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Dissertação - Universidade Católica Portuguesa

1. ticos no trabalho Tabela 11 Efeitos do trabalho Interven o na vida da crian a Total CDE 1 CDE2 CDE3 CDE4 CDES CDE 6 CDE7 CDE8 Coding References Jo Desconhece o impacto 0 0 1 0 1 0 0 Impacto a curto prazo 0 0 0 l 0 0 0 0 17 0 0 0 1 0 0 0 0 17 Impacto a longo prazo Nota Analisado por Coding references Como se pode verificar atrav s dos dados referidos na Tabela o 5 1 3 Desconhece o impacto o mais referido pelos participantes 66 Ou seja ap s a conclus o das medidas decretadas tanto pelos t cnicos bem como pelos Tribunais e depois de terminado o processo os trabalhadores referem que desconhecem o impacto que a sua proposta de interven o tem na vida das crian as e isto entendido por si como um conflito que se perpetua As vezes nem sempre podemos saber se aquela foi a melhor decis o E mesmo assim n s tentamos tomar a decis o e levar ao tribunal o que achamos que a melhor decis o Agora 100 de certeza n s n o temos n o Mas aquela ang stia de saber ser que sim ou que n o fica sempre a bailar n o CDE 6 54 16 14 12 10 E o sE cE E E EE E a 0 O O x O O 5 2 O 0 D O so O Y X DS RD S Rs m MS O amp P DE ES ESA F S RS S ERES E FP ES DE FES EE ES SF e PY E O CE VB v amp o ce ay N ew g a Nota Analisado por Coding references amp Figura 1 Efeitos do trabalho Ao nivel da Sa de Como vis vel p
2. es feitas durante as entrevistas com cada participante Numa segunda fase criou se um documento para a carateriza o sociodemogr fica de cada participante Cf Anexo 2 Seguidamente e j no in cio da an lise dos dados fez se uma leitura flutuante das entrevistas assinalando poss veis categorias de an lise Ap s esta apropria o dos discursos surge a terceira fase onde se iniciou o trabalho de an lise atrav s do Software NVIVO 9 Por fim pretende se que todos os resultados obtidos sejam restitu dos aos trabalhadores participantes no estudo como princ pio tico e epistemol gico da tradi o cient fica da psicologia do trabalho Lacomblez Santos amp Vasconcelos 1999 30 Parte III An lise e discuss o dos dados 1 Descri o do sistema de categorias O sistema de categorias composto por seis categorias de primeira gera o nomeadamente 1 Carateriza o do trabalho 2 Condi es de trabalho 3 Tipos de dilemas 4 Estrat gias desenvolvidas 5 Ffeitos do trabalho e 6 Propostas de interven o Em anexo pode se encontrar um documento onde o sistema integral de categorias est descrito de forma geral apresentando apenas as diferentes categorias e subcategorias que o constituem Cf Anexo 3 Para al m deste documento tamb m se pode encontrar em anexo o sistema integral de categorias Cf Anexo 4 Este documento cont m informa o relativa numera o atribu da s categorias de primeira ge
3. o da sua profiss o Philippe 2011 Mas qual ser a rela o entre o c digo de tica e o comportamento tico destes profissionais na realiza o do seu trabalho Banks 1998 20 4 1 O C digo de tica e o comportamento tico dos trabalhadores Banks 1998 analisou a rela o entre o c digo de tica e o comportamento tico que os trabalhadores apresentam Assim elencou algumas conclus es fundamentais o c digo de tica por si s n o garante o comportamento tico dos trabalhadores Al m disso o c digo de tica re ne princ pios ticos bastantes gerais e por vezes conflituantes necessitando por isso da interpreta o de cada profissional O profissional deve ser capaz de refletir sobre o significado dos princ pios do c digo de tica e aplic los de modo cr tico e esclarecido Mesmo assim o c digo de tica ser sem d vida uma fonte promotora de reflex o tica numa comunidade profissional mas para ser pertinente n o poder ser considerado um bloco de folhas estabelecido por um organismo externo e v lido Este deve ser um produto que exige debate tico entre os trabalhadores sociais S assim poder fazer parte da vida profissional Banks 1998 Na sequ ncia da an lise desenvolvida por Banks 1998 tornou se ainda vis vel que a maioria dos participantes quando lhe foi solicitada a utiliza o do c digo de tica na sua profiss o n o tinham conhecimento do seu conte do Ora verificou se
4. 1 2 N cleo de Inf ncia e Juventude NIJ Os trabalhadores sociais que exercem a sua pr tica profissional na Seguran a Social est o divididos por diferentes n cleos tendo em conta a sua rea de trabalho O N cleo de Inf ncia e Juventude faz parte da grande diversidade de n cleos existentes na Seguran a Social Os trabalhadores do NIJ est o divididos em cinco dominios diferentes de atividades cada um dos quais com fun es espec ficas setor das Ado es Servi o da Promo o e Prote o setor de Tutelares C veis equipa de Amas e por fim a equipa de Apoio T cnico Supervis o Preven o do Risco Mesmo existindo equipas de trabalho diferenciadas no mesmo n cleo 13 estas partilham os mesmos objetivos na sua pr tica profissional nomeadamente promover e assegurar a qualifica o da interven o nas institui es de acolhimento relativamente aos servi os e s respostas sociais para as crian as jovens e fam lias assegurar o acompanhamento e apoio t cnico ao funcionamento do sistema de acolhimento de crian as e jovens em risco bem como a avalia o de cada processo promover o incentivo conserva o das crian as e jovens no seu meio natural de vida garantindo junto das respetivas fam lias as condi es que permitam a assun o das suas responsabilidades parentais assegurar o apoio t cnico aos tribunais em mat ria tutelar c vel e de promo o e prote o assegurar e executar os procedimento
5. UNIVERSIDADE CAT LICA PORTUGUESA CONFLITOS E DILEMAS TICOS NO TRABALHO SOCIAL UMA AN LISE DO TRABALHO DOS T CNICOS DE INF NCIA E JUVENTUDE DA SEGURAN A SOCIAL Disserta o apresentada Universidade Cat lica Portuguesa para obten o do grau de Mestre em Psicologia Especializa o em Psicologia do Trabalho e das Organiza es por Ana In s Vieira Cardoso Faculdade de Educa o e Psicologia Junho 2014 UNIVERSIDADE CAT LICA PORTUGUESA CONFLITOS E DILEMAS TICOS NO TRABALHO SOCIAL UMA AN LISE DO TRABALHO DOS T CNICOS DE INF NCIA E JUVENTUDE DA SEGURAN A SOCIAL Disserta o apresentada Universidade Cat lica Portuguesa para obten o do grau de Mestre em Psicologia Especializa o em Psicologia do Trabalho e das Organiza es por Ana In s Vieira Cardoso Trabalho efetuado sob orienta o de Professora Doutora Liliana Cunha Faculdade de Educa o e Psicologia Junho 2014 Para ser grande s inteiro nada teu exagera ou exclui S todo em cada coisa P e quanto s no m nimo que fazes Assim em cada lago a lua toda brilha porque alto vive Ricardo Reis iii Agradecimentos Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos os participantes que disponibilizaram alguns minutos do seu tempo de trabalho para este estudo Um obrigado ainda mais especial Dr Cristina que sempre apoiou este estudo e criou todos os meios necess rios para que os objetivos fos
6. o desta forma eles sugerem que se escrevam que a crian a aparece na escola com falta de higiene porque regularmente ou todos os dias aparece com as mesmas roupas cheira mal mas o que se entende por falta de higiene A crian a n o tem uma assiduidade tem quatro cinco ou seis faltas e importante colocar quantas s o de forma a dar ao juiz tamb m para que ele perceba a situa o CDE 4 ce d A Porque acho que h muitas pessoas que n o t m 3 4 5 Conhecimento Nesta categoria encontram se as refer ncias a situa es ticas tempo para ler os processos o pior que pode haver dos casos sobre a leitura dos processos de forma a conhecer os casos aqui estar a trabalhar com processos sequer nem sequer conhecemos CDE 6 tentou se tanta coisa e nada resultou e agora Est o sozinhos e s o maiores de idade e o seu processo vai ser arquivado Eu podia pensar que agora ele era 3 4 6 Ser maior de Aqui surgem as refer ncias relativamente a situa es que maior de idade e eu queria l bem saber Eu ia idade ocorrem depois dos jovens completarem 18 anos minha vidinha e ele ia dele eu tenho muitas dificuldades e fico angustiada com isso CDE 6 n o conseguimos muitas vezes analisar e at tomar as melhores decis es porque isto interfere com muitas Tomada de Surgem aqui as refer ncias relativamente a situa es ticas quest es e depois aquela responsabilidade sob
7. Caso recuse participar tal decis o n o lhe trar quaisquer benef cios ou preju zos Este trabalho de investiga o ser supervisionado pela Professora Doutora Liliana Cunha docente da Faculdade de Educa o e Psicologia da Cat lica Porto Toda a informa o recolhida ser mantida sob anonimato e confidencialidade Obrigada pela sua colabora o Para mais esclarecimentos por favor contactar Ana In s Cardoso acardoso91 O hotmail com Declaro que tomei conhecimento dos objetivos do estudo Fui informado a de todos os aspetos que considero importantes e tive a oportunidade de esclarecer as minhas d vidas sobre a investiga o Participo de forma volunt ria e fui informado a de que a minha participa o ou recusa em participar n o traria quaisquer benef cios ou preju zos para mim Participante Assinatura Data 1 Anexo 2 Carateriza o Sociodemogr fica Data da Entrevista Nome do Ficheiro udio C digo atribu do ao participante Nome do Participante Idade G nero Habilita es Liter rias Naturalidade Estado Civil N mero de filho Fun o Antiguidade na institui o Observa es Anexo 3 Sistema de Categorias Geral 1 2 3 Dilemas ticos no trabalho Carateriza o do trabalho 1 1 Carater sticas dos jovens 1 2 Institui o de acolhimento 1 3 Complexidade dos casos 1 4 Rapidez da interven o 1 4 1 Tempo escasso 1 5 Imprevisibilid
8. Ed 1997 Reconnaissances du Travail Pour une approche ergologique Paris France PUF Schwartz Y 2001 Interven o experi ncia e produ o de saberes Revista servi o social amp Sa de 12 10 19 43 Seguran a Social I P 2012 Consultado em http www4 seg social pt objectivos e principios Consultado em 28 10 2013 64 Anexos Anexo 1 Consentimento Informado Conflitos e dilemas ticos no trabalho social uma an lise sobre o trabalho dos t cnicos de inf ncia e juventude da seguran a social Este estudo enquadra se no mbito da disserta o de mestrado em Psicologia do Trabalho e das Organiza es que ser apresentada na Universidade Cat lica Portuguesa para obten o do grau de Mestre em Psicologia pela aluna Ana In s Cardoso Tendo em vista um melhor conhecimento da atividade real de trabalho dos T cnicos que exercem atividade no N cleo de inf ncia e Juventude da Seguran a Social solicita se a sua participa o nas entrevistas que ser o realizadas Estas entrevistas visam aprofundar situa es de conflito e de confronto com dilemas ticos no trabalho privilegiando o ponto de vista de cada trabalhador sobre o vivido na sua atividade profissional A participa o na entrevista tem uma dura o aproximada de 40 minutos Ap s o tratamento dos dados e da sua an lise os resultados obtidos ser o alvo de restitui o junto dos participantes envolvidos nesta pesquisa
9. cit in Br gido 2011 Schwartz 2001 refere que nas normas de vida dos trabalhadores sociais est o ancoradas os valores sa de e cidadania Valores estes que n o apresentam um conte do perfeitamente definido e estabilizado o que n o impede de serem dentro da singularidade pr pria destes trabalhadores matrizes fort ssimas de exig ncias operacionais 18 3 2 tica Profissional Para al m dos valores uma outra no o fundamental a tica Este conceito centra se no que certo e correto Neste sentido a tica pode ser dividida em meta tica estudo e an lise dos significados de conceitos morais como por exemplo o bem ou certo e a natureza da moralidade em tica normativa dar respostas a quest es morais acerca do que correto ou errado e por fim pode ainda ser dividida em tica descritiva refere se aqui s opini es morais e s cren as das pessoas A utiliza o da tica pode ser vista nos c digos de tica sob forma de princ pios modelos ou regras de comportamento que visam colocar em pr tica a tica Normalmente as pessoas centram se mais na dimens o tica quando existe a necessidade de fazer uma escolha dif cil ou seja quando ocorre um problema ou dilema Banks 2008 Assim sendo a mesma autora Banks 2008 prop e a defini o de tica profissional como um conjunto de normas princ pios ou regras de comportamento ou qualidade de car ter de pessoas que fazem parte de um determ
10. mas s o quest es complicadas n o N s temos muitos problemas que quando o tribunal n o concorda com o que n s propomos e dif cil de gerir pois sabemos que as ltimas decis es s o do juiz no tribunal Mas ainda hoje a minha colega me falava do caso de umas crian as pequeninas em perigo que tinham de ser afastadas e o juiz portanto a nossa proposta era de acolhimento institucional e depois iriam para a fam lia alargada mas os pais mudaram todos os factos e as condi es de vida j estavam um bocadinho alteradas embora a t cnica soubesse que a mudan a de casa n o ia 46 resolver o problema porque a m e tem falta de compet ncias e num instante a casa vai ficar como estava mas o juiz disse que n o haviam provas para que as crian as fossem afastadas dos pais e decretou uma medida para a crian a ficar junto dos pais E a colega fica ali num dilema que mas eu n o digo nada a seguir engulo e aceito ou o que fa o n o Mas dif cil e sabemos como que CDE 77 Para finalizar ser de referir ainda a exist ncia de um outro dilema tico que passa pelos conflitos de interesses 3 4 2 2 Pais Vs Crian a Muitas vezes os interesses da crian a n o coincidem com os interesses da crian a Por exemplo por vezes o superior interesse dos pais que aquela crian a permanecesse na institui o e eles pudessem ir l v la quando quisessem Mas o superior interesse da crian a n o esse
11. que muitos profissionais nunca leram o c digo de tico associado sua profiss o mesmo sabendo da sua exist ncia Por outro lado Banks constatou que o c digo de tica pode at mesmo ser uma oposi o ao comportamento tico ou seja os trabalhadores ao terem conhecimento das quest es ticas subjacentes sua profiss o poder o simplesmente seguir as regras que ditam os c digos de tica Banks 1998 Os c digos de tica minimizam a responsabilidade dos profissionais perante as suas a es e para isso acontecer o profissional ter de seguir as regras que est o pr estabelecidas em vez de responder de forma adaptada a cada caso e a cada situa o concreta Dawson 1994 cit in Banks 1998 Para concluir os c digos ticos podem ser influentes mesmo que os profissionais nunca tenham lido o c digo tico Na verdade um c digo de tica n o precisa de estar escrito Se os profissionais t m um sentido de perten a sua equipa de trabalho ser o eles que criam os princ pios consagrados no C digo profissional Banks 1998 Nesta linha Banks 1998 afirma que os c digos de tica s ser o irrelevante se n o fizer parte da tradi o tica no trabalho se n o for debatido e discutido no seio da equipa 4 2 Quest es ticas problemas ticos e dilemas ticos Ao longo da sua pr tica profissional os trabalhadores podem ser confrontados com quest es ticas problemas ticos e dilemas ticos onde cada um
12. refer ncias partilhadas no seio de um grupo profissional o coletivo de trabalho pode desintegrar se e dissolver se Demaegdt 2012 O autor Yves Clot 2006 psic logo do trabalho traduz esta quest o sob o conceito de g nero profissional 19 3 3 G nero Profissional O g nero profissional corresponde a um conjunto de obriga es partilhadas no seio de um determinado coletivo de trabalho relativamente ao que se reconhece como um trabalho bem feito e que este partilha para poder trabalhar Tais obriga es s o contudo bem situadas no tempo assumindo um car ter hist rico e transit rio O g nero profissional ent o n o apenas uma esp cie de perten a social mas tamb m um recurso para a a o impedindo que os trabalhadores permane am sozinhos e que cometam erros Ora no seio do trabalho que o coletivo constantemente vai construir os seus gestos conceber as suas regras e elaborar a sua linguagem Clot 2006 N o obstante o facto de n o existirem dispositivos sociais para discutir os dilemas ticos da atividade e as op es que se imp em necessariamente e com a press o da intensifica o dos ritmos de trabalho os espa os de discuss o coletiva ficam retra dos Cada um faz arbitragens em fun o da sua experi ncia da sua sensibilidade da sua hist ria N o se trata de individualismo mas dos efeitos de uma organiza o do trabalho que imp e arbitragens serradas que reenviam a escolh
13. vel da sa de Figura 2 Propostas de interven o sugerido pelos T cnicos iiii iii Lista de Abreviaturas NIJ N cleo de Inf ncia e Juventude INSAT Inqu rito Sa de e Trabalho CAT Centro de Acolhimento Tempor rio LIJ Lar de Inf ncia e Juventude SPP Servi o Promo o e Prote o Introdu o O trabalho desta disserta o de mestrado enquadra se no mbito de um projeto de investiga o mais amplo sobre as rela es entre o trabalho e sa de Este projeto de investiga o surge na sequ ncia de um pedido feito pelo Instituto Seguran a Social I P de an lise das condi es de trabalho dos profissionais do N cleo de Inf ncia e Juventude NIJ De forma sucinta a prote o das crian as e dos jovens em risco o objetivo geral de trabalho dos t cnicos do NIJ sendo este considerado transversal a todos os dom nios de atividade Numa primeira fase da investiga o anterior ao trabalho desta disserta o fez se uma recolha de dados atrav s do question rio INSAT e posteriormente realizou se entrevistas a 18 trabalhadores de diferentes reas do NIJ Ap s terminadas as entrevistas fez se o tratamento de dados e em meados de outubro de 2013 realizou se a an lise dos dados e a restitui o dos resultados junto dos trabalhadores A partir da foi poss vel identificar que o trabalho destes t cnicos baseado em escolhas e em tomadas de decis es que configuram conflitos e dilemas ticos
14. 1 Carateriza o do Aqui pode encontrar se a categoriza o de todas as refer ncias que dizem respeito carateriza o do trabalho desde as carater sticas dos jovens institui es de acolhimento complexidade dos casos a rapidez da interven o e o respetivo tempo escasso trabalho C digo Denomina o Descri o Excertos exemplificativos N N Sources Refer ncias Aqui concentram se as refer ncias relativamente s a uma tarefa rdua e que preciso estar sempre a 1 1 Carater sticas carater sticas dos jovens Este uma das carater sticas do relembrar porque muito desgastante desde jovens dos jovens trabalho dos t cnicos muito desafiadores que s o v timas de todo este 1 2 percurso que tiveram CDE 1 Surge aqui a categoriza o de todas as refer ncias sobre as E eu acho que trabalhar com crian as por vezes 1 2 Institui es de institui es de acolhimento sendo esta uma das carater sticas mais f cil do que com os adultos As institui es s o acolhimento do trabalho desenvolvidos pelos t cnicos uma grande for a de bloqueio CDE 2 2 3 portanto uma imensid o de coisas e todas ao 1 3 Aqui inserem se as refer ncias sobre a complexidade dos casos mesmo tempo porque n s vamos discutir os casos e 1 1 Complexidade que para os trabalhadores mais uma das carater sticas do seu muitas vezes n o conseguimos cumprir a agenda dos casos trabalho porque
15. 2 4 Medica o Porque n o se aguentam e come am a tomar medica o CDE 6 4 2 5 Ritmo a quest o do ritmo card aco acelerado CDE 3 card aco acelerado 4 2 6 Ang stia muita ang stia s vezes CDE 1 4 2 7 Ansiedade a ansiedade que r pido desperta em n s CDE 1 4 2 8 Burnout a quest o do Burnout CDE 3 4 2 9 Grande isto a n vel profissional tr s um grande desgaste desgaste CDE 4 4 2 10 Irritabilidade a quest o da irritabilidade CDE_3 42 11 Satura o acho que podem e n s temos muitos exemplos disso n o As pessoas est o saturadas CDE 3 4 2 12 Stress E depois por outro lado porque lidamos com stress e com sob carga de trabalho e com sentimentos de desmotiva o que os nossos t cnicos se deparam n o CDE 7 4 2 13 Tens o a tens o que n s vivemos no dia a dia aqui por muito mais que a pessoa tente controlar n o d CDE 3 4 3 1 Aten o a aten o CDE 3 4 3 2 Concentra o a concentra o CDE 3 4 3 3 Esgotadas Muitas vezes entro aqui de manh e saio daqui muito tarde e depois sa mos daqui com a cabe a muito cheia n o E na minha vida tem alguma interfer ncia porque saio completamente esgotada N o tenho capacidade para muito mais que n o seja ir para casa e fazer pouco
16. 2 Falta de Aqui pode se verificar as refer ncias relativamente falta de de meios recursos mesmo aqui no local de trabalho 2 recursos recursos para exercer a atividade de trabalho condiciona um bocadinho mas acabamos por ir resolvendo n o CDE 7 Ter 30 numa sala h alturas que entramos de Constrangi Aqui categorizam se todas as refer ncias sobre o modo de manh h pouca gente e a rent vel ao nivel da 4 2 21 mento espa o trabalho em open space pelos trabalhadores do NIJ concentra o e tudo Mas quando est o 30 pessoas na trabalho sala a falarem ao telefone mais alto uns que os outros que nem por mal n o CDE 2 Pode ser altamente stressante as situa es de Aqui categorizam se todas as refer ncias sobre as limita es retirada o sentir que temos poucos recursos cada vez 6 2 2 2 Transportes existentes nos meios de desloca o cedidos pela seguran a temos menos porque o pa s est em crise queremos social aos trabalhadores meio e n o temos meios para trabalhar n o temos viaturas ou elas est o em mau estado CDE 6 Aqui inserem se todas as categorias que est o de acordo com o trabalho desenvolvido pelos t cnicos com os tribunais Inserem se ent o as 2 3 Tribunais amea as de multas e as humilha es por parte dos tribunais portanto s vezes at temos constrangimentos com os tribunais na medida que h prazos estipu
