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O FLORESCER DA ROSA DIGITAL PERSPECTIVAS PARA

1. uma vez que a verdade do opressor reside na consci ncia do oprimido Freire 1987 05 Para o pr prio pedagogo entretanto uma sociedade inconclusa pois o pr prio homem determina o mais profunda e fundamento mediato de sua exist ncia tamb m o e assim necessita perceber se inconcluso saber se capaz de ao relacionar se com o mundo e consigo mesmo ser o vetor que torna poss vel a transforma o de ambos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Como n o h homem sem mundo nem mundo sem homem n o pode haver reflex o e a o fora da rela o homem realidade Esta rela o homem realidade homem mundo ao contr rio do contato animal com o mundo implica a transforma o do mundo cujo produto por sua vez condiciona ambas portanto atrav s de sua experi ncia nestas rela es que o homem desenvolve sua a o reflex o como tamb m pode t las atrofiadas IDEM 17 18 Esta matriz conceitual permaneceu viva por toda a pesquisa pois o movimento de transforma o ou ao menos de sua busca orientava significativamente as a es de v rias partes envolvidas no trabalho da O N G Al m da concep o mais filos fica da Pedagogia freireana e
2. A revolu o processada pela inform tica entretanto representa o que a eletricidade representou para as primeiras fases da Revolu o Industrial Nesta sociedade o instrumento de poder a informa o assim como seus fluxos possibilidades de acesso e usos O crescimento vertiginoso do n mero de usu rios da internet assim como das tecnologias de informa o e comunica o TICs em geral abrem espa o para d vidas sobre sua seguran a e estabilidade normativa al m de ocultar certas din micas excludentes circunscritas a este processo 1 5 1 As din micas excludentes circunscritas Sociedade da Informa o Em 2007 havia segundo a ONU 1 2 bilh o de pessoas com acesso rede em todo o mundo Isso significa que pouco mais de um sexto da popula o do Planeta conta com um pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now acesso regular a esta tecnologia inform tica e que ainda existe uma distribui o desigual O aumento de usu rios da rede mundial de computadores entretanto vertiginoso Se considerarmos que em 1997 existiam apenas 70 milh es de usu rios no mundo ent o houve um aumento de 1 113 bilh o de usu rios em 10 anos o que significa um grande avan o
3. cidad o no sof um tipo de eleitor que poder dispor de equipamentos telem ticos residenciais como a Internet eleitoral para dizer sim ou n o s mudan as cruciais do Pa s O problema que para Benevides al m dos controles t cnicos protocolos e criptogramas especiais esse eleitor continuar achando que votar ma ante uma perda de tempo Poder ser uma vers o mais branda do hoje recorrente n o gosto de pol tica mas com o acr scimo da velocidade digital o cidad o do sof ir dizer continuo n o gostando de pol tica mas voto porque r pido e barato neste sentido que expressa L vy sintonizado com os ideais democr ticos do CDI A verdadeira democracia eletr nica consiste em encorajar tanto quanto poss vel a express o e a elabora o dos problemas da cidade pelos pr prios cidad os a auto organiza o das comunidades locais a participa o nas delibera es por parte dos grupos diretamente afetados pelas decis es a transpar ncia das pol ticas p blicas e sua avalia o pelos cidad os Colocar a intelig ncia coletiva no posto de comando escolher de novo a democracia reatualiz la por meio da explora o das potencialidades mais positivas dos novos sistemas de comunica o 1999 pp 186 196 Entre um mundo desigual onde a pobreza avan a num contexto de prosperidade Banco Mundial in Dowbor 2002 45 e um mundo cibern ticovirtual que demanda urgentes a
4. possibilitando avan os comunicativos sem precedentes A Sociologia estuda as formas de 4 Seele na acep o atribu da por Simmel 1986 357 386 Como forma de socia o isto o segredo como fundamento das rela es que t m os homens uns com os pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now socia o que os grupos humanos desenvolvem livremente para viverem unidos uns aos outros pelos outros e contra os outros Segundo Simmel todas as formas de socia o conservavam em si certo grau de domina o antagonismo ou luta kampf subordina o e cria o de hierarquias e competi es Neste sentido o mundo virtual aparece como met fora do mundo chamado real uma transfigura o de tudo o que acontece no mundo tridimensional ocorre tamb m no digital com a cria o ou reinven o da linguagem das identidades sociais hierarquias crimes e fraudes cidadania e manifesta o pol tica otium e neg otium Como j visto no cap tulo anterior para DOWBOR 2002 a diversidade de ritmos de evolu o das inst ncias t cnicas e tamb m legais de uma sociedade cada vez mais gritante pois o universo jur dico que de certa forma codifica o contexto das pr prias muda
5. que minha minha tia que falou pra mim Eu j tinha ido atr s de outros l onde ele estuda No tempo l n o tinha A n s viemos aqui se inscrevemo a n s tamo vindo aqui Uma verdade existe A gente n o pode ter medo do computador A gente tem que A gente confiar nele n A gente n o Por que a gente que tem medo dele com medo de mexer d algum problema tudo mais Aprendi a mexer mesmo ENTREVISTA JO O CARLOS Para os educandos por m um dos principais diferenciais do CDI ante as demais escolas de inform tica que conhecem justamente a quest o do incentivo a o a supera o de adversidades enfrentadas pelos educandos Al m da qualifica o t cnica existe algo mais e Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now computador em casa n o se ache estranho com o seu pr prio computador entendeu Por que n o adianta voc aprender aqui ter ter conhecimento desse computador sendo que o da sua casa muito mais avan ado e voc n o vai saber mexer n o vai saber procurar em outros programas onde e onde n o Outro ponto outro ponto foi o qu foi a quest o l ser muito mais eu ter a m quina entendeu N o tentar transmitir coisas de incentivo
6. 2007 25 Tais divis es bipolares n o existiram de maneira constante na hist ria da humanidade imp rios e col nias pa ses desenvolvidos e subdesenvolvidos burgueses e prolet rios senhores e escravo etc Vide figura 1 1 O fato que para Neves quanto mais segregacionista uma sociedade mais decad ncia caos descontrole social e revoltas tomam corpo e conferem humanidade um status quo de instabilidade constante assim como uma falta de eixo social econ micopol tico e cultural Neste sentido o maior desafio seria evitar que nas a das entranhas da sociedade do conhecimento um bloco dos condenados nova barbaria a Barb rie Digital Global pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Individuos e grupos sociais com estilos de vida capazes de utilizar plenamente as ferramentas tecnol gicas e institucionais de vanguarda e que conseguem maior controle sobre seu pr prio destino Figura 2 1 Sociedade do Conhecimento Sociedade Renascen a Digital p s industrial globalizada Terrorismo Ultranacionaismo Gangues Seitas Drogas Megahedonismo Exclu dos Inadaptados Tribalismo digital A nova Barb rie
7. Somente em ser protagonista uma grande diferen a ENTREVISTA FCO SILVA Por este motivo para os monitores de maneira geral as principais transforma es propiciadas pela metodologia das EICs n o se expressam necessariamente na sala de aula pois se verifica como uma esp cie de bagagem cultural de que os jovens mais inquietos podem dispor caso sejam avessos a indol ncia e apatia Um dos elementos mais inst veis da realidade pr tica da sala de aula da EIC estudada mas que n o uma realidade exclusiva desta podendo facilmente ser comprovada no pr prio pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now r sistema do ensino m dio referente real assimila o dos conceitos trabalhados Neste sentido com Jo o Carlos a defini o de cidadania escapa e assume contornos vagos o tipo de cidadania que a gente aprendeu Ih a gente aqui pode aqui a gente pode ajudar os que vem de fora n Ensinando o que a gente aprendeu Passando os nossos conhecimentos pra eles n V rias outras coisas que eu num t lembrando agora Me ajuda ai Me ajuda ai Tem que falar Eu n o tive a oportunidade de fazer uma boa a o com a ajuda do computador n ENTREVISTA JOAO
8. Tamb m a democracia alvo das tem ticas principais no trabalho do CDI sendo um dos seus alicerces j que a pr pria raz o de ser da ONG democratizar o acesso a uma tecnologia influente fundamental mas ainda segregadora e elitizada A fixa o de conceitos no entanto s vezes parece n o lograr os resultados esperados Eu tamb m n o conhe o muito n vel de democracia n Foi passado percebia no momento outros n o percebia Eu eu n o tenho muito conhecimento neg cio de democracia Esqueci de algumas coisas que ele falou que importante Que no momento eu n o t lembrado n sobre democracia isso a risos ENTREVISTA JO O CARLOS a no o de democracia o qu pra mim eu n o t achando no exato momento Pelo pelo fato de voc aprender deve ser isso Ehhh eu antes n o sabia de nada certo e eu passei a fazer esse curso e j t sabendo mais alguma coisa at que eu n o sabia Acho que sei l Mais ou menos isso ligado ao conhecimento A informa o voc pode mexer no computador e saber noticias do mundo saber not cias de pessoas de fora ENTREVISTA RICARDO Al m disso outras dificuldades se somam incorpora o de uma cultura pol tica e democr tica nos jovens Realmente tem uma uma dificuldade muito grande porque acho que de cultura n N o nem a pro que t acontecendo Eles querem t num curso de inform tica n E assim existe uma parte que realmente i
9. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARA RENATO ANGELO DE ALMEIDA MOREIRA O FLORESCER DA ROSA DIGITAL PERSPECTIVAS PARA A FORMACAO DA CIDADANIA DIGITAL EM UM ESTUDO SOBRE A ESCOLA DE INFORMATICA E CIDADANIA FORTALEZA CE FORTALEZA 2008 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Universidade Estadual do Ceara Renato Angelo de Almeida Moreira O Florescer da Rosa Digital Perspectivas para a forma o da cidadania digital em um estudo sobre a Escola de Inform tica e Cidadania Fortaleza CE Disserta o apresentado ao curso de Mestrado em Pol ticas P blicas e Sociedade do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Cear como requisito para a obten o do grau de mestre em pol ticas p blicas e sociedade Orientadora Maria Celeste Magalh es Cordeiro Fortaleza CE 2008 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Vivemos em uma sociedade profundamente dependente da ci ncia e da tecnologia e na qual ningu
10. es que ainda nem sequer deram lugar a elabora es conceituais ou discursivas 2006 301 Para o autor na atualidade a imagem homogeneizadora e sua for a obsessiva universalizante al m disso a Era moderna com sua pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now r na qual se abismava o olhar 2006 306 A imagem na televis o expressa como um religioso difuso dissolvido no consumo de massa e as tecnologias da imagem na p s modernidade se multiplicam os canais de comunica o inova o o espectador pode compor as pr prias imagens o Neo Barroco uma era de sincretismos de imagens Neste contesto ag nico a Am rica Latina deve buscar no passado o embasamento necess rio para suportar o gigantesco entreposto de res duos 2006 306 no qual se amontoam as imagens da Era p s moderna 1 5 2 Cr ticas s formas de sociabilidade virtual Desta sociedade informatizada emergem pois diversas novas formas ou possibilidades de sociabilidades at hoje inauditas A modernidade e suas formas de socia o levaram a humanidade a uma rela o virtual onde o infinitamente distante fisicamente torna se infinitamente pr ximo virtualmente o medo da exposi
11. o Sa de inser o no mercado de trabalho e habita o O terceiro passo avan ar para pol ticas e programas transsetoriais os quais s o determinantes para o enfrentamento de alguns dos principais riscos destes jovens vulner veis O autor ainda sinaliza para altera es basilares nas orienta es das pol ticas p blicas de enfrentamento da vulnerabilidade social de jovens na Am rica Latina Segundo Vignoli as pol ticas p blicas para jovens deveriam estar orientadas para al m do j exposto a inser o e concentra o de a es por parte dos agentes relevantes de ambas as esferas p blica e privada modifica o do foco de a o dos organismos especializados dos setores de pol ticas p blicas no sentido de se transformarem em articuladores e promovedores de a es escapando das fun es de a o direta Cr assim esse autor que a mobiliza o da sociedade civil poder se efetivar tendo os governos locais as agencias e os rg os do setor de pol ticas da juventude como parceiros e n o como mantenedores paternalistas Do pr ximo cap tulo em diante nos debru aremos sobre a resposta encontrada pela pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Informatica CDI
12. o do modo de subst ncia e das institui es pol ticas de um Povo Nilota S o Paulo Perspectiva 1978 FEENBEG Critical Theory of Technology New York Oxford University Press 1991 FERNANDES Florestan Organiza o social dos Tupinamb 2ed Difus o europ ia do livro 1963 FREIRE Paulo Concientizacion Buenos Aires Ediciones Busqueda 1974 Educa o e mudan a 29 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 2006 Pedagogia do oprimido 17 ed Rio de Janeiro Paz e Terra 1987 Pedagogia da autonomia saberes necess rios pr tica educativa S o Paulo Paz e Terra 1996 GEE James Paul What Video Games Have to Teach Us About Learning and Literacy New York Palgrave MacMilian 2003 GEERTZ Clifford A interpreta o das culturas Rio de Janeiro Guanabara 1989 GELLNER Ernest Reason and culture Oxford Blackwell 1992 Naciones y nacionalismo Versi n espa ola de Javier Set Alianza Editorial Madrid Buenos Aires 1991 Nacionalismo e Democracia Bras lia Editora Universidade de Bras lia 1981 Cadernos UNB Thought and Change London Weidenfeld and Nicolson 1964 GIDDENS Anthony Em defesa da sociologia Ensaios interpreta es e tr plicas S o Paulo Editora UNESP 200 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if
13. um a entidade super carente associa o super carente Na maioria das vezes n o generalizando e a a gente precisa muitas vezes na entidade de se trabalhar com volunt rios que n o querem ter mais compromisso At porque uma quest o de sobreviv ncia mesmo n E a a gente encontra essas dificuldades A pega o educador que n o tem uma forma o legal e n o tem essa facilidade de captar essa proposta O educador ele precisa ele precisa se interessar ele precisa precisa estudar ele precisa pesquisar ele precisa ter criatividade pra desenvolver essa proposta dentro da inform tica n E a quando quando isso n o acontece a gente tem todo o trabalho de forma o a gente busca formar dentro das necessidades dele Mas a quest o pr tica que s vezes torna dif cil mas a gente t buscando a gente ta a gente t fortalecendo Esse ano principalmente desde 2006 a gente vem fortalecendo muito no alinhamento dessa proposta ENTREVISTA ANA PAULA Mesmo com o compromisso dos educadores e de figuras da estrutura administrativa da institui o tamb m evidenciado na an lise de seus discursos existem disposi es de a o estruturadas e estruturantes BOURDIEU 1983 capazes de obstaculizar o trabalho efetivo de desenvolvimento cidad o daquelas popula es vulner veis digital e socialmente Assim como pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in s
14. uma fruta dif cil de ser encontrada Ai outros disseram que foi por causa da fam lia que tinha por sobrenome mangaba que veio foram os primeiros a se instalar na comunidade n Mas essa segunda vers o foi digamos assim a menos ouvida a gente ouviu duas pessoas somente mas essa quest o no caso da rvore assim a gente ouviu praticamente 90 da popula o os mais velhos A com as informa es em m os n s pensamos como a gente poderia passar isso para a comunidade De que maneira Surgiu a id ia de utilizar o cordel n Literatura de cordel olha s que bonito Uma ex aluna minha do tempo do Celita ela escritora gosta de poesia e fez v rios cursos escreveu cord is a eu pensei vou convidar a Patr cia pra d uma oficina de cordel Ela foi durante tr s semanas ensinou a metrifica o ensinou toda regra toda quest o da Ah pratica enfim n Eu dei a teoria depois com eles ela fez a pratica Neste relato poss vel identificar outro vi s da chamada cidadania pretendida pelos educadores das EICs isto a mem ria social das comunidades o resgate hist rico de suas origens e o trabalho com a arte como desenvolvimento de potencialidades latentes no grupo dos educandos todos estes elementos circunscritos recorrente tem tica central da qualifica o Rapaz a cidadania uma das parte que eu acho mais importante Eu sei que eu n o estou t o apto a repassar cidadania mas eu passo eu tento pass
15. A eu conheci essa ONG por alguns primos no caso uma prima minha que trabalhava l a me informou desses cursos eu fui fiz curso n o somente de Entrei l fazendo curso de oficina de oficina de leitura que eu frequentava muito a biblioteca sou um leitor ass duo gosto muito de ler frequentava a biblioteca e depois surgiu a oportunidade e fui logo que o CDI implantou a parceria com o Centro Cultural Celita Eu fiz fui praticamente das primeiras turmas parte da 1 turma junto com o CDI e Eu passei a me envolver de uma tal forma nessa ONG que de aluno eu tornei me volunt rio eu conclui o curso e tornei me volunt rio n o somente na rea da inform tica mas tamb m na rea de Trabalho com crian a trabalho com adolescente dando tamb m oficina de leitura como tamb m j n o era mero frequentador da biblioteca j era o atendente da biblioteca A a D Maria Nobre Dra Maria Nobre uma pessoa que professora da UFC mestrado doutorado PhD l da UFC ela sempre incentivava a gente t procurando crescimento crescimento pessoal e nos incentivou a fazer uma faculdade inclusive no espa o de volunt rio Ela foi uma porta aberta n A a partir de ent o quando eu passei a ser o educador e o coordenador geral do curso l do CDI l no Centro Cultural Celita Eu sa n Sa porque j tava com quatro anos Passei quatro anos l dentro e sa O m todo Paulo Freire n Que eu aprendi com Dra
16. Basicamente o trabalho administrativo do CDI Cear n o est ligado diretamente gest o das EICs que em si gozam de relativa autonomia Com efeito acentua Ana Paula N s como uma ONG n Terceiro setor que a gente sobrevive de doa es Capta o de recursos aqui no Cear muito escasso A gente sente muita dificuldade n Assim essa essa responsabilidade social aqui no Cear ainda ainda t assim bem aqu m n Quest o de doa o de equipamento tamb m A gente tem muita dificuldade na arrecada o Quando a gente recebe doa o s o m quinas bem sucateadas na maioria das vezes a gente n o consegue reaproveitar E agora a gente t com a problem tica a desse lixo tecnol gico o que fazer com tanto lixo n A gente v a o preju zo que t causando ao meio ambiente de produtos t xicos dentro deles dos componentes E a sim os nossos recursos t o vindo de fora t o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now nivel nacional n Que distribui com as regionais ta As doa es v m da matriz S o Paulo Uma campanha que eles fazem de arrecada o de equipamentos que eles fazem todos os anos Uma campanha grande da megajuda assim o trabalho
17. Como as ci ncias sociais podem lan ar luz sobre a problem tica da infoinclus o Um fio condutor destas reflex es deve ser explorar as conex es 8 Al m dos conceitos de compress o espa o tempo surgem outros novos para tentar abarcar a modernidade virtual Notadamente encontramos em Andrade 1997 111 124 uma das primeiras e melhores express es do que se vem convencionando chamar Cibertempo ou seja um conceito atrelado id ia do ciberespa o o qual enseja um o conjunto de diferentes temporalidades subjacentes s atividades humanas empreendidas nas redes de informa o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now que a educa o tem com o processo de constru o nacional moderna Neste sentido pode se afirmar que a educa o um fator fundamental para a compreens o desta nova sociedade que se estrutura dentro de uma padroniza o necess ria e requerida pelo novo status quo da modernidade industrial Se a idade atual marcada pela racionalidade industrial nacionalista ou mesmo p s industrial suas bases est o asseguradas por uma m tua adequa o de fatores que parecem realizar entre si uma afinidade eletiva Segundo Gellner op cit para que tenham
18. Este mesmo mundo por m nunca esteve t o fragmentado pelas etnias fundamentalismos etnocentrismos e pelos variados usos que se fazem de uma mesma cultura como relata Geertz 2001 191 229 Claro est que mesmo que as socia es virtuais e os servi os online estejam integrados intimamente neste processo global e fundamentando muitas de suas a es nada impede seu uso de maneira abusiva e conflituosa Os criminosos encontraram no terreno virtual o espa o perfeito para sua a es pornografia virtual pedofilia crimes financeiros de toda esp cie pirataria atividades de hackers crakers proliferam quase totalmente livres uma vez que a legisla o sobre crimes desta natureza por exemplo t bia e ainda avan a com indol ncia Parece certo crer que a socia o virtual por meio da internet mant m uma identidade coletiva caracter stica de grandes grupos humanos como anota Simmel em 1969 118 44 e os padr es no agir vigoram sempre que dois ou mais indiv duos interagem seja face a face ou virtualmente Do grego nenhum lugar Os crimes pela internet est o entre os mais rent veis e seguros do mundo Especula se que cerca de 200 bilh es de d lares circulem anualmente por meio de neg cios esp rios baseados nas socia es virtuais 56 The isolated individual and the dyad in Wolff Kurt The sociology of George Simmel 4a printing The free pdfMachine Is a pdf writer that produces quality P
19. Maria Nobre que doutora em educa o e tamb m o CDI j traz essa proposta a refor ou bastante isso certo E hoje faz fez um ano agora em Mar o que eu t l na Mangabeira tamb m com projeto e tem sido um projeto bastante reconhecido sabe Porque as pessoas da comunidade reconhecem Porque o principal objetivo esse as pessoas verem a EIC n o somente como local de curso mas um local de discuss o um local de transforma o e mudan a Pegar pessoas da pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now comunidade formar ehhh cidad os formar protagonistas EDUCADOR FCO SILVA Em que consiste por m o m todo Paulo Freire e como este pode ser utilizado por Escolas de Inform tica Como expusemos na parte 3 3 do terceiro cap tulo o projeto politicopedag gico PPP do CDI engloba objetivos ligados ao oferecimento de capacita o para o uso das tecnologias de informa o e comunica o com apropria o social pelas comunidades desenvolvimento de um processo de conscientiza o dos indiv duos e sua reflex o sobre a sociedade em que vivem favorecimento da cria o de um espa o f sico para discuss o participa o e a o comunit ria e a contrib
20. Portanto de todas as dificuldades de instala o e manuten o de uma EIC das f sico estruturais s de relacionamento com a institui o receptora as mais complexas e que demandam maior tempo de dedica o dos gestores justamente a capacita o de pessoas O acompanhamento mais dif cil o das pessoas e de sua adequa o proposta revolucion ria complexa e dif cil do pedagogo brasileiro Paulo Freire Com efeito o processo avaliativo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now com suas ferramentas e eixos citados ajuda a criar crit rios de prote o para que o trabalho das unidades n o se desvie do ideal proposto e por isso exprime Ana Paula A gente n o vai mais implantar escolas enquanto Como a gente cresceu desordenadamente e a gente n o se preocupou na qualidade desse alinhamento dessas parcerias E desde 2006 a gente vem intensificando nesse acompanhamento nesse fortalecimento e no alinhamento da proposta discutindo as parcerias formando novos crit rios de acompanhamento e a gente tem percebido uma uma avan ada bem significante Hoje a gente tem v rios projetos a gente v bem aut nomas Elas est o bem maduras com o trabalho dessa proposta Mas as
21. ainda sem tipifica o em nosso ordenamento jur dico se referem a o a qual lesa o direito a bens ou dados de inform tica Cf Colares 2002 45 Art 20 da Lei 7 716 89 www orkut com 4 Cf DADALTI Adolpho Atribui es da Delegacia de Repress o aos Crimes de Inform tica in lt http policiacivil rj gov br artigos ARTIGOS drci htm gt Site da Pol cia Civil do Estado do Rio de Janeiro Acesso em agosto de 2007 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Orkut O maior desses espa os o MySpace com 70 milh es de pessoas cadastradas no mundo certo que se a sociedade civil de maneira geral j est envolvida com o mundo digital seguem se a ela inequivocamente as condutas desviantes e os crimes virtuais Se as socia es criminosas j entraram na era da informa o por que n o o fazem as institui es juridicas Somos levados a pensar uma vez que as condutas desviantes s o as mesmas neste mundo ou no virtual e o que difere nos dois casos apenas o modus operandi criminal o que impediria uma regula o mais precisa do Direito apenas a barreira t cnica a ser transposta Ou ser necess rio que nossa classe jur dica tenha que se desfa
22. base financeira capaz de sustentar os in meros custos daquilo que envolve os computadores como programas perif ricos e m dias assim como lidar com a conhecida obsolesc ncia programada de todos os recursos inform ticos aquilo que faz com que aquela tecnologia que nova permane a inovadora por muito pouco tempo poss vel compreender melhor este conceito na leitura da tabela 4 2 Al m disso poder amos ampliar a an lise para o que significa incluir digitalmente levando em conta os saberes e conhecimentos digitais Neste sentido a inclus o digital como conceito mais amplo se desdobrar em a uso da m quina opera es b sicas e habitua o com a linguagem pr pria do computador b cognitiva resolu o de uma situa o concreta pela inser o desta dentro do computador no processo de digitaliza o e c transfer ncia de saber o saber aprendido em um contexto pode ser utilizado em outro contexto fora do inicial aprendido Neste ponto a inclus o digital se torna mais efetiva e plena pois no momento em que o indiv duo trafega livremente entre os mundos real e virtual que ele pode se tornar aut nomo e propriamente inclu do Ent o perguntamos o que devemos buscar em termos de inclus o digital Para Lemos Busca se evitar o mero determinismo tecnol gico que est em marcha nos trabalhos de urbanistas arquitetos e pol ticos da comunica o O modelo visa colocar em sinergia capitais evitando pensar que a mera
23. cnico de resultados ainda imprevistos De fato as revolu es no campo da inform tica parecem sinalizar para dois caminhos diversos um relacionado ao enorme n mero de possibilidades avan os e novas formas de socializa es pol ticas comerciais ou de lazer isto uma oportunidade singular para o avan o da democracia e para uma mobiliza o da sociedade civil absolutamente sem precedentes A segunda face mais cruel s o os tamb m inumer veis problemas criados pelo mesmo movimento de desenvolvimento sem limites das tecnologias inform ticas S o crimes virtuais de toda classe racismo intoler ncia tnica e outros movimentos desenhados pela pr pria sociedade civil em sua face negativa al m de um brutal processo de exclus o digital e analfabetismo digital que se processa em concomit ncia aos fen menos sociais j citados O fator principal como conciliar os avan os das TICs com formas eficientes de sociabilidade e educa o Os desafios s o in meros Como ser o comportamento do Estado ante esta emancipa o das camadas da sociedade civil para o bem ou para o mal Seria a educa o a distancia a internet e os grupos de estudo virtuais o pr ximo passo da exossocializa o t o necess ria sociedade industrial de que nos fala Gellner Ademais seria verossimil pensar em um profundo redesenho de tudo o que se entende hoje por educa o participa o pol tica e cidadania Quanto tempo levar este proce
24. cnico operacionais elementares minima qualifica o referentes manipula o e manuten o de computadores com o sistema operacional mais conhecido do mercado Al m disso deve se incluir no conceito de democratiza o da inform tica a facilita o do acesso dos recursos ligados ao mundo dos computadores levando se em considera o todos os grupos ou minorias tnicas econ micas culturais como ind genas e quilombolas pessoas com algum grau de defici ncia f sica mental etc Falamos de grupos de cegos portadores de s ndrome de Down cadeirantes e todos aqueles que de uma forma leve ou moderada podem ser classificados como PNE pessoas com necessidades especiais assim como pessoas em situa o de vulnerabilidade social idosos portadores de doen as infecto contagiosas graves como aid ticos SCHLUZEN 2005 195 Assim ao se falar de democratiza o digital devemos considerar teoricamente uma institui o que estivesse preparada para lidar com toda esta variedade de grupos e tend ncias e faz lo com a adequa o tem tica pedag gica estrutural e arquitet nica Al m disto devemos deixar claro que uma coisa democratiza o da inform tica no sentido de que o CDI e suas EICs incorporam para dar vida s suas a es sociais Outra bem diferente tudo aquilo que se relaciona com o conceito que L vy chama de democracia eletr nica a qual n o se trata de fazer votar instantaneamente um
25. ele criou um BBS bulletin board system um sistema inform tico que permite uma conex o e N o confundir com o que seria chamado anos depois de Game based learning aprendizado baseado em jogos eletr nicos depois chamado de digital came based learning o qual tem como expoentes Mark pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now A intera o via telefone a um sistema via computador semelhante internet chamado jovemlink A id ia inicial entretanto de que este BBS fosse um um espa o onde se discute cidadania e que permitisse intera o de jovens de classes sociais diferentes abastadas e n o abastadas n o vingou Percebeu se que somente os jovens mais favorecidos estavam desfrutanto do servi o O futuro criador do CDI ent o se viu incumbido de iniciar uma a o para aproximar os exclu dos do mundo da inform tica tarefa que se iniciou em 1994 com o lan amento de uma campanha no jovemlink chamada Inform tica para todos centrada na doa o de computadores e a reboque das fortes iniciativas cidad s do per odo como a A o da Cidadania e as campanhas contra a fome e pela vida Segundo Baggio Particularmente era muito claro que se a gente n o levasse
26. gica que engloba os usos e pr ticas resignificadas da linguagem e a reinven o dos espa os tanto no que toca espacialidade do espa o antropol gico de Merleau Ponty quanto nova espacialidade do lugar nenhum ou topos que a rede WWW Atentamos agora para a peculiaridade de uma did tica adequada aos jovens em situa o de risco a crian a escolarizada aprende paralelamente a ler desvendando o sentido dos textos e hipertextos assim como decodificando os signos e s mbolos que s o as letras Para Certeau somente uma mem ria cultural adquirida de ouvido por tradi o oral permite e enriquece aos poucos as estrat gias de interroga o sem ntica cujas expectativas a decifra o de um escrito afina precisa ou corrige Esta a alternativa para a senten a do mesmo autor s massas s restaria a liberdade de pastar a ra o de simulacros que o sistema distribui a cada um CERTEAU 1994 63 Percebemos este espa o antropol gico sua experi ncia elabora o e inven o desde que nos inserimos na sala de aula da EIC Luciano Cavalcante pela primeira vez em agosto de 2006 Para os casos estritos das iniciativas governamentais sobre os desvalidos digitais ou analfabytes percebe se um problema referente ao choque do formalismo salvacionista de propagandas inclusivas desta natureza Tais iniciativas com as pr ticas reinventadoras de sentidos das redes de fazer populares isto a
27. gozavam de certa autonomia ante ao projeto geral da ONG geral o que se verificou muito significativo para nosso estudo 4 2 A o geral do CDI e das EICs O r pido crescimento do Comit para a Democratiza o da Inform tica tem rela o com a trajet ria pessoal de seu idealizador Rodrigo Baggio e este exprimiu seu caminho com muito empreendedorismo assun o de riscos e uma boa dose de idealismo e sonho Mesmo que a car ncia social proporcionada pelo digital divide o qual j se avolumava em meados de 1995 quando foi fundada a ONG se mostrasse uma realidade no Brasil o est mulo que direcionou e determinou a forma o do CDI parece ter sido muito mais personalista do que fruto de um frio c lculo de demanda social reprimida O CDI nasceu muito mais de uma vis o do que da demanda manifestada pela sociedade Ele obedeceu muito mais s leis da F sica de a o e rea o do que a um trabalho de planejamento estrat gico Foi uma coisa intuitiva Fomos abrindo caminho na floresta Op cit 34 O crescimento assombroso da rede CDI pode ser acompanhado no gr fico a seguir pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now orientada por intui o e boa vontade Os n meros do CDI
28. na esteira destas mazelas sociais citadas at ent o Da comunh o de esfor os entre setores da sociedade e do poder p blico institu do emergem possibilidades de enfrentamento problem tica da exclus o digital no Brasil e no mundo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 4 OS JARDINEIROS ESPINHOS DIGITAIS E SUA PODA 4 1 Breve hist rico do CDI na constitui o da cidadania digital O CDI como agente social de enfrentamento da exclus o digital encontrou espa o de atua o no Brasil em 1995 quando seu idealizador o empres rio carioca Rodrigo Baggio associado Ashoka fundou a primeira Escola de Inform tica e Cidadania no morro do Macaco periferia do Rio de janeiro A Ashoka uma organiza o mundial sem fins lucrativos criada em 1983 e no Brasil deste 1986 pelo ianque Bill Drayton Esta institui o desenvolve um trabalho de apoio aos chamados empreendedores sociais visando transforma es com impacto social A Ashoka teve seu primeiro foco de atua o na ndia de onde veio a ideia de seu nome que em s nscrito significa aus ncia de sofrimento e foi pioneira na cria o do conceito de empreendedorismo social como campo de trabalho Somente
29. o da alma mas um medo carregado de dualidade pela necessidade de expor se para diferenciar se da massa das rela es diretas leva ao segredo para que com suas m scaras sociais se possa proteger o indiv duo a sua identidade sua posi o de status etc mas no mundo virtual surge uma identidade paralela que aproxima e re aproxima vide Orkut pessoas dentro de uma nova forma de socia o desvinculadas das identidades e posi es de status ordin rias O computador pessoal PC individualizante desde sua denomina o e est sendo utilizado cada vez mais como apoiador de rela es humanas O contato f sico o face a face as express es propriamente humanas est o agora separadas e transfiguradas pela m quina O PC se estabelece at como mediador entre o homem e sua pr pria linguagem vide modelos mais recentes do Windows XP e cria um mundo que atinge o real e parece ser refrat rio a este Semelhante ao dinheiro a inform tica como fen meno sociocultural parece guardar aos usu rios certa impessoalidade A m quina deixa de ser um meio e passa a ser um fim separando e unindo pessoas separa as ligando as exigindo que estas se adaptem a ele e n o o contr rio H a emerg ncia de uma rela o despessoalizada despersonificada mas egolatrizada no sentido de possibilitar e justificar os excessos e v cios hedon sticos desaprovados pela moral estabelecida do mundo real mas tamb m
30. o de sil cio Abrimos espa o para uma r pida digress o o segredo como uma forma de socia o mescla se com a socia o virtual Nesta fala se o que se quer a verdade inclusive o mais o subjetivo espont neo e confidencial sem no entanto contar necessariamente com una selecci n de aquel todo an mico real e sem por isso mesmo sofrer o perigo de parar no manic mio A l gica do virtual a l gica do real s avessas Nela s o permitidos os maiores devaneios com os menores custos para a imagem da pessoa social real diante dos demais um pouco do carnaval de Da Matta mas com maior perenidade e menos extravag ncia H entretanto uma atitude voyeur nos internautas A pr pria estrutura do hipertexto a din mica dos pop ups programas de amizade como o Orkut e os blogs onde as pessoas se mostram a quem queiram atrav s de fotos e relatos sobre a personalidade uma reafirma o desta atitude por onde se d seu feedback Hewitt 2007 118 comenta como os meios tradicionais de informa o jornal sticas s o suplantados pela inova o dos blogueiros espa os virtuais que reverberam as a es das vidas individuais em dimens es inauditas e imprevis veis De fato uns querem se expressar e outros est o prontos para 5 Certeau op cit 88 No sentido de espa o como um lugar praticado o efeito produzido pelas opera es que o orientam circunstanciam o tem
31. o envolvidos nessa democratiza o pois fazem parte eles s o o p blico desse projeto E eles adoram porque tudo hoje envolve a inform tica tanto o lazer como o trabalho e bom porque diante disso dessa oportunidade que eles t m vemos o esfor o e a dedica o Sim n s conseguimos perceber um certo amadurecimento a medida que vamos desenvolvendo o projeto e principalmente nos trabalhos e discuss es levantadas sobre atualiza o e aspectos da nossa sociedade ENTREVISTA BRENO Como por m os educandos se percebem ao sair do curso de inform tica fornecido pela EIC Quais seriam as modifica es na conduta e na no o que eles tinham sobre a inform tica e as tem ticas expressas nas aulas durante os tr s meses do m dulo Quais as modifica es efetivas de conduta As mudan as Voc tem a necessidade de conversar com algu m S que pelo computador pelo MSN entendeu a trabalho ou a namoro ou queira saber dos amigos Tamb m o qu Conhecimento em si o que voc vai utilizar Pra qu Voc entra num num numa sala de inform tica tem um objetivo Ah eu vou estudar pra isso Ah eu vou estudar n entendeu O meu objetivo foi o qu Conhecer somar aprender talvez num tinha na minha na minha concep o que eu ia ser professor mas passar pras pessoas e Aprimorar pra qu Pra pro trabalho pra rea de emprego Por que na minha casa necessita muito disso Ent o desde o inicio qu
32. pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now que estes jovens em condi o de vulnerabilidade social mantinham e mant m E em meio a um emaranhado de jogos l dicos e despretensiosos que estes jovens me revelaram as reais possibilidades para eles pr prios das promessas desta nova era digital pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 3 DA JUVENTUDE EIC e SOCIABILIDADE VIRTUAL 3 1 Processos de infoexclus o e urg ncia da inclus o digital O grande alcance da inform tica na vida urbana se torna cada vez mais not vel O fen meno da globaliza o proporciona o incremento das interconex es de v rias classes dentre elas as mediadas pela experi ncia inform tica Este fato pode representar uma intensifica o das rela es sociais em escala mundial que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais s o modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de dist ncia e vice versa Este um processo dial ti
33. pois E bem mais f cil porque eles querem ser ajudados s vezes falta s a oportunidade s o pessoas que querem realmente alguma cosa na vida Se voc sentar e conversar com eles que algumas pessoas rotulam que v em jovens de brinco bon com a roupa frouxa marginal sabe s vezes nem a pessoa t ali por causa da moda n Usa aquilo por causa da moda s vezes fuma por que v o pai e m e fumar s vezes bebe por que n o viu diferen a dentro de casa o pai viciado a m e tamb m ele vai crescer achando aquilo natural Mas se voc for conversar com ele voc vai ver que eles s o pessoas que tem um desejo na vida Nessas conversas que a gente tem em grupo s vezes algum jovem que mora nessas reas de risco eles dizem mesmo olha uma coisa que eu acho dif cil eu conseguir um emprego A por que dif cil arrumar um emprego Por que primeiramente eu n o tenho nenhum curso nunca tive experi ncia e depois as pessoas olham pra mim e j acham que eu sou marginal A a gente v o qu Pela forma que ele vai procurar emprego da mesma forma que ele t dentro da comunidade brinco bon etc A tamb m essa quest o de trabalhar a apar ncia n A gente trabalha muito com essa quest o mas tamb m se a gente pegar algu m que t l fora s vezes no hor rio de curso eu passo dou uma olhada ali fora e tem uns jovens ali tal a eu vou l digo assim Oi prazer tudo bem T tendo curso de inform
34. poles Apesar das in meras possibilidades e potencialidades presentes nas socia es virtuais Johnson se v decepcionado com o n vel das conversas digitais tomadas como um interc mbio representativo Para o autor softwares como o The Space s o orbes flutuantes cuja intera o rica ao primeiro olhar vibrantes como aquelas que estranhos desfrutavam nas ruas das cidades mundo antigas Weltstadt Seria este o mesmo efeito das comunidades virtuais avenidas virtuais do ciberespa o Neste sentido a criatividade do homem em socia o virtual em uma realidade cultural ou mesmo cibercultural subsume se ades o inconteste dos consumos tentadores da vida moderna Para Simmel a cultura que se define como um processo entre a vida interior do indiv duo e as cria es objetivas do esp rito est em crise na modernidade A crise se estabelece justamente porque h cada vez menos sintonia entre finalidades e meios por onde este processo acontece A l stima que o homem moderno mesmo n o sendo capaz de assimilar os conte dos de seu tempo interiormente se v incapaz de descart los uma vez que estes fazem parte da sua vida cotidiana e potencialmente esfera de seu desenvolvimento pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows appli
35. rica de estudo uma das EIC Escola de Inform tica e Cidadania mais antigas no Estado do Cear chamada EIC ACF Associa o Crist Feminina institui o parceira localizada no Bairro Luciano Cavalcante a qual atende pessoas deste e de outros bairros vizinhos Para que possamos compreender o objeto emp rico j citado sentimos urg ncia em compreender a a o volunt ria centralizada no uso de computadores como gancho b sico para uma aproxima o das camadas populares aqui j descritas atentando para os coment rios cr ticos dos pr prios jovens sobre o estudo em curso relativizando vis es compreendendo o estabelecimento de identidades e como a perten a a v rios grupos redes c rculos sociais etc proporciona uma multidimensionalidade do mundo real SCHUTZ in VELHO 2003 Nosso objetivo geral foi analisar a inclus o digital propiciada pela EIC ACF como meio de fortalecimento da a o cidad entre jovens em condi o de vulnerabilidade social e entre educadores vinculados ONG Os objetivos espec ficos foram compreender as implica es pol ticas da Tecnologia Inform tica na forma o da cidadania de jovens em situa o de vulnerabilidade discutir as no es de modernidade inclus o digital e as perspectivas para a forma o de uma cidadania digital estudar uma suposta altera o de comportamento vinculado participa o pol tico cidad dos agentes sociais estudados e analisar a consci ncia
36. um trabalho rduo n Como a EIC precisa se auto sustentar ent o assim a entidade parceira precisa dar subs dios para o educador exer a as atividades pertinentes ao curso de inform tica Boneco de fantoche tem custo n Em termos materiais E isso faz parte da gest o da pr pria entidade O CDI n o injeta recursos dentro da entidade O trabalho da gente de capacitar de orientar de acompanhar durante todo o ano o processo dentro da metodologia A gente n o injeta dinheiro a gente n o subsidia nenhuma EIC pra executar nenhum projeto nenhuma a o ENTREVISTA ANA PAULA Qui esta aus ncia de v nculo financeiro fortale a a gest o independente das unidades e inibam iniciativas de inger ncia por parte da administra o geral do CDI Assim este trabalho de orientar e capacitar associado com momentos c clicos de avalia o ocorrentes por meio de relat rios feitos pelos educadores sobre os resultados das turmas Charles integrante no n cleo administrativo regional do CDI explica melhor como acontece a avalia o destas EICs monitoradas pelas tr s ferramentas espec ficas do CDI central al m do encontro estadual anual n s temos tr s ferramentas que o relat rio que de quatro em quatro meses E uma fichinha que a gente faz nas visitas que um instrumento de acompanhamento A gente v em que n vel est a EIC atrav s dos indicadores de acompanhamento A gente v em que n vel est se el
37. vel precisa ter um custo vi vel para os usu rios finais levando em conta as disparidades de renda existindo a baixo custo precisa ser irrestrito igualdade de oportunidade ainda mais tem que ser til comunidade para justifica lo como prioridade de gasto social precisa ainda ser sustent vel em longo prazo e finalmente pode tamb m ser usado para o lazer j que o direito ao lazer um componente fundamental do desenvolvimento humano 2000 11 Tome se aqui em conta um fator relevante quanto a esta classifica o as ONGs e entidades do terceiro setor em geral existem dispostas em in meros tipos Aqui est o todas as classes de funda es institutos Oscips organiza es da sociedade civil de interesse p blico institui es filantr picas Desta forma tomamos de forma pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now A inclus o s ser universal se os esfor os tamb m o forem Isto em absoluto significa dizer que devam ser estrat gias de uma mesma orienta o filos fico metodol gica mas que possam dentro da sua abordagem diversa do tema pensar o problema da inclus o digital de maneira sist mica integrada e com sinergia tanto como emergente e necess ria do pon
