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1. ensino m dio L 1 SERIE volume 1 2009 O ta tbi 10 indd 1 SOCIOLOGIA GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO Governador Jos Serra Vice Governador Alberto Goldman Secret ria da Educa o Maria Helena Guimar es de Castro Secret ria Adjunta lara Gloria Areias Prado Chefe de Gabinete Fernando Padula Coordenadora de Estudos e Normas Pedag gicas Val ria de Souza Coordenador de Ensino da Regi o Metropolitana da Grande S o Paulo Jos Benedito de Oliveira Coordenadora de Ensino do Interior Aparecida Edna de Matos Presidente da Funda o para o Desenvolvimento da Educa o FDE F bio Bonini Sim es de Lima EXECU O Coordena o Geral Maria In s Fini Concep o Guiomar Namo de Mello Lino de Macedo Luis Carlos de Menezes Maria In s Fini Ruy Berger GEST O Funda o Carlos Alberto Vanzolini Presidente do Conselho Curador Antonio Rafael Namur Muscat Presidente da Diretoria Executiva Mauro Zilbovicius Diretor de Gest o de Tecnologias aplica das Educa o Guilherme Ary Plonski Coordenadoras Executivas de Projetos Beatriz Scavazza e Angela Sprenger COORDENA O T CNICA CENP Coordenadoria de Estudos e Nor mas Pedag gicas PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 2 Coordena o do Desenvolvimento dos Conte dos Program ticos e dos Cadernos dos Professores Ghisleine Trigo Silveira AUTORES Ci ncias Humanas e suas Tecnologias Filosofia Paulo Miceli L
2. Maria Helena Guimar es de Castro Secret ria da Educa o do Estado de S o Paulo PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 3 20 07 09 15 08 10 E Sum rio S o Paulo faz escola Uma Proposta Curricular para o Estado 5 Ficha do Caderno 7 Orienta o sobre os conte dos do bimestre 8 Situa es de Aprendizagem 10 Situa o de Aprendizagem 1 O processo de desnaturaliza o ou estranhamento da realidade 10 Situa o de Aprendizagem 2 O homem um ser social 22 Situa o de Aprendizagem 3 A Sociologia e o trabalho do soci logo 39 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreens o dos temas 46 Considera es finais 48 PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 4 20 07 09 15 08 10 A S o PAULO FAZ ESCOLA UMA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ESTADO Prezado a professor a com muita satisfa o que apresento a todos a vers o revista dos Cadernos do Professor parte integrante da Proposta Curricular de 5 a 8 s ries do Ensino Fundamental Ciclo II e do Ensino M dio do Estado de S o Paulo Esta nova vers o tamb m tem a sua autoria uma vez que inclui suas sugest es e cr ticas apresentadas durante a primeira fase de implanta o da proposta Os Cadernos foram lidos analisados e aplicados e a nova vers o tem agora a medida das pr ticas de nossas salas de aula Sabemos que o material causou excelente impacto na Rede Estadual de Ensino como um todo N o houve discrimina o Cr ticas e
3. c exibi o de trechos do filme N ufrago de Robert Zemeckis 20 07 09 15 09 06 Proposta 1 Leitura da obra Robinson Cruso de Daniel Defoe Para trabalhar o tema central desta Situa o de Aprendizagem sugerimos a leitura da obra Robinson Cruso de Daniel Defoe como meio a partir do qual procuraremos despertar a reflex o sobre a concep o do homem como um ser social Nosso objetivo utilizar a situ a o da personagem e introduzir com base em exerc cios de interpreta o de leitura de texto e aulas dialogadas os conte dos e temas propostos para essa etapa Sondagem e sensibiliza o A indica o da leitura da obra Robinson Cruso deve ser feita logo no in cio do bimes tre para que os alunos tenham tempo de ler o livro antes da realiza o das atividades que Sociologia 12 s rie 1 bimestre compreendem esta Situa o de Aprendiza gem A edi o que recomendamos a vers o adaptada por Werner Zotz da Editora Scipio ne S rie Reencontro Essa op o tem o obje tivo de incentivar o interesse pela leitura de uma obra que em sua vers o original de masiado extensa para os fins deste bimestre e cuja adapta o traz uma linguagem atual orientada para o p blico jovem Caso os alu nos n o tenham acesso a essa edi o ou tenham dificuldade em encontr la voc pode realizar a atividade utilizando os trechos selecionados a seguir Se essa for a situa o da sua turma per
4. Solange Wagner Locatelli e Vanessa Dias Moretti Equipe Editorial Coordena o Executiva Angela Sprenger Assessores Denise Blanes e Luis M rcio Barbosa Projeto Editorial Zuleika de Felice Murrie Edi o e Produ o Editorial Conex o Editorial Verba Editorial Adesign e Occy Design projeto gr fico APOIO FDE Funda o para o Desenvolvimento da Educa o CTP Impress o e Acabamento Imprensa Oficial do Estado de S o Paulo A Secretaria da Educa o do Estado de S o Paulo autoriza a reprodu o do conte do do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educa o do pa s desde que mantida a integridade da obra e dos cr ditos ressaltando que direitos autorais protegi dos dever o ser diretamente negociados com seus pr prios titulares sob pena de infra o aos artigos da Lei n 9 610 98 Constituem direitos autorais protegidos todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE SP que n o estejam em dom nio p blico nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais Cataloga o na Fonte Centro de Refer ncia em Educa o Mario Covas S o Paulo Estado Secretaria da Educa o Caderno do professor sociologia ensino m dio 12 s rie volume 1 Secretaria da Educa o coordena o geral Maria In s Fini equipe Helo sa Helena Teixeira de Souza Martins Melissa de Mattos Pimenta Stella Christina Schrijnemaekers S o Paulo SEE 2009 ISBN 978
5. os soci logos s o pessoas que se especiali zam em analisar aspectos da vida social Lembre se das caracter sticas do senso PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 41 lt http www estadao com br gt Acesso em 21 nov 2008 comum dadas em sala de aula Com base nelas respondam gt Como ele procura fugir do senso comum ao falar do assunto Para tanto ele foge do imediatismo e da superficialidade pois procura trabalhar com diferentes aspectos da mesma quest o com o objetivo de entender quem s o as pessoas envolvidas na situa o de linchamento se homens ou mulheres se negros ou brancos se ricos ou pobres o lugar onde o linchamen to ocorre etc do preconceito pois evita fazer afirma es que expressem qualquer tipo de avalia o seja dos que s o linchados seja dos linchadores ele ainda mostra que para a compreens o do linchamento preci so refletir de forma ampla abordando o tema de diferentes ngulos Dessa maneira ele procura identificar quais os motivos que le vam as pessoas a cometer esses atos Para os soci logos v rios s o os fatores que podem explicar acontecimentos da sociedade O soci logo entrevistado aponta a complexida de do linchamento ao mostrar que ele ocorre em diferentes sociedades e pocas h uma variedade de motivos e que pessoas de dis tintos estratos sociais n o lincham da mesma forma Dessa maneira ele evita generaliza es indevidas Evitar generaliza es indevidas
6. Se os alunos n o decifra rem sozinhos a charada questione os Al gu m j viu gua subir E aqui a gua n o s sobe como sobe em ziguezague para cair no mesmo lugar de onde saiu O primeiro proble ma que a gua sobe para cair Imposs vel O segundo problema que consegue subir em ziguezague e cair no mesmo lugar Impos s vel tamb m Um terceiro problema se a gua sobe em ziguezague como que os pi lares se apoiam uns nos outros Em um per curso em ziguezague era para uns estarem mais frente e outros mais atr s mas ele os deixou uns sobre os outros vados lt www mcescher com gt O 2008 The M C Escher Company Holland Direitos Reser 19 20 07 09 15 09 04 20 O 2008 The M C Escher Company Holland Direitos Reserva dos lt www mcescher com gt Mais uma vez Escher brincou com a credu lidade de nosso olhar Ele distorceu a perspec tiva para fazer com que isso tudo seja poss vel ama Al Relatividade outra litografia 1962 de M C Escher A an lise desta outra imagem ajuda na discuss o sobre o gue certo e o gue errado Ou seja o olhar imediatista que lan amos sobre a realidade pode estar errado e repleto de preconceitos que precisam ser deixados de lado Aquilo que parece certo de determinado ngulo pode ser errado de outro H muitas escadas Umas com figuras subindo outras descendo outras de ponta cabe a nas mais diferentes dire es Ques tione
7. estabelecer o entendimento de que o ho mem um ser social e estabelecer os desafios disso para a compreens o da vida do homem em sociedade 20 07 09 15 08 47 o momento de enunciar o conte do do bimestre para que os alunos possam com preender como ser a discuss o do tema nos pr ximos dois meses 1 A Sociologia e o trabalho do soci logo 2 O processo de desnaturaliza o ou estra nhamento da realidade 3 Como pensar diferentes realidades 4 O homem como ser social Etapa 2 O imediatismo do olhar O objetivo da Etapa 2 dar continuidade explica o do que o olhar sociol gico a partir da discuss o a respeito do olhar do senso comum em contraposi o ao olhar cient fico Olhamos o mundo e parece que simples mente vemos as coisas tal como elas s o Entretanto ao olhar alguma coisa e nome la preciso ter antes uma ideia do que ela seja as pessoas t m em suas cabe as alguma ideia do que um carro e por isso quando veem diferentes carros podem dizer que viram um O olhar humano sempre est repleto de preno es sobre a realidade que nos ajudam a compreend la E elas est o repletas de co nhecimento do senso comum O conhecimen to do senso comum uma forma v lida de pensamento mas n o o nico poss vel H por exemplo o conhecimento cient fico O co nhecimento cient fico muitas vezes parte do senso comum para olhar a realidade mas ele sempre precisa ir al
8. m do senso comum Nosso olhar nunca um olhar neutro ele est sempre repleto dessas preno es que v m do senso comum Para lan ar um olhar sociol gico para a realidade necess rio afastar se dessa forma de observ la PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 15 Sociologia 12 s rie 1 bimestre Questione os Por que voc s acham que preciso afastar se do senso comum Porque a Sociologia uma Ci ncia e n o se faz ci ncia baseando se no senso comum Na verdade toda constru o cient fica um lento processo de afastamento do senso comum N o se pensa sociologicamente imerso no senso comum O problema que estamos imersos nele Nossa maneira de pensar de agir e de sentir est repleta desse tipo de conheci mento Apesar de ser uma forma v lida de conhecimento n o ci ncia A ci ncia se constr i a partir de um cuidado metodol gico ao olhar a realidade que procura se afastar dos ju zos de valor t picos do senso comum Pe a que os alunos formulem alguns dos problemas do senso comum e escreva na lousa todas as sugest es Depois verifique a lista gem e mantenha na lousa apenas as sugest es pertinentes Por fim complete a lista dos alu nos com as caracter sticas que achar necess rias Veja algumas sugest es DEMO 1987 gt imediatista o senso comum se caracteriza muitas vezes por ser extremamente simplista ou seja muitas vezes n o fruto de uma reflex o mais cuidadosa N o se preocup
9. mas nesta pri meira fase que o aluno dever come ar a perceber a especificidade do olhar sociol gi co na an lise da sociedade O recurso meto dol gico para isso dado pelo princ pio do estranhamento ou seja fazer com que o alu no perceba que o olhar da Sociologia para o objeto de sua an lise de estranhamento de afastamento e de cr tica com rela o a tudo que lhe aparece como natural como verdadeiro e definitivo Trata se portanto de construir com o aluno uma atitude ou uma sensibilidade que lhe permita buscar sempre uma explica o de como e por que os fen menos sociais ocorrem recusando sempre as explica es de que sempre foram assim ou devem ser assim Dessa maneira o estranhamento acompanhado da desnatu raliza o do olhar Essa estrat gia did tica permite a nosso ver mostrar aos alunos que existem diferentes formas de conhecimento e que a maneira espec fica como o soci logo analisa a sociedade que lhe permite PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 8 construir um conhecimento cient fico a seu respeito Outro tema a ser discutido neste bimestre o do homem como um ser social ou seja O homem como produto e como produtor da sociedade em que vive a partir das rela es que estabelece com os outros homens e com a natureza A partir de um texto narrativo ou de um filme pretendemos fazer com que os alunos reflitam como o homem na busca de garantir os seus meios de sobreviv ncia transforma
10. por olhar que o espa o mais alto no interior da igreja chama se altar e que em uma determinada caixa ficam guardadas as h stias Como o aluno viu a h stia se ela est guardada Ele s pode descrever o que v no momento da visita ao local 13 PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 13 20 07 09 15 08 13 a O Dennis MacDonald Alamy Otherimages b O Ablestock c O WoodyStock Alamy Otherimages d Redmond Durrell 14 Alamy Otherimages e O Bailey Cooper Photography Alamy Otherimages f O Ablestock a Olho de uma pessoa negra b Olho de pessoa oriental c Olho castanho de pessoa ocidental d Olho verde de uma pessoa ocidental e Olho castanho de uma crianca f Olho de pessoa oriental E ainda importante gue os alunos tenham alguma noc o dos grandes temas a ser traba lhados no ano Por isso escreva na lousa 1 O aluno na sociedade e a Sociologia 2 O que permite ao aluno viver em sociedade 3 O que nos une como humanos O que nos diferencia 4 O que nos desiguala como humanos PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 14 N o preciso dar uma explica o porme norizada de cada um deles a ideia n o a de explorar esses temas mas sim de pass los na lousa de modo que os jovens possam sa ber previamente quais ser o os assuntos debatidos Voc pode dizer inclusive que a explica o pormenorizada de cada tema ser dada no in cio de cada bimestre O impor tante dizer a eles que o objetivo deste ano
11. Atlas 2003 Nesse cap tulo as autoras estabe lecem uma r pida diferencia o entre o co nhecimento cient fico e outras formas de conhecimento como o popular e o religioso MARTINS Carlos Benedito O que Socio logia S o Paulo Brasiliense 2003 Cole o Primeiros Passos 57 Este livro uma boa introdu o para os professores mas n o o recomendamos aos jovens Apesar de ser um livro introdut rio ele passa por diferentes correntes e autores da Sociologia de tal forma que ele mais indicado para algu m que j aprendeu um pouco do que Sociologia mas n o para um jovem que inicia o Ensino M dio e nunca ouviu nada a respeito da disciplina O professor pode escolher alguns trechos para serem lidos pelos alunos MENDRAS Henri O que a Sociologia Barueri Manole 2004 Este livro se prop e a ser um manual pr tico de introdu o Socio logia buscando apresentar a Sociologia como Ci ncia seus m todos e principais problem ticas utilizando bibliografia de in meros au tores importante observar entretanto que E RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR 44 20 07 09 15 09 14 se trata de uma abordagem da escola francesa ainda do in cio dos anos 1960 e que inclui a Psicologia Social como parte da Sociologia Por m n o deixa de ser til para quem quer conhecer mais a fundo a Sociologia e n o sabe por onde come ar Recomendamos a Intro du o ao professor MORAES
12. Industrial ocorria o processo de urbaniza o com o desenvolvimento das cidades que se torna ram o palco dessas transforma es e cresce ram de forma desmesurada Ocorreu um esvaziamento do campo As pessoas n o s atravessavam oceanos como tamb m par tiam do campo para as cidades em busca dos meios para sua sobreviv ncia ou de melhores condi es de vida Paris tinha quase 600 mil habitantes em 1800 Em 1850 tinha mais de 1 milh o e em 1900 mais de 2 5 milh es GAY 1998 p 45 O s culo XIX pode ser compreendido como a era dos trens expressos Os trens eram a met fora das r pidas mudan as Sua velocidade servia como s mbolo para a velocidade das mudan as E assim dinamizaram ainda mais as transforma es por meio deles os jornais passaram a chegar cada vez mais r pido aos lugares mais distantes e assim a informa o p de se difundir com mais velocidade Eles beneficiaram tamb m a ind stria ajudaram a baixar o custo do transporte da produ o e as mercadorias perec veis puderam ser transportadas de forma mais gil Eles impuseram uma precis o ao tempo que nunca antes houvera As cidades tiveram de acertar seus rel gios Antes deles cada cidade marcava as horas como bem queria GAY Peter Arquitetos e m rtires da mudan a In A Experi ncia burguesa da rainha Vit ria a Freud S o Paulo Companhia das Letras 1998 p 54 55 Em meio a tudo isso surgiu a Sociologia Ela veio nesse primeiro momento