17. 3 4 2 Conflitos de interesse N 3 4 2 2 Pais Vs Crian a 3 4 3 Decis es do tribunal 3 4 4 Elabora o dos relat rios 3 4 P blico alvo de interven o 3 4 5 Conhecimento dos casos EN sa 3 4 6 Ser maior de idade 3 4 7 Tomada de decis o Bom basicamente isso o nosso trabalho tem muito a ver com a tica sem d vida a tica est presente em tudo o que n s fazemos ou devia de estar n o No que fazemos na forma como dizemos na forma como tratamos as pessoas na forma como valorizamos e na forma como escrevemos e at mesmo na forma como afirmamos as coisas se calhar n o dev amos afirmar dessa forma CDE 4 Os trabalhadores do setor social ao serem confrontados constantemente com novos desafios na sua pr tica profissional Philippe 2008 necessitam de encontrar estrat gias coletivas ou individuais no sentido da resolu o ou atenua o dos conflitos e dilemas ticos que a atividade de trabalho comporta Por isso todas as informa es sobre as estrat gias desenvolvidas pelos trabalhadores encontram se na categoria descrita em baixo Na quarta categoria de primeira ordem 4 Estrat gias desenvolvidas surgem tr s categorias de segunda ordem todas elas subdivididas em categorias de terceira ordem Na primeira categoria de segunda ordem 4 1 Instrumentos de refer ncia surgem as subcategorias de terceira ordem nomeadamente a 4 1 1 Manual t cnico SS a 4 1 2 C digo
18. AEE 1 0 oo En 6 5 tres ER O ERRADO UDN IRD O DRE RI RN OD P DR 18 3 2 Elica PO fis SHO mal OR i 8 CR RR RR RR RR RR RR RR RR wc 19 3 3 G nero Profissional ssn 20 4 Dilemas ticos na pr tica profissional dos trabalhadores sociais 20 4 1 O C digo de tica e o comportamento tico dos trabalhadores 21 4 2 Quest es ticas problemas ticos e dilemas ticos a 21 4 3 Situa es de confronto com dilemas ticos na pr tica profissional 22 P r te M M todo unas aa A EEE EEEE EEEO EEEE EEO EE 26 1 Objetivos e quest es de investiga o eeesseseeesssersssrresssrresssrresssretssrressssreerssreeesees 26 2a Participantes ana ds anda EE EAEE E an Sea eee 27 TER EE TTE OE E E EE 28 4 ProcediIMent0S winisniureiniiuiiininnii nse 29 4 1 Procedimento de recolha de dados cccccccccceeseeeesnneeceeeeeeeeeenneeeeeeeeseeeenneeeeeeeeseees 29 4 2 Procedimento de tratamento e an lise dos dados e 29 Parte I An lise e discuss o dos dados errar 31 1 Descri o do sistema de categorias e eerseeeeeraraaeeeraranaaeaa 31 2 Apresenta o e discuss o de resultados e erreeeereareneeeaaa 36 3 Implica es para a pr tica eenia ei e i i 57 CONCIUSAO resistirse trea pas OES S SENEE NESES ES ESSES ESSEE SESE 60 Refer ncias Bibliogr ficas Anexos
19. Coding references Pode se verificar que o 4 3 1 Abandono do posto de trabalho 4 3 8 Dar o seu melhor o 4 3 4 Esfor o pessoal e a 4 3 6 Experi ncia s o as estrat gias individuais mais utilizadas pelos t cnicos para colmatar os dilemas ticos encontrados Quanto ao 4 3 1 Abandono do posto de trabalho esta estrat gia utilizada quando os trabalhadores j n o aguentam mais a press o e os ritmos de trabalho estando saturados de todo o cen rio vivido e por isso pedem para abandonar o posto de trabalho passando para outra rea de trabalho Para al m disto a mudan a e a rotatividade de tarefas uma necessidade manifestada uma vez que esta situa o ser favor vel aos trabalhadores pois evitar o desgaste 52 f sico e psicol gico fazendo com que os trabalhadores desempenhem a sua atividade pr xima das suas representa es de um trabalho bem feito e das pol ticas que envolvem pr ticas profissionais de acordo com os seus valores Philippe 2011 estava num modo de vida sufocada angustiada n o estava a conseguir aguentar porque era demasiada press o e eu tinha muitas depend ncias e eu gosto de fazer os relat rios bem feitos e com qualidade n o estava a conseguir dar resposta no prazo e CDE 8 Posto isto verifica se que para tentarem colmatar os dilemas ticos que ocorrem ao longo dos processos e para que estes interfiram o menos poss vel com a decis o final do caso os t c
20. Supervis o 4 2 3 Open space 4 3 Estrat gias individuais 4 3 1 Abandono do posto de trabalho 4 3 2 Arriscar 4 3 3 Capa protetora 4 3 4 Esfor o pessoal 4 3 5 Encontrar equil brio 4 3 6 Experi ncia 4 3 7 Princ pios pessoais 4 3 8 Dar o seu melhor 4 3 9 N o levar trabalho para casa 4 3 10 N o trabalhar ao fim de semana 5 Efeitos do trabalho 5 1 Interven o na vida da crian a 5 1 1 Impactos a curto prazo 5 1 2 Impactos a longo prazo 5 1 3 Desconhece o impacto 5 2 Ao n vel da sa de 5 2 1 Cansa o 5 2 2 Gripe 5 2 3 Medica o 5 2 4 Ritmo card aco acelerado 5 2 5 Ang stia 5 2 6 Ansiedade 5 2 7 Burnout 5 2 8 Grande desgaste 5 2 9 Irritabilidade 5 2 10 Satura o 5 2 11 Stress 5 2 12 Tens o 5 2 13 Aten o 5 2 14 Concentra o 5 2 15 Esgotadas 5 2 16 Ins nias 5 2 17 Mem ria 5 3 Ao n vel da vida pessoal 5 3 1 Fam lia 5 3 2 Pouca toler ncia 5 3 3 Trabalho em casa 6 Proposta de interven o 6 1 Falta de esperan a 6 2 Recursos Humanos 6 3 Forma o 6 4 Hor rio de trabalho 6 5 Volume de trabalho 6 6 Perspetivas do seu trabalho 6 7 Sensibiliza o da chefia 6 8 Trabalho interdisciplinar 6 9 Condi es de trabalho Anexo 4 Sistema Integral de Categoria SISTEMA DE CATEGORIAS Dilemas ticos no trabalho Aqui categoriza o de todas as refer ncias relativamente a diversas situa es de dilemas ticos que os trabalhadores sentem ao longo da sua atividade de trabalho
21. an lise dos dados verificou se que ao n vel das condi es de trabalho os participantes referem maioritariamente o volume de trabalho como um dos principais constrangimentos da sua atividade Quanto aos dilemas ticos estes foram divididos em quatro grupos dilemas ticos relativos identifica o com a hist ria pessoal do trabalhador dilemas ticos associados s pr ticas profissionais dos pares dilemas ticos ao n vel do prescrito da organiza o e por fim dilemas ticos associados ao p blico alvo de interven o O confronto com dilemas ticos leva os trabalhadores a empreender determinadas estrat gias no sentido da resolu o ou diminui o destas situa es Tornou se vis vel o desenvolvimento de estrat gias coletivas de apoio discuss o e debate dos casos em equipa a utiliza o de instrumentos de refer ncias utiliza o do manual t cnico e ainda as estrat gias individuais abandono do posto de trabalho A partir dos discursos dos participantes foi poss vel ainda reconhecer os custos que estas situa es comportam na sa de e na sua vida pessoal Ao n vel da sa de o efeito mais vis vel o cansa o destes trabalhadores Ao n vel da vida pessoal a concilia o fam lia trabalho acaba por ficar por vezes impedida perante as situa es de trabalho Embora as interven es ao n vel das condi es de trabalho estejam de alguma forma comprometidas pela crise que vivemos urge dar visibilidade e d
22. assim ser mesmo muito importante ir Vou me sentir mal sen o for Ent o vou no meu carro ou arranjo forma de ir aquela forma do voluntariado n o Sou volunt ria no meu pr prio trabalho e no meu pr prio pa s porque o meu pa s n o me paga para aquilo que eu trabalho n o De modo nenhum CDE 6 temos muito esses tipos de dilemas que temos que ir fazer uma dilig ncia e portanto ou assumo a posi o que n o fa o mas quem sai a perder a fam lia e a crian a ou vou no meu carro um dilema n o mas esse eu tenho mais ou menos resolvido porque quando assim vou no meu Assumo os riscos portanto esse dilema cheguei a achar que tinha esses dilemas mas pronto continuo a ficar chateada revoltada manifesto sempre mas depois acabo por ir no meu mas n o devia ser assim claro CDE 77 Seguidamente a 3 3 4 Gest o de prioridades o dilema tico mais referido 31 Os t cnicos s o confrontados variadas vezes com processos que dever o ser resolvidos com a m xima urg ncia A problem tica desta situa o quando existem in meros processos com o mesmo grau de urg ncia Perante isto os trabalhadores t m que assumir arbitragens para definir quais os processos que v o ter prioridade face a todos os outros casos titulados como urgentes Agora eu penso para mim em vez de me preocupar com os casos do tribunal e com aquilo que o chefe mandou eu tento distinguir o que verdadeirament
23. complicado E por isso objetivo da supervis o um bocadinho apoiar os t cnicos na tomada de decis o Para al m dessa parte de valida o dos relat rios escritos e o que vai para tribunal n s tamb m apoiamos em todas as fases do processo portanto quando se est perante casos de grande complexidade e quando o t cnico nos pede ajuda tamb m podemos fazer interven o direta e acompanh los numa visita domicili ria que seja mais complicada fazer as entrevistas que s o mais complexas ou tem quest o mais complexas para o t cnico Ele ent o pode pedir apoio nessas situa es CDE 7 34 Os trabalhadores sociais t m constantemente variad ssimas situa es profissionais onde s o confrontados com dilemas ticos e perante isto a vida profissional pessoal e a sa de destes trabalhadores fica comprometida face ao confronto com todas estas situa es ticas Philippe 2011 Assim sendo para dar visibilidade aos impactos a que est o sujeitos estes trabalhadores surge a quinta categoria de primeira ordem 5 Efeitos do trabalho Esta categoria apresenta se dividida em tr s categorias de segunda ordem Consequentemente em cada categoria de segunda ordem s o comtempladas categorias de terceira ordem Ou seja o trabalho poder ter impactos ao n vel da interven o na vida da crian a e ao n vel da sa de e da vida pessoal dos trabalhadores Tudo isto pode ser apresentado da seguinte forma Tabela 2 Descri o d
24. crian a ou o jovem que est a ser v tima de maus tratos ou em risco a sinaliza o do caso pode ser considerado como identifica o de uma situa o ou uma suspeita de maus tratos Dependendo da gravidade da situa o ser o definidas estrat gias a utilizar e a entidade que se vai responsabilizar pelo caso Para al m disso existir uma avalia o e investiga o que obedecer o a um protocolo j estabelecido que deve ser definido caso a caso excluindo as situa es de emerg ncia correspondentes a casos urgentes que necessitam de uma prote o imediata A decis o relativamente ao processo de investiga o determina a necessidade de existir uma discuss o entre os diferentes profissionais que ir o trabalhar no mesmo processo Quando existem situa es de emerg ncia ou casos urgentes n o haver espa o para esta discuss o A elabora o do plano de interven o dever ser um procedimento transdisciplinar ou seja o plano ter de ser constru do com base nas informa es recolhidas do denunciante de outros profissionais da fam lia e da crian a ou jovem Acima de tudo o bem estar da crian a ou jovem tem que ser sempre a prioridade dos t cnicos tendo em considera o as suas necessidades e direitos n o esquecendo tamb m os direitos de todos os outros membros da fam lia Tudo isto levar ao diagn stico que n o deve causar danos ou stress acrescido para o menor atendendo ao que se concebeu como o superior interesse
25. da crian a O diagn stico uma tarefa exigente sobretudo quando necess rio definir em tempo til a resposta mais favor vel e eficaz a cada caso espec fico Depois de se realizar o diagn stico a defini o de medidas de promo o dos direitos e de prote o o passo seguinte Medidas estas que t m como objetivo principal afastar o perigo em que se encontra a crian a ou jovem reunindo todas as condi es necess rias ao seu bom desenvolvimento Nestas situa es procura se sempre 17 encontrar um equil brio entre as alternativas poss veis evitando a rutura com a fam lia se isto for entendido como a melhor op o para essa crian a ou jovem Por fim ser necess rio existir coordena o e acompanhamento de modo a monitorizar os resultados da avalia o e a efetiva aplica o das medidas de prote o definidas No decurso de todo este processo marcado por avan os e recuos os t cnicos realizam a sua atividade profissional em fun o das orienta es que t m para o exerc cio da sua atividade mas muito tamb m em fun o da sua pr pria experi ncia e do que consideram como o mais adequado na interven o caso a caso Magalh es 2005 Estas op es n o s o contudo isentas de valores nem assumidas de forma espont nea pelo contr rio s o ponderadas e sujeitas a debate Parent 1999 que por falta de um tempo para discuss o coletiva s o assumidas de forma individual e com uma carga mental n o
26. de tica por profiss o a 4 1 3 Lei 147 99 No entanto nesta subcategoria de terceira ordem 4 1 3 surgem duas subcategorias de ltima ordem 4 1 3 1 Desvantagens a Cessa o repentina dos benef cios da lei b Consentimento dos pais c Igual para todos d N o d resposta para todas as situa es e Recursos para executar a lei 4 1 3 2 Vantagens a Abertura de processos b Baliza c Retirada de crian as Para terminar surge ainda uma ltima categoria de terceira ordem denominada por 4 1 4 Superior interesse da crian a A partir da segunda categoria de segunda ordem 4 2 Estrat gias coletivas de apoio surgem tr s subcategorias de terceira ordem 4 2 1 Discuss o 4 2 2 Supervis o 4 2 3 Open Space Para terminar a descri o da quarta categoria de primeira ordem pode se referir que existe uma ltima subcategoria de segunda ordem denominada por 4 3 Estrat gias individuais Assim sendo esta apresenta dez subcategorias de terceira ordem 4 3 1 Abandono do posto de trabalho 4 3 2 Arriscar 4 3 3 Capa protetora 4 3 4 Esfor o pessoal 4 3 5 Encontrar equil brio 4 3 6 Experi ncia 4 3 7 Princ pios pessoais 4 3 8 Dar o seu melhor 4 3 9 N o levar trabalho para casa e por fim 4 3 10 N o trabalhar ao fim de semana Se uma pessoa est sozinha e com isto tudo nas m os e n o tem com quem partilhar e com quem realmente e n o poder pedir ajuda a ningu m pode ser muito
27. de trabalho 7 Quanto aos 2 2 2 Transportes os trabalhadores referem que as viaturas que o servi o da Seguran a Social disponibiliza s o insuficientes e os poucos autom veis existentes est o degradados e sem condi es que permitam fazer uma viagem em seguran a sim muitas vezes pedimos o carro mas n o est dispon vel porque h situa es priorit rias As viaturas s o muito poucas n o CDE 1 Pior do que isso s o as condi es de seguran a das viaturas que s o muito m s Porque acho que se tiv ssemos consci ncia eu acho que n s sabemos mas acho que inconscientemente n s ignoramos porque temos que fazer o trabalho n o O parque autom vel j muito velho n o h condi es e nem sempre temos viaturas para o prazo que temos que dar resposta independentemente de prazos CDE 2 deram me um carro a cair aos bocados completamente CDE 8 Relativamente ao 2 2 1 Constrangimento espa o de trabalho os trabalhadores referem que imposs vel trabalhar em Open Space ou seja trabalhar com 30 pessoas inseridas numa s sala Ter 30 numa sala h alturas que entramos de manh h pouca gente e a rent vel ao n vel da concentra o e tudo Mas quando est o 30 pessoas na sala a falarem ao telefone mais alto uns que os outros que nem por mal n o CDE 2 Philippe 2011 refere os trabalhadores sociais apresentam se com uma falta de recursos p
28. die pr prios 3 3 Prescrito da organiza o Vs 3 3 Prescrito da organiza o Vs Real da atividade X rea de Real da atividade atividade 3 4 P blico alvo de interven o 3 4 P blico alvo de interven o X rea de atividade 3 Que estrat gias s o empreendidas pelos trabalhadores do NIJ no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ticos a que a atividade de trabalho os confronta Identificar as estrat gias individuais e coletivas por eles empreendidas no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ticos a que a atividade de trabalho os confronta 4 Estrat gias desenvolvidas 4 1 Instrumentos de refer ncia 4 2 Estrat gias coletivas de apoio 4 3 Estrat gias individuais 4 1 Instrumento de refer ncia X Participantes 4 2 Estrat gias coletivas de apoio X Participantes 4 3 Participantes Estrat gias individuais X 4 Que efeitos comportam os dilemas e conflitos ticos a que est o expostos estes trabalhadores ao n vel da sua sa de e bem estar e da vida pessoal Estudar os efeitos dos dilemas e conflitos ticos no trabalho na sa de e na vida pessoal 5 Efeitos do trabalho 5 1 Interven o na vida da crian a 5 2 Ao n vel da Sa de 5 3 Ao n vel da vida pessoal 5 1 Interven o na vida da crian a X Participantes 5 2 Ao Participantes n vel da Sa de X 5 3
29. e a exposi o da verdade A segunda categoria est relacionada com a maneira como os profissionais gerem e administram as pol ticas e programas de bem estar social envolvendo aqui todas as quest es da gest o de recursos dispon veis o dever com as institui es com as quais trabalham Por fim a ltima categoria refere se aos problemas e dilemas ticos no que diz respeito ao relacionamento profissional entre colegas Este autor agrupa os problemas e dilemas ticos que elencou em duas categorias gerais problemas e dilemas ticos diretos e indiretos cit in Br gido 2011 Os problemas e dilemas ticos diretos est o diretamente relacionados com a presta o dos servi os destes trabalhadores aos indiv duos fam lias ou grupos Perante isto pode se afirmar que alguns surgem ao longo da pr tica da atividade de trabalho destes profissionais revelando se em quest es relacionadas com a confidencialidade e a privacidade Quanto confidencialidade sabe se que o trabalhador n o dever revelar a ningu m a informa o que recebeu do seu utente sem que o seu consentimento esteja assegurado Mas nem sempre ser f cil ou at mesmo poss vel para estes trabalhadores aplicar esta regra Muitas vezes ser o obrigados a quebrar a confidencialidade para proteger ou beneficiar um utente devido a ordens superiores como o caso do tribunal Ser o igualmente obrigados a quebrar confidencialidade durante a realiza o de uma supervis o ou acon
30. encontradas duas n o As vezes consegues outras vezes n o porque os casos n o t m tanta informa o elucidativa mas efetivamente tem que se tentar priorizar a idade das crian as a tipologia da sinaliza o e o tipo de suporte que a crian a tem Quando temos acesso a esse tipo de informa es o problema que s vezes n o temos n o CDE 3 3 4 P blico alvo de Aqui categorizam se as refer ncias relativas exist ncia de dilemas ticos associados ao p blico junto do qual os t cnicos do NIJ interv m na interven o sua pr tica profissional Por exemplo o uso de dados que s o confidenciais Aqui pode se verificar as refer ncias relativamente a dilemas Esses dados devem ser s usados para os casos E 10 3 4 1 Confidencialid ticos associados confidencialidade dos casos e das acho que se deve ter algum cuidado com o uso desses ade informa es dados confidenciais CDE 1 3 4 2 Conflitos de Interesses 3 4 2 1 Institui o Vs Crian a Aqui pode se verificar as refer ncias relativas s quest es ticas onde s o vis veis conflitos de interesses tanto ao n vel de Pais Vs Crian a bem como conflitos de interesse entre Institui o Vs Crian a h par metros derivados de qualidade que eu acho que estas crian as merecem o que dizia h pouco n o s o mercadorias nem objetos E portanto num
31. encontram se v rios constrangimentos que v o emergir e depois uma realidade muito din mica porque todos os casos que temos em institui es s o situa es muito complexas muito exigente para os t cnicos que l est o diariamente como a equipa educativa e geral Portanto a primeira tarefa n o desistir n o CDE 1 1 4 Rapidez da interven o Aqui surgem as refer ncias que dizem respeito necessidade de haver uma interven o r pida sendo esta considerada um constrangimento para os trabalhadores principalmente no acolhimento institucional eu tamb m trabalho com centros de acolhimentos tempor rios de crian as muito pequeninas e o nosso drama esse sermos muito r pidos mas tentarmos fazer uma interven o por exemplo para um beb que est em acolhimento institucional n s dizemos um m s que equivale a um ano na vida de um adulto Portanto n s sabemos que temos que ser r pidos e eficazes N o basta ser eficaz mas tamb m temos que ser r pidos portanto esta dupla preocupa o n o CDE 6 1 4 1 Tempo escasso Aqui insere se todas as refer ncias relativamente escassez de tempo para a realiza o do trabalho sentido pelos trabalhadores entrevistados N o tenho tempo para refletir nestas quest es que s o t o importantes N s somos humanos e trabalhamos aqui como m quinas sempre sempre a trabalh
32. equipas s o desafiadas a partilhar diversas compet ncias ao longo da sua pr tica profissional elaborar e executar planos de interven o informar e preparar os pais da crian a ou jovem para o cumprimento do plano de interven o informar e preparar a crian a ou o jovem e o seu agregado familiar para as fases de execu o da medida elaborar e manter atualizado o diagn stico da situa o da crian a ou jovem apoiar os pais e os familiares a quem a crian a ou o jovem esteja entregue promovendo o refor o das suas compet ncias para o melhor exerc cio das fun es parentais promover a intera o entre a crian a ou jovem e o agregado familiar e proceder ao acompanhamento e avalia o de cada uma das fases de execu o das medidas Instituto Seguran a Social I P 2012 Para que todos estes objetivos de trabalho sejam realizados eficazmente os trabalhadores podem legitimar o seu trabalho e a sua interven o com base nas leis existentes para a sua pr tica profissional como o caso da Lei de Prote o de Crian as e Jovens em Risco Lei 147 99 1 setembro 2001 Esta lei constitui uma ferramenta importante uma vez que estabelece um conjunto de princ pios orientadores na atua o profissional e institucional Reis 2009 2 Legisla o para a pr tica profissional 2 1 Contextualiza o Hist rica A partir do momento em que a crian a se desenvolvia fisicamente e j conseguia garantir a sua sobreviv ncia era inserida
