem a outra N o formam uma dualidade mas uma s ntese ou unidade no latif ndio Capitalismo dependente e unidade social contradit ria s o id ias de grande import ncia para a compreens o do Brasil moderno Com elas poss vel explicar por que mesmo com o advento da ordem social competitiva permanecem e s o constantemente reinventados muitos dos aspectos pol ticos e sociais da ordem da Casa Grande que continuam a influenciar no processo de constru o do Estado Para garantir e manter o controle sobre a coer o leg
41. ficos da televis o tais como racismo homofobia prote o crian a viol ncia suic dio e outros A maioria dos artigos est redigida como principio negativo Por exemplo a programa o de televis o n o incitar a intoler ncia e deve afirmar uma cultura de respeito a toda as tradi es DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 259 260 religiosas o que pressup e zelo para com seus cultos s mbolos datas e nomes sagrados art 23 A ltima parte do projeto interessa mais a este trabalho j que regula as formas de san o pelas infra es cometidas A primeira caracter stica importante que a proposta n o estabelece nem san es criminais nem c veis mas administrativas A puni o n o se dirige ao apresentador ou produtor do programa mas empresa concession ria A san o mais branda o encaminhamento emissora de sugest o para adapta o de sua programa o Seguem a advert ncia multa suspens o do programa suspens o de toda a programa o e a recomenda o para cassa o da concess o da emissora O projeto cria um rg o espec fico a Comiss o Nacional pela tica na Televis o CNPET para receber e processar queixas enviadas por qualquer entidade civil regularmente constitu da A inova o maior est no fato de que a comiss o de 21 membros n o seria composta apenas por funcion rios p blicos ou representantes do Estado De fato estes seriam uma pequen
42. lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados Art 3 Considera se empregado toda pessoa f sica que prestar servi os de natureza n o eventual a empregador sob a depend ncia deste e mediante sal rio Par grafo nico N o haver distin es relativas esp cie de emprego e condi o de trabalhador nem entre o trabalho intelectual t cnico e manual Art 8 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico C digo Penal Redu o a condi o an loga de escravo Art 149 Reduzir algu m a condi o an loga de escravo Pena reclus o de dois a oito anos INDICADOR 2 Ubique aquella norma o normas legales que desarrollan el derecho al trabajo Consolida o das Leis do Trabalho Art 2 Considera se empregador a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econ mica admite assalaria e dirige a presta o pessoal de servi o 8 1 Equiparam se ao empregador para os efeitos exclusivos da rela o de emprego os profissionais liberais as institui es de benefic ncia
43. na falta de verbas ou nos militantes dos direitos humanos Nossa estrutura de seguran a p blica est falida e necessita de uma transforma o radical Se os constituintes de 1988 n o tiveram a coragem de mexer no modelo das pol cias militares est na hora de faz lo Policiamento ostensivo civil e uniformizado policiamento investigat rio civil e n o uniformizado como em qualquer pa s civilizado do mundo Em fevereiro do ano passado o F rum Nacional de Ouvidores entregou ao Congresso Nacional uma proposta de emenda constitucional que cria as pol cias estaduais fundindo as pol cias militares e civil de maneira criteriosa e respons vel Essa proposta n o foi sequer mencionada no Plano Nacional de Seguran a P blica divulgado em maio do mesmo ano Ficou engavetada enquanto se ouviam os clamores de mais armas mais cadeias como se o principal problema fosse a quantidade e n o a qualidade Uma pena inclusive para os pr prios policiais que morreriam menos se a emenda fosse aprovada DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 71 72 I ARTIGOS EM JORNAL CRIME E CASTIGO N o se fazem mais Raskolnikovs como antigamente Essa personagem liter ria do escritor russo Dostoi vski cometeu um crime nada perfeito mas que por outro lado jamais seria apurado Absorto numa mistura de culpa e reden o o jovem estudante se entrega e voluntariamente confessa seu crime preferindo os trabalhos for ados
44. pela deputada federal Zulai Cobra PEC 613 98 pela Comiss o Mista Especial de Seguran a P blica do Congresso Nacional 2002 e pelo F rum Nacional de Ouvidores de Pol cia 2000 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 103 diversas o que gera elementos de identidade e tradi o bastante distintos Minhas conclus es portanto t m validade restrita ao mbito das corpora es policiais desses estados Por outro lado as organiza es policiais brasileiras sempre tiveram caracter sticas comuns em termos de regula o legal e de seus pap is no controle social N o pretendo detalhar diferen as e semelhan as mas propor uma abordagem da quest o que ultrapasse o debate sobre a efici ncia no controle do crime A pol cia como organiza o institucional A teoria das organiza es tem distinguido entre ambientes t cnicos nos quais as organiza es s o recompensadas pela sua efici ncia na realiza o de uma atividade e ambientes institucionais em que a premia o se d pela adequa o de suas pr ticas a regras e cren as vistas como apropriadas e leg timas MARCH e OLSEN 1984 21 26 SCOTT e MEYER 1991 Uma organiza o pode operar em um ambiente mais ou menos t cnico mais ou menos institucional H organiza es altamente instituciona lizadas como escolas escrit rios de advocacia igrejas que t m maior preocupa o com sua legitimidade que propriame
45. policial de baixa patente uma enorme discricionariedade que n o pode ser reconhecida pelo paradigma hier rquico DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 148 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS disciplinar Como uma alternativa analistas propuseram modelos em que hospitais e universidades substituem os ex rcitos e a coordenac o toma o lugar da subordinac o Bayley 1994 145 161 Em hospitais e universidades a prestac o de servicos conduzida pelo pessoal da linha de frente m dicos e professores que coordenam as atividades com a equipe administrativa da organizac o Uma outra resposta ao problema da discricio nariedade foi o movimento da pol cia comunit ria Na cren a de que o mais importante aspecto da atividade policial a rela o como os cidad os os defensores desse movimento argumentaram que as pol cias devem reconhecer e apreender as decis es tomadas pelos policiais de rua Eles n o devem ser tratados como meros seguidores de ordens Devem ter manifestamente discricionariedade suficiente para atuarem como principal contato entre pol cia e comunidade SKOLNICK e BAYLEY 1988 N o se deve esquecer entretanto que o modelo disciplinar hier rquico foi desenvolvido para permitir o controle da conduta policial N o consequ ncia dos pr prios policiais mas de sua obriga o de submeter se ao Estado de direito A disciplina e a supervis o s o extremamente importantes para assegur
46. procedimento relativo esteriliza o ou a estado de gravidez ll a ado o de quaisquer medidas de iniciativa do empregador que configurem a indu o ou instigamento esteriliza o gen tica b promo o do controle de natalidade assim n o considerado o oferecimento de servi os e de aconselhamento ou planejamento familiar realizados atrav s de institui es p blicas ou privadas submetidas s normas do Sistema nico de Sa de SUS FUENTES Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada Lei 5473 de 09 de julho de 1968 Lei n 7853 de 24 de outubro de 1989 Lei n 8112 de 11 de dezembro de 1990 Lei 8213 de 24 de julho de 1991 Lei 9029 de 13 de abril de 1995 Lei n 9799 de 26 de maio de 1999 Lei n 10 421 de 15 de abril de 2002 VARIACION Sim A licenca maternidade foi ampliada para 120 dias independentemente da data do parto A licen a maternidade foi estendida para a m e adotiva A proibi o de discriminar anteriormente restrita vari vel sexo foi ampliada para sexo idade cor origem estado civil situa o familiar e situa o de gravidez Foi expressamente permitida a ado o de pol ticas afirmativas de trabalho para a mulher Foram criminalizadas as pr ticas de controle de natalidade no local
47. quem Domingo que criou e que preside a organiza o Por que quase ao final do romance o que deveria ser a comemora o da vit ria da anarquia se converte na festa da ordem Domingo o grande arquiteto que implanta o caos na ordem e extrai a ordem do caos Domingo o mist rio que confunde ordem e desordem que faz a ordem duvidar de si mesma que a confronta com o caos e que mant m ordem e caos unidos em uma profunda e estranha simbiose Domingo o confronto que testa a resist ncia da ordem e do caos Domingo a ilus o e o desfazimento da ilus o a ilus o da ordem que insiste em prevalecer sobre o caos e cr que a ele deve resistir e no exerc cio dessa resist ncia nele se transforma e o desfazimento da ilus o de que h uma luta verdadeira entre a ordem e o caos Domingo o desafio dos limites que indaga aos policiais que formulam suas queixas e ao anarquista puro que manifesta sua decep o Podereis beber da mesma ta a que eu bebo Chesterton um autor cat lico o que poderia sugerir que Domingo o ser supremo Deus a testar as suas criaturas e a brincar com elas Foi dele Domingo a id ia de uma organiza o anarquista mantida e alimentada por agentes da ordem que se disfar aram de anarquistas para lutar contra o caos organiza o que tinha um nico agente convicto da necessidade de aniquilar a ordem Quando desfeitos os enganos as personagens que se sentem tratadas com
48. rficas a for a mim tica que consiste na imita o organizacional ou seja na ado o intencional ou n o de uma organiza o preexistente como modelo para a cria o de uma nova a for a coercitiva que o exerc cio direto formal ou informal de controle de uma organiza o sobre outra e a for a normativa que aquela do padr o profissional membros de diferentes organiza es oriundos da mesma profiss o tendem a reivindicar os mesmos direitos e rotinas Pode se falar na institucionaliza o de um campo quando determinados atores pertencentes a determinadas organiza es e relacionados s mesmas organiza es de institui es Ao ajustarem suas estruturas internas e padr es de comportamento as organiza es reduzem os custos de transa o na intera o com outras organiza es ditadas pelas mesmas institui es Lin 2001 188 7 Os autores usam a express o campo organizacional em vez de campo institucional Os dois termos n o s o contradit rios mas complementares Lin 2001 e Powell e Dimaggio 1991 falam de um mesmo processo de isomorfismo visto por dois diferentes ngulos Enquanto o isomorfismo institucional enfatiza o vi s normativo a id ia de regras o isomorfismo organizacional remete id ia de atividade ou fun o Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 107 institucionalizantes adotam soluc es organizacionais
49. tico com efic cia mais simb lica que jur dica a comunidade pol tica que garante os direitos E n s ainda n o chegamos talvez nunca cheguemos e provavelmente n o queremos chegar comunidade pol tica mundial Ent o para n o correr o risco de cair na universaliza o inerte vou me limitar ao contexto brasileiro No contexto brasileiro os meios de comunica o de massa s o a radiodifus o a TV e o r dio E o mais pr ximo que podemos chegar de uma defini o de Direitos Humanos est no artigo 5 de nossa constitui o claro que em se tratando de Direitos Humanos n o podemos nos limitar CF 88 os Direitos Humanos s o sempre um discurso de demarca o entre uma esfera espec fica e a esfera da comunidade pol tica Estado Mas enquanto n o s o reconhecidos pela comunidade pol tica sua efic cia apenas simb lica Se estamos tratando da relac o entre duas coisas uma forma interessante de proceder como uma interfere com a outra Como os Direitos Humanos possibilitam ou garantem a m dia como os Direitos Humanos limitam a m dia e finalmente como eles delimitam o conte do da m dia Eu poderia tentar o caminho inverso mas duvido muito da minha capacidade para tanto Ent o os Direitos Humanos possibilitam a m dia Todos voc s j ouviram falar na liberdade de express o um Direito Humano consagrado tanto na Declara o Universal quanto na CF 88 Ele muitas vezes confundido com outro
50. 93 94 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS no sistema penitenci rio ou melhor no sistema carcer rio Falar em viol ncia em vez de seguranca p blica pode nos fazer esquecer de que essas viol ncias estruturais dos aparelhos de seguranca p blica s o causadoras das viol ncias f sicas que n s cidad os brasileiros vemos aumentar a cada dia A arma que mata tem nas pol cias uma importante distribuidora no mercado ilegal O sistema carcer rio uma m quina de produzir o dio e a corrup o portanto a reincid ncia A falta de uma rotina comum s pol cias militar e civil e o pr prio car ter militar do policiamento ostensivo s o fatores estimuladores da viol ncia A pol tica de seguran a que n o enfrenta esses problemas uma pol tica morta pura maquiagem ou mero paliativo A quest o como combater a viol ncia repeitando os direitos humanos n o tem cabimento o pr prio desrespeito aos direitos humanos que gera a viol ncia Serve mais para adiar o debate verdadeiro para que o eleitor esque a a conex o entre a a quest o carcer ria e a viol ncia ou entre o abuso policial e a viol ncia aguardando mais carros pres dios armas ou programas paliativos que s o importantes mas atacam a consequ ncia e n o a causa O respeito e a promo o aos direitos humanos n o podem ser considerados um empecilho no combate criminalidade Pelo contr rio representam o princip
51. Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 283 substituem a consulta aos di rios oficiais e eventualmente apresentam erros de indexa o N o obstante sempre que poss vel os textos dispon veis nos dois servi os foram comparados entre si Cabe ressaltar que o Brasil uma rep blica federativa Portanto h uma imensa variedade de leis institui es e programas governamentais no mbito dos estados e munic pios os quais n o aparecem na matriz deste trabalho Tal fato especialmente significativo no que diz respeito aos programas de forma o profissional de mulheres e deficientes f sicos j que o principal programa de qualifica o profissional o Plano Nacional de Qualifica o funciona atrav s da descentraliza o de recursos para estados munic pios entidades sindicais e da sociedade civil Muitos estados mant m programas especiais de qualifica o de deficientes e mulheres Al m da perspectiva dos trabalhadores em geral tamb m foram inclu das disposi es espec ficas sobre servidores p blicos Primeiro porque estes somados os que trabalham nos planos federal estaduais e municipais representam parte expressiva dos trabalhadores brasileiros Al m disso como a d cada de 1990 foi marcada por expressivas reformas do aparelho de Estado por muitos apelidadas de reformas neoliberais importante perceber em que medida essas reformas atingiram os servidores p blicos enquanto trabalhadores Finalment
52. Ao 17 A exposi o de motivos da PEC 514 97 esclarece que tal dispositivo que fortalece a id ia de coopera o entre os entes federativos reduz a possibilidade de uso excepcional das For as Armadas em conflitos internos Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 119 mesmo tempo configura uma tarefa proibida s Pol cias Militares Os policiais militares ao patrulharem as ruas atuam na defini o discricion ria de quando se deve ou n o acionar a lei penal Mas encerram sua participa o ao entregarem supostos criminosos autoridade policial civil Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos Econ micos Sociais e Pol ticos de S o Paulo IDESP com delegados de Pol cia de nove unidades da federa o a principal caracter stica de um bom delegado a capacidade de preparar inqu ritos bem circunstanciados seguida pelo saber jur dico SADEK 2003 18 8 Pesquisa coordenada por Minayo e Souza 2003 163 181 com policiais civis fluminenses de todos os n veis hier rquicos e funcionais ressalta a imagem dos policiais como profissionais de investiga o Essa investiga o entretanto acontece no mbito do inqu rito cujos procedimentos s o regulados pelo mesmo C digo de Processo Penal que define o trabalho do juiz e do promotor Sem d vida n o se deve confundir a atividade da pol cia judici ria com a rotina pr tica do distrito policial O pro
53. Baixaria Contra a Cidadania do III Encontro Internacional de Televis o realizado pelo Instituto de Estudos de Televis o no Rio de Janeiro em 25 e 26 de novembro de 2004 Integrante da VIII Caravana Nacional de Direitos Humanos Conflitos em Terras Ind genas promovida pela Camara dos Deputados Comiss o de Direitos Humanos em outubro de 2004 Apresenta o da Teleconfer ncia Quem Financia a Baixaria Contra a Cidadania Dia Nacional Contra a Baixaria na TV 06 08 2004 Palestrante em Congressos Encontros Cursos e Semin rios sobre temas relacionados a Direitos Humanos e Cidadania Artigos publicados Berlim o laborat rio para a nova Alemanha jornal O TEMPO 11 11 99 caderno Magazine Mateus Afonso Medeiros 10 11 12 13 14 15 De Ber o da Justi a a Altar da Disputa jornal O TEMPO 16 01 00 caderno Neg cios Os EUA depois do Ataque jornal O TEMPO 14 09 2001 caderno Opini o Direitos Humanos e Viol ncia texto integral publicado nos Anais do Semin rio Constru o da Cidadania Uma Sa da para a Viol ncia realizado pelo N cleo de Atendimento s V timas de Crimes Violentos em Belo Horizonte nos dias 28 e 29 de junho de 2001 Aspectos Institucionais da Unifica o das pol cias no Brasil in DADOS Revista de Ci ncias Sociais Rio de Janeiro Vol 47 n 2 2004 p 271 296 A Desmi
54. EM JORNAL guerra s drogas permite prender fichar e catalogar as classes perigosas Permite criminalizar a mis ria assim como os EUA criminalizam o subdesenvolvimento No dia 02 06 2001 s bado eu trafegava na avenida Bar o Homem de Mello indo do Cora o Eucar stico para Nova Lima Na altura do n mero 1 500 bem na entrada do complexo do Morro das Pedras vi uma opera o policial que contava com um posto m vel pelo menos tr s viaturas e cerca de 20 militares O posto m vel uma esp cie de trailer policial ocupava uma das pistas da avenida afunilando o tr nsito e for ando os motoristas a repararem nos pedestres que estavam sendo abordados Ao passar pela batida reparei que os policiais n o se contentavam em revistar os jovens homens negros moradores Estavam fotografando seus rostos presume se que para inclu los nos cadastros Indignado parei o carro para saber dos motivos das fotografias Perguntei ao capit o em comando Esse me mandou cuidar de minha vida Pedi que ele devolvesse o filme aos revistados Ele recomendou procurar o tenente coronel Insisti Depois de acalorada discuss o ele me disse que eu tinha sorte porque ele estava com dor nas costas pois caso contr rio j teria aloprado comigo Acabei enxotado de l aos empurr es de um sargento que disse que eu j estava aloprando demais Na segunda feira registrei o fato junto Ouvidoria de Pol cia Na quarta junto C
55. Faculdade de Direito da UFMG de mar o abril 2005 p 2 6 Homenageado pela Comiss o de Direitos Humanos e Minorias da C mara e Secretaria Especial dos Direitos Humanos em 29 04 2005 na cerim nia de entrega do 1 Pr mio Comunica o e Direitos Humanos de Produ o Acad mica Mateus Afonso Medeiros 10 11 12 Manifestac o do Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil Sec o de Minas Gerais em 21 02 2005 Criac o da organizac o n o governamental Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros RECIMAM por iniciativa da familia e dos amigos com a finalidade de desenvolver e implementar projetos de direitos humanos e inclus o social Diploma de Honra ao M rito in memoriam concedido pela C mara Municipal de Belo Horizonte por indicag o do Vereador Arnaldo Godoy em 27 09 2005 Mateus Programa levado ao ar pela entrevistadora Maria do Ros rio Caiafa no programa Palavra tica da TV Comunit ria de Belo Horizonte com entrevista concedida por Maria L cia Miranda Afonso sobre a vida do Mateus e proje o de v deo em sua homenagem em novembro de 2005 Pr mio Especial de Direitos Humanos 2005 in memoriam concedido pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica em 12 12 2005 Cria o da Casa da Cidadania Mateus Afonso Medeiros lan ada oficialmente pela OAB MG em 29 05 2006 com a finalidade de oferecer cursos de no es de Direito para os membros
56. Fantazzini veio perguntar quem estava presente Bom o Rog rio foi muito gentil em me propor o tema M dia e Direitos Humanos t o aberto que posso falar qualquer assunto e me encaixar no tema Afinal de contas tudo m dia e tudo Direitos Humanos Mas ent o vou supor que quando voc s vieram aqui para me ouvir sobre o tema M dia e DH voc s queriam saber sobre a rela o entre essas duas coisas E se m dia comunica o e Direitos Humanos s o o nosso arcabou o de comunidade ou seja s o aqueles direitos que todos temos porque participamos do que comum ao ser humano a humanidade ent o vou me ater quelas m dias que atingem a n s todos ou a maioria de n s Ent o estarei falando que m dia s o os meios de comunica o de massa Palestra no Projeto Entretelas em Belo Horizonte A palestra foi mantida em sua forma original como notas para uma fala de car ter informal As partes entre colchetes indicam marca es lembretes de que o conferencista lan a m o para compor a sua fala Rog rio Farias Tavares advogado e jornalista membro da Comiss o de Projetos e A es Especiais da Ordem dos Advogados do Brasil DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 200 HI OUTROS TRABALHOS Mas tamb m os Direitos Humanos devem ser especificados fora da comunidade pol tica esses direitos s o apenas declara es ou seja s o um sentimento
57. Foi mais do que isso Mais do que uma saudade a se chorar na intimidade Testemunho e Sentido mem ria a incorporar em nossa hist ria vida em n s Mateus foi um semeador de id ias um iniciado da alegria um guerreiro dos direitos humanos Em tempos de cinismo e descren a ele foi luta e esperan a Por tudo isso que hoje nos unimos n o para o lamento mas para a promessa Viva Mateus Mateus Afonso Medeiros REFLEX ES LIVRES SOBRE QUEM OU O QU DOMINGO ou reflex es sobre a ordem e o caos Para o Mateus que me perguntou quem ou o qu voc acha que Domingo E a quem respondi vou pensar A t tulo de advert ncia a liberdade do leitor Domingo personagem do romance O Homem que foi Quinta Feira de Chesterton Havia lido o romance na minha adolesc ncia E o reli depois de muitas d cadas Assim se me proponho a fazer algumas reflex es sobre ele quero que sejam livres sem outro compromisso a n o ser o de me manifestar como leitora que nutre verdadeira paix o pelo romance enquanto obra de arte E que n o pretende nada mais do que se deliciar com ele H limites para a interpreta o do leitor Essa uma pergunta que assumiu uma dimens o enorme entre os hermeneutas Exist ncia de limites ou aus ncia deles tema do livro de Umberto Eco Interpreta o e Superinterpreta o Adorei o por m devo esclarecer que me preocupo com limites da interp
58. Nas palavras de um policial Para qu cumprir um mandado de pris o de um traficante de crack com um 38 Com blindagem completa as porcarias certas apontando para uma bainha com uma pistola Glock nove mil metros e treinamento voc pode aloprar e se divertir 2001c 143 tradu o nossa Os c digos de conduta e manuais de treinamento de algumas pol cias militares incluindo as brasileiras s o iguais aos ou virtualmente copiados daqueles usados pelas for as armadas Pol cias civis como as norte americanas Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 151 ver abaixo tamb m podem incorporar regras e manuais militares Em ambos os casos o controle interno do uso da forca torna se deficit rio visto que os par metros profissionais n o promovem tal controle Ao mesmo tempo algumas pol cias organizadas no modelo militar como a Gendarmerie produzem seus pr prios manuais e regras de conduta no esfor o de se distinguirem do ex rcito e melhorar o controle da for a Militariza o do emprego O controle sobre a distribui o das tropas policiais uma das mais fr geis arenas da responsabiliza o das pol cias As estrat gias de despachamento quantos policiais s o enviados para que partes da cidade e de que maneira devem considerar a proporcionalidade e o respeito pelos direitos dos cidad os Devem portanto manter se distintas das estrat gias militares As PPU s s
59. Paulista Afinal Rambo n o se referia exatamente localiza o geogr fica em que atuava N o era movido por um conceito interior de suspeito mas por um padr o de constrangimento exterior que ele apenas aprendera a praticar Se estivesse a servi o na avenida Paulista Rambo agiria da mesma maneira pelo menos com a popula o de rua com os travestis e demais indesej veis Tome se o caso das favelas N o h nesses locais nenhuma f brica de armas ou refinaria de coca na Entretanto s o sempre os locais escolhidos na estrat gia de repress o s drogas O policiamento preventivo raramente existe o que ajuda a formar um c rculo vicioso de criminalidade j que a pol cia s chamada para reprimir o crime a posteriori Para abrir uma porta preciso que ela esteja fechada Para que a pol cia possa subir o morro preciso que n o esteja l em cima No Rio de Janeiro uma Publicado no Jornal O TEMPO em 08 05 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL experi ncia demonstrou que seis meses que se instalou o policiamento permanente e interativo na favela Cantagalo em Copacabana nenhum crime violento havia sido registrado Em Belo Horizonte os campe es em queixas de abuso policial s o as unidades da rodovi ria e da avenida do Contorno em frente Escola de Engenharia da UFMG respons veis pela rea de maior concentra o de popula o de rua Tamb m essas pessoas sofrem mais
60. Publicado originalmente em Dados Revista de Ci ncias Sociais Rio de Janeiro Vol 47 n 2 2004 pp 271 a 296 Agradecemos aos editores de DADOS a autoriza o para reprodu o do artigo nesta colet nea O autor agradece imensamente aos professores Arthur Costa Rebecca Abers Marco Cepik e Leonardo Barbosa bem como aos pareceristas de Dados pelos coment rios a vers es anteriores deste artigo 1 A divis o remonta vinda da Corte portuguesa D Jo o criou em 10 de maio de 1808 a Intend ncia Geral de Pol cia da Corte considerada o embri o da pol cia civil fluminense Um ano mais tarde estabeleceu se a Guarda Real de Pol cia da Corte para o patrulhamento da capital Santos 1985 17 Como as pol cias est o ligadas ao processo de forma o do Estado Bayley 1975 preferi tomar o Imp rio como refer ncia DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 102 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS constatac o por que as recentes e reiteradas tentativas por parte de pol ticos e da sociedade civil de unificar as atuais Pol cias Militares e Civis A resposta est relacionada extens o da cidadania no Brasil Carvalho 2002 que acarretou a a ampliac o qualitativa e quantitativa das fontes de legitimidade das pol cias e b a transforma o de seu papel no controle social De um lado a progressiva suplantac o das estruturas clientelistas e a constru o da democracia tornam as pol cias responsab
61. Regional Para Am rica Latina y el Caribe Estad sticas Laborales http www oit org pe spanish 260ameri infoal estadist estadis htmltprolab Este Link les da entrada a un listado de tablas entre las cuales tienen que buscar la que corresponde a este indicador estos totales se ubican en la ltima columna derecha FUENTES UTILIZADAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo Demogr fico 1991 Tabela 5 32 Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica Censo Demogr fico 2000 Tabela 1 1 8 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 329 Sintese das Conclus es A Constitui o de 1988 representou um grande salto de qualidade para a garantia de direitos humanos no Brasil inclusive os trabalhistas Muitos direitos fundamentais do PIDESC foram reconhecidos pelo texto constitucional al m de outros que poderiam estar na legisla o ordin ria mas adquiriram status constitucional Por essa raz o costuma se dizer que a constitui o significou um novo c digo do trabalho Em termos da declara o e do reconhecimento de direitos pelo ordenamento jur dico portanto haveria pouco a acrescentar constitui o de 1990 at hoje O que j faltava e ainda falta um mecanismo de reajuste do sal rio m nimo cujo valor definido por um processo exclusivamente pol tico A mudan a constitucional mais significativa foi o aumento da idade m nima para o trabalho de 14 para 16 anos adequando se mel
62. a Administra o P blica n o veio infelizmente acompanhada de m todos democr ticos de participa o dos cidad os na elabora o dos objetivos do Estado A cria o das Organiza es Sociais definiu o conceito de propriedade p blica n o estatal sem preocupar se com o respectivo espa o p blico n o estatal No campo espec fico da educa o os objetivos agora s o firmados e os resultados s o avaliados pelo poder burocr tico central enquanto se abre a possibilidade de uma gest o gerencial que servir simplesmente para atingir esses objetivos num processo em que no es como igualdade e justi a social recuam no espa o de discuss o pol tica e cedem lugar redefinidas s no es de produtividade efici ncia qualidade colocadas como condi o de acesso a uma suposta modernidade DA SILVA 1994 14 Em verdade n o houve a descentraliza o nem a confian a limitada nos administradores Confundiram se os termos descentraliza o e desconcentra o num processo an logo ao que Abrucio 1999 183 identificou na reforma administrativa inglesa importante salientar que a descentraliza o foi concebida a partir de uma defini o clara dos objetivos de Mateus Afonso Medeiros 217 cada ag ncia os quais deveriam ser cumpridos sob a vigil ncia e o controle do poder central Dessa forma apesar da propaganda governamental favor vel descentraliza o o que acontecia era u
63. a descri o da situa o delituosa a cor da v tima a dist ncia do disparo e o procedimento de socorro v tima Se a pol cia mineira j faz esse tipo de controle est na hora de torn lo p blico para que os rg os respons veis pelo seu controle possam monitorar o n mero de civis mortos por rea geogr fica e por unidade policial Finalmente necess rio estabelecer programas de incentivo ao uso da for a n o letal Em vez da premia o faroeste quem sabe um pr mio destinado a policiais que cometam atos de bravura sem colocar a vida humana em risco ou seja sem usar armamento letal As sugest es acima s o de professores ouvidorias de pol cia entidades de direitos humanos e cidad os que querem um combate eficiente criminalidade logo um combate que respeite os direitos humanos Por ltimo uma sugest o pessoal e de curto prazo aos comandos e s tropas da pol cia assistir ao Comiss rio Rex DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 65 66 I ARTIGOS EM JORNAL INTELIG NCIA E ESPIONAGEM Quando o senador Antonio Carlos Magalh es confessou que escondera a viola o do painel eletr nico do Senado disse que o fizera para preservar aquela Casa Os rg os de imprensa afirmaram que ACM usara a ser favor o argumento da raz o de Estado Essa tradi o te rica inaugurada por Maquiavel afirma que a seguran a do Estado uma exig ncia de tal import ncia que os
64. adotada pela administra o p blica burocr tica o controle hier rquico e formalista dos procedimentos provou ser inadequada A coloca o um timo ponto de partida para interpretar o surgimento do gerencialismo porque nos permite tecer algumas considera es sobre as inten es por tr s do modelo Antes de mais nada Weber n o destacou com muita nfase a superioridade da autoridade racional legal sobre o poder patrimonialista A frase seria correta se o ex ministro acrescentasse algumas palavras dizendo que Weber destacou com muita nfase a superioridade da autoridade racional legal sobre o poder patrimonialista DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 213 214 enquanto sistema de dominac o De fato o famoso soci logo alem o incluiu seus estudos sobre a burocracia em sua obra mais famosa Economia e Sociedade no cap tulo intitulado Sociologia da Domina o e na Se o intitulada Natureza e pressupostos da domina o burocr tica Weber 1999 IV Weber elenca v rios motivos para o surgimento da administra o burocr tica mas a passagem seguinte a mais esclarecedora A burocratiza o oferece o timo de possibilidade para realizar o princ pio da reparti o do trabalho administrativo segundo aspectos puramente objetivos distribuindo se as tarefas especiais entre funcion rios especializados e que cada vez mais se aprimoram na pr tica cont nua A resolu o
65. cia militar Decis es tomadas pela pol cia militar pelo Estado e pelo Ex rcito a cria o de unidades policiais militares deve ser proposta pelo Comandante Geral e aprovada pelo Estado Maior do Ex rcito art 7o Decreto 88 777 qualquer mudan a de organiza o aumento ou diminui o de efetivos das Pol cias Militares depender de aprova o do Estado Maior do Ex rcito art 38 Decreto 88 777 Decis es tomadas pelo estado e pelo Ex rcito em posi o de igualdade h poucas possibilidades Uma delas a solicita o pelo governador da presen a emergencial das For as Armadas em seu estado como aconteceu por ocasi o da greve dos policias militares da Bahia em julho de 20015 A simples exist ncia de poderes de veto n o significa que estes sejam utilizados com freq ncia De fato se compararmos os anos de democracia com os de regime 5 Esse e outros epis dios de greve dos escal es inferiores das Pol cias Militares motivaram a edi o do Decreto n 3 897 de 24 de agosto de 2001 que fixa as diretrizes para o emprego das For as Armadas na garantia da lei e da ordem DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 177 178 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS militar o Ex rcito vem interferindo menos em quest es de seguranca p blica Entretanto os poderes de veto reduzem consideravelmente a capacidade dos governadores de introduzirem mudan as substanciais nas pol cias militares Isso res
66. consideradas leg timas e apropriadas As organiza es passam a sofrer press es normativas coercitivas e mim ticas no sentido de se parecerem umas com as outras Certamente a institucionaliza o um processo hist rico Existem importantes varia es na forma de legitimidade assumida por cada organiza o Organiza es diferentes nunca ter o o mesmo fluxo de recursos O fato de sofrerem press es de um campo n o as condena a respostas isom rficas POWELL 1991 Apesar dessa complexidade os processos de isomorfismo s o empiricamente verific veis A pr pria exist ncia dos diferentes setores atesta que determinadas organiza es possuem a consci ncia de estarem envolvidas em um empreendimento comum POWELL e DIMAGGIO 1991 65 Ambientes complexos criam heterogeneidades e permitem s organiza es responderem s demandas estrategicamente Constrangimentos abrem algumas possibili dades ao mesmo tempo que restringem ou negam outras A institucionaliza o sempre uma quest o de grau em parte porque um processo hist rico Se reconhecermos que os ambientes institucionais s o complexos e pudermos identificar as fontes de demandas conflitantes ent o poderemos explicar as circunst ncias em que a instituciona liza o contestada ou incompleta POWELL 1991 195 Argumento neste artigo que no Brasil a institucionaliza o do campo policial n o se completou Em termos de mitos ator
67. corda bamba sem querer saber se temos equil brio para nos sustentar sobre ela Talvez seja assim porque no fundo saibamos que somos personagens do drama que jamais terminar com o ato final que encenaremos Ele continuar com novos personagens que j est o ou que entrar o na cena e se renovar Ao final do romance Syme tem a impress o de ter vivido um pesadelo Um pesadelo ali s o subt tulo do livro E a cena final de uma espl ndida delicadeza A tranquilidade da imagem de uma mulher empurrando um carrinho de beb no parque que se projeta no in cio do livro retomada com a vis o que Syme tem de uma mo a de cabelos vermelhos como os de seu irm o Gregory colhendo lilases no jardim na manh que apenas come a Pesadelo e realidade caos e ordem parecem se resolver na pureza de um gesto que traz outra vez a cena do cotidiano a normalidade de um mundo em que o c u est outra vez sobre a terra em que h jardins h beb s e h promessas Taiti Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL Todos os artigos incluidos nesta parte do livro foram originalmente publicados no jornal O TEMPO Agradecemos aos editores de O TEMPO a autorizac o para a sua reprodu o nesta colet nea I ARTIGOS EM JORNAL BERLIM O LABORAT RIO PARA A NOVA ALEMANHA Logo que aqui cheguei fui advertido por nativos e estrangeiros de que eu n o estava na verdadeira Alemanha A que me diziam assim como Nova York
68. da comunidade entidades sindicais e organiza es populares O projeto de iniciativa do advogado e jornalista Rog rio Farias Tavares recebeu o apoio imediato da Dra Helena Delam nica Presidente da Comiss o de Projetos e A es Especiais e do Presidente da seccional mineira da OAB Dr Raimundo C ndido J nior Para viabiliz lo a OAB MG realizou parceria com a A o Social Arquidiocesana a Congrega o dos Irm os Maristas a ONG Associa o Imagem Comunit ria e o Conselho Comunit rio do Bairro Ribeiro de Abreu DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 341
69. da opini o p blica 3 Torna o p blico muito mais passivo neste sentido at atrapalhando o cr tico da opini o p blica E portanto a comunidade pol tica resolve que n o se pode simplesmente declarar a liberdade da radiodifus o necess rio um arranjo institucional que garanta o prop sito da liberdade a forma o de uma opini o P BLICA CR TICA Acontece que todas as vezes que se submete alguma coisa a um arranjo institucional est se tamb m limitando aquela coisa Mas a opini o p blica cr tica ao mesmo tempo o que garante e o que limita a liberdade da radiodifus o O importante pensarmos que haver limites de qualquer maneira Se n o aqueles estabelecidos publicamente ser o outros Nada mais coerente se s o os Direitos Humanos que garantem a m dia que sejam eles que a limitem na forma colocada naquele arranjo institucional H tamb m outras formas de limitar at pelo mercado Mas por tr s de todos esses mecanismos estar uma concep o sobre o sentido e a finalidade da radiodifus o a que se encontrar o os Direitos Humanos O arranjo institucional vai ser imperfeito mas necess rio e a pr pria liberdade de imprensa tem que servir para aperfei o lo Colocar quest es S o apenas os programas jornal sticos que podem alegar a liberdade de imprensa Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 203 Que direitos humanos limitam e como limitam essa liberdade
70. de novembro ao Sawyer Seminar New York New School for Social Research MILLER Wilbur R 1975 Cops and Bobbies Policy Authority in New York and London 1830 1870 Chicago University of Chicago Press MUNIZ Jacqueline et al 1997 Resist ncias e Dificuldades de Um Programa de Policiamento Comunit rio Tempo Social V 9 n 1 p 197 213 NEILD Rachel 1995 Policing Haiti Preliminary Assessment of the New Civilian Security Force Washington DC The Washington Office on Latin America NIERDERHOFFER A BLUMBERG A 1972 The Ambivalente Force Boston Ginn Blaisdell PARENTI Christian 2001 Lockdown America police and prisons in the age of crisis New York Verso PORTA D D REITER H Orgs 1998 Policing Protest the Control of Mass Demonstrations in Western Democracies Minneapolis University of Minnesota Press POWELL Walter DIMAGGIO Paul 1991 The Iron Cage Revisited Institutional Isomorphism and Collective Rationality in Organizational Fields In W POWELL e P DIMAGGIO Orgs The New institutionalism in Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS organizational analysis Chicago University of Chicago Press p 41 62 SKOLNICK Jerome H BAYELY David H 1988 Community Policing Issues and Practices Around the World Washington DC National Institute of Justice SKOLNICK Jerome H FYFE James F 1993 Above the Law Police and the Excessive Use o
71. de Estudos da Religi o CELS CENTRO DE ESTUDIOS LEGALES Y SOCIALES 2000 Informe Anual sobre la Situaci n de los Derechos Humanos en Argentina Buenos Aires CELS Eudeba CHEH Mary M 1996 Are Lawsuits an Answer to Police Brutality In W A GELLER e H TOCH Orgs Police Brutality Understanding and Controlling Police Abuse of Force New Haven Yale University Press p 247 272 CHEVIGNY Paul 1990 Police Deadly Force as a Social Control Jamaica Argentina and Brazil Criminal Law Forum V 1 n 3 p 389 425 DEL BAYLE Jean Louis Loubet 1992 La Police Approche Socio Politique Paris Montchrestien ENLOE Cynthia H 1976 Ethnicity and Militarisation Factors Shaping the Role of Police in Third World Nations In C Enloe e U Semin Panzer Orgs The Military the Police and Domestic Order British and Third DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 161 162 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS World Experiences London Richardson Institute for Conflict and Peace Research p 144 56 ETZIONI Amitai 2000 Social Norms Internalization Persuasion and History Law and Society Review V 34 n 1 FUNDACI N ARIAS PARA LA PAZ Y EL PROGRESO HUMANO 1997 Relaciones C vico militares Comparadas Entendiendo los Mecanismos de Control Civil en Peque as Democracias San Jos Fundaci n Arias para la Paz y el Progreso Humano HAGGERTY Kevin D ERICSON Richard V 1999
72. de Los Angeles como a dos nibus queimados no Rio de Janeiro como a das manifesta es contra o pacote de Domingo Cavallo na Argentina A viol ncia dos bancos a viol ncia da mis ria a viol ncia dos juros a viol ncia do mercado e mais recentemente a viol ncia do apag o Vivemos numa esp cie de assombra o de Foucault s avessas a viol ncia que est em todo lugar e em lugar nenhum t o impercept vel e insistente quanto um fantasma engenhoso E n o digo isso para ser c mico mas para denunciar a exist ncia de um v u de ignor ncia colocado sobre n s a fim de que este tipo de debate longe de analisar um fen meno seja parte integrante do mesmo contribuindo para a constru o pol tica do mesmo fen meno se pretende analisar ao ajudar a legitimar pol ticas criminais repressivas fazendo nos esquecer da repress o praticada pelo Estado O debate acad mico principalmente tem a obriga o de romper com a defini o oficial do problema da viol ncia de analisar sua pr constru o pol tica administrativa jornal stica e n o se resignar a dissertar sobre as causas presumidas e os rem dios poss veis nos mesmos termos determinados pela m dia ou pelos rg os pol ticos certo que cada estudo sociol gico que leva o termo viol ncia no t tulo define seu alcance e significado logo nas primeiras linhas Entretanto esse termo n o pode ser indistintamente utilizado
73. de poder disciplinar determinada pela estrutura institucional da esfera jur dica na qual s podem existir rela es assim tricas e n o rec procas Habermas pergunta como o discurso filos fico da verdade pode estabelecer limites aos direitos do poder Para Foucault a quest o que regras de direito s o implementadas atrav s das rela es de poder que produzem os discursos da verdade De fato o debate j foi estendido implicitamente ao menos quest o do policiamento Os paradigmas de an lise dos dois autores j servem ao estudo da organiza o policial 13 O jur dico e o legal n o se confundem em Foucault O termo jur dico descreve qualquer forma de poder cujo objetivo seja prevenir certa a o ou omiss o atrav s de san es legais ou sociais A quest o principal quais atos ser o proibidos ou permitidos O poder disciplinar e o soverno mentalidade foucaultianos n o s o apenas preventivos mas criativos n o apenas dedutivos mas produtivos Vide Victor Tadros supra nota 11 14 Vide Michael Kelly Foucault Habermas and the self referentiality of critique in Michael Kelly org Critique and Power supra nota 12 15 Para uma abordagem explicitadamente habermasiana vide lan Loader Youth Policing and Democracy Londres Macmillan 1996 Para uma an lise assumidamente foucaultiana Richard Ericson e Kevin Haggerty Policing the risk society Toronto University o
74. descarta o discurso conveniente de que hoje quem mais desrespeita os direitos humanos s o os bandidos e n o a pol cia Isso n o existe Em primeiro lugar se a pol cia ou policiais individualmente praticam esse discurso s pode haver um motivo a vontade de desrespeitar os direitos humanos A pol cia sem d vida um agente do Estado da ordem pol tico jur dica Esta sim desrespeita os direitos humanos na medida em que atua ilegal ileg tima ou desproporcional Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS mente O criminoso pratica um crime e deve receber a pena E se vivemos em uma ordem jur dico pol tica que facilita o crime e mais particularmente facilita o crime violento ent o esse um desrespeito aos direitos humanos mas n o propriamente do criminoso da ordem do pol tico e do jur dico e politicamente que vamos tentar transformar essa ordem O que n o podemos de maneira alguma aceitar o discurso que compara a pol cia ao bandido como se nos dissesse que dos males o menor Seria a utilizac o do termo direitos humanos justamente para neg lo a primeira e importante reflex o que venho trazer desconfiar da pol cia ou dos policiais que se comparam aos criminosos que aconselham fazer um dossi sobre a viol ncia da policia mas tamb m a fazer um dossi sobre a viol ncia dos bandidos que dizem que a pol cia tem o direito de matar
75. dever legal Esse o tipo de abuso que o Poder Judici rio mais analisa e pune b A segunda categoria de abuso fere o princ pio da proporcionalidade da adequa o entre meios e fins de que fala o artigo 2 da lei n 9 784 A pol cia s poder usar a for a necess ria ao cumprimento de sua fun o Esse princ pio a principal arma jur dica contra a a o extrajudicial da pol cia Lembre se do epis dio ocorrido no Rio de Janeiro onde um assaltante que j estava algemado foi executado em frente s c meras de TV Mais recentemente em Belo Horizonte a pol cia empregou a cavalaria contra os foli es da Banda Mole numa a o flagrantemente desproporcional necessidade Como o professor Mesquita Neto bem salienta controlar esse tipo de abuso uma tarefa que pode ser melhor desempenhada por mecanismos internos e formais das corpora es como a corregedoria de pol cia No entanto que fazer se a corregedoria n o atua com firmeza ou pior ainda se a desproporcionalidade uma pol tica do pr prio comando da corpora o Por isso DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida I ARTIGOS EM JORNAL qualquer tipo de abuso policial deve ser inclu do da an lise e julgamento pelo Poder Judici rio c O principio da razoabilidade afirmam unanimemente os juristas est impl cito na Constitui o Federal e expl cito em algumas constitui es estaduais como a de S o Paulo A administra o p blica
76. dos direitos humanos que combine as duas perspectivas ser ao mesmo tempo local e procedimental Conclus o Como a discuss o acima contribui para o entendimento da discricionariedade policial e da pol cia comunit ria Em primeiro lugar ambos os matizes te ricos apontam para as enormes dificuldades em interferir sobre o problema da discricionariedade do ponto de vista do encontro individual entre o policial e o cidad o Como dito anteriormente o policial um representante simb lico do especialista em mat ria de crime e justi a Quando ele transforma sua estrutura interpretativa em atos de fala outras possibilidades de entendimento da situa o s o reprimidas A resist ncia assume no m ximo um car ter hist rico Mas h n veis mais gen ricos de discricionariedade do policial de rua aos administradores da pol cia at o sistema de coleta de informa es mais amplamente concebido Este trabalho discricion rio transforma os grupos sociais em categorias de receptores do trabalho policial Mais ou menos for a mais ou menos servi o mais ou menos risco Sobre este processo discricion rio de classifica o a teoria da a o comunicativa oferece alguma esperan a de interfer ncia democr tica Coloca a possibilidade de alguma 2 Assim podemos entender o projeto de Berta Esperanza Hern ndez Truyol conquanto seu procedimento n o seja o mesmo de Habermas Human Rights Globalization and Culture
77. envolvimento pr ximo com os Navy Seals e com os Army Rangers KRASKA 2001b 7 tradu o nossa No Brasil as pol cias utilizam forma o militar para temporariamente invadir favelas com o objetivo de controlar drogas gangues e armas A morte de civis comum em tais opera es Usam se equipes regulares em vez de PPU s j que o treinamento das pol cias brasileiras bem mais militarizado que o das norte americanas Independen temente da dimens o de seguran a p blica tais estrat gias demonstram que problemas de natureza altamente pol tica como a desigualdade social a economia das drogas e a atividade de gangues tendem a provocar o emprego de for a militar Quando a interven o militarizada simplesmente DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 154 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS gera mais intervenc o militarizada algo deve estar errado com o arranjo democr tico Militarizac o do controle As pol cias e as for as armadas apresentam uma conex o pol tica inerente ambas exercem o monop lio estatal sobre o exerc cio da for a leg tima Quando h conflito entre as duas como por exemplo quando militares e policiais adv m de diferentes grupos tnicos ou quando pertencem a grupos pol ticos advers rios h uma tend ncia instabilidade pol tica ENLOE 1976 O Ex rcito na medida em que exerce o controle direto sobre as pol cias flexiona seus m sculos pol
78. exemplo o sistema financeiro e o sistema partid rio POWELL e DIMAGGIO 1991 64 65 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 142 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS A forca mim tica Ocorre a imita o quando as estruturas organiza cionais s o parcamente compreendidas quando os objetivos s o amb guos ou quando o ambiente social gera indecis o Essa a for a mim tica Suas vantagens se manifestam quando uma organiza o se defronta com problemas indefinidos e n o capaz de identificar solu es As respostas s o normalmente buscadas em outras organiza es do mesmo campo MARCH e OLSEN 1976 Quando uma organiza o reproduz um modelo pode faz lo intencionalmente ou n o O que importa que o modelo copiado seja visto como um paradigma bem sucedido Involuntariamente os modelos organizacionais se difundem atrav s da transfer ncia de pessoal e de pr ticas Intencionalmente atrav s de decis es tomadas por aqueles que comandam as organiza es In meras for as policiais foram modeladas a partir das for as armadas Por exemplo a Pol cia Militar do Rio de Janeiro foi institu da em 1831 a partir de um batalh o do Ex rcito De 1837 at o in cio dos anos 1840 esteve sob o comando do tenente coronel Luis Alves de Lima e Silva que mais tarde se tornaria o Duque de Caxias patrono do Ex rcito brasileiro HOLLOWAY 1993 Ainda quando a pol cia de Buenos Aires foi amplamente reformada no
79. fixa e parte vari vel ser lhe sempre garantido o sal rio m nimo vedado qualquer desconto em m s subsequente a t tulo de compensacao Art 117 Ser nulo de pleno direito sujeitando o empregador s san es do art 120 qualquer contrato ou conven o que estipule remunera o inferior ao sal rio m nimo estabelecido na regi o zona ou subzona em que tiver de ser cumprido Art 118 O trabalhador a quem for pago sal rio inferior ao m nimo ter direito n o obstante qualquer contrato ou conven o em contr rio a reclamar do empregador o complemento de seu sal rio m nimo estabelecido na regi o zona ou subzona em que tiver de ser cumprido INDICADOR 2 Normas legales que regulan el derecho a un salario m nimo para todos los trabajadores Consolida o das Leis do Trabalho Art 117 Ser nulo de pleno direito sujeitando o empregador s san es do art 120 qualquer contrato ou conven o que estipule remunera o inferior ao sal rio m nimo estabelecido na regi o zona ou subzona em que tiver de ser cumprido Art 118 O trabalhador a quem for pago sal rio inferior ao m nimo ter direito n o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 296 HI OUTROS TRABALHOS obstante qualquer contrato ou conven o em contr rio a reclamar do empregador o complemento de seu sal rio m nimo estabelecido na regi o zona ou subzona em que tiver de ser cumprido Lei N 8 542 1992 Art 6 Sal rio m nimo
80. governantes para a garantir s o obrigados a violar normas jur dicas morais pol ticas e econ micas que s o imperativas em situa es de normalidade No epis dio do Senado n o havia qualquer amea a seguran a do Estado e tanto assim que n o houve qualquer revolu o depois que a verdade veio tona O que ACM fez foi instrumentalizar a teoria para fins pessoais e partid rios Para seus adeptos a raz o de estado configura uma exce o justificada regra da legalidade Eles afirmam que at mesmo o direito reconhece aquela teoria atrav s dos institutos do estado de s tio e estado de guerra Mas n o bem assim verdade que em determinadas situa es a pr pria Constitui o prev uma suspens o tempor ria de direitos fundamentais com base na emerg ncia Mas essa n o uma aplica o constitucional da raz o de Estado O governante que decretar estado de s tio est obrigado a justificar sua atitude e ter suas a es controladas mesmo durante a vig ncia de seu decreto N o um semideus ou um pr ncipe que sabe melhor do que ningu m No Brasil e no mundo a manipula o do termo seguran a permite inverter a doutrina transformando a raz o de Estado em regra em vez de exce o Da os rg os permanentes de intelig ncia como a CIA o SNI a ABIN as P2 Esses rg os est o acima da lei Simbolizam a institucionaliza o da exce o Apesar de sua fun o ser a
81. hoje praticamente n o h supervis o civil das atividades de intelig ncia policial Ao mesmo tempo a militariza o da intelig ncia a principal dimens o de militariza o externa nos Estados DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 156 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Unidos especialmente no policiamento da fronteira com o M xico Uma forca tarefa militar a JTF 6 foi estabelecida em 1989 para combater o fluxo de drogas atrav s da fronteira auxiliando a ag ncia policial federal anti drogas Drug Enforcement Agency Mais tarde com a conflu ncia das pol ticas de imigrac o e de controle das drogas incluiu se o servico policial de imigrac o Immigration and Naturalization Service Border Patrol A JTF 6 tamb m trabalha com um cons rcio denominado Operation Alliance de policias federais estaduais e locais PARENTI 2001 Com a guerra ao terrorismo razo vel supor que essa tend ncia v perdurar Justica O processo criminal essencial para controlar a conduta das pol cias A efetividade da justica criminal depende a de sua autonomia com relac o aos poderes pol ticos e b da exist ncia de instrumentos legais e de recursos materiais para que as infra es sejam investigadas e os policiais culpados sejam punidos Em processos criminais por abuso policial uma das principais dificuldades de qualquer sistema de justi a a tarefa de investiga o Quando a pr pria pol cia re
82. impostas pela sociedade s autoridades em termos da quantidade de poder que exercem e da maneira como o exercem A rejintrodu o de elei es livres e a consequente amplia o do processo pol tico n o preenchem por si mesmas os requisitos da democracia imperativo que esses fatores sejam complementados por mecanismos de controle e responsabiliza o da atividade do Estado Aqui reside a diferen a entre pol cia e for as armadas na necessidade de controlar o uso da for a O ethos militar enfatiza a efici ncia e efic cia com rela o ao uso da for a A efici ncia denota uma propor o satisfat ria entre meios e resultados a finalidade empregar a maior for a poss vel utilizando o m nimo necess rio de meios A efic cia significa que a for a deve ser utilizada para alcan ar o objetivo militar normalmente a subjuga o do inimigo Em uma sociedade democr tica o ethos policial deve Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 139 ser diferente Em primeiro lugar a efici ncia deve ser substitu da pela proporcionalidade a for a deve ser usada em proporc o ao problema Assim muitas pol cias restringem o uso de armas de fogo a incidentes em que haja vida humana em risco A no o de uso proporcional da for a pode n o coincidir com a efici ncia militar a menor for a pode requerer o uso de mais meios mais pessoal equipamentos mais caros A efic cia tamb m diferente
83. mais recentes como sens vel testemunho sobre Mateus Em dezembro de 2004 tiramos umas f rias juntos Mateus Vanessa Marina e eu Sentados beira mar tomando uma cervejinha com peixe frito jog vamos conversa fora Os assuntos variavam de receitas cotidano pol tica literatura filosofia tudo era poss vel L pelas tantas j n o me lembro a raz o Mateus me perguntou se afinal eu acreditava ou n o em Deus Um tanto quanto para provoc lo e debru ada em meu peixe frito eu respondi que eu n o poderia acreditar em ningu m que tivesse inventado a cadeia alimentar Prontamente ele disse resposta excessivamente racional Ele n o me contestava o conte do e nem a forma mas sim a maneira como eu me colocava diante do mundo como quem pode julgar e avaliar independentemente dos limites do meu ser Racional Excessivamente racional Onde a sensibilidade A intui o A paix o Onde o medo a d vida a esperan a Assim era Mateus Mais tarde naquele mesmo dia fomos todos andar de bugre aquele jipe de praia Para saber se quer amos visitar as dunas mais altas andar devagar ou correr o motorista nos fez a pergunta que faz a todos os turistas com emo o ou sem emo o Marina Vanessa e eu nos entreolhamos e Mateus disparou com emo o Pois virou brincadeira entre n s E agora nos perguntamos com frequ ncia a prop sito de coisas da vida com emo o ou sem emo o Sim os ri
84. mara dos Deputados est disposi o N o h necessidade de esperar j podemos receber den ncias cr ticas sugest es elogios e tudo o mais que se trate da programa o e concess o das emissoras de TV Entretanto desde o princ pio nos deparamos com uma quest o como fazer as den ncias serem processadas O problema n o est na falta de leis nosso ordenamento jur dico pro be a discrimina o garante a privacidade estabelece que ningu m ser considerado culpado antes de senten a judicial condenat ria A quest o que as leis nem sempre descem aos detalhes de sua aplica o para os meios de comunica o e os aplicadores do direito t m sido t midos em fazer valer princ pios gen ricos Vou dar um exemplo a Constitui o pro be qualquer forma de discrimina o mas h v rios programas de TV que discriminam a comunidade homossexual Ora esses programas est o contra a lei mas escapam de sua aplica o Alguns promotores mais corajosos t m enfrentado esse dilema e promovido a es judiciais Mas estes ainda s o exce o Para driblar esse problema a campanha prop e pegar a baixaria pelo bolso divulgar aos cidad os brasileiros quais s o os programas que desrespeitam os Direitos Humanos e tamb m quais s o seus patroci nadores Da o nome Quem Financia a Baixaria Contra a Cidadania A id ia pedir aos telespectadores que n o consumam os produtos anunciados nesses pr
85. militarizada uma for a policial menor a chance de que a autoridade civil ser capaz de administr la ao menos para o objetivo de prote o das liberdades civis e do Estado de direito Isso se aplica igualmente para os aspectos internos e externos de militariza o A militariza o interna sobrevaloriza o esp rito de corpo da pol cia contribui para o desenvolvimento de uma distin o entre n s e eles dos policiais com rela o aos cidad os As conseq ncias da militariza o externa variam Em linhas gerais o impacto minimizado quando as rela es civis militares na esfera pol tica tenham atingido um n vel de estabilidade democr tica N o obstante a militariza o externa retira o poder de decis o sobre quest es policiais das m os da autoridade eleita transferindo o para as for as armadas Este artigo desafiou a concep o de que a desmilitariza o das pol cias envolve principalmente o fim 13 Aqui tomamos de empr stimo os cinco aspectos de uma democracia consolidada definidos por Juan Linz e Alfred Stepan sociedade civil sociedade pol tica Estado de direito rule of law aparato estatal administr vel e sociedade econ mica Para proteger os direitos dos cidad os e fornecer os outros servi os p blicos b sicos demandados o governo democr tico precisa ser capaz de exercer efetivamente sua autoridade e de reivindicar o monop lio leg timo do uso da for a no territ rio Mesmo que o Es
86. minorias nacionais grupos que se v em como permanentemente separados da cultura majorit ria Contrap em se aos outros de n s mesmos minorias tnicas culturais etc que buscam integra o na cultura majorit ria Reivindicam direitos de autonomia n o querem inclus o mas separa o Nada t m a ver com a 21 A palavra reivindicar indica que os direitos n o existem mas s o declarados por palavras seja nas leis ou em outros momentos Os direitos declarados t m diferentes mbitos de efic cia Vide Maur cio Garcia Villegas La Eficacia Simbolica del Derecho Bogot Ediciones Uniandes s d 22 Will Kymlicka Multicultural citizenship a liberal theory of minority rights Oxford Clarendon Press s d DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 252 HI OUTROS TRABALHOS discricionariedade da pol cia da cultura dominante Querem ter sua pr pria pol cia com seus pr prios problemas de discricionariedade Em segundo lugar o policiamento comunit rio tem uma tend ncia de j esconder a classifica o social a priori Neste sentido o outro j est definido no momento mesmo da implanta o do programa comunit rio Por exemplo a pol cia do Distrito Federal resolve implementar o policiamento comunit rio em Planaltina Os habitantes daquela cidade podem at ser capazes de falar sobre como a pol cia deve atuar em sua cidade mas isso nada diz sobre suas rela es de simetria e reciprocida
87. moralidade da fam lia economia e do Estado pol tica Estes se misturam de forma cont nua tanto a partir de baixo quanto de cima De baixo para cima porque o pr ncipe precisa primeiro aprender a governar a si mesmo antes de governar o Estado De cima para baixo porque quando o Estado for bem administrado o chefe da fam lia saber como cuidar de sua casa e os indiv duos por sua vez saber o se comportar O ponto central de continuidade o governo da fam lia denominado economia Esta a quest o principal da arte da governo mentalidade a introdu o da economia na pr tica pol tica O corol rio da governo mentalidade a mudan a de linguagem na pr tica punitiva a qual alterna de um discurso legal moralizador para uma preocupa o atuarial de administra o de riscos e n o necessariamente de redu o dos crimes O objetivo do governo passa a ser a maximiza o do uso dos recursos e administra o apropriada dos riscos colocados por categorias de potenciais ofensores A pol cia uma dentre v rias institui es respons veis pelo bom governo As institui es e especialistas espalhados por v rios locais de saber tornam o poder difuso Inscrevem mecanismos auto reguladores que 16 O conceito foi introduzido por Foucault em uma aula no College de France em 1978 A aula e escritos correlatos podem ser encontrados em Graham Burchell Colin Gordon e Peter Miller The Foucault effect studi
88. n o representa bem os Estados Unidos Berlim tamb m n o me daria uma imagem correta da velha Pr ssia De fato durante os anos de muro e de ocupa o estrangeira a cidade n o pertencia formalmente a nenhuma das duas Alemanhas Tinha autonomia pol tica e jur dica apesar de ter sido na pr tica a capital do regime comunista Hoje no entanto Berlim voltou a ser mais alem que nunca j que a capital das duas Alemanhas ou melhor das tr s Alemanhas a oriental a ocidental e aquela que se desenvolveu na Berlim Ocidental A condi o de unidade pol tica aut noma mudou a vida dos berlinenses N o havia toque de recolher para os bares o que resultou na vida noturna mais agitada da Europa n o latina N o havia servi o militar muito menos ex rcito fato que atraiu milhares de jovens pacifistas para a cidade Uma ilha literalmente cercada pelo comunismo n o atrairia muito investimento econ mico Ao mesmo tempo seus habitantes precisavam de bem estar social para que eles tamb m n o se desencaminhassem para as utopias da foice e do martelo Resultado a cidade se transformou no para so dos subs dios de toda a esp cie e na capital estudantil da Alemanha o ber o de um novo esp rito cr tico e de uma nova maneira de ser Toler ncia Os alem es berlinenses s o mais descontra dos e tolerantes Por todos esses motivos a compara o entre Publicado no Jornal O TEMPO em 11 11 1999 DIREITOS HUMANOS U
89. na Sociedade Brasileira Rio de Janeiro Forense Universit ria 1989 Constitui o e Seguran a P blica Indicador Vol 7 n 28 p 1 003 1 006 COSTA Arthur e MEDEIROS Mateus 2003 A Desmilitariza o das Pol cias Policiais Soldados e Democracia Teoria e Sociedade Vol 1 n 11 p 66 89 CRANK John P e LANGWORTHY Robert 1992 An Institutional Perspective of Policing The Journal of Criminal Law amp Criminology Vol 83 n 2 p 338 363 DALLARI Dalmo de Abreu 1993 Organiza o Policial Integrada Revista Trimestral de Direito P blico N 4 p 161 171 FERNANDES Helo sa Rodrigues 1974 Pol tica e Seguran a S o Paulo Alfa mega FERREIRA Gabriela Nunes 1999 Centraliza o e Descentraliza o no Imp rio O Debate entre Tavares Bastos e Visconde do Uruguai S o Paulo Editora 34 GRAHAM Richard 1997 Clientelismo e Pol tica no Brasil do S culo XIX Rio de Janeiro Editora UFRJ KANT DE LIMA Roberto 1995 A Pol cia da Cidade do Rio de Janeiro Seus Dilemas e Paradoxos Rio de Janeiro Forense DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 129 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 2003 Direitos Civis Estado de Direito e Cultura Policial A Formac o Policial em Quest o Revista Brasileira de Ci ncias Criminais Ano 11 n 41 p 241 256 MISSE Michel e MIRANDA Ana Paula M 2000 Viol ncia Crimina
