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pacifico_jm_dr_arafcl - Repositório Institucional UNESP

1. Estado de Rond nia 1944 a 1998 Educa o Infantil Unidades Escolares Total Federal Estadual Municipal Particular ANO Total Campo Total Campo Total Campo Total Campo Total Campo 1944 3 1 2 1946 3 1955 5 2 3 1972 3 2 1 1973 5 4 1 1976 7 2 5 1977 8 2 6 1978 20 4 16 1979 25 5 20 1980 36 5 7 24 1981 56 33 26 1982 103 60 43 1983 97 76 21 1984 127 2 99 26 1988 224 56 1 51 5 129 48 43 3 1989 276 72 149 16 78 51 49 5 1991 303 70 1 167 34 72 33 63 3 1992 484 140 199 23 201 114 84 3 1993 405 60 200 21 130 36 75 3 1994 454 1 202 161 90 1995 495 3 201 179 112 1996 491 7 200 167 117 1997 496 33 194 61 173 2 129 1998 459 23 148 56 160 4 151 Quadro 8 N de escolas que atendiam educa o infantil Estado de Rond nia 1944 a 1998 Fonte Organizado pela autora com dados do Censo INEP 1946 a 1999
2. ae Conceito Espa os f sicos Total de escolas 13 B R NH Salas de Aula todas possuem 73 salas no total 13 0 0 0 P tio coberto 8 1 0 4 Refeit rio 10 0 0 3 Cozinha 13 0 0 0 Despensa 12 0 0 1 Sala para Secretaria 10 2 0 1 Sala para orienta o 5 1 0 7 Sala para dire o 9 1 0 3 Sala para coordena o pedag gica 8 0 0 5 Brinquedoteca 1 0 0 12 Biblioteca 2 0 0 11 Quadra de esportes 1 1 0 11 Parque infantil 7 2 0 4 rea verde 4 1 0 8 Banheiros externos s salas de aula 10 03 0 0 para uso das crian as e adultos Quadro 36 Exist ncia e condi es dos espa os f sicos das escolas de Educa o Infantil PMPV Fonte Elaborado pela autora a partir de dados levantados junto s escolas em 2009 Legenda B Bom R Ruim Insuficiente N H N o h As escolas municipais que participaram da pesquisa sobre a infra estrutura possuem todas o b sico mas n o o necess rio salas de aula conforme o n mero de turmas que atendem cozinha despensa para a guarda dos g neros aliment cios banheiros fora das salas para meninos e meninas Os demais espa os listados no quadro tamb m fundamentais para o atendimento s crian as bem como para o desenvolvimento saud vel das mesmas n o comum a todas At o m nimo do m nimo que ter um p tio coberto para a locomo o das crian as dos das funcion rios as e familiares n o comum encontrar em todas a
3. 2001 23 546 1 709 7 26 1 625 6 90 4 366 18 54 7 700 32 70 2002 23 546 1 618 6 87 1 018 4 32 4 135 17 56 6 771 28 76 2003 23 546 1 856 7 88 1 083 4 60 4 090 17 37 7 029 29 85 2004 23 546 1 667 7 08 1 363 5 19 5 764 24 48 8 194 37 35 Evolu o Y g i l 1999 2004 43 08 68 20 20 23 14 03 2005 23 546 5492 23 32 1410 5 99 4 189 17 79 11 091 47 10 2006 23 546 6 086 25 85 1 073 4 56 4 048 17 19 11 207 47 60 2007 13 029 6 310 48 43 697 5 35 3 383 25 97 10 390 79 75 2008 13 029 6 825 52 38 902 6 92 2 214 16 99 9 941 76 30 Evolu o g J k 2004 2008 30941 33 82 61 59 13 04 Quadro 26 Popula o em idade escolar n de Matr culas na Pr escola Rede Municipal de Ensino do Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura 1999 2008 Fontes Organizado pela autora a partir dos dados do INEP Censo Escolar Sinopses estat sticas 1999 2008 ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 O percentual de cobertura total de matr culas para crian as com idade entre 4 e 5 6 anos no munic pio foi de 37 35 em 2004 e de 76 30 em 2008 At o ano de 178 2004 a rede privada atendia o maior n mero de crian as dessa etapa A partir de 2005 a rede p blica municipal supera esse atendimento no entanto acontece algo diferente caiu de 20
4. 2004 2008 155 58 28 42 6 57 47 80 Quadro 25 Popula o em idade escolar a partir censo populacional de 2000 e contagem da popula o em 2007 n de Matr culas na Creche Rede Municipal de Ensino do Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura 1999 2008 Fontes Organizado pela autora a partir de dados do INEP Censo Escolar Sinopses estat sticas 1999 2008 ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 Em 2008 o atendimento creche no munic pio em todas as redes subiu para 10 17 de cobertura total mas a rede municipal foi a que mais evoluiu em n mero de matr culas em creches no per odo de 2004 para 2008 de 1 53 de cobertura em 2004 subiu para 4 86 em 2008 sendo ainda baixo frente demanda potencial Matr cula na Creche Munic pio de Porto Velho 3000 2500 2000 E Rede Municipal O Rede Estadual 1500 E Rede Privada 500 0 Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Figura 7 Representa o gr fica da matr cula em Creches no Munic pio de Porto Velho Redes Estadual Municipal e Privada Fonte Elaborado pela autora a partir das informa es do quadro 25 177 Para melhor explicitar esse baixo atendimento analisamos a matr cula versus natalidade Se considerarmos os dado
5. Sexagen rio tenho sete anos sexagen rio eu tenho quinze anos sexagen rio amo a onda do mar adoro ver a neve caindo parece at aliena o Algum companheiro meu de esquerda j estar dizendo Paulo est irremediavelmente perdido E eu diria a meu hipot tico companheiro de esquerda eu estou achado precisamente porque me perco olhando a neve cair Sexagen rio eu tenho 25 anos Sexagen rio eu amo novamente e come o a criar uma vida de novo PAULO FREIRE 2001 p 101 PAC FICO J M Pol ticas p blicas para a Educa o Infantil em Porto Velho RO 1999 2008 2010 358f Tese Doutorado em Educa o Escolar Faculdade de Ci ncias e Letras de Araraquara Universidade Estadual Paulista Araraquara SP 2010 RESUMO Este estudo trata das pol ticas p blicas para a Educa o Infantil e seu principal objetivo foi analisar as pol ticas p blicas de Educa o Infantil desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho RO no per odo de 1999 a 2008 Caracteriza se como estudo de abordagem qualitativa com an lise de dados qualitativos e quantitativos Utiliza como fonte de dados a pesquisa documental a entrevista individual e Grupo Focal Os sujeitos colaboradores foram gestores da SEMED e professoras de escolas de Educa o Infantil que atuaram no per odo em estudo Tamb m colaboraram com a pesquisa professoras que coordenaram a Educa o Infantil no per odo de 1970 a 1990 no mb
6. No entanto considerando as quest es sociais e a falta de escolas de educa o infantil poss vel entender mas n o justificar as considera es da professora Outra quest o sobre a forma o continuada As professoras entendem que esta importante mas tamb m chamam a aten o para a forma o das formadoras pois segundo elas precisam tamb m de mais conhecimentos Sugerem ainda que os cursos de forma o continuada sejam para todas as professoras e n o para uma professora por escola pois isso acaba levando as a custearem suas pr prias forma es Pode ser a reciclagem dos profissionais da educa o E tamb m justamente pra poder se trabalhar nas escolas e tamb m esses coordenadores de curso que v o ministrar cursos pela SEMED que fossem pessoas mais aperfei oadas tivessem mais conhecimentos GF Profa El 2009 O curso que tem geralmente nem todos os professores est o contemplados S tem uma vaga por escola e deveria ser pra todos os professores ou todos os profissionais GF Profa El 2009 Na forma o eu acredito que muitos a prefeitura n o contempla todos e sabemos disso A prefeitura n o contempla a maioria Eu paguei do meu bolso e tamb m o transporte a estadia a alimenta o para fazer esse curso de especializa o em Ji paran O meu mestrado eu fa o pago do meu bolso tanto que viajo todos os s bados e n o ganho nem uma ajuda de custo da prefeitura para isso GF
7. O secret rio da primeira gest o fala ainda das dificuldades em administrar os recursos financeiros da educa o ou seja os 25 da arrecada o de impostos que s o destinados Manuten o e Desenvolvimento do Ensino MDE Naquele momento a centraliza o dos recursos financeiros era maior e isso dentro da pr pria administra o municipal e n o apenas na rela o SEMED escolas Ent o esse um problema s rio na administra o p blica H uma situa o a muito dif cil porque a Secretaria tem o recurso disponibilizado no or amento ela pede esse recurso mas ela n o 232 tem o poder de controlar isso de acompanhar Quem fazia era uma superintend ncia ou seja quem licitava quem fazia quase tudo Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 O problema colocado foi alterado de l para c e pelo menos nesse aspecto j houve avan o Essa Superintend ncia de Compras j n o existe mais Hoje os recursos da SEMED s o administrados e controlados pela pr pria secretaria sendo que somente os procedimentos de licita o s o realizados na Secretaria Municipal de Administra o SEMAD Cabe SEMED ent o toda a instru o do processo de compras e destaque do or amento de sua compet ncia A redu o do n mero de escolas de atendimento exclusivo Educa o Infantil que apontamos no cap tulo V e o baixo n mero de atendimento dificuldade apontada pelas duas gest es Sobre o quantitativo de
8. 1365 1979 2677 830 1847 1980 3713 847 287 2579 1981 5289 2512 2777 1982 11056 5829 5227 1983 12345 9791 2554 1984 15518 445 11975 3098 1989 23202 1854 13467 530 3513 1067 6222 257 1991 23103 2039 20 13214 1086 4246 605 5623 348 1992 33407 3632 15784 929 10820 2256 6803 447 1993 30866 1538 15881 506 9316 664 5669 368 1994 34912 2102 28 16097 958 11439 800 7348 344 1995 38462 283 45 45 14562 906 14370 829 9485 503 1996 32693 2168 76 40 14445 1095 11779 911 6393 122 1997 33206 2069 13930 799 12356 1170 6920 100 1998 39758 2408 13007 616 14494 1183 12257 609 Quadro 10 Matr cula na educa o infantil Estado de Rond nia 1944 a 1998 Fonte Organizado pela autora com dados do Censo INEP 1946 a 1999 Observa es sobre a nomenclatura At 1955 Pr prim rio Infantil De 1971 at 1996 At 3 anos Maternal e Jardim 4 a 6 Pr escola A partir de 1997 O a 6 Educa o Infantil 03 anos Creche 4 a 6 Pr escola A educa o infantil continuou a se expandir e outros rg os tamb m contribu ram nesse per odo com essa expans o do atendimento s crian as pequenas dentre eles a Secretaria de Trabalho e Promo o Social SETRAPS extinta com trabalho integrado Secretaria de Estado da Educa o Pa
9. aperfei oamento De acordo com estudos desenvolvidos por Tamboril 2005 sobre a forma o docente na Rede Municipal de Porto Velho at o ano de 2000 a atua o da SEMED pautou se pela oferta significativa de cursos de curta dura o palestras semin rios simp sios oficinas depois impulsionada pela pol tica do MEC passa a oferecer cursos finitos mas com uma carga hor ria mais extensa exigindo dos professores e professoras um maior tempo para participarem dos programas oferecidos Voltados para a forma o de docentes da Educa o Infantil tem se no per odo de 2002 a 2008 os tr s programas mostrados no quadro 28 que passamos a apresentar Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado PCN em A o Objetivando contribuir com as Secretarias de Educa o estaduais e municipais para a implanta o dos Par metros e Referenciais Curriculares Nacionais em 1999 a SEF MEC prop s um Programa de Forma o Permanente intitulado Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado Par metros em A o ou PCN em A o como ficou mais conhecido Constituiu se numa proposta de forma o continuada desenvolvida em parceria com os sistemas estaduais e municipais de educa o do pa s organizado em m dulos espec ficos voltados para os professores e professoras que atuavam nas v rias etapas da educa o b sica incluindo tamb m as v rias modalidades desse n vel de educa o como a
10. conson ncia com as prescri es de organismos internacionais Final para os pa ses em desenvolvimento Ja cata RR O setor administrativo superposi o de responsabilidades dos setores de assist ncia da a Pe educa o da sa de e do trabalho 1970a 7 Cria o de uma estrutura administrativa espec fica no Minist rio da Educa o MEC a 1987 Coordena o de Educa o Infantil COEDI ie Expans o de matr culas tamb m devido a outros modelos n o formais apoiados em recursos improvisados tanto f sicos materiais pedag gicos como de m o de obra Envolvimento de novos movimentos sociais no campo da Educa o Infantil A es dos movimentos sociais em prol da Constituinte Movimento Crian as Pr Constituinte e o Movimento de Mulheres In cio da constru o e forma o em mbito nacional de pesquisadores e muitos estudos importantes no campo da inf ncia 1988 Promulga o da Constitui o Federal de 1988 com a garantia do direito Educa o Infantil s 4 aos crian as menores de seis anos anos de Debates sobre o lugar que deveria ocupar a Educa o Infantil na LDB 1995 Produ o pelo MEC de regulamenta es para a Educa o Infantil com foco na qualidade De Promulga o da LDB n 9394 em 1996 Educa o Infantil com primeira etapa da Educa o 1996 B sica E E o NS E 5 oo Pouca expans o de matr culas em fun o da pol tica de financiamento Fundo de
11. 04 09 2009 Porto Velho SEMED 2009 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 386 02 07 2010 Porto Velho SEMED 2009 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei n 1 653 26 04 2006 Porto Velho SEMED 2006 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei n 1 722 26 04 2007 Porto Velho SEMED 2007 Conselho Municipal de Educa o Resolu o n 06 CME 2004 que estabelece normas para a educa o infantil no Sistema Municipal de Ensino de Porto Velho Porto Velho CME SEMED 2004 Prefeitura do Munic pio de Porto Velho Mensagem n 067 Projeto de Lei n 19 de 30 de setembro de 2005 Plano Plurianual PPA 2006 2009 Porto Velho SEMPLA 2005 Secretaria Municipal de Educa o Conv nio n 39 PGM 2007 celebrado entre RIOMAR e Prefeitura de Porto Velho e com a Funda o Universidade Federal de Rond nia Departamento de Ci ncias da Educa o N cleo de Educa o para o desenvolvimento de uma Especializa o em Educa o Porto Velho SEMED RIOMAR 2006 Decreto Municipal n 5251 de 1993 Institui a forma o dos Conselhos Escolares nas escolas municipais Porto Velho SEMED 1993 Decreto Municipal n 9 432 2004 de 16 de junho de 2004 Regulamenta a situa o das creches transferindo as para o Sistema Municipal de Educa o Secretaria Municipal de Educa o Porto Velho SEMED 2004 Secretaria Munici
12. 103 Ano Popula o Cidade Campo Total 1950 36 935 37 40 62 60 1960 69 792 43 26 56 74 1970 111 064 53 63 46 37 1980 491 069 46 54 53 46 1991 1 132 692 58 21 41 79 1996 1 231 007 62 00 38 00 2007 1 453 756 64 11 35 89 Quadro 7 Evolu o da taxa populacional do Estado de Rond nia no per odo de 1950 a 2007 Fonte Censo demogr fico 1940 1991 Rio de Janeiro IBGE 1950 1997 Contagem da popula o 1996 Rio de Janeiro IBGE 1997 v 1 Resultados relativos a sexo da popula o e situa o Contagem da popula o em 2007 IBGE 2008 Esse crescimento populacional teve in cio em 1970 quando o governo brasileiro deu in cio ao Programa de Integra o Nacional PIN que inclu a um esquema de coloniza o para a Bacia Amaz nica medida que a not cia dos assentamentos do INCRA e o acesso a solos considerados f rteis em Rond nia se espalharam pelo pa s as taxas de imigra o no territ rio come aram a crescer for ando o INCRA a acelerar o processo Por volta de 1974 o INCRA j distribu a lotes a mais ou menos 4 000 fam lias DIEGUES 1999 p 101 A acelera o da migra o foi considerada entre outros fatores como conseq ncia imediata do asfaltamento da Rodovia Porto Velho Cuiab e de outras estradas Outro fator de migra o foi a campanha feita pelo governo de Rond nia retratando o novo estado como o El Dorado na regi o Amaz nica para agricultores s
13. 5 Crian as tendo experi ncias agrad veis variadas e estimulantes com a linguagem oral e escrita As professoras leem livros diariamente de diferentes g neros para as crian as As professoras contam hist rias diariamente para as crian as As professoras incentivam as crian as a manusear livros revistas e outros textos As professoras criam oportunidades prazerosas para o contato das crian as com a palavra escrita As crian as s o incentivadas a produzir textos mesmo sem saber ler e escrever As professoras e demais profissionais adotam a pr tica de conversar com os beb s e crian as pequenas mantendo se no mesmo n vel do olhar da crian a em diferentes situa es inclusive nos momentos de cuidados di rios Quest o que se refere apenas a beb s e crian as pequenas As professoras incentivam as crian as maiores individualmente ou em grupos a contar e recontar hist rias e a narrar situa es Quest o que se refere apenas a crian as de 4 at 6 anos 6 Crian as reconhecendo suas identidades e valorizando as diferen as e a coopera o A institui o disponibiliza materiais e oportunidades variadas hist rias orais brinquedos m biles fotografias inclusive das crian as livros revistas cartazes etc que contemplam meninos e meninas brancos negros e ind genas e pessoas com defici ncias 353 A institui o combate o uso de apelidos e coment rios pejorativos discriminat
14. 5 3 A es desenvolvidas no mbito da SEMED no per odo de 1999 a 2008 voltadas Educa o Infantil Nos Relat rios de Acompanhamento Anual dos PPA s avalia o referentes ao per odo de 1999 a 2008 a SEMED apresenta suas pol ticas e programas materializados nas a es voltadas ao atendimento Educa o Infantil Dentre aquelas a es desenvolvidas destacamos as relacionadas ao financiamento da Educa o Infantil rede de escolas e matr cula na educa o infantil valoriza o profissional Proposta Pol tica Pedag gica infra estrutura f sica e pedag gica 5 3 1 Financiamento da Educa o Infantil em Porto Velho A partir dos Relat rios Resumidos da Execu o Or ament ria referentes ao per odo de 1999 a 2008 da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordena o do Munic pio de Porto Velho SEMPLA PMPV RO que apresentam o Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manuten o e Desenvolvimento do Ensino sistematizamos e analisamos o investimento realizado em Educa o Infantil nesse per odo Analisando o lugar da educa o infantil no contexto das pol ticas p blicas Barreto 2003 p 59 observa que essa etapa foi pouco priorizada pelo governo federal no PPA 2000 2003 Segundo a autora 153 A situa o especialmente grave no caso da educa o Na verdade a crian a de O a 6 anos quase ausente na pol tica educacional do governo federal Tal aus ncia percebida por exemplo no Plano
15. S o Paulo Xam 1996 CIVILETTI M V P O cuidado s crian as pequenas no Brasil escravista In Cadernos de Pesquisa n 76 p 31 40 fev 1991 COLARES M L S As pol ticas municipais das pol ticas educacionais de Santar m 1989 2002 2005 169f Tese Doutorado Universidade Estadual de Campinas Campinas 2005 329 CONTRERAS J A autonomia de professores Trad Sandra Trabucco Valenzuela S o Paulo Cortez 2002 CORDEIRO E M Forma o cont nua e pr tica docente reflexiva uma an lise do Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores 2006 138f Disserta o Mestrado Departamento de Ci ncias Sociais e Humanas rea de Ci ncias da Educa o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Lisboa Portugal 2006 CORREA B C A educa o infantil In OLIVEIRA R P de ADRI O T Org Gest o Financiamento e Direito Educa o an lise da LDB e da Constitui o Federal 2 ed S o Paulo Xam 2002 Considera es sobre qualidade na Educa o Infantil In Cadernos de Pesquisa n 119 p 85 112 julho 2003 CRAIDY C KAERCHER G E Org Educa o Infantil pra que te quero Porto Alegre Artmed 2001 CURY C J A educa o b sica no Brasil Educa o e Sociedade Campinas v 23 n 80 educa o infantil como direito In BRASIL Minist rio da Educa o e do Desporto Secretaria de Educa o Fundamental Referencial Curricular Nac
16. o 2 Garantia do direito das fam lias de acompanhar as viv ncias e produ es das crian as H reuni es com os familiares pelo menos tr s vezes por ano para apresentar planejamentos discutir e avaliar as viv ncias e produ es das crian as Os familiares recebem relat rios sobre as aprendizagens viv ncias e produ es das crian as pelo menos duas vezes ao ano Familiares de crian as novatas s o auxiliados e encorajados a ficar na institui o at que as mesmas se sintam seguras Em caso de atendimento popula o do campo e ribeirinha quilombolas ind genas a institui o respeita a identidade dessas popula es seus saberes e suas necessidades espec ficas 3 Participa o da institui o na rede de prote o dos direitos das crian as A institui o acompanha a frequ ncia das crian as e investiga as raz es das faltas A institui o encaminha ao Conselho Tutelar os casos de crian as com sinais e neglig ncia viol ncia dom stica explora o sexual e trabalho infantil A institui o comunica os casos de doen as infecciosas s fam lias e ao Sistema de Sa de A institui o encaminha para a sala de recursos multifuncionais as crian as com defici ncia que necessitam de atendimento educacional especializado A Secretaria Municipal de Educa o informa as institui es de educa o infantil sobre os servi os de educa o especial existentes Funcion ria 0 res
17. o Infantil Rede Municipal Porto Velho Ro por Lota o 19992000 uai A ea id md IE Ei O Quadro 30 Fun es docentes por lota o etapa e forma o na educa o Infantil 1998 4 2008 iea oneste ee ea e eta ALE suada Dino fil Eras epa De OE sra aog Quadro 31 Programas Projetos de forma o de docentes da Educa o Infantil implementados pela SEMED no Per odo de 1999 a 2008 Quadro 32 Demonstrativo de Disciplina e Titula o dos das docentes respons veis pelo desenvolvimento das disciplinas iesn Quadro 33 Planos de Cargos Carreira e Sal rios dos docentes PMPV 2002 A 200D tr La ad a de eb e DR a Quadro 34 Simula o salarial conforme localiza o carga hor ria forma o e gratifica es Quadro 35 Quantitativo de Escolas Salas Turmas docentes e discentes orelan e POBRE RR PERO RE SUN DSRRO E DR DD Perde RAR Re DER PEDIA UR Quadro 36 Exist ncia e condi es dos espa os f sicos das escolas de Educa o Infantil PMPV aus E apontada aa ide sala ll ass dus osbrl eds d ate laraotto a Enstenas as Quadro 37 Espa os e mobili rios que favorecem as experi ncias das ENAN AS A iencastoo Sir AE do E 6d RR Ra Lica ad o 170 171 172 173 175 176 177 179 180 182 187 189 198 201 202 209 212 213 LISTA DE SIGLAS ANPED Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o ASPRON Associa o dos Servidores
18. o de incentivo forma o continuada aperfei oamento que j era um direito adquirido nos planos anteriores As professoras fizeram tamb m refer ncia s capacita es oferecidas aos docentes em per odos letivos e que est o atuando em sala de aula ou seja forma o continuada aperfei oamento que s o oferecidas em hor rios que nem sempre contemplam todos e todas que poderiam e que gostariam de curs las Consideram que a SEMED desenvolve pr ticas de exclus o quando programa os cursos geralmente s sextas feiras noite e aos s bados Implicitamente est a quest o religiosa que de fato desconsiderada j que os cursos s o para os docentes em servi o ou seja j n o ser mais uma op o do docente cursar ou n o mas ser exigido dela ou dele que a fa am j que necess ria para a melhoria do trabalho docente Este sem d vida um problema de operacionaliza o de pol tica p blica de forma o que precisa ser considerado No entanto h outra quest o colocada para as professoras a carga hor ria dedicada ao planejamento deveria ser convertida em tempo de estudo para quem est em processo de capacita o ou seja para quem est fazendo algum curso A quest o dos treinamentos das especializa es que a prefeitura fornece o hor rio que eles fornecem as especializa es n o compat vel com o hor rio de trabalho do profissional a historia da sexta feira noite s bado o dia inteiro e
19. o era inferior necessidade Ora se o problema ocorria e se o regime de colabora o n o estivesse prescrito apenas na Lei o governo federal e os governos estaduais deveriam ajudar a manter e ampliar o atendimento tamb m a essa etapa As metas do PNE n o ambiciosas mas interessantes frente ao contexto nacional teriam que ser acompanhadas de itens voltados ao financiamento dizer de onde se alocariam recursos para o cumprimento das mesmas mas sem os vetos presidenciais para estes itens Se a partir de 2001 fossem consideradas no m nimo as metas nele definidas isso j seria motivo para a disponibiliza o de mais aporte financeiro federal e ou estadual para a garantia do atendimento s crian as de zero a seis anos em creches e pr escolas Citamos ainda o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB como mais um documento fundamental para a garantia do direito educa o infantil visto que trata exatamente do que tem faltado em v rios outros o financiamento Com o t rmino do FUNDEF foi aprovado o FUNDEB que tamb m um fundo de natureza cont bil e foi institu do pela Emenda Constitucional n 53 de 19 de dezembro de 2006 Contempla toda a educa o b sica p blica Creche Pr escola Ensino Fundamental e M dio inclusive Educa o de Jovens e Adultos e ter a vig ncia de 14 anos 2007 a 2020 A distribui o dos recursos fei
20. o s o o bin mio encontrado no enfrentamento dos problemas do setor O PPA desse quadri nio foi organizado e subdividido em tr s op es estrat gicas cada uma com seus respectivos Macroobjetivos As a es que se referem Educa o Infantil est o contidas na Op o Estrat gica 1 Promover Pol ticas Sociais e no Macroobjetivo 1 Promover a Universaliza o do Ensino e neste Desenvolver a Educa o Infantil cujas a es voltadas para o atendimento s escolas docentes e alunos dessa etapa s o aquisi o de insumos para confec o de merenda escolar aquisi o de material de higiene bucal e preven o c rie no atendimento a alunos do ensino especial assessoramento e monitoramento das unidades escolares atendimento a alunos com defici ncia visual capacita o de profissionais estrutura o dos espa os educativos promover a forma o continuada de professores da pr escola realiza o de atendimento m dico a alunos portadores de necessidades especiais Lei n 1 318 de 30 de dezembro de 1997 Prefeitura do Munic pio de Porto Velho Publica o do Di rio Oficial Ano VIII Suplemento do Di rio Oficial n mero 1 432 Porto Velho 30 de dezembro de 1997 Aprovado pela Lei Municipal n 1 461 de 28 de junho de 2002 148 No planejamento do per odo de 2005 a 2008 localizamos dois planos o Plano de Governo do Candidato Roberto Sobrinho apresentado na campanha e o Plano
21. ou se tem sol e n o se tem chuva Ou se cal a a luva e n o se p e o anel ou se p e o anel e n o se cal a a luva Quem sobe nos ares n o fica no ch o quem fica no ch o n o sobe nos ares uma grande pena que n o se possa estar ao mesmo tempo em dois lugares Ou guardo o dinheiro e n o compro o doce ou compro o doce e gasto o dinheiro Ou isto ou aquilo ou isto ou aquilo e vivo escolhendo o dia inteiro N o sei se brinco n o sei se estudo se saio correndo ou fico trang iilo Mas n o consegui entender ainda qual melhor se isto ou aquilo CEC LIA MEIRELES 222 6 1 Os sujeitos e suas vozes Apresentamos e discutimos neste cap tulo aspectos das pol ticas p blicas voltadas para a Educa o Infantil no Munic pio de Porto Velho presentes nas duas gest es analisadas a implementa o de pol ticas p blicas os impactos e as perspectivas a partir das diversas vozes e olhares de diferentes sujeitos gestores municipais Secret rio e Secret ria Municipal de Educa o chefe da Divis o de Educa o Infantil diretoras das escolas municipais e professoras de educa o infantil Cada sujeito de um diferente lugar ocupado no per odo de 1999 a 2008 manifestou suas opini es acerca das pol ticas de atendimento educa o infantil desenvolvidas e sobre os impactos dessas pol ticas bem como melhorias necess rias para a eleva o do patamar qualitativo da Educa o Infantil no munic p
22. situada a partir de suas condi es sociais e culturais ou seja a partir das categorias sociais que a constituem 2008 p 59 Ressalta ainda que o fortalecimento mas n o a hegemonia das perspectivas que conceituam a crian a como sujeito social reprodutor e produtor de cultura e de hist ria indicam mais recentemente e de forma t nue uma compreens o diferenciada da participa o das crian as no processo educacional com base na afirma o de sua atua o social e de seu papel ativo nas rela es sociais e na apropria o do conhecimento ROCHA 2008 p 59 Grifo da autoral Para a autora as pesquisas mais recentes assumem uma contraposi o s perspectivas cl ssicas tradicionais da socializa o das crian as que as definiram como receptoras passivas da cultura que em certa medida foram refor adas por uma concep o naturalista de desenvolvimento humano em que prevalece a perspectiva de constitui o da inf ncia como modelagem como reflexo de uma 1 Destacamos os movimentos sociais Organiza o Mundial para a Educa o Pr Escolar OMEP Brasil fundada em 1948 em Praga Tchecoslov quia com o objetivo de defender os direitos das crian as tamb m uma unidade consultora da UNESCO e do UNICEF Fundada no Brasil em 1953 com sede em Campo Grande MS organiza se em federa es com representa o em 13 Estados e associa es em mbito regional e municipal De acordo com registros orai
23. 53 de 2006 Nem mesmo a reda o anterior deste inciso fazia men o entidades equivalentes 140 De modo geral foi poss vel perceber que o atendimento a educa o infantil na d cada de 1970 ao in cio dos anos de 1980 pela rede particular superava em termos quantitativos o atendimento p blico O Estado de Rond nia n o foi t o presente em termos de pol ticas voltadas para a inf ncia e educa o infantil embora devamos reconhecer que o atendimento formal a essa etapa foi iniciado pela rede territorial e posteriormente estadual de ensino Outro fato que se o atendimento inf ncia foi insignificante do ponto de vista num rico igualmente o foi no aspecto qualidade No entanto essa aus ncia de pol ticas e a es voltadas para a inf ncia n o foi caracter stica apenas de Rond nia ou de Porto Velho nesse per odo Nacionalmente a inf ncia timidamente aparecia em programas e a es sociais financi veis e os programas que existiam eram voltados apenas para a assist ncia BARRETO 2003 Tamb m Nogueira 1996 p 40 aponta que o governo federal come ou a investir em educa o pr escolar nos anos de 1970 o que envolveu rg os como o MEC MOBRAL e posteriormente Programa Nacional de Alimenta o Escolar Pnae No entanto para o autor foi somente nos anos de 1980 como consegu ncia das discuss es iniciadas em 1970 que o MEC destinou mais verbas para a Educa o Pr escolar Por m todo o investiment
24. O atendimento educa o infantil cresceu nos anos de 1980 por m impulsionado tamb m pelas escolas comunit rias No caso de Porto Velho a expans o via escolas comunit rias ocorreu principalmente nos bairros mais afastados do Centro da cidade devido ao grande n mero de crian as em idade na faixa et ria de O a 6 anos e ao pouco atendimento por parte da rede p blica Temos portanto em nossa hist ria da Educa o Infantil da rede Municipal evid ncias de que o que caracterizou o per odo que vai de 1930 a d cada de 1980 nacionalmente conforme apontado por Kramer 1992 e Rosemberg 2003 tamb m marcou presen a em Rond nia as a es assistencialistas e compensat rias promovidas pelo setor p blico Um aspecto interessante que se observarmos o quadro 10 os n meros indicam que no per odo de 1981 a 1983 n o houve atendimento educa o infantil pelas esferas federal e estadual Talvez isso tenha rela o com uma medida de descentraliza o implantada pelo Governo do Estado apresentada nos pr ximos par grafos deste texto ou erro na organiza o dos dados Mas alguns registros informam outros dados o que pode ser observado no Relat rio dos Encontros Regionais de Educa o Pr Escolar elaborado pelo MEC em agosto de 1981 onde 117 observamos que tamb m o n mero de atendimentos deste ano n o confere com os registros do INEP A Secretaria de Educa o est dando todo o apoio necess rio para a
25. Observa es sobre a nomenclatura At 1955 Pr prim rio Infantil De 1971 at 1996 At 3 anos Maternal e Jardim 4 a 6 Pr escola A partir de 1997 0a 6 Educa o Infantil 03 anos Creche 4 a 6 Pr escola Os n meros apresentados nos informam o quantitativo de escolas em Rond nia N o localizamos no censo os anos que n o aparecem no quadro de onde se infere que n o houve registros sobre a educa o infantil pr prim rio ou pr escolar nesse per odo por n o haver de fato atendimento Observa se que de 1944 a 1972 o n mero de escolas m nimo e quase totalmente da iniciativa privada De 1972 at 1979 aparecem as escolas p blicas por m em n mero bem reduzido Somente nos anos de 1980 que v o aparecer escolas da rede municipal Analisando a planilha pode se inferir que as escolas que apareciam como federais 113 provavelmente passaram para o gerenciamento da rede municipal pois desapareceram do censo no ano em que o Territ rio foi transformado em Estado Houve a partir de 1981 a amplia o do n mero de escolas que atendiam crian as menores de seis anos Veremos mais adiante em depoimentos que a grande maioria das escolas n o era de educa o infantil ou pr escolar mas sim escolas que atendiam turmas de crian as menores de 6 anos muitas vezes nos chamados anexos da escola X ou y Mesmo n o aparecendo no Censo segundo Brasil 1994 em 1977 a Prefe
26. Por m a valoriza o profissional envolve n o apenas a forma o mas o Plano de Carreira Cargos e Sal rios e as condi es de trabalho na escola No caso do PCCS em rela o aos sal rios vencimento b sico o valor ainda baixo Em 2002 um docente com n vel superior recebia por 20h 25h e 40h semanais de trabalho R 256 00 R 315 00 e R 512 00 respectivamente e em 2008 recebia R 434 00 R 552 00 e R 884 00 Em 2010 com a aprova o da Lei Complementar n 360 os sal rios aparentemente foram ajustados No entanto como as gratifica es poderiam ser incorporadas para a forma o do piso salarial nacional a proposta n o nos pareceu t o atrativa embora esteja garantido legalmente e de fato o Piso Salarial Nacional para o magist rio da Educa o 296 B sica Atualmente um docente com 20h 25h e 40h semanais de trabalho ter como vencimento excetuando se gratifica es R 712 46 R 890 57 e R 1 424 91 respectivamente Quanto s gratifica es por forma o continuada esta foi colocada no Art 21 da Lei n 360 de 04 de setembro de 2009 e comprova a queixa das professoras e diretoras de que perderam vantagens j que em PCCS anteriores os cursos de aperfei oamento que faziam quando somados e completando 300 horas aos seus sal rios eram acrescidos alguns percentuais Todavia o artigo 21 diz que As gratifica es pela especializa o lato sensu pela titularidade de mestrado e de doutorado corr
27. auxiliares de turmas de creche sendo que duas com Magist rio com apenas o 92 ensino fundamental informaram ensino prim rio e duas com ensino m dio sem magist rio As duas professoras auxiliares com apenas o ensino fundamental s o contratadas como servi os gerais e est o atuando na educa o infantil Houve participa o efetiva de todas durante a sess o Evidente que umas falaram mais que outras mas est vamos atentas para evitar que apenas algumas se manifestassem O uso dos crach s para identifica o foi um recurso interessante considerando o tamanho do grupo pois facilitou nossa proximidade com as colaboradoras O quadro 5 apresenta a caracteriza o das professoras participantes do Grupo Focal Professoras da Rede Municipal de Ensino do Munic pio de Porto Velho V nculo Experi ncia Outros as Tempo de E empregat cio Cargo e ou na empregos Professora Forma o E Servi o na E e Carga Fun o Educac o Educa o Qual is e Hor ria e Infantil C H Total P1 Fsledlogia Estatut rio Professora 14 anos 9 anos completo 25h P2 Pedagogia sao Professora 20 anos 20 anos completo 25h P3 Magist rio o Profa Auxiliar 27 anos 27 anos P4 Fedagogia Estatut rio Professora 22 anos 19 anos completo 40h P5 Fundamental Estatutan Profa Auxiliar 15 anos 2 anos completo 40h Pedagogia Estatut rio P6 completo 25h Professora 15 Anos P7 Pedagogia
28. es mais precisas sobre a Educa o Infantil no Brasil Tamb m em 2000 o MEC lan ou as Diretrizes Operacionais para a Educa o Infantil BRASIL 2000 com o objetivo de orientar a integra o das creches e pr escolas aos sistemas de ensino Isso porque havia uma grande quantidade de d vidas geradas pelos artigos da LDB 1996 relativa Educa o Infantil e sua especificidade que envolvia al m do mbito da educa o p blica e privada tamb m em v rias esferas administrativas outros mbitos de atua o como o da Previd ncia e Assist ncia Social Assim o MEC elaborou e divulgou o Parecer pela C mara de Educa o B sica do Conselho Nacional de Educa o enfatizando alguns aspectos a Vincula o das Institui es de Educa o Infantil aos Sistemas de Ensino b Proposta Pedag gica e Regimento Escolar c Forma o de Professores e outros Profissionais para o trabalho nas institui es de Educa o Infantil d Espa os F sicos e Recursos Materiais para a Educa o Infantil Em 2006 o MEC como indutor de pol ticas educacionais e proponente de diretrizes para a educa o atrav s da Secretaria de Educa o B sica SEB por meio da Coordena o Geral de Educa o Infantil COEDI do Departamento de Pol ticas de Educa o Infantil e do Ensino Fundamental DPE lan ou um conjunto de documentos com o objetivo de auxiliar os sistemas de ensino de todas as esferas na elabora o de suas pol ticas para a
29. marginaliza o do menor incluindo neste programa um Projeto Nutricional m dico e odontol gico ao Pr escolar na faixa et ria de 03 a 06 anos e tinha como objetivo a socializa o e a promo o da crian a e da fam lia carente Ressalta ainda o trabalho realizado na rea de Educa o Infantil pelo SESC e SESI atendendo crian as Pr Escolares dependentes de comerci rios de Porto Velho e destinando 40 das vagas s crian as carentes da comunidade e que n o eram filhas de comerci rios Relato 2 Elmeri Borges de Lima Elmeri Borges de Lima cujo relato foi colhido em setembro de 2009 professora que atuou na Educa o Infantil da SEDUC desde o in cio dos anos de 1970 at o ano de 1998 relata que na d cada de 1970 ainda Territ rio Federal de 124 Rond nia a educa o infantil denominava se pr escolar e atendia somente crian as na faixa et ria de 4 a 6 anos Assim como no Relato 1 ela lembra que em 14 de abril de 1972 foi constru da a escola p blica estadual denominada Jardim de Inf ncia Branca de Neve no bairro Arigol ndia Esta escola representa um marco na hist ria do atendimento p blico s crian as pequenas em Rond nia e em Porto Velho j que somente nesse momento houve uma preocupa o tamb m com o espa o f sico o que o diferenciava dos atendimentos anteriores em que era realizado junto s demais etapas da hoje educa o b sica Em 1972 portanto a Educa o Infantil ficou oficialm
30. mental mental Regular al vo za o mental 1 a 4 5 a 8 e Curso Funda S rie S rie Normal mental 1999 212 4 286 707 49 916 9 700 267 18 270 83 358 2000 149 3 005 331 46 195 24 733 21 462 8 683 222 21 209 79 645 2001 508 1 625 555 44 404 22 632 21 772 8 923 241 19 348 75 096 2002 514 1 018 262 43 752 21 652 22 100 8 901 254 22 599 76 786 2003 518 1 083 212 42 429 19 960 22 469 8 411 314 23 339 75 788 2004 468 1 363 42 675 19 722 22 953 9 229 211 23 864 77 342 2005 448 1 410 43 525 19 069 24 456 10 408 188 21 398 76 929 2006 461 1 073 42 529 17 766 24 763 10 456 208 20 849 75 115 2007 516 697 42 664 17 319 25 345 9 863 312 17 364 70 900 2008 601 902 43 041 16 681 26 360 10 450 255 18 310 72 958 Evolu a 183 49 78 95 100 00 13 77 32 56 22 82 173 4 49 0 22 12 48 2008 Quadro 23 N mero de alunos e alunas matriculados na rede Estadual de ensino Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Fonte Organizado pela autora a partir dos dados do INEP Censo Escolar Sinopses estat sticas 1999 2008 ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 A evolu o das s ries iniciais e finais do ensino fundamental refere se a 2000 2008 174 A rede estadual n o apresentou aumento significativo no n mero d
31. nesse princ pio uma fun o diagn stica oferecendo informa es fundamentais para a tomada de decis o tanto no processo de elabora o quanto no processo de 281 desenvolvimento e acompanhamento visando a permanente corre o dos rumos na dire o da finalidade da educa o BORDIGNON GRACINDO 2000 Na gest o municipal desenvolvida no per odo de 1999 a 2004 n o h registro de momentos de avalia o das pol ticas de Educa o Infantil o que pode ser verificado a partir da an lise do conte do dos documentos e das falas dos gestores o que n o de se admirar pois tamb m n o havia planejamento participativo e democr tico para a tomada de decis es pelo poder p blico representado pela SEMED Entretanto entendemos que qualquer que seja a pol tica educacional a mesma n o poder prescindir da avalia o como mecanismo de ajuste e que dever passar necessariamente por tr s momentos fundamentais que numa abordagem de avalia o diagn stica formativa e dial gica PERRENOUD 1999 ROM O 1999 BORDIGNON GRACINDO 2000 CHARLES HADJI 2001 seriam a avalia o inicial avalia o no processo e avalia o final Na segunda gest o analisada 2005 2008 as falas da secret ria de educa o apontaram para a exist ncia de avalia o das pol ticas p blicas de modo geral o que incluiu a Educa o Infantil A mesma informou que fazia o planejamento estrat gico e que tamb m fazia a avalia o desse
32. o Infantil da Secretaria Municipal de Educa o do Munic pio de Porto Velho RO que atuou na SEMED na gest o 2005 2008 No caso dos secret rios e secret rias municipais da primeira gest o definimos por aquele que ocupou o cargo por mais tempo j que foram seis em um per odo de quatro anos Da segunda gest o 2005 2008 a escolhida foi a secret ria que ficou tr s anos e meio deixando a gest o a partir do segundo semestre de 2008 para pleito eleitoral O quadro 3 apresenta a caracteriza o desses sujeitos V nculo Cargo e ou Per odo de Tempo de Experi Outros Nome Forma o empregati ci Fun o Gest o Servi o ncia empregos o e Carga In cio T rmi na Educ Qual is e Hor ria no Educa o Infantil C H Total d Professor da Licenciatura Secret rio Estatut rio Educa o Gest o em Estudos Federal B sica 221051 30 12 36 anos 15 anos Sociais i 2002 2003 1999 2004 DE T cnico e UFPA E Tecn logo Licenciatura 01 01 04 04 Secret ria Estatut ria T cnica em 2005 08 po em papa Gest o Pedagooia Municipal Assuntos e e 17 anos 2005 2008 UNR 40 horas Educacionais 01 12 30 12 2008 2008 Prefeitura do Munic pio de Professora Porto Velho N II 25h Quadro 3 Gestores da SEMED e diretores e diretoras das escolas municipais de Educa o Infantil PVH Per odo de 1999 a 2008 Fonte Elaborado pela autora a partir das informa es colhida
33. o de rede f sica e amplia o do atendimento institucionalizado e gratuito processo que retrocedeu a partir de 1998 quando as escolas de Educa o Enfantil foram novamente denominadas como sendo de Educa o Infantil e ensino fundamental Ou seja em lugar de continuar com a pol tica de amplia o ou no m nimo de manuten o houve um retrocesso no atendimento em raz o principalmente em decorr ncia do novo modelo de financiamento do ensino fundamental com a aprova o do FUNDEF Outra evid ncia que o lugar de direito est claramente definido tamb m na legisla o municipal por m preciso que se observe que lugar a educa o infantil ocupou de fato em a es nas duas gest es municipais 1999 2004 2005 2008 a que nos propusemos analisar Sobre isso abordaremos nos pr ximos cap tulos mas j antecipamos que as aus ncias ou insufici ncias precisam ser lembradas e ressaltadas para que se avance na constru o de mais e melhores pol ticas educacionais CAP TULO V POL TICAS P BLICAS DE EDUCA O INFANTIL EM PORTO VELHO RO gest es municipais de 1999 2004 e 2005 2008 Figura 6 Foto de Crian as em escola de Educa o Infantil PVH RO Fonte Porto Velho 2009 p 26 E a pipa quem fazia era mesmo o menininho pois ele havia aprendido a amarrar linha e taquara a colar papel de seda e fazer com polvilho o grude para colar a pipa triangular como o papai lhe ensinara do jeito que havia aprendido c
34. o infantil e educa o de jovens e adultos Com esse percentual de recursos n o contabilizados no FUNDEF o munic pio deveria ampliar sua rede de atendimento pois a educa o infantil j estava colocada como direito das crian as de zero a seis anos tendo as municipalidades a responsabilidade de implement la mesmo que em regime de colabora o com o Estado e a Uni o conforme determina es da Constitui o Federal de 1988 e da LDB N 9394 de 1996 No per odo de 1999 a 2004 estiveram frente da SEMED seis secret rios municipais de educa o ou seja uma m dia de um secret rio por ano Ressaltamos que em 1999 in cio da gest o do Prefeito Carlinhos Camur a eram 33 escolas urbanas e 41 escolas no campo Em 2005 assume a prefeitura Roberto Eduardo Sobrinho da sigla partid ria do Partido dos Trabalhadores PT Ao assumir a prefeitura a rede municipal contava com 38 escolas urbanas e 123 escolas localizadas no campo Das escolas urbanas seis atendiam creches e 25 atendiam a pr escola Nesse per odo estiveram frente da SEMED duas secret rias municipais de educa o A primeira ocupou a pasta da SEMED durante tr s anos e tr s meses consecutivos e a segunda por um per odo de oito meses 62 A municipaliza o foi de fato efetivada a partir do conv nio n 062 PGE Procuradoria Geral do Estado 2000 celebrado entre governo do Estado de Rond nia e Munic pio de Porto Velho No per odo de 1999 a 2004 fora
35. o jurisdicional do Estado incumbindo lhe a defesa da ordem jur dica do regime democr tico e dos interesses sociais e individuais indispon veis No caso dos direitos da inf ncia adolesc ncia e juventude o Minist rio P blico rg o respons vel por zelar pelo cumprimento dos seus direitos Esse papel exercido pela Defensoria P blica e pelo Minist rio P blico ou o Conselho Tutelar o mais pr ximo da resid ncia da crian a Em Rond nia a 9 Promotoria Inf ncia e Juventude 4 Titularidade respons vel pelas atribui es nas reas administrativa policial e judicial nos feitos de mat ria c vel de compet ncia da Justi a da Inf ncia e da Juventude programas e medidas de prote o s crian as e adolescentes e fiscaliza o dos conv nios na rea de educa o Tamb m deve instaurar inqu rito civil propor a o civil p blica e a es cautelares e ainda atender a qualquer interesse do povo no sentido de assegurar efetiva prote o aos direitos da crian a e do adolescente Em alguns Estados brasileiros o Minist rio P blico tem desenvolvido atividades visando o cumprimento da Lei pelo poder executivo Citamos como exemplo levantamento de matr cula e de demanda para a Educa o Infantil com cadastramento das crian as que querem frequentar a Educa o Infantil Neste caso 216 o MP foi aos bairros fazer levantamento procurando verificar e insistir no cumprimento do que preconiza o PNE Ta
36. o limite m ximo de 20 vinte horas para doc ncia e as horas restantes para o desempenho das atividades de planejamento HI com carga hor ria de 40 quarenta horas semanais cumprir jornada de trabalho ininterrupta de seis horas di rias sendo quatro horas e meia de atividades de doc ncia e o tempo restante para planejamento 82 Entende se por atividades de planejamento aquelas destinadas prepara o planejamento avalia o do trabalho did tico participa o com a administra o da escola s reuni es pedag gicas articula o com a comunidade e ao aperfei oamento profissional de acordo com a proposta pedag gica da escola 83 As cargas hor rias de 20 vinte 25 vinte e cinco e 30 trinta horas semanais s o exclusivas para os cargos de professor e especialista em educa o nas reas de pedagogia com nfase em supervis o orienta o e administra o escolar Se falarmos em forma o continuada na pr pria escola com forma o de grupos de estudos organizados de forma colaborativa ZIBETTI 2005 escola escola e escola universidade que possibilite ainda a constru o da autonomia docente n o podemos falar em outra jornada sen o a de 40h e com dedica o exclusiva e sal rios dignos Remediar neste caso n o nos parece uma sa da A constru o da autonomia docente no entender de Contreras 2002 se desenvolve em um espa o de rela es n o no isolamento A autonomia profis
37. 1 p 36 53 2004 TARDIF M RAYMOND D Saberes tempo e aprendizagem do trabalho no magist rio In Educa o e Sociedade ano XXI n 73 Dezembro de 2000 TEIXEIRA M A D FONSECA D R da Hist ria Regional Rond nia 2 ed Porto Velho Rondoniana 1998 TORRES R M Melhorar a qualidade da educa o B sica As estrat gias do Banco Mundial In TOMASI L via WARDE M rian Jorge HADDAD S rgio org O Banco Mundial e as pol ticas educacionais S o Paulo Cortez 1998 UNESCO Fontes para a Educa o Infantil Bras lia UNESCO S o Paulo Cortez S o Paulo Funda o Orsa 2003 UNICEF Relat rios Situa o mundial da inf ncia 2008 sobreviv ncia infantil Bras lia UNICEF do Brasil 2008a Situa o da Inf ncia e da Adolesc ncia Brasileira 2009 o direito de Aprender potencializar avan os e reduzir desigualdades Bras lia UNICEF do Brasil 2009 Situa o mundial da inf ncia 2008 Caderno Brasil Bras lia UNICEF do Brasil 2008b Situa o Mundial da Inf ncia em 2003 Trad e Edi o B amp C Revis o de Textos SP Bras lia UNICEF do Brasil 2003 340 VIEIRA L M F Creches no Brasil de mal necess rio a lugar de compensar car ncias rumo constru o de um projeto educativo 1987 Belo Horizonte Disserta o Mestrado Universidade Federal de Minas Gerais MG 1987 Educa o infantil em Minas Gerais O regime de colabora o e o desafi
38. 1 143 57 205 84 937 73 Prof CL I ZR 40H 1 073 57 300 60 70 00 1 444 17 1 444 17 259 95 1 184 22 Prof CL II ZU 40H 1 424 91 70 00 1 494 91 1 494 91 269 08 1 225 83 Prof CL II ZR 40H 1 424 91 398 97 70 00 1 893 88 1 893 88 340 90 1 552 99 Quadro 34 Simula o salarial conforme localiza o carga hor ria forma o e gratifica es Fonte Elaborada pela SEMAD PMPV e adaptada pela autora a partir da Lei Complementar n 386 de 02 07 2010 Legenda ZR Professor Zona Rural ZU Professor Zona Urbana As gratifica es incidem todas sobre o vencimento b sico Como s o pagas em fun o da forma o localiza o ou atua o n o s o para todos o que implica numa diferen a consider vel entre o que receber um docente e outro Quem atua na Zona Rural recebe uma gratifica o no valor de 28 H ainda outras gratifica es al m daquelas em raz o da forma o continuada especializa o 17 mestrado 30 e doutorado 50 estas n o cumulativas A quest o das diferentes cargas hor rias cria de certo modo um desconforto pois no final das contas todos e todas que possuem apenas um contrato na rede far o o mesmo trabalho independente do tipo de contrato No caso 203 das professoras de educa o infantil e s ries iniciais todas assumir o uma sala de aula No entanto os valores recebidos ser o diferentes conforme revelam os dados do quadro 34 Uma professora c
39. 2003 em estudo intitulado As pesquisas na rea da Educa o Infantil e a hist ria da Educa o re construindo a hist ria do atendimento s Crian as pequenas no Brasil analisou disserta es e teses dos programas de p s gradua es brasileiras produzidas no per odo de 1987 a 2001 Os trabalhos analisados de modo geral discutem as pol ticas p blicas para a inf ncia relatam a hist ria do atendimento inf ncia apontam as concep es de educa o que permeavam as pol ticas implementadas denunciam os problemas surgidos a partir dessas pol ticas De acordo com a autora estes trabalhos foram muito importantes pois impulsionaram a luta pela consolida o das institui es de atendimento s crian as menores de sete anos em nosso pa s o que posteriormente culminou com a conquista do direito Educa o Infantil na Constitui o Federal de 1988 tamb m estes estudos pioneiros em temas pouco investigados e requisitados como objeto de estudo constitu ram se em bases para muitas outras pesquisas No estudo a autora observa que a qualifica o maior dos profissionais da rea em n vel de p s gradua o levou tamb m cria o de grupos de pesquisas de grande potencial de onde prov m a maioria das produ es identificadas atualmente sobre a hist ria da Educa o Infantil se Alguns Grupos de Pesquisas que localizamos a partir de buscas na Plataforma Lattes e atrav s do buscador Google Educa o in
40. A falta de esperan a e as condi es salariais e de condi es de trabalho foi superada com reformas nas escolas com reflex o capacita o permanente motiva o da equipe do DIEI que fez pegar fogo no sentido de despertar nos nas profissionais a import ncia da El na vida da crian a A capacita o atrav s de semin rios oficinas palestras sess es de estudos din micas premia o dos melhores projetos buscando o reconhecimento e dedica o dos as profissionais A El passou a ser vista pelos as funcion rios as como algo extremamente importante e educar e cuidar sendo indissoci veis As Institui es de El passaram a ser vistas como tamb m sendo responsabilidade educacional Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 247 De acordo com a Chefe da DIEI a educa o infantil passou a ser vista como importante pelos profissionais e estes tamb m passaram a compreender os processos cuidar e educar como indissoci veis e a institui o como espa o de responsabilidade educacional Para as diretoras h aspectos relacionados com valoriza o que est o bons e resultado de pol ticas de valoriza o profissional como o investimento na forma o O investimento na quest o de pessoal n o temos o que reclamar Est sendo bem valorizado na parte educa o inclusiva infantil na parte de educa o especial na EJA tudo sa de projetos de assist ncia a gente ta bem n o temos o que reclamar GF Diretora El 200
41. Acesso em out 2009 AP NDICES 344 A IRN unesp W UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA J LIO DE MESQUITA FILHO e Faculdade de Ci ncias e Letras APENDICE A Campus de Araraquara SP PROGRAMA INTERINSTITUCIONAL DE DOUTORADO EM EDUCA O ESCOLAR UNIR UNESP ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM SECRET RIAS DE EDUCA O DO MUNIC PIO DE PORTO VELHO E CHEFES DA DIVIS O DE EDUCA O INFANTIL GEST O 1999 2004 e 2005 2008 a Tem ticas a serem investigadas v Pol ticas p blicas municipais para a educa o infantil desenvolvidas na sua gest o descrever quais planejamento implementa o e avalia o diretrizes programas a es e projetos forma o docente rede f sica matr cula v Financiamento da educa o infantil no munic pio transforma es ocorridas no atendimento em creches e pr escola no munic pio a partir do FUNDEF e FUNDESB v Dificuldades e possibilidades na implementa o de pol ticas p blicas para a educa o infantil b Objetivos v Analisar a partir das falas dos sujeitos o que pensam os dirigentes educacionais do Munic pio sobre a abrang ncia e impacto das a es voltadas ao atendimento educa o infantil desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho bem como se o munic pio contemplou a participa o da sociedade na gest o e elabora o dessas a es v Verificar se o munic pio tem feito a avalia o das pol ticas p blicas para a ed
42. As veias abertas da Am rica Latina 45 ed Trad Galeano de Freitas S o Paulo Paz e Terra 2005 GASKELL G Entrevistas individuais e grupais In BAUER Martin W GASKELL G Pesquisa qualitativa com texto imagem e som um manual pr tico 2 ed Tradu o de Pedrinho A Guareschi Petr polis RJ Vozes 2002 GENTILI P A falsifica o do consenso simulacro e imposi o na reforma educacional do neoliberalismo 3 ed S o Paulo Vozes 2002 GENTILI P SILVA T T da orgs Neoliberalismo Qualidade Total e Educa o vis es Cr ticas Petr polis Vozes 1995 331 GENTILINI J A Crise e planejamento educacional na Am rica Latina tend ncias e perspectivas no contexto da descentraliza o 1999 Campinas SP f Tese Doutorado Faculdade de Educa o da Universidade de Campinas S o Paulo 1999 GHIRALDELLI Jr P Hist ria da Educa o Brasileira 2 ed S o Paulo Cortez 1990 GOMES P de A A educa o escolar no Territ rio Federal do Guapor 1943 1956 2007 Mato Grosso 148f Disserta o Mestrado P s Gradua o em Educa o Universidade Federal de Mato Grosso Cuiab 2007 HADJI C Avalia o desmistificada Porto Alegre Artmed 2001 HELLER A O cotidiano e a hist ria Trad Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder Rio de Janeiro Paz e Terra S A 1972 HUGO V Desbravadores Rio de Janeiro RJ Companhia Brasileira de Artes Gr ficas 1991 V le II KISHIMOTO T
43. Ent o melhoramos o material Relato Profa Jos lia 2009 Por m segundo a professora Jos lia a grande surpresa para o prefeito secret rio de educa o e para ela mesma foi que direcionaram todo um investimento para a melhoria do atendimento tamb m iniciaram o atendimento em muitas escolas comunit rias que iam aparecendo e quando foram fazer os c lculos n o haviam ampliado uma s matr cula Ou seja todos aqueles alunos e alunas das escolas comunit rias eram contabilizados mas at ent o n o eram atendidos pela rede municipal Foram investigar e descobriram que o atendimento era feito assim quando sobrava merenda ou qualquer outro material as escolas comunit rias recebiam mas independente disso eram contabilizadas como alunos da rede municipal o que segundo ela foi uma situa o constrangedora para a gest o A uma coisa que deixou todo mundo triste o prefeito o Secret rio de Educa o Roberto e eu essa clientela era toda como diz os outros essa comunidade esse atendimento j era todo contabilizado O que o pessoal do interior fazia a gente dava uma maisena dava um frango aqui e acol E isso o pr prio pessoal da merenda escolar e eles contabilizavam isso como atendimento efetivo e a quando n s come amos a fazer essas coisas e come amos a fazer as contas a prefeitura j contava E o que n s fizemos n s 132 qualificamos e achamos que n s t nhamos ampliado o atendimento S que i
44. FPE Fundo de Participa o dos Estados FUNDEB Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEF Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBRA Instituto Brasileiro de Reforma Agr ria ICMS Imposto sobre Circula o de Mercadorias e Servi os INCRA Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira IPlexp Imposto sobre Produtos Industrializados proporcional s exporta es IPVA Imposto sobre Propriedade de Ve culos Automotores ITCMD Imposto sobre Transmiss o Causa Mortis e Doa es LBA Legi o Brasileira de Assist ncia LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional MDE Manuten o e Desenvolvimento do Ensino MEC Minist rio da Educa o MIEIB Movimento Interf runs de Educa o Infantil do Brasil MOBRAL Movimento Brasileiro de Alfabetiza o OCDE Organiza o para a Coopera o e Desenvolvimento Econ mico OMC Organiza o Mundial do Com rcio OMEP Organiza o Mundial de Educa o Pr Escolar ONU Organiza o das Na es Unidas PCCS Plano de Carreira Cargos e Sal rios PCN Par metros Curriculares Nacionais PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola PDT Partido Democr tico Trabalhista PIB
45. Produto Interno Bruto PIN Programa de Integra o Nacional PME Plano Municipal de Educa o PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios PNAE Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNE Plano Nacional de Educa o PPA Plano Prurianual PROAFEM Programa de Apoio Financeiro s Escolas Municipais PROAFINC Programa de Apoio Financeiro s Institui es Comunit rias Filantr picas e Confessionais PROAPRO Projeto de Atendimento Informal ao Pr Escolar de Rond nia PROHACAP Programa Especial de Habilita o e Capacita o para professores Leigos PROMEDLAC Projeto Principal de Educa o na Am rica Latina e Caribe PVH Prefeituara do Munic pio de Porto Velho RCNEI Referencial Curricular Nacional para a Educa o Infantil RIOMAR Funda o Rio Madeira SEB Secretaria de Educa o B sica SEDUC Secretaria Estadual de Educa o SEF Secretaria de Educa o Fundamental SEMAC Secretaria Municipal de A o Comunit ria SEMED Secretaria Municipal de Educa o SEMPLA Secretaria Municipal de Planejamento e Coordena o do Munic pio de Porto Velho SESC Servi o Social do Com rcio SESI Servi o Social da Ind stria SINDSEF Sindicato dos Servidores Federais SINTERO Sindicato dos Trabalhadores em Educa o de Rond nia UFPA Universidade Federal do Par UNDIME Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa o UNESCO Organiza o das Na es Uni
46. Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas Educacionais Estat sticas per odos de 1998 a 2007 Porto Velho SEDUC 2008 v 1 e 2 SEDUC Diretrizes para a Educa o Infantil estrutura organiza o e funcionamento Porto Velho SEDUC 1997 SEDUC Portaria n 283 de 11 de janeiro de 2007 Fixa normas para implementa o gradativa do Ensino Fundamental de 9 anos nas unidades escolares da Rede P blica Estadual a partir do ano de 2007 e d outras provid ncias Porto Velho SEDUC 2007 ROSA L O A pesquisa sobre educa o pr escolar uma an lise cr tica Revista Brasileira Estudos Pedag gicos Bras lia v 67 n 155 p 117 34 jan abr 1986 ROSEMBERG F Educa o infantil classe ra a e g nero Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 96 fev 1996 p 58 65 Simp sio Educa o Infantil construindo o presente Anais Bras lia UNESCO Brasil 2008 Educa o Infantil g nero e ra a Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 107 jul 1999 p 7 41 SANTOM J T A educa o em tempos de neoliberalismo Trad Cl udia Schilling Porto Alegre Artmed 2008 SANTOS C R dos Educa o escolar brasileira estrutura administra o legisla o 2 ed S o Paulo Thomson 2003 SARI M T Organiza o da educa o municipal da administra o da rede ao sistema municipal de ensino In FUNDESCOLA Guia de consulta para o Programa de Apoio aos Secret rios Municipais de Educ
47. alegram se entristecem se criam recriam inventam e reinventam a realidade e que al m disso por tudo isso e por suas vidas nos enchem de alegria e esperan a todos os dias MINHA GRATID O Para ser grande s inteiro Nada teu exagera ou exclui S todo em cada coisa P e quanto s no m nimo que fazes Assim em cada lago a lua toda brilha Porque alta vive FERNANDO PESSOA y Ao professor Dr Jo o Augusto Gentilini orientador pela acolhida calorosa pelas discuss es e orienta o ao longo desse percurso v professora Dra Maria Ivonete presente na qualifica o e defesa amiga e guerreira pelas valiosas sugest es e incentivo durante todo esse processo v professora Dra Marli Zibetti pela amizade apoio e leituras contributivas muito bom ter voc por perto Ao professor Dr Moys s Kuhlmann Jr por tudo o que tem produzido e muito tem colaborado com suas an lises sobre a hist ria da Educa o Infantil e Inf ncia no Brasil Sou grata por aceitar participar da banca de defesa desta tese e contribuir com este trabalho v Ao Prof Dr Edson do Carmo Inforsato pelo apoio durante nossa estadia em Araraquara E bom t lo na banca de defesa consolida o de uma parceria interinstitucional y Ao professor Dr Jos Vaidergorn pela contribui o nessa parceria v Professora Dra Maria C ndida pela amizade apoio aten o e leitura atenta de parte do trabalho Valeu pela convi
48. as e dos adolescentes 26 Erradica o do trabalho infantil 27 Humaniza o dos centros de atendimento s crian as e aos adolescentes v timas e em conflito com a lei Nos objetivos e a es espec ficos para a Educa o Infantil tem se no PPA 2006 2009 o Programa 022 Desenvolvimento da Educa o Infantil que apresenta o objetivo de promover o acesso e a perman ncia da popula o de zero a seis anos de idade como forma de inclus o da inf ncia na educa o As a es planejadas e que inclu am financiamento foram aquisi o de material did tico pedag gico destinado s escolas aquisi o de mobili rio e equipamentos para escolas aquisi o de uniformes escolares para distribui o a alunos capacita o de profissionais que atuam nas secretarias escolares da rede municipal de ensino e conveniadas e t cnicos administrativos e conselheiros do Conselho Municipal de Educa o CME realiza o de gincanas transfer ncias de recursos do Programa de Apoio Financeiro s Institui es Comunit rias Filantr picas e Confessionais PROAFINC destinados s escolas transfer ncias de recursos financeiros para escolas oficiais Registramos como atividade de planejamento a realizada no per odo de 20 a 22 de setembro de 2006 denominada de I Confer ncia Municipal de Educa o Infantil em Porto Velho compromissos e responsabilidades pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED De acordo c
49. as por turma dessa etapa cada turma ficar com uma m dia de 27 crian as Por m se dividirmos o n mero de crian as dessa etapa pelo n mero de professoras o resultado para o mesmo per odo ser bem diferente 15 crian as por professora Como h tamb m crian as menores de dois anos ent o a m dia certamente ser bem maior o que evidencia que a recomenda o de crian as por professora n o foi considerada pela pr pria rede 79 Os dados sobre o n mero de docentes referentes aos anos de 2005 e 2006 foram retirados da fonte citada no quadro 27 e contemplam os professores auxiliares conforme definido na referida fonte e localizados s p ginas 574 e 852 180 p blica municipal Para a Pr escola no mesmo per odo 1999 a 2004 a m dia foi de 28 e 26 crian as por turma e professora respectivamente No entanto chamam nos a aten o os n meros referentes a 2007 O quantitativo de alunos por professora tanto na creche quanto na pr escola estavam de t o apropriados parecendo irreais O atendimento s crian as ribeirinhas extrativistas e ind genas n o aparece O que mostrado o atendimento geral do campo Mas h algo que precisa ser esclarecido o campo tamb m contempla os distritos 12 ao todo que s o pequenos centros urbanos Assim escolas de educa o infantil especificamente nas aldeias nos s tios e regi es ribeirinhas n o existiam at o ano de 2008 A creche atendeu 33 crian as do campo
50. com suas especificidades potencialidades cultural e socialmente diferente precisa de aten o respons vel por parte do Estado para que independente de sua situa o econ mica encontre na escola tudo o que lhe de direito cuidados em rela o sua idade prote o respeito carinho possibilidade de ricas trocas cognitivas e culturais com colegas de diferentes idades incluindo os adultos espa o para criar inventar construir e testar hip teses ser feliz Ou no dizer de Bujes 2001 n o podem faltar aspectos fundamentais para um saud vel desenvolvimento infantil como o lugar para a emo o para o desenvolvimento da sensibilidade da humaniza o do ser que humano mas que precisa humanizar se e ainda o lugar da curiosidade deve ser garantido assim como da investiga o Como destacamos neste estudo a Educa o Infantil que pretendemos a necess ria e com qualidade social vai al m do aumento de matr culas mas o inclui pois entendemos que Qualidade para poucos n o qualidade privil gio como j anunciou Gentili 1995 p 177 Precisamos continuar com o sonho de uma vida melhor e com educa o infantil p blica gratuita e de qualidade para todas as 323 crian as mas sabendo que quem mais afetado sem a gratuidade s o as crian as mais pobres pois s o elas que ficam margem da escola j que as crian as das classes m dias e altas t m seus direitos garantidos mesmo que seja
51. d ambiente interno e externo para o desenvolvimento das atividades conforme as diretrizes curriculares e a metodologia da educa o infantil incluindo o repouso a express o livre o movimento e o brinquedo e mobili rio equipamentos e materiais pedag gicos f adequa o s caracter sticas das crian as especiais 3 A partir do segundo ano deste plano somente autorizar constru o e funcionamento de institui es de educa o infantil p blicas ou privadas que atendam aos requisitos de infra estrutura definidos no item anterior 4 Adaptar os pr dios de educa o infantil de sorte que em cinco anos todos estejam conformes aos padr es m nimos de infra estrutura estabelecidos 12 Assegurar em todos os Munic pios o fornecimento de materiais pedag gicos adequados s faixas et rias e s necessidades do trabalho educacional de forma que em cinco anos sejam atendidos os padr es m nimos de infra estrutura definidos na meta n 2 BRASIL 2001 Tamb m a Meta n 18 estabelece como objetivo adotar progressivamente o atendimento em tempo integral para as crian as de O a 6 anos O alcance dessa meta leva a exigir mais aten o no planejamento do espa o e na organiza o do ambiente considerando as v rias atividades de cuidado como banho repouso e alimenta o e ainda a diversidade de situa es e atividades a serem oferecidas s crian as para evitar um ambiente que facilite o confinamento e mo
52. dio Outros 150 E NS Licenciatura 100 DB NS S Licenciatura 50 0 66 95 328 839 337 1999 2004 2005 2007 2008 Totais Anos Figura 9 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na Educa o Infantil Fonte Organizado pela autora a partir de informa es do quadro 30 Em 1999 a prefeitura contava com n mero bem reduzido de docentes no total eram 66 lotados na educa o infantil e destes 60 tinham apenas o ensino 185 m dio magist rio 20 com ensino m dio sem magist rio e ainda 9 de docentes com ensino fundamental incompleto conforme mostra a figura 10 nA Atua es Docentes por Forma o Valor Porcentagem 1999 E Ens Fund Incompleto E Ens Fund Completo O Ens M Magist rio O Ens M dio Outros E NS Licenciatura E NS S Licenciatura 40 60 Figura 10 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na educa o infantil em 1999 Fonte Organizado pela autora a partir de informa es do quadro 30 Comparando o ano de 1999 figura 10 com o ano de 2007 observa se pela figura 9 que houve um aumento no n mero de fun es docentes na rede p blica municipal No entanto observando a figura 11 vemos que o n mero de professoras sem n vel superior ainda era alto A rede continuou neste ano com 54 de docentes com n vel m dio magist rio Mas houve um aumento no n mero de docentes com n vel superior licenciatura 34 que
53. em v o Porque um homem n o tardou a consumar o hediondo assassinato sangrando a fac o a pobre crian a BARBOSA 1922 p 27 Al m das crian as tamb m as mulheres ou as meninas eram violentamente massacradas nos conflitos entre os povos ind genas e os rec m chegados De acordo com Meireles 1983 p 56 as mulheres eram arrancadas violentamente do conv vio dos seus s vezes estupradas ou mesmo negociadas trocadas por utens lios dom sticos panelas facas ou espingardas Todo esse processo de ocupa o das terras que hoje formam o Estado de Rond nia foi tamb m o mesmo que fez surgir o Munic pio de Porto Velho e dessa forma podemos afirmar que a hist ria do munic pio se confunde com a hist ria do Estado Matias 2007 registra que a cidade de Porto Velho teve sua origem da vila ferrovi ria Porto Velho de Santo Antonio fundada no dia 04 de julho de 1907 por ocasi o do in cio das obras da ferrovia Madeira Mamor em territ rio do estado do Amazonas A ferrovia cujo cronograma determinava sua constru o em territ rio do estado de Mato Grosso passava a partir dessa data a interligar os dois Estados Amazonas e Mato Grosso por decis o do engenheiro brasileiro Joaquim Catramby atrav s de negocia o com o governo do Amazonas sob a orienta o do empres rio norte americano engenheiro Percival Farqhuar que havia constitu do a empresa The Madeira Mamor Railway Campany Limited com sede na cidade
54. es impactos e perspectivas discorro acerca do impacto das pol ticas p blicas tendo como 26 conte do das an lises diversas vozes e olhares dos gestores da Secretaria Municipal de Educa o das diretoras e das professoras das escolas municipais de Educa o Infantil de Porto Velho Os sujeitos tanto os representantes da SEMED como diretoras e docentes de diferentes lugares ocupados no per odo de 1999 a 2008 apresentaram suas opini es sobre os resultados das pol ticas p blicas de atendimento educa o infantil bem como o que julgam ser necess rio para melhor la Finalmente apresento no cap tulo 7 intitulado Discuss o dos dados da pesquisa em busca de s ntese uma tentativa de s ntese dos cap tulos IV V e VI atrav s da discuss o dos dados descritos no desenvolvimento dos mesmos Nas considera es e proposi es arrisco me em reflex es gerais sobre o estudo desenvolvido e apresento algumas propostas para a consolida o de uma educa o infantil pautada na qualidade e na possibilidade CAP TULO POL TICA EDUCACIONAL E DIREITO EDUCA O INFANTIL NO BRASIL Meu companheiro menino perante o azul do teu dia trago sagradas prim cias de um reino que vai se erguer de clarid o e alegria n o faz mal se vais dormindo porque teu sono can o Tu vais de estrela na m o tu vais plantando ternuras na madrugada do ch o Mas leva contigo a inf ncia como uma rosa de flama
55. especializa o e o trabalho de orienta o pedag gica era realizado atrav s de reuni es semanais na pr pria escola com aux lio de professoras com um pouco mais de experi ncia oriundas de outros Estados da Federa o que vinham residir em Porto Velho Relato Profa Elmeri 2009 Em meados da d cada de 1980 quando Rond nia j havia passado condi o de Estado a SEDUC passou a capacitar professores e professoras nos munic pios do interior Para isso a estrat gia consistia em deslocar t cnicas da secretaria at os munic pios para fazerem a capacita o com os professores e professoras de educa o infantil ou o que tamb m ocorria as professoras e professores virem a Porto Velho receber algum tipo de capacita o Nos anos de 1980 a SEDUC segundo a professora Elmeri come ou a elaborar documentos cadernos apostilas pedag gicas bem como iniciou um trabalho de supervis o s escolas de educa o infantil Para a professora esse foi um per odo de grande atividade em prol do desenvolvimento da educa o pr escolar Corrobora com a informa o j destacada no relato 1 informando que tamb m contribuindo com a expans o do atendimento s crian as de O a 6 anos outras institui es de setores privados que implantaram o atendimento Pr Escolar como por exemplo o Servi o Social do Com rcio SESC que iniciou suas primeiras atividades atendendo crian as de tr s a seis anos em 1977 com uma sala de aula
56. ltima faixa Carga Atividades Atividades Vencimento B sico em R 1 00 Ano V is de Planeja E p Aspecto Legal Hor ria em Sala E Edu Moni igor Semanal de Aula mento P1 P2 P3 t Did tico Rostos AO Lei 20h 15h 5h 194 222 256 256 163 2002 Complementar E 20h 5h 241 277 320 320 204 31 12 2001 40h 22 5h 7 5h 386 444 521 512 327 Lei 20h 15h 5h 204 233 264 264 171 2003 Re as 25h 20h 5h 253 291 366 366 214 05 05 2003 40h 22 5h 7 5h 408 466 538 538 343 Lei 20h 15h 5h 220 252 285 285 185 2004 Complementar ER 20h 5h 273 315 363 363 232 28 05 2004 40h 22 5h 7 5h 441 504 581 581 371 Lei 20h 15h 5h 243 280 317 317 206 2005 a 25h 20h 5h 304 250 404 404 258 16 05 2005 40h 22 5h 7 5h 487 561 647 647 413 20h 15h 5h 257 296 335 335 218 Lei n 1 653 2006 OAOE 25h 20h 5h 322 370 427 427 273 40h 22 5h 7 5h 515 593 683 683 437 20h 15h 5h 292 336 380 380 248 Lei n 1 722 2007 OAB nOr 25h 20h 5h 365 420 485 485 309 40h 22 5h 7 5h 584 673 775 775 496 Lei 20h 15h 5h 333 383 434 434 282 2008 Complementar 25h 20h 5h 416 479 552 552 353 04 04 2008 40h 22 5h 7 5h 666 767 884 884 565 P 20h 20h 801 797 797 z Complementar 25h 20h 5h 751 997 997 2009 l n 360 30h 20h 10h 901 1
57. o despesas de manuten o e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com pesquisa quando n o vinculada s institui es de ensino ou quando efetivada fora dos sistemas de ensino que n o vise precipuamente ao aprimoramento de sua qualidade ou sua expans o Il subven o a institui es p blicas ou privadas de car ter assistencial desportivo ou cultural III forma o de quadros especiais para a administra o p blica sejam militares ou civis inclusive diplom ticos IV programas suplementares de alimenta o assist ncia m dico odontol gica farmac utica e psicol gica e outras formas de assist ncia social V obras de infra estrutura ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar VI pessoal docente e demais trabalhadores da educa o quando em desvio de fun o ou em atividade alheia manuten o e desenvolvimento do ensino A inten o da Lei foi a de evitar que despesas de outras naturezas e com pouco ou nenhum impacto sobre o ensino e aprendizagem objetivos b sicos das institui es educacionais fossem pagas com os recursos vinculados educa o Se a prefeitura desconsiderou o artigo 71 isso n o aparece nos registros dos balancetes das receitas e despesas Entendemos que nesse sentido a LDB n 9394 de 1996 foi observada Come aremos apresentando as receitas totais do Munic pio de Porto Velho com a finalidade de verificar o potenci
58. o e manter com profissionais e com materiais GF Profa El 2009 262 Em uma das escolas representadas no Grupo Focal o espa o que a escola tinha al m das salas de aula e uma rea verde a prefeitura estava construindo mais salas de aula para o ensino fundamental Como ela falou a quest o de espa o n s t nhamos espa o e o corpo t cnico da escola estava pensando de fazer campanha e ampliar o espa o recreativo das crian as O espa o que a escola tem esse Era maior mas como a necessidade da prefeitura educa o fundamental do 1 ao 9 ano ent o o espa o que n s temos que n s faz amos as nossas quadrilhas agora ta sendo uma nova escola e n o temos quadra para levar as crian as T numa situa o dif cil n s n o temos espa o O parquinho n o adequado O que a prefeitura nos oferece n o adequado para as crian as que grama terra e os m veis do parquinho n o s o compat veis GF Profa El 2009 Mas os problemas apontados continuam As professoras queixam se tamb m da falta de gua em condi es de uso na escola Eu acho uma coisa se eles cobram os pais cobram das professoras os pais reclamam muitas vezes quando a escola p ra por falta de recurso Eles v o l SEMED e denunciam A quest o da gua que estava vindo suja At pra dar banho estava lama Ent o muitas vezes a dire o foi at a SEMED pra tentar ver se eles vinham contornar essa situa o e eles s prome
59. o tinha autonomia financeira ela n o tinha autogest o ou seja o secret rio ficava na m o de uma Secretaria de Planejamento e de uma Secretaria de Fazenda e das decis es do prefeito Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Para a secret ria da segunda gest o dar o exemplo um bom come o no caso de planejamento participativo Para ela a autoridade para exigir das escolas que promovam uma gest o democr tica foi constru da na SEMED ou seja segundo ela cobra se o que tamb m se faz Uma forma que eu procurei cobrar dando exemplo foi essa de fazer o planejamento participativo de fazer a presta o de contas Eu n o podia cobrar deles sem dar o exemplo e foi uma forma que eu achei eu posso cobrar de voc porque eu fa o isso Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Para melhorar a qualidade e atendimento com amplia o de matr culas a secret ria da segunda gest o entende que ser preciso construir mais escolas Eu penso que se a gente conseguisse constru sse escolas botar assist ncia na escola o atendimento isso uma coisa de gest o que a gente vai fazendo Para o d ficit que a gente tem com a sociedade na educa o infantil e ela pra gente fundamental para o desenvolvimento do ensino fundamental mesmo teria que ter mais amplia o Hoje a gente passou de dois mil e pouco pra nove mil alunos e em 4 5 anos de gest o e os outros 95 anos porque que n o tinha educa o infantil no r
60. os encontros e oficinas e ainda o estudo dos PCN s No entanto n o nos pareceram inclinados ao trabalho colaborativo conforme proposta estudada por Zibetti 2005 Percebemos que no per odo de 1999 a 2005 a SEMED foi quase ausente em rela o forma o dos docentes que atuavam na Educa o Infantil limitando se a desenvolver o Programa Par metros Curriculares Nacionais em A o Programa PCN s em A o da Educa o Infantil A preocupa o em termos de a es voltadas para a forma o dos docentes da Educa o Infantil come ou a se acentuar a partir de 2006 com forma o voltada para a escolariza o forma o inicial e aperfei oamento forma o continuada Enquanto forma o inicial destaca se que n o houve projeto da SEMED Prefeitura mas apenas a ades o da SEMED para o desenvolvimento do Programa de Forma o Inicial para Professores em Exerc cio na Educa o Infantil PROINFANTIL De modo geral no per odo de 1999 a 2008 a forma o continuada foi desenvolvida a partir de Programas Nacionais implementados na rede municipal como foi o caso do Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado PCN em A o e de programas desenvolvidos pela pr pria SEMED como o caso do Projeto 295 de Forma o Continuada Revivificar a Educa o Infantil e do Curso de P s Gradua o Lato Sensu em Educa o Infantil em parceria com a Funda o RIOMAR e UNIR Em 1999 a prefeitura contava com n mero be
61. s escolas em rela o gest o democr tica No entanto ressaltamos que h muito a caminhar nessa dire o pois ainda hoje n o houve elei o de diretores em todas as escolas municipais 6 2 3 Categoria 3 Perspectivas para a Educa o Infantil O que os colaboradores e colaboradoras secret rio e secret ria de educa o do munic pio e a chefe da DIEI diretoras e professoras consideram importante para alavancar a educa o infantil no munic pio Quais seriam suas propostas para ve Segundo a chefe de apoio o Programa de Gest o Democr tica na pr tica est vinculado Assessoria T cnica da SEMED e n o ao DAE mas no organograma o programa ser encontrado no Departamento de Apoio ao Educando DAE 252 solucionar os problemas existentes e que impediram ou dificultaram o avan o no crescimento e melhoria da qualidade da Educa o Infantil Foram estas as quest es colocadas ao que comentaram emitindo suas opini es O secret rio de educa o da primeira gest o analisada entende ser necess rio que a SEMED que tem recursos vinculados constitucionalmente tenha tamb m autonomia no planejamento e execu o or ament ria para n o depender das decis es da Secretaria de Fazenda e do prefeito E a Secretaria de Educa o bom que fa a esse registro aqui por maior vontade que tenha um gestor ele encontra uma barreira muito grande na burocracia na execu o porque j naquela poca a secretaria n
62. s vezes n o aparecem candidatos para os concursos e a contratam os professores emergenciais Segundo ela docentes efetivos sem forma o em n vel superior existem somente os que foram contratados em anos anteriores a 2005 Ressalta tamb m que hoje muitos docentes t m dois contratos de 25h na SEMED e por isso a rede tem um quadro de profissionais mais exclusivos sem tantos docentes com contratos em mais de uma fonte pagadora como por exemplo um contrato na rede estadual ou particular e outro na prefeitura O magist rio quando a gente contrata para as localidades rurais Realmente n o apareceu ningu m do concurso p blico ent o chamamos emergencial ent o essa a nica situa o Os demais ent o a defasagem que a gente tem ainda do passado Uma coisa que voc pode analisar no quadro da prefeitura foi um avan o na melhoria na valoriza o profissional que os nossos professores 25h de quando a gente assumiu pra c passaram a fazer o concurso p blico e passaram a ter dois contratos no munic pio O nosso quadro do munic pio n o mais aquele de que todo mundo tinha contrato no Estado e n o tinha tempo para o munic pio n o Eles t m 50 horas no munic pio Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 A chefe da DIEI ressalta que houve impacto positivo nas condi es salariais e de trabalho e que as reformas nas escolas e capacita es tamb m contribu ram para acalmar a desesperan a docente
63. sticas n o apenas de sua gest o mas de uma tend ncia nacional que apesar de muita literatura produzida e de v rios documentos elaborados pelo pr prio MEC marcavam aquele momento a busca de defini o do por que e para qu a Educa o Infantil e como desenvolv la considerando as implica es do FUNDEF A secret ria da segunda gest o informou que realizou planejamento participativo Em sua fala apresentou a metodologia utilizada na gest o para a defini o de pol ticas para a Educa o Infantil Segundo ela a proposta inicial apresentada pela SEMED e suas primeiras a es j haviam sido planejadas para o plano de governo do candidato a prefeito que assumiu aquela gest o 2005 2008 J era um plano de governo do prefeito que quando a gente assumisse a gente n o ia ter a condi o imediata de atender a demanda da educa o infantil mas n s t nhamos apesar de muito prejudicada mas n s poder amos ter uma parceria com as escolas comunit rias Ent o criamos a Lei o decreto do PROAFINC onde repass vamos um recurso pra essas entidades e elas deixavam de ser privadas passam l a ter um atendimento em parceria mas praticamente gerenciado por n s N o tem jeito N o tem como trabalhar com um profissional em p ssimas condi es A gente tentou fazer tudo ao mesmo tempo No primeiro momento a gente passa um sufoco com a melhoria da rede f sica O que fizemos um recorte ent o vamos trabalhar a qualidade
64. tais como quadro docente infraestrutura f sica e pedag gica incluindo tamb m as vozes dos gestores escolares Nesse sentido nossas fontes de dados nos permitiram n o ficarmos apenas com as informa es oficiais a partir de documentos e dos olhares da administra o da SEMED mas tamb m procuramos ouvir as vozes de quem desenvolve a educa o infantil nas escolas no caso das professoras e diretoras no sentido de apreens o 82 de seus pontos de vista sobre as pol ticas p blicas municipais para a educa o infantil Sabemos que as rela es escola e sociedade foram temas muito discutidos no ltimo s culo e principalmente em suas ltimas d cadas por pesquisadores dentre os quais Althusser 1970 Bourdieu e Passeron 1975 Baudelot e Establet 1971 Vale salientar que estes estudos influenciaram fortemente as pesquisas em educa o no Brasil Destaca se que algumas dessas pesquisas analisaram a escola como microf sica do poder FOUCAULT 1997 sendo aquela estruturada enquanto espa o que apenas exercia um poder j emanado e determinado de fora para dentro Tamb m as escolas foram pensadas como aparelhos ideol gicos do Estado BOURDIEU PASSERON 1975 tendo apenas a fun o reprodutora das ideologias da classe dominante Estas id ias foram disseminadas pelas explica es cr tico reprodutivistas que por serem extremamente desmobilizadoras marcaram os anos de 1970 pelos questionamentos dirigidos fun o
65. viv ncias produ es e aprendizagens de cada crian a e do grupo A institui o possui documenta o organizada sobre as crian as como ficha de matr cula c pia da certid o de nascimento cart o de vacina o e hist rico de sa de b DIMENS O MULTIPLICIDADE DE EXPERI NCIAS E LINGUAGENS 1 Crian as construindo sua autonomia As professoras apoiam as crian as na conquista da autonomia para a realiza o dos cuidados di rios segurar a mamadeira alcan ar objetos tirar as sand lias lavar as m os usar o sanit rio etc As professoras incentivam as crian as a escolher brincadeiras brinquedos e materiais As professoras na organiza o das atividades e do tempo oferecem simultaneamente um conjunto de atividades diferentes que podem ser escolhidas pela crian a de acordo com sua prefer ncia 2 Crian as relacionando se com o ambiente natural e social As professoras cotidianamente destinam momentos organizam o espa o e disponibilizam materiais para que as crian as engatinhem rolem corram sentem se subam obst culos pulem empurrem agarrem objetos de diferentes formas e espessuras e assim vivenciem desafios corporais 352 As professoras possibilitam contato e brincadeiras das crian as com animais e com elementos da natureza como gua areia terra pedras argila plantas folhas e sementes A institui o leva as crian as a conhecer e a explorar de forma planejada os diferentes espa
66. 2001 358 12 29 83 24 14 92 53 1 709 55 31 07 56 30 52 2003 306 11 27 82 19 16 11 27 1 856 69 26 90 73 25 42 2004 466 18 25 89 25 18 64 25 1 667 64 26 05 69 24 16 4 3 4 2002 4 306 11 27 82 29 10 55 24 1 618 54 29 96 57 28 39 4 6 9 2005 787 44 17 89 76 10 36 30 5 492 249 22 06 252 21 79 2006 13 1 004 44 22 82 90 11 16 39 6 086 245 24 84 268 22 71 2007 13 956 280 3 41 39 6 310 559 12 21 2008 16 1 185 59 20 08 39 6 825 2718 24 55 Quadro 27 N de alunos matriculados na educa o infantil na rede municipal de Porto Velho x n de classe turma professora e n mero de escolas 1998 2008 Fonte Organizado pela autora a partir dos documentos ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 Legenda N E N mero de Escolas M Matr cula T Turmas M T Matr cula por turma Prof N de professoras M P Matr cula por professora Como n o consta nos dados levantados de todo o per odo em estudo o n mero de atendimento por idade turmas e alunos fizemos a an lise considerando para os dados da creche crian as de dois a tr s anos Neste caso a Resolu o do CME orienta que sejam 12 crian as por professora Se no per odo de 1999 a 2004 dividirmos o n mero de crian
67. 2003 194 342 000 00 199 919 849 51 177 844 099 30 167 182 801 14 2 87 2004 225 923 542 00 243 515 765 35 222 155 446 21 207 670 266 00 7 79 2005 258 245 780 00 258 923 298 60 234 227 408 41 207 421 490 40 0 26 2006 319 940 522 00 301 335 806 64 301 305 794 98 266 790 052 65 5 82 2007 363 570 385 00 352 042 672 86 368 697 095 32 315 825 811 42 3 17 2008 537 539 970 00 469 180 525 95 517 543 222 73 400 493 436 28 12 72 Quadro 11 Or amento do munic pio de Porto Velho per odo de 1999 a 2008 Fonte Quadro organizado pela autora a partir dos demonstrativos cont beis do per odo de 1999 a 2008 SEMPLA PMPV RO 1 Valores definidos no or amento 2 Valores arrecadados no ano 3 Valores efetivados com despesas processados pagos e n o pagos 4 Valores efetivamente pagos no ano 5 Referente aos valores processados Comparando a segunda coluna valores or ados com a terceira receita realizada observamos que nos anos de 1999 e 2000 houve uma consider vel diferen a entre os valores or ados e a receita efetivamente realizada Embora a diferen a seja positiva ou seja a arrecada o foi maior que a previs o entendemos que isso tamb m demonstre problemas no planejamento com implica es no desenvolvimento de a es priorit rias pois sem previs o or ament ria n o se pode plane
68. 2004 Mesmo o secret rio que nos concedeu entrevista e que pretendia fazer uma gest o mais democr tica segundo seus princ pios enquanto sindicalista n o conseguiu muitos xitos nesse processo Ainda assim contribuiu significativamente para a aprova o da Lei que possibilitou um importante passo rumo gest o democr tica a elei o de gestores escolares embora esse n o fosse o intuito da administra o municipal daquele momento conforme ele mesmo informou em entrevista A decis o rumo constru o de uma gest o democr tica e da regulamenta o da elei o de diretores pode tamb m ser considerada como uma idiossincrasia daquele secret rio e n o um projeto maior da administra o municipal No entanto a elabora o do documento contou com discuss es que envolveram representa es sociais e do poder executivo e aquele era um instrumento desejado pelos educadores e educadoras e pela sociedade Em 2004 ano em que a Lei foi aprovada o secret rio nosso colaborador n o ocupava aquela pasta mas continuou o processo de discuss o que culminou na aprova o da Lei Os registros a partir dos relat rios de acompanhamento do PPA da segunda gest o 2005 2008 nos autorizam dizer que houve a constru o de uma gest o mais voltada para um paradigma emergente onde o poder n o se situa em n veis hier rquicos mas nas diferentes esferas de responsabilidade garantindo rela es interpessoais entre sujeitos igua
69. 2009 Nesse aspecto as professores corroboram a fala das diretoras no sentido de que a descentraliza o dos recursos foi um avan o mas o valor aluno dia para a merenda est muito baixo e isso inviabiliza a aquisi o de g neros aliment cios em quantidade suficientes Para as professoras as especificidades da creche n o s o consideradas na defini o dos recursos para a alimenta o das crian as da educa o infantil Consideram que piorou ap s a creche ter sido integrada ao sistema municipal de educa o pois antes quando a SEMAC Secretaria Municipal 265 de A o Comunit ria mas renomeada para SEMAS Secretaria Municipal de A o Social coordenava havia merenda em quantidade suficiente A merenda piorou com certeza Eu acho que tem um ponto positivo que s o os recursos de educa o da pr pria escola O ponto negativo que a per capita que passam por aluno pouca principalmente para creche como se a creche fosse um ensino fundamental Na realidade na creche tem que dar quatro alimenta es o caf da manh o Almo o o lanche e o jantarzinho na hora que eles v o saindo Ent o n s n o temos per capita pra dar quatro refei es No M ximo duas A gente tem que ta fazendo um jogo de cintura muito grande para que eles tenham pelo menos o caf da manh o almo o e lanche mais ou menos tarde antes de ir embora Ent o melhorou com o recurso direto na escola mas agora precisa melhorar a pe
70. 289 3445 57 6 79 2008 337 1 0 30 1 0 30 174 5162 16 475 145 4303 O 0 00 Quadro 30 Fun es docentes por lota o etapa e forma o na educa o infantil 1998 a 2008 Rede Municipal P blica de Porto Velho RO Fonte Organizado pela autora a partir do documento ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 Porto Velho SEDUC 2008 v 1 e 2 Censo Escolar SEMED PMPNW 2009 Cordeiro 2006 destaca que cursos voltados para a forma o docente em Porto Velho tiveram in cio em 1947 A partir de 1999 al m dos cursos de i a Curso normal em n vel ginasial que habilitava para o magist rio com dura o de quatro anos Escola Normal Carmela Dutra 1947 b Curso Pedag gico para habilitar professores em n vel de segundo grau implantado pelas irm s salesianas Instituto Maria Auxiliadora 1950 c Curso Pedag gico na Escola Normal Carmela Dutra 1954 d Implanta o do Ensino Superior em Rond nia para oferta dos cursos de Licenciatura curta em Estudos Sociais Comunica o e Express o Artes Pl sticas e Ci ncias por meio do conv nio firmado entre o governo do ent o Territ rio e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS em 1973 e Plano Territorial de Educa o e Cultura PTEC que estabeleceu os procedimentos para a forma o aperfei oamento e atualiza o dos professores e especialistas em edu
71. 4 Organismos internacionais de car ter financeiro como os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento especificamente o Banco Interamericano de Desenvolvimento BID e o Banco Mundial BM assumiram papel fundamental para a implementa o do projeto neoliberal estadunidense Tamb m as ag ncias da Organiza o das Na es Unidas ONU particularmente a Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNESCO o Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia UNICEF a Comiss o Econ mica para Am rica Latina e Caribe CEPAL e o Projeto Principal de Educa o na Am rica Latina e Caribe PROMEDLAC tiveram papel de destaque para a implementa o do projeto neoliberal de educa o 5 Em portugu s rede de alcance mundial o largo mundo da Web 31 informa es em novos conhecimentos com a possibilidade de alterar as formas de ver pensar e agir no sobre o mundo o tempo da mundializa o do capital CHESNAIS 1996 e qui do desequil brio do modelo de economia neoliberal Mas n o s isso H tamb m uma multiplicidade de leis que alteram as pol ticas tanto econ micas pol ticas como as sociais mas sempre com um p no atraso pois pol ticas econ micas implementadas nos pa ses em desenvolvimento n o correspondem em mesma propor o e velocidade aos avan os tecnol gicos e melhoria da qualidade de vida para a maioria das pessoas e do planeta O capitalismo produz ao mesmo tempo riquezas e mis r
72. Areal da Floresta Dr Tancredo Neves Cidade do Lobo e Jardim Eldorado at ent o atendidas pela SEMAC O quadro 19 apresenta o n mero de escolas da Rede Municipal que atenderam a Educa o Infantil no per odo de 1999 a 2008 Escolas de Educa o Infantil Rede Municipal Porto Velho Ro ini Ee pd A Ri Somente estas atenderam Creche 0 a 6 anos 0 a 3 anos 1999 17 4 2000 21 3 2001 23 4 2002 24 4 2003 27 4 2004 25 6 Evolu o 1999 2004 47 06 50 00 2005 30 9 2006 39 13 2007 39 13 2008 39 16 Evolu o 2004 2008 56 00 166 67 Evolu o 1999 2008 129 41 300 00 Quadro 19 N e evolu o das escolas com atendimento educa o infantil rede p blica municipal de Porto Velho 1999 2008 Fonte Organizado pela autora a partir de ROND NIA Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas Educacionais Estat sticas per odos de 1998 a 2007 Porto Velho SEDUC 2008 v 1 e 2 INEP Educa o infantil 2004 a 2008 e Assessoria T cnica SEMED PVH Obs A mesma escola que atendeu a pr escola atendeu tamb m a creche E com exce o das EMEI s as demais s o todas de Educa o Infantil e Ensino Fundamental 169 De 2000 ao in cio de 2004 n o havia na SEMED escola exclusiva de Educa o Infantil ou seja todas eram Escola Municipal de Educa o Infantil e Ensino Fundamental EMEIEF Por m no ano de 2004 duas creche
73. B sica Aneb e pela Avalia o Nacional do Rendimento Escolar Anresc s o exemplos dessa avalia o Seus resultados precisam ser considerados no processo de avalia o das pol ticas p blicas municipais Tamb m o ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb que mede a qualidade da educa o no Brasil uma avalia o elaborada a partir de v rios indicadores e que tamb m precisa ser considerado na elabora o de pol ticas para a educa o b sica Assim a avalia o das pol ticas p blicas na perspectiva formativa n o algo que se possa fazer sem levar em conta os objetivos educacionais e no caso da gest o municipal os objetivos e metas planos projetos e a es definidos enquanto prioridades que foram tra adas para um determinado per odo Ela precisa contribuir para a regula o dos processos de planejamento implementa o e desenvolvimento das pol ticas p blicas Para Colares 2005 p 1 mesmo com todas as dificuldades entraves e limita es para o planejamento e desenvolvimento das pol ticas educacionais poss vel a implementa o de a es que visem melhoria da educa o Al m disso acreditamos que as pol ticas educacionais apresentam possibilidades de autonomia tanto em suas formula es quanto na execu o seguindo um percurso de real descentraliza o em sentido mais progressista e ainda que uma gest o democr tica poss vel e necess ria Com Cury 2002 Bordignon e Gra
74. Campus de Vilhena com as disciplinas Fundamentos e Pr tica da Educa o Infantil e Il Assim minhas primeiras reflex es pautaram se em encontrar uma forma de contribuir com a forma o das alunas e alunos do curso e com a inf ncia e educa o infantil dos Munic pios de Rond nia Por m contribuir com o qu exatamente O que pensar com e para o munic pio pela via da forma o de professoras minha rea de atua o na Universidade Percebi que para intervir de alguma forma neste contexto precisaria conhecer a estrutura municipal seus programas e projetos voltados para a inf ncia ou seja precisaria conhecer e analisar as pol ticas p blicas de atendimento Educa o Infantil pois a partir de estudos sobre a inf ncia e educa o infantil at mesmo em fun o das disciplinas trabalhadas percebi que a situa o da inf ncia no Brasil ainda muito grave Os dados de pesquisas nacionais tamb m me impulsionaram para o estudo dessa tem tica pois com Freire aprendi que a educa o n o pode tudo mas pode muita coisa 2001 p 168 Quantas crian as n o gostariam de estar na escola e qu o importante uma boa escola seria para suas vidas em fun o de suas condi es econ micas e sociais Qu o ben fica seria a escola de educa o infantil bem equipada e aparelhada para todas as crian as mas principalmente para aquelas que t m poucas oportunidades de lazer e trocas sociais e cognitivas fora da escola Digo isso po
75. Confessionais e Particulares Ano Es Alunos Atendidos DE 2005 49 3 509 570 000 2006 43 3 607 570 000 2007 39 3 031 547 500 2008 35 3 063 525 500 Quadro 15 Recursos do PROAFINC investidos em educa o infantil 2005 a 2008 Fonte Organizado pela autora a partir de informa es enviadas por e mail pela DIEI SEMED PMPV em 2009 Em 2005 a prefeitura elaborou o PPA com a es para serem desenvolvidas em quatro anos e observamos no planejamento or ament rio PPA 2006 2009 que j no primeiro ano de execu o do PPA a prefeitura duplicou os recursos investidos na Educa o Infantil o PPA previa R 1 298 673 00 para o ano de 2006 e o gasto nesse mesmo ano foi de R 2 838 957 00 O quadro 16 apresenta as a es financi veis voltadas para a Educa o Infantil previstas no PPA para o quadri nio 2006 2009 onde fica evidente o fato acima comentado 164 Per odos Valores anuais previstos PPA 2006 2009 Programa 022 R Atendimento Total Valores A es 2006 2007 2008 2009 1 00 R Aquisi o de Material Did tico Pedag gico Destinado s Escolas 29 escolas ano 216 870 249 890 291 536 332 661 1 090 957 Aquisi o de Mobili rio e Equipamentos para Escolas 77 46 15 e 15 nos anos 106 499 122 714 143 166 163 361 535 740 Aquisi o de Uniformes Escolares para Distribui o a alunos 6 418 6 674 6 931 20 000 23 045 26 886 30 678 100 609 e 7 187 al
76. El 2009 A nossa maior preocupa o o nosso maior problema t sendo os recursos humanos da secretaria e de apoio Eu tenho uma l na escola e olha que uma escola ampla tamb m muito aberta chove molha tudo venta suja tudo Ent o preciso de algu m n pelo menos umas duas zeladores por turno e algu m para cuidar do port o e das crian as mesmo porque a escola tem muitas rvores tem muito espa o e ent o as crian as ficam muito dispersas Se deix las se soltam a v o l pro p tio quando vejo est o menino subindo em rvore pegando j pensou no per odo de aula terr vel sem algu m para olhar GF Diretora El 2009 Outro aspecto negativo apontado foi o FUNDEF As diretoras lembram que para a Educa o Infantil foi um grande problema pois muitas vezes tinham seus sal rios atrasados enquanto que por for a de da Lei os as docentes do Ensino Fundamental recebiam seus pagamentos em dia Per odo dif cil foi 1999 poca de discrimina o tinha FUNDEF e os professores de Educa o Infantil n o eram contemplados At mesmo na escola que trabalh vamos professores recebiam sal rio e a gente n o ningu m queria trabalhar com educa o infantil eu trabalhava praticamente com o Estado O FUNDEF foi uma forma de n o valorizar a educa o infantil GF Diretora El 2009 A seguir apresentamos a segunda categoria e a partir dela buscamos discutir os impactos produzidos na educa o in
