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manual técnico da ginja de óbidos e alcobaça

1. am numa dilui o de 1 100 para dar e A car 38 0 Brix para n o deixar transparecer o sabor amargo Os par metros m nimos referidos coorespondem aproximadamente ao equil brio de um licor pouco concentrado O aumento da concentra o dever implicar o aumentop de todos os par metros e n o apenas de um ou dois para que se mantenha o equil brio dos sabores Al m disso estas caracter sticas anal ticas dever o ser complementadas por uma prova sensorial devendo apresentar um aroma intenso persistente e complexo em que a canela aperece uma nota imprescind vel e distintiva A Ginja de bidos e Alcoba a cultivada na rea geogr fica da respectiva IGP pelo seu elevado grau de acidez e pela aroma natural a canela que transmite ao licor parece ser a nica cultivar a garantir aquelas caracter sticas motivo que justificar a necessidade de a preservar e proteger incentivando se a sua expans o a n vel regional Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 85 Agradecimentos s Institui es nacionais ou comunit rias que aprovaram e financiaram o Projecto AGRO 940 Melhoria da Qualidade da Ginja de bidos e Alcoba a Aos directores ou presidentes da Institui es parceiras no Projecto AGRO 940 que em boa hora souberam apoiar o l der e os elementos das respectivas equipas t cnicas na proposta e execu o do projecto A todos os elementos da equipa t cnica do projecto AGRO 940 de cujo trab
2. da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 8 Aspecto da infloresc ncia da ginja regional de bidos e Alcobaca com a caracter stica Folha no P Figura 9 Diferen a morfol gica ao n vel do caracter stico aspecto da Folha no p esquerda e na Galega direita da colec o de Alcongosta em 2007 Figura 10 Diferen a no comprimento do ped nculo da ginja Folha no P a esquerda e a Galega a direita da colec o de Alcongosta em 2007 Figura 11 Classifica o das cultivares de ginja em fun o da cor da epiderme e da polpa Em cima Amarelles Ao centro e em baixo Morellos P g 11 12 13 13 14 15 21 22 22 24 Figura 12 Aspecto do porte prostrado da Ginja de bidos e Alcoba a a esquerda e do porte erecto da Garrafal Negra a direita Figura 13 Aspecto da frutifica o em ramo misto na Ginja de bidos e Alcoba a esquerda e em espor o na Garrafal Negra a direita Figura 14 Aspecto da flor da Ginja de bidos e Alcoba a com as 5 p talas caracter sticas das Ros ceas Figura 15 Temperaturas m ximas m dias e m nimas di rias de Mar o e Abril de 2007 na regi o de bidos Figura 16 Proposta de estados fenol gicos da Ginja de bidos e Alcoba a Figura 17 Aspecto da coloniza o do espa o por emiss o de p las radiculares Figura 18 Sistema misto de manuten o
3. plena flora o e queda das p talas prevenindo a morte das flores e dos rebentos e a podrid o dos frutos Holb e Schnabel 2005 O uso de fungicidas com ac o sist mica protege as flores e frutos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 61 reduzindo a esporula o nos tecidos infectados e as fontes de in culo hibernante Ogawa et al 1995 O cobre em pr abrolhamento e o bitertanol s o as subst ncias activas recomendadas em Protec o Integrada para o combate moniliose O tirame ou o zirame tamb m se podem utilizar complementarmente num m ximo de duas aplica es Cavaco et al 2006 Crivado O crivado uma doen a caracter stica das Prun ideas sendo causada pela infec o do fungo Wilsonomyces carpophilus L v Adaskaveg Ogawa amp Butler que anteriormente j pertenceu aos g neros Clasterosporium Coryneum e Stigmina Ogawa et al 1995 Durante o Inverno o fungo infecta e destr i os gomos dormentes mas tamb m afecta frutos folhas e ramos Wilson 1937 A infec o do crivado nas folhas manifesta se inicialmente com uma mancha avermelhada tornando se numa necrose que se destaca formando um otif cio arredondado Fig 25 Nos ramos poder haver a forma o de goma a qual evidencia uma reac o infec o Nos frutos formam se manchas acastanhadas Grove 2002 Os sintomas de crivado nas folhas poder o confundir se com infec es de Pseudomonas syringae Van Ha
4. Desta forma parecem existir 3 variedades ou tipos de ginja pequena e cida Galega grande e mais clara Rosa ou Garrafal Rosa grande e eventualmente mais escura Garrafal ou Garrafal Negra Esta distin o parece plaus vel e est de acordo com uma colec o varietal de ginjeiras instalada em Alcongosta desde ha cerca de 15 anos Alguns dados relativos a esta colec o foram publicados numa tese de doutoramento Rodrigues 2003 da qual o COTHN editou uma sinopse Rodrigues 2004 e num relat rio de est gio Gaspar 2007 Este ltimo j no mbito das actividades do projecto AGRO 940 O Quadro 1 mostra as diferen as evidentes entre as cultivares Galegas e Garrafais no tamanho ou peso do fruto e na acidez caracter sticas que est o associadas aos dois grupos conforme descrito por Barros e Gra a 1960 e Tinoco 1983 Quadro 1 Diferen as no tamanho peso e acidez dos frutos das cultivares Galega Garrafal e de Obidos no ano de 2007 em Alcongosta Galega Garrafal de bidos Altura do fruto mm 18 3 19 9 17 2 Di metro do fruto mm 21 2 23 3 21 0 Peso m dio do fruto g 4 9 6 5 4 8 Acidez g c m lico L 12 7 T2 13 5 No contexto da discuss o que tem sido feita e perante os resultados apresentados no Quadro 1 os frutos produzidos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 21 tradicionalmente na rea da IGP Ginja de bidos e Alcobaca s o pequenos e cid
5. Figura 4 Carta meteorol gica temperatura m dia da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a S M N 1974 n o obstante a pequena largura da faixa de territ rio bastante vari vel de 500 na zona litoral dos concelho de bidos e Caldas da Rainha at 1600 mm junto serra dos Candeeiros na zona de Porto de M s PRECIPITA O Quantidade total Periodo 1931 1960 Entre 500 e 600 mm Entre 600 e 700 mm E Entre 700 e 800 mm E Entre 800 e 1000 mm gt Entre 1000 e 1200 mm yy Entre 1200 e 1400 mm MOS Entre 1400 e 1600 mm Figura 5 Carta meteorol gica precipitacio da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a S M N 1974 14 Ant nio Ramos A humidade do ar influenciada pela proximidade do mar e pela incid ncia dos ventos dominantes de Norte e Noroeste sendo os valores anuais m dios de cerca de 80 distinguindo se claramente a faixa litoral com maior humidade relativa Fig 6 A insola o influenciada pela nebulosidade e pela ocorr ncia de nevoeiros e neblinas variando entre as 2400 e as 2500 horas Fig 7 Humidade relativa s 9T M G Valore M dio c Anual _ Periodo 1831 1880 Ds Entre 15 e 80 DA Entre 80 e 85 Figura 6 Carta meteorol gica humidade relativa do ar da tea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a S M N 1974 Ocupa o dos solos Do ponto de vista socio econ mico a re
6. o ou humidade elevadas e temperaturas acima dos 13 C os con dios germinam e desenvolvem se rapidamente atrav s do pistilo at ao ov rio O mic lio pode destruir a flor e as micotoxinas produzidas pelo fungo fl em at s extremidades herb ceas dos rebentos matando espor es e jovens rebentos Posteriormente forma se uma gomose que em casos de intensa infec o pode levar morte da rvore Budan et al 2005 A intensidade de ataque aumenta quando a concentra o de in culo elevada e por isso as medidas que s o tomadas no sentido da redu o das fontes de in culo colheita de frutos mumificados ou tratamentos c pricos queda das folhas minimizam a intensidade das infec es O aparecimento de frutos atacados posteriormente mumificados pode dever se s feridas causadas pela mosca da cereja Rhagoletis cerasi L e pelo rachamento fisiol gico Holb 2006 A intensidade de infec es tanto maior quanto maior for a humidade durante o per odo de incuba o da doen a Neste per odo as temperaturas ptimas variam de 20 a 25 C Koball et al 1996 O registo das temperaturas e da ocorr ncia de chuvas essencial para estimar o risco de infec es provocadas por Monilia spp Luo et al 2001 Sempre que poss vel devem utilizar se cultivares mais resistentes Gelvonauskien et al 2004 Em caso de risco elevado os tratamentos qu micos devem ser efectuados preventivamente durante o abrolhamento
7. Altura do fruto mm 18 3 17 2 16 7 Rela o altura di metro 0 86 0 82 0 86 Comprimento do ped nculo mm 26 8 42 6 41 7 Peso do ped nculo mg 110 0 100 0 109 2 Peso do fruto sem ped nculo g 49 4 8 3 8 Rendimento em polpa 94 3 90 6 89 5 pH 3 5 3 5 3 5 Acidez total g de cido m lico L 12 7 13 5 17 3 A cares totais Brix 16 5 16 5 17 7 Absorv ncia a 280 nm 1 100 0 582 0 698 0 577 Absorv ncia a 310 410 510 nm 1 100 0 411 0 450 0 409 Quadro 3 Caracter sticas de cor da epiderme e da polpa das cultivares da colec o de Alcongosta e da ginja da regi o de bidos e Alcoba a Cultivar Epiderme H epiderme Polpa H polpa Galega Vermelha 21 3 Rosada 35 8 Garrafal Rosa Rosada 29 9 Amarelada 78 7 Garrafal Negra Vermelha a 19 0 Vermelha escura 0 9 vermelha escura a negra Reine Hortense Rosada 27 0 Amarelada 78 8 Seixas Vermelha escura 14 8 Vermelha escura a negra 1 4 Ginja de bidos Vermelha 19 5 Rosada 47 6 e Alcoba a H ngulo de tom ou ngulo de tonalidade arco tangente em graus da raz o entre as coordenadas b e a do color metro Outra forma de classificar as cultivares de ginja baseia se na colora o da epiderme e da polpa do fruto Assim Amarelles s o todas as cultivares com epiderme rosada e polpa amarelada e Morellos as que apresentam frutos com epiderme vermelha escura e polpa rosada a vermelha Iezzoni 1996 Um terceiro grupo de cultivares que
8. Desta forma para sistemas de planta o de baixa ou m dia densidade e condu o em vaso os compassos poder o situar se nos valores atr s referidos por Sobreiro e Lopes 2003 Para sistemas de maior densidade conduzidos em tatura os compassos poder o ir dos 4 4 5 m na entrelinha a 1 1 5 m na linha N o conv m utilizar no entanto os compassos mais apertados com porta enxertos vigorosos Pode parecer que a Ginja de bidos e Alcoba a n o deva ser cultivada t o intensivamente N o ser da tradi o ou poder estragar a qualidade mas a realidade tem mostrado que o pre o Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 45 dos produtos tende a estabilizar ou a descer enquanto o pre o dos factores de produ o aumentar sempre m o de obra gua produtos qu micos energia Al m de caros ou escassos alguns factores de produ o t m levantado quest es ao n vel da seguran a alimentar e ambiental que p em em causa a sua utiliza o sustent vel Com tais condicionantes a produ o tem de ser eficiente Um produtor eficiente aquele que sabe aproveitar ao m ximo o nico factor de produ o que gr tis e amigo do ambiente a luz solar A intensifica o n o da tradi o mas necess ria Se estraga a qualidade porque n o se utilizam eficientemente equilibradamente e de acordo com as necessidades os outros factores de produ o A poda vista tradicionalmente como uma opera
9. a esquerda e em espor o na Garrafal Negra direita Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 29 Figura 14 Aspecto da flor da Ginja de bidos e Alcobaca com as 5 p talas caracter sticas das Ros ceas De um modo geral as infloresc ncias apresentaram o t pico p que d origem denomina o local O p tinha cerca de 1 a 1 5 cm embora se tivessem observado tamb m alguns gomos em que o p era quase nulo ou muito reduzido lt 0 5 cm com e sem folhas e gomos em que o mesmo p apresentava comprimento superior a 2 cm No ano de 2007 o in cio da actividade vegetativa intumescimento dos gomos deu se a partir de meados de Mar o e a plena flora o a partir dos in cios de Abril tendo ocorrido cerca de uma semana mais cedo em bidos do que em Alcoba a Quadro 4 Comparativamente a anos anteriores e de acordo com as informa es orais prestadas por produtores a plena flora o foi mais tard a em 2007 e arrastou se por mais tempo provavelmente devido falta de frio outonal ocorr ncia de algumas noites frias na segunda quinzena de Mar o ou manuten o de temperaturas m dias e m ximas relativamente baixas e com muita nebulosidade desde meados de Mar o a meados de Abril Figura 15 O desenvolvimento da flor desde o gomo de Inverno at matura o do fruto ocorre em diversas etapas ou estados fenol gicos como ilustra a Figura 16 Quadro 4 Datas de abrolha
10. a de Regadio Beja Oliveira I Nunes E e Fabi o M 2003 Avalia o da rega localizada In C O T R Guia de Rega 3 4 Centro Operativo e Tecnologia de Regadio Beja Panda S Mart n J P e Aguinagalde I 2003 Chloroplast DNA study in sweet cherry cultivars Prunus avium L using PCR RFLP method Genetic Resources and Crop Evolution 50 489 495 Pereira L S 2004 Necessidades de gua e m todos de rega Publica es Europa Am rica Mem Martins Pino C Silva G Hepp R e Venegas E 2007 Eficacia de Peak Plus en el control de Caliroa cerasi Hymenoptera Tenthredinidae Cienc Inv Agr 34 1 23 29 Rallo L 2008 A olivicultura em tempo de mudan a Revista APH 91 14 21 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcoba a 91 Rebolledo R Herrera C Klein C e Aguilera A 2004 Biolog a y actividad depredadora del chinche de espinas rojas Brontocoris nigrolimbatus Spinola Hemiptera Pentatomidae sobre el chape del cerezo Caliroa cerasi L Hymenoptera Tenthrendinidae Revista Chilena de Entomolog a 30 2 51 55 Rib reau Gayon P Gloires Y Maujean A e Dubourdieu D 2000 Handbook of Enology vol 2 The Chemistry of Wine Stabilization and Treatments John Wiley amp Sons LTD Chichester Rodrigues L C 2003 Caracterizaci n Morfol gica Isoenzim tica y Molecular de Variedades de Cerezo Prunus avium L y de Guindo Prunus cerasus L Tesis Doctoral Universidad Polit cnica de Madrid Madr
11. na cultura da ginja como tamb m em muitas outras fruteiras Mink e Jones 1996 Esta doen a tem origem em tr s fungos pertencentes ao g nero Monilia M fructicola Wint Honey M laxa Aderhold amp Ruhland e M fructigena Pers que podem ocorrer por vezes em simult neo No entanto M fructigena foi eliminada da Am rica do Norte e M fructicola s recentemente foi detectada na Europa CTIFL 2007 M laxa a esp cie que causa maiores perdas nos principais pa ses produtores reflectindo se na morte das flores Fig 24 e dos rebentos e no apodrecimento dos frutos Ogawa et al 1995 Figura 24 Aspecto das flores atacadas pela moniliose 60 Ant nio Ramos M fructigena manifesta se principalmente sobre os frutos em resultado da ocorr ncia de feridas Os sintomas iniciam se com pequenas manchas castanhas acabando por cobrir completamente o fruto Posteriormente surgem os conidi foros e con dios amatelados em an is conc ntricos sobre as reas infectadas Os frutos acabam por cair ou ficam mumificados na rvore uma importante fonte de in culo para o ano seguinte Holb 2006 M laxa afecta principalmente flores e rebentos embora possa desenvolver se com menor incid ncia nos frutos As fontes de in culo s o os frutos mumificados onde o fungo permanece durante o Inverno e dos quais os con dios s o disseminados pelo vento e pela chuva flora o e sob condi es favor veis precipita
12. Alcobaca 89 Fernandez Escobar R 2001 Fertilizaci n In D Barranco R Fernandez Escobar e L Rallo El Cultivo del Olivo 4 ed pp 255 284 Junta de Andalucia Ediciones Mundi Prensa Madrid Flore J A e Layne D R 1990 The Influence of Tree Shape and Spacing on Light Interception and Yield in Sour Cherry Prunus cerasus cv Montmorency Integrated Fruit Production Acta Horticulturae 285 91 97 Flore J A Kesner CD e Webster A D 1996 Tree Canopy Management and the Orchard Environment Principales and Practices of Prunning and Training In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 259 276 Cab International Wallingford Gaspar J 2007 Caracteriza o da Produ o da Ginja de bidos e Alcoba a Relat rio do Trabalho de Fim de Curso ESA IPCB Castelo Branco Gelvonauskien D Stanys V e Stanien G 2004 Resistance stability to leaf diseases of sour cherry varieties in Lithuania J Fruit Ornam Plant Res 12 295 301 Green H Bengtsson M Duval X Pedersen H L Hockenhull J e Larsen J 2006 Influence of urea on the cherry leaf spot pathogen B uwmeriella jaapii and on microorganisms in decomposing cherry leaves Soil Biology amp Biochemistry 38 2731 2742 Grove G G 2002 Influence of temperature and wetness period on infection of cherry and peach foliage by Wi sonomyces carpophilus Can J Plant Pathol 24 40 45 Hansen P 1997 Effect of nitrogen on fruit gro
13. De acordo com Alarc o et al 1961 que refere as classifica es clim ticas de K ppen e de Thornthwaite o clima da regi o temperado com Ver es pouco quentes mas prolongados e com elevado d fice de gua A temperatura anual m dia do ar ronda os 15 C com amplitudes t rmicas relativamente baixas devido a proximidade do oceano Atl ntico sendo de salientar uma faixa relativamente mais amena que atravessa os concelhos de bidos Caldas da Rainha e a parte dos concelhos de Alcoba a e Porto de M s junto serra dos Candeeiros Fig 4 A precipita o Fig 5 Carta de Solos UNID AD ES PEDO L GI AS Segundo o esquemada FAO paaaCa lados Solos da Europ a Z 30 LO NC HAKS L LUVIESOLOS 20000004 Solonchaks glelzados E Luwlssolos amp oo E Uutssolos rodocr micos c ldcos B CAMB ESO LOS Cambissolos Euhicos rochas sedimentares pos Paleoz lcas Cambissolos cr micos P POD IS Podzdis ricos associados a Re gossolos Euricos oe Podzals ricos associados a Cambissolos EU Hcos Mus Podzdis ricos associados a Cambissolos calc rios J FLUVIZSO LoS O Fiudissolos cacarios Figura 3 Carta de solos da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a Cardoso et al 1971 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 13 TEMPERATURA Valores M dios Anuais Per odo 1931 1960 Entre 125e150C Entre 15 0 e 16 0 C EM Entre 16 0 e 17 5 C
14. Seeram et al 20019 O efeito anticancer geno foi mostrado na inibi o da prolifera o de c lulas tumorais Reddy et al 2005 e na preven o de tumores intestinais no rato como auxiliar da medica o Bobe et al 2006 A supress o da dor relacionada com estados inflamat rios foi tamb m referida Tall et al 2004 As propriedades demonstradas pelas antocianinas levaram j alguns investigadores a apontar o seu interesse como alimento biofuncional Blando et al 2004 Kim et al 2005 A extrac o das antocianinas da ginja da cereja e de outros frutos tem sido por isso alvo de aten o seja para utilizar com alimento funcional ou como cotante natural mas o processo debate se com o problema da estabiliza o dos extractos Chandra et al 1993 A bioss ntese de antocianinas n vitro a partir de callus de explants de folhas de ginjeira parece ser um sistema til para melhorar a produ o de antocianinas Blando et al 2005 No entanto tem se verificado que os extractos de callus possuem menor efeito ben fico que os extractos de frutos Blando et al 2004 talvez porque o perfil das antocianinas presentes em cada um daqueles extractos seja diferente composi o da ginja em antocianinas tem mostrado um perfil bastante espec fico Em geral a nica antocianidina presente a cianidina nas formas de glicosil rutin sido rutin sido gluc sido e sofor sido Chandra et al 1992 Wang et al 1997 1999 Se
15. ani es fosfato e sulfato e tamb m aos n veis dos micronutrientes Estes s o muitas vezes esquecidos ou menosprezados mas h que real ar o seu impacto na assimila o do carbono e na qualidade dos frutos O boro em particular seja em aplica es outonais seja em aplica es no in cio do abrolhamento dever ser um elemento chave para melhorar a capacidade de vingamento dos frutos um problema premente na Ginja de bidos e Alcoba a como j foi referido Hoje em dia faz todo o sentido juntar a rega e a fertiliza o pois os sistemas modernos de rega injectam os fertilizantes e canalizam nos para junto das plantas numa aplica o localizada e individualizada a chamada fertirriga o que na ginjeira proporciona a obten o de ramos com comprimentos superiores a Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 53 45 cm mais vigorosos com mais flores por gomo e uma elevada densidade de flora o Dencker e Hansen 1994 Ao contr rio do que o agricultor comum possa pensar a planta n o se alimenta dos adubos que ele aplica Os elementos minerais contidos nos adubos s o essenciais mas servem apenas para que a f brica dos a cares nas folhas trabalhe eficientemente Portanto com fertirriga o ou com fertiliza o por via foliar ou com aplica o ao solo o importante poder actuar sobre as plantas em tempo oportuno e com as quantidades necess rias para que a planta cumpra eficientemente a