33. interesses e aos seus direitos sem que nenhuma situa o acarrete consigo preju zo ou fatores desafor veis para a crian a ou jovem Relativamente ao princ pio da privacidade esta refere que a interven o dever ser implementada tendo em conta o respeito pela intimidade o direito imagem e reserva da vida privada da crian a e do jovem Para al m disso segundo a Lei 147 99 a interven o dever ser precoce toda a interven o planeada dever ser realizada de imediato assim que a situa o de perigo seja conhecida Ainda a interven o dever ser m nima toda a interven o deve ser implementada apenas pelas entidades e institui es destinadas a esse fim Contudo o princ pio da proporcionalidade e atualidade devem estar presentes uma vez que a interven o dever sempre ser pertinente e necess ria para aquela crian a ou jovem e adequada situa o de perigo em que se encontra no momento em que a decis o tomada A interven o s poder interferir na sua vida e na sua fam lia apenas quando for necess rio Quanto ao princ pio da responsabilidade parental a interven o dever ser exercida de modo a que os pais da crian a ou jovem assumam os seus deveres Dever salvaguardar se a preval ncia da fam lia ao n vel da promo o de direitos e da prote o da crian a e do jovem deve por m ser dada prioridade s medidas que integrem a sua fam lia ou que possam promover a sua ado o A Lei exige que
34. m os Mas por outro lado se participarem nas forma es v o ficar com o trabalho atrasado aumentando o volume de trabalho cada vez mais Esta op o entre participar ou n o participar para os trabalhadores do NIJ um dilema tico Eu sinto me muito dividida entre responder s solicita es e fazer o acompanhamento dos processos e depois ainda ter tempo para ir s forma es que eu tamb m gostava Mas depois se eu for forma o fica me o trabalho todo em atraso e depois tem que haver uma grande gest o s vezes prefiro n o ir porque vou fazer as coisas e sinto me mais aliviada mas tamb m sei que em termos profissionais e pessoais me prejudico por n o fazer forma o Mas se fizer o trabalho reduz me um bocadinho a ansiedade CDE 2 A participa o em forma es essencial pois segundo Peixoto e Reis 2010 se os trabalhadores n o tiverem forma o adequada e necess ria e se o tempo para a tomada de decis o n o for o suficiente ao estarem perante os problemas e dilemas ticos normalmente os trabalhadores ir o basear se nos seus valores pessoais para fazerem escolhas Al m disso mesmo parecendo contradit rio a literatura revela que os trabalhadores sociais ao serem constantemente confrontados com novos desafios na sua pr tica profissional referem a necessidade de apostar na forma o cont nua pois assim podem preservar e manter algum controlo sobre o seu trabalho Philippe 2008 Tabela
35. n s temos muitas vezes que lutar um bocado por isto porque a lei ainda d muitos direitos aos pais n o fam lia e aos pais biol gicos porque para alguns ju zes o que de sangue que tem de ser nasceu ali os la os de sangue tem muita import ncia para alguns ju zes Para outros j percebem que a crian a tem que ser vista de uma forma mais aut noma e os seus pais n o conseguem dar lhe as condi es que eles t m direito CDE 4 Como refere Salhi 2008 uma das quest es ticas que mais ocorre nesta atividade de trabalho a planifica o da interven o junto das crian as Esta interven o no menor pode ser realizada no seu meio natural de vida e n o separar a sua fam lia ou ent o planear uma interven o em que a crian a retirada aos seus pais Ora a tomada de decis o por uma destas op es existentes levanta um dilema tico a estes profissionais por um lado a interven o dever ser centrada na prote o da crian a mesmo que seus pais sejam contra Mas por outro lado dever privilegiar se uma interven o em que o menor permane a no seu meio natural de vida Segundo o estudo deste autor este um dilema que normalmente os trabalhadores revolvem agindo sempre segundo o superior interesse da crian a como valor absoluto Com toda esta an lise acerca dos dilemas ticos que atravessam a atividade profissional dos t cnicos do NIJ pode se afirmar que os dilemas ocorrem quando os trabalhadores
36. na pr pria sala com os 7 outros colegas do apoio t cnico o que fazemos com este menino Propomos retiradas CDE 4 N s temos que aqui tentar conversar n o porque ningu m dono da sabedoria tento defender o meu 6 parecer mas antes de o meu parecer ir para tribunal tento refletir e conversar com a equipa de apoio t cnico antes de enviar as avalia es finais E problema que se levanta chegar a um consenso mas pronto CDE 4 12 4 2 3 Open Space A equipa multidisciplinar um eufemismo muito bonito mas na pr tica cada pessoa tem distribu do 3 uma s rie de situa es A almofada que se tenta encontrar como s o equipas grandes aqui no Porto o que h muita troca de partilha com a pessoa que est ao lado CDE 7 4 3 Estrat gias Aqui inserem se todas as refer ncias relativamente s estrat gias individuais encontradas pelos t cnicos para colmatar as situa es ticas individuais encontradas 4 3 1 Abandono do agora os colegas que ndo aguentam isto pedem para posto de Sair e para ir para outras equipas porque sofrem ndo trabalho CDE 6 4 3 2 Quando para regressar fam lia a temos mais Arriscar receio se vai correr bem se vai correr mal Mas s vezes tamb m temos que experimentar CDE 2 Depois acaba se por se conseguir acaba se por tentar desligar h pessoas que depois acabam depois po
37. negligenci vel Indubitavelmente trata se de uma atividade de trabalho atravessada por debates de normas e de valores Schwartz 1997 Cunha 2011 Toda a atividade sempre um debate de normas Trata para aquele que realiza a atividade de um debate entre as normas antecedentes e uma tend ncia obriga o da pessoa a renormalizar Durrive amp Schwartz 2008 3 tica profissional e valores no trabalho Para que se consiga perceber o fen meno da tica profissional ser necess rio conhecer e definir dois conceitos fundamentais Valores e tica a partir deste dois conceitos que nasce a tica profissional assim sendo ser importante distingui los do ponto de vista concetual Banks 2008 3 1 Valores Os valores segundo Banks 2008 est o associados a cren as princ pios atitudes opini es ou prefer ncias religiosas morais culturais pol ticas ou ideol gicas Os valores centram se no que bom e desej vel No entanto os valores podem ser de tr s tipos pessoais sociais e profissionais Ora tanto os valores pessoais como os valores sociais podem n o ser partilhados por todos os membros que comp em um grupo profissional Os valores profissionais em contrapartida na medida em que orientam a a o dos indiv duos em contexto de trabalho as decis es assumidas n o se fazem no vazio ou com refer ncia apenas a valores pessoais sociais devem ser partilhados no seio do coletivo Dolgoff et al 2005
38. no mundo dos adultos Assim estas crian as trabalhavam e tinham o lazer tal como os adultos Considerava se a rua o local privilegiado para a transmiss o de valores e de saberes crian a A mis ria em que vivia a maioria da popula o bem como a instabilidade pol tica a doen a e morte da m e a doen a da crian a e a falta de leite materno eram alguns dos fatores explicativos que permitiam compreender a situa o vivida A igreja preocupada com esta situa o criou em Portugal institui es religiosas com o objetivo de acolher as crian as abandonadas Mota amp Matos 2008 Em meados de 1911 o Estado Portugu s elaborou a Lei da Inf ncia e Juventude devido ao aumento de menores desprotegidos e abandonados Br gido 2011 E em 1989 as Na es Unidas aprovam em Assembleia Geral a Conven o dos Direitos da Crian a Esta conven o foi ratificada em Portugal em 1990 Cinco anos depois d in cio a Reforma dos Direitos de 15 Menores tendo por base o disposto na Constitui o da Rep blica Portuguesa nas Conven es e Recomenda es Internacionais centrando a aten o na promo o da fam lia na responsabiliza o do Estado e da sociedade na prote o e promo o de direitos Todo este percurso permitiu reunir as condi es necess rias para a implementa o da Lei de Prote o de Crian as e Jovens em Risco Lei 147 99 no ano de 1999 Assim sendo esta Lei tem como objetivo central a promo
39. o dos direitos e a prote o das crian as e dos jovens em risco garantindo o seu bem estar e desenvolvimento integral Mota amp Matos 2008 2 2 Lei de Prote o de Crian as e Jovens em Risco Lei 147 99 1 setembro 2001 Antes de qualquer outra refer ncia ser importante referir que no quadro da Prote o de Crian as e Jovens em Risco a Lei 147 99 no seu artigo 3 considera que uma crian a ou jovem est em perigo quando se encontra abandonada ou vive entregue a si pr pria sofre maus tratos f sicos ou ps quicos ou v tima de abusos sexuais n o recebe cuidados adequados sua idade obrigada a exercer atividade ou a realizar trabalhos excessivos ou inadequados idade dignidade e situa o pessoal ou prejudiciais sua forma o ou desenvolvimento est sujeita de forma direta ou indireta a comportamentos que afetam gravemente a sua seguran a ou o seu equil brio emocional assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetam a sua sa de seguran a forma o educa o ou desenvolvimento sem que os pais o representante legal ou quem tenha a sua guarda de facto se lhes oponham de modo favor vel a remover esse situa o O sistema de interven o e de prote o de acordo com a Lei 147 99 artigo 4 ter de considerar determinados princ pios nomeadamente o superior interesse da crian a e do jovem ou seja a interven o ter de atender prioritariamente aos seus
40. o leitor externo a diferentes perce es sobre o caso em an lise N s temos que sair do quadrado como muitas vezes dizemos porque n s estamos muito focados e s vemos uma parte da realidade e a supervis o tem muito esse papel ver o que est de forma e ver o que quem est por dentro n o consegue ver A supervis o de relat rios quando falo de supervis o falo mesmo de supervis o externa A supervis o interna de relat rios que n s fazemos os meus colegas fazem e eu fa o tem precisamente tamb m esse objetivo ver de fora n o s vezes as pessoas conhecem t o bem t o bem a situa o ou acham que conhecem t o bem t o bem a situa o que mesmo a forma como escrevem para o tribunal quem v de fora n o tem a mesma perce o CDE 4 Por fim temos o 4 2 3 Open Space como estrat gia coletiva de apoio para ultrapassar as dificuldades encontradas face aos dilemas ticos Anteriormente o Open Space era visto pelos trabalhadores como um constrangimento espa o de trabalho mas agora visto de uma outra prespetiva Este tamb m pode passar por uma estrat gia coletiva de apoio pois segundo a opini o dos trabalhadores trabalhar em open space ajuda porque se uma colega tiver uma duvida e as pessoas acabam por isto tamb m faz com que se defina aqui um padr o de 51 comunica o E ajuda nos tamb m por exemplo a uma colega que tenha um modo de falar com as fam lias ou com as crian as e uma m
41. o tenho tempo para tudo porque os dilemas surgem quando n o h tempo para tudo porque se n s tiv ssemos tempo para fazer tudo n o t nhamos dilemas Mas quando h escolhas tem que se deixar alguma coisa para tr s E o problema ter que escolher entre duas coisas que s o as duas importantes e que tem as duas pertin ncia CDE 4 temos muito esses tipos de dilemas que temos que ir fazer uma dilig ncia e portanto ou assumo a posi o que n o fa o mas quem sai a perder a 3 3 3 Recurso Aqui pode se verificar as refer ncias relativas possibilidade fam lia e a crian a ou vou no meu carro um dilema 11 viatura pessoal de sair da institui o com uma viatura emprestada pela n o mas esse eu tenho mais ou menos resolvido seguran a social porque quando assim vou no meu Assumo os riscos portanto esse dilema cheguei a achar que tinha esse dilemas mas pronto continuo a ficar chateada revoltada manifesto sempre mas depois acabo por ir no meu mas n o devia de ser assim claro CDE 77 isso uma quest o muito dificil de gerir as vezes dentro da urg ncia devemos priorizar aquela que 3 3 4 Gest o de Aqui pode se verificar a categoriza o de refer ncias achamos que haver maiores indicadores de perigo 8 prioridades relativamente gest o de prioridades face a uma variedade de n o J nem tanto o risco porque o risco h nas urg ncias
42. que comportam e as estrat gias que empreendem para os contornar 25 Parte II M todo No mbito do estudo emp rico desta disserta o privilegiou se uma metodologia qualitativa atrav s da realiza o de entrevistas junto dos participantes do estudo Os m todos qualitativos s o um campo de estudos complexo uma fam lia interligada de termos conceitos e premissas onde todas as produ es cient ficas poder o ser interpreta es de interpreta es e a principal tarefa ser acima de tudo tirar o mais poss vel o sentido de uma situa o particular A investiga o qualitativa considerada uma abordagem interpretativa do pr prio sujeito em an lise Denzin amp Lincoln 1994 Assim sendo utiliza se nesta disserta o esta metodologia pois a que melhor poder dar resposta aos objetivos deste estudo pelo facto de ter nomeadamente como pressuposto a considera o do trabalho tal como desenvolvido em contexto real com a inten o de compreender o significado que o fen meno em an lise tem para os pr prios Janesick 1994 A ideia igualmente defendida por Lessard H ber Goyette e Boutin 2008 onde referem que os m todos qualitativos partilham um interesse fulcral atrav s dos significados atribu dos pelos protagonistas das situa es em an lise Para finalizar nos m todos qualitativos pode se encontrar uma variedade de estrat gias metodol gicas Denzin amp Lincoln 1994 Para este estudo foi
43. relatos dos jovens e das nossas crian as v o contra aquilo que suposto n o Daquilo que de esperar e gerir isto muito dif cil quando um jovem me conta determinada situa o que aconteceu em acolhimento institucional pede que n o conte isto pede me segredo pede que fique entre n s Eu n o posso e digo isto s crian as e jovens tentando que ele perceba eu n o posso O que contaste muito importante e relevante e digo manter entre n s o que disseste mas sabes que o meu trabalho garantir que tenhas uma maior qualidade de vida no local onde est s e vai haver coisas que temos que partilhar Logo 45 por a uma entreve e logo uma dificuldade de gerir isto porque as crian as e jovens come am a perceber isto e depois n o partilham comigo porque sabem que vou ter que partilhar com a institui o CDE 5 Quanto 3 4 7 Tomada de decis o este tamb m um dilema tico que atravessa a atividade de trabalho destes profissionais Todos os dilemas ticos exigem uma tomada de decis o sobre o caminho a seguir e as op es a tomar O importante ser perceber como que estes t cnicos tomam as suas decis es e como percebem que os caminhos que escolheram s o os mais corretos e os mais adequados pesar os pr s e os contras essa luta por vezes angustiante muito angustiante e h situa es n o digo que s o todas mas h muitas situa es que implicam decis es que v o mudar a vi
44. risos ir para casa e ir dormir E ao fim de alguns anos isto causa algum desgaste Um sentimento grande de cansa o e de desgaste Tamb m agora pouco toler ncia quando me contam situa es de trag dia l em casa n o consigo ouvir not cias tr gicas eu quero que n o me contem mais nada CDE 7 4 3 5 Ins nias Neste momento estou com ins nias e tem a ver com uma institui o que me est a dar gua pelas barbas risos CDE 2 4 3 6 Mem ria acho que n o porque depois nesta rea acabam se as sinapses risos falha a mem ria porque acho que h coisas que sinto no momento mas depois falha a mem ria e j foi CDE 2 4 3 Impactos na vida Surgem aqui todas as refer ncias relativamente aos impactos que os conflitos e dilemas ticos apresentam na vida pessoal dos trabalhadores pessoal 4 3 4 Fam lia n o vou dizer que o meu div rcio deveu se a isso mas ajudou porque sou muito exigente comigo e o trabalho de muita responsabilidade CDE 8 4 3 7 Pouca Tamb m agora pouco toler ncia quando me contam toler ncia situa es de trag dia l em casa n o consigo ouvir not cias tr gicas eu quero que n o me contem mais nada Porque eu sinto a minha cabe a muito cheia de todas estas vidas complicadas CDE 77 4 3 8 Trabalho em eu digo lhe haviam situa es me que andava durante casa o di
45. tendo se conseguido verificar as estrat gias mais utilizadas pelos trabalhadores ao longo da sua pr tica profissional e face aos discursos analisados foi poss vel agrupar os dados em tr s partes diferentes Por um lado tem se os 4 1 Instrumentos de refer ncias que servem de gui o utilizados pelos trabalhadores para atenuar o confronto com os dilemas ticos depois tem se as 4 2 Estrat gias coletivas de apoio e as 4 3 Estrat gias individuais utilizadas pelos participantes Nesta fase ser pertinente analisar cada grupo separadamente para melhor dar visibilidade s estrat gias utilizadas pelos participantes ao longo da execu o da sua atividade de trabalho Tabela 8 Estrat gias empreendidas Instrumentos de Refer ncia Total CDE 1 CDE2 CDE3 CDE4 CDES CDE 6 CDE7 CDES8 ae Manual t cnico SS 1 1 1 o 2 0 1 1 Superior interesse da crian a 0 1 0 0 2 0 1 C digos de tica por profiss o 1 0 il 1 0 1 0 0 Lei 147_99 1 0 0 0 0 0 0 0 2 Desvantagens Cessa o repentina dos 1 0 1 0 0 0 0 beneficios da lei Consentimento dos pais 0 0 0 1 0 0 0 0 2 Igual para todos 0 1 1 0 0 0 0 1 1 N o d resposta para todas 0 0 0 1 0 1 0 as situa es Recursos para executar a lei 0 0 1 0 0 1 0 0 4 Vantagens Abertura de processos 0 0 0 0 1 0 0 4 Retirada de crian as 0 0 0 0 0 0 0 2 Nota Analisado por Coding references 48 Como se po
46. uma diferente forma e interdisciplinar 5 7 seu trabalho deveria de haver uma s rie de regalias e de condi es que fossem mais favor veis ao desempenho destas fun es CDE 3 5 8 Sensibiliza o O diretor de n cleo portanto o que esta acima dela da chefia esse sim tem porque j foi t cnico direto e conhece bem e tem sensibilidade CDE 4 5 9 Trabalho mais trabalho interdisciplinar CDE 6 Anexo 5 Orienta o assumida para a an lise dos dados Quest es de investiga o Objetivos Espec ficos Sistema de Categoria Matrizes Queries 1 A que condi es de trabalho Analisar as condi es de 1 Carater sticas do trabalho 1 Carateristicas do trabalho est o expostos os trabalhadores do trabalho de trabalhadores no 2 Condi es de trabalho X NIJ setor da seguran a social NIJ 2 Condi es de trabalho Participantes 3 1 Identifica o com a hist ria 3 Tipo de dilemas pessoal Vs Caso em an lise X rea 3 1 Identifica o com a hist ria de atividade pessoal Vs Caso em an lise Analisar os debates de normas 7 3 2 Pr ticas profissionais dos pares 2 Que normas e valores regulam e de valores inerentes a Pe no 3 2 Pr ticas profissionais dos Vs Pr tica profissional dos pr prios interv m na atividade destes atividade destes 2 pares Vs Pratica profissional dos X Area de atividade trabalhadores trabalhadores
47. 7 Dilemas ticos P blico alvo de interven o Total Coding References Acolhimento institucional Apoio t cnico Confidencialidade Conhecimento dos casos Decis es do tribunal Elabora o dos relat rios Ser maior de idade Tomada de decis o Conflitos de interesses Institui o Vs Crian a 1 8 Pais Vs Crian a Nota Analisado por Coding references 44 Relativamente aos dilemas ticos presentes na interven o com o p blico alvo pode se salientar a 3 4 1 Confidencialidade a 3 4 7 Tomada de decis o as 3 4 3 Decis es do tribunal e por fim o conflito de interesse 3 4 2 2 Pais Vs Crian a Quanto 3 4 1 Confidencialidade existem situa es onde os t cnicos t m que ponderar as informa es a transmitir ao tribunal uma vez que os dados transmitidos poder o tornar se p blicos Outra situa o ser quando os jovens ou at crian as est o a descrever situa es graves onde os t cnicos n o poder o guardar confidencialidade pois a situa o coloca em risco a vida daquela crian a ou jovem Sabe se que o trabalhador n o dever revelar a ningu m a informa o recolhida mas nem sempre ser f cil ou at mesmo poss vel para estes trabalhadores porque ser o obrigados a quebrar a confidencialidade para assegurar a prote o ou para beneficiar uma crian a ou jovem devido a ordens superiores como o caso do tribunal Estes ser o ainda ob
48. Ao n vel da vida pessoal X Participantes
49. a o formal dos respons veis da institui o Para dar in cio recolha de dados junto dos participantes antes de iniciar as entrevistas foi solicitado o consentimento informado Este consentimento informado Cf Anexo 1 reuniu informa es sobre o estudo e sobre o princ pio de confidencialidade dos dados fornecidos Todas as entrevistas realizadas foram gravadas em formato digital de forma a salvaguardar com rigor o registo do conte do das mesmas 4 2 Procedimento de tratamento e an lise dos dados Para a an lise dos dados recolhidos foi utilizada a t cnica de an lise de conte do Os dados recolhidos at ao momento s o apenas dados brutos que s ter o sentido depois de analisados a partir de uma t cnica de an lise adequada A an lise de conte do um m todo de 29 an lise considerado por muitos como o mais adequado e o mais utilizado quando s o empreendidas as metodologias qualitativas Mozzato amp Grzybovski 2011 Segundo Bardin 2004 o objetivo da an lise de conte do compreender criticamente o significado dos discursos atrav s de um conjunto de t cnicas de an lise ou seja atrav s de procedimentos sistem ticos e objetivos na respetiva descri o dos conte dos do discursos Assim sendo o processo de tratamento e an lise de dados organizou se em tr s fases distintas Numa primeira fase procedeu se transcri o na ntegra das entrevistas realizadas aos participantes a partir das grava