38. 1982 Refletindo sobre a atualidade podemos perceber que a import ncia dada ger ncia da informa o vem se intensificando por meio dos processos das tecnologias inform ticas e digitais mas justamente neste ponto onde se encontra o calcanhar de aquiles desta modernidade Se a sociedade industrial necessita incessantemente se expandir e inovar sendo esta sua iman ncia b sica e se esta inova o pressup e uma alfabetiza o geral da popula o mais uma pedra se p e no caminho do industrialismo a emerg ncia da infoexclus o e as forma es de legi es dos chamados analfabytes Se o analfabetismo embargou em parte o processo inicial de industrializa o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now parece ser an loga ou mesmo ainda mais grave a forma o de pessoas desprovidas de conhecimentos b sicos de inform tica para esta mesma sociedade que se alimenta de sua pr pria inova o Por isso exprime Castells 2003 08 de fato ser exclu do dessas redes sofrer uma das formas mais danosas de exclus o em nossa economia e nossa cultura por meio destas redes de informa o propiciadas pelas tecnologias inform ticas que emerge um novo padr o s ciot
39. 522728 18 569 30 Fonte CPS FGV a partir dos dados do Censo 2000 IBGE Os valores referentes a essas vari veis s o m dias A vari vel educa o refere se aos anos m dios de estudo jornada refere se jornada de trabalho semanal e a renda do trabalho principal referente popula o ocupada Popula o em idade ativa PIA refere se s pessoas entre 15 e 65 anos NA este respeito podemos levar em considera o evolu o da entrega de declara es de imposto de renda efetuadas pela Internet as quais tiveram um avan o substancial segundo a Receita Federal o n mero de declara es feitas via web que em 1997 n o chegava a 6 0 e em 1999 j representava 62 0 do total entre pessoas f sicas e jur dicas Resultado obtido pela propor o moradores com acesso a computador total de moradores com dados do Censo IBGE 2000 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Neste mapa se observa que a escolaridade m dia dos inclu dos digitais de 8 72 anos completos de estudo praticamente o dobro daquela observada entre os exclu dos digitais Este dado torna claro outro ponto importante Existem no m nimo quatro graves problemas sociais em curso e que demand
40. Fal cias e mitos do desenvolvimento social S o Paulo Cortez Bras lia DF UNESCO 2001 KUMAR Krishan Da sociedade p s industrial p s moderna novas teorias sobre o mundo contempor neo Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 1997 LAPLANTINE Fran ois A descri o etnogr fica S o Paulo Terceira Margem 2004 Aprender antropologia S o Paulo Brasiliense 2000 LESBAUPIN Ivo Poder local x exclus o social A experi ncia das prefeituras democr ticas no Brasil Petr polis Vozes 2000 LEVI G SCHMITT J orgs Introdu o Hist ria dos jovens S o Paulo Companhia das letras 1996 vol 1 LEVI STRAUSS Claude Antropologia estrutural Rio Janeiro Tempo Brasileiro 1967 LEVY Pierre O que o virtual S o Paulo Editora 34 1996 A intelig ncia coletiva por uma antropologia do ciberespa o S o Paulo Edi es Loyola 1998 A reencarna o do saber o ciberespa o n o um mundo frio mas o lugar de uma fervilhante popula o Folha de S o Paulo 22 fev 1998b Caderno 5 p Cibercultura 2 edi o 6 reimpress o 2007 S o Paulo Editora 34 2000 Conex o Planet ria O mercado o ciberespa o e a consci ncia S o Paulo editora 34 2003 LEMOS Andr COSTA Leonardo Um modelo de inclus o digital o caso da cidade de Salvador n Eptic Online Vol VII n VI Sep a Dic 2005 Cibercidade Um modelo de intelig ncia coletiva In LEMOS Andr org Ciberc
41. Idade 2 10 Pessoas com necessidades especiais 0 Detentos 0 97 Fonte CDI CE 2008 A principal atividade do CDI Cear a implanta o de EICs em comunidades de baixa renda e risco social oferecendo gratuitamente s comunidades assessoria t cnica capacita o de instrutores e aux lio no desenvolvimento de metodologia e curr culos espec ficos para diferentes grupos sociais Para isso O CDI Cear recebe doa es de hardware e software diversos em m dia cinco computadores e uma impressora e os cede em regime de comodato para as EICs e uma vez criada a EIC o CDI Cear respons vel por acompanhar seu desenvolvimento pedag gico e organizacional Os membros de comunidades pobres crian as em situa o de rua jovens com necessidades especiais deficientes f sicos e auditivos pessoas portadoras do v rus HIV e minorias sociais como pessoas da terceira idade homossexuais em situa o de risco social e prostitutas constituem o foco de a o da ONG no Estado e engrossam as fileiras do que se pode chamar de popula o exclu da digitalmente pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 4 existem 36 Escolas de Inform tica Segundo dados do pr prio site da O
42. Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now de Montaigne para quem a batalha da certeza e da incerteza do conhecimento decidida pelo pr prio sujeito fundando um conhecimento no limiar da subjetividade Mesmo flertando com a subjetividade e talvez mesmo por causa dela Montaigne n o escapa de ser uma das mentes mais l cidas de seu tempo sendo um dos primeiros a relativizar a vis o sobre os ndios tupinamb do Novo Continente rec m descoberto e seus h bitos b rbaros ante o etnocentrismo europeu incapaz poca de reconhecer suas irracionalidades Para De Masi 2000 Bacon a s ntese de toda a sociedade industrial depois de Bacon depois de Descartes se inicia a grande epopeia da ind stria a qual encontra seu ponto central no Iluminismo Temos ent o nesta perspectiva que a racionalidade a bandeira de fundo pol tico ideol gica da era moderna e sob esta jazem os despojos de uma era m stica encantada governada pela supersti o e pelas tradi es religiosas e pol ticas Sua significa o ganha contornos variados no decorrer do processo hist rico Para Habermas Inicialmente a raz o fora concebida como auto conhecimento conciliador depois como apropria o
43. SANTOS 1998 mais prop cia quanto mais di logos vazios existem pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now O fato que o mundo da inform tica possui verdade al m de seu lado perigoso e desregulado sua face til e isso nos leva a outra quest o como incluir aqueles que por diversos motivos se encontram fora do grupo de acesso a estas tecnologias e as suas oportunidades Como faz lo de forma respons vel Da ineg vel urg ncia de propiciar acesso a estas tecnologias inform ticas por parte de grupos sociais vulner veis e minorit rios nascem in meras iniciativas tanto p blicas quanto privadas no sentido de equalizar um pouco mais oportunidades sociais Neste sentido que nos dedicamos aqui ao estudo de uma das institui es pioneiras no Brasil no que concerne disponibiliza o de acesso das novas tecnologias a popula es de baixa renda e outros grupos exclu dos O CDI Comit para a Democratiza o da Inform tica por ser uma iniciativa n o governamental ao menos na sua origem por ter um pronunciado desenvolvimento n o somente no Brasil e por propor uma abordagem diferenciada da inform tica chamou nos a aten o Escolhemos ent o como unidade emp
44. The Expanding Entertainment Universe 2 Light Emitting Diodes pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now O autor relaciona as resist ncias culturais mudan a das estruturas empresariais institui es de governo ou organiza es da sociedade civil como sindicatos entre outros Juntamente a isto exp e um conjunto do que chamou de fatores de in rcia ou seja elementos como interesses corporativos e lutas de poder e prest gio como elementos respons veis por parte do descompasso entre o desenvolvimento tecnol gico e o moralcultural justamente neste ponto em que a regula o jur dica se mostra mais inoperante dada a lentid o por exemplo das formas de regula o legal a incidir sobre os mais diversos tipos de fraudes e crimes virtuais relacionados a esta revolu o tecnol gica Um fato parece preciso vivemos uma poca de fragmenta o moral e parecem existir v nculos entre o avan o tecnol gico especificamente o que veio desde a sociedade industrial com este momento de indefini o e falta de paradigmas morais assim como sua regulamenta o e observ ncia jur dico institucional Como comenta Gellner em uma de suas obras h uma moralidade espec fica
45. Wah wah Fuzz e Overdrive assim como a guitarra el trica modelo Fender Stratocaster foram condicionantes de seu estilo pois todo artista esbarra nas possibilidades hist ricas fornecidas pelos instrumentos de que disp e para fazer sua arte 16 Obras como Concave and convex 1955 Relativity 1953 Belvedere 1958 Print Gallery 1956 e principalmente Waterfall 1961 nos levam a uma dimens o al m da percep o imediata e da tridimensionalidade Por esta distor o teradimensional um paradoxo visual causado pela ilus o de profundidade criada por Escher no tempo e no espa o este artista holand s poderia ser apontado como pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now antigas pinturas dos cones da igreja ortodoxa e medieval pr renascentista Na informatica como veremos mais adiante n o parece acontecer de modo diverso desde a Antiguidade dos antrop ides no per odo Cenoz ico especificamente desde o Plioceno Inferior entetanto que as revolu es tecnol gicas est o relacionadas a modifica es cabais no modus vivendi das sociedades pois se davam por necessidade de sobreviv ncia Sabe se que qualquer sociedade que deixasse de desenvolver suas formas de alime
46. apropria o coletiva dos espa os e das pr ticas institu das do que por zonas de controle e disciplinamento Neste sentido o CDI se configura como um espa o de educa o n o formal potencialmente portador dos elementos constitutivos deste tipo de educa o mas totalmente desvinculado no seu nascedouro da tradi o dos processos de organiza o popular e movimentos sociais deflagrados no Pa s a partir do ocaso da ditadura militar nos anos 80 Os anos 80 de nosso s culo trouxeram de volta os processos de mobiliza o e de organiza o da popula o e com eles a Educa o N o Formal voltou ao cen rio nacional com grande relev ncia Op cit 175 De fato o CDI expandiu suas EICs com muito sucesso desde sua cria o em 1995 e independentemente do Pa s estado ou munic pio com as mais diversas e adversas condi es clim ticas geogr ficas socioculturais e econ micas O apelo ou necessidade da inform tica e da inclus o se mostrava imperioso Em pouco tempo as EICs passaram a ser encontradas nas mais diversas paisagens sociais como beira de um rio no Estado do Par no sert o nordestino em favelas e periferias das grandes metr poles brasileiras nas comunas de Santiago do Chile ou em comunidades ind genas do M xico e do cora o do Acre Elas surgiam em parceria com os mais variados tipos de organiza o como associa es comunit rias movimentos de mulheres empresas privadas centros para depende
47. brilhar sobre o fundo tenebroso da ignor ncia OP CIT 65 66 Tamb m Castells 1999 reconhece que a presen a na rede ou a aus ncia dela e a din mica de cada rede em rela o s outras s o fontes cruciais de domina o e transforma o de nossa sociedade Ademais outros riscos se imp em sobre a forma de utiliza o da inform tica como recurso cidad o Para Bobbio 1989 a utiliza o do computador no aux lio da participa o democr tica pode terminar em uma banaliza o da participa o cidad assim como uma satura o ou embotamento do sentido da participa o pol tica A hip tese de uma futura computadorcracia como tem sido chamada permita o exerc cio da democracia direta isto d a cada cidad o a possibilidade de transmitir o pr prio voto a um c rebro eletr nico uma hip tese absolutamente pueril A julgar pelas leis promulgadas a cada ano na It lia o bom cidad o deveria ser convocado para exprimir seu voto ao menos uma vez por dia O excesso de participa o produto do fen meno que Dahrendorf chamou depreciativamente de cidad o total pode ter como efeito a saciedade de pol tica e o aumento da apatia eleitoral O pre o que se deve pagar pelo empenho de poucos frequentemente a indiferen a de muitos Nada amea a mais matar a democracia que o excesso de democracia BOBBIO 1989 26 Dahrendorf Ralf Il cittadino totale Centro di ricerca e di documentazione Luigi Einaudi Tor
48. capacidade de conjecturar de comparar na busca da perfiliza o do objeto achado de sua raz o de ser FREIRE 1996 87 88 Freire tece ainda coment rios sobre possibilidades de sair da dualidade entre a curiosidade espont nea e a epistemol gica O bom relacionamento pedag gico aquele que permite que o educando esteja sempre em elabora o do conhecimento em raz o de sua liberdade e de sua curiosidade sabendo que estas t m limites mas que devem ser exercitadas A curiosidade deve ser portanto arma tanto dos educandos quanto dos professores de EICs pois estes sem a curiosidade ficam impossibilitados de aprender e ensinar Em resumo os principais objetivos da proposta politicopedag gica do CDI CDI 2005b s o os seguintes a oferecer capacita o de qualidade para o uso das tecnologias de informa o e comunica o TICs permitindo sua apropria o social pelas comunidades b fomentar um processo de conscientiza o dos indiv duos e sua reflex o sobre a pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now c favorecer a cria o de um espa o f sico para discuss o participa o e a o comunit ria e d possibilitar a constru o de conhecimento til a fim de q
49. chamou de intelig ncia coletiva o que significa um avan o sem precedentes nos n veis de conhecimento e livre fluxo deste por toda a humanidade O que obstaculiza este avan o a tamb m conhecida exclus o digital fen meno que se difunde em variadas matizes percorrendo reas ligadas Economia Pedagogia Pol tica Urbanismo Cultura etc Segundo Costa 2006 pode se definir exclus o digital como a falta de capacidade t cnica social cultural intelectual e econ mica de acesso s novas tecnologias e aos desafios da sociedade da informa o Neste sentido o que se encontra em projetos de inclus o digital como o dos telecentros garagem digital e at mesmo o pr prio CDI n o podem ser enquadrados como tal se que verdadeiramente queremos usar a adi o inclus o digital com o rigor atribu do ao conhecimento t cnico cient fico da Academia Por CDI e EICs deve se entender exatamente o que seu nome sup e um centro que contribui para a democratiza o da inform tica compreendendo por democratiza o a facilidade de acesso aos recursos b sicos que est o no mundo da inform tica e aos saberes pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now x x t
50. cidadania moderna Como criar limites morais t cnicos e tamb m legais ao mundo fragmentado e descentralizado da internet o metaf rico espa o onde se projeta a sociedade f sica acompanhada de todas as suas virtudes e v cios mais terr veis Como combater ou mitigar os efeitos perniciosos da modernidade sobre a moral e os novos processos de socia o virtual A Sociedade da Informa o significa para o mundo ocidental o destino natural que se segue ao curso das a es racionais de uma origem bem antiga Deste as rupturas ideol gicas ocorridas no S culo das Luzes e posteriormente com as rupturas pol ticas e tecnol gicas das Revolu es Industrial e Francesa ocorre no mundo ocidental uma dire o inequ voca dos avan os do saber social sobre a t cnica E um fen meno global com elevado potencial transformador das atividades sociais e econ micas uma vez que a estrutura e a din mica dessas atividades inevitavelmente ser o em alguma medida afetadas pela infra estrutura de r informa es dispon vel E tamb m acentuada sua dimens o pol tico econ mica decorrente da contribui o da infra estrutura de informa es para que as regi es sejam mais ou menos atraentes em rela o aos neg cios e empreendimentos SOCIEDADE da Informa o no Brasil Livro verde 2000 5 Esta nova sociedade como novo padr o sociot cnico constitu da de uma acentuada dimens o politicoecon mica tamb m marcada por uma revolu o sem
51. com dez anos ou mais de idade no 66 O acesso Internet no Brasil ainda muito cara uma conex o discada local de 2mega por segundo 2MB custa no Brasil cerca de Re 00 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Ceara somente 851 567 pessoas acessaram pelo menos uma vez a Internet em algum local no Estado em 2005 De maneira diferente se apresentavam o r dio e a TV Em 2006 o r dio estava presente em 87 9 dos domic lios brasileiros e a televis o em 93 0 A posse desses bens mostrava menores diferen as entre as regi es entretanto a exist ncia de computador em 22 1 dos domic lios no Pa s assim como o acesso Internet em 16 9 indicava expressivas desigualdades regionais sendo que os percentuais alcan ados no Sudeste 29 2 e 23 1 respectivamente eram quase tr s vezes maiores do que os percentuais observados nas regi es Norte 9 8 e 6 0 e Nordeste 9 7 e 6 9 N o somente o computador no entanto enseja estas discrep ncias estat sticas Dados da Anatel e do IBGE revelam as excludentes disparidades no caso das telecomunica es em geral Por exemplo a curva de expans o da infraestrutura de telefonia celular no Brasil tornou se horizontal pouco depois
52. com suas no es de inform tica cidadania e tamb m o computador como ferramenta chave do processo e seu local social de origem Para tanto tomamos como base para este estudo o paradigma de pesquisa qualitativa construtivismo com sua metodologia dial tico hermen utica e suas bases epistemol gicas centradas nas rela es pr ximas entre pesquisador pesquisado assim como no subjetivismo interpretativo e na feitura conjunta da realidade estudada GUBA amp LINCOLN in DENZIN amp LINCOLN 2000 110 111 Neste sentido que pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now A natureza vari vel e pessoal util de constru es sociais sugere que as constru es individuais possam ser eliciadas e refinadas s pela intera o entre e entre investigador e respondedores As constru es variantes s o interpretadas usando t cnicas hermen uticas convencionais e s o comparadas e contrastaram atrav s de uma permuta dial tica O objetivo final destilar uma constru o de consenso que mais informada e sofisticada do que qualquer uma das constru es anteriores inclusive naturalmente a constru o tica do investigador IDIBID 111 3 Alguns procedimentos foram indispens veis
53. como eu tava te dizendo sei l cidadania ou democratiza o entendeu L menos aqui se torna mais ou seja o diferencial Ha uma contradi o ENTREVISTA RICARDO De qualquer maneira o ganho destes jovens intenso em v rios termos Desenvolvem novas formas de perceberem a si mesmos e a comunidade recebem no es de participa o condutas democr ticas como a pr tica do di logo a o na pr pria comunidade a o dentro das escolas fam lia e um ganho significativo na autopercep o e autoconfian a como se v no di logo a seguir Renato Voc sentiu mais autoconfian a depois desse curso Jo o Muita Renato Muita Jo o Muita porque o resultado voc sabe n hoje em dia ter confian a na gente Tem gente que diz N o fa a isso que melhor A gente tem que fazer o que gosta n Pra mim mudou pra mim foi s O conhecimento Eu eu tinha vontade de aprender S o conhecimento mesmo que mudou pra mim Que como eu j falei risos tenho vergonha S o conhecimento de mexer Aquela curiosidade de saber pra qu que o computador servia que n o era s pra jogar s ver besteira mesmo Eu espero n arranjar mais empregos n Que o que eu aprendi vai me ajudar l fora n Risos 4 4 Elementos para uma cidadania digital inclusiva Toda a problem tica que envolve a cidadania digital passa necessariamente por outra quest o n o menos complexa a inclus o exclus o di
54. computador o educando Jo o Carlos 16 anos enfatizou o seu fasc nio pela m quina al m das imagens que povoavam seu imagin rio O que mais me chamou aten o foi como num objeto t o pequeno a gente pode ver coisas de outros pa ses cidades t o rapidamente not cias fotos isso a E tamb m esse neg cio de ter vergonha de n o saber mexer meus amigos tudo mexia e eu ficava olhando Eu aprendi quase tudo olhando viu Tudo o que sei aqui tamb m n A meus amigos mandavam mexer tinha vergonha porque n o sabia nada Isso mesmo Eu gostava muito de mexer e ver not cias de ouros pa ses m sicas algumas fotos famosas tudo isso que interessava Jogar n o Eu n o vejo Eu jogo certo s que eu n o vejo muito a possibilidade de jogar assim E uma uma coisa que vicia eu n o eu falo mais por e mail assim Eu n o tenho nada assim Eu falo com os meus amigos eles me d a eu falo com meus amigos de fora S isso mesmo ENTREVISTA JO O CARLOS Mesmo sem revelar expressamente seu fasc nio por jogos eletr nicos via computador percebemos que os jovens das turmas que acompanhamos no CDI t m forte atra o por este tipo de atividade recreativa a qual n o revelam por vergonha ou medo de repreens o Particularmente presenciamos o pr prio entrevistado junto a Davi seu colega de turma visitando sites de jogos durante o tempo livre que lhes concedido antes de cada aula Al m disso em conversas en
55. da dial tica homem mundo est a tomada de consci ncia destes homens no mundo ponto crucial e maior obst culo ao trabalho prof cuo da institui o a despeito daquilo anteriormente exposto que o opressor sabe muito bem que esta inser o cr tica das massas oprimidas na realidade opressora em nada pode a ele interessar O que lhe interessa pelo contr rio a perman ncia delas em seu estado de imers o em que de modo geral se encontram impotentes em face da realidade opressora como situa o limite que lhes parece intranspon vel FREIRE 1987 22 Mesmo se desprezarmos certas terminologias extempor neas de Freire principalmente no que tange ao marxismo radical n o resta claro de que opress o e contra qual opressor se luta nas aulas de uma escola de inform tica e cidadania Ali n o nos pareceu em absoluto haver uso de uma conceitua o profunda e sociologicamente sustent vel que pudesse subsidiar os di logos sobre tal tem tica Quando se fala de opressor de quem exatamente se est falando Da situa o vulner vel das popula es alvo da ONG Do governo que n o h bil para enfrentar as exclus es seja social seja digital Dos grandes empres rios e multinacionais que subsidiam o pr prio trabalho das EICs e ao mesmo tempo produzem consumidores em potencial talvez mais do que cidad os Ou talvez do desemprego viol ncia crime De quem ou do que se fala de fato Percebemos pois que o opre
56. de a cobertura alcan ar metade dos 5560 munic pios Mais de 2 441 munic pios em 2006 permanecem sem servi o local de telefonia celular Nesses munic pios h mais de 21 milh es de habitantes e segundo as operadoras se depender do mercado estes brasileiros estar o condenados a nunca ter acesso ao servi o No caso dos telefones celulares a estimativa de que essas reas agregariam apenas 1 4 milh es de novos usu rios aos 88 milh es existentes n o justificando o investimento AFONSO in CGL br 2005 27 Segundo Afonso cerca de 2 430 os munic pios brasileiros que n o contam com acesso local Internet o que significa que as pessoas t m que fazer uma chamada interurbana para conseguir utilizar a rede Os n meros s o similares j que pelos mesmos argumentos as operadoras n o instalam extens es de suas espinhas dorsais Internet nesses munic pios in CGI br 2005 27 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Gr fico 3 2 Percentual de domic lios que possuem computador conforme a regi o 2005 RM FOR ED 8 OUTRASN E 8 OUTRAS NO ET 9 RM BEL i RMBEC I REGIRUTRAS CO E E GK OUTRAS SE 16 RM SAL le RM BH 8 OUTRAS
57. de excelente qualidade no apoio a diversas reas educativas e inclusivas Enfim j contamos com a infraestrutura m nima em termos de m quinas e pol ticas Agora nos faltam pessoas Pessoas realmente dispostas a aprender e a ensinar l deres pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now t cnica conceitual e humana necess ria para romper os gargalos que ainda entravam a entrada do Brasil em uma nova era de desenvolvimento sustent vel do ponto de vista ambiental econ mico e social N o somente com pessoas e grandes doses de voluntarismo entretanto que se poder solver cabalmente o problema da exclus o digital e social Claro est que h quest es objetivas que transcendem as disposi es pessoais Al m disso mesmo que variadas op es existam no terceiro setor preciso afirmar que ainda prescindimos de pol ticas p blicas mais consolidadas na rea de inclus o digital Para isso mister desenvolver melhor os conceitos b sicos de inclus o exclus o democratiza o e democracia por meio do computador cidadania e cidadania digital assim como aprimorar a infraestrutura inform tica do Pa s e as formas pedag gicas do approach a pessoas com vulnerabilidades sociais e
58. desta participa o pol tico cidad que como corol rio emergiria supostamente deste processo de inclus o digital ligado metodologia espec fica do CDI Dentro das quest es comentadas destacamos a necessidade de uma aproxima o do pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now tipo de pesquisa baseado numa metodologia de observa o participante na qual os pesquisadores estabelecem rela es comunicativas com pessoas ou grupos da situa o investigada com o intuito de serem melhor aceitos O aproveitamento dos indiv duos em sua singularidade e a apreens o destas situa es dar se o por meio da perspectiva interpretativa dos pormenores culturais em Velho 2003 Geertz 1989 e Zaluar 1994 Na busca de fugir das armadilhas dos objetos pr constitu dos que seguimos o indicado por Bourdieu 1989 36 investigando a hist ria social do objeto dos conceitos como tamb m dos problemas postos na pesquisa O objetivo do trabalho de campo como j citado consistia em investigar o choque ag nico entre o campo da inform tica concebido como campo cultural oferecido pela did tica do CDI corporificada pela experi ncia concreta da EIC citada e o local social de origem do
59. digitais De toda forma contudo j h coletores perdendo o medo de retirar desta rosa digital o que ela tem de melhor a oferecer A palavra chave oportunidade pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Refer ncias Bibliograficas ABRAMO Helena W Cenas juvenis Punks e Darks no espetaculo urbano Sao Paulo Scritta 1994 ABRAMOVAY M e PINHEIRO Leonardo Castro Viol ncia e Vulnerabilidade Social In FRAERMAN Alicia Ed Inclusi n Social y Desarrollo Presente y futuro de La Comunidad Ibero Americana Madri Comunica 2003 Juventude viol ncia e vulnerabilidade social na Am rica Latina desafios para pol ticas p blicas UNESCO BID Bras lia 2002 e RUA M G Viol ncias nas escolas Bras lia UNESCO 2002 e CASTRO Mary Garcia Jovens em situa o de pobreza vulnerabilidades sociais e viol ncias In Cadernos de Pesquisa n 16 p 143 176 julho 2002 AFONSO Carlos A Internet no Brasil Acesso para Todos Poss vel Dispon vel em lt http federativo bndes gov br destaques egov egov_inclusao htm gt 2000 Acesso em Agosto de 2006 ALVES Humberto Prates da Fonseca Vulnerabilidade socioambiental na metr pole paulistana uma an lise soci
60. e de seus pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 10 de nosso pr prio c rebro N o s o gigantescos os livros sobre redes neurais onde se buscam compreender e adaptar os padr es de raciocino humano aos processamentos dos computadores Dif cil pois n o nem usar em excesso nem simplesmente n o usar Dif cil e urgente seria usar o computador assim como todas as outras tecnologias digitais e ainda assim continuar sendo livre consciente e aut nomo Mais do que um consumidor de programas pirateados e de pe as feitas por oper rios asi ticos em condi es de trabalho toyoticamente degradantes mais do que reprodutores de uma cultura informacional individualista e a politizada l dico hedonista fortuita instrumentalizada e hipn tica precisamos ser acima de tudo cidad os Sendo menos consumidores qui sejamos um pouco mais cidad os Para tanto n o indicado esperar pelo pr ximo fa amos n s mesmos agora mesmo Nunca foi t o urgente a cria o efetiva da cidadania digital e o florescimento desta tal Rosa digital pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original
61. e inequivocamente democr tico No Estado do Cear havia at 2008 vide quadro 3 1 1082 PIDs pontos de inclus o digital distribu dos entre escolas estaduais telecentros federais e ONGs de inclus o digital Usamos aqui o termo telecentro dentro de ampla acep o Tal voc bulo utilizado genericamente para denominar as instala es que prestam servi os de comunica es eletr nicas para camadas menos favorecidas especialmente nas periferias dos grandes centros urbanos ou mesmo em reas mais distantes Essa experi ncia tem sido utilizada em iniciativas que v o desde a presta o de servi os de telefonia e fac s mile em escrit rios espalhados em pa ses em desenvolvimento at centros associados a projetos de telecomuta o e teletrabalho na Europa e Austr lia Outras palavras usadas como sin nimos ou como designa es em outros idiomas s o telecottage centro comunit rio de tecnologia teletienda oficina comunit ria de comunica o centro de aprendizagem em rede telecentro comunit rio de uso li O Programa contava em 2006 com uma rede de 3 200 unidades de comunica o antenas VSAT e modems que permitem a conex o Internet via sat lite com m dia de sete computadores em cada ponto instaladas e funcionando em escolas unidades militares e telecentros Estima se que uma popula o superior a quatro milh es de pessoas esteja sendo atendida pelo programa GESAC por meio de 22 mil terminais conectad
62. em um anestesiamento das consci ncias oprimidas Assim tamb m como os programas militaresautorit rios e messi nicos salvacionistaufanistas se equivocam em desconsiderar a necessidade da leitura do mundo pr via leitura da palavra CERTEAU 1994 263 motivo pelo qual estes imp em e n o prop em por esta via que o oprimido inculca uma culpa pelo seu fracasso esquecendo se da influ ncia do sistema segundo Freire Sem curiosidade n o h ensino nem aprendizado mas uma curiosidade domesticada que engendra uma memoriza o mec nica embotando e fenecendo a reflex o critico transformadora H no pensamento de Freire destaque dado para o papel das tecnologias computadores em especial como est mulo latente a esta curiosidade A tecnologia n o um bem ou um mal em si mesma mas guarda em si possibilidades de usos O pr prio autor argumenta Nunca fui ing nuo apreciador da tecnologia n o divinizo de um lado nem diabolizo de outro Por isso mesmo sempre estive em paz par lidar com ela N o tenho d vida nenhuma do enorme potencial de est mulos e desafios curiosidade que a tecnologia p e a servi o das crian as e dos adolescentes das classes sociais chamadas favorecidas N o foi por outra raz o que enquanto secret rio de Educa o da cidade de S o Paulo fia chegar rede das escolas municipais o computador o exerc cio da curiosidade convoca a imagina o a intui o as emo es a
63. es de mundo cren as no es que fruem dos indiv duos em sua a o din mica sobre a sua realidade concreta seu real vivido sua vida cotidiana Claro est que como em De Certeau 1994 este Weltanschauung que nasce tendo as pr ticas e fazeres cotidianos como substrato aponta certamente para t ticas de vida e estilos de a o reconfigurando os sentidos usuais dos objetos ressignificando o mundo ao redor assim como as pr ticas sociais pr prias da din mica social pois estes agentes n o s o consumidores passivos de bens materiais e simb licos Assim Esses estilos de a o interv m num campo que os regula num primeiro n vel por exemplo o sistema da ind stria mas produzem a uma maneira de tirar partido dele que obedece a outras regras e constitui como que um segundo n vel imbricado no primeiro o que acontece com a sucata assim uma vez analisadas as imagens distribu das pela TV e os tempos que se passa assistindo aos programas televisivos resta ainda perguntar o que que o consumidor fabrica com essas imagens e durante essas horas DE CERTEAU 1994 92 93 Ent o al m de uma assimila o acr tica e absolutamente passiva e subserviente dos conceitos de cidadania por exemplo trabalhados com jovens nas EICs nosso interesse a compreens o de como este capital cultural espec fico reconfigurado no ntimo das rela es cotidianas destes agentes tendo como estruturas mediadoras a EIC
64. estas transforma es econ micas e tecnol gicas surgem novos modus vivendi e modus operandi CASTELLS op cit Em outras palavras a tecnologia muda a face das condi es de trabalho afeta as rela es de poder potencializa os ganhos do capital monopolista e ainda recria uma condi o social A informatiza o e seu din mico processo de metamorfose social engendra uma nova sociedade que pode ser compreendida como a Sociedade Inform tica de Bell in KUMAR 1997 13 e Schaff 1995 entre outros com sua rapidez peculiar movida pela onda tecnol gica As revolu es foram habitualmente pontos culminantes e momentos de ruptura numa longa evolu o Agora o ritmo dos acontecimentos ser diferente algumas d cadas representar o muitos s culos o que poder ocorrer desde que a sociedade desenvolva a este respeito um papel ativo IDEM 83 Da mesma maneira que o r dio e a televis o revolucionaram a comunica o mundial do s culo XX aceit vel a ideia de que a inform tica seja a usurpadora deste papel no s culo XXI e ainda mais seja ela o piv de uma sequ ncia de revolu es sociais trabalhistas e educacionais entre outras de forma cada vez mais intensa Al m da categoria tempo no entanto a inform tica muda a sociedade de modo ainda mais incisivo O chamado mundo virtual cria modelos de solu es digitais t o inovadores quanto excludentes O mundo da inform tica disseminado em sociedade possibilita
65. exist ncia de uma oportunidade de trabalho mais vantajosa Pessoalmente participamos de um dos treinamentos e qualifica es de monitores oferecidos pela Funda o Banco do Brasil junto com o monitor da EIC ACF poca Breno Neste per odo percebemos algo significativo para a pesquisa A metodologia usada pelos professores da qualifica o deixou claro que o conceito de inclus o digital assim como as pr ticas associadas tem tica dispostas em uma institui o de inclus o n o est o definidas prontas ou irrefut veis Vimo nos sentado junto aos monitores que supostamente iriam nos revelar o que era afinal isto que se chamava inclus o digital e fomos convidado a compartilhar opini es saberes e pr ticas Percebemos ali mesmo a dimens o do desafio da inclus o digital em um pa s como o Brasil Nem mesmo os professores respons veis pela qualifica o de monitores dos telecentros e EICs do CDI se arrogavam a tarefa de propalar um conceito absorvente e definitivo sobre o tema inclus o Isto porque fundamentalmente a tem tica tecnicamente complexa o p blico alvo exige muita aten o e adaptabilidade de procedimentos pedag gicos e inexiste modelo nico considerado como inquestion vel A inclus o digital est sendo feita a v rias m os diversos estilos e muitas ndoles A qualifica o durou tr s dias divididos em dois turnos de quatro horas na unidade pdfMachine Is a pdf writer that produces quality P
66. files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now dependeria de uma m tua adequa o de fatores dentre os quais se destacam a sensibiliza o dos educandos seduzidos por interesses muito particulares e a condu o criativa sin rgica e tamb m personalista de alguns educadores Da mesma forma que Ulisses tapou os ouvidos dos argonautas e mandou que o amarrassem para evitar o canto hipn tico das sereias os jovens incautos devem dispor de morda as simb licas feitas por eles pr prios para enfrentar sem vacilar as in meras sereias virtuais Neste sentido o trabalho dos monitores essencial Nosso trabalho aqui n o consistiu em avaliar propriamente o trabalho dos educadores ou das EICs mas principalmente em investigar a maneira pela qual os conceitos pol ticos contidos em sua metodologia seriam incorporados ou ressignificados pelos jovens educandos em situa o de vulnerabilidade e pelos pr prios educadores sociais Desse modo n o buscamos bater o martelo sobre a condi o pedag gica e institucional da ONG N o justificamos nem recha amos o seu trabalho mas buscamos compreender esta elabora o coletiva de conceitos Restou claro foi que o computador e as aulas da EIC s o assimilados como um elemento de ascens o em termos de status pelos jovens do curso A busca imediat
67. formas de combate exclus o digital no Brasil mas fundamentalmente o seu maior desafio A manuten o das pessoas com certeza Acompanhar o trabalho Por que assim o CDI desenvolve a proposta pedag gica porque ela baseada nos princ pios de Paulo Freire E assim o computador uma ferramenta a gente utiliza o computador como uma ferramenta pra atrair esses jovens essas crian as esse p blico pra dentro da escola de forma a E a a gente vai trabalhar a cidadania E como feito esse trabalho de cidadania Atrav s de debates a gente faz a gente chama a gente tem assim um eixo da proposta que um mergulho na comunidade a gente convida os alunos pra fazer uma imers o na comunidade A esse question rio que a gente querendo buscar dentro da comunidade Ele constru do coletivamente com os alunos e o educador orientando se constr i esse question rio pra gente investigar a comunidade o que eles querem saber da comunidade dele A vai pra comunidade faz toda a investiga o traz de volta o resultado pra dentro da inform tica A sim vai usar as ferramentas pra trabalhar Word Excel fazer levantamento de dados n e registrar todas as informa es coletadas dentro das usando as ferramentas computacionais E assim que a gente desenvolve o nosso trabalho E a gera o de debates de discuss o e tem v rias maneiras de trabalhar F rum oferecido f rum nas escolas ENTREVISTA ANA PAULA
68. gico a sociedade industrial desenvolvida um universo pol tico a fase mais atual da realiza o de um projeto hist rico espec fico a saber a experi ncia a transforma o e a organiza o da natureza como mero material de domina o No ambiente tecnol gico a cultura a politica e a economia se fundem num sistema onipresente que engolfa ou rejeita todas as alternativas a racionalidade tecnol gica ter se tornado racionalidade pol tica MARCUSE 1982 19 Ademais o quadro da utiliza o das novas tecnologias protagonizadas prioritariamente pela inform tica e o debate deste sinalizam de maneira inconteste para sua dimens o pol tica uma vez que as rela es de saber e poder permanecem intr nsecas assim como a educa o cidadania e a pr pria pol tica o a priori t cnico um a priori pol tico MARCUSE 1982 onde discutir novas tecnologias resulta discutir forma o de cidadania reavalia o dos pressupostos tecnol gicos e rela es de poder da inerentes Neste sentido assevera Marcuse op cit 18 a tecnologia serve para instituir formas novas mais eficazes e mais agrad veis de controle e coes o social a sociedade tecnol gica um sistema de domina o que j opera no conceito e elabora o das t cnicas Com isso o Fil sofo frankfurtiano p e por terra o que j estava abalado pelo marxismo a no o de que a ci ncia poderia auferir uma dimens o de neutralid
69. governamentais de inclus o digital n o s o isoladas ou exclusivas por m contabilizam 80 de todas as a es de inclus o digital registradas no Pa s at o momento segundo o IBICT A hist ria da Internet no Brasil pode ser tra ada desde 1988 quando se dd 77 oe 3 Rows iniciaram as primeiras investidas no setor restritas principalmente a comunidade acad mica 79 Cf Ibict Minist rio de Ci ncia e Tecnologia Dispon vel em lt http inclusao ibict br gt 77 Cf ITU international telecommunication union Creating trust in critical network infrastructures the case of brazil Geneva Switzerland 2002 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now isto ainda n o disseminada socialmente de maneira significativa Coube entretanto Rede Nacional de Ensino e Pesquisa RNP em 1989 a miss o de estruturar a espinha dorsal da Internet brasileira configurando os meios t cnicos necess rios forma o de redes de institui es de ensino e pesquisa e outras ag ncias governamentais O intenso crescimento do numero de hosts no Pa s se processa como se v no gr fico 3 a partir de 1998 sem no entanto mitigar o processo de cria o de hiatos dig
70. importa resto que se Qa d pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now pessoas diziam assim Rapaz deixa de ser besta t trabalhando de gra a pro outros a eu dizia ah mas eu n o t trabalhando pros outros eu t trabalhando pra comunidade A as pessoas diziam e a comunidade vai te dar de comer Vai te dar o que vestir Mas eu vejo da seguinte forma Ouvi isso de pessoas pr ximo mim at mesmo de pessoas da comunidade sabe Tinham essa cr tica Quando eu procuro fazer algo pra o crescimento da comunidade Isso vai ter retorno com certeza As pessoas tamb m v o v o se conscientizar v o aprender que eles fazendo um trabalho que venha beneficiar n o somente eles mas beneficiar a todos h um desenvolvimento positivo As pessoas verem que trabalhando em prol de todos com certeza daquele todo ali embora muitos n o retribuam mas escapando 2 ou 3 j uma grande diferen a eu vejo isso Em uma das situa es de dificuldades como alunos usu rios de drogas Francisco relata como agiu nessa turma eu tenho um rapaz que usu rio certo Mas uma coisa que ele nunca precisou dizer sabe Agente v na cara agente v estampado na cara As vezes
71. inclus o de uma rede t cnica poder criar processos de intelig ncia coletiva Podemos mostrar com o modelo que por exemplo a mera implanta o de computadores nas escolas investindo no capital t cnico n o ir resolver as mazelas da educa o Devemos assim ter uma vis o complexa e colocar o capital t cnico em sinergia com os capitais social cultural e intelectual LEMOS 2004 Al m disto importante ressaltar que todo este processo deve ser administrado no sentido de suscitar o desenvolvimento humano em todos os n veis por meio da autossustentabilidade autoconhecimento capacidade de mobiliza o e a o articulada em prol de si mesmo do grupo ou comunidade a que pertence e da sociedade de maneira geral Sendo assim seria instigante perguntar quem pode ser considerado atualmente como um indiv duo efetivamente inclu do digitalmente Quem de n s engloba satisfatoriamente todos os elementos retrocitados Quem de n s capaz de utilizar o computador de forma respons vel em termos intelectuais culturais pol ticos econ micos laborais morais e faz pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now lo de forma intensa apropriando se do maximo que pode esta ferramenta
72. lidar com estas de forma gil O que se configura entretanto a elitiza o tanto do acesso s 74 O Governo do Estado do Cear na gest o L cio Alc ntara parece p r como diretriz b sica de sua atua o a preocupa o com a quest o da inclus o digital Nossa abordagem focalizar esfor os para o estudo comparativo entre a iniciativa cidad orientado pelas EICs citadas e a a o pol tica do projeto Internet nas escolas como representante de iniciativa genuinamente governamental pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now tais ferramentas tecnologias inform ticas quanto capacita o ao seu uso a alfabetiza o digital Por isso conclui se que pelo desejo das empresas de telecomunica es e de Internet mais de 20 milh es de brasileiros est o e continuar o exclu dos do acesso aos servi os que a telefonia celular e a Internet podem oferecer servi os hoje essenciais incluindo o acesso s crescentes facilidades de e governo federais e estaduais a integra o de escolas e das atividades administrativas dos munic pios Internet etc Se incluirmos as reas empobrecidas das cidades maiores esse n mero de condenados desconex o eterna ele
73. man IDIBID Neste sentido Burke 2003 26 nos fala dos letrados os homens do saber docti eruditi savants gelehrten ou homens de letras Literati hommes de lettres t o importantes para a manuten o de um saber exclusivo a uma pequena elite letrada e detentora do saber oficial Muito al m da percep o tomada por Gramsci de que todo homem simples ou n o um fil sofo em si mesmo e pode produzir saber tanto Burke quanto Gellner nos relatam a exist ncia de uma elite dos homens das letras e seu papel na manuten o de qualquer status quo vigente principalmente em uma sociedade tradicional Nesta ptica dentro da l gica espec fica da sociedade industrial est a concep o necess ria do continuo desenvolvimento do ideal de progresso engendrado no p s Iluminismo O progresso como uma cren a autojustific vel legitimada por si mesma torna as a es da sociedade moderna baseadas em uma inquietante resposta pretensamente axiom tica Tudo pode ser questionado menos a l gica do progresso e da expans o mesmo que esta demonstre ser danosa ou perigosamente amb gua como se a l gica e a racionalidade da modernidade se justificassem em per odos de abund ncia do processo financeiro produtivo e de consumo assim como se pusesse em questionamento nos momentos de recess o ou nem mesmo assim Por isso mesmo a sociedade industrial parece ref m da constante necessidade de expans o e inova o a primeira c
