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1. Cr ditos Projeto Fotografia Interativa conceitua o e experimenta o Pesquisadores Fernanda Romero Fernando Fogliano Jo o Pregnolato Brunna Pezzutti Leonardo Nones e Stefani Alves volume 7 n mero 2 2014 ISSN 1983 7836 Sum rio Artigos mono a EMPASA ISN CID A ORE DADA E DOURO EE DE RD RD NT RA 1 Maria Eduarda Araujo Guimar es INOVAR COM PESSOAS E PARA PESSOAS NA IND STRIA DO VESTU RIO UMA ESTRATEGIA PARA AGREGAR NOVOS MERCADOS aspas agia ppa nd aa 4 Bruna Brogin Vilson Jo o Batista Luiz Fernando Gon alves de Figueiredo e Giselle Schmidt Alves Diaz Merino AS COLE ES ASSINADAS PARA REDES DE FAST FASHION EOC EUV ALCOR MEBO NCO coco A RR 32 Joana Contino e Alberto Cipiniuk MODA INCLUSIVA DESENVOLVIMENTO DE VESTU RIO NTIMO PARA MULTERES COMPBERTCLENCIABISUAL TOTAL raiar SO E EE EE e 51 Ana Caroline Siqueira Martins e Apoena Caicy da Silva DESIGN DE JEANS PARA SUSTENTABILIDADE APLICA O DE FERRAMENTAS DE REDU O DE IMPACTO AMBIENTAL PARA ANALISE DoMEATeico PENREGICLADO 84 Luciana dos Santos Duarte IMAGEM CORPORAL P BLICO PRIVADO SUPERF CIE MAGO 113 Rafaela Norogrando l T es ANAL GICO E DIGITAL A FOTOGRAFIA ENPRE MEIOS TD 134 Tatiana Pontes de Oliveira ENSAIO SOBRE MODA E EST TICA NA CONCEP O DE MUNDO COMO CRIA O 161 Ana Fabiola Pedrosa de Vasconcelos e Antonio Takao Kanamaru RREO Ens TT 175
2. IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 artigo vol 7 No 2 2014 Nas intera es sociais o consumidor tenta controlar as impress es que os outros formam a seu respeito e o luxo serve como apoio para a forma o da imagem pessoal almejada STREHLAU 2008 Nos dias de hoje o novo luxo est mais a servi o da promo o de uma imagem pessoal do que de uma imagem de classe LIPOVETZKY ROUX 2005 n E N Y l HE h E PETH ISU RODAR TABEF Figura 3 Abertura de mat ria sobre ecofashion Fonte www xaxii com Contudo pertinente frisar que o novo luxo ainda n o caracteriza uma realidade mas sim uma tend ncia que aos poucos tem se concretizado principalmente em pa ses perif ricos BONSIEPE 2011 como o Brasil Devido ao fato de estarmos em um pa s de forte desigualdade social para Faggiani 2006 muitos de n s ainda sentem a necessidade de expor seus sinais de distin o de classe Segundo a autora nossa sociedade ainda tem muito o que ostentar para que depois amadurecida descubra esse novo luxo N o obstante para Castar de 2005 em um momento em que parte do mundo est abaixo da linha da mis ria o verdadeiro combate pela igualdade de oportunidades Assim a ostenta o do luxo tradicional ofende e escandaliza Por m seria simpl rio e equivocado afirmar que o consumo consp cuo caracterizado por 184 IARA Revista de Moda Cultura e Arte
3. IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 CHATAIGNIER Gilda Fio a fio tecidos moda e linguagem S o Paulo Esta o das Letras 2006 COELHO NETTO J Teixeira Semi tica informa o e comunica o diagrama da teoria do signo S o Paulo Perspectiva 1980 CONDE Ant nio Jo o Menescal Defici ncia visual a cegueira e a baixa vis o 2012 Dispon vel em lt http www bengalalegal com cegueira e baixa visao gt acesso em 11 fev 2013 FERREIRA K tia Regina de Oliveira REAL Caio Lemos Vila Inclus o social promovendo a igualdade In Encontro de inicia o cient fica 4 2008 encontro de extens o universit ria 3 2008 Presidente Prudente Anais eletr nicos Dispon vel em lt http intertemas unitoledo br revista index php ETIC article view 16 5 1599 gt acesso em 28 abr 20183 FIGUEIREDO Fernando Jorge da Costa Cegueira cong nita na constru o da realidade biof sica e psicossocial 374 f Tese Doutorado em Ci ncias da Educa o Universidade de Aveiro Aveiro 2012 Dispon vel em lt http ria ua pt bitstream 10773 9219 1 TESE pdf gt acesso em 06 mar 2013 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT STICA IBGE Censo 2010 resultados gerais da amostra Dispon vel em lt http www ibge gov br home presidencia noticias noticia visualiza php id notici a 2125 amp id pagina 1 gt acesso em 28 fev 20183 JORD O Lu
4. Abstract This article discusses the interpretations and relations about the body image It is based on two exhibitions held around the world with the human body s theme Body Worlds and Bodies The Exhibition They illustrate questions about the relationship of people with their body by dichotomy between their realities and subjectivities often expressed through art or science It is possible to understand that the body is seen as an object by a dehumanized contact in a objective Rafaela Norogrando mestre em Antropologia Social e Cultural Atualmente est a finalizar o doutorado em Design e atua como investigadora associada ao ID Instituto de Investiga o em Design Media e Cultura Universidade de Aveiro e FCT Funda o para a Ci ncia e Tecnologia E autora do blog i material moda museu cultura sociedade patrim nio humanidade onde exp em parte de suas pesquisas e informa es sobre assuntos relacionados s reas de interesse Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 113 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 relationship but also lived as a symbolic and material surface of all personal and human imaginary Key words image body symbolism culture Introdu o Este artigo tem como objetivo investigar rela es que envolvem a imagem do corpo no que diz respeito ao limite pl stico da exist ncia e a super
5. structural denim fabrics after abrasion Fibres amp Textiles in Eastern Europe v 19 n 5 88 2011 p 54 59 BOVEA M D PEREZ BELIS V A taxonomy of ecodesign tools for intergrating environmental requirements into the product design process Journal of Cleaner Production v 20 2012 p 61 71 BOTA S RATIU M Eco textiles In Annals of The International Scientific Symposium Innovative Solutions for Sustainable Development of Textiles Industry Romania Faculty of Textiles and Leatherwork University of Oradea 2008 p 424 427 CATOIRA L Jeans a roupa que transcende a moda Aparecida SP Id ias amp Letras 2006 131 p CHANG Y CHEN H FRANCIS S Market applications for recycled postconsumer fibers Family and Consumer Sciences Research Journal v 27 n 3 1999 p 320 340 CHATTOPADHYAY R Design of apparel fabrics role of fibre yarn and fabric parameters on its functional attributes Journal of Textile Engineering v 54 n 6 2008 p 19 190 CLARCK G KOSORIS J HONG L CRUL M Design for sustainability current trends in sustainable product design and development Paris Sustainability ano 1 2009 p 409 424 COBRA M Marketing amp moda S o Paulo Editora Senac S o Paulo Cobra Editora e marketing 2007 263 p 106 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 COMAN D VR NCEANU N NEAGU I Eco efficiency
6. melhor minhas formas de express o A menina do espelho Chorara muito chorou tanto que lhe surgiu a necessidade de ver o estrago que a tristeza estampou em seu rosto Ao olhar o espelho ela se deparou com olhos vermelhos nariz inchado e boca tr mula e o importante foi que pela primeira vez percebeu aquela do reflexo como ela mesma o que a tornava a pessoa que melhor poderia entender o que ela sentia Desabafou Contou tudo e mais Mais e tudo Para sua surpresa ela do espelho respondeu E respondeu de um jeito t o sincero e despretensioso que acabaram conversando por horas Conversa que n o resultou em solu o uma vez que o problema do princ pio n o aspirava por tal mas fez a menina se sentir mais tranquila e aliviada Depois daquela vez as conversas entre o mundo real e o mundo refletido viraram uma boa rotina Uma terapia gratuita e eficiente Tudo ficou ainda melhor quando descobriram que podiam trocar de lugar uma com a outra No mundo refletido era tudo mais simples o que muitas vezes causava certa dificuldade para a menina do mundo real querer voltar Ela sempre voltava Entendia que o tempo dentro do espelho n o era solu o apenas uma folga onde podia aproveitar uma satisfa o ut pica A menina do espelho a substitu a com prazer a mudan a de ares tamb m n o lhe era mal Estava cansada j daquela vida inversa onde s podia agir de acordo com o mundo de fora sem autonomia ou opini o Foi assim troca
7. Gabriella Ribeiro da Silva e Ara jo e Camila Santos Doubek Lopes MODA HIP HOP DO GUETO PASSARELA d cesreesreemiros rasa na sao nrn n nrn rena rena nana 192 Camila da Silva Marques Mem ria l O CURADOR COMO INTERMEDIARIO CULTURAL J eah ae a SE RO 213 Ana Laura Gamboggi Reflex es AE e a 243 Andressa Cerqueira Casado 3 Iara Revista de Moda Cultura e Arte S o Paulo V 7 N mero 2 2014 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7536 Editorial Vol 7 N 2 2014 Editorial Neste d cimo quinto n mero da Revista Iara em seus seis anos de publica o apresentamos uma s rie de artigos que pretendem aprofundar as rela es entre a moda cultura e arte seguindo o preceito estabelecido no primeiro n mero da revista de criar um espa o de reflex o sobre a cultura contempor nea que sem preconceitos se aventure por novas fronteiras disciplinares A pluralidade de temas e abordagens a forma de entender a cultura contempor nea e este n mero contempla essa pluralidade ao apresentar um quadro amplo dos temas da moda imagem corpo produ o est tica e estilo de vida As tem ticas da produ o inova o e sustentabilidade no mbito da moda est o presentes nos artigos Inovar com pessoas e para pessoas na ind stria do vestu rio uma estrat gia para agregar novos nichos de mercado de Bruna Brogin Vilson Jo o Batista Luiz Fernando Gon alves de
8. Salvador EDUFBA 2010 343 p 111 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 VIANA F L E ROCHA R E V NUNES F R M A ind stria t xtil na regi o nordeste gargalos potencialidades e desafios Revista Produ o Online v 8 n 3 2008 ABEPRO UFSC 18 p VIVEKANADAN M V RAJ S SREENIVASAN S NACHANE R P Parameters affecting warm cool feeling in cotton denim fabrics Indian Journal of Fibre amp Textile Research v 36 jun 2011 p 117 121 Recebido em 30 05 204 Aceito em 18 08 2014 112 IARA IMAGEM CORPORAL P BLICO PRIVADO SUPERF CIE MAGO BODY IMAGE PUBLIC PRIVATE SURFACE ESSENCE Rafaela Norogrando Resumo Este artigo discute a imagem do corpo por suas interpreta es e rela es Toma como base duas propostas de exposi es feitas ao redor do mundo com a tem tica do corpo humano Body Worlds e Bodies The Exhibition Acredita se que essas auxiliem a ilustra o dos questionamentos quanto a rela o do ser humano com o seu corpo por dicotomia entre suas realidades e subjetividades muitas vezes expressas pela arte ou pela ci ncia Nota se que o corpo encarado como um objeto relegado ao contato desumanizado por uma rela o desentimentalizada e objetiva mas tamb m vivido como superf cie simb lica e material de todo um imagin rio pessoal e humano Palavras chave imagem corpo simbolismo cultura
9. consequentemente a se identificar com o estilo Para ele isso traz consequ ncias positivas e negativas pois ao mesmo tempo em que alguns jovens acabam se envolvendo ideologicamente com o movimento atrav s dessa primeira identifica o seja com a m sica ou com a pr pria maneira de se vestir h tamb m aqueles que se mant m apenas na esfera do lazer ou seja gostam das m sicas se vestem da mesma forma mas n o possuem nenhum v nculo com as ideias e valores do movimento Segundo ele o os integrantes do movimento chamam pejorativamente essas pessoas que aderem esteticamente mas n o politicamente ao movimento de hip hoppers J C CT nos conta que agora com a entrada massiva do hip hop nas grandes m dias que o mesmo acabou virando tend ncia n o apenas nas revistas e passarelas mas tamb m nas ruas para al m das periferias Segundo ele muitas pessoas de classes mais altas e residentes dos centros urbanos e de bairros nobres t m se apropriado desse que um estilo originalmente perif rico como falei muito comum porque o hip hop ele t na moda isso fato sabe E triste mas fato Como eu disse o cara escuta sertanejo e anda de aba reta Sei l gosto mas eu acho que se tu vai se vestir como um sujeito do movimento mas tu n o vai estudar p tem um problema a ou tu t sendo induzido ou tu n o tem personalidade e tu tem que saber porque tu t fazendo isso sabe Tu simplesmente vai l t
10. de imagem radical entre ambos Tal a demonstra o de A F Moebius astr nomo e matem tico alem o do s culo XIX SODR 2002 155 Muniz Sodr tamb m afirma que toda reprodu o imagistica se trata de distor o semi tica e psicol gica inerentes a um cen rio especular SODRE 2002 154 153 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 artigo vol 7 No 2 2014 Google Imagens 08 e 09 Fotografias da s rie Tecidos Urbanos de C ssio Vasconcellos Imagens 10 e 11 Fotografias da s rie Tecidos Urbanos de C ssio Vasconcellos Outro aspecto merece ser destacado o fot grafo parece n o se contentar com as fotografias registradas a partir da tela de computador Ele tem a necessidade de estar diante dos lugares fotografados tamb m na realidade atual h um esfor o para isso Desse modo duas imagens se encontram para tecer uma rede de impress es sobre a cidade e ao mesmo tempo comentar sobre a pr pria fotografia a presen a 154 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 das imagens em todos os lugares enfim sobre a continuidade mesmo que torcida entre a realidade atual e a virtual No trabalho de C ssio Vasconcellos tamb m poss vel perceber a fotografia que atua entre meios j que o fot grafo se apropria de qualidades dos dois suportes anal gico e digital e as usa simultaneamente de acordo com sua
11. limpas para a transforma o do hidrog nio em combust vel preciso carv o diesel ou g s natural Assim a roupagem verde n o coerente com o real desempenho ambiental do produto ou servi o Empresas que lavam carros a seco se auto denominam eco lavadoras por m a an lise dos qu micos empregados nos faz questionar se o processo de fato de baixo impacto ambiental Talheres feitos de biopl stico PLA s o vendidos no Brasil como op o mais ecol gica apesar de contradit riamente serem embalados em pl stico convencional impressos com tintas t xicas e produzidos na China 185 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 2 6 Eco consumismo ou greenconsumption Diferentemente do consumo o consumismo ocorre quando o bem adquirido n o possui utilidade imediata sup rfluo J o eco consumismo tamb m conhecido por greenconsumption caracteriza em s ntese nova modalidade de consumo cujo objeto de compra s o os produtos ditos ecologicamente corretos Mesmo que a crise ambiental e o desejo de mudan a desta realidade sejam fidedignamente fatores que estimulam a procura e o consumo de produtos com car cter ou mero apelo ecol gico estes s o utilizados como artimanhas para a express o do estilo de vida de seus usu rios que muitas vezes n o vivem em verossimil coer ncia com a ecologia O que se vende e o que se compra a est tica
12. llegamos a ver para en un segundo acto proporcionarles un nuevo cuerpo tiene lugar un intercambio entre su medio portador y nuestro cuerpo que por otra parte se constituye en un medio natural 2009 27 A fotografia sempre produzida a partir da rela o entre as imagens internas e sua materializa o na superf cie do meio fotogr fico Essa rela o se d numa fronteira entendida como um espa o de compartilhamento no qual as imagens do corpo do fot grafo se projetam no meio fotogr fico As imagens ex genas materializadas nos mais diversos meios s podem existir a partir das end genas A imagem mora primeiro em nossos pr prios corpos em nosso imagin rio em nossos sonhos Como pensado por Belting s o nossas imagens internas que preenchem ou animam as imagens que percebemos em outros meios O trabalho Coletivo de Vasconcellos foi constru do de modo a evidenciar essa rela o entre imagens internas e externas j que o fot grafo trabalha n o mais como testemunha de algo que ocorreu mas cria imagens que concretizam seu imagin rio s o as imagens do corpo que ganham forma em outros meios O imenso estacionamento de Coletivo nunca existiu tal como apresentado nas fotografias a n o ser no imagin rio do fot grafo Mas essa afirma o n o pode significar que antes dos trabalhos produzidos digitalmente tudo o que se mostrava em uma imagem fotogr fica existiu de fato tal como na superf cie da pel cula
13. maior id 508057 091e1369205e00007 5 amp pw 2 Acesso em 24 de abril de 2013 O hip hop e a moda In Site Moda Spot Ag 2012 Dispon vel em http modaspot abril com br colunistas un fashion o hip hop e a moda Acesso em 12 de abril de 20183 Recebido em 20 02 2014 Aceito em 20 08 2014 212 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 O CURADOR COMO INTERMEDI RIO CULTURAL THE CURATOR AS CULTURAL INTERMEDIARY Ana Laura Gamboggi Resumo Neste artigo buscamos refletir sobre as rela es entre curadoria e mercado particularmente analisando o papel da curadoria e os megaeventos ocorridos nas grandes cidades No texto discutimos a figura do curador como um intermedi rio cultural que tem como grande desafio evitar reafirmar discursos hegem nicos e pensar criticamente a pr pria arte repensando inclusive os espa os e sua rela o com a arte e o p blico A discuss o tem como pano de fundo os debates das Mesas Redondas sobre Mercados Emergentes em Curadoria realizadas no SENAC Lapa Scipido nos dias 30 de junho e 31 de julho de 2014 e que contaram com a participa o de Tadeu Chiarelli Rejane Cintr o Paula Alzugaray Gisele Beiguelman e Jose Ant nio Marton Palavras chave curadoria mercados emergentes em curadoria curador independente espa os alternativos intermedi rio cultural Abstract This article intends to discuss the connections betwee
14. o do mago em uma representatividade da alma tamb m j vivenciada em situa es reais O m todo de an lise utilizado consistiu na coleta de dados e articula o entre os mesmos a ter como foco a rela o das pessoas com o corpo seus anseios pessoais IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 e sua contextualiza o sociocultural Neste sentido na primeira parte Corpo Exposto foi necess rio verificar a metodologia de produ o dos objetos em exposi o declara es feitas pelos respons veis em seus sites oficiais e na imprensa Tamb m foram consideradas as declara es de espectadores quanto a sua experi ncia ou seja opini es sobre o efeito causado pelas imagens Essas informa es foram coletadas nos sites oficiais artigos jornal sticos v deos entrevistas informais e interpreta es da m dia Corpo Exposto A seguir uma ordem cronol gica o primeiro trabalho a ser apresentado o do anatomista alem o Dr Gunther von Hagens formado pela Universidade de Heidelberg e casado com a Dra Angelina Whalley que conforme site oficial administra o neg cio e projeta as exposi es Body Worlds Em 1977 no instituto de anatomia da referida universidade o Dr Hagens inventou e posteriormente patenteou a Plastina o Plastination t cnica que consiste no processo de disseca o e preserva o de organismo morto rg os m sculos veias do corpo h
15. que Kant 1724 1804 estabeleceu a intui o ao seu direito 3 Spectres When Fashion Turns Back Judith Clark exposi o em Londres no Victoria ans Albert museum 2004 4 Tal termo utilizado no presente estudo desenvolvido pelo franc s Charles Baudelaire que quer dizer o homem que experimenta a cidade 163 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 e pela primeira vez empregou a denomina o est tica em seu verdadeiro sentido ao denominar de est tica transcendental a se o da cr tica da raz o para que trate do universal do necess rio e do em si mesmo consciente nas percep es sens veis A est tica s surgiu no s culo XVIII na era do racionalismo a etimologia e significado da palavra em sentido pr prio segundo Baumgarten a doutrina das percep es sens veis SCHLEGEL 2009 Primeiramente muito usual relacionar o conceito de gosto ao de moda Segundo o poeta Schlegel 2009 p 30 ter muito gosto muitas vezes nada mais significa do que estar na moda Para o alem o moda par dia afterbild e a caricatura do gosto p blico O que o poeta quis dizer que o gosto est assentado mais numa concord ncia por meio da opini o de um determinado povo Schlegel se referiu ao conceito moda como algo fr volo entretanto nele residindo exig ncias que apontam para algo mais elevado Para o poeta ineg vel que a moda tem um dom nio sobre as artes
16. 2014 Sobre o processo de cria o desse trabalho e a escolha do procedimento utilizado o fot grafo afirma que queria transmitir a sensa o da for a do navio mas numa imagem on rica A partir desta defini o iniciou uma pesquisa com diversas t cnicas artesanais de processamento fotogr fico em laborat rio qu mico como goma bicromatada e papel salgado Ap s algumas tentativas que n o o satisfizeram chegou ao processo da revela o seletiva escolhido justamente porque o procedimento resultava numa imagem com a borda indefinida caracter stica determinante e definida pelo fot grafo como essencial para o ensaio por promover a rela o das imagens com o meio l quido e com a atmosfera on rica que buscava Ap s fotografar os navios os filmes eram revelados e durante o processo de amplia o das fotografias era utilizada a revela o seletiva Em vez de mergulhar o papel fotogr fico para se revelado na bacia com qu mico Vasconcellos deixava o papel sobre uma superf cie seca e ia revelando aos poucos utilizando um algod o embebido no qu mico revelador Al m da borda indefinida surgiram manchas ao acaso porque o qu mico atuava de forma n o homog nea sobre a superf cie do papel fotogr fico Por fim o fot grafo conta que tamb m deixava uma parte do negativo inclinado no ampliador para ter algumas reas da imagem fora de foco 8 Goma bicromatada processo no qual um papel emulsionado com uma mist
17. 43 das questionadas se denominam ecl ticas em seu estilo de prefer ncia quanto a roupas ntimas 25 rom nticas 18 tradicionais 7 ousadas e 7 timidas b sicas demostrando um p blico bem diversificado Adquirem esse perfil de produto em lojas de departamentos 38 lojas multimarcas 29 lojas especializadas 24 e e commerce vendas por internet 9 Justificaram a prefer ncia por lojas de departamentos pela comodidade pois esse tipo de estabelecimento possui uma ampla variedade de segmentos do vestu rio evitando o desgaste de locomo o de loja em loja Nas entrevistas tamb m verificaram se itens do vestu rio ntimo que atrapalham o vestir 64 das entrevistadas sentem certo desconforto com pe as que possuem fechamento com z peres na parte de tr s costas O segundo maior inc modo s o pe as que cont m amarra es 27 seguido pelo velcro 27 Constatou se ainda a necessidade pontual dessas mulheres por um fechamento frontal em todas as pe as do vestu rio ntimo A prefer ncia com rela o a tecidos para esse segmento principalmente pela renda 12 seguida pelo algod o 9 laise 8 lycra e moletinho ambos com 7 veludo e liganete ambos com 6 chiffon e tecidos com elastano ambos com 5 cetim 4 e tule 3 69 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Ainda com rela o vestibilidade das pe as a maioria prefere fechamento de fechos
18. Este espet culo inovador pela complexidade e pioneirismo 6 Schlemmer estabelecia vetores essenciais de movimento do corpo Prop s outra rela o com o corpo e a explora o do espa o por meio de limites impostos pelos pr prios figurinos O espectador tem a oportunidade de compreender de forma muito did tica este desenho de movimento no espa o De forma simples e po tica a coreografia nasce desta liberdade 7 Oskar Schlemmer pintor e dan arino alem o nasceu em 1888 Desenvolveu o Ballet Tri dico projeto idealizado em parceria com a Escola Bauhaus onde foi professor a partir de 1923 Este espet culo de ballet teve sua primeira apresenta o em Stuttgart no ano de 1922 e em 1932 a ltima apresenta o com seu idealizador ainda vivo IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 revolucionou a maneira de se pensar a performance por meio dos elementos cenogr ficos bailarinos m sicas e figurinos Schelemmer subverteu o processo de concep o cenogr fica ao valorizar todo o potencial proporcionado pelos figurinos dos bailarinos sabendo que normalmente um espet culo de ballet pensado primeiramente a partir de suas m sicas e seguido pela coreografia Figurinistas cen grafos e iluminadores atuam em um segundo momento do processo O espet culo foi pensado a partir da intera o do homem com o espa o valorizando a performance por meio de complexas montagens que demon
19. Moda inclusiva 13 jan 2011 Dispon vel em lt http duasmodaearte wordpress com moda inclusiva gt acesso em 15 fev 2013 pd IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 MELO Ricardo de O correto portador de defici ncia portador de necessidades especiais ou pessoa com defici ncia Dispon vel em lt http www movimentolivre org artigo php id 121 gt acesso em 22 ago 2014 MULSER JOS Cabide vis o mais autonomia para as pessoas deficientes visuais 21 Jan 2013 Dispon vel em http www portaldaoftalmologia com br site site2010 index php option com_cont ent amp view article amp id 1472 cabide visao mais autonomia para as pessoas deficientes visuais amp catid 41 noticias amp Itemid 77 acesso em 15 mai 2013 NUNES Sylvia da Silveira LOM NACO Jos Fernando Bitencourt Desenvolvimento de conceitos em cegos cong nitos caminhos de aquisi o do conhecimento Revista Semestral da Associa o Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional Maring Vol 12 n 1 119 138 Jan Jun 2008 p 119 138 OMENA Fabr cia Barbosa de Comunica o e linguagem estudo do sistema Braille luz da semi tica 38 f Trabalho de conclus o de curso Jornalismo Departamento de Comunica o Social Funda o Educacional Jayme de Alatvila Macei 2009 Dispon vel em lt http intervox nce ufrj br brailu fabricia pdf gt acesso em 11 fev 2013 PORTO Elin
20. Nesta pesquisa adequando os pressupostos de semi tica ao desenvolvimento de produtos de vestu rio ntimo os signos descritos acima foram incorporados da seguinte forma o cone foi representado pelo tato e modelagem pois pelas formas recorte texturas e volume poss vel representar caracter sticas que s o decodificadas pelo corpo mediante a sinestesia e esses elementos se transformam em cones dos verdadeiros objetos e ou ilustra es estampas como nos exemplos da figura abaixo que demostram artigos do vestu rio com beneficiamento em alto relevo Figura 1 Exemplos de estampa Puff alto relevo bordado industrial em alto relevo e tecido com aplica o de flores em alto relevo Fonte SOARES 2013 ACKUSTOM 2013 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 J o s mbolo no desenvolvimento do produto foi representado pelo Braille que segundo QUEIROZ 2000 s o pontos em relevo distribu dos em duas colunas de tr s pontos para cada s mbolo ou letra Uma pessoa cega pode atrav s do tato das pontas de seus dedos ler por meio de um s mbolo convencionalmente e culturalmente aprendido De acordo com Louis Braille apud OMENA 2009 p 5 criador do sistema Braille o acesso comunica o no mais amplo sentido o acesso ao conhecimento e este vitalmente importante para que n s n o continuemos menosprezados e dependentes das pessoas que e
21. Pesquiso manifesta es populares e penso que isso mais uma das formas de explora o da cultura no caso a cultura preta N o d pra falar do que temos sem estarmos EXCLUS O CONVENCIONAL O NOME DISSO Enfim olho pra essa cole o e n o me vejo Aguardo resposta Esse apenas um exemplo dos v rios que acabaram surgindo a respeito da forma como a mat ria falava de uma cultura urbana e perif rica sem trazer elementos e sujeitos que referem se realmente a esta cultura Na nsia de entendermos melhor essa rela o entre hip hop e moda realizamos uma entrevista semiestruturada com dois sujeitos pertencentes ao movimento V E professor de break e C CT grafiteiro V E nos conta que 6 Crews s o geralmente os grupos de grafiteiros e pichadores que possuem uma marca registrada na hora de assinar seus trabalhos as chamadas tags Cada crew possui a sua tag que geralmente formada por 3 4 ou 5 letras 7 A escolha desses dois entrevistados se deu pela representatividade que ambos possuem na cena hip hop de Santa Maria RS cidade onde a etnografia realizada em nossa Disserta o foi realizada IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 percebe uma mudan a muito grande no cen rio das cidades desde seu ingresso na cultura hip hop nos anos 90 e que hoje com a internet e a entrada mais forte do hip hop na m dia de massa um n mero maior de pessoas passa a conhecer e
22. Vol 7 N 2 2014 tinha essa abertura de vida vivenciava a cultura n o se limitando sua mera apreens o intelectual sem esquecer que o fil sofo grego S crates rompeu com essa forma de unidade entre o homem e a raz o Nietzsche via nos gregos o seu mais forte instinto a vontade de poder NIETZSCHE 2006 p 103 Nietzsche demonstrou filosoficamente esse mundo esteticamente no decorrer de sua filosofia a ponto de exprimir seu vislumbre est tico ao citar a indument ria como for a e representa o est tica na trag dia grega apresentando squilo como patrono da est tica do pregueado livre SQUILO E O PREGUEADO LIVRE Em sua obra A vis o dionis aca do mundo Nietzsche 2005 aponta o drama de Esquilo 524 a C como um grande significado para a indument ria antiga A elucida o estil stica que Nietzsche concedia indument ria mostra a import ncia da vestimenta na est tica da trag dia grega antiga na concep o do fil sofo squilo tem um significado extraordin rio para a hist ria da indument ria antiga porquanto ele introduziu o pregueado livre a graciosidade a pompa e o garbo da vestimenta principal enquanto antes dele os gregos estavam na barb rie e n o conheciam o pregueado livre O drama musical grego foi para toda a arte antiga como esse pregueado livre tudo o que n o era livre tudo o que era isolado nas artes individuais foi superado por ele em sua festa sa
23. de um estilo vinculado atitude coscientizada que est na moda CASTILHO VILLA A 2006 Nossa cultura elegeu o consumidor como agente transformador e com o poder de implementar o novo mundo sustent vel O indiv duo que assume o papel de consumidor consciente e ecologicamente correto n o percebe que est sendo manipulado por exig ncias da ind stria cultural que por sua vez est apenas explorando um promissor nicho de mercado BIRO 2011 p 1 Considerando que para Strehlau 2008 a posse de um produto envia mensagens denota significados sobre seu possuidor e para Featherstone 1996 a roupa a casa O corpo o carro os alimentos enfim o discurso s o vistos como indicadores da individualidade gosto e identidade do consumidor da mesma forma poderiam ser interpretadas as op es de consumo ecologicamente coerentes dos mesmos Para Bauman 2005 os valores como consci ncia socioambiental por exemplo s se constituem valores medida que se ajustam ao consumo instant neo imediato S o atributos de experi ncias moment neas BAUMAN 2005 p 150 No entanto na contrapartida do prop sito real do consumo consciente o IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 consumo de bens e produtos ecol gicos se tornou uma quest o de marketing pessoal e de gest o de imagem pois em muitos casos simplesmente objetiva a ilus ria melhoria das condi
24. es sobre acervos artistas e tend ncias Al m deste privilegio Paula tamb m atua como curadora em sistemas mais comprometidos como o caso da Editora 3 que lan a bimestralmente a revista Select da qual editora chefe Paula apresentou o resultado de sua parceria com o MAM SP e o Centre Pompidou a exposi o Circuitos Cruzados que entrela ou acervos das duas institui es 220 IARA Giselle Beiguelman traz para o debate o conceito de curador na era digital uma esp cie de filtrador que em outras palavras seria um criador de links eu apresento minhas ideias a partir do que linko Ao expandir este conceito pratica curatorial contempor nea pode se entender as poss veis rela es entre o momento s cio cultural o mercado de arte artistas e consumidores de cultura Deste modo um bom trabalho curatorial deve considerar tanto as obras como o espa o expositivo e seu p blico como apontado por Rejane Cintr o na mesa sobre curadoria conforme citado neste artigo Apropria o de espa os n o convencionais por parte de curadores e artistas acabam por criar novos circuitos curatoriais e popularizar e polemizar ainda mais a figura do curador De acordo com os palestrantes das mesas e os posicionamentos citados percebe se que cada curador tem uma abordagem pessoal um m todo curatorial pr prio um conjunto de obras e artistas preferenciais constru do ao longo da carreira e que marca o estilo curat
25. mas acomodado Arredondado mas quadrado Sonhando mas acordada N Pa IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Retiex es vol 7 Ne 2 2014
26. o ao convencional est no fato de excluir de seu impacto os altos valores do impacto ambiental das planta es de algodao dado o jeans reciclado n o consome nenhum percentual de pesticidas e fertilizantes Em contrapartida um ltimo ponto a ser observado sobre o jeans CO PET reciclado diz respeito ao quesito social em que o trabalho do catador de lixo fundamental para a coleta e triagem dos materiais usados na produ o Embora este seja um trabalho comum no Brasil o mesmo n o soma ao desenvolvimento pessoal e profissional de um ser humano sendo uma desvantagem do jeans analisado 7 Considera es finais Este trabalhou apresentou uma introdu o hist ria do jeans no mbito internacional e nacional Tamb m buscou esclarecer sobre como compreender o impacto ambiental dos jeans nos n veis de produ o uso e manuten o Foram apresentadas abordagens de sustentabilidade ligadas ao Processo de Desenvolvimento de Produtos Na sequ ncia foram relacionadas ferramentas de projeto e produ o que visam redu o do impacto ambiental como An lise do Ciclo 104 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 de Vida Produ o Mais Limpa a ecoefici ncia de t xteis e lista de confer ncia para Introdu o de Novo Produto Dessas as ferramentas lista de confer ncia para Introdu o de Novo Produto e ecoefici ncia de t xteis foram aplicadas para avalia
27. o dos uniformes coorporativos empresariais e executivos Tais uniformes podem ser pensados de forma a atender a diversidade de pessoas n o se comprometendo exclusivamente com a est tica mas projetando uniformes pr ticos din micos e bonitos para pessoas com e sem defici ncia para que mulheres gr vidas possam usar bem como pessoas obesas entre outros Uniformes feitos de materiais adequados atividade a qual ser desempenhada por exemplo se o ambiente de trabalho quente a roupa deve ser feita de material que transpire Se a linha de produ o possui fogo as fibras da roupa devem ser anti chama O uniforme n o deve apresentar detalhes que engatem nas pe as de produ o danifigquem componentes da empresa ou ofere am riscos aos funcion rios Ainda que seja um uniforme idealizado apenas para identifica o de pessoal este uniforme dever ser inclusivo a medida que todos da equipe sintam se IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 confort veis e bem vestidos mesmo com suas particularidades A pessoa inovadora do Cen grafo deve pensar n o somente na arquitetura f sica da empresa mas tamb m na composi o dos funcion rios pois eles comp em a empresa e este aspecto uma inova o com e para pessoas internas O contexto do Poder de Compra e Idade englobam as pessoas maduras e os idosos muitos j aposentados que aparecem cada vez mais nas pesquisas como
28. o significativas neste artigo por apresentarem as diversidades da rela o do ser humano para com sua mat ria f sica o quanto existe de pl stico e material ou o quanto mais existe de rela o sentimental e psicossocial A inten o desta discuss o foi refletir sobre a rela o das pessoas com sua mat ria corp rea sem almejar ou acreditar que possa existir uma conclus o decisiva quanto a isso Ao apresentar algumas imagens abriu se a possibilidade do questionamento na tentativa de explicitar algumas rela es entre a superf cie do corpo e a profundidade de intera es socioculturais e fora do dom nio consciente e racional do ser humano IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 O corpo humano ganhou expans o por meio da tecnologia SANTAELLA 2004 mas sua rela o do exterior com o interior parece n o ter sido ampliada ou melhor a rela o do esp rito com a mat ria por vezes parece desmembrada Assim o org nico misturado ao sentimental o pl stico ao emocional continua sendo negado como forma natural e relegado ao contato desumanizado por uma rela o desentimentalizada e objetiva como a um objeto a ser estudado e modificado Talvez seja tamb m por isso que quando algo apresenta n o s o cient fico mas a natureza humana em sua amplitude seja considerado arte pois foge do vis vel e apresenta uma imagem sobre outras na destrui o destas ou na sua compila o
29. por serem al m de mais acess veis roupas confort veis para dan ar o break e facilitar o movimento durante a dan a deixando tamb m os movimentos maiores potencializando assim seu efeito visual O mesmo ocorria com os grafiteiros que al m do conforto e da facilidade para moverem se necessitavam de prote o j que geralmente faziam seus grafites noite da as cal as moletons estilo canguru e os bon s Outra influ ncia vem dos skatistas que adotavam o estilo de roupas largas e confort veis para facilitar os movimentos do esporte Cabe ressaltar que esta era uma maneira de se vestir extremamente impactante para a poca e se limitava exclusivamente a sujeitos que viviam nas periferias e nos guetos urbanos Assim como os punks os sujeitos do hip hop reinventavam um estilo que se opunha ao dominante na poca e n o renegava suas ra zes pobres e contestadoras 201 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Se pensarmos pr ximos teoria do bubble up e dos movimentos anti moda tratados por n s anteriormente fica claro o entendimento do caminho rua passarela m dia rua que esse vestu rio que nasce em uma cultura urbana e perif rica para posteriormente ser apropriada e reapropriada por estilistas e pela grande m dia at se espalhar de forma massiva acaba percorrendo Percebe se ent o que esse vestir diferente e opositor surge dos guetos urbanos para posterior
30. que nos for aria uma entrega cega t cnica ou o que d no mesmo a arremeter desesperadamente contra a t cnica e conden la como obra do diabo Ao contr rio abrindo se para a ess ncia t cnica encontramo nos de repente tomados por um apelo de liberta o HEIDEGGER 2001 28 Assim a fotografia pode ser considerada como uma pr tica tamb m baseada na t cnica que permite ao fot grafo uma maneira de relacionamento com a realidade e uma forma de conhecer e configurar sua opini o sobre o mundo sobre sua cultura De acordo com as transforma es t cnicas o olhar a interpreta o e o modo de express o do fot grafo tamb m se alteram Se pensarmos que toda fotografia produzida numa trama da qual faz parte o conjunto fot grafo c mera assunto KOSSOY 2001 43 podemos entender de que forma se distinguem os meios decorrentes de cada suporte utilizado levando em considera o as especificidades de cada um dos elementos desse conjunto Quanto ao fot grafo necess rio destacar que suas escolhas s o sempre guiadas por intencionalidades comunicativas derivadas de sua cultura e ideologia Em rela o c mera necess rio retomar que um aparelho que age de acordo com uma programa o FLUSSER 2002 apresentando ao fot grafo limites e possibilidades J sobre o assunto h que se pensar que est inserido em determinado espa o e tempo numa determinada cultura Na interrela o desses tr s elementos
31. rio que possam comunicar sua personalidade e expressar sua identidade 58 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 A roupa um meio de comunica o entre o designer de moda marca o emissor e p blico alvo receptor nesta pesquisa o p blico feminino com defici ncia visual total Deve se adaptar o meio m dia de transmiss o das mensagens dos mesmos que por sua defici ncia n o enxergam cores formas padronagens e ilustra es por exemplo c digos comunicacionais da roupa ocasionando um ru do no processo de comunica o de forma a atrapalhar a transmiss o da mensagem entre a roupa e o seu usu rio assim como do usu rio para seus pares por meio da roupa perdendo se assim a intencionalidade genu na da comunica o A comunica o um processo de emiss o transmiss o e recep o de mensagens por meio de m todos e ou sistemas convencionados ou ainda a capacidade de trocar ou discutir ideias de dialogar com vista ao bom entendimento entre pessoas SILVA 2010 A comunica o uma inter rela o em que os indiv duos buscam transmitir algo para algu m de forma que o outro indiv duo o compreenda e interaja com o primeiro para que possa haver encontro de seres sociais sendo atra dos para um entendimento m tuo motivando comportamentos e identifica o em grupos sociais O deficiente visual total se comunica com o mundo de forma inesgot vel como qual
32. rios de apropria o destes bens Ou seja os altos pre os praticados nas grifes de luxo s o determinantes no sucesso das cole es para redes populares de vestu rio Uma marca comercializa simbolos de um determinado estilo que deve ser entendido aqui como estilo de vida cuja nfase est na indissocia o entre um indiv duo e uma dada posi o na estrutura social BERGAMO 2007 p 82 Os diferentes estilos servem como modelos de comportamento e de aquisi o de bens O poder distintivo dos produtos vendidos pela marca est no seu estilo eles podem represent lo e a pessoa que os usa pode ser reconhecida como sua representante As marcas de luxo s o s mbolos de uma alta cultura A ostenta o desses simbolos constr i um universo de privil gios ao redor do indiv duo e prova as suas qualidades espec ficas a sua capacidade de seguir corretamente os modelos de qualidade expostos pelas marcas de luxo A roupa e os acess rios s o instrumentos de integra o do indiv duo a um conjunto de atribui es tornando se assim tra os distintivos de uma posi o social privilegiada A aproxima o entre indiv duos e grupos se d de acordo com a classifica o e hierarquiza o que derivam dos IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 poss veis usos dos bens BERGAMO 2007 Nesse sentido a aquisi o de produtos com assinaturas mesmo que a pre os mui
33. um banco Curar uma exposi o na atualidade exige do curador uma capacidade criativa de interconex o entre os m ltiplos fatores envolvidos na exposi o O curador deve reinventar se criticamente ser capaz de navegar os circuitos comercias e os alternativos sem cair apenas na tenta o de produzir uma exposi o bem sucedida em termos de mercado um blockbuster Buscar conectar o espa o de curadoria e os artistas de forma a estabelecer um v nculo entre este dueto e os seus v rios p blicos e cidades em que acontecem 218 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 A rela o entre a cidade seus p blicos e seus aparelhos culturais um desafio para o curador Segundo Mosquera 2011 necess rio ampliar a capacidade de comunica o das artes principalmente em eventos como as bienais onde as rela es entre p blico e arte s o superficiais e espetaculares Em tempos de uma globaliza o ditada pelos processos econ micos surge o que Mosquera 2011 chama de culturas curadoras e culturas curadas Nas exposi es for export n o h lugar para as m ltiplas narrativas de uma cultura o pr prio recorte em geral levando em conta o p blico for a a produ o destes estere tipos Isso acontece em geral dentro de aparelhos culturais tradicionais e no sistema centralizado evento galerias cr tica que tem o poder de legitimar as produ es art sti
34. 2002 o interesse na ACV tamb m se deve ao fato desta ferramenta ser usada por companhias para se defenderem contra os requisitos ambientais demonstrando que os problemas s o mais complexos do que inicialmente se acreditava Dessa forma as companhias estendem a responsabilidade pelo impacto ambiental dos produtos para o usu rio dos mesmos alegando que os impactos da fase de uso consumo manuten o s o t o ou mais graves que a fase de produ o HU 2012 e FLETCHER 2008 apontam que o estudo mais reportado por Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 empresas e pela literatura semelhante o do ciclo de vida de uma blusa de poli ster realizado por SMITH e BARKER 1995 para a Associa o Americana dos Produtores de Fibras AFMA A ACV demonstrou que 82 das necessidades totais de energia est o relacionados com o uso e manuten o da blusa pelo consumidor sendo a maior parte desta energia consumida na opera o de lavanderia em casa Outra ferramenta relevante a Produ o Mais Limpa P L isto a aplica o continua de uma estrat gia ambiental integrada e preventiva para processos e produtos MEDEIROS et al 2007 facilitando uma resposta cont nua s novas situa es a que a empresa se exp e SELIG et al 2008 e minimizando o impacto ambiental da produ o ap s os produtos terem sido
35. 2006 CAVALCANTE C Org Desenvolvimento e natureza estudos para uma sociedade sustent vel Ed Cortez 4a ed S o Paulo 20083 CHADURI H R MAJUMDAR S Diamonds and desires understanding conspicuous consumption from a contemporary marketing perspective In Accademy of Marketing Science Review n 11 2006 D Angelo A C Valores e significados do consumo de produtos de luxo PPGA UFRGS Porto Alegre 2004 DELMAS M A BURBANO V C The Drivers of Greenwashing 2011 California Management Review Dispon vel em http ssrn com abstract 1966721 Acesso em 11 de setembro de 2013 189 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 DUBOIS B DUQUESNE P The market for luxury goods income versus culture In European Journal of Marketing v 27 n 1 p 35 44 1995 ENGEL et Al Comportamento do consumidor Rio de Janeiro LTC 2000 FAGGIANI K O Poder do Design da ostenta o emo o Brasilia Thesaurus 2006 FAGGIANI K OLIVEIRA A J Design Sustent vel e o Novo Luxo In Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design 7 2006 Curitiba Anais Curitiba 2006 FEATHERSTONE M Cultura de consumo e p s modernismo S o Paulo Studio Nobel 1996 JOS C L Do brega ao emergente Editora Marco Zero 2002 LIPOVETSKY G O Imp rio do Ef mero S o Paulo Companhia das Letras 1989 gt ROUX E O Luxo Eterno da
36. 2011 Os produtos t xteis adquirem valor n o s por sua mat ria prima e custos de produ o em geral mas pelo seu grau de novidade e de inova o tecnol gica No rol dos produtos t xteis mais manejados pelo homem encontra se o jeans material vestido por todos sem limite de idade sexo e cultura CATOIRA 2006 Sua relev ncia na cultura material implica contudo em uma elevada produ o do mesmo em escala global e por conseguinte em um alto impacto ambiental associado a este t xtil Nesse contexto a ind stria t xtil enfrenta uma condi o desafiadora no 85 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 campo da qualidade e da produtividade Conforme os par metros ecol gicos t m se tornado mais rigorosos e altamente competitivos surgiu uma preocupa o da ind stria t xtil com rela o necessidade de conjugar a qualidade e a ecologia conjuntamente BOTA e RATIU 2008 Buscando dar respostas sobre possibilidades de jeans mais sustent veis e de qualidade algumas ferramentas de projeto de produto e de produ o s o apresentadas neste trabalho Uma breve contextualiza o sobre a origem do jeans e sua signific ncia na economia nacional apresentada a seguir Na sequ ncia elucidado o impacto ambiental da produ o do jeans mostrando possibilidades de jeans para sustentabilidade assim como a din mica de desgaste de uso e lavagem do jeanswear S o relacionadas f
37. 221 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 o princ pio de um trabalho que se desdobrou de diversas maneiras As pesquisas foram divididas em dois segmentos sendo o primeiro te rico a fim de valorizar a reconstitui o hist rica e conceitual e paralelamente a pr tica na qual concentrariam os trabalhos de modelagem e reconstitui o dos figurinos originais No in cio do s culo passado Schlemmer em um processo exaustivo ao longo de 20 anos conseguiu finalmente idealizar a confec o de 18 figurinos e 12 dan as O espet culo montado a partir de 3 grandes atos separados pelas cores amarelo preto e rosa O amarelo valorizava o potencial l rico e hil rio o rosa a sedu o e poesia e por fim o negro que representava o ato her ico e b lico demonstrando um momento de maior instrospec o Sendo assim tendo o figurino como protagonista do espet culo o bailarino teria que encontrar o espa o e a maneira de se expressar sabendo que a coreografia tinha como t cnica a constri o deste movimento BOCCARA CARVALHO 2009 Todo o desenvolvimento como apontado anteriormente propunha esta intera o de corpo e espa o por m em um processo que tenha como refer ncia os conceitos descritos a seguir Este processo construtivo pensado atrav s da transcodifica o das formas org nicas do corpo em volumes regulares da geometria plana e espacial facilitou a Schlemmer a c
38. 7 N 2 2014 passou a tratar essas tend ncias Romero 2012 conta que antes de o rap americano passar a ser comercializado a moda girava em torno da popula o branca e que apenas a partir dele que a ind stria da moda passou a reconhecer o poder dos afro americanos e dos latinos como consumidores produtores de tend ncias de moda Essa concep o nos esclarece em muito ent o a necessidade de compreens o de que os movimentos subculturais e contraculturais que citamos anteriormente como o rock o punk e o hip hop funcionaram como uma maneira alternativa encontrada pela juventude de se opor s modas dominantes da poca criando assim movimentos com m sicas roupas e ideias diferentes e revolucion rias causando uma mudan a nas rela es entre estrutura social e estilos modas e comportamentos dominantes provenientes dos meios de comunica o de massa sobre esses movimentos que buscaremos um maior esclarecimento na sequencia Cabe salientarmos que percebemos ent o que algumas das pesquisas que trabalham com a quest o do consumo de moda e da forma o das identidades carregam uma vis o segundo a qual as classes populares e as subculturas consomem pe as de vestu rio simplesmente como forma de atender a necessidades b sicas de pudor e prote o Essa era uma vis o comum aos estudos sobre moda no s culo passado a exemplo de George Simmel e sua teoria conhecida como trickle down ou de cima para baixo cunhada
39. AMBIENTAL PARA AN LISE DO JEANS CO PET RECICLADO DESIGN OF JEANS FOR SUSTAINABILITY APPLICATION OF ENVIRONMENTAL IMPACT REDUCTION TOOLS FOR ANALYSIS OF JEANS CO PET RECYCLED Luciana dos Santos Duarte Resumo Este artigo aborda a relev ncia do jeans para a cultura material sua origem hist rica al m de dados da significativa produ o nacional A portentosa produ o de jeans implica contudo em um alto impacto ambiental associado mesma Neste trabalho s o relacionadas ferramentas de projeto e produ o que visam redu o do impacto ambiental as quais s o aplic veis para o design de jeans para a sustentabilidade Como estudo de caso analisado o jeans CO PET reciclado por meio de m todo qualitativo empregando algumas das ferramentas descritas com nfase em requisitos ambientais e econ micos Palavras chave Design para sustentabilidade jeans sustent vel jeans CO PET reciclado produ o de jeans t Luciana dos Santos Duarte Professora de disciplinas de Projetos no curso de gradua o em Engenharia de Produ o da Faculdades Kennedy Criou a disciplina optativa de Moda e Sustentabilidade na gradua o de Design de Moda da UFMG e o curso de extens o Design de Moda para Sustentabilidade na Escola de Design da UEMG E Designer de Produto UEMG e Mestre em Engenharia de Produ o UFMG tendo desenvolvido trabalhos interdisciplinares de Moda Design Engenharia de Produ o Autora do sit
40. DOWNING 2001 p 177 Atrav s dessa concep o o vestu rio funciona como uma m dia alternativa de oposi o e ou resist ncia como os trajes maias utilizados na Guatemala durante a repress o militar as colchas confeccionadas durante a escravid o nos Estados Unidos os bottons ou broches de lapela contendo mensagens inclusive de cunho pol tico e o estilo de vestir e usar penteados dos afro americanos como explica Para os jovens negros desde a d cada de 1960 at o final do s culo o estilo de cabelo com frequ ncia portava uma mensagem variando de dreadocks a cabe as raspadas dos penteados afro volumosos a desenhos e s mbolos recortados no couro cabeludo como a letra X em homenagem a Malcolm X DOWNING 2001 p 177 Outro exemplo desse novo ciclo a que a moda exposta tratado por Polhemus 1994 que ao realizar uma pesquisa sobre o street style nos possibilita concluirmos que o que acaba ocorrendo a partir do s culo XX uma apropria o da ind stria fashion pelas modas e estilos que surgem das ruas street rua style estilo atrav s de bricolagens feitas pelos pr prios usu rios E um novo movimento chamado bubble up que supera a concep o de George Simmel 2008 e a teoria do Bricolagens s o constru es que se utilizam de restos sobras quinquilharias e miudezas realizando assim uma constru o nova atrav s de uma recombina o de elementos j utilizados 195 IARA