77. Estatutan Professora 6 Anos 5 Anos completo 25h P8 Pedagogia EStaundno Professora 12 Anos 2 Anos completo 25h Mesirado Estatut rio P9 ci ncias da 40h Orientadora 18 anos 2 Anos educa o P10 Magist rio R Professora 8 Anos 2 Anos P11 Magist rio Emergencial Profa Auxiliar 5 Anos 5 Anos P12 P eragogia Emergencial Professora 2 Anos Completo p43 Fundamental Estatut rio pofa Auxiliar 18 Anos 2Anos E completo 40h P14 Ensino medio Eslatiady Profa auxiliar 20 Anos 15 anos completo 40h P15 Ensino medio i Estatut rio Profa Auxiliar 2 Anos 2 Anos completo 40h Quadro 5 Professoras de Escolas Municipais de Educa o Infantil que participaram do Grupo Focal Atuaram em PVH Per odo de 1999 a 2008 Fonte Elaborado pela autora a partir das informa es colhidas durante a sess o de grupo focal 93 3 4 3 4 Professoras que coordenaram a Educa o Infantil na rede Estadual e Municipal em per odos dos anos de 1970 a 1998 Trabalhamos com tr s relatos de professoras que ocuparam cargos na coordena o de divis es de Educa o Infantil tanto na rede estadual quanto na rede municipal tais professoras que com a autoriza o das mesmas e pela import ncia hist rica de seus trabalhos desenvolvidos ser o aqui nomeadas conforme quadro 6 V nculo empregat cio e Cargo elou Per odo em que foi Tempo de Nome Forma o Carga Hor ria Fun o coordenadora da
78. Faculdade de Ci ncias e Letras de Araraquara da Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho UNESP como requisito para a obten o do titulo de Doutora em Educa o Escolar Linha de pesquisa Pol tica e Gest o Educacional Orientador Prof Dr Jo o Augusto Gentilini Data da defesa 21 12 2010 MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA Presidente e Orientador Prof Dr Jo o Augusto Gentilini Universidade Estadual Paulista Campus de Araraquara Membro Titular Prof Dr Edson do Carmo Inforsato Universidade Estadual Paulista Campus de Araraquara Membro Titular Profa Dra Maria Ivonete Barbosa Tamboril Funda o Universidade Federal de Rond nia Membro Titular Profa Dra Marli L cia Tonatto Zibetti Funda o Universidade Federal de Rond nia Membro Titular Prof Dr Moys s Kuhlmann Junior Funda o Carlos Chagas Local Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ci ncias e Letras UNESP Campus de Araraquara Dedico este texto a todas as crian as aqui representadas por Maria Clara e Carmem ador veis crian as que pacientes ou impacientemente passam os dias a sonhar com uma vida feliz que inclua nossa aten o e capacidade de v las entend las e respeita las como crian as que participam das rela es sociais em meio a um entrela amento de processos psicol gico social hist rico cultural e que riem choram sofrem desentendem se entendem se
79. Gest o 2005 2008 2009 A chefe da DIEI da segunda gest o destaca que a gest o democr tica possibilitou mudar a cara da educa o infantil no munic pio de Porto Velho Segundo ela o planejamento era participativo com defini o de prioridades Foi muito bom mudar a cara da El no munic pio de Porto Velho e isso s foi poss vel por que a equipe sabia o que queria planejava junto fazia a escala das prioridades por m sempre lev vamos em conta o Plano de Governo que o Prefeito Roberto Sobrinho tinha elaborado em sua campanha com propostas para melhorar a Educa o Infantil Uma administra o democr tica comprometida e que sabe o que quer faz a diferen a no momento de planejar e executar as a es Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 Observa se no caso da gest o democr tica que as mudan as foram processuais ou seja o que uma gest o criou a outra complementou Na primeira gest o a prioridade foi inserir na gest o escolar a elei o de diretores e resolver um problema grave o problema de cabos eleitorais ou seja da indica o pela administra o municipal e sem elei o de diretores escolares A segunda gest o buscou segundo a Secret ria aprimorar o processo por entender que a gest o democr tica n o se faz apenas com elei o de diretores Em termos de impactos na Gest o Democr tica ineg vel que a Lei Complementar n 196 de 25 de novembro de 2004 tenha representado um avan
80. HINN YY ogs BeN no YINNVAVOIVHONd S21S7 No YINN S21497 eng ejeuueo ous sidein no NINN dVOvHONd elbobepeod og euojoJd 0U9IsIBeIN XI Jousdns opg ouisug op ogsnjouos Sp og inyysu 3 ewesibosd Op wou Je91pU x ejoos3 ep enea19 9 SJUOA s Qewuoyu sej d j agsuods 0 euguonun4 8 2 9 jeuol229npa eJopejusiio ebojooIsd eoibobepad eiopeuspioos pJosIAadns L1OJSIIPp 991A BJOJSJIA VSOLSAD aIdinda G Y T i S v 1 3 eu oo EN E 18301 jedioiunia ejoos3 ojo seue send eloosa OB BUNOJ ewn epey eu Jd no BuBIOH oge 1 O eu eoIseg og eonpa e esed ojejduooul no S OIS y 19 eBie9 O no Jexne o OIS ogeonp3 o jdwo9 s JeDIpu 7 WON D oboidus eme ep eu OaS A onebesdus eny os 3 sono odue ep ejes ue odus op odus OB BUIOA Sb OIJN9UIA eme BIDUQUOdXI edejg ogdunA 6007 OHTIA OLHOd JA OIdIDINNIA TILNVANI OV V INCA VN SVAVLOT SILNIDOA L sejsingenxa eyuutoga ejoquono eusbipu sieuopipesg sogsendog odwegoa euegn oy vzinv9007 jeuolssejuog Jenogueg euggunmoo epelusauog jediuni vVINODILVO z 69 9U0 RETO 059Jpug SC EL EEEE ELELEE LLLE LTTE EEEIEE EELEE TTET vV109sSa dSINNIINNVAV TO ISA OV VINAI NI OAVIOLNOA JA TVNOIINLILSNISILNI VNVADO Sd dS euenbeJeiy op sndwes SeJ97 SEUI op epepjnoeJ OH VLINO
81. Infantil de zero a tr s anos tamb m seja financiada pelo fundo Um papel fundamental por parte da C mara Federal no sentido de apoiar o movimento a favor da inclus o das creches no FUNDEB foi o da Frente Parlamentar com o lema Direito educa o come a no ber o e pra toda a vida Dentre outras apresentaram propostas de altera o na PEC como por exemplo o estabelecimento de um piso nacional unificado para os docentes da Educa o Infantil uma importante conquista da luta pela educa o que esse projeto tenha chegado ao parlamento mas queremos avan ar propondo altera es A principal delas que o fundo abranja a educa o b sica como um todo o que inclui a primeira etapa da Educa o Infantil afirma a deputada federal Maria do Ros rio PT RS coordenadora da Frente que re ne 180 deputados e 30 senadores Mobiliza es desta natureza produ es de documentos e eventos foram realizados em todo o pa s enfatizando a necessidade da inclus o das creches no Fundo Tamb m o semin rio Pelas Creches no FUNDEB em defesa do direito Educa o Infantil realizado ainda em julho de 2005 na capital paulista foi outro exemplo de mobiliza o social A atividade foi iniciativa de especialistas em educa o e membros de entidades da sociedade civil como a Funda o Abrinq a Campanha Nacional pelo Direito Educa o o F rum Paulista de Educa o Infantil 3 Fraldas pintadas re
82. Infantil mas principalmente as creches que n o haviam sido inclu das na proposta do governo fizessem parte do FUNDEB que aprovado em 2007 contemplou tamb m toda a Educa o Infantil evidentemente ap s a inquietante pergunta feita por adultos as m es pais educadores e educadoras e militantes sobre a raz o da exclus o das crian as do FUNDEB Aparentemente uma reedi o dos anos 1970 da luta por creche p blica Fato que demonstra que mesmo em uma gest o de evidente fei o popular como a do Governo Lula havia uma compreens o que a creche era uma demanda posterior Da a necessidade do entendimento que as coisas nunca est o dadas Desta forma o trabalho formativo desenvolvido pela sociedade civil e movimentos sociais assumiu mais uma vez um papel fundamental neste contexto evidenciando que a transforma o do mundo necessita tanto do sonho quanto a indispens vel autenticidade deste depende da lealdade de quem sonha FREIRE 2000 p 26 A participa o popular na defesa da Educa o Infantil creches e sua inclus o no FUNDEB materializou se por meio de v rias a es A nosso ver uma das mais significativas e amplamente divulgadas nos meios de comunica o foi a Haddad FUNDEB incluir creche Entrevista do ministro da Educa o Folha Dirigida 22 de novembro de 2005 Para o ministro O projeto do Fundeb incorpora para al m do Fundef que cuida s do ensi
83. Manuten o e Ancade ae do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF aprovado em Sua Aprova o do Plano Nacional da Educa o PNE 2001 Intensa mobiliza o social para que a Educa o Infantil principalmente as creches fizesse parte do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB A partir Elabora o pelo Minist rio da Educa o de documentos importantes para a garantia do direito do ano educa o de qualidade das crian as de 0 a 6 anos 6 de 2007 Altera o na pol tica de financiamento da Educa o Infantil com a regulamenta o do FUNDEB aos dias criado pela Emenda constitucional n 53 de 2006 pela Lei N 11 494 de 20 de junho de 2007 atuais com a inclus o da Educa o Infantil Elabora o de programas voltados ao financiamento e forma o de professores da Educa o Infantil por meio do Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE MEC Obrigatoriedade da Educa o Infantil para crian as de 4 e 5 anos EC n 59 2009 Quadro 1 Per odos que delimitam o atendimento s crian as de zero a seis anos no Brasil em institui es fora do lar e suas caracter sticas 1889 a 2009 Fonte Organizado pela autora a partir dos estudos desenvolvidos em Kramer 1992 Kuhlmann Jr 1998 2002 Rosemberg 2003 Campos 1999 2002 entre outros 65 O primeiro per odo que v
84. Mestre UNIR de 0a 6 anos Corporeidade Movimento e Ludicidade na Mestres UNIR Educa o Infantil Linguagem Oral e Escrita na Inf ncia Doutora UNIR A Crian a e o Mundo F sico e Natural Mestre Especialista UNIR Arte Educa o na creche e pr escola Mestre Especialista Credenciadas UNIR Projeto Pedag gico Curricular para a Doutoras UNIR Educa o Infantil Gest o e Organiza o do Trabalho Doutores UNIR Pedag gico na Educa o Infantil Avalia o do Processo Ensino Aprendizagem Doutora UNIR na Educa o Infantil Trabalho de Conclus o de Curso TCC Todos as os as UNIR Credenciadas Docentes Quadro 32 Demonstrativo de Disciplina e Titula o dos das docentes respons veis pelo desenvolvimento das disciplinas Fonte Quadro elaborado pela autora a partir de informa es retiradas do Projeto do Curso enviado por e mail pela coordenadora do curso em setembro de 2009 Que um curso desta natureza seja importante para o aperfei oamento da forma o das professoras da Educa o Infantil ningu m duvida No entanto a an lise da relev ncia deste curso especificamente para a forma o das dos profissionais atuantes na Educa o Infantil da SEMED n o ser objeto desta tese considerando que ainda n o havia uma avalia o do curso nem pela promotora UNIR RIOMAR nem pela financiadora SEMED e n o caberia a este estudo faz la pois correr amos o risco de desviar seu foco de an lise Mas consideramos que foi uma e
85. O relator do Parecer foi o Conselheiro Jo o Ant nio Cabral de Monlevade O processo que deu origem ao Parecer foi Processo CNE n 23001 000199 98 21 BRASIL 1998c 43 no Brasil Nesse sentido Nunes 2005 p 73 considera que a institucionalidade da vida em sociedade ao definir as pr ticas sociais que a orientam define tamb m o lugar dos sujeitos que vai ao longo de sua exist ncia social integr las Essa integra o inicia se nos primeiros anos de vida da crian a N o podendo ser diferente o processo de constitui o das pol ticas p blicas para a inf ncia no Brasil mesmo que timidamente levou em conta os sujeitos reais e seus destinat rios as crian as Tamb m j poss vel considerar que a partir de 1988 todo o ordenamento legal considerou os resultados de v rios estudos sobre as necessidades da inf ncia Desse modo os rg os centrais de educa o nacional como o Minist rio da Educa o e Conselho Nacional de Educa o v m produzindo leis diretrizes e documentos orientadores voltados para a garantia dos direitos da inf ncia bem como orienta es para os sistemas de ensino 1 3 1 Documentos fundamentais para a garantia do direito Educa o Infantil O s culo XX mesmo n o respondendo significativamente s demandas e necessidades sociais e concretas da inf ncia foi muito produtivo em termos de conquistas de direitos legais principalmente a partir dos anos de 1940 A cria o
86. Oliveira pelo apoio institucional e condi es para a coleta de dados e registro das escolas da rede municipal v s professoras que colaboraram com suas mem rias para que pud ssemos reconstruir o hist rico do atendimento Educa o Infantil em Porto Velho Teresinha Nina Elmeri Borges e Jos lia Neves Voc s s o parte importante dessa hist ria em Porto Velho e Rond nia v A Jos lia Neves grata tamb m pelo carinho e amizade pelo apoio em todos os momentos pelas conversas matinais em Araraquara J sinto saudade Ao S rgio Pac fico que muito contribuiu enquanto irm o e amigo e do lugar Secret rio da SEMPLA PMPV na disponibiliza o de dados e valiosas sugest es v Giseli pela amizade e pela colabora o com sugest es v s alunas e alunos do curso de Pedagogia de Vilhena por tantas trocas e aprendizagens reafirmando Paulo Freire de que lado a lado se ensina e lado a lado se aprende v s Secretarias Municipais SEMED SEMPLA e SEMAD e Estaduais SEDUC e SEPLAN por terem disponibilizado documentos indispens veis sem os quais seria dif cil produzir este texto Y Ao Conselho Municipal de Educa o em nome de Wilson Barbosa e ao Conselho Estadual de Educa o pela presteza na sele o de documentos fundamentais para a pesquisa Professor Sidney obrigada pelo apoio y Ao Minist rio P blico de Rond nia pelas informa es prestadas v C lia Magalh es e Enid Castiel que dispusera
87. Org Jogo brinquedo brincadeira e educa o S o Paulo Cortez 2000 pr escola em S o Paulo das origens a 1940 1986 S o Paulo Tese Doutorado Universidade de S o Paulo SP 1986 Os jardins de inf ncia e as escolas maternais de S o Paulo no in cio da rep blica Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 64 p 57 60 fev 1988 KORCZAK J Como amar uma crian a Rio de Janeiro Paz e Terra 1997 KOSIK K Dial tica do Concreto Trad de C lia Neves e Alderico Tor bio Rio de Janeiro Paz e Terra 1969 KRAMER S A Pol tica do pr escolar no Brasil a arte do disfarce S o Paulo Cortez 1992 KUHLMANN Jr M A circula o das id ias sobre educa o das crian as Brasil in cio do s culo XX In FREITAS Marcos Cezar KUHLMANN Jr Moys s Org Os intelectuais na hist ria da inf ncia S o Paulo Cortez 2002 Inf ncia e Educa o 1820 1950 compara o e classifica o In LOPES A FARIA FILHO L M de FERNANDES R Org Para a compreens o hist rica da inf ncia Belo Horizonte Aut ntica 2007 Inf ncia e Educa o Infantil uma abordagem hist rica Porto Alegre Media o 1998 Hist ria da educa o infantil brasileira In REVISTA BRASILEIRA DE EDUCA O 500 anos de educa o no Brasil Maio Jul Ago 2000 n 14 p 5 18 332 LEFEBVRE H La vida cotidiana em el mundo moderno Madri Alianza Editorial 1972 LIMA A M de Acheg
88. Plurianual 2000 2003 em que a educa o infantil n o apresenta sequer o status de programa ao contr rio dos outros n veis de ensino e at mesmo das modalidades de ensino Evidencia se al m disso uma pronunciada fragmenta o das a es destinadas crian a de O a 6 anos mesmo no interior dos minist rios setoriais A articula o entre as reas ainda mais prec ria embora esfor os possam ser identificados como a cria o do Comit da Primeira Inf ncia CODIPI em 2000 no mbito do Programa Comunidade Ativa antiga Comunidade Solid ria Percebe se que ao n o valorizar ou considerar essa etapa da educa o b sica com pol ticas p blicas mais focalizadas o governo federal instituiu um modelo de a o seguido por estados e munic pios o que pode ser observado em Porto Velho onde essa etapa tamb m ficou margem das pol ticas p blicas educacionais naquele per odo Essa afirma o est fundamentada principalmente pelas a es registradas nos Relat rios de Acompanhamento dos PPA s PMPV analisados A LDB de 1996 trata o tema financiamento de forma mais detalhada no T tulo VII Dos recursos Financeiros nos artigos 68 a 77 As fontes de recursos est o definidas no Art 68 a vincula o de recursos tratada nos artigos 69 a 73 o padr o de qualidade tema dos Artigos 74 a 76 e a transfer ncia de recursos p blicos para a escola privada tratada no Artigo 77 Portanto al m da receit
89. Por m ser espa o privilegiado para a sustenta o da forma o inicial n o significa que a escola seja o nico espa o formador a fundamentar a forma o inicial sustentando uma concep o pragm tica de educa o Da mesma forma n o significa organizar acad micos e acad micas dos cursos de gradua o para irem escola olh la e pouco enxergar e voltar para a Universidade falando do que falta escola preciso sim evitar rupturas bloqueios vis es puramente fenom nicas dos processos educativos que n o buscam a realidade concreta A forma o pedag gica para o magist rio vai al m da pura teoria ou pr tica pura N o h a possibilidade de s uma ou outra Os estudos sobre a vida cotidiana nos ajudam a pensar sobre isso HELLER 1972 N o nos esque amos que no dizer de Charlot 2005 p 91 ser professor defrontar se incessantemente com a necessidade de decidir imediatamente no dia a dia da sala de aula Uma coisa est acontecendo na sala de aula e o professor tem que decidir sem ter tempo suficiente para refletir A partir desses aspectos precisamos pensar na autonomia docente que no contexto da pr tica de ensino poder ser compreendida como um processo de constru o permanente no qual devem se conjugar e se equilibrar A autonomia nesta perspectiva est relacionada com as pessoas com as quais se trabalha Representa conforme Contreras 2002 uma busca e um aprendizado cont nuos u
90. SME Gest o 1999 2004 2009 Tivemos no SENAC no audit rio um debate com todos os professores sobre os m todos os desafios da educa o infantil o comportamento da crian a a postura do educador frente a esses desafios que tanto nos exigem como tomada de posi o O semin rio foi um ponto muito positivo em termos de forma o N s entend amos ali que essas palestras sobre educa o infantil pudessem nos dar uma nova vis o uma nova visibilidade de como se estava trabalhando Certamente isso poderia contribuir muito dentro daqueles prop sitos que a gente j defendia para a educa o infantil Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Em termos de planejamento nota se a partir da fala do secret rio MJ que um semin rio foi a inten o de planejamento para a Educa o Infantil Municipal A expectativa do evento evidencia se na preocupa o com aspectos pedag gicos percebida quando diz que pretendia fazer um debate com todos os professores sobre os m todos os desafios da educa o infantil o comportamento da crian a a postura do educador frente a esses desafios O semin rio para ele foi uma forma de planejar a educa o infantil municipal de definir o que fazer e que seriam as pol ticas municipais 226 materializadas nos planos programas e projetos voltados para a educa o infantil N o aparece naquela fala uma das quest es fundamentais o financiamento Notam se ainda as caracter
91. Salas de Aula Educa o B sica Porto Velho Rede Municipal ana Cidade Campo Escolas salas Escolas salas 1999 33 343 41 11 2000 39 377 161 260 2001 41 419 158 270 2002 40 450 170 292 2003 40 457 142 281 2004 38 318 123 247 Evolu o 1999 2004 15 15 7 29 200 00 220 78 2005 40 302 125 241 2006 45 479 126 249 2007 51 354 115 298 2008 52 517 105 321 Evolu o 2004 2008 36 84 62 58 14 63 29 96 Evolu o 1999 2008 57 58 50 73 156 10 316 88 Quadro 18 Escolas de educa o b sica da rede p blica municipal e evolu o no per odo de 1999 a 2008 Munic pio de Porto Velho Fonte Organizado pela autora a partir de ROND NIA Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas Educacionais Estat sticas per odos de 1998 a 2007 Porto Velho SEDUC 2008 v 1 e 2 INEP Educa o infantil 2004 a 2008 e Assessoria T cnica SEMED PVH A rede f sica municipal assumiu as escolas do campo No caso das escolas do per metro urbano de 2000 para 2004 n o houve amplia o e as escolas do campo foram diminuindo embora se observe um movimento n o linear entre escolas e turmas Estas ou mantiveram se ou aumentaram ao passo em que o n mero de escolas diminuiu Subentende se que isso esteja relacionado com um outro fato o da polariza o das escolas V rias escolas pequenas foram fechadas e organizadas escolas p lo onde se atendia um n
92. T Mem rias percursos e reflex es Entrevistadores Elio Chaves Flores e Regina Behar In SAECULUM Revista de Hist ria Jo o Pessoa jan jun 2008 Dispon vel em http Awww cchla ufpb br saeculum saeculum18 ent0f montenegro pdf Acesso out 2009 342 MOVIMENTO DE LUTA POR CRECHE Carta Aberta do Movimento de Luta por Creches Ao Presidente Lula D Marisa e Na o Brasileira Rio de Janeiro fevereiro de 2007 Dispon vel em http www shinealight org Carta aberta doc Acesso em out de 2009 PORTO VELHO RO Secretaria Municipal de Educa o Confer ncia Municipal avalia Plano de Educa o para Porto Velho Prefeitura Municipal de Porto Velho PMPV 18 de outubro 2007 Dispon vel em lt http www portovelho ro gov br gt Acesso em 31 07 2009 ROCHA E A C 30 anos da educa o infantil na ANPEd caminhos da pesquisa Zero a Seis n 17 jan jul 2008 Dispon vel em lt http www periodicos ufsc br index php zeroseis article view 800 6082 gt Acesso em set 2009 ROCHA E A C Entrevista concedida em Julho de 2007 Dispon vel em lt http www periodicos ufsc br index php zeroseis article viewFile 857 753 gt Acesso em 01 abr 2009 SUCUPIRA Fernanada Fraldas pintadas reivindicam inclus o das creches no Fundeb Carta Maior 30 08 2005 Dispon vel em http www direitos org br index Acesso 10 10 2009 ZIRALDO O menino maluquinho Dispon vel em http Anww ziraldo com menino mmY htm
93. a es voltadas para o atendimento com qualidade para a popula o de zero a cinco seis anos Que resultados positivos e negativos foram obtidos a partir das a es voltadas ao atendimento educa o infantil e desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho no per odo em que esta esteve sob sua coordena o v Outros coment rios que deseja fazer E IRO de de 2009 345 va unesp JOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA J LIO DE MESQUITA FILHO 5 Faculdade de Ci ncias e Letras APENDICE B Campus de Araraquara SP PROGRAMA INTERINSTITUCIONAL DE DOUTORADO EM EDUCA O ESCOLAR UNIR UNESP ROTEIRO PARA GRUPO FOCAL COM DOCENTES DA EDUCA O INFANTIL a Tem ticas a serem investigadas Y Pol ticas municipais para a educa o infantil nas gest es do Prefeito Carlos Camur a e Roberto Sobrinho diretrizes programas a es e projetos v Transforma es e perman ncias observadas no cotidiano da escola e nas condi es de trabalho aumento do n mero de alunos classe turma sal rio contrata o de pessoal material did tico estrutura f sica enfim as condi es de trabalho a partir do FUNDEF e FUNDESB Y Gest o escolar e educa o infantil planejamento proposta pedag gica se h e como foi elaborada desenvolvimento e avalia o no mbito da escola v Adequa o idade e s crian as com defici ncia dos espa os f si
94. a manh vai chegar 19 ed Rio de Janeiro Bertrand Brasil 2000 MOSS P Para al m do problema com qualidade In MACHADO M L Org Encontros e desencontros em educa o infantil 2 ed S o Paulo Cortez 2005 NEVES J G Mem ria e Interculturalidade na Floresta fragmentos da hist ria de alfabetiza o de docentes ind genas na Amaz nia Porto Velho RO 2009 mimeo NEVES J G Cultura escrita em contextos ind genas 2009 369f Tese Doutorado em Educa o Escolar Faculdade de Ci ncias e Letras Universidade Estadual Paulista Araraquara SP 2009 NOGUEIRA Maria Ephig nia de Andrade C ceres A Pr Escola na rede Estadual de Ensino de S o Paulo 1996 Disserta o Mestrado Faculdade de Educa o Universidade de S o Paulo S o Paulo 1996 333 NUNES D G Reconhecimento social da inf ncia no Brasil da menoridade cidadania In VASCONCELLOS V M R de Org Educa o da inf ncia hist ria e pol tica Rio de Janeiro DP amp A 2005 NUNES M F R Educa o Infantil no Estado do Rio de Janeiro um estudo das estrat gias municipais de atendimento 2005 Tese Doutorado em Educa o Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2005 OLIVEIRA C de A pesquisa sobre municipaliza o do ensino algumas tend ncias In OLIVEIRA Dalila Andrade ROSAR Maria de F tima Felix Org Pol tica e Gest o da Educa o 1 ed Belo Horizonte Aut ntica 2008 v 2
95. a carga hor ria para 30 horas e a gente trabalharia esses hor rios e aumentaria tamb m o nosso sal rio S que n o foi aprovado O SINTERO entrou com esse recurso para ver se aumentaria a carga hor ria e a gente trabalharia e aumentaria o nosso sal rio e nos empenhar amos mais em trabalhar para melhorar porque se voc fica numa s escola voc consegue fazer um trabalho de qualidade mas se voc vai para outras escolas a correria grande e voc n o trabalha bem voc n o consegue dar um ensino de qualidade para essas crian as GF Profa El 2009 Outra queixa das docentes nada recente e que tamb m foi apontada pelas diretoras refere se duplicidade ou triplicidade de contratos Evidente que o ser humano est sempre querendo mais e quando o assunto dinheiro isso parece mobilizar os indiv duos ainda mais Mas n o podemos aceitar que quem recebe um sal rio t o indigno para a profiss o n o v procurar outros meios de sustentar sua fam lia Uma professora diz o professor tem vida O que nos parece bvio no grito de socorro da professora n o nos parece que seja visto pelo mesmo prisma na defini o das pol ticas salariais De acordo com as professoras n o inten o das docentes trabalharem em dois locais mas receber um sal rio digno para se dedicarem mais a um s emprego As professoras lembram que as mulheres professoras em sua maioria sustentam suas fam lias N s acreditamos tamb m
96. a escolariza o do ensino de 1 grau ROND NIA 1981 Ainda o artigo 13 da mesma Resolu o ressalta que A rede oficial de ensino atender prioritariamente com Educa o Pr Escolar s crian as de 6 seis anos de idade seguindo se ap s a de idades imediatamente inferiores sucessivamente V se que a os objetivos da educa o compensat ria estavam demarcados como prioridade tamb m em Rond nia que contemporaneizava o que era tend ncia nacional Em termos constitucionais observa se que a educa o de crian as menores de sete anos n o consta na primeira Constitui o do Estado de Rond nia promulgada em 1983 O T tulo Il que trata Da Educa o nos artigos de 207 a 217 nada menciona sobre a educa o para essa faixa et ria O direito educa o infantil foi assegurado na Constitui o do Estado de Rond nia de 1989 no Cap tulo Il e Art 186 Esta confirma o preceito da Constitui o Federal de 1988 declarando A educa o direito de todos e dever do Estado e da fam lia ser promovida e executada com a colabora o da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exerc cio da cidadania e sua prepara o e qualifica o para o trabalho e no artigo 188 da mesma Constitui o destaca o atendimento pr escola O Estado e os Munic pios organizar o em regime de colabora o seus sistemas de ensino Par grafo nico Os Munic pios organizar o os seus sistema
97. abordar a realidade ocupacional do magist rio da educa o infantil do Munic pio de Porto Velho O quadro 29 evidencia um crescimento significativo no percentual de professoras lotadas na educa o infantil no per odo de 1999 at 2001 ap s esse per odo at o ano de 2004 h uma queda No entanto inicia se uma evolu o significativa do ano de 2004 para 2008 tanto absoluto quanto em rela o ao n mero total de professoras da rede municipal Do total de professoras lotadas na educa o b sica em 2006 23 17 ou seja 358 estavam na educa o infantil enquanto que em 2004 essa rela o era bem menor Dos 1 362 docentes da rede somente 95 era da Educa o Infantil o que correspondia a 6 98 182 Algo tamb m precisa ser observado o n mero de docentes da rede n o aumentou tanto de 2004 para 2006 o que houve foi uma reorganiza o pois s aumentaram 183 docentes em 2006 o que evidencia que as docentes foram lotadas na educa o infantil Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Rede P blica Municipal Atua es Docentes Total e Educa o Infantil Total Geral de Total I docentes Pr Cidade na El em Escola rela o ao total Campo idade ampo idade 264 288 22 89 ampo idade 267 296 22 54 ampo idade 237 256 18 77 ampo idade ampo idade 252 328 22 39 ampo fade 268 358 2317 ampo idade 559 839 29 99 ampo Cidade Campo Quadro 29 Fun es Docente
98. abstrata seriam aparentemente suficientes para dar conta das situa es focalizadas p 42 Grifo do autor Explica que a abstra o a que faz refer ncia nada tem que ver com a opera o intelectual necess ria a todo processo de conhecer mas sim deforma o desta Para ele a compreens o hist rica acaba se resumindo na aplica o de refer ncias a uma realidade na verdade desconhecida p 42 43 Podemos dizer que as explica es cr tico reprodutivistas s o exemplos dessa abordagem mas n o s elas Deve se por m esclarecer que muitas vezes o abstracionismo n o fruto de estudo mal intencionado mas apenas uma forma ing nua de encaminhamento de um assunto no qual o estudo da realidade substitu do por um jogo verbal semanticamente vazio Por m nem sempre a an lise pode caminhar por essa dire o O que acontece que muitas vezes o abstracionismo mais parece ser um claro golpe de ast cia ideol gica ou n o que leva de qualquer forma ao escamoteamento da realidade AZANHA 1992 p 43 ou seja seria buscar em um 84 momento encaixar a realidade na teoria ou o contr rio a teoria na realidade Para o autor as pesquisas s vezes operam com categorias muito abstratas visando permitirem descri es mais confi veis da realidade concreta A partir desse ponto Azanha 1992 passa a apresentar situa es interessantes do ponto de vista da an lise Apre
99. ardendo no cora o porque de inf ncia Leonardo que o mundo tem precis o THIAGO DE MELLO 2000 28 1 1A pol tica educacional brasileira considera es sobre o cen rio nacional O tema das pol ticas p blicas reporta nos a Constitui o Brasileira de 1988 que em seu artigo primeiro afirma que a Rep blica Federativa do Brasil constitui se em Estado Democr tico de Direito Este definido por Ferraz 2010 p 2 como Legal porque em tese quem deve governar a lei a qual todos est o submetidos governantes e governados O documento que estrutura a vida em sociedade a Constitui o a lei maior a qual nenhuma outra lei pode se contrapor Democr tico porque o poder de escolher reside no cidad o comum cuja liberdade para exercer este direito tutelada pela Constitui o e cujo voto vale tanto quanto o de qualquer outro independentemente das diferen as econ mica de status social ou mesmo de poder pol tico que existam Representativo porque o governo n o se exerce diretamente pelo povo e sim mediante representantes por ele escolhidos No Par grafo nico do Art 1 a Constitui o de 1988 ressalta Todo o poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos desta Constitui o Assim as pol ticas p blicas nascidas em um Estado Democr tico de Direito que t m suas bases na Constitui o Federal dever o tamb m ser legal amparada em le
100. as mesmas resistem muito para abrir novas turmas em uma escola pois como o valor repassado escola pelo n mero de crian as do ano anterior haver problemas de falta de alimenta o no ano da amplia o Para evitar esse problema a regra n o ampliar as matr culas na escola ou fazer o m nimo poss vel h Meta 15 Totalmente Atendida As classes de alfabetiza o que deveriam ser extintas at o ano de 2001 s deixaram de aparecer no censo escolar da rede municipal em 2004 mas de qualquer forma o Ensino Fundamental de nove anos j foi regulamentado pelo Conselho Municipal de Educa o de Porto Velho no ano de 2006 atrav s da Lei Complementar n 267 de 24 de outubro de 2006 que reorganiza o Sistema Municipal de Ensino de Porto Velho i Meta 16 Totalmente Atendida A meta que previa que os munic pios deveriam implantar at 2001 conselhos escolares e outras formas de participa o da comunidade escolar e local na melhoria do funcionamento das institui es de educa o infantil e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedag gicos foi cumprida pois desde o ano de 1993 as escolas j vinham criando seus Conselhos Escolares Hoje todas as escolas municipais segundo informa es da SEMED j possuem o Conselho Escolar j Meta 18 Parcialmente Atendida O atendimento em tempo integral s crian as de O a 6 anos ainda n o realidade Do pequeno percentual de atendimento rea
101. cada do s culo XXI foram marcadas pela tentativa de constru o de um consenso em torno da educa o para todos e com equidade social A universaliza o da educa o b sica foi destacada nos discursos e documentos oficiais de forma recorrente sobretudo pelos governos de pa ses em desenvolvimento como o caso do Brasil e dos demais pa ses da Am rica Latina com o objetivo de melhorar os ndices de escolariza o Esse novo reordenamento da educa o teve como base mediar dois aspectos que j haviam sido refer ncias em pol ticas nacionais de d cadas anteriores a educa o deveria responder s exig ncias do setor produtivo configurando se na gest o do trabalho e atender s demandas da maioria na tentativa de fazer a gest o da pobreza OLIVEIRA 2001 Os discursos e a pol tica educacional colocaram a educa o b sica no centro das aten es dando um enfoque maior popula o exclu da do processo de escolariza o Por m o que foi considerado b sico na reforma dos anos de 1990 8 Fa o refer ncia aqui inf ncia pois esta est intrinsecamente relacionada tem tica em estudo No entanto a pobreza as p ssimas condi es de vida a doen a etc n o atingem evidentemente somente a inf ncia Para avalia o dos compromissos assumidos nessa Confer ncia pelos pa ses signat rios ficou agendada uma nova Confer ncia para o ano 2000 na cidade de Dakar Senegal Nela com a tarefa por c
102. campo tamb m mas tudo sob novas perspectivas Chegando a Rond nia a primeira provid ncia do meu pai junto aos sitiantes moradores da BR 364 foi construir uma escola o que possibilitou que no in cio de 1979 j houvesse uma escola no s tio mas eu com quase dez anos ainda n o sabia ler e escrever Lembro me dos vizinhos animando me com aquelas historinhas que geralmente reproduzimos Olhe que daqui uns dias vai precisar escrever cartinha para o namorado e n o vai saber N o sei bem como aconteceu mas sei que o que realmente me impulsionou e me fez buscar as informa es que j possu a sobre nosso sistema alfab tico e que certamente foram organizadas a partir de constantes contatos com a escrita e transform las para compreender o processo de escrita foi a necessidade e utilizei como estrat gia a competi o que eu mesma me propus embora sem consci ncia disso naquele momento Isso porque meu irm o dois anos mais jovem que eu aprendeu a ler e aquilo para mim com quase dez anos de idade e ele com sete era dif cil para n o dizer imposs vel de aceitar Mas enfim no dia seguinte literalmente falando em que vi meu irm o lendo tamb m eu j lia e escrevia E foi desde esse tempo em que residia no campo do Estado de Rond nia que alimentei a id ia de duas possibilidades profissionais a de ser enfermeira ou professora muito embora com sonhos bem diferentes da concep o que tenho hoje Naquela poca que
103. creches em 2008 j eram 1 191 O mesmo aconteceu com a pr escola em 2004 foram atendidas 1 667 crian as e em 2008 j eram 6 845 Houve um aumento significativo em rela o a 2004 apresentando uma evolu o de 310 62 no atendimento a essa etapa Com o ensino fundamental ocorreu o inverso que pode ser percebido quando comparamos as duas gest es de 2000 para 2004 houve um significativo aumento no n mero de matr culas principalmente nas s ries iniciais Se considerarmos que havia as chamadas classes de alfabetiza o veremos que o n mero de matr culas ou no ensino fundamental ou na pr escola dependendo de onde ser o contabilizadas foi significativo A amplia o tamb m pode ser observada nesse per odo de 2000 a 2004 na Educa o de Jovens e Adultos Por m de 2004 para 2008 n o houve acr scimo significativo nas matr culas nas s ries iniciais 1 45 e nas s ries finais houve queda 33 64 Considerando os ganhos e perdas o saldo geral de amplia o de matr cula na Educa o B sica da Rede Municipal no per odo de 2004 para 2008 foi de 14 54 O quadro 23 apresenta as matr culas na Educa o B sica da Rede Estadual do per odo de 1999 a 2008 Munic pio de Porto Velho Matr cula na Educa o B sica Rede Estadual 1999 2008 Classe Ensino Ensino Ensino Educ Total Pr de Ensino Funda Funda M dio Especi Supleti Ano Creche Escola Alfabeti Funda
104. crian as at 5 cinco anos de idade O problema desse aspecto no texto da Lei que ele abre muitas possibilidades de atendimento que n o sejam em creches devidamente organizadas e estruturadas E bem sabemos que a necessidade grande mas se a Lei facilita muito mais dif cil ser para oferecer educa o infantil de qualidade para as crian as de 0 a 3 anos j que o custo com creches n o baixo Evidente que entre atender 10 creches de forma melhorada podendo atender 20 de forma um pouco piorada lamentavelmente o sistema se tiver uma possibilidade adotar a segunda op o Este o problema da necessidade somada s flexibilidades legais quando tais flexibilidades n o s o para agregar qualidade ao atendimento 4 4 Vozes e documentos o que revelam A an lise dos dados organizados a partir de documentos bem como dos relatos das professoras nos possibilitou observar que o per odo anterior aos anos de 1990 marcado pela quase aus ncia de atendimento formal no munic pio s crian as menores de sete anos Tais evid ncias s o apontadas nas vozes das professoras e nos dados extra dos das fontes documentais que juntas fizeram emergir o que foi a realidade do atendimento inf ncia at aquele momento O atendimento realizado ou era informal sem o acompanhamento sistematizado dos rg os oficiais ou realizado pela rede p blica estadual a partir dos anos de 1970 a Reda o dada pela Emenda Constitucional n
105. cula e Despesas com Educa o Infantil em rela o ao total de matr culas e total de despesas do Munic pio com Educa o Matr cula Percentual Doses Despesas Percentual de Valor PSA Matr cula na Matr cula na R Ens com Despesas Aluno ano Ano R Educa o El em A Educa o com Elem Despesas ede E Educa o E Matr cula Municipal Infantil rela o ao R Infantil rela o ao Total R Total Em R 1999 18 652 1 444 7 74 16 728 715 7 746 0 05 5 36 2000 26 665 1 702 6 38 22 983 763 4 469 0 02 2 62 2001 29 741 2 067 6 95 25 607 180 47 666 0 19 23 06 2002 32 198 1 924 5 98 30 433 502 51 190 0 17 26 61 2003 33 022 2 162 6 55 35 759 182 102 523 0 29 47 42 2004 34 065 2 133 6 26 44 770 130 E 0 00 0 00 2005 36 623 6 279 17 14 61 063 545 770 569 1 26 122 72 2006 38 586 7 090 18 37 75 469 462 2 838 957 3 76 400 00 2007 37 430 7 274 19 43 79 884 048 3 533 056 4 42 485 71 2008 39 018 8 036 20 60 95 066 695 7 979 691 8 39 992 99 Quadro 14 N mero Matr cula e Despesas com Educa o Infantil em rela o ao total de matr culas e total de despesas do Munic pio com Educa o Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Fontes Organizado pela autora a partir do documento ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 INEP Educa o infantil 2004 a 2008 e Assessoria T cnica SEMED PVH D
106. da escola sendo esse per odo caracterizado por um pessimismo educacional GHIRALDELLI 1990 Por m nem mesmo essa leitura do que representava a escola estava determinada Pesquisadores e pesquisadoras come aram a vislumbrar outras possibilidades para os fen menos educacionais e para a pesquisa haja vista que este tipo de estudo na educa o brasileira no qual os autores operam com categorias demasiadamente abstratas n o permitiu descri es mais confi veis das pr ticas escolares concretas AZANHA 1992 Estudos foram produzidos questionando as teorias reprodutivistas por seu excessivo poder desmobilizador ao ponto de parecer que nada mais poderia ser feito pela educa o pela via da escola pois esta apenas reproduzia a sociedade sendo por ela influenciada Tais teorias chamadas de teorias cr ticas foram fundamentais para se compreender a educa o como constitu da pela mas tamb m constitutiva da sociedade A partir dos anos de 1980 mais intensamente de 1990 outros rumos foram sendo dados pesquisa em educa o Os estudos de base marxista desenvolvidos por Agnes Heller 1972 e Lefebvre 1972 sobre o cotidiano foram fontes inspiradoras para uma nova abordagem de pesquisa em educa o no Brasil onde o cotidiano passou a ser estudado com mais profundidade No Brasil a partir desse per odo pesquisas PATTO 1990 PENIN 1995 entre tantos outros come aram a descrever a vida cotidiana das escolas mostrando 8
107. de Portland estado do Oregon EUA s p pai Dispon vel em lt http Avww estadaodonorte com br canal gt Acesso em 29 08 2009 Outros autores j desenvolverem este estudo 106 Visando garantir a organiza o pol tico administrativa em fun o de seu crescimento em 02 de outubro de 1914 atrav s da Lei 754 foi criado o munic pio de Porto Velho cujo nome que j batizado pela popula o residente permaneceu o mesmo Desmembrou se definitivamente da comarca de Humait pertencente ao estado do Amazonas O primeiro superintendente municipal o major engenheiro do ex rcito Fernando Guapindaia de Souza Brejense encarregado de realizar a primeira elei o no ano seguinte tomou posse em 04 de janeiro de 1915 As primeiras elei es para prefeito e vereadores em Porto Velho ocorreram em 1 de dezembro de 1916 seguidas por outras em 1919 1922 e 1926 Matias 2007 ressalta que no per odo entre 1930 e outubro de 1984 n o ocorreram elei es para prefeito e vice prefeitos Em 15 de novembro deste ltimo Porto Velho voltou a eleger seus representantes municipais Em setembro de 1943 Porto Velho deixou de pertencer ao Estado do Amazonas e passou a ser a capital do novo Territ rio Federal do Guapor criado nessa data Com a transforma o do territ rio em estado pela Lei Complementar 041 de 22 de dezembro de 1981 instalado em 04 de janeiro de 1982 Porto Velho manteve a condi o de capital Est situada geograf
108. de Educa o Superior de Rond nia em fun o do alto ndice de professores leigos atuando sem a habilita o m nima exigida e com o objetivo de atender s diretrizes da LDB n 9394 96 e Lei n 9424 96 do Fundo Nacional de desenvolvimento do Ensino Fundamental FUNDEF que permitia investimentos na capacita o de professores foi criado em 2000 pela UNIR em parceria com a Funda o Rio Madeira RIOMAR 2 Programa Especial de Habilita o e Capacita o para professores Leigos PROHACAP para possibilitar o acesso a cursos de licenciatura aos professores leigos da rede p blica estadual e municipal de ensino A parceria foi inicialmente firmada entre a UNIR RIOMAR Secretaria Estadual de Educa o SEDUC e secretarias municipais de educa o Nos anos seguintes o Sindicato dos Trabalhadores em Educa o de Rond nia SINTERO e o Sindicato dos Servidores Federais SINDSEF para atender aos professores filiados tamb m integrou essa parceria entre a UNIR e RIOMAR CORDEIRO 2006 TAMBORIL 2005 O Programa destinava se a forma o inicial de professores em n vel superior nas reas de Pedagogia Letras Geografia Hist ria Matem tica e Educa o F sica sendo que era realizado de forma simult nea com a pr tica docente j que os docentes j atuavam na educa o Foi operacionalizado na modalidade presencial mas de forma parcelada nos per odos de f rias escolares e feriados No per odo de 2000 a 2005 as a es
109. de pol ticas p blicas em geral Esperava se segundo Gentilini 1999 que com a descentraliza o a utiliza o dos recursos p blicos fosse dirigida mais aos fins do que aos meios e isso ampliaria a cobertura dos direitos sociais a segmentos cada vez mais amplos da sociedade Por m no caso da educa o infantil o fato de ter sido descentralizada via municipaliza o n o significou estar ao alcance de todos e todas Para que esse processo avance os governos federal e estadual n o podem se furtar em fazer valer o regime de colabora o na perspectiva da democratiza o do acesso e da qualidade dessa etapa da educa o b sica Pelo que analisamos a rede municipal tamb m contou com diferentes atores para ampliar esse direito social Educa o Infantil Na mensagem C mara Municipal o prefeito registrou essa preocupa o no PPA 2006 2009 destacando que precisaria da colabora o de outros setores para a consecu o dos objetivos l propostos Isso de fato ocorreu no caso da Educa o Infantil a partir do PROAFINC realizado em parceria com as escolas comunit rias particulares e confessionais A gest o da educa o municipal tamb m passou por altera es durante esse per odo analisado e foi em alguns momentos o calcanhar de aquiles para o desenvolvimento da pol tica na administra o municipal e nas escolas e isso dependeu do paradigma adotado em cada per odo conforme definido por Bordignon e Gracindo 200
110. demandas e sem as condi es m nimas para atend las Inclus o de crian as com necessidades educativas especiais As professoras queixam se da pol tica de inclus o de crian as com necessidades educativas especiais Suas inquieta es est o ligadas ao n mero de alunos em sala de aula e forma o docente ao despreparo cient fico e pedag gico docente pra lidar com as necessidades das crian as Inclui nessa situa o a falta de profissionais na escola da rea de sa de e de psic logos que segundo elas deveria compor o quadro de funcion rios lotados na escola Uma professora afirma que com a inclus o das crian as com necessidades educativas especiais na escola as mesmas ficam ainda mais marginalizadas pois se deparam com profissionais sem a devida forma o Criticam os cursos de forma o em magist rio que segundo elas n o as capacitaram para enfrentar esse desafio da inclus o Alertam tamb m para o fato de que em algumas escolas h casos em que em uma mesma turma h alunos com defici ncias diferentes a quest o que a colega j falou sobre o tempo que n s ficamos no curso e que as situa es que vemos s o 28 alunos numa sala de aula Eu trabalho turma de quatro anos ent o tem situa es que n s recebemos alunos que n o depende s de n s professores Depende do profissional da sa de do psic logo que nos precisamos de profissionais de sa de e a escola n o tem GF Profa El 2009 N o te
111. diferente No entanto tratando se de crian as de 0 a 5 6 anos seria preciso questionar qual a educa o que se almeja para a constru o de uma sociedade mais democr tica e solid ria CAMPOS 2006a Nessa l gica ser tamb m necess rio verificar at que ponto a educa o infantil hoje desenvolvida e que alcan a os v rios segmentos sociais responde as exig ncias contempor neas de aprendizagem e que respeite o direito de crian as e profissionais de se desenvolverem enquanto seres humanos Ainda sobre a qualidade importante observar a preocupa o do F rum Catarinense de Educa o Infantil 2002 publicada pelo Movimento Interf runs de Educa o Infantil do Brasil MIEIB 2002 No texto o F rum destaca o problema da exist ncia de um n mero significativo de institui es que atendem s crian as pequenas sem regulamenta o e que por isso tamb m n o s o est o inclu das nos levantamentos oficiais do MEC Para o F rum 2002 p 27 Isto se confirma quando se cruzam os dados do MEC x IBGE constatando se que muitas crian as s o atendidas em institui es n o cadastradas A diferen a de crian as frequentando creche pr escola ou classe de alfabetiza o de 26 03 nos dados do MEC x PNDA IBGE Muitos estudos sobre o panorama da real situa o do atendimento da popula o de zero a seis anos no Brasil em seus Estados e Munic pios demonstram a exist ncia de uma rede de atendimento informal al m
112. e o 101 No entanto tamb m n o foi objeto desse estudo o levantamento de como tem sido desenvolvido esse acompanhamento espec fico a cada unidade 291 contexto hist rico social e econ mico no qual a escola se insere A forma como a sociedade define os direitos da mulher e a responsabilidade coletiva pela educa o das crian as pequenas tamb m s o fatores relevantes j que a cada direito do cidad o deve o Estado ter uma responsabilidade com sua viabilidade MEC SEB 2009 p 11 Nas Pol ticas de Valoriza o Profissional forma o PCCS e condi es de trabalho Em pesquisa realizada sobre a forma o e ocupa o profissional de professoras de Educa o Infantil PAC FICO 2009 apontamos que de acordo com Tardif e Raymond 2000 os ltimos anos do s culo passado ou mais precisamente a partir dos anos de 1980 os pesquisadores norte americanos produziram estudos sobre a forma o docente divulgados em suas literaturas que v m tratando os saberes que servem de suporte para a tarefa de ensinar sendo estes saberes entendidos e organizados em duas categorias a Sentido restrito designa os saberes mobilizados pelos professores eficientes durante a a o em sala de aula por exemplo nas atividades de gest o da classe e de gest o da mat ria saberes esses que foram validados pela pesquisa e que deveriam ser incorporados aos programas de forma o de professores p 212 b Sentido
113. e a Confer ncia Municipal para a Educa o Infantil PORTO VELHO 2009 p 14 A Proposta Pol tica Pedag gica organizada em sete cap tulos discute as seguintes tem ticas Pol tica P blica para a Educa o Infantil Desenvolvimento Infantil de O a 5 anos O Curr culo da Educa o Infantil Orienta es Gerais Sequ ncia e Organiza o dos Conte dos da Educa o Infantil Orienta es para Organiza o da Escola Orienta es Pedag gicas para Creches e Pr Escola e Avalia o na Educa o Infantil A SEMED informou que exemplares da Proposta foram distribu dos nas escolas de Educa o Infantil do Munic pio visando subsidiar os profissionais que atuam na Educa o Infantil 5 3 5 Infra estrutura f sica e pedag gica das Escolas de Educa o Infantil de Porto Velho uma amostragem De acordo com documentos do pr prio Minist rio da Educa o a infra estrutura f sica e pedag gica das escolas crit rio para se definir padr es m nimos de qualidade Como vimos no cap tulo Il Korczak 1997 no s culo passado j lamentava as quantas repreens es amargas que s vezes fazemos s crian as em 206 fun o de erros cometidos pelos arquitetos que n o souberam pensar o projeto de constru o voltado para as necessidades e caracter sticas da inf ncia o que leva nos a trabalhos suplementares e aborrecimentos Tamb m vimos FARIA 1999 que na organiza o do espa o a diversidade cultural deve s
114. e em 1978 ampliou esse atendimento para quatro tendo em 2009 sete salas de aula e o Servi o Social da Ind stria SESI ambos atendendo dependentes dos benefici rios desses segmentos atuantes no Munic pio de Porto Velho Relato 3 Jos lia Gomes Neves Jos lia Gomes Neves que nos concedeu esse relato em 2009 foi professora na educa o infantil e tamb m atuou como t cnica na Secretaria Estadual de Educa o SEDUC no per odo de 1988 a 1991 e na Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho no ano de 1993 e in cio de 1994 lembra que os cursos de forma o para o magist rio nunca tiveram a preocupa o de preparar as professoras para a educa o infantil A forma o considerava apenas as s ries iniciais do ensino fundamental na poca prim rio Sua fala denuncia a dist ncia que havia entre a forma o e a realidade social o que implicava em conhecimentos 127 pedag gicos mais espec ficos para atuar com crian as menores de sete anos e tamb m em escolas de periferia que atendiam aos cidad os e cidad s reais As escolas de forma o docente Institutos de Educa o em n vel m dio magist rio de modo geral tinham anexos onde funcionavam as turmas das s ries iniciais local da forma o pr tica das alunas e alunos dos Institutos Tais anexos eram conforme as condi es da poca melhor equipados e o est gio era desenvolvido em condi es ideais e poss veis embora somente naquele conte
115. em todas as diferentes institui es de educa o infantil para as crian as pequenas de O a 6 anos o espa o f sico expressar a pedagogia adotada Peter Moss 2005 compreende n o haver um nico conceito universal e objetivo de qualidade pois qualquer defini o de qualidade fundamentada em valores sendo espec fica a contextos Ele questiona os trabalhos que discutem o conceito de qualidade vindo dos Estados Unidos pois s o fortemente influenciados por id ias modernistas m todos positivistas e pela disciplina da psicologia do desenvolvimento Esses trabalhos segundo ele entendem que existe uma realidade chamada qualidade que objetiva real universal conhecida e mensur vel e que por isso pode ser descoberta pelos especialistas que aplicam a tecnologia e o conhecimento corretos Assim preciso considerar outros aspectos para se pensar a qualidade A quest o entre diferentes identidades tem contribu do para a nfase na necessidade de uma relativiza o de perspectivas na defini o de padr es de atendimento educacional Nesse sentido o autor entende que e a qualidade um conceito relativo baseado em valores 9 Em 1991 foi publicado o documento Qualidade dos servi os s crian as documento de discuss o elaborado por integrantes da Rede Europ ia de Atendimento Infantil coordenada por Peter Moss Universidade de Londres Mais recentemente os conceitos l definidos foram ressignificados cons
116. ensino fundamental A escola de Educa o Infantil al m de tantos aspectos importantes para a vida e desenvolvimento das crian as deve ajudar essas mesmas crian as a diferenciarem n o pela fala mas pela a o o que ser aluno o papel do aluno E isso poss vel de se fazer mas de forma l dica e real N o porque as crian as na educa o infantil adoram as brincadeiras de faz de conta que tamb m a escola dever fazer de conta que tem os espa os adequados A fantasia da crian a existe exatamente porque h algo de real que copia enquanto forma para da criar e recriar o mundo E n o estamos falando em pr ticas conteudistas a partir de modelos j criados pela escola fundamental mas de espa os necess rios que inclusive a escola fundamental s vezes n o sabe ainda utilizar muito bem Quando falamos da necessidade de se pensar em propostas necess rias e poss veis entendemos que os conv nios com escolas particulares comunit rias e confessionais para o atendimento Educa o Infantil precisam ser extintos mesmo que de forma gradativa pois essas institui es cumprem um papel social e assumem com defici ncia o papel do Estado Por outro lado quando a gest o 315 municipal faz esse tipo de conv nio sua inten o atender um maior n mero de crian as com menor custo e isso implica em diminuir tamb m a qualidade Nesse sentido sem negar a contribui o dessas institui es na oferta inclusive r
117. escolas municipais possuem o m nimo o caso de salas de aula conforme o n mero de turmas que atendem cozinha despensa para a guarda dos g neros aliment cios banheiros fora das salas para meninos e meninas conforme mostraram os dados levantados Por m n o o m nimo necess rio 297 Acrescentamos que deveriam contar com um p tio coberto para a locomo o das crian as dos das funcion rios as e familiares brinquedoteca e quadra O parque infantil foi informado como existente em nove das 13 escolas o que pedagogicamente consideramos fundamental pois demonstra preocupa o com os aspectos inerentes ao desenvolvimento infantil No entanto as professoras de algumas escolas apontam os mesmos como inadequados aos espa os dispon veis pela escola para mont los Outra aus ncia nas escolas a rea verde pois apenas cinco unidades escolares afirmaram contar com esse espa o e as que informaram geralmente possuem apenas algumas rvores Tamb m em seis das escolas pesquisadas n o h espa os e equipamentos acess veis s crian as com necessidades especiais que estejam em conformidade com o que sugere o Decreto Lei n 5 296 2004 e banheiros nas salas de aula ainda n o realidade nem para a metade das escolas pesquisadas e banheiro para os funcion rios h na maioria mas ainda n o em todas as escolas de Educa o Infantil No entanto a literatura dispon vel inclusive os documentos oficiais aponta que espa os e
118. f sica existente quadro reduzido de profissionais inexist ncia de materiais pedag gicos de limpeza e merenda escolar insuficiente e aus ncia de Proposta Pedag gica da Secretaria para orienta o s escolas Outro problema grave enfrentado pela Secretaria segundo o referido documento foi a falta de previs o or ament ria para a Educa o Infantil para o exerc cio da gest o em 2005 Essa situa o de falta de or amento tamb m foi ressaltada pelo prefeito do Munic pio de Porto Velho em informa es divulgadas por ocasi o da Confer ncia Municipal de Educa o Infantil do Munic pio De acordo com o prefeito a falta de or amento para a Educa o Infantil fez com que a Prefeitura fizesse remanejamentos de recursos tirando dinheiro de outras reas para investir na Educa o Infantil j que segundo ele a 1 etapa da Educa o B sica contribui com a forma o do ser humano A solu o encontrada pela SEMED no caso das escolas comunit rias confessionais e particulares que mesmo recebendo alguma ajuda da SEMED cobravam taxas foi criar um Programa denominado de Programa de Apoio Financeiro s Institui es Comunit rias Filantr picas e Confessionais PROAFINC conforme aparece no PPA 2006 2009 Programa 022 Transfer ncias de Recursos Destinados s Escolas PROAFINC Esse programa foi implantado pela primeira vez em 2005 tendo sido criado pelo Decreto n 9 751 de 21 de mar o de 20054 Pelo Prog
119. infantil conquistas e desafios In FUNDA O VICTOR CIVITA Reescrevendo a educa o proposta para um Brasil melhor S o Paulo tica Scipione 2006b p 91 102 CAMPOS M M M FULLGRAF J WIGGERS V A qualidade da educa o infantil brasileira alguns resultados de pesquisa In Cadernos de Pesquisa v 36 n 127 jan abr 2006 p 87 128 CAMPOS M M M HADDAD L Educa o infantil crescendo e aparecendo In Cadernos de Pesquisa S o Paulo v 80 p 11 20 fev 1992 CAMPOS M M M A legisla o as pol ticas de educa o infantil e a realidade desencontros e desafios In MACHADO Maria L cia de Arruda Org Encontros e desencontros em Educa o Infantil 2 ed S o Paulo Cortez 2005 p 27 33 CARREIRA D PINTO J M R Custo Aluno Qualidade inicial rumo educa o p blica de qualidade no Brasil S o Paulo Global Campanha Nacional pelo Direito Educa o 2007 CASTIEL S M M C Ra zes de Rond nia Porto Velho Centro Gr fico do Senado Federal 1990 CASTRO M L S de A educa o na Am rica Latina Antigos dilemas In Educa o Porto Alegre v 31 n 2 maio ago 2008 p 182 188 CHARLOT B Forma o de professores a pesquisa e a pol tica educacional In PIMENTA Selma Garrido GHEDIN Evandro Org Professor reflexivo no Brasil g nese e cr tica de um conceito 3 ed S o Paulo Cortez 2005 CHESNAIS F A mundializa o do capital Trad Silvana Finzi Fo
120. isso No entanto na fala do secret rio daquela gest o percebe se a preocupa o para que os recursos da educa o fossem investidos somente em educa o mas n o necessariamente em Educa o Infantil Sua a o foi no sentido de garantir que isso acontecesse Houve uma disputa muito grande nossa quando assumimos ali inclusive pra que os recursos destinados educa o fossem destinados educa o Eu me lembro que a secretaria municipal de educa o era como se fosse m e das outras secretarias porque todo tipo de atividade de a es dependiam da Secretaria de Educa o pela verba destinada e pelo volume de recursos que tinha a educa o que j n o era o suficiente para atender a demanda Ent o n s tivemos que encarar a uma briga muito grande pra que o dinheiro fosse investido na educa o e n o que tiv ssemos que disponibilizar para outras secretarias de esporte de a o social at mesmo com outras finalidades ent o ali n s conseguimos aproveitar no m ximo esses recursos que j eram escassos e eram priorizados pro ensino fundamental Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 237 No que se referia gest o dos recursos uma sa da foi a descentraliza o via programas O Programa de Apoio Financeiro s Escolas Municipais PROAFEM foi uma a o implementada que segundo o secret rio MJ impactou positivamente na aquisi o de materiais de consumo para as escolas Tanto que a nossa preocu
121. m do direito de estar na escola ter uma educa o que responda s suas necessidades vitais emocionais sociais culturais e psicomotoras de desenvolvimento Contudo a quest o colocada refere se a como garantir essa educa o de qualidade Vimos no cap tulo VII que essas mesmas pesquisas investigaram sobre o conceito de qualidade na Educa o Infantil e que ambas precisam ser consideradas na defini o das pol ticas p blicas para essa etapa Se n o poss vel estabelecermos um conceito universal para a quest o da qualidade e nem bom que se fa a esta tamb m n o est livre de considera es fundamentais como as sintetizadas por Campos Coelho e Cruz 2006 concluindo que a qualidade um conceito socialmente constru do e sujeito s constantes negocia es pois dependente do contexto e baseia se em direitos necessidades demandas conhecimentos e possibilidades Tais aspectos necessariamente dever o ser colocados na pauta da defini o de crit rios de qualidade pois tal defini o est no dizer das autoras constantemente tencionada por essas diferentes perspectivas Os estudos de Carreira e Pinto 2007 consideram que para pensar a qualidade numa perspectiva democr tica ou seja escola infantil de qualidade para todos e todas os as que a ela queiram ter acesso faz se necess rio come ar pela discuss o do conceito de efici ncia Neste caso para os autores as perguntas principais seriam que e
122. n o haveria e n o h a possibilidade de atender com qualidade nos termos em que j defendemos aqui e que j foram defendidos pelo pr prio MEC Os dados nos autorizam afirmar que em fun o da pouca aten o e da n o prioriza o do atendimento Educa o Infantil que trouxe como consequ ncia um per odo 1999 2004 de reduzida amplia o de matr culas na rede municipal e redu o ou estagna o de matr culas nas redes estadual e particular o munic pio chegou em 2008 sem cumprir parte das metas do PNE pois a soma das metas parcialmente atendidas e n o atendidas resultam em n mero maior que as metas totalmente atendidas E n o demais lembrar que essas metas n o s o o necess rio seriam o poss vel em dado momento 105 Exceto o atendimento creche pela rede estadual que foi ampliado em 120 no per odo de 1999 a 2004 303 Ressaltamos que na an lise da n o prioriza o da Educa o Infantil deve se considerar conforme j apontamos a influ ncia negativa do FUNDEF na indu o da redu o de investimentos na Educa o Infantil por parte das municipalidades bem como a n o colabora o do Estado e Governo Federal na amplia o do atendimento a essa etapa A rede estadual deixou de atender momentaneamente o maior n mero de crian as da Educa o Infantil e a prefeitura n o conseguiu abarcar aquela demanda n o mais atendida pelo Estado importante observar que se o munic pio apresenta
123. na organiza o dos grupos turmas h uma orienta o que n o obrigat ria prescrita no artigo 13 da Resolu o 081 1998 sobre a rela o adulto crian a Os par metros para a organiza o de grupos decorrer o das especificidades da proposta pedag gica recomendada a seguinte rela o adulto crian a Em creches a crian as de zero a um ano at seis crian as por professora b crian as de dois a tr s anos at 12 crian as por professora Il Em pr escolas a crian as de quatro a seis anos at 20 crian as por professora Essa estrutura organizacional da educa o municipal s foi alterada pela Lei Complementar n 267 de 24 de outubro de 2006 No entanto a estrutura proposta na Resolu o 081 1998 at o ano de 2009 ainda n o havia sido alterada O que estaria velado nessa ambiguidade Seria uma forma de evitar que o poder p blico 138 fosse obrigado a matricular as crian as de seis anos de idade j que apenas o ensino fundamental era obrigat rio Tamboril 2000 p 37 38 que desenvolveu sua disserta o de mestrado sobre o aproveitamento escolar do Munic pio de Porto Velho e estudou o per odo de 1990 a 1997 registra que com a elei o em 1996 de Francisco Jos Chiquilito Coimbra Erse pela segunda vez para prefeito de Porto Velho este assume o cargo em 1 de janeiro de 1997 e indica como Secret rio Municipal de Educa o M rio Jorge Medeiros e como diretora do Departam
124. ncia t cnica ser o fundamentais tanto em n vel de gest o municipal quanto na gest o escolar De acordo com os relat rios e entrevistas realizadas com a secret ria de educa o da ltima gest o e com diretoras das escolas municipais o per odo de 2006 a 2008 esteve mais aberto participa o social considerando que foram realizadas confer ncias e v rias oficinas que possibilitaram comunidade escolar participar e opinar sobre os rumos da Educa o Infantil municipal No entanto observamos na fala das professoras a presen a de um descontentamento com as pol ticas de forma o docente tanto inicial quanto continuada com as pol ticas salariais bem como com a infra estrutura f sica e pedag gica das escolas Essas insatisfa es satisfa es e inadequa es adequa es poderiam ser colocadas na avalia o das pol ticas p blicas pois uma gest o que se quer democr tica requer tamb m avalia o capaz de informar de modo fundamentado e pertinente a democratiza o tanto das delibera es e tomadas de decis o como da execu o avalia o e aprimoramento de tais decis es e pr ticas delas decorrentes A avalia o para um paradigma emergente opera como media o em processos e pr ticas de gest o colegiada e participativa em todas as inst ncias educacionais Considera tamb m a elabora o implementa o e avalia o como aspectos indissoci veis e interdependentes da gest o educacional A avalia o tem
125. nem assim foram alcan adas por falta de recursos para o financiamento das mesmas haja vista que todas as que indicavam fontes de financiamento foram vetadas pelo presidente Fernando Herrique Cardoso evidenciando se que metas e mais metas poderiam ser previstas desde que n o impactassem legal e objetivamente em recursos financeiros p blicos Pelo exposto at aqui fica nos a certeza de que ser preciso investir mais na Educa o Infantil e prioriz la com recursos suficientes Todos os aspectos que implicam na qualidade da educa o infantil do lugar que ainda ocupa s o dependentes de aportes financeiros A expans o depende da rede f sica e de equipamentos de quadro profissional qualificado docentes e n o docentes de merenda escolar de recursos pedag gicos de despesas mensais de custeio com a manuten o das escolas enfim mais crian as mais despesas N o d para falsear 308 ou fazer arranjos que s aumentam n meros e mesmo assim insuficientes e evidenciam que para pobres a educa o tamb m poder ser pobre negando um direito a todas independente de situa o econ mica ao acesso Educa o Infantil de qualidade Parafraseando Freire 2000 esse investimento ter sentido pois o ser em nome de uma raz o valiosa um ideal um sonho al m do risco que a inf ncia e a garantia de seus direitos conquistados mas que precisam ser materializados possibilitando s crian as uma vida e desenvolvimen
126. nomea o dos Diretores e dos Vice Diretores das unidades escolares da Rede P blica Municipal de Ensino observando a classifica o e tipologia das escolas para um mandato de 03 tr s anos contados a partir de sua nomea o e ainda considerando que alguns pleitos n o encerrariam em mesma data e que at 2007 v rias escolas foram criadas o que implicaria no n o cumprimento do art 5 daquela Lei a SEMED com autoriza o do poder executivo municipal reconduziu os diretores j eleitos e a elei o direta concomitantemente em todas as unidades da Rede P blica Municipal de Ensino ser realizada em 2010 Entendemos que as bases para a constru o de uma gest o genuinamente democr tica est o criadas mas ser preciso que esta seja realmente a inten o do poder p blico municipal pois caso contr rio acordos novas leis e novos decretos v o alterando as formas de gest o Conforme o Artigo 15 da LDB n 9394 96 Os sistemas de ensino assegurar o s unidades escolares p blicas de educa o b sica que os integram progressivos graus de autonomia pedag gica e administrativa e de gest o financeira observadas as normas gerais de direito financeiro p blico Neste caso Paro 2002 conjugando com o pensamento de Santom 2003 e Azevedo 2002 chama a aten o para que em rela o autonomia administrativa n o confundir descentraliza o de poder que se d na medida em que se possibilita aos destinat
127. o infantil n o aparecem nos balancetes Os valores apresentados n o seriam suficientes para cobrir as despesas j que houve matr cula e portanto havia docentes para essas turmas de educa o infantil e consequentemente folha de pagamento dessa etapa al m de outras despesas b sicas como material pedag gico pr dios e transporte escolar para a educa o no campo Isso mostra uma falha na metodologia dos balancetes apresentados at o ano de 2005 A partir do PPA 2006 2009 as despesas totais com educa o infantil j est o destacadas nos balancetes de presta o de contas da SEMPLA PMPYV enviados ao Tribunal de Contas do Estado Pelos valores apresentados nos balancetes conforme os dados apresentados referentes aos recursos investidos em educa o apenas 0 05 dos valores vinculados MDE foram destinados Educa o Infantil no ano de 1999 Ou seja 160 recursos insignificantes frente demanda do munic pio Em 2003 a SEMED investiu 0 29 dos recursos da MDE em Educa o Infantil mas em 2004 o investimento foi zero De 1999 a 2003 todos os recursos da MDE foram aplicados na Educa o Infantil e no Ensino Fundamental No entanto no Ensino Fundamental foram aplicados mais de 99 dos recursos vinculados Em 2005 o investimento em Educa o Infantil aumentou para 1 36 dos recursos da MDE e em 2008 chegou a 8 73 Se compararmos com o n mero de crian as atendidas veremos que ao passo em que aumentou o n mero d
128. o ciclo das usinas hidrel tricas do Rio Madeira As caracter sticas e motiva es que levam o Brasil a investir na constru o das hidrel tricas n o nos parecem t o diferentes dos momentos anteriores de explora o dessas terras A ocupa o e coloniza o da Amaz nia e das terras que hoje s o de Rond nia foram motivadas tendo como base a necessidade de um grande n mero de grupos e indiv duos interessados na explora o e acumula o de riquezas A Amaz nia apresentava como potencial produtivo nos primeiros tempos o extrativismo vegetal e mineral no vale do Madeira a coleta de drogas do sert o cacau nativo canela cravo salsaparrilha urucum quina anil baunilha e leo de copa ba e no vale do Guapor prevaleceu a extra o do ouro e de produtos vegetais como as drogas do sert o al m da comercializa o de ind genas como escravos Os ind genas tamb m representavam a principal m o de obra na coleta dos produtos vegetais da floresta j que esta era por eles muito conhecida e os mesmos tinham grande habilidade para se deslocar no meio da vegeta o 101 Conforme Medeiros 2004 com o desenvolvimento alcan ado no final do s culo XVIII e in cio do s culo XIX com a revolu o industrial e com ela o surgimento da m quina a vapor iniciou se no Brasil a era da constru o de ferrovias Como uma das vias para se chegar a outras cidades da Amaz nia era a fluvial descendo os rios Guapor Mamor
129. o e desenvolvimento dessa etapa Destarte considerando os lugares ocupados pela primeira etapa da Educa o B sica no contexto das pol ticas p blicas do munic pio de Porto Velho e nossa certeza de que sem recursos financeiros dificilmente se far a expans o qualitativa da Educa o Infantil seremos mais propositivas em rela o ao lugar que a Educa o Infantil dever ocupar no rol das pol ticas p blicas municipais Arriscar nos emos em algumas assertivas no sentido de apontar considera es que nos possibilitem sairmos do lugar de constata o e de den ncia e assumirmos o lugar de indica o de possibilidades ou do an ncio Deste modo de todo o retrato da escola de educa o infantil municipal que apresentamos nos cap tulos anteriores tentaremos evidenciar o que precisa ser melhorado para o alcance da qualidade da Educa o Infantil na forma como colocamos neste estudo Numa perspectiva piagetiana e freireana sonhar sonhos poss veis nos parece necess rio nesse momento entendendo o necess rio como o que n o pode n o ser mas deve ser Muitas a es seriam necess rias para que a Educa o Infantil atendesse a um padr o m nimo de qualidade Contudo o necess rio n o o real de hoje e s vezes n o ser poss vel alcan lo de forma direta mas trilhando diferentes 307 caminhos Parece nos que este o caso atual da Educa o Infantil no munic pio de Porto Velho O necess rio que haja escolas c
130. o estadual uma orienta o importante 136 Em 1988 ao passo em que a Educa o Infantil constitui se direito da crian a e sua fam lia tamb m deixa de ser responsabilidade do Estado passando a ser dos munic pios Nesse sentido passamos a apresentar a organiza o do sistema municipal de educa o do Munic pio de Porto Velho objeto desse estudo Desde o ano de 1980 a prefeitura do Munic pio de Porto Velho j atendia Educa o Infantil conforme mostram os dados do censo Quadro 10 p 117 deste cap tulo e o direito educa o dessa etapa foi assegurado na Lei Org nica do Munic pio de 1990 O artigo 7 dessa Lei declara que Ao Munic pio compete prover tudo quanto diga respeito ao seu particular interesse e ao bem estar de sua popula o cabendo lhe privativamente dentre outras as seguintes atribui es VI manter com a coopera o t cnico financeira da Uni o e do Estado programas de educa o pr escolar e de ensino fundamental Hoje o Sistema Municipal de Ensino tem seu amparo legal em n vel nacional na Carta Magna de 1988 e na LDB n 9394 2006 e em n vel Estadual destaca se o citado artigo 188 da Constitui o do Estado de Rond nia de 1990 Este preconiza que O Estado e os Munic pios organizar o em regime de colabora o seus sistemas de ensino E no par grafo nico ressalta que Os Munic pios organizar o os seus sistemas de ensino tendo em vista a sua capacidad
131. o hist rico a crian a produto de uma dada 314 cultura mas de tamb m consider la produtora da mesma ANGOTTI 2006 p 20 Os documentos que orientam os par metros de qualidade para a Educa o Infantil partem desse conceito de crian a e por isso na aus ncia de algo melhor sua observ ncia necess ria na defini o das pol ticas locais que implicam inclusive em projetos de constru o de escolas para a amplia o da rede f sica Vimos neste estudo que h aus ncia nas escolas de Educa o Infantil de aspectos essenciais para a educa o das crian as Por essa raz o faz se necess rio que em todas as escolas haja parque infantil rea verde brinquedoteca e sala de leitura e ou biblioteca com tamanho e com materiais adequados ao n mero de crian as e s suas caracter sticas e necessidades garantindo se ainda a acessibilidade a todas em todos os espa os No caso de brinquedoteca a carta enviada ao Ministro da Educa o em 29 07 2010 pela Rede Nacional Primeira Inf ncia RNPI 2010 lembra que A aus ncia de brinquedos na educa o infantil se equipara n o exist ncia de livro did tico no ensino fundamental Depois como imaginar encontrar alunos l no ensino fundamental leitores produtores de textos e que saibam e ou que tenham autonomia para irem a uma biblioteca pegar um livro ou pesquisar algo se se incentiva e se mostra a necessidade desses espa os somente l no
132. o qualitativa em educa o uma introdu o teoria e aos m todos Portugal Porto Editora LTD 1994 BORDIGNON G GRACINDO R V Gest o da Educa o o munic pio e a escola In FERREIRA Naura Syria Carapeto AGUIAR M rcia Angela da S Gest o da educa o impasses perspectivas e compromissos S o Paulo Cortez 2000 BOURDIEU P PASSERON J C A reprodu o elementos para uma teoria do sistema do ensino Rio de Janeiro Francisco Alves 1975 BRASIL M das G A Uma nova perspectiva no ensino da Pr Escola Saul Bennesby 1994 68f Monografia Especializa o em Gest o Escolar Universidade Federal de Rond nia Porto Velho 1994 Congresso Nacional Constitui o Federal da Rep blica Federativa do Brasil Bras lia Senado Federal Centro Gr fico 1988 Congresso Nacional Emenda Constitucional n 53 de 19 12 2006 D nova reda o aos arts 7 23 30 206 208 211 e 212 da Constitui o Federal e ao art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias Bras lia 2006 Congresso Nacional Emenda Constitucional n 59 de 11 11 2009 Bras lia 2009 Congresso Nacional Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal Lei n 101 de 4 de maio de 2000 Bras lia 2000 Congresso Nacional Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Lei n 9 394 96 de 20 de dezembro de 1996 Di rio Oficial da Uni o Bras lia 23 de dezembro de 1996 Congresso Nacional Lei
133. odos da col nia do Imp rio da consolida o da Rep blica Tais aspectos fazem parte se se pode assim dizer da cultura pol tica brasileira Mas isso n o significa que a descentraliza o e a gest o democr tica sejam imposs veis ou invi veis Seguindo a discuss o sobre as pol ticas educacionais iniciadas nos anos de 1990 a descentraliza o foi pol tica incentivada mas n o necessariamente garantida pelo Estado brasileiro Ela foi induzida a partir da defini o de pol ticas que respondiam aos anseios dos rg os financiadores de recursos financeiros ou seja s condi es pol ticas exigidas para se obter empr stimos tanto no Banco Mundial BM BIRD quanto do Fundo Monet rio Internacional FMI SHIROMA MORAES EVANGELISTA 2004 37 No entanto a descentraliza o sempre foi considerada como uma condi o para a realiza o do ideal democr tico p s regime militar no sentido de fortalecer institucional e politicamente os munic pios e conferir poder efetivo aos gestores Significava tamb m o rompimento com estruturas pol ticas tradicionais centralizadas Por m se de fato a pol tica educacional brasileira descentralizada n o pensamento consensual entre os te ricos da educa o ou seja que tenha sido viabilizada visando a democratiza o da educa o e a universaliza o em todos os n veis A t pica descentraliza o garantia a apar ncia de rela es democr ticas entre as esferas
134. oferta de emprego Sem uma an lise mais detalhada sobre os argumentos do Banco Mundial ficamos com a impress o de que suas inten es eram humanistas e que suas diretrizes estavam realmente voltadas para resolver os problemas sociais enfrentados pela humanidade e as urgentes quest es planet rias Por m conforme Shiroma Maraes e Evangelista 2004 as regras do sistema financeiro que governam o sistema capitalista est o presentes nas transa es entre empr stimos e financiamentos de programas sociais nos pa ses pobres ou em desenvolvimento e para cada d lar emprestado significa tr s d lares de retorno p 73 Isso pode ser inferido do discurso que fala em qualidade democratiza o do acesso mas sem cogitar a id ia de maior investimento de recursos financeiros em mesma propor o daquilo que se almeja Pois no caso da educa o a raiz das desigualdades educacionais segundo o BM constitu a se na m distribui o dos gastos com educa o e por isso a pol tica educacional proposta foi centrada no acesso na qualidade da educa o b sica e na gest o dos recursos com avalia o dos resultados mas n o no aumento do financiamento para suprir as reais necessidades BRASIL 1995 36 1 2 Descentraliza o e municipaliza o das pol ticas educacionais Importa tamb m apresentarmos dois aspectos da pol tica nacional que foram importantes para a implementa o do projeto educacional e das pol ticas de edu
135. os naturais culturais e de lazer da sua localidade As professoras realizam atividades com as crian as nas quais os saberes das fam lias s o considerados e valorizados As professoras criam oportunidades para que o contato das crian as com a quantifica o e a classifica o das coisas e dos seres vivos seja feito por meio de jogos hist rias situa es concretas e significativas 3 Crian as tendo experi ncias agrad veis e saud veis com o pr prio corpo As professoras ensinam as crian as a cuidar de si mesmas e do pr prio corpo As professoras atendem de imediato as crian as em suas necessidades fisiol gicas com aceita o e acolhimento A institui o considera o ritmo da crian a na retirada das fraldas e no aprendizado do controle do xixi e do coc 4 Crian as expressando se por meio de diferentes linguagens pl sticas simb licas musicais e corporais As professoras possibilitam que as crian as ou am e cantem diferentes tipos de m sicas As professoras incentivam as crian as a produzir pinturas desenhos esculturas com materiais diversos e adequados faixa et ria As professoras realizam com as crian as brincadeiras que exploram gestos can es recita es de poemas parlendas As professoras organizam espa os materiais e atividades para as brincadeiras de faz de conta As professoras promovem a participa o das crian as com defici ncia em todas as atividades do cotidiano
136. p 75 89 OLIVEIRA R P de Org Pol tica educacional impasses e alternativas 2 ed S o Paulo Cortez 2001 OLIVEIRA R P de ADRI O T Org Gest o Financiamento e Direito Educa o An lise da LDB e da Constitui o Federal 2 ed S o Paulo Xam 2002 OLIVEIRA S M L A legisla o e as pol ticas nacionais para a educa o infantil avan os vazios e desvios In MACHADO Maria L cia de Arruda Org Encontros e desencontros em Educa o Infantil 2 ed S o Paulo Cortez 2005 35 42 PAC FICO J M Forma o e ocupa o profissional de professoras de educa o infantil do munic pio de Vilhena RO In IV Encontro Iberoamericano de Educa o IV EIDE Eixo Tem tico 6 Forma o do Educador trabalho docente e pr ticas pedag gicas Araraquara SP UNESP 2009 O olhar de Reich para a Educa o o papel da frustra o e do desejo In Saber da Amaz nia Porto Velho v 1 p 105 114 2004 PARO V H Gest o democr tica da escola p blica S o Paulo tica 2002 PATTO M H S A produ o do fracasso escolar hist rias de submiss o e rebeldia 4 ed S o Paulo T A Queiroz 1990 PENIN S Cotidiano e Escola a obra em constru o 2 ed S o Paulo Cortez 1995 PEREGRINO Jr Hist rias da Amaz nia contos Rio de Janeiro Jos Olympio 1936 PERRENOUD P Avalia o da excel ncia a regula o das aprendizagens entre duas l gicas Porto Alegre Artm
137. para o atendimento pr escola atendeu crian as menores de sete anos J mais pr ximo do final da d cada de 1940 tem se o registro de que no Grupo Escolar Bar o de Solim es p blico foi instalado o Jardim de Inf ncia em 12 de abril de 1949 pelo Governador Joaquim de Ara jo Lima Estes s o at ent o os nicos registros que se tem de atendimento s crian as pequenas at meados do s culo passado No entanto o documento Diretrizes para a Educa o Infantil Estrutura Organiza o e Funcionamento elaborado em 1997 pela Secretaria de Educa o do Estado de Rond nia SEDUC registra que em Rond nia o in cio do atendimento Educa o Infantil p blica data dos anos de 1950 quando foram criados dois Jardins de Inf ncia p blicos o Jardim de Inf ncia Central no centro da cidade que atendia cerca de 200 crian as na faixa de 4 a 6 anos mas que funcionou durante poucos anos o Jardim de Inf ncia Murilo Braga criado em 1957 passando posteriormente a funcionar como escola de Ensino Fundamental na poca prim rio 12 a 4 s rie Observa se que se at a d cada de 1950 o atendimento s crian as menores de sete anos praticamente inexistiu tal realidade n o foi diferente nas duas d cadas 53 ver Ap ndice D 112 seguintes conforme se pode observar nos quadros de 8 a 10 Seria at destoante com o olhar de hoje falar em qualidade da educa o naquela poca j que a precariedade era total
138. pela iniciativa privada Consideramos nesse sentido o que disse Paulo Freire 1992 p 91 92 nos alertando para o fato de que Sonhar n o apenas um ato pol tico necess rio mas tamb m uma conota o da forma hist rico social de estar sendo de mulheres e homens Faz parte da natureza humana que dentro da hist ria se acha em permanente processo de tornar se N o h mudan a sem sonho como n o h sonho sem esperan a A compreens o da hist ria como possibilidade e n o determinismo seria inintelig vel sem o sonho assim como a concep o determinista se sente incompat vel com ele e o nega Se n o acreditarmos no determinismo nem na linearidade da hist ria mas em processo dial tico haver possibilidades mas ser preciso busc las Deste modo sem deixar de atender a educa o b sica de modo geral e outros setores sociais atender com prioridade a Educa o Infantil pois as crian as s o do hoje s o do agora e suas vidas n o podem esperar O futuro come a com o hoje e n o no futuro O tempo das crian as o tempo presente Amanh elas n o ser o mais crian as e precisar o da mem ria de uma inf ncia saud vel feliz com aprendizagens significativas e com s lidos conte dos sociais ticos morais ecol gicos e humanit rios para continuar a vida social e individual conte dos esses que a Escola de Educa o Infantil de boa qualidade poder possibilitar Entendemos que tais de
139. pequena Como entendemos o mundo no qual vivemos hoje O que queremos para as nossas crian as aqui e agora e no futuro p 24 Ao que acrescentamos o que querem as nossas crian as aqui e agora e no futuro Campos Coelho e Cruz 2006 p 17 contribu ram para a compreens o dessas considera es e sintetizaram as conclus es desse debate sobre qualidade da educa o entendendo que a qualidade um conceito socialmente constru do sujeito a constantes negocia es b depende do contexto c baseia se em direitos necessidades demandas conhecimentos e possibilidades d a defini o de crit rios de qualidade est constantemente tensionada por essas diferentes perspectivas A partir dessas considera es e das a es desenvolvidas pela SEMED percebemos o real lugar ocupado pela Educa o Infantil no contexto das pol ticas p blicas de educa o do munic pio de Porto Velho em v rios aspectos 286 Nas Pol ticas de Financiamento Em rela o ao financiamento do per odo de 1999 a 2004 verificamos que a aplica o de recursos foi muito pequena e no per odo de 2005 a 2008 melhorou por m ainda continuou inferior ao que se deveria aplicar O baixo investimento nessa etapa foi vis vel no per odo que recortamos para este estudo pois os dados mostraram que dos recursos investidos em educa o em 1999 apenas 0 05 dos valores vinculados MDE foram destinados Educa o Infantil o que n o represen
140. por meio da otimiza o dos gastos p blicos Apesar de os postulados democr ticos serem recorrentemente reafirmados estes se apresentam como justificativa da transfer ncia de compet ncias da esfera central de poder para as locais respaldadas em orienta es neoliberais com o objetivo de redu o do Estado s suas fun es m nimas 38 Para Santom 2003 na pol tica e no mbito dos servi os p blicos as medidas de descentraliza o partiram de duas din micas opostas Por um lado est aquela centrada na luta realizada por posi es ideol gicas progressistas Nesta a descentraliza o tem o objetivo de conquistar um maior n vel de democratiza o e envolver de forma mais direta a cidadania Assim as medidas s o fruto das demandas de uma comunidade que considera que as formas locais de governo oferecem uma participa o mais ativa e um maior controle democr tico das interven es realizadas na sociedade Nesse sentido a comunidade cria redes para participar mais ativamente do governo e do desenvolvimento da comunidade al m de bons servi os p blicos p 40 Por m para o autor esta n o seria a din mica de descentraliza o desenvolvida no Brasil dos anos de 1990 e in cio dos anos 2000 pois as pol ticas de descentraliza o voltadas a responder s demandas promovidas pelo avan o das for as neoliberais tentam enfraquecer o Estado por todos os meios poss v
141. por todos e todas Tamb m afirmam que no planejamento acompanhamento e avalia o em sala de aula com os alunos e alunas as professoras planejam e avaliam as atividades selecionam materiais e organizam os ambientes periodicamente organizam o tempo e as atividades de modo a permitir que as crian as brinquem todos os dias na maior parte do tempo tanto nas reas externas quanto internas Tamb m auxiliam as crian as na transi o de uma atividade a outra de modo que isso se d de forma tranquila As 13 escolas afirmam que a equipe da institui o conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educa o para supervisionar e avaliar o desempenho da institui o Tamb m confirmam que na pr tica do planejamento e 211 avalia o criam se condi es para que as crian as possam manifestar suas opini es Em rela o aos registros da pr tica educativa apenas nove 09 escolas afirmam que as professoras fazem registros sobre as brincadeiras viv ncias produ es e aprendizagens de cada crian a e do grupo Em rela o s dimens es 2 Multiplicidade de Experi ncias e Linguagens 3 Intera es e 4 Promo o da Sa de a maioria das escolas afirma que respondem satisfatoriamente a esses aspectos Tamb m em rela o dimens o 5 Forma o e Condi es de Trabalho das professoras e demais profissionais da escola todas as escolas afirmam que as professoras t m no m nimo habilita o em n vel m dio ou s o fo
142. qualidade na Educa o Infantil n o significa apenas aumentar as matr culas ou ter uma nica escola modelo e o restante do atendimento realizado em espa os totalmente inadequados e sem as condi es m nimas A qualidade pretendida considera v rios aspectos e dentre eles o n mero de crian as matriculadas em rela o ao n mero de crian as em potencial para a matr cula na etapa o atendimento em tempo integral 10 horas di rias a raz o adulto crian a a rela o pessoal administrativo e de apoio suficiente para o n mero de matr culas e metros quadrados para a limpeza e manuten o a infra estrutura f sica e pedag gica das escolas e que contemple a acessibilidade a forma o profissional docente e dos demais funcion rios adequada e especializada ao atendimento inclusive s crian as especiais a proposta pol tico pedag gica para a educa o infantil que contemple suas especificidades regionais e culturais o atendimento com alimenta o escolar suficiente nutritiva e de qualidade os espa os ao ar livre para atividades extra classe ou seja infra estrutura f sica e pedag gica adequadas s caracter sticas das crian as Al m desses consideramos tamb m necess rios para a defini o de qualidade aspectos apontados em documentos oficiais tais como os valores nos quais as pessoas acreditam as tradi es de uma determinada cultura os conhecimentos cient ficos sobre como as crian as aprendem e se desenvolvem
143. que o trabalho com essa etapa requer Definiu tamb m que a forma o de docentes para atuar na Educa o Infantil segundo o art 62 da LDB dever ser realizada em n vel superior admitindo se como forma o m nima a oferecida em n vel m dio na modalidade Normal Essa prerrogativa foi garantida a partir das lutas de rg os e organiza es sociais dedicadas a defender a educa o escolar da crian a de zero a tr s anos como importante para seu desenvolvimento em todos os aspectos e que consideram a escola como espa o tamb m saud vel para contribuir com essa tarefa O aspecto educativo e o cuidado s o vistos como processos indissoci veis e complementares para a inf ncia As crian as precisam de cuidados mas n o s isso As escolas precisam ter um projeto pedag gico voltado para a educa o infantil pois conforme o artigo 29 da LDB 9 394 96 a educa o infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da crian a at seis anos de idade em seus aspectos f sico psicol gico intelectual e social complementando a a o da fam lia e da comunidade Tais prerrogativas v o al m de dar banho trocar fraldas dar a alimenta o e colocar para dormir Nesse sentido Kuhlmann Jr no final da d cada de 1990 ressaltava que O reconhecimento das creches e pr escolas como parte do sistema educacional na Constitui o e na Lei de Diretrizes e Bases da Educa o pode ser caracterizado como a n
144. que visem por exemplo a solu o dos problemas de classes superlotadas por uma rela o adulto crian a minimamente condizente com as especificidades do trabalho pedag gico tamb m para os poucos recursos financeiros para a alimenta o que inclusive problema de pol tica nacional e n o apenas local e ainda para problemas de falta de materiais pedag gicos Consideramos portanto as orienta es de Bordignon e Gracindo 2000 p 148 para quem a gest o um processo pol tico administrativo contextualizado atrav s do qual a pr tica social da educa o organizada orientada e viabilizada Para os autores a gest o democr tica da educa o requer para al m de simples mudan as nas estruturas organizacionais mudan as de paradigmas que fundamentar o a constru o de uma proposta educacional e esta tanto em n vel municipal quanto em n vel da escola importante para uma boa gest o que se quer democr tica n o desenvolver o projeto de gest o municipal ou o projeto pol tico pedag gico da escola guiado por idiossincrasias mas conduzi los a partir de um paradigma bem definido e coletivo Percebemos que o paradigma que garantir a constru o da escola cidad atrav s de uma gest o democr tica cujos fundamentos s o a autonomia a Art 4 O dever do Estado com educa o escolar p blica ser efetivado mediante a garantia de IX padr es m nimos de qualidade de ensino defini
145. rela es na Fam lia e Ambiente escolar construtivismo s cio interacionismo e humanismo dentre outras PORTO VELHO 2009 Curso de P s Gradua o Lato Sensu em Educa o Infantil Em 2006 a SEMED firmou acordo com a Funda o Universidade Federal de Rond nia atrav s do Departamento de Ci ncias da Educa o N cleo de Educa o visando ao desenvolvimento de uma Especializa o em Educa o Infantil tendo a Responsabilidade Administrativo Financeira a cargo da Funda o Rio Madeira RIOMAR Para isso foi firmado contrato entre RIOMAR e Prefeitura de Porto Velho sob o n 39 PGM 2007 no valor de R 114 000 00 Cento e quatorze mil reais De acordo como Projeto o objetivo geral do curso foi Potencializar e aprimorar o desempenho dos profissionais que atuam na Educa o Infantil integrantes das escolas da rede municipal de educa o de Porto Velho promovendo uma s lida fundamenta o te rica articulada com as quest es pr ticas de modo que compreenda e atue em diferentes realidades como sujeitos respons veis e agentes de mudan as com condi es de atender s exig ncias do momento Como objetivos espec ficos o curso prop s e Aprofundar os conhecimentos te rico pr ticos relativos educa o de crian as de zero a seis anos e Promover a reflex o cr tica sobre diferentes alternativas na rea da educa o infantil construindo uma vis o contextualizada e hist rica da educa o e da sua re
146. respons vel pela implementa o de pol ticas nacionais para a Educa o Infantil responsabilidade essa definida na Constitui o Federal de 1988 e reafirmada na LDB 9394 1996 Ainda para a autora se o MEC COEDI foi omisso no que se refere regulamenta o a sociedade n o parou por a As tens es acirradas nesse per odo pela garantia da Educa o Infantil j conquistada como direito foram resultado das lutas dos movimentos sociais j consolidados e de outros mais 69 recentemente criados como foi o caso do Movimento Interf runs de Educa o Infantil do Brasil MIEIB criado em 1999 O ano de 2001 contou com a aprova o do Plano Nacional da Educa o PNE 2001 e tamb m foram elaborados v rios documentos pelo COEDI MEC com orienta es para a organiza o e atendimento da Educa o Infantil pelos sistemas de ensino embora sem grandes impactos positivos sobre a etapa Tamb m foi um per odo de muitas pesquisas sobre a Educa o Infantil ROCHA 2008 Em an lise das publica es da ANPED Rocha 2008 observa que a partir dos anos de 1990 h uma pequena redu o das pesquisas relacionadas s pol ticas socioeducativas s quais os pesquisadores vinham se dedicando na d cada anterior Aponta que nestes ltimos anos intensificaram se as pesquisas que se sustentam numa concep o de inf ncia como categoria social considerando a crian a a partir da sua heterogeneidade como sujeito social heterog neo
147. responsabilidade fiscal isso s pra citar como exemplo de algumas dificuldades que nos tivemos e a dificuldade de ordem pol tica tamb m Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Essa dificuldade n o foi apontada pela segunda gest o que no entanto apontou a dificuldade na aloca o de recursos para a Educa o Infantil que seria consegu ncia justamente dos problemas deixados pela administra o anterior No entanto aponta como dificuldade a gest o dos recursos financeiros e materiais mas apenas por parte das escolas comunit rias e n o por toda a rede municipal Diretores coordenadores presidentes de associa es que se achavam donos da Escola j estando na dire o h anos Por outro associa es dificultavam que o benef cio chegasse at as crian as Cobravam dos alunos e at escolas creche municipal com carn de pagamento para os pais Ao mesmo tempo em que queriam os benef cios n o queriam que chegasse at a comunidade Or amento muito aqu m do necess rio condi es t cnicas internas com funcion rios necessitando de forma o e de vontade de fazer acontecer Os as profissionais como profissionais da Educa o muitos as da pr pria Secretaria de Educa o n o achavam certo as crian as da El serem levadas em conta para receber recurso Alguns argumentavam que as crian as da El n o podiam receber recursos S os as do Ensino Fundamental Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010
148. ricos outros est o mais ligados aos aspectos do desenvolvimento infantil embora todos juntos busquem evidenciar a necessidade de pol ticas educacionais que considerem o sujeito crian a que em algum tempo foi considerada sujeito do futuro como sujeito do presente Bujes 2001 p 14 registra que o surgimento das institui es de Educa o Infantil esteve de certa forma relacionado ao nascimento da escola e do pensamento pedag gico moderno que pode ser localizado entre os s culos XVI e XVII Ap s o surgimento da escola que as creches e pr escolas come aram a despontar impulsionadas em grande parte pelas mudan as econ micas e sociais que ocorreram na sociedade em v rios aspectos e dentre elas pela incorpora o das mulheres ao trabalho assalariado fora de casa Agrega se tamb m a esses fatores as novas concep es sobre a inf ncia sobre o papel da crian a e pelo esfor o de encontrar formas de torn la indiv duo produtivo e ajustado s exig ncias da sociedade A partir das novas descobertas no campo da psicologia pedagogia e medicina a organiza o familiar colocou a crian a no centro das aten es o que significou o surgimento de estruturas organizacionais para ajudar no desenvolvimento e aprendizagem das crian as Rosa 1986 Vieira 1987 2002 Kishimoto 1988 2000 Kramer 1992 Campos 1992 Civiletti 1988 1991 Vilarinho 1987 Andrade 1997 Kuhlmann Jr 1998 2002 Rosemb
149. rios e preconceituosos sejam eles empregados por adultos ou crian as As professoras utilizam situa es cotidianas organizadas e inesperadas para que as crian as se ajudem mutuamente e compartilhem responsabilidades e conhecimentos em grupo organizar brinquedos guardar objetos ajudar o colega a superar alguma dificuldade compartilhar brinquedos etc c DIMENS O INTERA ES 1 Respeito dignidade das crian as A institui o combate e interv m imediatamente quando ocorrem pr ticas dos adultos que desrespeitam a integridade das crian as castigos belisc es tapas pr tica de coloc las no cantinho para pensar gritos coment rios que humilham as crian as xingamentos ou manifesta es de raiva devido a coc e xixi etc Quando h conflitos entre as crian as ou situa es em que uma crian a faz uso de apelidos ou brincadeiras que humilham outra crian a as professoras e demais profissionais interv m 2 Respeito ao ritmo das crian as As professoras organizam as atividades de modo que crian as n o sejam for adas a longos per odos de espera As crian as podem dormir ou repousar ir ao banheiro ou beber gua quando necessitam Ao longo do dia as professoras realizam atividades com os beb s e crian as pequenas em diferentes lugares e ambientes Quest o que se refere apenas a beb s e crian as pequenas GQ Respeito identidade desejos e interesses das crian as As professor
150. s o enf ticas quanto co responsabilidade das tr s esferas de governo 49 munic pio estado e Uni o e da fam lia Tamb m a articula o com a fam lia visa prioritariamente ao m tuo conhecimento de processos de educa o valores expectativas de tal maneira que a educa o familiar e a escolar se complementem e se enrique am produzindo aprendizagens coerentes amplas e mais contributivas com o processo de desenvolvimento infantil No caso das esferas administrativas o PNE ressalta que a Uni o e os estados atuar o subsidiariamente mas necessariamente com apoio t cnico e financeiro aos munic pios conforme o art 30 VI da Constitui o Federal A autonomia dos entes federados e o regime de colabora o pelo menos legalmente s o dois princ pios indissoci veis do sistema federativo brasileiro que podem possibilitar a garantia dos direitos da crian a entre eles o direito educa o As compet ncias em rela o pol tica de educa o infantil est o definidas no PNE 2001 no cap tulo sobre a Educa o Infantil em diretrizes objetivos e metas para dez anos abrangendo aspectos qualitativos e quantitativos A Lei que instituiu o PNE determinou que os estados o Distrito Federal e os munic pios elaborassem seus respectivos planos decenais sendo estes constru dos num processo democr tico amplamente participativo com representa o do governo e da sociedade com vistas a desenvolver programas e proje