13. a natureza e o ambiente em que vive cria determinadas t cnicas e estabelece rela es com outros seres vivos Na rela o com os outros homens desenvolve uma vida em comum inventa regras e leis define o sentido dessa vida em comum adquire uma identidade Cria enfim uma cultura e nesse processo se transforma Dessa forma esperamos possibilitar que os educandos tenham um contato inicial com a Sociologia e com os temas e quest es que ser o desenvolvidas j na 1 s rie e poste riormente nas seguintes Conhecimentos priorizados O ensino da Sociologia no Ensino M dio dar se por meio do estranhamento que a atitude de distanciamento ante a realidade do aluno Ou seja ele ser introduzido s preocupa es sociol gicas de compreens o da realidade a partir de uma reflex o sobre sua vida cotidiana Sendo assim na Situa o de Aprendizagem 1 o objetivo geral apre sentar o programa de Sociologia do 1 bimes tre aos jovens e iniciar a constru o do olhar de estranhamento o que se inicia com um breve hist rico do ensino de Sociologia no 20 07 09 15 08 11 Brasil e termina com a discuss o sobre o olhar sociol gico em rela o ao olhar do senso comum Em seguida o foco passa a ser os objetos centrais da Sociologia enquanto ci ncia o homem e a sociedade Na Situa o de Apren dizagem 2 o objetivo despertar a percep o dos alunos para o ser humano e seu lugar no mundo dos homens isto
14. as correntes que pro curavam explicar a sociedade a partir de seus fundamentos econ micos como Karl Marx e outros como Max Weber que realizavam uma interpreta o causal da cultura e da hist ria Haviam tamb m perspectivas te ri cas que explicavam a sociedade a partir de um princ pio do equil brio e de uma tend n cia integra o como mile Durkheim ou outros que viam a sociedade a partir das contradi es e antagonismos que separavam os indiv duos Como agora os jovens j possuem uma no o do contexto do surgimento da Socio logia e de suas tens es poss vel explicar a distin o entre Sociologia e outras discipli nas como o Servi o Social ou a Filosofia Muitos jovens confundem nas Por isso se faz necess rio estabelecer uma distin o entre elas No que se refere ao Servi o Social po de se dizer que a Sociologia se distingue dele pois ela uma tentativa de compreens o da realidade ao passo que o servi o do assisten te social sempre uma a o na sociedade BERGER 1976 p 13 PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 44 Tamb m se faz necess ria a distin o en tre Sociologia e Filosofia A Filosofia tam b m estuda o homem entretanto suas preocupa es normalmente dizem respeito mais a abstra es do que a uma compreens o dos homens imersos dentro de contextos hist ricos espec ficos Voc pode exemplificar como achar necess rio para que os jovens possam compreender isso um question
15. do modo como estava habituado Pergunte aos alunos Voc s acham que conseguiriam sobreviver se tivessem exatamente os mesmos recursos de que Chuck Noland dispunha Certamente alguns alunos responder o que sim Aproveite para questionar essa resposta atentando para o fato de que Noland era engenheiro de sistemas e morava em Memphis uma cidade grande no Estado da Virg nia nos Estados Unidos Sabia pouco sobre como viver em um ambiente tropi cal E se voc s estivessem em uma ilha onde ne vasse e fizesse muito frio Como Noland sabia que era preciso esfregar dois peda os de madeira para fazer fogo Ser que voc s tamb m teriam tido a mesma ideia se n o tivessem assistido ao filme N o descarte a hip tese de alguns alunos apresentarem solu es m gicas como por exemplo eu teria um canivete escondido no bolso ou eu sempre levo um isqueiro comi go Desafie os remetendo sempre situa o enfrentada pela personagem no filme Chame a PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 35 Sociologia 12 s rie 1 bimestre aten o para o fato de que inicialmente Noland optou por n o abrir as caixas da companhia de entregas Naquele momento ele dispunha ape nas das pr prias m os e da pr pria engenhosi dade para resolver seus problemas Retome o epis dio dos cocos verdes e recapitule com os alunos as etapas empreendidas para abri los Pergunte turma O que levou Noland a utilizar aqueles recursos para abrir o c
16. do tamanho Dessa forma podia acompanhar o desenrolar dos dias conseguindo situar me no tempo Entre tantos objetos havia trazido do navio tinta papel e penas para escrever E enquanto a 1 Pequeno recipiente de madeira destinada a armazenar mercadorias 2 Antiga arma de fogo parecida com uma espingarda 3 Grande recipiente de madeira formado por dois tampos planos e t buas encurvadas unidas por aros met licos 24 PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 24 20 07 09 15 09 07 Sociologia 12 s rie 1 bimestre tinta durou mantive um di rio relatando de forma resumida os principais fatos acontecidos p 30 A falta de ferramentas adequadas tornava alguns servi os extremamente demorados Mas afinal para que pressa Eu n o tinha todo o tempo do mundo Tamb m descobri que o homem pode dominar qualquer profiss o que queira Aos poucos tratei de deixar mais confort vel o meu Jeito de viver p 31 Foi nessa poca que fiquei doente com febre e tive alucina es Vendo a morte muito pr xima fui incapaz de ordenar minhas ideias e coloc las com clareza no papel Hoje sei que esse per odo foi um dos piores da minha vida A febre veio de mansinho p 36 Num momento de lucidez entre um ataque e outro de febre lembrei me de que no Brasil se usava fumo para curar a mal ria E eu tinha num dos caixotes um peda o de fumo em rolo e algumas folhas ainda n o defumadas Foi a m o de Deus que me guiou B
17. e passa a viver sozinho em uma ilha desabitada utilizando apenas os recursos que consegue salvar dos destro os do navio encalhado e sua pr pria engenhosidade em produzir as ferramentas e os utens lios necess rios para a sua sobreviv ncia durante os anos em que vive na ilha Etapa 1 Leitura da obra Robinson Cruso v rias formas individual compartilhada ou comentada Utilize os trechos selecionados a seguir ape nas se a turma tiver dificuldade de acesso obra Nesse caso a leitura deve ser feita em sala de aula Voc pode realizar a leitura de Se todos tiverem lido o livro indicado voc pode passar diretamente s quest es sugeridas para discuss o 23 PROF SOCIO Ta tbi 10 indd 23 20 07 09 15 09 06 A primeira atividade a ser realizada com os alunos seja ap s a leitura dos trechos selecio nados ou do livro a interpreta o do texto propriamente dito Esse exerc cio tem por ob Jetivo realizar uma primeira aproxima o cr tico anal tica com rela o obra que servir como etapa preparat ria para a discuss o mais aprofundada quando os alunos refletir o so bre os temas da Situa o de Aprendizagem Sugerimos que o processo seja realizado de forma gradativa Nesse sentido as quest es propostas a seguir servir o como base para voc aprofundar a discuss o na aula seguinte As quest es de interpreta o do texto podem ser trabalhadas de forma dialogada com a clas se ou em grupos como
18. h um homem de costas que apoia a m o no pilar Se o desenho n o tivesse sido feito dessa forma distorcida n o poder amos ver o rosto dela pois ela tamb m esta ria de costas para n s ou os dois deveriam estar de frente Entretanto como os andares se encontram como se estivessem cruza dos um rosto vis vel e o outro n o pois os andares apontam para diferentes dire es Por fim se os alunos ainda n o perceberam essa disposi o mostre a eles que os pilares est o quase todos cruzados os pilares do fun do se apoiam na parte da frente e os da frente se apoiam ao fundo Perceber tudo isso com um primeiro olhar imposs vel E se h algo que a Sociologia mostra s pessoas o fato de que a realida de social apresenta se como possuidora de muitos significados A descoberta de cada novo n vel modifica a percep o do todo BERGER 1976 p 32 33 Pe a agora aos alunos que dirijam o olhar para a pr xima imagem PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 19 Sociologia 12 s rie 1 bimestre Queda d agua litografia 1961 de M C Escher Pe a aos alunos que observem esta ima gem e digam o que acham que Escher fez com ela Mais uma vez h um desenho talvez interessante mas n o necessariamente bonito ou feio Mais um desenho que n o chama muito a nossa aten o em um primeiro olhar como muitos fatos e acontecimentos que ocorrem nossa volta Nesta figura tudo gira em torno da gua
19. lvora Procurando no dep sito da caverna achei um velho saco de estopa Pelos vest gios no passado servira para armazenar gr os no seu fundo havia cascas e migalhas de cereais Para limpar o saco sacudi esses restos num canto perto da cerca milagrosamente haviam germinado p 33 Precisava de algo para moer o milho e transform lo em farinha Sem instrumentos para fazer um pil o de uma pedra fiz um de madeira usando a mesma t cnica que os ndios brasileiros empregavam na confec o de suas canoas queimavam a madeira escavando a a seguir com a plaina Poll meu papagaio aprendera a falar e acompanhava me aonde quer que eu fosse Fazia me bem ouvir outra voz al m da minha pena n o ser de algum homem p 54 DEFOE Daniel Robinson Cruso A conquista do mundo numa ilha Adapta o em portugu s de Werner Zotz S o Paulo Scipione 1986 S rie Reencontro 1 Quais s o as primeiras coisas que Robinson ao seu lugar de origem faca cachimbo e Cruso faz ao despertar em terra ap s o tabaco Suprir suas necessidades mais b si naufr gio cas matar a sede enganar a fome e dormir Andar sem rumo pela costa pensando nos 2 Ao descobrir que o navio trazido pela amigos desaparecidos Identificar os seus tempestade encontrava se pr ximo praia pertences pessoais os objetos que o ligam e continuava inteiro Robinson decide ir 4 Cerca feita com estacas apontadas e fincadas na terra 5 Ferramenta
20. pela aus n cia de outros seres humanos Ele criou diversos animais dentre eles um papagaio ao qual ensi nou a falar Destaque a import ncia desse fato Observe que o papagaio um animal dotado de instinto e n o de raz o portanto sua fala ape nas uma imita o daquilo que o ensinam a dizer ou seja ele apenas repete a pr pria fala de Ro binson um espelho dele mesmo uma esp cie de eco para a sua pr pria voz Por que Cruso ensinou um papagaio a repetir o seu pr prio nome entre outras frases que imitavam um di logo mes mo sabendo que a ave jamais saberia o que estava dizendo a ele Aguarde as respostas da turma e discuta as Em seguida introduza a quest o cen tral desta Situa o de Aprendizagem o homem um ser social e n o consegue sobreviver na aus ncia de outros seres humanos No limite o papagaio era apenas um substituto para sua ne cessidade mais premente a de imaginar que outra pessoa estava interagindo com ele Para quem leu o livro posteriormente essa necessidade ser contemplada pela figura de Sexta feira Por m para que Sexta feira se tornasse um companheiro para Robinson Cruso houve um importante processo de mudan a no modo como ele via os grupos sociais aos quais pertenciam as tribos de Sexta feira e de seus captores PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 29 20 07 09 15 09 09 Inicie essa etapa da discuss o perguntando aos alunos Qual era a vis o de Cruso sobre os homens qu
21. poderes f sicos tomando para si sua for a ao comer seus corpos Voc pode questionar os alunos Como a vis o de Robinson afetou o seu comportamento com rela o aos ind genas Na verdade Robinson sabia pouco a respeito dos costumes dos visitantes ocasionais da ilha Seu ponto de vista estava carregado de preno es isto daquilo que ele ouvira dizer ou conhecia por parte de outros marinheiros e exploradores europeus de sua poca Seu olhar s permitia ver aquilo que ele conseguia perceber de imediato isto um grupo de pessoas se alimentando de outros seres humanos Uma vez que ele mesmo era um ser humano logo deduziu que poderia ser uma vi tima em potencial daquele costume Al m disso Robinson n o convivera com homens daquelas tribos tampouco se comunicara com eles para saber se efetivamente aqueles rituais tinham por objetivo satisfazer a fome Suas conclus es eram baseadas apenas no senso comum ou seja na ideia de que o alimento possui apenas um objetivo suprir o corpo de energia para sobreviver Por essa raz o ele vivia em constante temor de que eles o descobrissem cercando se de cuidados e procu rando esconder se sempre que vinham ilha importante enfatizar que os visitantes da ilha n o eram todos iguais Entre eles havia dois grupos os captores e os prisioneiros que eram executados e ritualmente comidos pelos primeiros Qual era o grupo que mais causava temor a Robinson e por qu O dos captores porq
22. preferir Andei sem rumo pela costa pensando nos meus amigos todos desaparecidos com certeza mortos O mar transformara se em t mulo al m de carrasco Longe mar adentro o navio continuava im vel encalhado Eu estava molhado sem gua e sem comida Nos bolsos apenas uma faca um cachimbo e um pouco de tabaco A noite avizinhava se Afastada da praia encontrei uma pequena fonte de gua doce Matei a sede Para enganar a fome masquei um naco de fumo Sem abrigo sem armas e com medo de feras selvagens subi numa rvore para passar a noite Consegui encaixar o corpo cansado no meio de grossos galhos sem perigo de cair durante o sono Adormeci logo p 23 O navio trazido pela tempestade havia se deslocado para um ponto bem pr ximo praia Continuava inteiro sinal de que se tiv ssemos permanecido a bordo estar amos agora todos com vida p 23 Em primeiro lugar salvei os animais dom sticos que viajavam no navio um cachorro e quatro gatos p 24 Rapidamente fiz uma revista geral para ver o que podia salvar da carga J havia decidido trazer do navio todas as coisas poss veis de serem transportadas Sabia n o ter muito tempo a primeira tempestade faria o barco em peda os p 25 Ia para bordo a nado e voltava sempre com uma nova jangada aproveitando para salvar assim tamb m o madeirame do navio Consegui desse modo valiosas riquezas para um n ufrago machados sacos de pregos cor
23. ser o agora introduzidos ao que Martins professor de Sociologia da Facul a Sociologia hoje quando e para o que o dade de Filosofia da Universidade de S o soci logo chamado Nossa sugest o a de Paulo USP No fim de semana passado tr s homens suspeitos de roubo foram linchados na periferia de Salvador No s bado Em lio Oliveira Silva e Michael Santa Izabel acusados de saquear resid ncias da vizinhan a foram linchados por mais de 30 pessoas Em lio foi morto a pauladas Domingo a v tima foi um homem de identidade desconhecida Ele tamb m foi perseguido por mais de 30 mora dores que o acusavam de roubar uma TV Morreu no local a 200 metros de onde Em lio e Michael foram atacados Na noite de segunda feira em Ribeir o Preto SP o estudante Caio Meneghetti Fleury Lombardi que invadiu um posto de gasolina atropelou o frentista Carlos Pereira Silva e tentou fugir sofreu uma tentativa de linchamento Por fim na quinta feira um adolescente da Funda o Casa ex Febem foi linchado at a morte por outros internos em Franco da Rocha SP Foram cinco casos noticiados em 6 dias N o se trata de uma epidemia em nosso contexto algo normal Jos de Souza Martins soci logo e colaborador do Ali s estuda linchamentos h quase 30 anos e documentou 2 mil casos O Brasil o pa s que mais lincha no mundo Possivelmente Isso nos ltimos 50 anos per odo que minha pesquisa abrange N o d pa
