Home

TRAJETOS NO LABIRINTO:

image

Contents

1. Relatorio t cnico e cientifico 1 Associa o Brasileira de Enfermagem Se o Rio de Janeiro Relat rio Financeiro 2000 Rio de Janeiro RJ 2000 2 Paes FRC Nogueira ARR Dias DS Prot tipo de sistemas de informa o um estudo sobre a tecnologia utilizada Rio de Janeiro RJ IBM Centro Cient fico 1998 Relat rio t cnico n CCR 60 Ata de reuni o 1 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Escola de Enfermagem Alfredo Pinto Ata da reuni o ordin ria n 7 do N cleo de Pesquisa e Experimenta o em Enfermagem Fundamental do Departamento de Enfermagem Fundamental para tratar reuni o ordin ria para a implanta o do Laborat rio de Pesquisa em Hist ria da Enfermagem Rio de Janeiro RJ 2000 set Documentos jur dicos leis atos normativos portarias e resolu es 1 Senado Federal BR Constitui o Rep blica Federativa do Brasil 1988 Bras lia DF Centro Gr fico 1988 Decreto lei n 2268 de 30 de junho de 1997 Regulamenta a lei n 9434 sobre doa o de rg os no Brasil Di rio Oficial da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia DF 1997 jul 123 99 6110 2 Minist rio da Sa de BR Conselho Nacional de Sa de Diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos Resolu o n 196 96 Bras lia DF 1996 citado em 17 jun 2000 Dispon vel em URL http Avww ufrgs br hcpa gppg res19696 htm Erratas os pedidos de corre o dever o ser e
2. 1 353 de 13 de junho de 2011 Aprova o Regulamento T cnico de Procedimentos Hemoter picos Sa de Legis Bras lia DF 2011 online Dispon vel em lt http ovsms saude gov br bvs saudelegis gm 201 1 prt1353 13 06 2011 html gt Acesso em 16 jun 2011 Guia para o uso de hemocomponentes Secretaria de Aten o Sa de Bras lia DF Minist rio da Sa de 2008 Diretrizes Operacionais para os Pactos pela Vida em defesa do SUS e de Gest o Secretaria Executiva Coordena o de Apoio Gest o Descentralizada 2006 online Dispon vel em lt http dtr2001 saude gov br editora produtos livros paf 06 0257 M pdf Acesso em 20 de Dez 2011 As 02h Conceitos e defini es em sa de Secretaria nacional de a es b sicas de sa de Coordena o de assist ncia m dica e hospitalar Bras lia 1977 online dispon vel em lt http ovsms saude gov br bvs publicacoes 0117conceitos pdf gt Acesso em 15 de out 2012 Portaria n 2 439 GM de 8 de dezembro de 2005 Institui a Politica Nacional de Aten o Oncol gica Promo o Preven o Diagn stico Tratamento Reabilita o e Cuidados Paliativos a ser implantada em todas as unidades federadas respeitadas as compet ncias das tr s esferas de gest o Portal da Sa de Bras lia DF 2005 online Dispon vel em lt http dtr2001 saude gov br sas PORTARIAS Port2005 GM GM 2439 htm gt Acesso em 10 de dez 2011 Secretaria
3. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS DA SA DE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE P S GRADUA O STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACAD MICO JO O EVANGELISTA DA COSTA TRAJETOS NO LABIRINTO Hist ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN Natal RN 2013 JO O EVANGELISTA DA COSTA TRAJETOS NO LABIRINTO Hist ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Enfermagem do Centro de Ci ncias da Sa de da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obten o do t tulo de mestre rea de Concentra o Enfermagem na aten o a sa de Linha de Pesquisa Enfermagem na Sa de Mental e Coletiva Orientadora Professora Dr Cl lia Albino Simpson Natal RN 2013 Cataloga o da Publica o na Fonte UFRN Biblioteca Setorial Especializada em Enfermagem Prof Bertha Cruz Enders C837 Costa Jo o Evangelista da Trajetos no labirinto hist ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN Jo o Evangelista da Costa 2013 152 sil Orientadora Cl lia Albino Simpson Disserta o mestrado Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ci ncias da Sa de Dep
4. nico de Sa de atualmente a institui o de refer ncia em oncologia no Brasil e desenvolve a es campanhas e programas em mbito nacional em atendimento Pol tica Nacional de Aten o Oncol gica do Minist rio da Sa de Dentre as atividades desenvolvidas est o a preven o e o diagn stico precoce do c ncer forma o de profissionais especializados desenvolvimento de pesquisa e informa o epidemiol gica Todas estas atividades t m como objetivo reduzir a incid ncia e a mortalidade por c ncer no Brasil INCA 2011 Smeltzer e Bare 2006 afirmam que o c ncer pode surgir em qualquer parte do corpo mas alguns rg os s o mais afetados do que outros Entre os mais afetados est o pulm o mama colo do tero pr stata c lon e reto intestino grosso pele est mago es fago medula ssea leucemias e cavidade oral boca Cada rg o por sua vez pode ser afetado por tipos diferenciados de tumor menos ou mais agressivos Com o avan o da medicina e com o aparato tecnol gico ficou mais r pido e f cil diagnosticar o c ncer podendo se iniciar o quanto antes o tratamento Diversas terapias no tratamento dessa doen a podem ser utilizadas e que a equipe de sa de o usu rio e sua fam lia devem ter uma compreens o clara das op es e metas do tratamento SMELTZER BARE 2006 Kaliks holtz e Giglio 2012 afirmam que quem determina a escolha do tratamento s o as caracter sticas do tumor sua extens o e
5. 135 6 Rice AS Farquhar Smith WP Bridges D Brooks JW Canabinoids and pain In Dostorovsky JO Carr DB Koltzenburg M editors Proceedings of the 10th World Congress on Pain 2002 Aug 17 22 San Diego CA Seattle WA IASP Press c2008 p 437 68 e Anais Proceedings de confer ncia dispon vel na Internet Centa ML Oberhofer PR Chammas J A comunica o entre a pu rpera e o profissional de sa de In Anais do 8 Simp sio Brasileiro de Comunica o em Enfermagem Internet 2002 Maio 02 03 S o Paulo Brasil 2002 cited 2008 dec 31 Available from http Avww proceedings scielo br pdf sibracen n8v1 v1a060 paf e Trabalho apresentado em evento cient fico Robazzi MLCC Carvalho EC Marziale MHP Nursing care and attention for children victims of occupational accident Conference and Exhibition Guide of the 3rd International Conference of the Global Network of WHO Collaborating Centers for Nursing amp Midwifery 2000 July 25 28 Manchester UK Geneva WHO 2000 152 Outras publica es e Jornais Souza H Pereira JLP O or amento da crian a Folha de S o Paulo 1995 maio 02 Opini o 1 Caderno e Artigo de jornal na internet Deus J Pacto visa o fortalecimento do SUS em todo estado de Mato Grosso Di rio de Cuiab Internet 2006 Apr 25 cited 2009 feb 16 Sa de Available from http www diariodecuiaba com br detalhe php cod 251738 e Leis portarias resolu es Lei N 8 842 de 4 de janeiro de 1994 Disp
6. 345 Bairro Ema s Parnamirim RN CEP 59149 316 Tel 84 88576624 2 Enfermeira Doutora Professora do Programa de P s Gradua o do Departamento de Enfermagem da UFRN E mail cleliasimpson pop com br 103 interfere and modify it Finally the analysis directs the nurse to the understanding of their practice through the point of view of employees making that contribute to improved care Descriptors Nursing Hematology Oral History of Life Content Analysis RESUMEN El objetivo de este estudio es analizar las narrativas de los usuarios de la salud con el uso de la transfusi n de sangre en el cancer utilizando la historia oral como una metodologia de vida y el an lisis de contenido Se seleccionaron fragmentos de los relatos de cinco empleados y se identificaron a trav s de la asociaci n y la definici n de los elementos comunes tres categorias de an lisis en primer lugar el impacto psicol gico el impacto sobre el impacto de la socializaci n segundo y tercer ambiental del tratamiento se encuentran en debido a la utilizaci n de la transfusi n de sangre Estas categorias tratar de visualizar la relaci n entre el paciente y l mismo entre los enfermos y sus relaciones con los dem s y con el mundo en el que interferir y modificarlo Finalmente el an lisis dirige la enfermera a la comprensi n de su pr ctica a trav s del punto de vista de los empleados haciendo que contribuyen a la mejora de la atenci n De
7. de fatores como a fragilidade provocada pela doen a e do n o conhecimento espec fico na rea m dica o processo de assist ncia tende a ser resumido e at mesmo simplificado Planejamentos particularizados e aspectos relacionados ao complexo mecanismo de funcionamento de um hospital passam portanto de modo despercebido pelo leigo como um dado comum em se tratando da rela o paciente m dico No entanto o afeto dispensado e a assist ncia individualizada tendem a humanizar o processo n o apenas mascarando o mas conduzindo o a uma posi o cr tica e pr xima do que de fato almejado por todos Isto tamb m serve para o processo transfusional com sua complexidade principalmente em decorr ncia de complica es que possam se desenvolver E isto na maioria das vezes n o explicado talvez por receio da rea o do usu rio ou at mesmo de poss vel desconhecimento Ou ainda plaus vel considerar que a aus ncia de explica es mais espec ficas ao usu rio pode ser resultante do temor em distanciar o doador e o receptor do processo estabelecido uma vez que a transfus o um processo pass vel de ser recusado Cabe ao enfermeiro direcionar sua assist ncia no sentido de evitar e minimizar as complica es provenientes da hemotransfus o tendo o conhecimento na rea para detectar de imediato as complica es quando elas se desenvolverem assistindo o transfundido prontamente com medidas efetivas no controle de qualquer
8. depois das inje es Vamos ver o que ele vai dizer Sinto dor no corpo 83 todo S n o na pr stata na pr stata eu n o sinto nada como eu estou dizendo a voc eu n o sinto nada dif cil mas s vezes eu vou urinar e dar aquele ardozinho mas pouco N o neg cio de dor de fazer medo n o Esta doen a interferiu em muita coisa na minha vida Eu deixei de fazer minhas coisas n o fa o mais nada e n o tem quem fa a Se tiver alguma coisa pra fazer tem que pedir a meus filhos Pedir a um e a outro Quando eu estava bom eu fazia tudo e n o pedia a ningu m Interferiu em muita coisa Fazia muitas coisas dentro de casa varria a casa e ajudava a mulher Fazia muita coisa muito trabalho aqui dentro de casa eu fazia Hoje n o posso Eu n o posso quase nem pegar em nada tudo do do as m os do das que faz medo Ave Maria Tenho setenta e um anos Tenho oito filhos e seis netos Estou aposentado Aposentei me em novembro de 2009 Eu trabalhava aqui e acol montando m veis Minha profiss o montar m veis Eu trabalhava na Casa Porcino Trabalhei s vinte e quatro anos l A eu sa me aposentei porque n o estava aguentando trabalhar mais estava com uma dor na coluna tamb m Adoeci da coluna e quase fico aleijado passei uma por o de tempo aqui quase andando pelas m os do povo ia daqui para ali e n o aguentava ficar em p nem sentado e nem andando Tinha que me sent
9. e o que que eu estava precisando Se eu estava bem para receber aquela medica o Eles fizeram um preparat rio muito bom e inclusive eles me deixaram em uma situa o muito privilegiada para o atendimento Porque n o senti 12 dificuldade dificuldade de falar com eles nenhuma nem s vezes voc chega para um profissional da sa de ou outro profissional qualquer e eles falam um palavreado que voc tem at certa dificuldade de entender e eles n o Eles deixaram a gente bem vontade Inclusive teve um m dico hematologista que conversou comigo ele falou muito aberto n o teve dificuldade s vezes a gente fala cientificamente e o outro n o sabe nem o que est dizendo O meu m dico passou quatro bolsas de sangue eles fizeram uma bateria de perguntas para saber se eu ia ter alguma rea o do sangue alguma coisa mas eu n o tive foi tudo bem Eles me prepararam mesmo para poder tomar o sangue eu achei aquilo muito confort vel J no Hospital dos Pescadores eles colocaram o sangue mas l foi diferente disseram estar precisando tomar sangue e pronto Botou o sangue e depois me transferiram para o Hospital da Pol cia Militar N o teve muito preparo n o porque foi tudo no vexame Eu estava cansado e me sentindo muito fraco e meu m dico n o queria passar o sangue de jeito nenhum para mim Ele achou que n o era hora e terminou dizendo v l e tome esse sangue aqui Ele
10. e sobre a Pol tica Nacional do Idoso cria o Conselho Nacional do Idoso e d outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Bras lia 1994 Jan 05 e Leis portarias resolu es dispon vel na Internet Resolu o CNE CES N 3 de 7 de novembro de 2001 BR Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Gradua o em Enfermagem cited 2012 jun 30 Available from http portal mec gov br cne arquivos pdf CES03 pdf Lei n 8 842 de 4 de janeiro de 1994 BR Disp e sobre a pol tica nacional do idoso cria o Conselho Nacional do Idoso e da outras provid ncias Di rio Oficial da Uni o Internet 05 jan 1994 cited 2012 jun 30 Available from http www planalto gov br ccivil 03 leis 8842 htm e Base de dados online Shah PS Aliwalas LI Shah V Breastfeeding or breast milk for procedural pain in neonates 2006 Jul 19 cited 2009 mar 02 In The Cochrane Database of Systematic Reviews Internet Hoboken NJ John Wiley amp Sons Ltd c1999 Available from http www mrw interscience wiley com cochrane clsysrev articles CD004950 frame h tml Record No CD004950 e Texto de uma pagina da Internet Carvalho G Pactos do SUS 2005 Comentarios Preliminares Internet Campinas Instituto de Direito Sanit rio Aplicado 2005 Nov 15 cited 2009 mar 11 Available from http www idisa org br site artigos visualiza_conteudo1 php id 1638 e Homepage da Internet Instituto Brasileiro de Geografia e E
11. enfermidade e at mesmo como vencer a morte A interna o tida como uma experi ncia desagrad vel para quem a vivencia Muitos desses usu rios t m consci ncia do que possa vir a acontecer n o conseguir ficar curado da doen a e morrer no hospital Al m de todos estes problemas citados os usu rios ainda passam a conviver com profissionais de sa de e seus vocabul rios cient ficos aparentando que a sua doen a consiste ser maior do que ela significa na realidade No per odo de internamento na maioria das vezes a aten o maior da equipe se direciona para o diagn stico e pouco dirigida para o indiv duo doente Isto faz com que a individualidade de cada pessoa seja silenciada e uma vez n o exposta tendem a n o ser percebidos os medos a inseguran a as preocupa es as necessidades e as ang stias que podem levar o indiv duo pensar at mesmo no seu pr prio fimt No entanto mesmo em face dos dados do Minist rio da Sa de e diante de tanto receio que causa o hospital na vida do usu rio observa se nos relatos abaixo uma conforma o no tratamento recebido no local onde foram internados Fui muito bem atendida nos hospitais Fui internada no Hospital Walfredo e no Hospital da Pol cia s nesses dois hospitais E s vezes fui ao pronto socorro e s Senhora Fevereiro Mas o atendimento no hospital pol cia militar foi muito bom A medica o toda correta o pessoal atendendo no hor rio certo n o deixando p
12. ncer aceitar ou n o a doen a Estes mecanismos s o est gios denominados de comportamentais ou ps quicos que incluem a nega o raiva revolta barganha depress o e aceita o Tais fases podem ocorrer nesta ordem apresentada mas isso n o obrigatoriamente necess rio como as rea es que indicam cada uma delas podendo coexistir em um mesmo momento tendo dura es vari veis quando uma substituir a outra ou se encontrar s vezes lado a lado Em todos estes momentos a esperan a a nica coisa que geralmente persiste Nos segmentos de relatos abaixo citados podem ser visualizadas as fases comportamentais ou ps quicas mencionadas Vejamos Eu estou triste mesmo Porque a gente fica triste Porque fica doente muito tempo tem que ficar boa n o A gente se sente triste O m dico disse que eu s estava vivendo por causa desses tratamentos Ser que os m dicos s Jesus quem sabe Eu tenho f em Deus que eu fico boa Eu tenho f tamb m nos medicamentos que tem vez que eu t muito doente eu tomo e melhoro mais Senhora Fevereiro Pela voz da Senhora Fevereiro pode ser observada certa nfase na tristeza Eu estou triste mesmo ou A gente se sente triste Estat sticas mostram que em torno de 58 dos usu rios de sa de com c ncer apresentam depress o e que algumas condi es cl nicas como dor n o controlada altera es metab licas e alguns medicamentos usados podem estar assoc
13. o isentas de riscos cabendo ao m dico por ser o profissional respons vel pela solicita o e transfus o considerar a real necessidade de sua utiliza o avaliando os riscos e benef cios ao usu rio de sa de FRAIJI 2007 No processo hemoter pico cinco s o as op es de utiliza o do sangue e de seus hemocomponentes A primeira indica o o Sangue Total ST coletado de um nico doador mas indicado em situa o restrita sendo mais utilizado como mat ria prima nos servi os de hemoterapia para preparo em seus hemocomponentes Seu uso est indicado em sangramento ativo com perda de mais de 25 do seu volume sangu neo e que necessite simultaneamente de expans o de volume e melhoria na capacidade de carrear Oxig nio Oz sendo tamb m indicado em exosanguineo transfus o BRASIL 2008 A segunda o Concentrado de Hem cias CH que tamb m um componente eritrocit rio indicado no tratamento de anemias normovol micas e nas anemias por perda de sangue de evolu o aguda que necessite de restaurar a massa eritrocit ria e a capacidade de transporte de Oz A indica o terap utica do CH de reduzir ou evitar a hip xia tecidual impedindo danos irrepar veis aos tecidos ou rg os Sendo assim as necessidades transfusionais de cada usu rio de sa de devem ser baseadas no seu estado cl nico e n o s nos n veis hematim tricos FRAIJI 2007 BRASIL 2008 NEVES 2010 O Plasma Fresco Congelado PFC
14. o em n vel latu sensu no Rio de Janeiro no ano de 2002 Portanto nota se o quanto nova esta discuss o que pode trazer muito de amadurecimento para o enfermeiro da rea Uma vez atuando com processos hemoter picos sentimo nos atra dos e cada vez mais convidados a procurar fundamenta o cient fica nesta rea No exerc cio di rio quanto mais obt nhamos conhecimento mais aumentavam a preocupa o e o cuidado com o modo de utiliza o do sangue e suas aplica es os cuidados necess rios com o doador e o receptor e as possibilidades de avan o tecnol gico Passamos a procurar entender e observar os riscos do uso da hemoterapia suas rea es durante a transfus o e os relatos dos usu rios ao narrar o que sentiam durante e ap s a infus o dos hemocomponentes Ap s pesquisa da literatura referente hemoterapia foi possibilitado constatar inclusive a falta de crit rios na indica o dos hemocomponentes A partir dos conhecimentos adquiridos da observa o e da pr tica cotidiana com efeito ampliaram se cada vez mais as condi es para orientar os colegas de trabalho e os usu rios sobre procedimentos de hemotransfus es dando nfase aos crit rios e ressaltando sobre prov veis altera es durante este procedimento A orienta o era no sentido de terem o cuidado de n o deixar que os usu rios desta terap utica tivessem receio a ponto de recusar o tratamento o que atrasaria O processo e prejudicaria a sua pr pr
15. o fazem grandes diferen as no tratamento Quando o enfermo obrigado a ficar acamado ou a diminuir suas fun es ou at mesmo ficar hospitalizado isso pode causar mudan as radicais na organiza o da vida familiar principalmente no que concerne aos papeis antes delimitados no lar Quando o doente um dos chefes da fam lia o que fica respons vel pela casa ter de se adaptar a nova realidade Se este for o esposo a invers o dos papeis fica mais dif cil de ser aceita pois a concorrem valores pessoais culturais e hist ricos muito marcantes para cada indiv duo A mudan a de papeis tende assim a ser mais um elemento de mudan as e sofrimentos no contexto inserido levando homem ou mulher a terem que se adaptar s novas rotinas o que geralmente produz muito transtorno A terceira e ltima categoria aqui sugerida o impacto do ambiente no tratamento e da transfus o sangu nea indica a recep o do doente no local em que est sendo cuidado bem como revela a es e procedimentos dos especialistas da rea da sa de no zelo ou indiferen a com esses usu rios Procura ainda expandir seu alvo para o contato dos usu rios com os processos surgidos em decorr ncia do uso da transfus o sangu nea revelando a conforma o ou a revolta em face do vivido Vale lembrar que tais categorias antes de se excluirem corroboram com a cria o de um quadro em que o conjunto deve ser capaz de proporcionar um olhar mais 108 humano
16. uma vez que lidando com a administra o dos hemocomponentes no in cio n o t nhamos o entendimento de como funcionava aquela terapia e tampouco det nhamos argumentos cient ficos para 13 explicar e tirar as d vidas dos usu rios com rela o ao que envolvia sangue e seus constituintes No exerc cio da profiss o observ vamos que a administra o dos hemocomponentes era feita como um medicamento comum constatando se tamb m que o usu rio n o era esclarecido quanto ao que estava sendo feito acerca do procedimento transfusional com seus benef cios e os poss veis riscos O Manual T cnico de Hemovigil ncia do Minist rio da Sa de BRASIL 2007 nessa perspectiva reafirma que as transfus es envolvem riscos sanit rios com a ocorr ncia potencial de incidentes transfusionais sejam eles imediatos ou tardios e que estes riscos dever o ser esclarecidos para o usu rio de sa de Nos momentos de d vidas procur vamos esclarec las com a equipe de trabalho no entanto poucos profissionais tinham o conhecimento aprofundado do assunto N o era raro ficarmos sem respostas s quest es que nos afligiam Uma das preocupa es por exemplo dava se com rela o aos esclarecimentos que o enfermeiro deveria repassar aos usu rios de sa de que se submetiam a transfus es sangu neas no sentido de esclarecer quais os riscos e benef cios que este procedimento transfus o poderia acarretar No exerc cio da profiss o as pre
17. vel mesmo mas nos ltimos dois anos afetou muito tudo Eu passei a ter Quem tinha um sal rio bom na verdade eu tinha um sal rio muito bom passei a praticamente zero Porque eu tenho um sal rio hoje como aposentado em torno de dois mil reais mas em compensa o quando a empresa estava funcionando eu tirava em torno de vinte mil A diferen a muito grande a voc baixa de vinte para dois muita coisa afeta muita coisa ent o afetou minha empresa que eu tinha escrit rios em catorze cidades e j tava pra abrir mais em oito cidades tive que perder o pique A empresa era uma promotora de cr dito A sa de a cada dia que passa t ficando mais deficit ria E eu acho que daqui para frente a solu o s esperar que Deus ilumine ou que venha o pior que espero que n o Porque eu tenho muita f Tenho cinquenta e oito anos de idade acredito ainda que tenho muita vida pela frente N o sou uma pessoa mal esclarecida sou uma pessoa que qualquer assunto que puxar eu estou bem na fita pra conversar ent o a gente pensa ainda que tem muita coisa pela frente Eu at dois mil e sete dois mil e oito dava muitas palestras nos interiores dava palestra pra pegar esse pessoal que estava fazendo o segundo grau para profissionaliz los Eu ia para Santa Cruz Campo Redondo Currais Novos Pau dos Ferros Era um modo de uma terapia que eu tava fazendo para mim e para os outros tamb m Porque e
18. CEP da Liga Norteriograndense Contra o C ncer LNRCC localizado na Rua Dr M rio Neg cio 2267 bairro das Quintas em Natal RN a pesquisa aqui apresentada foi aprovada com parecer substanciado por n mero 001 001 2012 Anexo A Somente ap s aprova o do CEP que iniciamos a abordagem aos colaboradores e na ocasi o explicamos sobre a natureza da pesquisa seus objetivos benef cios previstos potenciais riscos o inc modo que poderia vir a ocorrer e tamb m o car ter cient fico do estudo bem como a relev ncia de suas participa es Ao concordarem espontaneamente em participar no momento do in cio das entrevistas os colaboradores assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE conforme ap ndice A autorizando sua participa o volunt ria na pesquisa Os colaboradores assinaram tamb m a carta de cess o conforme ap ndice C ap s realiza o da confer ncia do material produzido A autoriza o 56 comtempla as grava es e os textos escritos n o havendo nenhuma restri o ao seu uso pelos autores da pesquisa 3 7 Cen rio do estudo O cen rio escolhido para o estudo foi o N cleo de Hematologia e Hemoterapia NHH que faz parte do complexo hospitalar da UFRN e tem uma longa experi ncia na rea da hematologia e hemoterapia laboratorial e cl nica sendo tamb m campo de estudo para alunos da rea da sa de O NHH faz tanto atendimento aos usu rios de sa de externos como aos inter
19. a e da cren a de melhorias na enfermidade com al vio das dores e at mesmo a cura da doen a Assim vejamos algumas passagens dos trechos de falas dos colaboradores A sa de a cada dia que passa t ficando mais deficit ria E eu acho que daqui para frente a solu o s esperar que Deus ilumine ou que venha o pior que espero que n o Porque eu tenho muita f Tenho cinquenta e oito anos de idade acredito ainda que tenho muita vida pela frente Senhor Abril Sempre tive f toda vida tive esperan a que eu ia ficar bem Portanto estou aqui Eu sempre tive muita f muita f mesmo de ficar bem principalmente na hora do transplante que muito doloroso Mas eu sempre tinha uma esperan a de ficar boa E estou aqui gra as a Deus Senhora Maio Cabe ressaltar conforme transcrito certa reitera o acerca da cren a em fatos positivos todos eles vindos em decorr ncia do sentimento religioso provocado pela f Pois como se sabe uma vez diagnosticada uma doen a t o exprobrada quanto o c ncer o doente acometido de sentimento de desesperan a e de associa o com a morte fazendo com que esse enfermo passe por est gios de vis o negativa com a vida ao se defrontar com uma not cia t o tr gica 109 Por isso passam a utilizar diversos mecanismos de defesa e luta em situa es de extrema dificuldade psicol gica e tamb m f sica Afloram assim nesse caminho sentimentos diversos podendo o portador do c
20. a terceira op o o nico dos componentes sangu neo que tem uma dupla fun o na hemoterapia podendo ser usado para transfus o ou como mat ria prima essencial para a ind stria de hemoderivados Preparado pelo m todo de separa o por centrifuga o e congelado no m ximo at oito horas ap s coleta do ST indicado em usu rios de sa de com sangramento acompanhado de defici ncias m ltiplas dos fatores de coagula o Tamb m est indicado nas defici ncias cong nitas de fatores de coagula o tais como dos fatores V X e XI para os quais n o haja concentrados espec ficos dispon veis AMORIM FILHO 2007 BRASIL 2008 NEVES 2010 27 A quarta op o o Concentrado de Plaquetas CP indicado para o tratamento de sangramento decorrente de trombocitopenia usualmente abaixo de 50 000 mL ou de plaquetas funcionalmente anormais trombocitopatias indicado tamb m em cirurgias ou antes de procedimentos invasivos em usu rios com contagem de plaquetas menor de 50 000 mL Transfus es profil ticas podem ser indicadas em usu rios com contagem de plaquetas inferior de 05 a 10 000 ml associadas hipoplasia medular decorrente de quimioterapia invas o tumoral ou aplasia prim ria BRASIL 2008 NEVES 2010 A quinta e ltima o Crioprecipitado hemocomponente concentrado com algumas prote nas plasm ticas Est indicado para tratar situa es em que necess ria a reposi o de fibrinog nio como nas afib
21. com os objetivos do trabalho evitando assertivas n o apoiadas pelos achados e incluindo recomenda es quando pertinentes 141 6 AGRADECIMENTOS devem ser breves e objetivos somente a pessoas ou institui es que contribu ram significativamente para o estudo 7 REFER NCIAS A RPCFO adota os Requisitos Uniformes para Manuscritos Submetidos a Revistas Biom dicas publicado pelo Comit Internacional de Editores de Revistas M dicas Estilo Vancouver dispon vel no site http Awww icmje org ou http www bu ufsc br ccsm vancouver html vers o traduzida em portugu s Os t tulos de peri dicos devem ser referidos abreviados de acordo com o Index Medicus http www ncbi nlm nih gov sites entrez db journals Para abreviatura dos t tulos de peri dicos nacionais e latino americanos consultar o site http portal revistas bvs br eliminando os pontos da abreviatura com exce o do ltimo ponto para separar do ano As refer ncias devem ser numeradas e normalizadas de acordo com o Estilo Vancouver Na lista de refer ncias as refer ncias devem ser numeradas consecutivamente conforme a ordem que forem mencionadas pela primeira vez no texto Referencia se o s autor e s pelo sobrenome apenas a letra inicial em mai scula seguida do s nome s abreviado s e sem o ponto Quando o documento possui de um at seis autores citar todos os autores separados por v rgula quando possui mais de seis autores citar to
22. compromisso social de prestar atendimento de sa de aos pacientes nas diferentes etapas do continuum sa de doen a Existe uma base de conhecimento em crescimento a autoridade sobre o ensino o servi o altru sta um c digo de tica e as exig ncias de registro para a pr tica MCEWEN 2009 p 28 Diante de resultados positivos de trabalhos de enfermagem realizados por cientistas te ricos e estudiosos da rea a enfermagem foi reconhecida como uma profiss o emergente e como disciplina acad mica O aumento do conhecimento na enfermagem reflete a interface entre a ci ncia e pesquisa ligados na epistemiologia 43 ontologia e metodologia com o grande objetivo de melhorar a pr ticas dos profissionais enfermeiros McEwen 2009 Tendo como meta primordial o cuidar do outro a enfermagem segue sua trilha o que se pode observar com as constantes mudan as nos rumos do processo que essa rea tem tomado em v rios campos do saber O cuidar passa a ser constitu do atrav s dos saberes cient ficos e convencionais que epistemologicamente est o enraizados nas m ltiplas formas de conhecimento e apresentam caracter sticas das diversas ci ncias como as biol gicas sociais e comportamentais MCEWEN 2009 Portanto com intuito de adquirir conhecimentos que venham fundamentar e orientar na pr xis da enfermagem a presente pesquisa traz para discuss o a atua o do enfermeiro em situa es pouco usuais como o desempenho do prof
23. cr tico e criterioso acerca do portador de doen as graves Cabe recordar ainda que Doen as de longa dura o que persistem mais tarde na vida cobram um pre o emocional e t m um impacto na capacidade de trabalhar na vida social e nas atividades recreativas Isso posto justamente a partir deste pre o emocional e seus impactos que se registram a seguir as categorias com as quais buscou se visualizar um pouco da rela o entre enfermo e si mesmo entre enfermo e suas rela es com o outro e com o mundo no qual interfere e se faz modificar Ap s o delineamento das categorias de an lise segue a an lise propriamente dita Nesta etapa os resultados brutos s o tratados de maneira a serem significativos n 9 falantes e v lidos Tratar neste caso significa codificar transformar o texto em unidades delineando e transformando segundo regras precisas DISCUSS ES Impacto no Psicol gico Abalada a estreita liga o com a subjetividade o doente passa a ver o mundo nesta perspectiva como lugar de tormenta de prova o e de desafios que precisam ser vencidos Fragilizado portanto busca alguma forma de conforto Mesmo diante desse quadro de melancolia muitas vezes beirando a depress o o que pode ser observado em v rios relatos aqui transcritos a presen a em uma f que em face de tanto sofrimento dor e ang stia expressa de modo intenso depositando em Deus o motivo da esperan
24. da dor do outro podendo apenas realizar infer ncias Isso porque um quadro de dor e sofrimento jamais poder ser transmitido em sua plenitude para outro indiv duo Doen as cr nicas al m de debilitar e causar restri es ao corpo afetam o comportamento pessoal e subjetivo dessas pessoas provocando impacto no modo de ser e de perceber a vida refazendo sua ordem subjetiva psicol gica Ao mesmo tempo refaz a rede de relacionamentos destes usu rios acarretando assim o impacto na socializa o nas amizades e no grupo de perten a Mesmo que este usu rio possa receber visitas e cuidados dos familiares e pessoas de seu conv vio por medo de cont gio ou por n o saberem lidar com a situa o comum afastarem se dele num momento em que todo o apoio fundamental Mesmo diante de todo sofrimento causado pela doen a e muitas vezes pela assist ncia deficit ria h um sentimento de conforma o para com a assist ncia seja ela prestada pelo m dico ou pelos profissionais da enfermagem Nessa conforma o nota se que o afeto dispensado aos usu rios corresponde vis o que t m do processo de assist ncia Ser bem atendido equivale nesse sentido ao modo de serem recepcionados de terem explica es sobre medicamentos e procedimentos a que est o sendo submetidos Principalmente deve se destacar a forma carinhosa e sem cerim nias com que s o recebidos e conduzidos nestes espa os Nesse caso em fun o 115
25. desejo e vontade de viver Observa se a o quanto de sofrimento o c ncer causou os preju zos e como os tratamentos exames dietas entre outros problemas limitaram as vidas de cada um Tais limita es interferiram de maneira severa na forma de viver e conviver dessas pessoas com seu grupo de perten a havendo inclusive interfer ncia enorme tamb m no trabalho seja ele realizado em empresas ou mesmo nos simples afazeres dom sticos deixando os muitas vezes impossibilitados de realiz los e com a sensa o de inutilidade que pode refletir no tratamento contra a doen a Sobretudo o tratamento muitas vezes n o foi devidamente compreendido ou at mesmo mal explicado como ocorreu neste caso com a hemoterapia Percebeu se a falta de orienta es do enfermeiro aos usu rios de sa de com rela o s explica es adequadas para esta terap utica deixando os muitas vezes sem os devidos esclarecimentos pois sabemos que as transfus es sangu neas trazem benef cios mas podem tamb m trazer preju zo como as rea es transfusionais que podem lev los a bito Ser que essa falta de orienta o dos procedimentos transfusionais aos usu rios de sa de ocorre pela falta de conhecimento do enfermeiro ou por ele n o dar a devida import ncia hemoterapia Questionamentos como este poder o ser respondidos em futuras pesquisas As hist rias dos colaboradores est o repletas de relatos da viv ncia e de experi ncia reveland
26. doen a ela j surgiu com met stase Eu passei mais ou menos um ano e quatro meses correndo para descobrir o problema para chegar a uma conclus o mas ningu m chegava a uma conclus o e a doen a j estava nos ossos J tinha met stase ssea ent o foi quando passaram a diagnosticar mesmo a doen a Passei a tomar pamidronato que s faz fortalecer OS ossos e outra medica o normal como a gente toma esses paliativos N o tive outro problema nenhum at hoje s foi diagnosticado o CA Inclusive nesse per odo nos ltimos cinco anos eu tinha uma vida normal mesmo doente tinha uma vida normal Eu andava brincava tomava banho de praia e bebia Porque o m dico dizia que n o tinha problema nenhum n o afeta em nada a medica o que voc est tomando uma coisa n o tem nada a vercom o CA Agora nesses ltimos dois anos foi que afetou mais e eu passei a ter mais problemas de sa de ter mais dificuldades como agora estou tendo de andar n o estou andando ainda dentro de casa passei a ter dificuldade no meu trabalho e at para escrever Eu sou uma pessoa que escrevo 69 muito r pido eu tenho um racioc nio muito r pido e passei a ter certa dificuldade A gente estava levando uma vida familiar muito boa Gra as a Deus a gente como pobre tinha uma vida bem saud vel Os finais de semana eu ia praia com a fam lia com os filhos e netos Tinha uma vida bem saud vel bem confort