151. sentimento quase dif cil de explicar em que penso hoje n o deveriam tais sentimentos atormentar as crian as n o via futuro nem muito sentido para algumas coisas e sentia um vazio um sentimento estranho Talvez essa vida de poucos sonhos naquele momento tenha contribu do para tamb m n o ver sentido na escola N o entendia porque me mandavam para 20 l Evidente que naquela poca eu n o fazia essa an lise mas aquele era o lugar que eu n o queria estar Fug amos da sala minhas colegas e eu para pegar frutas nas col nias pr ximas escola frutas essas que n o havia no s tio do meu pai pois suas terras n o eram adequadas para tais planta es Estes sem d vida frente realidade eram realmente momentos divertidos Comecei a frequentar a escola no Paran at onde me recordo aos sete anos em 1976 e continuei no ano de 1977 No entanto fazendo uma leitura sem as informa es que hoje possuo sobre os processos de aprendizagem lendo apenas o aparente e com os olhos da poca poderia dizer que nada aprendi na escola naquele per odo Simplesmente n o sei dizer se isso esteve relacionado com minhas motiva es para estudar com a did tica do professor ou com as duas coisas No entanto toda aquela ang stia aquele sentimento estranho desapareceu com a nossa sa da para Rond nia em julho de 1978 Aqui muitas dificuldades mas tamb m comecei a sentir mais esperan a A inf ncia continuou a vida no
152. ser colocados nesse rol nos vemos diante da certeza de que s o muitos os motivos a mostrar que a luta pela Educa o Infantil deve ser constante e a qualidade dessa educa o aspecto fundamental mas ainda um sonho que precisa ser transformado em realidade Uma das conquistas mais recentes foi a inclus o das creches dentro do financiamento da educa o b sica o que trouxe novas expectativas em rela o qualidade mas que por outro lado n o significa o fim da busca pois os dados mostraram que com apenas os recursos do FUNDEB n o se ter no munic pio e nem no pa s equidade na Educa o Infantil j que as aus ncias s o muitas e consegu ncias entre outras das desigualdades econ micas sociais regionais al m da coexist ncia de abund ncia e mis ria dos desperd cios e das faltas da conquista e da nega o de direitos Evidentemente que o modelo de desenvolvimento adotado no pa s desde os seus prim rdios e pelo efeito domin dos modelos econ micos e pol ticas de outros pa ses traz como consequ ncia a marginaliza o e a exclus o social Tal modelo promove as desigualdades sociais e ele pr prio acaba explicando a necessidade de pol ticas assistencialistas Tais pol ticas que n o sendo bem vindas dir amos s o necess rias pois as necessidades humanas imediatas n o podem esperar a realidade bem perversa quando o assunto pobreza e ou mis ria A escola ainda uma possibilidade de vida melhor e c
153. ser maior O atendimento da educa o infantil pr escolar no campo correspondeu em 2008 a apenas 4 64 do total do atendimento pr escolar da rede p blica municipal 5 3 3 Valoriza o profissional Analisar o atendimento educa o infantil implica observar o quantitativo de docentes atuando na etapa bem como a valoriza o desse profissional O atendimento incluindo a democratiza o do acesso e a qualidade n o ser poss vel sem um quadro de pessoal docente em quantidade suficiente que atenda s exig ncias de desenvolvimento das crian as envolvendo os cuidados e os aspectos educativos que n o podem ser considerados separadamente Tais aspectos indissoci veis e interdependentes precisam fazer parte da educa o escolar das crian as pequenas Isso implica em quantidade e forma o das docentes que ocupam esses espa os escolares Al m das professoras todo o corpo de funcion rios precisa de forma o adequada para desenvolver da melhor forma poss vel o trabalho educativo nesses espa os Nesse sentido as pol ticas municipais voltadas para a Educa o Infantil precisam necessariamente contemplar as os profissionais da educa o que atuam em ambientes escolares de atendimento Educa o Infantil com condi es adequadas de trabalho n mero suficiente e com sal rios dignos N o se amplia o atendimento com qualidade sem ampliar o n mero de docentes e a rede f sica al m de outros aspectos Passamos a
154. soueIlIgou gH SedUBLO SE SI AISS DL SOPELA SIBUSJEIN ejne ep sejes seu seues se esed soeyueq eH seuen se sopenb pe ogs sed SOSBA SO S W3 epeo ep pepyuenb Jeoigosdss seuel se SI ALSS DL ju Nyns OJSLUNU w SOJISANVO seid soneyuues sosea soInopaqaq EH YOOZ 96Z S oU 87 0 9198q O WO9 Op109 Sp eIDUgIDNSp woo seueo se 1 yjooe esed SISAISSS98 ogs sozuawedinba sodeds sO zW EJQUIOS SP SS10NJB Sp peppuenb apisa e Iy muejui nbied senodss sp espen eosjolgia eosjopenbuug ep ejes eoibobepad opg eu9pJ0o09 08SINSdNS esed ejeg Jej09S9 og up eJed ejes Jejoos eIBOjO9ISd jeuoloeonps ogdejusLo esed ejes eneas esed ejes eyuizoo ep epeJedas s Jeoipul sojusul e d esusdssq BUUIZOS ewu OUQUSJS zw SJNI OUSGOD OEA eny ep sejes seue sep sejDugiiadxo se U199910AL anb soueIIgou sodedsa soeds sop euJsjul ogeziuepuo e osn ap s Q puo se Je91J1920dsg so eds so aJqgos s 051 19S p SOV BAISSTO J A Z Inssod gnu und wog oeu x onbueiy eJed N ojusuweuo dun nb ew no ep opeysag epepnguend jnueju og e9npa op sejoosa sep volbobepad e9ISIJ einynusa euu 6v SVGVINIANOO 4 SIVdIDINNIA NLNVANI OV VINAI Y NIANILV IND SVTIOIDSA SYA VANINHLSI VAANI Y INTOS SID VINHOANI MANVANI OV VINAA VN Javanvno va SIHOAVIIANI
155. t cnico final CAMPOS COELHO CRUZ 2006 Sobre essa quest o faz os seguintes coment rios O que seriam os anexos assim tem uma escola de ensino fundamental da prefeitura e tem aquela demanda absurda para educa o infantil que eles n o sabem como atender Ent o eles alugam uma casa abrem duas ou tr s classes no bairro mas que n o tem estrutura para ser uma escola para ter dire o para ter secretaria Eles consideram ent o que aquele espa o faz parte de uma escola que pode ser pr xima ou s vezes at meio longe Esses espa os s o considerados filhotes de uma escola Esses filhotes s o o que eles chamam de anexos um outro lugar Os professores v os l sozinhos todo dia abrem a casa cumprem o hor rio e v o embora N o tem estrutura de suporte ali o suporte est na escola supostamente oficial E claro que n o tem uma escola ali a situa o muito prec ria Essas escolas foram inclu das na amostra mas na realidade o que existe s o esses anexos assim que funciona 114 O quadro 9 apresenta o pessoal docente lotado na educa o infantil tamb m no per odo de 1944 a 1998 das tr s esferas administrativas e tamb m da rede particular O registro de docentes pertencentes rede municipal inicia se tamb m em 1980 Estado de Rond nia 1946 a 1998 Atua es docentes na Educa o Infan
156. ta mexendo com a terra pisar O espa o que a prefeitura oferece para a educa o infantil o m nimo do m nimo das condi es b sicas das crian as Ent o eu acho que a constru o de creches tem que prever local para as crian as dormir sair do ambiente at para elas saberem se comportar em cada situa o No refeit rio como deve se comportar no banheiro como elas devem ir vestidas para ir dormir GF Profa El 2009 As professoras manifestam descontentamento pela falta de defini o e defesa quanto ao n mero de alunos comporem uma turma ou seja a rela o adulto crian a Para uma das professoras a situa o fica ainda mais dif cil quando a escola coloca para a professora a decis o em ter mais um aluno ou n o o que a coloca em situa o dif cil perante a comunidade Na fala da professora fica expl cito que mesmo contrariada aceita sempre mais um aluno e depois fica com a sala com alunos em excesso Os ambientes teriam que ser espec ficos para creche e n o um espa o para colocar 20 crian as e obrigam as professoras a ter 30 por que a secretaria faz as matr culas pras 20 depois vem Professora voc aceita mais um aluno A joga toda a responsabilidade agora pra quem Pro professor Se o professor n o aceita ele fica mal visto na sociedade Se aceita a carga de trabalho para ele maior N o tem nenhum auxiliar extra ent o teria que pensar tamb m num prop sito voltado para a constru
157. tinha escolas com duas salas o que era mais comum nessa poca Tinha na Escola Pe Chiquinho um chapeuzinho de palha demorou muito tempo aquele chapeuzinho de palha N s t nhamos na Escola Ant nio Ferreira duas salas t nhamos a Escola Joaquim Vicente Rondon com quatro salas Ent o era o que existia n o tinha essa coisa assim um jardim de inf ncia ou a escola de educa o infantil na prefeitura O que tinha era uma demanda muito grande a prefeitura o prefeito o secret rio eles recebiam muitos documentos com as chamadas escolas comunit rias ou m es crecheiras Eu lembro quando n s chegamos Essa situa o ainda n o algo do passado o que ser discutido no cap tulo 5 desta tese 129 l tinha umas oito casas de m es crecheiras que eram m es que cuidavam eram creches caseiras Ent o quando n s chegamos l o atendimento da prefeitura era uma coisa assim mixuruca era m nimo o que acontecia isso era 1993 quem tinha tradi o quem acumulou maior trabalho foi o Estado quem assumia mesmo era o Estado O munic pio n o tinha quem tinha mesmo era o Estado Ele tinha os Jardins de Inf ncia Branca de Neve Pin quio Casa de David O Estado tinha escolas espec ficas a prefeitura n o tinha E a eu lembro que n s t nhamos uma demanda inicial O que era que a gente ia fazer com essas escolas comunit rias Como elas eram totalmente marginais marginais no sentido de que elas n o tinham co
158. trabalhista que desde 1932 previa creches nos estabelecimentos em que trabalhassem 30 ou mais mulheres foi como letra morta O terceiro per odo vai de final dos anos de 1970 a 1988 Segundo Rosemberg 2003 a partir dos anos de 1970 observou se a implanta o de um modelo de Educa o Infantil de massa alinhado s orienta es do UNICEF e da UNESCO para os pa ses em desenvolvimento apontando a necessidade de uma educa o pr escolar compensat ria das car ncias culturais das popula es pobres apoiada em recursos da comunidade com poucas verbas do Estado destinadas sua expans o O setor administrativo caracterizou se por uma superposi o de responsabilidades dos setores de assist ncia da educa o da sa de e do trabalho p 33 3 Posteriormente outras autoras inclusive da rea da Psicologia Escolar como o caso de Patto 1990 tamb m fizeram a cr tica ao exagero da Psicologia como absoluta conhecedora dos problemas da educa o que na produ o de seus estudos desconsiderava outros fatores importantes como os sociol gicos culturais e pedag gicos para a produ o do fracasso escolar 67 A Educa o Infantil no Brasil tem na creche sua fei o de atendimento inf ncia decorrente da pr pria reengenharia capitalista com a inser o da mulher no mercado de trabalho o acelerado processo de urbaniza o e a necessidade de reprodu o da for a de trabalho Kuhlmann Jr 20
159. trabalhos GT07 3180 Int pdf gt gt Acesso em 27 de nov de 2008 CRECHES NO FUNDEB Em defesa do direito Educa o Infantil Dispon vel em http nww ethos org br Ethos documents cartaabring pdf Acesso em out de 2009 CRUZ NETO O MOREIRA M R SUCENA L F M Grupos focais e pesquisa social qualitativa o debate orientado como t cnica de investiga o 2002 Dispon vel em lt http www abep nepo unicamp br gt Acesso em 26 mar 2008 CUT Central nica dos Trabalhadores Mulheres preparam manifesta o pelo direito creche p blica Dispon vel em http www cut org br Acesso 02 10 2009 FERRAZ F Origens hist ricas do estado de direito democr tico Ill In Pol tica para pol ticos Dispon vel em http politicaparapoliticos com br interna php pagina 2 amp t 754980 Acesso em set de 2010 FUNDA O GET LIO VARGAS Dispon vel em lt www fgv br cps gt Acesso em 05 11 2006 IBGE Biblioteca Dispon vel em lt www lbge Gov br gt Acesso em 22 de novembro de 2008 IBGE Contagem da Popula o 2007 IBGE Bras lia 2007 Dispon vel em lt www lbge Gov br gt Acesso em 22 de novembro de 2008 MATIAS F Porto Velho no contexto de Rond nia 2007 lt http www estadaodonorte com br canal gt Acesso em 29 08 2009 MEIRELES Cec lia Ou isto ou aquilo Jornal da Poesia Dispon vel em http www revista agulha nom br ceciliameireles05 html Acesso em jul de 2009 MONTENEGRO A
160. 0 Cada gest o conforme o paradigma adotado mesmo 2 Adotaremos o termo Gest o da educa o municipal e escolar como forma de delimita o de campo de trabalho de interesse acad mico bem como a forma encontrada para referir se s atividades de planejamento organiza o administra o e democratiza o das unidades escolares e as possibilidades de adequa o de todo o processo educacional realidade social O conceito de paradigma aqui utilizado refere se a uma vis o de mundo uma filosofia social um sistema de id ias constru do e adotado por determinado grupo social diz respeito a id ias e valores assumidos coletivamente conscientes ou inconscientemente e representa o cen rio da sociedade que temos e que queremos BORDIGNON GRACINDO 2000 p 150 276 que implicitamente transformou as metas e objetivos educacionais definidos em a es que por sua vez possibilitaram ou n o a concretiza o das diretrizes tra adas pelas pol ticas Por m n o podemos esquecer que mesmo colocando a gest o enquanto possibilitadora da pol tica esta n o pode ser considerada em um sentido estrito como interven o a posteriori e dependente da gest o Assim a defini o de pol ticas educacionais passou tamb m pelo tipo de gest o educacional em processo e ambas deveriam ter sido interdependentes e estarem intrinsecamente relacionadas dentro do sistema educacional BORDIGNON GRACINDO 2000
161. 00 p 10 ressalta que em 1967 o Plano de Assist ncia ao Pr Escolar de responsabilidade do Departamento Nacional da Crian a DNCr do Minist rio da Sa de rg o que segundo o autor entre outras atribui es ocupava se das creches indica as igrejas de diferentes denomina es para a implanta o dos Centros de Recrea o Estes centros foram propostos como programa de emerg ncia para atender as crian as de dois a seis anos Conforme o autor a elabora o do plano seguiu as prescri es do UNICEF e parecia ter sido feita apenas para cumprir exig ncias relacionadas a empr stimos internacionais Como saldo para a Educa o Infantil desse per odo registra se cria o de uma estrutura administrativa espec fica no MEC que foi a Coordena o de Educa o Pr escolar hoje Coordena o de Educa o Infantil COEDI criada em 1975 e na poca vinculada Secretaria de Ensino Fundamental expans o de matr culas tamb m devido a outros modelos n o formais apoiados em recursos improvisados tanto f sicos materiais pedag gicos como de m o de obra cria o de creches e pr escolas comunit rias a municipaliza o a reten o de crian as com idade de sete anos e mais na Educa o Infantil consolida o de tr s denomina es de atendimento na Educa o Infantil creches pr escolas e classes da alfabetiza o o envolvimento de novos movimentos sociais no campo da Educa o Infant
162. 008 Como de praxe agendamos as entrevistas e comunicamos antecipadamente sobre o uso do gravador No dia local e hor rios marcados entregamos um Termo de Sess o aos colaboradores que o assinaram estando os mesmos sob nossa guarda juntamente com o registro digital das entrevistas para uso integral ou de suas partes exclusivamente para pesquisa cient fica As entrevistas tiveram uma importante contribui o hist rica e tamb m para a apreens o do que pensam os gestores das duas gest es em an lise sobre as pol ticas de atendimento Educa o Infantil elaboradas e implementas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho em suas gest es 96 c Grupo focal Conforme Cruz Neto Moreira e Sucena 2002 p 2 o grupo focal vem desde a d cada de 1980 sendo utilizado por pesquisadores e pesquisadoras de diversas reas do conhecimento enquanto t cnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas Os autores lembram que a escolha desta t cnica condiciona se orienta o te rico metod logica da investiga o do objeto de investiga o e da real necessidade de dados e informa es a serem coletadas No entanto ressaltam que esta rela o entre m todos e t cnicas n o deve gerar desleixo nos pesquisadores nem o sentimento de que a t cnica e o seu uso dispensam um estudo meticuloso podendo ser aplicada por qualquer membro da equipe com um m nimo de conhecimento ou experi ncia p 3 Na pesquis
163. 05 para 2008 em quase 50 o n mero de crian as atendidas na rede privada Esse tamb m um dado preocupante pois muitas fam lias deixaram de pagar conseguiram atendimento p blico mas n o significou grande amplia o de atendimento para crian as que estavam fora da escola At porque algo certo os espa os f sicos dessas escolas estavam ocupados e bem sabemos n o h como ampliar matr culas sem espa os f sicos Esse problema de espa os f sicos possivelmente tamb m afetou as escolas particulares O positivo que muitas fam lias deixaram de pagar mas o negativo que aquelas que talvez n o tivessem matriculado seus filhos e filhas porque n o poderiam pagar nem mesmo os valores cobrados pelas escolas comunit rias continuaram margem da escola Outro fator que deve ter influenciado nesse atendimento foi a passagem de alunos de 6 anos para o ensino fundamental Houve amplia o em quase 310 nas vagas da rede p blica municipal de 2004 para 2008 No entanto analisando o mesmo per odo poss vel perceber que houve apenas pouco mais de 13 de crescimento no atendimento geral do munic pio incluindo as tr s redes A rede estadual continuou nesse per odo com sua pol tica de redu o de oferta de vagas j que esta uma responsabilidade do munic pio e a rede privada tamb m diminuiu sua oferta de vagas ou diminuiu a procura por vagas na rede privada O n mero de matr culas veio diminuindo nessa etapa nas red
164. 196 1196 04 09 2009 40h 22 5h 7 5h 1201 1595 1595 Quadro 33 Planos de Cargos Carreira e Sal rios dos docentes PMPV 2002 a 2008 Fonte Organizado pela autora a partir das informa es das leis e seus respectivos anexos Legenda P1 Professor N vel Ensino Fundamental P1 Professor N vel II Magist rio P1 Professor N vel III E Superior Em 2009 Professor N vel Magist rio Professor N vel Il N vel superior Art 17 81 O professor na jornada de trabalho ininterrupta de seis horas di rias destinar quatro horas e meia para atividades docentes em sala de aula e o tempo restante para atividades de planejamento art 12 da LC n 023 94 Em 2010 a Lei Complementar n 386 de 02 07 2010 Altera e acrescenta artigos na Lei Complementar n 360 de 04 de setembro de 2009 alterada pela Lei Complementar n 370 de 22 de dezembro de 2009 que tratam do Plano de Carreira Cargos e Remunera o dos Profissionais da Educa o da Rede P blica Municipal de Ensino de Porto Velho A partir desta Lei um docente com contrato de 40h semanais e com forma o em n vel m dio em in cio de carreira receber 202 sal rio com vencimento de R 1 073 57 e com mesma carga hor ria um docente com gradua o tamb m em in cio de carreira ter um vencimento de R 1 424 91 O quadro a seguir apresenta uma simula o de como seria o sal rio de u
165. 2 o Estado prop e a descentraliza o do ensino O Estado adotar a descentraliza o do ensino atrav s da coopera o com os Munic pios obedecidas as seguintes diretrizes atendimento priorit rio escolaridade obrigat ria Il garantia de repasse de recursos t cnicos e financeiros Par grafo nico A cess o de pessoal do magist rio para os sistemas municipais de ensino quando houver dar se com todos os direitos e vantagens funcionais do cargo A rede estadual come ou ent o ampliar seu atendimento Educa o Infantil e em 1989 j atendia 13 467 crian as o que superava o atendimento da rede municipal e particular pois no total foram atendidas nesse ano 23 202 crian as Em 1995 o estado de Rond nia come ou a se retirar e o n mero total de crian as 119 atendidas no Estado tamb m caiu pois n o houve a partir dessa data expans o de matr culas nem por parte das municipalidades e nem por parte da rede privada Se em 1995 o total de crian as atendidas no Estado era de 38 462 em 1998 j eram apenas 31 977 crian as atendidas Os depoimentos de tr s professoras que atuaram nas secretarias de educa o tanto municipal quanto estadual foram importantes e significativos para a compreens o do atendimento realizado nesse per odo o que passamos a apresentar no pr ximo item 4 2 1 Hist ria e Mem ria registros de relatos orais Apresentamos o hist rico da educa o infantil em Porto V
166. 2008 N NOME TEM NOMEA O EXONERA O PO Data Decreto Data Decreto 01 Gilberto 3a 1m 02 12 19 N 621 1 de 10 01 2001 N 64 1 de C sar 98 02 12 1998 09 01 2001 Cavalcante Teles 02 Selma Brito 2m 10 01 20 N 72 1 de 05 03 2001 N 332 1 de Villar 01 09 01 2001 05 03 2001 Maziero 03 Ruth faim 05 03 20 N 334 1 de 03 04 2002 N 1 030 1 de Megume 01 05 03 2001 03 04 2002 Morimoto 04 Maria das im 03 04 02 N 1 041 1 de 22 05 02 N 1 124 1 de Gra as 09 04 2002 22 05 2002 Almeida de Amorim 05 M rio Jorge ta 7m 22 05 20 N 1 124 1 de 30 12 2003 N 2 076 1 de Sousa de 02 22 05 2002 30 12 2003 Oliveira 06 Zidinalva 1a 30 12 20 N 2 079 1 de 30 12 2004 N 2 597 1 de Fernandes 03 30 12 2003 30 12 2004 Camur a 07 Epif nia 3a 3m 01 01 20 N 01 1 de 04 04 08 N 3 431 1 de Barbosa da 05 01 01 2005 02 04 08 Silva 08 Maria de 8m 04 04 20 N 3 442 1 de 01 12 2008 N 3 938 1 de F tima 08 04 04 2008 01 12 2008 Ferreira de Oliveira 09 Epif nia im 01 12 20 N 3 939 1 de 30 12 2008 N 3 946 1 de Barbosa da 08 01 12 2008 30 12 2008 Silva Fonte Elaborado pela autora a partir dos Decretos de Nomea o e de Exonera o PMPV Ze L A 00Z e 866L 9p sopoued seoses ON ONCAIS 0B deoNpa ep enpejsa eneas sieuoneonpg seoses VINOANOSN ojusunsop op yed e esoe ejod opeziueBio sjuo ON OYISA OHOd SP BOINA Iediiuniy OPY 800Z e 8661 I UBJU og eonpe e
167. 3 que o cotidiano recebe influ ncias da sociedade mas n o est tico e por isso tamb m influencia Come a se a vislumbrar que a vida cotidiana pode possibilitar grandes mudan as inclusive revolu es que alteram significativamente as estruturas mais complexas da sociedade e da humanidade No que se referem s teorias cr tico reprodutivistas e seu acentuado pessimismo pedag gico preciso admitir a import ncia das mesmas em um dado momento pois possibilitaram a constru o de novas formas de ver a realidade escolar Explicitaram rela es intrincadas das institui es o que fez com que o pr prio movimento da contradi o fosse tamb m explicitado Para n o incorrermos nos equ vocos apontados com rela o an lise da educa o e da escola foi que nos baseamos em Jos M rio Pires Azanha 1992 que tamb m chama a aten o para a import ncia do estudo da pr tica escolar concreta e criticar o que define como abstracionismo pedag gico caracter stico de muitos estudos desenvolvidos no mbito da educa o brasileira at aquele momento Mas o que caracteriza esse estilo de pesquisa Conforme escreve o abstracionismo pedag gico uma express o que indica a veleidade de descrever explicar ou compreender situa es educacionais reais desconsiderando as determina es espec ficas para sua concretude para ater se apenas a princ pios ou leis gerais que na sua abrang ncia
168. 4 237 17 255 4 974 661 3 733 33 022 6 55 2004 466 1 667 2 133 0 22 234 5 488 518 3 692 34 065 6 26 Evolu o 64 08 17 56 25 32 35 39 11 91 40 60 43 10 28 52 2000 2004 2005 787 5 492 6 279 0 22 549 3 969 138 3 688 36 623 17 14 2006 1 004 6 086 7 090 0 22 961 4 168 64 4 303 38 586 18 37 2007 954 6 320 7 274 0 22 219 3 525 89 4 323 37 430 19 43 2008 1 191 6 845 8 036 0 22 557 3 642 101 4 682 39 018 20 60 Evolu o 4 155 58 310 62 276 75 1 45 33 64 80 50 26 81 14 54 2004 2008 Evolu o 319 37 382 72 372 15 37 36 25 73 88 42 81 47 47 20 2000 2008 Quadro 22 N mero de alunos e alunas matriculados na rede municipal de ensino Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Fonte Organizado pela autora a partir de ROND NIA Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas Educacionais Per odo de 1998 a 2007 Porto Velho SEDUC 2008 v 1 e 2 INEP Educa o infantil 2004 a 2008 e Assessoria T cnica SEMED PVH As matr culas em creches na rede p blica municipal no per odo de 1999 para 2001 evolu ram 21 35 e na pr escola no mesmo per odo evolu ram 48 73 J no per odo de 2001 a 2004 as matr culas ficaram praticamente estagnadas No per odo de 2005 a 2008 a expans o foi bem elevada Se em 2004 foram atendidas 173 466 crian as em
169. 524 15 77 2004 30 493 23 546 54 039 1 680 8 794 10 474 19 38 Evolu o E E E 1999 2004 0 99 14 03 12 22 2005 30 493 23 546 54 039 1 915 11 091 13 006 24 07 2006 30 493 23 546 54 039 2 303 12 207 14 510 26 85 2007 24 481 13 029 37 510 2 235 10 390 12 625 33 66 2008 24 481 13 029 37 510 2 489 9 941 12 430 33 14 Evolu o E E 2004 2008 48 15 23 04 18 62 Evolu o E E T l 1999 2008 46 15 2 82 4 12 Quadro 24 Popula o em idade escolar n de Matr culas na Educa o Infantil Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura 1999 2008 Redes Estadual Municipal e Particular Fontes Organizado pela autora a partir dos dados do INEP Censo Escolar Sinopses estat sticas 1999 2008 IBGE Resultados da Amostra do Censo Demogr fico 2000 Malha municipal digital do Brasil situa o em 2001 Rio de Janeiro IBGE 2004 Dispon vel em http www ibge gov br cidadesat topwindow htm 1 Acesso em Out de 2009 A partir de 2007 os dados referem se a crian as de 4 e 5 anos Quando se analisa separadamente o atendimento em creches e pr escolas observamos que o atendimento de 0 a 3 anos nfimo frente demanda potencial e na rede municipal manteve se quase invari vel no per odo de 2002 e 2003 com uma evolu o de 57 97 se compararmos o ano de 1999 com o ano de 2004 No per odo de 2004 para 2008 o aumento foi 155 58 No entanto o atendimento subi
170. 66 8 66 86 66 5666 JAN eP 11 18 56 06 se vg 6E LO pL S6 1 66 cg 66 8 66 86 66 5666 1810 esedsep ep 9LL 9EHES Z00Z59ZL COB OB9EI 9LLPOBSS zreveszy 6599G9GE clececos eisess sz sezezezz 0260219 Inuowepuna sua 96 LL 9 9 ce 9 ge Le o LVO 6L0 200 500 JAN eP seg zvy 9 e A 620 LVO 6L 0 200 500 1810 esedsep ep c00S8SE pO SEB Je seg 69502 ezs Zol O6L S 99927 694 922 sosinoei sono 1896 p 2592691 gaaNnaisos indo 1696 62 9s0cese zse segz 699047 ezs zol O6L IS 9992y 69 9v2 2 hueneza Ileuonpn suog 905 L8E 0Z Lhb SIZ 6S PIPLLLES ges ers sp ZOGOLSLE LIEGEEEE zos eeroe ogrzossz sozesezz SILBELSL same sepenan ses ds q sep ejo R E MEA TR TA ENE eo TER Rea PE og eonpI ep s69 a90 s6 8P0 PBB6Z zov egr sz ShSEIOLO oerozz wy ZBVOSLSE TOSEEPOE 081Z09 SZ 9L ege zz SLL 8ZL 9L cesodsoa sep elo H JON goea gaoa guoa guia saioa gaioea HIA HIONA Y 1012A 800z 1002 900Z sooz vooz eooz zooz LooZ 000z 6661 og esijoadsa soJ 9uL uI 4 S0191919X3 8S1 jnuesuj og e9npg eu 3a ouisug op ojusuilA OAuUssag o ogdus nueiy ep sosindoy ep ogdesijdy ep oageugsuouwsd 800Z 666L ON OYJ9A OHOd Sp oldio UNI ses ds q Os dados apresentados nos quadros 12 e 13 nos mostram os valores em reais R destinados educa o de modo geral e tamb m especificamente educa o infantil e ao ensino fundamental
171. 9 No entanto tamb m ressaltam problemas que dificultam o desenvolvimento e efetiva o de uma educa o de qualidade Dois deles seriam o n mero de alunos por turma e os contratos de professores emergenciais e pelo j visto ainda presentes na SEMED Sobre os contratos uma diretora fez alguns coment rios Antigamente tinha monitor a maioria era monitor Houve assim v rios traumas Quantos traumas n o tiveram em crian as crian a uma tabua rasa n o sabe nada ningu m levava em conta a opini o das crian as nem como elas se desenvolviam eu acho que a educa o infantil a base de tudo A crian a que faz uma pr escola bem ela se desenvolve pra vida inteira GF Diretora El 2009 H o destaque na fala de uma diretora para problemas ligados educa o das crian as que a falta de forma o docente adequada poder acarretar sendo um deles o desconhecimento de que as crian as tamb m s o sujeitos que pensam que agem e que por isso tamb m podem opinar e intervir construtivamente na realidade Sem desconsiderar o trabalho desenvolvido pelos monitores e monitoras de ensino entendemos a preocupa o da diretora j que o conhecimento uma constru o individual e coletiva que tanto pode se dar na escola ou fora dela mas considerando que ningu m sabe tudo que ningu m domina tudo os conhecimentos necess rios ao magist rio s o bem mais espec ficos e que al m dos conte dos did ticos a serem trab
172. 9 76 Marcam esse novo tempo portanto a pol tica nacional de financiamento o FUNDEB e de certo modo uma invers o na pol tica educacional onde esta parece n o mais alinhar se tanto s pol ticas neoliberais pois se observa que o Estado vem ampliando as pol ticas sociais e em especial as educacionais com oferecimento p blico Mesmo assim al m da insufici ncia de atendimento o problema da universaliza o com qualidade parece n o estar resolvido OLIVEIRA 2008 ARA JO 2007 DAVIS 2006 pois j se apresenta de in cio o fato dos recursos serem repassados aos munic pios considerando os alunos matriculados No caso da Educa o Infantil as estat sticas mostram que ainda h uma grande demanda a ser atendida o que implica em espa os f sicos recursos materiais pedag gicos e humanos necess rios amplia o da rede Entendemos que para democratizar o acesso s creches possibilitando uma efetiva pol tica de atendimento inf ncia significa rever os recursos para este fim De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira INEP levantados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic lios PNAD 2007 em 2007 apenas 17 1 de crian as de zero a tr s anos frequentavam a escola No caso da pr escola conforme PNAD 2007 foram 77 6 de crian as que frequentaram a escola Isso demonstra que ainda h muito em que avan ar se considerarmos que nesse percentua
173. 9 5 og Ou9 sIDeW S OU9ISIDEIN O f ouy eInjejusom sono ouge ojejduoo ojojduodu ezI 2907 eJn epua917 S eIn epu 17 S Jou dng og eonpa oIp N OUISUI jejusuwepuna oulsug eaigna jedioluni epoy OY oyj9A OOd puejuj og enpg og euio 4 3 0292 07 od s zu soq soodeny eoljqnd Iediotuniy ap OY OYIBA OHOd ueju ogdeonpa og euuo 3 0Bde 07 10d Sejusd0d seg enyy f JIIANIdV 8S
174. 999 2004 s para citar um exemplo de que n o houve consulta alguma em 1997 assumimos a vice dire o da Escola de Educa o Infantil S o Miguel que foi criada em 1995 para atendimento a essa etapa Quando em 1998 encaminhamos documentos oficiais para a SEMED nomeando a como de Educa o Infantil fomos j naquele per odo informadas de que a escola tamb m era de ensino fundamental Teimamos muito pois havia um decreto de cria o Sem qualquer consulta ou explica es e ou justificativas por parte da SEMED em 1999 um novo decreto de nomea o alterou o anterior passando a escola a atender tamb m ao ensino fundamental 3 N o podemos falar sobre a atua o dos Conselhos Escolares j que este estudo n o levantou informa es a esse respeito Assim se atuantes ou n o e como atuam ser tema para estudos posteriores 277 Em dezembro daquele mesmo ano algumas escolas municipais realizaram a elei o de diretores N o participaram desse processo as escolas que eram da rede estadual e haviam sido municipalizadas Pela Lei em 2007 deveria haver elei o novamente No entanto de acordo com informa es prestadas pelo Programa de Gest o Democr tica como a Lei em seu artigo 7 define que as Elei es Diretas ser o realizadas concomitantemente a cada tr s anos em todas as unidades da Rede P blica Municipal de Ensino e tamb m o artigo 10 define que O titular da Secretaria Municipal de Educa o proceder a
175. A secret ria da segunda gest o resume dizendo que as grandes dificuldades foram a estrutura f sica o reduzido n mero de escolas a gest o dos recursos passados para as escolas os professores e professoras tamb m muito 235 desestimulados em fun o dos baixos sal rios e condi es de trabalho nas escolas e al m disso segundo ela os gestores tamb m eram muito cheios de v cios Outras dificuldades tamb m s o apontadas pelas diretoras como impeditivas para o planejamento e implementa o de a es voltadas para o atendimento qualitativo da Educa o Infantil como por exemplo dificuldades na gest o A gente reconhece que tem muitas necessidades Por exemplo nas extens es com muitos alunos os professores que v o pra l a maioria prazo determinado ou hora extra que eu considero uma negativa n um ponto negativo porque voc n o pode contar com aquele professor meia hora a mais porque eles n o recebem pra aquilo GF Diretora El 2009 A falta de recursos humanos apontada pelas diretoras mas n o de docentes pois no caso destes o problema estaria na falta de forma o adequada e no tipo de contrato de trabalho Refere se ao pessoal de apoio e administrativo A hora extra pra professor s o quatro horas di rias e pra pessoal de apoio duas horas Como que eu vou trabalhar com a merendeira que s o 2 horas e l na sala o trabalho de quatro horas DE Gest o 2005 2008 GF Diretora
176. BA foi extinta em 1995 mas o programa e dota o or ament ria para creche permaneceram no mbito da assist ncia social federal Sem d vida a Constitui o Federal de 1988 representou um marco legal importante em rela o ao in cio da amplia o da aten o educacional s crian as de zero a seis anos Al m disso prev no Art 30 e 211 a quem compete a manuten o da Educa o Infantil Ressalta se tamb m a presen a no texto constitucional do princ pio da igualdade de condi es para o acesso e a perman ncia na escola avan os fundamentais na perspectiva da qualidade e da amplia o dos direitos da crian a 15 Em novembro de 2009 foi aprovada a Emenda Constitui o n 59 que entre outros aspectos coloca a pr escola como escola obrigat ria a ser efetivada at o ano de 2016 ano em que todas as crian as de quatro e cinco anos dever o estar matriculadas na Educa o Infantil De certa forma representa uma conquista para as crian as dessa idade e para suas fam lias pois sendo obrigat ria o poder p blico dever garantir vaga para todas 45 independentemente de sua origem classe ra a sexo cor ou necessidades educacionais especiais Muitas foram as conquistas legais da popula o de zero a seis anos desde a Constitui o Federal de 1988 Ap s a promulga o desta Carta Magna os direitos para a inf ncia v m sendo assegurados em v rios outros documentos legais O Brasil conta hoje com outras le
177. BO unesp P4 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA J LIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Ci ncias e Letras Campus de Araraquara SP JURACY MACHADO PAC FICO POL TICAS P BLICAS PARA A EDUCA O INFANTIL EM PORTO VELHO RO 1999 2008 ARARAQUARA SP 2010 JURACY MACHADO PAC FICO POL TICAS P BLICAS PARA A EDUCA O INFANTIL EM PORTO VELHO RO 1999 2008 Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o Doutorado em Educa o Escolar da Faculdade de Ci ncias e Letras de Araraquara da Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho UNESP como requisito para a obten o do t tulo de Doutora em Educa o Escolar Linha de pesquisa Pol tica e Gest o Educacional Orientador Prof Dr Jo o Augusto Gentilini ARARAQUARA SP 2010 Pac fico Juracy Machado Pol ticas p blicas para a Educa o Infantil em Porto Velho RO 1999 2008 Juracy Machado Pac fico 2010 358 30 cm Tese Doutorado em Educa o Escolar Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ci ncias e Letras Campus de Araraquara Orientador Jo o Augusto Gentilini Educa o 2 Educa o Infantil 3 Inf ncia 4 Hist ria da Educa o Infantil 5 Pol ticas P blicas T tulo JURACY MACHADO PAC FICO POL TICAS P BLICAS PARA A EDUCA O INFANTIL EM PORTO VELHO RO 1999 2008 Tese de Doutorado apresentada ao Programa de P s Gradua o Doutorado em Educa o Escolar da
178. COIOBICO Sci ahi cri eae a aeieea aeieea aeieea eei 88 3 4 1 Instrumentos utilizados na coleta de dados 88 3 4 2 Espa o e tempo da pesquisa e eeeeeeaeeereaeaaaaaaa 89 3 4 3 Os sujeitos da pesquisa unica iz ind asas Sadi id nad aaa Es aaa SIR ANA o OD SOL nnn 89 3 4 4 Fontes dos dAdOS pencrenio ooneaeni eder ease TDi uia ga Dee aE eae eU ia Eau 93 3 4 5 Procedimentos para organiza o e an lise dos dados emp ricos 97 4 L PIS FLECHA CHOCALHO CIDADE RIO POL TICA DE EDUCA O INFANTIL EM PORTO VELHO HISTORIA MEMORIA E DIREITO 5 2 5 205505525 0555 0058505500 520555505 pnnfseso Do pndntnonasa Pad a nad ao ua sadas de lana o ndiiadsesil is ao 98 4 1 Rond nia e Porto Velho o come o de uma hist ria 99 4 2 A Educa o Infantil em Porto Velho do s culo XX hist ria de AIUSENCIAS ter casi ari ri A E DR nO md o ia Dn 108 4 2 1 Hist ria e Mem ria registros de relatos orais 119 4 3 A organiza o do sistema municipal de ensino de Porto Velho e o direito educa o Infamtil 2222 2202222220220002060200prasb0o no fo aLGoG ida Sion sLio ss cos ibn sido ssdesroso 132 4 4 Vozes e documentos o que revelam eee 139 5 POL TICAS P BLICAS DE ATENDIMENTO EDUCA O INFANTIL EM PORTO VELHO RO GEST ES MUNICIPAIS DE 1999 2004 E 2005 2008 2 caantaiiaaitasicmintaan ra tianondi tas andacain aca Ria Rin ERNCRa aca CRE
179. Comunit rias Filantr picas e Confessionais PROAFINC recursos da MDE repassados pela SEMED diretamente s escolas Munic pio de Porto Velho N de Escolas conveniadas ou com alguma parceria com a SEMED PMPV 2004 a 2008 Ano 2004 2005 2006 2007 2008 Escolas 67 49 43 39 35 Quadro 20 N de escolas conveniadas ou com parceria com a SEMED PMPV 2004 a 2008 Fonte Organizado pela autora a partir informa es sobre o PROAFINC enviadas por e mail pela DIEI SEMED PMPV em 2009 28 escolas desse total eram particulares N o identificamos com exatid o o n mero de escolas conveniadas referente ao per odo anterior a 2004 e por isso optamos por n o inclu las 171 Assim pelo demonstrado no quadro 20 observamos que as escolas comunit rias confessionais ou particulares conveniadas ou n o mas que atendiam crian as bolsistas ou com atendimento integral pela SEMED eram em maior n mero que as p blicas municipais em todo o per odo de 2004 a 2006 Isso demonstra que o munic pio muito dever ainda investir rumo a um atendimento mais qualificado e pr prio sem muitos arranjos Demonstra tamb m que a sociedade n o fica de bra os cruzados pois ao abrir uma escola comunit ria inicia se um processo de press o ao poder executivo municipal por mais escolas p blicas pois evidencia a necessidade e que h demanda Outro dado que a municipaliza o das escolas comunit rias foi uma re
180. E aid sos anti aa AME AE ai Ed LISTA DE QUADROS Quadro 1 Per odos que delimitam o atendimento s crian as de zero a seis anos no Brasil em institui es fora do lar e suas caracter sticas 1889 a DOS ias doa Do dd da de E O Rd dd Quadro 2 Evolu o do atendimento Educa o Infantil no Brasil 1995 2001 2007 raea a CRER AR E E RA A ODE Quadro 3 Gestores da SEMED do Munic pio de Porto Velho Per odo de SBD A 2008 cena o A Sete S E EA LS aa De Sa Quadro 4 Diretores e diretoras das escolas municipais de Educa o Infantil de Porto Velho Per odo de 2001 a 2008 o Quadro 5 Professoras de Educa o Infantil das Escolas Municipais de Porto Velho Per odo de 2001 a 2008 aa Quadro 6 Professoras que coordenaram a educa o infantil na rede Estadual e Municipal em per odos dos anos de 1970 a 1998 Quadro 7 Evolu o da taxa populacional do Estado de Rond nia no periodo de 1950 2007 rrean sigo O ES Sia E Orsa ares iDEs Quadro 8 N de escolas que atendiam educa o infantil Estado de Rond nia 1944 a 1998 iieeeeeaeeeeeeeeaaeaaaraaarararereres Quadro 9 Atua es docentes na educa o infantil Estado de Rond nia TOA BeK Le saio EA os pala as dA e RE S a a Quadro 10 Matr cula na educa o infantil Estado de Rond nia 1944 a PESTE o PP E AA De RR PO RR E O DR A E RA DU a Quadro 11 Or amento do munic pio de Porto Velho p
181. Educa o Ind gena e a Educa o de Jovens e Adultos Tamb m estava direcionado s aos especialistas em educa o diretores de escola assistentes de dire o coordenadores pedag gicos ou de rea supervisores de ensino t cnicos das equipes pedag gicas das secretarias entre outros O Programa foi planejado para ser realizado em um contexto de forma o de profissionais de educa o propiciando o estabelecimento de v nculos com as pr ticas locais e tendo como finalidades 194 Apresentar alternativas de estudo dos Referenciais Curriculares a grupos de professores e a especialistas em educa o de modo que possam servir de instrumentos para o desenvolvimento profissional desses educadores e Analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais Educa o Infantil e Ensino Fundamental elaboradas pelo Conselho Nacional de Educa o norteadoras do trabalho das escolas e Contribuir para o debate e a reflex o sobre o papel da escola e do professor na perspectiva do desenvolvimento de uma pr tica de transforma o da a o pedag gica e Criar espa os de aprendizagem coletiva incentivando a pr tica de encontros para estudar e trocar experi ncias e o trabalho coletivo nas escolas e Identificar as id ias nucleares presentes nos Referenciais Curriculares e fazer as adapta es locais necess rias atendendo s demandas identificadas no mbito do estado munic pio ou da pr pria escola Potencializar o uso de
182. Em 2006 v rios cursos semin rios eles se preocuparam e mobiliaram que as cadeiras eram grandes para as crian as pequenas as pernas ficavam balan ando Depois daquela preocupa o todinha desde mob lia at a estrutura agora concurso n o tem mais s para magist rio GF Diretora El 2009 b no trabalho pedag gico em sala de aula Segundo elas h maior responsabilidade no planejamento e acompanhamento do desenvolvimento das crian as incluindo a pr tica de registros mais sistematizados funcionais e menos burocr ticos Porque tem uma rotina uma rotina bem preparada pelo professor um planejamento uma preocupa o que deve ser coletiva e essa al m de tudo agora a SEMED tem uma cara dessa preocupa o e est o passando pros nossos coordenadores que est o acompanhando a quest o do portf lio da crian a que ta iniciando agora mas o professor por isso que ele ta exigindo que o professor tenha o perfil porque vai ter que acompanhar a turma e registrar os avan os da crian a n o pra aquele relat rio que timo bom ou n o sei o que sem nem lembrar quem a crian a mas que ele esteja registrando as informa es pra vida da crian a no portf lio uma proposta n e assim j tem escolas que j est trabalhando Eu acho uma solu o bem grande pra passar os trabalhos com projetos porque n o assim simplesmente aquele projeto que voc vai levar pra escola GF Diretora El 2009 Temos qu
183. Hah E ERA Ne TAE old UNA 9cG 081 69h EZ9 CPO CGE 208 GEE LOE G66C ECO BIC G9 GLS EPE 0586L666L GP9624 8B2L ZC60608 6LL EZ69LSZ0L E98 807 06 op ejo e4299Y H JOJeA Y JOJeA H JOJeA H JOJeA H JOJeA Y JOJeA Y JOJeA H JOJeA a JoJeA a JOJeA 8006 200 900 5006 v00Oc 007 cooz LOOZ 0006 666L ov eogiDadsa SOJIS9UBUIJ S0191919X3 jnuesuj og e9npg eu 3a ouisug op ojusuilA OAuUssag o ogdus nueiy ep sosindoy ep ogdesijdy ep oageusuowsd 800Z e 666L ON OYI9A OHOd P OIdi UNIA SE 299Y SOIUZAUOD SOJNO JAN4 Op selougIs suel og eonpa ougjes ogdeonps E sopeusap sosin9sI sono WO saIsn ouI sepezijeo ses ds q ON AdNdNTIdINaIS 800Z 666L BUBJUSLUL IO OBg NIsxXI ep sopiuns y sougIejay sop ed e eJojne ejsd opeziuebBio oJpend sjuoJ 800Z 666L INUBJU Ogde9Np3 eu JaN ouisug Op oyuawinjonruasaq 2 og Ue nueiA sp sesadsad sosino9y ep ogesdy ep oanesuowaq oJpenp oo 00L ve sz 95 sz Ly 9z vL sz vo sz 6s sz s9 sz gp sz oroz L9 SZ RE EAEN opeoide jenjusd10d JAN eP 1S eg 9811 Se 98 y 1210 es ds p eP pre sec o66 s69 e clooves ogz sery 6srsziz ses ds q seno JAN eP ZZ 0 E 3 1 0 es ds p ep pps ese orpo sua cosel 28 081 80h 06 SEL eS 6LL 86 901 e8
184. Jardim Dr Grangeiro e Jardim Chapeuzinho Vermelho e Jardim Pequeno C u e Jardim Carlos Costa e Jardim Menino Jesus dentre outros Relato Profa Teresinha Nina 2010 Conforme relato da professora Terezinha Nina a prioridade de atendimento nas escolas de rede oficial seria para crian as de baixo n vel s cio econ mico com idade de 04 a 06 anos Al m desse atendimento crian as de O a 3 anos tamb m 55 eram atendidas na Creche Marise Castiel que foi constru da no governo de Jorge 5 A Escola de Pr Escolar Professora Marise Castiel apresentada pela professora inaugurada no dia 12 de Abril de 1984 nasceu com as aspira es do Governador Jorge Teixeira e de sua esposa Aida Teixeira com a finalidade de proporcionar as crian as filhos dos funcion rios p blicos atendimento global dentro de uma estrutura biopsicossocial assegurando lhe os cuidados diurnos indispens veis durante a jornada de trabalho dos pais O nome da Creche Professora Marise Castiel uma homenagem a uma educadora que dedicou toda sua vida ao magist rio de Rond nia Sua primeira Diretora foi a assistente social Sra Maria das Gra as Rabelo Paix o tendo ao longo destes 21 anos v rias Diretoras onde destacamos as professoras Claudete Maria Cardoso falecida em 1995 a Professora Vera Maria Barros e a Professora Anita Felix Fernandes No in cio a Creche era subordinada a Associa o dos Servidores p blicos de Rond nia ASPRON e atend
185. Madeira e Amazonas at a Cidade de Bel m do Gr o Par neste percurso havia uma dist ncia de 420 km com nada menos que 20 cachoeiras em 1883 o governo brasileiro nomeou duas comiss es para analisar a possibilidade de constru o de uma ferrovia na regi o do rio Madeira Junte se a este fato o de que a Bol via havia em 1825 conquistado sua independ ncia e passou a articular uma sa da via Madeira Amazonas que desse acesso ao Atl ntico A id ia era construir uma estrada de ferro que se desviasse do trecho das cachoeiras dos rios Mamor e Madeira Assim em 1870 o Brasil assinou um tratado de rela es comerciais e diplom ticas com a Bol via no qual assumia o compromisso de construir uma ferrovia visando resolver a situa o problem tica enfrentada pelo transporte fluvial Em 28 de novembro de 1907 ap s duas frustradas tentativas de constru o da ferrovia por parte da Bol via a empresa Madeira Momor Railway dirigida pelo Senhor Percival Farquhar recebe autoriza o do governo brasileiro para funcionar no Brasil Assim ap s tantas tentativas e mesmo com todas as dificuldades enfrentadas em 30 de agosto de 1912 a obra da ferrovia foi conclu da com uma extens o de 366 quil metros que ligava Porto Velho a Guajar Mirim esta situada no Vale do Mamor na fronteira com Bol via Em 1912 ano de conclus o da Estrada de Ferro Madeira Mamor o Brasil alcan ava a condi o de maior exportador e produtor da borrach
186. Municipal de Educa o Ill A Escola Municipal de M sica Jorge Andrade IV A Biblioteca Municipal Francisco Meireles Destes tratarei somente da Secretaria Municipal de Educa o e do Conselho Municipal de Educa o Esta Lei amparada em leis federais disp e sobre o ensino fundamental de nove anos Em seu art 5 determina que A Educa o Infantil ser oferecida em Creches ou entidades equivalentes para crian as de at tr s anos de idade Il Pr escolas para crian as de quatro e cinco anos de idade Define em seu artigo 6 que A organiza o do Ensino Fundamental das institui es mantidas pelo Poder P blico Municipal ter a dura o de 09 nove 139 anos compreendendo o 1 ano do Ensino Fundamental destinado aos alunos de 06 seis anos de idade No par grafo nico assegura o ingresso autom tico no 2 ano do Ensino Fundamental aos alunos de 07 sete anos de idade Chama a aten o o fato de que as crian as de zero a tr s anos ainda continuar o pela Lei a serem atendidas em creches ou entidades equivalentes mas n o define o que seriam as entidades equivalentes Sabemos que esta uma prerrogativa da LDB n 9394 1996 mas que entendemos contraria a CF de 1988 pois esta n o faz qualquer refer ncia a esse aspecto O artigo 208 textualiza apenas que O dever do Estado com a educa o ser efetivado mediante a garantia de IV educa o infantil em creche e pr escola s
187. N o ser poss vel falar em gest o democr tica na gest o de 1999 a 2004 mas em cumprimento das pol ticas nacionais apenas A Educa o Infantil foi apenas parte da educa o b sica mas n o foi prioridade Tamb m a comunidade em momento algum foi consultada sobre qualquer implementa o ou elabora o de alguma pol tica voltada para essa etapa Quando falamos em comunidade falamos de pais m es associa es de bairro gestores professoras e alunos inclusive ou no m nimo os conselhos escolares e associa es de bairros De acordo com informa es da Chefe de Apoio Gest o Democr tica do DAE SEMED o Decreto municipal n 5251 que institui a forma o dos Conselhos Escolares nas escolas municipais data de 1993 tendo sido sua aprova o impulsionada pelos programas de descentraliza o de recursos federais iniciados na d cada de 1990 Segundo ela hoje todas as escolas municipais que tenham acima de 50 alunos j t m seus Conselhos Escolares Organizados No caso de escolas com menos de 50 alunos a SEMED organiza os conselhos escolares em forma de Cons rcios ou seja re nem se cinco escolas e formam um nico conselho escolar Iniciativas de gest o democr tica com elei o de diretores na rede municipal tamb m datam da d cada de 1990 mas atualmente a Lei Complementar n 196 de 20 de novembro de 2004 que orienta o processo no munic pio de Porto Velho tendo sido aprovada no final da gest o municipal 1
188. NCanRGha 142 5 1 Apresenta o das gest es aeee eeeesereereaaenanaa 143 5 2 Planejamento planos de Governo que contemplaram a es voltadas Educa o Infantil no mbito da SEMED per odo de 1999 a 2008 146 5 3 A es desenvolvidas no mbito da SEMED no per odo de 1999 a 2008 voltadas a educa o infantil sacacorasae sra carisdeadpenaiedeserdabo qnd nada dad nda 152 5 3 1 Financiamento da Educa o Infantil em Porto Velho 152 5 3 2 Rede de escola e matr cula na Educa o Infantil 166 5 3 3 Valoriza o profissional ss assa RA SEE DOS 181 549 1 Forma o dOCENE cs snssto co oia ia ES ESA Ta ad dns 183 5 3 3 2 Plano de Carreira Cargos e Sal rios rnnr eneee 198 5 3 4 Proposta pol tico pedag gica para a Educa o Infantil 205 5 3 5 Infra estrutura f sica e pedag gica das escolas de Educa o Infantil de Porto Velho uma amostragem s oossos siso ss ocsecosenoceacecacencenanenanenenanananenos 205 5 4 A atua o dos mecanismos de controle social na garantia do direito Educac o Afai seas aT T a o QUASE SL Lc Sd Md beta 215 6 A EDUCA O INFANTIL MUNICIPAL ENTRE VOZES A ES IMPACTOS E PERSPECTIVAS ssssssssssssssssnsnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn n 221 6 1 Os sujeitos e suas VOZeS nannennnnneeeeerttt rttr LS LOL ds donde andante
189. Os cursos pontuais que geralmente s o desenvolvidos fora da escola e ou na pr pria escola n o s o um mal em si mas n o d o conta da problem tica cotidiana e nem da reflex o sobre a pr tica Eles precisam ser revistos em sua proposta te rico metodol gica Aspecto igualmente emblem tico o n mero de crian as de Educa o Infantil em sala de aula No entanto considerando a dificuldade de aquisi o de espa os f sicos e o custo para a constru o e aparelhamento dessas escolas e ainda a demanda em potencial para a Educa o Infantil entendemos que uma sa da ser manter o n mero de alunos j definidos na legisla o municipal para as turmas de educa o infantil por m garantir a obrigatoriedade de duas professoras com forma o em n vel superior Pedagogia licenciatura para cada turma de educa o infantil creche e pr escola A necessidade de duas professoras j est justificada em fun o de que crian as pequenas n o podem ficar sozinhas em momento algum ou se colocar a vida das mesmas em riscos de acidentes sejam estes causados por elas mesmas ou por objetos e colegas Mas estamos tamb m nos referindo ao fato de que para a educa o de crian as menores o trabalho compartilhado em sala 319 de aula tamb m dever ser interessante desde o planejamento at o desenvolvimento deste em sala de aula com as crian as A possibilidade de um trabalho em parceria e de reflex o cont nua sobre a pr tica cer
190. P blicos de Rond nia BID Banco Interamericano de Desenvolvimento BIRD Banco Internacional de Reconstru o e Desenvolvimento BM Banco Mundial CAQi Custo Aluno Qualidade inicial CEB C mara de Educa o B sica CECIP Centro de Cria o de Imagem Popular CEE Conselho Estadual de Educa o CEEJA Centro de Ensino de Educa o de Jovens e Adultos CEPALC Comiss o Econ mica para Am rica Latina e Caribe CF Constitui o Federal CME Conselho Municipal de Educa o CNE Conselho Nacional de Educa o CNTE Confedera o Nacional dos Trabalhadores em Educa o COEDI Coordena o de Educa o Infantil CONANDA Conselho Nacional dos Direitos da Crian a e do Adolescente CUT Central nica dos Trabalhadores DAE Departamento de Apoio ao Educando DCNEI Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil DIEI Divis o de Educa o Infantil DIEPE Divis o de Ensino Pr Escolar DIFOM Divis o de Forma o DPE Departamento de Pol ticas de Educa o Infantil e do Ensino Fundamental DPE Divis o Pr Escolar EC Emenda Constitucional ECA Estatuto da Crian a e do Adolescente EFMM Estrada de Ferro Madeira Mamor EJA Educa o de Jovens e Adultos EMEIEF Escola Municipal de Educa o Infantil e Ensino Fundamental FAE Funda o de Assist ncia ao Estudante FMI Fundo Monet rio Internacional FMP Fundo de Participa o dos Munic pios
191. Plurianual elaborado em 2005 primeiro ano de governo Em 2004 ano de campanha eleitoral Roberto Eduardo Sobrinho como candidato apresentou sua proposta de governo para as reas de sa de gera o de emprego seguran a p blica moradia educa o transporte agricultura cultura esporte e lazer No que concerne especificidade desse estudo a educa o o plano de governo da campanha apontava como prioridades e a es 1 Universaliza o do acesso das crian as da educa o infantil ao ensino fundamental 2 Pagamento da mensalidade de todas as crian as matriculadas nas escolas comunit rias e contribuir com a melhoria das mesmas para que pudessem oferecer s crian as uma educa o de melhor qualidade 3 Constru o de escolas pr ximas das comunidades e no meio rural 4 Garantia de transporte escolar para alunos com dificuldade de acesso escola 5 Valoriza o do pessoal com melhorias salariais e capacita o profissional como prioridade 6 Compromissos com todas as despesas relativas qualifica o dos professores da rede municipal que cursavam pelo programa PROHACAP 7 Erradica o do analfabetismo por meio da educa o de jovens e adultos articulada com o Governo Federal Governo Estadual e a sociedade civil 8 Cria o de quatro cursinhos pr vestibulares populares para que os jovens e adultos com renda familiar per capita de at um sal rio m nimo mensal possam se capacitar para ingressa
192. Porto Velho Nela foi instalado o Jardim de Inf ncia em 12 de abril de 1949 Gov Joaquim de Ara jo Lima 1927 Centro de Ensino Tobias Barreto Exclusivamente aos filhos dos funcion rios graduados da EFMM 1928 Escola Dr Joaquim Tanajura particular 1928 Primeira Escola municipal Governo de Mato Grosso criou a primeira escola Municipal na localidade de Guajar Mirim 1929 Escola Prim ria particular Mantida gratuitamente Seringal Santa F 1930 Col gio Nossa Senhora Maria Auxiliadora particular Ensino prim riof 4 Alfabetiza o chamado de preliminar Jardim de Inf ncia Em 1940 formava a primeira turma de professoras Chamava se Escola Normal Nossa Senhora Maria Auxiliadora 1933 Escola Santa Terezinha Iniciativa particular Guajar Mirim 1933 Instituto Nossa Senhora do Calv rio particular Guajar Mirim 1937 29 Escolas A partir de 1937 Dom Rey criou 29 escolas nos vales dos rios Mamor Guapor e seus afluentes 1940 Escola Particular Ensino Prim rio 1940 Escola Dr Arthur Lacerda Pinheiro particular Ensino Prim rio 1940 Escola Ces rio Correa particular ensino gratuito 1940 Instituto Nossa Senhora do Calv rio particular Guajar Mirim meninas de 7 a 14 anos moradoras do Vale do Guapor mas tamb m havia crian as de 6 anos conforme relato de Izabel Oliveira de Assun o GOMES 2007 1947 Curso Normal Regional Carmela Dutra P blico Constit
193. Profa El 2009 267 Entendem que ser preciso rever o n mero de alunos por sala e professora pois segundo elas imposs vel trabalhar bem com turmas com 30 crian as de tr s anos e n o resolve somente uma auxiliar Tamb m sugerem que os espa os f sicos das escolas sejam mais apropriados para as crian as pois hoje s o inadequados sem reas para a circula o e atividades ao ar livre E outra coisa tamb m a quantidade de alunos na sala de aula que acaba deixando muito a desejar Eu estou na creche de tr s e dois anos Geralmente 30 crian as sempre 30 e uma auxiliar Duas pessoas muito dif cil pra dar conta de tr s anos Ent o demais muita crian a Elas ficam estressadas o professor tamb m e isso a vai adoecendo tanto o professor por isso que hoje em dia como nas pesquisas os professores est o adoecendo a classe mais doente que tem GF Profa El 2009 As crian as s o muito cheias de energia H dias que as crian as t o assim muito agitadas mas isso normal porque se a crian a n o tiver energia est doente Mas tem dias muito dif cil mesmo Elas est o mais agitadas porque elas gostam de espa o e voc tem que ficar o tempo inteiro dentro de sala de aula Voc pode tirar a crian a um nico dia pra levar pro parquinho e nesse parquinho nem um local que oferece seguran a N o tem brinquedo Ent o hor rio do recreio elas n o tem espa o pra correr Voc tem que fi
194. SI JA ONAF VISINVA TVNAV ISA JAVAISHIANO gp dssun a J91ANIdV gt et J Lte 8V Ff eg s Qewozu sejsd j agsuods 0 euguonun4 Inueju og eonpa jeDodsg ogdeonpa Soue 9 BJ09SI 91d SOUE G BJ09SI 91d SOUE y BJ09SI 91d Soue 949919 Soue Z 949919 oue E 0 94919 seodeUO UI sep oesudaJduod sounjy SBJOSSSJOJA seuun sounjy SBJOSSSJOJA seuun JOyjoui eJed seupssedsu ape eyuen Jebjnf nb SIO VANAISIO souin 10d Svdvla se sib y SONNIVISVHOSSIJO AdISVINANL 3A N JoipaW ousu3 ejuswepuna I sIeuig sangs yra Iejusuepuna a senIu soueS vraI egusuepuna J Steu 4 soues epu wepuny I SeWIu soues Nueju og eonpa IANILV IND SaVAaNvaoN 3 Svdvlia euoN opiei euuei ojusueuoluna ep SONHNL YINV 30 SYYS Jd ONIIANN SVGVINIANOO 4 SIVdIDINNIA NLNVANI OV VINAI Y NIANILV IND SVTIODSA SY IHIOS SID VINHOANI Z dSINN IINNAVTO DSI OV VINAA NA OAVHOLNOA 4A TVNOIDNLILSNIRHILNI VAVSDONA dS euenbeJeiy op sndweg SeJ97 SeIDU9ID p apepjnoes OHTI VLINOSAIA IA OMAN VISIINVA TYNaVISa IAVAISAIAINN NA dssun 3 JOIANadYV R jus lo ns epepnuenb w enya ap sieusjeuw sono soJAI Sp sodi SOSISAIp EH SOUUIZOS 9d Op 12914 Jejua oe Jeiode s wessod seuanbad se ueuo s q q so nb esed Sou SISAQUI GASJd OB INgsUI y epuap woo seues esed sisaIssede sojuswedinha
195. Servi o na no per odo de que ocupou Educa o Infantil Educa o atua o Chefe de Elmeri Borges de Licenciatura em Federal Divis o de Lima Pedagogia SEDUC Ensino Pr 1995A 1998 28 anos escolar Licenciatura em Jos lia Gomes Prefeitura Chefe da Neves Pedagogia S MED Divis o 1992 a 1993 23 anos Diretora da Teresinha Nina Licenciatura em Federal Divis o de 1985 a 1994 29 anos Paes Pedagogia SEDUC Ensino Pr escolar Quadro 6 Professoras que coordenaram a Educa o Infantil na rede Estadual e Municipal em per odos dos anos de 1970 a 1998 Fonte Organizado pela autora a partir de informa es contidas nos relatos das professoras 3 4 4 Fontes dos dados a Pesquisa Documental Nesta pesquisa foram considerados documentos os registros escritos sobre as pol ticas p blicas para a Educa o Infantil em Porto Velho RO referente ao per odo de 1999 a 2008 e que foram utilizados como fonte de informa o Para Ludke e Andr documentos podem ser entendidos como quaisquer materiais escritos que possam ser usados como fonte de informa o sobre o comportamento humano 1986 p 187 Tais documentos foram as Leis Or ament rias Anuais Diretrizes Or ament rias Receitas e Despesas do Munic pio Plano Plurianual Relat rios Resumidos da Execu o Or ament ria 1999 a 2008 SEMPLA PMPV RO da Secretaria Municipal de Educa o contendo os programas a es e projetos desenvolvidos no per o
196. UCIONAL DE DOUTORADO EM EDUCA O ESCOLAR UNIR UNESP INDICADORES DA QUALIDADE NA EDUCA O INFANTIL a DIMENS O PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL 1 Proposta pedag gica consolidada institui o tem uma proposta pedag gica em forma de documento conhecida por todos A proposta pedag gica foi elaborada e periodicamente atualizada com a participa o das professoras demais profissionais e fam lias considerando os interesses das crian as A proposta pedag gica estabelece diretrizes para valorizar as diferen as e combater a discrimina o entre brancos negros e ind genas homens e mulheres e pessoas com defici ncias 2 Planejamento acompanhamento e avalia o As professoras planejam e avaliam as atividades selecionam materiais e organizam os ambientes periodicamente As professoras organizam o tempo e as atividades de modo a permitir que as crian as brinquem todos os dias na maior parte do tempo tanto nas reas externas quanto internas As professoras auxiliam as crian as na transi o de uma atividade a outra de modo que isso se d de forma tranquila A equipe da institui o conta com apoio da Secretaria Municipal de Educa o para supervisionar e avaliar o desempenho da institui o Na pr tica de planejamento e avalia o criam se condi es para que as crian as tamb m possam manifestar suas opini es 3 Registro da pr tica educativa Cada professora faz registros sobre as brincadeiras
197. a o PRASEM II 2 ed Bras lia FUNDESCOLA MEC 1999 SAVIANI D Do senso comum consci ncia filos fica S o Paulo Cortez 1980 339 SHIROMA E O MORAES M C M de EVANGELISTA O Pol tica educacional 3 ed Rio de Janeiro DP amp A 2004 SILVA Jr J dos R O papel da municipaliza o educacional na constru o dos novos tra os da sociedade civil na d cada de 1990 In MARTINS A M OLIVEIRA C de BUENO M S S Orgs Descentraliza o do Estado e municipaliza o do ensino problemas e perspectivas Rio de Janeiro DP amp a 2004 SILVA A G da No Rastro dos Pioneiros um pouco da hist ria rondoniana Porto Velho SEDUC 1984 SILVA S O da Estilo de administra o de secret rios municipais de Educa o de tr s munic pios do Estado de S o Paulo em processo de municipaliza o do ensino In GIUBILEI Sonia Org Descentraliza o municipaliza o e pol ticas educativas Campinas SP Al nea 2001 TAMBORIL M B Aproveitamento escolar no ensino fundamental de Porto Velho RO 1990 1997 2000 160f Disserta o Mestrado em Psicologia Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2000 Pol ticas p blicas para a forma o docente um estudo em Porto Velho 2005 220f Tese Doutorado em Psicologia Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2005 Um olhar sobre a inf ncia In Saber da Amaz nia Porto Velho Ano 1 n
198. a o Infantil GEIN Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS 1996 Inf ncia Hist ria e Educa o 2000 Universidade S o Francisco USF Moys s Kuhlmann J nior Educa o Infantil aprendizagem e desenvolvimento profissional em contextos integrados 2001 Departamento de Did tica da Faculdade de Ci ncias e Letras de Araraquara UNESP Maristela Angotti N cleo de Estudos e Pesquisas Inf ncia e Educa o 2002 Universidade Federal de Goi s UFG E Ver nota p 68 e 73 desta tese E ainda CUT Mulheres preparam manifesta o pelo direito creche p blica Dispon vel em http www cut org br Acesso 02 10 2009 73 No entanto as pol ticas para a Educa o Infantil come am a sofrer importantes altera es a partir de meados da primeira d cada deste s culo XXI mais precisamente no ano de 2006 pois a partir da an lise dos documentos e dos encaminhamentos da pol tica nacional para a Educa o Infantil percebe se o in cio de um novo per odo para a hist ria do atendimento a essa etapa Falamos assim de um sexto per odo que a nosso ver representa um diferencial com maiores possibilidades de democratiza o e com maior clareza pelo menos em n vel de produ o de documentos por parte do MEC sobre as necessidades implicadas em uma educa o de qualidade Consideramos refer ncia para esse momento o ano de 2006 pois foi nesse ano que houve uma intensa mobiliza o social para que a Educa o
199. a o em outras atividades curriculares e pedag gicas E o tempo remunerado para a forma o continuada preciso pensar melhor sobre essa quest o A forma o inicial presencial precisa ser garantida tamb m para todas as os docentes que j est o atuando na Educa o Infantil mas que ainda n o possuem a forma o em n vel superior N o que esta seja garantia de qualidade mas um dos aspectos e tamb m direito do trabalhador Se as institui es superiores avan arem rumo forma o docente do profissional da educa o infantil poder o se constituir em importantes aliadas da qualidade inclusive pela possibilidade de tamb m as professoras passarem a exigir mais da escola e do poder executivo Entendemos que tamb m a forma o continuada e gratuita em cursos espec ficos para essa etapa em n vel de aperfei oamento e de especializa o p s gradua o lato sensu precisa ser garantida para docentes lotados na Educa o Infantil privilegiando no desenvolvimento a an lise de suas pr ticas e dos conhecimentos j produzidos que visem melhoria do trabalho pedag gico desenvolvido na escola Pensamos ser necess rio evitar ao m ximo o docente participar de v rios cursos de forma o oferecidos pela SEMED em mesmo per odo pois essa foi realidade observada nos estudos de Tamboril 2005 Isso implicar para a SEMED em lugar de oferecer v rios cursos diferentes em curto espa o de tempo que desenvolva bons
200. a Com a sua conclus o e com a perspectiva de crescimento local em 2 de outubro de 1914 o governador do Estado do Amazonas Jonathas de Freitas Pedrosa sancionava a Lei n 757 que criava o Munic pio de Porto Velho sendo este pertencente ao Estado do Amazonas O munic pio foi oficialmente instalado em 24 de janeiro de 1915 Por m como a hist ria n o linear logo ap s a conclus o da E F M M iniciava se uma crise no com rcio de exporta o com profundos reflexos na economia brasileira Em 1913 a borracha produzida na Amaz nia come ou concorrer com novos produtos asi ticos inclusive a borracha que al m de apresentarem melhor 102 qualidade e quantidade tinham um custo mais baixo O pre o mundial da borracha ca a para a quarta parte do valor No ano de 1919 o Brasil que havia usufru do do monop lio da borracha abastecia apenas a oitava parte do consumo mundial Meio s culo depois o pa s compra no estrangeiro mais da metade da borracha de que necessita GALEANO 2005 p 120 O decl nio do primeiro Ciclo da Borracha freou o avan o demogr fico daquele per odo que voltou a crescer a partir de meados do mesmo s culo XX com muito mais for a iniciando o denominado Segundo Ciclo da Borracha Este teve in cio nos anos de 1940 quando no per odo da Segunda Guerra Mundial a borracha da Amaz nia voltou a ocupar um novo lugar Os japoneses ocuparam a Mal sia e as pot ncias aliadas buscavam outras form
201. a DF MARE 1995 BREJO J Estado do conhecimento sobre a forma o de profissionais da educa o infantil no Brasil 1996 2005 2007 879f Disserta o Mestrado P s Gradua o em Educa o Faculdade de Educa o Universidade Estadual de Campinas Campinas 2007 BUJES M E Escola Infantil pra que te quero In CRAIDY Carmem KAERCHER Gl dis E Org Educa o Infantil pra que te quero Porto Alegre Artmed 2001 CAMPOS M M M A legisla o as pol ticas nacionais de educa o infantil e a realidade desencontros e desafios In MACHADO M L de A Encontros e desencontros em Educa o Infantil 2 ed S o Paulo Cortez 2005 CAMPOS M M M Educa o infantil o debate e a pesquisa In Anais do IV Simp sio Latino Americano de Aten o Crian a de 0 a 6 Anos Bras lia MEC 1996 328 CAMPOS M M M COELHO Rita de C ssia CRUZ Silvia H Vieira Consulta sobre qualidade da educa o infantil relat rio t cnico final S o Paulo FCC DPE 2006 CAMPOS M M M 1999 A mulher a crian a e seus direitos Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 106 p 117 127 mar 1999 CAMPOS M M M Atendimento a inf ncia na d cada de 80 as pol ticas de financiamento Cadernos de Pesquisa Funda o Carlos Chagas S o Paulo n 80 p 11 20 1991 CAMPOS M M M Consulta sobre Qualidade da Educa o na Escola S o Paulo Funda o Carlos Chagas 2002 CAMPOS M M M Educa o
202. a da sala de aula um manual cada professor recebeu seu kit pra que esteja pesquisando e trabalhando isso naquela proposta GF Diretora El 2009 O nosso PPP tamb m a gente fez um coletivo l e fomos pra l pra comunidade escolar n No caso s os pais pois as crian as n o participaram N s trabalhamos como uma escola que queremos uma escola tem esses dados a registrados e a constru mos e de l pra c a gente vem sentando Agora mesmo com a previs o da semana pedag gica um dos itens j rever essa quest o de avalia o e regimento tudo que a gente vai mudar Hoje a nomenclatura j mudou tem muita coisa no regimento que antigamente a gente tinha uma linguagem hoje j outra hoje n o s o mais penalidades s o medidas s cio educativas Ent o a gente vai ter que refazer sempre n e assim a gente tem a nossa proposta GF Diretora El 2009 O munic pio ta construindo o PME com o Estado o plano foi esse n a quest o da gest o a quest o da confer ncia tudo eles est o pra colocar no plano municipal discutido n mero de alunos por sala sobre a merenda GF Diretora El 2009 Na gest o 2005 2008 consideramos a partir dos relatos que a gest o democr tica foi proposta como pilar sendo desenvolvida e valorizada pela SEMED inclusive com a cria o de um Programa de Gest o Democr tica DAE SEMED que segundo a chefe desse programa contribuiu para um acompanhamento mais espec fico
203. a de atua o de modo a entender as rela es sociais e de poder estabelecidas em cada momento da hist ria e Qualificar os educadores para as atividades de ensino e pesquisa na rea da Educa o mais especificamente sobre a inf ncia e a educa o infantil 197 e Desenvolver projetos de trabalho nas escolas com abordagem interdisciplinar contribuindo para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem no contexto da Educa o Infantil Desenvolvido na modalidade presencial no pr prio munic pio foi organizado com uma carga hor ria de 400 horas mais o Trabalho de Conclus o de Curso TCC Foram oferecidas 50 vagas e os candidatos deveriam ser pedagogos pedagogas e licenciados licenciadas ou bachar is de outras reas de ensino na condi o de Gestores as e Professores as que estivessem atuando na etapa da Educa o Infantil nas escolas de educa o infantil e ou na Divis o de El da SEMED do munic pio de Porto Velho RO Segundo o projeto do curso o curr culo foi estruturado em m dulos e formatado para atender a forma o de professores na modalidade em servi o Os programas articularam se em torno de dois eixos tem ticos Crian a e Linguagens UNIR 2006 O acompanhamento das atividades do curso pela coordena o foi realizado atrav s de reuni es pedag gicas com os docentes das disciplinas antes e durante a realiza o das mesmas e segundo consta no projeto buscou garantir a aplica o do
204. a dos impostos Art 68 inciso de cada esfera da administra o p blica h ainda outras fontes de recursos para a educa o tais como receita de transfer ncias constitucionais e outras transfer ncias contribui o social sal rio educa o a receita de incentivos fiscais e ainda outros recursos previstos em Lei o que poder vir a ser destinado educa o desde que estabelecidos por legisla o competente Apresentamos um quadro com os dados gerais do or amento do munic pio de Porto Velho referente ao per odo de 1999 a 2008 destacando os itens valores or ados receita realizada despesa empenhada valores efetivamente gastos pagos e n o pagos e despesas pagas nos anos correspondentes ao per odo apontado no quadro Destacamos tamb m a varia o anual entre receitas realizadas e despesas empenhadas 154 Valores Arrecadados X Valores Processados para Despesas do Munic pio 1999 2008 Valores em reais R Ano Or ado Receita Realizada Despesa Empenhada Despesa Paga Varia o entre Or amento e Receita 5 2 1 2 1999 75 880 000 00 90 728 862 53 82 809 458 17 67 127 469 38 19 57 2000 83 589 000 00 107 516 972 77 107 828 353 03 92 360 289 78 28 63 2001 119 700 000 00 119 809 926 62 129 582 653 94 107 239 590 25 0 09 2002 181 153 158 00 178 479 645 16 170 267 837 37 141 710 107 68 1 48
205. a educa o infantil priorizando a forma o docente entre outros aspectos De um per odo pra c est sendo mais valorizada t havendo a preocupa o um aumento de demanda n o est mais sendo il cita como simplesmente o ato de ir pra escola pra brincar est o se preocupando realmente na qualidade da educa o Hoje n o J fica a preocupa o a pr pria secretaria onde eu vivia priorizou essa capacita o do profissional da educa o infantil com p s gradua o todo m s tem o ciclo pedag gico N o todo mundo junto como antes Hoje n o quem trabalha com a educa o infantil tem ensino fundamental e tudo mas o importante isso at mesmo os pr prios profissionais eram s brincar s dar desenho Hoje sabe que isso come a desde os quatro anos j trabalhando mesmo num todo a crian a Hoje tem que ser perfeito tem que gostar de brincar cantar sentar no ch o tem que se doar pra isso ent o se a gente der valor a essas quest es se o professor n o atende as essas necessidades a gente j tem a preocupa o n o s da gente mas como da equipe que acompanha nessa gest o T havendo muito essa preocupa o porque as crian as est o tendo o apoio n s na escola com recursos com materiais a gente tem esse apoio e ta assim bem uma realidade bem diferente Pelo tempo que eu trabalho na educa o 244 eu nunca tinha visto o apoio que a gente est tendo GF Diretora El 2009
206. a partir das vozes do secret rio secret ria e chefe de Divis o n o apareceram nas falas das diretoras Nossa infer ncia a de que no espa o escolar onde de fato as pol ticas boas ou ruins precisam ser implementadas as dificuldades ser o sempre mais evidentes e por isso a maior nfase nas falas das diretoras escolares 224 Conceito de Pol tica P blica Nem todas as colaboradoras e colaboradores da pesquisa falaram sobre o que entendem por pol tica p blica Para a secret ria de educa o da gest o municipal 2005 2008 uma pol tica p blica educacional formulada a partir da obriga o legal definida na Constitui o Federal que garante direitos e deveres ao cidad o e cidad e tamb m a partir das demandas da popula o definidas ou n o em Lei bem como pela possibilidade de viabiliza o da demanda colocada pela sociedade Na pol tica p blica que a gente vem desenvolvendo nesse per odo temos partido por dois princ pios primeiro as quest es legais da educa o o que obriga o do poder p blico o que dever do cidad o tamb m desde a Constitui o A gente pega a LDB e vai trabalhando qual a responsabilidade do munic pio o qu de fato a gente precisa ofertar o segundo momento da pol tica p blica ouvir a popula o ver o que de fato al m das nossas obriga es legais s o as ansiedades as demandas da popula o e quais s o as condi es que temos pra viabilizar E
207. a social o que se pretende com os grupos focais observar como os participantes especialmente selecionados respondem s quest es da pesquisa para que posteriormente os dados possam ser teoricamente interpretados O objetivo do grupo focal de estimular os participantes a falar e a reagir aquilo que outras pessoas no grupo dizem sendo uma de suas caracter sticas centrais uma sinergia que emerge da intera o social o que para ele significa ser o grupo mais do que a soma das partes GASKELL 2002 p 75 O importante para o autor explorar o espectro de opini es e as diferentes percep es e pontos de vista sobre o tema em estudo Cruz Neto Moreira e Sucena 2002 conceituam o grupo focal como uma t cnica de pesquisa na qual o Pesquisador re ne num mesmo local e durante certo per odo uma determinada quantidade de pessoas que fazem parte do p blico alvo de suas investiga es tendo como objetivo coletar a partir do di logo e do debate com e entre eles informa es acerca de um tema espec fico p 5 Para os autores um grupo focal considerando suas especificidades deve ser constitu do de no m nimo quatro e no m ximo doze pessoas selecionadas dentro da popula o alvo estudada As pessoas devem ser convidadas com anteced ncia e informadas sobre os objetivos da pesquisa al m de que importante que sejam comunicadas da presen a outras pessoas envolvidas na organiza o do grupo focal e da
208. abalhos da educa o infantil e l gico que desse quantitativo inicial depois s fica quem tem interesse mesmo se resumiu a 10 ou 20 Essa c mara tinha a miss o de fazer um diagn stico do munic pio de discutir uma diretriz baseada no que j vinha sendo desenvolvida a concep o te rica e no final tinha que apresentar as diretrizes e metas da educa o infantil e das outras sete c maras tem ticas Elas iriam para a Confer ncia Municipal de Educa o Infantil de 2007 Na Conferencia Municipal elegemos aquilo l casado com o planejamento estrat gico Hoje o resultado da confer ncia municipal est como uma das bases j no planejamento estrat gico J uma base do plano de governo da reelei o do prefeito e do nosso planejamento 152 que na verdade ficou pronto mas a gente terminou n o encaminhando pra c mara municipal no come o desse ano Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Ainda segundo a Secret ria de Educa o o PME s n o foi para aprova o da C mara Municipal de Porto Velho porque em 2009 e 2010 seriam realizadas as confer ncias municipais Estadual e Nacional e que por isso mesmo algo poderia ser alterado Assim o documento constituiu se segundo a Secret ria na principal orienta o do Plano de Governo do Munic pio Nos pr ximos itens apresentaremos as a es desenvolvidas pela SEMED voltadas para a Educa o Infantil nas gest es dos per odos de 1999 2004 e 2005 2008
209. acional foram garantidas inclusive com um aspecto fundamental o que particularmente o interesse deste estudo a garantia do oferecimento da educa o infantil para crian as de zero a 5 6 anos de idade em escolas p blicas Iniciamos pois os anos de 1990 com essa conquista fundamental em termos de direito constitucional embora nem tudo estivesse t o linearmente tra ado afinal at o ano de 2008 passaram se 20 anos desde a promulga o da Constitui o Federal e as crian as de zero a seis anos de idade principalmente as mais pobres continuam disputando vagas nas escolas p blicas de educa o infantil ou mesmo em escolas comunit rias pois a oferta pelo Estado ainda bem menor que o n mero em potencial de crian as que l deveriam ou poderiam estar O Brasil estabeleceu rela es econ micas com outros pa ses e organismos internacionais e estas foram muito mais de depend ncia que de fortalecimento de sua soberania que resultaram em profundas altera es em sua estrutura pol tico econ mica A pol tica educacional implementada a partir desse per odo tamb m considerou tais altera es ou foi por elas atingida De acordo com Torres 1998 o direcionamento da pol tica educacional ao processo de rearticula o produtiva e expans o da hegemonia neoliberal foi acelerado em meados dos anos 1970 nos Estados Unidos e na Inglaterra e de forma mais intensa nos anos de 1980 na Am rica Latina onde as experi ncias inici
210. ada equipe e suas responsabilidades e em grande grupo Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 A administra o da segunda gest o analisada apresenta a metodologia utilizada na avalia o das pol ticas implementadas Novamente os instrumentos utilizados s o as reuni es e semin rios os mesmos utilizados no planejamento Dificuldades no planejamento e implementa o das pol ticas de atendimento Educa o Infantil no Munic pio de Porto Velho As duas gest es analisadas apontam v rias dificuldades enfrentadas na tentativa de planejar e desenvolver a es voltadas para o atendimento Educa o Infantil Dentre elas destacam se o pagamento de mensalidades ou taxas por parte 230 dos respons veis pelas crian as municipaliza o gest o dos recursos financeiros da SEMED e a redu o no n mero de escolas com atendimento espec fico etapa da Educa o Infantil Em rela o aos pagamentos de mensalidades em escolas comunit rias por parte das fam lias das crian as o secret rio da gest o 1999 2004 relata enfrentamos dificuldade n o resta d vida porque estabelecemos uma pol tica em que a educa o como princ pio b sico deve ser gratuita p blica de qualidade e n s tivemos que nos deparar com alguns problemas de algumas escolas que insistiam em cobrar al m de receberem o material e professores ainda insistiam Com isso n s tivemos que baixar uma portaria proibindo qualquer tipo de cont
211. ade a partir de uma perspectiva democr tica atendimento para todos e n o para alguns Assim dentre os crit rios de qualidade deveria constar a expans o de matr culas considerando se a popula o de zero a seis anos alunos e alunas em potencial da primeira etapa da educa o b sica Conforme Corr a 2003 em 1995 no bojo das discuss es para aprova o da nova LDB o Minist rio da Educa o entendeu que a melhoria da qualidade no atendimento educacional s crian as de 0 a 6 anos seria um dos principais objetivos dos sistemas e para atingi lo apontou quatro linhas de a o incentivo elabora o implementa o e avalia o de propostas pedag gicas e curriculares promo o da forma o e da valoriza o dos profissionais que atuam nas creches e nas pr escolas apoio aos sistemas de ensino municipais para assumirem sua responsabilidade com a Educa o Infantil cria o de um sistema de informa es sobre a educa o da crian a de 0 a 6 anos 20 Abordagem hist rica apresentada no documento Pol tica Nacional de Educa o Infantil pelo direito da crian a de o a 6 anos educa o BRASIL 2006a 53 A partir da LDB n 9 394 96 produziram se v rios documentos O documento Subs dios para o credenciamento e o funcionamento das institui es de Educa o Infantil BRASIL 1998a foi elaborado pelo MEC por iniciativa da SEF DPE COEDI Essa publica o tinha como objetivo orientar os sistemas de e
212. ade de aceitar ou n o uma determinada turma por que a mesma cont m alunos com alguma defici ncia Ter que assumir e at onde sabemos essa uma pol tica nacional e portanto n o somente de responsabilidade individual da docente preciso portanto que essa pol tica que entendemos ser fundamental para a inclus o das crian as garantindo a elas e as demais oportunidades de terem mais e melhores possibilidades de conviv ncias e aprendizagens com as diferen as continue avan ando qualitativamente 321 Por parte das institui es formadoras as universidades ser necess rio investir recursos no desenvolvimento de pesquisas em parceria com o sistema municipal de educa o visando produ o de metodologias e materiais para a educa o infantil de forma que atenda s necessidades das escolas e seus contextos geogr ficos culturais sociais econ micos etc e s especificidades das crian as Enquanto aspecto local a Funda o Universidade Federal de Rond nia Campus de Porto Velho precisa democratizar o acesso ao curso de Pedagogia com oferecimento de turma de Pedagogia no turno noturno preferencialmente voltada para a Educa o Infantil de forma que seja ampliado o acesso forma o docente para a educa o nessa etapa em institui o p blica Quando relacionamos os aspectos que precisam ser revistos na defini o de pol ticas locais e nacionais e quando percebemos que tantos outros ainda poderiam
213. ade nas lutas contra os altos pre os as reivindica es por creches pela redemocratiza o entre outras reivindica es Constitu ram se em possibilidade de representa o como um canal de participa o pol tica das classes populares que em princ pio buscavam opor se ao regime autorit rio Nesse sentido alguns desses movimentos vem se destacando na luta por direitos para a inf ncia no sentido de fundamentar a necessidade desse segmento social ser melhor contemplado em pol ticas sociais mais comprometidas com o cidad o e cidad Foram fundamentais na conquista de direitos e hoje ainda o s o tanto em novas conquistas como na luta pela garantia de direitos outrora conquistados Como j afirmou Veiga 2003 p 21 a luta pelo direito creche sobretudo uma luta popular que junto a outros movimentos promovem a luta pela Educa o Infantil USP N cleo de Estudos da Educa o de O a 6 anos NEEOAGANOS 1990 vinculado ao Centro de Ci ncias da Educa o CED Universidade Federal de Santa Catarina Elo sa Acires C Rocha Ana Beatriz Cerisara e Jo o Josu da Silva Filho Inf ncia Forma o e Cultura INFOC 1993 vinculado ao Departamento de Educa o da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro PUC RJ Sonia Kramer PUC Rio Grupo de Estudos e Pesquisas em Educa o e Diferencia o S cio Cultural GEPEDISC Universidade Estadual de Campinas UNICAMP 1995 Grupo de Estudos em Educ
214. ade o projeto de sociedade na qual esse setor est inserido e que se pretende implantar ou que est em curso AZEVEDO 1997 225 Planejamento das pol ticas p blicas para a Educa o Infantil no munic pio de Porto Velho Toda pol tica p blica precisa ser planejada E n o s isso ela precisa ser planejada com e para quem se destina Falando se em pol ticas p blicas de Educa o Infantil entendemos que os interessados nessa pol tica a sociedade representada principalmente pelas m es e por entidades que representam e defendem os interesses e direitos da inf ncia precisam ser ouvidas O primeiro fragmento abaixo evidencia que houve a elabora o de um projeto com defini o de pol ticas para a educa o mas n o fica claro como foi elaborado e nem o que pretendia para a Educa o Infantil Mesmo assim h na fala a preocupa o com quest es importantes que precisariam ser definidas e discutidas Na vis o dos gestores que colaboraram com este estudo houve planejamento em suas gest es um projeto macro da secretaria que se chamava Construindo a educa o para cidadania Ou seja n s fizemos esse projeto porque dentre v rias outras mudan as que faziam parte dos seus objetivos gerais como escolariza o da merenda chamada escolar gest o democr tica e que j envolveria todos esses aspectos seria elei o de diretores e a quest o do enquadramento tamb m do plano de cargos e sal rios Entrevista
215. administrativas pois um dos agentes financiadores o BM apoiava principalmente medidas descentralizadoras LUDWIG 2001 SANTOM 2003 Evidente que tais medidas descentralizadoras foram criticadas por autores e autoras que as consideraram desconcentra o de tarefas administrativas AZEVEDO 2002 e n o descentraliza o no sentido colocado por Arretche 1997 E de fato instalaram se pr ticas de descentraliza o do financiamento das pol ticas sociais sobretudo por interm dio das transfer ncias negociadas permitindo que as inst ncias locais assumissem algum grau de autonomia na administra o p blica AZEVEDO 2002 Plank 2001 considera que a defesa em favor da descentraliza o administrativa carrega consigo algo subentendido pois t m sua origem em discursos sobre a efici ncia e efic cia dos mercados livres e na defesa da privatiza o enquanto instrumento de pol tica p blica Arretche 1997 entende que houve descentraliza o via municipaliza o na transfer ncia da algumas responsabilidades de decis o e de execu o dos servi os do ensino do governo central para os munic pios A autora considera que houve descentraliza o das pol ticas sociais brasileiras Azevedo 2002 p 54 critica o processo de descentraliza o desencadeado no Brasil afirmando que com ele difundiu se a id ia de que a descentraliza o seria um poderoso mecanismo para corrigir as desigualdades educacionais
216. ado para adultos e separado dos espa os das crian as para reuni es estudos momentos de forma o e planejamento Quatro escolas afirmaram n o haver banheiro de uso exclusivo dos profissionais com chuveiro pia e vaso sanit rio Tamb m banheiros para as crian as nas salas de aulas praticamente n o existem sendo informado por apenas tr s escolas 215 A id ia de acolhimento dos familiares ainda n o comum nas pol ticas para a educa o infantil Os espa os f sicos n o consideram esse aspecto uma necessidade visto que apenas tr s escolas afirmam ter espa o para essa finalidade certo que at o ano de 2008 a creche n o foi uma prioridade das pol ticas municipais pois al m do n mero de alunos atendidos percebe se a inexist ncia de frald rio mesa bancada para a troca de fraldas dos beb s e crian as pequenas com seguran a e conforme as escolas os m veis n o s o firmes para que os beb s e crian as pequenas possam se apoiar ao tentar ficar de p sozinhos Materiais e equipamentos necess rios para o desenvolvimento de brincadeiras arte express o etc tamb m n o est o muito presentes nas escolas de educa o infantil conforme se pode observar nos itens apresentados 5 4 A atua o dos mecanismos de controle social na garantia do direito Educa o Infantil De acordo com o Artigo 127 da Constitui o Federal o Minist rio P blico institui o permanente essencial fun
217. ado pela autora a partir de informa es do quadro 30 187 O quadro 30 a seguir apresenta o n mero de atua es docentes na educa o infantil por forma o Os dados de lota o docente tamb m mostraram Ap ndice J que n o houve grande diferencia o na lota o por etapa em rela o forma o H de fato um equil brio na lota o entre creche e pr escola no que se refere forma o adequada e n o adequada conforme orienta a legisla o O quadro 30 apresenta o percentual de professoras por forma o de todo o per odo de 1999 a 2008 Atua es Docentes por Forma o Educa o Infantil Porto Velho Ro Rede Municipal P blica Total Ens Ens Ens Ens NS NS mes oie Gi a Em o io o pi o 4 US Si a tes pleto eto t rio outros chua tura 1999 66 6 9 09 6 909 40 60 61 13 1970 O 0 00 1 1 52 2000 77 1 1 30 16 2078 ss 7532 1 1 30 0 0 00 1 1 30 2001 288 3 14 04 22 764 257 8924 1 0 35 3 1 04 2 0 69 2002 296 2 0 68 2 068 287 96 96 O 0 00 4 1 35 1 0 34 2003 256 0 000 16 625 236 9219 2 0 78 1 0 39 1 0 39 2004 95 12 1263 16 1684 59 6241 4 4 21 4 4 21 0 0 00 2005 328 20 610 33 10 06 243 7409 16 4 88 12 3 66 4 1 21 2006 358 10 279 20 559 249 6955 36 10 06 39 10 89 4 1 12 2007 839 0 0 00 6 072 451 51 63 36 429
218. ados grupos em encurtar as dist ncias entre a realidade dido em das crian as e a apatia presente nas esferas administrativas funda o do Instituto de Prote o e tr s Assist ncia Inf ncia do Brasil em 1899 concretiza o de trabalhos assistencial social e momen educacional inf ncia nfase no desenvolvimento nacional realiza o dos Congressos tos Americanos da Crian a 1916 em Buenos Aires e 1919 em Montevid u In cio da regulamenta o pelo Estado de pol ticas para a Inf ncia cria o de alguns 1920 a departamentos Sai se do atendimento exclusivo pela iniciativa privada meados Realiza o do Congresso Americano da Crian a 1922 Rio de Janeiro conjuntamente com 2 dos Primeiro Congresso Brasileiro de Prote o Inf ncia quando foi criado o Dia da Crian a 1922 anos de As institui es de Educa o Infantil viveram um lento processo de expans o parte ligada aos 1970 sistemas de educa o atendendo crian as de 4 a 6 anos Promulga o da LDB 4 024 de 1961 e LDB 5 692 de 1971 que n o tratam da Educa o Infantil In cio do processo de expans o vertiginosa da Educa o Infantil a creche ganha maior visibilidade Sacramenta se de modo geral a pol tica de uma educa o pobre para pobres Concretiza o de trabalhos assistencial social e educacional inf ncia tendo em vista principalmente o desenvolvimento nacional Educa o Infantil de massa
219. ag gica pra ser o nosso contato ia ser uma maravilha GF Diretora El 2009 Outro aspecto necess rio segundo as diretoras a valoriza o salarial o que evitaria o ac mulo de empregos por parte dos profissionais da educa o A valoriza o do pessoal tamb m porque acho que a quest o salarial tamb m ajudaria porque o professor tem que atender estado munic pio e o diretor tamb m n A quest o dos dois empregos n muito grande a gente tem dois empregos tem que se desdobrar e casa tamb m Dois empregos mais um tr s GF Diretora El 2009 Todavia a problem tica dos dois empregos nos parece que n o foi pensada na mais recente Lei Complementar n 360 de 04 de setembro de 2009 j que criar os contratos de 30 horas em pouco altera este quadro N o h portanto uma clara defini o de pol ticas que caminhem rumo forma o de um quadro de profissionais da educa o com dedica o exclusiva permitindo com isso os arranjos individuais em fun o dos baixos sal rios 256 6 3 Vozes e olhares da escola categorias e subcategorias de an lise extra das das falas das professoras de Educa o Infantil Assim como as vozes das diretoras as vozes das professoras denunciam outros aspectos embora alguns sejam recorrentes nas falas das diretoras e representantes da administra o municipal As tr s grandes categorias ser o aqui repetidas No entanto as subcategorias n o ser o necessar
220. ai da ocupa o das terras brasileiras pelos portugueses at 19202 pode ser subdividido em outros tr s momentos o primeiro que corresponde chegada dos portugueses at 1874 momento em que pouco se fazia em rela o inf ncia tanto do ponto de vista jur dico quanto das alternativas de atendimento J no segundo momento de 1874 at 1889 pode ser encontrado conforme a autora o in cio de movimenta o de grupos particulares se dedicando ao atendimento de crian as principalmente m dicos que preocupados com os altos ndices de mortalidade buscavam algumas alternativas mas que por falta de interesse das autoridades administrativas tais projetos n o eram concretizados O terceiro e ltimo momento da primeira fase vai de 1889 at 1920 e caracterizado pela inten o de determinados grupos em encurtar as dist ncias entre a realidade das crian as e a apatia presente nas esferas administrativas Um marco desse terceiro momento foi a funda o do Instituto de Prote o e Assist ncia Inf ncia do Brasil em 1899 que tinha como objetivo atender crian as menores de oito anos de idade bem como elaborar leis que regulassem a vida e a sa de dos rec m nascidos criar maternidades creches e jardins de inf ncia entre outros Kramer 1992 atribuiu a esse per odo inicial do atendimento pr escolar chamado por ela de fase pr 1930 um car ter de atendimento m dico e sanit rio Entretanto Kuhlmann Jr 1998 ressalta
221. ais aluno mais dinheiro s que o dinheirinho foi investido a Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 A segunda gest o tamb m aponta um problema de planejamento urbano que compromete os espa os para a constru o de equipamentos comunit rios como escolas postos de sa de reas de lazer etc Segundo ela hoje se quer construir escolas com recursos de conv nio mas n o consegue pois n o h espa os regularizados nos bairros onde por sua vez h a necessidade de escolas 233 A infra estrutura f sica e pedag gica das escolas tamb m foi uma dificuldade para o atendimento Educa o Infantil na rede como por exemplo escolas sem as condi es f sicas materiais e de espa os internos adequados ao atendimento etapa Al m disso o Prolnf ncia que financia a constru o de pr dios para a Educa o Infantil exige como contrapartida do munic pio a rea para a constru o Com esse problema o munic pio n o pode aproveitar os recursos via efetiva o de conv nios pois n o consegue os terrenos com a devida documenta o legalizada conforme relata a secret ria Uma coisa que dificulta muito muito mesmo pra gente a constru o porque a gente tem muita dificuldade de conseguir o terreno A gente fez ades o pelo modelo B Prolnf ncia que s o quatro salas mas na verdade eu preciso de mais salas s que a medi o do MEC de 7x8 s o salas gigantescas pra voc conseguir uma rea doada aqui
222. ais de ajuste neoliberal tinham sido ensaiadas em pa ses como Chile Argentina e Bol via Os Estados Unidos passaram a exercer o seu poder e sua hegemonia de forma quase ilimitada j que os principais grupos financeiros e industriais do mundo estavam em seu territ rio As elites pol ticas e econ micas norte americanas condicionaram e de certa forma at determinaram ao restante do mundo adotar a concep o que orientava seu modelo de desenvolvimento Os governos de pa ses em desenvolvimento adotaram as linhas mestras da esfera econ mica de institui es como o Fundo Monet rio Internacional FMI o Banco Mundial a Organiza o de Coopera o e Desenvolvimento Econ mico OCDE e a 30 Organiza o Mundial do Com rcio OMC para n o ficarem margem ou serem considerados inimigos dessas estruturas mundiais Fato integrante que para o processo de implementa o de sua pol tica em outros Estados os Estados Unidos reconheciam que a melhor maneira de intervir seria por meio dos pr prios Estados e contraditoriamente seu objetivo era acabar ou diminuir o poder dos Estados SANTOM 2008 p 16 Sobre essa quest o o citado autor assevera que entre as condi es pol ticas exigidas para obter empr stimos tanto no Banco Mundial quanto no FMI est o fato de que os pa ses receptores tenham governos democr ticos No entanto na verdade s preciso que tenham uma etiqueta de democracia formal sem lev
223. ais pensam que da tudo A eles ficam achando que Eu acho que se tivesse uma taxa simb lica se desse para todo mundo ajudar era muito bom A educa o mudou muito O pai tinha que da o jeito dele comprar Hoje diz que da tudo a secretaria e os pais n o se preocupam mais com nada Eles s querem mesmo dar o b sico Eu acho que se estabelecesse uma taxinha simb lica melhoraria muito a escola GF Profa El 2009 Na hora da matr cula a listinha Que o pai compre o material de higiene pessoal do aluno Porque se pede ele vai ao Minist rio P blico denuncia a escola e a gente tem que responder processo e eles sabem disso Ent o voc tem que ter com muito jeitinho Cad a contrapartida da SEMED para mandar o material de papelaria sulfite lcool para a escola Depois que passou o dinheiro direto na escola PDDE parece que o dinheiro t flutuando GF Profa El 2009 Eu gostaria que a SEMED fizesse um plano para que os pais se envolvessem mais de forma at mesmo material financeira porque j que n o sei Como prefeitura a casa da m e Joana pode tudo L assim eles n o podem ajudar com nada Eu acho que eles deveriam ajudar de alguma forma financeiramente porque j que de gra a e at os materiais digo no caso dos materiais higi nicos porque a prefeitura que fornece e n o os pais papel higi nico xampu essas coisas e nem sempre eles ajudam A a gente fica ali pai por favor traz
224. ais porque eles estavam falando que n o existe inclus o aqui GF Profa El 2009 Tivemos a impress o de que a situa o docente enfrentada e vivenciada pelas professoras nas escolas t o desalentadora que as mesmas pareciam estar em um div com uma necessidade enorme de falar de pedir socorro Ap s esse momento de avalia o das pol ticas p blicas para a educa o infantil em falaram de v rios problemas enfrentados no cotidiano da escola passamos a interrog las sobre o que as mesmas percebiam que havia melhorado considerando o tempo em que atuam na rede municipal 6 3 2 Categoria 2 Impactos produzidos na Educa o Infantil Quando questionadas sobre o que avan ou no atendimento Educa o Infantil p blica municipal as professoras fizeram alguns coment rios a esse respeito mas as queixas que vimos at aqui superam as representa es sobre o que avan ou no atendimento a essa etapa Para as professoras melhorou o acesso escola e em rela o gest o financeira sendo esta consegu ncia da descentraliza o dos recursos tamb m da merenda Melhorou assim para as crian as da forma que hoje n s temos mais vagas nas escolas Eu acho que isso melhorou pra elas S que ao chegar escola a escola n o est preparada para receb las GF Profa El 2009 Acho que superou A escola est mais aberta para a sociedade Isso se pode dizer que melhorou nas escolas A quest o dos pais tamb m GF Profa ElI
225. al de arrecada o de impostos bem como seu potencial de investimento obrigat rio em educa o O pr ximo quadro apresentar as receitas de impostos dos quais 25 devem obrigatoriamente ser destinados educa o municipal ON AdNdNTIdINIS 800Z 666L EBUBJUSLUL IO OB NIsxXI ep sopiuns y sougIejay sop ed e eJojne ejsd opeziuebio oJpend sjuoJ 800Z amp 6661 NuBJu og eonpa eu IAIN ouisug op oyuawinjoauasaq 2 og uanuen Sp Sg sosny ep ogdeoidy ep onessuowaq Z oJpenp JAN ou ogdeoldy 9yc 9 8 88 cer c68 7 severa co GLE EZE 9G 098 0 S cy 9 6 286 ve 865 v9 66 809 8L9 9 LOZC0E CE PLL LOSE bied OUIUIA JOJEA gIANNA AIANNA 858 89 98L CL9 g E PAA IS E oe OUIA UBUIJ ody op segsooy gIANNA AIANNA ves L98 PG LOS L9y by 98c cOL GE v9L 6cC0 ce 9 6 V28 LZ Sec GvS LL EcL 6G8 L LOZ 967 LL ZC9 98C OL 90 6CS Z op SepIqe994 SeJlo09N gIANNA AIANNA 0G9 60S vE 09L YOL SZ 6vB cse cc 29 2 00 Lc 0 960 2L 9cy GLL GL 9c6 6 8 L E a z oe sepeunsaq se o y 92 e sepeunso v00 cv8 29 9L8 cc6 25 20046805 6Ly 96C SGYy 088 942 2 SOL 85S ce LOvv99 6cC ZOG LZL SZ VZOZLO cc 808 LEE 9L E EISteE sojsoduu Anas PA POS aaia aA E EE TPP BoA PEE sojsodul ap ZL0 89 LZc VIC L69 LES 200 08S 0C S29 6L L8L 0CS 7286 08L 8Ly CECOEL 9097S9 8LL Z29 284 00L 260 890 88 CEC ZCE SG9 sejodoy SEP ejo L RR Fans sa TERA TTE
226. alhados os docentes necessitam de muitos outros e no caso da educa o infantil sobre o desenvolvimento psicol gico f sico motor moral e social das crian as e para isso s o criados os cursos de forma o docente Assim a preocupa o da diretora a nosso ver pertinente quantos traumas n o s o causados nas crian as por desconhecimento Quantos momentos fundamentais de 248 viv ncias escolares cotidianas s o desconsiderados para a efetiva experiencia o de situa es em que se exercitam a democracia e que com isso se ensina s crian as a viver democraticamente desde a mais tenra idade As diretoras dizem que na gest o 1999 a 2004 n o se recordam se houve cursos de forma o docente voltados para a Educa o Infantil No entanto destacam o PROHACAP que segundo elas contemplou tamb m docentes dessa etapa Nesse per odo do Carlinhos Camur a eu n o lembro se houve em 2005 eu fiz os PCNs da educa o infantil foi muito bom GF Diretora El 2009 Gradua o foi o PROHACAP n que foi um aux lio e tamb m contemplou a educa o infantil GF Diretora El 2009 Outra diretora que atuou no in cio da gest o 1999 a 2004 salienta que nessa poca a educa o infantil ocorria de forma organizada exceto pelo sal rio Nessa poca em que posso responder tudo ocorria de forma organizada e eficaz lembrando outra vez que apenas o sal rio nunca foi compat vel com a fun o e a responsabilidad