74. modernas um homem virtual anunciando uma verdadeira trag dia Um homem que se exp e nos sites de namoro como mercadoria a ser tomada ao som de um clique um homem que com todos os saberes e capacidades que tem n o desenvolve a centralidade an mica da plenitude de seu esp rito que este homem moderno que busca na rela o sujeito objeto uma s ntese acha se ora como sujeito ora como objeto do pr prio mecanismo de comunica o Em seu nascedouro o mundo virtual surgia como um instinto natural de comunica o mas que come a a ser sentido como uma realidade que nos tolhe mutila nossas exterioriza es e tend ncias mais interiores das camadas mais 6t Tradu o livre de a quien tenga un fino oido psicol gico los hombres le delatar n incontables veces sus pensamientos y cualidades m s secretos no s lo a pesar de esforzarse en ocultarlos sino justamente por ello pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now fundas da nossa alma Tem se na internet com todo o seu avan o e transforma es velozes como um conte do cultural que significa um complexo objetivado criado por sujeitos e destinado a outros tantos mas que se distancia de sua origem tanto quanto de su
75. no n mero de conectados e inclu dos Apenas parte deste n mero entretanto devido a a es de grupos internacionais para o desenvolvimento da inclus o digital Pode se atribuir este avan o tamb m s pr prias din micas de expans o naturais s novas tecnologias Como vimos no cap tulo anterior o desenvolvimento da televis o e do r dio em meados do s culo XX tamb m assumiu contornos de r pida amplia o Quadro 2 1 Usu rios de Internet no mundo por milh o 2007 Coloca o Pa s Usu rios 1 Estados Unidos 210 2 China 162 3 Jap o 86 4 Alemanha 50 5 ndia 42 6 Brasil 39 Fonte ONU Este quantitativo de 1 2 bilh o de internautas transita dentro do ambiente virtual sem um controle t cnico ou jur dico plenamente confi vel Atualmente a administra o da rede e as decis es pol ticas sobre o controle da Internet se limitam a uma entidade estadunidense ICANN Internet Corporation for Assigned Names and Numbers a qual ainda n o tem sido h bil para cercear ou estabelecer limites aos usos criminosos da rede Isto est gerando preocupa es de v rios setores sociais acerca do que se est chamando o risco digital Scudere 2006 O que mais preocupa que no Brasil o acesso est crescendo de maneira muito veloz concentrada e polarizada Mesmo que o Pa s seja o sexto em acesso mundial rede de computadores em novembro de 2007 o Brasil estava na frente de
76. o O local passa a refletir processos muito mais amplos que acabam por transform lo s vezes drasticamente O que acontece na economia acontece tamb m em muitas outras esferas da vida processos de desentranhamento e reentranhamento ou desvincula o e retrovers o Hoje com a globaliza o crescente tais efeitos s o cada vez mais pronunciados Giddens 2000 75 76 Este processo de desentranhamento e reentranhamento sinaliza para uma condi o sine qua non da modernidade entendida como um p s tradicionalismo a situa o de risco imanente a este fen meno global Isto significa que as decis es da vida ntima cotidiana afetam de maneira inaudita os resultados globais observados nas mais diversas esferas da hist ria Uma simples decis o de compra uma escolha de um ou de outro produto n o somente afeta a sobreviv ncia de algu m que vive do outro lado do mundo mas pode contribuir para um processo de deteriora o ecol gica que em si tem consegii ncias potenciais para toda a humanidade GIDDENS 2001 24 Habermas 1994 remete condi o moderna do mundo ocidental e principalmente no o inequ voca da patente falta de orienta o e quebra de paradigmas institu das pelo que a Sociologia chama de Zeitgeist Em uma palavra o texto versa sobre a r pida transforma o do mundo a emerg ncia do novo e a transitoriedade dos fatos hist ricos com a consequente crise explicativa dos modelos te ricos dos q
77. o espiritual religiosa incita o ao crime apologia de crime ou de criminosos falsa identidade inser o de dados falsos ou adultera o de dados em sistema de informa es cal nia difama o inj ria amea a divulga o de segredo furto dano falso testemunho exerc cio arbitr rio das pr prias raz es crime contra a seguran a nacional crime contra a propriedade industrial intercepta o de comunica es de inform tica etc S o especialmente reveladores os in meros casos de pedofilia virtual cyber paedophlie que significa basicamente ver ou enviar fotos de crian as nuas online Esta modalidade de cybercrime um dos mais recorrentes na rede e tem ganhado muita aten o das autoridades jur dicas estrangeiras Na Comunidade Europ ia se estuda meios de combate uma vez que esta a o il cita cresce em quase todo o Continente At mesmo o Seconde Life programa que recria a realidade em ambiente virtual est invadido pelos cybercrimes O site de relacionamento e comunidades virtuais www orkut com por exemplo tem presen a massiva de brasileiros Estes chegam a contabilizar mais de 70 de todos os usur rios no mundo S o 26 milh es de brasileiros na Internet 31 milh es de usu rios no Orkut em todo o mundo sendo 19 milh es de usu rios brasileiros deste site ou seja 76 dos brasileiros t m conta no 44 Note se por m que existe diferen a entre os cybercrimes e os crimes inform ticos Estes ltimos
78. o habitus dos agentes sociais estudados seus discursos e a es ser o captados como fruto de representa es constitu das por estes mesmos agentes acerca da realidade em seu entorno Na medida em que estas representa es s o uma formula o social mediada por determinadas posi es e espa os sociais dos pr prios agentes que se tornar necess rio captar tanto as falas e a es dos jovens em situa o de vulnerabilidade ainda vinculados ou mesmo egressos do programa da EIC de refer ncia como tamb m dos monitores professores diretora ou qualquer agente que no processo desta pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now pesquisa se mostre relevante aos nossos anseios nesta perspectiva que ainda se somar o a este grupo estudado pessoas de refer ncia na rea de inclus o social e digital personalidades pol ticas e participantes de outras ONGs cong neres Os esfor os neste sentido ser o concentrados na capta o e compreens o das representa es sociais referentes aos agentes sociais estudados como tamb m dos conceitos de inform tica cidadania juventude e democratiza o da inform tica As representa es sociais ser o tomadas essencialmente como vis
79. o novo conhecimento s camadas menos favorecidas da sociedade n s estar amos colaborando pra sic cria o de um novo apartheid o apartheid digital Come amos a receber cada vez mais computadores e tinhamos que administrar estoque cuidar de manuten o decidir como selecionar as organiza es que seriam beneficiadas Tivemos que ser mais eficientes no processo de reciclagem de tecnologia 2005a 26 A despeito de todo o esfor o altru sta de Baggio as comunidades ainda assim se revelaram muito incipientes e despreparadas para a inser o na nova tecnologia Isto principalmente porque para ele as ditas comunidades n o dispunham ainda de uma cultura tecnol gica Foi esta aus ncia que deflagrou a forma o das Escolas de Inform tica e Cidadania Assim Olhando pro contexto do terceiro setor dos movimentos sociais da poca logo percebi que os projetos sociais em desenvolvimento tinham um forte car ter assistencialista Aquelas campanhas de doa o de comida de agasalhos Eram importantes relevantes mas ainda n o existia de uma forma disseminada a id ia de que dever amos atuar nas comunidades de baixa renda pra ajudar as pessoas a ajudarem a si mesmas criando projetos sociais que na verdade funcionassem como empreendimentos sociais Essa nova vis o era muito embrion ria na poca Op cit 26 27 Para o empreendedor social as Escolas de Informatica e Cidadania num contexto de favela deveriam funcionar de f
80. oferecer para si e para os demais Uma resposta ap s uma reflex o rigorosa e profunda poderia ser desanimadora pois a resposta e sempre foi o ser humano Todas as ferramentas tecnol gicas existentes n o podem fazer de per se o homem avan ar em termos ontol gicos Pensemos no autom vel Ser capaz de fabricar comercializar dirigir e manter um carro n o faz do homem um ser mais consciente ou melhor Na medida em que cria o carro o homem abre in meras possibilidades oportunidades e amea as Com ele nascem novas dimens es de tempo social regras de tr nsito imperativos pessoais facilidades crimes e dilemas morais Sendo motorista podemos usar nosso carro onde e quando quisermos se somos movido apenas por nossas vontades pessoais Conhecer a lei que determina ser ilegal consumir bebidas alco licas antes de dirigir n o nos impede de faz lo porque a norma neste exemplo est no n vel meramente mental e n o foi compreendida no pleno mais profundo ligado dimens o da autonomia muito al m da anomia e heteronomia De forma semelhante podemos possuir um computador e us lo para os mais variados fins trabalho divers o educa o pornografia criminalidade cria o de v rus etc Democratizar de maneira irrestrita e n o criteriosa semelhante a colocar armas nas m os de todos os cidad os sem se preocupar com o uso que dela far o necess rio ent o criar meios mais eficazes de inclus o respeitando crit rios co
81. ordem efetiva das coisas justamente aquilo 57 No Ceara segundo o IBGE PNAD 2006 apenas 4 5 dos lares tinham acesso Internet pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now que as t ticas populares desviam para fins pr prios sem a ilus o de que sua situa o mude proximamente Tal como o dinheiro o mundo digital confere um car ter impessoal aos usu rios ocultando suas identidades e forjando paralelas assim como d lhes uma autonomia da personalidade t o pr pria dos tempos modernos Em comunidades de an houses e cybercaf s encontra se uma multid o de jovens blas entre si nas configura es dos espa os formais De forma surpreendente se d o no entanto intermediadas pelo computador socia es virtuais diades c rculos sociais e sociedades inteiras rela es espec ficas que ativam gatilhos emocionais vetados anteriormente Pessoas se cruzam na metr pole sem se dirigirem os olhares mas orientam suas a es umas s outras pela internet e s o capazes de revelar os mais profundos segredos de travar namoros virtuais rela es est veis no ou topos vetando sua alma aos seres de carne e osso e entregando a a seres imagin rios em uma rela
82. original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now COMIT GESTOR DA INTERNET NO BRASIL Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informa o e da comunica o no Brasil Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informa o e da Comunica o no Brasil TIC DOMICILIOS e TIC EMPRESAS 2005 CORDEIRO Celeste Democratas Compulsivos Jornal O Povo 13 03 1996 COSTA Leonardo Figueiredo Inclus o Digital conceitos modelo e sem nticas Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunica o XXIX Congresso Brasileiro de Ci ncias da Comunica o UnB 2006 DE MASI Domenico O cio Criativo Ed Sextante Rio de Janeiro 2000 DESLANDES Suely Ferreira Pesquisa Social teoria m todo e criatividade Maria C S Minayo org 20 ed Petr polis RJ Vozes 1994 DICK Philip K Do Androids Dream of Electric Sheep New York Ballantine 1968 DI GENES Gl ria Cartografias da cultura e da viol ncia Gangues galeras e movimento hip hop DOWBOR Ladislau A reprodu o social Vol I Tecnologia globaliza o e governabilidade Petr polis RJ Vozes 2002 DUPAS Gilberto tica e poder na Sociedade da Informa o 2 ed S o Paulo UNESP 2001 ENGELS Friedrich A situa o da classe trabalhadora na Inglaterra 2 ed S o Paulo Global 1988 EVANS PRITCHARD E E Os Nuer uma descri
83. os O que que eu uso se eu uso ilustr ssimo senhor Se eu falo n o sei o qu sabe Eles foram l inclusive tamb m as meninas as meninas fizeram l uma Um projeto de Num v nem dizer educa o sexual mas de preven o realmente a doen as sexualmente transmiss veis Por que duas alunas nossas engravidaram n Bichinha 15 16 anos engravidaram Disseram assim professor vamo fazer um trabalho de conscientiza o essas meninas bem novinha tudo gr vida Vamo come ar como que seria Vamo falar de preven o tal A fizeram um outro oficio Vamo na Secretaria de Sa de A eles fizeram o of cio a gente queria ir l na Secretaria de Sa de pedir o material pra ajudar na nossa campanha claro com certeza Vamo fazer um oficio Vamos A foram a Secretaria de Sa de a l vem eles com uma caixa de preservativo com panfleto e tudo mais sabe E a aonde que a gente vai Vamo na escola A pegou o pessoal l do 3 e 2 ano fizeram a palestra pesquisaram claro n Arrumaram v deo conseguiram document rio um bocado de coisa e fizeram l Foi bem legal As pessoas eles eram completamente ing nuas n N o tinham uma perspectiva em nada tanto na quest o da perspectiva social quanto na perspectiva pessoal n o viam nada disso Com esse trabalho desenvolvido usando a Essa quest o digital pra ter uma forma o cidad foi feita re
84. pa ses como It lia Fran a Gr Bretanha Austr lia e Noruega ainda existe uma desigualdade de acesso entre regi es e estados do Pa s Lembremo nos de que segundo a ONU apenas 21 da popula o brasileira est conectada e nos Estados Unidos por exemplo esta conta est em 69 da pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now popula o Obviamente a din mica destas altera es t cnicas n o passaria deixando inc lumes os padr es da sociedade da cultura e do direito Concomitante a este processo de fasc nio que o mundo virtual ocasionam por suas infinitas possibilidades acompanha uma multiplicidade de graves tens es e problemas que t m no mundo virtual sua express o principal S o quest es atuais como incluir os exclu dos digitais sob pena de emperrar o crescimento econ mico de v rios setores sociais cada vez mais imersos na era cibern tica Como harmonizar as tens es entre as liberdades individuais dos cidad os do Estado democr tico liberal com a regulamenta o necess ria dos espa os virtuais evitando por um lado uma anarquia digital m e de todas as aberra es dos cybercrimes e do outro uma hiper regulamenta o cerceadora das liberdades fundamentais da
85. para o andamento da pesquisa a fim de captar o sentido das a es e falas dos agentes sociais assim como o citado anteriormente Por este motivo o passo seguinte nossa observa o participante foi a aplica o sistem tica de entrevistas semi estruturadas com as figuras de interesse relativas a EIC j citada educandos monitores professores diretores As entrevistas se deram ao longo da pesquisa captando da mesma forma a singularidade de suas falas sobre os temas centrais da pesquisa inclus o digital e inform tica juventude cidadania e democratiza o da inform tica mediante a an lise de discurso destes agentes sociais Foram feitas oito entrevistas ao total al m de 13 meses entre outubro de 2006 e novembro de 2007 de visitas a campo com acompanhamento das aulas e descri es etnogr ficas densas Nossos respondentes foram Ana Paula Secretaria administrativa do CDI Cear Fco Charles admistrativo t cnico do CDI Cear Breno Lima educador da EIC ACF Jos Sobrinho educador CDI Integrassol Francisco Silva educando educador coordenador da EIC Alphaville Mangabeira Ricardo educando EIC ACF Jo o Carlos educando EIC ACF e David educando EIC ACF A capta o dos discursos dos jovens se deu ainda de maneira informal por meio das pesquisas de campo e tamb m mediante registro com di rio de campo sobre a realidade das aulas no dia a dia de atividades da unidade emp rica de refer ncia nunca desprezando as p
86. pdfMachine Get yours now gt a precariedade das m quinas utilizadas O espa o f sico inadequado tempo insuficiente para o desenvolvimento integral do trabalho vom poss veis d ficits cognitivos dos educandos causados pela condi o de vulnerabilidade social severa presente em alguns casos E dificuldades de adapta o de educandos e educadores ao m todo Paulo Freire F diverg ncias de compreens o sobre a proposta pedag gica entre os agentes envolvidos G a heterogeneidade et ria das turmas H a rotatividade dos monitores a Precariedade das m quinas Nem sempre poss vel ter computadores compat veis com os utilizados no mercado de trabalho O CDI trabalha com doa es e muitas vezes este sistema de d diva n o acompanha o ritmo intenso da obsolesc ncia programada do mercado inform tico Isto delicado porque mesmo que as m quinas sejam usuais para o aprendizado podem causar um estranhamento nos alunos que entrarem em contato com m quinas mais avan adas em seus empregos por exemplo b O espa o f sico inadequado O espa o f sico de uma sala de EIC conta com dez computadores dispostos em uma bancada que geralmente circunda o per metro da sala Esta disposi o enfrenta cr ticas de alguns pedagogos pois tal arranjo n o estimularia a intera o e al m de n o permitir a percep o cruzada dos outros educandos faz com que somente alguns deles estejam aptos a observar a f
87. pela maneira que ele chega na sala de aula mas isso discutido N s temos temas voltados com isso temas sobre drogas sabe Inclusive numa discuss o disseram que a droga um ponto de fuga pra alguns deles n Os jovens n Eles nem ligam pra gente n Os jovens usam drogas s vezes por que realmente como um ponto de fuga sabe Por que s vezes s o discriminados pela sociedade ningu m d oportunidade e etc E sabe que errado Tamb m j peguei alunos que ja participaram de roubo inclusive algu m chegou pra mim e disse assim Francisco toma cuidado com fulano que ele tem a fama de ladr o A eu digo assim Olha ele t ali dentro ele um educando ele t ali Principalmente a gente d um voto de confian a d uma oportunidade pra ele v o qu que ele vai sentir diferente Inclusive eu n o via perigo nenhum s vezes por exemplo s vezes eu ia atender algu m l fora deixava meu celular deixava s vezes minha carteira em cima da mesa s que os alunos quando a gente sa a eles Eu eu deixava por confian a Por que se eu n o confiar nos meus alunos nos meus educandos que tipo de educador eu vou t sendo eles percebem sabe O pessoal diz Professor a a maior limpeza s vezes eu vou passando a a maior limpeza ENTREVISTA FCO SILVA Mediante o exemplo e da confian a com grandes doses de dedica o e coragem os monitores podem usar a metodologia e p r em pr tica discuss es sobre qu
88. pondera o do jovem educando j reflete alguns elementos do trabalho feito em sala sobre o combate aos estere tipos sociais e a todas as classes de preconceitos e pre no es Presenciamos v rios momentos em sala espec ficos neste sentido O principal deles foi na aplica o de uma din mica de aula na qual os jovens deveriam escolher que sobreviventes de um conflito nuclear deveriam estar em um abrigo imagin rio dentre uma lista de pessoas cada uma com caracter sticas estigmatizantes Normalmente essa din mica atinge o interesse dos educandos imediatamente e o di logo se torna mais flu do assim como as tem ticas desejadas pelo monitor O resultado foi a participa o massiva dos jovens uma integra o mpar at o momento na sala de aula e a conscientiza o sobre doen as condi es e estigmas sociais tabus e preconceitos Os educandos acreditam que este fator preconceito expresso em cr ticas nas quais se ressaltam os estere tipos s o um verdadeiro estigma social obstaculizador da express o de sua dignidade e autoestima O preconceito prejudica entendeu Por qu Eles n o deixam eu me reerguer me Eu subir Ent o eu fico abalado eu fico Ah eu n o vou fazer isso eu n o vou Fico chateado fica nas ruas entendeu Ent o s o poucas as pessoas que incentivam a outras a crescer E isso que eu v tentar passar pra aquelas pessoas que eu v ensinar Que cres am que n o se deixem abater Ac
89. precedentes na moral e nos costumes pois estes s o engendrados em um processo socioecon mico din mico complexo e muito veloz A velocidade com que mudam as t cnicas e a moral parecem ser uma determinante desta nova forma de sociedade baseada na gera o acumula o transmiss o codifica o e decodifica o de informa es Ademais esta sociedade n o fruto de um processo fortuito ou passageiro De fato este novo estado de coisas veio trazendo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Para Neves 2007 ha um novo processo social de enfrentamento de gera es refletindo as modifica es causadas pela nova renascen a digital As crian as do s culo XXI talvez digam de forma sum ria que a renascen a digital foi o per odo em que tudo foi migrado para dentro do ciberespa o Para o bem ou para o mal tudo servi os produ o consumo intera o profissional ou social lazer rela es pessoais e tamb m atitudes il citas ilegais e anti sociais como o crime o terrorismo o vandalismo Tudo mesmo ser transposto para as fabulosas avenidas digitais do ciberespa o 2007 24 Na esteira das transforma es macro e microculturais econ micas pol ticas e so
90. principal do processo que pode revitalizar a esfera p blica e apontar para a constitui o de uma gora eletr nica O acelerado desenvolvimento da tecnologia da inform tica entretanto fundamentou a manuten o da globaliza o e a ferramenta com a qual se p e em pr tica as mudan as requeridas pela reestrutura o econ mica e pela sociedade CASTELLS 1998 2000 2003 DOWBOR op cit Dessa forma a capacidade tecnol gica das sociedades e de seus indiv duos define aspectos capitais como poder economia cultura e cibercultura pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now LEVY 1999 o que pode significar que a exclus o social j existente seja transformada em exclus o digital Para Castells 1998 todos deveriam ter direito a utilizar a Internet e ningu m deveria ser apenado por quest es de geografia ou de dinheiro por m a rapidez na Internet e a maneira como os que est o nela conectados moldam na sua imagem constituem elementos que proporcionam a divis o digital Quanto mais demorar a democratiza o da Internet mais esta se desenvolver em torno de valores que n o os do conjunto da sociedade A difus o da web sobre o conjunto do Plane
91. quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Com efeito o trabalho conjunto de educadores e educandos a despeito das inumeras adversidades pessoais ambientais institucionais e sociais resulta em um ganho inconteste de cidadania viva Esta se expressa principalmente em incorpora es de novos conceitos e atitudes ante o desafio do cotidiano fortalecimento de la os culturais e viv ncias cidad s como visto no desenvolvimento de habilidades em pesquisa hist rica levantamento de dados realiza o de entrevistas com lideran as da comunidade organiza o de demandas e reivindica o de direitos por meio de of cios entre outros Obviamente h ainda muitos outros ganhos cidad os n o comentados com a profundidade devida que alguns destes dividendos ou s o demasiado subjetivos e de mensura o dif cil caso da autoconfian a e autoestima ou por nossa incapacidade como pesquisador em dispor da sensibilidade etnogr fica necess ria para tanto 4 3 Educandos de contempladores a colhedores Outro elemento chave no mbito anal tico da din mica atuante das EICs s o os educandos pois estes s o a raz o de ser da institui o e sua preocupa o b sica justamente proporcionar o acesso consciente destas massas de exclu dos digitais a todas aquela
92. que se transformava Em meados do s culo XIX quando n o existia uma identidade intensivamente estabelecida destes indiv duos os jovens participavam atuantemente da atividade industrial como oper rios em condi es de trabalho bastante adversas A atribui o dos pagamentos aos funcion rios das f bricas era comumente dividida em um sal rio integral para adultos 1 2 para as mulheres e 1 4 para as crian as Engels relata a situa o da classe trabalhadora na Inglaterra submetida desestrutura o familiar m s condi es de sa de inclusive com est mulo tentador ao consumo de subst ncias t xicas como o lcool Todas as tenta es poss veis se juntam para levar os trabalhadores ao alcoolismo Para elas a aguardente praticamente a nica fonte de alegria e tudo concorre para a terem m o O trabalhador volta para casa esgotado e fatigado encontra a casa sem o m nimo conforto pouco hospitaleira e suja tem uma necessidade urgente de se divertir precisa de qualquer coisa que fa a o ser trabalho valer a pena que torne suport vel a perspectiva amarga do dia seguinte e continua J n o falando das condi es f sicas que incitam o trabalhador a beber o exemplo da maioria a educa o descuidada a impossibilidade de proteger os novos contra esta tenta o a frequente influ ncia direta dos pais alco latras os quais d o aguardente aos seus filhos a certeza de esquecer na embriaguez pelo menos por algumas ho
93. rela o de Vega com as novas tecnologias vem do ber o pois sua m e Pat Vega era uma analista de sistemas de computador de origem germ nico sueca Language album Solitude Standing Release date 1987 Label A amp M Records Inc 37 Se a linguagem fora l quida Ela estaria apressando se Em vez disso aqui estamos n s Em um sil ncio mais eloquente Do que qualquer palavra jamais poderia ser Essas palavras s o demasiado s lidas Eles n o se movem r pido o bastante Para capturar a falta de clareza no c rebro A qual voa por a e se vai Eu gostaria de encontr lo Em um lugar n o lugar fora do tempo Em algum lugar fora de contexto E al m de todas as pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now deportada para os Estados Unidos como atesta sua biografia em seu website oficial Na atualidade a cantora e letrista transita de forma pioneira pelo ciberespa o onde concedeu at uma entrevista realizada em 3 agosto de 2006 no programa de audit rio virtual chamado The Infinite Mind ao jornalista virtual John Hockenburry no Seconde Life Assim Vega vem tornando se um prot tipo do artista moderno cibern tico Seu exemplo foi seguido por outros artistas por perso
94. sentido O papel do monitor importante quando o monitor se disp e a aprender n E tamb m do educando quando o educando se disp e a aprender Por que se ele se disp e a ensinar e o outro n o se disp e a aprender fica totalmente divergente voc vai t ali Se for o caso os educandos n o quiserem aprender o educador vai t passando conhecimento mas os educandos eles querem Tem que ver isso E muito legal quando a gente quando o educador passa aquele conhecimento e o educando t ali recebendo eles entendem captam aquela informa o e transformam pra si ENTREVISTA EDUCADOR JOS SOBRINHO Al m disso a a o dos educadores se mostrou livre isto como elementos experimentais pr prios daqueles que aprendem na pr tica a desenvolver as concep es te ricas certo que a iniciativa depende em grande medida da disposi o do educador associando criatividade arcabou o te rico da sua forma o e de sua trajet ria pessoal com a predisposi o dos educandos em contextos singulares A campanha da dengue epidemia de dengue aqui no Brasil A gente pensou como que a gente poderia trabalhar isso A primeiramente a gente tinha 8 Tomamos aqui o termo baseado na acep o administrativa segundo a qual sinergia do grego syn coopera o e rgon obra ou trabalho definida como o efeito ativo e retroativo do trabalho ou esfor o coordenado de v rios subsistemas na realiza o de uma tarefa complexa
95. seu desenvolvimento expressivo torna o devir ainda mais insond vel Este ent o um devir coletivo complexo a cristalizar se em volta dos computadores e das in meras novas formas de comunica o telem tica modernas Mesmo que se tenha perdido as r deas deste processo faz se mister agora mesmo nos interrogar a respeito de que ou quais usos e produtos queremos deste aparelho o qual est passando dia a dia a se tornar imprescind vel em nossas vidas Uma real trag dia este o computador se tornar um fim e n o realmente um meio mas precisamente neste ponto que L vy defende o seu conceito de intelig ncia coletiva isto um novo tipo pensamento sustentado por conex es sociais vi veis com a utiliza o das redes abertas de computa o da Internet 1998 Para o autor quanto mais rapidamente se derem os processos de transforma o tecnol gica como os que observamos atualmente nas din micas do ciberespa o mais se dar a sensa o de preval ncia de um estranhamento pois que parecem vir do exterior e n o do pr prio homem Assim o que poderia evitar uma trag dia da cultura nos moldes simmelianos seria precisamente a capacidade imanente de um dos grandes motores da cibercultura ou seja a intelig ncia coletiva A interatividade as comunidades virtuais os f runs eletr nicos dos weblogs wikis chats e seus cong neres seriam determinantes para construir e disseminar os pdfMachine Is a pdf writer that pr
96. sistemas de poder administrativo O Estado o melhor exemplo deste processo idem 75 Na expans o do sistema capitalista entretanto a principal for a motriz da mudan a moderna e segundo a an lise de Giddens a dimens o da ind stria pode ser separada da dimens o do capitalismo assim como de outras dimens es da modernidade j que ela se reflete base tecnol gica da sociedade moderna ao desenvolvimento de uma civiliza o mecanizada voltada para o progresso da ci ncia e da tecnologia O autor toma estas quatro dimens es n o independentes entre si mas conectadas sob uma mesma l gica qual seja a l gica expansionista capitalista Evidentemente que esta expans o se processa n o apenas no espa o fisico mas tamb m em termos de constante inova o tecnol gica e aumento de produtividade a qual sinaliza para a moderna sociedade de consumo Para o Soci logo ingl s modernidade sin nimo de sociedade moderna ou civiliza o industrial isto est associada a a um conjunto de atitudes perante o mundo como a ideia de que este pass vel de transforma o segundo a inten o humana b um complexo de institui es econ micas em especial a produ o industrial econ mica e de mercado c toda uma variedade de institui es pol ticas como se v exemplificado pelo Estado nacional e a democracia de massa Assim a modernidade significar uma configura o m ltipla muito mais din mica do que qualquer outro ti
97. the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now computadores no auxilio educacional no entanto al m dos alunos os professores tamb m t m que ser informatizados o que outro problema citado pela LDB 9394 96 a respeito das novas compet ncias do profissional de educa o Estudos do Minist rio da Educa o contudo revelaram que o uso da inform tica pode ser contraproducente Segundo o SAEB Sistema de Avalia o da Educa o B sica o uso do computador associado ao uso da internet fora dos hor rios de aula pode ter um efeito de distra o e piorar os rendimentos em Matem tica e em Portugu s Ainda segundo o mesmo estudo as m dias referentes disciplina Matem tica em escolas p blicas ou privadas n o difere significativamente das m dias dos alunos com o mesmo perfil socioecon mico com acesso s citadas tecnologias inform ticas Isto indica que as pol ticas de inclus o digital que estimulam o uso de computadores nas escolas podem estar gravemente equivocadas pois de acordo com outro estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas UNICAMP A pesquisa mostra que o uso de computadores para fazer tarefas escolares est relacionado ao pior desempenho dos alunos principalmente entre os mais pobres e mais jovens DWYER WAINER DUTRA COVIC MAGALHAES FERREIRA PIMENTA CLAUDIO 2007
98. tica A voca o do CDI segundo os pr prios representantes estaduais o trabalho de inclus o entendido como responsabilidade social Esse trabalho j executado pela associa o dentro da comunidade esse trabalho de responsabilidade social e a come a se o processo de implanta o n a gente pede que a entidade selecione indique pra gente educador a gente precisa no m nimo de um coordenador e de um educador pra ficar frente dessa EIC e a ele seleciona e manda pra gente e a gente vai capacitar esse pessoal dentro da metodologia do CDI t Uma vez capacitado pela CDI a gente faz a doa o do equipamento de inform tica no m nimo pra abrir uma escola s o 10 computadores impressora um scanner caso a gente tenha no momento E a a gente faz todo o trabalho de acompanhamento Uma vez aberto uma EIC a gente fica acompanhando com visitas bimestrais com encontros mensais e tem uma s rie de atividades durante todo o ano Como esta sustentabilidade A gente sugere que a entidade cobre uma mensalidade simb lica que essa mensalidade varia at R 18 00 N o para ultrapassar esse valor que pra atender a comunidade carente ENTREVISTA ANA PAULA Este valor de R 18 00 um limite nacional que n o pode ser ultrapassado um valor teto estipulado pela pr pria ONG para viabilizar o trabalho em comunidades carentes 4 2 1 Administra o das EICs aspectos gerenciais e principais entraves
99. trazer para aqueles que n o tem acesso a inform tica a oportunidade de participar de conhecer e aprender e acho que isso de suma import ncia para o mundo que vivemos hoje onde tudo informatizado ENTREVISTA BRENO Nota se ent o a rela o ntima entre os conceitos de cidadania e democratiza o compreendidos pelos part cipes ou mesmo educandos do CDI Al m disso a ideia de conflito figura sutilmente nos discursos dos entrevistados o que nos suscita que a inform tica poderia protagonizar uma tens o interclasses sociais pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now g A heterogeneidade etaria das turmas Nas turmas que acompanhamos ficou evidente ainda que a heterogeneidade da turma no crit rio et rio foi um dos elementos mais obstaculizadores do sucesso nas din micas em sala que as tem ticas os textos a linguagem usada s o inequivocamente jovens o que distancia a participa o dos mais velhos Percebemos in meras vezes que os alunos mais velhos n o se empenhavam ou simplesmente n o compreendiam algumas atividades centradas em elementos da cultura juvenil causando ent o uma quebra no ritmo das aulas Acompanhamos o trabalho feito pelo professor Wesley com um te
100. vel tecer conjecturas por meio de senso comum acerca das in meras possibilidades desta sociedade baseada na informa o ou da falta de seguran a a qual est o submetidos de uma maneira ou de outra todos aqueles inclu dos no mundo digital A atual era da inform tica engendra as perspectivas da forma o de uma Sociedade da Informa o com numerosas promessas dilemas e tens es ainda n o equacionadas seja pela sociedade civil pelo segundo setor ou pelo Estado bem verdade que uma enxurrada de possibilidades benfazejas se instaura sob os ausp cios de uma tecnologia triunfante e irresist vel que engloba a muitos mas que engolfa outros tantos do o lt www suzannevega com gt acesso em janeiro de 2008 H varia es poss veis para o termo original utilizado por Georg Simmel Vergesellschafiung como socializa o e associa o mas para evitar confus es metodol gicas com termos usados por outros autores em pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now processo de digitaliza o e virtualiza o do mundo fen meno que ficou conhecido como Digital Divide Esta Divis o Digital ou exclus o digital pode ser definida como uma forte desigualdade que emerge n
101. vida arte socia es assim como formas de diferencia o do todo por meio de s mbolos espec ficos roupas m sicas gestos adornos chiclete g rias e dolos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now do cinema tudo isto vindo a reboque de um mundo que se polarizava e tecno burocratizava tornando a percep o da vida pela ptica jovem como algo essencialmente ef mero Levemos em conta o contexto pol tico internacional no sentido de efetuar uma imagina o sociol gica conforme aponta Mills da poca quando pela guerra fria o medo da morte prematura apressasse a busca intensa pelos prazeres do mundo colorido pelas benesses e bens tang veis da nova sociedade de consumo sem a preocupa o necess ria do nus desta busca fosse para o corpo fosse para a alma N o por acaso que esta nova sociedade configura uma cultura de consumo a qual identifica a liberdade com a escolha privada e a vida privada o que atinge em cheio os modos de agir e mundo de valores juvenis da poca Neste sentido exprime Slater a rela o entre liberdade e privacidade fundamental para a id ia do indiv duo moderno a raz o por exemplo foi conceitualizada por grande parte do Il
102. writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now tomados como movimentos musicais para o romantismo isto claro Na medida em que estes primeiros n o exigiam por assim dizer tanto dos instrumentos da poca como o cravo natural que as obras de W A Mozart e J S Bach n o extrapolassem os limites estruturais nem da m sica nem dos instrumentos Uma obra rom ntica como a de Ludwig van Beethoven por m a qual exigia dos pianos da poca algo imposs vel para os cravos de outrora mostra esta rela o din mica entre o desenvolvimento da t cnica racional e a t cnica musical ou mesmo art stica e est tica de cada per odo hist rico Os microtons explorados pelos instrumentos hindus vedas e orientais de modo geral assim como a no o de que somente com aquela tecnologia musical se teria este tipo de semiton ncia t o comum em instrumentos musicais do oriente t m rela o estreita com a cria o de estilos artisticomusicais escolas de estilos espec ficos e escalas musicais que definem at hoje as identidades culturais de pa ses daquela regi o Em compara o com os instrumentos temperados do medievo europeu principalmente o cravo de Bach e o rigor de sua escala pentat nica cl ssica os semitons or
103. you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now penas que havia muito no discurso dos jovens que deveria ser considerado como xito da metodologia do CDI mesmo que em apar ncia os resultados se apresentassem insuficientes Todo problema radica na capacidade de perceber de que forma estes conceitos s o incorporados o que em suma difere totalmente da forma como na Academia se costuma considerar certo conhecimento assimilado e o saber de algu m legitimado incontestavelmente Percebemos ent o que se deveria procurar os conceitos de democracia e cidadania dilu dos em pr ticas e atitudes extrassala que tiveram seu gatilho nas aulas da EIC Como Freire op cit exprime o saber justificado e legitimado n o por discursos repletos de arrog ncia farisaica mas por meio da corporeifica o da palavra pela a o Muitos n o acreditam neles mesmos mas com o trabalho que o Integrassol vem desenvolvendo a gente j vai sentindo a mudan a Essa mudan a t mostrando outra realidade e j agora t o confiante As crian as de antigamente s o os jovens de hoje e esses jovens de hoje j mostram que tem capacidade Eu posso fazer concurso p blico e passar Eles querem correr atr s ENTREVISTA JOS SOBRINHO A cidadania ent o efetivamente expressa nas aulas de inform tica e cidadania e que surge como resultado destas deve ser buscada mais em detalhes cotidianos s vezes m nimos do q
104. 1303 1328 Segundo esses autores O uso de computador seja na escola em casa no trabalho ou em outro local n o associado a uma melhoria uniforme do desempenho do aluno no sistema escolar Pelo contr rio aqueles que sempre usam o computador t m pior desempenho que outros usu rios da mesma classe social N o h na bibliografia cient fica nacional nenhum reconhecimento da exist ncia desta situa o Por esta raz o qualquer hip tese explicativa ser necessariamente especulativa IDEM 1324 Enquanto seguem as controv rsias acerca da condi o producente ou contraproducente da inclus o da inform tica e internet conjugadamente a estrat gias de ensino observa se concomitantemente um fervilhar social pela democratiza o da inform tica tomado como um direito indiscut vel desta ideia que parecem surgir iniciativas como a do CDI que busca democratizar o acesso ao computador para popula es de baixa renda e fazendo o com respeito cidadania dos envolvidos neste processo O CDI se baseia na constata o de uma nova realidade mundial Por um lado o crescimento da mis ria ponto de partida para v rios problemas sociais e de outro as in meras possibilidades das tecnologias de informa o O Comit tem como princ pio o uso da inform tica como ferramenta no processo de articula o manuten o e educa o das EICs 73 Tome se o conceito de compet ncia na concep o de Perrenoud 2000 ou seja a ed
105. 2000 SORJ Bernardo GUEDES Luis Eduardo Exclus o digital problemas conceituais evid ncias emp ricas e pol ticas p blicas Novos estudos CEBRAP July 2005 no 72 p 101 117 THIOLLENT Michel Metodologia da pesquisa a o 12 ed S o Paulo Cortez 2003 VELHO Gilberto Individualismo e cultura notas para uma antropologia da sociedade contempor nea 7 ed Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 2004 VIGNOLI J R Vulnerabilidad y grupos vulnerables un marco de referencia conceptual mirando a los j venes Serie Poblaci n y Desarrollo n 17 Santiago de Chile CEPAL 2001 VIRILIO P A bomba inform tica S o Paulo Esta o Liberdade 1999 ZALUAR Alba Cidad os n o v o ao para so S o Paulo Ed Escuta Campinas SP Editora da Universidade Estadual de Campinas 1994 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now
106. 3 Em uma sociedade historicamente marcada por desigualdades e d vidas sociais intensas as novas condi es mundiais e as novas estrat gias inclusivas se veem associadas inevitavelmente s novas tecnologias como plataformas de fluxo de informa es t o necess rias qualifica o comunica o participa o e mesmo entretenimento social das massas Assim O estudo das estatisticas mostra que as maiores densidades de acesso ao ciberespa o e de uso das tecnologias digitais coincidem com os principais n cleos mundiais de pesquisa cient fica de atividade econ mica e de transa es financeiras O efeito espont neo da expans o do ciberespa o aumentar as capacidades de controle estrat gico dos centros de poder tradicionais sobre as redes tecnol gicas econ micas e humanas cada vez mais vastas e dispersas Ainda assim uma pol tica voluntarista da parte dos poderes p blicos de coletividades locais de associa es de cidad os e de grupos de empres rios pode colocar o ciberespa o a servi o do desenvolvimento de regi es desfavorecidas explorando ao m ximo seu potencial de intelig ncia coletiva LEVY 2000 185 ineg vel a import ncia da inclus o digital para a conquista de uma sociedade mais equilibrada em termos de oportunidades e preparada para avan os nos n veis educacionais e econ micos J n o novidade que as chamadas novas tecnologias podem condicionar ocasi es para o desenvolvimento do que L vy
107. 50 1900 1404 1600 1924 833 962 N 19 136 54 108 315 117 234 140 863 208 416 250 379 noo Nm NAM oot 11 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 EICs E Educadores O Volunt rios O Computadores Fonte CDI 2005a Segundo Holanda 1995 73 92 at meados do s culo XVIII no Brasil o com rcio era hipertrofiado dada a pouca import ncia que faziam deste os donos de engenho e senhores da elite rural Sem d vida os engenhos eram organismos autossuficientes o que propicionou um v nculo personalista centrado em um paternalismo aterrador no qual o sufoco das rela es da esfera p blica ainda incipiente ou mesmo inexistente pela esfera do privado se fazia poss vel No Maranh o em 1735 queixava se um governador de que n o vivia a gente em comum mas em particular sendo a casa de cada habitante ou de cada r gulo uma verdadeira rep blica por que tinha os of cios que a comp em como pedreiros carpinteiros barbeiros sangrador pescador etc Com pouca mudan a tal situa o prolongou se ali s at bem depois da Independ ncia HOLANDA 1995 81 Assim as esferas p blicas os espa os dedicados vida p blica no Brasil tiveram seu fortalecimento por meio de um processo demorado com certo avan o somente ap s a vinda da fam lia real portuguesa para o Pa s em 1808 N o de espantar que o desenvolvimento da no o de cidadania e de participa o
108. A inform tica e educa o popular como proposta de escape o caso das EICs 88 3 4 Considera es acerca da juventude como objeto ni 92 3 4 1 Considera es hist ricas e culturais acerca da juventude 93 3 5 Juventude e vulnerabilidade social no contexto da inclus o digital cidad 97 4 OS JARDINEIROS ESPINHOS DIGITAIS E SUA PODA 102 4 1 Breve hist rico do CDI na constitui o da cidadania digital 102 4 2 A o geral do CDI e das EICS raras 105 4 2 1 Administra o das EICs aspectos gerenciais e principais entraves 113 4 2 2 Proposta pol tico pedag gica do CDI PPP um diferencial 117 4 3 EIC Luciano Cavalcante unidade emp rica de estudo s iii 122 4 3 1 Dos educadores sociais de inform tica dedicados jardineiros 130 4 3 1 1 Dificuldades os espinhos do processo 131 4 3 2 Das Conquistas css ss sstesme dada nao ee aar a e Aae eaaa Eaa EE AEREE sas 146 4 3 2 1 A incorpora o de novos conceitos e atitudes ira 146 4 2 2 2 O fortalecimento de la os culturais e viv ncias cidad s ccceseeceesteeeeeeseeeeeeees 153 4 3 Educandos de contempladores a colhedores cccccccesceceeeceeeeeesteneeeees 158 4 4 Elementos para uma cidadania digital incl