41. Experiencial pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e Mestranda de Gest o Estrat gica do Design pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC pesquisadora na rea de vestu rio para pessoas com defici ncia design universal e tecnologias assistivas Contato brunabroginQhotmail com 2 Graduado em Engenharia Mec nica pela Pontif cia Universidade Cat lica do Rio Grande do Sul PUC RS Especialista em Projeto de Produto e Desenho Industrial tamb m pela PUC RS Mestre em Engenharia de Materiais Metalurgia e Minas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Doutor em Engenharia Mec nica pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e P s Doutor em Engenharia Mec nica tamb m pela UFSC Atualmente professor convidado e orientador do P s Design da UFSC atuando em pesquisas e projetos com pessoas com defici ncia Contato vbatistai9Q gmail com 3 Possui gradua o em Engenharia Sanit ria pela Universidade Federal do Mato Grosso UFMG mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC e doutorado em Engenharia de Produ o tamb m pela UFSC Atualmente professor efetivo da UFSC e coordena o NASDESIGN N cleo de Abordagem Sist mica do Design Tem experi ncia na rea de Design com nfase em Design e Inova o Social especificamente com informa o e sustentabilidade em produtos e processos Participa dos programas de p s gradua o em Design UFSC Contato IffQwcce ufs
42. Figueiredo e Giselle Schmidt Alves Diaz Merino trabalho que discute a inova o a partir das pessoas e n o apenas das t cnicas J em As cole es assinadas para redes de fast fashion e o seu valor simb lico de Joana Contino e Alberto Cipiniuk temos a discuss o extremamente atual da rela o entre a produ o cada vez mais r pida de cole es para o mercado da moda e a forma de agregar valor a elas por meio de cole es assinadas por famosos designers de moda e vendidas a pre os populares No artigo Moda inclusiva desenvolvimento de vestu rio ntimo para mulheres com defici ncia visual total de Ana Caroline Siqueira Martins e Apoena Caicy da Silva a discuss o sobre a estrat gia para essa produ o e como este produto pode ser considerado como uma forma de inclus o Os impactos ambientais da produ o do jeans e as propostas para uma produ o mais sustent vel s o discutidos no artigo Design de jeans para sustentabilidade aplica o de ferramentas de redu o de impacto ambiental para an lise do jeans CO PET reciclado de Luciana dos Santos Duarte IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Editorial vol 7 No 2 2014 A imagem um dos temas mais relevantes da cultura contempor nea discutida em dois artigos deste n mero Imagem corporal p blico privado superf cie mago de Rafaela Norogrando que toma como base duas propostas de exposi es fe
43. Guimaraes Fotografia pensante S o Paulo Editora SENAC 1997 MORIN Edgar Da necessidade de um pensamento complexo In MARTINS Francisco Menezes SILVA Juremir Machado da Para navegar no s culo XXI tecnologias do imagin rio e cibercultura Porto Alegre Sulina 2003 p 13 36 SODRE Muniz Antropol gica do espelho uma teoria da comunica o linear e em rede Petr polis RJ Vozes 2002 VASCONCELLOS C ssio A reas S o Paulo Terra Virgem 2010 Paisagens marinhas S o Paulo s n 1994 1 v Fotos Exposi o realizada em S o Paulo no Museu da Imagem e do Som em 1994 Recebido em 17 10 2013 Aceito em 26 05 2014 N IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ENSAIO SOBRE MODA E EST TICA NA CONCEP O DE MUNDO COMO CRIA O ESSAY ABOUT FASHION AND AESTHETIC IN CONCEPTION OF THE WORLD AS CREATION Ana Fabiola Pedrosa de Vasconcelos Antonio Takao Kanamaru Resumo O presente estuda demonstra a import ncia conceitual da moda e da est tica na perspectiva da cria o Para tal aborda se a moda na concep o de mundo a partir da arte e cultura de um povo O fil sofo Nietzsche aponta magistralmente a rela o do drama de squilo na concep o est tica e tal rela o inspira uma poss vel vis o atual do criador sob a tica est tica da pr pria trag dia grega Palavras chave moda cria o cultura est tica Abs
44. L 4 n d y K E E pr cao 5 una m e Berg p yo PA ITIP t i o a 4 f A p o o y r M f pP Figura 14 Frame a frame do time lapse Desmembramentos Fotografia e desenho N o menos significativo vale destacar tamb m os desmembramentos deste projeto atrav s da interface entre a fotografia e o desenho O desenho historicamente tem sido ferramenta com fun o de representar as pessoas e as coisas a express o m xima deste compromisso talvez tenha sido o Renascimento Com a inven o da fotografia esta passou a assumir esta fun o por suas caracter sticas de registro e rapidez que evoluiu at a resposta imediata da fotografia digital IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 O desenho liberado do dever pela fotografia al ou horizontes expressivos muito ricos j no s culo XIX e ao longo do s culo XX No XXI est acontecendo um aprimoramento das tablets como ferramenta gr fica A rigor a arte de todos os tempos toda permeada por um equil brio inst vel entre representa o e express o A rela o entre a fotografia e o desenho ser explorada tamb m a partir dos conceitos abordados pela autora Laura Gonz lez Flores em seu livro Fotografia e Pintura dois meios diferentes Pretende se explorar uma conex o entre estes meios de representa o no entanto sem a pretens o de apontar para similaridades ou diferen as mas
45. Nesse sentido o suporte fotogr fico da natureza da veicula o como define Muniz Sodr 2002 234 antropot cnicas voltadas para a rela o ou o contato entre os sujeitos sociais por meio das tecnologias da informa o J o meio comunicativo de outra natureza a do v nculo Diferentemente da pura rela o produzida pela m dia autonomizada a vincula o pauta se por formas diversas de reciprocidade comunicacional afetiva e dial gica entre os indiv duos As a es vinculantes que tem natureza basicamente 135 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 soci vel deixam claro que comunica o n o se confina atividade midi tica SODRE 2002 234 Na produ o fotogr fica esses v nculos podem se evidenciar em tr s diferentes aspectos v nculo entre a imagem e o material que lhe d suporte entre a imagem e o fot grafo e o v nculo entre a imagem e o receptor Para outro desdobramento dessa quest o h a proposta de R gis Debray 2000 que afirma que toda informa o transmitida tem um duplo car ter t cnico e org nico que resulta da combina o de mat ria organizada e organiza o materializada que pr pria do homem Para o autor a mat ria organizada se refere por exemplo a tinta placas de cobre sat lites pergaminho m quinas de escrever ou computador J a organiza o materializada se refere s fo
46. Procedimentos Metodol gicos Segundo Silva 2005 este artigo de revis o pois visa resumir analisar e discutir informa es j publicadas Possui natureza aplicada visto que seu intuito gerar conhecimentos para aplica es pr ticas de projetistas designers e profissionais inovadores como um todo Os objetivos perpassam a falta de projetos do vestu rio que atendam a diversidade humana devido ao fato de que os projetos existentes tendem a contemplar os padr es de beleza humanos existentes Quanto forma de abordagem este artigo qualitativo visto que descreve um processo de inova o considerando suas rela es din micas com o mercado e a diversidade de pessoas baseia se na interpreta o do fen meno chamado de Inova o com Pessoas e seus significados e correla es Com rela o aos objetivos este artigo explicativo pois visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorr ncia da Inova o com Pessoas ele aprofunda o conhecimento da realidade dos mercados na medida em que explica a raz o e o porqu desta inova o Quanto aos procedimentos t cnicos foi realizada a pesquisa bibliogr fica primeiramente sobre a Inova o com Pessoas posteriormente sobre inova o tipos de inova o e estrat gias para empresas S IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 3 Por que inovar com pessoas no vestu rio Para responder sobre a necessi
47. Quando um objeto ou a tomar as exposi es como exemplo quando o rg o do cora o apresentado sobre uma mesa o que se v o rg o em separado para observa o Quando este est nas m os de seu corpo exposto ele deixa de ser rg o e ganha significado este significado cultural que perturba pois as cogni es precisam ser e s o for osamente sobrepostas Por estes e tantos outros motivos estranho verificar por quantas vezes a arte relegada ao plano secund rio de interesses pol ticos econ micos ou pessoais Mesmo n o sabendo para o que ela servet ainda assim arte reflexo de nossa humanidade parte integrante de nosso esp rito nossa sensibilidade elo de compreens o e encontro de nosso imagin rio de nossa exist ncia Qualquer forma simb lica da linguagem assim como da arte ou do mito abriga em seu ntimo um foco de luz pr prio e peculiar CASSIRER 2006 p 25 Ambas as exposi es referenciadas neste artigo apresentam algumas similaridades tanto na apresenta o dos cad veres quanto nas rea es do p blico visitante Os discursos afastam se e aproximam se Os outros exemplos tamb m 13 Aqui faz se refer ncia o questionamento lan ado pelo escritor dramaturgo e roteirista de TV e cinema Alcione Ara jo Com um interessante desenvolvimento juntamente com a Profa Maria Helena Pires Martins USP e Adriano Nogueira consultor MINC PNUD ONU e Inst Paulo Freire discute se
48. Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 trickel down cunhada pelo mesmo Esse modelo de baixo para cima acaba transformando os fluxos que a moda realiza possibilitando aos indiv duos de classes inferiores serem sujeitos atuantes e aut nticos no fazerem sua pr pria moda e lan arem suas pr prias tend ncias mesmo que a inten o inicial seja exatamente o oposto ser uma antimoda ou uma moda marginal que se op e ao convencional Entendemos que essas modas marginais e movimentos antimoda baseados em subculturas e tribos de estilo surgiram principalmente do inconformismo da juventude com a situa o pol tica e social do p s guerra que acabou sendo manifestado nos valores comportamentos gostos e tamb m na apar ncia do vestu rio utilizado por essa juventude Viu se a partir da a eclos o de um novo tipo de mobiliza o e contesta o sociais nascendo e crescendo alimentada por fatores est ticos e art sticos aut nticos e transgressores tendo como base negocia es pol ticas Esses exemplos refor am o car ter original contestat rio e revolucion rio dessas modas marginais ou antimodas que acabaram virando tend ncia e sendo comercializadas e massificadas posteriormente pelo fashion business Acreditamos ent o que para que se realize uma reflex o te rica a respeito do consumo da moda e do vestu rio na contemporaneidade se fa a necess ria a amplia o da discuss o engl
49. Sobre a pesquisa de campo feita por meio de entrevistas ela possibilitou conhecimento aprofundado com rela o ao grupo pesquisado uma amostra de 30 entrevistas na regi o de Maring PR e apresentou resultados significativos sobre as necessidades do p blico Entre os resultados mais relevantes tem se que 4 das entrevistadas possuem entre 41 e 46 anos de idade a maioria tem renda mensal entre 2 e 3 sal rios minimos 63 com expressiva quantidade de estudantes 35 Metade das questionadas s o casadas 50 o que demonstrou um grau de intimidade sobre relacionamentos amorosos e do desejo por produtos que al m de adequados a sua defici ncia fossem bonitos esteticamente e atraentes ao parceiro informa o obtida em reuni es e conversas informais com as mulheres pesquisadas No caso das mulheres com defici ncia visual total adquirida a grande maioria delas perdeu a vis o entre 15 e 20 anos de idade 47 informa o importante para analisar quais s mbolos as mesmas podem ter assimilado na mem ria Com rela o ao entendimento da linguagem especifica dos deficientes visuais 89 das entrevistadas compreendem o Braille sistema de escrita e leitura baseado em 64 simbolos em relevo Todas as questionadas se consideram vaidosas e preocupadas com a apar ncia 100 estabelecendo uma rela o de cuidado e aten o consigo mesmas Apresentaram forte desejo em conquistar admira o e atra o de outras pessoas ou seja de se
50. a necessidade de fortalecer a educa o do Brasil com base nas diciplinas pouco valorizadas no mercado atual Debate sobre Cultura e Educa o promovido pelo projeto Cultura Viva do Minist rio da Cultura do Brasil Consult 25 Mar o 2013 Dispon vel em WWW URL http www vivaculturaviva org br index php p 3 amp d 2 129 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 auxiliam a percep o sobre a rela o entre arte ci ncia p blico privado social pessoal e o imagin rio humano A pele est contextualizada a roupa do ser humano com todo o significado que ele atribui a ela por seus sentimentos e emo es em seu contexto social cultural ou transit rio Figura 5 O Homem Pele Esta produ o do Body Worlds pode ser relacionada a um desenho de Gaspar Becerra contempor neo a Michelangelo publicado em 1556 no livro Historia de la Composicion del Cuerpo Humano de Juan Valverde de Amusco Copyright Gunther von Hagens Institute for Plastination Heidelberg Germany www bodyworlds com REFER NCIAS CASSIRER Ernst Linguagem e Mito S o Paulo Perspectiva 2006 CESAROTTO Oscar Angel Est tica da Necrofilia Folha de S o Paulo online 15 12 2002 Dispon vel em http wwwl folha uol com br fsp mais fs1512200219 htm Acesso em 22 05 2013 EDMONDS Alexandre No universo da beleza Notas d campo sobre cirurgia pl stica no Rio de Janeiro In GOLDENBERG Mi
51. a cultura de rua As meninas do hip hop adoram Est em todas as pistas NANDES 2013 p 1 Sobre o bon snap back ela esclarece 207 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Tamb m conhecido como bon de aba reta ele sempre foi usado pelos MCs de rap e jogadores de basquete Depois de um tempo fora de moda voltou com tudo tamb m na cabe a das mulheres Entre as adolescentes ent o ja febre Acho que o culpados s o os MCs da nova gera o Hoje em dia a maioria deles quando soltam uma mixtape tamb m lan am bon e camiseta com seus nomes ou da sua crew NANDES 2013 p 1 E sobre as regatas de maxi cava a DJ afirma Uma das maiores tend ncias sem d vida nenhuma a camiseta regata Quanto maior cortada pra deixar aparecer o suti top de renda e ficar sexy melhor NANDES 2013 p 1 O mais interessante da mat ria em quest o foram as postagens dos leitores da mesma a maioria adeptos da cultura hip hop que renegavam de maneira convicta a forma como a mat ria fora estruturada A maior queixa dos leitores foi o fato de a mat ria abordar elementos da cultura negra sem trazer modelos representantes negros nas imagens Um exemplo pode ser notado nas falas de Gessica Justino que diz Ol Espa o Fashion Sou cliente e mulher preta A pergunta que gostaria de ter resposta por que falam de uma manifesta o black sem nenhum preto como modelo
52. a tradi o estritamente documental da fotografia deste per odo O trabalho do fot grafo Eust quio Neves desenvolvido na d cada de 1990 tamb m muito baseado na experimenta o no laborat rio qu mico Este se d pela constru o de realidades a partir de fragmentos de imagens de v rios negativos que s o sobrepostos durante o processo de edi o no espa o escuro do laborat rio A incorpora o do acaso na busca por colora es e texturas incomuns forma uma trama complexa que potencializa a express o de suas imagens criando uma visualidade bastante particular que aponta para um universo on rico carregado pelas lembran as pelo imagin rio e pelas viv ncias do fot grafo Estes trabalhos podem ser comparados a alguns produzidos por C ssio Vasconcellos a partir do uso da fotografia anal gica o j citado ensaio Paisagens marinhas produzido com a explora o da fotomontagem ou o ensaio Navios em que o fot grafo utilizou a revela o seletiva como um meio comunicativo a fim de criar uma atmosfera fluida que parece envolver os navios registrados Imagem 06 Fotografia da s rie Navios de C ssio Vasconcellos 1994 Fonte Enciclop dia Ita Cultural de Artes Visuais dispon vel em http www itaucultural org br aplicexternas enciclopedia ic index cfm fuseaction termos texto amp cd ve rbete 3903 Acesso em 06 maio 2011 149 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2
53. apto para unir contextualizar globalizar mas ao mesmo tempo a reconhecer o singular 2003 30 Desse modo Vasconcellos trabalha entre os meios comunicativos da fotografia reconhecendo que a imagem de Coletivo s poderia se expressar a partir de um suporte adequado e que este deveria ser estritamente fotogr fico e n o uma impress o para ser tamb m um meio comunicativo a tratar das rela es da 147 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 fotografia com o real da imagem fotogr fica que representa o imagin rio do fot grafo enfim das quest es suscitadas pelo trabalho A experimenta o como meio Processos que envolvem a experimenta o entendida como pesquisa t cnica perceptiva e tamb m intuitiva est o presentes na Fotografia desde seu advento Seu surgimento no mbito da ci ncia talvez a tenha caracterizado como linguagem dada interven o e ao levantamento de proposi es que geram experi ncias Dentro dessa esfera podemos pensar em experimenta es tanto no ato fotogr fico quanto no processamento das imagens e ainda que essas experimenta es podem ocorrer na fotografia anal gica fotoquimica ou na digital As experimenta es feitas durante o registro das imagens no pr prio ato fotogr fico est o relacionadas ao uso de filtros ilumina o suportes variados sobreposi o de exposi o e uma infinidade de outras possibilidades J
54. as experimenta es feitas durante o processamento das imagens ocorrem em um dos ambientes caracter sticos de cada suporte o laborat rio qu mico ou o laborat rio digital mais precisamente o computador com seus programas de tratamento e manipula o da imagem Muitos fot grafos ao longo da hist ria da Fotografia criaram seus trabalhos a partir de pesquisas t cnicas experimentais que definiam um modo pr prio de comunicar No Brasil poss vel citar entre outros Geraldo de Barros que com seu trabalho ousado e inquietante estabeleceu para a fotografia brasileira o paradigma da modernidade FERNANDES J NIOR 2003 146 Geraldo de Barros trabalhou com processo de solariza o das imagens sobreposi es de negativos e montagens 7 A solariza o consiste na invers o dos valores tonais de algumas reas da imagem fotogr fica que pode ser obtido basicamente atrav s da r pida exposi o luz da imagem durante seu processamento Foi o norte americano radicado em Paris Man Ray 1890 1976 quem melhor empregou a solariza o com finalidades art sticas durante a d cada de 1930 mas posteriormente esse processo esteve muito em voga entre os adeptos do movimento fotoclubista persistindo pelo menos at a d cada de 1970 148 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Seu ensaio FotoFormas de 1950 carrega todo esse conjunto de experimenta es para romper com
55. bem formadas est veis ou regulares produz formas em forma o transforma es portanto efeitos de perp tuas deforma es 2005 173 Assim pode ser pensada esta fotografia feita por Vasconcellos uma imagem que n o se fecha em si mesma que dial tica cr tica porque prop e rela es est aberta n o uma fotografia diante da qual apenas se pode estar uma fotografia que provoca que p e em quest o a produ o fotogr fica da ser tamb m um contradispositivo O trabalho Coletivo pode ainda ser pensado pelo sentido de contempor neo proposto por Agamben 2009 58 quando o autor diz que contempor neo aquele que n o coincide exatamente com seu tempo e que justamente por isso mais capaz para perceber seu pr prio tempo C ssio Vasconcellos parece dialogar com o passado para entender seu pr prio tempo mais do que isso transforma o passado em presente o fot grafo olha para suas s ries anteriores observa como a fotomontagem atuou para pensar em novas formas e construir fotografias que s o imagens dial ticas que questionam e se questionam Ainda para ressaltar esse car ter da imagem que faz questionar e para dar mais complexidade ao trabalho o fot grafo determinou que a imagem exposta fosse produzida por um processo fotogr fico ou seja a imagem apresentada tinha como suporte um papel fotogr fico exposto luz e processado por qu micos Como afirma Morin sobre o pensamento complexo este
56. colchetes 44 As pe as de maior expressividade de consumo foram calcinha 37 e sutia 33 sucedidas por modeladores e body 20 Quanto ao tipo de beneficiamento e as t cnicas de modelagem que mais agradam as entrevistadas os drapeados plissados pences e pregas foram as t cnicas mais respondidas 45 pois de acordo com as mesmas esses beneficiamentos s o facilmente percept veis pelo sentido tato As mulheres indagadas t m predile o por textura aveluda 63 pois segundo elas possibilita a percep o t til mais agrad vel al m de propiciar um toque macio suave e sedoso proporcionando conforto Ainda sobre as texturas as entrevistadas foram questionadas sobre qual cor es a textura de maior percentual aveludada denotava reportava em termos de sensa o no que a maioria associou a textura aveludada com a cor vermelha 38 seguida por branco e rosa ambas com 18 Possuem prefer ncia por fragr ncias lavanda hortel e jasmim 53 que para as entrevistadas proporcionam sensa o de bem estar leveza e relaxamento denotando a busca dessas mulheres por estarem bem consigo mesmas e tranquilas quando usam pe as de vestu rio ntimo As questionadas ainda sentem a necessidade de intera o com as estampas florais 71 que foram posteriormente introduzidas no desenvolvimento de produto por meio de beneficiamento em relevo que propiciou maior compreens o da estampa O p blico da pesquisa ainda foi arquivado c
57. coloquiomoda com br anais anais 2 Coloquio de Moda 2006 artigos 26 pdf gt acesso em 16 abr 2013 BENGALA LEGAL Conven o sobre os Direitos das Pessoas com Defici ncia Dispon vel em lt http www bengalalegal com convencao gt acesso em 18 abr 2013 BUSTOS Carolina FEDRIZZI Beatriz MACEDO GUIMAR ES Lia Buarque de Macedo Percep o dos deficientes visuais cores x texturas IN Confer ncia Latino Americana de Constru o Sustent vel 1 2004 Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Constru do 10 2004 S o Paulo Anais eletr nicos Dispon vel em lt http WWw producao ufrgs br arquivos publicacoes 111 Deficientes 20Visuais p df gt acesso em 20 abr 2018 CAETANO Edinelza Alfabeto libras e Braille 2012 Dispon vel em lt http incluirjuruti blogspot com br 2012 11 alfabeto libras e braille html gt acesso em 07 abr 20183 CAMARGO Pedro Neuromarketing decodificando a mente do consumidor Porto IPAM 2009 CARROLL Thomas J Cegueira o que ela o que ela faz como viver com ela Revis o t cnica da tradu o por Jurema Lucy Venturini e Ana Am lia da Silva S o Paulo s n 1968 Dispon vel em lt http www cmdv com br lermais materias php cd materias 699 gt acesso em 10 abr 2013 CENTAURO ALADO Terminolgia na era da inclus o 30 jan 2011 Dispon vel em lt http centauroalado blogspot com br 2011 01 01 archive html gt acesso em 22 jun 2015
58. conglomerados que controla boa parte da ind stria de luxo do mundo e considerado um mestre em sua capacidade de gerenciar a criatividade em prol do lucro e do crescimento afirma n o impor regras nem limites aos profissionais criativos a quem ele se refere como artistas das in meras empresas de moda de seu luxuoso conglomerado Afirma tamb m que levar em conta os desejos dos consumidores por um determinado tipo de produto n o combina com a verdadeira criatividade j que n o se pode cobrar um pre o elevado por um produto que as pessoas j esperam Ainda segundo ele agindo dessa maneira uma empresa de moda nunca vai produzir artigos que causem frisson nos consumidores ou seja produtos como os que suas marcas produzem E os produzem apenas porque ele d liberdade criativa aos seus artistas ARNAULT 2001 Pode se observar que para a LVMH a cren a na verdadeira criatividade e no poder do criador tem elevados resultados monet rios Faz sentido portanto que a formula o discursiva do seu propriet rio a reforce e com isso reforce tamb m a adequada din mica de funcionamento do campo Quanto ao criador seu poder consiste numa capacidade de mobilizar a energia simb lica produzida pelo conjunto dos agentes comprometidos com o funcionamento do campo que s o jornalistas e os meios de comunica o intermedi rios e clientes al m dos outros criadores que pela concorr ncia afirmam os valore
59. constante de ferro nem limpeza meticulosa que suporta o desgaste o desbotado o rasgado LIPOVETSKY 2009 A fric o na superf cie do tecido aumenta com as lavagens sucessivas VIVEKANADAN et al 2011 e com o uso constante o que tem como resultados diminui o da rugosidade do tecido estiramento do tecido e desbote da cor Em tese tais resultados s o inevit veis uma vez que o jeanswear destinado ao uso di rio e n o para situa es especiais e espor dicas A cor um dos aspectos mais vitais e visualmente estimulantes da moda FLETCHER e GROSE 2011 COBRA 2007 e n o obstante o azul escuro trata se de uma cor com qualidades pr ximas a do preto como ser elegante e adequada para todas as horas idades e ocasi es DIOR 2009 Diferentemente de outros tipos de tingimento o tingimento com ndigo n o tem muita afinidade com o algod o caracterizando se por ser superficial isto ele n o preenche todo o fio formando uma esp cie de anel azul em torno de um n cleo branco Assim a solidez do indigo IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 no tecido mais baixa ao atrito ou seja ao sofrer abras o o tecido perde sua camada superficial de fibras e com isso perde sua cor caracterizando o efeito de desbote do jeans Pode se dizer que o desgaste do jeanswear positivo para que o mesmo seja apreciado pelos usu rios sendo o uso e as lavagens intensivas desej
60. de cada l der e ap s o uso de ferramentas que ajudem a identificar os requisitos de projeta o O projeto deve ser realizado tendo se em vista a variedade de pessoas Ambiente da Inova o com pessoas Estrat gica T tica Operacional Inova o aplicada ao Pesquisa intensiva Busca cont nua de desenvolvimento de com o consumidor melhorias atrav s da produtos e servi os para descobrir implementa o de contemplando as suas necessidades novos produtos necessidade do inerentes desejos redesenho de consumidor e anseios existentes cria o de servi os especializados e acompanhamento das solu es Avalia o da qualida de da presta o de servi os por meio de contato com o cliente _ Processo Figura 3 Inova o com pessoas Fonte Dos autores O segundo ponto que responde a necessidade da Inova o com Pessoas o fato de que os contextos est o mudando O Norwegian Design Council 2010 aponta IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 uma s rie de fatores que podem ser encarados como novos contextos aos quais as empresas devem se adaptar para continuar competindo pelo mercado O primeiro contexto apontado o Meio ambiente ele est ficando cada vez mais polu do assim as pessoas de todo o mundo precisam de novos produtos e servi os que lhes ofere am prote o e cuidados Com rela o roupa necess rio levar em conta a prote
61. de setembro de 2012 Figura 7 Editorial hype hip hop da Revista Elle Brasil Fonte Revista Elle Brasil de setembro de 2012 206 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 R AA 4 f y do 1 LA uR vou lt CAASA 9 f A Gid AY V CIDA TAM Pg PH Tas a tb N q Fox 7 t herf a j I n b t i t y d gt Y Figura 8 Editorial hype hip hop da Revista Elle Brasil Fonte Revista Elle Brasil de setembro de 2012 Outra mat ria que nos chamou aten o foi Os 4 mandamentos da moda hip hop publicada pelo site espa ofashion net br em fevereiro de 2013 A mat ria traz a Dj loira e de classe alta Nicole Nandes residente da festa LUV em Botafogo no Rio de Janeiro dando dicas de como se vestir para ir para a balada no estilo hip hop Nicole enumera quatro elementos que se segundo ela s o indispens veis na vestimenta da cultura hip hop os sneakers os bon s snap back aba reta as regatas com maxi cavas e as caveiras Sobre os sneakers ela diz quase imposs vel uma menina que do hip hop e frequenta uma festa black n o gostar de t nis A maioria ama viciada e coleciona Na Luv e na cultura de rua quem manda s o os t nis NANDES 2013 p 1 J sobre o uso das caveiras Nicole dispara Seja nos acess rios nas tatuagens ou nas camisetas as caveiras que antes eram vistas quase como uma identidade do povo do rock invadiram
62. de t nis de marca a Adidas perdeu terreno para a Nike Chap us e as vezes outras pe as de roupa eram usados ao contr rio Uniformes de basquete eram usados sobre camisetas com jeans t o largos que formavam uma esp cie de po a de tecido que s ficava presa ao corpo por estar segura ao topo das botas Timberland figura 3 ou Lugz WILSON Tracy s a p 1 199 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 Figura 1 Tupac Shakur com chap u Fedora Fonte lt http www tumblr com tagged 2pac 20shakur gt Figura 2 Run DMC e chap u Kangol Fonte lt http www rundMC com gt 200 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Figura 3 Tupac Shakur e botas Timberland Fonte lt http www rollingstone com music news report tupac gt A autora ressalta que esse estilo o de usar as cal as com a cintura t o baixa que chega ao ponto de mostrar a roupa de baixo de seus usu rios se originou na pris o onde n o permitido o uso de cintos por conta de seu potencial como arma WILSON Tracy s a p 1 Outra influ ncia da pris o seria o uso dos len os na cabe a usados por baixo de bon s e chap us Nos Estados Unidos havia uma influ ncia forte do vestu rio dos gangstas sujeitos que viviam nas periferias como o Bronx ou o Brookling Esses jovens usavam roupas baratas como agasalhos esportivos e t nis
63. detentores do poder aquisitivo e que est o em busca de produtos e servi os que lhes atendam melhor em suas particularidades Estes usu rios n o se importam em pagar caro e pagar mais pelo que desejam por m querem se sentir bonitos na moda e confort veis em suas roupas sem a sensa o de estarem colocando uma roupa de jovem em um corpo idoso desejam roupas que atendam seu porte f sico e sejam condizentes com as tend ncias de moda Algumas empresas nacionais e estrangeiras como o caso da empresa Sharisma j se dedicam a produzir moda para idosos com uma leitura mais jovial Isto uma vis o de futuro por m o que a inova o com pessoas sugere que em um mesmo produto consiga se atender n o somente jovens nem somente idosos mas todos para assim ampliar o mercado consumidor e proporcionar s pessoas mais jovens os mesmos recursos que os idosos necessitam pois tamb m ter o suas vidas facilitadas com as adapta es realizadas Esta amplia o de mercado proporciona consider veis chances de aumento de consumo e de uma produ o maior que possibilite vendas em um pre o mais acess vel e justo para o consumidor pois este tamb m um requisito da inclus o de pessoas A pessoa inovadora do Arquiteto de Experi ncias a comprometida com a constru o de uma experi ncia positiva em todos os aspectos desde o produto atender as expectativas do cliente seu uso ser eficiente a comunica o ser adequada e o pre o ser
64. dos corpos humanos em sua forma subcut nea proporcionam com destaque quanto aos efeitos do h bito de fumar no caso referiam se ao que viam na exposi o realizada no pa s Por meio dos registros do p blico no livro de sa da da exposi o pode se ter uma ideia da percep o de algumas pessoas sobre a mesma entretanto acredita se que seja prov vel uma certa parcialidade quanto as opini es registradas Muito embora isso n o desmere a a opini o de agrado e estado maravilhado quanto a 4 Consult 15 Janeiro 2010 Dispon vel em WWW lt URL http www ocorpohumano net gt Idem IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 possibilidade de visualizar e conhecer a imagem do corpo humano quem foi visitar a amostra declara ser uma experi ncia fascinante JORNAL DA GLOBO 2007 independentemente da nacionalidade do expectador ou do pa s em que teve acesso exposi o Entretanto acredita se que mais pessoas pensem como o ex presidente da Venezuela Hugo Chaves que ap s uma an lise tica e moral sobre a inten o da exposi o proibiu a exibi o em seu pa s G1 2009 o que certamente n o foi uma opini o un nime se observarmos a participa o de uma organiza o venezuelana para a realiza o do evento No Brasil a exposi o levou o nome de Corpo Humano Real e Fascinante aberta para o grande p blico em Mar o de 2007 na capital paulist
65. e mudan as no imagin rio franc s sobre o Brasil s culos XVI a XVIII Palazzo 2007 a autora aponta que estes seres mitol gicos 215 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 eram aceitos como uma possiblidade real e viviam integrados ao mundo cotidiano das pessoas O mundo das f bulas e o cotidiano conviviam no mundo real Interessante pensar o que era digno de ser guardado como representante dos povos visitados Pensar como o imagin rio dominava a percep o destes viajantes Um dos relatos sobre os monstruosos povos da India s o homens con una sola pierna y de extraordinaria agilidad para el salto Libro de los monstruos Claro que n o faltavam os homens com cabe as no meio do peito mas estes ficavam apenas na imagina o e relatos o que se podia trazer de evid ncia eram os cascos de tartaruga dentes de crocodilos sangue e chifres dos monstros algumas ervas e utens lios do cotidiano destes homens selvagens e monstruosos Estas pequenas cole es de objetos estranhos montavam uma narrativa europeias sobre as culturas visitadas um recorte preciso que afirmava as hist rias dos viajantes Podemos pensar que capacidade de imaginar e de fantasiar que tinham esses europeus imagina o que ainda temos n s quando visitamos exposi es sobre pa ses ex ticos e porque n o sobre as artes O desconhecido o n o habitual nos causa espanto instiga
66. e o elastano o jeans com redu o de impacto ambiental tem sido compreendido como aquele que apresenta fibras em algod o org nico algod o org nico que j nasce colorido ou seja dispensa tingimento poli ster reciclado algodao reciclado sorgo sacarino Visando reduzir o impacto ambiental do sistema produtivo tradicional de jeans algumas mudan as no projeto permitem que sejam produzidos jeans com menores danos ao meio ambiente Exemplos dos resultados dessas transforma es s o os jeans sem tingimento de ndigo com tingimentos alternativos ex terra e taninos com redu o de tingimento de ndigo o que implica em um desbote mais r pido do tecido uso de amaciante base de manteiga de cupua u desengomagem base de a car tingimento auxiliado por glicose alvejamento com oz nio que dispensa uso de gua e subst ncias qu micas normalmente usadas sem uso de gua no processo produtivo com redu o da quantidade de subst ncias qu micas No Brasil os principais produtores de jeans oferecem ao menos um tipo de 91 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 jeans ou denim ecol gico adjetivo este que al m de se relacionar com fibras naturais e recicladas pode indicar tamb m ao menos uma etapa de produ o t xtil mais limpa Contudo na contram o da oferta crescente as principais marcas de moda de jeanswear nacionais representativas dos principais des
67. ele Resultados A pesquisa bibliogr fica e de campo possibilitaram conhecimento aprofundado sobre a realidade das mulheres com defici ncia visual total adquirida e cong nita suas particularidades bem como poss veis caminhos para solucionar as demandas identificadas Nela entendeu se que atualmente estimulam se as iniciativas que proporcionam a integra o das pessoas com defici ncia visual total ao conv vio sociocultural e ao mercado de moda Compreendeu se a insatisfa o das mulheres pesquisadas com a sua apar ncia e a baixa autoestima que resultante da imposi o de padr es vigentes devido ao corpo deficiente ser ainda estigmatizado Percebeu se a necessidade de valorizar a autoconfian a dessas mulheres para que elas sintam 66 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 se bem consigo mesmas O papel social da moda n o somente dos quesitos essenciais tamb m de diminuir pr conceitos Os produtos de vestu rio ntimo exaltam a feminilidade e a autoconfian a auxiliando numa maior seguran a evitando a fuga e a ren ncia das mulheres pesquisas quanto a sua realidade f sica e a sua identidade O vestu rio desse segmento adaptado a mulheres com defici ncia visual total contribuem para que as mesmas sejam mais aut nomas e independentes nas pr prias escolhas Verificou se ainda que a vestimenta uma manifesta o da personalidade e da identidade dos indiv du
68. em 1904 O autor afirmava ent o que a moda era um exerc cio feito nica e exclusivamente por pessoas das classes altas realizando um percurso que iniciava nestas e se destinava as classes mais baixas onde a segunda tendia imitar primeira Barnard 2003 um dos autores que passam a contestar a vis o teorizada por Simmel 2008 afirmando que esta n o serve mais para saciar as quest es te ricas a respeito da moda na atualidade Assim Barnard afirma que ao inv s de haver um centro em que a moda produzida a elite social h muitos centros cada qual produzindo seus diferentes modismos BARNARD 20083 p 186 Outro autor que reflete sobre moda e contracultura Downing 2001 que 194 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 concebe a roupa como uma m dia radical alternativa e fornece uma vis o pertinente para nossa pesquisa pois sua concep o vem ao encontro de nossas reflex es justamente por o autor entender que essas diversas formas de m dia radical alternativa entre elas o vestu rio s o formas leg timas de express o das culturas populares e de oposi o 2001 e complementa Geralmente o modo de trajar de uma pessoa comunica a sua riqueza seu status oficial seu sexo sua inclina o sexual de que lado do campo de batalha ele est s vezes seu gosto pelo estilo de vanguarda mas o vestu rio pode ser tamb m contra hegem nico
69. es de consumo sem considera o com a finitude dos recursos natuaris que constitui o cerne da sustentabilidade do meio ambiente BIRO 2011 Segundo Cavalcante 2003 este conceito est no centro de todo o discurso ecol gico oficial sem que haja um consenso quanto a sua signific ncia seu posicionamento e viabilidade dentro de nosso sistema econ mico o capitalismo Ao buscar se um desenvolvimento sustent vel hoje est se ao menos implicitamente pensando em um desenvolvimento capitalista sustent vel ou seja uma sustentabilidade dentro do quadro institucional de um capitalismo de mercado No entanto n o se colocando a quest o b sica quanto a pr pria possibilidade de uma tal sustentabilidade o conceito corre o risco de tornar se um conceito vazio servindo apenas para dar uma nova legitimidade para a expans o insustent vel do capitalismo CAVALCANTI 2003 p g 104 Ainda sobre a contradi o supracitada Biro 2011 afirma que se o consumidor verde est submetido ao sistema que por conceito incompat vel com a realidade ecol gica n o poss vel que ele fa a escolhas que levem ao referido consumo sustent vel A cultura de consumo n o consegue ser ecol gica porque n o consegue se limitada pelas leis que limitam os seres vivos BIRO 2011 p 1 3 Considera es Finais Na contemporaneidade o status promovido pelo luxo desvinculou se de tradicionais bvias e opulentas proposi es e i
70. fatores s o inerentes atividade do design e do projeto de um vestu rio inclusivo e o uso da internet pode aperfei oar etapas do projeto e a mensura o dos seus resultados Um modo inclusivo de pensar pode impactar em uma ocupa o pol tica uma gest o pessoal um servi o para o cliente uma estrat gia de comunica o e marketing por exemplo NORWEGIAN DESIGN COUNCIL 2010 p 25 tradu o dos autores Esta frase d alguns exemplos do que o pensamento inclusivo pode fazer quando na concep o de uma pessoa inovadora e disposta a trabalhar por este fim Como mencionado anteriormente o marketing na internet pode ser trabalhado para uma divulga o inclusiva de um produto ou servi o Al m disso a internet um espa o interessante para a persona inovadora do Contador de Hist rias construir a imagem da empresa perante colaboradores e clientes Quesenbery e Brooks 2010 ressaltam o poder de contar hist rias atrav s da t cnica de Storytelling esta ferramenta congrega empresa funcion rios e os usu rios colabora nas pesquisas com cliente no marketing e pode ser ricamente utilizada no projeto centrado no usu rio O lazer um contexto que tem mudado nos ltimos anos Antes era visto como atividade de fim de semana de sexta feira noite hoje a preocupa o com lazer di ria Seja no tempo dedicado aos amigos enquanto se esta na internet seja nas recep es aos familiares no lar em festas e happy hours soci
71. feitos ou seja no fim do tubo end of pipe A P L tem como finalidade aumentar a efici ncia no uso de mat rias primas gua e energia pela n o gera o pela minimiza o ou pela reciclagem de res duos com benef cios ambientais econ micos e de sa de ocupacional MOURA 2005 Semelhantemente s boas pr ticas de P L t xtil COMAN et al 2011 apontam como ferramenta tamb m relevante a ecoefici ncia de t xteis a qual pode incluir os seguintes aspectos Redu o da quantidade de materiais dos produtos t xteis Redu o da dispers o de materiais t xicos Redu o da quantidade de energia aprimorando a reciclagem de materiais Extens o do tempo de vida til dos produtos t xteis Uso sustent vel de recursos renov veis Aumento de servi os para os produtos Outras ferramentas aplic veis ainda na fase de projeto s o as propostas de boas pr ticas para produ o visando redu o do impacto ambiental na ind stria t xtil MARTINS 1997 FLETCHER e GROSE 2011 COMAN et al 2011 De acordo com MARTINS 1997 a redu o da polui o na ind stria t xtil pode ocorrer por meio dos seguintes vetores de boas pr ticas a controle do uso da gua e 100 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 consequentemente a redu o do volume dos despejos b modifica es nos processos produtivos c redu o de produtos qu micos e mat rias prim
72. fot grafo c mera assunto uma infinidade de possibilidades se apresenta fazendo surgir meios comunicativos A Fotografia como contradispositivo As v rias materialidades da imagem os diferentes ambientes para processamentos e os diferentes tempos envolvidos na produ o fotogr fica se caracterizam como moduladores de sua linguagem s o meios que ao expressar uma mensagem expressam a si pr prios A seguir se prop e uma reflex o sobre em que 137 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 medida os suportes fotogr ficos anal gico e digital se caracterizam como meios comunicativos a partir da an lise do trabalho fotogr fico de C ssio Vasconcellos Para a an lise das imagens fotogr ficas o caminho seguido foi o do m todo do scanning proposto por Flusser 2002 definido como um movimento de varredura que decifra uma situa o de acordo com o autor tal m todo gera como resultado um significado decifrado decorrente da s ntese de duas intencionalidades a do emissor e a do receptor Ainda tendo o pensamento de Flusser como refer ncia preciso dizer que as imagens foram analisadas utilizando se a imagina o a capacidade para compor e decifrar imagens Assim as imagens foram consideradas como superf cies que caracterizam um modo de pensamento e usadas na busca de conhecimento sobre fotografia como um meio comunicativo O trabalho Coletivo produ
73. fotogr ficas interativas de todos os figurinos restaurados em alta resolu o para estudo e pesquisa nas reas afins ETAPA 1 A constru o da plataforma O desenvolvimento do trabalho fotogr fico inicialmente contou com a colabora o dos professores Robinson Salata e Adriano de Lucca para elabora o do projeto da plataforma girat ria que possibilitaria a captura fotogr fica em angula es precisas de 5 em 5 graus por exemplo A seguir faremos um breve descritivo desta etapa de desenvolvimento do trabalho Figura 2 Projeto de constru o da plataforma girat ria 231 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Para constru o da plataforma girat ria foram necess rios os seguintes materiais e Rod zios fixos com roda cinza nas dimens es 2x1 ou 50mm x 25 mm e Tubos em a o com perfil retangular 50 x 30 x 1 5 e Chapas MDF 2 75 x 1 84 x 20 mm Algumas quest es apontadas pelo grupo de pesquisadores mostrou se importante para execu o deste projeto tais como a necessidade de gradua o para que se possa girar ngulos discretos de forma controlada Dimens o do projeto para objetos pesados e indica o de escala num rica do ngulo Desta forma o projeto final foi pensado para que houvesse gradua o numerada de 5 em 5 graus sendo que marca es mais precisas tamb m seriam poss veis al m de suportar em torno de 100kg Com estas cara
74. habilidade manual uma forma de obra prima Representa centenas de horas de trabalho isso que lhe d seu valor intr nseco Mas ela tem outro inestim vel 2011 p 23 Este valor que ele chamou de valor intrinseco e que se constitui a partir das horas de trabalho socialmente necess rias para a produ o da mercadoria foi brevemente apresentado acima Mas falta a defini o do que este outro valor a que se refere o costureiro franc s desafio que pode ser enfrentado seguindo a trilha aberta pelo soci logo Pierre Bourdieu Para Bourdieu os bens simb licos s o compostos de uma dupla face t m um valor mercantil e um valor cultural ou seja o valor sempre simb lico inclusive o financeiro Esses subsistem relativamente independentes dos aspectos econ micos do modo de produ o capitalista mesmo quando a san o econ mica reafirma a consagra o cultural 2004 p 102 3 E esse o caso dos artigos da Alta Costura os alt ssimos pre os atestam a sua consagra o cultural ou nas palavras de Dior seu valor inestim vel Assim um valor inestim vel n o um valor economicamente quantificado mas simb lico essa dupla face que explica o maior interesse por parte dos consumidores pelas cole es assinadas mesmo que elas tenham pouca ou nenhuma diferen a substancial em rela o s cole es vendidas habitualmente nas grandes redes de vestu rio Explica se em termos pr ticos como fun o
75. imagem de artista cientista em linguagem indument ria alusiva ao quadro A li o de anatomia do Dr Nicolaes Tulp de Rembrandt 1632 e por outras amostras que s o declaradas como inspiradas em obras e performances art sticas O segundo trabalho foco desta discuss o intitula se Bodies The Exhibition dirigido pelo Dr Roy Glover que tamb m iniciou o seu trabalho de conserva o de corpos humanos vinculado a uma universidade neste caso em Michigan nos Estados Unidos 20MINUTOS 2007 A exposi o apresenta corpos humanos alguns em posi es espec ficas como por exemplo em atividade desportiva ou fatiados para melhor se verificar as superf cies ou posi es de cada parte da estrutura f sica humana Tamb m apresenta 2 Artista brit nico famoso por preservar animais em formalde do e por fazer interfer ncias com objetos na estrutura do corpo ou partes dele Est na lista anual da revista ArtReview sobre pessoas importantes do mundo das artes Dispon vel em WWW lt URL http www bbc co uk portuguese cultura story 2005 10 051031 hirstcl shtml gt 3 Considera se a indument ria como texto visual meio de comunica o munido de significados que s o decodificados conforme o conhecimento de seus s mbolos e a rela o destes com culturas e contextos 117 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 alguns rg os em separado como por exemplo a amostra de um pulm o sa
76. incluindo os bens e servi os da sociedade Constitui se de um ndice de contabilidade s cio ambiental Cadeia de E quando a empresa adquire insumos de forma EPA 2000 suprimentos que possa melhorar seu desempenho ambiental verde Coopera o entre as organiza es para minimizar os impactos do fluxo de materiais QfD for E a incorpora o de aspectos ambientais no QFD JEMAI 2001 sem perder as caracter sticas de qualidade lucratividade competitividade Environment Os conhecimentos em Design para Sustentabilidade DfS s o imprescind veis Emergia para o design de produtos t xteis ambientalmente sustent veis O Design para Sustentabilidade trata se de uma metodologia de ecodesign CLARCK et al 2009 SAMPAIO et al 2007 que utiliza ferramentas de design conhecimentos de sustentabilidade e enfoca a inova o de produtos A saber o ecodesign envolve a concep o e desenvolvimento de produtos de tal modo que os crit rios ambientais recebem valores iguais a outros crit rios GROENE e HERMAS 1998 MANZINI e VEZZOLI 2005 MCDONOUGH et al 2003 PAPANEK 1995 BOVEA e P REZ BELIS 2012 KAEBERNICK et al 2003 como crit rios est ticos ex formas cores de funcionalidade econ micos ex pre o de material pre o final do produto e de produtividade Em seu sentido mais amplo o termo Design para Sustentabilidade IARA pode ser definido como uma pr tica de design educa o e pesquisa que contribui
77. issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Veblen 1974 como um consumo suntuoso abundante ostensivo e sup rfluo praticado com o intuito de ser identificado pelos outros a fim de elevar a posi o social do individuo na hierarquia e de impressionar o pr ximo caiu em desuso e j n o mais t o praticado nos dias de hoje O consumo consciente ou sustent vel conta com duas ferramentas de apoio que instigam o consumidor a optar pelo produto ecol gico o marketing ambiental e o greenwashing 2 5 O marketing ambiental e o greenwashing O marketing ambiental ou verde ecol gico sustent vel ou ainda eco marketing pode ser definido como a estrat gia de cria o e coloca o no mercado de produtos ambientalmente corretos Em outras palavras o marketing convencional sendo que quest es de efici ncia ambiental s o incorporadas em todas as etapas Suriani 2006 afirma que o marketing ambiental pode ser considerado uma ferramenta de conscientiza o ou ainda sensibiliza o ecol gica Diferentemente do marketing verde existe o greenwashing que tem como premissa o aproveitamento da demanda de mercado por produtos servi os e a es ecol gicas para ludibriar o consumidor Segundo Delmas e Burbano 2011 o aumento desta pr tica tem profundo efeito negativo na confian a tanto do consumidor como do investidor Um bom exemplo de greenwashing s o os carros movidos a hidrog nio Embora as emiss es deste carro sejam mais
78. justo para o consumidor Segundo Csikszentmihalyi 2008 pensar na experi ncia como um todo considerar o cliente em sua totalidade e proporcionar o estado de flow durante a experi ncia 21 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 O contexto da Vizinhan a tem rela o com a grande quantidade de pessoas que moram sozinhas principalmente nos grandes centros urbanos sujeitos que tem a possibilidade de ter seus vizinhos como estranhos ou como amigos ou at como se fosse parte da fam lia Enxergando estas duas possibilidades poss vel organizar servi os de lavanderia em edif cios e bairros residenciais Uma pessoa idosa ou que possui uma defici ncia precisa de ajuda para cuidar da organiza o das roupas por m n o demanda de uma pessoa durante todo o dia para realizar este trabalho talvez nem durante meio per odo Servi os especializados de busca separa o lavagem secagem passadoria entrega e organiza o no arm rio podem ser oportunidades escondidas dentro da riqueza da diversidade Enxergar a diversidade perceber que uma m e de fam lia atarefada com trabalhos da empresa e de casa pode tamb m ser uma pessoa l der a ser estudada para este servi o Pessoas que aprendem podem ao observar estas vari veis desenvolver servi os que atendam um grande n mero de pessoas O contexto da Comunica o diz respeito s novas formas de comunica o existentes entre pes
79. meios comunicativos A partir da an lise do trabalho fotogr fico de C ssio Vasconcellos buscou se identificar como as caracter sticas de cada suporte podem ser exploradas como elemento da linguagem fotogr fica para a constru o de imagens de distintas visualidades Palavras chave fotografia linguagem fotogr fica meios comunicativos Abstract This article has as its object of analysis the investigation of analogical photography and digital photography supports as communicative means Drawing on the analysis of C ssio Vasconcellos photographic work an effort was made in order to identify how the characteristics of each support mode can be explored as part of the photographic language for building images of different visualities Key words photography photographic language communicative means Um olhar para distintos momentos na trajet ria hist rica da fotografia mostra que a produ o fotogr fica sempre esteve marcada pelas sucessivas transforma es no suporte e a cada nova t cnica apresentada poss vel perceber novos meios 1 Este artigo decorre das reflex es desenvolvidas na disserta o de mestrado A fotografia entre meios comunicativos defendida em outubro de 2011 no Programa de Comunica o e Semi tica da PUC SP 2 Doutoranda e Mestre em Comunica o e Semi tica pela PUC SP fot grafa e professora de Fotografia no Centro Universit rio SENAC 134 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1