16. chegou a ser considerada como uma sub esp cie diferente denomina se por Marasca apresentando frutos pequenos e muito escuros que s o os de melhor qualidade para a produ o de vinho e licor e encontrando se nos bosques na ex Jugosl via e pa ses lim trofes lezzoni 1996 principalmente na regi o da Dalm cia Webster 1996a Segundo esta forma de classifica o Fig 11 Quadro 3 as Ginjas de bidos e Alcoba a as Galegas a Garrafal Negra e a Seixas incluem se no grupo dos Morellos enquanto a Garrafal Rosa possivelmente a Montmorency e a Reine Hortense uma 24 Ant nio Ramos Duke cherry se incluem no grupo das Amarelles O Quadro 3 mostra tamb m os valores da tonalidade ngulo de cor ou angulo de Hue H que varia de O vermelho a 90 amarelo sendo um valor que conjuga as coordenadas a e b obtidas pelo color metro Francis 1980 cit Aular et al 2002 Reine Hortense Garrafal Rosa Ginja de bidos e Alcoba a Galega Seixas Garrafal Negra Figura 11 Classifica o das cultivares de ginja em fun o da cor da epiderme e da polpa Em cima Amarelles Ao centro e em baixo Morellos Os valores da tonalidade H s o bastante cr ticos na diferencia o da cor da polpa acima de 75 para a polpa amarelada entre 35 e 50 para a polpa rosada e valores negativos para a polpa quase negra J pata os tons da epiderme distinguem se b
17. como as delega es dos servicos regionais do Minist rio da Agricultura as Esta es Nacionais de Fruticultura Alcoba a e Vitivin cola Torres Vedras do INRB Instituto Nacional dos Recursos Biol gicos a Caixa de Cr dito Agr cola M tuo as estruturas privadas ou cooperativas de concentra o e processamento de produtos centrais ou cooperativas fruteiras e ou hort colas adegas cooperativas e produtores engarrafadores as associa es de presta o de servi os factores de produ o e assist ncia t cnica com particular relev ncia na rea da Protec o e ou Produ o Integrada e as entidades que se preocupam com a dinamiza o dos mercados de consumo com a certifica o e com a qualidade dos produtos com a cria o e gest o de marcas colectivas e com a protec o da especificidade e tipicidade de algumas produ es tradicionais N o obstante a diversidade de estruturas de apoio actividade do sector prim rio este ainda caracterizado por uma grande dispers o da estrutura fundi ria com excessivo parcelamento e reduzida dimens o m dia das explora es o que deixa ainda um longo caminho para uma plena organiza o da produ o e dos produtores Estes s o ainda na sua maioria idosos e com baixo n vel de instru o apesar do esfor o de forma o das ltimas d cadas e da instala o de alguns jovens agricultores Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 17 Caracteriza o Bot nic
18. cultivares de cereja das de ginja e que a esp cie P avium n o o progenitor feminino da esp cie P cerasus Panda et al 2003 18 Ant nio Ramos A esp cie P cerasus a ginjeira conhecida como produtora das vulgares ginjas cerejas cidas ou cerejas de tarte sour cherry tart cherry ou pie cherry formando rvores pequenas ou frequentemente um arbusto que emite rebenta o profusa a partir da base p las radiculares constituindo povoamentos densos no estado selvagem Webster 1996b Segundo o mesmo autor tem folhas mais pequenas que a cerejeira ovais com pice agudo de comprimento entre 4 a 7 cm e largura cerca de metade do comprimento As flores s o abundantes nos ramos com um ano de idade crescimentos do ano anterior brancas com cerca 1 75 a 2 5 cm de di metro e ped nculos com cerca de 2 cm de comprimento Webster 1996a aparecendo em grupos de 2 a 4 flores por gomo Thompson 1996 Os frutos s o vermelhos com tonalidades mais ou menos escutas arredondados e com polpa branda e cida Webster 1996a Enquanto as cerejas doces ou simplesmente cerejas pertencem eventualmente todas esp cie P avium a denomina o de cerejas cidas ou ginjas engloba a esp cie P cerasus e todos os h bridos de P cerasus com os seus progenitores P avinm e P frncticosa provavelmente pela sobreposi o dos habitats das tr s esp cies nas regi es de origem lezzoni 1996 Entr
19. da drenagem da capacidade de reten o de gua e do desenvolvimento radicular Longstroth e Perry 1996 O solo dever ser bem arejado com uma percentagem m dia de argila j que a ginjeira sens vel a solos encharcados ou com m drenagem Longstroth e Perry 1996 ginjeira desenvolve se melhor em solos pouco cidos a ligeiramente alcalinos pH 5 5 a 7 5 e ricos em mat ria org nica pelo que dever ser dada especial aten o sua correc o aquando da prepara o do solo Longstroth e Perry 1996 Sobreiro e Lopes 2003 Sendo uma esp cie de zonas temperadas a ginjeira necessita de per odos quentes durante o desenvolvimento vegetativo e de Invernos frios durante o per odo de dorm ncia Longstroth e Perry 1996 devido s suas necessidades de frio No entanto as temperaturas baixas n o podem ocorrer ap s o in cio do abrolhamento pois podem reduzir o vingamento do fruto Tamb m as chuvas embora necess rias planta podem ter um efeito nefasto e comprometer a colheita se ocorrerem em dois per odos cr ticos a flora o pela lavagem do l quido estigm tico e a matura o pelo rachamento que podem causar no fruto Longstroth e Perry 1996 34 Ant nio Ramos Por outro lado temperaturas extremamente altas durante o Ver o provocam o aparecimento de frutos duplos por duplica o do pistilo durante a forma o da flor Iezzoni et al 1990 cit Longstroth e Perry 1996 Thompson 1996 Rel
20. de gua necess rias planta A melhor solu o nem sempre o pleno conforto das plantas Um ligeiro d fice h drico em determinadas fases do desenvolvimento pode favorecer a planta reduzindo o crescimento sem afectar demasiado a fotoss ntese e a acumula o S um d fice mais intenso afectar a fotoss ntese e finalmente a acumula o O verdadeiro desafio da Ci ncia e da Tecnologia encontrar formas de determinar as necessidades h dricas em cada fase do desenvolvimento de forma a poupar gua sem afectar significativamente o produto til que se pretende obter Para isso tem que haver uma clara aposta nos meios de monitoriza o dos gastos da planta da gua armazenada no solo e do estado h drico da planta Uma das formas mais utilizadas para medir as necessidades h dricas a determina o da evapotranspira o ET que pode ser estimada com base em observa es clim ticas padr o a partir de modelos espec ficos nomeadamente recorrendo ao modelo Penmam Monteith Na estimativa do balan o h drico considera Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 55 se que parte das necessidades de gua s o satisfeitas pela precipita o pela reserva de gua do solo e pela ascens o capilar e que as sa das de gua correspondem ET percola o para al m da zona radicular e ao eventual escoamento superf cie do solo Pereira 2004 O pleno conforto h drico corresponder a valores de gua de re
21. e Sadowski 1997 Alguns aspectos mais importantes relativos fertiliza o da ginjeira s o os seguintes e A poca de aplica o dos adubos azotados deve ser na Primavera e at ao in cio do Ver o Maio Junho uma vez que as aplica es tardias afectam negativamente a flora o o n mero de flores por gomo e por rvore o vingamento e a produ o no ano seguinte Por outro lado aumentam tamb m o risco de lixivia o durante o Outono e Inverno Lindhard e Hansen 1997 Com o aumento do nivel de azoto na fertiliza o a concentra o de azoto nas folhas o crescimento de ramos e de folhas e a acidez nos frutos aumentam enquanto a percentagem 48 Ant nio Ramos de mat ria seca o teor de s lidos sol veis e as antocianinas diminuem drasticamente Hansen 1997 Desta forma elevadas aplica es de azoto estimulam o vigor atrasam a matura o dos frutos e aumentam o tamanho dos mesmos diminuindo a sua firmeza embora raramente causem toxicidade na planta A aplica o dos adubos azotados atrav s da rega dever ser repartida utilizando se adubos sol veis como o nitrato c lcio o nitrato de am nio ou a uteia Hanson e Proebsting 1996 As rvores raramente respondem aplica o de f sforo No entanto quando s o feitas novas planta es em terrenos com baixos teores em f sforo bastante vantajosa a sua aplica o na fertiliza o de fundo pois promove o crescimento radicular Hanson e Proebs
22. excesso de produ o debilitando a planta apesar da maior efici ncia produtiva Bujdoz et al 2004 Quadro 7 Porta enxertos utilizados nas culturas da cerejeira e ginjeira e suas principais catacter sticas Caracter sticas dos Vigor Resist ncia Resit ncia Resit ncia Emiss o Sensibili Compati Solo porta enxertos aocalc rio aasfixia asecura dep las dadeao bilidade pesado Agrobac gingeira terium P avium F12 1 Elevado Baixa Baixa Baixa Baixa Sim Sim 100 P malaheb M dio Solos Santa L cia 64 80 Boa Baixa Boa Z Baixa arenosos ou francos Maxma 14 Semi M dia Baixa Sem Baixa Sim Sim Brokforest P ananicante ou baixa malabeb x P avium 40 Maxma 97 Semi _ _ Baixa Sem Baixa Sim Sim Brokgrove hib SL ananicante ou baixa 60 Colt P Avinm x M dio M dia Baixa Baixa Alta xP psendocerasus GM 61 1 Damil Semi _ _ Baixa Sem AR Sim _ P demyckensis ananicante ou baixa 40 GM 9 Inmil Ananicante Baixa Sem Sim P inciva x P serrula 30 ou baixa Morello Cab 6P Semi M dia Boa Sim _ Sim Sim Cab 11E P cerasus ananicante 60 Fonte Sobreiro e Lopes 2003 38 Ant nio Ramos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 39 Produ o Integrada O s c XX ter sido o s culo da explos o da Agricultura Cient fica Durante a primeira fase da Agricultura Cient fica a preocupa o pela produtividade e
23. j fixos nas estruturas foliares logo indispon veis e aqueles que est o em circula o dispon veis para a planta Nos ltimos anos especialmente a partir da cultura da p ra Rocha t m se vindo a divulgar as an lises ao fluxo flo mico as chamadas an lises a seiva que apenas reportam os teores minerais em circula o e consequentemente dispon veis para a planta A grande vantagem destas an lises a possibilidade de se poder actuar imediatamente j que podem ser feitas em qualquer momento a partir do qual as folhas j estejam suficientemente desenvolvidas Esta vantagem de poder actuar imediatamente de acordo com as necessidades das plantas parece estar mais de acordo com a filosofia da Produ o Integrada As an lises foliares as cinzas s o um meio para planificar a fertiliza o As an lises foliares a seiva sao um meio para monitorizar a nutri o das plantas e orientar as interven es necess rias para melhorar a quantidade e a qualidade do produto N o h valores de refer ncia mas certamente as primeiras an lises s cinzas tamb m n o tinham valores de refer ncia Eles ter o surgido medida que a t cnica foi sendo utilizada Quadro 9 Valores das an lises foliares as cinzas em cinco amostras de folhas de Ginja de bidos e Alcoba a data de amostragem 18 05 2007 Azoto total 7 01 6 73 6 82 6 68 4 81 F sforo total 0 33 0 31 0 36 0 36 0 34 C lcio total
24. lidos sol veis totais Brix na acidez total g de cido m lico litro e nas absorv ncias no ultravioleta A e no vis vel 280 nm Azio 410 510 e Figura 31 Influ ncia do teor alco lico da infus o a esquerda e da propor o de frutos direita na acidez total em cima e nas absorv ncias no ultravioleta ao meio e no vis vel em baixo antes e ap s a adi o da solu o a ucarada 75 77 80 Pref cio O projecto Agro 940 Melhoria da Qualidade da Ginja de bidos e Alcobaca foi aprovado em 2006 na sequ ncia do convite a apresenta o de candidaturas da Medida 8 Desenvolvimento Tecnol gico Ac o 8 1 Desenvolvimento Experimental e Demonstra o para Valoriza o dos Produtos Tradicionais no mbito da Fruticultura A produ o de licores e aguardentes a partir dos frutos da ginjeira existe em todas as regi es onde haja ginjeiras seja em Portugal seja no resto do mundo Moreiras 2006 No entanto a projec o nacional e internacional que os licores de ginja produzidos e vendidos no entorno hist rico e patrimonial do Castelo de bidos e do Mosteiro de Alcoba a a sua antiguidade e o car cter artesanal da sua produ o justificam a inclus o da Ginja de bidos e Alcoba a como um produto tradicional no mbito da fruticultura O prazo de realiza o do projecto 18 meses foi muito curto para os problemas t cnicos da cultura e da implementa o da IGP In
25. m qualidade e rvores mais d beis tornando se mais suscept veis s intemp ries do Inverno e Morte de espor es e Redu o do vingamento e tamanho de frutos e Gomos florais mais pequenos e fracos e Desenvolvimento reduzido dos frutos e Morte eventual da rvore O fungo permanece na forma hibernante nas folhas mortas no solo onde desenvolve uma apoteca na qual se desenvolvem os asc sporos Ellis 1995 As temperaturas ptimas para a forma o dos asc sporos rondam os 13 16 5 C sendo mais baixa a 12 C e praticamente nula abaixo de 8 C Durante os per odos de chuva e por ac o dos salpicos os asc sporos s o espalhados e acabam por alcan ar as folhas saud veis iniciando se uma infec o prim ria por penetra o atrav s dos estomas da p gina inferior das folhas ap s a germina o dos asc spotros O tempo de germina o dos asc sporos varia com a temperatura e a humidade Logo depois pequenas manchas surgem na p gina superior formando se os ac rvulos e iniciando se uma infec o secund ria quando os con dios s o levados pela chuva e vento para outras folhas Ogawa et al 1995 A estimativa do risco desta doen a muito importante e pode fazer se pela medi o registo da intensidade e dura o dos per odos de precipita o da humidade e das temperaturas uma vez que a germina o dos esporos depende da conjuga o destes factores Leonard e Fry 1986 No entanto a depend ncia das
26. nos prim rdios da civiliza o grega e um pouco mais tarde em It lia mesmo antes de L culo ter levado alguns p s de ginjeira da sia Menor Essa capacidade para se expandir rapidamente de forma natural ficar se ia a dever dissemina o das sementes feita pelas aves migrat rias e Foram os gregos os primeiros a cultivar a ginjeira embora se atribua a L culo famoso comensal romano do s culo I a C a introdu o da ginjeira em Roma 4 Ant nio Ramos Parece pouco prov vel que a ginjeira e a cerejeira s se tenham expandido no Imp rio Romano ap s a sua introdu o em Roma por L culo Este ter eventualmente introduzido uma nova variedade j que no s culo I d C Pl nio faz uma descri o das 10 variedades de cerejeira cultivadas em It lia Para os especialistas o per odo de tempo em causa cerca de um s culo seria demasiado reduzido para que surgissem tantas variedades a partir de uma s planta e Nasua descri o das 10 variedades cultivadas em It lia Pl nio identifica uma chamada Lusitania que era certamente uma variedade cultivada na correspondente prov ncia romana A Hist ria da origem e expans o da ginjeira deixa poucas pistas sobre a origem da ginjeira que se cultiva actualmente na regi o de bidos e Alcoba a e que d origem ao conhecido licor de ginja da regi o ginjeira pode ter sido introduzida pelos Romanos na sua expans o para a Pen nsula Ib rica depois da sua introdu o e
27. o normas e processos que ainda est o por aplicar na pr tica corrente ou est o apenas a dar os primeiros passos Outro tipo de certifica o do produto diz respeito necessidade de caracterizar a mat ria prima propriamente dita ou seja estabelecer os par metros anal ticos que definam um fruto de qualidade para a obten o de licor O pouco conhecimento que se tem sobre a composi o do fruto da Ginja de bidos e Alcoba a resumir se porventura aos resultados anal ticos dos frutos da colec o de Alcongosta Rodrigues 2003 2004 Gaspar 2007 Aquando do in cio do processo de cria o da IGP Ginja de bidos e Alcoba a foram colhidas tr s amostras de frutos em 2005 que se analisaram na Esta o Nacional de Fruticultura Vieira da Natividade Um dos objectivos principais do projecto AGRO 940 foi precisamente o de dar continuidade caracteriza o do fruto da Ginja de bidos e Alcoba a nas condi es regionais Alguns resultados dessa caracteriza o f sica e qu mica foram j referidos para distinguir a Ginja de bidos e Alcoba a das Galegas e das Garrafais Quadros 1 e 2 Certamente que a caracteriza o f sica tamanho peso e cor muito importante e foi cr tica para a distin o entre cultivares ou grupos de cultivares No entanto a composi o qu mica que mais pesa no que diz respeito s caracter sticas de aprecia o sensorial em particular no paladar Nas descri es do fruto e even
28. os valores das an lises s cinzas apenas deixam notar valores elevados excessivos de azoto total e ligeiramente baixos de magn sio Os valores excessivos de azoto podem influenciar negativamente a qualidade dos frutos A defici ncia relativa de magn sio poder justificar se pela elevada rela o Ca Mg resultante da elevada satura o do complexo de troca cati nica com c lcio Os resultados das an lises a seiva tomando como orienta o valores observados na mesma poca em outras prun ideas indiciam pelo contr rio um relativo equil brio vegetativo da rvore mas do qual ser de esperar uma produ o baixa e de m qualidade Elementos como o f sforo e o pot ssio andar o por metade da concentra o desej vel n o s em prun ideas mas tamb m em pom ideas na regi o considerada Em consequ ncia as folhas poder o n o atingir a sua expans o m xima e os frutos se a carga estiver equilibrada na altura em que as an lises foram feitas teriam calibre sempre pequeno podendo muitos deles parar de crescer e mumificar sem chegar matura o J M S Martins com pessoal 52 Ant nio Ramos Admitindo que os pomares se localizam em bidos em solos assentes sobre calc rio das encostas Ou topos de colinas os valores de c lcio molibd nio e ferro s o baixos e o magn sio em circula o poder ser algo insuficiente Conjugando as concentra es destes elementos com as de f sforo e pot ssio de
29. para reduzir tanto a procura de gua como os custos que est o associados rega energia e m o de obra Oliveira et al 2003 54 Ant nio Ramos O sistema de rega gota a gota permite tamb m a incorpora o de fertilizantes fertirriga o sendo por isso um m todo eficiente para a gest o das necessidades nutritivas das plantas No entanto h que alertar para alguns problemas que podem surgir do seu uso intensivo tais como interac es ou efeitos cumulativos com os nutrientes j existentes na restrita rea de aplica o Callan e Westcott 1996 Um dos aspectos mais preocupantes nesse sentido o aumento da salinidade uma vez que a incorpora o de fertilizantes minerais localizadamente conduz concentra o de sais superf cie do solo em redor dos bolbos molhados Pereira 2004 A salinidade dos solos atrav s do abaixamento do potencial osm tico dificultando a absor o da gua e dos efeitos espec ficos dos i es capazes de causar desequil brios nutritivos e fitotoxicidade tem se revelado preocupante em algumas regi es Santos 2002 Para evitar ou corrigir este problema deve regar se de imediato sem adubos para assegurar a lavagem dos sais transportados para a zona radicular Pereira 2004 Dispondo se j dos meios e das tecnologias necess rias realiza o de uma rega com a m xima poupan a de gua um bem escasso o aspecto fundamental da rega a determina o das quantidades
30. pela redu o de custos originou um modelo com a utiliza o crescente de tecnologias isto de diversos meios de produ o A possibilidade criada pela Ci ncia e Tecnologia para proporcionar alimentos suficientes para fazer face s necessidades globais da popula o impulsionou um modelo no qual o uso da energia e de outros recursos parecia n o ter limites Rallo 2008 O conceito de Produ o Integrada uma aproxima o ao desenvolvimento sustent vel do sector agr rio que surgiu da necessidade de combater os desequil brios provocados pelo emprego indiscriminado dos meios de produ o e os custos crescentes com a energia pr tica da Produ o Integrada n o deve ser vista no entanto como uma forma de impor regras e limita es produ o ou ao uso dos factores de produ o deve pugnar mais pelo uso racional dos factores de produ o de modo a obter qualidade com seguran a para o consumidor para o produtor e para o ambiente respeitando o equil brio fisiol gico das plantas A Produ o Integrada diz respeito a todos os aspectos da planifica o implanta o e cuidados culturais a desenvolver sobre as plantas e o solo no espa o que constitui o ecossistema pomar No entanto o seu mbito de interven o tem mais impacto ao n vel das t cnicas culturais Nestas destacam se as opera es de prepara o e manuten o do solo pelo seu impacto positivo ou negativo sobre os fen menos erosivos a fe