50. a situa o particularmente desfavorecida e estarem privadas do direito fam lia e por isso tem o direito de estar nas institui es com a maior qualidade de vida CDE 5 3 4 2 2 Pais Vs Crian a E pronto n o foi isso que aconteceu E isso correu mal porque se est a investir em pais que n o ofereciam o m nimo de seguran a e o m nimo de perspetivas em que as coisas pudessem mudar e as crian as regressarem CDE 5 3 4 3 3 4 4 Decis es do tribunal Elabora o dos relat rios Aqui pode se encontrar a categoriza o de refer ncias sobre situa es ticas sentidas pelos trabalhadores face s decis es do tribunal Aqui pode se verificar a exist ncia de refer ncias relativamente a situa es ticas perante a forma de escrever dos profissionais Ele deu a ultima palavra e estava decidido n o havia mais nada a fazer O dilema o que agora n s fazemos Ser que ainda devemos ou acatamos a decis o ou se devemos ainda fazer ver n o Ou que n o pode ser assim mas s o quest es complicadas n o CDE 7 n s n o devemos apenas caraterizar as situa es por exemplo uma crian a apresenta se com falta de higiene na escola o juiz l aquilo e se n s der a ler a v rios ju zes cada um vai valorizar da sua forma O que o manual sugere e o que n s tentamos fazer bem sei que temos um olhar t cnico que carateriza a situa
51. a a recolher informa es e depois de noite fazia os relat rios para de manh ter tudo pronto CDE 1 6 Proposta de Surgem aqui a categoriza o de todas as refer ncias relativamente transforma o e melhoria do trabalho sugerida pelos trabalhadores do NIJ interven o 5 1 Falta de Mas eu que j estou nesta rea a sete anos cansa esperan a ouvir est em curso vai se ver CDE 2 5 2 Recursos Implicaria termos mais t cnicos na equipa para Humanos repartir o numero de trabalho CDE 2 mas tamb m n o podia ser qualquer gente Acho que tem de ser gente especial CDE 4 5 3 Forma o Mas em termos de forma o precis vamos muito mais de forma o claro que sim CDE 6 5 4 Hor rio de devia de ser pensado o hor rio de trabalho H trabalho reas que n o se ajustam por ser t o pesado E oito horas aqui eu acabo por sentir um cansa o CDE 2 5 5 Condi es de N s dev amos de ter e este trabalho exigia ter outras trabalho condi es CDE 4 5 6 Volume Certamente que tem mas agora mesmo quando n s trabalho nos queixamos muito porque todos n s gost vamos de ter menos processos CDE 6 num mudo ideal era de facto de as pessoas terem a possibilidade de ter menos processos CDE 4 Acho que n s dever amos ser trabalhadores que Prespetiva do dev amos ser olhados de
52. a atrav s dessas escolhas dessas op es e dessas decis es a empreender quotidianamente sendo estas estabelecidas em fun o das prioridades que traduzem os sistemas de valores e as exig ncias da atividade de cada t cnico Por esta raz o as mesmas condi es de trabalho n o s o perspetivadas de forma uniforme entre os T cnicos nem sempre da mesma forma por cada T cnico Exemplo disso a refer ncia s condi es f sicas de atividade o open space ora tido como um constrangimento para a execu o do trabalho ora constitui uma vantagem na resolu o de alguns dilemas ticos uma vez que favor vel discuss o dos processos entre colegas O ideal seria ent o disporem de salas de trabalho em formato open space mas com menos pessoas numa mesma sala Isto permitiria reduzir o ru do no trabalho mas continuaria a ser poss vel a discuss o e o debate de casos no seio do coletivo de trabalho O mesmo acontece relativamente forma o Por um lado esta imp e se muitas vezes como um conflito pois obriga a uma pondera o entre a participa o ou a perman ncia no local de trabalho procurando dar resposta ao volume de trabalho percebido como superior capacidade individual dos t cnicos Mas por outro lado os discursos destes trabalhadores refor am tamb m a import ncia que a forma o tem na resolu o de problemas concretos do seu dia a dia de trabalho Perante isto seria pertinente que a institui o asseguras
53. a categoria Efeitos no trabalho Categorias de Segunda Ordem Categorias de Terceira Ordem 5 1 1 Impacto a curto prazo 5 1 Interven o na vida da crian a 5 1 2 Impacto a longo prazo 5 1 3 Desconhece o impacto 5 2 1 Cansa o 5 2 2 Gripe 5 2 3 Medica o 5 2 4 Ritmo card aco acelerado 5 2 5 Ang stia 5 2 6 Ansiedade 5 2 7 Burnout 5 2 8 Grande desgaste 5 2 Ao n vel da sa de 5 2 9 Irritabilidade 5 2 10 Satura o 5 2 11 Stress 5 2 12 Tens o 5 2 13 Aten o 5 2 14 Concentra o 5 2 15 Esgotadas 5 2 16 Ins nias 5 2 17 Memoria 5 3 1 Familia 5 3 Ao nivel da vida pessoal 5 3 2 Pouca toler ncia 5 3 3 Trabalho em casa Tv As vezes j nem me lembro de almo ar depois chego a casa e a minha familia n o gosta muito porque eu chego cansada um bocado por a CDE 6 35 Para finalizar a descri o exaustiva do sistema de categorias constru do pode se referir a sexta e ltima categoria de primeira ordem 6 Propostas de interven o Ap s toda a revela o por parte dos participantes sobre as suas condi es de trabalho sobre os dilemas ticos a que s o confrontados sobre as estrat gias por eles desenvolvidos e sobre os efeitos que o trabalho provoca os participantes foram convidados durante as entrevistas a sugerir algumas propostas de interven o que consideram fundamentais Assim todas as informa es fo
54. a trabalhador tem sobre um trabalho bem feito o cora o da dedica o e empenho por parte dos trabalhadores Por m segundo o autor os trabalhadores sociais mencionam frequentemente o seu desconforto e insatisfa o na sua profiss o pois esta vai contra sua representa o de um trabalho bem feito Como consequ ncia de um elevado volume de trabalho os trabalhadores referem que o 1 4 1 Tempo escasso para as variad ssimas tarefas a realizar ao longo do seu dia de trabalho acabando por ver dificultada a reflex o sobre cada caso para posteriormente tomar uma decis o No estudo de Philippe 2011 os participantes referiram exatamente a falta de tempo para desempenhar adequadamente as tarefas de que s o respons veis tal como os trabalhadores do NIJ tamb m referem Num outro estudo verifica se que os trabalhadores sociais necessitam de tomar decis es de forma imediata n o deixando tempo nem energia para parar e refletir sobre cada situa o particular Rhodes 1991 cit in Br gido 2011 o que acontece precisamente com os t cnicos do NIJ porque se n s tiv ssemos mais tempo dispon vel para cada situa o e no meio disto tudo o tempo um grande constrangimento e temos que tentar gerir muito bem e um constrangimento aquela quest o de s vezes aplicar medidas e estrat gias que se tiv ssemos mais tempo para refletir sobre mais coisas poder amos at tomar outra decis o mediante a circunst
55. acilitamos n o E portanto n s temos aqui que desmontar ou achar que aqui uma coisa muito r gida n o Acho que ajuda a complementar e n o ver as coisas como senso comum CDE 1 3 2 Pr ticas profissionais dos pares Vs Pr tica profissional dos pr prios Aqui categorizam se as refer ncias relativas exist ncia de dilemas ticos associados pr tica profissional dos colegas de trabalho em compara o com a sua pr pria pr tica profissional perante uma mesma situa o n s temos perspetivas 3 2 1 Perspetivas Aqui pode se verificar as refer ncias relativamente a situa es diferentes e por isso que nas situa es mais 8 12 diferentes ticas onde existem perspetivas diferentes entre os colegas de complexas importante a discuss o e o ver de forma trabalho diferente e a supervis o muito importante CDE 4 Aqui tamb m o saber estar de cada um n o 3 2 2 Interfer ncia Aqui pode se verificar as refer ncias relativamente Pronto E quando algu m est mal disposto deixar 2 3 da atividade interfer ncia que o trabalho dos pares tem no trabalho dos estar deixar passar e pronto mas n o f cil porque dos outros t cnicos cada um tem o seu stress e se formos entrar todos aqui na mesma linha isto ia correr muito mal CDE 1 3 3 Prescri o da Aqui categorizam se as refer ncias relativas exist ncia de dilemas ticos a
56. ade Condi es de trabalho 2 1Volume de trabalho 2 2Falta de recursos 2 2 1 Constrangimento espa o de trabalho 2 2 2 Transportes 2 3 Tribunais 2 3 1 Amea a de multas 2 3 2 Humilha o 2 4 Condi es f sicas Tipos de dilemas 3 1 Identifica o com hist ria pessoal Vs Caso em an lise 3 1 2 Maternidade 3 2 Pr ticas profissionais dos pares Vs Pr tica profissional dos pr prios 3 2 1 Perspetivas diferentes 3 2 2 Interfer ncia da atividade dos outros 3 3 Prescrito da organiza o Vs Real da atividade 3 3 1 Forma o 3 3 2 Organiza o dos processos 3 3 3 Recurso viatura pessoal 3 3 4 Gest o de prioridades 3 4 P blico alvo de interven o 3 4 1 Confidencialidade 3 4 2 Conflitos de interesses 3 4 2 1 Institui o Vs Crian a 3 4 2 2 Pais Vs Crian a 3 4 3 Decis es do tribunal 3 4 4 Elabora o dos relat rios 3 4 5 Conhecimento dos casos 3 4 6 Ser maior de idade 3 4 7 Tomada de decis o 4 Estrat gias desenvolvidas 4 1 Instrumentos de refer ncia 4 1 1 Manual t cnico SS 4 1 2 C digo de tica por profiss o 4 1 3 Lei 147 99 4 1 3 1 Desvantagens a Cessa o repentina dos benef cios da lei b Consentimento dos pais c Igual para todos d N o d resposta para todas as situa es e Recursos para executar a lei 4 1 3 2 Vantagens a Abertura de processos b Baliza c Retirada de crian as 4 1 4 Superior interesse da crian a 4 2 Estrat gias coletivas de apoio 4 2 1 Discuss o 4 2 2
57. aixa et ria que n s podemos mant lo em acolhimento familiar at aos 24 anos S que a partir do momento em que ele faz 24 anos cessa e o problema que o rapaz est no terceiro ano de arquitetura Todos estes anos de investimento numa medida de acolhimento familiar e agora por um ano ou ano e meio n s vamos cessar porque a lei assim o obriga e ele vai ficar um ano e meio que ainda n o tem capacidade de autonomia ele acaba quase por perder tudo o que est para tr s aquele investimento todo n o E aqui que a lei n o tem patamares CDE 3 Tabela 9 Estrat gias empreendidas Estrat gias coletivas de apoio Total Coding CDE 1 CDE 2 CDE 3 CDE 4 CDE 5 CDE 6 CDE 7 CDE 8 References Discuss o 1 1 A 2 1 1 Open space 0 0 1 0 0 1 1 0 12 Supenisio OI O o J O Nota Analisado por Coding references Como poss vel verificar a estrat gia coletiva de apoio mais referida pelos participantes a 4 2 1 Discuss o 50 Todos os t cnicos do NIJ t m a possibilidade de discutir os seus processos com a equipa de Apoio T cnico Esta equipa espec fica desta institui o N o existe nenhuma outra estrutura da Seguran a Social no nosso pa s que apresente uma equipa assim organizada 50 Segundo Dolgoff et al 2005 alguns profissionais poder o ter oportunidade de consultar alguns colegas ou supervisores ou at mesmo pensar nas poss veis op es existentes para so
58. alho a que est o expostos os trabalhadores do NIJ todas as informa es reveladas pelos participantes foram inseridas na categoria de primeira gera o 2 Condi es de trabalho por m esta dividida em quatro subcategorias de segunda ordem 2 1 Volume de trabalho 2 2 Falta de recursos 2 3 Tribunais e 2 4 Condi es f sicas A partir da categoria de segunda ordem 2 2 Falta de recursos surgem duas categorias de terceira ordem nomeadamente a 2 2 1 Constrangimento espa o de trabalho e a 2 2 2 Transportes De igual forma a categoria de segunda ordem 2 3 Tribunais subdividida em duas categorias de terceira ordem 2 3 1 Amea a de multas e a 2 3 2 Humilha o 31 Mas Todos esses constrangimentos desde a falta de meios recursos mesmo aqui no local de trabalho condiciona um bocadinho mas acabamos por ir resolvendo n o CDE 77 Na pr tica profissional destes trabalhadores sociais eles podem ser confrontados com quest es ticas problemas ticos e dilemas ticos Assim para perceber que dilemas ticos atravessam a atividade profissional dos trabalhadores do NIJ todas as informa es dadas pelos participantes sobre esta tem tica foram organizadas na terceira categoria de primeira ordem do sistema integral de categorias deste estudo A categoria de primeira gera o 3 Tipos de dilemas encontra se subdivida em quatro categorias de segunda ordem 3 1 Identifica o com a hist ria p
59. aneira menos convencional ou que n s achamos que seja menos adequada isso rapidamente se ela est a ter uma conversa ou telefone atr s e eu estou a ouvir a conversa dela toda e n o estou a gostar da forma como ela est a falar se calhar vou de uma forma indireta tamb m pode trazer problemas entre n s mas uniformiza s vezes achamos que no open space ningu m est a ouvir as nossas conversas mas est e aquelas situa es desadequadas e com o abuso de poder ou a utiliza o de linguagem menos adequada Acho que o facto de trabalharmos em open space faz com que as pessoas percebam que h linhas da forma como falamos para os outros o respeito com que nos dirigimos aos outros e se o outro nos desrespeitar dizer que n o vamos continuar a falar assim e dizer que se continuar vou ter que desligar o telefone Acho que n s vamo nos formando uns aos outros n o CDE 6 Tabela 10 Estrat gias empreendidas Estrat gias individuais Total CDE 1 CDE2 CDE3 CDE4 CDE5 CDE6 CDE7 cops Coding References do Abandono do posto de trabalho 0 1 0 0 0 2 7 Arriscar 0 1 0 EE 0 0 0 0 9 Capa protetora 0 0 1 0 1 0 0 0 6 Dar o seu melhor 0 0 0 1 0 0 Encontrar um equil brio 0 0 0 0 0 1 0 0 3 Bsr pesa 0 o o o o RO o Experi ncia 0 l 0 l o o e N o levar trabalho para casa 0 0 0 0 0 0 6 N o trabalhar ao fim de semana 0 0 0 0 0 1 0 9 Principios pessoais 0 0 0 0 0 0 0 6 Nota Analisado por
60. ar N s n o somos m quinas somos humanos Depois outro dilema que parece que somos obsessivos s pensamos no trabalho trabalho nem paramos um bocadinho para falar com o colega n o se faz hora de almo o n o se consegue CDE 1 Encontram se aqui as refer ncias que est o ligadas grande Quando chegamos c nunca se sabe o que vai Imprevisibilidade imprevisibilidade no trabalho dos participantes Para eles esta acontecer Porque n s trabalhamos s com 1 5 imprevisibilidade vista como uma carater stica do seu problemas Todos os processos s o um problema 1 trabalho Portanto h uma grande imprevisibilidade que leva a um alerta constante CDE 4 Aqui pode encontrar se a categoriza o de todas as refer ncias que dizem respeito s condi es de trabalho dos participantes desde das 2 Condi es de trabalho condi es f sicas do trabalho constrangimentos no trabalho exig ncias no trabalho humilha o dos tribunais open space prazos dos tribunais tempo escasso limita es nos transportes e o elevado volume de trabalho Volume de Aqui categorizam se todas as refer ncias relativamente ao como volume de trabalho que n s temos eu s vezes 21 trabalho elevado volume de trabalho sentido pelos trabalhadores ao sinto muita carga CDE 2 12 longo da sua atividade de trabalho Mas Todos esses constrangimentos desde da falta 2
61. ara a sua sobreviv ncia Assim sendo a Seguran a Social poder ser classificada como mais um mecanismo de combate pobreza Andrade 2001 1 1 Seguran a Social V rios s o os trabalhadores sociais que prestam servi o profissional para a Seguran a Social A Seguran a Social corresponde a um sistema que visa assegurar os direitos b sicos e a igualdade de oportunidades a todos os cidad os favorecendo o seu bem estar e preservando a coes o social e territorial de todos os que residem ou exercem atividade profissional num determinado territ rio Garantir a concretiza o do direito seguran a social promover a melhoria sustentada das condi es e dos n veis de prote o social e o refor o da respetiva equidade e promover a efic cia do sistema e a efici ncia da sua gest o s o os objetivos priorit rios estabelecidos Instituto Seguran a Social I P 2012 Parece importante referir que em Portugal a bibliografia dispon vel sobre esta mat ria recai de forma privilegiada sobre os que beneficiam da Seguran a Social esquecendo a dimens o trabalho e o ponto de vista dos trabalhadores cuja atividade contribui para a concretiza o dos objetivos supracitados precisamente neste mbito que se justifica a pertin ncia deste estudo que tem como objetivo analisar o trabalho dos t cnicos do N cleo de Inf ncia e Juventude privilegiando o ponto de vista de cada trabalhador sobre a sua atividade de trabalho
62. ara responder satisfatoriamente aos variad ssimos problemas com que se deparam tal como debatido entre os t cnicos do NIJ Na perspetiva de um outro autor estes profissionais na maioria das vezes n o t m recursos suficientes para realizar corretamente o trabalho pelo que s o respons veis Reamer 2006 cit in Brigido 2011 tal como referido mais uma vez pelos trabalhadores do NIJ Toda esta situa o faz com que os trabalhadores tenham que tomar decis es de acordo com os recursos que t m Todo este cen rio e todas estas condi es de trabalho a que os trabalhadores do NIJ est o expostos leva os t cnicos a tomarem decis es complicadas Reamer 2006 cit in Br gido 2011 que poder o passar muitas vezes por conflitos e dilemas ticos no trabalho 39 existindo a necessidade de perceber que normas e que valores orientam e regula o da sua atividade profissional Quest o de Investiga o2 Que normas e valores interv m e regulam a atividade destes trabalhadores Para analisar as normas e valores que interv m e regulam a atividade de trabalho destes trabalhadores do NIJ utilizou se a categoria de primeira ordem 3 Tipo de dilemas incluindo todas as subcategorias emergentes da categoria de primeira ordem A partir da conseguiu se verificar quais os dilemas ticos mais salientes nos dom nios de atividade onde se inserem os participantes do estudo Com a leitura da literatura existente sobre a tem tica e
63. as individuais Davezies 2012 Efetivamente cada vez mais os trabalhadores s o diariamente confrontados com a necessidade de tomar decis es que t m um conte do tico Alguns profissionais poder o ainda ter a oportunidade de consultar alguns colegas ou supervisor ou at mesmo pensar nas poss veis op es existentes para solucionar o caso Mas na maioria das vezes os profissionais t m de tomar decis es que convocam dimens es ticas sozinhos mesmo os mais complexos e sob constrangimento de tempo Dolgoff et al 2005 cit in Br gido 2011 4 Dilemas ticos na pr tica profissional dos trabalhadores sociais A tica profissional constitu da por valores que formam a identidade profissional de cada trabalhador Ou seja a atividade profissional praticada baseada nos princ pios ticos existentes Philippe 2011 Assim a tica profissional frequentemente otimizada atrav s de c digos de tica onde fazem parte esses princ pios ticos e as regras de conduta profissional Br gido 2011 Alguns trabalhadores sociais s o confrontados na sua pr tica profissional com um c digo de tica que expressa a consci ncia profissional e serve como intercess o entre os saberes te rico metodol gicos e os limites da pr tica profissional Peixoto amp Reis 2010 Esta tica ajuda a proteger os trabalhadores nas suas maiores dificuldades profissionais O guia tico que estes trabalhadores possuem pode ser considerado o cora
64. ativas s quest es e dilemas ticos inerentes atividade de trabalho dos t cnicos do NIJ entrevistados Refere se ent o os dilemas ticos associados hist ria pessoal do trabalhador associados s pr ticas profissionais dos colegas de trabalho associados prescri o da organiza o e por fim quest es e dilemas ticos associados ao p blico com o qual interv m os trabalhadores 3 1 Identifica o com hist ria pessoal Vs Caso em an lise Aqui categorizam se as refer ncias relativas exist ncia de dilemas ticos associados identifica o dos casos em an lise com a pr pria hist ria pessoal do trabalhador 3 1 1 Maternidade Mas eticamente hum at nos pode ajudar a refletir N s tentamos separar mas at podem ajudar Aqui pode se verificar as refer ncias relativamente a situa es pela positiva E o facto de ser m e e de lidar com os ticas onde a maternidade foi alvo de identifica o pessoal dos nossos filhos adolescentes e com algumas fases pode 6 10 trabalhadores at ajudar nos a perceber determinados comportamentos das crian as e jovens E a experiencia de ser m e ajuda porque s vezes tem se estas quest es muito te ricas n o Por muito que se cumpra os hor rios de sono de alimenta o os meninos com este idade devem j dormir na sua cama pois bem sabemos que n o assim porque at h uma noite mal dormida e que f
65. controlo Todos estes trabalham dentro de um conjunto onde partilham valores cujo objetivo dar especial import ncia mudan a individual e social ao respeito pela diversidade e pela diferen a e por fim optar por uma pr tica participativa incentivando sempre responsabilidade Neste sentido ao longo deste enquadramento te rico ser utilizado o termo trabalhador social como termo geral para indicar os profissionais envolvidos em profiss es do trabalho social Banks 2008 Para que fosse poss vel o desenvolvimento do trabalho social teve que existir um processo de desenvolvimento do Estado social uma vez que o trabalho social assume por exemplo uma parte do papel emancipat rio e protetor do Estado relativamente aos grupos de pessoas que por diversas raz es sofrem de d fice de integra o Castel 2012 No estudo de Castel 2012 sobre o Estado Provid ncia e o trabalho social em Fran a distinguem se dois grandes per odos o primeiro per odo surge no fim da Segunda Guerra Mundial at meados dos anos 1970 Este tempo caraterizado por um desenvolvimento das estruturas do Estado e por uma promo o do trabalho social cl ssico que se inscreve no plano de desenvolvimento do Estado Social o segundo per odo estende se pelos anos de 1970 at aos dias de hoje sendo o trabalho social cl ssico profundamente afetado pela crise que atravessa o nosso quotidiano Assim o trabalho social come a a funcionar como um auxiliar de