227. alidade no per odo de 1999 a 2008 V rias escolas comunit rias foram municipalizadas passando a pertencer rede de escolas p blicas municipais atrav s de decretos de cria o Quanto an lise da matr cula na Educa o Infantil entendemos ser importante iniciar por uma vis o mais geral do atendimento essa etapa no Estado e nos munic pios o que possibilita compreender o lugar ocupado pela Educa o Infantil na gest o municipal no atendimento a esse direito da inf ncia O quadro 21 apresenta os dados referentes matr cula na Educa o Infantil por Etapa creche e pr escola e Depend ncia Administrativa p blica Estado e Munic pios nos anos de 1999 a 2008 Estado de Rond nia Matr cula na Educa o Infantil Rede P blica Estadual e Munic pios 1999 a 2008 Ano Rede Estadual Munic pios do Estado Creche Pr escola Creche Pr escola 1999 212 11 156 2 662 12 672 2000 149 4 028 2 796 16 092 2001 508 1 854 3 147 18 857 2002 514 1 426 3 241 20 737 2003 518 1 169 3 107 19 587 2004 468 1 552 3 283 21 184 2005 448 1 638 3 922 26 382 2006 461 1 273 4 293 25 824 2007 518 864 5 186 26 943 2008 603 995 6 232 26 810 Quadro 21 N mero de Matr culas na Educa o Infantil Estado de Rond nia por Etapas e Depend ncia Administrativa Estado e Munic pios Fonte Organizado pela autora a partir dos dados do INEP Acesso em 2009 Conforme dados do Ce
228. alificados para atuar n o importa a localiza o Entendendo se que a forma o 300 um dos componentes para a garantia da qualidade ao se aceitar que para a regi o do campo pode se abrir m o dessa exig ncia tamb m se est dizendo mesmo que implicitamente que para a regi o onde est o os camponeses ribeirinhos e ind genas n o necess rio uma educa o de qualidade Diante de tantas dificuldades enfrentadas pela educa o no campo o que a SEMED n o poderia abrir m o seria da contrata o de docentes com a forma o adequada Evidente que h docentes querendo atuar no campo mas preciso diferenciar tamb m o incentivo Sem incentivo a educa o do campo cai na velha hist ria do amor e doa o preciso sim paix o pela educa o amor respeito sentimento de humanidade pelo ser humano mas o profissional da educa o precisa de valoriza o e a depender de algumas condi es incentivo financeiro Isso evidente j considerando um sal rio digno que todas e todos os profissionais deveriam receber e Meta 8 Parcialmente Atendida A meta que previa a defini o de pol tica para a Educa o Infantil no mbito dos munic pios at 2003 n o foi cumprida dentro do prazo A Proposta Pol tica Pedag gica para a Educa o Infantil foi conclu da somente em 2008 Isso j fundamental pois coloca essa etapa como parte realmente da educa o b sica com um projeto pensado e elaborado esp
229. amplo designa o conjunto dos saberes que fundamentam o ato de ensinar no ambiente escolar Esses saberes prov m de fontes diversas forma o inicial e cont nua dos professores curr culo e socializa o escolar conhecimento das disciplinas a serem ensinadas experi ncias na profiss o cultura pessoal e profissional aprendizagem com os pares etc p 212 Para os autores a esse segundo significado que est ligada a sua pr pria concep o de saberes docentes Ainda conforme Tardif e Raymond 2000 p 210 a experi ncia profissional e pessoal e a aprendizagem com os pares deve ser considerada para a constru o dos saberes docentes pois uma pessoa que ensina durante v rios anos tem sua identidade confundida com ou carrega algo de sua atividade Muito de sua exist ncia 292 caracterizada por sua atua o profissional Portanto nos tornamos professores e professoras a partir de nossa atua o e do que a ela incorporamos Tornar se professor ou professora est relacionado ao tempo Tempo de trabalho e de aprendizagem pois se o trabalho modifica o trabalhador e sua identidade modifica tamb m sempre com o passar do tempo o seu saber trabalhar TARDIF RAYMOND 2000 p 210 Por essa l gica n o seria poss vel acreditar que h um tempo de aprendizagem e um tempo do trabalho Como vimos no caso do magist rio a aprendizagem passa por um per odo de escolariza o mas esta deve ser articu
230. an as As professoras organizam diariamente espa os brincadeiras e materiais que promovem oportunidades de intera o entre as crian as da mesma faixa et ria 354 As professoras organizam periodicamente espa os brincadeiras e materiais que promovem oportunidades de intera o entre crian as de faixas et rias diferentes As professoras organizam espa os brincadeiras e materiais acess veis de modo a favorecer a intera o entre as crian as com defici ncia e as demais crian as d DIMENS O PROMO O DA SA DE 1 Responsabilidade pela alimenta o saud vel das crian as A institui o disp e de um card pio nutricional variado e rico que atenda s necessidades das crian as inclusive daquelas que necessitam de dietas especiais As professoras seguem um programa da institui o para a retirada da mamadeira e a introdu o de alimentos s lidos frutas verduras etc Quest es que se referem apenas a beb s e crian as pequenas A institui o possibilita o acesso ao leite materno 2 Limpeza salubridade e conforto As salas de atividades e demais ambientes internos e externos s o agrad veis limpos ventilados e tranquilos com ac stica que permite uma boa comunica o O lixo retirado diariamente dos ambientes internos e externos S o tomados os cuidados necess rios com a limpeza e com a higiene nos momentos de troca de fraldas e uso dos sanit rios lixeiras com pedal e tampa r
231. ando que ainda n o se conseguiu solucionar aspectos fundamentais a qualidade no atendimento realizado e atender demanda potencial Al m disso as reformas educacionais viabilizadas nos anos de 1990 e n o alteradas at in cio dos anos 2000 articuladas principalmente aos organismos multilaterais aumentaram os processos de exclus o social principalmente em consequ ncia do No Craidy 2005 Kramer 1992 Zabalza 1998 Cury 1998 Rosemberg 2003 Campos 1999 2005 Arelaro 2000 Peter Moss 2002 20050 Corr a 2003 Campos Coelho e Cruz 2006 dentre outros 312 financiamento da educa o para a primeira inf ncia o que veio a dificultar e inviabilizar a concretiza o da expans o da Educa o Infantil Observamos que a quest o do que legal e real pede pesquisas bem singulares para evitar que se caia no abstracionismo pedag gico AZANHA 1992 com an lises macro que s o importantes mas que sozinhas n o d o conta de apontar as caracter sticas e especificidades de cada realidade o que ser poss vel a partir de um estudo voltado mais realidade local e escola No entanto os v rios estudos t m apontado que al m de ser direito da crian a a educa o infantil direito da fam lia e tamb m uma necessidade da vida atual na qual homens e mulheres precisam participar da vida social em igualdade de direitos a quest o da qualidade est cada vez mais em discuss o As crian as precisam al
232. ann Jr 1998 2000 p 8 o deslocamento da influ ncia europ ia para os EUA fen meno que encontra express o marcante na cria o do Dia da Crian a no 3 Congresso Americano da Crian a realizado no Rio de Janeiro em 1922 juntamente com o 1 Congresso Brasileiro de Prote o Inf ncia Conforme o autor a defini o dessa data deu se pela associa o da data da descoberta do Novo Mundo com a inf ncia que deveria ser educada segundo o esp rito americano Ainda para Kuhlmann Jr 2000 p 8 A concep o da assist ncia cient fica formulada no in cio do s culo XX em conson ncia com as propostas das institui es de educa o popular difundidas nos congressos e nas exposi es internacionais j previa que o atendimento da pobreza n o deveria ser feito com grandes investimentos A educa o assistencialista promovia uma pedagogia da submiss o que pretendia preparar os pobres para aceitar a explora o social O Estado n o deveria gerir diretamente as institui es repassando recursos para as entidades Al m disso para o autor de l at meados da d cada de 1970 as institui es de Educa o Infantil viveram um lento processo de expans o A pouca expans o contava com parte ligada aos sistemas de educa o atendendo crian as de 4 a 6 anos e parte vinculada aos rg os de sa de e de assist ncia com uma rela o indireta com a rea educacional O autor lembra ainda que a legisla o
233. ano estimativa da receita do FUNDEB 2007 e 2008 Matr culas do ano de 2006 Matr culas do ano de 2007 Um c lculo simples pelo valor aluno nos mostrou que em 2007 a SEMED investiu em toda a Educa o Infantil um valor pouco superior que o recebido do FUNDEB que financiou apenas 33 33 dos alunos da rede das matr culas de 2006 J em 2008 o investimento foi menor que o recebido do FUNDEB conforme se pode observar nas colunas 10 e 11 do quadro Isso discut vel pois esse valor cobriria despesas de somente 66 dos alunos matriculados na rede p blica municipal Sabemos que os recursos investidos na educa o devem cobrir as despesas com manuten o e desenvolvimento do ensino conforme definidas no Artigo 70 da LDB 9394 96 Assim as a es desenvolvidas pela SEMED deveriam caminhar na dire o da amplia o do atendimento considerando a demanda reprimida bem como na melhoria da qualidade desse atendimento Nos pr ximos itens apresentaremos as a es voltadas ao atendimento com qualidade s crian as na faixa et ria de zero a cinco seis anos em espa os caracterizados como escolas de educa o infantil TS F rmula Matr culas creche 1004 ou pr escola 6086 dividas por 3 para encontrar 1 3 das matr culas que seria o total de matr culas a receber o valor repassado pelo FUNDEB nesse ano O resultado foi multiplicado pelo valor aluno creche 1082 ou pr escola 1271 desse ano F rmula Matr cu
234. ano de 2007 mesmo hoje com a afirma o do direito na Lei 9394 de 1996 e em tantas outras esta educa o n o uma garantia de fato pois n o se sabe em n meros por falta de chamada escolar quantas crian as gostariam de estar na escola de Educa o Infantil No que se refere s pol ticas de assist ncia e educacionais concordamos com as cr ticas de Kuhlmann Jr quando alerta para o fato de que Ao anunciar o educacional como sendo o novo necess rio afirma se a educa o como o lado do bem e a assist ncia como o imp rio do mal assim como se estabelece uma oposi o irreconcili vel entre ambas Mas a educa o afinal n o t o inocente assim nem a redentora da triste realidade E a assist ncia n o a grande vil 1998 p 183 Isso porque nos parece dif cil pensar as pol ticas para a inf ncia e Educa o Infantil na perspectiva do ou isto ou aquilo pois s vezes necess rio que seja isto e aquilo poss vel muitas vezes que medidas paliativas figurem paralelas s pol ticas de fato mesmo que por curto prazo at que outras bases sejam constru das para que ent o os paliativos possam ser retirados Conforme o autor O movimento dial tico da hist ria n o a simples oposi o entre passado e presente entre assist ncia e educa o A hist ria da Educa o Infantil tem nos mostrado um processo contradit rio em que a ambiguidade das propostas desde sua origem e difus o d
235. ar em conta o que acontece com os direitos humanos e sociais nessa sociedade Poder amos dizer inclusive que ambas as institui es banc rias podem promover de forma bastante oculta uma diminui o desses direitos na medida em que s o impostas aos governos receptores duras condi es na reestrutura o ou no saneamento de suas economias chega se a limitar as suas possibilidades de autogoverno em fun o das necessidades do capital 2003 p 17 Para ilustrar a situa o apontada o autor lembra que n o conhecemos nenhuma den ncia dessas institui es mundiais sobre a perda do poder aquisitivo dos trabalhadores e trabalhadoras Ao contr rio o que tais organismos apontaram foi a exig ncia permanente de restri o de gastos p blicos de congelamento de sal rios e de flexibiliza o do mercado de trabalho de forma que a mundializa o tal como est sendo estruturada algo praticado apenas por algumas grandes empresas e bancos cujos efeitos s o o aumento do n mero de pessoas e grupos sociais cada vez mais pobres p 18 evidenciando que o que de fato cada vez mais mundializado a pobreza na qual nem necessitamos de uma an lise profunda para que se perceba tal evid ncia Vivemos hoje um novo tempo tempo do chip do v rus virtual do hacker do World Wide Web WWW enfim o tempo das novas tecnologias que possibilitam o acesso a informa es em tempo real bem como a transforma o dessas
236. ar para a Educa o Infantil no Munic pio de Porto Velho Instala o de 13 oficinas Fonte Relat rios de Acompanhamento dos PPA s dos anos de 2002 a 2004 enviados on line pela SEMED em 2009 Apresentamos as a es identificadas nos Relat rios de Acompanhamento dos PPA s a partir do ano de 2003 pois n o encontramos a es dessa natureza nos referidos relat rios referentes aos anos de 1999 a 2002 184 pedag gicas envolvendo 200 profissionais das 12 escolas municipais que oferecem educa o infantil e 51 escolas conveniadas d 2006 Capacita o de Profissionais que Atuam nas Secretarias Escolares da Rede Municipal de Ensino e Conveniadas e T cnicos Administrativos e Conselheiros do CME Semin rio de Lan amento do Programa Revitalizar a Educa o Infantil 01 semin rio 10 palestras 16 oficinas Lan amento da campanha Diga n o a Evas o e Campanha Viol ncia na Inf ncia Denuncie Confer ncia Municipal de Educa o Infantil f 2008 Capacita o de Profissionais Atuantes na Rede Municipal de Ensino e Conveniadas 250 profissionais A figura 9 apresenta o quadro de pessoal docente da rede p blica municipal conforme a forma o lotadas na educa o infantil nos anos de 1999 2004 2005 2007 a 2008 Atua es Docentes na Educa o Infantil Porto Velho RO 500 450 400 350 E Ens Fund Incompleto 300 E Ens Fund Completo 250 O Ens M Magist rio 200 O Ens M
237. aria f lego pra gente Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Para a secret ria hoje h mais qualidade no atendimento pois as escolas s o mais exclusivas dessa etapa e segundo ela mesmo que a escola seja de Educa o Infantil e ensino fundamental a sala de aula de educa o infantil atende somente crian as dessa etapa diferente do que era quando uma mesma sala de uma escola funcionava no diurno com crian as pequenas e no noturno com turmas de Educa o de Jovens e Adultos O que havia de errado nisso Para haver EJA noite provavelmente os mobili rios n o eram adequados para as crian as pequenas entre outros materiais Para ela quando h um atendimento mais exclusivo h possibilidade de maior envolvimento da equipe escolar com a comunidade pois a escola contar com uma equipe t cnica com a aten o voltada para essa etapa Hoje as nossas escolas de educa o infantil s o de educa o infantil Pode at ter uma escola que tenha educa o infantil e fundamental mas na sala de educa o infantil s educa o infantil ela n o tem alunos do ensino fundamental Se tiver ela vai ter s do primeiro ano que eles ainda s o pequenos mas a sala toda adequada com os equipamentos de educa o infantil Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Algo muito positivo pra gente ter a educa o infantil com esse atendimento um pouco mais exclusivo sem ter essa mistura ter o diretor o supervisor ter o acompa
238. as Estrutura o dos espa os educativos destinados educa o infantil beneficiando cerca de 3 800 alunos v Ano de 2006 Constru o de 01 uma Escola de Educa o Infantil no bairro S o Jo o Batista Aquisi o de Mobili rio e Equipamentos para Escolas material permanente para as escolas de educa o infantil v Ano de 2007 Constru o reforma e amplia o das unidades de escolas de educa o infantil Aquisi o de Material permanente mobili rios e equipamentos para escolas v Ano de 2008 Aquisi o de Material Did tico Pedag gico Destinado a 40 escolas Aquisi o de Mobili rios e Equipamentos para 72 escolas 207 Sabemos que o PNE 2001 apresenta quatro metas b sicas metas 2 3 4 e 12 relacionadas infra estrutura para o atendimento Educa o Infantil 2 Elaborar no prazo de um ano padr es m nimos de infra estrutura para o funcionamento adequado das institui es de educa o infantil creches e pr escolas p blicas e privadas que respeitando as diversidades regionais assegurem o atendimento das caracter sticas das distintas faixas et rias e das necessidades do processo educativo quanto a a espa o interno com ilumina o insola o ventila o vis o para o espa o externo rede el trica e seguran a gua pot vel esgotamento sanit rio b instala es sanit rias e para a higiene pessoal das crian as c instala es para preparo e ou servi o de alimenta o
239. as Escolas particulares queriam os professores da prefeitura e o dinheiro da prefeitura mas para a comunidade descredibilzavam as Escolas Municipais Hoje os pais sabem que tem beleza colorido na Escola materiais sem que ele leve a lista exorbitante como anteriormente era solicitada Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 Destaca se nas falas das diretoras a municipaliza o de escolas comunit rias e a descentraliza o via programas nacionais como o Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE e Programa Nacional de Alimenta o Escolar PNAE como importantes para a gest o da educa o escolar L era centro comunit rio e n o tinha nenhuma estrutura pra crian a pois l atende idosos e pra eles tinha v rios cursos A SEMED cedia s os professores e n o tinha merendeira n o tinha zeladora nada a gente tinha que deixar os alunos da tarde e fazer merenda no final da aula limpar A gente tinha toda aquela preocupa o com os alunos a depois n o Foram vendo a a SEMED comprou o pr dio e municipalizou e acabou o neg cio de centro comunit rio GF Diretora El 2009 O Programa Dinheiro na Escola PDDE isso a foi muito importante porque a gente pode ir l e escolher o material escolher as coisas que vai comprar porque antigamente tinha muito disso eles compravam e mandavam aquele material e muito material que as vezes n o era utilizado as vezes uma cor de cartolina e papel camur a que o profes
240. as das crian as de 4 e 5 anos No entanto quase a atingiu totalmente em 2008 quando alcan ou o patamar de 76 30 A meta de atendimento geral das crian as de zero a 3 anos creche ficou aqu m em 2006 atendia somente 7 55 dessa popula o A Constitui o Federal de 1988 por meio da EC n 59 2009 j garante a universaliza o obrigatoriedade e gratuidade da educa o pr escolar para que se efetive at o ano de 2016 contudo ser preciso muito esfor o para isso evitando se novamente o investimento somente na pr escola n o investindo na creche em fun o da obrigatoriedade daquela b Metas 3 4 e 13 N o Atendidas Identificamos o n o atendimento de outras tr s metas Uma a meta 3 que prop e que A partir do segundo ano deste plano somente autorizar constru o e funcionamento de institui es de educa o infantil p blicas ou privadas que atendam aos requisitos de infra estrutura definidos neste PNE igualmente a meta 4 que prop e a adapta o dos pr dios de educa o infantil para que em cinco anos todos estejam conforme os padr es m nimos de infra estrutura estabelecidos Algumas das escolas criadas a partir de 2006 sejam elas novas constru es ou escolas municipalizadas fizeram parte de nossa amostragem e evidenciaram 104 at atender mas a meta clara e n o essa aus ncia Algumas escolas poder o se refere a algumas escolas Ressalta se que o pr prio MEC que dever
241. as de se abastecer de borracha Brasil e Estados Unidos haviam assinado o Tratado de Washington que visava entre outros aspectos a reativa o dos seringais MEDEIROS 2004 Com o novo impulso da produ o da borracha o aumento da popula o e a necessidade sentida pelo governo federal de proteger as fronteiras do Brasil o governo estrategicamente cuidou da cria o do Territ rio Federal do Guapor em 13 de setembro de 1943 que em 1956 passou a ter a denomina o de Territ rio Federal de Rond nia Os anos de 1960 e 1970 ficaram marcados pelas constru es de muitas estradas Tamb m nesse per odo Rond nia foi palco de v rios projetos de assentamentos e aberturas de estradas coordenados pelo Instituto Brasileiro de Reforma Agr ria IBRA que posteriormente transformou se em Instituto Nacional de Coloniza o e Reforma Agr ria INCRA Estaria efetivada a a o ocupacional nas reas de fronteiras De l para c transforma es sociais culturais pol ticas administrativas e econ micas continuaram acontecendo o que culminou com a passagem em 1981 de Territ rio Federal de Rond nia para Estado de Rond nia instalado no dia 04 de janeiro de 1982 O Estado teve um crescimento populacional desenfreado principalmente nos anos de 1970 e 1980 conforme se pode perceber no quadro 7 E Homenagem ao Marechal C ndido Mariano da Silva Rondon que coordenou a abertura da BR 364 que liga Cuiab a Porto Velho RO
242. as e demais profissionais chamam as crian as pelos seus nomes A institui o observa e atende aos interesses e necessidades das crian as que s o rec m chegadas est o mudando de grupo ou se desligando da institui o As professoras ajudam as crian as a manifestar os seus sentimentos alegria tristeza raiva ci me decep o etc e a perceber os sentimentos dos colegas e dos adultos As crian as com defici ncia recebem atendimento educacional especializado AEE quando necessitam As professoras e demais profissionais carregam os beb s e crian as pequenas no colo ao longo do dia propiciando intera o acolhimento e afetividade Quest es que se referem apenas a beb s e crian as pequenas As professoras observam como os beb s e as crian as pequenas se comunicam pelo olhar pelo corpo pelo choro e verbaliza es a fim de compreender seus interesses e planejar o cotidiano 4 Respeito s id ias conquistas e produ es das crian as As professoras e demais profissionais acolhem as propostas inven es e descobertas das crian as incorporando as como parte da programa o sempre que poss vel As professoras reconhecem e elogiam as crian as diante de suas conquistas As produ es infantis est o expostas nas salas de atividades e ambientes da institui o As professoras organizam junto com as crian as exposi es abertas aos familiares e comunidade 5 Intera o entre crian as e cri
243. as no meio do ano o que agora soma um total de 45 dias de f rias remuneradas Na educa o infantil na melhoria salarial a gente n o fez exclusivamente N o tem um ponto que diz que foi exclusivo mas a gente deu nos quatro anos da administra o em todo o aumento salarial da prefeitura a educa o sempre teve um diferencial uma m dia de 10 aos professores que j eram do quadro e tinham feito uma gradua o A gente aumentou o vencimento n s incorporamos algumas gratifica es concedemos 15 dias de f rias no meio do ano remuneradas que os professores podem pegar at 45 dias Os professores do primeiro ano e da educa o especial t m uma gratifica o que aquela antiga da primeira s rie 20 A gente procurou at investir um pouco mais na forma o continuada porque como na nossa gest o os contratos nossos todos foram para pedagogo a gente n o tem a nossa gest o n o tem Entrou na rede magist rio agora tem que qualificar Todos que entraram no 246 concurso p blico s o pedagogos Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Esse aspecto pode ser conferido tamb m no artigo 17 da referida Lei Completar n 360 de 2009 Segundo a secret ria atualmente a SEMED n o contrata docentes sem a forma o em n vel superior no caso da Educa o Infantil e anos iniciais do ensino fundamental a contrata o exige forma o em pedagogia No entanto ressalta que para a regi o do campo ainda contrata pois
244. as para a hist ria da Educa o no Estado de Rond nia Secretaria Municipal de Educa o e Cultura Porto Velho Gr fica da Prefeitura 1987 Terras de Rond nia aspectos f sicos e humanos do Estado de Rond nia 3 ed Porto Velho OFF 7 Editora Gr fica Ltda 1998 L DKE M ANDR M E D A Pesquisa em educa o abordagens qualitativas S o Paulo E P U 1986 MACEDO L De que crian a se trata IX Congresso de Psicologia Escolar e Educacional IX CONPE realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie S o Paulo SP em 06 de julho de 2009 MACHADO M L de A Org Encontros e desencontros em Educa o Infantil 2 ed S o Paulo Cortez 2005 MATIAS Francisco Pioneiros Ocupa o Humana e Trajet ria Pol tica de Rond nia Porto Velho Maia 1998 MEDEIROS E L A Historia da Evolu o S cio Pol tica de Rond nia Porto Velho Rondoforms Editora e Gr fica Ltda 2004 MEDEIROS M B Elaborando o Plano Plurianual Municipal Programa Nacional de Treinamento Manual B sico para Munic pios Organizado por Selene Peres Nunes Bras lia MP BNDES CEF 2002 MEIHY J C S B Manual de Hist ria Oral 5 ed S o Paulo Loyola 2005 MEIRELES D M Popula es ind genas e a ocupa o de Rond nia 1983 141f Monografia Gradua o Departamento de Hist ria Funda o Universidade Federal de Mato Grosso Cuiab 1983 MELLO T Toada de Ternura In Faz escuro mas eu canto porque
245. as tem que ter magist rio e uma coisa que foi qualificando foi essa quest o Aos poucos n s come amos a discutir com a comunidade para que a escola fosse assumida pela prefeitura porque num determinado tempo a comunidade quer que a prefeitura olhe mas eles querem continuar no controle porque geralmente o diretor indicado pelo presidente do bairro tem l as suas vantagens a escola continuar a ser comunit ria Assim com muitas conversas os pais queriam que a escola passasse a ser da prefeitura porque eles se sentiam mais amparados eles sentem uma seguran a maior Agora n s t nhamos um outro problema as chamadas escolas comunit rias tinham um quadro de precariedade geral e era tudo na rea de educa o infantil escola comunit ria de educa o infantil em fun o de que o ensino fundamental tinha que ser regular e a educa o infantil n o Teve um tempo que a gente tinha 103 escolas comunit rias todas de educa o infantil que n o exigia essa formalidade Era um quadro de precariedade essas escolas porque primeiro a forma o ela era complicada porque quem ia dar aula ou era monitor ou era um volunt rio algu m que a comunidade levava l com um vereador debaixo do bra o e conseguia alguma coisa um contrato emergencial segundo o espa o onde essas crian as estudavam eram aqueles espa os adaptados horr veis Espa os muitas vezes fechados sem ar era um neg cio assim pavoroso De alguns a gente
246. at gias Uma an lise menos superficial compreende que embora as institui es escolares 39 p blicas n o estejam sendo vendidas o sistema educacional se privatiza beneficiando a poucos e prejudicando a muitos p 74 Ainda para Gentili 2002 privatizar significa em sentido menos restrito delegar responsabilidades p blicas para organiza es ou entidades privadas Existem no entanto outras formas de delega o menos evidentes e derivadas da particular combina o de duas dimens es que diferenciam o p blico do privado em todos os tipos de atividades fornecimento e financiamento p 74 O autor explica que a privatiza o envolve uma din mica onde se combinam tr s modalidades institucionais complementares 1 fornecimento p blico com financiamento privado privatiza o do financiamento 2 fornecimento privado com financiamento p blico privatiza o do fornecimento 3 fornecimento privado com financiamento privado privatiza o total p 5 Ressalta que esses modelos est o presentes no sistema de gest o da educa o por m denominados de descentraliza o Ou seja o governo central deixa de ser o respons vel direto pela educa o possibilitando de alguma forma que o setor privado assuma pol ticas estritamente sociais O Estado com frequ ncia subsidia de forma direta ou indireta as institui es mediante uma s rie de incentivos fiscais n o cobrando taxas por determinados servi os ofer
247. atendimento o secret rio da gest o 1999 2004 diz O atraso era muito grande pra voc tirar Pelo fato das escolas passarem por um per odo anterior nossa gest o j se fazia ali a extin o das turmas de cinco anos e de quatro anos nas escolas que foram criadas para educa o infantil De repente h um estrangulamento nessa rede quando as escolas s o transformadas todas Praticamente s o extintas todas as turmas de educa o infantil Um exemplo claro o Saul Bennesby que foi uma escola criada pra essa finalidade e de repente ela se transforma totalmente numa escola de ensino fundamental E n s n o concordamos at porque eu j dirigia uma escola de educa o infantil comunit ria naquela poca e a prefeitura j vinha com o programa de crescimento da rede Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Sobre essa mesma dificuldade redu o do n mero de escolas de atendimento exclusivo Educa o a secret ria da segunda gest o informa Quando a gente assumiu a Secretaria a gente identificou que o foco da nossa rede era basicamente o ensino fundamental Durante o dia as salas eram de educa o infantil a noite era de EJA Ent o os poucos que vinham sendo atendidos n o eram qualificados A gente teve um choque no come o Porque constru ram poucas escolas Ent o as escolas eram apenas salas de aula n o tinha mais nada na escola S podia ser dinheiro do FUNDEF era essa a pol tica quanto m
248. autado em uma gest o escolar democr tica forma o docente a defini o da raz o adulto crian a o curr culo escolar todos os aspectos relacionados infra estrutura f sica e pedag gica das institui es de Educa o Infantil e o financiamento com defini o do custo aluno qualidade Mas como tem sido o atendimento Educa o Infantil em Porto Velho desde meados do s culo XX at o ano de 2008 A hist ria traz alguns registros que apontaremos nos pr ximos cap tulos em que inter relacionados apresentar o a Educa o Infantil no mbito do munic pio de Porto Velho bem como nossa an lise sobre as pol ticas p blicas de atendimento a essa etapa da educa o b sica CAP TULO III A PESQUISA aspectos te ricos e metodol gicos Figura 2 Tr s Caixas d gua Porto Velho RO 2008 Dispon vel em lt http Anww skyscrapercity com showthread php t 664470 gt Foto Rodrigo Kono 80 3 1 Quest es da pesquisa Apresentamos neste cap tulo os caminhos metodol gicos percorridos que nos possibilitaram buscar respostas s nossas quest es de pesquisa Tais quest es surgiram a partir de nossas pr ticas cotidianas enquanto profissionais e a partir dos saberes produzidos em estudos j realizados sobre a tem tica A defini o de nosso objeto de estudo representa portanto o resultado de um processo construtivo que esteve perpassado por diversas abordagens te ricas sobre a realidade da educa o infantil
249. blica e ganhou maior impulso com o movimento de redemocratiza o do pa s Mas foi por ocasi o do processo de elabora o da atual Constitui o aprovada em outubro de 1988 que a educa o para a etapa de zero a seis anos foi ainda mais reivindicada J se sabe o quanto essa fase da vida da crian a importante para a constru o de bases fundamentais para um desenvolvimento integral sadio e harmonioso da crian a do jovem e do adulto Tanto a produ o acad mica sobre o tema aumentou significativamente a partir do final dos anos de 1980 como tamb m aumentou a clareza sobre a necessidade de uma pol tica de educa o infantil integrada e articulada nas tr s esferas de governo Muitos debates e manifesta es aclamavam por sua inclus o como direito Valeu pelas lutas e por toda a press o social anterior aos anos de 1980 pois foram tais embates e movimentos que fizeram com que a educa o infantil fosse inclu da na Constitui o Federal de 1988 como dever do Estado e direito do cidad o e cidad CAMPOS 1999 Por m a educa o infantil voltada para a crian a de quatro a seis anos j se inseria nas a es do Minist rio da Educa o MEC desde 1975 quando foi criada a Coordena o de Educa o Pr Escolar O aux lio financeiro para o atendimento crian a foi previsto em Programa desenvolvido pela Legi o Brasileira de Assist ncia LBA do ent o Minist rio da Previd ncia e Assist ncia Social desde 1977 A L
250. blico e gratuito e melhoria da qualidade estaria respondendo aos interesses sociais e a uma demanda quase secular desse munic pio Pesquisas desenvolvidas apontam que o in cio do atendimento em institui es pr escolares no Brasil teve maior impulso durante as duas d cadas iniciais do s culo XX O levantamento a partir de estudos j desenvolvidos sobre a hist ria de Porto Velho evidenciou que apesar desta cidade existir na condi o de munic pio desde a segunda d cada do s culo passado as preocupa es com a educa o das crian as menores de sete anos s se colocaram mais tarde Foi somente a partir de 1930 Col gio Nossa Senhora Maria Auxiliadora que esse atendimento teve in cio Observamos tamb m que de 1930 a 1972 o n mero de escolas com esse atendimento era m nimo e quase totalmente da iniciativa privada A partir de 1972 foram criadas escolas p blicas voltadas especificamente ao atendimento Educa o Infantil na poca chamadas de jardins de inf ncia por m em n mero bem reduzido e sendo da rede estadual No entanto mesmo sem uma rede organizada a SEMED oferecia turmas de pr escolas em anexos de algumas escolas municipais e em espa os comunit rios Esse tipo de atendimento foi caracterizado como informal ou marginal Nos anos de 1990 j temos registros da exist ncia de escolas de Educa o Infantil vinculadas Secretaria de Educa o do Munic pio de Porto Velho Portanto o atendimento Edu
251. blico no sentido de organizar um sistema de ensino Da mesma forma que em Porto Velho quem tinha condi es financeiras mandava os filhos e filhas estudar em outras cidades como S o Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte e muitos eram mandados para a Europa Estados Unidos o Oriente M dio L bano Turquia entre outros TEIXEIRA FONSECA 1998 51 Consultar rela o das escolas criadas no Munic pio de Porto Velho no per odo de 1913 a 1970 AP NDICE D 110 Desta forma o rg o respons vel pela organiza o do Sistema de Ensino do Territ rio Federal do Guapor o Departamento de Educa o passou a se chamar Divis o de Educa o e um novo regimento foi aprovado em 1948 GOMES 2007 2 Foram criadas v rias escolas particulares na primeira metade do s culo XX por m tiveram curta exist ncia pois a desvaloriza o da borracha no mercado internacional levou a Amaz nia a enfrentar uma forte crise cuja consequ ncia foi o abandono da regi o Conforme informa es de Lima 1998 um Of cio n 145 de 10 de abril de 1946 informava que em 1945 havia 27 escolas P blicas no Territ rio Federal do Guapor e atendiam um total de 1 240 alunos Dos estabelecimentos criados at meados do s culo mantiveram se funcionando as escolas Salesianas o Instituto Nossa Senhora do Calv rio e uma institui o p blica o Grupo Escolar Estadual Bar o de Solim es Segundo Vitor Hugo 1991 no in cio do s culo as crian as adol
252. ca o al m da prepara o de professores atrav s de cursos denominados Esquema l realizou se por meio de programas integrados com o Minist rio da Educa o e Cultura MEC em parceria com universidades existentes na Amaz nia 1975 f Celebra o do conv nio com a Universidade Federal do Par UFPA culminando com a implanta o do N cleo de Educa o em Rond nia com a finalidade de habilitar profissionais em diversas reas Administra o e Supervis o Escolar Estudos Sociais e Letras para os professores em exerc cio no sistema p blico de ensino al m de Matem tica e Orienta o Educacional em n vel de Licenciatura Plena e P s Gradua o em Pesquisa e Metodologia do Ensino Superior 1976 g Elabora o do Plano de Educa o Cultura e Desporto PECD RO que priorizou a forma o de professores em servi o oferecida em forma de treinamento e capacita o docente especialmente para o atendimento dos professores leigos 1981 1985 h A cria o da Funda o Universidade Federal de Rond nia UNIR pela Lei de n 7 011 de 08 de julho de 1982 que iniciou suas atividades com os cursos de Licenciatura plena tendo como ponto forte a forma o de professores i Elabora o do Plano Decenal de Educa o para Todos do Estado de Rond nia 1993 2003 que propunha a implementa o de cursos de forma o para 188 Licenciatura oferecidos pela Universidade Federal de Rond nia UNIR RO e outras Institui es
253. ca o Infantil pela rede p blica municipal em escolas criadas com esta finalidade existe a menos de duas d cadas Nossa an lise documental pautou se nas a es apresentadas nos PPA s com vig ncia para os anos de 1998 2001 2002 2005 e 2006 2009 bem como a partir das a es desenvolvidas e apresentadas nos relat rios de avalia o desses PPA s 91 Fontes Quadro 1 Cap tulo Il p 64 272 A an lise possibilitou nos perceber que independente de serem centralizadas ou descentralizadas as pol ticas educacionais foram desenvolvidas a partir do rg o respons vel pela sua elabora o e execu o no Munic pio de Porto Velho a Secretaria Municipal de Educa o SEMED PVH Esta n o elaborou ou desenvolveu pol ticas educacionais de forma isolada de outros fatores dentre estes o prefeito sua filia o partid ria e a legisla o oficial Al m disso as pol ticas elaboradas e ou implementadas estiveram sempre relacionadas direta ou indiretamente com as prioridades das pol ticas dos governos estadual e federal e com a legisla o vigente leis diretrizes resolu es normas pareceres instru es e orienta es originadas nessas esferas Observamos tamb m que mesmo com as constantes altera es de secret rios e secret rias de educa o que marcaram a primeira gest o a prioridade somente para a etapa do ensino fundamental foi garantida o que mostra o efeito e o peso de um projeto pol tico maior no caso o
254. ca o infantil tanto do munic pio quanto da escola Ambos s o considerados pelas abordagens mais progressistas e humanistas de educa o como fundamentais para a democratiza o da educa o e foram garantidos na legisla o e diretrizes das pol ticas nacionais Referimo nos descentraliza o e a gest o democr tica da educa o No caso da educa o infantil a descentraliza o via municipaliza o est garantida pois os munic pios a partir do artigo 211 da Constitui o Federal de 1988 s o respons veis por essa etapa da educa o b sica Entendemos que outros aspectos precisam ser considerados pois o que se busca com a descentraliza o n o poder ser apenas definir quem tem a responsabilidade de gerir alguma etapa da educa o mas principalmente em que condi es e como poder fazer Mesmo considerando se que os munic pios a partir do artigo 211 t m autonomia n o significa que por isso devem dar conta sozinhos de t o grande demanda Em um pa s com idas e vindas de per odos com inten es mais democr ticas e longa tradi o autorit ria e centralizadora n o t o simples construir gest es democr ticas e promover de fato pol ticas descentralizadas Para Sari 1999 historicamente a gest o da educa o tem sido predominantemente centralizada com pequenos avan os e retrocessos conforme a concentra o e descentraliza o do poder na hist ria pol tica brasileira durante os per
255. ca teoricismo e a pr tica sem teoria praticismo Dessa forma os cursos de forma o precisam avan ar no sentido de que teoria e pr tica formem uma unidade indissoci vel expressando se como a o reflex o a o a o transformadora Apontamos como alternativas para se pensar a forma o docente os estudos desenvolvidos por v rios autores e autoras e tamb m apresentados sinteticamente no cap tulo VII 09 em que alguns apresentam os problemas da forma o inicial e continuada e outros apontam em fun o disso possibilidades de organiza o da forma o docente tanto inicial como continuada Acreditamos que altera es nas pol ticas de forma o precisam ser pensadas dentre elas a cria o na carreira do magist rio no mbito da categoria Profissionais da educa o dos cargos de Docente para o Magist rio da Educa o Infantil e Docente para o Magist rio dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental tornando se duas carreiras distintas com ingresso atrav s de concursos p blicos de provas e t tulos com exig ncia de forma o m nima em Pedagogia licenciatura Essa medida poderia evitar muitos problemas hoje presentes sendo um deles o de que o docente obriga se a fazer todos os cursos de capacita o considerando que poder mudar de etapa de atua o em qualquer momento ou no ano seguinte outro que se n o h tantos recursos preciso evitar oferecer toda forma o para todos e todas as prof
256. car observando chamando a aten o Ent o isso que dificulta e deixa as crian as agitadas GF Profa El 2009 Sobre a merenda escolar sugerem o aumento do valor aluno dia da merenda pois o atual n o garante alimenta o necess ria para todas as crian as principalmente das crian as da creche Ficam expl citas na fala de algumas professoras as necessidades de materiais para o trabalho pedag gico enfrentadas pela escola As professoras queixam se inclusive de que hoje os pais n o querem mais ajudar a escola e que a SEMED diz publicamente que todas as escolas t m material necess rio para o trabalho e para os alunos mas que segundo as mesmas isso n o verdade Preocupou nos no entanto a sa da encontrada pelas professoras para amenizar o problema Sugerem a cobran a de taxas pela escola das fam lias das crian as matriculadas na educa o infantil Afinal de contas a escola a segunda casa da crian a Eu vejo assim mesmo que a prefeitura n o aceitasse Uma taxa por exemplo Se ela cobrasse um valor simb lico por exemplo R 10 00 reais pra cada pai porque j ajudaria muito j que eles deixam a crian a aqui e ele n o tem nenhum gasto Eu acho que uma taxa simb lica n o ficava dif cil pra ningu m e daria pra ajudar e ajudaria muito a escola Poderia ser assim porque faz essa propaganda que da tudo mas a gente sabe que a propaganda bonita mas que 268 na realidade n o isso a Os p
257. cia p 25 ou a s ndrome de burnout Durante o per odo em que estive na rede municipal atuei al m da sala de aula na coordena o pedag gica e na gest o de uma escola de Educa o Infantil 1 De acordo com pesquisa realizada por Bezerra 2009 o termo burnout foi primeiramente utilizado pelo m dico Herbert Freundenberger em uma Revista de Psicologia em 1974 mas foi Maslach e Pines psic logos sociais que divulgaram o termo em 1977 no Congresso Anual da Associa o Americana de Psic logos Segundo a autora a maioria dos autores que estuda a tem tica afirma que burnout uma s ndrome caracter stica do meio laboral e que um processo que ocorre devido cronifica o do estresse ocupacional trazendo consigo consequ ncias negativas tanto em n vel individual como no profissional familiar e social Ainda para a autora a palavra burnout que pode ser interpretada como consumir se em chamas refere se a um tipo diferenciado de estresse ocupacional caracterizado por um profundo sentimento de frustra o e exaust o em rela o s atividades desempenhadas no trabalho Dispon vel em http apps einstein br revista arquivos PDF 1186 Einstein 20v7n3p351 6 port pdf Acesso em set 2010 23 Permaneci na rede municipal at o ano de 2005 quando ingressei como docente na Funda o Universidade Federal de Rond nia UNIR A partir do ingresso iniciei minha atua o no Curso de Pedagogia da UNIR
258. cinco caracter sticas da investiga o qualitativa apontados pelos autores pois quanto aos dados coletados a partir de entrevistas e grupos focais priorizamos a descri o das falas na tentativa de analisar os dados em toda a sua riqueza respeitando sempre que poss vel a forma em que estes foram registrados e transcritos Tamb m investigamos dados de forma intuitiva sem a preocupa o de antecipar hip teses pois consideramos que seriam os dados coletados que nos informariam sobre o nosso objeto de estudo e responderiam s nossas quest es de pesquisa Al m disso tentamos o m ximo poss vel apreender as perspectivas dos sujeitos colaboradores desse estudo sobre as pol ticas p blicas para a educa o infantil desenvolvidas no munic pio No entanto consideramos as observa es de Azanha 1992 para quem a realidade n o se entrega facilmente e n o h epistemologia ou metodologia geral que nos indique acertadamente o que fazer que caminho seguir mas poss vel que haja no dizer do autor alguns sinais que aqueles e aquelas que se aventurarem a duvidar do real do que parece determinado os descubram Nesse sentido a hist ria tem nos mostrado que muitos e muitas encontraram esses sinais e contribu ram decisivamente e significativamente com a compreens o do ser humano e sua humaniza o Outros por m encontraram do lugar em que estavam muitos sinais investigaram mas preferiram contribuir com a degrada o da nature
259. cindo 2000 vimos que na esfera constitucional t m se hoje condi es favor veis pr tica da gest o democr tica pois mesmo que o que se pretendia enquanto gest o democr tica pelos movimentos sociais n o tenha sido contemplado em sua totalidade a regula o jur dico legal se constitui em importante base para a efetiva o da gest o democr tica Se n o orienta tamb m n o impede pr ticas de gest o democr tica em que os sistemas de ensino possam fazer escolhas e optar por uma concep o pr pria de gest o e de avalia o de pol ticas p blicas para a gest o da educa o b sica Longe de uma leitura ing nua da realidade que desconsidera as interfer ncias positivas ou negativas das pol ticas nacionais ressaltamos que se n o se pode mudar as grandes estruturas desfavor veis s municipalidades algumas decis es podem ser tomadas para que os munic pios n o sejam sugados por elas As 283 possibilidades legais agregadas a outros fatores como compromisso social humanit rio e coletivo possibilitar o mudan as nas estruturas municipais rumo a gest es mais democr ticas com a elabora o de pol ticas p blicas voltadas aos interesses e necessidades da sociedade 7 2 A evid ncia do lugar ocupado pela Educa o Infantil Toda e qualquer a o educacional desenvolvida pela gest o municipal trouxe como slogan o tema da qualidade tanto por uma gest o como pela outra No caso da Educa o Infantil n o foi
260. coletados apontaremos no cap tulo sete algumas discuss es que consideramos coerentes e que v o ao encontro do que entendemos ser necess rio no processo formativo Ressaltamos que al m da escolariza o que responda legisla o necess rio pensar em como est sendo desenvolvida essa forma o a partir dos programas implementados no munic pio Nesse sentido considerando que a d cada da educa o se encerrou em dezembro de 2007 vejamos que a es foram desenvolvidas e como foram desenvolvidas visando forma o das professoras de Educa o Infantil do Munic pio de Porto Velho Os programas e a es voltados forma o das professoras de Educa o Infantil foram a 2003 Capacita o de 180 professores da creche e pr escola Par metros Curriculares Nacionais PCN s em a o conforme LDB e MEC pagamento de hospedagem alimenta o material did tico servi os xerogr ficos etc Treinamento em servi o de professores b 2004 Hospedagem de professores Conclus o dos PCN s em a o pagamento de hospedagem e alimenta o c 2005 Forma o continuada para os gestores das escolas municipais de educa o infantil beneficiando 24 professores e 12 diretores Forma o continuada para os gestores das escolas conveniadas com a participa o de 51 professores e 43 diretores Promo o de palestras sobre Desenvolvimento Infantil e Dificuldades de Aprendizagem Semin rios abordando o tema a Proposta Curricul
261. cos materiais pedag gicos e mobili rios dentro e fora das salas de aulas e n mero de crian as por turma v Forma o docente e condi es de trabalho programas de forma o remunera o carga hor ria de trabalho sa de da professora v Rela o com a fam lia das crian as e acompanhamento das crian as b Objetivos Analisar a partir dos discursos o que pensam as professoras da educa o infantil sobre a abrang ncia e impacto das a es voltadas ao atendimento educa o infantil desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED no per odo de 1999 a 2008 c Quest es orientadoras a Voc atua h v rios anos na educa o Considerando esse tempo que voc possui no magist rio da rede municipal qual foi a poca que pode ser considerada mais dif cil para os docentes Por qu b Voc conhece a pol tica municipal para o atendimento educa o infantil em creches e pr escolas Fale o que sabe sobre ela e desde quando ela implementada c Durante as gest es municipais Carlinhos Camur a e Roberto Sobrinho voc participou de cursos de forma o Qual is Que institui o foi promotora Quando Quem financiou o curso voc mesma ou o munic pio e em que contribu ram para a sua forma o d Que a es voltadas para o atendimento educa o infantil foram desenvolvidas pelo munic pio tanto na gest o do prefeito Carlinhos Camur a 2001 2004 como na primeira gest o do pre
262. ctos positivos em todo o per odo de 1999 a 2004 e considerando que a pol tica educacional daquele governo n o contemplava a amplia o do atendimento Educa o Infantil o ano de 2003 foi o ano de maior investimento de recursos financeiros e tamb m de maior n mero de matr culas na Educa o Infantil apesar de ainda pequenos nessa etapa A secret ria da segunda gest o ressalta o n o atendimento s metas do PNE 2001 o que aparece concretamente no n mero de escolas e de crian as de Educa o Infantil atendidas E ent o atendendo a quest o do Plano Nacional de Educa o que tratava de metas quando a gente pegou o plano nada do plano vinha sendo desenvolvido Era como se fosse um documento que n o servisse pra nada tanto que hoje a gente tem uma dificuldade ainda na parte da creche que muito dif cil de superar que a gente atende 3 27 Isso porque a gente avan ou porque se n o fosse isso estaria muito pior No planejamento a nossa prioridade foi no resultado de acesso e perman ncia a gente priorizou a educa o infantil na rea urbana e na rea rural nossa prioridade a expans o do sexto ao nono ano porque eles pararam de estudar no quinto ano Porque n o tem como fazer tudo Eles pedem mas a gente d uma freada Eu vivo ampliando construo um monte de salas essas salas est o todas ocupadas mas s vezes na hora de visualizar esse quantitativo de alunos ele n o n o aparece l gico que
263. cursos sendo oferecidos em hor rios que de fato contemplem os 318 docentes Isso porque o docente que est em sala de aula trabalhando j n o disp e de muito tempo para realizar um curso de forma o seja inicial ou continuada e depender de muito esfor o para que o fa a com o m nimo de qualidade Caso participe de mais de um curso ao mesmo tempo e tamb m ao mesmo tempo continuar trabalhando n o h como duvidar de que a qualidade dessa forma o estar comprometida e principalmente no caso do magist rio da educa o infantil em que a maioria docente ainda composta por mulheres e que geralmente acumulam o trabalho dom stico como uma segunda ou terceira jornada de trabalho A SEMED precisar para conseguir ajustar seus quadros somente admitir ou seja contratar docentes para a educa o infantil com forma o m nima em Pedagogia licenciatura Assim poder investir mais em forma o continuada mas n o na escolariza o e sim aperfei oamento continuado Ressaltamos nossa proposta fundamentada nos autores e autoras j citados de que a forma o continuada ser melhor quando for de fato continuada ou seja quando possibilitar ao docente ao passo em que estuda relacionar e refletir sobre o trabalho que desenvolve com a possibilidade de melhor lo alter lo modific lo qualitativamente considerando principalmente os aspectos relacionados qualidade na Educa o Infantil conforme apontamos
264. d nia organizado pelo professor Abnael Machado de Lima divulgado em 1987 o Governo do Estado passou para os munic pios a responsabilidade pela Educa o via municipaliza o conforme se verifica no texto da obra O ano de 1979 um marco na hist ria da educa o em Rond nia Com o objetivo de fortalecer e dotar de maior autonomia os munic pios bem como agilizar as solu es dos problemas educacionais locais o governo municipalizou o ensino de 1 grau atrav s do Decreto n 1100 79 e no seguinte ano exarava o Decreto n 149 80 municipalizando o ensino de 2 grau LIMA 1987 O Decreto aponta a municipaliza o do ensino fundamental como estrat gia para viabilizar aos munic pios maior autonomia e o seu fortalecimento em conson ncia com a Constitui o Federal em vigor art 15 3 al nea f e a Lei 5692 71 art 58 TAMBORIL 2000 poss vel inferir que a inten o foi passar as responsabilidades com a educa o colocando as a cargo dos munic pios por m estes n o davam conta nem mesmo da educa o infantil e do ensino fundamental 118 naquele momento o 1 grau quanto mais de ensino m dio que at hoje ainda n o foi totalmente atendido realidade evidenciada n o s em Rond nia mas em todo o pa s Tamboril 2000 p 28 29 ressalta que neste mesmo Decreto o governo traz para si a responsabilidade de supervisionar orientar inspecionar as escolas dos sistemas municipais
265. dSINNIINNAV TO ISA OV VINAA NI OAVHO LNOA JA TVNOIINLILSNRIILNI VAVHDONA dS eJsenbeJeiy op sndweg se1 7 SeIDU9ID p 9pepjnoes OHJld VLINOSAIA IA OMAN YLSHNYd IVNAYLS3 IJAVAISIAINN ds un d JOIANgdYV Sa eq s Qewuoyu sej d j agsuods 0 enguoun4 s y esed sodIj9sdsa 6002 ISVA9 nueju og eonpa eu epepijenb ep seJopeoIpu ozju wnoop op sus OpueJSpISUOS EJOJNE ejad opesoqejg 3 U04 edueinDes wos seuanbad sedueno segag sop sepjes ep 2901 esed ojjnpe oe epenb pe esngje eu epeoueg esouy ouep el gH seJeIjIue sop ojusulyjooe og ds991 eJed sopeleuejd sjuswjpioedse sodedso pH ouBIUES osea 9 BI OJSANUVD wo SIBUOISSIOJA sop OAISN 9xX9 osn Sp oJlayueg eH Queuweleue d og ewo OP SOJUuSLUOUI sopnysa segiunas esed sedueno sep sodedso sop opeJsedes e soynpe esed openbope ouBIIgou wos OSOIDUS IS joAguIOjUOD efas nb edinba ep OANS 09 no enpiaipul oyjeges o o osuedsap o ajiuesd anb o eds FH so npe sop sepepisseosu s ss 19 u soe 1 puods esed soueIIgou sieusjeu sodedsa C949 Jeundus exieoua ebijsop Jebi Jeyda aqe eyjidus Jeso o 10d Jexnd JapJou sosad sewoy Suos seinyxa Jesojdxe seuanbad sedueuo sgq q sop sepepisseoeu se sopenbope e ejualouyns epepjguenb w sieusjeuw sejusJsjip op sop nbuuq e sojalgo FH epuap UJOO SEdUBLIO sep sepepisseosu se sopenbepe siensinoipne e sooibobe
266. da Organiza o das Na es Unidas ONU em 1945 possibilitou tamb m a institui o de uma ag ncia para cuidar da inf ncia o Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia UNICEF em 1946 A Declara o Universal dos Direitos Humanos de 1948 em seus artigos afirma Artigo 1 Todos os seres nascem livres e iguais em dignidade e em direitos Dotados de raz o e de consci ncia devem agir uns para com os outros em esp rito de fraternidade Artigo 26 1 Toda a pessoa tem direito educa o 2 Educa o deve visar plena expans o da personalidade humana e ao refor o dos direitos do homem e das liberdades fundamentais Tamb m a Declara o Universal dos Direitos da Crian a aprovada pela ONU em 20 de novembro de 1959 faz declara es sobre a vida sa de prote o especial educa o prioridade prote o igualdade e liberdade No entanto apesar da Declara o Universal dos Direitos da Crian a datar de 1959 apenas no final da d cada de 1980 que organismos internacionais ligados ONU promoveram confer ncias mundiais que tiveram maior impacto junto aos problemas sociais da inf ncia Nesse sentido o desafio em favor da garantia de 44 direitos para a inf ncia em todos os aspectos inclusive o educacional continua mesmo a crian a j sendo detentora de direitos imprescind veis A educa o infantil vem de longa data sendo colocada como responsabilidade e problema de pol tica p
267. da SEMED Il um representante dos professores das escolas p blicas municipais indicada pelo SINTERO Ill um representante dos diretores das escolas p blicas municipais IV um representante dos servidores t cnico administrativos das escolas p blicas municipais indicado pelo SINTERO V dois representantes dos pais de alunos das escolas p blicas municipais Vl dois representantes dos estudantes da educa o b sica p blica VII um representante do Conselho Municipal de Educa o VIII um representante do Conselho Tutelar Membros titulares do Conselho informaram que h muitos problemas em rela o efetiva o desse trabalho Segundo as conselheiras e ex conselheiras a falta de um incentivo financeiro e de tempo prejudica o trabalho fazendo com que este se restrinja a analisar as despesas efetuadas com a Educa o B sica a partir dos relat rios enviados mensalmente pela SEMED An lise esta superficial pois 220 n o s o nem mesmo identificados se os recursos destinados a cada etapa e modalidade foram de fato aplicados na etapa e modalidade Segundo informa es colhidas junto ao Conselho gest o 2007 2009 este desde que foi criado ainda n o conseguiu fazer visitas e acompanhamentos s unidades escolares e acompanhamento de processos E isso devido a dificuldades como falta de transporte e falta de disponibilidade de tempo dos membros o que gera um problema grave a dificuldade para reunir os membros para estudos
268. da Secretaria Municipal de Educa o SEMED e d outras provid ncias Revoga o Inciso do Art 4 da Lei Complementar 250 de 23 de dezembro de 2005 Porto Velho 2009 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 282 de 15 de maio de 2007 Disp e sobre a cria o do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o Conselho do FUNDESB Porto Velho 2007 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 260 de 14 de setembro de 2006 Cria fun o gratificada e autoriza repasse de recursos na forma e condi es que especifica Porto Velho 2006 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 254 de 23 de junho de 2006 Concede vantagens aos cargos do Grupo de Magist rio da Prefeitura Municipal de Porto Velho na forma e nas condi es que especifica e d outras provid ncias Porto Velho 2006 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 196 de 25 de novembro de 2004 Disp e sobre a gest o democr tica na rede p blica municipal de ensino do munic pio de porto velho disciplina a escolha dos diretores e dos vice diretores das escolas p blicas municipais da zona urbana e rural e d outras provid ncias Porto Velho 2004 C mara Municipal Secretaria Municipa
269. da educa o no munic pio durante os pr ximos dez anos Durante os ltimos dois anos nove c maras tem ticas formadas por representantes de institui es ligadas educa o discutiram e elaboraram o PME que tra ou o futuro de v rias reas como a Educa o Infantil Educa o de Jovens e Adultos Educa o Especial Ensino Fundamental Ensino Profissionalizante e Superior Valoriza o Profissional Educa o do Campo Educa o a Dist ncia e Tecnologias Educacionais e Financiamento e Gest o Depois de aprovada na Confer ncia Municipal a proposta de PME ser encaminhada para aprecia o do Conselho Municipal de Educa o CME e da C mara de Vereadores para que seja transformada em lei Segundo o site o documento indica que houve v rias atividades possibilitando a participa o de rg os e segmentos nas discuss es e defini es das metas e objetivos do PME Ainda em vers o preliminar o PME apresenta os objetivos diretrizes e metas para a educa o do munic pio para o per odo de dez anos a contar da data de sua aprova o Al m desse documento da p gina oficial da PMPV a Secret ria Municipal de Educa o da segunda gest o analisada tamb m informou em entrevista que A gente constituiu para a elabora o do plano municipal o F rum Municipal do Plano Chamamos v rias entidades Num primeiro momento a gente reuniu 300 pessoas dessas 300 pessoas a gente reuniu toda a sistem tica e a tinha tr
270. da educa o partindo da valoriza o profissional na valoriza o profissional a gente tratou tr s pilares o primeiro a melhoria da rede f sica o segundo a forma o e o terceiro era a melhoria salarial a gente n o conseguiu resolver tudo A gente continua com problemas mas nosso grande m rito que a gente conseguiu avan ar na gest o foi o planejamento Fizemos um planejamento estrat gico no m s de fevereiro No m s de janeiro a primeira coisa que fiz na SEMED foi mandar todo mundo pras escolas porque eu sempre achei que o povo ficava muito ali A gente que funcion ria eu sempre me incomodei muito de ver todo mundo sentado ali Parece que o povo tinha medo de ir s escolas A o m s de janeiro inteiro era pra todo mundo ir pras escolas n o queria ningu m na SEMED Fizeram um diagn stico geral A a gente fez o planejamento estrat gico Esse planejamento estrat gico num primeiro momento eu fiz s s com o pessoal da sede s com os chefes de divis o diretores de departamento e alguma outra pessoa que desenvolvia alguma fun o que era importante A gente contratou uma consultora e fez todo um diagn stico e levantou alguma situa o Elegemos quatro resultados que eram importantes o primeiro que era esse da qualidade da educa o o outro da inclus o social o outro que era a perman ncia dos alunos na EJA porque eu sempre achei que o problema n o era a carteira vaga O desafio da EJA era permanece
271. das para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNICEF Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia SUM RIO INTRODU O ata ai ds Das sngcaa 19 1 POL TICA EDUCACIONAL E DIREITO EDUCA O INFANTIL NO BRASI a DN END PNR aea aa aa RO ARA aa aaeoa ARENA DORENANR Dr ie PS ioana 27 1 1 A pol tica educacional brasileira considera es sobre o cen rio areol are EES EE direi e a RA Sd A SO 28 1 2 A Descentraliza o e municipaliza o das pol ticas educacionais 36 1 3 Direito Educa o Infantil no Brasil possibilidades legais 42 1 3 1 Documentos fundamentais para a garantia do direito Educa o Daire ao E A E PPRR 43 1 3 2 Documentos que orientam a pol tica nacional de Educa o Infantil a partir da LDB n 9394 96 es atada dade bd dn a annaran nnana nannan E dE 51 2 ATENDIMENTO EDUCA O INFANTIL NO BRASIL 58 2 1 Algumas considera es cias eu eaaa aeaea a cena cin bioma isto do ESE EE 59 2 2 Ou isto ou aquilo pressupostos hist ricos do atendimento Educa o Infantil no Brasil eener eeeeerrererresrerrerrrerrerereereeereeeennt 62 3 ASPECTOS TE RICOS E METODOL GICOS DA PESQUISA 79 3 1 Quest es da pesquisa e eeesererererereaaaaaaeaaaaserereaaanaaaa 80 3 2 Objetivos da pesquisa usa nmenacpisulioisposarncnol Antena ads qu Seaiaira PEGA Dera aa a 80 6 Re ASPECIOS TEON 0 eo REDE DR GR RR SR RR GU E PR 81 3 4 Aspectos MELO
272. de Infra estrutura para Institui es de Educa o Infantil Bras lia MEC SEB 2006b MEC Secretaria de Educa o B sica Par metros Nacionais de Qualidade para a Educa o Infantil Bras lia MEC SEB 2006c V 1 e 2 MEC Secretaria de Educa o Fundamental Coordenadoria de Educa o Infantil Pol tica Nacional de Educa o Infantil Bras lia MEC SEF Coedi 1994a MEC Secretaria de Educa o Fundamental Coordenadoria de Educa o Infantil Por uma pol tica de forma o do profissional de Educa o Infantil Bras lia MEC SEF Coedi 1994b MEC Secretaria de Educa o Fundamental Coordenadoria de Educa o Infantil Propostas pedag gicas e curr culo em Educa o Infantil um diagn stico e a constru o de uma metodologia de an lise Bras lia MEC SEF Coedi 1996b MEC Secretaria de Educa o Fundamental Referenciais Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil Bras lia MEC SEF 1998b V 1 2 3 MEC Secretaria de Educa o Fundamental Subs dios para credenciamento e funcionamento de institui es de Educa o Infantil Bras lia MEC SEF 1998a MEC Secretaria de Ensino de 1 e 2 Graus Subsecret ria de Ensino Regular Coordenador de Educa o Pr Escolar Relat rio dos Encontros Regionais de Educa o Pr Escolar Bras lia MEC 1981 Minist rio da Administra o Federal e da Reforma do Estado Plano diretor da reforma do Estado Bras li
273. de atendimento atrav s de conv nios com escolas particulares confessionais e comunit rias Esse tipo de atendimento j existente na primeira gest o que entendemos ser emergencial tem respondido por um bom n mero de matr culas na rede municipal e foi n o apenas mantido mas ampliado na gest o 2005 2008 Esse modelo de atendimento atrav s de conv nios implicou na destina o descentralizada de recursos financeiros para aquelas escolas atrav s do programa PROAFINC Contudo a descentraliza o de recursos financeiros via programas Programa Dinheiro Direto na Escola PDDE Programa de Apoio Financeiro s Escolas Municipais PROAFEM Programa de Escolariza o da Merenda que inclui o Programa Nacional Alimenta o Infantil PNAI e Programa Municipal de Alimenta o Escolar PMAE PROAFINC cujos recursos v o direto para as escolas conveniadas e ainda o Programa Nacional de Aux lio s Creches PNAC tamb m foi considerada importante para o desenvolvimento da educa o infantil do munic pio Destacamos que o processo de descentraliza o via municipaliza o em mbito nacional sofreu v rias cr ticas Segundo Gentilini 1999 nos processos de descentraliza o implementados principalmente nos anos de 1990 foram os munic pios que responderam pela maior parte das responsabilidades de gest o manuten o e desenvolvimento da educa o e tais responsabilidades possibilitaram a presen a de novos m ltiplos e difere
274. de educa o bem como o aperfei oamento e atualiza o dos professores as e especialistas art 5 nico Em entrevista concedida a Tamboril 2000 Jos lvaro Costa que foi naquele ano Secret rio Municipal de Educa o de Porto Velho lembra que este foi o grande problema da municipaliza o a interfer ncia permanente do governo territorial e depois estadual nos rumos da educa o no mbito municipal Al m desse comando paralelo a diferen a salarial entre os as professores as tamb m dificultava o desenvolvimento das a es j que havia no interior de uma mesma escola professores as federais estaduais e municipais muitas vezes com diferen as salariais significativas No entanto anos depois acontece algo bem contradit rio quando a Constitui o Federal de 1988 propunha uma indu o municipaliza o do ensino fundamental e municipaliza a educa o infantil o Estado revoga sua iniciativa atrav s do Decreto n 3816 de 28 de Junho de 1988 Desse momento em diante a Secretaria Municipal de Educa o assume somente as escolas da rede municipal de ensino que j faziam parte do sistema antes da municipaliza o em sua grande maioria localizadas na zona rural canalizando os seus recursos humanos e financeiros para o atendimento dos alunos e alunas matriculados e matriculadas nestas unidades escolares TAMBORIL 2000 Na Constitui o Estadual de 1989 texto original em seu artigo Art 19
275. de forma o de que se tem registro nos relat rios do PPA e que foram tamb m informadas pela Divis o de Educa o Infantil DIEI SEMED PVH estavam relacionadas forma o continuada proposta pelo Programa Par metros Curriculares Nacionais em A o Programa PCN s em A o Em 2005 a Secretaria Municipal de Educa o SEMED ofereceu aos professores e professoras Forma o Continuada atrav s de Semin rios e Oficinas Pedag gicas realizados pela Divis o de Educa o Infantil DIEI SEMED que proporcionaram a Constru o Coletiva da Proposta Pol tica Pedag gica para Educa o Infantil do Munic pio de Porto Velho PORTO VELHO 2009 Al m dessas a es no per odo de 2005 a 2008 evidenciam se mais a es envolvendo programas e cursos visando a forma o das profissionais da Educa o Infantil conforme quadro 31 docentes j Realiza o de cursos pontuais para atualiza o dos professores 1990 Implementa o de cursos de forma o cont nua em servi o 1998 2005 CORDEIRO p 58 60 ne Institui o de apoio a UNIR 189 P blico Alvo Ingres Conclu Projeto programa Per odo Santos intas Forma o Inicial Escolariza o Programa de Forma o Professoras de educa o infantil Inicial para Professores da rede municipal e particular 2006 a em Exerc cio na conveniadas que n o tinham a 34 20 a R ca Ep 2008 Educa o Infantil Forma o
276. de indicar que as condi es s cio econ mica das fam lias influenciam as chances de atendimento refor ando os mecanismos de exclus o vivenciados por uma grande parcela da popula o N o levantamos esses dados mas a hist ria nos autoriza dizer que essa situa o poder tamb m estar presente no Munic pio de Porto Velho haja vista a grande demanda por creches ainda presente 284 O F rum MIEIB 2002 aponta aspectos como projeto pol tico pedag gico espa o f sico forma o docente recursos humanos e materiais entre outros como fundamentais para a garantia da qualidade na educa o infantil Em rela o aos espa os f sicos Korczak 1997 p 307 no s culo passado j fazia ressalvas dizendo Quantas repreens es amargas fazemos s crian as por causa dos erros cometidos pelo arquiteto Quantas dificuldades trabalhos suplementares e aborrecimento por causa das neglig ncias do construtor Faria 1998 p 95 ressalta que a organiza o do espa o numa pedagogia da educa o infantil deve partir da diversidade cultural pois este precisa ser vers til e flex vel para que se garanta o direito inf ncia e consequentemente o direito a melhores condi es de vida para todas as crian as pobres ricas brancas negras ind genas meninos meninas estrangeiras brasileiras portadoras de necessidades especiais etc Considera que sejam creches pr escolas parques infantis etc
277. dessas no desenvolvimento da educa o infantil a partir dos aspectos qualitativos e quantitativos desse atendimento o que consideramos exequ vel no tempo previsto para o doutorado Objetivos Espec ficos A partir do objetivo geral e considerando as quest es a que nos propusemos investigar definimos os objetivos espec ficos que foram a Identificar as pol ticas p blicas voltadas ao atendimento Educa o Infantil desenvolvidas pela SEMED nos governos municipais do per odo 1999 a 2008 b Verificar o que pensam os as dirigentes educacionais da SEMED bem como gestores e professoras das escolas de Educa o Infantil da rede p blica municipal que atuaram no per odo de 1999 a 2008 sobre as a es voltadas ao atendimento educa o infantil c Evidenciar at que ponto as gest es desenvolvidas no per odo estudado atenderam s metas propostas pelo Plano Nacional de Educa o PNE 2001 para a Educa o Infantil 3 3 Aspectos te ricos Esta pesquisa quanto ao seu objeto de estudo caracteriza se como qualitativa com an lise de dados qualitativos e quantitativos Como fonte de dados utilizamos a pesquisa documental a entrevista individual e o Grupo Focal t cnicas apropriadas para o tipo de pesquisa que desenvolvemos Na defini o da metodologia tivemos a preocupa o de n o cairmos em an lises apenas macro sem considerar aspectos da micro estrutura ou seja aspectos mais espec ficos das escolas
278. dif cil melhorar a forma o inicial E ainda que os cursos de Pedagogia licenciatura deveriam definir em seus projetos uma nfase forma o de docentes para a atua o na Educa o Infantil com carga hor ria de est gio de no m nimo 300 horas espec ficas para essa etapa Nossa preocupa o com o est gio curricular caminha no sentido do que defende Oliveira 2005 p 37 para quem o trabalho direto com a crian a o principal mas a forma o do professor deve garantir n o s o trabalho direto com a crian a como tamb m a sua participa o na equipe escolar com responsabilidade de formular implementar e avaliar o projeto educativo da escola N o basta passar pela escola preciso vivenciar e analisar a escola e suas pr ticas pedag gicas ensinar e aprender com ela 320 fundamental que os cursos de Pedagogia licenciatura tenham um laborat rio de pr ticas pedag gicas e de produ o de materiais para que os acad micos e acad micas contem com um espa o e equipamentos para a viv ncia e produ o de materiais pedag gicos enquanto processo formativo que os capacitem ainda mais para o desenvolvimento do trabalho nas escolas Em fun o das especificidades inerentes forma o das crian as necess rio valorizar nos curr culos de forma o docente Pedagogia licenciatura o estudo te rico e pr tico sobre arte m sica teatro brincadeiras jogos infantis com produ o de materia
279. dirigentes municipais e estaduais de educa o quest es relativas defini o de pol ticas para a Educa o Infantil Nesse contexto o Minist rio da Educa o coordenou a elabora o do documento Pol tica Nacional de Educa o Infantil BRASIL 1994a Nele foram definidos como principais objetivos para a rea a expans o da oferta de vagas para a crian a de zero a seis anos o fortalecimento nas inst ncias competentes da concep o de educa o e cuidado como aspectos indissoci veis das a es dirigidas s crian as e a promo o da melhoria da qualidade do atendimento em institui es de Educa o Infantil Tais objetivos segundo o MEC levaram elabora o de outro o documento Por uma pol tica de forma o do profissional de Educa o Infantil BRASIL 1994b no qual se discutia a necessidade e a import ncia de um profissional qualificado e um n vel m nimo de escolaridade para atuar em creches e pr escolas como condi o para a melhoria da qualidade da educa o dessa etapa Nessa poca de acordo com Corr a 2003 algumas cr ticas foram feitas pois se entendia que o MEC deveria considerar como qualidade na educa o infantil n o s o bom atendimento s crian as matriculadas mas tamb m considerar qualidade a quantidade de crian as que deveria e ou poderia frequentar a escola Ou seja a propor o entre a procura e a oferta de vagas em creches e pr escolas com base na premissa de que qualid
280. do modificando interagindo com a mem ria p 195 Consideramos que Ao mesmo tempo para o pesquisador poder analisar esses relatos de mem ria ele precisa de outra documenta o que lhe forne a um conjunto de informa es hist ricas que d o suporte quela mem ria se foi uma greve qual era a pauta de reivindica es p 196 As informa es colhidas por meio das fontes documentais j citadas foram importantes tanto no momento da coleta das entrevistas como aux lio s interven es bem como na an lise das pol ticas p blicas implementadas a partir do conte do das mesmas Portanto a partir das considera es de Montenegro 2008 o relato de mem ria foi fonte para que pud ssemos em di logo com a teoria e a partir do cruzamento com outras fontes descrever o hist rico do atendimento Educa o Infantil em Porto Velho desde seus prim rdios at o final dos anos de 1990 Com esse objetivo realizamos as tr s entrevistas citadas A partir do per odo de 1999 a 2008 nosso objetivo com as entrevistas foi desenvolver uma an lise mais ampla das pol ticas de atendimento elaboradas e implementadas pela rede municipal de educa o do Munic pio de Porto Velho Com esse objetivo realizamos tamb m tr s entrevistas com gestores da SEMED apresentados no quadro 3 um secret rio de educa o da gest o 1999 2004 uma secret ria da gest o 2005 2008 e uma chefe da DIEI que atuou nesse setor no per odo de 2005 2
281. do em estudo Lei Org nica do Munic pio Indicadores Educacionais da Secretaria Municipal de Educa o bem como documentos oficiais com dados sobre recursos humanos recursos pedag gicos matr culas e rede de escolas planos e projetos desenvolvidos 94 Tamb m se constitu ram fonte significativa de informa o o Plano de Carreira dos Profissionais do Magist rio e os dados do INEP estat sticas acerca do atendimento forma o docente entre outros Outros documentos importantes foram as leis decretos diretrizes e pareceres tanto nacionais quanto locais que garantem direitos e orientam o atendimento da etapa da Educa o Infantil b Entrevistas relatos Em conson ncia com o problema e objetivos desta pesquisa trabalhamos com entrevistas nicas e tem ticas na forma de relato oral com quest es abertas que foram realizadas tendo como fundamento as orienta es de Antonio Montenegro para quem A entrevista n o se constitui como uma narrativa hist rica e o depoente n o constr i por meio da mem ria oral um relato hist rico apenas um depoimento uma entrevista que n o institui uma narrativa hist rica com todas as suas implica es historiogr ficas documentais metodol gicas e escriturais 2008 p 195 Desta forma as entrevistas apresentam as elabora es e interpreta es das entrevistadas e entrevistado sem contudo constituirem se em nico documento pois para o autor Mem ria n o regist
282. do pela LDB n 9 394 96 fez com que o Estado fosse se retirando da responsabilidade com educa o infantil e s ries iniciais do ensino fundamental o que sobrecarregou o munic pio Vejamos o percentual de cobertura total de Educa o Infantil incluindo as tr s redes O quadro 24 apresenta a matr cula total na Educa o Infantil das tr s redes Estadual Municipal e Particular bem como o percentual de atendimento em rela o popula o em idade escolar Evidencia o baixo atendimento s crian as de zero a seis anos no Munic pio de Porto Velho pois considerando a popula o dessa faixa et ria a taxa de cobertura total n o chegou a 20 em 2004 Em 2008 a matr cula total das tr s redes cobriu 33 14 da popula o de O a 5 anos 175 Munic pio de Porto Velho EDUCA O INFANTIL 1999 2008 Popula o em idade escolar n de Matr culas e Taxa de Cobertura Redes Estadual Municipal e Particular Popula Popula Total da Total da Total da ANO Total Total 4 Total Popula o popula o popula o ppa A Atendida o Atendida 4 Atendida 0 E 0a3 a6 a a3anos a 5 6 anos a 5 6 anos anos anos 1999 30 493 23 546 54 039 1 703 10 229 11 932 22 08 2000 30 493 23 546 54 039 1 499 8 257 9 756 18 05 2001 30 493 23 546 54 039 1 740 7 700 9 440 17 47 2002 30 493 23 546 54 039 1 513 6 771 8 284 15 33 2003 30 493 23 546 54 039 1 495 7 029 8
283. dolescentes outra a o ligada a este projeto Estes s o alguns dos projetos desenvolvidos visando a garantia de direitos da inf ncia e juventude mas que nem todos necessariamente est o ligados garantia do direito educa o Todos s o desenvolvidos junto s escolas N o identificamos projetos que tratasse especificamente da garantia do atendimento Educa o Infantil embora os projetos Nenhum a Menos e Venha para a Escola sejam fundamentais para a garantia desse direito 218 No entanto al m do Minist rio P blico o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e Valoriza o dos Profissionais da Educa o Conselho do FUNDEB criado atrav s da Lei Complementar n 282 de 15 de maio de 2007 um colegiado e segundo o art 24 da Lei n 11 494 2007 tem a importante fun o de proceder ao acompanhamento e controle social sobre a distribui o a transfer ncia e a aplica o dos recursos do Fundo no mbito de cada esfera Municipal Estadual ou Federal Mesmo n o sendo uma unidade administrativa do Governo conforme par grafo 7 do Art 24 o mesmo dever atuar de forma independente mas tamb m harm nica com os rg os da Administra o P blica local Ainda conforme o Art 24 10 da Lei n 11 494 2007 o Poder Executivo deve oferecer ao Conselho o necess rio apoio material e log stico disponibilizando se necess
284. dos como a variedade e quantidade m nimas por aluno de insumos indispens veis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem Art 25 Ser objetivo permanente das autoridades respons veis alcan ar rela o adequada entre o n mero de alunos e o professor a carga hor ria e as condi es materiais do estabelecimento Par grafo nico Cabe ao respectivo sistema de ensino vista das condi es dispon veis e das caracter sticas regionais e locais estabelecer par metro para atendimento do disposto neste artigo Y Tamb m definida por Bordignon e Gracindo como maneira peculiar singular pr pria de cada um ver sentir e interpretar os fatos e o mundo Ibidem 279 participa o e a emancipa o poder ser um paradigma emergente conforme proposto por Bordignon e Gracindo 2000 Vimos a partir dos dados coletados que a primeira gest o esteve muito mais voltada para um paradigma racional positivista j que nesse paradigma a rela o sujeito objeto vista de forma fragmentada gerando da as rela es de verticalidade encontradas no interior das organiza es sistemas e escolas p 151 Tais rela es n o consideram que o processo pedag gico est perpassado pela intersubjetividade e que os fins da educa o devem ter como fundamento a emancipa o do sujeito As idiossincrasias do secret rio ou secret ria de educa o do diretor ou diretora da escola foram os fundamentos da gest o 1999
285. dos per odos considerando que cada um desses autores aponta per odos semelhantes mas com aspectos que ora se diferenciam e ora se assemelham A partir desses estudos organizamos cinco per odos aos quais inserimos mais um que consideramos agregar um diferencial Dessa forma a an lise do atendimento s crian as menores de seis anos ser demarcada em seis per odos cada um com algumas caracter sticas espec ficas que os diferenciam entre si embora saibamos que muitas caracter sticas perpassam e perduram talvez em todos eles pois est o intrincadas na pr pria especificidade da popula o atendida e nas concep es sobre a necessidade desse atendimento Assim teremos a seguinte organiza o conforme quadro 1 64 Caracteriza o do atendimento s crian as de zero a seis anos Brasil Institui es fora do lar 1889 a 2009 Per o Dura a E Caracter sticas dos o Chega 1 Chegada dos portugueses at 1874 poucas a es em rela o inf ncia tanto do ponto de da dos vista jur dico como de alternativas de atendimento portu 2 De 1874 at 1889 in cio de movimenta o de grupos particulares se dedicando ao atendimento gueses de crian as principalmente m dicos preocupados com os altos ndices de mortalidade projetos 1 a 1920 n o concretizados por falta de falta de interesse das autoridades administrativas Subdivi 3 De 1889 at 1920 inten o de determin
286. e da Educa o Infantil em virtude da entrada do Banco Mundial organismo multilateral que tamb m elabora e divulga modelos de pol tica educacional Naquele momento foram redefinidas prioridades e estrat gias a partir de conceitos de rede de prote o social e de focaliza o de pol ticas sociais para popula es pobres por m pol ticas tamb m pobres porque mais baratas ROSEMBERG 2003 Ap s a promulga o da LDB o que parecia estar assegurado estava na verdade longe de acontecer Dois problemas s o apontados por Rosemberg 2003 de um lado a busca da regulamenta o dos servi os existentes sob a responsabilidade do setor da educa o de outro a tentativa de re introdu o da antiga concep o de atendimento p 36 Os modelos denominados de alternativos n o formais de desenvolvimento infantil que vinham sendo rejeitados ou questionados pelos segmentos sociais s o retomados como alternativas para a amplia o do atendimento a essa etapa Tamb m a Emenda Constitucional 14 que instituiu o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF impactou negativamente nas pol ticas de atendimento Educa o Infantil conforme j evidenciado a partir de pesquisas nesse trabalho Al m disso as orienta es do MEC COEDI para a efetiva o dessa mudan a s o bem recentes o que mostra conforme Rosemberg 2003 a omiss o desse rg o
287. e matr culas na Educa o Infantil tamb m subiu o percentual de recursos aplicados nessa etapa Ou seja o valor aluno da Educa o Infantil da rede municipal conforme despesas na etapa e matr culas tamb m aumentou Conforme apresentado no quadro 14 a seguir em 1999 dividindo se o n mero de matr culas na El 3 coluna pelas despesas na El 6 coluna tem se uma m dia de R 5 36 cinco reais e trinta e seis centavos de despesas por aluno ano Em 2006 quando ainda n o havia a subvincula o de recursos do FUNDEB para essa etapa fazendo se a mesma divis o tem se uma m dia de R 400 00 quatrocentos reais de despesas por aluno ano Em 2008 j somados os recursos do FUNDEB a m dia de despesas por aluno ano foi de R 992 99 novecentos e noventa e dois reais e noventa e nove centavos Houve de fato a partir de 2005 um aumento no n mero de matr culas e no investimento para essa primeira etapa da Educa o B sica Vejamos o quadro 14 que apresenta a Matr cula e Despesas com Educa o Infantil em rela o ao total de matr culas e total de despesas do Munic pio educa o n Fizemos essa demonstra o apenas para evidenciar os parcos recursos investidos na educa o infantil pois o valor aluno ano definido todos os anos pelo MEC conforme f rmula espec fica mesmo que se considere apenas os anos de 2007 e 2008 com o FUNDESB foi bem maior 161 Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Matr
288. e matr culas no munic pio de Porto Velho Houve amplia o no n mero de vagas somente no ensino fundamental regular s ries finais Nas demais s ries e na EJA houve redu o de matr culas O maior decr scimo foi no ensino fundamental s ries iniciais em 1999 eram 24 733 matr culas e em 2008 j eram somente 16 681 matr culas Se em 1999 o Estado ofereceu nas modalidades e etapas apresentadas no quadro 23 83 358 vagas no total em 2008 oferecia 10 400 vagas a menos que naquele ano A rede municipal de ensino de Porto Velho ofereceu em 2008 20 165 vagas a mais que em 1999 interessante observar que a rede estadual diminuiu consideravelmente o n mero de matr culas na pr escola e s ries inicias mas nem por isso houve amplia o significativa nas s ries finais do ensino fundamental pois de 2000 a 2004 o crescimento foi de 1491 matr culas Tamb m o atendimento de sua exclusiva compet ncia que o ensino m dio sofreu redu o de matr culas no per odo de 1999 a 2004 superando o ano de 1999 somente em 2005 No caso da educa o infantil no per odo de 1999 a 2004 houve uma significativa redu o por parte do Estado e n o houve amplia o por parte do Munic pio de Porto Velho o que penalizou um n mero consider vel de crian as e fam lias que dependiam desses espa os al m de representar a nega o de um direito do cidad o e cidad educa o Assim a interpreta o do Art 211 da CF de 1988 regulamenta
289. e muito baixo por sinal e repetir principalmente os de professores e gestores que fazem a educa o desse pa s O professor sempre assumiu com total responsabilidade o seu real papel apesar de n o ter sido valorizado como deveria pois o sal rio entra ano e sai ano continua muito baixo GF Diretora El 2009 Quanto aos cursos de forma o desenvolvidos na ltima gest o destacam aqueles que tamb m foram informados pela SEMED e que colocamos no cap tulo V teve p s gradua o em educa o infantil em educa o especial EJA teve gest o tudo oferecido pela SEMED recentemente teve o primeiro encontro de fortalecimento dos conselhos escolares GF Diretora El 2009 outros cursos de capacita o como revivificar pela SEMED que foi uma forma o cont nua Ent o tivemos assim v rias etapas varias capacita es mesmo na legisla o GF Diretora El 2009 Para as diretoras um impacto negativo para a valoriza o profissional foi o PCCS que n o mais considerou a forma o continuada aperfei oamento para efeito de valoriza o salarial como se pode verificar na fala abaixo Uma das situa es que nos falta hoje e deixa a desejar que em outras pocas participar de cursos na rea de educa o nos valorizava com pol tica da gratifica o salarial por faixa que ao somar a quantidade de carga hor ria dos cursos aumentava um pouquinho o sal rio e isso n o acontece mai
290. e a Resolu o n 6 de 24 de abril de 2007 que criou o Programa para ser atendido com o Prolnf ncia indispens vel entre outros aspectos que o Distrito Federal e os munic pios detenham t tulo de A Programa Nacional de Reestrutura o e Aparelhagem da Rede Escolar de Educa o Infantil ProInf ncia FNDE MEC institu do pela Resolu o n 6 de 24 de abril de 2007 parte das a es do Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE do Minist rio da Educa o Dispon vel em http www fnde gov br index php programas proinfancia Acesso agosto 2010 234 dominialidade do terreno onde haver a edifica o em conson ncia com a Portaria Interministerial n 127 de 29 de maio de 2008 E este como se pode ver segundo a Secret ria um problema para a gest o hoje As diretoras tamb m consideram um problema a falta de terrenos pr prios da prefeitura para a constru o das escolas municipais pois isso acarreta outro problema n o conseguem o reconhecimento Sabemos que n o sendo reconhecida a escola deixa de ter uma gama de possibilidades de autonomia principalmente no que se refere ao projeto pedag gico Autoriza o e Reconhecimento das escolas a escola j autorizada agora n s vamos dar entrada no reconhecimento J passou um ano e meio Eu tenho toda a papelada tudo pronto uma pasta deste tamanho mas esbarramos no pr dio porque nosso pr dio n o pr prio GF Diretora El 2009 J
291. e custeio 310 Com essas altera es ser poss vel a amplia o do atendimento creche e universaliza o do atendimento pr escola conforme determina o dada pela Emenda Constitucional n 59 de 11 11 2009 al m das reais possibilidades de melhoria em toda a Educa o B sica considerando que a rede estadual teria mais recursos para ampliar a oferta de ensino fundamental e m dio possibilitando ao munic pio priorizar o atendimento aos anos iniciais do ensino fundamental e educa o infantil Tamb m ser interessante incluir no or amento do munic pio um percentual de no m nimo 2 dos recursos da MDE n o inclu dos no FUNDEB para custear despesas com constru o de escolas para a Educa o Infantil a ser aplicado prioritariamente na complementa o de recursos de conv nio com a Uni o destinados constru o e aparelhagem de Escolas de Educa o Infantil fundamental que se esclare a como de fato se efetivar o regime de colabora o para evitar o jogo de empurra empurra preciso que se defina o que e quanto no caso da Educa o Infantil compete a cada esfera administrativa inclusive ao governo federal bem como no atendimento ao ensino fundamental pois agora com a Emenda Constitucional EC n 59 2009 a escolariza o de crian as de 4e 5 e dos 15 aos 17 anos tamb m passou a ser obrigat ria ou seja da pr escola ao ensino m dio e isso implicar na oferta obrigat ria de educa
292. e da solid o amaz nica Os meus olhos curiosos iam collocando sem ordem na moldura quadrada da portinhola do vag o as imensas paizagens da estrada As rvores as pedras os igap s atropelando se confusamente n uma fuga desordenada desfilavam deante dos meus olhos curiosos Aqui ainda n o existe um filho da terra maior de 10 anos Os que nascem em Santo Ant nio em geral morrem aos 9 PEREGRINO JUNIOR 1936 Foto M rio Venere 99 4 1 Rond nia e Porto Velho o come o de uma hist ria V rios autores e autoras t m abordado aspectos da hist ria geral e da hist ria da educa o em Rond nia alguns s o mais abrangentes outros estudam um munic pio em espec fico ou ainda algum aspecto bem delimitado mas todos e todas contribuindo significativamente para o registro hist rico No intuito de reunir estas informa es com vistas a sistematiza o de dados e analisar as pol ticas de atendimento Educa o Infantil abordaremos inicialmente aspectos hist ricos da constitui o do Estado de Rond nia e da educa o infantil nele desenvolvida compreendendo o per odo iniciado em 1943 quando foi criado o Territ rio Federal do Guapor at os anos de 1990 quando j havia sido transformado em Estado de Rond nia promulgada a Constitui o Federal de 1988 a Constitui o do Estado de Rond nia e a Lei Org nica do Munic pio de 1990 O objetivo foi construir um retrospecto hist rico das a es
293. e financeira e a necessidade de seus habitantes atuando prioritariamente no ensino fundamental e na pr escola Em n vel estadual a Resolu o n 138 1999 CEE RO de 27 de dezembro de 1999 assegura no Art 15 que Os sistemas municipais de ensino compreendem as institui es de educa o infantil ensino fundamental e m dio mantidas pelo Poder P blico Municipal Il as institui es de educa o infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada IIl os rg os municipais de educa o No entanto para a organiza o do Sistema Municipal de Ensino de Porto Velho foi criado o Conselho Municipal de Educa o CME atrav s da Lei Org nica do Munic pio de 1990 que diz textualmente em seu artigo 233 Ficam criados os Conselhos abaixo cujos objetivos forma o e atribui es ser o definidos em Lei IV Conselho Municipal de Educa o Mas a estrutura e organiza o do CME s foi definida na Lei Complementar n 071 de 21 de outubro de 1997 e o Sistema Municipal de Ensino foi organizado a partir da Lei Complementar n 081 de 11 de novembro de 1998 Em 2001 o CME foi regulamentado pela Lei Complementar n 137 2001 estando vinculado Secretaria Municipal de Educa o sendo seu objetivo principal 137 normatizar e avaliar o Sistema Municipal de Ensino Esta Lei revoga a Lei completar n 071 1997 Em 1997 a SEMED elaborou e encaminhou ao CME de Porto Velho o Projet
294. e isso sinal que a educa o a forma o foi muito ruim O pessoal acabou de sair da UNIR Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Analisa ser necess rio que o Estado assuma o ensino fundamental do 6 ao 9 ano e que o munic pio fique com as s ries iniciais pois esta ser uma possibilidade de o munic pio de Porto Velho conseguir ampliar o atendimento Educa o Infantil As grandes demandas s o a amplia o da rede f sica o investimento no pessoal desde a contrata o N s for amos bastante a barra pra que a gente ficasse atendendo at o quinto ano e eles do sexto ao nono Ent o quando a gente assumiu tinha sete escolas que atendiam do sexto ao nono hoje tenho tr s apenas E eu s tenho essas tr s ainda porque n o tenho pra onde encaminhar esses alunos tem a Maria Isaura ali por perto n o tem nenhuma escola do Estado L no Darwich porque l no Conjunto Jamari n o tem nenhuma escola do Estado e n o tem pra onde encaminhar e a outra Joaquim Vicente Rondon que fica ali na Rua Jatuarana e a Escola Jo o Bento tamb m l s atende ensino m dio N o tem pra onde encaminhar e os pais n o aceitaram de jeito nenhum sair de l Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 A chefe da DIEI tamb m aponta as mesmas necessidades e considera ser necess rio entre outros aspectos ter um or amento espec fico para a Educa o Infantil Repassar recursos para as escolas levando em conta o
295. e mesmo per odo PORTO VELHO 2005 De acordo com os dados apresentados em 2010 pelo Tribunal Regional Eleitoral TER o munic pio conta com 276 275 mil eleitores sendo 135 081 do sexo masculino e 141 194 do sexo feminino Em rela o economia o munic pio de Porto Velho concentrou 30 do PIB e 24 4 da popula o do Estado na s rie 2002 2006 O Munic pio de Porto Velho 02 10 1914 est subdividido em 11 distritos aqui apresentados na seguinte ordem nome do distrito data de cria o e dist ncia em rela o Sede distrital que a Cidade de Porto Velho Abun 17 04 1945 222km Calama 17 04 1945 140 km Jacy Paran 17 04 1945 87 km Vista Alegre do Abun 22 12 1981 266 km Fortaleza do Abun 21 11 1985 240 km Mutum Paran 21 11 1985 164 km S o Carlos 21 11 1985 100 km Nova Calif rnia 21 11 1985 350 km Nazar 26 06 1997 130 km Demarca o 26 06 1997 270 km Extrema 05 01 1998 320 km Relat rio elaborado pela Secretaria do Estado de Planejamento e Coordena o Geral de Rond nia ROND NIA 2009 108 Em rela o morbidade e natalidade em 2003 foram 7 235 nascidos vivos com um ndice de natalidade de 602 m s e 229 bitos com um ndice de mortalidade de 20 m s Doen as infecciosas transmiss veis e epidemiol gicas s o as principais causas da mortalidade infantil com um coeficiente geral de btos 1 000 habitantes atingindo o ndice de 1 66 ao a
296. e pol ticas sociais no contexto da globaliza o Rio de Janeiro Ed FIOCRUZ 1997 p 127 152 AZANHA J M P Uma id ia de pesquisa educacional S o Paulo Edusp 1992 AZEVEDO J M L de Educa o como pol tica p blica Campinas Autores Associados 1997 BADINTER E Um amor conquistado o mito do amor materno Rio de Janeiro Nova Fronteira 1985 BARBOSA N B H Explora o e levantamento dos rios Anary e Machadinho Relat rio apresentado ao Exmo Sr Coronel C ndido Mariano da Silva Rondon Chefe da Comiss o pelo Capit o de Engenharia Nicolau Bueno Horta Barbosa ajudante da Comiss o Rio de Janeiro Papelaria Macedo Rua da Quitanda 74 1922 325 BARDIN L An lise de conte do Trad Lu s Antero Reto e Augusto Pinheiro Lisboa Portugal Edi es 70 1995 BARRETO A M R F A educa o infantil no contexto das pol ticas p blicas Revista Brasileira de Educa o S o Paulo n 24 Set Out Nov Dez 2003 p 53 65 A educa o infantil no contexto das pol ticas p blicas In Revista Brasileira de Educa o Universidade de Bras lia Instituto de Psicologia Set Out Nov Dez 2003 n 24 p 53 65 BAUDELOT C ESTABLET R L cole capitaliste en France Paris Maspero 1971 BECKER F da R A educa o infantil no Brasil a perspectiva do acesso e do financiamento In Revista Iberoamericana de Educaci n n 47 2008 p 141 155 BOGDAN C R BIKLEN S K Investiga
297. e procuramos articular os dados apresentados at aqui o que nos permitir demonstrar se as a es desenvolvidas pelas gest es atenderam aos objetivos e metas nacionalmente definidas no PNE 2001 voltadas ao atendimento Educa o Infantil CAP TULO VII O QUE OS DADOS REVELAM em busca de s ntese Era uma vez um menino maluquinho Ele tinha o olho maior que a barriga fogo no rabo e vento nos p s Umas pernas enormes que davam para abra ar o mundo Ele era um menino imposs vel A melhor coisa do mundo na casa do menino maluquinho era quando ele voltava da escola a pasta e os livros chegavam sempre primeiro voando na frente E como toda a gente o menino maluquinho cresceu Cresceu e tornou se num rapaz muito ajuizado ali s tornou se rapaz mais ajuizado do mundo E foi ent o que toda a gente descobriu que ele n o tinha sido um menino maluquinho ele tinha sido era um menino feliz ZIRALDO 271 7 1 A quest o da qualidade na Educa o Infantil municipal As pol ticas p blicas para o atendimento educa o infantil no munic pio de Porto Velho referentes s gest es 1999 2004 e 2005 2008 mais acentuadas no per odo de 2005 a 2008 foram elaboradas e implementadas a partir do resultado de diagn stico local da rede No entanto considerando que se trata de um problema nacionalmente reconhecido pela sociedade e pelo poder p blico toda a o que levasse em conta a amplia o do atendimento p
298. e ter o registro n pra apresentar pros colegas na troca de experi ncias das outras escolas que est o acompanhando GF Diretora El 2009 Eu tenho 25 anos de educa o n no munic pio eu nunca vi assim uma preocupa o importante o que eles est o dando n o pra educa o infantil mas em geral pra educa o que voc v essa linha da educa o infantil a preocupa o um espelho na sala tudo isso tem um momento de hist ria tudo isso tem no c rculo pedag gico eles n o s mandam o aluno pra escola mas todos eles t m um trabalho com os coordenadores sobre esse material por que antes n o era jogado sabe GF Diretora El 2009 Observa se portanto que na segunda gest o houve a preocupa o com a organiza o do espa o e reordenamento das turmas na escola criando com isso um atendimento mais espec fico para a Educa o Infantil o que valorizou o aspecto educacional mas sem abrir m o do cuidado Impactos na valoriza o profissional Nesta subcategoria fica expl cito na segunda gest o o que chamamos de amplia o em n mero de matr cula S o situa es que entendemos n o ser f ceis 245 para uma tomada de decis o de uma gestora e ter a mesma que assumir isso priorizar o aumento de matr culas em detrimento da valoriza o profissional A secret ria da segunda gest o relata que investiu na forma o docente inclusive com p s gradua o lato sensu em Educa o Infantil
299. e zero e cinco seis anos atendidas em creches e pr escolas Analisando separadamente as matr culas na creche e pr escola temos para a creche em 1999 1 703 5 58 em 2002 1 513 4 96 em 2004 1 680 5 51 e em 2008 2 489 10 17 de cobertura total incluindo as tr s redes e para a pr escola nos mesmos anos 10 229 6 771 8 794 e 9 941 matr culas equivalente a 43 44 28 76 37 35 e 76 30 respectivamente de cobertura total Essa queda na cobertura total da pr escola de 1999 para 2004 deve se principalmente ao fato de que o Estado diminuiu gradativamente seu atendimento e a prefeitura n o ampliou o suficiente para pelo menos compensar o decr scimo da rede estadual Al m disso a rede privada diminuiu consideravelmente o atendimento a partir de 2005 Em 2004 o atendimento pr escola pela rede privada somava 5 764 matr culas e em 2008 atendia apenas 2 214 matr culas das crian as com idade de quatro e cinco anos Na rede p blica municipal a creche saiu de 295 matr culas em 1999 subiu para 466 em 2004 e para 1 191 em 2008 o que representou 0 97 1 53 e 4 86 respectivamente do percentual de crian as atendidas em rela o popula o total do munic pio em idade escolar J a pr escola nos mesmos anos saiu de 1 149 matr culas em 1999 subiu para 1 667 em 2004 e chegou em 6 825 representado um percentual de 4 88 7 08 e 52 38 respectivamente do total da popula o de 4 a 5 6 anos atendida Iss
300. ecess ria supera o de um obst culo Se a creche passa a fazer parte do sistema educacional do pa s ela deixa de ser apresentada como alternativa para pobres incapazes para ser posta como complementar a o da fam lia tornando se uma institui o leg tima e n o um simples paliativo Mas n o por isso que as institui es se tornam 48 educacionais elas sempre o foram e continuar o sendo aonde quer que estejam A passagem para o sistema educacional n o representa de modo algum a supera o dos preconceitos sociais envolvidos na educa o da crian a pequena 1998 p 189 Por m o grande problema ainda consiste em garantir tais direitos definidos nas leis ficando entre n s aquela sensa o de que temos bons legisladores no Brasil por m poucos cumpridores dessas leis haja vista o pouco cr dito dispensado a LDB n 9 394 96 pois as creches n o foram imediatamente integradas aos sistemas educacionais conforme prescrevia a Lei A legisla o tanto a Constitui o Federal de 1988 como a LDB n 9 394 96 tamb m definiu a esfera administrativa que deve responder pelo atendimento educa o infantil A Constitui o Federal atribuiu ao Estado o dever de garantir o atendimento s crian as de zero a seis anos em creches e pr escolas art 208 IV especificando que Uni o cabe prestar assist ncia t cnica e financeira aos estados ao Distrito Federal e aos munic pios para garantir equaliza o das op