27. e da vontade de viver envolvendo a o diagn stico e a dor como sofrimento em decorr ncia das fases da doen a Essa categoria de an lise pode ser definida pela presen a de elementos ligados subjetividade e individualidade com seus valores internos e modo particular do sujeito se relacionar primeiro consigo e depois com o outro A aparecem os sentimentos que se encontram fortemente imbricados na condi o humana e nas rela es que mant m com o mundo e com meio em que se vive Com o aparecimento de uma doen a grave como o c ncer o enfermo se mostra psicologicamente vulner vel neste per odo que se pode notar um afloramento de sentimentos como a religiosidade e a f Para muitos doentes atrav s da dor que este sentimento testado E o c ncer por ser uma doen a devastadora e que causa muita dor e sofrimento deixa emergir sentimentos os mais diversos que em v rias nuances procuram conforto e alento Como o c ncer outras doen as graves como o HIV AIDS tuberculose hansen ase entre outras afetam psicologicamente seus portadores Um exemplo disso est no relato de hist ria oral de vida do Senhor Hort ncio um ex doente de hansen ase que conta sua experi ncia no livro Amor vida n o me faltou trajet ria de vida de um ex 107 doente de hansenise onde ele narra toda perturba o mental e os transtornos que a doen a causou O c ncer n o uma doen a simples podendo ser def
28. embora que ele tamb m fica triste de me ver doente Elas cuidam bem as irm s Sou a mais velha de todas Eu estou triste mesmo Porque a gente fica triste Porque fica doente muito tempo tem que ficar boa n o A gente se sente triste O m dico disse que eu s estava vivendo por causa desses tratamentos Ser que os m dicos s Jesus quem sabe Eu tenho f em Deus que eu fico boa Eu tenho f tamb m nos medicamentos que tem vez que eu t muito doente eu tomo e melhoro mais Estava bem fraquinha pensava que n o tinha nem sangue no meu sangue em cima de mim O meu sangue saiu todinho Depois que tomei melhorei e n o sinto nada depois que tomo o sangue Disseram que podia ter alergia essas coisas mas eu nunca tive alergia n o Quem falou foi a enfermeira que aplicou o sangue O m dico nunca disse nada n o N o tinha medo de tomar sangue Eu n o tenho medo tanto faz a gente ter medo como num ter a mesma coisa se tiver medo a mesma coisa se n o tiver a mesma coisa tamb m Depois da doen a minha vida mudou Quando eu andava era sempre melhor sempre Eu vejo o povo conversar vejo o povo ter alegria mas eu mesma para mim tanto faz como tanto fez Perdi a alegria eu queria t com sa de porque a sa de vale tudo Estou me alimentando Dia tenho vontade de comer uma coisa eu como dia que n o tenho vontade de comer eu n o como Eu almo o eu tomo suco como o q
29. forma a n o identificar os volunt rios Voc ficar com uma c pia deste Termo e toda a d vida que voc tiver a respeito desta pesquisa poder perguntar direta e respectivamente ao pesquisador Pesquisador respons vel Dr Cl lia Albino Simpson Endere o Rua Girassol 200 Residencial Viver Jardim Planalto Parnamirim RN Fone 84 36451647 E mail cleliasimpson pop com br Duvidas ticas Comit de Etica em Pesquisa End Rua Dr M rio Neg cio 2267 Bairros das Quintas CEP 59040 000 Natal RN Telefone 84 4009 5494 E mail biblioteca liga org br Home page http ligacontraocancer com br comite de etica e pesquisa CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa como ela ser realizada os riscos e benef cios envolvidos e concordo em participar voluntariamente da pesquisa intitulada Trajet ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN Pesquisador Assinatura Participante da Pesquisa Assinatura Natal RN de de Impress o Digital 130 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS DA SA DE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM Campus Universit rio Br 101 Lagoa Nova Natal RN CEP 59072 970 Fone fax 84 3215 3196 E mail pgenf pgenf ufrn br ENTREVISTA Ficha t cnica do colaborador do estu
30. hora permitindo varia es de poucos minutos em cada caso Houve uma grande preocupa o para que a entrevista n o se estendesse a ponto do colaborador ficar incomodado seja por desconforto por alguma necessidade ou dor ou por qualquer outro motivo No acompanhamento s entrevistas foi utilizado o caderno de campo como orienta Meihy 2011 o qual funcionou como um di rio Nele foram documentados os roteiros pr ticos das pesquisas dados de como esta ocorreu as experi ncias e sensa es apreendidas eventualidades ocorridas em todo percurso do estudo 52 As narrativas tiveram seus registros feitos por meio de equipamento eletr nico tipo Mp4 No in cio os colaboradores demonstraram n o muito vontade com a presen a do gravador mas pouco tempo depois do in cio da grava o sentiram se bem com a presen a do dispositivo eletr nico n o interferindo no resultado esperado Ao concluir as entrevistas agradecemos a cada colaborador pela relevante participa o no estudo pela sua doa o e por compartilhar as suas lembran as Tamb m agradecemos pela aten o receptividade e contribui o significativa para o desenvolvimento do trabalho Os nomes dos colaboradores foram omitidos garantindo o anonimato Para isso antes da entrevista solicitamos que cada um escolhesse o nome de um m s para que o representasse conforme dito A utiliza o dos meses do ano como codinome deveu se ao fato de alguma forma representar
31. intercorr ncia A orienta o ao usu rio a respeito de uma prov vel rea o tende a criar uma const ncia positiva na assist ncia prestada pois um usu rio bem informado pode no in cio de qualquer intercorr ncia comunicar algum problema de imediato evitando maiores gravidades e estresse de uma equipe para com a equipe que o assiste A enfermagem evoluiu de maneira lenta e gradual Essa afirma o se deve ao fato de acompanharem o desenvolvimento da hemoterapia atrelado tecnologia atendendo aos usu rios de sa de em todas as fases do processo hemoter pico Por isso ressaltam que ainda uma rea restrita e que necessita de um aperfei oamento principalmente no processo transfusionalCD REFER NCIAS 1 INSTITUTO NACIONAL DO C NCER INCA O crescimento desordenado de c lulas Available from lt http wwwl inca gov br conteudo view asp id 322 gt 2 SMELTZER Suzanne C BARE Brenda G Brunner amp Suddarth Tratado de Enfermagem M dico Cir rgico 10 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2006 3 SAWADA Namie Okino et al Avalia o da qualidade de vida de pacientes com c ncer submetidos quimioterapia Rev esc enferm USP online 2009 vol 43 n 3 p 581 587 ISSN 0080 6234 Available from lt http www scielo br pdf reeusp v43n3 al2v43n3 pdf gt 4 SEIXAS Raquel Jeanty de KESSLER Adriana FRISON Ver nica Baptista Atividade F sica e Qualidade de Vida em Pacientes Oncol gicos durante o Per
32. ltiplos de 10 Localiza o prim ria casos novos percentual Localiza o prim ria casos novos percentual Pr stata 60 180 Homens Mulheres Mama Feminina 52 680 Traqueia Br nquio e Pulm o 17 210 88 Colo do Utero 17 540 9 3 C lone Reto 14 180 7 3 Colon e Reto 15 960 84 Estomago 12670 65 Gl ndula Tireoide 10 590 56 Cavidade Oral 9 990 51 Traqueia Br nquio e Pulm o 10 110 5 3 Esdfago TO 40 Est mago 7 420 3 9 Bexiga 6 210 32 Ov rio 6 190 3 9 Laringe 6 110 3th Corpo do Utero 4 520 24 Linfoma n o Hodgkin 5190 21 Linfoma n o Hodgkin 4 450 24h Sistema Nervoso Central 4820 25 Sistema Nervoso Central 4 450 24 Quadro 2 Distribui o proporcional dos dez tipos de cancer mais incidentes no Brasil Fonte INCA 2011 Distribui o proporcional dos dez tipos de c ncer mais incidentes estimados para 2012 na Regi o Nordeste por sexo exceto pele n o melanoma N meros arredondados para 10 ou m ltiplos de 10 Localiza o prim ria casos novos percentual Localiza o prim ria Pr stata 11 550 Homens Mulheres Mama Feminina Est mago 2 390 174 Colo do Utero 5 050 Traqueia Br nquio e Pulm o 2 000 71 C lon e Reto 1 860 Cavidade Oral 1 640 51 Gl ndula Tireoide 1 670 C lon e Reto 1 420 44 Traqueia Br nquio e Pulm o 1 600 Laringe 1 090 34 Estomago 1 550 Es fago 1 070 33 Ov rio 1 250 Leucemias 970 3 0 Cavidade Oral 910 Linfoma nao Hodgkin 860 21 Corpo do Utero 900 Sistema Nervoso Central
33. mais de um ano com dores constantemente sem chegar a uma conclus o O resultado do PSA n o batia com o resultado da resson ncia Isso faz sete anos De l para c eu passei a me tratar Passei a tomar a medica o e ir constantemente aos m dicos Houve inclusive um probleminha que trocaram de m dicos l briga de donos de cl nicas me trocaram de m dicos mas fiquei no tratamento normal na oncologia Nesse tratamento o nico diagn stico que deram at hoje foi 68 um CA de pr stata somente At minha medica o uma s baseada no pamidronato eu tomo e fa o quimioterapia de quatro em quatro meses ou de cinco em cinco meses quando precisa mesmo Muita coisa mudou na minha vida Primeiramente a gente tinha uma vida estabilizada eu tinha uma empresa era uma microempresa mais j estava enraizada j tinha catorze escrit rios filiais nos interiores e por causa da doen a ela foi acabando Fui obrigado a acabar com tudo porque n o tinha condi es de me manter no trabalho e cuidar da doen a porque ela estava se alastrando muito e tava me afetando cada dia mais como t agora piorou a situa o e ficou um pouco mais cr tica A doen a se alastrou de modo inesperadamente porque um oncologista dizia uma coisa o outro dizia outra o outro dizia outra At hoje a conclus o que chegaram que eu tenho que tomar s pamidronato e a quimioterapia N o fiz cirurgia porque quando surgiu a
34. maze lifestory of patients with oncological diseases into use of blood transfusions in Natal RN 2013 152f Thesis MA Department of Nursing Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2013 ABSTRACT The studies paths in the maze life story of individuals with oncological diseases into use of blood transfusion in Natal has the hemotherapy as a primordial procedure to review the relationship between users of oncological health and the due ramifications The hemotherapy looks for supply the organic needs through blood transfusion which acquires vital function to the ones that have cancer because it might reestablish the functionality of the organism throughout the raising of blood components The impact over the transfusion affects emotionally and physically the users life Aiming to reflect on these impacts this study tried through narratives of lives rescue their experience since their knowledge of the disease until the time of blood transfusion using It s about an exploratory descriptive study where the qualitative approach uses the theoretical methodological reference of the oral life history to analyze a colony consisting of five users of health diagnosed with cancer with achievement of at least three blood transfusions the clinic N cleo de Hematologia e Hemoterapia UFRN in Natal RN The network in turn was composed by employees of both sexes regardless of age who voluntarily agreed to participate in the study The
35. o zona leste da cidade de Natal Cat lico mostra ter muita f A confian a nesta f fez de seu relato uma li o de esperan a frente enfermidade O corpo j debilitado pelo c ncer exibindo rea es de tristeza deixava transparecer o desejo pela cura com aux lio da medicina e da sua f na esperan a de que dias melhores viriam Realizada no dia 15 de junho de 2012 com in cio s 9 horas 55 minutos a entrevista aconteceu no quarto da resid ncia do colaborador onde este se encontrava deitado em uma rede que permaneceu durante toda entrevista Muito debilitado Senhor Novembro relembra com certa dificuldade sua trajet ria de vida ap s diagn stico da doen a No in cio relata sobre o problema card aco que para ele foi ap s este que descobriu o c ncer A emo o transborda quando relata sobre a falta de condi es de realizar seus afazeres di rios necessitando constantemente de outras pessoas Uma passagem de destaque na entrevista ocorre quando fala da sua f pois demonstra a esperan a de ficar bom ou pelo menos diminuir o sofrimento causado pela dor f sica muitas vezes insuport vel Apesar da ocorr ncia de alguns ru dos durante a entrevista gerando certa descontra o o objetivo esperado pela entrevista n o foi afetado 82 z Tenho muita f F em Deus que fico bom Se Deus quiser E porque agora eu s posso pedir muita f a Deus n Eu s posso pedir muita f a Ele Muita vontade de fica
36. o como instrumento b sico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado Rev Acta Paul Enferm 2009 22 3 323 7 online Available from lt http www scielo br pdf ape v22n3 al4v22n3 pdf gt 20 BRASIL Minist rio da Sa de Secretaria de Pol ticas de Sa de Programa Nacional de Humaniza o da Assist ncia Hospitalar Bras lia 2001 Available from lt http bvsms saude gov br bvs publicacoes pnhah0O1 pdf gt 21 FIDLARCZYK Delaine FERREIRA Sonia Saragosa Enfermagem em hemoterapia Rio de Janeiro Medbook 2008 117 CONSIDERA ES FINAIS 118 6 REFLEX ES FINAIS LUMIAR P S LABIRINTO Ao procurarmos portanto estabelecer uma rela o entre o mito de Teseu e usando a mitologia para fazer analogias buscamos mostrar os desafios e as dificuldades enfrentadas pelos colaboradores no percurso do labirinto e na tentativa como o her i grego de vencer o Minotauro Enfim atrav s deste estudo e do olhar lan ado ao mito arriscamos mostrar a dif cil batalha que um portador de c ncer um her i em constru o em uso da hemoterapia passa na tentativa de cura ou de pelo menos de conviver em harmonia com uma doen a um monstro t o devastadora Fundamentados na hist ria oral de vida procuramos descrever a dor e a dificuldade que os colaboradores tiveram e alguns continuam tendo para tentar expressar suas vicissitudes mais profundas seus medos e muitas vezes
37. o pavor encontrado nos pesadelos tidos pela proximidade da morte Pela hist ria oral e as chances que ela oportuniza pela t cnica e m todos aplicados notamos o crescimento n o apenas deles que falavam e deixavam a vida fluir mas o crescimento do pesquisador que aprende em cada ato de vida ali exposto e registrado Despidos de inten es aqueles homens e mulheres que se pronunciavam e relatavam al m de seus temores e perspectivas toda uma trajet ria de vida experimentada Pura experi ncia como afirma o estudioso Walter Benjamin ao retratar a figura do narrador como homem a quem ainda prop e experi ncias em um mundo desumanizado Por n o medirem esfor os ao exteriorizar seus sentimentos e sofrimentos tanto f sicos como psicol gicos os colaboradores d o uma prova viva da relevante tarefa de viver procurando entre trilhas percal os e labirintos uma sa da Isto tudo serve e fica como li o para a reflex o que o estudo aqui buscou fazer Pois mergulhados na tem vel estrada que o c ncer como mart rio e enfermidade tem desafiado o ser humano parece nos dif cil chegar ao outro lado do tortuoso caminho que a doen a tem deixado como heran a a quem se atreve a seguir na busca por venc la Pela hist ria oral de vida chegamos s narrativas dos colaboradores Essas narrativas est o repletas das experi ncias de vida em suas verdades 119 sofrimentos esperan as e medos Est o tamb m permeadas de
38. pois alguns dos sinais e sintomas s o de grande valia para determinar o tipo de rea o transfusional e a tomada de decis o para a conduta terap utica Observa se no cotidiano que alguns enfermeiros n o d o a devida import ncia para este procedimento transfusional e seus riscos Destaca se que n o sendo bem conduzida pode ter consequ ncias dr sticas para o usu rio levando o inclusive morte Diante dessas considera es indaga se qual o papel da enfermagem diante do usu rio de sa de frente as rea es transfusionais Para responder quest o optou se pela inser o contextual como uma forma metodol gica para analisar a atua o do enfermeiro na rea da hemoterapia com foco nas rea es transfusionais 96 Metodologia Este estudo foi realizado por meio da revis o narrativa da literatura que uma revis o que sintetiza e resume em termos narrativos um corpo da literatura de pesquisa Realizou se a busca entre os meses de julho a agosto de 2011 e tem na fonte bibliogr fica seu aporte te rico Intentou se averiguar em espa os como os dados das unidades hemoter picas ou hospitais que comportem a hemoterapia como atividade de seus quadros funcionais a viabilidade da teoria Utilizou se para este estudo as publica es impressas em livros e disserta es acrescido da busca de pesquisas online registradas nas bases de dados dispon veis na Biblioteca Virtual em Sa de BVS englobando a Scientific Elet
39. ria oral possui tr s etapas a pr entrevista a entrevista e a p s entrevista Roteiro entrevista n o estruturado T CNICA N COLETA Sat entrevista entrevista DOS DADOS A pos e Tom vital f e Transcri o A entrevista e Etapa para prepara o da e Transcria o entrevista eConfer ncia e Orienta es e informa es Quadro 5 Etapas da entrevista Esquema elaborado pelo pesquisador 50 A pr entrevista consiste na etapa de prepara o para o encontro em que se realizou a grava o Neste momento foram preparados os colaboradores para serem entrevistados Neste encontro inicial os colaboradores conheceram os objetivos do projeto e o grande valor de sua participa o para a concretiza o do estudo foram informados de como se deu a escolha do seu nome explicamos ainda sobre a grava o das suas falas e da n o utiliza o sem seu pr vio consentimento ressaltamos do que comp e a entrevista e de acordo com a disponibilidade e prefer ncia dos mesmos foram agendados a data o hor rio e o local das entrevistas MEIHY 2011 A etapa seguinte denominada entrevista propriamente dita ocorreu no local escolhido pelos colaboradores suas resid ncias uma vez que se sentiram mais vontade Assim suas mem rias flufram naturalmente embora fossem observados e registrados os ru dos externos Um dos crit rios b sicos foi o cuidado em manter um equil brio regular de tempo para as entre
40. s passa o sangue quando realmente est precisando Minhas plaquetas estavam s em dez mil j estava em numa situa o meio por isso que ainda n o me levanto n o ando porque as minhas plaquetas n o voltaram ao normal elas ontem estavam quarenta e tr s mil mas o limite dela para dar cento e poucos mil quer dizer eu n o tenho sust ncia Eu tenho for as nas pernas tenho for a em tudo mas eu n o fico em p Tomei sangue no banco de sangue da universidade o que me fortaleceu um pouco mas s que eu estava em uma situa o que era tomando sangue e o sangue sumindo Tinha mais este detalhe a era o sangue sumindo Tomei a primeira vez quatro bolsas de sangue com uma semana n o tinha mais A tomei acho que catorze plaquetas foi como eu vim melhorar um pouco mas acho que ainda estou com problemas de plaquetas Tenho uma cirurgia pronta para 73 fazer e ainda nao fiz porque minhas plaquetas nao estao boas O limite delas tem que ser cento e quarenta e um mil Com oitenta noventa mil o m dico n o faz Ent o estou impossibilitado de fazer a cirurgia por casa disso Seria a cirurgia como fosse uma castra o orquiectomia Ele o m dico acha que se castrasse a doen a regredia T tudo pronto toda documenta o mas o m dico j disse que essa cirurgia sangra muito uma cirurgia r pida mas sangra muito Ent o eu n o posso estar com cento e dez mil plaquetas ele s que
41. s reuni o realizada em 07 02 2012 expressa o seu parecer a este estudo como APROVADO Informa es ao pesquisador segundo a Comiss o Nacional de tica em Pesquisa CONEP atrav s do Manual Operacional para Comit s de tica em Pesquisa e resolu o 196 96 do CNS o pesquisador respons vel dever 1 Entregar ao sujeito da pesquisa uma c pia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE na integra por ele assinada Res 196 96 CNS 2 Desenvolver a pesquisa conforme foi delineada no protocolo aprovado Res 196 96 CNS 3 Apresentar ao CEP LNRCC eventuais emendas ou extens es ao protocolo original com justificativa 4 Apresentar ao CEP Liga relat rio parcial a cada 6 meses e final ap s conclus o da pesquisa OBS Informamos tamb m que nenhum dos pesquisadores envolvidos no estudo participou e tamb m n o aprovou ou expressou sua opini o atrav s de procura o a membros do CEP para an lise aprova o ou n o dos documentos referidos Andr a Carla P Fernandes Coordenadora do Comit de tica em Pesquisa da Liga Norte Riograndense Contra o C ncer 135 136 ANEXO B NORMAS DA REVISTA ELETR NICA CUIDADO FUNFAMENTAL http www seer unirio br index php cuidadofundamental information authors Revista de Pesquisa Cuidado Fundamental Online DOI 10 9789 2175 AP5361 ATUALIZADO EM AGOSTO DE 2012 Diretrizes para Autores A Revista de Pesquisa Cuidado
42. sting in the tail BMJ 2002 325 7357 184 e Artigo em peri dico eletr nico Santana RF Santos Transcender com a natureza a espiritualidade para os idosos Rev Eletr Enf Internet 2005 cited 2006 jan 12 7 2 148 58 Available from http www fen ufg br revista revista 2 original 02 htm e Artigo aceito para publica o Santana FR Nakatani AYK Freitas RAMM Souza ACS Bachion MM Integralidade do cuidado concep es e pr ticas de docentes de gradua o em enfermagem do estado de Goi s Ci nc sa de coletiva In press 2009 Livros e Com nico autor Demo P Autoajuda uma sociologia da ingenuidade como condi o humana 1st ed Petr polis Vozes 2005 e Organizador editor compilador como autor Brigth MA editor Holistic nursing and healing Philadelphia FA Davis Company 2002 e Cap tulo de livro Medeiros M Munari DB Bezerra ALQ Alves MA Pesquisa qualitativa em sa de implica es ticas In Ghilhem D Zicker F editors Etica na pesquisa em sa de avan os e desafios Bras lia Letras Livres UnB 2007 p 99 118 e Institui o como autor Secretaria Executiva Minist rio da Sa de Sistema Unico de Sa de SUS princ pios e conquista Bras lia Brasil Minist rio da Sa de 2000 44 p 151 e Livro com tradutor Stein E Anorectal and colon diseases textbook and color atlas of proctology 1st Engl ed Burgdorf WH translator Berlin Springer c2003 522 p e Livro dispon
43. tabela b ILUSTRA ES fotografias desenhos gr ficos e quadros s o considerados Figuras as quais devem ser elaboradas para reprodu o de acordo com o formato da RPCFO em preto e branco inseridos no texto com a primeira letra da legenda em mai scula descrita na parte inferior e sem grifo numeradas consecutivamente com algarismos ar bicos na ordem em que foram citadas no texto c CITA ES No texto utilizar o sistema num rico de cita o no qual somente os numeros indices das refer ncias na forma sobrescrita s o indicados no texto Nas cita es diretas at tr s linhas inclu las no texto entre aspas sem it lico e refer ncia correspondente conforme exemplo 13 4 autor e p gina com mais de tr s linhas usar o recuo de 4 cm letra tamanho 11 e par grafo simples sem aspas e sem it lico seguindo a indica o de autor e data d DEPOIMENTOS na translitera o de coment rios ou de respostas seguir as mesmas regras das cita es por m em it lico com o c digo que representar cada depoente entre par nteses Exemplo Acho que n o faz sentido avaliar este trabalho de modo que n o comprometa a idoneidade dos autores assim como a identifica o de cada um Davidson 4 DISCUSS O deve conter compara o dos resultados com a literatura as limita es da pesquisa e a interpreta o dos autores enfatizando os aspectos novos e importantes do estudo 5 CONCLUS O relacionar as conclus es
44. terceira n o Porque pode virar um v cio Isso ai tem que pesquisar se n o tem outra medica o para tomar Ent o eu n o aceitei tomar a terceira quer dizer eu sou consciente do que fa o O que eu teria s mais a esclarecer que eu acho important ssimo esse tipo de pesquisa de voc s Eu acho muito importante Eu acho que isso ajuda tanto ao estudo de voc s como ajuda at a n s mesmos a gente vai ficando esclarecido Eu acho que voc s v o ter mais alguma coisa para perguntar voc s v o ter mais alguma coisa para pesquisar sobre esse assunto e eu vou estar sempre disposi o de voc s 75 3 SENHORA MAIO O m s de maio uma homenagem a duas deusas Maia e Flora que acreditavam serem respons veis pela primavera e o crescimentos das flores DUNCAN 1999 76 Por seres tao inventivo E pareceres continuo _ Tempo tempo tempo tempo Es um dos deuses mais lindos Tempo tempo tempo tempo VELOSO 1981 A colaboradora com pseud nimo de Senhora Maio tem sessenta e um anos de idade casada e m e de quatro filhos Em sua simplicidade falou da vida ap s a descoberta da doen a sempre demonstrando descontra o e bom humor Serena Senhora Maio relatou seu sofrimento desde o in cio da descoberta da doen a at o desconforto gerado pelo tratamento Como uma pessoa de muito f deixa transparecer durante sua fala uma reiterada insist ncia na esperan a de ficar boa e encarar fi
45. todos os exames novamente para come ar a quimioterapia para diminuir o tumor Se n o diminu sse teria que fazer a cirurgia como de fato eu fiz No dia dezenove de novembro comecei a fazer a quimioterapia O m dico passou oito sess es Fiz as oito sess es e parei Fiz novamente a resson ncia para ver como que estava e se j podia fazer a cirurgia ficar triste pensar em morrer nunca A vida por mais ruim que seja melhor que morrer Senhora Dezembro Contudo o tom psicol gico de como lida com os fatos denota um maior fortalecimento pessoal que a deixa mais confiante no tratamento encarando a doen a como mais uma etapa a ser vencida Chama aten o em seu relato o modo de aceita o o que provavelmente tende a superar outros est gios da doen a revelando que o fortalecimento ps quico est intimamente ligado cren a que a deixa em vantagem em rela o a outros doentes preparando a para enfrentar problemas decorrentes como o aumento do sofrimento e da dor Nessa perspectiva a aceita o e a supera o tendem a criar formas de enfrentamento mais resistentes doenca A dor faz parte da vida do ser humano e tem fun o protetora integridade f sica ou funcional do homem mas pode proporcionar sofrimento desnecess rio nocivo ao estado f sico quanto emocional do individuo 111 O relevo que se estabelece dor surge na imin ncia de ante uma doen a cr nica como o c ncer se fig
46. veio portanto a partir dessas constata es da viv ncia di ria e da assist ncia direta aos usu rios de sa de principalmente dos portadores de doen a oncol gica que utilizam com bastante rigor a transfus o sangu nea em seus tratamentos Soma se a isto o est mulo em querer entender quest es espec ficas com intuito de melhorar a assist ncia prestada pois em muitos momentos notavam se afli es e ang stias algumas vezes verbalizadas outras n o dos enfermos No perfil dos usu rios de sa de comum identificar se a inseguran a ou relut ncia em comunicar abertamente suas d vidas e as preocupa es diante da aplica o da hemoterapia procedimento que para muitos tende a ser percebido como algo no m nimo estranho podendo at mesmo ser assustador Muitas dessas preocupa es e d vidas s s o materializadas quando os usu rios j t m uma cumplicidade maior com o enfermeiro que o assiste Desse modo segundo Kaliks Holtz e Giglio 2012 como o tratamento oncol gico pode perdurar por um longo per odo de extrema import ncia que quando poss vel o mesmo enfermeiro possa cuidar de um determinado usu rio de sa de Tal orienta o pode ser estendida tamb m hemoterapia pois fazendo parte do processo terap utico a aproxima o e a conviv ncia tendem a gerar um quadro de confian a e afetividade entre as partes Contudo preciso considerar que n o apenas a conviv ncia sombria que faz o Tese
47. vendo que a fam lia dela muito dedicada Ent o ela vai tomar a medica o em casa A eu vim pra casa bem tranquila Em casa a gente se sente melhor No hospital a gente est sendo cuidada mas nunca que nem em casa Da morte nunca tive medo at porque a gente tem certeza N o tem para onde correr Nunca tive n o Medo de morrer n o Eu tenho medo mais do sofrimento que a gente vai ter que passar como ficar doente por muito tempo Eu tenho mais medo disso do sofrimento O sofrimento que mais doloroso mas eu j passei e est tudo bem Nunca tive nenhuma rea o n o sobre o sangue n o S tive uma re o uma vez no Hospital 79 Luiz Antonio Eu me internei a ltima vez ap s a Ultima quimioterapia Ap s oito dias a defesa baixou tive que ficar internada Colocaram um soro com rem dio para febre depois colocaram outro soro e disseram que era uma vitamina que eu estava fraca Depois coloraram outro j era tarde quase umas dez da noite a tive uma rea o muito forte acho que foi da medica o que colocaram Come ou aquele frio a minha menina estava comigo mandei ela desligar o ar pois tava muito frio Eu comecei a tremer deu uma tremedeira os l bios come aram a adormecer Fiquei muito doente mesmo as enfermeiras vieram e retiraram todo aquele acesso que estava e colocaram outra medica o Foi passando mas estava muito cansada Aquela noite eu achei que ia mo
48. 1 a an lise de conte do o conjunto de t cnicas de an lise das comunica es que utilizam procedimentos sistem ticos e objetivos de descri o identificando o conte do das mensagens com finalidade de inferir ou seja deduzir de maneira l gica os conhecimentos relativos s condi es de produzir e receber tais mensagens Na aplicabilidade da an lise de conte do deve se ter como ponto de partida a organiza o As diferentes fases organizam se em torno de tr s polos conforme Bardin 2011 1 A pr an lise 2 A explora o do material e por ltimo 3 O tratamento dos resultados a infer ncia e a interpreta o A pr an lise a fase de organiza o propriamente dita A se iniciam as buscas tornando as operacionais Esse per odo corresponde sistematiza o e intui es das ideias Nessa etapa foram realizadas leituras do material coletado e preparado para an lise reconhecendo e identificando os pontos convergentes e significativos do texto que relacionava ao tema Para tanto os registros das grava es foram transcritas na integra e autorizadas pelos colaboradores Na etapa seguinte deu se a explora o do material que corresponde transforma o dos dados em conte dos tem ticos por meio da codifica o dos textos narrados determinando as tem ticas a serem discutidas Foram realizadas as cataloga es das falas isolando as codificando e recortando os trechos ou segmentos dos discursos que passar
49. 405 ISSN 1516 8484 online Dispon vel em lt http www scielo br pdf rohh v29n4 a14v29n4 pdf gt acesso em 20 de Out 2011 As 02h AP NDICES 128 129 AP NDICE A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS DA SA DE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE P S GRADUA AO EM ENFERMAGEM Campus Universit rio BR 101 Lagoa Nova Natal RN TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado a Sr a Este um convite para voc participar da pesquisa intitulada Trajet ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas que coordenada pela Profr Dr Cl lia Albino Simpson professora Adjunto do Departamento de Enfermagem da UFRN em colabora o com Jo o Evangelista da Costa mestrando desta universidade Sua participa o volunt ria o que significa que voc poder desistir a qualquer momento retirando seu consentimento sem que isso lhe traga nenhum preju zo ou penalidade Essa pesquisa tem como objetivo Refletir e narrar sobre o impacto da transfus o de sangue em usu rios de sa de oncol gicos atrav s da hist ria oral de vida no munic pio de Natal estado do Rio Grande do Norte O estudo justifica se pelo interesse dos pesquisadores em resgatar sentimentos comportamentos expectativas de portadores de doen as oncol gicas como forma de resgatar sua pr pria hist ria Caso d
50. 86 5 Senhora Dezembro O m s de dezembro tem seu nome Pe o te o prazer leg timo originado do n mero correspondente a E o movimento preciso sua posi o no calend rio romano Tempo tempo tempo tempo Deriva o de um nome latino decem Quando o tempo for prop cio que quer dizer dez Inicialmente o ano Tempo tempo tempo tempo era dividido apenas em 10 meses e VELOSO 1981 come ava no m s de mar o Depois que lhe foram acrescentados os meses de janeiro e fevereiro DUNCAN 1999 Senhora Dezembro de cinquenta e oito anos reside em casa pr pria M e de quatro filhos vive com seu esposo no bairro de Cidade Nova zona leste da cidade de Natal uma legion ria das filhas de Maria grupo de louvor dentro da Igreja Cat lica Portadora de uma f fervorosa externa em seu depoimento uma li o de otimismo e esperan a Cheia de entusiasmo apesar do corpo enfraquecido pelo c ncer deixava transparecer rea es de quem quer com aux lio da ci ncia m dica a cura e a certeza de dias melhores Realizada no dia 18 de abril de 2012 com in cio as 9hora e 45minutos a entrevista aconteceu na sala de jantar da resid ncia da colaborada Durante a entrevista alguns ru dos provocaram pequenas pausas chegando a gerar certa descontra o sem contudo interferir no objetivo almejado da entrevista Serena e firme em seus relatos Senhora Dezembro mant m um quadro da Santa Ceia exposto no centro da sala local onde se
51. 860 21 Leucemias 870 Quadro 3 Distribui o proporcional dos dez tipos de c ncer mais incidentes estimados para 2012 na Regi o Nordeste Fonte INCA 2011 33 Estimativas para o ano de 2012 das taxas brutas de incid ncia por 100 mil habitantes no Rio grande do Norte e Natal e de n mero de casos novos de c ncer segundo sexo e localiza o prim ria N meros arredondados para 10 ou m ltiplos de 10 Est o descritas no quadro abaixo Estimativa dos Casos Novos Loca o Prim ria mms Mulheres hn ma uu mu mm mw 4898 Pr stata Mama Feminina Colo do Utero Traqueia Br nquio e Pulm o C lon e Reto Est mago Cavidade Oral Laringe Bexiga Es fago Ov rio Linfoma n o Hodgkin Gl ndula Tireoide Sistema Nervoso Central Leucemias Corpo do tero Pele Melanoma cis Loca o um mo y a y uu im am Sta om wags w mm am ao m som Pele n o Melanoma Todas as Neoplasias Quadro 4 Estimativas para o ano de 2012 das taxas brutas de incid ncia por 100 mil habitantes no Rio grande do Norte e Natal Fonte INCA 2011 34 O INCA o rg o auxiliar do Minist rio da Sa de vinculado Secretaria de Aten o Sa de que auxilia no desenvolvimento e coordena o das a es integradas para a preven o e o controle do c ncer no Brasil Este rg o presta assist ncia direta e gratuita aos usu rios de sa de com c ncer como parte dos servi os oferecidos pelo Sistema
52. AS NARRATIVAS DE VIDA Estabelecendo analogias com o mito de Teseu podemos imaginar que cada colaborador um her i da sua pr pria hist ria e que diante do labirinto da vida enfrenta o seu Minotauro o c ncer Que dependendo da sua bravura com a ajuda do seu novelo de l f e esperan a e sua espada o tratamento enfrentam os desafios impostos a cada dia na luta para vencer ou n o esta rdua batalha 4 1 Passos da an lise O corpus a seguir se constitui na an lise das hist rias de vida narradas pelos colaboradores deste estudo Para efeitos did ticos este cap tulo foi organizamos em tr s momentos descrito a seguir No primeiro momento tem se a identifica o dos colaboradores atrav s de quadros sin pticos contendo as informa es que nos proporcionaram uma ampla vis o do contexto em que vivem Estes quadros cont m informa es como g nero estado civil idade escolaridade profiss o naturalidade renda familiar e religi o Possibilitando tra ar um perfil socioecon mico da col nia possibilitando um maior entendimento acerca do contexto hist rico familiar das experi ncias e trajet rias de vidas relatadas pelos colaboradores No segundo momento est o descritos os registros do di rio de campo as express es registradas durante as entrevistas como a impress o do entrevistador sobre o entrevistado no momento da coleta dos dados Em seguida t m se as informa es t cnicas pertinentes s entrevis