66. cos a que a atividade de trabalho os confronta e por fim a an lise dos impactos efeitos percebidos do confronto com os dilemas ticos na atividade profissional com o objetivo de identificar os efeitos que comportam os dilemas e conflitos ticos a que est o expostos estes trabalhadores ao n vel do trabalho da sua sa de e bem estar e da vida pessoal Finalmente a ltima parte do gui o de entrevista explorou alternativas ou formas de minimizar os conflitos e dilemas ticos ou o que poderia ser feito na institui o para atenuar tais situa es Para concluir nesta terceira parte pretendeu se ainda fazer um balan o do que foi dito ao longo de toda a entrevista e perceber se o participante gostaria de acrescentar algum aspeto que n o fosse referido 4 Procedimentos 4 1 Procedimento de recolha de dados Para que a recolha de dados em contexto real fosse autorizada pela Seguran a Social foi requerida autoriza o formal atrav s de uma descri o exaustiva do Projeto da Disserta o de Mestrado Posteriormente este projeto foi submetido Dire o do Instituto Seguran a Social Depois de concedida esta autoriza o as entrevistas foram agendadas para as duas ltimas semanas do m s de fevereiro de 2014 Todas as entrevistas foram realizadas na institui o em an lise Seguran a Social I P numa sala reservada para o efeito As entrevistas foram conduzidas durante o hor rio de trabalho dos participantes com autoriz
67. crian as e jovens Coimbra Quarteto Mota C amp Matos P 2008 Adolesc ncia e institucionaliza o numa perspetiva de vincula o Psicologia amp Sociedades 20 3 367 377 Mozzato A amp Grzybovski D 2011 An lise de conte do como t cnica de an lise de dados qualitativos no campo da administra o potencial amp desafios ANPAD 15 4 731 747 Parent P 1999 Les interventions aupr s de familles Questions thiques soulev es au sein des pratiques Les Cahiers de V Actif 276 277 63 Peixoto M amp Reis J 2010 Reflex o tica e exerc cio profissional do assistente social na contemporaneidade uma an lise contextualizada na secional de Uberl ndia conselho regional de servi o social Revista da Cat lica 2 3 287 296 Philippe M 2008 L intensification du travail une atteinte P thique professionnelle des travailleurs sociaux Informations Sociales 159 182 Philippe M 2011 De thique professionnelle des travailleurs sociaux Informations Sociales 167 123 130 Reis V 2009 Crian as e jovens em risco Contributos para a organiza o de crit rios de avalia o de fatores de risco Tese de doutoramento publicada Faculdade de psicologia e ci ncias da educa o de Coimbra Coimbra Portugal Salhi N 2008 Dilemmes en protection de l enfance les dimensions thiques des suivis em AEMO judiciaires Vie Sociales 2 65 73 Schwartz Y
68. cuja resolu o nem sempre evidente ou f cil de conseguir Assim sendo esta primeira fase de investiga o permitiu um olhar por detr s da fachada Gu rin Laville Daniellou Duraffourg amp Kerguelen 2001 permitindo avan ar para uma segunda fase do estudo agora com o objetivo de compreender especificamente quais os conflitos e dilemas ticos que atravessam a atividade profissional dos trabalhadores do NIJ e que efeitos comportam ao n vel do trabalho da sa de e da vida pessoal destes trabalhadores Para isso foi adotada uma metodologia qualitativa onde os dados recolhidos atrav s da realiza o de entrevistas aprofundadas a oito participantes foram analisados com o aux lio do software inform tico Nvivo vers o 9 Este estudo est dividido em quatro grandes partes o enquadramento te rico a metodologia do estudo a an lise e discuss o dos resultados e as conclus es reflex es finais No enquadramento te rico s o abordadas as principais bases te ricas e conceptuais sobre a tem tica em estudo No m todo especificada a metodologia utilizada os objetivos espec ficos do estudo e as respetivas quest es de investiga o os participantes do estudo a carateriza o do instrumento concebido para a recolha de dados e por fim os procedimentos de recolha de tratamento e an lise dos dados Na terceira parte deste estudo surge a descri o do sistema de categorias emergente a partir da an lise dos dados e seg
69. da daquelas pessoas CDE 8 que s vezes h situa es que n o t m solu o boa em que a vida dos mi dos est condicionada e que qualquer coisa que se lhe possa propor sabemos que n o tem bom progn stico e tamb m complicado e causa nos dilemas saber que para aquela crian a ou jovem n o temos solu o mais indicada portanto s vezes a d vida entre ficar na fam lia ou ser acolhido n s sabemos que na fam lia ele n o est bem e depois pensamos no sistema que temos institucional e sabemos que tamb m tem muitas car ncias e falhas e que n o bom e portanto n s temos dilemas desses ou seja o que melhor para ele sabendo que nenhuma das op es suficientemente boa CDE 7 Um outro dilema tico que se torna saliente s o as 3 4 3 Decis es do Tribunal face aos processos trabalhados pelos t cnicos Muitas vezes os tribunais n o concordam com as decis es propostas pelos t cnicos e prop e novas decis es Para estes t cnicos estas situa es s o verdadeiros dilemas ticos pois n o sabem como agir e o que fazer ap s a decis o decretada pelo tribunal mesmo tendo consci ncia que a decis o tomada pelo Tribunal poder n o ser mais adequada O tribunal deu a ultima palavra e estava decidido n o havia mais nada a fazer O dilema o que agora n s fazemos Ser que ainda devemos ou acatamos a decis o ou se devemos ainda fazer ver n o Ou que n o pode ser assim
70. de constatar na Tabela acima apresentada um dos instrumentos de refer ncia mais utilizados para colmatar alguns dilemas ticos o 4 1 1 Manual T cnico SS Este Manual T cnico da Seguran a Social vai dando dicas e orienta es no sentido em que as pessoas procedam de forma a n o ultrapassar regras b sicas porque um t cnico que vai a uma institui o com um mandato do tribunal ou que vai a casa de uma fam lia com um mandato do tribunal leva um poder n o E a forma como se usa esse poder tem que ser muito bem medido e pensado CDE 4 Al m disso o Manual T cnico regula e orienta essas quest es metodol gicas e ticas CDE 5 No entanto muitos t cnicos acabam por n o o consultar uma vez que a falta de tempo e o volume processual s o bem vis veis n s podemos ler mas na pr tica n o d para fazer n o Nem d para intervir de acordo porque o volume processual n o permite n o N o d para o seguir primeiro avalia o diagn stica depois o processo de relat rios CDE 2 tamb m vis vel a refer ncia ao 4 1 4 Superior interesse da crian a Quando um t cnico necessita de tomar determinadas decis es face a um caso este tenta sempre que a decis o seja baseada naquilo que poder atender ao superior interesse da crian a pois este ser o princ pio norteador do nosso trabalho CDE 4 Ser importante salientar agora uma defini o deste conceito que um dos trabalhadores
71. destes conceitos apresenta um significado singular As quest es ticas s o todas as situa es que apresentam algum conte do tico mesmo que n o impliquem qualquer dilema moral Os problemas ticos surgem quando os trabalhadores se encontram perante uma situa o que envolve uma decis o moralmente dif cil a 21 ser tomada mas que se sabe que essa a decis o mais correta a ser aplicada Banks 2008 Os dilemas ticos ocorrer o quando os trabalhadores t m de fazer escolhas perante duas ou mais dire es ticas pertinentes mas contradit rias ou quando todas essas dire es ticas resultam em consequ ncias indesejadas para uma ou mais pessoas Dolgoff et al 2005 cit in Br gido 2011 4 3 Situa es de confronto com dilemas ticos na pr tica profissional No decorrer da pr tica profissional dos trabalhadores sociais as quest es ticas ocorrem com frequ ncia Uma das quest es ticas que pode ocorrer a planifica o da interven o junto das crian as A interven o no menor pode ser realizada no seu meio natural n o o retirando da fam lia ou ent o planear uma interven o em que a crian a retirada dos seus pais A tomada de decis o por uma destas interven es levanta um dilema tico nos profissionais por um lado a interven o dever ser centrada na prote o da crian a mesmo que os seus pais sejam contra Mas por outro lado dever privilegiar uma interven o em que o menor est
72. do da restitui o dos primeiros dados da investiga o em meados de outubro do ano 2013 Algumas das interven es sugeridas durante a restitui o v o ao encontro das propostas referidas neste estudo mas existem outras que n o foram evidenciadas atualmente e que ser importante ter em conta numa interven o futura como por exemplo Tabela 13 Outras propostas dadas pelos trabalhadores Nas visitas domicili rias irem pelo menos dois t cnicos e n o apenas um Integra o de um servi o de medicina do trabalho Haver mais mobilidade de trabalhadores ou seja rotatividade Dar visibilidade do trabalho junto de Minist rio da Justi a Possibilidade de existir videoconfer ncia com os tribunais 59 Conclus o No decurso deste trabalho tornou se evidente que a atividade dos trabalhadores do NIJ pelo que constitui a especificidade mesmo do seu objeto de interven o confronta os com dimens es ticas que fazem debate na medida em que n o bvia a melhor op o a assumir no contexto de cada situa o concreta Mas as condi es em que a atividade destes trabalhadores exercida acaba por potenciar as situa es de conflito que obrigam sempre a arbitragens e n o raras vezes responsabiliza o individual As decis es tomadas e as escolhas feitas s o ent o baseadas nas condi es de trabalho e nos recursos de que disp em os trabalhadores E por isso o trabalho encontra a tic
73. e importante de acordo com o meu crit rio de prioridades e o que priorit rio para mim a situa o em si A urg ncia daquela situa o a import ncia daquela situa o n o porque o meu chefe disse ou porque o tribunal quer mas a especificidade da situa o Eu defino as minhas pr prias prioridades e isso faz me sentir bem comigo pr pria Porque eu estou a fazer isto n o porque o meu chefe mandou nem porque o tribunal quer mas porque da minha avalia o isto mesmo muito importante CDE 6 isso uma quest o muito dificil de gerir s vezes dentro da urg ncia devemos priorizar aquela que achamos que haver maiores indicadores de perigo n o J nem tanto o risco porque o risco h nas duas n o s vezes consegues outras vezes n o porque os casos n o t m tanta informa o elucidativa mas efetivamente tem que se tentar priorizar a idade das crian as a tipologia da sinaliza o e o tipo de suporte que a crian a tem Quando temos acesso a esse tipo de informa es o problema que s vezes n o temos n o CDE 3 43 Para terminar ap s estes dois dilemas ticos maioritariamente referidos pelos participantes surge uma terceira situa o igualmente referida nomeadamente a quest o da participa o em 3 3 1 Forma es 15 Ora por um lado a participa o nas forma es essencial para adquirirem mais conhecimentos e para refletirem sobre os casos que t m em
74. ebater estas situa es de trabalho sob pena do seu sil ncio por em causa a sa de e o bem estar destes profissionais Palavras Chave Trabalho Social Condi es de trabalho Conflitos e Dilemas ticos e Impactos na sa de e na vida pessoal Abstract The present study aims to comprehend the conflicts and ethical dilemmas that cross through the professional activity from NIJ workers and which are the implications in their work health and personal life For that reason it was chosen a qualitative methodology through the conduction of interviews to eight participants of the Promotion and Protection service from the Social Security Institute from the district of Porto The data evaluation proved that according to the level of working conditions almost all participants referred the work amount as one of the main inhibition of their activity According to the ethical dilemma these were divided in four groups ethical dilemmas related to the identification of the worker personal background history ethical dilemmas associated with professional practices of pairs ethical dilemmas related to organization as well as ethical dilemmas related to the target audience of the intervention The confrontation with ethical dilemmas leads workers to carry out some strategies to solve or diminish this kind if situations The development of collective support strategies team discussion the use of reference tools the technician manual and the
75. eja inserido no seu meio natural de vida Caso a fam lia do menor tenha as condi es necess rias e o menor estiver exposto ao risco este antes de ser retirado para uma institui o de acolhimento ficar com um membro da fam lia que lhe seja mais pr ximo e que re na as condi es necess rias para o acolhimento do melhor Salhi 2008 Segundo Salhi 2008 ser fundamental que todas as interven es planificadas privilegiem o superior interesse da crian a Mas cada vez mais a sua prote o e os seus cuidados est o sobrestimados para dar nfase liga o pais crian a O bem estar e o desenvolvimento da crian a parecem desaparecer para se olhar agora a fam lia e a liga o com a crian a Num estudo conduzido em 2008 em Paris Salhi tentou olhar para o ponto de vista destes profissionais quando confrontados com este dilema tico A partir deste estudo verificou que os trabalhadores agem segundo o interesse da crian a como valor absoluto por isso em muitas situa es os profissionais levantam a quest o devemos continuar a interven o com a crian a inserida na sua fam lia ou devemos afast la Ao longo do estudo o autor conseguiu elencar algumas das situa es onde a quest o levantada Johan uma crian a de 13 anos que tem grandes problemas de comportamento relacionados com uma rela o de incesto com a sua m e Apesar da gravidade das consequ ncias sentidas pela crian a uma s rie de fatores impediu a t
76. ela Figura 1 um grande leque de efeitos na sa de representado nos discursos dos participantes mesmo se este n o um tema abordado pela bibliografia nesta mat ria estudada Pode se dar nfase a quatro efeitos na sa de que se apresentam mais referidos pelos participantes 5 2 1 Cansa o 5 2 8 Grande desgaste 5 2 16 Ins nias e por fim a 5 2 5 Ang stia Quando ao 5 2 1 Cansa o pode se verificar que chegar ao final do dia e sentir que n o tenho energia para outras situa es CDE 2 Tudo se torna cansativo porque as vezes estou a fazer o relat rio toca o telefone pronto interrompe sempre cansativo e o que mais me cansa ver que as coisas n o me saem das m os Ou estou a fazer o relat rio e aparece uma urg ncia Deixa se aquilo e volta se a pegar CDE 2 Relativamente ao 5 2 8 Grande desgaste pode se concluir que esta uma atividade de trabalho caraterizada pela exist ncia de uma tarefa rdua e que preciso estar sempre a relembrar porque muito desgastante CDE 1 Os trabalhadores com o passar dos anos sentem se desgastados sem energia devido ao cansa o que sentem tenho a sensa o que isto desgasta e com o tempo sinto desgaste e sentimento de cansa o Eu ainda sou nova e j me sinto muito cansada e muito desgastada e um cansa o que me tira energia suga nos muita energia Porque trabalhamos muito mais do que as oito horas e o s bado e o domingo muitas vezes
77. entativa de separa o m e filho Salhi 2008 p 67 tradu o livre Micka l tem tr s anos e apresenta se com atos de abuso dos seus pais Ap s um ano e apesar do perigo das rela es familiares principalmente entre m e e filho o tribunal considera por melhor n o separar a familia Salhi 2008 p 67 tradu o livre 22 Para al m desta quest o tica pode se verificar que os trabalhadores sociais s o muitas vezes confrontados com in meras quest es legais educacionais sociais e econ micas Perante as diversas quest es os trabalhadores n o podem dedicar apenas o seu trabalho a uma dessas quest es A tomada de decis es dos trabalhadores tem que ser na sua maioria imediata o que n o deixa tempo nem energia para parar e refletir sobre os princ pios ticos intr nsecos a cada situa o particular Por isso muitas vezes estes trabalhadores da seguran a social t m que ser capazes de tomar decis es r pidas j que no caso de prote o de menores a sa de e a vida de um menor podem estar em perigo Rhodes 1991 cit in Br gido 2011 O autor Reamer 2001 considera existir tr s categorias de problemas ou dilemas ticos particularmente pertinentes na pr tica profissional dos trabalhadores Uma primeira categoria evidencia os problemas e dilemas ticos relativos interven o com indiv duos fam lias e grupos de que fazem parte a confidencialidade a autodetermina o do utente o paternalismo
78. ento Com este elevado volume de trabalho os trabalhadores acabam por trabalhar mais horas e mesmo assim ainda levam trabalho para casa pois o trabalho realizado na institui o n o suficiente face quantidade existente Esta situa o igualmente referida pelos participantes do estudo conduzido por Philippe 2011 Estes trabalhadores referem que acabam por levar trabalho para fazer em casa principalmente os relat rios de prazo reduzido para enviar ao tribunal N s acabamos por dar mais tempo ao servi o Porque h tanto para fazer que depois dif cil separar n o E temos que ser n s tamb m a dizer p ra E tamb m n o irmos para casa com estas quest es n o E quase 24 horas porque o desligar sa mos daqui e depois em casa nem sempre f cil CDE_1 Al m disso referido pelos trabalhadores do NIJ que face ao volume de trabalho n o poss vel apresentar um trabalho realizado com qualidade n o conseguindo muitas vezes assegurar um trabalho que corresponde integralmente no o de um trabalho bem feito porque t m ao mesmo tempo que responder a outras exig ncias que o trabalho imp e como o volume processual t o grande e temos prazos depois para gerir qualidade tempo e prazos mesmo muito muito dif cil CDE 2 37 O estudo do autor Philippe 2011 vai ao encontro dos discursos expressados pelos trabalhadores no NIJ Ou seja no estudo do autor a no o que cad
79. epois a aplicabilidade das mesmas e os recursos para as executar acabam por ser mais complicado s vezes falta CDE 3 4 1 3 2 Vantagens Aqui categorizam se as refer ncias relativamente s vantagens da lei identificadas pelos trabalhadores a Abertura de Mesmo na abertura de um processo a lei determina processos em que situa es se podem abrir um processo e quando h legitimidade para abrir um processo e isso importante CDE 4 b Baliza Mas verdade h uma grande baliza a crian a n o pode ser retirada por dar c aquela palha CDE 4 c Retirada de quando a lei determina quando devemos retirar crian as uma crian a embora o legislador tenha colocado termos que s vezes cabe tudo ou muita coisa riscos para a integridade f sica e de bem estar n o CDE 4 4 1 4 Superior interesse da crian a Aqui categorizam se as refer ncias sobre a estrat gia Em princ pio o superior interesse da crian a o 4 encontrada superior interesse da crian a princ pio norteador do nosso trabalho CDE 4 4 2 Estrat gias coletivas de apoio Aqui surgem todas as refer ncias relativas s estrat gias coletivas de apoio utilizadas pelos t cnicos para colmatar as situa es ticas encontradas 4 21 4 2 2 Discuss o Supervis o e e muitas vezes como estamos todos juntos na sala isto leva a uma discuss o at
80. essoal Vs Caso em an lise 3 2 Pr ticas profissionais dos pares Vs Pr tica profissional dos pr prios 3 3 Prescrito da organiza o Vs Real da atividade e por fim 3 4 P blico alvo de interven o Explorando agora as categorias de terceira ordem de cada uma das categorias de segunda ordem referidas pode se dizer que a 3 1 encontra se subdividida numa categoria de terceira ordem 3 1 1 Maternidade 3 1 Identifica o com a hist ria pessoal Vs 3 1 1 Maternidade Caso em an lise Eu sou m e e tenho no o que isso uma quest o que ainda nos sensibiliza muito mais embora nos d outro tipo de maturidade E verdade que em determinadas alturas antes de ser m e achasse que as coisas se resolvem de uma forma diferente e se calhar mais facilitada e depois com a experi ncia percebe se que as coisas s o de outra maneira Mas eu acho que as pessoas tentam ao m ximo distinguir a quest o pessoal da quest o profissional CDE 3 A partir da categoria de segunda ordem 3 2 surgem duas categorias de terceira ordem 3 2 1 Perspetivas diferentes e a 3 2 2 Interfer ncia da atividade dos outros 3 2 1 Perspetivas diferentes 3 2 Pr ticas profissionais dos pares Vs ere a2 remeivasaternes Pranga profissional 3 2 2 Interfer ncia da atividade dos outros Perante uma mesma situa o n s temos perspetivas diferentes e por isso que nas situa es mais complexas importante a discu
81. ezes em situa es onde existem 3 2 1 Perspetivas diferentes entre os colegas de trabalho Estas situa es parecem ser referidas maioritariamente pela equipa de Acolhimento Institucional nem sempre se concorda com decis es que foram tomadas medidas que foram tomadas ou projetos de vida que foram delineados que n o concordo Portanto a nica coisa que posso fazer desde que chega a mim tentar reverter aquilo com o qual n o concordo e claro se acho que este menino j devia de estar num processo de ado o n o espero mais vou propor a nica coisa que eu vou fazer Outro constrangimento ver colegas de profiss o psic logos assistentes sociais em institui es circundantes em que os processos quer seja nos LIJ s ou nos CAT s ou quer sejam outras institui es com as quais trabalho nem sempre cumprem os procedimentos mais corretos E portanto a temos que discordar e dizer discordo discordo e discordo E digo abertamente e frontalmente E fundamento a minha opini o porque acho que isto acontece em todas as profiss es Deve haver sempre colegas que v m as coisas de forma diferente e tem outra perce o CDE 5 Um dos dilemas ticos encontrados nas suas investiga es de Reamer 2006 relativamente s pr ticas profissionais dos pares a quest o da den ncia de colegas que apresentam m s pr ticas de trabalho ou at mesmo a den ncia de um colega que est bastante desgastado e que tem de se afa