301. ecidos ou mediante subs dios financeiros diretos para o pagamento de sal rios investimentos em infra estrutura demonstrando que nesta perspectiva h pouco interesse em ter o Estado como o principal respons vel pelas pol ticas sociais A partir da an lise dos autores e autoras percebe se que descentralizar significa afastar do centro de forma a distribuir com as localidades ou mesmo tornar independente do governo central mas a apropria o feita desse conceito pela pol tica neoliberal foi a privatiza o Por m Gentili 2002 aponta v rios aspectos que demonstram que a educa o p blica muito melhor que a privada principalmente se considerarmos que somente ela garantir o acesso a todos e todas Andrade 1997 concluiu que a descentraliza o tem representado um passo importante para a democratiza o do acesso educa o infantil de qualidade haja vista a significativa participa o dos munic pios no atendimento a essa etapa mas sabemos que n o basta somente descentralizar a administra o em sentido bem restrito sem a liberdade para pensar planejar e tomar decis es inclusive sobre os recursos a serem utilizados N o passando a administra o local do ensino para o 40 munic pio e por si s ter se a garantia de sua efetiva democratiza o Isso porque h a quest o do financiamento Alguns munic pios contam com arrecada es que n o possibilitam a amplia o da rede de atendimento e nes
302. ecificamente para a Educa o Infantil No entanto h ainda ressalvas pois n o h uma pol tica claramente definida com a defini o de objetivos metas e estrat gias que vise a amplia o e atendimento com qualidade Espera se que o PME garanta esses aspectos Todavia a Proposto Pol tico pedag gica garante a essa etapa da educa o b sica lugar nas pol ticas municipais f Meta 9 Totalmente Atendida O levantamento realizado junto s 13 escolas evidenciou que as mesmas j possuem seus PPP s Assim podemos dizer que a meta de at 2004 as escolas constru rem seus PPP s para a Educa o Infantil foi cumprida at 2008 g Meta 12 Parcialmente Atendida A meta que visa garantir a alimenta o escolar para as crian as atendidas na educa o infantil nos estabelecimentos p blicos e conveniados atrav s da 301 colabora o financeira da Uni o e dos Estados est sendo atendida mas h queixas por parte das diretoras e professoras de que o recurso insuficiente pois o valor aluno n o cobre as despesas b sicas com os g neros aliment cios A partir das entrevistas junto s diretoras vimos que a sa da de algumas escolas participar de outros programas de apoio nutricional mas sabemos que esse n o poder ser o crit rio j que outros programas n o s o para todas as escolas Outro problema acarretado pelo baixo valor per capita aluno para a merenda escolar que como apontaram as diretoras
303. ed 1999 PESSOA H da C Qualifica o docente e desempenho discente no Ensino Fundamental um estudo de caso na Rede Municipal de Porto Velho Rond nia 2008 155f Disserta o Mestrado Programa de Mestrado Profissionalizante em Gest o de Pol ticas P blicas Universidade do Vale do Itaja UNIVALI Itaja SC 2008 334 P TON M Pol ticas educacionais e movimento sindical docente reformas educacionais e conflitos docentes na educa o b sica paranaense 2004 293f Tese Doutorado Faculdade de Educa o Universidade Estadual de Campinas Campinas 2004 PORTO VELHO RO C mara Municipal Lei Org nica do Munic pio de Porto Velho de 1990 Porto Velho 1990 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n n 267 de 24 de outubro de 2006 Porto Velho PMPV 2006 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 071 071 de 21 de outubro de 1997 Estrutura e Organiza o do Conselho Municipal de Educa o de Porto Velho Porto Velho SEMED 1997 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 137 2001 Regulamento o Conselho Municipal de Educa o vinculado Secretaria Municipal de Educa o Esta Lei revoga a Lei completar n 071 1997 Porto Velho SEMED 2001 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 196 de 25 11 2004 Orienta o processo de gest o democr tica n
304. educa o infantil 1 Amplia o do n vel e da qualidade da escolariza o da popula o promovendo o atendimento educa o 2 Democratiza o do acesso educa o em todos os n veis para atendimento dos segmentos exclu dos 3 Renova o do conte do e da pr tica pedag gica considerando quest es de g nero ra a etnia gera o e orienta o sexual 4 Transforma o da escola em espa o integral e integrado comunidade 5 Erradica o do analfabetismo 6 Garantia da forma o continuada dos profissionais da rea de educa o e valoriza o da carreira 7 Promo o de um processo de educa o contextualizada valorizando a cultura local e sua diversidade 8 Promo o de pol tica educacional inclusiva para os portadores de necessidades especiais 9 Implementa o da educa o a dist ncia por meio de novas tecnologias para atender s comunidades de reas isoladas 10 Promover a inclus o digital e o acesso da popula o s novas tecnologias da informa o E 20 Viabiliza o do acesso das crian as e dos adolescentes educa o cultura sa de esporte e lazer com qualidade e efetividade 23 Prioriza o da arte cultura esporte e lazer na formula o das pol ticas voltadas a retirar crian as e adolescentes da marginalidade 150 24 Promo o da perman ncia da crian a e do adolescente na escola 25 Erradica o da explora o sexual das crian
305. educa o infantil e compreenderam a Pol tica Nacional de Educa o Infantil pelo direito da crian a de o a 6 anos educa o BRASIL 2006a contem diretrizes objetivos metas e estrat gias para a rea O documento apresenta v rias Diretrizes da Pol tica Nacional de Educa o Infantil e dentre elas a indissociabilidade entre o cuidado e educa o O documento retoma as metas propostas no PNE BRASIL 2001 embora n o se perceba avan os em rela o a estas ficando apenas na reitera o b Par metros B sicos de Infra Estrutura Para as Institui es de Educa o Infantil BRASIL 2006b cont m orienta es sobre as concep es reforma e 55 adapta o dos espa os onde se realiza a Educa o Infantil j que o MEC considera que a constru o de uma unidade de Educa o Infantil demanda planejamento e envolve os estudos de viabilidade a defini o das caracter sticas ambientais e a elabora o do projeto arquitet nico Al m disso deve incluir o projeto executivo o detalhamento t cnico e as especifica es de materiais e acabamentos O documento destaca que a inten o que se busque ampliar os diferentes olhares sobre o espa o visando construir o ambiente f sico destinado Educa o Infantil promotor de aventuras descobertas criatividade desafios aprendizagem e que facilite a intera o crian a crian a crian a adulto e deles com o meio ambiente O espa o l dico infantil deve ser d
306. educo mesmo que essa educa o n o seja a mais apropriada para a forma o de sujeitos cr ticos e participativos e que possam contribuir com a forma o de uma sociedade democr tica Naquele caso em se tratando de um espa o coordenado por religiosas certamente a educa o desenvolvida era coerente com a congrega o Voltei para o interior em 1983 cuja localidade j era distrito de Porto Velho denominada de Itapu Em 1984 ter amos l a implanta o gradativa das s ries finais do ensino fundamental iniciando obviamente pela 5 s rie Na tentativa de permanecer morando no s tio e para n o ficar sem estudar pois j havia conclu do a 5 s rie cursei a novamente Assim no per odo de 1984 a 1987 fiz as s ries finais do ensino fundamental em Itapu Depois de conclu do o ensino fundamental surgia novamente o dilema pois no distrito n o havia ensino m dio e nem grandes esperan as de implanta o Objetivando n o perder mais tempo pois j estava com dezoito anos em 1988 fui morar na cidade de Ariquemes L fiz minha matr cula no ensino m dio Magist rio e estudei quase todo o ano mas por sorte naquele 22 mesmo ano tamb m foi iniciado em Itapu o ensino m dio Deste modo voltei para l e conclu o primeiro ano do ensino m dio na Escola Municipal Dr Cust dio Por m mesmo tendo cursado apenas o primeiro ano do ensino m dio ingressei em fevereiro de 1989 na rede municipal de ensino de Porto V
307. egraliza o como vencimento inicial das Carreiras dos profissionais da educa o b sica p blica pela Uni o Estados Distrito Federal e Munic pios ser feita de forma progressiva e proporcional e as esferas administrativas dever o ainda observar o os incisos Ile Ille par grafos 1 e 2 deste artigo 200 Il a partir de 1 de janeiro de 2009 acr scimo de 2 3 dois ter os da diferen a entre o valor referido no art 2 desta Lei atualizado na forma do art 5 desta Lei e o vencimento inicial da Carreira vigente Il a integraliza o do valor de que trata o art 2 desta Lei atualizado na forma do art 5 desta Lei dar se a partir de 1 de janeiro de 2010 com o acr scimo da diferen a remanescente 1 A integraliza o de que trata o caput deste artigo poder ser antecipada a qualquer tempo pela Uni o Estados Distrito Federal e Munic pios 8 2 At 31 de dezembro de 2009 admitir se que o piso salarial profissional nacional compreenda vantagens pecuni rias pagas a qualquer t tulo nos casos em que a aplica o do disposto neste artigo resulte em valor inferior ao de que trata o art 2 desta Lei sendo resguardadas as vantagens daqueles que percebam valores acima do referido nesta Lei Considerando as possibilidades colocadas no par grafo 2 do Art 3 poss vel que os sal rios nem sejam reajustados j que admitir se que o piso salarial profissional naci
308. eis para que o mercado seja o principal mecanismo de regula o social existente p 40 Essas medidas teriam apenas o objetivo de tentar envolver mais os consumidores e consumidoras de um servi o ou produto e todos os que trabalham em sua produ o p 40 O grande problema para as pol ticas sociais que quando o Estado delega suas fun es ao mercado este tenta colocar o Estado a seu servi o tenta fixar as pol ticas estatais de interven o voltados compensa o de seus modos de funcionamento e portanto cortar as arrecada es destinadas a atender aos gastos sociais As pol ticas de descentraliza o aplicadas pelos Estados a partir desse aspecto n o contam com recursos econ micos suficientes e representam somente estrat gias eficazes para realizar algum tipo de ajuste fiscal o que geralmente s serve para disfar ar as pol ticas de cortes or ament rios Gentili 2002 fazendo sua cr tica descentraliza o proposta pelo modelo neoliberal lembra que o sentido desta palavra foi ressignificado para atender aos interesses do capital ficando seus resultados pr ticos distantes de uma abordagem mais progressista de educa o e democracia Para ele a descentraliza o proposta n o passou de privatiza o Para o autor geralmente se entende privatiza o como um mecanismo de compra e venda Mas isso pode ser diferente ou seja a privatiza o poder na an lise do autor ser feita a partir de outras estr
309. eixa vislumbrar as potencialidades existentes nas institui es educacionais para as crian as pequenas 1998 p 184 O autor ent o prop e que se avance na an lise da hist ria na perspectiva de fundamentar as pol ticas e pr ticas voltadas ao atendimento s crian as menores de sete anos para al m da exclus o pois a quest o n o educa o versus assist ncia j que na sua hist ria as institui es pr escolares destinaram uma educa o de baixa qualidade para as crian as pobres e isso que precisa ser superado Para ele no interior da institui o sempre estar ocorrendo algum tipo de educa o seja ela boa ou ruim para crian a que a recebe independente de qual 78 seja a institui o O que j sabemos que a maioria dos modelos de educa o n o forma sujeitos para uma sociedade democr tica para que exer am sua cidadania preciso que se ressalte que a educa o de uma crian a pequena envolve o seu cuidado por isso destaca se o papel de educar e cuidar atribu do s institui es de Educa o Infantil E quando se trata de crian as de fato os dois aspectos s o fundamentais ambos intencionalmente planejados sempre tendo como pano de fundo a forma o de um cidad o e de uma cidad do presente para o presente e o futuro na perspectiva da sociedade atual e daquela que se quer ajudar a construir Evidente que para isso alguns aspectos s o fundamentais o projeto pol tico pedag gico p
310. elho no Distrito de Itapu como monitora de ensino mas na verdade assumi a fun o de professora alfabetizadora Na condi o de professora leiga fiz o Logos Il que era um curso modular de forma o de professores leigos n vel m dio oferecido pelo Centro de Educa o de Jovens e Adultos Padre Moretti concluindo o neste mesmo ano Em 1991 vim morar em Porto Velho continuando assim funcion ria da Secretaria Municipal de Educa o SEMED Fazer o curso de Pedagogia foi um importante passo o que s aconteceu em 1993 concluindo o em 1996 Em 1997 a Funda o Universidade Federal de Rond nia firmou conv nio com a Universidade de S o Paulo para a realiza o de um Mestrado Interinstitucional MINTER em Psicologia Escolar O programa oferecia um percentual de vagas para alunos rec m graduados e que era meu caso Fiz a sele o e aprovada conclu o curso em junho do ano 2000 No Mestrado desenvolvi uma pesquisa intitulada A queixa docente em que estudei a queixa lamento de docentes da rede estadual Meu caminho seguinte seria investigar o trabalho docente voltado para o estudo do docente enquanto sujeito que pensa sente sofre e angustia se com e na profiss o Iria portanto discutir o mal estar docente sendo este definido por Esteve 1999 como efeitos permanentes de car ter negativo que afetam a personalidade do professor como resultado das condi es psicol gicas e sociais em que se exerce a doc n
311. elho elaborada com o aux lio de relatos orais de tr s professoras pedagogas que desenvolveram trabalhos na rea da doc ncia e coordena o da etapa da Educa o Infantil em Porto Velho no mbito da SEDUC e da SEMED Os relatos foram fundamentais para o registro de informa es no todo ou em parte n o localizadas em fontes documentais Portanto relatos e documentos t m por objetivo contribuir com o registro hist rico do atendimento educa o infantil em Porto Velho O conte do dos relatos foi identificado indicando se com a devida autoriza o o nome das colaboradoras Profa Elmeri Profa Jos lia e Profa Terezinha Nina Suas mem rias n o ser o por n s questionadas e ou analisadas mas apenas relatadas considerando o valor hist rico nelas embutido Relato 1 Professora Terezinha Nina A professora Terezinha Nina Paes licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Par UFPA atuou na educa o de Rond nia no per odo de 1965 at o ano de 1994 quando se aposentou Concedeu nos um relato sobre a Educa o Infantil em Rond nia em abril de 2010 Conta nos a professora que em seus 29 anos de atua o na educa o de Rond nia foi professora de educa o pr escolar e prim ria no per odo de 1965 a 1979 momento em que atuou em v rias escolas Escola Territorial Marechal Malet Escola S o Domingos S vio Escola da Prelazia Particular e Escola Dom Bosco 42 s rie prim ria Particular A
312. em Porto Velho pra atender isso eu consegui dois terrenos e com muita batalha No Prolnf ncia voc faz a ades o no PAR Plano de A es Articuladas o Roberto foi l no MEC comigo pra gente poder ter a audi ncia pra poder ter financiamento A eles pediram pra gente apresentar o projeto Eu n o voltei mais porque eu n o tenho terreno as nossas escolas s o pequenas n o tem como crescer pra gente conseguir um terreno pra construir se n o for com recurso pr prio e for conv nio tem que ser conv nio porque com o recurso pr prio muito complicado o recurso pr prio eu uso pra melhorias porque pra constru o n o d porque um pr dio pra educa o infantil com o m nimo de qualidade ele custa R 1 000 000 00 no m nimo Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Conforme apresentado no site do FNDE o objetivo do Programa garantir o acesso de crian as a creches e escolas de educa o infantil p blicas especialmente em regi es metropolitanas onde s o registrados os maiores ndices de popula o nesta faixa et ria Visa prestar assist ncia financeira em car ter suplementar ao Distrito Federal e aos munic pios que efetuaram o Termo de Ades o ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o e elaboraram o Plano de A es Articuladas PAR Os recursos destinam se constru o e aquisi o de equipamentos e mobili rio para creches e pr escolas p blicas da educa o infantil No entanto conform
313. em terra e outros tantos marginalizados da sociedade Tamb m outro fator considerado relevante para o aumento da migra o foi a crise econ mica atravessada pelo pa s em meados dos anos de 1980 Muitas pessoas das reas urbanas das regi es do centro sul migraram para Rond nia em busca de trabalho e com ilus o do ouro em garimpos recentemente descobertos al m de outras atividades agr colas Em 1975 Rond nia ainda territ rio contava com apenas dois munic pios Porto Velho e Guajar Mirim Nesse ano foram criados mais cinco Cacoal Ariquemes Jl Paran inicialmente chamado de Rond nia Pimenta Bueno e Vilhena todos no eixo da BR 364 At 1980 a imigra o era predominantemente rural mas em 1980 come a a imigra o urbana e somente no primeiro semestre de 1982 migraram para Rond nia 12 679 pessoas das quais 21 era do Estado do 104 Paran MEIRELES 1983 Quando foi criado em 1981 o Estado de Rond nia constitu a se de 13 munic pios Hoje est dividido em 52 munic pios conforme figura 4 alguns com popula o bem pequena como o caso de Pimenteiras do Oeste com 2 358 habitantes enquanto a Capital Porto Velho chega a 369 345 habitantes mas a maioria dos munic pios tem uma popula o entre 10 000 e 20 000 habitantes Amazonas Bol via NDICE Vale do Paraiso Nova Uni o Teixeir polis 4 Urup 6 hrante da Serra B h nistro Andreaza Castanheiras 8 Novo H
314. emonstrativos cont beis do per odo de 1999 a 2008 SEMPLA PMPV RO De acordo com dados do INEP a m dia de investimento nacional em Educa o infantil nos anos de 2000 2004 e 2008 foi de 8 60 9 00 e 7 80 respectivamente em rela o ao investimento total em educa o incluindo educa o superior O munic pio de Porto Velho ficou longe desse percentual de investimento Para esses mesmos anos dos gastos totais com a educa o b sica a Educa o Infantil contou com um percentual de 0 02 0 00 e 8 39 respectivamente Isso mostra o atraso em rela o a outros munic pios brasileiros pois somente em 2008 alcan ou a m dia nacional Mas foi a partir de 2005 que algumas altera es come am a ser observadas e do investimento total em educa o a Educa o Infantil ficou com um percentual de 1 26 Na introdu o da Proposta Pol tica Pedag gica para a Educa o Infantil p blica de Porto Velho PORTO VELHO 2009 a SEMED aponta que no in cio de 162 2005 visitou todas as institui es que atendiam a Educa o Infantil e que vinham recebendo algum benef cio do Poder P blico e tamb m desenvolveu pesquisa com as os educadoras es dessas escolas Registrou como problemas encontrados em rela o educa o infantil na SEMED PMPV n mero insuficiente de escolas pagamento de mensalidades por parte da comunidade com valores entre R 5 00 e R 90 00 nas escolas particulares e comunit rias inadequa o da estrutura
315. ente Rondon mas que em 1998 j deixou de ser exclusiva dessa etapa passando a atender tamb m o ensino fundamental No per odo de 1997 a 2004 nenhuma escola exclusiva de educa o infantil foi criada Houve sim um movimento inverso as escolas que atendiam somente a educa o infantil criadas no per odo de 1991 a 1996 passaram atrav s de Decretos a atender tamb m ao ensino fundamental 4 3 A organiza o do sistema municipal de ensino de Porto Velho e o direito Educa o Infantil O Sistema Municipal de Educa o tem autonomia para coordenar sua pol tica de ensino conforme disp e a Lei Complementar n 267 de 24 de outubro de 2006 que reorganiza o Sistema Municipal de Ensino de Porto Velho No entanto n o poder manter se isolado pois enquanto parte do sistema federativo mant m Para mais informa es sobre o ensino fundamental e a estrutura administrativa da SEMED no per odo de 1990 a 1997 ver cap tulo 3 da disserta o de mestrado de Maria Ivonete Barbosa Tamboril defendida em 2000 pelo Instituto de Psicologia da USP SP 133 rela o de interdepend ncia com o Sistema Estadual de Educa o de Rond nia e com Sistema Nacional de Educa o Desta forma ser pertinente contextualizar a regulamenta o ao atendimento Educa o Infantil pelo Sistema Estadual de Educa o pois o munic pio poder manter com ele programas de coopera o caso os ente federados assim o desejarem Legalmen
316. ente institu da na rede p blica do Sistema Estadual de Ensino Ainda conforme Elmeri em 1978 foi constru da mais uma escola o Jardim de Inf ncia Casa de Davi no bairro Meu Pedacinho de Ch o tamb m em Porto Velho com 05 salas de aula oferecendo 300 vagas anuais Outra creche conclu da neste ano foi a Creche Santa Marcelina tamb m no bairro Meu Pedacinho de Ch o que iniciou atendendo 50 crian as Ainda nessa d cada foram criadas salas anexas em escolas de ensino fundamental na poca 1 Grau para atender turmas de crian as com seis anos de idade poss vel observar Quadro 10 p 117 deste cap tulo que Rond nia acompanhou a perspectiva nacional pois do final dos anos de 1970 em diante o Estado contou com uma maior expans o de matr culas tamb m devido a outros modelos n o formais apoiados em recursos improvisados tanto f sicos materiais pedag gicos como de m o de obra Como exemplo registra se a presen a da Funda o Brasileira de Assist ncia LBA que em de 1979 e em parceria com v rios outros rg os inclusive com a Secretaria Municipal de Educa o de Porto Velho implantou nos munic pios o Projeto Casulo objetivando atender crian as com idade entre 4 e 6 anos Embora houvesse a preocupa o com o aspecto educacional nos fundamentos do rg o seu objetivo principal era a assist ncia e a meta seria atender um maior n mero de crian as utilizando poucos recursos financeiros Tamb m
317. ento como necess rio Com o objetivo de levantar dados sobre a infra estrutura dessas escolas fizemos um instrumental inspiradas no documento Par metros B sicos de Infra 209 Estrutura para as Institui es de Educa o Infantil BRASIL 2006b e Indicadores da Qualidade na Educa o Infantil BRASIL 2009a e solicitamos s escolas que o respondessem O documento elaborado foi entregue a 30 escolas em sua maioria municipais algumas sendo apenas conveniadas com a prefeitura Parte das 30 escolas que receberam o material o receberam in loco e outra parte em reuni o realizada pela SEMED em primeiro de dezembro de 2009 Das 30 escolas 13 devolveram o material a elas entregue As demais ou n o responderam ou o extraviaram conforme justificativas por elas apresentadas Portanto os dados desta amostragem referem se somente s 13 escolas que devolveram os instrumentais entregues Das 13 escolas 11 s o municipais e duas conveniadas destas uma comunit ria e uma particular e todas na rea da periferia urbana do Munic pio de Porto Velho incluindo as zonas Leste Sul e Norte da Capital Quanto ao atendimento espec fico Educa o Infantil das 11 escolas municipais pesquisadas sete atendem especificamente a essa etapa e quatro atendem tamb m s s ries iniciais A escola comunit ria atende somente Educa o Infantil e a particular no pr dio em que atende o conv nio atendeu em 2008 somente a Educa o Infantil co
318. ento de Educa o da SEMED Enid Castiel Segundo a autora Pesquisando sobre o in cio desta administra o o nico registro encontrado foi c pia de um projeto educacional intitulado Escola e Cidadania Por este documento a equipe dirigente se prop e a realizar primeiramente o diagn stico da realidade do sistema para que possam efetivar as metas definidas Esta nova equipe pretendia promover a qualidade total na educa o municipal uma avalia o geral e peri dica das escolas capacita o para diretores de escolas cursos de aprimoramento para os professores as promover mudan as no sistema de avalia o implantar regime de ensino integral em algumas escolas constituir o Conselho Municipal de Educa o entre outros Conforme o ex secret rio M rio Jorge Medeiros suas principais a es foram a implanta o do Conselho Municipal de Educa o as classes de Acelera o e a expans o do ensino fundamental de oito para nove anos incorporando as turmas de alfabetiza o A Lei Complementar n 267 de 24 de outubro de 2006 reorganiza o Sistema Municipal de Ensino de Porto Velho e este conforme Art 3 compreende I As institui es de educa o b sica mantidas pelo Poder P blico Municipal Il As institui es de Educa o Infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada Ill Os rg os Municipais de Educa o Estes ltimos compreendem A Secretaria Municipal de Educa o Il O Conselho
319. entre outros Apresenta tamb m valores percentuais referentes aos recursos destinados educa o infantil em rela o aos recursos totais da educa o bem como o retorno recebido do FUNDEF e FUNDEB Observamos que no per odo de 1999 a 2006 n o havia uma subvincula o para a Educa o Infantil Assim para sua manuten o a SEMED deveria investir ao menos parte dos 10 dos recursos vinculados MDE Por m como se pode ver isso n o aconteceu considerando o baixo percentual de aplica o A partir de 2007 com a aprova o do FUNDEB o munic pio teve que obrigatoriamente aplicar um percentual na Educa o Infantil A primeira observa o que fizemos a partir da an lise dos quadros 12 e 13 refere se s receitas recebidas do FUNDEF e depois do FUNDEB O Munic pio de Porto Velho com exce o do ano de 2002 sempre recebeu mais do que destinou ou seja houve ganhos nas transfer ncias do FUNDEF e FUNDESB Isso significa que a arrecada o sempre foi menor que o necess rio para cobrir as despesas com MDE o que impactou diretamente na aplica o ou n o de recursos na educa o infantil j que o ensino fundamental recebia a complementa o do Fundo Estadual pela distribui o das matr culas Observamos tamb m que h um problema na formata o elabora o do planejamento relat rio pois pelos dados de matr cula houve atendimento educa o Infantil nos anos de 1999 a 2005 No entanto as despesas com educa
320. equadas para o funcionamento das escolas Inciso IV j alterado pela Resolu o n 131 2006 CEE RO Outra quest o importante a orienta o textualizada na Resolu o n 037 2001 CEE RO de 30 de abril de 2001 que fixa diretrizes e normas para a organiza o e funcionamento de institui es de educa o infantil a serem observadas pelo sistema estadual de ensino do Estado de Rond nia e d outras provid ncias No artigo 2 declara que A organiza o e funcionamento das institui es de educa o infantil p blicas e privadas ser o reguladas pelas normas desta Resolu o observando o disposto no artigo 196 da Constitui o Estadual e Decreto n 5748 de 04 12 1992 J o artigo 9 orienta a organiza o das turmas Os par metros para a organiza o das turmas decorrer o das especificidades da proposta pedag gica recomendada a seguinte rela o professor aluno e sugere Turma 0 a 1 ano 06 crian as 01 professor II Turma de 2 anos 08 crian as 01 professor Il Turma de 3 anos 12 a 15 crian as 01 professor IV Turma de 4 anos 20 a 25 crian as 01 professor V Turma de 5 anos 20 a 25 crian as 01 professor VI Turma de 6 anos 20 a 25 crian as 01 professor O destaque aqui para a forma o das turmas no que se refere raz o adulto crian a Evidente que os sistemas municipais quando existem tem autonomia para organizarem se mas a legisla
321. er odo de 1999 a a 8 0 5 PPS OD sr a a URV ED a DR a a RO Quadro 12 Demonstrativo da Aplica o de Recursos Receitas da Manuten o da Educa o MDE na Educa o Infantil 1999 a 2008 Quadro 13 Demonstrativo da Aplica o de Recursos despesas da Manuten o e Desenvolvimento do Ensino MDE na Educa o Infantil 19993 2008 nnee jo dE aa NAO N SPAS ia a e nd Quadro 14 N mero de alunos e alunas matriculados na rede municipal de ensino no Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Quadro 15 Recursos do PROAFINC investidos em educa o infantil 2005 E R o Na NR DR RS PR SE A VP DA AE Quadro 16 A es e valores anuais previstos no PPA 2006 2009 Programas 022 Munic pio de Porto Velho RO Quadro 17 Demonstrativo de recursos investidos na Educa o Infantil FUNDEB di pe pias dE fg Don A Quadro 18 Escolas de educa o b sica da rede p blica municipal e evolu o no per odo de 1999 a 2008 Munic pio de Porto Velho Quadro 19 N e evolu o das escolas com atendimento educa o infantil rede p blica municipal de Porto Velho 1999 2008 nn 64 76 90 91 92 93 103 112 114 115 154 157 158 161 163 164 165 167 168 Quadro 20 N de escolas conveniadas ou com alguma parceria com a SEMED PMPYV 2004 a 2008 a iieeeeeeeaneaaaaaaeeraeerens Quadro 21 N mero de Matr c
322. er considerada para que o direito a vida infantil ou seja inf ncia e a melhores condi es de vida seja garantido todas as crian as pobres ricas brancas negras ind genas meninos meninas estrangeiras brasileiras portadoras de necessidades especiais etc Al m disso ressalta que a pedagogia adotada estar expressa tamb m no planejamento do espa o f sico Apresentamos as a es voltadas melhoria e manuten o da infra estrutura f sica e pedag gica das Escolas de Educa o Infantil de Porto Velho desenvolvidas no per odo de 2002 a 2008 retiradas dos Relat rios de Acompanhamento Anual dos PPA s avalia o Assim tem se v Ano de 2002 Aquisi o de material permanente mesinha cadeiras arm rios v Ano de 2003 Reforma das instala es f sicas da Creche Moranguinho Constru o de 01 uma creche no bairro Ronaldo Arag o para atender 150 crian as Reforma de Creche Alegria Amplia o da Escola S o Miguel Aquisi o de mobili rio material permanente para a pr escola v Ano de 2005 Amplia o de 03 tr s salas de aula e um dep sito na escola S o Miguel Reforma da Escola Meu Pequeno Jones Amplia o de 2 duas salas de aulas e reforma no p tio da Escola Rio Guapor Amplia o do p tio da Escola Chapeuzinho Vermelho Constru o e amplia o de 4 quatro escolas com 3 tr s salas de aula cada para atender s demandas da educa o infantil beneficiando pelo menos 600 crian
323. era chamada de forma o permanente naquela poca Como a gente fazia a gente ia a encontros e todo m s tinha um grande encontro A gente separou organizou a cidade por zonas e a gente tinha muitas e muitas principalmente ali na zona sul e zona leste que era onde tinha uma maior concentra o de escolas comunit rias A gente teve que separar ali v rios peda os JK1 e JK2 pra poder dar conta de trabalhar com aquele pessoal criar minimamente uma identidade profissional dentro da rea da educa o infantil A gente come ou a qualificar a quest o quem que vai para a educa o infantil n o pode ser qualquer pessoa Na quest o da forma o deveria ter pelo menos o magist rio segundo ponto a quest o da forma o permanente que a gente come ou a fazer porque a maioria igual a mim que tinha forma o em magist rio mas tinha pouca discuss o acumulada sobre o que era o trabalho docente com a educa o infantil E uma outra coisa que n s come amos a fazer melhorar a qualidade do material Muitas vezes chegava o papel sulfit o pior que tinha vinha eram aqueles pacotes todos fechados Eu abria tudo Quantas vezes eu sa de l 10 horas da noite conferindo esse material material ruim voltava Eu ia l com o Joelcimar Sampaio e ele me apoiava muito nisso vai voltar Fornecedor chegava com material de 5 voltava Material da educa o infantil tinha que ser o melhor material e olha era uma coisa assim muito legal
324. erg 1996 1999 2003 Rocha 1999 2001 2007 Arce 2003 Angotti 2006 25 Em fins do s culo XVII e nos s culos XVIII e XIX surgem pensadores como Comenius 1592 1670 que propunha a educa o para todos desde o jardim de inf ncia alegre e sem fadiga Por m na concep o do pensador a crian a percebida pelo que lhe falta pelas suas car ncias que cujos aspectos faltantes s ser o alcan ados na maturidade A crian a um ser fr gil na constitui o f sica tamb m na vida p blica e na moralidade um ser que dever ser regulado adestrado normalizado para o conv vio social Rousseau 1712 1778 iniciou uma revolu o na pedagogia colocando a crian a no centro das aten es com uma proposta educacional que combatia os preconceitos e autoritarismos Para ele a inf ncia n o era apenas uma via de acesso vida adulta mas tinha um valor em si mesma Por essa raz o o S c XVIII pode ser considerado como o s culo da consolida o da inf ncia pelas den ncias aos maus tratos ao pouco cuidado dispensado s crian as e ao surgimento de propostas educacionais Outros nomes importantes que pensaram propostas educacionais para as crian as foram Pestalozzi 1746 1827 Froebel 1782 1852 que criou em 1837 o jardim de inf ncia Decroly 1871 1932 e Montessori 1870 1952 61 Kuhlmann Jr 1998 p 16 entende que o fato social da escolariza o se explicaria em rela o aos outros fatos sociais e
325. es tanto que na nossa educa o infantil se voc pegar o card pio que era antes e o card pio que hoje ele tem um fortalecimento muito grande Com o passar do tempo eles perceberam que essa quest o educacional era muito maior do que essa outra condi o mas na condi o de vida deles eles queriam isso e a gente colocou isso na qualidade da educa o al m da parte da forma o e tudo mais ela seria uma garantia do sucesso acad mico desses alunos Ent o quando a gente recebesse os alunos na nossa escola da educa o infantil que de fato desenvolvesse primeiro as habilidades desses meninos motoras de afetividade e tudo mais eles iam gostar da escola Gostando da escola quando eles fossem pro primeiro ano e a gente tamb m tivesse uma boa qualidade no primeiro ano ent o o resto vai Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 perfeitamente admiss vel considerando as necessidades imediatas que as fam lias n o tenham essa compreens o de que a escola espa o tamb m educativo com pr ticas intencionais e visando o desenvolvimento integral das crian as mas isso jamais poder ser a compreens o do poder p blico incluindo a escola A fam lia geralmente mesmo que espere muito mais da escola estar satisfeita se seus filhos e filhas estiverem sendo cuidados alimentados e seguros na escola Essa aceita o justifica se pela necessidade de homens e mulheres terem que trabalhar fora de casa seja como empregad
326. es Nacionais para a Educa o Infantil DCNEI BRASIL 1999 com car ter obrigat rio ou seja precisa ser observada e cumprida A Resolu o n 1 de 7 de abril de 1999 no seu art 2 diz que essas Diretrizes constituem se na doutrina sobre princ pios fundamentos e procedimentos da Educa o B sica do Conselho Nacional de Educa o que orientar o as institui es de Educa o Infantil dos sistemas brasileiros de ensino na organiza o articula o desenvolvimento e avalia o de suas propostas pedag gicas Em 1999 visando a forma o continuada dos docentes da educa o infantil e objetivando apresentar alternativas de estudo dos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil a grupos de professores professoras e especialistas em educa o e ainda com o objetivo de possibilitar a an lise das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil elaboradas pelo 54 Conselho Nacional de Educa o norteadoras do trabalho das escolas o MEC lan ou os Par metros em A o que constituiu se em um programa de forma o continuada desenvolvido em parceria com estados e munic pios Transcorridos alguns anos de promulga o da LDB que colocou a educa o infantil como primeira etapa da educa o b sica somente em 2000 que foi realizado o primeiro Censo da Educa o Infantil pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira INEP objetivando obter informa
327. es estadual e privada A figura 8 evidencia esse fato Matr cula na Pr escola Munic pio de Porto Velho 12000 10000 E Rede Municipal 8000 O Rede Estadual 6000 E Rede Privada 4000 O Total 2000 0 T T T T T T T T Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Figura 8 Representa o gr fica da matr cula na Pr escola no Munic pio de Porto Velho Redes Estadual Municipal e Privada Fonte Elaborado pela autora a partir das informa es do quadro 26 179 Outra quest o importante no atendimento educa o infantil o n mero de alunos por turma e professora A Resolu o n 06 CME 2004 recomenda a seguinte rela o adulto crian a Em creches a crian as de zero a um ano at seis crian as por professora b crian as de dois a tr s anos at 12 crian as por professora Il Em pr escolas a crian as de quatro a seis anos at 20 crian as por professora Os dados do quadro 27 mostram a situa o real conforme dados coletados Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Rede de Escolas P blicas Municipais N Crian as Turmas e Professoras Ano Educa o Infantil Creche Pr Escola N E M T MT Prof MP N E M T M T Prof MP 1999 295 10 29 50 18 16 39 17 1 149 43 26 72 54 21 28 2000 284 13 21 85 20 14 20 21 1 418 53 26 75 56 25 32
328. escentes e jovens cujos pais eram de alta categoria ou seja pessoas de posses saiam para estudar fora do territ rio em outros pa ses ou no Rio de Janeiro e Manaus por exemplo Por essa raz o a educa o ficava por conta da iniciativa privada e da igreja Segundo o autor as escolas p blicas as poucas existentes eram puras fic es pois segundo ele os alunos e alunas faltavam muito s aulas Havia uma reclama o geral sobre essa quest o No entanto diz ele se os alunos faltavam muito oscilavam de modo pavoroso as professoras eram as primeiras a dar o exemplo de faltas cont nuas com pouca ou nenhuma aten o sua miss o HUGO 1991 p 21 Inferimos que a precariedade estava tanto na falta de escolas como nas condi es f sicas e pedag gicas daquelas existentes incluindo o problema da falta de pessoas habilitadas para o trabalho docente j que a primeira turma formada na regi o foi a do Instituto Nossa Senhora do Calv rio iniciada em 1930 por Francisco Xavier Rey Primeiro Bispo da Prelazia Com essa reorganiza o a Divis o de Educa o passou a ser constitu da pelos seguintes rg os Turma da Administra o Sec o de Ensino Sec o de Difus o Cultural Sec o de Assist ncia ao Escolar Destacamos a Sec o do Ensino que era composta pelos seguintes setores Ensino Prim rio pr prim rio elementar e complementar Ensino Normal forma o de regentes d
329. espeitando as normatiza es e padr es de qualidade definidos pelos rg os p blicos devemos considerar que n o podem substituir o atendimento p blico j que somente este poder possibilitar a democratiza o do acesso sendo este o dever do Estado As institui es filantr picas e comunit rias nos parecem que existem porque o poder p blico n o conseguiu ainda transformar um direito constitucional em realidade objetivada em escolas vagas e manuten o Consideramos tamb m importante que as escolas de Educa o Infantil mantenham essa caracter stica de serem Escolas de Educa o Infantil sendo oferecido em uma mesma escola turmas de creche e pr escola evitando se a segmenta o entre as duas mesmo que com a delimita o de espa os para repouso das crian as menores Pode se inclusive manter a organiza o mais comum hoje na rede municipal que a forma o de escolas de Educa o Infantil e Ensino Fundamental s ries iniciais tratando se de escolas que abrangem a inf ncia toda pois todos os recursos de infra estrutura f sica e pedag gica necess rios para as crian as de zero a cinco anos tamb m s o fundamentais para as crian as de seis a dez anos Apesar de que bem sabemos quando se atende a Educa o Infantil e ensino fundamental em mesma escola primeira necessidade por vagas no ensino fundamental diminuem se turmas da Educa o Infantil para acomod lo pois esse o caminho mais f cil e menos dispend
330. esponder o a 17 dezessete por cento 30 trinta por cento e 50 cinquenta por cento do vencimento respectivamente n o sendo acumul veis Observamos a partir das diversas vozes que as docentes possuem uma forma o que lhes possibilitem planejar avaliar e aprimorar seus registros e reorientarem suas pr ticas Esses aspectos apareceram nas falas das diretoras e professoras que participaram do grupo focal O uso de portf lios pode ser um exemplo de como fazem o acompanhamento No entanto nem todas as escolas afirmam que as professoras fazem registros da pr tica educativa sobre as brincadeiras viv ncias produ es e aprendizagens de cada crian a e do grupo embora tenha sido apresentado como realidade em nove das 13 escolas pesquisadas De acordo com as informa es prestadas pela escola e nas falas apresentadas pelas professoras nos grupos focais h bom relacionamento e intera o entre escolas e fam lias sendo todas as fam lias bem acolhidas e conhecidas pelas professoras no entanto este um aspecto que pede pesquisas e preferencialmente do tipo etnogr fico com per odos em campo na escola pois somente as falas ou as respostas em levantamentos n o poder o servir de par metro de nossa parte para tal evid ncia pois h diferentes modos de considerar esse aspecto como bom ou ruim a depender das concep es que sustentam as pr ticas cotidianas de cada educador ou educadora Foi poss vel verificar que as
331. estigador o instrumento principal pois ser ele que ir passar grande quantidade de tempo em escolas fam lias bairros e outros locais tentando elucidar quest es educativas Que os dados sejam colhidos a partir de intera es em sala de aula utilizando equipamentos de v deo recorrendo a entrevistas ou ainda mediante a observa o participante os investigadores qualitativos assumem que o comportamento humano significativamente influenciado pelo contexto em que ocorre e por isso deslocam se sempre que poss vel ao local de estudo A investiga o qualitativa descritiva pois os dados coletados s o em forma de palavras e n o em n meros Os resultados escritos cont m cita es feitas com base nos dados para ilustrar e substanciar a apresenta o Os dados incluem transcri es de entrevistas Desta forma os investigadores qualitativos n o reduzem as muitas p ginas contendo narrativas e outros dados a s mbolos num ricos Tentam analisar os dados em toda a sua riqueza respeitando tanto quanto o poss vel a forma em que estes foram registrados e transcritos p 48 Essa abordagem considera que o mundo seja examinado com a ideia de que nada trivial Nesse sentido tudo tem potencial para constituir uma pista que nos permita estabelecer uma compreens o mais esclarecedora do nosso objeto de estudo Interessa a investiga o qualitativa mais o processo do que simplesmente os resultados Como exempl
332. esto dos 95 anos Ent o ningu m vai resolver tudo de uma nica vez mas que tem essa defasagem ela tem Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Considera tamb m que ser preciso investir na forma o de um quadro de profissionais espec ficos para a Educa o Infantil Mas afirma que a forma o universit ria tamb m n o boa que ali s para ela muito ruim pois a prefeitura 253 abriu concurso oferecendo 1 300 vagas para docentes e foram aprovados apenas 446 E uma coisa que n s precisar amos mas que n o depende s da Secretaria Municipal de Educa o depende de uma pol tica de governo maior um quadro mais completo da educa o infantil porque hoje a gente tem dificuldade com pessoal N s substitu mos professoras as horas extras por contrato emergencial S que quando come ou esse ano n s abrimos um concurso para 1 300 vagas e passaram 446 Eu n o vou conseguir fazer concurso imediatamente Ent o vamos ter que fazer hora extra ou contrato emergencial E mesmo que tenha o contrato emergencial vai demorar Ent o vamos ter algumas situa es de hora extra Passaram quatrocentos e poucos Eram mil cento e pouco inscritos e eram mil e trezentas vagas Fiz uma avalia o com os coordenadores pedag gicos e com diretores e disse n o v o dizer que a culpa nossa n o Mas eu n o quis pegar dados do IDEB dados da UNESCO n o N s fizemos o concurso p blico e as pessoas n o passaram
333. etirada das fraldas sujas do ambiente imediatamente ap s as trocas higiene das m os 3 Seguran a As tomadas el tricas est o colocadas no alto das paredes e possuem tampas protetoras seguras O botij o de g s atende s especifica es de seguran a e fica em ambiente externo protegido Produtos de limpeza medicamentos e subst ncias t xicas s o devidamente acondicionados e mantidos fora do alcance das crian as A institui o protege todos os pontos potencialmente perigosos do pr dio para garantir a circula o segura das crian as e evitar acidentes A institui o tem procedimentos preestabelecidos e conhecidos por todos que devem ser tomados em caso de acidentes e DIMENS O FORMA O E CONDI ES DE TRABALHO DAS PROFESSORAS E DEMAIS PROFISSIONAIS 1 Forma o inicial das professoras As professoras t m no m nimo a habilita o em n vel m dio na modalidade Normal As professoras s o formadas em Pedagogia 2 Forma o continuada A institui o possui um programa de forma o continuada que possibilita que as professoras planejem avaliem aprimorem seus registros e reorientem suas pr ticas A forma o continuada atualiza conhecimentos promovendo a leitura e discuss o de pesquisas e estudos sobre a inf ncia e sobre as pr ticas de educa o infantil As professoras s o orientadas e apoiadas na inclus o de crian as com defici ncia Os momentos formativos est o inclu do
334. eu tenho diminu do o n mero de alunos na sala Essa foi uma meta de 45 48 hoje a gente atende 30 32 no ensino fundamental no m ximo 25 na educa o infantil pr escola Na educa o especial a gente ampliou muito e pra cada aluno especial que est nas nossas turmas a gente s pode atender at 25 alunos Ent o na turma que eu atendia 35 eu diminu 10 alunos Ent o esses alunos s o remanejados pra outro lugar mas eu considero que a gente ainda precisa melhorar bastante N s t nhamos acho que eram sete escolas exclusivas de educa o infantil e hoje estamos com 22 ou 26 Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 239 Observamos que na segunda gest o analisada h uma tentativa anunciada nas falas de adequa o da rela o adulto crian a o que poder ser considerado positivo para a Educa o Infantil No entanto h um lamento da secret ria em rela o ao Estado no que se refere ao atendimento Segundo ela o Estado deveria ampliar sua rede de atendimento ao ensino fundamental para que o munic pio tivesse condi es de atender mais e melhor a educa o infantil Ent o assim como a gente eles entendem que a educa o infantil uma responsabilidade do munic pio eles n o t m a mesma compreens o de que pra gente ampliar no munic pio a educa o infantil e fazer com qualidade uma vez que o ensino fundamental compet ncia dos dois o Estado deveria participar mais do fundamental porque a d
335. evidenciado pois mesmo considerando a falta de espa os adequados para o lazer e atividades livres os dados informaram que as professoras planejam e avaliam as atividades selecionam materiais e organizam os ambientes periodicamente organizam o tempo e as atividades de modo a permitir que as crian as brinquem todos os dias na maior parte do tempo tanto nas reas externas quanto internas Al m disso tanto nas falas das professoras como nas entrevistas com a Secret ria e Chefe da DIEI da gest o 290 2005 2008 ficou evidenciado que as escolas s o acompanhadas pela Secretaria Municipal de Educa o em processos de supervis o e avalia o do desempenho da institui o As escolas tamb m confirmam que na pr tica do planejamento e avalia o criam se condi es para que as crian as possam manifestar suas opini es Uma das diretoras que participou do grupo focal tamb m fez essa afirma o em rela o defini o do card pio Segundo ela em fun o da escolariza o da merenda poss vel ouvir as crian as sobre o que gostariam de comer e desse modo tentar aproximar a vontade com a necessidade e a possibilidade financeira Mas esse aspecto de constru o de pr ticas democr ticas desde a inf ncia n o poder restringir se defini o do card pio A sala de aula e demais atividades cotidianas da escola precisam contribuir e possibilitar essa constru o e aprendizagem cotidianamente Entendemos no entanto que
336. expans o da Educa o Pr Escolar no Territ rio a fim de oferecer esta oportunidade educacional s crian as na faixa et ria de 4 a 6 anos Atualmente s o atendidas 7 469 crian as Foram realizados 3 treinamentos de professores para a Pr escola sendo um em 1980 e dois em 1981 est programado um outro treinamento para os professores do Munic pio que deve ser realizado ainda no corrente ano O objetivo destes treinamentos atualizar e aperfei oar o pessoal docente A equipe de supervis o presta assist ncia t cnico pedag gica s Pr escolas atrav s de observa es reuni es e encontros pedag gicos fornecendo subs dios para a melhoria do processo da Educa o Pr Escolar A clientela da rede oficial e municipal atendida atrav s do fornecimento de suplementa o alimentar com um card pio variado suprindo assim car ncias nutricionais das crian as BRASIL 1981 p 64 Em 1979 antes mesmo da promulga o da Constitui o Federal de 1988 que no Artigo 211 2 prop e a municipaliza o da Educa o Infantil Os Munic pios atuar o prioritariamente no ensino fundamental e na educa o infantil o Estado de Rond nia j havia proposto essa forma de gerenciamento De acordo com registros da antiga Secretaria Municipal de Educa o e Cultura de Porto Velho RO em um livro produzido pela pr pria gr fica da Prefeitura intitulado Achegas para a hist ria da Educa o no Estado de Ron
337. fantil hist ria pol ticas e pr ticas foi um dos primeiros grupos a estabelecer se na d cada de oitenta Arce registra como sendo criado na d cada de 1980 Funda o Carlos Chagas Maria Lucia de A Machado Maria M Malta Campos e Moys s Kuhlmann Junior Laborat rio de Brinquedos e Materiais Pedag gicos LABRIMP 1987 Faculdade de Educa o da USP S o Paulo Tizuko Morchida Kishimoto Grupo de pesquisas Centro Brasileiro de Investiga o sobre o Desenvolvimento e Educa o Infantil 1988 Ribeir o Preto Universidade de S o Paulo 72 Fundamentais al m dos grupos de pesquisas foram tamb m os movimentos sociais pois por n o estarem atrelados a compromissos com representantes dos poderes do Estado conseguem lutar por melhorias e conquistas sociais e sabe se com v rios resultados positivos Se a sociedade se cala e n o luta mesmo os governos mais comprometidos com as causas sociais ter o dificuldades para garantir os direitos j conquistados de implementar novas pol ticas de interesse estritamente social pois o olhar de quem est no governo e de quem est fora dele na maioria das vezes bem diferente e com prioridade muitas vezes distinta Os movimentos sociais incluindo os movimentos de mulheres acentuaram se no Brasil a partir dos anos de 1970 momento em que o processo de acumula o econ mica agravou o quadro de pobreza do pa s Foi um per odo com grandes movimenta es e organiza o da socied
338. fantil a partir das pol ticas p blicas implementadas nas duas gest es municipais 236 6 2 2 Categoria 2 Impactos produzidos na Educa o Infantil Impactos no financiamento e na amplia o do atendimento No que se refere aos impactos das pol ticas implementadas o que se espera no caso de pol ticas sociais que estes sejam positivos que contribuam para a melhoria da qualidade do objeto da pol tica em si e da qualidade de vida das pessoas No caso da educa o esses impactos tamb m precisam ser percebidos na rea pedag gica e por isso na avalia o de pol ticas p blicas temos que considerar que nem sempre os impactos ser o positivos e em muitos casos os impactos negativos se sobressaem o que em princ pio resultado de uma pol tica implementada mas que desconsiderou a real necessidade da sociedade Na primeira gest o n o havia a destina o de recursos espec ficos subvinculados para a Educa o Infantil mas havia o que n o era destinado ao FUNDEF e que considerando o Artigo 11 da LDB e o PNE 2001 deveria ser aplicado na Educa o Infantil e em outras modalidades No entanto o montante dos recursos vinculados MDE foi na primeira gest o em quase 100 investido no ensino fundamental Isso pode ser verificado na fala do secret rio MJ e a partir dos dados descritos no cap tulo V Vimos que n o houve impacto algum no do financiamento da na educa o infantil pois os recursos investidos mostraram
339. feito Roberto Sobrinho 2005 2008 e que foram positivas porque contribu ram para melhorar a educa o infantil em rela o ao que j existia O que melhorou e Que a es voltadas para o atendimento educa o infantil foram desenvolvidas pelo munic pio tanto na gest o do prefeito Carlinhos Camur a 2001 2004 como na primeira gest o do prefeito Roberto Sobrinho 2005 2008 e que foram negativas porque contribu ram para piorar a educa o infantil em rela o ao que j existia O que piorou f Em sua opini o o que preciso para melhorar o atendimento educa o infantil no munic pio tanto em n vel de gest o municipal prefeitura como em n vel de escola 9 Sua escola possui uma proposta pedag gica para a educa o infantil Fale sobre h Fale sobre o trabalho desenvolvido por voc s planejamento o dia a dia o que causa alegria o que causa sofrimento o relacionamento com a comunidade escolar e com as fam lias das crian as i Outros coment rios que deseja fazer 346 A antas IRO orniga DB a sanisaasa ras casaria de 2009 SC UNESP BS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA J LIO DE MESQUITA FILHO E Faculdade de Ci ncias e Letras APENDICE C Campus de Araraquara SP PROGRAMA INTERINSTITUCIONAL DE DOUTORADO EM EDUCA O ESCOLAR UNIR UNESP ROTEIRO PARA GRUPO FOCAL COM DIRETORES DE ESCOLAS DE EDUCA O INFANTIL a Tem ticas a serem investigadas v Pol ticas municipais para a educa o infanti
340. ficava deprimida quando voltava A quest o da merenda era complicada Relato Profa Jos lia 2009 Algumas melhorias implementadas segundo a professora foram a exig ncia de docentes com magist rio organiza o das escolas em p los para o desenvolvimento de forma o continuada e qualidade do material de consumo para a educa o infantil E a o que mais assim entristeceu do prefeito ou secret rio e eu tamb m na poca foi porque n s brecamos ent o essa coisa monitor quem tava ficou e depois na medida em que foram saindo acabou Ningu m mais contratou Ent o n s melhoramos um pouquinho quem ia pra l era algu m que pelo menos tivesse feito o magist rio A gente come ou a investir forte na educa o continuada N s fomos numa discuss o em S o Paulo e fomos ao Rio Grande do Sul para fechar algumas coisas do Projeto Escola Viva e umas das coisas que n s nos aproximamos muito em S o Paulo foi do programa de forma o permanente que era ainda um trabalho que o Paulo Freire tinha come ado na gest o da Luiza Erundina com a forma o permanente Nossa Foi muito assim Como nos ajudou a entender E na educa o infantil quando n s 131 assumimos as comunit rias a gente viu que era um trabalho da maior import ncia porque as pessoas que iam ali iam extremamente despreparadas Ent o se voc for olhar os relat rios voc vai ver o quanto n s investimos em forma o continuada que
341. fici ncia garante uma qualidade que n o seja s para 107 Inclu mos ainda al m das j citadas outros estudos apontados no cap tulo VII Korczak 1997 MIEIB 2002 CAMPOS 2006 e Carreira e Pinto 2007 108 Custo Aluno Qualidade Inicial ruma educa o p blica de qualidade no Brasil 313 poucos Qual seria um patamar m nimo digno de respeito de direitos para uma educa o humanista tolerante n o racista n o sexista e estendida a todos p 22 Carreira e Pinto 2007 apontam ainda a quest o dos recursos financeiros no sentido de saber como ampli los para que respondam aos desafios das metas do PNE al m de que pensar uma educa o de qualidade remete a definir o que se quer da educa o ou seja quais s o os seus fins o que deve ensinar e desenvolver e isso implica em um projeto maior um projeto de sociedade E nesse sentido qualidade n o conceito neutro o que se considera qualidade estar necessariamente carregado de id ias valores e princ pios H ainda que se considerar a participa o de segmentos sociais no debate educacional que tem trazido significativas contribui es para a tem tica da qualidade numa perspectiva democr tica como apontamos no Cap tulo Il desta tese N o menos importante ser que os projetos de constru o de escolas considerem em sua formula o as metas do PNE que se encerra neste ano de 2010 e do PNE que entrar em vigor em 2011 para os pr
342. gos fundamentais nesse sentido pois 1 Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA Lei n 8 069 90 que regulamentou o Art 227 da Constitui o Federal a Conven o dos Direitos da Crian a ONU 1989 adotada pelo Brasil em 1990 e tem como precedente a Declara o dos Direitos das crian as de 1959 Lei sobre Sistema nico de Sa de SUS Lei n 8 080 1990 Lei Org nica da Assist ncia Social LOAS Lei n 8 742 1993 Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB Lei n 9 394 96 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil Resolu o CNE CEB n 1 de 7 de abril de 1999 o Plano Nacional de Educa o PNE Lei n 10 172 2001 o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB Lei n 11 494 2007 o Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE al m de Conven es Internacionais Constitui es Estaduais e Leis Org nicas Municipais Toda essa legisla o apresenta a crian a como cidad como um sujeito de direitos 46 estabelecem o direito da crian a e do adolescente educa o e o dever do Estado na garantia desse direito Art 53 e 54 Al m disso h outros dispositivos importantes no que se refere garantia dos direitos educa o infantil O Estatuto prev a cria o em cada munic pio do pa s de um Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Inf ncia e da Adolesc ncia com o objetiv
343. grava o e filmagem 97 Para atingir os objetivos deste estudo organizamos duas sess es de grupos focais com os dois grupos de sujeitos escolhidos um grupo focal com professoras e um grupo focal com diretoras escolares Para a realiza o dos grupos focais alguns passos foram seguidos pois s o imprescind veis ao bom desenvolvimento da t cnica escolha dos participantes planejamento das sess es elabora o do roteiro escolha do local prepara o do material transcri o Visando a melhor condu o do grupo e em conformidade com os objetivos que pretend amos alcan ar elaboramos dois roteiros Ap ndices B e C um para os gestores das escolas municipais e um para as professoras da Educa o Infantil Cada roteiro foi composto de tr s partes a Tem ticas a serem investigadas b Objetivos c Quest es orientadoras Procedemos da mesma forma que para a realiza o das entrevistas marcamos as sess es e comunicamos antecipadamente sobre a utiliza o do gravador No dia das sess es entregamos um Termo de Sess o e as colaboradoras o assinaram estando as mesmas sob nossa guarda No Termo as colaboradoras autorizaram a utiliza o de suas falas no todo ou parte 3 4 5 Procedimentos para organiza o e an lise dos dados emp ricos Para nos orientarmos na organiza o e an lise dos dados coletados a partir das entrevistas e grupos focais nos inspiramos nas orienta es metodol gicas da An lise de Conte do tend
344. gt Foto Ivo Feitosa 59 2 1 Algumas considera es O acesso Educa o Infantil em creches e pr escolas fundamental para a garantia do desenvolvimento pleno da crian a Estudos v m demonstrando que a Educa o Infantil traz benef cios expl citos para a fam lia al m de que nesse per odo que as crian as desenvolvem capacidades habilidades e conhecimentos que podem transformar de forma positiva toda a sua vida Conforme apontamos na introdu o dessa tese tamb m contribui para redu o da mortalidade nessa faixa et ria e com melhores chances na escolariza o a partir das primeiras s ries do ensino fundamental Nesse contexto a Educa o Infantil de qualidade ajuda a estabelecer as bases da personalidade do desenvolvimento da intelig ncia da afetividade e da socializa o Evidente que n o s na escola que se aprende e nem ser somente ela a nica viabilidade desse desenvolvimento mas ela possibilidade comprovada O fato de conviver em um ambiente deliberadamente formalizado com finalidades educativas expl citas na companhia de outras crian as permite a amplia o de saberes necess rios para toda a vida Para Angotti 2006 al m de ser direito da crian a a educa o direito da fam lia e exig ncia da vida contempor nea Por isso a escola infantil tamb m atende a outras demandas como possibilitar mulher ou ao respons vel pelos filhos e filhas condi es para trabalhar e
345. gundo as professoras todas as atividades inclusive o momento do descanso s o realizadas na mesma sala de aula E ainda 261 falam que a sala tem capacidade para menos crian as do que as que de fato est o matriculadas e frequentes A gente t falando da educa o infantil e eu acho que dentro da sala de aula nas nossas creches eu vejo muito espa o muito danificado Porque a crian a ali ela tem que dormir e tem que ter os colch es tudo ali elas dormem no hor rio de meio dia ali tem atividades pra elas trabalharem tudo ali dentro Acho que deveria ceder um ambiente s para eles dormirem Espero mesmo que ainda existam creches com um ambiente s para elas dormirem ter um ambiente s para as atividades pedag gicas para trabalhar com elas na sala de aula porque tudo ali fica tudo muito tumultuado n o tem espa o para se locomover GF Profa El 2009 Elas ficam presas ali o dia todinho A s o crian as porque crian a precisa de espa o liberdade rea para brincar elas ficam ali na sala o dia todinho s sai pra hora do lanche Eu acho que isso reprime a crian a que isso atrapalha o desenvolvimento dela A quest o do espa o ter um espa o adequado GF Profa El 2009 Como as meninas estavam comentando as crian as precisam de liberdade Se o professor se estressa de ficar 4 horas 5 horas dentro duma sala de aula imagina uma crian a que precisa ter contato com a natureza fazer uma hortinha
346. has l e vamos criar fundar uma escola de respeito pra gente atender A comunidade merece GF Diretora El 2009 255 A gest o financeira das escolas ou seja o planejamento a presta o de contas as compras enfim tudo o que envolve o investimento dos recursos descentralizados recebidos direto nas escolas considerado pelas diretoras como uma carga muito grande de responsabilidades O conte do da fala indica que as escolas deveriam ter algu m especificamente para ajudar nesse aspecto legal essa quest o do dinheiro na escola mas uma carga muito grande de responsabilidade pro gestor que n s n o temos ningu m pra nos dar apoio GF Diretora El 2009 Durante a realiza o do grupo focal houve falas no sentido de que com as extens es ou seja com as escolas comunit rias particulares e confessionais que s o pr dios com certa estrutura mas que as turmas e alunos s o contabilizados em uma escola p blica da rede municipal e que portanto todos os recursos descentralizados que s o recebidos pelas escolas vem para a escola p lo a situa o de gest o dos recursos ainda ficou pior pois al m da sua escola municipal os gestores devem tamb m fazer toda a contabilidade distribui o dos recursos e presta o de contas junto s extens es Porque eu sinto que se a gente tiver l na ponta numa extens o dessa um coordenador pedag gico que vai gerenciar l aqueles recursos da parte ped
347. i mudar a pol tica sobre esse dinheiro direto da escola pra merenda GF Profa El 2009 Os gestores tamb m t m uma grande problem tica no in cio do ano que a merenda escolar devido o recurso ser repassado no tempo n o adequado GF Profa El 2009 Observa se ainda na fala das professoras que os prazos dos repasses dos recursos para a compra dos g neros aliment cios s o problem ticos pois s o efetuados quando as aulas j iniciam acarretando problemas pr ticos e legais Al m 266 disso a falta de pessoal de apoio como merendeiras e zeladoras s o quest es apontadas como impactos negativos para a educa o infantil 6 3 3 Categoria 3 Perspectivas para a Educa o Infantil A quest o do direito educa o infantil garantido constitucionalmente e n o apenas o cuidado das crian as de zero a tr s anos ainda n o est t o constru do no imagin rio de algumas professoras Para estas a creche ainda se justifica unicamente enquanto assist ncia e por ela que clamam O que eu acho errado que creche deveria ser realmente para quem trabalha fora e no entanto muitos pais que n o trabalham fora t m direito tirando a vaga de quem realmente precisa Eu acho que poderia mudar quem precisa mais que pode quem n o precisa n o trabalha fora pra quer deixar o filho na creche s vezes tem at condi es de levar a crian a para uma outra escola e ocupa a vaga de quem precisa GF Profa El 2009
348. ia 150 crian as a partir de 1991 de acordo com o decreto n 5 230 de agosto 91 ficou sobre responsabilidade da Secretaria de Estado da Educa o SEDUC Informa es retiradas do Hist rico da Escola 121 Teixeira de Oliveira para atender os filhos de funcion rios do Estado e tinha toda estrutura adequada s sua finalidades banheiras ber rios etc Conforme Terezinha Nina o atendimento convencional era todo da rede territorial estadual e n o havia esse atendimento pela prefeitura Este era o Atendimento chamado Convencional da Rede Estadual em Porto Velho onde as crian as eram atendidas em pr dios especificamente constru dos com esta finalidade sendo as escolas e Jardim de Inf ncia Branca de Neve 1972 e Jardim de Inf ncia Casa de Davi 1978 e Creche Santa Marcelina 1978 e Jardim de Inf ncia Domingos S vio posteriormente denominado de Pin quio e Creche Marise Castiel 1984 Relato Profa Teresinha Nina 2010 Conforme relato da professora o atendimento n o convencional que n o passou de um atendimento pobre para pobre era o atendimento dado a um maior n mero de crian as na faixa et ria de 04 a 06 anos localizado nas periferias urbanas utilizando e adaptando espa os f sicos ociosos na comunidade como igrejas escola clube etc Como os recursos humanos e financeiros para garantir o atendimento eram insuficientes a comunidade era chamada a colaborar na confec o da merenda limpe
349. ia elaborar no prazo de um ano padr es m nimos de qualidade s foi cumprir a meta com a publica o do documento Par metros B sicos de Infra estrutura para institui es de Educa o Infantil em 2006 A tarefa de casa n o foi cumprida e se consideramos que as pol ticas nacionais exercem influ ncia sobre as locais a aus ncia de pol ticas e de defini es nacionais tamb m influi nas tomadas de decis es dos estados e municipalidades 104 N o podemos afirmar de forma geral pois levantamos dados por amostragem Por m se considerarmos as 13 escolas pesquisadas nenhuma de fato atende totalmente 299 A meta 13 que implica na garantia de padr es m nimos de infra estrutura tamb m n o foi totalmente cumprida at 2008 conforme levantamento feito junto a 13 escolas municipais De acordo com as informa es da amostragem as escolas ainda n o atendem a todos os itens de infra estrutura e os equipamentos e mobili rios n o s o totalmente adequados s necessidades das crian as c Metas 5 e 7 Parcialmente Atendidas Estas metas referem se forma o docente e dos demais profissionais da educa o e pelos dados que levantamos foram quase cumpridas o munic pio atingiu em 2008 52 das professoras com habilita o em magist rio e 43 das professoras com habilita o em n vel superior Entretanto havia em 2008 um docente com ensino fundamental incompleto lotado na Educa o Infantil e outra co
350. iamente as mesmas considerando que a leitura das falas das professoras possibilitou nos organizar novas subcategorias j que de suas falas do lugar em que ocupam emergiram aspectos mais espec ficos do cotidiano de sala de aula e da escola As professoras geralmente pontuavam o que foi melhor e pior nesta ou naquela gest o e apontavam suas dificuldades e suas insatisfa es em rela o a v rios aspectos 6 3 1 Categoria 1 Pol ticas p blicas Melhor e pior gest o para os as docentes e valoriza o profissional As professoras compararam as gest es e voltaram inclusive em gest es bem anteriores conforme mostram suas falas Pra mim o tempo melhor foi a primeira gest o do prefeito Chiquilito Erse e o tempo mais dif cil foi o tempo do Jos Guedes porque em termos de sal rio E o Carlinhos Camur a tamb m foi terr vel O tempo dele tamb m foi ruim O segundo mandato do Carlinhos foi o pior em termos de sal rio Para a educa o foi muito ruim GF Profa El 2009 Eu acho que n o s na gest o dele porque eu tamb m acho que na gest o do Roberto Sobrinho tamb m n o mudou muita coisa porque o sal rio continua o mesmo n o houve mudan a Ent o acho que essas pol ticas t m que ver tamb m que o professor tem vida que ele se empenha no seu trabalho ele procura dar o seu melhor e tamb m precisa de um sal rio digno para poder sobreviver GF Profa El 2009 Foi quase a mesma quest o que ela falou a
351. ias sendo esta ltima em maior escala Em 1993 em clima de neoliberalismo crescente e em resposta ao des nimo instalado com as id ias propagadas na sociedade sobre o fim do socialismo e de que o capitalismo que representaria e teria respostas para os problemas da modernidade Paulo Freire indignava se com o discurso vigente dizendo Que excel ncia essa que consegue conviver com mais de um milh o de habitantes do mundo em desenvolvimento que vivem na pobreza para n o falar em mis ria Que excel ncia essa que n o se comove com o exterm nio de meninas e meninos nos grandes centros urbanos brasileiros que pro be que 8 milh es de crian as populares se escolarizem que expulsa das escolas grande parte das que conseguem entrar e chama a tudo isso modernidade capitalista FREIRE 1993 p 96 J completamos a primeira d cada do s culo XXI e a exclus o social ainda insiste em ser um grande desafio a ser superado nessa mesma era da modernidade da comunica o e informa o t o aclamada pelo mundo inteiro As respostas presentes ainda s o insuficientes para as demandas da atualidade N o se conseguiu virar ou remediar a ordem social e seus graves problemas Eis o saldo da modernidade capitalista da mundializa o do capital conforme se pode ver em dados mundiais e nacionais apresentados em relat rios do Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia UNICEF Tais dados nos permitem pensar que tanto no Brasil e sua
352. icamente no Noroeste brasileiro margem direita do Rio Madeira afluente do Rio Amazonas O clima da cidade equatorial quente mido com temperaturas que variam entre 25 C a 40 C MATIAS 2007 tendo o munic pio uma rea territorial de 34 069 km Sua popula o em 2000 totalizou 334 661 habitantes sendo que 273 709 pessoas na rea urbana e em 2007 369 345 habitantes e desse total 304 228 pessoas est o na rea urbana A estimativa da popula o de acordo com dados do IBGE para o ano de 2009 de um total de 382 829 habitantes na capital De acordo com Matias 2007 desse contingente populacional 81 74 est na cidade e apenas 18 26 no campo 4 Os limites do munic pio est o assim definidos ao Norte Noroeste e Nordeste com o Estado do Amazonas Sudeste com os Munic pios de Cujubim Machadinho e Candeias do Jamari Leste com os Munic pios de Candeias do Jamari e Alto Para so Sul com os Munic pios de Campo Novo e Nova Mamor Oeste com o Estado do Acre e Rep blica da Bol via PORTO VELHO 2005 107 AMAZONAS BOL VIA Figura 5 Mapa do Munic pio de Porto Velho Fonte Secretaria de Planejamento e Coordena o de Porto Velho SEMPLA No ano de 2004 a sede detinha 80 64 de toda a popula o do munic pio seguido pelo Distrito de Extrema com 1 48 enquanto os demais n o chegavam a 1 de participa o total A densidade demogr fica era de 11 17 habitantes por quil metro quadrado nest
353. icas sociais dos anseios da comunidade alvo das a es O desenvolvimento dos cap tulos principalmente dos cap tulos 4 5 6 e 7 demonstra que o objetivo geral desta investiga o analisar as pol ticas p blicas de atendimento Educa o Infantil desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho RO no per odo de 1999 a 2008 foi alcan ado e as perguntas iniciais foram respondidas Assim sendo a tese constru da ao longo desse percurso a de que o atendimento Educa o Infantil na rede municipal ocupou diferentes lugares no per odo de 1999 a 2008 tanto enquanto ret rica quanto na efetiva o de a es dependendo da gest o e do contexto Todavia em nenhum desses lugares a primeira etapa da educa o b sica foi qualitativamente ampliada a Na primeira gest o analisada a Educa o Infantil foi descaracterizada para garantir a amplia o do ensino fundamental mesmo que essa pol tica n o estivesse explicitada nos PPA s Este lugar de etapa da educa o b sica considerada menos importante foi observado tanto nas pol ticas de financiamento e de forma o quanto de expans o do atendimento desenvolvidas e implementadas pela SEMED evidenciando uma tend ncia nacional em fun o das pol ticas nacionais de financiamento Nessa primeira gest o nem mesmo enquanto discurso a Educa o Infantil foi destaque Al m disso as a es desenvolvidas bem como a aus ncia de outras que deveriam se
354. iciente O 0 1 8 0 0 12 92 0 0 H na institui o ao longo de todo o ano e em quantidade suficiente materiais pedag gicos diversos para desenhar pintar modelar construir 0 0 1 8 1 8 111 85 0 0 objetos tridimensionais barro argila massinha escrever experimentar H material individual de higiene de qualidade e em quantidade suficiente guardados em locais adequados sabonetes fraldas escovas de dente e outros itens Continua o do quadro 37 214 H brinquedos m biles livros materiais pedag gicos e audiovisuais que incentivem o conhecimento e o respeito as diferen as entre brancos negros ind genas e pessoas com defici ncias 31 15 54 H livros e outros materiais de leitura brinquedos materiais pedag gicos e audiovisuais adequados as necessidades das crian as com defici ncia 23 69 H objetos e brinquedos de diferentes materiais e em quantidade suficientes e adequados as necessidades dos bebes e crian as pequenas explorar texturas sons formas e pesos morder puxar por e retirar empilhar abrir e fechar ligar e desligar encaixar empurrar etc 15 10 17 H espa o que permite o descanso e o trabalho individual ou coletivo da equipe que seja confort vel silencioso com mobili rio adequado para adultos e separado dos espa os das crian as para reuni es estudos momentos de forma o e planejamen
355. ida crian as com atividades repetitivas com poucos desafios e movidas pelo improviso 269 perfeitamente compreens vel que a professora que sem muita sa da sem poder esperar para o dia seguinte com os afazeres do hoje pense em taxas problema este t o presente ontem quanto hoje e que como vimos saiu da pauta das escolas por meio de lei tanto na primeira gest o aqui analisada como na segunda Por outro lado n o aceit vel quando falamos de direito educa o infantil de qualidade para todas as crian as N o podemos concordar com a fala da professora de que os pais n o se preocupam mais com nada A quest o que sabedora de suas responsabilidades a SEMED se garante perante a justi a com leis mas isso n o a exime da responsabilidade em garantir de fato e de direito os materiais m nimos necess rios para o desenvolvimento do trabalho pedag gico em sala de aula e fora dela N o podemos aceitar a cobran a de taxas mas se poder simplesmente deixar as escolas darem o seu jeito porque se n o houver uma garantia de recursos necess rios ao desenvolvimento do trabalho pedag gico di rio nas escolas e se n o se destinar recursos para isso corre se o risco de algumas escolas come arem a cobrar com jeitinho para que o Minist rio P blico n o saiba taxas simb licas das fam lias Que esse seja um aspecto mais avaliado e acompanhado pelo Minist rio P blico No cap tulo seguint
356. iderando outros aspectos tais como a diversidade cultural tnica e social Este texto produzido para sua confer ncia no Il Congresso Paulista de Educa o Infantil COPEDI 2000 285 e definir qualidade um processo importante por si mesmo oferecendo oportunidades para compartilhar discutir e entender valores id ias conhecimentos e experi ncias e o processo deve ser participativo e democr tico envolvendo grupos diferentes que incluem crian as pais parentes e profissionais da rea e as necessidades perspectivas e valores desses grupos podem divergir s vezes e definir qualidade um processo din mico cont nuo requer revis es e nunca chega a um enunciado definitivo MOSS 2005 p 20 21 Para o autor necess rio encontrar formas na qual o trabalho pedag gico real da institui o de educa o infantil possa ser vis vel e sujeito a di logo confronta o e reflex o p 24 pois para ele a compreens o poder levar a forma o de julgamentos e estes poder o conduzir busca de acordos Mas mesmo que n o se chegue a acordos diz o autor isso n o ser problema pois o processo de aprofundar o entendimento por si s j fundamental Seria importante segundo o autor que esse processo de aprofundar o entendimento acontecesse mediado por um processo democr tico sobre v rias quest es que seriam quem n s achamos que a crian a Quais as finalidades das institui es para a crian a
357. il In FARIA A L G PALHARES M S Orgs Educa o Infantil p s LDB rumos e desafios Campinas SP Autores Associados 1999 p 67 97 FOLHA DE S O PAULO Crise da raz o econ mica S o Paulo domingo 13 de setembro de 2009 FOLHA DE S O PAULO Defesa da raz o econ mica S o Paulo domingo 20 de setembro de 2009 F RUM CATARINENSE DE EDUCA O INFANTIL A inf ncia no papel de papel as duas faces da nova LDBEN In MIEIB Movimento Interf runs de Educa o Infantil do Brasil Educa o infantil construindo o presente Campo Grande MS UFMS 2002 p 20 29 FREIRE P sombra desta mangueira S o Paulo Editora Olho d gua 1995 FREIRE P Mudar dif cil mas poss vel In FREIRE A M A Org Pedagogia dos sonhos poss veis Paulo Freire S o Paulo Editora UNESP 2001 p 161 184 FREIRE P Pedagogia da autonomia saberes necess rios pr tica educativa S o Paulo Paz e Terra 1997 FREIRE P Pedagogia da Esperan a S o Paulo Paz e Terra 1992 FREIRE P Pedagogia do oprimido 21 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1993 FREIRE P Pedagogia dos sonhos poss veis Paulo Freire S o Paulo Editora UNESP 2001 FREITAS M C KUHLMANN Jr M Org Os intelectuais na hist ria da inf ncia S o Paulo Cortez 2002 FULLGRAF J B G Pol tica nacional de educa o infantil no Brasil uma luta cont nua uma pol tica descont nua UFSC GT 07 Anpad 2008 GALEANO E
358. il o in cio da constru o e forma o em mbito nacional de pesquisadores e muitos estudos importantes no campo da inf ncia ROSEMBERG 2003 p 34 O quarto per odo de 1988 a 1995 aqui organizado tem como marco as a es dos movimentos sociais em prol da Constituinte o Movimento Crian as Pr Constituinte e o Movimento de Mulheres Feminista que tiveram papel fundamental na garantia da educa o das crian as de zero a seis anos como complementar a o da fam lia O MEC passou a mobilizar se na produ o de propostas de pol ticas nacionais de Educa o Infantil com concep es que se afastavam daquelas do per odo anterior notadamente assistencialistas Nesse per odo foi promulgada a Constitui o federal de 1988 e nela ficou definido o direito Educa o Infantil a ser oferecida pelo Estado em creches e pr escolas Inicia se 68 um novo movimento para se regulamentar a Educa o Infantil na nova LDB que vinha sendo discutida O quinto per odo definido neste estudo pode ser demarcado com a aprova o da LDB n 9394 em 1996 que ap s oito anos de CF regulamentou o atendimento Educa o Infantil Um tempo que conforme Rosemberg 2003 p 35 n o s longo como tamb m marcado por profundas transforma es na concep o hegem nica de Estado e de pol ticas sociais fundamentadas em pol ticas neoliberais Junto s transforma es vieram as implica es para o campo da educa o
359. implica es expl citas para a Educa o Infantil Um primeiro ato no caso de Rond nia decorrente do novo ordenamento legal foi o Decreto n 7672 de 23 de dezembro de 1996 expedido pelo governo do Estado em que Francisco Jos Chiquilito Coimbra Erse nasceu em Manaus em 19 de dezembro de 1949 e faleceu em Porto Velho em 7 de julho de 2001 Foi prefeito da capital rondoniense por duas vezes e Secret rio de Administra o 1979 1982 no governo de Jorge Teixeira Em 1996 foi eleito prefeito de Porto Velho pela segunda vez renunciando ao cargo por raz es de sa de l Carlos Alberto Azevedo Camur a ou Carlinhos Camur a nasceu em Guajar Mirim em 20 de julho de 1956 Em 1 990 iniciou sua carreira pol tica quando foi eleito Deputado Federal pelo Estado de Rond nia Em 1 994 foi reeleito para o segundo mandato de Deputado Federal Em 1 996 renunciou ao mandato para concorrer vice prefeitura de Porto Velho RO 145 transfere as escolas de ensino pr escolar e fundamental localizadas na zona rural do Munic pio de Porto Velho para a jurisdi o administrativa da Prefeitura Municipal o que ocorreu efetivamente em 20002 Tem se portanto o in cio da municipaliza o mesmo que for ada da educa o infantil e do ensino fundamental do campo Quanto ao financiamento com a cria o do FUNDEF composto por 15 dos 25 dos recursos arrecadados e destinados educa o restaria 10 para serem aplicados na etapa da educa
360. in mico vivo possibilitar a brincadeira explor vel transform vel e acess vel para todos O pr prio MEC registra nos Par metros B sicos de Infra Estrutura Para as Institui es de Educa o Infantil BRASIL 2006b que no Brasil grande n mero de ambientes destinados educa o de crian as menores de seia anos de idade funciona em condi es prec rias e servi os b sicos como gua esgoto sanit rio e energia el trica n o est o dispon veis para muitas creches e pr escolas Al m da precariedade ou mesmo da aus ncia de servi os b sicos outros elementos referentes infra estrutura atingem tanto a sa de f sica quanto o desenvolvimento integral das crian as Entre eles destaca se a inexist ncia de reas externas ou espa os alternativos que propiciem s crian as a possibilidade de estar ao ar livre em atividade de movimenta o ampla tendo seu espa o de conviv ncia de brincadeira e de explora o do ambiente enriquecido Nesse sentido v rios aspectos precisam ser considerados quando se pretende construir ou reformar um espa o f sico para a educa o infantil c Par metros Nacionais de Qualidade para a Educa o Infantil BRASIL 2006c V 1 e 2 Estes documentos cont m refer ncias de qualidade para a Educa o Infantil a serem utilizadas pelos sistemas educacionais por creches pr escolas e centros de Educa o Infantil O documento representa o cumprimento de uma determina o legal do Plano Naci
361. inanceiros para a Manuten o e desenvolvimento do ensino fundamental remunera o e aperfei oamento de pessoal docente e demais profissionais da educa o manuten o e conserva o de pr dios escolares uso e manuten o de bens e servi os vinculados ao ensino levantamento estat stico estudos e pesquisas realiza o de atividades meio necess rias ao funcionamento das escolas do campo aquisi o de material did tico escolar e manuten o de programas de transporte escolar b Merenda escolar c aux lio habilita o de 89 docentes leigos atrav s do Programa de Forma o de Professores em Exerc cio PROFORMA O d Repasse do Sal rio educa o e Expans o do Plano de Desenvolvimento da Escola PDE e desenvolvimento da Escola Ativa com recursos do Fundo de Fortalecimento da Escola FUNDESCOLA Em entrevista a n s concedida em dezembro de 2009 por um dos Secret rios de Educa o da gest o 1999 2004 o mesmo informou que a prefeitura n o tinha condi es de assumir aquele montante de escolas A municipaliza o for ada transformou se em um problema gerencial e financeiro para a prefeitura de Porto Velho 167 O Quadro 18 apresenta o quantitativo de todas as escolas de educa o b sica da rede p blica municipal do per odo de 1999 a 2008 Nele percebemos o crescimento do n mero de escolas do campo da rede municipal de 1999 para 2000 confirmando o relato do Secret rio Estabelecimentos Ativos e
362. investimentos p blicos na educa o fundamental Nesse sentido pensar a pol tica educacional voltada ao atendimento educa o infantil do munic pio de Porto Velho levando em conta os efeitos da globaliza o os documentos e eventos patrocinados pelo Banco Mundial e o modelo de descentraliza o desenvolvido sobretudo transitar em um emaranhado de discursos e pr ticas muitas vezes dif ceis de serem decifrados e compreendidos Podemos muitas vezes confundir discursos que nos pegam de surpresa e defendermos fen meno como se fosse ess ncia KOSIK 1969 Os discursos que buscaram formar o consenso em torno das pol ticas neoliberais foram sem d vida competentes ao ponto de provocar tal confus o 1 3 Direito Educa o Infantil no Brasil possibilidades legais Em an lise ao ordenamento legal atual vimos que alguns avan os podem ser observados no que se refere ao atendimento inf ncia e educa o infantil escolar 14 Sobre essa quest o ver Parecer CNE n 20 98 CEB Aprovado em 2 12 98 em que o INEP consulta o Conselho Nacional de Educa o sobre a iniciativa da Prefeitura de Porto Velho RO de estender o Ensino Fundamental para nove anos do que decorreria a inclus o de alunos de seis anos de idade no Censo Escolar do Ensino Fundamental em 1998 com repercuss es na distribui o de recursos do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF
363. io Recortamos do conte do das falas as ideias que melhor responderam aos objetivos desse estudo e as organizamos em tr s grandes categorias de an lise pol ticas p blicas implementadas impactos e perspectivas Para cada uma das categorias criamos subcategorias e em cada uma delas analisamos a O olhar da administra o secret rio e secret ria municipais de educa o Chefe da Divis o de Educa o Infantil e diretoras escolares b O olhar da escola professoras de Educa o Infantil A metodologia utilizada para coleta organiza o e an lise das entrevistas e grupos focais foi apresentada no cap tulo Ill desta tese As falas foram assim identificadas no texto v Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 que corresponde a Entrevista com Secret rio Municipal de Educa o Gest o 1999 2004 e ano da coleta de dados v Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 que corresponde a Entrevista com Secret ria Municipal de Educa o Gest o 2005 2008 e ano da coleta de dados y Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 que corresponde a Entrevista com Chefe da Divis o de Educa o Infantil Gest o 2005 2008 e ano da coleta de dados 88 Os sujeitos foram apresentados e caracterizados no Cap tulo Ill desta Tese 223 v GF Diretora El 2009 que corresponde a Grupo Focal com Diretoras de Escolas de Educa o Infantil que atuaram em uma das gest es ou nas duas mas sem essa defini o se de uma ou de outra gest
364. ional para Educa o Infantil Bras lia MEC SEF 1998 p 9 16 DAHLBERG G MOSS P PENCE A Qualidade na educa o da primeira inf ncia perspectivas p s modernistas Porto Alegre Artmed 2003 DAVIES N FUNDEF Solu o ou remendo para o financiamento da educa o b sica In GOUVEIA A BSOUZA A R de TAVARES T M org s Conversas sobre financiamento da educa o no Brasil Curitiba UFPR 2006 DIEGUES A C Org Desmatamento e modos de vida na Amaz nia S o Paulo NUPAUB 1999 DOURADO L F PARO V H Org Pol ticas p blicas e educa o b sica S o Paulo Xam 2001 DOURADO L F Plano Nacional de Educa o avalia es e retomada do protagonismo da sociedade civil organizada na luta pela educa o In FERREIRA Naura S Carapeto Org Pol ticas p blicas e gest o da educa o Bras lia Liber Livro 2006 ESTEVE J M O mal estar docente a sala de aula e a sa de dos professores Bauru SP EDUSC 1999 FARIA A L G de Direito inf ncia Mario de Andrade e os parques infantis para as crian as de fam lia oper ria na cidade de S o Paulo 1935 1938 1994 Tese Doutorado Faculdade de Educa o Universidade de S o Paulo SP 1994 330 FARIA A L G Educa o pr escolar e cultura para uma pedagogia da Educa o Infantil S o Paulo Cortez 1998 FARIA A L G O Espa o F sico como um dos Elementos Fundamentais para a Pedagogia da Educa o Infant
365. ioso Talvez esse seja o nico problema na manuten o das duas etapas juntas Para a melhoria da qualidade da educa o de modo geral ser tamb m necess rio que a gest o democr tica seja mantida aperfei oada e ampliada e ou garantida na gest o macro e micro das Secretarias de Educa o o que inclui todas as escolas p blicas que oferecem qualquer uma das etapas da Educa o B sica c Referente forma o valoriza o profissional dos trabalhadores e trabalhadoras em educa o e institui es formadoras Em trabalho desenvolvido por Rocha 2008 sobre as pesquisas na rea de forma o continuada vimos que a mesma observou que um problema comum apontado nos estudos que os curr culos voltados forma o continuada n o 316 ensinam de maneira l dica e criativa os estudantes e que consequentemente o profissional na maioria das vezes tamb m n o o faz ao atuar junto s crian as Tamb m foi poss vel perceber a partir dos estudos da autora que as pesquisas apontam para a presen a de uma racionalidade t cnica no processo formativo inicial onde o acad mico e a acad mica estudam a teoria para depois coloc la em pr tica Sabemos que essa transposi o did tica n o acontece assim preciso que enquanto estudante vivencie as pr ticas escolares buscando apreende las nelas intervir na tentativa de criar inclusive novas possibilidades did ticas Freire 1997 j escreveu que a teoria sem pr ti
366. ipal 273 De 1997 at 2004 todas as escolas que eram de atendimento espec fico a essa etapa foram transformadas em escolas de Educa o Infantil e Ensino Fundamental desaparecendo as escolas com atendimento exclusivo a essa etapa o que consideramos uma ruptura com o modelo de atendimento existente at 1996 pois quebrou uma pol tica de amplia o do atendimento formal e exclusivo da Educa o Infantil na rede municipal Tal pol tica foi consequ ncia dos efeitos do FUNDEF pois para terem seus recursos municipais devolvidos aos seus cofres o munic pio fez um arranjo alterando as denomina es das escolas e criando o ensino fundamental de nove anos Por m as turmas de seis anos continuaram sendo chamadas de Classes de Alfabetiza o Na tentativa de incluir os alunos de seis anos no financiamento o Munic pio fez uma consulta ao INEP o que gerou o Parecer do Conselho Nacional de Educa o CNE n 20 98 CEB Aprovado em 2 de dezembro de 1998 Pelo parecer o munic pio n o poderia contabilizar as crian as de seis anos para efeito de financiamento A prefeitura n o soube informar se de fato as crian as com seis anos de idade foram contabilizadas para os efeitos financeiros do FUNDEF Como a preocupa o era unicamente com o financiamento e com os recursos que n o s da prefeitura de Porto Velho mas de muitas outras prefeituras n o iriam retornar a devida regulamenta o para a oferta n o aconteceu o que nos autori
367. ir com a educa o das crian as No entanto essa educa o pela impossibilidade de ser neutra ser necessariamente pautada na concep o de crian a e de inf ncia de cada poca Nesse sentido importante que se perceba que a inf ncia n o conceito universal e nem o que a caracteriza pode ser considerado sem levar em conta o contexto hist rico social e cultural de cada lugar e cada povo Tamboril 2005 afirma que conhecemos hoje uma concep o de inf ncia que representa o resultado de v rias transforma es ocorridas em nossa sociedade Tal concep o foi constru da historicamente a partir de uma determinada forma de pensar o mundo as pessoas os objetos e as rela es entre os indiv duos e suas culturas e portanto levando se em conta as transforma es sociais pois toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade e a cada uma delas associado um sistema de status e de papel e por conseguinte uma representa o de inf ncia 62 Portanto a concep o que temos hoje n o linear conforme apresentada por Ari s 1981 e criticada por outros pesquisadores e pesquisadoras Rocha 1998 p 31 por exemplo entende que uma mesma sociedade em seu tempo comportar a partir de sua constitui o s cio econ mica e cultural diferentes inf ncias de maneira que temos claramente a inf ncia ind gena pobre rica rural da cidade enfim de diferentes comunidades diferentes pa ses e cada uma cu
368. is democr tica produzida a partir dos anseios e necessidades da sociedade e a partir de seus representantes e representativa ou seja ter sido elaborada a partir dos segmentos sociais representativos da sociedade representantes pol ticos eleitos pelo voto direto representantes sindicais e representantes da administra o p blica e n o diretamente pelo povo As atuais pol ticas para a educa o infantil levaram nos a fazer primeiramente uma an lise do contexto geral da pol tica educacional do Brasil a partir dos anos de 1990 no mbito da educa o b sica Objetivamos com isso situar a educa o infantil dentro de um contexto mais abrangente como forma de explicitar o atendimento ou a falta dele para as crian as de zero a 5 6 anos nas ltimas d cadas Com a redemocratiza o do pa s e a promulga o da Constitui o Federal CF de 1988 almejava se um novo tempo para as quest es sociais de modo geral e educacionais em particular considerando o Estado Democr tico de Direito nela FERRAZ Francisco Origens hist ricas do estado de direito democr tico Ill In Pol tica para pol ticos Dispon vel em http politicaparapoliticos com br interna php pagina 28t 754980 Acesso em set de 2010 E professor de Ci ncia Pol tica na UFRGS 29 colocado como base para as rela es sociais econ micas pol ticas e culturais ou seja para o estabelecimento de qualquer pol tica As prerrogativas de direito educ
369. is E tamb m n o podem continuar com a gratifica o delas porque est o em sala de aula Qual o incentivo que a prefeitura est dando para que elas deixem de ser auxiliar de servi os gerais e passem a ser uma professora formada Porque quem ta na educa o cada professor que voc ganha cada profissional para ser um professor um bem muito grande para a educa o GF Profa El 2009 Os concursos que a prefeitura t abrindo t acontecendo porque os professores n o querem ser professores Est o todos querendo fazer outras coisas pois educar d trabalho e quando a gente tem pessoas na escola que desejam estar na posi o de professor n o tem pol ticas p blicas que sejam voltadas para elas um preju zo muito grande Pra elas e pra n s n GF Profa El 2009 Uma professora faz uma observa o em rela o s vagas que sobraram do concurso para professores na Prefeitura dizendo que hoje est sobrando vagas para docente porque n o h incentivo os sal rios s o baixos e as pessoas n o querem essa profiss o Infraestrutura f sica das escolas de Educa o Infantil As professoras queixam se da estrutura f sica das escolas de educa o infantil considerando as inadequadas para o que se destinam a educa o integral das crian as que inclui o desenvolvimento saud vel das mesmas Segundo as professoras a escola disp e basicamente da sala de aula obrigando as crian as ficarem muito tempo dentro da sala Se
370. is inclusive audiovisuais que possam contribuir com a forma o acad mica e com a pr tica em sala de aula Esse trabalho e estudo n o se fazem com as sobras de cargas hor rias de algumas disciplinas mas requer carga hor ria suficiente para isso A realidade ainda presente nos cursos de Pedagogia a de 160 horas para trabalhar tudo sobre para e com a Educa o Infantil Al m disso a utiliza o de recursos tecnol gicos mais modernos como audiovisuais e computadores algo que tamb m precisa fazer parte da forma o docente assim como o planejamento a organiza o de rotinas di rias evitando se ou a falta de planejamento com a cultura do improviso ou o planejamento de rotinas r gidas Ao contr rio fundamental a constru o de conhecimentos tamb m necess rios ao trabalho docente como a valoriza o da antecipa o e a flexibiliza o das rotinas di rias Outro aspecto fundamental o estudo aprofundado sobre as v rias defici ncias Pensamos em uma carga hor ria m nima de 300 horas nos cursos de forma o docente com essa finalidade no sentido de garantir a compreens o pelo acad mico e acad mica das defici ncias mais comuns na escola bem como sobre metodologias e estrat gias did ticas voltadas para as especificidades de cada defici ncia Assim importante que a Universidade tome essa responsabilidade como de forma o inicial pois quando o docente lotado na escola n o ter a possibilid
371. is e ao mesmo tempo diferentes BORDIGNON GRACINDO 2000 p 152 O papel dos gestores na gest o democr tica demonstra que suas pr ticas devem ser tecnicamente competentes mais relevantes socialmente tica e politicamente comprometidos com o ser 33 Falamos sobre a metodologia de elabora o da lei pois participamos de reuni es para sua discuss o j que ramos do quadro de profissionais da educa o lotadas na SEMED naquele ano 280 humano Isso pode ser verificado ao menos em n vel de discurso tanto nas falas das diretoras das escolas quando se mostraram comprometidas com a gest o e com os sujeitos dela participantes compostos pela comunidade extra e intra escolar quanto na fala da Secret ria Municipal de Educa o e chefe da DIEI A participa o um dos elementos mais relevantes da gest o democr tica No entanto esta participa o n o pode ser consentida precisa estar na base do processo A participa o permite aos cidad os e cidad s influenciar em decis es p blicas mas que seja uma aut ntica verdadeira participa o A participa o representativa e direta na tomada de decis es n o suficiente para que se considere uma gest o democr tica preciso que a comunidade assuma compromissos cotidianos com os princ pios ticos sociais com pr ticas administrativas fundamentadas na legalidade transpar ncia e humanidade O compromisso pol tico pedag gico o trabalho coletivo e a compet
372. is pesquisas CAMPOS 1991 1996 2005 BECKER 2008 apontam os in meros benef cios proporcionados s crian as dessa etapa de educa o infantil tas como a redu o da mortalidade nessa faixa et ria maior desenvolvimento cognitivo maior tempo na escola redu o da repet ncia e abandono e ainda apresentam 32 a mais de chances de concluir o ensino m dio Como negar s crian as tantas oportunidades quando inclusive essas mesmas crian as j s o detentoras desse direito Autoras como Becker 2008 e Castro 2008 apontam ainda que devido ao reconhecimento da import ncia da educa o nessa etapa tanto para as crian as como para o sistema educacional de modo geral em alguns pa ses a educa o pr escolar de 4 aos 5 6 anos total ou parcial obrigat ria como o caso do M xico 24 Argentina Col mbia e Panam entre outros Recentemente e em fun o de tantas evid ncias tamb m no Brasil foi aprovada a obrigatoriedade da educa o infantil pr escolar para as crian as de quatro e cinco anos a ser garantida at o ano de 2016 Portanto com a oportunidade de fazer um doutorado em Educa o n o poderia deixar de desenvolver estudos sobre as estruturas municipais e sua pol tica educacional Por essa raz o suspendi o projeto que daria continuidade ao estudo iniciado no mestrado para estudar o atendimento Educa o Infantil j que essa educa o fundamental principalmente pelos benef cios p
373. is que declaram ou garantem o atendimento s crian as de zero a seis 6 anos O Art 205 da Constitui o Federal de 1988 afirma que a educa o direito de todos e a educa o infantil passa a ser dever do Estado conforme preconiza tamb m o Art 208 O dever do Estado com a Educa o ser efetivado mediante a garantia de IV educa o infantil em creche e pr escola s crian as at 5 cinco anos de idade Esse artigo foi reafirmado no Art 4 da LDB n 9 394 96 sendo acrescido ao texto a palavra gratuito ficando assim definido O dever do Estado com educa o escolar p blica ser efetivado mediante a garantia de IV atendimento gratuito em creches e pr escolas s crian as de zero a seis anos de idade Direito esse ainda n o garantido integralmente Tamb m o Artigo 227 da Constitui o Federal de 1988 apresenta a crian a e o adolescente como prioridade nacional e o Artigo 7 inciso XXV garante assist ncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 cinco anos de idade em creches e pr escolas A partir da Constitui o temos primeiramente a Lei 8 069 de 13 de julho de 1990 mais conhecida como Estatuto da Crian a e do Adolescente ECA que reafirmou esses direitos ao mesmo tempo em que foram estabelecidos mecanismos de participa o e controle social na formula o e na implementa o de pol ticas para a inf ncia Destacam se dois arti
374. issionais Desta forma a SEMED poderia potencializar melhor os recursos na forma o continuada de quadros para a atua o em cada etapa entre outros A rede p blica municipal tamb m poderia propor a defini o por op o do servidor e servidora j pertencente ao quadro de docentes da SEMED e com 10 Tardif e Raymond 2000 Contreras 2002 Zibetti 2005 Tamboril 2005 Charlot 2005 e Brejo 2007 317 forma o que atenda a legisla o vigente do quadro de profissionais para atua o na educa o infantil de modo que mesmo havendo a rotatividade entre escolas a o profissional continuar atuando na primeira etapa da Educa o B sica Outro aspecto fundamental ser a eleva o dos contratos de trabalho de 20h 25h e atualmente de 30h para 40 horas garantindo tempo para o planejamento e estudo remunerados al m de maior renda ao docente o que impactar positivamente Se 2 3 dessa carga hor ria como prop e a Lei que institui o Piso Salarial Nacional for destinada ao trabalho direto com as crian as alunos o docente teria no m nimo 13 horas semanais para estudo e planejamento remunerados Como pensar em educa o infantil de tempo integral com contratos de 20 25 e 30 horas Cada turno trabalha no m nimo cinco horas di rias com as crian as comprometendo 25 horas semanais E como fica o planejamento acompanhado do estudo individual e coletivo t o importantes para o projeto escolar al m da particip