24. sinago ga etc diferen as de origem ir a um centro cultural de tradi o diferente da pr pria ou onde se realizam atividades que n o costumam praticar diferen a de atividade e costumes quem s ouve m sica sertaneja pode ir a um show de rock um jovem que joga futebol pode acompanhar uma competi o de jud O treino do olhar o primeiro passo na constru o de um olhar sociol gico para a realidade e este se faz com base no estranha mento do cotidiano Estamos acostumados a encarar tudo como natural como se o mun do e as coisas que nos cercam s o naturais e sempre foram assim Para desenvolver um olhar sociol gico preciso quebrar tal forma de encarar a realidade Voc pode dar as ex plica es que achar necess rias mas o que importa que os jovens compreendam a in ten o do trabalho Defina uma data de en trega das descri es Mesmo assim as descri es devem vir re pletas de preno es Isso o esperado para esse primeiro trabalho sobre o estranhamento No dia da devolu o dos trabalhos estabele a uma breve reflex o sobre o fato de que muitos mostraram grande preconceito para com o objeto escolhido Enfatize que havia sido pe dida apenas uma descri o mas que essas preno es n o s o um problema pois eram esperadas Isso s o in cio do olhar de estra nhamento Deve ser mostrado aos jovens que mesmo indo a um lugar que n o conheciam lan aram um olhar repleto de
25. uma importante preocupa o metodol gica do so ci logo ao analisar qualquer situa o 41 20 07 09 15 09 12 42 Pe a aos jovens que expliquem com as pr prias palavras o que ele diz sobre o lin chamento nas diferentes sociedades que definam o perfil do linchado e estabele am o perfil do linchador Com base na discuss o da entrevista foi mostrado aos jovens como o soci logo pode construir sua an lise e como a an lise socio l gica pode ser complexa pois ela leva em considera o uma grande gama de fatores Etapa 2 Aula expositiva Nesse momento voc j pode abordar com os alunos quando surgiu a Sociologia o con texto da poca e como os soci logos se distin guem dos profissionais de outras reas A Sociologia nasceu no s culo XIX um s culo marcado por dualidades gt de um lado a ideia de progresso Difunde se a ideia de que a hist ria da humanidade n o s caminha em uma dire o mas que esse caminho apontava uma evolu o essa evolu o era o progresso da humanidade gt por outro lado viam se as mudan as n o como sinal de evolu o mas sim de desordem GAY 1998 MARTINS 2003 Pessoas que viveram o per odo chamavam a pr pria poca de uma era de mudan as um s culo de transi es GAY 1998 p 43 Uma das caracter sticas do s culo XIX a de que a pr pria natureza das mudan as se modi ficou elas tornaram se muito mais r pidas N o s
26. uma primeira ideia de como nos relacionamos com os outros e de que maneira isso afeta nosso modo de vida Na Situa o de Aprendizagem 3 o obje tivo continuar a ajudar os alunos na com preens o do que a Sociologia e de como feita a an lise sociol gica a partir de um modo de olhar para a realidade auxiliado por teorias e m todos espec ficos Pretende se retomar a discuss o estabelecida na Situ a o de Aprendizagem 1 e fornecer aos alunos uma introdu o ao contexto do sur gimento da Sociologia bem como uma dis tin o entre ela e outras disciplinas Compet ncias e habilidades Na 1 s rie do Ensino M dio ser funda mental o desenvolvimento da capacidade de estranhamento do aluno em rela o a si pr prio e realidade que o cerca Esse ser o primeiro passo para a forma o de um olhar cr tico sobre o cotidiano e posterior mente para o desenvolvimento da capacida de de pensar sociologicamente a respeito de PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 9 Sociologia 12 s rie 1 bimestre quest es pertinentes realidade dos alunos Para isso as atividades aqui propostas t m o intuito de buscar o aprimoramento das seguintes habilidades leitura e interpreta o de textos an lise cr tica de obras liter rias e cinematogr ficas capacidade de observa o e pr tica de pesquisa de campo associa o de temas ideias e conte dos apreendidos em sala de aula realidade cotidiana Metodolog
27. vista Logo c modo para muitos n o lan ar outro olhar para analisar uma quest o pois assim n o ter o de mudar de opini o N o se pensa sociologicamente a partir de uma atitude comodista D exemplos do cotidiano para o fecha mento desta Situa o de Aprendizagem por exemplo um desentendimento em casa Mui tas vezes quando h um desentendimento em casa ele ocorre porque as pessoas n o conse guem se colocar umas no lugar das outras Os pais parecem se esquecer de que j foram jo vens e os filhos por sua vez n o tentam se colocar no lugar dos pais para entender suas preocupa es Acontece o mesmo na escola nas rela es entre alunos e professores ou entre os alunos Depois pe a aos alunos outros exemplos agora pensando na realidade social mais am pla como nos interesses divergentes entre dife rentes categorias profissionais ou entre pa ses ou ainda entre grupos em uma cidade 20 07 09 15 09 06 Avalia o da Situa o de Aprendizagem Como forma de avalia o desta Situa o de Aprendizagem propomos que voc utilize o trabalho sobre o estranhamento A nota deve ser atribu da de acordo com a capacidade que os jovens tiveram de dar conta do trabalho proposto ou seja fazer uma descri o a partir das informa es dadas pelo olhar Os melhores trabalhos ser o os que conseguiram fazer des cri es somente com base no que podiam ver Os que usaram outras informa es textos e ideias
28. 85 7849 206 9 1 Sociologia 2 Ensino M dio 3 Estudo e ensino I Fini Maria In s II Martins Helo sa Helena Teixeira de Souza Ill Pimenta Melissa de Mattos IV Schrijne maekers Stella Christina V T tulo CDU 373 5 101 20 07 09 15 08 10 Prezado a professor a Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2008 para atender a uma das prioridades da rea de Educa o neste governo o ensino de qualidade encaminhamos a voc o material preparado para o ano letivo de 2009 As orienta es aqui contidas incorporaram as sugest es e ajustes sugeri dos pelos professores advindos da experi ncia e da implementa o da nova proposta em sala de aula no ano passado Reafirmamos a import ncia de seu trabalho O alcance desta meta con cretizado essencialmente na sala de aula pelo professor e pelos alunos O Caderno do Professor foi elaborado por competentes especialistas na rea de Educa o Com o conte do organizado por disciplina oferece orien ta o para o desenvolvimento das Situa es de Aprendizagem propostas Esperamos que voc aproveite e implemente as orienta es did tico pe dag gicas aqui contidas Estaremos atentos e prontos para esclarecer d vidas ou dificuldades assim como para promover ajustes ou adapta es que au mentem a efic cia deste trabalho Aqui est nosso novo desafio Com determina o e compet ncia certa mente iremos venc lo Contamos com voc
29. Amaury Cesar Licenciatura em Ci ncias Sociais e ensino de Sociologia entre o balan o e o relato Tempo Social abr 2003 vol 15 n 1 p 5 20 Nesse artigo o autor estabelece uma reflex o sobre o ensino da Sociologia no Brasil bem como sobre os revezes pelos quais ela passou nos ltimos cem anos Fundamental para o professor E pode ser conseguido acessando se o site Scielo http www scielo br Sites Scielo Dispon vel em lt http www scielo br gt Acesso em 21 nov 2008 O site do Scielo PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 47 Sociologia 12 s rie 1 bimestre uma ferramenta importante para o profes sor pois permite que ele consiga textos das mais variadas revistas cient ficas do pa s gratuitamente por meio de downloads no formato PDF Funda o M C Escher Dispon vel em lt http www mcescher com gt Acesso em 21 nov 2008 Este o site oficial do artista pl s tico holand s Maurits Cornelis Escher Museu M C Escher Dispon vel em lt http www escherinhetpaleis nl gt Acesso em 21 nov 2008 Os alunos tamb m podem aprender um pouco mais sobre o artista acessando o site do museu que abriga a sua obra O Estado de S Paulo Dispon vel em lt http www estadao com br gt Acesso em 21 nov 2008 O site permite que sejam visualizadas mat rias antigas do jornal No caso deste bimestre poss vel acessar na ntegra a en trevista com o soci logo Jos de Souza Mar tins realiz
30. Fabio Luiz de Souza Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto Isis Valen a de Sousa Santos Luciane Hiromi Akahoshi Maria Eunice Ribeiro Marcondes Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidi o Linguagens C digos e suas Tecnologias Arte Geraldo de Oliveira Suzigan Gisa Picosque J ssica Mami Makino Mirian Celeste Martins e Sayonara Pereira Educa o F sica Adalberto dos Santos Souza Jocimar Daolio Luciana Ven ncio Luiz Sanches Neto Mauro Betti e S rgio Roberto Silveira LEM Ingl s Adriana Ranelli Weigel Borges Alzira da Silva Shimoura L via de Ara jo Donnini Rodrigues Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo L ngua Portuguesa Alice Vieira D bora Mallet Pezarim de Angelo Eliane Aparecida de Aguiar Jos Lu s Marques L pez Landeira e Jo o Henrique Nogueira Mateos Matem tica Matem tica N lson Jos Machado Carlos Eduardo de Souza Campos Granja Jos Luiz Pastore Mello Roberto Perides Mois s Rog rio Ferreira da Fonseca Ruy C sar Pietropaolo e Walter Spinelli Caderno do Gestor Lino de Macedo Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie Equipe de Produ o Coordena o Executiva Beatriz Scavazza Assessores Alex Barros Antonio Carlos de Carvalho Be atriz Blay Carla de Meira Leite Eliane Yambanis Heloisa Amaral Dias de Oliveira Jos Carlos Augusto Luiza Chris tov Maria Eloisa Pires Tavares Paulo Eduardo Mendes Paulo Roberto da Cunha Pepita Prata Renata Elsa Stark
31. III mas suas consequ ncias para a vida das pessoas se fizeram sentir com mais for a somente no s culo XIX Ela est rela cionada ao desenvolvimento de um sistema fabril mecanizado que produz quantidades t o grandes e a um custo t o rapidamente decrescente que n o precisa mais depender da demanda existente pois ela cria o seu pr prio mercado A ind stria automobil stica ajuda a entender isso N o foi a demanda por carros em 1890 que criou a ind stria de porte que hoje conhecemos mas a capacidade de pro duzir carros baratos isso que fomentou a atual demanda em massa Inclusive no in cio muitas pessoas tinham medo dos carros Nos grandes centros urbanos a Revolu o Industrial disseminou a mis ria e o des contentamento e assim na segunda metade do s culo XIX n o eram s os oper rios que 20 07 09 15 09 13 estavam descontentes com os parcos sal rios os pequenos comerciantes tamb m estavam descontentes N o viam que o problema n o eram as m quinas em si mas todo um siste ma econ mico que estava se alterando No in cio da Revolu o Industrial um dos fatores que atra ram os trabalhadores e os fi zeram deixar os campos eram os sal rios mais altos e a liberdade que a cidade trazia Karl Marx mostra que um fator importante para essa migra o para a cidade foi a concentra o da propriedade com o objetivo de aumen tar as pastagens para a cria o de ovelhas para a produ o da l des
32. a mento filos fico sobre a realidade pode pas sar pelas seguintes quest es O homem livre O que liberdade Tais quest es s o muito gen ricas e n o se preocupam tanto com as especificidades dos diferentes homens e mu lheres em sociedades distintas Na verdade a Filosofia trata muitas vezes com um con ceito gen rico de homem pois se preocupa mais com a humanidade J o soci logo se preocupa com quest es espec ficas a determi nados contextos hist ricos A abordagem do tema liberdade quando feita por um soci logo pode partir por exemplo das se guintes quest es Qual a concep o de li berdade dos japoneses H diferen a no Brasil atual na forma de entender o que a liberdade entre pessoas de camadas m dias e os ricos Ou seja h a preocupa o em compreender os homens em momentos his t ricos e culturais espec ficos 20 07 09 15 09 13 Com isso esperamos que os alunos tenham adquirido uma no o do trabalho do soci lo go suas preocupa es bem como entendido o contexto do surgimento da Sociologia Proposta de Situa o de Avalia o Como forma de avalia o nossa sugest o que voc pe a aos jovens que pesquisem em jornais revistas ou internet outras entrevistas dadas por soci logos sobre problemas atuais e mostrem em um pequeno trabalho escrito como esses profissionais se desvinculam do senso comum para fazer suas an lises PROF SOCIO Ta tbi 10 indd 45 Sociolo
33. a em definir nada muito bem n o tem por tanto preocupa o com a terminologia que emprega gt superficial a superficialidade dessa forma de conhecimento est relacionada com o fato de que ele se conforma com a apar ncia com aquilo que se pode comprovar sim plesmente estando junto das coisas ex pressa se por frases como porque vi porque senti porque disseram porque todo mundo diz ANDER EGG apud MARCONI e LAKATOS 2003 p 77 gt acr tico outra caracter stica o fato de ele ser muitas vezes uma forma de conhe cimento acr tico ou seja n o estabelece 20 07 09 15 08 47 15 16 O 2008 The M C Escher Company Holland Direitos Reservados lt www mcescher com gt uma vis o aprofundada do que v n o questiona o que dito gt cheio de sentimentos muitas vezes nossa vis o da realidade excessivamente marcada pelas nossas emo es e as emo es nor malmente tiram a objetividade da pessoa pois s o pessoais e n o est o baseadas na raz o Elas podem fazer com que ajamos de forma irracional gt cheio de preconceitos ele muitas vezes repleto de preconceitos O preconceito o conceituar antecipadamente ou seja a atitude de achar que j se sabe sem conhecer algo de verdade pois usa explica es prontas que est o repletas de ju zos de valor Portanto a atitude preconceituosa com rela o UU II AMI NN AUA M a Au
34. a amenizar o sofri mento causado pela aus ncia de outros seres humanos A principal delas a cria o do amigo imagin rio Wilson Destaque a im port ncia deste fato Observe que Wilson na realidade uma bola de v lei com uma marca de sangue que representa um rosto incapaz de falar Portanto sua fala ape nas aquilo que passa na cabe a de Noland e ele imagina que Wilson est lhe dizendo Nesse sentido ele apenas serve de contra ponto para um di logo imagin rio um espelho dele mesmo uma esp cie de eco para a sua pr pria voz A partir da marca deixada por ele uma marca distintamente humana de sua m o com seu pr prio san gue Noland projeta toda a sua ang stia por ter um companheiro desenhando um 20 07 09 15 09 11 rosto e logo come a a conversar com ele Aos poucos esse rosto assume uma identi dade e torna se outra pessoa fora dele com quem Noland dialoga e passa a viver em sociedade Pergunte turma Em que mo mento exatamente essa sociedade se formou A partir do instante em que Chuck se dirige a Wilson procurando estimar qual sua po si o geogr fica com base em sua recapitu la o dos fatos e eventos que antecederam o acidente e passa a utilizar a primeira pessoa do plural o pronome pessoal n s Por que Noland passa a falar com Wilson mesmo sabendo que ele era apenas uma bola de v lei suja de sangue Aguarde as respostas da turma e discuta as Em seg
35. ada em 17 de fevereiro de 2008 para o Caderno Ali s 47 20 07 09 15 09 14 A C ONSIDERAC FS FINAIS O desenvolvimento dos temas deste bimes agui apresentado entre propostas de ativida tre teve como um de seus objetivos preparar des din micas de apresentac o de conte dos o caminho para os conte dos do pr ximo e discuss o de temas Almejamos assim que Caderno Esperamos ter contribu do com a este Caderno seja um instrumento til no seu elabora o das suas aulas com o material trabalho como docente 48 PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 48 20 07 09 15 09 14
36. ber a gua e alimentar se da polpa deles Enumere a ordem das etapas empreendidas no esfor o para abri los 4 Utilizar uma outra pedra para parti los 1 Atir los contra uma parede de pedra 6 Utilizar duas pedras combinadas uma como martelo outra como cinzel para furar O coco 2 Esmurrar o coco contra a parede de pedra 5 Utilizar uma pedra lascada como ferra menta para cortar a casca 3 Tentar abri los esmurrando os contra uma rocha pontiaguda 4 A certa altura Noland saiu em explora o pela beira d gua Quais eram seus objetivos a Descobrir onde estava b Reconhecer o territ rio c Perceber os limites geogr ficos do local d Encontrar outros seres humanos Todas as alternativas anteriores 20 07 09 15 09 10 5 Quais foram suas descobertas Descobriu que estava sozinho em uma ilha tropical desabitada onde encontrou uma caverna recifes e um pico montanhoso de onde podia avistar tudo 6 Durante a expedi o Noland avista o que parece ser um dos seus companheiros do acidente Desesperado corre at ele mas ao chegar encontra apenas um cad ver Com base no que voc viu no filme respon da o que levou Noland a correr desespera damente em dire o quilo que vira do ponto mais alto da ilha A primeira suspeita de que era outro ser hu mano provavelmente um dos seus compa nheiros do acidente Noland identificou se com ele isto uma pessoa na mesma si