82. foi revelado ao longo do seu discurso e que mostra realmente a import ncia desta no o na sua atividade de trabalho o seu superior interesse ent o o direito a ter outras possibilidades mas o superior interesse da crian a s mbolo e o nosso princ pio orientador isto quer no trabalho com as crian as na decis o dos seus projetos de vida quer no trabalho de qualifica o das institui es CDE 4 Um outro instrumento utilizado pelos trabalhadores do NIJ a 4 1 3 Lei 147 99 Esta Lei da prote o de crian as e jovens em risco dever ser a nossa refer ncia para intervir mas que estamos todos os dias a olhar para ela n o estamos CDE 1 Importante de referir que para os trabalhadores este instrumento tem aspetos que se tornam favor veis interven o permitindo colmatar alguns dilemas ticos mas tamb m apresenta algumas desvantagens Quanto s 4 1 3 2 Vantagens a Lei 147 99 permite a abertura de um processo ou seja na abertura de um processo a lei determina em que situa es se pode abrir um processo e quando h legitimidade para abrir um processo e isso importante CDE 4 Para al m disso a lei ajuda nos a focar e a tornar normativo Porque muitas vezes pela perce o eu tive uma o outro teve outra E portanto a Lei vai objetivar o que importante CDE 6 Por fim e n o menos importante a lei determina quando devemos retirar uma crian a embora o
83. ga o 1 A que condi es de trabalho est o expostos os trabalhadores do NIJ Para analisar as condi es de trabalho dos trabalhadores do NIJ foram mobilizadas a categoria de primeira ordem 1 Carateriza o do trabalho e a categoria 2 Condi es de trabalho incluindo todas as subcategorias emergentes de ambas as categorias de primeira ordem A partir da conseguiu se verificar quais as condi es de trabalho mais salientes no discurso de cada participante 36 Tabela 3 Condi es de trabalho no NIJ Total Coding References CDE 1 CDE_2 CDE_3 CDE 4 CDE5 CDE 6 CDE7 CDE 8 m Volume de trabalho Carater sticas dos jovens Complexidade dos casos Imprevisibilidade Institui es acolhimento E Rapidez da interven o Tempo escasso Condi es f sicas 5 gt j o o o o o ojo gt j o oO o oj o ojo Falta de recursos 3 Constrangimento espa o trabalho 0 0 0 1 ohio Transportes Tribunais Ameaga de multas ojo Humilha o 0 0 0 1 Nota Analisado por Coding references Com esta Tabela poss vel verificar que o 2 1 Volume de trabalho o mais referido pelos participantes 21 Ora os trabalhadores sentem que ao longo da sua pr tica profissional t m um elevado volume de trabalho sendo este percecionado como um constrangim
84. i realizada uma reuni o de restitui o dos primeiros dados obtidos com todos os participantes Assim neste momento fez se o primeiro contacto com todos os trabalhadores do NIJ e aproveitou se para contextualizar os participantes relativamente aos objetivos deste presente estudo assumindo o compromisso de restitui o dos dados junto das pessoas implicadas e dos respons veis da Seguran a Social Posteriormente realizou se uma reuni o com a respons vel pela equipa de Apoio T cnico onde os objetivos do estudo foram expostos detalhadamente Assim verificou se que seria importante haver participantes que reunissem carater sticas essenciais para responder aos objetivos de estudo nomeadamente trabalhadores do Servi o de Promo o e Prote o em diferentes dom nios de atividade e com experi ncia de trabalho na respetiva rea O Servi o de Promo o e Prote o foi o servi o intencionalmente privilegiado neste estudo uma vez que se revelou aquele com maior registo de ocorr ncia de conflitos e dilemas ticos Esta op o foi discutida e validada pela respons vel pela equipa de Apoio T cnico Ainda assim esta interlocutora privilegiada na condu o desta pesquisa em contexto real referiu que os t cnicos apresentavam pouca disponibilidade para participar no estudo sendo necess rio identificar aqueles que se mostrassem mais dispon veis e interessados em participar Por esta raz o pode se falar de um processo de amostragem por co
85. inado grupo de trabalho A tica profissional aparece ent o como um conjunto de normas aceites por um determinado coletivo profissional Al m disso poder tamb m ser utilizado para salientar a norma utilizada num determinado grupo isto faz com que exista uma distin o entre dois grupos a tica profissional exposta onde os ideais os princ pios e as regras podem ser encontrados em documentos p blicos como o caso dos c digos de tica e a tica profissional impl cita onde existem normas de comportamento aceites e estas s o seguidas por todos os membros do grupo profissional mesmo de forma il cita Banks 1998 Na mesma linha a tica profissional um guia que permite aos trabalhadores transformar os valores profissionais em a es pr ticas profissionais Os princ pios ticos n o descrevem a pr tica profissional mas criam meios para orientar as op es a assumir no exerc cio da atividade profissional em termos do que certo ou errado eles constituem uma ferramenta no sentido de ajudar os profissionais a tomarem decis es e a fazer escolhas orientadas Dolgoff et al 2005 cit in Br gido 2011 e tudo isto ter de ser alvo de discuss o entre os pares o que mais ou menos adequado validado ou aceit vel n o pode ser decidido por um s t cnico nem decretado ou prescrito O normativo ou transgressivo de um ato baseia se na organiza o do trabalho nas restri es e regras do trabalho Quando se perdem estas
86. individual strategies job s resignation were obvious From the participants speeches it was possible to be aware of the costs in health and personal life inherent to these situations In spite of the work conditions being compromised by the crisis we are living in it is important to give some visibility to those conditions as well as debate them because your silence can call into question the health and well being of these professionals Key words Social Work Working Conditions Conflicts and ethical dilemmas and their influence in health and personal life vi ndice Introdu o pemeerereueeeeererveceeeereny res eave craves teereres O EE 11 Parte I Enquadramento Te rico ccccccccccsccceeseceeseceeseeeeeeeeseneceseeeeseeeneeeesuaeeeneeens 12 1 Profiss es do trabalho social ee terpke tortenik teneraet 12 dl Sesuran aS OCIAl foram lel a Du A pa a pa A pl A pl A A el A DD 13 1 2 N cleo de Inf ncia e Juventude NID n eee eeeeerereeeeerereerereeraness 13 1 3 O Servi o da Promo o e Prote o SPP eee 14 2 Legisla o para a pr tica profissional e eereeeeeeerareeeeeaaa 15 2 1 Contextualiza o Hist rica B E T 15 2 2 Lei de Prote o de Crian as e Jovens em Risco Lei 147 99 1 setembro 2001 16 3 tica profissional e valores no trabalho ccccsssssssssessssessssessssessesesseseessseetssesseseeseseeess 18 de
87. integra o visando reintegrar ou pelo menos aproximar da integra o os p blicos que permaneciam margem da din mica do progresso social Cada indiv duo deveria ser provido dos meios necess rios para ter o seu lugar na sociedade Mas certos indiv duos n o podem realizar por eles pr prios esta adapta o e integra o Estes precisam de uma ajuda espec fica sendo que os servi os sociais e o trabalho social representam esta estrutura intermedi ria de que os indiv duos necessitam atrav s da realiza o das pol ticas de promo o social e atrav s do desenvolvimento de t cnicas 12 particulares para dar ou restituir o seu lugar aqueles que n o o encontram por si pr prios Castel 2012 Os trabalhadores sociais com as suas diferentes qualifica es podem trabalhar numa grande variedade de contextos nomeadamente nos servi os de Estado Seguran a Social tribunais centros de sa de escolas e c maras municipais A Seguran a Social uma das institui es de maior relev ncia para os trabalhadores sociais exercerem a sua atividade profissional Chopart 2003 A maioria dos sistemas p blicos de seguran a social pretende desempenhar duas fun es principais na sociedade uma fun o de seguro face s oscila es imprevistas no rendimento e face incerteza quanto ao tempo de vida depois da reforma e uma fun o de redistribui o que dever ter como destinat rio todas as pessoas com um rendimento insuficiente p
88. ks S 2008 tica Pr tica para as profiss es do trabalho social Porto Porto Editora Banks S amp Williams R 2005 Accounting for Ethical Difficulties in Social Welfare Work Issues Problems and Dilemmas British Journal of social work 35 1005 1022 Doi 10 1093 bjsw bch199 Barbin L 2004 An lise de conte do Lisboa Edi o70 Branco F 2009 Assistentes sociais e profiss es em Portugal notas sobre um itiner rio de pesquisa Locus Soci OI 2 7 19 Br gido P 2011 Interven o do Servi o Social com Crian as e Jovens em Risco Etica e Pr tica Profissional Disserta o de mestrado publicada Instituto Superior de Ci ncias do Trabalho e da Empresa Instituto Universit rio de Lisboa Portugal Castel R 2012 Devir do Estado Provid ncia e Trabalho Social Locus Soci OI 4 7 21 Chopart J 2003 Os novos desafios do trabalho social din micas de um campo profissional Porto Porto Editora Clot Y 2006 A fun o psicol gica do trabalho Brasil Editora Vozes Cunha L 2012 Mobilidades territ rios e servi os p blicos debates sobre o interesse coletivo margem do paradigma de uma sociedade m vel Tese de doutoramento publicada Faculdade de psicologia e ci ncias da educa o do Porto Porto Portugal Davezies P 2012 Enjeux difficult s et modalit s de expression sur le travail point de vue de la clinique m dicale du travail Perspectives interdisci
89. lados e muito 2 3 1 Amea a de Aqui insere se todas as refer ncias relativamente s amea as de curtos s vezes desde de cinco dias 24 horas e de dez multas multa que o tribunal imp e quando os prazos para a entrega de dias tendo em conta tudo o resto que temos e que 10 entrega dos relat rios n o s o cumpridos urgente e j est atrasado CDE 1 cheguei a ter amea as e condena es de multa e coisas do g nero porque eu n o abdico da qualidade CDE 8 Ir a debate judicial e sentirmo nos mal preparados horr vel a coisa pior uma humilha o N s Aqui categorizam se todas as refer ncias sobre a humilha o sentimo nos s vezes t o humilhados mesmo quando 2 3 2 Humilha o que exercem os tribunais sobre os trabalhadores estamos bem preparados pois conseguimos responder aos advogados da fam lia aos magistrados e eu estou 4 segura CDE 6 6 muitas vezes os ju zes n o nos tratam com o devido respeito CDE 2 2 4 Condi es f sicas Aqui inserem se todas as refer ncias relativas s condi es as condi es fisicas tamb m s o degradadas f sicas que os trabalhadores do NIJ t m no seu trabalho CDE 2 Isso muito desgastante j n o basta a rea em si e 1 3 depois as condi es fisicas bem devem querer acabar connosco CDE 2 3 Tipos de dilemas Aqui categorizam se as refer ncias rel
90. legislador 49 tenha colocado termos em que s vezes cabe tudo ou muita coisa riscos para a integridade f sica e de bem estar n o CDE 4 E a partir daqui pode perceber se que uma das 4 1 3 1 desvantagens da Lei o facto de esta ser igual para as diversas situa es e processos Segundo os trabalhadores temos que olhar de forma diferente cada caso CDE 2 Uma outra desvantagem que a Lei n o consegue abranger todas as quest es Ela n o abrange por exemplo uma quest o fundamental que os nascituros que s o as crian as que ainda n o nasceram que v o nascer e que est o na barriga mas que v o nascer A lei fala de crian as a partir dos zero anos de idade E portanto n o h lei que diga que as crian as t m direito de prote o tanto antes como depois do nascimento Para mim um buraco grande porque a partir de que j n o poss vel fazer uma interrup o volunt ria da gravidez e a crian a vai nascer E h situa es onde h grave neglig ncia intrauterina CDE 5 Por fim uma outra desvantagem bastante referida pelos trabalhadores a a Cessa o repentina dos benef cios da Lei por exemplo n s agora estamos num dilema que at surgiu h pouco tempo que um exemplo de como efetivamente tem que haver limites e patamares das coisas no mbito do acolhimento familiar temos um caso de um jovem que vai fazer 24 anos e a lei diz que se ele estudar no ano escolar equivalente f
91. lucionar o caso Mas na maioria das vezes os profissionais t m que tomar decis es que convocam dimens es ticas sozinhos mesmo as mais complexas e sob constrangimento de tempo cit in Br gido 2011 no mbito da nossa equipa de apoio t cnico tenta se efetivamente fazer uma discuss o com o t cnico para vermos o que realmente porque por vezes realmente importante refletir distanciar da situa o haver um outro olhar Isso muito muito importante e isso que tem favorecido haver este tempo para reflex o de casos com o apoio t cnico CDE 3 Poderes partilhar a tua experi ncia e a experi ncia dos teus colegas e n s temos aqui a equipa do apoio t cnico que tem pessoas mais velhas com mais maturidade mas eu pr pria quando me chega um t cnico com um caso que me deixa com dilemas vou partilhar com os meus colegas do apoio t cnico e eu digo olhe vamos pensar melhor sobre isto N o sei o que diga Vamos refletir vamos pensar Vou falar com os colegas CDE 7 Uma outra estrat gia coletiva de apoio a 4 2 2 Supervis o Com esta supervis o tenta se que os casos ou os relat rios elaborados com as decis es finais sejam lidos por t cnicos que se apresentem neutros face ao processo Isto com o objetivo de perceber se este leitor tem a mesma perce o do que o t cnico que elaborou o relat rio Muitas das vezes a forma de escrever do t cnico n o completamente evidente levando
92. m estudo conclui se que os dilemas ticos existentes na pr tica profissional destes trabalhadores sociais podem ser agrupados em diferentes tipos Reamer 2001 nomeadamente Dilemas ticos que dizem respeito identifica o com a hist ria pessoal do t cnico Dilemas ticos que dizem respeito s pr ticas profissionais dos pares Dilemas ticos relativamente ao que a organiza o prescreve e o que o real da atividade e por fim Dilemas ticos que est o associados ao p blico alvo de interven o Face a esta divis o ser importante analisar os resultados obtidos a partir destes diferentes tipos de dilemas Tabela 4 Dilemas ticos Identifica o com a hist ria pessoal Vs Caso em an lise Acolhimento institucional Apoio t cnico Maternidade D Nota Analisado por Coding references Com os dados referidos na Tabela podemos verificar que os dilemas ticos relativamente identifica o pessoal s o referidos maioritariamente na rea de Acolhimento Institucional Pelo que importante salientar que o n mero de trabalhadores do Acolhimento Institucional N 5 superior ao n mero de trabalhadores da equipa de Apoio T cnico N 3 podendo este valor ter algumas influ ncia nos resultados obtidos Os t cnicos do NIJ referem que estes processos de associa o da hist ria pessoal com os casos que t m em m os acontecem frequentemente principalmente pelo facto de serem m es Para as t c
93. m que o trabalhador tenha 5 3 2 Pouca toler ncia nas diversas situa es da sua vida pessoal Quanto 5 3 2 Fam lia este o impacto ao n vel da vida pessoal mais saliente nos discursos dos trabalhadores 50 A concilia o fam lia trabalho acaba por ficar corrompida com o volume de trabalho e com todas exig ncias que o trabalho imp e aos trabalhadores se eu lhe disser que h uma coisa que tamb m tem que ser feito que ter tamb m tempo para a nossa vida pessoal e com este trabalho eu e sei que h outros colegas que fazem tiramos muito da nossa vida pessoal e familiar porque acabamos por dar sempre mais todos os dias e mesmo assim como o ditado cavar na areia porque n s temos tanta coisa e depois n o podemos dar uma resposta a correr n o E n s temos que pensar no que temos 56 I para fazer e na responsabilidade Mesmo na vida familiar foram per odos muito maus Mas agora j consigo melhor fazer o corte CDE_1 n o vou dizer que o meu div rcio deveu se a isso mas ajudou porque sou muito exigente comigo e o trabalho de muita responsabilidade CDE 8 Estas situa es ocorrem porque os t cnicos muitas vezes necessitam de levar 5 3 3 Trabalho para casa ou seja o meu trabalho est me a prejudicar a minha vida pessoal e isto pode trazer problemas complicados n o Isto t o exigente que muitas vezes temos dilemas internos que eu vou para ca
94. mover a perman ncia das crian as e jovens no seu meio natural de vida garantindo junto das respetivas fam lias as condi es que permitam a assun o das suas responsabilidades parentais em articula o com as v rias equipas de a o social e por fim tem como objetivo dinamizar o recurso ado o de crian as desprovidas de meio familiar Instituto Seguran a Social I P 2012 No acolhimento institucional t m como objetivo a presta o de apoio t cnico aos tribunais na avalia o e acompanhamento das crian as e jovens com medidas de acolhimento institucional e suas fam lias a monitoriza o presta o de apoio t cnico e avalia o do funcionamento das respostas sociais de Lares de Inf ncia e Juventude LIJ e Centros de Acolhimento Tempor rio CAT a planifica o execu o e monitoriza o do plano de interven o imediata das crian as e jovens acolhidas nas diversas institui es a dinamiza o e 14 concretiza o de projetos de vida alternativos institucionaliza o das crian as e jovens e por ltimo a dinamiza o do recurso ado o de crian as desprovidas de meio familiar Instituto Seguran a Social I P 2012 Na equipa de acolhimento familiar os t cnicos t m como objetivo de trabalho o apoio t cnico aos tribunais na avalia o e acompanhamento das crian as e jovens com medidas de acolhimento familiar e suas fam lias Instituto Seguran a Social I P 2012 Por fim as tr s
95. n o chegam CDE 7 55 Em consequ ncia de todo este ritmo de trabalho e devido a todas as carater sticas que o trabalho imp e sobre os trabalhadores estes acabam por declarar ter 5 2 16 Ins nias Neste momento estou com ins nias e tem a ver com uma institui o que me est a dar gua pelas barbas CDE 2 Mas isso inevit vel acordo durante a noite e come o a pensar como vou resolver isto como vou resolver aquilo Que solu es encontro para aquele menino agora aconteceu me isto mas depois tenho que propor qualquer coisa ao tribunal mas o qu Estou a fazer conclus o do relat rio n o sei o que vou colocar CDE 6 Por fim um dos efeitos ao n vel da sa de bem estar mais referidos pelos trabalhadores a 5 2 5 Ang stia Os trabalhadores referem que as situa es que vivenciam ao longo do seu trabalho acaba por lhes provocar ang stia Eu quero acreditar que n o mas este trabalho angustia nos e d nos muito stress CDE 6 Tabela 12 Efeitos do trabalho Ao n vel da Vida pessoal Total Coding References CDE 1 CDE 2 CDE 3 CDE 4 CDE 5 CDE 6 CDE 7 CDE 8 Fam lia Pouca toler ncia Trabalho em casa Nota Analisado por Coding references Ao n vel dos efeitos na vida pessoal dos t cnicos do NIJ pode se afirmar que toda esta situa o de trabalho tem impacto na 5 3 2 Fam lia acabando por levar 5 3 3 trabalho para casa e ainda faz co
96. na 16 interven o esteja presente o princ pio da obrigatoriedade e da informa o tanto a crian a ou jovem o seu representante legal ou a pessoa que tenha a sua guarda de facto t m o direito de ser informados dos seus direitos e dos motivos que desenvolveram a interven o e a forma como esta est a decorrer O pen ltimo princ pio a audi o obrigat ria e participa o a crian a ou jovem em separado ou na companhia dos seus pais ou pessoa por si escolhida t m o direito de ser ouvidos como tamb m participar nos atos e na defini o de medidas de promo o dos direitos e prote o Por fim a Lei preconiza o princ pio da subsidiariedade pois a interven o dever ser implementada pelas entidades com a devida compet ncia na mat ria da inf ncia e juventude bem como pelas comiss es de prote o de crian as e jovens ou at mesmo mas em ltimo recurso pelos tribunais Segundo Magalh es 2005 e luz dos diferentes princ pios legitimados pela Lei 147 99 o sistema de interven o e prote o constitu do por diferentes fases A primeira fase o momento da suspeita ou dete o da situa o de risco Seguidamente surge a sinaliza o a avalia o e a investiga o Depois d se continuidade com a elabora o do diagn stico a aplica o das medidas de promo o e de prote o e nas fases finais coordena se e acompanha se o caso O momento da suspeita dever surgir precocemente de forma a apoiar a
97. nal direta ou indiretamente para estas institui es Estes podem entrar em conflito com as vontades e interesses tanto das comunidades como dos indiv duos que formam as comunidades Reamer 2006 cit in Br gido 2011 Para terminar a exposi o de alguns exemplos de problemas e dilemas ticos indiretos pr tica profissional destes trabalhadores pode se referir a quest o da den ncia dos colegas que t m m s pr ticas de trabalho Reamer 2006 cit in Br gido 2011 Num estudo realizado por Banks e Williams 2005 verificou se novas situa es eticamente dif ceis a partir de 32 entrevistas com trabalhadores sociais Grande parte dos relatos destes trabalhadores tornou vis veis situa es em que transparecem os princ pios ticos como o direito a justi a e o respeito Os trabalhadores referiam que na sua pr tica profissional estavam constantemente presentes os princ pios da confidencialidade e da honestidade Alguns participantes referem que tiveram de quebrar a confidencialidade n o respeitando por isso o princ pio tico Mas se n o quebrar se tal confidencialidade o seu utente poderia estar em perigo Com os discursos destes participantes os autores verificaram que ao longo da atividade 24 de trabalho realizada por estes trabalhadores estavam presentes a empatia a sensibilidade e o compromisso com os seus utentes Estes princ pios ticos s o referidos pelos participantes como fundamentais no desempenho da s