375. ito da SEDUC e SEMED O estudo considera o acesso Educa o Infantil como fundamental para a garantia do desenvolvimento pleno da crian a Observa que o lugar de direito educa o j foi conquistado desde a Constitui o Federal de 1988 e que outros instrumentos legais vem garantindo esse direito s crian as menores de seis anos Os dados evidenciam que o atendimento Educa o Infantil na rede municipal de Porto Velho ocupou diferentes lugares no per odo de 1999 a 2008 tanto no discurso quanto na efetiva o de a es dependendo da gest o e do contexto Verifica que de 1999 a 2004 a educa o infantil foi colocada em um lugar de menor valor dentro das pol ticas educacionais municipais Nesse per odo foram poucas as a es na rea de forma o amplia o da rede e melhoria da infraestrutura das escolas De 2005 a 2008 a educa o infantil ocupou lugar de destaque nas a es da SEMED e foi considerada prioridade com investimento financeiro superior ao do per odo anterior Houve maior expans o da rede f sica e matr culas investimento em forma o docente e participa o social na defini o das pol ticas O estudo concluiu que para a consolida o da Educa o Infantil de qualidade ser o necess rias a prioriza o dessa etapa no rol das a es da SEMED a defini o de metas e a amplia o dos recursos financeiros tanto para a expans o e aparelhagem de escolas como para a manuten o e desenvolvimento da ed
376. ituiu para a elabora o do Plano Municipal o F rum Municipal do Plano Chamamos v rias entidades Num primeiro momento a gente reuniu 300 pessoas dessas 300 pessoas a gente reuniu toda a sistem tica e a tinha trabalhos da educa o infantil Ent o uma forma de planejamento de gest o s o as conferencias a gente faz com todas as escolas fizemos a mini conferencia na rea rural fizemos com todos os distritos e se tiver mais de uma escola grande ela faz tamb m Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 A Chefe da Divis o de Educa o Infantil tamb m falou sobre como foi a participa o da comunidade na defini o de pol ticas para a Educa o Infantil na gest o 2005 2008 A participa o no momento do planejamento estrat gico atrav s de representantes diretores e Conselho de Educa o No momento de constru o das propostas pedag gicas todos os as profissionais discutiram nas Escolas e depois nos grupos e nos semin rios Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 Tanto em uma gest o quanto na outra os semin rios e confer ncias foram considerados instrumentos de planejamento Mas h uma diferen a consider vel na forma a primeira gest o quer ouvir o que a experi ncia externa de fora do munic pio tem a compartilhar com a rede municipal o que h de novidade para se buscar para o munic pio Isso n o parece ser o caso da segunda gest o que mesmo contratando assessoria externa buscou levantar demandas e
377. itura do Munic pio de Porto Velho criou a Pr escola Municipal Saul Bennesby na rea urbana no bairro Belvedere ainda hoje bairro de periferia da Capital No entanto o Decreto Municipal de Cria o data de 1991 desta escola Em 1993 foi ampliada e passou a ter mais de tr s salas de aula Em 1994 passou a ter oito salas o que a tornara uma das maiores escolas da Capital e de todo o Estado de Rond nia a oferecer exclusivamente Educa o Pr escolar A rede privada come ou a ampliar o atendimento Educa o Infantil desde 1978 Em 1977 havia seis escolas e em 1978 saltam para 16 escolas da rede privada conforme mostram os dados do censo do INEP no quadro 8 interessante observar que em 1980 quando a regi o ainda era Territ rio aparecem somente 12 escolas p blicas mas esse n mero salta para 33 no ano seguinte No primeiro ano de Estado 1982 esse n mero salta para 60 todas contabilizadas como municipais embora haja registros de que algumas escolas eram da rede Estadual 5 Em Rond nia existiam dois tipos de anexos um funcionava junto s pr prias escolas de ensino fundamental ou fundamental e m dio O outro evidenciando que esta situa o ainda faz parte da realidade do atendimento no Brasil e que n o caso apenas de Rond nia funcionava aos moldes de que fala Maria Malta Campos 2006a s p comentando sobre a pesquisa publicada com o t tulo Consulta sobre qualidade da educa o infantil relat rio
378. ivindicam inclus o das creches no Fundeb Fernanda Sucupira Carta Maior 30 08 2005 Dispon vel em http www direitos org br index Acesso 10 10 2009 Idem 75 a Funda o Orsa UNICEF dentre outros que resultou na elabora o de um documento com o mesmo t tulo do semin rio Outra refer ncia que cabe registro sobre as manifesta es a respeito da inser o da creche no FUNDEB foi realizada em 2007 por um conjunto de entidades do Estado do Rio de Janeiro a Rede de Educa o Infantil Comunit ria N cleo de Creches e Pr escolas Comunit rias da Baixada Fluminense Art Creche Articula o de Creches de S o Gon alo Solidariedade Fran a Brasil OMEP Organiza o Mundial de Educa o Pr Escolar CECIP Centro de Cria o de Imagem Popular F rum de Educa o Infantil do Rio de Janeiro e outras O documento explicitava a necessidade de aten o educativa as crian as pequenas remetendo essas preocupa es com a inf ncia s premissas constitucionais sendo no entanto uma expl cita defesa s chamadas creches comunit rias bem como a reivindica o de recursos p blicos para este setor O documento dirigido ao Presidente Lula D Marisa e Na o Brasileira dizia N s mulheres educadoras da Rede Comunit ria de Educa o Infantil da Regi o Metropolitana do Rio de Janeiro pedimos cinco minutos de sua aten o para a situa o de milh es de crian as entre O e 6 anos que hoje est o matricu
379. j que como se sabe a Constitui o Federal de 1988 a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional e ainda o Estatuto da Crian a e do Adolescente apresentam bons amparos legais para isso foram algumas das raz es embora n o justific veis 10 Oliveira 2001 Azevedo 2002 Santom 2003 Piton 2004 Shiroma Moraes e Evangelista 2004 entre outras 287 do ponto de vista social e democr tico para colocar o investimento Educa o Infantil em um lugar muito aqu m das demais etapas da educa o b sica A partir de 2007 com a aprova o do FUNDEB o munic pio de Porto Velho teve que obrigatoriamente aplicar um percentual na Educa o Infantil mas em 2008 novamente n o aplicou na etapa o m nimo recebido do FUNDEB A quest o que se coloca ser que a SEMED continuar penalizando a Educa o Infantil Isso porque em 2008 quando apenas 66 66 dos alunos matriculados nessa etapa receberam os recursos do FUNDEB a SEMED gastou com os 100 da educa o infantil recursos inferiores aos 66 66 recebidos do Fundo considerando o n mero de alunos matriculados no ano anterior Observa se que a l gica seria a de se complementar as despesas com o restante dos recursos da MDE n o inclu dos no FUNDEB e no entanto a SEMED deixou de aplicar o total de recursos m nimos recebidos daquele fundo N o temos d vidas de que o motivo do n o investimento nem mesmo do m nimo n o foi por excesso de financeiro mas a u
380. jar a es financi veis pelo fato evidente de n o se saber com quanto de recursos se poder contar Se a receita supera em muito o or amento super vit e em fun o de n o se haver a es por falta de previs o or ament ria tamb m se corre o risco de considerar que houve sobras de recursos quando bem sabemos h sempre grandes demandas e incorrem se no poss vel erro de se gastar o super vit com a es irrelevantes ou menos priorit rias considerando se as in meras demandas municipais 155 Nos anos de 2002 e 2006 a 2008 a situa o foi inversa a receita foi menor que o or amento Em 2007 e 2008 a diferen a foi consider vel Outro problema que poder ter sido consequ ncia deste foi que as despesas empenhadas tamb m foram maiores que a receita efetivada Em 2008 a varia o anual chegou a ser de 10 31 pontos percentuais Mesmo com algumas varia es ainda podemos dizer que houve certo equil brio em todo o per odo de 1999 a 2008 o que pode ser atribu do aos dispositivos da Lei Complementar de Responsabilidade Fiscal Lei n 101 de 4 de maio de 2000 que objetivando promover a moraliza o na administra o p blica prev mecanismos claros de disciplina e medidas de Transpar ncia da Gest o Fiscal onde uma exig ncia expl cita refere se ao equil brio entre receitas e despesas No caso espec fico da Educa o e mais precisamente no tocante ao planejamento or ament rio o gestor precisa c
381. l crian as professores funcion rios familiares e nas unidades p bli cas de Educa o Infantil as administra es municipais com vistas a compartilhar os saberes e as experi ncias daqueles que vivenciam os espa os al m de incorporar a reflex o sobre o perfil pedag gico da institui o pretendida BRASIL 2001 p 7 O PNE 2001 no item que trata da educa o especial prop e na meta 12 que em coer ncia com as metas n 2 3 e 4 da educa o infantil e metas n 4 5 e 6 do ensino fundamental ser preciso a estabelecer no primeiro ano de vig ncia deste plano os padr es m nimos de infraestrutura das escolas para o recebimento dos alunos especiais b a partir da vig ncia dos novos padr es somente autorizar a constru o de pr dios escolares p blicos ou privados em conformidade aos j definidos requisitos de infraestrutura para atendimento dos alunos especiais Interessa observar tamb m que se o munic pio apresenta necessidades t cnicas e financeiras a Uni o e o Estado t m a responsabilidade de exercer a o supletiva conforme colocado no PNE BRASIL 2001 p 64 Meta 25 A base legal para isso s o os artigos 30 inciso VI e 211 par grafo 1 no qual se fundamenta o PNE e este tamb m sendo base legal para a reivindica o do Munic pio Se este n o o fizer deduz se que ou n o precisa pois est respondendo s necessidades e garantindo o direito ou n o considera tal atendim
382. l de Educa o Lei Complementar n 255 de 28 de junho de 2006 Cria 10 novas EMEIEF s e uma 01 EMEI C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 288 de 19 de outubro de 2007 Cria seis 06 novas EMEIEF s e uma 01 EMEI Porto Velho 2007 Conselho Municipal de Educa o Resolu o n 06 CME 2004 Porto Velho CME SEMED 2004 Decreto n 9 751 de 21 de mar o de 2005 Cria o Programa de Apoio Financeiro s Institui es Comunit rias Filantr picas e Confessionais PROAFINC Porto Velho 2005 Decreto n 9 432 2004 de 16 de junho de 2004 Remaneja da estrutura organizacional da Secretaria Municipal de A o Comunit ria SEMAC para a estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Educa o SEMED as creches municipais Alegria e Moranguinho e as creches comunit rias Creche Areal da Floresta Dr Tancredo Neves Cidade do Lobo e Jardim Eldorado atendidas pela SEMAC Porto Velho 2004 337 Mensagem n 67 de 30 de setembro de 2005 Encaminha Presidente da C mara Municipal apresenta o Projeto de Lei do Plano Plurianual PPA para o quadri nio 2006 2009 Porto Velho 2005 Secretaria Municipal de Educa o Divis o de Educa o Infantil DIEI Proposta pol tica pedag gica para a educa o infantil de Porto Velho Porto Velho SEMED 2009 RNPI REDE NACIONAL PRIMEIRA INF NCIA Carta enviada em 29 07 2010 ao Ministra da Educa o Fernand
383. l e V desta tese a municipaliza o foi um problema real que impactou na redu o do atendimento Educa o Infantil naquele momento pois havia nesse processo as implica es do FUNDEF praticamente obrigando os munic pios a abandonarem o atendimento a primeira etapa da educa o b sica visto que essa era a estrat gia para garantirem que os recursos voltassem aos cofres da prefeitura A administra o dos recursos financeiros pela pr pria SEMED foi outra dificuldade apontada pelo secret rio da primeira gest o analisada 231 Quando assumimos tivemos que proceder umas tomadas de contas at porque o investimento que se fazia naquela secretaria tinha alguns processos que nos levavam a suspei o Eu n o poderia assumir alguns compromissos pr existentes l e responder depois por eles Ent o isso j me causou um grande problema de ordem pol tica ao implantar ao solicitar a tomada de contas e durante essa tomada eu tive que resgatar meio milh o ou seja foram quinhentos mil reais que eu tive que cancelar de processos que na verdade n o eram processos que nos convenciam de que eram os melhores pro investimento na educa o Ent o eu n o poderia concordar com processos de pagamentos de cursos que na verdade tamb m levantavam uma suspei o porque eram cursos fora da rea que precisamente teriam que ser pelo menos frequentados por educadores por pessoas da rea da SEMED Ora cursos de licita o direito de
384. l est o inclu das as crian as da rede particular Como os recursos v m a partir da matr cula fica um grave problema para as pol ticas de atendimento Educa o Infantil resolver o acesso O quadro 2 apresenta a evolu o do percentual de atendimento da Educa o Infantil no Brasil dos anos de 1995 2001 e 2007 Evolu o do atendimento da Educa o Infantil no Brasil Etapas Anos 1995 2001 de 2007 de de acr scimo acr scimo acr scimo 1995 2001 2001 2007 1995 2007 0a3 anos 7 6 10 6 3 0 17 1 6 5 9 5 4a 6 anos 53 5 65 6 12 1 77 6 12 0 24 1 Quadro 2 Evolu o do atendimento Educa o Infantil no Brasil 1995 2001 2007 Fonte Organizado pela autora a partir dos dados do Relat rio UNICEF 2009 a Situa o da Inf ncia e da Adolesc ncia Brasileira 2009 O Direito de Aprender Potencializar Avan os e Reduzir Desigualdades Dispon vel em lt http Avww unicef org brazil gt Acesso em Agosto de 2009 T Como se pode ver a hist ria do atendimento Educa o Infantil no Brasil uma hist ria de lutas da sociedade com alguns saldos positivos embora n o suficientes para atender as demandas As lutas travadas n o foram em v o Tratou se de uma formula o sonhada por aqueles e aquelas que lutam pela implanta o de creches e pr escolas que respeitem os direitos das crian as e das fam lias pois como se pode ver pelos percentuais do
385. l nas gest es do Prefeito Carlos Camur a e Roberto Sobrinho diretrizes programas a es e projetos Y Gest o escolar e educa o infantil planejamento proposta pedag gica se h e como foi elaborada desenvolvimento e avalia o no mbito da escola v Transforma es e perman ncias observadas no cotidiano da escola e nas condi es de trabalho aumento do n mero de alunos classe turma sal rio contrata o de pessoal material did tico estrutura f sica enfim as condi es de trabalho v Transforma es no atendimento em creches e pr escola no munic pio a partir do FUNDEF e FUNDEB v Pr tica pedag gica na educa o infantil o que fazem o que n o fazem o que pensam sobre v Rela o com a fam lia das crian as e acompanhamento das crian as b Objetivos Analisar a partir dos discursos o que pensam os gestores das escolas de educa o infantil sobre a abrang ncia e impacto das a es voltadas ao atendimento educa o infantil desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED no per odo de 1999 a 2008 c Quest es orientadoras a Voc atua h v rios anos na educa o Considerando esse tempo que voc possui na rede municipal e tamb m como gestor escolar qual foi a poca que pode ser considerada mais dif cil para os docentes e par a educa o infantil na escola Por qu b Durante as gest es municipais Carlinhos Camur a e Roberto Sobrinho voc participou de curs
386. lada com uma forma o pr tica o que contraria uma racionalidade t cnica do saber que sup e uma resolu o instrumental de problemas baseada na aplica o de teorias e t cnicas cient ficas constru das em outros campos como a pesquisa em laborat rios por exemplo Na vis o de Tardif e Raymond 2000 ao contr rio do que prop e a racionalidade t cnica as situa es cotidianas e ou pr ticas exigem que as os trabalhadores neste caso as os docentes desenvolvam ao longo do trabalho saberes gerados do pr prio processo de trabalho e nele fundamentados Concordamos com o autor quando afirma que justamente esses saberes exigem tempo pr tica experi ncia h bito entre outros importante n o negligenciar as dimens es temporais do saber profissional ou seja sua inscri o na hist ria de vida do professor e sua constru o ao longo de uma carreira TARDIF RAYMOND 2000 p 216 Zibetti 2005 p 227 em discuss o sobre a dimens o criadora dos saberes docentes ressalta que esta n o fruto de inspira o moment nea ou capacidade herdada mas produto da combina o ou modifica o de elementos que permitem a cria o de algo novo sendo portanto influenciada pela riqueza de experi ncias informa es e conhecimentos apropriados pelos sujeitos Nesse sentido os saberes docentes podem apresentar uma dimens o criadora se os professores de posse deste contexto puderem ar
387. ladas em creches e pr escolas comunit rias e beneficentes deste imenso pa s Se a Constitui o Federal e a LDB afirmam o direito aos recursos p blicos e se o Brasil um pa s de todos como afirma nosso Presidente ent o por que as crian as matriculadas nestas institui es n o ter o acesso aos recursos do FUNDEB O Brasil um pa s de todos Pelo acesso das creches comunit rias e beneficentes aos recursos do FUNDEB Rio de Janeiro fevereiro de 2007 MOVIMENTO DE LUTA POR CRECHE 2007 As repercuss es acerca do debate no Brasil sobre o direito educa o das crian as pequenas explicitaram a import ncia da sociedade civil no processo no sentido de acionar mecanismos mobilizadores da aten o p blica para esta importante demanda ideal j conhecido bom seria para a amplia o e a consolida o de nossa democracia sobretudo para sua autenticidade se outras marchas se seguissem A marcha dos desempregados dos injusti ados dos que protestam contra a impunidade dos que clamam contra a viol ncia contra a mentira e o desrespeito coisa p blica A marcha dos sem teto dos sem escola dos sem hospital dos renegados A marcha esperan osa dos que sabem que mudar poss vel FREIRE 2000 p 30 38 Dispon vel em http www ethos org br Ethos documents cartaabring pdf Acesso em out de 2009 so Dispon vel em http Awww shinealight org Carta aberta doc Acesso em out de 200
388. las creche 954 ou pr escola 6320 dividas por 3 para encontrar 1 3 das matr culas e multiplicar o resultado por 2 para encontrar o total de matr culas a receber o valor repassado pelo FUNDEB nesse ano O resultado foi multiplicado pelo valor aluno creche 1688 ou pr escola 1765 desse ano 166 5 3 2 Rede de Escolas e matr cula na Educa o Infantil Apresentamos a partir dos Relat rios de Acompanhamento Anual dos PPA s do per odo de 1999 a 2008 bem como do Censo Escolar INEP MEC a rede de escolas vinculadas SEMED Em 1999 a prefeitura contava em sua rede com 33 escolas urbanas e 41 escolas fora do per metro urbano No ano seguinte h uma amplia o das escolas as escolas urbanas sobem para 39 e as localizadas fora do per metro urbano saltam para 161 De acordo com informa es da Assessoria T cnica da SEMED PVH esse salto est relacionado municipaliza o institu da via Conv nio n 062 PGE 2000 celebrado entre Governo do Estado e Munic pio de Porto Velho com a interveni ncia da SEDUC RO que teve como objeto a transfer ncia a partir do ano letivo de 2000 de responsabilidade financeira administrativa did tica e pedag gica das escolas da rede estadual de ensino situadas na rea rural campo do Munic pio de Porto Velho Ao todo foram municipalizadas 165 escolas conforme informa es da Assessoria T cnica da SEMED Segundo o Conv nio a colabora o do Estado nesse processo foi com recursos f
389. lizado pela SEMED s 302 crian as de O a 3 anos uma parcela integral e as demais crian as s o atendidas em apenas um turno k Meta 19 N o Atendida Quanto a estabelecer par metros de qualidade dos servi os de educa o infantil como refer ncia para a supervis o o controle e a avalia o e como instrumento para a ado o das medidas de melhoria da qualidade que era meta para o ano de 2001 nem mesmo o MEC atendeu neste prazo pois os Par metros B sicos de Infra Estrutura Para as Institui es de Educa o Infantil 2006 e os Par metros Nacionais de Qualidade para a Educa o Infantil 2006 Volumes 1 e 2 s foram divulgados em 2006 A SEMED ainda n o elaborou os seus I Meta 21 N o Atendida A meta que previa que o munic pio deveria assegurar que al m de outros recursos municipais os 10 dos recursos de manuten o e desenvolvimento do ensino n o vinculados ao FUNDEF fossem aplicados prioritariamente na Educa o Infantil n o foi cumprida De 1999 a 2004 o investimento foi inferior a 1 em 2005 o investimento come ou a subir mas com exce o de 2007 em que a previs o de cobertura com os recursos do FUNDEB era para apenas 33 das matr culas at 2008 tanto os 10 enquanto FUNDEF como a quota proporcional do FUNDEB n o foram totalmente investidos na etapa Isso mostra o quanto a Educa o Infantil foi pouco levada a s rio nesse per odo principalmente de 1999 a 2004 pois sem recursos
390. lores nos quais as pessoas acreditam as tradi es de uma determinada cultura os conhecimentos cient ficos sobre como as crian as aprendem e se desenvolvem o contexto hist rico social e econ mico no qual a escola se insere No caso espec fico da educa o infantil a forma como a sociedade define os direitos da mulher e a responsabilidade coletiva pela educa o das crian as pequenas tamb m s o fatores relevantes j que a cada direito do cidad o deve o Estado ter uma responsabilidade com sua viabilidade O documento do MEC SEB BRASIL 2009a apresenta uma metodologia de avalia o da qualidade da Educa o Infantil que inclui a participa o da comunidade Inspiradas nesse material fizemos com as 13 escolas um levantamento sobre a qualidade onde as mesmas deveriam avaliar sua qualidade em conjunto com representantes da comunidade escolar e a partir de alguns indicadores organizados em seis grandes dimens es conforme apresentadas no referido documento 1 Dimens o Planejamento Institucional 2 Dimens o Multiplicidade de Experi ncias e Linguagens 3 Dimens o Intera es 4 Dimens o Promo o da Sa de 5 Dimens o Forma o e Condi es de Trabalho das Professoras e demais profissionais 6 Dimens o Coopera o e troca com as fam lias e participa o na rede de prote o social Em rela o Dimens o 1 Planejamento Institucional 11 das 13 escolas afirmam ter uma Proposta Pedag gica Consolidada conhecida
391. ltural e socialmente diferente Bujes 2001 ainda ressalta que a inf ncia que conhecemos uma inscri o uma fabrica o da modernidade sendo a atual concep o carregada de significados resultantes de uma constru o social sustentados por discursos heterog neos e em constante transforma o Atualmente a crian a vista enquanto sujeito de direitos e produtora de conhecimento incorpora e produz cultura ao mesmo tempo e por isso mesmo a pol tica educacional para as crian as de zero a seis anos precisa necessariamente considerar esse sujeito real e n o o que se quer que seja esse sujeito N o restam d vidas de que o per odo da inf ncia sim uma etapa singular da vida do ser humano momento m gico nico de desenvolvimento e para tanto deve estar planejado estruturado ANGOTTI 2006 p 19 Evidente que isso nem sempre ocorreu nessa mesma ordem quando se pensou pol ticas para a inf ncia 2 2 Ou isto ou aquilo pressupostos hist ricos do atendimento Educa o Infantil no Brasil Na tentativa de organizarmos uma linha do tempo sobre o atendimento s crian as pequenas no Brasil lan amos m o de alguns autores KRAMER 1992 ROSEMBERG 2003 KUHLMANN Jr 1998 2000 2007 CAMPOS 1999 entre outros que fazem uma organiza o temporal desse atendimento Kramer 1992 estuda a trajet ria hist rica do atendimento s crian as menores de seis anos no Brasil desde a Rep blica Velha 1889 a
392. m n o tem n o tem o da escola S tem o atendimento s geral l Cada zona tem seu p lo A zona sul tem seu p lo uma escola uma determinada escola todos esses profissionais trabalhando para a melhoria do ensino dessas crian as com defici ncia Mas eu acho que seria melhor se fosse dentro da escola tem que seja um sonho mais j GF Profa El 2009 Essas crian as com a inclus o ficam mais marginalizadas porque ficam l pelo canto O professor n o sabe como lidar nessa situa o No governo a gente v a ang stia desses professores na hora deles darem esse curso de inclus o A ang stia porque muito aluno e eles n o sabem Voc fez o magist rio mas o magist rio na poca nunca obteve essas informa es como lidar com esse menino numa hora dessas porque voc n o tem forma o inicial naquela rea Uma pessoa que tem defici ncia auditiva o professor que n o formado em libras ele vai ter condi es Deveria ser um inferno se tivesse um aluno dessa maneira para voc trabalhar com uma quantidade de aluno O m ximo s o 20 alunos Tem escolas a que s vezes os deficientes s o diferentes e como que o professor vai 264 poder trabalhar com esse aluno Ele vai ficar mais marginalizado Isso que inclus o GF Profa El 2009 Todo mundo agora as pessoas surdos e mudos eles v o agora l ao congresso e v o fazer com que eles tenham o pr prio centro especializado porque eles n o querem m
393. m nima em magist rio PROINFANTIL N vel M dio Forma o Continuada Aperfei oamento Programa de Desenvolvimento Professoras que atuavam na 2002a 200 295 Profissional Continuado Educa o infantil da rede municipal 2005 PCN em A o Professores e gestores diretores V rias Projeto Revivificar a supervisores da educa o 2006a Todas as c z og ursos Educa o Infantil infantil da rede municipal e 2008 Escolas ao Indefinido particular conveniadas 5 T Professores diretores e P s Gradua o Lato supervisores que atuavam na 2007 a Sensu em Educa o 50 48 educa o infantil da rede 2008 Infantil am municipal Quadro 31 Programas Projetos de forma o de docentes da Educa o Infantil implementados pela SEMED no Per odo de 1999 a 2008 Fonte Elaborado pela autora a partir de informa es enviadas on line pela DIEI SEMED PVH RO em 2009 Estes foram os principais programas e projetos de forma o desenvolvidos pela SEMED no per odo de 2002 a 2008 voltados Educa o Infantil A seguir apresentamos de forma mais detalhada os projetos de forma o destacados e que visavam forma o da professora dessa etapa Ressaltamos que alguns docentes da rede municipal que atuavam na Educa o Infantil cursaram o PROHACAP conforme informou um dos Secret rios Municipais da Gest o 1999 2004 em entrevista concedida autora em dezembro de 2009 No entanto o PHOHACAP foi destinado
394. m professor em in cio de carreira na rede p blica municipal de Porto Velho considerando o disposto nas Leis Complementares n 360 de 04 09 2009 e n 386 de 02 07 2010 o que inclui algumas gratifica es Porto Velho 2010 Simula o de sal rios conforme localiza o carga hor ria forma o e gratifica es Grat Incentivo Zona a Valor Cargos Vencimento Rural Educa o Ran Mensal REOLA Ro 28 lI Bruto LC 386 2010 Prof CL I ZU 20H 536 80 70 00 606 80 606 80 109 22 497 58 Prof CL I ZR 20H 536 80 150 30 70 00 757 10 757 10 136 28 620 83 Prof CL II ZU 20H 712 46 70 00 782 46 782 46 140 84 641 62 Prof CL II ZR 20H 712 46 199 49 70 00 981 95 981 95 176 75 805 20 Prof CL I ZU 25H 670 99 70 00 740 99 740 99 133 38 607 61 Prof CL I ZR 25H 670 99 187 88 70 00 928 87 928 87 167 20 761 67 Prof CL II ZU 25H 890 57 70 00 960 57 960 57 172 90 787 67 Prof CL II ZR 25H 890 57 249 36 70 00 1 209 93 1 209 93 217 79 992 14 Prof CL I ZU 30H 805 18 70 00 875 18 875 18 157 53 717 65 Prof CL I ZR 30H 805 18 225 45 70 00 1 100 63 1 100 63 198 11 902 52 Prof CL II ZU 30H 1 068 68 70 00 1 138 68 1 138 68 204 96 933 72 Prof CL II ZR 30H 1 068 68 299 23 70 00 1 437 91 1 437 91 258 82 1 179 09 Prof CL I ZU 40H 1 073 57 70 00 1 143 57
395. m Presidentes da Rep blica Fernando Henrique Cardoso do Partido Social Democr tico Brasileiro PSDB at 2002 e nos anos de 2003 e 2004 dessa gest o municipal 1999 2004 o presidente do Brasil era Luiz In cio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores PT 64 Roberto Eduardo Sobrinho formado em Psicologia mudou se para Porto Velho em 1983 e militou no movimento sindical participando da funda o do Sindicato dos Trabalhadores em Educa o de Rond nia e da CUT no estado Filiado ao PT exerce o segundo mandato consecutivo na prefeitura de Porto Velho 2005 2008 e 2009 2012 6 Nesse per odo de 2005 a 2008 o governo federal era exercido por Luiz In cio Lula da Silva do PT 146 5 2 Planejamento planos de Governo que contemplaram a es voltadas Educa o Infantil no mbito da SEMED no per odo de 1999 a 2008 A pesquisa que apresentamos neste cap tulo abrange dados quantitativos que nos fornecem as pol ticas implementadas com base nas a es desenvolvidas pela SEMED no per odo de 1999 a 2008 bem como alguns impactos por elas produzidos Como fontes quantitativas analisadas tivemos os relat rios de acompanhamento do Plano Prurianual PPA e informa es sobre o atendimento educa o infantil tais como rede de escolas matr culas classe turma atua o docente e percentual estimado da popula o de O a 5 6 anos do Munic pio de Porto Velho Al m dos dados quantitativos tamb m trabalhamos com dados quali
396. m apenas o ensino fundamental completo J a forma o docente a partir de programas especiais embora ainda haja a presen a de docentes n o habilitados na etapa foi meta cumprida pois a prefeitura desenvolveu o PROHACAP PROFORMA O e PROINFANTIL e mesmo que apenas o ltimo fosse espec fico para essa etapa alguns docentes lotados na Educa o Infantil segundo o secret rio da gest o 1999 2004 tamb m fizeram o curso de Licenciatura em Pedagogia Outros que fizeram os dois primeiros programas mesmo n o atuando na Educa o Infantil tanto antes como durante o curso acabaram sendo lotados na etapa da Educa o Infantil em fun o da rotatividade e lota o nas escolas Todavia se h docentes sem forma o em n vel superior ainda h que se investir na forma o dos mesmos d Meta 6 Parcialmente Atendida Quanto meta de admitir a partir de 2001 somente docentes habilitados preferencialmente n vel superior a prefeitura vem cumprindo com exce o do campo onde s vezes n o h candidatos com essa forma o dispostos a trabalhar na regi o conforme informou a secret ria de educa o da gest o 2005 2008 o que implica geralmente em abertura de contratos por prazo determinado tempor rios e geralmente sem muita exig ncia de forma o adequada Isso sem d vida um problema pois se estamos falando em educa o com qualidade para todos e todas implica na garantia de no m nimo professores qu
397. m de tempo e paci ncia para localizar dados sobre o atendimento Educa o Infantil no Munic pio v Aos funcion rios e funcion rias da SEMED SEMPLA SEMAD SEDUC e da SEPLAN pela colabora o com informa es e documentos Joelma Leryvanda Denise Maria Luiza Trindade Luciana Concei o Medeiros Augusto Jucilene Joelcimar Sampaio F tima Cida Luciano Guimar es v Gra a Brasil pelo tempo de aprendizagens na Educa o Infantil e pela colabora o com informa es para este estudo Y Carmem e Maria Clara filhas queridas e especiais que sempre me apoiaram em todos os momentos da caminhada Que suportaram minhas aus ncias mas sempre felizes alegrando se com cada etapa vencida Esperam ansiosas com demandas quilom tricas pela conclus o desse trabalho v Ao S rgio pela presen a afeto e apoio nesse per odo t o dif cil mas significativo Grata por compartilhar comigo esse momento e principalmente pelo que juntos fizemos cuidamos e educamos nossas filhas queridas Y Carmelina minha m e e Amaro meu pai pela tica qual se deixam guiar e com a qual nos mostram todos os dias os caminhos a serem trilhados pela luta di ria em favor das suas vidas e de nossas vidas grata por nos mostrarem que na simplicidade a vida plena v Dona Elvira pelo carinho de sempre com as netas e principalmente no per odo em que estive ausente y Maria Amazonito Pedro Paulo Marionete Jo o Batis
398. m reduzido de docentes no total eram 66 lotados na educa o infantil e destes 60 tinham apenas o ensino m dio magist rio 20 com ensino m dio sem magist rio e ainda 9 de docentes com ensino fundamental incompleto De 1999 para o ano de 2008 houve significativa altera o no n mero total de docentes atuando na Educa o Infantil saiu de 66 para 337 docentes Tamb m uma diferen a consider vel no quantitativo de docentes com licenciatura Se em 1999 havia apenas um docente lotado na Educa o Infantil com licenciatura 2 em 2008 havia 145 docentes representando 43 do total de docentes da Educa o Infantil com forma o em n vel superior e 52 com n vel m dio magist rio N o se pode negar que houve um salto na qualidade em rela o forma o docente escolariza o Ressaltamos no entanto que nem sempre a forma o em gradua o licenciatura em Pedagogia H casos isolados de professoras com licenciatura em Letras Geografia ou Hist ria que atuam na Educa o Infantil H ainda casos de Psic logas que tamb m atuam na etapa pois como n o h um quadro espec fico para a educa o infantil e como essas licenciaturas exceto psicologia foram oferecidas pelo PROHACAP h a probabilidade de que professoras que inclusive j atuavam na Educa o Infantil tenham feito esses cursos mas podem em fun o de alguns fatores e dentre eles a rotatividade entre escolas estarem atuando novamente nessa etapa
399. m rela o aos problemas sociais a partir dos sujeitos diretamente interessados nas pol ticas locais docentes gestores escolares e representantes da comunidade 228 Nesse sentido no caso da primeira gest o n o se pode afirmar a partir da fala que houve planejamento participativo pois n o foram definidas coletivamente e pela comunidade as a es e os recursos financeiros que seriam investidos na educa o infantil Na segunda gest o dentre alguns aspectos das pol ticas desenvolvidas destaca se a descentraliza o financeira com conv nios com escolas particulares comunit rias e filantr picas envolvendo o repasse de recursos com gerenciamento total ou parcial pelo poder p blico Outra tend ncia a partir de 2005 foi a amplia o do atendimento gratuito s creches e pr escolas com destaque para esta ltima A an lise do atendimento nacional leva nos a perceber que a partir desse per odo houve amplia o da Educa o Infantil em todo o territ rio nacional Destaca se a defini o explicitada na fala da secret ria de prioridades resultados a partir do planejamento estrat gico Segundo a secret ria foram definidos como prioridades para toda a educa o b sica de responsabilidade do munic pio os seguintes aspectos a Qualidade que por ser um aspecto muito abrangente definiu se a partir da valoriza o profissional e esta a partir de tr s pilares melhoria da rede f sica forma o profissional e
400. ma o docente O problema apontado nos estudos o de que mesmo os curr culos voltados forma o continuada n o ensinam de maneira l dica e criativa e consequentemente o profissional na maioria das vezes tamb m n o o faz ao atuar junto s crian as poss vel inferir a partir dos estudos da autora que a cr tica que as pesquisas fazem aponta para a presen a de uma racionalidade t cnica no processo formativo presente nos cursos de forma o docente A autora tamb m destaca que quanto concep o de crian a as pesquisas apontam a import ncia de esta ser vista enquanto sujeito de direitos e produtora de 71 conhecimento onde o cuidar e o educar devem ser assegurados pelos profissionais A crian a aparece como protagonista do ato educativo pois n o consta entre as produ es acad micas nenhuma pesquisa que tivesse o docente como centro desse processo A crian a aparece como dotada de in meras potencialidades que precisam e podem ser trabalhadas e ou despertadas no ambiente escolar Por m as pesquisas demonstram que as condi es de forma o no pa s n o est o em conson ncia com a concep o de inf ncia que se apresenta Os estudos revelam que h uma grande necessidade nos cursos de forma o de conte dos espec ficos relativos Educa o Infantil conte dos esses que devem ser constru dos dentro de uma perspectiva formativa cuja centralidade seja realmente a crian a BREJO 2007 Arce
401. ma abertura compreens o e reconstru o cont nua da pr pria identidade profissional ou de sua maneira de realiz la em cada caso p 199 Outro aspecto que precisa ser considerado na forma o a concep o de inf ncia Rocha 2008 aponta que as pesquisas mais recentes destacam a 294 import ncia da crian a ser vista enquanto sujeito de direitos e produtora de conhecimento onde o cuidar e o educar devem ser assegurados pelos profissionais Segundo a autora a crian a aparece nas pesquisas como protagonista do ato educativo pois n o consta entre as produ es acad micas nenhuma pesquisa que tivesse o docente como centro desse processo A crian a aparece como dotada de in meras potencialidades que precisam e podem ser trabalhadas no ambiente escolar Por m outras pesquisas tamb m demonstram que as condi es de forma o no pa s n o est o em conson ncia com a concep o de inf ncia que se apresenta Os estudos revelam que h uma grande necessidade nos cursos de forma o de conte dos espec ficos relativos Educa o Infantil conte dos esses que devem ser constru dos dentro de uma perspectiva formativa cuja centralidade seja realmente a crian a BREJO 2007 No entanto tais propostas n o nos pareceram presentes na forma o desenvolvida pela SEMED no per odo de 1999 a 2008 A forma o desenvolvida foi muito mais atrav s de cursos pontuais como a especializa o em Educa o Infantil
402. ma harmonizada com os interesses que predominam na sociedade AZEVEDO 1997 Nesse sentido delineamos neste cap tulo as pol ticas p blicas voltadas ao atendimento da educa o infantil que foram planejadas e implementas no per odo de 1999 a 2008 nas gest es de Carlos Alberto de Azevedo Camur a 1999 2004 e de Roberto Eduardo Sobrinho 2005 a 2008 Descrevemos as a es apresentando sempre que poss vel considera es cr ticas bem como as rea es a essas medidas e a es implementadas Na perspectiva de Azevedo 1997 buscamos evidenciar se a Educa o Infantil foi reconhecida pela administra o municipal como pass vel de interven o e o sendo como se tornou alvo de uma pol tica espec fica e se esta garantiu que a educa o se desenvolvesse de forma harmonizada com os interesses que predominam na sociedade Os dados das duas gest es foram organizados em tr s dimens es a Planejamento b A es Desenvolvidas sub dimens es financiamento da Educa o 144 Infantil rede de escolas e matr cula na educa o infantil valoriza o profissional Proposta Pol tica Pedag gica para a Educa o Infantil e infra estrutura f sica e pedag gica c Avalia o Este item avalia o ser discutido no pr ximo cap tulo pois implicar em apresentar a voz dos gestores e gestoras municipais Visamos responder a partir da an lise documental uma das quest es centrais e que constam da problem tica da tese
403. mas que em rela o aos planos de carreira uma das reivindica es docentes que seria elevar os contratos de 20h e 25h para 30h semanais n o foi atendida at 2009 mesmo tendo sido criada a jornada de 30h no PCCS atrav s da Lei Completar n 360 de 04 de setembro de 2009 Para ela a prefeitura n o pode fazer tal altera o em fun o do custo e impacto na folha de pagamento Bem sabemos que os recursos n o se multiplicam em passe de m gica e a l gica na falta deles nos parece n o ser outra quando a quest o ampliar o n mero de crian as atendidas A gente percebeu que eles n o tinham nenhuma forma o ent o a gente passou a fazer um investimento na forma o at a p s gradua o a gente terminou a ltima turma agora N s tentamos fazer contratos de 30 horas mas o impacto que n s tivemos foi t o grande t o elevado que entre melhorar o crescimento e passar pra 30 horas a gente optou por melhorar o crescimento e 30 horas a gente vai passar mais adiante Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Quanto aos sal rios n o h diferen a no PCCS entre docentes da educa o infantil e de outras etapas H diferencia o para todos os profissionais da educa o somente pelo tempo de servi o forma o e gratifica es conforme dispositivos da Lei Completar n 360 de setembro de 2009 especialmente tratados nos artigos 20 a 25 Segundo a secret ria os profissionais contam hoje com mais 15 dias de f ri
404. materiais produzidos pelo MEC e Incentivar o uso da TV Escola como suporte para a es de forma o de professores No tocante Educa o Infantil o Programa foi organizado em conjuntos de 11 m dulos e um total de 172 horas Os m dulos foram estruturados prevendo a organiza o de grupos de professores e especialistas em educa o compostos por escola creche ou por p los A orienta o do pr prio documento era a de que quando houvesse um n mero razo vel de professores os grupos poderiam ser formados por participantes de uma nica escola e ou creche do contr rio orientava que seria mais interessante que se reunissem professores e professoras de diferentes institui es Este Programa de desenvolvimento profissional continuado Par metros em A o no caso da Educa o Infantil foi a principal a o da Secretaria de Educa o Fundamental SEF MEC at o ano de 2003 voltada a forma o das professoras e professores que atuavam nessa etapa Foi tamb m a principal a o da SEMED no per odo de 2002 a 2005 que desenvolveu o Programa com todos os docentes da rede p blica municipal que atuavam na Educa o Infantil nesse per odo Projeto de Forma o Continuada Revivificar a Educa o Infantil Conforme informa es contidas na Proposta Pol tica Pedag gica para a Educa o Infantil de Porto Velho PORTO VELHO 2009 a SEMED iniciou 195 atividades de assessoramento t cnico pedag gico e orienta o para a
405. mb m prop s a cria o de movimentos do tipo Ciranda em defesa da Educa o Infantil p blica gratuita e de qualidade para todos e todas e ainda a promo o de cursos de capacita o para lideran as comunit rias Sabemos que no caso da Educa o Infantil ou ensino fundamental quando o Conselho Tutelar n o consegue uma vaga a fam lia ou o pr prio Conselho deve procurar o Minist rio P blico Promotor de Justi a da Inf ncia e da Juventude Ao receber uma den ncia de falta de vagas para as crian as de O a 5 6 anos da fam lia ou do pr prio Conselho esse rg o pode entrar na Justi a contra o Estado e obrig lo a fornecer a vaga solicitada O Minist rio P blico faz geralmente acordo com o poder p blico e juntos estabelecem prazos e metas para a regulariza o da demanda Portanto com o objetivo de levantar como tem sido a atua o do Minist rio P blico de Rond nia enquanto um dos mecanismos de controle social atuando tamb m na defesa dos direitos das crian as fomos at o rg o conversar com os respons veis pelo trabalho na Promotoria da Inf ncia e Juventude sobre as a es que o mesmo desenvolveu ou desenvolve com a finalidade de defender o direito educa o infantil para as crian as de 0 a 5 6anos Em conversas com uma Pedagoga que desenvolve trabalho junto ao Centro de Apoio Operacional da Inf ncia Juventude e Educa o CAO INF rg o ligado Promotoria da Inf ncia e Juve
406. meiro desenho Meu desenho n mero 1 Mostrei minha obra prima s pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo Responderam me Por que que um chap u faria medo Meu desenho n o representava um chap u Representava uma jib ia digerindo um elefante Desenhei ent o o interior da jib ia a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender O PEQUENO PR NCIPE Meu interesse pela tem tica pol ticas p blicas para a Educa o Infantil est relacionado com minha trajet ria pessoal e profissional que passo a delinear Cheguei a Rond nia em 1978 quando o atual Estado era Territ rio Acompanhei ainda adolescente o processo de passagem do Territ rio Federal de Rond nia para Estado de Rond nia Cursei o ensino fundamental no campo e conheci de perto a aus ncia de pol ticas educacionais o que fazia com que muitas crian as e adolescentes andassem horas a p de bicicleta ou barco para chegar a uma escola rotina ainda presente no cotidiano das comunidades amaz nidas camponesas quilombolas ribeirinhas ind genas e extrativistas Tive uma inf ncia tranquila em rela o vida familiar mas amedrontada pela pobreza em que viv amos no Estado do Paran L a vida estava dif cil Meus irm os e irm s pai m e e eu divid amos as alegrias da vida no campo do rio da gua fria e limpa da bica mas tamb m as dificuldades financeiras Lembro me sentir enquanto crian a uma desesperan a um
407. melhor gest o foi na poca do Chiquilito e a pior foi na poca do Carlinhos Camur a e anteriormente a do Jos Guedes que foi tamb m uma gest o muito ruim Tamb m um outro ponto que eu queria mencionar que o Chiquilito foi um prefeito muito atencioso que at hoje eu tenho foto dele Ele sempre me visitava na sala de aula abra ava as crian as e nem um outro prefeito repetiu isso e eu achava isso muito importante essa presen a dele nas escolas principalmente na educa o infantil GF Profa El 2009 257 O sal rio o ponto de maior queixa por parte dos docentes quando o assunto valoriza o profissional A carga hor ria de trabalho tamb m motivo de descontentamento mas n o em si mesma e sim pelo valor do sal rio que recebem por 25h o que no m nimo aceit vel pois al m das caracter sticas do trabalho ele exige forma o inicial e continuada o que significa que nunca se pode parar de estudar para trabalhar apenas com conhecimentos j constru dos A sala de aula exige a constru o de conhecimentos e estrat gias cotidianamente e receber R 700 00 no m nimo desanimador para n o dizer humilhante O sal rio agora R 700 00 mas s que destes R 700 00 tem o desconto do IPAM que vai o dinheiro todo Isso leva o nosso sal rio todo e no total que a gente fica quem tem contrato de 25 horas com R 550 00 Isso por causa de tantos descontos GF Profa El 2009 N s quer amos que ele mudasse
408. melhoria salarial b Inclus o social c Perman ncia dos alunos na EJA d Acesso e perman ncia dos alunos todas as etapas A secret ria informou que a Educa o Infantil entrou em dois resultados do planejamento qualidade em todos os pilares e acesso e perman ncia dos alunos Em rela o a esse ltimo segundo a secret ria a gest o percebeu a necessidade de amplia o da rede f sica A partir desses dados percebe se que houve na segunda gest o a participa o da comunidade na defini o das pol ticas para a educa o de modo geral e para a educa o infantil de modo espec fico atrav s dos Conselhos Escolares e ou de representantes da comunidade Avalia o das Pol ticas p blicas Uma de nossas interroga es nesse estudo relacionava se a como foram avaliadas as pol ticas p blicas voltadas ao atendimento Educa o Infantil no 229 per odo de 1999 2008 e quais foram s o os instrumentos utilizados Na primeira gest o n o se apresenta na fala do secret rio ind cios de que foi realizada avalia o de alguma pol tica implementada A segunda gest o diz ter realizado a avalia o das pol ticas a partir da avalia o do planejamento estrat gico Para a secret ria A avalia o do planejamento estrat gico a gente faz Eu fa o eu comecei a fazer a cada dois meses depois n o d depois um tempo muito grande n o d Hoje a gente faz tr s vezes por ano em uma m dia de t
409. mente quanto ao trabalho feminino KUHLMANN Jr 1998 Rond nia tamb m traz em sua hist ria um pouco desse percurso embora tardio Das tr s primeiras d cadas do s culo passado n o se encontram registros de educa o escolar voltada para as crian as menores de sete anos somente a Destaca se a Constitui o Federal de 1988 e as Emendas Constitucionais 14 1996 e 53 2006 a LDB n 9 394 96 de 1996 que reorganiza o sistema educa o no Brasil a Lei n 9 424 1996 Lei do FUNDEF que regulamenta o financiamento para o Ensino Fundamental e Lei 11 494 2007 de 20 06 2007 Lei do FUNDEB que regulamenta o financiamento para a Educa o B sica 109 partir de 1930 com a iniciativa privada que podemos falar em educa o escolar para as crian as at seis anos de idade Como no in cio do s culo as terras que hoje s o de Rond nia pertenciam aos Estados do Amazonas e Mato Grosso a educa o nas localidades de Santo Ant nio Porto Velho Guajar Mirim e demais povoados estava sob a responsabilidade daqueles Estados No entanto o atendimento e acompanhamento eram prec rios e as justificativas para o descuido por parte do poder p blico pautavam se na dist ncia e no dif cil acesso regi o A primeira escola criada em Rond nia data do ano de 1913 constru da na localidade de Santo Ant nio a sete quil metros de Porto Velho At ent o mesmo com a exist ncia de crian as filhos e filhas dos seringueiro
410. mento s s ries finais De qualquer forma no per odo de 2005 a 2008 a Educa o Infantil ocupou lugar de destaque no crescimento das matr culas da rede Do ano de 2000 para 2004 o crescimento foi de somente 25 32 e de 2004 para 2008 cresceu o correspondente a 310 62 Isso significou sair de 2 133 matr culas em 2004 para 8 036 matr culas na etapa em 2008 Vimos que 31 escolas urbanas e oito escolas do campo atenderam etapa de Educa o Infantil em 2008 Das escolas urbanas 14 trabalharam exclusivamente com Educa o Infantil A Secret ria havia informado em entrevista que mesmo nas escolas que atendem tamb m ao ensino fundamental as salas de Educa o Infantil s o espec ficas ou seja s o equipadas com mobili rio para atender somente educa o infantil Tamb m a coleta de dados emp ricos junto s escolas nos evidenciou que h hoje um atendimento mais exclusivo Educa o Infantil pois das 11 escolas municipais pesquisadas em 2009 sete atendiam especificamente a essa etapa e somente quatro atendiam tamb m s s ries iniciais Outro aspecto importante que a SEMED tem uma Proposta Pol tica Pedag gica para Educa o Infantil publicada em 2008 constru da coletivamente conforme registros na pr pria proposta Embora seu conte do n o tenha sido objeto de nossa an lise consideramos a proposta um importante instrumento para a gest o da Educa o Infantil municipal O aspecto pedag gico tamb m foi
411. merenda material de limpeza material de consumo para o aluno a cartolina o papel sulfit o mime grafo e eles pediam a contrata o de monitor por qu Porque o prefeito anterior tinha institu do um concurso para monitor a a prefeitura chamava aquele monte de monitor todo mundo j estava trabalhando e o que acontece a prefeitura podia chamar mais certa quantidade de servi os prestados Ent o o que acontecia o presidente da associa o de bairro dizia eu quero essa listinha de material de consumo eu quero material de limpeza eu quero merenda e quero que voc contrate o meu filho o meu sobrinho e a voc ia olhar a pessoa e raramente ela tinha o ensino m dio s vezes ela tinha 6 ou 7 s rie por a Relato Profa Jos lia 2009 A sa da encontrada pela SEMED foi come ar a organizar sem desconsiderar as reais necessidades mas primando pela melhoria 130 Quando a gente foi fazer um levantamento a gente come ou a organizar vamos arrumar aqui um curr culo e a a gente come ou a endurecer e a gente acabou convencendo o Roberto para ele acabar com esse neg cio de concurso de monitor a tinha uma press o muito grande dos vereadores e de um monte de gente para continuar com um concurso de monitor mas nisso o Roberto foi muito decente porque o monitor era principalmente para educa o infantil ou para os distritos Quando n s brecamos a gente dizia assim voc pode at trazer algu m da comunidade m
412. mero maior de crian as Assim houve decr scimo no n mero de escolas do campo mas n o no n mero de turmas que sofreu uma queda em 2004 e 2005 mas voltou a subir a partir de 2006 Tamb m as escolas urbanas que atendiam a Educa o B sica no Munic pio de Porto Velho apresentaram um significativo aumento a partir de 2005 Em 2004 168 eram 38 escolas urbanas e em 2008 j eram 52 escolas o que representou um aumento de 14 escolas e 199 novas salas de aula no per odo Considerando a pol tica educacional brasileira que a come ar pela Constitui o Federal de 1988 define as esferas respons veis pelos n veis de ensino e que a partir da promulga o da LDB n 9 394 96 h uma integra o ao menos no aspecto legal das creches aos sistemas de ensino vejamos o que aconteceu de l para c com a educa o infantil em Porto Velho Mesmo a LDB n 9 394 96 no artigo 98 fixando o prazo de tr s anos a partir de sua publica o para que as creches fossem integradas aos sistemas de ensino foi somente no ano de 2004 que a prefeitura do Munic pio de Porto Velho legalizou essa situa o atrav s do Decreto n 9 432 2004 de 16 de junho de 2004 Por for a desse Decreto o prefeito remanejou da estrutura organizacional da Secretaria Municipal de A o Comunit ria SEMAC para a estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Educa o SEMED as creches municipais Alegria e Moranguinho e as creches comunit rias Creche
413. mo abrir turmas de 1 e 22 s rie por causa da legisla o que documento que hist rico elas n o poderiam expedir nenhuma documenta o ent o o que elas faziam Educa o Infantil Educa o infantil elas podiam n o tinham que cobrar nenhum documento de educa o infantil E a n o havia crit rios nada Ent o quando eu cheguei em 1993 o que n s encontramos n s fizemos um mapinha das escolas e quantas salas de educa o infantil a gente encontrava Por exemplo na Escola Ant nio Ferreira a gente botava l um alfinete vermelho e um alfinete amarelo amarelo para cinco anos e o vermelho para seis anos Joaquim Vicente Rondon 3 vermelhos e 1 amarelo O que a gente via Tinha um atendimento de seis anos mas assim pingado pingado Uma coisinha bem pouquinha mesmo porque o grosso do atendimento era o Estado Era o Estado que fazia o trabalho de Educa o Infantil Relato Profa Jos lia 2009 A demanda por Educa o Infantil encontrada e as press es da comunidade com a ajuda de arranjos pol ticos eram vis veis segundo a professora E a o que chegou para n s Chegou cada vez mais uma press o por educa o infantil As associa es de bairros principalmente algumas associa es de mulheres da zona leste que era um dos lugares mais pobres que tinha elas come aram a se organizar e a defender a educa o infantil a pr escola Mas como eles defendiam Eles queriam que a prefeitura encaminhasse a
414. mobili rios s o fundamentais ao processo de constru o de esquemas necess rios ao desenvolvimento psicol gico e motor da crian a No Atendimento s Metas do PNE 2001 Outro objetivo deste estudo que complementa e acompanha os demais foi evidenciar se o Munic pio de Porto Velho vinha cumprindo as prerrogativas legais nacionais e mais especificamente as metas propostas pelo PNE que definiram o atendimento a ser realizado s crian as da primeira etapa da educa o b sica Apresentamos a an lise que fizemos a partir dos dados levantados sobre o cumprimento ou n o dessas metas do PNE at o ano de 200810 a Meta 1 Parcialmente Atendida A meta de ampliar a oferta de educa o infantil de forma a atender em cinco anos a 30 da popula o de at 3 anos de idade e 60 da popula o de 4 e 6 103 As metas que n o foram destacadas e que aparecem na an lise s o de responsabilidade principalmente do MEC ou de outros rg os n o sendo portanto o seu cumprimento de iniciativa e ou responsabilidade nica da SEMED N o as destacamos pois nossas an lises pautaram se em dados da rea educacional 298 anos ou 4 e 5 anos e at o final da d cada da educa o alcan ar a meta de 50 das crian as de O a 3 anos e 80 de 4 e 5 anos n o foi cumprida no prazo pelo menos para a meta de atendimento para o ano de 2006 Nesse ano o munic pio incluindo as tr s redes atendia somente 47 60 das matr cul
415. n 11 494 de 20 06 2007 Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB Bras lia 2007 326 Congresso Nacional Lei n 9 394 de 20 12 1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Bras lia 1996 Congresso Nacional Lei n 9 424 de 24 12 1996 Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF Bras lia 1996 Congresso Nacional Lei n 10 172 de 09 01 2001 Plano Nacional de Educa o Bras lia Centro Gr fico 2001 Congresso Nacional Lei n 8 069 90 que regulamentou o Art 227 da Constitui o Federal Bras lia Centro Gr fico 1990 Congresso Nacional Lei n 11 738 de 16 de julho de 2008 Institui o Piso Salarial Nacional para a Carreira do Magist rio da Educa o B sica Bras lia 2008 Congresso Nacional Lei n 11 738 de 16 de julho de 2008 Regulamenta a al nea e do inciso Ill do caput do art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magist rio p blico da educa o b sica Bras lia Congresso Nacional 2008 Congresso Nacional Lei n 11 947 de 16 de junho de 2009 Disp e sobre o atendimento da alimenta o escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educa o b sica Bras lia 2009 Co
416. n mero de alunos da El reformar as escolas com El com materiais e mobili rios adequados ter or amento destinado a El Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 254 As diretoras das escolas apontam v rios aspectos que segundo elas necess rios melhoria da qualidade na educa o infantil A rela o adulto crian a e a necessidade de um docente auxiliar por turma s o colocadas como aspecto importante para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula com crian as da creche mas tamb m da pr escola com turmas de crian as com quatro anos de idade Agora assim em minha opini o tinha que ter ajudante de sala pra professora tinha que ter a professora ainda mais os menorzinhos quatro anos Mesmo que seja 20 mas um ajudante nem que assim ele desse apoio numa sala depois para outra nem que n o ficasse ali o tempo todo s vezes a crian a quer ir ao banheiro como que a professora vai deixar os 19 l e vai levar no banheiro Fica muito dif cil GF Diretora El 2009 As diretoras consideram que em lugar de conv nios com escolas particulares ou de se alugar pr dios para a oferta de educa o infantil que sejam constru dos pr dios pr prios da prefeitura Eu acho em partes s o as escolas conveniadas eu acho assim esse dinheiro que eles est o dando pras escolas conveniadas eles deviam construir escolas pra ser sede pr pria porque precisa ainda mais agora que o estado esta querendo dei
417. n mero de crian as na faixa de 0 a tr s anos matriculadas na educa o infantil pr escolar no mesmo per odo de 1944 a 1998 no Estado de Rond nia Segundo as Diretrizes SEDUC ROND NIA 1997 no per odo de 1960 a 1972 o ent o Territ rio retirou se desse atendimento sendo este realizado apenas pela iniciativa privada voltando a atender crian as menores de sete anos somente em 1972 o que pode ser observado pelos dados do quadro 11 115 A partir de 1955 at o ano de 1971 como j destacamos n o conseguimos localizar no censo qualquer registro sobre educa o infantil Vejamos os dados de matr cula referentes ao per odo de 1944 a 1998 Estado de Rond nia 1944 a 1998 Matr cula na Educa o Infantil no in cio do ano segundo a depend ncia administrativa Total Federal Estadual Municipal Particular Total Campo Total Campo Total Campo Total Campo Total Campo 1944 266 ee per a ae e 1946 175 1 u zr z2 Ee Ee 1955 549 397 152 1971 70 i 70 ne 1972 334 287 47 1973 700 598 102 1974 1100 475 625 1975 655 239 416 1976 750 385 365 1977 883 466 417 1978 1919 554
418. n stico e fazer encaminhamentos em plen ria aprova o da Carta de Porto Velho para a Educa o Infantil a fim de subsidiar a elabora o do Plano Municipal de Educa o de Porto Velho Ainda fez parte do Programa de Forma o Continuada Revivificar a Educa o Infantil 45 c rculos pedag gicos com os as coordenadores as pedag gicos as lan amento de 02 duas Campanhas Diga n o a Evas o e Viol ncia na Inf ncia Denuncie PORTO VELHO 2009 Conforme informa es contidas no referido documento o Programa elaborou a partir das sugest es e necessidades apontadas nas oficinas modelos de instrumentais espec ficos incluindo di rio de classe fichas de encaminhamento de vagas ficha de avalia o entre outros espec ficos para o p blico atendido Previu o assessoramento pedag gico s Escolas da Rede P blica Municipal e a constru o de um livro de sugest es de atividades destinadas Educa o Infantil 196 O Programa de Forma o abordou tem ticas em torno das solicita es e necessidades das os profissionais da educa o relacionadas Padr es m nimos de infra estrutura para o funcionamento das Institui es de Educa o Infantil Dificuldades de Aprendizagem Curr culos Avalia o na Educa o Infantil Organiza o Pedag gica do Espa o Escolar Gest o Escolar Projeto Pol tico Pedag gico Elabora o de Projetos Educacionais Linguagem Oral e Escrita Desenvolvimento Infantil Inter
419. na simples ilustra o desta 1992 p 54 Enfatiza portanto que o objeto da investiga o emp rica n o um objeto em geral e sim algo ou um objeto determinado sem negar que a concep o de objeto em geral importante para o desenvolvimento da pesquisa cient fica mas n o pode a pesquisa ser conclu da analisando esse objeto geral Quanto a isso o pr prio Marx citado por Azanha 1992 p 55 visando ilustrar que a investiga o n o pode ficar no n vel do abstrato disse que fome fome mas a fome que se satisfaz com carne cozida que se come com garfo e faca uma fome muito distinta da que devora carne crua com unhas e dentes O autor enfatiza que o estudo do cotidiano relevante no momento em que seja poss vel partir dele para vislumbrar a possibilidade de uma constru o da ci ncia do homem Ora partir dele n o significa t lo como possibilidade nica nem a mais infal vel N o pretendemos desenvolver an lises abstratas da realidade e portanto resta nos apostar na busca de compreens o da totalidade das pol ticas para a educa o infantil a partir dos desdobramentos de suas partes contudo sem esquecer de que preciso cautela na sele o de procedimentos descritivos e explicativos adequados para este estudo AZANHA 1992 Quando nos propusemos a analisar as pol ticas p blicas de atendimento Educa o Infantil desenvolvidas pela Prefeitura do Munic pio de Porto Velho RO no pe
420. nacional que mesmo n o sendo expl cito fez com que a Educa o Infantil fosse considerada menor menos importante dentro do rol de prioridades no momento em que deixou livre aos prefeitos e secret rios investirem ou n o na Educa o Infantil sem a presen a de um instrumento jur dico que os obrigassem a isso Todavia tivemos algumas descontinuidades na hist ria das pol ticas p blicas educacionais voltadas para a educa o infantil no munic pio de Porto Velho mas nem todas necessariamente negativas embora representassem rupturas em pol ticas j iniciadas mas que no entanto podemos dizer que de modo geral foram pol ticas processuais Desta forma o per odo anterior a 1980 foi marcado pela aus ncia de pol ticas p blicas municipais voltadas para o atendimento educa o infantil e portanto n o cabe falar em continuidade ou descontinuidade O per odo p s 1980 at 1990 caracterizou se por atendimentos informais creches comunit rias m es crecheiras e em escolas de ensino fundamental com os chamados anexos a partir de 1991 j se tem o registro da cria o de escolas para o atendimento espec fico a essa etapa somando se de 1991 a 1996 a cria o de seis escolas com essa finalidade caracterizando se como um per odo importante com pol ticas contributivas para a Educa o Infantil j que passou de um atendimento unicamente marginal e informal para um atendimento tamb m formal com acompanhamento da rede munic
421. nas escolas municipais e privadas em conjunto com as demais crian as pois entende que o processo pedag gico deva considerar as crian as em sua totalidade mas que precisa observar suas especificidades as diferen as entre elas e suas formas de conhecer o mundo No entanto os dados levantados no quadro 36 apontam que das 13 escolas em seis n o h espa os e equipamentos acess veis s crian as com necessidades especiais O quadro a seguir 37 apresenta os espa os e mobili rios que favorecem as experi ncias das crian as no espa o escolar Espa os e mobili rios que favorecem as experi ncias das crian as Total 13 escolas Aspectos BI IRI E EE D Z H diversos tipos de livros e outros materiais de leitura em quantidade suficiente PEE E e E DO O H brinquedos que respondam aos interesses das crian as em quantidade suficiente e para diversos usos de faz de conta para o espa o externo 7 54 1 8 0 1 0 5 I38 0 10 materiais n o estruturados de encaixe de abrir fechar de andar de empurrar etc H nas salas espelhos seguros e na altura das crian as para que possam brincar e observar a 7 54 1 8 0 0 5 38 0 0 pr pria imagem diariamente H espa o organizado para a leitura como biblioteca ou cantinho da leitura equipado com estantes livros revistas e outros materiais acess veis s crian as e em quantidade suficiente H instrumentos musicais em quantidade suf
422. nciados atores sociais e pol ticos locais prefeitos e suas equipes organiza es da sociedade civil associa es de classe empres rios etc Para o autor esses novos atores representando interesses privados ou interesses p blicos foram motivados a participarem dos problemas educacionais Por m dependendo dos atores tamb m havia um tipo de racionalidade implicada os defensores de uma racionalidade privada e de mercado pressionariam para que esta racionalidade fosse refer ncia para as reformas educacionais os defensores de uma racionalidade p blica e democr tica apostavam que os objetivos e interesses da sociedade como todo seriam hegem nicos Assim na perspectiva do autor a descentraliza o foi uma a o do Governo Federal e por isso adquiriu tamb m 275 uma racionalidade eminentemente pol tica transferindo para as localidades as tens es pr prias de situa es que poderiam colocar em risco a governabilidade necess ria para a implementa o das reformas do Estado n o sendo portanto efetivado os ideais de descentraliza o almejados por uma racionalidade p blica e democr tica Para esta a descentraliza o al m de seus efeitos positivos no plano administrativo e das inova es educacionais daria uma grande contribui o busca da estabilidade pol tica e a unidade nacional Ampliaria ainda a capacidade de variados grupos segmentos e atores locais para participarem das decis es e da implementa o
423. necessidades t cnicas e financeiras a Uni o e o Estado t m a responsabilidade de exercer a o supletiva conforme colocado no PNE BRASIL 2001 p 64 Meta 25 A base legal para isso s o os artigos 30 inciso VI e 211 par grafo 1 no qual se fundamenta o PNE e este tamb m sendo base legal para a reivindica o pelo Munic pio Se este n o o fez ou n o o fizer deduz se que ou n o precisa pois est respondendo s necessidades e garantindo o direito ou n o considera tal atendimento como necess rio CONSIDERA ES E PROPOSI ES Fotos Juracy Pac fico Figura 13 Fotos de Crian as da Educa o Infantil Porto Velho RO 2001 e 2004 305 Na defini o das pol ticas p blicas espera se que o munic pio planeje e desenvolva v rias a es que juntas integrem um programa de governo No caso espec fico da Educa o Infantil a SEMED atua na defini o das pol ticas p blicas de atendimento a essa etapa da educa o b sica a partir de seus recursos dispon veis dentre eles o poder decis rio Espera se tamb m que considere a mem ria da sociedade no momento da defini o implementa o ou desativa o de pol ticas p blicas AZEVEDO 1997 Neste estudo em que analisamos as pol ticas p blicas para a Educa o Infantil na cidade de Porto Velho RO com foco na rede municipal de ensino os dados evidenciaram que em alguns aspectos e momentos houve o distanciamento do poder p blico e de suas pol t
424. nforme evidencia o quadro 35 que mostra tamb m o quantitativo de escolas pesquisadas turmas salas de aula docentes e discentes da educa o infantil por rede Prefeitura de Porto Velho Escolas pesquisadas por turmas salas de aula docentes e discentes por rede de ensino TO TAL Turmas Localiza o Tarde Crech Crech Crech AR dai escola eons ESCOLAS Professoras N Salas Categoriza o N Escolas N Turmas Titulares ALUNOS Municipal Comunit ria Conveniada Particular Conveniada Total Quadro 35 Quantitativo de Escolas Salas Turmas docentes e discentes por Rede Fonte Elaborado pela autora a partir de dados levantados em 2009 junto s escolas Legenda B Bom R Ruim l Insuficiente N H N o h 07 escolas espec ficas de Educa o Infantil e 04 atendendo a Educa o Infantil e S ries Iniciais do Ensino Fundamental Escola Educa o Infantil e S ries Iniciais do Ensino Fundamental Escola espec fica de Educa o Infantil 210 Faria 1999 e tamb m Korczak 1997 entre outros te ricos j fizeram ressalvas em rela o qualidade da Educa o Infantil incluindo a infra estrutura Tamb m o documento Indicadores da qualidade na Educa o Infantil MEC SEB 2009 p 11 aponta que s o v rios os fatores que podem ser considerados na defini o de qualidade e dentre eles destacam se os va
425. nga ds 222 6 2 Vozes e olhares de gestores categorias e subcategorias de an lise extra das das falas dos gestores da SEMED e das Escolas 223 6 2 1 Categoria 1 Pol ticas p blicas sa isasasssas ss sas raia e ndisia e iqinio o apimordaidispaduntos 223 6 2 2 Categoria 2 Impactos produzidos na Educa o Infantil 236 6 2 3 Categoria 3 Perspectivas para a Educa o Infantil 251 6 3 Vozes e olhares da escola categorias e subcategorias de an lise extra das das falas das professoras de Educa o Infantil 256 6 3 1 Categoria 1 Pol ticas p blicas ssa sa nnig sig ga ossos sd nada 256 6 3 2 Categoria 2 Impactos produzidos na Educa o Infantil 264 6 3 3 Categoria 3 Perspectivas para a Educa o Infantil 266 7 O QUE OS DADOS REVELAM EM BUSCA DE S NTESE 270 7 1 A quest o da qualidade na Educa o Infantil municipal 271 7 2 A evid ncia do lugrar ocupado pela Educa o Infantil 283 CONSIDERA ES E PROPOSI ES ns rereesenteressereeserseraeransa 304 REFERENCIAS assisto siiniidcam aaae eeoa laaa nat rapea piora arati 324 APENDICES E E A TE A E AAA 343 INTRODU O Refleti muito ent o sobre as aventuras da selva e fiz com l pis de cor o meu pri
426. nhamento com as fam lias ter essa aten o fazer com que a crian a goste da escola cnamar a aten o pra ela e todo o processo de desenvolvimento mesmo Eu acho que isso foi importante foi um bom avan o Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 O atendimento mais exclusivo como aponta a secret ria fundamental para a qualidade da educa o infantil pois contar n o apenas com o mobili rio mas 240 com uma equipe que trabalhar para esse fim O trabalho pedag gico na Educa o Infantil assim como em qualquer etapa da educa o b sica n o algo que se possa fazer ao acaso mas precisa ser planejado antecipado e com a utiliza o de espa os e materiais adequados tanto em conte do quanto em quantidade Algo que tamb m precisa ser considerado que a educa o infantil vem construindo sua identidade mas ainda precisa avan ar muito nisso Nesse sentido a compreens o de que cuidar e educar s o aspectos interdependentes e indissoci veis do processo educativo das crian as algo que merece aten o Mas ainda h um discurso que justifica a necessidade da Educa o Infantil como uma prepara o para a escolariza o obrigat ria e como se sabe n o esse o objetivo principal dessa etapa A educa o infantil era vista n o como uma quest o educacional mais como cuidado de ter onde deixar as crian as para poder trabalhar e tamb m pela alimenta o Ent o a gente pegou essas duas quest
427. nicipal dos anos de 2007 e 2008 O objetivo foi mostrar que mesmo com o aumento no percentual investido na educa o infantil o munic pio n o gastou com essa etapa todo o recurso repassado pelo FUNDEB Os c lculos foram elaborados por n s a partir do valor aluno definido nacionalmente e multiplicado pelo n mero de matr cula do ano anterior considerando ainda o percentual de cobertura em cada ano Apresentamos no quadro 17 um c lculo que fizemos sobre as despesas na Educa o Infantil com recursos do FUNDEB 165 Demonstrativo de recursos investidos na Educa o Infantil FUNDEB Matr cula Valor REGirDs HETA Valor Recursos Total de na Aluno an E Aluno an Recebidos Recursos Total de recebidos Pr no Cee a F rmula FUNDEB escola F rmula do notes Dis El ano Creche ceche ano Pr FUNDEB FUNDEB Registros anterior FUNDEB R anterior escola Pr escola El SEMPLA R FUNDEB R R 2007 1 004 1 082 E a 362 109 6 086 1 217 ups 2 468 887 2 830 996 3 533 056 954 3 2 6320 3 2 2008 954 1 688 1688 1 073 568 6 320 1 765 7 436 533 8 510 101 7 979 691 1765 Quadro 17 Demonstrativo de recursos investidos na Educa o Infantil FUNDEB 2007 e 2008 Fonte Elaborado pela autora a partir de informa es da Assessoria T cnica SEMED PVH Relat rios Resumidos da Execu o Or ament ria 1999 a 2008 SEMPLA PMPV RO Valor aluno
428. no em 2 003 Mas registrou ainda 31 mortes de crian as entre 1 e 4 anos seguida ainda por 17 mortes em crian as de 5 a 9 anos PORTO VELHO 2005 PPA 2006 2009 4 2 A Educa o Infantil em Porto Velho do s culo XX hist ria de aus ncias O conjunto da legisla o proposta a partir do final dos anos de 1980 foi sem d vida o mais significativo para a educa o brasileira Tal signific ncia refere se tanto s modifica es produzidas que atingiram basicamente todos os setores da educa o na estrutura o do sistema nacional e na garantia de direitos quanto s possibilidades deixadas para os sistemas promoverem altera es em suas estruturas e formas de organiza o Em se tratando da Educa o Infantil esta declarada como direito das crian as e de suas fam lias e dever do Estado no artigo 208 da Constitui o Federal de 1988 e seguidamente na LDB n 9394 1996 no artigo 4 No final do s culo XIX e in cio do s culo XX a inf ncia e a sua educa o integraram os discursos sobre a edifica o dessa sociedade As primeiras institui es pr escolares assistencialistas no Brasil foram implantadas durante as duas d cadas iniciais do s culo XX A recomenda o da cria o de creches junto s ind strias ocorria com frequ ncia nos congressos que abordaram a assist ncia inf ncia como medida defendida no quadro da necessidade de cria o de uma regulamenta o das rela es de trabalho particular
429. no Brasil e mais especificamente em Porto Velho e por experi ncias profissionais e acad micas desenvolvidas ao longo de nossa vida profissional em que a preocupa o com a educa o da inf ncia esteve presente PAC FICO 2004 Neste sentido para a orienta o do processo investigativo deste estudo definimos as quest es a Quais foram as pol ticas p blicas de atendimento Educa o Infantil programas projetos e a es desenvolvidas pelos governos municipais da Prefeitura de Porto Velho RO via Secretaria Municipal de Educa o SEMED no per odo de 1999 2004 e 2005 2008 b At que ponto a Secretaria Municipal de Educa o nos governos de 1999 2004 e 2005 2008 atendeu as prerrogativas propostas pela LDB N 9394 96 e s metas do Plano Nacional de Educa o PNE 2001 para a Educa o Infantil c O que pensam os as dirigentes educacionais da SEMED gestores e professoras das escolas de Educa o Infantil da rede p blica municipal que atuaram no per odo de 1999 a 2008 sobre as a es voltadas ao atendimento Educa o Infantil 3 2 Objetivos da pesquisa Objetivo Geral O objetivo geral desta investiga o foi analisar as pol ticas p blicas de atendimento Educa o Infantil desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho RO no per odo de 1999 a 2008 Um estudo que considerou tanto as pol ticas municipais elaboradas e ou implementadas quanto o 81 impacto
430. no ano de 2004 mas mesmo assim h que se considerar que a pr escola vem sendo ampliada nessa rea De 1999 para 2004 e at 2006 o n mero de turmas e alunos aumentou conforme informa es apresentadas no quadro 28 Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Matr cula na Educa o Infantil por etapa e localiza o Creche Pr Escola Ano Cidade Campo Cidade Campo Turmas Ds Ji 20 af mn 2 08 DD 20 8 22 4 1268 7 15 20 88 4 1475 06 2 22 a 36 us 136 do 2 E E SS o DD 204 wu 48 1 3 5 ue 6 20 Evolu o 1999 2004 70 00 46 78 ES 36 59 32 04 400 00 426 32 St EE too siso 16 42 2006 1004 226 5707 379 2007 956 6016 304 2008 1185 16 6508 317 Evolu o E E p E 2004 2008 173 67 343 63 58 50 Evolu o E E E 1999 2008 301 69 485 78 734 21 Quadro 28 N mero de alunos e alunas matriculados na Educa o Infantil por etapa e localiza o Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Fonte Organizado pela autora a partir do documento ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 Por outro lado se considerarmos que pelos ltimos dados do Censo lBGE 81 74 da popula o do munic pio de Porto Velho concentra se na rea urbana 181 necessariamente o atendimento nessa rea dever
431. no fundamental o ensino m dio e a pr escola que parte da educa o infantil Ent o vai de 4 a 6 anos o fundamental e o m dio 3 Destacamos a Confedera o Nacional dos Trabalhadores em Educa o CNTE Funda o Abring Conselho Nacional dos Direitos da Crian a e do Adolescente CONANDA Articula o de Mulheres Brasileiras Marcha Mundial de Mulheres Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais de Educa o UNDIME Frente Parlamentar da Crian a e do Adolescente 74 mobiliza o protagonizada pelas m es sem creche em setembro de 2005 junto ao Minist rio da Fazenda ou as fraldas pintadas em meio a carrinhos de beb chupetas marac s e fraldas Imagem que evidenciava a necessidade de um olhar efetivo e inclusivo para o atendimento educacional as crian as pequenas Fraldas chocalhos e carrinhos de beb s devem invadir Bras lia nesta quarta feira 31 numa manifesta o pela inclus o das creches na Proposta de Emenda Constitucional PEC que cria o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica Fundeb enviada pelo presidente Lula ao Congresso em junho deste ano A mobiliza o re ne entidades de defesa do direito educa o do movimento de mulheres de professores organiza es de defesa dos direitos da crian a e do adolescente parlamentares sindicatos e empres rios para exigir que a primeira etapa da Educa o
432. notonia e que n o corresponde s necessidades das crian as Al m disso a Meta n 10 define como responsabilidade dos munic pios criar um sistema de acompanhamento controle e supervis o da Educa o Infantil nos estabelecimentos p blicos e privados visando ao apoio t cnico pedag gico para a melhoria da qualidade e garantia do cumprimento dos padr es m nimos estabelecidos pelas diretrizes nacionais e estaduais BRASIL 2001 p 62 63 208 O documento Par metros B sicos de Infra Estrutura para as Institui es de Educa o Infantil BRASIL 2006b p 7 registra na introdu o que na defini o dos espa os escolares destinados Educa o Infantil a gest o precisa incorporar metodologias participativas que incluam as necessidades e os desejos dos usu rios a proposta pedag gica e a intera o com as caracter sticas ambientais Dentre as necessidades dos usu rios destaca se o conceito de escola inclusiva isto ambientes planejados para assegurar acessibilidade universal na qual autonomia e seguran a s o garantidas s pessoas com necessidades especiais sejam elas crian as professores funcio n rios ou membros da comunidade O documento destaca ainda que na consecu o do projeto de infra estrutura deve ser garantida a participa o da comunidade escolar Nessa perspectiva a concep o do projeto deve ser antecedida de processos participativos que envolvam a comunidade educaciona
433. nselho Nacional de Educa o Parecer CNE CEB n 8 2010 Bras lia CNE CEB 2010 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira Censo Escolar Bras lia MEC Inep 2008 MEC Conselho Nacional de Educa o C mara de Educa o B sica Parecer n 4 2000 CEB CNE de 16 2 2000 Diretrizes Operacionais para a Educa o Infantil Bras lia CNE MEC 2000 MEC Conselho Nacional de Educa o C mara de Educa o B sica Parecer n 22 de 17 de dezembro de 1998 MEC Conselho Nacional de Educa o C mara de Educa o B sica Resolu o n 01 de 07 de abril de 1999 Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Para a Educa o Infantil Bras lia 1999 MEC Indicadores da Qualidade na Educa o Infantil Minist rio da Educa o Secretaria da Educa o B sica Bras lia MEC SEB 2009 MEC Parecer CNE CEB n 8 2010 Estabelece normas para aplica o do inciso IX do artigo 40 da Lei no 9 394 96 LDB Bras lia MEC 2010 MEC Resolu o N 5 DE 17 12 2009 Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil Bras lia MEC SEB 2009b 327 MEC Secretaria de Educa o B sica Diretoria de Pol ticas de Educa o Infantil e do Ensino Fundamental Pol tica Nacional de Educa o Infantil pelo direito das crian as de zero a seis anos Educa o Bras lia MEC SEB 2006 MEC Secretaria de Educa o B sica Par metros B sicos
434. nsino na formula o de diretrizes e normas para a Educa o Infantil Ainda visando atender ao disposto no art 26 da LDB de 1996 em rela o necessidade de uma base nacional comum para os curr culos foi publicado o Referencial Curricular Nacional para a Educa o Infantil RCNEI BRASIL 1998b O RCNEI consiste num conjunto de refer ncias e orienta es pedag gicas n o se constituindo como base obrigat ria a o docente Est organizado em tr s volumes com os conte dos assim distribu dos o primeiro apresenta uma reflex o sobre o atendimento educa o infantil no Brasil sobre as concep es de crian a de educa o e de profissional o segundo aborda a tem tica Forma o pessoal e social e o terceiro apresenta diferentes conte dos a serem considerados no trabalho com a etapa organizados em torno da do tema Conhecimento do mundo Ressalto que um documento importante e se constitui na primeira proposta curricular oficial que se tem conhecimento destinada creche e pr escola O RCNEI tem por objetivo auxiliar a professora na realiza o de seu trabalho educativo di rio com as crian as de zero a seis anos Apresenta metas de qualidade para garantir o desenvolvimento integral das crian as reconhecendo seu direito inf ncia como parte de seus direitos de cidadania BRASIL 1998b p 5 vol Paralela a elabora o do RCNEI pelo MEC o Conselho Nacional de Educa o definiu as Diretrizes Curricular
435. nso INEP 1996 no ano de 1996 o Estado atendia 14 641 crian as na faixa et ria de 4 a 6 anos pr escola enquanto que os 172 munic pios atendiam 11 947 crian as nessa mesma etapa Em 1999 os n meros come aram a cair mas em 2000 que tem in cio uma queda significativa do atendimento realizado pelo Estado a rede estadual diminuiu o atendimento de 11 156 em 1999 para 4 028 matr culas na pr escola em 2000 enquanto que as redes municipais sobem para 16 092 matr culas em 2000 Os munic pios tiveram que absorver ou ao menos tentar o atendimento que o Estado vinha fazendo embora n o tenha sido equivalente o decr scimo da rede estadual com o acr scimo das redes municipais Em Porto Velho ocorreu a mesma situa o do Estado conforme mostra o quadro 22 Munic pio de Porto Velho Matr cula na Educa o B sica Rede Municipal 1999 2008 Educa o Infantil Ensino Fundamental Percen EJA tual de A E C de RE Y Ensino Funda Total El em Ro Crech Pr S ries S ries M dio UNda Total jaca Total alfabet iam PEE mental e Escola aan Iniciais Finais o ao iza o Total 1999 295 1 149 1 444 16 445 763 201 18 853 7 66 2000 284 1 418 1 702 26 16 422 4 904 872 2 580 26 506 6 42 2001 308 1 709 2 067 5 492 13 990 4 969 520 2 703 29 741 6 95 2002 306 1 618 1 924 5 201 16 486 4 450 345 3 792 32 198 5 98 2003 306 1 856 2 162
436. nt o na pol tica p blica que estamos desenvolvendo fizemos esse cruzamento do que obriga o e do que n o vem sendo atendido E al m disso outras quest es No quadro geral da nossa pol tica p blica a gente terminou tratando como a inclus o social Ent o tentar melhorar aquilo que j existe e ampliar esse atendimento Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Para a Chefe da Divis o de Educa o Infantil do mesmo per odo Uma pol tica p blica educacional deve servir para a melhoria da qualidade do ensino para assim contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas tanto no que se refere a elevar o n vel de ensino redu o das desigualdades sociais oportunizando a todos e todas acesso e perman ncia ao ensino p blico democr tico e de qualidade Uma pol tica p blica para a educa o infantil deve respeitar a especificidade da educa o infantil promover um ambiente adequado para o cuidar e educar garantindo a capacita o profissional a avalia o e amplia o com qualidade no atendimento Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 A partir de suas conceitua es percebe se que enquanto ret rica seus conceitos v o ao encontro do que entendemos enquanto pol tica p blica ou seja como o Estado em A o cuja materializa o e implementa o concebidas para um setor da sociedade neste caso a educa o s o entendidas como pertencentes a uma totalidade maior sendo esta totalid
437. nto que fizemos a partir de orienta es desse documento 57 jornada integral ou parcial regulados e supervisionados por rg o competente do sistema de ensino e submetidos a controle social 1 dever do Estado garantir a oferta de Educa o Infantil p blica gratuita e de qualidade sem requisito de sele o 2 obrigat ria a matr cula na Educa o Infantil de crian as que completam 4 ou 5 anos at o dia 31 de mar o do ano em que ocorrer a matr cula Considera a crian a um sujeito hist rico e de direitos e que produz cultura nas intera es e pr ticas cotidianas que vivencia Retira a possibilidade da creche ser oferecida em institui es equivalentes pois ressalta que as creches e pr escolas se caracterizam como espa os institucionais n o dom sticos Al m disso destaca a obrigatoriedade da matr cula de crian as de quatro e cinco anos na Educa o Infantil incorporando os preceitos constitucionais dados pela EC n 59 de novembro de 2009 Em cinco de maio de 2010 a C mara de Educa o B sica do Conselho Nacional de Educa o aprovou o Parecer CNE CEB n 8 2010 que estabelece normas para aplica o do inciso IX do artigo 4 da Lei no 9 394 96 LDB que trata dos padr es m nimos de qualidade de ensino para a Educa o B sica p blica A argumenta o para a aprova o do Parecer foi desenvolvida conforme citado no documento a partir de tr s eixos O primeiro identifica a ed
438. ntude do Minist rio P blico de Rond nia fomos informadas de que este vem desenvolvendo a es tanto preventivas como fiscalizadoras visando garantia de direitos Relatou nos que as principais a es e projetos desenvolvidos pelo CAO INF MP com o objetivo de fazer valer os direitos educacionais que s o 1 Nenhum a Menos um projeto implementado nas escolas do estado de Rond nia para combater a evas o escolar sob a coordena o do CAO INF De acordo com informa es do CAO INF MP envolve a participa o dos Conselhos Tutelares Secretaria de Educa o e o comprometimento dos pais Implantado em 2005 est o sendo coletados os primeiros dados para an lise e avalia o dos resultados O Minist rio P blico acompanha a evas o O primeiro passo a escola Para maiores informa es sobre os projetos desenvolvidos acessar www mp ro gov br 217 procurar a fam lia N o resolvendo os casos de evas o a escola encaminha para o Conselho Tutelar Havendo ainda a reincid ncia e ap s a an lise da situa o social da crian a o Conselho Tutelar encaminha para o Minist rio P blico para que este tome outras provid ncias 2 Venha para a Escola O objetivo do projeto fazer com que as secretarias de educa o fa am a chamada escolar antes da defini o do or amento pois isso evitar os transtornos de in cio de ano onde as Secretarias atrasam o in cio do ano letivo por raz es que poderiam ser evitada
439. nveniadas n o todas mas principalmente as comunit rias ainda t m uma estrutura bem distante dos padr es de qualidade apontados inclusive nos documentos oficiais os do MEC por exemplo Vimos no cap tulo V composto por an lises documentais que as escolas conveniadas ainda representam uma quantidade muito grande em rela o ao percentual de escolas p blicas municipais que atendem educa o infantil De fato a pol tica dos conv nios impactou positivamente no n mero de crian as atendidas mas quanto qualidade em rela o infra estrutura isso pedir mais estudos considerando que n o objetivo da rede p blica investir em infra estrutura de escolas particulares ou que n o sejam da rede p blica No caso das 238 escolas comunit rias que foram municipalizadas entendemos ter se constitu do um avan o pois o investimento p blico impactou no atendimento p blico Est presente na fala do secret rio MJ e da secret ria EB uma preocupa o com a expans o do atendimento n s chegamos ainda a inaugurar creche na periferia no bairro Ulisses Guimar es j pegando o primeiro segmento porque at ent o j era muito grande a defici ncia do segundo voc imagina do primeiro Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 O secret rio MJ explicita a dificuldade enfrentada pela SEMED na tentativa de ampliar a educa o infantil n s chegamos ainda a inaugurar creche Enquanto impa
440. nvolvendo a demografia infantil o trabalho feminino as transforma es familiares novas representa es sociais da inf ncia etc A educa o vai aparecer como um fator estruturante da sociedade moderna nesse sentido que para Kuhlmann Jr 2002 o final do s culo XIX e o in cio do s culo XX demarcam um per odo em que a inf ncia e a sua educa o integraram os discursos sobre a edifica o dessa sociedade Rocha 2001 apontando os desafios enfrentados na sociedade atual e dentre eles o da formula o de pol ticas para a inf ncia chama a aten o para o fato de que tamb m s o esses desafios que nos possibilitam refletir sobre como eram educadas as crian as no passado Lembra a autora que assumidas inicialmente pela fam lia ou por algum grupo social mais espec fico como o caso das comunidades tribos aldeias etc a tutela a socializa o e a educa o da crian a passam a ser compartilhadas por diversos segmentos p blicos deixando de ser uma tarefa exclusivamente privada A organiza o social t pica das sociedades industriais e tamb m a amplia o do universo cultural com o qual a crian a passa a interagir rompem com os padr es institu dos de uma Educa o Infantil que se d sobretudo no interior da fam lia e sob uma orienta o particular pr pria baseada em valores espec ficos dos grupos sociais familiares p 7 Tivemos ent o a escola como espa o espec fico para contribu
441. o Fundamento a Alfabetiza o onde inclu a as Classes de Alfabetiza o crian as de seis anos de idade no ensino fundamental A partir desse projeto o CME fez uma consulta ao CNE o que gerou o Parecer n 20 98 CNE CEB Aprovado em 2 de dezembro de 1998 que teve como relator o Conselheiro Jo o Monlevade Assim na Organiza o do Sistema Municipal de Ensino proposta pela Lei Complementar n 081 de 11 de novembro de 1998 o ensino fundamental teria a dura o de nove anos instituindo se as classes de alfabetiza o nos estabelecimentos de ensino fundamental destinadas aos alunos de seis anos de idade No ano de 2004 o CME aprovou a Resolu o n 06 CME 2004 que estabelece normas para a educa o infantil no Sistema Municipal de Ensino de Porto Velho O Art 1 trata da educa o infantil como primeira etapa da educa o b sica e constitui direito da crian a de zero a seis anos de idade No par grafo 2 declara que a educa o infantil ser oferecida em creches ou entidades equivalentes para crian as de zero a tr s anos de idade Il pr escolas para crian as de quatro a seis anos de idade No entanto mesmo sendo implementado no Sistema Municipal o ensino fundamental de nove anos esta Resolu o ainda mant m a Educa o Infantil como direito da crian a de zero a seis anos e n o de zero a cinco Portanto uma Resolu o que contrariava o institu do na Lei Complementar 081 1998 Tamb m
442. o j que problemas vinham sendo presenciados em fun o da falta de um documento legal que pusesse fim indica o das dire es de escolas E entendemos que embora a gest o democr tica seja maior que somente elei o de dire es escolares esta representa um passo fundamental Em rela o ao que foi positivo nas pol ticas educacionais porque considerou na defini o e elabora o a participa o da comunidade evidenciando a efetiva pr tica da gest o democr tica as diretoras apontam a constru o coletiva da Proposta Pol tico Pedag gica da SEMED o Projeto Pol tico Pedag gico das escolas e o Plano Municipal de Educa o A Proposta Pol tica Pedag gica a SEMED tem e foi constru da eu participei Ela foi constru da coletivamente n s sentamos e fizemos mais de ano Muito tempo tudo assim o que eu gostaria de trabalhar na educa o infantil o que a crian a precisa pra aprender pra se 251 desenvolver Ent o um grupo de coordenadores de professores participou de forma conjunta e mesmo a proposta pedag gica da escola tamb m foi constru da com o apoio da SEMED N s fizemos por parte Eu digo por que a da escola eu participei GF Diretora El 2009 A proposta da Secretaria constru da pelo coletivo que tem o nome das pessoas que participaram Ent o foi muito v lido Eu achei muito interessante participei tamb m Essa serviu como embasamento pra gente t tirando hoje sugest o do dia a di
443. o e ano da coleta de dados y GF Profa El 2009 que corresponde a Grupo Focal com Professoras de Educa o Infantil que atuaram em uma das gest es ou nas duas mas sem essa defini o se de uma ou de outra gest o e ano da coleta de dados No caso das falas das diretoras e professoras coletadas a partir dos grupos focais n o as identificamos como sendo de professora A ou B ou se da diretora A ou B Apenas recortamos de toda a entrevista dos grupos focais as falas que se destacaram como mais significativas tanto do ponto de vista do objeto de estudo deste trabalho como pela predomin ncia dos conte dos suscitados nas falas 6 2 Vozes e olhares de gestores categorias e subcategorias de an lise extra das das falas dos gestores da SEMED e das escolas 6 2 1 Categoria 1 Pol ticas P blicas As quest es propostas para o grupo focal com as diretoras foram basicamente as mesmas para as entrevistas com os as representantes da SEMED No entanto as vozes e olhares das diretoras observados a partir do Grupo Focal n o seguem o mesmo percurso que o dos das representantes da SEMED registrado a partir das entrevistas embora se assemelhem em alguns momentos Em rela o Categoria 1 Pol ticas p blicas nas falas das diretoras o que ficou mais evidente foram aspectos relacionados s dificuldades no planejamento e implementa o das pol ticas para a Educa o Infantil no per odo As demais subcategorias que destacamos
444. o os autores citam a profecia auto realizada em que a id ia de que o desempenho cognitivo dos alunos afetado pelas expectativas dos professores publicadas por Rosenthal e Jacobson em 1968 Na investiga o qualitativa os dados s o analisados de forma indutiva Assim n o coletam dados com o objetivo de confirmar hip teses constru das previamente e ao inv s disso as abstra es s o elaboradas medida que os dados particulares recolhidos v o se agrupando ao que os autores chamam de investiga o de baixo para cima O quadro vai ganhando forma medida que se coletam e examinam as partes e o investigador ou investigadora n o presume que sabe o suficiente para reconhecer as quest es importantes antes de efetuar a investiga o 88 e O significado fundamental nessa investiga o de forma que o que interessa o modo como diferentes pessoas d o sentido s suas vidas e a preocupa o centra se no fato de que fundamental apreender as diferentes perspectivas dos sujeitos adequadamente Bogdan e Biklen 1994 ressaltam que nem todos os estudos considerados qualitativos necessariamente d o conta de todas as cinco caracter sticas Para os autores uma ou mais caracter sticas poder o n o ser encontradas em alguns estudos mas nem por isso tais estudos deixam de ser investiga es qualitativas Nosso estudo contemplou satisfatoriamente tr s referentes aos itens b d e e das
445. o Ensino Prim rio e de Cursos de Aperfei oamento do Magist rio Ensino Supletivo Curso de Alfabetiza o Curso de Continua o Miss es Pedag gicas Itinerantes Ensino Profissionalizante patronatos e Ensino secund rio 111 Destacamos na pesquisa realizada por Gomes 2007 p 82 que em 1944 havia tr s unidades escolares no rec m criado Territ rio Federal do Guapor localizadas no munic pio de Porto Velho que ofereciam educa o pr prim ria como era chamado o atendimento s crian as menores de sete anos sendo que uma delas era p blica e duas eram da iniciativa privada A primeira institui o a atender crian as menores de sete anos de que se tem registro foi o Col gio Nossa Senhora Maria Auxiliadora que em 1930 come ou a funcionar e a oferecer o Ensino prim rio 1 4 alfabetiza o chamado de preliminar e o Jardim de Inf ncia entre outras modalidades O Curso Normal Regional Carmela Dutra iniciado em 1947 oferecia o ensino correspondente ao Primeiro Ciclo do Curso Normal e tinha tamb m como anexo para demonstra o de pr ticas de ensino um Jardim da inf ncia Al m destes em 1940 o Instituto Nossa Senhora do Calv rio Criado pelo Bispo Dom Xavier Rey em Guajar Mirim atendia meninas de 7 a 14 anos moradoras do Vale do Guapor mas tamb m havia crian as de 6 anos conforme relato e caso de Izabel Oliveira de Assun o GOMES 2007 Mesmo o instituto n o sendo espec fico e habilitado
446. o Haddad solicitando Apoio solicita o de um Programa Nacional de Brinquedos para a Educa o Infantil Bras lia 2010 ROCHA E A C A pesquisa em educa o infantil no Brasil trajet ria recente e perspectiva de consolida o de uma pedagogia 1998 291f Tese Doutorado em Educa o Faculdade de Educa o Universidade Estadual de Campinas Campinas 1998 Educa o Infantil 1983 1996 Coord Bras lia MEC Inep Comped 2001 pesquisa em Educa o Infantil no Brasil trajet ria recente e perspectiva de consolida o de uma Pedagogia da Educa o Infantil Florian polis UFSC 1999 ROM O J E Avalia o dial gica desafios e perspectivas 2 ed S o Paulo Cortez 1999 ROND NIA Secretaria de Educa o e Cultura Conselho Territorial de Educa o Resolu o n 014 CTERO 81 Porto Velho SEC 1981 Secretaria de Educa o e Cultura Conselho Territorial de Educa o Resolu o n 015 1976 que estabelecia as normas para a cria o e autoriza o de funcionamento de estabelecimentos de ensino pr escolar Porto Velho SEC 1976 Secretaria de Educa o e Cultura Conselho Territorial de Educa o Resolu o n 017 1976 que fixou o m ximo de idade para o ingresso no ensino pr escolar Porto Velho SEC 1976 Secretaria de Educa o e Cultura Conselho Territorial de Educa o Resolu o n 014 1981 que fixava as diretrizes para o desenvolvimen
447. o como refer ncia as contribui es de Laurence Bardin 1995 que define o termo an lise de conte do como Um conjunto de t cnicas de an lise das comunica es visando obter por procedimentos sistem ticos e objetivos de descri o do conte do das mensagens indicadores quantitativos ou n o que permitam a infer ncia de conhecimentos relativos s condi es de produ o recep o vari veis inferidas destas mensagens p 42 As t cnicas aplicadas na An lise de Conte do do c lculo de frequ ncias extra o de estruturas traduz veis em modelos t m em comum uma hermen utica controlada baseada na dedu o a infer ncia BARDIN 1995 p 9 Interessa muito an lise de conte do o que est escondido o latente ou seja o que est nas entrelinhas que n o aparece explicitamente no conte do do dito como o potencial de in dito o n o dito em qualquer mensagem A an lise de conte do enfatiza os conte dos das mensagens privilegiando as formas de linguagem escrita e oral Assim nos inspiramos nesse m todo como uma possibilidade promissora para a an lise do conte do extra do das entrevistas e grupos focais CAP TULO IV L PIS FLECHA CHOCALHO CIDADE RIO pol tica de Educa o Infantil em Porto Velho hist ria mem ria e direito O trem roncando badalando apitando crepitando varava a floresta pelluda e ia acordar com o fragor apocalyptico da sua disparada o sil ncio verd
448. o de pol ticas municipais In CARVALHO A et al Org Pol ticas p blicas Belo Horizonte Editora UFMG Proex 2002 p 87 126 VILARINHO L R G A educa o pr escolar no mundo ocidental e no Brasil perspectiva hist rica e cr tico pedag gica 1987 Rio de Janeiro Tese Doutorado Universidade Federal do Rio de Janeiro RJ 1987 ZABALZA M Qualidade em educa o infantil Trad Beatriz Affonso Neves Porto Alegre Artmed Editora 1998 ZIBETTI M L Tonatto Saberes docentes na pr tica de uma alfabetizadora um estudo etnogr fico 2005 252 p Tese Doutorado Instituto de Psicologia Universidade de S o Paulo S o Paulo 2005 P GINAS DA INTERNET CONSULTADAS ARCE A As pesquisas na rea da educa o infantil e a hist ria da educa o re construindo a hist ria do atendimento s crian as pequenas no Brasil GT 02 Hist ria da Educa o ANPED 20083 Dispon vel em lt http Anww anped org br reunioes 27 gt02 t021 pdf gt Acesso em ago 2009 AZEVEDO J M L de Implica es da nova l gica de a o do estado para a educa o municipal In Educa o e Sociedade Campinas vol 23 n 80 2002 p 49 71 Dispon vel em lt http www scielo br pdf es v23n80 12923 pdf gt Acesso em 20 de dez 2007 BEZERRA Rosemeire Pereira BERESIN Ruth A s ndrome de burnout em enfermeiros da equipe de resgate pr hospitalar In Revista Einstein 2009 7 p 351 6 Dispon vel em http ap