80. ncia da gua como representa o da unidade N o o homem mas a gua a realidade das coisas ou seja a experi ncia viva dos fil sofos gregos tem a ver com a abertura na qual estar se mencionando Quando Tales afirma algo sobre a gua ele n o usou conceitos a ess ncia e origem de sua afirma o est o no processo em si de observa o e viv ncia V se mais uma vez que o termo introvis o de suma import ncia no entendimento est tico proposto pois o enla amento da experi ncia com a teoria o suprassumo do movimento criador no caso o processo criativo o verdadeiro em si mesmo condi o primordial do ser est tico O homem era para eles a verdade e o n cleo das coisas todo o resto apenas apar ncia e jogo ilus rio Justamente por isso era t o incrivelmente dif cil para eles captar os conceitos e ao inverso dos modernos entre os quais mesmo o mais pessoal se sublima em abstra es entre eles o mais abstrato sempre conflu ia de novo em uma pessoa PRE SOCRATICOS p 45 Com o pensamento de Her clito Nietzsche dialoga e compactua com a vis o de mundo mais tr gica ou seja com o estado de abertura do homem enquanto ser criativo e tal estado de ser converge com a cr tica nietzschiana ao homem erudito hist rico que se deixa levar pela massa mas vale salientar que quando Nietzsche se refere massa n o est relacionado ao senso pejorativo do termo a massa para Nietzsc
81. o de res duos e polui o no meio ambiente LE O et al 2002 ABREU et al 2008 Para que as melhorias ambientais dos produtos t xteis sejam poss veis necess rio estabelecer crit rios ecol gicos na atividade de projeto As considera es sobre redu o do impacto ambiental no momento em que se projeta um produto t m sido recorrentes desde a d cada de 1990 SLACK et al 1997 CLARCK et al 2009 Cabe ao projetista questionar as solu es de projeto visando sustentabilidade ambiental bem como levar em conta princ pios gerais de boas pr ticas para a sustentabilidade QUADRO 02 contemplando uma vis o abrangente sobre todo o processo produtivo IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 QUADRO 02 Princ pios gerais de boas pr ticas para a sustentabilidade Adaptado de FLETCHER e GROSE 2011 p 34 Objetivo A o Usar recursos naturais com crit rio Minimizar o n mero de etapas de processamento Reduzir o risco de polui o Minimizar a quantidade e a toxicidade das subst ncias qu micas usadas e eliminar processos nocivos Minimizar o consumo de energia Combinar processos que demandem baixa temperatura Minimizar o consumo de agua Eliminar os processos que consomem muita gua L es 7 Reduzir o volume em aterros sanitarios Minimizar a gera o de residuos em todas as etapas MAGNAGO et al 2012 prop em uma classifica o para quinze abordagens se
82. o do Sim Projetado com o m nimo uso de Sim Projetado para o m nimo de energia usada O jeans reciclado submetido pelo usu rio final aos mesmos processos de um jeans convencional de lavagem e passadoria O jeans reciclado insere se na din mica da moda fundamentada pelo paradigma do Novo Projetado para minimiza o do uso de consum veis Projetado para minimiza o da Projetado para minimiza o do Projetado para o m nimo uso de Projetado para receber N A melhorias Projetado para recupera o de Os fios s o uma blenda ou seja criou se um novo material composto Projetado para recupera o de Fim de vida Projetado para separabilidade Projetado para recupera o de res duos e reuso N A Nenhuma Alternativa ou Sem Resposta 103 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Baseando se em princ pios de boas pr ticas para a produ o t xtil mais limpa foi observado que em rela o a um processo convencional o jeans reciclado apresenta Redu o do n mero de etapas de processamento Redu o do consumo de energia Redu o do consumo de gua na manufatura do fio e do tecido Redu o do consumo de produtos qu micos Redu o do consumo de mat rias primas virgens Reciclagem reuso de mat rias primas no produto Redu o do volume em aterros sanit rios A principal vantagem do jeans reciclado com rela
83. o se evidenciou da seguinte forma ao utilizar o suporte digital como meio comunicativo o fot grafo cria imagens com uma visualidade pr pria os trabalhos vistos demonstram uma reflex o do fot grafo voltada para a cria o de contradispositivos ou seja h uma opera o cognitiva que busca perguntar s imagens fazendo surgir a imagem dial tica A busca pelo invis vel na visualidade surge como modo de entender a produ o de imagens fotogr ficas e principalmente o conhecimento por imagens Dessa forma os contradispositivos criados pelo fot grafo criam fraturas pelas quais se podem perceber dois aspectos o primeiro est relacionado com o que Heidegger 2001 prop e como um desencobrimento da t cnica Ao dominar a t cnica a natureza O modo de funcionamento e as possibilidades do suporte digital o fot grafo se IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 encontra livre para encontrar novos modos de conhecer e pensar a linguagem fotogr fica O segundo aspecto decorre justamente do primeiro o desencobrimento da t cnica leva a tal liberdade que para o fot grafo torna se poss vel entender o modo de ser das imagens sua visualidade REFER NCIAS AGAMBEN Giorgio O que o contempor neo e outros ensaios Chapec SC Argos 2009 BAUDRILLARD Jean Simulacros e Simula o Lisboa Rel gio D gua 1991 BELTING Hans Antropologia de La imagen Buenos Aires K
84. para o desenvolvimento sustent vel VEZZOLI 2010 KAZAZIAN 2005 ressalta que fundamentalmente o produto ecol gico n o existe O que compete ao projetista conceber um produto para que este se integre da melhor forma poss vel ao meio ambiente Assim tornam se necess rias ferramentas para auxiliar a tomada de decis es de requisitos ambientais no produto A ferramenta An lise do Ciclo de Vida ACV tem sido cada vez mais recorrente pois permite auxiliar a tomada de decis es em projetos contemplando crit rios de sustentabilidade do ber o ao t mulo de produtos e servi os MANZINI e VEZZOLI 2005 consideram as seguintes fases para se analisar um produto pr produ o produ o distribui o uso e manuten o Durante todas essas fases h inputs isto h entradas de materiais e energias no ciclo e h sa das outputs de res duos e emiss es de res duos no ar gua e terra do ciclo do produto para a biosfera geosfera De acordo com MAGNAGO et al 2012 a ACV foi a abordagem com mais refer ncias cruzadas dentre as abordagens ligadas sustentabilidade e PDP sendo a mais citada dentro da literatura em quest o Embora a relev ncia e popularidade da ACV KNIGHT e JENKINS 2009 argumentam que a complexidade deste m todo quantitativo faz com que o mesmo seja preterido em fun o de m todos qualitativos mais facilmente aplic veis como simples listas de confer ncia de requisitos ambientais Conforme HEISKANEM
85. pode fazer surgir novas sensa es e ajudar a recuperar a confian a Bustos 2004 exp e que essas mulheres podem associar texturas s cores pois mediante a uma mem ria seletiva atrelada a in meros est mulos percebidos anteriormente defici ncia visual h uma determina o de caracter sticas qualitativas para determinada experi ncia o que contribui para as associa es Na defici ncia visual total cong nita assim como na adquirida s o as caracter sticas sensoriais afloradas que aludem significados intr nsecos e extr nsecos do ser humano por meio de suas experi ncias t teis Outro sentido aflorado para ambas o olfato pois os cheiros proporcionam informa es a respeito de lugares e objetos bem como de pessoas e seus h bitos As fragr ncias seduzem encantam e criam uma ntima conex o com as emo es e a mem ria que est o impregnadas em cada indiv duo Para provocar sensa es prazerosas neste estudo foram utilizados os fundamentos do design sensorial que segundo Camargo 2009 p 79 o entendimento da percep o atrav s dos cincos sentidos criando um v nculo emocional que ativado pelo sistema nervoso provocando sensa es e impulsos que s o captados para darem in cio ao processo da percep o Entendendo que a vis o no caso do deficiente visual total pode ser substitu da adaptada pela sinestesia produzida pelos outros sentidos observou se que a textura leveza e caracter sti
86. pria cria o ou enunciado art stico onde a consci ncia est tica se reporta ao fato de a obra de arte comunicar a si mesma ou seja tornar comum um discurso visual para o discurso lingu stico Para o fil sofo Nietzsche longe de ser um m todo pode se dizer que a raiz da est tica n o est na concep o de um modelo exterior ao ser criador ou seja que O esp rito seja ele mesmo o condutor que governa imperiosamente esse projeto est tico n o existe separa o entre o criador e a obra EST TICA NIETZSCHIANA Em sua obra O nascimento da Trag dia Nietzsche come a abordando o termo anschauung para o entendimento est tico Na l ngua portuguesa foi utilizado um neologismo pelo tradutor J Guinsburg introvis o uma vez que o autor achou que a tradu o do termo para intui o perderia a for a do seu verdadeiro significado em alem o Teremos ganho muito a favor da ci ncia est tica se chegarmos apenas intelec o l gica mas certeza imediata da introvis o anschaung de que o cont nuo desenvolvimento da arte est ligado duplicidade do apol neo e do dionis aco da mesma maneira como a procria o depende da dualidade dos sexos em que a luta incessante e onde interv m peri dicas reconcilia es NIETZSCHE 2007 p 24 6 Gadamer 1900 2002 um importante estudioso da hermen utica filos fica 7 Em busca por tradu es encontrou se na l ngua inglesa francesa certas par
87. prol da sustentabilidade 4 Refer ncias Bibliogr ficas ACCARDO A CORCUFF P La socoligie de Bourdieu Textes choisis et commentes Bordeaux Le Mascaret 1986 ALLEN D E ANDERSON P F Consumption and social stratification Bourdieu s distinction In Advances in Consumer Research v 9 set p 70 74 1994 BAUDRILLARD J A sociedade de consumo S o Paulo Martins Fontes 1981 BAUDRILLARD J A moral dos objetos Fun o signo e l gica de classe In Semiologia dos objetos Petr polis Ed Vozes 1972 BAUDRILLARD J O sistema dos objetos Trad Zulmira Ribeiro Tavares S o Paulo Perspectiva 2008 BAUMAN Z Modernidade l quida Rio de Janeiro Zahar 2001 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 BAUMAN Z Vidas desperdi adas Rio de Janeiro Zahar 2005 BEARDEN W O ETZEL M Reference group influence on product and brand purchase decisions In Journal of Consumer Research v 9 set p 183 194 1982 BIRO J Eco consumismo 2011 Dispon vel em biro gt Acesso em 21 maio 2012 BONSIEPE G Design Cultura e Sociedade S o Paulo Editora Blucher 2011 BOURDIEU P A economia das trocas simb licas S o Paulo Perspectiva 1974 CASTAREDE J O Luxo os segredos dos produtos mais desejados do mundo Sao Paulo Ed Barcarolla 2005 CASTILHO K VILLA A N Org O novo luxo S o Paulo Ed Anhembi Morumbi
88. reivindicaram realidade Schlegel descreve que o ponto fundamental do esp rito 170 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 humano a fantasia como a capacidade origin ria do homem dar realidade ao mundo exterior e que o contr rio dessa for a origin ria a capacidade art stica da fantasia pois se torna consciente e conduz algo com um prop sito Segundo o poeta os gregos antigos eram fantasiosos por n o ter ainda ocorrido uma separa o pura entre a fantasia e o entendimento como for as opostas ou seja a for a central do mito est na for a da verdade pois o conhecimento como alvo e descri o do mundo deixam de ser representa o e sim media o de for a que concede realidade e fantasia O homem permanece para si mesmo sempre o ponto central de tudo de onde ele deve partir e para onde ele tem de retornar de novo SCHLEGEL 2013 p 283 As divindades antigas n o eram de nenhuma forma incorpora es de conceitos separados e exaustivos mas voltando a Schlegel correspondiam a massas plenas da intui o onde a considera o da natureza e da vida eram unidas e indissol veis ou seja ao mesmo tempo que possuem validade universal de ideia s o tamb m a presen a viva de indiv duos Segundo Schelling 1775 1854 o Prometeu de Esquilo o verdadeiro prot tipo da Trag dia ou seja o maior prot tipo do car ter humano Contudo vale deixar claras a suti
89. s pode receber progressivamente a imagem que vem lentamente nela se construir toque por toque e linha por linha com paradas movimentos de recuo e aproxima o no controle cent metro por centimetro da superficie Para o fot grafo h apenas uma op o a fazer op o nica global e que irremedi vel Pois uma vez dado o golpe o corte tudo est dito inscrito fixado Ou seja n o mais poss vel intervir na imagem que se est fazendo Se s o poss veis manipula es cf os pictorialistas estas ocorrer o depois do golpe do corte e justamente tratando a foto como uma pintura 2003 167 A aproxima o entre imagem fotogr fica e pintura surge ao olharmos para o trabalho de Vasconcellos j que este mais que uma fic o uma imagem sem referente concreto constru da pelo jogo de desconstruir a imagem de uma cidade existente para construir uma paisagem imaginada Os procedimentos empregados pelo fot grafo para a produ o da imagem o fazem trabalhar numa constru o progressiva tratando a fotografia como pintura como explicitado por Dubois E esta gt Hans Belting fala desta crise dizendo tratar se de uma desconfian a sobre as imagens cuja maneira de originar se n o se inscreve sobre a rubrica da c pia 2009 23 144 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 possibilidade n o exclusiva da fotografia digital mas intensificada pel
90. s o colados na pele necessitam apenas ser introduzidos em uma parte da roupa que esteja em constante contato com a pele Uma vez usando a pessoa n o tem o compromisso de cuidar de hor rios e intervalos de medicamentos Outro cuidado com a sa de e higiene pensar em roupas que sejam dry fit e antibacterianas ou seja passem o suor da roupa para o meio externo n o deixando que permane am molhadas com odor e proliferando bact rias Esta tecnologia nos tecidos importante para todas as pessoas mas principalmente para pessoas consideradas obesas com dist rbios na pele com doen as em tratamento em hospitais e pessoas com a sa de fragilizada A persona inovadora do Colaborador capaz de unir em uma equipe pessoas de projeto e cria o de tecnologia e adapta o t xtil e ser o l der que motiva uma equipe inovadora A Internet um contexto que deve ser muito bem analisado pois cada vez IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 aumenta mais o n mero de compras pela rede Pensar em um vestu rio inclusivo atingir o maior n mero de pessoas poss veis A internet um meio que viabiliza o marketing que possibilita o feedback com cliente ouvidoria atendimento p s compra transmiss o de informa es da empresa para o cliente experi ncia compartilhada e interativa entre a marca o usu rio o produto e uma ampla rede de consumidores do mesmo produto Todos estes
91. sucessiva ou combinadamente a poca a moda a moral a paix o BAUDELAIRE 1996 p 10 Segundo o dicion rio Le Petit Larousse est tica o conjunto de princ pios na base de uma express o art stica liter ria etc que visa a concep o de objetos segundo crit rios de beleza de impacto visual assim como de uso Pode se dizer que a moda a pr pria poesia como express o est tica da modernidade Para o artista pintor liter rio ou at mesmo o homem do mundo observar cenas do cotidiano da modernidade o mesmo o que o fl neur ele mesmo faz por excel ncia Mas o que falta nos dias de hoje aos jovens criadores Falta utilizar o olhar o poder de ver falta a presen a inerente do homem no mundo que a pr pria experi ncia est tica por natureza Assim segundo Baudelaire 1996 p 24 trata se para ele de tirar da moda o que esta pode conter de po tico no hist rico de extrair o eterno do transit rio Para falar de moda e est tica recorre se Doutrina da Arte do poeta e cr tico August Schlegel 1767 1845 uma vez que o mesmo discorreu sobre v rios temas da arte e da cultura Segundo Schlegel 2009 os alem es foram os primeiros a usar a palavra est tica para designar o que os outros denominaram cr tica de gosto ademais a palavra est tica revela notoriamente um desconhecimento igualmente completo da coisa designada e da l ngua que a designa Schlegel 2009 afirma em sua Doutrina da Arte
92. valendo se da tentativa de abordar os complexos modos de participa o desses meios nas formas de arte atuais 2011 p g 8 Meu ponto de vista questiona a cren a comumente aceita de que a Fotografia e a Pintura s o dois meios diferentes Essa d vida emerge da experi ncia contradit ria que temos com os meios no mbito especializado e no cotidiano No mbito especializado tentou se estabelecer a diferen a entre eles compreendendo os como g neros diferentes No entanto O estudo do desenvolvimento hist rico da Fotografia nos revela um paradoxo ela s considerada art stica quando se assemelha Pintura e julgada com par metros cr ticos de tipo est tico Por outro lado no mbito cotidiano e atrav s dos meios de comunica o encontramos uma crescente quantidade de imagens dificilmente atribu veis a um ou outro meio FLORES 2011 p g 9 239 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Figuras 15 a 19 Passo a passo da experimenta o Fotografia e desenho Paulo Barreto 2014 Considera es Esta pesquisa tem sido realizada atrav s da investiga o coletiva do tema central proposto fotografia interativa e de certa maneira convergem para uma reflex o Unica mediante as a es realizadas a partir da matriz te rico metodol gica eleita para a constru o do percurso conceitual desta etapa do trabalho As discuss es proporcionaram o ent
93. veis n o fosse pela quest o do impacto ambiental gerado na manuten o do vestu rio De acordo com HU 2012 pouco tem sido estudado sobre inova es em design na fase de uso das roupas esta considerada uma rea sub explorada na moda sustent vel Assim ferramentas de design para sustentabilidade e de produ o mais limpa no mbito da abordagem do processo de desenvolvimento de produtos s o oportunas para pensar o projeto de jeans mais sustent veis 5 Processo de desenvolvimento de produto para sustentabilidade Pode se dizer que a sustentabilidade considerando suas cinco dimens es propostas por SACHS 1993 social econ mica ecol gica espacial e cultural possivelmente a maior cr tica que a cadeia t xtil e de confec es TC j enfrentou pois desafia a moda em seus detalhes fibras e processos e tamb m com rela o ao todo modelos econ micos metas regras sistemas de cren as e valores FLETCHER e GROSE 2011 De acordo com CHATTOPADHYAY 2008 no que concerne rea de design t xtil n o existem metodologias formais para o desenvolvimento de produtos t xteis Todavia o desenvolvimento de novas fibras acabamentos t cnicas de manufatura e um entendimento da rela o entre as propriedades das fibras e o desempenho funcional est o abrindo novas oportunidades de desenvolver e produzir produtos adequados a v rios requisitos No que diz respeito aos requisitos ambientais a necessidade de medir o
94. velocidade tanto no fazer quanto no pensar algo em si mostra a vulgariza o do vestir como o contr rio do mostrar se com exatid o aquilo que Na antiguidade a vis o imediata no vivenciar as formas est em detrimento modernidade que dissimula a import ncia da for a do real da a o individual ao retratar a velocidade e a for a no exterior por meio de adornos O que trairia a vis o da trag dia grega seria a forma exterior separada da a o do sentimento do drama como um todo O pregueado livre mostra a leveza da liberdade as outras partes do vestu rio antigo caem igualmente com uma liberdade relativa e o que justamente lhe d o seu car ter art stico que nada nelas for ado e artificial que a forma n o foi imposta por uma sujei o ou uma necessidade exterior mas resulta unicamente da atitude a qual tem o seu ponto partida no esp rito HEGEL 2005 p 418 Na concep o da est tica do pregueado livre diz respeito ao estilo que o criador deveria tomar como ponto de partida nos dias atuais que a rela o entre o fazer como processo e a concep o estejam alinhados no desejo do homem num grau elevado de desenvolvimento tico e a necessidade de visualizar no mundo dos deuses n o meramente uma c pia da vida e sim um reflexo mais elevado de sua pr pria exist ncia SCHLEGEL 1963 p 290 O pregueado livre tem essa for a que prima pela liberdade e movimento isso quer diz
95. 013 Neste contexto conv m referir a descri o feita por Edmonds doutor em antropologia sobre a imagem de mulheres que buscam tratamento cir rgico por motivo est tico Seu trabalho de campo foi feito durante um ano em uma cl nica Dados Instituto Datafolha Publica o O Estado de S Paulo 13 02 2009 Consult 14 Junho 20101 Dispon vel em WWW URL http www cirurgiaplastica org br publico ultimas09 cfm 123 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 particular e num hospital p blico no Rio de Janeiro o que possibilitou verificar a imagem dessas mulheres independentemente da limita o econ mica e desta maneira validar que as pr ticas embelezadoras possam ajudar a reduzir as distin es de classe e assim a beleza tamb m pode ser considerada um tipo de capital que permite a mobilidade social 2002 p 255 256 O corpo como um capital a ser investido tamb m uma tese defendida pela antrop loga Mirian Goldenberg 2010 Edmons ainda mostra que a rela o com o corpo n o puramente est tica mas que a busca da est tica est carregada de medos e preconceitos pessoais familiares e sociais de car ter muito mais intr nseco do que puramente externo ou pl stico Nas palavras de Cassier A pr pria idealiza o medida pela simples verdade daquilo que se quer representar n o passa de distor o subjetiva e desfigura o 2006 p 20 O
96. 014 www alle com br Figura 5 Modelo Carol Trentini de bon aba reta na capa da Revista Elle Brasil Outro exemplo p de ser percebido na mat ria publicada na Revista Elle Brasil de setembro de 2012 intitulada Hype hip hop Sem muito texto a mat ria se concentra nas fotos misturando elementos chaves da vestimenta hip hop como bon s bandanas correntes grandes e sneakers com pe as mais sofisticadas e glamourosas figuras 6 7 e 8 Um bom exemplo da cultura do hip hop sendo apropriado pelo mercado de luxo da moda dando a entender que agora alguns desses elementos que antes se restringiam adornar sujeitos das periferias podem ser consumidos por uma parcela mais elitizada da popula o como os consumidores de informa o editorial de moda se enquadrando nesse nicho os leitores da revista Elle Brasil Percebemos assim uma aproxima o forte da quest o da moda hip hop com a imita o do estilo perif rico pelas classes mais altas e por pessoas de outros estilos O VESTDO DA ASSINADO PE ed ESTUSTA SER SEUI GLOBETROTTER ANOVA MOSCOU E A SEMPRE OTIMA ST TROPEZ c AGORA E USE TAM NA PR XIMA ESTA O COBERTURA COMPLETA SPFW FASHION RIO MINAS TREND SUI FASHION SE di uiii Fonte Elle Brasil julho 2011 205 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7835 Artigo vol 7 No 2 2014 Figura 6 Editorial hype hip hop da Revista Elle Brasil Fonte Revista Elle Brasil
97. 2015 ULABY Neda Origins of Exhibited Cadavers Questioned National Public R dio EUA 11 08 2006 Diapon vel em http www npr org templates story story php storyId 5637687 acesso em 19 de mar o de 2013 132 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 VERAS Eduardo Exposi o sobre o corpo humano come a hoje Zero Hora 07 03 2009 Dispon vel em ht er J p o O O Il 5 0 20deY 20Vida amp newsID a24307 01 xml acesso em 18 de mar o de 2013 20minutos Roy Glover portavoz de cad veres 20minutos 22 12 2007 Dispon vel em http www 20Ominutos es noticia 3248 73 0 biografia bodies the exhibition exposicion acesso em 15 mar o de 2013 Websites Body Worlds Gunther von Hagens http www bodyworlds com en gunther von hagens life in science html Bodies The Exhibition http www bodiestheexhibition com South Park Studios http www southparkstudios com Orlan http www orlan net operationreussie htm l Recebido em 26 08 2013 Aceito em 18 08 2014 133 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ANAL GICO E DIGITAL A FOTOGRAFIA ENTRE MEIOS ANALOGICAL AND DIGITAL PHOTOGRAPHY BETWEEN MEANS Tatiana Pontes de Oliveira Resumo Este artigo tem como objeto de an lise a investiga o dos suportes da fotografia anal gica e da fotografia digital enquanto
98. 6 Artigo Vol 7 N 2 2014 MOURA T N et al A interven o da produ o mais limpa nas ind strias t xteis do munic pio de Jardim de Piranhas 23 Congresso Brasileiro de Engenharia Sanit ria e Ambiental Associa o Brasileira de Engenharia Sanit ria e Ambiental Campo Grande 2005 12 p NUDIE JEANS Wearing and washing your dry denims Dispon vel em lt http www nudiejeans com dry denim br wearing and washing gt Acesso em 27 mai 2012 PAPANEK V The Green imperative ecology and ethics in design and architecture Londres Thames and Hudson 1995 256 p PETRECA B B LUIZ D M ARDUIN R H O refugo da moda um ensaio sobre a satura o do consumo na capital paulista Trabalho de Conclus o de Curso Escola de Artes Ci ncias e Humanidades Universidade de S o Paulo S o Paulo 2008 101 p PEZZOLO D B Tecidos hist ria tramas tipos e usos S o Paulo Editora Senac S o Paulo 2007 324 p RATIU M BOTA S R SUTEU C Impact f the textile industry on human and environmental health In Annals of The International Scientific Symposium Innovative Solutions for Sustainable Development of Textiles Industry Romania Faculty of Textiles and Leatherwork University of Oradea 2008 p 412 417 RUSU L Environment protection and the 21st century fibers Annals of the University of Oradea Fascicle of Textiles Leatherwork v 1 n 1 2010 p 263 266 110 IARA Re
99. 933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 comunicativos j que o dispositivo t cnico um dos elementos que atuam no processo de significa o O que faz a fotografia o pensamento a sensibilidade e atitude do fot grafo e evidentemente n o apenas o dispositivo t cnico mas o fot grafo se relaciona com o aparelho fotogr fico deve oper lo us lo para conseguir os resultados que deseja sempre trabalhando com as possibilidades e os limites do programa deste aparelho FLUSSER 2002 Na busca por entender como os suportes da fotografia anal gica e da fotografia digital podem gerar diferentes meios comunicativos necess rio primeiro definir a rela o existente entre suportes e meios Quando Marshall McLuhan explicita o que significa para ele o meio a mensagem diz significa um ambiente de servi os criado por uma inova o e o ambiente de servi os o que muda as pessoas E o ambiente que muda as pessoas e n o a tecnologia 2005 267 Assim busca se a compreens o nao da tecnologia em si mas suas consequ ncias para o ato criativo do fot grafo e para a fotografia como um meio comunicativo O suporte pode ser entendido como a mat ria com a qual produzida e apresentada a imagem fotogr fica o filme ou o sensor digital inseridos nas c meras para a produ o das imagens e depois dentre v rias possibilidades de apresenta o os suportes mais recorrentes s o o papel ou a tela de computador
100. Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ser o apresentados alguns perfis de pessoas inovadoras que se resumem em pessoas que aprendem pessoas que organizam e pessoas que constroem Segundo Kelley 2007 as pessoas que aprendem s o aquelas que questionam sua vis o de mundo e sempre se mant m aberta a novas ideias Este macroperfil se divide em outros tr s perfis chamados pelo autor de o antrop logo o experimentador e o polinizador O antrop logo aquele que possui um olhar atento rela o fisica e emocional entre as pessoas e os produtos servi os e espa os desta maneira desenvolve conhecimentos e gera insights para a organiza o O experimentador aquele que testa as novas ideias aprendendo sempre com a tentativa e o erro O polinizador aquele que explora outras culturas e adapta as descobertas destas as necessidades da empresa As pessoas que organizam s o as que de fato realizam o processo de inova o pois est o familiarizados com os processos que impulsionam as ideias eles sabem como lidar com tempo aten o e recursos Este macroperfil divide se em tr s faces da inova o O saltador de obst culos o colaborador e o diretor O saltador de obst culos aquele que sabe das dificuldades de inovar e sabe como super las de forma inteligente superando os advers rios O colaborador aquele que sabe ser l der no meio de pessoas ecl ticas e equipes multidisciplinares O diretor aquele que co
101. Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 envolvidos e objetivo material final o mesmo al m de que parte das exposi es podem ser facilmente confundidas como poss vel verificar nas figuras 1 e 2 Figura 1 Bodies The Exhibition Foto EPA Tvi24 Portugal imagem divulga o Figura 2 O jogador de basquete e visitantes no Body Worlds Los Angeles 2004 2005 imagem divulga o Copyright Gunther von Hagens Institute for Plastination Heidelberg Germany www bodyworlds com Compara se o produto final como sendo o mesmo em termos est ticos de imagem na observa o de um espectador comum An lises mais profundas e detalhadas quanto a vari veis e possibilidades distintas de cada t cnica n o foram levadas em conta para isso consultar reportagem do The New York Times Dispon vel em WWW URL http www nytimes com 2000 03 07 health a new student aid plastic body parts made from the real things html pagewanted all 120 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 No entanto a exposi o do produto final deste trabalho cient fico apresenta por vezes algumas peculiaridades distintas e por estas e principalmente por sua repercuss o poss vel compreender a preocupa o do m dico americano em n o ter sua exposi o comparada do m dico alem o Todo o trabalho da exposi o americana e o seu objetivo s o claramente apresentados por seu ment
102. As fotomontagens das vanguardas do s culo XX ou o Paisagens Marinhas de Vasconcellos s o exemplos de que a fotografia sempre p de existir na dimens o de simulacro Ent o poss vel dizer que a fotografia feita com 4 Como proposto por Jean Baudrillard Simulacro n o o irreal mas como simulacro nunca mais pass vel de ser trocado por real mas troca se em si mesmo num circuito ininterrupto cuja refer ncia se encontra em lugar nenhum 1991 13 143 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 tecnologia digital n o origina a crise da representa o mas ela pode permitir sua cr tica A facilidade em se manipular e transformar os arquivos registrados com c mera digital e o surgimento instant neo da imagem logo ap s seu registro podem abrir uma fresta para que se veja com clareza como se caracteriza a imagem fotogr fica Esta marcada ao mesmo tempo por sua evidente face indicial mas tamb m por uma elabora o que decorre do pensar e do sentir do fot grafo Philippe Dubois afirma que a fotografia tem em seu processo de registro um tra o de sincronismo que a distingue radicalmente da pintura Ali onde o fot grafo corta o pintor comp e ali onde a pel cula fotossens vel recebe a imagem mesmo que seja latente de uma s vez por toda a superf cie e sem que o operador nada possa mudar durante o processo apenas no tempo da exposi o a tela a ser pintada
103. CHMANN Michael Org Abalando os anos 90 funk e hip hop globaliza o viol ncia e estilo cultural Rio de Janeiro Rocco 1998 NANDES Nicole Os 4 mandamentos da moda hip hop In Site Espa o Fashion Fev 2013 Disponivel em http www espacofashion net br site os 4 mandamentos da moda black Acesso em 23 de mar o de 2013 POLHEMUS Ted Streetstyle from the sidewalk to the catwalk London Thamesand Hudson 1994 RODRIGUES Daniel Anarquia na Passarela Porto Alegre Dublinense 2012 ROMERO Elena Free Stylin How Hip Hop Changed the Fashion Industry Connecticut Praeger 2012 SIMMEL George Filosofia da moda e outros escritos Tradu o Artur Mor o Lisboa Texto e Grafia 2008 211 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 STEVENSON Nj Cronologia da moda de Maria Antonieta a Alexander McQueen Rio de Janeiro Zahar 2012 TOURAINE Alain Iguais e Diferentes Poderemos viver juntos Petr polis RJ Vozes 2009 VIANNA Hermano O Mundo Funk Carioca Rio de Janeiro Jorge Zahar Editor 1998 WILSON Tracy Site How Stuff Works Dispon vel em lt http Www hsw uol com br gt Acesso em 25 de fevereiro de 2013 Sites HYPE hip hop In Revista Elle Brasil Set 2012 Dispon vel em http elle abril com br materia estampa de oncinha e dourado encontram tenis e bones em looks prontos para ganhar as ruas galeria
104. D ITS SYMBOLIC VALUE Joana Contino Alberto Cipiniuk Resumo A parceria entre marcas de luxo e grandes redes de venda de roupas que tem como marco a cole o desenvolvida por Karl Lagerfeld para a H amp M em 2004 tornou se uma das principais estrat gias comerciais do fast fashion A assinatura nas cole es vendidas a pre os populares confere s mesmas um maior valor simb lico e estimula o aumento da demanda por elas Neste artigo busca se refletir sobre a rela o entre a produ o da cren a desse valor e o est mulo demanda pelos produtos decorrentes das parcerias Palavras chave fast fashion marcas de luxo valor simb lico Abstract The association between luxury brands and large clothing sales chains which landmark is the collection designed by Karl Lagerfeld for H amp M in 2004 has become a major business strategy of fast fashion The signature on the collections that are sold at popular prices gives them higher symbolic value and stimulates the increase in demand for them In this article we intend to reflect on the relationship between Mestranda em Design pela PUC Rio e especialista em Design de Moda pela Faculdade SENAI CETIQT Possui gradua o em Comunica o Social pela Universidade Federal Fluminense e atualmente docente da Faculdade SENAI CETIQT nos cursos de gradua o e p s gradua o Lato Sensu em Design de Moda 2 Doutor pela Universit Libre d
105. ELA evid ncias de cumprimento Projeto do Aquisi o Subst ncias perigosas Manufatura e PET para manufatura distribui o Projetado para o m nimo A energia usada N A raz es para n o cumprimento Projetado para minimiza o da polui o Embalagem projetado para reuso Projetado para minimiza o do ES RS RR Projetado o m nimo uso de aus ncias pers VCL Projetado para o m nimo de ESP O RR Projetado para minimiza o do medomet CL Projetado para minimiza o da PT O Projetado para minimiza o do IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Projetado para o m nimo uso de Projetado para receber Fim de vida Projetado para recupera o de FE RR Projetado para recupera o de componentes PMS Projetado para desmontagem Projetado para recupera o O Projetado para separabilidade O O lt O OoOo Projetado para recupera o de EE S N A Nenhuma Alternativa ou Sem Resposta De acordo com SOUZA 1998 as melhorias em termos ambientais surgiram somente a partir dos anos 1960 com as primeiras preocupa es com os impactos do processamento de produtos t xteis sobre o ambiente Assim deu se o in cio de produtos t xteis com menor impacto ambiental caracterizando se por redu o de consumo de energia gua e insumos qu micos uso de fibras recicladas como insumo de novas no processo produtivo e com a redu o de emiss
106. F 1982 p 36 Ou analisando da maneira como entende Bourdieu 2003 p 209 uma revolu o simb lica em um campo ocorre em rela o com as transforma es externas A l gica das distin es internas ao campo da moda levaram Chanel e as pessoas que trabalhavam com ela a encontrar algo que j existia exteriormente ao campo e naquelas condi es sociais espec ficas bastou que ela colocasse suas ideias elas mesmas surgidas dentro de um conjunto de possibilidades em dadas condi es em pr tica para que as mesmas correspondessem ao que as mulheres desejavam usar No entanto mesmo em casos como o da moda la gar onne em que se observa facilmente a rela o de seu surgimento com fatores externos ao campo da moda s o preponderantes as pr ticas discursivas que celebram a cria o o criador e suas cria es Elas que contribuem para a valoriza o dos produtos aparecem 41 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 como se estivessem apenas constatando um valor mas n o devemos perder de vista que esses enunciados na verdade est o empenhados em produzir tal valor BOURDIEU amp DELSAUT 2008 p 160 Esses discursos s o propagados pelos mais diversos agentes do campo sejam eles os pr prios criadores os ve culos de comunica o os consumidores e tamb m os empres rios do ramo Bernard Arnault propriet rio da LVMH Mo t Hennessy Louis Vuitton S A um dos
107. Horizonte Imprensa Oficial 1991 2 4 p GROENE A HERMAS M Economic and other implications of integrated chain management a case study Journal of Cleaner Production v 6 1998 p 199 211 HEISKANEM E The institutional logic of life cycle thinking Journal of Cleaner Production v 10 n 5 2002 p 427 437 HU Y A study of the sustainable fashion design in the process of use International Journal of Arts and Commerce v 1 n 4 2012 p 54 59 KAEBERNICK H KARA S SUN M Sustainable product development and manufacturing by considering environmental requirements Robotics and Computer Integrated Manufacturing Journal v 19 20083 p 461 468 KAZAZIAN T Haver a idade das coisas leves design e desenvolvimento sustent vel S o Paulo Editora SENAC 2005 194 p KNIGHT P JENKINS J Adopting and applying eco design techniques a practitioners perspective Journal of Cleaner Production v 17 2009 p 549 558 LE O M D et al Controle ambiental na ind stria t xtil acabamento de malhas Belo Horizonte Projeto Minas Ambiente 2002 356 p LEE M Eco chic o guia de moda tica para a consumidora consciente S o Paulo Larousse do Brasil 2009 224 p 108 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 LEONARD A 4 hist ria das coisas da natureza ao lixo o que acontece com tudo que consumimos Rio de Janeiro Zahar 2011 302 p LIP
108. OVETSKY G O imp rio do ef mero S o Paulo Companhia das Letras 2009 352 p L CIDO G L A A educa o ambiental na rea t xtil S o Paulo Revista Associa o Brasileira de T cnicos T xteis v 4 2003 p 18 19 MAGNAGO P F DE AGUIAR J P DE PAULA I C Sustentabilidade em desenvolvimento de produtos uma proposta para a classifica o de abordagens Florian polis Revista Produ o Online v 12 n 2 2012 p 351 376 MANZINI E VEZZOLI C O desenvolvimento de produtos sustent veis S o Paulo EdUSP 2005 368 p MARTINS G B H Pr ticas limpas aplicadas s ind strias t xteis de Santa Catarina Disserta o de mestrado em Engenharia de Produ o UFSC 1997 Dispon vel em lt http www eps ufsc br disserta97 geruza index html gt Acesso em 12 out 2012 MCDONOUGH W BRAUNGART M ANASTA P ZIMMERMAN J Applying the principles of green engineering to cradle to cradle Nova York American Chemical Society 2003 p 434 441 MEDEIROS D D et al Aplica o da produ o mais limpa em uma empresa como ferramenta de melhoria cont nua Produ o v 17 n 1 jan abr 2007 p 109 128 MEKSI N TICHA M B KECHIDA M MHENNI M F Using of eco friendly a hydroxycarbonyls as reducing agents to replace sodium dithionite in indigo dyeing process Journal of Cleaner Production v 24 2012 p 149 158 109 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 723
109. Paran UNIOESTE na linha de pesquisa Cultura fronteiras e identidades Por mais de dois anos foi docente no curso de gradua o em Moda da Universidade Estadual de Maring sendo membro do conselho acad mico de moda Graduada em Moda pela Universidade Estadual de Maring p s graduada em Moda Criatividade Gest o e Comunica o pelo Centro Acad mico de Maring Cursou como aluna n o regular as disciplinas Teoria cr tica da sociedade e T picos avan ados em identidades ambas do mestrado em Ci ncias Sociais da Universidade Estadual de Maring E orientadora do Projeto de extens o Cria o e desenvolvimento de vestu rio sleepwear para as idosas do Recanto dos Velhinhos de Cianorte PR na Universidade Estadual de Maring Suas ltimas publica es foram no ano de 2013 12 artigos em eventos internacionais nacionais e regionais Em 2014 publicar o cap tulo A influ ncia da m dia de moda e a identidade de modelos negras do livro Indument ria e Moda Caminhos investigativos pela Editora da Universidade Estadual de Maring 2 Graduada no curso de gradua o em Bacharel em moda enfase em desenvolvimento de produto e modelagem pela Universidade Estadual de Maring campus Cianorte Atualmente estilista na empresa Raroca confec es em Maring PR 3 De acordo com a Conven o sobre os Direitos da Pessoa com Defici ncia da ONU ratificada pelo Brasil nossa lei constitucional traz o termo deficiente visual total co
110. Romero 2012 complementa e afirma 198 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 que a moda hip hop acaba despertando o mesmo tipo de rela o contra hegem nica tamb m atrav s da moda onde o vestu rio composto de cal as largas camisetas XG e bon s de aba reta dizem muito sobre quem s o os sujeitos que se utilizam desse vestu rio e fazem parte da sua coloca o como sujeitos no mundo Stevenson 2012 reafirma essa ideia e diz que n o foi s a linguagem que fez parte do estabelecimento da cultura hip hop mas tamb m um c digo de vestu rio dotado de padr es que significavam pertencimento ao grupo STEVENSON 201 p 244 O movimento hip hop conseguiu assim construir sua identidade visual por meio de modelagens cores texturas e pe as que emergiram dos sub rbios negros e latinos de Nova Iorque disseminando os para o mundo inteiro Mas afinal que elementos s o esses que comp em um t pico vestu rio hip hop e como estes se tornaram formas de identifica o dos sujeitos pertencentes ao movimento Segundo Tracy Wilson redatora do site americano How Stuff Works o ook hip hop composto por v rios elementos como por exemplo cal as e jaquetas de couro preto chap us Fedora figura 1 pretos ou chap us Kangol figura 2 grandes correntes e claro t nis Adidas O conjunto era muitas vezes completado por um bon de beisebol e por um par
111. SAUT 2008 Os consumidores Karl Lagerfeld declarou na ocasi o do lan amento da sua cole o para a H amp M que gosto n o tem nada a ver com dinheiro e que design n o uma quest o de pre o THOMAS 2008 p 292 Mas ser mesmo De acordo com Bourdieu 2011 p 96 e tamb m com Veblen 1987 p 77 gosto tem sim rela o com dinheiro Ou melhor varia de acordo com as condi es econ micas e materiais da sua produ o da mesma maneira que os produtos por interm dio dos diferentes gostos constitu dos recebem diferentes identidades sociais Desse modo os consumidores t m percep es em rela o aos objetos em fun o das posi es que ocupam no espa o econ mico e social Os objetos culturais sejam eles obras de arte ou roupas de marca s adquirem sentido e t m interesse para aqueles que s o detentores de um determinado c digo segundo o qual eles s o codificados BOURDIEU 2011 p 10 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Uma marca de luxo s tem um grande valor simb lico para os que reconhecem e identificam suas caracter sticas e qualidades ou seja seus c digos E s o esses os consumidores que as marcas de fast fashion pretendem atrair com as parcerias As lojas de departamentos e grandes lojas de vendas de roupas s o sistemas de distribui o de produtos industriais de grande alcance e com a associa o a grifes de luxo al
112. TC brasileira representou 5 5 do faturamento total da ind stria de transforma o nacional e 17 3 do total de empregos gerados A cadeia engloba cerca de 30 mil ind strias e gera 1 6 milh o de empregos diretos DA COSTA e DA ROCHA 2012 TABELA 01 Posicionamento mundial do Brasil na cadeia t xtil e confec o Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 Adaptado de COBRA 2007 p 20 e ABRAVEST 2012 dados de 2010 Posi o do Brasil no contexto Segmento de produtos ou mundial produ o 2 Produ o de denim 3 Produtos de malha 5 O Brasil o segundo maior produtor mundial de denim tecido que junto ao O O O O O corante ndigo comp e o produto t xtil jeans O setor t xtil no Brasil produz cerca de 25 7 milh es de metros de denim por m s ABIT 2011 Os 20 maiores produtores nacionais produzem cerca de 300 milh es de metros por ano Em 2011 foram exportados cerca de 51 4 milh es de metros de denim ABIT Em rela o s pe as prontas em jeans o Brasil produziu em 2010 mais de 320 milh es de pe as em jeanswear incluindo jaquetas camisas vestidos cal as bermudas e macac es Usado por um ter o da humanidade CATOIRA 2006 estima se o consumo mundial do denim acima de tr s bilh es de metros lineares por ano sendo os principais consumidores os Estados Uni
113. VENDSEN Lars Moda uma filosofia Rio de Janeiro Zahar 2010 VEBLEN Thorstein Teoria da classe ociosa S o Paulo Nova Cultural 1987 WOLFF Janet A produ o social da arte Rio de Janeiro Zahar 1982 Recebido em 24 05 2014 Aceito em 01 09 2014 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 MODA INCLUSIVA DESENVOLVIMENTO DE VESTU RIO NTIMO PARA MULHERES COM DEFICI NCIA VISUAL TOTAL INCLUSIVE FASHION DEVELOPMENT OF INTIMATE WEAR FOR WOMEN WITH TOTAL VISUAL IMPAIRMENT Ana Caroline Siqueira Martins Apoena Caicy da Silva Resumo Este trabalho trata a moda inclusiva como meio de minimizar danos f sicos e psicol gicos causados em mulheres pela defici ncia visual total pesquisando possibilidades de adapta o do vestu rio ntimo e formas de aplica o da sensibilidade t til e olfativa nos produtos atendendo por meio de pesquisa bibliogr fica e de campo s necessidades espec ficas dessas consumidoras para desenvolver produtos de moda que proporcionem conhecimento sobre o tema relacionando o moda para trazer tamb m maiores conforto autoestima das usu rias e autonomia de escolha e uso de pe as ntimas O estudo n o se prop e a resolver os problemas mas minimizar dificuldades encontradas Palavras chave Moda Inclusiva Mulheres Defici ncia visual Atualmente mestranda no mestrado de Ci ncias Sociais da Universidade do Oeste do
114. a o de mercado para deixar de ser uma inven o e passar a ser uma inova o A segunda defini o diz muito do que este artigo se prop e a tratar as pessoas N o ocorre inova o sem as pessoas pois elas s o matrizes pesquisadoras e geradoras de ideias Tamb m n o se faz inova o sem que seja para as pessoas Ainda que um produto ou servi o vise atender uma organiza o animais ou outros produtos o fim de tudo s o os desejos e inten es do ser humano Por isso acredita se que qualquer projeto inovador deva ser centrado no usu rio porque como colocado na segunda defini o s o as pessoas que criam e d o valor as ideias que 8 m IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 vir o a ser uma inova o As pessoas respons veis pelas inova es nas empresas entendem que a inova o deixa de ser um diferencial e passa a ser essencial devido competi o acirrada entre empresas e mercados Neste contexto ela entendida como estrat gia de conquista de mercado e um fator de destaque para a perpetua o das empresas O objetivo da inova o inserida no contexto capitalista gerar em longo ou curto espa o de tempo lucro para empresa ou resultados de pesquisa para alguma institui o ou organiza o Nem uma nem outra quest o acontecem sem o usu rio InnoSkills 2008 destaca ainda que a inova o deve ser um processo dentro das empresas necess rio cons
115. a A ideia era que cada participante comentasse sobre sua atua o na rea de curadoria e nos dessem um panorama do mercado curatorial atual A conceito de curadoria deixou de estar relacionado apenas com o mercado da arte e passou a ser amplamente usado em outros mercados como por exemplo culin ria m sica e moda Encontram se curadores em praticamente todas as reas do conhecimento existem inclusive curadores de conhecimento O curador passou a ser o indiv duo que conhece bem um determinado tema ou que sabe relacionar temas variados Os componentes das duas mesas Tadeu Chiarelli Rejane Cintr o Paula Alzugaray Gisele Beiguelman e Jose Ant nio Marton apresentaram seus trabalhos 2 A autora agradece a Sandra Tucci coordenadora da p s gradua o em curadoria do Centro Universit rio Senac por sua colabora o na elabora o deste texto 214 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 recentes na rea e o debate centrou se em torno da figura do curador contempor neo como um intermedi rio de conhecimentos espec ficos No princ pio a arte do curador estava em curar A hist ria da curadoria come a como aponta o professor e curador colombiano Jaime Cer n Silva de uma maneira n o tanto simp tica Curadoria era uma terminologia que se aplicava na Gr cia s pessoas que ficavam a cargo dos bens daqueles que n o conseguiam cuidar de seus pr prios bens como os louc
116. a Desta forma diz ele o trabalho seria feito em meia hora mas todo o impacto causado pela imagem se perderia Neste sentido pode se afirmar que a falta de padr o usada na imagem um meio comunicativo usado no intuito de causar um estranhamento uma d vida sobre a natureza da imagem Este meio comunicativo manifesta se justamente pelo uso n o esperado dos procedimentos de manipula o digital ou seja trata se tamb m de um contradispositivo Toda metalinguagem da natureza do contradispositivo pois ao pensar sobre uma linguagem criam se fraturas que permitem ver e pensar o que est subjacente Walter Benjamin trata da imagem dial tica e prop e que a imagem pode ser uma forma de produzir conhecimento dialetizando o tempo culturas outras imagens N o que o passado lan a luz sobre o presente ou que o presente lan a luz sobre o passado mas a imagem aquilo em que o ocorrido encontra o agora num lampejo formando uma constela o Em outras palavras a imagem a dial tica na imobilidade Pois enquanto a rela o do presente com o passado puramente temporal e cont nua a rela o do ocorrido com o agora dial tica n o uma progress o e sim uma imagem que salta 2007 504 146 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Didi Huberman retoma o conceito de Benjamin e destaca h uma estrutura em obra nas imagens dial ticas mas ela n o produz formas
117. a No ano seguinte foi apresentada no Rio de Janeiro e em 2009 em Porto Alegre onde nos dois primeiros meses j havia sido visitada por 90 mil pessoas Segundo os organizadores em S o Paulo o p blico chegou a 450 mil e no Rio a aproximadamente 220 mil pessoas O diretor t cnico do Instituto M dico Legal IML de S o Paulo o m dico legista Carlos Alberto de Souza Coelho acredita que a exposi o traz a possibilidade para as pessoas entenderem o organismo por dentro por ser bastante interessante e rica de informa o No entanto destaca que apresentada uma parcela muito inicial da forma o de conhecimento exigida para um m dico pois na exposi o os rg os est o plastificados e na sua forma o um m dico precisa muitas vezes ver o rg o em movimento em atividade explica o legista G1 2007 O Dr Gunther von Hagens m dico e professor assim como o Dr Glover e ambos declaram a preocupa o e inten o em possibilitar o conhecimento e exposi o do corpo humano para al m dos profissionais que se dedicam rea da sa de Os processos utilizados para a obten o dos objetos expostos s o praticamente similares Embora alguns procedimentos e produtos utilizados sejam diferentes G1 2007 o conjunto de atividades especialidades especialistas 6 Consult 20 Janeiro 2010 Dispon vel em WWW URL http www corpohumanopoa com br en index text php 119 IARA Revista de Moda Cultura e
118. a contribui o de cada uma destas personas inovadoras focadas nas pessoas que deixa o projeto mais acess vel ao ser humano A fim de sistematizar a composi o das personas inovadoras apresenta se a figura 1 sua import ncia visual se d ao passo em que os assuntos aqui apresentados ser o o link para a liga o que se deseja dar na sequ ncia falando das pessoas que usam as inova es O antrop logo O experimentador O polinizador O arquiteto de P que experi ncias aprendem O saltador de obst culos O cen grafo mpa TE D TE E SST S A 2HO colaborador O cuidador A VISI UA j MESA ADO O diretor O contador de hist rias Figura 1 Classifica o das personas de inova o Fonte Adaptado de Kelley 2007 Quem faz uso das inova es toda a variedade de pessoas existentes a diversidade de pessoas o ponto central desta inova o pois seu princ pio baseia se em um projeto centrado no usu rio Segundo o Norwegian Design Council 2010 o 11 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 projeto baseia se em usu rios l deres ou seja pessoas que gra as a sua diversidade representam um grupo de potenciais clientes Este seguimento inclui pessoas das mais diversas idades sendo crian as adolescentes jovens adultos e idosos sujeitos das mais diversas dimens es magros obesos baixos altos pessoas de todas as ra as com muita h
119. a curiosidade forma fila nas galerias e museus Segundo o Caderno de Diretrizes Museol gicas 2 2008 a hist ria dos museus testemunha pelo menos h quatro s culos o surgimento das atividades de curadoria em torno das a es de sele o estudo salvaguarda e comunica o das cole es e dos acervos Desde o in cio desse percurso as a es curatoriais denotaram certa cumplicidade com o pensar e o fazer em torno de acervos de esp cimes da natureza e artefatos evidenciando o seu envolvimento simult neo com as quest es ambientais e culturais Dessa forma o conceito de curadoria tem em suas raizes as experi ncias dos gabinetes de curiosidades e dos antiqu rios do renascimento e dos primeiros grandes museus europeus surgidos a partir do s culo XVII IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 A origem das a es curatoriais carrega em sua ess ncia atitudes como as de observar coletar tratar e guardar que ao mesmo tempo implicam em procedimentos de administrar acervos e cole es Mega eventos para mega cidades O que acontece quando os museus deixam de ser a casa do curador quando os muros dos museus n o comportam o mundo das artes quando artistas n o pensam no espa o museu para elaborar suas obras quando as obras se transformam em megaexposi es e vitrines de culturas numa esp cie de Gabinete P s Moderno de curiosidades muito prov vel que hoje em a