109. BOR op cit O historiador Eric Hobsbawm destaca a import ncia da tecnologia de informa o na hist ria Para esse autor existem tr s ve culos de massa realmente revolucion rios o jornal imprensa reportagem termo primeiramente usado pelo dicion rio franc s em 1929 e ingleses em 1931 o cinema e o r dio Em 1914 os ve culos de comunica o de massa em escala moderna j podiam ser tidos como centros na era dos cataclismos Foi espetacular a circula o de Jornais cresceu muito mais r pido que a popula o dobrando entre 1920 e 1950 a imprensa atra a os alfabetizados embora em pa ses de escolaridade de massa fizesse o melhor poss vel para satisfazer os semi alfabetizados com ilustra es e hist rias em quadrinhos ainda n o admiradas por intelectuais HOBSBAWM 1995 193 O cinema n o dependia de alfabetiza o principalmente depois de 1920 quando deixou de ser mudo foi fundamental em pa ses de l ngua inglesa Ao contr rio da imprensa que na maioria das partes do mundo interessava apenas uma pequena elite o cinema foi quase desde o inicio um ve culo de massa internacional com o abandono do cinema mudo o ingl s passa a ser difundido como uma forma de comunica o intercultural Idem 193 E o r dio terceiro ve culo de massa revolucion rio era inteiramente novo Proporcionava uma ruptura com Gutenberg pois estava baseado principalmente na propriedade privada na maquinaria sofistica
110. CARLOS Com um pouco mais de insist ncia na entrevista foi poss vel colher uma experi ncia marcante do que Jo o chamava de cidadania por meio da inform tica Eu agora t me lembrando Na minha escola eu j fiz um neg cio no computador falando sobre drogas As drogas como a gente pode par um pouco ehhh as viol ncias no neg cio de drogas dando Eu ia em outros col gios perguntando o que achava sobre drogas Se eles j tinham experimentado drogas Se algu m tinha oferecido isso J fiz isso mas agora que eu lembrei n Foi do col gio col gio mesmo col gio Foi um professor At gravado botaram l pra gente v a gente mesmo falando perguntando vendo depoimento de outras escolas isso a ENTREVISTA JO O CARLOS Notemos pois que o exemplo mais marcante de experi ncia cidad com o computador n o estava relacionada com a EIC ou mesmo o projeto do CDI Isso ficou mais claro quando perguntamos de que maneira o PC poderia ser usado de forma cidad Al m disso fica evidente que os lapsos de mem ria do educando sobre as viv ncias cidad s na O N G se d o porque estas n o foram marcantes ou significativas para ele mas de qualquer maneira J Carlos se refere aos colegas da comunidade e s possibilidades oferecidas pela inform tica cidad Um espa o grande poderia servir pra muitos cursos por que varia gente v rios jovens que n o n o conhece aqui n V rios amigos meus que n o f
111. Contrato Troca In Ensaios de Sociologia S o Paulo Ed Perspectiva 2 edi o 1999 MEAD Margaret Adolescencia y cultura en Samoa Buenos Aires Paid s 1967 METRAUX Alfred The revolution of the AX In Diogenes n25 MINIST RIO DO PLANEJAMENTO OR AMENTO E GEST O Secretaria de Gest o Gest o P blica para um Brasil de Todos um plano de gest o para o governo Lula Bras lia MP SEGES 2003 MIZUKAMI Maria da Gra a Nicoletti Ensino abordagens do processo S o Paulo EPU 1986 MOREIRA Renato ngelo de Almeida A A o desafio da serenidade no cora o de um mundo conturbado Um estudo sobre o problema do alcoolismo e o trabalho de Alco licos An nimos Monografia de Bacharelado Universidade Estadual do Cear UECE Curso de Ci ncias Sociais 1999 MOSER C The asset vulnerability framework reassessing urban poverty reduction strategies World Development New York v 26 n 1 1998 NEVES Ricardo O novo mundo digital Voc est nele oportunidades e mudan as que estamos vivendo Rio de Janeiro Relume Dumar 2007 OLIVEIRA Manfredo Ara jo de tica e racionalidade moderna S o Paulo Loyola 1993 cole o filos fica 28 OSBORNE David Reiventando o governo como o esp rito empreendedor est transformando o setor p blico 2 ed Bras lia MH Comunica o 1994 PELLANDA Nize Maria Campos O sentido profundo da solidariedade n Inclus o Digital tecendo redes afetiva
112. DF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now A socia o virtual uma forma de sociabilidade para a qual aponta uma mir ade de conte dos E na ponta diametralmente oposta desta forma ergue se outra mais dram tica referente exclus o digital De uma perspectiva dial tica n o pode haver uma socia o digital sem que concorra concomitante uma exclus o de pessoas deste processo Toda a argumenta o sobre a exist ncia de exclu dos do processo de socia o digital ou ainda mais de uma pretensa cidadania digital da transbordante nos remete inelutavelmente quest o da pobreza e figura do pobre Para Simmel a pobreza uma quest o problem tica pois se insere de maneira arbitr ria dentro dos moldes metodol gicos de forma e conte do sociais De todo modo inclu dos e exclu dos se unem uns contra os outros criando e recriando o poder do segredo de suas pr ticas e linguagens aumentando o hiato entre seus mundos Mesmo precariamente come am a aparecer op es de inclus o digital seja por meio do Estado ou pelas ONGs Sob os cuidados de Ongs de inclus o digital como o CDI Comit para Democratiza o da Inform tica jovens e crian as aprendem supostamente o fazer e fazer se em uma complexa g nese ontol
113. DF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now congrega diversas outras entidades tamb m sem fins lucrativos que desenvolvem projetos nas reas espiritual social educacional e cultural localizada a avenida Alberto Craveiro n 222 Os temas fluiram em v rias dire es Juntamente com educadores de outras EICs da Cidade assistimos a palestras sobre a Pedagogia freireana acerca da utiliza o da internet para consultas em rg os governamentais entre outros termos por m a ess ncia do treinamento era pr tica e em v rios momentos fomos convidado a participar ativamente como se fossemos um educador social Um dos principais eventos foi a divis o do grupo em equipes que se encarregariam de criar uma rotina de trabalho semanal na sua EIC criando hor rio a hor rio os temas objetivos m todos e atividades que seriam desenvolvidas nestas unidades Ao final deste treinamento compreendemos um pouco mais a dimens o do trabalho de um monitor de inform tica e cidadania S o cavaleiros errantes espada em punho enveredando se por terrenos tanto in spitos quanto desconhecidos e que carregam sobre seus ombros a tarefa dificilima de estar na linha de frente de um processo complexo chamemos precariamente de inclus o digital e que ainda pr
114. Da temos duas posi es a fatalismo discurso c nico morno acomodado farisaico e destacador da inexorabilidade do real b esperan a luta transforma o posi o politicocr tica reflex o e a o pol tica transformadora dimens o da decis o e ruptura com a qual est sintonizada abertamente a proposta do CDI O projeto politicopedag gico do CDI CDI 2005a CDI 2005b considera imprescindibilidade de uma consci ncia da necessidade de intervir na realidade pois o mundo n o est sendo onde os homens e mulheres s o sujeitos e objetos da hist ria Por isso mesmo estudar n o um fato neutro ningu m estuda por estudar O ato de estudar se configuraria por um a priori pol tico pois ent o um ato pol tico por excel ncia assim como a tecnologia em Marcuse 1982 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now As resist ncias f sicas e culturais dos oprimidos s o manhas e estrat gias de sobreviv ncia como no exemplo do sincretismo religioso afrolusitano Mudar dif cil mas poss vel e isto baliza os projetos politicopedag gicos a despeito das limita es e incongru ncias programaticoement rias O erro das pol ticas assistencialistas consiste exatamente
115. Fonte Adaptado de Neves 2007 27 pelo autor O autor pondera ainda sobre a condi o dos jovens nesta nova era da informa o tomada como era de transi o Os jovens dos tempos da transi o para a sociedade do digital sofrem sobretudo por falta de refer ncia receitas prontas do que deve ser feito para ganhar qualifica o e atingir a plenitude da vida adulta Sofrimento agravado fundamentalmente pela falta de perspectiva de disponibilidade de empregos que eram tradicionais no s culo XX Por m por sua vez os adultos com mais de 30 anos sofrem com a sobrecarga cognitiva e vai se tornando cada vez mais epid mica e pelas suas dificuldades de manter o passo atualizado com as mudan as em especial as de natureza tecnol gica 2007 91 Por isso mesmo para Neves Continuamos a encarar a juventude como o movimento da plenitude da capacidade cognitiva sem que isto corresponda capacidade que realmente temos O acontecimento da renascen a digital imp e mudan as nesta perspectiva Idem 95 H por m um movimento inevit vel de mudan a destas perspectivas que v o se exaurir nas pr ximas d cadas abrindo ent o o desafio a equacionar a educa o n o mais uma mera escolaridade para jovens mas um processo cotidiano universal entrando no Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all W
116. Isto n o quer dizer por m que n o tenha sido uma ferramenta poderosa de informa o de massa como governantes e vendedores logo perceberam para a propaganda pol tica e publicidade V rios eventos confirmam a import ncia deste aparelho para o desenvolvimento cultural pol tico social do s culo XX Em 1930 pela primeira vez ouvia se a longa dist ncia por mais de cinco minutos ininterruptos algo para um n mero teoricamente ilimitado de pessoas Hitler comando suas tropas nazistas pelo r dio e em 1961 De Gaulle apelou com xito aos recrutas franceses contra o golpe militar Os recrutas ouviram suas palavras atrav s de r dios port teis As for as que dominaram as artes populares foram assim basicamente tecnol gicas e industriais imprensa c mera cinema disco longplay e o r dio 1995 196 Para o autor a TV tem menos capilaridade do que o r dio entretanto com a televis o se processa uma domestica o da imagem em movimento algo culturalmente relevante para as forma es sociais Na d cada de 1980 cerca de 80 de um pa s como o Brasil tinha acesso televis o Isso mais surpreendente que o fato de nos EUA o novo ve culo ter substitu do tanto o r dio quanto o cinema como forma de padr o de divers o popular Na d cada de 1950 e na pr pria Gr Bretanha na d cada de 1960 sua demanda de massa era esmagadora com a dissemina o dos computadores dom sticos a telinha parecia na imin ncia de
117. J Habermas como sendo t cnicas de consequ ncias intrinsecamente ambivalentes Para o Fil sofo alem o as utopias influenciaram as correntes pol ticas do s culo XX desde o comunismo sovi tico utopias baseadas no que o autor chamou de trabalho abstrato passando pelo corporativismo fascista italiano e chegando ao reformismo social democrata Ademais o esgotamento do Welfare State ainda no anos 1970 d se pela raz o de que este se nutria da utopia relativa a uma sociedade do trabalho n o respondendo mais s quest es impostas pelo novo Zeitgeist demonstrando a inoper ncia do projeto do Estado intervencionista e seu programa de domestica o do sistema econ mico capitalista Neste estado de coisas restariam algumas esperan as dentre as quais se destacam o equil brio de for as em jogo reformula o da participa o pol tica com a institui o por exemplo de mecanismos de autoregula o assim como novos vieses de solidariedade social Segundo o autor existe uma barreira entre o mundo da vida e o sistema somente transpon vel pela manuten o de uma nova partilha de poder Para ele n o existe outro meio de escape pois As sociedades modernas disp em de tr s recursos que podem satisfazer suas necessidades no exerc cio do governo o dinheiro o poder e a solidariedade As esferas de influ ncia desses recursos teriam de ser postas em um novo equil brio o poder de integra o social da solida
118. NG no Cear e Cidadania EIC aut nomas e autossustent veis que desenvolvem atividades Isto significa que segundo os dados do IBICT 2008 j exposto no terceiro cap tulo deste trabalho as EICs representam no Cear cerca de 3 33 da for a de enfrentamento da exclus o digital do Estado se tomarmos em conta as unidades aut nomas e autossustent veis No per odo pesquisado sua atua o no Cear contava com 29 EICs em Fortaleza e Regi o Metropolitana e sete no restante do Estado As EIC s funcionavam com um total de aproximadamente 1080 alunos e j haviam capacitado 7 589 crian as e jovens vide tabela 4 1 Sua a o compreende principalmente programas educacionais profissionalizantes e de interven o social Por meio de seus programas de combate exclus o digital o CDI 99 66 Cear advoga em pr prio favor afirmando promover tamb m a cidadania alfabetiza o ecologia sa de direitos humanos e n o viol ncia Isto significa afirmar que o CDI no que se refere a abertura e acompanhamento de suas EIC se mostra bastante criterioso A iniciativa federal de inclus o digital Casa Brasil e os telecentros t m uma din mica diferente com rela o tanto ao que diz respeito ao projeto de acompanhamento pedag gico como tamb m expans o de suas unidades O relato a seguir reflete esta diferen a de atitude percebida por ocasi o de uma poss vel parceria en
119. OR 2002 17 Dowbor se utiliza de um metodologia simples para analisar as graves transforma es dividindo as revolu es da atualidade em quatro eixos de transforma o a da eletr nica b das Telecomunica es c Conhecimento da Vida e d das energias O primeiro eixo diz respeito principalmente s transforma es no campo da inform tica que por si est relacionado intimamente com o nosso cotidiano No momento em que a ci ncia se apropria do el tron e do f ton na sua condi o de instrumentos de express o estocagem organiza o busca inteligente e transmiss o de informa o significa segundo o Economista que o conjunto de processos vinculados ao conhecimento passa a utilizar um meio cuja rapidez da velocidade da luz Ademais o poder de difus o da informa o se torna inauditamente maior por sua fluidez criando um ambiente global de conectividade e intera o O eixo das telecomunica es est intimamente relacionado com o primeiro eixo citado e correspons vel pelo envolvimento planet rio em um espa o unificado de comunica es via sat lites cabos pticos e sistemas de retransmiss o Este eixo aponta para a tend ncia aparentemente inelut vel da mescla ou uni o das diversas classes de m dia em uma s Filmes telefones programa o de TVs e editora o est o hoje agrupados em um s pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in s
120. Os n meros do analfabetismo cerca de 20 milh es de brasileiros BAGGIO 2000 s o preocupantes assim como os ndices relacionados exclus o digital analfabetos digitais tamb m o s o O analfabeto digital para as tecnologias digitais o que o analfabeto para as letras Poder amos tomar por analfabeto digital aquele que se encontra em estado de inaptid o imper cia ou despreparo para o uso assimila o decodifica o e interpreta o das potencialidades proporcionadas pelas tecnologias digitais Assim o indiv duo analfabeto digitalmente se encontra em estado de exclus o digital pela aus ncias f sica cognitiva e de consci ncia social da infraestrutura necess ria ao acesso a estas tecnologias digitais Historicamente um dos estudos pioneiros na rea de exclus o digital no Pa s foi o Mapa da Exclus o Digital 2003 Segundo dados desse estudo Idem 05 os n meros relativos inclus o digital no Estado do Cear se expressavam em apenas 4 51 Esta realidade se tornam ainda mais preocupante quando se analisava o mapa social do Brasil relativo a esta quest o Tabela 2 1 Mapa de Inclu dos exclu dos digitais no Brasil por sexo educa o idade e renda Mapa social Universo Popula o Total Homens Educa o Idade PIA Renda Incluidos 16209223 00 48 89 8 72 31 14 462826 66 1677 15 Excluidos 153663627 00 49 25 4 40 27 95 529046 90 452 44 Brasil Total 169872850 00 49 21 4 81 28 26
121. S O RM POA 21 RMRJ S RM CUR 26 RMSP E 27 3 DF 3 3 3 7 0 5 10 15 20 25 30 35 Fonte CGI br Legenda RM Regi o Metropolitana SP S o Paulo RJ Rio de Janeiro BH Belo Horizonte SE Sudeste Sal Salvador Rec Recife For Fortaleza NO Nordeste Bel Bel m N Norte Cur Curitiba Poa Porto Alegre S sul DF Distrito Federal CO Centro Oeste O acompanhamento da dimens o pol tica que envolve as TCIs e TDCIs indispens vel ainda mais no momento em que chegam ao conhecimento da sociedade civil as discuss es sobre a instala o da TV digital no Pa s assim como os debates sobre a utiliza o dos recursos do Fundo de Universaliza o dos Servi os de Telecomunica es FUST um imposto de 2 sobre o valor das contas de telefone tirado da receita das empresas de telefonia para ser usado na informatiza o das escolas e que j extrapolava o valor de 50 bilh es de reais em dezembro de 2005 A sociedade brasileira assolada pelo definhamento progressivo e unilateral da pol tica do bem estar social pela manuten o irrestrita ao neoliberalismo assim como pela crescente onda de desregulamenta o ou precariza o do trabalho propicia um quadro de desemprego e sua consequ ncia imediata desigualdade social sem precedentes na hist ria do pa s O retrato de uma m distribui o de renda se aclara com Lesbaupin 2000 9 quando se refere condi o brasileira nestes termos a renda d
122. Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now com o educador ou com a m quina comum encontrar a opini o de que a melhor disposi o das mesas seria em formato de ilhas que proporcionam uma melhor intera o entre educandos e educadores fundamental para os prop sitos includentes e democr ticos da organiza o em quest o PELLANDA 2005 Com isso podemos afirmar que a disposi o das cadeiras das m quinas e as formas pelas quais estes recursos s o apropriados pelos educandos na sala de aula da EIC ACF mas possivelmente n o s nesta unidade j se configura um processo de exclus o Se formos bem rigoroso a disposi o das m quinas em si produz exclus o porquanto aquele que resta esquerda da m quina fica sem acesso f cil ao teclado ao mouse e at ao monitor Foto 3 Sala de aula EIC ACF Fonte autor jan 2007 Percebe se portanto uma rela o de poder na qual um dos educandos da dupla sempre sobressai dominando o tempo de uso o acesso ao saber e as iniciativas de manipula o da m quina Uma vez que a permuta de usu rios n o ocorre sempre e n o raro depende da interven o expressa do educador deixados pr pria consci ncia n o percebemos a iniciativa de compartilhamento equitativo dos recursos dispon veis na sala Por isto mesmo a exclus o digital reproduzida mesmo dentro do local que se diz ter como fun o combat la O que s
123. a es ou rela es virtuais como pontos de fuga destes limites tridimensionais das rela es e linguagem formais If language were liquid It would be rushing in Instead here we are Ina silence more eloquent Than any word could ever be These words are too solid They don t move fast enough To catch the blur in the brain That flies by and is gone Neste trecho a cantora exp e sua interpreta o para os limites da linguagem formal e aponta para um outro tipo de comunica o fluida com a met fora de uma linguagem l quida As possibilidades de comunica o entre desconhecidos de uma metr pole como Nova Iorque esbarram em limites de uma linguagem formal e tridimensional condicionada a todo o tipo de censuras e formalidades de uma conversa em ambiente real ou mesmo de um flerte fortuito em ambiente p blico sujeito a toda classe de constrangimentos Por isso ela aponta para um novo tipo de rela o mais flu da et rea virtual I d like to meet you In a timeless placeless place Somewhere out of context And beyond all consequences Claro est que esta nova rela o ou metarrela o virtual sem as amarras da formalidade e os limites da realidade cotidiana se expande para um novo terreno a placeless place um lugar n o lugar onde talvez por isto mesmo seja o terreno acolhedor de todos os tipos de possibilidades e al m de todas as consequ ncias isto uma rela o al m da tica e da moral estabelecida A
124. a D Lobelita Cavalcante de Fran a assim como todas as pessoas da dire o aos alunos da EIC pela paci ncia compreens o e ajuda a todos os amigos do CEA aos professores Amauri e Efig nia da Silva e especialmente aos professores Ernesto Bar n e esposa pela ajuda constante e dedica o irrestrita Agrade o ainda a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuiram para a realiza o deste humilde trabalho pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Resumo A racionalidade cientifica expressa desde a aurora da era moderna denota o inexor vel avan o das tecnologias da informa o e comunica o Esse processo entretanto oculta a contradi o silenciosa do distanciamento entre dois p los sociais os inclu dos e exclu dos digitais O que se tem chamado de digital divide desafia organiza es p blicas e privadas em todo mundo e principalmente nos Pa ses em desenvolvimento onde a infraestrutura inform tica pedag gica como tamb m as a es de pol ticas p blicas ainda carecem de amadurecimento e defini o mais precisas de seus conceitos O Nordeste engloba as maiores taxas de exclus o digital do Brasil o que demanda uma efetiva constitui o de formas de en
125. a democratizar a inform tica n o pra aquela classe m dia alta mas pra classe menos favorecida n Muitos assim no nosso bairro infelizmente muitos n o tem essa consci ncia que aquela pessoa que n o tem uma renda boa ele pode conhecer inform tica e atrav s daquela informa o um emprego bom Esses da acham Bom se eu tenho uma condi ozinha eu tenho um curso de inform tica eu consigo um emprego aquele que n o tem nada tem pouca coisa n o tem uma casa boa ele n o vai conseguir nada Assim isso vem transformando n Muitos hoje pensam assim Aquele caba ali pode ser melhor que eu Por que assim se ele tiver um curso de inform tica vem procurar informa o ele vai encontrar e vai ser melhor do que eu basta querer E isso vem transformando e assim se vai levando Quando eles falam em democratiza o n o deixar a inform tica s pra aquela classe mas botar inform tica pra todo mundo pra que todo mundo tenha acesso mesmo N o seja Voc procure democratizar a inform tica para aquela crian a que n o tem uma qualidade de vida boa n o tem uma casa boa tem uma fam lia desestruturada Dar inform tica pra aquela crian a pra que ela procure assim ter um conhecimento e que tamb m atrav s da inform tica ela possa ir aprendendo mudando buscando conhecimento ENTREVISTA JOS SOBRINHO Bom democratizar para mim tornar vi vel a todos participar de algo e o projeto do CDI isso
126. a comunidade l se chama Mangabeira a eu conversando com os alunos meus educandos a eu sempre perguntava gente eu t chegando aqui na Mangabeira tava vindo de outro bairro eu queria que voc s falassem tamb m um pouco do bairro Porque que o bairro tem esse nome A eles ficaram assim me olhando Nao a gente n o sabe Vai ver que por que tem muita manga n A eu disse n o manga mangueira uma coisa mangabeira outra A eu disse gente vamo fazer uma pesquisa Quem aqui sabe qual a pessoa mais velha da comunidade Ah a minha av A minha av tem oitenta e poucos Ah a minha av n o sei o qu A minha bisav tem noventa e 2 i a a ala pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now pesquisarem junto com as pessoas mais velhas e tamb m os lideres da comunidade pessoal da igreja pessoal de outras institui es Eles sa ram em campo n Ai trouxeram Interessante que eles encontraram duas vers es n Uma vers o que a gente utilizou digamos assim como verdadeira porque foi o que as pessoas mais falaram que quando as primeiras pessoas que iam morar l chegaram pra morar l encontraram muito p de mangaba que at
127. a conveni ncia de cart es de cr dito compras digitais correios eletr nicos lazer virtual de toda esp cie mas existe um custo Para 7 Esta reestrutura o permite que as rela es nos contratos de trabalho mudem de forma acelerada a partir de 1973 com a crise do capital do EEUU data esta destacada por David Harvey 1992 como o ponto chave da mudan a do fordismo para o toyotismo Em suma esta transforma o desintegra o contrato de trabalho integral e por tempo indeterminado tornando o paulatinamente tempor rio e ou subcontratado O aumento do pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now a utiliza o destes recursos necess rio acesso material computador linha telef nica etc e tamb m intelectual e humano O mundo p s moderno HARVEY 1992 HALL 2005 LYOTARD 2002 possibilita a rapidez do voto eletr nico a tecnologia do acesso a programas como o Bolsa Escola o cart o do cidad o etc Mesmo por m que o exerc cio da cidadania traduzido nestas simples situa es esteja de forma aparente t o democraticamente dispon vel tal conceito de democracia desconsidera uma quest o fundamental quem tem acesso alfabetiza o digital no Pa s
128. a curiosidade epistemol gica onde o a lunus aquele desprovido da luz do conhecimento se veja como educando e deixe de ser predicado para ser sujeito do fazer o mundo do fazer no mundo e fazer se no mundo Para o autor aprender essencialmente construir constatar para mudar por isso mesmo envolve risco aventura e ruptura Nesta perspectiva a pr tica educativa consiste em um a priori pol tico dado que n o neutra e demanda mudan as decisdesrupturas Esta tem dimens es gnosiol gicas pol ticas est ticas morais Est tica pois vai al m das t cnicas chegando ao subjetivo aos medos desejos sonhos O discurso de Paulo Freire lembra os tr s n veis da inst ncia normativa humana anomia heteronomia e autonomia e da autonomiademocracia como uma pr xis que se estabelece fazendo se de dentro para fora constantemente e n o algo pronto no final do processo educativo A se insere o est mulo assun o do direito de decidir romper constante na rela o educador educando A este respeito exprime Imbert A poi sis realiza se em uma obra rgon exterior ao agente Neste caso a atividade cessa quanto sua finalidade alcan ada quando a casa est terminada deixa se de construir quando se conseguiu o emagrecimento deixa se de emagrecer quando se aprendeu a li o deixa se de aprender Esses fazeres dependem de a o transitiva e fabricadora representam meios e n o fins que permaneceriam imanente
129. a da cidadania digital que apresentamos o presente trabalho intitulado O Florescer da Rosa Digital perspectivas para a forma o da cidadania digital em um estudo sobre a Escola de Inform tica e Cidadania Luciano Cavalcante em Fortaleza Este trabalho est dividido em cinco cap tulos todos relacionados com o crescimento desta rosa No segundo cap tulo expusemos aquilo que compreende o substrato desta rosa a era moderna ou p s moderna com suas contradi es e promessas n o cumpridas a din mica do capital a racionalidade t cnica os impactos atuais e primeiros da tecnologia sobre as sociedades humanas assim como as novas formas de sociabilidade provocadas pelas tecnologias inform ticas suas din micas excludentes circunscritas s socia es SIMMEL 1977 virtuais todos estes elementos ligados ao adubo hibrido de bons e perniciosos elementos No cap tulo seguinte nos ocupamos de aprofundar aquilo que chamamos de caule e p talas da Rosa Digital formas de exclus o do mundo digital e seus modos de enfrentamento al m de dedicar especial aten o categoria juventude com o hist rico do termo e das condi es de vulnerabilidade social relativas ao nosso objeto de estudo Os espinhos digitais e sua poda finalizam o trabalho No quarto cap tulo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compati
130. a de casa n Isso j normal natural tornou se banal problema era banal Ai com o trabalho de conscientiza o que a gente v que a gente faz dentro da EIC trabalho pela discuss o eles passam a perceber que realmente n o correto eles passam a ter uma no o de transforma o eles mesmos passam a trabalhar pra eles Um grupo de Jovens da comunidade que eram educandos eles perceberam que a rua deles tava se transformando num lix o por qu As pessoas tavam achando normal jogar lixo l no meio da rua e eles mesmos chegaram e fizeram vamo fazer o projeto de limpeza da rua por que a gente observou e viu que aquilo um foco de doen a aquilo ali n o correto vamo conscientizar as pessoas a colocar o lixo no lixo A fizeram todo a pesquisa do lixo o que o lixo causa o que eles poderiam fazer com isso dentro da comunidade principalmente fizeram l o trabalho uma palestra Fizeram e acabaram limpando a rua sabe Colocando lat es de lixo l tal pra comunidade saber que o lixo tem que t no lixo uma quest o realmente de educa o Isso foi um reflexo do trabalho do CDI Por que nas discuss es que a gente tem Eles v o vendo v o como direi eles v o saindo da escurid o Saindo da caverna praticamente eles v o enxergando que muitas vezes aquilo que normal n o o certo seria isso ENTREVISTA FCO SILVA pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce
131. a finalidade dentro da l gica cultural simmeliana dos objetos O computador como obra cultural do homem o v transformado em um mero portador de constrangimentos por terem os objetos humanos uma l gica imanente de configura o cultural Os caminhos de desenvolvimento dos sujeitos e dos objetos est o cindidos Trilhar o caminho do desenvolvimento dos objetos aut nomos seria estar fadado ao esvaziamento da vida interior e essencial pr pria ao homem pois o objeto criado pelo esp rito o qual deveria conduzir o sujeito de si mesmo para si mesmo n o o faz e ao contr rio o distancia dele mesmo Para Johnson 2001 as comunidades virtuais assim como a Internet est o permitindo que estranhos interajam novamente embora desta vez sem a labuta e a viol ncia da Revolu o Industrial Assim como na ltima revolu o tecnol gica a qual contava com o destro ador de algod o e suas variantes industriais respons veis pela imigra o de milh es de trabalhadores europeus nos EUA e na Inglaterra e os apinhou em corti os de Manchester e Lowell 2003 51 Para compreender o mundo virtual das ciberrela es o autor se utiliza de uma met fora do surf na rede Idem 53 e do ziguezague que remete met fora do pedestre fldneur de Baudelaire o homem da multid o atra do pelo tumulto de algum boulevard no s culo XIX atra do pelo caleidosc pio de consci ncia presente no meio da vasta turba que vagueia nas ruas das metr
132. a maioria dos estudantes n o adequada aos preceitos da pedagogia pretendida pelo C D I e de alguma maneira refor ada inconscientemente pelos monitores Gohn 2001a estabelece uma tipologia de formas educativas no Pa s que nos ajuda a pensar a quest o Segundo a autora existe uma distin o entre a educa o formal e a n o formal A educa o formal ou educa o escolar formal oficial aquela desenvolvida nas escolas e ministrada por entidades p blicas ou privadas Este tipo de educa o se caracteriza por um modelo r gido dotado de uma pedagogia consciente e planejada na qual os espa os de aprendizado s o t o previs veis quanto mensur veis Por educa o n o formal entende se um conjunto de processos que envolvem a aprendizagem pol tica dos direitos dos indiv duos tomados em sua dimens o cidad a conscientiza o destes indiv duos por meio da participa o em atividades grupais em rela o ao entendimento e luta pelos seus interesses individuais e coletivos a capacita o dos indiv duos para o trabalho por meio da aprendizagem de habilidades desenvolvimento de potencialidades aprendizagem e pr tica por meio de exerc cios que capacitam os indiv duos a organizarem se com objetivos comunit rios com vias de solu o a problemas coletivos part cipes do seu cotidiano Os espa os da dita educa o n o formal segundo a autora envolvem os domic lios lugar das rela es familiares
133. a massa de pessoas separadas quanto a proposi es simples que Ihe seriam submetidas por algum demagogo teleg nico mas sim de incitar a colabora o coletiva e cont nua dos problemas e sua solu o cooperativa concreta o mais pr ximo poss vel dos grupos envolvidos LEVY 2000 195 Somos c nscios de que o projeto do CDI poderia apontar para uma colabora o continua e coletiva para a solu o de problemas da comunidade centrados na a o pol tica articulada e usando o computador como uma ferramenta de apoio A efetiva o de uma cidadania digital e de uma democracia virtual ainda est entertanto muito distante da realidade concreta da unidade estudada Com isso enfatizamos primeiramente que democratizar e incluir n o s o conceitos sin nimos como poderia pensar o leigo Mesmo que o termo democratizar ele mesmo j seja usado sem profundidade pois exacerbadamente empregado tanto pela linguagem popular como pela inconsequente verborreia politiqueira podemos atribu lo ou associa lo atividade feita pelas EICs sen o por todas ao menos pela unidade que estudamos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now neste trabalho O mesmo n o se pode afir
134. a n o est naquilo que chamamos de cidadania nem no conceito da Ci ncia Pol tica em termos rigorosos nem na concep o que desta faz o pr prio CDI Embora que entre as conversas de alguns jovens tenhamos ouvido falar de jogos m sicas baixadas da Internet Orkut e mails etc e que para alguns deles o diferencial do CDI o pre o n o a metodologia percebemos uma modifica o da conduta do educando que traduz a raz o de ser desta ONG Referimo nos ao aproveitamento da inform tica n o somente para elevar a posi o de status perante os seus imediatamente e diante dos poss veis empregadores para quem buscam apresentar um suposto acr scimo de capital cultural secund ria e instrumentalmente Referimo nos s mudan as de atitude que se verificaram na escola na fam lia nas ruas da comunidade com o desenvolvimento de grupos de discuss o f runs de cidadania elabora o de folhetos preventivos desenvolvimento de pesquisas hist ricas e socioecon micas sobre as pr prias comunidades em que vivem produ o de cord is com temas sociais etc Isto significa que o m todo do CDI tem a despeito de in meras adversidades logrado xito em proporcionar oportunidades de mudan as no comportamento de jovens usando o computador como ferramenta de apoio na incorpora o de novos conceitos e atitudes em rela o ao desafio do cotidiano e no fortalecimento de la os culturais e viv ncias cidad s Os principais pontos positivo
135. a ocupa o espa o como que ela t S o vistos quatro eixos n Que o espa o a proposta pedag gica a metodologia e Tecnol gico como que t o usando as ferramentas E s o tr s tr s ferramentas de avalia o que a gente utiliza ENTREVISTA FCO CHARLES Deste modo com a an lise de relat rios quadrimestrais exame das fichas de visita o e vistoria presencial dos avaliadores a administra o procura garantir a sintonia com os elementos essenciais da proposta do CDI e a raz o social de seus prop sitos A visita do avaliador primordial no processo uma vez que perscruta intensamente os quatro eixos da unidade a espa o f sico e suas condi es concretas para o desenvolvimento de um trabalho correto b proposta pedag gica o grande diferencial do CDI e uma de suas maiores preocupa es de acompanhamento c metodologia pr pria do educador para desenvolver as ideias do eixo anterior e d tecnol gico isto a condi o das m quinas sua obsolesc ncia e manuten o elementos infraestruturais para o funcionamento das escolas Sobre o encontro estadual relatou a gestora Um encontro estadual no final do ano onde a gente tem um momento de fazer uma retrospectiva apresenta o dos trabalhos mais relevantes desenvolvidos nas escolas de inform tica uma apresenta o plen ria e a num segundo momento seria uma avalia o de todo o trabalho que a gente desenvolveu durante o ano e o pdfMachin
136. a tentativa de se adequarem metodologia do CDI e de lidarem com as in meras vari veis presentes em sala de aula na percep o destes o trabalho de mudan a de conduta pol tica dos jovens se verifica prof cuo sendo uma grande conquista Hoje em dia os jovens s o mais conscientes jovens determinados Que s o determinados mesmo mostram que querem o que v o conseguir conseguem n Jovens que procuram informa es Hoje em dia temos s o quatro jovens na institui o que nos ajudam voluntariando n E eles dia de sexta feira que dia do planejamento eles v o pra Internet l na sala procuram informa es de como fazer um plano de aula de como procurar informa es pra tentar passar para as crian as Eu acho muito interessante n Por que eles t o procurando informa es Eles t o procurando se aprimorar isso eu acho bastante legal da parte deles Eles t o buscando informa o pra passar pros educandos n o d o aula chata t o l fazendo seu plano de aula t o se esfor ando t o mostrando que querem e que sabem fazer Esses dias mesmo foi um grupo de jovens l na sala de inform tica pedir pra fazer um of cio para risos para a sa da de um dos professores duma das escolas de l por que o professor n o tava ensinando ele estavam conversando em sala de aula Isso numa escola p blica Eles foram mostrar que queriam fazer o of cio Eu rapaz pode fazer Esteja vontade Separei uma m quina pra eles ire
137. a teoria motivo pelo qual esta verte perplexidade os estudiosos deste tempo Paradoxalmente entretanto o fim daquele s culo tamb m guardava outra ordem de coisas no que tange s formas de organiza o comunit ria assim como nos movimentos sociais Em nenhuma poca parece ter existido uma tamanha for a da participa o social e pol tica de forma organizada envolvendo cidad os e grupos sociais de interesse Com isso concorda Giddens 2001 quando exprime que um marcado individualismo se processa na modernidade sendo este o substrato para os novos conte dos das participa es populares n o mais de interesses de classes sociais mas de grupos espec ficos como homossexuais idosos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now mulheres sem terra etc Isto sinaliza para uma modernidade a qual promove com o esgotamento do estruturalismo um retorno ao individuo e na qual tamb m paradoxalmente o indiv duo nunca foi t o menos individual Por isso afirma que O individuo parece hoje menos individual do que nunca a sua vida intima nunca foi t o p bica a sua vida sexual nunca foi t o codificada sua liberdade de express o nunca foi t o inaud vel e t o sujeita a crit r
138. achine Get yours now poss vel um desenvolvimento singular das for as produtivas de um dado per odo ensejando um crescimento de produtividade e aquecimento das rela es comerciais Na base destas mudan as paradigm ticas temos uma figura como Galileu Galilei para quem o universo como um grande livro o qual n o se pode entender sem antes aprender a l ngua e conhecer os caracteres nos quais est escrito Ele est escrito em linguagem matem tica e os caracteres s o tri ngulos c rculos e outras figuras geom tricas de maneira que sem os quais humanamente imposs vel entender qualquer palavra GALILEI apud ROSSI 97 167 O estabelecimento deste padr o de racionalidade e a busca de uma mathesis universalis isto uma ci ncia universal da ordem e da medida cujo modelo s o as matem ticas significa o abandono da busca das causas finais na explica o dos fen menos da natureza bastando a compreens o das leis que os regem reduzindo a natureza aos seus elementos mensur veis A ci ncia moderna pois teria como o grande pilar a concep o da natureza como portadora de uma harmonia e ordem que lhe s o intr nsecas e que sem os recursos da raz o e da linguagem matem tica a humanidade n o faria mais do que vagar por um labirinto escuro Desta poca vem a no o de que tudo aquilo que faz parte do mundo material pode ser traduzido em termos quantitativos e que as rela es entre os fen menos est o regidos por
139. ade axiol gica Nesta vis o n o somente a tecnologia mas tamb m a ci ncia como um todo alvo de uma cr tica feroz e repleta de proselitismo A no o de neutralidade essencial da ci ncia tamb m estendida t cnica A m quina indiferente aos usos sociais que lhe s o dados desde que tais usos permane am dentro de suas possibilidades t cnicas Em vista do car ter instrumentalista interno do m todo cient fico essa interpreta o parece inadequada Uma rela o mais estreita parece existir entre o pensamento cient fico e sua aplica o entre o universo da locu o cient fica e o da locu o e comportamento comuns uma rela o na qual ambas se movem sob a mesma l gica e racionalidade de domina o O meu prop sito demonstrar o car ter instrumentalista interno da racionalidade cient fica em virtude da qual ela tecnologia aprioristica e o a priori de uma tecnologia espec fica a saber tecnologia como forma de controle e A Quanto a isto poder se ia dizer que o que n o est claro quem est no papel de Mefist feles Cf Sachs 2004 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now domina o social O m todo cient fico que lev
140. ade contradit ria geradora de in meros d ficits os quais denunciam o qu o d bil se configura a base de legitima o e reprodu o da riqueza desta sociedade capitalista Para o autor mesmo que esta racionalidade irracional seja atualmente hegem nica ela significa tamb m paradoxalmente que est vivendo um momento de esgotamento pois sendo combinada com o que ele chama de receitas neoliberais a preemin ncia desta classe de racionalidade provoca uma l gica de domina o e de regula o no contexto mundial Ao arrancar a autonomia dos processos pol ticos e sociais das na es em desenvolvimento cooptando lhes um modelo a ser seguido os pa ses chamados centrais subjugam os interesses daquelas na es subsumindo sua soberania sob a gide de uma pretensa e envolvente racionalidade E em si um processo t o contradit rio que para Santos A moderniza o cient fico t cnol gica e neoliberal alastra se hoje paradoxalmente na mesma medida em que se alastra a sua crise certificada por aquilo que parecem ser as suas consequ ncias inevit veis o agravamento da injusti a social atrav s do crescimento impar vel e rec proco da concentra o da pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMach
141. al por um lado a modernidade provoca um avan o ineg vel para a humanidade por outro sua efetiva o significou grande reducionismo que aponta para al m de si mesmo 1 3 Modernidade tecnol gica industrial e as Tecnologias Inform ticas Na busca de compreens o da modernidade e do mundo da inform tica destacamos Gellner 1992 para quem o grande divisor da hist ria humana e talvez o mais significativo para a atualidade dentre suas v rias etapas justamente o industrialismo O estudo da transi o para esta sociedade complexa exige maior esfor o intelectual desse autor O impulso que direciona as a es conjuntas dos homens ao estabelecimento de uma transi o do agr rio ao moderno industrial a qual parece ser consciente e generalizada condiciona por m estes mesmos agentes sociais a um determinismo inevit vel uma transi o para sociedades industriais efetuadas pelos Estados Nacionais Seria esta uma tend ncia inelut vel da modernidade Por que disp e de mais for a pol tica internacional e legitimidade em suas a es o Estado de Israel do que a autoridade palestina vista pelo mundo ocidental e talvez n o somente por ele como um conluio de terroristas fan ticos Seria a difus o do industrialismo uma tend ncia generalizada irresist vel e ademais ritual de passagem para o poder e representa o internacional Esta transi o entendida desde o Iluminismo ou mesmo de figuras como Saint Simon o qual c
142. ala dos monitores c Tempo insuficiente para o desenvolvimento integral do trabalho Na pedagogia freireana o homem na condi o de educando ocupa papel de enorme relev ncia n o ficando relegado a uma fun o passiva e apenas receptiva t o caracter stica da conhecida educa o banc ria FREIRE 1975 1996 2006 O pr prio tempo ex guo de dura o de um curso inicial do CDI em geral cerca de tr s meses pode tamb m ser compreendido como um entrave institucional ao desenvolvimento pleno do trabalho de pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now dial gica requer muito tempo dispon vel para a pergunta para o est mulo da busca coletiva da resposta d Poss veis deficits cognitivos e vulnerabilidades sociais dos educandos Existem ainda alguns deficits cognitivos dos educandos causados pela condi o de vulnerabilidade social severa presente em alguns casos Al m destas dificuldades f sicas e estruturais retrocitadas se somam outros tantas dificuldades relacionadss com a vulnerabilidade social do p blico alvo desta ONG Isto por m n o parece ser encarado como entrave para alguns monitores sendo em muitos casos um estimulante para o trabalho de sala de aula
143. ali no computador E eu n o sabia entendeu Eu sentia vergonha de dizer ah eu n o sei Entendeu Muito mais f cil dizer ah eu n o sei do que dizer eu sei eu sei e num fazer nada Ent o eu vim atr s do curso e tentar aprender e n o s aprender o curso b sico mas aprimorar e aprender mais entendeu Pra depois usufruir dos meus conhecimentos em reas de trabalho diferenciadas Cidadania eu tomar conscientiza o Conscientiza o conhecimento sobre inform tica Sobre Ou posso dizer assim A minha meta pessoal ENTREVISTA RICARDO Como se percebe a aus ncia de conhecimento em inform tica p e em xeque as aspira es de inser o social e aceita o em grupos assim como est relacionada a uma complexa teia de posi es de status referentes posse deste capital cultural BOURDIEU 1983 Nota se nos discursos que a busca do uso cidad o da inform tica ainda est muito desvinculada do uso habitual no qual se emprega este conceito pol tico Sobre as experi ncias do que chamam de cidadania exp e Francisco dos Santos Primeiramente primeiramente o primeiro trabalho que eu desenvolvi l foi buscar uma valoriza o pela comunidade certo s vezes as pessoas tavam l e n o sabiam porque a comunidade era daquele jeito o que tinha acontecido com a comunidade tal A o trabalho que eu achei interessante fazer foi um resgate primeiramente da historia da comunidade por exemplo