90. na hist ria brasileira e teve pouca influ ncia na maneira como as pol cias se estruturaram Ao mesmo tempo a preocupa o com a unidade territorial e com o equil brio entre centro e periferia estiveram presentes em toda a nossa hist ria pol tica O modelo policial e o federalismo brasileiros est o altamente relacionados Para afastar o constante risco da desintegra o territorial a elite pol tico do Imp rio se viu na necessidade de centralizar a m quina estatal Cf CARVALHO 1981 Entretanto dadas as condi es da poca e a vasta extens o territorial brasileira a manuten o da lei e da ordem n o podia ser sen o minorit ria e excepcionalmente fruto da presen a atual ou potencial do Estado CINTRA 1974 p 62 quanto mais de um Estado centralizador Assim a elite pol tica nacional era obrigada a compactuar com os poderes locais municipais Os primeiros vinte anos do Imp rio s o marcados pela constante disputa por autoridade pol tica entre centro e periferia O equil brio se deu no plano das prov ncias aqui seriam organizadas as elei es a tributa o e as principais for as policiais e compet ncias judiciais FERREIRA 1999 p 30 As decis es seriam tomadas pelos presidentes de prov ncia poder central com influ ncia dos Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 169 propriet rios rurais poderes locais mas desde que organizados em plano provincial o que
91. ncias utilizam expressamente a id ia de integra o das pol cias BRASIL e ABREU 2002 Destaca se a proposta de unifica o metodol gica em termos de coleta e armazenamento de dados por interm dio do Sistema nico de Seguran a P blica de se notar ainda o surgimento no plano internacional de um setor especializado em pol cia com linhas de financiamento think tanks tecnologias confer ncias etc Como grande parte das pol cias do mundo ocidental unificada em termos das atividades do campo policial pode se supor que as for as mim ticas atuar o sobre as pol cias brasileiras no sentido de aproxim las 24 Vide a recente cria o do Instituto Brasileiro de Operadores de Seguran a P blica IOSP presidido pelo delegado mineiro J sus Trindade Barreto J nior 25 O ponto fulcral da proposta a implanta o de gabinetes integrados e seguran a p blica operados em parceria por membros das organiza es policiais do Judici rio e dos Poderes Executivos federal e estadual Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Conclus o Procurei perceber a unifica o das pol cias de um ponto de vista institucional Tal perspectiva foi til porque nos permitiu afastar a armadilha da defesa da unifica o como solu o eficiente para o problema do crime Em ambientes altamente institucionalizados o fator efici ncia tem menor import ncia N o obstante a p
92. nico corpora o diminuindo o gap entre o policial de rua e o de comando Cada policial deve come ar sua carreira no posto de soldado e ter a perspectiva de chegar a DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 184 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS coronel Tamb m seria necess ria uma participac o mais equilibrada de homens e mulheres na forca policial 3 2 Treinamento e c digos disciplinares H uma s rie de limita es legais impostas atividade policial Por exemplo independentemente do treinamento que ele tenha recebido ao policial s ser permitido em casos de entrar em uma resid ncia com mandado judicial ou em casos de flagrante Por outro lado a lei tamb m concede pol cia um alto n vel de discricionariedade Com rela o ao uso da for a esse um ponto fundamental quando e como se deve usar de for a A pol cia deve empregar a for a necess ria e proporcional para cumprir a lei Mas o que a for a necess ria Quais s o as circunst ncias em que ela necess ria A lei pode dar orienta es gerais mas o que vai definir a atitude da pol cia ser sua pr pria experi ncia Al m dos par metro legais toda organiza o cria mecanismos de avalia o de seus membros par metros profissionais reproduzidos por c digos de conduta treinamento e pelas pr ticas do dia a dia Cf MESQUITA NETO 1999 Quando a pol cia adota c digos de conduta militares tende a enfatizar a
93. nico e planos de carreira para os servidores da administra o p blica direta das autarquias e das funda es p blicas JArt 214 A lei estabelecer o plano nacional de educa o de dura o plurianual visando articula o e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos n veis e integra o das a es do poder p blico que conduzam a IV forma o para o trabalho Art 227 30 O direito prote o especial abranger os seguintes aspectos III garantia de acesso do trabalhador adolescente escola Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 62 A lei criar o Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR nos moldes da legisla o relativa ao Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e ao Servi o Nacional de Aprendizagem do Com rcio SENAC sem preju zo das atribui es dos rg os p blicos que atuam na rea INDICADOR 1 Disposiciones constitucionales relacionadas con la capacitaci n que prepare a las personas para el empleo Constitui o Pol tica Art 39 A Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios instituir o conselho de pol tica de administra o e remunera o de pessoal integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes S 20 A Uni o os Estados e o Distrito Federal manter o escolas de governo para a formac o e O aperfeicoamento dos servidores p blicos constituindo se a participac o nos cursos um dos
94. o que nos permite entender melhor as obriga es do Estado e evitar a rotula o da liberdade de express o como direito simplesmente pol tico ou cultural veremos que a diverg ncia entre Bertoni e a Campanha se situa no mbito das obriga es de cumprir Mesmo declarando a impossibilidade de o Estado estabelecer condicionamentos pr vios liberdade de express o o relator especial da OEA teria de admitir que o ato de dar o espa o eletromagn tico em concess o ato que condiciona o uso do meio e portanto tamb m o gozo do direito se trata de uma obriga o de cumprir A Campanha por sua vez diria que a obriga o de cumprir n o se restringe ao ato da concess o mas tamb m sua fiscaliza o e ao seu controle atrav s de mecanismos institucionais democr ticos Conclus o Uma das quest es recorrentes nas diversas palestras do XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos cujo tema foram os direitos econ micos sociais e culturais era sobre a necessidade de introduzir no direito internacional dos direitos humanos outros poss veis violadores de direito al m dos Estados nacionais e de criminosos de guerra Ant nio Augusto Can ado Trindade por exemplo defendeu sua posi o As iniquidades do atual sistema econ mico financeiro internacional requerem o desenvolvimento conceitual do direito da responsabilidade interna cional Mateus Afonso Medeiros de modo a abarcar a pa
95. o p blico INDICADORES INDICADOR 2 Normas legales que desarrollan lo relativo a la capacitaci n t cnica o profesional que prepare a las personas para el empleo Decreto Lei N 4 048 1942 Art 2 Compete ao Servi o Nacional de Aprendizagem dos Industri rios organizar e administrar em todo o pa s escolas de aprendizagem para industri rios Art 3 O Servi o Nacional de Aprendizagem dos Industri rios ser organizando e dirigido pela Confedera o Nacional da Ind stria Consolida o das Leis do Trabalho Art 429 Os estabelecimentos industriais de qualquer natureza inclusive de transportes comunica es e pesca s o obrigados a empregar e matricular nos cursos mantidos pelo Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAD a um n mero de aprendizes equivalente a 5 cinco por cento no m nimo dos oper rios existentes em cada estabelecimento e cujos of cios demandem DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 300 HI OUTROS TRABALHOS forma o profissional b e ainda um n mero de trabalhadores menores que ser fixado pelo Conselho Nacional do SENAI e que n o exceder a 3 tr s por cento do total de empregadores de todas as categorias em servi o em cada estabelecimento Decreto Lei N 8 621 1946 Art 1 Fica atribu do Confedera o Nacional do Com rcio o encargo de organizar e administrar no territ rio nacional escolas de aprendizagem comercial JArt 2 A Confedera o Naci
96. o bigode respondeu triunfante nat rlich Ah bom As ditaduras acabam porque n o sabem ler t o bem como as pessoas Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL DE BER O DA JUSTI A A ALTAR DA DISPUTA Ramad Sab e Jubileu op em Mu ulmanos Crist os e Judeus na Comemora o Espiritual do Mundo O Salmo 121 do C ntico das Peregrina es diz o seguinte Que alegria quando me vieram dizer Vamos subir casa do Senhor Eis que nossos p s se estacam diante de tuas portas Jerusal m Jerusal m cidade t o bem edificada que forma t o belo conjunto Para l sobem as tribos as tribos do Senhor segundo a lei de Israel para celebrar o nome do Senhor L se acham os tronos de justi a os assentos da casa de Davi Pedi v s todos a paz para Jerusal m e vivam em seguran a os que te amam Reine a paz em teus muros e a tranq ilidade em teus pal cios Por amor de meus irm os e amigos pedirei a paz para ti Por amor da casa do Senhor nosso Deus pedirei para ti a felicidade Ainda n o foi dessa vez que algu m deu ouvidos a Davi autor desse salmo e rei de Israel Na virada do mil nio crist o a cidade santa continuou a ser disputada pelas tr s grandes religi es monote stas do mundo Na tarde de 31 de dezembro as ruelas da cidade antiga abrigaram mais de 300 mil muculmanos vindos para celebrar os dias finais do mais importante periodo do calend rio isl mico o Ramad Ent
97. o das pol cias e Organiza o A pol cia absorve modelos organizacionais s mbolos e linguagem utilizados pelas for as armadas e Treinamento A pol cia adota armas treinamento e c digos disciplinares militares e Emprego T ticas e estrat gias militares s o incorporadas atividade policial Um bom exemplo s o as unidades paramilitares de pol cias e Controle A estrat gia policial definida pelas for as armadas Se as for as armadas n o 7 As Propostas de Emenda Constitucional PEC n 514 97 e 613 98 de autoria do Poder Executivo e da deputada Zulai Cobra respectivamente prev em a cria o de uma Guarda Nacional a ser formada por membros das pol cias estaduais A proposta deste artigo ao mesmo tempo similar e diversa Diferente porque conquanto formada por membros das pol cias estaduais nos termos das PECs citadas a Guarda Nacional seria uma organizac o a parte Similar porque apenas um n mero limitado de membros das pol cias estaduais estaria sujeito a convocac o e mobilizac o Charles Call 2002 prop e uma lista de sete indicadores de n veis de militarizac o da seguranca interna Nossa classificac o se difere por ser especificamente centrada nas organiza es policiais Vide tamb m Bayley 1993 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 181 dirigem a a o policial podem controlar alguns de seus aspectos como a compra de armamento e a distribu
98. o dessa tarefa DALLARI 1993 SILVA FILHO 2001 Em termos da id ia de campo institucional portanto estamos falando do surgimento de mitos institucionais alternativos e de mudan a na natureza dos 2 Nas palavras do coronel PM Carlos Magno Cerqueira 1996 195 deve se substituir a no o de for a p blica que serve e protege para a no o de servi o p blico que pode usar a for a DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 124 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS atores relevantes Entretanto mesmo que esses novos atores sejam bem sucedidos na alterac o dos mitos institucionais isso n o garante uma futura unificac o Primeiro a unificac o apenas um dos v rios caminhos Beato Filho s d por exemplo argumenta em favor de solu es minimalistas no mbito do gerencia mento das rela es da pol cia com o p blico Evita assim a falsa premissa de que haja uma estrutura ideal de pol cia democr tica O p blico deve perceber a pol cia como institui o confi vel capaz de responder aos problemas de pol cia Dessa perspectiva o fundamental n o que as pol cias sejam unificadas mas que as organiza es aprendam a trocar recursos entre si Segundo organiza es altamente institucionali zadas tendem a sair de crises de legitimidade mediante ritos cerimoniais em vez da efetiva reestrutura o organiza cional Crank e Langworthy 1992 descreveram a tend ncia nas po
99. o impedir o acesso ao trabalho nem causar amea a ou dano propriedade ou pessoa Art 8 A Justi a do Trabalho por iniciativa de qualquer das partes ou do Minist rio P blico do Trabalho decidir sobre a proced ncia total ou parcial ou improced ncia das reivindica es cumprindo ao Tribunal publicar de imediato o competente ac rd o Art 11 Nos servicos ou atividades essenciais os sindicatos os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados de comum acordo a garantir durante a greve a presta o dos servi os indispens veis ao atendimento das necessidades inadi veis da comunidade Art 14 Constitui abuso do direito de greve a inobserv ncia das normas contidas na presente Lei bem como a manuten o da paralisa o ap s a celebra o de acordo conven o ou decis o da Justi a do Trabalho INDICADOR 2 Disposiciones legales que regulan el derecho de los trabajadores a la huelga Lei 7783 1989 Art 4 Caber entidade sindical correspondente convocar na forma do seu estatuto assembl ia geral que definir as reivindica es da categoria e deliberar sobre a paralisa o coletiva da presta o de servi os Obs o direito de greve s pode ser exercido atrav s do sindicato 82 Na falta de entidade sindical a assembl ia geral dos trabalhadores interessados deliberar para os fins previstos no caput constituindo comiss o de negocia o Art 6 8 1 Em nenhuma hi
100. o medo Abrir o peito for a de uma procura Fugir s armadilhas da mata escura Longe se vai sonhando demais Mas longe se chega assim Vou descobrir o que me faz sentir Eu ca ador de mim Ca ador de Mim composi o de Luiz Carlos S e S rgio Magr o cantada por Milton Nascimento no Album Cacador de Mim Gravadora Universal 1981 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida SUM RIO Apresenta o cee eee ceeeeeeeeeeeeeenes Viva Mateus errar sara a MOTO ARDE PRE E SPU RN reeks I ARTIGOS EM JORNAL 1 Berlim o laborat rio para a nova Alemanha iio ibi 2 De berco da justica a altar da GIS UIT tits 3 Sobre a ocupa o das favelas 4 Direitos Humanos a quem se destinam pura IEEE 5 Sobre o inqu rito policial brasileiro 6 Os coron is de colete oococcccccnccccnnncccnnonoss 7 Direitos Humanos desafios e PEESPECUVAS araras ires RNA dE E 8 Praticando a cidadania ccccceeeeceeeeees 9 Viol ncia tortura e impunidade 10 Quatro princ pios de seguran a PUDACA tibia 11 Dialogar sim mas tamb m denunciar inicia td td 12 O exemplo do Comiss rio Rex 13 Intelig ncia e espionagem 14 Desmilitariza o da estrutura poh oido 19 Crime Castigo no sina 16 Individuo suspeito e esquisito CLEMENT eiii 17 Policiamento e constr
101. o um bom exemplo da militariza o do emprego Essas unidades t m suas origens nos batalh es formados para controlar dist rbios Elas geralmente operam com um grande n mero de policiais e seguindo uma r gida cadeia de comando S o despachadas em forma o militar em compara o ao solit rio guarda de patrulha Em vez da mistura f sica com os cidad os suas opera es s o planejadas e executadas a partir de uma clara distin o entre n s e eles Os policiais normalmente consideram a participa o em uma PPU como algo altamente honr vel ou pelo menos mais nobre que a atividade normal de patrulha As PPU s utilizam adjetivos glamourosos para se autodescrever esquadr es de elite ou equipes t ticas O uso da for a leg tima do Estado ou a amea a de tal uso est no cerne de suas opera es A pol cia moderna surgiu da id ia do controle de dist rbios tanto na Fran a p s revolucion ria quanto na Inglaterra da Revolu o Industrial Se a pol cia um mecanismo de controle social coercitivo pelo Estado ent o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 152 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS a unidade de controle de multid es seu mais requintado dispositivo de manuten o da ordem Numa democracia a unidade paramilitar deve ser empregada para administrar dist rbios civis e viol ncia p blica No entanto dependendo da natureza da ordem pol tica mesmo em sistemas de
102. para o ethos policial Soldados enfrentam inimigos policiais interagem com cidad os Tanto as for as armadas quanto as pol cias possuem objetivos bem definidos Aquelas devem vencer o inimigo estas devem garantir o funcionamento regular da vida social Os ex rcitos desempenham o poder as pol cias devem exercer autoridade ou seja precisam ser vistas como leg timas por parte daqueles contra os quais a for a pode ser empregada Em uma democracia parte de sua legitimidade adv m do respeito pelas liberdades e direitos individuais dos cidad os O uso da for a pelos policiais portanto est sujeito a limites muito mais restritivos A diferen a fundamental entre pol cia e for as armadas reside na maneira como empregam a for a Para estas o controle da for a n o uma preocupa o central Para aquelas justamente tal controle que as torna compat veis com a democracia Assim o treinamento militar n o enfatiza a necessidade de controlar a for a as leis e c digos de conduta militares n o sublinham os limites e as estrat gias de emprego do ex rcito n o levam necessariamente esses limites em considera o Quando a conduta militar avaliada em tribunais militares por exemplo o controle da for a n o um problema central Deve se lembrar que nos referimos aqui a diferen as no ethos ou seja no esp rito e nos valores caracter sticos de uma comunidade pessoa ou organiza o Obviamente ex rcitos podem
103. pol cia e for as armadas Reconhecendo essa lacuna Bayley situa a distin o no tipo de situa o em que DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 138 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS as organiza es est o envolvidas Enquanto as for as armadas s o acionadas excepcionalmente e em sociedades democr ticas dentro de limites estabelecidos a pol cia atua no dia a dia BAYLEY 1975 328 Todavia n o acreditamos que a diferen a entre uma for a policial e uma militar seja meramente circunstancial Se assim fosse n o haveria sentido em discutir a conveni ncia de for as policiais militarizadas em sociedades democr ticas Bastaria uma simples distin o legal entre as situa es concernentes pol cia e aquelas concernentes ao ex rcito O fato de as pol cias serem militarizadas n o seria grande inc modo visto que o nico problema seria determinar a quem caberia o direito de usar a for a numa dada situa o pol cia ou ex rcito Um regime pol tico pressup e um conjunto de pr ticas e de institui es que moldam a disputa pelo poder e limitam seu exerc cio O regime democr tico aquele que proporciona a expressiva competi o entre indiv duos e grupos pela ocupa o dos postos de dire o pol tica b participa o na escolha dos l deres e das pol ticas a serem adotadas o que significa que nenhum grupo pode ser exclu do das elei es e do debate pol tico e c restri es
104. que sem serem paliativos beneficiam o cidad o sem exigir desse uma posi o no mercado de trabalho Essa uma proposta que exige a revis o de conceitos Exige tamb m um compromisso de longo prazo al m de um car ter verdadei ramente universal Se antes os direitos humanos pelo menos aqueles direitos sociais mais diretamente DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 99 100 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS relacionados seguran a em termos do risco de vida estiveram aprisionados ao mercado de trabalho ent o propomos a liberta o da cidadania sua institucionaliza o independentemente do mercado Antes de ser mal compreendido quero frisar que o direito ao trabalho um direito humano e portanto obviamente n o estou propondo o fim do incentivo ao emprego Estou apenas dizendo que primeiro o capitalismo gera desigualdade segundo a fun o do Estado influir sobre essa desigualdade redistribuindo renda terceiro no atual modelo de capitalismo a redistribui o de renda atrav s da simples gera o de empregos insuficiente e ineficiente quarto essa distor o influi embora de maneiras diferentes de local para local nos n veis de criminalidade revolta social etc quinto preciso formular uma pol tica que v al m da gera o de empregos e do crescimento econ mico sob pena de vermos essa criminalidade aumentar ainda mais e sexto pol ticas como os programas de renda
105. requisitos para a promo o na carreira facultada para isso a celebrac o de conv nios ou contratos entre os entes federados JArt 214 A lei estabelecer o plano nacional de educa o de dura o plurianual visando articula o e ao Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 299 desenvolvimento do ensino em seus diversos n veis e integra o das a es do poder p blico que conduzam a IV forma o para o trabalho Art 227 30 O direito a prote o especial abranger os seguintes aspectos III garantia de acesso do trabalhador adolescente escola Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 62 A lei criar o Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR nos moldes da legisla o relativa ao Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI e ao Servi o Nacional de Aprendizagem do Com rcio SENAC sem preju zo das atribui es dos rg os p blicos que atuam na rea FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION Sim Foi extinto o regime jur dico nico dos servidores p blicos Foi estabelecida a obrigatoriedade da capacita o profissional para promo o na carreira do servi
106. rios O estudo demonstrou que de 82 policiais acusados de homic dio apenas 14 foram condenados 15 9 De 44 policiais acusados de crimes contra a propriedade 14 foram condenados 31 8 Finalmente dos 53 policiais denunciados por faltas disciplinares 28 foram condenados 52 8 CALDEIRA 2000 153 12 Segundo Amitai Etzioni a internacionaliza o um elemento da socializa o em que o ator aprende a seguir normas de comportamento em situa es que despertam impulsos de transgress o e nas quais n o h vigil ncia ou san es externas Isso se d atrav s de processos n o racionais tais como a identifica o com figuras de autoridade ou o v nculo afetivo A internaliza o um processo not vel atrav s do qual obriga es impostas cujo cumprimento deve ser for ado ou remunerado transformam se em desejo 2000 167 168 tradu o nossa Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 159 medida Democracias est veis como a Franca foram capazes de preservar pr ticas policiais democr ticas e respeito pelo Estado de direito mesmo empregando policias cujos membros s o juridicamente classificados como militares Entretanto para que um regime seja considerado verdadeiramente democr tico fundamental que os governantes eleitos possam contar com uma burocracia utiliz vel que sirva para proteger os direitos dos cidad os e para prestar servicos p blicos b sicos Quanto mais
107. rua Quais os di logos que os policiais travam com as pessoas que eles prendem Aplicam li es de moral Perguntam por que aquela pessoa n o vai procurar emprego em vez de gastar o dinheiro em bebida Perguntam por que ela n o compra uma roupa melhor Em mat ria de discrimina o se a simples palavra resolvesse o racismo estaria extinto desde a aboli o Reconhecer identificar e eliminar as pr ticas di rias de discrimina o extinguir os h bitos e os c digos discriminat rios disso que a pol cia precisa DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 77 78 I ARTIGOS EM JORNAL POLICIAMENTO E CONSTRANGIMENTO H duas semanas publicamos artigo sobre padr es discriminat rios de abordagem policial e sobre como as vari veis cor vestimenta idade e local de moradia s o determinantes na constru o da palavra suspeito A discrimina o n o mera caracter stica individual de cada policial uma faceta do que podemos mais amplamente chamar de padr es de constrangimento dos indesej veis Um constrangimento de ra zes hist ricas e natureza proposital Esperam que fa amos o mesmo policiamento na favela e na avenida Paulista A pergunta do ex soldado Ot vio Gambra o Rambo condenado pris o por homic dio e abuso de autoridade no epis dio conhecido como caso da favela Naval A resposta pergunta n o Queremos um policiamento melhor Tanto na favela como na avenida
108. s o realizadas revelia dos pr prios comandos das pol cias e principalmente do governador do Estado N o h qualquer controle civil sobre a intelig ncia a n o ser o ainda fr gil sistema de prote o internacional aos direitos humanos Em janeiro deste ano a Comiss o Interamericana de Direitos Humanos abriu processo contra o Brasil devido a intercepta es telef nicas ocorridas no Paran Um tipo de atividade comum para os militantes do MST e que n o deixa de ser uma preocupa o constante para sindicatos associa es e ativistas religiosos e comunit rios Seguran a n o espionagem Transforma se em tal quando a lei n o prev estruturas de fiscaliza o O ideal extinguir os servi os de intelig ncia pois toda pessoa tem DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 67 68 I ARTIGOS EM JORNAL o direito de saber que est sendo investigada O m nimo que se pode fazer estabelecer mecanismos legais de controle civil Na cidade norte americana de Seattle por exemplo uma lei municipal diz que as informa es confidenciais de ordem religiosa pol tica ou sexual s podem ser colhidas se a pessoa puder ser razoavelmente considerada como suspeito de um crime espec fico com data hora e local Al m disso as informa es devem ser relevantes para a investiga o daquele crime Um supervisor civil independente indicado pelo prefeito e aprovado pelo legislativo municipal dev
109. se deu pela formac o das clientelas Cf GRAHAM 1997 Sob o comando direto dos presidentes de prov ncia surgem as organiza es que seriam conhecidas como for as p blicas e mais tarde pol cias militares Na Rep blica Velha inaugurada a forma federativa de organiza o pol tica o arranjo envolvia um reconhecimento da negemonia nacional de alguns Estados principalmente S o Paulo e Minas Gerais garantindo lhes o controle da m quina do governo federal Nas regi es atrasadas ou em decad ncia a domina o tradicional era mantida apoiada pelo centro em troca da manuten o da ordem interna e do apoio eleitoral CINTRA 1974 p 68 69 O controle da pol tica estadual al ava se como trof u sedutor para os v rios grupos como fonte de empregos benevol ncia fiscal ajuda da for a p blica e do aparato policial nos confrontos com os oponentes CINTRA 1974 p 66 As for as p blicas tinham como principal fun o atuar nesse conflito entre elites nacionais e locais ou entre diferentes grupos das elites locais Apesar de serem for as aquarteladas e de terem no Ex rcito o seu modelo de organiza o as for as p blicas n o eram a rigor pol cias militares j que n o possu am vincula o jur dica com as for as armadas Eram verdadeiros ex rcitos estaduais instrumentos disposi o do governador para que este fizesse frente a seus inimigos movimentos populares elites armadas em
110. ser que algu m capaz de negar a exist ncia do abuso policial Na Coordenadoria de Direitos Humanos da prefeitura trabalhamos com uma demanda enorme nas mais diversas reas dos direitos humanos H entidades que contam exclusivamente com a for a e com a boa vontade de militantes de gente que tira dinheiro do pr prio bolso e tempo da pr pria fam lia para lutar contra a viol ncia policial E ainda querem exigir que essas pessoas saiam por a investigando traficantes Desculpem me mas isso fun o social da pol cia Como tamb m seu papel encarar de frente os abusos cometidos por seus membros claro que al m de fiscalizar e denunciar o abuso policial as entidades de direitos humanos devem contribuir com propostas para uma pol cia mais humana e cidad A den ncia importante e n o abrimos m o dela Ajuda a salvar vidas e sensibiliza as pessoas No entanto n o suficiente A ditadura j foi derrotada Agora preciso reinventar seu maior resqu cio a seguran a p blica brasileira Isso responsabilidade nossa tamb m Os militantes e entidades de direitos humanos podem contribuir para ficar num s exemplo na cria o de pol ticas espec ficas para popula es estigmatizadas como os travestis e a popula o de rua O travesti assaltado sofre duas vezes Na hora do assalto e na delegacia em que registra a ocorr ncia quando tem de aturar a discrimina o e o descaso do policial de plant o A igua
111. ser empregados como pol cias e vice versa mas essas s o exce es que confirmam a regra Estruturalmente ambos est o sempre de prontid o para usar de for a A pol cia entretanto deve considerar a possibilidade DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 140 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS de n o usar a forca ou de usar de forca limitada mesmo quando isso implique o emprego de mais recursos humanos e materiais O controle social atrav s da for a militar inapropriado para as sociedades democr ticas Da n o se segue entretanto que a exist ncia de organiza es policiais com estrutura militar signifique sempre um ethos militar Muitas democracias mant m pol cias cujos membros t m estatuto jur dico militar e cuja estrutura moldada a partir dos respectivos Ex rcitos Podemos citar a Gendarmerie francesa os Carabinieri italianos e os Carabineros espanh is Apesar de essas for as operarem principalmente em zonas rurais elas ainda executam o policiamento ostensivo tradicional Al m disso embora patrulhem segmentos pequenos da popula o s o respons veis por largas partes do territ rio De qualquer maneira atrav s da hist ria essas for as foram capazes de se diferenciar das for as armadas e de operar basicamente segundo um ethos policial mesmo quando lidando com quest es de ordem p blica Ao mesmo tempo muitas for as policiais civis sem qualquer rela o hier rquica com as for a
112. singular que s sua pr pria hist ria explica E o pa s precisa dessa hist ria para conciliar as diferen as entre os orientais ocidentais e estrangeiros A nica vez em que vi um alem o e um turco conversando foi depois de uma batida no tr nsito Os adultos entenda se porque no metr pode se ver meninos de todas as proced ncias passeando lado a lado medida que os filhos dos berlinenses de hoje crescem juntos eles aprendem agora n o s a conviver como tamb m a cooperar uns com os outros Moro no in cio do leste a um quarteir o do buraco que corta a cidade separando as duas antigas metades Sebo Na esquina de meu pr dio sobrevive um sebo de livros da era comunista Estantes empoeiradas uma mesa bem posicionada que abriga panfletos atualizados do Partido Comunista retratos de Marx e de Che Guevara nas paredes Metade da se o de filosofia ocupada por obras de Marx e Engels N o h estante de literatura alem mas sim de literatura alem oriental Mas o que me surpreendeu foi encontrar na se o de literatura internacional um exemplar de Madame Bovary de Flaubert uma exalta o alegria de viver e contra a estupidez do materialismo Com medo de comprar s aquele escolhi outros dois livros e levei os ao dono Madame Bovary custava tr s marcos N o resisti e acabei perguntando se aquele tipo de literatura era permitido na antiga RDA ao que o dono levantando as sobrancelhas e enrolando
113. ticas e programas instituciona lizados funcionam como poderosos mitos e muitas organiza es os adotam cerimonialmente Para manter a conformidade cerimonial as organiza es que refletem regras institucionais tendem a isolar buffer suas estruturas formais das incertezas das atividades t cnicas 1991 41P O principal instrumento de protec o das organiza es altamente institucionalizadas s o os mitos institucionais Os mitos s o entendimentos sociais da realidade prescri es racionalizadas e impessoais cuja aceita o est al m da discricionariedade de atores individuais que emprestam natureza t cnica a objetivos sociais especificando de forma normativa os meios para atingir prop sitos t cnicos Tr s processos explicam o surgimento dos mitos idem 47 49 Primeiro a elabora o de redes de rela es entre as variadas organiza es do ambiente institucional As transa es e trocas entre elas definem estruturas procedimentos e pol ticas Na medida em que essas conex es perduram as estruturas podem atingir status m tico CRANK e LANGWORTHY 1992 350 Por exemplo universidades criam t tulos cujo valor institucional reconhecido pelo mercado de trabalho Um exemplo para o caso das pol cias o atendimento a chamadas telef nicas Mesmo que os estudos demonstrem 5 As tradu es das cita es em ingl s s o minhas Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 10
114. todo o resto o curr culo das academias a distribui o geogr fica dos batalh es e at as listas de promo o das pol cias de cada estado O Comandante geral de cada pol cia militar seria preferencialmente um oficial do Ex rcito Estavam extintas as guardas civis e proibidas quaisquer outras organiza es de pol cia ostensiva 3 Para uma excelente compara o dos dispositivos relativos organiza o policial nas constitui es estaduais do per odo 1946 1964 vide Dias 19 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 172 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS O atual regulamento constitucional trouxe a situa o a um meio termo O papel dos estados aumentou em termos de formulac o de estrat gias policiais de treinamento e de listas de promo o Mas as pol cias militares ainda s o as nicas corpora es competentes para o policiamento ostensivo Permanecem como forcas auxiliares sujeitas convoca o e mobiliza o federal Os policiais sujeitam se a regime jur dico militar o que gera consequ ncias em termos trabalhistas e da justi a competente para process los A tabela 1 apresenta os principais dispositivos constitucionais relativos s pol cias militares Ao mesmo tempo apresentam se os detalhes que a nosso ver a Constitui o reservou legisla o ordin ria Vide TABELA 1 TABELA 1 O que diz a Constitui o Federal de 1988 e As Pol cia Militares s o for as auxili
115. trabalho que iniciou suas atividades em 05 03 2001 foi uma iniciativa da pr pria Pol cia Militar de Minas Gerais provavelmente por causa da repercuss o negativa que teve a ocupa o do Morro do Papagaio no final do ano passado Ao mesmo tempo em que afirma que continuar combatendo a criminalidade nos morros de Belo Horizonte a PM reconhece que precisa mudar a concep o das opera es Aos olhos dos defensores dos direitos humanos nada mais bvio A pol cia deve combater a criminalidade nos morros e em qualquer outro lugar onde ela se encontre O que n o se admite s o os padr es discriminat rios de opera o A coordenadoria louva a iniciativa e contribuir ativamente com os trabalhos preciso no entanto externar uma preocupa o que n o apenas nossa mas tamb m do Minist rio P blico que acabou desistindo de participar do Publicado no Jornal O TEMPO em 09 03 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL grupo Por mais paradoxal que pare a corremos o risco de legitimar a es abusivas da pol cia Temos a fun o social de fiscalizar as pol cias e jamais poderemos abrir m o desse papel Como prosseguir por exemplo diante de uma opera o na favela que diz seguir um conceito discutido anteriormente com o campo dos direitos humanos mas uma opera o em que ocorram abusos por parte da pol cia Nada mais evidente denunciar denunciar Um conceito de abordagem dever nec
116. um elemento a mais de frustrac o das n o elites e as possibilidades de integrac o e ou inclus o parecem ainda mais remotas Afigura se dificil reverter essa realidade pelo menos no plano do Estado nacional Os ocasionais aumentos no n vel de emprego s o situa es de curto prazo sujeitas a imprevis veis flutua es e esses aumentos dificilmente beneficiam os verdadeiros exclu dos aqueles que sempre estiveram ou est o h muito tempo fora do mercado de trabalho Para absorv los no sistema capitalista em que vivemos s mesmo com aqueles famosos milagres econ micos o que dif cil de se imaginar numa poca em que a capacidade de interven o do Estado no mercado de trabalho muito limitada No campo do combate viol ncia esse fato nos faz repensar a pol tica social calcada no investimento no mercado de trabalho preciso ir al m do paradigma do mercado ao pensar as pol ticas p blicas J que o pleno emprego hoje uma utopia no plano da pol tica isolada de cada Estado na o ent o preciso ir al m do emprego Caso o mercado de trabalho n o possa gerar seguran a via renda tal como se presumia na cria o do consenso social p s guerra ent o para permitir que o mercado de trabalho opere com efici ncia a pol tica social deve desvincular a seguran a pela renda do mercado de trabalho Referimo nos aos programas de renda m nima aos programas bolsa escola e a todos os programas sociais
117. verdadeiro Melhor dizendo as circunst ncias da ofensa criminal nem sempre foram importantes para estabelecer a verdade jur dica Essa n o passava necessariamente pela testemunha ou pela per cia mas por uma prova o um desafio lan ado ao outro O juiz apenas verificava e assegurava o respeito s regras do jogo N o interessava saber o que havia acontecido se que havia alguma coisa Quem ganhasse a luta ganhava o processo sem que lhe fosse dada a possibilidade de dizer a verdade ou antes sem que lhe fosse pedido que provasse a verdade de sua pretens o Juramentos desafios f sicos disputas de import ncia social foram in meras as formas de prova o do direito penal desde a Gr cia arcaica at a Idade M dia passando pelo velho oeste norte americano aqui n o cometo nenhum erro cronol gico Oscar Wilde tamb m dizia que os Estados Unidos s o o nico pa s que foi da barb rie decad ncia sem passar pela civiliza o O historiador e fil sofo Michel Foucault situa a g nese do inqu rito na democracia grega no s culo 5 quando o povo se apoderou do direito de julgar aqueles que os governam do direito de opor uma verdade sem poder a um poder sem verdade Desenvolveram se ent o as formas racionais da prova as formas de ret rica e o conhecimento por testemunho por lembran a por inqu rito A partir da o inqu rito permaneceu esquecido por alguns s culos at ser retomado sobre outras formas
118. viol ncia tarefa de todos O grupo de trabalho a que o deputado se refere discutiu o tema A Viol ncia e sua Supera o no mbito da M dia De fato boa parte das propostas defendidas pela Campanha se encontram no relat rio final do grupo elaborado pelo renomado jornalista Jos Arbex certo que naquele momento a Campanha era apenas uma id ia dos conferencistas como muitas que surgem em eventos dessa natureza Mais tarde o deputado Fantazzini ent o presidente da Comiss o de Direitos Humanos da C mara passou a realizar novas reuni es de planejamento e organiza o a partir das quais a Campanha ganhou formato Em novembro de 2002 a Campanha foi 2 Vide as notas taquigr ficas do semin rio de lan amento da Campanha em 13 de novembro de 2002 dispon veis no s tio da C mara dos Deputados http www camara gov br Internet comissao default asp 3 VII Confer ncia Nacional de Direitos Humanos um Brasil sem Viol ncia tarefa de todos Bras lia C mara dos Deputados Coordena o de Publica es 2003 pg 99 104 O relat rio tamb m est dispon vel online no endere o www camara gov br cdh Mateus Afonso Medeiros oficialmente lan ada em semin rio realizado na C mara dos Deputados Ao mesmo tempo em que consagra o direito a liberdade de express o a Constituic o Federal brasileira estabelece em seu artigo 221 que a produ o e a programa o das emissoras de r dio e televis o atender o
119. 129 130 Ressalte se que a pesquisa foi realizada com base em uma pergunta gen rica sem especificar regras de transi o ou altera es no inqu rito policial 23 Discute se se essa subordina o jur dica ou apenas operacional Segundo as pol cias a Constitui o Federal as vincula nica e exclusivamente ao governador Apesar da reuni o formal das duas organiza es na mesma Secretaria de Estado ambas gozam de autonomia financeira e or ament ria DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 126 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Gerais e Rio Grande do Sul Essa revis o se d em meio a uma crise de identidade devido percepc o pelos pr prios policiais da inadequac o da instruc o militar para o trabalho policial MUNIZ 2001 10 12 Em termos de novos atores e redes sociais pode crescer nos pr ximos anos a atua o de associa es civis cujos membros s o policiais progressistas de ambas as corpora es Tamb m fundamental destacar o papel da universidade com seus rec m criados centros de pesquisa em criminalidade seguran a p blica e viol ncia que oferecem cursos de especializa o freq entados inclusive por policiais civis e militares KANT DE LIMA 2003 A universidade funciona como organiza o institucionalizante alternativa Finalmente o principal indicativo de for a mim tica s o as opera es conjuntas de ambas as pol cias sendo que algumas dessas experi
120. 33 2003 do referido conselho FUENTES Decreto Lei n 4 048 de 22 de janeiro de 1942 Decreto Lei n 8 621 de 10 de janeiro de 1946 Lein 8315 de 23 de dezembro de 1991 Lei n 8706 de 14 de setembro de 1993 Minist rio da Educa o DEP Semtec www mec gov br Minist rio do Trabalho www mte gov br VARIACION Sim Tr s novas institui es semi aut nomas Um Plano Nacional com recursos garantidos em lei Cerca de vinte novas escolas p blicas federais VARIABLE 4 Existencia de normas medidas o acciones que contribuyen a evitar discriminaciones o inequidades en el acceso al empleo INDICADORES INDICADOR 1 Norma constitucional que reafirma explicitamente la capacitaci n laboral de mujeres y personas que sufren alguna discapacidad Constitui o Pol tica Art 208 O dever do Estado com a educa o ser efetivado mediante a garantia de III atendimento educacional especializado aos portadores de defici ncia preferencialmente na rede regular de ensino Art 227 8 lo O Estado promover programas de assist ncia integral sa de da crian a e do adolescente admitida a DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 304 HI OUTROS TRABALHOS participa o de entidades n o governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos Il cria o de programas de preven o e atendimento especializado para os portadores de defici ncia f sica sensorial ou mental bem como de integra o social do ad
121. 5 que essa t cnica tem pouco impacto sobre as taxas de criminalidade BAYLEY 1994 3 pessoas e organiza es associam o pronto atendimento efici ncia policial Um segundo processo consiste na regula o legal do ambiente institucional A cria o de mandatos legais a regula o de pr ticas por interm dio de leis ou regulamentos administrativos o estabelecimento de requisitos para a pr tica de profiss es MEYER e ROWAN 1991 48 Quanto maior a ordem legal racional maior a extens o em que regras e procedimentos racionalizados se transformam em exig ncias institucionais No caso dos policiais cuja profiss o intensamente regulada surgem mitos relacionados forma o profissional tais como a no o de que a aplica o da lei penal uma resposta adequada a problemas de ordem p blica SILVA 2001 73 Finalmente o terceiro processo a pr pria rea o das organiza es por meio de suas lideran as ao ambiente institucional As organiza es n o s o passivas ao contr rio lideran as associa es profissionais est o ativamente engajadas na constru o e elabora o dos mitos institucionais Aqui podemos citar a interven o de lideran as policiais para justificar socialmente a viol ncia como instrumento de combate ao crime PAIX O 1985 A id ia de campo institucional O que chamamos de ambiente institucional pode ser concebido em termos de uma rela o entre organiza es mitos e atores r
122. A 2001 Entretanto se as atividades desempenhadas pelas pol cias s o eminentemente de natureza civil os regulamentos disciplinares s o militares e entram em poucos detalhes quando estabelecem normas de controle do uso da for a O art 18 do Decreto Lei 667 69 estabelece que as pol cias militares ser o regidas por regulamento disciplinar redigido semelhan a do Regulamento Disciplinar do Ex rcito e adaptado s condi es especiais de cada Corpora o A maioria das pol cias militares tem c digos disciplinares estritamente militares A dicotomia entre o treinamento militar e a atividade policial gera uma crise de identidade nas pol cias Cf MUNIZ 2001 Em geral normas disciplinares s o estabelecidas por pol ticas internas corpora o Entretanto a legisla o federal e estadual pode estabelecer princ pios gerais Se houver uma melhor defini o legal entre aquelas tropas que servir o como for as auxiliares do Ex rcito e aquelas que realizar o exclusivamente o policiamento ostensivo o treinamento pode ser mais diversificado Os c digos devem estabelecer normas mais detalhadas e puni o mais severa para infra es como uso indevido de arma de fogo A puni o seria menos severa para as infra es de quartel Ao consagrar a possibilidade de pris o militar administrativa a Constitui o Federal quis ser r gida com rela o a infra es disciplinares Entretanto n o estabeleceu quais seriam ess
123. ANZER Ursula Org The military the police and domestic order British and third world experiences Londres Richardson Institute for Conflict and Peace Research 1976 ERICSON Richard e HAGGERTY Kevin The militarization of policing in the information age Journal of Political and Military Sociology Illinois vol 27 n 2 p 233 255 1999 FERNANDES Helo sa Rodrigues Pol tica e seguran a S o Paulo Alfa mega 1971 FERREIRA Gabriela Nunes Centraliza o e descentraliza o no Imp rio o debate entre Tavares Bastos e Visconde do Uruguai S o Paulo Editora 37 1999 GRAHAM Richard Clientelismo e pol tica no Brasil do s culo XIX Rio de Janeiro Editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro 1997 ISACSON Adam Altered states security and demilitarization in Latin America Washington D C Center for International Policy and Arias Foundation 1997 KOPEL David BLACKMAN Paul Can soldiers be peace officers The waco disaster and the militarization of american law enforcement In Akron Law Review Akron n 30 p 619 659 1997 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS KRASKA Peter KAPPELER Victor Militarizing american police the rise and normalization of paramilitary units social Problems Calif rnia v 44 n 1 p 1 18 1997 MESQUITA NETO Paulo Viol ncia policial no Brasil abordagens te ricas e pr ticas de controle In PANDOLFI Dulce Chaves Org
124. AS CIENT FICAS conhecimento e a familiaridade fornecem ao policial as habilidades necess rias para analisar as situa es e decidir quando e como usar de for a A experi ncia incorporada s atividades de patrulhamento e se transforma na base do treinamento e dos manuais de conduta a fim de que a atua o individual possa ser avaliada a partir de par metros legais e profissionais KLOCKARS 1996 Mas quando as pol cias adotam c digos de conduta e manuais militares um poderoso instrumento de controle tende a se perder C digos militares normalmente enfatizam a necessidade da disciplina e hierarquia e n o o controle da for a ainda menos ainda a busca de alternativas ao uso da for a Um oficial da Pol cia Militar de Minas Gerais por exemplo informou a um dos autores em 2001 que o cora o das silhuetas era o alvo mais pontuado no treinamento com armas de fogo Outras partes n o letais do corpo eram de import ncia secund ria Mesmo que os manuais n o o digam explicitamente atirar no cora o ou no pesco o de um suspeito o rumo da a o profissional na maioria das pol cias brasileiras Quando um policial atira e mata o resultado facilmente compreendido pelos seus pares Similarmente em estudo etnogr fico sobre as unidades paramilitares de pol cia PPU s norte americanas Peter Kraska encontrou uma tend ncia glorifica o da disciplina e do estado de esp rito necess rios para matar
125. CAS SILVER Allan 1967 The Demand for Order in Civil Society A Review of Some Themes in the History of Urban Crime Police and Riot In D J Bordua Ed The Police Six Sociological Essays New York John Wiley amp Sons Inc p 1 24 SOARES Luiz Eduardo 2000 Uma Interpretac o do Brasil para Contextualizar a Viol ncia In C A M Pereira et alii Linguagens da Viol ncia Rio de Janeiro Rocco p 23 46 WEIR Margaret 1992 Ideas and the Politics of Bounded Innovation In S Steinmo K Thelen e F Longstreth eds Structuring Politics Historical Institutionalism in Comparative Analysis New York Cambridge University Press ZAVERUCHA Jorge 1992 As Prerrogativas Militares nas Transi es Brasileira Argentina e Espanhola Revista Brasileira de Ci ncias Sociais Ano 7 n 19 p 56 65 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 133 134 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS A DESMILITARIZA O DAS POL CIAS POLICIAIS SOLDADOS E DEMOCRACIA Resumo O objetivo deste artigo discutir o conceito da desmilitariza o das pol cias utilizando uma abordagem que inclua seus aspectos internos e externos A militariza o interna diz respeito ao emprego e configura o de uma for a policial semelhan a de um ex rcito A militariza o externa diz respeito maneira como uma pol cia se relaciona com as for as armadas e com o ambiente exterior O a
126. DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida Mateus Afonso Medeiros DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros RECIMAM 1 edi o Belo Horizonte 2006 a 2006 Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros A reproduc o total ou parcial desta obra permitida desde que sem objetivos comerciais e com citac o integral da fonte 1 edi o 2006 Organizadoras Maria L cia Miranda Afonso Elza Maria Miranda Afonso Diagramadora Sheila Gon alves Revis o T cnica Dalcira P Ferr o Impress o A Cria o Gr fica Ltda Medeiros Mateus Afonso 1975 2005 Direitos Humanos uma paix o refletida Mateus Afonso Medeiros 1 ed Belo Horizonte Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros RECIMAM 2006 ISBN 978 85 60352 00 5 1 Direitos Humanos 2 Pol cia 3 Cidadania I Medeiros Mateus A TI RECIMAM HI T tulo CDD 306 2 Impresso no Brasil Printed in Brazil Reservados todos os direitos de publica o em l ngua portuguesa Rede de Cidadania Mateus Afonso Medeiros RECIMAM Av Bernardo Monteiro 890 sala 801 Belo Horizonte MG Brasil recimam yahoo com br Por tanto amor por tanta emoc o A vida me fez assim Doce ou atroz manso ou feroz Eu cacador de mim Preso a can es entregue a paix es Que nunca tiveram fim Vou me encontrar longe do meu lugar Eu cacador de mim Nada a temer sen o o correr da luta Nada a fazer sen o esquecer
127. EM REVISTAS CIENT FICAS 167 todos anteriores redemocratizac o que reproduzem o modelo policial da era autorit ria Al m disso uma pol cia militar pode ser mais ou menos militarizada A Gendarmerie francesa por exemplo uma pol cia militar Entretanto possui um comandante civil e seus membros n o gozam de foro especial justi a militar em caso de crimes praticados contra civis Sob esses aspectos trata se de uma pol cia menos militarizada que as brasileiras Em outra oportunidade desenvolvemos a id ia de que h seis dimens es fundamentais da militariza o das pol cias organiza o treinamento emprego controle intelig ncia e justi a Cf COSTA MEDEIROS 2003 Este artigo parte daquelas categorias para abordar a desmilitariza o do policiamento ostensivo brasileiro Come aremos com uma breve an lise hist rica do arcabou o legal da organiza o policial militar Isso nos permitir situar e interpretar o atual ordenamento constitucional a partir de um padr o hist rico Como veremos este padr o n o foi inventado pelo regime militar mas tem suas ra zes em nossa organiza o federativa Na ltima se o aplicaremos as seis dimens es citadas s pol cias brasileiras sugerindo altera es infraconstitucionais as quais mesmo sem alterar profundamente o padr o decis rio podem contribuir para a desmilitariza o Cabe ressaltar que nosso tema n o a propagada unif
128. Folha de S o Paulo noticiou um estudo da Universidade C ndido Mendes em que 55 policiais negros confirmam que a PM do Rio de Janeiro escolhe prioritariamente os negros como suspeitos Pior o padr o discriminat rio repetido pelos pr prios policiais negros que segundo um cabo daquela corpora o querem mostrar para o branco que n o passam a m o na cabe a Em Belo Horizonte o psic logo Genilson Zeferino em monografia intitulada O olhar que incrimina estudando os padr es de atendimento da Pol cia Militar s chamadas telef nicas flagrou a seguinte situa o a pol cia recebe uma chamada de uma moradora do centro que observa uma pessoa parada na rua em atitude suspeita Pelo telefone o policial pede a descri o f sica daquele suspeito e ao constatar ser uma pessoa de cor branca passa o chamado viatura declarando haver um indiv duo suspeito na rua tal Em outra data h uma chamada da mesma moradora do mesmo local narrando a mesma Publicado no Jornal O TEMPO em 20 04 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 75 76 I ARTIGOS EM JORNAL situa o de suspei o s que dessa vez o suspeito negro Nessa situa o em vez do termo indiv duo suspeito a defini o utilizada pela pol cia foi a de esquisito elemento O psic logo conclui com o ditado para a pol cia preto parado suspeito correndo ladr o O termo esquisito
129. GRANDE A UMA ORDEM SOCIAL COMPETITIVA Este ensaio pretende discutir o processo de forma o do Estado brasileiro em face da passagem no plano das rela es s cio econ micas da Casa Grande uma ordem social caracterizada pela vida rural pelo trabalho escravo pelo ostracismo social e pela predomin ncia da atividade econ mica agrario exportadora para uma ordem social competitiva caracterizada pela ascens o das cidades pelo dinamismo social pelo trabalho livre e pelo desenvolvimento do com rcio e da ind stria O olhar sobre o processo de forma o do Estado brasileiro demonstrar que conquanto a hist ria brasileira apresente epis dios de ruptura com a normalidade pol tica estes n o representam propriamente um abandono do passado mas uma reorganiza o de poder entre os mesmos atores pol ticos uma ruptura mec nica e est tica em vez de societ ria hist rica e pol tica FERNANDES 1976 193 A ordem social competitiva n o veio suplantar a Casa Grande Em vez disso forjou se em suas brechas fendas e fimbrias FRANCO 1997 66 FERNANDES 1976 166 Nossa an lise se baseia em duas importantes no es A primeira a id ia proposta por Florestan Fernandes 1976 292 e outros de desenvolvimento capitalista dependente A apropria o dual do excedente econ mico a partir de dentro pela burguesia nacional e a partir de fora pelas burguesias das na
130. HO 1976 Temos portanto nas tr s primeiras d cadas do s culo XX de um lado um Ex rcito Nacional que se profissionaliza e desenvolve os germes de uma Doutrina de Seguranca Nacional Do outro lado estados federados cada qual com pr prio ex rcito em potencial conflito interno entre si ou at mesmo contra o pr prio Ex rcito Nacional Em 1930 o fr gil acordo federativo quebrado e inicia se o conflito que culminou com a ascens o de Get lio Vargas apoiado pelo Ex rcito Em 1932 ocorre algo crucial na hist ria do policiamento brasileiro a Revoluc o Constitucionalista em S o Paulo quando a for a p blica daquele Estado lutou contra o Ex rcito Nacional o qual ironicamente teve de contar com a ajuda de outra for a p blica a de Minas Gerais Terminado o levante paulista restou a id ia de que era necess rio estabelecer um maior controle do poder central sobre as for as p blicas Em 1934 a nova Constitui o Federal declarou as pol cias militares reservas do Ex rcito art 167 CF 34 e garantiu a compet ncia privativa da Uni o para legislar sobre organiza o instru o justi a e garantias das for as policiais dos estados e condi es gerais da sua utiliza o em caso de mobiliza o ou de guerra art 50 XIX 1 CF 34 Estava inaugurado o Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 171 padr o decis rio em quest es de policiamento que existe ainda h
131. HO Cl udio Chaves s d A o e Estrat gia das Organiza es Policiais Dispon vel em http www crisp ufmg br acaoest htm BICUDO H lio 2000 A Unifica o das Pol cias no Brasil Estudos Avan ados Vol 14 n 40 pp 91 106 Lilacs SciELO BITTNER Egon 2003 Aspectos do Trabalho Policial S o Paulo EDUSP BRASIL Glauc ria Mota e ABREU Domingos 2002 Uma Experi ncia de Integra o das Pol cias Civil e Militar Os Distritos Modelo em ortaleza Sociologias Ano 4 n 8 p 318 355 CARVALHO Jos Murilo de 1981 A Constru o da Ordem A Elite Pol tica Imperial Bras lia Editora UnB 2002 A Cidadania no Brasil O Longo Caminho Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira CASTRO Jeanne Berrance de 1977 A Mil cia Cidad A Guarda Nacional de 1831 a 1850 S o Paulo Editora Nacional CERQUEIRA Carlos Magno N 1996 Pol ticas de Seguran a P blica para um Estado Democr tico de Direito Chamado Brasil Discursos Sediciosos Crime Direito e Sociedade Ano 1 n 2 p 191 211 CINTRA Ant nio Oct vio 1974 A Pol tica Tradicional Brasileira Uma Interpreta o das Rela es entre o Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Centro e a Periferia Cadernos do Departamento de Ci ncia Pol tica da UFMG N 1 p 59 112 COELHO Edmundo Campos 1976 Em Busca de Identidade O Ex rcito e a Pol tica
132. I remunera o do servi o extraordin rio superior no m nimo em cinquenta por cento do normal XVII gozo de f rias anuais remuneradas com pelo menos um ter o a mais do que o sal rio normal XIX licenca paternidade nos termos fixados em lei XXI aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o sendo no m nimo de trinta dias nos termos da lei XXII redu o dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de sa de higiene e seguran a XXIII adicional de remunera o para as atividades penosas insalubres ou perigosas na forma da lei XXVII prote o em face da automa o na forma da lei XXVIII seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que este est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa XXIX a o quanto aos cr ditos resultantes das rela es de trabalho com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais at o limite de dois anos ap s a extin o do contrato de trabalho XXXII proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos XXXIII proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos salvo na condi o de aprendiz a partir de quatorze anos Art 37 XV o subs dio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos p
133. III busca do pleno emprego Art 186 A func o social cumprida quando a propriedade rural atende simultaneamente segundo crit rios e graus de exig ncia estabelecidos em lei aos seguintes requisitos III observ ncia das disposi es que regulam as rela es de trabalho IV explora o que favore a o bem estar dos propriet rios e dos trabalhadores Art 193 A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivos o bem estar e a justi a sociais FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION Sim No artigo 6 foi inclu do o direito moradia INDICADORES INDICADOR 2 Ubique aquella norma o normas legales que desarrollan el derecho al trabajo Consolida o das Leis do Trabalho Art 2 Considera se empregador a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econ mica admite assalaria e dirige a presta o pessoal de servico 8 1 Equiparam se ao empregador para os efeitos exclusivos da rela o de emprego os profissionais liberais as institui es de benefic ncia as Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 287 associa es recreativas ou outras institui es sem fins
134. L denunciar a irracionalidade da pol tica de seu pa s Como reagir quando um dos nossos morto e voc tem de se justificar a seu pr prio povo Os norte americanos respons veis a partir dos atentados em Nova York ter o de responder a essa pergunta questionando a atitude de seus governos com rela o ao mundo Isso n o significa de maneira alguma defender os assassinos Significa defender a civiliza o Significa reavaliar o passado e reconhecer como l fizeram v rios ex funcion rios do Departamento de Estado que o terrorismo al m de ser fruto de mentes insanas e criminosas de certa forma o fruto de uma pol tica para a qual contribuem muitos atores dif cil saber o que esperar Os mortos ser o contados a reac o preparada O Village Voice talvez o maior jornal progressista dos Estados Unidos que h tr s semanas escancarava uma foto de capa de Henry Kissinger denominando o o Milosevic de Manhattan na quarta feira publicou a foto da explos o do World Trade Center seguida da manchete Canalhas The bastards dando uma id ia do cuidado que se tem de tomar quando os nossos s o os mortos Mesmo sem saber ainda o n mero de mortes o jornal faz previs es pessimistas haver uma baixa silenciosa e intang vel da liberdade de express o A qualquer voz dissidente a qualquer proposta de mudan a na pol tica externa ser o lembradas as cenas abomin veis do
135. OS Uma Paix o Refletida 33 34 I ARTIGOS EM JORNAL Um dia antes do novo mil nio sentado num caf do bairro arm nio ou o um tiro e barulho de vidro quebrado O dono cujo bigode realmente arm nio fecha a porta da rua e vem minha mesa junto com sua mulher e mais um circunstante e disparam os tr s a me explicar o acontecido numa l ngua que depois da terceira palavra j n o reconhe o mais Camelos e camel s Tamb m a Jerusal m antiga moderna com carros bancos camelos e camel s mercados instala es tur sticas e este Internet Caf de onde escrevo agora A cinco minutos a p daqui da sacada do Hotel Imperial cruzando os muros da parte antiga pelo port o de Jafa h bares boates restaurantes e a vida normal de cidade grande Esp rito das igrejas Mas aqui dentro muito dif cil deixar de classificar as pessoas judeus mu ulmanos crist os cat licos eg pcios ortodoxos sefarditas reformados asquenazis beduinos S o tantos nomes que o ato de classificar perde o sentido se que tem algum Rezar tamb m n o ajuda muito j que Ele ou Eles s o um dos culpados Pena o apocalipse n o ter vindo trazer paz a Jerusal m para que se cumprisse a profecia Jerusal m enxugar toda a l grima de seus olhos e j n o haver morte nem luto nem grito nem dor porque passou a primeira condi o Apocalipse 21 4 Passada a primeira condi o a pri
136. OUTROS TRABALHOS 289 diferen a de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rio de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil XXXI proibi o de qualquer discrimina o no tocante a sal rio e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia XXXIV Par grafo nico S o assegurados a categoria dos trabalhadores dom sticos os direitos previstos nos incisos IV VI VIII XV XVII XVIII XIX XXI e XXIV bem como a sua integra o previd ncia social JArt 37 VII a lei reservar percentual dos cargos e empregos p blicos para as pessoas portadoras de defici ncia e definir os crit rios de sua admiss o JAto das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 10 At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art 70 I da Constituic o II fica vedada a dispensa arbitr ria ou sem justa causa b da empregada gestante desde a confirma o da gravidez at cinco meses ap s o parto INDICADOR 3 Disposiciones constitucionales que establecen de manera expl cita el derecho al trabajo para las mujeres y las personas con alguna discapacidad Constitui o Pol tica Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XVIII licen a gestante sem preju zo do emprego e do sal rio com a dura o de cento e vinte dias XX prote o do mercado d
137. PO 09 02 2001 caderno Opini o Direitos Humanos desafios e perspectivas jornal O TEMPO 02 02 2001 caderno Opini o Os coron is de colete jornal O TEMPO 24 01 2001 caderno Opini o Sobre o inqu rito policial brasileiro jornal O TEMPO 16 01 2001 caderno Opini o Direitos Humanos a quem se destinam O TEMPO 06 01 2000 caderno Opini o Sobre a ocupa o das favelas jornal O TEMPO 29 12 2000 caderno Opini o Outras atividades acad micas e profissionais Coordenador de Direitos Humanos da Secretaria de Municipal dos Direitos de Cidadania de Belo Horizonte de 01 01 2001 a maio de 2001 Coordenador Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania da Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de Belo Horizonte de 02 09 2000 a 01 01 2001 Assessor Jur dico da Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de Belo Horizonte MG de abril de 2000 a 02 09 2000 Fundador em dezembro de 2001 da Revista Direitos Humanos e Cidadania publica o oficial da Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte Professor substituto da Universidade Federal de Ouro Preto das disciplinas Filosofia do Direito e Introdu o ao Estudo do Direito no per odo de fevereiro a julho de 2001 Mateus Afonso Medeiros 10 11 12 13 14 Professor de l ngua Inglesa de 1991 a 2000 em v rias esc
138. SUGERENCIA SOBRE MEDIOS O FUENTES DE VERIFICACI N P gina web de la OIT Organizaci n Internacional del Trabajo Oficina Regional Para Am rica Latina y el Caribe Estad sticas Laborales http www oit org pe spanish 260ameri infoal estadist estadis html prolab Este Link les da entrada a un listado de tablas entre las cuales tienen que buscar la que corresponde a este indicador este total se ubica en la Ultima columna derecha FUENTES UTILIZADAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica Censo Demogr fico 1991 Tabela 5 32 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica Censo Demogr fico 2000 Tabela 1 1 8 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 327 INDICADORES o el a o m s pr ximo a 1990 Indicador 1 Porcentaje total del sector informal que cotiza a la seguridad social 38 7 1990 Indicador 1 Porcentaje total del sector formal que cotiza a la seguridad social 86 1 1990 o el a o m s pr ximo al 2000 Indicador 2 Porcentaje total del sector informal que cotiza a la seguridad social 32 3 1999 Indicador 3 Porcentaje total del sector formal que cotiza a la seguridad social 82 1999 Variaciones anotar variaci n del dato entre un per odo y otro Variaci n en el total sector informal que cotiza dato 6 4 Variaci n en el total sector formal que cotiza dato 4 1 SUGERENCIA SOBRE MEDIOS O FUENTES DE VERIFICACI N P gina web de la OIT Organizaci n Inter
139. a O trecho acima bem poderia vir de algu m vivendo em nossos tempos de globaliza o mas sua primeira publica o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 218 data na verdade do ano de 1900 a bem dizer de um s culo no passado A passagem de autoria de John Dewey no ensaio A escola e a sociedade em que o fil sofo norte americano defende a necessidade de acabar com a distinc o entre cultos e oper rios atrav s da formac o escolar voltada para a educac o profissional que estimularia a utilizac o instrumental do conhecimento adquirido por cada crian a N o nosso objetivo discutir essa distin o de Dewey mas a cita o v lida na medida por dois motivos Em primeiro lugar exp e um processo de repeti o do discurso que nos faz repensar os marcos temporais com que tratamos o processo de globaliza o e capitaliza o No campo da educa o a passagem contraria a id ia equivocada de que o gerencialismo surgiu simplesmente para atrelar a educa o prepara o dos alunos para o mercado de trabalho Da Silva 1994 12 afirma que por tr s do discurso de que as escolas devem preparar melhor os seus alunos para a competitividade do mercado nacional e internacional est a estrat gia neoliberal de atrelar a educa o institucionalizada aos objetivos estreitos de prepara o para o local de trabalho Tal objetivo conquanto possa melhor ser alcan ado numa organiza o esco