31. polpa vermelha escura a quase negra sendo pouco cidas acidez inferior a 10 g de cido m lico litro de sumo e utilizadas para do aria licor ou consumo em fresco Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 27 H bitos de vegeta o e frutifica o Como resulta da descri o das esp cies P avium e P cerasus para al m das caracter sticas do fruto tamanho e acidez existem tamb m diferen as ao n vel do porte da rvore e dos rg os de frutifica o As esp cies de P avinm t m porte erecto e frutificam em espor es que podem atingir idade elevada enquanto as esp cies de P cerasus t m um porte mais prostrado com ramos pendentes e frutifica tanto em ramos mistos como em espor es embora estes tenham em geral uma longevidade menor Webster 1996a No entanto como refere lezzoni 1996 tamb m se classificam como ginjas ou cerejas cidas os h bridos de P cerasus com ambos os seus progenitores pelo que existe toda uma gama completa de varia o do porte erecto a prostrado e da frutifica o exclusivamente em ramos mistos a exclusivamente em esporoes n o sendo de forma alguma estes crit rios suficientes para distinguir a ginjeira da cerejeira As diferen as no porte e nos h bitos de frutifica o podem observar se nas Figuras 12 e 13 Na Figura 12 compara se uma ginjeira de bidos e Alcoba a de porte prostrado ou pendente com uma Garrafal com porte erecto ou semi erecto O porte prostrad
32. prever que os frutos sejam cidos adstringentes pouco doces e pouco firmes Uma interven o em fertirriga o e por aduba o foliar poderia ainda melhorar a qualidade dos frutos e promover um melhor crescimento resultado obtido repetidamente em pessegueiro ameixeira e cerejeira at duas semanas antes da colheita J M S Martins com pessoal Globalmente tendo em conta a poca e a fenologia da esp cie as an lises seiva indicam ser imprescind vel uma fertirriga o equilibrada ap s a colheita substancialmente diferente da aplicada no ano anterior no sentido de preparar as rvores para uma produ o quantitativamente superior no ano seguinte As quantidades de fertilizantes a aplicar as formula es a utilizar e a sua distribui o at queda da folha deveriam ser estabelecidas como regra geral com base nos resultados anal ticos e na observa o cuidadosa das rvores acompanhando a sua reac o administra o dos nutrientes J M S Martins com pessoal Em suma pode dizer se que a avalia o das necessidades nutritivas da Ginja de bidos e Alcoba a est longe de ser conseguida com as an lises foliares realizadas em 2007 s cinzas ou seiva Devido natureza dos solos ao baixo grau de satura o em bases e satura o em c lcio do complexo de troca cati nica h que dar especial aten o ao equil brio dos cati es de troca Al m disso h que atender ao equil brio dos
33. resulta da infec o das bact rias Pseudomonas syringae pv syringae e ou Pseudomonas syringae pv morsprunorum Mink e Jones 1996 Os cancros desenvolvem se nos gomos foliares e florais da base dos tamos nas feridas resultantes da poda e na base dos espor es infectados Geralmente o cancro difunde se para cima da rea infectada na qual se forma uma goma O agente patog nico pode estar presente nos gomos florais e foliares durante o Inverno os quais ir o morrer antes de abrolhar ou se abrolharem acabam por morrer logo de seguida Nas infec es das folhas surgem manchas clor ticas que acabam por formar necroses Ogawa et al 1995 Para que haja infec o ter de haver elevada humidade do ar e a exist ncia de gua livre nas folhas pelo menos durante 24 horas O aparecimento de sintomas surge 5 dias ap s a infec o com temperaturas entre os 20 e os 25 C Mink e Jones 1996 Os produtos cupricos s o os nicos produtos fitofarmac uticos com capacidade bacteriost tica capaz de controlar o cancro Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 63 bacteriano devendo ser aplicados quando se formam feridas na rvote queda das folhas poda abrolhamento e queda das p talas e hajam condi es climat ricas favor veis Ogawa et al 1995 Tumores Galhas Radiculares Esta doen a desenvolve se nas ra zes tanto em cerejeira como em ginjeira sendo um problema importante nos viveiros onde a dissemina o
34. s o actualmente quatro os produtores que se rogam o direito de utilizar a denomina o de Ginja de bidos e Alcoba a o licor de ginja de Alcoba a M S R os licores de ginja v rias marcas da Frut bidos em Amoreira o licor de ginja Oppidum em Sobral da Lagoa e o licor de ginja do Sanguinhal A certifica o da genuinidade e qualidade do licor passar pelo cumprimento de normas de higiene e seguran a alimentar e de rastreabilidade do produto o que obrigar a ac es de fiscaliza o em toda a fileira desde o respeito pela Produ o Integrada do fruto fiscaliza o dos pomares e das t cnicas e factores de produ o 72 Ant nio Ramos utilizados pela garantia da genuinidade do fruto identifica o da cultivar e fiscaliza o das trocas comerciais entre produtores de fruto e de licor e pela higiene e seguran a alimentar ao longo das diferentes fases da transforma o do fruto e do processamento e expedi o do licor normas higi nicas e controlo anal tico do produto final A Mat ria Prima Para certificar a mat ria prima para a produ o do licor de bidos e Alcoba a necess rio come ar por certificar o produtor do fruto ou seja caracterizar o pomar identificar a cultivar controlar as t cnicas e os factores de produ o cadernos de campo controlar a entrega nas unidades de transforma o facturas e garantir a rastreabilidade do fruto ao longo do processo de transforma o Tudo isto s
35. tratados apresentaram tamb m algumas folhas bastante atacadas pelo crivado No futuro cr se que os p ssaros nomeadamente bandos de estorninhos tamb m poder o vir a causar preju zos avultados na poca de colheita Em suma os tratamentos com cobre FA durante a queda das folhas e no per odo de pr abrolhamento parecem ser de import ncia critica para prevenir o cancro bacteriano a moniliose e o crivado Em caso de Primaveras h midas torna se tamb m importante controlar a cilindrosporiose Em relac o s pragas deve ter se especial aten o ao seu aparecimento e ao seu impacto na cultura ou na produ o em especial a larva lesma e desenvolver e estrat gias para combater ou afugentar Figura 27 Aspecto dos preju zos causados pelos carac is Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 67 Colheita A colheita da ginja deve ser uma opera o efectuada em tempo oportuno pois a matura o do fruto ocorre em poucos dias Contudo a matura o dos frutos n o ocorre simultaneamente em todos eles sendo por isso desej vel uma colheita escalonada Para al m disso h que considerar o destino da produ o para fresco ou para transforma o em doces ou licores Brown e Koll r 1996 A colheita quer de ginjas quer de cerejas uma opera o particularmente morosa e dispendiosa devido ao pequeno tamanho do fruto Sobreiro e Lopes 2003 referem um rendimento da colheita da cereja entre
36. 0 9 S Yo 0 13 0 8 B ppm lt 20 25 60 gt 80 Cu ppm 5 20 Fe ppm 20 250 Mn ppm lt 20 20 200 Zn ppm lt 10 15 70 Fonte Shear e Faust 1980 e Huguet 1984 cit Hanson e Proebsting 1996 A utiliza o das an lises foliares e a sua compara o com os valores de refer ncia como a que se mostra no Quadro 8 constitui um precioso auxiliar na pr tica da fertiliza o mas apresenta algumas limita es os n veis de nutrientes nas folhas n o se relacionam directamente com os n veis de produtividade das plantas necess rio padronizar a poca de amostragem normalmente uma poca em que os n veis dos nutrientes sejam mais est veis as pocas de amostragem s o em geral pr ximas do 50 Ant nio Ramos Ver o quando h menor actividade vegetativa e quando a produ o est pr xima de ser colhida n o tendo impacto nessa campanha os valores resultam meramente indicativos para planear a fertiliza o do ano seguinte deixando ao t cnico ou ao agricultor a tarefa de adivinhar as quantidades que a planta vai necessitar no ano seguinte sem ainda se saber como v o ser as condi es meteorol gicas e as produ es desse ano Al m dos referidos problemas a determina o dos teores em elementos minerais faz se ap s a incinera o da amostra ou seja a sua transforma o em cinzas Desta forma s o determinados os teores totais nas folhas incluindo os elementos que est o
37. 1 63 1 60 1 41 1 39 1 16 Magn sio total 0 36 0 33 0 35 0 36 0 31 S dio total 0 027 0 048 0 019 0 013 0 011 Ferro total mg kg 80 57 59 40 68 16 66 73 54 68 Cobre total mg kg 13 23 15 10 14 37 14 42 11 37 Zinco total mg kg 21 17 22 00 19 25 25 29 25 10 Mangan s total mg kg 361 74 49 34 133 46 198 70 25 24 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 51 Os Quadros 9 e 10 apresentam os valores das an lises foliares s cinzas e ao fluxo flo mico respectivamente em algumas amostras colhidas em diferentes pomares de Ginja de Obidos e Alcoba a Quadro 10 Valores das an lises foliares a seiva em tr s amostras de folhas de Ginja de bidos e Alcoba a data de amostragem 28 05 2007 pH 5 5 5 2 5 6 Condutividade el ctrica mS cm 10 6 5 9 4 Azoto n trico mg l 4 0 2 Azoto amoniacal mg l 21 19 17 F sforo mg l 277 242 307 Pot ssio mg l 2387 1765 2972 Magn sio mg l 296 297 265 Enxofre mg l 39 38 24 C lcio mg l 562 483 574 S dio mg l 212 25 38 Cloro mg l gt 2300 1602 1669 Mangan s mg l 16 3 1 14 0 Boro mg l 2 05 1 59 0 68 Cobre mg l 0 74 0 68 0 63 Ferro mg 1 0 4 0 5 0 4 Zinco mg l 3 4 2 2 2 8 Molibd nio mg l 0 03 0 08 0 05 Alum nio mg l 0 19 0 48 0 62 A colheita das amostras foi realizada na 2 quinzena de Maio a cerca de um m s e meio da colheita Apesar de poder n o ser a data mais prop cia para comparar com os valores de refer ncia Quadro 8
38. 475 0 577 Cor A io 410 510nm dilui o 1 100 0 411 0 5615 0 409 Equil brios de sabores Rela o Brix Acidez 13 24 1 0 Rela o Brix Polifen is 28 3 31 1 30 6 Rela o Acidez Polifen is 21 8 131 29 9 Rela o Brix Acidez Polifendis 2 2 4 4 1 8 Al m dos par metros atr s referidos tamb m se inclui no Quadro 11 a leitura das absorv ncias no vis vel a 310 410 e 510 nm A5 o44104510 am QUE correspondem aos picos de absor o observados no espectro vis vel Figura 29 Por analogia com a ci ncia Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 75 enol gica em que a soma das absorv ncias a 420 520 e 620 nm traduzem a cor ou a intensidade corante do mosto ou do vinho relacionada com o teor em antocianinas Rib rau Gayon et al 2000 referir se aquele par metro como intensidade corante da ginja o qual servir para caracterizar a cor do sumo e do licor j que a cor do fruto epiderme e polpa ser o mais facilmente caracterizados pelo color metro Seja pela diferen a de origem ou da cultivar a diferen a predominante entre a Galega a Garrafal e a Ginja de bidos e Alcoba a a acidez superior na ltima e mais baixa na Garrafal como j antes se havia referido aquando da caracteriza o das cultivares Dessa diferen a resulta uma diferen a nas diferentes rela es que se podem estabelecer entre os par metros que definem os sabores doce cido e amargo deste modo nas rela es que impl
39. 60 0 20 Gro 52 41 10 48 140 764 121 13 103 63 0 20 M d 61 51 18 28 110 730 125 34 112 58 20 50 M d 72 65 06 2 136 867 12 07 15 78 20 50 Fina 80 70 07 41 168 961 30 03 06 306 20 50 Fina 70 59 08 21 142 805 167 07 21 48 20 50 Gros 52 39 06 66 158 751 138 15 97 55 20 50 Gros 63 5 2 18 24 100 875 68 17 41 128 expresso em percentagem da capacidade de troca cati nica p 8 A maioria das amostras mostra uma textura m dia com reac o de pouco cida a pouco alcalina A mat ria org nica relativamente baixa em todas as amostras e nas duas profundidades Os dois ltimos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 35 pomares apresentam valores baixos ou muito baixos de f sforo e pot ssio assimil veis e um valor muito baixo da capacidade de troca cati nica Esta dominada pelo c lcio deixando prever alguma dificuldade na absor o de outros cati es Em particular a absor o do magn sio deve ser bastante dif cil nos dois primeiros pomares cujos valores da rela o c lcio magn sio s o bastantes elevados Em suma n o se dispondo ainda de estudos especializados sobre as exig ncias e a adapta o da Ginja de bidos e Alcoba a em p franco ou com porta enxertos apenas se poder recomendar prud ncia na escolha de solos ou seja que sejam bem drenados de textura franca franco argilosa franco arenosa ou argilo arenosa de ligeiramente cidos a ligeiramente alcalinos dependendo da escolha do porta enx
40. 7 5 e 12 kg hora trabalhador com frutos de 8a 10 g Para a ginja o rendimento da colheita dever ser ainda mais reduzido uma vez que o peso dos frutos geralmente menor J Brown e Koll r 1996 referem necessidades na ordem das 400 horas de colheita por hectare nos pomares dos EUA e cerca de 300 horas de colheita por hectare na Europa uma vez que as rvores s o mais ananicantes Ao baixo rendimento da colheita junta se ainda a crescente escassez de m o de obra Se a dimens o do pomar for elevada este problema agrava se devido ao curto per odo de tempo que decorre entre o in cio e o fim da matura o dos frutos A colheita mec nica vem deste modo responder de modo eficaz a estes problemas pois capaz de reduzir o tempo de colheita assim como as necessidades de m o de obra e por conseguinte diminuir os custos Brown e Koll r 1996 68 Ant nio Ramos Os sistemas de colheita mec nica por vibra o j s o utilizados nos EUA desde 1950 podendo reduzir os custos de 50 a 75 em rela o colheita manual Contudo uma incorrecta operacionaliza o deste tipo de equipamentos poder causar enormes preju zos na colheita final devido a les es nos frutos Brown e Koll r 1996 Para evitar problemas com a qualidade dos frutos estes devem ser conduzidos de imediato para um reservat rio de gua gelada e transportados para a f brica de transforma o Carles 1984 cit por Silva e Alarc o 1999 Um dos gran
41. Integrada das Plantas dando prioridade aos meios de luta culturais Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcoba a 57 a interven o dos auxiliares e estimativa do risco deixando a luta qu mica para ltima op o Al m disso tanto as subst ncias activas existentes no mercado como as novas mol culas em estudo est o sujeitas a um controlo cada vez mais apertado no sentido de serem seguros para o aplicador para o consumidor para os auxiliares e para os outros seres vivos do ecossistema Amaro 2003 Cilindrosporiose A cilindrosporiose uma doen a causada pelo fungo B umeriella jaapii Rehm afectando principalmente as folhas No entanto as les es podem tamb m surgir nos frutos pec olos e ped nculos Os sintomas surgem sob a forma de pequenas manchas de aspecto ponteado que v o aumentando de tamanho tornando se castanho avermelhadas Fig 23 Durante os per odos de chuva forma se uma massa viscosa esbranqui ada na parte superior das folhas infectadas que s o os ac rvulos contendo os esporos assexuados do fungo Ellis 1995 Figura 23 Aspecto das folhas da ginjeira com sintomas de cilindrosporiose As folhas infectadas caem prematuramente e as rvores podem apresentar uma desfolia o mais ou menos intensa durante o Ver o 58 Ant nio Ramos Se esta desfolia o for precoce e cont nua pode ter as seguintes consequ ncias Ellis 1995 e Colheita reduzida e irregular com frutos de
42. Quando se adiciona a calda acucarada provoca se uma nova dilui o na acidez e na composi o fen lica amargo e cor tanto maior quanto maior o teor alco lico da solu o de infus o Fig 31 Da a import ncia do teor alco lico da solu o e da propor o de frutos na infus o Nos r tulos das garrafas de licor das marcas comerciais s consta o teor alco lico que varia entre 18 e 20 v v Como tal foi feita uma an lise as quatro ginjas comerciais a fim de determinar o n vel de grandeza dos outros par metros anal ticos relacionados com a cor e os sabores e os seus equil brios Quadro 14 Pela an lise deste Quadro pode concluir se da enorme varia o das caracter sticas anal ticas s quais correspondem importantes diferen as nos equil brios doce cido rela o B A e doce amargo rela o B P indicando no sentido inverso a riqueza em cidos e compostos fen licos O equil brio cido amargo rela o A P relativamente uniforme confirmando a origem de ambos na composi o dos frutos enquanto o doce se deve adi o de a car A rela o B A P d uma ideia global da concentra o Quadro 14 Par metros anal ticos e equil brios em amostras de licores de ginja produzidos comercialmente na regi o de Obidos e Alcoba a Ginja 1 Ginja 2 Ginja 3 Ginja 4 M dia Par metros de cor e sabores A cares totais Brix 39 5 39 4 38 3 41 1 39 6 Acidez total g de c m lic
43. Y Instituto Polit cnico de Castelo Branco MANUAL T CNICO Ginja de Obidos e Alcoba a MANUAL T CNICO DA GINJA DE BIDOS E ALCOBACA Projecto AGRO 940 MELHORIA DA QUALIDADE DA GINJA DE BIDOS E ALCOBACA Mi i DRAP LVT Fe Agricultura Dico o Regonal ac MUNICIPIO DE Desenvolvimento de Agrcutur e Pescas Alcoba a BIDOS ural o das Pescas de Lisboa e Vale do Tejo te Ficha T cnica T tulo Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca Autor Ant nio Ramos Prof Coordenador da ESACB Edi o Instituto Polit cnico de Castelo Branco e Associa o dos Produtores de Ma de Alcoba a Capa Rui Monteiro Composi o Servi os Editoriais e de Publica o do IPCB Impress o Gr fica de S Jos Castelo Branco Esta publica o foi financiada pelo Projecto AGRO 940 Melhoria da Qualidade da Ginja de bidos e Alcoba a ISBN 978 972 99849 8 3 Dep sito Legal 272979 08 Tiragem 1000 exemplares Fevereiro de 2008 Entidades Participantes do Projecto AGRO 940 ESCOLA SUPERIOR AGR RIA DE CASTELO BRANCO ESACB DIREC O REGIONAL DE AGRICULTURA DO RIBATEJO E OESTE DRARO ASSOCIA O DOS PRODUTORES DE MA DE ALCOBA A APMA MUNIC PIO DE BIDOS MO Equipa T cnica do Projecto AGRO 940 Ant nio Maria dos Santos Ramos L der ESACB Maria C ndida Viegas Tavares ESACB Cec lia Maria Marcelo Silva Gouveia ESACB Manuel Ant nio Martins Silva ESACB S rgio Nuno M
44. a A gingeira uma planta da fam lia das Ros ceas sub fam lia Prun ideas g nero Prunus sub g nero Cerasus esp cie P cerasus Ao sub g nero Cerasus pertencem a cerejeira e a ginjeira enquanto as restantes esp cies do g nero Prunus se distribuem em outros dois sub g neros O sub g nero Amigdalus que engloba o pessegueiro e a amendoeira e o sub g nero Prunophora que engloba o damasqueiro e a ameixeira Westwood 1982 O sub g nero Cerasus inclui v rias esp cies com interesse actual quer no aproveitamento dos frutos para consumo em fresco ou para transforma o industrial quer na utiliza o como ornamental ou como porta enxerto Webster 1996a As mais interessantes pela utiliza o do fruto s o a P avium 2n 16 qual pertencem as in meras cultivares de cereja maioritariamente para consumo em fresco e a P cerasus 2n 32 cujos frutos mais cidos as ginjas se utilizam principalmente para transforma o e ou utiliza o em do aria Silva e Alarc o 1999 Segundo Olden e Nybom 1973 cit por Webster 1996a e Westwood 1982 a esp cie P cerasus ter resultado de um cruzamento natural entre a esp cie P fructicosa cereja da Sib ria ou cereja das estepes siberian cherry ground cherry ou steppe cherry e um gr o de p len n o reduzido de P avium Com recentes t cnicas de PCR RFLP comprovou se que o polimorfismo do c DNA permite separar o material gen tico das
45. a J Ant nio Ramos regi o dominada pela pequena propriedade e pelo excessivo parcelamento Al m disso a crise criada pelas unidades de transforma o de Alcoba a tamb m contribu ram para o abandono ou arranque dos ginjais com instala o de novas e mais rent veis culturas nomeadamente as hort colas A redu o do n mero de rvores em bordadura devida mecaniza o a reconvers o de certas reas para outras culturas e o semi abandono a que foram votadas os povoamentos semi naturais associados a outros factores s cio econ micos como a escassez e o custo de m o de obra e o aspecto marginal da cultura levaram a um importante decl nio da produ o Desta forma a rea de produ o de ginja actualmente muito reduzida na ordem das poucas dezenas de hectares maioritariamente constitu da por planta es densas e semi abandonadas junto aos valados em zonas com maior declive e de dif cil acesso e nas bordaduras de alguns campos e quintais Apenas alguns poucos hectares plantados mais recentemente come am a dar um aspecto moderno cultura A flagrante escassez de mat ria prima que resulta desta situa o e sentida pelos actuais produtores de licor de ginja pode levar perda deste produto tradicional ou perda da sua tipicidade resultante da generaliza o do recurso importa o de frutos de outras origens nacionais ou internacionais Isto poder constituir um rude golpe no desenvol