98. ncia CDE 1 Ora se o tempo escasso face ao elevado n mero de processos os prazos dados pelos Tribunais para concluir o relat rio de um processo n o s o exequ veis Assim sendo existe uma 2 3 1 Amea a de multa dos Tribunais quando os prazos n o s o cumpridos portanto s vezes at temos constrangimentos com os tribunais na medida que h prazos estipulados e muito curtos s vezes desde cinco dias 24 horas e de dez dias tendo em conta tudo o resto que temos e que urgente e j est atrasado CDE 1 Um aspeto importante a referir que os t cnicos tentam que a qualidade na produ o de um relat rio para o Tribunal seja prioridade Referindo que para eles prefer vel ter amea a de multa do que o relat rio seguir para o Tribunal sem qualidade pois a poderiam colocar em risco a vida da crian a E como sou muito exigente e prefiro mandar um relat rio bem feito e j com amea a de multa do que mandar um relat rio com menos qualidade n o CDE 8 38 Porque s vezes pelo servi o era bom que recebessem mais multas ou seja o que for para que percebessem que tinham que contratar mais pessoal Mas isto traz um impacto muito grande na vida das crian as Portanto n o vamos estar a fazer isso CDE 4 Seguidamente verifica se que as condi es de trabalho mais referidas pelos participantes dizem respeito aos 2 2 2 Transportes 10 e ao 2 2 1 Constrangimento espa o
99. nicas o facto de muitas vezes associarem a sua 3 1 1 Maternidade com os processos visto como algo positivo uma vez que ajuda a perceber o que a outra pessoa est a sentir naquele momento e naquela situa o concreta 40 Mas eticamente hum at nos pode ajudar a refletir N s tentamos separar mas at podem ajudar pela positiva E o facto de ser m e e de lidar com os nossos filhos adolescentes e com algumas fases pode at ajudar nos a perceber determinados comportamentos das crian as e jovens E a experi ncia de ser m e ajuda porque s vezes tem se estas quest es muito te ricas n o Por muito que se cumpra os hor rios de sono de alimenta o os meninos com este idade devem j dormir na sua cama pois bem sabemos que n o assim porque at h uma noite mal dormida e que facilitamos n o E portanto n s temos aqui que desmontar ou achar que aqui uma coisa muito r gida n o Acho que ajuda a complementar e n o ver as coisas como senso comum CDE 1 Tabela 5 Dilemas ticos Pr ticas profissionais dos pares Vs Pr tica profissional dos pr prios Total Coding Acolhimento institucional Apoio t cni 3 Sia P viata References Interfer ncia da atividade nos outros 2 1 20 Perspetivas diferentes a Nota Analisado por Coding references A partir dos dados obtidos pode se verificar que a 3 2 2 Interfer ncia no trabalho de cada trabalhador mai
100. nicos tentam sempre 4 3 8 Dar o seu melhor fiz tudo o que devia ter feito Dei tudo o que tinha trabalhei o processo de forma rigorosa mas muitas vezes eu digo dentro das condi es que eu tinha e dos meios que tinha eu dei o meu melhor Muitas vezes eu tenho que dizer isso e tenho que dizer isso a mim pr pria dentro dos recursos e meios que eu tinha dei o meu melhor CDE 6 Posto isto os t cnicos apresentam um 4 3 4 Esfor o pessoal Este esfor o pessoal tem a ver com a consci ncia de que aquilo que n s fazemos aqui a nossa dedica o n o cai em saco roto e d os seus frutos As horas que eu dou a mais tamb m uma forma de eu reduzir o Burnout reduzir o stress sentir me mais segura talvez sai me daqui do p lo Sai A minha fam lia n o compreende muito bem mas eu tento explicar lhes um pouco por a Mas sabe depois era pior Eu sa a s cinco mas ia furiosa para casa e toda stressada CDE 6 A 4 3 6 Experi ncia outra estrat gia individual utilizada porque d nos a lucidez d nos uma maior capacidade para reformular os pedidos e n o entrarmos em p nico CDE 6 Ainda assim com o passar do tempo medida que n s tamb m temos mais experi ncia adquirimos mais compet ncias em situa es para lidar com o stress com a ang stia s vezes este sentimento de impot ncia de n s CDE 6 A situa o destes trabalhadores sociais do NIJ pode revela
101. nveni ncia uma vez que os participantes que integram a amostra foram selecionados tendo em conta a disponibilidade manifestada para participarem neste estudo No final a amostra integrou oito participantes sendo todos do sexo feminino com idades compreendidas entre os 35 e os 47 anos Todos os participantes exercem atividade no Servi o de Promo o e Prote o em diferentes dom nios da atividade como se pode verificar na tabela a seguir apresentada Os dados aqui expostos Cf Tabela 1 foram recolhidos na primeira parte das entrevistas realizadas aos participantes Resultados da primeira fase do projeto de investiga o sobre Condi es de trabalho e efeitos na sa de dos trabalhadores do N cleo de Inf ncia e Juventude da Seguran a Social I P Centro Distrital do Porto n o publicado 27 Tabela 1 Carateriza o sociodemogr fica dos participantes Participantes Sexo Idade Habilita es Servi o Dom nio da Liter rias atividade Identificados por c digo CDE 1 Feminino 42anos Licenciatura Servi o de Acolhimento em Servi o promo o e institucional Social prote o CDE 2 Feminino 44anos Licenciatura Servi o de Acolhimento em Servi o promo o e institucional Social prote o CDE 3 Feminino 36anos Licenciatura Servi o de Apoio t cnico em promo o e Psicologia prote o CDE 4 Feminino 46anos Licenciatura Servi o de Apoio t cnico em Servi o promo o e Social prote o CDE 5 Feminino 35an
102. o de tica por preocupa o das pessoas nesse sentido acho eu Mas profiss o n o h rigidez CDE 3 Aqui encontram se todas as refer ncias relativas aos instrumentos de refer ncia utilizados pelos trabalhadores Lei 147 99 Aqui encontram se todas as refer ncias relativas s desvantagens da Lei citadas pelos trabalhadores Chega aos 18 meses e o caso arquiva mesmo se a 3 4 crian a estiver em risco uma situa o dif cil de lidar Quem est em comiss o tenta gerir isto de lei forma a arquivar e reabrir o processo CDE 5 b Consentimento a lei de prote o e promo o uma lei que parte do 1 1 dos pais principio de que para ser aplicada tem que ter a ades o dos pais e das crian as CDE 4 c Igual para Acaba por ser cego s diferentes situa es Acaba 3 3 todos por ser universal n o E traz alguns conflitos de interesses e conflitos nos pareceres de interven o Mas por ser por vezes contr ria solu o melhor cumprindo a lei neste caso CDE 3 d N o d Mas a realidade muito complexa e a lei tem resposta para grandes reas v l Mas depois h um 100 n mero todas as de situa es que n o est N o se encontra a resposta situa es na lei O caminho vai se fazendo CDE 77 e Recursos para assim as nossas leis na verdade acabam por estar executar a lei muito bem conseguidas d
103. oritariamente referido pelo Acolhimento Institucional Ou seja a pr tica profissional dos colegas pode interferir na sua pr pria atividade de trabalho levantando a alguns dilemas ticos tal como demonstrado nos excertos a baixo apresentados Nas visitas domicili rias a maneira como se deve falar com as pessoas o que se deve fazer ou o que n o se deve de fazer Pronto tudo tem a ver com a tica H t cnicos espero poucos mas j fiz apoio a t cnicos de prote o e promo o e que numa visita domicili ria sem lhe abrirem o frigor fico n o ficava bem feita Isso para mim n o tico n o assim uma coisa que seja necess ria Porque entrar na casa das pessoa por si s j pesado e depois a forma como se entra por exemplo nunca entrar numa casa onde s est o menor nunca entrarem sem estarem l os pais CDE 4 mas a forma de estar desde do tom de voz a forma como se abordam as quest es deve ser ponderada E o que n s assistimos aqui frequentemente Eu falo de coisas concretas e h pessoas que com esta press o acabam por ao telefone ficarem mesmo por falar de forma desadequada Isto um constrangimento para quem est do outro lado e para quem est deste lado e n o concorda E tenho lhe a dizer que isto um verdadeiro constrangimento que incomoda e tem que ser conhecido superiormente CDE 1 41 Al m disto os t cnicos ao executarem o seu trabalho encontram se v rias v
104. os Licenciatura Servi o de Acolhimento em promo o e institucional Psicologia prote o CDE 6 Feminino 44anos Licenciatura Servi o de Acolhimento em Servi o promo o e institucional Social prote o CDE 7 Feminino 37 anos Licenciatura Servi o de Apoio t cnico em promo o e Psicologia prote o CDE 8 Feminino 47 anos Licenciatura Servi o de Acolhimento em promo o e institucional Psicologia prote o 3 Instrumento Tendo em conta que neste estudo foi utilizado como m todo de recolha de dados a entrevista semiestruturada foi constru do um gui o de entrevista que serviu de apoio na condu o das entrevistas organizado em tr s partes distintas A primeira parte pretendeu explorar os dados sociodemogr ficos e o percurso profissional dos participantes tendo como objetivo principal a descri o dos participantes do estudo 28 Na segunda parte procurou se analisar quatro pontos fundamentais para o estudo a carateriza o da atividade de trabalho de forma a analisar as condi es de trabalho a que est o expostos os trabalhadores do NIJ a explora o dos conflitos e dilemas ticos com o objetivo de analisar os debates de normas e de valores inerentes atividade destes trabalhadores a abordagem dos quadros de refer ncia utilizados pelos trabalhadores na sua atividade de trabalho de forma a analisar as estrat gias empreendidas pelos trabalhadores no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ti
105. p sito da sua rela o Se existir porventura alguma ambiguidade relativamente a esta rela o poder haver um fracasso no incumprimento de objetivos e metas para determinada interven o Reamer 2006 cit in Br gido 2011 Quanto aos problemas ticos indiretos pode se constar que estes est o mais relacionados com quest es mais organizacionais de planeamento e de implementa o de pol ticas sociais Neste sentido uma situa o que traz consigo problemas e dilemas ticos a gest o de recursos limitados Estes profissionais na maioria das vezes n o t m recursos suficientes para realizar corretamente o seu trabalho Cada vez mais existe uma procura destes servi os mas tamb m cada vez mais existem cortes nas despesas e nos or amentos o que leva os t cnicos a tomar decis es complicadas sobre como gerir os recursos que t m sendo eles limitados ou at mesmo escassos A limita o e a escassez dos recursos estando relacionado com determinadas pol ticas p blicas protagonizadas pelo Estado uma vez que a estes servi os sempre tiveram la os bastantes estreitos com o Estado na medida em que muitas das institui es de a o e de interven o social s o desta entidade bem como muitos programas privados s o financiados pelo Estado Aqui a quest o prende se com as tomadas de decis o e de implementa o de pol ticas e de programas por parte do Estado e consequentemente dos profissionais que exercem a sua atividade profissio
106. plinaires sur le travail et la sant 14 2 Consultado em http pistes revues org 2566 62 Demaegdt C 2012 Apport de la clinique du travail l anthropologie sychanalytique du sens moral vers une th orie psychanalytique de l action Tese de douturamento publicado Ecole doctorale Abb Gregoire Centre de Recherche sur le Travail et le D veloppement Equipe Psychodynamique du Travail et de l Action Denzin N amp Lincoln Y 1994 Handbook of qualitative research 1 17 Thousand Oaks Sage Publications Durrive L amp Schwartz Y 2008 Revisiones de temas Laboreal 1 23 28 Gu rin F Laville A Daniellou F Duraffourg J amp Kerguelen A 2001 Compreender o trabalho para transform lo S o Paulo Editora Edgard Blucher Janesick V 1994 The dance of qualitative research design Methaphor methodolatry and meaning In N Denzin amp Y Lincoln Eds Handbook of qualitative research 209 219 Thousand Oaks Sage Publications Lacomblez M Santos M amp Vasconcelos R 1999 A contribui o da Psicologia do Trabalho num projecto de melhoria das condi es de desempenho da actividade profissional IV Simp sio sobre comportamento organizacional da Associa o Portuguesa de Psicologia Coimbra Portugal Lessard H rbert M Goyette G amp Boutin G 2008 Investiga o Qualitativa 3 ed Lisboa Instituto Piaget Magalh es T 2005 Maus tratos em
107. privilegiada a entrevista como m todo de recolha de dados Posteriormente recorreu se An lise de Conte do para analisar os dados recolhidos com o aux lio do Software NVIVO9 1 Objetivos e quest es de investiga o A partir do objetivo geral deste estudo foram assumidos quatro objetivos espec ficos a Analisar as condi es de trabalho dos trabalhadores da Seguran a Social NIJ b Analisar os debates de normas e de valores inerentes atividade destes trabalhadores c Identificar as estrat gias individuais e coletivas por eles empreendidas no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ticos a que a atividade de trabalho os confronta d Estudar os efeitos dos conflitos e dilemas ticos no trabalho na sa de e na vida pessoal Ap s ter formulado os objetivos espec ficos emergem as seguintes quest es de investiga o 1 A que condi es de trabalho est o expostos os trabalhadores do NIJ 2 Que normas e valores regulam e interv m a atividade destes trabalhadores 3 Que estrat gias s o empreendidas pelos trabalhadores do NIJ no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ticos a que a atividade de trabalho os confronta 4 Que efeitos comportam os conflitos e dilemas ticos a que est o expostos ao n vel da sa de bem estar e da vida pessoal 26 2 Participantes Na primeira parte deste projeto de investiga o estudo preliminar sobre as condi es de trabalho dos trabalhadores do NIJ fo
108. r n o ter grande capacidade de rea o eu at 4 3 3 Capa protetora penso numa capa protetora Porque isto depois muito grave para as pessoas em si n o Depois acaba se tamb m por tentar fazer igual para todos n o Que tamb m n o positivo acaba se depois por n o se questionar grande coisa n o E perde se muito CDE 3 4 3 4 Dar o seu melhor As estrat gias que uso fazer tudo o que est ao meu alcance para mudar o sentido daquele processo desde que ele est na minha posse e sob a minha coordena o CDE 5 4 3 5 Encontrar um equil brio ce 12 Ou os colegas conseguem ali um equil brio ou racionalizam Eu acho que a maior parte dos colegas funciona um bocado assim Se podem d o se n o podem n o d o CDE 6 4 3 6 Esfor o pessoal Se fosse trabalhar de acordo com aquilo que acho que me pagam eu n o me esfor ava nem metade eu esfor o me muito mas fa o isso porque quero porque quando me deito na cama deito me muito feliz CDE 6 4 3 7 4 3 8 Experiencia N o levar trabalho para casa eu acho que importante a experi ncia porque d nos a lucidez d nos uma maior capacidade para reformular os pedidos e n o entrarmos em p nico CDE 6 s vezes levo coisas para casa mas mais pontualmente Decidi por trav o porque eu tenho filhos tenho marido
109. r parte do trabalhador pois s o complexas Outros participantes para al m de referirem a falta de tempo para as tarefas referem tamb m a falta de recursos para responder satisfatoriamente aos variad ssimos problemas com que se deparam Estes recursos referidos s o relativos a recursos humanos e relativos a recursos monet rios onde s o vis veis os reduzidos e insuficientes or amentos por parte do Estado Uma outra situa o a falta de parceria com os diferentes servi os de educa o As parcerias existem mas n o s o suficientes para atingir os objetivos estabelecidos Philippe 2008 Cada vez mais os trabalhadores sociais referem a intensifica o do trabalho e as press es temporais para dar resposta a m ltiplas solicita es Com isto os resultados tornam se cada vez mais ineficazes e os trabalhadores sentem que t m que dar muito de si para poder ajudar os outros Philippe 2008 o que comporta custos n o negligenci veis na vida destes trabalhadores Perante isto os trabalhadores tentam encontrar estrat gias para uma melhor resolu o dos problemas e dilemas ticos ao longo da sua pr tica profissional uma vez que estas situa es provocam desconforto e um desgaste f sico e psicol gico Br gido 2011 Por conseguinte ser pertinente na fase seguinte desta Disserta o de Mestrado analisar mais aprofundadamente os conflitos e dilemas ticos com que se confrontam os trabalhadores sociais na sua atividade os custos
110. r se fonte de sofrimento e de desconforto agravado por todo este cen rio e agravado ainda pela inexist ncia de um espa o para a express o das dificuldades que o trabalho coloca Os trabalhadores fazem constantemente uso de si uma vez que esta situa o quebra os ritmos das sequ ncias habituais e antecip veis da vida profissional Posto isto os trabalhadores do NIJ demonstram desconforto e insatisfa o no trabalho sendo poss vel verificar que tudo isto comporta custos n o negligenci veis na vida destes trabalhadores Durrive amp Schwartz 2008 53 Quest o de Investiga o 4 Que efeitos comportam os dilemas e conflitos ticos a que est o expostos estes trabalhadores ao n vel do trabalho da sa de e bem estar e da vida pessoal Para analisar os efeitos sentidos pelo confronto com dilemas ticos na atividade de trabalho pelos trabalhadores do NIJ utilizou se a categoria de primeira ordem 5 Efeitos do trabalho A partir da conseguiu se verificar os efeitos e os impactos apresentados pelos trabalhadores ao longo da sua pr tica profissional Com os discursos existentes foi poss vel agrupar os dados em tr s partes diferentes Por um lado tem se os efeitos ao n vel da 5 1 Interven o na vida das crian as ao n vel da 5 2 Sa de e ao n vel da 5 3 Vida pessoal dos trabalhadores Nesta fase ser pertinente analisar cada grupo separadamente para melhor dar visibilidade aos efeitos destes conflitos e dilemas
111. ra o bem como s restantes subcategorias Inclui ainda informa o relativamente designa o atribu da a cada categoria criada e a sua respetiva descri o Numa das colunas do documento existem excertos exemplificativos das categorias presentes Por fim nas duas ltimas colunas encontram se o n mero de refer ncias references e o n mero de sources ou seja o n mero de participantes que referiu o conte do codificado em cada categoria A partir da categoria de primeira gera o 1 Carateriza o do trabalho surgem tr s subcategorias de segunda ordem 1 1 Carater sticas dos jovens 1 2 Institui o de acolhimento 1 3 Complexidade dos casos 1 4 Rapidez da interven o 1 5 Imprevisibilidade Apenas a categoria de segunda gera o 1 4 Rapidez da interven o encontra se subdividida numa categoria de terceiro grau 1 4 1 Tempo escasso principalmente no acolhimento institucional eu tamb m trabalho com centros de acolhimentos tempor rios de crian as muito pequeninas e o nosso drama esse sermos muito r pidos mas tentarmos fazer uma interven o por exemplo para um beb que est em acolhimento institucional n s dizemos um m s que equivale a um ano na vida de um adulto Portanto n s sabemos que temos que ser r pidos e eficazes N o basta ser eficaz mas tamb m temos que ser r pidos portanto esta dupla preocupa o n o CDE 6 Para tentar compreender as condi es de trab
112. ram organizadas na sexta categoria de primeira ordem e a partir da surgiram nove categorias de segundo grau 6 1 Falta de esperan a 6 2 Recursos humanos 6 3 Forma o 6 4 Hor rio de trabalho 6 5 Volume de trabalho 6 6 Perspetiva do seu trabalho 6 7 Sensibiliza o da chefia 6 8 Trabalho interdisciplinar e 6 9 Condi es de trabalho Eu acho que o instituto da seguran a social tem que dar condi es de trabalho s pessoas N o podem encharcar as pessoas com processos com volumes e prazos de trabalho dar condi es s pessoas para se sentirem mais confort veis para se sentirem mais capazes e sobretudo para desempenharem um melhor trabalho CDE 5 2 Apresenta o e discuss o de resultados Neste ponto pretende se responder s quest es de investiga o inicialmente formuladas Para tal ser poss vel responder a estas quest es tendo como base os Queries do Software NVivo9 Dentro desta funcionalidade foi utilizada a op o Matrix Coding matrizes Esta op o um processo de explora o dos dados qualitativos que permite interpretar os dados possibilitando o questionamento dos mesmos Para uma melhor compreens o de todo o processo elaborado construiu se uma tabela que permite orientar o tratamento de dados Cf Anexo 5 Todas as respostas s quest es de investiga o ser o integradas e discutidas perante a revis o da literatura efetuada anteriormente Quest o de Investi
113. ras condi es CDE 4 Condi es de trabalho e Num mundo ideal era de facto as pessoas terem a possibilidade de ter menos Volume de Processos CDE 4 trabalho e Acho que n s dever amos ser trabalhadores que dev amos ser olhados de uma diferente forma e deveria haver uma s rie de regalias e de condi es que Perspetiva do fossem mais favor veis ao desempenho destas fun es CDE 3 seu trabalho Implicaria termos mais t cnicos na equipa para repartir o n mero de trabalho CDE 2 mas tamb m n o podia ser qualquer gente Acho que tem de ser gente R eee especial CDE 4 Humanos Mas em termos de forma o precis vamos muito mais de forma o claro que sim CDE 6 Forma o e devia ser pensado o hor rio de trabalho H reas que n o se ajustam por 33 ser t o pesado E oito horas aqui eu acabo por sentir um cansa o Hor rio de CDE 2 Trabalho e O diretor de n cleo portanto o que est acima dela esse sim tem porque j Sensibiliza o foi t cnico direto e conhece bem e tem sensibilidade CDE 4 da chefia e mais trabalho interdisciplinar CDE 6 Trabalho interdisciplina Figura 2 Propostas de interven o sugeridas pelos T cnicos 58 Para al m destas propostas sugeridas pelos trabalhadores ser importante deixar registado um conjunto de outras sugest es dadas por todos os trabalhadores do NIJ aquan