120. a das vitrines e da decora o dos pontos de venda aos altos investimentos em marketing Uma destas t cnicas justamente a venda de cole es de estilistas ou marcas de luxo desenvolvidas especialmente para comercializa o em lojas populares portanto com pre os mais baixos que nas grifes originais Na pr xima se o espera se contribuir para a compreens o dos processos de cria o do valor simb lico em torno das mercadorias decorrentes destas parcerias A seguir busca se refletir sobre os c digos compartilhados pelos seus consumidores e o poder de distin o social dos produtos O valor Na campanha publicit ria veiculada por ocasi o do lan amento da cole o Karl Lagerfeld para H amp M o estilista se refere palavra barato como deprimente Em 3 Cf http www youtube com watch v 9NYGtjVXcmw IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 diversas outras declara es ele prefere usar a express o n o caro inexpensive De acordo com Veblen 1987 p 78 tende se a achar belas as coisas caras e a considerar que os produtos baratos s o inferiores sentimos que o barato indigno Diante disso p e se a seguinte pergunta se mesmo assim por que ent o as pe as n o caras do designer da Chanel e de tantas outras parcerias bem sucedidas de marcas luxuosas com redes de fast fashion sumiram das araras das lojas Uma
121. a e a m scara eram o disfarce necess rio para o ator a m scara al m de ter a fun o pr tica de ampliar a voz era tamb m uma forma de o ator se colocar dentro do personagem RICCIARINI 2006 O ideal grego na escultura e sua rela o direta com a livre espiritualidade e as formas corporais ou seja exprimir o espiritual por meio da figura humana onde a rela o est na representa o da espiritualidade no rosto e os outros membros e rg os s poderiam refletir o espiritual sen o pelas atitudes sendo elas ditadas pelo esp rito O rosto humano apresenta um centro que revela as suas rela es espirituais e vivas com as coisas e tal centro est situado na parte superior do rosto na fronte atr s da qual se abriga o pensamento e nos olhos atrav s dos quais a alma comunica com o ambiente HEGEL 1993 p 408 Dentro de tal perspectiva natural relacionar o aspecto fr volo da vestimenta embora a a o seja para os gregos o reflexo da espiritualidade os membros o torso pernas bra os que s o o suporte da vestimenta aparecem como algo secund rio na express o da espiritualidade na arte grega importante introduzir ao tema algumas caracter sticas essenciais sobre mitologia uma vez que a mitologia foi de muita import ncia no drama musical grego Para Schlegel 1767 1845 a aproxima o da mitologia no mundo da f bula algo tomado como verdadeiro e os mitos s o poemas que segundo sua natureza
122. a ostenta o de posses e pela preciosidade e valor monet rio de bens e servi os atualmente fazem parte do universo do novo luxo aspectos mais subjetivos tais como valores e atitudes ticas No entanto a oferta de muitos dos produtos ditos sustent veis gera um padr o de consumo que participa do mesmo sistema econ mico capitalista que os produtos convencionais Assim conceitualmente estes produtos muitas vezes est o corrompidos em sua ess ncia ao se apropriarem do termo eco em fun o de uma mera estrat gia de marketing criada pela ind stria cultural visando nada al m de uma nova forma de alavancar o consumo nesse sentido que se procurar nesse trabalho discutir a rela o entre o paradigma do luxo contempor neo e o eco consumismo a mais nova modalidade de consumo por meio de pesquisa bibliogr fica qualitativa explorat ria Primeiramente ser analisada a quest o do consumo como ferramenta de pertencimento a determinada classe social depois o luxo os problemas ambientais o novo luxo e ent o o marketing ambiental e o eco consumismo 2 Desenvolvimento 2 1 O consumo e as distin es sociais Os bens de consumo falam sobre seus usu rios JOSE 2002 e s o dotados de poder e valores simb licos que muitas vezes sobrepujam suas fun es de uso e valores mercadol gicos FAGGIANI 2006 Para Bonsiepe 2011 os aspectos comunicativos e simb licos dos objetos s o ineg veis de modo que seu consumo passo
123. abilidade pouca habilidade nenhuma habilidade ou habilidade afetada temporariamente gr vidas acidentados portadores de algum utens lios objeto com qualquer situa o financeira e econ mica com qualquer g nero morador de qualquer local geogr fico em centros urbanos ou locais isolados pessoas de qualquer cultura A necessidade de pensar o vestu rio para cada um destes seguimentos atender as necessidades de cada um por m visando atender em um mesmo produto a maior parcela poss vel desta heterogeneidade Atender toda a diversidade um desafio por m se um profissional inovador n o restringir sua criatividade e usar seu potencial avan os s o poss veis Os tamanhos de vestu rio s o diferentes para cada tamanho de pessoa beb s crian as jovens e adultos por m pensando no ciclo de vida dos produtos poss vel usar recursos de modelagem que auxiliem a um melhor aproveitamento da roupa Diga se de forma a possibilitar seu uso em diversas situa es como proposto por Cunha e Broega 2009 sobre projeto de roupas multifuncionais Ou ainda visando que as roupas possam ter um ciclo de vida maior sendo usadas e reusadas por outras pessoas por meio de vendas em brech s alugu is e empr stimos poss vel projetar uma roupa infantil que possa ser usada tamb m por uma pessoa com nanismo cuidando se de estampas e temas Ou projetar uma cal a para mulheres que possa ser usada por gr vidas e n o gr vidas mediant
124. abrem se os olhos das personas inovadoras para enxergar IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7835 artigo vol 7 No 2 2014 este potencial existente no mundo que a diversidade de pessoas A figura 5 representa uma Roda de Integra o da Inova o com Pessoas Na argola interior est o as pessoas para as quais se destinam este modelo de inova o que s o os nichos de mercado atingidos na argola do meio as pessoas inovadoras que fazem a inova o acontecer e a argola exterior representa os contextos que mudam e levam a inova o com pessoas O objetivo da Roda de Integra o tornar mais vis vel as inter rela es entre as pessoas que inovam com todos os contextos que mudam e com todas as pessoas que recebem a inova o Na medida em que este diagrama entendido como uma roda de integra o as argolas giram para ambos os lados e assim possibilitam que todos os profissionais atuem em todas as reas e trabalhem focados para todas as pessoas por isso a presen a das setas na figura A Roda de Integra o da Inova o com Pessoas quer demonstrar que todos os tipos de personas inovadoras argola central podem atuar na inova o para todos os tipos de pessoas argola interior e sempre abra adas por todos os contextos que mudam argola exterior e levam a inova o O centro de uni o o circulo da Inova o com Pessoas IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo v
125. ado as limita es pela falta de vis o possibilitando a intera o com estampas e ilustra es adaptando as imagens nos tecidos comuns por tecidos com texturas aveludadas em relevo ou ainda por bordados apresentando s mbolos e formas de f cil percep o pelas consumidoras como o cora o que aparecem em destaque por meio do relevo ou aplica o sobreposta no tecido Houve a preocupa o com o fechamento frontal para proporcional maior facilidade e autonomia na vestibilidade e al as com materiais que possuem texturas facilmente percebidas Tamb m houve a inser o do sentido olfativo por meio de estampas com fragr ncia e sach s com perfumes na busca por aumentar a percep o e a experi ncia com o produto Recorte sobreposto em Fechamento frontal de freixo de metal Bojo 46 recortado em formato de cora o e forrado em Tecido tecido velvet bum Tecido em Renda Arco de metal e vi s de arco Colchetes de gancho de metal Vi s de acabamento Recorte em Tecido Vi s de barbatana Barbatana ss Etiqueta bandeira em imitando a escrita em Braille Tecido 2 El stico forrado tecido 2 Barbatana Vi s de barbatana Recorte no cento das costas c 1 pp simples Etiqueta intema Vi s de acabamento Recorte em tecido Tecido em Renda Tecido lpp simple rente em Renda Fundilho em Malha Polly Figura 10 Croqui e desenho t cnico de modelo que explorou o sent
126. ados ao valor simb lico ainda que para as mulheres com defici ncia visual total adquirida outros elementos possam ser introduzidos nos produtos pois elas possuem uma heran a visual anterior defici ncia tendo um v nculo afetivo nost lgico e de contempla o com as imagens que adaptadas para a linguagem Braille e para o relevo propiciam melhor entendimento da mensagem do produto desenvolvido Para as deficientes visuais cong nitas observou se que imprescind vel o estimulo mediante a valoriza o dos outros sentidos como o tato e olfato para que esse p blico tenha a percep o das conex es subjetivas de sua mente e diminua o impacto da defici ncia nas suas constru es simb licas e nos seus sentimentos 78 m IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 verificando a viabilidade da utiliza o do design emocional e sensorial no desenvolvimento de produto De acordo com esse cen rio a pesquisa contribuiu e contribui para uma maior discuss o e aprofundamento sobre o tema e sobre o p blico Igualmente com a amplia o do mercado consumidor do segmento de vestu rio ntimo expandindo o desenvolvimento destes produtos com o foco no p blico com defici ncia visual total obtendo igualdade e ou disponibilidade de produtos voltados para o mesmo proporcionando independ ncia e a privacidade de escolha satisfazendo suas necessidades reavivando a autoestima direcionando o
127. afirmando que os m sicos os pintores e os pr prios poetas est o e vem da moda ou seja que a moda n o se restringe meramente ao adorno da vida em sociedade Em primeiro lugar evidente que a moda atua naquilo que ultrapassa o til a mera necessidade e portanto reivindica a beleza um vestido a decora o de resid ncias de acess rios a organiza o de encontros sociais etc SCHLEGEL 2009 p 30 Portanto para Schlegel 2009 a moda faz o julgamento sobre o belo depender de condi es temporais O que mais importante na perspectiva de Schlegel no que concerne moda a import ncia da mutabilidade para que o pensamento humano n o permane a estagnado Numa concep o est tica em Nietzsche o fil sofo tr gico a rela o que se tem com o mundo o que definiria o momento est tico O belo o primeiro problema gt Baumgarten 1767 1845 foi o primeiro a falar de um conhecimento sens vel enquanto disciplina filos fica 164 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 est tico a ser abordado na filosofia Para Plat o 428 427 a C 348 347 a C o belo e o bom s o inerentes ao homem enquanto que para Kant 1724 1804 o belo era simbolo da moralidade para Hegel 1770 1831 o Belo a pr pria verdade encarnada de forma sens vel como um objeto absoluto da consci ncia Para Gadamer 1900 2002 encontra se algo que se refere pr
128. agem J em Coletivo o contradispositivo emerge relacionado com as caracter sticas da fotografia digital Neste caso a fotomontagem n o se mostra explicitamente como tal j que a imagem feita de modo a n o apresentar marcas de recortes sobreposi es enfim marcas do processo de sua constru o A montagem cuidadosamente desenvolvida na tentativa de iludir a percep o do receptor que ao 6 Qualquer coisa que tenha de algum modo a capacidade de capturar orientar determinar interceptar modelar controlar e assegurar os gestos as condutas as opini es e os discursos AGAMBEN 2009 40 145 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 observar a imagem atingido por uma d vida pois n o pode perceber claramente se trata se de uma montagem ou se um registro fotogr fico de um estacionamento existente Vasconcellos conta que todos os carros foram fotografados separadamente em S o Paulo e de um helic ptero O trabalho de montagem foi intenso e levou tr s meses pois o fot grafo estacionou cada um dos cinquenta mil carros de forma a n o criar um padr o buscando reproduzir a forma aleat ria como carros s o dispostos normalmente nas ruas Os carros se repetem como se repetem nas ruas mas n o h um padr o de repeti o Ele comenta que poderia ter criado um bloco com por exemplo cinquenta carros e duplicado este mesmo bloco para produzir a imagem tod
129. aios fotogr ficos desde o transporte montagem dos figurinos luz e captura 236 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Figuras 10 a 13 Demonstra o das etapas de produ o dos ensaios fotogr ficos desde o transporte montagem dos figurinos luz e captura Al m do registro fotogr fico com o objetivo de realizar um exerc cio de utiliza o da t cnica de time lapse para descrever os bastidores da produ o das fotografias interativas dos figurinos do Ballet Tri dico foi produzido um v deo com alguns minutos de dura o Este produto teve por objetivo discutir as possibilidades de s ntese narrativa que a referida t cnica possui permitindo compactar um processo demorado e repetitivo numa narrativa videogr fica leve e instigante capaz de descrever o processo em min cias O trabalho de edi o das imagens foi realizado pela aluna bolsista de Inicia o Cient fica Stefani Alves em meio a discuss es conceituais e t cnicas que propiciaram uma experi ncia positiva para todos os envolvidos na pesquisa em especial para a pr pria aluna que fundamenta seu projeto de pesquisa nas t cnicas de v deo 237 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 a b ag bg VOLE u Fog apy f a Y A OA fs s Ia Va Om 1 a f so o i i 4 j o m E E 4 s d 3 n ai lt ie e G amp
130. ais e mesmo em atividades esportivas durante a semana ou em um tempo dedicado a atividades manuais passeios com animais de estima o entre outros Cada forma de lazer exige ou aceita uma roupa diferenciada Para o lazer no 19 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 lar foi desenvolvida a house wear Para momentos sociais em que se prepara uma alimenta o podem ser desenvolvidos acess rios do vestu rio sofisticados e que atendam a diversidade como aventais imperme veis e easy care que n o fiquem com aspecto de sujo Para um happy hour importante uma roupa vers til que seja social para ir trabalhar e descontra da para um momento de divers o Para realiza o de atividade esportiva utilizada uma roupa confort vel de prefer ncia de malha com el stico para ajuste com tecido dry fit e que possibilite a autonomia de usu rios diversos O projeto com vi s inclusivo assegura que tais vestu rios poder o ser usados por uma diversidade maior de pessoas esta mentalidade deve passar por todas as personas inovadoras O Diretor aquele que dominando esta perspectiva pode compor equipes preparadas para inovar com e para a diversidade de pessoas Quanto Vida Profissional o panorama mundial esta mudando na maioria dos pa ses a propor o de pessoas que entram no mercado de trabalho menor do que propor o que sai A respeito dos profissionais pode se analisar a quest
131. al levando a um descr dito das mesmas revelando se uma desvantagem social em compara o s outras Para a redu o de todas as formas de discrimina o em rela o pessoa com defici ncia deve se contextualizar a rela o com o nosso corpo e com nossas defici ncias de forma a reverter o estigma realizando uma mudan a n o somente nos termos mas na gram tica e no entendimento da sociedade AMIRALIAN 2000 p 100 Com rela o ao impacto da defici ncia visual na vida do sujeito Gil 2000 p 9 exp e que O impacto da defici ncia visual sobre o desenvolvimento individual e psicol gico varia muito entre indiv duos Depende da idade em que ocorre do grau de defici ncia da din mica geral da fam lia das interven es que foram tentadas da personalidade da pessoa enfim de uma infinidade de fatores N IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Diante das contribui es de De Lira e Schlindwein 2008 p 181 e Gil 2000 p 9 possivel compreender que um dos caminhos para se buscar uma melhor qualidade de vida de sujeitos com defici ncia respeitar as diferen as bem como entender que todos possuem alguma dificuldade e que a inclus o social um alternativa para minimizar os danos da defici ncia Considerando a vertente da inclus o social a moda e os produtos desenvolvidos em todo o seu sistema podem desempenhar um papel importante
132. am as caracter sticas propostas para cada linha de produtos da cole o desenvolvida com base nas diretrizes obtidas com a pesquisa bibliogr fica e de campo Figura 4 Alguns modelos da cole o Linha veludos e texturas Fonte Autoria pr pria Na figura acima as pe as apresentam fechamento frontal detalhes em veludo beneficiamentos em relevo como macram e diferentes texturas de tecidos inseridos no design dos produtos de forma a demarcar os recortes das lingeries proporcionando usu ria um maior entendimento do modelo e aspectos est ticos da roupa Tamb m houve a preocupa o para que os produtos tivessem somente fechamento frontal e com a vestibilidade para as deficientes visuais por eles possu rem caracter sticas muito distintas um dos outros de modo a tentar atender os diferentes perfis pesquisados lingeries mais ousadas estreitas na lateral e fio dental por exemplo bem como pe as mais confort veis como calcinhas mais largas e modeladores abdominais Al m disso a cor vermelha associada pelas entrevistadas s texturas aveludadas se mostra presente em todas as cria es da linha IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 artigo vol 7 n 2 2014 Figura 5 Alguns modelos da cole o Linha Braille minimalista Fonte Autoria pr pria Na Fig 5 acima o alfabeto Braille se mostra presente nas pe as nas aplica es foram inseridas mensagens e palavras relacionadas ao universo do
133. antrop logo tamb m verifica a complexidade na qual a pl stica pode ser vista como um tipo de conjun o entre feminilidade como restri o liberdade e a feminilidade como meio de liberdade 2002 p 205 por meio do corpo que toda uma transforma o expressa exteriorizada N o se busca a destrui o da imagem mas sim a sua reconstru o idealizada ou mesmo uma reconstru o congelada no tempo pela necessidade da juventude eterna Fora situa es exageradas ou extremas as interven es cir rgicas na est tica corporal j consistem em uma atividade absorvida uma caracter stica da sociedade contempor nea Desta maneira n o causam interfer ncia no sentimento alheio ou melhor por vezes a aus ncia de interven o que causa desconforto dada a singularidade de formas banalizadas de um padr o est tico aceito como perfeito ou normal A segunda imagem neste contexto da artista pl stica Orlan que como outros artistas exp em performances nas quais o seu material de trabalho o pr prio 10 Exemplo da americana Cindy Jackson recodista de cirurgias pl sticas no Guinnes onze vezes consecutivas ou da deformada socialite su a Jocelyn Wildenstein IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 corpo Em uma antiga performance ainda muito representativa conforme dados oferecidos pela ISAPS ela apresenta cenas de uma sala cir rgica transformada em a
134. aquele objeto para com isso se distinguir dos outros em si mesmo um servi o social Atualmente o produto mais procurado na vis o de Baudrillard 2008 j n o mais uma mat ria prima ou uma m quina mas sim uma personalidade Engel et Al 2000 caracterizou os valores como cren as compartilhadas que s o adquiridas no processo de socializa o Estas podem ser particulares a dado indiv duo pessoais sociais ou culturais quando partilhadas por um grupo de pessoas Desta forma apesar de as mudan as no pensamento contempor neo terem alterado as motiva es que fazem com que as pessoas procurem artigos de luxo CASTAREDE 2005 FAGGIANI OLIVEIRA 2005 LIPOVETSKY 1989 ROUX 2005 VALENTE 2008 a for a que o estimula continua sendo a mesma o desejo de distin o SOARES 2006 apud CASTILHO VILLA A 2006 Para um aprofundamento maior neste tema a seguir ser discutido o conceito de luxo em seu sentido tradicional 2 2 O luxo De acordo com Bearden e Etzel 1982 etmologicamente luxo origin rio de luxus que em latim significa abund ncia e refinamento A distin o que h entre a necessidade e o luxo que a necessidade est presente em todos os indiv duos ao passo em que o luxo confere um grau de exclusividade Tal caracter stica se d pela quest o financeira como por meio do uso de roupas de grife fig 1 ou dificuldade de acesso a determinado bem de consumo 179 IARA R
135. artefatos que foram especialmente analisados por Borges 2009 sendo eles o sistema de escrita t til Braille o r dio incluindo o r dio amador o gravador e o sistema de computa o para deficientes visuais denominado DOSVOX Pode se acrescentar as ferramentas mencionadas pelo autor m quina de datilografia comum em Braille impressoras em Braille diversos dispositivos de reprodu o t til como o Thermoform e o udio livro que reproduz os elementos visuais de forma sonora Uma das tecnologias mais recentes nessa vertente e relacionada com o segmento de vestu rio s o os cabides vis o Segundo Mulser 2013 consiste em um chip onde as mensagens ficam gravadas oculto por bot o que aciona a grava o transmitindo uma mensagem gravada de 20 segundos que remete roupa colocada no cabide A ideia das irm s Adriana Cristina e Cristina S mola da empresa Santa M nica que s o especializadas na confec o de cabides personalizados e artesanais Deve se ainda fazer alus o as etiquetas com informa es do produto em Braille lan ada pela Premiere Brasil 2011 A iniciativa partiu de grandes empresas do setor de etiquetas como a Haco que pesquisaram a funcionalidade e a viabilidade do produto com a Associa o dos Cegos do Vale do Itaja ACEVALI sendo relevante para disponibilizar informa es b sicas nas pe as do vestu rio tornando mais pr tica a aquisi o das pe as CENTAURO 2011 As tecnologias
136. as de Lucr cia Ferrara 2002 120 Visualidade para designar a imagem que 157 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 frouxamente se insinua na constata o receptiva do visual f sico e concreto e ainda Visibilidade que corresponde elabora o perceptiva e reflexiva das marcas visuais que ultrapassam o recorte ic nico para serem flagradas em sutis ind cios que ao se tornarem vis veis cobram a taxa de uma rea o ativa adequada sua complexa e cambiante materialidade Dessa forma a visualidade est al m da discrimina o das imagens pode ser entendida como o modo de aparecer da imagem um modo de pensar J a visibilidade o ponto m ximo da a o da imagem dial tica A consci ncia da articula o entre espa o imagem imagin rio e cultura transforma a visualidade em visibilidade ou ju zo daquilo que se v e se comunica FERRARA 2008 64 ou seja a visibilidade de natureza cognitiva n o est diretamente ligada imagem mas se constr i a partir dela Nesse sentido as distin es entre a linguagem fotogr fica decorrentes da fotografia anal gica e da digital n o est o t o marcadas nas imagens mas muito mais no modo como essas se pensam se apresentam ou seja as distin es dizem respeito dimens o da visualidade Imagem visualidade e visibilidade s o relacionais Na an lise dos trabalhos fotogr ficos essa rela
137. as Al m da redu o na fonte LE O et al 2002 destacam outros dois fatores para que a minimiza o dos poluentes seja efetuada na ind stria t xtil reciclagem e reuso e tratamento Todos esses vetores para a ecoefici ncia da produ o t xtil convergem para a produ o de tecidos mais ecol gicos denominadamente ecot xteis De acordo com BOTA e RATIU 2008 as principais caracter sticas dos ecot xteis s o uso somente de fibras que cresceram sem nenhuma pesticida herbicida ou fertilizantes que sejam t xicos boa qualidade longa durabilidade produ o com menos insumos prejudiciais e tratamento de gua na produ o Do conjunto dos ecot xteis o jeans de fibras CO PET recicladas tomado como fio condutor para os estudos deste trabalho a seguir 6 Jeans CO PET reciclado O denominado jeans CO PET reciclado composto a partir de 80 fibras de algod o CO reciclado e de 20 de fibras de poli ster PET reciclado Essas fibras s o misturadas constituindo um nico filamento de material composto do tipo blenda usada tanto no sentido da trama quanto do urdume De acordo com o fabricante do jeans CO PET reciclado localizado no interior do Estado de S o Paulo o nico beneficiamento que o tecido recebe um pr encolhimento na sanforizadeira Um ponto fundamental deste processo al m da redu o de etapas produtivas o fato de n o utilizar gua na produ o do tecido cujas fibras recicladas que o c
138. as especificidades desta Se olharmos para este ensaio fotogr fico luz do conceito de Dispositivo de Giorgio Agamben 2009 poss vel ver que Vasconcellos cria um contradispositivo ao distanciar a fotografia de seu car ter de documento e tamb m por produzir uma fotografia como um meio comunicativo que pensa a si mesma e que se expande para pensar al m da imagem Enquanto o dispositivo aquilo que modela e controla os gestos e a conduta produzindo subjetiva es o contradispositivo que Agamben tamb m denomina como profana o a restitui o ao uso comum daquilo que foi capturado e separado 2009 51 ou seja a possibilidade de uma subjetividade que n o se deixa controlar pelo dispositivo Desta forma podemos perceber que C ssio Vasconcellos trabalha com a cria o de um contradispositivo pelo uso livre e investigativo que faz do dispositivo tecnol gico O fot grafo afirma que sempre trabalhou com a inten o de quebrar bulas se referindo aos modos de usar indicados por fabricantes de equipamentos filmes e todo tipo de material fotogr fico V rios de seus trabalhos demonstram essa busca por subverter os materiais e procedimentos para encontrar um modo pr prio de produ o que defina uma est tica particular Em Paisagens Marinhas por exemplo a fotomontagem feita desde o final do s culo XIX ganha texturas e ru dos pr prios pelo uso da fita adesiva e do fogo que marcam a superf cie da im
139. as subjetiva de cada indiv duo em seus aspectos qualitativos sensoriais e na linguagem visual cores linhas formas volumes movimento din mica quanto em aspectos n o visuais t teis olfativos em que h a 61 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 possibilidade de pautar por meio da roupa os desejos vontades que personalizam a identidade pessoal e os pap is sociais dos sujeitos A falta de um sentido n o impossibilita a sinestesia de um outro que aflorado contribui com a substitui o parcial do sentido Figueiredo 2012 p 43 menciona que as m os s o os olhos das pessoas com defici ncia visual poss vel observar que o apelo t til para deficientes visuais tem grau maior de import ncia porquanto as m os substituem os olhos impossibilitados de enxergar contribuindo com a percep o de formas volumes entre outros aspectos que proporcionam uma melhora na autonomia Segundo Santos et al 2009 a autonomia emancipa o indiv duo proporcionando lhe um estilo pr prio de vestir se por conseguinte esse estilo capaz de expor o que ele e o que ele tenta ser tendo a concretiza o e a contempla o da representa o de si mesmo O sentido tato estimulado pela press o da pele em outro material Segundo Figueiredo 2012 p 43 as m os s o essenciais pelas suas m ltiplas funcionalidades sendo certo que a sua import ncia incomensura
140. atz 2009 BENJAMIN Walter Magia e t cnica arte e pol tica ensaios sobre literatura e hist ria da cultura S o Paulo Brasiliense 1994 Passagens Belo Horizonte UFMG S o Paulo Imprensa Oficial 2007 DEBRAY Regis Transmitir o segredo e a for a das id ias Petr polis RJ Vozes 2000 DIDI HUBERMAN Georges O que vemos o que nos olha S o Paulo Editora 34 2005 DUBOIS Philippe O ato fotogr fico Campinas Papirus 20083 FERNANDES JUNIOR Rubens Labirinto e identidades S o Paulo Cosac amp Naify 2005 FERRARA Lucr cia D Alessio Comunica o espa o cultura S o Paulo Annablume 2008 Design em espa os S o Paulo Rosari 2002 FLUSSER Vil m Los gestos Barcelona Herder 1994 Filosofia da caixa preta Rio de Janeiro Editora Relume Dumar 2002 159 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 O Universo das Imagens T cnicas elogio da superficialidade S o Paulo Annablume 2008 HEIDEGGER Martin Ensaios e confer ncias Petr polis RJ Vozes 2001 KOSSOY Boris Os tempos da fotografia o ef mero e o perp tuo S o Paulo Ateli Editorial 2007 Fotografia e Hist ria S o Paulo Ateli Editorial 2001 LOTMAN Iuri M La semiosfera I Madrid C tedra 1996 MCLUHAN Marshall orgs Stephanie McLuhan David Staines McLuhan por McLuhan confer ncias e entrevistas Rio de Janeiro Ediouro 2005 MONFORTE Luiz
141. bjetivou estudar e experimentar as possibilidades expressivas propiciadas por tipos especiais de aparatos pticos que se acoplam c mera fotogr fica para a produ o de objetos fotogr ficos interativos com 360 graus de ngulo de cobertura Os formatos que se pretendeu experimentar s o fotografia panor mica 360 graus objetos interativos still fotogr fico e stop motion O grupo que trabalhou diretamente no processo foi formado pelos docentes do grupo de pesquisa prof Fernanda Romero Fernando Fogliano e Jo o Pregnolato al m dos alunos de inicia o cient fica Brunna Pezzutti Leonardo Nones e Stefani Alves As equipes da biblioteca Patr cia Silva e Angela Leal e Pesquisa Danielle Alves 230 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 n 2 2014 e Luciana Mara nos deu grande suporte na montagem dos figurinos bem como a professora Juliana Queiroz que originalmente deu andamento na restaura o dos mesmos e conhecia intimamente cada uma das pe as Sendo assim foi tamb m objetivo deste projeto aplicar os avan os conceituais conquistados e desenvolver aparatos de est dio fotogr fico para estudar as imagens interativas realizadas a partir dos registros documentais imag ticos da pesquisa O acervo do Ballet Tri dico an lise restaura o cataloga o e acondicionamento na modateca dispon vel no Senac Ao final do processo visa se disponibilizar um acervo de imagens
142. bricado elaborado pois isso seria contr rio a uma vida plena e est tica O entendimento imediato n o dar espa o para dualidades vida se faz presente enquanto estado abundante estado esse de abandono pode ser representado com a a o e mudan as constantes nas quais o momento criativo submetido E em tal estado de abertura a morte no sentido de transforma o o est gio da imortalidade do ser enquanto ser est tico Mas o que a imortalidade tem a ver com introvis o Pode se a dizer que se introvis o um tipo de abertura e percep o sens vel e imediata a imortalidade encontra se na perman ncia e durabilidade de tal estado Devido sua admira o pelos pr socr ticos Nietzsche 2010 dialoga com a 8 A Medusa era uma das G rgonas que s o tamb m divindades ct nicas ligadas portanto ao per odo pr ol mpico ou tit nico e que originalmente eram um ser divino nico com tr s cabe as das quais uma era Medusa G rgona significa veemente impetuoso ardente tratando se do olhar e do aspecto terr vel assustador 9 Conceito filos fico desenvolvido por Andr Malraux escritor e diretor franc s 1901 1976 onde ele diz que a arte a nica coisa que resiste morte 166 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ideia de unidade entre o homem e o mundo em sua obra A Filosofia na poca tr gica dos gregos Tales empiricamente afirmou a import
143. bservar que no decorrer da hist ria a rela o entre arte e ci ncia distinta distante ou interligada Conforme o movimento de cada per odo hist rico a rela o entre partes feita de acordo com a necessidade do discurso Antes dos 8 Experi ncia in loco Exposi o Animal Inside Out realizado pela equipe de Gunther von Hagens no Museu de Hist ria Natural de Londres Per odo 6 de Abril a 16 de Setembro de 2012 121 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 dois per odos citados como por exemplo no Renascimento Europeu j se faz confusa a distin o quando observa se os trabalhos do renomado artista Leonardo da Vinci Dessa forma com base nos exemplos das exposi es mencionadas nesta discuss o um importante ponto de reflex o consiste na compreens o acerca da classifica o das mesmas em opostos bin rios em uma bifurca o na produ o de conhecimento j que arte e medicina compartilham met foras som ticas de signo sintoma e m o e toque STAFFORD 1997 p 36 e a pr tica empregada em Body Worlds e Bodies The Exhibition a mesma em processo cient fico e de complexidade Al m disso outras quest es emergem a partir deste ponto como a rela o dos seres humanos com seu corpo f sico Por que t o complicada a rela o do ser humano com o seu corpo enquanto mat ria org nica Nas exposi es de Body Worlds o que acontece n o somen
144. c br 4 Doutoranda do Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o com nfase em Engenharia de Produto e Processo pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Mestre em Design pelo Programa de P s Gradua o em Design e Express o Gr fica tamb m pela UFSC Possui gradua o em Educa o Art stica com Habilita o em Desenho pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Pesquisadora do N cleo de Gest o do Design da UFSC atuando como docente na disciplina de Metodologia de Desenvolvimento de Projeto Contato gisellemerino gmail com A IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7835 artigo vol 7 No 2 2014 apresentados tr s fatores s o eles a necessidade de inovar por meio de pessoas inovadoras e para a diversidade de pessoas estar sempre atentos aos contextos mundiais e conseguir atingir uma parcela maior de mercado Palavras chave Inova o com pessoas perfis inovadores contextos de inova o inova o de novos mercados Abstract The competition for market space makes fashion companies are always in search of innovation greater market share and meet the needs and desires of customers One way to achieve this is through Innovation with People Therefore the aim of this article is to explain why innovate with people in the current business scenario From bibliographic search are presented three factors they are the need to innovate through innovative people and for th
145. cas dentro de uma susposta valoriza o da arte A autora africana Chimmananda Adichie em seu texto O perigo da hist ria nica 2009 adverte que os meios de comunica o nos levam inevitavelmente produzir estere tipos O problema dos estere tipos segundo ela n o que estes sejam inveross meis mas s o uma redu o e por isso mesmo s o incompletos mostram apenas uma das m ltiplas facetas culturais de uma sociedade Este tipo de redu o aparece quando uma cultura se responsabiliza por curar outra cultura diferente pensada para exporta o ressaltando desta forma uma imagem ex tica e provocadora da cultura exposta Outros caminhos n o apenas de Blockbuster vive a nossa curadoria O curador contempor neo se utiliza tanto dos espa os tradicionais como alternativos cria espa os curatoriais que estejam de acordo com as suas narrativas e artistas Promove ideias encontros e parcerias promove o inusitado Durante o debate nas mesas redondas identificamos tr s tipos espec ficos de curadores contempor neos o independente o aut nomo e o tradicional Segundo Krochmalny 2008 os curadores independentes como os aut nomos n o t m uma rela o formal com os equipamentos culturais da cidade 219 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Os curadores independentes t m o foco de seu trabalho no conceito no argumento apresentado nas exposi es e mostra
146. cas dos tecidos dos recortes modelagens e as formas que podem remeter a atributos dos objetos possibilitam a experi ncia sensorial para quem nunca 65 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 enxergou J para as portadoras de defici ncia visual total adquirida conseguem reviver elementos contidos na mem ria projetando sentidos abstratos e afetivos que induzem a uma intera o com as roupas ocasionando interpreta es subjetivas proporcionando uma satisfa o imediata de bem estar por ter o privilegio de vivenci los em suas mentes novamente A busca de um segmento que contribuisse com o aspecto emocional dessas mulheres fez defrontar com o segmento de vestu rio ntimo que aquele que se destina a roupas ntimas e lingeries um importante setor que simboliza a conquista da liberdade pela mulher e sua sensualidade Para as mulheres com defici ncia visual total contribuir com a valoriza o da autoconfian a elevando a autoestima evitando a fuga e a ren ncia da sua identidade sendo elas mais aut nomas e independentes para pr prias escolhas Desse modo um estudo que possibilite a moda inclusiva um desafio pois preciso investigar meios para adaptar a moda convencional desenvolvida com determinados padr es e aperfei o la de modo que atenda s necessidades especificas de pessoas fora dos padr es para que a moda possa ser inserida nesse mercado e assimilada por
147. crificial comum s o cantados hinos beleza e ao mesmo tempo ousadia NIETZSCHE 2005 p 69 Qual a import ncia do pregueado livre no drama musical no presente escrito Se Nietzsche citou a beleza e graciosidade est tica do pregueado livre automaticamente entende se a import ncia da pl stica da vestimenta como um todo 13 Notas do curso ministrado pela Prof Dra Scarlett Marton na Casa do Saber 2009 14 O pregueado o detalhe no vestu rio composto de pregas O termo pregueado livre usado pelo fil sofo Nietzsche seria uma express o po tica que o fil sofo utilizou para falar do pregueado pois n o se encontra nenhum coment rio na pr pria obra nem em coment rios de estudiosos sobre a obra A vis o dionis aca do mundo ano 169 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 na concep o da trag dia Quando o fil sofo enfatiza a import ncia da vestimenta no drama musical come a tamb m a aparecer o costume aparentemente a est tica da vestimenta surge dessa forma na trag dia grega Depois do per odo arcaico entre os finais do s c VI e os princ pios do s c V a C a l rica dar lugar ao drama e a trag dia passou a ser um acontecimento p blico era a vitrine de manifesta o musical art stica como um todo a vestimenta seria de refer ncia na a o dos personagens e da pr pria refer ncia de uma poss vel est tica a indument ri
148. cteristicas foi possivel executar as fotografias com xito ETAPA 2 O registro fotogr fico interativo A captura das imagens foram realizadas em 6 sess es de est dio onde houve a escolha pr via do equipamento fotogr fico que pudesse valorizar o produto final e permitir desdobramentos destas imagens Al m disso optamos por um esquema de ilumina o nico afim de agilizar o processo e garantir detalhes e potenciais tratamentos na p s produ o Desta forma a seguir apresentamos o descritivo detalhado da produ o fotogr fica realizada pelo grupo Equipamento fotogr fico e C mera fotogr fica Hasselblad mod 5O3CW e objetiva Carl Zeiss Distagon de 50mm IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 n 2 2014 e Back Digital PhaseOne mod P 45 de 39 mega pixel 7216 X 5412 pixel profundidade de cor de 16 bit faixa din mica de 12f stop tecnologia Full frame CCD A escolha do equipamento teve como objetivo a produ o de imagens com alta resolu o possibilitando um amplo leque de uso das imagens Figura 3 C mera Hasselblad utilizada nas sess es de foto do Ballet Tri dico Ilumina o e 04 unidades Fresnel tungst nio 3200K 1000w Arri Esquema de luz e Luz principal composta por painel difusor duplo tipo 3010 1 20m X 2 0m com 2 fresneis de 1000w posicionados para uma ilumina o uniforme sobre o painel e Painel principal posiciona
149. cto ambiental usando os recursos naturais de forma otimizada Seguindo estes par metros a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustent vel Um dos preceitos do desenvolvimento sustent vel o consumo sustent vel Este deve basear se na oferta de em produtos e servi os que atendam s necessidades b sicas da gera o presente proporcionem uma melhor qualidade de vida minimizem o uso de subst ncias t xicas e a gera o de res duos e poluentes durante o ciclo de vida do produto Valle 2002 neste cen rio que surge o novo luxo 2 4 O novo luxo No panorama atual de conscientiza o ecol gica campanhas associam fortes marcas e famosos defesa da causa figura 2 como ferramenta de marketing aumentando substancialmente o n mero de consumidores dispostos a pagar mais em prol do meio ambiente Segundo Delmas e Burbano 2011 o mercado para produtos verdes movimentou em 2009 230 bilh es e a previs o deste n mero chegar a 845 bilh es em 2015 Sob tal contextura o termo novo luxo contempla entre outros aspectos a valoriza o da consci ncia e atitudes em prol do meio ambiente qualidade de vida 182 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 vida mais simples Figura 3 respeito diversidade cultural compromisso social tranquilidade praticidade e utiliza o do tempo escasso que assim como os tradicionais sin nimos de luxo hoje s o con
150. da em 2003 no Mestrado em Comunica o Social da PUC MG por m a autora concentra sua an lise na esfera da produ o analisando a moda disseminada nos referidos videoclipes bem como em entrevistas desses artistas concedidas a terceiros O que faz de nossa pesquisa que analisa de forma emp rica essas rela es uma poss vel contribui o para estudos futuros 203 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 e as jaquetas college em alta na moda na atualidade s o refer ncias ao estilo hip hop original de se vestir Al m desses elementos a mat ria enumera outros tantos itens que originam da cultura hip hop e comp em hoje a wish list de qualquer fashionista antenada nas tend ncias mundiais a overdose de jeans coletes jaquetas bon s de aba reta e os famosos sneakers de salto figura 4 grande febre cal adista no ano de 2012 Para dar legitimidade ao estilo hip hop como tend ncia a mat ria traz artistas do mainstream do estilo como forma de ilustrar o texto como os cantores Chris Brown e Rihanna al m de citar o estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch como pioneiro ao usar para a capa da revista Elle Brasil de julho de 2011 um bon de aba reta na modelo Carol Trentini figura 5 Figura 4 Figura 10 Sneakers de salto Fonte lt www dosedemoda com br sneakers de salto gt 204 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2
151. dade de inovar com pessoas no vestu rio tr s quest es s o levantadas A primeira que a inova o passa por pessoas inovadoras e visa atender antes de tudo usu rios ou seja pessoas em toda sua diversidade A segunda quest o que os contextos mundiais est o mudando bem como as pessoas as rela es sociais e as economias globais os h bitos e comportamentos Para acompanhar estas mudan as necess rio estar atento necessidade de inovar O terceiro ponto que a competitividade atual do mercado t o acirrada que se faz necess rio estar com os olhos atentos para ampliar o alcance de produtos e servi os atendendo a um n mero maior de pessoas Para compreender melhor a primeira quest o que argumenta que a inova o feita para pessoas e visa atender as pessoas necess rio conceituar o que inova o e quais s o estas pessoas inovadoras Kelley 2007 destaca duas defini es sobre inova o A primeira da inovadora empresa 3M que coloca que inova es s o novas ideias que resultam em melhoria ganho ou lucro para empresa Em segundo lugar coloca a defini o da Rede de Inova o para a qual inova o Pessoas criando valor por meio de novas ideias Analisando as defini es pode se dizer que inova o parte de novas ideias mas n o somente disso visto que precisa ser estudada planejada executada e implantada A inova o deve ser o princ pio de resultados gerando lucro ganho aceit
152. de Kool Herc aprofundaram a t cnica do mestre O mais talentoso deles foi Grandmaster Flash que criou o scratch ou seja a utiliza o da agulha do toca discos arranhando o vinil no sentido anti hor rio Al m disso Flash entregava um microfone para que os dan arinos pudessem improvisar discursos acompanhando o ritmo da m sica uma esp cie de repente eletr nico que ficou conhecido como RAP Os repentistas s o chamados de rappers ou MCs isto masters of cerimony O rap e o scratch n o s o elementos isolados Quando eles aparecem nas festas de rua do Bronx tamb m est o surgindo a dan a break o graffiti nos muros e trens do metr nova iorquino Todas essas manifesta es culturais passaram a ser chamadas por um nico nome hip hop O rap a m sica hip hop o break a dan a hip hop e assim por diante VIANNA 1998 197 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 embalados por m sicas que vinham da corrente black music americana aglutinando jovens da periferia em uma alternativa de lazer at ent o inexistente 2001 p 127 Os primeiros processos de aproxima o entre a cultura hip hop e seu vestu rio caracter stico se deram no presente artigo atrav s da pesquisa bibliogr fica escassa vale ressaltar e da pesquisa documental Assim os poucos livros que nos esclarecem sobre essas rela es se unem a sites e blogs que versam sobre moda e s
153. de express o de ideias REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BECHIMOL M rcio Apolo e Dion sio arte filosofia e cr tica da cultura no primeiro Nietzsche S o Paulo Annablume 20083 DUFRENNE Mikel Est tica e Filosofia Trad Roberto Figurelli S o Paulo Editora Perspectiva 2008 GADAMER Hans Georg Hermen utica da Obra de Arte Trad Marco Antonio Casanova S o Paulo Martins Fontes 2010 HEGEL Georg Wilhelm Friedrich Est tica Trad lvaro Ribeiro Orlando Vitorino 173 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 Lisboa Guimar es Editores 1993 A Origem da Obra de Arte Trad Idalina Azevedo e Manuel Ant nio de Castro S o Paulo Biblioteca de Filosofia Contempor nea 2010 KESSLER Michael L esth tique de Nietzsche Paris Presses Universitaires de France 1998 Genealogia da Moral uma pol mica Trad Paulo C sar de Souza S o Paulo Companhia das Letras 1998 NIETZSCHE F A Vis o dionis aca do Mundo Trad Marcos Sin sio Fernandes Maria Cristina dos Santos Pereira de Souza S o Paulo Martins Fonte 2005 A Vontade de Poder Trad Marcos Sin sio Pereira Fernandes Francisco Jos Dias de Moraes Rio de Janeiro Contraponto 2008 Crep sculo dos dolos ou Como se filosofa com o martelo Trad Paulo C sar de Souza S o Paulo Companhia das letras 4 edi o 2006 Assim Falou Zaratustra um livro para todo
154. de lugar volta pro lugar at que chegou o dia que a menina do espelho resolveu com a menina do real que melhor seria se elas passassem o tempo todo juntas 244 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Reflex es vol 7 No 2 2014 E a partir dai que a menina do real passou a n o ter reflexo apenas mais uma dela dentro dela IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Reflex es vol 7 No 2 2014 Qu Hoje eu acordei meio diferente Hoje eu acordei em outra dimens o O c u era verde o sol brilhava arroxeado era tudo inesperado lindo surreal Brindei ao mar com meu amigo um abajur alto e magro apagado de tristeza chorando por n o conseguir se acender Ol ol diziam os peixes que voavam na areia rosa purpurinada se afogando logo em seguida Oh n o Hoje n o Hoje dia de salada gritavam com suas vozes esgani adas mas ningu m estava atento o bastante para ouvir Pobres mesmo eram as pobres focas que al rgicas a gua morriam de sede Bom mesmo era ser le o nadar o dia inteiro esperando tudo se solucionar Olhei para os meus burros p s que se mexiam excitados e confusos Nunca gostei de como eles acham ter o direito de fazer o que bem entendem Deveriam me respeitar mais Achei que talvez fosse melhor que eu deixasse as coisas quietas e dormisse Logo a lua surgiu cor de p ssego e em forma de caracol Gelado mas n o frio Desconfort vel
155. de mobiliza o de recursos materiais tais como maquin rio e mat ria prima que por sua vez envolvem um amplo contingente de pessoas na sua produ o e algumas vezes na sua concep o como no caso de tecidos e aviamentos Segundo Alexandre Bergamo 2007 apesar dessa grande quantidade de pessoas e recursos envolvidos na sua materializa o comum que os desfiles onde S o apresentadas as cole es sejam considerados o centro dos acontecimentos do campo da moda Ou seja s o percebidos como o centro da estrutura e como se tudo que ocorre no mundo da moda derivasse deles Desse modo as imagens acerca do campo ficam vinculadas aos etilistas que como j foi mencionado acima s o considerados os criadores das cole es H uma personaliza o da cria o que tida como pessoal e sem rela o com nada que n o as pr prias ideias do criador As trajet rias dos estilistas costumam ser descritas em termos biogr ficos onde as realiza es s o tidas como individuais e sem compromisso com os mecanismos sociais de julgamento de interpreta o e de avalia o que os consagram como criadores E eles perseguem o prop sito de serem reconhecidos como tais realizando um esfor o constante para encontrar os melhores mecanismos e espa os sociais para que seja conferida legitimidade sua atividade criadora Tal legitimidade s autorizada atrav s do uso dos instrumentos sociais adequados para a sua aceita o a partir da r
156. desempenho ambiental dos produtos levou ao desenvolvimento de v rias metodologias de ferramentas simples como indicadores gen ricos focados em 94 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 problemas ambientais espec ficos aos mais completos m todos que consideram uma vasta gama de categorias ambientais por todo o ciclo de vida do produto BOVEA e P REZ BELIS 2012 De acordo com BOVEA e PEREZ BELIS 2012 os m todos quantitativos requerem um grande volume de informa es sobre o produto antes de ele ser projetado e t m uma tend ncia a entrar no processo de design em uma fase bastante tardia quando apenas pequenas mudan as podem ser feitas Conforme KNIGHT e JENKINS 2009 tais t cnicas n o s o amplamente adotadas pelas empresas justamente por n o serem gen ricas e imediatamente aplic veis Assim os m todos qualitativos ou semi qualitativos s o prefer veis porque s o r pidos bastante f ceis de usar e oferecem vantagens em situa es em que as propriedades ambientais dos produtos s o bvias BOVEA e PEREZ BELIS 2012 Como exemplo de m todo qualitativo BOVEA e P REZ BELIS 2012 apresentam uma lista de confer ncia para introdu o de novos produtos com atributos ambientais QUADRO 01 QUADRO 01 Lista de confer ncia para Introdu o de Novo Produto Adaptado de P REZ BELIS 2012 p 554 Fase do ciclo Considerando Sim Coment rios de vida A
157. desenvolvimento de produto procurou se desenvolver uma cole o com linhas que se concentrassem em atender s demandas de forma precisa A cole o foi dividida em quatro linhas Veludos e texturas que buscou criar sobretudo possibilidades de experi ncias t teis satisfat rias para as usu rias principalmente com rela o identifica o de s mbolos e mensagens visuais por meio do tato j que essa foi uma das necessidades desejos expostas nas entrevistas A linha Rom ntica floral procurou melhorar a compreens o quanto a estampas principalmente as florais que foram citadas como a de maior prefer ncia do p blico A Braille minimalista se concentrou na inser o da linguagem Braille n o s nas etiquetas como o habitual com informa es importantes para decis o de compra pelas consumidoras mas tamb m nos produtos de vestu rio ntimo em si com mensagens e palavras chave coerentes com o estilo e prefer ncias apontadas na pesquisa de campo como a palavra amor carinho paix o sedu o feminilidade Por fim a linha Suaves pastel se atentou em adequar se s tend ncias de moda para o segmento no momento da cria o dos produtos em especial vestibilidade de forma a facilitar o uso das pe as de vestu rio ntimo al m de proporcionar acesso IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 as tend ncias de moda Abaixo algumas imagens de ooks criados que ilustr
158. dico da Bauhaus integram o 80 P amp D Design Texto dispon vel em http WWww sp senac br ijsp default isp tab 00002 amp subTab 000008newsID a156 68 htm amp testeira 453 Acesso em 16 05 14 14h12 SEPPI Isaura Danadas Varetas 2008 Trabalho dispon vel em http isaseppiportifolio weebly com uploads 8 1 5 4 8154408 danadasvaretas pa per isaseppi pdf Acesso em 29 05 2014 10h32 Video Ballet Tri dico Schlemmer Bauhaus Dispon vel em https www youtube com watch v mHQmnumnNgo Acesso em 26 05 14 10h46 242 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Reflex es vol 7 No 2 2014 MATRIOSKA Andressa Cerqueira Casado Sobre o trabalho Em 2013 me percebi diante do ltimo ano da faculdade com isso o trabalho de conclus o de curso Desde 2009 eu tinha juntado muitos contos pequenos dos quais eu tinha muito apego e achei que era a oportunidade de utiliz los de uma forma mais pr tica Por m o curso no qual eu me formaria era o Bacharelado de Fotografia do Senac ent o eu precisaria de alguma forma incorporar uma leitura imag tica como complementa o para aqueles textos Por outro lado eu n o queria que as fotografias acabassem como meras ilustra es aos contos e a partir deste incomodo que a execu o e a pesquisa do trabalho surgiram Para a parte pr tica a solu o que encontrei foi um caderno de devaneios em que eu imprimi os contos e colei todos com tr s p gi