37. como as pessoas podem se equivocar por n o lan ar um segundo olhar a elas Belvedere litografia 1958 de M C Escher Pe a aos alunos que observem a imagem e pergunte O que voc s acham que esse dese nho tem de errado Deixe os especular um pouco e fa a suas considera es sobre o tra balho do artista O trabalho de Escher pare ce um desenho qualquer mas s o mais do que bonitos ou feios s o instigantes pois nos fazem pensar Observem a escada de m o h um problema ali se um andar est em cima do outro como que uma escada de m o sai 20 07 09 15 09 02 do primeiro pavimento e alcan a o segundo Ela precisa estar inclinada para ir de um an dar para o outro mas isso n o poss vel se um andar est acima do outro de forma paralela Logo como isso poss vel Deixe os especu lar e mostre a eles que na verdade o andar de cima n o est paralelo ao de baixo ou seja n o est exatamente em cima do de baixo Eles est o perpendiculares pois a parte de baixo est virada de frente para o casal que vai subir as escadas e a parte su perior est virada para outra dire o ou seja a parte de cima forma um xis com a parte de baixo e por isso a escada pode sair do andar inferior e atingir o superior Pe a para que reparem nas duas pessoas que est o nos andares apreciando a vista Na parte superior h uma mulher cujo rosto n s observadores externos podemos ver e na parte inferior
38. cuss o de metodologia da ci ncia e pode ser uma leitura til para o professor ao dis cutir com os jovens a diferencia o do olhar cient fico para o do senso comum ERNST Bruno O espelho m gico de M C Escher Taschen Koln 2007 O livro dedica se explica o geral da obra de M C Escher bem como traz uma an lise de sua biografia FERNANDES Florestan 4 natureza socio l gica da Sociologia S o Paulo tica 1980 Este livro a publica o de um curso dado por Florestan no ano de 1978 Recomenda mos apenas aos professores a leitura da Nota Explicativa da Introdu o e do cap tulo 2 A heran a cl ssica e o seu destino p 9 45 N o um texto de f cil leitura mas uma instigante reflex o a respeito do que Florestan denomina o estilha amento da Sociologia j em sua origem PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 46 GAY Peter Arquitetos e m rtires da mudan a In A experi ncia burguesa da rainha Vit ria a Freud a educa o dos sentidos S o Paulo Companhia das Letras 1998 Nesse cap tulo da introdu o geral do livro o historiador Peter Gay exp e de forma instigante o panorama de contradi es que foi o s culo XIX em que coexistia tanto a cren a no progresso e melhora da humanidade como tamb m uma sensa o de mal estar e desordem no mundo MARCONI Marina LAKATOS Eva M Ci ncia e conhecimento cient fico In Funda mentos da metodologia cient fica S o Paulo
39. das peda os de pano encerado para vela tr s p s de cabra duas barricas com balas de mosquete sete mosquetes mais outra espingarda de atirar chumbo uma caixa cheia de muni es o barril de p lvora molhada roupas uma rede colch es e surpresa na quinta ou sexta viagem quando j acreditava n o haver mais provis es a bordo encontrei uma grande reserva de p o tr s barris de rum e aguardentes uma caixa de a car e um tonel de boa farinha p 25 26 Meu futuro n o parecia t o bom Na verdade prometia ser triste com poucas esperan as de salva o Sozinho abandonado numa ilha deserta desconhecida e fora das rotas de com rcio n o alimentava a menor perspectiva de sair dali com vida J me via velho e cansado passando fome sem for as para nada morreria aos poucos Isto se eu n o morresse antes v tima de alguma trag dia Muitas vezes deixei me levar pelo des nimo N o foram poucas as l grimas que salgaram meu rosto Nessas ocasi es recriminava e maldizia a Deus Como podia ele arruinar suas criaturas de modo t o mesquinho tornando as miser veis deixando as ao completo abandono p 29 Depois de dez dias fiquei com medo de perder a no o do tempo Improvisei um r stico mas eficiente calend rio Todos os dias riscava no poste um pequeno tra o De sete em sete dias fazia um risco maior para indicar o domingo Para marcar o final do m s eu tra ava uma linha com o dobro
40. descoberta despertou Por qu Inicialmente Robinson sentiu se aterroriza do apavorado pois n o conseguia explicar o fato de a marca pertencer a um nico p O pavor logo cedeu lugar ao medo pois o fato de a marca ser a de um p descal o imediatamente levantou suspeita de que aquele homem n o era europeu seu igual mas um selvagem provavelmente antro p fago algo que aterrorizava os marinheiros e exploradores daquela poca 9 Qual era a origem do medo de Robinson Cruso com rela o aos visitantes ocasio nais da ilha Ele tinha medo de ser descoberto de ser feito PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 27 Sociologia 12 s rie 1 bimestre prisioneiro e consequentemente de ser devo rado pelos humanos que tinham o costume da antropofagia 10 Qual foi o epis dio que despertou em Ro binson Cruso nova esperan a de deixar a ilha e o desejo de retornar civiliza o O tr gico naufr gio de um segundo navio do qual Robinson tentou salvar os tripulantes mas encontrou apenas cad veres de marinhei ros um c o algumas roupas moedas espa nholas e ouro Etapa 2 Aula dialogada sobre a leitura At agora os alunos tiveram a oportunida de de pensar sobre a situa o vivenciada pela personagem do livro As perguntas de interpre ta o de texto que eles responderam dever o servir de base para a pr xima etapa da Situa o de Aprendizagem A quest o n mero 4 teve por objetiv
41. e aportavam ocasionalmente na ilha em canoas vindos do continente Provavelmente os alunos se reportar o s categorias utilizadas no livro selvagens e antrop fagos podendo tamb m se referir ao termo mais comum canibais Aproveite para questionar a turma Por que a antropofagia cani balismo lhe causava tanto horror O objetivo dessa pergunta despertar a aten o para o fato de que o estranhamento com rela o ao comportamento de outro grupo social n o algo natural mas tem a ver com nossos pr prios valores e normas culturais Para Robinson um europeu crist o educado na Inglaterra do s culo XVII como protestante matar e comer outro ser humano era algo inconce b vel pois para ele um ser humano um semelhante um ser racional dotado de intelig ncia e so bretudo de alma e n o podia ser morto com o mero objetivo de servir de alimento E para os ind genas Ser que eles pensavam da mesma forma O que voc s acham Ou a as respostas da turma N o h respostas certas ou erradas O importante enfatizar que o ponto de vista de cada cultura diferente ou seja para os ind genas a antropofagia era um ritual que fazia parte da sua cultura Chame a aten o para o fato de que esse costume muito complexo e n o tem nada a ver com a necessidade de alimento Em muitas tribos comer a carne dos inimigos capturados era uma maneira de manifestar o poder e a domina o sobre eles e incorporar para si seus
42. e o processo seja realizado de forma gradativa Nesse sentido as quest es pro postas a seguir servir o como base para voc poder aprofundar a discuss o na aula seguinte Ap s a exibi o dos trechos sugerimos que os alunos reflitam e respondam s ques t es a seguir t o logo quanto poss vel O ideal que esta seja uma tarefa para casa e na aula seguinte as respostas sejam discutidas em conjunto Voc pode inclusive trazer o filme para a classe outra vez para tirar poss veis d vidas exibindo novamente as cenas para as quais considera ser necess rio chamar a aten o As quest es de interpreta o das cenas podem ser corrigidas de forma dialogada com a classe na aula seguinte 1 Quais s o as primeiras coisas que Chuck Noland faz ao despertar na praia ap s o acidente Identificar os seus pertences pessoais o pager e o rel gio de bolso com a foto da namorada Recolher as caixas da compa nhia de correio e de entregas Todos s o objetos que o ligam ao seu lugar de origem Comunicar se Estabelecer contato com PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 32 outros seres humanos Pedir ajuda chamar por socorro 2 De que formas Noland procura se comuni car para pedir socorro Falando chamando gritando escrevendo na praia a palavra socorro primeiro com os p s depois com peda os de madeira para que a mar n o apague as marcas 3 Ao descobrir os cocos verdes Noland procura abri los a fim de be
43. ervan do os artefatos deixados pelos povos do passa do que os arque logos por exemplo procuram entender de que maneiras diferentes grupos humanos viviam no passado Imagine que Noland n o tivesse sobrevi vido e cheg ssemos ilha anos depois de sua morte O que poder amos dizer sobre ele Eis alguns exemplos a Um homem viveu ali pois deixou marcas da sua presen a objetos de fabrica o humana restos de fogueira cocos verdes abertos PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 36 b Esse homem estava de alguma forma ligado empresa norte americana de entregas uma vez que parte dos objetos encontra dos com ele eram encomendas transporta das por essa empresa c A presen a desse homem na ilha s pode ter se dado a partir de 1994 quando a empresa passou a adotar oficialmente o logotipo da empresa de entregas d Na d cada de 1990 as fitas de videocassete VHS ainda eram bastante difundidas de modo que podemos situar o per odo em que esse homem viveu na ilha mais ou menos nessa poca e As marcas que ele deixou na pedra indicam que ele tinha conhecimentos matem ticos e sabia fazer c lculos logo era alfabetizado e como utilizava o sistema de milhas e n o de quil metros provavelmente era america no ou ingl s Al m da profunda liga o com seu grupo social de origem Noland sentia a mais pro funda solid o Esse sentimento perpassa todo o filme e encontra se refletido nas ati tudes que ele toma par
44. esmo era de desenhar Seus professores de Arte n o o consideravam um artista De qualquer forma seu pai acreditava nele e o sustentou no in cio da carreira Depois sua obra foi mundialmente reconhecida e hoje visto como um dos grandes artistas gr ficos do s culo XX Fez gravuras litogra fias ilustrou livros pintou murais entre outros trabalhos In meros s o os sites sobre M C Escher Hoje existe a Funda o M C Escher cujo site oficial lt http www mcescher com gt Al m disso h o museu M C Escher na cidade de Haia Holanda Por meio do site lt http www escherinhetpaleis nl gt possi vel fazer uma visita virtual ao museu e sa ber mais sobre as obras de Escher A obra de M C Escher o ajudar a traba lhar o tema do imediatismo e superficialidade do olhar de forma l dica Muitas vezes as pes soas olham e se contentam com o primeiro olhar para explicar algum acontecimento ou pessoa O problema que por isso n o conse guem entender muito bem o que se passa j que o olhar ligeiro casual e por vezes tam b m repleto de sentimentos e preconceitos Escher gostava de brincar com o nosso olhar com o imediatismo do olhar Para ele desenho ilus o O desenho procura mostrar em uma superf cie bidimensional algo que tridimensional PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 17 Sociologia 12 s rie 1 bimestre Desenhar litografia de 1948 de M C Escher Por meio de sua ob
45. est o fundamental Voc s acham que Chuck Noland teria sobrevivido sem os conhecimentos que ele havia trazido dos 20 07 09 15 09 10 35 36 Estados Unidos O instinto de sobreviv ncia do ser humano extremamente forte Noland talvez tivesse sobrevivido mas certamente n o viveria da forma como viveu na ilha Seu modo de vida e algumas atitudes que ele tomou refletia o seu passado em sociedade Um exemplo o funeral do seu colega Albert Muller Os rituais realizados por Noland expressam em grande parte nossas cren as e os h bitos culturais que herdamos ao lidar com a morte O modo como ele sepultou o corpo enterramento o fato de ter coberto o rosto do cad ver o gesto de ter colocado junto ao morto seus objetos pessoais a car teira e junto ao peito a foto da fam lia s o gestos simb licos que aprendemos conviven do em sociedade Tamb m andava vestido usava cal ados procurava alimentar se de carne de caranguejo cozida e mais importan te ainda buscava comunicar se com outros seres humanos primeiro por meio da lingua gem oral chamando por socorro e depois escrita escrevendo a palavra socorro na areia com os p s e depois com peda os de madeira Pensando dessa forma Voc s acham que poss vel identificar a origem onde quando e como ele vivia de Noland observando o seu modo de vida Os seres humanos s o produtores de cultura e produtos de sua pr pria cultura obs
46. filme As perguntas de interpre tronco esfregando o entre as m os espe ta o do conte do assistido a que eles respon rando que o atrito provocasse calor e as deram dever o servir de base para a pr xima sim iniciasse a combust o Ele tentou etapa da Situa o de Aprendizagem As ques inclusive adicionar um combust vel ao t es de n mero 6 7 e 8 tiveram por objetivo processo colocando papel entre o peda o de chamar a aten o para o fato de que Chuck paueo tronco Depois ele passou a friccio embora estivesse vivendo em condi es prec nar o peda o de madeira contra outro pe rias na ilha n o direcionava toda a sua energia da o menor mais seco onde colocara um apenas para a satisfa o das suas necessidades punhado de ramos secos Ao perceber que vitais mas manifestava certos comportamentos a rachadura no peda o de madeira menor distintamente humanos como o sepultamento permitira a passagem do ar aumentou o de seu colega de trabalho Albert Muller Esses espa o entre a madeira e a areia cavoucan elementos s o importantes componentes de do o ch o e friccionando com mais for a sua identidade humana Outro exemplo a ques conseguiu obter calor suficiente para iniciar t o n mero 11 teve por objetivo destacar a o processo de combust o dos ramos e da import ncia dos conhecimentos que ele deti madeira seca fazendo fogo Para isso foi nha no epis dio da tentativa de fazer fogo fundamental ter percebido a impor
47. gia 12 s rie 1 bimestre Proposta de Situa o de Recupera o Nesta Situa o de Aprendizagem os jo vens foram levados a verificar o contexto do surgimento da Sociologia bem como a dife renci la de outras disciplinas que tamb m tem o homem como objeto de suas reflex es Nossa sugest o a de que os alunos escre vam um texto que pontue os problemas do contexto hist rico do surgimento da discipli na decorrente da Revolu o Industrial e da r pida urbaniza o Para isso podem recor rer tamb m ao que aprenderam nas aulas de Hist ria e Geografia 45 20 07 09 15 09 13 46 E DO ALUNO PARA A COMPREENS O DOS TEMAS Livros BERGER Peter A Sociologia como passa tempo individual In Perspectivas sociol gicas Vozes Petr polis 1976 Livro introdut rio da rea de Sociologia procura abordar o que a Sociologia de forma leve e interessante Lida ainda com v rios dos preconceitos que as pessoas t m em rela o a essa disciplina BOTTOMORE Tom O estudo da sociedade In Introdu o Sociologia Rio de Janeiro LTC 2008 Nesse cap tulo o autor sintetiza em poucas p ginas o contexto hist rico do surgi mento da Sociologia bem como as diferentes disposi es dos primeiros soci logos para com preender a realidade Indicamos ao professor DEMO Pedro A constru o cient fica In Introdu o metodologia da ci ncia S o Paulo Atlas 1987 O livro uma introdu o a dis
48. gunte se algu m j leu o livro se conhece a obra ou o autor Se a resposta for positiva pe a que esse aluno fa a um breve resumo da hist ria com suas pr prias palavras ou en t o fa a o voc mesmo Inicie situando o autor e a obra Autor Daniel Defoe nasceu na Inglaterra em 1660 filho de burgueses de origem holandesa Educado como protestante e dotado de grande esp rito cr tico escrevia e distribuia panfletos criti cando o rei cat lico Jaime Il e posteriormente a rainha Ana que procurou renovar a Igreja angli cana Por essa raz o foi preso duas vezes Em sua vida viajou a Portugal e Espanha onde aprendeu sobre a vida nas col nias portuguesas e espanholas na Am rica Escreveu tamb m O capit o Singleton O coronel Jack Roxana O capit o Carleton e a obra prima As aventuras e desven turas de Moll Flanders Obra escrita em 1719 Robinson Cruso a obra que o tornou famoso O romance foi inspirado na hist ria ver dica de um marinheiro escoc s que por quatro anos viveu isolado na ilha de Juan Fernandez no Caribe O livro conta a vida do jovem ingl s Robinson Kreutznaer logo conhecido como Robinson Cruso Tendo gosto por aventuras torna se marinheiro e experimenta toda sorte de perip cias che gando inclusive a viver por algum tempo no Brasil Em uma expedi o malsucedida rumo frica o navio em que viajava encalha e o bote salva vidas naufraga com todos a bordo Cruso o nico sobre vivente