46. a cada licor n o podem no entanto ser tomados como uma caracteriza o anal tica das referidas ginjas mas t o somente como valores indicativos para a interpreta o dos resultados obtidos nos licores laboratoriais Com efeito a composi o qu mica das ginjas est Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 81 dependente das caracter sticas da mat ria prima e das t cnicas de fabrico podendo variar de lote para lote ou de ano para ano O Quadro 15 mostra os resultados m dios para diferentes concentra es de a car das ginjas obtidas a partir das infus es das cultivares Galega Garrafal e Ginja de bidos e Alcoba a Esta foi dividida em dois lotes um dos quais foi dilu do como se pode observar pelas diferen as na acidez e na absorvancia no ultravioleta A ao am As rela es B A B P e B A P traduzem de forma inversa a riqueza ou concentra o do licor sendo menores na Ginja de bidos e Alcoba a a mais concentrada seguindo se a Galega e a Gartrafal a menos concentrada Quadro 15 Par metros de sabor e seus equil brios em licores de ginjas Galegas e Garrafais Alcongosta 2007 e de Ginja de bidos e Alcobaca com duas concentrac es 2007 Galega Garrafal bidos bidos e Alcoba a e Alcoba a concentrada dilu da Par metros de cor e sabores Acidez total g de cido m lico litro 4 9 3 1 6 2 4 3 A cares totais Brix 39 3 37 6 37 8 37 4 Polifen is Am dil
47. a geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a tem ainda uma preval ncia elevada do sector prim rio n o s a agricultura como a pesca pese embora a instala o de algumas ind strias importantes e o desenvolvimento do sector dos servi os O turismo associado importante riqueza arquitect nica e monumental cultura s praias com caracter sticas nicas aos campos de golfe gastronomia e ao artesanato talvez a actividade que maior crescimento tem tido nas ltimas d cadas este crescimento n o ser alheia tamb m a melhoria das vias de acesso e a proximidade com a capital Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 15 INSOLA O Valores m dios anuais Per odo 1931 1960 Entre 2300 e 2400 horas DD Entre 2400 e 2500 horas DD Entre 2500 e 2600 horas Figura 7 Carta meteorol gica insola o da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a S M N 1974 Relativamente ocupa o do solo salientam se os seguintes aspectos A floresta nas zonas mais altas inacess veis e rochosas das serras e colinas e em algumas zonas dunares do litoral dominando o pinheiro e o eucalipto A horticultura e a floricultura frequentemente em regime intensivo por vezes sob cobertura de pl stico especialmente em zonas aluviais dos vales dos rios e linhas de gua e em zonas pr ximas do mar onde a aus ncia de geada e o regadio s o factores determinantes para a
48. a idade mal definida A mancha do Neo Jur ssico zona t pica das colinas formada essencialmente por gr s finos e argilosos se bem que no limite leste possam ocorrer manchas de gr s esbranqui ado grosseiro Os gr s Neo jur ssicos s o em geral Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 11 finos mic ceos e com cimento atgiloso e calc rio dando muitas vezes solos notavelmente f rteis Esta diversidade geol gica que se pode observar na Carta Litol gica do Atlas do Ambiente Fig 2 leva a uma importante diversidade de tipos de solo cujo perfil se apresenta diferenciado n o apenas em fun o da natureza da rocha m e mas tamb m em fun o do declive da intensidade dos fen menos erosivos e da drenagem externa por sua vez dependentes das caracter sticas do relevo e dos factores climat ricos Carta Litol gloa segundo Periodo Geol gico Pedo Pro Matoc nco Arranca misha waia pum cores cl dida var gls Pe cdo Mo Misoc nico gaon co em mes Gu mema me gas anma Gara aria Parado Pamog rco Aruntas enganados adores ciona danima akin mangas me ges O oaii sha emim akina banon me ga avarra hadas Parado Jur mico Tadasco Gets sema de Shee canganawdas me ge calc arcs gal mnta dolore as Panodo Jur mico O Seutbmenstas ambos ciama akim ddontion aca margas mangas EIS sims edcrnsdobmicas colicas magyar margas Panodo hooomo es de verter amsaa apalan a de ma a Dunas a amaa mias B o Aahar Enginva
49. ades de correctivos a aplicar na fertiliza o de fundo A manuten o da superf cie do solo durante o per odo de vida til do pomar tamb m um factor importante para a cultura De facto uma boa manuten o da superf cie do solo permite manter ou melhorar as condi es de defesa contra a eros o de drenagem e de fertilidade do solo criadas com a prepara o do terreno Amaro 2003 Um sistema misto de manuten o da superf cie do solo que combine o enrelvamento na entrelinha com o controlo da flora advent cia na linha atrav s do recurso a herbicidas parece ser o mais vantajoso O enrelvamento promove o aumento da mat ria org nica a melhoria da estrutura do solo e a sua permeabilidade actuando como reserva de nutrientes prevenindo a lixivia o e a eros o facilitando a passagem das m quinas e actuando como ref gio dos auxiliares e predadores elimina o da flora advent cia na linha evita a competi o pela gua e pelos nutrientes e destr i o habitat favor vel aos roedores Hogue e Looney 1996 A Figura 18 mostra o aspecto de um pomar de Ginja de bidos e Alcoba a em sistema de manuten o mista da superf cie do solo O corte da vegeta o na entrelinha deve ser feito com um destro ador de martelos ou correntes a primeira vez no fim do Inverno Mar o Abril e a segunda se necess ria no final da Primavera Maio Junho O herbicida deve ser aplicado essencialmente para combater a flora advent cia
50. ades de a car a adicionar embora esta tamb m dependa da quantidade de lcool na macera o ou na infus o O lcool que tamb m contribui para o sabor doce e para a sensa o de calor tamb m depende da adi o feita pelo produtor A acidez dos frutos que determina o sabor cido e a sensa o de frescura do licor j um par metro fundamental para a qualidade final do licor uma vez que a acidez do licor deve resultar apenas dos cidos presentes nas ginjas A sua avalia o foi efectuada pela determina o do pH acidez real e pela determina o da acidez total expressa em gramas de cido m lico por litro de sumo e o seu conhecimento pr vio pode ser cr tico para decidir das propor es de lcool e de fruto na macera o ou na infus o de acordo com o resultado que se pretende Como se mostrar adiante a extrac o de cidos dos frutos n o depende do teor alco lico mas sim da propor o de frutos na infus o No entanto uma maior propor o de lcool na infus o implicar uma maior adi o final de gua pata ter o teor alco lico desejado cerca de 20 podendo resultar uma acidez muito reduzida 74 Ant nio Ramos A leitura da absorv ncia no ultravioleta a 280 nm A gonn um par metro largamente utilizado por exemplo em enologia para avaliar o teor de compostos fen licos Rib rau Gayon et al 2000 relacionando se com o sabor amargo e a sensa o de adstring ncia A sua extrac o do
51. alho e empenhamento resultou a possibilidade de editar esta monografia Aos Srs Vasco Gomes Pedro Ruas e Humberto Sousa pela disponibiliza o dos respectivos pomares como campos de demonstra o A D Marina Br s e ao Sr D rio Pimp o por nos permitirem visitar as suas instala es de transforma o Aos agricultores presentes nas Ac es de divulga o do Projecto em particular aos que permitiram a colheita de amostras de frutos folhas e solos para an lise Ao Director do ex Centro de Estudos Vitivin colas do Douro e aos t cnicos do respectivo Grupo de Enologia Eng Eduardo Abade Joaquim Guerra e Lu s Sampaio Arnaldo pela execu o da prova sensorial aos licores Ao Eng Rui Maia de Sousa da ex Esta o Nacional de Fruticultura Vieira da Natividade pela participa o activa e desinteressada nas Ac es de Divulga o do Projecto 86 Ant nio Ramos Ao Eng Francisco Matos Soares da ex Direc o Regional de Agricultura da Beira Interior pelo acesso colec o varietal de Alcongosta equipa t cnica dos Laborat rios de Qu mica e de Tecnologia e Seguran a Alimentar da ESCAB Eng Maria da Concei o Vitorino e Ana Paula Belo pelo aux lio prestado nas an lises aos frutos e licores equipa t cnica do Laborat rio de Solos e Fertilidade da ESCAB D Ot lia Baptista e Eng Jaime Ferreira e Marta Baptista pela colabora o nas an lises de solos e foliares Ao Eng Jo o Gaspar pelo t
52. arques Branco ESACB Maria do Carmo Sim es Horta Monteiro ESACB Jo o Paulo Rodrigues de Brito Monteiro DRARO Regina C lia da Angela Tiago Andr nico DRARO Jorge Manuel Pereira Soares APMA Susana Isabel da Cruz Jacinto e Costa APMA Miguel Ant nio Le o de Sousa APMA Pedro Manuel Domingues Trindade de Oliveira Maia APMA Jos Filipe Leit o Ribeiro MO at 21 de Mar o de 2007 a partir de 21 de Mar o de 2007 ndice Geral ndice de Quadros ndice de Figuras Pref cio Introdu o Origem A Ginja e a sa de Breve caracteriza o da rea geogr fica Geologia e Solos Clima e Meteorologia Ocupa o dos solos Estruturas de apoio Caracteriza o bot nica Cultivares H bitos de vegeta o e frutifica o Implanta o da cultura Adapta o Edafo clim tica Propaga o e Porta enxertos Produ o Integrada Prepara o e Manuten o do Solo Condu o e poda Fertiliza o Rega Protec o Integrada Cilindrosporiose Moniliose Crivado 40 42 46 53 56 57 59 61 Cancro Bacteriano Tumores Galhas Radiculares Pragas Colheita O licor de ginja A Mat ria Prima A Extrac o O licor Agradecimentos Refer ncias bibliogr ficas 62 63 63 67 71 72 76 79 85 87 ndice de Quadros Quadro 1 Diferen as no tamanho peso e acidez dos frutos das cultivares Galega Garrafal e de bidos no ano de 2007 em Alcongosta Quadro 2 Par met
53. ativamente Ginja de bidos e Alcoba a a regi o onde se distribui pela proximidade do mar n o apresenta amplitudes t rmicas muito elevadas nem riscos elevados de geadas tardias embora a falta de frio invernal para a quebra da dorm ncia possa ser um problema a merecer aten o e objecto de estudo para se encontrarem meios de quebrar artificialmente a dorm ncia e melhorar o vingamento como atr s se referiu Alguns ventos mais fortes com predomin ncia de noroeste podem tamb m causar algumas dificuldades ginjeira nomeadamente condu o das pernadas enquanto jovens poda de forma o O solo dever ser objecto de especial aten o uma vez que alguns solos da regi o de bidos e Alcoba a s o demasiado argilosos e ou alcalinos Em Sobreiro e Lopes 2003 foram apresentadas as an lises de alguns perfis de solos que estavam a ser estudados para a implanta o de um pomar de ginja a oeste da aldeia de Sobral de bidos O Quadro 6 mostra os resultados das an lises de solos em cinco pomares de ginja acompanhados no mbito do projecto AGRO 940 Quadro 6 Valores das an lises de solos em cinco pomares de Ginja de bidos e Alcoba a em amostras colhidas a duas profundidades Profun Tex pH M O PO K0 Ca Mg Nat K Ca didade tura 0 ppm ppm O O O O Mg cm H O HCl 0 20 M d 76 70 12 102 gt 200 942 46 02 09 203 0 20 Fina 74 68 12 104 19 962 31 02 07 31 0 0 20 M d 67 55 09 130 184 827 138 05 29
54. cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 31 como o abrolhamento dos gomos e a flora o ocorreram cerca de tr s semanas mais cedo quando as rvores foram tratadas com uma mistura de uteia leo de ver o e nitrato de pot ssio nas concentra es de 4 5 e 3 respectivamente Quadro 4 parece que a falta de frio para a quebra da dorm ncia certamente associada a proximidade do mar o factor cr tico que determina a florac o mais tardia da ginjeira Este aspecto reveste se de especial import ncia n o porque a antecipa o da flora o logo da matura o seja um aspecto comercial a explorar mas porque um desenvolvimento antecipado com temperaturas mais baixas mas sem frios intensos ou geadas tardias pode originar menor competi o entre o crescimento vegetativo e o desenvolvimento floral melhorando o vingamento O vingamento do fruto esse sim um problema a merecer especial aten o e aprofundamento futuro j habitual e do conhecimento dos produtores que de vez em quando a produ o se perde quase toda Umas vezes por causa das condi es climat ricas do ano outras pelo aparecimento de doen as principalmente a moniliose que ataca e destr i as infloresc ncias outras vezes sem explica o plaus vel N o ter ocorrido esse problema em 2005 e 2006 anos de excelente produ o mas aconteceu em 2007 ano em que se verificou um vingamento muit ssimo baixo Em dois pomares acompanhados no mbito do project
55. condi es clim ticas n o efectiva para todas as cultivares Gelvonauskien et al 2004 A utiliza o de cultivares mais resistentes Sjulin et al 1989 Gelvonauskien et al 2004 tamb m uma forma de diminuir o risco de infec o sendo no entanto a ginjeira mais suscept vel cilindrosporiose do que a cerejeira Sjulin et al 1989 O combate a esta doen a deve ser feito sobretudo preventivamente A aplica o de ureia ao solo ap s a queda das folhas uma medida importante para reduzir a produ o de asc sporos e consequentemente a intensidade das infec es Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 59 Green et al 2006 Quando existam condi es favor veis ao aparecimento da doen a a aplica o de fungicidas deve iniciar se ap s a queda das p talas devendo repetir se enquanto durem essas condi es com periodicidade dependente da subst ncia activa No combate cilindrosporiose dever o ser utilizados fungicidas de fam lias qu micas diferentes alternadamente para evitar o desenvolvimento de resist ncia da doen a aplica o dos fungicidas Ogawa et al 1995 No entanto em Portugal a nica subst ncia activa recomendada em Protec o Integrada a dodina Cavaco et al 2006 Para esta subst ncia activa a periodicidade dos tratamentos ser de 7 10 dias Moniliose A moniliose uma doen a muito problem tica a n vel mundial sendo uma doen a importante n o s
56. da superf cie do solo enrelvamento e herbicida Em cima aspecto do pomar algumas semanas ap s a aplica o do herbicida foto de 9 de Mar o Em baixo aspecto da flora advent cia alguns dias ap s a passagem com destro ador foto de 23 de Junho Figura 19 Poda da ginjeira Em cima poda de forma o Em baixo aspecto da rvore antes esquerda e ap s direita a opera o de poda Figura 20 Medidor da transmiss o da radia o PAR radia o fotossinteticamente activa atrav s da copa Figura 21 Sonda DIVINER 2000 para medi o da gua armazenada no solo Figura 22 C mara de press o para medi o do potencial h drico foliar Figura 23 Aspecto das folhas da ginjeira com sintomas de cilindrosporiose Figura 24 Aspecto das flores atacadas pela moniliose Figura 25 Aspecto das folhas de ginjeira com sintomas de crivado Wilsonomyces carpophilus Figura 26 Aspecto dos prejuizos causados pela larva lesma Figura 27 Aspecto dos prejuizos causados pelos carac is Figura 28 Aspecto da colheita num pomar de ginja em bidos na campanha de 2007 28 28 29 30 30 55 43 46 47 56 56 57 59 61 65 66 68 Figura 29 Espectro do sumo da Ginja de bidos e Alcoba a na dilui o de 1 10 esquerda e de 1 100 a direita Picos de absorv ncia 310 410 e 510 nm Figura 30 Influ ncia das propor es fruto solug o e etanol solu o no teor de s
57. dade fotossint tica afectando o estado nutricional e reduzindo o crescimento vegetativo e a produ o de frutos dos anos seguintes Aslantas et al 2007 Pino et al 2007 Figura 26 Aspecto dos preju zos causados pela larva lesma O controlo desta praga feito com a aplica o de insecticidas organofosforados e ou piretr ides mas devido ao elevado risco de persist ncia de res duos nos frutos torna se desaconselhada a sua utiliza o Outros produtos base de cidos gordos que actuam fisicamente sobre as larvas dever o ser utilizados preferencialmente Pino et al 2007 Estudos recentes prometedores parecem indicar uma elevada efic cia da utiliza o de suspens es do fungo Beauveria bassiana Bals Criv Vuill no controlo da larva lesma Aslantas et al 2007 Tamb m a actividade predadora de alguns auxiliares como Brontocoris nigrolimbatus Spinola mostrou alguma capacidade no combate quela praga Rebolledo et al 2006 66 Ant nio Ramos O acompanhamento fitossanit rio durante o ano de 2007 mostrou que a cilindrosporiose em especial nos pomares tradicionais n o tratados a larva lesma e os carac is Fig 27 foram os problemas sanit rios que causaram maior impacto nos pomares da regi o de bidos O desenvolvimento da cilindrosporiose e o aparecimento da larva lesma numa poca pr xima colheita tornou bastante dif cil a sua preven o ou combate Algumas rvores em pomares n o
58. de Primavera e as plantas vivazes ou as perenes caso existam Neste sentido a flora de Primavera pode ser combatida em pr emerg ncia com herbicidas residuais at Janeiro ou Fevereiro ou em p s emerg ncia com herbicidas sist micos ou de contacto em geral a partir de Marco As plantas vivazes e as perenes devem ser combatidas no final da sua poca de crescimento quando comecam a acumular reservas com herbicidas sist micos do final da Primavera ao Outono As esp cies advent cias de Outono 42 Ant nio Ramos Inverno cujo ciclo se prolongue at ao Ver o tamb m devem ser combatidas com herbicidas sist micos ou de contacto antes do abrolhamento das ginjeiras at Marco podendo conjugar se com os tratamento de pr ou p s emerg ncia A escolha do herbicida deve estar condicionada poca de aplica o e ao tipo de flora advent cia Condu o e poda No seu sentido mais lato como definido por Castro e Cruz 2005 o sistema de condu o engloba todas as opera es directas sobre as plantas e as decis es ao n vel da geometria de planta o relacionadas com a ocupa o do espa o a reo coberto vegetal e que influenciam directamente o microclima luminoso envolvente das plantas O aspecto mais importante do microclima a radia o j que a intercep o da luz necess ria para a fotoss ntese ou seja pata a produ o dos hidratos de carbono necess rios manuten o e forma o de nova
59. des entraves generaliza o da colheita mecanizada da ginja a sua elevada resist ncia ao desprendimento j que a ginjeira apresenta uma elevada for a de reten o dos frutos FRF Deste modo as cultivares de ginja apresentam diferente aptid o colheita mec nica sendo geralmente os frutos das cultivares do tipo Morellos as mais dif ceis de desprender comparativamente com os frutos das cultivares do tipo Amarelles Brown e Koll r 1996 Figura 28 Aspecto da colheita num pomar de ginja em bidos na campanha de 2007 Aquando do in cio do projecto AGRO 940 ainda sem saber se o mesmo seria aprovado foi feito um acompanhamento da colheita em algumas rvores incluindo a determina o do tempo de colheita O mesmo exerc cio n o foi repetido em 2007 porque n o houve produ o que o justificasse O resultado desse Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 69 acompanhamento deu valores de rendimento de colheita de 6 a 8 kg hora trabalhador considerando j o tempo de trabalho til ou seja considerando como in til o tempo gasto em mudan as de rvore subida a escadotes ou escadas despejo de baldes e carregamento de caixas entre outras tarefas que fazem parte da actividade da colheita cerca de 25 do tempo de trabalho total Como bvio este rendimento de trabalho bastante baixo tornando a colheita uma das opera es mais onerosas nos custos de produ o do pomar de Gi
60. dica o Geogr fica Protegida tendo come ado em Junho de 2006 j no final da poca de colheita e terminado em Dezembro de 2007 o que na pr tica deu oportunidade ao acompanhamento de apenas um ciclo cultural Espera se que este trabalho possa dar um contributo positivo para caracterizar a situa o fazer o levantamento dos estrangulamentos ao desenvolvimento da produ o do fruto e do licor e lan ar algumas pistas para a solu o dos problemas mais prementes Espera se tamb m que o projecto possa ter continuidade na pr tica e no esp rito dos produtores do fruto e do licor de forma a congregar esfor os na obten o de apoios oficiais para a resolu o desses problemas Para al m dos aspectos t cnicos que ser o abordados neste trabalho a ginja fruto rvore ou licor est presente na hist ria na cultura na literatura e na arte como recentemente foi publicado por Paulo Moreiras no seu Elogio da Ginja Moreiras 2006 cuja leitura se recomenda vivamente como complemento a este manual Outra leitura f cil e acess vel foi publicada pelo COTHN Centro Operativo e Tecnol gico Hortofrut cola Nacional o Guia da Ginja Sobreiro e Lopes 2003 Castelo Branco 30 de Janeiro de 2008 Ant nio Ramos L der do projecto AGRO 940 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 1 Introdu o A rea tradicional de produ o de ginja na zona litoral centro de Portugal distribui se principalment