53. C ncer de Base Populacional RCBP INCA 2011 O c ncer a terceira causa de morte na popula o brasileira ap s as doen as cardiovasculares e causas externas H uma marcante heterogeneidade na mortalidade por c ncer entre as regi es geogr ficas brasileiras Essas diferen as est o relacionadas principalmente ao desenvolvimento econ mico a dieta ao tabagismo as exposi es ambientais e ocupacionais que de alguma forma est o correlacionadas tamb m s desigualdades sociais As consequ ncias poder o ser devastadoras nos aspectos social e econ mico O c ncer pode se tornar uma grande barreira para o desenvolvimento socioecon mico de pa ses em desenvolvimento como o Brasil FELIX 2011 INCA 2011 Alguns tipos de c nceres est o relacionados ao n vel econ mico do indiv duo Existem taxas de incid ncia elevadas de tumores geralmente associados a pobreza como o c ncer do colo do tero p nis est mago e o da cavidade oral Esta distribui o certamente resulta de exposi o distinta a fatores ambientais relacionados ao processo de industrializa o como agentes qu micos f sicos e 32 biol gicos e das condi es de vida que variam de intensidade em fun o das desigualdades sociais BRASIL 2006 O quadro abaixo disp e da distribui o proporcional dos dez tipos de c ncer mais incidentes estimados para 2012 no Brasil por sexo exceto pele n o melanoma N meros arredondados para 10 ou m
54. COSTA CONHECENDO O PROP SITO DESTA PESQUISA SEUS OBJETIVOS E METODOLOGIA DECLARO QUE AUTORIZO A COLETA DE DADOS SIM N O QUANTO DIVULGA O AUTORIZO MEN O DO NOME DESTA INSTITUI O NO RELAT RIO T CNICO CIENT FICO SIM N O QUANTO AO RELAT RIO T CNICO CIENT FICO REQUER A APRESENTA O DOS RESULTADOS SIM NAO COMENT RIO S NATAL RN DIRETORIA GERA ANEXOS 133 134 ANEXO A PROTOCOLO DO COMIT DE TICA EM PESQUISA LIGA NORTE RIOGRANDENSE CONTRA O C NCER DEPARTAMENTO DE ENSINO PESQUISA ce E EDUCA O COMUNIT RIA ontra o COMIT DE TICA EM PESQUISA C ncer Natal 08 de Fevereiro de 2012 Parecer Consubstanciado N 001 001 2012 Protocolo de Estudo Trajet ria de vida dos portadores de doen a oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN Pesquisadora Respons vel Cl lia albino Simpson Pesquisadores Envolvidos Jo o Evangelista da Costa Documentos analisado e Carta de Submiss o e Folha de rosto e Proposto do projeto e Carta de responsabilidade e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Projeto de pesquisa Parecer em resposta ao parecer consubstanciado n 205 205 2011 todas as exig ncias foram atendidas A justificativa e os objetivos foram refeitos baseados em literatura cient fica O TCLE foi refeito ficando claro e objetivo Portanto este Comit de tica da Liga Norte Riograndense ap
55. J Programa de P s gradua o em Enfermagem Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 2001 143 3 Alessandra CM O enfermeiro diante do corpo do cliente em fase terminal o cuidado que transcende o real e o concreto monografia Rio de Janeiro RJ Escola de Enfermagem Alfredo Pinto UNIRIO 2005 Trabalhos de congressos e de semin rios anais livros de resumos 1 Amorim WM Barreira IA As circunst ncias do processo de reconfigura o da Escola Profissional da Assist ncia a Psicopatas do Distrito Federal In Anais do 2 Col quio Latino americano de Hist ria de Enfermagem 2005 set 12 15 Rio de Janeiro RJ Brasil Rio de Janeiro RJ EEAN 2005 p 148 53 Artigo padr o publicado em peri dico impresso 1 Moreira MC Carvalho V Manifesta es de ansiedade de clientes durante tratamento quimioter pico indicativo para o planejamento do cuidado de enfermagem R pesq cuidado fundamental 2005 jan dez 9 1 2 7 16 Artigo publicado em peri dico de meio eletr nico 1 Cabral IEC Cuidando y educando para la cidadania modelo sociopolitico Freire Online A journal of the Paulo Freire Institue UCLA peri dico on line 2003 jul citado 10 set 2003 1 2 aprox 3 telas Dispon vel em http wwwpaulofreireinstitute org freireonline volume1 1cabral2 html Artigo consultado em indexadores ou bibliotecas eletr nicas 1 Carvalho V Sobre constructos epistemol gicos nas ci ncias uma contribui o para
56. OEN AS ONCOL GICAS EM USO DE TRANSFUS ES SANGU NEAS NA CIDADE DE NATAL RN bem como tamb m declaro que cedo os direitos de minhas fotos cartas documentos e entrevista concedida no dia_ _ _ para que a Professora Doutora Cl lia Albino Simpson vinculada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e respons vel pela pesquisa possa us la integralmente ou em partes sem restri es de prazos e limites de cita es desde a presente data Da mesma forma autorizo o uso de terceiros para ouvi la e usar cita es ficando vinculado o controle respons vel pela pesquisa que tem sua guarda Abdicando de direitos meus e de meus descendentes subscrevo a presente que ter minha firma reconhecida em cart rio Assinatura do colaborador Impress o Digital 132 AP NDICE D CARTA DE ANUENCIA fe N UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS DA SA DE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM Campus Universit rio Br 101 Lagoa Nova Natal RN CEP 59072 970 Fone fax 84 3215 3196 E mail pgenfOpgenf ufrn br CARTA DE ANUENCIA T TULO DO PROJETO DE PESQUISA TRAJET RIA DE VIDA DOS PORTADORES DE DOEN AS ONCOL GICAS EM USO DE TRANSFUS ES SANGU NEAS NA CIDADE DE NATAL RN LOCAL DE PESQUISA N CLEO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA UFRN RESPONS VEL PROFA DRA CL LIA ALBINO SIMPSON COLABORADOR JO O EVANGELISTA DA
57. a es nas refer ncias de responsabilidade dos autores e Quando s o enviadas fora das normas acarretam em atraso o processo de avalia o do manuscrito e No texto devem ser numeradas consecutivamente de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez identificadas por n meros ar bicos sobrescritos entre par nteses sem espa os da ltima palavra para o par ntese sem men o aos autores e Ao fazer a cita o sequencial de autores separe a por um tra o ex 1 3 quando intercalados utilize v rgula ex 2 6 11 e As regras de refer ncia da REE t m como base as normas adotadas pelo Comit Internacional de Editores de Revistas M dicas estilo Vancouver publicadas no ICMJE Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals http www icmje org index html Agradecimentos e Financiamentos agradecimentos e ou indica o das fontes de apoio da pesquisa devem ser informados ao final do artigo EXEMPLOS DE REFER NCIAS Artigos em peri dicos Estrutura Autores Titulo do artigo Titulo do peri dico Ano de publica o Volume N mero P ginas Observa es 1 Ap s o ano de publica o n o usar espa os 2 Usar os t tulos abreviados oficiais dos peri dicos Para abreviatura de peri dicos consultar http www ncbi nlm nih gov sites entrez Db journals amp Cmd DetailsSearch amp Term cu rrentlyindexed All 3 Ao listar artigos com mais de seis autores usar
58. a gente Ele achou gra a e disse que nem sempre era assim porque tem uns n dulos que na hora da cirurgia muito dif cil de ver Ficou esse que 90 ele n o viu Eu estava t o feliz achando que tinha retirado tudo que n o tinha mais nada Se n o fosse a ci ncia avan ada os m dicos para nos atender nos curar abaixo de Deus o que seria Sou cat lica gra as a Deus Sou legion ria da legi o de Maria As meninas v m aqui e perguntam quando que vou voltar Eu digo quando a m ezinha do c u disser que eu volte eu volto At agora ela n o disse para mim Faz um bocado de dias que n o vou igreja A vida depois da cirurgia melhorou muito Gra as a Deus N o inchou mais Tem mais uma sess o de quimioterapia no m s que vem O m dico passou oito J fiz sete essa a oitava Vou fazer os exames para ver se vai continuar ou se vou parar Eles l s o quem sabem Faz pouco tempo que tomei sangue n o lembro a data Eu acho que quando tomei eram s as taxas baixas s vezes eu sinto um pouquinho de fraqueza No in cio parecia que tinha um besouro no meu ouvido que ficava zunindo A fraqueza era t o grande que eu ficava assim mas depois que eu tomei o sangue a primeira vez melhorei a segunda vez tamb m e a terceira vez eram s as taxas que estavam baixas N o estava mais com tanta fraqueza Mas nunca senti nada depois de tomar o sangue gra as a Deus s melhoras Os enfer
59. a cronologia da vida pois todos n s usamos como refer ncia dias meses anos para relacionar os principais eventos ocorridos na hist ria cotidiana de cada pessoa A terceira etapa ou p s entrevista como o nome indica aconteceu ap s a realiza o das entrevistas Nessa fase como sugere Meihy 2011 mantivemos contato com os colaboradores agradecendo pela valiosa participa o objetivando estabelecer a continua o do processo Em pesquisas de hist ria oral tende se a se estabelecer uma rela o de respeito entre colaborador e entrevistador resultando numa intensa condi o de retorno aos primeiros seja em agradecimento pela participa o seja para discutir os resultados da pesquisa Em seguida s grava es realizamos a transcri o que segundo Meihy 2011 o processo de elabora o de um texto a partir das narrativas orais Neste momento foram registradas as falas conforme foram gravadas sem qualquer modifica o com passagens completas dos di logos observando os sons como captados incluindo barulhos externos s entrevistas Depois disso foi feita a textualiza o fase de retirada das perguntas dos erros gramaticais de pron ncias e os ru dos para manter o texto claro e de f cil leitura mas tendo sempre o cuidado de manter o sentido original da narrativa Nesta fase foi escolhida a frase que serviu de tema por introduzir a leitura da entrevista o tom vital que conforme Meihy 2011 funciona como um
60. a enfermagem Rev Latino Am Enfermagem on line 2003 jul ago citado 22 dez 2003 11 4 aprox 8 telas Dispon vel em http www scielo br Artigo no prelo com confirma o para publica o 1 Brum AKR Tocantins FR Silva TJES O enfermeiro como instrumento de a o no cuidar do idoso Rev Latino Am Enfermagem No prelo 2004 Artigo em peri dico de divulga o comercial revista e jornal 1 Transg nicos os gr os que assustam Veja S o Paulo 2003 out 29 36 43 95 113 Resumo editorial e resenha publicados em peri dicos 1 Porto IS Requisitos uniformes para manuscritos na Escola Anna Nery Revista de Enfermagem por que para que e como editorial Esc Anna Nery Rev Enferm 2003 dez 3 7 309 10 Institui o como autor 1 Center for Disease Control Protection against viral hepatitis Recomendations of the immunization Practices Advisory Committee MMWR 1990 39 RR 21 1 27 144 Trabalhos em CD ROM 1 Motta MCS Marin HF Zeitone RC Exame f sico em consulta de enfermagem de puericultura CD ROM Rio de Janeiro RJ NCE EEAN Central de Eventos 2001 P gina da Web 1 Mascagni PMA Adolesc ncia e diabetes S o Paulo SP ABC da sa de 2008 citado 18 ago 2005 Dispon vel em URL http Awww abcdasaude com br DM adolesc htm Verbete de dicionario 1 Ferreira ABH Novo Dicion rio da Lingua Portuguesa 2 ed Rio de Janeiro RJ Nova Fronteira 1986 Cuidado p 507
61. a express o et al ap s o sexto autor Artigo em peri dico cient fico e Artigo Padr o Esperidi o E Munari DB Holismo s na teoria a trama dos sentimentos do graduando de enfermagem Rev esc enferm USP 2004 38 3 332 40 Ramos Filho AOA Castro TWN R go MAV Alves FO Almeida LC Sousa MV et al Fatores preditivos de recidiva do carcinoma mam rio Revista Brasileira de Cancerologia 2002 48 4 499 503 e Volume com suplemento Geraud G Spierings EL Keywood C Tolerability and safety of frovatriptan with short and long term use for treatment of migraine and in comparison with sumatriptan Headache 2002 42 Suppl 2 S93 9 150 e Numero com suplemento Glauser TA Integrating clinical trial data into clinical practice Neurology 2002 58 12 Suppl 7 S6 12 e N mero sem volume Banit DM Kaufer H Hartford JM Intraoperative frozen section analysis in revision total joint arthroplasty Clin Orthop 2002 401 230 8 e Sem volume ou numero Outreach bringing HIV positive individuals into care HRSA Careaction 2002 1 6 e Artigo em uma l ngua diferente do portugu s ingl s e espanhol Hirayama T Kobayashi T Fujita T Fujino O A case of severe mental retardation with blepharophimosis ptosis microphthalmia microcephalus hypogonadism and short stature the difference from Ohdo blepharophimosis syndrome No To Hattatsu 2004 36 3 253 7 Japanese e Artigo sem dados do autor 21st century heart solution may have a
62. a pesquisas com seres humanos e n mero de aprova o da pesquisa em comit de tica em pesquisa Autores estrangeiros devem informar os procedimentos adotados no pa s de origem da pesquisa Resultados devem ser apresentados de forma clara e objetiva sem incluir interpreta es ou coment rios pessoais Resultados expressos em tabelas e figuras s o encorajados mas deve se evitar a repeti o das informa es em forma de texto Discuss o deve ser concebida a partir dos dados e resultados obtidos enfatizando as inova es decorrentes da investiga o e evitando a repeti o de informa es apresentadas em se es anteriores introdu o m todo e resultados Todos os resultados devem ser discutidos tendo como apoio em referencial te rico estritamente pertinente atualizado e que permita identificar concord ncias e diverg ncias com outras pesquisas j publicadas Conclus o texto articulado a partir dos objetivos do estudo fundamentado nas evid ncias encontradas com a investiga o Deve mostrar claramente o alcance do estudo por meio de conclus es gerais que possam ser detalhadas e fundamentadas ao longo do item Se pertinente podem ser apresentadas limita es identificadas e lacunas decorrentes da realiza o da investiga o Generaliza es quando pertinentes s o incentivadas FORMATA O DO MANUSCRITO e Formato doc e Papel tamanho A4 e Margens de 2 5 cm e Letra tipo Verdana tamanho 10 e Espa ame
63. aior parte 104 geneticamente pr determinadas e est o vinculadas capacidade do organismo de se defender dessas agress es Existem atualmente v rios m todos terap uticos para o tratamento do c ncer como as ressec es cir rgicas radioterapia quimioterapia bioterapia e a hormonoterapia sendo a cirurgia na maioria dos casos o tratamento inicial e de escolha para v rios tipos de c nceres O tratamento quimioter pico tamb m uma das modalidades de escolha para produzir a cura controle e palia o Neste tratamento s o usadas subst ncias citot xicas administradas principalmente por via sist mica endovenosa Os quimioter picos contudo n o atuam exclusivamente sobre as c lulas tumorais As estruturas normais que se renovam constantemente como a medula ssea os pelos e a mucosa do tubo digest rio s o tamb m atingidas pela a o destes medicamentos Os efeitos terap uticos e t xicos dos quimioter picos dependem do tempo de exposi o destes na concentra o plasm tica A toxicidade vari vel para os diversos tecidos e depende do tipo do medicamento usado Por isto a anemia uma ocorr ncia comum em usu rios com c ncer e contribui para o aumento da sintomatologia e a piora da qualidade de vida necessitando geralmente de transfus es sangu neas H tamb m o risco de sangramento durante o tratamento quimioter pico pois o sangramento est relacionado com a gravidade da plaquetopenia necessit
64. alizadas entre os colaboradores com alguma doen a oncol gica que se submeteram transfus o sangu nea As mem rias individuais foram registradas por equipamento eletr nico Mem rias estas que expressaram n o somente os sofrimentos diante de uma doen a t o estigmatizada e temida como o c ncer mas tamb m seus sentimentos mais ntimos lembran as mais remotas e at mesmo fatos antes nunca revelados Estas lembran as partes da hist ria de vida de cada um desses colaboradores n o s o constitu das apenas de mem rias tristes e dolorosas mas como um relato desabafo permeado de f medo confian a desesperan a certezas e incertezas deixando os na esperan a de conseguir vencer mais uma fase triste das suas vidas narrar sua hist ria de vida ap s um c ncer Os colaboradores apresentavam diagn sticos diferentes com exce o dos masculinos que tinham o mesmo tipo de c ncer O Senhor Abril estava acometido por um c ncer de pr stata e com met stase ssea O c ncer da Senhora Fevereiro era de tero mesmo ap s histerectomia apareceram met stases em outros rg os internos A Senhora Maio acometida por um Mieloma M ltiplo realizou transplante aut logo o doador o pr prio receptor de medula ssea O Senhor Novembro acometido pelo c ncer de pr stata tamb m apresentava met stases por v rios rg os Enquanto que a Senhora Dezembro tinha um c ncer de ov rio O local escolhido para as entrevistas a re
65. am a ser bem mais especificados organizando em categorias as palavras chave que indicaram o significado central dos conceitos surgidos nas narrativas BARDIN 2011 Segundo Bardin 2011 os resultados devem ser tratados a partir de infer ncias e interpreta es que permitir o torn los significativos e v lidos atrav s 55 da presen a e frequ ncia dos n cleos de sentido que determinar o o car ter do discurso ou os temas que denotar o os valores e rela o aos modelos de comportamento 3 6 Considera es ticas Na realiza o desta pesquisa foram apreciados os pressupostos da Resolu o 196 de 10 de outubro de 1996 do Conselho Nacional de Sa de do MS que disp e sobre pesquisas que envolvem seres humanos BRASIL 1996 Para Bento 2011 a tica deve guiar o caminho do pesquisador pois ela capaz de sugerir o equil brio entre a pessoa e a natureza a tecnologia e a vida humana pois todo ser humano inviol vel em sua dignidade e desfruta de igual direito na sociedade e em nome desta sociedade e da ci ncia o pesquisador tem o dever de respeitar e impedir que o sujeito de pesquisa venha a sofrer qualquer preju zo Com efeito toda pesquisa deve atender as exig ncias ticas e cient ficas fundamentada no consentimento livre e esclarecido do colaborador que dever ser tratado com respeito em sua autonomia e defendido em sua vulnerabilidade BRASIL 1996 Assim submetida ao Comit de tica em Pesquisa
66. am o diagn stico do c ncer em 48 uso de transfus o sangu nea foi realizada durante o processo de busca do objeto de estudo no campo de pesquisa E por ltimo completadas as articula es das cinco narrativas o passo seguinte se deu com a an lise e interpreta o dos dados em fun o dos objetivos elencados 3 4 Fundamentos operacionais 3 4 1 Coleta dos dados a Entrevista A entrevista uma conversa o realizada face a face entre duas pessoas de forma met dica que vem proporcionar ao entrevistador as informa es necess rias de maneira verbal Na entrevista cria se uma rela o de intera o entre o pesquisador e o pesquisado e quando h um clima de est mulo e de aceita o rec proca as informa es tendem a fluir de forma not vel e aut ntica Esta pr tica a a o que fundamenta a hist ria oral Os resultados obtidos das entrevistas devem ser produzidos com morosidade e com exagerada aten o n o sendo poss vel sem isso a realiza o da coopera o uma vez que n o se aplica a medi o LAKATOS MARCONI 2010 MEIHY 2011 LEITE 2012 Para Thompson 2002 um bom entrevistador necessita de habilidades tendendo a cada um desenvolver seu pr prio m todo que lhe d bons resultados Um bom entrevistador tem que ter interesse e respeito pelos outros ser flexivo nas rela es demonstrar compreens o e simpatia nas opini es dos entrevistados e O mais importante ter a disposi o para fal
67. amento da doen a venha a promover Ainda quero viver mais se Ele permitir Tenho f em Deus que eu vou ficar boa se Deus quiser Eu me sentia bem eu tomava sangue e n o sentia nada n o do sangue n o Eu sentia uma dor assim gripe foi que come ou tudo de um lado nas costelas e eu tive Come ou a minha vida de A gente pode dizer gripado conviv ncia com a doen a mas uma gripe muito grande Dessa Deus tem me protegido enquanto 63 eu tava doente Dessa doen a tenho melhoras que Deus me deu Estou nas m os de Deus que Jesus quem me fortalece Que Jesus o que ele fizer comigo est bem feito J faz uns cinco anos que estou doente De l pra c mudou eu melhorei mais estou bem melhor um dia melhor um dia a mais Tive quase boa andando pra todo canto Agora que n o estou andando mais como eu andava agora tenho dificuldade de andar de ver olhar para o povo A minha vista t muito ruim com essas quimio que tomo o tratamento Eu acho muito ruim mas eu tomei sangue 0 sangue me fortaleceu me deu sa de me deu paz amor pra eu t vivendo mais uns dias Eu trabalhava trabalhava na feira Deixei de trabalhar meu marido morreu ai eu deixei de trabalhar Mais eu trabalhava de sexta at o domingo tarde Sa a de madrugada pra feira e levava chuva passava o dia no meio do sol na barraca Por ai come ou eu chegava enfadada lavava lou a e ia me deitar e dormia at no
68. and the context in transfusion reactions La enfermera y el contexto en las reacciones transfusionales Jo o Evangelista da Costa Ana Michele de Farias Cabral Cl lia Albino Simpson 1 Enfermeiro Mestrando do Programa de P s Gradua o do Departamento de Enfermagem da UFRN E mail hevan33 hotmail com Endere o Av Aeroporto dois de Julho 345 Bairro Ema s Parnamirim RN CEP 59149 316 Tel 84 88576624 Enfermeira Mestranda do Programa de P s Gradua o do Departamento de Enfermagem da UFRN E mail ana michele parnamirim rn gov br Enfermeira Doutora Professora do Programa de P s Gradua o do Departamento de Enfermagem da UFRN E mail cleliasimpson pop com br 94 RESUMO O avan o tecnol gico e o cuidado envolvido no processamento do sangue e dos seus hemocomponentes n o isentam a hemoterapia de riscos como ocorre nas rea es transfusionais O enfermeiro dever observar altera es que possam ocorrer durante as transfus es e ser capaz de intervir dando seguran a aos usu rios Diante desse quadro procuramos entender qual o papel do enfermeiro perante o usu rio de sa de frente s rea es transfusionais Para responder quest o optou se pela inser o contextual como forma metodol gica para analisar a atua o do enfermeiro nas rea es transfusionais Para este estudo foi realizada a pesquisa por meio da revis o narrativa da literatura entre os meses de julho a agosto de 2011 Os resultad
69. ando constantemente de transfus o de plaquetas A transfus o adquire fun o vital um procedimento complexo que pode trazer benef cios mas tamb m pode trazer riscos O sangue por ser um produto biol gico carregado intrinsecamente de v rios riscos em transfus o pode provocar complica es a exemplo das rea es adversas que podem ocorrer durante ou ap s o processo e com severidade pode variar de rea es leves a rea es fatais 9 O enfermeiro que participa desta terap utica tem que ter o entendimento de todo processo que envolve a transfus o e conhecer tanto dos benef cios como dos prov veis riscos que ela venha acarretar evitando alguns riscos desnecess rios Imbu do da responsabilidade e do tratamento de muitos desses usu rios o enfermeiro procura ouvir e aprender com suas hist rias com suas li es de vida Nesse sentido procurou se para o presente estudo atrav s da hist ria oral de vida entender como esses portadores de c ncer enfrentam uma doen a t o estigmatizada e que causa muito sofrimento e em decorr ncia deste diagn stico e do seu tratamento como foi percebido e internalizado o uso da hemoterapia como suporte terap utico Portanto pode se destacar na presente pesquisa o objetivo de analisar narrativas dos usu rios de sa de com c ncer em uso de transfus o sangu nea avaliando o impacto causado pela doen a e pela transfus o na vida dos colaboradores Desse modo espera se div
70. ar andava daqui para ali me sentava a sa a quando passava a dor ia de novo Aqui nos quartos regi o lombossacral ainda hoje d i demais Ave Maria T aqui que t medonho atr s de doer Hoje n o estou muito bem de sa de de jeito nenhum Sinto muita dor procuro um jeito de andar de viver pois uma coisa muito dif cil Quase n o posso andar direito aqui dentro de casa Passo a vida todinha aqui deitado nesta rede dor que n o brincadeira s voc vendo Todos eles la me atenderam muito direitinho no hospital muito bem bem mesmo Nunca nenhum chegou com falta de respeito para mim nem com ignor ncia nem com nada Todos eles trabalharam excelentemente Quando fui tomar sangue tava sentindo falta de sangue mesmo O 84 corpo estava naquele des nimo aquela coisa ruim e n o tinha sangue Mas nunca explicaram nada sobre o sangue n o n o falaram nada Eu s tomei sangue no banco de sangue N cleo de Hematologia e Hemoterapia Depois que eu tomei me senti melhor fiquei bem bem mesmo Vim arriar agora como estou dizendo a voc mas depois que tomei o sangue foi s para melhorar Assim como eu doei para outras pessoas me doaram tamb m Eu achei muito bom Quando foi agora depois que vim sentir esse problema depois dessas inje es que me deram para saber desse neg cio da pr stata foi a que piorei Eu sinto que foi mas j a mulher disse que por causa do rem dio e
71. ar no comportamento cultural e no entendimento dos comportamentos e sensibilidade humana Sua utilidade est na apreens o no registro e em trabalho anal tico sobre experi ncias de indiv duos e grupos que se disp em ou s o convidados a deixar registradas suas experi ncias de vidas em documentos escritos MEIHY 2011 Para esta pesquisa os indiv duos selecionados foram definidos como colaboradores sendo suas participa es espont neas pois responderam atrav s de um roteiro de pesquisa s quest es norteadoras do trabalho Nos estudos de hist ria oral destaca se o compromisso do pesquisador que elabora e executa o 45 projeto com os entrevistados n o se caracterizando uma rela o simplesmente de cumplicidade e ou afinidade irrestrita mas principalmente na constru o de uma rela o em que o entrevistador contempla as vis es de mundo dos entrevistados defendendo suas ideologias opostas e contrastantes o que tende a ser muito enriquecedor para a pesquisa MEIHY 2011 3 2 1 Hist ria Oral de Vida Dentre os g neros narrativos da hist ria oral escolhemos para este trabalho a hist ria oral de vida Trata se de narrativa com aspira o de alongado curso da o nome vida que aborda sobre aspectos seguidos das experi ncias de pessoas Neste g nero as narrativas s o decorrentes da mem ria dos ajustes contornos deriva es impress es e at mesmo das contradi es naturais das falas Isso abre para a
72. ar pouco e escutar mais Concordando ainda com Thompson poss vel que a maioria das pessoas aprende a fazer uma boa entrevista tomando tais princ pios como meta Para Polit 2004 e Leite 2012 o m todo de coleta de dados atrav s da entrevista muito utilizado em todas as tradi es de pesquisas qualitativas devido capacidade dos seres humanos em se comunicar verbalmente Esta t cnica possibilita que o entrevistado colaborador expresse suas experi ncias de vida vontade exteriorizando sentimentos que outras maneiras n o permitem expressar dando oportunidades nicas de registrar a es e gestos entre outras express es n o verbais dos entrevistados Para Meihy 2011 estas express es s o 49 conhecidas como performances contribuindo para que a entrevista n o seja t o somente considerada no que foi gravado em palavras Neste estudo foi utilizada a entrevista n o estruturada por considerar que esta t cnica possibilita ao entrevistador uma maior flexibilidade e liberdade de desenvolver situa es em qualquer dire o que considere mais adequado possibilita ainda iniciar a entrevista com alguma quest o geral permitindo que o colaborador narre sua hist ria de forma natural tendendo que a entrevista se apresente em forma de conversa o POLIT 2004 LEITE 2012 A seguir delinearemos as etapas e as prerrogativas metodol gicas das entrevistas realizadas 3 4 2 Etapas da Entrevista A entrevista em hist
73. artamento de Enfermagem 2013 1 Enfermagem oncol gica Disserta o 2 Servi o de hemoterapia Disserta o 3 Transfus o de sangue Psicologia I Simpson Cl lia Albino IL T tulo RN UF BS Enf CDU 616 006 083 043 3 TRAJETOS NO LABIRINTO Hist ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN Disserta o apresentada ao Programa de P s Gradua o em Enfermagem do Centro de Ci ncias da Sa de da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obten o do T tulo de Mestre Aprovada em 18 de fevereiro de 2013 pela banca examinadora PRESIDENTE DA BANCA Professora Dr Cl lia Albino Simpson Departamento de Enfermagem UFRN BANCA EXAMINADORA Prof Dr Cl lia Albino Simpson Orientadora Departamento de enfermagem UFRN Prof Dr Maria Teresa Cicero Lagan Avaliadora interna Departamento de enfermagem UFRN Prof Dr Francisco Arnoldo de Miranda Avaliador interno Departamento de enfermagem UFRN Prof Dr Francisca Luc lia Ribeiro de Farias Avaliadora externa Curso de enfermagem UNIFOR Prof Dr Lenilde Duarte de S Avaliadora externa Departamento de enfermagem UFPB DEDICAT RIA A DEUS por nos ter dado o dom da vida A meus PAIS que na simplicidade da vida lutaram para deixar a heran a da seiva da Sabedoria aos seus filhos e filhas AGRADECIMENTOS Ao
74. as Tadeu LANGHI JUNIOR Dante M rio BORDIN Jos Orlando Hemoterapia fundamentos e pr ticas S o Paulo ateneu 2007 p 535 540 KALIKS Rafael HOLTZ Luciana GIGLIO Auro Del Paciente com c ncer Um guia para quem acabou de receber o diagn stico Barueri SP Minha editora 2012 KOENIG Harold George Medicina religi o e sa de o encontro da ci ncia e da espiritualidade Porto Alegre RS L amp PM 2012 KUBLER ROSS E Sobre a morte e o morrer 9 ed S o Paulo Martins Fontes 2008 KUBLER ROSS E A Roda da vida Mem rias do viver e do Morrer 2 ed Rio de Janeiro Sextante 2004 LAKATOS Eva Maria MARCONI Mariana de Andrade Fundamentos de metodologia cient fica 7 ed S o Paulo Atlas 2010 125 LEITE Francisco Tarc sio Metodologia cient fica m todos e t cnicas de pesquisa monografias disserta es teses e livros 3 ed Aparecida SP Ideias amp Letras 2012 LUDWIG Luana ZILLY Adriana Rea es transfusionais ligadas ao sistema ABO Ed NewsLab PR 2007 online Dispon vel em lt http www newslab com br ed anteriores 84 art01 artO1 pdf gt Acesso em 15 jun 2011 MAGANHA Cleusa Vieira REZENDE Ros lia Figueiredo Doa o de sangue aspectos relevantes relacionados ao seu desenvolvimento 2008 59 f Trabalho de Conclus o do curso gradua o em Enfermagem Faculdade de Ci ncias da Sa de de Campos Gerais Campos Gerais MG 2008 online Dispon vel em lt
75. assar o hor rio da 113 medica o muito corretos eles Quando eu ia tomar o sangue eles explicavam Inclusive no banco de sangue aqui da UFRN muito bom O pessoal muito profissional Senhor Abril A efic cia t cnico cient fica e a racionalidade administrativa nos servi os de sa de quando n o acompanhadas de princ pios e valores como a solidariedade o respeito e a tica na rela o entre profissionais e usu rios n o s o suficientes para a conquista de uma assist ncia humanizada Para isso necess rio estar bem definido na consci ncia dos profissionais de sa de o que vem a ser humaniza o O Programa Nacional de Humaniza o da Assist ncia Hospitalar PNHAH pontua que a humaniza o entendida como o valor na medida em que resgata o respeito vida humana Abrange circunst ncias sociais ticas educacionais e ps quicas presentes em todo relacionamento humano Esse valor definido em fun o de seu car ter complementar aos aspectos t cnico cient ficos que privilegiam a objetividade a generalidade a causalidade e a especializa o do saber A raz o de exist ncia de um hospital cuidar da sa de da comunidade que esta assist ncia seja integral e que o trabalho de todos os profissionais tenha um s objetivo cuidar da sa de e da vida das pessoas pois dentro dos diversos tratamentos proporcionados pelos hospitais que a hemoterapia ocupa seu espa o agindo no processo terap u
76. atamento muito diferentes e confessadamente brutais Eis uma express o chistosa bem comum em hospitais de c ncer ouvida tanto dos m dicos como dos pacientes O tratamento pior do que a doen a Esta fora de quest o mimar o paciente Como se considera que o corpo do paciente est sob ataque invas o o nico tratamento o contra ataque v lido ressaltar que nem todos os quimioter picos ocasionam efeitos indesej veis tais como supress o da medula ssea imunossupress o alop cia toxicidade renal cardiotixicidade toxicidade pulmonar neurotoxicidade les o gonadal esterilidade e altera es gastrintestinais como n useas v mitos e diarr ia A mielossupressao com granulocitopenia plaquetopenia e anemia s o efeitos t xicos e imediatos dos quimioter picos podendo ocorrer de 7 a 21 dias ap s a aplica o deste tipo de medicamento muitas vezes vindo a ser necess ria a transfus o sangu nea SAWADA 2009 INCA 2011 O Minist rio da Sa de considerando a import ncia epidemiol gica do c ncer no Brasil e sua magnitude social os riscos a diversidade os custos as condi es de acesso da popula o brasileira aos servi os de sa de e a necessidade de implementar o processo de regula o avalia o e controle da aten o oncol gica com vistas a qualificar a gest o p blica resolve instituir a portaria de n mero 2 439 GM em 08 de Dezembro de 2005 Esta portaria estabelece a pol tica nac
77. ativo quando for pertinente f N o dever ser utilizada nenhuma forma de destaque no texto sublinhado negrito marcas d gua exceto para t tulos e subt tulos Nos subt tulos N O USAR numera o nem no final o sinal de O texto deve ser escrito abaixo g Utilizar apenas it lico em palavras ou express es que realmente necessitem ser enfatizadas no texto h Os t tulos e subt tulos devem ser identificados por negrito e letra mai scula i N o usar rodap ou cabe alhos j As refer ncias devem ser numeradas e normalizadas de acordo com o Estilo Vancouver N o usar o termo lt lt BIBLIOGR FICAS gt gt 1 Recomenda se o uso de par grafos de 1 5 cm para as refer ncias QUANTO ESTRUTURA a P gina de rosto t tulo do manuscrito que deve ser centralizado e em mai scula com negrito vers o do t tulo nos idiomas ingl s e espanhol Na vers o em que o manuscrito seja em espanhol ou franc s dever ser apresentado no idioma ingl s inclusive Abaixo do t tulo justificado 1 Tipo de aux lio e nome da ag ncia financiadora se convier 2 Se elaborado a partir de tese disserta o ou monografia t tulo ano e institui o onde foi apresentada b Resumos devem ser apresentados em portugu s ingl s e espanhol com 150 palavras no m ximo Deve se iniciar e sequenciar em t picos os seguintes termos OBJETIVO M TODOS RESULTADOS CONCLUS O DESCRITORES seguido do sinal de Usar letra mai scula ape