49. ia e estrat gias A estrat gia introduzi los no universo da Sociologia de forma equilibrada criativa e l dica Os jovens est o nesse momento ingres sando no Ensino M dio e isso deve ser levado em considera o S o propostas atividades diversificadas que dependem do conte do a ser trabalhado H desde aulas expositivas e dialogadas at trabalho de campo leitura de livro e imagens bem como sugest es de filmes para ser assistidos e debatidos Avalia o A avalia o deve valorizar o empenho a criatividade e a capacidade dos alunos de dar conta das atividades propostas da melhor forma poss vel Elas diferem dependendo da Situa o de Aprendizagem De forma geral sugerida a elabora o por parte dos alunos de textos dissertativos argumentativos Os resultados dos trabalhos bem como os semi n rios tamb m s o por vezes sugeridos 20 07 09 15 08 11 A SrrUA ES DE APRENDIZAGEM 10 SITUA O DE APRENDIZAGEM O PROCESSO DE DESNATURALIZA O OU ESTRANHAMENTO DA REALIDADE Tempo previsto 2 aulas Conte dos e temas constru o de um olhar de estranhamento ante a realidade Ou seja iniciar o processo de desnaturaliza o do olhar dos alunos bem como de estabelecer com eles uma di ferencia o entre o olhar do soci logo e o do senso comum Compet ncias e habilidades desenvolver o esp rito cr tico dos alunos e sua capacidade de observa o da sociedade desenvolver habilidade
50. idades gt o ngulo de observa o dos jogadores dos diferentes times das diferentes torcidas no est dio de quem assiste ao jogo pela televis o e que pode ver um replay das jogadas dos co mentaristas esportivos profissionais dos torce dores depois de lerem as mat rias nos jornais e revistas e assistirem aos canais de televis o o ngulo do juiz dos bandeirinhas dos vende dores ambulantes provavelmente para eles um bom jogo um jogo em que podem vender muito os seus produtos e n o necessariamente o que um bom jogo do ponto de vista dos torcedores entre outros exemplos que achar pertinente Infinitas s o as possibilidades de observar a realidade E todas dependem dos diferentes ngulos que adotamos Se quisermos fazer uma an lise da realidade o mais isenta poss vel devemos tentar observ la do maior n mero poss vel de ngulos e perspectivas Acontece que muitas vezes n o paramos para olhar uma si tua o de diferentes ngulos N o dif cil as PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 18 O 2008 The M C Escher Company Holland Direitos Reservados lt www mcescher com gt pessoas aceitarem a primeira explica o dada aquilo que um primeiro olhar mostra Mas para entender a realidade de um ponto de vista sociol gico n o basta lan ar um nico olhar pois o primeiro olhar muitas vezes n o im parcial A an lise das figuras a seguir serve justamente para debater a superficialidade do olhar e
51. ido retirada da grade curricular A Sociologia j foi uma disciplina presente em todas as escolas assim como a Matem tica e a L ngua Portuguesa Ela surgiu como dis ciplina obrigat ria j em 1897 mas s foi re almente introduzida em 1925 com a Reforma Rocha Vaz A partir de ent o a Sociologia n o s se tornou obrigat ria no Ensino Se cund rio como tamb m passou a ser cobrada 20 07 09 15 08 11 nos vestibulares para o ingresso no Ensino Superior MORAES 2003 p 7 Entretanto durante os momentos de ditadura em nosso pa s o ensino de Sociologia sofreu uma s rie de revezes gt em 1942 durante a ditadura da era Vargas tamb m conhecida pelo nome de Estado Novo ocorreu a Reforma Capanema que retirou a obrigatoriedade da Sociologia nos cursos secund rios A disciplina foi mantida somente no Curso Normal como Sociologia Geral e Sociologia da Educa o gt em 1961 ela volta como disciplina optativa gt em 1971 durante a ditadura militar o ensino de Sociologia sofreu o seu mais duro golpe Ora era tida como disciplina optativa mas n o bem vista pois era associada indevidamente ao comunismo ora era retirada da grade curricular b sica e subs titu da pela disciplina de Organiza o Social e Pol tica Brasileira OSPB Isso ocorreu com a Reforma Jarbas Passarinho MO RAES 2003 p 7 Sua postura cr tica diante da realidade n o era bem vista naquela poca Com o passar do tempo muitas pes
52. ilidade de pedir ajuda Por essa raz o sentia se profundamente s n o apenas isolado da civiliza o e do conv vio dos ho mens mas como se tivesse sido abandonado at mesmo por Deus a quem chegava a recriminar por sua situa o tamanho seu desespero e solid o PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 26 4 Alguns comportamentos adotados por Ro binson Cruso n o s o relacionados direta mente satisfa o de necessidades b sicas como alimenta o abrigo e descanso Den tre as atividades citadas na obra descreva duas que n o se referem propriamente sobreviv ncia Por exemplo Robinson faz um calend rio marcando os dias as semanas e os meses e come a a escrever um di rio resumindo os principais acontecimentos Tamb m l a Bi blia e cria animais de estima o como um cachorro gatos cabras e um papagaio 5 Em diversos momentos do texto Robinson utiliza se de conhecimentos adquiridos no Brasil para atingir um objetivo Voc pode citar alguns exemplos Quando ficou doente Cruso utilizou o fumo em rolo e algumas folhas de tabaco ainda n o defumadas para tratar os ataques de febre provocados pela mal ria Quando precisou de algo para moer o milho e fazer farinha fabri cou um pil o de madeira usando a t cnica empregada pelos ndios brasileiros na cons tru o de suas canoas Para quem leu o livro Robinson tamb m procurou mandioca na ilha para fazer farinha e seu primeiro barco tinha
53. inson Cruso era marinheiro portanto estava habituado a trabalhar com madeira PROF SOCIO Ta tbi 10 indd 28 cordas barcos e velames conjunto de velas que ajudam a impulsionar o navio com a for a do vento que faziam parte do seu dia a dia no navio gt Tinha conhecimentos sobre o uso de armas de fogo com p lvora mosquete gt Sabia como abater e esfolar animais fazer fogo sem f sforos ou isqueiros para ass los e se alimentar deles gt Vivera em contato com os ndios no Brasil e conhecia melhor a natureza do que muitos de n s que vivemos em cidades e n o estamos habituados a cultivar a terra e ca ar animais Mesmo com tudo o que salvara do navio ele n o dispunha de ferramentas adequadas para todas as atividades que precisava desen volver para tornar sua vida mais confort vel na ilha como por exemplo cultivar a terra e ter onde cozinhar e armazenar alimentos O que o ajudou a superar esses obst culos Essa pergun ta tem por objetivo levar os alunos a refletir sobre o fato de que n o basta ter utens lios e ferramentas para transformar a natureza preciso saber utiliz los e ter conhecimento da sua fabrica o uso e manuten o O caso de Robinson um exemplo interes sante da uni o entre conhecimentos de origens diversas consigo trouxe para a ilha o conheci mento que detinha como europeu ingl s pro testante marinheiro alfabetizado e ao mesmo tempo aquilo que aprendera nos anos em
54. ira in dita de relacionar teoria e pr tica e integrando as disciplinas e as s ries em um projeto interdisciplinar por meio de um enfoque filos fico de Educa o que definiu conte dos com pet ncias e habilidades metodologias avalia o e recursos did ticos Esta nova vers o d continuidade ao projeto pol tico educacional do Governo de S o Paulo para cumprir as 10 metas do Plano Estadual de Educa o e faz parte das a es propostas para a constru o de uma escola melhor O uso dos Cadernos em sala de aula foi um sucesso Est o de parab ns todos os que acre ditaram na possibilidade de mudar os rumos da escola p blica transformando a em um espa o por excel ncia de aprendizagem O objetivo dos Cadernos sempre ser apoiar os professores em suas pr ticas de sala de aula Posso dizer que esse objetivo foi alcan ado porque os docentes da Rede P blica do Estado de S o Paulo fizeram dos Cadernos um instrumento pedag gico com vida e resultados Conto mais uma vez com o entusiasmo e a dedica o de todos os professores para que possamos marcar a Hist ria da Educa o do Estado de S o Paulo como sendo este um per odo em que buscamos e conseguimos com sucesso reverter o estigma que pesou sobre a escola p blica nos ltimos anos e oferecer educa o b sica de qualidade a todas as crian as e jovens de nossa Rede Para n s da Secretaria j poss vel antever esse sucesso que tamb m de voc s Bom ano
55. letivo de trabalho a todos Maria In s Fini Coordenadora Geral Projeto S o Paulo Faz Escola PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 6 20 07 09 15 08 11 A Ficus DO CADERNO Compreendendo a Cidadania Nome da disciplina rea Etapa da educa o b sica S rie Per odo letivo Temas e conte dos PROF SOCIO_1a_1bi_10 indd 7 Sociologia Ci ncias Humanas e suas Tecnologias Ensino M dio 12 1 bimestre de 2009 A Sociologia e o trabalho do soci logo O processo de desnaturaliza o ou estranhamento da realidade Como pensar diferentes realidades O homem como ser social 20 07 09 15 08 11 RO rexra o SOBRE OS CONTE DOS DO BIMESTRE Caro professor Este Caderno tem como objetivo intro duzir a Sociologia aos alunos do Ensino M dio Por isso privilegiamos uma forma de ensinar essa disciplina cient fica de ma neira a atra los e afastar todas as preno es ou desconhecimentos a respeito dela Pro curamos evitar a apresenta o da Sociologia por meio dos chamados pais fundadores e escolhemos transmitir as informa es so bre sua origem no s culo XIX destacando o contexto social pol tico e econ mico que suscitou as quest es que deram o sentido de seu pr prio surgimento Este bimestre tem como primeiro objetivo mostrar aos alunos o que a Sociologia e o que faz o soci logo Evidentemente reconhecemos que essa uma tarefa que s ser conclu da no final da 3 s rie do Ensino M dio
56. m importante destacar que as au las de Sociologia dialogar o muito com outras disciplinas como Hist ria Geografia e Filo sofia mas que o principal di logo se dar com a Antropologia e a Ci ncia Pol tica Essas ci ncias nos ajudar o a lan ar um olhar so ciol gico sobre a realidade pois juntas for mam as chamadas Ci ncias Sociais Para provocar maior impacto na sala de aula sobre a import ncia das Ci ncias Sociais pode ser desenhado na lousa um tri ngulo cujas pontas tenham as tr s reas Antropo logia Ci ncia Pol tica e Sociologia e no cen tro dele escreva Ci ncias Sociais Antropologia a ci ncia que procura a com preens o do outro estabelece pontes entre culturas e povos Ci ncia Pol tica o estudo das rela es de poder Sociologia a ci ncia que estuda o homem e as suas rela es na sociedade Dito isso o momento de estabelecer o segundo ponto da sensibiliza o come ar 20 07 09 15 08 12 11 12 O 2008 The M C Escher Company Holland Direitos Reservados lt www mcescher com gt a explicar a constru o do olhar sociol gico Tenha em vista que essa explica o se inicia aqui mas que as tr s s ries do Ensino M dio ser o de constru o de um determinado olhar Um olhar que n o o do historiador nem do ge grafo ou do fil sofo Olho gravura maneira negra 1946 de M C Escher Voc pode questionar os alunos Por que importa
57. manual para aplainar desbastar facear e alisar madeiras p 46 25 PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 25 20 07 09 15 09 07 26 at ele e ver o que podia salvar da carga Que tipo de utens lios e ferramentas ele recupera do navio e por que as considera valiosas riquezas para um n ufrago Machados sacos de pregos cordas peda os de pano encerado para vela p s de cabra armas e muni es roupas uma rede col ch es e alimentos al m de parte do madei rame do navio Uma B blia tinta papel e penas para escrever Para quem leu o livro Tamb m ferramentas de carpintaria navalhas tesouras talheres e moedas Com exce o do dinheiro que n o tinha utilidade imediata os demais utens lios poderiam ser usados como meios ou ferra mentas para transformar os recursos natu rais e o meio ambiente no sentido de prover as condi es de sobreviv ncia de Robinson Cruso 3 Descreva as condi es em que Robinson se viu nos primeiros meses de seu ex lio na ilha e o seu estado de esp rito Robinson Cruso sabia que se encontrava em uma ilha desabitada fora das rotas co merciais o que diminu a muito as chances de ser encontrado por outros navegadores comerciantes ou exploradores europeus ou americanos Naquela poca n o havia meios de comunica o remota o que tor nava a sua situa o ainda mais desespera dora pois sem o contato direto com outros seres humanos ele n o tinha a menor possi b
58. n o s PROF SOCIO Ta tbi 10 indd 43 para compreender mas tamb m para refor mar a sociedade Afinal de contas a pobreza 43 20 07 09 15 09 13 44 existente nas sociedades industriais n o era mais vista como um problema natural um castigo da natureza ou da Provid ncia mas sim fruto da explora o excessiva ou seja um problema social A Sociologia nasceu como uma ci ncia da sociedade industrial BOTTOMORE 2008 p 19 21 mas os pais da Sociologia n o concordavam entre si quanto aos m todos a ser empregados nem quanto ao objeto dessa ci ncia A falta de um entendimento comum por parte dos soci logos sobre a sua ci ncia possui em boa medida uma rela o com a forma o de uma sociedade dividida em antagonismos de classe A exist ncia de interesses opostos na sociedade capitalista penetrou e invadiu a forma o da Sociolo gia O car ter antag nico da sociedade capitalista ao impedir um entendimento comum por parte dos soci logos em torno ao objeto e aos m todos de investiga o desta disciplina deu margem ao nascimento de diferentes tradi es sociol gicas ou distintas sociologias como preferem afirmar alguns soci logos MARTINS Carlos Benedito O que Sociologia S o Paulo Brasiliense 2003 Primeiros Passos p 34 35 Logo a Sociologia desde o seu in cio n o foi marcada pelo consenso mas por intensos debates entre diferentes correntes de pensa mento Existiam desde
59. nte entender a especificidade do olhar sociol gico para a realidade Qual esse olhar preciso entender que isso n o ser respondido nessa aula mas ao longo do bi mestre O importante apresentar a palavra estranhamento e dizer que a base de qual quer olhar sociol gico primeiro lan ar um olhar de estranhamento para a realidade ou seja deve se desnaturalizar o olhar Os alunos talvez n o saibam o que isso e assim voc pode solicitar que fa am um pequeno traba lho de campo sobre o estranhamento cujo objetivo fazer com que eles tomem consci ncia de que o olhar n o neutro nem natural mas sim que est repleto de preno es Diga que um treino do olhar Nossa suges t o a de que o trabalho seja feito em duplas ou trios Ele consiste na ida dos alunos a um lugar no seu bairro ou fora dele que eles n o conhe am ou n o costumem frequentar necess rio que eles fa am uma pequena descri o do local e das pessoas Ir acompanhado uma forma de diminuir o desconforto que pos PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 12 sam porventura sentir ao ir a um lugar diferen te Ao escolher o lugar eles podem levar em conta diferen as de gera o jovens visitarem uma creche ou um asilo diferen as de g nero jovens visitarem o cabeleireiro ou o barbeiro diferen as de religi o igreja cat lica evang li ca centro esp rita terreiro de umbanda ou candombl templo budista mesquita
60. o chamar a aten o para o fato de que Robinson Cruso embora estivesse vi vendo em condi es prec rias na ilha n o di recionava toda a sua energia apenas para a satisfa o das suas necessidades vitais mas manifestava certos comportamentos distinta mente humanos como a manuten o de um calend rio e o exerc cio da sua pr tica religio sa por meio da leitura da B blia Esses elemen tos s o importantes componentes de sua identidade humana Outro exemplo a quest o n mero 5 teve por objetivo destacar a impor t ncia dos conhecimentos adquiridos no Brasil no epis dio do ataque de mal ria A partir dela voc pode situar a personagem com rela o aos seus grupos sociais de origem e aos demais grupos sociais com quem conviveu mostrando a import ncia da intera o com os outros para a sobreviv ncia do ser humano Nesta etapa buscaremos a partir de uma discuss o mais aprofundada da obra realizar 20 07 09 15 09 08 27 28 com os alunos uma reflex o a respeito da quest o central o homem um ser social Para isso utilizaremos a situa o enfrentada por Robinson Cruso seus sentimentos e atitudes identificadas nos diversos epis dios da narra tiva para construir essa ideia de forma gra dativa junto com os alunos Por essa raz o propomos um formato de aula dialogada co ordenada pelo professor em que o racioc nio constru do com a participa o de todos Seu papel oferecer as bases pa