159. do lateralmente ao modelo de forma a produzir volumes em sua superf cie 233 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7336 mem ria vol 7 No 2 2014 e Luz de preenchimento feita com painel rebatedor 1 5m X 2 0m iluminado por 1 fresnel de 1000w e posicionado do lado oposto a luz principal e Luz de recorte posicionada ao fundo composta por 1 fresnel de 1000w e filtro simples 3010 Figura 4 Esquema de luz utilizado para as fotos O objetivo na montagem do set de luz foi produzir uma ilumina o suave sem sombras definidas que valorizasse as formas dos figurinos 234 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 o Ciro Pogi tre D r im pr Figuras 6 a 9 Detalhes frontal lateral e costas de um dos figurinos do Ballet Tri dico 235 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 mem ria vol 7 No 2 2014 Figuras 6 a 9 Detalhes frontal lateral e costas de um dos figurinos do Ballet Tri dico ETAPA 3 O making of Todo o processo de captura fotogr fica realizado de forma colaborativa e participativa por equipes institucionais distintas como apontado previamente biblioteca pesquisa alunos professores funcion rios etc teve parte do trabalho registrado afim de nos permitir avaliar e valorizar os resultados obtidos j e Ss i Figuras 10 a 13 Demonstra o das etapas de produ o dos ens
160. dos a Europa e o Jap o representando juntos mais de 65 do consumo mundial ABIT 2011 O significativo mercado de jeans implica entretanto em uma carga ambiental relacionada produ o e ao consumo do mesmo em fun o de uma din mica de moda j pr estabelecida como abordado a seguir IARA 4 Impacto ambiental da produ o de jeans A centralidade do jeans na cultura material somada sua respectiva portentosa produ o destinada a suprir demandas mundiais de vestu rio produz um rebatimento em diversas cadeias produtivas da cotonicultura e petroqu mica passando pelas de maquin rio e confec es at chegar s de reciclagem de res duos t xteis e polim ricos Embora n o tenham sido encontrados dados quantitativos sobre o impacto ambiental da produ o de jeans estimado que a ind stria t xtil mundial de um modo geral produza dois milh es de toneladas de res duos anualmente tr s milh es de toneladas de CO gt e 70 milh es de toneladas de guas residuais RUSU 2010 O setor t xtil envolve atividades industriais bastante complexas com especificidades em rela o a par metros de controle de qualidade e ambientais muito diversos Em comum s empresas t xteis o meio de transporte carreador das subst ncias qu micas que agregar o valor aos produtos a gua E esta gua ap s sua utiliza o nos processos industriais pode tornar se um t pico efluente l quido normalmente de elevado impac
161. dos veludo cetim couro voil e juta Fonte Autoria pr pria Os aspectos sensa es e sentimentos que cada tecido proporciona por meio de sua textura distinta ou de suas caracter sticas sensoriais aludem significados intr nsecos e extr nsecos do ser humano por interm dio de suas experi ncias Embora no ramo do vestu rio a iniciativa das empresas em desenvolverem produtos adequados aos deficientes visuais seja insuficiente percebeu se que atualmente em outros ramos de atividades alguns produtos e organiza es t m se voltado a esse perfil de consumidor o que contribui como inspira o para os segmentos de moda Nos ltimos anos foram desenvolvidos alguns produtos direcionados aos deficientes visuais e as leis de acessibilidade tributaram facilidades no cotidiano deles O Brasil progrediu na elabora o de documentos legais e na implanta o de pol ticas p blicas de inclus o na tentativa de oferecer melhores condi es de inser o social desses sujeitos na nossa sociedade MONTEIRO 2012 p 14 Com o advento das novas tecnologias houve uma melhora na inclus o parcial do deficiente visual total no conv vio social e modificou se o pensamento a respeito desviando o enfoque do que eles n o podem ser para o que n o podem fazer 63 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Das tecnologias que contribuiram para inclus o social pode se fazer refer ncia aos
162. e refor ada pela atua o de outros participantes do mundo da arte no qual todos est o inseridos como por exemplo os cr ticos e estetas que criam crit rios para julgar o que e o que n o arte Os sistemas de distribui o utilizam esses ju zos para definir o que e a que pre o v o distribuir o p blico por sua vez baseado no que conhece da obra do artista faz sua avalia o das obras Para Becker assim como qualquer outra atividade humana a arte tamb m um trabalho coletivo Um mundo da arte consiste em uma rede de pessoas que s o organizadas numa atividade cooperativa e que partilham o conhecimento de determinadas conven es e meios de realizar tarefas O trabalho dessas pessoas culmina em obras ditas art sticas O exposto at aqui permite chegar a uma primeira conclus o que por sua vez tamb m p e um conjunto de quest es para exame no caso do fast fashion pode se dizer que o mundo das lojas populares faz uso da reputa o de estilistas do mundo da moda de luxo O estilista visto como o principal respons vel pela cria o e desenvolvimento de uma cole o ainda que seja imposs vel que ela chegue s lojas sem que tenham trabalhado e interferido na sua elabora o in meras pessoas como modelistas costureiras estilistas assistentes entre outras Al m dos recursos IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 humanos necess rio que haja uma gran
163. e a partir da reprodu o fotogr fica mas que pudesse permitir desdobramentos e futuros aprofundamentos da pesquisa iniciada A fotografia aqui em seu car ter interativo poder aproximar os expectadores com variados interesses Desde a pesquisa do figurino completo a sua intera o com a materialidade a partir da aproxima o fotogr fica deste registro em alt ssima qualidade e at mesmo uma reconstitui o virtual deste trabalho t o valorizado institucionalmente Desta forma a partir desta sint tica apresenta o do percurso da pesquisa que antecedeu a doa o do acervo a Escola Bauhaus 2014 pretende se ent o demonstrar as etapas de produ o para a captura fotogr fica dos 18 figurinos restaurados do Ballet Tri dico Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 229 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Figura 1 Reprodu o do painel iconogr fico referencial para restaura o dos figurinos 2013 Registro Fotogr fico Interativo de extrema import ncia destacar que todo o avan o cient fico e tecnol gico aplicado produ o de imagens permite nos refletir sobre a import ncia dos processos de visualiza o ou narrativas visuais da produ o de met foras visuais no seu papel de registro e memoriza o de processos abstratos ou impercept veis aos nossos olhos O Grupo de Pesquisas da Imagem Contempor nea GPIC o
164. e Bruxelles professor aposentado do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e professor da Pontif cia Universidade Cat lica do Rio de Janeiro 32 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 the production of belief in this value and the stimulus to demand for products resulting from the associations Key words fast fashion luxury brands symbolic value Introdu o Em 12 de novembro de 2004 fazendo parte de uma grande campanha para o Natal foi lan ada a primeira cole o do estilista Karl Lagerfeld desenvolvida para a rede sueca H amp M O lan amento provocou grande frisson e enormes filas de consumidoras nas portas das lojas na Europa e nos Estados Unidos MENKES 2008 Boa parte dos artigos acabou em duas horas e claro n o sobrou nenhum para o Natal A cole o de Lagerfeld para a H amp M foi vendida em vinte pa ses e contava com aproximadamente trinta pe as entre roupas femininas masculinas e acess rios al m de um perfume tamb m desenvolvido especialmente para a ocasi o e com venda limitada aquela esta o H amp M 2004b Os tecidos vieram da It lia e as roupas foram fabricadas na Turquia Rom nia e pa ses b lticos Os pre os eram de 20 a 30 mais caros que os habitualmente praticados na H amp M As pe as custavam at US 150 mas a maioria custava menos de US 100 O pre o m dio era portanto bastante inferior aos praticado
165. e Tereza Rozante A corporeidade do cego novos olhares Campinas UNICAMP 2002 QUEIROZ Marco Antonio de O Braille o computador e a grafia 2000 Dispon vel em lt http www bengalalegal com cegueira e baixa visao gt acesso em 11 fev 2013 SANTAELLA L cia Semi tica aplicada S o Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 SCHMITT Bernd A est tica do marketing como criar e administrar sua marca imagem e identidade S o Paulo Nobel 2002 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 SILVA Ana Carolina B Engenheiros x Portugu s 2010 Dispon vel em lt http letrasufabc wordpress com 2010 05 28 engenheiros x portugues gt acesso em 22 out 2013 SIMMEL Georg Filosofia da moda e outros escritos Tradu o por Artur Mor o Lisboa Texto amp Grafia 2008 SOARES Val Aplica o flores em tecidos Dispon vel em lt http Www valsoares net aplicacao flores em tecido valor por unidade flortecilus 25 411 gt acesso em 20 out 2013 TOLEDO Adriana Mulheres t m mais problemas de vis o Dispon vel em lt http saude abril com br edicoes 0317 medicina conteudo 515980 shtml gt acesso em 28 fev 2013 Recebido em 30 05 2014 Aceito em 01 09 2014 QO IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 DESIGN DE JEANS PARA SUSTENTABILIDADE APLICA O DE FERRAMENTAS DE REDU O DE IMPACTO
166. e as condi es de ajuste e alargamento de c s Bem como poss vel projetar uma roupa adequada defici ncia f sica de um cadeirante que possa ser usada por um homem sem tal defici ncia Este o conceito do Design Inclusivo proposto por Norwegian Design Council 2010 as roupas n o precisam ser exclusivas para uma ou outra pessoa IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 podem adaptar se a diversas condi es desde que sejam projetadas para funcionar com extremos se ajustar o aos n o extremos Pode se projetar uma roupa com tecido de trama fechada hidratante tecido produzido por Malwee e Rosset por exemplo e com subst ncia que protege do sol para pessoas de pele clara produzido por UVLine por exemplo para atletas para pessoas que trabalham ao ar livre para motoristas que exp e a m o ao sol durante o dirigir entre outros Esta roupa pode atender tamb m s pessoas de pele mais escura ou que n o se exp e tanto a luminosidade do sol A tecnologia esta tornando poss vel uma infinita diversidade de adapta es em tecidos modelagens aviamentos e fios tecnologia de impress o em tecido da linguagem Braille cabides que reproduzem o som dizendo o que esta pendurado neles saltos de sapatos que podem assumir diferentes alturas comunica o que chega a qualquer lugar do mundo Toda esta tecnologia deve estar a servi o e dispon vel para todas as pessoas algu
167. e da arte No presente estudo ousa se fundir a moda com a est tica sob a forma da experi ncia como cria o e cultura Para tal percorrem se caminhos do ensaio sobre a arte do escritor August Schlegel 1767 1845 que incursionou pela moda e o pr prio fil sofo Friedrich Nietzsche 1844 1900 que citou a import ncia do pregueado livre no drama de squilo em sua obra A vis o dionis aca do mundo Nietzsche conhecido por alguns estudiosos como o fil sofo da cultura ajuda a abrir o horizonte de uma vis o est tica nova em termos da import ncia e imaterialidade da vestimenta Contudo antes de adentrar em Nietzsche importante citar alguns conceitos de moda e est tica Moda e est tica Nos dias atuais a moda n o comunica uma mensagem ela a mensagem menos uma quest o de c digo sem ntico que de efeito est tico SVENDSEN 2010 p 83 A moda n o se distancia de uma cena quotidiana tamb m est em conformidade com a arte como inserida contemporaneamente em exposi es como 162 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 no Victoria and Albert Museum por exemplo O belo em si e o gosto s o quest es presentes no meio na moda assim como afirmou Baudelaire O belo constitu do por um elemento eterno invari vel cuja quantidade excessivamente dif cil determinar e de um elemento relativo circunstancial que ser se quisermos
168. e diversity of people be alert to global contexts and reach a greater market share Key words Innovation with people innovative profiles contexts of innovation innovation of new markets 1 Introdu o O ritmo acelerado do surgimento crescimento e fechamento das empresas leva os estudiosos a levantarem as rela es comerciais e as rela es entre empresa e cliente pois muitas fecham as portas sem ao menos chegar a uma fase de matura o no mercado O estudo das empresas de sucesso leva a algumas palavras chaves como inova o estrat gia t tica criatividade vis o de longo prazo novos mercados entre muitos outros IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Uma oportunidade de permanecer no mercado a inova o com pessoas ou seja dentro dos projetos da empresa saber realizar a inova o de forma a considerar a diversidade humana g nero capacidades aspectos f sicos psicol gicos e econ micos e atend la o m ximo poss vel desta forma aumentando o potencial de abrang ncia dos produtos e seguimentos de atua o da empresa Quando se trata da diversidade humana prop e se que o produto ou servi o atenda as pessoas como um todo de qualquer cor tamanho peso porte f sico situa o econ mica morador de qualquer parte do mundo com ou sem defici ncia com muita ou pouca habilidade ou sa de O problema que este artigo se prop e a esclarecer Por q
169. e era atribu do BERGAMO 2012 p 140 e assim que observamos haver uma apropria o de sujeitos de classes mais altas por elementos utilizados originalmente por adeptos dessa cultura perif rica Alguns exemplos esclarecedores puderam ser notados durante nossa pesquisa documental Um exemplo do hip hop como tend ncia de moda no per odo analisado p de ser visto na mat ria O hip hop e a moda do site modaspot abil com br da Rede Abril Na mat ria em quest o de agosto de 2012 o estilo hip hop de se vestir aparece como sendo a tend ncia da vez no mundo fashion ressaltando que os top cropped 4 Esse artigo um recorte de nossa Disserta o de Mestrado intitulada Rap Roupa Moda Hip Hop Iguais E Diferentes defendida em dezembro de 2013 pelo Programa de P s Gradua o em Comunica o Midi tica da Universidade Federal de Santa Maria com orienta o da Prfa Dra Rosane Rosa Como nossa pesquisa documental ocorreu em 2012 esse o per odo escolhido para a sele o das mat rias que tratam sobre moda hip hop na grande m dia no presente artigo gt A moda hip hop apesar de j fazer parte do mercado fashion h algum tempo ainda n o possui no Brasil nenhuma pesquisa publicada onde exista a reflex o sobre essa rela o entre a moda aut ntica das periferias e a coopta o da ind stria da moda Uma das nicas pesquisas encontradas que tratam sobre moda e hip hop a de Maria Camargos Mendon a defendi
170. e http modaetica com br E mail santosduarte lucianaQ gmail com IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Abstract This paper discusses the relevance of jeans for material culture its historical origin and data from national production The portentous jeans production implies however at a high environmental impact associated with it In this article design and production tools that aim to reduce the environmental impact are related which are applicable to the design of jeans for sustainability As a case study we analyze the CO PET recycled jeans through qualitative method using some of the tools described with an emphasis on environmental and economic requirements Key words Design for sustainability sustainable jeans CO PET recycled jeans manufacture of jeans 1 Introdu o O setor t xtil fortemente impulsionado pelas demandas dos setores de moda vestu rio acess rios cal ados bolsas e artigos de casa sendo os tecidos mais fortemente evidenciados pelos produtos de moda A import ncia dos t xteis para a moda vestu rio deve se a dois principais motivos primeiro porque a produ o t xtil praticamente toda voltada para alimentar o mercado interno de confec es VIANA et al 2008 em segundo lugar porque nenhum produto recebe tanta divulga o t o rigorosamente analisado e possui tantas revistas especializadas quanto o de moda FLETCHER e GROSE
171. e o p blico assim como o conhecimento de obras e artistas fez com que o hall de uma mera sala de espera comum a qualquer complexo hospitalar se transformasse num espa o curatorial nico capaz de transformar a vida dos pacientes e funcion rios do hospital Transformou um espa o padr o em um espa o de vivencia e aprendizagem tanto para artistas como para pacientes acompanhantes e funcion rios As exposi es foram capazes de melhorar momentaneamente a qualidade de vida das pessoas que faziam uso deste espa o Priscila Arantes In SANTOS 2009 chama a aten o para o fato de que o grande desafio do curador n o o de reafirmar discursos hegem nicos mas pensar criticamente a pr pria arte repensando inclusive os espa os e sua rela o com a arte e o p blico Quer se desta forma evitar a queda ao reducionismo tend ncia pelo ex tico e universaliza o do particular numa esp cie de show de excentricidades nos moldes do s culo 16 com um novo Pheneas Abis freak show temperado com um twist tecnol gico 223 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Refer ncias ADICHIE Chimamanda The danger of a single story TEDGlobal julho de 2009 Oxford UK Dispon vel em http bit ly 1wtOjpF acessado em 25 de agosto de 2014 ARANTES P A C Curadoria hist ria e arte contempor nea In Elaine Caramella Priscila Arantes Sonia Regis Org Curad
172. e produtos citados s o relevantes contudo o acesso informa o sobre as mesmas ainda muito raro devido car ncia de recursos financeiros inexist ncia em locais mais remotos insufici ncia de treinamento e de recursos humanos especializado em assist ncia a essas tecnologias Por isso a pertin ncia em desenvolver pe as do vestu rio pois a roupa um caminho mais 4 Dosvox hardware conversor rotinas b sicas para control lo e uns poucos utilit rios criados usando esse pequeno ambiente em particular o til mas ainda trivial editor de textos Tamb m n o existia sintetizador de voz ent o tudo que era reproduzido na forma de som foi gravado ou ent o soletrado BORGES 2009 gt Thermoform Duplicador de materiais empregando calor e v cuo para produzir relevo em pel cula de PVC DD Te IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 acess vel porquanto n o possui necessidades de manuten es caras e especializadas e desempenham um poder de elevar a autoestima Com esse panorama o estudo analisou as particularidades das diferentes mulheres com defici ncia visual total abordadas na pesquisa de campo tais como as informa es oriundas da pesquisa bibliogr fica Observou se que aquelas que possuem a defici ncia visual total adquirida possuem mem ria anterior defici ncia e por isso podem ser estimuladas e despertadas em suas sensa es adormecidas A vestimenta
173. eito de cada hist ria Depois do devaneio vinha a produ o da imagem As fotografias unidas aos contos renderam um livro chamado Matrioska Gostaria de agradecer aqui a todos os autores e pareceristas que contribuiriam com este n mero e a todos aqueles que viabilizaram a sua publica o Espero que todos tenham na leitura deste n mero o mesmo prazer que tivemos em organiz lo e que o possamos continuar com nossos di logos nos pr ximos n meros da revista Boa leitura Maria Eduarda Araujo Guimar es Editora IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 INOVAR COM PESSOAS E PARA PESSOAS NA IND STRIA DO VESTU RIO UMA ESTRAT GIA PARA AGREGAR NOVOS MERCADOS INNOVATE WITH AND FOR PEOPLE IN THE CLOTHING INDUSTRY A STRATEGY TO ADD NEW MARKETS Bruna Brogin Vilson Jo o Batista Luiz Fernando Gon alves de Figueiredo Giselle Schmidt Alves Diaz Merino Resumo A disputa por espa o no mercado faz com que as empresas de moda estejam sempre em busca da inova o de uma maior fatia de mercado e de satisfazer as necessidades e desejos dos clientes Um modo de atingir estes objetivos por meio da Inova o com Pessoas Assim sendo o objetivo deste artigo explicar porque inovar com pessoas no cen rio comercial atual A partir de pesquisa bibliogr fica s o Graduada em Design de Moda pela Universidade Estadual de Santa Catarina UDESC Especialista em Design
174. ela es que o p blico vai estabelecer com as obras para dar um sentido a exposi o Muitos curadores t m suas inquieta es e interesses que podem ser bastante instigantes mas muitas vezes n o conseguem transmitir para o visitante o porqu daquelas obras estarem reunidas naquele local esclarece Cintr o que durante a mesa redonda explorou espa os curatoriais improv veis como o Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos onde tinham dispon vel para exposi es uma sala IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 redonda envidra ada parte de um projeto de Oscar Niemeyer infelizmente alterado onde as pessoas pacientes e seus acompanhantes transitam 24 horas e onde o sil ncio fundamental As instala es no Complexo hospitalar duraram de mar o de 2010 a mar o de 2014 V rios artistas participaram deste projeto Durante a montagem das instala es a equipe curatorial percebeu que a presen a do artista no local era muito apreciada pelos pacientes e visitantes e a partir desta percep o passaram a chamar artistas realizassem eles mesmos o trabalho no local A figura do curador contempor neo n o est necessariamente amarrada a uma certa cole o ou a uma institui o especifica uma figura que conhece os artistas e o campo das artes entende os processos de cria o e os contextos que podem ser trabalhados numa exposi o A percep o sobre o espa o
175. ela o din mica entre os mecanismos sociais e as autoriza es acionadas para tornar possivel a aceita o de um determinado sentido que pode se chegar aos mecanismos sociais que est o em atua o e ao modo sob o qual se estrutura o campo da moda Essa rela o instaurada pelas a es individuais e cada a o revitaliza os mecanismos sociais dessa estrutura Entretanto toda a tens o gerada por esses movimentos s sentida nos indiv duos inseridos em tal estrutura BERGAMO 2007 p 50 Os criadores escolhem suas estrat gias de estilo que devem ser reconhecidas para que atrav s delas se deduza a sua individualidade enquanto profissionais A Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 IARA capacidade que cada estilista tem em atender a uma demanda de procedimentos expressivos e de reafirmar seus instrumentos de express o e diferencia o sociais d legitimidade posi o ocupada por ele no campo Com isso as aten es s o desviadas dos mecanismos e press es sociais que recaem sobre eles para a compet ncia que os mesmos t m de responder a essas cobran as Dal sup e se que a cria o individual e n o expressa nada de social BERGAMO 2007 p 57 A escolha dessas estrat gias de estilo tamb m deve ser examinada A a o individual sempre est relacionada a estruturas sociais Qualquer a o at mesmo a criativa surge na complexa conjun
176. em gerado graves consequ ncias para o meio ambiente como o desperd cio de uma grande quantidade do l quido atrav s da evapora o e de vazamentos LEONARD 2011 Tradicionalmente a cal a jeans comum geralmente feita de 100 algod o convencional BILISIK e YOLACAN 2011 n o org nico Tamb m s o cada vez mais ofertados jeans com fibras de at 3 de elastano e com diversos percentuais de IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 fibra de poli ster PET ambas derivadas do petr leo Por conseguinte o jeans implica em uma alta carga de impacto ambiental associada a sua manufatura bem como ao seu uso e manuten o Em 2006 a Levi s tornou p blico a ACV de uma cal a jeans referente ao ic nico modelo 501 masculina reta tr s bolsos frontais e dois bolsos posteriores O estudo demonstrou que um nico exemplar da cal a consome 3 482 litros de gua 400 000 kW de energia 32 kg de CO2 Conforme divulgado pela empresa trata se do equivalente a manter uma mangueira ligada por 106 minutos dirigir por 125 502 km e manter ligado um computador por 556 horas FIGUEIREDO e CAVALCANTE 2010 Contudo o mesmo estudo n o especifica exatamente quais os processos da produ o do jeans e da confec o da cal a 4 1 Possibilidades de jeans com redu o de impacto ambiental Enquanto o jeans convencional tem como principais fibras o algod o n o org nico o poli ster
177. endimento da grande quantidade de informa es pr ticas e procedimentos vivenciados incorporando os s atividades de sala de aula e apontando a uma atualiza o constante 240 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 Sendo assim v se de extrema import ncia valorizar os resultados conquistados at ent o sem deixar de lado as metas e objetivos ainda n o alcan ados afim de elaborar e apresentar como produto aplicado um material em seu car cter finalizado desde a captura at a montagem do produto final Para tal ainda percebe se necess rio a aquisi o de software espec fico e reelabora o do material para disponibiliza o ao p blico interessado Lista de Imagens Figura 01 Reprodu o do painel iconogr fico referencial para restaura o dos figurinos Foto Fernanda Romero 2013 Figura 02 Projeto de constru o da plataforma girat ria Robinson Salata e Adriano de Luca 2018 Figura 03 C mera Hasselblad utilizada nas sess es de foto do Ballet Tri dico Foto Jo o Pregnolato 2014 Figura 04 Esquema de luz utilizado para as fotos Jo o Pregnolato 2014 Figura 05 Registros fotogr ficos interativos 72 poses figuros Ballet Tri dico Foto Jo o Pregnolato 20183 Figuras 06 a 09 Detalhes do figurino frontal costas e laterais Foto Jo o Pregnolato 2013 Figuras 10 a 13 Etapas de produ o dos ensaios fotogr ficos transporte montagem do
178. ente o que o tempo ou imagina o que este poderia ser No trecho destacado nos conta sobre um mundo silencioso atemporal e nos apresenta imagens que parecem fotogr ficas que nos remetem a fotografias j vistas curioso notar que h uma fotografia dentro de outra A imobilidade das imagens descritas por Lightman nos faz imaginar questionar tratam se de imagens dial ticas como pensado por Benjamin a imagem no agora da cognoscibilidade carrega no mais alto grau a marca do momento cr tico perigoso subjacente a toda leitura 2007 505 Os ensaios fotogr ficos analisados neste trabalho tamb m se encontram na dimens o de imagens dial ticas Nesse sentido uma quest o merece destaque a dial tica proposta por Benjamin est relacionada n o s com a imagem em si mas tamb m com a visualidade na sua passagem para a visibilidade j que se trata de um modo de pensar de construir conhecimento por imagens Para um aprofundamento desta quest o necess rio detalhar o entendimento sobre os conceitos de Imagem Visualidade e Visibilidade Como nos diz Vil m Flusser imagens s o superf cies que pretendem representar algo 2002 7 Assim por ser de natureza representativa a imagem sup e a configura o semi tica da visualidade aquilo que aparece Numa fotografia por exemplo est relacionada a cores formas planos ilumina o Para uma compreens o sobre visualidade e visibilidade recorre se s propost
179. er menos tratamento qu mico as fibras de algod o n o se deterioram como as de madeira podendo o papel de fibras de jeans ser reciclado at oito vezes mais que os papeis a partir da polpa da madeira CRIGHTON 1993 Neste caso comparado com um produto de mesma finalidade papel e de material convencional celulose o produto reciclado papel de fibras de jeans mostra se de qualidade superior 92 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Outra reciclagem alternativa para res duos de jeans transform los em revestimento de casas para comunidades carentes Desde 2006 a ONG Cotton from Blue to Green em portugu s Algod o do Azul ao Verde coleta jeans para essa finalidade Em m dia s o necess rias 500 pe as de jeans para revestir uma casa m dia COTTON FROM BLUE TO GREEN 2012 O processo produtivo envolve o reprocessamento das fibras de algod o do jeans com beneficiamentos anti fulgurante e anti fungo utilizando poucos produtos qu micos 4 2 Desgaste de uso e lavagem do jeanswear Sabe se que o jeans quanto mais gasto e usado se torna mais apreciado FLETCHER 2008 sendo o seu desgaste desej vel pelos consumidores De fato o jeanswear recebe beneficiamentos de lavanderia que simulam desgastes de uso como pu dos manchas e desbote Em contrapartida o jeans uma roupa que suja pouco que pode ser usada nas circunst ncias mais variadas que n o exige uso
180. er que os gregos davam a vis o concreta que revela o aspecto eterno porque a arte grega revela a ideia grega isso quer dizer a esp cie grega de humanidade 172 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 antes de uma imagem embasada no pensamento intelectual justamente essa ideia de humanidade e a ideia chave da vestimenta do drama de squilo que Nietzsche quis mostrar o fazer art stico no desenvolvimento da obra enquanto processo ou enquanto a obra em si Indo mais longe a ideia de estilo cl ssico seria justamente a for a da trag dia grega na perman ncia do tempo uma esp cie grega de humanidade que se revela mais essencial no aparecimento do pregueado livre no drama grego como se a satisfa o ltima do esp rito o intervalo de repouso absoluto na concep o cl ssica do termo como estilo origin rio no qual perdura at os dias atuais CONSIDERA ES A import ncia da moda no estudo da est tica se d na necessidade do aprimoramento da vis o da moda sob um vi s mais cr tico e cultural Nietzsche sendo ele mesmo o fil sofo da cultura aparece e atualiza a concep o da vestimenta como fen meno cultural o qual no presente estudo aproximou se ideia de est tica sob a tica do artista criador ou seja o criador de moda seria algu m que consegue conectar v rias reas de conhecimento moda arte filosofia sem perder a originalidade do seu pr prio meio
181. eren a pois o velcro pode ser mais f cil de ser fechado por m se estiver nas costas crian a ter dificuldade de fechar se for uma crian a com defici ncia ter mais dificuldade ainda ser menos aut noma e 23 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 mais dependente dos pais ou de algu m para ajud la O objetivo da inova o com pessoas pensar na diversidade de habilidade a fim de projetar produtos do vestu rio que sejam f ceis de usar intuitivos e promovam a autonomia e inclus o do ser humano A persona inovadora do Experimentador aquela que vai fazer um dois tr s ou quantos prot tipos forem necess rios at perceber que cada aviamento e detalhe est o adequados variabilidade humana O contexto do G nero leva em conta homens e mulheres e as particularidades de cada um Muitos objetos s o de uso comum como o carro por exemplo Por m j existem carros adaptados aos dois sexos O projeto que inclui a mulher foi pensado segundo o estudo do sexo feminino a compreens o de que ao usar o cabelo amarrado necess ria uma concavidade no encosto de cabe a e que mulheres motoristas gostariam de um espelho na parte interior do protetor de sol entre outros detalhes Assim tamb m pode ser o projeto do vestu rio A roupa unissex existe desde a Segunda Guerra mundial por m algumas solu es ainda n o s o bem resolvidas e acabam por feminizar o homem ou mascul
182. erramentas de projeto e produ o que visam redu o do impacto ambiental as quais s o aplic veis para o design de jeans Como estudo de caso apresenta se o jeans de algod o e poli ster reciclados 2 Origem do jeans A rigor O jeans o resultado da uni o do tecido denim com o corante ndigo O denim surgiu em 1567 na Fran a e logo se tornou reconhecido por sua resist ncia superior aos demais tecidos Inicialmente o denim foi usado nas velas de embarca es mercantis e no s culo XIX passou a ser usado no vestu rio de marinheiros genoveses e de mineradores americanos PEZZOLO 2007 Em 1853 Levi Strauss uniu o tecido denim de algod o com o corante ndigo criando o blue jeans Em 1860 as cal as jeans dur veis e confort veis come aram a substituir as de lona tornando se traje obrigat rio entre os mineradores norte americanos sendo em seguida apropriado por cowboys e lenhadores Em 1877 as cal as jeans ganharam rebites nos bolsos originando o cl ssico jeans Levi s 501 que logo foi patenteado por Levi Strauss No in cio do s culo XX o jeans ainda era s um tecido forte usado por homens em local de trabalho rude CATOIRA 2006 ou seja sua durabilidade estava IARA associada ao uso profissional e n o ao de moda No Brasil na rela o de tecidos produzidos pela Companhia de Fia o e Tecidos Cedro e Cachoeira empresa privada mais antiga do Brasil em 1897 n o constava jeans ou de
183. est o acima BERGAMO 2007 p 139 Alguns exemplos dessa transforma o do vestu rio hip hop em tend ncia puderam ser observadas por n s durante uma pesquisa documental realizada no IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ano de 2012 com o intuito de nos aproximarmos dessa cultura al m do que a ainda escassa bibliografia sobre a mesma nos ofereceu Pudemos perceber que n o mais restrito aos guetos e periferias urbanas o estilo hip hop ganha popularidade desde os anos 1990 atrav s de artistas como Run DMC Public Enemy e Wu Tang Clan primeiro grupo a produzir sua pr pria linha de roupas ajudando assim a refor ar a imagem j consolidada pelo movimento STEVENSON 2012 Fica evidente ent o que a m dia t m seu papel n o como simples influenciadora de um estilo mas como divulgadora deste principalmente para o p blico brasileiro que bebe da fonte norte americana do movimento hip hop Foi atrav s de canais como a MTV Brasil e de revistas como a Rap Brasil que os adeptos do movimento hip hop em nosso pa s puderam n o apenas ouvir a mensagem disseminada pelos raps mas tamb m ver como esses que mais do que artistas s o porta vozes de uma cultura dos exclu dos se comportavam esteticamente falando Por m como afirma Bergamo 2012 ao ascender aos meios leg timos de informa o e divulga o essa tend ncia passou a adquirir um status que antes n o lh
184. eto de conclus o de curso resultado de uma pesquisa especifica e intensa de mais de um ano A pesquisa bibliogr fica e a pesquisa de campo foram as metodologias utilizadas Esta mediante um question rio 100 presencial realizado no ano de 2013 principalmente no Centro de Atendimento Especializado a Deficientes Visuais CAEDV localizado na Universidade Estadual de Maring no estado do Paran al m de outras organiza es Os question rios continham nove quest es objetivas sobre o p blico alvo e dezoito quest es sobre o perfil do produto de moda desejado por ele sendo dezessete objetivas e uma aberta para que as entrevistadas narrassem suas necessidades quanto a produtos de vestu rio ntimo As quest es tiveram amostras t teis e olfativas para maior compreens o das informa es pelas entrevistadas Nessas quest es foram apresentados tecidos geralmente utilizados no segmento de vestu rio ntimo e que possuissem determinadas caracter sticas t xteis tipos de fechamento s mbolos e texturas em relevo fragr ncias e pe as do segmento de modo que as necessidades distintas identificadas na pesquisa de campo fossem formando um perfil para o desenvolvimento dos produtos A escolha do segmento de vestu rio ntimo deu se pela preocupa o com a autonomia das mulheres portadoras de cegueira principalmente na vestimenta que requer uma maior privacidade assim como a busca de com um produto espec fico e com caracter sticas de moda v
185. eu trabalho Por isso o ato individual de cria o s pode ser um ato social WOLFF 1982 p 133 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Quando no per odo entre guerras Chanel prop s roupas mais simples e com tra os que poca foram considerados masculinizados para as mulheres ela n o o fez apenas porque era uma estilista criativa No entorno hist rico da Primeira Guerra Mundial o trabalho havia se estendido s mulheres bem como todas as fun es masculinas e os direitos civis As mulheres passaram a praticar esportes e tiveram direitos civis reconhecidos passando a ser elas tamb m incorporadas a vida social enquanto cidad s livres As roupas precisavam se adaptar nova situa o Chanel foi tida como a primeira e ficou consagrada como sua criadora mas outros profissionais de moda da poca tamb m desenvolveram seus modelos la gar onne que era caracterizado pelos cabelos curtos com chap u sino e uma esp cie de t nica com comprimento um pouco acima dos joelhos BOUCHER 2010 S pode se compreender devidamente o surgimento dos novos trajes se os mesmos forem situados historicamente Em outra situa o eles talvez n o tivessem sido bem aceitos e em outro momento n o seriam mais considerados inovadores Portanto a originalidade n o uma caracteristica peculiar a um ato mas um juizo retrospectivo sobre o produto ou forma que dele decorre WOLF
186. evista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 a mr 1 at E F N Figura 1 Exemplo de grife de luxo Fonte www gucci com A defini o de que o luxo uma necessidade que come a onde termina a necessidade proposta por Coco Chanel em meados da d cada de 40 ROUX 2007 ainda pode ser v lida atualmente contanto que consideremos as dr sticas mudan as que ocorreram no sentido da palavra necessidade mais de meio s culo depois Tal exclusividade que distingue o luxo da necessidade pode ser melhor compreendida na vis o de Bauman 2001 sob a tica da sociologia em rela o ao consumo Para o autor o consumismo atual n o se trata da mera satisfa o de necessidades mas principalmente da satisfa o de algo mais particular do indiv duo o desejo entidade mais vol til e ef mera evasiva e caprichosa do que a necessidade motiva o autogerada e autopropelida que n o precisa de qualquer outra justificativa ou causa Para o consumidor produtos de luxo s o muito mais do que o resultado da somat ria dos fatores mat ria prima qualidade e custo de produ o Representam satisfa o seja ela de ordem emocional ou material Seu valor adv m da percep o do usu rio sobre o produto ou seja o valor do produto resulta do que o consumidor dele retira e n o necess riamente do que o fabricante insere no mesmo STREHLAU 2008 180 IARA Revista de Moda Cultura e Ar
187. f cie de rela o entre o p blico e o privado Neste sentido s o apresentados posicionamentos poss veis quanto as rea es opostas na rela o a uma mesma imagem e discute se a materialidade do corpo versus a sua humanidade simb lica A discuss o assume um car cter aberto n o conclusivo j que por mais amplas que sejam as possibilidades de an lise e enfoque o corpo humano sempre uma representa o do interior repleto de significados e subjetividades e em muta o e comunica o com o espa o e a sociedade cultural nos quais est inserido Como base reflexiva para a discuss o abordou se dois trabalhos que apresentam o corpo humano atrav s da utiliza o de cad veres em exposi es ao p blico em geral Bodies The Exhibition e Body Worlds A an lise inicial aborda o que denominou se como Corpo Exposto e dada mais enfase a esta parte Para enriquecer as reflex es apresentam se tr s situa es que tratam de corpos humanos em atividade vivencial Em Corpo Transposto apresenta se uma pessoa real com corpo real an nima e brasileira em um processo de cirurgia pl stica depois uma pessoa real com corpo art stico internacionalmente conhecida francesa e tamb m neste processo cir rgico e por fim em Corpo Concebido a imagem de pessoas fict cias produzidas para entretenimento por uma empresa americana No entanto como exemplifica se esta situa o em que o corpo recriado em fun
188. files e feiras n o privilegiam esse tipo de jeans em suas cole es com exce o de uma marca a qual est presente nos principais shoppings nacionais e focada no estilo casual que apresentou jeans CO PET reciclado na sua cole o de Inverno 2012 no Fashion Rio No mbito internacional relevantes marcas de vestu rio em jeans como Levi s Diesel e Seven lan aram cal as que se prop em ecologicamente corretas valendo se mais o marketing do argumento da mat ria prima ambientalmente sustent vel que do processo produtivo t xtil mais limpo Algumas marcas de jeans para a sustentabilidade ambiental a exemplo da inglesa Nudie valem se n o s do material ecol gico e da produ o mais limpa mas tamb m de um conceito de uso que visa educar o consumidor para pr ticas mais sustent veis Neste exemplo a empresa sugere ao usu rio n o lavar sua roupa jeans durante os seis primeiros meses de uso evitando o desbote do ndigo Para higienizar a empresa indica que as roupas sejam expostas ao tempo mido NUDIE 2012 Outras possibilidades ainda de jeans com redu o de impacto ambiental implicam em transpor a moda vestu rio para a extens o do uso dos t xteis CHANG et al 1999 destinando os a mercados produtos diferentes dos que foram originados Por exemplo desde 1992 nos Estados Unidos da Am rica produzido um papel de sobras de jeans provindas de cortes nas confec es de jeanswear Al m de o processo produtivo requer
189. grega o novos modelos de empresa por m para de valor para a empresa coopera o um novo segmento de por meio desta interempresarial mercado abordagem agregadora Processo Figura 4 Inova o de novos mercados Fonte Dos autores Assim como na inova o com pessoas a inova o de novos mercados possui uma abordagem estrat gica t tica e operacional Adaptando a Inova o de Novos Mercados Inova o com Pessoas a estrat gia identificar novos mercados em potencial que possam se inserir ao produto j produzido a partir de pequenas adapta es e produzir novos produtos que desde seu primeiro projeto contemplem um n mero maior da diversidade humana Com rela o ao n vel t tico a empresa deve buscar acordos com organiza es institui es e empresas que tenham rela o com estes diferentes p blicos que se pretende atingir para que se abra um canal de comunica o e divulga o dos produtos A respeito do n vel operacional buscam se novas tecnologias e solu es bem como acordos entre empresas para produ o e distribui o dos produtos inclusivos Para finalizar vale a coloca o de que a Inova o a capacidade da empresa de superar a concorr ncia perfeita estabelecendo uma situa o de monop lio tempor rio ao criar um novo mercado para seus produtos SCHUMPETER 1961 No caso da Inova o com Pessoas aliada Inova o de Novos Mercados n o se cria um novo mercado apenas
190. he tem a ver com o homem moderno ligado apar ncia da industrializa o e das ideias modernistas tamb m est ligado vis o plat nica de mundo da dualidade entre o homem e a raz o A vis o imediata e real no sentido de presen a n o dialoga com as artimanhas de um supramundo da modernidade porque Nietzsche aborda a modernidade como sendo esse mundo ilus rio e metaf sico Her clito o homem est tico BENCHIMOL 2003 p 50 isso quer dizer a 10 Supramundo al m do mundo 167 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 veracidade do seu filosofar na experi ncia e contemplar a exist ncia como fazendo parte de si mesmo e seu g nio art stico e filos fico lhe permitiu contemplar o mundo como apenas o artista contempla sua obra BENCHIMOL 2003 p 50 Mas a vis o nietzschiana da arte como est tica na sua obra de juventude tamb m metaf sica Em sua obra O nascimento da trag dia ele ainda n o vislumbrava o al m do homem Ubermensch o homem al m de si mesmo da a import ncia e contribui o da est tica nietzschiana no imagin rio criativo pois em sua cr tica niilista a Schopenhauer Nietzsche recorre cria o como for a e vontade de poder onde ele defende que toda cria o art stica e o sujeitar se s cren as e morais est o relativamente separados do estilo Estilo e est tica est o a intrinsecamente
191. idade do sagrado ao tempo das marcas S o Paulo Companhia das Letras 2005 QUEIROZ L L PORTINARI D O consumo in sustent vel In Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design 7 2006 Curitiba Anais Curitiba 2006 REZENDE B O paradoxo do eco consumismo 2011 Dispon vel em lt http www colunazero com br 2011 06 um paradoxo chamado eco consumismo html gt Acesso em 21 mai 2010 RICHERS R Marketing uma vis o brasileira S o Paulo Neg cio Editora 2000 ROUX E A era Chanel S o Paulo Cosacnaify 2007 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 SHIFFMAN I KANUK L L Comportamento do consumidor Rio de Janeiro LTC 2000 STREHLAU S Marketing do luxo S o Paulo Cengage Learning 2008 SURIANE L ALONSO F S NEIDERHEITMANN D TEIXEIRA J A Eco gest o do design uma possibilidade urgente In Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design 7 2006 Curitiba Anais Curitiba 2006 VEBLEN T A Teoria da classe ociosa um estudo econ micodas institui es Sao Paulo Ed Atica 1974 VALENTE S Luxo Sustent vel a nova estrat gia do mercado premium X Congresso de Ci ncias da Comunica o da Regi o Nordeste In Anais 2008 Sao Luis MA VALLE C E Qualidade ambiental ISO 14000 S o Paulo Ed Senac 2002 Recebido em 03 12 2013 Aceito em 20 08 2014 191 IARA Revi
192. idi tica pela Universidade Federal de Santa Maria Mestra em Comunica o Midi tica pela Universidade Federal de Santa Maria 20013 Pesquisadora de Moda M sica Audiovisual Culturas urbanas e Identidades Especialista em Comunica o e Projetos de M dia pelo Centro Universit rio Franciscano 2009 Graduada em Rela es P blicas pela Universidade Federal de Santa Maria 2008 Experi ncia na rea de Comunica o e Moda com nfase em Comunica o e Cultura Moda e Comunica o Produ o de moda e Figurino Atua o em projetos de Moda e Empreendedorismo Audiovisual e Mercado Fonogr fico Lattes http lattes cnpqg br 75811418439747083 192 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 1 Os ciclos da moda Apesar de as rela es entre moda e m sica acabarem aparecendo quase sempre nas reflex es te ricas sobre a moda percebemos que s o raras aquelas que se debru am exclusivamente sobre essas intera es No Brasil poderiamos recorrer a Corr a 1989 que discorre sobre as rela es entre o mercado musical que segundo ele um produto cultural e a moda concebida como uma decorr ncia similar a esse mercado O mesmo acontece com o punk segundo Rodrigues 2012 N o raro vermos por exemplo publica es afirmando que a estilista tida como a m e do estilo punk Wivianne Westwood e o dono de loja de roupas Malcolm McLaren tamb m empres rio da maior banda p
193. ido olfativo e t til Fonte Autoria pr pria 77 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 importante ressaltar que os produtos de vestu rio ntimo confeccionados foram testados e aprovados pelas mulheres entrevistadas primeiro por meio de prot tipos nos quais houve adapta es e corre es e depois com o produto final o que possibilitou maior assertividade e adequa o ao prop sito do estudo Conclus o Diante da pesquisa houve a constata o de que a aplica o da sensibilidade t til nos materiais beneficiamentos e aviamentos adaptados para uma melhor comunica o do produto com o usu rio s o importantes de forma que ele possa apreciar o m ximo poss vel o que lhe apresentado e assim assumir suas atividades habituais como escolher produtos que lhes agradem e satisfa am provocando o sentimento de valoriza o e aumentando a autoestima O estudo propiciou compreender as demandas do mercado de mulheres com defici ncia visual total quanto a produtos de moda em especial os de vestu rio intimo Importa ressaltar que de acordo com a pesquisa de campo e depoimentos das entrevistadas h o desejo e demanda do p blico que atualmente n o tem suas necessidades espec ficas atendidas pelo mercado Da mesma forma a pesquisa verificou que os dois perfis de p blico deficiente visual total cong nito e adquirido s o recept veis cria o de produtos de moda relacion
194. ima que 70 dos seres humanos habitam as grandes cidades no Brasil as cidades concentram 85 da popula o ONU Habitat 2006 A rela o cidade e megaexposi o parece clara Temos quase duzentas bienais espalhadas pelas cidades do mundo Nunca tivemos tantas possibilidades curatoriais tanta exposi o de obras de arte e tanto jogo e interdepend ncia com as novas tecnologias e com o mercado e principalmente tanto p blico Chegamos at ter o pensamento dos anos 50 que a propaganda a alma do neg cio O neg cio da arte movimenta milh es n o apenas no mercado de arte mas em outros mercados criando uma esp cie de mercado estendido de arte onde cabem todos os tipos de arte ou interven es art sticas desde que estes possam atrair p blico tenham um sem fim de desdobramentos capas de caderno camisetas borrachas livros cat logos que gerem m dia espont nea e que associem a exposi o a algum tipo de produto ou empresa Curar uma exposi o n o se resume a entender o mercado da arte e os processos criativos de cada artista mais que isso entender o momento cultural inclue se aqui o fen meno do MC Guim o beijinho no ombro o buraco da minhoca a arte urbana Produzir narrativas para determinados p blicos sim com S p blicos os aparelhos culturais oferecidos pela cidade incluindo ai os espa os inusitados e os n o espa os culturais como um hospital um estacionamento o topo de um pr dio uma ponte
195. in the textile manufacturing activity by apposition environmental management Annals of the University of Oradea Fascicle of Textiles Leatherwork v 7 n 1 2011 p 62 65 COTTON FROM BLUE TO GREEN Dispon vel em lt http www cottonfrombluetogreen org gt Acesso em 24 mai 2012 COSTA S BERMAN D HABIB R L 150 Anos da Ind stria T xtil Brasileira Rio de Janeiro Senai Cetiat Texto amp Arte 2000 185 p CRIGHTON K N Unbleached denim finds new life in blue jean paper products Tappi Journal v 76 n 12 1993 p 41 42 DA COSTA A C R DA ROCHA E R P Panorama da cadeia produtiva t xtil e de confec es e a quest o da inova o Dispon vel em lt http www bndes gov br SiteBNDES export sites default bndes pt Galerias Arqu ivos conhecimento bnset Set2905 pdf gt Acesso em 22 mar 2012 DIOR C O pequeno dicion rio de moda S o Paulo Martins 2009 136 p FIGUEIREDO G C CAVALCANTE A L B L Cal a jeans produtividade e possibilidades sustent veis Revista Proj tica v 1 n 1 dez 2010 p 128 145 FLETCHER K Sustainable fashion and textiles design journeys Londres e Washington DC Earthscan 2008 239 p GROSE L Moda amp sustentabilidade design para mudan a S o Paulo Editora Senac S o Paulo 2011 192 p 107 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 GIROLETTI D F brica convento disciplina Belo
196. ine com 8070a76d504e4045a23016b5999feea0O 1 Caracteristic as e tipos de inovacao 01 htm gt Acessado em 20 de ago 2013 Inova o Tecnol gica Roupa antibacteriana protege contra gripes resfriados e at polui o Postado em 14 maio 2007 Dispon vel em lt http Www inovacaotecnologica com br noticias noticia php artigo 0101650705 14 U1 KmiVdX2Y gt Acesso em 28 abril 2014 KELLEY Thomas As 10 faces da inova o estrat gias para turbinar a criatividade Tradu o de Antonio Celso da Cunha Serra Rio de Janeiro Elsevier 2007 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7336 Artigo vol 7 N 2 2014 MOZOTA Brigitte Borja Gest o do Design Porto Alegre Bookman 2011 NORWEGIAN DESIGN COUNCIL Noruega Innovating with people the business of inclusive design Noruega Norsk Designrad 2010 QUESENBERY Witney BROOKS Kevin Storytelling for Use Experience Nova York Rosenfeld 2010 SCHUMPETER Joseph Alois Capitalismo socialismo e democracia Rio de Janeiro Fundo de Cultura 1961 WATKINSON Matt The ten principles behind great customer experience UK Publishing Financial Times 2013 240 p Recebido em 11 09 2013 Aceito em 04 08 2014 p IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 AS COLE ES ASSINADAS PARA REDES DE FAST FASHION E O SEU VALOR SIMB LICO THE SIGNED COLLECTIONS FOR FAST FASHION CHAINS AN
197. ini o P blica passa pelas redes sociais e assim estas redes fazem parte da mudan a de contexto medida que n o importa o que se produza o ve culo de comunica o passa por estas m dias Seja qual for o produto do vestu rio ou n o ele ser avaliado e comentado nas redes sociais e ter assim abrang ncia mundial Se um produto estiver dispon vel para uma maior variedade de pessoas naturalmente ele tem mais chances de ser consumido A opini o p blica tamb m diz respeito empresa que sabe ouvir o que o cliente tem a dizer e assim fazer uso da inova o aberta gerando uma cocria o com o cliente pautando melhoras no produto a partir da opini o e experi ncia dos usu rios O perfil do profissional inovador Cuidador capaz de interpretar os coment rios e comportamentos em redes sociais e elaborar um projeto de produto ou servi o para uma demanda escondida nos coment rios e posts de usu rios Com respeito Viagem e Mobilidade pode se observar que nos ltimos anos o mundo todo tem feito um apelo para que se utilize o transporte p blico as bicicletas e o caminhar em vez dos autom veis particulares que por levarem poucos IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 usu rios acabam por poluir mais a atmosfera Em contrapartida cada vez se produzem mais carros que rodam cada vez menos O estudo e an lise destes dados revelam s demandas as quais os novos produ