449. o de 1980 a 1994 as professoras 1980 1981 Professora Maria Augusta Lari 1982 Professora Maria Jos Serrati 1983 1985 Professora Claudete Maria Cardoso Ferreira 1985 1994 Professora Terezinha Nina Paes 1995 1998 Elmeri Borges de Lima Conforme Terezinha Nina A partir de 1982 o MOBRAL que era vinculado a SEPS MEC teve a participa o ativa apoiando a SEDUC nos programas de Educa o Pr Escolar Era uma atividade complementar e relevante pois refor ava as a es realizadas por outras entidades e atendia as reas n o cobertas pelas demais institui es sempre em conson ncia com as instru es da SEDUC O atendimento do MOBRAL tinha como objetivo orientar as comunidades para a import ncia da Educa o Pr Escolar contribuir na integra o com os sistemas de ensino as entidades e as comunidades orientar a instala o e manuten o das condi es de funcionamento dos n cleos Pr escolares A LBA tamb m executava atividade junto a SEDUC no atendimento s crian as de 04 a 06 anos fornecendo recursos financeiros para aquisi o de parte de g neros aliment cios merenda e almo o escolar e a Funda o de Assist ncia ao Estudante FAE fornecia outros g neros e material did tico que complementavam o atendimento s crian as nesta faixa et ria Relato Profa Teresinha Nina 2010 Ainda conforme Terezinha Nina a Secretaria de Trabalho e A o Social executava junto SEDUC programas de preven o
450. o de definir a pol tica municipal de atendimento e fiscalizar as entidades que a executam Nesse sentido com o objetivo de se viabilizar o cumprimento do ECA foram criados os Conselhos Tutelares que s o os rg os respons veis pelo atendimento dos casos em que ocorra a viola o dos direitos da crian a e do adolescente O Conselho Tutelar pode aplicar medidas e solicitar os servi os p blicos como falta de vagas em creches e escolas infantis entre outros para que o poder p blico cumpra seu dever O Minist rio P blico tamb m tem papel fundamental para fazer cumprir o que determina a lei e poder ser acionado para defender o cidad o o regime democr tico e os interesses sociais A Promotoria da Inf ncia e Juventude deve acompanhar todos os procedimentos que envolvam risco para a crian a e o adolescente Sua fun o garantir que os servi os sejam prestados e com qualidade pelas institui es de Educa o Infantil A Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional n 9 394 de 20 dezembro de 1996 outro documento fundamental para a garantia do direito educa o das crian as de zero a seis anos Nela a Educa o Infantil encontra se na Se o Il artigos 29 a 31 O fundamental nessa LDB que a educa o infantil passou a fazer parte da educa o b sica constituindo se como primeira etapa da mesma A linha divis ria consiste em que historicamente a educa o das crian as esteve fortemente atrelada ao car te
451. o evidencia que houve pouca preocupa o com o cumprimento das metas do PNE j que legalmente a rede p blica municipal a respons vel direta por este atendimento Mas tamb m evidencia que a partir de 2005 houve maior preocupa o pois nesse ano o munic pio matriculou 23 32 da popula o com idade entre quatro e cinco anos Ou seja saiu de 1 667 matr culas em 2004 e saltou para 5 492 matr culas em 2005 na pr escola Por essa raz o consideramos pertinente destacar que mesmo n o atendendo suficientemente s metas do PNE e muito menos demanda social o percentual de matr culas na Educa o Infantil em rela o ao total de matr culas na educa o b sica da rede p blica municipal vem aumentando a partir de 2005 em 1999 do total das matr culas da rede p blica municipal a matr cula na Educa o Infantil representava 7 74 e em 2004 6 26 Houve portanto queda no percentual em 289 rela o ao total Apesar do n mero de matr culas ter aumentado a rede municipal matriculou muito mais no ensino fundamental Em 2005 do total das matr culas da rede p blica municipal a Educa o Infantil representava 17 14 e em 2008 a matr cula nessa etapa j representava 20 60 Por um lado houve de fato uma amplia o no n mero matr culas na Educa o Infantil da rede p blica municipal mas por outro as s ries iniciais do ensino fundamental quase se mantiveram sem amplia o e houve redu o de 25 73 no atendi
452. o feito nesse per odo n o foi suficiente para ampliar satisfatoriamente o atendimento educacional s crian as de 0 a 6 anos H portanto a evid ncia de que a pol tica local geralmente est sintonizada com a nacional e que as pol ticas macro interferem decisivamente nas pol ticas locais o que aponta para a necessidade de um sistema nacional de educa o Por m igualmente sabemos que as pol ticas definidas com base em experi ncias locais tamb m contribuem inclusive para a altera o e melhorias nas pol ticas nacionais Portanto os dados de matr cula nesse per odo confirmam as falas das professoras colaboradoras no que se refere quase inexist ncia de atendimento educacional essa etapa Ressalta se no entanto que at 1988 a educa o infantil ainda n o era colocada enquanto direito constitucional o que n o justifica mas de certa forma explica a n o prioriza o desse atendimento No munic pio de Porto Velho como vimos a educa o infantil foi colocada como direito em sua Lei Org nica de 1990 e foi justamente a partir da que se come ou a pensar nesse atendimento formal conforme evidenciaram os dados 141 Outro fato que do in cio de 1990 at meados dessa d cada essa etapa come ou a se expandir na rede municipal e conforme informa es de fontes documentais e do relato da professora Jos lia Neves a prefeitura come ou definir e ampliar uma rede de escolas de educa o infantil com constru
453. o material porque o seu filho precisa tomar banho S que isso n o tudo Eu acho que eles deveriam ajudar brinquedos um DVD infantil livros infantis paradid ticos para auxiliar se tem uma cortina bonitinha l que n o usa mais trazer pra escola pra seu filho ficar num ambiente mais agrad vel Se tiver os brinquedos ta em perfeito estado de conserva o e a crian a n o brinca mais uma boneca um carro trazer pra escola fazer doa o Essa participa o assim seria muito boa GF Profa El 2009 Tamb m aqui entendemos o dilema enfrentado pelas professoras de educa o infantil N o f cil estar em sala de aula e ver e sentir a necessidade de coisas b sicas como aquelas apontadas na cita o pela professora e outras mais ainda como falta de gua de materiais torneiras quebradas banheiros que n o funcionam portas quebradas fechaduras que n o fecham mais enfim coisas que s o aparentemente pequenas insignificantes mas que s o na verdade essenciais para o cotidiano da escola A obviedade de que o dia de hoje n o espera para o dia de amanh uma realidade O dia amanhece ou chega se ao turno da tarde as crian as chegam escola v o para as salas de aula e l est o as professoras que precisam de no m nimo ter um planejamento did tico e igualmente tamb m o m nimo de recursos para que o mesmo seja desenvolvido qualitativamente Sem isso o dia transcorrer mas como Com uma rotina r g
454. o munic pio de Porto Velho Porto Velho SEMED 2004 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 282 de 15 de maio de 2007 Cria o Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e Valoriza o dos Profissionais da Educa o Conselho do FUNDEB Porto Velho SEMED 2007 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 255 de 28 de junho de 2006 Cria 10 novas EMEIEF s e uma EMEI Porto Velho SEMED 2006 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 288 de 19 de outubro de 2007 cria seis 06 novas EMEIEF s e uma 01 EMEI Porto Velho SEMED 2007 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 140 31 12 2001 Porto Velho SEMED 2001 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 158 05 05 2003 Porto Velho SEMED 2008 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 186 28 05 2004 Porto Velho SEMED 2004 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 219 16 05 2005 Porto Velho SEMED 2005 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 300 04 04 2008 Porto Velho SEMED 2008 335 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 360
455. o para todas as crian as dessas idades gradativamente at o ano de 2016 EC n 59 de 11 11 2009 Art 6 Se por um lado a rede estadual dever oferecer o ensino m dio obrigat rio tamb m o munic pio dever oferecer obrigatoriamente educa o pr escolar para todas as crian as que uma educa o imprescind vel como vimos mas n o barata Entendemos portanto que esse regime de colabora o n o poder ficar assim t o flex vel na depend ncia do Estado em decidir se colabora ou n o pois se o FUNDEF n o conseguiu regular esse aspecto tamb m o FUNDEB elaborado a partir da mesma metodologia n o conseguir Valorizamos a contagem populacional e outros dados do censo do IBGE como um dos pontos de partida para a defini o de alguns aspectos das pol ticas p blicas Deste modo entendemos ser de fundamental relev ncia que os dados em rela o popula o levantados atrav s do censo do IBGE 2010 sejam disponibilizados ainda em 2010 ou no m ximo no in cio de 2011 pois servir o para o planejamento das metas de Educa o Infantil de modo geral e para a prioriza o 311 de constru o de escolas de educa o infantil nos bairros mais populosos da cidade e distritos e ou nas reas do campo ribeirinhas e ind genas Igualmente imperativo que o munic pio defina um Custo Aluno Qualidade inicial CAQi como documento necess rio para o financiamento da Educa o Infantil O documento poder
456. o pessoal que minoria que n o pode participar de sexta feira a noite e de s bado Fala tanto em inclus o em inclus o e cad a inclus o da minoria que na hora que eles v o fazer as gradua es p s gradua es eles n o contemplam essa minoria que tanto se falam nos com cios nos eventos nos encontros que tem com na pr pria prefeitura Planeja se focado pro professor a necessidade do professor mas quando o professor vai falar das especializa es n o atende a necessidade 259 dele da sala de aula com aquilo que ele almejava conseguir GF Profa El 2009 Ent o com a quest o da carga hor ria os dias que eles colocam n o abatem isso no planejamento do professor se eu to fazendo uma especializa o seja ela paga pela prefeitura ou n o e a minha carga hor ria 6 horas ou 5 horas deveria em contrapartida n o ter o planejamento para poder dedicar horas de estudos e cada treinamento ou curso que eu fizesse poderia ter uma ajuda de custo que nem o pessoal da pol cia tem GF Profa El 2009 As professoras tamb m falam sobre a falta de docentes e que a prefeitura trabalha tamb m com contratos emergenciais Para uma professora o problema da falta de docentes a quest o salarial N o tem contrato suficiente s o emergenciais Ent o no caso eles est o precisando bastante do contrato E como eu digo tamb m o sal rio t o pouco assim que tem muita gente que n o ta mais querendo atuar nessa rea GF P
457. o professor e professora ao final do curso esteja qualificado para e Dominar o instrumental necess rio para o desempenho de suas fun es de educar e cuidar das crian as e Compreender a institui o de educa o infantil como espa o coletivo de educar e cuidar das crian as de zero a seis anos em parceria com a fam lia e a comunidade e Comprometer se com o bem estar e o desenvolvimento integral das crian as e Promover a es que assegurem um ambiente saud vel e ecol gico na institui o de educa o infantil e Refletir sobre sua pr pria pr tica de modo a buscar a coer ncia entre o fazer pedag gico e as concep es te ricas e Desenvolver metodologias e estrat gias de interven o pedag gica adequadas s crian as na perspectiva da indissociabilidade entre educar e cuidar e Apropriar se do conhecimento de teorias e pesquisas desenvolvidas na rea da educa o e do desenvolvimento de crian as de at seis anos e Dominar os princ pios cient ficos e tecnol gicos que sustentam a moderna produ o de conhecimento da vida contempor nea Ainda conforme dados do MEC os m dulos desse Programa s o compostos de uma fase presencial realizada no in cio do semestre durante as f rias escolares estudos e atividades individuais reuni es com os tutores aos s bados pr tica pedag gica supervisionada servi os de apoio a aprendizagem O material pedag gico utilizado foi elaborado especificamente
458. om atendimento p blico de qualidade gratuito e integral para todas as crian as ou no m nimo para aquelas que suas fam lias assim o desejarem No entanto esta uma meta que pelo visto est distante por m n o imposs vel necessitando para isso mais objetividade e prioriza o na defini o das pol ticas p blicas educacionais j que at o momento o lugar ocupado pela Educa o Infantil mesmo com os avan os dos ltimos anos foi o da subjetividade da neglig ncia tanto nas pol ticas nacionais quanto municipais uma vez que ainda s o insuficientes para a garantia de padr es m nimos de qualidade at mesmo para as crian as que j est o na escola Deste modo nossa defesa caminha no sentido de que ser o fundamentais no m nimo tr s aspectos colocar a Educa o Infantil no rol das prioridades educacionais definir claramente suas metas e principalmente definir as fontes de financiamento Sem esses tr s aspectos prioridade metas e financiamento a amplia o do atendimento e a qualidade a nosso ver ter o poucas chances de viabiliza o necess rio abandonar no planejamento tanto nacional quanto municipal a ilus o que consiste na defini o de metas sem apontar objetivamente de onde sair o os recursos para financi las tornando as inating veis N o precisamos de melhor prova sobre isso do que o PNE 2001 que apresentou metas mesmo que n o ideais mas consideradas poss veis naquele momento e que
459. om informa es retiradas da p gina oficial da prefeitura a referida Confer ncia foi realizada em tr s dias e envolveu palestras oficinas e exposi o de pain is O objetivo foi discutir pol ticas p blicas gest o e a implementa o de uma proposta pedag gica voltada para a Educa o Infantil Na Confer ncia foi aprovada pelos presentes a Carta de Porto Velho onde foram inseridas a es que colaboraram posteriormente para a constru o coletiva do Plano Municipal de Educa o PME no tocante Educa o Infantil 71 Mais informa es sobre o PROAFINC no item Financiamento da Educa o Infantil em Porto Velho 72 Prefeitura do Munic pio de Porto Velho RO Home page http Avww portovelho ro gov br 151 O PME de Porto Velho foi elaborado segundo informa es da SEMED a partir de muitas discuss es que no caso da Educa o Infantil tiveram in cio por ocasi o da Confer ncia Municipal de Educa o Infantil 2006 j mencionada De acordo com informa es constantes na p gina oficial da Prefeitura do Munic pio de Porto Velho PMPV tamb m foi realizada com in cio em 18 de outubro de 2007 a Confer ncia Municipal de Educa o que teve por objetivo discutir e avaliar a vers o preliminar do Plano Municipal de Educa o PME de Porto Velho O texto referido registra que O Plano Municipal de Educa o deve conter os objetivos e metas propostas pela sociedade para direcionar as a es
460. om magist rio e com 25 horas receber de vencimento R 670 99 e no entanto uma professora com magist rio e com 40 horas receber R 1 073 57 ou seja quase o dobro do sal rio da professora com 25h De qualquer forma entendemos que a garantia de um piso salarial profissional nacional para os profissionais do magist rio da educa o b sica foi uma conquista importante para todo o pa s considerando que em alguns munic pios brasileiros os sal rios ainda eram bem inferiores aos pagos pelo Munic pio de Porto Velho Talvez tenhamos o in cio de uma carreira nacional docente com um m nimo de equidade em rela o aos sal rios oportuno salientar que o Art 5 define algo fundamental O piso salarial profissional nacional do magist rio p blico da educa o b sica ser atualizado anualmente no m s de janeiro a partir do ano de 2009 e o Par grafo nico define qual ser o percentual dessa atualiza o A atualiza o de que trata o caput deste artigo ser calculada utilizando se o mesmo percentual de crescimento do valor anual m nimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano definido nacionalmente nos termos da Lei n 11 494 de 20 de junho de 2007 ou seja os reajustes est o atrelados tabela do FUNDEB Isso garante de alguma forma a impossibilidade de um congelamento dos sal rios visto que a bandeira por educa o de qualidade foi h muito levantada e atrelada a ela est a q
461. om o pai e o pai do pai do papai ZIRALDO 143 5 1 Apresenta o das gest es Consideramos nesse estudo as proposi es de Azevedo 1997 para quem as pol ticas p blicas de modo geral t m como objetivo intervir e ou solucionar problemas diagnosticados e enfrentados pela sociedade Por essa l gica em se tratando de pol ticas p blicas municipais o munic pio planeja a es que passam a integrar um programa de governo A autora considera pol tica p blica em duas dimens es em um plano mais concreto o conceito de pol ticas p blicas implica considerar os recursos de poder que operam na sua defini o e que tem nas institui es do Estado sobretudo na m quina governamental o seu principal referente Outra importante dimens o que se deve considerar nas an lises que as pol ticas p blicas s o definidas implementadas reformuladas ou desativadas com base na mem ria da sociedade ou do Estado em que t m lugar e que por isso guardam estreita rela o com as representa es sociais que cada sociedade desenvolve sobre si pr pria AZEVEDO 1997 p 5 Ainda para a autora fundamental que se tenha o conhecimento de como surgem as pol ticas p blicas para determinados setores ou como um problema de um setor ser reconhecido pelo Estado e em consequ ncia ser alvo de uma determinada pol tica p blica Pol tica esta que far com que o Estado garanta que o setor alvo da interven o se reproduza de for
462. onal compreenda vantagens pecuni rias pagas a qualquer t tulo nos casos em que a aplica o do disposto neste artigo resulte em valor inferior a R 950 00 e os docentes da rede municipal de Porto Velho recebem algumas vantagens tais como gratifica o por titula o quingqu nios e gratifica es por localidade Sendo essas vantagens contabilizadas para a forma o do valor referente ao piso a complementa o ser pequena A Prefeitura de Porto Velho j regulamentou essa quest o a partir da aprova o da Lei Complementar n 360 de 04 09 2009 e Lei Complementar n 386 de 02 07 2010 No entanto mesmo com a aprova o do piso nacional os sal rios dos docentes pelo que se pode ver no quadro 33 e 34 n o s o animadores Apresentamos no quadro 33 os vencimentos e a carga hor ria de trabalho definidos no PCCS dos servidores e servidoras que atuam no Magist rio da Educa o B sica no munic pio de Porto Velho do per odo de 2002 a 2009 86 Lei Complementar n 360 de 04 de setembro de 2009 Disp e sobre o Plano de Carreira cargos e Remunera o dos Profissionais da Educa o da Rede P blica Municipal de Ensino de Porto Velho Rond nia e d outras provid ncias Dispon vel em http Awww portovelho ro gov br Acesso em set 2010 201 Carga Hor ria de Trabalho e Remunera o vencimento b sico dos Profissionais da Educa o do Munic pio de Porto Velho Magist rio da Educa o B sica
463. onal de Educa o onde o MEC deveria Estabelecer par metros de qualidade dos servi os de Educa o Infantil como refer ncia para a supervis o o controle e a avalia o e como instrumento para a ado o das medidas de melhoria da qualidade BRASIL 2001 Cap Il item 19 E assim uma das diretrizes da Pol tica Nacional de Educa o Infantil assegurar a qualidade na educa o infantil por meio do estabelecimento desses par metros 56 Assim o documento estabelece padr es de refer ncia orientadores para o sistema educacional no que se refere organiza o e funcionamento das institui es de Educa o Infantil Em 2009 o MEC publicou o documento Indicadores da Qualidade na Educa o Infantil BRASIL 2009a tendo este sido elaborado sob a coordena o do Minist rio da Educa o por meio da Secretaria da Educa o B sica da A o Educativa da Funda o Orsa da Undime e do UNICEF O documento ressalta que n o existem respostas nicas para a quest o da qualidade na educa o infantil pois as defini es de qualidade dependem de muitos fatores os valores nos quais as pessoas acreditam as tradi es de uma determinada cultura os conhecimentos cient ficos sobre como as crian as aprendem e se desenvolvem o contexto hist rico social e econ mico no qual a escola se insere O documento ressalta ainda que no caso espec fico da educa o infantil a forma como a sociedade define os direitos da mulhe
464. onsiderar entre outros aspectos os Artigos 70 e 71 da LDB n 9394 96 pois esta Lei conceituou e definiu o que s o e o que n o s o consideradas despesas com Manuten o e Desenvolvimento do Ensino MDE Assim o Artigo 70 assegura o que pode ser considerado despesas com MDE Art 70 Considerar se o como de manuten o e desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas consecu o dos objetivos b sicos das institui es educacionais de todos os n veis compreendendo as que se destinam a remunera o e aperfei oamento do pessoal docente e demais profissionais da educa o II aquisi o manuten o constru o e conserva o de instala es e equipamentos necess rios ao ensino III uso e manuten o de bens e servi os vinculados ao ensino IV levantamentos estat sticos estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e expans o do ensino V realiza o de atividades meio necess rias ao funcionamento dos sistemas de ensino VI concess o de bolsas de estudo a alunos de escolas p blicas e privadas VII amortiza o e custeio de opera es de cr dito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo VIII aquisi o de material did tico escolar e manuten o de programas de transporte escolar 156 J o Artigo 71 apresenta as exce es ou seja o que n o poder se constituir despesa com MDE Art 71 N o constituir
465. oram selecionadas aquelas que atuaram na Educa o Infantil municipal em alguns anos durante o per odo de 1999 a 2008 Portanto no grupo que formamos t nhamos professoras que atuaram nas duas gest es e professoras que atuaram somente na ltima gest o Convidamos muitas professoras e organizamos duas sess es de Grupo Focal No entanto tivemos dificuldades na organiza o das docentes para a realiza o de um dos grupos e por essa raz o realizamos apenas uma sess o de Grupo Focal com professoras de tr s escolas diferentes No entanto algumas professoras j haviam atuado na Educa o Infantil de outras escolas que n o aquela em que atuavam no momento da coleta de dados o que possibilitou tornar a amostra mais representativa da realidade municipal tanto pelo tempo de servi o da maioria delas oito professoras possu am acima de nove anos na educa o municipal quanto pelo conhecimento da realidade de outras escolas Das professoras convidadas para a forma o do Grupo Focal doze confirmaram presen a incluindo professoras e auxiliares de sala No entanto no dia da realiza o a orientadora educacional e mais duas professoras da escola que nos cedeu o espa o pediram para participar e com isso o grupo foi finalizado com 15 colaboradoras mas que transcorreu dentro da normalidade Havia no grupo oito professoras de turma sendo que destas sete eram formadas em Pedagogia e uma com Magist rio As outras seis professoras eram
466. orizonte 9 Rolim de Moura 0 32 64 96 128 160kKm Escala Gr fica 12 Nova Brasil ndia Figura 4 Mapa pol tico do Estado de Rond nia Fonte SEDUC Projeto A a Educa o Ind gena Rond nia o terceiro maior estado em extens o territorial da Regi o Norte e possui uma popula o total de 1 453 756 habitantes sendo 64 11 da cidade e 43 Porto Velho a capital Guajar Mirim Ariquemes Jaru Ouro Preto do Oeste Ji Paran Presidente M dici Cacoal Espig o do Oeste Pimenta Bueno Vilhena Colorado do Oeste e Costa Marques 44 Dispon vel em www ibge gov br cidades Contagem da popula o em 2007 105 35 89 do campo Ainda do total da popula o 51 32 masculina e 48 68 feminina IBGE 2007 As popula es ind genas quase dizimadas resistiram e hoje o Estado de Rond nia conta com 29 comunidades distribu das em 23 Terras Ind genas Conforme Neves 2009 essas terras representam um total de 20 82 da rea do Estado com uma popula o estimada em aproximadamente onze mil pessoas e o registro de 38 etnias N o poderia deixar de ressaltar ainda o aspecto cruel da coloniza o evidenciado pela cita o abaixo registrada em um relat rio por um integrante da Comiss o Rondon que mostra o quanto tamb m as crian as ind genas sofreram foram mortas e massacradas nesse processo de ocupa o das terras de Rond nia Apanhado o menino fez todos os gestos pedindo miseric rdia mas
467. ortunidades e padr o m nimo de qualidade Especificando ainda mais determinou que os munic pios atuassem prioritariamente no Ensino Fundamental e na Educa o Infantil art 211 2 A Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB estabelece em seu art 11 inciso V que os munic pios incumbir se o de oferecer a Educa o Infantil em creches e pr escolas e com prioridade o Ensino Fundamental permitida a atua o em outros n veis de ensino apenas quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua rea de compet ncia e com recursos acima dos percentuais m nimos vinculados pela Constitui o Federal manuten o e ao desenvolvimento do ensino Outro documento fundamental para a garantia de direitos educa o infantil o Plano Nacional de Educa o PNE cujo atual foi aprovado em 2001 Na conceitua o atual apresentada nos documentos oficiais do Minist rio da Educa o o Plano Nacional de Educa o entendido como um documento refer ncia da pol tica educacional brasileira para todos os n veis de governo Contempla um diagn stico da educa o no pa s e a partir deste apresenta princ pios diretrizes prioridades metas e estrat gias de a o para enfrentamento dos problemas educacionais do pa s O Plano explicita as compet ncias dos entes federados e no que concerne distribui o de compet ncias referentes Educa o Infantil a Constitui o Federal e LDB
468. os DF e munic pios de 6 66 no primeiro ano 13 33 no segundo ano 20 a partir do terceiro ano sobre Imposto sobre Transmiss o Causa Mortis e Doa es ITCMD Imposto sobre Propriedade de Ve culos Automotores IPVA Quota parte de 50 do Imposto Territorial Rural devida aos munic pios Y Complementa o da Uni o Sem adentrarmos no fato de ter aumentado o volume de dinheiro mas tamb m o n mero de alunos a serem atendidos pode se citar como melhoria a partir do FUNDEB a inclus o da Educa o Infantil e Ensino M dio etapas da Educa o B sica totalmente exclu das do FUNDEF j que este contemplava apenas o ensino eundamental 1 3 2 Documentos que orientam a pol tica nacional de Educa o Infantil a partir da LDB n 9 394 96 No mbito do Minist rio da Educa o MEC h v rios documentos que orientam a educa o infantil Consideremos os documentos produzidos a partir da LDB n 9 394 96 que foi um importante marco legal para essa etapa No entanto as conquistas para a Educa o Infantil garantidas na referida LDB foram gestadas em trabalhos anteriores a ela De acordo com documento do Minist rio da Educa o BRASIL 2006a a partir de 1994 o MEC realizou encontros e semin rios com o objetivo de discutir com K Informa es sobre impostos que formam o FUNDEB dispon veis em http www conselhos mg gov br uploads 15 file quadrocomparativofundebfundef pdf Acesso em out de 2009 52 os
469. os de forma o Qual is Que institui o foi promotora Quando Quem financiou o curso voc mesma ou o munic pio e em que contribu ram para a sua forma o c Voc conhece a pol tica municipal para o atendimento educa o infantil em creches e pr escolas Fale o que sabe sobre ela e desde quando ela foi implementada d Que a es voltadas para o atendimento educa o infantil foram desenvolvidas pelo munic pio tanto na gest o do prefeito Carlinhos Camur a 1999 2004 como na primeira gest o do prefeito Roberto Sobrinho 2005 2008 e que foram positivas ou negativas porque contribu ram para melhorar ou piorar a educa o infantil em rela o ao que j existia O que melhorou O que piorou e Sua escola possui uma proposta pedag gica para a educa o infantil Fale sobre f Como o trabalho na educa o infantil fale sobre o trabalho desenvolvido por voc s junto escola principalmente no caso da educa o infantil planejamento o trabalho das professoras junto s crian as o dia a dia o que causa alegria o que causa sofrimento o relacionamento com as professoras com as fam lias das crian as etc g Em sua opini o o que preciso para melhorar o atendimento educa o infantil no munic pio tanto em n vel de gest o municipal prefeitura como em n vel de escola h Outros coment rios que deseja fazer EA EA IRO de de 2009 s o i q
470. os limites de recursos a ele destinados ou seja com a divis o dos recursos dos munic pios pobres com os ainda mais pobres A autora comenta que em muitos munic pios brasileiros e apontamos aqui de acordo com evid ncias emp ricas tamb m os munic pios do Estado de 13 atuava na Educa o B sica na rede p blica nos anos de 1990 a 2004 em Porto Velho capital do Estado de Rond nia 42 Rond nia o que se verificou foi o aumento do n mero de alunos por sala de aula fato que contribuiu para o agravamento da prec ria qualidade da educa o bem como para piorar as condi es de trabalho dos docentes Presenciou se uma corrida para matricular crian as no ensino fundamental para que todos os recursos que sa ssem retornassem para os cofres dos munic pios ou dos estados Da o que se evidenciou foi que as matr culas na educa o infantil passaram por um decr scimo Muitos espa os escolas e salas de aula utilizadas com a educa o infantil foram ocupados a partir de 1998 com turmas de ensino fundamental A t tulo de ilustra o citamos o caso de Porto Velho que decidiu em 1998 passar o ensino fundamental para nove anos iniciando se aos seis anos de idade A inten o foi incluir esses alunos no FUNDEF No entanto a quest o da problem tica observada com o advento do FUNDEF n o est na metodologia no modelo de capta o e distribui o dos recursos mas no que esta representou para estagnar os
471. os ou como aut nomos e dependerem desse cuidado Mas a escola precisa fazer mais que somente cuidar O conte do da fala da Secret ria indica essa clareza pois a mesma relata que o que 241 era prioridade para as fam lias era o cuidado e n o o aspecto educativo mas que a SEMED considerou essa necessidade da fam lia melhorando inclusive o card pio Tamb m conforme fala da Secret ria os aspectos espec ficos da educa o escolar voltados ao cumprimento do papel da escola foram igualmente valorizados ao ponto de as fam lias perceberem que eram importantes para a forma o integral das crian as A Chefe da DIEI aponta como impactos positivos na gest o em que chefiou a educa o infantil v rios aspectos dentre eles a constru o coletiva no mbito da SEMED da Proposta Pol tico Pedag gica para a etapa a constru o de escolas a constru o da credibilidade social de que as escolas p blicas municipais de Educa o Infantil tamb m s o bons espa os educativos Construir coletivamente a Proposta Pol tica Pedag gica Estabelecer par metros m nimos para o funcionamento de uma Escola Infantil Fazer divis o e novas constru es para Escolas de El separadas de Ensino Fundamental Construir materiais adequados para a sala de El quando assumimos as Escolas comunit rias atendiam mais alunos as que as municipais e na opini o geral as Escolas particulares eram as nicas que prestavam os donos d
472. os trabalhadores e trabalhadoras em educa o e s institui es formadoras foram constru das fundamentadas e poss veis a partir dos dados apresentados neste estudo e das contribui es de pesquisas desenvolvidas por v rios autores e autoras j citadas no desenvolvimento desta tese Igualmente consideramos o estudo que apresenta o Custo Aluno Qualidade inicial CAQi com a defini o de padr es m nimos de qualidade da educa o b sica nacional desenvolvido pela Campanha x Nacional pelo Direito Educa o que foi o principal produto do Termo de 309 Coopera o firmado entre a C mara de Educa o B sica do CNE e a Campanha em 5 de novembro de 2008 e que resultou na elabora o do Parecer CNE CEB n 8 2010 Seguem portanto nossas proposi es a Em rela o ao financiamento Em considera o ao observado nos dados apresentados sobre o financiamento da educa o Cap V onde demonstramos que a SEMED n o investiu na Educa o Infantil os recursos da MDE orientados inclusive pelo PNE 2001 10 n o inclu dos no FUNDEF bem como tamb m n o aplicou todos os recursos do FUNDEB recebidos para esta etapa em 2008 torna se imprescind vel que os gestores apliquem o que determina a Lei para que os recursos do FUNDEB repassados em raz o do n mero de matr culas sejam investidos totalmente nas etapas e modalidades para as quais foram recebidos evitando se utilizar recursos de uma etapa ou modalidade em o
473. pa o diante dessa situa o administrativa foi fazer o qu foi descentralizar os recursos da educa o Com o PROAFEM conseguimos passar desse recurso que a Secretaria levava meses e meses pra chegar escola uma lata de cera sab o em p vassoura esses tipos de materiais a nos conseguimos descentralizar isso para a pr pria escola comprar Foi um grande avan o porque atrav s do Conselho Escolar o diretor compra paga fiscaliza e acompanha ent o muito mais pr tico Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 A secret ria EB continuou com os programas descentralizados e investiu mais na descentraliza o mas agora junto s escolas comunit rias Foi uma descentraliza o que garantiu um m nimo de recursos para as escolas conveniadas com a Prefeitura via PROAFINC A gente lan ou o PROAFINC pra atender a popula o e come ou atender com um pouco mais de qualidade na nossa rede A gente n o quer manter isso pro resto da vida se voc pegar os dados vai saber que em 2008 n s diminu mos o PROAFINC porque a gente expandiu a nossa rede municipal Tem muita gente que achou que n o foi positivo mas se voc pegar as escolas comunit rias e a educa o infantil tem l no arquivo as fotos como elas est o hoje Elas ainda n o est o do jeito que a gente quer mas se voc observar elas melhoraram expressivamente Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 A quest o colocada aqui essa melhoria pois as escolas co
474. pal de Educa o Divis o de Educa o Infantil Proposta Pol tica Pedag gica para a Educa o Infantil do Munic pio de Porto Velho Porto Velho SEMED 2009 Secretaria Municipal de Sa de Diagn stico Local do Munic pio de Porto Velho RO Porto Velho 2008 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 186 de 28 de maio de 2004 Realinha as Tabelas de Vencimentos da qual trata as Leis Complementares n 157 e 158 de 05 de maio de 2003 e d outras provid ncias Porto Velho 2004 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 219 de 16 de maio de 2005 Porto Velho 2005 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 283 de 18 de maio de 2007 Disp e sobre altera o da Lei Complementar n 140 2001 Plano de Cargos e Vencimentos dos profissionais da educa o do Munic pio de Porto Velho e d outras provid ncias Porto Velho 2007 336 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 300 de 04 de abril de 2008 Altera as tabelas salariais das Leis Complementares n 174 de 12 de novembro de 2003 n 140 de 31 de dezembro de 2001 n 141 de 19 de abril de 2002 e n 187 de 28 de maio de 2004 e d outras provid ncias Porto Velho 2008 C mara Municipal Secretaria Municipal de Educa o Lei Complementar n 341 de 02 de janeiro de 2009 Disp e sobre a reestrutura o
475. para a Agricultura Familiar a partir da Lei Federal n 11 947 de 16 de junho de 2009 No entanto as falas a seguir apontam um aspecto negativo nas pol ticas de financiamento dos programas devido ao valor repassado considerar para o c lculo o n mero de matr culas do ano anterior Sem desconsiderar que muitas vezes a amplia o de matr culas n o realizada na escola devido falta de espa os ou por turmas que est o com o n mero m ximo de alunos essa medida inibe a amplia o de vagas devido aos problemas que a escola enfrentar no ano em curso conforme apontam as falas das diretoras A gente n o coloca nenhum aluno a mais O neg cio o valor porque a escola pequena n s temos 190 alunos e a vem o recurso por exemplo mil e poucos por m s mas a compra que a gente faz com os fornecedores que fecham l no preg o d a mais e a gente sempre fica devendo GF Diretora El 2009 Mas eu digo assim que l na escola eu n o tenho problema com merenda O problema que eu tenho com fornecedor n o com merenda porque com merenda a gente tamb m recebe a contrapartida do Programa Fome Zero Al m de a gente ter essa contrapartida a gente trabalha com n mero exato de crian as do censo se esse ano o recurso vem de acordo com o censo recebido de acordo com o censo do no anterior e se esse ano eu trabalhei com 100 alunos ano que vem n o adianta eu colocar 150 porque eu n o vou receber merenda GF Dire
476. para educa o a dist ncia em 191 um sistema de apoio aprendizagem com acompanhamento e em um sistema de comunica o que permitem ao professor cursista obter informa es socializar seus conhecimentos compartilhar e esclarecer suas d vidas recebendo assim uma forma o consistente A Matriz Curricular foi estruturada em seis tem ticas organizadas em duas grandes bases Base Nacional do Ensino M dio Linguagens e C digos Identidade Sociedade e Cultura Matem tica e L gica Vida e Natureza Forma o Pedag gica Fundamentos da Educa o que trabalhou Fundamentos Sociofilos ficos Psicologia e Hist ria da Educa o e da Educa o Infantil Organiza o do Trabalho Pedag gico que trabalhou o Sistema Educacional Brasileiro Bases Pedag gicas do Trabalho em Educa o e A o Docente na Educa o Infantil Al m destas reas acrescentam se mais duas que s o determinadas pelos estados Projeto de trabalho e interven o sobre temas de interesse local L ngua estrangeira eleita pelo estado para compor o curr culo pleno O Proinfantil uma parceria entre o Minist rio da Educa o por interm dio da Secretaria de Educa o B sica e da Secretaria de Educa o a Dist ncia os estados e os munic pios interessados As responsabilidades s o estabelecidas em um Acordo de Participa o assinado pelas tr s esferas administrativas Na SEMED o Programa teve in cio em janeiro de 2006 momento em que ing
477. planejamento ou seja das a es implementadas visando ajustar esse planejamento Segundo ela a SEMED fez avalia o inicial processual e final A avalia o inicial fundamental no processo de planejamento e defini o de pol ticas pois este o momento de apontar o que est bom o que precisa ser melhorado para se planejar definir as metas e boas estrat gias de operacionaliza o A avalia o no processo sem d vida a que melhor resultado oferece pois ocorre durante o desenvolvimento de uma a o programa ou projeto Mas preciso avaliar as a es em per odos alternados O Plano Municipal ou as diretrizes gerais e espec ficas as metas e os objetivos precisam ser avaliados continuamente contando com a participa o da comunidade implicada nas pol ticas O processo de avalia o coletiva fundamental pois cada sujeito faz suas considera es de um lugar institucional e social diferente e todos os olhares v o rever as a es e possibilitar a constru o de novas estrat gias e propostas para os ajustes necess rios ou para a sua continuidade Tamb m a avalia o final tem seus efeitos muito positivos j que o momento de fazer um balan o verificar o que foi alcan ado o que ainda precisar 282 de interven es e que ser conte do para o novo planejamento As avalia es nacionais como o Sistema de Avalia o da Educa o B sica Saeb que composto pela Avalia o Nacional da Educa o
478. pons vel pelas informa es Data DER REFER NCIA BRASIL Minist rio da Educa o Indicadores de qualidade na Educa o Infantil Bras lia MEC SEB 2009 356 AP NDICE H Primeiras escolas Rond nia Porto Velho Santo Ant nio e Guajar Mirim 1913 1970 ANO DE ESCOLAS CRIADAS EM ROND NIA PORTO VELHO SANTO ANT NIO E CRIA O GUAJAR MIRIM 1913 A 1970 1913 Primeira escola Localidade de Santo Ant nio do Alto Madeira 1915 Escola Mista Municipal Criada atrav s de Lei Municipal n 5 de 28 de julho de 1915 1920 Grupos Escolares Municipais Dr Jonathas Pedrosa e Ab lio Borges 1920 a 1922 Instituto Eduardo Ribeiro Exclusivo aos filhos dos funcion rios graduados da EFMM 1921 Pestalozzi Escola Particular 1921 Col gio Ordem e Progresso Escola Particular 1921 Escola Mista Escola Particular 1921 Irm C rita Escola Particular 1922 Escola Prim ria Dom Bosco Escola Particular Congrega o Salesiana 1923 Algumas escolas de of cio profissionalizante iniciativa particular Guajar Mirim 1923 Grupo Escolar Rui Barbosa Exclusivo aos filhos dos funcion rios graduados da EFMM 1924 Escola Ces rio Correa Iniciativa particular Guajar Mirim 1925 Instituto Paulo Saldanha Particular 1925 Grupo Escolar Bar o de Solim es Primeira escola p blica estadual da cidade de
479. ps einstein br revista arquivos PDF 1186 Einstein 20v7n3p351 6_port pdf Acesso em set 2010 BRASIL MEC Conselho Nacional de Educa o C mara de Educa o B sica Parecer n 04 de 06 de setembro de 2000 Parecer Normativo sobre as diretrizes operacionais para a Educa o Infantil Dispon vel em lt http www mec gov br cne pdf PCB004v03 pdf gt Acesso em 30 mar 2003 BRASIL MEC Conselho Nacional de Educa o C mara de Educa o B sica Parecer n 20 de 02 de dezembro de 1998c Parecer em resposta consulta relativa ao ensino fundamental de nove anos Dispon vel em http Anww mec gov br cne pdf CEB20 1998a pdf Acesso em abr 2009 CAMPOS M M M Sobre a qualidade do atendimento em creches e pr escolas no Brasil Entrevista concedida em 22 de agosto de 2006 s professoras 341 Elaine de Paula e Moema Kiehn Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ci ncias de Educa o N cleo de Estudos e Pesquisas da Educa o na Pequena Inf ncia 2006a Dispon vel em lt http www ced ufsc br zeroseis 1entrev15 pdf gt Acesso em out de 2009 CIRANDA BRASIL ECA 20 anos direitos das crian as e adolescentes ainda precisam sair do papel Dispon vel em http Avnww ciranda net brasil article eca 20 anos direitos das criancas Acesso em set 2010 CORREA B C Crian as aos Seis Anos no Ensino Fundamental desafios garantia de direitos Dispon vel em lt lt http www anped org br reunioes 30ra
480. psd sieusjeu sopenbuug eJnga Sp SIBLS eu sono SOJAI EH epuap woo seossed seusbipul soJBeu sodUBIG SJJUS SedUSIs p se ojjadsas O OJuSLIDSYUOD O LWIBA USOUI enb siensinoipne sooibobeped sieusjeu soJaI sejiggu sopenbuug EH sus sono e Sejusp ep senooso sepjeJ sejouoges sopenbepe sieoo us opepJenh ejusiouns pepyuenb w epepijenb ep susibiy ep enpiaipu jeusjew EH Jejuouodxo JonoJose eyuissew eje OJeg siguoIsusupu soja go JINnJ sUOD Jejopouw ejuid Jeyuasap esed sossaip sooibobepod sieusjeuw ejuslo ns apepyuenb w oue o opo ep obuo oe og inyysu eu EH ejusioyns pepyuenb w sieoIsnu sozuawnysul EH u Dyns pepyuenb w sedueuo SE SIGAISS99L SIEIJ JEWU SOJJNO SEJSIASI SOJAI S JULJS WO9 Opedinba einaj Sp oyuyues no BOSoI gIg owo enya e esed opeziuebio odedsa eH ejusueueIp waew eudoJd e semasqo Ievunq wessod nb eied sedueuo sep enye eu e sondas soyj ds sejes seu eH 93 eundua ep epue op eyo yuqe ep exigous sp sopeJnynse ogu sieusjeuw ouJs xe odedse o esed ezuoo ep Ze Sp sosn sosJaAIp eJed e ejusioyns epepjuenb w seues sep sesseJs ul soe wepuods enb soponbuug EH OSE AP NDICE G E EE unesp KO UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA J LIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Ci ncias e Letras Campus de Araraquara SP PROGRAMA INTERINSTIT
481. quais foram os programas projetos e a es desenvolvidas pela SEMED voltados ao atendimento Educa o Infantil no per odo de 1999 a 2008 Em 1996 foi eleito Francisco Jos Chiquilito Coimbra Erse da sigla partid ria PDT Partido Democr tico Trabalhista para ocupar o cargo de prefeito de Porto Velho tendo como vice prefeito Carlos de Azevedo Camur a tamb m da sigla partid ria PDT Ao final de 1998 ap s quase dois anos de mandato o prefeito por problemas de sa de renunciou ao mandato e a administra o municipal foi assumida pelo vice prefeito Carlos Camur a que concluiu a gest o em 2000 Neste mesmo ano Carlos Camur a foi eleito para prefeito e assumiu a gest o em 2001 concluindo este mandato em 2004 Portanto Carlos Alberto de Azevedo Camur a esteve frente da administra o municipal por um per odo de seis anos consecutivos No ano de 1997 ano em que o prefeito Chiquilito Erse assumiu a prefeitura a pol tica nacional de educa o come ava a passar por mudan as consequ ncia da reforma de Estado implementada no governo de Fernando Herrique Cardoso A prefeitura de Porto Velho iniciaria em sua gest o a organiza o do sistema municipal de ensino considerando tanto a nova LDB quanto a Lei 9424 96 Lei do FUNDEF As implica es da nova legisla o nacional reca ram tanto sobre o direito educa o quanto estrutura organiza o curr culo escolar financiamento e forma o docente com
482. que embora aquele saber esteja marcadamente presente na constitui o das creches e asilos em nosso pa s n o se pode caracterizar este per odo como de hegemonia m dico higienista pois segundo ele n o havia apenas m dico higienismo na Educa o Infantil Al m da puericultura que passou a integrar os curr culos das escolas normais desenvolveram se estudos de psicologia infantil e de m todos pedag gicos para a crian a pequena Evidenciou que a difus o das institui es associava se id ia de sociedade moderna e civilizada ideologia do progresso Para o autor a cria o dessas institui es foi o resultado da articula o de interesses jur dicos empresariais pol ticos m dicos pedag gicos e religiosos em torno de tr s influ ncias b sicas a jur dico policial a m dico higienista e a religiosa O segundo per odo de 1920 a meados dos anos de 1970 foi marcado pelo in cio da regulamenta o da Educa o Infantil pelo Estado e por um lento processo 8 Para esta organiza o Kramer 1992 considerou os estudos desenvolvidos por Moncorvo Filho A Hist rico da prote o inf ncia no Brasil 1500 1922 publicada em 1926 Para mais informa es sobre as influ ncias jur dico policial m dico higienista e religiosa ver Kramer 1992 e Kuhlmann 1998 listados na refer ncia deste trabalho 66 de expans o No Brasil no final do s culo XIX e in cio do s culo XX vivia se segundo Kuhlm
483. que um bom professor deseja trabalhar numa s unidade escolar igual a colega falou com a quest o salarial justa que o professor n o tivesse que se desdobrar no munic pio estado ou particular para conseguir manter a sua casa As pesquisas comprovaram que a maior parte das mulheres na educa o mant m e sustenta suas casas s o chefes de fam lia e com um 258 sal rio por mais que agora eles tentaram colocar um vencimento razo vel mas em contrapartida baixaram as gratifica es de especializa es especialista mestrado e doutorado Qual o incentivo pois a gente j tira do sal rio para poder pagar uma gradua o uma p s gradua o lato sensu stricto sensu e o seu retorno depois o contracheque n o aquele desejado aquele esperado Pois mesmo o atual prefeito tentando dar uma melhorada no nosso sal rio deu uma desvaloriza o na qualifica o profissional de incentivar os professores a estarem buscando conhecimentos para estar aplicando na sua sala de aula Ent o acho que isso deixou muito a desejar GF Profa El 2009 Com a quest o que a colega falou da carga hor ria tamb m de passar para 30 horas ou igualar todo mundo 40 horas fazendo o sal rio justo que d para voc manter a sua fam lia GF Profa El 2009 Uma queixa que foi tamb m apontada pelas diretoras sobre o PCCS atual que al m de n o alterar a carga hor ria de trabalho que tanto almejavam tamb m retirou a gratifica
484. r ocupado pela Educa o Infantil nas pol ticas p blicas municipais considerando as A primeira gest o com a sigla do Partido Democr tico Trabalhista PDT teve frente da gest o municipal o Prefeito Carlos Alberto de Azevedo Camur a que assumiu a prefeitura enquanto ainda era vice prefeito em 1999 sendo eleito para nova gest o iniciada em 2001 e encerrada em 2004 A segunda com a sigla partid ria do Partido dos Trabalhadores PT teve frente da gest o o Prefeito Roberto Eduardo Sobrinho 25 determina es legais nacionais Al m disso pude verificar tamb m o que ainda falta para ser realizado visando uma Educa o Infantil de qualidade para todas as crian as Organizei as produ es decorrentes desses estudos em sete cap tulos O cap tulo 1 apresenta a Pol tica educacional e direito educa o infantil no Brasil Nele abordo o contexto geral da pol tica educacional do Brasil a partir dos anos de 1990 no mbito da educa o b sica visando situar a educa o infantil dentro de um contexto mais abrangente Aponta algumas considera es gerais sobre o cen rio nacional incluindo a discuss o sobre o direito educa o infantil materializado na legisla o nacional com destaque para o lugar ocupado pela educa o infantil nesse ordenamento legal atual O 2 cap tulo intitulado Atendimento educa o infantil no Brasil apresenta o hist rico do atendimento educa o infantil no Brasil di
485. r odo de 1999 a 2008 sab amos que o caminho a ser trilhado n o seria f cil Isso porque pol ticas p blicas para a educa o da crian a de zero a seis anos foram como j foi apresentado pouco formuladas e tamb m pouco levadas a s rio durante 86 a hist ria da educa o no Brasil Hoje se vislumbra um novo cen rio legal mas que ainda est em processo de estrutura o Identificar e analisar as a es desenvolvidas pela prefeitura verificar o que pensam os gestores municipais sobre as pol ticas de atendimento educa o infantil foram objetivos espec ficos que dentre outros perseguimos durante a investiga o Nossa preocupa o em rela o metodologia esteve pautada em algumas quest es como dar conta desses objetivos sem cair em um abstracionismo pedag gico Que faremos para n o partir para an lises abstratas que em pouco ou nada contribuir o com a interven o na realidade no sentido de melhor la Como n o cair nas armadilhas do fen meno Azanha 1992 lembra que para isso s o necess rios procedimentos descritivos e explicativos adequados ao estudo dessa vida cotidiana e aponta para isso algumas demarca es conceituais relativas ao cotidiano De uma perspectiva epistemol gica aceitar a id ia essencialista de ci ncia prejudicial pois carrega a possibilidade de nica via de acesso ao conhecimento a de ren ncia definitiva cr tica Acreditar na possibilidade de explica es ltimas
486. r porque eu sempre trabalhei com Educa o de Jovens e Adultos ou 227 na secretaria ou nas escolas e tinha muito orgulho disso A gente tem que fazer alguma coisa agora Agora que est aqui tem que fazer alguma coisa E o outro era o acesso e a perman ncia dos alunos Foram esses quatro resultados no primeiro planejamento estrat gico que fizemos em fevereiro Em mar o n s convocamos representa es Ent o a gente solicitou que os Conselhos Escolares enviassem pra gente al m do diretor n s convidamos todos todos os conselhos escolares incluindo o diretor e onde n o tinha conselho escolar a gente convidou o diretor e o representante da comunidade Pedimos pra que eles escolhessem representantes daquele grupo pra compor conosco o planejamento estrat gico que n s j est vamos com a vis o do plano de governo e do que n s pretend amos na gest o s que a gente queria ouvir um pouco mais tava faltando um pouco mais a voz deles Eles vieram e a gente fez a segunda etapa do planejamento estrat gico que foi apresentar a nossa id ia inicial e apresentar a partir da vis o deles dos clientes do servi o Assim a gente fez A educa o infantil entrou em dois focos na quest o de qualidade entrou em tudo Ela entrou na qualidade na inclus o social e tamb m no acesso e perman ncia No acesso e perman ncia a gente identificou que precisava da constru o das escolas Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 A gente const
487. r s a quatro meses A gente d uma parada e faz a avalia o Prioritariamente a gente faz com gestores de departamentos e chefes de divis o ent o faz essa avalia o interna a gente faz todo ano Fa o no come o do ano uma reuni o com todos os diretores eu falo do planejamento inicial e novamente ou o o que eles t m pra acrescentar a a gente comp e no final do ano a reuni o com todos os diretores que apresenta o planejamento e o que foi alcan ado durante o ano eu passo a presta o de contas pra eles e pe o pra que dentro das escolas eles fa am essa presta o de contas Fazemos duas vezes na verdade uma no planejamento inicial e outra na presta o de contas A gente criou agora uma outra forma de avaliar mas a n o planejamento como um todo s o algumas quest es que a gente acha que tem que melhorar Temos chamado de Semin rio Setorial Ent o a gente j fez um de gest o democr tica que pra saber em que ponto estamos o que tem que avan ar tanto na gest o como na parte legal Tivemos o PROAFINC que esse programa nas escolas comunit rias tivemos os recursos aplicados tamb m que a escola aplica o que pode ser melhorado Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 O programa PROAFINC avaliado todos os finais de ano e da busca se as melhorias de acordo com o que est acontecendo e as avalia es realizadas O Planejamento Estrat gico avaliado e as modifica es priorizadas de acordo com c
488. r P ton 2004 Santom 2003 e Oliveira 2001 Tais autores assinalam que o neoliberalismo considera a educa o um espa o privilegiado de difus o de id ias e interesses das fac es hegem nicas da sociedade que expressam suas inten es pela via das pol ticas educacionais de interven o econ mica O Banco Mundial BM viu a educa o como fundamental para o crescimento econ mico e o desenvolvimento social Valorizar a educa o b sica seria atuar na promo o de pol ticas que erradicassem a pobreza reduzissem a desigualdade social e promovessem o desenvolvimento no pa s Os documentos do BM declaravam que segundo esta l gica a educa o poderia vir a oferecer uma maior oportunidade s pessoas de se tornarem mais produtivas e de melhorarem a qualidade de suas vidas o que consequentemente contribuiria diretamente para a redu o da pobreza e da desigualdade social A pol tica neoliberal modelo econ mico assumido pelos governos brasileiros desse per odo foi a base para a sustenta o dessa demanda e a educa o b sica foi revestida pela id ia de profissionaliza o flexibiliza o e adapta o s novas condi es produtivas e portanto tais aspectos foram considerados nas pol ticas de educa o escolar A educa o n o foi tomada pelo seu potencial formativo do ser humano e seu objetivo no dizer de Silva Jr 2004 p 71 n o foi a eleva o da condi o humana como queriam e querem tantos h
489. r acaso o FUNDEB proposto pela Emenda Constitucional n 53 2006 foi aprovado pelo Congresso Nacional atrav s da Lei 11 494 2007 de 20 06 2007 em Bras lia sem muita resist ncia por parte da sociedade e de seus representantes no Congresso Nacional apresentando ainda algumas melhorias Excetuando se os benef cios j apontados Azevedo 2002 aponta tamb m que o FUNDEF constituiu se em fonte de problemas conforme verificado na reda o do item 1 do diagn stico do Plano Nacional de Educa o PNE Lei n 10 172 2001 Este registra que a Sinopse Estat stica da Educa o B sica 1999 apresentou um decr scimo de cerca de 200 mil matr culas na pr escola em 1998 fato que persistiu mesmo que em menor n mero 159 mil em 1999 Essa redu o foi atribu da ao fato de ter contemplado separadamente o ensino fundamental das 41 etapas anterior e posterior da educa o b sica Conforme o diagn stico recursos antes aplicados na educa o infantil foram gastos pelos Munic pios e Estados com o ensino fundamental tendo sido fechadas muitas institui es de educa o infantil Assim duas raz es revelam o aspecto negativo do FUNDEF para a educa o infantil a primeira porque n o a incluiu no fundo o que a impossibilitou de receber no caso dos munic pios com menor arrecada o a complementa o a segunda porque como o valor recebido pelo munic pio para o ensino fundamental era calculado em raz o do n mero de ma
490. r assistencialista principalmente no caso das crian as de zero a tr s anos Quem respondia pelas creches nos munic pios geralmente eram as Secretarias de Assist ncia Social ou A o Social A id ia de apenas cuidar das crian as enquanto as m es trabalhavam sempre esteve presente e em muitos casos quem cuidava das crian as eram volunt rias ou monitores sem a forma o adequada A LDB n 9 394 evidenciou a import ncia da Educa o 1 CIRANDA BRASIL ECA 20 anos direitos das crian as e adolescentes ainda precisam sair do papel Dispon vel em http Anww ciranda net brasil article eca 20 anos direitos das criancas Acesso em set 2010 47 Infantil e o trabalho pedag gico com a crian a de zero a seis anos adquiriu reconhecimento e ganhou uma dimens o mais ampla no sistema educacional qual seja atender s especificidades do desenvolvimento das crian as dessa faixa et ria e contribuir para a constru o e o exerc cio de sua cidadania No que se refere a Educa o B sica a Lei 9 394 96 define a finalidade da Educa o Infantil como o desenvolvimento integral da crian a at seis anos de idade em seus aspectos f sico psicol gico intelectual e social complementando a a o da fam lia e da comunidade Esse aspecto levou valoriza o do papel do da profissional que atua com a crian a de zero a seis 6 anos exigindo se dele ou dela uma habilita o que considere as responsabilidades sociais e educativas
491. r capita por aluno para a creche GF Profa El 2009 Ent o quando a SEMAC que hoje a SEMAS era suco de laranja de manh n o era Muitas frutas comida que estragava Os filhos s iam pra casa depois que jantavam GF Profa El 2009 Tem dias que n o tem merenda pros alunos n o tem e em casa tamb m n o tem que os pais n o t m Como que essa crian a vai desenvolver Tem alunos que choram na sala de aula com fome Me da um pedacinho de p o N o tem E o que o professor responde N o tem Ano passado n s traziamos lanches de casa Comprava p o biscoito bolachas pras crian as porque s a merenda da escola n o era suficiente Nem pessoal espec fico para fazer a merenda tem GF Profa El 2009 s vezes falta de pessoal merendeira auxiliar ent o essa uma outra quest o que n o est bem o pessoal de apoio GF Profa El 2009 Uma das problem ticas que eu vejo na quest o da merenda o recurso no in cio do ano n o ser passado no tempo adequado As aulas come am em fevereiro e o recurso vai cair em abril At a a escola tem que ta fazendo compra pra alimentar essas crian as sendo que a proposta da pol tica p blica merenda nas escolas S que essa merenda escolar n o funciona GF Profa El 2009 Nem todo o fornecedor quer aquela burocracia das tr s cota es de fornecer alimentos sem receber Qual a garantia que ele vai ter se esse recurso vai ser repassado ou n o se n o va
492. r e a responsabilidade coletiva pela educa o das crian as pequenas tamb m s o fatores relevantes Nesse sentido o documento objetiva auxiliar as equipes que atuam na educa o infantil juntamente com fam lias e pessoas da comunidade na participa o de processos de autoavalia o da qualidade de creches e pr escolas Tamb m recentemente foi aprovada pela C mara de Educa o B sica do Conselho Nacional de Educa o a Resolu o n 5 de 17 de dezembro de 2009 BRASIL 2009b que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil Consideramos importantes os artigos 4 e 5 pelo conte do neles apresentados Art 4 As propostas pedag gicas da Educa o Infantil dever o considerar que a crian a centro do planejamento curricular sujeito hist rico e de direitos que nas intera es rela es e pr ticas cotidianas que vivencia constr i sua identidade pessoal e coletiva brinca imagina fantasia deseja aprende observa experimenta narra questiona e constr i sentidos sobre a natureza e a sociedade produzindo cultura Art 5 A Educa o Infantil primeira etapa da Educa o B sica oferecida em creches e pr escolas as quais se caracterizam como espa os institucionais n o dom sticos que constituem estabelecimentos educacionais p blicos ou privados que educam e cuidam de crian as de O a 5 anos de idade no per odo diurno em 2 No capitulo V apresentaremos um levantame
493. r elaboradas nos autorizaram a completar essa tese afirmando que nesse per odo a defesa da Educa o Infantil n o se colocava haja vista as creches permanecerem todo o per odo sob a coordena o da Secretaria 306 Municipal de A o Comunit ria e as crian as de seis anos serem atendidas como ensino fundamental b Na segunda gest o analisada a Educa o Infantil ocupou um lugar de destaque tanto no discurso quanto nas pol ticas implementadas e foi tamb m considerada necess ria para a forma o e desenvolvimento das crian as No rol das a es voltadas educa o no PPA 2006 2009 a educa o infantil contou com metas e a es programadas al m de aporte financeiro para desenvolv las A es de forma o docente expans o do atendimento de amplia o da rede f sica envolvendo a constru o de escolas e a formaliza o de conv nios com escolas da rede privada elabora o da proposta Pol tico Pedag gica para a etapa e realiza o da Confer ncia Municipal de Educa o Infantil representaram um diferencial nessa gest o no atendimento primeira etapa da educa o b sica por m n o o suficiente em termos qualitativos Isso posto conclu mos que para a consolida o da Educa o Infantil de qualidade ser necess rio prioriza o dessa etapa com defini o clara de metas e a amplia o dos recursos financeiros tanto para a expans o e aparelhagem de escolas como para as despesas de manuten
494. r no ensino superior V se que de aparentemente simples as metas s o ambiciosas como por exemplo a erradica o do analfabetismo e a universaliza o do acesso das crian as educa o infantil A Mensagem n 67 de 30 de setembro de 2005 encaminhada pelo prefeito Presidente da C mara Municipal apresenta o Projeto de Lei do Plano Plurianual PPA que al m dos objetivos diretrizes e metas que indicavam a a o direta do Governo do Munic pio para o quadri nio 2006 2009 estabeleceu um conjunto de 7 Neste item o plano destaca que havia em 2004 250 professores as da rede municipal cursando o ensino superior pelo PROHACAP e que destes 75 eram professores as da rea rural 149 programas e projetos estrat gicos para o desenvolvimento de Porto Velho O prefeito informa no documento que a realiza o das a es estar parcialmente condicionada a parcerias com a Uni o Estado e at mesmo com a iniciativa privada O mesmo foi organizado em torno de tr s macro objetivos sendo o macro objetivo voltado rea social inserida a a educa o e nesta a Educa o Infantil O macro objetivo Il visava promover a inclus o social e a redu o das desigualdades sociais com o desenvolvimento das reas sociais priorit rias e gera o de trabalho emprego e renda ambientalmente sustent vel Destacamos 16 dentre as 69 diretrizes apontadas para esse macro objetivo voltadas educa o de modo geral e
495. r parte do sistema p blico at aquele momento obrigando a professora a caminhar sozinha Nesse sentido a professora Jos lia Gomes Neves relatando sobre sua atua o como professora na educa o infantil pela Secretaria Municipal de Educa o em 1986 Destaca o momento em que foi assumir uma sala de aula em uma escola da rede municipal A professora comenta que Quando cheguei descobri que era na verdade uma escola comunit ria no bairro S o Sebasti o Il que era pobre bairro de periferia onde as pessoas eram extremamente maltratadas porque n o tinha nem ruas havia os caminhos fui trabalhar com o pr escolar que era como era chamado na poca com crian as de 4 5 e 6 anos a comunidade entendia que tamb m tinha direito educa o e construiu de forma muito rudimentar dois 128 compartimentos separados e decidiram que seriam duas salas de aula Relato Profa Jos lia 2009 Fica evidente na fala da professora o que as duas professoras anteriores destacaram o pouco atendimento educa o infantil era realizado pelo territ rio estado Na rede municipal o atendimento era prec rio e at aquele momento final dos anos de 1980 n o havia escolas espec ficas para essa etapa A professora lembra que era muito comum as comunidades criarem as escolas comunit rias Uma raz o vis vel e imediata de tais escolas seria a resolu o dos problemas tamb m imediatos como a falta de escolas p blicas por m i
496. ra isso utilizavam depend ncias de Centros Comunit rios para o atendimento nutricional educacional m dico e odontol gico s crian as Observa se que a preocupa o era predominantemente assistencial ROND NIA 1997 116 Sobre essa quest o Kuhlmann Jr 1998 p 167 ressalta que se a primeira caracter stica da educa o assistencialista era a virtude pedag gica atribu da ao ato de se retirar a crian a da rua o segundo aspecto dessa proposta educacional era que a baixa qualidade do atendimento fazia parte dos seus objetivos previa se uma educa o que preparasse as crian as pobres para o futuro que com maior probabilidade j lhes estaria destinado ou seja uma educa o mais moral do que intelectual voltada para a profissionaliza o Assim educa o n o caberia a emancipa o e muito menos a mobilidade social mas apenas livrar as crian as de meios considerados impr prios para o desenvolvimento moral das mesmas e depois devolv las a esse mesmo meio social o que conferia a intencionalidade de uma educa o de baixa qualidade por parte do Estado Segundo o documento da SEDUC ROND NIA 1997 em 1982 o Movimento Brasileiro de Alfabetiza o MOBRAL teve tamb m participa o ativa apoiando as Secretarias Municipais de Educa o e a Secretaria de Estado da Educa o nos programas de Educa o Pr Escolar atrav s de a es complementares e suplementares direcionadas para a popula o de baixa renda
497. rama as escolas recebem um recurso em dinheiro de acordo com o n mero de alunos matriculados al m de outros benef cios estipulados no conv nio O Programa obedece a uma escala de valores conforme o n mero de crian as atendidas e De 25a 50 crian as R 7 500 00 e De 51 a 100 crian as R 15 000 00 e De 101 a 150 crian as R 22 500 00 e De 151 a 200 crian as R 30 000 00 74 Decreto ainda em vigor no ano de 2008 163 De acordo com informa es da SEMED para firmar conv nio e receber o recurso a escola conveniada com o Programa assinava um Termo de Compromisso M tuo antes da assinatura do conv nio onde se comprometia a n o cobrar nenhuma taxa de matr cula e mensalidade A SEMED tamb m informou que al m do recurso financeiro as Escolas Comunit rias Confessionais e Filantr picas eram assistidas com acompanhamento pedag gico merenda escolar e material did tico pedag gico material de limpeza disponibilidade de Pessoal como docentes e Pessoal de Apoio Os valores do PROAFINC s o repassados anualmente em duas parcelas s escolas conveniadas De acordo com o projeto a cada final de ano deveria ser feita a avalia o do Programa e caso necess rio efetuadas modifica es Os repasses de recursos anuais realizados pela SEMED s escolas conveniadas via programa PROAFINC foram os apresentados no quadro 15 Recursos do PROAFINC investidos em educa o infantil 2005 a 2008 Escolas Comunit rias
498. rdins de Inf ncia ROND NIA 1997 Elmeri considera que o projeto propiciou um significativo aumento num rico no atendimento clientela atendida pela rede estadual pois o mesmo funcionava em espa os diversos como centros comunit rios igrejas galp es de associa es ou clubes al m de outros locais Com isso segundo ela o n mero de crian as atendidas aumentou visivelmente tendo sido contratado um significativo n mero de docentes para esse fim os quais foram selecionados e capacitados Observamos que de fato prov vel que em um dado momento de car ncia total algo precisaria ser feito mas isso n o isenta o Estado de culpa pela falta de pol ticas ou pelas prec rias a es implementadas Ainda sobre esse per odo a professora Elmeri diz que as dificuldades junto Secretaria de Educa o na poca eram a escassez de verbas a capacita o de professoras que anualmente recebiam treinamento e logo em seguida eram convidadas a trabalhar nas escolas particulares com algumas vantagens ficando as escolas do Governo sempre com pessoal despreparado Relato Profa Elmeri 2009 O quadro de pessoal docente era prec rio e sobre o restrito atendimento e a forma o dos professores e das professoras a professora Elmeri destaca Naturalmente o atendimento n o alcan ava a demanda as professoras eram formadas em n vel de 2 Grau magist rio e algumas em n vel de 1 grau n o t nhamos ningu m com 126
499. realidade Ent o uma coisa assim alienada GF Profa ElI 2009 Tem creche que tem 28 alunos com uma professora e uma auxiliar O que diz a LDB S o quantos alunos pra uma professora e uma auxiliar Quer dizer como que n s vamos aplicar toda aquela maravilha que a gente gostaria na metodologia de aplicar na sala de 260 aula com a quantidade enorme de alunos uma coisa para estar se pensando Eu quero forma o continuada queremos mas que isso tenha um retorno na nossa pr tica GF Profa El 2009 As auxiliares de turma que estavam presentes s o contratadas para o cargo de servi os gerais mas conforme afirmou a secret ria elas possuem a forma o exigida legalmente para a doc ncia Mesmo assim est o descontentes pois s o exclu das das forma es em fun o de seus contratos de trabalho Eu comecei como auxiliar de servi os gerais n e passei a ser auxiliar de turma na sala de aula auxiliar de professora Ent o a gente sendo auxiliar de servi os gerais a gente tem direito a insalubridade e estando em sala de aula a gente perde esse direito GF Profa El 2009 Elas s o auxiliar de servi os gerais e n o podem fazer os cursos de especializa es porque s para professores Ent o coitadas como que elas v o crescer e ajudar os professores em sala de aula se as pol ticas p blicas voltadas elas n o podem participar elas n o podem participar porque s o auxiliares de servi os gera
500. rescimento saud vel para muitas crian as e a primeira etapa da educa o b sica que representa o 322 primeiro contato com a escola precisa ser inesquec vel marcada por viv ncias prazerosas e de aprendizagens significativas para as crian as Partindo do princ pio de que a Educa o Infantil fundamental para a forma o individual e coletiva social das crian as e que tamb m contribui para que essas mesmas crian as tenham maiores possibilidades de sucesso no ensino fundamental consideramos que a aprova o da Emenda Constitucional n 59 2009 mais um importante reconhecimento social do direito educa o a que tem todas as crian as Esperamos que a legisla o e a realidade n o continuem divorciadas o que pr tica muito comum mas que sejam reunidos esfor os para que n o vire letra morta CAMPOS 2005 Mas como j dissemos e n o demais ressaltar sem recursos n o se possibilita a educa o nem sem qualidade quanto mais com qualidade numa perspectiva democr tica A pol tica social precisa estar integrada pol tica econ mica e n o representar as sobras dessa ltima pois n o poss vel compreender os xitos econ micos a eleva o do Produto Interno Bruto se estes n o representarem investimentos sociais E ainda de forma alguma as pol ticas sociais de assist ncia s fam lias e inf ncia devem promover o descuido com a pol tica de educa o infantil ou vice versa A crian a hoje
501. ressantes que criam umas s outras no confinamento da sala de aula Informa es da SEMED PMPV PORTO VELHO 2009 mostram que as escolas particulares e comunit rias sempre estiveram atendendo alunos da Educa o Infantil com bolsas da prefeitura Em 2004 sem conv nio formal mas com acordo informal havia 67 unidades escolares que atendiam alunos e cobravam alguma taxa da comunidade Al m disso as chamadas escolas comunit rias ou conveniadas sendo tamb m particulares recebiam os alunos bolsistas da Educa o Infantil mas estes deveriam al m de contribuir com uma taxa comprar o EMEI Moranguinho EMEI Alegria EMEI Castanheira e EMEI Sementes do Ara 78 Por falta ou imprecis o n o apresentamos dados referentes ao atendimento Educa o Infantil por institui es em parceria com a SEMED embora o atendimento com conv nio formal ou n o existam desde os anos de 1990 ou mesmo antes conforme relatos apresentados no cap tulo 4 desta tese 170 material escolar livros uniformes merenda da cantina da escola ou levar de suas casas A prefeitura geralmente colocava disposi o dessas escolas um determinado n mero de professoras e para cada professora a escola matriculava como bolsistas um determinado n mero de crian as No entanto at 2004 n o havia uma regulamenta o formal entre SEMED escolas comunit rias e particulares para esse atendimento Geralmente as escolas comunit ria
502. ressaram 34 professores e professoras das escolas Municipais e Conveniadas sendo que 12 professores e professoras eram efetivos da Rede Municipal e 22 pertencentes s escolas conveniadas Do total 20 cursistas conclu ram o programa que encerrou suas atividades no primeiro semestre de 2008 De acordo com informa es da Divis o de Forma o da SEMED o Proinfantil foi desenvolvido na modalidade dist ncia com atividades orientadas por meio de material impresso auto instrucional de qualidade t cnica e pedag gica acervo de livros 34 livros das reas tem ticas 32 das reas pedag gicas e 32 cadernos de atividades al m de material videogr fico 8 Rond nia fez parte do Grupo Piloto que deu in cio s primeiras turmas do Proinfantil no segundo semestre de 2005 Nesse ano o Proinfantil iniciou em 88 munic pios de quatro estados Cear Goi s Rond nia e Sergipe sendo que a conclus o do curso para estes professores ocorreu a partir de agosto de 2007 Em 2006 aderiram ao programa os estados de Alagoas Bahia Piau e Amazonas e os estados do Cear e Rond nia ampliaram o programa Em maio de 2007 o programa j atendia um total de 2 877 professores de 191 munic pios brasileiros Ainda conforme o MEC a implementa o do Proinfantil descentralizada e estabelecida parceria entre a Uni o os estados e munic pios A estrutura organizacional composta pelos n veis nacional estadual e municipal e o Munic pio que ti
503. ria ajudar as pessoas e tamb m sair da condi o de muita 21 pobreza em que vivia embora essa realidade n o fosse diferente da de outras tantas milh es de crian as brasileiras cada uma com suas particularidades Aos treze anos conclu as s ries iniciais do ensino fundamental Como n o haveria no ano seguinte l no s tio as s ries finais do ensino fundamental fui morar na Creche Santa Marcelina criada em 1978 e estudar na Escola Estadual Bras lia em Porto Velho Estando l tamb m ajudava em outras atividades na creche e uma de minhas atividades prediletas era colaborar com as professoras no cuidado e brincadeiras no parque com as crian as Lembro me de como achava lindo aquele lugar Havia muitas salas todas muito equipadas mesinhas banheiros cozinha lact rio uma lavanderia com m quinas de lavar de passar uma secadora enorme com capacidade para muitos quilos de roupas ber rio muitas funcion rias muita m sica brinquedos e tudo para mim era novidade S n o me recordo de livros naquele lugar o que me parece estar de acordo com a concep o que se tinha de creche o lugar para cuidar E confesso l as crian as eram bem cuidadas Havia enfermeira e uma sala espec fica para atendimento s crian as e tamb m equipamentos de primeiros socorros No entanto mesmo sendo o lugar at ent o do cuidado de alguma forma tamb m havia educa o para as crian as Entendo que quando cuido tamb m
504. rian a se trata IX Congresso de Psicologia Escolar e Educacional IX CONPE realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie S o Paulo SP no dia 06 de julho de 2009 na qual estive presente 35 que exige titula o bem inferior que possuem Portanto seria injusto responsabilizar o sistema educacional pelas altas taxas de desemprego Isso pode ser verificado at mesmo no relat rio da Organiza o de Coopera o e Desenvolvimento Econ mico OCDE 1991 apud SANTOM 2003 p 29 que afirma agora h um n mero muito maior de alunos que saem da escola com alguma forma de qualifica o por m isto n o diminuiu a insatisfa o dos patr es Nesse sentido a alta taxa de desemprego t pica das economias neoliberais mostra que o problema das empresas capitalistas n o reside na falta de especializa o Mas a explica o para o problema pode ser buscada em raz es n o muito expl citas como por exemplo a de que as empresas n o est o muito dispostas a pagar sal rios mais justos e por isso recorrem a estrat gias pouco solid rias como a de mudar se para outros pa ses onde podem obter maiores benef cios econ micos pagando sal rios mais baixos SANTOM 20083 p 29 Assim preciso que se observe a dist ncia entre o que foi apregoado como requisitos imprescind veis aos bons empregos e aquilo que realmente tem sido solicitado aos trabalhadores empregados sem contar as condi es reais de
505. ribui o ou mensalidade que significasse mensalidade para o pai ou para a m e j naquela poca Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Outra dificuldade apontada por ele foi a municipaliza o quando atrav s de conv nio a Secretaria de Estado da Educa o no ano de 2000 passou para a prefeitura o atendimento s escolas de ensino fundamental rural e a educa o infantil Tamb m aquela quest o que n s enfrentamos que foi a municipaliza o do ensino Nessa poca a Secretaria de Educa o do Estado jogou pra prefeitura atrav s de um conv nio o atendimento s escolas de ensino fundamental rural e a educa o infantil Essas escolas municipalizadas foram desafios fora de s rio porque as den ncias vinham de todos os cantos do munic pio era Extrema Calif rnia escolas sem banheiro etc O Estado j n o dava mais assist ncia porque o conv nio dizia que era responsabilidade do munic pio e n s come amos a fazer as devidas reformas A vem a contra argumenta o dizendo que o munic pio n o poderia investir na escola que era patrim nio do Estado e come a uma situa o muito dif cil mas mesmo assim n s conseguimos construir escolas em Nova Calif rnia em Vista Alegre A gente come ou a assumir essas escolas porque estava no conv nio que era compet ncia sim do munic pio pela manuten o e reparos reformas das escolas Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Conforme j apontamos nos cap tulos I
506. rio local para reuni es meio de transporte materiais equipamentos etc de forma a assegurar a realiza o peri dica das reuni es de trabalho garantindo assim condi es para que o Colegiado desempenhe suas atividades e efetivamente exer a suas fun es Tamb m competem ao Conselho as fun es previstas nos par grafos 9 e 13 do Art 24 8 9 Aos conselhos incumbe ainda supervisionar o censo escolar anual e a elabora o da proposta or ament ria anual no mbito de suas respectivas esferas governamentais de atua o com o objetivo de concorrer para o regular e tempestivo tratamento e encaminhamento dos dados estat sticos e financeiros que alicer am a operacionaliza o dos Fundos 8 13 Aos conselhos incumbe tamb m acompanhar a aplica o dos recursos federais transferidos conta do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento Educa o de Jovens e Adultos e ainda receber e analisar as presta es de contas referentes a esses Programas formulando pareceres conclusivos acerca da aplica o desses recursos e encaminhando os ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o FNDE Portanto de modo geral compete ao Conselho do FUNDEB Acompanhar e controlar a distribui o transfer ncia e aplica o dos recursos do Fundeb Supervisionar a realiza o do censo escolar 219 Acompanhar a elabora o da propos
507. rios dos servi os p blicos sua participa o efetiva ou representativa nas tomadas de decis o com desconcentra o de tarefas Tamb m alerta que em rela o gest o financeira n o identificar autonomia com abandono e privatiza o Entendemos que ainda h muito mais desconcentra o de poder j que os programas s o bem espec ficos e os destinat rios dos servi os p blicos representados pelos membros dos conselhos escolares acabam tomando decis es a partir de decis es maiores sobre o que melhor e poss vel Os poss veis nem 278 sempre s o definidos pelas escolas Al m disso a gest o financeira caminha mais para o abandono que para a autonomia Um exemplo disso s o os recursos da merenda que segundo as diretoras e professoras s o insuficientes ou seja dentro do que a gest o municipal considerou poss vel a comunidade poder decidir o que comprar E para isso sempre ir priorizar o mais barato e muitas vezes n o o melhor ou mais nutritivo mas o que o recurso possibilita adquirir Ser preciso buscar o que apontou Paro 2002 para quem os artigos 4 e 25 tamb m est o relacionados com a gest o democr tica da escola p blica uma vez que dizem respeito necess ria adequa o de recursos materiais de infra estrutura e recursos humanos para garantir os objetivos da escola p blica A escola portanto poder servir se desses importantes dispositivos como fundamento legal para reivindica es
508. rmadas em Pedagogia o que coincide com as informa es sobre a forma o docente que levantamos a partir dos dados do censo escolar Conforme informa es das escolas as mesmas possuem um programa de forma o continuada que possibilita que as professoras planejem avaliem aprimorem seus registros e reorientem suas pr ticas Por fim na dimens o 6 Coopera o e troca com as fam lias e participa o na rede de prote o social para as escolas os familiares sentem se bem recebidos acolhidos e tratados com respeito na institui o inclusive em seu contato inicial as reuni es e entrevistas com os familiares s o realizadas em hor rios adequados participa o das fam lias as professoras e demais profissionais conhecem os familiares das crian as h reuni es com os familiares pelo menos tr s vezes por ano para apresentar planejamentos discutir e avaliar as viv ncias e produ es das crian as e os familiares de crian as novatas s o auxiliados e encorajados a ficar na institui o at que as mesmas se sintam seguras Os quadros 36 e 37 apresentam a exist ncia ou inexist ncia de espa os e mobili rios bem como suas condi es de funcionamento das escolas que fizeram parte da amostragem Observa se no entanto que algumas escolas n o responderam aos itens solicitados nas quest es 212 Exist ncia e Condi es de Funcionamento de Espa os f sicos de escolas que atendem Educa o Infantil
509. ro mem ria constru o elabora o Quer dizer um entrevistado que narra a sua mem ria de alguma coisa que viveu que passou que experimentou ele antes de tudo tem daquela experi ncia n o um registro ele tem uma elabora o Porque n s s registramos tomando por base nossas refer ncias ent o como todo registro mnem nico se d a partir do que n s j temos acumulado que percebemos ou interagimos com o mundo ao nosso redor p 195 Consideramos a perspectiva de Montenegro na an lise dos relatos coletados Assim os mesmos n o ser o apenas apresentados mas discutidos e analisados com o apoio de outras fontes documentais j que quando algu m relata o faz de sua perspectiva que n o puramente pessoal mas tem algo daquilo que j apreendeu de uma dada realidade e de suas experi ncias pessoais Assim n o se apreende ou capta o acontecido como se ele se apresentasse positivamente de forma objetiva ou evidente diante dos seus sentidos a mem ria n o opera como mero registro Voc l ou apreende o mundo com sua mem ria mas o presente o acontecido que se apresenta diante dos seus sentidos tamb m interfere atua desloca os significados que voc traz como mem ria Por isso a mem ria resulta numa constru o tensa entre o que voc traz como 95 lembran a e desse modo informa a maneira de perceber de compreender e o que se configura diante dos seus sentidos no presente transforman
510. rofa El 2009 Em rela o aos cursos de forma o tamb m apontam que os conte dos para um curso s o muitos e que a institui o formadora fa a inicialmente um levantamento para ver as necessidades das professoras Ressaltam que houve na ltima gest o um grande investimento em forma o docente para a educa o infantil mas que os cursos pouco contribuem pois os conte dos trabalhados j foram estudados na universidade e que os mesmos n o consideram a realidade da escola Desenvolvidos dessa forma as forma es pouco contribuem j que o que estudam n o se aplicar na escola conforme ressalta uma professora Ali o professor fica alienado porque chega escola n o tem material pra voc trabalhar n o oferece condi es a sala entupida de crian as GF Profa El 2009 Vai fazer um treinamento de educa o infantil j fazer uma previa nos departamentos e ver quais s o as reais necessidades dos professores na educa o infantil e dentro dessas necessidades passarem um conte do program tico do curso da educa o infantil do treinamento do professor pra que atendam essas necessidades GF Profa El 2009 Eu sinceramente vou ser sincera esses cursos que a SEMED oferece pra gente eu j nem gosto de fazer Porque uma coisa repetitiva que eu vi durante a minha forma o l na universidade Ent o pra mim n o me motiva em nada porque chega l fala coisas que eu j sei e que n o s o aplicadas na
511. roporcionados s crian as brasileiras Considerando os aspectos apontados essa pesquisa pretendeu investigar como se deu o desenvolvimento da educa o infantil no munic pio de Porto Velho RO no sentido de levantar o m ximo de dados sobre as pol ticas p blicas municipais produzidas e ou implementadas e seu impacto na educa o infantil Neste sentido a nfase est no per odo de 1999 a 2008 que abrange duas administra es municipais desenvolvidas por dois prefeitos Destaco que a gest o que defino neste estudo como primeira iniciada em 1999 e conclu da em 2004 consiste na conclus o da gest o 1997 2000 assumida pelo mesmo prefeito que administrou integralmente a gest o 2001 2004 No delineamento das quest es de pesquisa bem como dos objetivos optei pelo recorte geogr fico e temporal o que destacarei melhor no Cap tulo Ill desta tese Como recorte geogr fico decidi estudar o Munic pio de Porto Velho por ser este a capital do Estado o primeiro a ser criado e o mais populoso de Rond nia O recorte temporal justifica se entre outros aspectos pelos dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDBEN 9394 96 com destaque para o Art 89 e tamb m do Plano Nacional de Educa o PNE 2001 que estabeleceu objetivos e metas para a educa o de modo geral incluindo a Educa o Infantil e tamb m definiu prazos para o cumprimento dos mesmos Todo o estudo desenvolvido levou me a conhecer e descrever o luga
512. s Munic pio de Porto Velho Geral e Educa o Infantil Rede Municipal Porto Velho Ro por Lota o 1999 2008 Fonte Organizado pela autora a partir do documento ROND NIA Estat sticas Educacionais Secretaria Estadual de Educa o SEDUC RO Estat sticas per odos de 1998 a 2007 v 1 e 2 N N N O O O m N N a O N N O O O q N q Campo 2 Cidade Campo N QO O Oo A valoriza o profissional implica em possibilitar a todos e todas os as profissionais que atuam com a Educa o Infantil condi es de trabalho adequadas para que os as mesmos as possam desenvolver suas fun es com dignidade e responsabilidade Isso leva nos a considerar no m nimo a a forma o docente e b o Plano de Cargos Carreira e Sal rios 183 5 3 3 1 Forma o docente No Brasil a partir da d cada de noventa e principalmente com a promulga o da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 desencadeou se uma reforma na educa o produzindo altera es na concep o de forma o docente tanto no que se refere exig ncia de escolariza o quanto em seu formato No tocante educa o infantil a forma o exigida passou a ser a gradua o em Pedagogia admitindo se o magist rio das s ries iniciais Pesquisas v m sendo realizadas sobre a forma o docente no Brasil e a partir da apresenta o dos dados
513. s faria chegar a um dado momento em que se pensa ter encontrado tais explica es e encerrar a pesquisa a investiga o Essa cren a em verdades absolutas e definitivas paralisante e dogm tica pois conforme Popper apud AZANHA 1992 quem admite que haja teorias imunes cr tica sai do jogo da ci ncia muito cedo Essa id ia de explica es cient ficas definitivas contr ria pr pria id ia de conhecimento que vem sendo constru da hist rica e dialeticamente Percebemos que no estudo da vida cotidiana e inclu mos aqui o estudo do cotidiano do munic pio n o poss vel dispensar as teses e hip teses sobre uma conjuntura t o ampla como a sociedade mas tamb m n o podemos na tentativa de compreend las ficar apenas com elas pois investigando o todo at onde acreditamos que o apreendemos e ao mesmo tempo as partes que o comp e que chegaremos a novos enfoques novas ideias novos olhares e quem sabe novas perguntas e poss veis respostas Entendemos que a pesquisa qualitativa definida como m todo desse estudo possibilitou nos apreender parte significativa da realidade pesquisada as pol ticas p blicas voltadas para o atendimento educa o infantil bem como das perspectivas dos sujeitos nelas implicados De acordo com Bogdan e Biklen 1994 p 47 51 a investiga o qualitativa possui cinco caracter sticas que s o a b d 87 A fonte direta dos dados o ambiente natural cujo inv
514. s Recentemente a prefeitura aprovou o Plano de Cargos e Sal rios que deixou muito a desejar A 249 expectativa de sal rio principalmente de professores caiu na utopia GF Diretora El 2009 Impactos na gest o democr tica A Gest o Democr tica foi institu da atrav s da Lei Complementar n 196 de 25 de novembro de 2004 Esta Lei Disp e sobre a gest o democr tica na rede p blica municipal de ensino do munic pio de Porto Velho disciplina a escolha dos diretores e dos vice diretores das escolas p blicas municipais da zona urbana e rural e d outras provid ncias Para o secret rio de educa o da primeira gest o a gest o democr tica um processo em constru o que iniciou em sua gest o e que n o ter fim agora e ainda pelo seu relato uma forma de evitar muitos problemas ligados ao exerc cio do poder e dos partidos pol ticos sem contar que com a regulamenta o evita se tamb m que pessoas sem forma o adequada assumam a dire o das escolas Assim iniciada em sua gest o com a elei o de diretores a gest o democr tica traria impactos positivos segundo ele tamb m pelo fato de evitar a coloca o de cabos eleitorais dentro das escolas A gest o democr tica algo que n s estamos ainda experimentando Eu digo sempre isso sempre falei porque ela n o algo que come ou em 2002 e termina em 2010 n o Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 Quando assumi n o era justo
515. s como a loca o amplia o constru o ou aluguel de espa os f sicos suficientes e adequados al m de contrata o de docentes e outros funcion rios aspectos indispens veis para o funcionamento de uma escola 3 CAO ltinerante A Caminho da Dignidade O objetivo geral do projeto verificar e avaliar a oferta dos servi os prestados s comunidades nas reas de educa o assist ncia social e sa de para a popula o infanto juvenil 4 Educa o Legal e Real Esta proposta surgiu a partir do levantamento de casos apresentados por escolas como por exemplo expuls o e suspens o de alunos e alunas o que demonstra contrariedade com a legisla o que garante aos alunos e alunas o direito aos 200 dias letivos e 800 horas de efetivo trabalho escolar LDB n 9 394 96 A cartilha Educa o Legal e Real tem como prop sito difundir no mbito escolar os direitos e deveres inerentes educa o instruindo crian as e adolescentes para que alcancem a real cidadania 5 Conscientizar e Proteger O Projeto visa combater a viol ncia e o abuso sexual de crian as e adolescentes por meio de palestras semin rios cursos de capacita o campanhas de conscientiza o e articula o junto a outros rg os O encaminhamento e monitoramento das den ncias recebidas pelo Disque 100 Programa da Secretaria de Direitos Humanos da Presid ncia da Rep blica criado para receber den ncias de explora o sexual de crian as e a
516. s na d cada de 1980 atuava tamb m em Porto Velho RO tendo como coordenadora local a professora S nia Montenegro Associa o Nacional de P s Gradua o e Pesquisa em Educa o ANPEd sociedade civil fundada em 1976 Tem suas atividades estruturadas em dois campos os Programas de P s Gradua o em Educa o stricto sensu e os Grupos de Trabalho GTs A educa o da crian a de O a 6 anos tem tica pesquisada pelo GT 07 que muito tem contribu do na produ o e dissemina o de id ia sobre a educa o infantil e inf ncia brasileira Movimento de Luta Pr creches MLPC fundado em 1979 Belo Horizonte MG lt http Avmww mlpc com br parceiros htm gt Movimento Interf runs de Educa o Infantil do Brasil MIEIB Criado em 1999 lt http www mieib org br gt sede em Olinda PE Maiores informa es sobre Movimentos Sociais e Educa o Infantil ver UNESCO Fontes para a educa o infantil 2003 Gohn 1987 Veiga 2005 70 natureza biol gica e natural O que se v atualmente uma maior import ncia dada ao papel da cultura marcada por uma concep o culturalista das rela es sociais da crian a que abriu caminho para sua pr pria supera o quando passou a reconhecer sobretudo na Sociologia a a o social das crian as admitindo n o s que os significados s o socialmente transmitidos mas tamb m que s o elaborados e transformados pela a o humana ROCHA 2008 As sistemati
517. s rie volunt rio Aluno de 2 grau magist rio volunt rio M e de crian a matriculada volunt ria Tamb m visando expandir o atendimento para cumprir o que propunha quanto expans o a SEDUC RO realizava ainda compra de vagas nas escolas particulares de Educa o Infantil estando de acordo com a Resolu o n 012 CTERO 80 que na poca fixava diretrizes para concess o de amparo t cnico e financeiro a entidades particulares de ensino Destacamos que essa ainda pr tica de compra de vagas ainda uma realidade dos dias atuais Essas vagas eram destinadas a atender alunos carentes que morassem nos bairros onde havia estas escolas A composi o das turmas era feita de acordo com a idade da crian a assim classificada creche crian as de O a 1 ano maternal crian as de 02 a 03 anos jardim de inf ncia crian as de 04 a 06 anos Os jardins de Inf ncia classificavam em per odos 1 Per odo Crian as com 04 anos completos 2 per odo Crian as com 05 anos completos ou a completar at 30 de junho 3 per odo Crian as de 06 anos ou a completar at 30 de junho As crian as com 07 anos ou a completar at 30 de junho ingressavam na 1 s rie Recomendava se a forma o de turmas de 1 s rie com crian as essencialmente proveniente do Pr Escolar Relato Profa Teresinha Nina 2010 A professora Terezinha Nina falou tamb m sobre a organiza o pedag gica das pr e
518. s seringueiras e de imigrantes que vieram para a constru o da Estrada de Ferro Madeira Mamor o poder p blico neste caso dos Estados de Mato Grosso e Amazonas estava completamente alheio a tal aspecto LIMA 1987 Em 1915 foi criada a primeira escola p blica em Porto Velho denominada de Escola Mista Municipal LIMA 1987 mas a educa o p blica oferecida ficava muito aqu m da necessidade da popula o em idade escolar Isso mostra que o processo ocupacional do Estado Rond nia n o foi devidamente planejado com a es sociais em geral e educacionais em especial Por m com a quase completa aus ncia de pol ticas p blicas voltadas para o atendimento educa o escolar a educa o religiosa aos poucos foi ocupando os espa os Ap s essas escolas outras foram criadas Com a cria o do Territ rio a educa o passou para uma nova fase um pouco mais positiva Visando organizar os servi os p blicos locais o governador em 25 de fevereiro de 1944 criou o Departamento de Educa o e atrav s do Decreto Territorial n 13 de 10 de abril do mesmo ano aprovou seu regimento mas que foi alterado no ano seguinte atrav s do Decreto lei Federal 7 772 5 Em 10 de abril de 1929 a cidade de Guajar Mirim passou condi o de munic pio As primeiras escolas foram criadas por Monsenhor Francisco Xavier Rey Dom Rey Primeiro Bispo Prelazia Antes dessa data n o existiu qualquer tentativa por parte do setor p
519. s apresentados no PPA 2006 2009 PORTO VELHO 2005 em rela o natalidade e morbidade e tomando o ano de 2003 como refer ncia ano em que se registrou 7 235 nascidos vivos ano e 229 bitos ano com um ndice de natalidade de 602 m s e ndice de mortalidade de 20 m s ter amos uma m dia de 7000 sete mil crian as que seriam alunos e alunas em potencial de creches e isso contando apenas as crian as menores de 1 ano Como sabemos que a grande maioria de crian as est na popula o de baixa renda de se inferir que muito precisa ser avan ado principalmente se considerarmos que das 1 191 matr culas na creche em 2008 a maioria foi de crian as acima de dois anos de idade O quadro 26 apresenta a popula o em idade escolar por n mero de Matr culas na Pr escola na rede municipal de ensino do Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura no per odo de 1999 a 2008 Munic pio de Porto Velho PR ESCOLA 1999 2008 Popula o em idade escolar n de Matr culas e Taxa de Cobertura Total da Total da Taxa de ANO f i Taxa opula o Popula Matr cul Taxa de Matr cul de Matr cu Taxa de P sa Cobertu a Rede a Rede endida o Total 4 Cobertu Cobert la Rede Cobertur ra 7 0 Municip o Estadua a a 6 anos ra em ura em Privada a em al 1999 23 546 1 149 4 88 4 286 18 220 4 794 20 36 10 229 43 44 2000 23 546 1 418 6 02 3 005 12 76 3 834 16 28 8 257 35 07
520. s de ensino tendo em vista a sua capacidade financeira e a necessidade de seus habitantes atuando prioritariamente no ensino fundamental e na pr escola Observa se no entanto que os legisladores n o est o atentos s altera es constitucionais pois desde a Emenda Constitui o Federal de 1988 Emenda n 53 aprovada em 2006 a educa o da crian a de zero 135 a seis anos n o mais se refere apenas pr escola mas creche e pr escola O texto legal precisa ser alterado por emenda constitucional pois j estamos em 2010 A Resolu o n 011 1991 expedida pelo CEE RO fixou diretrizes e normas para a autoriza o e reconhecimento de estabelecimentos de ensino fundamental m dio e pr escolar da rede p blica e particular de Rond nia Em 08 de fevereiro de 1996 atrav s da Instru o Normativa n 001 DEN SEDUC foi regulamentado o funcionamento de Creches no Estado de Rond nia Ainda em mbito estadual a Resolu o n 138 1999 CEE RO de 27 de dezembro de 1999 declara em seu art 4 que o dever do Estado com a educa o escolar p blica ser efetivado mediante a garantia de IV atendimento gratuito em creches e pr escolas s crian as de zero a cinco anos de idade IX padr es m nimos de qualidade de ensino definidos como a variedade e qualidade m nimas por aluno de insumos indispens veis ao desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem X condi es f sicas ad
521. s defensores da mundializa o do capital e da mais valia precisam de uma popula o consumidora Insistir o constantemente em que os n veis educativos est o piorando que os alunos que est o concluindo sua escolaridade obrigat ria sabem muito pouco que lhes faltam conhecimentos procedimentos e valores que as gera es anteriores aprenderam a dominar as falsifica es da realidade est o na ordem do dia pois se oculta que os n veis educativos nunca estiveram t o altos quanto atualmente SANTOM 2003 p 28 A esse respeito tamb m Macedo 2009 comenta que o discurso atual repete constantemente que as crian as de hoje n o l em ao que ele questiona como n o l em Nunca se leu tanto no Brasil e verdade que nunca se exigiu tanto como agora das crian as Segundo ele elas t m acesso a leituras o tempo todo seja nas ruas nos jogos nas p ginas de internet e nas comunica es com as outras crian as via texto das mais diferentes formas Santom 2003 e Oliveira 2001 conjugam a id ia de que n o se pode afirmar que os trabalhadores e trabalhadoras possuem d ficits em sua forma o que os impe am de ocupar com muita propriedade uma grande parte dos postos de empregos dispon veis O que geralmente acontece o contr rio pessoas com muita especializa o com v rios certificados e diplomas desempenhando uma fun o i Registro de Id ias discutidas na Confer ncia 1 Lino de Macedo De que c
522. s durante as entrevistas Chefe DIEI Licenciatura Gest o em 2005 2008 Pedagogia 2005 2009 15 anos 8 anos 25h 3 4 3 2 Diretoras das escolas Participaram do Grupo Focal quatro diretoras de escolas de Educa o Infantil Ambas atuaram na rede municipal no per odo compreendido entre 1999 a 2008 mesmo que n o tenha sido na gest o escolar conforme mostra o quadro 4 91 V nculo Cargo e ou Per odo de Tempo de Experi Outros Diretora Forma o empregat ci Fun o Gest o Servi o ncia empregos o e Carga In cio T rmi na Educ Qual is e Hor ria no Educa o Infantil C H Total Estatut rio tecnica Em 1 Pedagogia Assuntos 2005 15 anos 15 anos 25 horas BRA Educacionais T cnica em 2 Pedagogia 50 horas Assuntos 2006 E 7 anos 7 anos Educacionais T cnica em 3 Pedagogia 25 horas Assuntos 2004 i 25 anos 25 anos Contadora Educacionais Estatut ria T cnica em Professora 4 Pedagogia Assuntos 1995 2000 25 anos 6anos Rede Estad 40 horas Saia Educacionais ual Quadro 4 Diretoras de Escolas Municipais de Educa o Infantil PVH Per odo de 1999 a 2008 Fonte Elaborado pela autora a partir das informa es colhidas durante a sess o de grupo focal Em fevereiro de 2010 m s da coleta de dados ainda assumiam a dire o das escolas 3 4 3 3 Professoras de Educa o Infantil No caso das professoras f