78. bmiss o de manuscritos Caso n o seja atendida a solicita o ajustes no prazo de 3 tr s dias o mesmo ser ARQUIVADO e se 137 houver interesse ainda em public lo dever ser submetido novamente onde ser iniciado novo processo de julgamento por pares O processo de avalia o utiliza o sistema Doubleblind peer review preservando a identidade dos autores e consultores com emprego de formul rio da RPCFO O prazo de devolu o para os pareceres no m ximo 28 dias quando for aceita a realiza o da avalia o pelos avaliadores Caso contr rio ser enviado para outros consultores Em persistindo a n o aceita o dois membros do Conselho Editorial avaliar o o artigo Os pareceres dos avaliadores ser o disponibilizados online para o autor respons vel pela submiss o que ter o prazo de 10 dez dias para atender as solicita es Caso contr rio o manuscrito ser ARQUIVADO ap s envio de comunicado para todos os autores por entendermos que n o houve interesse em atender a solicita o para ajustes de acordo com as avalia es realizadas Por m se houver interesse ainda em public lo o artigo dever ser submetido novamente onde ser iniciado novo processo de julgamento por pares Preparo dos manuscritos QUANTO REDA O os manuscritos devem ser redigidos de maneira objetiva mantendo linguagem adequada ao estudo bem como ressaltando a terminologia cient fica condizente QUANTO A AUTORIA o
79. br rbc n 48 v04 pdf revisaoS pdf gt Acesso em 28 de out 2012 MUKHERJEE S O imperador de todos os males Uma biografia do c ncer Companhia das letras S o Paulo SP 2012 NEVES M rio Soares de Azevedo DELGADO Raquel Baumgratz Suporte hemoter pico ao paciente em emerg ncia m dica Rev Med Minas Gerais online 2010 vol 20 n 4 pp 568 577 online Dispon vel em lt http www scielo br pdf rohh v29n4 a14v29n4 pdf gt acesso em 20 de Out 2011 s 14h POLIT Denise F BECK Cheryl Tatano HUNGLER Bernadette P Fundamentos de pesquisa em enfermagem 5 ed Porto Alegre RS Artmed 2004 SAWADA Namie Okino et al Avalia o da qualidade de vida de pacientes com c ncer submetidos quimioterapia Rev esc enferm USP online 2009 vol 43 n 3 pp 581 587 ISSN 0080 6234 online Dispon vel em lt http www scielo br pdf reeusp v43n3 a12v43n3 pdf gt Acesso em 05 de jan 2012 SEIXAS Raquel Jeanty de KESSLER Adriana FRISON Ver nica Baptista Atividade F sica e Qualidade de Vida em Pacientes Oncol gicos durante o Per odo de Tratamento Quimioter pico Rev Bras de Cancerologia online 2010 vol 56 n 3 p 321 330 Dispon vel em lt http www inca gov br roc n_56 v03 pdf 05 artigo atividade fisica qualidade vida pacientes oncologicos durante periodo tratamento quimioterapico pdf gt Acesso em 02 de Nov 2011 As 12h SILVA Camila Bento ALBUQUERQUE Ver nica Leite Jonas Quali
80. causas relacionadas as defesas do organismo As rea es s o categorizadas como agudas ou tardias conforme sua rela o com o momento em que ocorreu a transfus o Sabendo da rapidez do in cio dos sinais e sintomas e do mecanismo de a o podem se avaliar mais adequadamente os riscos atuais e futuros para a tomada de medidas terap uticas preventivas apropriadas 98 Portanto na presen a dos sinais e sintomas das rea es o enfermeiro dever intervir neste que constitui o contexto imediato de uma transfus o Nesse contexto a a o deve ser imediata pois o quanto antes exige tomadas de decis es estabelecendo prioridades nas provid ncias como meio e forma de minimizar os danos e desconforto propiciados pela rea o Destaca se que a es terap uticas s o adotadas especificadamente para cada rea o e sua sintomatologia Objetiva se a melhora do quadro cl nico da intercorr ncia minimizando os riscos e proporcionando conforto f sico e emocional ap s as a es realizadas de acordo com os sinais e sintomas da rea o transfusional Neste contexto a atua o da enfermagem diz respeito a suspens o da transfus o mantendo o acesso venoso e concomitantemente solicitar avalia o m dica enquanto adota as seguintes medidas manter o usu rio confort vel aquec lo checar as identifica es com finalidade de detectar poss veis n o conformidades verificar e comparar os sinais vitais com os verificados anteriore
81. conceito de autoria est respaldado na contribui o substancial de cada uma das pessoas listadas como autores no que se refere sobretudo concep o e planejamento do projeto de pesquisa obten o ou an lise e interpreta o dos dados reda o e revis o cr tica M XIMO DE 06 AUTORES por artigo enviado QUANTO FORMATA O os manuscritos devem ser produzidos em editor de texto word 7 0 ou vers o inferior com a 25 p ginas m ximo excluindo se p gina de rosto resumo abstract resumen todos com descritores agradecimentos e refer ncias Estilo Vancouver digitadas em uma s face em papel tamanho Of cio 21 59cm 35 56cm b Fonte Trebuchet MS justificado tamanho 11 espa o 1 5 linha em todo o texto h exce es para tabelas e cita es 138 c P ginas numeradas no ngulo superior direito a partir da p gina de identifica o d Margens laterais superiores e inferiores de 3 0 cm cada e Os resumos devem ser apresentados em portugu s ingl s e espanhol com 150 palavras no m ximo Deve se iniciar e sequenciar em t picos os seguintes termos OBJETIVO M TODOS RESULTADOS CONCLUS O DESCRITORES seguido do sinal de Usar letra mai scula apenas na primeira letra de cada palavra N o usar os termos Palavras chave Keywords e Palabras llave Usar DESCRITORES DESCRIPTORS e DESCRIPTORES respectivamente Ressalta se que os itens observados se adequar o natureza do estudo qualit
82. d S o Paulo Cengage Learning 2012 p 297 311 ANGERAMI Valdemar Augusto Psicossom tico e a psicologia da dor 2 ed S o Paulo Cengage Learning 2012 ANTUNES Sandra Vallin Uso cl nico de crioprecipitado e concentrado de fatores da coagula o In COVAS Dimas Tadeu LANGHI JUNIOR Dante M rio BORDIN Jos Orlando Hemoterapia fundamentos e pr ticas S o Paulo Ateneu 2007 p 265 269 BARDIN Laurence An lise de conte do Tradu o Luiz Antero Reto Augusto Pinheiro S o Paulo Edi es 70 2011 BATTAGLINI Claudio L et al Atividade f sica e n veis de fadiga em pacientes portadores de c ncer Rev Bras Med Esporte _ Vol 10 N 2 Mar Abr 2004 online Dispon vel em lt http Avww scielo br pdf rome v1 On2 a04v1 On2 pdf gt Acessado em 02 Dez 2010 122 BENTO Luiz Antonio Bio tica e pesquisa em seres humanos S o Paulo Paulinas 2011 BEL M Lindomar de Farias et al Descri o de rea es transfusionais imediatas na funda o assistencial da para ba Brasil Rev Baiana de Sa de Publica Miolo V 34 _n 4 indd 810 2011 online Dispon vel em lt http inseer ibict br rosp index php rbsp article viewFile 74 80 gt Acesso em 18 de out 2012 BRASIL Minist rio da Saude Hemovigilancia manual t cnico para investiga o das rea es transfusionais imediatas e tardias n o infecciosas Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria Bras lia ANVISA 2007 Portaria n
83. dade de Vida em Pacientes Portadoras de Neoplasia Mam ria Submetidas a Tratamentos Quimioter picos Rev Bras de Cancerologia online 2010 vol 56 n 2 p 227 236 Dispon vel em lt http Awww inca gov br rbc n 56 v02 pdf 08 artigo qualidade vida portadoras neo plasia mamaria pdf gt Acesso em 03 de Nov 2011 As 11h SMELTZER Suzanne C BARE Brenda G Brunner amp Suddarth Tratado de Enfermagem M dico Cir rgico 10 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2006 SONTAG Susan Doen a como met fora AIDS e suas met foras Tradu o Rubens Figueiredo Paulo Henriques Brito S o Paulo Companhia das Letras 2007 127 TERAP UTICA TRANSFUSIONAL Manual para m dicos 7 ed 2002 Vers o traduzida do manual AABB Associa o Americana dos Bancos de Sangue THERNSTROM Melanie As cr nicas da dor tratamento mitos mist rios testemunhos e a ci ncia do sofrimento Tradu o Maria Beatriz de Medina Rio de janeiro Objetiva 2011 THOMPSON P A voz do passado Hist ria oral Rio de Janeiro 3 ed Paz e Terra 2002 VELOSO Caetano Caetano Veloso Literatura Comparada Sele o de textos notas estudos biogr ficos hist rico e cr tico e exerc cios por Paulo Elias Allane Franchetti e Ant nio Alcyr Bernardes P cora S o Paulo Abril Educa o 1981 NOVARETTI Marcia Cristina Z Import ncia dos carreadores de oxig nio livre de c lulas Rev Bras Hematol Hemoter online 2007 vol 29 n 4 p 394
84. dade e superado cren as que de certo modo geravam certos entraves ao conhecimento da area 100 O sangue passa a ser utilizado de forma terap utica em meados do s culo XX Nessa poca a transfus o era realizada por um aparelho que passava o sangue do doador diretamente para o organismo do receptor Avan as na rea da hemoterapia foram bem significantes podemos citar a descoberta dos anticoagulantes que permitiram iniciar o processo de armazenamento e estocagem do sangue garantindo sua preserva o in vitro Outro avan o importante foi a utiliza o de bolsas pl sticas par fracionamento do sangue podendo de um nico doador ser produzido v rios hemocomponentes beneficiando mais de um usu rios de sa de Na contemporaneidade a hemoterapia difundida em todo o mundo com atua o de forma interdisciplinar reunindo m dicos enfermeiros bioqu micos e assistentes sociais entre outros profissionais da rea da sa de Considera es Finais Na rea da hemoterapia como uma rea relativamente nova para a enfermagem traduzida pelas transfus es de sangue e componentes acrescida dos seus benef cios e riscos pode se observar uma s rie de quest es e problemas envolvendo a atua o do enfermeiro em sua rela o com o usu rio de sa de Portanto procurou se no presente estudo analisar a atua o desse profissional na rea da hemoterapia tendo como foco as rea es transfusionais em seu contexto Para isso a aborda
85. data collection with approval of the Ethics Committee in Research Liga Norte Riograndense Contra o Cancer on the number 001 001 2012 occurred through semi structured interviews recorded individually in the home context that was previously chosen by employees The methodological procedure occurred with the transcription of the interviews and their transcreations and analysis of reports by thematic content analysis At the reading orientation and interpretation of the employees stories were discussed three categories of analysis the impact on psychological REVIEW impact on socialization and group membership the environment and the impact of blood transfusion on treatment Based on the narrative of the life histories of employees we conclude that the experiences and feelings hope and sorrow pain and faith even when facing a disease like cancer bring lots of teaching and learning to health professional that deposits humanization health and reinstate hemotherapy forms of clinical critical Descriptors Oncology Nursing Qualitative Research Hemotherapy LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANVISA Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria ABO Sistema Sanguineo A C Antes de Cristo CEP Comit de tica em Pesquisa CH Concentrado de Hem cias COFEN Conselho Federal de Enfermagem CP Concentrado de Plaquetas DEVH Doen a do Enxerto Contra Hospedeiro GM Gabinete do Ministro Hb hemoglobina INCA Institu
86. de Pol ticas de Sa de Programa Nacional de Humaniza o da Assist ncia Hospitalar Brasilia 2001 online Disponivel em 123 lt http ovsms saude gov br bvs publicacoes pnhah01 pdf gt Acesso em 08 de out de 2012 BULFINCH Thomas O livro de ouro da mitologia hist rias de deuses e her is 34 ed Tradu o David Jardim Rio de Janeiro Ediouro 2006 Conselho Federal de Enfermagem Resolu o COFEN n 306 2006 Normatiza a atua o do Enfermeiro em Hemoterapia Rio de Janeiro abril de 2006 online Dispon vel em lt http novo portalcofen gov br resoluo cofen 3062006 4341 html gt Acesso em 03 de Nov 2010 Conselho Nacional de Sa de Brasil Resolu o n 196 de 10 de outubro de 1996 Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos Conselho Nacional de Sa de Bras lia DF 10 out 1996 online Dispon vel em lt http conselho saude gov br resolucoes reso 96 Htm gt Acesso em 16 dez 2010 COVAS Dimas Tadeu et al Manual de medicina transfusional S o Paulo Atheneu 2009 DUNCAN David Ewing Calend rio Rio de Janeiro Ediouro 1999 FELIX Janaina Daumas CASTRO Denise Silveira de AMORIM Maria Helena Costa ZANDONADE Eliana Tend ncia da mortalidade por c ncer de mama em mulheres no Estado do Esp rito Santo no Per odo de 1980 a 2007 Rev Bras de Cancerologia online 2011 vol 57 n 2 p 159 166 online Dispon vel em lt htt
87. de sa de Ap s um m s da entrevista Senhor Abril veio a bito em sua resid ncia Retomaremos mais adiante considerando a ordem cronol gica dos meses a exposi o a respeito da trajet ria de vida do Senhor Abril TRAJET RIA DE VIDA DOS COLABORADORES 1 Senhora Fevereiro O m s de fevereiro vem da palavra Februmm que significa purificar Neste m s acontecia um ritual de purifica o romano para ter os pecados perdoados DUNCAN 1999 s um senhor t o bonito Quanto a cara do meu filho Tempo tempo tempo tempo Vou te fazer um pedido Tempo tempo tempo tempo VELOSO 1981 Identificada pelo pseud nimo de Senhora Fevereiro a colaboradora em foco tem setenta e dois anos m e de um nico filho com quem morou nos primeiros momentos da doen a vivia atualmente sob os cuidados de uma das suas irm s Cat lica assumia na l nguida voz que perpassava a entrevista a tristeza da alma e do corpo sem contudo perder a f e a for a nos conselhos religiosos herdados ao longo de uma vida de trabalho e sofrimentos A entrevista foi realizada no dia 10 de abril de 2012 tendo in cio s 14 horas e 30 minutos na sala da resid ncia da irm da colaboradora Apreensiva de in cio Senhora Fevereiro aos poucos foi deixando a palavra e a mem ria invadirem sua fala resultando em um relato comovente atravessado por ang stias receios e l grimas n o deixando contudo faltar uma pontinha de esperan a que o trat
88. de tr s transfus es sangu neas no ambulat rio do N cleo de Hematologia e Hemoterapia UFRN na cidade de Natal RN A rede por sua vez foi composta por colaboradores de ambos os sexos sem limite de idade que concordaram voluntariamente em participar do estudo A coleta de dados com aprova o do Comit de Etica em Pesquisa da Liga Norte Riograndense Contra o C ncer sob parecer 001 001 2012 ocorreu por meio de entrevistas semi estruturadas gravadas individualmente em contexto domiciliar local previamente escolhido pelos colaboradores O procedimento metodol gico se deu com a transcri o das entrevistas e suas transcria es e a an lise dos relatos por meio da an lise de conte do tem tico Na orienta o de leitura e interpreta o dos relatos dos colaboradores discutiu se tr s categorias de an lise o impacto no psicol gico REVER o impacto na socializa o e no grupo de perten a o impacto do ambiente e da transfus o sangu nea no tratamento Com base nas narrativas das hist rias de vida dos colaboradores conclui se que as viv ncias e os sentimentos a esperan a e a tristeza a dor e a f mesmo em face de uma doen a como o c ncer trazem muito de ensinamento e aprendizagem ao profissional da sa de que deposita na humaniza o e na hemoterapia formas de restabelecer quadros cl nicos cr ticos Descritores Enfermagem Oncol gica Pesquisa Qualitativa Hemoterapia COSTA Jo o Evangelista da Paths in the
89. definidas pelo impacto que o local do tratamento contribuiu determinou na terapia e o impacto causado pelas transfus es sangu neas no tratamento destes colaboradores Entende se que o principal local para o diagn stico da doen a e onde se inicia a terap utica o hospital as resid ncias dos usu rios de sa de devem ser a extens o dele O hospital parte integrante de uma organiza o m dica e social cuja fun o b sica consiste em proporcionar popula o assist ncia m dica integral curativa e preventiva sob quaisquer regimes de atendimento inclusive o domiciliar constituindo se tamb m em centro de educa o capacita o de recursos humanos e de pesquisas em sa de bem como de encaminhamento de pacientes cabendo lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de sa de a ele vinculados tecnicamente 9 Contudo o hospital visto muitas vezes pela sociedade como um ambiente de muito sofrimento tanto pelas condi es da assist ncia prestada como tamb m pelo pr prio estado de vulnerabilidade e de dor em que se encontra a maioria dos usu rios de sa de Mas hoje com o desenvolvimento da medicina e da enfermagem o hospital est assumindo uma nova fei o superando aos poucos a distin o que existia entre o atendimento curativo e o preventivo No hospital que se v mais claramente a vulnerabilidade do ser humano Neste ambiente nosocomial que o usu rio de sa de busca for as para lutar contra sua
90. deu a entrevista marco de sua devo o e f Durante a entrevista se faz notar os risos permeados pela fala e a mem ria que mesmo enviesadas pela dor das cirurgias e dos procedimentos hemoter picos n o sucumbe ang stia ou depress o t o recorrentes em portadores de c ncer A vida por mais ruim que seja melhor que morrer eu acho a minha uma maravilha Tenho f que vou vencer se Deus quiser No in cio eu sentia muita dor no p da barriga umas tr s vezes deram dores fortes Ent o eu tive que fazer primeiro uma ultrassonografia Os m dicos diagnosticaram logo que era um mioma e disseram que estava grande e que estava sangrando no momento em que eles estavam fazendo a ultra Ap s esse exame eu fui fazer outros pra cirurgia achando que era mesmo s o mioma O m dico me chamou conversou direitinho explicou tudinho como que tinha dado e o que tinha que fazer Eu disse tudo bem Se eu tenho que fazer vamos fazer Ent o quando eu fui fazer a cirurgia que estava marcada para o dia dezenove de outubro de dois mil e dez n o deu certo la ser por v deo quando ele furou o umbigo ele disse que o aparelho n o conseguia chegar ao tero era como se tivesse uma pele dura interrompendo Ele n o conseguiu interrompeu a cirurgia e disse que n o iria mais fazer porque n o ia dar certo poderia ser que tivessem outros exames para fazer 87 antes de tentar a cirurgia outra vez Pediu u
91. dezembro de 2010 como Regulamento Sanit rio Estes instrumentos t m como objetivo regular a atividade hemoter pica em todo territ rio nacional de acordo com os princ pios e diretrizes da Pol tica Nacional de Sangue seus Componentes e Procedimentos Transfusionais incluindo a capta o prote o ao doador e ao receptor coleta processamento estocagem e distribui o destes componentes originados do sangue humano venoso e arterial para diagn stico preven o e tratamento de doen as BRASIL 2010 2011 2 1 Indica es dos hemocomponentes As hist rias dos substitutos para o sangue confundem se com a da medicina transfusional uma vez que outras subst ncias foram infundidas na circula o humana com o mesmo prop sito como leite gua de coco e sangue de animais Algumas solu es provaram ser desastrosas com complica es imediatas como a resultante da infus o intravenosa de solu o de hemoglobina Hb livre humana Mesmo com o avan o tecnol gico ainda n o foi poss vel produzir em laborat rio um componente que substitua o sangue e que realize sua fun o sem efeitos colaterais NOVARETTI 2007 Os componentes terap uticos produzidos a partir do sangue humano possibilitam sua utiliza o em numerosas situa es cl nicas e cir rgicas nas quais 26 muitas vezes o seu papel determinante na manuten o da vida e na resposta terap utica As transfus es com componentes sangu neos contudo n o est
92. do Nome Nome fict cio Naturalidade Idade anos G nero M F Escolaridade Sem estudos Fundamental incompleto Fundamental completo M dio incompleto M dio completo Superior incompleto Superior completo Outros Estado Civil Solteiro a Casado a Vi vo a Divorciado a Outros Profiss o Renda Familiar Sal rio m nimo de R 510 00 Atualizado pela Medida Provis ria n 474 2009 de 24 12 2009 at 1 sal rio m nimo de 1 a 2 sal rios m nimos de 2a 5 sal rios m nimos acima de 5 sal rios m nimos Religi o Local da entrevista Data da entrevista Hora Quest es de corte 5 Fale de sua vida depois da doen a 6 Fale sobre as mudan as que ocorreram na sua vida ap s as transfus es sangu neas 131 AP NDICE C CARTA DE CESS O UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CI NCIAS DA SA DE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE P S GRADUA O EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM Campus Universit rio Br 101 Lagoa Nova Natal RN CEP 59072 970 Fone fax 84 3215 3196 E mail pgenf pgenf ufrn br CARTA DE CESS O Natal Prezado a Pesquisador a Eu de estado civil e portador a do RG n rg o Expedidor declaro para os devidos fins que participei de forma volunt ria como colaborador a da pesquisa intitulada TRAJET RIA DE VIDA DOS PORTADORES DE D
93. dos os seis primeiros autores seguidos da express o latina et al Com rela o a abreviatura dos meses dos peri dicos em ingl s e alem o abrevia se os meses iniciando por mai sculas em portugu s espanhol franc s e italiano em min sculas Ambos ser o sem ponto como recomenda o Estilo Vancouver Exemplos 1 Halpern SD Ubel PA Caplan AL Solid organ transplantation in HIV infected patients N Engl J Med 2002 Jul 25 347 4 284 7 2 Rose ME Huerbin MB Melick J Marion DW Palmer AM Schiding JK et al Regulation of interstitial excitatory amino acid concentrations after cortical contusion injury Brain Res 2002 935 1 2 40 6 142 3 Murray PR Rosenthal KS Kobayashi GS Pfaller MA Medical microbiology 4 ed St Louis Mosby 2002 4 Meltzer PS Kallioniemi A Trent JM Chromosome alterations in human solid tumors In Vogelstein B Kinzler KW editores The genetic basis of human cancer New York McGraw Hill 2002 p 93 113 5 Borkowski MM Infant sleep and feeding a telephone survey of Hispanic Americans disserta o Mount Pleasant Ml Central Michigan University 2002 6 Tannouri AJR Silveira PG Campanha de preven o do AVC doen a carot dea extracerebral na popula o da grande Florian polis trabalho de conclus o de curso Florian polis Universidade Federal de Santa Catarina Curso de Medicina Departamento de Cl nica M dica 2005 7 Abood S Quality improvement initiativ
94. e como passaram a fazer uso de hemocomponentes no seu tratamento passou se a direcionar o objetivo no sentido de delinear categorias de an lise para interpreta o das narrativas Conhecendo as especificidades com a identifica o do tom vital e da decodifica o dos dados as narrativas orais de vida passaram a compor o quadro das quest es mais espec ficas das necessidades e encaminhamentos que o contexto da pesquisa visava descortinar Nesse caminho tais hist rias permitiram identificar o tom vital das falas O tom 8 Uma vez identificado vital funciona como um farol a guiar a recep o do trabalho ele forneceu pistas e subs dios para a constru o das categorias de an lises apontando em seus desdobramentos as palavras e situa es que melhor podem representar uma ess ncia e o sentido daquelas narrativas Uma vez identificado o tom vital das narrativas em quest o procede com a organiza o dos dados coletados transformados em conte dos tem ticos atrav s da codifica o das entrevistas descrevendo as falas recortando e isolando os trechos dos relatos que estavam mais caracterizados Na orienta o discuss o e an lises que seguem quanto aos procedimentos de identifica o dos casos foram indicados atrav s de associa o e defini o de elementos comuns tr s categorias de an lise A primeira se refere ao impacto no psicol gico que se norteia pela constata o dos sentimentos da f
95. e in nursing homes the ANA acts in an advisory role Am J Nurs peri dico na Internet 2002 Jun acesso em 2002 Aug 12 102 6 aproximadamente 3 p Dispon vel em http Awww nursingworld org AJN 2002 june Wawatch htm 8 Cancer Pain org homepage na Internet New York Association of Cancer Online Resources Inc c2000 01 atualizada em 2002 May 16 acesso em 2002 Jul 9 Disponivel em http www cancer pain org OUTROS Livros como um todo Gil AC Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed Sao Paulo SP Atlas 2002 Livros traduzidos Nightingale F Notas de enfermagem o que e o que n o Tradu o de Am lia Correa de Carvalho S o Paulo SP Cortez 1989 Livros com organizador coordenador editor ou compilador Figueiredo NMA Viana DL coordenadoras Tratado pr tico de enfermagem S o Caetano do Sul SP Yendis 2006 Cap tulo de livro Moreira A Movimentos de profissionaliza o da enfermagem In Oguisso T organizadora Trajet ria hist rica e legal da enfermagem 12 S o Paulo SP Manole 2005 Teses disserta es e monografias acad micas 1 Melo ECP Infarto agudo do mioc rdio no Munic pio do Rio de Janeiro qualidade dos dados sobrevida e distribui o espacial tese Rio de Janeiro RJ Escola Nacional de Sa de P blica 2004 2 Porto F A cartografia de luta das enfermeiras obstetras na maternidade Leila Diniz 1996 1998 do soldado ao batom disserta o Rio de Janeiro R
96. e mover igualmente para Teseu vencer o desafio do labirinto e do grande Touro era condi o necess ria para a salva o de seu povo os atenienses No mundo atual quem se coloca como trabalhador da sa de deve pois perceber o outro em sua dor o que exige uma luta constante na busca de conhecer as mais profundas ang stias do usu rio para poder lhe oferecer o conforto e a seguran a que anseia Cabe ent o perceber a dor do outro seja de que natureza for no sentido apontado por Thernstrom 2011 p 22 A dor como doen a que discute a situa o atual do tratamento e da pesquisa da dor A dor como narrativa que acompanha a experi ncia de pacientes que fazem tratamento para a dor e mostra como a dor altera a vida e alterada por ela e finalmente A dor como percep o que une os aspectos variados e paradoxais da dor 17 ao entendimento contempor neo do funcionamento da dor no c rebro Sendo assim atrav s de uma assist ncia individualizada respeitando as preocupa es os medos os sofrimentos e as esperan as de cada um tal qual um Teseu o enfermeiro deve destinar sua assist ncia e meta de modo que ao sair das trilhas do labirinto o desconhecimento ser capaz de perceber a import ncia e a preciosidade da vida que reside naqueles que no enfermeiro depositam suas esperan as v lido ressaltar que a motiva o para enfrentar a pesquisa e a jornada de estudo em fun o deste trabalho
97. e transplante de medula ssea on line citado 20 Jul de 2011 Dispon vel em http www sbhh com br home resolucaoCOFEN pdf 12 Sch ninger N Duro CLM Atua o do enfermeiro em servi o de hemoterapia Cienc Cuid Saude peri dico on line 2010 out dez citado 20 jul 11 9 2 3174 Dispon vel em http periodicos uem br ojs index php Cienc CuidSaude article view File 11239 6082 13 Pereima RSMR Reibnitz KS Martini JG Nitschke RG Doacao de sangue solidariedade mecanica versus solidariedade organica Rev Bras Enferm periddico on line 2010 mar abr citado 22 jul 2011 63 2 322 7 Dispon vel em http www scielo br scielo php Script sciarttext amp pid S0034 716720100002000 24 102 5 1 2 Artigo 2 Hist ria oral de vida de usu rios de sa de oncol gicos em uso de hemotransfus o Oral history of life of users of health care in oncology use of blood transfusion Historia oral de vida de los usuarios de los servicios de salud en oncolog a uso de la transfusi n de sangre Jo o Evangelista da Costa Cl lia Albino Simpson RESUMO O objetivo deste estudo analisar narrativas de usu rios de sa de com c ncer em uso de hemotransfus o utilizando como metodologia a hist ria oral de vida e an lise de conte do Foram selecionados trechos das narrativas de cinco colaboradores e identificadas atrav s de associa o e defini o de elementos comuns tr s categorias de an lise a primeira o impacto no p
98. ecida aceitar o convite voc ser submetido a ao s seguintes procedimentos escolha da pessoa as pessoas ou grupos a serem entrevistados Para se ter um bom desenvolvimento da Hist ria Oral indispens vel a exist ncia de um projeto que oriente o andamento do trabalho durante o tratamento da textualiza o A ltima fase a transcria o que se compromete a ser um texto recriado em sua plenitude Confer ncia o memento em que depois de trabalhado o texto quando se sup e que est em sua vers o final A presente pesquisa oferece riscos m nimos ou desconforto ao participante e n o envolve experimento de qualquer natureza tampouco utilizar medicamentos em seus participantes Em caso de dano devidamente comprovados resultantes desta pesquisa o colaborador ser devidamente indenizado pelos pesquisadores No entanto na ocorr ncia em qualquer momento de algum dano causado pela pesquisa ao mesmo seja ele de origem f sica ou moral o participante ter direito a indeniza o Os benef cios ao participante ser o da ordem de promo o do conhecimento acerca das transfus es sangu neas e as estrat gias para seu enfrentamento Todas as informa es obtidas ser o sigilosas e seu nome n o ser identificado em nenhum momento Se voc tiver algum gasto que seja devido sua participa o na pesquisa voc ser ressarcido caso solicite Os dados ser o guardados em local seguro e a divulga o dos resultados ser feita de
99. ega em casa muito fraca cansada Fraca mesmo Fica doente muito doente a quimioterapia deixa a gente muito doente At porque uma medica o muito forte Ent o a gente fica doente com muito enjoo n o pode se alimentar A minha menina levava s vezes alguma coisinha um suco de laranja que dif cil ter nos hospitais uma coisinha diferente para ver se eu comia Quando ela levava alguma coisa diferente at que eu comia Eu confiava no sangue j que foi o m dico quem passou Depois que tomei o sangue fiquei bem Com poucos dias fui para a quimioterapia e j estava tudo bem Sempre tive f toda vida tive esperan a que eu ia ficar bem Portanto estou aqui Eu sempre tive muita f muita f mesmo de ficar bem principalmente na hora do transplante que muito doloroso Mas eu sempre tinha uma esperan a de ficar boa E estou aqui gra as a Deus Meus filhos foram muito dedicados Foi tanto que uma vez as defesas tavam muito baixas e eu tinha que ficar internada foi outra vez que me desesperei Eu falei Ah doutor n o vou ficar n o Se eu ficar aqui vou ficar mais doente Fabinho e Vanuza falaram para eu ter calma N o podia ficar se ficasse iria ficar mais doente do que eu j estava A o m dico falou n o tem jeito vai ter que ficar A veio outro m dico Dr James que o meu m dico ele avaliou meus exames e falou n o ela vai tomar a medica o em casa porque estou
100. emonstrar vis es de mundo das pessoas e dos grupos envolvidos MEIHY 2011 3 2 A Hist ria Oral A hist ria oral um recurso moderno usado para elabora o de registro de apreens o dos princ pios da subjetividade deixando se entrever um sentido maior do coletivo Representa um processo sistematizado e planejado antecipadamente por um projeto possibilitando realizar an lises dos contextos social e individual que dever o ser integrados e ao mesmo tempo interdependentes Deste modo torna se uma forma alternativa para estudar a sociedade atrav s de uma documenta o feita com uso de entrevistas gravadas eletronicamente e a posteriori fazendo a transposi o do oral para o escrito MEIHY 2011 Para Thompson 2002 p 44 A hist ria oral um hist ria constru da em torno de pessoas Ela lan a a vida para dentro da pr pria hist ria e isso alarga seu campo de a o Corroborando com Thompson 2002 Meihy 2011 descreve a hist ria oral como uma hist ria viva no tempo presente mas radicadas do passado em que seu valor social individual cultural e de mem ria est o inacabados ou em constru o A hist ria oral n o apenas um ato ou procedimento isolado mas a soma articulada planejada de alguns modos pensados como um conjunto No Brasil como em outras partes do mundo a hist ria oral teve um avan o significativo em todos os n veis Ela apresenta se como solu o coeva crescente e preparada para influenci
101. en a como met fora AIDS e suas met foras Tradu o Rubens Figueiredo Paulo Henriques Brito S o Paulo Companhia das Letras 2007 12 MUKHERJEE S O imperador de todos os males Uma biografia do c ncer Companhia das letras S o Paulo SP 2012 13 K BLER ROSS E Sobre a Morte e o Morrer 9 ed S o Paulo Martins Fontes 2008 14 KOENIG Harold George Medicina religi o e sa de o encontro da ci ncia e da espiritualidade Porto Alegre RS L amp PM 2012 15 MOHALLEM Andr ia da Costa Gomes RODRIGUES Andrea Bezerra Enfermagem oncol gica Barueri SP Malone 2007 16 ANGELOTTI Gildo Dor Cr nica Aspectos Biol gicos e Psicol gicos e Sociais In Psicossom tico e a psicologia da dor ANGERAMI Valdemar Augusto org 2 ed S o Paulo Cengage Learning 2012 p 297 311 17 MOTA D lete Delalibera Corr a de Faria PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Fadiga em pacientes com c ncer avan ado conceito avalia o e interven o Revista Brasileira de Cancerologia 2002 48 4 577 83 online Available from lt http www inca gov br rbc n 48 v04 pdf revisao3 pdf gt 18 BRASIL Minist rio da Sa de Secretaria nacional de a es b sicas de sa tkz Coordena o de assist ncia m dica e hospitalar Conceitos e defini es em sa de Bras lia 1977 Online Available from lt http bvsms saude gov br bvs publicacoes 0117conceitos pdf gt 19 MORAIS Gilvania Smith da N brega et al Comunica
102. ente solicitar avalia o m dica enquanto adota as seguintes medidas manter o usu rio confort vel e aquec lo checar as identifica es com finalidade de detectar poss veis n o conformidades verificar e comparar os sinais vitais com os verificados anteriores transfus o administrar medicamentos prescritos preencher ficha de notifica o de rea o transfusional comunicar ao servi o de hemoterapia e fazer o registro no relat rio de enfermagem Usu rios de sa de oncol gicos principalmente em tratamento quimioter picos utilizam muito as transfus es sangu neas durante este tratamento sendo comum neste per odo a baixa dos n veis de hem cias e plaquetas fazendo com que utilizem os hemocomponentes por v rias vezes O uso constante destes componentes aumenta a probabilidade das poss veis efeitos indesejados como as rea es transfusionais Por conseguinte passaremos a uma abordagem mais detalhada acerca do tema 30 2 3 Aspectos hist ricos e estimativas das doen as oncol gicas A palavra grega Karkinos que significa caranguejo apareceu pela primeira vez na literatura m dica por volta de 400 A C para designar o c ncer Os vasos sangu neos do tumor inchados sua volta fez Hip crates pensar num caranguejo enterrado na areia com as patas abertas em c rculo Outra palavra grega est tamb m ligada ao c ncer onkos palavra da qual oncologia originou seu nome Este termo era utilizado para denominar tum
103. ento a depois me deu uma crise a eu voltei e fiquei tomando quimioter picos at hoje Quando soube da doen a n o senti nada n o Eu fiquei assim como uma pessoa que parece que n o estava nem no mundo Eu n o liguei n o tudo como Deus quer n o Tenho paci ncia gra as a Deus Se eu n o tivesse paci ncia as coisas eram de outro jeito Eu sinto dor aqui no p da barriga sinto dor nas pernas sinto um bocado de coisa s vezes d uma dor e passa fico esmorecida os bra os esmorecidos Tudinho mas depois vai melhorando vai passando mais ser o que Deus quiser ou muito ou pouco tempo Eu tinha muito medo de morrer antes da doen a mas agora Antes da doen a eu j vivia assim o povo me achando magra com os olhos fundos l dentro os olhos Meus olhos estavam diferentes Eu disse 65 ai meu Jesus A eu fiquei nervosa fiquei nervosa achava bom porque eu tava melhorando mas eu gostava mais de estar em casa do que estar em hospitais Era atendida direitinho todos atendiam A gente era bem atendida Ningu m nunca dizia nada que eu n o gostasse H Furada eu era muito Furada que meus bra os n o tinha nem mais veia para pegar e sair o sangue Para tirar o sangue e fazer exames Sei que era tudo roxo meus bra os Ele o filho vem sempre aqui Tem dia que ele vem todo dia Tem dias que passa um pouco de dias sem vir carinhoso passa um pedacinho e vai se