140. a instabilidade externa e pela descontinuidade de desenvolvimento FRANCO 1997 218 grifos no original A partir da Independ ncia desaparece o fator pol tico de rigidez mas permanece o fator econ mico 2 Analisando a Revoluc o de 1930 B ris Fausto 1997 critica a concepc o dualista segundo a qual haveria um Brasil arcaico em constante embate com o moderno Tal teoria seria ref m da importac o para o contexto brasileiro da seq ncia europ ia escravismo feudalismo e capitalismo de etapas hist ricas 3 Em vez de brotar como a escravid o do mundo antigo de todo o conjunto da vida social material e moral ela a escravid o na Am rica nada mais ser que um recurso de oportunidade de que lan ar o m o os pa ses da Europa a fim de explorar comercialmente os vastos territ rios do Novo Mundo Prado J nior 2000 278 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 227 Os senhores de terras do Imp rio conquanto agora tivessem maior autonomia pol tica n o teriam a capacidade de modificar as sucessivas crises flutua es e press es do mercado mundial Por outro lado apesar das dificuldades que representavam os per odos de crise n o deixam de ter seu aspecto criador ao se darem as condi es para o reerguimento eles abrem possibilidades de integra o nos segmentos economicamente ativos para um grupo de pessoas que caso contr rio se a situa o de privi
141. a FERNANDES 1974 97 O patrulhamento cresceu no mesmo passo lento e posteriormente no mesmo passo largo da urbaniza o 2 Seu controle oscilou entre as organiza es militares e as civis em uma disputa acirrada que reflete a dificuldade de institucionaliza o de um campo policial Justamente a atividade policial mais singular foi historicamente a mais enfraquecida 11 O s delegados n o apenas acusavam mas tamb m reuniam provas ouviam testemunhas e apresentavam ao juiz municipal um relat rio escrito da investiga o sobre o qual baseava seu veredicto Al m de expedir mandados de pris o e estabelecer fian as eles mesmos julgavam delitos menores como a infra o de normas municipais GRAHAM 1997 88 12 O efetivo da For a P blica Pol cia Militar de S o Paulo cresceu de 12 218 homens em 1951 para 31 000 homens em 1963 e para 50 000 em 1970 MORAES 2001 73 75 13 A prov ncia de S o Paulo criou em 1875 a Guarda de Urbanos sob o comando da Pol cia Civil De 1891 a 1892 ela passa ao comando da Pol cia Militar como uma especializa o intra organizacional Depois entre 1897 e 1901 volta ao controle da Pol cia Civil com o nome de Guardas C vicos da Capital Em 1901 novamente incorporada For a P blica como uma especializa o intra organizacional Em 1926 volta Pol cia Civil sob o nome de Guarda Civil Finalmente em 1969 fundida com a For a P blica na cria o da Pol ci
142. a com o destino que o Autor d a uma personagem ou com as rea es que atribui a ela ou at com palavras que p e em sua boca Fiquei inconformada por exemplo quando Shakespeare fez Cord lia dizer ao Rei Lear Amo Vossa Majestade conforme meu dever nem mais nem menos N o era poss vel Ela deveria dizer Amo Vossa Majestade sem obriga o e sem esperan a de pr mio algum porque assim o amor N o poderia dizer outra coisa Mas isso naturalmente segundo o meu ju zo Fiquei tamb m inconformada com a cena em que Oodjate em O Paciente Ingl s faz o sapador entrar no quarto onde est o homem queimado e moribundo e amea lo com uma arma enquanto derrama sobre ele sua indigna o Tudo bem que o sapador tenha tido uma crise de desespero ao ouvir a not cia da bomba sobre Hiroshima Tudo bem que tenha compreendido que a bomba at mica que foi jogada sobre o Jap o jamais seria jogada sobre um pa s da Europa Tudo bem que tenha compreendido finalmente o que seu irm o lhe dizia quando ele fez a op o de trabalhar Mateus Afonso Medeiros com os ocidentais Tudo bem que ele pensasse que o homem sobre o qual ele destilava seu desespero e seu espanto era um ingl s Mas da a ameacar com uma arma um moribundo que era pouco mais de um tic o um homem todo queimado sem a m nima autonomia de seus pr prios movimentos f sicos foi como chutar um homem ca do Um personagem embrutecido poderia te
143. a Vale dizer n o h como especificar exaustivamente os requisitos para o uso do termo Entretanto creio que tr s caracter sticas s o importantes a exist ncia de valores ou cren as comuns a determinadas pessoas as rela es diretas n o mediadas entre elas e a reciprocidade em suas rela es 2 Gayatri Spivak Can the subaltern speak p 309 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 242 HI OUTROS TRABALHOS pudesse cruzar o outro lado da diferen a Dussell percorre o mesmo caminho A v tima inevit vel e somente ap s o seu reconhecimento pela n o v tima eis aqui uma vitima pode haver qualquer cr tica A partir desta l gica o m todo do policiamento comunit rio poderia ser entendido como uma t cnica de reconhecimento da v tima ou do subalterno com sua consequente entrada no discurso policial Entretanto este suposto reconhecimento nada diz a respeito da forma como o di logo vai se dar De fato podemos estar diante de um simples ato de benevol ncia ou de amor o qual diferentemente de um ato de for a dispensa maiores justificativas tico pol ticas Foram justamente esses atos de benevol ncia relegados ao mbito da discricionariedade ou seja fora do sistema de justifica o das leis que permitiram o desenvolvimento do poder disciplinar descrito por Foucault Permanece a quest o se o policiamento comunit rio n o passa de um desenvolvimento do poder disciplinar ou
144. a contrapresta o m nima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador por jornada normal de trabalho capaz de satisfazer em qualquer regi o do Pa s s suas necessidades vitais b sicas e s de sua fam lia com moradia alimenta o educa o sa de lazer vestu rio higiene transporte e previd ncia social 1 O sal rio m nimo di rio corresponder a um trinta avos do sal rio m nimo mensal e o sal rio m nimo hor rio a um duzentos e vinte avos do sal rio m nimo Lei n 8 716 1993 Art 1 Aos trabalhadores que perceberem remunera o vari vel fixada por comiss o pe a tarefa ou outras modalidades ser garantido um sal rio mensal nunca inferior ao sal rio m nimo Art 2 A garantia assegurada pelo artigo anterior estende se tamb m aos trabalhadores que perceberem sal rio misto integrado por parte fixa e parte vari vel FUENTES Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada Lei n 8 542 de 23 de dezembro de 1992 Lei n 8 716 de 11 de outubro de 1993 VARIACION Sim Foram acrescidas defini o de sal rio m nimo as necessidades de lazer educa o e previd ncia social al m das que j existiam alimenta o habita o vestu rio higiene e transporte O sal rio m ni
145. a Justi a Em resumo o campo institucional policial formado pelas organiza es que exercem a pol cia de ordem a pol cia criminal e a pol cia urbana As duas primeiras foram anteriormente exercidas por organiza es que se misturavam Justi a e aos ex rcitos A ltima marcadamente moderna e depende da inser o consensual das pol cias no controle social O desenvolvimento da democracia e a combina o dessas tr s fun es nas mesmas organiza es policiais provocaram a necessidade de consenso tamb m com rela o s pol cias de ordem e criminal Cabe atentar para o n mero de organiza es em um dado campo policial Na Alemanha at 1975 cada unidade federada organizava sua s pol cia s al m de existirem organiza es federais BAYLEY 1975 333 340 Na Fran a e It lia s o duas as organiza es nacionais al m de for as paramilitares especiais e for as das comunas ou cidades Na Inglaterra o n mero de pol cias caiu de 125 em 1960 para 43 em 1974 mantendo se esta quantidade at 1988 MCKENZIE e GALLAGHER 1989 7 8 Nos Estados Unidos em 1980 havia 19 691 for as registradas no Departamento de Justi a idem Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS No Brasil h duas policias por estado tr s pol cias da Uni o mais uma s rie de Guardas Municipais Portanto n o somos excec o em termos num ricos Entretanto h uma pec
146. a Militar do Estado de S o Paulo Fernandes 1974 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 115 A Rep blica aprofundou o processo de identifica o das pol cias com o campo da Defesa de um lado e o campo da Justi a de outro Na pol tica dos governadores marcada pela disputa entre os partidos estaduais pelo dom nio do poder central CINTRA 1974 as pol cias atuavam como verdadeiros ex rcitos A For a P blica de S o Paulo passa a contar com uma artilharia a rea estando empenhada em conflitos em S o Paulo Paran Santa Catarina Cear Bahia Goi s e Mato Grosso MORAES 2001 77 Contrata a Miss o Francesa para receber instru o militar em 1905 doze anos antes do pr prio Ex rcito Nacional Em 1932 Revolu o Constitucionalista entra em guerra contra o pr prio Ex rcito Para venc la Vargas precisou contar com a poderosa pol cia de Minas Gerais MARCO FILHO 1999 Certamente a notamos a for a isom rfica mim tica ou seja a imita o da estrutura do Ex rcito Com o processo de profissionaliza o defini o de carreiras instru o pela Miss o Francesa etc vemos a for a isom rfica normativa consagrada pela express o militares dos estados A partir de 1934 na tentativa de controlar o poderio b lico das for as p blicas a nova Constitui o declara as for as auxiliares e de reserva do Ex rcito impondo algum controle coercitivo po
147. a Paix o Refletida 277 278 diferenci las A pr pria Constituic o brasileira as distingue ao tratar em dispositivos separados a liberdade de pensamento de cria o de express o e de informa o art 220 caput e a liberdade de informa o jornal stica art 220 8 1 Novamente voltamos diferen a dif cil mas existente entre liberdade de imprensa e liberdade de express o Parece nos que em um c digo de tica para a atividade televisiva deve a liberdade de imprensa contar com dispositivos especiais Chegamos ent o ao item 06 da Declara o de Princ pios sobre a Liberdade de Express o que estabelece que a atividade jornal stica n o deve ter os seus princ pios ticos impostos pelo Estado A declara o se refere portanto atividade jornal stica n o a qualquer express o por meio radiodifusivo Neste sentido poder amos advogar a adequa o da Campanha aos princ pios pela exclus o da atividade de jornalismo dos preceitos ticos que prop em deixando para que a pr pria categoria estabelecesse as condutas aceit veis e reprov veis em sua profiss o Na tradi o jur dica brasileira isso exigiria a afilia o obrigat ria dos profissionais a um rg o de classe o que seria um contra senso pois continuaria a afrontar o principio 06 Mas para o bem da argumenta o vamos supor que o princ pio 06 n o se refere apenas atividade jornal stica mas a toda express o por meio radiodi
148. a atua coletivamente Por exemplo se determinada unidade da pol cia respons vel por um n mero desproporcional de den ncias de abuso n o basta limitar se a promover a puni o dos policiais infratores preciso intervir junto ao comando daquela unidade envolvendo tamb m a popula o atingida Nesse sentido que nos permitimos falar em uma educa o para o acesso Justi a que pode lan ar m o de expedientes os mais diversos preventivos ou reparat rios Uma a o que tem por objetivo propiciar condi es de organiza o popular fortalecendo a autonomia local e fomentando a resolu o de conflitos por meio de instrumentos democr ticos n o necessariamente judiciais A continuidade e amplia o desse trabalho imp e novos desafios Cabe a n s propiciar as condi es estruturais capazes de sustentar a vertiginosa amplia o da demanda sobre o servi o jur dico social garantindo sua legitimidade junto popula o e transformando o em ve culo de constru o de uma cultura dos direitos humanos Uma cultura que exija a es permanentes para prevenir e diminuir a viol ncia que respeite e valorize os direitos humanos e que tenha na sociedade civil sua principal fonte criadora Para os pr ximos quatro anos de administra o democr tico popular a equipe da coordenadoria pretende agilizar e radicalizar ainda mais a luta contra a viola o dos direitos humanos No mbito do atendimento ao p blico a inten
149. a legal porque a legisla o federal um dos pontos comuns a todas as pol cias militares Ao mesmo tempo em termos das dimens es de militariza o externa as compet ncias do Ex rcito est o definidas em lei DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 182 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 3 1 Organizac o Praticamente todas as pol cias do mundo moderno possuem algum grau de militarizac o organizacional Em princ pio o modelo militar por ser calcado na disciplina e na supervis o favorece o controle sobre a atividade policial Entretanto se for r gido demais o c digo disciplinar ter uma tend ncia a atenuar a supervis o onde ela mais necess ria no encontro policial cidad o O trabalho policial de natureza eminentemente discricion ria Ao contr rio do que se poderia pensar o policial n o passa o dia correndo atr s de criminosos Passa a maior parte do seu tempo em situa es nas quais n o h crime sendo praticado Presta socorro intermedeia de brigas mant m a ordem em eventos p blicos controla o tr nsito Diariamente o policial se v na obriga o de tomar decis es imediatas e complexas cujo amparo legal reside em proposi es vagas como a manuten o da ordem Nenhum manual capaz de prever todas as situa es em que o policial deve agir nem como ele deve agir Se h regras demais respeit las todas se torna praticamente imposs vel Os supervisores na linha de fren
150. a minoria no m nimo dois no m ximo quatro assentos As emissoras de televis o indicariam dois membros para a comiss o Todos os demais seriam representantes de setores diversos da sociedade civil O que se pode perceber que a Campanha prop e a discuss o do conte do da televis o em um espa o p blico e 6 Pela constitui o brasileira art 223 a cassa o em si n o poderia ser aplicada em inst ncia administrativa mas apenas judicial A n o renova o da concess o depende de um qu rum m nimo de dois quintos do Congresso Nacional em vota o nominal 7 O n mero de representantes do Estado dependeria da origem dos representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Crian a e do Adolescente e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher ambos rg os h bridos com membros do Estado e da sociedade civil Segue a composi o detalhado no projeto Art 52 A CNPET ser formada em car ter multiprofissional respeitando se a seguinte composi o I 3 tr s psic logos designados pelo Conselho Federal de Psicologia II 3 tr s advogados designados pela Ordem dos Advogados do Brasil Mateus Afonso Medeiros plural com a menor interfer ncia do Estado e do mercado Em geral a CNPET responderia seguinte quest o o programa x violou o c digo de tica da programa o de televis o Portanto a comiss o n o teria poder de gerar normas ticas mas apenas de interpret las para o caso concreto Ao m
151. a os testemunhos com ouvidos atentos gostando ou n o do conte do Nada melhor que assumir uma postura que inspire confian a que fa a a comunidade acreditar na eventual puni o dos assassinos Nada melhor para estimular a desconfian a da comunidade que classificar todo e qualquer testemunho como intriga de traficante indiretamente acusando toda a comunidade de cumplicidade com o tr fico s porque denunciaram policiais Confian a se conquista com confian a No livro de Luiz Eduardo Soares h dois dados que impressionam Em 1999 a PM do Rio de Janeiro reduziu em 35 52 os atos de resist ncia seguidos de morte ou seja aquelas situa es em que com ou sem raz o a PM atira para matar Ao mesmo tempo os ndices de criminalidade do Rio baixaram segundo os otimistas e mantiveram se est veis segundo os pessimistas Conclus o combater bandido n o tem nada a ver com atirar para matar Um comando efetivamente comprometido com os direitos humanos pode salvar vidas e combater a criminalidade com a mesma efici ncia O segundo dado ao mesmo tempo estarrecedor e esclarecedor A Secretaria de Seguran a P blica do Rio de Janeiro promovem em janeiro de 1999 na pequena favela do Pereir o o Mutir o Pela Paz uma parceria entre PM outras secretarias de Estado e a comunidade do morro Dentre outras a es o projeto previa Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL a ocupa o policial Nas palavras
152. a p blica t m sua capacidade de a o cerceada O Decreto 88 540 83 autoriza o Presidente da Rep blica a mobilizar as pol cias militares por motivos que v o da grave perturba o da ordem garantia do n vel necess rio de adestramento e disciplina Em caso de mobiliza o as pol cias saem o comando do Governador e passam ao comando das for as armadas O Comandante Geral exonerado e substitu do por um oficial do Ex rcito O Ex rcito pode a seu crit rio determinar a participa o das pol cias militares em manobras e instru es art 5 Decreto 88 777 83 Deve aprovar a compra de materiais e armamento para as pol cias militares art 3 c c art 29 Decreto 88 777 83 O Ex rcito publica especifica es gerais sobre o tipo de equipamento permitido A cria o e localiza o de unidades policiais militares dependem de aprova o pelo Estado Maior do Ex rcito art 7 Decreto 88 777 83 Qualquer mudan a de organiza o aumento ou diminui o de efetivos das pol cias militares depende de aprova o do Estado Maior do Ex rcito art 38 Decreto 88 777 83 Mesmo nos estados em que a pol cia militar integra a estrutura da Secretaria de Seguran a P blica o Ex rcito por meio da IGPM tem compet ncia para comunicar se diretamente com o comando da pol cia militar art 42 Decreto 88 777 83 Uma maior desmilitariza o na dimens o do controle envolveria uma divis o clara entre as tropas poli
153. a para os trabalhadores do mercado informal A queda da participa o dos trabalhadores informais na seguridade social aliada crescente taxa de desemprego e pequena queda na participa o de assalariados na seguridade permite concluir pela fragiliza o ainda maior tanto no emprego formal como no informal Portanto apesar da Constitui o o desafio da d cada de 1990 que seria o de torn la efetiva n o foi alcan ado O que temos a comemorar nos ltimos 14 anos o crescente empoderamento de grupos sociais desfavorecidos Como se p de perceber pela leitura das tabelas no campo do direito das mulheres e das pessoas portadoras de defici ncia h conquistas de fato que ultrapassam a mera declara o de direitos Os deficientes anteriormente objetos de pol tica assistencial passaram a sujeitos de pol ticas de emprego e renda apesar de ser ainda prec ria a fiscaliza o para tornar efetivo o seu direito de um percentual de vagas no mercado de trabalho As mulheres por sua vez t m conquistado cada vez mais espa o mesmo sendo as principais v timas do mercado informal A tabela referente ao sal rio m nimo cont m um aparente paradoxo Em 1990 havia mecanismos legais de reajuste Mas os altos n veis de infla o provocavam a constante anual mudan as desses mecanismos Hoje apesar de n o haver qualquer mecanismo legal ou constitucional existe mais seguran a por parte dos trabalhadores devido ao controle so
154. a que impede Publicado no Jornal O TEMPO em 24 01 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL a apura o Como apurar uma den ncia se o policial no momento da infra o usava o colete prova de balas por cima da tarjeta de identifica o se n o se sabe quem estava naquela viatura naquele momento se n o h um controle r gido de todos os disparos que acertaram os alvos ou n o efetuados pelas armas da PM Se a pol cia vai esperar pelo fim dessa investiga o ent o muito pouco ou nada vai mudar A quest o que se coloca outra as den ncias n o ser o satisfatoriamente apuradas porque a opera o n o foi montada de maneira a facilitar a apura o de eventuais abusos Por isso n o se deve responsabilizar apenas os soldados e cabos infratores mas tamb m os oficiais que comandaram a opera o e que n o estabeleceram formas de controle pr vio da tropa Assim como a lei penal tem duas fun es a de evitar que o crime aconte a e a de punir o criminoso tamb m o controle policial pode ser feito em dois momentos o comando pode agir para evitar o abuso policial e pode punir quem cometer os abusos No caso espec fico do Morro do Papagaio a PM agiu apenas no segundo momento atrav s do competente trabalho do tenente coronel H lio Mas isso s n o basta Em se tratando de abuso policial prevenir n o melhor indispens vel Mesmo porque na maioria das vezes n o h como remediar H
155. a um relat rio sobre a viol ncia policial naquela favela A rea o do comando n o surpreendeu parabenizou a Comiss o de Paz por sua atitude corajosa mas ao mesmo tempo cobrou um dossi sobre o tr fico tamb m como se as infra es tivessem acontecido simplesmente porque o tr fico existe e n o por culpa dos policiais que as cometeram Como se eles n o tivessem outra alternativa sen o violar os direitos humanos Os crimes cometidos por policiais s o t o graves quanto os dos traficantes Afinal todos reconhecemos que seria rid culo se o juiz Lalau perguntasse Pol cia Federal por que eles ainda n o prenderam o Eduardo Jorge H uma raz o simples pela qual n o fazemos um dossi sobre o tr fico n o nosso principal papel Enquanto militantes de direitos humanos nosso dever lutar contra Publicado no Jornal O TEMPO em 06 01 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL a tortura e contra a arbitrariedade policial Numa sociedade plural e democr tica algu m tem de fazer isso Certamente h outros atores sociais que denunciam a viol ncia os movimentos de familiares as associa es de bairro a m dia a pol cia e o pr prio movimento no Morro do Papagaio que jamais deixou de denunciar a viol ncia do crime organizado No entanto algu m tem de fiscalizar a pol cia tamb m j que queremos acreditar que vivemos numa democracia Esse o nosso papel social para isso que existimos Ou
156. adoras de defici ncia os meios para a rejeduca o e de rejadaptac o profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive Lei 8742 93 Art 2 A assist ncia social tem por objetivos IV a habilita o e reabilita o das pessoas portadoras de defici ncia e a promo o de sua integra o vida comunit riaDecreto 3298 99Art 15 Os rg os e as entidades da Administra o P blica Federal prestar o direta ou indiretamente pessoa portadora de defici ncia os seguintes servicos l reabilita o integral entendida como o desenvolvimento das potencialidades da pessoa portadora de defici ncia destinada a facilitar sua atividade laboral educativa e social Il forma o profissional e qualifica o para o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 306 HI OUTROS TRABALHOS trabalho Art 45 Ser o implementados programas de forma o e qualifica o profissional voltados para a pessoa portadora de defici ncia no mbito do Plano Nacional de Forma o Profissional Consolida o das Leis do Trabalho Art 390 B As vagas dos cursos de forma o de m o de obra ministrados por institui es governamentais pelos pr prios empregadores ou por qualquer rg o de ensino profissionalizante ser o oferecidas aos empregados de ambos os sexos JArt 390 E A pessoa jur dica poder associar se a entidade de forma o profissional sociedades civis sociedades coope
157. adotou o modelo federativo e as antigas prov ncias transformaram se em Publicado no Jornal O TEMPO em 27 03 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 69 70 I ARTIGOS EM JORNAL Estados aut nomos H lio Bicudo explica que os Estados trataram desde logo de organizar se para preservar aquele modelo e a independ ncia conquistada criando for as p blicas em cada unidade da Federa o para se prevenirem contra os abusos da Uni o e contra as mil cias privadas dos coron is locais As for as p blicas n o faziam policiamento ostensivo Ainda segundo H lio Bicudo em 1898 um leitor do jornal O Estado de S o Paulo declarava se um contribuinte ludibriado n o admitia que toda a For a P blica esteja por a aquartelada como se fosse um ex rcito em tempos de paz enquanto n s c fora andamos expostos sanha dos assassinos e ousadia crescente dos ladr es A partir da centraliza o que caracterizou a era Vargas as for as p blicas perderam autonomia em termos de armamento efetivo e organiza o Na verdade perderam sua fun o origin ria servindo apenas como instrumento de conten o popular como ocorreu na rea o s greves oper rias s oposi es partid rias e Intentona Comunista de 1935 Restaurando o regime democr tico era necess rio dar lhes nova fun o Em S o Paulo travou se um intenso debate sobre como integrar as for as p blicas ao policiam
158. al instrumento desse combate Penso que devemos parar de procurar pretexos e come ar a discutir seriamente a parcela de culpa hist rica dos aparelhos de seguran a p blica e seu compromisso democr tico com o futuro Essa minha cr tica maneira como se utiliza o termo viol ncia n o tem a inten o de ser catastr fica ou determinista O debate sobre seguran a p blica vem acontecendo na sociedade brasileira assim como acontece com rela o criminaliza o das drogas e outros tantos assuntos que precisamos discutir Mas h de se reconhecer que existe uma rea o que esse debate amea a in meros pequenos e grandes poderes e que esses poderes julgam necess rio forjar uma rea o pol tico ideol gica para que a sa da para a viol ncia seja a da repress o e da vigil ncia Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS em vez da sa da dos direitos humanos Essa rea o supervaloriza a responsabilidade individual do criminoso seja no campo do crime comum utilizando termos como bandido vagabundo etc seja no campo do crime policial defendendo jarg es do tipo as pol cias s o institui es como outras quaisquer as falhas ser o punidas Ora sabemos que a viol ncia policial um problema cultural e principal mente estrutural N o ser eliminada com cursos nem com a simples puni o de policiais infratores o que diga se de passagem raramente acon
159. alavras de Jo o Camilo de Oliveira Torres apud ABRUCIO 2002 32 Afinal federalismo entre n s quer dizer apego ao esp rito de autonomia nos Estados Unidos associa o de estados para defesa comum DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 236 HI OUTROS TRABALHOS CARVALHO Jos Murilo de A Constru o da ordem a elite pol tica imperial Bras lia UnB CINTRA Ant nio Oct vio 1974 A pol tica tradicional brasileira uma interpreta o das rela es entre centro e periferia Cadernos do Departamento de Ci ncia Pol tica da UFMG Vol 1 mar o p 59 112 COELHO Edmundo Campos 1976 Em busca de identidade o ex rcito e a pol tica na sociedade brasileira Rio de Janeiro Forense Universit ria FAUSTO B ris 1997 A revolu o de 1930 historiografia e hist ria S o Paulo Cia Das Letras 16 ed FERNANDES Florestan 1976 A Revolu o Burguesa no Brasil ensaios de interpreta o sociol gica Rio de Janeiro Jorge Zahar 2 ed FRANCO Maria Sylvia de Carvalho 1997 Homens livres na ordem escravocrata S o Paulo Unesp 4 ed GRAHAM Richard 1997 Clientelismo e pol tica no Brasil do s culo XIX Rio de Janeiro UERJ PRADO J NIOR Caio 2000 Formac o Pol tica do Brasil col nia S o Paulo Publifolha SILVA Jorge da 2001 Viol ncia Policial e ideologia dos algozes vitima In OLIVEIRA Dijaci et al Viol ncia Policial toler ncia zero Goi nia Editora UFG
160. am com outras organiza es al m das for as armadas PORTA e REITER 1998 vari vel o grau em que as pol cias se identificam com os diferentes campos organizacionais Em todo caso a maioria das pol cias militarizada em alguma medida Portanto importante analisar as diferentes maneiras como ocorre a militariza o 5 A IGPM ainda existe apesar de seu papel ter sido minimizado Enquanto no passado a inspetoria influ a sobre as pol cias militares em quase todos os aspectos do curr culo das academias s listas de promo o hoje sua fun o se resume ao controle de armamento e coordena o de atividades espec ficas de treinamento DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 146 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Dimens es da militariza o das pol cias Como temos argumentado o processo de homogeneiza o do aparato coercitivo do Estado resultou em alguma militariza o das pol cias A extens o desse processo entretanto varia bastante A seguir apresentamos seis dimens es em que ocorre a militariza o As tr s primeiras s o internas e as tr s ltimas externas Organiza o A pol cia absorve modelos organizacionais s mbolos e linguagem utilizados pelas for as armadas Treinamento A pol cia adota armas treinamento e c digos disciplinares militares Emprego T ticas e estrat gias militares s o incorporadas atividade policial Um bom exemplo s o as unidades param
161. am introduzidos em comunidades tradicionalmente receptoras da for a e n o do servi o policial Mais curioso ainda o fato de que estes programas costumam ser de iniciativa das pol cias e n o das comunidades interessadas comunidades essas que vivem em zonas quentes de criminalidade ou em hot spots Enfim estamos falando dos subalternos na rela o pol cia cidad o E s o justamente estes que v m sendo chamados a colaborar com ou desenvolver mecanismos informais de controle social ajudando a pol cia a prevenir o crime e planejar suas atividades Mas h de se perguntar poss vel influir sobre o processo mais amplo de divis o social atrav s do qual s o definidos os p blicos da pol cia Pode o subalterno falar H autores que definem o subalterno pela pr pria impossibilidade de sua fala Spivak para quem o subalterno colonial ou p s colonial se define como aquele que se situa no outro lado da diferenca No caso relatado pela autora o subalterno uma jovem que se suicida durante o per odo menstrual s p de falar porque o significado de seu ato foi ouvido pela pr pria autora a qual permitiu que esta jovem 7 James Wilson and George Kelling Broken Windows the police and neighborhood safety Atlantic Monthly marco de 1982 Herman Goldstein Problem Oriented Policing Philadelphia Temple University Press 1990 8 Uso o termo comunidade com uma defini o abert
162. angimento 18 Preven o repress o e controle 19 Os EUA depois do ataque 38 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 1 Direitos Humanos e viol ncia 89 2 Aspectos institucionais da unifica o das policias ne Brasil comisaria 101 3 A desmilitarizac o das pol cias policiais soldados e democracia em co autoria com Arthur T M Costa rra 134 4 A desmilitariza o das pol cias e a legisla o ordin ria 5 00 lt ississcesswerseseesacatasenses 166 II OUTROS TRABALHOS 1 M dia e Direitos Humanos 199 2 Comunitarismo gerencialismo e DUTOCTACIA sus isa sensei dais 207 3 Forma o do estado no Brasil da casa grande a uma ordem social COMpe MA tia 223 4 Discricionariedade e a constru o do outro no trabalho das pol cias 237 5 Direitos econ micos sociais e culturais e liberdade de express o uma campanha brasileira pela tica na TV 254 6 Direito humano do trabalho 282 Dados biogr ficos iaa Sd Seales 334 Mateus Afonso Medeiros APRESENTA O Mateus tinha amor pelas palavras Lia muito de textos da rea do Direito das Ci ncias Pol ticas e outras ci ncias sociais literatura e filosofia Encantava se e produzia Tamb m se lan ava com prazer folha em branco acreditando ali enc
163. antia do igual acesso a bens p blicos em todas as reas urbanas Para concluir quero propor uma alternativa atrav s dos direitos sociais e econ micos Na cnamada era de ouro do capitalismo quando esse modo de produ o pareceu nos minimamente bem organizado a rela o trabalho sal rio mais especificamente a meta do pleno emprego colocada de forma real nas agendas dos pa ses centrais e de alguns pa ses perif ricos parecia oferecer soluc o para a marginalidade urbana Essa relac o possu a grande capacidade integradora independentemente da distribui o de renda de cada pa s j que permitia ao trabalhador uma seguranca e um planejamento m nimo Uso a palavra seguran a no sentido da palavra alem Sicherheit que quer dizer ao mesmo tempo seguranca certeza e garantia Pois bem os elementos de seguran a ou Sicherheit do contrato social fordista keynesiano a seguran a no mercado de trabalho a busca do pleno emprego a garantia de uma renda provis es Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS sociais beneficios etc e a seguranca no emprego t m desaparecido ou v m sendo ferozmente atacadas Para aqueles que vivem na periferia do mercado formal esse um fator de desagregac o e de precariedade Se os efeitos desse ataque a Sicherheit s o fortemente sentidos nos pa ses centrais penso que no Brasil onde o contrato keynesiano sequer chegou a ser aplicado h
164. aos seguintes princ pios prefer ncia a finalidades educativas art sticas culturais e informativas promo o da cultura nacional e regional e est mulo produ o independente que objetive sua divulga o regionaliza o da produ o cultural art stica e jornal stica respeito aos valores ticos e sociais da pessoa e da fam lia O artigo 220 83 inciso II determina que a lei estabele a meios para que a pessoa e a fam lia se defendam da programa o de televis o O que a Campanha pretendia era justamente proporcionar um espa o onde os cidad os pudessem se defender da programa o de televis o nos exatos termos da Constitui o Federal Foi desenvolvido um s tio na internet www eticanatv org br e a C mara dos Deputados disponibilizou o seu servi o de 0800 e de correio gratuito A Campanha passou a receber den ncias sobre a programa o de televis o Como n o tinha a compet ncia para processar tais den ncias a solu o encontrada foi a de tornar p blica uma s ntese das reclama es uma lista de programas que se tornou conhecida como o ranking da baixaria A divulga o do ranking n o visava conscientizar apenas os telespectadores mas principalmente os anunciantes dos programas que passaram a sofrer press es da campanha para alterar suas estrat gias de marketing sob a amea a de serem inclu dos em uma lista de empresas que desrespeitam os direitos humanos Essa estrat gia de e
165. apacita o profissional Foi criada e regulamentada no sistema educacional a categoria educa o profissional cujas atividades contam com regime especial de certifica o e requisitos pr prios de acesso INDICADORES INDICADOR 3 Cantidad y tipo de instituciones publicas encargadas de brindar capacitaci n t cnica o profesional que permitan elevar la competencia de los trabajadores en general Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Escolas Federais de Ensino T cnico e Tecnol gico aproximadamente 110 escolas INDICADOR 3 Cantidad y tipo de instituciones publicas encargadas de brindar capacitaci n t cnica o profesional que permitan elevar la competencia de los trabajadores en general Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 303 Servi o Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI Servico Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC Servi o Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR Servico Nacional de Aprendizagem do Transporte SENAT Servi o Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESCOOP Rede Federal de Educa o Profissional 139 escolas em 2003 Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador Lei n 7 998 de 11 de janeiro de 1990 atrav s do Plano Nacional de Qualifica o criado pela resolu o 3
166. ar apresenta uma descri o da Campanha inclusive de seus objetivos e propostas principais Posteriormente discute o conte do da liberdade de express o a partir dos instrumentos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos doravante Sistema Interamericano e de um pronunciamento do Relator Especial para a liberdade de express o da Organiza o 1 Para um hist rico da Comiss o e de seu papel na redemocratiza o brasileira ver Guilherme Almeida e Simone Ambros Pereira O Parlamento Brasileiro e os Direitos Humanos Trabalho apresentado ao programa HURIST Human Rights Strengthening Genebra Programa das Na es Unidas para o Desenvolvimento PNUD 2004 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 255 256 dos Estados Americanos OEA Eduardo Bertoni preparado especialmente para a Campanha Finalmente a conclus o busca responder ao problema colocado a proposta da Campanha amplia a liberdade de express o A campanha quem financia a baixaria contra a cidadania O deputado federal Orlando Fantazzini coordenador da Campanha afirma que a id ia de sua criac o partiu de um grupo de trabalho da VII Confer ncia Nacional de Direitos Humanos 2002 evento que anualmente re ne cerca de 1500 ativistas de direitos humanos Boa parte desse p blico sofreu as persegui es do regime militar 1964 1985 inclusive a censura O tema da confer ncia que foi realizada no m s de junho foi Um Brasil sem
167. ar crimes contra os direitos humanos que o Brasil tenha se comprometido a reprimir em decorr ncia de tratados internacionais Ainda a reforma judici ria em tramitac o no Congresso Nacional pretende estabelecer a chamada federalizac o dos crimes contra os direitos humanos Mas a legislac o ordin ria pode ir al m estabelecendo por exemplo que qualquer crime cometido por um policial contra um civil seja julgado pela justi a comum 4 Conclus o N o somos contr rio a uma emenda constitucional que venha a extinguir o policiamento militar no Brasil Em verdade somos c ticos quanto sua aprova o que exigiria quorum qualificado e duas vota es em cada casa legislativa De qualquer maneira para ser efetiva qualquer altera o constitucional dever lidar com o conflito federativo brasileiro que n o se encerrar com a eventual desmilitariza o Mesmo que seja alterada a Constitui o permanecer a necessidade de substanciais altera es na legisla o ordin ria Os governadores dos estados enfrentam graves problemas no campo da seguran a p blica e precisam de burocracias utiliz veis para solucion los Quanto mais militarizadas menos utiliz veis ser o as pol cias a militariza o externa retira a seguran a p blica das m os de quem a deve dirigir b dificulta a adapta o das pol cias 12 Aqui utilizamos o conceito de Alfred Stepan e Juan Linz 1996 p 11 tradu o nossa de burocracia ut
168. ar que o poder da pol cia seja mantido em seus limites legais Presume se que o paradigma disciplinar hier rquico facilite a supervis o Entretanto se o modelo for r gido demais ocorre exatamente o contr rio a supervis o pelos oficiais do que acontece nas ruas se torna ainda mais dif cil Embora as regras de conduta principal mecanismo de supervis o e elemento mais caracter stico do modelo disciplinar sejam cruciais para prevenir o mau comportamento policial n o h manual capaz de prever todas as situa es com que o policial se defrontar nas ruas De fato se as regras s o numerosas e inflex veis 7 Obviamente Bayley se refere ao caso dos Estados Unidos onde se desenvolveu uma profiss o de administradores de hospitais e universidades que n o se confundem com os m dicos e professores Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 149 respeit las todas torna se praticamente imposs vel o que pode gerar antipatia com rela o aos supervisores e instigar o esprit de corps entre policiais de rua Os supervisores da linha de frente ficam numa situa o comprometedora precisam garantir que nada vai dar errado em termos do c digo disciplinar mas n o podem desencorajar a iniciativa de seus subordinados Ao mesmo tempo tendem a se ressentir dos oficiais que nunca est o nas ruas Cria se ent o uma subdivis o entre membros das patentes inferiores e superiores O policial de comand
169. aren das Volk n s ramos o povo E durante toda a semana nos debates promovidos na imprensa e nos audit rios da cidade procurou se responder quest o que essa frase coloca que esp cie de povo ramos n s Qual era a inten o daquelas 500 mil pessoas que se dispuseram a ir s ruas para protestar Compareci a alguns desses debates e ouvi variadas respostas quer amos liberdade e democracia quer amos fazer alguma coisa quer amos construir o verdadeiro socialismo ou democratizar a igualdade social Mas a explica o mais esclarecedora quem me deu foi minha amiga Tanya que na poca era cabeleireira e hoje estuda ling stica Eu s queria ouvir o que as pessoas Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL tinham a dizer Sobre a reunifica o ela divide a mesma opini o com a maioria dos alem es orientais as pessoas n o estavam lutando pela reunifica o mas sim pela liberdade de viajar e de expressar a pr pria opini o A abertura de fronteiras simbolizava a oportunidade de construir uma nova sociedade ao mesmo tempo livre e igualit ria Mas a RDA acabou sendo comprada pelo marco ocidental que se fazia necess rio para as compras do cotidiano Romantismo Em entrevista ao jornal local Die Tageszeitung o fil sofo Klaus Wolfram um dos fundadores do movimento democr tico Neues Forum que ajudou a organizar a manifesta o do quatro de novembro afirmou que a i
170. ares e reserva do Ex rcito art 144 86 Isso significa que as corpora es podem ser convocadas e ou mobilizadas pela Uni o no cumprimento de suas compet ncias constitucionais previstas no artigo 34 e 136 A Uni o tem compet ncia privativa para legislar sobre normas gerais de organiza o efetivos material b lico garantias convoca o e mobiliza o das pol cias militares art 22 XXI Os membros das pol cias militares submetem se a regime jur dico militar Isso significa que eles a ser o julgados pela justi a militar estadual quando cometerem crimes militares art 125 84 b ter o direito aposentadoria militar art 142 83 X c podem ser presos por motivos administrativos e ou disciplinares sem direito a habeas corpus art 5 LXI c c art 142 82 d n o ter o direito de greve nem de sindicaliza o art 142 83 IV e enquanto estiverem na ativa n o poder o participar de partidos pol ticos art 142 83 V Que as pol cias militares subordinam se aos governadores de Estado art 144 83 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Que as pol cias militares t m compet ncia exclusiva para realizar o policiamento ostensivo embora os municipios possam instituir guardas municipais para proteger seus bens servi os e instala es art 144 85 e 88 Que as regras de ingresso nas pol cias militares ser o definidas em le
171. as associa es recreativas ou outras institui es sem fins lucrativos que admitirem trabalhadores como empregados Art 3 Considera se empregado toda pessoa f sica que prestar servi os de natureza n o eventual a empregador sob a depend ncia deste e mediante sal rio Par grafo nico N o haver distin es relativas esp cie de emprego e condi o de trabalhador nem entre o trabalho intelectual t cnico e manual Art 8 As autoridades administrativas e a Justi a do Trabalho na falta de disposi es legais ou contratuais decidir o conforme o caso pela jurisprud ncia por analogia por equidade e outros princ pios e normas gerais de direito principalmente do direito do trabalho e ainda de acordo com os usos e costumes o direito comparado DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 288 HI OUTROS TRABALHOS mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevale a sobre o interesse p blico C digo Penal Redu o a condi o an loga de escravo Art 149 Reduzir algu m a condi o an loga de escravo quer submetendo o a trabalhos for ados ou a jornada exaustiva quer sujeitando o a condi es degradantes de trabalho quer restringindo por qualquer meio sua locomo o em raz o de d vida contra da com o empregador ou preposto Pena reclus o de dois a oito anos e multa al m da pena correspondente viol ncia 8 1 Nas mesmas penas incorre quem l ce
172. as onde Jesus dormiu suas ltimas noites em dire o vizinha Bel m a poucos quil metros de onde Ele nasceu Monges franciscanos falavam ao celular e freiras tiravam fotos No cruzeiro fincado sobre o suposto local do aparecimento dos Reis Magos j em territ rio palestino houve festa com m sica e comida rabe De madrugada apenas os gatos andam pelas ruas Na entrada do novo mil nio crist o quem tentou ouvir o que o esp rito diz s igrejas como recomenda o Livro do Apocalipse n o conseguiu Os israelenses t m mais motivos para buzinar ou menos j que nunca h motivo para buzinar que os brasileiros Infestam a cidade de DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 31 32 I ARTIGOS EM JORNAL polui o sonora a qualquer hora do dia ou da noite Passar cinco segundos sem arrancar depois do sinal verde rende um barulho digno de acidente no complexo da Lagoinha Chegam ao c mulo de buzinar s para avisar que v o estacionar O rigor do Sab tem um aspecto cruel para os judeus n o ortodoxos Os nibus param de circular e s poss vel andar de carro particular proibido pelas normas do Sab ou de t xi Na noite de sexta feira adolescentes muito bem vestidos vindos de bairros mais distantes pedem esmola para pagar o t xi de volta para casa A vida noturna na cidade antiga termina cedo De madrugada avistam se as nicas criaturas de Deus que circulam livremente por Jerusal m os gatos que
173. as em termos de organiza o treinamento e emprego Militariza o da organiza o Em influente estudo sobre a viol ncia policial Skolnick e Fyfe intitularam um dos cap tulos Policiais como soldados Cops as soldiers em que os autores analisam as desvantagens do modelo militar no policiamento norte americano 1993 113 133 David Bayley estudando pol cias civis de diferentes pa ses argumenta que as pol cias deveriam ser mais desmilitarizadas no futuro 1994 146 Esses autores se referem militariza o da organiza o cujo principal elemento o modelo disciplinar hier rquico Os autores criticam a disciplina militar por uma s rie de motivos impede a pol cia de aprender com seus pr prios erros endurece a supervis o sobre os policiais de baixa patente enquanto a atenua sobre os oficiais dificulta a comunica o ao sobrevalorizar a import ncia da cadeia de comando aumenta custos sem melhorar resultados Acima de tudo o sistema do comando e controle incongruente com a natureza da atividade policial pois busca regular de maneira minuciosa o comportamento de indiv duos que s o pela natureza de seu trabalho obrigados a tomar decis es complexas e imediatas em circunst ncias imprevis veis BAYLEY 1994 145 tradu o nossa Ao contr rio de soldados da guerra em que os generais tomam as decis es e os soldados simplesmente fazem ou morrem uma patrulha regular proporciona ao
174. as infra es A maioria das infra es administrativas definida em normas internas e DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 186 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS estaduais O n mero e o alcance das infra es a serem punidas com pris o administrativa podem ser amplamente reduzidos 3 3 Emprego Estudiosos norte americanos v m apontando uma crescente militarizac o das pol cias daquele pa s Cf KRASKA KAPPELER 1997 KOPEL BLACKMAN 1997 PARENTI 2001 ERICSON HAGGERTY 1999 Trata se do aumento em n mero e da diversifica o no uso de tecnologias militares e de unidades para militares de pol cia Diferentemente do policial comum que patrulha as ruas essas unidades usam forma o militar Enquanto o policial comum trabalha misturado aos cidad os esquadr es de elite operam em r gida cadeia de comando mantendo dist ncia dos alvos ou objetivos Em vez da patrulha regular s o mobilizados A alta possibilidade de uso da for a uma das caracter sticas de sua atividade Sem d vida h situa es como dist rbios civis em que o uso de forma o militar faz se necess rio Contudo determinados padr es no emprego dessas estrat gias simplesmente refletem a policializa o de quest es pol ticas como a desigualdade social No caso norte americano as opera es para militares antes restritas a situa es de terrorismo dist rbios civis ou tomada de ref ns possuem
175. as listas de promo o das pol cias O controle pelas For as Armadas passa a ser cada vez mais reduzido a partir da abertura pol tica mas a legisla o ainda confere poderes de veto ao Ex rcito Decreto Lei n 2 010 83 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 117 apenas uma dessas dimens es controle envolve subordina o direta s For as Armadas As demais dizem respeito a processos em que as pol cias s o indiretamente influenciadas por organiza es militares como os tribunais militares ou sistemas de intelig ncia ou tomam as organiza es militares como modelo adotando c digos disciplinares estrat gias de emprego ou hierarquias militarizadas Em todo o mundo as pol cias tornaram se militarizadas em algum grau As pol cias estadunidenses t m estatuto civil o que n o as impede de adotar a hierarquia militar como modelo dimens o organiza o nem de empregar unidades paramilitares dimens o emprego S A tradi o brasileira de maior militarizac o em todas as dimens es mas falsa a polariza o entre aqueles que por um vi s identificam no v nculo formal Pol cia Ex rcito as marcas da ditadura militar ZAVERUCHA 1992 e por outro reconhecem apenas uma est tica militar remanescente nas pol cias SAPORI e SOUZA 2001 De um lado alguma vincula o formal entre Ex rcito e Pol cia existe desde 1934 n o apenas como resultado de ditaduras mili
176. as que se destinam a corrigir as distor es que afetam a forma o profissional o acesso ao emprego e as condi es gerais de trabalho da mulher JArt 391 N o constitui justo motivo para a rescis o do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contra do matrim nio ou de encontrar se em estado de gravidez Par grafo nico N o ser o permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho restri es ao direito da mulher ao seu emprego por motivo de casamento ou de gravidez Art 392 A empregada gestante tem direito licen a maternidade de 120 cento e vinte dias sem preju zo do emprego e do sal rio Art 392 A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de ado o de crian a ser concedida licen a maternidade nos termos do art 392 observado o disposto no seu 8 5 Lei 5473 1968 Art 1 S o nulas as disposi es e provid ncias que direta ou indiretamente criem discrimina es entre brasileiros de ambos os sexos para o provimento de cargos sujeitos a sele o assim nas empresas privadas como nos quadros de funcionalismo p blico federal estadual ou municipal do servi o aut rquico de sociedade de economia mista e de empresas concession rias de servico p blico Lei n 7853 1989 apoio aos deficientes Art 2 III na rea da forma o profissional e do trabalho b o empenho do Poder P blico quanto ao surgimento e
177. as rotineiras de constrangimento al m de representarem grave viola o aos direitos humanos s o marcas estampadas de DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 79 80 I ARTIGOS EM JORNAL inefici ncia policial e de mau uso do dinheiro p blico Em nada contribuem para diminuir a criminalidade Servem apenas para realizar a fun o mais vis vel da pol cia que o professor Paulo S rgio Pinheiro do N cleo de Estudos da Viol ncia da Universidade de S o Paulo USP definiu como a de guardar as fronteiras entre as classes verdade que j existem tentativas t midas para reverter essa realidade Uma delas a j citada ocupa o da favela do Cantagalo Tamb m no Rio foi criado em 1999 o Centro de Refer ncia Contra a Discrimina o de Minorias Sexuais um programa da Pol cia Militar especializado nesse tipo de discrimina o Em Belo Horizonte no in cio do ano houve reuni es da c pula da PM com movimentos gays em que os principais problemas foram colocados na mesa Solu es conjuntas est o sendo estudadas o que significa um bom passo adiante preciso agir transformando as informa es em programas concretos de combate discrimina o policial Os centros de refer ncia rg os da pr pria pol cia encarregados de combater a discrimina o da pr pria pol cia s o interessantes porque reconhecem a exist ncia do problema e procuram enfrent lo de frente Podem ser criados nas mais d
178. ase o dobro do que existia em 1980 O crescimento em jurisdi es pequenas 25 a 50 mil habitantes foi ainda mais pronunciado Encontramos um aumento de 157 por Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 153 cento no n mero de PPU s entre 1985 e 1995 No final de 1995 mais de 65 por cento de pol cias de cidades pequenas tinham uma PPU Nessas cidades hoje h quase 18 policiais para cada 100 servindo em uma PPU a maioria designada em meio hor rio passando o restante do tempo no patrulhamento comum Se combinarmos os dados de pol cias pequenas e grandes vemos que o paradigma paramilitar est se tornando uma parte integral do policiamento em todas as pol cias que servem a mais de 25 mil pessoas Em 1995 mais de 77 por cento das pol cias tinha uma unidade paramilitar um aumento de 48 por cento desde 1985 As pol cias registraram 19 962 despachamentos paramilitares um aumento de 939 por cento sobre as 2 884 chamadas em 1980 Mais de 20 por cento das pol cias com PPU s usam suas unidades para patrulhamento pr ativo patrulhando zonas de alta criminalidade em equipes de quatro a doze policiais abordando ve culos e cidad os suspeitos um aumento de 257 por cento desde o in cio de 1989 Pesquisas anteriores demonstraram que quase a metade das PPU s do survey havia treinado com autoridades militares da ativa especialistas em opera es especiais In meras pol cias admitiram seu
179. asileira mata al m da conta H alguns meses assistimos em rede nacional ao assassinato de um assaltante que j estava dominado e algemado Se as c meras de TV n o tivessem flagrado a cena o policial assassino iria contar a seguinte hist ria o bandido resistiu voz de pris o logo foi baleado Na cabe a Na poca havia no Rio de Janeiro a premia o por bravura apelidada de premia o faroeste inventada por um governo cujo Publicado no Jornal O TEMPO em 10 03 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 63 64 I ARTIGOS EM JORNAL secret rio de seguran a recomendava atirar antes e perguntar depois A tropa entendeu muito bem o recado a m dia mensal de civis mortos subiu de 16 para 32 em 1997 segundo pesquisa do Instituto Superior de Estudos da Religi o O quociente entre o n mero de feridos denominado ndice de letalidade quase triplicou o que revela a inten o de matar em vez de imobilizar ou prender 46 dos cad veres apresentavam quatro ou mais perfura es 61 tinham orif cios nas costas o que revela pelo menos em grande parte dos casos que o infrator estava em fuga e n o em confronto com a pol cia Os dados mais dr sticos dizem respeito s pessoas atingidas Em S o Paulo num universo de 222 v timas pesquisadas em 1999 pela Ouvidoria de Pol cia 56 n o tinham quaisquer antecedentes criminais e dessas pessoas 27 foram baleadas pelas costas Apenas 45 estavam em
180. atentado Ainda por cima teremos de ouvir de vez em quando como ouvimos nesta semana que m todos necess rios de interrogat rio ser o utilizados Tortura e nervosismo constante assim ser defendida a civiliza o Com essa t tica eles podem prender at mil terroristas Mas sempre pode haver mais um Sempre haver as buzinas e as pastas no metr Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS DIREITOS HUMANOS E VIOL NCIA O tema que nos toca intitula se direitos humanos e viol ncia Defendo a id ia de que n o h como desconstruir a viol ncia sen o construindo os direitos humanos sen o como bem diz o t tulo deste semin rio construindo a cidadania Lembremos entretanto que este processo de construc o n o tem nada de bonitinho um processo que implica conflitos e confrontos pol ticos que implica alterac o nas relac es de poder Acima de tudo construir a cidadania significa construir espacos p blicos onde esses conflitos possam acontecer de maneira radicalmente democr tica Isso n s devemos ter sempre em mente Os dois termos em discuss o nesta mesa direitos humanos e viol ncia s o pol micos quanto a seus significados e alcances Quero em primeiro lugar refletir sobre esses significados Todos sabemos que o verdadeiro teor de uma palavra politicamente disputado e eventualmente co
181. bre a infla o Isso nos leva conclus o evidente que o direito ao trabalho depende de uma economia est vel N o cremos que a estabilidade tenha sido alcan ada mas o Brasil obteve maior controle Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 331 sobre seus ndices de infla o o que possibilitou que os reajustes anuais do sal rio m nimo significassem alguma diferen a na vida do trabalhador mesmo que n o estejam garantidos em lei Mas se bvia a conclus o de que o direito ao trabalho depende da estabilidade da economia tamb m restou claro que esta n o basta e que sem pol ticas sociais efetivas o resultado dos pr ximos dez anos para os trabalhadores como um todo pode ser ainda pior mesmo estando os seus direitos declarados na Constitui o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida DADOS BIOGR FICOS 335 MATEUS AFONSO MEDEIROS Dados pessoais Filiac o Charles Magno Medeiros Maria L cia Miranda Afonso Nacionalidade Brasileira Data de Nascimento 27 09 1975 Falecimento 30 01 2005 Dados acad micos e profissionais 1 Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais janeiro de 1999 2 Advogado inscri o OAB MG 76 193 3 Servidor P blico por concurso p blico da C mara dos Deputados Bras lia DF cargo Analista Legislativo 4 Pesquisador visitante do Instituto de Direitos Humanos da Universidade Columbia Nova York EUA 5 Mestrando em Ci ncia Pol tica Funda
182. cal de trabalho INDICADOR 1 Normas constitucionales referidas a condiciones de contrataci n despido jornada laboral y derecho a un salario equitativo Constitui o Pol tica Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social V piso salarial proporcional extens o e complexidade do trabalho VI irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acordo coletivo VII garantia de sal rio nunca inferior ao m nimo para os que percebem remunera o vari vel VIII d cimo terceiro sal rio com base na remunera o integral ou no valor da aposentadoria IX remunera o do trabalho noturno superior do diurno X prote o do sal rio na forma da lei constituindo crime sua reten o dolosa XI participa o nos lucros ou resultados desvinculada da remunera o e excepcionalmente participa o na gest o da empresa conforme definido em lei XIII dura o do trabalho normal n o superior a oito horas di rias e quarenta e quatro semanais facultada a compensa o de hor rios e a redu o da jornada mediante acordo Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 311 ou conven o coletiva de trabalho XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento salvo negocia o coletiva XV repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos XV
183. chamou essa ambival ncia entre o exerc cio da coa o f sica e a promo o do consenso de dilema entre a arma e a flor Na democracia as tr s fun es policiais experimentam esse dilema A hist ria brasileira foi marcada pelo predom nio das Pol cias de ordem e de criminalidade sem que se aplicasse a essas fun es os mitos institucionais caracter sticos da democracia e do Estado de direito A segunda metade do s culo XX marcou o desenvolvimento de uma pol cia urbana de patrulhamento especialmente a partir da d cada de 60 quando os curr culos das pol cias uniformizadas passam a incluir menos disciplinas militares e mais disciplinas civis SAPORI e SOUZA 2001 As pol cias passam a sofrer press es no sentido de redesenhar o seu papel Suas fun es eleitorais j estavam mais ou menos enterradas desde a Revolu o de 1930 Ao mesmo tempo se a federa o brasileira n o atingiu propriamente um equil brio tornou se suficientemente est vel a ponto de dispensar ou diminuir os ex rcitos estaduais Desapareceram os movimentos armados caracter sticos da forma o pol tica brasileira Entretanto o contexto n o democr tico tornava dif cil traduzir essa expressiva desmilitariza o em termos da constru o de um consenso sobre o papel das pol cias cuja Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 123 resposta continuava privilegiando a arma
184. ciais que ser o preparadas para a fun o de for a auxiliar do Ex rcito e as tropas que far o o policiamento ostensivo Essa solu o adotada pela Gendarmerie francesa Os poderes da esfera Federal podem ser mais limitados com rela o s tropas que fazem policiamento ostensivo Ao mesmo tempo os poderes de veto exercidos pela Uni o n o precisam ser de Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 189 compet ncia do Ex rcito Quest es como a do material b lico devem ser reguladas por um rg o civil Alguns poderes de veto como a necessidade de submeter aprova o federal pequenas mudan as estruturais nas pol cias podem ser completamente abolidos 3 5 Intelig ncia A conex o pol tica entre a pol cia e as for as armadas n o ocorre apenas com rela o a armas mas tamb m com a informa o Atividades de intelig ncia em pol tica externa justificadas por variadas interpreta es da raz o de Estado de Machiavel gozam de grande independ ncia do escrut nio pol tico Mesmo em democracias consolidadas a fronteira civil militar em ag ncias de informa o n o se define claramente Se essa fronteira obscurecida tamb m na seguran a interna haver pouco controle civil sobre o tipo quantidade e uso da informa o coletada Al m disso a intelig ncia militar tende a se concentrar em dissidentes pol ticos ou em atividades vistas como amea as seguran a do Estado Es
185. cidad Protocolo Mulher Educa o e Trabalho pelo Minist rio do Trabalho e Emprego Minist rio da Justi a e Conselho Nacional dos Direitos da Mulher assinado em 1996 0 Plano Nacional de Qualifica o estabelece explicitamente o tratamento especial a mulheres portadores de defici ncia e outros grupos desfavorecidos FUENTES Dossi Pol ticas P blicas e Rela es de G nero no Mercado de Trabalho Bras lia Cfemea Fig Cida 2002 Diversidade e Igualdade de Oportunidades Qualifica o Profissional da Pessoa Portadora de Defici ncia Bras lia Minist rio do Trabalho e Emprego 2000 Qualificac o Profissional na Perspectiva de G nero Bras lia Minist rio do Trabalho e Emprego 2000 VARIACION Sim Foram garantidos os recortes de g nero e de defici ncia no principal programa de qualifica o profissional Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 309 II DERECHO A CONDICIONES DE TRABAJO VARIABLE 1 Protecci n de condiciones justas y equitativas de trabajo y empleo para los trabajadores relaci n trabajadores patronos INDICADORES INDICADOR 1 Normas constitucionales referidas a condiciones de contrataci n despido jornada laboral y derecho a un salario equitativo Constitui o Pol tica Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social V piso salarial proporcional extens o e complexi
186. co do Instituto Interamericano de Direitos Humanos 14 de janeiro de 2005 Mateus Afonso Medeiros movimentos historicamente ligados causa dos direitos humanos prop em medidas que em principio parecem limitar o direito humano liberdade de express o Criada em 1993 a Comiss o de Direitos Humanos e Minorias foi o centro a partir do qual se reestruturou o movimento de direitos humanos brasileiros depois da abertura pol tica em meados dos anos 80 Ali foram organizadas lutas e reivindica es como a indeniza o aos perseguidos pol ticos da ditadura militar a ratifica o de tratados e instrumentos internacionais de direitos humanos e muitas outras Seria portanto um contra senso afirmar que o pr prio movimento de direitos humanos brasileiro quer restringir o exerc cio dos direitos humanos Da a hip tese de que a Campanha pretende na realidade ampliar o gozo da liberdade de express o no r dio e na TV Podemos encarar a hip tese como uma concess o vale dizer como um voto de confian a no movimento de direitos humanos brasileiro a partir do qual buscaremos compreender de que maneiras as propostas da campanha se implementadas ampliariam os direitos da popula o brasileira Mas como isso seria poss vel A nosso ver a resposta deve ser buscada nos aspectos sociais e culturais do direito liberdade de express o Para empreender a an lise proposta o trabalho obedece seguinte sistem tica Em primeiro lug
187. contendo dispositivos relativos divulga o de not cias policiais V rias a es judiciais foram propostas em todo o pa s a partir de subs dios reunidos pela campanha O Poder Executivo tamb m se movimentou O Minist rio da Justi a ampliou o quadro de funcion rios respons veis pela classifica o indicativa que indica as faixas et rias a que se recomendam os programas Al m disso anunciou a revis o dos crit rios de classifica o nomeando uma comiss o com representantes da sociedade civil e das emissoras A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica incluiu a parceria com a campanha no Plano Nacional de Educa o em Direitos Humanos Como se p de ver a Campanha conta com plura lidade de a o e objetivos Busca e j obteve resultados em diversas searas N o poss vel no espa o deste trabalho comentar todo o seu potencial e conte do Aqui nos deteremos em um ponto espec fico um projeto de lei PL n 1600 2003 apresentado pelo deputado Orlando Fantazzini em nome da Campanha que institui o c digo de tica da programa o de televis o A escolha se justifica porque se a Campanha possui proposta de atua o social cultural e at econ mica o projeto de lei sua principal proposta de reforma institucional Os tr s primeiros cap tulos do projeto estabelecem normas sobre isen o exatid o e privacidade das pessoas Seguem dispositivos sobre conte dos espec
188. continuar uma discuss o 2 cada um deve ter a mesma chance de defender recomendar e explicar suas pretens es e de desafiar as dos outros 3 todos devem ter a mesma chance de expressar seus sentimentos desejos e inten es e 4 deve haver uma igual distribui o de chances para os participantes de dar e receber ordens de prometer e recusar de ser respons vel e exigir a responsabiliza o dos outros Estes procedimentos fornecem a base normativa para a a o comunicativa A a o comunicativa aplicar se ia ao processo de legitima o das pol cias A tica do discurso fornece um meio de se estabelecer se as pretens es de legitima o institucional que alardeiam em postulados universais est o de fato baseadas na exclus o social de determinados grupos As pol cias precisam de legitima o por tr s raz es Primeiro elas utilizam de for a contra pessoas Num contexto democr tico h de se esperar que este uso da for a seja legitimado Segundo s o mediadoras da ordem social Suas decis es t m impacto consider vel na qualidade de vida das pessoas S o decis es pol ticas na medida em que dizem respeito aloca o de um bem p blico significativo Neste sentido leg timo que todos os grupos sociais envolvidos tenham alguma voz na defini o de como os nus e b nus do policiamento s o distribu dos Terceiro a legitimidade democr tica das pol cias possui rela o com a efici ncia das mesmas Uma ins