61. o formato de uma piroga ou canoa tal como a que os ndios brasileiros utilizavam 6 Originalmente Robinson era marinheiro e explorador N o conhecia muito dos of cios que viria a desenvolver na ilha Com base na leitura do texto o que ele aprendeu a fazer nos anos em que viveu isolado tendo apenas as poucas ferramentas que recupe rara do navio e os conhecimentos que deti nha na poca s culo XVII Ele aprendeu a ca ar a construir objetos de 20 07 09 15 09 07 madeira a cultivar milho e a produzir fari nha al m de criar animais e tornar sua vida mais confort vel Para quem leu o livro Tamb m aprendeu a fazer lamparinas com gordura de cabra a transformar uvas em passas a comer carne de tartaruga a semear os gr os na poca mais adequada segundo as esta es de chuva da ilha a fazer novas ferramentas para agri cultura a fazer cestos p o roupas um barco potes de barro entre outros of cios 7 Durante os anos em que viveu sozinho na ilha Robinson criou diversos animais de estima o dentre eles um papagaio chama do Poll ao qual ensinou a falar Voc pode ria explicar por que ele fez isso Robinson sentia se muito s e fazia lhe falta ouvir outra voz que n o a sua Por isso ensi nou o papagaio a falar Quest es extras para quem leu o livro 8 Ap s viver durante anos solit rio na ilha Robinson encontra a marca de um p hu mano descal o Quais foram os sentimentos que essa
62. o vinham ilha e o que faziam com seus inimigos como faziam para n o se perder no mar revelou a presen a de espanh is no continente 30 PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 30 20 07 09 15 09 09 Sociologia 12 s rie 1 bimestre tamb m explicou como calculavam a passagem do tempo pela lua e pelas esta es das chuvas e o mais importante como fazer um barco para chegar ao continente escolhendo a rvore mais adequada para isso e o modo de confeccionar a embarca o Aliando os conhecimentos de Robinson sobre navega o a vela Sexta feira tornou se um velejador excepcional Ao final desta etapa espera se que os alu nos tenham desenvolvido a compreens o de que o homem n o existe fora da sociedade e que os recursos de que se utiliza para sobreviver se comunicar e se relacionar com os outros com p em sua heran a cultural e formam a base de sua identidade enquanto ser humano Proposta 2 Exibi o de trechos do filme N ufrago de Robert Zemeckis Para trabalhar o tema central desta Situa o de Aprendizagem sugerimos a exibi o de al gumas cenas do filme N ufrago dire o de Robert Zemeckis 2000 como meio a partir do qual procuraremos despertar a reflex o sobre a concep o do homem como um ser social Caso o filme n o possa ser exibido sugerimos que opte pela Proposta 1 O objetivo utilizar a situa o da personagem e introduzir com base em exer c cios de interpreta o dos trechos exibidos e a
63. obreviver a heran a cultural a forma o da identidade humana a linguagem e a necessidade de se comunicar onde quando e como o homem vive a sociedade e sua poca produ o cultural e econ mica Compet ncias e habilidades desenvolver a capacidade de interpreta o de texto narrativo ou de filme memoriza o de informa es recupera o de eventos narrados em ordem cronol gica an lise cr tica de obra de fic o Estrat gias leitura de obra de fic o ou exibi o de trechos de filme aulas dialogadas question rios de interpreta o de texto ou filme Recursos necess rios material did tico adotado obra de fic o adaptada ou exibi o de filme Avalia o pesquisa de imagens textos e elabora o de painel Roteiro para aplica o da Situa o de Aprendizagem Observa o importante selecionamos para as duas primeiras etapas desta Situa o de Aprendizagem duas propostas de ativida des sua escolha dependendo dos recursos dispon veis na sua escola Consideramos am bas as propostas igualmente v lidas e rele vantes portanto indicamos quest es e alternativas de respostas para as duas Opte por apenas uma delas 22 PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 22 Todo o contexto desta Situa o de Apren dizagem pode ser trabalhado optando apenas por uma das propostas a leitura do trecho da obra Robinson Cruso de Daniel Defoe b leitura integral da obra Robinson Cruso de Daniel Defoe
64. oco Na opini o de voc s ele poderia ter utilizado outro utens lio Aguarde as respostas e comente as Destaque o fato de a pedra ser mais dura que o coco Voc s pararam para pensar sobre isso A mesma ques t o vale para as tentativas de fazer fogo Como Noland sabia que esfregar peda os de madeira um contra o outro seria eficiente para fazer fogo Onde ser que ele aprendeu isso As respostas ser o variadas O que importa enfatizar que ele combinou seus conhecimentos com sua cria tividade buscando alternativas a partir de su cessivas tentativas e erros para encontrar solu es para um problema O comportamento do ser humano en quanto ser racional caracteriza se pela com bina o entre estes dois fatores a uni o dos conhecimentos herdados dos seus grupos sociais de origem e sua pr pria capacidade de raciocinar questionar criar e resolver problemas essa heran a cultural que tor nou poss vel a transforma o dos recursos retirados da natureza nos meios para a sobre viv ncia Pensando dessa forma reflita com os alunos Voc s acham que Chuck Noland se encontrava realmente isolado na ilha desabita da em que vivia Fisicamente sim mas na realidade ele estava culturalmente ligado sociedade americana de onde viera e tam b m s diversas sociedades ao redor do mundo com quem mantivera contato em suas in meras viagens como funcion rio da com panhia de entregas Em seguida confronte a turma com a qu
65. ocorreram as grandes imigra es para a Am rica como a migra o do campo para a cidade A mistura de grandes avan os de um lado e mis ria fome e explora o de outro fez com que as pessoas come assem a sentir um sentimento generalizado de desordem uma sensa o de estar deriva sem rumo GAY 1998 Tratava se portanto de uma poca mar PROF SOCIO 1a 1bi 10 indd 42 cada por dilemas sociais FERNANDES 1980 p 27 e a Sociologia surge como ci ncia preocupada em construir explica es a respeito da sociedade e de suas transforma es A palavra Sociologia nasceu por volta de 1830 na Fran a cunhada por Augusto Comte Assim como outros homens de sua poca Comte via a sociedade como estando em crise e achava que a fun o da Sociologia seria a de resolver a crise do mundo moderno isto for necer um sistema de ideias cient ficas que pre sidiria a reorganiza o social A Sociologia era entendida de forma ampla e inclu a parte da Psicologia a Economia Pol tica a tica e a Fi losofia da Hist ria a discuss o sobre a especi ficidade do objeto da Sociologia ocorrer no segundo bimestre Voc pode adiantar aos alunos que hoje ela uma Ci ncia aut noma com rela o a todas essas acima citadas Achava se que o mundo moderno estaria em crise devido ao contexto da poca da Re volu o Industrial e de r pida urbaniza o A Revolu o Industrial havia come ado no s culo XV
66. odutos de sua pr pria cultura observando os artefatos deixados pelos povos do passado que os ar que logos por exemplo procuram entender de que maneiras diferentes grupos humanos viviam no passado Imagine que n o tiv sse mos acesso ao di rio de Robinson Cruso e estiv ssemos estudando sua ilha anos depois de sua morte O que poder amos dizer sobre ele Eis alguns exemplos a Saber amos que aquele homem encontrava se em uma ilha portanto s poderia ter chegado nela de navio Uma vez que apro veitara todo o material do navio s podia ter conhecimentos sobre o uso dos seus componentes assim deveria exercer algu Sociologia 12 s rie 1 bimestre ma fun o relacionada com eles marinhei ro carpinteiro armeiro capit o etc b O uso de armas como o mosquete o situa entre os s culos XVI e XVIII Isso pode ser confir mado tamb m pelo uso de tinta e penas para escrever Desse modo Robinson n o poderia ter vivido antes ou depois dessa poca c Possu a uma B blia logo era crist o Se o arque logo que estivesse estudando os vesti gios deixados por Robinson conhecesse a l ngua em que a B blia estivesse escrita de duziria que ele possivelmente era ingl s Al m da profunda liga o com seu grupo social de origem Robinson sentia a mais profun da solid o Esse sentimento perpassa toda a obra e encontra se refletido nas atitudes que ele toma para amenizar o sofrimento causado
67. ompanhia de entregas recolhidas do acidente a Rel gio de bolso pager vestido fitas de videocassete pap is de div rcio bola de v lei patins de gelo b Cart o de anivers rio lanterna fitas de videocassete vestido bola de v lei patins de gelo pl stico bolha c Pap is de div rcio fitas de videocassete bola de v lei patins de gelo cart o de ani vers rio pager sapatos pretos Fitas de videocassete pap is de div rcio cart o de anivers rio bola de v lei patins de gelo vestido 10 Descreva com suas pr prias palavras de que modo a personagem utiliza esses objetos para transformar os recursos naturais e mesmo aquilo que dispunha em meios para a sua sobreviv ncia Exemplo as l minas dos patins s o utiliza das para cortar o tecido das cal as a casca dos cocos verdes e fabricar objetos pontiagu dos de madeira Os cord es dos patins s o utilizados para amarrar coisas o vestido transformado em uma rede para apanhar pequenos peixes e a bola tornar se seu amigo imagin rio Wilson 11 Como Noland conseguiu fazer fogo Des 33 20 07 09 15 09 10 creva as etapas percorridas para que ele Etapa 2 Aula dialogada conseguisse e os fatores que o levaram a ter sobre o filme sucesso At agora os alunos tiveram a oportunida Primeiro Noland experimentou fazer girar de de pensar sobre a situa o vivenciada pela um peda o de madeira contra um pequeno personagem do
68. os Quem est certo Quem est errado O que certo ou errado Aponte para uma escada que esteja de ponta cabe a e questione Est errada Mas o que acontece se virarmos o caderno A escada que estava certa passa a ficar errada e a errada se tor na certa O que certo ou errado E se vi rarmos de novo o caderno Este desenho nos ajuda a refletir sobre a relatividade dos nossos pontos de vista de nossa perspectiva pois quando mudamos o ngulo por meio do qual vemos algo podemos PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 20 s vezes compreend lo de uma forma melhor Ajuda a refletir a respeito da quest o dos pre conceitos No caso da Sociologia deve se ter em mente que sempre ser necess rio fazer o esfor o mental de procurar diferentes ngulos para conseguir aproximar se da realidade Afastar se dos ju zos de valor um cuidado metodol gico fundamental do soci logo para entender as situa es sociais Muitas vezes as pessoas n o querem fazer isso ou seja n o querem assumir outro n gulo para observar um fato ou acontecimen to Questione os Por que voc s acham que muitas pessoas n o querem adotar um novo ponto de vista Primeiro porque s vezes acham que est o sempre certas e os outros errados Mas isso n o poss vel pois n o existe ningu m que est sempre certo Em segundo lugar por que se a pessoa est certa ent o o outro est errado e assim ela n o precisar rever seu ponto de
69. pa o de ressante observar que Wilson nasce por todos Seu papel oferecer as bases para essa acaso quando o sofrimento de Noland se reflex o utilizando as sugest es a seguir transforma em raiva e ele atira para longe a bola de v lei com a m o ferida Voc pode dispor os alunos em um grande 34 PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 34 20 07 09 15 09 10 c rculo para a realiza o dessa atividade Para quebrar o gelo voc pode perguntar turma Que objeto voc s considerariam indispens vel ter em m os caso se encontrassem em uma ilha de serta Por qu Essa pergunta pode ser respon dida por todos individualmente ou ser limitada a apenas alguns alunos para n o tomar muito o tempo da discuss o Observe que a pergunta induz necessariamente escolha de um objeto Voc pode questionar a turma rebatendo E se por acaso voc s se encontrassem em uma ilha deserta sem nada nadinha de nada ou seja tives sem perdido tudo o que possu am O objetivo dessa pergunta provocar a reflex o sobre a capacidade de sobreviv ncia do ser humano em condi es adversas Questione por exemplo se a turma acha que Chuck Noland deu sorte por ter encontrado as caixas da companhia de entre gas e ter podido salvar alguns objetos As respos tas positivas negativas ou intermedi rias est o corretas O que importa que em nenhum dos casos ele tinha todas as condi es adequadas para viver como um americano do s culo XX
70. permanente mudan a e tudo aquilo que o homem produz em termos culturais e econ micos pode ser si tuado no tempo e no espa o contexto hist rico Por essa raz o dizemos que os homens produzem a Hist ria ao mesmo tempo em que s o produzidos por ela O objetivo da avalia o trazer os ele mentos trabalhados na Situa o de Aprendi zagem para a nossa realidade de forma l dica Divida os alunos em grupos Cada um ter como tarefa montar um painel ilus trativo utilizando desenho colagem pintura etc cujo objetivo comunicar para um grupo de jovens visitantes de outro pa s que n o falam a nossa l ngua o que a sociedade brasileira Nesse sentido propomos que por meio de pesquisa de imagens textos e outros materiais os alunos busquem expressar por meio do painel aquilo que nos identifica enquanto brasileiros nossa heran a cultural onde e como vivemos hoje Voc pode adotar como crit rios de ava lia o dos pain is os seguintes itens gt criatividade na sele o dos recursos utilizados gt clareza na express o dos conte dos simb licos gt articula o com os temas apreendidos em sala de aula gt formas de linguagem e comunica o empregadas 20 07 09 15 09 11 37 38 Propostas de Situa es de Recupera o Proposta 1 Para quem leu parte da obra ou toda a adap ta o de Robinson Cruso sugerimos a elabora o de um texto dissertativo em que o al
71. prador o contr rio H tamb m uma escala de durabilidade do dio Se um ladr o sobreviver durante 10 minutos de ataque est salvo Tem havido muitas tentativas de linchamento em acidentes de tr nsito Mas normalmente a pol cia chega logo e evita o ataque Mulheres s o linchadas E rar ssimo Nos 2 mil casos que estudei h dois ou tr s em que uma mulher foi a v tima Agora h muitas mulheres linchadoras no Brasil Mulheres e crian as Quem s o os linchadores no Brasil N o h tanto uma divis o de ricos e pobres De modo geral os linchamentos s o urbanos Ocorrem em bairros de periferia Por m h linchamentos no interior do Pa s onde quem atua a classe m dia O caso mais emblem tico o de Matup no Mato Grosso O linchamento foi filmado e passado pela televis o no notici rio Tr s sujeitos assaltaram o banco a popula o conseguiu linch los e queim los vivos Isso foi a classe m dia E quando a classe m dia lincha a crueldade tende a ser maior porque ela tem prazer no sofrimento da v tima O pobre igualmente radical por m mais ritual na execu o do linchamento 40 PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 40 20 07 09 15 09 12 Sociologia 12 s rie 1 bimestre Estamos todos sujeitos a participar de um linchamento Se voc tem valores bem fundamentados n o vai participar de um linchamento Ele envolve pessoas cuja refer ncia social fr gil O problema que elas s o maio