61. dos constituintes do fruto ao fim de 72 horas Quadro 13 Par metros de cor e sabor e seus equil brios em infus es de ginjas Galegas e Garrafais Alcongosta e de Ginja de bidos e Alcobaca Quadro 14 Par metros anal ticos e equil brios em amostras de licores de ginja produzidos comercialmente na regi o de bidos e Alcoba a Quadro 15 Par metros de sabor e seus equil brios em licores de ginjas Galegas e Garrafais Alcongosta 2007 e de Ginja de bidos e Alcoba a com duas concentra es 2007 Quadro 16 Par metros de sabor e seus equil brios em licores de Ginja de bidos e Alcoba a com v rias dilui es proporcionais e n o proporcionais 51 74 76 78 79 81 82 ndice de Figuras Figura 1 Localiza o da rea Geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 2 Carta litol gica da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 3 Carta de solos da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 4 Carta meteorol gica temperatura m dia da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 5 Carta meteorol gica precipita o da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 6 Carta meteorol gica humidade relativa do ar da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaca Figura 7 Carta meteorol gica insola o
62. e o licor de Ginja de bidos e Alcoba a esteja dilu do Este aspecto fundamental e pode ser cr tico nas caracter sticas de tipicidade especificidade ou genuinidade do licor Com efeito a falta do aroma a canela no licor da ginja Galega faz com que o aroma de am ndoa amarga prevale a No licor de Ginja de bidos e Alcoba a o casamento da am ndoa amarga com a canela natural do fruto confere lhe uma maior intensidade e complexidade arom tica dando lhe uma nota distintiva de produto nico e diferenciado Em suma o Licor de Ginja de bidos e Alcoba a resulta de uma macera o prolongada dos frutos numa solu o hidroalco lica qual se adiciona posteriormente uma calda acucarada Assim este licor artesanal feito apenas com quatro ingredientes fruto gua lcool e a car sem corantes nem conservantes Os diferentes tipos de licor mais doces ou mais cidos s o devidos essencialmente a uma maior ou menor dilui o determinada pelo teor alco lico da solu o de extrac o e pela propor o de frutos em macera o 84 Ant nio Ramos Ainda que sejam necess rios mais alguns estudos para parametrizar convenientemente o Licor de Ginja de bidos e Alcoba a os resultados anal ticos e a prova sensorial j efectuados parecem indicar os seguintes valores m nimos e Acidez 5 0 g cido m lico litro de licor para n o ficar demasiado enjoativo e Polifen is 0 300 A estrutura e encher a boca
63. e os h bridos melhor conhecidos encontram se as chamadas cerejas Duke Duke cherry 2n 32 um h brido tetrapl ide de P avium x P cerasus Westwood 1982 Webster 1996a Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 19 Cultivares A exist ncia de h bridos tanto naturais como promovidos pelo Homem e a origem genealogia desconhecida de grande parte das cultivares existentes em colec es de v rios pa ses como a do Instituto Experimental de Fruticultura em Roma Albertini e Strada 2001 juntamente com a vegeta o em estado selvagem nas zonas de origem ou semi selvagem nas regi es para onde o Homem a expandiu e onde se naturalizou Silva e Alarc o 1999 formando povoamentos em forma de bosque torna dif cil a classifica o das variedades de ginja cultivadas Segundo Silva e Alarc o 1999 o famoso m dico e humanista espanhol Andr s de Laguna nascido em Seg via entre 1494 e 1499 teceu o seguinte coment rio Todas as esp cies de cereja foram reduzidas pelos antigos a tr s diferen as principais chamando a umas doces outras azedas e adstringentes e finalmente s outras cidas Esta distin o parece prevalecer ainda em Portugal j que Barros e Gra a 1960 diferenciam as cultivares de cereja frutos doces e de ginja classificando estas como Galegas frutos pequenos e cidos ou Garrafais frutos grandes ac dulos e sucosos Segundo aqueles autores incluem se
64. e pelos concelhos de Alcoba a Caldas da Rainha e bidos sendo ainda referidos com menor import ncia alguns concelhos lim trofes como Porto de M s Nazar Bombarral e Cadaval A produ o dos frutos para fabrico de licor remonta j h v rias d cadas e o seu solar localiza se fundamentalmente na freguesia de Sobral da Lagoa concelho de bidos em particular na vertente oeste da colina onde se localiza a aldeia com vista sobre a Lagoa de bidos e sobre o Atl ntico A produ o de ginja nesta localidade destinava se principalmente ao fabrico de licor em duas unidades localizadas em Alcoba a s mais tarde se tendo iniciado a sua transforma o localmente aquando da crise que levou ao encerramento definitivo de uma das unidades transformadoras de Alcoba a Esta hist ria bastante interessante pode ler se no Elogio da Ginja Moreiras 2006 At h poucas d cadas as ginjeiras eram muito utilizadas nas bordaduras de caminhos valados e quintais Por outro lado como uma planta que emite lan amentos a partir das ra zes Webster 1996b consegue expandir se e colonizar os espa os sem interven o humana naturalizando se Silva e Alarc o 1999 Com o advento da mecaniza o foi necess rio proceder ao arranque de muitas ginjeiras devido necessidade de mais espa o para a passagem dos tractores e das alfaias necess rias ao amanho dos terrenos Moreiras 2006 aspecto de particular relev ncia num
65. em os valores acima de 25 para a epiderme rosada volta de 20 para as epidermes vermelhas e abaixo de 15 para a epiderme mais escura da cultivar Seixas Esta cultivar pode ter algum interesse devido cor mas apresenta uma acidez relativamente baixa interm dia entre as Galegas e as Garrafais A problem tica com a denomina o das cultivares mereceria um estudo de caracteriza o morfol gica e gen tica apurado no Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 25 sentido de discriminar as diferentes cultivares e aclarar os problemas relacionados com a sua nomenclatura e origem Na sequ ncia deste estudo poderia ser interessante iniciar um estudo de melhoramento gen tico ao n vel da selec o ou mesmo da obten o de novas cultivares com melhores caracter sticas de produ o e de qualidade para os fins em vista As formas de classifica o das cultivares pela cor pelo tamanho e pela acidez como atr s se descreveu reflectem certamente os usos que ao longo do tempo t m sido dados ginja Dever ser por isso que no melhoramento de uma cultivar altamente pigmentada pata a produ o de licor o teor em antocianinas e a rela o a car cidos dos frutos s o os aspectos cr ticos a ter em conta lezzoni 1996 Em suma face inexist ncia de uma classifica o mais completa das cultivares e ao desconhecimento generalizado sobre as mesmas e ainda forma clara como os dados atr s apresentados difere
66. entre outros factores com a cultivar Nas ltimas d cadas as ginjas tal como as cerejas e outros frutos bagas vermelhos t m sido objecto de intensa investiga o por causa dos compostos respons veis pela sua cor S o tamb m conhecidos e amplamente divulgados os estudos sobre a rela o do vinho do azeite e de outros frutos com a sa de humana As antocianinas s o os pigmentos respons veis pela cor laranja vermelha e azul dos frutos flores e outros tecidos dos vegetais Chandra et al 2001 Seeram et al 2001b Simuniz et al 2005 e est o presentes em elevadas quantidades nos frutos da ginjeira Blando et al 2004 Kim et al 2005 As antocianinas tal como outros pigmentos e outros compostos fen licos t m demonstrado elevada actividade antioxidante Seeram et al 2001a 2001b Milbury et al 2002 Blando et al 2004 Reddy et al 2005 Veres et al 2006 Burkhart et al 2001 anti inflamat ria Seeram et al 2001a Tall et al 2004 Blando et al 2004 anticancer gena Seeram et al 2001a Reddy et al 2005 Bobe et al 2006 e antineurodegenerativa Kim et al 2005 A actividade antioxidante tem sido testada contra varios radicais livres tanto em meio hidrof lico como hidrof bico tendo se revelado mais eficaz em meio hidrof bico Veres et al 2006 O 8 Ant nio Ramos poder antioxidante das antocianinas semelhante a alguns antioxidantes comerciais podendo ser superior ao da vitamina E
67. ents on phytochemicals International Journal of Horticultural Science 12 3 45 47 Wang H Nair M G lezzoni A F Strasburg G M Booren A M e Gray JJ 1997 Quantification and Characterization of Anthocyanins in Balaton Tart Cherries J Agric Food Chem 45 2556 2560 Wang H Nair M G Strasburg G M Booren A M e Gray J I 1999 Antioxidant Polyphenols from Tart Cherries Prunus cerasus J Agric Food Chem 47 840 844 Webster A D 1996a The Taxonomic Classification of Sweet and Sour Cherry and a Brief History of Their Cultivation In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 3 24 Cab International Wallingford Webster A D 1996b Propagation of Sweet and Sour Cherries In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 167 201 Cab International Wallingford Webster A D Looney N E 1996 World Distribution of Sweet and Sour Cherry Production National Statistics In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 25 69 Cab International Wallingford Webster A D Schumidt H 1996 Rootstocks for Sweet and Sour Cherries In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 127 160 Cab International Wallingford Westwood M N 1982 Fruticultura de Zonas Templadas Ediciones Mundi Prensa Madrid Wilson E E 1937 The shot hole disease of stone fruit trees Calif Univ Agric Exp Stn B
68. eram et al 2001b Simuniz et al 2005 Na ginja predominam o glicosil rutin sido e o rutin sido de cianidina enquanto na cereja predominam o tutin sio e o gluc sido de cianidina Seeram et al 2001b Nas folhas da ginjeira bem como nos extractos de callus dos explants foliares predomina o gluc sido de cianidina Blando et al 2005 As ginjas parecem ser mais ricas em fen is totais que as cerejas Kim et al 2005 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 9 Breve caracteriza o da rea geogr fica A rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a abrange a rea tradicional de produ o de ginja da regi o ou seja os concelhos de Alcoba a Nazar bidos Caldas da Rainha e Bombarral e parte dos concelhos de Porto de M s a oeste da serra dos Candeeiros e do Cadaval a oeste da serra de Montejunto Fig 1 correspondendo deste modo rea de Portugal Continental situada entre as serras dos Candeeiros e de Montejunto e o Oceano Atl ntico Figura 1 Localiza o da rea Geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a 10 Ant nio Ramos Geologia e Solos Apesar de ser uma faixa de territ rio relativamente estreita apresenta se bastante diversificada devido diferente origem das suas forma es geol gicas identificando se grandes unidades estruturais de Leste para Oeste os maci os calc rios a zona das colinas os terra os o vale tif nico a plata
69. ercadores fen cios e outra ou outras poder o ter sido introduzidas mais tarde pelos romanos As variedades actualmente cultivadas em Portugal nomeadamente as consideradas portuguesas as Galegas e as Garrafais poder o ter evolu do a partir das introduzidas pelos romanos das previamente existentes se as houve ou mesmo de introdu es mais recentes como as que ocorreram no s c XIX Em suma as ginjas hoje cultivadas nas regi es de bidos e Alcoba a pelas caracter sticas morfol gicas distintas das outras ginjas Galegas produzidas em outras regi es portuguesas como adiante se mostrar poder o ter tido uma das seguintes origens e Uma origem diferenciada uma variedade diferente introduzida em poca diferente e Uma adapta o regional do conjunto das variedades introduzidas independentemente da poca foi aquela que melhor se adaptou s condi es locais e que subsistiu ao longo dos tempos apenas na regi o e Uma origem end mica uma variedade que evoluiu apenas naquela regi o pelo isolamento e condi es naturais particulares Ant nio Ramos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 7 A Ginja e a Sa de As refer ncias s propriedades terap uticas da cereja e da ginja remontam ao s c III a C por Diphilus Sifnos m dico grego do tempo de Alexandre Magno Webster 1996a Moreiras 2006 Estas propriedades prov m da composi o dos frutos apesar da mesma poder variar bastante
70. erizar se do seguinte modo e Cor de vermelho a castanho vermelho acastanhado castanho avermelhado ou castanho dourado dependendo da idade e do contacto com o oxig nio Aroma complexo intenso e persistente com notas dominantes de fruto ginja torrado caf canela e am ndoa amarga Outras notas que podem aparecer e contribuir para a complexidade arom tica s o frutos secos nozes e pinh o baunilha chocolate tabaco de cachimbo aroma doce e Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 83 qu mico rebu ado Quando deixado algum tempo no copo desenvolve se um aroma caramelizado O fruto pode ser mais ou menos maduro ou mesmo passado e Sabor Intensidade e persist ncia dependentes da concentra o e dos equil brios entre os par metros qu micos Notas dominantes de fruto canela e torrado falta de acidez torna o licor enjoativo Os compostos fen licos d o estrutura falta de a car deixa transparecer um toque amargo Al m da caracteriza o sensorial dos licores de Ginja de bidos e Alcoba a procedeu se tamb m sua compara o com as outras ginjas Galegas e Garrafais Deste modo foi poss vel comprovar que o aroma do licor de Ginja de bidos e Alcoba a mais intenso e complexo do que o licor das outras ginjas O aroma da ginja Galega apresenta as mesmas notas dominantes do licor de Ginja de bidos e Alcoba a excep o da canela o que permite fazer a sua distin o mesmo qu
71. erry Extract Inhibits Intestinal Tumorigenesis in APCMin Mice Fed Suboptimal Levels of Sulindac J Agric Food Chem 54 9322 9328 Brown G K e Kollar G 1996 Harvesting and Handling Sour and Sweet Cherries for Processing In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 443 469 Cab International Wallingford 88 Ant nio Ramos Brunner J F 1996 Management and Control of Insect and Mite Pests of Cherry In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 367 391 Cab International Wallingford Budan S Mutafa I Stoian I e Popescu I 2005 Screening of 100 Sour Cherry Genotypes for Monilia laxa Field Resistance Acta Horticulturae 667 145 146 Bujdos G Hrotk K e Stehr R 2004 Evaluation of sweet and sour cherry cultivars on german dwarfing rootstocks in hungary J Fruit Ornam Plant Res 12 233 244 Burkhardt S Tan D X Manchester L C Hardeland e Reiter R J 2001 Detection and Quantification of the Antioxidant Melatonin in Montmorency and Balaton Tart Cherries Prunus cerasus J Agric Food Chem 49 4898 4902 Callan N W e Westcott M P 1996 Drip irrigation for application of potassium to tart cherry Journal of Plant Nutrition 19 1 163 17 Cardoso J C Bessa M T e Marado M B 1971 Carta dos Solos Atlas do Ambiente Instituto do Ambiente http www iambiente pt atlas dl download jsp zona continente amp grupo amp tema c ph Cas
72. erto Propaga o e Porta enxertos A ginjeira uma planta que emite com facilidade rebentos ou p las a partir das ra zes Sobreiro e Lopes 2003 Webster 1996b A sua auto propaga o por este motivo bastante f cil o que levou forma o de bosques semi naturais densos Como refere Silva e Alarc o 1999 a ginjeira uma planta que se naturaliza muito facilmente Devido a esta f cil propaga o vegetativa de p franco a constitui o de novos povoamentos da Ginja de bidos e Alcoba a tem sido feita tradicionalmente atrav s da transplanta o das p las radiculares Fig 17 o que poner justificar a sua perman ncia em certas MEE O A reas espec ficas ao longo dos Gai oa anos Figura 17 Aspecto da coloniza o do espa o por emiss o de p las radiculares 36 Ant nio Ramos No entanto esta caracter stica pode tornar se bastante prejudicial quando se quer ter uma cultura alinhada com espa os de entrelinha que facilitem a passagem de pessoas e m quinas pois exige interven o cont nua para eliminar os rebentos que aparecem por toda a parte Por tal motivo hoje em dia deve recomendar se a utiliza o de porta enxertos com menos rebenta o de p las radiculares enxertados de borbulha ou de garfo com as cultivares desejadas neste caso com a Ginja de bidos e Alcoba a Desta situa o resulta tamb m uma nova dificuldade a obten o de plantas para as novas planta es
73. facilitada pela grande quantidade e proximidade das plantas A doen a das galhas provocada pela bact ria Agrobacterium tumefaciens Smith amp Townsend e caracteriza se pela forma o de tumores ou galhas nas ra zes e no colo podendo ocasionalmente ser formados na parte a rea Mink e Jones 1996 Segundo os mesmos autores estes tumores s o uma resposta infec o da bact ria que devido transfer ncia de material gen tico para a planta hospedeira promove a produ o de hormonas vegetais e consequentemente o crescimento das c lulas formando os tumores Ap s a sua forma o os tumores poder o desenvolver se mesmo na aus ncia da bact ria Como medidas de luta as medidas culturais tais como o cuidado na planta o a obten o de plantas isentas do agente patog nico a planta o em parcelas bem drenadas e a inexist ncia de feridas nas ra zes s o as mais eficazes Ogawa et al 1995 Pragas A mosca da cereja Rhagoletis cerasi L causa graves preju zos na cereja e na ginja As larvas alimentam se da polpa mas os frutos afectados s o dif ceis de detectar a olho nu no estado inicial de desenvolvimento Para al m dos preju zos directos a mosca favorece os ataques de moniliose dado que esta doen a penetra essencialmente por feridas no fruto Brunner 1996 Segundo o mesmo autor na monitoriza o desta praga utilizam se as armadilhas cromotr picas de cor amarela que dever o ser colocadas
74. forma costeira e ainda as plan cies aluviais Alarc o et al 1961 De acordo com a Carta Geol gica de Portugal publicada em 1952 e referida por Alarc o et al 1961 e As forma es mais antigas datam do Lias inferior ou possivelmente do Tri ssico e s o elas que alicer am o vale tif nico das Caldas da Rainha se bem que estejam por vezes recobertas por areias plioc nicas Da mesma era geol gica devem ser os diversos afloramentos de doleritos que acompanham o referido vale cuja zona central constitu da por um n cleo de rochas intensamente dobradas em especial margas variegadas gips feras e calc rios dolom ticos Do Jur ssico m dio h a destacar a grande mancha do anticlinal de calc rios que constitui a serra dos Candeeiros Uma das forma es mais importantes a do Jur ssico Superior onde se pode distinguir o Lusitaniano encostado ao sop ocidental da Serra dos Candeeiros e o Neo jur ssico que se lhe segue para oeste atingindo o mar cortado pelo vale tif nico das Caldas da Rainha A mancha do Lusitaniano formada por calc rios subcoralinos menos brancos e compactos que os do Jur ssico m dio uma zona essencialmente calc ria com caracter sticas K rsticas onde as guas pluviais desaparecem rapidamente para dar origem a uma intensa circula o subterr nea que aflora a noroeste Intercaladas nesta zona encontram se pequenos dep sitos arenosos que se t m tido por plioc nicos mas cuj
75. ga que permitam satisfazer a demanda evapo transpirativa 100 ET Abaixo desses valores pratica se a chamada rega deficit ria Tamb m se t m desenvolvido v rios equipamentos para determinar a gua armazenada no solo A capacidade utiliz vel CU do solo ou seja a quantidade de gua que a planta pode utilizar corresponde diferen a entre a capacidade de campo CC armazenamento m ximo e o chamado coeficiente de emurchecimento CE limite da capacidade de absor o pelas plantas No pleno conforto h drico o fornecimento de gua de rega deve permitir manter a gua armazenada no solo pr xima da capacidade de campo ou seja 100 CU A Figura 21 mostra um dos equipamentos para medir a gua armazenada no solo Uma vez que as plantas e cada esp cie em particular t m os seus pr prios mecanismos de resist ncia ao d fice h drico a medi o do potencial h drico foliar tem tamb m um papel complementar para avaliar as necessidades h dricas das plantas N o basta s saber a quantidade de gua armazenada no solo preciso saber qual o n vel de armazenamento de gua no solo que traz consequ ncias ao n vel do estado h drico da planta E tamb m qual o n vel de rega deficit ria que se pode praticar sem afectar grandemente a produ o de fruto Quando o potencial h drico medido antes do nascer do sol pre dawn baixa do normal 0 1 a 0 2 MPa a gua armazenada no solo come a a ser escassa para rep