144. almente uma diferen a muito grande na vida deles Eu vejo isso n o que seja demagogo hip crita mas tudo que eu falo somente um pouco Se voc pegar A gente t falando aqui da forma o do homem Deus criando o homem Voc pegar o barro cru do jeito que t ali sabe E d uma forma bonita se formando Depois eles mesmos v o moldando uns aos outros fazendo todo esse trabalho Que quando eles passam a ver que o a comunidade formada somente digamos assim por umas pessoas mas sim formada por todos A diferen a fica bem melhor Por que uma coisa que se espalha como epidemia ENTEVISTA FCO SILVA pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Al m destes exemplos ha tamb m relatos referentes 4 perda do medo de enfrentar desafios como o vestibular Eles dizem assim Francisco eu vou fazer o vestibular Francisco se eu conseguir emprego Se eu nao conseguir passar na UFC Vou fazer UECE Vou fazer UVA Faculdade Ateneu Mas eu vejo que uma coisa que d que importante a gente ter o n vel superior um incentivo n ENTREVISTA FCO SILVA Assim como ocorreram casos efetivos de mudan a de n vel intelectual e qualifica o Uma pessoa sem oportunidade e d
145. am a es de pol ticas p blicas e cidad s 1 como resgatar o grande n mero de analfabetos brasileiros 2 De que modo agir para a inclus o digital da popula o menos favorecida 3 Como fazer com que al m do conhecimento t cnico do computador exista efetivamente acesso democr tico s informa es isto o erro consiste em democratizar a inform tica somente e n o tamb m a informa o uma vez que segundo Kumar op cit para muitos trabalhadores a nova tecnologia da informa o implica em redu o e n o aumento de controle e 4 como lidar com a dimens o pol tica dos usos e acessos a tecnologias uma vez que estas n o s o imparciais nem neutras isto se democratizar tecnologia significa democratizar poder MARTINEZ 1997 O ingresso das sociedades na chamada Era da Informa o guarda ainda uma dicotomia inquietante o que est em curso um processo em que o capitalismo engendra condi es que possibilitam tanto o surgimento de uma nova forma de barb rie crescimento de narcotr fico prostitui o viol ncia de assaltos roubos seqiiestros banaliza o da morte conflitos com popula o migrante degrada o ambiental aumento da fome e da mis ria por toda parte ou o surgimento de novas rela es de produ o centradas na colabora o solid ria que possibilitam um movimento virtuoso de gera o e distribui o social de riqueza com a concomitante amplia o do tempo livre pa
146. am acesso em seu domic lio ou mesmo na escola ou emprego d Centros de Inclus o digital n o governamentais S o iniciativas do chamado terceiro setor direcionadas resolu o restrita do problema infoinclusivo centralizado em a es locais conferindo a popula es espec ficas o acesso irrestrito s TICs S o iniciativas que contam com a maior capilaridade e capacidade de inser o em popula es de baixa renda S o basicamente de dois tipos fundamentais quanto sua sustentabilidade dependentes e autosustent veis Geralmente no entanto estas op es n o s o excludentes entre si Muitas podem buscar a autossustenta o e ainda assim contar com diversos incentivos por meios p blicos ou at privados o que na maioria das vezes n o interfere significativamente na autonomia do projeto de inclus o Neste sentido mesmo fazendo parte do universo das iniciativas de inclus o digital n o governamental o CDI se caracteriza pela utiliza o de uma metodologia e enfoque social que o diferencia significativamente das op es dos outros tipos Ainda assim o desafio universaliza o do acesso s TIC parece somente ser vi vel se as iniciativas formarem redes solid rias de inclus o sendo assim tamb m universais Com efeito segundo Afonso O processo de infoinclus o requer uma cadeia de eventos que poderia ser resumida assim o acesso precisa estar dispon vel comunit ria ou individualmente se estiver dispon
147. ap s a cria o da primeira EIC impelido pela incessante demanda de setores da imprensa e da pr pria sociedade civil seria formado em mar o de 1995 o CDI a primeira organiza o n ogovernamental brasileira de inclus o digital Somente quando Baggio se tornou fellow da Ashoka em 1996 por m os caminhos do CDI se tornaram mais abertos e pronunciados CDI 2005a sendo poss vel conquistar a ades o de l deres internacionais como Enrique Iglesias do BID e ensinar inform tica a popula es de baixa renda que engrossavam as fileiras do apartheid digital O amadurecimento das ideias empreendedoras e pedag gicas para enfrentar o abismo digital no Brasil entertanto teve v rias etapas Para que se tivesse at 2005 mais de 600 mil pessoas capacitadas pelas EIC op cit Baggio teve de ganhar experi ncia em v rios projetos anteriores Segundo palavras do pr prio empres rio Na IBM fui gerente do Reinventando a Educa o um projeto criado pela IBM Foundation Esse projeto tinha como objetivo a inser o de tecnologia em escolas p blicas atrav s de todo um processo pedag gico Op cit 22 Neste per odo Baggio criou uma tecnologia batizada por ele mesmo de inform tica hol stica a qual permitia aos jovens aprenderem a usar a tecnologia mediante o conhecimento do mundo em que eles viviam por meio de jogos educativos com tem ticas que variavam do corpo humano ao conhecimento dos planetas Em meados de 1993
148. ar o melhor poss vel por qu Por que atrav s da pessoa ser um bom cidad o n N o ser cidad o por cidad o por que cidad o todos n s somos basta apenas que n s sabemos exercer os nossos direitos e saber os nossos deveres tamb m que muito importante Eu procuro ressaltar isso muito com eles Saibam conhe am os direitos de voc s e deveres isso muito importante atrav s disso voc s v o buscar melhorias de vida pra voc s e pra fam lia de voc s Cidadania uma coisa muito importante para a vida deles por que l no nosso bairro eles se sentem desvalorizados n o se sentem cidad es sic Foi devido ser um bairro que n o seja com uma classe muito alta eles se sentem um pouquinho desvalorizados Entrevista JOS SOBRINHO E por isso mesmo que o computador segundo eles pode servir como ferramenta para reaver a cidadania No espa o da EIC utilizando o computador como ferramenta Por exemplo escreviam as sextilhas n Utilizando o Word a Meu povo preste aten o a historia verdadeira nesses versos vou contar a saga da mangabeira teu nome engra ado que parece verdadeiro Eu me lembro mais ou menos assim que eles come aram que trabalharam toda quest o da metrifica o a com esses cord is ficaram t o orgulhosos que eles produziram ENTREVISTA FCO DOS SANTOS Mais uma vez se refor a a ideia de que o trabalho com as tem ticas em cada EIC depende de singularidades tanto do p
149. ara fomentar a forma o de cidad os cr ticos a igualdade de oportunidades a democracia a cidadania Dentro da rela o de elaborar o conhecimento que tem por sujeitos o professor e o educando n o poder haver apenas uma transfer ncia do conhecimento Mesmo diante de uma rela o de equipara o onde todos aprendem e ensinam o professor n o pode agir ingenuamente ou seja n o pode pensar igual ao educando Ensinar mesmo numa rela o construtiva exige o uso de t cnicas de materiais de m todos Para Freire 1996 68 destacar a necessidade de conhecer a natureza imanente da pr tica educativa refletir e tomar consci ncia da inconclus o do ser humano vide esquema do quadro 2 2 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Quadro 2 2 Consci ncia da Inconclusao Curiosidade Adaptacao e Chumildade ante epistemologica e busca transformacao os saberes do permanente critica permanente do real mundo Fonte adaptado de Freire 1996 Na memoriza o da educa o banc ria o educando existe como paciente isto como objeto da rela o cognoscente inerte como no behaviorismo Da a necessidade de apreens o cr tica dos conte dos munidos d
150. as que estava no meio da rua n Inclusive pl stico n Tivemos essa oficina de cordel de fantoche que eu j fiz arte educa o n A ficou uma coisa bem mais f cil EDUCADOR FCO SILVA Este caso se mostrou ilustrativo porque refletiu exatamente a interdepend ncia de educadores e educandos de suas trajet rias individuais e disposi es singulares para que a pedagogia transformadora se realizasse ao menos parcialmente Ademais a integra o entre educandos e educadores entre computadores e os educandos e destes entre si se mostrou ao longo do processo de pesquisa uma parte significativa mas n o a totalidade de rela es pertinentes no desenvolvimento cidad o daqueles jovens O que ainda se ressaltou desta gama de rela es aquilo que n o perceb ramos quando do nosso ingresso em salas de aula da EIC que o processo cidad o digital acontece principalmente al m dos muros da sala de aula por entre as vielas da comunidade dos pr prios educandos em momentos de inser o social Os computadores neste processo s o potentes m s para sensibiliza o dos jovens em condi o de vulnerabilidade mas n o s o nem a meta nem o elemento central deste processo mas um meio uma ponte Assim n o h sentido em ficar na ponte a se deslumbrar com sua arquitetura h sim de cruz la superando o fasc nio inicial a que s o submetidos seus transeuntes em dire o ao sentido social desta ferramenta cultural humana E o rela
151. as sociedades modernas em virtude das diferen as entre aqueles que t m acesso s Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC e as usam em suas vidas di rias e aquelas que n o o fazem ou n o sabem como o fazer Tal desigualdade moderna pode ser produzida ente diferentes estratos sociais ra as g neros idades ou mesmo entre pa ses de diferentes n veis s cio econ micos Esta nova forma de desigualdade se soma s causadas pelas diferen as puramente econ micas deteriorando inda mais a exclus o social de certos estratos da sociedade A despeito disto m ltiplos neg cios virtuais est o em processo e business e commerce Transfer ncia Eletr nica Dispon vel TED assim como o pr prio SPB Sistema de pagamentos Brasileiro governan a eletr nica acompanhados de uma gama quase inexaur vel de produtos de acesso ao mundo digital que al m de serem cada vez mais indispens veis para um n mero crescente de pessoas no mundo configura se como um neg cio rent vel pela caracter stica sui generis de sua obsolesc ncia programada a qual supera qualquer outra linha de eletrodom sticos tradicionais A Internet torna se um fen meno tecnol gico que transforma as rela es sociais culturais pol ticas psicol gicas e econ micas como tamb m estabelece novos comportamentos no campo do entretenimento e sem sombra de d vida aproxima gera es e muda radicalmente o olhar sobre a realidade GUERREIRO 2006 149
152. associativa ou sociativa das uni es espirituais em grupos virtuais como os chats e mails blogs orkut e commerce Logicamente esta socia o espiritual n o instaurada com o surgimento dos socia es virtuais Uma prova disso a liga o ntima que t m os membros de A A estejam estes pr ximos ou separados fisicamente O mundo virtual desperta por m como veremos em seguida algumas varia es para a configura o de um Geistlichverbindung sui generis Logo um uma forma qualquer de socia o a unidade ps quica que verdadeiramente constitui a unidade territorial Na modernidade dos espa os f sicogeogr ficos desterritorializados IANNI 2001 91 106 SANTOS 2006 e descentralizados CASTELLS 2003 170 202 desterritorializam se ainda mais as a es rec procas dos agentes entre si em uma autonomia espa o temporal que descola as inten es ou instintos entre os membros das amarras convencionais simbolizadas pelas formas de socia o anteriores Existe para isso um contato em tempo real imediato online Neste novo contato o fundamento fisiol gico da continuidade social substitu do por um fundamento psicol gico uma gera o que se une e se reconhece como tal por meio da conex o virtual Como em todas as formas de socia o de Simmel temos na socia o virtual um tipo de cimento estruturante especial a despeito das demais concep es baseadas na corrente sociol gica do equ
153. ata carta A maia da as a nhamanta A antidada na maia d aza pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now n o tem n o tem interesse Porque assim a gente precisa de um apoio da entidade pra que essa proposta ela seja executada Porque voc viu ai o educador ele precisa de autonomia dentro da sala de aula pra desenvolver a proposta e a ENTREVISTA ANA PAULA Este alinhamento n o depende entretanto somente da adequa o dos parceiros do CDI mas em grande medida est ligado ao ajuste dos pr prios monitores Este trecho da entrevista com Ana Paula revela como delicada a adequa o da proposta pedag gica da institui o Renato J existiu algum caso aqui de algum desvio grave dentro da metodologia que voc s tiveram que n o Vamos fechar essa unidade porque voc s n o t o Ana Paula V rias vezes Renato V rias Tanto assim Voc tem um numero assim Voc s entraram em 2000 2001 aqui no Cear Ana Paula A gente j foi descredenciar J descredenciou N s temos umas 40 escolas Hoje n s estamos com umas 25 26 26 escolas ent o assim 14 n Assim notamos que a PPP do CDI n o somente o seu principal diferencial dentre as muitas
154. ausadora dos grandes conflitos b licos ou n o imperialistas do s culo XX e a segunda contribuinte de metamorfoses na educa o e no mundo trabalhista Na base desta sociedade se assenta uma divis o social do trabalho a qual demanda constante adaptabilidade Assim segundo Santos A educa o que fora inicialmente transmiss o da alta cultura forma o de car ter modo de acultura o e de socializa o adequado ao desempenho da dire o da sociedade passou a ser tamb m educa o para o trabalho ensino de conhecimentos utilit rios de aptid es t cnicas especializadas capazes de responder aos desafios do desenvolvimento tecnol gico no espa o da produ o 1997 196 Seria ent o esta racionalidade moderna determinante da mutabilidade constante do panorama destas sociedades al m de permitir a retroalimenta o de si mesma Ser que a modernidade nos acostuma a perceber o momento de crise como condi o normal e inevit vel da modernidade Ora desde o s culo XIX Durkheim sentia os efeitos do frio moral causado pelo esfacelamento do ancien r gime e sua estrutura monol tica secular pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Em certa medida pode
155. av s da mulher o bem de todos os seres humanos sem distin o de sexo ra a cor nacionalidade idade cren a religiosa pol tica e qualquer outra forma de discrimina o A ACF se prop e oferecer assist ncia nos setores de educa o sa de e bem estar promovendo assim seu desenvolvimento f sico moral e intelectual A EIC ACF propriamente dita foi inaugurada dia 12 de mar o de 2001 Nosso contato com a institui o se deu inicialmente com a senhora Lobelita Cavalcante de Fran a sua presidente poca de nosso ingresso Foto 1 EIC ACF fachada fonte autor jan 2007 Ao entrarmos na AFC sentimos um misto de paz e desola o num espa o amplo onde antes existia uma escola infantil de creche alfabetiza o agora se espalham tr s blocos com v rias salas das quais muitas desocupadas D Lobelita nos revelou que existe uma estrutura para atender v rias crian as mas que a legisla o atual n o permite que o Estado pague as pessoas que trabalham na escola sem manter um vinculo empregat cio formal carteira assinada motivo do cancelamento das atividades de creche alfabetiza o Quando chegamos pela primeira vez fomos recebido em uma biblioteca onde D Lobelita e mais duas volunt rias cadastravam e organizavam a chegada de mais de mil obras rec m doadas Fui levado para um escrit rio ao lado onde se deu a conversa A ACF conta atualmente com o servi o volunt rio de 70 mulheres 20 delas ass
156. azia cursos eles eles achavam que a vida era s rua rua A eles n o n o tinham a capacidade de ver que tinha outros cantos pra eles se ocupar em fazer alguma coisa A v rios deles entraram para o mundo das drogas n Por que eles achava que n o n o tinha nada pra eles N o tinha uma responsabilidade pra vir n fazer curso ocupar alguma coisa na vida S queria saber de rua brincadeira num tinha responsabilidade com nada A muitos deles entraram no mundo da droga roubando ENTREVISTA JO O CARLOS Como pesquisador tinhamos uma percep o clara no in cio deste trabalho de que o fato de a EIC ACF se localizar a menos de cem metros da C mara dos Vereadores de Fortaleza seria um fator essencial para a participa o pol tica dos educandos assim como uma fonte de inspira o para visita es di logos ou reclama es f sicas ou virtuais Quando pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now comunidade de usar esse conhecimento para se fazer ouvir pelos politicos a resposta foi negativa em todos os sentidos Ainda assim por m o educando se posicionava sobre as possibilidades de transforma o social suscitadas pelo uso da inform tica nos moldes propostos pela ONG
157. bjetivos e organiza es tomadas pela raz o instrumental como estrat gia de grupos de elite em escala mundial Esta modernidade eminentemente tecnol gica porque para ele sem a dinamiza o da inform tica e de sua parafern lia eletr nica op cit 119 a qual elimina fronteiras e vai al m de regimes pol ticos soberanias e cidadanias Ela se propaga em meio a f bricas escrit rios fazendas poderes republicanos sindicatos e partidos igrejas e escolas meios de comunica o de massa e ind stria cultural Assim at os produtos da ci ncia transforma se em t cnicas signos emblemas fetiches ao mesmo tempo que organizam a atividade e a imagina o em toda parte e no ntimo de cada indiv duo IDIBID L vy tamb m se distancia de Heidegger e as ideias seminais sobre O sentido da t cnica para quem se poderia falar dos efeitos socioculturais ou do sentido da t cnica em geral De fato L vy percebe a tecnologia inform tica pelo vi s filos ficoantropol gico criticado por M Heidegger Considera a t cnica como fruto do homem e um meio para uma finalidade racional e potencialmente libertadora vide o conceito de intelig ncia coletiva Esta no o por excel ncia democr tica da t cnica criticada por seguidores de M Heidegger e atualmente por nomes de peso da atualidade como J Baudrillard e P Vir lio 1999 O segundo um dos mais contundentes cr ticos da Internet ciente de perigo que este ambiente p
158. ble across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now breve hist rico sobre o CDI sua a o geral e metodologia de trabalho propalado diferencial desta forma de enfrentamento exclus o digital Nesta parte ainda desenvolvemos as an lises sobre as entrevistas percep es centradas em elementos da etnografia al m de breve reflex o sobre o que consideramos ser o melhor caminho para a cria o da cidadania digital efetiva e inclusiva O cap tulo quinto encerra a trabalho com considera es finais Assim pois medida que eliminemos os espinhos bem prov vel que apare am os resultados frutiferos e ben ficos deste mundo virtualizado que a nenhum de n s cabe impedir o avan o mas em que todos podemos contribuir para o seu aproveitamento mais consciente pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 2 O CULTIVO DA ROSA DIGITAL Se a era moderna se instaura tendo a racionalidade como fundamento desconstrutor das bases do ancien r gime ent o o desenvolvimento tecnol gico atual a express o por excel ncia de seu apogeu no mundo de hoje veloz fragmentado interligado globalizado que as tecn
159. blico atendido como dos educadores e da pr pria pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now outra tem tica ligada ao tema de cidadania Jos educador social da Integrasol que o Conselho de Integra o Social do Planalto Ayrton Senna uma Ong que tem patrocinador junto com o CDI e da Vis o Mundial que o nosso um dos nossos maiores apoios O momento que mais me marcou foi quando eu dei a minha 1 aula de inform tica N o tinha me formado ainda em inform tica no tempo eu fazia parte de um conselho jovem l um grupo de adolescentes Nesse grupo a gente tinha acabado de ter uma capacita o sobre doen as sexualmente transmiss veis e g nero n E os jovens no qual foi d aula por que o Alexandre tinha faltado eles tavam precisando que eles tavam um tava longe do outro n o tava conversando n o tinha aquela valoriza o da turma A eu comecei logo falando com eles mostrando pra eles que n o era aquilo mostrando o que o computador podia trazer de informa o pra gente Entrevista Jos Sobrinho Para os monitores entretanto a ideia da democratiza o pode ganhar outros contornos No nosso bairro muitos dos jovens pensam que como o CDI surgiu pr
160. borais e savoir faire solapados por este processo de mudan a sociot cnica ou mesmo os diversos grupos socialmente exclu dos do contato com o mundo digital este lhes parece algo mortal e amea ador entretanto al m de toda obsolesc ncia gerada pelas inova es t cnicas aqui citadas Quanto mais os processos de intelig ncia coletiva se desenvolvem o que pressup e obviamente o questionamento de diversos poderes melhor a apropria o por indiv duos e por grupos das altera es t cnicas e menores s o os efeitos de exclus o ou de destrui o humana resultantes da acelera o do movimento tecno social 2000 29 Deste modo nas salas de inform tica do CDI nas EICs espalhadas pelo Pais est o grupos solid rios de exclu dos digitais lutando por algo desta utopia l vyniana assim como aqueles usu rios da educa o a dist ncia diversos rg os de forma o profissionalizante O ciberespa o se apresenta ent o como um dos instrumentos privilegiados da intelig ncia coletiva Somente compreendemos os intensos v nculos proporcionados pelas redes afetivo cognitivas depois de um certo per odo de inser o no objeto estudado Para fazer parte deste novo mundo tivemos de me desfazer de nossas concep es prontas a respeito das novas formas de sociabilidade digital e seus perigos Tivemos de evitar julgamentos pr vios maniqueistas de reduzir a quest o do virtual a uma oposi o simplista de bem ou mal
161. cation you can use pdfMachine Get yours now materiais ou intelectuais de praticas de atitudes modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o desenvolvimento inelut vel do ciberespa o E este o novo meio de comunica o que surge da interconex o mundial de computadores O termo especifica n o apenas a infra estrutura material da comunica o digital mas tamb m o universo oce nico de informa es que ela abriga assim como os seres humano que navegam e alimentam esse universo Idem 17 A modernidade engendra uma cibercultura automizada que em si o oposto pr pria ideia de cultura para Simmel onde h uma proximidade entre a alma subjetiva e o produto espiritual objetivo A socia o virtual inscreve se dentro neste mbito como uma forma atual de rela es humanas emergentes de uma mesma poca e de um Zeitgeist habermasiano O pensamento de Simmel assim como o de Heidegger Vir lio ou Baudrillard nos auxilia entretanto a olhar nossa poca e nossos prod gios com uma aten o cr tica ao mesmo tempo em que compreende que existem formas de socia o que se repetem e se renovam dentro de variados conte dos A despeito das elucubra es filos ficas mais profundas desej vel examinar a poca e a cultura antiga e hodierna para a mais profunda compreens o do sentido social das a es humanas Os usos do computador remetem a um infinito n mero de op es para o futuro e
162. ciais o autor comenta a exist ncia de uma dualidade reveladora Para ele atualmente se verificam dois caminhos poss veis tendo em vista as novas transforma es do real pelo ciberespa o ou ascendemos de fato a uma sociedade do conhecimento sustentada pelos ditames de uma emergente renascen a digital a qual lhe delimita as arestas ou ingressamos em uma perigosa e imprevisivelmente sombria era de Barbaria Digital Global Nesta ltima apenas uma pequena parcela da popula o mundial fato que acontece hoje poder se beneficiar de maneira constante consciente e eficaz se transformando em uma ciber elite alheia s demandas das multid es de analfabetos e inadaptados do mundo digital Mead apud NEVES 2007 27 nos alerta para que nunca se duvide de um pequeno grupo de cidad os consciente e comprometido possa mudar o mundo De fato s o que o tem mudado Em realidade que rota ser tomada Segundo Neves op cit mesmo com todas as evid ncias em contr rio e considerando o tamanho e influ ncia com a qual se d o digital divide n o se pode afirmar ainda qual rota ser tomada efetivamente Pode ser que apenas uma parcela da humanidade consiga ascender sociedade da informa o e do conhecimento Neste caso podemos ter um mundo bipolar onde haver de um lado aqueles que tiveram xito em ganhar acesso sociedade do conhecimento e dos outros separado por um abismo profundo um grupo exclu do fortemente contrastante
163. co porque tais acontecimentos locais podem se deslocar numa dire o inversa s rela es muito distanciadas que o modelam A transforma o local tanto uma parte da globaliza o quanto a extens o lateral das conex es sociais atrav s do tempo e espa o GIDDENS 1991 69 70 Para Castells 1998 podem ser consideradas como Tecnologias de Informa o e Comunica o TIC todos os conjuntos de tecnologia em microeletr nica computa o abrangendo hardware e software telecomunica es radiofus o e optoeletr nica considerados de forma convergente Dentro das a es mais fundamentais dos indiv duos em sociedade como tamb m das mais prosaicas o v nculo com as chamadas novas TICs se torna mais forte e aparentemente indissol vel Esta influ ncia dos computadores transborda fronteiras de na es desenvolvidas economicamente e impactam com sua presen a at pa ses como o Brasil refutando posi es te ricas contr rias percep o da tecnologia como um elemento preponderante dotada de uma dimens o inegavelmente pol tica assim como necess ria dominadora e impositiva na vida moderna Para Rheinhold 1996 a tecnologia possibilita aos cidad os poderes de cunho social intelectual comercial e pol tico proporcionando o que chamou de potencial libertador Esse autor considera ainda que com o advento das comunica es assistidas por computador abre se um novo tipo de espa o social no qual o computador a ferramenta
164. co do final do s culo XX Os alunos de hoje mesmo os que n o t m acesso formal s novas tecnologias desenvolvem se facilmente em ambiente digital Al m disso nos Estados Unidos estudantes de uma escola m dia tem de gastar menos do que cinco mil horas mas despendem cerca de dez mil horas de v deo games sem mencionar as vinte mil horas de televis o 2001b O autor assevera que o c rebro dos estudantes mudou em decorr ncia desta incurs o massiva da tecnologia digital o que respalda a cria o de padr es cognitivos radicalmente diferentes dos chamados imigrantes digitais aqueles que aderiram s novas tecnologias sem ter nascido em um mundo j tomado por ela Os jovens da atualidade desenvolvem ent o linhas de racioc nio fragmentadas e descont nuas diferente da forma de pensar e da metodologia de seus professores imigrantes o que pode causar tens es em todo o processo pedag gico Muito longe de defendermos o fim da tecnologia inform tica ou a restri o de acesso s massas ou de sermos seu ing nuo entusiasta destacamos que o dif cil saber usar a tecnologia tirar proveito respons vel de tudo o que h nos computadores dando subs dios a mudan as e resolu es de problemas reais do mundo cotidiano hodierno e futuro aproveit la integralmente us la sem ser por ela ser usados sermos senhores destas m quinas e n o seus escravos de luxo Como no entanto usar mais de 10 das possibilidades de um computador
165. conceito migrou de Weber Sozials Handeln Este termo Handeln pode significar a o atividade mas tamb m neg cio ou com rcio A a o social portanto uma atividade m tua entre agentes que estabelecem uma troca mesmo que uma das partes domine a rela o Sempre h troca com rcio em uma a o social Para Goethe por m esta troca estar submetida s leis das afinidades eletivas na qual se verifica uma m tua adequa o dos fatores equacionados na atividade social A internet semelha mesmo ser uma entidade em si e para si 48 www myspace com Cf Revista Veja lt http veja abril com br especiais tecnologia 2007 p 012 html gt acesso em agosto de 2007 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now mesma um ser aut nomo que obedece a leis pr prias objetivas e que parece levar a uma vida independente daquela de seus membros Como a sociedade realf sica e a criada virtualmente os produtos humanos t m uma realidade fora dos pr prios homens seja ela material ou seja de car ter espiritual isto na intelig ncia dos homens Bem se sabe que em Simmel Idem 50 a uni o espiritual dos homens triunfa sobre a sua separa o no espa o o que reafirma a capacidade
166. da e primeiramente restrito aos pa ses desenvolvidos com economia relativamente pr spera Nas v speras da Segunda Guerra a concentra o de aparelhos se deu prioritariamente nos EUA Escandin via Nova Zel ndia Gr Bretanha Foi t o espetacular seu avan o que mesmo os pobres podiam compr lo duplicando a sua expans o mesmo em plena grande depress o Em 1920 EUA 10 milh es de lares com r dio 1939 27 milh es de lares Para Hobsbawm o r dio n o alterou a forma de percep o humana da realidade tanto quanto o cinema Lembremo nos de que antes do cinema n o havia uma forma de perceber o humano pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now e a corporeidade nas dimens es dadas pela big silverscream os atores se assemelhavam a gigantes e isto significativo antropol gica e culturalmente para a humanidade em termos de manipula o de imagens e imagin rio Sendo assim o r dio n o criou novos meios de estabelecer rela es entre as impress es dos sentidos e as id ias Simplesmente um ve culo n o a mensagem IDEM 194 A arte mais afetada pelo r dio para Hobsbawm foi a m sica em virtude da aboli o das limita es ac sticas do per odo
167. dade imanente idade Neste contexto coexistem em conflito in meras vis es sobre os jovens no Brasil contempor neo vis es as quais podem dificultar a 88 Lembremo nos de James Dean e sua Juventude Transviada assim como o movimento brasileiro da Jovem pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now elabora o de pol ticas p blicas ou mesmo a es de inclus o para jovens em situa o de pobreza e vulnerabilidade social 3 5 Juventude e vulnerabilidade social no contexto da inclus o digital cidad A viol ncia social tanto f sica quanto simb lica toma justamente os jovens como o grupamento social mais atingido por esta mazela ABRAMOVAY 2002 Malgrado as considera es h pouco expostas acrescentamos o fato de que estes jovens em idade de constante ebuli o psicosocial independentemente da classe ou estrato social do qual prov m est o expostos de forma incontest vel s novas 2 din micas e formas de viol ncia social que envolvem toda classe de crimes f sicos virtuais transgress es entre outras amea as No campo te rico os pesquisadores sociais assim como os especialistas em pol ticas p blicas apontam para um novo conceito na tentativa de conferir a
168. dades simples com o uso do computador pode haver um desenvolvimento de v rias potencialidades humanas naqueles jovens como no exemplo do cordel desenvolvido por alunos da EIC Mangabeira o cordel em si ele se eu n o me engano ele tem que ter no m nimo trinta trinta sextilhas n N o ser alem disso mas por regra tem que ter trinta sextilhas n A gente dividiu em duplas onde cada dupla ia escrever uma parte do cordel certo Um exemplo esse pessoal voc s aqui vai escrever a primeira parte a dividiu tamb m o inicio meio e fim Voc s v o falar o inicio da Mangabeira e a essa parte aqui ele vai dizer por que recebeu o nome e tal o qu que acha do nome e o qu que a comunidade acha disso mas o interessante disso tudo que al m da pesquisa da hist ria n s tamb m fizemos uma pesquisa socioecon mica da comunidade pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now quantas desempregadas qu que as pessoas acham que poderia melhorar no bairro e tudo isso a gente colocou dentro do cordel sabe ENTREVISTA FCO SILVA Nesta busca pela cidadania vale de tudo pesquisas sobre a historia da comunidade grava o de relatos dos mais idosos pesquisas socioecon micas que aju
169. dam o jovem a ter contato com os problemas de sua comunidade de maneira mais ampla e o que talvez seja o mais importante mais ativa A ficou descoberto que realmente o grande problema da comunidade a quest o da empregabilidade principalmente entre os jovens n O famoso sonhado primeiro emprego que dif cil n A a gente fez pegou todas as informa es com o grupo l uma m dia de quarenta alunos a gente dividiu n E ficou o cordel A ficou o cordel como a gente atende a duas comunidade a uma ficou enciumada porque era A gente atende na EIC o pessoal da Mangabeira e o pessoal da Precabura A n s pensamos ent o vamos fazer tamb m o cordel com a hist ria da Precabura E Funcionou Inclusive ficou achei mais interessante porque a Precabura a gente descobriu de origem ind gena e que os ndios habitaram aquela regi o Inclusive ficou bem interessante uma parte que eles escreveram assim diz assim Mais ou menos que falava sobre Quem nunca ouviu falar da ndia Iracema o amor ou Seu povo era o seu dilema Ou seja eles pegaram uma parte do livro de Jos de Alencar e retiraram mais ou menos a vida do ndio ali dentro da Precabura e ficou muito legal ficou muito bom ENTREVISTA FCO SILVA O que em apar ncia seria uma escola de inform tica se transforma em escola com os contornos de cidadania e mat rias como Hist ria Matem tica Portugu s assumem nuan as mais atraentes propic
170. dapta es e re desenhos infraestruturais e politicossociais est o as camadas mais pobres do globo exclu das invis veis aos inclu dos e completamente absortas deste processo global Cerca de 2 8 bilh es de pessoas vivem com menos de dois d lares de rendimento por dia e 1 2 bilh o um quinto vivem com menos de um d lar dia Apesar do incremento das conex es globais e das capacidades tecnol gicas avan arem o que se configura uma brutal pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now concentra o de renda dos ganhos globais A renda m dia dos 20 paises mais ricos 37 vezes superior m dia nos 20 pa ses mais pobres uma distancia que dobrou nos ltimos 40 anos IDEM IBIDEM Al m disso panorama que globalmente parece demasiado grave na realidade da Am rica Latina se configura algo ainda mais vexat rio e periclitante Mesmo com os avan os a situa o s tende a piorar as metas do mil nio configuram um desafio maior a cada dia se considerarmos que o ativo das tr s pessoas mais ricas do mundo equivalente ao PIB dos 48 paises mais pobres KLINKSBERG 2001 e o que parecia ser crescimento econ mico se configura agora como apenas um joblessgrowth SACHS 2002 DAW
171. de um democrata negro nos Estados Unidos foi poss vel tendo com um dos principais diferenciais o uso do recurso Web amplificando a visualiza o de seu programa de governo em um site sintonizado com os novos tempos que contemplava variadas etnias e ainda ampliou em muito os portais de doa o para sua campanha a rede mundial de computadores confirma seu papel de protagonismo no campo pol tico mas n o s nele A Internet realizou maravilhas em termos de interconectividade acesso a conhecimento difus o de saber lazer etc Mesmo ainda em princ pio a revolu o da interatividade virtual j expressa seu grande potencial nos campos da pol tica neg cios ci ncias cultura etc No dil vio de informa o virtual democr tica entretanto pode se vivenciar outro efeito desta din mica Quando poucas vozes se levantam dentre os muitos que se calam seu efeito potencializado al m da energia original impactado pelo contraste instigado pelo exemplo e aumentando a responsabilidade pelo que se fala Na multid o de vozes aleat rias haveria diminui o de aten o pois quando muitos gritam procura se escutar somente o que se quer e o di logo real inexiste pois este s se realiza na dial tica dos discursos contradit rios Nesta babel virtual busca se o que se quer ouvir tomando turvas as concep es marginais centralidade de opini es pr vias dos interlocutores e al m disso a confus o dos esp ritos
172. destramento padr o da massa de indiv duos desta dita sociedade mas perde ipso facto a exclusividade da palavra escrita Claro est que nos pa ses em desenvolvimento como o Brasil o acesso educa o superior onde se d o salto do conhecimento padr o para o espec fico a ades o ainda muito baixa com rela o a outras sociedades com o seu desenvolvimento industrial j consolidado A exossocializa o entendida como a produ o e reprodu o do homem fora de sua unidade local o que torna poss vel este homem padronizado moderno Por isso mesmo que para Gellner a homogeneidade cultural ser pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now importante para a forma o dos nacionalismos sendo esta homogeneidade causa e n o efeito do nacionalismo como se podia especular 1 4 Sociedade industrial e sociedade da informa o Na nova sociedade industrial ap s o processo de transi o tecnol gica surge um novo tipo de sociedade baseada no conhecimento na qual o fim em si mesmo o poder O conhecimento ganha um entorno essencialmente utilitarista Por isso para Lyotard seja na contenda de Estados ou de empresas de grande capital a nica disputa conf
173. documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 5 CONSIDERA ES FINAIS Quando iniciamos o processo de pesquisa para a formula o deste ensaio cont vamos com um arcabou o te rico sobre a tem tica que com o aprofundamento das leituras pesquisas de campo e entrevistas se mostrou incipiente e limitado que a tem tica da inclus o digital muito mais complexa muito mais cheia de significados tend ncias perspectivas e a es poss veis do que sup nhamos e al m disso percebemos que os conceitos sobre esta tem tica inclus o exclus o digital democratiza o cidadania digital ainda n o est o bem delimitados Existe uma miriade de interpreta es do que sejam estes conceitos muitos dos quais ligados ao senso comum e fracamente desenvolvidos de forma mais consistente exata e profunda N o que inexista produ o acad mica sobre estes temas mas quando eles existem n o raro contam com uma abordagem m ltipla em termos de nomenclatura o que dificulta sua an lise O que temos certeza por m de que todos os elementos te ricos e elucubra es intelectuais sobre a tem tica da inclus o digital assim como os projetos e propostas que estudamos est o muito acima em altas nuvens bem al m do que de fato acontece no solo das rela es prec rias dos ambientes cercados pela vulnerabilidade social Obviamente se a I
174. dores s o ao mesmo tempo envolventes e envolvidos pelas situa es limite e se chamam geradores pois qualquer que seja a natureza de sua compreens o como a a o por eles provocada cont m em si a possibilidade de desdobrar se em outros tantos temas que por sua vez provocam novas tarefas a serem cumpridas IDIBID 51 Para o autor cada per odo epocal al m de ser hist rico pois os homens t m a condi o de tridimensiona o tempo passado presente e futuro tamb m preenchido com valores id ias e d vidas visando a uma plenitude a ser alcan ada no devir de um longo processo dial tico de embate entre contr rios A luta da Pedagogia freireana significa uma busca de liberdade a qual desafia opressores e oprimidos para estes ela o in dito vi vel que deve ser concretizado e para aqueles uma situa o limite que buscam evitar a qualquer custo No caso espec fico da EIC pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now estudada esta pedagogia com sua implementa o mais prof cua se v obstaculizada pelos motivos expostos h pouco e tamb m por uma imprecis o acerca do que se entende por inclus o digital A fragilidade deste conce
175. e Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now planejamento a prepara o pra planejar o ano de 2008 ENTREVISTA ANA PAULA Al m disso dif cil pensar o trabalho dos educadores sem algum tipo de incentivo espec fico o pr mio Educador Padr o mais bem expresso neste trecho de nossa entrevista com Fco Charles Charles a gente d essa liberdade para que o educador fa a isso crie n A vai de acordo com a criatividade dele com o jeito dele do pr prio educador Renato Ele teria algum est mulo pra fazer isso Est mulo financeiro Est mulo de algum tipo de reconhecimento institucional Charles A entidade j paga o sal rio dele Paga o sal rio dele e o CDI criou um premio Educador Padr o n Geralmente n s temos um encontro anual com r r as escolas Encontro estadual a quando premiado o educador que tenha desenvolvimento A id ia estimular os outros a entrar no Renato Qual o premio Charles t sendo um trof u e a gente t pensando em um PC um computador Pra estimular o educador a fazer Ainda assim existem alguns entraves chave que obstaculizam o desenvolvimento do trabalho de inform tica e cidadania Uma an lise su
176. e comprar as apostilas foi comum observar que muitos n o costumavam trazer o material para sala de aula de forma disciplinada Observamos ainda que durante os debates sobre consci ncia social era comum os jovens dispersarem sua aten o com conversas paralelas O que mais chamava a aten o dos jovens eram a internet a t cnica de c pia de m dias e todos os demais elementos pr ticos de como operar o computador dentro de expectativas pr prias subjetivas e n o de usos cidad os que seriam assimilados no decorrer do curso muitas vezes repleto de uma ret rica moralista e impregnada de senso comum reducionista Quando perguntados em um momento de debate o que vinha cabe a quando se falava a palavra pol tica a resposta coletiva era imediata corrup o Al m disso a condu o do monitor bvia sobre as tem ticas e mesmo a opini o dos alunos o que de certa forma encaminha os rumos do debate que oscila entre indigna o e apatia expressas em frases como isso mesmo n o tem jeito n o Quando o monitor adverte sobre pirataria acerca do desperd cio ciberpornografia ou a respeito dos perigos viciantes do mundo da inform tica a mensagem apropriada e reformulada pelos alunos Certa vez Wesley advertia seus educandos dizendo o PC funciona como um aparelho hipn tico aqui n s queremos que voc s interajam com a internet mas n o desse jeito pessoal Mesmo depois de in meros apelos e avisos de q
177. e de uma maneira que eles passam a compreender que eles s o respons veis tamb m por aquilo Sabe eles passam a valorizar inclusive eles mudam que fazem que falam mal do prefeito outros que fazem apologia ao prefeito atual mas eles dizem assim olha a responsabilidade nossa est nas nossas m os e num fez nada agora A gente vai la vamos pelejar vamos buscar vamos batalhar por isso Por que um direito nosso Essa quest o de querer bater de frente com quem t no poder de maneira nenhuma Eles dizem que eles que tem o poder nas m os eles podem transformar a comunidade FCO SILVA Esta modifica o de conduta tamb m expressa em casos como os que se seguem relativos limpeza urbana preven o de doen as etc Teve casos em que eles n o s mandaram e mail como foram l Foram l Esses rapazes do projeto da limpeza de rua Prefeitura Que fizeram o projeto de limpar a rua Eles fizeram um projeto de limpeza de rua Francisco vamo fazer um projeto pra limpar a rua tal certo Pediram permiss o a gente vai faltar aula por que dia tal a gente vai l na Secretaria Secretaria de Obras eu acho fizeram um oficio n E foram l exigiram que a Prefeitura mandasse algu m pra limpar a rua por que eles j tinham come ado Eram todos garotos de 16 aos 20 anos Fizeram um oficio Inclusive pediram at ajuda n Como fazer of cio sabe Utilizaram o Word Francisco aqui s o quantos espa
178. e eu tento fazer cursos e cursos pra t mais apto ao emprego Acho que isso ENTREVISTA RICARDO Desta forma percebe se que uma das mudan as mais evidentes justamente aquela ligada ao cotidiano dos educandos no que diz respeito ao crescimento ou ao despertar de uma sociabilidade virtual sem fronteiras ou amarras Nesta dita sociabilidade em apar ncia os conte dos est o muito mais pr ximos do entretenimento e das conversas amenas do que da pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now articula o pol tica mobiliza o por interesses comunit rios ou de qualquer outra maneira mais aguda de express o pr tica de um ganho na consci ncia por ocasi o do que oportuniza a ONG O software de troca de mensagens instant neas MSN e o programa de relacionamentos ORKUT s o uma verdadeira febre quase irresist vel para os adolescentes que adentram o mundo da inform tica Estes elementos constituem poderosas ferramentas de sociabilidade postas nas m os de jovens sedentos por interatividade autoexpress o formula o de suas identidades sociais ligadas socializa o secund ria etc Geralmente a vis o que se tem destes programas negativa por parte dos monitores Particularmente
179. e global informatizada interpenetrada por impulsos eletr nicos os quais potencializam as formas de aliena o explora o do trabalho em detrimento do capital Para ele A revolu o inform tica baseada nas conquistas da eletr nica coloca nas m os dos donos do poder outra vez dos pa ses dominantes mas tamb m de outros secund rios uma capacidade excepcional de formar e informar induzir e seduzir talvez jamais alcan ada anteriormente na mesma escala Op cit 57 Para Santos 1997 o paradigma moderno em si mesmo contradit rio formado por uma s rie de promessas algumas n o cumpridas e outras cumpridas em excesso Esta contradi o explica a situa o atual de crise e vazio que toma corpo no mbito global Nos ltimos anos do din mico s culo XX processaram se altera es estruturais sem precedentes o Estado provid ncia entra em crise atrelado a configura es espec ficas no mbito das novas conjunturas do mundo do trabalho O desenvolvimento pronunciado do sistema capitalista se deu n o sem um concomitante aumento da desigualdade social opress o social assim como um sem numero de assimetrias sociais as quais desafiam os soci logos economistas e pol ticos do in cio deste mil nio Dada a rapidez com a qual muda a ordem social moderna por meio de suas malhas de redes planet rias de informa o estabelecido que a realidade como exprime o Soci logo portugu s parece ter tomado a dianteira sobre