189. dade do trabalho VI irredutibilidade do sal rio salvo o disposto em conven o ou acordo coletivo VII garantia de sal rio nunca inferior ao m nimo para os que percebem remunera o vari vel VIII d cimo terceiro sal rio com base na remunera o integral ou no valor da aposentadoria IX remunera o do trabalho noturno superior do diurno X prote o do sal rio na forma da lei constituindo crime sua reten o dolosa XI participa o nos lucros ou resultados desvinculada da remunera o e excepcionalmente participa o na gest o da empresa conforme definido em lei XIII dura o do trabalho normal n o superior a oito horas di rias e quarenta e quatro semanais facultada a compensa o de hor rios e a redu o da jornada mediante acordo ou conven o coletiva de trabalho XIV jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento salvo negocia o coletiva XV repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos XVI remunera o do servi o extraordin rio superior no m nimo em cinquenta por cento do normal XVII gozo de f rias anuais remuneradas com pelo menos um ter o a mais do que o sal rio normal XIX licen a paternidade nos termos fixados em lei XXI aviso pr vio proporcional ao tempo de servi o sendo no m nimo de trinta dias nos termos da lei XXII redu o dos riscos inerentes ao trabalho po
190. dade portadora de defici ncia do consumidor e dos direitos da mulher S o grupos sociais espec ficos para os quais s o necess rias pol ticas espec ficas contando com a mais ampla participa o como tem frisado o novo secret rio da sociedade civil na elabora o planejamento e implementa o das a es No ltimo dia 25 de janeiro o secret rio municipal de Direitos de Cidadania Fernando Alves anunciou os nomes das pessoas que ir o comandar as diversas coordenadorias de sua pasta Esses rg os alguns deles j existiam antes da reforma nem sempre agiram em harmonia Chegaram mesmo a formular pol ticas p blicas semelhantes sem dialogar uns com os outros J no ano passado a secret ria de Governo Rita Margarete estabeleceu um canal constante de comunica o e de parceria A partir de agora com a cria o da nova secretaria as coordenadorias ter o de agir em intera o constante unidas sempre pelo liame da cidadania Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL VIOL NCIA TORTURA E IMPUNIDADE Dois casos emblem ticos na rea dos direitos humanos ocuparam as p ginas dos jornais na semana passada Em Bom Jardim de Minas na Zona da Mata o gar om Alexandre de Oliveira foi torturado e obrigado a confessar o crime de estupro de sua pr pria filha um beb de um ano e meio Em Contagem na favela do Marimbondo Rodrigo da Silva Andrade nica testemunha da chacina do Taquaril morreu v tima de sete t
191. de Luiz Eduardo desde que o projeto se implantou at o dia em que sa do governo em 17 de mar o de 2000 n o houve nem um crime sequer na favela que nos anos anteriores aterrorizava Laranjeiras poss vel ocupar favelas respeitando os direitos humanos Neste momento todo o comando da PM deve estar lendo o livro de Luiz Eduardo Soares Espero que se n o quiserem nos ouvir que pelo menos leiam com os cora es abertos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 37 38 I ARTIGOS EM JORNAL DIREITOS HUMANOS A QUEM SE DESTINAM Nos in meros debates sobre direitos humanos invariavelmente surgem duas perguntas b sicas que perseguem os militantes h d cadas por que os direitos humanos n o procuram as v timas dos crimes e por que voc s n o denunciam tamb m os traficantes Nesse artigo a inten o n o a de simplesmente repetir as respostas ainda vamos responder outras in meras vezes mas comentar seus contextos Mais ainda queremos levantar outra quest o a quem interessam essas perguntas a quem interessa que elas sejam repetidas tantas vezes A primeira quest o sobre as v timas de crimes n o se sustenta por muito tempo mas merece um artigo por si s Quanto segunda cabe levantar um detalhe importante ela quase sempre formulada por policiais Foi o que aconteceu na semana passada quando representantes da comunidade do Morro do Papagaio entregaram aos rg os de imprens
192. de com os moradores do Plano Piloto Nesse caso a defini o e classifica o do outro mesmo sendo um outro de n s mesmos j est dada Assim o pr prio confinamento da estrat gia de policiamento comunidade principalmente quando o programa de policiamento iniciado pela pr pria pol cia e n o reivindicado por seu p blico define o subalterno A a o comunicativa parece depender de uma comunidade pol tica n o apenas geogr fica ou cultural Apesar de tudo n o se deve desprezar os efeitos da tica do discurso principalmente quando submetida ao escrut nio mais rigoroso da genealogia foucaultiana Vejamos um simples exemplo ocorrido h poucos anos em Belo Horizonte Uma conhecida avenida da cidade onde residem membros das classes m dia e m dia alta noite transforma se em ponto de prostitui o de mulheres e travestis Estes ltimos eram v tima de toda sorte de arbitrariedade quando os moradores incomodados com o barulho ou moralmente ofendidos pelas cenas a que assistiam chamavam a pol cia em seu socorro Em certo momento foi organizada uma reuni o entre uma associa o de travestis o alto comando da pol cia e os moradores O encontro serviu para que as partes chegassem a um acordo m nimo a pol cia inibiria o abuso de seus membros extors o etc os travestis respeitariam uma lei do sil ncio e deixariam de usar as ruas para o ato sexual enquanto os Mateus Afon
193. de trabalho Foi garantida a reserva do mercado de trabalho do deficiente f sico na iniciativa p blica e privada DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 294 HI OUTROS TRABALHOS VARIABLE 2 Garant a del Salario M nimo para todos los trabajadores y mecanismos razonables de adecuaci n del mismo protegido por el Estado INDICADORES INDICADOR 1 Disposici n constitucional que consagra el derecho a un salario m nimo para todos los trabajadores Constituic o da Rep blica Federativa do Brasil Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social IV sal rio m nimo fixado em lei nacionalmente unificado capaz de atender s suas necessidades vitais b sicas e s de sua fam lia com moradia alimenta o educa o sa de lazer vestu rio higiene transporte e previd ncia social com reajustes peri dicos que lhe preservem o poder aquisitivo sendo vedada sua vincula o para qualquer fim INDICADOR 1 Disposici n constitucional que consagra el derecho a un salario m nimo para todos los trabajadores Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social IV sal rio m nimo fixado em lei nacionalmente unificado capaz de atender s suas necessidades vitais b sicas e s de sua fam lia com moradia alimenta o
194. dem jur dica igualit ria OLIVEIRA 1985 O pertencimento das Pol cias Militar e Civil aos campos da Defesa e da Justi a n o implica sua subordina o aos ex rcitos e tribunais Minha assertiva apenas que em um ambiente em que as pol cias trocam recursos institucionais com outras organiza es as trocas privilegiaram as organiza es da Defesa e da Justi a e n o as pr prias pol cias As for as coercitivas que existem n o s o nicas nem irresist veis Apenas em 1934 as Pol cias Militares foram declaradas for as auxiliares do Ex rcito Entretanto isto n o as impediu de atuar como se ex rcitos fossem mesmo antes de 1934 Se assumirmos de acordo com Costa e Medeiros 2003 que as pol cias podem ser militarizadas em seis dimens es aut nomas organiza o treinamento emprego controle intelig ncia e justi a veremos que 14 A Constitui o de 1946 manteve a vincula o das pol cias ao Ex rcito Entretanto os estados ficavam livres para criar outras corpora es de policiamento ostensivo como as Guardas Civis al m de contarem com ampla discricionariedade no tocante organiza o formas de emprego das pol cias e garantias de seus membros O Decreto Lei n 317 67 inaugurou um controle mais r gido por parte do Ex rcito A Inspetoria Geral das Pol cias Militares rg o do Ex rcito criado em 1969 controlava os curr culos a distribui o geogr fica dos batalh es e at
195. dem ser encontrados na Comiss o Nacional de Direitos Humanos Em 2003 Mateus iniciou o Mestrado em Ci ncias Pol ticas na UnB sendo orientado por L cia Avelar e Arthur Trindade Maranh o Costa Os Artigos em revistas cient ficas mostram a sua produ o sistematizada e publicada nesta poca Para as frequentes palestras sobre direitos humanos que era convidado a proferir era mais usual que Mateus tomasse notas do que preparasse um texto escrito O tempo sempre foi curto e as atividades muitas Mas algumas notas mais sistematizadas ficaram Dentre elas inclu mos nesta colet nea o texto da palestra M dia e Direitos Humanos que tem um formato mais informal contrastando com os demais textos de car ter acad mico Mas ainda assim preservam a fidelidade a uma autoria que se mostrava Mateus Afonso Medeiros madura apesar da juventude do autor Outros textos abrigam esta palestra e trabalhos acad micos n o publicados incluindo os textos apresentados para a XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos do Instituto Interamericano de Direitos Humanos em Costa Rica Em janeiro de 2005 um acidente cujo nome real viol ncia desta vez no tr nsito interrompeu o fluxo da sua produ o e nos privou da sua afetuosa presen a Ficaram os textos as lembran as e os projetos Agradecemos a todos que se solidarizaram conosco quando perdemos Mateus e agradecemos tamb m a todos que ao longo desta cami
196. dentro de las empresas en 1990 Constitui o Pol tica Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XXVI reconhecimento das conven es e acordos coletivos de trabalho Art 80 livre a associa o profissional ou sindical observado o seguinte VI obrigat ria a participa o dos sindicatos nas negocia es coletivas de trabalho JArt 114 Compete Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores abrangidos os entes de direito p blico externo e da administra o p blica direta e indireta dos Munic pios do Distrito Federal os Estados e da Uni o e na forma da lei outras controv rsias decorrentes da DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 320 HI OUTROS TRABALHOS rela o de trabalho bem como os lit gios que tenham origem no cumprimento de suas pr prias senten as inclusive coletivas 8 lo Frustrada a negocia o coletiva as partes poder o eleger rbitros 8 20 Recusando se qualquer das partes negocia o ou arbitragem facultado aos respectivos sindicatos ajuizar diss dio coletivo podendo a Justi a do Trabalho estabelecer normas e condi es respeitadas as disposi es convencionais e legais m nimas de prote o ao trabalho Consolida o das Leis do Trabalho Art 616 Os Sindicatos representativos de categorias econ micas ou pr
197. di o para o processo de abertura pol tica Cf WOLA 1995 NEILD 1995 O maior objetivo dessas reformas era evitar que se repetissem os abusos contra os direitos humanos cometidos pelos regimes militares promovendo se a criac o de forcas civis de seguranca Cf CALL 2002 ISACSON 1997 No Brasil com o processo de redemocratizac o lenta e gradual controlado pelo pr prio regime o modelo de policiamento forjado pelos militares permaneceu intocado em suas caracter sticas principais N o obstante a intensa transforma o da sociedade brasileira duas pol cias estaduais uma civil investigativa e judici ria outra militar ostensiva e fardada permaneceriam como as principais organiza es de seguran a p blica Mais ainda o modelo foi incorporado nova Constitui o Federal de 1988 art 144 Doravante seria ainda mais dif cil transform lo Tornou se lugar comum o argumento de que para desmilitarizar o policiamento ostensivo preciso emendar a Constitui o Federal Entretanto a legisla o federal ordin ria que trata das pol cias militares dos anos de 1969 e 1983 Permanecem em vigor v rios dispositivos legais Publicado originalmente na Revista de Informa o Legislativa a 42 n 165 jan mar 2005 Bras lia DF Agradecemos aos editores da Revista de Informa o Legislativa a autoriza o para reprodu o do artigo nesta colet nea Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS
198. dicador 1 Porcentaje desempleo en Mujeres 4 9 1991 Indicador 2 Porcentaje desempleo en Hombres 4 8 1991 o el a o m s pr ximo al 2000 Indicador 1 Porcentaje desempleo en Mujeres 8 6 2000 Indicador 2 Porcentaje desempleo en Hombres 6 8 2000 Variaciones anotar variaci n del dato entre un per odo y otro Variaci n Desempleo Mujeres dato 3 7 Variaci n Desempleo Hombres dato 2 SUGERENCIA SOBRE MEDIOS O FUENTES DE VERIFICACI N P gina web de la OIT Organizaci n Internacional del Trabajo Oficina Regional Para Am rica Latina y el Caribe Estad sticas Laborales http www oit org pe spanish 260ameri infoal estadist estadis htmltprolab Este Link les da entrada a un listado de tablas entre las cuales tienen que buscar la que corresponde a este indicador FUENTES UTILIZADAS Solo reportar si utilizaron fuentes distintas a la sugerida Variable 2 Asalariados que cotizan a la seguridad social por sector y seg n g nero DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 326 HI OUTROS TRABALHOS INDICADORES o el a o m s pr ximo a 1990 Indicador 1 Porcentaje total asalariados sector informal y sector formal que cotizan a la seguridad social 67 1991 o el a o m s pr ximo al 2000 Indicador 1 Porcentaje total de asalariados sector informal y sector formal que cotizan a la seguridad social 66 2000 Variaci n total asalariados que cotizan dato 1
199. dici rio o chefe de Pol cia n o havia requisitos formais para a ocupa o do cargo de delegado cujos ocupantes poderiam ser recrutados entre homens abastados das localidades FERNANDES 1974 67 GRAHAM 1997 87 A 10 O tom que dita o processo de cria o da Pol cia Militar de S o Paulo de um militarismo civilista entendido como um militarismo perfeitamente controlado pela sociedade civil ou seja um militarismo apol tico no sentido de n o ser ao contr rio do que ocorreu com algumas alas do Ex rcito amea ador mas refor ador do status quo Fernandes 1974 71 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 114 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS mistura de poderes judiciais e policiais era fundamental porque permitia a forma o das clientelas Aqui al m da for a mim tica percebe se uma press o coercitiva exercida pelo Poder Judici rio a atividade policial era regulada pelo processo penal Obviamente a investiga o criminal n o surge como resultado do mito da imparcialidade da Justi a O patrulhamento uniformizado foi a atividade policial que mais tempo demorou a institucionalizar se no Brasil Isto porque a base do controle social esteve a cargo das clientelas privadas Patrulhas uniformizadas existiram nos reduzidos ambientes urbanos No ambiente rural conquanto fossem permitidas serviam menos para o policiamento e mais para a fixa o da for a de trabalho ocios
200. dida como um processo cujo sentido a internaliza o definitiva dos centros de poder e a nativiza o dos c rculos sociais que DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 226 HI OUTROS TRABALHOS podiam controlar esses centros FERNANDES 1976 32 Isso foi importante na medida em que permitiu aos senhores de terra uma maior influ ncia sobre o processo produtivo Permitiu lhes portanto produzir para enriquecer ou pelo menos tentar faz lo FRANCO 1997 231 Ao mesmo tempo a Independ ncia n o alterou significativamente a ordem social vigente principalmente porque para manter o latif ndio exportador manteve o regime escravocrata A perman ncia do regime escravocrata por quase tr s quartos de s culo a partir da Independ ncia faria pensar que no Brasil existiu um regime econ mico pr ou anticapitalista Entretanto n o concordamos com tal hip tese A atividade produtiva agr rio exportadora conquanto marcada por rela es escravocratas s pode ser entendida a partir de sua inser o no capitalismo internacional A g nese e o desenvolvimento de sua produ o foram condicionados pelos mercados mundiais modernos tendo a escravid o sido uma das condi es Enquanto agente econ mico inserido no com rcio mundial o senhor praticamente n o teve outra op o Eis o principal fator estrutural no plano da forma o da sociedade brasileira um sistema econ mico marcado pela oposi o rigidez intern
201. distin o entre mat rias de droit commun e droit militaire O homic dio de um civil por um policial por exemplo ser processado em uma corte comum enquanto infra es relativas hierarquia militar por outro lado s o tratadas em tribunais policiais militares No Brasil praticamente todo crime cometido por um policial militar julgado por um tribunal militar Mesmo nos poucos casos em que a compet ncia da justi a comum como o homic dio intencional de um civil a investiga o permanece como responsabilidade das autoridades militares e a justi a militar quem decide se o crime foi intencional ou nao O problema com as corte militares nao que suas senten as ser o necessariamente menos rigorosas que as civis Como j escrevemos o alcance da senten a depende tanto de quem investiga quanto de quem julga O problema que esses tribunais militares em nada ajudam na responsabiliza o das pol cias perante a autoridade civil A justi a militar um mecanismo implementado de acordo com o conjunto de normas da pr pria organiza o militar de controle e avalia o da conduta individual Nesse sentido 10 A tortura e o abuso de autoridade tamb m s o processados por tribunais comuns O homic dio culposo constrangimento ilegal a les o corporal a invas o de domic lio o estupro e praticamente todos os outros crimes praticados em servi o s o julgados pela justi a militar Para uma descri o das situa
202. do sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de dire o ou representa o sindical e se eleito ainda que suplente at um ano ap s o final do mandato salvo se cometer falta grave nos termos da lei Art 41 S o est veis ap s tr s Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 313 anos de efetivo exerc cio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso p blico 8 lo O servidor p blico est vel s perder o cargo l em virtude de senten a judicial transitada em julgado II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa mediante procedimento de avalia o peri dica de desempenho na forma de lei complementar assegurada ampla defesa Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 10 II fica vedada a dispensa arbitr ria ou sem justa causa a do empregado eleito para cargo de dire o de comiss es internas de preven o de acidentes desde o registro de sua candidatura at um ano ap s o final de seu mandato FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION Sim Foi aumentado o prazo para aquisi o de estabilidade pelo servidor p blico Foi previs
203. do que a simples discrimina o Em uma den ncia feita Coordenadoria de Direitos Humanos um morador de rua informa ter sido acordado pela pol cia de madrugada para que deixasse o local onde dormia Alegou que a rua era p blica e que ele estava descansando para poder trabalhar no dia seguinte Disse que se n o trabalhasse sua nica alternativa seria roubar O policial ent o disse que a inten o era exatamente aquela pois assim haveria um motivo para prend lo assim que os moradores de rua s o frequentemente molestados roubados ofendidos acusados amea ados numa guerra de nervos praticamente sem fim Da mesma maneira os travestis tamb m s o v timas do excesso policial Nesse caso nem sequer existe a desculpa do tr fico de drogas usada para encobrir a discrimina o que se pratica contra as favelas Se houvessem batidas policiais em alguns col gios de classe m dia e faculdades a quantidade de droga apreendida ser muito mas muito maior que em pontos de prostitui o N o o caso O constrangimento por que passam os travestis resultado de pura homofobia como se a exist ncia de travestis fosse uma afronta masculinidade do policial Os travestis s o rotineiramente abordados a troco de nada N o s o suspeitos de nada S o abordados por serem travestis Isso quando n o precisam pagar ped gios pol cia fazer sexo na frente de policiais etc N o dif cil concluir que essas pr tic
204. duca o um instrumento de organiza o e luta contra a explora o pol tica social e econ mica e finalmente a educa o comunit ria como auto ajuda em que o educador geralmente atua de forma profissional em entidades voltadas para a presta o de servi os comunidade Nossa an lise concentra se no segundo modelo o da educa o comunit ria como movimento de liberta o importante lembrar que estaremos tratando de tipos ideais de gest o escolar que se materializam em maior ou menor extens o em exemplos concretos de gest o Em princ pio os dois modelos n o s o incompat veis entre si No entanto para o comunitarismo fundamental conhecer o sujeito pol tico que define os objetivos da educa o enquanto o gerencialismo pouco ou nada se ocupa da quest o Um elemento comum a cr tica burocracia Apesar de terem surgido em ambientes sociais diversos e n o raro antag nicos ambos os modelos de gest o escolar surgiram da cr tica a um terceiro modelo que aqui chamaremos burocr tico tal como definido por Max Weber WEBER 1999 GIRGRIOLI in BOBBIO 1986 Existem quatro caracter sticas b sicas da burocracia quais sejam Mateus Afonso Medeiros a Existem regras impessoais e abstratas s quais se vinculam os detentores do poder de administrac o o aparelho administrativo e os administrados A impessoalidade das regras a base de sua legitimidade b As rela es de autoridade est o d
205. duto final do trabalho policial a classifica o formal de indiv duos em artigos das leis criminais A investiga o entretanto busca menos a apura o do crime e mais a identifica o na clientela marginal da organiza o de poss veis autores dos crimes Para tanto a pol cia utiliza estoques de conhecimento anteriores ao inqu rito especialmente tipifica es organizacionais que articulam a o criminosa e atores t picos PAIX O 1982 74 75 18 Ressalte se que os curr culos dos cursos de direito n o possuem nenhuma disciplina relacionada pr tica policial al m do Processo Penal 19 A pol cia civil n o existe para realizar a seguran a p blica ou para manter a ordem mas para registrar e investigar as a es e omiss es definidas por lei como infra es penais identificando as autorias e recolhendo provas que servir o de base aos membros do Minist rio P blico para o oferecimento da den ncia pe a inicial do procedimento criminal realizado pelo Poder Judici rio Minayo e Souza 2003 67 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 120 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Mas a disjunc o entre atividades formais e pr ticas n o torna sem import ncia o fato de que a estrutura das Pol cias Civis an loga do Poder Judici rio atrav s da cren a de que atividades pr ticas derivam e s o controladas pelo desenho racional da estrutura que as organiza es adq
206. e a o procedimento penal a fase mais importante porque acontece imediatamente ap s o crime o acusado n o tem direito de contrapor informa es e juntar provas A partir da todo o restante do procedimento fica comprometido O contradit rio deve estar presente desde o princ pio Melhor seria que o Minist rio p blico conduzisse o inqu rito fiscalizado pelo juiz Quando um cidad o indiciado o inqu rito se volta para a coleta de provas contra ele para formar a culpa daquela pessoa A pol cia deveria investigar e n o indiciar Tramita h quase 20 anos no Congresso Nacional o projeto de reforma do C digo de Processo Penal brasileiro que introduz mudan as significativas na disciplina do inqu rito policial Mas parece que os congressistas n o est o preocupados Eles t m imunidade pris o especial advogados mil N o precisam passar pelas prova es a n o ser quando v o disputar a presid ncia do Senado um tem de ficar jurando que mais honrado que o outro DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 43 44 I ARTIGOS EM JORNAL OS CORON IS DE COLETE No ltimo dia 11 de janeiro a pol cia militar iniciou sindic ncia para apurar as den ncias de abuso de autoridade recebidas durante a ocupa o em dezembro no Aglomerado Santa L cia Atendendo a reivindica o da Comiss o de Paz daquela favela o tenente coronel H lio Martins de Paula que preside a sindic ncia concordou em colher os depoimento
207. e como a Constitui o brasileira de 1988 e a Consolida o das Leis do Trabalho CLT de 1943 h muitos dispositivos desta ltima que apesar de contr rios Constitui o n o foram expressamente revogados Assim sua adequa o ordem constitucional depende da interpreta o do operador do direito No presente trabalho foram exclu dos os dispositivos que o autor considera derrogados pela Constitui o o exemplo entre outros do artigo 544 da CLT que estabelece que ningu m pode ser obrigado a filiar se a sindicato mas ao mesmo tempo institui uma longa s rie de situa es em que os DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 284 HI OUTROS TRABALHOS trabalhadores sindicalizados t m prefer ncia sobre os n o sindicalizados inclusive com rela o ao usufruto de servi os p blicos Como a Constitui o n o estabeleceu qualquer discrimina o entre trabalhadores sindicalizados ou n o este artigo n o foi recepcionado pela nova ordem constitucional Entretanto restar o d vidas sobre sua aplicabilidade at que ele venha a ser definitivamente exclu do do ordenamento jur dico seja por lei posterior seja por decis o de inconstitucionalidade em tese do Supremo Tribunal Federal O trabalho foi pautado pela tentativa de concis o mas infelizmente em alguns poucos casos foi necess rio ultrapassar o limite de uma p gina Nestes casos fica a op o aos sistematizadores do IIDH de retirar as informa es
208. e desempenha as compet ncias constitucionais da Uni o em mat ria de policia militar Al m disso como permanecem de fato sob duplo comando do Ex rcito estabelecido pela legislac o federal e do governador estabelecido pela Constituic o e pela legislac o estadual as policias militares adquirem grande independ ncia institucional Ora disp em se a cumprir o que o governador determina ora invocam a legislac o federal a qual n o pode ser alterada pelos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 175 176 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS governadores para tomar decis es por conta pr pria ou em conjunto com o Ex rcito Isso acontece principalmente nos estados em que as pol cias militares t m maior tradi o e maiores n veis de profissionaliza o O comandante geral pode invocar o art 10 do Decreto n 88 777 83 segundo o qual ele o respons vel pela administra o e emprego da corpora o Certamente ele respons vel perante o governador Entretanto como sua autoridade adv m de legisla o federal restam d vidas sobre o que aconteceria se o governador e o comandante dessem ordens contr rias tropa Pelas mesmas raz es mesmo nos Estados em que as pol cias militares integram a estrutura das Secretarias de Seguran a P blica n o existe nem pode existir o comando nico para as pol cias militar e civil Como o grau de profissionaliza o das pol cias militares e a legisla
209. e no Ex rcito espa o para um oficialato de origem humilde que se profissionalizou sob o prisma do positivismo em contraposi o forma o ecl tica dos bachar is em Direito Exclu dos dos mais altos postos de dire o pol tica os militares se transformaram no principal foco dentro do Estado de oposi o ordem pol tica do Imp rio e consequentemente ao regime senhorial escravista idem Esse processo de contraposi o entre militares positivistas e bachar is liberais tem marcado a evolu o ideol gica do Estado brasileiro Simboliza a unidade contradit ria dos princ pios de ordena o social ao mesmo tempo em que explica no plano estrutural a passagem a partir de 1930 de um Estado liberal clientelista para outro com caracter sticas autocr tico intervencionistas versos e reversos da altern ncia de per odos centralizadores e descentralizadores em termos da Administra o P blica DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 234 HI OUTROS TRABALHOS Atrav s da mesma no o de unidade contradit ria tal altern ncia pode ser compreendida a partir da necessidade premente de estabelecer mecanismos de competi o burguesa os quais pela natureza dependente do capitalismo brasileiro devem circunscrever se ao gentlemen s agreement Dando conta do movimento revolucion rio de 1964 e da alian a de setores burgueses com militares Florestan Fernandes coloca a quest o nos seguintes termos
210. e por exemplo os jovens abordados pela pol cia s o aqueles que entram no morro do Papagaio e n o aqueles que sobem a avenida Nossa Senhora do Carmo para o expresso de carro Quando acontece de o usu rio da classe m dia ser abordado ele sempre poder contar com a corrup o policial No m ximo beneficiar se da suspens o condicional do processo prevista em lei Provavelmente n o ser preso novamente Nas favelas no entanto as batidas policiais s o di rias Prendem se usu rios pobres e pequenos traficantes os grandes n o moram em favelas Num regime prec rio de emprego h uma tend ncia de crescimento da economia informal que possui atividades legais com rcio pequenos servi os etc e ilegais contrabando tr fico cafetinagem A economia informal demanda trabalho pouco qualificado o que explica sua prefer ncia relativa pelas classes baixas A pol tica repressiva tende a alimentar esse ciclo j que o pequeno traficante depois de passar pelo sistema penal certamente ser um desqualificado Ter de voltar economia informal o desemprego ou subemprego que gera a criminalidade ou a criminalidade que gera o desemprego Mas a grande proeza da pol tica repressiva reside em algo muito mais funcional que o ciclo do subemprego a possibilidade de manter sob controle essas popula es sens veis problem ticas em situa o de risco A Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS
211. e a sociedade civil n o simplesmente a esfera da liberdade A pol mica obviamente ultrapassa os objetivos deste trabalho Est aqui citada para lembrar que a amplia o da no o de direitos humanos e a reivindica o pela realiza o dos direitos econ micos sociais e culturais exigir o se n o a expans o dos p los ativo e passivo das viola es pelo menos a sua redefini o em termos melhor adequados compreens o do direito em quest o Por exemplo se a liberdade de express o tradicionalmente classificada como direito pol tico passa a ser compreendida tamb m como direito cultural seus mecanismos de prote o ter o de refletir a mudan a E como mudar Seria f cil se bastasse acrescentar mecanismos de prote o sem interferir nos anteriormente 4 Para essa posi o ver Will Kimlicka Multicultural Citizenship a Liberal Theory of Minority Rights Oxford University Press 1995 Mateus Afonso Medeiros existentes como se houvesse apenas um acr scimo n o de fato modificado em seu conte do Em artigo pol mico e inc modo mas necess rio Emilio Garc a Mendez sustenta que a indivisibilidade dos direitos humanos n o deriva de outra parte que de sua pr pria declarac o na Confer ncia de Viena em 1993 Curiosamente o ocidente que durante todo o per odo da Guerra Fria sustentou a prioridade dos direitos civis e pol ticos depois de ver seu inimigo derrotado se re ne e proc
212. e crimes que a pol cia repressiva pode desfazer devolvendo a posse do bem a seu leg timo dono Toda a popula o de gente pobre de desempregados de pessoas que procuram trabalho tem agora um contato f sico e direto com a fortuna As m quinas poderiam ser depredadas os armaz ns saqueados Crimes coletivos em que a simples pris o de alguns culpados ou at de todos eles n o dava qualquer recupera o do bem para isso que surge o policiamento ostensivo controlar a multid o de saqueadores e preservar a ordem p blica Em pa ses pouco democr ticos como o Brasil essa a sua fun o at hoje Na Minas colonial por exemplo a coroa portuguesa j sentia a necessidade de conter a rep blica sem virtude em que estava armado o atrevimento e os direitos quase sempre desarmados onde a popula o n o queria justi as que eles os mineiros por si s governavam express es que a historiadora mineira Carla Anastasia retira de relatos da poca no livro Vassalos Rebeldes da viol ncia coletiva das Minas Gerais que surge o regimento dos Drag es de Minas Gerais integrado pelo alferes Tiradentes Se aceitamos a contagem da pol cia militar mineira que afirma ter 225 anos tamb m ela uma institui o colonial No entanto conv m situar melhor o surgimento das pol cias militares no Brasil Cem anos depois de Tiradentes com a proclama o da Rep blica o Brasil
213. e do Centro Acad mico Afonso Pena CAAP da Faculdade de Direito da UFMG na gest o de 1996 Presidente da Comiss o Organizadora do Ciclo de Estudos A Reforma do Poder Judici rio em Debate parceria entre a Faculdade de Direito da UFMG e o Tribunal de Justi a de Minas Gerais outubro de 1997 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 339 340 15 Representante discente em rg os da UFMG de 1995 a 1997 Pr mio Homenageado com o Pr mio Hugo Andrade dos Santos conferido em 1998 pelo Centro Acad mico Afonso Pena CAAP ao estudante que mais contribuiu para o movimento estudantil Homenagens p stumas 1 Sess o organizada pela Comiss o de Direitos Humanos da C mara dos Deputados no Plenarinho 9 da C mara dos Deputados em 03 03 2005 2 Diploma Homenagem dos amigos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica 3 Placa com a homenagem dos amigos da C mara dos Deputados 4 Artigo intitulado Mateus do Professor Patrus Ananias Ministro do Desenvolvimento Social e Combate Fome publicado no jornal Estado de Minas de 17 02 2005 caderno Opini o p 9 e reproduzido com o t tulo Mateus Afonso Medeiros no jornal O Sino do Samuel da Faculdade de Direito da UFMG janeiro fevereiro de 2005 p 2 5 Artigo do Professor Luciano Portilho Mattos intitulado Domingo publicado no jornal Voz Acad mica do Centro Acad mico Afonso Pena CAAP da
214. e l a lei n o poder exigir autorizac o do Estado para a fundac o de sindicato ressalvado o registro no rg o competente vedadas ao poder p blico a interfer ncia e a interven o na organiza o sindical II vedada a cria o de mais de uma organiza o sindical em qualquer grau representativa de categoria profissional ou econ mica na mesma base territorial que ser definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados n o podendo ser inferior rea de um Munic pio O art 142 IV pro be a sindicaliza o e a greve dos servidores militares federais e estaduais FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 317 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION N o INDICADORES INDICADOR 2 Normas constitucionales y legales que estipulan el derecho que tienen los trabajadores a afiliarse a un sindicato Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Art 80 livre a associa o profissional ou sindical observado o seguinte Art 37 VI garantido ao servidor p blico civil o direito livre associa o sindical Obs A nica limita o se refere aos servidores militares que est o constitucio
215. e prever indeniza o compensat ria dentre outros direitos Art 80 VIII vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de dire o ou representa o sindical e se eleito ainda que suplente at um ano ap s o final do mandato salvo se cometer falta grave nos termos da lei Art 41 S o est veis ap s dois anos de efetivo exerc cio os servidores nomeados em virtude de concurso p blico 8 lo O servidor p blico est vel s perder o cargo em virtude de senten a judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 10 II fica vedada a dispensa arbitr ria ou sem justa causa a do empregado eleito para cargo de dire o de comiss es internas de preven o de acidentes desde o registro de sua candidatura at um ano ap s o final de seu mandato INDICADOR 2 Indagar sobre disposici n constitucional que haga referencia a la estabilidad laboral de los trabajadores Constituic o Pol tica Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social I rela o de emprego protegida contra despedida arbitr ria ou sem justa causa nos termos de lei complementar que prever indenizac o compensat ria dentre outros direitos Art 80 VIII vedada a dispensa do emprega
216. e queremos viver em uma democracia o m nimo que temos de fazer submeter o principal meio de produ o de valores a radiodifus o ao espa o p blico Vale dizer todos devem participar mas cada um tem o direito de 2 Refer ncia Campanha Quem financia a baixaria contra a cidadania citada no in cio da palestra DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 204 HI OUTROS TRABALHOS dizer o que pensa O que n o se pode aceitar que os valores sejam impostos por alguns poucos e que a maioria sequer possa ser ouvida A tarefa de levar a televis o para o espa o p blico n o nossa mas do povo brasileiro atrav s de sua Constitui o Vejamos o artigo 221 que vou ler para voc s Artigo 221 A produ o e a programa o da emissoras de r dio e televis o atender o aos seguintes princ pios I prefer ncia a finalidades educativas art sticas culturais e informativas II promo o da cultura nacional e regional e est mulo produ o independente que objetive sua divulga o III regionaliza o da produ o cultural art stica e jornal stica conforme percentuais estabelecidos em lei IV respeito aos valores ticos e sociais da pessoa e da familia Os constituintes n o escreveram este artigo para que a Constitui o soasse bonita Tanto que estabeleceram no artigo 220 par grafo terceiro inciso II que compete lei federal estabelecer os meios legais que garantem p
217. e rever todas as autoriza es e ter acesso a todos os arquivos Se ele entender que a investiga o pura espionagem fica obrigado a cientificar a pessoa investigada Finalmente a lei garante s pessoas ilegalmente investigadas mecanismos geis e espec ficos de suspens o do inqu rito e de indeniza o por danos morais No contexto brasileiro necess rio no m nimo que as atividades da P2 sejam objeto de controle sistem tico por parte do poder civil atrav s das ouvidorias de pol cia ou das comiss es de direitos humanos das assembl ias legislativas O controle deve ser minucioso processo por processo investiga o por investiga o H os que afirmam que as P2 existem para investigar os pr prios policiais que se envolvem em atividades ilegais Pode at ser Entretanto no momento em que n o h qualquer controle civil sobre esses servi os eles perdem completamente a legitimidade democr tica Servem isso sim para instrumentalizar a doutrina da raz o de Estado como fez ACM na Comiss o de tica Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL DESMILITARIZA O DA ESTRUTURA POLICIAL A organiza o policial de car ter preventivo e ostensivo uma institui o do s culo 19 Na Europa p s revolu o industrial a riqueza j n o se materializava apenas em moedas ou terras mas tamb m em m quinas e estoques de mercadorias N o estava sujeita simplesmente ao furto ou ocupa o tipos d
218. e trabalho da mulher mediante incentivos espec ficos nos termos da lei XXV assist ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at seis anos de idade em creches e pr escolas XXX proibi o de diferen a de sal rios de exerc cio de fun es e de crit rio de admiss o por motivo de sexo idade cor ou estado civil XXXI proibi o de qualquer discrimina o no tocante a sal rio e crit rios de admiss o do trabalhador portador de defici ncia XXXIV Par grafo nico S o assegurados a categoria dos trabalhadores dom sticos os direitos previstos nos incisos IV VI VIII XV XVII XVIII XIX XXI e XXIV bem como a sua integra o previd ncia social JArt 37 VII a lei reservar percentual dos cargos e empregos p blicos para as pessoas portadoras de defici ncia e definir os crit rios de sua admiss o JAto das Disposi es Constitucionais Transit rias Art 10 At que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art 70 I da Constituic o II DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 290 HI OUTROS TRABALHOS fica vedada a dispensa arbitr ria ou sem justa causa b da empregada gestante desde a confirma o da gravidez at cinco meses ap s o parto FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Fede
219. educa o sa de lazer vestu rio higiene transporte e previd ncia social com reajustes peri dicos que lhe preservem o poder aquisitivo sendo vedada sua vincula o para qualquer fim FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION N o Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 295 INDICADORES INDICADOR 2 Normas legales que regulan el derecho a un salario m nimo para todos los trabajadores Consolida o das Leis do Trabalho Art 76 Sal rio m nimo a contrapresta o m nima devida e paga diretamente pelo empregador a todo trabalhador inclusive ao trabalhador rural sem distin o de sexo por dia normal de servi o e capaz de satisfazer em determinada poca e regi o do Pa s as suas necessidades normais de alimenta o habita o vestu rio higiene e transporte Art 78 Quando o sal rio for ajustado por empreitada ou convencionado por tarefa ou pe a ser garantida ao trabalhador uma remunera o di ria nunca inferior do sal rio m nimo por dia normal da regi o zona ou subzona Par grafo nico Quando o sal rio m nimo mensal do empregado a comiss o ou o que tenha direito a percentagem for integrado por parte
220. el art 14 Decreto 88 777 83 As mudan as no n mero de escalas hier rquicas dever o ser aprovadas pelo Ex rcito art 8 82 Decreto Lei 667 69 O Comandante Geral das pol cias deve ser um oficial PM ou um oficial do Ex rcito art 9 c c art 11 Decreto 88 777 83 Cada estado pode ter sua pr pria pol tica de contrata o e promo o art 14 Decreto 88 777 83 Entretanto na maioria dos estados o acesso separado entre oficiais e pra as Na pr tica extremamente dif cil para uma pra a ultrapassar a escala de subtenente A legisla o federal n o estabelece limite para participa o feminina na for a policial mas exige que os percentuais sejam aprovados pelo Minist rio da Defesa art 8 82 a Decreto Lei 667 69 Sempre que n o colidir com as normas em vigor nas unidades da Federa o aplic vel s Pol cias Militares o estatu do pelo Regulamento de Administra o do Ex rcito bem como toda a sistem tica de controle de material adotada pelo Ex rcito art 47 Decreto 88 777 83 Para uma efetiva desmilitarizac o a legislac o federal poderia exigir um n mero m nimo de escalas hier rquicas estabelecendo como as eventuais escalas adicionais nas pol cias militares devem corresponder s escalas das For as Armadas Tamb m poss vel permitir os comandantes civis das pol cias militares como j ocorre na Gendarmerie francesa A lei estadual pode estabelecer o acesso
221. elas certamente aumentam principalmente em pocas onde o desemprego em vez de uma etapa na vida do trabalhador parece ter car ter de perman ncia bom lembrar que interessa a muita gente que esse debate continue desencontrado ou seja que continue a fazer parte do problema em vez de querer resolv lo Discutindo mais a viol ncia do que a criminalidade afastamo nos do debate sobre o que crime e quais crimes dever o ser prioritariamente combatidos Deixamos de discutir por exemplo a descriminaliza o do uso de drogas uma discuss o que por mais pol mica que seja mais cedo ou mais tarde ter de entrar na agenda pol tica Deixamos tamb m de discutir o tamanho da pena que cada crime merece esquecendo nos portanto do fato que o crime de abuso de autoridade cuja pena de no m ximo seis meses um grande gerador de impunidade pois quase sempre os processos terminam depois de extinta a pretens o punitiva Por outro lado quando preferimos o tema do combate viol ncia em vez do tema da seguran a p blica s vezes deixamos de perguntar por qu ainda existe o mesmo aparelho de seguran a p blica da ditadura militar com os mesmos procedimentos e rotinas a mesma estrutura de responsabiliza o interna e externa Por que ainda existe a Justi a militar a figura do indiciamento em inqu rito policial a tortura como meio de investiga o para n o falar DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida
222. elemento n o mais utilizado pela pol cia de Minas No entanto serve para demonstrar que h c digos muitas vezes c digos t citos que determinam a pr tica do racismo e da discrimina o nas pol cias Poder amos citar infinitos casos e dados estat sticos para comprovar o bvio Eu mesmo todas as segundas e ter as feiras noite ap s descer da perua que me traz de Ouro Preto onde leciono pego um t xi e invariavelmente passo por uma blitz p ra pedro No entanto nunca fui parado sendo que fa o a mesma coisa toda semana sempre depois de meia noite Ser que tenho cara de santo Ser que um homem de terno incapaz de ser bandido N o creio o ex secret rio de neg cios jur dicos de S o Paulo Evaldo Brito um colega de profiss o s que negro foi parado cinco vezes em um ano Ainda bem que ele costuma andar de terno Vestimenta cor idade orienta o sexual local de moradia ideologia pol tica s o algumas das caracter sticas que determinam e qualificam as palavras suspeito e atitude suspeita Tanto para a pol cia quanto para muitos cidad os N o estamos falando em suspeitos de terem praticado um determinado crime ou infra o A suspei o n o se liga a determinado fato concreto Os suspeitos s o suspeitos em si mesmos Encaixam se na defini o n mero quatro do Aur lio segundo a qual suspeito aquele ou aquilo que aparenta ter defeitos Em geral as corpora es admi
223. elevantes denominada campo institucional LIN 2001 POWELL e DIMAGGIO 1991 O campo institucional definido por um processo de isomorfismo entre determinadas organiza es que compartilham mitos e fontes de legitimidade e que tender o a adotar as mesmas regras do jogo devido intensa troca de recursos t cnicos e institucionais que estabelecem entre si 6 Pode se dizer que determinadas organiza es integram um campo institucional quando respeitam e reconhecem um conjunto espec fico DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 106 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Importante para o processo de troca entre organiza es o que LIN 2001 191 denomina organiza es institucionalizantes que s o credenciadas dentro de um campo a socializar seus membros Exemplo t pico s o as universidades as quais al m de ensinarem a capacidade t cnica a seus estudantes proporcionam a socializac o necess ria ao aprendizado dos par metros institucionais As redes sociais compostas de pessoas e grupos que compartilham valores e normas tamb m s o um importante fator de gera o e troca de recursos Atores que est o fora do campo ou que se encontram em posi o perif rica podem unir esfor os para adentr lo incorporando mitos alternativos e ou criando novas organiza es institucionalizantes POWELL e DIMAGGIO 1991 identificaram tr s mecanismos de isomorfismo aos quais chamaram for as isom
224. emanha Em seguida uma viagem serena pela Europa e uma passagem n o t o serena por Israel durante a tensa tr gua do Ramad renderam o segundo artigo De ber o da justi a ao altar da disputa Os textos subsequentes de DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 10 dezembro de 2000 a junho de 2001 foram a maneira que ele encontrou de alimentar um debate p blico em torno dos direitos humanos como Coordenador da Coordenadoria de Direitos Humanos em Belo Horizonte J o ltimo artigo Os EUA depois do ataque foi escrito em Nova York em setembro de 2001 testemunho vivo de um momento do qual Mateus soube extrair uma boa peca de reflex o Ele l estava fazendo uma especializac o em Direitos Humanos com bolsa de Visiting Scholar na Universidade de Columbia Os Artigos publicados em revistas cient ficas s o fruto de um momento posterior quando de volta ao Brasil no in cio de 2002 Logo que retornou Mateus assumiu o cargo conquistado em concurso p blico de analista legislativo na C mara Federal passando a atuar na Comiss o Nacional de Direitos Humanos Ali Mateus participou de v rios projetos destacando se a campanha contra a viol ncia na mida Quem financia a baixaria contra a cidadania e a VIII Caravana Nacional de Direitos Humanos Conflitos em Terras Ind genas sob a coordena o do Deputado Orlando Fantazzini Estes trabalhos sempre desenvolvidos em equipe po
225. emocracia contratualista que trata o administrado como um consumidor DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 209 210 A cr tica comunitarista Da Silva 1996b 95 96 sintetizou da seguinte maneira a cr tica comunitarista burocracia As estruturas organizacionais escolares em sua maioria fundadas na perspectiva burocr tica levam os educadores nelas atuantes a n o se perceberem como sujeitos respons veis pelo que ocorre mas meros executores de pap is determinados pelo poder De fato ao dividir rigidamente o poder e o trabalho a proposta burocr tica cria condi es para o imobilismo e a impessoalidade sendo ocasi o muito prop cia para que se d um grave fen meno o da oculta o e esquecimento do sujeito condutor do processo educacional escolar A estrutura o de uma organiza o sob os moldes burocr ticos prioriza o cargo ao inv s das pessoas ou seja um determinado conjunto de tarefas constitui um cargo que dever poder ser ocupado por qualquer pessoa devidamente selecionada e treinada para tanto N o s o os atributos espec ficos da pessoa que permitem a efici ncia e efic cia da organiza o mas o r gido cumprimento que esta fa a das determina es originada dos regulamentos previamente estipulados As estruturas escolares nessa cultura burocr tica parecem poder manter se sem as pessoas n o havendo dessa forma respons veis diretos pela sua exist ncia e funcionamento A respo
226. ens de 1000 de Oliveira Vianna 1999 325 347 que dariam uniformidade previsibilidade e continuidade a o governamental Como representantes do Imperador a fun o dos presidentes de prov ncia n o era a de moldar os sistemas de controle social existentes nem civilizar suas prov ncias mas sim de servir como elo entre o Poder Central e as elites locais refreando eventuais tend ncias ao separatismo Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 231 nativista CINTRA 1974 59 64 Ainda por cima o liberalismo brasileiro garantiu a separa o de poderes o que permitiria s elites locais se organizarem para influir sobre o governo central idem Assim com a promessa de n o interven o na vida econ mica o Estado liberal manteve a atividade econ mica agr rio exportadora como sustent culo da economia nacional perpetuando o padr o dependente de desenvolvimento capitalista ao mesmo tempo em que internalizava os centros de decis o pol tica Entretanto como a ordem social nada tinha do aspecto competitivo associado ao liberalismo a outra face da moeda na unidade contradit ria seria o clientelismo na ocupa o dos cargos e fun es p blicas De fato o clientelismo com suas institui es como o compadrio o delegado nosso o cabo eleitoral foi a base do controle social no Imp rio e na Rep blica Velha Num contexto em que a competi o se resumia aos cl s parentais ou paren
227. ente segundo crit rios e graus de exig ncia estabelecidos em lei aos seguintes requisitos JII observ ncia das disposi es que regulam as rela es de trabalho IV explora o que favore a o bem estar dos propriet rios e dos trabalhadores Art 193 A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivos o bem estar e a justi a sociais INDICADOR 1 Indagar en qu t rminos reconoce la Constituci n el derecho al trabajo o a trabajar Constitui o Pol tica Art lo A Rep blica Federativa do Brasil formada pela uni o indissol vel dos Estados e Munic pios e do Distrito Federal constitui se em Estado democr tico de DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 286 HI OUTROS TRABALHOS direito e tem como fundamentos JIV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Art 50 XIII livre o exerc cio de qualquer trabalho of cio ou profiss o atendidas as qualifica es profissionais que a lei estabelecer JArt 60 S o direitos sociais a educa o a sa de o trabalho a moradia o lazer a seguran a a previd ncia social a prote o maternidade e inf ncia a assist ncia aos desamparados na forma desta Constitui o Art 170 A ordem econ mica fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos exist ncia digna conforme os ditames da justi a social observados os seguintes princ pios V
228. ento ostensivo que era realizado pela Guerra Civil No entanto antes mesmo que se chegasse a qualquer conclus o os militares de 1964 resolveram o problema n o haveria uma nica corpora o de car ter civil mas uma for a militar que sob controle do ex rcito serviria para combater os movimentos de oposi o ao regime e s guerrilhas de esquerda Toda a hist ria da Pol cia Militar brasileira uma hist ria de guerra contra mil cias de coron is contra a popula o civil contra militantes de esquerda A guerra o pr prio ethos a carga cultural da institui o militar Nossa pol cia n o seria militar se n o fosse planejada para a guerra E seguran a p blica n o guerra N o faz sentido numa democracia que cada Estado federado disponha de um ex rcito pr prio Temos homens Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL menos nas ruas do que tomando conta de quart is Temos uma organiza o policial com mais de dez n veis hier rquicos quando o padr o do mundo desenvolvido de quatro a seis Chega a 22 vezes a diferen a entre o sal rio da maior e da menor patente Nos pa ses do G 7 essa diferen a n o passa de seis vezes Temos um tribunal militar movido pela tica da guerra em S o Paulo chegou a absolver 95 dos policiais acusados Pior de tudo a pol cia v os cidad os como inimigo N o mais poss vel colocar a culpa pela criminalidade no armamento dos bandidos
229. entual de incremento real INDICADOR 3 Normativa constitucional y o legal que fija mecanismos de ajuste o adecuaci n del salario m nimo N o existe norma legal que fixe crit rios de reajuste do sal rio m nimo O costume tem sido reajust lo a cada ano nos meses de abril ou maio por ndices negociados politicamente FUENTES Lei n 8030 12 de abril de 1990 VARIACION Sim Parte se de uma situa o em que o reajuste regulado por lei para outra em que n o existe regula o legal Entretanto preciso lembrar que o ano de 1990 era de hiperinfla o A lei de 1990 revoga sua antecessora de 1989 e foi ela mesma revogada por outra lei de 1991 que por sua vez foi revogada em 1992 e assim por diante Vale dizer o fato de o reajuste estar regulado em lei n o significou seguran a jur dica para os trabalhadores A lei que estabeleceu o Plano Real determinou um crit rio de reajuste que vigorou entre 1994 e 1998 mas desde ent o o crit rio exclusivamente pol tico DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 298 HI OUTROS TRABALHOS VARIABLE 3 Normas medidas o acciones orientadas a favorecer el acceso al empleo INDICADORES INDICADOR 1 Disposiciones constitucionales relacionadas con la capacitaci n que prepare a las personas para el empleo Constitui o Pol tica Art 39 A Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios instituir o no mbito de sua compet ncia regime jur dico
230. ercado s o suficientes tornando se necess ria uma terceira via de regula o um espa o p blico que garantiria uma maior participa o de setores que exercem menor influ ncia tanto no Estado quanto no mercado Em ensaio de pouco mais de quatro p ginas mas de enorme densidade David Hume se coloca diante do seguinte problema por que na Inglaterra de seu tempo um misto entre monarquia e rep blica havia grande liberdade de imprensa ao contr rio de outros pa ses monarquias e rep blicas como a Fran a e a Holanda Na Fran a embora Mateus Afonso Medeiros n o houvesse a liberdade de imprimir o que se quisesse havia sim a liberdade de falar e de fazer mais inclusive que na Holanda republicana Hume explica essa diferenca com base no conceito de confianca no regime pol tico Em um governo tal como o da Franca absoluto no qual a lei o costume e a religi o concorrem todos juntos para fazer com que o povo se sinta inteiramente satisfeito com a sua condi o n o pode o monarca alimentar qualquer zelo contra os s ditos e portanto fica em condi es de conceder lhes grandes liberdades tanto de palavra como de a o Em um governo inteiramente republicano tal como o da Holanda no qual n o existe qualquer magistrado t o eminente que inspire zelos ao Estado n o h perigo em confiar aos magistrados amplos poderes discricion rios e embora resultem in meras vantagens de tais poderes no sentido da prese
231. es Secretaria de Educa o Especial do Minist rio da Educa o Obs A resolu o n 333 2003 do CODEFAT estabelece a prioridade de acesso a mulheres deficientes e outros grupos desfavorecidos nos programas do Plano Nacional de Qualifica o do Minist rio do Trabalho e Emprego Al m disso o Plano tem oferecido cursos especiais para essas popula es FUENTES Lei n 8 028 de 12 de abril de 1990 que disp e sobre a organiza o da Presid ncia da Rep blica e dos Minist rios e d outras provid ncias Dossi Pol ticas P blicas e Rela es de G nero no Mercado de Trabalho Bras lia Cfemea Fig Cida 2002 Diversidade e Igualdade de Oportunidades Qualificac o Profissional da Pessoa Portadora de Defici ncia Brasilia Minist rio do Trabalho e Emprego 2000 Qualificac o Profissional na Perspectiva de G nero Brasilia Minist rio do Trabalho e Emprego 2000 VARIACION Sim Foi criada uma secretaria de educac o especial Foram garantidos os recortes de g nero e de defici ncia no principal programa de qualificac o profissional DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 308 HI OUTROS TRABALHOS INDICADORES INDICADOR 4 Existencia de Programas gubernamentales orientados a la capacitaci n laboral de mujeres y o personas con alguna discapacidad Nenhum INDICADOR 4 Existencia de Programas gubernamentales orientados a la capacitaci n laboral de mujeres y o personas con alguna discapa
232. es a la huelga INDICADORES INDICADOR Disposiciones constitucionales que garantizan el derecho a la huelga Constitui o Pol tica Art 90 assegurado o direito de greve competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exerc lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender 8 lo A lei definir os servicos ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das necessidades inadi veis da comunidade 20 Os abusos cometidos sujeitam os respons veis s penas da lei Art 37 VII o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar O Art 42 50 da Constitui o pro be a DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 322 HI OUTROS TRABALHOS sindicaliza o e a greve dos servidores militares federais e estaduais INDICADOR 1 Disposiciones constitucionales que garantizan el derecho a la huelga Constitui o Pol tica Art 90 assegurado o direito de greve competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exerc lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender 8 lo A lei definir os servicos ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento das necessidades inadi veis da comunidade S 20 Os abusos cometidos sujeitam os respons veis s penas da lei Art 37 VII o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei espec fica O art 142 IV da Constitui o pro be a sindica
233. es in governmentality Chicago The University of Chicago Press 1991 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 245 permitem o governo dos indiv duos dist ncia A pol cia entretanto tem papel central todo o sistema depende do cont nuo fluxo de informa es para forma o das categorias de risco a pol cia com seu tradicional monop lio da for a leg tima discricion ria transforma se numa corretora da informa o que comunicada a outras institui es como as companhias de seguros bancos hospitais No policiamento comunit rio a pol cia deve trabalhar com institui es e organiza es locais para ajud los a administrar seus pr prios riscos A solu o comunit ria um tipo de interven o ambiental desenhada para conter a alta concentra o local de riscos A administra o dos riscos passa responsabilidade das institui es comunit rias enquanto as ag ncias estatais fazem as vezes de amigos a recorrer em caso de necessidade O policiamento comunit rio entendido como o policiamento das trocas de informa o sobre riscos A responsabilidade pelo crime transfere se a outras institui es enquanto a responsabilidade da pol cia em ajudar essas institui es se amplia para incluir outros tipos de administra o de riscos al m do crime Importante nessa linha de pesquisa a descren a no conceito tradicional de comunidade como uma comunica o direta e rec proca entre pessoa
234. es n o estariam mais dispostos a simplesmente pagar a conta Iriam influir de fato na pol tica de policiamento Coerente com a filosofia da abertura lenta e gradual em que os militares consentiam em entregar o poder aos civis mas mantinham substanciais poderes de veto e prerrogativas o general presidente Jo o Figueiredo editou o Decreto Lei 2010 de 12 de janeiro de 1983 Esse diploma por um lado estabelece que o Comandante Geral da PM ser preferencialmente um oficial da pr pria corpora o em vez de um oficial do ex rcito como no regramento anterior Por outro lado agora as pol cias estariam sujeitas convoca o n o apenas em caso de guerra ou para reprimir grave perturba o da ordem p blica mas tamb m para assegurar corpora o o n vel necess rio As for as p blicas de S o Paulo Minas Gerais e da Guanabara sob o comando dos governadores Adhemar de Barros Carlos Lacerda e Magalh es Pinto deram suporte decisivo ao golpe militar de 1964 Em 1965 houve elei o direta para governador em dez estados brasileiros A oposi o foi vencedora em Santa Catarina Mato Grosso Minas Gerais e na Guanabara Nesses ltimos os dois governadores oposicionistas Israel Pinheiro e Negr o de Lima s assumiram com uma condi o o Governo Federal teria o direito de indicar os Secret rios de Seguran a dos dois estados Tendo aprendido a li o do golpe de 64 quando Carlos Lacerda e Magalh es Pinto usaram s
235. es of the Armed Forces and the police York Northeastern University Press KRASKA Peter B 2001b The Military Criminal Justice Blur An Introduction In P Kraska Org Militarizing the American criminal justice system the changing roles of the Armed Forces and the police York Northeastern University Press p 3 13 KRASKA Peter B 2001c Playing War Masculinity Militarism and Their Real World Consequences In P Kraska Org Militarizing the American criminal justice system the changing roles of the Armed Forces and the police York Northeastern University Press p 141 157 KRASKA Peter B CUBELIS Louis J 1997 Militarizing Mayberry and Beyond Making Sense of American Paramilitary Policing Justice Quarterly V 14 n 4 p 607 629 KRASKA Peter B KAPPELER Victor E 1997 Militarizing American Police The Rise and Normalisation of Paramilitary Units Social Problems V 44 n 1 p 1 18 MARCH James OLSEN Johan 1975 Ambiguity and Choice in Organizations Bergen Universitetsforlaget DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 163 164 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS MENDEZ Juan E ODONNEL Guillermo PINHEIRO Paulo S rgio Org 1999 The Un Rule of Law and the Underprivileged in Latin America Notre Dame University of Notre Dame Press MESQUITA NETO Paulo de 1997 Police Armed Forces and Democracy in Brazil Trabalho apresentado em 4
236. es relevantes e organiza es institucionalizantes as pol cias tiveram de responder a demandas vindas de outros campos notadamente o da Justi a e o da Defesa localizadas na periferia destes e n o no centro de um campo institucional policial A proposta de unifica o pode ser encarada como uma tentativa de transformar a natureza das demandas institucionais sobre as pol cias vale dizer de alterar seus mitos atores DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 108 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS relevantes e organiza es institucionalizantes na forma o de um campo propriamente policial O campo institucional policial O estudo comparado da organizac o policial revela que as pol cias modernas realizam tr s atividades b sicas BAYLEY 1975 a a investiga o criminal b o uso da for a paramilitar nos casos considerados necess rios dist rbios civis repress o a movimentos sociais etc contra membros da pr pria comunidade pol tica e c o patrulhamento uniformizado dos espa os p blicos com a prerrogativa de uso da for a Um poss vel campo institucional policial cont m as organiza es que desempenham ao menos uma dessas tarefas Monjardet 2003 relacionou essas tr s maneiras de utilizar a for a a tr s tipos ideais de Pol cia a pol cia de ordem a pol cia criminal e a pol cia urbana A institui o policial uma combina o dessas tr s fun es O cliente da pol cia de orde
237. esmo tempo como grande parte das normas s o princ pios de conte do aberto o conjunto das decis es se constituiria em uma esp cie de jurisprud ncia Resta perguntar se este m todo seria saud vel para o respeito liberdade de express o no Brasil Algumas considera es sobre liberdade de express o O artigo 13 1 da Conven o Americana define a liberdade de pensamento e express o 13 1 Toda pessoa tem direito liberdade de pensamento e de express o Esse direito compreende a liberdade de buscar receber e difundir informa es e id ias de toda natureza sem considera o de fronteiras verbalmente ou por escrito ou em forma impressa ou art stica ou por qualquer outro processo de sua escolha Seria interessante perguntar por que os Estados signat rios da conven o n o inclu ram expressamente outros meios que j estavam dispon veis na data de sua celebra o a televis o e o r dio De qualquer maneira resta claro que sob a gide da Conven o Americana n o importa o meio em que se exerce a liberdade de express o 8 Esta a mesma linha da Declara o Universal dos Direitos Humanos em seu artigo 19 Todo o homem tem direito liberdade de opini o e express o este direito inclui a liberdade de sem interfer ncias ter opini es e de procurar receber e transmitir informa es e id ias por quaisquer meios independentemente de fronteiras DIREITOS HUMANOS Uma Paix