198. inizar a mulher A roupa unissex pode trazer acess rios cambi veis e adapt veis aos dois sexos como bolsos programados para len os masculinos mas tamb m para pequenos objetos femininos Ou prendedores que s o cintos masculinos e la os com fivelas femininos A pr pria t cnica de saber jogar as cores e tonalidades pode fazer um produto ser mais abrangente Muitos produtos s o feitos por homens e usados por mulheres e vice versa Para que isto ocorra exige se uma pesquisa com consumidor para que o projeto tenha sempre o vi s centrado na diversidade de usu rios A pessoa inovadora do Polinizador pode descobrir riquezas para o vestu rio unissex ao explorar diferentes culturas e adaptar os conhecimentos ao vestu rio a fim de que ele possa atender usu rios variados 24 A IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Estes contextos afetam os neg cios a partir do momento em que se faz necess rio abra ar a diversidade entender que consumidores n o s o estere tipos que os estilos de vida est o mudando assim como os valores estruturais e sociais Para cada contexto que se modifica foi citado uma pessoa inovadora que chave neste processo por m todos os perfis inovadores se tornam importantes cada um a sua maneira para todos os contextos e tipos de inova o A aten o nestes contextos leva a uma abordagem de design focada nas pessoas e possivelmente mais efetiva at porq
199. interno quebrando a separa o 152 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 por Muniz Sodr quando este afirma a met fora vale tamb m para se ilustrar o modo de relacionamento entre o atual e o virtual mas agora enfatizando a tor o em vez da continuidade entre dentro e fora O virtual um outro plano torcido espectral mas sem d vida em continuidade replicante ou clonante com a realidade atual 2002 p 155 Ou seja nesse trabalho o ato fotogr fico se d simultaneamente nesses dois planos no plano da realidade atual e no plano do virtual A constru o da imagem fotogr fica se expande e atinge tamb m o olhar do fot grafo enquanto observador das imagens do site Quais s o as caracter sticas desse duplo ato fotogr fico Primeiro se trata de uma experimenta o por expandir o ato fotogr fico e o levar a um espa o que primeiramente n o o comportaria a tela de computador Em seguida este duplo ato se caracteriza por explorar o continuo atual virtual de maneira que o virtual distorcido 2 por se tratar de uma imagem seja acessado primeiro ou seja h uma invers o em vez de o fot grafo se deparar com a realidade e transform la em imagem ele se encontra com imagens e investiga a cidade a partir dessa media o Nesse sentido a experimenta o vai al m do universo das pr ticas fotogr ficas convencionais para a cria o de um novo m todo de produ o
200. ionava fica se na superf cie na imagem do que poderia ser sem as possibilidades almejadas pelo desejo da mudan a A outra cirurgia realizada alcan a o extremo do produzir no corpo externo a imagem interna o imagin rio e subconsciente de identidade ou identifica o O personagem amava golfinhos e decide induzido emocionalmente pelo m dico transformar seu corpo humano na imagem do corpo animal 2 Por m assim como os outros personagens a conquista foi da imagem pessoal externa e n o na abrang ncia de possibilidades f sicas as quais o sonho agarrado a interven o cir rgica imaginou Por exemplo Mr Garrison tinha uma alma de mulher mas a cirurgia n o possibilitou que gerasse um beb Nestes exemplos aparece muito mais a rela o emotiva e pessoal para com o corpo do que uma imagem esperada pelo contexto extermo Assim o corpo a superf cie simb lica do mago 12 Fora do mundo fict cio encontra se o norte americano Dennis Avner nomem gato nhomem tigre 127 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Figura 4 Imagem de identifica o imagem corporal Fonte Cena do epis dio Mr Garrison s Fancy New Vagina South Park V deo no site oficial http www southparkstudios com episodes 103817 Considera es Finais Todas as imagens expostas podem ser analisadas em sua complexidade e podem abrir caminhos distintos de estudo sobre o corpo e por isso s
201. ior percentual de deficientes visuais no Brasil s o mulheres e que a moda possui uma estreita rela o com o g nero considerou se mais adequado para a pesquisa o desenvolvimento de produtos de vestu rio ntimo para mulheres Sobre a ntima rela o das mulheres com a moda Simmel d cr dito a psicologia feminina diferenciada que estabelece uma rela o mais imitativa no que concerne aos costumes as formas aceitas pela maioria e ao que conv m SIMMEL 1998 Segundo Porto 2002 p 36 por meio do corpo as mulheres se tornam aptas a sentir o mundo interior e exterior e mesmo este n o sendo vis vel aos olhos n o invis vel sua sensibilidade Ibid p 15 Diante do exposto o problema da pesquisa orientou se pela seguinte indaga o Como aplicar a comunica o e a sensibilidade t til olfativa nos produtos de vestu rio intimo femininos destinados s mulheres com defici ncia visual total O objetivo foi desenvolver produtos de vestu rio ntimo que atendam as necessidades de mulheres com defici ncia visual Explorar novas formas de IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 aplica es t xteis adequa o da linguagem e aspectos da comunica o do produto de moda atrelado ao design sensorial tamb m foram prop sitos da pesquisa Al m disso nesse artigo objetiva se divulgar um estudo relacionado ao tema aqui abordado oriundo de um proj
202. is e em parte a criar por meio da peculiaridade de sua obstinada investiga o um segundo mundo paralelo ao primeiro no qual as formas sombras cores e texturas corroboram para a constru o de um universo particular in VASCONCELLOS 2010 10 Essa obstinada investiga o a qual se refere Chiodetto faz com que o fot grafo utilize em cada uma de suas s ries um suporte diferente que se vincula de tal modo ao conceito do trabalho e s imagens produzidas que se caracteriza como meio comunicativo Coletivo foi produzido a partir da intera o pesquisa t cnica imagem meio Segundo o fot grafo n o poderia ter sido feito a n o ser pelo uso do suporte digital isso porque sua busca neste trabalho era por uma est tica limpa e organizada sem as marcas que o processo de fotomontagem poderia trazer IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Em Paisagens marinhas ensaio fotogr fico produzido na d cada de 90 Vasconcellos tamb m trabalhou com fotomontagem e a cria o de imagens sem um referente concreto mas o processo de constru o do trabalho se deu de forma completamente diferente Paisagens marinhas foi produzido com filme fotogr fico preto e branco Cada peixe cada objeto foi fotografado separadamente num fotograma e depois os fragmentos foram unidos em um processo artesanal Imagem 02 Fotografia da s rie Paisagens marinhas de C ssio Vasconcellos 1994 Neste p
203. it nio xido de antim nio e acetalde do FLETCHER 2008 LEE 2009 Em contrapartida a maior vantagem das fibras de poli ster que as mesmas demandam cerca de 80 menos energia para serem recicladas que a energia necess ria para fabricar produtos qu micos virgens intermedi rios do petr leo e convert los em fibras FLETCHER e GROSE 2011 Quanto s fibras de algod o elas s o provenientes de planta es que ocupam uma rea de 3 do globo terrestre e que empregam 40 milh es de pessoas em p ssimas condi es de trabalho de extrema pobreza e insalubridade LEE 2009 O algod o representa 16 da libera o de inseticidas no mundo mais do que qualquer outra colheita e 10 de todos os pesticidas LEE 2009 FLETCHER e GROSE 2011 Segundo LEONARD 2011 para cada quilo de algod o colhido nos Estados Unidos os agricultores aplicam trezentos gramas de fertilizantes qu micos e pesticidas Como consequ ncia o elevado uso de subst ncias t xicas implica na perda de muitas vidas humanas A Organiza o Mundial da Sa de OMS indica que h cerca de tr s milh es de envenenamentos por pesticida a cada ano resultando em 20 mil mortes na maioria entre os pobres das zonas rurais dos pa ses em desenvolvimento FLETCHER e GROSE 2011 No mundo todo 50 das planta es de algod o s o irrigadas artificialmente FLETCHER e GROSE 2011 Essa pr tica em detrimento do uso de gua da chuva e respeito aos ciclos hidrol gicos t
204. itas ao redor do mundo com a tem tica do corpo humano a primeira do Dr Gunter van Hagens Body Worlds e a segunda Bodies The Exhibition dirigida pelo Dr Roy Glover para discutir os questionamentos quanto a rela o do ser humano com o seu corpo por dicotomia entre suas realidades e subjetividades muitas vezes expressas pela arte ou pela ci ncia J em Anal gico e digital A fotografia entre meios de Tatiana Pontes de Oliveira temos a investiga o dos suportes da fotografia anal gica e da fotografia digital enquanto meios comunicativos a partir do trabalho fotogr fico de C ssio Vasconcellos As discuss es que envolvem a est tica e os estilos de vida est o presentes nos artigos Ensaio sobre moda e est tica na concep o de mundo como cria o de Ana Fabiola Pedrosa de Vasconcelos e Antonio Takao Kanamaru instigante reflex o sobre a moda a partir da hist ria da est tica e da teoria da arte por meio de refer ncias fundamentais tais como Nietzsche Schlegel e Baudelaire Em O novo luxo e o eco consumismo de autoria de Gabriella Ribeiro da Silva e Ara jo e Camila Santos Doubek Lopes a mais que oportuna discuss o sobre os valores que foram incorporados categoria do novo luxo tais como qualidade de vida praticidade e a consci ncia socioambiental Finalmente em Moda hip hop do gueto passarela de Camila da Silva Marques discutido a o percurso que levou o vestu rio caracter stico de u
205. itos das Pessoas com Defici ncia e seu respectivo Protocolo Facultativo que foram ratificados pelo Congresso Nacional em 09 de julho de 2008 pelo decreto legislativo 186 2008 que prev o padr o de vida e prote o social adequados aos deficientes inclusive os visuais observa que os 52 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Estados reconhecem o direito das pessoas com defici ncia a um padr o adequado de vida para si e para suas fam lias inclusive alimenta o vestu rio e moradia adequados bem como melhoria constante de suas condi es de vida e dever o tomar as provid ncias necess rias para salvaguardar e promover a realiza o deste direito sem discrimina o baseada na defici ncia BENGALA LEGAL 2006 O resgate da autoestima por interm dio do produto de vestu rio pode ser vi vel por ser uma alternativa para minimizar os impactos que os padr es de beleza podem causar entre eles o preconceito os estere tipos quanto ao corpo n o perfeito o que afeta n o s sujeitos portadores de defici ncia mas a sociedade como um todo Segundo Porto 2002 p 42 o cego n o s tem condi es e vontades como pode admirar e apreciar tudo o que lhe apresentado Para que isso ocorra verificou se a necessidade de adequa o da linguagem e comunica o do produto de moda destinado s consumidoras com defici ncia visual Considerando que o ma
206. lecionadas a partir dos referenciais te ricos ligados sustentabilidade e ao Processo de Desenvolvimento de Produtos PDP S o elas Desenvolvimento Sustent vel Balan o de Massa Ecologia Industrial Ecoefici ncia Capitalismo Natural Emiss o Zero ZERI Ber o ao Ber o Cadeia de Suprimentos Verde An lise do Ciclo de Vida ACV Ecodesign Log stica Reversa Produ o Mais Limpa Design for Environment DfE QFD for Environment e Emergia Inicialmente as abordagens eram focadas em um assunto apenas ex balan o de massa em 1969 com o passar do tempo as abordagens foram se tornando mais abrangentes ex emergia em 1996 conforme QUADRO 03 QUADRO 03 Classifica o das abordagens ligadas sustentabilidade e PDP Adaptado de MAGNAGO et al 2012 p 369 Abordagens Descri o Autor organiza o Balan o de E a avalia o quantitativa das entradas e sa das Ayres e Kneese massa de materiais e energia no n vel dos processos produtivos individuais An lise do Ciclo E a avalia o de cada um dos efeitos ambientais de Vida gerados ao longo da vida de um produto do ber o ao t mulo Ecodesgin um processo de gerenciamento de projeto que Victor Papanek minimiza os impactos ambientais negativos otimizando a performance Log stica S o pr ticas de gerenciamento de log stica Setor privado reversa incluindo a distribui o reversa e atividades Inglaterra EUA envolvidas na redu o ge
207. leza e import ncia da trag dia na concep o est tica de todo um per odo da antiguidade principalmente no que concerne vestimenta se n o existia uma moda na poca por outro lado existia toda uma concep o de h bito do vestu rio A trag dia era uma esp cie de modelo universal do indiv duo superior A ess ncia da genu na trag dia esquiliana e sofocliana est inteiramente fundada naquela moralidade superior que era o esp rito e a vida de sua poca e de sua cidade SCHELLING 2001 p 328 Quando se representava a figura do grego e sua vestimenta a import ncia do indiv duo ideal estava expressa tal qual sua atividade a grandeza dos antigos consiste precisamente na elevada compreens o que tinham do que faziam ou seja a representa o do esp rito do grego era retratada como um todo como Alexandre 171 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 O amor pelas formas livres e belas eram os tra os dominantes do car ter nacional grego HEGEL 2005 p 416 Isso representava o imediatismo da contempla o do humano o corporal como um atributo humano penetrado de espiritualidade e apreciar acima de tudo a forma humana como a mais livre e a mais bela HEGEL 2005 p 416 Os gregos ao mesmo tempo em que mostravam certo cuidado ao se vestir na vida cotidiana sentiam se honrados ao lutar totalmente despidos Ent o contrariamente a modernidade e sua
208. lguma cidade do planeta um megaevento de arte esteja atraindo milhares de pessoas Em muitos casos s o exposi es dos cl ssicos da arte que est o em turn pelo mundo tentando fazer com que as pessoas ao redor do mundo conhe am um Dali um Mir os Renascentistas Estas megaexposi es contam com uma divulga o massiva pelos meios de comunica o e de fato levam milhares de pessoas s mostras Tamb m atraem uma multid o de visitantes as exposi es da vida de um roqueiro ou personalidade ou alguma bienal de arte design arquitetura jogos etc Em todos os casos as exposi es pouco se relacionam s cidades onde se instalam temporariamente como aponta O curador Cubano Geraldo Mosquera 2011 Em meados do s culo XX com a cria o dos grandes eventos de Arte a figura do curador assume uma outra significa o que est relacionada a figura do pensador pesquisador do connoisseur Mais do que cuidar no sentido de preservar as obras o curador atua selecionando as obras que merecem ser preservadas e apresentadas sempre dentro de um recorte proposto seja pela institui o que pertence seja por sua pesquisa individual Geraldo Mosquera 2011 aponta tamb m para a import ncia cultural das 217 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 megal poles N o podemos desconsiderar que nelas hoje se concentra mais da metade da popula o mundial Atualmente se est
209. lhar fotogr fico tendo como objeto as imagens de sat lite dispon veis no site Nesse sentido entende se aqui o ato fotogr fico como a a o de composi o e de proposta de um corte de um enquadramento promovido pelo olhar do fot grafo Num momento posterior ap s o registro de v rias imagens Vasconcellos montou uma esp cie de mapa dos lugares selecionados e partiu para sobrevoar a cidade num helic ptero para reencontrar e fotografar as imagens antes vistas e enquadradas n o pelo visor da c mera mas por outra janela a do monitor de computador Nesse sentido podemos pensar nesse trabalho fotogr fico como pertencente a duas dimens es numa aproxima o com a met fora da cinta de Moebius usada 10 No site h a seguinte apresenta o sobre o servi o oferecido O Google Earth permite ir para qualquer lugar na Terra e ver imagens de sat lite mapas terrenos constru es em 3D o oceano e at mesmo gal xias no espa o sideral Dispon vel em http www google com br intl pt BR earth download ge Acesso em 01 maio 2011 11 Podemos pensar a partir da geometria anal tica numa superf cie n o orient vel Superf cie orientada aquela gerada por exemplo numa cinta em que s o diversos e incomunic veis os planos interno e externo N o orient vel a que se obt m quando se d uma tor o numa das pontas da cinta antes de col la outra de maneira que o plano externo tenha continuidade no
210. lidade e prefer ncias das mulheres com defici ncia visual pesquisadas mas sobretudo trazer para a cole o as tend ncias mais atuais da esta o na qual foi realizado a pesquisa Primavera Ver o 2013 e desse modo proporcionar acesso moda vigente de vestu rio intimo para uma consumidora com necessidades espec ficas que na maioria das vezes n o contemplada nesse sentido o que valoriza e contribui para a exalta o de sua autoestima As roupas procuraram aliar conforto e durabilidade com percep o t til e olfativa o que possibilitou a intera o direta entre os produtos e as consumidoras Conferindo adapta es a determinadas necessidades os produtos buscaram proporcionar a autoconfian a a melhora na autonomia de escolha e a autorrealiza o do p blico alvo De uma forma geral a cole o apresentou produtos que possuem caracter sticas t teis e bordadas em relevo representa o do alfabeto em Braille 15 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 mediante os bordados e aplica es Os fechamentos s o em sua maioria por fechos frontais caracter stica que proporcionou maior facilidade de vestibilidade para as consumidoras Al m disso as pe as continham etiqueta bandeira e etiqueta de tamanho na linguagem adequada para essas mulheres Braille assim como tags com informa es de cor e modelo Quanto aplica o de caracter sticas olfativas a fragr ncia jas
211. lo elas prov m do est mago ou da imagina o n o altera nada a quest o MARX 2013 113 35 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 corresponde um valor de troca e mercadorias com o mesmo valor de troca podem ser trocadas uma pela outra Para a produ o de um valor de uso necess ria a realiza o de determinadas atividades produtivas de maior ou menor complexidade Logo a propriedade comum a quaisquer mercadorias que todas s o frutos de trabalho humano Assim como valor de uso a mercadoria det m diferentes qualidades como valor de troca diferentes quantidades de trabalho envolvido em sua produ o na impress o a ela das caracter sticas que a tornam meio para satisfa o de necessidades O valor de troca portanto a express o do valor da mercadoria Este ltimo por sua vez determinado pela quantidade de trabalho socialmente necess rio sua produ o Ou seja para a produ o de um valor de uso um bem que tem determinada utilidade social necess ria a realiza o de todo um conjunto articulado de atividades produtivas de maior ou menor complexidade que determina o seu valor que por sua vez expresso no valor de troca Para os fins da presente pesquisa assumimos que o pre o de uma mercadoria seu valor de troca expresso em dinheiro Aqui se fazem necess rios alguns breves apontamentos Como j foi dito a f
212. lobo com moda news vogue foi a venda antecipada da stella mccartney para ca gt acesso em 17 mai 2014 H amp M High fashion profile at H amp M this autumn Estocolmo 17 set 2004 a Disponivel em lt http about hm com content hm NewsroomSection en NewsRoom NewsroomDet ails high fashion profile at hm this autumn html gt acesso em 17 mai 2014 Karl Lagerfeld Fragrance by H amp M Estocolmo 18 set 2004 b Disponivel em lt http about hm com AboutSection en news newsroom news html content Am N ewsroomsSection en NewsRoom NewsroomDetails karl lagerfeld fragrance by hm html gt acesso em 17 mai 2014 LIPOVETSKY Gilles O imp rio do ef mero a moda e seu destino nas sociedades modernas S o Paulo Companhia das Letras 1989 MARX Karl O capital cr tica da Economia Pol tica Livro I o processo de produ o do capital S o Paulo Boitempo 2013 MENKES Suzy Is fast fashion going out of fashion New York Times Style 21 set 2008 Dispon vel em lt http www nytimes com 2008 09 21 style 21iht rbasta 1 16332117 html r 0 gt acesso em 17 mai 2014 NETTO Jos Paulo amp BRAZ Marcelo Economia pol tica uma introdu o cr tica S o Paulo Cortez 2006 THOMAS Dana Deluxe como o luxo perdeu o brilho os bastidores da atual ind stria da moda Rio de Janeiro Campus Elsevier 2008 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1923 7836 Artigo vol 7 No 2 2014 S
213. m de aumentarem as vendas ampliam o p blico que consome seus produtos Os consumidores levando em conta a reputa o de determinado estilista e considerando que ele um criador de talento confirmado BECKER 2010 p 291 avaliam que devem aproveitar a boa oportunidade de compra j que nas marcas originais os pre os s o muito mais altos A parceria proporciona s grandes redes um novo status o de vendedoras de produtos de moda e n o s de c pias No Brasil a C amp A uma das empresas de distribui o comercial que mais realiza este tipo de parceria e j teve cole es de Isabela Capeto Reinaldo Louren o Alexandre Herchcovitch Andrea Marques e da inglesa Stella McCartney Em 2013 a C amp A lan ou doze cole es em parceria Entre elas podemos destacar as cole es do italiano Roberto Cavalli da nova iorquina Anne Fontaine e da 284 marca dos herdeiros da Daslu O lan amento da cole o da estilista Stella McCartney para a C amp A foi um marco do fast fashion brasileiro No dia do lan amento em mar o de 2011 o furor consumista foi tanto que havia filas nas portas das lojas mesmo antes que elas se abrissem Houve corre corre disputa por pe as e longa espera por uma vaga nos provadores cenas comuns s liquida es de grandes magazines norte americanos e lan amentos de grandes redes de moda r pida europeias e as pe as da cole o praticamente acabaram em quest o de horas GUIMAR ES 2011 A maior
214. m o poder de criar distanciamento afasta a interven o humana e possibilita uma vis o mais cient fica virtual Consiste em uma vis o descorporificada desumanizada sem sentimento ou emo o a verdade de forma 116 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 real desprovida de moralidades Entretanto ainda que munido de processo cient fico complexo quando esses corpos s o apresentados com vida com atitudes de um ser humano ativo ou ainda com deboche ou a reflex o do inusitado o que pode se constatar a denomina o dada ao Dr Gunther von Hanges por Dr Frankstein Veras 2009 mais comumente conhecido Dr Morte THE INDEPENDENT 2007 Eu sou um cientista com senso de est tica Eu trago a anatomia para as pessoas de uma maneira emocional Eu n o desumanizo um esp cime eu n o mudo uma perna por um taco de golfe ou um p nis por um rev lver Eu n o fa o Damien Hist Estou sempre sobre a anatomia Eu sou um anatomista n o um artista von Hagens ao jornal The Independent 30 10 2007 tradu o autora No entanto ao contr rio de sua afirma o o m dico ganhou notoriedade como artista por sua frieza cient fica conjugada a est tica do emocional ou a est tica da necrofilia quando aponta para um dos ltimos tabus culturais um dos primeiros da humanidade a morte Cesarotto 2002 Al m disso Hagens refor a esta
215. m que explora as caracter sticas deste suporte e a possibilidade de us lo como um meio comunicativo na medida em que a aus ncia de marcas decorrente daquele processo extremamente importante para a constru o de sentidos do trabalho Em outro trabalho chamado Tecidos Urbanos C ssio Vasconcellos explorou o suporte digital de forma bastante ampla pois sua pesquisa se deteve n o s no 151 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 suporte fotogr fico mas tamb m num estudo das possibilidades de utiliza o de imagens produzidas por sat lite e expostas na internet pelo site Google Eartht O ensaio foi produzido a partir de uma pesquisa dessas imagens especialmente da cidade de S o Paulo Nessa pesquisa o fot grafo buscou imagens que apresentassem um contraste muito evidente principalmente entre reas urbanizadas e reas com natureza preservada que simultaneamente fazem parte da paisagem contrastante de S o Paulo Tal pesquisa foi baseada em passeios pelas imagens do site O fot grafo conta que a partir de uma busca a princ pio aleat ria ao se deparar com uma imagem que O interessava usava um recurso para se aproximar dela fazia um enquadramento e em seguida registrava a imagem Dessa forma se nota um deslocamento do ato fotogr fico o fot grafo n o est diante da cidade concreta mas a fotografa num processo de segunda m o ou seja exercita seu o
216. ma subcultura urbana a se tornar um dos mais populares estilos do nosso tempo Na se o Mem ria o texto O curador como intermedi rio cultural de Ana Laura Gamboggi reflete sobre os debates produzidos nas Mesas Redondas sobre Mercados Emergentes em Curadoria realizadas no Senac Lapa Scipi o nos dias 30 de junho e 31 de julho de 2014 e que contaram com a participa o de Tadeu Chiarelli Rejane Cintr o Paula Alzugaray Gisele Beiguelman e Jose Ant nio Marton Io IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Editoria vol 7 No 2 2014 Nessa mesma se o o artigo Fotografia interativa registro fotogr fico dos figurinos do Ballet Tri dico de Fernanda Romero Moreira Fernando Luis Fogliano e Jo o da Silva Pregnolato apresenta o resultado do projeto de pesquisa que tinha como objetivo o registro fotogr fico da reconstitui o do Ballet Tri dico cujo desenvolvimento pode ser encontrado no artigo Ballet Tri dico pesquisa experimenta o e execu o Reflex es e registro do percurso de uma reconstitui o de Ernesto Boccara e Agda Regina de Carvalho publicado na Revista Iara volume 2 n mero 1 de 2009 Em Reflex es Est ticas temos o prazer de apresentar o trabalho Matrioska de Andressa Cerqueira Casado trabalho que segundo a autora surgiu a partir de um caderno de devaneios considerado um espa o para desenhar escrever e colocar tudo que ela refletia a resp
217. mas delas podem ser visualizadas na figura 2 Figura 2 Tecnologia a servi o de t xteis Fonte Dos autores A Inova o com Pessoas pode fazer uso de ferramentas como o Design Inclusivo que une a inova o e a variedade de pessoas por meio do projeto centrado no usu rio Segundo o Norwegian Design Council 2010 13 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo vol 7 No 2 2014 O Design pode ser simplesmente descrito como um processo de exame de um problema e cria o de uma solu o O Design Inclusivo tr s a perspectiva de pessoas reais para este problema inspirando muitos pontos de vista e ideias inesperadas O resultado de solu o pode ser mais variado inovador e amigo do usu rio trazendo novos pensamentos para desafios familiares dentro do seu neg cio NORWEGIAN DESIGN COUNCIL 2010 p 6 tradu o dos autores A Inova o com Pessoas pode usar o Design Inclusivo como ferramenta no n vel estrat gico t tico e operacional para que o vestu rio atenda a variedade de pessoas Conforme a figura 3 para realizar a inova o com pessoas necess ria tamb m a a o de um gestor de design a n vel estrat gico t tico e operacional No n vel estrat gico o objetivo da inova o deve ser produzir solu es que atendam a variedade de pessoas no n vel t tico deve ser realizada a pesquisa com usu rios l deres e no n vel operacional deve ser averiguada a diversidade
218. mente se disseminar para as outras camadas da popula o com a fabrica o de determinadas pe as em grande escala e com o aux lio da divulga o da m dia de massa O que acontece a partir da que a moda hip hop acaba sedo cooptada pelo mercado fashion e virando uma tend ncia com o passar dos anos principalmente pela dissemina o do estilo street wear nos anos 1990 Bergamo 2007 esclarece O street wear s recebeu essa denomina o quando as grandes confec es decidiram competir com as pequenas por essa fatia de mercado Num primeiro momento apenas confec es desconhecidas do p blico produziam roupas para rappers e skatistas O crescimento do movimento tanto na m sica quanto no consumo de um tipo espec fico de roupa foi traduzido pelas grandes confec es e por muitos consultores moda como tend ncia BERGAMO 2007 p 139 O que ocorre aqui um legitimo exemplo da moda n o mais escorrendo de cima para baixo como diria Simmel 2008 mas sim um movimento de baixo para cima com a apropria o de uma maneira urbana e contestat ria de se vestir pela ind stria da moda Bergamo 2007 traz uma afirma o feita pela consultora de estilo brasileira Gloria Kalil para refletir sobre essa rela o que diz que a pir mide da moda sofreu uma invers o deixou de se inspirar na classe alta e difundir seu estilo s demais para inspirar se nas classes baixas urbanas e difundir seu estilo para aquelas que
219. mim uma das citadas pelas entrevistadas como a de prefer ncia foi aplicada em algumas pe as da cole o de maneira direta por meio de estampas com cheiro caracter stico ou por meio de sach s pequenos saquinhos de tecido ou acess rios de metal em que s o depositados perfumes com a ess ncia de cheiro jasmim Abaixo a figura 9 demonstra como algumas das caracter sticas acima citadas foram aplicadas principalmente a adequa o da linguagem Ainda se teve a preocupa o com uma modelagem que proporcionasse conforto mobilidade e ao mesmo tempo evidenciasse o busto e quadril das usu rias proporcionando bem estar e exalta o do seu corpo Al a frente nica 1 5 cm Fecho de al a Vi s de acabamento Fecho de al a pp rente Fechamento frontal colchetes de gancho de metal Etiqueta bandeira bandeira Recorte no centro das costas Bordado em Braille feito em acabamento Ad ae 77 AA emborrachado Tecido de renda y ecido de rend Vi s de acabamento Vi s de acabamento Franzido no 1 centro das costas Recortes Bordado em Braille feito em acabamento emborrachado Etiqueta bandeira Fundilho em Cotton Tecido rendado Figura 9 Croqui e desenho t cnico de modelo com aplica o do sistema Braille Fonte Autoria pr pria IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Na figura 10 abaixo apresentamos um ook adapt
220. mo adequado e oficial MELO 2011 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Abstract This work treats inclusive fashion as a way to minimize physical and psychological damages caused in women by total visual impairment researching possibilities of adaptation of intimate wear and ways of application of tactile and olfactory sensitivity in the products fulfilling through literature and field research the specific needs of these consumers aiming to develop fashion products that provide knowledge on the subject relating it to fashion to bring also greater comfort self esteem of users and autonomy of choice and use of intimate parts The study does not propose that it will solve the problems but minimize the difficulties found Key words Inclusive Fashion Women Visual impairment Introdu o Na contemporaneidade nota se que a moda se desenvolveu consideravelmente e que passou a direcionar se para reas e p blicos ainda n o pensados embora no Brasil existam marcas de vestu rio que se direcionam para atender s necessidades especificas em especial de deficientes visuais ainda insuficiente Dentre as defici ncias a visual a que possui maior percentual de portadores no Brasil totalizando 18 8 o que corresponde a 506 3 mil pessoas IBGE 2013 Segundo Toledo 2013 h mais mulheres com defici ncia visual 57 do que homens 43 O artigo 28 da Conven o sobre os Dire
221. moda j que ele est relacionado express o das individualidades LIPOVETSKY 1989 SVENDSEN 2010 Julga se aqui que o desejo de distin o um fator determinante no consumo de produtos culturais entre eles os de moda j que a pr pria individualidade e o gosto formada de acordo com as condi es materiais nas quais vive o indiv duo e as rela es sociais que experimenta e constr i a partir delas Ali s a express o da individualidade vem se amparando cada vez mais fortemente no consumo de bens culturais com maior ou menor valor simb lico ou seja na qualidade de apropria o dos mesmos mais um motivo pelo qual renegar seu valor distintivo parece equivocado necess rio hoje refletir sobre os modos atrav s dos quais se atualiza o desejo de distin o associado aos bens culturais e de moda e com ele as pr ticas comerciais em todas as camadas do mercado desde o luxo at as massas com a preserva o de certos aspectos combinada nega o e supera o hist rica de outros A investiga o do fast fashion fen meno que envolve consumo de massa e marcas de luxo parece ser um bom caminho para a busca da compreens o de como IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 se d a express o de tal desejo no cen rio atual Refer ncias ARNAULT Bernard The Perfect Paradox of Star Brands An Interview with Bernard Arnault of LVMH In Harva
222. mp e as equipes de trabalho de forma brilhante e incentivando as a inovar As pessoas de constru o s o as que aplicam os insights gerados pelos papeis de aprendizado e canalizam a capacita o produzida pelos papeis de organiza o para realizar inova o KELLEY 2007 p 11 Este macroperfil divide se em outros quatro s o eles O arquiteto de experi ncias o cen grafo o cuidador e o contador de hist rias O arquiteto de experi ncias aquele que projeta experi ncias irresist veis entre o cliente e a solu o da empresa O cen grafo aquele que transforma o IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ambiente f sico de forma a estimular o trabalho de cada um e conseguir o melhor de todos pois acredita que ambientes internos adequados inova o contribuem para cultura criativa O cuidador aquele que cuida do cliente com zelo antecipando seus desejos e necessidades criando servi os para uma demanda existente Por ltimo o contador de hist rias aquele que mant m a moral da empresa em alta por meio da divulga o de hist rias com valores humanos e culturais ligados empresa tem a fun o de construir o senso de coleguismo em suas equipes Cada perfil de pessoa inovadora fundamental no momento de inovar pensando na diversidade humana Como colocado por Mozota A inova o um processo coletivo e continuo Mozota 2011 p 148
223. mporariamente com qualquer situa o financeira e econ mica independente do g nero morador de qualquer local geogr fico e pessoas de qualquer cultura Quanto aos contextos que est o mudando os identificados e abordados neste artigo foram O meio ambiente os pa ses em desenvolvimento a opini o p blica as viagens e mobilidade a sociedade os servi os de design os cuidados com a sa de a internet o lazer a vida profissional o poder de compra e idade a vizinhan a a comunica o a habilidade e por fim o g nero Cada contexto se relaciona com o vestu rio de v rias maneiras algumas foram discutidas no artigo a fim de explicar e exemplificar a Inova o com Pessoas Como esta inova o al m de ser para pessoas se d a partir das pessoas os contextos foram relacionados com a atua o direta dos dez perfis inovadores propostos por Kelley 2007 s o eles O antrop logo o experimentador o polinizador o saltador de obst culos o colaborador o diretor o arquiteto de experi ncias o cen grafo o cuidador e o contador de hist rias Estas rela es perpassam um entendimento da Inova o com Pessoas que al m do foco no cliente possui foco empresarial no funcion rio e suas potencialidades para inova o Acredita se que para inovar para pessoas necess rio inovar com pessoas ou seja realizar o desenvolvimento de um projeto focado no usu rio diverso e este projeto deve passar pelas diversas potencialidades exi
224. n curatorship and the market analyzing in particular the role of the curator and the mega events currently taking place in large cities around the globe In the text we discuss the figure of the curator as a cultural intermediary who has the challenge of avoiding the reaffirmation 1 Professora do Centro Universit rio Senac nos cursos de curadoria e gest o cultural Doutora em Antropologia Cultural Tem experi ncia nas reas de Antropologia Educa o e Comunica o Social 213 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 of hegemonic discourse and of thinking art critically rethinking in the process exposition space and its relation to art and the public The discussion has as background the debates that took place at the Roundtables on Emerging Markets in Curatorship at SENAC Lapa Scipi o on June 30 and July 31 2014 with the participation of Tadeu Chiarelli Rejane Cintr o Paula Alzugaray Gisele Beiguelman and Jose Ant nio Marton Key words curatorship curation in emerging markets independent curator alternative spaces cultural intermediary Introdu o Com o intuito ampliar a vis o sobre o mercado de curadoria a coordena o do curso de Curadoria do Senac Lapa Scipi o organizou o evento Mercados Emergentes em Curadoria nos dias 30 de junho e 31 de julho de 2014 Foram realizadas duas mesas redondas com a participa o de curadores conceituados na re
225. nas de dist ncia uns dos outros Nestas tr s p ginas eu me permiti espa o para desenhar escrever e colocar tudo que eu refletia a respeito de cada hist ria Depois do devaneio vinha a produ o da imagem As fotografias unidas aos contos renderam um livro chamado Matrioska Na parte te rica as pesquisas come aram sobre devaneio bastante estudado por Bachelard Acontece que enquanto produzia os conjuntos texto imagem eu percebia que dificilmente a rela o que eu propunha entre as duas era a mesma encontrada por aqueles que as liam Por este motivo o trabalho te rico valorizou tanto o conceito de obra aberta de Umberto Eco e depois se estendeu para a rela o entre narrativas passando inclusive por artistas que utilizam a rela o dos mesmos tipos narrativos escolhidos para Matrioska Esta base te rica foi importante para eu Bacharel em Fotografia pelo Centro Universit rio Senac Participou de duas exposi es coletivas durante sua forma o Cidade gigante e intimista nas esta es de metr Rep blica e Cl nicas em 2010 e Latitudes na biblioteca no Centro Universit rio Senac Santo Amaro em 2013 Tamb m esteve na exposi o coletiva Sobre lugares e gestos no Museu da Imagem e do Som de S o Paulo em 2014 243 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Reflex es vol 7 No 2 2014 entender o que meu trabalho pr tico poderia provocar em quem o visse e entender
226. ncorporou novos valores e significados que originaram o novo luxo O mesmo que abarca um mult plice rol de aspectos subjetivos estendeu se tamb m categoria dos produtos de moda com apelo genu no ou n o ecologicamente coerente Seu consumo ao que se p de depreender neste estudo n o distinto dos produtos convencionais al m de fonte de 187 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 express o da identidade passou a servir de artif cio de ostenta o da question vel consci ncia e postura de seus usu rios em rela o s quest es socioambientais Dado o exposto pode se inferir que ao vestir uma pe a de roupa presumidamente ecol gica por exemplo o usu rio anteriormente considerado por dois dos autores supracitados como uma vitrina ambulante pode sensibilizar conscientizar e inspirar outras pessoas a consumirem de maneira sustent vel ou simplesmente despertar o desejo de compra de produtos verdes J a motiva o para concretiza o de tal op o de consumo pode n o passar de banal esp cie de ostenta o por m de ordem cultural considerando que sua consci ncia ecol gica tamb m produto da ind stria cultural Na contrapartida da cultura do descart vel valores socioambientais ganharam status de luxo que uma vez corrompidos em sua ess ncia ao se materializarem em meras pr ticas consumistas tornam inertes potenciais contribui es em
227. nim apenas similares como brim lona brim mineiro brim mineiro xadrez e brim angola GIROLETTI 1991 Enquanto o boom do jeans em todas as classes e idades se deu na segunda metade do s culo XX no mundo LIPOVETSKY 2009 o jeans somente come ou a ganhar massivamente o mercado brasileiro em 1970 tendo uma aceita o natural inicialmente pela juventude CATOIRA 2006 Pode se dizer que a partir dos anos 1950 a humanidade passou a se vestir de azul ndigo com maior frequ ncia O ndigo considerado o corante mais antigo para tingir tecidos data de 3 000 a C e provinha de plantas do g nero Indigofera Mercadoria de grande valor o intenso azul somente chegou Europa mercantil em 1516 PEZZOLO 2007 tendo sido obtido sinteticamente em 1880 O ndigo possivelmente o corante e a cor mais comum da moda apresentando tonalidades e matizes de azul multiplicados pelos beneficiamentos de lavanderia a que submetido o vestu rio em jeans jeanswear Em consequ ncia popularidade do blue jeans e ao respectivo apre o pela cor azul o consumo atual do corante ndigo enorme MEKSI et al 2012 3 Ojeans no Brasil A ind stria da moda constitui uma das maiores do mundo cuja movimenta o financeira representa mais de um trilh o de d lares e emprega aproximadamente um bilh o de pessoas PETRECA et al 2008 ABRAVEST 2012 No ranking TC internacional o Brasil ocupa as primeiras posi es TAB 01 Em 2007 a cadeia
228. nxergam ALFABETO BRAILLE a b c d e f g h i j e 9 ee eoe eoe eoe amp e e kJ e eoe LEJ EJ k I m n o p q r s t e e eo eoe o co o e e e e e e a o o e o KJ e e e u v w xX y Z e a KI ee e eoe eo co 00 bd e e co e eo So eo eo e eo ee ee e Y Y i oe eo o o o o EJ o oe e oo co oo oe oe eo KI eo eo e oe oe amp oe oe oe oe oe oe i oe oe e oo oo oo oo oo o 0o oe oo o LS EJ oo co EJ 0 o eo co oo o oe co 4 r Grifo Ap strofo Sinal de Mai scula Caixa alta oo oo 0000 000000 oo oo o0 oe co oe ooc00 000000 oe oo oo oo oo ea eo 0060060 so oe oe 00 06 Sinal de N x divis o Expoente Grau oe o0 oo Do oo oo 0600 o oo 0000 oe eo oo co eo 0 0006 oo oe ee eo EI co eo eo ce eo 0000 oe o 0000 gt lt oe 09 oo o oe o oe o oe oo 0 200 00 oo ee oe oe o o oe EJ eo oe eo 00 eo 00 00 00 a oe oe o e o oo 00 00 00 e e e Figura 2 Alfabeto Braille Fonte CAETANO 2012 Com rela o ao ndice este est vinculado aos cheiros que conectam os usu rios aos seus verdadeiros objetos e pessoas ou a imagens armazenadas na mem ria do deficiente visual total adquirido em especial o qual experimenta e atribui um significado de modo pessoal e individual muito relacionado a sua mem ria Todas as mensagens podem ser analisadas mediante signos tanto nas suas propriedades intern
229. o contra a polui o do ar e as radia es mais fortes do sol que podem ser tratados pelas roupas Inova o Tecnol gica 2007 As roupas podem liberar fatores de prote o solar na pele absorver ou desviar raios e hidratar a pele mediante a presen a de flu dos abrasivos J o fator gua deve ser levado em conta no momento da limpeza da roupa deve se pensar em todo o ciclo de vida do produto de forma que a manuten o n o prejudique o meio ambiente O fator terra deve ser observado no tocante ao descarte da roupa como se dar a decomposi o de forma que o ciclo de vida do produto seja ecoeficiente e tenha indica o para pessoas de todas as cores idades pigmentos de pele alergias Para o contexto do meio ambiente o perfil do inovador Experimentador importante para testar a rela o dos produtos e servi os com o meio ambiente O contexto muda em rela o tamb m aos Pa ses em Desenvolvimento no momento s o Brasil R ssia ndia e China os pa ses emergentes Estes pa ses em franco desenvolvimento possuem demandas espec ficas que devem ser levadas em conta nos projetos Para o vestu rio observa se a miscigena o e heterogeneidade do povo brasileiro que demanda uma modelagem vers til O clima extremo da R ssia que requer tecidos com tecnologia avan ada para manter a temperatura corp rea A ndia que necessita de produ o de vestu rio que alie o respeito s condi es do trabalhador do setor t xtil e de c
230. o entre muitos determinantes e essas estruturas As escolhas individuais s o comumente consideradas escolhas livres No entanto mesmo elas s o pautadas nos determinantes sociais e h sempre uma multiplicidade de causas para um ato individual Na intera o social as estruturas s o continuamente reproduzidas e por outro lado a exist ncia das mesmas que permite que as pessoas ajam e fa am suas escolhas Em outras palavras as estruturas determinam as a es humanas s o elas que as possibilitam e fornecem as condi es e as op es de a o e essas a es por sua vez interferem no funcionamento das estruturas As escolhas individuais e as pr ticas decorrentes delas s o situadas historicamente e s podem ocorrer em resposta s condi es objetivas em que o indiv duo est inserido WOLFF 1982 Disto se conclui que as estrat gias de estilo pelas quais opta um estilista ao longo de seu percurso n o s o apenas frutos de sua criatividade e que suas cria es n o surgem porque de tanto desenhar ele acaba vendo roupas em tudo onde n o est o Ent o de repente como um raio o croqui se ilumina DIOR 2011 p 26 7 Elas s o na verdade consequ ncia de uma conjun o de fatores que conformam a maneira como ele deve ou n o proceder e criar As condi es de trabalho e a pr pria individualidade do criador dependem grandemente das estruturas e das institui es de pr tica profissional que facilitam o s
231. o predeterminado anterior cegueira que s o facilmente percebidas e assimiladas Independentemente da condi o da defici ncia visual cong nita ou adquirida deve se produzir possibilidades de modo que as dificuldades n o sejam maiores do que realmente s o Ainda necess rio no desenvolvimento de produtos voltados aos cegos considerando as caracter sticas de cada perfil da defici ncia criar produtos com diferentes apelos Por exemplo no caso do deficiente visual total adquirido podem ser abordados aspectos do legado de imagens armazenadas na mem ria deles analisando quais s o de melhor identifica o por meio do tato Como menciona Porto 2002 p 30 31 ser corpo deficiente n o significa ser corpo ausente ou ainda como discorrem Nunes e Lom naco 2008 p 121 a pessoa cega ainda que com um sentido prejudicado tem capacidades de desenvolvimento como qualquer pessoa desde que lhe sejam dadas as condi es adequadas para tal que lhe possibilite o acesso s informa es visuais por outras vias As exposi es dos autores supracitados revelam as possibilidades de vida social satisfat ria dos sujeitos com defici ncia visual tanto quanto a daqueles que n o a possuem Mesmo assim no contexto da defici ncia inclusive daquela relacionada vis o a atual sociedade divulga e molda diariamente um padr o de corpo belo magro produtivo e eficiente sendo assim ao mesmo tempo exclui o individuo
232. obando tamb m o car ter identit rio representativo e quem diria resistente e emancipat rio dos sistemas de moda passando tamb m por uma an lise do seu consumo pelas classes populares e pelos sujeitos de periferia Nesse sentido tomamos como recorte no sentido de exemplificar empiricamente essas rela es a moda hip hop e seu circuito que caminha das periferias para as grandes passarelas mundiais sobre esta manifesta o modal ent o que lan amos nosso olhar na sequencia com o intuito de entendermos melhor os fluxos e caminhos que ocorrem entre moda hip hop periferia e o mundo das tend ncias 2 Moda hip hop Toma se como ponto de partida para as reflex es aqui pretendidas a cultura 196 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 urbana do hip hop atuando como uma forma social e cultural poss vel de se resolver conflitos e de colocar seus participantes como sujeitos de direitos no mundo Assim caracterizamos por meio dos conceitos de Alain Touraine 2009 o hip hop como um movimento social pois segundo o autor os novos movimentos sociais s o as a es coletivas conduzidas na defesa dos direitos culturais isto conduzidas por categorias culturais pelas mulheres pelas minorias sexuais pelos trabalhadores imigrados pelas minorias nacionais e religiosas enfim pelos portadores de alguma defici ncia TOURAINE 2009 p 182 Desde seu
233. obre a cultura hip hop al m de fotos f runs e not cias que aglutinam esses dois elementos em um s Neste momento ent o apresentaremos algumas das primeiras impress es e dados das rela es entre a cultura hip hop e o vestu rio iniciando uma reflex o a respeito das rela es entre os sujeitos adeptos dessa cultura e suas pr ticas de consumo e do entendimento da apropria o dessa moda pelo mercado fashion Iniciamos com o aux lio de Bergamo 2007 que reflete sobre a quest o da atitude no ato de se escolher as pe as de roupas que se ir consumir Segundo o autor essa atitude refere se express o de uma postura que se admite perante a sociedade ou em outros termos uma postura de coragem perante uma contingente posi o social capaz de suplantar a ordem social e sobre ela impor se BERGAMO 2007 p 138 O autor exemplifica essa atitude com a cultura hip hop e os grupos de rap que t m surgido com cada vez mais for a sendo compreendidos como uma cr tica social que se completa no uso particular de um tipo de roupa e independente de qual seja o car ter da critica ela precisa necessariamente expressar ou ser expressiva de uma postura de coragem perante a sociedade configurando uma postura pessoal diante de uma ordem social que deve ser recusada BERGAMO 2007 p 139 Para o autor o vestu rio ent o funciona como um outro elemento que auxilia na express o da ideologia da cultura hip hop
234. oced ncia dos corpos ULABY 2006 e por exemplo quanto a necessidade de uma autoriza o anterior para o uso e exposi o dos mesmos S o quest es plaus veis principalmente quando sabe se que s o de posse do Dr Gunther n o somente corpos humanos mas f bricas deles THE INDEPENDENT 2007 ou melhor institutos de plastina o Desde 1995 j foram feitas diversas exposi es principalmente nos Estados Unidos e Alemanha Ao mesmo tempo em que se utiliza de um processo e metodologia cient ficos o anatomista tamb m carrega os corpos mat ria plastificada de simbolismos familiaridades e a es Por vezes o resultado final pode at mesmo ser avaliado como interfer ncias debochadas da t o real e pl stica materialidade que composto o ser humano e os animais A morte como quest o derradeira da exist ncia humana repleta de mist rios e mistifica es O corpo sem vida a mat ria evidente de um fim comum quando a individualiza o perde seu sentido o processo de putrefa o natural e inerente ao status ou diferencia o social Quando o corpo de pessoas mortas exposto a pessoas vivas estas em sua grande maioria expressam um sentimento de desconforto Quando isso apresentado de forma cient fica ou melhor de forma mais desentimentalizada e objetiva a rea o facilitada por um sentimento de distanciamento e pouca identifica o pois n o s o as v sceras que olhamos ao espelho A tecnologia te
235. ol 7 No 2 2014 Servi os de design Opini o p blica O contador de hist rias O cuidador Vida profissional O cen grafo O Poder de compra e itet arquiteto de Age experi ncias Pessoas de constru o O diretor O Cuidados com a sa de ambiente Habilidade Viagem e mobilidade EE Pessoas que recebem a inova o nichos de mercado Pessoas que produzem a inova o Contextos que est o mudando Figura 5 Roda de Integra o da Inova o com Pessoas Fonte Dos autores 4 Considera es Finais Ao fim das leituras an lises e considera es acima realizadas pode se concluir que os tr s aspectos que justificam a inova o com pessoas no vestu rio s o a diversidade de pessoas que precisam ser atingidas pelo mercado de moda os contextos que est o mudando e precisam da aten o e a o das personas de inova o para atenderem a variedade de pessoas e a capacidade da inova o com pessoas de incorporar novos mercados ao p blico alvo da empresa ou mesmo criar novos segmentos de produ o Quanto variabilidade de pessoas que precisam ser atingidas estas s o pessoas com e sem defici ncia das mais diversas idades das mais diversas dimens es de todas as ra as com diferentes n veis de habilidade ou habilidade IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 afetada te
236. olhar para um mercado que at ent o nitidamente n o foi contemplado confirmando a relev ncia em criar pe as espec ficas e adequadas s necessidades pontuais de mulheres com defici ncia visual total este trabalho ainda pode contribuir para estudos sobre o p blico pesquisado em outros seguimentos de moda ou ramos de atividade Refer ncias bibliogr ficas ACKUSTOM Estampas em alto relevo 2013 Dispon vel em lt http ackustom wordpress com 2013 05 18 estampas em alto relevo gt acesso em 22 ago 2013 ALVES Iara Boccato Entendendo a vis o de pais e filhos com defici ncia sensorial sobre a sexualidade dos ltimos nos filmes comerciais Relat rio final Inicia o cient fica em Psicologia Departamento de Psicologia do Desenvolvimento Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo 2007 ARA JO Renata Dias Henriques de Reflex es sobre a constitui o do eu corporal em cegos cong nitos 102 f 2008 Disserta o Mestrado em Psicologia Clinica Universidade Cat lica de Pernambuco Recife 2008 Dispon vel em lt http www unicap br tede tde arquivos 1 TDE 2008 08 05T160947Z 184 Publico RENATAY 20DIAS 20H 20ARAUJO pdf gt acesso em 16 abr 2013 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 BARRETO Carol Moda e express o sexual um redesenho de si mesmo In Col quio de Moda 2 2006 Salvador Anais eletr nicos Dispon vel em lt http