180. e j t o visada j um pouco afastada pessoal do Beco da Bomba Chama Beco da Bomba por que todo dia tem tiroteio l n A a gente pega algumas pessoas desse grupo principalmente pra t trabalhando sabe N o somente aquela forma de T dentro do curso pra n o t fora tamb m isso contribui muito mas tamb m a quest o de trabalhar a educa o e a mentalidade desse jovem ENTREVISTA FRANCISCO SILVA De fato h uma riqueza significativa imensur vel dentro do conjunto de socia es dispostas em uma sala de aula de uma EIC O espa o moral de uma sala como esta altamente significativo recheado de pequenos ritos olhares medos do desconhecido ou da vergonha de ser vencido pela m quina desafiadora e de alegrias Os movimentos olhares aten es desaten es risos burlescos risos de autocr tica ou de felicidade coletiva a tens o pr pria de quem tem medo de um grande desafio s o por si elementos de complexidade ambiental que permearam esta pesquisa desde seu in cio Nesta tarefa de tal relev ncia o trabalho dos monitores que sem d vidas a identifica o visual tnica cultural e lingu stica do educador com seus educandos vibializa o processo de aprendizagem eliminando barreiras et rias inclusive entre eles fato amplamente comentado pelos criticoreprodutivistas franceses Baudelot Establet 1971 Al m disso o monitor sempre muito exigido tem muito trabalho e requisitado con
181. e pretende com esta afirma o n o execrar a atividade da institui o em foco j que esta possui importante papel no sentido de democratizar a inform tica no Brasil e no mundo por m nossa metodologia de pesquisa e o n vel de detalhamento proposto pela descri o do ambiente de campo torna inevit veis esses coment rios sob pena de faltarmos com a honestidade acad mica sem a qual n o se faz ci ncia pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Foto 4 Sala de aula EIC ACF Fonte autor jan 2007 A aula come a aos poucos repleta de discursos n o ditos e sil ncios eloquentes enriquecidos por olhares perif ricos Os educandos entram primeiro e depois o monitor tudo absolutamente sem pressa num ritmo pachorrento profundamente rico de significados Os jovens desta turma s o silenciosos alguns indolentes como o atestam o lento e significativo arrastar de cadeiras e a postura prostrada dos ombros Dos sete educandos quatro mo as e tr s rapazes com idade que n o ultrapassa 18 anos apenas uma dupla se recordara de trazer a apostila com a qual se tem refer ncia dos conceitos e exerc cios O interesse destes jovens dado estes indicativos preliminares nos pareceu f
182. e um indiv duo entre os 10 mais ricos em m dia quase 30 vezes maior do que a renda de um indiv duo entre os 40 mais pobres Al m desta desigualdade existe ainda uma crise estrutural do sistema capitalista 68 LEIN 9 998 DE 17 DE AGOSTO DE 2000 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now destacada por esse autor op cit p 15 onde tr s fatores formam um conjunto determinante no processo de exclus o a a reestrutura o produtiva do sistema capitalista b o neoliberalismo c a globaliza o Destacam se neste processo as profundas transforma es nas rela es de trabalho oriundas de inova es tecnol gicas que puseram em xeque a estabilidade do trabalhador sobretudo fabril A automa o a rob tica a microeletr nica e a inform tica vieram afetar de forma profunda a produ o de mercadorias as rela es de trabalho e toda uma face de intera es sociais A forma o dos desempregados ou superpopula o flutuante verific vel e cada vez mais numerosa Toda esta conjuntura torna o quadro da pobreza mais intenso e a situa o dos chamados exclu dos excessivamente dram tica O quadro fica ainda mais dr stico quando constatamos que concomitante a
183. early all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now O CDI foi pioneiro na inclus o digital no mundo no Brasil n E ai o governo n o tinha nenhuma a o direcionada pra inclus o digital e assim foi a gente foi muito procurado no in cio n Buscando parcerias buscando conhecer o projeto buscando saber como que o CDI trabalha E hoje projeto de inclus o digital tem assim s milhas n Porque projeto do governo de ilha digital que n o tem n N o tem embasamento pedag gico n o tem um acompanhamento ENTREVISTA ANA PAULA A necessidade da inform tica tornou se demasiado expressiva na p s modernidade globalizada A velocidade com a qual se expandiu o CDI est relacionada tanto com a urg ncia que tem o mundo n o informatizado em informatizar se quanto na qualidade destes novos tempos nos quais o desentranhamento e o reentranhamento de mecanismos e rela es sociais se torna de per se mais flu dos e absorventes Referimo nos s articula es de v rios organismos n o governamentais e sua peculiar capacidade de se capilarizar se infiltrar socialmente e que ligadas ou n o com grandes empresas do capital mundial tendem a expandir se por meio de suas parcerias estrat gicas e joint ventures habituais Eis a receita ponderada pelos pr prios part cipes do CDI oferecer ao mundo um apelo universal o acesso de pessoas de baixa renda e minor
184. ecisam seguir rica as orienta es da administra o al m se ajustarem constantemente s circunst ncias locais de cada turma Este trabalho como se ver adiante pode ser muito complexo e delicado mas o que parece ser apenas mais uma oportunidade de trabalho para os professores de inform tica pode significar algo mais Bom na verdade n o foi bem uma decis o foi mais uma boa oportunidade que surgiu e eu resolvi abra ar e conhecer a id ia e foi uma experi ncia muito enriquecedora foram dois anos trabalhando l nesse tempo eu tinha 19 anos e eu estava l como orientador e educador social pois t nhamos que trabalhar a inform tica e tamb m o social ENTREVISTA BRENO 4 3 1 1 Dificuldades os espinhos do processo Na trajet ria de enfrentamento da exclus o digital de jovens em situa o de vulnerabilidade os diligentes educadores de inform tica encontram uma s rie de dificuldades pessoais processuais e ambientais Delinearemos na sequ ncia as principais dificuldades encontradas por estes agentes em suas atividades discutindo em seguida a ess ncia destes pontos Dentre as principais dificuldades e limita es enfrentadas pelo educador podemos citar pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use
185. ecnologia que tendo seu desenvolvimento a impactar a realidade social tanto positiva como negativamente em meados da baixa Idade M dia faz surgir diversas descobertas e inven es Por volta do s culo XII v m tona a descoberta da b ssola da p lvora imprensa leme e vela modernos arreio moderno de cavalos moinho de gua etc Com isso ineg vel que se processou um contingente de desocupados que crescia inexoravelmente no mesmo sentido em que pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now aumentavam as revolu es de t cnicas De Masi destaca entretanto que a tecnologia em si mesma n o poderia causar um impacto t o intenso se n o fosse por outra inven o uma jun o entre tecnologia e capital essa uni o de grandes tecnologias e grandes capitais que se vai criar o progresso e essa tamb m foi uma grande inven o do s culo XII L vy 1999 considera ao ponderar sobre a tecnologia e se esta seria determinante ou condicionante de uma sociedade que a rela o entre a tecnologia e a sociedade muito mais complexa dos que uma simples rela o da determina o Cabe a pois uma rela o de condicionamento O autor considera que as t cnicas s o produzidas dentro d
186. econds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now eletricidade um sistema bin rio de simboliza o como palavras n meros sons e imagens Atualmente o entretenimento substituiu a defesa e a ind stria automobil stica como for a motora da economia dos Estado Unidos e n o por outro motivo por seu PIB o Estado da Calif rnia pode ser considerado a quinta economia do mundo O terceiro eixo de transforma o citado por Dowbor referente aos avan os revolucion rios das descobertas do mundo da Gen tica O c digo gen tico humano est sendo desvendado pelo projeto Genoma Al m disso poss vel atualmente a cria o de micro organismos geneticamente manipulados para digerir poluentes qu micos revolu es no campo do agroneg cio e do setor t xtil ocasionadas pelas descobertas em nanotecnologia Este eixo vai muito al m da simples reprodu o de animais pois se trata da interfer ncia no pr prio sistema de reprodu o criando um espa o de arquitetura de seres vivos IDEM ibidem 19 Finalmente o autor faz refer ncia ao eixo das energias c lulas fotovoltaicas aproveitamento da energia solar os leds e sua revolu o no campo da ilumina o a demanda de fontes de energia limpas e renov veis suscitando o aparecimento dos biocombust veis Todas estas revolu es
187. econds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now pode ser indiferenciado segundo o nivel dos estudantes e segundo a pratica real docente dos ditos educadores Isto aponta para uma significa o inconteste h desafios postos ao CDI como tamb m s suas EICs muito al m ou qui muito antes da luta contra a exclus o digital e o seu maior diferencial significa para a institui o talvez o seu principal desafio O diferencial a proposta pedag gica freireana em seu n vel te ricoconceitual mas n o necessariamente expresso em disposi es de a es incorporadas pelos agentes dos mais diversos n veis da estrutura educativa em foco Por outro lado h um gargalo processual refletido pela dificuldade de transformar estes mesmos conceitos freireanos dispostos na proposta pedag gica em a es efetivas Este entrave tem ra zes imediatas na inaptid o ora dos educadores ora dos educandos Tal gargalo entretanto pode ser superado ao menos parcialmente como comprovamos em entrevistas mas tal evento depende de uma m tua adequa o de fatores dentre os quais se destacam a sensibiliza o dos educandos seduzidos por interesses muito particulares e a condu o criativa sinerg stica e tamb m personalista de alguns educadores As a es citadas a seguir se mostraram ilustrativas neste
188. eculiaridades da pesquisa social Concebemos a no o de que segundo Da Matta 1987 187 a forma como este material colhido e armazenado depende de alguns fatores O principal obviamente a orienta o te rica de cada um de n s Isto nos leva ent o a uma potente ferramenta de apreens o da realidade oriunda da Antropologia Social Falamos da pr tica etnogr fica compreendida como uma descri o densa conforme indicada por Geertz 1989 Esta nos til em grande medida para a compreens o e interpreta o da realidade a Tradu o livre de The variable and personal instrumental nature of social constructions suggests that individual constructions can be elicited and refined only through interaction between and among investigator and respondents There varying constructions are interpreted using conventional hermeneutical techniques and are compared and contrasted through a dialectical interchange The final aim is to distill a consensus construction that is more informed and sophisticated than any of the predecessor constructions including of course the etic construction of the investigator pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now a social seja e
189. em udio mp3 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Mais uma vez o trabalho do monitor essencial e para esta mudan a de conduta nos educandos sua aproxima o e empatia s o determinantes Isso foi uma experi ncia que me marcou por que no final um deles disse assim Cara tua aula foi muito boa Foi massa Gostei do jeito que tu ensinou Agora a turma ficou mais entrosada come ou mais a se falar come aram a brincar Isso eu me senti bem n Por que a primeira experi ncia a minha primeira experi ncia pra d aula e deu certo Eles gostaram da aula por que eu n o dei aula de inform tica por inform tica isso muito f cil qualquer um pode fazer tendo um pouco conhecimento Agora tu dar inform tica e transformar a vida de uma pessoa que dificil E quando voc consegue fazer nem que seja um pedacinho voc fica com o cora o mais leve voc se enche de alegria n Eu acho Eu gostei ENTREVISTA JOS SOBRINHO E mesmo com as in meras adversidades vividas pelos educadores citadas anteriormente todos parecem acreditar no xito e funcionamento da metodologia Olha n o s os jovens como tamb m os adultos melhor idade e at crian as est
190. ente articula o entre os dois pilares por meio da interliga o de suas l gicas e princ pios Esta rela o interpilares rica e suscita a influ ncia ou inser o da l gica racional est ticoexpressiva sobre o princ pio regulador da comunidade assim como o princ pio regulador do Estado relaciona se com a l gica racional moralpr tica por meio da rela o integrada entre o princ pio do mercado e a l gica racional cognitivoinstrumental por m que expressa a ideia de que a ci ncia e a tecnologia est o sendo empregadas de maneira instrumental pelo projeto moderno Segundo ele A racionalidade cognitivo instrumental tem uma correspond ncia espec fica com o princ pio do mercado n o s porque nele se condensam as id ias da individualidade e da concorr ncia centrais ao desenvolvimento da ci ncia e da t cnica como tamb m porque j no s culo XVIII s o vis veis os sinais da convers o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Esta vincula o interpilares parece apontar para a concretiza o dos objetivos pr ticos da racionaliza o da vida global individual e coletiva Este um vi s que por um lado unifica e globaliza o mundo motivo pelo qual exceden
191. entes e relativas a pocas mais prim rias dizem respeito a altera es concretas no corpo social estando ligadas inevitavelmente a melhores formas de superar a natureza prote o de domin la e sobreviv ncia humana correto afirmar entretanto tamb m que a racionalidade ocidental mesmo crendo se absoluta seja engendradora de uma tecnologia de resultados duais contradit rios Por um lado t m se os bons frutos da mudan a da t cnica e advindas do seu conhecimento profundo De outro se configuram in meros resultados indesej veis e negativos expurgos de sua racionalidade relativa S o in meros os casos que relatam a Lembremo nos ainda dos casos emblem ticos dos pr rafaelitas e do pintor italiano Paolo Veronese 1528 1588 este ltimo criador de uma nuan a de verde que ficou conhecida como verde veronese S o outros exemplos de qu o pr ximo pode estar a cria o dos estilos art sticos do desenvolvimento t cnico dispon vel em cada per odo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now altera o tecnol gica como um evento negativo para popula es n o ocidentais ou mesmo tribos de sociedades menos complexas Casos em que a inser o de instrument
192. ento sincero de educandos egressos Este reconhecimento parece representar um dos combust veis da esperan a dos educadores de inform tica na lida com os entraves e espinhos ambientais Cada novo educando que chega repleto de esperan as de mudan a motivadas pelo marketing one by one dos egressos satisfeitos parece sinalizar uma luz no fim do t nel da aridez educacional De certa forma para os educadores este feedback representa um signo de que sua a o pertinente que tem resultados efetivos e que por piores que sejam as condi es ambientais os resultados podem ser promissores N o s o somente no entanto os educandos que sentem esta dificuldade de adequa o ao m todo freireano Existem tamb m as limita es do pr prio educador Em alguns casos observados houve limita o do pr prio educador na busca de adequa o Pedagogia de Paulo Freire O trabalho t o desafiador que alguns educadores simplesmente n o desenvolvem as compet ncias necess rias para a aplica o do projeto politicopedag gico da EIC o que pode ent o em ltimo caso ser motivo do desligamento deste educador Devido a car ncia da comunidade do p blico que a gente trabalha a gente percebe uma rejei o pra desenvolver essa proposta Quando essa rejei o n o atrav s da comunidade uma uma dificuldade que a gente encontra nos educadores Porque assim todo tudo trabalhado com muita dificuldade n A entidade ela
193. entretanto ainda se processa bastante dif cil pois pela mesma pesquisa apenas 18 6 dos domic lios tinham microcomputadores caindo este percentual para 13 7 quando o crit rio acesso Internet Mesmo com o aumento do n mero de computadores domiciliares variando em m dia 16 ano a ano esta ferramenta continua sendo um bem dur vel bastante escasso maioria dos brasileiros O gr fico3 1 mostra uma pequena varia o com rela o aos n meros da PNAD 2005 mas confirmam a escassez do computador de mesa tradicional e a TV e r dio como os recursos mais verificados em lares brasileiros Gr fico 3 1 Propor o de domic lios que possuem equipamentos TIC no Brasil 2005 Computador de m o Computador port til TV digital Item TIC TV a cabo Computador de mesa Antena parab lica Console de jogo Telefone Fixo Telefone Celular M vel R dio Televis o 0 20 40 60 80 100 Fonte CGI Br Em Fortaleza por exemplo a infoexclus o aufere contornos ainda mais dr sticos ante os dados de outras grandes regi es do Pa s No Cear segundo o IBGE PNAD 2006 apenas 4 5 dos lares tinham acesso Internet A televis o ainda continuava sendo o aparelho de comunica o mais comum nos lares cearenses Segundo a mesma pesquisa 86 2 dos domic lios no Estado ou seja 1 839 451 de casas possu am pelo menos um televisor em 2005 De uma popula o total de 6 577 milh es de pessoas
194. erencia o no mercado por meio de a es de cunho filantr pico em que se busca a utiliza o de tais iniciativas como diferencial competitivo e elemento de melhoria dos ativos intang veis das corpora es como marcas e cultura corporativa Embora algumas destas iniciativas s se tornem poss veis com incentivos ou mesmo parcerias estrat gicas com pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now o Poder P blico a postura metodol gica de seus programas curriculares e o foco mercadol gico as excluem do tipo citado anteriormente c Centros comerciais de acesso ao computador e Internet Todas as lan houses cibercaf s e escolas privadas que disponibilizam o acesso aos seus alunos clientes e estabelecimentos de acesso comercial s tecnologias telem ticas que embora sejam pagos e voltados para um uso instrumental destas ferramentas caracterizam se por serem espa os de uma relativa democratiza o quanto ao conhecimento destas e sua frui o Cumprem um papel de paliativo quelas popula es de estudantes e profissionais n o possuidores de computador e ou possuem acesso Internet assim como outorgam a estes agentes novas e inauditas formas de sociabilidade s quais n o teri
195. es que podem muitas vezes optar por trabalhos mais vantajosos fora da ONG e a dificuldade de alguns monitores em incorporarem o m todo do CDI com real profundidade Isto se verifica principalmente naqueles que t m dificuldade em compreender e se aprofundar em conceitos chave como os cidadania e democracia Seria necess rio neste campo maior aten o e esfor o para melhorar a utiliza o dos conceitos sociol gicos e pol ticos com maior exatid o e crit rio Com rela o aos educandos parte de seus maiores xitos j foram relatados aqui como a modifica o de alguns com rela o atitude de atua o pol tica em termos bem abrangentes aumento nas participa es em atividades n o somente em favor de si pr prios mas da comunidade em que vivem assim como uma certa autonomia em frente aos aparelhos ordin rios do poder estatal ou seja existem v rias sementes promissoras com rela o mudan a de atitude de espectador a cidad o ativo que n o engrossa a fila dos que de tudo reclamam e nada fazem imputando toda culpa aos Governos federal distrital estaduais e municipais not ria ainda a facilidade com que estes alunos conseguem desenvolver as habilidades de manuseio em inform tica o que se expressa t o mais rapidamente quanto menor a idade do aluno Dos aspectos que mais entravam o desenvolvimento das EICs com rela o aos alunos Os principais por n s percebidos foram a heterogeneidade das turmas a qual di
196. esa a gente senta em volta a passa por exemplo s vezes eu dou um texto pra eles refletirem passam a refletir Mas no inicio dif cil pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now t m dificuldade muito grande porque s o pessoas que n o tem acesso a informa o n A nica coisa que eles sabem novela e viol ncia Barra Pesada essas coisas ENTREVISTA FCO SILVA Por este motivo o habitus inicial dos alunos associados a uma gama de fatores espec ficos da trajet ria pessoal constitui o familiar econ mica e outros pode ser um dos entraves ou maiores espinhos com os quais lidam os educadores sociais no seu dia a dia O pr prio termo usado pelos educandos para se referirem ao educador denota a associa o deste com a figura cultural do professor e n o do monitor ou educador social r Eu escolhi aqui por causa do dinheiro mesmo o custo mais barato mesmo e por informa es de outras pessoas que disseram que era bom e eu vim pra c estudar aqui O diferencial Professor professor conte do professor e o que ele tentava passar pra gente entendeu D uma luz pra gente se reerguer sei l entendeu ENTREVISTA RICARDO Mesmo com esta assoc
197. eserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now como fonte de lazer e divers o E perigos mais em rela o a influ ncia dos mais velhos na quest o da pornografia ENTREVISTA BRENO Hoje hoje em dia o que eu vejo mais s o os jovens em lan houses jogando control strike esses jogos de viol ncia e de guerra e de Orkut n Eles n o t o buscando tanto informa o Mas eu vejo que dos meus alunos l dentro da sala j eu procuro conviver com eles vou na escola vejo eles no bairro n Eu tamb m moro l e eu conhe o eu procuro ver onde eles est o E eu vejo que eles n o est o t o vidrados em jogos de viol ncia Eles procuram jogos mais educativos tipo minhas crian as eles v o pra lan house v o Mas eles v o jogar no jogo chamado Igame que um jogo no site da IG que tem jogos educativos muito bom Os meus educandos os pequeninim eles gostam demais ENTREVISTA JOSE SOBRINHO J Diverg ncias de compreens o sobre a proposta pedag gica entre os agentes envolvidos A principal motiva o deste trabalho justamente se dedicar investiga o das modifica es no habitus dos assistidos pelo CDI e a percep o que os entrevistados tinham de conceitos centrais para esta disserta o como cidadania inclus o digital e democracia esta ltima referente maior abertura de ac
198. esso aos elementos fundamentais do mundo da inform tica As diferen as de percep es dos entrevistados principalmente com rela o aos conceitos de cidadania e democratiza o apresentam se sumamente significativas para nossos prop sitos Uma vez que a varia o entre o que pensam os monitores os educandos e as figuras ligadas ao administrativo da ONG tomam formas s vezes t o d spares que s o capazes de revelar algo que est no cerne dos resultados deste estudo a inform tica essencialmente flu da e metam rfica mostrando se refrat ria aos esfor os infrutiferos que despendem certos rg os institucionais no sentido de unific la nos seus usos e nos contornos pol ticos que se imputa a esta pela sociedade em geral Isto n o significa em absoluto que estas disparidades sejam indicativas de erros ou contra sensos afeitos ao desdouro dos esmeros praticados pelos partid rios da inclus o digital por n s estudados Nada mais longe dos nossos intuitos Dizemos aqui que no mesmo sentido em que aumentam as diverg ncias de percep es poss veis a tudo aquilo que se relaciona com o mundo da inform tica social na mesma medida tamb m ascendente a riqueza das tem ticas e das respostas poss veis mesma problem tica N o encontramos e pouco prov vel que algu m se encontre uma unifica o de perspectivas ou dire es ao mundo da inclus o digital pois certo que tudo o que necess rio no sentido te rico des
199. est es problem ticas reais Nesse caso os jovens usu rios ou em outras condi es de conflito com a lei podem ponderar sobre a pr pria situa o menos como acusado mais como ser que reflete sobre si A oportunidade dada At eles perceberam a mudan a e inclusive todo dia eles pedem faz discuss o a sempre algu m diz assim Ah professor chama de professor n Igual a gente educador n Ah professor uma coisa que eu nunca pensei que eu fosse fazer fosse falar em p blico sabe A gente fala aqui tal e tal s vezes l na sala o professor fazia uma pergunta l no col gio eu sabia a resposta mas ficava com vergonha hoje n o hoje eu falo debato discuto s vezes at mesmo eu fico interrogando o professor Eu n o sabia que eu era capaz disso n o Eu disse olha isso mostra que realmente voc s tem capacidade s t falando isso Grifo nosso ENTREVISTA FCO SILVA pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Por isto mesmo que na percep o dos monitores a conduta dos educandos muda efetivamente com o trabalho do CDI e das EICs Muda muda com certeza por que inclusive a gente discute muito sobre isso sabe Eles v em a comunidad
200. frentamento a este estado de coisas Este estudo analisa as origens da sociedade da informa o as novas formas de sociabilidade virtuais assim como as din micas de luta contra o apartheid digital Tomamos como objeto o CDI Comit para a Democratiza o da Inform tica uma das institui es pioneiras no Pa s de acesso s novas tecnologias a popula es de baixa renda e outros grupos exclu dos Escolhemos como unidade emp rica de estudo uma das EIC Escola de Inform tica e Cidadania uma das mais antigas no Estado do Cear chamada EIC ACF Associa o Crist Feminina localizada no Bairro Luciano Cavalcante em Fortaleza Palavras chave Inclus o digital modernidade cidadania digital democracia inform tica pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Abstract The scientific rationality definite from dawn of the modern era shows the implacable advancement of the technologies of the information and communication This process meantime hides the silent contradiction of the distancing between two social poles the included ones insiders and the excluded ones outsiders What has been called of digital divide that it challenges organizations public and deprived
201. gital Este bin mio est sempre ligado pois vemos esta realidade como indissoci vel Na mesma propor o que n o se promova a inclus o digital na mesma medida a exclus o digital nossa realidade inelut vel Um dos problemas principais radica na imprecis o do conceito de inclus o digital o que muitas vezes se restringe somente ao acesso s novas tecnologias qualifica o t cnica m nima para seu uso etc recorrente ver em v rios projetos governamentais e mesmo da iniciativa privada que a inclus o se reduz a elementos t cnicos desprezando o aspecto humano e suas dimens es pol ticas democr ticas Al m disso n o novidade o fato de que a inclus o exclus o digital est intimamente ligada com a inclus o ou exclus o social podendo ser desta um de seus substratos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now A incapacidade do Estado em assegurar os direitos civis e sociais basicos tem como conseqii ncia a marcante e crescente desigualdade social a exclus o e a inseguran a que assolam a sociedade brasileira O d ficit institucional resultado de um processo hist rico de constru o nacional BRASIL Minist rio do Planejamento Or amento e Gest o 200
202. gital divide Como as no es sobre os elementos no mundo natural e social n o podem ser absolutas entretanto percebemos que o computador como objeto inerte do mundo das coisas pass vel de usos estrat gicos em programas como o do CDI buscando inverter esta l gica Isto refor ou em n s a aquiesc ncia da ideia de que o computador juntamente manuten o sistem tica da d diva social e da solidariedade de agentes sociais vinculados O N G s de inclus o digital podem proporcionar a transfigura o deste bem cultural a educa o da inform tica de excludente em includente de divisor em construtor de redes afetivocognitivas Cf PELLANDA 2005 35 Tomamos ainda o conceito de habitus em Bourdieu op cit para tornar poss vel a sa da do opus operatum ao modus operandi da regularidade estat stica ao principio de produ o desta ordem observada 1983a 60 O principio de produ o incorporado aos pr prios agentes sociais o que o autor denomina habitus um sistema de disposi es dur veis estruturadas de acordo com o meio social dos sujeitos e predispostas a funcionar como estruturas estruturantes isto como princ pio gerador e estruturador das pr ticas e das representa es idem 61 Compreendemos pois que os sujeitos s o portadores de falas e articuladores de formas de agir as quais se referem aos esquemas mentais determinados pelo espa o social que ocupam No intento de reconstruir
203. guardam um indicativo desta charada evidente que um crescimento t o pronunciado em t o curto per odo n o poderia ser explicado apenas pela intui o de um vision rio abnegado Na realidade existe uma conflu ncia de v rios fatores que singularizam o CDI como uma ONG sui generis Al m de uma figura central que ancora o r tulo de jovem prod gio Rodrigo Baggio e que cresce como um mito a cada evolu o da institui o em infraestrutura e resultados pode se mencionar mais um n mero substancial de volunt rios guiados ou n o pela lideran a carism tica de Baggio uma demanda social real o trabalho com uma rea inform tica a qual no in cio do novo mil nio mas n o somente nele ganha contorno de interesse universal e implac vel e por fim uma gama de parceiros mantenedores e apoiadores de alto bordo S o mantenedores do CDI a Funda o da Cia Vale do Rio Doce Philips Accenture Skol Fundadion USAID Microsoft Avina W K Kellogg Foundation BID Esso Light BNDES Carrefour Internationale Foundation UNESCO Cisco Systems e ABN AMRO Estas s o empresas funda es institutos ou rg os p blicos os quais alocam recursos financeiros para o custeio de projetos e programas espec ficos ou para a cobertura de custos operacionais e administrativos do CDI Matriz CDI on line acesso em Maio 2008 Al m destas institui es a ONG conta ainda com a ajuda dos apoiadores tais como a Rede Globo de Te
204. hada pela cidadania digital conta tamb m com algumas adversidades reais como ilustra o di logo a seguir pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Renato E como a familia de voc s Quais s o os principais problemas que voc s tem l na comunidade Ricardo A desigualdade Renato A desigualdade Ricardo A desigualdade Como assim Ricardo Pelo fato deu morar num canto pobre aquela pessoa que t l fora escuta boatos de pessoas que por exemplo S o dez vamos dizer assim dez s o dez pessoas que fazem o mal que roubam que fazem isso isso isso e aquilo vende e entendeu Mas na comunidade s o muitas pessoas honestas dedicadas trabalhadoras entende Ent o dez pessoas fazem o mal e acaba limitando prejudicando aquelas pessoas que ficam trabalham humildemente honestamente entendeu Deste modo Acho que aquela coisa que ficam alugando por que a gente mora num bairro pobre fica julgando N o por que s vezes ele pode ser um ladr o Tem tem preconceito por que a gente numa coisa numa coisa pobre n A fica fica Preconceito Fica Al m dele se prejudicar fica prejudica a gente mesmo n ENTREVISTA JO O CARLOS Esta
205. htsteurung in gegeschichte und gesellschaft 10 jg 1984 in Habermas op cit 13 O termo mundializa o surge primeiramente como um estrangeirismo ianque globalization o qual juntamente com os an logos mondialisation do franc s e globalisierung alem o tentam dar conta de uma tend ncia dos mercados e das empresas a estenderem se alcan ando uma dimens o mundial que ultrapassa as fronteiras nacionais Em outras palavras a influ ncia m tua e em tempo real da interpenetra o dos mercados pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now global sob o decl nio marcado dos estados nacionais sejam estes dependentes ou dominantes IDEM 38 Todos parecem sucumbir segundo o autor aos centros decis rios dispersos em empresas e conglomerados os quais s o capazes de movimentos por entre pa ses e continentes segundo as necessidades do mercado assim como da reprodu o e amplia o do capital Desta forma os movimentos do capital tecnologia for a de trabalho know how empresarial etc em escala mundial transformam a sociedades nacionais em depend ncias da sociedade global IDEM 43 A preocupa o de Oct vio Ianni se estende forma o de uma sociedad
206. i vel o poder N o se compram cientistas t cnicos e aparelhos para saber a verdade mas para aumentar o poder Op cit 83 E assim o sistema mundo atual inform tico t cnico e tamb m racional engolfa as possibilidades de contra argumenta o ao seu desenvolvimento proporcionando ainda uma forma de dispor do saber cient fico e da autoridade decis ria ao mesmo tempo que para o autor desde Luhmann que este sistema se expressa nas sociedades p s industriais substituindo a normatividade das leis pela efici ncia mensur vel dos procedimentos Desta maneira o dom nio das tecnologias permitem no contexto social dado refor ar a realidade emp rica assim como as chances de ser justo e de ter raz o O poder legitima a ci ncia e o direito por sua efic cia e esta por aqueles Ele se auto legitima como parece faze lo um sistema regulado sobre a otimiza o de suas performances Ora precisamente este controle sobre o contexto que deve fornecer a informatiza o generalizada A efic cia do enunciado seja ele denotativo ou prescritivo aumenta na propor o das informa es de que se disp e relativas ao seu referente Assim o crescimento do poder e sua auto legitima o passa atualmente pela produ o a memoriza o a acessibilidade e a operacionalidade das informa es IDEM 84 Para n s parece claro que a modernidade conta sim com uma padroniza o no melhor estilo unidimensional de Marcuse
207. ia o entre monitores e professores o que sutilmente encobre uma diferen a b sica de atitude em sala e de vis o do ensino aprendizagem notamos que os v nculos entre estes e os jovens das EIC podem ser intensos e contribuir em grande medida para uma altera o de atitude assumida ap s longos periodos O choque no contato entre estes dois mundos educador e educandos ainda ligados identidade social de alunos pode entetanto ir al m dos estere tipos sociais e o estranhamento entre ambos pode ceder lugar a sinceros anseios de compreens o m tua As pessoas olham pra ele e v em algu m completamente diferente de tudo que eles ja tinham visto ai n o somente inclusive ele nem chamam de professor eles chamam de educador uma coisa que a gente sempre procura colocar na mente das pessoas n Por que aquela quest o de deter o conhecimento Eu sempre digo Eu vou aprender com voc s e voc s v o aprender comigo A gente vai ter toda aquela troca de experi ncia inclusive acontece mesmo sabe Eles sempre aprendem cada turma tem a sua caracter stica cada turma traz algo novo pro grupo em si e tamb m pra mim Quando o educador procura ele ta conscientizado da import ncia dele dentro da comunidade Ele faz um mover muito grande ele faz algo que faz tornar se diferente inclusive as pessoas l na minha EIC olham pro curso e n o v em somente um curso de inform tica eles v em a prepara o sabe Porque um dos objeti
208. ia e mesmo de crise A inven o do conceito de juventude est relacionada ao surgimento da sociedade industrial e da era moderna quando lentamente este elo entre a inf ncia e a idade adulta vai se tornando merecedor de visibilidade sociol gica Antes disso por m no seu Emilo Rousseau descreve o jovem como um ser em metamorfose um ser que est processando um renascimento e o faz por meio de uma renova o total dram tica Este seria o momento em que a ndole terna e amorosa do jovem seria tragada pela sociedade adulta e inelutavelmente corrupta Tornou se c lebre a frase o homem naturalmente bom e m a educa o dada pela sociedade na qual o autor do Contrato Social desfere sua cr tica sociedade do seu per odo O autor compara ainda as etapas da vida dos homens ao ciclo infind vel das esta es da natureza o nascimento seria o ver o da exist ncia humana na juventude floresceria a primavera com o esplendor vigoroso das contradi es e possibilidades inauditas a maturidade viria como o outono um soturno declinar apontando para a frieza do inverno e morte isto o cambio derradeiro e radical da vida dos homens Os pensamentos ou met foras buc licas de Rousseau feneceram paulatinamente proximidade da convers o radical de uma nova era nascente Na transi o entre a sociedade feudal e a sociedade industrial esta parcela da popula o sofreu juntamente com os adultos e crian as as agruras do mundo do trabalho
209. ial A proposta pedag gica do CDI aparece no discurso dos entrevistados como o maior e principal diferencial desta para as outras a es de enfrentamento da exclus o digital Com efeito o diferencial A proposta pedag gica Porque eu tive em v rios encontros inclusive do Banco do Brasil Eu fui pra dois encontros o do Banco do Brasil e da Funda o Banco do Brasil em Bras lia todas elas n o tinham uma proposta pedag gica elas tavam criando ainda sistematizando as informa es Ent o eles t m recursos mas a proposta eles n o tinham Aquela proposta pedag gica como acompanhar eles n o tinham ainda ENTREVISTA FCO CHARLES Curiosamente a diferen a expressa na concep o pedag gica entre os v rios pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now estritamente conceituais imiscuindo nos em jogos de palavras porquanto a dimens o efetivamente praxiol gica pode se ver recha ada por n o encontrar eco no habitus daqueles diretamente ligados ao processo como nos fez crer a entrevista a seguir No caso n o eu a gente tem que t sempre trabalhando com os educadores n mudou s os alunos que n o sabem nada e os educadores que sabem um pouquinho mais num mudou
210. iando sua assimila o Al m disso a aproxima o que se tem do mundo em que se vive reflete um processo de desaliena o que vem tona em meio destas atividades aparentemente inocentes e l dicas entre educadores e os jovens Eles ficaram com tanto orgulho da comunidade por causa do nome eles descobriram coisas que eles ao sabiam sabe A teve que percorrer todas as escolas pessoas ficaram conhecendo ficaram sabendo inclusive fomos nas escolas distribu mos pros alunos o nosso o nosso cordel Ficou bem legal ou seja uma valoriza o da hist ria da comunidade coisa que n o tinha sido feita ainda Inclusive utilizando uma coisa que t o popular que o cordel n Coisa nossa Foram feitos dois mil exemplares Com dinheiro da Funda o Alphaville ENTREVISTA FCO SILVA neste sentido que h um ganho efetivo em cidadania e em modifica o da conduta por meio das atividades desenvolvidas no CDI s eles se conscientizando aprendendo a manusear o computador se valorizando buscando essa valoriza o como pessoa Acho que pesa muito Um pouco de cada As duas partes iguais O t cnico e o cidad o A faz a diferen a Acho que as pessoas j t m pensam diferente claro Na minha vis o eu vejo a cidadania como uma via de m o dupla Porque quando n s seres humanos pensamos somente em n s mesmos a nos tornamos muito ego stas n Querendo ser melhor que todos Eu que eu que me dando bem o que
211. ias sociais inform tica e faz lo por meio de uma vis o empresarial t o competente e sintonizada com as p s modernas articula es capitalistas que mesmo transitando ou meio s mais diversas e por vezes antag nicas tend ncias pol tico ideol gicas grupos com os mais diversos interesses de classe se torna cada vez mais indispens vel Tanto indispens vel do ponto de vista individual pois que para aqueles sem condi es financeiras o acesso inform tica seria impens vel sem ONGs como esta como sob o prisma macroestrutural Ao citarmos o macroestrutural referimo nos tanto ao sistema capitalista global que necessita cada vez mais de m o de obra minimamente instru da em termos das TI como do Estado que solicita cada vez mais intensamente de parcerias para buscar responder s demandas da sociedade e das empresas de materiais de inform tica as quais se beneficiam desta condi o de maneira irrestrita Sobre a atua o do CDI assinala Ana Paula coordenadora do CDI Cear O CDI como voc deve convir n que uma ONG de inclus o digital n que atua no Brasil desde 95 e a nossa miss o promover a inclus o digital e social atrav s das ferramentas computacionais das tecnologias de informa o e de comunica o e a como que a gente desenvolve isso Como que nosso trabalho A gente faz parceria com as associa es Ongs estes rg os a gente n o tem nenhuma parceria ainda com o governo e a imp
212. ica e Cidadania desta regi o tomado como representante t pico destas unidades do CDI As EICs s o de forma bem geral e sint tica espa os educacionais informais que levam conhecimentos sobre inform tica conjugadas a cidadania para crian as jovens e adultos de comunidades carentes e outros indiv duos com vulnerabilidades CUNEGUNDES 2004 FRANCH 2004 FILGUEIRA 2001 como portadores de necessidades especiais familias de pescadores jovens portadores de necessidades especiais homossexuais prostitutas presidi rios popula o ind gena entre muitas outras minorias exclu das A escolha desta localidade envolve alguns pontos b sicos ela engloba uma grande concentra o de moradores na faixa et ria a ser pesquisada assim como representa a no o de periferia e situa o de vulnerabilidade pretendidas Al m disso esta unidade espec fica a mais antiga de Fortaleza o que facilitar a capta o do habitus de seus educandos e participantes conceito essencial para esta pesquisa 3 4 1 Considera es hist ricas e culturais acerca da juventude Tomando se o contexto hist rico brasileiro percebe se que os jovens est o suscet veis a processos de fragmenta o provocados tanto por falta de pol ticas p blicas como pelo desemprego Segundo Abramo com rela o s pol ticas p blicas necess rio notar que no Brasil diferentemente de outros pa ses nunca existiu uma tradi o de pol ticas especial
213. idade as cidades na cibercultura Rio de Janeiro Editora E Papers Servi os Editoriais 2004 MANCE Euclides Andr A revolu o das redes a colabora o solid ria como uma alternativa p s capitalista globaliza o atual Petr polis RJ Vozes 1999 MAPA da exclus o digital Coordena o Marcelo C rtes Neri Rio de Janeiro FGV IBRE CPS 2003 143 p MARCUSE H A ideologia na sociedade industrial O homem unidimensional Rio de Janeiro Zahar editores 1982 238 p MARICONDA P LACEY H 2001 A guia e os estorninhos Galileo e a autonomia da ci ncia Tempo Social v 13 n 1 pp 49 65 MARTINEZ Vin cio Carrilho O cidad o de sil cio Mar lia Unesp Faculdade de Filosofia e Ci ncias 1997 MARX Karl Manifesto do partido comunista S o Paulo Global 1983 O Capital Trad por Reginaldo Santana Rio de Janeiro Ed Civiliza o Brasileira 1968 MATZA David As tradi es ocultas da juventude In Sociologia da juventude III Org Sulamita de Brito Rio de Janeiro Zahar 1968 MAUSS Marcel Ensaio sobre a d diva forma e raz o da troca nas sociedades pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Dom
214. ientais nos remetem a um tipo de harmonia musical profundamente diferente o que somente foi poss vel por meio de uma tecnologia musical divergente Certamente os variados estilos art sticos sejam eles liter rios musicais pl sticos etc t m ou perecem ter rela es din micas com a t cnica ora influenciando ora sendo por estes influenciados Parece existir uma m tua adequa o entre estas diversas estruturas art sticas culturais tecnol gicas assim como pol ticas e econ micas na qual os fatos hist ricos se apresentam como resultado concreto A hist ria do rock n roll a inven o da guitarra el trica e as modifica es culturais e art sticas de Elvis Presley assim como as perip cias pirot cnicas e perform ticas de Hendrix podem exemplificar o acima exposto No caso das artes pl sticas podemos nos referir s obras inovadoras de M C Escher assim como os modernismos de Piet Mondrian obras e estilos estes impens veis sem o desenvolvimento do uma racionalidade t cnica que os d suporte Antes disso se observou nos renascentistas uma tecnologia art stica avan ada o que os fez superar em est tica as 1 Cf Dicion rio de m sica Isaacs Alan Martin Elizabeth orgs Rio de Janeiro Zahar editores 1985 5 De fato Jimi Hendrix ficou conhecido n o s por seu comportamento transgressor como ressignificar as possibilidades dos instrumentos e artefatos musicais do final da d cada de 1960 Os pedais como o
215. il brio De fato a luta concorre furtivamente dentro das a es rec procas dos agentes refor ando unindo e reunindo uns com os outros pelos outros e contra os outros agregando e desagregando indiv duos sem contar necessariamente com a consci ncia destes sobre a fun o socioestruturante do conflito Analogamente como na sociedade de carne e osso a sociedade dos bytes parece tamb m fundamentar se no antagonismo dos seus agentes configurando e rearranjando os usos desta tecnologia comunicativa formando grupos rivais dentro e fora do mundo virtual Esta curiosa palavra utilizada por Simmel remete a um grande n mero de tradu es poss veis e por este motivo a mantivemos em seu formato original Tomando os seus dois voc bulos formadores em separado teremos Geistlich espiritual teol gico relativa psique e Verbindung alian a assembl ia uni o combina o conex o ou interconex o fus o rela o de onde podemos traduzi lo como sendo uma uni o espiritual no sentido de pessoas que est o interligadas atrav s de suas mentes e cora es com v nculos para al m do f sico Cf Universal Worterbuch Brasilianisches Portugiesisch Langenscheidt Berlin Sh nneberg 2000 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a