76. gric Food Chem 53 9921 9927 Leonard K J e Fry WE 1986 Population Dynamics and Management Plant Disease Epidemiology Vol 1 Macmillan Editors New York Lindhard P H e Hansen P 1997 Effect of timing of nitrogen supply on growth bud flower and fruit development of young sour cherries Prunus cerasus L Scientia Horticulture 69 181 188 Longstroth M e Perry R L 1996 Selecting the Orchard Site Orchard Planning and Establishment In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 203 220 Cab International Wallingford Luo Y Morgan D P e Michailides T J 2001 Risk Analysis of Brown Rot Blossom Blight of Prune Caused by Monilinia fructicola Phytopathology 91 8 759 768 Milbury P E Cao G Prior R L e Blumberg J 2002 Bioavailablility of elderberry anthocyanins Mechanisms of Ageing and Development 123 997 1006 Mink G I e Jones A L 1996 Cherry Diseases Their Prevention and Control In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 347 365 Cab International Wallingford Moreiras P 2006 Elogio da Ginja QUIDINOVI QN III Editora e Distribuidora Lda Matosinhos Ogawa J M Zehr E I Bird G W Ritch UK e Uyemoto J K 1995 Compendium of Stone Fruit Diseases APS Press St Paul MN Oliveira I e Maia J 2003 Necessidades h dricas das culturas Considera es Gerais In C O T R Guia de Rega 2 Centro Operativo e Tecnolog
77. horticultura de primor e para a intensifica o cultural podendo fazer se com sucesso mais do que uma cultura anual A fruticultura onde predomina a pereira e a macieira mas onde tamb m se cultiva o pessegueiro e a ameixeira A p ra e a ma t m sido objecto nos ltimos anos de um esfor o de organiza o tanto a n vel de produ o como da comercializa o sendo bastante abrangente e conhecida a DOP Denomina o de Origem Protegida P ra Rocha do Oeste e a IGP Ma de Alcoba a cujas reas geogr ficas incluem a rea da IGP Ginja de bidos e Alcoba a 16 Ant nio Ramos e A viticultura associada ao enoturismo que se insere dentro da regi o vitivin cola da Estremadura e onde se destacam as DOC Denomina o de Origem Controlada Encostas de Aire e bidos e os vinhos regionais da Estremadura De salientar tamb m o importante n cleo de actividade viveirista que se centraliza desde longa data na localidade de P concelho do Bombarral A pecu ria em especial a avicultura a suinicultura e a bovinicultura suinicultura intensiva e os seus impactes ambientais mais negativos t m maior preponder ncia a Leste j fora ou na periferia da rea geogr fica da IGP n o a 2 influenciando directamente Estruturas de apoio No apoio actividade agr cola existem na regi o rea geogr fica da IGP e limitrofes varias estruturas de diferentes ordens e graus de organiza o tais
78. ial vegetal e estudar o melhor porta enxerto para a cultivar e para os solos da regi o de bidos e Alcoba a Enquanto tal estudo que demorar alguns anos n o der resultados concretos pode sempre recorrer se aos porta enxertos de cerejeira mais conhecidos e divulgados Se o viveiro ainda n o tem as plantas o agricultor pode sempre recorrer constitui o de um viveiro pr prio atempadamente para dispor das plantas no momento da planta o ou enxertar no local definitivo Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 37 Tradicionalmente os porta enxertos mais utilizados para a cerejeira eram obtidos a partir de semente Actualmente t m sido obtidos e utilizados diversos porta enxertos de origem clonal seleccionados em fun o de caracter sticas adicionais tais como resist ncia a doen as ou controlo do vigor Webster e Schumidt 1996 O Quadro 7 resume algumas caracter sticas de alguns porta enxertos mais utilizados na cerejeira Uma das caracter sticas mais importantes na escolha de um porta enxerto o vigor que o mesmo transmite cultivar nele enxertada Deste modo como a ginjeira uma planta menos vigorosa que a cerejeira a escolha do porta enxerto deve recair em porta enxertos que induzam um vigor m dio 50 a 75 de redu o do vigor relativamente ao P avium uma vez que o vigor reduzido dos porta enxertos mais ananicantes pode levar a uma flora o demasiado precoce e a uma tend ncia para o
79. icam a acidez que se notam diferen as mais marcadas entre as tr s cultivares A Ginja de bidos e Alcoba a pelo seu maior teor em cidos apresenta valores menores sempre que a acidez vem em denominador rela es Brix Acidez e Brix Acidez Polifen is e maiores quando a acidez numerador rela o Acidez Polifen is ar 85 S Br 3 E E gas 2 o BBP Figura 29 Espectro do sumo da Ginja de bidos e Alcoba a na dilui o de 1 10 esquerda e de 1 100 a direita Picos de absorv ncia 310 410 e 510 nm 76 Ant nio Ramos A Extrac o A base do fabrico de um licor de qualquer fruto a extrac o dos componentes qu micos do fruto atrav s de uma macerac o a frio ou de uma infus o a quente numa solu o hidroalco lica qual se adiciona posteriormente uma calda a ucarada A propor o de fruto na infus o o teor alco lico da solu o a temperatura da infus o a macerac o e o tempo de perman ncia dos frutos em macera o a separa o do licor dos frutos a quantidade e forma de adi o do a car as condi es e o vasilhame de conserva o ou est gio e o engarrafamento e expedi o com ou sem frutos s o factores que variam de caso pata caso e que d o origem ao vasto leque de receitas dos mais variados licores Na Ginja de bidos e Alcoba a estes factores s o pr prios de cada fabricante e constituem a marca ou o segredo de cada um De ent
80. id Rodrigues L C 2004 Caracteriza o Morfol gica e Morfom trica de Variedades Portuguesas de Cerejeira e Ginjeira COTHN Centro Operativo e Tecnol gico Hortofrut cola Nacional Alcoba a Sadowski A Jadezuk E 1997 Effects of Nitrogen Fertilisation in a Sour Cherry Orchard Acta Horticulturae 448 475 479 Santos J Q 2002 Fertiliza o Fundamentos da utiliza o dos adubos e correctivos Publica es Europa Am rica Mem Martins Seeram N P Bourquin L D e Nair M G 2001a Degradation Products of Cyanidin Glycosides from Tart Cherries and Their Bioactivities J Agric Food Chem 49 4924 4929 Seeram N P Momin R A Nair M G e Bourquin L D 2001b Cyclooxygenase inhibitory and antioxidant cyanidin glycosides in cherries and berries Phytomedicine 8 5 362 369 S M N 1974 Servico Meteorol gico Nacional Atlas do Ambiente Instituto do Ambiente http www iambiente pt atlas dl download jsp zona continente amp grupo amp tema c ph Shalimov V A 1997 The modification of cherry fruit biochemical by various doses and proportions of nitrogen phosphate and potash fertilizers Acta Horticulturae 448 87 Shaw D A Adaskaveg J E e Ogawa J M 1990 Influence of wetness duration and temperature on infection of and development of shot hole disease of almond caused by Wilsonomyces carpophilus Phytopathology 80 749 756 Silva A M S 1982 Carta Litol gica Atlas do Ambiente Instituto do Ambiente h
81. imento de par metros anal ticos que possam servir de refer ncia entre as caracter sticas do fruto Ginja de bidos e Alcoba a e os licores que dele se obt m No entanto estas par metros n o definem de per se o produto Licor de Ginja de bidos e Alcoba a Com efeito a defini o do Licor de Ginja de bidos e Alcoba a s poder ser feita por via da caracteriza o sensorial ou seja pela prova Quadro 16 Par metros de sabor e seus equil brios em licores de Ginja de Obidos e Alcoba a com v rias dilui es proporcionais e n o proporcionais Dilui es proporcionais Dilui es n o proporcionais Par metros de sabores A cares totais Brix 40 2 391 40 4 41 1 40 3 40 5 Acidez total g 1 6 0 43 2 6 6 1 5 6 4 0 Ago am dilui o 1 100 0 400 0 310 0 199 0 307 0 207 0 187 Equil brios de sabores Rela o B A 6 7 9 2 15 57 6 8 72 10 3 Rela o B P 100 5 126 1 203 0 133 9 194 7 216 6 Rela o A P 15 1 13 8 13 1 19 9 27 1 21 1 Rela o B A P 16 6 29 7 78 1 21 9 34 8 54 8 Com esse objectivo os diferentes licores laboratoriais e comerciais de Ginja de bidos e Alcobaca foram sujeitos a prova pelo Grupo de Enologia do Centro de Estudos Vitivin colas do Douro constitu do pelos Eng Eduardo Abade Joaquim Guerra e Lu s Sampaio Arnaldo De acordo com as notas de prova daqueles tr s t cnicos especializados na Prova de Vinho do Porto o Licor de Ginja de bidos e Alcobaca pode caract
82. j que os viveiros n o disp em desta cultivar enxertada Normalmente s possuem ginjas Garrafais menos propensas emiss o de p las radiculares logo mais dif ceis de propagar de p franco procura de plantas da Ginja de bidos e Alcoba a tem levado alguns viveiristas a querer enxertar esta cultivar mas outro problema surge quando se questionam sobre o porta enxerto a utilizar Infelizmente n o h em Portugal qualquer estudo ensaio colec o ou dados publicados que incluam cultivares de ginjeira em diferentes porta enxertos Mesmo os estudos em outros pa ses s incluir o as cultivares com interesse local n o as portuguesas muito menos uma t o restrita como a que s existe numa regi o de Portugal e cuja utiliza o se restringe quase exclusivamente produ o de um licor artesanal Qui seja nesta restrita divulga o e conhecimento da planta que produz o fruto mais do que do licor que produzido que reside o segredo da qualidade e especificidade da Ginja de bidos e Alcoba a Para a generalidade das pessoas a compra de ginjas nos mercados n o lhes permite perceber as diferen as entre as que s o produzidas em bidos e Alcoba a e as produzidas nas restantes regi es do pa s pois do interesse local tamb m pugnar pela manuten o desta cultivar evitar a importa o de frutos de outras regi es e cultivares precaver a compra apressada de plantas nos viveiros sem ter seguran a do mater
83. lco lico de 50 de etanol foi escolhido 78 Ant nio Ramos por ser aquele que dispensava ap s o processamento a adig o de mais gua ou etanol A propor o de 133 de fruto foi escolhida por ser aquela que permitia obter infus es com acidez na ordem dos 7 g de cido m lico por litro de licor Esta metodologia de extrac o foi utilizada nas amostras colhidas em 2007 tanto da Ginja de bidos e Alcoba a em amostras na regi o como das cultivares Galega e Garrafal na colec o de Alcongosta Quadro 13 Com a utiliza o da mesma metodologia em todas as amostras cujos frutos tinham sido previamente analisados pretendeu se t o s compreender a rela o e os equil brios entre a constitui o do fruto e a composi o do licor Tal metodologia n o nem deve ser encarada como uma receita para o fabrico do licor de Ginja de bidos e Alcoba a Quadro 13 Par metros de cor e sabor e seus equil brios em infus es de ginjas Galegas e Garrafais Alcongosta e de Ginja de Obidos e Alcoba a Galega Garrafal Ginja de bidos e Alcoba a Par metros de cor e sabores Acidez total g de cido m lico litro 5 8 35 wl A cares totais Brix 17 9 18 1 17 9 Polifen is A sonam dilui o 1 100 0 456 0 369 0 533 Cor A ior410 510nm dilui o 1 100 0 406 0 427 0 451 Equil brios de sabores Rela o Brix Acidez B A 3 1 5 25 Rela o Brix Polifen is B P 39 3 48 9 33 5 Rela o Acide
84. ll No entanto podem distinguir se pelos orif cios mais perfeitos e arredondados com uma mancha avermelhada a volta da ferida enquanto os orif cios provocados por P syringae apresentam bordos amarelados Shaw et al 1990 Figura 25 Aspecto das folhas de ginjeira com sintomas de crivado Wailsonomyces carpophilus 62 Ant nio Ramos Extensos per odos de chuva durante as infec es aumentam o n mero de les es por folha independentemente da temperatura No entanto quando as temperaturas se situam entre 8 e 22 C e com per odos de chuva superiores a 12 horas a intensidade de infec o muito elevada Groove 2002 embora a depend ncia das condi es clim ticas n o seja efectiva para todas as cultivares Gelvonauskien et al 2004 A utiliza o de cultivares mais resistentes Gelvonauskien et al 2004 tamb m uma forma de diminuir o risco de infec o Como a estimativa do risco do crivado pouco eficaz deve actuat se com aplica es preventivas durante o per odo de queda das folhas e tamb m durante o intumescimento dos gomos Shaw et al 1990 quando o historial do pomar evidenciar a ocorr ncia de ataques intensos e frequentes A subst ncia activa recomendada em Protec o Integrada para o combate ao crivado o cobre mas complementarmente tamb m se pode utilizar mancozebe tirame ou zirame num m ximo de 2 aplica es Cavaco et al 2006 Cancro Bacteriano O cancro bacteriano
85. m Roma por L culo No entanto n o se sabe exactamente se L culo introduziu a esp cie ou apenas uma nova variedade pelo que tamb m n o poss vel saber se os romanos introduziram na Pen nsula Ib rica uma esp cie at ent o desconhecida ou se ter o introduzido uma ou eventualmente v rias nova variedade de uma esp cie j existente Especula se mesmo que L culo ter introduzido algumas plantas variedades de cerejeira at ent o desconhecidas em Roma e entre elas estaria a ginjeira ou uma nova variedade de ginjeira Por outro lado curiosa a refer ncia por Pl nio a uma variedade chamada Lusitania j no s c I d C que Webster 1996a considera ser uma Ginja de Portugal Esta variedade era uma entre as 10 variedades de cerejeira mais cultivadas em It lia n o significando portanto que existissem nessa poca 10 variedades de ginjeira obtidas a partir da suposta introdu o da esp cie em Roma por L culo Como pouco prov vel que em pouco mais de um s culo a ginjeira se expandisse a partir de Roma e se naturalizasse nas regi es mais afastadas do imp rio como a Lusit nia muito plaus vel a hip tese de que a ginjeira j existisse na Pen nsula Ib rica antes da sua suposta expans o a partir de Roma Considerando esta hip tese alguma ou algumas variedades de ginjeira poder o ter sido introduzidas antes dos romanos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 5 eventualmente por m
86. mental para avaliar as necessidades de 46 Ant nio Ramos poda uma vez que uma copa opaca intercepta muita luz mas tem muitas folhas ensombradas no interior enquanto uma copa transparente tem as folhas bem iluminadas mas uma parte importante da luz perde se para o solo Al m disso a utiliza o do aparelho permite determinar por meios indirectos o ndice de rea foliar e a produtividade fotossint tica Figura 19 Poda da ginjeira Em cima poda de forma o Em baixo aspecto da rvore antes esquerda e ap s direita a opera o de poda Fertiliza o O estado nutritivo da ginjeira um aspecto que merece aten o especial pois a aplica o de factores de produ o est cada vez mais condicionada por imperativos de qualidade e seguran a Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 47 alimentar e ambiental para al m dos factores econ micos e t cnicos que envolvem a aplica o de fertilizantes Figura 20 Medidor da transmiss o da radia o PAR radia o fotossinteticamente activa atrav s da copa No entanto do conhecimento geral que a absor o de nutrientes n o depende apenas da fertiliza o aplicada Outros factores como a manuten o do solo a intensidade da luz a temperatura a precipita o a idade das rvores a cultivar o porta enxerto o estado de desenvolvimento da planta e a produ o podem influenciar a absor o dos nutrientes Jadezuk
87. mento ponta verde e plena flora o da Ginja de bidos e Alcoba a em dois locais no ano de 2007 Sobral da Lagoa bidos Vale do Amieiro Alcoba a Tratadas N o tratadas Tratadas N o tratadas Data de abrolhamento 2 Mar o 22 Mar o 9 Marco 29 Mar o Data de plena flora o 26 Marco 12 Abril 3 Abril 20 Abril tratadas com uma mistura de ureia leo de ver o e nitrato de pot ssio nas concentra es de 4 5 e 3 respectivamente para quebra da dorm ncia dos gomos antecipa o da flora o 30 Ant nio Ramos Minima M xima M dia Figura 15 Temperaturas m ximas m dias e m nimas di rias de Mar o e Abril de 2007 na regi o de bidos Legenda a gomo de Inverno b gomo inchado ponta verde c bot es vis veis d corola vis vel ponta branca e pr flora o f flora o g queda das p talas h vingamento i fruto em crescimento j fruto maduro Figura 16 Proposta de estados fenol gicos da Ginja de bidos e Alcoba a A flora o relativamente tardia uma das mais tardias entre as prun ideas o que se pode dever falta de temperaturas baixas no Outono para impor a dorm ncia e ou insatisfa o das horas de frio para a quebra da dorm ncia e posterior falta de acumula o de calor para o desenvolvimento dos gomos Como a falta de frio outonal se verificou no Outono de 2006 mas n o nos anteriores e Manual T
88. nas Galegas apenas a Galega e a Griotte du Nord enquanto nas Garrafais se incluem a Anglaise Hative a Bical a Branca a Francesa a Garrafal a Montmorency e a Reine Hortense Como tal embora seja referida uma Galega e uma Garrafal estes termos tanto se podem referir a uma s cultivar como a um grupo de cultivares Al m disso os mesmos autores n o referem a express o a 20 Ant nio Ramos representatividade ou a distribui o geogr fica das diferentes cultivares portuguesas e estrangeiras em Portugal No seu Elogio da Ginja Paulo Moreiras faz um exaustivo estudo da bot nica da ginja em documentos dos ltimos s culos na maioria dos quais a nomenclatura das variedades de ginja cultivadas em Portugal se resume quase sempre as designa es gen ricas de ginjeiras galegas ou ginjeiras das ginjas galegas P cerasus e s ginjeiras garrafais ou oinjeiras das ginjas garrafais P avium x P cerasus Moreiras 2006 Ant nio Jos Tinoco faz a seguinte descri o a Galega muito produtiva tem fruto pequeno polpa cida e mais adequada pata confec o de doces e licores a variedade Rosa que uma garrafal uma das mais cultivadas possui fruto grande polpa macia rosada doce e consome se em fresco a variedade Garrafal a preferida e a que ocupa maior rea principalmente nas Beiras tem fruto grande polpa doce macia e magn fica qualidade Tinoco 1983
89. nciam claramente as ginjas da regi o de bidos e Alcoba a das outras Galegas prop e se e seguir se neste trabalho a seguinte classifica o pata as cultivares genericamente denominadas de Galegas ou Garrafais Ginja de bidos e Alcoba a cultivar de ginja com Folha no P caracter stica da regi o do litoral centro de Portugal produtora do licor de Ginja de bidos e Alcoba a T m epiderme vermelha e polpa rosada tipo Morellos Na regi o produzem frutos com acidez superior a 15 g de cido m lico litro de sumo provavelmente uma cultivar da esp cie P cerasus e Galega cultivar ou grupo de cultivares da esp cie P cerasus de ginjas pequenas e cidas acidez superior a 10 g de cido m lico litro de sumo sem Folha no P e que tamb m podem ser utilizadas no fabrico de licor S o do tipo Morellos pois apresentam epiderme vermelha e polpa rosada e Garrafal Rosa cultivar ou grupo de cultivares de ginjas grandes certamente h bridos de P avium com P cerasus do tipo Amarelles ou seja com epiderme rosada e polpa amarelada sendo pouco cidas acidez inferior a 10 g de cido 26 Ant nio Ramos m lico litro de sumo e utilizadas para do aria licor ou consumo em fresco Garrafal Negra cultivar ou grupo de cultivares de ginjas grandes certamente h bridos de P avium com P cerasus do tipo Morellos ou seja com epiderme vermelha a vermelha escura e
90. nja de bidos e Alcoba a A estrutura o dos pomar com linhas e entrelinhas bem definidas e da rvore com sistemas de condu o e poda que contrariem a tend ncia arbustiva e desorganizada da vegeta o s o aspectos a melhorar com a moderniza o dos pomares para tornar a colheita mais eficiente Fig 28 70 Ant nio Ramos Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 71 O Licor de Ginja O licor de ginja fabrica se desde sempre de uma forma artesanal em muitos lares de v rias regi es do pa s seguindo receitas mais ou menos secretas herdadas por via ancestral Algumas dessas receitas deram origem a produtos que ganharam alguma notoriedade como as ginjinhas de Lisboa cantadas por poetas e fadistas os licores de ginja de Alcoba a a ginjinha de bidos as ginjinhas espalhadas por v rias localidades do Oeste Caldas da Rainha Bombarral Our m Leiria e Pombal e a ginjinha d Almeida A hist ria de cada uma destas ginjinhas pode ser lida no Elogio da Ginja Moreiras 2006 Embora remonte h muitas d cadas a venda da ginjinha de bidos na loja do Sr Am rico Rolo Caj o a grande projec o regional do produto foi dada pelos licores de ginja de Alcoba a das marcas M S R e Campe o das quais apenas a primeira subsiste hoje em dia S h cerca de duas d cadas devido ao desaparecimento da ginja Campe o se come ou a produzir o licor de ginja nas zonas de bidos e Bombarral Desta forma