237. oltadas a suas demandas promover a valoriza o da vaidade da autoestima al m da inclus o dessas consumidoras no mercado de moda Uma das maneiras encontradas para atender s necessidades das mulheres pesquisadas foi al m da adequa o da linguagem a aplica o da sensibilidade t til e olfativa nos produtos possibilitando uma melhora na autonomia de escolha e vestibilidade ou seja a moda sendo inclusiva Independentemente da causa da S4 A IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 aquisi o da defici ncia visual total not ria a falta de produtos criados e desenvolvidos exclusivamente para atender a esse perfil de consumidor que tem seus desejos e por sua vez poder aquisitivo t o interessante quanto consumidores que enxergam Desenvolvimento A defici ncia visual total segundo Veiga 1983 p 3 perder a plasticidade do movimento das outras pessoas ou seja n o enxergar qualquer objeto ou ser Segundo Ferreira 2008 o estado de deficiente visual apenas denota a caracteristica da aus ncia da vis o Conde 2012 discorre que a cegueira total ou simplesmente amaurose pressup e completa perda de vis o A vis o nula isto nem a percep o luminosa est presente No jarg o oftalmol gico usa se a express o vis o zero Os indiv duos com defici ncia visual possuem suas peculiaridades que culturalmente os distinguem de outros indiv duos c
238. om os riscos e realidades do procedimento Corpo Concebido Este terceiro corpo aqui apresentado poderia ser o resultado extremo do corpo transposto alterado por interven es diversas mas est aqui separado por ser fruto de um anseio ntimo antes de um desejo por configura o em contexto sociocultural Assim a terceira imagem foi retirada de South Park um epis dio do desenho animado de Trey Parker e Matt Stone Mr Garrison s Fancy New Vagina Em resumo o que ocorre neste epis dio primeiramente a mudan a de sexo de um dos personagens Mr Garrison homossexual e quer se tornar mulher ganha IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 uma vagina e somente esta imagem e parcela corp rea do complexo universo feminino o que j apresenta complexidades Com o que restou do corpo do Mr Garrison o m dico faz mais duas cirurgias em outros dois personagens Um deles um jovem que tem o sonho de ser jogador de basquete entretanto n o possui o tipo f sico adequado e por meio da opera o consegue se tornar alto e negro at este ponto algo n o muito fora das possibilidades tecnol gicas da medicina contempor nea A mudan a de sexo a altera o na pigmenta o da pele ou mesmo o aumento da extens o da estrutura ssea j s o poss veis No entanto como apresentado no desenho algumas destas altera es n o conseguem abranger tudo que a mudan a intenc
239. om rela o s formas e s mbolos de f cil percep o Verificou se que h uma maior assimila o pelos simbolos de cora o cruz estrela lua e sol 56 sucedidos pelas formas geom tricas 25 O simbolo de cora o para as questionadas remete ao sentimento de amor e romance os de lua estrela e sol s o associados ao sonho e imagina o j os de cruz e formas geom tricas a aspectos da religi o e tradi o 70 em IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Na ltima quest o aberta foi solicitado ao p blico que descrevesse como seria o vestu rio ntimo dos seus sonhos adequado a sua necessidade espec fica Analisando a ltima quest o nota se que a maioria tem prefer ncia por pe as que possuam as seguintes caracter sticas fechamento frontal etiqueta em Braille que indique cor e composi o do tecido bojo refor ado e adequado ao tamanho da calcinha calcinha de el stico ou de cintura alta estampas em relevo ou com textura pences recortes bordados e aromas diversificados Mediante as caracter sticas acima expostas pode se obter informa es relevantes para o desenvolvimento de produtos de moda do segmento de vestu rio intimo aperfei oados para a demanda do p blico pesquisado Dessa forma a cole o foi adaptada as limita es oriundas da falta de vis o De acordo com as caracter sticas e necessidades identificadas nas pesquisas na etapa de
240. omo os deficientes visuais parciais e os deficientes visuais totais sejam eles cong nitos nasceram com a defici ncia ou adquiridos que adquiriram a defici ncia durante a vida por meio de acidente ou doen a Al m disso algumas formas de defici ncias visuais parciais s o limita es tempor rias em que os indiv duos s o capazes de ver objetos e materiais quando est o a poucos centimetros ou no m ximo a meio metro de dist ncia ALVES 2007 p 11 e outras causam a vis o reduzida em que os indiv duos possuem limita o suscitada pela defici ncia visual que pode ser corrigida por meio de interven o como os culos Para compreender melhor sobre os sujeitos com defici ncia visual total objeto deste artigo necessita se explanar sobre a distin o entre o deficiente visual total cong nito e adquirido sendo o primeiro aludido por Ara jo 2008 p 11 como pessoas que nasceram cegas compreendendo que uma pessoa que nunca enxergou tem uma experi ncia diferente daquela que ficou cega nos primeiros anos de vida Com rela o ao deficiente visual total adquirido Figueiredo 2012 p 34 exp e IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 que se trata da situa o em que o indiv duo nasce dotado do sentido da vis o perdendo o mais tarde sendo assim herda um legado de imagens visuais armazenados na sua mem ria por um per odo de temp
241. omp e prov m de res duos t xteis de p s uso ex roupas e de confec es ex retalhos e aparas O fabricante informou processos e maquin rios usados na produ o mas de forma aleat ria pois compreende a produ o como sigilosa As informa es foram organizadas delineando o processo 101 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 produtivo do jeans reciclado com base na ordem do fluxo convencional de produ o de t xteis QUADRO 04 QUADRO 04 Processo produtivo do jeans com redu o de impacto ambiental Fonte autora WELE IO Processos de manufatura e Fio V EE Tecido Ressalva se contudo no QUADRO 04 que os maquin rios prensa e super clean atribu dos manufatura do tecido podem apresentar ordem diversa Infere se que os tecidos sejam submetidos a calandras prensas cil ndricas respons veis por tornar o acabamento de superf cie mais uniforme e acetinado Seguidamente s o higienizados e submetidos sanforizadeira Tamb m poss vel que outros processos e ou maquin rios sejam usados mas n o tenham sido informados a exemplo do tingimento Embora de acordo com o fabricante a manufatura do tecido e dos fios n o requeira gua o mesmo n o se pode afirmar sobre a manufatura das fibras adquiridas pela empresa Ao ser confrontado sobre a possibilidade dos tecidos coletados serem tingidos antes de serem desfibrados i
242. onfec o combinado a produtos acess veis em valor para a popula o E a China com uma popula o de pele clara e de estatura inferior a media mundial necessitando uma modelagem de tamanhos menores e que chegue at os tradicionais tamanhos grandes ocidentais para poder exportar al m de roupas que protejam a pele da radia o solar 15 IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Em se tratando da popula o dos pa ses emergentes Deos Kiss e Bezerra 2012 colocam que fonte de novas oportunidades a serem supridas o que se constitui um mercado potencial para o qual as empresas podem se voltar e produzir produtos adaptados a tais realidades com investimentos em pesquisa e desenvolvimento aproveitando as riquezas culturais e particularidades de cada pa s e quebrando o paradigma da diversidade social econ mica educacional e intelectual Para identificar e trabalhar com estes novos mercados percebe se o potencial de atua o da pessoa de inova o com o perfil do Polinizador capaz de explorar outras culturas e adaptar este mercado as condi es da empresa Para cada pa s a abordagem universal do vestu rio leva ainda a uma reflex o com rela o as tradi es costumes e cren as dos mesmos que v o interferir diretamente nas cores tamanhos e modelagens de cada um dos tipos de vestu rio indo muito al m de um vestu rio globalizado mas que atenda a diversidade O fator Op
243. or Dr Roy Glover como um instrumento de conhecimento cient fico e educacional A sua maior preocupa o a declara o pelo cient fico versus o art stico o informativo e educacional versus a agress o reflexiva o jur dico legal o correto exato o n o question vel moralmente Bodies The Exhibition declarado trabalho cient fico de educa o e Body Worlds foi classificado art stico Na atualidade ambos s o renomadamente conhecidos e identificados por sua excel ncia t cnica e pelo fasc nio da experi ncia ainda mais quando as dimens es s o testadas e um elefante inteiro tamb m palstinado Ainda assim acredita se ser relevante a men o a tais formas de classifica o das exposi es ou dos desconfortos associados as mesmas Segundo a contextualiza o de Caroline Jones e Peter Galison sobre a produ o de conhecimento ao longo da hist ria com destaque ao encontro e oposi o de algumas formas de gerar e analisar este conhecimento arte e ci ncia est o hist rica e culturalmente incorporados Os autores iniciam a an lise ao final do s culo XIX com a Revolu o Industrial quando por necessidade ideol gica ou econ mica arte e ci ncia assumem objetivos distintos ou melhor a cada um s o atribu das e mesmo assumido reas de conhecimento dispares Entretanto na metade do s culo XX esta dist ncia come a a ser questionada por diversos autores a exemplo da era Gestalt Com isso poss vel o
244. oria hist ria e arte contempor nea led SP Educ 2014 v p 57 73 BITTENCOURT Jos Neves org Cadernos de diretrizes museol gicas 2 media o em museus curadorias exposi es a o educativa Let cia Juli o coordenadora Belo Horizonte Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais Superintend ncia de Museus 2008 KROCHMALNY S Genealogia del curador como intermediario cultural en el campo art stico argentino Ramona Buenos Aires mayo de 2008 MOSQUERA Geraldo Las nuevas generaciones forzar n a Chile a que se abra m s Artishock 29 de junho de 2011 Dispon vel em http bit ly 1kcQyWp acessado em 25 de agosto de 2014 OBRIST Hans Ulrich Uma breve hist ria da curadoria S o Paulo BEI Comunica o 2010 ORGANIZA O DAS NA ES UNIDAS Produccion social del habitat en Am rica Latina y el Caribe Oficina Regional para Am rica Latina y el Caribe de UN Habitat Brasil 2006 SANTOS Franciele Filipini dos Arte Contempor nea em Di logo com as M dias Digitais concep o art stica curatorial e cr tica Santa Maria Gr fica Editora Pallotti 2009 112p IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 FOTOGRAFIA INTERATIVA REGISTRO FOTOGR FICO DOS FIGURINOS DO BALLET TRI DICO Fernanda Romero Moreira Fernando Luis Fogliano Jo o da Silva Pregnolato Resumo Este trabalho pretende descrever o percu
245. orial de cada um Uma exposi o bem pensada e bem montada ajuda o visitante a perceber os di logos propostos pela curadoria de forma clara e o mesmo tempo estabelecer seus pr prios di logos Mas o mais importante lembrar que cada obra por si s j oferece muita informa o E fundamental que n o a deixemos em segundo plano Cada obra nica e o objetivo do curador a meu ver estabelecer di logos entre v rios trabalhos sem prejudicar sua individualidade A fun o critico curatorial antes realizada pelos gestores de institui es formais de arte ou seja por aqueles que dirigiam museus e galerias tanto na esfera p blica como privada cujo cuore do seu trabalho o acervo da institui o Como esclarece Tadeu Chiarelli sobre o MAC a equipe de curadoras do MAC USP dedica se portanto preserva o pesquisa e exibi o de sua cole o de aproximadamente 8 000 obras transferida recentemente para a nova sede no Ibirapuera as exposi es tempor rias deveriam apresentar artistas que est o Revista de Moda Cultura e Arte issn 1953 7535 mem ria vol 7 No 2 2014 221 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 presentes ou far o parte futuramente do acervo Chiarelli aponta tamb m que sem uma conduta desse tipo norteada pelo seu acervo o museu tornar se ia ref m de outras din micas do sistema da arte do qual faz parte Ne
246. orma social universal da troca de mercadorias nas sociedades capitalistas a troca mediada por dinheiro O pr prio dinheiro por sua vez uma mercadoria que usada para express o do valor de todas as outras quem compra uma mercadoria vende dinheiro e vice versa Estabeleceu se historicamente que um bem troc vel por uma determinada quantidade de dinheiro ou pelo seu pre o Ou seja se estabeleceu historicamente que certa quantidade de dinheiro simboliza o valor de cada bem produzido por uma sociedade O pre o no n vel de abstra o em que trabalha se aqui a express o simb lica da grandeza do valor de uma mercadoria MARX 2013 gt A cr tica da Economia Pol tica demonstrou sobejamente como o pre o na verdade oscila em torno do valor ao longo de per odos mais ou menos dilatados ele portanto tende ao valor cf NETTO amp BRAZ 2006 Neste processo entra em jogo largo conjunto de determina es que decidiu se p r de lado na presente exposi o Isto porque no mbito da pesquisa vem sendo poss vel trabalhar no n vel de abstra o que os p e como equivalentes sem preju zo No mais este o mesmo n vel de abstra o 36 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Em confer ncia escrita para ser realizada na Sorbonne em 1957 Christian Dior afirma que a cria o na Alta Costura representa um tesouro do artesanato consciencioso um triunfo da
247. os ltimos sete anos aproximadamente teve a colabora o de uma equipe multidisciplinar Sua concep o foi desenvolvida pelos professores doutores Ernesto G Boccara e Agda R Carvalho Al m disso houve participa es significativas de alguns docentes citando como exemplos o professor Lucio Agra pesquisador de arte e performance da professora Isaura Seppi performer varetas e pesquisadora de artes Todo o trabalho de manuten o e guarda foi conduzido pela professora Juliana Machado de Queiroz restaura o e an lise dos figurinos e a respons vel pela biblioteca do Centro Universit rio Senac Cristiane Camiz o Rokicki cataloga o e acondicionamento na Modateca Esta equipe n o se esgota aqui sendo que outros docentes alunos da gradua o e p s gradua o bem como funcion rios da institui o puderam participar ativamente de alguns processos da produ o valorizando assim todas as etapas e desmembramentos da pesquisa original Esta pesquisa em sua fase conclusiva no que diz respeito a manuten o deste acervo produziu o registro fotogr fico 360 dos 18 figurinos do ballet para documenta o registro de mem ria institucional bem como futura disponibiliza o para pesquisadores e interessados na tem tica envolvida Ballet Tri dico Toda a pesquisa referente a cria o e reconstitui o do ballet est fundamentada nas pesquisas do pintor e dan arino Oskar Schlemmer idealizador deste trabalho
248. os por isso s o importantes pesquisas que buscam atender a seus desejos e necessidades Observou se que o mercado de moda para atender a esse p blico especifico necessita proporcionar condi es adequadas Tamb m que a moda inclusiva atrelada ao design sensorial pode contribuir para uma sinestesia do sentido da vis o elementos n o verbais por outros sentidos em linguagem adequada como o Braille e artif cios alto relevo por exemplo que possibilitem as representa es por meio do vestu rio gerando sistemas de significa es minimizando os ru dos na comunica o tornando menos desigual o acesso aos produtos de moda Recentemente tornou se mais atrativo para o mercado de moda concentrar se em um nicho de si que cada vez mais globalizado necessitando ser mais aprofundado Saber entender e saciar as necessidades e os desejos intr nsecos e extr nsecos dos consumidores uma estrat gia v lida e um grande diferencial competitivo pois agrega valor aos produtos e marca transmitindo a mensagem de personaliza o gerando valores simb licos agrad veis Verificou se tamb m que n o se deve subestimar o desempenho de um consumidor com necessidade diferente do padr o O p blico n o atendido um potencial ainda maior na competitividade em um segmento porque trar contribui es mais expressivas al m de uma maior fidelidade IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014
249. os e as crian as Silva 2013 No Renascimento o termo resignificado e ser ent o associado com o termo curiosidade e vai estar diretamente relacionado ao fen meno dos gabinetes de curiosidades que come aram a surgir na Europa como o lugar onde o homem europeu podia ter acesso a cole o de objetos trazidos das viagens explorat rias promovidas pelos governos e aventureiros a lugares ex ticos como ndia frica e China Os Gabinetes tiveram um papel fundamental no avan o da ci ncia moderna ainda que refletindo as cren as populares da poca Segundo alguns registros nos Gabinetes de Curiosidades poderiam ser encontrados sangue de drag o e esqueletos de seres m ticos A escolha dos objetos a serem expostos nos gabinetes como aponta Priscila Arantes Arantes 2014 era muitas vezes pessoal variando de acordo com os interesses de quem os possuia Vale a pena lembrar que estes gabinetes n o apenas eram cole es de objetos estranhos e ex ticos mas lugar para conhecer a alteridade a oportunidade de conhecer o novo mundo sem ter que se aventurar nas viagens explorat rias A cren a em animais dos relatos m ticos como os drag es ou unic rnios acabou transformando os lagartos das Am ricas em drag es e seres monstruosos com poderes estranhos Durante o s culo XVI os relatos sobre estes seres m ticos de certa forma estavam inseridos nas a es do dia a dia No artigo de Carmen Licia Palazzo sobre Perman ncias
250. p funcionou em sua origem como uma forma de oposi o e resist ncia por parte de seus usu rios Por m a apropria o da ind stria da moda por essa que uma forma de se vestir genu na dos guetos urbanos acaba transformando esse vestu rio em tend ncia o que acaba massificando o estilo para diversos outros grupos e classes sociais Percebe se ent o uma certa imita o e apropria o para com essa moda ao mesmo tempo em que os sujeitos pertencentes ao movimento hip hop recebem essa tend ncia de forma negativa Segundo eles isso acaba esvaziando o real sentido do movimento e de sua forma de se vestir uma rela o complexa e paradoxal que exige um prosseguimento de pesquisa contudo entendemos que esse artigo possa ser um passo inicial para o entendimento das rela es entre o mundo da moda e as culturas urbanas e perif ricas N pmi IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Refer ncias BARNARD Malcolm Moda e Comunica o Rio de Janeiro Rocco 2003 BERGAMO Alexandre A experi ncia do status roupa e moda na trama social S o Paulo Editora UNESP 2007 CORR A Tup Gomes Rock nos passos da moda m dia consumo x mercado Campinas SP Papirus 1989 DAYRELL Juarez A m sica entra em cena o rap e o funk na socializa o da juventude em Belo Horizonte 2001 Tese Doutorado em Educa o Universidade de S o Paulo S o Paulo 2001 HERS
251. para tal principalmente para a inser o do indiv duo em um grupo e na sociedade contribuindo para sua aceita o elevando a sua autoestima Tamb m nesta vertente de moda inclusiva proporcionar ao usu rio uma melhora da autonomia na escolha de seu vestu rio uma forma de valoriz lo como consumidor e como sujeito merecedor dessa aten o como qualquer outro Ainda O acesso a um produto voltado s necessidades especificas de cada usu rio com defici ncia permite que o mesmo se expresse pessoalmente por meio do vestu rio Segundo Jord o 2011 moda inclusiva fazer moda respeitando a diversidade acolhendo ao inv s de segregar de tal maneira garantindo e compreendendo seus direitos assim possibilitando o acatamento as suas necessidades Despir se n o a maior das dificuldades das mulheres com defici ncia visual total tendo em vista que notar as caracteristicas de uma roupa cor forma textura bem como encontr la e reconhec la na disposi o do guarda roupas tarefa rdua Vestir se tem o seu grau de dificuldade nos aspectos de escolher uma pe a que combine com outra juntamente com um acess rio para ocasi es especiais CARROLL 1968 O individuo com defici ncia visual privado da efetiva compra e escolha da sua vestimenta na loja f sica por exemplo depende de algu m para prestar esclarecimento de determinas informa es b sicas cor tamanho composi o para que assim consiga escolher pe as do vestu
252. parte das consumidoras que l estavam n o pertencem clientela habitual da C amp A ou n o pertenciam at a rede come ar a vender cole es assinadas com tamanha frequ ncia t m maior poder aquisitivo e costumam comprar em lojas que tenham mercadorias mais exclusivas ou seja produzidas em menor escala dd IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Muitas vezes esses consumidores n o teriam a chance ou teriam que fazer um grande esfor o de comprar nas marcas originais outros apenas aproveitam a oportunidade de comprar mais barato O fato que eles que det m os c digos das marcas de luxo t m um interesse especial pelas cole es assinadas pois elas t m um maior valor simb lico e mesmo custando pouco t m poder distintivo Quanto mais elevado o poder de distin o social de um objeto mais ele demonstra a qualidade da apropria o e portanto a qualidade do propriet rio cuja personalidade se afirma na capacidade de reconhecer os c digos do objeto em quest o BOURDIEU 2011 p 263 No caso das pe as nas redes de fast fashion a distin o n o se d pelo pre o das pe as em si mas pelo valor simb lico que elas carregam Valor esse que por sua vez est amparado no alto poder de distin o dos produtos originais das marcas de luxo Poder que afirmado na exclusividade que alcan ada prioritariamente pelos altos custos monet
253. por pertencer aos dois lugares tenta dar sentido a eles Toda fotografia constru da nessa fronteira independentemente do suporte utilizado O que se desvela nestes ensaios fotogr ficos que estes s o produzidos em 155 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 mais uma fronteira entre a fotografia anal gica e a digital trazendo da primeira v rios elementos para construir fotografias que n o poderiam ter sido feitas em outros tempos s o imagens que incorporam caracter sticas do labirinto temporal proposto pela instantaneidade da visualiza o e pelos distintos modos de visualiza o dados pelo digital Fotografia entre a visualidade e a visibilidade Pensando sobre a reprodutibilidade t cnica Walter Benjamin 1994 j afirmava que a mudan a no modo de produzir as imagens muda nossa percep o sobre elas As transforma es tecnol gicas s o acompanhadas por transforma es conceituais dessa forma poss vel perceber como os trabalhos fotogr ficos vistos est o relacionados a uma investiga o sobre o pr prio suporte o aparato digital usado n o s como instrumental mas como um meio comunicativo que abre frestas para se ver todo o mecanismo da produ o de imagens e isso leva a uma reflex o sobre a pr pria natureza das imagens fotogr ficas e suas distintas visualidades A fotografia ganha complexidade a partir da possibilidade que o fot grafo
254. presentes como processo de vida como um todo Pois s como fen meno est tico podem a exist ncia e o mundo justificar se eternamente NIETZSCHE 2007 p 44 O fen meno est tico justificado enquanto eterno processo da o estilo entra em quest o por meio do imagin rio est tico nietzschiano onde a for a que reverbera aquela do sujeito enquanto ser est tico art stico como um mundo ideal A introvis o sugerida por Nietzsche seria a harmonia inerente ao estado de embriaguez est tica estado esse em conson ncia com Apolo e Dion sio onde a arte o ser art stico aquele que est presente no mundo e diz sim vida pois para Nietzsche n o existe livre arb trio vida afeto e resigna o e o estado de abertura aparece originariamente no ser em equil brio e alinhamento de for as internas e externas em harmonia com o seu movimento e a vontade da natureza ao entendimento imediato Se introvis o um estado de abertura a harmonia impl cita no presente estado faz se necess rio e remonta cultura da Gr cia antiga cultura essa que o fil sofo alem o resgatou em seu legado como modelo de cultura alema O homem grego 11 O al m do home para Nietzsche o homem alinhado com ele mesmo n o nada metaf sico nem algo separado difuso 12 Anota es do Curso ministrado pela Prof Dra Scarlett Marton Casa do Saber 2009 168 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo
255. qualidade e at mesmo pre o e muitas vezes tamb m est ticos na maioria dos casos n o existem diferen as significativas entre as cole es normais e as desenvolvidas por marcas de luxo para venda nessas mesmas redes No entanto as ltimas costumam ter a procura e a consequente velocidade de vendas muito superiores s primeiras Isso acontece com que Marx trabalha no livro I d O Capital ao qual recorre se como uma das bases te ricas da pesquisa IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 porque elas s o consideradas especiais ou seja dotadas de um maior valor simb lico gra as autoria atribu da a um determinado estilista ou marca O que se est afirmando aqui que n o a materialidade das pe as que faz com que elas sejam consideradas melhores que as outras mas sim uma constru o social Nesse sentido que Bourdieu chama nossa aten o para o fato de que a assinatura uma marca que muda n o a natureza material mas a natureza social do objeto BOURDIEU 2003 A luz do que Howard Becker 2008 chamou de mundos da arte pode se fazer uma an lise dos mundos da moda que se cruzam sob o fast fashion Na nossa sociedade a autoria das obras de arte costuma ser atribu da a um indiv duo que considerado o artista respons vel pela exist ncia das mesmas O artista tido como detentor de um talento especial e possui uma reputa o qu
256. que n o corresponde a tal padr o estigmatiza o com refer ncias de improdutividade e imperfei o al m de lan ar sobre ele uma representa o de contra padr o corporal MORGADO et al 2009 Nota se que poucos sejam eles deficientes ou n o conseguem atingir esses ideais de beleza e quase sempre quando se aproximam dele a custo de muito sofrimento altera es emocionais e procedimentos est ticos No caso das mulheres com defici ncia visual total a busca IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 por se adequar a um padr o tamb m existe esta acompanhada e atenuada pela presen a permanente de sua defici ncia De Lira e Schlindwein 2008 p 181 mencionam que Ao longo da hist ria e mais especificamente na modernidade a cegueira tem sido considerada como uma defici ncia como uma falta uma impossibilidade que vai gerar uma desvantagem em rela o aos demais Essa percep o da cegueira como defici ncia tem como resultado uma rela o focada no defeito na n o possibilidade o que acarreta preconceito e discrimina o para com o cego e limita suas possibilidades reais de inclus o social Deve se evitar a utiliza o de associa es das palavras incapacidade e desvantagem com a defici ncia Essas palavras foram por muito tempo estigmatizadas designando pessoas que n o possu am a autonomia de sobreviv ncia no meio f sico e soci
257. quer outro sujeito em um processo cont nuo da comunica o utilizando de formas distintas os recursos para compreens o A vestimenta proporciona aquele que a veste e ao meio social um leque de regras e suportes de comportamento acomoda mais do que a simples fun o de cobrir ou adornar o corpo BARRETO 2006 p 4 A vestimenta desempenha o papel de satisfa o dos desejos O corpo vestido uma interface a ser manipulada e transformada em discurso por meio de signos que representaram significados dos comportamentos e de valores simb licos que n o s o esquecidos O estudo dos signos ou seja a semi tica segundo Coelho Netto 1980 p 53 a ci ncia preocupada com os fen menos mentais ou com as leis manifesta es e produtos da mente J Santaella 2004 p 41 acredita que a semi tica qualquer 59 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014 fen meno como fen meno de produ o de significa o e de sentido por isso verificou se importante considerar essa ci ncia neste estudo Segundo a autora supracitada h uma classifica o do signo em cone simbolo e ndice sendo que o primeiro possui semelhan a ou imita o significado indicia algo o segundo imposto convencionado e por fim assimilado se tornando um cone j o ltimo possui conex o com o significado simboliza algo ou algu m SANTAELLA 2004
258. r ncia e disposi o de res duos IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Ecologia industrial Produ o Mais Limpa Design for Environment DFE Ecoefici ncia uma proposta de vis o sist mica considerando o sistema industrial como parte do sistema natural E a aplica o cont nua de uma estrat gia ambiental preventiva integrada a processos produtos e servi os para aumentar a efici ncia global e reduzir os riscos para o homem e o ambiente Considera o sistem tica no desenvolvimento de um produto de aspectos projetuais relacionados ao ambiente com a sa de e seguran a do ser humano durante todo o ciclo de vida do produto Disponibiliza o de bens e servi os de reduzido impacto ecol gico ao longo do ciclo de vida Frosch e Gallopoulos 1989 1989 1992 1992 B R Allenby Joseph Fiksel WBCSD Emiss o Zero Representa o entendimento de que todo e Gunter Pauli 1994 ZERI qualquer res duo de um processo dever constituir se em insumo de um outro processo num encadeamento capaz de agregar valor em todas as etapas e trocas Ber o ao ber o Trata do projeto de produtos e dos respectivos McDonough e processos produtivos de modo que todas as Braungart partes possam ser totalmente reutilizadas em 1995 novos processos produtivos a energia que a biosfera investe para produzir Howard T Odum 1996 seus bens e servi os
259. r qualitativamente o jeans CO PET reciclado o qual teve ainda seu processo produtivo delineado de modo a ser melhor compreendido O jeans CO PET mostrou se como uma alternativa vi vel para os jeans convencionais As ferramentas utilizadas mostraram se teis para o projeto de jeans para sustentabilidade Dado o fato das ferramentas abordadas terem como foco os requesitos ambiental e econ mico da abordagem de sustentabilidade oportuno pensar o design de jeans considerando os requesitos social cultural espacial e ainda as fases de uso manuten o e descarte do vestu rio de jeans 8 Refer ncias ABIT Produ o de jeans e denim Dispon vel em lt http www abit org br site navegacao asp id menu 8 amp id sub 25 amp idioma PT gt Acesso em 26 mai 2012 Dados de denim e cal a jeans Dispon vel em lt http www abit org br site navegacao asp id_menu 8 amp id_sub 25 amp idioma PT gt Acesso em 26 mai 2012 ABRAVEST Dados do mercado interno Dispon vel em lt http www abravest org br p show amp cat gt Acesso em 26 mai 2012 ABREU M C S et al Perfis estrat gicos de conduta social e ambiental estudos na ind stria t xtil nordestina S o Carlos Revista Gest o amp Produ o v 15 n 1 jan abr 2008 p 159 172 BILISIK K YOLACAN G Tensile and tearing properties of newly developed 105 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7236 Artigo Vol 7 N 2 2014
260. rd Business Review Cambridge Harvard Business Publishing 2001 Dispon vel em lt http hbr org 2001 10 the perfect paradox of star brands an interview with bernard arnault of lvmh ar 1 gt acesso em 17 mai 2014 BECKER Howard S Mundos da arte Lisboa Livros Horizonte 2010 BERGAMO Alexandre A experi ncia do status roupa e moda na trama social S o Paulo UNESP 2007 BOUCHER Fran ois Hist ria do vestu rio no ocidente das origens aos nossos dias S o Paulo Cosac Naify 2010 BOURDIEU Pierre Alta costura e alta cultura In Quest es de sociologia Lisboa Fim de S culo 20083 ____ Distin o cr tica social do julgamento Porto Alegre Zouk 2011 BOURDIEU Pierre amp DELSAUT Yvette O costureiro e sua grife contribui o para uma teoria da magia In A produ o da cren a contribui o para uma economia dos bens simb licos Porto Alegre Zouk 2008 CIETTA Enrico A revolu o do fast fashion estrat gias e modelos organizados para competir nas ind strias h bridas S o Paulo Esta o das Letras e Cores 2010 DIOR Christian Confer ncias escritas por Christian Dior para a Sorbonne 1955 1957 S o Paulo Martins Fontes 2011 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 GUIMAR ES Vitoria Vogue foi venda antecipada da Stella McCartney para C amp A Vogue 17 mar 2011 Dispon vel em lt http revista vogue g
261. rem reconhecidas Vestem produtos de vestu rio ntimo por diversos motivos entre eles o mais citado foi para se sentirem sensuais 29 sucedido por se sentirem jovens e bonitas 26 Esse resultado demonstra a inten o das entrevistadas em sentirem se desej veis aceitas e com a autoestima exaltada Quando arguidas sobre a necessidade de produtos de vestu rio ntimo espec ficos as suas necessidades 84 das questionadas responderam que sim sentem necessidade mostrando a falta de marcas que atendam a seus interesses pois n o h cole es inteiras e nem lojas que estejam adaptadas o suficiente s suas 68 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 demandas Est o dispostas a pagar de R 51 00 a R 80 00 em conjuntos de vestu rio ntimo top e bottom que atendam a suas necessidades 69 tendo prefer ncia por conjuntos de pe as de lingerie e n o pe as separadas pois de acordo com as questionadas os conjuntos combinam e se harmonizam entre sim tendo a mesma padronagem e textura conferindo maior facilidade em disp las entre si encontr las no guarda roupas e de percep o para combina es No que diz respeito prefer ncia relacionada a produtos do segmento estudado a caracter stica principal das lingeries segundo as entrevistadas o conforto e facilidade de vestir 45 seguida pelo aspecto emocional e de sensualidade 29 e qualidade e durabilidade 26
262. resposta poss vel que a associa o de uma marca de luxo a um produto barato pode fazer com que ele ganhe um novo status e perca seu aspecto deprimente passando a ser considerado um produto mais valioso Esta resposta entretanto remete tamb m a uma nova quest o afinal do que se est tratando quando se refere ao valor de uma mercadoria necess rio percorrer certo caminho expositivo para aclarar o problema o que pretende se fazer brevemente dada a import ncia do tema para esta pesquisa Esta breve exposi o remete a Marx 2013 que no esfor o de realizar sua cr tica da economia pol tica esclarece muito sobre o tema A utilidade de uma mercadoria como meio para a satisfa o de necessidades humanas faz dela um valor de uso ou seja algo que ao ser usado tem alguma utilidade para algu m Esta utilidade determinada pelas propriedades f sicas da mercadoria Todo casaco por exemplo tem a utilidade primeira de esquentar independente do seu pre o da etiqueta que ele carrega e da quantidade de trabalho humano que foi necess rio para que ele existisse Valores de uso de uma determinada esp cie podem ser trocados por determinada quantidade de valores de uso de outra esp cie e na nossa sociedade isto ocorre predominantemente atrav s da media o do dinheiro Ou seja a todo valor de uso intercambiado ou potencialmente intercambi vel atrav s do mercado A natureza dessas necessidades se por exemp
263. ria o de seus figurinos que partem de uma racionalidade mecanicista e l gica A rigidez das formas e a perda da elasticidade da pele e dos m sculos bem como a flacidez da carne e de suas gorduras hidratadas conduz seu pensamento a um corpo de marionete O bailarino ent o que vir a vestir este figurino encontrar se diante de um segundo corpo que lhe impor a racionalidade das formas forjadas pela mente Os movimentos j n o podem ser livres e plasticamente vitais de acordo com a potencialidade natural e expressiva do bailarino BOCCARA CARVALHO 2009 IARA O desafio dado a equipe envolvida na elabora o de cada pe a foi enorme Desde considerar o peso de algumas roupas na escolha dos materiais e forros a fim de proporcionar o equil brio das formas A an lise dos originais permitiu apontar diversos materiais como tecidos em caso mais simples at fibra de vidro pl sticos modelados isopor modelagem em papel mach madeira e metal Este foi um projeto idealizado com o perfil pedag gico a fim de gerar conhecimento pela interdisciplinaridade pesquisas diversas e troca de experi ncias Sendo assim o ballet tri dico considerado transgressor pela maneira de pensar a dan a como elemento abstrato valorizando os movimentos lentos a performance a intera o cenogr fica pode fazer parte do cotidiano da institui o por alguns anos A inten o deste grupo de pesquisa foi manter um registro ativo mesmo qu
264. rian org Nu e Vestido Dez antrop logos IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 revelam a cultura do corpo carioca Rio de Janeiro Record 2002 p 189 261 G1 Ch vez pro be exposi o que mostra corpos verdadeiros plastificados 14 03 2009 Dispon vel em http gl globo com Noticias Mundo 0 MUL1042639 5602 00 CHAVEZ PROIBE EXPOSICAO QUE MOSTRA CORPOS VERDADEIROS PLASTIFI CADOS html acesso em 10 mar o de 2013 G1 Para legista p blico pode aprender com exposi o Corpo Humano 28 02 2007 Dispon vel em http gl globo com Noticias PopArte 0 MUL8156 7084 00 html acesso em 19 mar o de 2013 ISAPS ISAPS Global Statistics Dispon vel em http www isaps org news isaps global statistics acesso em 20 de agosto de 2013 JONES Caroline A GALISON Peter Picturing Science Producing Art New York London Routledge 1998 Jornal da Globo Corpo humano em exposi o 02 03 07 Dispon vel em http gl globo com jornaldaglobo 0 MUL887753 16021 00 CORPO HUMANO EM EXPOSICAO html acesso em 13 de mar o de 2015 Jornal Hoje N mero de cirurgias pl sticas no Brasil cresceu 120 entre 2009 e 2012 17 08 2013 Dispon vel em http glo bo 1cOngky acesso em 26 de agosto de 2013 LAMAS Aline Brasil 1 em pl sticas no bumbum e cirurgias ntimas diz estudo G1 2013 Dispon vel em http gl globo com bemestar ci
265. rmas de coes o que unem os operadores humanos e que lhe s o impostas pela natureza material dos dispositivos usados Sobre a intera o dos suportes e das rela es humanas o autor afirma se n o h transmiss o cultural sem t cnica tamb m n o h transmiss o puramente t cnica DEBRAY 2000 25 Ent o qual a rela o que se estabelece entre suporte e meio comunicativo na linguagem fotogr fica Os suportes sendo da ordem da t cnica incluindo tamb m as pr prias c meras fotogr ficas est o relacionados s quest es mec nicas da pr pria t cnica Os meios comunicativos sendo da ordem da subjetividade est o relacionados s quest es da cria o da sensibilidade da forma e do sentido O fot grafo deve trabalhar ent o na intera o dessas duas dimens es j que n o se pode dispensar o conhecimento t cnico ao contr rio preciso domin lo para criar com liberdade Desse modo nos aproximamos do que Heidegger 2001 diz sobre a t cnica que esta deve ser entendida como um desencobrimento ou seja como forma de pensar e conhecer o mundo Segundo o autor todo desencobrimento prov m do que livre dirige se ao que livre e conduz ao que livre 2001 28 e ainda quando pensamos a ess ncia da t cnica nos 136 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 mantemos no espa o livre do destino este n o nos tranca numa coa o obtusa
266. rocesso o fot grafo utilizou fita adesiva propositadamente cortada de forma irregular a fim de criar uma textura fluida que envolvesse os peixes como se estes estivessem na gua Em busca de uma est tica org nica os negativos j montados foram queimados processo que fez surgir bolhas sobre a superf cie da pel cula fotogr fica envolvida por fita adesiva O fot grafo comenta que a ideia foi criar uma visualidade de gua a partir do fogo 140 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Imagem 03 Fotografia da s rie Paisagens marinhas de C ssio Vasconcellos 1994 Comparando os dois trabalhos percebe se claramente que as solu es est ticas adequadas a cada um surgem como um meio comunicativo pr prio de cada suporte Enquanto em Paisagens marinhas a fotomontagem artesanal cria uma atmosfera fluida e explicitamente fict cia em Coletivo h um esfor o para criar a impress o de que a cena tem um referente real a imagem trabalha fortemente com a verossimilhan a neste ponto que se manifesta o componente metalingu stico do trabalho que levanta quest es sobre fotografia e representa o Al m disso em Coletivo o fot grafo buscou criar um jogo entre a escala da imagem e sua observa o causando um estranhamento ao observador Essa possibilidade tamb m foi encontrada a partir da explora o das propriedades do suporte digital Neste caso o fot grafo inverteu a expec
267. rso desenvolvido ao longo do ano de 2013 para elabora o pesquisa e registro fotogr fico interativo dos dezoito figurinos originalmente criados por Oskar Schlemmer e posteriormente reconstitu dos pelos docentes do Centro Universit rio Senac Palavras chave Fotografia Interativa Figurinos Processo Ballet Tri dico A pesquisa desenvolvida ao longo do ano de 2013 e com continua o programada para 2014 contou com a participa o de diversas reas de conhecimento sendo que parte deste processo deu se a partir deste compartilhamento de saberes e atua es Desta forma pretende se descrever o percurso do grupo de pesquisadores do projeto Fotografia Interativa para compreens o idealiza o e captura fotogr fica dos figurinos do Ballet Tri dico restaurados ao longo dos ltimos anos e parte do acervo da institui o Linha de Pesquisa Cultura Visual Projeto Fotografia Interativa conceitua o e experimenta o ano 3 2 Professora do Centro Universit rio Senac email fernanda rmoreiraQsp senac br 3 Professores do Centro Universit rio Senac email ffoglianQsp senac br 4 Professores do Centro Universit rio Senac email joao spregnolatoQsp senac br gt O acervo dos 18 figurinos do Ballet Tri dico foi doado para a Institui o Bauhaus Alemanha no 1 semestre de 2014 225 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 Este trabalho realizado ao longo d
268. rurgia diz estudo html acesso em 24 de mar o de 2013 LATOUR Bruno O que Iconoclash Ou h um mundo al m das guerras de imagem 131 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Horizontes Antropol gicos Porto Alegre ano 14 n 29 jan jun 2008 p 111 150 LIPOVETSKY Gilles A Terceira Mulher perman ncia e revolu o do feminino S o Paulo Companhia das Letras 2000 SANTAELLA Lucia Corpo e Comunica o sintoma da cultura S o Paulo Paulus 2004 STAFFORD Barbara Maria Good Looking essays on the virtue of images Cambridge MIT Press 1997 GOELLNER Silvana Vilodre COUTO Edvaldo Souza La est tica de los cuerpos mutantes en las obras de Sterlac Orlan y Gunter von Hagens Opcion vol 23 no 54 2007 p 114 131 ISSN 1012 1587 Dispon vel 158720070003000088 amp lng es amp nrma iso acesso em 16 Janeiro de 20183 GOLDENBERG Mirian O corpo como capital Editora das Letras e Cores 2010 The Independent Body Factories The Independet Newspaper website 30 10 2007 Dispon vel em http Www independent co uk news people profiles gunther von hagens under the skin of doctor death 395556 html Acesso em 17 03 2013 acesso em 20 mar o de 2013 TV Ci ncia on line O Corpo Humano como nunca o viu 05 05 2007 Dispon vel em http www tvciencia pt tvccul pagcul tvccul0O3 asp codcul 60013 acesso em 3 de mar o de
269. s Os curadores aut nomos em geral s o artistas que tra am uma conex o entre as suas obras produzidas ou adquiridas e o espa o curatorial Por ltimo os curadores institucionais ou tradicionais s o aqueles vinculados s institui es formais de cultura como por exemplo o Museu de Arte de S o Paulo MASP e Museu de Arte Contempor nea da Universidade de S o Paulo MAC e em geral comandam uma equipe curatorial ou programam as estrat gias curatoriais destes equipamentos culturais podendo encomendar as curadorias tanto a curadores independentes como aut nomos Tomemos como exemplo a cole o particular formada pelo Jos Ant nio Marton que tem como ponto de partida a sua forma o como artista pl stico e sua atua o no campo da economia criativa passando pela influ ncia de curador e cr tico de arte Walter Zanini Marton o exemplo de curador aut nomo no sentido de n o ter nenhuma rela o formal e de interdepend ncia com equipamentos culturais museais ou n o nem as press es do sistema e mercado de arte Al m disso Marton n o tem forma o acad mica Nesse sentido a posi o assumida pelo curador pode ser uma posi o pol tica uma esp cie de statement em rela o ao sistema da arte e sociedade O curador independente como Paula Alzugaray apresenta propostas as institui es ou atrav s de sua extensa rede de contatos recebe convites pontuais para apresentar ao p blico suas impares ideias e percep
270. s nosso modelo de produ o urbano industrial tem como triste e s ria contrapartida a polui o ambiental do ar solo e guas Em resposta a esta realidade surge o movimento ambiental que segundo Valle 2002 relativamente jovem aproximadamente 30 anos Em 1972 o Clube de Roma utilizando se de modelos matem ticos advertiu em seu relat rio Limits to growth limites do crescimento dos limites da explora o do planeta Nos anos 80 a quest o ambiental que era vista sob um prisma defensivo estimulando solu es corretivas come ou e ser considerada por empres rios como necessidade A Rio 92 181 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 marcou a realiza o de v rios documentos importantes entre eles a Agenda 21 ferramenta que determina a es para o desenvolvimento sustent vel cujo conceito relativamente recente surgiu na d cada de 70 nos relat rios da Uni o Internacional para a Conserva o da Natureza IUCN em suas iniciais inglesas sendo popularizado pelo chamado Relat rio Brundtland Nosso futuro comum de 1987 Segundo Queiroz e Portinari 2006 p 2 desenvolvimento sustent vel uma express o usada para definir a es e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos sem comprometer o futuro das pr ximas gera es Ou seja est diretamente relacionada ao desenvolvimento econ mico e material com baixo impa
271. s do campo O pr prio campo produz e reproduz essa energia simb lica por meio da sua estrutura e funcionamento As estrat gias de comercializa o utilizadas pelas grifes e pelas grandes empresas que utilizam o fast fashion demonstram que a raridade do IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 produtor e da posi o que o mesmo ocupa no campo que faz a raridade do produto o objeto deve ser identificado com uma assinatura para que sua qualidade social seja modificada e que lhe seja atribu do maior valor simb lico O trabalho de fabrica o propriamente dito s tem sentido se amparado pelo trabalho coletivo de produ o do valor e do valor simb lico do produto e de interesse pelo mesmo na produ o de bens simb licos as institui es aparentemente encarregadas de sua circula o fazem parte integrante do aparelho que deve produzir n o s o produto mas tamb m a cren a no valor de seu pr prio produto As estrat gias que visam imposi o de valor simb lico a um determinado produto se destinam a produzir tamb m a demanda ou seja um mercado favor vel a esses produtos Sendo assim os circuitos de produ o e circula o material s o ciclos de consagra o que juntos conferem legitimidade aos objetos e ao mesmo tempo criam consumidores crentes no seu car ter sagrado e que desejam adquiri los BOURDIEU amp DEL
272. s e para ningu m Trad M rio da Silva Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2010 O nascimento da trag dia ou helenismo e pessimismo Trad J Guinsburg S o Paulo Companhia das Letras 2007 SCHLEGEL F A Die Kunstlere Stuttgart Kohlhammer Trad Marc G raud e Marc Jimenez Paris Klincksiedck 2009 SVENDSEN L Moda Uma Filosofia Trad Maria Luiza X de A Borges Rio de Janeiro Zahar 2010 Recebido em 30 05 2014 Aceito em 01 09 2014 NJ ma IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 O NOVO LUXO E O ECO CONSUMISMO THE NEW LUXURY AND THE GREENCONSUMPTION Gabriella Ribeiro da Silva e Ara jo Camila Santos Doubek Lopes Resumo Nos ltimos tempos o conceito de luxo tradicional tem sido alterado a ponto de j n o estar mais alicer ado exclusivamente em fun o da cl ssica opul ncia entre ricos e pobres baseado em elitistas valores aristocr ticos Na contemporaneidade valores adicionais foram incorporados categoria do novo luxo como por exemplo a utiliza o do tempo escasso seguran a qualidade de vida praticidade e a consci ncia socioambiental Esta ltima acep o mais recente do conceito de luxo traduz se por meio do consumo de produtos ecol gicos Ela vem sendo utilizada em fun o da express o da personalidade e do estilo de vida de seus usu rios que por sua vez lhes conferem status social Por meio de pe
273. s figurinos luz e captura Fotos de Brunna Pezzutti e Stefani Alves 20183 Figura 14 Frame a frame do time lapse Fotos Fernando Fogliano 2013 Figuras 15 a 19 Passo a passo da experimenta o Fotografia e Desenho Paulo T Barreto 2014 Refer ncias ARAG O Joaquim Bal Tri dico da Bauhaus Oskar Schlemmer Link dispon vel em ht jornalggn com br bloa luisnassif o bale triadico da bauhaus Acesso em ert 26 05 14 10h51 241 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 mem ria vol 7 No 2 2014 BOCCARA E G CARVALHO A R Ballet Tri dico da Bauhaus pesquisa experimenta es e execu o Reflex es e registros do percurso de uma reconstitui o Revista IARA Moda Cultura e Arte Volume 2 n mero 1 2009 Disponivel em http Www iararevista sp senac br index php varURL conteudo php varid 60 amp va rEdicao 3 Acesso em 14 05 14 12h24 GONZ LEZ FLORES Laura Fotografia e Pintura dois meios diferentes S o Paulo Editora WMF Martins Fontes 2011 FOGLIANO Fernando ROMERO Fernanda PREGNOLATO Jo o BARRETO Paulo de Tarso Fotografia Interativa conceitua o e experimenta o ano 3 Plano de trabalho submetido ao Centro Universit rio Senac para o desenvolvimento de pesquisa institucional em 2014 parte do grupo de pesquisa Cultura e Comportamento linha cultura visual Mat ria Online Reconstitui o e performance de figurinos do Ballet Tri
274. s inten es comunicativas Nos trabalhos estudados poss vel observar que ao olhar para o mundo buscando representar o invis vel o fot grafo intencionalmente transforma o real a partir do que carrega em suas mem rias e nas caracteristicas do seu olhar Essa rela o foi apontada por Didi Huberman O objeto o sujeito e o ato de ver jamais se det m no que visivel tal como o faria um termo discern vel e adequadamente nome vel O ato de ver n o o ato de uma m quina de perceber o real enquanto composto de evid ncias tautol gicas O ato de dar a ver n o o ato de dar evid ncias vis veis a pares de olhos que se apoderam unilateralmente do dom visual para se satisfazer unilateralmente com ele Dar a ver sempre inquietar o ver em seu ato em seu sujeito Ver sempre uma opera o de sujeito portanto uma opera o fendida inquieta agitada aberta Todo olho traz consigo uma n voa al m das informa es de que poderia num certo momento julgar se o detentor 2005 76 Por esta fenda podemos entrever que as fotografias analisadas s o constru das na fronteira entre o mundo concreto e o imagin rio do fot grafo conforme o conceito de fronteira definido por Lotman 1996 26 27 um mecanismo bilingue que traduz mensagens externas e internas mutuamente Podemos pensar ent o que o imagin rio do fot grafo e o mundo ao seu redor s o dois espa os repletos de signos e o fot grafo um tradutor que
275. s parte do que denomina se por natureza humana Por que ele em sua natureza pura estranho e necess rio de mudan a a pensar em cirurgias pl sticas A mecaniza o do corpo n o assusta tanto quanto sua mat ria crua carne e sangue Ou mesmo a sua subjetividade o sentimento a emo o o esp rito o ser o mago Corpo Transposto Cada vez mais pessoas recorrem a tratamentos de beleza o que segundo an lise do soci logo Lipovetsky 2000 consiste em uma das poucas coisas realmente democratizadas na atualidade Os n meros estat sticos de cirurgias pl sticas aumentam e tamb m a renda da ind stria de cosm ticos Segundo pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl stica constatou se que no Brasil foram feitas 1252 cirurgias est ticas por dia entre Setembro de 2007 e agosto de 2008 o que resulta em um total de 547 mil cirurgias deste tipo Conforme o ltimo registro divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Pl stica ISAPS em 2011 no Brasil foram realizadas 905 140 cirurgias pl sticas ficando este como o segundo pais no ranking mundial antecedido pelos EUA e seguido pela China LAMAS 2013 J em 2013 confirma se o aumento de 120 em cirurgias no pa s entre 2009 e 2012 sendo que para o referido ano esperava se um crescimento m nimo de 20 dos quais a maioria seria por cirurgia est tica e 1 3 para cirurgias reparadoras fruto de atentados da viol ncia urbana Jornal Hoje 2