523. s eixos tem ticos como integralizadores da a o educativa Consta do projeto que o curso foi regido pela Resolu o n 01 2001 do CNE CES Conselho Nacional de Educa o Para aprova o neste curso o a P s Graduando a deveria obter em cada disciplina frequ ncia m nima obrigat ria de 75 setenta e cinco por cento e m dia m nima de aprova o 70 setenta O TCC Trabalho de Conclus o de Curso na modalidade de Artigo Cient fico foi orientado por professores e professoras do curso ou quando necess rio por especialistas convidados e foi pr requisito para a emiss o do Certificado de Especializa o em Educa o Infantil pela Universidade Federal de Rond nia UNIR UNIR 2006 O corpo docente do curso foi composto por Doutores Mestres e Especialistas da Universidade Federal de Rond nia efetivo e ou crendenciado pela UNIR com forma o na rea de educa o conforme quadro 32 que apresenta a distribui o das disciplinas do curso e forma o dos e das docentes Ressalta se que para cada disciplina havia dois docentes respons veis 198 DISCIPLINA TITULA O V NCULO INSTITUCIONAL Metodologia da Produ o Acad mica e Doutora Mestre UNIR Cient fica Pol ticas para a Educa o Infantil Doutores Mestre UNIR Inf ncia Cultura e Representa es Doutores UNIR Bases Neurol gicas da Aprendizagem Doutor UNIR Desenvolvimento e Aprendizagem da Crian a Doutora
524. s escolas Brinquedoteca h em apenas uma das 13 escolas pesquisadas Quadra de esportes h em duas J o parque infantil h em nove das 13 escolas o que j demonstra preocupa o com os aspectos fundamentais do desenvolvimento infantil Segundo o documento Proposta Pol tica Pedag gica para a Educa o Infantil do Munic pio de Porto Velho 2009 a partir do Projeto Revivificar a Educa o Infantil foram adquiridos materiais did tico pedag gicos e playground para dinamizar as atividades de lazer e das aulas nas escolas de Educa o Infantil sendo que 32 escolas receberam parque infantil Em uma regi o quente com o caso de Porto Velho apenas cinco escolas afirmaram ter uma rea verde Aquelas que afirmaram ter s vezes possuem uma ou duas rvores de sombra e isso seria a rea verde da escola 213 Aspecto tamb m destacado pelos te ricos da Educa o Infantil e documentos oficiais s o os espa os e mobili rios Estes devem possibilitar as experi ncias criadoras criativas mas sem riscos para as crian as e que leve em conta suas resid ncias Ou seja que a escola e seus espa os e mobili rios tenham essa capacidade mas que as necessidades especiais das crian as seus aspectos culturais e de suas comunidades sejam levados em conta nessa defini o A SEMED explicita na Proposta Pol tica Pedag gica PORTO VELHO 2009 que a educa o das crian as com necessidades educacionais especiais ser oferecida
525. s municipais foram transferidas da Secretaria Municipal de A o Comunit ria SEMAC para a SEMED sendo transformadas em Escolas Municipais de Educa o Infantil A EMEI Moranguinho e a EMEI Alegria Observa se que houve evolu o no n mero de escolas que atendeu a essa etapa mesmo que n o de forma exclusiva No entanto no per odo de 1999 a 2004 essa evolu o foi bem pequena o atendimento creche subiu de 4 para 6 escolas e a pr escola no mesmo per odo subiu de 17 para 25 escolas Atrav s da Lei Complementar n 255 de 28 de junho de 2006 foram criadas 10 novas EMEIEF s e uma EMEI No ano seguinte a Lei Complementar n 288 de 19 de outubro de 2007 cria mais seis 06 novas EMEIEF s e uma 01 EMEI No entanto a quase totalidade das escolas p blicas municipais que atendem a educa o infantil n o exclusiva dessa etapa onde o espa o externo muito limitado e tem que ser dividido com muitos outros alunos do ensino fundamental Em 2008 das 39 escolas que atenderam educa o infantil somente quatro eram exclusivas dessa etapa importante salientar que dada a import ncia do brinquedo livre criativo e grupal nessa faixa et ria o problema de falta de espa os f sicos adequados deve merecer aten o especial sob pena de termos uma educa o infantil descaracterizada pela predomin ncia da atividade mais conteudistas e menos l dicas com crian as aprisionadas onde o mais criativo s o as situa es est
526. s n o apresentavam as condi es f sicas e de infra estrutura minimamente adequadas s crian as pequenas alvo daquele espa o educativo A partir de 2005 o atendimento da Educa o Infantil no munic pio de Porto Velho continuou sendo realizado tamb m em escolas comunit rias por m com acordo formal entre as partes interessadas As escolas que atendem a educa o infantil municipal classificam se em a Escolas municipais s o totalmente assumidas pelo munic pio em pr dios pr prios ou alugados a sua administra o eleita pela comunidade quando Escola nova nomeada pela SEMED b Escolas conveniadas s o as escolas que recebem recurso do munic pio e pertencem a Associa es e ou Institui es filantr picas confessionais ou comunit rias em que a administra o de responsabilidade do gestor a da institui o e funciona em local pertencente a essas institui es s o conveniadas com a Prefeitura por interm dio da SEMED c Escolas parceiras s o aquelas que a Prefeitura atrav s da Secretaria Municipal de Educa o ap ia com algum atendimento mas n o repassa recurso em contrapartida elas atendem as crian as gratuitamente encaminhadas pela SEMED PORTO VELHO 2009 p 22 O quadro 20 apresenta o n mero de escolas comunit rias que atenderam a Educa o Infantil em Porto Velho com algum apoio da SEMED ou a partir de 2005 com apoio financeiro do Programa de Apoio Financeiro s Institui es
527. s na jornada de trabalho remunerada dos profissionais A forma o continuada promove conhecimento e discuss o sobre as diferen as humanas As professoras conhecem os livros acess veis para crian as com defici ncia 355 3 Condi es de trabalho adequadas H no m nimo uma professora para cada agrupamento de 6 a 8 crian as at 2 anos 15 crian as at 3 anos 20 crian as de 4 at 6 anos As professoras s o remuneradas no m nimo de acordo com o piso salarial nacional do magist rio A institui o conhece e implementa procedimentos que visam prevenir problemas de sa de das professoras e demais profissionais f DIMENS O COOPERA O E TROCA COM AS FAM LIAS E PARTICIPA O NA REDE DE PROTE O SOCIAL k Respeito e acolhimento Os familiares sentem se bem recebidos acolhidos e tratados com respeito na institui o inclusive em seu contato inicial As professoras e demais profissionais sentem se respeitadas os pelos familiares Reuni es e entrevistas com os familiares s o realizadas em hor rios adequados participa o das fam lias As professoras e demais profissionais conhecem os familiares das crian as seus nomes onde trabalham sua religi o onde moram se as crian a t m irm os H crit rios para matr cula das crian as amplamente discutidos com a comunidade Os familiares das crian as com defici ncia s o bem acolhidos e conhecem o direito de seus filhos educa
528. s os gestoras es e demais profissionais da escola Elaboraram um diagn stico que apresentou as dificuldades enfrentadas pelas escolas e profissionais da educa o infantil e destacaram como principais d vidas quanto sele o dos conte dos a serem trabalhados por faixa et ria planejamento escolar atividades apropriadas para desenvolver esses conte dos avalia o da aprendizagem Segundo a SEMED estas dificuldades interferam no bom andamento do processo de ensino e aprendizagem e na melhoria da qualidade do atendimento nas escolas A partir dessa constata o a SEMED lan ou o Programa de Forma o Continuada Revivificar a Educa o Infantil que foi executado no per odo de 2006 a 2008 tendo como p blico alvo as os gestoras es professoras es e demais profissionais atuantes nas escolas de Educa o Infantil bem como m es pais de alunas os que t m suas seus filhas os matriculadas os na Rede Municipal de Ensino O Programa de Forma o de acordo com a SEMED foi organizado em 12 semin rios 50 palestras 80 oficinas pedag gicas 45 encontros pedag gicos com os gestores organiza o da Confer ncia de Educa o Infantil para elaborar propostas para o Plano Municipal de Educa o Segundo a SEMED a Confer ncia tornou se um marco na busca da qualidade da educa o no munic pio de Porto Velho pois envolveu todas as escolas com suas seus profissionais com vistas a debater as principais tem ticas levantadas no diag
529. s professoras das s ries iniciais do ensino fundamental e portanto n o estava voltada melhoria da qualidade da Educa o Infantil pela via da forma o docente 1 Programa voltado para forma o inicial escolariza o Programa de Forma o Inicial para Professores em Exerc cio na Educa o Infantil PROINFANTIL 190 Conforme dados do Minist rio da Educa o o Proinfantil um curso em n vel m dio com habilita o para magist rio em Educa o Infantil na modalidade a dist ncia com dura o de dois anos e carga hor ria de 3 200 horas distribu das em quatro m dulos semestrais de 800 horas cada destinado aos professores e professoras da educa o infantil que est o atuando nas creches e pr escolas das redes p blicas municipais e estaduais e da rede privada sem fins lucrativos comunit rias filantr picas ou confessionais conveniadas ou n o e que n o possuem habilita o m nima exigida em Lei para atuar nessa etapa O curso tem como objetivos valorizar o magist rio oferecer condi es de crescimento profissional e pessoal ao professor contribuir para a qualidade social da educa o das crian as de zero a seis anos elevar o n vel de conhecimento e da pr tica pedag gica dos docentes auxiliar Estados e Munic pios a cumprirem a legisla o vigente habilitando em Magist rio para a Educa o Infantil os professores e professoras no exerc cio da profiss o Espera se que
530. s regi es como em outros lugares no mundo apesar de toda At o momento n o h uma literatura com an lises aprofundadas nesse sentido por m os fatos as discuss es e publica es em jornais FOLHA DE S O PAULO 13 set 2009 FOLHA DE S O PAULO 20 set 2009 possibilitam reflex es e infer ncias mais especulativas que conclusivas 7 a Relat rios Situa o mundial da inf ncia 2008 sobreviv ncia infantil 2008a b Situa o mundial da inf ncia 2008 caderno Brasil 2008b e Situa o da Inf ncia e da Adolesc ncia Brasileira 2009 O Direito de Aprender Potencializar avan os e reduzir desigualdades 2009 32 documenta o legal produzida neste sentido a inf ncia ainda n o foi devidamente priorizada nas pol ticas p blicas As reformas em v rias reas da educa o em mbito nacional foram definidas principalmente a partir da Confer ncia Mundial de Educa o para Todos realizada em Jomtien na Tail ndia em 1990 quando as pol ticas educacionais passaram a ser direcionadas para a educa o b sica prioridade tamb m definida pelo Banco Mundial e pela UNESCO O Brasil signat rio da confer ncia come ou a implementar reformas em seu sistema de ensino considerando as conclus es descritas no documento que resultou da Confer ncia denominado Declara o Mundial de Educa o para Todos bem como em outros produzidos em eventos posteriores A d cada de 1990 e o in cio da primeira d
531. safios precisam ser considerados na defini o de pol ticas p blicas tanto em mbito nacional como estadual e municipal e que o sonho precisar materializar se enquanto possibilidade nas metas objetivos estrat gias e no financiamento das pol ticas p blicas educacionais REFER NCIAS ALTHUSSER L Ideologia e aparelhos ideol gicos do Estado S o Paulo Martins Fontes 1970 ANDRADE M V B Cem Anos de Pr Escola P blica Paulista a hist ria de sua expans o e descentraliza o 1896 1996 f Disserta o Mestrado em Educa o Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho UNESP Brasil 1997 ANGOTTI M Educa o Infantil Para Que Para Quem e Por Qu In Educa o Infantil para que para quem e por qu Campinas SP Al nea 2006 ANTUNES A Aceita um conselho como organizar o colegiado escolar S o Paulo Cortez IPF 2002 v 8 ARELARO L R G Resist ncia e Submiss o a reforma educacional na d cada de 1990 In KRAWCZYK NCAMPOS M M HADDAD S org O cen rio educacional no limiar do s culo XXI reformas em debate Campinas SP Autores Associados 2000 p 95 116 ARIES P Hist ria social da crian a e da fam lia Trad Dora Flaksman 2 ed Rio de Janeiro Zahar 1981 ARRETCHE M O mito da descentraliza o como indutor de maior democratiza o e efici ncia das pol ticas p blicas In VIANA M L W GERSCHMAN S A miragem da p s modernidade democracia
532. scanso do empregado A discuss o sobre o piso salarial chegou ao Congresso Nacional e em 16 julho de 2008 foi sancionada a Lei n 11 738 que regulamentou a al nea e do inciso Ill do caput do art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias atrav s da institui o do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magist rio da educa o b sica De acordo com o Art 2 desta Lei o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magist rio p blico da educa o b sica ser de R 950 00 novecentos e cinquenta reais mensais para a forma o em n vel m dio na modalidade Normal prevista no art 62 da Lei n 9 394 de 20 de dezembro de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educa o nacional O par grafo 1 do Art 2 define que O piso salarial profissional nacional o valor abaixo do qual a Uni o os Estados o Distrito Federal e os Munic pios n o poder o fixar o vencimento inicial das Carreiras do magist rio p blico da educa o b sica para a jornada de no m ximo 40 quarenta horas semanais O par grafo 3 determina que para as demais jornadas de trabalho os vencimentos iniciais ser o no m nimo proporcionais ao valor mencionado no caput do artigo 2 O Art 3 definiu como e qual o prazo para que fossem ajustados os sal rios e determina que o valor de que trata o art 2 desta Lei passar a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2008 e sua int
533. scolas O recreio era desenvolvido no per odo m nimo de 30 minutos diariamente com a presen a da professora auxiliares ou m es Nas escolas de 1 grau onde funcionavam salas anexas de pr escola o recreio era em hor rio diferente do recreio das outras s ries A promo o da crian a Pr Escolar era feita automaticamente ao final do ano letivo A dire o ou Professora expedia um documento Declara o ou Certificado aos alunos de 06 anos que se matriculariam na 12 s rie das escolas da Rede Oficial Relato Profa Teresinha Nina 2010 Sobre a forma o continuada das professoras e o acompanhamento t cnico pedag gico Terezinha Nina relata que As Escolas de Educa o Infantil recebiam acompanhamento t cnico pedag gico atrav s de planejamento avalia o fichas reuni es mensais treinamentos semestrais ou anuais visitas sistem ticas e peri dicas por parte da SEDUC A Supervis o em n vel central encaminhava documentos que norteariam as Secretarias Municipais de Educa o e Cultura SEMEC s na execu o de suas atividades 123 A assist ncia t cnica da SEDUC equipe de supervisoras das SEMEC s era feita atrav s de treinamentos encontros reuni es visitas observa o de sala de aula orienta o quanto a confec o dos Planos de Curso e de Aula e do material did tico Relato Profa Teresinha Nina 2010 Lembra que foram coordenadores da Educa o Infantil em n vel Estadual no per od
534. scute a import ncia do acesso educa o infantil em creches e pr escolas e apresenta estudos desenvolvidos sobre os benef cios expl citos que a educa o escolar infantil traz para a crian a e para a fam lia como um todo No 3 cap tulo intitulado Educa o Infantil em Porto Velho aspectos te ricos e metodol gicos da pesquisa apresento as bases te ricas e metodol gicas que orientaram o estudo bem como a caracteriza o dos das sujeitos que colaboraram com a pesquisa e ainda a descri o dos caminhos percorridos rumo ao levantamento das informa es No cap tulo 4 intitulado L pis flecha chocalho cidade rio pol tica de Educa o Infantil em Porto Velho do s culo XX hist ria mem ria e direito apresento o hist rico do atendimento educa o infantil no munic pio de Porto Velho RO local da pesquisa a partir de estudos j desenvolvidos por v rios pesquisadores e pesquisadoras nacionais e regionais bem como apresenta as bases legais que asseguram o direito educa o infantil tanto no Estado quanto no Munic pio de Porto Velho O cap tulo 5 Pol ticas p blicas de atendimento educa o infantil em Porto Velho RO gest es municipais de 1999 2004 e 2005 2008 apresenta as pol ticas municipais desenvolvidas no per odo de 1999 a 2008 e que tiveram como foco o atendimento Educa o Infantil no Munic pio de Porto Velho No 6 cap tulo A Educa o Infantil Municipal entre vozes a
535. se sentido a descentraliza o n o poder significar abandono do poder central para com os entes federados mas ao contr rio fazer as complementa es necess rias aos projetos municipais de amplia o e melhoria do atendimento educacional s etapas sob sua responsabilidade Quanto municipaliza o alguns programas federais contribu ram para sua efetiva o em especial do ensino fundamental mas certamente tamb m da educa o infantil considerando que alguns Estados atendiam ainda essa etapa Destacam se o FUNDEF Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio e o PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola por condicionarem a distribui o e ou transfer ncia de recursos quantidade de matr culas no ensino fundamental Para Azevedo 2002 o FUNDEF foi uma iniciativa positiva e inovadora continuada hoje com o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB criado em 2006 por ter promovido uma subvincula o espec fica de recursos constitucionalmente vinculados para o ensino fundamental 1 a 8 s ries Mas n o s isso imprimiu tamb m um car ter redistributivo a esses recursos o que beneficiou os munic pios mais pobres e neles melhorou as condi es salariais dos docentes Para a autora o FUNDEF foi um dos programas que teve ampla aceita o por grande parte das municipalidades e n o po
536. senta um texto escrito em 1926 por Fernando de Azevedo e outro escrito em 1962 por An sio Teixeira enfatizando a situa o do ensino fundamental na poca ensino prim rio que se n o fosse datado e n o apresentasse indicador temporal por exemplo ensino prim rio de fato em quase nada se diferenciaria do que ouvimos hoje e de fato sobre os problemas enfrentados pelo ensino fundamental e que afetam sua qualidade O problema apresentado nas descri es das pesquisas criticadas pelo autor a id ia de estagna o na ruindade Ora podemos falar hoje em insufici ncia de vagas mas n o a mesma insufici ncia de 50 30 ou 20 anos atr s Conforme Azanha 1992 p 45 a estagna o de um processo social como a educa o durante um per odo t o longo e conturbado empiricamente quase inadmiss vel pois o simples e imenso crescimento quantitativo da rede de escolas tornaria como ali s tornou invi vel a perman ncia dos padr es de ensino existentes na d cada de 20 ou 30 Nesse sentido Azanha rejeita a id ia da estagna o do processo educativo e aposta na hip tese de que com poucas exce es as an lises por n o se fundamentarem em cuidadosos e preliminares estudos descritivos sugerem uma perman ncia a hist rica da institui o escolar sendo por isso mesmo incapazes de captar as efetivas transforma es que ocorreram nas ltimas d cadas AZANHA 1992 p 46 Azanha 1992 chama e
537. ser par metro para a capta o de recursos junto ao FNDE para aquisi o de terrenos constru o e aparelhagem de pr dios escolares para a etapa garantindo a qualidade proposta hoje pelo Parecer CNE CEB n 8 2010 Por fim o Conselho do FUNDEB conforme sua especificidade vista no Cap tulo V desta tese tem a importante fun o de proceder ao acompanhamento e controle social sobre a distribui o a transfer ncia e a aplica o dos recursos do Fundo no mbito de cada esfera Municipal Estadual ou Federal e que mesmo n o sendo uma unidade administrativa do Governo conforme par grafo 7 do Art 24 0 mesmo dever atuar de forma independente mas tamb m harm nica com os rg os da Administra o P blica local Desta forma importante que a SEMED possibilite as condi es para que o mesmo desenvolva as tantas atribui es a ele destinadas conforme Lei 11 494 2007 mas que n o vem sendo desenvolvidas com O rigor necess rio a um mecanismo de controle social O lugar de conselheiro ou conselheira demanda reuni es estudo e an lise de relat rios e elabora o de pareceres consistentes sobre as an lises desenvolvidas b Em rela o ao acesso e perman ncia na escola de Educa o Infantil qualidade gest o democr tica e avalia o Vimos que v rios estudos t m apontado significativa preocupa o com a garantia da efetiva o dos direitos das crian as educa o infantil anunciados na legisla o indic
538. sional n o significa o isolamento dos demais colegas nem oposi o interven o social na educa o e nem ao princ pio fundamental da responsabilidade p blica A autonomia docente significa exerc cio constru o e encargo pr tico com uma tarefa moral da qual respons vel publicamente Ela n o se constr i portanto na universidade nem na 205 escola se ambas atuarem de forma isolada mas h uma possibilidade promissora na intera o na interlocu o entre as duas institui es No entanto com docentes praticamente horistas na escola essa forma o ser muito dif cil conforme j apontaram os estudos de Tamboril 2005 sobre a forma o docente na rede municipal de Porto Velho 5 3 4 Proposta Pol tico Pedag gica para a Educa o Infantil Conforme dados da Divis o de Educa o Infantil DIEI SEMED em 2005 a Secretaria Municipal de Educa o SEMED possibilitou a Constru o Coletiva da Proposta Pol tica Pedag gica para Educa o Infantil do Munic pio de Porto Velho que foi publicada em 2008 De acordo com o pr prio documento a proposta foi constru da de forma coletiva e para tanto foram convidadas para participar deste trabalho as Secretarias de Sa de e Assist ncia Social Conselhos de Direito Associa es educadoras es gestoras es das escolas municipais e conveniadas que constituem a Rede P blica Municipal de Ensino e realizados semin rios reuni es palestras oficinas
539. smos e ainda a aprova o do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica e de Valoriza o dos Profissionais da Educa o FUNDEB que representa um novo tempo para algumas etapas da educa o b sica em especial para a Educa o Infantil 3 4 3 Os sujeitos da pesquisa Para atingir os objetivos definimos os sujeitos desse estudo Dessa forma participaram como sujeitos dois gestores da SEMED uma secret ria e um secret rio de educa o uma professora que ocupou o cargo de chefe da Divis o de Educa o Infantil DIEI da Secretaria Municipal de Educa o quatro diretoras de escolas de educa o infantil todas com forma o em n vel superior e 14 professoras e uma orientadora das escolas p blicas da rede municipal que atendem a educa o infantil e todos aqui cnamados de colaboradores MEIHY 2005 Para a defini o dos sujeitos definimos alguns crit rios que ser o apresentados a seguir neste cap tulo 90 Visando construir o hist rico do atendimento Educa o Infantil no Munic pio de Porto Velho participaram da pesquisa com relatos orais tr s professoras que coordenaram a Educa o Infantil no Estado e no Munic pio durante alguns anos das d cadas de 1970 d cada de 1990 A pesquisa contou portanto com os as seguintes sujeitos colaboradores e colaboradoras 3 4 3 1 Gestores da SEMED PVH dois secret rios municipais de educa o bem como uma chefe da Divis o de Educa
540. sobre as pol ticas de financiamento e sobre os investimentos e programas que necessitam acompanhar Como n o se re nem e n o conseguem discutir estudar e avan ar com propostas e an lises mais aprofundadas tamb m n o poss vel n o aprovar todos os relat rios Parece nos que o Conselho precisar ser equipado e ter condi es de atuar pois caso contr rio ser um Conselho faz de conta apenas para legitimar as despesas da Secretaria com educa o Outra informa o que tivemos que as receitas do FUNDEB n o chegam com os percentuais destinados a cada etapa e modalidade de ensino A SEMED recebe o montante de recursos destinados ao FUNDEB sem a especifica o dos recursos por programa Isso levar a Educa o Infantil caso n o haja um mecanismo de controle que o que se espera do Conselho do FUNDEB a correr o risco de continuar na marginalidade ou seja nela ser o aplicados os recursos que a Secretaria entender que s o necess rios mas n o necessariamente todos os recursos destinados essa etapa como j ocorreu em 2008 No pr ximo cap tulo apresentaremos os diversos olhares de representantes municipais envolvidos desde o planejamento e implementa o at o desenvolvimento das a es voltadas ao atendimento Educa o Infantil do per odo de 1999 a 2008 CAP TULO VI A EDUCA O INFANTIL MUNICIPAL entre vozes a es impactos e perspectivas Ou Isto ou Aquilo Ou se tem chuva e n o se tem sol
541. somados aos 7 com n vel superior sem licenciatura tem se um total de 41 de docentes com n vel superior lotados na Educa o Infantil conforme mostra a figura 11 186 Atua es Docentes por Forma o o Valor Porcentagem 2007 57 0 7T 6 E Ens Fund Incompleto E Ens Fund Completo O Ens M Magist rio O Ens M dio Outros 451 E NS Licenciatura 54 E NS S Licenciatura 289 34 36 4 Figura 11 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na educa o infantil em 2007 Fonte Organizado pela autora a partir de informa es do quadro 30 No ano seguinte 2008 h significativa altera o no n mero de docentes mas referente ao percentual de forma o pouco alterou O percentual de professoras com licenciatura aumentou de 34 em 2007 para 43 em 2008 embora o percentual de professoras com a forma o m xima em magist rio n vel m dio continuasse na casa dos 52 do total de professoras da rede p blica municipal atuando na Educa o Infantil Figura 12 o Atua es Docentes por Forma o Valor Porcentagem 2008 1 0 1 E Ens Fund Incompleto E Ens Fund Completo DO Ens M Magist rio O Ens M dio Outros 174 E NS Licenciatura 52 E NS S Licenciatura 145 43 16 5 Figura 12 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na educa o infantil em 2008 Fonte Organiz
542. sor nem utilizava Ent o a gente com o recurso na m o a gente vai l pechincha a gente v o que melhor pra 242 crian a e isso eu acho muito importante tamb m GF Diretora El 2009 Olha hoje a gente tem a liberdade de sentar no in cio do ano ouvir a opini o das crian as e da comunidade escolar e dizer n s temos sugest es de card pios e escolher juntos com eles e assim adaptar assim que eu fa o n Se eu compro iogurte ou ent o a a e a crian a n o se adapta n o gosta ou at mesmo a macarronada temos a op o de ir l e trocar GF Diretora El 2009 At hoje com essa abertura por exemplo n s temos crian as na rede eu digo pelas nossas escolas mesmo que tem HIV Ent o h um card pio diferenciado e a gente pode atender de forma diferenciada Ent o h essa possibilidade de atender todo tipo de necessidades das crian as A descentraliza o d essa abertura pra gente porque antigamente era muito enlatado e n o vinha assim Hoje n o o recurso vem direto pra conta GF Diretora El 2009 interessante observar o que uma pol tica possibilita O fato de descentralizar recursos para a aquisi o de g neros aliment cios possibilita escola vivenciar a es democr ticas como a defini o de um card pio com crian as de educa o infantil Al m disso outros aspectos sociais e econ micos foram agregados a essa pol tica fortalecendo a economia local e principalmente
543. ssa metodologia de transemp rica apontando ser necess rio que para cada caso particular a observa o emp rica mostre a partir dos fatos e sem especula o o elo existente entre a estrutura social e pol tica e a produ o Para o autor esse aspecto n o poder ser desconsiderado na pesquisa O autor tamb m critica a utiliza o de termos como por exemplo a escola brasileira Segundo ele a entidade focalizada a escola brasileira n o tem vincula o sem ntica com a realidade educacional do pa s A escola brasileira uma entidade fict cia como tamb m o o homem brasileiro a classe dominada e o Alem o diria Marx 1992 p 54 Destaca por m que em alguns casos 85 evidente que se possa falar utilizando esses termos at com muita propriedade mas sua cr tica est voltada para trabalhos que pretendem desenvolver e divulgar an lises de situa es concretas Neste caso essas entidades anunciadas n o passariam de fantasia verbal poss vel compreender o que Azanha denominou de abstracionismo pedag gico nas pesquisas educacionais O que o autor pretendeu e denunciou no abstracionismo pedag gico foi a confus o epistemol gica entre a elabora o te rica que se desenvolve pelo relacionamento de id ias e no es gerais e por isso mesmo necessariamente abstratas e a investiga o emp rica que opera a partir da teoria mas que se pode resumir
544. sso acabava por provocar o setor p blico a prestar algum tipo de atendimento o que ocorria mas geralmente de forma tamb m muito prec ria Em 1993 Jos lia Gomes Neves foi convidada para assumir a Divis o de Ensino Pr Escolar DIEPE na Secretaria Municipal de Educa o e faz um relato de como se encontrava o atendimento Educa o Infantil pela rede municipal naquela poca A professora comenta sobre o in cio da gest o em 1993 Em 1992 houve elei o e foi eleito Jos Guedes para prefeito Roberto Sobrinho que era o presidente do sindicato na poca foi convidado para assumir essa Secretaria de Educa o e me convidou para eu trabalhar na Educa o Infantil que era na poca educa o Pr escolar que a gente chamava assumi em fevereiro de 1993 essa Divis o e a convidei algumas colegas que eu j conhecia a Leiryvanda Laura Helo sa a Marac lia a Socorro para trabalharem comigo nessa Divis o Relato Profa Jos lia 2009 O atendimento era realizado predominantemente atrav s das escolas comunit rias em prec rias condi es e pelas casas creches chamadas de atendimento das M es Crecheiras A gente contava nos dedos quantas escolas de educa o infantil existia o que existia n o tinha aquela concep o de escola de Educa o Infantil O que a gente tinha era muito parecido com o Estado A gente tinha escola de ensino fundamental com salas de educa o infantil Ent o a gente
545. sso do ponto de vista da gest o isso problem tico porque se voc est qualificando e o n mero n o aumenta parece que n s n o estamos fazendo nada e a isso foi muito complicado mas fez tudo isso a e gastou tudo isso a mas como que essa hist ria porque continua atendendo o mesmo tanto e est gastando mais Nossa Foi muito enrolado foi muito complicado administrar isso a S que assim como era um grupo de professores e professoras e a gente j vinha discutindo a coisa da qualidade para a escola p blica n o foi t o assim mas a gente sentia meio assim sei l um mal estar porque do ponto de vista da gest o era complicado s que essas coisas eram interessantes Relato Profa Jos lia 2009 Em 1996 ao t rmino daquela gest o a SEMED contava com 6 seis escolas para atender exclusivamente Educa o Infantil Jardim de Inf ncia Ulisses Soares Ferreira Jardim de Inf ncia Pe Geovane Mendes Jardim de Inf ncia Meu Pequeno Jones Jardim de Inf ncia S o Miguel Creche Chapeuzinho Vermelho e Jardim de Inf ncia Saul Bennesby Destas seis escolas com exce o do Jardim de Inf ncia Saul Bennesby todas foram constru das nos anos de 1992 a 1996 A Escola de Ensino Fundamental Bom Princ pio tamb m funcionando desde 1992 no per odo de 1994 at 1996 atendeu somente Educa o Infantil Em 1997 foi criada em Jaci Paran distrito de Porto Velho a Escola de Educa o Infantil Joaquim Vic
546. sustentar sua fam lia sem privar as crian as das potencialidades formativas e educacionais que a escola pode e deve oferecer Com Angotti 2006 p 17 entendemos que se faz necess rio estudar aspectos da hist ria do atendimento etapa de zero a seis anos pois estes precisam e merecem ser conhecidos entendidos e analisados para que se possa elaborar e manter a luta pelas condi es educacionais que favore am a inser o da crian a na sociedade qual pertence sua condi o de direito em ser pessoa em ser e viver as perspectivas s ciopol tico hist rico culturais que sustentam as bases do sujeito 3 Para informa o sobre tais pesquisas consultar Educa o infantil o debate e a pesquisa de Maria Machado Malta Campos nos Anais do IV Simp sio Latino Americano de Aten o Crian a de O a 6 Anos Bras lia MEC 1996 No texto a autora aponta v rios estudos desenvolvidos inclusivo de outros pa ses sobre os benef cios da educa o infantil para as crian as e seu desenvolvimento Tamb m como apontado na introdu o da tese ver Campos 1991 2005 e Becker 2008 60 Para se chegar ao conhecimento hoje dispon vel estudos j foram desenvolvidos de forma a apresentar e analisar o atendimento Educa o Infantil no Brasil As pesquisas revelam a presen a de diferentes concep es de inf ncia crian a e de educa o assumidas nesse percurso H trabalhos que evidenciam aspectos mais hist
547. t a d cada de 2 Como Rosemberg 2003 p 33 ressaltamos que mesmo correndo o risco da arbitrariedade inerente a qualquer periodiza o parece poss vel destacar grandes per odos que marcam a hist ria da Educa o Infantil brasileira desde o s culo XIX at a contemporaneidade Evidente que na vida real fora dos textos os per odos n o s o t o demarcados pois algumas caracter sticas persistem por muitos anos e s vezes sempre embora mais nitidamente percebidas em uma poca que em outra 63 1980 e divide este per odo em duas fases uma que vai de 1899 a 1930 e outra de 1930 a 1980 Rosemberg 2003 desenvolveu semelhante estudo por m destacando apenas o per odo mais recente final dos anos de 1970 ao in cio da primeira d cada do ano 2000 Tamb m dividiu esse per odo em tr s o primeiro vai do final dos anos de 1970 ao in cio dos anos de 1980 o segundo tem in cio com a abertura pol tica do pa s e o terceiro tem como marco a aprova o da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDB n 9394 1996 Kuhlmann Jr 2000 apresenta um hist rico do atendimento Educa o Infantil brasileira desde o in cio do s culo XX at o ano 2000 Al m desses autores j apontados as contribui es de Campos 1999 2002 entre outros tamb m corroboraram com as an lises desses per odos Tomando o estudo de Kramer 1992 Rosemberg 2003 e Kuhlmann Jr 2000 propusemos uma reorganiza o
548. ta L ia Marli Eliane Eloir Edio e Lourdes pelos muitos dezembros e janeiros que foram e que vir o v Marli pelo tempo dedicado ao cuidado de ador veis crian as Foi um longo tempo v Nina pelo apoio de sempre e principalmente neste ltimo ano Foi muito bom t la bem pr ximo v Lenir C ndida e Marcos pela colabora o no levantamento e digita o de dados y Juliano Ara jo L lia e Anselmo Colares Orestes Zivieri M rio Venere grata pelo apoio e carinho de voc s A L lia querida por tantas outras coisas y Vera Mariko Gleidson Lucilene Gil P mela e Aline nossas vidas minha vida a da Lila do S rgio da Maria Clara e Carmem ficam mais leves e f ceis com voc s por perto Grata pelo carinho v s pessoas queridas que tenho certeza est o na torcida pelo resultado Fernanda Kopanakis Semayra Moret Neide Tamboril M nica Carvalho Joelcimar Sampaio e Ricardo Gilson v Ana Paula e Lourdes pela dedica o e trabalho em tempos de doutorado Que de tanto cuidar de crian as fizeram cada uma a sua Boa maternidade v s institui es UNIR UNESP e CAPES pela possibilidade materializada em conv nio interinstitucional sem a qual para mim seria dif cil concluir um doutorado Eu acho que uma das coisas melhores que eu tenho feito na minha vida melhor do que os livros que eu escrevi foi n o deixar morrer o menino que eu n o pude ser e o menino que eu fui em mim
549. ta com base no n mero de alunos da educa o b sica Matriculados nos respectivos mbitos de atua o priorit ria constantes do ltimo Censo Escolar Os repasses s o autom ticos para as contas dos estados via transa o banc ria O financiamento da educa o tema central nas discuss es de pesquisadores e pol ticos da atualidade haja vista que ao discutir o planejamento e implementa o de pol ticas p blicas na rea educacional principalmente visando o cumprimento das determina es constantes da Constitui o Federal de 1988 a aloca o de recursos a mola mestra para a efetiva o da manuten o e desenvolvimento da educa o em cada n vel e etapa de ensino Sem recursos as pol ticas viram ret ricas infind veis com poucos resultados No caso da Educa o Infantil o cuidado seria ainda maior visto que somente em 2007 que essa etapa da 51 educa o b sica passou a receber recursos vinculados e com percentuais definidos Assim o FUNDEB composto pela Y Contribui o de estados DF e munic pios de 16 66 no primeiro ano 18 33 no segundo ano 20 a partir do terceiro ano sobre Fundo de Participa o dos Estados FPE Fundo de Participa o dos Munic pios FPM Imposto sobre Circula o de Mercadorias e Servi os ICMS Imposto sobre Produtos Industrializados proporcional s exporta es IPlexp Desonera o de Exporta es Lei Complementar n 87 96 Contribui o de estad
550. ta or ament ria anual no mbito de suas respectivas esferas governamentais de atua o Instruir com parecer as presta es de contas a serem apresentadas ao respectivo Tribunal de Contas Este parecer deve ser apresentado ao Poder Executivo respectivo em at 30 dias antes do vencimento do prazo para apresenta o da presta o de Contas ao Tribunal e Acompanhar e controlar a execu o dos recursos federais transferidos conta do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PNATE e do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento Educa o de Jovens e Adultos verificando os registros cont beis e os demonstrativos gerenciais relativos aos recursos repassados responsabilizando se pelo recebimento e an lise da Presta o de Contas desses Programas encaminhando ao FNDE o Demonstrativo Sint tico Anual da Execu o F sico Financeira acompanhado de parecer conclusivo e ainda notificar o rg o Executor dos Programas e o FNDE quando houver ocorr ncia de eventuais irregularidades na utiliza o dos recursos Quanto composi o em conformidade com o Art 24 1 inciso IV da Lei n 11 494 2007 o Conselho do FUNDEB do Munic pio de Porto Velho constitu do por 11 membros titulares acompanhados de seus respectivos suplentes indicado por v rias representa es sendo que deste total dois representantes titulares dever o ser do Poder Executivo Municipal sendo pelo menos um deles
551. tamente estar possibilitada Tamb m precisamos destacar que em fun o da necessidade de forma o integral das crian as h hoje a compreens o de que a educa o acontece em todos os lugares e espa os onde s o poss veis as trocas e as intera es entre sujeitos e meio e que todos e todas na escola participam desse processo educativo todos os servidores da escola docentes e n o docentes necessitam de forma o para al m de seus campos de atua o e por isso programas de forma o continuada aperfei oamento precisam ser planejados e desenvolvidos com todas e todos os profissionais da educa o que atuam nas escolas de educa o infantil inclusive com boa base sobre a Educa o Infantil enquanto direito da crian a e de suas fam lias sobre a inf ncia e o desenvolvimento infantil al m de estudos sobre a cultura local bairro e principalmente considera que esses profissionais tamb m precisam ser ouvidos e respeitados em seus saberes importante salientar que os n o docentes muito tem a contribuir desde a elabora o at a implementa o de pol ticas p blicas Mais especificamente forma o inicial para a doc ncia defendemos a educa o presencial como a mais capaz e com maiores possibilidades de garantia de uma boa forma o para o magist rio da educa o b sica pois sem o acompanhamento presencial respeitando se o tempo de pr ticas pedag gicas em parceria com as escolas e est gios ser muito
552. tativo se considerarmos a situa o social da popula o e a necessidade de creches e pr escolas p blicas De 1999 a 2003 mais de 99 dos recursos vinculados MDE foram aplicados no ensino fundamental e em outras modalidades que n o a Educa o Infantil No entanto nota se que em 2005 o investimento em Educa o Infantil aumentou para 1 36 dos recursos da MDE e em 2008 chegou a 8 73 Aumentou o n mero de matr culas na Educa o Infantil e tamb m subiu o percentual de recursos aplicados nessa etapa pois o valor aluno da rede municipal conforme despesas na etapa e matr culas tamb m aumentou de R 5 36 cinco reais e trinta e seis centavos de despesas por aluno ano em 1999 subiu para R 400 00 quatrocentos reais de despesas por aluno ano em 2006 Em 2008 somados os recursos do FUNDEB a m dia de despesa por aluno ano foi de R 992 99 novecentos e noventa e dois reais e noventa e nove centavos Por que o munic pio investiu t o pouco em todos esses anos Por que n o investiu pelo menos o que a legisla o possibilitava As justificativas que encontramos n o foram diferentes daquelas nacionalmente apontadas em v rias pesquisas necessidade de amplia o do ensino fundamental que segundo pesquisas muito mais voltada a dar respostas ao sistema capitalista e produ o de m o de obra modelo de financiamento proposta pelo FUNDEF e ainda ao pouco interesse do munic pio para brigar pela amplia o dessa etapa
553. tativos por meio de entrevistas com os profissionais da educa o do munic pio que estiveram frente da SEMED no per odo da pesquisa De modo geral o planejamento das a es desenvolvidas pela SEMED consiste em programas cujas despesas se caracterizam como de dura o continuada que dever o obrigatoriamente constar do Plano Plurianual PPA do governo correspondente conforme art 165 1 da Constitui o Federal O PPA um plano para quatro anos e tem como fun o estabelecer as diretrizes objetivos e metas da administra o p blica constituindo se em um instrumento de planejamento estrat gico das a es governamentais nesse sentido que Medeiros 2002 ao discutir a relev ncia do PPA afirma que este deve expressar com clareza os resultados pretendidos pelo governante que o elabora e deve estar comprometido com o desenvolvimento sustent vel e com a evolu o das estruturas de gerenciamento dos rg os que integram a administra o p blica Medeiros 2002 p 38 considera importante que os programas governamentais desde a sua concep o estabele am alguns crit rios que possibilitem 8 O conte do mais expressivos das falas dos das entrevistados as ser apresentado no Cap tulo VI Neste cap tulo utilizamos apenas alguns fragmentos que consideramos imprescind veis para a fundamenta o de alguns dados e complementa o de informa es a Despesas de dura o continuada s o aquelas que ul
554. te o Sistema Estadual de Educa o de Rond nia como todos os dos demais estados respons vel por grande parte dos alunos e alunas dos diferentes n veis e modalidades de ensino professores e professoras servidores unidades escolares p blicas e privadas al m de exercer o controle sobre o ensino supletivo e os cursos livres que ocorrem fora do mbito escolar Assume tamb m fun es de manuten o do ensino nesta esfera e exerce fun es normativas deliberativas consultivas e fiscalizadoras nas redes oficial e particular Conforme previsto na Constitui o Federal de 1988 pode legislar sobre a educa o a cultura o ensino e o desporto Art 24 al nea IX A esse respeito a LDB art 10 inciso e Ill explicita que os estados incumbir se o de organizar manter e desenvolver os rg os e institui es oficiais dos seus sistemas de ensino e elaborar e executar pol ticas e planos educacionais em conson ncia com as diretrizes e planos nacionais de educa o integrando e coordenando suas a es e as dos seus munic pios Para a regulamenta o do ensino na esfera estadual sua legisla o inclui a Constitui o Federal a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional OS pareceres e resolu es do Conselho Nacional de Educa o resolu es e pareceres do Conselho Estadual de Educa o decretos leis e atos administrativos do Poder Executivo A preocupa o com a organiza o da educa o infan
555. ti giuridici ha garantito questo diritto ai bambini sotto i sei anni dati mostrano che il trattamento di educazione della prima infanzia nelle scuole pubbliche di Porto Velho ricoperto cariche diverse nel periodo 1999 2008 sia nel linguaggio e nelle azioni efficaci in funzione della gestione e del contesto Rileva che dal 1999 al 2004 la scuola materna stato messo in atto un valore inferiore nelle politiche locali di istruzione Durante questo periodo ci sono stati poche attivit nel settore della formazione l espansione della rete e miglioramento delle infrastrutture delle scuole Dal 2005 al 2008 prima infanzia occupato una posizione di rilievo nelle azioni di Semed ed era considerato una priorit con investimenti finanziari rispetto al periodo precedente Ci fu una maggiore espansione della rete fisica e iscrizioni gli investimenti nella formazione degli insegnanti e la partecipazione sociale nelle decisioni politiche Lo studio ha concluso che il consolidamento della qualit precoce educazione infantile saranno necessarie le priorit di questo passo nel rotolo delle azioni di Semed obiettivi di creazione ed espansione delle risorse finanziarie sia per l espansione e le dotazioni delle scuole oltre a conservare e lo sviluppo dell istruzione Inoltre in politica dobbiamo considerare il bambino come soggetto di diritti che incorpora sia la produce e la cultura Parole chiave l istruzione Educazione della prima infanzia Infanzia P
556. tiam Diziam que vinham e n o vieram at hoje Ent o pra voc ver A gua um recurso que fundamental pra vida de qualquer ser humano Ent o eles n o d o a devida import ncia Querem s que a institui o funcione mesmo que seja sem recurso sem material recurso financeiro did tico e os pais tamb m GF Profa El 2009 Esse problema n o de agora n o Faz tempo A professora H coitada t cansada de pegar balde pra dar banho em menino Ent o a quest o da gua pegar balde E n o s ela mas as demais tamb m pra dar banho em aluno tamb m lavar banheiro GF Profa El 2009 Seria tamb m bom colocar um bebedouro pra os alunos beberem GF Profa El 2009 A situa o apontada ca tica pois passam por problemas de falta de gua em creches Para elas a morosidade da SEMED um grave problema pois n o soluciona os problemas b sicos com urg ncia como o da falta de gua limpa na escola fazendo com que muitas vezes as professoras tenham que utilizar meios n o convencionais para resolver os problemas de falta de gua At mesmo um bebedouro solicitado pelas professoras evidenciando a sua falta na escola Observa se uma dist ncia consider vel entre os discursos da gest o e o das docentes Isso evidencia que os nossos sentidos captam realidades diferentes 263 dependendo dos lugares ocupados As professoras sabem e sentem na pele o que entrar em sala com as crian as e suas
557. ticular de forma inovadora os conhecimentos e as experi ncias apropriadas ao longo de sua hist ria de forma o e atua o recombinando os de outra maneira em fun o das necessidades e possibilidades do cotidiano A autora prop e fundamentada nos estudos de Magalh es 2004 que no processo de forma o docente ser fundamental diminuir a dist ncia entre as 102 Zibetti 2005 discute o conceito de atividade criadora a partir dos estudos culturais de Vigotsky 2003 na an lise do processo de alfabetiza o a partir de pesquisa etnogr fica 293 institui es formadoras e as escolas de educa o b sica e que uma sa da apontada nas pesquisas seria o trabalho colaborativo entre pesquisadores e docentes Tamboril 2005 p 198 em pesquisa sobre as pol ticas para a forma o docente em Porto Velho considerou como necess rio privilegiar a escola como um espa o de produ o de transforma o e de mobiliza o de saberes como condi o essencial para a concretiza o de pol ticas educacionais propositivas Corroboramos com a autora que todo e qualquer sistema de educa o para ser modificado transformado e melhorado precisa estar sintonizado com a forma o dos profissionais que atuam na educa o pois a forma o docente extremamente necess ria para a efetiva o das mudan as na educa o em geral e a escola constitui se l cus da forma o continuada e base da forma o inicial
558. til Ano Total Federal Estadual Municipal Particular Total Campo Total Campo Total Campo Total Campo Total Campo 1946 8 1955 16 13 3 Z 1972 40 38 2s RE 2 1973 12 12 E 1976 35 18 Es 17 1977 37 18 lt 19 1978 85 22 m 3 63 1979 102 33 E E 69 1980 159 28 E 18 E 113 1981 251 s 123 128 1982 397 am an 235 162 1983 422 225 97 1984 599 5 12 464 123 1988 758 78 60 20 79 18 86 11 482 24 1989 895 95 53 24 76 13 101 15 593 39 1991 1046 105 1 559 53 219 37 267 15 1992 1402 188 588 43 486 131 328 14 1993 1277 89 545 28 447 45 285 16 1994 1423 3 561 51 507 55 351 13 1995 1712 133 3 3 609 49 631 58 468 23 1996 1579 155 12 7 614 73 565 70 387 5 1997 1616 138 a 575 49 620 85 420 4 1998 1572 104 497 27 587 61 487 16 Quadro 9 Atua es docente na educa o infantil Estado de Rond nia 1946 a 1998 Fonte Organizado pela autora com dados do Censo INEP 1946 a 1999 Observa es sobre a nomenclatura At 1955 Pr prim rio Infantil De 1971 at 1996 At 3 anos Maternal e Jardim 4 a 6 Pr escola A partir de 1997 O a 6 Educa o Infantil 03 anos Creche 4 a 6 Pr escola O quadro 10 a seguir apresenta o
559. til pela rede estadual data da d cada de 1970 Em 1976 o Conselho Territorial de Educa o CTE RO aprovou a Resolu o n 015 1976 que estabelecia as normas para a cria o e autoriza o de funcionamento de estabelecimentos de ensino pr escolar Tamb m 58 O Conselho de Educa o de Rond nia CEE RO foi criado e instalado ainda no tempo do Ex Territ rio Federal de Rond nia em 1976 passando condi o de Conselho Estadual de Educa o pelo Decreto n 11 de 31 de 1981 O Conselho Estadual de Educa o rg o Colegiado da Administra o Direta do Poder Executivo Estadual vinculado Secretaria de Estado da Educa o de natureza consultiva deliberativa normativa fiscalizadora e contenciosa 134 em 1976 o CTE RO aprovou a Resolu o n 017 1976 que fixou o m ximo de idade para o ingresso no ensino pr escolar Em 1981 o mesmo CTE RO aprovou a Resolu o n 014 1981 que fixava as diretrizes para o desenvolvimento da educa o pr escolar interessante observar o Art 3 pois nele fica evidente qual era a concep o de educa o infantil da poca A Educa o Pr Escolar destina se crian a na faixa et ria de O zero a 6 seis anos sendo a alimentadora enquanto se desenvolve ao longo do per odo regular de atendimento ao pr escolar de O zero a 6 seis b compensadora enquanto se concentra nos ltimos anos da faixa pr escolar com a finalidade de preparo da crian a para
560. tiliza o dos recursos dessa etapa para outras despesas que talvez at muito urgentes mas tudo muito urgente toda a educa o apresenta problemas urgentes Provavelmente os tantos problemas apontados pelas professoras tivessem sido minimizados se um pouco mais de recursos j previstos fossem devidamente aplicados Nas Pol ticas de Atendimento e expans o de matr culas Em rela o s matr culas o munic pio nos ltimos quatro anos vem tentando ampliar seu atendimento por m suas a es ainda n o foram e n o s o suficientes para uma cobertura significativa da popula o alvo dessas pol ticas Os dados mostraram que houve avan o no atendimento mas que poderia ter sido muito maior se a gest o anterior 1999 2004 tivesse investido mais em educa o infantil o que possibilitaria gest o seguinte continuar com a pol tica de amplia o por m partindo de um atendimento j ampliado No entanto com o quase congelamento do atendimento e o retrocesso em rela o rede f sica no per odo de 1997 a 2004 o crescimento em n meros foi muito inferior demanda Considerando a cobertura das tr s redes estadual municipal e privada de atendimento do Munic pio de Porto Velho tivemos em 1999 2002 2004 e 2008 um total de 11 932 8 284 10 474 e 12 430 matr culas o que 288 equivale a um percentual de 22 08 15 33 19 38 e 33 14 respectivamente de cobertura total de matr culas de crian as com idade entr
561. tinha a inten o de evitar a marginaliza o das crian as e possibilitar s m es tempo livre para trabalhar e contribuir com a renda familiar O projeto atendeu a 1758 crian as em todo o Estado ROND NIA 1997 Conforme Elmeri no final dos anos de 1970 a Prefeitura Municipal de Porto Velho executou o Projeto Casulo com quatro turmas em salas anexas s escolas 125 Municipais Ant nio Ferreira da Silva e Padre Chiquinho Em 1980 visando a organiza o da educa o pr escolar a Secretaria de Educa o do Territ rio Federal de Rond nia criou atrav s da Portaria Ministerial n 168 de 26 11 1980 a Divis o de Educa o Pr Escolar vinculada ao Departamento de Ensino Em 1981 seguindo a linha da assist ncia foi implantado o Projeto de Atendimento Informal ao Pr Escolar de Rond nia PROAPRO que consistia em aproveitar espa os ociosos equipamentos e materiais existentes na comunidade o que o caracterizava ser de baixo custo O PROAPRO visando atender o maior n mero de crian as organizava turmas compostas por 100 alunos cada entre 04 e 06 anos com duas professoras tamb m por turma Adotava uma metodologia flex vel enfatizava a criatividade da crian a e experi ncias que favorecessem seu desenvolvimento Esse projeto foi desenvolvido no Estado at o ano de 1982 quando o atendimento voltou a ser feito em salas comuns com crian as da mesma faixa et ria transformando se em Unidades Espec ficas de Ja
562. to 23 69 H banheiro de uso exclusivo dos profissionais com chuveiro pia e vaso sanit rio 69 31 H espa os especialmente planejados para a recep o e acolhimento dos familiares 23 10 T7 H frald rio mesa bancada na altura adequada ao adulto para a troca de fraldas dos bebes e crian as pequenas com seguran a 12 92 Espa os e Equipamentos s o acess veis s crian as com necessidades especiais de acordo com o Decreto Lei n 5 296 2004 38 15 46 H bebedouros Vasos sanit rios pias e chuveiros em n mero suficientes e acess veis as crian as 10 77 15 H banheiros para as crian as nas salas de aula 1 8 15 T77 H mobili rios e equipamentos acess veis s crian as com defici ncia 3 23 1 8 0 69 A Institui o prev moveis firmes para que os beb s e crian as pequenas possam se apoiar sozinhos 1 8 0 0 0 12 92 Quadro 37 Espa os e mobili rios que favorecem as experi ncias das crian as Fonte Elaborado pela autora a partir de dados levantados em 2009 junto s escolas Legenda S Sim N N o B Bom R Ruim I Insuficiente N H N o h N R N o respondeu Apenas tr s das treze escolas informaram ter espa o que permite o descanso e o trabalho individual ou coletivo da equipe que seja confort vel silencioso com mobili rio adequ
563. to da educa o pr escolar Porto Velho SEC 1981 Secretaria do Estado de Planejamento e Coordena o Geral SEPLAN Ger ncia de Estudos e Pesquisas GEP Produto Interno Bruto PIB do Estado e dos Munic pios de Rond nia 2002 2006 Porto Velho SEPLAN 2009 o Secretaria Estadual de Educa o Instru o Normativa n 001 DEN SEDUC de 08 de fevereiro de 1996 Regulamenta o funcionamento de Creches no Estado de Rond nia Porto Velho SEDUC 1996 338 Secretaria Estadual de Educa o Resolu o n 011 1991 CEE RO fixou diretrizes e normas para a autoriza o e reconhecimento de estabelecimentos de ensino fundamental m dio e pr escolar da rede p blica e particular de Rond nia Secretaria Estadual de Educa o Resolu o n 037 2001 CEE RO de 30 de abril de 2001 Fixa diretrizes e normas para a organiza o e funcionamento de institui es de educa o infantil a serem observadas pelo sistema estadual de ensino do Estado de Rond nia e d outras provid ncias Porto Velho SEDUC 2001 Secretaria Estadual de Educa o Resolu o n 131 2006 CEE RO Altera dispositivos da Resolu o n 138 1999 CEE RO de 27 de dezembro de 1999 Porto Velho SEDUC 1996 Secretaria Estadual de Educa o Resolu o n 138 1999 CEE RO de 27 de dezembro de 1999 Regulamento o Sistema Estadual de Educa o de Rond nia em conson ncia com a LDB n 9394 96 Porto Velho SEDUC 1996
564. to mais saud veis tanto f sico emocional afetivo cognitivo ps quico quanto social atrav s dos benef cios da educa o Os dados sobre as a es desenvolvidas a abrang ncia do atendimento e do financiamento e as informa es que levantamos na amostra nos revelaram que as dificuldades que se apresentam para se chegar a um patamar melhor na Educa o Infantil com mais qualidade e equidade ainda s o muitas e apresentam desafios que para os mais c ticos quase intranspon veis Os principais desafios apontados pelos dados ainda s o a valoriza o da carreira do magist rio incluindo plano de carreira digno e atrativo forma o inicial e continuada e condi es dignas de trabalho conforme prop s Tamboril 2005 em estudo sobre pol ticas p blicas para a forma o docente no Munic pio de Porto Velho o financiamento e a gest o da educa o que precisam ser entendidos como passos iniciais para as demais condi es infra estrutura f sica das escolas com destaque especial para os espa os e materiais que valorizem e que ao mesmo tempo possibilitem o l dico e o movimento o estabelecimento de padr es m nimos de qualidade para as escolas p blicas de educa o b sica e inclusive de educa o superior pois l s o inicialmente formados os docentes As proposi es formuladas a seguir em rela o ao financiamento acesso e perman ncia na escola de Educa o Infantil forma o e valoriza o profissional d
565. tora El 2009 243 Conforme a fala da diretora mesmo n o matriculando alunos a mais que o n mero do ano anterior a escola j enfrenta dificuldades para adquirir o necess rio para a merenda escolar Entendemos que esse um problema que precisa ser revisto e n o nos parece t o dif cil hoje com a tecnologia de informa es avan ada Pensamos que para o primeiro bimestre de aula os recursos da merenda poderiam ser repassados conforme n mero de matr culas do ano anterior mas que se os dados de matr cula forem informados at final de mar o o valor poderia ser ajustado para o segundo bimestre do ano corrente Evidente que para isso a previs o or ament ria dever considerar uma margem de recursos a mais para cobrir as despesas com a amplia o Sabemos que para o planejamento isso tarefa f cil pois basta ver qual foi o percentual de crescimento de matr cula dos ltimos anos e considerar isso na defini o do or amento para o ano seguinte Pensamos que se os setores de estat stica que s o fundamentais para o processamento de dados e principalmente quando o assunto financiamento estiverem funcionando com uma metodologia mais avan ada a reuni o desses dados n o ser tarefa dif cil junto ao INEP MEC As diretoras consideram que algumas a es mais recentes voltadas para o atendimento Educa o Infantil impactaram positivamente na qualidade Isso pode ser observado a na defini o de um profissional para
566. tos A Educa o Infantil ent o constituiria um cap tulo desses planos e precisaria considerar seu horizonte de expans o e melhoria definido como obriga o dos sistemas de ensino da Uni o dos estados do Distrito Federal e dos munic pios As metas s o interessantes embora pelos dados nacionais h muito que fazer para serem alcan adas Isso porque ao se criar um fundo espec fico para o ensino fundamental fraturou se o que a LDB 9 394 96 definiu como educa o b sica e que o PNE n o conseguiu resgatar Quanto implementa o das metas do PNE Dourado 2006 apresenta dois graves erros embora j sejam velhos conhecidos o primeiro a aus ncia de mecanismos de financiamento para o comprimento das metas e consequentemente a consecu o dos objetivos o segundo provocou inclusive em fun o do primeiro erro o distanciamento da universaliza o da educa o b sica para todos e todas 18 O Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF foi institu do pela Emenda Constitucional n 14 de 12 de setembro de 1996 e regulamentado pela Lei n 9 424 de 24 de dezembro do mesmo ano e pelo Decreto n 2 264 de 27 de junho de 1997 sendo implantado em 1 de janeiro de 1998 50 Voltando nos para a educa o infantil observamos que o grande problema foi que muitos munic pios dependiam da complementa o para o ensino fundamental mostrando que sua arrecada
567. tr culas os munic pios investiram na amplia o de matr culas no ensino fundamental e a educa o infantil ficou descoberta n o representando prioridade Contraditoriamente o mesmo aspecto que caracterizou ser o FUNDEF democr tico no sentido de que os munic pios e estados que arrecadavam mais dividiam com aqueles que arrecadavam menos foi tamb m considerado o am lgama pois os estados e munic pios com um pouco mais de arrecada o viam seus recursos sa rem para o Fundo e n o voltarem o que causou o problema da redu o das matr culas na Educa o Infantil pois se os munic pios matriculassem poucos alunos ampliando a Educa o Infantil evidentemente n o receberiam de volta os recursos do fundo j que voltariam conforme matr cula no ensino fundamental Azevedo 2002 referindo se a essa quest o alerta que partindo da l gica da administra o gerencial induzida pelo Banco Mundial que argumentava que o problema da qualidade dos servi os sociais n o estava no quantitativo mas na gest o de recursos direcionados educa o o poder central ao criar o FUNDEF n o destinou recursos suficientes para viabilizar a solu o dos problemas que entravavam os processos de ensino apenas fez a redistribui o dos recursos j existentes Alguns problemas muito s rios como a falta de escolas excessivo n mero de alunos por turma e falta de recursos de toda ordem n o foram solucionados com a cria o do fundo e com
568. trapassam dois ou mais exerc cios financeiros conforme conceitua o estabelecida no art l 17 da Lei n 101 00 Lei de Responsabilidade Fiscal LRF Os dispositivos dessa Lei tamb m s o discutidos por Pessoa 2008 147 a verificar a consecu o do objetivo do programa mediante a obten o de dados que permitam comparar a evolu o do ndice relativo ao indicador estabelecido efetividade b a consecu o das metas e graus de execu o financeira das a es que constituem o programa efici ncia efic cia c grau de satisfa o da sociedade quanto aos bens e servi os ofertados pelo programa satisfa o do cliente Na gest o referente ao per odo de 1999 a 2004 localizamos dois planos o PPA 1998 2001 e o PPA 2002 2005 No primeiro n o aparecem a es voltadas especificamente para a Educa o Infantil mas encontradas no PPA 2002 2005 A Mensagem n 35 de 28 de setembro de 2001 encaminhou para a C mara Municipal o PPA do quadri nio 2002 2005 No primeiro par grafo o prefeito destaca que A democratiza o do ensino e sempre ser o pilar em que se ap ia a a o de Governo Nesse sentido a Administra o Municipal contempla no seu Plano de Desenvolvimento experi ncias observadas nos registros hist ricos de sucessivos governos municipais com nfase na democratiza o da gest o e descentraliza o das decis es A participa o da comunidade e o comprometimento dos agentes e atores da educa
569. tuou tamb m como T cnica em Orienta o e 120 Supervis o Escolar no per odo de 1980 a 1985 e foi Diretora da Divis o de Ensino Pr escolar no per odo de 1985 a 1994 Neste ltimo per odo atuou tamb m como Membro do Conselho Estadual de Educa o de Rond nia CEE RO No per odo de 1972 ano em que foi concursada ao ano de 1980 atuou na Escola Municipal Padre Chiquinho e em 1980 foi trabalhar no Ex Territ rio Federal de Rond nia Seu relato foi assim como os demais muito importante para o registro hist rico do atendimento Educa o Infantil em Porto Velho o que nos fez coloc lo quase na ntegra A professora nos lembra que O crescimento populacional nas d cadas de 1970 a 1980 em Rond nia teve s rie repercuss es no sistema Educacional ocorrendo um aumento acentuado nos servi os de ensino Na rea de Educa o Infantil ou Pr Escola de Porto Velho existia esse atendimento em algumas escolas o que tornou necess rio a elabora o de um Projeto de Pol tica de Atendimento assegurando acesso a um maior n mero de alunos com idade entre 4 a 6 anos Na poca considerando que as crian as de m dio e alto n vel s cio econ mico eram favorecidas por uma estimula o de Curr culo Oculto em virtude de sua conviv ncia no meio s cio cultural privilegiado tinham acesso aos melhores Institutos Educacionais Infantis da poca todos particulares tais como e Jardim de Inf ncia Laura Vicun e
570. u a se de anexos para Instalado demonstra o de pr ticas de ensino al m de outros um Jardim da inf ncia Formou a em 1948 primeira turma professores e professoras em 1950 O curso tinha dura o de 4 anos e era equivalente s s ries finais do ensino fundamental de hoje 1950 Escola Franklin Dellano Roosevelt p blica Situada no Bairro Tri ngulo desde esta data existe com esse mesmo nome mas foi Criada atrav s do Decreto n 866 de 1977 e Decreto de Denomina o n 9 165 de 2 000 1952 Escola Normal do Guapor Posteriormente passou a ter a denomina o de Escola Normal Carmela Dutra P blica Cria o Decreto n 189 de 14 de abril de 1951 correspondente ao Segundo Ciclo do Curso Normal Primeira turma em 1956 1969 Instituto Laura Vicu a Congrega es Salesianas Fonte Elaborado pela autora a partir de dados das pesquisas j desenvolvidas por Gomes 2007 e outros CASTIEL 1990 LIMA 1998 2004 DIEGUES 1999 GOMES 2004 GALEANO 2005 AGUIAR 2007 De acordo com Gomes 2007 Silva 1991 e Pinto 1993 apresentam datas diferentes para a cria o da escola mas destaca que a data mais prov vel da cria o do Grupo Escolar Bar o de Solim es seja o dia 19 de agosto do ano de 1925 atrav s do Ato do Interventor Federal Alfredo S sendo constitu da em sede provis ria AP NDICE 357 QUADRO INFORMATIVO DE SECRET RIOS E SECRET RIAS MUNICIPAIS DE EDUCA O SEMED 1999 a
571. u de 5 51 de cobertura total em 2004 para apenas 9 13 em 2007 Esse resultado ficou distante da meta definida no PNE 2001 que seria de 30 de atendimento at 2006 e tamb m distante da m dia nacional que tamb m foi baixa mas que chegou a 17 10 O quadro 25 apresenta esses dados popula o de O a 3 anos e o atendimento e taxa de cobertura por esfera administrativa 176 Munic pio de Porto Velho CRECHE 1999 2008 Popula o em idade escolar n de Matr culas na e Taxa de Totalda Taxa de Cobertura Redes Estadual Municipal e Particular popula Cobertu ANO E ia Matr cula Taxa de Matr cu Taxa de Matr cul Taxa de o ra Total 093 Rede Cobertu la Rede Cobertu a Rede Cobertu Atendida em nda Municipal ra em Estadual ra em Privada ra em 1999 30 493 295 0 97 212 0 70 1196 3 92 1 703 5 58 2000 30 493 284 0 93 149 0 49 1066 3 50 1 499 4 92 2001 30 493 358 1 17 508 1 67 874 2 87 1 740 5 71 2002 30 493 306 1 00 514 1 69 693 2 27 1 513 4 96 2003 30 493 306 1 00 518 1 70 671 2 20 1 495 4 90 2004 30 493 466 1 53 468 1 53 746 2 45 1 680 5 51 Evolu o 1999 2004 57 97 120 75 37 63 0 99 2005 30 493 787 2 58 448 1 47 680 2 23 1 915 6 28 2006 30 493 1 004 3 29 461 1 51 838 2 75 2 303 7 55 2007 24481 954 3 90 516 2 11 765 3 12 2 235 9 13 2008 24 481 1 191 4 86 601 2 45 697 2 85 2 489 10 17 Evolu o E E
572. u og euo edeja og5eoj 10d sejus90p seg unAa odues E E 3 i 5 8LL Lc E EL SyL 6z L 3 L jouequn 800 Z E 4 E 9 9 E E 69 F E E z odueo 200 Z Z E ve LZ 09L 6 9L YL z EEZ 66tl E z oueqiN 5 i 7 E 2 E g oZ E 3 5 q i odweg 900 Z L 5 E LA 6 E Ec cl E 224 cs E cl 8 p 6 oueqin 5 E 3 z E a L E E SL E a E F z 5 odweg S00 Z gt E F 3 6 A 8 x 68L 6 3 6L vL a 6 LL oueqiN g odweg boo Z E a p Y z L 04 OL E OL 9 E 9 9 oueqiN x A z 3 E L R x L LE OL E 5 E E E odueo 00 Z E 5 L i f 5 L LEL g9 6 gt 9 OL S E oueqin E z E E E x 5 gt vc OL L a z E odueo zoo zZ y 5 E L 5 L E L8L Ly Sc L E z E 4 oueqiN E a o E F E E E LL 8 E 4 E z q L E odueo L00 Z E z L E 4 L L E gt v9L LS Ec 2 a L L z oueqin a z E x E E 5 E E x E L v R 5 L E 3 L odueo 000 Z E E z L z F x E L a br 6 q t LL E S z oueqin zZ odweg 666 L a E 3 L x E z z 6 v LE L E Y 4 oueqiN ejoosg a ejoosg e ejoos3 a ejoosg ejoosg a ejoosg a ejoosg a Bllv 0 Bllv o ellv 0 Bllv o Bliv O Sld 49919 Md 49910 4V O Sld 49919 ld 49919 Sld 49919 ld 49919 Sld 4991
573. ublic Policy La ricerca qualitativa LISTA DE ILUSTRA ES Figura 1 Formandas da 1 Turma Curso Normal Regional Carmela Dutra Figura 2 Tr s Caixas d gua Porto Velho RO 2008 Figura 3 EFMM Trem em movimento Porto Velho RO Figura 4 Mapa pol tico do Estado de Rond nia o Figura 5 Mapa do Munic pio de Porto Velho na Figura 6 Foto de Crian as em Escola de Educa o Infantil PVH RO Figura 7 Representa o gr fica da matr cula na Creche no Munic pio de Porto Velho de Rond nia Redes Estadual Municipal e Privada Figura 8 Representa o gr fica da matr cula na Pr escola no Munic pio de Porto Velho Redes Estadual Municipal e Privada iiino Figura 9 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na Educa o Infahlil a nei a e e US aan pala Figura 10 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na Educa o Infantil em 1999 casi siso obs sispe line aieeaii a Se Figura 11 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na Educa o Infartilfem 2007 erute eetas e eaei aea aee Ee En EEE ES Figura 12 Representa o gr fica da forma o das docentes lotadas na Educa o Infantil em 2008 eeen Er AO a reatar ada Figura 13 Fotos de Crian as da Educa o Infantil Porto Velho RO 2001 6 2004 cus asian ara aspirante ai aaa Dane AG
574. uca o Al m disso na defini o das pol ticas h que se considerar a crian a enquanto sujeito de direitos que tanto incorpora como produz cultura Palavras chave Educa o Educa o Infantil Inf ncia Pol ticas P blicas Pesquisa qualitativa PACIFICO J M Le politiche pubbliche per l infanzia a Porto Velho RO 1999 2008 2010 358f Dottorato in School Education Facolt di Scienze e Lettere di Araraquara Universidade Estadual Paulista Araraquara SP 2010 ABSTRACT Questo studio si occupa di politiche pubbliche per l infanzia e il suo scopo era quello di analizzare le politiche pubbliche di educazione della prima infanzia sviluppato dal Istruzione Comunale Semed Porto Velho RO nel periodo 1999 al 2008 Caratterizzato come uno studio qualitativo con l analisi di dati qualitativi e quantitativi Utilizza come fonte di dati per la ricerca dei documenti interviste individuali e focus group soggetti sono stati impiegati e dirigenti Semed insegnanti di scuola dalla scuola materna che hanno prestato servizio durante il periodo di studio Ha anche collaborato con gli insegnanti che ha coordinato lo studio della prima infanzia nel periodo 1970 1990 sotto la Procura e Semed Lo studio ritiene che l accesso alla educazione della prima infanzia come chiave per garantire il pieno sviluppo del bambino Rileva che il luogo di diritto all istruzione stato raggiunto in quanto la Federal costituzione del 1988 e altri strumen
575. uca o como vetor para o desenvolvimento humano o segundo demonstra os resultados educacionais apontados por alguns instrumentos de avalia o em conson ncia com o PDE e o terceiro indica os grandes desafios que se apresentam para o alcance da qualidade na Educa o B sica BRASIL 2010 p 1 Dentre esses desafios o parecer destaca 1 a necessidade de real valoriza o da carreira do magist rio 2 a amplia o do financiamento da educa o e 3 uma melhor organiza o da gest o Sem d vida todos esses documentos publicados v m sendo ao longo dos anos melhor fundamentados e somados s diretrizes e pareceres aprovados no mbito do Conselho Nacional de Educa o tem se constitu do em bases importantes para a discuss o sobre a qualidade da educa o das crian as de O a 5 6 anos S o documentos oficiais e bem fundamentados al m de responderam aos anseios da sociedade e dos movimentos civis CAP TULO Il ATENDIMENTO EDUCA O INFANTIL NO BRASIL Figura 1 Formandos da 1 Turma Curso Normal Regional Carmela Dutra 1950 Porto Velho RO Ao centro a Secret ria de Educa o Laud mia Trotta 1 Herbert Alencar 2 Lourival Chagas 4 Maria Smith Campelo 6 atr s Angelina dos Anjos 11 atr s Neuza Carneiro 18 atr s L dia dos Anjos 28 atr s Judith Holder e 33 Jos Augusto Vasconcelos 2 Dispon vel em lt Attp www gentedeopiniao com briler noticias php codigo 46607
576. uca o infantil como tem feito e a partir de quais instrumentos e indicadores y Levantar tamb m a partir de suas falas as transforma es ocorridas no atendimento em creches e pr escola no munic pio a partir do FUNDEF e FUNDEB y Levantar junto aos sujeitos da pesquisa sobre os aspectos que interferem negativamente no desenvolvimento das a es voltadas ao atendimento educa o infantil bem como poss veis solu es aos problemas apontados c Quest es orientadoras v O que voc considera uma pol tica p blica educacional de modo geral e de modo espec fico uma pol tica p blica para a educa o infantil v Quais foram as pol ticas p blicas municipais para a educa o infantil implementadas na gest o em que esteve frente da SEMED diretrizes programas a es e projetos forma o docente rede f sica matr cula v No planejamento houve a participa o da sociedade Como e qual foi essa participa o v O munic pio tem feito a avalia o das pol ticas p blicas para a educa o infantil e como tem feito instrumentos e indicadores v Como a prefeitura administrou o financiamento da educa o infantil e quais foram os impactos do FUNDEF e FUNDEB para o atendimento a essa etapa v A SEMED encontrou dificuldades para desenvolver a es que visassem a melhoria da qualidade da educa o infantil Se encontrou quais foram e em rela o a que O que facilitaria o desenvolvimento de mais e melhores
577. uest o do financiamento que espera se seja alterado em fun o do Custo Aluno Qualidade inicial CAQi O PCCS da Prefeitura do Munic pio de Porto Velho apresenta problemas quando se fala em qualidade de ensino tanto em rela o ao valor dos sal rios como em rela o s jornadas de trabalho pois possibilitam que na rede haja contratos de 20h 25h e 40h semanais Em 2009 al m destas jornadas de trabalho a Lei Complementar n 360 de 04 de setembro criou tamb m a jornada de 30h mas ainda n o h profissionais da educa o contratados com essa carga hor ria Esta Lei tamb m regulamenta o tempo destinado ao planejamento e apresenta outros problemas pois nas leis anteriores havia 20 da carga hor ria para planejamento o que j n o era suficiente E nesta o hor rio destinado ao planejamento para 204 docente com carga hor ria de 20h foi retirado conforme se pode observar no artigo 15 Art 15 A carga hor ria dos profissionais da educa o ser constitu da de l 20 vinte horas semanais Il 25 vinte e cinco horas semanais HI 30 trinta horas semanais IV 40 quarenta horas semanais 1 Na composi o da jornada de trabalho do cargo de professor observar se o limite m ximo de com carga hor ria de 20 vinte horas semanais a totalidade das horas ser destinada para doc ncia Il com cargas hor rias de 25 vinte e cinco ou 30 trinta horas semanais observar se
578. ulas na Educa o Infantil Estado de Rond nia por Etapas e Depend ncia Administrativa Estado e Munic pios Quadro 22 N mero de alunos e alunas matriculados na rede municipal de ensino Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Quadro 23 N mero de alunos e alunas matriculados na rede Estadual de ensino Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Quadro 24 Popula o em idade escolar n de Matr culas na Educa o Infantil Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura 1999 2008 Redes Estadual Municipal e Particular eee Quadro 25 Popula o em idade escolar n de Matr culas na Creche Rede Municipal de Ensino do Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura 1999 2008 suas cuia tonasia insira datada a ua P Rd na GO nnna Quadro 26 Popula o em idade escolar n de Matr culas na Pr escola Rede Municipal de Ensino do Munic pio de Porto Velho e Taxa de Cobertura 1999 2008 uunsnsmaapata eiescidaca s denieie ad ce aa at reina ils a aa vin ii ag Quadro 27 N de alunos matriculados na educa o infantil na rede municipal de Porto Velho x n de classe turma professora e n mero de escolas 1008 2008 sa senta o naaa at O EE SD Quadro 28 N mero de alunos e alunas matriculados na Educa o Infantil por etapa e localiza o Munic pio de Porto Velho 1999 2008 Quadro 29 Fun es Docentes Munic pio de Porto Velho Geral e Educa
579. umanistas de v rios matizes mas a sobreviv ncia por meio do instrumento para a adapta o realidade social e uma conseguente sobreviv ncia em sua configura o presente Santom 2003 ressalta que o capitalismo juntamente com a economia tem promovido transforma es que explicam de certa forma a reestrutura o e as reformas dos sistemas educacionais e do trabalho docente ocorridas a partir dos 34 anos de 1990 O sistema educacional vem sendo submetido s mesmas regras que regem a esfera da produ o e do com rcio A institui o escolar considerada de vital import ncia no desenvolvimento econ mico das na es e na constru o dos mercados transnacionais Mas essa vis o do sistema educacional acentua se mais em momentos de crise ou de reestrutura o dos mercados da produ o de distribui o e do consumo de bens p 27 Seguindo essa l gica o sistema educacional transforma se em pilar tanto para as causas como para as solu es dos problemas das economias nacionais e internacionais o que no entanto n o passa de manobras do sistema econ mico para impor suas leis Nesse sentido reformas conservadoras vindas de discursos tamb m conservadores criam na sociedade certo p nico com ideologias que propagam certa linearidade hist rica como se o que propagam fossem verdades incontest veis justificadas a partir de alguns fatos isolados Nesse sentido o autor aponta que os conservadores o
580. umprir os governos adiaram os compromissos assumidos no ano de 1990 por mais 15 anos 10 A partir do documento Declara o Mundial de Educa o para Todos Declara o de Nova Delhi 1993 assinada por ocasi o da reuni o dos presidentes dos 9 pa ses mais populosos do mundo Nesta declara o os governos assumiram compromissos de universalizar a educa o fundamental destacando como prioridade as meninas as mulheres e grupos marginalizados bem como se comprometeram em reduzir o analfabetismo Outros eventos F rum Mundial de Educa o em Dakar 2000 Declara o Final do Mil nio 2000 Declara o de Cochabamba 2001 Declara o de Tirija 2003 e Declara o de Bras lia 2004 Documentos dispon veis em lt http unesdoc unesco gt 1 Sobretudo na LDB 9 394 96 e na Lei do Plano Nacional de Educa o n 10 172 2001 33 no sentido de garantias de oferecimento por parte do Estado foi apenas o ensino fundamental Al m da obrigatoriedade dessa etapa foi criado o Fundo de Manuten o e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valoriza o do Magist rio FUNDEF que priorizou o financiamento para o atendimento popula o escolar de 7 a 14 anos ensino fundamental deixando naquele momento a educa o infantil o ensino m dio e outras modalidades de educa o fora desse fundo Por m por que a nfase a preocupa o com e educa o b sica para todos e todas Por raz es dentre outras como as citadas po
581. unic pio de Porto Velho confunde se com o in cio da hist ria do pr prio Estado j que foi ele o palco de desenvolvimento inicial do hoje Estado de Rond nia Este tem em sua mem ria muitas hist rias constru das Hist rias que v o do horror e tr gico entre outras como aquelas ligadas constru o da Estrada de Ferro Madeira Mamor devasta o das florestas e assassinato dos povos ind genas justificado pela necessidade de um modelo de desenvolvimento econ mico do Territ rio Estado desumaniza o do ser humano e destrui o do espa o natural em virtude dos garimpos e os conflitos e massacres na luta dos pequenos agricultores pela terra at s conquistas como a resist ncia e luta dos tamb m povos ind genas pelos seus direitos e pela manuten o de suas culturas a luta incessante dos migrantes por vida e dignidade O movimento de resgatar na hist ria o atendimento educa o infantil levou nos a retomar um pouco a hist ria deste Estado de Rond nia e do Munic pio de Porto Velho que j passaram por diferentes ciclos econ micos com impactos mais negativos que positivos para a inf ncia tanto para as crian as j habitantes como para as migrantes de outras regi es do pa s Quanto aos ciclos ressaltamos que n o nos parece coisa do passado e nem o Estado est isento de passar por outros novos ciclos Hoje j avan ados alguns anos do s culo XXI parece que se pode falar de um novo ciclo
582. unos Capacita o de Profissionais que Atuam nas Secretarias Escolares da Rede Municipal de Ensino e Conveniadas e T cnicos Administrativos e Conselheiros do CME 166 174 181 e 188 profissionais 256 364 295 397 344 627 393 242 1 289 630 Realiza o de Gincanas 10 000 11 522 13 442 15 340 50 304 1 gincana ano Transfer ncias de Recursos Destinados s Escolas PROAFINC 43 escolas ano 590 000 679 831 793 132 905 012 2 967 975 Transfer ncias de Recursos Financeiros para Escolas Oficiais 29 escolas ano 98 940 114 004 133 005 151 766 497 715 Total ano e Total Geral quadri nio 1 298 673 1 496 403 1 745 794 1 992 060 6 532 930 Quadro 16 A es e valores anuais previstos no PPA 2006 2009 Programas 022 Munic pio de Porto Velho RO Fonte Elaborado pela autora a partir de informa es do PPA 2006 2009 Porto Velho 2005 No entanto se considerarmos que a prefeitura poderia investir em Educa o Infantil no m nimo 1 5 5 dos 25 dos recursos vinculados MDE deixando 1 5 5 para EJA e outras despesas e ainda teria garantido os 3 5 15 do FUNDEF esse valor investido nos parece insignificante pois poderia chegar a dez milh es de reais j que os recursos vinculados foram de R 50 895 002 00 conforme apresentado no quadro 12 p 158 Apresentamos um quadro destacando os dados com os recursos do FUNDEB destinados educa o infantil mu
583. ustamente terrenos porque l n o existe documenta o ent o tem terreno voc ta vendo o terreno tem recurso mas n o se pode h uma burocracia que antigamente poderia atropelar hoje n o E pra constru o pra defender o recurso dos projetos inclusive tem recurso federal mas tem que ter essa documenta o tem que ter tem que ser tudo regularizado sen o n o pode GF Diretora El 2009 O baixo n mero de professoras com forma o adequada para atuar na Educa o Infantil foi outra dificuldade apresentada pela segunda gest o analisada colocavam na educa o infantil e na EJA professores justamente emergencial porque o professor era EJA n o era prioridade de fato Entrevista SME Gest o 2005 2008 2009 Funcion rios muito desmotivados acomodados sem esperan as Entrevista DIEI Gest o 2005 2008 2010 A forma o docente foi uma dificuldade colocada tamb m pelas diretoras Uma das diretoras refere se primeira gest o dizendo O mais dif cil assim as pessoas que nunca trabalhavam com a educa o infantil eles n o tinham o conhecimento n o tinham capacita o n o sabiam caminhar era tipo assim um dep sito pegavam qualquer escolinha tacavam meninos que nessa poca eu trabalhava como supervisora dentro da secretaria Quando eu chegava s escolas tinham meninos no ch o n o tinha nem piso e a gente via assim n o tinha professores capacitados GF Diretora El 2009
584. utra mas buscar outras fontes e formas de suprir as necessidades financeiras O que apontamos nesse estudo sobre financiamento j consenso em estudos de v rios autores dentre eles Carreira e Pinto 2007 de que sem alterar as formas de financiamento ampliando os recursos ser dif cil falar em qualidade incluindo nesta a amplia o do atendimento Deste modo para que as melhorias apontadas neste estudo sejam efetivadas torna se imprescind vel al m da aplica o do que preconiza a legisla o em vigor que sejam revistos e ampliados os percentuais constitucionais vinculados educa o considerando se a insufici ncia dos atuais Uma revis o que contemplasse todos os entes federados Uni o estados e munic pios Deste modo acreditamos que uma possibilidade ser a amplia o da vincula o da Uni o dos atuais 18 para 25 o que representaria 7 de acr scimo e para os estados e munic pios ampliar de 25 para 30 da arrecada o de todos os impostos Al m desse primeiro passo que alterar para mais a vincula o de recursos para a MDE ser tamb m imprescind vel que se destinem Educa o Infantil nos primeiros cinco anos ap s altera es propostas no par grafo anterior em car ter emergencial 5 dos recursos vinculados tanto na esfera federal como na municipal e 3 na esfera estadual para colaborar com os munic pios sendo 50 desse valor investido em constru o de escolas e 50 em despesas d
585. v ncia curta mas rica em aprendizagens v professora Dra Lucy Manzoli pelas sugest es por ocasi o da qualifica o v Ao professor Dr Lino de Macedo pelo carinho e sugest es na finaliza o do trabalho v s professoras Aparecida Zuin e Socorro Pessoa grata pelo carinho e apoio institucional nesse percurso v Professora Loidi colega de trabalho e amiga grata pelo carinho e amizade v Professora Edna Cordeiro pelo apoio em v rios momentos junto ao Departamento de Ci ncias da Educa o de Vilhena e pelo carinho dispensado a duas Figurinhas maravilhosas v Ao Professor Robson Professora Bianca e demais professores e professoras que ingressaram em 2009 e 2010 na UNIR Campus de Vilhena no Departamento de Ci ncias da Educa o Curso de Pedagogia pela libera o o que me possibilitou a coleta de dados da pesquisa em Porto Velho v s professoras Marli Jane e Eudeiza pela contribui o dada ao curso de Pedagogia do Campus de Vilhena v s diretoras e professoras das escolas de Educa o Infantil da Rede Municipal de Porto Velho que participaram do Grupo Focal pela disponibilidade em colaborar com novos estudos As crian as tamb m agradecem Ao professor M rio Jorge professoras Epif nia Barbosa e Francisca Serr o pela disponibilidade em prestar informa es por ocasi o da coleta de dados o que muito contribuiu com a pesquisa Y Secret ria Municipal de Educa o F tima
586. ver interesse deve procurar a Secretaria de Educa o do Estado 192 Os estudos foram realizados atrav s de atividades presenciais concentradas nos per odos de f rias escolares e aos s bados com encontros quinzenais realizados pelo tutor e ou tutora Tamb m foram desenvolvidas atividades de pr tica pedag gica realizadas nas institui es onde professores e professoras cursistas atuavam acompanhados por tutores ou tutoras e durante todo o per odo letivo O curso foi realizado conforme as diretrizes apontadas no pr prio programa do MEC que considerou as diretrizes curriculares para o Ensino M dio e as concep es te ricas que orientam a forma o docente para a atua o na educa o infantil O Estado no que lhe competia acrescentar inseriu a l ngua estrangeira que j era trabalhada pela SEDUC para compor o curr culo pleno do Ensino M dio O curso teve como base o sistema de apoio aprendizagem com servi os de tutoria no acompanhamento dos estudos individuais que auxiliou no cumprimento de todas as atividades previstas orientou e avaliou o trabalho com os cadernos de atividades o portf lio planejamento di rio memorial e registro de atividades a pr tica pedag gica o projeto de estudo e as Atividades Extra de Estudos A SEMED informou tamb m que as os tutoras es tiveram a Ag ncia Formadora AGF como ponto de apoio pedag gico que ao longo de todo o programa acompanhou e apoiou os trabalhos bem como o desen
587. voc ter cabos eleitorais pessoas que n o tinham nenhuma forma o lotadas na dire o das escolas trabalhando com a educa o infantil e com o ensino fundamental Eu n o podia concordar com uma crian a da educa o infantil presa dentro de um arm rio por um cabo eleitoral de um pol tico Mais de vinte cabos eleitorais foram pra fora das escolas Entrevista SME Gest o 1999 2004 2009 A secret ria da segunda gest o faz sua ressalva de que gest o democr tica n o se faz apenas com elei o de diretores e acrescenta outros aspectos tais como planejamento participativo e conselho escolar Outro foco do planejamento foi a melhoria da gest o Na melhoria da gest o a gente colocou a gest o democr tica como um pano de fundo porque tinha gest o democr tica na administra o passada s que a gest o democr tica na concep o deles era elei o de diretor Pra gente elei o de diretor era uma ltima etapa pra ter gest o democr tica tinha que ter or amento participativo o Plano Municipal de Educa o tinha que ter Conselho Escolar do trabalho 250 aqui pra depois poder ter elei o de diretor Na confer ncia municipal n s elegemos aquilo l casado com o planejamento estrat gico que hoje o resultado da conferencia municipal est como uma das bases j no planejamento estrat gico J uma base do plano de governo da reelei o do prefeito e do nosso planejamento Entrevista SME
588. voltadas para o atendimento Educa o Infantil no in cio da coloniza o do Estado de Rond nia com recorte para o atendimento Educa o Infantil em Porto Velho Al m da consulta s pesquisas j desenvolvidas buscamos informa es em fontes orais como as de Elmeri Borges de Lima Jos lia Gomes Neves e Terezinha Nina Paes por meio de relatos orais Todas al m de terem exercido a doc ncia nesse per odo ocuparam fun es na rea t cnico pedag gica na Divis o de Ensino Pr Escolar da Secretaria de Educa o do Territ rio Federal de Rond nia posteriormente Estado de Rond nia e no caso de Jos lia Gomes Neves tamb m atuou nessa fun o na Divis o de Educa o Pr Escolar da Secretaria Municipal de Educa o SEMED de Porto Velho Com Kulhmann Jr 1998 p 13 entendemos que o estudo do passado pode sim suscitar reflex es que sirvam para aqueles que trabalham com a inf ncia e sua educa o nos dias de hoje contribuindo para a sua forma o e aprimoramento profissional mostrar que as propostas para o agora n o podem ser pensadas como coelhos a se tirar magicamente da cartola mas precisam envolver uma profunda reflex o ancorada tanto na pr tica quanto nos resultados das pesquisas e na produ o te rica Castiel 1990 Lima 1998 Fonseca 1998 Hugo 1991 Teixeira 1998 Diegues 1999 Medeiros 2004 Galeano 2005 Gomes 2007 e Matias 1998 2007 100 A hist ria do M
589. volvimento da forma o do professor e professora cursista A avalia o foi formativa sendo os as cursistas avaliados continuamente Pelo Acordo de Participa o n 22 2006 celebrado pela Uni o por meio do Minist rio da Educa o e o Governo do Estado de Rond nia e com respaldo na Lei Complementar n 260 de 14 de setembro de 2006 foram disponibilizados recursos financeiros para custear o pagamento de despesas de manuten o da Ag ncia Formadora que foi viabilizado pela Associa o de Pais e Mestres do Centro de Educa o de Jovens e Adultos CEEJA Padre Moretti no valor de R 10 00 dez reais para os 12 cursistas pertencentes ao quadro efetivo da rede municipal que participaram do Programa As fases presenciais foram realizadas pela Ag ncia Formadora AGF composta por profissionais sendo um docente para cada rea tem tica da Base Comum do Ensino M dio cinco docentes no total um uma articulador a Pedag gico de Educa o Infantil APEI e uma coordenadora 835 Cl usula primeira do objeto Este Acordo tem por objeto fixar princ pios e compromissos para permitir a forma o dos professores por meio de um curso em n vel m dio com habilita o para magist rio em Educa o Infantil de acordo com as Diretrizes Gerais do Programa de Forma o Inicial para Professores em Exerc cio na Educa o Infantil PROINFANTIL Processo 23000 011194 2005 97 193 2 Cursos voltados para a forma o continuada
590. xar a educa o infantil e o fundamental tudo por conta da prefeitura vai ficar dif cil e as escolas conveniadas ou pr dios usados ele cobram muito caro eles dizem assim o dinheiro da prefeitura e acham que podem cobrar horrores e ai vai investindo numa coisa que n o da rede n o s o professor mas o gestor se doar GF Diretora El 2009 Eu acho que a princ pio reestruturar as escolas pra atender as demandas fechar um pouco construir uma escola maior que tenha assim capacidade de atender acabar mesmo com essas micro escolinhas que o intuito a maioria das vezes nada pedag gico o foco n o pedag gico mais tudo na sua Ent o ajudaria mais a gente A gente tenta fazer o que pode pra apoiar mas a gente sente que ainda h concep o que colocando um monte de menino vai vir mais recurso e a quantidade est acima da qualidade Ent o eu acho que pra gente poder atender com dignidade e poder fazer mais porque eu tenho certeza que todos pensam como eu principalmente porque eu moro ali gosto dali eu quero o melhor pras crian as eu sei da dificuldade conhe o a realidade eu acho que tem que partir do poder p blico tamb m essa quest o de construir nos locais uma creche pra ajudar as m es mas que seja assim algo consistente que v atender a necessidade N o adianta fazer uma escolinha com quatro salinhas se a necessidade pra 10 n Ent o assim vamos pegar deixar de gastar com essas escolin
591. xcelente proposta da SEMED pois pensou especificamente a Educa o Infantil 5 3 3 2 Plano de Carreira Cargos e Sal rios De acordo com o Artigo 7 Inciso da Lei Complementar n 141 de 19 de abril de 2002 Plano de Carreira o conjunto de normas e procedimentos que objetivam regular a vida funcional dos servidores p blicos Assim um Plano de Carreira Cargos e Sal rios PCCS estabelece as necessidades de recursos humanos para uma empresa organiza o ou outra entidade Caracteriza se como um instrumento eficaz no estabelecimento de uma estrutura equivalente de sal rios 199 proporcionando uma sistem tica que facilite revis es peri dicas permitindo administra o adequar os cargos evolu o de sua estrutura organizacional e os sal rios realidade Tamb m estabelece fun es de autoridade e responsabilidade o que auxiliar por sua vez a racionaliza o e simplifica o do trabalho reduzindo as queixas e a movimenta o do pessoal elevando o moral e melhorando as rela es entre dirigentes e funcion rios Um Plano de Carreira Cargos e Sal rios deve prever a pol tica salarial em que definir a sistem tica de promo o horizontal vertical a reclassifica o e a pol tica de remunera o que definir a forma o da remunera o total al m da determina o do sal rio base vencimento e dos benef cios Um PCCS precisa prever tamb m a carga hor ria de trabalho e o per odo de de
592. ximos 10 anos as orienta es dos documentos Par metros B sicos de Infra Estrutura Para as Institui es de Educa o Infantil 2006 Par metros Nacionais de Qualidade para a Educa o Infantil 2006 Volumes 1 e 2 e Indicadores da qualidade na Educa o Infantil MEC SEB 2009 al m do Parecer CNE CEB n 8 2010 Conforme Angotti 2006 os documentos oficiais s o fundamentais para a conquista de fato do direito das crian as e suas fam lias a uma educa o de qualidade pois delineiam a inf ncia como momento singular e que precisa de aten o especial A autora em an lise s Diretrizes Curriculares Nacionais para Educa o Infantil BRASIL 1999 aprovadas em 1999 pelo Conselho Nacional de Educa o ressalta que este documento apresenta a crian a em sua individualidade como ser social e cidad que produto da mas que tamb m produz cultura A crian a apresentada e reconhecida por esse instrumento legal enquanto ser que se constituiu em patamares claros de individualidade express o de singularidade da pessoa a ser formada que seguir sendo constitu da por diferentes elementos que lhe permitir o identidade pr pria apresentada enquanto ser social sendo lhe necess rios a aprendizagem e o desenvolvimento da vida em sociedade em comunidade fundamentando se por comportamentos condizentes com a busca do bem comum apresenta se ainda enquanto ser pol tico cidad em permanente contexto de atua
593. xto A realidade s cio cultural e econ mica n o era contemplada na forma o docente Em Porto Velho o Instituto de Educa o Carmela Dutra que formava professoras para o magist rio das s ries iniciais tamb m possu a um anexo com essa finalidade O que na poca era considerado o ideal de forma o hoje j olhamos com muitas cr ticas pela caracter stica pouco realista dos mesmos Sobre essa quest o diz a professora Jos lia Comecei o trabalho l e era muito diferente da concep o de escola da concep o de aluno que eu tinha porque n o era aquela estrutura de escola que eu tinha na minha cabe a Tanto da escola que eu frequentei como da escola que eu fiz est gio que era ali no Homerinho um anexo do Carmela Dutra Eram crian as de camadas populares crian as que muitas vezes a roupa que vinham durante a semana era aquela roupinha mesmo bem surrada Foi uma experi ncia interessante Eu n o tinha forma o A minha forma o estava voltada para os anos iniciais do ensino fundamental do magist rio que estudei e n o lembrava de nenhum tipo de forma o para o pr escolar comecei a procurar a ir atr s de livros foi a que come ou meu processo formativo Comecei a devorar material sobre educa o infantil Relato Profa Jos lia 2009 Percebemos na fala da professora que a realidade criava a necessidade de forma o em servi o o que era tamb m muito prec ria ou n o ocorria po
594. za es e an lises elaboradas por Rocha 1999 2008 dos estudos produzidos envolvendo a etapa da Educa o Infantil possibilitam a observa o de que no per odo entre 1997 e 2002 predominam as fundamenta es cient ficas do campo da Filosofia e em segundo lugar da pr pria Educa o alterando expressivamente a da Psicologia que era a predominante na d cada anterior Esse movimento contraria tamb m segundo a autora aquele observado entre 1990 1996 quando no total dos trabalhos apresentados verificou se que o cruzamento mais frequente era entre Educa o e Psicologia seguido de Educa o e Hist ria e Educa o e Linguagem Assim as produ es mais recentes apontam a presen a de estudos embora menos frequentes que envolveram a Antropologia as Artes o Servi o Social as Ci ncias Pol ticas a Comunica o e a Arquitetura algumas vezes inclusive que n o inclu am a rea da Educa o Brejo 2007 investigou a Forma o de Profissionais 1996 2005 da Educa o Infantil como parte de uma pol tica educacional que influencia diretamente a atua o profissional e consequentemente a aprendizagem das crian as Nas an lises a autora observou que as produ es acad micas discutem v rios temas por m de forma diferenciada focalizando ora a forma o ora a crian a ora o profissional ou mesmo a pol tica educacional Tamb m observou que v rios trabalhos sugerem e priorizam uma revis o do curr culo dos cursos de for
595. za em sentido amplo incluindo o ser humano e com sua desumaniza o 3 4 Aspectos metodol gicos 3 4 1 Instrumentos utilizados na coleta de dados 89 Na pesquisa emp rica os instrumentos utilizados na coleta de dados foram a roteiros para as entrevistas Ap ndice A e b roteiros para grupos focais Ap ndices B e C c instrumentais para levantamento de dados sobre infraestrutura f sica e pedag gica das escolas de Educa o Infantil Ap ndices G H le J 3 4 2 Espa o e tempo da pesquisa Este estudo realizado no Munic pio de Porto Velho capital do Estado de Rond nia considerou o atendimento educa o infantil nas seguintes reas geograficamente distribu das urbana campo ribeirinha ind genas de popula es descendentes de quilombo e popula es extrativistas Definimos o per odo de duas gest es municipais 1999 2004 e 2005 2008 considerando alguns aspectos j antecipados na introdu o tais como os dispositivos da Lei de Diretrizes e Bases da Educa o Nacional LDBEN 9394 96 com destaque para o Art 89 que disp e que as creches e pr escolas existentes ou que venham a ser criadas dever o no prazo de tr s anos a contar da publica o da Lei integrar se ao respectivo sistema de ensino e tamb m do Plano Nacional de Educa o PNE 2001 que estabeleceu objetivos e metas para a educa o de modo geral incluindo a Educa o Infantil e tamb m definiu prazos para o cumprimento dos me
596. za da sala e desenvolvimento de atividades recreativas Adotaria uma metodologia flex vel dando nfase a criatividade da crian a proporcionando diferentes situa es de intera o social enriquecendo assim seu desenvolvimento Esse atendimento n o Convencional era realizado nas Unidades Escolares de 1 e 2 Graus em forma de Galp es Chap us de Palha e ou espa os ociosos Dentre elas algumas foram Escola de 1 Grau Sebastiana Lima de Oliveira Escola de 1 Grau Jesus Bulamarqui Escola de 1 Grau Franklin Roosevelt Escola de 1 Grau Vilagram Cabrita Escola de 1 Grau Petr nio Barcelos Escola de 1 Grau Bela Vista Escola de 1 Grau Juscelino Kubisticheck Escola de 1 Grau Risoleta Neves Escola de 1 Grau Rio Branco Escola de 1 Grau Manaus Igreja S o Jo o Bosco Igreja S o Jos Igreja Nossa Senhora do Amparo Igreja Bom Jesus Igreja Divino Esp rito Santo Igreja Nossa Senhora das Gra as Igreja Nossa Senhora Aparecida Igreja S o Sebasti o Igreja Sagrado Cora o de Jesus Centros Sociais dos Bairros Mocambo Centros Sociais do Bairro Embratel Relato Profa Teresinha Nina 2010 Esse tipo de atendimento relatado n o ocorria de forma isolada mas era um movimento nacional com total influ ncia no territ rio estado 122 A professora destaca que nos locais onde o n mero de crian as por professor excedia a 30 recomendou se a presen a de um auxiliar que poderia ser Aluno de 7 e 8
597. za dizer que n o houve ensino fundamental de nove anos na rede municipal pois al m disso tamb m n o foram elaboradas adequa es curriculares Enfim nada foi pensado para a inser o das crian as de seis anos no ensino fundamental Em 2004 conforme determina o da LDB n 9394 96 embora com alguns anos de atraso a prefeitura transfere para a SEMED duas creches municipais at ent o pertencentes Secretaria Municipal de A o Comunit ria SEMAC o que n o representou amplia o mas apenas reorganiza o e atendimento legisla o nacional Foi somente a partir de 2006 que houve o retorno da amplia o do atendimento em escolas exclusivamente criadas para atender educa o infantil Retoma se em 2006 a pol tica de amplia o do Atendimento Educa o Infantil que havia sido iniciada no in cio dos anos de 1990 estando agora mais voltada s necessidades das crian as e de suas fam lias Em rela o s duas gest es analisadas o que foi alterado na gest o 2005 2008 representou mesmo que em grau pequeno e com ressalvas ganhos democratiza o do acesso educa o infantil p blica direito das crian as e de suas 274 fam lias Quando falamos em ressalvas isso se deve ao fato de que tamb m houve continuidade negativa em rela o s pol ticas da gest o 1999 2004 para a gest o 2005 2008 O destaque para as escolas conveniadas pois nesse sentido a SEMED continuou com uma pol tica anterior

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