238. essariamente respeitar a favela enquanto local de moradia e a dignidade de seus moradores enquanto cidad os e pessoas humanas Se isso n o acontecer ent o n o est sendo seguido o conceito que formulamos mesmo que a pol cia diga que n s ajudamos a construir a opera o Nada disso o que fazemos neste momento afirmar que a atua o da pol cia nas favelas desastrosa Estamos dispostos a ajudar a melhor la sem nos transformarmos em pol cia Um novo conceito de atua o em favelas requer novas t cnicas de controle da atividade policial Na opera o do Morro do Papagaio se que o comando n o esteve conivente com os abusos ocorridos ent o ficou escancarado o pouco controle que esse comando possui sobre sua tropa Por isso nossa contribui o no grupo de trabalho ser justamente no sentido de sugerir formas de aumentar o controle sobre a tropa tanto por parte do comando quanto por parte da sociedade H pelo menos 13 tipos diferentes de arbitrariedade policial Nas pr ximas semanas vamos detalhar as seguintes categorias 1 uso excessivo da for a letal 2 uso excessivo da for a f sica 3 padr es discriminat rios de abordagem 4 padr es de constrangimento dos indesej veis como os moradores de rua os jovens homossexuais etc 5 abuso verbal aqui inclu dos os coment rios racistas sexistas e homof bicos 6 padr es discriminat rios de atendimento s chamadas como a dem
239. essoa e fam lia a possibilidade de se defenderem de programas ou programa es de r dio e televis o que contrariem o disposto no art 221 Conquanto essa lei n o tenha sido elaborada os princ pios j est o a Primeiro a TV e o R dio s o concess es p blicas e portanto a discuss o sobre seu uso deve ser feita no espa o p blico Segundo todos tem o direito de exigir que assim o seja Vale dizer podemos exigir o espa o p blico N o estamos brincando de democracia O que est na Constitui o para ser cumprido Entretanto muita gente parece ter se esquecido da Constitui o Muita gente parece ainda acreditar que existam donos de r dio donos de canais de televis o Ora essas pessoas n o s o donas mas sim concession rias Os donos s o os cidad os brasileiros que atrav s de seus representantes concedem o direito de explora o dos canais mediante determinadas condi es O povo como dono tem o direito de discutir quais s o essas condi es e principalmente se elas est o sendo cumpridas Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 205 A Constitui o ainda n o foi alterada temos o direito de reclamar da qualidade da programa o de TV Esse direito n o deixa de existir s porque n o foi regulamentado E j que n o h meios formais para que os cidad os reclamem resolvemos come ar pela via informal Se o que falta espa o p blico a Comiss o de Direitos Humanos da C
240. eterminadas de modo hier rquico de acordo com esferas de compet ncia claramente definidas em que h uma separa o precisa entre o cargo e a pessoa que o ocupa c A for a de trabalho do aparelho burocr tico contratada segundo crit rios merit rios recompensada em dinheiro tem uma carreira regulamentada e dedica se atividade burocr tica como nica ou principal atividade de trabalho d Aatividade burocr tica realizada por escrito e segundo regras gerais que formam uma arte especial por vezes dominada apenas pelos funcion rios Tanto o gerencialismo quanto o comunitarismo constr em seus respectivos modelos com base na nega o s vezes apenas parcial da burocracia Mas os motivos de um e outro s o bastante diversos Enquanto o primeiro acusa a administra o burocr tica de ser auto centrada ritualista ineficiente o segundo ataca a caracter stica da impessoalidade e da rela o de autoridade estabelecida na organiza o burocr tica Pode se dizer que o gerencialismo n o questiona o fato de que a burocracia uma forma de domina o N o pretende alterar tal realidade mas chegar de maneira mais r pida e barata aos objetivos estabelecidos mesmo quando estes signifiquem manter ou sofisticar a domina o do modelo burocr tico Por tr s da cr tica comunit ria h uma preocupa o com a democracia de base com o cidad o enquanto o gerencialismo um m todo ao dispor de uma esp cie de d
241. f Force New York Free Press STEPAN Alfred LINZ Juan 1996 Problems of Democratic Transition and Consolidation Southern Europe South America and Post Communist Europe Baltimore e Londres John Hopkins University Press WALKER Samuel 2001 Police Accountability The Role of Citizen Oversight Belmont Wadsworth WOLA THE WASHINGTON OFFICE ON LATIN AMERICA HEMISPHERE INITIATIVES 1993 Risking Failure The Problems and the Promise of the New Civilian Police in El Salvador Washington DC The Washington Office on Latin America and Hemisphere Initiatives WOLA THE WASHINGTON OFFICE ON LATIN AMERICA 1995 Demilitarizing Public Order the International Community Police Reform and Human Rights in Central America and Haiti Washington DC The Washington Office on Latin America ZAVERUCHA Jorge 1999 Military Justice in the State of Pernambuco after the Military Regime An Authoritarian Legacy Latin American Research Review V 34 n 2 p 43 73 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 165 166 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS A DESMILITARIZA O DAS POL CIAS E A LEGISLAC O ORDIN RIA 1 Introdu o Desde que se encerrou o ciclo de regimes autorit rios na Am rica Latina um dos pontos em comum na agenda de reformas institucionais tem sido a desmilitarizac o dos rg os de seguran a interna Em pa ses como El Salvador e Haiti a desmilitarizac o das policias foi inclusive uma con
242. f Toronto Press 1997 Vide tamb m Mathew DeMichele e Peter Kraska Community policing in battle garb a paradox or coherent strategy in Peter Kraska Org Militarizing the American criminal justice system the changing roles of the armed forces and the police Boston Northeastern University Press 2001 p 82 101 Willian Lyons apesar de pouco utilizar Habermas analisa o policiamento comunit rio do ponto de vista de uma tens o entre disciplina e democracia Vide William Lyons The politics of community policing rearranging the power to punish Michigan University Press 2002 Habermas n o tratou diretamente da pol cia em seus escritos mas Foucault o fez extensivamente Para uma vis o geral do conceito de pol cia em Foucault Michel Berges Michel Foucault et la police in Loubet del Bayle Jean Louis Police et soci t Toulouse Presses de l Institut d Etudes Politiques de Toulouse 1988 p 315 352 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 244 HI OUTROS TRABALHOS Os foucaultianos A linha foucaultiana se re ne em torno do conceito de governo mentalidade que significa a arte de administrar territ rios e popula es N o com o objetivo maquiav lico de manter o poder de manter um v nculo externo entre o pr ncipe e os s ditos mas com os objetivos multifacetados de promover a sa de do corpo social do conjunto territ rio popula o um v nculo interno portanto H o governo do indiv duo
243. fletida 219 220 Planos de educac o certamente pressup em a elaborac o democr tica de metas a serem atingidas e resultados a serem obtidos certo tamb m que o componente da descentralizac o estar presente n o como simples desconcentrac o de poderes mas como efetiva descentraliza o pol tica E sem d vida alguma a valoriza o dos sujeitos construtores do processo escolar apresenta o requisito da maior confian a nos agentes p blicos atuantes na escola Eis a presentes transformados para uma tica comunit ria as tr s principais caracter sticas do modelo gerencial tal como descrito pelo neoliberal Bresser Pereira 1999 O gerencialismo um instrumento jur dico administrativo para a aproxima o entre educadores populares e escola p blica A educa o brasileira n o suporta mais a contradi o entre educa o popular e educa o p blica Se h os que acreditam que o Estado deve desaparecer n o pode haver os que ignoram sua exist ncia assim contribuindo para que ele continue sendo utilizado como forma de domina o atrav s da escola p blica que se construir um modelo justo e emancipador de educa o no Brasil um modelo que n o sirva apenas para preparar os trabalhadores para ingressar no mercado mas que trate esses trabalhadores como sujeitos no processo hist rico e pedag gico Al m de medidas isoladas como elei es para diretores de escola j existem no Brasil v rias experi
244. fusivo Cremos que neste caso necess rio compreender a express o imposto pelo Estado em termos da discuss o proposta na primeira parte desta conclus o e em termos do par metro basilar para a interpreta o do direito liberdade de express o sua rela o direta com a democracia Dizer que h uma rela o direta entre liberdade de express o e democracia significa dizer que existe uma via de m o dupla ligando aquele direito a este sistema pol tico 18 A cria o de um Conselho Federal de Jornalismo foi proposta recentemente pelo Presidente Luiz In cio Lula da Silva mas rejeitada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2004 Mateus Afonso Medeiros Este par metro basilar persiste seja qual sentido ou nfase que se d ao conte do do direito Tradicionalmente tem se enfatizado a obriga o de respeitar a liberdade de express o por parte do Estado O princ pio 06 foi redigido sob essa perspectiva que tamb m qualifica a liberdade de express o como direito civil e ou pol tico Aqui como Bertoni ressaltou ao citar um julgado da Corte Interamericana e como n s ressaltamos quando discutimos os conceitos de David Hume a liberdade de express o consiste na esfera de liberdade que torna poss vel a opini o independente e democr tica sobre os assuntos p blicos inclusive sobre os assuntos de Estado Nas palavras de Giovanni Sartori NJa express o opini o p blica o termo p
245. g 21 13 Roberto Garret n La Protecci n Internacional de los Derechos Humanos El sistema Universal Los derechos humanos econ micos sociales y culturales Trabalho apresentado ao XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos San Jos Instituto Interamericano de Direitos Humanos 2004 pg 18 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 271 272 nicos violadores de direitos humanos Os que est o com Garret n sabem bem disso mas insistem na necessidade de manter o Estado uma inst ncia p blica participativa e soberana como o respons vel final pela garantia de qualquer direito Se o p lo ativo tradicional da viola o dos direitos humanos est sob questionamento o mesmo ocorre com o p lo passivo o indiv duo As demandas difusas de grupo transindividuais ou metaindividuais desafiam a no o da pessoa como v tima das viola es Entretanto aqui tamb m h os que pedem cautela A defesa dos interesses difusos dos direitos culturais das minorias visaria em ltima inst ncia preserva o das pessoas necess rio preservar os direitos de uma cultura para que os indiv duos a ela pertencentes possam escolher livremente o seu futuro expressar se livremente e da em diante O que est sob desafio a pr pria concep o jur dica da separa o entre Estado e Sociedade Civil Cada vez mais temos a plena consci ncia de que o poder n o se resume ao Estado e qu
246. gualdade social que existia at ent o n o era para ser abolida mas democratizada E houve atividades nesse sentido em v rias camadas da popula o at o final de 1990 Esse momento ut pico ainda vive em muitos dos que duvidam das novas rela es criadas na Alemanha Na revista Zitty uma jornalista falando do pr prio pai comparou o sentimento dos alem es orientais para com a antiga RDA a um velho amor que um dia teve fim e de que as pessoas n o se esquecem com facilidade porque se lembram do romantismo dos primeiros anos v em as velhas fotografias e escutam de novo as can es de ent o Muitos alem es ocidentais por outro lado consideravam a reunifica o como a vit ria na guerra entre dois sistemas antag nicos e v em os orientais como um povo a ser educado nas artes do mercado Uma id ia que s serve para aumentar a resigna o m tua Na Alemanha do pr ximo s culo essas e outras quest es ter o de se resolver E as respostas passam por Berlim a nova metr pole que muda de cara a cada quatro quarteir es e a cada quatro esta es Existem mais DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 27 28 I ARTIGOS EM JORNAL movimentos antinazistas que skinheads mas isso n o quer dizer que a rica geografia humana asi ticos latino americanos africanos e principalmente turcos tenha sido aceita e incorporada O que Berlim oferece uma atmosfera de toler ncia social uma liberdade
247. hierarquia e a disciplina negligenciando o controle do uso da for a O policial que chega atrasado ao servi o considerado um infrator mas o que abusa da for a considerado um bravo 10 Dois breves e contundentes exemplos a gratifica o por atos de bravura concedida pelo governador Marcello Alencar RJ que premiava os policiais que abusassem do uso da arma de fogo Interessante notar que a gratifica o foi institu da por um general Nilton Cerqueira no comando da Secretaria de Seguran a P blica O segundo exemplo bem conhecido Trata se de Ot vio Louren o Cambra policial que protagonizou as cenas de brutalidade da Favela Naval exibidas em rede nacional Em 12 anos de servi o o policial s havia sido punido por chegar atrasado ao quartel Seu apelido Rambo Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 185 C digos disciplinares e normas administrativas s o o aspecto que mais afetam a maneira de agir do policial nas ruas fundamental tornar os regulamentos internos das pol cias mais sens veis a principalmente mais detalhados a respeito do controle do uso da for a Cf COSTA 2003 H grande variedade de curr culos de treinamento e de normas disciplinares nos diversos estados da federa o Se compararmos o treinamento dado hoje com o dado poca do regime militar veremos que nesse aspecto as pol cias foram bastante desmilitarizadas Cf SAPORI SOUZ
248. hor ao art 7 e do Protocolo de San Salvador As demais mudan as na Constitui o se referem aos servidores p blicos e se inserem na agenda de reformas do Estado empreendidas na ltima d cada pelas na es latino americanas Pelo menos uma altera o conflita com a orienta o do PIDESC e do Protocolo Adicional Trata se do fim da garantia de isonomia salarial aos servidores dos poderes executivo legislativo e judici rio que exer am as mesmas fun es Esta regra jamais foi cumprida mas configurava uma garantia de equidade de sal rios nos termos do art 7 a i do PIDESC Mais do que a flexibilizac o dos direitos dos servidores p blicos entretanto o problema do emprego ilustra os efeitos das pol ticas aplicadas nos anos 1990 Os dados levantados demonstram o aumento vertiginoso do desemprego tanto em homens como em mulheres apesar de o aumento entre as mulheres ser praticamente o dobro daquele entre os homens Se acrescentarmos dados de hoje vemos que o aumento ainda maior Segundo a mesma DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 330 HI OUTROS TRABALHOS metodologia que n o inclui o desemprego oculto e cujo ndice medido apenas nas grandes cidades a taxa de desocupa o em junho de 2004 atingiu 11 7 IBGE PME Dessa perspectiva o mandamento constitucional da busca do pleno emprego tem sido prejudicado Cabe lembrar que os direitos e garantias enumerados na Constitui o t m efetividade restrit
249. i estadual espec fica art 42 81 c c art 142 83 X O que a Constitui o Federal de 1988 n o diz O tamanho do efetivo sujeito mobiliza o federal ou seja se a convoca o das pol cias militares ser no todo ou em parte Quando e como mobilizar as pol cias A compet ncia atual para convoca o do Presidente da Rep blica art 3 Decreto 88 540 de 20 07 83 O Decreto lei n 667 de 2 7 69 e o Decreto 88 777 de 30 09 83 definem v rias situa es em que as pol cias militares podem ser convocadas Incluem se entre os fins da convocac o o de assegurar Corpora o o n vel necess rio de adestramento e disciplina art 3 Decreto lei 667 modificado pelo Decreto lei 2010 de 12 1 83 e o de grave perturba o da ordem art 4 decreto 88 777 Que o Ex rcito que deve editar essas normas gerais Essa a situa o de fato porque a legisla o que regula a mat ria data de 1983 quando o Ex rcito ainda estava no poder A legisla o d enormes poderes de a o e de veto ao Ex rcito Que todos os crimes cometidos por policiais contra civis s o crimes militares o C digo Penal Militar que define quais s o os crimes militares Em 1996 o julgamento de crimes dolosos contra a vida cometido por policiais passou para a compet ncia da justi a comum Lei 9299 de 7 8 96 Entretanto a lei manteve a compet ncia da Justi a Militar para reconhecer se houve dolo Outros c
250. ibunal de Contas da Uni o com o objetivo de organizar administrar e executar em todo o territ rio nacional o ensino de forma o profissional desenvolvimento e promo o social do trabalhador em cooperativa e dos cooperados DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 302 HI OUTROS TRABALHOS FUENTES Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada Decreto Lei n 4 048 de 22 de janeiro de 1942 Decreto Lei n 8 621 de 10 de janeiro de 1946 Lei n 5692 de 11 de agosto de 1971 Lei n 7044 de 18 de outubro de 1982 Lei n 8315 de 23 de dezembro de 1991 Lei n 8706 de 14 de setembro de 1993 Lei n 9394 de 20 de dezembro de 1996Medida Provis ria n 2168 40 de 24 de agosto de 2001 VARIACION Sim Foram criadas tr s novas institui es semi aut nomas de capacita o profissional para a agricultura para os transportes e para o cooperativismo Foi garantido aos trabalhadores assento nos conselhos desses novos institutos enquanto os antigos contam com dire o de empregadores e governo Foi ampliada da ind stria para os estabelecimentos de qualquer natureza a obrigatoriedade de matricular aprendizes em cursos de capacita o profissional Empresas com mais de cem empregados agora s o obrigadas a manter programas de c
251. ic o geogr fica do policiamento e Intelig ncia Atividades de intelig ncia s o controladas pelas for as armadas ou de algum modo influenciadas pelo processo decis rio militar e Justi a A pol cia est inteira ou parcialmente sujeita jurisdi o de tribunais militares As tr s primeiras dimens es s o internas porque se referem maneira como as for as policiais mesmo sem estarem legalmente vinculadas s for as armadas adotam um ethos militar ou seja s o organizadas e empregadas como se ex rcitos fossem As demais dimens es s o externas porque dizem respeito ao grau em que as for as armadas exercem poder sobre as pol cias A classifica o n o pretende apresentar um processo escalonado A grada o n o ocorre de uma dimens o para a outra mas sim no interior de cada categoria Em outras palavras a pol cia pode ser mais ou menos militarizada em termos de organiza o em termos de treinamento de emprego e da em diante Em linhas gerais pol cias cujos membros possuem estatuto jur dico militar como as pol cias militares brasileiras ou a Gendarmerie francesa apresentam n veis m dios e altos de militariza o nas dimens es controle intelig ncia e justi a Ao mesmo tempo for as civis como as norte americanas podem ser altamente militarizadas em termos de organiza o treinamento e emprego Passaremos ent o a aplicar essas dimens es ao caso brasileiro Damos prioridade estrutur
252. ica o das pol cias militares e civis Desmilitariza o e unifica o n o s o sin nimos Como j dissemos mesmo uma pol cia civil ou seja uma pol cia sem qualquer vincula o legal com as for as armadas pode ser altamente militarizada Al m da proposta da unifica o muito se ouve falar em integra o as pol cias permaneceriam como duas organiza es distintas mas seriam obrigadas a 1 No ano de 2002 uma Comiss o Mista Tempor ria de Seguran a P blica do Congresso Nacional aprovou proposta de emenda Constitui o que determina o prazo de oito anos para unifica o das for as civis e militares nos estados DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 168 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS trabalharem em conjunto Cf BRASIL ABREU 2002 Pode se dizer que a desmilitarizac o proposta por este artigo segue a mesma estrat gia da integrac o prop e reformas sem a necessidade de alterac es constitucionais Desmilitarizar significa priorizar a seguranca dos cidad os e n o a do Estado Ao mesmo tempo contribui para a criac o de organiza es de seguran a que estejam sob o efetivo comando da autoridade civil e que sejam melhor adaptadas miss o constitucional de garantia da ordem democr tica 2 As Constitui es brasileiras entre o controle do crime e o controle da federa o A preocupa o com a criminalidade urbana fen meno recente
253. icar direitos de inclus o e de comunica o Os direitos humanos Foucault foi muito criticado por Habermas inclusive pela suposta falta de uma concep o normativa a partir da qual se poderia fazer uma cr tica da sociedade disciplinar governamental Sua cr tica poca e ao desenvolvimento 19 Vide os dois ensaios de Habemas sobre Foucault em J rgen Habermas The Philosophical Discourse of Modernity Boston The MIT Press 1996 capitulos IX e X Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 249 do que hoje conhecemos como direitos humanos termina por ter os pr prios direitos humanos como paradigma normativo Vale dizer ao criticar a falta de liberdade do sujeito moderno Foucault o faz a partir de uma id ia de fundo de que o sujeito deve ser livre Ao se descobrir n o livre s resta ao sujeito buscar mais liberdade sempre na busca de alcan ar a modernidade que lhe escapa Entretanto talvez a cr tica seja exagerada Foucault n o descreve o fluxo inevit vel de uma m quina do poder mas um processo eivado de resist ncia a cada momento a cada lance do jogo Sua genealogia justamente esta perceber os momentos em que o poder imp e epistemes a partir de conflitos de significados De fato o poder exercido em vez de possu do Mas suas interse es dentro e atrav s dos sujeitos de poder s o levadas em considera o em termos de resist ncias H algum espa o para a intersubjetividade em Foucau
254. idade de penetrar na sociedade garantindo a presenca permanente da autoridade estatal Modelando se nas For as Armadas a nova organiza o aproveitaria as solu es militarizadas na repress o a dist rbios coletivos Ao mesmo tempo seu car ter permanente possibilitava uma nova estrat gia o patrulhamento em pequenos grupos a fim de prevenir a viol ncia e identificar supostos criminosos Mas para que essas novas t ticas tivessem sucesso a pol cia n o poderia se fiar apenas em sua capacidade de coer o Sem algum assentimento de seu p blico que implicasse o desarmamento consentido deste os custos da nova organiza o em muito ultrapassariam sua efetividade A nova ag ncia teria de buscar o reconhecimento como mecanismo leg timo de controle social A constru o de consenso interno e o desenvolvimento da pol cia como instrumento de coer o s o processos que caminham lado a lado As For as Armadas ao contr rio n o precisam da aceita o de seus destinat rios o inimigo Ambas est o permanentemente organizadas para usar a for a A pol cia entretanto tem que usar a for a limitada necess ria ou at agir sem us la mesmo que isto signifique gastar mais tempo e recursos Obviamente a pol cia pode ser empregada como ex rcito e o ex rcito como pol cia como no caso das for as de paz das Na es Unidas Mas por ser ideal que a defini o nos interessa o controle da for a em uma democracia serve como
255. ilitares de pol cia Controle A estrat gia policial definida pelas for as armadas Onde as for as armadas n o dirigem a a o policial podem controlar alguns de seus aspectos como a compra de armamento e a distribui o geogr fica do policiamento Intelig ncia Atividades de intelig ncia s o controladas pelas for as armadas ou de algum modo influenciadas pelo processo decis rio militar Justi a A pol cia est inteira ou parcialmente sujeita jurisdi o de tribunais militares Essa classifica o acima n o apresenta um processo escalonado A grada o n o ocorre de uma categoria para a outra mas sim no interior de cada categoria Em outras palavras a pol cia pode ser mais ou menos militarizada em termos de organiza o em termos de 6 Charles Call 2002 prop e uma lista de sete indicadores de n veis de militariza o da seguran a interna Nossa classifica o se difere por ser especificamente centrada nas organiza es policiais Ver tamb m Bayley 1993 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 147 treinamento de emprego e da em diante Em linhas gerais pol cias cujos membros seguem estatuto jur dico militar como as PMs brasileiras ou a Gendarmerie francesa apresentam n veis m dios e altos de militariza o nas dimens es controle intelig ncia e justi a Ao mesmo tempo for as civis como as norte americanas podem ser altamente militarizad
256. iliz veis perante um universo pol tico mais extenso de outro as pol cias abandonam antigas fun es de controle social e concentram se no controle da criminalidade comum atividade para a qual a estrutura de duas pol cias vista como inadequada DALLARI 1993 SILVA FILHO 2001 BICUDO 2000 Entretanto como a id ia de unifica o funciona como mito institucional vide pr xima se o ter de competir com outros mitos do ambiente institucional MEYER e ROWAN 1991 De maneira alguma h consenso sobre a unifica o entre os atores envolvidos na constru o da legitimidade das pol cias Meu objetivo apontar aspectos pertinentes a essa disputa Para tanto utilizarei a id ia de campo institucional LIN 2001 A principal conclus o ser a de que no Brasil n o se completou a institucionaliza o de um campo policial As pol cias responderam a demandas vindas de outros campos notadamente o da Justi a Pol cia Civil e o da Defesa Pol cia Militar Dessa perspectiva a proposta de unifica o pode ser encarada como uma tentativa de transformar a natureza das demandas sobre as organiza es policiais As refer ncias emp ricas deste artigo foram buscadas na literatura em geral sobre as pol cias brasileiras especialmente sobre as organiza es de S o Paulo Minas Gerais e Rio de Janeiro As experi ncias regionais s o 2 A unifica o foi proposta por exemplo pelo deputado federal H lio Bicudo PEC 46 91
257. iliz vel Para proteger os direitos dos cidad os e prestar outros servi os b sicos um governo democr tico precisa ser capaz de efetivamente exercitar seu direito de monop lio da for a leg tima em seu territ rio Mesmo que o estado n o tivesse qualquer outra fun o teria de cobrar impostos obrigat rios para custear pol cias ju zes e servi os b sicos A democracia moderna portanto necessita de capacidade efetiva de comando regula o extra o Para isso ela precisa de um estado que funcione e de uma burocracia estatal considerada utiliz vel pelo novo governo democr tico DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 192 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS a situa es locais c superdimensiona o papel do Ex rcito na seguran a interna A militarizac o tica a gera o corporativismo b distancia a policia do cidad o c aumenta custos sem melhorar resultados A quest o da desmilitarizac o das pol cias n o tem recebido tratamento independente na discuss o pol tica Quase sempre tem sido tratada com subitem da discuss o sobre a unifica o das pol cias Se houver apenas uma pol cia por estado esta ser uma pol cia civil primeira vista um argumento bastante l gico Entretanto ao que parece em um primeiro momento a sociedade brasileira optar pela integra o das pol cias que pode ser feita por meio da legisla o ordin ria Esse caminho conquanto mais f cil em term
258. in cio do s culo XX seu comandante o Coronel Ramon Falc n do ex rcito argentino optou pela forma militar de organiza o KALMONOWIECKI 1995 Muitas pol cias como a francesa a espanhola e a italiana adotaram o modelo militar por circunst ncias hist ricas e pol ticas que predominavam na poca de sua cria o LOUBET DEL BAYLE 1992 66 81 Mesmo a protot pica pol cia civil a Scotland Yard londrina apresenta certas caracter sticas mim ticas Sir Robert Peel criador da for a recorreu ao modelo militar para organizar uma unidade Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 143 de controle manifesta es e dist rbios p blicos Peel tamb m nomeou um oficial do ex rcito o coronel Charles Rowan como o primeiro comiss rio de pol cia de Londres MILLER 1977 A troca de pessoal entre pol cia e for as armadas corriqueira Oficiais do ex rcito que se incorporam s pol cias adotam solu es militares para micro problemas e incorporam linguajar e s mbolos militares estrutura organizacional O uso de estrat gias e t ticas militares tamb m comum Equipes como as Swats Special Weapons and Tactics Team s o um bom exemplo A for a normativa Um segundo elemento que compele as organiza es homogeneiza o a for a normativa Aqui o principal fator n o a incerteza mas a profissionaliza o POWELL e DIMAGGIO 1991 70 Membros de diferentes orga
259. interesse p blico imperativo Entre v rias op es para alcan ar o interesse p blico deve se escolher aquela que restrinja em menor escala o direito protegido A viola o da liberdade de express o pode ser conseq ncia de qualquer ato de qualquer poder estatal N o apenas atos dos Poderes Executivo e Legislativo mas tamb m decis es do Poder Judici rio podem violar a liberdade de express o A Conven o Americana proibe a viola o da liberdade de express o por meios indiretos art DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 263 264 13 3 Como determinar os meios indiretos A Corte Interamericana de Direitos Humanos consagra o principio de que para se determinar os meios indiretos necess rio levar em considerac o o contexto no caso concreto 7 A san o penal incompat vel com a liberdade de express o mesmo quando serve de par metro para responsabilidades ulteriores A amea a de sofrer san es penais pelo pensamento sobretudo por opini es cr ticas a funcion rios ou pessoas p blicas gera efeitos paralisantes naquele que se quer expressar Com varia es na reda o os par metros acima foram inclu dos na Declara o de Princ pios sobre Liberdade de Express o elaborada pela Relatoria Especial para a Liberdade de Express o e aprovada pela Comiss o Interamericana de Direitos Humanos A declara o cont m 13 itens todos citados pelo relator Destacamos alguns princ pios que i
260. iros queima roupa S o tr s os crimes que os dois casos envolvem O suposto crime de estupro que n o aconteceu mais tarde se comprovou que o h men da filha de Alexandre estava intacto e que o sangramento era decorr ncia de um tumor na coluna O crime de tortura que muito provavelmente aconteceu por enquanto h apenas uma den ncia e fortes ind cios E finalmente o crime de homic dio que sem d vida aconteceu vide as balas no cad ver de Rodrigo O estupro teve como suposta vitima uma crian a Causou tanta revolta nos policiais que estes descumpriram a lei e as regras de humanidade praticando a tortura Agiram na base da emo o como a pol cia jamais deve agir Curioso perceber que eles se arrependeram de seu crime mas n o do crime em si arrependeram se da v tima Enquanto o gar om era considerado um estuprador n o havia qualquer problema a tortura era leg tima Depois quando se descobriu sua inoc ncia Alexandre mereceu at um pedido de desculpas por parte de um dos torturadores que se justificou dizendo que sua atitude fora consequ ncia da certeza que ele tinha consubstanciada num primeiro boletim m dico Em outras palavras tudo bem torturar desde que seja a pessoa certa Publicado no Jornal O TEMPO em16 02 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 53 54 I ARTIGOS EM JORNAL No terceiro crime o homic dio a v tima tem duas faces Rodrigo da Silva Andrade como toda pes
261. is de 800 em todo o pa s A participa o da sociedade civil na elabora o e implementa o do programa Cidade Cidad foi fundamental Os conv nios firmados com a A o Social Arquidiocesana ASA e com a Funda o Movimento Direito e Cidadania FMDC garantiram t cnicos qualificados para o servi o jur dico social O n mero de atendimentos quase quintuplicou em quatro anos e est em franca curva ascendente Outra importante parceria se deu com o Projeto P los Reprodutores de Cidadania da Faculdade de Direito da UFMG A equipe de professores e estudantes bolsistas planejou e implementou trabalhos em v rias frentes popula o de rua vilas e favelas viol ncia e sa de mental A a o conjunta com a UFMG rendeu tantos frutos que a parceria se estendeu das frentes de trabalho tem ticas para um programa de descentraliza o dos servi os da Publicado no Jornal O TEMPO em 02 02 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 47 48 I ARTIGOS EM JORNAL coordenadoria J est em funcionamento no bairro Minasl ndia o primeiro N cleo Regional de Direitos Humanos que atendeu a quase cem casos em apenas tr s meses Nosso servi o jur dico social funciona como uma esp cie de term metro das demandas da popula o Mais do que restaurar o direito violado daquele cidad o que recorreu coordenadoria o objetivo evitar que casos semelhantes continuem a acontecer A partir de casos individuais a coordenadori
262. itros 8 20 Recusando se qualquer das partes negocia o ou arbitragem facultado aos respectivos sindicatos ajuizar diss dio coletivo podendo a Justi a do Trabalho estabelecer normas e condi es respeitadas as Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 321 disposi es convencionais e legais m nimas de prote o ao trabalho Consolida o das Leis do Trabalho Art 616 Os Sindicatos representativos de categorias econ micas ou profissionais e as empresas inclusive as que n o tenham representa o sindical quando provocados n o podem recusar se negocia o coletiva Art 619 Nenhuma disposi o de contrato individual de trabalho que contrarie normas de Conven o ou Acordo Coletivo de Trabalho poder prevalecer na execu o do mesmo sendo considerada nula de pleno direito FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada VARIACION N o VARIABLE 2 Protecci n del derecho de los trabajador
263. iversas reas trabalhadores do sexo moradores de rua juventude etc A discrimina o e o constrangimento n o foram criados pela pol cia Ao contr rio a pol cia brasileira foi criada para discriminar e constranger Nossa tarefa no regime democr tico reinventar sua fun o Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL PREVEN O REPRESS O E CONTROLE Todas as pessoas do mundo sabem muito bem que as pol ticas de tratamento e preven o ao consumo s o mais eficazes e muito mais baratas que a repress o Paradoxalmente o mundo continua a investir mais em repress o que em preven o Em 1961 a Conven o nica sobre os Entorpecentes das Na es Unidas planejou eliminar a coca na no prazo de 25 anos Em 1988 nova conven o renovou o mesmo prazo 25 anos enquanto o com rcio e os lucros do narcotr fico aumentam sem parar Mesmo sendo o maior consumidor do mundo os Estados Unidos paladinos da moralidade tiveram inclusive a aud cia de criar unilateralmente um certificado internacional para os pa ses que colaboram satisfatoriamente na guerra s drogas Recente sucesso de p blico o filme Traffic demonstra bem a inutilidade dessa pol tica repressiva Inutilidade pelo menos no que diz respeito a sua finalidade reduzir o consumo de drogas Sob outros aspectos a guerra s drogas muito til No plano internacional os EUA podem formular o plano Col mbia
264. ix o Refletida 273 274 Se n o h o consenso entretanto converter um tema em tema de direitos fundamentais convert lo em tema n o negoci vel portanto n o suscet vel de compromisso pol tico Garc a Mendez cita o exemplo do aborto cuja convers o em quest o de direito constitucional em vez de um problema pol tico s faz agravar a polariza o ao seu redor Propor que o problema se resolva na pol tica implica em riscos mas que s o inevit veis se queremos realmente atingir algum consenso Trazendo toda a digress o acima para o tema deste trabalho torna se necess rio afirmar que a proposta da Campanha sim prop e arriscar os riscos da pol tica mas deriva de um entendimento e uma reivindica o da liberdade de express o O entendimento de que a liberdade de express o n o apenas um direito individual muito menos um direito apenas do concession rio do espa o eletromagn tico por mais democr ticos sejam os crit rios de concess o e de que os atuais mecanismos de prote o s o insuficientes para a express o de grupos importantes Uma reivindica o pela participa o em maiores condi es de igualdade no interc mbio comunicativo no consenso cultural manejo da informa o e no acesso aos espa os p blicos Em princ pio n o vemos problema a mesmo que a proposta v contra determinado princ pio contido em uma declara o de direitos claro haveria outros caminhos a trilhar
265. jo Hist rico da Mil cia Paulista A For a Policial N 30 p 51 98 MUNIZ Jacqueline 2001 A Crise de Identidade das Pol cias Militares Brasileiras Dilemas e Paradoxos da Forma o Profissional Trabalho apresentado REDES 2001 Washington DC Center for Hemispheric Defense Studies 22 25 de maio OLIVEIRA Luciano de 1985 Pr ticas Judici rias em Comissariados de Pol cia em Recife In J Lemgruber Org A Institui o Policial Rio de Janeiro Departamento de Publica es da Ordem dos Advogados do Brasil OAB RJ p 187 206 PAIXAO Ant nio Luiz 1982 A Organizac o Policial numa Area Metropolitana Dados Vol 25 n 1 p 63 85 1985 A Distribui o da Seguran a P blica e a Organizac o Policial In J Lemgruber Org A Instituic o Policial Rio de Janeiro Departamento de Publica es da Ordem dos Advogados do Brasil OAB RJ p 167 186 POWELL Walter W 1991 Expanding the Scope of Institutional Analysis In W W Powell e P J DiMaggio Eds The New Institutionalism in Organizational Analysis Chicago University of Chicago Press p 183 203 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 131 132 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS e DIMAGGIO P J 1991 The Iron Cage Revisited Institutional Isomorphism and Collective Rationality in Organizational Fields In W W Powell e P J DiMaggio Eds The New Institutionalism in Orga
266. judeus mortos que me importam as propor es Ali s exatamente esse o conceito do terrorismo a baixa intensidade a pequena propor o mas a certeza de que algo sempre pode acontecer E que importar o as propor es aos norte americanos Todo o pa s aterrorizado os aeroportos fechados a popula o bestificada Podem prender os respons veis pelo atentado mas que dizer da tranquilidade das pessoas Os Estados Unidos s o como qualquer outra grande pot ncia da hist ria prepotentes e bons por defini o Entretanto s o a primeira pot ncia sobre a qual pesa um determinado conceito internacional de moralidade um conceito universal de ser humano uma id ia de bem estar social Ainda por cima eles n o t m inimigo bem definido Enfim os Estados Unidos t m de justificar seus atos suas invas es e seu militarismo muito mais que qualquer outro pa s teve de faz lo no passado Nos ltimos 50 anos usaram as palavras comunismo seguran a terrorismo e seguiram com sua aventura b lica Mas os fatos em Nova York mudam todo o cen rio agora eles tamb m s o vulner veis Tamb m a sua popula o est sujeita s buzinas e s pastas no metr que s o a consequ ncia n o a causa de uma guerra que se retroalimenta O escritor israelense Amos Oz explica o conflito interior que ele como todo judeu dissidente sofre ao DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 85 86 I ARTIGOS EM JORNA
267. l cias estadunidenses de degrada o p blica do chefe de Pol cia e sua substitui o por outro com mandato legitimante No Brasil podemos tra ar um paralelo com a inclina o das pol cias para resolver crises por meio de grandes opera es de demonstra o da efici ncia policial como as recentes opera es para prender o traficante Elias Maluco pela Pol cia Civil do Rio de Janeiro Terceiro como j salientei as experi ncias regionais s o muito diversas A unifica o exige a aprova o de uma emenda constitucional ou seja de tr s quintos dos estados da federa o representados por seus senadores Cada estado sofre de maneira diferente os fen menos da criminalidade da extens o da cidadania da institucionali za o das pol cias A organiza o das for as policiais no mbito constitucional vista como uma padroniza o excessiva como uma indiferen a pelas diferen as tem sido bastante criticada por estudiosos e reformadores COELHO 1989 Mesmo que se alcance um grande consenso em torno da unifica o digamos em S o Paulo este n o ser Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 125 suficiente Um eventual consenso com rela o unifica o ter de ser um consenso federativo Se perspectivas de unifica o existem s o bastante incertas Mais til que fazer exerc cios de futurologia ser identificar as for as de aproxima o das duas p
268. l gio permanecesse intocada ficariam margem desses processos FRANCO 1997 218 Os setores baseados no trabalho livre organizavam se em torno da economia exportadora e portanto passaram a depender dos lucros que dela advinham Era o caso dos tropeiros e vendeiros na regi o rural e dos setores ligados ao financiamento da agricultura localizados nos centros urbanos cujo exemplo t pico era o comiss rio Merece destaque a atua o do imigrante europeu Este vindo com o objetivo de fazer a Am rica ampliou o alcance social da mentalidade competitiva FERNANDES 1976 124 46 assim que se d o desenvolvimento estrutural da ordem social competitiva pelas fendas da parede erguida pela ordem escravocrata mas sem a inten o de derrub la A natureza dependente do processo de acumula o cujos centros de decis o est o localizados fora do pa s determina a constante reelabora o das rela es econ micas Aos poucos surge na cidade um mercado capitalista de estilo moderno Um processo desencadeado pela ordem social escravocrata mas que esta seria incapaz de absorver Restava aos senhores buscar cristalizar sua influ ncia pol tica e status social mesmo diante da decad ncia econ mica ou utilizar essa influ ncia para reinventar seu papel econ mico num verdadeiro processo de aburgue samento das oligarquias O elemento t pico do primeiro DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida
269. la justi a comum Infra es administrativas ou contra crimes e patrim nio ou contra a institui o militar s o de compet ncia de tribunais militar A maior desvantagem da justi a militar n o que ela tende a deixar os policiais impunes A quest o da impunidade depende mais de quem investiga do que de quem julga Entretanto tribunais militares s o apenas mais um mecanismo de controle interno Tendem a punir com mais rigor as infra es consideradas como quebra da conduta militar tais como a indisciplina e com menos rigor as infra es contra civis No Brasil a maioria dos crimes cometidos por policiais militares em servi os julgada pelas justi as militares estaduais Excetuam se os crimes dolosos contra a vida a tortura o racismo e o abuso de autoridade Permanecem sob a jurisdi o da justi a militar os crimes contra a propriedade o homic dio culposo a les o corporal a corrup o de menores a amea a a viola o de domic lio a viola o de correspond ncia o constrangimento ilegal o estupro e muitos outros Decreto Lei 1 001 de 21 de outubro de 1969 que estabelece o C digo Penal Militar Mesmo no caso dos crimes dolosos contra a vida a justi a militar que decide se houve ou n o o dolo A investiga o permanece a cargo da pr pria pol cia militar Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 191 A Lei 10 446 2002 d compet ncia Pol cia Federal para investig
270. lama a indivisibilidade Mas de onde prov m hoje o problema da rela o entre os dcp direitos civis e pol ticos e os des direitos econ micos e sociais Paradoxalmente em um mundo cheio de problemas o problema desta rela o parece ser o de n o constituir problema algum De modo similar o car ter m gico da indivisibilidade o car ter interdependente dos ddhh direitos humanos afirmando a igual import ncia e homogeneidade de ambos os tipos de direitos tem servido para suprimir taxando o de anacr nico qualquer debate sobre a eventual prioridade de um ou outro tipo de direito O que Garcia Mendez afirma que os direitos humanos por serem entendidos como fundamentais s o exclu dos da esfera da discuss o pol tica em virtude do grande consenso que atingem do ponto de vista moral Entretanto a exclus o s pode acontecer atrav s da pol tica O direito a n o ser torturado por exemplo deriva de um imperativo tico que se op e a qualquer pessoa que venha a p blico defender a tortura O p blico se recusa a discutir aquilo exatamente porque h um consenso em torno do direito consenso este que s p de ser alcan ado pela pol tica 15 Emilio Garc a Mendez Derechos Humanos origen sentido y futuro reflexiones para una nueva agenda Trabalho apresentado ao XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos San Jos Instituto Interamericano de Direitos Humanos 2004 p 4 DIREITOS HUMANOS Uma Pa
271. lar gerencialista n o incompat vel com a escola burocr tica Dewey escreveu justamente na poca em que a forma burocr tica de organiza o do Estado se consolidava nos pa ses centrais A escola instrumental defendida por Dewey foi inclusive favorecida pela organiza o burocr tica na medida em que a impessoalidade facilitou o processo de universaliza o do acesso educa o garantindo assim uma forma o em maior escala da massa trabalhadora Apesar de virem historicamente embrulhados no mesmo pacote gerencialismo e neoliberalismo n o se confundem Governos de diferentes orienta es pol ticas j adotaram reformas de cunho gerencialista BRESSER PEREIRA 1999 30 32 Em verdade a proposta gerencial foi usada como argumento pol tico por v rios governos neoliberais que ao advogar a redu o do tamanho do Estado Mateus Afonso Medeiros argumentavam que a perda em tamanho seria recompensada pelo ganho de efici ncia No entanto mesmo nesses casos o gerencialismo apresenta se como t cnica de gest o para atingir objetivos pol ticos pr determinados N o h em princ pio rela o direta entre gerencialismo e posi o pol tico ideol gica Na Inglaterra por exemplo pa s onde ocorreu a primeira experi ncia ampla de administrac o gerencialista neoliberal surgiu h pouco tempo a corrente te rica de vi s gerencialista da Public Service Orientation que se estrutura a partir do conceito de esfe
272. ldade meramente formal pode ser perversa Precisamos de uma a o policial afirmativa no trato com popula es estigmatizadas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 39 40 I ARTIGOS EM JORNAL Na cria o de pol ticas espec ficas na fiscaliza o na formula o de estrat gias h muito com que contribuir Mas isso s ser poss vel quando a pol cia se der conta de que seguran a p blica n o uma guerra do bem contra o mal mas uma pol tica para promover a conviv ncia pac fica Uma pol tica portanto que n o pode conviver com a arbitrariedade policial Eliminar o abuso condi o sine qua non para a transforma o verdadeira sem o corporativismo que a emperra Na sociedade civilizada dizia Washington Irving onde a felicidade do homem at mesmo sua exist ncia dependem da opini o de seus pares ele decididamente age de papel pensado Acrescento reflex o do escritor norte americano na civiliza o somos todos pares porque homens e mulheres Na barb rie pol cia par de pol cia ladr o par de ladr o mas ningu m confia em ningu m Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL SOBRE O INQU RITO POLICIAL BRASILEIRO A verdade pura e simples raramente pura e jamais simples dizia Oscar Wilde Ao longo da hist ria os homens inventam diferentes maneiras de produzir a verdade a ci ncia a filosofia o inqu rito Mas a pr tica penal nem sempre esteve preocupada com o
273. lhes sejam aplic veis e s decis es das autoridades competentes Art 477 assegurado a todo empregado n o existindo prazo estipulado para a terminac o do respectivo contrato e quando n o haja ele dado motivo para cessac o das relac es de trabalho o direto de haver do empregador uma indenizac o paga na base da maior remunera o que tenha percebido na mesma empresa Art 479 Nos contratos que tenham termo estipulado o empregador que sem justa causa despedir o empregado ser obrigado a pagar lhe a titulo de indenizac o e por metade a remunerac o a que teria direito at o termo do contrato Art 487 N o havendo prazo estipulado a parte que sem justo motivo quiser rescindir o contrato dever avisar a outra da sua resolu o com a anteced ncia m nima de I 8 oito dias se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior II 30 trinta dias aos que perceberem por quinzena ou m s ou que tenham mais de 12 doze meses de servi o na empresa Art 543 3 Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de dire o ou representa o de entidade sindical ou de associa o profissional at 1 um ano ap s o final do seu mandato caso seja eleito inclusive como suplente salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolida o FUENTES Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e
274. lidade Seguran a P blica e Justi a Criminal no Brasil Uma Bibliografia RBIB Revista Brasileira de Informac o Bibliogr fica em Ci ncias Sociais N 50 p 45 123 KRASKA Peter B e CUBELIS Louis J 1997 Militarizing Mayberry and Beyond Making Sense of American Paramilitary Policing Justice Quarterly Vol 14 n 4 p 607 629 LIN Nan 2001 Social Capital A Theory of Social Structure and Action New York Cambridge University Press MARCH James G e OLSEN Johan P 1984 Rediscovering Institutions The Organizational Basis of Politics New York The Free Press MARCO FILHO Pe Luiz de 1999 Hist ria Militar da PMMG 6 ed Belo Horizonte Gradual Editora e Gr fica MCKENZIE lan e GALLAGHER G P 1989 Behind the Uniform Policing in Britain and America New York Harvester Wheatsheaf MEYER John e ROWAN Brian 1991 Institutionalized Organizations Formal Structure as Myth and Ceremony In W W Powell e P J DiMaggio eds The New Institutionalism in Organizational Analysis Chicago University of Chicago Press p 41 62 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS MINAYO Maria Cec lia de Souza e SOUZA Edinilsa Ramos de 2003 Miss o Investigar Entre o Ideal e a Realidade de Ser Policial Rio de Janeiro Garamond MONJARDET Dominique 2003 O que Faz a Pol cia S o Paulo Edusp MORAES Waldir Rodrigues de 2001 Bosque
275. litares em S o Paulo o Corpo de Guarda Municipal mais tarde Corpo Policial Permanente FERNANDES 1974 21 serviram ao prop sito do poder central de combater rebeli es locais sendo o papel da Guarda minimizado a partir de 1850 CASTRO 1977 Note se que n o houve preocupa o com o controle da for a como mito institucional visto serem aqueles homens preparados para o verdadeiro combate militar Ocorreu uma imita o do Ex rcito for a mim tica vale dizer a pol cia adotou solu es organizacionais militares Muitos comandantes das Pol cias Militares eram recrutados entre os oficiais do Ex rcito A Justi a na Col nia havia sido responsabilidade primordial das C maras Municipais eleitas pelos propriet rios locais PRADO JUNIOR 2000 Ap s uma breve interrup o entre 1822 e 1831 os propriet rios locais continuaram a eleger os ju zes de paz que tinham atribui es policiais investigar prender e judiciais formar culpa escolher jurados A partir de 1841 entretanto uma reforma processual penal transfere grande parte dessas atribui es nova figura dos delegados de Pol cia Ao contr rio do juiz de paz o delegado n o era eleito por chefes locais mas nomeado pelo poder central Tal medida n o visava necessariamente evitar que os senhores locais exercessem um controle social privado Obrigava os entretanto a compactuar com o poder central Apesar de se subordinarem a um membro do Poder Ju
276. litariza o das Pol cias Policiais Soldados e Democracia publicado em conjunto com o Professor Arthur Costa Teoria e Sociedade vol 1 n 11 p 66 89 Police demilitarisation cops soldiers and democracy publicado em co autoria com o Professor Doutor Arthur Costa Journal of Security Conflict and Development London UK v 2 n 2 p 25 45 2002 Prevenc o repress o e controle jornal O TEMPO 12 06 2001 caderno Opini o Policiamento e constrangimento jornal O TEMPO 08 05 2001 caderno Opini o Intelig ncia e espionagem jornal O TEMPO 22 05 2001 caderno Opini o Indiv duo suspeito e esquisito elemento jornal O TEMPO 20 04 2001 caderno Opini o Crime e castigo jornal O TEMPO 10 04 2001 caderno Opini o Desmilitariza o da estrutura policial jornal O TEMPO 27 03 2001 caderno Opini o O exemplo do Comiss rio Rex jornal O TEMPO 16 03 2001 caderno Opini o Dialogar sim mas tamb m denunciar jornal O TEMPO 09 03 2001 caderno Opini o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 337 338 16 17 18 19 20 21 22 23 Quatro princ pios de seguran a p blica jornal O TEMPO 22 02 2001 caderno Opini o Viol ncia tortura e impunidade jornal O TEMPO 16 02 2001 caderno Opini o Praticando a cidadania jornal O TEM
277. litics New York v 35 n 1 p 1 20 2002 CARVALHO Jos Murilo de A constru o da ordem a elite pol tica imperial Bras lia Editora Universidade de Bras lia 1981 CARVALHO Jos Murilo de 1974 As for as armadas na Primeira Rep blica o poder desestabilizador In In Cadernos do Departamento de Ci ncia Pol tica da UFMG 1 Mar o pp 113 188 CINTRA Ant nio Carlos A pol tica tradicional brasileira uma interpreta o das rela es entre o centro e a periferia Cadernos do Departamento de Ci ncia Pol tica Belo Horizonte n 1 Mar o p 59 112 1974 COELHO Edmundo Campos Em busca de identidade o ex rcito e a pol tica na sociedade brasileira Rio de Janeiro Forense Universit ria 1976 COSTA Arthur MEDEIROS Mateus A desmilitariza o das pol cias policiais soldados e democracia Teoria e Sociedade Belo Horizonte v 1 n 11 p 66 89 2003 nn Estado pol cia e democracia 1993 Tese Doutorado Centro de Pesquisa e P s Gradua o sobre as Am ricas da Universidade de Bras lia Bras lia 2003 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 193 194 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS DIAS Jos Luciano de Mattos Federalismo governos estaduais e pol ticas p blicas uma an lise das institui es federais no Brasil 19 ENLOE Cynthia Ethnicity and militarisation factors shaping the role of police in third world nations In ENLOE Cynthia e SEMIN P
278. liza o e a greve dos servidores militares federais e estaduais FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION Sim Uma lei espec fica e n o complementar deve regular o direito de greve dos servidores p blicos A lei complementar requer quorum especial para aprova o INDICADORES INDICADOR 2 Disposiciones legales que regulan el derecho de los trabajadores a la huelga Lei 7783 1989 Art 4 Caber entidade sindical correspondente convocar na forma do seu estatuto assembl ia geral que definir as reivindica es da categoria e deliberar sobre a paralisa o coletiva da presta o de servi os Obs o direito de greve s pode ser exercido atrav s do sindicato 82 Na falta de entidade sindical a assembl ia geral dos Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 323 trabalhadores interessados deliberar para os fins previstos no caput constituindo comiss o de negocia o Art 6 8 1 Em nenhuma hip tese os meios adotados por empregados e empregadores poder o violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem 8 3 As manifesta es e atos de persuas o utilizados pelos grevistas n o poder
279. lt Esta por m local n o centralizada e independente do discurso cient fico totalizante Eis sua maior diferen a com Habermas A genealogia est ligada recupera o hist rica de discursividades locais que minam o discurso cient fico reinante e liberam sujeitos pr ticas e conhecimentos De qualquer maneira parece verdadeiro o fato de Foucault buscar um projeto perdido de modernidade Vale dizer seu referencial normativo s o realmente os direitos humanos mas de uma perspectiva mais local e relativista Menos universalista que Habermas portanto Mas se os direitos humanos s o uma esfera de prote o contra o poder ou contra um poder a cr tica hist rica de Foucault permite mostrar que aquilo que de um modo pode ou poderia n o ser Como as formas de racionalidade foram criadas podem ser desfeitas e refeitas Essa estrat gia deve ser seguida inclusive por quem se pauta por uma tica dos direitos humanos Os direitos humanos s o um instrumento de agita o pol tica atrav s do qual os subalternos podem nomear aspira es poss veis DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 250 HI OUTROS TRABALHOS Neste ponto Habermas e Foucault se cruzam Ambos concordam em que a modernidade deve ser sempre cr tica quanto a seu pr prio presente e deve reinventar constantemente sua pr pria normatividade Habermas contribui com seu conceito de espa o p blico Foucault o faz com sua genealogia Uma tica
280. m o Estado o da pol cia criminal o criminoso incontest vel e o da pol cia urbana o cidad o comum o homem sem qualidades idem 284 A rigor apenas a terceira atividade marcadamente moderna as outras duas em pocas passadas foram realizadas por organiza es que se misturavam justi a criminal e aos ex rcitos Sua substitui o pelas pol cias nos Estados europeus ocidentais ocupou um per odo de duzentos anos entre os s culos XVII e XIX BAYLEY 1975 Conquanto essas transforma es tenham diversos motivos econ micos sociais e pol ticos cabe chamar a aten o para dois mitos institucionais surgidos nesse per odo relacionados evolu o do Estado de direito 1 a no o de que o ex rcito a aplicar a for a contra os pr prios cidad os de um Estado deve ser diferente daquele a ser empenhado contra n o cidad os e 2 a id ia de que a Justi a deve ser imparcial e n o deve investigar os crimes que vai punir Muitos autores t m relacionado o surgimento das pol cias modernas sua utiliza o no controle de atividades Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 109 de massa e das classes perigosas SANTOS 1997 SILVER 1967 Os ex rcitos haviam funcionado como mecanismos de emerg ncia alternando entre a n o intervenc o e os mais dr sticos procedimentos SILVER 1967 12 Uma organizac o policial uniformizada por sua vez teria a capac
281. m nima aliadas a profundas reformas estruturais nos aparelhos de seguran a e justi a s o alternativas poss veis e palp veis para o combate viol ncia Tratei em minha exposi o de temas os mais diversos e que devem ser debatidos Fundamentalmente reafirmo minha convic o inabal vel e inadi vel nos direitos humanos eles s o nosso fim e nosso meio no combate viol ncia e na forma o de uma cidadania Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 101 ASPECTOS INSTITUCIONAIS DA UNIFICA O DAS POL CIAS NO BRASIL Introdu o Este trabalho aborda a unifica o das pol cias estaduais brasileiras militares e civis Meu enfoque n o est na conveni ncia da unifica o para o controle da criminalidade A literatura sobre as pol cias controversa quando se trata de afirmar uma rela o entre crime e pr tica policial Bayley 1994 As organiza es policiais atuam em ambientes altamente institucionalizados nos quais mais que a efici ncia conta o fator legitimidade Minha pergunta n o se a eventual unifica o reduzir os ndices de criminalidade mas se aumentar a legitimidade das pol cias aos olhos de quem deve legitim las A exist ncia de no m nimo duas pol cias atuando no mesmo espa o geogr fico o mbito das prov ncias e mais tarde dos estados federados tem sido o nosso padr o hist rico desde o Imp rio 1822 1889 Partindo dessa
282. ma Paix o Refletida 25 26 I ARTIGOS EM JORNAL Berlim e Nova York n o deixa de ter validade Ambas as metr poles possuem larga diversidade cultural tradi es de sensibilidade social e de toler ncia Ambas fogem regra geral em seus respectivos pa ses A diferen a que Nova York n o carrega a responsabilidade de eliminar um complexo de culpa que faz seus habitantes renegarem a pr pria nacionalidade O escritor Jo o Ubaldo Ribeiro em seu livro Um Brasileiro em Berlim descreve com muito bom humor a dificuldade em encontrar um alem o aqui Todos com quem conversamos dizem que n o s o bem alem es ou que s o muito diferentes daqueles alem es t picos e da em diante Os jovens que n o viveram nem o nazismo e nem o muro buscam a pr pria identidade desesperadamente sem querer ser culpados pelo passado mas tendo de assumir as responsabilidades que ele traz Al m do anivers rio da queda do muro Berlim comemora tamb m os dez anos da manifesta o de mais de meio milh o de pessoas para protestar contra o regime comunista e gritar para todo mundo ouvir Wir sind das Volk n s somos o povo Dez anos depois no dia 4 de novembro ao tomar o metr ali na mesma pra a reparei na enorme faixa comemorativa pendurada no alto de um pr dio que exprimia toda a contradi o entre o al vio e a resigna o dos moradores da antiga RDA A faixa ostentava a mesma frase s que no passado Wir w
283. ma desconcentra o de poderes grifos nossos Considera es finais A primeira muta o que nos ocorre aquela que ofusca e at mesmo controla todas as demais a muta o industrial a aplica o da ci ncia que resultou nas grandes inven es que utilizam as for as da natureza em escala vasta e barata o crescimento de um mercado de amplitude mundial como o objeto da produ o de grandes centros manufatureiros para abastecer esse mercado de meios de comunica o e distribui o baratos e velozes para interligar seus componentes dif cil acreditar que houve na hist ria uma revolu o t o r pida t o extensa t o completa Atrav s dela a face da terra se transforma at mesmo em suas fei es fisicas fronteiras pol ticas s o apagadas e deslocadas como se fossem na verdade apenas linhas num mapa de papel a popula o se precipita dos confins da terra para as cidades h bitos de vida s o alterados com profundidade e aspereza assustadoras a busca pelas verdades da natureza infinitamente estimulada e facilitada e sua aplica o tornada n o apenas vi vel mas comercialmente necess ria Mesmo nossas convic es e interesses morais e religiosos as mais conservadoras porque mais arraigadas em nossa natureza s o profundamente afetadas inconceb vel que essa revolu o n o v afetar a educa o em alguma maneira que n o seja formal e superficial DEWEY 1956 8 9 tradu o noss
284. meira classifica o para ser mais exato chegaremos segunda classifica o primeira condi o para esclarecer a condi o de ser humano o que meus ouvidos ouvem do esp rito que fala s igrejas Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL SOBRE A OCUPA O DE FAVELAS No dia 22 de dezembro diversas entidades de defesa dos direitos humanos e representantes da comunidade do Aglomerado Santa L cia reuniram se com o comandante de Policiamento da Capital coronel Severo Augusto da Silva Neto para cobrar uma atitude mais respeitosa na ocupa o do Morro do Papagaio Sobre a mesa s m os do comandante Severo um exemplar do livro A B blia Disse a Verdade e outro do rec m lan ado Meu Casaco de General do ex subsecret rio de Seguran a P blica do Rio de Janeiro Luiz Eduardo Soares Ningu m mencionou a primeira obra Eu tomei a iniciativa de referir me segunda alegrando me pelo interesse do coronel Quando a Pol cia Militar ocupou o Morro do Papagaio logo ap s o atentado contra o tenente Ruy Malta Rabello J nior o livro de Soares ainda n o estava nas livrarias Eu que o li assim que foi lan ado estava feliz em pensar que o comandante conhecia os m todos de interven o em favelas defendidos pelo sub secret rio No entanto logo descobrir amos o livro n o estava ali para subsidiar a discuss o mas sim para servir como defesa O coronel Severo citou uma declara o do autor na imp
285. mito diferenciador entre Pol cia e For as Armadas COSTA e MEDEIROS 2003 Com rela o investiga o criminal a forma o das pol cias modernas coincide com o fortalecimento das liberdades individuais o direito ampla defesa ao processo contradit rio entre outras que passam a transformar a maneira como a Justi a est autorizada a atuar na puni o de criminosos Aqui cabe ressaltar o car ter discricion rio e circunstancial do uso da for a pela pol cia BITTNER 2003 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 110 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS No governo das leis e n o dos homens a discricionarie dade policial realiza a mediac o entre um mundo do dever ser da lei e um mundo do ser dos homens A Justica quando toma conhecimento da pr tica de um crime pode condenar ou absolver o r u mas n o pode deixar de process lo Como seria imposs vel abrir um processo para cada crime que acontece de fato a Justi a age apenas mediante provoca o delegando a tarefa de escolher quem ser processado a outras ag ncias principalmente pol cia Na pr tica a pol cia quem decide colocar o processo penal em funcionamento A discricionariedade policial serve para isolar a Justi a da investiga o criminal para que os tribunais possam ser imparciais Se o Estado de direito estiver consolidado espera se que os abusos cometidos pela Pol cia sejam corrigidos pela pr pri
286. mo passa a ser devido por jornada de trabalho e n o por dia de servi o Foi definido o sal rio m nimo di rio e hor rio INDICADORES INDICADOR 3 Normativa constitucional y o legal que fija mecanismos de ajuste o adecuaci n del salario m nimo Lei n 8030 1990 Art 2 O Ministro da Economia Fazenda e Planejamento estabelecer em ato publicado no Di rio Oficial Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 297 da Uni o I no primeiro dia til ap s o dia 15 de cada m s a partir do dia 15 de abril de 1990 o percentual de reajuste m nimo mensal para os sal rios em geral bem assim para o sal rio m nimo III no primeiro dia til ap s o dia 15 de cada m s a partir de 15 de abril de 1990 a meta para o percentual de varia o m dia dos pre os durante os trinta dias contados a partir do primeiro dia do m s em curso S 5 O percentual a que se refere o item II nunca ser inferior ao que se refere o item III do caput deste artigo Art 5 A partir de 1 de abril de 1990 o sal rio m nimo ser reajustado automaticamente sempre que a varia o acumulada dos reajustes mensais dos sal rios for inferior varia o acumulada dos pre os de uma cesta de produtos onde estar o contemplados a alimenta o higiene sa de e servi os b sicos que incluem tarifas p blicas e transportes a ser definida em portaria do Ministro da Economia Fazenda e Planejamento acrescida de um perc