276. s pela Chanel marca em que Karl trabalha como estilista e diretor criativo THOMAS 2008 p 290 2 Na ocasi o da divulga o do contrato o estilista declarou Eu acho que a ideia da Karl Lagerfeld para H amp M muito interessante em termos da hist ria da moda moderno Os dias em que designers podiam perder seus empregos por estarem ligados a uma cole o para uma marca de baixo custo acabaram IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 A H amp M fez o n o caro ser desej vel Hoje isto moda H amp M 2004a E ele tinha raz o a cole o foi o marco de uma estrat gia comercial que se tornaria corriqueira para muitas empresas de fast fashion sobretudo entre as populares cadeias de vendas de roupas e as lojas de departamentos Segundo Cietta 2010 as empresas de fast fashion s o aquelas que se baseiam no alto giro de mercadorias conseguem comprimir o tempo de elabora o e produ o das cole es aumentando a quantidade de lan amentos anuais algumas t m at vinte por esta o mas reduzem o tamanho e os estoques das cole es para que as pe as n o cheguem liquida o Atrav s da acelera o do consumo h o aumento da velocidade de escoamento das mercadorias Nesta modalidade de produ o e distribui o de roupas e acess rios diversos procedimentos s o utilizados para estimular a ades o ao consumo acelerado desde a r pida troc
277. siderados raridades FAGGIANI OLIVEIRA 2006 Em um panorama no qual a sociedade foi segregada em grupos distintos as reputa es de seus integrantes j n o s o baseadas apenas na posi o social mas abrangem tamb m crit rios n o econ micos como morais culturais e estilos de vida ALLEN ANDERSON 1994 Hoje pode se dizer que o universo do luxo j n o funciona mais exclusivamente em fun o do desejo de pertencimento determinado grupo ou de confirmar estado de riqueza mas principalmente em fun o da expressao de uma personalidade singular atitude originalidade ou gosto pessoal diferente dos convencionais LIPOVETZKY ROUX 2005 De forma semelhante Faggiani 2006 compartilha deste pensamento ressaltando que na era da globaliza o o luxo associado a um sentimento de prazer da alma e n o de esc ndalo ou espet culo O mesmo est muito mais vinculado individualidade e essencia da escolha do que distin o evid ncia do valor ou exclusividade Para Castar de 2005 o que distingue este luxo mais contempor neo do luxo tradicional que o primeiro enfatiza mais o ser que o ter e segundo Valente 2008 deixa de ter como o objeto o produto em s e desloca se para o subjetivo universo do consumidor de seus valores necessidades e sentimentos Figura 2 Imagem e campanha publicit ria associando famosa modelo e marca de cosm ticos causa ambiental Fonte www gente ig br 183
278. soas e que podem ser usadas tamb m entre empresas e pessoas S o os celulares e mails telefones fixos modalidades r pidas de envio de cartas televis o redes sociais outdoors busdoors entre outros Para atender a diversidade de pessoas n o basta usar uma mas necess rio saber combinar v rias m dias para atender um p blico mais amplo que talvez esteja escondido em casa ou misturado em meio multid o dentro de um centro urbano ou ainda viva onde n o h internet mas chegam cartas Pensar e atender a diversidade s o formas de manter um relacionamento mais intimo com os clientes compreend los em sua variedade e saber chegar at eles Pode ser por meio de um desconto no dia do anivers rio enviado por carta e mail SMS mensagem nas redes sociais ou mesmo atrav s de um telegrama ou mensagem no Pager entre outros Segundo Watkinson 2013 devem se identificar os clientes e cultiv los de IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 uma maneira que lhes fa a ter uma experi ncia positiva com a marca Uma abordagem inclusiva garante que todos os clientes sejam pass veis de interagir no ambiente de compra e com o produto tento tal experi ncia Para um jovem internauta um telegrama pode ser ineficaz mas para um m dico aposentado receber uma mensagem via Pager pode ser emocionante pode fazer lhe recordar da juventude e se identificar com o produto e a empresa Es
279. squisa bibliogr fica preliminar de cunho explorat rio foi poss vel identificar a exist ncia de rela es que estreitam a dist ncia entre o novo luxo e o consumo consciente Foi tamb m observado que este ltimo tem sido desvirtuado ao reduzir se a meras pr ticas consumistas com o aux lio e est mulo de ferramentas como o marketing ambiental e o greenwashing Tais pr ticas caracterizam nova e paradoxal modalidade de consumo o eco consumismo cuja natureza caracter sticas e implica es s o objeto de estudo desta investiga o Palavras chave Novo luxo Luxo Eco consumismo Sustentabilidade Marketing Profa do Centro Estadual de Educa o Tecnol gica Paula Souza araujogabriellaQbol com br 2 Profa Ms da Universidade Estadual de Londrina uel camilagmail com 175 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Abstract Lately the traditional concept of luxury has been changed and it can no longer be grounded solely on the basis of classical opulence between rich and poor based on elitist aristocratic values In contemporary times additional values were added to the category of new luxury such as the use of scarce time safety quality of life and environmental awareness This last can be seen through the consumption of green products It has been used due to the expression of personality and lifestyle of its users who in turn give them social status Thro
280. ssa perspectiva o museu enquanto lugar de legitima o e produ o de valor simb lico parece ter autonomia em rela o s demais inst ncias do campo das artes As influ ncias de tend ncias ditadas pela cr tica e ou mercado assim como a disponibilidade de obras e valores praticados e interesses de colecionadores e galeristas que s o alguns dos fatores que podem orientar a tomada de decis es para a forma o de uma cole o No caso especifico do MAC USP segundo Chiarelli as aquisi es de novas obras por parte do museu s o feitas em sua maioria atrav s de doa es Em certos casos o interesse em certas obras e ou artistas por parte dos curadores do MAC USP acaba sendo uma esp cie de aval da obra artista e muitas vezes levando a uma competi o entre institui o e colecionadores particulares na compra de obras no mercado de arte O curador segundo Leonzini agrupa a informa o e cria conex es e tenta passar ao p blico o sentimento de descoberta provocado pelo encontro face a face com uma obra de Arte Para este mesmo autor a boa exposi o feita com intelig ncia e inventividade com um ponto de vista Leonzini In OBRIST 2010 10 Rejane Cintr o professora e curadora aponta que a primeira pergunta que um curador deve se fazer ao conceber uma exposi o a quem se destina esta mostra essencial para a montagem de uma exposi o de sucesso a compreens o de seu p blico e as poss veis r
281. ssinaturas contidas nas cole es decorrentes de tais parcerias E devido a isso as pr ticas discursivas que exaltam o criador e contribuem para a valoriza o das suas cria es s o preponderantes entre os mais diversos agentes do campo O maior valor simb lico costuma estar relacionado ao aumento do pre o da mercadoria e do lucro sobre sua venda Mas no caso tratado aqui n o h aumento IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 significativo nos pre os das pe as assinadas em rela o s habitualmente vendidas nas redes de varejo popular As parcerias fazem parte de uma estrat gia que visa a facilitar o escoamento r pido e muitas vezes total de um grande volume de mercadorias variadas Para a concretiza o das vendas e o consequente sucesso comercial das parcerias o est mulo demanda vital No Brasil grandes redes de venda de roupas como a C amp A costumavam ter como sua principal clientela estratos sociais com baixo poder aquisitivo A capacidade distintiva das cole es assinadas atrai um novo p blico com maior poder de compra e com mais informa o de moda ou nas palavras de Bourdieu 2011 com maior capital cultural Esses novos consumidores s o crentes no valor simb lico das marcas de luxo e por isso s o atra dos para as redes populares Muitos autores afirmam que o desejo de distin o social n o explica o consumo de
282. sta de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 MODA HIP HOP DO GUETO PASSARELA HIP HOP FASHION FROM THE GHETTO TO THE CATWALKS Camila da Silva Marques Resumo sobre as rela es entre moda e m sica mais especificamente sobre moda e m sica hip hop que se debru am as reflex es a que o artigo pretende realizar buscando como principal objetivo o entendimento do percurso que levou o vestu rio caracter stico de uma cultura urbana perif rica a se tornar uma das tend ncias da vez Assim realiza se uma pesquisa bibliogr fica documental e emp rica buscando o entendimento desta moda que caminha das periferias para as grandes passarelas sem deixar de problematizar como essa coopta o repercute no movimento hip hop Palavras chave moda hip hop periferia tend ncia Abstract It s about the relationship between fashion and music more specifically about fashion and hip hop music that focus the reflections that the article intends to accomplish seeking as main objective the understanding of the path that led the clothing characteristic of an urban subculture to become one of the trends of time Thus we make a bibliographic documental and empirical research seeking understanding of this fashionable hiking the peripheries for large walkways while contextualizing the impact of this in hip hop movement Key words hip hop fashion periphery trend Doutoranda em Comunica o M
283. stentes dentro da empresa A Inova o de Novos Mercados justifica a Inova o com Pessoas pois vem a complet la Uma das vantagens de usar a abordagem universal e inclusiva agregar pessoas ao p blico alvo da empresa assim atendendo diferentes consumidores A Roda de Integra o da Inova o com pessoas permite a visualiza o das inter rela es entre as pessoas que inovam e os contextos que mudam bem como com todas as pessoas que recebem a inova o visto que medida que as argolas giram ocorre integra o de todos os profissionais atuando em todas as reas e 29 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 trabalhando focados para todas as pessoas Refer ncias Bibliogr ficas CSIKSZENTMIHALYI Mihaly Flow the psycology of optimal experience New York Harper Perennial Modern Classics 2008 CUNHA J BROEGA A C Designin Multifuncional Textile Fashion Products AUTEX Associa o das Universidades T xteis Turquia Maio de 2009 7 p DEOS Luciano KISS Ellen BEZERRA Charles Design nos BRIC s HSM Management N 95 EUA Novembro dezembro 2012 p 42 46 GARRETT Jesse James The Elements of User Experience USA Aiga New Riders 2000 GRAVE Maria de F tima 4 moda vestu rio e a ergonomia do hemipl gico S o Paulo Escrituras 2010 126 p INNOSKILLS Compet ncias de Inova o para PMEs Dispon vel em lt http share pdfonl
284. sto antes de serem reciclados em novas fibras o fabricante n o se pronunciou No entanto o tingimento das fibras plaus vel para que seja garantida a qualidade e o volume referentes cartela de cores padronizadas dos jeans comercializados regularmente pela empresa Al m disso ao serem submetidos a lavagens sucessivas as guas residuais dos jeans CO PET reciclado apresentaram forte tonalidade de azul escuro Como forma de avaliar qualitativamente o jeans reciclado foi aplicada a lista 102 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issu 1953 7235 Artigo Vol 7 N 2 2014 de confer ncia para Introdu o de Novo Produto proposta por P REZ BELIS 2012 conforme QUADRO 05 QUADRO 05 Lista de confer ncia para o jeans CO PET reciclado Fonte autora Adaptado de P REZ BELIS 2012 p 554 Fase do ciclo Considerando Coment rios de vida evid ncias de cumprimento raz es para n o cumprimento Projeto do Simplicidade i H redu o do n mero de etapas de sistema processamento Redu o na fonte Sm Aquisi o Subst ncias perigosas Sim Pesticidas herbicidas fertilizantes evitadas gases derivados do petr leo Manufatura e Projetado para manufatura Sm o distribui o Projetado para o m nimo de Sim energia usada Projetado para minimiza o da Sim polui o Manufatura e Embalagem projetado para N A A pilotagem dos jeans vem embalada Projetado para minimiza
285. stravam uma nova express o est tica BOCCARA CARVALHO 2009 O artista buscava no movimento e na dan a encontrar uma linguagem expressiva que valorizasse toda a concep o cenogr fica Esta concep o levou em considera o a escolha de cores temas e formas que potencialmente conduziriam as apresenta es conforme descrito abaixo Ele o dividiu em tr s atos Indo do galanteio ao s rio A primeira parte burlesca alegre e pitoresca a segunda s ria e solene e a terceira monumental m stico fant stica e heroica Cada uma delas se correspondendo com as cores o amarelo o rosa e o negro As cores em jogo s o as prim rias vermelho azul e amarelo S o associa es as manifesta es variadas de temperamentos humanos O rosa a intermedia o entre as duas O vermelho a transi o O negro a radicaliza o do car ter introspectivo do azul Esta a cor mais solene metaf sica O amarelo se associa ao tri ngulo O vermelho ao circulo e se associa ao homem O quadrado ao azul O quadrado uma forma geom trica que gera o cubo e representa o espa o BOCCARA CARVALHO 2009 Usando como base parte destas pesquisas sobre o desenvolvimento do Ballet Tri dico em suas origens no ano de 2007 no Centro Universit rio Senac inicia se um novo trabalho com base na reconstitui o deste espet culo As pesquisas inicialmente coordenadas pelos professores Ernesto Boccara e Agda Carvalho foram
286. surgimento no final da d cada de 1960 nos Estados Unidos o hip hop que vem originalmente da m sica negra americana funcionava como simbolo de consci ncia negra e vinha carregado de uma aura conflitiva social muito forte com caracteristicas revolucion rias Dayrell 2001 exprime que a matriz do rap e do funk reporta tradi o musical africana reelaborada na di spora p 39 e localiza sua origem no soul uma feliz jun o do rhythm and blues p 39 Herschmann 1998 complementa e entende que o hip hop surgiu como uma identidade alternativa para os jovens das comunidades negras e latinas 1998 p 75 Segundo o autor tais identidades alternativas locais elaboradas por esses jovens tinham como referencial o cotidiano das ruas linguagem rituais vestu rio dos grupos e das gangues de bairro 1998 p 75 No Brasil a difus o do hip hop data da d cada de 1970 surgindo segundo Dayrell 2001 nos chamados bailes black nas periferias dos grandes centros urbanos p 127 3 A refer ncia da d cada de 1960 como in cio do hip hop se apoia em Vianna 1998 que diz que Foi no final dos anos 60 quando um disc jockey chamado Kool Herc trouxe da Jamaica para o Bronx a t cnica dos famosos sound systems de Kingston organizando festas nas pra as Herc n o se limitava a tocar os discos mas usava o aparelho de mixagem para criar novas m sicas Alguns jovens admiradores
287. tativa que se tem de que toda imagem grande deve ser observada de longe Comumente numa imagem fotogr fica tanto produzida com filme ou com digital o que se v de perto um peda o irreconhec vel do todo mas na imagem estudada h uma invers o para se 141 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 artigo vol 7 No 2 2014 reconhecer os milhares de carros necess rio se aproximar da imagem Quando este trabalho foi exposto a imagem apresentada tinha doze metros Pela sua constitui o o que se via de longe era um mosaico de cores propositadamente semelhante aos pixels vistos de forma ampliada ou c digos num ricos numa tela de computador outro elemento que marca uma reflex o sobre a pr pria linguagem fotogr fica agora digital Imagens 04 e 05 Exposi o Coletivo de C ssio Vasconcellos 2008 Hans Belting 2009 ao pensar a rela o Meio Imagem Corpo afirma que h um interc mbio entre imagens externas e internas considerando as imagens internas como as end genas pr prias do nosso corpo o autor comenta 142 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Ocurre un acto de metamorfosis cuando las im genes de algo que sucedi se transforman en im genes recordadas que a partir de ah encontrar n un nuevo lugar en nuestro almac n personal de im genes En un primer acto despojamos de su cuerpo a las im genes exteriores que nosotros
288. te um dos pap is do inovador Arquiteto da Experi ncia como colocado por Garrett 2000 necess rio pensar em cada detalhe a fim de gerar uma experi ncia tima ao consumidor inclusive na comunica o seja ela f sica ou virtual O contexto de Habilidade discutido em muitos seguimentos de pessoas Crian as tem pouca habilidade se comparado a adultos em decorrer de sua baixa estatura e pouca massa Mulheres gr vidas t m habilidade reduzida devido ao deslocamento do centro de massa do corpo e a necessidade de resguardarem se de esfor os f sicos Idosos tem habilidade reduzida por conta de desgaste sseo e muscular entre outros Pessoas com defici ncia tem d ficit de habilidade por perda de vis o audi o fala movimento motor ou capacidade intelectual Pessoas portadoras de pr teses rteses carrinhos de beb instrumentos musicais malas entre outros tem d ficit de habilidade por portar algum objeto que pode n o estar bem adaptado ou ajustado ao corpo e assim faz los despender maior energia ou ainda comprometer algum de seus membros O vestu rio pode ser projetado pensando nestas habilidades reduzidas Uma roupa infantil apresenta bot es ziper velcro la o cinto cadar o el stico presilha ilh s entre outros Se a roupa for projetada com el stico ou velcro a crian a tem uma probabilidade maior de vestir se sozinha do que se tiver la o ou ilh s A posi o do aviamento na roupa tamb m faz a dif
289. te a apresenta o do corpo cient fico mas a apresenta o deste atrav s da inser o de simbolismos algo que somente a cultura a humanidade capaz de atribuir pois faz parte das cren as mitos e sentimentos quanto ao intang vel Nas palavras do autor Eu espero que as exposi es sejam lugares de ilumina o e contempla o mesmo de auto reconhecimento filos fico e religioso e aberto interpreta o independentemente do contexto e da filosofia de vida do expectador von Hagens site oficial tradu o autora Nesta declara o o m dico expressa o desejo de unir diferentes reas setores do conhecimento e interatividade social e pessoal totalmente dissociados em muitas sociedades A frase natureza humana algo que eu penso como tendo um duplo sentido Natureza Humana na verdade tudo que n s constru mos a nossa volta E n o estou tentando dizer que a Natureza se foi S que totalmente problem tica N o h tecnologia pura e n o h natureza pura O mundo um dado Pode nos preexistir mas n s estamos presos com o que estamos a fazer com ele torna se uma constru o humana Peter Hoberman in Jones 122 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Galison 1998 p 208 tradu o autora Assim se o corpo natureza humana por que o corpo sem vida mas com inten o repugna tanto Seria este n o mai
290. te issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Chaduri e Majundar 2006 ratificam a ideia supracitada ao afirmarem que o luxo colabora com a demonstra o de que seu usu rio possui determinado gosto refinado ou educado e que este sim utilizado como simbolo de ascens o social Strehlau 2008 corrobora com este conceito ao ressaltar que o consumo de luxo pode ser interpretado como um jogo dentro de uma estrat gia de distin o associado concep o de gosto e estilo de vida hierarquicamente ordenados e determinados pela inser o social de seus participantes em rela o ao grupo De forma semelhante Demetresco e Martins 2006 apud CASTILHO VILLA A 2006 consideram os consumidores meras vitrinas ambulantes que ao exibem seus bens de consumo por meio da indument ria acess rios e outros objetos exp em a s pr prios revelando seus supostos modos de ser e estar no mundo cren as saberes e valores Na vis o de D Angelo 2004 os valores associados ao consumo de luxo no Brasil s o qualidade apar ncia hedonismo distin o valoriza o pessoal e sofistica o J para Richers 2000 o consumidor brasileiro compulsivo e ostenta a capacidade de consumo como s mbolo de status A seguir o conceito de desenvolvimento sustent vel ser tratado para melhor compreender a base do novo luxo 2 3 A quest o ambiental o desenvolvimento sustent vel e o consumo consciente Como de conhecimento de todo
291. telier onde seu corpo modificado a cada performance pelos mesmos instrumentos LA e t cnicas utilizados nas cirurgias m dicas E a iconiza o da imagem rea apresentada anteriormente Segundo an lise sobre o trabalho da artista sua inten o consiste em lutar contra o que inato o inexor vel da natureza GOELLNER COUTO 2007 p 126 A artista usa sua corporalidade como uma esp cie de encontro entre a performance metamorf sica e bodybuilding O culto ao corpo e a constru o f sica da suposta perfei o se convertem em um feito habitual em nossa poca n o basta apenas aperfei oar o corpo tem que modific lo 2007 p 124 destaques dos autores Figura 3 Orlan na performance op ration r ussie 1990 Fonte Site oficial da artista pl stica http www orlan net operationreussie htm 11 A jornalista C Requena apresenta Orlan Ron Mueck Jane Alexander Alex Flemming e Marcel l Ant nez Roca em an lise conjunta aos trabalhos de von Hagens e Glover no artigo Artistas contempor neos exploram corpo humano em obras pol micas publicado em 02 03 07 Consult 05 Fevereiro 2013 Dispon vel em WWW URL http g1 globo com Noticias PopArte 0 MUL8475 7084 00 html Al m dos artista citados pode se acrescentar Sterlac que faz intera es entre corpo humano e m quinas tecnol gicas integrando os dentro ou fora de sua pr pria mat ria corporal 125 IARA Revista de Moda C
292. tem de trabalhar entre os meios comunicativos ou seja se apropriando das caracter sticas e possibilidades criativas dos dois suportes anal gico e digital A fotografia digital traz significativas transforma es para o universo fotogr fico mas essas transforma es n o precisam ser entendidas como rupturas porque se d o em continuidade de forma processual de modo que a fotografia contempor nea seja muitas vezes produzida na fronteira entre a fotografia anal gica e a digital trazendo da primeira v rios elementos que fazem parte do imagin rio dos fot grafos mas tamb m da pr pria tradi o fotogr fica Por fim necess rio retomar que as reflex es surgidas no mbito da fotografia a partir do uso do suporte enquanto meio comunicativo fazem surgir imagens eminentemente dial ticas 156 DDD IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Imagine um mundo em que n o h tempo Somente imagens Uma crian a beira do mar enfeiti ada pela primeira vis o que tem do oceano Uma mulher de p em uma sacada de madrugada cabelos soltos vestindo folgadas roupas de dormir de seda seus p s descal os seus l bios O arco da galeria perto da fonte Zahringer na Kramgasse arenito e ferro Um homem sentado na quietude de seu est dio segurando a fotografia de uma mulher h dor no olhar dele LIGHTMAN 1993 72 73 Em Sonhos de Eistein Alan Lightman investiga poeticam
293. ticularidades no ingl s foi traduzida por Ronald Speirs como aprees o direta directly apprehended na l ngua francesa pelo tradutor Michel Haar Philippe Lacoue e Jean LUC Nancy como certeza intuitiva certitude intuitive 165 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 importante dar significado a tal termo porque o fil sofo afirma a sua import ncia na est tica no in cio de sua obra de juventude Introvis o poderia ser descrito como um estado de aceita o tanto o claro como o escuro o bom e o mau sem valora o moral Em tal estado de abertura n o haveria dualidade entre o homem e o mundo beleza e fealdade o estado est tico tal qual como vida se apresenta ver sua exist ncia tal como ela inelutavelmente em um espelho transfigurador e proteger se com esse espelho contra a medusa NIETZSCHE 2007 p A beleza est tica est na vida como um todo alinhado e vivo um dizer sim exist ncia em harmonia e movimento movimento esse onde o natural o entendimento s bito e vigoroso Na introvis o de um esp rito elevado a vis o estendida para o que mais sagrado mas o termo sagrado aqui tem a ver com a n o duplicidade entre vis o e concep o do objeto ambos est o unidos e tornam se abrigo do ser enquanto ser est tico Para tal entendimento necess rio dizer sim vida n o como uma mera met fora mas o mundo livre de cren as no conhecimento fa
294. tivos de seguran a ou com dispositivos de acionamento em caso de furto A an lise de modelos de vida em sociedade pode gerar propostas de servi os de troca empr stimo ou venda de roupas j usadas As oportunidades s o muitas e as personas inovadoras do Antrop logo e do Experimentador devem estar atentas a IARA Revista de Moda Cultura e Arte iss 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 todos os contextos que est o mudando a fim de gerar inova o e achar oportunidade de novos Servi os de Design que podem desenvolver empresas que produzem somente o produto ou criar novas formas de servi o para outras empresas O contexto dos Cuidados com a sa de leva em conta os cuidados di rios que se tem com a sa de e higiene e que afetam o dia a dia consumindo tempo e fazendo com que se burlem os desafios existentes Lavar roupa um cuidado com a higiene que pode ser facilitado pelo uso de tecidos easy care Grave 2010 afirma que roupas com aviamentos de f cil manuseio permitem uma maior autonomia por parte de pessoas com defici ncia desta forma deixando cuidadores e familiares menos preocupados Trocar um z per ou bot es de casa por um velcro ou bot o magn tico pode aumentar a autonomia de idosos crian as e pessoas com defici ncia Podem ser desenvolvidas roupas programadas para que em contato com a pele apliquem prescri es de medicamentos A tecnologia j existe por meio de rem dios em forma de adesivos que
295. to mais baixos que nas grifes originais e em lojas populares parece aproximar os consumidores de fast fashion ao universo simb lico do luxo Por outro lado os artigos da moda s o objetos simb licos de ciclo curto estar na moda seguir a ltima moda e o seu valor distintivo sofre r pida deprecia o O valor comercial dos bens de moda se degrada medida que ocorre sua difus o que faz com que seu poder de distin o se deteriore A exist ncia de mercados hierarquizados de um ponto de vista temporal econ mico e social prolonga a vida desses bens o valor distintivo de um produto relacional ou seja se refere estrutura do campo na qual ele se define e por isso um bem de moda pode continuar a ter poder de distin o para um grupo que ocupa uma determinada posi o na estrutura social e na estrutura de distribui o desse bem mesmo que esse poder n o vigore mais em um grupo de posi o imediatamente superior BOURDIEU amp DELSAUT 2008 p 145 147 Desse modo pode se encarar a venda de produtos de grifes de luxo em lojas populares como uma estrat gia de prolongamento do ciclo de vida de ideias designs e objetiva es materiais utilizadas na cria o de produtos de moda Conclus o As empresas que praticam o fast fashion e realizam associa es com marcas de luxo provocam atrav s das mesmas o aumento do valor simb lico das cole es As grandes respons veis por esse acr scimo s o as a
296. to no meio ambiente L CIDO 2003 como por exemplo aumentando o pH BOTA e RATIU 2008 importante destacar que o setor t xtil utiliza entre cerca de 150 litros de gua ABIT 2005 apud UEDA 2006 a aproximadamente 200 litros de gua para produzir um quilo de tecido RATIU et al 2008 O excessivo uso de gua um problema ambiental agravado pelo grande volume de insumos qu micos que ela transporta S o estimados em torno de 2 000 diferentes subst ncias qu micas usadas na ind stria t xtil como corantes antiespumantes gua sanit ria detergente branqueadores pticos equalizadores dentre outros BOTA e RATIU 2008 Al m da gua das subst ncias qu micas e da energia outro par metro de impacto ambiental a polui o do ar que tamb m varia conforme a complexidade do processo produtivo t xtil De acordo com RATIU et al 2008 a polui o do ar o tipo de polui o mais dif cil para provar testar e quantificar em uma audi o em uma Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 ind stria t xtil Com rela o s fibras do jeans sua mat ria prima principal constituinte dois tipos prevalecem o algod o e o poli ster A produ o da fibra de poli ster tem como sa das emiss es no ar e na gua de metais pesados sais de cobalto e mangan s brometo de s dio di xido de t
297. tos podem adequar se levando em conta as novas formas de vida e mobilidade da popula o em torno do mundo necess rio lembrar que ao utilizar o carro acaba se levando mais coisas e a partir do momento que este menos utilizado a roupa pode ganhar novas fun es e ser mais vers til para os v rios momentos ao longo do dia este fator importante tamb m nas viagens onde controlado o volume e peso das bagagens A persona inovadora do Saltador de Obst culos pode ser o respons vel por observar estas dificuldades de inovar agregando diferentes fun es em um vestu rio fazendo com que ele possa ser usado para uma variedade de pessoas e ainda a um pre o justo A Sociedade vem se concentrando nas cidades ao longo dos s culos e isto tende a aumentar nos anos que seguem As pessoas que saem do campo e v o para as cidades precisam adaptar se a nova rotina as varia es clim ticas ao ambiente mais polu do ao fator seguran a entre outros Pensando na diversidade de pessoas e nos requisitos ligados s mudan as sociais e imigra o podem se desenvolver roupas que se transformem tirando as mangas ou a perna das cal as por meio de z peres por exemplo e podendo ser usada em dias de frio e calor Pensando em ambientes polu dos podem se desenvolver tramas a prova de chuvas cidas que n o possibilitem a polui o do ar entrar em contato com a pele Pensando na seguran a podem se elaborar roupas identificadas com disposi
298. tract The present study demonstrates the conceptual importance of fashion and aesthetics from the perspective of creation For such approaches to fashion design world from the art and culture of a people The philosopher Nietzsche masterfully points out the relationship drama of Aeschylus in the aesthetic conception of Greek culture and this relationship inspires a possible current view from the perspective of the creator of Greek tragedy own aesthetic Key words fashion creation culture aesthetics Mestranda no curso de p s gradua o T xtil e Moda sub rea Projeto PPGTM EACH USP 2 Professor doutor orientador credenciado em T xtil e Moda sub rea Projeto PPGTM EACH USP 161 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Introdu o A moda al m de ser um sistema que acompanha mudan as econ micas sociais e progressos tecnol gicos vista Sob o vi s da arte e da cultura na qual h muito a dizer de um povo Desde o s culo XIX sob o impulso de diversos pintores escritores e historiadores se teve acesso a um acervo de informa o Na contemporaneidade pode se estud la a partir de v rias perspectivas a saber por meio de escritores como August Schlegel Baudelaire e fil sofos como e Friedrich Nietzsche Da a moda passa a ser abordada por um vi s mais intelectual passa a ser o objeto de estudo de muitas reas de conhecimento no caso da est tica da filosofia
299. truir uma mentalidade inovadora em toda a empresa e cultiv la constantemente Ser uma empresa inovadora n o se restringe a um produto ou uma cole o a busca pelo novo que vai gerar resultado positivo para todos Os resultados v o al m do lucro a inova o respons vel pela constru o de novos mercados pela gera o de empregos pela redu o de custos de produ o pelo aumento da quota de mercado crescimento e competitividade da empresa O mesmo autor real a ainda que O desejo de tentar algo novo uma caracter stica proeminentemente humana N o existe um limite a novas ideias mas quando estas ideias produzem valor tornam se inova o As grandes ideias n o tem qualquer valor se n o forem implantadas INNOSKILLS 2008 p 01 Entre outras coisas fica destacado o papel do ser humano como agente da inova o como detentor da caracter stica essencial de tentar algo novo Em seu livro Kelley 2007 coloca que s o as pessoas que impulsionam a inova o nas organiza es pois as grandes realiza es acima de tudo s o humanas A partir desta frase pode se perceber como simples e ao mesmo tempo complexo o cuidado com a inova o Simples porque s cuidar das pessoas e complexo pois ter a pessoa certa na equipe certa com o conhecimento certo para que ocorra a inova o Como o objetivo deste artigo perpassa a rela o entre pessoas e a inova o E IARA Revista de Moda Cultura e
300. u a ser considerado como fonte de identidade STREHLAU 2008 O comportamento do consumidor se define pelas atividades diretamente relacionadas obten o consumo e elimina o de produtos e servi os al m dos processos decis rios que precedem e sucedem tais atividades ENGEL et al 2000 Para Jos 2002 os objetos cont m uma significa o que funciona como tradu o dos valores que distinguem um segmento social de outro sendo que por 177 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 meio de suas escolhas os sujeitos consumidores acessam c digos simb licos que comunicam suas prefer ncias gostos h bitos e estilos de vida aos quais pertencem ou pretendem pertencer STREHLAU 2008 corroborando para a constru o e expressao de sua personalidade com o intuito de identificarem se socialmente FAGGIANI 2006 Assim o desejo do consumidor de estender a pr pria personalidade por meio de suas possess es DUBOIS DUQUESNE 1993 faz do consumo atividade de manipula o sistem tica de signos BAUDRILLARD 2008 As prefer ncias do consumidor por determinada gama de produtos retratam seu estilo de vida ACCARDO CORCUFF 1986 que por sua vez est subordinado educa o formal recebida pelo indiv duo nas escolas por exemplo e informal obtida no conv vio familiar e na viv ncia em sociedade BOURDIEU 1974 incluindo experi ncias pessoais normas e valores cult
301. u tem dinheiro pra comprar compra e deu sai do que jeito que tu quer N o luta pelas ideias que ele comp e Existe muita futilidade nisso a nessa quest o que um problema realmente n C TC grafiteiro Percebemos que esses sujeitos agem de maneira cr tica contra aqueles queos copiam e como consequ ncia segundo eles essa transforma o da vestimenta hip hop em simples tend ncia da vez acaba esvaziando o real sentido opositivo e resistente do movimento 209 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 3 Considera es finais Atrav s dessa pesquisa ficou claro entendermos que sim a grande m dia e a ind stria da moda incluindo a ind stria informativa passa a se apropriar das culturas urbanas e perif ricas de maneira a inseri las no circuito mercadol gico Por m percebe se que h uma resist ncia por parte dos sujeitos adeptos dessas culturas e nesse caso em espec fico do movimento hip hop na aceita o da apropria o daquilo que seu como a vestimenta hip hop por grupos e classes que as utilizar o por um simples fator est tico sem perceber que a ideologia do movimento tamb m carregada atrav s do vestu rio ocasionando por vezes em um esvaziamento de seu real sentido Essa foi a maior constata o realizada na presente pesquisa o entendimento de que a moda hip hop possui dois lados assim como o punk por exemplo a moda hip ho
302. ud vel ao lado de outro de cor escura alterado pelo h bito do fumo Este tipo de paralelismo tem a inten o de proporcionar direcionar e favorecer compara es pois como afirma o Dr Glover a melhor forma das pessoas entenderem n o s como o corpo funciona mas tamb m verem o impacto das doen as no corpo TV CI NCIA 2007 Em Portugal a exposi o realizou se em Lisboa entre Maio e Setembro de 2007 com o t tulo O corpo humano como nunca se viu e teve como patrocinador oficial um dos bancos do pa s por um programa educacional No total foram expostos 17 corpos humanos e 250 rg os ou fragmentos corporais dispostos em 9 galerias tem ticas Esqueleto Sistema Muscular Sistema Circulat rio Sistema Reprodutor e O Corpo Tratado O n mero de visitantes foi de 165 mil pessoas e o evento foi considerado um grande feito pelo organizador Jos Cardoso que teve como base de an lise 10 milh es de habitantes no pais No livro Picturing science producing art JONES GALLISON 1998 na se o dedicada ao corpo alguns estudiosos apresentam a import ncia e o poder da imagem em produzir conhecimento sobre e atrav s do corpo De encontro a isto o ministro da sa de de Portugal Correia de Campos bem como o presidente da comiss o cient fica da exposi o em Portugal o Prof Doutor Francisco Jos de Castro e Sousa TV CI NCIA 2007 afirmaram a sua impress o quanto ao positivo efeito pedag gico que as imagens
303. ue existe grande chance de se aumentar o mercado consumidor e esta a terceira quest o que justifica a necessidade de inovar com pessoas Bem como descrever a abordagem o Design Inclusivo mais efetivo quando posto em pr tica Ele permite que as empresas vejam a exist ncia de consumidores de uma nova forma e expandam mercados inexplorados NORWEGIAN DESIGN COUNCIL 2010 p 22 tradu o dos autores Conforme proposto na frase acima a abordagem do design inclusivo e da inova o com pessoas tem por objetivo ampliar o mercado consumidor O ponto de sobreposi o entre os interesses comerciais e sociais em qualquer projeto representam o timo potencial para inova o NORWEGIAN DESIGN COUNCIL 2010 p 24 tradu o dos autores E este potencial de inova o pode ser usado para galgar novos mercados como pode ser visto na figura 4 A inova o de novos mercados justifica a inova o com pessoas pois as duas caminham juntas m IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo vol 7 No 2 2014 Ambiente da Inova o de Novos Mercados Estrat gica T tica Operacional Identifica o de novos Atrav s de acordos com Adapta o s novas mercados em potencial empres rios e gerentes realidades tecnol gicas que possam se inserir buscam novidades para e de mercado novas em uma unidade de produ o para um novo atividades e abertura a neg cio j existente na mercado e a
304. ue inovar com pessoas Respondendo a esta quest o pretende se refletir sobre as pessoas que geram inova o e as que recebem a inova o sobre os contextos mundiais que ao se transformarem precisam de novas demandas de inova o e sobre as oportunidades de produzir para um p blico amplo atrav s da inova o com pessoas O ser deste artigo esta longe de elencar a inova o com pessoas como a nica a ideal ou a melhor entre tantas formas de inova o existentes mas sim por meio das discuss es que seguem mostrar sua relev ncia frentea concorr ncia mundial de mercados Para responder a quest o proposta o artigo prop e tr s itens que s o desdobrados ao longo do artigo s o eles A inova o passa por pessoas e chega pessoas os contextos est o mudando e a chance de agregar novos mercados empresa Todas as respostas s o discutidas no t pico Por que inovar com pessoas no vestu rio IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Para realiza o deste artigo o Norwegian Design Council 2010 foi de extrema import ncia bem como a leitura de livros e artigos de gest o design inova o e estrat gia todos devidamente citados ao fim deste artigo As pesquisas de projetos de sucesso por meio da abordagem universal e inclusiva foram s inspira es que levaram os autores a enxergarem a oportunidade de aplicar a inova o com pessoas mais intensamente no vestu rio 2
305. ugh preliminary exploratory research it was possible to identify the existence of relationships that narrow the gap between the new luxury and conscious consumption It was also observed that the latter has been distorted to be reduced to mere consumerist practices with the help and encouragement of tools such as green marketing and greenwashing Such practices features a new and paradoxical mode of consumption the eco consumerism the nature characteristics and implications are the subject of this research study Key words New luxury Luxury Eco consumerism Sustainability Marketing 1 Introdu o Vivemos num tempo de uma cultura de consumo excessivo de bens e servi os procurando se transferir os sonhos e expectativas para os objetos que possuem valores de felicidade e prest gio e correspondem a uma legitima o de status social Paralelamente a essa realidade com a consci ncia socioambiental dos nossos tempos surge o fen meno do novo luxo BAUMAN 2001 BAUDRILLARD 2008 Trata se de questionamentos e reflex es relacionados ao consumo que fomentaram a procura por produtos e servi os menos agressivos ao meio ambiente Hoje o mercado de produtos de baixo impacto promissor e conta com o apoio fundamental do marketing verde e atitudes anti ticas como o greenwashing 176 DDD IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Assim distinto do luxo tradicional orientado pel
306. ultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Ocorre um trabalho de desconstru o e reconstru o do corpo a interven o n o somente na mat ria mas no processo natural de altera o A imagem constantemente destru da ou alterada o que podemos relacionar aos iconoclastas que n o s o contra imagens mas contra a sua estagna o pois acreditam n o ser poss vel livrar se delas j que a verdade imagem mas n o h uma imagem da verdade LATOUR 2008 p 131 Assim essas duas imagens apresentadas sobre a a o de transformar o corpo est o vinculadas ao corpo privado em comunica o com o espa o p blico e fazem parte de uma resposta ao contexto que est o inseridos Como Edmund constatou por vezes a transposi o do corpo parte de uma necessidade de aceita o e vincula o com o meio mais do que com o ntimo Neste sentido Orlan coloca o seu pr prio corpo neste estado de desvincula o com o mago torna o p blico Os corpos modificados s o mat ria em prop sito de uma imagem e o sentimento inerente a esses faz se muito mais pelo p blico do que pelo privado A necessidade de transformar o corpo frente a uma rela o com o meio mais do que uma consci ncia ou vontade privada tamb m destacada no programa de TV Last Chance Saloon da Discovery UK Os epis dios sobre as cirurgias pl sticas nos seios S o um bom exemplo disso principalmente quando as pessoas s o confrontadas c
307. umano ou de animais A grande descoberta tem em destaque a conserva o mais simples e duradoura e a elimina o de odores naturais do processo de putrefa o O processo complexo requer muita informa o espec fica e conforme o site oficial s o necess rias mais de mil horas de trabalho para a prepara o de um corpo Muitos dos profissionais que atuam com o Dr Gunther s o m dicos ou estudantes da rea Com o objetivo inicial de melhoria da t cnica para a preserva o de ferramenta de estudo corpo humano para anatomia m dica as amostras permitem n o somente aos estudiosos e profissionais da rea da sa de uma nova possibilidade de estudo mas tamb m s pessoas comuns o conhecimento e melhor percep o de seu pr prio corpo Entretanto mesmo que inspirando se no per odo do Renascimento quando artistas evidenciavam em seus desenhos acontecimentos do 115 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 quotidiano ou outras atividades humanas como aut psias ou cad veres de guerras e batalhas o trabalho do Dr Gunther n o foi facilmente recebido Um dos motivos mencionados foi de que a exposi o de seu trabalho n o apresentava as estruturas do corpo humano mas eram o pr prio corpo humano exposto de forma crua cient fica por m fora do meio cient fico Isto gerou questionamentos motivando discuss es sobre tica e direitos humanos Levantou se a d vida sobre a pr
308. unk do mundo o Sex Pistols que foram os respons veis pela dissemina o para a grande massa dessa moda N o deixa de ser verdade que ambos cuidaram estrategicamente do visual dos membros do Sex Pistols e que a partir da a identifica o visual com cada integrante passou a aumentar o lucro das lojas e marcas que vendiam agora em grande escala a imagem rebelde do movimento Por m o perigo de vermos somente esse lado da rela o acabarmos esquecendo que antes de o estilo punk se massificar e entrar para o circuito da moda inclusive em cole es de grandes estilistas como Jean Paul Gaultier e Zandra Rhodes ele foi segundo Rodrigues 2012 um movimento urbano originalmente perif rico e contracultural que acabou sim entrando no circuito fashion pela gan ncia econ mica p s moderna mas que n o pode de maneira nenhuma fazer com que esque amos ou desconhe amos o seu real potencial opositivo Romero 2012 faz o mesmo percurso investigativo a respeito das transforma es que a moda associada a determinado estilo musical proporcionaram na sociedade como Corr a 1989 faz com o rock e como Rodrigues 2012 faz com o punk por m seu foco na moda hip hop Segundo a autora a moda surgida nos guetos urbanos americanos mudou radicalmente a forma desses sujeitos consumirem e se mostrarem ao mundo assim como alterou a forma como a ind stria fashion 193 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol
309. ura de goma ar bica bicromato de pot ssio ou de am nia e um pigmento para posterior exposi o luz em contato com um original MONFORTE 1997 119 Papel Salgado processo baseado na sensibilidade luz do cloreto de prata desenvolvido por Talbot logo em seus primeiros experimentos de 1834 e amplamente utilizado a partir de 1840 e at fins da d cada de 1850 Fonte Enciclop dia Ita Cultural de Artes Visuais dispon vel em http www itaucultural org br aplicexternas enciclopedia ic index cfm fuseaction termos texto amp cd ve rbete 3889 Acesso em 06 maio 2011 150 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 Imagem 07 Fotografia da s rie Navios de C ssio Vasconcellos 1994 C ssio Vasconcellos destaca ainda que todas as amplia es das imagens do ensaio Navios foram feitas pessoalmente por ele j que o gesto que pertence ao processo de revela o fundamental para a defini o da imagem ou seja n o poderia ter sido feito por outra pessoa al m do pr prio fot grafo A descri o desse minucioso processo evidencia como a pesquisa t cnica que pode incorporar o acaso se torna uma investiga o sobre a linguagem evidenciando o gesto fotogr fico como um meio comunicativo No trabalho de Vasconcellos a experimenta o tamb m aparece de forma intensa a partir do uso do suporte digital Em Coletivo como visto anteriormente isso se d pela fotomontage
310. urais vigentes SHIFFMAN KANUK 2000 Assim o objetivo do consumidor a diferenca o a ocupa o de um lugar de pertencimento no campo do prest gio por meio do valor simb lico de uma mercadoria que utilizada para impressionar pessoas que n o conhecemos e satisfazer h bitos que n o pertencem nossa cultura QUEIR Z PORTINARI 2006 A necessidade nunca tanto a necessidade de tal objeto quanto a necessidade da diferen a Compreender se ent o porque que nunca existe satisfa o completa nem defini o da necessidade BAUDRILLARD 1981 p 88 Nesse contexto o objeto n o deve ser limitado a apenas atender as necessidades pr ticas do usu rio mas deve tamb m ter propriedade significativa que contribuir com a satisfa o de particularidades do indiv duo haja vista que para Bonsiepe 2011 a atividade projetual de quem as concebe o designer caracteriza entre outras coisas n o menos importantes constru o de apar ncias Segundo o soci logo franc s Jean Baudrillard 1972 p 54 atrav s dos objetos uma sociedade estratificada que fala e se os objetos como ali s os mass media IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 parecem falar a todos j n o existem de direito objetos de casta certamente para voltar a colocar cada um no seu lugar Para Stuart Mill apud BAUDRILLARD 2008 o simples fato de escolher este ou
311. velmente maior para os cegos devido falta de um sentido os outros s o potencializados Segundo Schmitt 2002 p 121 acontece a estimula o de um sentido atrav s de outro No ramo do vestu rio alguns tecidos podem possibilitar uma maior percep o t til pelos usu rios com defici ncia visual total como o veludo o couro o voil e a juta por exemplo Al m disso os tecidos estimulam sensa es de acordo com toque e caimento O tecido de veludo cont m o lado do avesso liso e o externo coberto de pelos cerrados e curtos proporciona um toque macio e quente que remete a um aspecto confort vel O tecido de cetim cont m avesso e direito liso proporciona um caimento fluido toque liso e gelado que remete a um aspecto de liberdade e eleg ncia O tecido de couro de origem animal ou sint tica por sua vez proporciona um toque firme macio e el stico relaciona se com a sensualidade e o fetiche O tecido voil cont m na composi o algod o e indica um aspecto leve fino al m da transpar ncia IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 que transmite liberdade e sensualidade O tecido de juta um tecido spero r gido remete a aspectos r sticos artesanais e simpl rios CHATAIGNIER 2006 Abaixo imagens representativas dos tecidos exemplificados i A N A Pa UR AA Veludo Cetim Couro Voil Juta Figura 3 Imagens ilustrativas dos teci
312. vestu rio ntimo como j mencionado que foram aplicadas por meio do beneficiamento termocolante de strass pedrarias brilhosas com cola em sua base que aderem ao tecido por meio de alta temperatura e do beneficiamento alto relevo em EVA revestido de bordado industrial conforme demostrado na figura 6 abaixo de uma das pe as confeccionadas da cole o 73 IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 Figura 6 Exemplo de aplica o da linguagem Braille com beneficiamento em alto relevo Fonte Autoria pr pria Figura 7 Alguns modelos da cole o Linha Rom ntica floral Fonte Autoria pr pria Na linha rom ntica floral acima foram desenvolvidos produtos que conferissem em sua mat ria prima ou beneficiamento elementos florais em alto relevo estampas puff bordado industrial vazados em baixo relevo com o contorno das flores em IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 bordado manual etc Tamb m nesta linha procurou se introduzir as pe as com elementos mais sensuais como cintas liga por exemplo Al m disso produtos que modelam o corpo foram de forma mais acentuada inseridos nessa linha NI d p JF Figura 8 Alguns modelos da cole o Linha Suaves Pastel Fonte Autoria pr pria A linha Suaves pastel com parte dos produtos ilustrados acima procurou seguir as demandas espec ficas de vestibi
313. vista de Moda Cultura e Arte issn 1983 7836 Artigo Vol 7 N 2 2014 SACHS I Estrat gias de transi o para do s culo XXI desenvolvimento e meio ambiente S o Paulo Studio Nobel 1993 104 p SAMPAIO C MURARO G ZANINI A Aplicabilidade da metodologia D4S para o design de espa os comerciais cafeteria sustent vel Curitiba I Simp sio Brasileiro de Design Sustent vel 4 6 set 2007 8 p SELIG P M CAMPOS L M S LERIPIO A A Gest o ambiental In BATALHA M O org Introdu o engenharia de produ o Rio de Janeiro Elsevier 2008 312 p SLACK N et al Administra o da produ o S o Paulo Atlas 1997 754 p SMITH G G BARKER R H Life cycle analysis of a polyester garment Resources Conservation and Recycling v 14 1995 p 233 249 SOUZA M C C Algod o org nico o papel das organiza es na coordena o e diferencia o do sistema agroindustrial do algod o Disserta o de mestrado Faculdade de Economia Administra o e Contabilidade Departamento de Administra o USP S o Paulo 1998 197 p UEDA A C Aplica o de micelas reversas na remo o de corantes t xteis cati nicos Disserta o de mestrado Engenharia Qu mica Universidade Federal de Santa Catarina Florian polis fev 2006 70 p VEZZOLI C Design de sistemas para a sustentabilidade teoria m todos e ferramentas para o design sustent vel de sistemas de satisfa o
314. zido em 2008 por C ssio Vasconcellos carregado de uma reflex o metalinguistica acerca da Fotografia Segundo o fot grafo o trabalho trata de uma paisagem imagin ria produzida pelo ato de desconstruir para depois reconstruir A imagem foi desenvolvida a partir do uso de suporte digital tanto para registro como para tratamento e manipula o A fotomontagem foi a t cnica utilizada j que os carros foram fotografados todos separadamente e depois cinquenta mil foram agrupados para formar a paisagem imagin ria de um imenso estacionamento a c u aberto 3 O fot grafo C ssio Vasconcellos foi entrevistado pela autora em mar o de 2011 esta a fonte de suas afirma es que n o estiverem referenciadas de outra forma pi oS IARA Revista de Moda Cultura e Arte issn 1933 7336 Artigo Vol 7 N 2 2014 mpinga my E us US us E w E Im gE sm 3 UIT Na ms PC DCDC Dp ip milim p FLIS sp iu Dao El ze JEDEL F E o E as m pimp E um a cm m p 1 mu E DOTE hdi ice ee E ma TN J ipn mE p mm op mr qm E o TO Rd EI nm E a 3 re DETO mm ug sp u Imagem 01 Coletivo de C ssio Vasconcellos 2008 O jornalista e curador de fotografia Eder Chiodetto ao comentar o trabalho de Vasconcellos diz a fotografia para ele uma ferramenta que em parte auxilia a desvelar mundos vis ve

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