104. era es Elicas dao Ci eae de le cael cat 55 37 Cen rio COESTUdO pesar ras E Hanser Eae 56 4 SOBRE MONSTROS E HER IS analisando as narrativas de vida 58 Ar Passos da Analise ernro waar ees Uh va lances aan E E E 58 4 2 Dados Pessoais dos Colaboradores cecsceesecceceeeseeeeeeeeeeeeeaaeeeeneeeeseeaaeeeseeaeneaas 59 4 3 Pr logo s ENS VISTAS pesadas pri nan SR RA ea 61 5 RESULTADOS E DISCUSS O nasais le ea 92 5 1 ANEXA O DOS ARTIGOS eee reeeeeeeen 92 5 1 1 ARTIGO 1 O enfermeiro e o contexto em rea es transfusionais 93 5 1 2 ARTIGO 2 Hist ria oral de vida de usuarios de sa de oncol gicos em uso de hemotransfus o ccc ceeeeeeceeeeeeeeeeceeeeeuuuaueueeeeeeeeeeeueeeeeeeeeeaaeeeeeess 102 6 REFLEX ES FINAIS LUMIAR P S LABIRINTO 0 0cccccccesessseseeeeeeeeeees 118 REFER NCIAS APENDICES ANEXOS REFLEX ES INICIAIS 12 1 REFLEX ES INICIAIS UMA JORNADA AO PASSO DE TESEU H um mito na Gr cia antiga que relata a exist ncia de um her i Teseu que para sobreviver a uma rdua tarefa a ele imposta conta com a ajuda de um simples novelo de l Atravessar o labirinto e destruir um terr vel monstro o Minotauro metade homem metade touro a tarefa imposta a este her i que ao fim da aventura tanto derrota a tem vel criatura como percorre as trilhas nebulosas do lugar amaldi oado atrav s da distribui o dos f
105. escritores em Ci ncias da Sa de da Biblioteca Virtual em Sa de http decs bvs br usando o descritor exato Siglas e abrevia es para o uso de siglas e abrevia es os termos por extenso correspondentes devem preceder sua primeira utiliza o no texto com exce o de unidades de medidas padronizadas Notas de rodap devem ser indicadas por asteriscos iniciadas a cada p gina e restritas ao m nimo indispens vel Ilustra es s o permitidas no maximo seis tabelas ou figuras que devem estar inseridas no corpo do texto logo ap s terem sido mencionadas pela primeira vez Os t tulos de tabelas e figuras devem conter informa es precisas indicando local do estudo e ano a que se referem os dados As ilustra es e seus t tulos devem estar centralizados e sem recuo n o ultrapassando o tamanho de uma folha A4 Cita es para cita es ipsis literis de refer ncias devem se usar aspas na sequ ncia do texto As cita es de falas depoimentos dos sujeitos da pesquisa devem ser apresentadas em letra tamanho 10 em estilo it lico e na sequ ncia do texto Refer ncias e N o ultrapassar 25 refer ncias exceto para artigos de revis o Devem representar e sustentar o estado da arte sobre o tema ser atualizadas e procedentes preferencialmente de peri dicos qualificados 149 e Deve se evitar o uso de disserta es teses livros documentos oficiais e resumos em anais de eventos A exatid o das inform
106. ess ncia subjetiva deste g nero MEIHY 2011 Ainda para Meihy 2011 a hist ria oral de vida tem o intuito de valorizar a mem ria dos indiv duos por meio da liberdade requerida em lembrar e narrar os relatos de suas experi ncias Em hist ria oral n o se procura a verdade mas a vers o sobre a moral existencial n o interessando a ordem cronol gica dos fatos mas a valoriza o da subjetividade dos detalhes Para Alberti 2007 uma das principais vantagens da hist ria oral resulta justamente do fasc nio do que foi vivido A experi ncia hist rica narrada deixa o passado mais concreto tornando sedutora sua divulga o para conhecimento A hist ria oral quando bem aproveitada tem um elevado potencial de ensinamento do passado atrav s da experi ncia do outro 3 3 Direcionamentos metodol gicos Meihy 2011 enfatiza que o tema em hist ria oral deve sintetizar o significado da pesquisa tem que ter uma relev ncia social mas tamb m deve assinalar para a possibilidade de pol ticas p blicas O tema que nos instigou para esta pesquisa contribuiu para o alcance dos objetivos propostos pois evidencia a 46 comunidade de destino a col nia a ser estudada e o g nero da hist ria oral escolhido Comunidade de destino pode ser definida como grupos de pessoas que t m tra os comuns marcantes de um comportamento amplo que os caracteriza Estas pessoas passam a ter afinidades por ter destinos comuns distinguidas pela repe
107. essariamente devem explicitar o cumprimento dos princ pios de pesquisa envolvendo seres humanos ou animais bem como o nome do Comit de tica em Pesquisa no qual o projeto de pesquisa foi aprovado com o respectivo n mero de protocolo Para os autores brasileiros a Resolu o 196 96 da Comiss o Nacional de tica em Pesquisa CONEP deve ser considerada para os estrangeiros se adotaram a Declara o de Helsinki dispon vel na pagina URL http Avww wma net 3 RESULTADOS devem descrever os resultados encontrados sem incluir interpreta es ou compara es e o texto deve complementar e n o repetir o que est descrito em tabelas e figuras a TABELAS devem ser elaboradas para reprodu o direta em preto e branco inseridas no texto com a primeira letra da legenda em mai scula descrita na parte superior numeradas consecutivamente com algarismos ar bicos na ordem em que 140 foram citadas no texto conte do em fonte 10 com a primeira letra em mai scula apresentadas em tamanho m ximo de 14 x 21 cm padr o da revista e comprimento n o deve exceder 55 linhas incluindo t tulo Se usar dados de outra fonte publicada ou n o obter permiss o e indicar a fonte por completo N o usar linhas horizontais ou verticais internas Empregar em cada coluna um t tulo curto ou abreviado Colocar material explicativo em notas abaixo da tabela n o no t tulo Explicar em notas todas as abreviaturas n o padronizadas usadas em cada
108. fen author submit 1 que emitir um protocolo num rico de identifica o No momento da submiss o o autor precisa anexar no sistema e Arquivo do manuscrito no formato doc e Formul rio de submiss o para cada um dos autores conforme modelo e Aprova o do comit de tica em pesquisa autores brasileiros ou declara o informando que a pesquisa n o envolveu seres humanos Para autores de outros pa ses os procedimentos no texto s o os mesmos por m devem atender as orienta es do pa s de origem para o desenvolvimento de investiga es com seres humanos http www wma net e policy b3 htm Os formul rios individuais aprova o do comit de tica ou declara o devem ser digitalizados em formato JPG ou PDF com tamanho m ximo de um megabyte 1 MB para cada arquivo e enviados para o sistema de submiss o como Documentos suplementares passo 4 do processo de submiss o No recebimento do manuscrito feita a confer ncia do texto e da documenta o Havendo pend ncias ser o solicitadas corre es O n o atendimento dessas corre es implica no cancelamento imediato da submiss o CATEGORIA DOS ARTIGOS Artigos Originais s o trabalhos resultantes de pesquisa original de natureza quantitativa ou qualitativa que agregam inova es e avan os na produ o do conhecimento cient fico M ximo de 15 laudas Artigos de Revis o ser o aceitas apenas revis es sistem ticas ou revis es integrativas de
109. ficar cada um deles facilitando o trabalho de sele o Houve limita es relacionadas a aus ncia de informa es como a falta de um n mero de telefone para contato imprecis es no endere o e principalmente aus ncia de um diagn stico ou pelo menos uma hip tese diagn stica da doen a Essas informa es principalmente em rela o ao diagn stico eram de suma import ncia ao andamento do trabalho pois s participariam da pesquisa usu rios de sa de oncol gicos Durante a defini o dos participantes da pesquisa ao entrar em contato com eles e mesmo antes de explicar o objetivo do contato ou da entrevista recebiamos a not cia de que alguns tinham ido a bito Consequentemente chegamos ao t rmino do tempo previsto no cronograma de pesquisa com cinco colaboradores sendo esse o numero com que constitu mos a rede Os colaboradores inclu dos sentiram se livres para aceitar o convite e com disposi o e voluntarismo resolveram participar da pesquisa Tal informa o relevante uma vez saber se que a participa o nesse tipo de estudo deve ser feita sob uma condi o tica e metodol gica a qual os colaboradores estejam com as faculdades mentais resguardadas e preservadas para que n o ocorram distor es que prejudiquem a integridade de suas recorda es Portanto daqueles doze colaboradores da amostra intencional inicial o estudo foi realizado com cinco deles uma vez que a defini o dos sujeitos que vivenciav
110. fundamental On Line RPCFO foi transferida para o formato eletr nico SEER em maio de 2009 sem fins lucrativos Atualmente editada pelo Programa de P s Gradua o em Enfermagem PPGENF Mestrado e Doutorado em Enfermagem da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO com periodicidade trimestral compondo se de um volume por ano com quatro n meros Est classificada no QUALIS CAPES como B2 Quando da submiss o dos manuscritos em METADADOS DA SUBMISS O devem constar todos os AUTORES que por ventura estejam mencionados como lt lt AUTOR gt gt no corpo do texto O encaminhamento do manuscrito anexos e o preenchimento de todos os dados s o de inteira responsabilidade do autor que est submetendo o manuscrito e n o do Editor Todos os manuscritos s o previamente apreciados pelo Editor no que se refere adequa o s Normas da RPCFO de FORMATA O e ESTRUTURA e se considerados adequados ser o encaminhados para os consultores Ad hoc de reconhecida compet ncia na tem tica abordada Em caso de desacordo ser enviado para uma segunda avalia o No caso da identifica o de conflito de interesse por parte dos consultores ser encaminhado para outro consultor O manuscrito que N O cumprir tais Normas por INCOMPLETUDE ou INADEQUA O SER SUMARIAMENTE DEVOLVIDO antes mesmo de ser submetidos avalia o PELO CONSULTOR Portanto solicitamos aten o na das normas para su
111. gem te rica fundamentada foi buscada nos quatro n veis contextuais propostos pelo m todo te rico de Hinds Chaves e Cypress Como o contexto justifica a explicita o das a es e procedimentos o que se verifica aqui a necess ria interven o do enfermeiro bem como o dom nio te rico das camadas que constituem tal contexto contexto imediato espec fico geral e o metacontexto para de posse desse conhecimento ser capaz de intervir de modo mais adequado em sua viv ncia e contato com o usu rio e demais pessoas envolvidas no processo Como desafio procurou se refletir a partir da pesquisa bibliogr fica nos encaminhamentos pr ticos por ora legados O que se espera que a reflex o presente possa contribuir para a enfermagem hemoter pica ajudando a compreender a transfus o com as prov veis rea es das camadas contextuais que aqui verificadas para fins did ticos e para um melhor entendimento de seu funcionamento foram elencadas separadamente sabendo se entretanto que fazem parte de um conjunto uno e indissoci vel e s o compostas entre si Refer ncias 1 Silva MA Torres GV Melo GSM Costa IKF Tiburcio MP Farias TYA Conhecimento acerca do processo transfusional da equipe de enfermagem da UTI de um hospital 101 universit rio Cienc Cuid Saude peri dico on line 2009 citado 15 2011 8 4 571 8 Dispon vel em http periodicos uem br ojs index php Cienc Cuid Saude article view 9676 5389 2 Fidlarc
112. gora j foi outro veio depois que fiz uma opera o no cora o e que j tinha melhorado Fui para o Walfredo Hospital Walfredo Gurgel Passei dois meses l ou melhor faltaram dois dias para dois meses A me operei do cora o e vim para casa passei uma por o de tempo aqui quando foi agora no ano atrasado 2010 antes do carnaval a me atacou Eu senti quase a mesma coisa Aquele neg cio travando aqui meus queixos e me atacando o f lego Ai deu uma dor nesse bra o esquerdo que at hoje aparece Ave Maria do do e agora o outro o outro que era o bom agora parece que est doendo mais do que esse E fiquei por ali eu sei que chamaram o SAMU O SAMU me levou l para o Pescador Hospital dos Pescadores de l fui para o Onofre Hospital Universit rio Onofre Lopes Dizem que cheguei l no Onofre quase atacado infartado Sei que fui para UTI logo assim que cheguei l entrei direto Ao chegar fiz um cateterismo que indicou uma veia entupida a mam ria Falaram em fazer uma cirurgia N o lembro o nome agora Mas gra as a Deus n o careceu fazer Ai passaram rem dio e eu comecei a tomar e fazer exames Fazia exame quase todo dia E fiquei doente at hoje estou do jeito que voc est vendo Na pr stata tamb m eu n o sinto quase nada Estou fazendo os exames esse tal de PSA para levar para o m dico Eu tomei essas tr s inje es agora quimioterapia para ver como ficou
113. ha sangue Mas nunca explicaram nada 114 sobre o sangue n o n o falaram nada Eu s tomei sangue no banco de sangue N cleo de Hematologia e Hemoterapia Depois que eu tomei me senti melhor fiquei bem bem mesmo Senhor Novembro CONCLUS O Nas ltimas d cadas houve uma melhora no progn stico do usu rio de sa de com c ncer com uma maior sobrevida destes Isso motivou estudos para a melhora da assist ncia e da qualidade de vida diminuindo o estresse psicol gico e f sico associado ao tratamento do c ncer O tratamento oncol gico complexo longo e envolve tanto o usu rio de sa de e seus familiares como a equipe que o assiste podendo gerar diferentes fontes de estresse O enfermeiro enquanto profissional de sa de que passa a maior parte com estes doentes deve estar atento e perceber procurando minimizar o estresse a decorrente Para isso deve ter conhecimento de como agir ou atuar para evitar ou ao menos amenizar este tipo de problema que na maioria das vezes tende a prejudicar o tratamento Observando as narrativas de alguns colaboradores pode se concluir que a partir dos relatos vivenciados fica claro que a dor aparece como transtorno principal podendo causar problemas na vida dos indiv duos evidenciando os v rios tipos de impactos mencionados Por isso o profissional de sa de deve ter o entendimento de que a dor tamb m deve ser vista como um processo subjetivo a ningu m cabendo avaliar a dimens o
114. ho quatro filhos que me apoiaram Todo mundo me apoiou minha m e meus irm os e amigos Minha casa era cheia direto de dia e de noite era gente aqui em casa gra as a Deus Foi uma maravilha Depois que eu tomo o sangue eu n o tenho rea es eles explicaram que poderia ter Tive da quimioterapia que de in cio dava uma coceirinha nas m os Tem gente que diz que tem v mito e outras coisas Gra as a Deus esse problema eu n o tenho Sempre confiei e em nenhuma vez desconfiei de nada n o gra as a Deus foi s avan ando para o melhor Hoje estou bem o problema s a press o Assim mesmo no dia em que eu vou fazer a quimioterapia chego l e s vezes est normal e s vezes est baixa um pouquinho porque alta Eu penso engra ado quando eu chego l est normal s vezes t baixa um pouco Eu n o entendo as meninas diz que porque eu fico nervosa Eu n o fico nervosa para nada gra as a Deus Eu vou para o m dico sozinha se for preciso Eu j fiz uma cirurgia de varizes na cidade do interior e fui 89 sozinha N o sabia aonde era Peguei o nibus na rodovi ria e fui embora Porque tem gente que por qualquer coisinha morre de medo de m dico Gra as a Deus todos s o maravilhosos Internei me tr s vezes no Hospital Onofre Lopes para fazer a cirurgia O m dico disse que ligaria para mim quando tivesse alguma vaga na UTI Um dia eu estava tomando caf a ligara
115. http www facica edu br tcc 2008 2 Cleusa 20Vieira 20e 20Rosalia 20 Figueiredo pdf gt Acesso em 20 de jun 2010 MEIHY Jose Carlos Sebe Bom Manual de historia oral Sao Paulo Loyola 2002 MEIHY Jose Carlos Sebe Bom HOLANDA Fabiola Historia oral Como fazer como pensar 2 ed Sao Paulo Contexto 2011 MEIHY Jose Carlos Sebe Bom RIBEIRO Suzana L Salgado Guia pratico de historia oral para empresas universidades comunidades familias S o Paulo Contexto 2011 MCEWEN Melanie WILLS Evelyn M Bases teoricas para enfermagem 2 ed Porto Alegre Artmed 2009 MIRANDA Cl lia Albino Simpson de Maciel Hort ncio Ribeiro O amor a vida nao me falou trajet ria de um ex doente de hansen ase Editora Universit ria Joao Pessoa PB 2003 MOHALLEM Andr ia da Costa Gomes RODRIGUES Andrea Bezerra Enfermagem oncol gica Barueri SP Malone 2007 MORAIS Gilv nia Smith da N brega et al Comunica o como instrumento b sico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado Rev Acta Paul Enferm 2009 22 3 323 7 online Dispon vel em lt http www scielo br pdf ape v22n3 a14v22n3 pdf gt Acesso em 30 de out 2012 MOTA D lete Delalibera Corr a de Faria PIMENTA Cibele Andrucioli de Mattos Fadiga em pacientes com c ncer avan ado conceito avalia o e interven o 126 Revista Brasileira de Cancerologia 2002 48 4 577 83 online Dispon vel em lt http www inca gov
116. ia sa de A compreens o era que em algumas situa es cl nicas a transfus o pode auxiliar na melhora r pida de uma grave condi o ou representar a nica maneira de salvar uma vida No trecho a seguir destacado por K bler Ross 2004 p 23 percebe se a confian a e a rea o positiva do usu rio em face do processo transfusional Ent o numa certa manh v rios m dicos amontoaram se volta da minha cama murmurando sobre a necessidade de uma transfus o de sangue Bem cedo no dia seguinte meu pai irrompeu por aquele meu quarto desesperadamente vazio e desanimador parecendo me 15 muito grande e heroico Comunicou me que eu iria receber um pouco do seu bom sangue cigano E de uma hora para outra foi como se o quarto se iluminasse Ficamos deitados em macas vizinhas e espetaram tubos em nossos bra os O aparelho de suc o circulagao bombeamento era movido manivela e parecia um moedor de caf Papai e eu olh vamos para os tubos vermelhos Cada vez que a manivela era acionada o sangue era sugado do tubo de papai e entrava no meu llustrando e corroborando com o registro citado acima a imagem a seguir retrata uma transfus o sangu nea de meados do s culo XIX realizada bra o a bra o do doador diretamente ao receptor Vale lembrar que nesse per odo n o se tinha o conhecimento sobre anticoagulantes para conserva o do sangue fora do organismo Imagem da internet Dispon vel em http cmclar
117. iados a este quadro psicol gico Senhor Abril sabendo desde o in cio o seu diagn stico sem grandes possibilidades terap uticas passou por todos os est gios mencionados da nega o depress o chegando agora ao est gio que tem na aceita o sua maior contribui o Vejamos um trecho da sua fala que evidencia isso Nesse tratamento o nico diagn stico que deram at hoje foi um CA de pr stata somente At minha medica o uma s baseada no pamidronato eu tomo e fa o quimioterapia de quatro em quatro meses ou de cinco em cinco meses quando precisa mesmo Agora uma coisa que eu nunca perco a esperan a de vencer o c ncer Tem solu o N o N o tem ainda n o mas vamos ter ent o vamos procurar ela Senhor Abril Nesse quinto e ltimo est gio persiste a esperan a tra o que desde o in cio promove mecanismos de luta e de resist ncia em n o se entregar doen a A possibilidade de cura e a coragem em acreditar na cria o de novos produtos impulsionam o doente de c ncer a ter esperan a Desse modo o enfermo procura na confian a interna ou fora de si mecanismos que deem for a e coragem no desafio da cura Condi o percebida no discurso marcado pela assimila o de respostas ben ficas e positivas no enfrentamento ao c ncer 110 Quando soube da don a n o fiquei muito chocada n o A gente se emociona porque um choque desse todo mundo fica chorei mas depois fiquei tranq
118. iares que sabendo da import ncia da pesquisa sempre nos receberam de bra os abertos COSTA Jo o Evangelista da Trajetos no labirinto Hist ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN 2013 152f Disserta o Mestrado Departamento de Enfermagem Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2013 RESUMO O estudo Trajetos no Labirinto historia de vida de portadores de doengas oncol gicas em uso de transfus o sanguinea na cidade de Natal tem a hemoterapia como procedimento primordial para se repensar a rela o entre usu rios de sa de oncol gicos e os desdobramentos decorrentes A hemoterapia busca suprir car ncias org nicas atrav s da hemotransfusao que adquire fun o vital aos portadores de c ncer por poder restabelecer o funcionamento do organismo atrav s do aumento de componentes sangu neos O impacto sobre a transfus o afeta emocional e fisicamente a vida desses usu rios Objetivando refletir acerca desse impacto o presente estudo procurou atrav s das narrativas de vida resgatar suas viv ncias desde o diagn stico da doen a at os instantes de uso da transfus o sangu nea Trata se de um estudo explorat rio descritivo em que a abordagem qualitativa utiliza o referencial te rico metodol gico da hist ria oral de vida para analisar uma col nia formada por cinco usu rios de sa de com diagn stico de c ncer com realiza o m nima
119. im das discuss es mas podemos pens las como o in cio para outras sobre as complica es medos e os sofrimentos impostos pelo doente com c ncer em uso de hemocomponentes Por enquanto tais reflex es apenas apontam e provocam para outros estudos que diante das narrativas dos colaboradores clamam por mudan as na gest o na assist ncia de enfermagem e na sa de p blica do Brasil 121 REFER NCIAS Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria Brasil Resolu o n 57 de 16 de dezembro de 2010 Determina o Regulamento Sanit rio para Servi os que desenvolvem atividades relacionadas ao ciclo produtivo do sangue humano e componentes e procedimentos transfusionais BrasilSUS Bras lia DF 17 dez 2010 online Dispon vel em lt http www brasilsus com br legislacoes rdc 106696 57 html gt Acessado em 22 Dez 2010 Rede sentinela Bras lia DF 2010 online Dispon vel em lt http www anvisa gov br servicosaude hsentinela apresentacao htm gt Acesso em 15 nov 2 ALBERTI Verena Manual de hist ria oral 3 ed Rio de Janeiro FGV 2007 AMORIM FILHO Luis de Melo Uso do plasma fresco congelado In COVAS Dimas Tadeu LANGHI JUNIOR Dante M rio BORDIN Jos Orlando Hemoterapia fundamentos e pr ticas S o Paulo Ateneu 2007 p 247 52 ANGELOTTI Gildo Dor Cr nica Aspectos Biol gicos e Psicol gicos e Sociais In Psicossom tico e a psicologia da dor ANGERAMI Valdemar Augusto org 2 e
120. imioterapia mas no correr da quimioterapia fiquei internada com as defesas baixas fiquei internada mais duas vezes O atendimento l no Hospital Luiz Antonio era muito bom Os m dicos muito bons as enfermeiras tamb m eram muito legais todos nunca tive nenhum aborrecimento Quando foi para fazer n o sei mais nem quantas quimioterapias tinha feito Eu fui para uma consulta l o m dico disse quando viu os exames a senhora vai fazer uma transfus o de sangue Pela primeira vez Ah Mas eu fiquei bem agitada aperreada Resolvi ligar pra minha filha findei ligando para minha sobrinha Foi bem assim uma agita o a primeira vez n o sabia nunca tinha feito transfus o de sangue Ai fiquei 11 muito preocupada Ah nem estava F bio nem estava Cl udia eu estava com minha outra filha que mora no Rio de Janeiro Depois F bio chegou e a gente foi l para o banco de sangue N cleo de Hemoterapia e Hematologia NHH Quando chegou l a menina fez a ficha a eu falei fiz mesmo como menino sambudo Ah mas eu estou com fome J era tarde j era mais de uma hora da tarde A ela disse Ah A senhora t com fome A gente vai fazer um lanchinho para a senhora Ela fez a ficha e me disse que eu s iria ser atendida no dia seguinte Ah ent o t certo n o precisa de lanche n o vou para casa A foi aquele susto pois nunca tinha feito transfus o de sangue Da por dian
121. infundir n o apenas medicamento mas tamb m sangue na veia dos usu rios A primeira infus o endovenosa datada de meados 23 do s culo XVI quando quase sempre eram utilizados sangue de animais para humanos A primeira transfus o de sangue foi atribu da a Jean Denis em 1667 H relato de que esse pesquisador utilizou sangue de vitela para acalmar e curar um usu rio com del rio fren tico vindo a apresentar quadro compat vel com rea o hemol tica Devido grande incid ncia de acidentes transfusionais e o elevado n mero de mortes em 1673 as transfus es foram proibidas na Fran a o que foi seguido por diversos governos europeus Esta proibi o que durou 150 anos veio configurar a primeira crise da medicina transfusional MAGANHA REZENDE 2008 Segundo Junqueira Rosenblit e Hamerschlak 2007 no Brasil o in cio da hemoterapia n o foi muito diferente do resto do mundo Existem relatos de tese de doutorado apresentada faculdade de medicina do Rio de janeiro em 27 de setembro de 1879 de autoria de Jos Marcondes filho do Bar o de Taubat rejeitada por ser muito pol mica Este mesmo estudo foi sustentado na Faculdade de Medicina da Bahia em 30 de dezembro do mesmo ano descrevendo com riquezas de detalhes experi ncias emp ricas de rea o hemol tica na qual se discutia se a melhor transfus o seria a de animal para o homem ou entre humanos As transfus es eram feitas de forma aleat ria n
122. inha uma renda boa Infelizmente a sa de veio e derrubou tudo Infelizmente derrubou Agora uma coisa que eu nunca perco a esperan a de vencer o c ncer Tem solu o N o N o tem ainda n o mas vamos ter ent o vamos procurar ela Vamos procurar onde est a raiz dele para gente matar ela Ent o a gente tem que ter f se tiver f voc consegue agora se voc n o tiver f voc n o vai curar nunca Porque uma doutora vou at reservar o nome porque achei at quest o de tica profissional Achei horr vel o que ela fez comigo l no Hospital do Cora o ela chegou para mim e disse que eu perguntei como estava minha situa o de sa de Ela disse que eu j tinha superado tudo o que tinha de dar j deu Ent o eu achei aquilo muito rid culo baixei a cabe a sa e cheguei em frente do Hospital do Cora o comecei a chorar Achei aquilo o que ela fez antiprofissional N o dei resposta nenhuma a ela n o era por a a situa o Uma m dica que est numa equipe de um m dico famoso 71 que um cara hoje consagrado na oncologia e vir com uma express o dessas S fiz trocar de m dico Estou hoje com outro m dico oncologista acho ele um grande m dico Infelizmente a medicina hoje no Rio Grande do Norte t daquele jeito Tem dez clientes aqui para voc e tem mil para outro tudo na mesma categoria Acho que dava para dividir acho que daria para trabalhar melhor e n
123. inida como assassina um inimigo demon aco e letal D uma doen a de superprodu o e de crescimento de c lulas malignas expansionista invadindo os tecidos e estabelecendo col nias causando asfixia com a quantidade de c lulas em excesso Diante destas pormenoriza es t o perturbadoras sobre o c ncer aqueles que t m esta doen a supondo e imaginando as agruras pelas quais ir o passar agarram se a todas as possibilidades poss veis como forma de diminuir os sofrimentos atrelando a isso sentimentos como a cren a e o apego em uma realidade n o apenas material mas extrassensorial com a cren a em um Ser supremo e justo A segunda categoria de an lise aponta para o impacto na socializa o revelando as mudan as nas amizades e no grupo de perten a Nesta categoria procura se tamb m dissociado do psicol gico envolver as perspectivas do trabalho suas varia es em torno das atividades desenvolvidas cotidianamente Vale lembrar que o psicol gico e as atividades sociais caminham juntos n o funcionam como etapas estanques Contudo o que interessa para fins did ticos an lise aqui posta que ao abrirmos essa divis o procuramos dar relev ncia aos estados mentais e emocionais chamando aten o para a aproxima o entre a subjetividade e sua rela o com o mundo exterior mais pr ximo A fam lia de um portador de uma doen a grave como o c ncer desempenha um papel predominante e o cuidado e a aten
124. interferem no cotidiano desses usu rios de sa de com c ncer Interessou nos investigar a rela o da hemoterapia em portadores de c ncer e suas hist rias de vida Por meio de entrevistas os colaboradores aparentemente desprovidos de quaisquer receios nos receberam e contaram as suas experi ncias de vida Trabalho este agora sintetizado nesta disserta o cujo corpus est distribu do em tr s cap tulos No primeiro cap tulo discute se a respeito do percurso hist rico entre a hemoterapia e a oncologia no sentido de compreender melhor o processo que envolve estas duas reas t o difundidas na assist ncia ao usu rio de sa de Para tanto percorremos brevemente os per odos hist ricos da hemoterapia seus princ pios suas descobertas e evolu es para entend la melhor nos dias atuais perpassando o processo que a envolve de desenvolvimento no Brasil e no mundo Desse modo espera se conhecer rotinas e pr ticas transfusionais com o envolvimento e atua o do enfermeiro na rea Procurou se ainda entender a oncologia atrav s dos aspectos hist ricos seu perfil epidemiol gico e as preocupa es que envolvem todos os profissionais da sa de principalmente o enfermeiro nos processos de preven o e tratamento do c ncer que na maioria dos casos s o longos e causam muito sofrimento No segundo cap tulo t m se a metodologia utilizada para fundamentar o estudo proposto estabelecendo as dire es conceituais da pesquisa as e
125. ional de aten o oncol gica pautada na promo o preven o diagn stico tratamento reabilita o e cuidados paliativos a serem implantadas em todas as unidades federativas respeitadas as compet ncias das tr s esferas de gest o Brasil 2005 No Rio Grande do Norte disp e se de um centro de refer ncia a Liga Norte Riograndense Contra o C ncer LNRCC um centro de alta complexidade em oncologia que disp e de todas as especialidades m dicas e multidisciplinares e de tratamentos e equipamentos necess rios aten o oncol gica 37 2 4 Transfus es sangu neas em oncologia e a assist ncia de enfermagem O tratamento quimioter pico apresenta altera es tamb m nas c lulas normais do indiv duo com c ncer podendo causar na maioria das vezes alop cia eros es no trato gastrointestinal como mucosite e aftas e tamb m diminui o das c lulas do sangue A toxicidade da quimioterapia tem fun o de atingir as c lulas tumorais mas atingem tamb m outras c lulas isto ocorre porque estas c lulas apresentam como as c lulas tumorais divis es r pidas causando preju zos aos indiv duos No caso de afetar a produ o das c lulas sangu nea quando da diminui o da produ o de leuc citos leucopenia de plaquetas plaquetopenia e de eritr citos anemia acrescem os riscos das infec es e de sangramentos aumentando ainda mais a anemia Este processo al m de afetar a qualidade de vida provoca a di
126. ios pelos caminhos seguidos que o bravo e esperto homem consegue chegar ao seu destino final BULFINCH 2006 O mito de Teseu aparece aqui n o para se falar de mitologia pela mitologia mas para mostrar que os desafios por mais dif ceis e insuper veis que pare am podem ser confrontados e vencidos E isso serve de li o para a reflex o que o estudo aqui proposto busca fazer Pois mergulhados no tem vel labirinto que o c ncer como enfermidade tem proposto ao ser humano parece nos dif cil se n o imposs vel chegar ao outro lado do tortuoso caminho que a doen a tal qual um grande Minotauro tem deixado como heran a a quem se atreve a seguir na busca por venc la No contexto da sa de muitos s o os profissionais que se engajam na luta Nesse sentido distanciando se do mito e ao mesmo recorrendo a este em rela es metaf ricas colocamos em evid ncia o papel que a enfermagem tem desempenhado no enfrentamento do c ncer Nosso interesse pela enfermagem j vem de muito antes e com o passar o tempo vem se concretizando como forma de entender e enfrentar as adversidades que o labirinto maior a vida imp e a cada um de n s Como enfermeiro trabalhando na assist ncia direta aos usu rios de sa de tornou se necess rio um conhecimento mais aprofundado no sentido de atender diversas reas de assist ncia Depois passando a atuar em uma unidade hemoter pica foi preciso um aperfei oamento espec fico nesta rea
127. issional nos cuidados de portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas Para o alcance do objetivo do estudo fizemos uso da pesquisa explorat ria e descritiva com uma abordagem qualitativa atrelada a um enfoque da hist ria oral de vida Para Gil 2009 a pesquisa explorat ria oferece uma maior familiaridade com o problema levantando informa es acerca de um determinado objeto com finalidade de torn lo mais expl cito objetivando o aprimoramento de ideias ou descobrir intui es Leite 2012 p 54 complementa dizendo que a pesquisa explorat ria a que explora algo novo que frequentemente n o considerada ainda ci ncia mas que serve de base ci ncia A pesquisa descritiva para Gil 2009 e Leite 2012 tem como objetivo descrever e explicar as caracter sticas de determinada popula o ou fen meno podendo tamb m estabelecer rela es entre vari veis Polit 2004 descreve que a pesquisa com abordagem qualitativa lida com aspectos da complexidade humana explorando a diretamente enfatizando a compreens o da experi ncia humana como vivida analisando materiais narrativos e subjetivos A hist ria oral foi utilizada como referencial metodol gico por ser um recurso necess rio condi o do problema levantado pela pesquisa tamb m por 44 ser ferramenta e ponto de discuss o atual destinado a colher testemunhos e experi ncias para elabora o de documentos sendo capaz de d
128. itando geralmente de transfus es sangu neas H tamb m o risco de sangramento nestes usu rios de sa de durante o tratamento quimioter pico pois o sangramento est relacionado com a gravidade da plaquetopenia necessitando constantemente de transfus o de plaquetas O enfermeiro que participa desta terap utica tem que entender do processo de cuidar destes usu rios Para Mohallem e Rodrigues 2007 p 188 o processo de cuidar a forma como se d o cuidado uma intera o entre aquele que cuida e aquele que cuidado em que o primeiro tem papel ativo pois desenvolve a es e comportamentos de cuidar e o segundo atua passivamente e por sua situa o pode contribuir no cuidado se desempenhar papel menos passivo Estes mesmos autores 2007 afirmam que um dos maiores desafios dos profissionais de sa de o cuidar do ser humano na sua totalidade cabendo lhes cumprir a es preferenciais em rela o a sua dor a ao seu sofrimento em todas as dimens es f sica ps quica social e espiritual Usu rios de sa de oncol gicos exigem uma assist ncia de enfermagem diferenciada pois al m do c ncer carregam o estigma desta doen a como tamb m a incerteza do progn stico perturba es psicol gicas como d vidas e incertezas e atrelado a tudo isso o medo da morte Mas tamb m carregam consigo a vontade de viver Esta assist ncia se refere s a es que o profissional dispensa aos usu rios Essas a es engl
129. ivel na Internet Secretaria de Ci ncia Tecnologia e Insumos Estrat gicos Minist rio da Saude Por que pesquisa em saude S rie B Textos Basicos de Saude S rie Pesquisa para Sa de Textos para Tomada de Decis o Internet Bras lia Minist rio da Sa de 2007 cited 2009 Mar 09 Available from http portal saude gov br portal arquivos pdf pq pesquisa em _saude pdf Monografia disserta o e tese e Monografia Tonon FL Silva JMC O processo de enfermagem e a teoria do autocuidado de Orem no atendimento ao paciente submetido cirurgia de pr stata implementa o de um plano de cuidados individualizado no preparo para a alta hospitalar monography S o Carlos Departamento de Enfermagem UFSCar 2005 e Disserta o Coelho MA Planejamento e execu o de atividades de enfermagem em hospital de rede p blica de assist ncia em Goi nia GO dissertation Goi nia Faculdade de Enfermagem UFG 2007 119 p e Tese Souza ACS Risco biol gico e biosseguran a no cotidiano de enfermeiros e auxiliares de enfermagem thesis Ribeir o Preto Escola de Enfermagem USP 2001 65 p Trabalhos em eventos cient ficos e Anais Proceedings de confer ncia Munari DB Medeiros M Bezerra ALQ Rosso CFW The group facilitating interpersonal competence development a brazilian experience of mental health teaching In Proceedings of the 16th International Congress of Group Psychotherapy CD ROM 2006 jul 17 21 S o Paulo Brasil p