287. mocr ticos as PPU s t m servido a outros objetivos Kraska e Cubelis 1997 observaram que as PPU s norte americanas proliferaram nos ltimos vinte anos especialmente desde o fim da Guerra Fria Al m disso t m sido cada vez mais utilizadas em batidas pr ativas em reas que a pol cia denomina zonas quentes de criminalidade No passado essas unidades eram utilizadas apenas em situa es de extrema gravidade como seq estros Os autores relacionam a ascens o do policiamento paramilitar mudan a na natureza do controle social nos Estados Unidos Temos assistido a acelera o da implemen ta o acr tica pelas ag ncias de direito criminal de pr ticas consistentes com os dogmas da alta modernidade a acentuada padroniza o a rotiniza o a efici ncia t cnica a cientificiza o a minimiza o dos riscos a tecnologiciza o o pensamento atuarial o fetiche do efetivo a indiferen a moral e um foco em popula es agregadas na tarefa de administrar com mais efici ncia aqueles que amea am a ordem do Estado KRASKA e CUBELIS 1997 625 626 tradu o nossa Estudando as PPU s Kraska conduziu uma an lise etnogr fica e dois surveys nacionais de policiais norte americanas KRASKA 1996 KRASKA e KAPPELER 1997 Algumas de suas observa es est o detalhadas abaixo No final de 1995 89 por cento das pol cias servindo a cidades com mais de cinqtienta mil habitantes tinha uma PPU qu
288. muitas formas de controle pr vio da tropa N o cabem todas num s artigo mas vale citar um exemplo para ilustrar Um motivo de vergonha internacional para o cidad o belo horizontino o flagrante descumprimento da determina o legal de que todos os policiais militares trabalhem devidamente identificados Desde o governo Itamar Franco a PM possui n mero suficiente de coletes prova de balas uma importante ferramenta de trabalho do policial No entanto o colete colocado por cima da tarjeta de identifica o escondendo o nome e a patente do policial Serve portanto n o apenas para proteger contra as balas mas contra os olhos da popula o na hora de abusar da autoridade O mais grave que por raz es bvias quanto mais perto da favela mais coletes veste a pol cia essa a l gica perversa quanto mais estigmatizada e DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 45 46 I ARTIGOS EM JORNAL marginalizada a popula o atingida mais dif cil se torna a comprova o do abuso policial mais vontade se sente o policial infrator Qualquer alega o que justifique essa pr tica n o passa de desculpa No mesmo per odo em que a PM recebeu os coletes foram compradas novas viaturas e at um posto m vel de policiamento Ser que o dinheiro n o dava para colocar a tarjeta de identifica o por cima dos coletes A raz o pela qual isso n o aconteceu pol tica n o s o apenas os soldados e cabos do Morro do Pa
289. munitarismo n o s o incompat veis em princ pio A 2 Nas palavras do ex ministro Bresser A id ia de opor a orienta o para o consumidor gerencialismo puro orienta o para o cidad o gerencialismo reformado n o faz sentido algum O cidad o tamb m um consumidor Toda administra o p blica gerencial tem de considerar o indiv duo em termos econ micos como consumidor ou usu rio e em termos pol ticos como cidad o BRESSER PEREIRA 1999 33 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 215 216 quest o central est na defini o dos objetivos a serem alcan ados por uma escola administrada segundo o modelo gerencial A t cnica gerencial n o aborda os objetivos mas simplesmente pressup e sua exist ncia pr definida no contrato de gest o Mesmo a quest o das partes contratantes fica pouco clara nos textos sobre o gerencialismo Apesar da nfase nos resultados em vez do processo nada impede por exemplo que o contrato de gest o estipule que os objetivos daquela determinada escola ser o os de definir democraticamente padr es de ensino alcanc veis atrav s de um processo pedag gico emancipador entendido como aquele em que os sujeitos do aprendizado participam da defini o dos objetivos e da avalia o do processo educacional julgando a por final satisfat ria Processo e resultado n o s o incompat veis mas complementares No Brasil a introdu o de princ pios gerenciais para
290. na Idade M dia Nessa segunda etapa o inqu rito se liga forma o do Estado Publicado no Jornal O TEMPO em 16 01 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 41 42 I ARTIGOS EM JORNAL moderno e ao processo de apropria o da justi a quando o crime passa a ser uma ofensa a toda a sociedade n o simplesmente v tima O soberano que agora figura como parte no processo penal certamente n o iria mergulhar no rio com a m o esquerda amarrada ao p direito para provar que estava certo Precisava de estrat gias mais racionais O m todo do inqu rito um instrumento democr tico desde que aplicado em sociedades e circunst ncias democr ticas Mas estamos tratando do inqu rito pura e simplesmente sem quaisquer adjetivos Ainda n o falamos sobre o inqu rito policial muito menos sobre o inqu rito policial brasileiro Antes de faz lo vale a pena acrescentar mais uma observa o de Foucault pode se fazer toda uma hist ria da tortura situando a entre os procedimentos da prova o e do inqu rito A tortura ao mesmo tempo prova o e inqu rito Submete sua v tima ao tormento f sico mas visa basicamente confiss o ou seja verdade jur dica Portanto o inqu rito que facilita a pr tica de tortura como o inqu rito brasileiro n o deixa de ser tamb m uma prova o Impressionado com o que viu no Brasil o relator especial da ONU para tortura Nigel Rodley rompeu o sil ncio q
291. na Sib ria priva o moral a que j estava condenado aos olhos de Deus Se Crime e Castigo fosse publicado 120 depois seria visto apenas como obra filos fica e n o tamb m como um timo romance policial Entretanto no mundo materialista a puni o de Deus assusta pouco Se os homens n o se mobilizam atrav s de investiga es s rias e eficientes ent o ningu m ser punido Na preven o do crime o tamanho da pena conta menos que a efetividade de sua aplica o No Brasil os ndices de impunidade n o s o assustadores porque as penas s o leves mas porque atingem um percentual m nimo dos crimes cometidos Para reduzir os ndices de impunidade e de criminalidade a sociedade brasileira precisa de reformas radicais no Judici rio na legisla o criminal e principalmente nas estruturas das pol cias No entanto a sociedade incapaz de coibir o crime no interior das corpora es policiais ser tamb m incapaz de inibir o roubo o narcotr fico e qualquer outro delito grave Os campe es de impunidade s o os crimes de abusos praticados por policiais Em recente visita ao Brasil o relator da ONU para tortura Nigel Rodley afirmou categoricamente que a tortura uma etapa quase obrigat ria da nossa rotina policial e penitenci ria No entanto at hoje temos pouco mais de dez condena es menos de cinco em car ter definitivo por crime de tortura Publicado no Jornal O TEMPO em 10 04 2001 Mate
292. nacional del Trabajo Oficina Regional Para Am rica Latina y el CaribeEstad sticas Laboraleshttp www oit org pe spanish 260ameri infoal estadist estadis html prolab Este Link les da entrada a un listado de tablas entre las cuales tienen que buscar la que corresponde a este indicador este total se ubica en la segunda columna izquierda FUENTES UTILIZADAS Solo reportar si utilizaron fuentes distintas a la sugerida DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 328 HI OUTROS TRABALHOS INDICADORES o el a o m s pr ximo a 1990 Indicador 2 Porcentaje total sector informal y sector formal de mujeres que cotizan a la seguridad social 57 1991 Indicador 3 Porcentaje total sector informal y sector formal de hombres que cotizan a la seguridad social 52 1991 o el a o m s pr ximo al 2000 Indicador 2 Porcentaje total sector informal y sector formal de mujeres que cotizan a la seguridad social 53 2000 Indicador 3 Porcentaje total sector informal y sector formal de hombres que cotizan a la seguridad social 50 6 2000 Variaciones anotar variaci n del dato entre un per odo y otro Variaci n en total mujeres que cotizan dato 4 Variaci n en total hombres que cotizan dato 1 4 Obs Os dados se referem s mulheres e homens ocupados n o apenas assalariados SUGERENCIA SOBRE MEDIOS O FUENTES DE VERIFICACI N P gina web de la OIT Organizaci n Internacional del Trabajo Oficina
293. nalmente proibidos de se sindicalizar INDICADOR 2 Normas constitucionales y legales que estipulan el derecho que tienen los trabajadores a afiliarse a un sindicato Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Art 80 livre a associa o profissional ou sindical observado o seguinte Art 37 VI garantido ao servidor p blico civil o direito livre associa o sindical Obs A nica limita o se refere aos servidores militares que est o constitucionalmente proibidos de se sindicalizar FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada VARIACION N o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 318 HI OUTROS TRABALHOS INDICADORES INDICADOR 3 Normas constitucionales y legales que estipulan la prohibici n de obligar a un trabajador a su afiliaci n sindical en 1990 Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil Art 80 livre a associa o profissional ou sindical observado o seg
294. nas p ginas policiais l em se manchetes do tipo bandidos infernizam vizinhan a nas p ginas pol ticas ningu m usa o mesmo adjetivo para qualificar o juiz Lalau Ele n o bandido apenas criminoso Ningu m pensaria em tortur lo por isso As v timas de seus crimes o patrim nio p blico e as institui es democr ticas n o provocam tanta indigna o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 55 56 I ARTIGOS EM JORNAL QUATRO PRINC PIOS DE SEGURAN A P BLICA Os ltimos acontecimentos no campo da seguran a p blica nos remetem a uma reflex o sobre o papel do Judici rio na consolida o da democracia e no campo dos direitos humanos e da cidadania A doutrina jur dica um instrumento privilegiado embora n o nico de defesa e promo o da lei nas a es dos rg os de seguran a p blica A Constitui o Federal diz que a lei n o excluir da aprecia o do Poder Judici rio les o ou amea a a direito Portanto a doutrina jur dica permite uma concep o relativamente ampla do que pode vir a ser uma amea a legalidade mas como a maioria de nossos ju zes conservadora suas decis es baseiam se em crit rios puramente formais o que resulta em limites do escopo da pr pria legalidade Nosso intuito ent o defender uma doutrina que amplie o alcance da a o judicial para melhor estabelecer uma pol tica de seguran a p blica na qual a a o policial seja
295. ncias de gest o p blica da educa o que buscam a emancipa o dos sujeitos atrav s da cria o de espa os p blicos n o estatais certo que tal espa o n o pode ser burocratizado por ser incompat vel com as caracter sticas da impessoalidade absoluta da hierarquia r gida e da separa o entre cargo e pessoa O gerencialismo representa uma dentre as in meras ferramentas teis para a constru o desse espa o 3 Vide OLIVEIRA Dalila Andrade e DUARTE Marisa Org Pol tica e trabalho na escola administra o dos sistemas p blicos de educa o b sica Belo Horizonte Aut ntica 1999 especialmente o cap tulo Experi ncias de Gest o P blica em Educa o B sica Mateus Afonso Medeiros Refer ncias bibliogr ficas ABRUCIO Fernando Luiz Os avancos do dilema p s burocr tico a reforma da administrac o p blica luz da experi ncia internacional recente In BRESSER PEREIRA L e SPINK P Reforma do Estado e administrac o p blica gerencial Rio de Janeiro Editora FGV 1999 BRESSER PEREIRA Luiz Carlos Gest o do setor p blico estrat gia e estrutura para um novo Estado In BRESSER PEREIRA L e SPINK P Reforma do Estado e administrac o p blica gerencial Rio de Janeiro Editora FGV 1999 DA SILVA Jair Milit o Educac o comunit ria caracterizac o do campo In DA SILVA J Org Educac o comunit ria estudos e propostas S o Paulo Editora Senac 1996 Educac o comu
296. nda mant m a natureza de for a auxiliar das pol cias caso os estados optem por corpora es militares Mais ainda a proposta cria uma nova guarda nacional composta por membros das pol cias estaduais civis e militares De outro lado apesar de sua expressiva desmilitariza o nas dimens es do treinamento e do emprego comparando a situa o atual com o passado as pol cias permanecem militarizadas quando se trata de c digo disciplinar justi a poder de veto exercido pelo Ex rcito e mesmo de seu emprego como atestam as constantes invas es de favelas no Rio de Janeiro o hist rico das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar ROTA em S o Paulo ou o recente epis dio em 1999 em que o ent o governador Itamar Franco MG amea ou usar a Pol cia Militar para defender Furnas contra a privatiza o Tampouco pretendo afirmar a subordina o das Pol cias Civis ao Poder Judici rio As organiza es policiais em todo o mundo integram sistemas de justi a criminal mais ou menos articulados que envolvem atores independentes como ju zes policiais e promotores As pol cias atuam nesses sistemas por meio de padr es de coopera o antagonistica que revelam inst ncias de conflito e rivalidade interorganizacional PAIX O 1982 64 Se atuar como ag ncia do sistema criminal uma fun o comum a muitas pol cias no caso das Pol cias Civis brasileiras a pr pria raz o de ser da organiza o
297. nhada conviveram e trabalharam com Mateus compartilhando de seus momentos bons e ruins construindo uma vida a se admirar do ber o da esperan a ao altar da mem ria L cia Afonso Charles Magno Medeiros Belo Horizonte Setembro de 2006 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 11 VIVA MATEUS Agrade o a iniciativa e a dedica o do Arnaldo e de todos os que organizaram esta homenagem Agradeco a presenca de todos e peco licenca para ler a minha mensagem A mem ria de Mateus e a delicadeza deste momento exigem ambas um dif cil equil brio Se devo buscar n o trair as minhas emo es tamb m devo evitar que as minhas emo es me traiam em um momento no qual necess rio usar as palavras para ir al m delas atr s de algo que mais do que comovente possa ser verdadeiro A mem ria de Mateus em mim todo um mundo dif cil de colocar em palavras e resistente s explica es racionais S o mem rias de sentimentos flagrantes do cotidiano Passam pela minha mente ininterruptamente cenas de um menino que cresceu de meus bra os para o mundo e que abra ou ele mesmo o mundo t o logo a vida irrompeu incontida em seu cora o Hoje o anivers rio dele Faria 30 anos N o vou repetir aqui as realiza es que Mateus logrou em sua curta vida e que est o registradas em tantos lugares onde marcou a sua presen a Faculdade de Direito da UFMG Coordenadoria Municipal de Direitos Humanos de Belo Horizonte
298. nit ria e educac o escolar em busca de uma metodologia de a o educativa democratizadora In DA SILVA J Org Educac o comunit ria estudos e propostas S o Paulo Editora Senac 1996 DA SILVA Tomaz Tadeu A nova direita e as transforma es na pedagogia da pol tica e na pol tica da pedagogia In DA SILVA T e GENTILI P Orgs Neoliberalismo qualidade total e educa o vis es cr ticas Petr polis Vozes 1994 DEWEY John The Child and the Curriculum and The School and Society Chicago EUA e Londres GBR The University of Chicago Press 1956 GADOTTI Moacir Escola P blica Popular In GADOTTI M e TORRES C Orgs Educa o Popular Utopia Latino Americana S o Paulo Cortez 1994 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 221 222 GIRGLIOLI Pier Paolo Burocracia In BOBBIO N et al Dicion rio de Pol tica Brasilia Edunb 1986 PORTO Maria do Ros rio Silveira Escola e sociedade papel da instituic o escolar na educac o de grupos sociais In DA SILVA J Org Educac o comunit ria estudos e propostas S o Paulo Editora Senac 1996 RORTY Richard Para realizar a Am rica o pensamento de esquerda no s culo XX na Am rica Rio de Janeiro DP amp A Editora 1999 WEBER Max Economia e sociedade fundamentos da sociologia compreensiva Bras lia EdunB 1999 v 2 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS FORMA O DO ESTADO NO BRASIL DA CASA
299. niza es que n o obstante foram treinados nas mesmas pr ticas tender o a adotar estrat gias e solu es organizacionais semelhantes As universidades e centros de treinamento entre outros s o cruciais para o desenvolvimento profissional Outra consequ ncia da profissionaliza o o crescimento de organiza es de especialistas e de redes sociais Os sindicatos e associa es profissionais por exemplo s o importantes fontes de isomorfismo visto que reivindicam para seus membros o mesmo status dos trabalhadores de outras organiza es do mesmo campo O processo normativo bem ilustrado pelo caso do Brasil onde cada estado da federa o mant m duas pol cias uma civil e outra militar Os policiais militares respons veis pelo policiamento ostensivo por muito tempo reivindicaram as mesmas condi es profissionais dos membros das for as armadas Seu objetivo era ter os mesmos planos previdenci rios e prerrogativas legais Em 1978 os crimes praticados por policiais militares passaram jurisdi o da justi a militar Posteriormente os policiais DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 144 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS conquistaram paridade com os militares em termos de direitos trabalhistas Enquanto isso os policiais civis encarregados da investigac o criminal adotaram um modelo profissional parecido com os de ju zes e promotores O cargo de delegado de policia deve ser ocupado po
300. nizadas as elei es a tributa o e as principais for as policiais e compet ncias judiciais FERREIRA 1999 30 As decis es ficariam a cargo dos presidentes de prov ncia poder central com influ ncia dos propriet rios rurais poderes locais mas desde que organizados no plano provincial o que foi poss vel por meio da forma o das clientelas GRAHAM 1997 Na estrutura clientelista faz todo sentido a transfer ncia de poderes oficiais a chefes pol ticos privados O controle das Pol cias Civis pelos coron is locais serviria para a forma o das clientelas Entretanto devido situa o de disputa entre centro e periferia a capacidade de usar de for a n o poderia implicar a de insubordina o pol tica A for a policial paramilitar subordinar se ia estritamente ao presidente de prov ncia colocando se sob os ausp cios do poder central Ao mesmo tempo como se destinava ao combate militar propriamente dito a repress o a rebeli es pol ticas e n o apenas ao controle de dist rbios civis a pol cia deveria parecer um ex rcito N o poderia ser o Ex rcito devido grande desconfian a que a elite civil imperial nutria com rela o ao militares tendo submetido o Ex rcito ao que Coelho 1976 34 58 chamou de pol tica de erradica o Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 113 Tanto a Guarda Nacional quanto as organiza es que originaram as Pol cias Mi
301. nizational Analysis Chicago University of Chicago Press p 63 82 PRADO JUNIOR Caio 2000 Forma o Pol tica do Brasil Col nia S o Paulo Publifolha SADEK Maria Tereza Org 2003 Delegados de Pol cia S o Paulo Sumar SANTOS Jos Nunes dos 1985 A Pol cia Civil Ligeiro Escor o Hist rico In J Lemgruber Org A Institui o Policial Rio de Janeiro Departamento de Publica es da Ordem dos Advogados do Brasil OAB RJ p 15 26 SANTOS Jos Vicente Tavares dos 1997 A Arma e a Flor Forma o da Organiza o Policial Consenso e Viol ncia Tempo Social Vol 9 n 1 p 155 167 SAPORI Lu s Fl vio e SOUZA Silas Barnab de 2001 Viol ncia Policial e Cultura Militar Aspectos Te ricos e Emp ricos Teoria e Sociedade N 7 p 173 214 SCOTT W R e MEYER J W 1991 The Organization of Societal Sectors In W W Powell e P J DiMaggio Eds The New Institutionalism in Organizational Analysis Chicago University of Chicago Press p 108 140 SILVA Jorge da 2001 Viol ncia Policial e Ideologia dos Algozes V tima In D Oliveira et alii Viol ncia Policial Toler ncia Zero Goi nia Editora UFG p 69 84 SILVA FILHO Jos Vicente 2001 Fundamentos para a Reforma da Pol cia Dispon vel em http www josevicente com br pesquisas pesg 05 htm Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FI
302. no Brasil e nos Estados Unidos Nessa situa o h press o por parte dos bombeiros para conquistar o mesmo status profissional dos policiais Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 145 As opera es policiais cujo alvo era a dissid ncia pol tica eram conduzidas por oficiais do ex rcito ao mesmo tempo em que os servi os de informa es policiais foram incorporados s ag ncias militares de intelig ncia MESQUITA NETO 1997 importante lembrar que a tend ncia homoge neiza o entre pol cia e for as armadas n o um processo constante Supondo que a pol cia pertence a pelo menos dois campos organizacionais o aparato coercitivo do Estado e o sistema de justi a criminal fundamental verificar qual campo exerce maior press o e com qual campo a pol cia mais se identifica ontem e hoje Como notado anteriormente muitas pol cias modernas foram modeladas a partir de ex rcitos Entretanto ao longo dos anos algumas pol cias se diferenciaram cada vez mais das for as armadas devido a processos pol ticos e a press es vindas de organiza es de diferentes campos A Gendarmerie francesa os Carabinieri italianos e os Carabineros espanh is por exemplo tiveram de adotar um ethos diferente um ethos policial Especialmente no per odo que se seguiu aos anos de 1960 na Fran a e na It lia e aos anos de 1980 na Espanha essas for as militarizadas progressivamente se identificar
303. nquistado O termo liberdade de express o por exemplo pode significar a obrigatoriedade da exist ncia de um espaco p blico estatal ou n o de discuss o onde essa liberdade deve ser exercitada ou pode simplesmente significar que cada um pode dizer o que quiser mas se os rg os de imprensa e m dia n o publicarem uma outra quest o Essa disputa conceitual ocorre com todos os termos pol ticos cidadania direitos humanos justi a etc Quero ent o discutir o alcance desses dois termos direitos humanos e viol ncia Pretendo me deter mais no segundo Quanto ao primeiro este j foi definido pelos cat licos com base no direito natural escol stico principalmente nos escritos de Tom s de Aquino Foi definido pelos primeiros Publicado nos Anais do Semin rio Constru o da Cidadania Uma Sa da para a Viol ncia organizado pelo N cleo de Atendimento a V timas de Crimes Violentos NAVCV Local Audit rio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais BDMG Data 29 de junho de 2001 Agradecemos ao NAVCV a autoriza o para reprodu o do artigo nesta colet nea DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 89 90 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS evang licos como determinados direitos derivados da liberdade de religi o Foi secularmente embasado nas escolas do iluminismo com base principalmente na liberdade pol tica No Brasil foi apropriado pelo ditos novos mo
304. nsabilidade pelos eventos ser sempre daquele que planejou e regulamentou O executante apenas cumpre ordens Como o regulamentador dificilmente se encontra presente e mesmo nem se saber quem seja a impessoalidade ser a marca dominante das organiza es burocr ticas Por tr s dessa import ncia dada ao sujeito encontra se a concep o de que educa o mais um processo que um resultado A educa o comunit ria como movimento de Mateus Afonso Medeiros libertac o valoriza esse processo pedag gico porque acredita ser nele que se poder redefinir valores e modelos de comportamento social questionando se pap is sociais e em ltima inst ncia alterando se a pr pria divis o social do trabalho No lugar de uma educac o instrumental neutralizadora de conflitos sociais PORTO in DA SILVA 1996b 63 a educac o comunit ria quer expor e alterar esses conflitos No entanto ao fazer a cr tica ao modelo burocr tico o movimento comunitarista brasileiro por diversas vezes acabou por se chocar com o movimento pela educac o p blica DA SILVA 1996a 18 GADOTTI 1994 151 Os educadores populares muitas vezes confundiram as no es de Estado e burocracia ou pelo menos entenderam que n o possivel haver uma organizac o estatal n o burocr tica e democr tica j que segundo seu raciocinio o Estado sempre a manifestac o de poder das classes dominantes Talvez tenham se esquecido de que aquele poder
305. nte com a efici ncia As pol cias integram este grupo CRANK e LANGWORTHY 1992 uma vez que operam em ambientes que exercem grande press o 3 ambientes t cnicos s o aqueles em que um produto ou servi o trocado num mercado que remunera as organiza es pelo controle eficiente e efetivo de seus sistemas de produ o ambientes institucionais s o aqueles caracterizados pela elabora o de regras e requisitos aos quais as organiza es individuais devem conformar se para receber apoio e legitimidade As organiza es s o recompensadas por conformar se a regras e cren as qualquer que seja a fonte destas SCOTT e MEYER 1991 123 nfases no original Firmas manufatureiras s o exemplos de organiza es em que predomina o ambiente t cnico enquanto bancos e hospitais sofrem press es t cnicas e institucionais DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 104 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS institucional e menor press o t cnica Nas palavras de Meyer e Rowan essas organiza es s o impelidas a incorporar as pr ticas e procedimentos definidos por conceitos racionalizados prevalecentes e institucionalizados na sociedade do que deve ser o trabalho organizacional As organiza es que agem assim aumentam suas perspectivas de sobrevi v ncia independentemente da efic cia imediata das pr ticas e procedimentos adquiridos Produtos servi os t cnicas pol
306. nteiramente civil foi respons vel por 10 4 dos homic dios na capital argentina CELS 2000 Em 1995 a Pol cia Militar do Rio de Janeiro foi respons vel por 9 3 358 dos homic dios naquele estado CANO 1996 Independen temente de eventuais diferen as metodol gicas na contagem desses n meros resta claro que uma pol cia civil pode ser bem mais mortal que uma outra militar A militariza o das pol cias A teoria das organiza es lan a alguma luz sobre as raz es da semelhan a entre for as policiais e militares A pol cia e o ex rcito pertencem ao mesmo campo organiza cional aparatos coercitivos do Estado Obviamente as pol cias tamb m pertencem a outros campos organiza cionais como o sistema de emerg ncias e mais importante a justi a criminal Walter Powell e Paul Dimaggio 1991 notaram uma forte tend ncia homogeneiza o entre as organiza es de um mesmo campo Essa tend ncia resultado de isomorfismo ou seja de um processo envolvendo um conjunto de constrangimentos institucionais que sob as mesmas condi es ambientais for am uma unidade da popula o a se parecer com o grupo Segundo os autores h tr s diferentes for as associadas ao isomorfismo mim tica normativa e coercitiva POWELL e DIMAGGIO 1991 66 3 Um campo organizacional compreende um grupo de organiza es que formam um setor reconhecido da vida institucional Diferentes campos organizacionais s o por
307. nteressam a este trabalho Princ pio 05 A censura pr via interfer ncia ou press o direta ou indireta sobre qualquer express o opini o ou informa o divulgada por qualquer meio de comunica o oral escrito art stico visual ou eletr nico deve ser proibida por lei As restri es na circula o livre de id ias e opini es bem como a imposi o arbitr ria de informa es e a cria o de obst culos ao livre fluxo informativo violam o direito liberdade de express o Princ pio 06 Toda pessoa tem o direito a comunicar suas opini es por qualquer meio e forma A afilia o obrigat ria a rg os de qualquer natureza ou a exig ncia de t tulos para o exerc cio da atividade jornal stica constituem uma restri o ileg tima liberdade de express o A atividade jornal stica deve reger se por condutas ticas que em nenhum caso podem ser impostas pelos Estados Mateus Afonso Medeiros Princ pio 07 Condicionamentos pr vios como veracidade oportunidade ou imparcialidade por parte dos Estados s o incompat veis com o direito liberdade de express o reconhecido nos instrumentos internacionais Princ pio 10 As leis de privacidade n o devem inibir nem restringir a pesquisa e divulga o de informa es de interesse p blico A prote o reputa o deve estar garantida por meio apenas de puni es civis nos casos em que a pessoa ofendida seja um funcion rio p blico ou pessoa p blica ou particula
308. ntess ncia N o porque seja o nico meio coercitivo do Estado mas porque usa da viol ncia leg tima de modo discricion rio Enquanto um juiz pode absolver ou condenar mas n o pode deixar de decidir a pol cia pode simplesmente deixar de atuar Possui a Trabalho apresentado professora Doutora Rita Segato como requisito da disciplina Antropologia e Direitos Humanos no Programa de P s Gradua o do Departamento de Antropologia da Universidade de Bras lia DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 238 HI OUTROS TRABALHOS faculdade de iniciar ou n o o processo criminal Enquanto organiza o burocr tica seus fins est o definidos de maneira semanticamente aberta n o o julgamento de pessoas ou a cobran a de impostos mas a manuten o da ordem Assim como o Estado a pol cia n o se define pelos fins mas pelo meio de que disp e qual seja o uso da for a Mas se o uso da for a o meio que define a pol cia isso n o significa que seja sempre um meio utilizado A atividade policial sempre projeta o uso da for a como possibilidade concreta mas as situa es em que a viol ncia f sica de fato utilizada configuram uma minoria Entre suas atividades incluem se o controle do tr nsito os atendimentos de emerg ncia a escolta a autoridades o patrulhamento Pode se dizer que al m das atividades em que a pol cia atua como for a h tamb m aqueles aspectos em que ela presta um ser
309. nto cego no aparelho de seguran a p blica Perguntas s quais muita gente respons vel no Brasil j come a a responder O problema que as respostas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 97 98 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS felizmente para muitos infelizmente para outros tantos comumente implicam mexer em nossas estruturas de classe de Estado de sociedade Para isso preciso ter a coragem e o compromisso hist rico com a mudan a social Quero terminar minhas reflex es procurando manter me fiel ao t tulo deste semin rio e dando alguns exemplos de sa das para a viol ncia Particularmente prefiro o termo alternativas J propus algumas no campo espec fico da seguran a p blica mas insisto em repeti las desmilitariza o das pol cias ostensivas com a conseguente redu o no n mero de n veis hier rquicos fim do inqu rito policial militar investimento em pres dios de pequeno porte e de prefer ncia controlados pela comunidade como ocorre em Ita na proibi o da compra de armas particulares por agentes do Estado com o consequente investimento em armas corporativas em n mero suficiente descriminaliza o do uso de drogas pol ticas afirmativas de gen ro e ra a nas institui es de seguran a p blica interven o planejada interativa e participativa nos territ rios estigmatizados sempre de maneira a atacar o estigma e n o a perpetu lo buscando a gar
310. nto na Inglaterra quanto da Holanda havia mecanismos que permitiam a forma o da confian a dos cidad os no Estado Na Inglaterra atrav s dos jornais ou seja da liberdade de imprensa que traduz no direito do cidad o imprimir o que queira Na Fran a atrav s dos pequenos parlamentos ou seja da liberdade de express o que se traduz no direito do cidad o de dizer o que queira Na Holanda atrav s da forma republicana de governo em que qualquer cidad o pode ser magistrado liberdades pol ticas Em todos os casos havia uma esfera de liberdade com rela o ao Estado em que se formava a confian a no regime pol tico ou interpretando o ensaio para a era moderna em que se formava a opini o sobre os assuntos p blicos As li es que podemos tirar de Hume em primeiro lugar liberdade de express o e liberdade de imprensa s o direitos diversos sendo o primeiro mais amplo que o ltimo em segundo lugar mais importante que o direito em si o que ele garante ou seja a forma o de uma opini o p blica cr tica e independente do Estado Esta se torna a necessidade principal e aqui podemos relacion la com o princ pio basilar de Bertoni para a interpreta o da liberdade de express o sua rela o direta com a democracia na medida em que permite que a comunidade pol tica exer a livremente suas op es Da a necessidade de isolar o Estado a fim de torn lo o resultado das op es pol
311. o ampliar o programa de descentraliza o para as Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL nove regionais administrativas da prefeitura seguindo a tend ncia da recente reforma administrativa Isso significa uma m dia anual de no m nimo 2 600 novos atendimentos por ano multiplicando nossa capacidade de interven o na cidade Os dados coletados subsidiar o nossas atividades de forma o a organiza o de cursos semin rios e publica es sobre direitos humanos e cidadania Articulados com o Conselho Municipal de Defesa Social pretendemos tamb m elaborar um programa de interven o para preven o da viol ncia em escolas A nova Secretaria de Direitos de Cidadania dar prioridade quest o da viol ncia e da seguran a p blica E nesse trabalho o ac mulo da Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania ser fundamental para garantir uma cidade segura em todos os sentidos Esses s o apenas alguns dos desafios colocados para essa gest o que se inicia Em seus oito anos de exist ncia a coordenadoria transformou se em refer ncia para a cidade nas mais diversas reas Agora em articula o com as demais coordenadorias e com a Secretaria de Direitos de Cidadania essa refer ncia ser cada vez mais potencializada e consolidada DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 49 50 I ARTIGOS EM JORNAL PRATICANDO A CIDADANIA A recente reforma administrativa da Prefeitura de Belo Horizonte recebeu todo ti
312. o Creio que nossa maior meta seja promover uma virada que em um primeiro momento uma virada ling stica mas que logo demonstra seu car ter pol tico Queremos que a popula o brasileira deixe de pensar que as televis es t m dono e passe a perceber que o que elas t m s o concession rios este o aspecto cidad o de nossa campanha a conquista de um espa o p blico que garanta uma televis o democr tica e com liberdade de express o Muito obrigado Mateus Afonso Medeiros COMUNITARISMO GERENCIALISMO E BUROCRACIA Este trabalho objetiva analisar as escolas do gerencialismo e do comunitarismo na administra o da educa o em suas respectivas cr ticas ao modelo burocr tico de organizac o escolar Entender se o termo gerencialismo como o movimento surgido na segunda metade do s culo XX que procurou inserir t cnicas de administrac o privada na administrac o p blica O gerencialismo puro tem como eixo central o conceito de produtividade ABRUCIO 1999 82 a chamada administra o p blica de resultados com objetivos pr definidos e formas de controle a posteriori dos atos administrativos Nas palavras de Bresser Pereira 1999 28 a administra o p blica gerencial orientada para o cidad o e para a obten o de resultados pressup e que os pol ticos e os funcion rios p blicos s o merecedores de grau limitado de confian a como estrat gia serve se da descentraliza o e do incen
313. o Protocolo de San Salvador E se estamos falando em comunidade pol tica com mecanismos democr ticos estamos falando em mecanismos p blicos que n o s o a mera pondera o das opini es particulares e por isso n o basta a simples democratiza o do acesso aos meios de comunica o radiodifusivos bens p blicos Torna se necess ria a regula o desse direito pelo mecanismo p blico dispon vel o Estado Este o espa o da cidadania e da igualdade e por isso a insist ncia de Roberto Garret n em manter o Estado como o respons vel final pela realiza o dos direitos A diferen a que neste momento estamos diante de uma obriga o de cumprir Na medida em que se tem a perspectiva do Estado todo poderoso cuja obriga o respeitar o direito da liberdade de express o dos indiv duos na rela o tradicional de direito subjetivo p blico devemos recha ar os c digos de tica impostos Entretanto na medida em que se abandona a question vel r gida separa o entre Estado e sociedade civil alcan amos o Estado enquanto lugar de organiza o do p blico Um Estado plural que tem a obriga o de cumprir promover facilitar proporcionar a inser o dos indiv duos e grupos na vida cultural o c digo de tica deixa de ser imposto desde que obviamente se preserve um espa o de liberdade independente do Estado e democr tico onde se possa formar a opini o p blica Pensamos que a prop
314. o do controle social alguns estudiosos centraram sua an lise na natureza da atividade policial Para eles organiza es policiais s o aquelas cuja fun o regular as rela es interpessoais atrav s da administra o da coer o NIERDERHOFFER e BLUMBERG 1972 Entretanto h pelo menos dois inconvenientes nessa interpreta o Primeiro v rias tarefas realizadas pelas pol cias como a presta o de socorro em emerg ncias n o est o diretamente relacionadas coer o Segundo para regular a atividade social o Estado moderno utiliza n o apenas as pol cias mas tamb m muitas outras institui es principalmente o sistema jur dico David Bayley oferece uma defini o mais til caracterizando a pol cia como uma organiza o autorizada por uma coletividade a regular as rela es sociais nessa mesma comunidade utilizando caso necess rio a for a f sica 1975 328 tradu o nossa Na mesma linha Egon Bittner descreve a pol cia como um mecanismo para a distribui o da for a circunstancialmente justificada em uma sociedade Toda interven o policial conceb vel projeta a mensagem de que a for a poder ser utilizada ou ter de ser utilizada para atingir um determinada objetivo 1991 44 45 tradu o nossa a possibilidade de usar a for a que distingue a pol cia de outros instrumentos de controle social Entretanto as defini es acima n o explicam a diferen a entre
315. o Refletida 261 262 Os Estados devem garantir da mesma maneira para as id ias e mensagens difundidas pela TV e pelo R dio Perguntado sobre o que significa a liberdade de express o no R dio e na TV Eduardo Bertoni assim se manifestou significa o mesmo que a liberdade de express o no jornal ou no teatro Entretanto mesmo negando qualquer diferen a no conte do do direito segundo o meio por que se exerce Bertoni reconheceu que h particularidades para o exercicio da liberdade de express o que se relacionam diretamente com as chamadas novas tecnologias A confer ncia foi pronunciada a convite da Campanha no semin rio A tica na TV em pa ses democr ticos realizado em Brasilia em abril de 2004 Passamos a resumir as demais considerac es do relator especial da OEA para o direito liberdade de express o Bertoni apresenta sete par metros para interpreta o da liberdade de express o j consagrados na jurisprud ncia do Sistema Interamericano seja na Comiss o Interamericana de Direitos Humanos seja na Corte seja nos encontros entre os Estados como o que resultou na Carta Democr tica Interamericana 1 O par metro basilar para interpreta o do conte do da liberdade de express o sua rela o direta com a democracia e por isso a prote o do direito a expressar as id ias livremente fundamental para a vig ncia dos demais direitos Citando a Corte Interamericana de Direitos Humano
316. o acaba perdendo o controle do que acontece nas ruas Analisando a tentativa da Pol cia Militar do Rio de Janeiro de implantar um programa de policiamento comunit rio Jacqueline Muniz e outros 1997 observaram as debilidades do modelo militar de organiza o Embora o programa exigisse que os policias tomassem decis es altamente discricion rias a severidade do c digo de disciplinar e a r gida subordina o da companhia aos comandantes do batalh o acabaram por inibir a iniciativa de policiais individuais A excessiva centraliza o em termos decis rios sacrificou a efic cia de estrat gias alternativas como o policiamento comunit rio Militariza o do treinamento A legisla o criminal imp e uma s rie de limites atividade policial Em geral isso ocorre independentemente do processo de militariza o visto que s o limita es vindas de fora das organiza es policiais e militares Entretanto a lei tamb m concede pol cia um alto grau de discricio nariedade A pr pria natureza da atividade policial requer um n vel de autoriza o funcional raramente encontrado em outras institui es burocr ticas Isso levanta uma quest o bastante delicada At que ponto e em quais circunst ncias se deve admitir o uso da for a Do ponto de vista dos membros da organiza o essa pergunta s pode ser respondida atrav s da experi ncia O DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 150 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVIST
317. o de informar claramente sobre a utiliza o de recursos gr ficos como a fotomontagem a fim de que o p blico tenha consci ncia de que as imagens n o s o verdadeiras Com um pouco de indulg ncia poder amos classificar os dispositivos como responsabilidades ulteriores Entretanto o cap tulo sobre a isen o mais problem tico pois cont m dispositivos que podem de fato oferecer s rios riscos atividade jornal stica tais como o dispositivo que garante o direito ao contradit rio na mesma mat ria e com igual espa o oferecido den ncia ou reclama o no caso de informa es prejudiciais imagem de pessoas e entidades art 2 par grafo nico Na pr tica essa obriga o poderia inviabilizar a divulga o da not cia pois o titular do direito ao contradit rio poderia por exemplo protelar a sua defesa ou desaparecer intencionalmente para impedir que o jornalista o encontre Al m do mais o dispositivo confere ao jornalista a obriga o de realizar o ju zo sobre o impacto das not cias na imagem das pessoas quando sua nica preocupa o deveria ser com a divulga o correta dos fatos Em realidade uma das dificuldades do projeto que ele estabelece par metros ticos para a programa o televisiva como um todo sem distinguir entre jornalismo fic o e entretenimento Muitas vezes a linha entre essas modalidades t nue mas deve haver par metros para DIREITOS HUMANOS Um
318. o estadual s o vari veis a sugerir exemplos poss veis de como os diversos atores influenciam a tomada de decis es sobre quest es policiais Assim teriamos a Decis es tomadas pelo Ex rcito unicamente ou em posi o de superioridade Fixar as dota es e caracter sticas do material b lico das Pol cias Militares art 29 Decreto 88 777 determinar que as pol cias participem de exerc cios ou atividades de instru o necess rios s a es de defesa interna art 50 Decreto 88 777 b Decis es tomadas pela pol cia militar unicamente ou em posi o de superioridade quest es disciplinares pol tica internas de ra a e de g nero quest es operacionais c Decis es tomadas pelo estado unicamente ou em posi o de superioridade seja mediante o Poder Executivo ou Legislativo quest es or amen t rias nomea o do Comandante Geral Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS d g aprova o do Estatuto da pol cia militar quest es relativas ao policiamento de movimentos sociais Decis es tomadas pelo estado e pela pol cia militar em posi o de igualdade promo es quest es concernentes ao treinamento dos policiais parcerias da pol cia militar com a sociedade civil Decis es tomadas pela pol cia militar e pelo Ex rcito em posi o de igualdade algumas quest es de treinamento quest es organizacio nais como o n mero de escalas hier rquicos da pol
319. o liberalismo como ideologia que embasou a cria o do Estado nacional De um lado o liberalismo preencheu a fun o de dar forma e conte do s manifesta es igualit rias diretamente emanadas da rea o contra o esbulho colonial De outro lado desempenhou a fun o de redefinir as rela es de depend ncia que continuariam a vigorar na vincula o do Brasil com o mercado externo e as grandes pot ncias da poca J mpunha se uma evolu o que implantasse no Pa s concep es econ micas t cnicas sociais e institui es pol ticas essenciais para o interc mbio e a associa o com as Na es hegem nicas do sistema FERNANDES 1996 34 35 Al m de integrar o Brasil independente no cen rio mundial o ideal liberal teve fun o unificadora Num pa s marcado por diferen as regionais e sem tra os da exist ncia de uma sociedade nacional o liberalismo permitia a cria o de um Estado nacional que pouco interferiria nos padr es regionais de domina o e de organiza o da vida privada Talvez soe como um paradoxo o fato de esse Estado em vez de assumir uma forma federativa tenha tomado a fei o de um Imp rio centralizado Entretanto preciso lembrar que o ideal liberal servia como promessa de uma sociedade nacional futura FERNANDES 1976 35 Pelo menos no momento inicial a estrutura centralizada seria importante para possibilitar a atua o de uma elite pol tica central os hom
320. o marionetes se queixam ele as faz parecer infantis em suas lam rias Elas acederam livremente ao chamado Mas ele as recompensa com uma grande festa dando lhes trajes simb licos como se fosse a apoteose de uma pe a Ent o penso em Domingo sem necessariamente a conota o confessional que poderia ser derivada do fato de que Mateus Afonso Medeiros o livro tenha sido escrito por um Autor cat lico Penso nele como um princ pio da ordem e do caos que se instalam no mundo e em nossas vidas s vezes tendo um a apar ncia do outro Nossas certezas s o sempre pobres certezas geradas sobre as fr geis bases que podem ser solapadas pelo caos pelo acaso e pela surpresa do instante futuro que n o est submetido a nosso controle Criamos a nossa ordem acreditando que h uma ordem no universo Pretendemos construir uma ordem em nossas vidas para nos assegurar de que nossas programac es se concretizar o N o duvidamos de que amanh encontraremos na esquina a padaria que ali est hoje e n o encontraremos em seu lugar um deserto ou um parque de rinocerontes Compramos com anteced ncia passagens a reas para voar em algum dia certo do futuro sem duvidar de que nesse dia o aeroporto estar no lugar que os avi es levantar o v o e sem duvidar de que nesse dia estaremos tamb m entre os passageiros de que n s tamb m estaremos presentes nesse dia do futuro A personagem Gregory no in cio do romance faz seu di
321. ocedimentos especiais a serem seguidos pela policia antes que esta d cumprimento a determinadas ordens judiciais como reintegra es de posse Procedimentos especiais podem ser adotados antes de opera es cuja natureza envolva alta possibilidade de uso de for a pela pol cia 3 4 Controle Em qualquer lugar do mundo a pol cia e as forcas armadas possuem uma conex o pol tica inerente ambas est o encarregadas de exercer o monop lio estatal da viol ncia Ambas carregam armas Se h uma forte oposic o entre as duas h uma tend ncia instabilidade Quando as for as armadas controlam a pol cia ou h uma forte interfer ncia do poder central no poder local em pa ses federativos ou as for as armadas s o o pr prio poder central como ocorreu na Am rica Latina na segunda metade do s culo passado 11 V rios podem ser os motivos de conflito entre a pol cia e as for as armadas H casos por exemplo de tens es em pa ses em que a pol cia e as for as armadas eram constitu das por grupos tnicos diferentes Cf ENLOE 1976 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 188 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS Independentemente da situac o pol tica a tend ncia desse tipo de militariza o a de reduzir o controle da autoridade civil No caso brasileiro quanto mais poder se d ao Ex rcito mais se tira dos governadores Estes democraticamente eleitos e os maiores respons veis pela seguran
322. ofissionais e as empresas inclusive as que n o tenham representa o sindical quando provocados n o podem recusar se negocia o coletiva Art 619 Nenhuma disposi o de contrato individual de trabalho que contrarie normas de Conven o ou Acordo Coletivo de Trabalho poder prevalecer na execu o do mesmo sendo considerada nula de pleno direito INDICADOR 4 Normas legales que establecen el derecho y o la posibilidad de la negociaci n colectiva dentro de las empresas en 2004 Constitui o Pol tica Art 7 S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XXVI reconhecimento das conven es e acordos coletivos de trabalho Art 80 livre a associa o profissional ou sindical observado o seguinte VI obrigat ria a participa o dos sindicatos nas negocia es coletivas de trabalho Art 114 Compete Justi a do Trabalho conciliar e julgar os diss dios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores abrangidos os entes de direito p blico externo e da administra o p blica direta e indireta dos Munic pios do Distrito Federal os Estados e da Uni o e na forma da lei outras controv rsias decorrentes da rela o de trabalho bem como os lit gios que tenham origem no cumprimento de suas pr prias senten as inclusive coletivas 8 1o Frustrada a negocia o coletiva as partes poder o eleger rb
323. ofissionais ou econ micas como instrumento de sua atua o nas respectivas reas observado o disposto nos arts 146 III e 150 I e II e sem preju zo do previsto no art 195 8 60 relativamente as Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 319 contribui es a que alude o dispositivo Consolida o das Leis do Trabalho Art 579 A contribui o sindical devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econ mica ou profissional ou de uma profiss o liberal em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profiss o ou inexistindo este na conformidade do disposto no art 591 Obs Pelos dispositivos listados mesmo o trabalhador n o sindicalizado obrigado a contribuir financeiramente para o sindicato FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada VARIACION N o INDICADORES INDICADOR 4 Normas legales que establecen el derecho y o la posibilidad de la negociaci n colectiva
324. ogramas Como temos a obriga o de fazer tudo de uma maneira respons vel resolvemos formar um conselho com pessoas qualificadas e escolhidas pelas entidades parceiras na campanha que tem a atribui o de emitir relat rios que expliquem por que aquele programa contraria os Direitos Humanos Os DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 206 HI OUTROS TRABALHOS relat rios n o ser o baseados em nossas opini es pessoais mas na Constitui o nas leis e nos tratados internacionais dos quais o Brasil signat rio Com essa maneira respons vel de tratar a quest o angariamos parceiros de peso UNESCO OAB Conselho Federal de Psicologia ABEPEC CIVES Al m disso como n o temos inten o de impor nada a ningu m conquistamos os mais diversos apoios na sociedade civil desde os movimentos pelos direitos dos homossexuais at as Igrejas cat licas e evang licas Estamos caminhando aos poucos por causa da grande responsabilidade e das dificuldades naturais Mas a Campanha vem crescendo cada vez mais Listar a es da Campanha Muitas pessoas nos perguntam at onde pretendemos chegar com a Campanha Muitos s o os objetivos poss veis uma televis o de melhor qualidade mais representativa mais respeitosa etc Entretanto nosso maior compromisso n o necessariamente com o conte do da televis o Como j disse a Campanha conta com entidades as mais diversas que certamente discordam sobre qual o conte do mais adequad
325. oje As pol cias s o organiza es estaduais mas a Constitui o Federal confere importante papel regulador Uni o Esta exerce suas compet ncias por meio da legisla o e de rg os executivos federais como o Ex rcito Desde 1934 h compet ncias constitucionais da Uni o e dos estados no que tange s antigas for as p blicas e s atuais pol cias militares Ao declar las como for as auxiliares do Ex rcito o regime de Vargas reduziu a probabilidade de novos conflitos federativos armados O Estado Novo aumentou o controle com o Decreto Lei 1 202 de 8 de abril de 1938 que retirou das assembl ias legislativas a compet ncia de fixar o efetivo da for a policial Esta seria uma atribui o do governador ou do interventor mediante pr via autoriza o do Presidente da Rep blica A Constitui o de 1946 manteve o dispositivo que declara as pol cias militares auxiliares e reservas do Ex rcito Entretanto os estados ficavam livres para criar outras corpora es de policiamento ostensivo como as Guardas Civis al m de contarem com ampla discricionariedade no tocante organiza o formas de emprego da pol cia e garantias de seus membros A partir do Decreto Lei 317 de 13 de marco de 1967 a balan a pesou para o lado da Uni o Os estados limitavam se a arcar com o custo das pol cias militares A Inspetoria Geral das Pol cias Militares IGPM rg o do Ex rcito criado em 1969 controlava praticamente
326. ol cias No plano das for as coercitivas destaca se a j citada subordina o das pol cias mesma Secretaria de Seguran a P blica adotada por v rios estados nos ltimos anos Ainda v rios estados criaram conselhos de defesa social ou de seguran a p blica com maior ou menor poder deliberativo nos quais t m assento ambas as pol cias Finalmente vislumbra se que o Poder Executivo federal venha a ter maior participa o na pol tica de seguran a o que for aria uma maior padroniza o pois o governo tenderia a exigir a mesma contrapartida em troca da libera o de recursos financeiros Em termos das for as normativas destacam se as recentes reelabora es dos c digos de tica e dos curr culos das academias de Pol cia Militar nos estados onde a Pol cia tem maior tradi o profissional como Rio de Janeiro Minas 21 Em fevereiro de 2002 treze deputados paulistas compareceram a Bras lia para pedir a unifica o das pol cias ao ent o presidente da C mara A cio Neves Na comitiva deputados do PT ao PPB passando pelo PFL e pelo PSDB C mara Acerta Coopera o com Assembl ia Paulista Ag ncia C mara 21 2 2002 22 73 dos delegados entrevistados pelo IDESP concordam totalmente ou em termos com a unifica o das pol cias Entretanto teste estat stico revelou que os estados do Nordeste e do Centro Oeste t m peso maior nas fra es de discord ncia ARANTES e CUNHA 2003
327. ol tico As liberdades de express o de associa o e de imprensa existem para permitir a influ ncia n o estatal sobre o universo pol tico E a influ ncia cr tica sobre o universo pol tico claro que em nossas sociedades hoje todos n s herdeiros do estruturalismo temos muitas dificuldades em delimitar aquilo que pertencente ao universo pol tico e o que n o Mas isso n o significa absolutamente que tudo perten a quele universo Uma esfera de privacidade por mais dif cil de definir o que seja a nica garantia de qualquer liberdade E a liberdade de express o e principalmente a de imprensa s poder o subsistir se houver esse resguardo de esferas de privacidade Mas fiz essa longa digress o para dizer que a liberdade de imprensa que nos interessa mais especificamente existe para garantir a forma o de uma opini o p blica cr tica sobre os assuntos pol ticos Agora na poca em que esse direito foi concebido ainda n o possu amos os meios de comunica o de massa a radiodifus o que nos interessa mais de perto DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 202 HI OUTROS TRABALHOS 1 Para come ar imposs vel o completo pluralismo porque as condi es t cnicas n o permitem O uso limitado Nem todos podem falar em princ pio do meio 2 Adquire uma propor o n o imaginada de informa o seja de baixo para cima ou de cima para baixo passa ao referente o aspecto n o informado
328. olas da rede de cursos livres de Belo Horizonte Instituto de Idiomas Y zigi Greenwich English Schools Universitas Ltda Centro de Ensino de L nguas CEL LEP Tradutor do idioma ingl s para o portugu s de artigos do The New York Times USA The Times UK The Economist UK USA Today USA George USA and The New York Times Book Review USA para o jornal O Tempo de Belo Horizonte MG de janeiro a julho de 1999 Tradutor freelancer do idioma alem o para o portugu s com textos publicados no di rio Correio Brasiliense de Bras lia Pesquisador do Programa de Inicia o do CNPq e da FAPEMIG no projeto intitulado Inconstitucionalidade por Omiss o e Direito Prova sob orienta o do Prof Dr Aroldo Pl nio Gon alves mar o de 1994 a junho de 1995 Pesquisador do Projeto Direito Achado na Rua P los Reprodutores de Cidadania parceria entre a Faculdade de Direito da UFMG e a Coordenadoria Municipal de Direito Humanos de Belo Horizonte sob orienta o do Prof Dr Menelick de Carvalho e da Profa Dra Miracy Barbosa Gustin julho de 1995 a janeiro de 1996 Monitor da Disciplina Direito Administrativo no Programa de Monitoria da Pr Reitoria de Ensino e Pesquisa da UFMG sob orienta o do Prof Dr Pedro Paulo de Almeida Dutra ano de 1998 Participa o como representante estudantil em Congressos Encontros Cursos e Semin rios em cerca de 25 cidades brasileiras President
329. olescente portador de defici ncia mediante o treinamento para o trabalho e a conviv ncia e a facilita o do acesso aos bens e servi os coletivos com a elimina o de preconceitos e obst culos arquitet nicos INDICADOR 1 Norma constitucional que reafirma explicitamente la capacitaci n laboral de mujeres y personas que sufren alguna discapacidad Constitui o Pol tica Art 208 O dever do Estado com a educa o ser efetivado mediante a garantia de III atendimento educacional especializado aos portadores de defici ncia preferencialmente na rede regular de ensino Art 227 8 lo O Estado promover programas de assist ncia integral sa de da crian a e do adolescente admitida a participa o de entidades n o governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos Il cria o de programas de preven o e atendimento especializado para os portadores de defici ncia f sica sensorial ou mental bem como de integra o social do adolescente portador de defici ncia mediante o treinamento para o trabalho e a conviv ncia e a facilita o do acesso aos bens e servi os coletivos com a elimina o de preconceitos e obst culos arquitet nicos FUENTES Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 2 ed S o Paulo Editora Revista dos Tribunais 1991 Brasil Constitui o da Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara d
330. omiss o de Direitos Humanos da Assembl ia Legislativa Entretanto algo me diz que ningu m ir me explicar o motivo daquelas fotos apesar de elas serem auto explic veis Se algu m importante perguntar basta culpar a guerra s drogas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 83 84 I ARTIGOS EM JORNAL OS EUA DEPOIS DO ATAQUE Moro na 123 com Broadway a cinco milhas do World Trade Center Assisti aos atentados pela TV Com rela o s cenas de hiperrealismo fant stico n o tive qualquer ngulo privilegiado O que vi a mais isso sim foi a como o popular Nas ruas as pessoas choravam e se abra avam Porteiros e seguran as de pr dios reuniam se para comentar o inacredit vel Enfiei me numa sala de televis o na Universidade de Col mbia de onde pude me comunicar com o Brasil via Internet Horas depois fui pegar a fila da doa o de sangue Voltei a p para casa sem conseguir parar de pensar naquelas pessoas em prantos nas ruas hospitais e salas de TV S senti algo semelhante quando estive em Israel h dois anos O acordo de Oslo ainda estava em vigor Os territ rios ocupados estavam sob a autoridade de Arafat se bem que o Estado palestino ainda parecesse uma ilus o De qualquer maneira era uma poca mais tranquila Podia se ao menos fazer turismo e rezar Por ser uma grande pot ncia militar e por organizar um regime injusto o Estado de Israel causava me certa antipatia N o era preciso ir m
331. onal do Com rcio para o fim de que trata o artigo anterior criar e organizar o Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC Lei 5692 1971 Art 4 8 1 A prepara o para o trabalho como elemento de forma o integral do aluno ser obrigat ria no ensino de 1 e 2 graus e constar dos planos curriculares dos estabelecimentos de ensino Art 6 As habilita es profissionais poder o ser realizadas em regime de coopera o com empresas e outras entidades p blicas ou privadas INDICADOR 2 Normas legales que desarrollan lo relativo a la capacitaci n t cnica o profesional que prepare a las personas para el empleo Decreto Lei N 4 048 1942 Art 2 Compete ao Servi o Nacional de Aprendizagem dos Industri rios organizar e administrar em todo o pa s escolas de aprendizagem para industri rios Art 3 O Servico Nacional de Aprendizagem dos Industri rios ser organizando e dirigido pela Confedera o Nacional da Ind stria Consolida o das Leis do Trabalho Art 390 C As empresas com mais de cem empregados de ambos os sexos dever o manter programas especiais de incentivos e aperfei oamento profissional da m o de obra Art 429 Os estabelecimentos de qualquer natureza s o obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Servi os Nacionais de Aprendizagem n mero de aprendizes equivalente a cinco por cento no m nimo e quinze por cento no m ximo dos trabalhadore
332. ontrar um sentido de vida dar forma e asas s id ias Sistematizar e aperfei oar os pensamentos ia muito al m de uma obriga o acad mica ou de um gosto mundano pelo reconhecimento de seus talentos Era um afazer humanista uma parte da sua luta por um mundo melhor As palavras o encantavam mas n o lhe pertenciam Pertenciam cultura ao outro Ele se deliciava com elas para depois devolv las renovadas e reinvestidas de vida e de sentidos Pois Mateus tinha amor pelo ser humano Esta colet nea re ne textos que vieram a lume por diversos meios artigos trabalhos acad micos e palestras Refletem e sistematizam o trabalho desenvolvido em momentos distintos de sua curta e intensa trajet ria Nesta trajet ria fica demarcada sua paix o pelos direitos humanos quest o de milit ncia e tema de pertinaz reflex o uma paix o refletida Dois textos integram a parte introdut ria do livro O primeiro foi a nossa fala na homenagem organizada pelo Vereador Arnaldo God y em 2005 na C mara Municipal de Belo Horizonte O segundo foi escrito para o Mateus quando ele ainda estava conosco pela Elza a Taiti tia e madrinha do Mateus e sua mais querida interlocutora na rea dos direitos humanos Os Artigos em jornal s o textos publicados em O TEMPO no per odo de 1999 a 2001 Alguns meses passados em Berlim no intuito de estudar alem o inspiraram o primeiro artigo Berlim o laborat rio para a nova Al
333. ontrole social democr tico Refer ncias bibliogr ficas ALARY Jean 2000 L histoire de la Gendarmerie de la Renaissance au IIe Millenaire Paris Calmann Levy BAYLEY David H 1975 The Police and Political Development in England In C Tilly Org The Formation of National States in Western Europe Princeton Princeton University Press p 328 3709 BAYLEY David H 1993 What s in a Uniform A Comparative View of Police Military Relations in Latin America trabalho apresentado confer ncia Between Public Security and National Security Washington D C Woodrow Wilson Center BAYLEY David H 1994 Police forthe Future New York Oxford University Press Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS BITTNER Egon 1991 The functions of police in modern society In Klockars Carl B Mastrofski Stephen Orgs Thinking about police contemporary readings New York McGraw Hill p 35 51 Publicado originalmente em BITTNER E 1980 The functions of police in modern society Cambridge Olegeschlager Gunn amp Hain CALDEIRA Teresa P 2000 City of Walls Crime Segregation and Citizenship in S o Paulo Berkeley University of California Press CALL Charles T 2002 War Transitions and the New Civilian Security in Latin America Comparative Politics V 35 n 1 CANO Ign cio 1996 Letalidade da Ac o Policial no Rio de Janeiro Rio de Janeiro Instituto
334. ora a responder chamadas em localidades perif ricas e o descaso com a viol ncia dom stica 7 uso dos servi os de intelig ncia para espionar os movimentos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 61 62 I ARTIGOS EM JORNAL sociais 8 militariza o da estrutura policial 9 o c digo do sil ncio imposto a policiais que queiram denunciar seus colegas ou propor reformas profundas na institui o 10 a maneira como na guerra s drogas as t ticas de abordagem colocam em risco a vida de inocentes e privilegiam a repress o em vez do planejamento e da preven o 11 a dificuldade de responsabilizar e punir o abuso policial 12 as t cnicas de controle de multid es atrav s dos batalh es de choque que por vezes levam ao uso desnecess rio da for a f sica e ao desrespeito liberdade de express o e 13 as vingan as que alguns policiais praticam por conta pr pria em decorr ncia de conflitos pessoais com vizinhos familiares etc Os pontos acima n o dizem respeito ao Estado de Minas Gerais S o problemas da pol cia enquanto institui o No grupo de trabalho vamos questionar e dialogar com a pol cia mineira no sentido de diagnosticar o grau de ocorr ncia de cada um dos problemas e as estrat gias para elimin los ou pelo menos ameniz los Dialogar nosso dever democr tico Tanto quanto denunciar os abusos Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL O EXEMPLO DO
335. orar a adequa o do ordenamento jur dico liberdade de express o na medida em que oferece uma alternativa de repara o diferente e mais eficaz que a san o penal Com rela o ao restante do princ pio 10 entretanto o projeto de c digo de tica silente no momento de definir disposi es especiais que protejam os jornalistas da persegui o de funcion rios p blicos Ainda n o estabelece o interesse p blico como regra de exce o aos princ pios de privacidade Cita t o somente a possibilidade de quebra da privacidade para identifica o de conduta tipificada pelo C digo Penal o que deixa de lado n o apenas os demais crimes da legisla o penal extravagante como tamb m as demais informa es de interesse p blico Mateus Afonso Medeiros A Campanha se choca frontalmente com os princ pios 06 e 07 Come aremos com este ltimo j que o principio 06 trata da pr pria imposic o do c digo de tica o cerne mesmo da proposta da Campanha O principio 07 trata da impossibilidade de estabelecer condicionamentos pr vios a liberdade de express o Cita expressamente tr s deles a veracidade a oportunidade e a imparcialidade O projeto da Campanha possui dois cap tulos que tratam exatamente da isen o logo imparcialidade e da exatid o logo veracidade O cap tulo da exatid o art 7 e 8 t mido estabelece a obriga o de retificar informa es err neas al m da obriga