72. preconceitos e estere tipos E que os preconceitos diante do que eles conhecem ser o trabalhados ao longo dos pr ximos tr s anos 20 07 09 15 08 13 Sociologia 12 s rie 1 bimestre Aqui est o dicas importantes para que possa orient los Sugira aos alunos que escolham um lugar em que se sintam confort veis para ir e que achem interessante conhecer N o imponha um determinado lugar Frise com eles que o que voc dar s o apenas sugest es de lugares poss veis mas que cabe a cada dupla ou trio escolher o lugar em que se sente melhor para fazer essa descri o Lugares que de alguma forma possam coloc los em risco devem ser descartados Para que isso seja feito verifique com cada grupo se o lugar que escolheram seguro e f cil de ser alcan ado Caso o local n o seja adequado os alunos podem querer aproveitar para ir a lugares proibidos ou pouco seguros diga que n o ser aceito o trabalho Os alunos devem fazer uma descri o desse lugar sem conversar com ningu m bom anotar isso na lousa Eles n o podem pedir explica es sobre como funciona o local ou o significado dele nem para que servem os objetos que ali est o mas em determinados locais devem pedir permiss o para entrar e l perma necer pois ser o facilmente identificados como diferentes das pessoas que normalmente o frequen tam Em v rios lugares p blicos como shoppings e supermercados n o h a necessidade dessa permiss o mas em algumas ig
73. que vivera no Brasil como plantador de tabaco tanto dos colonizadores portugueses como dos nativos brasileiros Foi essa heran a cultural que tornou poss vel a transforma o dos recur sos retirados da natureza nos meios para a sobreviv ncia Pensando dessa forma reflita com os alunos Voc s acham que Robinson Cru so encontrava se realmente isolado na ilha de sabitada em que vivia Fisicamente sim mas na realidade ele estava culturalmente ligado 20 07 09 15 09 08 sociedade europeia de onde viera e tamb m s comunidades de colonizadores e ind genas brasileiros com quem vivera no Brasil por meio da heran a cultural que lhe foi legada Em seguida confronte a turma com a quest o fundamental Voc s acham que Robinson Cru so teria sobrevivido sem os conhecimentos que ele havia trazido da Europa e do Brasil O instinto de sobreviv ncia do ser humano extremamente forte Talvez ele tivesse sobre vivido mas certamente n o viveria da forma como viveu na ilha Seu modo de vida refletia o seu passado em sociedade marcava os dias em um calend rio pensava no passado pre sente e futuro escrevia um di rio lia a B blia usava roupas sentava se mesa para comer e beber entre outros exemplos Pensando dessa forma voc s acham que poss vel identificar a origem onde quando e como ele vivia de Cruso observando o seu modo de vida Sim pois os seres humanos s o tanto pro dutores de cultura como pr
74. que n o vieram da observa o que n o PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 21 Sociologia 12 s rie 1 bimestre aquelas dadas pelo pr prio olho no momento da pesquisa n o conseguiram alcan ar os ob jetivos previstos para essa atividade Proposta de Situa o de Recupera o Para a recupera o desta Situa o de Aprendizagem nossa proposta que os alu nos escrevam um texto dissertativo que ex plique a import ncia de um olhar que se afaste do senso comum para a compreens o da realidade 21 20 07 09 15 09 06 SITUA O DE APRENDIZAGEM 2 O HOMEM UM SER SOCIAL O objetivo desta Situa o de Aprendiza gem apresentar aos alunos a ideia de que o homem um ser social que se encontra inserido em um conjunto de redes sociais mais amplas fam lia amigos comunidade religiosa vizinhan a colegas de trabalho etc Inserido nesses grupos sociais o ho sobreviv ncia A partir dessa percep o deslocaremos o foco para o pr prio meio social em que vive o homem a sociedade Trata se de propiciar ao educando o estra nhamento de si mesmo com rela o ao espa o onde temporalidade quando e ao modo como vive atentando para tudo o que mem adquire sua identidade enquanto ser humano e os meios fundamentais para a sua os homens produzem e que faz deles seres humanos e sociais Tempo previsto 4 aulas Conte dos e temas o que faz do homem um ser social sem o outro o homem n o pode s
75. quipamento de emerg ncia e a bordo de um pequeno bote salva vidas chega a uma min scula ilha no meio do Oceano Pac fico onde vive sozinho durante quatro anos tendo como recursos apenas algumas caixas com encomendas da companhia que salva do acidente Sua nica motiva o para permanecer vivo a lembran a da namorada Kelly Helen Hunt cuja fotografia ele mant m em um rel gio de bolso que ela havia lhe dado no ltimo encontro antes do acidente O filme tem dura o total de 144 minutos o que torna imposs vel a sua exibi o integral em apenas uma aula Nesta Situa o de Apren PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 31 dizagem foram selecionadas algumas cenas cuja ordem de exibi o n o compromete a se qu ncia narrativa e atende perfeitamente ao 20 07 09 15 09 09 31 32 objetivo de discutir a quest o central o homem um ser social As cenas selecionadas s o as de n mero 9 10 11 12 13 e 16 as quais juntas totalizam cerca de 35 minutos Etapa 1 Primeira an lise dos trechos selecionados de N ufrago A primeira atividade a ser realizada com os alunos logo ap s assistirem ao filme a interpreta o do conte do assistido Esse exerc cio tem por objetivo realizar uma pri meira aproxima o cr tico anal tica com rela o obra que servir como etapa pre parat ria para a discuss o mais aprofunda da quando os alunos refletir o sobre os temas da Situa o de Aprendizagem Suge rimos qu
76. ra poss vel refletir um pouco sobre a superficialidade do olhar e debater sobre a quest o do certo e do er rado Pe a aos os alunos que observem a seguinte figura Sena NO VE ca a A de M C Escher Na figura apresentada Escher mostra de diferentes ngulos em um mesmo desenho uma esp cie de p ssaro com cabeca de ho 0 2008 The M C Escher Company Holland Direitos Reservados lt www mcescher com gt Reservados lt www mcescher com gt O 2008 The M C Escher Company Holland Direitos 17 20 07 09 15 09 00 18 mem Por meio desse desenho podemos en tender que h v rias formas de olhar esse p ssaro homem e que a cada vez que lan ado um olhar diferente o vemos de outro ngulo ora por cima ora por baixo ora da direita para a esquerda ora da esquerda para a direita De qualquer forma ele nos mostra que n o h uma nica forma de olhar esse p ssaro homem pois v rios podem ser os pontos de vista O mesmo ocorre com um fato ou um acontecimento pode se observ lo de diferentes ngulos Pe a um exemplo de acontecimento que pode ser olhado sob os mais diferentes ngu los Voc pode exemplificar com algo cotidia no como uma partida de futebol ela pode ser descrita das mais diferentes formas Questione os Quais voc s acham que podem ser os pontos de vista poss veis Anote na lousa as possibilidades e indique outras Aqui est o algumas dicas de possibil
77. ra essa reflex o utilizando as sugest es a seguir Voc pode dispor os alunos em um grande c rculo para a realiza o dessa atividade Para quebrar o gelo voc pode perguntar tur ma Que objeto voc s considerariam indispens vel ter em m os caso se encontrassem em uma ilha deserta Por qu Esta pergunta pode ser respon dida por todos individualmente ou ser limitada a apenas alguns alunos para n o tomar muito o tempo da discuss o Observe que a pergunta induz necessariamente escolha de um objeto Voc pode questionar a turma rebatendo E se por acaso voc s se encontrassem em uma ilha deserta sem nada nadinha de nada ou seja ti vessem perdido tudo o que possu am O objetivo dessa pergunta provocar a reflex o sobre a capacidade de sobreviv ncia do ser humano em condi es adversas Questione por exemplo se a turma acha que Robinson Cruso deu sorte por ter o navio encalhado e ter podido salvar diversos objetos As respostas positivas negati vas ou intermedi rias s o corretas O impor tante que em nenhum dos casos ele tinha todas as condi es adequadas para viver como um europeu do s culo XVII do modo como estava habituado Pergunte aos alunos Voc s acham que conseguiriam sobreviver se dispuses sem exatamente dos mesmos recursos que Ro binson Certamente alguns alunos responder o que sim Aproveite para questionar essa res posta atentando para o fato de que gt Rob
78. ra ter certeza porque linchamento o tipo de crime inguantific vel Mesmo os americanos quando tentaram numerar seus casos tiveram fontes prec rias O linchamento um crime altru sta ou seja 39 PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 39 20 07 09 15 09 12 um crime social com inten es sociais O linchador age em nome da sociedade um homem de bem que sabe que est cometendo um delito e n o quer visibilidade Por outro lado no C digo Penal brasileiro n o existe o crime de linchamento somente o homic dio Ent o ele n o aparece nas es tat sticas Os casos s o dilu dos Estimo que aconte am de 3 a 4 linchamentos no Pa s por semana na m dia S o Paulo a cidade que mais lincha Depois v m Salvador e Rio de Janeiro Que an lise o senhor faz de um pa s habituado ao linchamento As sociedades lincham quando a estrutura do Estado d bil H momentos hist ricos em que isso acontece Na Fran a depois da 2 Guerra Mundial quando n o havia uma ordem pol tica havia a tonsura a raspagem dos cabelos de mulheres que tiveram rela es sexuais com nazistas Era uma forma de estigmatizar para que ela ficasse marcada O linchamento original nos Estados Unidos tinha essa caracter stica O que configura um linchamento uma forma de puni o coletiva contra algu m que desenvolveu uma forma de comportamento antissocial O antissocial varia de momento para momento e de grupo para grupo Na Fran a ter tra do a p t
79. rejas e outros locais esse um cuidado tico importante que s vai ajud los bom que os jovens tenham consci ncia de que o trabalho de campo envolve sempre uma dimens o tica sendo esta uma parte essencial da metodologia de pesquisa Devem dizer que um trabalho escolar descritivo com base na observa o Nesse momento voc pode esclarecer que toda Ci ncia tem a observa o como primeiro passo em suas pesquisas Se seus alunos est o acostumados a se locomover de nibus trem ou qualquer outro transporte p blico pode deix los escolher um local que n o seja pr ximo ao bairro um parque ao qual nunca foram um shopping um museu uma galeria famosa um templo uma lanchonete um show uma praia um rodeio uma fazenda uma prefeitura um teatro etc Essa descri o deve ter no m ximo duas p ginas A avalia o ser feita pela verifica o da ca pacidade de os alunos fazerem uma descri o que tenha como base apenas o olhar Ou seja eles s podem descrever o lugar e as pessoas a partir do que seus olhos veem O que interessa nessa observa o n o apenas descrever o ambiente mas principalmente as pessoas que l est o o que fazem como se comportam Isso porque o objeto da sociologia o homem e a sua a o no ambiente em que vive nos grupos sociais aos quais pertence suas rela es e intera es sociais preciso marcar a espe cificidade do olhar sociol gico pois outras disciplinas tamb m podem se in
80. ria era um motivo para linchar No caso da It lia aconteceu o mesmo No Brasil o fato de n o termos justi a pelo menos na percep o das pessoas comuns Nesse caso do atropela mento de um frentista em Ribeir o Preto por exemplo o delegado decidiu inicialmente por crime culposo depois mudou para doloso As pessoas que tentaram linchar o rapaz acreditavam que n o haveria justi a j que a pena seria mais leve por conta da atenuante Qual perfil de quem linchado Em geral linchado o pobre mas h v rias exce es H uma pequena porcentagem superior de negros em rela o a brancos Se um branco e um negro separadamente cometem o mesmo crime a probabilidade de o negro ser linchado maior Que criminoso mais vulner vel O linchado pode ser desde o ladr o de galinha at o estuprador de crian a Sem d vida os maiores fatores s o os casos de homic dio Se a v tima do assassino uma crian a ou um jovem ou se houve viol ncia sexual os linchamentos s o frequentes H muitas ocorr ncias por causa de roubo especialmente se o ladr o contumaz Acredito que tenha sido o caso dos rapazes em Sal vador A pr pria popula o estabelece uma grada o da pena que vai impor ao linchado Essa a dimens o de racionalidade num ato irracional Como funciona essa grada o Um ladr o de galinha vai sair muito machucado e pode acontecer de ele morrer Mas o risco de ser queimado m nimo Com o estu
81. ria no Brasil Estima se que 500 mil brasileiros tenham participado de linchamentos nos ltimos 50 anos N o um n mero pequeno Mat ria de Fl via Tavares para o Caderno Ali s do jornal O Estado de S Paulo de 17 fev 2008 Dispon vel em O objetivo desta etapa o de sensibilizar os alunos a respeito do olhar sociol gico para a realidade de forma que possam apre ender o papel da Sociologia na compreens o da sociedade contempor nea Pe a que um aluno leia para os demais a mat ria de jornal Divida a classe em grupos ou pe a que eles respondam individualmente s seguintes quest es com base na leitura desse texto gt Por que voc s acham que a jornalista pediu para que ele falasse sobre o tema Ocorreram v rios linchamentos em uma nica semana e ela queria buscar uma expli ca o para isso Ou seja o soci logo cha mado para dar explica es sobre o que acontece na sociedade e as rela es entre os homens Se ocorresse apenas um linchamento isolado ela buscaria a explica o de um psi c logo Entretanto a pr tica do linchamento como vimos corriqueira no Brasil o que mostra que estamos diante de uma quest o que social e n o individual Em segundo lugar porque ele um estudioso do assunto trabalha h quase 30 anos e j estudou mais de 2 mil casos essa amplitude da observa o que lhe permite ter seguran a na an lise que faz a respeito desse fen meno social Isto
82. s de leitura produ o de textos cont nuos e express o oral iniciar a constru o de um olhar sociol gico sobre a realidade tornar o aluno consciente de que n o h olhar natural todos os olhares s o sempre constru es i Estrat gias aula dialogada pesquisa de campo e interpreta o de imagens Avalia o pesquisa individual e em grupo Etapa 1 Sondagem e sensibiliza o necess rio fazer uma pequena discuss o hist rica com os alunos antes de come ar a sensibiliza o inicial O momento muito importante para todos tanto para o aluno como para voc professor que dar aula de Sociologia fundamental que os alunos sintam se estimulados a estudar essa nova disciplina e que tenham consci ncia da im port ncia para a sua forma o independen temente das carreiras que seguir o H jovens que t m somente uma vaga ideia do que seja a Sociologia e n o raro h aqueles que pos suem algum tipo de preconceito com rela o a disciplina Entre outros fatores isso ocorre PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 10 Recursos necess rios lousa discuss o em sala de aula imagens porque ela ficou exclu da da grade curricular obrigat ria por quase 40 anos Isso deve ser levado em considera o ao ser trabalhado qualquer tipo de preno o que eles possam ter j no in cio do ano Sugerimos que reser ve parte da primeira aula para expor aos jovens algumas das raz es de a Sociologia ter s
83. soas foram ent o esquecendo a import ncia da Sociologia para a forma o geral de qualquer pessoa Entretanto desde 1882 por meio de pa recer de Rui Barbosa acreditava se na im port ncia da disciplina assim como hoje se reconhece que ela mat ria importante tanto para quem far Medicina Direito ou Enge nharia como tamb m para faxineiros pe dreiros advogados gar ons qu micos f sicos artistas enfim para todos aqueles que necessitam entender e se situar na socie dade em que vivem Por ter sido deixada de lado no per odo militar v rios dos pais dos alunos tamb m n o devem conhecer a disci plina pois muitos nasceram durante esse per odo ou at ap s o regime PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 11 Sociologia 12 s rie 1 bimestre importante frisar para os alunos que a Sociologia j esteve presente no curr culo do Ensino M dio mas foi retirada por raz es ideol gicas e pol ticas Ela volta pelo esfor o de muitos que reconhecem a import ncia da constru o de um olhar cr tico para a reali dade como base na forma o de qualquer cidad o e do papel que a Sociologia pode desempenhar nesse sentido E f cil defini la Ser que podemos definir hoje em uma frase o que a Sociologia N o pois ela fruto de um longo processo hist rico O nosso objetivo esclarecer ao longo desse 1 bimestre o que a Sociologia e como ela pode nos ajudar a compreender a realidade Tamb