130. iza o nos Moldes de Resid ncia de Enfermagem em Hematologia e Hemoterapia em 2002 O enfermeiro participa na unidade hemoter pica da capta o dos doadores de sangue fazendo a sele o destes atrav s da triagem cl nica o gerenciamento da equipe de enfermagem que executa a triagem hematol gica a coleta do sangue do doador o fracionamento e distribui o dos hemocomponentes a serem transfundidos Diante dessas mudan as a sa de vai ganhando novos contornos e as cren as pessoais tem inevitavelmente aderido s conquistas que a rea incorpora Tanto enfermeiro quanto usu rio v o absorvendo as informa es e conquistas que o contexto de ordem geral vai trazendo com o aprimoramento das pesquisas e os estudos espec ficos Sa de como um bem coletivo metacontexto Numa perspectiva da camada metacontextual refor a se o desenvolvimento da hemoterapia Portanto consensual tanto da parte da enfermagem quanto dos usu rios que a sa de um bem coletivo e por isso tem suas responsabilidades de a o preventiva e de inser o coletiva na melhoria do bem estar de todos Na hist ria da hemoterapia avan os sobre cren as de uso do sangue e sua sintomatologia levaram as discuss es a um mbito em que poucas culturas n o aderiram ao uso de hemocomponentes Tais conquistas mesmo centradas no passado revelam que o presente e consequentemente o futuro tem procurado o controle das condi es de enfermi
131. kana blogspot com br 2010 09 blood transfusion introduction blood htm 16 Retomando a met fora do labirinto e o que o envolvia devemos lembrar que para a jornada de Teseu obter sucesso foi importante a ajuda de Ariadne linda jovem apaixonada pelo her i tamb m filha do poderoso Minos Nesse sentido pode se dizer que os grandes avan os da medicina e de outras reas da sa de em conjunto est o contribuindo para que as institui es de sa de se tornem servi os com mais qualidade principalmente pelo uso da tecnologia No campo da hemoterapia n o tem sido diferente pois tem ocorrido um crescente aparato tecnol gico com as unidades hemoter picas utilizando se dos mais sofisticados m todos sorol gicos e as mais modernas m quinas automatizadas para separa o das c lulas sangu neas oferecendo se uma melhor qualidade aos produtos produzidos e diminuindo significativamente alguns eventos indesejados na transfus o Com isso percebe se a import ncia da contribui o que as tecnologias t m na facilita o do processo de melhorias qualidade de vida dos usu rios Mas uma vez recorrendo ao mito de Teseu devemos lembrar que as tecnologias como um novelo de l ou um elmo apresentam se como poderosas ferramentas no enfrentamento ao temido e ao desconhecido No entanto n o se pode esquecer que al m da ajuda da inova o tecnol gica a vontade de assegurar ao humano uma posi o de conforto e confian a que nos dev
132. l Essa uma etapa de finaliza o de todo o processo de intera o com o colaborador neste instante que h a confer ncia do texto verificando e corrigindo poss veis erros e enganos legitimando e validando o trabalho Este processo possibilita que o documento seja utilizado e divulgado atrav s de produ es cient ficas Ap s a confer ncia dos dados os colaboradores assinaram a carta de cess o conforme ap ndice c autorizando sem restri es o uso do material As grava es e os textos provenientes das entrevistas armazenados em m dia digital do tipo Compact Disc CD e junto com o TCLE e a carta de se o foram identificados com os codinomes dos colaboradores e guardados na sala da p s gradua o do Departamento de Enfermagem da UFRN os quais ficar o dispon veis por um per odo de cinco anos O acesso a estas informa es exclusivo dos autores do estudo 54 3 5 An lise dos dados Para a an lise das narrativas das hist rias de vidas dos colaboradores foi utilizada a t cnica de an lise de conte do tem tica Segundo Franco 2008 esta uma t cnica muito antiga que teve como foco a interpreta o dos textos b blicos pois tentando definir os s mbolos sinais e mensagem de Deus este procedimento marcou a primeira tentativa de responder a pergunta o que essa mensagem significa possibilitando compreender e interpretar as met foras e as par bolas da escritura sagrada Para Bardin 201
133. literatura que sejam fundamentadas em referencial metodol gico adequado ao objeto de estudo e alcance pretendidos organizadas por procedimentos rigorosos e detalhados na condu o da pesquisa M ximo de 15 laudas Editorial destina se publica o da opini o oficial da revista sobre temas relevantes da rea de Enfermagem e Sa de 147 ESTRUTURA DO ARTIGO Os manuscritos devem ser estruturados de forma convencional contemplando os seguintes itens introdu o m todos resultados discuss o e conclus o O conte do do texto deve expressar contribui es do estudo para o avan o do conhecimento na rea da enfermagem Introdu o texto breve que apresente de forma clara e objetiva o problema estudado fundamentado em referencial te rico pertinente e atualizado Deve ser enfatizada a relev ncia da pesquisa em raz o de lacunas do conhecimento identificadas e a sua justificativa Ao final devem se apresentar os objetivos da pesquisa M todos definir tipo de estudo local e per odo em que a pesquisa foi realizada Apresentar fonte de dados delimitando no caso da popula o estudada os crit rios para inclus o e exclus o e sele o do n mero de sujeitos Detalhar procedimentos de coleta e fundamentos da an lise de dados incluindo o conte do dos instrumentos de coleta de dados Pesquisas realizadas no Brasil devem explicitar cuidados ticos informando aplica o do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido par
134. m Eu disse minha Nossa Senhora Eu s pensava que iria no outro dia Assim mesmo fui embora sentindo me feliz da vida porque iria fazer minha cirurgia Quando chegou l passei a segunda e a ter a feira Estava certo que iria fazer na quarta feira mas na quarta me deram alta pra vir pra casa pois n o tinha vaga na UTI Eu disse Miseric rdia L vem eu de volta Assim mesmo fui tr s vezes para conseguir para chegar o dia da cirurgia Tudo tem que ser no dia e na hora que Deus quer Da primeira vez eu s pensava em fazer essa cirurgia e ficar boa mas era s minha vontade n o era a de Deus Porque se fosse a de Deus tinha dado tudo certo desde o in cio Na minha f cada dia eu caminho para melhorar para aumentar a f cada vez mais porque sem Deus a gente n o nada Eu acredito que estou ficando boa Vou fazer esta ltima resson ncia para come ar novamente a quimioterapia Fui a outra m dica a mesma que eu j tinha ido antes foi ela quem olhou os exames e disse que tinha ficado um caro o pequeno por tr s da bexiga Ela disse que pode desmanchar com a quimioterapia mas se n o desmanchar vou ter que fazer novamente outra cirurgia porque essa doen a a gente sabe como Mas n o tem problema nenhum Eu fa o duzentas vezes se precisar eu quero ficar boa Fui mostrar os exames a outro m dico ele disse a mesma coisa mas eu falei n o dizem que o senhor v tudo que tem dentro d
135. ma bi psia e uma resson ncia Fui fazer os exames Fiz todos inclusive os de sangue que acusaram o CA 125 Acusou que estava com c ncer Tive que fazer todos os exames novamente para come ar a quimioterapia para diminuir o tumor Se n o diminuisse teria que fazer a cirurgia como de fato eu fiz No dia dezenove de novembro comecei a fazer a quimioterapia O m dico passou oito sess es Fiz as oito sess es e parei Fiz novamente a resson ncia para ver como que estava e se j podia fazer a cirurgia Fiz a cirurgia no dia dezessete de agosto Ontem fez oito meses Antes de fazer tudo isso da tentativa da primeira cirurgia fiquei muito an mica minha barriga cresceu Eu sei que foi juntando tudo aquilo parecia at um caro o s no meio da barriga Eu brincava at as meninas diziam mesmo doente a mulher manga dela mesma Eu disse eu vou fazer o que vou chorar Tenho mais que pedir a Deus conforto para minha cirurgia dar certo L mesmo no hospital eu pensava minha nossa Parecia aquele lubim aqueles touros bem grandes que tinham aqueles lubinz o aquela coisa bem brande assim Gra as a Deus depois disso saiu muito l quido assim disse o m dico depois de retirar o l quido e dar um ponto no umbigo O l quido foi diminuindo Quando cheguei em casa no outro dia j estava bem menor minha barriga Com oito dias minha filha veio tirar o ponto onde ele o m dico tinha furado Ela
136. meiros gra as a Deus s o muito meus amigos digo amigos da minha filha que trabalha l Quando eu chego s alegria Fa o amizade com todo mundo fiz no Hospital Onofre Lopes no banco de sangue e em todos os lugares Eu n o fico me importando porque fulano faz isso ou aquilo Eu trato bem todo mundo porque eu gosto tamb m de ser bem tratada Eu s tive um momentinho triste nesses tr s internamentos Eu falei meu Deus eu n o vou mais n o me internar minhas meninas disseram voc vai sim Que conversa essa que n o vai Foi s isso mas de ficar triste pensar em morrer nunca A vida por mais ruim que seja melhor que morrer eu acho a minha uma maravilha Tenho que vou vencer se Deus quiser 91 92 5 RESULTADOS E DISCUSS O Atendendo s exig ncias regimentais do programa de p s gradua o os resultados obtidos atrav s da pesquisa s o discutidos atrav s de artigos 5 1 ANEXA O DOS ARTIGOS e ARTIGO 1 O enfermeiro e o contexto em rea es transfusionais Revista Revista de Pesquisa Cuidado Fundamental Online ANEXO B Qualis Capes em Enfermagem 2012 B2 e ARTIGO 2 Analise de hist ria oral de vida de usu rios de sa de oncol gicos em uso de hemotransfus o Revista Revista Eletr nica de Enfermagem ANEXO C Qualis Capes em Enfermagem 2012 B1 93 6 1 1 ARTIGO 1 O enfermeiro e o contexto em rea es transfusionais The nurse
137. minui o da disposi o de realiza o das atividades di rias e pode causar cefal ia des nimo dispn ia perda da libido e fadiga sendo necess ria a reposi o dos componentes sangu neos atrav s da transfus o Fidlarczyk 2008 COVAS 2009 Diante disso Covas 2009 recomenda que na decis o terap utica se deva considerar o tipo de anemia se cr nica ou aguda sua intensidade o quadro cl nico do usu rio e suas comorbidades Pode se com isso optar ou n o pela transfus o sangu nea No caso da plaquetopenia recomenda se transfus o profil tica o que pode diminuir hemorragias e evitar outras complica es Para Fidlarczyk e Ferreira 2008 a transfus o consiste na infus o de sangue total ou de um hemocomponente de um doador a um receptor tendo como finalidade suprir as necessidades org nicas de transporte de oxig nio ou ainda para os dist rbios de coagula o Compactuando dessa ideia Harmening 2006 diz que cada usu rio deve ter seu pr prio plano individualizado avaliando seu estado cl nico e a necessidade ou n o do uso do componente A transfus o adquire fun o vital uma vez que em portadores de c ncer nos quais s o muito comuns perdas sangu neas h um aumento da destrui o dos gl bulos vermelhos e na diminui o de sua produ o 38 Para Covas 2009 a anemia uma ocorr ncia comum em usu rios com c ncer e contribui para o aumento da sintomatologia e a piora da qualidade de vida necess
138. mo Tudo foi feito para s aplicar o sangue na hora exata mesmo Tem certas coisas na medicina que voc aprende sozinho 74 com seu m dico Voc aprende a ler sua receita a manusear sua medica o certinha Ent o o que que voc precisa Precisa de medica o tal ent o vou tomar minha medica o correta Eu fa o muitas pesquisas sobre doen as Eu acho que t mais avan ado nas pesquisas da internet Acredito que a gente pode pesquisar mais como acredito que voc s est o fazendo um trabalho muito bom E voc s podem contar comigo Estudei outra coisa completamente diferente eu sou securit rio mas a gente vai aprender tamb m com os m dicos Eu acho que a medicina t evolu da Agora eu acho o que a gente precisa muito hoje pesquisar mais e ter uma certa paci ncia com esse pessoal avexadinho Tem um bocado de gente avexadinha passa a medica o e vai embora Eu cheguei ao hospital me acabando de dor Quando d dor nesse osso f mur esquerdo que irradia essa perna aqui O m dico perguntou se eu j tinha tomado dolantina e eu disse que n o Aplicou uma dolantina dez minutos depois estava sem dor Passaram se uns dez dias o mesmo m dico um cara bem novo bacana pra caramba perguntou Est com dor de novo Tome outra dolantina A quando eu tomei segunda dolantina foi que eu fui olhar para que quer servia Foi quando eu disse a ele n o amigo eu n o vou tomar a
139. nas na primeira letra de cada palavra Na vers o em que o manuscrito for escrito em Espanhol ou Franc s apresentar o abstract na vers o em que for em Ingl s o resumen DESCRITORES indicar de tr s a cinco 139 termos que identifiquem o tema limitando se aos descritores recomendados nos Descritores em Ci ncias da Sa de DeCS traduzido do Medical Subject of Health MeSH e apresentado gratuitamente pela BIREME na forma triling e na pagina URL http decs bvs br TESE E DISSERTA O enviar o resumo abstract e resumen c Texto os textos de manuscritos Pesquisa Pesquisa de Inicia o cient fica Ensaios e de revis o devem apresentar 1 INTRODU O 2 OBJETIVO 3 M TODOS 4 RESULTADOS 5 DISCUSS O 6 CONCLUS O 7 AGRADECIMENTOS opcional 8 REFER NCIAS Estilo Vancouver As demais categorias ter o estrutura textual livre por m as REFER NCIAS s o obrigat rias Os textos de manuscritos Pesquisa P gina de Inicia o Cient fica Ensaio e de revis o devem conter as seguintes se es 1 INTRODU O deve ser breve definir claramente o problema estudado destacando sua import ncia e as lacunas do conhecimento fornecendo refer ncias estritamente pertinentes Apresentar os objetivos da pesquisa 2 M TODOS devem descrever o tipo de estudo a popula o a amostra os crit rios de sele o da amostra o instrumento de coleta de dados os procedimentos para a coleta e an lise dos dados Nec
140. ncaminhados em prazo m ximo de 30 dias ap s a publica o da edi o 145 ANEXO C NORMAS DA REVISTA ELETR NICA DE ENFERMAGEM http www fen ufg br revista pre textuais normas htm ISSN 1518 1944 UFG Todos Atual Instru es Submiss o Instru es para publica o de manuscritos POL TICA EDITORIAL A Revista Eletr nica de Enfermagem REE dispon vel no site http www fen ufg br revista um peri dico de acesso aberto gratuito e trimestral destinado divulga o arbitrada da produ o cient fica na rea de Ci ncias da Sa de com nfase em Enfermagem S o aceitos manuscritos originais e in ditos destinados exclusivamente REE que contribuam para o crescimento e desenvolvimento da produ o cient fica da rea da Sa de da Enfermagem e de reas correlatas A REE publica artigos em portugu s ingl s ou espanhol destinados divulga o de resultados de pesquisas originais artigos de revis o sistem tica revis o integrativa e editorial As opini es e conceitos emitidos pelos autores s o de exclusiva responsabilidade dos mesmos n o refletindo necessariamente a opini o da Comiss o de Editora o e do Conselho Editorial da Revista PROCESSO DE AVALIA O Os manuscritos s o analisados em uma primeira etapa pela Comiss o Editorial que leva em considera o a observ ncia do atendimento das normas editoriais coer ncia interna do texto pertin ncia do conte do do manusc
141. ndes Figueira no Rio de Janeiro com objetivo de atender ao esfor o de guerra mandando plasma humano para hospitais da frente de batalha COVAS 2009 Para se adquirir o sangue em qualquer per odo sempre se fez necess rio o doador No Brasil essa pr tica de in cio era remunerada sendo recrutadas pessoas de qualquer perfil mesmo sem condi es f sicas e de sa de apropriadas No intuito de serem recompensados doavam sangue os mendigos e presidi rios ao contr rio dos pa ses da Europa em que a doa o de sangue sempre fora n o remunerada JUNQUEIRA ROSENBLIT HAMERSCHLAK 2007 No Brasil atualmente apenas 1 8 da popula o doadora volunt ria de sangue A Organiza o Mundial de Sa de OMS aponta que esse n mero corresponda a um percentual de 3 a 5 dos habitantes para que os servi os de hemoterapia venham a manter um estoque suficiente para suas demandas Existem muitos tabus e medos em uma grande parte da sociedade principalmente entre pessoas com perfil para ser um prov vel doador de sangue que precisam ser esclarecidos e desmistificados BRASIL 2011 De acordo com a Portaria 1353 de 13 de junho de 2011 do MS para ser um doador de sangue o indiv duo pode ser de ambos os sexos com idade entre 18 dezoito anos completos e 67 sessenta e sete anos 11 onze meses e 29 vinte e nove dias podendo ser aceitos candidatos com idade de 16 dezesseis e 17 dezessete anos desde que com o consentimento formal do
142. no que diz respeito a transfus o dos hemocomponentes considerada como fonte de vida E como tal envolve uma s rie de problemas perspectivas e entendimento em sua atua o contextual Para isso necess ria a compreens o do contexto que envolve essa atividade para que os resultados dai provenientes a manuten o da pr pria vida sejam os mais satisfat rios A atua o efetiva do enfermeiro assim primordial para a minimiza o de prov veis riscos a ocorrentes sendo portanto o contexto imediato 97 Sabe se que a transfus o a transfer ncia de sangue total ou de um hemocomponente de um doador de acordo com as caracter sticas de cada usu rio de sa de receptor e tem como finalidade prover as necessidades org nicas de transporte de oxig nio ou corrigir dist rbios da coagula o A utiliza o dos hemocomponentes apresenta uma boa resposta terap utica mas n o completamente isenta de riscos O receptor pode apresentar v rios sinais e sintomas tais como febre calafrios dor no local da infus o no t rax no abdome ou nos flancos hipotens o ou hipertens o arterial dispn ia tosse taquicardia prurido urtic ria v mito hemoglobinuria entre outros Compete ao enfermeiro identificar o mais precocemente poss vel os sinais e sintomas de uma rea o transfusional para evitar um dano maior ao receptor Para isto antes da transfus o um profissional da enfermagem dever realizar todo procediment
143. norte um 53 direcionamento auxiliando a organiza o e o crit rio de percep o dos leitores das entrevistas podendo tamb m servir como guia na recep o do trabalho Ap s a escolha do tom vital passamos para outra etapa a transcria o De acordo com Meihy 2011 p 110 transcria o a elabora o de um texto recriado em sua plenitude Com isso afirma se que h interfer ncia do autor no texto ele refeito v rias vezes e deve obedecer a certos combinados com o colaborador nesse momento em que as anota es do caderno de campo e os aspectos da viv ncia com os colaboradores s o incorporados ao texto no intuito de recriar a atmosfera das entrevistas A transcria o uma tarefa assumida pelo pesquisador pois se trata da transforma o final do oral para o texto escrito recriando uma performance da entrevista tentando trazer as sensa es provocadas pelo contato com o leitor atentando se para o compromisso de que mais importante a ideia palavra pois a ideia poderia n o ser percebida caso tiv ssemos transcrito as palavras sem fazer a sua transcria o Por isso muito importante o consentimento do entrevistado sua narrativa o qual deve saber qual ordem deve ser dada para ela O passo seguinte como procedimento final se deu com a confer ncia do documento produzido Meihy 2011 p 111 diz que esse momento Um dos mais complexos e importantes recursos oferecidos pela hist ria ora
144. nos dos hospitais do complexo universit rio da cidade de Natal oferecendo servi os como consultas m dicas especializadas exames laboratoriais espec ficos bem como transfus es ambulat rias de hemocomponentes S o realizados em torno de dezesseis 16 transfus es ambulatoriais 22 consulta ao hematologista 10 dez mielogramas e 55 cinquenta e cinco exames de hemograma por m s Na viv ncia cotidiana e na observa o desta unidade vis vel a import ncia do sangue e dos processos a ele inter relacionados Afinal o sangue como elemento terap utico tem sua utiliza o cada vez mais estendida a v rias possibilidades de restabelecimentos de alguma defici ncia causada por uma doen a Harmening 2006 diz que os componentes sangu neos s o considerados medicamentos devido a seu uso no tratamento de doen as podendo inclusive em alguns casos incidir efeitos adversos A sele o do NHH para realiza o da pesquisa se deu por ser uma institui o de refer ncia em Natal e no Rio Grande do Norte nas reas de hematologia e hemoterapia duas reas espec ficas da sa de e tamb m por se caracterizar em um adequado campo para a pesquisa e a extens o Al m disso o NHH comprovou ser um local de boa receptividade por parte da diretoria e dos funcion rios n o observado a nenhum tipo de entrave que viesse prejudicar o andamento do trabalho 57 ANALISANDO AS NARRATIVAS 58 4 SOBRE MONSTROS E HER IS ANALISANDO
145. nto 1 5 entre linhas em todo o texto e Par grafos alinhados em 1 0 cm 148 INSTRU ES PARA O PREPARO DOS MANUSCRITOS T tulo deve ser apresentado em alinhamento justificado em negrito conciso informativo com at 15 palavras Use mai scula somente na primeira letra do t tulo que deve ser apresentado nas vers es da l ngua portuguesa inglesa e espanhola N o utilizar abrevia es no t tulo e no resumo A sequ ncia de apresenta o dos mesmos deve ser iniciada pelo idioma em que o artigo estiver escrito Autoria e Os autores devem ser identificados ap s o t tulo por ordem de autoria se houver mais de um com credencial na sequ ncia do nome Devem constar as seguintes informa es nome completo forma o universit ria titula o institui o de origem e e mail preferencialmente institucional e A autoria dos manuscritos deve expressar a contribui o de cada uma das pessoas listadas como autor no que se refere concep o e planejamento do projeto de pesquisa obten o ou an lise e interpreta o dos dados reda o e revis o cr tica Resumo deve ser apresentado na primeira p gina do trabalho com no m ximo 150 palavras nas vers es em portugu s ingl s abstract e espanhol resumen em sequ ncia do titulo Descritores ao final do resumo devem ser apontados de 3 tr s a 5 cinco descritores que servir o para indexa o dos trabalhos Para tanto os autores devem utilizar os D
146. nto da popula o o intenso processo de urbaniza o e das a es de promo o e recupera o da sa de e uma exposi o maior dos indiv duos a fatores de risco cancer genos contribu ram para este crescimento INCA 2011 31 O c ncer tornou se nos dias atuais um problema grave e de sa de p blica para o mundo desenvolvido e tamb m para na es em desenvolvimento Segundo a Organiza o Mundial da Sa de 10 milh es de novos casos de c ncer s o diagnosticados a cada ano Previs es apontam que se a tend ncia de aumento for mantida em 2020 ser o 15 milh es de novos casos anuais Uma vez que tem aumentado sua preval ncia dentro das doen as cr nicas n o transmiss veis necessitando de grandes investimentos e nus para os pa ses SAWADA 2009 INCA 2011 O problema do c ncer no Brasil ganha relev ncia pelo perfil epidemiol gico que essa doen a vem apresentando As estimativas apontam que para o ano de 2011 haver ocorr ncias de 489 270 casos novos de c ncer e as estimativas para o ano de 2012 ser o v lidas tamb m para o ano de 2013 com a ocorr ncia de aproximadamente 518 510 casos novos de c ncer Os tipos mais incidentes ser o os c nceres de pele n o melanoma de pr stata pulm o c lon reto e est mago para o sexo masculino e os c nceres de pele n o melanoma mama colo do tero c lon e reto e gl ndula tireoide para o sexo feminino Estas informa es s o geradas a partir dos Registros de
147. o padr o de identifica o do usu rio de sa de atrav s de um breve exame f sico da verifica o dos sinais vitais e da confirma o da prescri o m dica Esta atividade poder ser realizada por um t cnico em enfermagem habilitado com a supervis o do enfermeiro Durante o per odo de transfus o o receptor dever permanecer em rigorosa observa o particularmente nos primeiros dez minutos iniciais da transfus o que o profissional dever permanecer ao seu lado observando poss veis rea es Em caso da identifica o de um ou mais sinais e sintomas de uma rea o transfusional o enfermeiro dever ser capaz de pelo menos tomar as medidas cab veis para cada um dos tipos de rea es Rea o Transfusional contexto espec fico A transfus o acarreta benef cios e um procedimento irrevers vel mas podem ocorrer riscos Entre estes est o as rea es transfusionais que na maior parte em que ocorrem por ser um evento indesejado podem ser evitadas ou prevenidas Chama se a aten o para o fato de que a enfermagem encontra se na assist ncia direta ao usu rio transfundido exigindo dessa forma que o enfermeiro tenha o conhecimento tanto dos benef cios como dos prov veis riscos que a transfus o venha a acarretar As rea es transfusionais classificam se em imunol gicas e n o imunol gicas as primeiras s o aquelas mediadas pelo sistema imunol gico e as segundas s o aquelas sem associa o com
148. o como conclus o uma vez saber se que o desenvolvimento da melhoria na qualidade de vida constitui se como processo perene mas como sugest o final prop em se certas reflex es que possam ajudar no entendimento da complexa jornada das hist rias de vida de cada colaborador Nestas reflex es procurou se pensar como o trabalho em sua integra j indica acerca do impacto da hemoterapia no tratamento dos usu rios de sa de com c ncer resgatando suas hist rias de vida suas viv ncias desde o diagn stico da doen a at o uso das transfus es sangu neas de modo que se possa contribuir na para assist ncia e na para pr tica do enfermeiro tendo como finalidade contribuir para um tratamento mais adequado a estes usu rios de sa de 21 CAMINHANDO 22 2 ADENTRANDO O LABIRINTO UM BREVE HIST RICO DA HEMOTERAPIA E DA ONCOLOGIA O sangue vem sendo utilizado pelo homem h muito tempo e de v rias formas como banhos e beberagens Era considerado um elemento m tico em todas as culturas que atribuiam a ele grandes poderes Fidlarczyk e Ferreira 2008 relatam que na hist ria da humanidade o sangue sempre foi um elemento conceituado como vida fazendo parte do patrim nio do inconsciente coletivo do humano tendo em vista a grande variedade de mitos e s mbolos presentes em todas as culturas A ele foram atribu dos misteriosos poderes e altas miss es desde os tempos remotos quando o sacerd cio a magia e a medicina caminhavam at
149. o estar acontecendo isso porque ele que me perdoe n o cab vel um m dico atender at duas tr s horas da manh os seus pacientes Eu acho muito deselegante ver pessoas doentes em cima de uma cama e isso que t acontecendo Infelizmente eu n o tive uma oportunidade de dizer ao m dico pessoalmente mas na hora que tiver uma oportunidade eu digo eu n o tenho papas na l ngua N o tem esse neg cio comigo acho muito anti tico o que ele faz Uma pessoa ficar at duas tr s horas da manh enrolada em um cobertor esperando para ser atendido por um m dico Eu acho isso antiprofissional na medicina mas infelizmente ningu m pode fazer nada No hospital da pol cia militar na verdade eu tava assim grogue Eu n o estava dizendo coisa com coisa eu me perdi mesmo Tinha hora que eu sabia o que estava dizendo tinha hora que eu n o sabia Mas o atendimento no pol cia militar foi muito bom A medica o toda correta o pessoal atendendo no hor rio certo n o deixando passar o hor rio da medica o muito corretos eles Quando eu ia tomar o sangue eles explicavam Inclusive no banco de sangue aqui da UFRN muito bom O pessoal muito profissional Quando eu estive l eles me aconselharam a tomar duas bolsas de sangue num dia e duas no outro Antes disso eles fizeram um preparat rio psicol gico comigo conversaram muito fizeram um preparat rio para saber como eu estava e como que fui atendido
150. o se tinha conhecimento adequado para esta pr tica a exemplo de se identificar os tipos sangu neos Fase esta caracterizada de per odo emp rico da hemoterapia que vai das suas origens ou do per odo pr hist rico at o s culo XX in cios dos anos de 1900 Neste per odo os questionamentos eram v rios e pretendia se determinar qual seria o sangue mais adequado para transfundir Mais tarde embora vencido o obst culo da incompatibilidade ABO n o se foi capaz ainda por si s de tornar a transfus o um recurso otimizado quanto ao acesso N o havia como conservar o sangue fora do corpo humano sem que ele coagulasse sendo necess rio um corpo de doadores que ficava de plant o para ser recrutado quando necess rio JUNQUEIRA ROSENBLIT HAMERSCHLAK 2007 Com a descoberta do anticoagulante houve um grande avan o na hist ria da hemoterapia com funda o de bancos de sangue Em Londres no ano de 1921 foi fundado o primeiro banco de sangue e o segundo em Moscou em 1926 Por m muito tempo se passou para utiliza o do anticoagulante Apenas na guerra 24 civil espanhola em 1939 houve a estocagem de sangue para posterior transfus o exemplo seguido pela Su a e Inglaterra AMORIM FILHO 2007 No Brasil h registros de servi os de transfus o de sangue desde o in cio do s culo XX Na d cada de 1940 existiam v rios servi os transfusionais Em 1942 foi inaugurado o primeiro banco de sangue no Instituto Ferna
151. o um intenso impacto emocional ocorrido quando descobriram que estavam cada um a seu modo e tempo com uma doen a com consequ ncias dr sticas Embora tenham usado diversos mecanismos de defesa e luta como a nega o raiva revolta barganha depress o e aceita o tiveram que se readequar e readaptar a uma forma de viver que equilibrasse a dor e a falta de esperan a Trabalhos cient ficos comprovam e a m dia diariamente noticia o surgimento de curas em indiv duos com c ncer No entanto a maioria dos colaboradores do presente estudo n o teve a chance de poder usufruir do que est por vir O fato que muitas pessoas n o importa de que credo ou classe social qual g nero ou cor em decorr ncia desta doen a tem vindo a bito deixando em todos n s a sensa o de impot ncia diante de todo sofrimento e luta por que passam tanto para os doentes como os seus familiares Isso nos faz repensar 120 nossa pr tica como profissional de sa de e a conduta diante destes doentes e de n s mesmos E sabendo que o enfermeiro o profissional da rea da sa de que est diuturnamente na assist ncia aos usu rios esteja ele com c ncer ou outra doen a mas que necessita de transfus o sangu nea dever ser orientado quando aos benef cios e os riscos pois s assim conseguiremos fazer com que esta terapia n o seja banalizada e que se consiga realizar uma assist ncia humanizada Essas reflex es n o representam o f
152. obam os cuidados f sicos e terap uticos correspondendo as atividades t cnicas da assist ncia de enfermagem como higiene conforto administra o de medicamentos entre v rios outras atividades Mas tamb m executam a es de rea bastante significativa como manuten o do equil brio emocional destes usu rios fazendo parte de a es de aspecto humano e de rela o entre o enfermeiro e o usu rio de sa de pois a enfermagem a profiss o que participa junto com o doente desde o diagn stico perpassando por todas as fases 39 do tratamento at muitas vezes pela sua finitude MOHALLEM RODRIGUES 2007 Sendo assim a enfermagem deve envolver a assist ncia ao doente a sua fam lia ou aqueles que d o o apoio emocional afetivo econ mico e social Os profissionais devem incentivar a participa o destes no tratamento orientando os quando da necessidade da harmonia e tranquilidade do ambiente seja ele hospitalar ou residencial MOHALLEM RODRIGUES 2007 40 PERCURSO METODOL GICO 41 3 ORIENTA ES DO PERCURSO OS FIOS E REDES DO M TODO No passado toda hist ria se transmitia de uma gera o para outra principalmente pela tradi o oral como na narrativa de Teseu A din mica dos mitos e os causos cotidianos ganhavam forma e voz nas performances de contadores de hist rias que teimavam em preservar a mem ria e a integridade de uma vida constru da Com os avan os industriais e tecnol gicos na contemp
153. ocupa es aumentavam diante de uma rea o transfus o ramos orientados a parar o procedimento transfusional e chamar o m dico para avaliar o usu rio embora o Minist rio da Sa de MS exija que na administra o de sangue e de hemocomponentes os profissionais de sa de envolvidos nesta terap utica tenham o conhecimento de t cnicas corretas e a capacidade de identifica o de potenciais eventos adversos BRASIL 2007 Al m disso existe o Programa de Hemovigil ncia que tem como objetivo o direcionamento de a es que ampliem e aprimorem a seguran a nas transfus es sangu neas com particular nfase para os incidentes transfusionais rea estrat gica de atua o da Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria ANVISA e do Minist rio da Sa de A incorpora o das a es de Hemovigil ncia no Sistema nico de Sa de SUS no Brasil traduz se como um processo importante dentro da qualifica o da medicina transfusional BRASIL 2007 Conforme Fidlarczyk e Ferreira 2008 a partir da d cada de 1990 os profissionais de enfermagem que atuavam na rea passaram a discutir e 14 problematizar a atua o da enfermagem com usu rios de sa de que apresentavam dist rbios hematol gicos e o cuidado que deveria ser prestado ao doador e ao receptor em todo ciclo do sangue No Brasil estudos espec ficos em hematologia e hemoterapia nos moldes de resid ncia para enfermeiros t m in cio com o curso de p s gradua
154. odo de 116 Tratamento Quimioter pico Rev Bras de Cancerologia online 2010 vol 56 n 3 p 321 330 Available from lt http www inca gov br rbc n 56 v03 pdf 05 artigo atividade fisica qualidade vida acientes oncologicos durante periodo tratamento quimioterapico pdf gt 5 COVAS Dimas Tadeu et al Manual de Medicina Transfusional S o Paulo Atheneu 2009 6 BEL M Lindomar de Farias et al Descri o de rea es transfusionais imediatas na funda o assistencial da para ba Brasil Rev B S Publica Miolo V 34 _ n 4 indd 810 2011 online Available from lt http inseer ibict br rbsp index php rbsp article viewFile 74 80 gt 6 HARMENING Denise M T cnicas Modernas em Banco de Sangue e Transfus o 4 ed Rio de Janeiro Revinter 2006 7 BRASIL Minist rio da Sa de Hemovigil ncia manual t cnico para investiga o das rea es transfusionais imediatas e tardias n o infecciosas Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria Bras lia ANVISA 2007 8 MEIHY Jose Carlos Sebe Bom HOLANDA Fab ola Hist ria oral Como fazer como pensar 2 ed S o Paulo Contexto 2011 9 BARDIN Laurence An lise de Conte do Tradu o Luiz Antero Reto Augusto Pinheiro S o Paulo Edi es 70 2011 10 MIRANDA Cl lia Albino Simpson de Maciel Hort ncio Ribeiro O amor vida n o me falou trajet ria de um ex doente de hansen ase Editora Universit ria Jo o Pessoa PB 2003 11 SONTAG Susan Do