216. il sobre a percep o deste elemento tecnol gico Segundo Ribeiro 2005 a televis o algo dual por seu imenso potencial emancipador de um lado e sua realidade sens vel como artefato pol tico ainda excludente e n o democr tica de outro O autor v na televis o um ve culo de certa emancipa o sobretudo por seu papel pedag gico tanto real quanto potencial e avalia como positivo o refor o do processo de individua o e emancipa o individual condicionada pela tv Entretanto segundo o autor encontramos na televis o diversas lacunas denunciadoras como as aus ncias religiosas principalmente dos cultos afro brasileiros femininas raciais e tnicas e de muitas outras minorias sociais que em meio a poderes econ micos e midi ticos v em seu lugar de express o negado dentro das programa es novelas telejornais assim como sua voz silenciada Definitivamente h no campo pol tico uma avalia o negativa do potencial democr tico e democratizante da televis o h faixas sociais inteiras exclu das desta m dia s o os exclu dos do discurso televisivo H ainda uma escassa discuss o pol tica sob a qual sucumbe a democracia e o potencial democr tico deste ve culo na qual a pol tica se v reduzida moral De qualquer maneira o fato que n o somente a televis o mas o computador e mais recentemente na hist ria a Internet infiltraram se definitivamente na vida dos cidad os das sociedades modernas gerando e
217. in any world and principally in the Developing countries where the infrastructure of computer science pedagogic like also the actions of public politics they still lack for more precise maturing and definition of his concepts The Northeast includes the biggest taxes of digital exclusion of Brazil which demands an effective constitution of struggling forms to face this state of things This study analyses the origins of the information society the new virtual forms of sociability as well as the dynamic ones of fight against digital apartheid We take as object the CDI Committee for the Democratization of the Computer science one of the pioneers institutions in the Country of access to the new technologies to populations of low income and other excluded groups We choose like empirical unity of study one of the SCC School of Computer science and Citizenship one of the most ancient in the State of the Cear called EIC ACF Christian Feminine Association located in the District Luciano Cavalcante in the city of Fortaleza Key words Digital inclusion modernity digital citizenship democracy computer science pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now SUMARIO i INDO TO NOS i
218. indows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now concursos p blicos da d cada de 1970 e 1980 nos quais as condi es necess rias para estas atividades e institui es n o compreendiam uma urg ncia de atualiza o e continuidade de estudos como se v hoje na sociedade do conhecimento Para Dupas 2001 o progresso cont m contradi es que p em em quest o a inova o tecnol gica e lan a os principais desafios ticos da sociedade da informa o A tecnologia por m pode e deve ser submetida a uma tica que seja libertadora a fim de a digital divide e a neo barbaria digital sejam capazes de contemplar ao inv s o bem estar da sociedade de forma bem mais plural e irrestrita seja ela presente ou futura anacr nica sincr nica ou diacr nica evitando o posse exclusiva das TICs a servi o de minorias e ou atendendo a necessidades imediatas Para L vy 1996 enquanto tal a virtualiza o n o boa nem m nem neutra Esta nova forma que assumem as rela es humanas no plano mundial representa um processo de hominiza o da intelig ncia e potencialidades Uma t cnica n o boa nem m isto depende dos contextos dos usos e dos pontos de vista tampouco neutra j que condicionante ou restritiva j que de um lado abre e do outro fecha o espectro de possibilidades N o se trata de avaliar os impactos mas de situar as irreversibilidades s quais u
219. ine Get yours now A modernidade globalizada produz ent o um sujeito fragmentado cercado por uma mir ade de estilha os culturais os mais diversos oriundos das mais variadas m dias al m de um processo criador e recriador de uma exclus o social virtualmente impar vel dada a manuten o irrestrita e inalterada deste status quo global Al m de todo este processo e ao mesmo tempo este sujeito moderno metropolitano blas em Simmel flan ur em Benjamin ainda entrecortado pelo dilema das identidades nacionais em franca transi o oferecido pela mesma globaliza o moderniza o Sendo as culturas nacionais uma das principais fontes de identidade cultural HALL 2005 que ser da autopercep o do homem neste per odo Que tens es permeiam a alma dos indiv duos humanos em uma era globalizada que ao fragmentar na es e culturas nacionais lan a este mesmo ser em um aparente e aterrador vazio simb lico de n o perten a ou de uma identidade h brida e incoerente A desterritorializa o fomentada pela cibercultura serviria de vetor para intensificar ainda mais este processo O certo que entre os velhos populismos com nova roupagem como o de Hugo Ch vez nos anos 2000 e a forma o de bols es de tradicionalismo radical em partes do mundo isl mico observa se o gradual mas talvez irrevers vel processo de esfacelamento dos Estados Nacionais Sobre estes emergem furtivamente grandes blocos econ micos transnacionai
220. inelut veis da compress o espa o tempo A modernidade guarda em si um Zeitgeist espirito do tempo complexo e contradit rio oscilante entre o vazio do normativo e a reinven o do real pelo data poss vel da experi ncia prec ria emp rica e sincr nica da din mica hist rica O Zeitgeist moderno a tens o entre o entre o pensamento hist rico versus o pensamento ut pico entretanto na moderna consci ncia do tempo o pensamento hist rico e ut pico figuram se mesclados A autoconfian a da modernidade hoje como ontem estimulada por uma consci ncia de atualidade na qual o pensamento hist rico e o pensamento ut pico fundiram se um com o outro Mas com conte dos ut picos da sociedade do trabalho desaparecem duas ilus es que fetichizaram o entendimento da modernidade sobre ela mesma A primeira ilus o resulta de uma diferencia o insuficiente IDEM 114 O ou topos como ideal de vida express o da esperan a ou mesmo antecipa o te rica daquilo que ainda n o aproxima se cada vez mas do irrealiz vel seja em Fourier Saint Simon Campanela Bacon Morus e at em na tentativa concreta de um Marx ou Owen e sua New Harmony pois o ou topos uma concep o ideal que perscruta furtivamente a esfera do pensamento pol tico p blico tendo como vetor contr rio experi ncia hist rica reflexiva e veross mil a qual engendra barreiras s energias ut picas cinzelando lhe as arestas e inviabi
221. ino 1977 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Na perspectiva de Lyotard ao se examinar o estatuto atual dos saberes cientifico tecnol gicos Constata se que enquanto este ltimo parece mais subordinado do que nunca s pot ncias e correndo at mesmo o risco com as novas tecnologias de tornar se um dos principais elementos de seus conflitos a quest o da dupla legitima o est longe de se diluir e n o pode deixa de por isso de ser considerada com mais cuidado Pois ela se apresenta em sua forma mais completa a da revers o que vem evidenciar serem saber e poder as duas faces de uma mesma quest o quem decide o que saber e quem sabe o que conv m decidir O problema do saber na idade da inform tica mais do que nunca um problema do governo Lyotard 2002 13 14 Igualmente para autoras como Benevides 1991 o uso pol tico das tecnologias inform ticas contradit rio pois situa ao mesmo tempo uma tend ncia de empuxo iniciativa e participa o popular como tamb m propicia uma problem tica de natureza estrutural para equacionar este novo cidad o usu rio dentro dos quadros representativos da democracia brasileira A autora aponta para a chamada s ndrome do
222. integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now diferentes pois com o avan o tecnol gico inform tico telem tico mecatr nico etc poucos trabalham produzindo muito e muitos perdem acesso ao mundo laboral estes gadgets contribuem mais para a cria o de consumidores e trabalhadores sobrecarregados do que de verdadeiros cidad os A quest o entretanto n o se resume a demonizar a tecnologia N o usar o computador simples h at alguns saudosistas que resistem aos PCs modernos resgatando as suas pitorescas Olivetti para escrever Usar o computador em excesso tamb m n o complicado j que proliferam os cursos de inform tica b sica e as an houses com variados pre os e que podem fomecer o m nimo necess rio para transitar no mundo digital virtual Al m disso na primeira d cada do s culo XXI preciso muita habilidade para n o entrar em contato com a inform tica o que ajuda as pessoas a sentirem uma certa familiaridade com ela Percebemos isto na sala da EIC Os jovens mesmo com saberes incipientes est o mais afeitos ao manuseio do computador do que os alunos com um pouco mais de idade fato j comprovado pelo artigo de Prensky sobre a diferen a entre nativos e imigrantes digitais Para Prensky h maior familiaridade daqueles que j nasceram em contato com todo o aparato tecnol gi
223. ios de corre o p blica a sua liberdade de escolha nunca foi t o derivada das escolhas feitas por outros antes dele SANTOS 1997 21 Os anos 1980 foram prodigiosos em mostrar como novas configura es da rela o indiv duo sociedade se estabelecem sob a gide de tecnologias de comunica o capazes de revolucionar as forma es democr ticas e mesmo at as agremia es populares fortuitas A participa o popular assim como a criatividade social se transforma nesta perspectiva em um artefato midi tico ou mercantil de si mesma Isto leva a um impacto decisivo sobre um dos grandes paradigmas sociopol ticos da modernidade a democracia a qual analisaremos mais detidamente do terceiro cap tulo Para o autor o projeto da modernidade est erigido sobre dois pilares o primeiro o da regula o seguido do pilar da emancipa o O da regula o est constitu do sobre o tr plice princ pio de Estado Mercado Comunidade tendo como principais te ricos de articula o T Hobbes Locke e J J Rousseau Estes tr s pensadores formularam os princ pios citados e estes est o vinculados aos outros princ pios do pilar da emancipa o O ltimo abarca as tr s l gicas de racionalidade a racionalidade est ticoexpressiva ligada dimens o art stica e liter ria a racionalidade moralpr tica referente a o do Estado e a racionalidade cognitivoinstrumental referente ci ncia e t cnica Para o autor existe evid
224. isas entre o poder p blico a sociedade civil e iniciativas do segundo setor da economia Desta feita nos ativemos seguinte classifica o adotando crit rios que embora nos sirvam de apoio metodol gico quanto aproxima o do fen meno ainda se configuram como falha dada a volatilidade das experi ncias reais e casos concretos de projetos e ou op es na rea de inclus o s TIC no Brasil a Centros de forma o tecnol gica Aqui se enquadram todas as iniciativas genuinamente governamentais sejam elas federais distrital estaduais ou municipais S o projetos sociais vinculados pol ticas p blicas voltadas para a capacita o e ou qualifica o t cnica de popula es exclu das ou n o do universo das novas tecnologias telem ticas em geral S o exemplos t picos os programas de telecentros de informa o o Programa Internet nas Escolas programas universit rios p blicos etc importante lembrar que somente este tipo de iniciativa pode conjugar as estrat gias vi veis de infoinclus o buscando disseminar o acesso a agentes sociais tanto individuais quanto institucionais b Centros digitais de responsabilidade social corporativa S o iniciativas privadas de inclus o digital centralizadas na perspectiva de ajustamento da imagem das grandes corpora es ante a press es da sociedade civil mais especificamente do mercado do qual fazem parte Constitui se efetivamente de estrat gias corporativas de dif
225. itais e desigualdades de acesso em todo o Territ rio Brasileiro Gr fico 2 3 N mero de hosts Internet no Brasil entre 98 2006 4 000 000 Hosts 3 000 000 2 000 000 jan 98 jan 99 jan 00 jan 01 jan 02 jan 03 jul 04 jul 05 Per odo Fonte Network Wizards Por este motivo principalmente ap s o ano 2000 o tema da inclus o digital aufere cada vez mais destaque dentro das pol ticas p blicas Uma das a es mais importantes do Governo brasileiro no sentido de combater a exclus o digital foi certamente a cria o em 2003 do GESAC Programa Governo Eletr nico Servi o de Atendimento ao Cidad o por 78 Especificamente a liga o de 9600 bps Bitnet Link entre o Laborat rio Nacional de Computa o Cient fica LNCC no Rio de Janeiro e a University of Maryland nos Estados Unidos iniciativa seguida pela FAPESP entre outras Backbone Network 80 No Estado do Cear o programa come ou tamb m em 2003 sendo em Belmiro Soares seu primeiro ponto de instala o On line lt http www idbrasil gov br noticias news item 2006 09 14 3812644477 gt acesso em pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now interm dio do Minist rio da
226. ito sua vaguid o contribui de forma grave para que o alcance nos prop sitos pedag gicos e sociais seja alcan ado com propriedade O relato de Francisco da Silva nos ajuda a compreender mais profundamente esta tem tica da metodologia assim como a problem tica a seu respeito uma coisa que comum qualquer CDI tanto do Cear ou do Rio de Janeiro s vezes a pr pria digamos assim dificuldade do monitor assimilar a PPP que Proposta Pol tico Pedag gica s vezes o A gente tenta procurar desenvolver um trabalho no caso aqui do CDI pra ajudar a EIC s vezes o monitor em si o educador ele sente tamb m um pouco fora vamos dizer fora desse padr o porque todo monitor passa por capacita o passa por quest o de prepara es pra t exercendo a metodologia dentro da sala de aula dentro da EIC Mas muitas vezes ele mesmo fica perdido muitas vezes alguns educadores eles acabam n o dando digamos assim a metodologia como deve ser utilizando os quatro eixos da PPP da Proposta Pol tico Pedag gica Mas todo monitor ele v realmente a import ncia de trabalhar quando ele compreende a PPP ele torna se um cone dentro da comunidade Por fim notamos que a Pedagogia engajada de Paulo Freire assim como seus conceitos chave ganham na EIC ACF Fortaleza nuan as mais t nues no que diz respeito ao conte do de mudan a radical e revolucion ria do mundo que o sonho de justi a social desse autor por meio de
227. ivos significam n o somente elementos concretos aquisi o manuten o e correta utiliza o de tais elementos como tamb m bens ou ativos simb licos necess rios manuten o e utiliza o dos recursos precedentes O exemplo paradigm tico destes bens ou ativos simb licos precisamente a educa o na qual se enquadra parte da inclus o digital em suas diversas facetas Dizemos em parte pois outros elementos tamb m contribuem de forma decisiva para o enfrentamento da vulnerabilidade social Al m dos ativos materiais e simb licos de sua posse ou disposi o em grupos vulner veis outro elemento fundamental de emancipa o percebido pelos novos te ricos de pol ticas p blicas e pobreza existem tamb m as oportunidades Estas se refem s diversas classes de alternativas criadas pelo conjunto da sociedade civil do Estado e pelas empresas de maneira geral Por fim juntamente aos ativos materiais e simb licos e das oportunidades criadas pelo Estado mercado e sociedade civil ou pelo conjunto destas esferas existe outro elemento relevante de oposi o s vulnerabilidades sociais aquele referente s estrat gias de uso e manuten o dos recursos anteriores sem as quais estes n o se sustentam ou se tornam invi veis Desta forma identificamos previamente a a o do CDI com suas EICs como uma mobiliza o tipicamente antivulnerabilidade social no sentido em que essa organiza o n o governamental prop e a utiliza
228. izar sobremaneira uma conquista n o dada mas alcan ada Ainda para a linha freireana o homem naturalmente um ser esperan oso Da por que deve existir na sala de aula de uma EIC sempre o sentimento de esperan a de que o conhecimento ser apreendido sendo suplantados os obst culos que se formarem diante disso Junto com a esperan a o processo de aprendizagem deve ser pautado ainda na alegria para que os sujeitos envolvidos se identifiquem realmente com o conhecimento que est sendo elaborado H uma necessidade de resist ncia conjunta aos obst culos da alegria comum e de resgate da import ncia da natureza humana inacabada e consciente disso portadora de impetos e influ ncias sobre o fazer se hist rico humano Inferimos que para o autor h duas dimens es da natureza humana 1 dimens o natural e aprior stica que envolve entre outras coisas alegria e esperan a como est mulos ou impulsos inatos 2 dimens o hist rica dimens o do estar sendo que influenciada pelos impetos da dimens o natural da natureza humana enquanto estes n o lhe s o abortados Fonte adaptado de Freire 1996 A vis o desproblematizada do futuro fatalista e mecanicista significa desesperan a e aborto dos mpetos genu nos nascentes das reas mais profundas da natureza humana que por isso mesmo negada sua exist ncia A realidade n o est sendo isto pode ser alterada pois formada e n o dada
229. la voltada pesquisa com popula es ind genas seja dirigida ao estudo e descri o minuciosa de h bitos e costumes destes selvagens de dentro dos quais nos fala Laplantine 2000 15 compreendidos como os sujeitos constituintes de grupos perif ricos De fato a reconstitui o deste mundo ex tico depende de um esfor o do pesquisador em um sentido de readequa o epistemol gica mudan a nas percep es do mundo mudan a no olhar e no ver o real apontando para uma pr tica etnogr fica adequada pois Todo etn logo s poder enxergar aquilo que est preparado para ver E essa vis o para al m das rotinas pachorrentas e paulificantes das aldeias ind genas onde todo dia sempre igual a todo dia s pode ser desenvolvida quando se est familiarizado com as teorias antropol gicas correntes adotando se por meio delas algum ponto de vista Da MATTA 1987 187 Al m destas estrat gias citadas a singularidade de nosso objeto demanda mais algumas a es o mundo informacional bastante mut vel e esta metamorfose acontece em ritmo acelerado demandando uma constante atualiza o por meio de pesquisas bibliogr ficas e digitais assim como presen a em congressos e eventos pertinentes aos nossos prop sitos aqui descritos Comparamos ent o toda a tem tica do mundo virtual e suas promessas figura aleg rica de uma Rosa Digital em constante e inestanc vel crescimento Parece ser o desti
230. lanta a escola de inform tica e cidadania O CDI ele entra com a forma o n pr tica e te rica da equipe de educadores e coordenador e faz a doa o dos equipamentos A entidade a contrapartida da entidade oferecer espa o f sico e garantir a auto sustentabilidade desta escola de inform tica e cidadania Da pra gente implantar a gente faz um estudo de caso n a entidade manda um projetozinho A gente tem algumas coisas pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now associa o da entidade dentro da comunidade Trabalho de responsabilidade social desenvolvido na comunidade ENTREVISTA ANA PAULA Conforme for detectada a lisura da entidade interessada come a ent o uma associa o entre a ONG e a tal entidade Com a doa o das m quinas e a instala o feita por t cnicos da pr pria institui o a EIC pode come ar suas atividades com a vinda de um educador que tenha o perfil sintonizado com a Pedagogia freireana Os custos de divulga o costumam ser m dicos quando existem pois muitas vezes o conhecimento das atividades da escola se d por meios informais o que n o desmerece sua efic cia em atingir o seu p blico alvo na maioria jovens exclu dos do mundo da inform
231. leis e estas s o pass veis de tradu o matem tica E por volta do s culo XVII que se consolida a astronomia de Cop rnico e a f sica de Galileu e em sua esteira assisti se constitui o de um novo padr o de racionalidade centrado nas matem ticas marcado pela redu o da natureza a seus elementos mensur veis e pela busca das leis que a governam segundo a linguagem do n mero e da medida DOMINGUES 1991 32 Galileu por m representa apenas o primeiro passo dado pela ci ncia moderna da conting ncia para a certeza da casualidade para a causalidade isto a busca de rela es causais para a explica o do s fen menos Mariconda amp Lacey 2001 apontam para o car ter pol tico da emancipa o feita por Galileu o que nos remete invariavelmente ao atributo de um a priori das revolu es cient fico tecnol gicas Antes dele j estavam Descartes e Francis Bacon a promover a cis o do homem com a natureza descolando a humanidade da condi o de objeto e enquadrando o em um novo modelo de racionalidade Bacon por exemplo chega a sistematizar o estudo da natureza justificando at a sua tortura para que esta revele os seus segredos A teoria dos dolos se insere em um horizonte mais amplo o da emancipa o humana da condi o natural apontando para uma humanidade autossuficiente capaz de decidir pelo pr prio destino n o estando mais regido pelas intemp ries do ambiente ou pelas a DO D L pdfMachine
232. levis o UNICEF Ashoka IBM e a Brasil Telecom At agora n o estamos nos referindo s parcerias no plano microambiental escolas e mesmo a ACF em Fortaleza raiz de nosso estudo Al m destes elementos outra caracter stica pode acoimar o diferencial do CDI como institui o de a o social uma ONG que nasceu n o por luta popular mas por a es contingentes e iniciativas particulares atreladas pelo respaldo de fort ssimos organismos empresas e grupos internacionais tudo isso com o molho irresist vel da pedagogia freireana insistentemente citada por todos da institui o independentemente do cargo ali exercido ou n vel hier rquico No Brasil existe uma tradi o recente de movimentos populares de a o incisiva sobre aquilo que Gohn 2001a 2001b chama de cidadania coletiva Segundo a autora os movimentos sociais t m forte dimens o educativa no sentido de resgate de posi o ativa dos elementos constitutivos das camadas populares Neste contexto o que poderia ser caracterizado como esferas p blicas come a a ser desenvolvido em um processo lento pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Grafico 4 2 Numeros da Rede CDI 1995 2004 5778 3510 38
233. lho tampouco nosso paradigma orientador t m a preocupa o de comparar os conceitos corretos e errados sobre o que os educandos e educadores sabem sobre cidadania democracia etc O enriquecedor deste trabalho justamente crescer com as formula es e conceitos produzidos pelos agentes que est o impregnados do modi operandi e modi vivendi relativos aos seus locais sociais que t m por base os conceitos inicialmente trabalhados em sala pelo CDI Entre os exemplos mais not veis nos ganhos em cidadania suscitados pelos educadores destacamos a cria o do f rum de cidadania de Fco Silva Inclusive eu sempre convidava pessoas pra t trabalhando temas diferentes sabe Eu digo que n o sou detentor do conhecimento sabe Eu sempre convido amigos meus pessoas que eu conheci em outras institui es pra t trabalhando esses temas inclusive eles mesmos eles discutem entre si Uma coisa que a gente chamou N s tivemos um tempo de reuni es que a gente chamava de f rum f rum da cidadania Eles colocaram o nome F rum da cidadania e eu estava constantemente discutindo o tema voltado pra essa rea era pol tica ENTREVISTA FCO SILVA Nestes f runs de cidadania o di logo o elemento fundamental e as tem ticas s o escolhidas pelos pr prios educadores Interessante neste exemplo que o conceito de cidadania sai da sala de aula e ganha vida n o somente com a mudan a de posi o dos educandos mas tamb m na conduta
234. libertadora e finalmente como recomenda o compensat ria para que pudesse aparecer como equivalente do poder unificador da religi o e superar as biparti es da modernidade a partir de suas pr prias for as motrizes Fracassou por tr s vezes esta tentativa de talhar o conceito de raz o medida do programa de um iluminismo em si mesmo dial tico 1990 91 Assim para o homem da modernidade vazio de mitos vivendo na gaiola de ferro weberiana ou seja em um mundo burocratizado racional assim como desencantado resta uma exist ncia de a es racionais as quais redundam no mesmo sistema racionalmoderno expresso e sustentado por uma cren a em sua legitimidade autojustific vel 2 2 1 O plano da racionalidade e as altera es socioculturais da tecnologia em sociedades simples De maneira alguma as revolu es do ambiente intelectualte ricocient fico est o desvinculadas de altera es significativas na mesma medida no mbito tecnol gico pr tico e cotidiano De forma correlata certas forma es de desenvolvimento tecnol gico guardam com a cultura rela es pr ximas e din micas S o recorrentes os exemplos hist ricos nos quais a atividade cient fica assim como o avan o do dom nio da natureza e seus fen menos pelo rigor racional humano proporcionam novos e revolucion rios matizes nos movimentos art sticos e culturais Tomando se como exemplo a transi o do barroco e classicismo pdfMachine Is a pdf
235. lizando suas ocorr ncias exitosas O ou topos mostra Habermas esteve presente em v rias correntes pol ticas como muni o de batalha destas configurando se como bandeira de luta desde a Revolu o Francesa at a atualidade A atualidade por m remete ao esgotamento destas energias ut picas o que sinaliza para um futuro negro exemplificado pelos dados hist ricos sens veis implos o da pol tica de Bem Estar Social o estado de guerra iminente desemprego estrutural e mis ria social Do grego nenhum lugar O chamado Welfare State Estado de bem estar social ou intervencionista surgido ap s a Segunda Guerra Mundial na Europa e nos EUA teve seu reflexo no Brasil com a busca da garantia dos m nimos sociais como pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now problemas com o meio ambiente etc Existe uma verdadeira variedade de problemas sociais transbordantes s concep es ut picas os quais denotam uma cultura ocidental em xeque o legado de um futuro imponder vel e inintelig vel tanto quanto implac vel A crise tamanha que mesmo a revolu o dos novos meios de comunica o que em si guardam grande potencial para o bem da humanidade s o vistos por
236. lmente a esfera global O mundo n o mais uma cole o de pa ses agr rios ou industrializados e as terminologias pobres ou ricos col nias e metr poles dependentes e dominados arcaicos ou modernos n o s o suficientes para abarcar a sua crescente e desafiante complexidade Para o autor A partir da Segunda Guerra Mundial desenvolveu se um amplo processo de mundializa o de rela es processos e estruturas de domina o e apropria o antagonismo e integra o Aos poucos todas as esferas vida social coletiva e individual s o alcan adas pelos problemas e dilemas da globaliza o 2001 35 36 Neste sentido a globaliza o um fen meno natural na esteira do processo de expans o do capitalismo no qual este sistema assume novas formas e reestrutura e reinventa suas formas de domina o e expropria o estendendo mundialmente seus tent culos Ap s o a revolu o das formas de trabalho locais regionais feudais etc ocasionadas pela burguesia a forma o de um capitalismo transnacional ganha corpo A revolu o ampliada do capital seja por meio de processos de concentra o e centraliza o transborda todas as fronteiras e sinaliza para uma economia mundo sistema mundial ou acumula o mundial Estas transforma es configuram o nascimento de uma sociedade global ou uma sociedade civil 12 Cf a denomina o atribu da por Offe Claus Korporatismus des Mac
237. lutuante e difuso misto de curiosidade medo e uma vontade n o expressa em palavras em subverter o encaminhamento pedag gico do monitor A fome de inform tica e o fasc nio desta tela brilhante em movimento parecia despertar uma curiosidade muito particular nestes jovens que os faz eventualmente mas n o raro tomar desvios ante as t nicas das aulas Por op o de Breno n o existe um momento de cidadania separado da pr xis educativa como afirmara D Lobelita em outra oportunidade o que n o nos pareceu muito claro A cidadania ainda era para n s um conceito vago e de instrumentaliza o duvidosa nas aulas desta EIC pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Sala EIC ACF entrada Fonte autor jan 2007 A comunica o entre educandos comedida assim como o s o seus gestos Nossa presen a n o foi comentada pensamos n o ter causado muito inc modo ou mesmo altera o no comportamento dos educandos como nos confirmou Breno Dos cinco computadores da sala doravante PCs apenas tr s funcionavam a contento juntando por isso mas de duas pessoas por PC como indicado pela administra o central do CDI Como de praxe nas escolas o que o professor fala n o
238. m colapso Esta era moderna amoral em Durkheim desencantada racional e burocr tica 26 Gellner E 1964 Thought and Change London Weidenfeld and Nicolson 1 50 27 Por vezes poss vel perceber as personagens de Kafka como alter egos do mesmo autor com seu Angst pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now em Weber comprimida pelo espa o tempo e desterritorializada em Harvey 1992 agon stica em Lyotard 2002 vigilante e disciplinar em Foucault e carnavalizada e hegem nica em Baudrillard 2006 se mostra eternamente em crise fragmenta o tens o e ruptura Nesta poca que se segue era da sociedade industrial nacionalista fica mais patente a ideia de que o arranjo nacional n o imanente humanidade como se fez crer na modernidade A constitui o das nacionalidades parece ser uma arbitrariedade do mundo burgu s vinculado aos seus interesses e regras de jogo A tend ncia das elites mundiais de impor suas vis es de mundo como universais fora denunciada desde Marx Agora fica mais evidente que o choque entre os antigos estados nacionais e os grandes grupos de com rcio transnacionais pende talvez irremediavelmente para o lado destes ltimos e a ideia de na
239. m condi o de formar o educador antes dele ir pra sala de aula Outra coisa que a gente v tamb m a quest o da disponibilidade de tempo desse educador a entidade ele ela Sufoca muito o educador A gente t vendo muito isso n Ela sufoca toma o tempo pra se aprimorar pra se formar grupo de estudos pra t buscando inova o pra esses cursos pra pra pra os cursos de inform tica que a gente tem percebido nas visitas n Tem um papel fundamental n Na forma o ENTREVISTA ANA PAULA pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 4 3 2 Das Conquistas Toda a luta contra as dificuldades citadas anteriormente t m como sintese a produ o de conquistas coletivas de grande significado politicossociol gico como tamb m pedag gico De maneira geral podemos afirmar que as principais conquistas deste rduo trabalho de coopera o entre educadores e educandos s o justamente A a incorpora o de novos conceitos e atitudes por parte dos educandos e B o fortalecimento de la os culturais e viv ncias cidad s 4 3 2 1 A incorpora o de novos conceitos e atitudes Mesmo com todas as adversidades com as quais se deparam os monitores no decurso de suas aulas n
240. m de seus usos nos levaria de formular os projetos que explorariam as virtualidades que ela transporta e de decidir o que fazer com ela 2000 26 O autor realiza uma desconstru o da oposi o f cil entre o real e o virtual Para ele a met fora do impacto para representar as implica es sociais de toda classe causadas pela tecnologia inadequada Considerar tal met fora seria entender a tecnologia como um autor aut nomo e externo distinto e cindido da sociedade e de sua cultura Ora como separar do mundo artificial tecnol gico as ideias que s o deste o substrato L vy inclui no mesmo rol as tecnologias as ideias que as engendram e os seres humanos que os inventam utilizam e produzem As a es humanas abrangeriam intera es entre a pessoas vivas e pensantes b entidades materiais naturais e artificiais c id ias e representa es De fato para L vy 2000 h uma rede de interesses por tr s da Internet o que envolve projetos diversos lutas econ micas estrat gias de poder etc Por isto existe uma dualidade envolvente no mundo digital Uma ambival ncia ou multiplicidade de significa es e dos projetos que envolvem as t cnicas s o muito evidentes no caso de tudo o que envolve o ciberespa o O desenvolvimento das cibertecnologias encorajado por Estados que pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of you
241. m l fazendo A constru ram o oficio A eles mandaram pra secretaria pra Seduc Pra mostrar que eles t m uma coisinha ENTREVISTA JOS SOBRINHO Ah voc ver e conviver com situa es onde existem problemas socioecon micos muito interessante e enriquecedor at existe uma valoriza o do seu trabalho do ser e da vida Grandes xitos quando conseguimos trazer os alunos e os fazemos abra ar a id ia e falhas quando perdemos alunos quando eles n o tem motiva o e n o a buscam Ah um grande momento foi quando pude desenvolver bastante uma turma e que eles participaram ativamente nas discuss es e atividades propostas outro grande momento foi as capacita es uma que teve em Caucaia onde trabalhamos bastante visitamos comunidades veio uma equipe do CDI do Rio de Janeiro e foi muito educativo e bom e foi onde aprendemos mais sobre a pedagogia de Paulo Freire ENTREVISTA BRENO pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Assim 0 sucesso ou fracasso do trabalho das Eics nao pode ser medido apenas por um procedimento formal uma prova escrita que cubra a dimens o conceitual dos conte dos dispostos nas aulas Al m disso nem nossa metodologia nem o foco do nosso traba
242. m muitos casos formas n o usuais de sociabilidade 1 5 Novas formas de sociabilidade para a Sociedade da Informa o A cantora californiana Suzanne Vega parece ser a artista t pica da era digital Sua rela o com as novas tecnologias e sua presen a no ciberespa o s o paradigm ticas Ela um dos principais representantes de uma nova linhagem de artistas multim dia os quais est o sintonizados com a nova linguagem da cibercultura N o por acaso sua m sica Tom s Diner foi usada como o faixa de teste de refer ncia benchmark test por ocasi o do desenvolvimento do udio codec MP3 Al m disto a artista dos Estados Unidos foi uma das primeiras cantoras a criar um avatar uma esp cie de ater ego necess rio para transitar em um dos mais populares programas de metarrelacionamento e realidade virtual da atualidade o Seconde Life Desde meados de 1987 por m Vega j indicava a tend ncia de um novo ethos digital ou indicativos de uma metarrealidade como se v na letra de uma de suas m sicas pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now mais populares da poca language Ali ela pondera sobre os limites de uma linguagem s lida e as possibilidades de rela es e metarrel
243. m na literatura a este respeito ver o prefixo cyber ser representado indistintamente s vezes com i outras com y De fato este voc bulo parece ser notado ora como neologismo ora como um prefixo escrito em pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now eficiente o que ficou conhecido como o cybercrime evitando que o espa o virtual se transforme em uma zona sem lei Entende se por cybercrime uma conduta que utilizando se da Internet para sua consecu o ferem direitos de terceiros ou v o de encontro ao interesse comum considerado em uma acep o ampla que engloba tudo aquilo que perturba preceitos ticos e morais vigentes bem como demais bens e direitos juridicamente tutelados COLARES 2002 Como exemplos de crimes vinculados por meio da internet ou mesmo de qualquer outra tecnologia inform tica tem se jogos de azar favorecimento da prostitui o ato obsceno escrito ou objeto obsceno preconceito ou discrimina o expressa de ra a cor etnia ete como comum em sites de relacionamento como o Orkut pedofilia apropria o ind bita estelionato lavagem de dinheiro pirataria de software viola o ao direito autoral esc rnio por motiva
244. m sabe nada sobre estes temas Isso constitui uma formula certa para o desastre Carl Sagan pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Agradecimentos Foram in meras pessoas a quem devo agradecimento pela realiza o deste trabalho Assim correndo o risco de cometer injusti as cito aqui algumas rogando para que todos se sintam contemplados Agrade o a minha fam lia Neyana Paulino Ana Beatriz Diana Moreira e Jo o Vianey in memoriam Andr Luis e Sueli Moreira Maria Helena Francisca Maria Maria Ribeiro de Almeida V Cotinha todos os tios e tias a minha orientadora pela infinita paci ncia e dedica o altru sta aos professores da Banca examinadora Bosco Feitosa e Germano Jr aos professores do mestrado Hor cio e Helena Frota pela confian a em minha capacidade Hermano Lima pelo coleguismo e amizade Gil Jac e Rosemary Almeida Grandes amigos e inspira es intelectuais M nica Martins por toda a ajuda e apoio sinceros ao revisor estil stico e gramatical professor Vianey de Mesquita a todos os colegas do mestrado a Maur cio digitador a todos do CDI e da ACF que sempre me receberam t o bem Ana Paula Charles Breno Lima Wesley Loureiro e da ACF J i
245. m uma premissa b sica de aliar ao m todo de capacita o t cnica imanente ao processo de inclus o digital uma constitui o cidad do indiv duo e seu consequente impacto social no desenvolvimento comunit rio ou seja a inform tica n o um fim em si mesma mas um meio para incluir se socialmente solidariamente sustent vel e conscientemente 82 Cf Sociedade da informa o no Brasil livro verde org Tadao Takahashi Bras lia Minist rio da Ci ncia e Tecnologia 2000 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now 3 2 1 Breve tipologia dos Centros de Inclus o Digital Podemos por meio de uma pesquisa n o exaustiva caracterizar alguns tipos de iniciativas de inclus o digital comuns no Brasil e no Cear Tal tipologia torna mais claras as diferencia es b sicas destas estrat gias de enfrentamento da quest o digital Evidentemente dada a natureza do objeto social estudado invi vel a cria o de tipos puros uma vez que existe uma ampla gama de parcerias as quais parte de serem variadas quanto ao estilo de pedagogia aplicada no processo de inclus o digital s o vari veis quanto a sua origem economicoideol gica Falamos de parcerias nem sempre prec
246. m voga em novembro h um aquecimento de atividades correlatas s festas de fim de ano O fato que o curso gr tis de organizadores de eventos ganhou em n mero e em interesse o p blico alvo da Associa o Neste dia D Lobelita n o esteve presente mas a sua ajudante Josineide conhecida como J ia foi sempre muito sol cita comigo Entramos e esperamos a chegada dos alunos da EIC Quando estes chegaram aos poucos e desconfiados foram se juntando num total de sete neste dia Por ltimo chegou Breno monitor Chamou me muita aten o a natureza peculiar dos v nculos entre este e seus educandos Nossa surpresa decorreu de que n o se cumprimentaram nada al m de um seco podem entrar Pareciam existir ali rela es de poder n o ditas que se expressam somente com olhares e sil ncios A sala de aula da EIC em quest o pode ter a sua estrutura questionada pelos peritos da did tica inclusiva digital Sua estrutura compreende aproximadamente 7m x 5m de rea com uma bancada de alvenaria que ladeia as paredes e serve de amparo para os computadores no total de cinco como manda o projeto do CDI Esta estrutura n o flex vel dificulta ou desestimula a intera o dos educandos e al m disso algumas posi es ficam literalmente de pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all
247. mar sobre a inclus o digital em seu sentido mais profundo e exato Em segundo lugar tomemos em conta o fato de que o termo inclus o digital erroneamente utilizado por v rias institui es Devemos ter em mente que os voc bulos utilizados pelos experts em publicidade e propaganda costumam exagerar em conceitos vagos do senso comum e prescindir de defini es precisas e cientificamente embasadas Pode se compreender a inclus o digital como um processo de v rias frentes Segundo a defini o do IBCT MCT Inclus o Digital ou infoinclus o a democratiza o do acesso s tecnologias da Informa o de forma a permitir a inser o de todos na sociedade da informa o Entre as estrat gias inclusivas est o projetos e a es que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda s Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC A inclus o digital volta se tamb m para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuarios com defici ncia MINISTERIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA on line J para Costa os discursos sobre a inclus o digital podem ser vistos sob esses tr s aspectos t cnico cognitivo e econ mico S o diferentes falas sobre os diversos processos atuais que re nem as novas tecnologias em confronto com a sociedade da informa o num processo que pode ser caracterizado como as diferentes sem nticas da inclus o digital COSTA 2006 Tabela 4 2 Inclus o digital habilidade
248. mente destinadas aos jovens como alvo diferenciados das crian as para al m da educa o formal 1997 25 26 Al m disto not rio que a categoria juventude demasiado complexa Por jovem entendemos aquele grupo et rio espec fico com os horm nios flor da pele amb guo fugaz e de natureza fugidia impregnada de simbolismos potencialidades assim como fragilidades e repleta de inextrinc veis ambigitidades LEVI amp SCHMITT 1996 Por este mesmo motivo se lan a uma diversidade de perspectivas sobre este grupo social especial muitas vezes olhares estes repletos de mitos e associa es baseadas em representa es sem fundamento emp rico e cient fico De toda maneira quando se fala de 85 Tomamos a juventude como categoria representativa de indiv duos de 15 a 24 anos baliza por Souza 2003 Cassad 2001 entre outras 86 Al m da no o de reas geogr ficas pr ximas dos grandes centros urbanos mas n o diretamente inseridas tomamos a periferia como reas socialmente pouco desenvolvidas pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now juventude se est falando sob a ptica dos indiv duos de um per odo transit rio e por isso mesmo um momento de inconsist nc
249. minui o ritmo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now da escola o acesso restrito apostila e a falta do h bito de copiar as mat rias muitos s copiavam quando o educador mandava assim como a fragilidade e vaguid o com a qual se apropriam intelectualmente dos conceitos sociopol ticos aplicados nas aulas Isto em parte pode estar associado a uma falha anterior na qualifica o dos monitores mas n o um elemento decisivo j que de forma efetiva poss vel como comprovado a assimila o e incorpora o da ideia pol tica e p la em pr tica mesmo sem um conhecimento profundo sobre os c nones da Ci ncia Pol tica ou Sociologia O prazer em aprender est ligado ao compromisso de devolver para o seu local de origem o que se aprendeu em sala numa tentativa de reproduzir uma moral comunal em que os bens sejam estes materiais ou simb licos devam ser compartilhados Na pr tica por m at onde pudemos observar a transi o n o se expressa de forma linear Muitas vezes sentimos nos depoimentos colhidos junto aos alunos que eles falavam aquilo que achavam que esper vamos ouvir como se houvesse o certo ou errado em suas respostas s quest es das entrevista
250. mou a aten o at o ano passado a EIC trabalhava com os computadores doados desde 2001 data de sua inaugura o motivo pelo qual o oferecimento de cursos mais avan ados como o de Internet por exemplo continuam invi veis Muitas vezes n o h novas doa es por falta de dinheiro para pagar o transporte da mercadoria A EIC AFC que j estruturava a 15 turma contava com 423 alunos formados em quatro cursos b sicos oferecidos pelo CDI com dura o m dia de tr s meses 48 horas aula As aulas s o dadas pelo monitor ou educador na poca em que come amos a pesquisa era Breno Freire Lima e posteriormente Wesley Loureiro em uma sala nos moldes pr estabelecidos pelo CDI ver figura 4 1 Figura 4 1 Modelo para instala o da EIC pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now A escola de inform tica que j funcionou nos tr s turnos atualmente s pode trabalhar pela manh das 8h s 12h em virtude da viol ncia na regi o e da manuten o dispendiosa de mais de um monitor de inform tica Por estas raz es a EIC atualmente conta somente com um monitor trabalhando de segunda a sexta O p blico atendido vai de adolescentes a idosos sempre de bairros p