336. os At maio de 2004 os telespectadores j haviam enviado 15 339 manifesta es cerca de um ter o das quais eram den ncias sobre abusos ocorridos Em outubro de 2004 a campanha promoveu um protesto em que recomendou popula o que desligasse os aparelhos de televis o por uma hora no domingo Segundo o jornal Folha de S o Paulo o maior ve culo impresso do pa s a ades o foi de 14 medido na regi o metropolitana de S o Paulo em compara o com o n mero de televisores ligados no domingo anterior Em seu esfor o para convencer as empresas de que n o vale a pena vincular seus produtos a programas que desrespeitem os direitos 4 A primeira reuni o do CAP foi financiada pelo cap tulo brasileiro da Unesco Todas as demais acontecem por sistema de v deo confer ncia 5 Audi ncia da TV cai em dia antibaixaria Folha de S o Paulo 18 de outubro de 2004 pg C5 A reportagem afirma que entre 15h e 16h de ontem segundo dados preliminares do Ibope 46 9 dos televisores da Grande SP estavam ligados No dia 10 esse ndice foi de 54 5 e no dia 3 de 57 5 A Globo perdeu quase oito pontos Mateus Afonso Medeiros humanos a campanha enviou correspond ncia a onze anunciantes obtendo de oito deles a promessa de mudancas nas estrat gias de marketing A mobiliza o alcan ada n o foi apenas da sociedade civil No estado de Pernambuco o Minist rio P blico firmou um c digo de conduta com as emissoras locais
337. os Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION N o Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 305 INDICADORES INDICADOR 2 Normativa legal que regule la capacitaci n laboral de mujeres y personas que sufren alguna discapacidad Lei n 7853 1989 apoio ao deficiente Art 2 Par grafo nico Para o fim estabelecido no caput deste artigo os rg os e entidades da administra o direta e indireta devem dispensar no mbito de sua compet ncia e finalidade aos assuntos objetos esta Lei tratamento priorit rio e adequado tendente a viabilizar sem preju zo de outras as seguintes medidas JII na rea da forma o profissional e do trabalho a o apoio governamental forma o profissional e a garantia de acesso aos servi os concernentes inclusive aos cursos regulares voltados forma o profissional INDICADOR 2 Normativa legal que regule la capacitaci n laboral de mujeres y personas que sufren alguna discapacidad Lei n 7853 1989 apoio ao deficiente Art 2 III na rea da forma o profissional e do trabalho a o apoio governamental forma o profissional e a garantia de acesso aos servi os concernentes inclusive aos cursos regulares voltados forma o profissional Lei 8213 1991 Art 89 A habilita o e a reabilita o profissional e social dever o proporcionar ao benefici rio incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho e s pessoas port
338. os do esfor o pol tico necess rio tem deixado de lado o problema da desmilitariza o Isso coloca em risco a pr pria id ia de integra o As pol cias civis em geral operam em expressiva descentraliza o administrativa Muitas das decis es s o tomadas no plano da delegacia Em contraste as pol cias militares s o centralizadas Para que a integra o alcance sucesso h que se equalizar essas diferen as centralizando mais o comando policial civil e descentralizando o militar Tudo isso requer expressiva desmilitariza o que como este artigo demonstrou pode ser alcan ada por meio da legisla o ordin ria Refer ncias bibliogr ficas ABRUCIO Fernando Luiz Os bar es da Federa o Os Governadores e a Redemocratiza o Brasileira S o Paulo Editora Hucitec BAYLEY David Police for the Future New York Oxford University Press 1994 BAYLEY David 1993 What s in a uniform A comparative view of police military relations in Latin America In BETWEEN Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS PUBLIC SECURITY AND NATIONAL SECURITY 1993 Washington D C Centro Woodrow Wilson out 1993 BRASIL Glauc ria Mota ABREU Domingos Uma experi ncia de integra o das pol cias civil e militar os distritos modelo em Fortaleza Sociologias Porto Alegre n 8 p 318 355 2002 CALL Charles War transitions and the new civilian security in Latin America Comparative Po
339. osta da Campanha com seus defeitos e qualidades aqui apontados caminha nesta dire o prop e um espa o p blico em que a comunidade pol tica aumenta sua express o com razo vel independ ncia perante o Estado e o mercado apesar da regula o por lei Ao mesmo tempo preserva intocados v rios outros espa os de liberdade meios impressos internet artes pl sticas etc Mateus Afonso Medeiros 281 Se h um princ pio da indivisibilidade dos direitos este quer dizer que a interpretac o dos mesmos deve ser aquela que permita a realiza o mais ampla poss vel dos potenciais da pessoa humana A interpreta o tradicional da liberdade de express o como garantidora dos direitos individuais e pol ticos est em plena conson ncia com a triste hist ria recente da Am rica Latina Mas no momento em que temos a oportunidade hist rica de consolidar nossas democracias torna se necess rio avan ar na interpreta o e chegar garantia tamb m dos direitos econ micos sociais e principalmente culturais DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 282 HI OUTROS TRABALHOS DIREITO HUMANO AO TRABALHO Introdu o Este documento investiga o direito humano ao trabalho na Rep blica Federativa do Brasil A inten o comparar a situa o desse direito nos anos de 1990 e 2004 tendo como refer ncia de an lise os artigos 6 a 8 do Pacto Internacional de Direitos Econ micos Sociais e Culturais PIDESC e 6 a 8 do P
340. otiva o e garra aos policiais Curiosamente a avalia o do desempenho da pol cia feita como se algu m quisesse demonstrar a sua incompet ncia Qjuanto maior o n mero e o tamanho de cercos incurs es opera es ocupa es e blitze tanto melhor Nem pensar em s ries hist ricas das taxas de criminalidade e de vitimiza o N a pr tica esta vis o penalista militarista da seguran a p blica consolidou se entre n s com este modelo duplamente enviesado na cabe a que os policiais e o poder pol tico tamb m operam 2001 73 75 Duas caracter sticas desse texto chamam a aten o a certeza da inefici ncia dos mitos institucionais preponderantes e a impot ncia do ator individual membro DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 122 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS de uma das organiza es diante da realidade institucional N o basta a demonstrac o da inefici ncia das pr ticas pois os mitos est o institucionalizados na cabe a dos policiais organiza o e do poder pol tico ator relevante Mas ent o de onde viria a id ia de unifica o Afirmei acima que a forma o das pol cias modernas respondeu a necessidades de controle social A nova organiza o era ao mesmo tempo repressora na medida em que exercia o monop lio da viol ncia f sica leg tima e protetora uma vez que existia para garantir um consenso social Santos 1997
341. p tese os meios adotados por empregados e empregadores poder o violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem 8 3 As manifesta es e atos de persuas o utilizados pelos grevistas n o poder o impedir o acesso ao trabalho nem causar amea a ou dano propriedade ou pessoa Art 8 A Justi a do Trabalho por iniciativa de qualquer das partes ou do Minist rio P blico do Trabalho decidir sobre a proced ncia total ou parcial ou improced ncia das reivindica es cumprindo ao Tribunal publicar de imediato DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 324 HI OUTROS TRABALHOS o competente ac rd o Art 11 Nos servicos ou atividades essenciais os sindicatos os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados de comum acordo a garantir durante a greve a presta o dos servi os indispens veis ao atendimento das necessidades inadi veis da comunidade Art 14 Constitui abuso do direito de greve a inobserv ncia das normas contidas na presente Lei bem como a manuten o da paralisa o ap s a celebra o de acordo conven o ou decis o da Justi a do Trabalho FUENTES Lei n 7783 de 28 de junho de 1989 VARIACION N o Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 325 Matriz para la recopilaci n de informaci n sobre indicadores sociales CAMPO TEMATICO TRABAJO Variable 1 Tasa de desempleo abierto INDICADORES o el a o m s pr ximo a 1990 In
342. pagaio s o os coron is que usam os coletes N o vestem a mesma prote o que seus subordinados mas escondem se eles tamb m dos olhos da popula o impedindo a apura o das den ncias estimulando o abuso Um dos m ritos da comiss o que atrav s de sua a o permanente ora de den ncia ora de apura o ela est ajudando a tirar os coletes dos coron is E o processo de organiza o popular pode ir ainda mais longe Pode at tirar a roupa do rei Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL DIREITOS HUMANOS DESAFIOS E PERSPECTIVAS No ltimo dia 25 de janeiro o secret rio municipal de Direitos de Cidadania Fernando Alves anunciou as pessoas que estar o frente das seis coordenadorias de sua pasta Em declara o ao jornal O TEMPO o secret rio enfatizou optamos por manter os coordenadores que est o desenvolvendo um bom trabalho Embora n o deixemos de reconhecer falhas no trabalho da Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania CDHC durante o primeiro governo C lio de Castro avan amos em v rios aspetos na defesa dos direitos fundamentais do cidad o belo horizontino Durante esse per odo procuramos relacionar a luta pelos direitos humanos com a efetiva o da cidadania da democracia e da igualdade Nosso carro chefe o programa Cidade Cidad foi semifinalista geral no Ciclo de Premia o da Funda o Get lio Vargas classificando se entre os cem melhores programas de um total de ma
343. pela Campanha DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 275 276 No caso do principio 12 igualdade de acesso s concess es podemos dizer que a proposta da Campanha aumenta a liberdade de express o dos brasileiros Por certo o projeto de c digo de tica n o trata especificamente da maneira como o espaco eletromagn tico dado em concess o Entretanto ao aumentar o acesso dos cidad os a todas as concess es acaba por introduzir um mecanismo de pluralidade e diversidade nas mesmas Pelas mesmas raz es a Campanha aumenta a liberdade de express o quando se trata do par metro 2 apresentado por Bertoni que afirma que a liberdade de express o possui uma dimens o individual e outra coletiva pois na medida em que h maior acesso aos meios h maior circula o de informa es e maior possibilidade de conhecer as diversas opini es sobre um determinado assunto Ainda sobre o par metro 2 h se que ressaltar o enorme ganho que a proposta da campanha traria no sentido da express o de grupos ou coletividades na televis o Quando tratamos o caso 02 por exemplo pudemos perceber que no atual ordenamento jur dico brasileiro a repara o do dano ea pr pria resposta do grupo ofendido restam prejudicadas A campanha prop e introduzir as coletividades na defini o dos limites e no uso das concess es de TV Tamb m para o par metro 3 e parte do princ pio 10 impossibilidade da san o penal a Campanha prop e melh
344. po de qualifica o da m dia e dos movimentos sociais Paradoxalmente ou n o foi identificada ao mesmo tempo com o neoliberalismo e com o centralismo democr tico dos partidos comunistas Para atribuir um r tulo basta concentrar a cr tica na parte em vez do todo Racionaliza o de investimentos neoliberal Nomea o de supersecret rios centralismo democr tico Em 1993 na Faculdade de Direito da UFMG um estudante resolveu assistir s aulas de saia em homenagem ao dia internacional da mulher chamado at hoje o mulher Seus colegas viram a saia Felizmente n o a levantaram O par grafo anterior serve apenas para lembrar que na nsia de tomar a parte pelo todo alguns detalhes foram esquecidos nos debates sobre a reforma Por exemplo pouco se falou na cria o da Secretaria de Direitos de Cidadania que aglomera as seguintes coordenadorias direitos humanos e cidadania defesa do consumidor direitos da mulher defesa civil assuntos da comunidade portadora de defici ncia e assuntos da comunidade negra Por debaixo dessa saia um debate conhecido o dilema igualdade versus diferen a melhor dizendo sobre a estrat gia a ser adotada num governo de esquerda para construir a igualdade ao mesmo tempo respeitando e valorizando a diferen a Richard Rorty analisando a esquerda norte americana concluiu que a Guerra do Vietn marcou a distin o entre velha e nova esquerda A distin o entre a
345. possui um advogado sequer funcionando gra as compet ncia e dedica o da ouvidoria e dos funcion rios Ainda n o se pode dizer que haja um controle eficaz das for as policiais no Brasil Os avan os foram muitos nesses poucos anos de democracia mas a impunidade ainda alarmante principalmente quando o abuso praticado contra popula es pobres O movimento de direitos humanos n o far como a pol cia de Dostoi vski esperando a reden o dos torturadores Vamos isso sim continuar batalhando pelo fortalecimento das ouvidorias pela extin o da Justi a Militar pelo fim do inqu rito policial pela puni o dos abusos Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL INDIV DUO SUSPEITO E ESQUISITO ELEMENTO Que h um problema de abordagem na pol cia brasileira l isso h Segundo pesquisa sobre o uso da arma de fogo pela pol cia de S o Paulo apenas 44 1 dos civis mortos em a es policiais se encontravam em situa o de flagrante delito no momento em que foram baleados 52 deles n o tinham nenhum antecedente criminal Nos demais Estados em que esse tipo de levantamento foi realizado os n meros variam pouco o que indica no m nimo o despreparo geral Entretanto o problema n o se resume ao fator treinamento ou preparo Trata se do pr prio imagin rio social da pol cia da maneira como se configuram os conceitos de bandido suspeito No ltimo dia 12 de abril por exemplo o jornal
346. praticando a destruic o qu mica de terras produtivas promovendo violac es aos direitos humanos e aumentando sua influ ncia militar sobre a Am rica latina sem a menor necessidade de oferecer uma contrapartida em termos de redu o do consumo No plano interno essa pol tica serve nas palavras do soci logo franc s Loic Wacquant As Pris es da Mis ria Jorge Zahar Editor 2001 como um biombo na guerra contra os componentes da popula o percebidos como os menos teis e potencialmente mais perigosos sem emprego sem teto sem documento mendigos vagabundos e outros marginais O mesmo soci logo explica como na maioria dos pa ses do Publicado no Jornal O TEMPO em 12 06 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 81 82 I ARTIGOS EM JORNAL Primeiro Mundo os impressionantes ndices de infla o carcer ria devem se basicamente ao aumento das condena es por infra o legisla o antidrogas principalmente de usu rios negros e estrangeiros e pequenos traficantes N o dif cil entender por que a pol tica repressiva t o essencial ao processo de criminaliza o da mis ria O n mero de usu rios de drogas varia pouco em termos de classe social vale dizer a propor o de usu rios nas classes m dia e alta geralmente se equipara aquela das classes baixas No entanto entre os condenados contam se quase exclusivamente membros das camadas populares Em Belo Horizont
347. que fundamental para que as condena es sejam mantidas na segunda inst ncia Al m do Minist rio P blico surgiram recentemente as ouvidorias de pol cia instrumento moderno democr tico e pouco burocratizado de controle externo No entanto elas ainda n o existem em mais da metade dos Estados brasileiros E as que j foram criadas encontram s rias dificuldades impostas por grupos a quem n o interessa que a viol ncia policial seja investigada Geralmente as ouvidorias de pol cia enfrentam tr s fases de resist ncia 1 a fase do s por cima do meu cad ver quando as ouvidorias n o s o aceitas sob nenhuma circunst ncia 2 a fase da DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 73 74 I ARTIGOS EM JORNAL convers o m gica quando se torna politicamente inevit vel a cria o da ouvidoria portanto seus oponentes se transformam em especialistas e prop em o modelo menos aut nomo e independente poss vel e 3 a fase da resist ncia p s parto quando a rec m instaurada ouvidoria encara restri es quanto a seu or amento autoridade acesso a informa es e estrutura No ano passado a ouvidoria de Minas retornou fase 2 quando a proposta de reforma administrativa do governo estadual tentou criar uma ouvidoria geral qual a Ouvidoria de Pol cia seria subordinada o que acabaria com sua independ ncia A proposta n o vingou No entanto Minas ainda est na fase 3 nossa ouvidoria n o
348. que n o considerem pertinentes ou de reformatar o arquivo para que as tabelas possam caber em uma p gina Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 285 I O TRABALHO COMO DIREITO VARIABLE 1 Normas referidas al trabajo como derecho en general y como derecho espec fico de sectores en condiciones de vulnerabilidad INDICADORES INDICADOR 1 Indagar en qu t rminos reconoce la Constituci n el derecho al trabajo o a trabajar Constitui o Pol tica Art lo A Rep blica Federativa do Brasil formada pela uni o indissol vel dos Estados e Munic pios e do Distrito Federal constitui se em Estado democr tico de direito e tem como fundamentos JIV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Art 50 XIII livre o exerc cio de qualquer trabalho of cio ou profiss o atendidas as qualifica es profissionais que a lei estabelecer JArt 60 S o direitos sociais a educa o a sa de o trabalho o lazer a seguran a a previd ncia social a prote o maternidade e inf ncia a assist ncia aos desamparados na forma desta Constitui o Art 170 A ordem econ mica fundada na valoriza o do trabalho humano e na livre iniciativa tem por fim assegurar a todos exist ncia digna conforme os ditames da justi a social observados os seguintes principios VIII busca do pleno emprego Art 186 A fun o social cumprida quando a propriedade rural atende simultaneam
349. quer olha para aquelas quest es da ordem p blica que nada tenham a ver com crime Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 121 Se a viol ncia campeia seria porque faltam leis mais duras seria porque a pol cia prende e a justi a solta seria por causa da burocracia dos inqu ritos da falta de pessoal e recursos materiais nas delegacias A avalia o da pol cia em geral relaciona se quantidade de inqu ritos realizados e de infratores levados aos tribunais pouco importando as a es de preven o os crimes que n o tenham ca do nas malhas do sistema perdidos na imensid o das cifras obscuras e os crimes que podem vir a ocorrer Na tica militar falar de ordem p blica curiosamente falar de desordem p blica de combate de guerra contra inimigos abstratos que no atacado estariam espreita em lugares suspeitos e determinados Considerando o crime como uma patologia intoler vel e os conflitos de interesses como desarrumacao da ordem o modelo militar tem a pretens o de vencer os criminosos de erradicar o crime de acabar com a desordem Com preocupa o com os criminosos em abstrato portanto imagina se que se a viol ncia campeia porque os efetivos s o insuficientes porque a pol cia judici ria fica nas delegacias porque a pol cia est menos armada que os bandidos porque faltam m
350. r um poder ang lico chamado o povo Neste sentido o povo o nome de uma for a preternatural redentora uma for a cuja contraparte demon aca chamada poder ou sistema A Esquerda Cultural herdou o mote poder para o povo da esquerda dos anos 60 cujos membros raramente indagaram se sobre como a transfer ncia do poder iria funcionar Essa quest o ainda est sem resposta p 130 e 138 Apenas h alguns anos desde o final da d cada de 80 que se vislumbra no Brasil uma aproxima o entre os movimentos pela educa o e pela escola p blica DA SILVA 1996b 95 Permanece a cr tica ao modelo burocr tico mas agora admite se a possibilidade de uma a o estatal n o burocratizada de escolas p blicas com autonomia principalmente de um espa o p blico n o estatal A cr tica gerencialista A cr tica gerencialista ao modelo de organiza o burocr tica fortaleceu se a partir dos governos Reagan nos Estados Unidos e Thatcher na Gr Bretanha O principal argumento usado por estes governos era o de que os custos do Estado burocr tico s o altos demais e que se pode fazer 1 O espa o p blico n o estatal n o se confunde com a propriedade p blica n o estatal Esta ltima uma conceitua o jur dica decorrente da nova lei das Organiza es Sociais que inaugurou a possibilidade de que entidades de direito privado recebam verbas p blicas a serem administradas atrav s do in
351. r as distorc es que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas vedado I publicar ou fazer publicar an ncio de emprego no qual haja refer ncia ao sexo idade cor ou situac o familiar salvo quando a natureza da atividade a ser exercida p blica e notoriamente assim o exigir II recusar emprego promo o ou motivar a dispensa do trabalho em raz o de sexo idade cor situa o familiar ou estado de gravidez salvo quando a natureza da atividade seja not ria e publicamente incompat vel III considerar o sexo a idade a cor ou situa o familiar como vari vel determinante para fins de remunera o forma o profissional e oportunidades de ascens o profissional IV exigir atestado ou exame de qualquer natureza para comprova o de esterilidade ou gravidez na admiss o ou perman ncia no emprego V impedir o acesso ou adotar crit rios subjetivos para deferimento de inscri o ou aprova o em concursos em empresas privadas em raz o de sexo idade cor situa o familiar ou estado de gravidez VI proceder o empregador ou DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 292 HI OUTROS TRABALHOS preposto a revistas ntimas nas empregadas ou funcion rias Par grafo nico O disposto neste artigo n o obsta a ado o de medidas tempor rias que visem ao estabelecimento das pol ticas de igualdade entre homens e mulheres em particular
352. r autonomia dos munic pios muitos deles ainda dependem de recursos do caixa estadual Os governantes ainda agem na express o de Fernando Luiz Abrucio 1998 como bar es da federa o A m quina pol tica estadual instrumento utilizado pelos governadores para controlar suas bancadas no Congresso Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 179 Nacional o fator mais importante na constru o e destrui o das carreiras de deputados estaduais e federais Se os governadores precisam de maior autonomia n o se pode ter a certeza de que n o a utilizar o em proveito pr prio no conflito pol tico federativo Em termos de reforma policial portanto ambos os fatores merecem reflex o As propostas deste artigo assentam se em duas premissas b sicas a Seja qual for a natureza do conflito federativo n o o Ex rcito que deve administr lo mas o poder civil democraticamente constitu do As compet ncias decis rias da Uni o pelo menos em sua maioria devem passar do Ex rcito para um rg o civil do governo federal b Torna se necess ria uma distin o legislativa entre as tropas das pol cias militares que cumprir o o papel constitucional de for as auxiliares do Ex rcito e as que se concentrar o no trabalho de policiamento ostensivo No caso destas ltimas pode se dar maior autonomia aos governadores em termos de emprego operacionalidade e estrutura Apena
353. r dos Estados os agentes do sistema financeiro internacional e os agentes n o estatais em geral detentores do poder econ mico Traduc o nossaf Pelo outro lado posicionou se Roberto Garret n A conquista do gozo dos direitos humanos n o vir jamais do mercados nem h como lhes exigirisso O referente para a doutrina dos direitos humanos e seguir sendo o Estado cuja obriga o fundamental segundo o pacto de Desc adotar as medidas inclusive econ micas e financeiras at o m ximo dos recursos de que disponham para a satisfac o progressiva dos direitos humanos Tradu o nossa O debate surge como conseq ncia do propalado enfraquecimento do Estado nacional no mundo globalizado A realizac o dos direitos econ micos sociais e culturais exige dos Estados o cumprimento de obriga es de cumprir Ao mesmo tempo o poder de decis o sobre as pol ticas p blicas necess rias se desloca dos Estados para as inst ncias do poder financeiro internacional A postura dos que defendem a responsabiliza o dessas inst ncias Can ado Trindade em nosso exemplo reagem constata o bvia de que os Estados n o s o os 12 Ant nio Augusto Can ado Trindade El Desarraigo como Problema de Derechos Humanos frente a la Conciencia Jur dica Universal Trabalho apresentado ao XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos San Jos Instituto Interamericano de Direitos Humanos 2004 p
354. r feito isso mas n o o sapador N o me conformei Digo essas coisas de in cio para deixar claro que vou refletir sobre Domingo sem me preocupar como Chesterton tenha querido a sua personagem mas como eu na condic o de leitora deixei que ela entrasse em minha experi ncia e em minha vida A ordem e ocaos A ordem e a anarquia ou mais amplamente a ordem e o caos s o os temas fundamentais que perpassam o livro O Homem que foi Quinta Feira O poeta da ordem Syme um policial e o poeta Gregory um anarquista puro t m os seus destinos interligados na trama Gregory sem saber que Syme um policial para provar que um anarquista s rio revela a ele a exist ncia de uma organiza o secreta anarquista que tem por finalidade liquidar a ordem Por uma quest o de lealdade Syme revela a Gregory sua condi o de policial E obt m um do outro a promessa de jamais revelar o segredo que cada um deseja manter Syme se infiltra na organiza o Mas a organiza o que de seis anarquistas cada um sendo designado pelo nome de um dia da semana e presidida por Domingo vai se desvelar como o contr rio do que aparenta ser Com exce o de Gregory todos os demais s o policiais que se disfar am de anarquistas Cada um acredita que o nico policial infiltrado at que cada um at nito vai descobrindo que o outro tamb m um policial infiltrado DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 19 20 Afinal
355. r meio de normas de sa de higiene e seguran a XXIII adicional de remunera o para as atividades penosas insalubres ou perigosas naforma da lei XXVII DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 310 HI OUTROS TRABALHOS prote o em face da automa o na forma da lei XXVIII seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador sem excluir a indeniza o a que este est obrigado quando incorrer em dolo ou culpa XXIX a o quanto aos cr ditos resultantes das rela es de trabalho com prazo prescricional de a cinco anos para o trabalhador urbano at o limite de dois anos ap s a extin o do contrato b at dois anos ap s a extin o do contrato para o trabalhador rural XXXII proibi o de distin o entre trabalho manual t cnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos XXXIII proibi o de trabalho noturno perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos salvo na condi o de aprendiz Art 37 XV os vencimentos dos servidores p blicos civis e militares s o irredut veis Art 39 lo A lei assegurar aos servidores da administra o direta isonomia de vencimentos para cargos de atribui es iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo Legislativo e Judici rio ressalvadas as vantagens de car ter individual e as relativas natureza ou ao lo
356. r os aspectos for a e servi o das pol cias Pode se invocar os direitos humanos como um instrumento de interven o sobre ou de altera o da discricionariedade policial O aparecimento do policiamento comunit rio significou uma nova maneira de encarar a discriciona 5 Para uma perspectiva baseada em an lise do discurso dos encontros entre policiais e cidad os vide Phillip Chong Ho Shon Hey you c me here subjectivization resistance and the interpellative violence of self generated police citizen encounters International Journal for the Semiotics of Law v 13 n 2 2000 p 159 179 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 240 HI OUTROS TRABALHOS riedade policial N o h uma receita ou uma t cnica definida para o policiamento comunit rio mas sua premissa central declarada a de que o p blico deve ter um papel ativo na organiza o do policiamento Pol cia e justi a n o podem ser as nicas respons veis O policiamento comunit rio portanto exige das pol cias o desenvolvimento de formas de participa o do p blico na seguran a e na manuten o da ordem importante lembrar que o modelo do policiamento comunit rio surge a partir do questionamento de um outro modelo usualmente denominado profissional Este baseado no modelo racional burocr tico weberiano propugnava a um planejamento centralizado b uma pol cia isolada das influ ncias externas influ ncia
357. r parte do pr prio Ex rcito Nacional A reforma processual penal de 1871 retirou dos delegados as atribui es judiciais mas manteve a Pol cia Civil ligada ao processo penal por meio do mecanismo do inqu rito policial regulado pelo C digo de Processo Penal que estabelece mecanismos coercitivos do Judici rio em rela o s pol cias Tamb m houve um processo de profissionali za o cada vez mais se exige o diploma em direito para ocupa o do cargo de delegado for a normativa N o a pol tica dos governadores que explica o aprofundamento das for as isom rficas entre Pol cia Civil e Justi a mas a gradual liberaliza o da ordem jur dica sem altera o significativa da ordem social A escravid o foi abolida o sufr gio foi ampliado os direitos individuais DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 116 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS legalmente reconhecidos N o obstante a sociedade brasileira continuou extremamente desigual Assim o Poder Judici rio espaco da legalidade passa a depender de uma ag ncia externa para mediar a aplica o da ordem jur dica igualit ria A Pol cia Civil transforma se em um filtro cuja fun o interpretar a situa o real desigual antes que esta chegue ao Judici rio ou mesmo impedindo que chegue KANT DE LIMA 1995 Eis a for a mim tica o inqu rito policial funciona como pr processo penal em que se forma a culpa sem as garantias da or
358. r que tenha se envolvido voluntariamente em assuntos de interesse p blico Nesses casos deve provar se que o comunicador na divulga o das not cias teve a inten o de infligir dano ou o pleno conhecimento de que estava divulgando not cias falsas ou se conduziu com manifesta neglig ncia na busca de sua verdade ou falsidade Princ pio 12 Os monop lios ou oligop lios na propriedade e no controle dos meios de comunica o devem estar sujeitos a leis anti monop lio pois conspiram contra a democracia ao restringir a pluralidade e a diversidade que asseguram o pleno exerc cio do direito informa o dos cidad os Em nenhum caso essas leis devem ser exclusivas para os meios de comunica o As concess es de r dio e televis o devem obedecer a crit rios democr ticos que garantam a igualdade de oportunidades para todos os indiv duos em seu acesso Bertoni finaliza sua confer ncia discordando da proposta de instituir por lei um c digo de tica da programa o de televis o Defende formas de auto regulamenta o que envolvam p blico profissionais e propriet rios ou concession rios dos meios de comunica o sem a participa o do Estado Pelo que pudemos compreender sua discord ncia de fundo com a Campanha est na cren a de que o acesso mais democr tico s concess es p blicas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 265 266 al m do desenvolvimento da comunicac o comunit ria seriam suficiente
359. r um bacharel em Direito In meras tarefas responsabilidades e posi es t m o judici rio como modelo A for a coercitiva A ltima for a descrita por Powell e Dimaggio a coercitiva POWELL e DIMAGGIO 1991 67 Na distribui o de poder e recursos certas organiza es exercem press o formal e informal sobre outras Estabelece se uma hierarquia organizacional em um ambiente jur dico comum Como resultado de leis compet ncia profissional ou expectativas sociais dentro da hierarquia mudan as significativas s o provocadas em comportamentos e estruturas organizacionais Durante a era militar na Am rica Latina as for as policiais foram postas sob o controle dos ex rcitos Onde a pol cia n o era juridicamente vinculada ao ex rcito o ex rcito indicava politicamente seus comandantes O objetivo era melhor organizar a repress o pol tica Em Buenos Aires por exemplo as for as armadas assumiram o controle dos servi os de intelig ncia policial al m de supervisionar as opera es da pol cia No Brasil o governo militar criou em 1967 a Inspetoria Geral de Pol cia Militar IGPM cuja fun o era monitorar pessoal e equipamento das pol cias militares al m de supervisionar seu treinamento Uma organiza o que tem recebido pouca aten o anal tica s o os corpos de bombeiros Elas executam tarefas diferentes mas sua estrutura frequentemente se assemelha das pol cias Este o caso na Argentina
360. ra p blica como local de formac o de cidad os ABRUCIO 1999 190 191 Seria inoc ncia e presunc o da parte dos educadores do campo comunit rio desprezar o modelo gerencial pela simples relac o hist rica deste com as teorias neoliberais N o se trata de jogar no lixo um modelo como o pr prio comunitarismo nasceu das cr ticas aos modelos burocr ticos mas simplesmente de adaptar suas t cnicas de gest o pol tica pedag gico popular No momento em que a educa o comunit ria come a a perder o antigo ran o com o movimento pela escola p blica o gerencialismo aponta como instrumento til na constru o daquilo que Gadotti 1994 denominou escola p blica popular Nas palavras do autor Uma escola p blica popular dever ter uma gest o democr tica a co gest o hoje para se chegar amanh verdadeira autogest o Essa proposta sup e a cria o de conselhos populares democratica mente eleitos e com car ter deliberativo em todos os n veis municipal estadual e nacional cuja principal tarefa n o fiscalizar o cumprimento da lei como ocorre hoje com os Conselhos de Educa o mas promover a educa o popular atrav s de planos de educa o com car ter popular uma educa o descentralizada cr tica e criativa Ao Estado em todos os n veis caberia garantir a execu o desses planos atrav s de recursos controlados pela base p 158 159 grifos nossos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Re
361. raramente se interessam pela carreira policial militar Nos estados de profissionaliza o tardia das pol cias civis era comum encontrar policiais militares fazendo as vezes de delegados BRASIL e ABREU 2002 328 Isso sempre foi visto pelos delegados de carreira como uma anomalia Depois da Constitui o de 1988 muitos promotores e ju zes deixaram de aceitar inqu ritos feitos por policiais militares Por fim nos estados de profissionaliza o tardia das pol cias militares at a d cada de 90 era comum a incorpora o autom tica sem concurso p blico ou curso de forma o espec fico de oficiais do Ex rcito nos quadros das pol cias militares DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 111 112 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS termos do campo policial entre Policia Civil e Justi a e entre Policia Militar e Ex rcito Est incompleta a conquista democr tica da separac o institucional Policia Justica e Pol cia Ex rcito Na se o seguinte tra arei uma an lise hist rica das organiza es policiais brasileiras procurando identificar as for as isom rficas que atuaram em sua estrutura o Sentido da dupla estrutura policial brasileira Os primeiros vinte anos do Imp rio s o marcados pela constante disputa por autoridade pol tica entre uma elite pol tica nacional e elites locais CARVALHO 1981 CINTRA 1974 62 O equil brio se deu no plano das prov ncias ali seriam orga
362. rativa do Brasil 1988 Bras lia Centro de Documenta o e Informa o da C mara dos Deputados Atualizada em 25 de maio de 2004 VARIACION Nao INDICADORES INDICADOR 4 Normas legales que reafirman explicitamente el derecho al trabajo para las mujeres y las personas con alguna discapacidad Consolida o das Leis do Trabalho Art 5 A todo trabalho de igual valor corresponder sal rio igual sem distin o de sexo Art 391 N o constitui justo motivo para a rescis o do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contra do matrim nio ou de encontrar se em estado de gravidez Par grafo nico N o ser o permitidos em regulamentos de qualquer natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho restri es ao direito da mulher ao seu emprego por motivo de casamento ou de gravidez Art 392 proibido o trabalho da mulher gr vida no per odo de 4 quatro semanas antes e 8 oito semanas depois do parto Lei 5473 1968 Art 1 S o nulas as disposi es e provid ncias que direta ou indiretamente criem discrimina es entre brasileiros de ambos os sexos para o provimento de cargos sujeitos a sele o assim nas empresas privadas como nos quadros de funcionalismo p blico federal estadual ou municipal do servi o aut rquico de sociedade de economia mista e de empresas concession rias de servi o p blico Lei n 7853 1989 apoio aos deficientes Art 2 III na rea da forma
363. rativas rg os e entidades p blicas ou entidades sindicais bem como firmar conv nios para o desenvolvimento de a es conjuntas visando execu o de projetos relativos ao incentivo ao trabalho da mulher FUENTES Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada Lei n 7853 de 24 de outubro de 1989 Lei n 8213 de 24 de julho de 1991 Lei n 8742 de 07 de dezembro de 1993 Decreto n 3298 de 20 de dezembro de 1999 VARIACION Sim Foi definido o conceito de educa o e adapta o profissional do deficiente Foi regulamentada a obrigatoriedade do poder p blico de promover a habilita o do deficiente independente de sua filia o previd ncia social Foram permitidas as a es afirmativas na educa o profissional da mulher Foi proibida a discrimina o por sexo na oferta de vagas Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 307 INDICADORES INDICADOR 3 Cantidad y tipo de instituciones p blicas creadas para ofrecer capacitaci n especial a mujeres y personas con discapacidad buscando elevar sus competencias laborales Nenhuma INDICADOR 3 Cantidad y tipo de instituciones p blicas creadas para ofrecer capacitaci n especial a mujeres y personas con discapacidad buscando elevar sus competencias laboral
364. rato externo em que se ap ia o especialista n o envolvido pessoalmente e por isso rigorosamente objetivo WEBER 1999 213 luz das duas passagens podemos reinterpretar a inadequa o sugerida por Bresser Pereira Realmente a organiza o burocr tica tornou se em muitas reas inadequada porque alcan ou o objetivo descrito por Weber de tornar a rela o dominante dominado completamente impessoal Nesse sentido talvez seja melhor usar o termo desnecess rio em vez de inadequado ao menos para essa esfera pol tica de impessoalidade Mas em outra esfera de impessoalidade a econ mica cabe falar em inadequa o O capital impessoal cria a partir do s culo XIX a ind stria dos bens de consumo e a no o de consumidor Ao longo do s culo XX assiste se amplia o dessa no o Se antes o consumidor consumia autom veis e roupas hoje ele consome tamb m educa o cultura Tc preciso portanto introduzir regras de mercado impessoais no mbito dessas atividades antes realizadas pelo Estado ou pela iniciativa privada filantr pica Certamente a forma de gest o mais apropriada a uma atividade de mercado n o a burocr tica pelas raz es que o pr prio Bresser Pereira enumera inefici ncia auto centrismo impossibilidade de negocia o de resultados Apesar desse contexto em que o gerencialismo surgiu vale frisar novamente que gerencialismo e co
365. rav s do discurso na esfera p blica em vez da persuas o ou coer o O m todo para alcan ar este objetivo o da a o comunicativa orientada no sentido de alcan ar um entendimento m tuo sobre uma dada situa o atrav s da for a do melhor argumento Trata se de um processo de delibera o racional atrav s dos quais as pretens es de validade dos diversos autores podem ser avaliadas revisadas e desafiadas o que pressup e uma rela o de reciprocidade e simetria entre os participantes A a o comunicativa op e se a o instrumental Esta pretende controlar o mundo social de modo a provocar um resultado desejado Seu agente calculando os melhores meios para se alcan ar um determinado fim procura fazer com que os outros ajam de determinada maneira Habermas 17 Supra nota 15 18 Para um resumo dos conceitos de Habermas Detlef Horster Habermas an introduction Philadelphia Pennbridge Books 1992 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 247 afirma que a raz o instrumental institucionalizou se de tal maneira na sociedade moderna que relegou a segundo plano a a o comunicativa Entretanto a possibilidade do entendimento m tuo uma possibilidade real n o apenas uma utopia Os procedimentos para diferenciar um consenso comunicativo de outros tipos de consenso constituem a tica do discurso Os crit rios para a fala ideal s o 1 cada participante deve ter as mesmas chances de iniciar e
366. ravenha s disposi es de prote o ao trabalho aos contratos coletivos que lhes sejam aplic veis e s decis es das autoridades competentes JArt 477 assegurado a todo empregado n o existindo prazo estipulado para a termina o do respectivo contrato e quando n o haja ele dado motivo para cessa o das rela es de trabalho o direto de haver do empregador uma indeniza o paga na base da maior remunera o que tenha percebido na mesma empresa Art 479 Nos contratos que tenham termo estipulado o empregador que sem justa causa despedir o empregado ser obrigado a pagar lhe a titulo de indeniza o e por metade a remunera o a que teria direito at o termo do contrato Art 487 N o havendo prazo estipulado a parte que sem justo motivo quiser rescindir o contrato dever avisar a outra da sua resolu o com a anteced ncia m nima de I 8 oito dias se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior II 30 trinta dias aos que perceberem por quinzena ou m s ou que tenham mais de 12 doze meses de servi o na empresa Art 543 3 Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de dire o ou representa o de entidade sindical ou de associa o profissional at 1 um ano ap s o final do seu mandato caso seja eleito inclusive como suplente salvo se cometer falta grave devidamente apurada no
367. rceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador com o fim de ret lo no local de trabalho II mant m vigil ncia ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador com o fim de ret lo no local de trabalho FUENTES Brasil Consolida o das Leis do Trabalho e Legisla o Complementar textos revistos e atualizados S o Paulo editora Atlas 1990 82 edi o Brasil Consolida o das Leis do Trabalho S o Paulo Saraiva 2004 31 edi o atualizada Decreto Lei n 2 848 de 07 de dezembro de 1940 C digo Penal Lei n 10 803 de 11 de dezembro de 2003 VARIACION Sim Elabora o mais detalhada do crime de trabalho escravo e ou for ado INDICADORES INDICADOR 3 Disposiciones constitucionales que establecen de manera expl cita el derecho al trabajo para las mujeres y las personas con alguna discapacidad Constitui o Pol tica Art 7o S o direitos dos trabalhadores urbanos e rurais al m de outros que visem melhoria de sua condi o social XVIII licen a gestante sem preju zo do emprego e do sal rio com a dura o de cento e vinte dias XX prote o do mercado de trabalho da mulher mediante incentivos espec ficos nos termos da lei XXV assist ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at seis anos de idade em creches e pr escolas XXX proibi o de Mateus Afonso Medeiros HI
368. re os povos que se dizem escolhidos judeus e crist os a briga comecou mais tarde A noite era de Sab o descanso semanal sagrado dos judeus quando nem o transporte coletivo funciona Publicado no Jornal O TEMPO em 16 01 2000 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 29 30 I ARTIGOS EM JORNAL Patrulha judaica O rabinato deixou bem claro que as festas eram indesejadas principalmente ao ar livre Receosos os poucos crist os presentes turistas peregrinos na grande maioria limitaram se s cerim nias religiosas aos clubes noturnos e boates da cidade nova e aos hot is rabes da Jerusal m oriental No muro das lamenta es judeus em ora o apagavam imediatamente as velas acendidas por crist os Feridas das guerras santas na entrada do ano novo Em princ pio n o entendi bem por que foi um rabe quem anunciou a entrada do novo mil nio Talvez fosse para evitar conflitos entre as diferentes igrejas crist s que organizaram o evento At hoje um rabe quem guarda a chave da Igreja do Santo Sepulcro a mais sagrada do cristianismo Mas havia outra raz o por tr s do entusiasmo palestino pelo r veillon o novo mil nio coincidia com o anivers rio do Fatah Day 35 anos depois do an ncio da primeira miss o armada do Fatah contra Israel em 1 de janeiro de 1965 Os habitantes de Bel m dos quais 30 s o crist os vivem desde 1995 sob autoridade da OLP de lasser Arafat Mas a antiga ocupa
369. regada Conquanto o dinamismo competitivo atinja um n mero maior de pessoas cristalizaram se mecanismos que impedem a frui o da competi o por significativas parcelas da popula o assim como for am o er rio p blico a suportar os riscos corridos por aqueles que podem competir No plano do Estado apenas em 1988 um s culo ap s a Proclama o da Rep blica a Constitui o Federal estabeleceu a necessidade de concurso p blico para provimento do funcionalismo municipal e estadual mais uma cartada na eterna batalha contra o clientelismo Similarmente continua mal resolvido o dilema centraliza o descentraliza o o que se reflete na incapacidade pol tica de se forjar um federalismo de tipo republicano ABRUCIO 2002 17 30 Ao mesmo tempo recent ssima a tentativa de aproxima o dos altos funcionalismos civil e militar representada pela cria o do Minist rio da Defesa no segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso 1998 2002 Ainda a dupla estrutura policial permanece como s rio resqu cio da oposi o soldado bacharel SILVA 2001 Refer ncias bibliogr ficas ABRUCIO Fernando Luiz 2002 Os bar es da federa o os governadores e a redemocratiza o brasileira S o Paulo Hucitec 2 ed 7 Note se o fato de que nos Estados Unidos apesar da constante renova o das tens es raciais praticamente desapareceu o trabalho dom stico de negros em casas de brancos 8 Nas p
370. rensa que elogiava a Pol cia Militar mineira como se dissesse est o vendo ele nos ap ia Ora uma declara o dada em termos gerais n o justifica atua es pontuais O que estava em pauta n o era a efici ncia maior ou menor da PM mas daquela opera o espec fica com tempo espa o e motiva es espec ficas Se o coronel Severo j tivesse lido o livro ou se pelo menos se dispusesse a ouvir para valer os elogios e as cr ticas talvez o jardineiro Ari Alves dos Santos morador do Morro do Papagaio assassinado em pleno dia de Natal tivesse sorte melhor Mas o comando acabou abra ando a Publicado em o TEMPO em 01 01 2001 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 35 36 I ARTIGOS EM JORNAL ret rica defensiva que Luiz Eduardo Soares tanto critica N o sei se Ari foi morto por policiais Estou falando da atitude do comando O assassinato de Ari foi o 75 do ano no morro segundo a par quia da regi o Imaginem se os moradores inventassem de acusar a PM por todas essas mortes Mas n o a comunidade reconhece que a maioria dos crimes tem outros agentes Portanto se h testemunhas que dizem que o crime foi praticado por policiais elas merecem um m nimo de credibilidade N o podem ser desqualificados antes mesmo da investiga o atrav s de declara es do tipo os traficantes est o tentando jogar a comunidade contra a pol cia Se a pol cia n o quer a comunidade contra si ent o que receb
371. responde a quest es espec ficas de organiza o da Prefeitura de Belo Horizonte No entanto o exemplo dos Estados Unidos nos convida a adotar ambas as estrat gias combate ao sadismo e ao ego smo sociais de maneira unificadora Se queremos igualdade temos de criar uma identidade comum a identidade do cidad o brasileiro algo que ainda n o existe no mbito pol tico verdade que somos um pa s racista sexista homof bico e socialmente ego sta Entretanto o liame unificador aquilo que pode forjar uma identidade brasileira n o a negritude o sexo a op o sexual ou o dinheiro a cidadania a vontade de construir uma sociedade ao mesmo tempo brasileira e igualit ria E igualdade significa redistribuir a renda o status social e a pr pria hist ria do povo brasileiro Ser cidad o pertencer a uma comunidade pol tica Cidadania se mede pelos direitos e deveres que a constituem e pelas institui es que lhe d o efic cia social e pol tica A cidadania n o tem car ter monol tico um produto de hist rias sociais protagonizadas por diferentes grupos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 51 52 I ARTIGOS EM JORNAL sociais Portanto uma secretaria municipal que pretenda promover a cidadania deve conhecer os atores e suas diferen as procurando promover sua participa o efetiva na comunidade pol tica Da a cria o das coordenadorias da comunidade negra da comuni
372. reta o do texto quando trabalho a escrita sob o prisma acad mico ou sob a tica profissional quando pretendo fazer ci ncia ou aplicar na pr tica profissional a ci ncia que aprendi Mas como leitora que privil gio que liberdade O livro meu e a aventura de l lo a minha aventura O que Esse texto foi escrito ainda em 2004 como parte de um di logo com o Mateus por Elza Maria Miranda Afonso a quem ele carinhosamente chamava de Taiti DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 17 18 ele vai despertar em mim nem eu sei O livro n o o di logo do Autor com seu leitor mesmo porque o Autor nem sabe quem ser seu leitor E jamais o saber porque lhe imposs vel saber quem foram e quem ser o seus leitores contempor neos e futuros Umberto Eco em O Nome da Rosa diz que um livro um di logo com outros livros Encontrei essa esp cie de di logo em muitos livros Um di logo maravilhoso em que n o h fronteiras espaciais ou temporais Mas como leitora comum que l por puro deleite penso que um livro um di logo particular do leitor com as personagens que ganharam vida e que entraram na vida dele Ao Autor dedico um sentimento de gratid o por me ter apresentado as personagens mas agora quando tenho o livro e o leio ele que me d licen a porque outra trama vai se criar e esta entre mim e as personagens que entraram no meu mundo s vezes fico frustrada ou mesmo inconformad
373. rimes como a les o corporal o estupro e o constrangimento ilegal continuam sob a seara da Justi a Militar Que o comandante das pol cias militares tem de ser um membro da pr pria corpora o O Decreto Lei 667 de 2 7 69 modificado pelo Decreto Lei 2010 de 12 1 83 estabelece no art 6 que o comandante ser ou um oficial PM ou um oficial do Ex rcito Que as regras de ingresso devem ser as mesmas aplicadas ao Ex rcito Em v rios estados o ingresso separado entre pra as e oficiais As pra as muitas vezes s poder o ascender patente de subtenente DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 173 174 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS A legisla o ordin ria que rege as pol cias militares data de 1969 e 1983 Lembremos que o Ato Institucional n 5 foi publicado em dezembro de 1968 O ano de 1969 seria o primeiro da linha dura Para bem coordenar os esfor os da repress o pol tica al m de cortar pela raiz as possibilidades de resist ncia armada ao poder central a Uni o abocanhou praticamente todo o poder decis rio em mat ria de policiamento Como os militares eram ao mesmo tempo o governo e a organiza o militar na pr tica seria o Ex rcito por meio da IGPM quem desempenharia as compet ncias legais da Uni o O ano de 1983 tamb m seria um momento crucial Tomavam posse os primeiros governadores eleitos Com a redemocratiza o em cen rio os novos governant
374. roposta de unifica o reiterada e portanto tem significado para o futuro da organiza o policial como uma id ia capaz de influenciar as mudan as institucionais WEIR 1992 A partir das no es de mito institucional atores relevantes e de campo institucional foi poss vel identificar uma tend ncia maior instituciona liza o do campo propriamente policial em detrimento dos campos judicial e militar Nesse sentido a proposta de unifica o pode ser vista como democr tica independen temente de crit rios t cnicos e relaciona se no o de que Pol cia Justi a e For as Armadas s o organiza es distintas A tend ncia de institucionaliza o do campo policial p de ser identificada At onde ela ir entretanto uma quest o a se resolver na hist ria e na pol tica Refer ncias bibliogr ficas ARANTES Rog rio B e CUNHA Luciana G S 2003 Pol cia Civil e Seguran a P blica Problemas de Funcionamento e Perspectivas de Reforma In M T Sadek Org Delegados de Pol cia S o Paulo Sumar p 96 139 BAYLEY David H 1975 The Police and Political Development in England In C Tilly Ed The Formation of National States in Western Europe Princeton Princeton University Press p 328 379 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 127 128 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS O 1994 Police for the Future New York Oxford University Press BEATO FIL
375. rotocolo Adicional Conven o Interamericana de Direitos Humanos Protocolo de San Salvador O trabalho utiliza a matriz de indicadores proposta pelo XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos do Instituto Interamericano de Direitos Humanos As fontes consultadas foram a a Constitui o a Consolida o das Leis do Trabalho e demais pe as de legisla o brasileira documenta o dispon vel na internet no s tio dos Minist rios do Trabalho e da Educa o os censos demogr ficos brasileiros e as informa es disponibilizadas na internet pelo Escrit rio Regional para a Am rica Latina e Caribe da Organiza o Internacional do Trabalho No caso da Constitui o Federal foram utilizadas vers es atualizadas em 1991 e 2004 citadas nas diversas tabelas Como a primeira emenda constitucional data de 1992 n o houve problema em utilizar uma edi o de 1991 No caso da Consolida o das Leis do Trabalho foram utilizadas vers es impressas em 1991 e 2004 Os demais diplomas legais foram recolhidos nos servi os de indexa o do Senado Federal http www2 senado gov br sf legislacao legisla e da Presid ncia da Rep blica http www brasil gov br utilidade htm Estes servi os n o Trabalho pr vio apresentado ao XXII Curso Interdisciplinario En Derechos Humanos Derechos Economicos Sociales Y Culturales promovido pelo Instituto Interamericano de Direitos Humanos Costa Rica 16 a 27 de Agosto de 2004 Mateus
376. rtigo come a com uma discuss o sobre as diferen as entre ethos policial e ethos militar Posteriormente sugere raz es por que as pol cias modernas se tornaram at certo ponto militarizadas A partir da s o propostas seis categorias atrav s das quais se pode analisar o problema da militariza o e da responsabiliza o das pol cias O exame de cada categoria suscita uma s rie de problemas que requerem solu o n o apenas no mbito das rela es entre civis e militares mas na esfera mais ampla do controle social democr tico Embora n o haja uma f rmula definitiva de policiamento democr tico fundamental que as autoridades eleitas possam contar com uma burocracia administr vel que sirva para proteger os direitos de cidadania e para fornecer servi os p blicos b sicos Artigo em co autoria com o prof Dr Arthur Costa UnB publicado originalmente em Teoria e Sociedade v 1 n 11 p 66 89 Agradecemos aos editores de Teoria e Sociedade a autoriza o para reprodu o do artigo nesta colet nea Agradecemos tamb m ao professor Arthur Costa co orientador e amigo Os autores agradecem o apoio da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal do Ensino Superior CAPES da Universidade de Columbia e da Funda o Fulbright Vers es anteriores deste artigo foram lidas e comentadas por Benjamin Reames Susan Burgerman e Alfred Stepan Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 135
377. rva o da paz e da ordem contudo eles limitam consideravelmente as a es dos homens No primeiro monarquia absoluta o magistrado n o alimenta zelos contra o povo no segundo rep blica o povo n o os tem para com o magistrado e semelhante falta de zelos d origem confian a e lealdade m tuas nos dois casos produzindo uma esp cie de liberdade nas monarquias e de poder arbitr rio nas rep blicas Por outro lado como prevalece na Inglaterra a parte republicana do governo embora com grande mistura de monarquia v se ele obrigado para a pr pria conserva o a manter zelo vigilante sobre os magistrados a afastar todos os poderes discricion rios e a assegurar a vida e a sorte de todos por meio de leis gerais e inflexiveis preciso despertar frequentemente o esp rito do povo a fim de refrear a ambi o da c rte e o temor de despertar esse esp rito deve empregar se no sentido de obstar aquela ambi o Nada mais eficaz para esse fim do que a liberdade de imprensa por meio da qual todo o saber esp rito e g nio da na o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 267 268 pode empregar se do lado da liberdade ficando todos estimulados para a sua defesa grifos no original Infelizmente na poca em que o fil sofo escoc s escreveu n o estava ainda firmado o conceito de opini o p blica que nos parece o equivalente contempor neo da confian a de Hume Tanto na Fran a qua
378. s Bertoni ressaltou que a liberdade de express o uma pedra angular da exist ncia mesma de uma sociedade democr tica indispens vel para a forma o da opini o p blica enfim condi o para que a comunidade na 2 A Relatoria Especial para a Liberdade de Express o um escrit rio independente cuja se estrutura se vincula Comiss o Interamericana de Direitos Humanos Mateus Afonso Medeiros 2 3 4 5 6 hora de exercer suas op es esteja suficiente mente informada Por isso poss vel afirmar que uma sociedade que n o esteja bem informada n o plenamente livre tradu o nossa O conte do da liberdade de express o possui duas dimens es uma individual e outra coletiva Por um lado ningu m pode ser arbitrariamente impedido de expressar seu pr prio pensamento Por outro lado h um direito coletivo a receber qualquer informa o e a conhecer a express o do pensamento do outro A interpreta o realizada por rg os interna cionais de prote o dos direitos humanos fora do continente americano como os rg os das Na es Unidas s o o piso e nunca o teto para a interpreta o da liberdade de express o As responsabilidades ulteriores pelo exerc cio da liberdade de express o previstas no art 13 2 somente s o v lidas se necess rias em uma sociedade democr tica A necessidade e a legalidade de qualquer restri o deve ser fundada na satisfa o de um
379. s direitos como a liberdade de imprensa Mas s o coisas diferentes No m nimo um significa dizer o que se pensa e o outro imprimir o que se pensa A liberdade de express o tamb m diz respeito express o cultural envolve por exemplo a liberdade de religi o Agora liberdade de imprensa tem a ver com jornalismo ou seja com aquilo que se permite imprimir e circular com a circula o das id ias Na lista dos Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 201 direitos humanos ambos esses direitos s o bastante antigos e sua declara o remonta s revolu es europ ias na Inglaterra e na Fran a A Inglaterra j tinha liberdade de imprensa antes de ter a de express o A Fran a ao contr rio tinha a de express o mas n o a de imprensa No m nimo esses direitos foram tratados paralelamente Hume tentou explicar esse fato com base no conceito de confian a Traduzindo para termos de hoje penso eu Hume estava preocupado com os processo de forma o da opini o p blica n o existia ainda essa express o consolidada e com a articula o desta forma o com o tipo de regime A forma como o regime poderia se articular com a liberdade de express o a de associa o e a de imprensa de modo a permitir um antagonismo entre a opini o p blica e o regime pol tico O p blico do opini o publica portanto deve ser entendido no sentido de que aquelas opini es pertencem ao universo p
380. s e o desrespeito s liberdades civis permanecem em todo o continente MENDEZ et al 1999 Esse fato conduz ao questionamento da efic cia da desmilitariza o como 1 As dificuldades de implementa o das reformas foram discutidas no semin rio Police Reform and International Community gt From Peace Process to Democratic Governance em 14 de novembro de 2001 O encontro foi organizado pela Ong WOLA Washington Office on Latin America e pela Escola de Estudos Internacionais Avan ados School of Advanced International Studies SAIS Universidade John Hopkins Washington D C DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 136 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS estrat gia de reforma pelo menos enquanto for entendida como simples separa o entre pol cia e for as armadas Resta claro que mais reformas s o necess rias inclusive a desmilitarizac o da organizac o policial em si Pode se perguntar como o problema tem sido colocado O que significa desmilitarizar ou militarizar uma forca policial Comparando a literatura sobre as policias da Am rica Latina e as dos Estados Unidos por exemplo percebemos que o conceito tem sido aplicado de duas diferentes maneiras e No contexto de um regime n o democr tico sem qualquer controle civil sobre as pol cias desmilitarizar significa estabelecer tal controle separando as pol cias e as for as armadas em termos estruturais e disciplinares CALL 2002 BAYLEY 1993
381. s armadas podem operar segundo o ethos militar sem controle do uso da for a A guarda civil jamaicana por exemplo organizada semelhan a da pol cia inglesa ou seja segundo o mais civil 2 Apesar de os gendarmes possu rem status militar houve um esfor o atrav s da hist ria da for a de distinguir os gendarmes dos demais militares De fato as origens da Gendarmerie remontam Mar chauss francesa uma for a militarizada surgida no s culo XII Por essa raz o h quem afirme que a Gendarmerie ainda mais velha que as for as armadas francesas Desde 1981 o comandante civil da Gendarmerie responde diretamente ao ministro da defesa sem passar pelo estado maior das for as armadas e goza de independ ncia or ament ria Entretanto ainda h tropas de gendarmes como a Gendarmerie de VAir que est o estacionadas em depend ncias do ex rcito Al m disso as for as armadas exercem papel importante na supervis o dos gendarmes em suas in meras miss es no estrangeiro Ainda a distribui o geogr fica da Gendarmerie organizada de acordo com as zonas de defesa militar do pa s ALARY 2000 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 141 dos modelos de pol cia N o obstante em 1988 foi respons vel por 22 3 181 dos homic dios no pa s CHEVIGNY 1990 Em 1998 a pol cia de Buenos Aires que esteve sob o controle militar at 1983 mas que desde ent o tem sido i
382. s com algo em comum Na sociedade da governo mentalidade as rela es s o cada vez mais mediadas por institui es do risco seguradoras programas governamentais etc A id ia id lica da comunidade cumpre apenas a fun o de integrar uma forma o discursiva As institui es que mediam o policiamento n o s o as igrejas ou organiza es populares mas aquelas institui es que precisam de informa o para construir problemas e administrar popula es Essas id ias s o marcadas por uma pesquisa emp rica relativamente abundante Richard Ericson e Kevin Haggerty por exemplo mapeiam a transfer ncia de informa es da pol cia para as institui es da seguran a DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 246 HI OUTROS TRABALHOS privada hospitais programas governamentais Num contexto como este inexiste a fala do subalterno O pr prio Foucault despreza a fala pela interioridade do sujeito Seu sujeito na maior parte do tempo molda se de fora para dentro atrav s de forma es discursivas Os subalternos s o apenas aquelas pessoas e grupos com menor participa o na forma o discursiva que constr i as categorias de risco Consequentemente aquelas pessoas que representam maior risco Os habermasianos A abordagem habermasiana da pol cia representa mais um projeto que uma realidade emp rica O pr prio projeto de Habermas se orienta para um futuro em que a integra o social seja assegurada at
383. s em local neutro longe dos quart is para que as testemunhas ao se sentissem intimidadas O lugar escolhido foi a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte cujos advogados juntamente com um representante da comiss o acompanharam as oitivas No procedimento normal da sindic ncia ouvidas as testemunhas encerra se o trabalho do advogado Mas o tenente coronel H lio reconhecendo a gravidade da situa o prometeu estudar uma forma de participa o tamb m na pr xima fase de apura o dos fatos narrados nos depoimentos A boa vontade do tenente coronel veio acompanhada de outra boa not cia O novo comandante geral da PM coronel lvaro Nicolau admitiu alterar a maneira de atuar da PM na Grande Belo Horizonte A possibilidade de mudan a foi levantada a partir das den ncias de abuso de autoridade que v m sendo feitas nos ltimos dias na cidade principalmente no Aglomerado Santa L cia A nota segue citando entrevista com o capit o Jos Jacinto de Oliveira Neto segundo o qual a pol cia vai fazer uma avalia o e talvez mudar seu modus operandi mas isso s acontecer ap s o t rmino das investiga es Aqui vai um apelo ao novo comando o apelo sincero de um militante cansado das promessas N o esperem pelo fim das investiga es para mudar Nessa sindic ncia h muito pouca chance de se chegar aos culpados dos abusos e isso porque o pr prio modus operandi da pol ci
384. s estas consideradas pol ticas e n o profissionais d a avalia o atrav s dos m todos estat sticos n mero de ocorr ncias tempo para atendimento a chamadas etc e a atitude mais reativa que preventiva com rela o ao crime O policiamento comunit rio por outro lado advoga a um planejamento descentralizado b uma pol cia mais vulner vel influ ncia externa c a avalia o atrav s das percep es do p blico com rela o pol cia e d a atitude mais preventiva que reativa ao crime Acima de tudo o modelo do policiamento comunit rio simboliza a insufici ncia do modelo racional burocr tico de controle social Significa o reconhecimento pela pol cia da import ncia de mecanismos informais de controle escolas igrejas fam lia etc al m de sua introdu o na rotina do policiamento Dependendo do caso a pol cia pode atuar impedindo a deteriora o de controles 8 A obra cl ssica de sistematiza o das t cnicas do policiamento comunit rio a de Jerome Skolnick e David Bayley Community policing issues and practices around the world Washington D C National Institute of Justice 1988 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 241 informais como na filosofia das janelas quebradas ou promovendo seu empoderamento na esperan a de que a comunidade possa policiar a si mesma Entretanto curioso que a maioria dos programas de policiamento comunit rio sej