155. oraneidade utilizamos os mais variados aparelhos e ferramentas como recursos para o registro das experi ncias vividas nas narrativas Estes aparatos tecnol gicos contribu ram para melhoria das pesquisas que visam fazer o registro dessas experi ncias a hist ria oral de vida Refletindo acerca da mem ria Thompson 2002 p 45 constata que O uso difundido da express o hist ria oral novo tanto quanto o gravador e tem implica es radicais para o futuro Isto n o significa que ela n o tenha um passado Na verdade a hist ria oral t o antiga quanto a pr pria hist ria Ela foi a primeira esp cie de hist ria Meihy 2011 p 92 por sua vez discute a respeito da hist ria oral afirma o corrente que a hist ria oral t o antiga como a pr pria Hist ria mas isso vago Fala se mesmo que toda Hist ria antes de ser escrita passou por etapas narrativas ou outras manifesta es da oralidade aferida h s culo O pilar dessa afirma o a certeza de que tanto a B blia como outros livros sagrados bem como as mitologias fundamentais da cultura ocidental e mesmo os poemas seminais da aventura humana como a ll ada e Odisseia t m origem na oralidade A lenta metamorfose da Hist ria n o nega os registros de tradi es narrativas que precede a escrita e a sistematiza o de seu c digo como solu o hegem nica 42 3 1 A pesquisa e suas dire es conceituais Diante destas afirma es
156. ores e massas espalhadas pelo corpo MUKHERJEE 2012 Segundo o Instituto Nacional do C ncer INCA 2011 c ncer o nome dado a um conjunto de mais de cem doen as que t m em comum o crescimento desordenado maligno de c lulas O que determina a forma o de tumores a divis o r pida e muito agressiva e incontrol vel dessas c lulas podendo se espalhar por todo o corpo met stase metastasis palavra grega significando deslocamento mudan a de lugar formando tumores em outros locais As causas do c ncer s o variadas podendo ser externas e internas ao organismo As causas externas referem se ao meio ambiente e aos h bitos ou costumes enquanto que as causas internas s o na maior parte geneticamente pr determinadas e est o vinculadas capacidade do organismo de se defender dessas agress es SMELTZER BARE 2006 Seguindo tend ncia mundial houve mudan as no perfil epidemiol gico das enfermidades que acometem a popula o brasileira a partir dos anos 1960 as doen as infecciosas e parasit rias deixaram de ser a principal causa de morte sendo substitu das pelas doen as do aparelho circulat rio e pelas neoplasias Isto se d pela progressiva ascens o da incid ncia e da mortalidade por doen as cr nico degenerativas conhecida como transi o epidemiol gica O c ncer uma doen a de genes vulner veis muta o especialmente durante o longo per odo da vida humana Fatores como envelhecime
157. os hemocomponentes primando pela excel ncia desta pratica Reconhece se que o crit rio de excel ncia requer alguns fatores relacionados ao contexto os quais s o merecedores de aten o pois ele encerra em certa medida um agir respons vel mediado pela compreens o do ambiente e das rela es humanas que a ocorrem Assim prop e se uma breve revis o contextual da atua o do enfermeiro na pr tica transfusional fazendo se necess ria uma busca por informa es evidenciadas na literatura pertinente que d suporte te rico e legal aos profissionais O sangue e seus componentes s o utilizados em usu rios de sa de que necessitam desta terap utica para sua reabilita o Mesmo com o avan o tecnol gico e todo o cuidado envolvido no processamento do sangue e dos seus hemocomponentes que mesmo eficazes n o a isenta de certos riscos As rea es transfusionais representam parte desses riscos Ao administrar um hemocomponente o enfermeiro dever observar algumas altera es que possam ocorrer durante este procedimento Refere se as rea es transfusionais RT que podem ser imediatas ou seja aquelas que ocorrem durante a transfus o ou at 24h ap s a mediata que ocorre 24h ap s a transfus o podendo demorar dias ou meses para se manifestar Existem v rias rea es provenientes da administra o do sangue e seus componentes recomendando se que o enfermeiro tenha o conhecimento necess rio para esta intercorr ncia
158. os obtidos foram analisados e agrupados em diferentes situa es da tem tica tendo como referencial te rico Hinds Chaves e Cypress O estudo permitiu que a reflex o ajudasse a compreender a transfus o e suas prov veis rea es nas quatro camadas contextuais Palavras chave Enfermagem Hemoterapia Seguran a Transfusional ABSTRACT The technological advances and the care involved in blood and its components processing do not exempt hemotherapy from risks as it occurs in transfusion reactions The nurse should observe changes that may occur during transfusions and be able to intervene giving security to users On this situation we try to understand the role of the nurse facing the user of health treatments in the context of transfusion reactions To answer this question we decided for the contextual insertion as methodology to analyze the performance of nurses in transfusion reactions For this study the research was performed through narrative review of the literature between the months of July and August in 2011 The obtained results were analyzed and grouped in different theme situations with the theoretical reference being Hinds Chaves and Cypress The study allowed the reflection to help to understand transfusion and its probable reactions in four contextual layers Keywords Nursing Hematology Transfusion Safety RESUMEN Los avances tecnol gicos y el cuidado que participan en el procesamiento de la sangre y sus componente
159. outro dia at s seis horas Mas eu acho que n o foi isso que ofendeu n o 64 ofende a gente viver sem trabalhar Pelo trabalho n o porque a gente tem que trabalhar A gente quanto mais trabalha mais tem for a tem resist ncia Tenho s um filho Mora la na casinha que eu morava Eu vim morar com minha irm porque ele separou da mulher e vivia s e eu vim pra c onde t ela a irm e aqui eu fiquei Tenho setenta e dois anos Minha sa de vive assim t esperando as provid ncias de Deus Que Ele me d for as que eu ainda viva do jeito que Ele quiser me obedecer ou obedecer a ele Que ele me permita que eu viva mais ou ele me tire desse lugar pra longe Ainda quero viver mais se Ele permitir Tenho f em Deus que eu vou ficar boa se Deus quiser Eu me sentia bem eu tomava sangue e n o sentia nada n o do sangue n o Tomei muito sangue muito muito mesmo Tanto tomei no banco de sangue como tomei internada Eu nem sei dizer O povo diz que a gente n o deve tomar sangue mas a gente tomando sangue d vida a gente tamb m Eu soltava muito sangue pelo nariz Soltava e era muito passei um m s e pouco soltando sangue pelo nariz Sa a daqui e eu pensava que n o chegava n o vinha mais pra casa Disseram os m dicos que era essa doen a mesmo era o c ncer e eu sabia Eu fui cirurgiada mas ficaram no tratamento comigo e desde desse tempo a melhorei Passei bem um ano sem tratam
160. p www inca gov br roc n_57 v02 pdt 03 artigo tendencia mortalidade cancer mama mulheres estado espirito santo periodo 1980 2007 pdf gt acesso em 05 de Nov 2011 As 22h FIDLARCZYK Delaine FERREIRA Sonia Saragosa Enfermagem em hemoterapia Rio de Janeiro Medbook 2008 FRAIJI Nelson Anemia aguda e transfus o de concentrado de hem cias In COVAS Dimas Tadeu LANGHI JUNIOR Dante M rio BORDIN Jos Orlando Hemoterapia fundamentos e pr ticas S o Paulo Ateneu 2007 p 207 212 FRANCO Maria Laura Publisi Barbosa An lise de conte do 3 ed Bras lia Liber livro 2008 124 GIL A C Como elaborar projetos de pesquisa 4 ed S o Paulo Atlas 2009 GUIA DE CONDUTAS HEMOTER PICAS Padroniza o para utiliza o de hemocomponentes no hospital S rio Liban s 2 ed S P 2010 Instituto Nacional do C ncer O crescimento desordenado de c lulas online Dispon vel em lt http www inca gov br conteudo view asp id 322 gt Acesso em 02 fev 2011 Cuidados paliativos oncol gicos controle de sintomas Rio de Janeiro INCA 2001 HARMENING Denise M T cnicas Modernas em Banco de Sangue e Transfus o 4 ed Rio de Janeiro Revinter 2006 Associa o Internacional para o Estudo da Dor online Dispon vel em lt http www southernpain com gt Acesso em 05 de out 2012 JUNQUEIRA Pedro C ROSENBLIT Jacob HAMERSCHLAK Nelson Hist ria da Hemoterapia no Brasil In COVAS Dim
161. procurou se pensar na pesquisa em conformidade com seus conceitos epistemol gicos Recorrendo a Polit 2004 viu se que essa estudiosa a define como a investiga o sistem tica que usa m todos para responder s quest es ou resolver problemas Esta mesma autora afirma que a pesquisa tamb m tem como meta final o desenvolvimento com intuito de redefinir e expandir um corpo de conhecimento No caso da pesquisa em enfermagem observou se que historicamente tem contribu do e procurado conhecimentos com descobertas para ajudar na vida cotidiana dos indiv duos A enfermagem tem crescido de modo empenhado em pesquisas que beneficiam a profiss o e que venham a contribuir para sua melhoria na pr tica da assist ncia prestada aos usu rios de sa de McEwen 2009 assinala que at pouco tempo a enfermagem tinha dificuldades em ser reconhecida como profiss o era vista s como ocupa o pois as atividades desenvolvidas pelos enfermeiros t m semelhan as com as realizadas pelas esposas e m es nos ambientes dom sticos Por demorarem a identificar e organizar o conhecimento profissional muitas vezes os profissionais da enfermagem t m sido vistos como subservientes medicina O que n o desmerece a aten o hist rica e o saldo com que a enfermagem tem dado sua contribui o hist ria das ci ncias da sa de A autora afirma ainda que a enfermagem tem bastantes das caracter sticas de uma profiss o A enfermagem tem um
162. quelas vidas e nas li es deixadas por ser uma t cnica e m todo moderno muito usado para elabora o de registros documentos arquivamento e estudos referentes s experi ncias vividas nos mbitos sociais e grupais A Hist ria oral ainda uma ferramenta fundamental para se apreender as percep es do passado no presente da subjetividade dos indiv duos que se encontra em constante constru o sendo conhecida como uma hist ria viva MEIHY 2011 Fundamentando ainda mais na certeza da escolha da metodologia certa tivemos o privil gio de participar da Oficina de Hist ria Oral desafios e propostas para um novo tempo na pesquisa em enfermagem com o Professor Dr Jos Carlos Sebe Bom Meihy coordenador do N cleo de Estudos em Hist ria Oral NEHO USP realizada no departamento de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Esta oficina foi idealizada e organizada pelo ent o mestrando na poca Fernando de Souza Silva Aproveitando a oportunidade na ocasi o tiramos d vidas ouvimos sugest es e incrementamos ainda mais nosso 19 projeto de pesquisa O professor Bom Meihy proporcionou viajar em suas hist rias colaborando na certeza que o labirinto a trilhar para este estudo j estava seguindo o rumo certo De m os dadas ao m todo da Hist ria oral procuramos diante do contexto de justificativas e motiva es buscar repostas ao questionamento de como as transfus es sangu neas
163. r atuar diretamente no processo da transfus o bem como na monitora o de alguma rea o adversa proveniente deste procedimento Para isso deve estar atento por exemplo s manifesta es de humor do usu rio e de si mesmo ao ambiente em sua quantidade de barulho ventila o e ilumina o etc 99 Papel do Enfermeiro na hemoterapia contexto global No contexto geral o enfermeiro passou a se destacar atuando nas unidades hemoter picas no atendimento ao doador e ao receptor do sangue Nesse sentido houve um avan o para a enfermagem na rea da hemoterapia no Brasil iniciada na de 1990 quando os enfermeiros que atuavam na rea de hematologia e hemoterapia passaram a discutir em eventos cient ficos o cuidado que o enfermeiro deveria prestar ao doador e ao receptor em todo o ciclo do sangue Muitas de suas cren as anteriores passaram a incorporar novas ideias e os procedimentos foram com isso cada vez se aperfei oando Para a pr tica do enfermeiro nas unidades hemoter picas p blicas e privadas houve a necessidade de uma legisla o espec fica Em mar o de 1997 o Conselho Federal de Enfermagem COFEN publicou a Resolu o 200 que disp e sobre a atua o do enfermeiro em hemoterapia e em transplante de medula ssea Esta resolu o foi atualizada e revogada pela Resolu o 306 2006 que se encontra em vigor Outro importante marco para a enfermagem hemoter pica diz respeito cria o do curso de Especial
164. r bom eu tenho por isso eu tenho que ter f se n o n o voga nada Eu caminhava todo dia l para o parque o parque da cidade l embaixo Quando eu n o ia pela manh eu ia tarde Foi quando eu comecei a sentir aquelas coisas ruins aqui querendo travar meus queixos assim me apertando o f lego N o sei como Ai come ou Tinham semanas e at meses que n o sentia nada mas tinha m s que aqui e acol eu sentia At de noite mesmo quando eu ia dormir eu sentia Quando eu me deitava que dormia um sono acordava chamando a mulher para fazer um ch pois n o estava aguentando e me levantava Ela ia e fazia o ch eu tomava mas n o passava Isso come ou no m s de outubro de dois mil e nove A eu fiquei aqui em casa por aqui Fui fazer uma cobertura l atr s com meu genro chegando para noite j Eu arranquei acol uns canos cavei os buracos quando terminei foi s pra o que deu foi s terminar Quando terminei ai atacou a dor corri para o hospital at hoje estou aqui assim desse jeito A dor era aqui aqui no peito Daqui da garganta descendo aqui pras costas Fui ao m dico quando cheguei l ele disse que era cora o Cheguei quase infartado l N o cheguei infartado n o mas cheguei quase que quando a pessoa chega infartada vai direto para a UTI n Mas eu n o fui Fiquei por ali a m dica me examinou Esse problema c ncer da pr stata essa doen a de a
165. r fazer com cento e quarenta mil Acredito que agora meu m dico deve ter acertado a medica o eu acredito Porque ele pesquisa muito uma das vantagens dele porque ele pesquisa Eu acredito porque meus bra os est o voltando ao normal t o ficando brancos novamente Hoje estive no Hospital do Cora o pela manh fui tomar a medica o Meu m dico tinha pedido para reservar uma medica o para mim Essas surpresas da medicina Eu estava pesquisando sobre a cultura popular e sobre o uso da babosa Eu tenho medo desse lado da medicina popular eu n o acredito muito nela n o adianta dizer que vai tomar ch de n o sei de que tomar babosa sem a gente ter uma pesquisa certa Eu n o acredito muito nela ent o eu prefiro continuar pesquisando com os meus m dicos at chegar a uma solu o Eu acredito muito na medicina brasileira Eu acho que a evolu o da medicina t muito boa sei que j estou com a idade muito avan ada cinquenta e oito anos mas se tivesse um pouco mais novo eu acreditaria que venceria o c ncer Eu tenho muita f eu sou um homem de muita f Estou me sentindo muito bem A nica coisa que me preocupa que n o posso me levantar ainda Meu m dico disse ontem que porque eu estava muito fraco mas vou voltar ao normal Fora disso estou bem As minhas plaquetas estavam caindo toda hora Ent o aquilo a transfus o foi muito importante o m dico deixou para ltima hora mes
166. rcuss o dos fatos na vida comunit ria MEIHY 2011 A col nia uma parte da primeira divis o da comunidade de destino ainda que em blocos extensos Esse bloco tem que guardar as caracter sticas peculiares que justifiquem a fra o menor e que mantenha uma forte liga o com o grande grupo O conceito de col nia se liga unicamente ao fundamento da identidade cultural do grupo formado pelos elementos vastos que marcam a identidade geral dos segmentos dispostos an lise Essas divis es t m como objetivo a organiza o e condu o do processo tornando o vi vel MEIHY 2011 Para esse estudo a col nia foi formada por usu rios de sa de com diagn stico de c ncer e em uso de transfus o sangu nea realizada no ambulat rio do N cleo de Hematologia e Hemoterapia NHH localizado na cidade do Natal RN Dentro da col nia poss vel identificar uma unidade ainda menor que possui fei es singulares a rede Entendendo que tais conceitos obedecem a uma hierarquia logo a rede pode ser caracterizada como a parcela menor da comunidade de destino A rede funciona como uma subdivis o da col nia que indica como as entrevistas devem se articular Precisa se ter uma aten o especial na escolha da rede pois neste momento que se inicia o trabalho pr tico A rede tem origem sempre no ponto zero Meihy 2002 sugere que se defina uma entrevista que deve ser conhecida como ponto zero e da retirar as perguntas espec ficas que favo
167. recem a continuidade das demais A cada entrevista o colaborador deve indicar algu m para compor a rede A vantagem dessa t tica que por ela se monta a rede de acordo com o argumento dos entrevistados fortalecendo a raz o do grupo Sendo assim o ponto zero de nosso estudo foi o primeiro colaborador a ser entrevistado e que aceitou participar voluntariamente desta pesquisa Na g nese deste trabalho o interesse estava em formar a rede com doze indiv duos portadores de doen as oncol gicas submetidos ao menos a tr s 47 transfus es sangu neas A defini o desse n mero de participantes levava condi o de se estar trabalhando com um quantitativo significativo para representar as narrativas das hist rias de vida dos participantes A coleta dos dados dos colaboradores foi realizada atrav s de informa es contidas na ficha de atendimento ambulatorial no NHH Para facilitar a sele o fez se uma planilha no Microsoft Word com todos os prov veis colaboradores e seus respectivos dados para manter contato posterior A ficha era composta por informa es como nome endere o diagn stico telefone e conduta prescri o m dica No entanto muitas delas n o estavam preenchidas integralmente o que dificultou em alguns casos o trabalho de sele o daqueles que fariam parte efetivamente do corpus da pesquisa Ap s o preenchimento da planilha com os dados dos prov veis colaboradores foram escolhidas cores para identi
168. reladas a uma mesma atividade Acreditava se que a for a da alma estava relacionada quantidade do sangue e que podia evitar a morte melhorar as condi es da sa de e restituir a mocidade aos velhos e a raz o aos loucos No per odo pr hist rico h relatos de transfus es sangu neas na Gr cia Antiga e no Imp rio Romano mas estas transfus es eram meramente especulativas Na verdade a maioria das transfus es consistia na ingest o de sangue de inimigos derrotados em batalha e de animais Esta pr tica tinha como objetivo adquirir for a e bravura e foi difundida por muitos anos nestas sociedades Em outra pr tica n o muito distante m dicos recomendavam a ingest o de sangue pelos tuberculosos para que se revigorassem e se recuperassem mais rapidamente AMORIM FILHO 2007 A hemoterapia est dividida em dois grandes per odos o emp rico em que se transfundia sangue sem conhecimento adequado para esta pr tica e o cient fico que se d com a descoberta dos grupos sang neos do sistema ABO por Karl Landsteiner m dico e bi logo austr aco FIDLARCZYK FERREIRA 2008 Com a descoberta da circula o sangu nea pelo m dico ingl s William Harvey 1578 1657 foi poss vel descrever o processo de movimento do sangue caracterizando em consequ ncia o papel central atribu do ao cora o Fidlarczyk e Ferreira 2008 relatam que esta descoberta possibilitou entre outros avan os a inje o intravenosa cogitando
169. respons vel legal para cada doa o ter peso m nimo de 50 kg e que esteja em boas condi es de sa de Esta mesma portaria determina que a doa o de sangue deva ser volunt ria an nima altru sta e n o remunerada direta ou indiretamente BRASIL 2011 Os doadores de sangue dividem se em tr s categorias os espont neos motivados pelo sentimento de solidariedade os verdadeiros altru stas aqueles que doam por solicita o de um amigo ou parente que necessita de sangue chamados de doadores de reposi o e os doadores espec ficos chamados de dirigidos ou 25 personalizados s o aqueles que doam para um receptor espec fico AMORIM FILHO 2007 A atua o do Enfermeiro em Hemoterapia normatizada pela Resolu o do Conselho Federal de Enfermagem COFEN 306 06 que assegura a qualidade da assist ncia prestada em todo o processo hemoter pico Compete a este profissional planejar executar coordenar supervisionar e avaliar os procedimentos hemoter picos nas Unidades de Sa de visando a assegurar a qualidade do sangue dos hemocomponentes e dos hemoderivados e assistindo de maneira integral os doadores receptores e seus familiares em respeito ao C digo de tica dos Profissionais de Enfermagem e as normas vigentes COFEN 2006 Para a adequada garantia do processo transfusional o profissional enfermeiro disp e da Portaria N 1353 de 13 de junho de 2011 o Regulamento T cnico e a Resolu o n 57 de 16 de
170. rinogenemias e disfibrinogenemias cong nitas hipofibriginonemias adquiridas e nas raras defici ncias cong nitas do Fator XIII podendo ser tamb m usado em sangramentos nas transfus es maci as e uremias ANTUNES 2007 BRASIL 2008 NEVES 2010 Em qualquer uma das modalidades do uso dos hemocomponentes o enfermeiro dever atentar para o estado cl nico de cada usu rio de sa de pois de fundamental import ncia para o restabelecimento e recupera o do doente 2 2 Aspectos cl nicos e imunol gicos da transfus o e a assist ncia de enfermagem A transfus o acarreta benef cios aos usu rios e um procedimento irrevers vel mas pode ter riscos Entre estes est o as Rea es Transfusionais RT definidas como qualquer intercorr ncias que ocorra como consequ ncia da transfus o de componentes sangu neos durante ou ap s a sua administra o Observa se por m que a maior parte dessas rea es pode ser evitada ou prevenida Neste contexto adquire destaque a atua o da enfermagem por encontra se na assist ncia direta ao usu rio em transfus o e especificamente o enfermeiro que deve ter o conhecimento tanto dos benef cios como dos prov veis riscos que a transfus o venha acarretar HARMENING 2006 BRASIL 2007 GUIA 2010 28 A maioria dos usu rios de sa de com doen a oncol gica necessita frequentemente de transfus o de algum tipo de hemocomponente Apesar do avan o tecnol gico e todo cuidado envol
171. rito linha editorial do peri dico e contribui o para a inova o do conhecimento na rea Uma vez aprovados na etapa preliminar os manuscritos s o encaminhados para aprecia o do seu conte do Para tanto utiliza se o modelo peer review de forma a garantir o sigilo sobre a identidade dos consultores e dos autores A an lise do texto feita com base no instrumento de avalia o da Revista Os pareceres encaminhados pelos consultores s o analisados pela Comiss o Editorial que atenta para o cumprimento das normas de publica o conte do e pertin ncia Ap s todo esse processo os manuscritos s o enviados aos autores com indica o de aceita o reformula o ou recusa 146 Em caso de reformula o cabe Comiss o Editorial o acompanhamento das altera es As pesquisas provenientes do Brasil que envolvem seres humanos devem obrigatoriamente explicitar no corpo do trabalho o atendimento das regras da Resolu o CNS 196 96 indicando n mero de aprova o emitido por Comit de tica devidamente reconhecido pela Comiss o Nacional de tica em Pesquisa CONEP do Conselho Nacional de Sa de CNS N o ser o admitidos acr scimos ou altera es ap s o envio para composi o editorial e fechamento do n mero PROCESSO DE SUBMISS O Os manuscritos devem ser submetidos REE exclusivamente pelo Sistema Eletr nico de Editora o de Revistas dispon vel no endere o http revistas ufg br index php
172. rmemente todo sofrimento acarretado pelo c ncer A entrevista se deu na sua resid ncia na cidade de Serrinha no interior do Rio Grande do Norte no dia 24 de junho de 2012 com in cio s 9 horas Em alguns momentos em meio a seus coment rios mesmo dizendo do sofrimento n o deixava de esbo ar um ameno sorriso Dizia que seu medo maior n o era da morte e sim do sofrimento tanto fisico como psicol gico que essa doen a trazia Sempre tive f toda vida tive esperan a que eu ia ficar bem Portanto estou aqui Eu sempre tive muita f muita f mesmo de ficar bem principalmente na hora do transplante que muito doloroso Isso tudo interferiu muito chocada n o A gente se emociona na minha vida porque a gente fica n o tem mais a resposabilidade de dona de casa tem que entregar as obriga es aos outros A muda muito Quando soube da doen a n o fiquei muito porque um choque desse todo mundo fica chorei mas depois fiquei tranquila porque eu falei se eu me aperrear n o vai dar jeito Ent o fiquei mais calma L fiz o tratamento e tudo mais Tive esperan a O doutor disse que eu tinha muita chance de ficar bem Ent o aceitei tudo tudo normal O m dico explicou tudinho o que era a doen a como era como ia ser o tratamento que eram seis dias de interna es e do enj o que eu ia sentir Tudo o que eu ia passar ele explicou tudo Fiquei internada seis vezes Seis meses foram de qu
173. ronic Library Online SCIELO e a Literatura Latino Americana e do Caribe em Ci ncias da Sa de LILACS A busca foi realizada atrav s dos descritores indexadores para enfermagem e contexto e como descritores n o indexados rea es transfusionais Consultou se as resolu es vigentes do Minist rio da Sa de MS e do Conselho Federal de Enfermagem COFEN relacionadas ao tema Os resultados obtidos foram analisados e agrupados em diferentes situa es da tem tica atrav s do referencial te rico de Hinds Chaves e Cypress Esse referencial utiliza as perspectivas de an lise em quatro n veis contextuais tamb m chamadas de camadas que se inter relacionam e assim denominados o contexto imediato o espec fico o geral e o metacontexto Esta articula o favorece a compreens o do fen meno da atua o do enfermeiro em rea es transfusionais O contexto imediato focaliza o presente imediato o fen meno em si e busca respostas sobre sua ocorr ncia No contexto espec fico destacam se o passado imediato os aspectos concretos relacionados ao fen meno Para o contexto geral a subjetividade e cultura influenciam diretamente a compreens o do fen meno E o metacontexto diz respeito aos elementos normorreguladores e pol ticos que condizem o fen meno estudado Perspectivas e problemas da Transfus o contexto imediato No contexto imediato ressalta se a grande import ncia da atividade de enfermagem
174. rou sua trajet ria de vida ap s o diagn stico de um c ncer de pr stata j sem possibilidades terap uticas A entrevista foi interrompida por um breve momento pela sua esposa para administra o de um medicamento e para lhe oferecer um lanche Senhor Abril sem perder a f que dizia ter em Deus e muito cr vel nos avan os da medicina agarrava se na esperan a de vencer a doen a Agora uma coisa que eu nunca perco a esperan a de vencer o c ncer Tem solu o N o N o tem ainda n o mas vamos ter ent o vamos procurar ela Vamos procurar onde est a raiz dele para gente matar ela Ent o a gente tem que ter f se tiver f voc consegue agora se voc n o tiver f voc n o vai curar nunca A minha doen a surgiu em uma reuni o na cidade do assim inesperadamente Eu estava interior e senti uma dor uma fisgada na coluna e essa dor ela foi crescendo Tomei um analg sico e em seguida fui ao m dico para saber o que estava acontecendo e da surgiu uma bateria de exames para descobrir o que era at chegar a conclus o que era um CA c ncer Mas tudo come ou por uma simples dor que ningu m sabia de onde vinha foi feita uma pesquisa muito grande inclusive por v rios m dicos oncologistas do Hospital Walfredo Gurgel Fizeram exames e n o chegavam conclus o porque o meu CA na resson ncia era da cor da pele ent o na hora de fazer a leitura n o chegava a ler Eu passei a sofrer
175. rrer mas quando a enfermeira colocou outra medica o melhorei A tamb m ela n o explicou se foi da medica o ou o que foi Sei que a gente at hoje est para saber o que aconteceu Sempre fui muito bem atendida Toda vez que eu ia l era bem atendida Do meio para o fim j estava acostumada Quando eu chegava era uma farra que elas faziam Elas ficavam todas contentes Todos os meses eu ia e j estava bem conhecida l Nunca tive nenhum tipo de aborrecimento At os m dicos quando chegavam eles perguntavam se eu tinha alguma queixa de algu m se tinha sido tratada mal Respondia que n o tenho nenhuma queixa de nenhuma enfermeira Toda vez ele pergunta se eu tinha alguma queixa mas n o tinha 80 81 4 SENHOR NOVEMBRO O m s de novembro tem seu nome Que sejas ainda mais vivo originado do n mero correspondente No som do meu estribilho a sua posi o no calend rio romano Tempo tempo tempo tempo Novembro vem do latim novem que Ouve bem o que te digo Tempo significa nove Inicialmente o ano era tempo tempo tempo dividido apenas em 10 meses e VELOSO 1981 come ava no m s de mar o Depois que lhe foram acrescentados os meses de janeiro e fevereiro DUNCAN 1999 Senhor Novembro pseud nimo escolhido por ser o m s de seu anivers rio de setenta e um anos de idade mora em resid ncia pr pria com sua esposa Pai de oito filhos e av de seis netos reside no bairro de Felipe Camar
176. s transfus o administrar medicamentos prescritos preencher ficha de notifica o de rea o transfusional comunicar ao servi o de hemoterapia e registrar no relat rio de enfermagem Num contexto espec fico pode se afirmar que a transfus o terap utica de sangue e seus componentes utilizada em diversas situa es cl nicas e cir rgicas Em ambas as ocasi es tem como objetivo uma resposta terap utica manuten o da vida Apesar de eficaz a decis o terap utica de indicar uma transfus o sangu nea deve estar baseada na rela o entre os benef cios e os riscos devendo cada usu rio de sa de ter seu plano individualizado Esse contexto se caracteriza pela presen a simult nea de um passado imediato e os aspectos relevantes da presente situa o Existem v rios riscos potenciais quando um usu rio submetido a uma transfus o sangu nea como as contamina es virais e bacterianas e as rea es que podem ser a rea o hemol tica grave complica es do sistema imunol gico do usu rio falhas e ou n o conformidades durante a execu o do processo entre outros Por isso h necessidade de se conhecer as circunst ncias adversas a ela relacionadas e a sua preval ncia a fim de facilitar a introdu o de medidas corretivas e preventivas que contribuam para aumentar a seguran a transfusional Neste contexto da transfus o e do plano terap utico individual para cada usu rio o enfermeiro pode
177. s Fonte FIDLARCZYK FERREIRA 2008 29 Algumas das RT nao podem ser evitadas por m os beneficios deste procedimento devem superar os riscos As RT dependem tamb m do tipo do hemocomponente utilizado Existem sinais e sintomas inespec ficos para cada tipo de RT e que pode determin las mas necess ria a investiga o laboratorial e o seguimento cl nico do usu rio Entre os sinais e sintomas mais frequentes na RT est o o mal estar tremores calafrios com ou sem febre febre com eleva o de 1 C na temperatura corporal dor no local da infus o no t rax no abd men ou nos flancos altera es agudas da press o arterial podendo apresentar hipertens o como hipotens o sudorese palidez cut nea mialgia taquicardia taquipn ia cianose n useas v mitos entre outros sintomas BRASIL 2008 GUIA 2010 Quando na presen a dos sinais e sintomas das RT o enfermeiro dever intervir o quanto antes estabelecendo prioridades nas provid ncias como meio e forma de minimizar os danos e desconfortos propiciados pela rea o As a es terap uticas devem ser adotadas especificadamente para cada rea o e sua sintomatologia objetivando a melhora do quadro cl nico da intercorr ncia minimizando os riscos e proporcionando conforto f sico e emocional A atua o da enfermagem diante de uma rea o transfusional segundo Fidlarczyk e Ferreira 2008 suspender a transfus o manter o acesso venoso e concomitantem
178. s no eximen a sus hemoterapia del riesgo como en las reacciones transfusionales La enfermera debe estar atento a los cambios que pueden ocurrir durante las transfusiones y ser capaces de intervenir dar seguridad a los usuarios Ante esta situaci n tratamos de entender el papel de la enfermera a la salud del usuario en la frente de las reacciones transfusionales Para responder a esta pregunta se opt por introducir la metodologia contextual como una forma de analizar el desempe o de las enfermeras en las reacciones transfusionales Para este estudio la investigaci n se realiz por medio de la revisi n narrativa de la literatura entre los meses de julio y agosto de 2011 Los resultados fueron analizados y agrupados en diferentes situaciones de la materia como la teoria de Hinds Chaves y Cypress El estudio permiti ayudar a la reflexion para entender sus reacciones a las transfusiones probable en cuatro capas contextual Palabras clave Enfermeria Hematologia seguridad de las transfusiones 95 Introdu o O enfermeiro como profissional de sa de tem acompanhado o desenvolvimento da hemoterapia considerada como uma nova rea para a enfermagem atrelado ao avan o da tecnologia e inova o Atua tanto na capta o dos doadores de sangue como no atendimento destes nas unidades hemoter picas no processo de doa o Este profissional na sua pr tica di ria atende aos usu rios de sa de em todo o procedimento da transfus o d
179. scriptores Enfermeria Hematologia Historia Oral de Vida An lisis de Contenido INTRODU O Seguindo tend ncia mundial houve mudan as no perfil epidemiol gico das enfermidades que acometem a popula o brasileira A partir dos anos 1960 as doen as infecciosas e parasit rias deixaram de ser a principal causa de morte sendo substitu das pelas doen as do aparelho circulat rio e pelas neoplasias Nesse ltimo caso o c ncer se destaca por ser uma doen a de genes vulner veis muta o especialmente durante o longo per odo da vida humana Fatores como envelhecimento da popula o o intenso processo de urbaniza o e das a es de promo o e recupera o da sa de e uma exposi o maior dos indiv duos a fatores de risco cancer genos contribuiram para este crescimento Segundo o Instituto Nacional do C ncer INCA c ncer o nome dado a um conjunto de mais de cem doen as que t m em comum o crescimento desordenado maligno de c lulas O que determina a forma o de tumores a divis o r pida e muito agressiva e incontrol vel dessas c lulas podendo se espalhar por todo o corpo met stase met stasis palavra grega significando deslocamento mudan a de lugar formando tumores em outros locais As causas do c ncer s o variadas podendo ser externas e internas ao organismo As causas externas referem se ao meio ambiente e aos h bitos ou costumes enquanto que as causas internas s o na m
180. ser supremo Deus Que com seu imenso poder e espiritualidade me deu condi es de realizar mais este sonho Uma qualifica o a mais para me tornar um ser humano e um profissional cada dia melhor para que possa ter uma vida digna e dar orgulho minha fam lia Deus Muito obrigado Aos meus pais e irm os Pela import ncia da fam lia na minha vida Ao meu pai Joaquim Bento da Costa e minha m e Maria Firmino do Vale os quais mesmo com pouca instru o mas com vis o at onde a vista n o alcan ava no futuro long nquo nos orientaram para que superando as intemp ries da vida venc ssemos Exemplo de pessoas honestas e trabalhadoras Muito obrigado pela confian a compreens o e paci ncia comigo E tamb m aos meus sete irm os Z Tico Sueli Tonho Jo o Tuta e Tuzinha nomes que chamamos na intimidade da fam lia e em especial a Tuta Dr Maria Suely da Costa pois sempre que precisava tirava minhas d vidas Aos gigantes que encontrei na vida minha orientadora a quem com muito orgulho posso chamar de amiga Prof Dr Cl lia de Albino Simpson Agrade o lhe muito a paci ncia compreens o e ajuda incondicional para a conclus o dessa etapa t o importante da minha vida pois sei que ao seu lado colheremos belos frutos Ao Prof Dr Francisco Arnoldo Nunes de Miranda que pelo carinho e aten o para comigo o considero como meu coorientador pois sempre que precisei ajudou me A Prof Dr Ana El