84. sugest es surgiram mas em nenhum momento se considerou que os Cadernos n o deveriam ser produzidos Ao contr rio as indica es vieram no sentido de aperfei o los A Proposta Curricular n o foi comunicada como dogma ou aceite sem restri o Foi vivida nos Cadernos do Professor e compreendida como um texto repleto de significados mas em constru o Isso provocou ajustes que incorporaram as pr ticas e consideraram os problemas da implanta o por meio de um intenso di logo sobre o que estava sendo proposto Os Cadernos dialogaram com seu p blico alvo e geraram indica es preciosas para o pro cesso de ensino aprendizagem nas escolas e para a Secretaria que gerencia esse processo Esta nova vers o considera o tempo de discuss o fundamental implanta o da Pro posta Curricular Esse tempo foi compreendido como um momento nico gerador de novos significados e de mudan as de ideias e atitudes Os ajustes nos Cadernos levaram em conta o apoio a movimentos inovadores no contexto das escolas apostando na possibilidade de desenvolvimento da autonomia escolar com indi ca es permanentes sobre a avalia o dos crit rios de qualidade da aprendizagem e de seus resultados PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 5 20 07 09 15 08 11 Sempre oportuno relembrar que os Cadernos espelharam se de forma objetiva na Pro posta Curricular refer ncia comum a todas as escolas da Rede Estadual revelando uma ma ne
85. t ncia da Saber que para iniciar um processo de combus passagem do ar e o incentivo do olhar t o preciso combinar oxig nio combust vel de um outro ainda que imagin rio e calor um conhecimento adquirido a partir que ele criara ao desenhar um rosto na da conviv ncia com outros grupos sociais marca deixada por sua m o na bola de v lei mostrando a import ncia da intera o com os com seu pr prio sangue outros para a sobreviv ncia do ser humano 12 Quem Wilson Nesta etapa da Situa o de Aprendizagem buscaremos a partir de uma discuss o mais Wilson uma das personagens mais impor aprofundada do filme realizar com os alunos tantes do filme Ele criado por Chuck uma reflex o a respeito da quest o central o Noland em um dos momentos mais dram homem um ser social Para isso utilizaremos a ticos quando ferido com dor fome e sen situa o enfrentada por Chuck Noland seus tindo todos os rigores de ser confrontado sentimentos e atitudes identificadas nos diversos com a for a dos elementos da natureza epis dios da narrativa para construir essa ideia sozinho n o consegue mais suportar a au de forma gradativa junto com os alunos Por s ncia de outros seres humanos que pudes essa raz o propomos um formato de aula dia sem estar ali para auxili lo prover logada orientada pelo professor em que o ra conforto e amenizar seu sofrimento inte cioc nio constru do com a partici
86. teressar pelos mesmos ambientes O arquiteto por exemplo vai se interessar pelas formas pela est tica pelos materiais utilizados Um exemplo alguns alunos resolveram fazer uma descri o da C mara dos Vereadores e escre veram em seu trabalho que aqui um lugar onde as pessoas fazem leis e ganham muito dinheiro Em sala de aula voc pode citar esse exemplo e dizer que h dois problemas nessa descri o Pri meiro como poss vel saber que se fazem leis naquele local se pelo olhar n o h nada que indique isso E segundo como dizer que eles ganham muito dinheiro sem nenhuma explica o que parta do olhar Eles devem tomar muito cuidado ao descrever o lugar escolhido Questione os O que mostra que eles ganham muito dinheiro Digamos que a descri o pode continuar dessa forma parece que eles ganham bem pois ali os homens usam ternos essas roupas s o consideradas na nossa sociedade como um s mbolo de status logo parece que devem ganhar bem Deve se tomar muito cuidado com as descri es e adjetiva es no texto lembrar que a descri o deve sempre ter como elemento o olhar ou seja o aluno s pode falar do que ele efetivamente v ali n o pode usar explica es que n o v m de sua observa o direta naquele momento espec fico Por isso recomendado ir a um lugar a que eles n o est o acostumados ou nunca foram Outro exemplo digamos que um aluno resolveu descrever uma igreja cat lica Como pode saber s
87. tinada s manufa turas A redu o da margem de lucro oca sionada pela competi o fazia com que o pre o dos produtos ca sse e muitos empres rios para diminuir os custos de produ o passaram a contratar mulheres e crian as cujos sal rios eram muito mais baixos do que os dos homens A Revolu o Industrial alte rou o modo de vida das pessoas trouxe novos costumes novos h bitos novos valores Ela mudou tamb m o ritmo de vida das pessoas Este sempre fora dado pela luz diurna fazen deiros e artes os come avam e terminavam o seu dia em geral com o amanhecer e o cre p sculo Com a dissemina o da energia el trica o dia passou a ser encompridado Sociologia 12 s rie 1 bimestre artificialmente antes o g s o leo e a vela j faziam isso mas eram caros O tempo pas sou a ser controlado curvando se vontade dos homens Ele foi regularizado dividido e homogeneizado As f bricas passaram a fun cionar em turnos e as pessoas come aram a trabalhar noite Um ltimo ponto a respei to da industrializa o ela trouxe consigo a disciplina fabril ou seja o homem n o tra balhava mais ao sabor do clima e das esta es agora deveria aprender a trabalhar de maneira adequada ind stria ou seja em um ritmo regular de trabalho di rio ininter rupto e que inteiramente diferente dos altos e baixos provocados pelas diferentes esta es no trabalho agr cola Acompanhando a Revolu o
88. to retrato xilogravura de 1923 de M C Escher PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 16 realidade e a tudo o que a cerca aquela da pessoa que julga sem conhecer com base no que acredita que ou no que deva ser Todas elas est o intimamente relacionadas pois uma alimenta a outra Se quisermos construir um conhecimento coerente e consis tente precisamos afastar as preno es e os Julgamentos de valor que est o presentes no senso comum O olhar que evita essas postu ras relacionadas ao senso comum o olhar do estranhamento Para trabalhar isso de forma mais clara com os alunos e mostrar que necess rio desenvol ver um treino do olhar sugerimos uma din mica a partir da discuss o de gravuras do artista pl s tico holand s Maurits Cornelis Escher K E o s H o a 9 8 3 5 E Z E vV t o S gt H A a o a D A A q Z SE oR z 2 a S a E o Q H o a 2 Q z o ee oo S S aq o Foto de M C Escher 20 07 09 15 08 54 Voc pode perguntar se algu m conhece a obra de Escher e fornecer algumas infor ma es sobre ele Maurits Cornelis Escher 1898 1972 era holand s e nasceu na cidade de Leeuwarden Seu pai queria que o filho seguisse alguma carreira relacionada s Ci ncias Exatas Observou que o filho tinha jeito para as artes pl sticas e achou que ele poderia tornar se arquiteto Escher at estudou arquitetura mas n o se formou Gostava m
89. tua o e correu para salv lo A esperan a de que ele ainda estivesse vivo mesmo ap s te rem se passado alguns dias desde o acidente era mais forte do que a evidente realidade de que um corpo boiando na gua provavelmente j estava morto Sua esperan a estava base ada no desejo desesperador de encontrar outro ser humano 7 Ao constatar que seu colega de trabalho es tava morto por que Noland se deu o trabalho de trazer o corpo at a ilha e enterr lo Desde a pr hist ria o enterramento de cad veres tra o comum observado entre os seres humanos Estudos arqueol gicos evidenciaram pr ticas de enterramento mesmo entre ances trais do Homo sapiens nossa esp cie de modo que essa uma heran a cultural muito antiga carregada pelo homem 8 Quais s o os rituais que Noland realizou durante o funeral Noland colocou o corpo em uma cova e co briu o rosto do morto Depois retirou alguns PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 33 Sociologia 12 s rie 1 bimestre dos seus pertences pessoais como os sapatos e a lanterna e depositou a carteira sobre o peito do falecido A foto do colega com os dois filhos ele p s no bolso direito de sua camisa Por fim cobriu a cova com terra e escreveu o nome de Albert Muller bem como o ano de seu nascimento e falecimento na parede de pedra acima da cova indicando o local do sepultamento 9 Quais foram os objetos que Noland encon trou ao abrir as caixas da c
90. ue eles sempre vinham em grande n mero e por essa raz o sentia que n o tinha chances de enfrent los O que o fez mudar de ideia e salvar um dos prisioneiros A certa altura Robinson percebeu que os ind genas iam e vinham em canoas do continente em pocas espec ficas e tinham conhecimento das correntes mar timas e das pocas prop cias para a navega o Se salvasse um deles poderia conseguir um companheiro e um auxiliar para sair da ilha O ind gena que chamou de Sexta feira veio a cumprir exatamente esse papel Para isso foi preciso estabelecer uma rela o entre ambos Que tipo de rela o existia entre Robinson Cruso e Sexta feira Ou a as respostas dos alunos e comente as Observe que embora essa rela o tenha evolu do para um la o afetivo de profunda amizade afinal de contas Robinson passara mais de 20 anos solit rio na ilha e sentia imensa falta de contato com outro ser humano Sexta feira era uma esp cie de servi al chamava o de patr o aprendera a falar l ngua inglesa e adotara a maior parte dos costumes de Robinson Cruso e inclusive passara a professar a sua cren a religiosa Nesse sentido tratava se de uma rela o desigual em que um se colocava em uma posi o superior do outro Apesar disso Robinson tamb m aprendeu algumas coisas com Sexta feira Que tipo de conhecimentos Sexta feira ofereceu a Robinson Cruso Sexta feira explicou lhe sobre seu povo seus costumes sua cren as quand
91. uida introduza a quest o central desta Situa o de Aprendiza gem o homem um ser social e n o consegue sobreviver na aus ncia de outros seres huma nos No limite a bola de v lei com a carinha pintada batizada de Wilson era apenas um substituto para sua necessidade mais premen te a de imaginar que outra pessoa estava in teragindo com ele Ao final desta etapa espera se que os alunos tenham desenvolvido a compreen s o de que o homem n o existe fora da sociedade e que os recursos de que se utili za para sobreviver comunicar e se relacio nar com os outros comp em sua heran a cultural e formam a base de sua identidade enquanto ser humano Avalia o da Situa o de Aprendizagem Esperamos que tanto a Proposta 1 quanto a Proposta 2 contribuam para que os alunos tenham desenvolvido uma no o inicial do lugar do homem na sociedade de que manei ras se relaciona com o meio em que vive e afetado por ele A partir das situa es extre mas vividas por Robinson Cruso ou Chuck PROF SOCIO ta 1bi 10 indd 37 Sociologia 12 s rie 1 bimestre Noland espera se que os educandos compre endam que mesmo vivendo de forma isolada o homem carrega consigo os elementos que comp em sua identidade humana e o inserem no interior de uma sociedade O homem transforma a natureza sua volta ao mesmo tempo em que a vida em sociedade transfor ma o lugar onde ele vive e o transforma Esse processo encontra se em
92. uiza Christov Adilton Lu s Martins e Ren Jos Trentin Silveira Geografia Angela Corr a da Silva Jaime Tadeu Oliva Raul Borges Guimar es Regina Araujo Regina C lia Bega dos Santos e S rgio Adas Hist ria Paulo Miceli Diego L pez Silva Glaydson Jos da Silva M nica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari Sociologia Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins Marcelo Santos Masset Lacombe Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers Ci ncias da Natureza e suas Tecnologias Biologia Ghisleine Trigo Silveira Fab ola Bovo Mendon a Felipe Bandoni de Oliveira Lucilene Aparecida Esperante Limp Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira Olga Aguilar Santana Paulo Roberto da Cunha Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo Ci ncias Ghisleine Trigo Silveira Cristina Leite Jo o Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto Julio C zar Foschini Lisb a Lucilene Aparecida Esperante Limp Ma ra Batistoni e Silva Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira Paulo Rog rio Miranda Correia Renata Alves Ribeiro Ricardo Rechi Aguiar Rosana dos Santos Jord o Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume F sica Luis Carlos de Menezes Sonia Salem Estevam Rouxinol Guilherme Brockington Iv Gurgel Lu s Paulo de Carvalho Piassi Marcelo de Carvalho Bonetti Maur cio Pietrocola Pinto de Oliveira Maxwell Roger da Purifica o Siqueira e Yassuko Hosoume Qu mica Denilse Morais Zambom
93. ulas dialogadas os conte dos e temas propostos Sondagem e sensibiliza o A indica o do filme N ufrago tem os mes mos objetivos da atividade anterior A situa o da personagem do filme muito semelhante de Robinson Cruso com o di ferencial de se passar em uma poca muito mais pr xima realidade vivida pelos alunos do que aquela da obra de Daniel Defoe A op o pela exibi o de uma obra cinemato gr fica tem ainda a caracter stica de propiciar uma ruptura com rela o ao padr o de aulas em que a intera o se d exclusivamente entre educador e educandos abrindo a possibilida de para que outros meios de comunica o contribuam para tornar a din mica em sala de aula instigante mais variada e atraente Antes da exibi o do trecho pergunte turma se algu m j assistiu ao filme Solicite a um volunt rio que fa a um breve resumo da hist ria Caso ningu m o tenha visto antes fa a voc mesmo uma sinopse importante que voc assista ao filme na integra antes de exibir as cenas selecionadas para os alunos Sinopse O filme N ufrago conta a hist ria de Chuck Noland Tom Hanks um engenheiro de sistemas de uma companhia de correio e de entregas que vive para o trabalho Em uma de suas in meras viagens o avi o da companhia sobrevoando o Oceano Pac fico defronta se com uma tempes tade e uma s bita e inexplic vel pane nas turbinas leva a uma queda no mar Noland consegue acionar o e
94. uno dever articular as seguintes quest es a o modo como Robinson vivia na ilha b sua origem c seus conhecimentos d a poca em que ele viveu s culo XVII PROF SOCIO Ta 1bi 10 indd 38 Proposta 2 Para quem assistiu s cenas do filme N u frago sugerimos a elabora o de um texto dissertativo em que o aluno dever articular as seguintes quest es a as estrat gias utilizadas por Noland para sobreviver b as atitudes n o relacionadas s necessida des de sobreviv ncia imediata c os recursos dispon veis d a cria o da personagem Wilson 20 07 09 15 09 11 Sociologia 12 s rie 1 bimestre A SITUA O DE APRENDIZAGEM 3 d A SOCIOLOGIA E O TRABALHO DO SOCI LOGO Tempo previsto 2 aulas Conte dos e temas no o b sica do que a Sociologia e como ela se distingue de outras disciplinas bem como do contexto hist rico de sua forma o Compet ncias e habilidades desenvolver habilidades de leitura produ o de textos cont nuos e express o oral iniciar o aluno no contexto do surgimento da Sociologia e torn lo apto a distinguir a Sociologia de outras disciplinas Estrat gias aula dialogada Recursos necess rios lousa Avalia o texto dissertativo e ou quest es pontuais Etapa 1 Sondagem e que a sensibiliza o dessa Situa o de Apren sensibiliza o dizagem se baseie na an lise de uma entre vista feita com o soci logo Jos de Souza Os jovens
95. uscando o fumo achei uma B blia guardada no mesmo lugar O fumo curou me a febre n o sabia como us lo por isso tentei diversos m todos ao mesmo tempo Masquei folhas verdes tomei uma infus o de fumo em corda com rum aspirei a fuma a de folhas queimadas no fogo N o sei qual dos m todos deu resultado talvez todos juntos A verdade que sarei em pouco tempo A B blia foi um bom rem dio para a alma p 37 Sempre quis conhecer a ilha inteira ver cada detalhe dos meus dom nios Acreditei que tinha chegado a hora Peguei minha arma uma machadinha uma quantidade grande de p lvora e mu ni es uma por o razo vel de comida e pus me a caminho acompanhado de meu c o p 42 Na volta apanhei um filhote de papagaio Os colonos brasileiros costumavam domestic los e en sin los a falar Pensei em seguir lhes o exemplo p 43 Foi no in cio da esta o das chuvas Passando perto da pali ada num canto em que o rochedo projetava sua sombra meus olhos fixaram se em pequenos brotos germinando Nunca tinha visto aquelas plantinhas ali Curioso aproximei me a acreditei estar presenciando um milagre uma ou duas d zias de pezinhos de milho surgiam da terra Era milho e da melhor esp cie n o havia d vida p 32 Reconhecido agradeci Divina Provid ncia por mais esse cuidado S passado algum tempo que me lembrei de um fato acontecido dias antes Precisava de algo para guardar restos de p

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