91. no pomar antes do pico de emerg ncia do insecto adulto que ocorre normalmente a partir de meados de Maio Mediante as 64 Ant nio Ramos E capturas obtidas realiza se a estimativa do risco e consequentemente toma se a decis o quanto aos meios de luta mais eficientes O combate qu mico contra a mosca utilizado com muita frequ ncia devido sua elevada efic cia e escassez ou dificuldade no uso de outros meios de luta No entanto alguns meios podem complementar a luta qu mica tais como a aplica o generalizada de uma feromona de marca o que a f mea utiliza para evitar posturas posteriores no mesmo fruto e a largada de machos est reis ou de auxiliares parasitas da praga Estes meios complementares possibilitam a diminui o da intensidade de ataque mas s o t cnicas bastante dispendiosas Brunner 1996 Em caso de risco elevado de acordo com a monitoriza o da praga podem fazer se tratamentos qu micos com uma nica aplica o com dimetoato ou malati o mas como meio complementar j que n o existem subst ncias activas recomendadas em Protec o Integrada Cavaco et al 2006 No entanto como esta praga ataca pr ximo da poca de colheita h que actuar com muita prud ncia e respeito pelos intervalos de seguran a O af deo negro da cerejeira Myzus cerasi Fabricius ataca preferencialmente as cerejeiras mas tamb m a ginjeira Barbagallo et al 1997 Os ataques da praga s o maiores em rvo
92. nrelvamento e herbicida Em cima aspecto do pomar algumas semanas ap s a aplica o do herbicida foto de 9 de Marco Em baixo aspecto da flora advent cia alguns dias ap s a passagem com destrocador foto de 23 de Junho Independentemente destas vantagens e inconvenientes qualquer das op es tem um outro sen o quanto maior a intercep o da luz ou seja quanto melhor a cobertura do terreno pela copa das rvores menor a efic cia com que a luz captada uma vez que muitas folhas ficam ensombradas e n o fazem fotoss ntese tornando se parasitas Quando se aumenta a densidade aumenta o ensombramento de umas plantas sobre as outras Quando se aumenta o tamanho al m da sombra de umas rvores sobre as outras diminui a penetra o de luz no interior da copa O aumento de densidade tem que ser acompanhado de uma redu o do tamanho e do vigor da planta normalmente com porta enxertos mais ananicantes S o sistemas verticais em superf cie concebidos para receber luz lateralmente Adaptam se naturalmente 44 Ant nio Ramos a esta forma todas as plantas com tend ncia a formar um eixo central As plantas que n o formam facilmente um eixo central tendem naturalmente para formas volumosas com copas redondas concebidas para receber a luz por cima A forma em vaso nasceu da necessidade de abrir as copas para a penetra o da luz no interior das copas Quando a planta demasiado vigorosa falta de um por
93. o indispens vel rvore para regular a produ o No entanto o papel de regula o da produ o deve ser deixado monda de frutos uma vez que esta se faz quando os frutos j est o vingados havendo mais certeza da carga de frutos a deixar ou a eliminar A poda e outras opera es complementares como a empa ou a condu o da vegeta o em verde s o aspectos fundamentais da gest o da vegeta o n o na gest o da produ o Isto porque as interven es de poda s se devem efectuar na exclusiva medida em que sejam necess rias para melhorar o aproveitamento da luz solar em particular quando em presen a de sistemas de planta o mais densos Em sistemas verticais em superf cie a poda essencial para eliminar ramos demasiado longos ou densos especialmente nas partes altas da copa pois provocam ensombramento sobre as partes mais baixas Em sistemas em volume essencial para evitar o excesso de ensombramento no interior da copa Para garantir a entrada de luz no interior do vaso ou da tatura e a renova o dos ramos frut feros para reduzir o vigor dos ladr es no interior da copa e para evitar poss veis infec es nas feridas recomenda se que a poda da Ginja de bidos e Alcoba a deva ser feita com regularidade e durante o per odo vegetativo Figura 19 A Figura 20 mostra um aparelho que mede a transmiss o da luz fotossinteticamente activa PAR atrav s da copa da rvore sua utiliza o um meio funda
94. o AGRO 940 o vingamento foi de cerca de 5 Quadro 5 S o dois pomares jovens e cuidados praticamente na primeira produ o na qual os frutos ainda eram vis veis Em muitos pomares mais idosos e do tipo tradicional ou seja semi abandonados a produ o foi praticamente nula e em outros foi t o escassa que n o justificou a colheita Quadro 5 Resultados das contagens do n mero de gomos flores e frutos e da percentagem de vingamento em dois pomares Sobral da Lagoa bidos Vale do Amieiro Alcoba a N de N de Flores N de N de N de Flores N de gomos flores gomo frutos Ving gomos flores gomo frutos Ving 360 1211 3 36 62 5 1 213 616 2 89 30 4 9 A tomada de adequadas medidas preventivas contra o desenvolvimento da moniliose na poca da flora o a utiliza o de cultivares polinizadoras e uma nutri o adequada equilibrada 32 Ant nio Ramos devem ser os pontos de partida para melhorar o vingamento do fruto S posteriormente se dever o tentar outras medidas mais dr sticas como o caso dos reguladores de crescimento Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 33 Implanta o da Cultura Adapta o Edafo clim tica O estudo completo das caracter sticas do solo no qual se instala o pomar fundamental para tomar decis es relativamente melhoria das condi es de longevidade e produtividade do pomar Deste modo a textura e a estrutura do solo s o determinantes
95. o litro 5 2 5 2 2 4 7 9 5 2 Polifen is A om dil 1 100 0 282 0 296 0 14 0 523 0 310 Cor Aj osato si0nm dil 1 100 0 198 0 230 0 095 0 376 0 225 Equilibrios de sabores Rela o Brix Acidez B A 7 6 7 6 15 9 5 2 7 6 Rela o Brix Polifen is B P 140 1 133 1 273 6 78 6 127 6 Rela o Acidez Polifen is A P 18 4 17 6 17 2 15 1 16 7 Rela o Brix Ac Polif B A P 29 9 25 6 113 4 9 9 24 6 80 Ant nio Ramos acidez 40 60 100 100 etanol frutos 0 9 A 280nm 100 40 60 etanol frutos A310 410 510nm 20 40 60 80 100 0 50 100 150 200 etanol frutos Figura 31 Influ ncia do teor alco lico da infus o a esquerda e da propor o de frutos direita na acidez total em cima e nas absorv ncias no ultravioleta ao meio e no vis vel em baixo antes e ap s a adi o da solu o a ucarada Neste sentido h nitidamente um licor menos cido menos amargo e menos concentrado um licor mais cido mais amargo e mais concentrado e dois licores interm dios rela o directa entre acidez amargo e concentra o faz supor que as diferen as entre os diversos licores ou lotes s o na ess ncia diferen as de concentra o naturalmente associadas ao teor alco lico da solu o e propor o de frutos na macera o ou na infus o Os valores do Quadro 14 relativos a apenas uma ou duas an lises
96. o na germina o do pol n e crescimento do tubo pol nico Hanson e Proebsting 1996 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 49 e A utiliza o de bio reguladores pode ser til para resolver alguns problemas pontuais relacionados com a poliniza o e a fecundac o sejam devidos a causas biol gicas ou ambientais Chitu et al 1997 Algumas defici ncias ou excessos originam sintomas espec ficos que podem ser facilmente detect veis pelo fruticultor Contudo devido s m ltiplas interac es entre os diferentes elementos e forma como as plantas se adaptam e se manifestam em situa o de car ncia de cada elemento a rvore pode ser deficit ria em um ou mais nutrientes sem que se identifiquem sintomas ou efeitos not veis na capacidade produtiva das plantas Fern ndez Escobar 2001 por isso que se deve proceder a um diagn stico mais preciso tendo os n veis dos nutrientes nas folhas sido considerados como um bom indicador do estado nutricional das plantas O Quadro 8 mostra os teores dos nutrientes nas folhas da ginjeira para os quais se reflectem os n veis considerados adequados ou suficientes deficientes e excessivos Quadro 8 N veis nutricionais de refer ncia nas folhas de cerejeira e ginjeira Nutriente Defici ncia Suficiente Excessivo N 2 2 3 4 gt 3 4 F lt 0 08 0 16 0 4 gt 0 4 K lt 1 0 1 0 3 0 gt 3 0 Ca 0 7 3 0 Mg lt 0 24 0 4 0 9 gt
97. o ou pendente tamb m caracter stico da Galega da Reine Hortense e da Seixas enquanto o porte erecto ou semi erecto aparece nas duas Garrafais Rosa e Negra A Figura 13 mostra uma frutifica o em ramos mistos que pode ser observada na Galega na Ginja de bidos e Alcoba a e na Reine Hortense e em espor es como se observa nas Garrafais 28 Ant nio Ramos Os gomos florais de ginjeira seja em espor es ou em ramos mistos d o origem a conjuntos de 2 a 4 flores com uma corola branca de 5 p talas como caracter stico das Ros ceas Thompson 1996 Segundo o mesmo autor o abrolhamento ocorre no in cio da Primavera ap s a acumula o de suficientes horas de frio 750 a 1400 horas a temperaturas entre 0 e 7 C para a quebra da dorm ncia qual se deve seguir um per odo de temperaturas amenas para promover a flora o Na Ginja de bidos e Alcoba a a flora o ocorre em gomos simples ou agrupados em n mero de 2 1 floral e 1 foliar ou 3 2 florais e 1 foliar nas axilas das folhas dos crescimentos do ano anterior ramos mistos Nas observa es realizadas durante a campanha de 2007 o n mero de flores variou entre 2 e 5 por gomo em m dia 3 a 3 5 com 5 p talas brancas Fig 14 Figura 12 Aspecto do porte prostrado da Ginja de bidos e Alcoba a esquerda e do porte erecto da Garrafal Negra direita Figura 13 Aspecto da frutifica o em ramo misto na Ginja de bidos e Alcoba
98. or durante a noite a gua que a planta transpirou durante o dia Por vezes pode ser importante impor ou manter um ligeiro d fice h drico para limitar o crescimento e favorecer a qualidade A Figura 22 mostra uma c mara de press o um aparelho que permite medir o potencial h drico foliar e portanto ajudar na avalia o das necessidades de rega das plantas Tal como se referiu para a fertiliza o n o for oso que a rega venha a prejudicar a qualidade do fruto e consequentemente do licor de Ginja de bidos e Alcoba a No entanto tal poder suceder 56 Ant nio Ramos se a rega for feita sem controlo e sem atender s necessidades da planta em cada momento do seu desenvolvimento Neste contexto tudo est para estudar Figura 21 Sonda DIVINER 2000 para medi o da gua armazenada no solo Figura 22 C mara de press o para medi o do potencial h drico foliar Protec o Integrada A protec o das plantas contra os agentes causadores de doen as e pragas um factor fundamental para a obten o de boas produ es em quantidade e qualidade Mink e Jones 1996 No entanto o combate a esses agentes geralmente efectuado com o recurso a subst ncias qu micas mais ou menos t xicas para o Homem e nocivas para o equil brio biol gico e ecol gico do pomar A crescente preocupa o das ltimas d cadas com as quest es de seguran a alimentar e ambiental levou ao conceito de Protec o
99. os ou agridoces Sobreiro e Lopes 2003 donde a sua inclus o no grupo das Galegas No entanto n o se encontraram descri es ou refer ncias a estes frutos restando a d vida sobre se a Ginja de bidos e Alcoba a tamb m a Galega igual a todas as Galegas ou se uma cultivar individualizada A nica refer ncia espec fica a estes frutos diz respeito ao nome que toma localmente de Ginja de Folha no P ou Galega de Folha no P Na colec o de Alcongosta est o representadas felizmente tr s supostamente diferentes cultivares origin rias de bidos o que permite afirmar com seguran a que a caracter stica que lhes d o nome na regi o de origem a Folha no P n o uma peculiaridade relacionada com as condi es naturais da regi o j que essa caracter stica tamb m se manifesta numa zona t o diferente e distante como a encosta norte da serra da Gardunha A caracter stica Folha no P Fig 8 deve se ao facto dos ped nculos das flores e dos frutos n o se inserirem directamente sobre a madeira do ano anterior mas antes sobre um pequeno crescimento o p ou ped nculo da infloresc ncia em geral com cerca de 1 cm no qual aparecem algumas folhas de tamanho reduzido provavelmente com origem nas br cteas Figura 8 Aspecto da infloresc ncia da ginja regional de Obidos e Alcobaca com a caracter stica Folha no P Nas Figuras 9 e 10 comparam se as inflo
100. rabalho e permanente colabora o na realiza o das tarefas mais rduas de campo e de laborat rio Ao Prof Doutor Jo o Pedro Luz pela revis o de parte do texto Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 87 Refer ncias Bibliogr ficas Alarc o A Silva C e Cardoso A P L 1961 A regi o a Oeste da Serra dos Candeeiros Funda o Calouste Gulbenkian Lisboa Albertini A e Strada G D 2001 Monografia di cultivar do ciliegio dolce e acido Istituto Sperimentale per la Frutticoltura Roma Amaro P 2003 A Protec o Integrada ISA Press Lisboa Aslantas O R Eken C e Hayat R 2008 Beanveria bassiana pathogenicity to the cherry slugworm Caliroa cerasi Hymenoptera Tenthredinidae larvae World J Microbiol Biotechnol 24 199 122 Aular J Ruggiero C e Durigan J 2002 Relaci n entre el color de la c scara y las caracter sticas del fruto y jugo de la parchita maracuy Bioagro 14 1 47 51 Barbagallo S Cravedi P Pasqualini E e Patti I 1997 Aphids of the Principal Fuit Bearing Crops Bayer Crop Protection Edizioni l Informatore Agrario Milano Barros H e Graca L Q 1960 rvores de fruta Livraria Cl ssica Editora Lisboa Blando F Gerardi C e Nicoletti I 2004 Sour Cherry Prunus cerasus L Anthocyanins as Ingredients for Functional Foods Journal of Biomedicine and Biotechnology 5 253 258 Bobe G Wang B Seeram N P Nair M G e Bourquin L D 2006 Dietary Anthocyanin Rich Tart Ch
101. re esses diversos factores aqueles que parecem ser mais interessantes para estudo do ponto de vista t cnico s o as propor es de lcool na solu o hidroalco lica e de frutos na macera o ou na infus o Esse estudo deu origem ao fabrico de licores em laborat rio que em momento algum devem ser comparados com os obtidos pelos fabricantes de licores comerciais O objectivo do fabrico dos licores laboratoriais foi t o s o de relacionar as caracter sticas dos frutos com as caracter sticas dos licores por eles obtidos Numa primeira fase foi feito um estudo dos factores que influenciam a extrac o dos compostos do fruto da polpa e da epiderme com vista obten o r pida do licor Comprovou se que para al m do tempo de infus o o esmagamento do fruto a temperatura e o etanol tinham influ ncia na extrac o dos compostos dos frutos Quadro 12 Quadro 12 Resultados da extrac o dos constituintes do fruto ao fim de 72 horas A sonm Aros s10 51t000m Brix c esmagamento 0 44025 0 3395 15 8 s esmagamento 0 33725 0 25625 14 4 c etanol 0 5035 0 35725 24 0 s etanol 0 274 0 2385 6 2 c aquecimento 0 466 0 349 15 6 s aquecimento 0 3115 0 24675 14 5 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 77 Numa segunda fase fizeram se varias infus es com diferentes teores em lcool e diferentes propor es de fruto com tr s repeti es das quais se obtiveram os resultados que se apresentam na Figura 30 Ve
102. res jovens uma vez que causam o encarquilhamento das folhas e a distor o dos ramos Elevadas popula es podem atrasar o crescimento da rvore e a acumula o de melada promove o aparecimento de fumagina reduzindo deste modo a actividade fotossint tica Brunner 1996 A detec o da praga simples pois o aparecimento das primeiras folhas enroladas e acompanhadas com a presen a de formigas indicam a sua presen a Deste modo exige se o controlo nomeadamente com a aplica o de insecticidas eficazes mas que respeitem os inimigos naturais Brunner 1996 Entre os inimigos naturais do af deo negro destacam se os predadores da fam lia Coccinelidae Coccinella septempunctata L e Adalia bipunctata L e v rios parasit ides das familias Braconidae e Aphelinidae Barbagallo et al 1997 Em caso de risco elevado de acordo com a monitoriza o da praga podem fazer se tratamentos qu micos com imidaclopride ou com uma nica aplica o de tiaclopride mas como meio Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 65 complementar j que n o existem subst ncias activas recomendadas em Protec o Integrada Cavaco et al 2006 A larva lesma Caliroa cerasi L um himen ptero que causa estragos ao n vel das folhas apenas quando se encontra no estado de larva Fig 26 alimentando se do par nquima foliar e deixando as nervuras e a cut cula inferior das folhas Ataques sucessivos provocam uma diminui o da activi
103. resc ncias e as infrutesc ncias respectivamente das duas cultivares a Galega e a de origem na regi o de bidos produzidos no campo de Alcongosta onde para al m da caracter stica Folha no P vis vel tamb m uma importante diferen a ao n vel do comprimento dos ped nculos dos frutos O Quadro 2 traduz numericamente essa diferen a e mostra 22 Ant nio Ramos que as restantes caracter sticas f sicas e qu micas s o muito id nticas embora o tamanho e peso do fruto tendam a ser ligeiramente mais reduzidos nas ginjas Folha no P relativamente a Galega especialmente quando produzidos na regi o de bidos e Alcobaca A acidez por sua vez superior nas ginjas Folha no P mas apenas quando s o produzidas na regi o de bidos e Alcobaca Figura 9 Diferen a morfol gica ao n vel da infloresc ncia da ginja Folha no p a esquerda e na Galega a direita da colec o de Alcongosta em 2007 Figura 10 Diferen a no comprimento do ped nculo da ginja Folha no P esquerda e da Galega direita na colec o de Alcongosta em 2007 Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 23 Quadro 2 Par metros f sico qu micos das ginjas Galega e de bidos em Alcongosta 2007 e da ginja da regi o de bidos e Alcobaca 2005 a 2007 Alcongosta bidos Galega de bidos e Alcoba a Di metro do fruto mm 21 2 21 0 19 4
104. rificou se que o teor de s lidos sol veis totais TSS Brix variou com o teor alco lico da solu o curvas crescentes mas n o foi influenciado pela propor o de frutos curvas coincidentes Pelo contr rio a acidez n o foi influenciada pelo teor alco lico da solu o curvas horizontais mas teve uma grande influ ncia da propor o de frutos na infus o curvas separadas Para as absorv ncias no ultravioleta A Azio 410 510 n alco lico da solu o como da propor o de frutos na infus o curvas 280 am NO vis vel verificou se um efeito positivo tanto do teor crescentes e separadas na extrac o dos compostos presentes na ginja 30 12 Brix Acidez 40 60 etanol 0 9 0 7 0 6 O A310 410 510nm 40 60 etanol 40 60 etanol Figura 30 Influ ncia das propor es fruto solu o e etanol solu o no teor de s lidos sol veis totais Brix na acidez total g de cido m lico litro e nas absorv ncias no ultravioleta A adam e no vis vel A 280 nm 310 410 510 a Com base nestes resultados e tendo em vista a obten o de uma infus o relativamente concentrada num curto espa o de tempo foi estabelecida uma metodologia de obten o dos licores laboratoriais Essa metodologia consistiu numa infus o com 50 de etanol e 133 de fruto em banho maria a 60 C durante um m nimo de 4 dias O teor a
105. ros f sico qu micos das ginjas Galega e de bidos em Alcongosta 2007 e da ginja da regi o de bidos e Alcoba a 2005 a 2007 Quadro 3 Caracter sticas de cor da epiderme e da polpa das cultivares da colec o de Alcongosta e da ginja da regi o de bidos e Alcoba a Quadro 4 Datas de abrolhamento ponta verde e plena flora o da Ginja de bidos e Alcoba a em dois locais no ano de 2007 Quadro 5 Resultados das contagens do n mero de gomos flores e frutos e da percentagem de vingamento em dois pomares Quadro 6 Valores das an lises de solos em cinco pomares de Ginja de bidos e Alcoba a em amostras colhidas a duas profundidades Quadro 7 Porta enxertos utilizados nas culturas da cerejeira e ginjeira e suas principais caracter sticas Quadro 8 N veis nutricionais de refer ncia nas folhas de cerejeira e ginjeira Quadro 9 Valores das an lises foliares as cinzas em cinco amostras de folhas de Ginja de bidos e Alcoba a data de amostragem 18 05 2007 P g 20 23 23 29 32 34 37 49 50 Quadro 10 Valores das an lises foliares a seiva em tr s amostras de folhas de Ginja de bidos e Alcobaca data de amostragem 28 05 2007 Quadro 11 Par metros qu micos e seus equil brios em amostras das ginjas Galegas e Garrafais Alcongosta em 2007 e da Ginja de bidos e Alcoba a de 2005 a 2007 Quadro 12 Resultados da extrac o