385. s existentes em cada estabelecimento cujas fun es demandem forma o profissional Decreto Lei N 8 621 1946 Art 1 Fica atribu do Confedera o Nacional do Com rcio o encargo de organizar e administrar no territ rio nacional escolas de aprendizagem comercial Art 2 A Confedera o Nacional do Com rcio Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 301 para o fim de que trata o artigo anterior criar e organizar o Servi o Nacional de Aprendizagem Comercial SENAC Lei 8315 1991 Art 1 criado o Servi o Nacional de Aprendizagem Rural SENAR com o objetivo de organizar administrar e executar em todo o territ rio nacional o ensino da forma o profissional rural e a promo o social do trabalhador rural em centros instalados e mantidos pela institui o ou sob forma de coopera o dirigida aos trabalhadores rurais Art 2 O SENAR ser organizado e administrado pela Confedera o Nacional da Agricultura CNA e dirigido por um colegiado com a seguinte composi o VII cinco representantes da Confedera o Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Lei 8706 1993 Art 1 Ficam cometidos Confedera o Nacional do Transporte CNT observadas as disposi es desta Lei os encargos de criar organizar e administrar o Servi o Social do Transporte SEST e o Servi o Nacional de Aprendizagem do Transporte SENAT com personalidade jur dica de direito privado sem preju zo da fiscaliza
386. s para permitir que setores desfavorecidos ou comunidades espec ficas se expressem pela televis o A Campanha por outro lado mesmo reconhecendo a necessidade de democratizar o acesso aos meios insiste na submiss o do conte do da televis o no que se refere a seus limites ticos a um espa o p blico regulado por lei Do ponto de vista te rico talvez possamos explicar essa diverg ncia refletindo sobre dois temas a a finalidade e justificativa da liberdade de express o e b a natureza das obriga es do Estado na garantia da liberdade de express o Ao desenvolver os princ pios de interpreta o da liberdade de express o Bertoni enfatiza a import ncia desse direito para a livre forma o da opini o p blica Livre principalmente em rela o ao Estado Os princ pios assim como a insist ncia em isolar a defini o da liberdade de express o do meio atrav s do qual ela se exerce orientam se no sentido de resguardar um espa o de n o interfer ncia estatal na circula o de id ias pensamentos e not cias O problema da n o participa o de determinados grupos sociais no processo de forma o da opini o p blica a n o ser como receptores resolver se ia aumentando o acesso destes setores ao meio radiodifusivo Em outras palavras ampliando o acesso destes grupos ao mercado de id ias mantendo a dist ncia do Estado J para a Campanha no caso espec fico dos meios radiodifusivos nem o Estado nem o m
387. s parte do 6 Por um lado esse novo poder dos governadores ap s a redemocratiza o representou avan o com rela o situa o federativa vigente no regime militar eliminando o poder arbitr rio que possu am o Executivo Federal e o Presidente da Rep blica Mas por outro lado a atua o dos governadores no plano nacional contribuiu ainda mais para aumentar o grau de fragmenta o do sistema pol tico e por conseguinte agravar o impasse governativo que marcou o pa s por boa parte da redemocratiza o Isso aconteceu porque embora os governadores tivessem obtido grande poder no plano pol tico nacional a atua o conjunta deles concentrou se apenas no veto a qualquer mudan a na ordem federativa que implicasse a altera o da distribui o de poderes e recursos O fato que os governadores formaram coaliz es de veto espec ficas e n o coaliz es de governo sendo um dos fatores que prejudicaram a governabilidade no mbito federal ao longo da redemocratiza o ABRUCIO 1998 p 108 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 180 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS efetivo das pol cia militar ficaria sujeita a mobilizac o federal Com base nessas premissas na sec o seguinte aplicaremos as dimens es de militariza o das pol cias para analisar o caso brasileiro 3 A desmilitariza o brasileiras das pol cias Costa e Medeiros 2003 apresentaram seis dimens es de militariza
388. s termos desta Consolida o INDICADOR 3 Normas legales que regulan condiciones de trabajo y establecen procedimientos de contrataci n y despido Consolidac o das Leis do Trabalho Art 73 Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal o trabalho noturno ter remunera o superior do diurno e para esse efeito sua remunerac o ter um acr scimo de 20 vinte por cento pelo menos sobre a hora diurna Art 192 O exerc cio de trabalho em condic es insalubres acima dos limites de toler ncia estabelecidos pelo Minist rio do Trabalho assegura a percep o de adicional respectivamente de 40 quarenta por cento 20 vinte por cento e 10 dez por cento do sal rio m nimo da Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 315 regi o segundo se classifiquem nos graus m ximo m dio e m nimo Art 193 S 1 O trabalho em condi es de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30 trinta por cento sobre o sal rio sem os acr scimos resultantes de gratifica es pr mios ou participa es nos lucros da empresa Art 443 O contrato individual de trabalho poder ser acordado t cita ou expressamente verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado Art 444 As relac es contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulac o das partes interessadas em tudo quanto n o contravenha s disposic es de protec o ao trabalho aos contratos coletivos que
389. scos devem ser pensados e Mateus Afonso Medeiros avaliados mas para ser combatidos em estrat gias de realizac o Assim era Mateus H mais ou menos cinco anos atr s ap s um sono curto em uma tarde friorenta acordei com um poema pronto na cabeca pedindo me apenas para escorregar para o papel Fiz o desejo do poema E no mesmo instante sabia sem que raz es fossem necess rias que era dedicado a Mateus Mandei lhe o poema por email naquela mesma noite e ele gostou Aquilo nos permitia poca falar sem dor sobre outras perdas e culpas que nos tocavam at ent o Tenham ainda um pouco de paci ncia para ouvir este poema pois menos que premonic o ele certeza de que Mateus compartilhava conosco dos sentidos que hoje celebramos N o haver mais baile sobre a terra Valsas quadrilhas hip hop ou afro Fa am sil ncio Os mortos dormem seu sono delicado Morremos outros de felicidade clandestina Que se infiltra em nossos corpos Com um riso debochado Promessas quebradas viveremos envoltos em sombras mas de repente o sol desponta e a vida uma festa de luz inevit vel Fechem os olhos dos mortos Que n o vejam O nosso carnaval inomin vel Dan aremos no espa o como aves Sem lhes tocar restos e rastros Desistiremos de heran as e mem rias Que vivam eles sua pr pria hist ria E deserdados viveremos A Promessa maior de celebrar os dias No tempo imemorial da Alegria
390. scurso em favor da anarquia louvando a for a da natureza que n o se deixa aprisionar Compara a for a da rvore fragilidade do lampi o Syme faz seu discurso sobre a ordem argumentando que a rvore para ser vista necessita da luz do lampi o e que nada existe de mais po tico do que a programa o da chegada e da partida de trens na esta o realmente um pequeno ou talvez incomensur vel milagre o fato de que a cada dia encontremos a padaria na esquina e de que deixemos a marca ainda que provis ria de nossos passos na cal ada no rumo daquela padaria At quando Eis a resposta que nenhuma ordem do universo por maior que seja a nossa cren a em sua exist ncia poder nos dar Um dia n o poderemos testar as nossas certezas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 21 22 Mas tamb m isso certo certo que esse dia chegar e n o ent o imposs vel a afirma o n o s de que h um caos que se infiltra na ordem e se infiltrar quebrando as regularidades que se apresentaram em nossa vida mas tamb m a de que se pode extrair uma ordem do caos mesmo a advinda da certeza de que a regularidade que conhecemos ser fatalmente mais dia menos dia quebrada E outra vez me deparo com o mist rio Mesmo sabendo que o ato final nos tirar da cena n o andamos pela vida como quem anda pisando em ovos Andamos pela vida como se ela fosse o nosso territ rio seguro corremos transitamos na
391. se manifesta tamb m fora do Estado e de que nas palavras de Porto 1996 perigoso considerar que um grupo social esteja submetido a um processo de domina o tal que n o encontre condi es de recriar e reorganizar mesmo que demande tempo seu sistema social p 66 Essa postura do movimento de educa o popular autoriza o Estado a continuar se abstendo de sua responsabilidade por uma educa o verdadeiramente transformadora Outro problema a vis o basista rom ntica de que o poder emana do povo sem maiores reflex es sobre os conceitos de povo popular comunidade etc o que muitas vezes abriu espa o para manipula es e manique smos de toda esp cie Analisando a esquerda cultural norte americana ou seja aquela esquerda que n o se preocupa em disputar o poder do Estado o fil sofo Richard Rorty 1999 descreveu muito bem essa tend ncia A Esquerda Cultural assombrada por espectros ub quos sendo que o mais assustador deles chamado DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 211 212 poder Este nome daquilo que Edmunson 1997 41 chama de a assombra o de Foucault que est em todo lugar e em lugar nenhum t o impercept vel e insistente quanto um fantasma engenhoso Uma das raz es pelas quais a Esquerda Cultural ter dificuldades para se transformar numa esquerda pol tica que como a esquerda dos anos sessenta ela ainda sonha em ser socorrida po
392. se tipo de intelig ncia serve pouco ou nada ao planejamento da seguran a p blica N o por acaso que as pol cias brasileiras at hoje n o institucionalizaram a pr tica da produ o de dados confi veis sobre a criminalidade O Decreto 88 777 83 estabelece que as pol cias militares integrar o o Sistema de Informa es do Ex rcito conforme dispuserem os Comandantes de Ex rcito ou Comandos Militares de rea nas respectivas reas de jurisdi o art 41 A recente cria o do Sistema Brasileiro de Intelig ncia e da Ag ncia Brasileira de Intelig ncia Lei n 9 883 de 7 de dezembro de 1999 manteve essa situa o inalterada No plano dos estados praticamente inexiste controle civil sobre o tipo de informa o coletada pelos servi os policiais de intelig ncia as chamadas P2 menos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 190 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS ainda sobre o uso dado s informa es necess rio separar os servi os de informa es do Ex rcito e das Pol cias estabelecendo sobre esses mecanismos de controle externo controle legislativo ouvidorias civis 3 6 Justi a H grandes varia es no grau em que as pol cias sujeitam se a tribunais militares Na Fran a os membros da Gendarmerie s o policiais militares Entretanto existe uma ampla distin o entre mat rias de direito comum e direito militar Em regra crimes praticadas contra civis s o julgados pe
393. ser atingida completamente pelo esp rito burgu s da competi o A condi o colonial ou neocolonial est na base do modelo capitalista brasileiro Realizar a revolu o burguesa nos padr es europeus resultaria na nega o do pr prio padr o de desenvolvimento e abriria a possibilidade de total reorganiza o das bases econ micas Assim em termos das classes dominantes a amplia o do espa o em que a competi o pode existir tem de ser regulada N o pode haver o espa o da competi o de todos mas apenas o da competi o entre iguais O reflexo dessa din mica a unidade contradit ria dos princ pios de regula o social a coexist ncia e a acomoda o em uma nica unidade do Brasil arcaico e moderno Na pr xima se o analisaremos os efeitos dessas caracter sticas na forma o do Estado brasileiro Estado importante lembrar que o Estado brasileiro surge a partir da Independ ncia ou seja depois de estabelecida a ordem social da Casa Grande e o padr o de desenvolvimento dependente Num contexto em que seria mantida a caracter stica b sica da economia colonial latif ndio escravista e exportador o Estado aparece com a fun o DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 230 HI OUTROS TRABALHOS espec fica de nacionalizar os centros de decis o pol tica ou seja gerir a partir de dentro os fluxos criados a partir de fora Por esse vi s que se compreende a utilidade d
394. seus pr prios estados coron is e seus jaguncos outras prov ncias ou at o poder central Na d cada de 1920 o efetivo da for a p blica de S o Paulo era dez vezes maior que o efetivo do Ex rcito estacionado em S o Paulo A for a a rea de S o Paulo era 2 Excetuadas as disposi es relativas pol cia do Distrito Federal a organiza o das for as policiais ficou ausente da Constitui o de 1891 Cabe notar que as democracias que possuem pol cias militares Fran a It lia Espanha Chile s o Estados unit rios e n o federativos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 170 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS maior que toda a forca a rea brasileira Esse poderio era necess rio para que S o Paulo pudesse manter sua colocac o hegem nica evitando as t o freq entes interven es federais que os estados mais fracos sofriam Tamb m significativas em poderio b lico eram as forcas p blicas de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul Cf FERNANDES 1971 TORRES 1961 p 233 240 Cabe notar que o Ex rcito brasileiro demorou um longo per odo para se profissionalizar somente a partir da d cada de 20 com o tenentismo e principalmente depois da era Vargas que se pode falar no ex rcito como uma organizac o dotada de uma identidade pr pria formada por pessoas ocupantes de cargos de atribui es definidas formuladora de par metros de conduta e de efici ncia profissional Cf COEL
395. situa o de delito enquanto em 28 dos casos n o havia qualquer delito e em 26 havia apenas a suspeita 54 das v timas eram negros 95 dos disparos acertaram regi es vitais do corpo humano como o t rax e a cabe a 51 apresentavam perfura es nas costas e 36 na cabe a N o estamos falando em combate a crime Isso se chama execu o extrajudicial Ao contr rio do que se andou apregoando em Belo Horizonte a pol cia n o tem o direito de matar Os policiais s podem usar as armas de fogo quando sua pr pria vida ou de outras pessoas estiver em risco Em vez de instigar a tropa a usar as armas de fogo a pol cia mineira deveria era controlar o uso da for a letal Pesquisas como as do Rio e de S o Paulo seriam um bom come o A tropa deve ser esclarecida sobre as situa es em que o uso da arma de fogo permitido O treinamento de tiro deve priorizar as partes n o letais do corpo A pol tica de uso das armas de fogo deve ser clara e especificada em papel de prefer ncia via resolu o das pol cias ou decreto governamental e aberta ao escrut nio p blico Outras sugest es melhor treinamento com armas n o letais e maior controle sobre as armas dos policiais inclusive das armas particulares Cada vez que Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL usa sua arma o policial deve preencher um relat rio que indique dentre outros dados o n mero de disparos efetuados raz o deles a trajet ria das balas
396. so Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 253 moradores contentar se iam com isso deixando de pressionar para mud los de ponto A an lise foucaultiana n o tardaria a ver o poder disciplinar atuando sobre os travestis o que n o deixa de ser verdade Mas n o se pode deixar de reconhecer que a vinda do problema esfera p blica por mais assim trica que tenha sido a comunica o trouxe um resultado mais humano assim como a solu o da pris o descrita por Foucault foi mais humana que a tortura Importante aqui n o simplesmente constatar a natureza disciplinar do acordo mas reconhecer que a solu o poderia ter sido outra igualmente disciplinar que envolvesse menor participa o e menor voz por parte dos travestis A abordagem foucaultiana se mostra fundamental no momento de denunciar a verdadeira natureza das solu es no momento de recuperar discursividades subordinadas de minar o discurso reinante Mas depois disso como projeto futuro a reivindica o por direitos toma a forma do querer ser ouvido enquanto sujeito subjetividade A partir da a genealogia passa a ser insuficiente Torna se necess rio um procedimento de legitima o normativa e a tica do discurso serve como exemplo DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 254 DIREITOS ECON MICOS SOCIAIS E CULTURAIS E LIBERDADE DE EXPRESS O UMA CAMPANHA BRASILEIRA PELA TICA NA TV Introdu o O direi
397. soa de rua era considerado ao mesmo tempo v tima e marginal Da as rea es amb guas que sua trajet ria provocava Como ele era testemunha da chacina do Taquaril crime b rbaro cometido h seis anos e assumido pelo grupo Rea o da Pol cia Civil h bons motivos para se pensar em queima de arquivo No entanto nesse caso a pol cia n o trabalha com a mesma convic o Obviamente sempre correto trabalhar com v rias hip teses No entanto nesse caso a v tima quem n o merece certeza No in cio desta semana a pol cia descobriu o prov vel assassino de Rodrigo um sujeito de apelido Bab o que confessou o crime na Delegacia de Homic dios de Contagem alegando uma divida que a v tima n o pagara Portanto ao que parece o crime n o foi uma queima de arquivo Mas a confiss o n o descarta a investiga o de uma poss vel liga o de Bab o com outras pessoas a quem a morte de Rodrigo interessava Ainda existe a hip tese de crime encomendado Tomara que os trabalhos n o se encerrem com a certeza e conveni ncia que a confiss o carrega Em toda essa dan a de v timas a maior prejudicada a seguran a p blica brasileira Existem crimes comuns pol ticos e hediondos Afora essa defini o legal n o h grada o entre os crimes muito menos entre v timas A tortura continua sendo um crime hediondo mesmo que o gar om Alexandre tivesse realmente estuprado a pr pria filha N o se trata de
398. solid ria e garantidora dos direitos fundamentais dos cidad os Em artigo recente o professor Paulo Mesquita Neto do N cleo de Estudos da Viol ncia da Universidade de S o Paulo apresenta quatro concep es de viol ncia policial jur dica sociol gica jornal stica e profissional A distin o extremamente til e reveladora Isso porque permite identificar pelo menos quatro estrat gias diferentes por m complementares de controle do abuso policial Este artigo inspirado nas id ias do professor Mesquita Neto No entanto procuramos redefinir as categorias para orientar o operador do direito que lida com controle da a o policial temos assim quatro concep es de viol ncia policial Publicado no Jornal O TEMPO em 22 02 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL a O abuso policial que fere o princ pio da legalidade expresso no artigo 37 da Constitui o Federal considera principalmente os crit rios da forma da compet ncia e do cumprimento do dever legal Se um policial cumpre um mandado de busca na calada da noite est violando a forma que aquele ato exige Pela norma da compet ncia por exemplo ningu m pode ser intimado a depor por um detetive e sim pelo delegado E se o policial est fora de servi o e usa de for a contra outra pessoa para impor sua vontade numa briga de vizinhos por exemplo ent o ele est agindo em desconformidade com seu
399. spons vel pela investiga o dos crimes e da m conduta policial o sistema judicial ser de 2 Segundo Parenti Os oficiais da JTF 6 descrevem sua miss o como a de treinamento e apoio e n o como execu o enforcement da lei Mas como demonstra a expans o crescente do papel da JTF 6 a linha entre o treinar e o fazer pode ser t nue Por exemplo diz o tenente coronel Bill Riechret n o podemos fazer an lise de v nculos de informa es em tempo real mas verdade que traduzimos 11 670 p ginas de transcri es de escutas policiais 2001 156 Citamos a JTF 6 neste artigo por ser um exemplo de envolvimento pr tico dos militares em seguran a interna Se considerarmos as atividades conjuntas das pol cias e das for as armadas no desenvolvimento de tecnologias de uso comum h in meros outros exemplos HAGGERTY e ERICSON 1999 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 157 pouca ou nenhuma utilidade CHEH 1996 Uma solu o a cria o de ag ncias externas com equipes de investiga o competentes para supervisionar a atividade policial WALKER 2001 O controle judicial se torna ainda mais dif cil nos pa ses onde as pol cias se sujeitam a sistemas de justi a militar O grau de responsabiliza o perante tribunais militares varia substancialmente Na Fran a embora os gendarmes possuam estatuto militar e haja um alto grau de militariza o da organiza o faz se a
400. strumento do contrato de gest o O conceito de espa o p blico n o estatal pol tico e n o depende de no es de propriedade Mateus Afonso Medeiros mais com menos ou seja pode se ser mais eficiente Nesse sentido em vez de regras abstratas e impessoais o modelo gerencialista prega o controle de resultados e a inser o de m todos de administrac o privada no servico p blico Uma segunda cr tica n o menos importante a de que a organizac o burocr tica cria uma casta de funcion rios p blicos um grupo de interesse em vez de um corpo t cnico a servi o dos cidad os ABRUCIO 1999 177 Na opini o de Bresser Pereira 1999 26 a organizac o burocr tica surgiu da necessidade de se combater o nepotismo e a corrupc o presentes na organizac o patrimonialista anterior Hoje a organizac o burocr tica teria cumprido seus objetivos mas novos problemas surgiram como o rent seeking que seria uma modalidade sofisticada de apoderac o privada do Estado Explica o estudioso e ex ministro Foium grande progresso o surgimento no s culo XIX de uma administrac o p blica burocr tica em substitui o s formas patrimonialistas de administrar o Estado Weber 1922 o principal analista desse processo destacou com muita nfase a superioridade da autoridade racional legal sobre o poder patrimonialista Apesar disso quando no s culo XX o Estado ampliou seu papel social e econ mico a estrat gia b sica
401. ta mais uma possibilidade de demiss o do servidor p blico est vel INDICADORES INDICADOR 3 Normas legales que regulan condiciones de trabajo y establecen procedimientos de contrataci n y despido Consolida o das Leis do Trabalho Art 73 Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal o trabalho noturno ter remunera o superior do diurno e para esse efeito sua remunera o ter um acr scimo de 20 vinte por cento pelo menos sobre a hora diurna JArt 192 O exerc cio de trabalho em condi es insalubres acima dos limites de toler ncia estabelecidos pelo Minist rio do Trabalho assegura a percep o de adicional respectivamente de 40 quarenta por cento 20 vinte por cento e 10 dez por cento do sal rio m nimo da regi o segundo se classifiquem nos graus m ximo m dio e m nimo Art 193 S 1 O trabalho em condi es de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30 trinta por cento sobre o sal rio sem os acr scimos resultantes DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 314 HI OUTROS TRABALHOS de gratifica es pr mios ou participa es nos lucros da empresa Art 443 O contrato individual de trabalho poder ser acordado t cita ou expressamente verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado Art 444 As rela es contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipula o das partes interessadas em tudo quanto n o cont
402. tado n o tivesse qualquer outra fun o al m desta ainda assim teria que taxar compulsoriamente para poder custear a pol cia os ju zes e os servi os b sicos A democracia moderna portanto necessita de efetiva capacidade de comando regula o arrecada o Para tanto precisa de um estado em funcionamento que seja considerado utiliz vel pelo novo governo democr tico 1996 11 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 160 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS do controle militar sobre elas Tal vis o simplificada e pouco contribui para o controle sobre o uso da forca pelas organizac es policiais O controle militar apenas um dos aspectos da militarizac o policial talvez o mais bvio Nossa assertiva a de que realmente as pol cias precisam ser desmilitarizadas Mas esse processo abrange mais que uma mera troca de uniforme ou de t tulo Mais amplamente implica uma mudan a no ethos organizacional com rela o maneira como a for a empregada Em outras palavras trata se de estabelecer mecanismos institucionais pr ativos que intensifiquem o controle civil sobre o uso da for a Para tanto os seis aspectos da militariza o organiza o emprego treinamento controle intelig ncia e justi a devem ser abordados O exame de cada categoria suscita uma s rie de problemas que requerem solu o n o apenas no mbito das rela es entre civis e militares mas na esfera mais ampla do c
403. tares mas como uma necessidade o poder central civil e militar de controlar corpora es que podem atuar na pr tica como ex rcitos 15 Kraska e Cubelis 1997 observaram uma grande prolifera o de unidades paramilitares nos Estados Unidos desde o final da Guerra Fria Sua utiliza o ocorre cada vez mais em batidas pr ativas em zonas quentes de criminalidade Anteriormente essas unidades eram empregadas apenas em situa es de extrema gravidade Na dimens o emprego os autores afirmam uma grande militariza o do policiamento estadunidense 16 Em muitos momentos do per odo 1946 1964 governadores usaram ou amea aram usar as pol cias militares como ex rcitos Por exemplo a amea a de Juscelino Kubitschek de garantir sua candidatura Presid ncia pelas armas 1955 e a defesa da posse de Jo o Goulart pelo governador Leonel Brizola 1961 No golpe de 1964 segundo a pol cia mineira 18 mil de seus homens marcharam para a Guanabara Marco Filho 1999 82 87 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 118 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS O governo civil mais est vel dos ltimos vinte anos o de Fernando Henrique Cardoso em exposi o de motivos de sua proposta de reforma das pol cias Proposta de Emenda Constitucional PEC 514 1997 defendeu um arranjo em que cada estado poderia estabelecer quais os rg os de seguranca p blica a serem criados Entretanto a eme
404. te cuja maioria no Brasil de sargentos ou subtenentes s o colocados em uma situa o comprometedora Precisam garantir que nada vai dar errado em termos do c digo disciplinar mas ao mesmo tempo n o podem desencorajar a iniciativa de seus subordinados O resultado que os policiais de rua tendem a se ressentir com seus superiores que raramente est o nas ruas e que quase nunca s o atingidos pelo c digo disciplinar Cf SKOLNICK FYFE 1993 p 113 133 Cria se ent o um gap entre policiais de baixa e alta patente de maneira que o policial de rua principal alvo do modelo disciplinar cria o seu pr prio esprit de corp O policial de comando por sua vez perde controle do que acontece nas ruas No Brasil onde na maioria das pol cias as pra as jamais ser o promovidas a oficiais o gap transformou se num fosso Esse problema ficou escancarado nas greves Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 183 policiais ocorridas a partir de 1997 em v rios estados Entretanto ele existe no dia a dia das corpora es As pra as tendem a perceber os oficiais como policiais que n o conhecem a realidade das ruas Em geral as pol cias militares possuem 12 escalas hier rquicas Os estados podem eliminar um ou mais n veis mas isso dif cil na pr tica visto que a legisla o federal imp e regras sobre a promo o para os postos de cabo primeiro sargento terceiro sargento major e coron
405. tece Mais ainda a viol ncia policial faz parte do ciclo da viol ncia e n o h como montarmos uma agenda de combate sem propor mudan as radicais nos rg os de seguran a Em princ pio n o existe contradi o entre direitos humanos e seguran a p blica Por m no momento em que determinado Estado gasta mais com a pol cia e com o sistema penal do que com escolas e hospitais que s o direitos humanos sociais temos ent o uma grande incoer ncia principalmente quando essas pol cias e esses sistemas s o organizados de maneira t o irracional como acontece no Brasil Isso um ponto importante para todos n s administradores p blicos e comunidade pol tica Em que vale a pena investir A experi ncia norte americana j nos demonstrou o perigo de uma pol tica penal que s consegue reduzir a incid ncia de determinados crimes com o encarceramento em massa de grupos populacionais pobres e discriminados Isto sem mencionar o custo astron mico e exponencial dessa pol tica para o contribuinte e ainda o perigo de que a infla o carcer ria seja um caminho sem volta um sistema que se retroalimente e que sequer aumenta a sensa o de seguran a dos cidad os Pol ticas voltadas para o respeito aos direitos humanos reduzem a criminalidade com maior efici ncia sem reduzir a humanidade e a um custo muito menor para o contribuinte Feita a reflex o sobre a linguagem utilizada e a maneira como essa interfere no debate pol
406. telas predominou a domina o tradicional e patrimonalista O Estado liberal demonstrava a sua limitac o na necessidade de chancelar essa forma de ocupa o do poder p blico Conquanto tenha sido capaz de organizar se com razo vel autonomia no plano nacional o Estado foi obrigado a se instrumentalizar nas m os de elites locais Afirmou se pelo reconhecimento de limites estreitos ao seu poder o que gerou o at hoje mal resolvido dilema entre centraliza o e descentraliza o pol tico administrativa CINTRA 1974 ABRUCIO 2002 Resta nos examinar o Estado sob o ponto de vista ideol gico isto das pessoas que ocuparam as fun es p blicas durante o per odo de forma o do Estado Nossa an lise restringir se ao plano nacional ou federal pois foi nesta esfera que os atores estatais possu ram autonomia desde o princ pio O Estado brasileiro p de contar no per odo de sua forma o com uma elite pol tica homog nea em 5 Richard Graham 1997 apresenta o detalhamento da pr tica clientelista brasileira DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 232 II OUTROS TRABALHOS termos de sua forma o socializa o e treinamento A frente das fun es p blicas estiveram os bachar is em Direito pela Universidade de Coimbra no primeiro momento e posteriormente pelas Faculdade de Direito de S o Paulo e do Recife O grande m rito dessa elite pol tica foi sua capacidade de se contrapor s tend ncias centr f
407. tem a exist ncia de discrimina o pelo menos no que toca ao racismo Entretanto justificam na como uma caracter stica da sociedade brasileira que acaba refletindo nas pol cias Para eliminar ou amenizar o problema prop em o mesmo que prop em no combate tortura melhorar o treinamento e punir os infratores Proposta a nosso ver insuficiente O Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL treinamento n o ataca a estrutura da pol cia Al m do mais quantas pessoas j foram condenadas no Brasil pelos crimes de tortura e de racismo Se a discrimina o praticada pela pol cia um problema de raiz por a deve ser atacado O treinamento n o vai fazer m gica e eliminar as pr ticas do dia a dia os c digos t citos de discrimina o os termos bandido vagabundo esquisito elemento cidad o ordeiro etc O que sente o policial negro no momento da abordagem Qual sua rela o com o policial branco Dos civis mortos pela pol cia em determinado per odo de tempo quantos eram negros ou homossexuais Desses quantos foram baleados em flagrante delito quantos pelas costas Como a corpora o trata internamente a quest o da homossexualidade O que fariam os policiais se seus filhos fossem gays malvestidos hippies ou punks Quantos homossexuais o policial conheceu na vida e com quantos travou uma rela o de amizade Que tipo de rea o tem o policial ao fazer a abordagem de um morador de
408. ticas e n o o seu pr prio autor Podemos dizer que a Campanha e Bertoni concordam nesse ponto fundamental A Campanha 10 David Hume Da liberdade de imprensa in Ensaios Pol ticos de David Hume S o Paulo Instituto Brasileiro de Difus o Cultural 1963 pg 4 5 Mateus Afonso Medeiros entretanto faz uma ressalva no caso do meio radiodifusivo que depende de um bem p blico limitado o espectro eletromagn tico torna se necess ria a reflex o p blica n o apenas sobre a maneira como o meio distribu do concess es mas tamb m sobre o uso que lhe dado por aqueles que recebem a concess o Mesmo sendo um particular o concession rio visto como um representante do Estado sujeito ao escrut nio da opini o p blica e s op es da comunidade pol tica O desafio para garantir uma opini o p blica cr tica passa a ser o de implementar um procedimento que garanta ao mesmo tempo a utiliza o do meio com a mais ampla liberdade de express o e o escrut nio p blico do meio com a mais reduzida interfer ncia do Estado Aqui chegamos no segundo ponto te rico a natureza das obriga es do Estado A distin o cl ssica entre direitos civis e pol ticos de um lado e direitos econ micos sociais e culturais por outro baseou se na cren a que aqueles colocavam a obriga o negativa de n o interfer ncia do Estado enquanto estes exigiam uma presta o positiva Esta diferencia o entretan
409. tico quero entrar no tema propriamente dito e aqui me refiro falar da viol ncia como criminalidade independente do uso de for a DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 95 96 II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS fisica medida em termos de crimes por cem mil habitantes Antes no entanto quero abrir um pequeno par ntese e aliado ao fen meno da criminalidade mas diferente deste existe o das revoltas coletivas Nos pa ses centrais esse fen meno da viol ncia coletiva bastante vis vel como as revoltas da Los Angeles negra das banlieues francesas e das inner cities brit nicas Essas rebili es n o chegaram ainda ao Brasil pelo menos n o de maneira sistem tica mas lembremo nos novamente das ocorr ncias com nibus queimados no Rio de Janeiro simploriamente explicadas pelas autoridades locais como arma o dos traficantes desprezando se o fato de que a pol cia inspira medo e revolta naquelas comunidades Essa discuss o n o cabe no limitado espa o de tempo desta interven o Limito me apenas a registrar que h liga o entre essas manifesta es e o fen meno da criminalidade e que tamb m n s aqui no Brasil devemos estar atentos a essa rela o Fechado o par ntese quero dizer que considero verdadeiro o fato de que a criminalidade vem aumentando nas capitais brasileiras como de resto nas reas urbanas do mundo particularmente aquela referente aos crimes contra o pa
410. ticos interna e localmente Em federa es o policiamento pelo Ex rcito traduz se pela centraliza o do poder e pela forte interfer ncia do governo central nos arranjos subnacionais Os sulistas norte americanos por exemplo tinham boas raz es para propor o Posse Comitatus Act de 1878 que criminalizou o uso de qualquer parte do Ex rcito para executar as leis exceto quando expressamente autorizado pela Constitui o ou por ato do Congresso KOPEL e BLACKMAN 1997 Eles sabiam que o uso do Ex rcito significava interfer ncia pol tica do norte o governo nacional Durante a era militar na Argentina no Brasil Chile e Uruguai as pol cias estiveram sob controle direto das forcas armadas O mesmo se deu nos pa ses da Am rica Central Entretanto da n o se segue que a militarizac o do controle seja sin nimo de ditadura Pode ser que as for as armadas exer am o controle apenas em situa es espec ficas definidas em lei Assim muitos Estados permitem s for as armadas comandar as pol cias em 8 O Posse Comitatus Act foi emendado para permitir a coopera o entre pol cia e Ex rcito na guerra s drogas KOPEL e BLACKMAN 1997 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS 155 emerg ncias sociais Os militares tamb m podem como na Fran a cumprir um papel na defini o das zonas de seguran a do pa s assim interferindo na organiza o do policiamento de dist rbios p
411. tima em determinado territ rio o Estado tem de responder s mudan as no mbito das rela es sociais e econ micas crises conflito entre classes complexifica o social Tais respostas moldam o processo de forma o e transforma o pol tica Entretanto essas rea es n o s o autom ticas ou de alguma maneira pr determinadas pois dependem historicamente da a o coletiva de pessoas Assim ao mesmo tempo em que h determinantes estruturais da forma o do Estado dados pelos aspectos s cio econ micos tamb m h determinantes ideol gicos dados pelos valores e socializa o de governantes e administradores Da mesma maneira no mbito das 1 Consideramos o Estado como um ator independente mais do que como simples consequ ncia das rela es sociais Theda Skocpol 1985 16 17 lista as condi es que permitem uma atua o independente por parte de atores estatais 1 um quadro de funcion rios leais e preparados 2 recursos financeiros suficientes e 3 autonomia operacional Todas estas sempre estiveram mais ou menos presentes no Estado brasileiro como demonstra Jos Murillo de Carvalho 1981 Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 225 transforma es da sociedade h determinantes estruturais como no caso brasileiro o regime escravista e ideol gicos como a influ ncia do liberalismo Sob tais prismas empreenderemos nossa an lise em primeiro lugar descreveremos a e
412. titui o leg tima possui maiores chances de alcan ar seus objetivos j que contar com a colabora o das pessoas e grupos comunidades envolvidos DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 248 HI OUTROS TRABALHOS Portanto para que o policiamento comunit rio fosse pautado por uma tica do discurso haveria duas condi es a comunica o e a inclus o A comunica o possibilitaria s comunidades expor suas reivindica es e julgar a extens o de sua validade no contexto da delibera o comunicativa Neste respeito a tica do discurso encorajaria o reconhecimento m tuo dos outros envolvidos no policiamento A inclus o requer primeiramente que toda a gama de quest es relevantes seja colocada em discuss o Al m disso que todos os interesses e aspira es tenham lugar equitativo no processo deliberativo Neste sentido a tica do discurso uma tica da cidadania preocupada em facilitar a participa o universal de indiv duos e grupos sociais na defini o das estrat gias de policiamento No contexto habermasiano portanto a pol cia precisaria da legitimidade tanto de grupos sociais dominantes como de subalternos Ambos t m de falar A inclus o de grupos subordinados seria consequ ncia da pr pria aplica o dos requisitos da tica do discurso Mesmo assim toda esta elabora o permanece com pouco embasamento emp rico Servem mais como um modelo a partir do qual os subalternos poderiam reivind
413. tivo criatividade e inova o e utiliza o contrato de gest o como instrumento de controle dos gestores p blicos O autor confunde como veremos mais adiante as no es de cidad o e consumidor e de descentraliza o e desconcentra o de poderes A chamada educa o popular ou comunit ria foi conceituada de diversas maneiras ao longo dos ltimos cinquenta anos Ao contr rio do gerencialismo n o se apresenta como modelo de gest o da administra o p blica como um todo Desenvolve e aplica seus princ pios tendo em Trabalho apresentado na disciplina de Administra o Escolar Profa Dra Dalila Andrade Oliveira Faculdade de Educa o UFMG DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 207 208 vista a organizac o da escola e do sistema escolar Da Silva 1996a afirma que o traco comum entre as diversas modalidades de educac o comunit ria est num processo sempre coletivo e quase sempre informal que n o se apresenta sob a forma seriada como avalia es frequentes rigidamente sistematizado Tc O autor divide as diversas modalidades em tr s tipos ideais principais a educa o comunit ria como forma de luta contra insurreicional presente em programas como o Projeto Rondon e a Alian a para o Progresso na Am rica Latina a educa o comunit ria como movimento de liberta o que surge a partir dos anos 60 e ganha f lego depois dos escritos de Paulo Freire e que v na e
414. to liberdade de pensamento e express o consta do art 13 da Conven o Americana de Direitos Humanos doravante Conven o Americana como um direito civil e pol tico Entretanto seu conte do ultrapassa a esfera dos direitos civis alcan ando clara dimens o econ mica social e principalmente cultural A t tulo ilustrativo basta lembrar que o Protocolo Adicional Conven o Americana sobre Direitos Humanos em Mat ria de Direitos Econ micos Sociais e Culturais doravante Protocolo de San Salvador em seu art 14 3 sobre o direito cultura obriga os Estados a respeitar a liberdade para a investiga o cient fica e para a atividade criadora Este trabalho discute a dimens o social e cultural da liberdade de express o na televis o e no r dio a partir do exemplo concreto da campanha Quem Financia a Baixaria Contra a Cidadania doravante Campanha movimento brasileiro recente que busca promover limites ticos e um regramento institucional para a programa o dos meios radiodifusivos Trata se de uma iniciativa da Comiss o de Direitos Humanos e Minorias da C mara dos Deputados em parceria com mais de cinquenta entidades civis entre Ong s movimentos sociais conselhos profissionais e setores da academia O que a an lise torna relevante para o tema deste trabalho um aparente paradoxo justamente os setores e Trabalho apresentado como requisito para obten o do Certificado Acad mi
415. to tem sido duramente criticada e com raz o pois todo direito exige a o e omiss o do Estado Desde os direitos pol ticos que requerem no m nimo a organiza o de elei es a o at os direitos culturais que exigem a n o interfer ncia do Estado no desenvolvimento das diferentes culturas O fato de a liberdade de express o ter sido elencada entre as obriga es negativas se explica por fatores hist ricos e contigentes Mais f cil acreditar como prop s Magdalena Sepulveda que os direitos humanos geram tr s tipos de obriga o para o Estado a obriga o de respeitar n o impedir que a pessoa goze o direito a obriga o de proteger n o permitir que terceiros impe am a pessoa de gozar o direito e a obriga o de cumprir criar as condi es para que a pessoa 11 Magdalena Sepulveda Derechos econ micos sociales y culturales de los solicitantes de asilo y refugiados Trabalho apresentado ao XXII Curso Interdisciplinar em Direitos Humanos San Jos Instituto Interamericano de Direitos Humanos 2004 DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 269 270 goze o direito Esta ltima se divide em tr s tarefas facilitar criar as condi es normativas e institucionais neces s rias proporcionar prover em sentido estrito o que no caso da liberdade de express o n o seria poss vel e promover dar conhecimento dos direitos e dos mecanismos de prote o Se aceitamos a classifica
416. transformou no foco principal de protesto mas em compensa o era importante que as mudan as n o fossem longe demais vindo a competi o a amea ar as pr prias camadas sociais que por ela lutavam Em sua elabora o mais radical a competi o liberal seria um fermento explosivo Era necess rio portanto disciplin la socialmente mantendo a nos par metros de 4 Tamb m o servi o p blico civil e principalmente militar ofereciam possibilidades de ascens o social CARVALHO 1981 Esses setores ser o analisados mais adiante Entretanto o Estado e portanto tamb m o servi o p blico dependiam financeiramente da agricultura de exporta o Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 229 um gentlemen s agreement para impedir que as formas de controle senhorial perdessem sua efic cia Fernandes 1976 165 Tal din mica p de ser bem demonstrada no epis dio da Aboli o com o recuo posterior da elite abolicionista de Nabuco inclusive que n o estava interessada em ampliar ainda mais as possibilidades de participa o social dos antigos escravos Essas foram as caracter sticas da passagem no mbito da sociedade brasileira da ordem social escravocrata para a ordem social competitiva A natureza dependente do capitalismo caracterizada pela dupla expropria o do excedente econ mico requer para sua manuten o a exist ncia de uma camada dirigente nacional a qual n o deve
417. trim nio e aos relacionados ao tr fico de drogas Pode n o haver rela o direta entre desemprego e criminalidade No entanto o fen meno da viol ncia mundial e o crescimento tamb m extremamente concentrado nesses ltimos vinte anos para que nos esque amos um outro fato tamb m comum em todo o mundo que a nova configura o da natureza das rela es de trabalho ineg vel que essas transforma es pesam fen meno da viol ncia a n o ser que tenha surgido um novo v rus da criminalidade e ent o poder amos explicar esse crescimento atrav s da responsabilidade individual de cada criminoso Os fatores econ micos influem n o apenas atrav s do desemprego mas tamb m atrav s da eros o do contrato social fordista keynesiano atrav s dessa bela e perversa palavra flexibiliza o que praticamente impossibilita ao trabalhador pouco qualificado ou desqualificado um Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS planejamento duradouro de sua vida e finalmente atrav s da pr pria natureza do desemprego que pouco a pouco deixa de ser uma curta etapa na exist ncia do trabalhador para transformar se em um estado permanente O trabalhador desqualificado cai no desemprego n o para procurar outro emprego mas para engrossar a reserva de trabalho desqualificado de onde ele dificilmente sair Mas houve tamb m nesses vinte anos outras mudan as principalmente em es
418. truturas simb licas como o conceito de classe e de comunidade como a reorganizac o das reas estigmatizadas favelas guetos etc a mobilidade social poss vel as rela es internas de poder os n veis de aliena o territorial Finalmente bvio que essas mudan as provocaram e provocam impactos diferenciados nas matrizes de classe estado e hierarquia social de cada lugar Aqui volto a Loic Wacquant para lan ar algumas perguntas de ordem sociol gica de que maneira exatamente vem mudando a natureza da rela o sal rio trabalho quais s o seus efeitos sobre as estrat gias de vida e para quem O estigma territorial no caso por exemplo das favelas brasileiras uma modalidade sutil de discrimina o racial disfar ada ou pode se sustentar que ele exerce efeitos reais independentemente de e somado a distin es etnonacionais ou etnorraciais Que linguagens os novos proletariados e subproletariados da cidade emprestam ou forjam para entender sua situa o e rejarticular uma identidade coletiva uma linguagem que os religue classe trabalhadora da qual eles escaparam que os coloque em luta contra o Estado os ponha uns contra os outros E como as estruturas as pol ticas e as ideologias de Estado agem sobre a transforma o social espacial e simb lica das quais resultam os bairros de exclus o S o exemplos de perguntas cujas respostas auxiliar o muito mais no combate criminalidade do que o investime
419. uas mil cias estaduais contra o presidente o governo militar precaveu se ABRUCIO 1998 p 62 Mateus Afonso Medeiros II ARTIGOS PUBLICADOS EM REVISTAS CIENT FICAS de adestramento e disciplina art 10 Decreto Lei 2010 83 As policias militares voltavam a ter um car ter mais estadual mas poderiam ser convocadas quando o Ex rcito bem entendesse Os principais textos legais de mbito federal em vigor sobre policias militares s o os seguintes a Decreto Lei 667 de 2 de julho de 1969 alterado pelo Decreto Lei 2010 de 12 de janeiro de 1983 que regulamenta o artigo 22 XXI da Constituig o Federal estabelecendo normas gerais de organizac o efetivos material b lico garantias convoca o e mobiliza o das pol cias militares e corpos de bombeiros militares Decreto Lei n 1 001 de 21 de outubro de 1969 que estabelece o C digo Penal Militar Decreto 88 777 de 30 de setembro de 1983 que aprova o regulamento para as pol cias militares e corpos de bombeiros militares Decreto 88 540 de 20 de julho de 1983 que regulamenta a convoca o das pol cias militares para que estas possam cumprir sua fun o de for as auxiliares do Ex rcito b c d A legislac o federal que trata do policiamento ostensivo foi editada por presidentes militares V rios poderes de veto e prerrogativas foram conferidos ao Ex rcito Na pr tica mesmo ap s a redemocratizac o o Ex rcito qu
420. ue caracteriza seu trabalho e denunciou abertamente imprensa o nosso c rculo vicioso a pessoa apanha da pol cia militar no momento da abordagem levada delegacia e apanha da pol cia civil sendo obrigada a assinar a nota de culpa Pouco tempo depois o delegado abre o inqu rito e a pessoa indiciada vale dizer o delegado afirma que h ind cios de culpa daquela pessoa e que ele agora passar a coletar as provas para prend la de vez Tudo isso feito sem a presen a do contradit rio o delegado que dirige o inqu rito Ouve as testemunhas que quiser e da maneira como quiser coleta as provas que quiser N o h partes contr rias H o direito de ficar calado mas n o o de falar E de que vale esse direito s tr s da madrugada numa delegacia para um cidad o que nem sequer tem advogado Vale a tortura a prova o para obter a confiss o e solucionar o caso Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL claro o promotor fiscaliza a condu o do inqu rito mas n o esque amos que ele posteriormente ser a parte da acusa o claro o juiz pode instaurada a a o criminal perceber irregularidades ouvir outras testemunhas etc Muito bonito se ele n o estivesse com a mesa empilhada com processos se ele estivesse disposto a ler al m do papel se a parte acusada tivesse advogado N o assim que funciona O inqu rito policial brasileiro instrumento de autoritarismo Justamente quando com
421. ugas das rivalidades provinciais e regionais Os valores e a linguagem comuns tornariam poss vel um acordo b sico sobre a organiza o do poder estabelecido pela unidade nacional pelo controle civil do poder e pela democracia limitada dos homens livres CARVALHO 1981 34 36 A capacidade unificadora do Estado brasileiro diminuiu o conflito no plano social e regional Ao mesmo tempo ao consagrar uma ordem escravocrata reduziu o canal de mobilidade social Paradoxalmente o canal de mobilidade mais importante para os que n o se enquadravam na ordem agr rio exportadora seria o pr prio aparato burocr tico Assim ao mesmo tempo em que dependia da renda gerada pela economia agr rio exportadora o Estado se transformava em ref gio de setores mais din micos Era o grande empregador dos setores que n o se podiam encaixar na economia escravista letrados prolet rios livres antigos senhores de terra em decad ncia N o poderia sobreviver sem a agricultura de exporta o mas seus interesses n o se confundiam com os dos senhores de terra Com estes o Estado tinha de compactuar atrav s de mecanismos como a Guarda Nacional e as pr ticas clientelistas mas isso n o o impediu de se transformar em fonte de poder em si mesmo A burocracia se fundia com a elite pol tica funcion rios elegiam se senadores ou compunham o minist rio com a consequ ncia da desvincula o parcial de seus interesses com os da grande propriedade
422. uinte V ningu m ser obrigado a filiar se ou a manter se filiado a sindicato JArt 149 Compete exclusivamente Uni o instituir contribui es sociais de interven o no dom nio econ mico e de interesse das categorias profissionais ou econ micas como instrumento de sua atua o nas respectivas reas observado o disposto nos arts 146 III e 150 I e II e sem preju zo do previsto no art 195 8 60 relativamente as contribui es a que alude o dispositivo Consolida o das Leis do Trabalho Art 579 A contribui o sindical devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econ mica ou profissional ou de uma profiss o liberal em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profiss o ou inexistindo este na conformidade do disposto no art 591 Obs Pelos dispositivos listados mesmo o trabalhador n o sindicalizado obrigado a contribuir financeiramente para o sindicato INDICADOR 3 Normas constitucionales y legales que estipulan la prohibici n de obligar a un trabajador a su afiliaci n sindical en 2004 Constituic o da Rep blica Federativa do Brasil Art So livre a associac o profissional ou sindical observado o seguinte V ningu m ser obrigado a filiar se ou a manter se filiado a sindicato Art 149 Compete exclusivamente Uni o instituir contribui es sociais de interven o no dom nio econ mico e de interesse das categorias pr
423. uirem legitimidade junto ao ambiente externo idem 66 Dissemos acima que no ambiente institucional a regula o de pr ticas por meio de leis o estabelecimento de requisitos para a pr tica de profiss es aumentam a extens o em que procedimentos racionalizados se transformam em requisitos institucionais Realizar o inqu rito mesmo que de forma diferente daquela prescrita na lei torna se a principal fun o de uma organiza o que precisa se legitimar perante os atores relevantes para garantir sua sobreviv ncia Por sua vez o inqu rito n o orientado para a administra o de conflitos mas para a inexor vel puni o dos transgressores KANT DE LIMA 2003 252 Seguran a p blica e aplica o da lei penal confundem se A caminho da unifica o As palavras de Jorge da Silva acad mico e coronel da Pol cia Militar do Rio de Janeiro s o auto explicativas na defini o dos mitos institucionais das duas corpora es policiais Conduzida a atividade policial por operadores do direito prevalece a vis o segundo a qual os problemas do crime e da ordem p blica se resolvem com a lei penal Conduzida a atividade por militares sobretudo do Ex rcito os problemas se resolveriam com a for a Na tica penal falar de seguran a p blica consiste normalmente em falar de crime e de criminoso Esta perspectiva tem dificuldade de enxergar o crime no atacado como um fen meno sociopol tico e hist rico e se
424. uito al m de Gaza para ver a opress o com os pr prios olhos Citando apenas um exemplo os t xis de Jerusal m circulavam em Bel m mas o contr rio nem pensar Entretanto comer mesma mesa dormir sob o mesmo teto isso ajuda e muito a compreender o sofrimento humano O contato com a popula o judaica com as pessoas comuns fez me sentir na pele a maneira como eles vivem o conflito Ao passear pelas ruas de Jerusal m era imposs vel deixar de ficar nervoso As buzinas foram o que mais me impressionou O n mero de buzinadas equivalia a umas sete vezes a Marginal Pinheiros engarrafada em dia de chuva Esse era o tr nsito normal em Jerusal m A tens o Publicado no Jornal O TEMPO em 14 09 2001 Mateus Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL era constante e contagiante Uma colega israelense que mora em Nova York forneceu me outro exemplo desse estresse embutido ela estava viajando no metr quando de repente em uma das esta es do centro de Manhattan um homem desembarcou deixando no vag o sua pasta de trabalho Assim que ela viu aquela maleta abandonada entrou em p nico bomba Aterrorizada fechou os olhos e esperou pelo pior Mas era apenas uma pasta esquecida Quem estava em desvantagem naquela guerra parcialmente interrompida do Oriente M dio Os palestinos morriam mais passavam fome eram humilhados Os israelenses viviam sob constante tens o Morrem mais palestinos que judeus mortos mas se eu sou um dos
425. uliaridade Conquanto nos pa ses citados haja unidades paramilitares especiais em regra cada organizac o realiza as tr s tarefas policiais Sua diferenciac o ocorre pelo crit rio geogr fico e n o funcional A especializa o se d no interior das organiza es vale dizer de maneira intra organizacional por exemplo nos Estados Unidos h officers patrulhando as ruas e detectives investigando crimes mas ambos pertencem mesma organiza o No Brasil a especializa o extra organizacional no mesmo espa o geogr fico uma pol cia se ocupa da investiga o e a outra executa as tarefas paramilitar e de patrulhamento A especializa o extra organizacional gera consequ ncias para o campo institucional Dificulta a troca de pessoal entre as organiza es visto que os policiais t m profiss es diferentes for a normativa A estrutura militar n o vista como adequada s tarefas civis e vice versa for a mim tica Al m disso durante a maior parte de sua hist ria as pol cias foram completamente separadas em termos de comando forca coercitiva Apesar do contato di rio entre as duas organiza es policiais h pouca troca de recursos t cnicos e institucionais As rela es isom rficas s o mais fortes entre as diversas Pol cias Civis entre as diversas Pol cias Militares e o mais grave em 8 Muitos policiais civis prestam concurso para as carreiras do Minist rio P blico e da Justi a mas
426. ulta na dificuldade de adapta o dessas for as para a situa o espec fica de cada estado Em dois estados como S o Paulo e Tocantins em que as necessidades de seguran a p blica s o completamente diversas a estrutura policial n o poder ser t o diferente Todavia se a exist ncia de poderes federais de veto inibe a a o dos governadores o uso das pol cia militar como ex rcitos estaduais n o parece ter ficado no passado distante da hist ria brasileira Por exemplo em 1999 o governador Itamar Franco MG amea ou usar a pol cia militar para impedir a privativa o de Furnas Em setembro de 2000 depois que o Presidente Fernando Henrique Cardoso enviou tropas do Ex rcito para Buritis em Minas Gerais o mesmo governador acusou o Presidente de interven o federal Estacionou tropas da pol cia militar a poucos quil metros do local e ainda cercou a sede do governo estadual utilizando um tanque e atiradores de elite Embora o coronelismo tenha perdido a import ncia enquanto mecanismo eleitoral a sobre representa o dos estados do norte e nordeste no Congresso Nacional manteve o padr o de acordo pol tico eleitoral entre o centro econ mico e as classes pol ticas tradicionais dos estados empobrecidos Cf STEPAM 2000 Embora os bancos estaduais tenham sido privatizados e apesar da nova legisla o de responsabilidade fiscal os governadores ainda gozam de grande independ ncia pol tica e financeira Apesar da maio
427. us Afonso Medeiros I ARTIGOS EM JORNAL A impunidade policial um problema grave e n o d esperar pelas crises morais dos criminosos Nesses 12 anos de relativa democracia j avan amos muito em mat ria de responsabiliza o policial Mas ainda temos uma impunidade alarmante o que indica um longo caminho a ser trilhado As pol cias sempre afirmam que os abusos s o corrigidos atrav s de procedimentos internos No entanto os rg os corregedores t m pouca ou nenhuma autonomia S o sempre os ltimos a receber equipamentos e recursos humanos Seus funcion rios disputam quase sempre perdem as mesmas promo es e vantagens que os policiais a quem fiscalizam e pior ainda s o muitas vezes subordinados a quem deveriam punir sem quaisquer prerrogativas legais Isso sem falar no corporativismo e na tica de guerra dos tribunais militares A Constitui o de 1988 entregou ao Minist rio P blico a fun o de realizar o controle externo das pol cias o que certamente foi uma conquista Entretanto at hoje s o poucas as comarcas que contam com promotorias especializadas em direitos humanos O pr prio ex procurador geral de Justi a de S o Paulo Luiz Marrey reconhece que foi apenas em 1996 que o Minist rio P blico daquele Estado abra ou institucionalmente a causa do controle policial Em Minas apesar de contarmos com uma promotoria atuante pelo menos em Belo Horizonte n o temos ainda uma procuradoria especializada o
428. vi o 1 Alguns disputariam esta afirma o alegando que a pol cia n o pode deixar de agir uma vez que toma conhecimento de um crime ou contraven o Entretanto imposs vel simplesmente fazer cumprir a lei No caso brasileiro por exemplo isso significaria colocar guardas nas casas de xerox multar pedestres que atravessam fora da faixa e arrombar portas de motel para prender ad lteros Por mais que se possa estabelecer formas de controle e responsabiliza o a pol cia quem vai decidir quais leis fazer valer e o policial na rua quem decidir se vai ou n o agir e como vai agir 2 Max Weber introduziu a defini o do Estado pelos seus meios em v rias obras entre elas A pol tica como voca o Bras lia Ed UnB 2003 p 8 Com rela o organiza o policial a defini o pelos meios foi formulada por Egon Bittner The functions of police in modern society Cambridge Olegeschlager Gunn amp Hain 1980 3 Vide David Bayley Police for the future Nova York Oxford University Press 1994 cap tulo 2 4 Vide Mike Stephens e Saul Becker Orgs Police Force Police Service Care and Control in Britain Londres Macmillan 1994 Os autores diferenciam os grupos para os quais a pol cia trabalha do things for e com os quais trabalha do things to Mateus Afonso Medeiros HI OUTROS TRABALHOS 239 Em sociedades estruturalmente diferenciadas estas fun es das pol cias ser o e
429. vimentos sociais praticamente como sin nimo de suas reivindica es Terra trabalho educa o eram os principais direitos humanos dependendo do movimento que os reivindicava Ethos de liberdade pol tico jur dica da era moderna n cleo de um consenso de universalidade e de sobreposi o intercultural os direitos humanos podem ser ambivalentes mas s o inevit veis H hoje um debate no qual n o pretendo entrar sobre a indivisibilidade desses direitos vale dizer se existem isolodamente os direitos pol ticos individuais sociais pol ticos civis individuais sociais econ micos e culturais Independemente da resposta essencial resgatar um aspecto importante da din mica dos direitos humanos O mundo separa esses direitos em no m nimo dois grupos pol ticos e individuais por um lado e sociais econ mico e culturais por outro Mas em um como no outro assim como nas concep es cat lica protestante secular ou nas concep es dos diversos movimentos sociais independentemente de seu conte do o direito humano sempre foi um direito subjetivo p blico Reivindicar um direito humano sempre significou reivindicar a presta o de uma obriga o que o Estado devia ao cidad o ou a grupos de cidad os Se hoje talvez erroneamente o Estado est fora de moda ent o vamos substitui lo pelo termo ordem pol tico jur dica em sentido amplo Essa uma reflex o importante porque
430. vocar a responsabilidade social das empresas justifica o nome da campanha quem financia a baixaria contra a cidadania Para garantir legitimidade social e evitar o tratamento tendencioso das delicadas quest es de direitos humanos a Campanha a campanha estabeleceu uma carta de princ pios cujo conte do espelha o projeto de lei de que trataremos mais adiante Al m da carta de princ pios todas DIREITOS HUMANOS Uma Paix o Refletida 257 258 as entidades parceiras elegeram um Colegiado o Conselho de Acompanhamento da Programa o CAP cuja fun o seria assistir aos programas denunciados e verificar se eles contrariavam a carta de princ pios O conselho composto por pessoas dos mais diversos setores da sociedade civil como a Ordem dos Advogados do Brasil o Conselho Federal de Psicologia movimentos homossexuais igrejas profissionais de m dia acad micos Sua primeira forma o incluiu at um representante da Associa o Brasileira de Radiodifus o e Telecomunica es Abratel formada por emissoras de r dio e televis o Hoje al m do CAP conta com uma secretaria executiva formada por cinco entidades civis e pela Comiss o de Direitos Humanos e Minorias da C mara dos Deputados Al m disso j existem dez cap tulos locais da campanha organizados nos diferentes estados da federa o que t m como objetivo tratar a programa o de natureza local Os resultados at o momento n o s o pouc
431. volu o social e econ mica brasileira em seus aspectos estruturais e ideol gicos para que possamos posteriormente relacion la aos aspectos estruturais e ideol gicos da forma o do Estado Ser poss vel ent o identificar como princ pios articuladores dessas rela es as no es de capitalismo dependente e de unidade contradit ria da regula o social Sociedade Em termos simples a ordem social competitiva aquela que embasa e possibilita o desenvolvimento das rela es capitalistas de mercado FERNANDES 1976 149 A competi o permite o conflito que por sua vez gera a inova o tecnol gica e a continuidade da acumula o al m de impedir a consolida o de privil gios Obviamente um elemento crucial da ordem social competitiva o trabalho livre a rigidez da escravid o se contrap e ao dinamismo da competi o No caso brasileiro acrescente se a condi o colonial A combina o destes dois fatores determinou a rigidez da ordem da Casa Grande extremamente est tica e marcada pela consolida o de privil gios dos senhores de engenho Estes no entanto tamb m estavam sujeitos rigidez do sistema pois sua atividade econ mica era determinada de fora quantidade da produ o pre os fatores tecnol gicos N o tinham o controle sobre a acumula o de capital resultante de sua atividade O senhor de engenho colonial n o poderia produzir para enriquecer A Independ ncia pode ser enten
432. xperimentadas de maneira diversa por indiv duos e grupos Certamente a distribui o das fun es policiais ser vari vel e depender de rela es de poder e de arranjos institucionais Em geral essa distribui o devido igualdade formal entre os cidad os n o est definida em lei D se atrav s da discricionariedade das pol cias Como especialista em mat ria de criminalidade direito e justi a a pol cia interpreta a estrutura social e produz classifica es e possibilidades de compreens o da realidade a partir das quais ela distribuiu seus recursos a grupos diversos N o necess rio dizer que essas classifica es ser o a esbo adas a partir do registro mais amplo de divis es sociais e b mediadas pelos dilemas e pela experi ncia dos policiais Configuram uma s rie de predisposi es com relac o a individuos e grupos que os policiais encontram no trabalho di rio Situam os v rios p blicos na distribuic o de forca e de servico de acordo com os valores que eles supostamente respeitam e com os problemas que eles podem causar N o raro essas classificac es s o encontradas em termos bin rios no vocabul rio dos policiais respectable rough vagabundo cidad o Percebe se ent o a constru o de p blicos preferenciais da for a policial os quais podemos chamar de subalternos em rela o aos policiais Existe alguma forma de controle sobre a discricionariedade poss vel equilibra

Direitos Humanos, Uma paixão Refletida

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