181. sicol gico a segunda o impacto na socializa o e a terceira o impacto no ambiente do tratamento surgidos em decorr ncia do uso da transfus o sangu nea Estas categorias buscam visualizar a rela o entre o enfermo e si mesmo e entre o enfermo e suas rela es com o outro e com o mundo no qual interfere e se faz modificar Por fim a an lise direciona o enfermeiro para o entendimento da sua pr tica atrav s do ponto de vista dos colaboradores fazendo com que contribuam para uma melhoria da assist ncia prestada Descritores Enfermagem Hemoterapia Hist ria Oral de vida An lise de Conte do ABSTRACT The objective of this study is to analyze the narratives of users of health with the use of blood transfusion in cancer using oral history as a methodology of life and content analysis of We selected excerpts from the narratives of five employees and identified through association and definition of common elements three categories of analysis first the psychological impact the impact on the second and third socialization environmental impact of treatment encountered in due to the use of blood transfusion These categories seek to visualize the relationship between the patient and himself among the sick and their relationships with each other and with the world in which Enfermeiro Mestrando do Programa de P s Gradua o do Departamento de Enfermagem da UFRN E mail hevan33 hotmail com Endere o Av Aeroporto dois de Julho
182. sid ncia de cada colaborador foi sugest o dos mesmos considerando que o ambiente do lar representava um lugar seguro e confort vel favorecendo melhor o fluxo de suas lembran as mesmo aquelas n o muito desejadas em serem retomadas realidade por provocarem ang stia e dor Ao mesmo tempo recuperar algumas mem rias representava ser um conforto uma vez que estas emergiam em face de outro contexto em fun o disso algumas lembran as puderam ser retomadas e vistas de outra forma As entrevistas aconteceram em ordem aleat ria conforme os contatos com os colaboradores Ap s realizar a pr entrevista agendava se a data prov vel 62 para a entrevista Como cada colaborador escolhia seu codinome de acordo com sua afinidade com os nomes dos meses do ano as entrevistas n o foram realizadas em ordem cronol gica dos meses mas para este trabalho foram postas seguindo a ordem dos meses no calend rio A primeira entrevista aconteceu com o colaborador de codinome Senhor Abril e foi a mais longa de todas Ele o Senhor Abril ainda estava um pouco debilitado pois fazia poucos dias que recebera alta hospitalar No entanto o pr prio colaborador insistiu em narrar sua hist ria de vida naquele dia Para nossa surpresa em momento algum ele se cansou ou solicitou que a entrevista fosse interrompida Parecia que tinha a necessidade de relatar com certa urg ncia suas lembran as pois segundo ele estas poderiam ajudar a outros usu rios
183. sta do Programa de P s Gradua o em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN Nos trechos investigados os nomes dos colaboradores foram substitu dos por codinomes mantendo se o anonimato preservando suas identidades segundo as normas de tica da Resolu o 196 96 do Conselho Nacional de Sa de CNS Os codinomes ou pseud nimos aplicados tiveram nomes de meses do ano por comportarem simbolicamente em seus significados a a o do tempo sobre o ser humano Das falas coletadas procurou se fazer recortes das narrativas que remetessem a aspectos da rela o entre a doen a e os impactos a ela relacionados como tamb m no uso da hemoterapia O trabalho tem parecer do comit de tica da Liga Norte Riograndense contra o c ncer sob n mero 001 001 2012 Os colaboradores assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE As entrevistas tiveram um direcionamento atrav s da formula o das perguntas de corte elemento fundamental e comum pelo qual devem passar todos os entrevistados Na an lise dos dados o trabalho deteve se na interpreta o das falas dos colaboradores valorizando o significado da narrativa impl cita Para tanto foi trabalhada a categoriza o com base no material narrado agrupando se elementos ideias ou express es 106 RESULTADOS Com base na cuidadosa leitura das narrativas das hist rias orais dos colaboradores ap s receberem o diagn stico do c ncer e d
184. stadiamento as condi es f sicas do usu rio como tamb m as condi es social psicol gica e geogr fica O m dico avalia tais condi es e escolhe o melhor tratamento para cada pessoa como tamb m a modalidade terap utica Existem atualmente v rios m todos terap uticos para o tratamento do c ncer como as ressec es cir rgicas radioterapia quimioterapia bioterapia e a hormonoterapia sendo a cirurgia na maioria dos casos o tratamento inicial e de escolha para v rios tipos de c nceres Embora muitos desses tratamentos sejam 35 efetivos na remo o e no ataque as c lulas malignas sabe se que algumas dessas interven es tamb m afetam c lulas de tecidos saud veis desencadeando uma serie de efeitos delet rios que podem levar a debilita es agudas e cr nicas em fun o da citotoxicidade SAWADA 2009 SEIXAS 2010 Segundo Silva 2010 o c ncer ainda uma doen a repleta de estigmas com altera es da percep o do doente sobre si mesmo As rea es dos usu rios frente doen a ao tratamento e reabilita o dependem de caracter sticas individuais tais como hist ria de vida contexto social e cultural espiritualidade e op o sexual Esta doen a ainda percebida como incur vel perigosa e horr vel por provocar a morte ap s longo sofrimento tanto nos doentes como para os seus familiares O profissional enfermeiro respons vel pelos cuidados ao doente deve buscar um equil brio aceit
185. stat stica Internet Bras lia Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o BR cited 2009 feb 27 Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios S ntese de Indicadores 2005 Available from http www ibge gov br home estatistica populacao trabalhoerendimento pnad2005 d efault shtm DATASUS Internet Bras lia Minist rio da Sa de BR cited 2006 oct 20 Departamento de Inform tica do SUS DATASUS Available from http w3 datasus gov br datasus datasus php
186. tapas da coleta de dados e por fim a descri o dos fundamentos te ricos tem ticos e operacionais como as etapas da entrevista e o m todo de an lise dos dados Discute se ainda sobre as considera es ticas e o cen rio do estudo O terceiro cap tulo comp e se dos passos da an lise Neste registrada a identifica o dos colaboradores atrav s de quadros sin pticos que cont m informa es dos dados pessoais e do perfil socioecon mico possibilitando um maior entendimento acerca do contexto hist rico familiar e suas experi ncias de vida Em 20 seguida encontram se as narrativas dos colaboradores destacando se o tom vital de cada uma Nesses textos transcritos integralmente houve a preserva o da originalidade das falas No quarto e ltimo cap tulo dois artigos comp em os resultados e as discuss es do que levantado como hip tese da pesquisa No primeiro artigo discute se sobre o papel do enfermeiro e o contexto em rea es transfusionais Nesse estudo tem como objetivo refletir e inserir o enfermeiro nos contextos imediato espec fico geral e no metacontexto das rea es transfusionais No segundo delineiam se as categorias de an lises e a an lise propriamente dita e tem como objetivo analisar narrativas dos usu rios de sa de com c ncer em uso de transfus o sangu nea avaliando o impacto causado pela doen a e pela transfus o na vida dos colaboradores do estudo Encerrando o percurso textual n
187. tas tais como o local o dia e hor rio das mesmas Optamos por destacar o tom vital identificado em cada narrativa apresentando os textos descritos na ntegra conforme a originalidade das falas No terceiro momento tem se a an lise de conte do ap s minuciosas e sucessivas leituras das narrativas de cada colaborador que nos possibilitaram a identifica o das categorias de an lises das respectivas falas 59 4 2 Dados Pessoais dos Colaboradores O quadro a seguir apresenta os dados pessoais dos colaboradores segundo estado civil idade escolaridade e religi o G NERO ESTADO ESCOLARIDADE PROFISS O NOME FICTICIO CIVIL S Fevereiro i Fundamental Aposentada incompleto S Abril Ensino m dio Aposentado completo S Novembro Casado Fundamental Aposentado incompleto S Dezembro Casada Fundamental Aposentada incompleto Quadro 6 Dados pessoais dos colaboradores segundo estado civil idade escolaridade e religi o a 60 O quadro seguinte apresenta os dados socioecon micos dos colaboradores segundo naturalidade renda familiar e religi o _ S Abril Natal RN 3 5 salarios minimos Serrinha RN 01 salario minimo Joao Camara RN 02 salarios minimos Natal RN 01 salario minimo Quadro 7 Dados socioecon micos dos colaboradores segundo naturalidade renda familiar e religi o 61 4 3 Pr logo s Entrevistas As narrativas que se seguem s o hist rias de vida produto das entrevistas re
188. te n o tive mais medo Mas durante a quimioterapia s fiz transfus o de sangue l NHH n o sei mas parece que foram s duas vezes No outro dia fui atendida Quando cheguei l j estava tudo pronto Pois tem que ver tamb m o tipo do sangue A estava tudo bem gra as a Deus fui muito bem atendida S n o explicaram sobre o Sangue n o houve nenhuma explica o essas explica es eles nunca deram s disseram que precisava e pronto Nunca tive rea o nenhuma nem das plaquetas e nem do sangue nem de nada mas gra as a Deus n o tive nada Eu sou dona de casa mesmo munca trabalhei fora n o s no lar S em casa mesmo e cuidando dos filhos que s o quatro Hoje n o estou boa mas estou muito bem Ainda estou em tratamento Todos os meses vou para o m dico fazer exames At porque nas tomografias agora ainda apresentou um nodulozinho no pesco o e outro na parte do est mago mas o m dico disse que n o nada assustador porque muito pequenininho pois estava maior na outra tomografia que fiz mas nessa agora ele diminuiu muito O m dico acha que n o da doen a porque se fosse ele estava aumentando A ent o a gente vai ver como que vai ficar Quando fui tomar sangue foi porque as taxas estavam baixas Na quimioterapia a gente fica muito fraca At porque a gente n o se alimenta bem O enj o n o deixa 78 n o O enj o n o deixa a gente se alimentar a gente ch
189. tico na utiliza o do sangue e seus componentes como tratamento Como procedimento comum a todos os colaboradores a hemoterapia foi utilizada como tratamento reabilita o de um quadro cl nico surgido em decorr ncia do agravamento do c ncer Em fun o disso no relato adiante procura se evidenciar que as orienta es sobre a transfus o seus riscos e benef cios foram explicados com reservas aos usu rios Quando eu ia tomar o sangue eles explicavam Inclusive no banco de sangue aqui da UFRN muito bom O pessoal muito profissional Quando eu estive l eles me aconselharam a tomar duas bolsas de sangue num dia e duas no outro Antes disso eles fizeram um preparat rio psicol gico comigo conversaram muito fizeram um preparat rio para saber como eu estava e como que fui atendido e o que que eu estava precisando Se eu estava bem para receber aquela medica o Eles fizeram um preparat rio muito bom e inclusive eles me deixaram em uma situa o muito privilegiada para o atendimento Porque n o senti dificuldade nenhuma nem dificuldade de falar com eles Senhor Abril De acordo com o relato do Senhor Abril as explica es sobre a transfus o foram dadas Contudo pode se perceber que para ele um bom atendimento consiste no afeto e na aten o dedicados como se nota nos trechos a seguir Quando fui tomar sangue tava sentindo falta de sangue mesmo O corpo estava naquele des nimo aquela coisa ruim e n o tin
190. tirou aqui mesmo em casa noite ainda teve muita secre o na regi o do umbigo Mas antes disso eu j tinha tomado sangue Eu tomei a primeira vez l no Hemonorte para come ar a quimioterapia Depois do sangue que tomei melhorei bastante Porque ave Maria Era uma fraqueza t o grande n o tinha condi es de fazer nada Eu me sentava aqui na mesa para descascar uma verdura meus bra os pareciam que estavam assim ca dos desistia deixava e ia deitar Mas depois que tomei o sangue fui 88 melhorando e de repente foi outra vida Na minha vida mudou muita coisa ah mudou sim No tratamento foi uma b n o Porque gra as a Deus todos os dias foram s progredindo S que nos intervalos das quimioterapias tive que tomar sangue novamente porque j estava muito baixo n vel sangu neo todo m s tenho que fazer exame pra ver como que est Estava baixo de novo tive que tomar O m dico passou sangue de novo foi da vez que eu tomei l perto do Hospital Onofre Lopes N cleo de Hematologia e Hemoterapia Tomei duas bolsinhas s que n o lembro as datas Mas eu sei que tomei tr s vezes Tomei no Hemonorte para come ar tomei l perto do Onofre e a terceira vez foi l no Hospital Natal Center Tenho cinquenta e oito anos e sou do lar No in cio da doen a n o tinha condi es de fazer nada fiquei muito fraca mas depois continuei nas mesmas coisas gra as a Deus agora eu fa o tudo Ten
191. tite caquexia n usea e depress o podem ser apontados Estes sintomas al m de debilitar os doentes tamb m afetam seus familiares podendo interferir no relacionamento entre eles e tamb m nas atividades di rias e no trabalho Dos sintomas citados a fadiga um dos mais relatados pelos portadores de c ncer havendo diverg ncia na defini o deste sintoma No entanto consensual que esses sintomas estejam envolvidos por aspectos f sicos e ps quicos podendo ser considerado uma sindrome A fadiga a sensa o de cansa o extremo devido combina o de sintomas f sicos e mentais Praticamente universal nos est gios finais da doenca Este sintoma restringe de forma significante as atividades di rias e reduz a disposi o para o trabalho n o sendo diferente para os colaboradores o que fica bem evidenciado nos relatos abaixo Isso tudo interferiu muito na minha vida porque a gente fica n o tem mais a resposabilidade de dona de casa tem que entregar as obriga es aos outros A muda muito Senhora Maio Esta doen a interferiu em muita coisa na minha vida Eu deixei de fazer minhas coisas n o fa o mais nada e n o tem quem fa a Se tiver alguma coisa pra fazer tem que pedir a meus filhos Pedir a um e a outro Quando eu estava bom eu fazia tudo e n o pedia a ningu m Senhor Novembro 112 Impacto do Ambiente no Tratamento e da Transfus o Sangu nea Estas categorias est o
192. to Nacional do C ncer LNRCC Liga Norte Riograndense Contra o C ncer MS Minist rio da Sa de NHH N cleo de Hematologia e hemoterapia NEHO N cleo de Estudos em Hist ria Oral OMS Organiza o Mundial de Sa de Oz Oxig nio PFC Plasma Fresco Congelado PNHAH Programa Nacional de Humaniza o da Assist ncia Hospitalar RT Rea o Transfusional RN Rio Grande do Norte ST Sangue Total TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TRALI Les o pulmonar Aguda Associada transfus o UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte USP Universidade de S o Paulo Quadro Quadro Quadro Quadro Quadro Quadro Quadro LISTA DE QUADROS 1 Classifica o das rea es transfusionais ie 2 Distribui o proporcional dos dez tipos de c ncer mais incidentes estimados para 2012 no Brasil por sexo exceto pele n o melanoma a222 coesa nb utiaas idas eced E E eves E E shee vadguveaiva S End dO Sana adido 32 3 Distribui o proporcional dos dez tipos de c ncer mais incidentes estimados para 2012 na Regi o Nordeste por sexo exceto pele n o melanoma aaa aaa aaa renan ana 32 4 Estimativas para o ano de 2012 das taxas brutas de incid ncia por 100 mil habitantes no Rio grande do Norte e Natal 5 Etapas da entrevista pisa senai ias en el saias so 6 Dados pessoais dos colaboradores segundo estado ci
193. u enfermeiro ganhar experi ncia e vencer as trilhas do perigo antes cada momento vivenciado na cad ncia do mist rio que o caminho lhe 18 proporciona que o torna mais atento mais cuidadoso e capaz de dizer o que viveu Por isso pensar o usu rio de sa de oncol gico em momento de delicadezas de labirinto adentrar em suas experi ncias de vida seus momentos de perigo ouvindo o e procurando entender suas li es Afinal percorrer sob as curvas e paredes desconhecidas de um labirinto como o c ncer ter muito a dizer ter muito a narrar Em respeito tradi o de narrar igualmente como fez Teseu ao descortinar as sombras daquela regi o percebemos que no per odo do tratamento do doente oncol gico quando v rias possibilidades terap uticas vinham se efetuando a necessidade de contar se fazia not ria Os usu rios n o queriam ficar calados e desolados em sua dor como se ao falar pudessem libertar se do medo e das afli es que a doen a proporcionava As narrativas das hist rias de vida destes usu rios passaram portanto a nos interessar por poderem afastar mesmo que temporariamente as fantasias sobre a doen a tamb m por se assemelharem a relatos de hist rias m gicas reveladoras de aventuras que se n o parecidas com as do her i grego pelo menos tendiam a ser t o intensas quanto elas Com efeito o recurso da Hist ria oral passou ocupar ent o lugar primordial na interpreta o da
194. u estava ajudando algu m a se profissionalizar tudo era trabalho que a gente fazia gratuitamente mas a sa de passou a afetar essas atividades Segundo uma pesquisa que vi eu acho que na Ar bia Saudita de um menino com dez ou onze anos de idade pesquisando disse que dentro de dez anos ele daria a cura do c ncer Isso j tem 70 uns cinco anos ou seis anos e esse menino hoje m dico j faz cirurgia e um bocado de coisa um menino ainda ainda menor de idade Ent o eu ainda acredito que o c ncer possa vir a ter uma cura r pida porque a evolu o da medicina hoje muito grande Ent o possa ser que amanh ou depois a gente encontre uma solu o e v viver uma vida mais confort vel Ent o eu acredito nisso muito ainda Tenho um casal de filhos e quatro netos Sempre morei aqui Quando eu casei preferi procurar um lugarzinho por mais fraco que fosse mas s queria morar no que fosse meu Ai vim morar no que meu Passei um tempo trabalhando assim mas s dava para viver O dinheiro n o dava para sobrar nada s dava pra viver Mas depois fomos evoluindo mais um pouquinho ai foi melhorando a situa o financeira S que veio a minha moleza como diz o ditado A situa o financeira tava ficando tima cada dia que passava ficava melhor A gente j tinha em torno de vinte e cinco empregados al m dos empregados estava estabelecido j na regi o do Serid aonde a gente j t
195. u n o sei A minha religi o a cat lica e minha f em Deus que tenho e muita muita mesmo O povo s vive aqui atr s de me botar para crente mas eu n o n o tenho vontade Pode ser que eu v mas n o tenho vontade Pois s vivem aqui a procura de me entregar a Jesus mas n o sei por qual motivo Porque se a gente quando nasce j de Jesus porque voc vai se entrega agora Qual o Jesus que voc vai se entregar Qual Onde que tem outro De onde foi que veio esse outro Eu pergunto a eles eles n o sabem responder Pergunto Eu pergunto que Jesus o deles Por que o meu n o igual ao deles Por que eles me chamam para me entregar ao Jesus deles por certo outro diferente Eu nunca vi e n o quero ver Tenho muita f F em Deus que fico bom Se Deus quiser porque agora eu s posso pedir muita f a Deus n Eu s posso pedir muita f a Ele Muita vontade de ficar bom eu tenho por isso eu tenho que ter f se n o n o voga nada N o tenho medo de morrer sabe por qu A gente tem certeza dessa viagem que temos de fazer Para que ter medo de morrer n o tenho n o No dia em que Ele quiser me tirar estou aqui pronto Vou esperar para frente vamos para frente para ver o que vai acontecer n At aqui vai bem gra as a Deus N o vai melhor por causa dessas dores mas se Deus quiser Ele vai tirar essa dor de cima de mim se Deus quiser Tenho f Nele 85
196. ue eu quiser comer Mas 66 tem dias que n o tenho vontade de comer nada Eu digo o que quero comer eu quero isso assim assim elas fazem Fui muito bem atendida nos hospitais Fui internada no Hospital Walfredo e no Hospital da Pol cia s nesses dois hospitais E as vezes fui ao pronto socorro e s N o quero mais dizer nada estou cansada j estou cansada 67 2 SENHOR ABRIL O significado para abril tem duas Compositor de destinos vers es Uma delas que o nome do Tambor de todos os r tmos m s vem de aperire que significa abrir Tempo tempo tempo tempo que lembraria o desabrochar das flores Entro num acordo contigo na primavera Na outra o nome vem de Tempo tempo tempo tempo aprilis uma comemora o feita para a VELOSO 1981 deusa v nus DUNCAN 1999 Identificado pelo pseud nimo de Senhor Abril o colaborador em foco tem cinquenta e oito anos de idade casado pai de um casal de filhos e av de quatro netos Ap s descoberta e agravamento da doen a deixou de trabalhar evang lico e assume postura firme durante toda entrevista Em alguns breves momentos revela atrav s do seu semblante a tristeza causada pela doen a A entrevista realizada no dia 30 de mar o de 2012 teve in cio as 14horas e 55 minutos J debilitado fisicamente pela doen a Senhor Abril nos recebeu no quarto de sua resid ncia permanecendo sentado na cama o tempo todo Aparentando tranquilidade e firmeza em sua fala nar
197. uila porque eu falei se eu me aperrear n o vai dar jeito Ent o fiquei mais calma L fiz o tratamento e tudo mais Tive esperan a O doutor disse que eu tinha muita chance de ficar bem Ent o aceitei tudo tudo normal Senhora Maio No relato da Senhora Maio enfaticamente positivo poss vel perceber uma insist ncia por afirma es vida quando do diagn stico da doen a Mesmo enfrentando todo o desconforto em se saber gravemente enferma consegue chegar e atingir est gios de aceita o em que a garra e a f perpassam sua cren a na rela o vida e morte Na fala do Senhor Novembro posta a seguir o inc modo pelas rea es da enfermidade se fazem notar mais nitidamente provocando uma posi o mais enf tica para com a cren a Sinto dor no corpo todo S n o na pr stata na pr stata eu n o sinto nada como eu estou dizendo a voc eu n o sinto nada dif cil mas s vezes eu vou urinar e d aquele ardozinho mas pouco N o neg cio de dor de fazer medo n o Tenho muita f F em Deus que fico bom Se Deus quiser porque agora eu s posso pedir muita f a Deus n Eu s posso pedir muita f a Ele Senhor Novembro poss vel de se observar processo semelhante de assimila o do impacto psicol gico em sua viv ncia no caso da Senhora Dezembro vejamos o trecho Fui fazer os exames Fiz todos inclusive os de sangue que acusaram o CA 125 Acusou que estava com c ncer Tive que fazer
198. ulgar n o apenas resultados rea da sa de mas e principalmente revelar o 105 tra o de humanidade por tr s dessas pessoas em um momento t o delicado e incisivo na defini o de suas vidas M TODOS Este estudo consiste de uma pesquisa explorat ria descritiva com dados prospectivos e abordagem qualitativa Foi utilizada como m todo a hist ria oral de vida por ser um campo multidisciplinar e oferecer apreens o de princ pios da subjetividade humana que atrav s da narrativa de vida deixam entrever suas experi ncias e seus significados Para a interpreta o das narrativas dos colaboradores a t cnica de an lise de conte do tem tico serviu como ponto de partida Neste estudo foi utilizada a entrevista n o estruturada para coleta das narrativas por considerar que esta t cnica possibilita ao entrevistador uma maior flexibilidade e liberdade de desenvolver situa es em qualquer dire o que considere mais adequado e em seguida realizada a transcri o a transcria o e a confer ncia pelos colaboradores que assinaram a carta de cess o autorizando sem restri es o uso do material Quanto ao alcance do objetivo proposto discutiram se trechos das entrevistas de cinco colaboradores que fazem parte da pesquisa Trajetos no Labirinto Hist ria de vida dos portadores de doen as oncol gicas em uso de transfus es sangu neas na cidade de Natal RN estudo em andamento do mestrando Jo o Evangelista da Co
199. urar como um elemento constante na vida destes usu rios de sa de Isto pode ser observado nas passagens descritas abaixo Sinto muita dor procuro um jeito de andar de viver pois uma coisa muito dif cil Quase n o posso andar direito aqui dentro de casa Passo a vida todinha aqui deitado nesta rede dor que n o brincadeira s voc vendo Senhor Novembro Impacto na socializa o Os transtornos advindos com a nova realidade e as preocupa es com o ente querido v m acrescidos do aumento de responsabilidades e de trabalho juntando a tudo isso muitas vezes a busca pelo isolamento e a solid o A esperada ajuda de parentes e amigos pode nesse sentido aliviar um pouco o sofrimento causado por esta fase t o dif cil Observam se nos relatos abaixo o tratamento e o cuidado dispensados pelos familiares diante do doente Ele o filho vem sempre aqui Tem dia que ele vem todo dia Tem dias que passa um pouco de dias sem vir carinhoso passa um pedacinho e vai se embora que ele tamb m fica triste de me ver doente Elas cuidam bem as irm s Sou a mais velha de todas Depois da doen a minha vida mudou Quando eu andava era sempre melhor sempre Eu vejo o povo conversar vejo o povo ter alegria mas eu mesma para mim tanto faz como tanto fez Perdi a alegria Senhora Fevereiro Os sintomas frequentemente vivenciados por estes usu rios de sa de como a fadiga dor dispneia altera es cognitivas perda de ape
200. vel entre as vantagens e desvantagens do tratamento T o importante quanto o tratamento atentar para os efeitos indesejados causados aos usu rios para tentar minimiz lo O tratamento quimioter pico uma das modalidades de maior escolha para produzir a cura controle e palia o Neste tratamento s o usadas subst ncias citot xicas administradas principalmente por via sist mica endovenosa podendo ser classificadas de acordo com sua finalidade como quimioterapia adjuvante quimioterapia neoadjuvante quimioterapia prim ria quimioterapia paliativa monoquimioterapia e poliquimioterapia O tratamento quimioter pico bem tolerado pelos usu rios e os efeitos colaterais moderados quando s o bem controlados com dosagens controladas e apropriadas dos f rmacos SAWADA 2009 Os quimioter picos contudo n o atuam exclusivamente sobre as c lulas tumorais As estruturas normais que se renovam constantemente como a medula ssea os pelos e a mucosa do tubo digest rio s o tamb m atingidas pela a o destes medicamentos Os efeitos terap uticos e t xicos dos quimioter picos dependem do tempo de exposi o destes na concentra o plasm tica A toxicidade vari vel para os diversos tecidos e depende do tipo do medicamento utilizado Para um entendimento melhor dos efeitos da quimioterapia vejamos a met fora usada por Sontag 2007 p 82 quando fala deste tratamento 36 O conhecimento do c ncer apoia no es de tr
201. vido no processamento do sangue e dos seus hemocomponentes v lido ressaltar que as transfus es n o est o completamente isentas de riscos Embora a transfus o seja uma forma de terapia segura e efetiva existem riscos de efeitos adversos As RT representam parte desses efeitos adversos e podem ser classificadas em agudas ou tardias imunol gicas e n o imunol gicas SMELTZER BARE 2006 LUDWIG ZILLY 2007 Para Harmening 2006 e Neves 2010 as rea es transfusionais imediatas s o aquelas que ocorrem durante a transfus o ou at vinte e quatro horas ap s seu t rmino enquanto que as tardias s o aquelas que ocorrem vinte quatro horas ap s a realiza o da transfus o e pode delongar dias e at meses para se manifestar As rea es transfusionais imunol gicas s o aquelas mediada pelo sistema imunol gico j as RT n o imunol gicas n o t m associa o com causas imunol gicas No quadro abaixo est o elencadas as rea es transfusionais de acordo como cada uma se apresenta Rea es Transfusionais Imediatas Tardias Aloimune Imunol gicas Febril n o hemol tica Hemol tica N o Imunol gica Hemol tica Al rgica TRALI Hemol tica S ptica Circulat ria Metab lica Emb lica Hipot rmica Refratariedade a CP DEVH GVHD Imunomodula o P rpura p s transfus o Infecciosa Bacteriana Viral Parasitol gica Sobrecarga de ferro Quadro 1 Classifica o das rea es transfusionai
202. vil idade escolaridade e religi o cccscaas es ccgceracxsectnnguacaayiaseSenvpaateigeeeaterecem Cos Aga dna a 7 Dados socioecon micos dos colaboradores segundo naturalidade renda familiar e religi o SUM RIO 1 REFLEX ES INICIAIS UMA JORNADA AO PASSO DE TESEU 12 2 ADENTRANDO O LABIRINTO UM BREVE HIST RICO DA HEMOTERAPIA E DAONCOLOGIA serasa er raheem E 22 2 1 Indica es dos hemocomponentes n serena 25 2 2 Aspectos cl nicos e imunol gicos da transfus o e a assist ncia de ANTON ADO ss tala cores As nee a a gn ade E E E 27 2 3 Aspectos hist ricos e estimativas das doen as oncol gicas 30 2 4 Transfus es sangu neas em Oncologia e a assist ncia de Enfermagem 37 3 ORIENTA ES DO PERCURSO OS FIOS E REDES DO M TODO 41 3 1 A pesquisa e suas dire es conceituais eee 42 Se A A n EOK Iie EE nd De E SD 44 3 2 1 Historia Oral de VIDAS a ii erates Conc stus ani E e EEE E tel winnie emswnanele 45 3 3 Direcionamentos MEIOCOlOGICOS 4 i1din arrasa 45 3 4 Fundamentos OperacionalS ess tcl asa ces ee seeds shiv op ene hates pais een 48 3 4 1 Coleta dos dados a ENTCVISTA assina moi ag dra e na DI dig 48 3 4 2 Etapas da E treviStai se terrei eiia Go pipas errak epi Entot Penka DRa DR Nana an asd 49 3 5 An lise d s DADOS i visa aoa cero ead rc act cape eon eta eta e ee Went ant awe 54 3 6 Consid
203. vistas Antes do in cio de cada entrevista era lido novamente para cada um dos colaboradores o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE conforme ap ndice A que os mesmos e de acordo autorizaram sua participa o na pesquisa Uma c pia do referido termo fora disponibilizada para cada colaborador MEIHY 2011 Antes das entrevistas os colaboradores foram orientados quanto ao princ pio da eticidade e da legalidade que envolvia aquele trabalho sendo informados que a pesquisa poderia oferecer riscos m nimos ou certos desconfortos n o envolvendo experimentos de qualquer natureza Foram esclarecidos de que devidamente comprovados danos resultantes da pesquisa o colaborador seria indenizado pelos pesquisadores Finalmente foi dito ainda que a qualquer momento poderiam desistir da pesquisa sem quaisquer preju zos ou penalidades aproveitando para enfatizar a respeito da garantia de confidencialidade e privacidade das informa es e imagens e que o material produzido seria guardado em seguran a A entrevista enquanto g nero que privilegia a oralidade dever ter seu registro feito de acordo com Meihy 2011 e Thompson 2002 como fonte de conhecimento resgatando a mem ria individual para melhor reflex o dos aspectos sociais envolvidos 51 Para iniciar as entrevistas foram gravadas informa es como o nome do projeto a identidade do entrevistador a data o local e a hora da entrevista Em todo processo que en
204. volvia a organiza o do trabalho procuramos criar um ambiente favor vel de respeitos tico e profissional como orienta Meihy 2011 Primando pela confidencialidade e a prote o da identidade do colaborador e evitando sua exposi o solicitamos que cada um escolhesse um nome fict cio Para esses nomes foram sugeridos meses do ano e cada um apontaria o que melhor lhe representasse Para o direcionamento das quest es norteadoras da entrevista com os colaboradores foram indicadas duas proposi es a primeira pedir que falassem de sua vida depois da doen a a segunda que discorressem sobre as mudan as que ocorreram na sua vida ap s as transfus es sangu neas As quest es norteadoras para entrevista em hist ria oral s o formuladas em grandes blocos por m direcionadas para que as lembran as fluam naturalmente levando os colaboradores aos acontecimentos que eles entendem serem os mais relevantes para suas narrativas Em alguns momentos em que ocorriam pequenos desvios das narrativas desses indiv duos procur vamos redirecionar quando necess rio as falas em pauta evitando que se afastassem do objetivo da pesquisa Houve tamb m breves interven es uma vez que alguns colaboradores foram sucintos demais ou mesmo deixavam de narrar acontecimentos relevantes de suas vidas facilmente contextualiz veis como pressupostos ou subentendidos Conforme previsto o tempo para cada entrevista ocorreu com dura o em torno de uma
205. za de Oliveira Mendon a que tanto me incentivou confiou e dedicou uma parte do seu tempo comigo minha maior incentivadora para que eu fizesse o mestrado Fico lhe muito agradecido A minha colega de turma Ana Michele de Farias Cabral que com tanta afinidade sempre colaborou Obrigado Ao meu amigo e companheiro Dr Wellington Medeiros de Ara jo que com tantas contribui es valiosas muito me ajudou neste trabalho Muito obrigado Aos professores Aos professores do programa de p s gradua o do Departamento de enfermagem pelos ensinamentos e colabora o muitas vezes incompreens veis para mim em algumas abordagens mas inesquec veis s professoras Dr Francisca Luc lia Ribeiro de Farias Dr Maria Teresa C cero Lagan e a Dr Lenilde Duarte de S por terem concedido a honrosa presen a aceitando o convite para participar da banca examinadora Aos funcion rios Aos funcion rios e colaboradores do Departamento de enfermagem pois s o tamb m respons veis por parte da ci ncia produzida nesta institui o Aos meus colegas e amigos do Hospital Universit rio Onofre Lopes e do HEMOVIDA pelo incentivo e torcida nesta caminhada Aos usu rios de sa de Os colaboradores de codinome Sr Fevereiro in memoriam Sr Abril in memoriam Sr Maio Sr Novembro in memoriam e Sr Dezembro pela relevante contribui o sem a qual n o seria poss vel a realiza o deste trabalho Agrade o tamb m aos seus famil
206. zyk D Ferreira SS Enfermagem em hemoterapia 1 ed Rio de Janeiro RJ Medbook 2008 3 Smeltzer SC Bare BG Brunner amp Suddarth Tratado de enfermagem m dico cir rgico 10 ed Rio de Janeiro RJ Guanabara Koogan 2006 4 Polit DF Beck CT Hungler BP Fundamentos de pesquisa em enfermagem 5 ed Porto Alegre RS Artmed 2004 5 Hinds PS Chaves DE Cypress SM Context as a source of meaning and understanding Qual Health Res Newbury Park 1992 2 1 61 74 6 Silva MA Atua o dos profissionais de enfermagem durante o processo transfusional na UTI de um hospital universit rio Disserta o Natal RN Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2008 7 Brasil Minist rio da Sa de Ag ncia Nacional de Vigil ncia Sanit ria Portaria N 1 353 de 13 de Junho de 2011 Disp es sobre os procedimentos hemoter picos on line Bras lia Minist rio da Sa de 2011 citado 24 Jul 2011 Dispon vel em http brasilsus com br legisla es gm 108 431 1353 html 8 Harmening D M T cnicas Modernas em banco de sangue e transfus o 4 ed S o Paulo SP Revinter 2006 9 Covas DT Langhi J nior DM Bordin JO Hemoterapia fundamentos e pr ticas 1 ed S o Paulo SP Ateneu 2007 10 Zago M Passeto R Pasquine R Hematologia fundamentos e pr tica 1 ed S o Paulo SP Ateneu 2001 11 Conselho Federal de Enfermagem COFEN Resolu o n 306 de 25 de abril de 2006 Normatiza a atua o do enfermeiro em hemoterapia

Download Pdf Manuals

image

Related Search

Related Contents

  Panasonic 42PSU1U6 Data Sheet    Manuel d'utilisation  

Copyright © All rights reserved.
Failed to retrieve file