106. rtiliza o pelo risco de 40 Ant nio Ramos desequil brios na disponibilidade e absor o dos nutrientes do solo e na qualidade dos produtos e pela polui o dos len is fre ticos a rega pela utiliza o por vezes excessiva de um recurso cada vez mais escasso e pelo risco de desequil brios na qualidade dos produtos e do ambiente os tratamentos fitossanit rios pela utiliza o de produtos qu micos que podem deixar res duos nos produtos e ser t xicos para o homem auxiliares e ambiente Para aplicar racionalmente os factores de produ o uma das medidas mais importantes da Produ o Integrada muitas vezes ignorada a monitoriza o Embora esta ja se pratique com alguma regularidade na Protec o Integrada com vista estimativa de risco e determina o do n vel econ mico de ataque de algumas pragas mais importantes a sua utiliza o ainda muito restrita ao n vel de outras pr ticas culturais tais como na determina o das necessidades e t cnicas de fertiliza o e de rega na poda e monda de frutos e na qualidade intr nseca dos frutos Se o s c XX foi o s culo da explos o da Agricultura Cient fica o principio do s culo XXI est a introduzir uma nova consci ncia social e ambiental actividade agr cola Que os fundamentalismos v rios n o venham a trazer um s culo de obscurantismo na agricultura mas sim um s culo de uma nova e mais esclarecida agricultura a Agricultura Monitori
107. s W ic ricas Erro Figura 2 Carta litol gica da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcobaga Soares da Silva 1982 A Carta de Solos do Atlas do Ambiente Fig 3 ilustra essa diversidade de tipos de solos na qual sobressaem os Luvissolos c lcicos nas reas abrangidas pela serra dos Candeeiros os Podz is em toda a faixa litoral e os Cambissolos na zona central e em toda a extens o da rea geogr fica da IGP Ginja de bidos e Alcoba a Clima e Meteorologia A localiza o muito particular da regi o entre a serra e o mar e o constante ondulado do relevo condicionam grandemente a ocorr ncia e varia o dos factores meteorol gicos De facto a 12 Ant nio Ramos regi o tem uma grande exposi o entrada dos ventos e do ar h mido do Atl ntico que sendo barrados pelas serras dos Candeeiros e de Montejunto que correm paralelas ao oceano criam condi es de elevada humidade do ar com ocorr ncia frequente de nevoeiros ou neblinas matinais e de precipita o Alarc o et al 1961 Esta exposi o da rea geogr fica da IGP ao ar h mido e aos ventos mar timos e a ocorr ncia frequente de neblinas e nevoeiros pode condicionar bastante a cultura da ginja pois prop cia ao desenvolvimento de doen as em particular moniliose cujos estragos t m em alguns anos um efeito devastador sobre os bot es florais prejudicando fortemente a produ o desses anos
108. s estruturas da planta Flore e Layne 1990 A intercep o da radia o depende directamente da disposi o das plantas no terreno densidade compasso orienta o das linhas e da arquitectura das partes lenhosas e permanentes da planta forma de condu o efici ncia com que a luz interceptada depende ainda da forma do coberto vegetal altura largura e volume da planta ou da sebe de vegeta o e com a manuten o das condi es para uma boa penetra o da luz aumentando a exposi o foliar e influenciando a disposi o distribui o da rea foliar podas empas opera es em verde As necessidades de mecaniza o e circula o nos pomares para os amanhos culturais e para a colheita impedem que o coberto vegetal seja cont nuo ou seja que a copa das rvores cubra completamente todo o espa o dispon vel Logo h sempre perda de radia o directamente pata o solo Para minimizar essas perdas s existem dois caminhos aumentar o n mero de rvores por hectare ou aumentar o tamanho da copa O aumento de densidade mais caro maior custo em plantas mas pode compensar em precocidade e quantidade de produ o O aumento de tamanho tem menor custo em plantas mas demora mais tempo a atingir a plena produ o Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 43 gt av ar k ADA y A cig rn a a A SEN Pd AE ARE as A Figura 18 Sistema misto de manutenc o da superf cie do solo e
109. s frutos em particular na epiderme depende simultaneamente do teor em lcool e da propor o de frutos na infus o como se ver adiante Em suma as an lises cr ticas para caracterizar o equil brio gustativo do licor s o o teor de s lidos sol veis totais e o teor alco lico para o sabor doce e calor na boca embora dependentes da adi o de a car e etanol o pH e a acidez total para o sabor cido e frescura dependente do teor nos frutos e a absorv ncia no ultravioleta a 280 nm para o sabor amargo do licor dependente da composi o dos frutos e do teor alco lico da solu o de extrac o Desta forma como o a car e o lcool s o adicionados a qualidade gustativa do licor depende essencialmente da acidez e da composi o fen lica dos frutos O Quadro 11 mostra os resultados dos par metros cr ticos para avaliar os sabores e os seus equil brios nas ginjas Galegas e Garrafais da colec o de Alcongosta em 2007 e na Ginja de bidos e Alcoba a em tr s amostras de 2005 seis de 2006 e dez de 2007 Quadro 11 Par metros qu micos e seus equil brios em amostras das ginjas Galegas e Garrafais Alcongosta em 2007 e da Ginja de bidos e Alcoba a de 2005 a 2007 Galega Garrafal Ginja de bidos e Alcoba a Par metros de cor e sabores Acidez total g de cido m lico litro 12 7 7 145 17 3 A cares totais Brix 16 5 17 1 17 7 Polifen is A sonm dilui o 1 100 0 582 0 5
110. sua miss o de produzir A fertiliza o da Ginja de bidos e Alcoba a deve ser cuidadosa como em qualquer cultura pelo custo que importa e pela perda de qualidade que uma fertiliza o desequilibrada principalmente o excesso de azoto pode significar Como tal n o correcto dizer se que a fertiliza o prejudica a qualidade ou que a qualidade s boa nas rvores tradicionais semi abandonadas Tratando se de um produto para transforma o cuja qualidade depende do equil brio entre os diferentes constituintes qu micos do fruto o importante conhecer a forma como a fertiliza o influencia positiva e negativamente aquele equil brio de forma a reduzir as varia es anuais de produtividade e de qualidade Rega O principal objectivo da rega fornecer s plantas a quantidade de gua necess ria para compensar total ou parcialmente a que perdida por evapora o directa do solo e por transpira o das plantas taxa a que essa gua deve ser fornecida ser fun o das caracter sticas dos solos das condi es clim ticas e da cultura nomeadamente do seu estado de desenvolvimento Oliveira e Maia 2003 A crescente escassez de gua como recurso natural tem levado adop o de sistemas de rega que evitem perdas e permitam uma boa gest o dos recursos h dricos Desta forma tem sido cada vez maior o interesse pela rega localizada nomeadamente a rega gota a gota qual se deve um elevado potencial
111. ta enxerto adequado por exemplo e se quer um sistema em superf cie ainda se pode optar por um sistema menos denso tipo palmeta palmeta de 2 ou 3 eixos por exemplo embora exigindo mais trabalho e meios Quando a planta n o forma facilmente um eixo central tamb m poss vel intensificar o pomar recorrendo a sistemas tipo Y por exemplo as modernas taturas que nao s o naturais da planta exigindo mais cuidados e arma o especial Os h bitos de frutifica o e de vegeta o das plantas condicionam a escolha da melhor forma de condu o pata o pomar Pelo seu porte tendencialmente semi erecto a prostrado e com vegeta o pendente a ginjeira adapta se bem a formas de condu o em volume tipo vaso embora tamb m se possam utilizar sistemas tipo tatura palmeta e v rias modifica es do eixo central Flore et al 1996 A escolha do compasso condicionada pelo vigor da planta e pela forma de condu o Para a forma de condu o em vaso os compassos devem situar se entre 4 a 4 5 m na entrelinha e 2 5 a 3 5 m na linha Sobreiro e Lopes 2003 Para sistemas em tatura os compassos podem ser mais apertados podendo atingir densidades at 3000 plantas ha Flore et al 1996 desde que se utilize o porta enxerto adequado Para a Ginja de bidos e Alcoba a o porte prostrado e os ramos pendentes parecem indicar uma dificuldade acrescida na obten o e manuten o de sistemas tipo eixo ou tipo palmeta
112. ting 1996 Os adubos fosfatados proporcionam o aumento do teor de mat ria seca nos frutos assim como o teor de s lidos sol veis e de acidez ao mesmo tempo que promovem a diminui o da concentra o em cido asc rbico Shalimov 1997 O pot ssio o nutriente que provoca melhores efeitos na composi o bioqu mica dos frutos Shalimov 1997 No entanto a sua aplica o excessiva dever ser evitada pois poder causar fen menos de antagonismo na absor o de c lcio e magn sio podendo induzir a defici ncia destes elementos Hanson e Proebsting 1996 O c lcio tem estado implicado na sensibilidade ao rachamento fisiol gico causado pelas chuvas durante a colheita A aplica o de giberelinas para promover o vingamento pode reduzir o teor de c lcio no fruto enquanto a pulveriza o com inibidores de crescimento que reduzem o vigor e a bioss ntese de giberelinas pode aumentar o teor de c lcio no fruto Hanson e Proebsting 1996 As aplica es de boro por via foliar e ao solo apresentam resultados distintos ou complementares no vigor na produ o e na qualidade dos frutos As aplica es por via foliar antes e ap s a plena flora o aumentam os n veis foliares de boro Quando aplicado solo n o aumenta a sua concentra o nas flores mas provoca um acr scimo da concentra o de s lidos sol veis nos frutos Wojcik 2006 Por outro lado o boro promove o vingamento e a produ o pelo seu efeito ben fic
113. tro R e Cruz A 2005 Sistemas de condu o da vinha dos materiais biol gicos gest o da vegeta o Actas Portuguesas de Horticultura 9 8 12 Cavaco M Jord o P e Sousa R 2006 Produ o Integrada das Culturas das Prun ideas Ameixeira Cerejeira Damasqueiro Pessegueiro Direc o Geral da Protec o das Culturas Oeiras Chandra A Nair M G e lezzoni A F 1993 Isolation and Stabilization of Anthocyanins from Tart Cherries Prunus cerasus L J Agric Food Chem 47 1062 1065 Chandra A Rana J e Li Y 2001 Separation Identification Quantification and Method Validation of Anthocyanins in Botanical Supplement Raw Materials by HPLC and HPLC MS J Agric Food Chem 49 3515 3521 Chitu V Bulgaru L Panea T e Neamtu I 1997 Increase in Yield Potential in Sour Cherry by Biorregulators Acta Horticulturae 463 317 322 CTIFL 2007 Production Raisonn e des Fruits 4 noyau http www ctifl fr XhtmlContent Activites Programmes fiches ProductionRaisonneeFruits Noyau html Dencker I e Hansen P 1994 Shoot growth flowering relationships in sour cherry Stevnsbeer as affected by water and nutrient supply Journal of Horticultural Science 69 15 19 Ellis M A 1995 Cherry Leaf Spot Ohio State University Extension Fact Sheet http www plantmanagementnetwork org pub search topsearch asp page http www ag ohio state edu ohioline hyg fact 3000 3021 html Manual T cnico da Ginja de bidos e
114. ttp www iambiente pt atlas dl download jsp zona continente amp grupo amp tema c ph Silva M L C M M A e Alarc o A 1999 Caracter sticas Fisico Qu micas e Utiliza es Agro Alimentares da Cereja e da Ginja Revista de Ci ncias Agr rias XXII 3 127 150 Simunie V Kova S Gaso Soka D Pfannhauser W e Murkovic M 2005 Determination of anthocyanins in four Croatian cultivars of sour cherries Prunus cerasus Eur Food Res Technol 220 575 578 92 Ant nio Ramos Sjulin T M Jones A L e Andersen R L 1989 Expression of Partial Resistance to Cherry Leaf Spot in Cultivars of Sweet Sour Duke and European Ground Cherry Plant Disease 73 56 61 Sobreiro J e Lopes G 2003 O Guia da Ginja COTHN Centro Operativo e Tecnol gico Hortofrut cola Nacional Alcoba a Tall J M Seeram N P Zhao C Nair M G Meyer R A e Raja S N 2004 Tart cherry anthocyanins suppress inflammation induced pain behaviour in rat Behavioural Brain Research 153 181 188 Tinoco A S 1983 A Cultura da Cerejeira Publica es Ci ncia e Vida Lisboa Thompson M 1996 Flowering Pollination and Fruit Set In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 223 240 Cab International Wallingford Veres Z Holb I Ny ki J Szabo Z Remenyik J e F ri M G 2006 High antioxidant and anthocyanin contents of sour cherry cultivars may benefit the human health international and hungarian achievem
115. tualmente do licor Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 73 corrente dizer se que um fruto agridoce Este termo no entanto n o claro no significado e pouco ou nada adianta sobre a composi o qu mica do fruto Aquela express o tanto pode ter tido origem na percep o das diferen as entre ginjas e cerejas como entre as ginjas Galegas e Garrafais ou entre a Ginja de bidos e Alcoba a e as ginjas de outras cultivares ou origens Como o a car adicionado e a acidez deve ser natural do fruto o licor deve ser diferente mais fresco menos enjoativo e eventualmente mais arom tico quando a acidez dos frutos maior Mas a acidez n o o nico factor a influenciar as caracter sticas de sabor dos frutos ou do licor No equil brio dos sabores e sensa es na boca jogam um papel fundamental os a cares e o lcool que contribuem para o sabor doce e para a sensa o de calor os cidos org nicos que d o o sabor cido e uma sensa o de frescura e os compostos fen licos importantes para o sabor amargo e para a sensa o de adstring ncia taninos para al m do contributo na cor antocianinas A determina o do Brix com um refract metro n o determinante da do ura final do licor uma vez que esta resulta da adi o de a car No entanto importante para avaliar o grau de matura o dos frutos para decidir a poca de colheita e para dar uma ideia das quantid
116. ui o 1 100 0 355 0 317 0 424 0 317 Equilibrios de sabores Rela o Brix Acidez B A 8 0 12 1 6 1 8 6 Rela o Brix Polifen is B P 110 8 118 7 89 3 117 9 Rela o Acidez Polifen is A P 13 9 9 8 14 6 13 7 Rela o Brix Acidez Polif B A P 22 5 38 1 14 4 27 2 O Quadro 16 apresenta mais alguns exemplos de dilui es de licores de Ginja de bidos e Alcoba a Os primeiros tr s licores foram sujeitos a dilui es proporcionais ou seja a dilui o afectou igualmente a acidez e a composi o fen lica ficando cada vez mais dilu das Os tr s ltimos licores foram sujeitos a dilui es n o proporcionais em que a acidez foi aumentada artificialmente ap s a dilui o Como nas dilui es n o proporcionais h uma maior redu o da absorv ncia do que da acidez as rela es B A e B A P tendem a variar menos enquanto a rela o B P tende a variar mais mas em geral est o dentro das amplitudes de varia o das dilui es proporcionais J a rela o A C pela subida artificial da acidez apresenta valores num patamar completamente distinto sendo at cerca de 15 nas dilui es proporcionais e cerca de 20 ou superior nas n o proporcionais 82 Ant nio Ramos O fabrico dos v rios licores laboratoriais da Galega da Garrafal e da Ginja de bidos e Alcobaca assim como as suas diferentes dilui es proporcionais e n o proporcionais e a sua caracteriza o anal tica tem como objectivo o estabelec
117. ull 608 3 40 Wojcik P 2006 Schattenmorelle Tart Cherry Response to Boron Fertilization Journal of Plant Nutrition 29 9 1709 1718
118. vimento integrado e harmonioso do bin mio agricultura turismo a base da sustenta o econ mica da regi o A IGP Ginja de bidos e Alcoba a foi criada para tentar proteger a genuinidade e a tipicidade do produto e o projecto AGRO 940 uma parte importante dessa tentativa come ando a levantar e a estudar os problemas e procurando apontar alguns caminhos na sua solu o este o objectivo deste Manual mas cujo tema n o se esgota com a sua publica o Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 3 Origem A origem e a expans o da ginjeira est o cercadas de grandes d vidas e imprecis es Os autores actuais baseiam se essencialmente nos estudos de De Candolle nos finais do s culo XIX que por sua vez referia os escritores e historiadores gregos e romanos cujos escritos no dizer de De Candolle eram algo contradit rios e pouco precisos De entre todo esse conjunto de informa es alguns aspectos merecem no entanto algum consenso sendo referidos ou repetidos por diversos autores Webster 1996a Silva e Alarc o 1999 Sobreiro e Lopes 2003 Moreiras 2006 e origem tanto da cerejeira como da ginjeira localiza se na Anat lia Setentrional regi o que se estende do mar C spio as cercanias de Constantinopla sendo j conhecidas nas grandes civiliza es da Mesopot mia principalmente pelas suas propriedades terap uticas e A ginjeira era conhecida e j se tinha naturalizado na Gr cia
119. wth and composition in sour cherry Stevnsber Gartenbauwissenschaft 62 97 101 Hanson E J Proebsting E L 1996 Cherry Nutrient Requirements and Water Relations In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 243 257 Cab International Wallingford Hogue E J e Looney N E 1996 Orchard Floor Vegetation Management In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 331 344 Cab International Wallingford Holb LJ e Schnabel G 2005 Effect of Fungicide Treatments and Sanitation Practices on Brown Rot Blossom Blight Incidence Phytotoxicity and Yield for Organic Sour Cherry Production Plant Disease 89 11 1164 1170 Holb LJ 2006 Possibilities of brown rot management in organic stone fruit production in Hungary International Journal of Horticultural Science 12 3 87 91 lezzoni A F 1996 Sour Cherry Cultivars Objectives and Methods of Fruit Breeding and Characteristics of Principal Commercial Cultivars In A D Webster e N E Looney Cherries Crop Physiology Production and Uses pp 113 123 Cab International Wallingford 90 Ant nio Ramos Jadezuk E e Sadowski A 1997 Nutritional Status of Schattenmorelle Cherry Trees in Relation to the Type of Root System and Tree Age Acta Horticulturae 448 137 143 Kim D Heo H J Kim YJ Yang H S e Lee C Y 2005 Sweet and Sour Cherry Phenolics and Their Protective Effects on Neuronal Cells J A
120. z Polifen is A P 12 7 9 6 13 2 Rela o Brix Acidez Polifen is B A P 6 8 13 8 4 8 Os valores dos par metros anal ticos ap s a infus o mostram uma redu o relativamente acentuada na acidez devido dilui o provocada pela infus o Essa dilui o n o se nota no Brix e mais reduzida nas absorv ncias no ultravioleta e no vis vel uma vez que a extrac o de a cares de compostos fen licos depende tamb m da concentra o alco lica da infus o Os equil brios entre os diferentes par metros dos sabores mant m se do sumo dos frutos para a infus o As amplitudes dessas diferen as tendem no entanto a aumentar De referir a maior extrac o de compostos fen licos na Ginja de bidos e Alcoba a Asson infus es da Galega e da Garrafal Como no sumo do fruto eram id nticas isso poder indicar uma maior riqueza em compostos fen licos na epiderme da Ginja de bidos e Alcoba a comparativamente as Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 79 O licor Ap s a infus o por tempo mais ou menos alargado o l quido separado dos frutos com recurso a uma prensagem No entanto esta prensagem pode n o ser feita a todos os frutos j que alguns podem ser guardados intactos para colocar nas garrafas ginja com elas Finalmente o licor ficar pronto quando se adicionar uma calda a ucarada e se acertar o teor em a cares e o teor alco lico de acordo com as especifica es de cada produtor
121. zada H que monitorizar a actividade agr cola as necessidades e a aplica o de factores de produ o a qualidade dos produtos e do ambiente S assim se poder o evitar e corrigir os erros do passado sem se cair nos exageros alarmistas que por vezes chegam ao consumidor Os actuais problemas ambientais da agricultura tanto na moda n o s o s da responsabilidade dos agricultores Toda a sociedade globalmente contribuiu pata tal exigindo alimentos em quantidade com boa apar ncia e a baixos pre os e pondo disposi o dos agricultores as necess rias tecnologias Os agricultores t m de continuar a desempenhar o seu papel fundamental de produzir alimentos para uma popula o mundial sempre crescente Prepara o e Manuten o do Solo A prepara o do solo um factor muito importante no sucesso de qualquer planta o E nesta fase que se devem realizar os Manual T cnico da Ginja de bidos e Alcobaca 41 trabalhos necess rios para evitar problemas futuros e garantir o sucesso da planta o durante o seu per odo de vida til Entre os aspectos mais importantes a ter em conta na prepara o do terreno salientam se a protec o contra a eros o a garantia de uma boa drenagem superficial e interna e a correc o ou melhoria da fertilidade dos solos nesta fase que se tornam importantes e decisivas as an lises f sico qu micas aos solos para decidir das opera es a realizar e determinar o tipo e as quantid

manual técnico da ginja de óbidos e alcobaça

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