114. re a 3 4 7 decis o sobre a tomada de decis o efetuada pelos t cnicos do NIJ vida daquela crian a que um bocado isto n o interfer ncia muito importante e isso mexer muito connosco acho que sim as pessoas por mais que se tentem proteger mas n o conseguem CDE 3 4 Estrat gias desenvolvidas Aqui categorizam se todas as refer ncias relativamente s estrat gias que os trabalhadores do NIJ utilizam para colmatar as situa es ticas encontradas e sentidas Pode se destacar os instrumentos de refer ncia as estrat gias individuais e coletivas de apoio 4 1 Instrumentos de refer ncias Aqui surgem as categorias sobre os instrumentos de refer ncia utilizados pelos t cnicos do NIJ de forma a colmatar as situa es ticas encontradas na sua pr tica profissional 4 1 1 Manual t cnico SS Aqui encontram se todas as refer ncias relativas ao instrumento Um manual de boas pr ticas um manual de 7 12 de refer ncia utilizado pelos trabalhadores manual t cnico SS assessoria aos tribunais CDE 1 4 1 2 C digo de tica por profiss o 4 1 3 Lei 147 99 4 1 3 1 Desvantagens a Cessa o repentina dos benef cios da todos n s nos regemos pela tica inerente nossa Aqui encontram se todas as refer ncias relativas ao instrumento pr tica profissional n o E acho que h 4 4 de refer ncia utilizado pelos trabalhadores c dig
115. rigados a quebrar a confidencialidade durante a supervis o ou aconselhamento com os seus colegas A quebra da confidencialidade pode trazer consequ ncias negativas para a rela o do utente com o profissional Este utente poder n o confiar a partir daquele momento no profissional Reamer 2001 cit in Br gido 2011 Tudo isto vis vel nos discursos dos participantes desta investiga o H a quest o tica com os mais novos ou at com as fam lias do que n s devemos transmitir para o tribunal Os processos dos tribunais s o reservados mas ainda sendo reservados t m por exemplo podem ter a consulta da outra parte portanto vamos imaginar algum sobre doen as das pessoas algum sobre a vida das pessoas h sempre esta sele o que n s tentamos fazer do que que interessa para o tribunal Uma coisa o que as pessoas dizem outra coisa o que devemos informar o tribunal A quest o de que n s n o somos agentes sociais simplesmente n s somos assessores do tribunal e portanto se algu m nos conta alguma coisa n s temos que transmitir isto ao tribunal e se isso relevante para o processo mas por outro lado aquela pessoa confiou em n s contou nos aquilo abriu se connosco Por um lado dizemos que tem que confiar em n s que se deve de abrir connosco mas por outro lado n o temos que lhes dizer que tudo o que nos disser e o que for mais relevante tem que seguir para tribunal CDE 4 e por vezes os
116. s e processos tendentes instaura o de ado es e dinamizar o recurso ado o de crian as desprovidas de meio familiar e por fim assegurar e qualificar a representa o da Seguran a Social nas diferentes parcerias nomeadamente nas Comiss es de Prote o de Crian as e Jovens Instituto Seguran a Social I P 2012 Especificamente o Servi o da Promo o e Prote o um setor constitu do por muitos t cnicos sendo estes de reas muito diversificadas Os objetivos e compet ncias de trabalho para estes trabalhadores s o longos e complexos exigindo assim um olhar e uma descri o mais pormenorizada deste setor de trabalho 1 3 O Servi o da Promo o e Prote o SPP O Servi o de Promo o e Prote o do NIJ constitu do por 45 t cnicos desde assistentes t cnicos e assistentes sociais psic logos educadores sociais e polit logos Estes profissionais est o distribu dos em tr s equipas de trabalho meio natural de vida acolhimento institucional e acolhimento familiar Cada equipa apresenta os seus objetivos e compet ncias de trabalho Instituto Seguran a Social I P 2012 Na equipa de meio natural de vida a sua pr tica profissional tem como objetivo prestar apoio t cnico aos tribunais na avalia o e acompanhamento das crian as e jovens em risco que integram medidas em meio natural de vida apoio junto dos pais apoio junto de outro familiar confian a a pessoa id nea e autonomia de vida pro
117. sa ou eu fico l que eu tamb m preciso de ter vida CDE 7 eu digo lhe haviam situa es em que andava durante o dia a recolher informa es e depois de noite fazia os relat rios para de manh ter tudo pronto CDE 1 Para terminar como consegu ncia de todo este cen rio os trabalhadores acabam por ter 5 3 2 Pouca toler ncia para diferentes situa es da sua vida pessoal Tamb m agora pouco toler ncia quando me contam situa es de trag dia l em casa n o consigo ouvir not cias tr gicas eu quero que n o me contem mais nada Porque eu sinto a minha cabe a muito cheia de todas estas vidas complicadas CDE 7 Para al m disto os trabalhadores referem que t m menos disponibilidade afetiva emocional e mental para situa es da vida pessoal CDE 2 3 Implica es para a pr tica Ao longo das entrevistas foi dada a oportunidade de os participantes sugerirem mudan as e interven es necess rias a fazer no trabalho Assim sendo ser de extrema import ncia dar visibilidade s suas necessidades e s mudan as que gostariam de ver implementadas num futuro pr ximo de citar que h nos participantes um sentimento de falta de esperan a que algo possa vir a mudar no seu trabalho acabando por referir eu que j estou nesta rea h sete anos cansa ouvir est em curso vai se ver CDE 2 57 e N s dev amos ter e este trabalho exigia ter out
118. se os custos pelo menos das forma es mais importantes e essenciais ao enriquecimento profissional dos trabalhadores A constante confronta o com este tipo de situa es ao longo da atividade de trabalho deixa os seus efeitos ao n vel da sa de e bem estar bem como ao n vel da vida pessoal e familiar destes profissionais Assim sendo a sua situa o de trabalho pode revelar se fonte de sofrimento agravado pela inexist ncia de um espa o para a express o das dificuldades que o trabalho coloca Os trabalhadores t m de fazer uso de si uma vez que esta situa o quebra os ritmos das segu ncias habituais e antecip veis da vida profissional Durrive amp Schwartz 2008 Perante tudo isto ser fundamental que este estudo contribua para revelar as exig ncias que se colocam no exerc cio desta atividade profissional na expetativa de num futuro pr ximo estes T cnicos verem transformadas as suas condi es de trabalho e consequentemente a redu o 60 dos dilemas ticos a que se veem confrontados que numa conjuntura adversa como a que caracteriza o momento atual s ter tend ncia a agravar se 61 Refer ncias Bibliogr ficas Andrade C 2001 Seguran a Social e distribui o do rendimento Gest o e desenvolvimento 10 261 292 Banks S 1998 Codes of Ethics and Ethical Conduct A View From the Caring Professions Public Money amp Management 18 1 27 30 Doi 10 1111 1467 9302 00101 Ban
119. selhamento com outros colegas e tamb m com os membros da fam lia em algumas situa es espec ficas Ao quebrar esta confidencialidade podem surgir consequ ncias negativas para a rela o do utente com o profissional O utente poder n o confiar a partir daquele momento no profissional A autodetermina o poder ser mais uma situa o que envolve problemas e dilemas ticos Ora os t cnicos assumem o compromisso de respeitar os direitos e as necessidades do utente de liberdade e autodetermina o nas escolhas que faz e tamb m para tomar as suas pr prias decis es Muitas vezes estes profissionais n o podem respeitar este direito para o bem do utente Exemplo a oculta o de informa o pois se o utente tiver conhecimento de certas informa es poder ser 23 lhe prejudicial O t cnico ter sempre o objetivo de proteger o seu utente Um outro problema e dilema tico que os profissionais encontram o facto de certas exig ncias entrarem em conflito entre si ou seja estas situa es ocorrem quando um mesmo t cnico representa tantos os interesses da institui o bem como os interesses do utente Reamer 2006 cit in Br gido 2011 As fronteiras profissionais podem trazer novos problemas e dilemas ticos Todos os t cnicos que realizam a sua atividade de trabalho ao n vel do servi o social foram treinados para manter fronteiras nas rela es com os seus utentes sendo fundamental ambos perceberem a natureza e o pro
120. sem alcan ados Um obrigado professora Liliana Cunha pelas in meras vezes que se demonstrou dispon vel e por todo apoio dado N o poderia deixar de agradecer professora Joana Fernandes pela orienta o dada na parte final desta disserta o de mestrado Ao Luis Filipe que sempre me apoiou nesta fase Foste um pilar importante neste enorme desafio Obrigado por todos os momentos Um obrigado tamb m aos seus pais que sempre estiveram presentes e acompanharam o meu percursos acad mico Aos meus pais que ao longo das suas vidas se esfor aram bastante para hoje poder estar nesta fase Obrigado por todo esse esfor o Aos meus meninos do Coro Infanto Juvenil Esperan a que ficaram nesta reta final sem a disponibilidade da sua maestrina Por ltimo mas n o menos importantes aos Jovens que acompanharam toda esta fase importante da minha vida dando me sempre muito miminho e ajuda Obrigado AMIGOS iv Resumo O presente estudo tem como objetivo principal a compreens o dos conflitos e dilemas ticos que atravessam a atividade profissional dos trabalhadores do NIJ e que implica es comportam ao n vel do trabalho da sa de e da vida pessoal destes trabalhadores Para isso privilegiou se uma metodologia qualitativa atrav s da realiza o de entrevistas junto de oito participantes do servi o de Promo o e Prote o do Instituto Seguran a Social I P Centro Distrital do Porto Com a
121. ss o e o ver de forma diferente e a supervis o muito importante CDE_4 32 A categoria de segunda ordem 3 3 est igualmente subdividida mas agora em quatro categorias de terceira ordem 3 3 1 Forma o 3 3 2 Organiza o dos processos 3 3 3 Recurso viatura pessoal 3 3 4 Gest o de prioridades CEEE gt 3 3 2 Organiza o dos processos N 3 3 3 Recurso viatura pessoal 3 3 4 Gest o de prioridades 3 3 Prescrito da organiza o Vs Real da atividade pr prios A minha tica passa muito por isto a an lise que eu fa o da situa o e a minha responsabilidade daquela situa o E a urg ncia da situa o e n o o prazo do tribunal Mas eu analiso priorit rio porqu A minha prioridade sempre a crian a CDE 6 Por ltimo a categoria de segunda ordem 3 4 encontra se subdividida em sete categorias de terceiro grau 3 4 1 Confidencialidade 3 4 2 Conflitos de interesse Esta ainda est subdividida em duas categorias de ltimo grau nomeadamente 3 4 2 1 Institui o Vs Crian a e 3 4 2 2 Pais Vs Crian a Continuando com a exposi o das categorias de terceira ordem pode se verificar ainda a exist ncia da 3 4 3 Decis es do tribunal 3 4 4 Elabora o dos relat rios 3 4 5 Conhecimento dos casos 3 4 6 Ser maior de idade e para concluir a 3 4 7 Tomada de decis o 3 4 1 Confidencialidade 3 4 2 1 Institui o Vs Crian a
122. ssociados ao que a organiza o prescreve para a pr tica da atividade organiza o Vs Real da atividade de trabalho e o que definitivamente o real da atividade 3 3 1 Forma o Aqui pode se verificar as refer ncias relativas a situa es ticas na participa o de forma es realizadas para os profissionais Eu sinto me muito dividida entre responder s solicita es e fazer o acompanhamento dos processos e depois ainda ter tempo para ir s forma es que eu tamb m gostava Mas depois se eu for forma o fica me o trabalho todo em atraso e depois tem que haver uma grande gest o s vezes prefiro n o ir porque vou fazer as coisas e sinto me mais aliviada mas tamb m sei que em termos profissionais e pessoais me prejudico por n o fazer forma o Mas se fizer o trabalho reduz me um bocadinho a ansiedade CDE 2 3 3 2 Organiza o dos processos Aqui pode se verificar a categoriza o de refer ncias relativas organiza o dos processos por parte da institui o Por exemplo outro dilema pode ser que a institui o quer os processos organizados de uma determinada forma que s o quest es com l gica e com interesse mas devido ao volume processual as pessoas optam por fazer outra coisa ou por estar com as fam lias ou com os mi dos ou debru ar sobre outro assunto n o E a j h um dilema ou eu cumpro as ordens do meu superior e n
123. star temporariamente das suas tarefas Reamer 2006 cit in Br gido 2011 Estas situa es descritas pelo autor n o s o ainda assim expostas nem referidas pelos trabalhadores do NIJ ao longo dos seus discursos Tabela 6 Dilemas ticos Prescrito da organiza o Vs Real da atividade Acolhimento institucional Apoio t cnico Total Coding References 2 15 Forma o Gest o de prioridades Organiza o dos processos Recurso viatura pessoal Nota Analisado por Coding references Pode se verificar que o 3 3 3 Recurso viatura pessoal o dilema mais referido em ambas as reas de atividade 42 Com as limita es j referidas relativamente aos recursos fornecidos pela Seguran a Social os t cnicos v m se obrigados a utilizar o seu pr prio ve culo para se deslocarem aos tribunais ou at para as visitas domicili rias assumindo que podem correr alguns riscos Ora se n o utilizarem o seu pr prio ve culo o processo fica atrasado e o superior interesse da crian a pode ficar comprometido 42 Segundo a Literatura existente estes trabalhadores est o sujeitos muitas das vezes a serem perseguidos e amea ados durante o tempo fora do trabalho Esta persegui o pode ser feita pelos pais e familiares da crian a que est prestes a ser retirada Philippe 2011 eu penso para mim o que me vai dar mais ang stia ir no carro da institui o ou n o ir Eu s vezes penso
124. t m que fazer escolhas perante duas ou mais dire es ticas pertinentes mas contradit rias ou ent o quando todas essas dire es resultam em consequ ncias indesejadas para uma ou mais pessoas Dolgoff et al 2005 cit in Br gido 2011 Ora perante este processo marcado por avan os e recuos os t cnicos realizam a sua atividade profissional em fun o das orienta es que t m para o exerc cio da sua atividade mas muito tamb m em fun o da sua pr pria experi ncia e do que consideram como o mais adequado na interven o caso a caso Magalh es 2005 Para al m disso segundo Br gido 2011 os trabalhadores ter o que encontrar estrat gias para uma melhor resolu o dos problemas e dilemas ticos uma vez que tudo isto provoca desconforto desgaste f sico e psicol gico 47 Na seguinte quest o de investiga o dar se visibilidade s diferentes estrat gias utilizadas pelos t cnicos durante a sua atividade de trabalho de forma a resolver ou a diminuir o confronto com as situa es ticas Quest o de Investiga o 3 Que estrat gias s o empreendidas pelos trabalhadores do NIJ no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ticos a que a atividade de trabalho os confronta Para analisar as estrat gias utilizadas no sentido da resolu o dos conflitos e dilemas ticos da atividade de trabalho destes trabalhadores do NIJ utilizou se a categoria de primeira ordem 4 Estrat gias desenvolvidas
125. tenho a minha vida pessoal Eu pr pria preciso de parar uns minutos por dia E fazer coisas que goste quase que nem tenho tempo porque ter filhos e ter fam lia para mim um projeto e s o sem d vida uma prioridade para mim Da a minha postura mais met dica de ter que desligar CDE 1 4 3 9 N o trabalhar ao fim de semana E portanto para a minha sanidade mental o meu tempo livre tem que ser a fazer tudo aquilo que n o me lembre esta realidade tudo aquilo que e traga a 2 3 parte bonita a parte das artes as coisas bonitas as coisas que n o me levem a pensar nestes conflitos em todos estes dramas e vidas que temos para gerir CDE 7 4 3 10 Princ pios pessoais 5 Efeitos dos dilemas e conflitos ticos no trabalho eu acho que muitas vezes eu utilizo os meus princ pios pessoais risos Por norma n o costumo 1 2 andar a falar da vida de algu m fa o sempre tudo para que a interven o tenha a m nima de entidades CDE 2 Surge aqui a categoriza o das refer ncias relativamente aos efeitos que os dilemas e conflitos ticos apresentam na sa de e na vida pessoal Ainda pode ser categorizado as refer ncias relativamente aos impactos que os conflitos e dilemas ticos apresentam na vida da crian a ou na vida dos jovens 5 1 Interven o na vida da crian a Surgem aqui todas as refer ncias relativamente aos impactos que os dilemas
126. ticos apresentam na vida da crian a e do jovem 4 1 1 Impactos a curto prazo Uma decis o que n s tomamos pode realmente s ter 1 1 um impacto CDE_4 4 1 2 Impactos a longo prazo pode ter um impacto logo de imediato mas o verdadeiro impacto muitos anos depois Se n s muitos anos depois conseguirmos que ela se tenha transformado num adulto equilibrado e saud vel ent o Depois claro uma crian a que sai de uma institui o e que vai para uma fam lia a partida v se logo ganhos n o Est mais bonita est mais alegre mas isto s o in cio da hist ria CDE 4 4 1 3 N o se sabe o impacto 4 2 Impacto na sa de 4 2 1 Cansa o em termos de ado o vamos durante algum tempo acompanhando mas depois perde se o rastro e depois junto dos pais se v o para algumas institui es vamos mantendo contacto e tamb m vamos sabendo CDE 2 Surgem aqui todas as refer ncias relativamente aos impactos que os dilemas ticos apresentam na sa de dos trabalhadores basicamente sentir me muito cansada chegar ao final do dia e sentir que n o tenho energia para outras situa es CDE 2 4 2 3 Gripe Muitas vezes acham que est o com gripe muitas vezes nem a gripe em si a somatiza o em si Isto uma atividade que a n vel f sico e psicol gico tem custos muito elevados CDE 3 4
127. ua profiss o Banks amp Williams 2005 No estudo efetuado por Philippe 2011 p de se verificar um novo olhar sobre as quest es problemas e dilemas ticos associados aos trabalhadores sociais O autor afirma que variadas s o as restri es impostas aos trabalhadores na sua pr tica profissional Ora esta situa o vai originar desconforto e permanente indecis o na tomada de decis o provocando sofrimento tico Os trabalhadores s resistir o a esta situa o atrav s da sua dedica o e empenho nas respostas individuais ou coletivas para continuar a exercer a sua profiss o A no o que cada trabalhador tem sobre um trabalho bem feito o cora o desta dedica o e empenho por parte dos trabalhadores Por m segundo o autor estes trabalhadores mencionam frequentemente o seu desconforto e insatisfa o na sua profiss o pois esta vai contra a sua representa o de um trabalho bem feito Em 2008 este autor realizou um outro estudo com trabalhadores sociais onde pretendeu perceber a representa o que os participantes tinham sobre o trabalho social e os trabalhos que lhes s o realmente pedidos na sua pr tica profissional A partir deste seu objetivo conseguiu elencar o desconforto e a insatisfa o que os trabalhadores sentem no seu trabalho Os participantes deste estudo referiram que lhes falta tempo para desempenhar adequadamente as tarefas por que s o respons veis Estas tarefas exigem muito tempo de trabalho po
128. uidamente d se resposta s quest es de investiga o anteriormente formuladas no mbito da discuss o mais global dos resultados Por ltimo s o apresentadas as conclus es e reflex es finais incluindo a refer ncia a sugest es de melhoria formuladas pelos pr prios t cnicos na perspetiva de uma melhoria da sua situa o de trabalho 11 Parte I Enquadramento Te rico 1 Profiss es do trabalho social Quando se fala hoje de trabalho fala se essencialmente de indicadores econ micos com ndices de produtividade rentabilidade e efici ncia mas nem todas as formas de trabalho podem ser analisadas com base neste tipo de valores Falamos nomeadamente das profiss es do trabalho social orientadas para a promo o da integridade social a diminui o das desigualdades sociais e a regula o da vida em sociedade Castel 2012 As chamadas profiss es do trabalho social s o profiss es de car ter predominantemente social ou de assist ncia profiss es de car ter educativo e de anima o Branco 2009 J segundo Banks 2008 as profiss es do trabalho social referem se a uma variedade de ocupa es nomeadamente o servi o social servi o de a o social pedagogia social educa o social psicologia e o apoio juvenil e comunit rio Genericamente pode se dizer que estes cargos abrangem profissionais cujo papel trabalhar junto de pessoas que necessitam de ajuda de apoio legal de educa o informal ou de
129. vii ndice de Tabelas Tabela 1 Carateriza o sociodemogr fica dos participantes i 28 Tabela 2 Descri o da categoria Efeitos no trabalho cicis iii re neteenaes 35 Tabela 3 Condi es de trabalho do NIJ cc serra r erre err rereererea 37 Tabela 4 Dilemas ticos Identifica o com hist ria pessoal Vs Caso em an lise 40 Tabela 5 Dilemas ticos Pr ticas profissionais dos pares Vs Pr ticas profissionais dos Pr DTIOS se ioiaren banaiaraasalana anacanninaanado Tapada N venia as san inte ina o E EE Salada E NNR 41 Tabela 6 Dilemas ticos Prescri o da organiza o Vs Real da atividade 42 Tabela 7 Dilemas ticos P blico alvo de interven o ee 44 Tabela 8 Estrat gia empreendida Instrumentos de refer ncia 0 0 ce eee ee eee iii 48 Tabela 9 Estrat gia empreendida Estrat gias coletivas de apoio cii ii 50 Tabela 10 Estrat gia empreendida Estrat gias individuais 0ceeeee iii 0000052 Tabela 11 Efeitos do trabalho Interven o na vida da crianga 60 e cece eee ee eee eeeteeeee 54 Tabela 12 Efeitos do trabalho Ao nivel da vida pessoal 0ccecceceecene eee eaceetseeeees 56 Tabela 13 Outras propostas dadas pelos trabalhadores ciiiiiii iii 59 viii ndice de Figuras Figura 1 Ffeitos no trabalho Ao n

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