251. muito n o antes do CDI eu trabalhava h dez anos como professor de inform tica porque a gente chama de educador social n o chama de professor ou instrutor como professor de inform tica como em algumas escolas uma delas n o era do CDI ai eu passei para escolas que tinham parcerias com o CDI bem anterior a isso eu sempre trabalhei com serigrafia que a minha profiss o designer gr fico trabalho com serigrafia desenho a apareceu esta oportunidade e eu n o costumo deixar passar n o tem que pegar eu achei interessante o trabalho e vim gostei e t aqui at hoje tamb m trabalhando no acompanhamento das escolas dos sistemas de informa es a gente faz de tudo um pouco n ENTREVISTA FCO CHARLES A proposta pedag gica do CDI seria ent o capaz de promover experi ncias exitosas mas isto depende da converg ncia de uma gama de fatores citados anteriormente dos quais destacamos agora a trajet ria pessoal do educador e sua sensibilidade para incorporar a pedagogia proposta Eu sempre tive vontade de ser volunt rio E no meu bairro surgiu essa essa ONG n Com o nome Celita Surgiu a oportunidade de cursos profissionalizantes ehhh ent o ao concluir A gente sempre sonha quando terminar o ensino m dio ter logo um emprego a gente pensa que vai ter logo um emprego mas realmente a gente quebra a cara e v que dif cil mesmo Que ter o ensino m dio praticamente a gente n o faz quase nada
252. n as institucionais se mostra em est dio ainda incipiente se considerado o poder de regulamenta o dos movimentos digitais e crimes virtuais ou cybercrimes Nos Estados Unidos 81 da popula o acham que as leis federais deveriam ser mais duras contra a obscenidade virtual WIRTHLIN SURVEY 2002 De fato a aus ncia de leis mais duras nos EUA ou no Brasil parece ser determinante para o aumento de casos deste tipo de cybercrime A Internet e os chat rooms parecem ser de fato os playgrounds dos ped filos modernos Segundo o FBI houve uma significativa explos o de casos de pedofilia virtual de apenas 133 casos em 1996 para 1497 em 1999 Al m disso 25 milh es de estadunidenses visitam sites de cyber sexo entre 1 e 10 horas por semana e outros 4 7 milh es al m de 11 horas por semana MSNBC Stanford Duquesne Study 2000 Na Gr Bretanha o crime de pedofilia com aux lio da web cresceu 1 500 em oito anos tornando se verdadeira epidemia sociomoral Existe pois um grave descompasso entre o contexto socioecon micovirtual e o contexto legal que deveria regulament lo que a velocidade absolutamente arrasadora daquele suplanta em muito as possibilidades deste o solapar ou mesmo acompanhar de maneira mais pertinente A sociedade brasileira passa por importantes inova es legais na busca de solu es urgentes para a melhor regulamenta o do universo virtual a fim de cercear de maneira mais 66199 comu
253. n o gosto do Orkut Por qu Porque o Orkut eu acho que a pessoa fica muito impregnada naquele naquela coisinha vai ali n o expande conhecimento pensa que se comunica mas Digitar palavras erradas qualquer um digita Voc tem que digitar palavras corretas porque no mercado de trabalho quer que voc digite palavras corretas Voc digitar voc digita vc ai como que vai botar numa reda o vc N o d E ainda mais o Orkut assim eu acho que atrapalha muito na quest o do enxerimento das pessoas voc invade a privacidade manda mensagens que num tem nada a ver n E tamb m tem a quest ozinha muito dos v rus n Que hoje em dia t demais no mercado O mundo digital hoje basicamente setenta eu vou d uma porcentagem no meu ver 75 dessas mensagens que eles mandam cont m v rus ENTREVISTA JOS SOBRINHO N o por outro motivo trabalhamos esta tem tica de sociabilidade digital no segundo cap tulo deste trabalho compreendendo que seu aprofundamento apontam para uma descoberta significativa e interpretativa daquilo com o qual nos deparamos quando dentro das salas de aulas de inform tica 4 2 2 2 O fortalecimento de la os culturais e viv ncias cidad s O acr scimo de interatividade e a forma l dica com a qual certos jovens se apropriam desta deixa encoberto um desenvolvimento expressivo de autoconfian a e autopercep o que em sua ess ncia est ligado com o mundo da cidadania Em ativi
254. nalidades da m dia mundial por empresas que v em no Seconde Life a possibilidade de uma aproxima o com os seus clientes do mundo real Obviamente este ciberespa o est repleto de pessoas comuns do mundo real os quais se v em da forma que quiserem e s o vistos como clientes em potencial Assim o que se segue na Era moderna o surgimento de formas de sociabilidade associadas ao desenvolvimento de uma metassociedade mais veloz e interconectada a Sociedade da Informa o Tomamos aqui os conceitos de sociabilidade e de socia o na acep o atribu da por Simmel 1977 1983 para quem a sociedade se d tendo por base as intera es sociais dos indiv duos Estar em sociedade estar um com o outro um pelo outro e um contra o outro Nesta teia de rela es desenvolvem se formas e conte dos de naturezas diversas materiais e imateriais Para esse autor a sociabilidade um jogo no qual se faz como se todos fossem iguais e ao mesmo tempo como se todos fossem honrados em particular A sociabilidade emerge como forma o de for as ticas na sociedade concreta envolvendo tens es constantes entre o indiv duo e a totalidade J os conceitos de socia o referem se aos processos nos quais a sociedade se constitui e se atualiza Estes processos por sua vez assumem formas estruturalmente diferentes para cada tipo social sendo chamadas de formas sociais Isto posto consideremos pois que na atualidade poss
255. nceituais mais abrangentes e profundos N o se pode assegurar que quem tem acesso ao computador v fazer uso respons vel desta m quina assim como n o se pode garantir que aquele que alfabetizado fa a bom uso desta habilidade ou mesmo que aquele que tem direito ao voto pol tico d a este a aten o e a seriedade devidas nossa preocupa o entretanto que existam meios capazes de mitigar as mazelas do uso irrespons vel ou criminoso da inform tica em desenvolvimento amplo n o s em organiza es n o governamentais mas fundamentalmente nas escolas regulares do Pa s Neste passo a regula o social das organiza es que se arrogam o direito de praticar a inclus o digital a reformula o e a constante evolu o dos conceitos t cnicas educativas e inclusivas se verifica como tarefa fundamental e urgente talvez at mais importante do que o incremento da democratiza o Quando um ve culo est desgovernado em alta velocidade n o se pode prever onde e como vai parar ent o que entram em cena as tentativas de reduzir a velocidade ou de assumir o controle Nesta met fora n o poss vel reverter o processo que nos trouxe at o mundo digital e muito menos diminuir a velocidade com a pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print f
256. ncorpora assim com bastante tenacidade e a gente v isso naquela galera que engajada em movimentos sociais da igreja Aquele povo ali ele realmente incorpora com mais garra com mais vontade Aquele que fica ali baseado em nada que fica inerte d mais um pouco de trabalho pro educador mas ele consegue ENTREVISTA CHARLES Eu vejo uma aceita o tamb m muito boa quando a entidade oferece esses cursos gratuitos Quando s o entidades que j trabalham com v rios projetos desenvolvem v rios projetos dentro da entidade e oferecem gratuitos pra comunidade At porque eles j est o no ritmo da entidade das regras E assim nesse tipo de parceria a gente v assim uma aceita o 100 com frutos muito bons Agora pras comunidades que precisam se sustentar atrav s das mensalidades que a gente encontra uma certa rejei o pela comunidade ENTREVISTA ANA PAULA H um elemento decisivo todavia que deve ser levado em considera o a assimila o dos conceitos pol ticos por parte dos jovens do CDI e talvez isto n o se limite somente a estes n o deve ser medida nem pela capacidade de guardar defini es na mem ria tampouco de fazer men es a intelectuais consagrados da Ci ncia Pol tica Compreendemos a duras pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if
257. ndeu E por isso que eu digo pras pessoas fulano vai em frente siga entendeu N o desista n o pare n o e n o pense muito pense agindo entendeu O que melhor pra voc Tanto pra voc como pros teus amigos entendeu Isso fa a o que voc gosta Acredite acredite em voc mesmo entendeu Assim como eu acredito em mim e eu sou capaz Agora tem que tem que como que se diz S depende de voc Como eu tinha dito pra voc antes se voc cair a ficha e dizer assim Ah eu tenho que fazer isso por que vai me beneficiar vai Entrevista Ricardo Neste trecho percebemos a incorpora o da ideia de a o consciente n o apenas uma reflex o sobre a condi o vulner vel mas uma a o reflexiva O Pense agindo a express o de uma ideia forte por meio de um relato casual a no o de que preciso pensar e logo agir refletir sobre a condi o prec ria mas vencendo a in rcia e praticando a transforma o da conduta necess ria para romper os grilh es sociais da exclus o seja esta social ou digital uma vez que ambas est o interligadas intimamente A escolha de estudar inform tica essencial e l gica para quem n o est ainda dentro do circuito de trabalho Por que no futuro vai servir pra gente n Os empregos hoje em dia t pedindo muito curso de inform tica aqui mais perto de casa n o precisa se deslocar pra outro lugar longe por isso Moro pertinho aqui r pido r pido eu chego aqui
258. necessariamente tomado em conta e apre o pelos educandos a ponto de dois alunos estarem em sala totalmente alheios ao conte do efetivo da aula O nico momento de dinamismo nos pareceu a ocasi o em que os conte dos s o passados quase sem intera o professor aluno no melhor estilo tradicional ou banc rio A orienta o de Breno se deu efetivamente entre 8h10mim e 8h 36mim Neste interim somente dois educandos se dispuseram a cumprir o programa estabelecido pela apostila do curso quando deixados pr tica livre Mesmo repreendido pelo monitor um educando continuou a jogar paci ncia no seu PC Com isso Breno nos revelou que muito dif cil trabalhar a parte de cidadania pois os jovens est o muito mais interessados na parte t cnica e instrumental do curso Em separado conversamos com Breno Ele nos falou que naquela semana de 06 11 06 a 10 11 06 cursaria uma capacita o em educa o de inclus o digital para telecentros oferecida pela Funda o Banco do Brasil e fomos convidado por ele para participar do evento Com a sa da de Breno a sala foi confiada sua suplente uma ex aluna do pr prio curso chamada Diana Fomos recebido com reserva desconfian a retic ncia por ela Sentimo nos avaliado Sa mos ent o n s e Breno para o local onde se daria a sua capacita o Fomos convidado para participar e aproveitamos a oportunidade Seguimos de pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease P
259. no desta rosa florescer no ambiente mais in spito poss vel no agreste de ch o recursos e sentimentos terreno seco onde somente abundam a priva o e a vulnerabilidade em todos os seus matizes apontando para um engendramento de terr veis espinhos em todas as dire es Um dos principais espinhos desta rosa justamente a exclus o digital a qual fere caprichosamente aos que no af de transpor a dimens o contemplativa desta bela e hipn tica flor ousam acariciar suas p talas como que inebriados por sua beleza e perfume Estes se p em a esquecer o qu o amea adora pode ser esta rosa aos exclu dos do processo do toque e das del cias da fragr ncia do mundo digital E o que se encontra neste m gico ambiente virtual e cultural cibern tico A mesma realidade sens vel mas transfigurada em signos mais atraentes e sedutores aos jovens e que s o capazes de suscitar toda sorte de novas possibilidades seja para o bem ou para o mal Ambos rosa com seus espinhos e ervas daninhas t m seu nascedouro propiciado pelo seu alimento o adubo ao mesmo tempo venenoso e nutritivo condi es s cio ambientais que o condicionam Nas pr ticas di rias mais prosaicas todos somos convidados pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application
260. no momento de transi o permiss vel de analogia com o momento inusitado da metamorfose de F Kafka A delicada situa o de Gregor personagem do romancista tcheco que se v transformado em uma gigantesca barata d asas s nossas reflex es N o seria Gregor Samsa um s mbolo da humanidade perplexa pela sua identidade inst vel e sua metamorfose uma met fora da pr pria condi o da modernidade Tudo nos leva a crer que assim como com Gregor que na metamorfose de homem para inseto n o se percebe nem como ser humano nem como barata as autopercep es nestes tempos de transi o ficam suspensas em um mar et reo de ilusivas percep es e instabilidades Outro ponto para reflex o a forma como a personagem era tratada com recha o pelos seus pr prios familiares um indicativo de como s o importantes as reflex es sobre as identidades culturais no mundo globalizado O que ent o esta era globalizada A era da sociedade em rede Era da informa o e conhecimento Era de crise de identidades culturais e nacionais Era do ocaso dos estados nacionais e por conseguinte momento de novas transi es ag nicas e agon sticas A era da jun o necess ria entre a Cultura e o Estado com uma finalidade espec fica Uma era na qual um caldeir o de etnias est prestes a explodir ou transbordar as limita es das nacionalidades que o chamado teto pol tico que subordina as diferen as regionais e tnicas se v pr ximo de u
261. nstela es Urubu Sura e Tapuic para prever a pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Postulando a exclusividade humana na utiliza o e na fabrica o de instrumentos o que falso e a racionalidade absoluta da funcionalidade tecnol gica o que tamb m falso estas teorias mitos n o fazem mais que disseminar a ilus ria convic o de que os caminhos trilhados pela sociedade industrial s o sempiternos e correspondem a antiqtiissimas aspira es humanas D o testemunho falso de como progredimos desde a mis ria original de como facilitamos a tarefa de viver de como devemos continuar na mesma dire o RODRIGUES 2003 92 De fato a racionalidade absoluta se v em xeque desde que as mazelas do industrialismo mostraram sua face A racionalidade absoluta da funcionalidade tecnol gica improv vel mesmo porque sabido desde Her clito 544 484 a C que o mundo tridimensional euclidiano n o abarca coisas ou fen menos absolutos Quer dizer no mundo sens vel o noumenon a coisa em si n o consta como elemento alcan vel pela cogni o humana O que se processa s o transforma es hist ricas e socialmente determinadas pontuando
262. nta o mesmo que rudimentares e m nimas t cnicas de subsist ncia estaria condenada ao fenecimento Segundo Hoebel e Frost 1987 106 as fontes de subsist ncia dispon veis para qualquer povo dependem de tr s fatores ambiente natural popula o e cultura Os povos coletores dependiam quase que exclusivamente das condi es do solo e tudo aquilo que o ambiente natural lhes fornecia uma vez que sua subsist ncia estava ligada coleta de raizes bagas insetos e sementes Ao contr rio destes os povos que desenvolveram t cnicas de plantar cultivar domestica o de animais e que dominaram m todos de cozimento ou que dominaram t cnicas de altera o fisicoqu mica de produtos naturais teis sua sobreviv ncia aumentavam sua perspectiva de vida justamente por causa da sua modifica o na condi o cultural Al m disso Cada sistema sucessivo de produ o de alimentos aumentou de modo geral a energia alimentar dispon vel per capita na raz o inversa quantidade de energia de trabalho gasta na sua produ o Isto significa que os excedentes cada vez maiores de energia ficam dispon veis para outras utiliza es sociais a eleva o das tecnologias de subsist ncia d como resultado n veis aperfei oados de complexidade social e integra o heterog nea e a diversidade de fun es especializadas de funcion rios e organiza o IDEM 1987 107 Neste sentido as modifica es tecnol gicas mesmo as mais incipi
263. nternet e o computador fossem inequivocamente positivos em termos pol ticos e educacionais os resultados de sua inclus o nas escolas e an houses seriam sempre expressivos e producentes o que nem sempre se verifica Notamos intensa ruptura entre o programa estabelecido pela central da ONG em rela o aos desdobramentos que ocorrem no percurso que vai da sede at os ouvidos dos educandos Isto ocorre n o somente pela capacidade de filtrar e ressignificar as informa es dos jovens mas tamb m pelos in meros ru dos existentes entre os polos do processo N o vemos tal fato como necessariamente um dem rito para a institui o porque previs vel e at natural que os conceitos e din micas de sala sejam reconstitu dos e reaplicados no cotidiano dos jovens ao sabor de suas percep es da realidade e dentro de seus anseios Percebemos que o trabalho desenvolvido pela EIC ACF dentro daquilo que prega o CDI depende de muitos fatores para que venha a ter resultados positivos e ostensivos entre estes destacam se a a o do educador e sua historia pessoal inclina es ideol gicas proximidade social com os educandos ou algo equivalente que ajude a minimizar as barreiras existentes na eterna tens o professor estudante Como acentuamos anteriormente a supera o dos in meros gargalos que entravam uma inclus o mais integral no trabalho da EIC pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF
264. ntes de drogas pres dios escolas e rg os p blicos igrejas hospitais psiqui tricos e institui es para portadores de necessidades especiais entre outras CDI 2005a 42 De maneira geral o trabalho das Escolas de Inform tica e Cidadania n o difere em m todo ou diretrizes dos fundamentos da central regida por Baggio O nascimento do Comit para Democratiza o da Inform tica CDI no Cear est atrelado sintonia com o seu diret rio nacional contando tamb m com a mesma pol tica de parcerias patroc nios e apoios de grandes empresas multinacionais Neste sentido o CDI Cear contou em sua hist ria pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now desenvolve por meio das Escolas de Inform tica e Cidadania EIC o trabalho contra a exclus o digital permitindo o acesso da inform tica s popula es menos favorecidas Tabela 4 1 N MEROS DO CDI CEAR EICs em Fortaleza 29 EICs no Interior 07 Total de EICs 36 N de alunos Formados 7 589 TIPO DE ENTIDADES PARCEIRAS ONGs 7 Associa o de Classe 3 Religiosa 6 Movimento Social 2 Funda o 2 P BLICO ATENDIDO Crian as 20 Adolescentes 29 40 Jovens 29 23 Adultos 18 30 Melhor
265. ntro de uma sociedade desigual Note se que para muitos trabalhadores assalariados o computador e a Internet ainda s o categorizados como bem de luxo pois o pre o m dio desse equipamento correspondia a cerca de um ter o da renda m dia anual per capita do Brasil SOCIEDADE 2000 37 Mesmo com todas as facilita es provocadas pela altera o no macroambiente pol tico legal um computador de mesa ainda custa mais quase o dobro do que o sal rio m nimo al m disso mesmo que o n mero de moradias brasileiras com pelo menos um microcomputador tenha subido 15 1 em 2002 na compara o com 2001 e 16 4 em 2005 relativo a 2004 Al m do ostensivo entrave ao crescimento econ mico que nos outorga o deficit infraestrutural das tecnologias inform ticas no Brasil preocupa nos o fato de que um enorme problema sociol gico se configure com a exclus o das massas inform tica Se pensarmos no conceito de desenvolvimento em vez de crescimento econ mico teremos que a infoexclus o ainda mais perigosa O desenvolvimento sustent vel assim como o compreende Sachs 2004 14 15 considera a dimens o da sustentabilidade social com seus cinco pilares os quais envolvem a desenvolvimento social b ambiental c territorial d econ mico e e pol tico Ora para o estabelecimento de uma democracia vigorosa necess rio que o Estado conte com as mais modernas ferramentas de participa o pol tica de sua popula o e que esteja apto para
266. o ideologia Lisboa Edi es 70 1994 A nova intranspar ncia A crise do Estado de bem estar social e o esgotamento das energias ut picas in Novos Estudos CEBRAP n 18 1987 Sociologia S o Paulo tica 1980 HAGUETTE Teresa Maria Forta O mito das estrat gias de sobreviv ncia Um estudo sobre o trabalhador urbano e sua familia Fortaleza Edi es UFC 1982 HALL Stuart A identidade cultural na p s modernidade 10ed Rio de Janeiro DP amp A 2005 HARVEY David A Condi o P s Moderna S o Paulo Ed Loyola 1992 HERZ J C Joystick Nation How Computer Games Ate Our Quarters Won Our Hearts and Rewired Our Minds Little Brown 1997 HEWITT Hugh Blog Entenda a revolu o que vai mudar a seu mundo Rio de Janeiro Thomas Nelson 2007 HOBSBAWM Eric J Era dos extremos o breve s culo XX 1914 1991 S o Paulo Companhia das letras 1995 IMBERT Francis A quest o tica no campo educativo Petr polis Vozes 2001 JOHNSON Steven Cultura da interface como o computador transforma nossa maneira de criar e comunicar Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2001 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now KLINKSBERG Bernardo
267. o est se extinguindo por sua deslegitimidade em um processo t o arbitr rio e epis dico quanto o foi o de sua legitimidade Os recentes eventos mundiais nos fazem refletir sobre a afirma o de Gellner sobre a ilus o de que um homem sem na o t o impens vel quanto um homem sem nariz e duas orelhas H uma intima correla o de for as e interesses a desenhados A quem serviam as no es etnoc ntricas do Conde de Gobineau sobre a mescla de ra as no Brasil Por que o samba a m sica nacional O que tem o Nordeste ou o Amazonas de rela o com os camavais e malandros de Da Matta Que dizer do car ter nacional liberalreacion rio de Oliveira Vianna Em que medida estes pensamentos nos traduzem como um povo unificado Novamente temos a ideia de que a na o um construto cultural proposital em sua g nese e n o uma realidade aut noma autossuficiente e autoengendr vel A realidade hist rica como nas reflex es da aliena o pol tica de Marx n o tendo uma exist ncia em si e por si mesma alheia aos processos e interesses de grupos sociais de carne e OSSO Se a exist ncia das na es por m a despeito de se mostrarem imanentes ao homem inevit veis e universais na verdade n o o s o poder amos asseverar o mesmo sobre a modernidade Ou mesmo sobre esta racionalidade que a tornou poss vel Al m destas interrogantes h ainda outras que nos instigam s o aquelas que est o ligadas ao tema da inclus o digital
268. o salvaguardando o conjunto de rela es do qual ele retira o principal de suas propriedades Buscamos compreender com o uso desta categoria anal tica em outras palavras a refer ncia cruzada entre o campo da inform tica politizada e o lugar social de origem dos Cf BOURDIEU 1989 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now agentes sociais a qual proporciona mudan as no seu sistema de vis o de mundo A percep o do computador como um bem cultural o p e no centro de uma hierarquia cultural isto torna o capaz de refor ar reproduzir e legitimar as hierarquias sociais mais amplas dividindo classes grupos e fra es de classes dominantes e dominadas Na medida em que s o utilizadas para classificar os indiv duos segundo os tipos de bens culturais que os agentes sociais produzem apreciam e consomem estas hierarquias culturais refor am as divis es sociais A inform tica neste processo seja pelo pre o de sua estrutura f sica ou pela complexidade de sua estrutura de software tem um papel destacado como um bem cultural tipicamente de elite o que refor a seu potencial segregador Este estado de coisas aponta impreterivelmente para o que se convencionou chamar de di
269. o a calculadora foi I de se fazer c lculos popularizada em meados do s culo XX n o decaiu a capacidade socia de cabe a Os telefones celulares n o ajudaram a acomodar a mente do homem moderno a n o memorizar nomes e n meros de telefone agora dispostos nas agendas eletr nicas Que diremos do computador ent o N o seria capaz de embotar algum tipo de habilidade ou capacidade humana Dir o alguns sobrar mais tempo livre ou ent o mais espa o na mem ria humana para que este se ocupe de tarefas mais importantes Nada mais falso Segundo Barber A maioria dos novos gadgets tecnol gicos que deveriam nos libertar do escrit rio na verdade nos aprisionam em uma esfera de trabalho em constante expans o guisa de autonomia o fax os celulares e outros modems para computadores pessoais n o nos entregam de p s e m os atados aos tent culos eletr nicos do trabalho em toda parte e em todo o tempo BARBER 2004 52 Al m disto o autor destaca a preval ncia do mercado da incita o a novas e variadas formas de consumo que a publicidade e a tecnologia proporcionam juntas Assim al m de ocupar mais o tempo assoberbando em excesso v rias pessoas em postos de trabalho 101 N o nos referimos s capacidades que alguns indiv duos t m de fazer c lculos mas habilidade social ou pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the
270. o de v rios recursos e estrat gias como tamb m disponibiliza diversas oportunidades popula es residentes nos bairros em que se instala pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Com a utiliza o de ferramentas da inform tica dentro de comunidades de baixa renda de uma maneira peculiar sintonizada com a no o de d diva e auxiliada por um processo pedag gico popular estas Escolas de Inform tica e Cidadania do CDI t m como fim em seu conjunto uma proposi o construtiva dos sujeitos socialmente vulner veis O caminho pretendido assim como seu enfoque prop em uma tentativa de investigar a fun o pol tica da inform tica em n cleos de educa o voltados a crian as carentes dentro da perspectiva destas Como citado anteriormente a ess ncia de nosso trabalho sinaliza para a capta o dos indiv duos em sua singularidade como mat ria de estudo socioantropol gico percebidos como sujeitos de uma a o social constitu da com base em redes de significados enfatizando os como int rpretes de mapas e c digos culturais VELHO 2003 GEERTZ 1989 ZALUAR 1994 Neste sentido a percep o de que o trabalho da ONG reflete o enfrentamento direto das vulnerabilidades e
271. o do Continente Europeu a falta de gua para o suprimento de fazendeiros proporciona a perda de bilh es de euros no segundo semestre de 2006 O aumento das temperaturas m dias deste continente provocou segundo a mat ria diminui o de at 72 das chuvas usuais na Pol nia 27 no Reino Unido 42 na Alemanha e chegou a 50 menos na It lia Cf Financial Times Europe Europe amp International Economy August 10 2006 Drought stricken Europe Verging on natural disaster pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Ha possibilidade de se conhecer o passado por meio de uma reflex o consciente dos processos hist ricos atuais e com a proje o das expectativas como um devir um vir a ser sempre presente e unido linear e indissociavelmente dos outros est dios da vari vel tempo Diz um antigo ditado que o tempo um verdugo mas pode tamb m ser um grande mestre Para Habermas tem se o tempo como um recurso escasso para a supera o prospectiva dos problemas que o passado nos legou Neste sentido f cil lembrar que a modernidade imp e ao homem sobretudo ocidental uma tens o paradigm tica entre a tradi o e a inova o intensificada pelos efeitos imperativos e
272. o problema uma maior profundidade epistemol gica e heur stica Tal conceito se pretende capaz de suscitar novas op es de mensura o das amea as sociais pertinentes ao desenvolvimento promissor dos jovens do chamado Terceiro Mundo tra ando matrizes explicativas e orientando entidades e personalidades como tamb m a pr pria sociedade civil comprometidas com a resolu o ou pelo menos o enfrentamento das atuais condi es sociais Apesar do fato de a viol ncia n o estar mais limitada a estratos sociais econ micos raciais ou geogr ficos levantamentos estat sticos demonstram que ela atinge com maior intensidade a grupos espec ficos como por exemplo os jovens do sexo masculino Uma explica o desta incid ncia est ligada quest o da vulnerabilidade social ABRAMOVAY 2002 28 pois por meio deste referencial te rico que se orientam muitas das atuais iniciativas de enfrentamento da pobreza econ mica e cultural das popula es da Am rica Latina Os jovens de regi es pobres da Am rica Latina mesmo possuindo ativos potenciais VIGNOLI 2001 t m seu desenvolvimento pleno restrito pelas amea as causadas pela vulnerabilidade social presente neste Continente A rede de ensino as condi es de sa de p blica o acesso a servi os de seguran a dispostos de forma prec ria e exclusiva prop em um desenho negativo do futuro desta faixa populacional embotando suas possibilidades de ascens o social Entende
273. oa Difel 1989 amia ND pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now BURKE Peter Uma hist ria social do conhecimento De Gutemberg a Diderot Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2003 BRASIL MEC CNE Lei 9394 96 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece as Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Bras lia 1996 BRUYNE P et al Din mica da pesquisa em ci ncias sociais Sed Rio de Janeiro Francisco Alves 1991 CAILLE Alain Nem holismo nem individualismo metodol gico Marcel Mauss e o paradigma da d diva In Revista Brasileira de Ci ncias Sociais vol 13 n 38 Outubro 1998 pp 05 37 CARDOSO Ruth A aventura antropol gica Teoria e pesquisa Rio de Janeiro Paz e Terra 1988 CARVALHO Jos Murilo Cidadania no Brasil O Longo Caminho Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2001 CARNOY M Globaliza o e reforma educacional o que os planejadores precisam saber Bras lia UNESCO 1999 CARRANO Paulo C sar Rodrigues Juventudes e cidades educadoras Petr polis RJ Vozes 2003 CASTELLS M A gal xia da Internet reflex es sobre a Internet os neg cios e a sociedade Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 2003 La relaci n ente internet
274. ociadas da diretoria Os servi os pagos s o o dos funcion rios de limpeza e do monitor de inform tica respons vel pelos cursos oferecidos pela EIC pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now O que notamos no discurso de D Lobelita foi uma grande for a de vontade de quem trabalha voluntariamente h 40 anos Seu relato repleto de otimismo para vencer as dificuldades desde a funda o da EIC em 2001 Ela contou que no in cio houve uma ajuda da unidade de S o Paulo CDI SP com a doa o de material computadores e componentes correlatos e de formadores mas que j trabalhou com apenas 2 PCs n mero inferior ao necess rio para uma sala de EIC nos moldes determinados pela matriz Mesmo sendo uma das primeiras EIC de Fortaleza atualmente segundo o site da ONG existem 29 unidades em funcionamento a EIC AFC quase foi fal ncia no final de 2005 Os recursos financeiros n o constituem propriamente um problema fundamental j que a associa o goza de isen o fiscal como constituinte do terceiro setor O maior problema a falta de material de trabalho pois como se sabe qualquer material de inform tica dispendioso e tem uma obsolesc ncia muito prematura Um dado nos cha
275. odemogr fica das situa es de sobreposi o espacial de problemas e riscos sociais e ambientais Rev bras estud popul Jan June 2006 vol 23 no 1 p 43 59 ANDRADE Pedro de Navega es no cibertempo viagens virtuais e virtualidades da ciberviagem Atalaia 3 1997 ARENDT H A condi o humana Rio de Janeiro Forense Universit ria 1991 BAGGIO Rodrigo A sociedade da Informa o e a infoexclus o Ci ncia da informa o Bras lia v 29 n 2 p16 21 maio ago 2000 BARBER Benjamin R Hasta qu punto son democr ticas las nuevas tecnolog as de telecomunicaci n Jn Segundo Congreso sobre Internet derecho y pol tica an lisis y prospectiva IDP Revista de Internet Derecho y Pol tica N 3 VOC 2006 Cultura McWorld Mani re de Voir Le Monde Diplomatique n 52 julho agosto de 2000 pp 28 31 in MORAES Denis Por uma nova comunica o M dia mundializa o cultural e poder 2 ed Rio de Janeiro Editora Record 2004 BAUDELOT Christian ESTABLET Roger L cole capitaliste en France Paris Maspero 1971 BECK Ulrich Risk Society Toward a New Modernity London Sage 1992 BENEVIDES M V de M A cidadania ativa referendo plebiscito e iniciativa popular S o Paulo tica 1991 BOBBIO Norberto Futuro da Democracia Uma defesa das regras do jogo S o Paulo Paz e Terra 1989 BOURDIEU Pierre Medita es Pascalianas Oeiras Ed Celta 1998 O poder simb lico Lisb
276. oduces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Esta dita intelig ncia coletiva juntamente s TICs as novas formas de comunica o como uma forma social in dita permitiriam aos grupos humanos p r em comum seu saber e seu imagin rio O coletivo inteligente poderia suscitar uma democracia em tempo real uma tica da hospitalidade uma est tica da inven o assim como uma economia das qualidades humanas Com o processo da intelig ncia no plano coletivo tomado enquanto fen meno antropol gico diacr nico existe a possibilidade absolutamente sem precedentes de uma gesta o de identidades individuais a expandir se no interc mbio de conhecimentos dados os constantes e irrevers veis v nculos sociais da nova era da informa o LEVY 1998 2000 Este processo compreende uma nova sinergia entre compet ncias coopera es fluidas e flex veis assim como a cria o e desenvolvimento constante de alguma forma de mem ria coletiva mundial Mesmo quando cita as formas de exclus o L vy otimista e v na pr pria intelig ncia coletiva uma sa da para os exclu dos Notadamente o processo de acelera o das inova es t cnicas tem um potencial destruidor que para os profissionais que tiveram suas atividades la
277. ogia Op cit 27 28 Desde ent o foram muitos os parceiros do CDI inicialmente no Rio de Janeiro e depois no Brasil inteiro e no mundo Igrejas escolas empresas transnacionais como a C amp A e organismos internacionais fazem parte do grande grupo de apoiadores colaboradores e parceiros da ONG not ria entretanto certa depend ncia do CDI com rela o aos recursos de origem internacional assim como a pouca participa o de verbas de proced ncia federal Gr fico 4 1 CDI Origem dos Recursos em 1 Funda es percentual 2005 Interacionais m Emrpesas Privadas O Funda es Brasileiras O Agencias Internacionais de Colabora o m Governo Brasileiro Fonte CDI 2005a Conforme cresceu o CDI espalhando se pelo Brasil com o aux lio das mais diversas fontes cresceram tamb m os desafios de origens mais diversas Partindo de uma iniciativa t o particular como o sonho de um empreendedor solit rio mas de apelo t o universal seria de se esperar que a inser o desta O N G em culturas t o diferentes quanto as que eram inicialmente visadas n o se daria de maneira bvia ou desproblematizada demandando uma adapta o cultural e redesenhos em sua estrutura inicial pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can
278. ologias demonstram seu potencial estruturante nos h bitos e pensamentos sociais O potencial transformador da tecnologia como a express o viva do racionalismo revoluciona incessantemente as fei es das civiliza es atuais estabelecendo novas formas de sociabilidade de comunica o de a o pol tica O mundo das tecnologias inform ticas se revela como a m xima demonstra o da caracter stica flex vel cambiante e fragmentada de uma nova era que se configura e reconfigura a cada instante Antes por m de nos enveredar sobre as amplas possibilidades que nos p e a inform tica nesta era conturbada antes de um estudo mais aprofundado sobre as benesses latentes da cria o de uma cidadania digital e de um aprofundamento no servi o do CDI devemos pois buscar uma compreens o mais expressiva sobre isso que se chama racionalidade moderna Para n s esta racionalidade significa a engendradora radical desta informatiza o abrangente que se observa no in cio do s culo XXI mas n o somente nele Por isso mesmo partimos para a an lise da quest o inform tica de suas potencialidades e impactos sobre o social vulner vel tendo este elemento radical como premissa Veremos ent o como se interpreta a modernidade do ponto de vista te rico de alguns autores para em seguida aprofundar a an lise das transforma es socioculturais suscitadas pelo avan o da t cnica e analisar a problem tica da info exclus o inclus o em seus diverso
279. omentava o aparecimento de uma sociedade de transi o entre a sociedade feudal e a sociedade industrial como necess ria mesmo que ag nica tem um car ter t o profundo de significado que perscruta a tessitura do social tanto no que este tem de institucional quanto no que tem de cotidiano ordin rio Para esse autor a Economia a Pol tica a Cultura e mente dos homens at a Filosofia tudo converge para a sociedade moderna A ci ncia que possibilitou a mudan a de mentalidade do Feudalismo para o Iluminismo a mesma atividade cr tica intelectual que legitima as tem ticas relevantes na Pol tica Cultura e Economia e a pr pria industrializa o ou seja o industrialismo como fen meno poss vel por meio da racionalidade cient fica ao expandir se impulsiona um novo modus vivendi favorecendo assim tamb m a racionalidade que o engendrou E que a pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now do individuo e na independ ncia ante a autoridade consagrada ao costume e ao exemplo DESCARTES apud GELLNER 1992 ao tradicionalismo e revela o pela religi o Constitui se a uma luta de classes de natureza te rica e ideol gica uma revolu o feita pelo e para 0 self made
280. omo seu ponto de apoio assim como sua finalidade prec pua Neste sentido mesmo L vy admite a dificuldade de se estudar e prever os desdobramentos do ambiente cibercultural fluido cambiante e com uma aus ncia radical de estabilidade 2000 24 Em outra esfera de racioc nio podemos tomar como par metro dos impactos gerados pela Sociedade da Informa o a transforma o na cria o manipula o e no papel das imagens no mundo moderno Para Gruzinski 2006 os nativos pr mexicanos poca da invas o espanhola achavam que Hern n Cort s invasor espanhol deste territ rio era o deus Quetzalcoatl n o somente pela condi o tecnol gica como tamb m por todo aparato de imagens e signos manipulados pelos invasores Montezuma imperador dos astecas nesta poca ficou convencido de que Cort s era realmente a encarna o de Quetzalcoatl disposto a reclamar o controle da regi o pois o invasor chegou na data precisa indicada pelo calend rio Maia tanto o Tzolk in como o Haab em 1519 Este controle imag tico por m respeitava os limites de difus o e a quantidade de imagens manipuladas pelos espanh is Para Gruzinski op cit a imagem contempor nea instaura uma presen a que satura o cotidiano e imp e se como nica e obsessiva realidade Tal como a imagem barroca renascentista ou muralista ela retransmite uma ordem visual e social infunde modelos de comportamentos e cren as antecipa no campo visual certas evolu
281. orma articulada com a comunidade de maneira sustent vel refletindo sobre os problemas locais sobre a cidadania daquelas popula es Desta forma aquele v nculo assistencialista poderia ser sublimado por uma nova posi o tanto da O N G quanto da pr pria comunidade Baggio entretanto encontrou ainda muita for a opositora Segundo ele 99 das pessoas para quem falava de seu sonho digital em favelas do Rio o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now desencorajavam Rodrigo voc esta ficando louco Pobre tem mente de gente pobre nunca vai saber usar computador Pobre precisa de comida Sobre isso ele comenta Na verdade a gente come ou a perceber que nas cidades grandes e m dias as pessoas n o morrem de fome morrem de falta de oportunidade e isso que leva criminalidade viol ncia ao tr fico e morte A falta de oportunidade um dos maiores desafios da atualidade Ou seja emprego uma quest o estrutural O problema saber como fazer pra oferecer oportunidades para os jovens menos favorecidos Eu sempre dizia o seguinte pra essas pessoas parodiando a m sica dos Tit s a gente n o quer s comida A gente quer comida divers o arte e tecnol
282. os pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now m ltiplo clube digital cabine publica infocentro espace num ris Telestuben centros de acesso comunit rio entre outros Quadro 3 1 Total de PIDs por Estado 18668 PIDs 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 SP 4100 MG 2113 PIDs E PE 2029 PIDs RJ 1278 PIDs CEC1082 PIDs BAC944 PIDs PR 924 PIDs RS 833 PIDs E GO 639 PIDs E PAC602 PIDs E C 601 PIDs MACS33 PIDs f ES 408 PIDs E RNC322 PIDs E PB 299 PIDs ANC279 PIDs PI 270 PIDs E DF 250 PIDs E MTC196 PIDs E AL 186 PIDs MS 184 PIDs TO 140 PIDs SE 131 PIDs E APC92 PIDs E ROC92 PIDs E ACC86 PIDs RR 55 PIDs f Fonte IBICT 2008 Nosso objeto empirico de estudo se encontra nesta cifra juntamente a outras EICs as quais totalizam 48 unidades do CDI no Estado do Ceara Seja de forma independente ou mesmo mediante parcerias com o setor p blico as redes de inclus o ligadas ao CDI representam a alternativa tanto significativa ante o n mero total de iniciativas quanto inovadora no trato da tem tica da inclus o digital Perante as variadas op es de acesso informa o por meio da tecnologia digital as EICs mant
283. os EIC AFC por volta de 7h40mim da manh chuvosa de uma quarta feira 08 11 2006 e ainda n o havia movimento de chegada de alunos instrutor da EIC ou mesmo do pessoal volunt rio da Associa o Reparando na fachada do estabelecimento notamos que n o havia qualquer refer ncia ao grupo de inform tica e cidadania Havia uma placa indicativa da AFC e h pouco tempo fora colocada uma faixa anunciante de um curso para forma o de organizadores de evento com um destaque para a palavra gr tis O apelo ostensivo ao curso de organizador de eventos parece ter contribu do para o seu aparente sucesso pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now ACF frente publicidade da EIC Fonte autor nov 2006 Depois de entrar percebemos que al m de chegarem mais cedo para as aulas os alunos do curso de organizador de eventos organizado pela AFC e nao pelo CDI se mostravam com maior interesse expectativa e dinamismo algo misto da maturidade inerente idade de seu p blico alvo o grupo do curso de inform tica e cidadania prioritariamente jovem com o apelo evidente de um retorno financeiro r pido pragm tico e utilitarista o qual vislumbra ipso facto as variantes sazonais e
284. os nacionalismo necess rio antes termos uma na o e para que esta exista condi o indispens vel uma espec fica divis o social do trabalho social em constante mudan a amparada por uma moral racional e um tipo de exoeduca o e exossocializa o claro que uma sociedade agr ria na qual as classes letradas det m para si o poder exclusivo do letramento e da erudi o n o se tem as condi es necess rias para o aparecimento de uma divis o social do trabalho m ltipla e espec fica Nesta sociedade os grupos de parentesco s o encarregados da socializa o dos indiv duos e suas perspectivas vis es de mundo valores e adestramento dependem n o de outro meio mais destas pr prias unidades nucleares familiares A nova configura o moderna n o permite tal proximidade dos indiv duos com o seu orupo de parentesco como afirma Gellner o que produz um uma exossocializa o pelo adestramento de indiv duos em centros escolares de base cultural gen rica a fundamentar os seus valores determinar lhes os pontos de vista e o capacitarem para a vida produtiva nesta sociedade industrial Para o autor a sociedade industrial se organiza concomitantemente com a influ ncia dessa educa o geral e padronizada membros pass veis de adapta o em diferentes reas mas portadores de um aprendizado gen rico que lhes permite uma comunica o com grupos distintos Este grupo educativo ex geno respons vel pelo a
285. os ditos mais racionais promovia profundas disfun es sociais e mostravam se irracionais porquanto a facilita o das atividades t cnicas e econ micas teve como desfecho a destrui o completa ou parcial de civiliza es ind genas M TRAUX 1979 tribos como Os Yar Yoronts abor gines do norte australiano para quem a utiliza o dos utens lios de metal fez perder o conjunto das institui es econ micas sociais e religiosas ligadas utiliza o transmiss o e posse dos machados de pedra Com a maior facilidade na realiza o das tarefas cotidianas ligadas a estas ferramentas sobrou tempo livre para os Yar Yoronts resultando no colapso de seu sistema de trocas abalando consequentemente as rela es de amizade solidariedade e inclusive de coes o familiar Mulheres e jovens da horda se tornaram propriet rios de machados de a o e por meio destes se viram no direito de gozar das mesmas prerrogativas dos homens adultos e anci os s bios Por fim o sistema tico tribal sucumbiu sob roubos e disputas levando inevitavelmente ao desmembramento do grupo De maneira semelhante os Sirionos se dissolveram O grupo recebeu novas tecnologias as quais possibilitaram a aquisi o de quantidades de mel de abelha sem precedentes Como esta iguaria servia no grupo para o fabrico de uma bebida alco lica apreciada na tribo o alcoolismo se deu em decorr ncia da obten o excedente deste bem Com isso a intoler ncia intergrupal aumen
286. os limites de cada cultura e que cada sociedade est condicionada mas n o exclusivamente por suas t cnicas A inven o do estribo permitiu o desenvolvimento de uma nova forma de cavalaria pesada a partir da qual foram constitu dos o imagin rio da cavalaria e as estruturas pol ticas e sociais do feudalismo No entanto o estribo enquanto dispositivo material n o a causa do feudalismo europeu LEVY 1999 25 Desta forma um elemento material tecnol gico engendrado no seio de uma cultura espec fica um dos elementos a tornar poss vel determinadas estruturas sociais mantendo com estas rela es de condicionamento assim como a agricultura irrigada em larga escala p de condicionar as ordens pol ticas teocr ticas do Egito fara nico como tamb m da China antiga e Mesopot mia atrav s da hist ria cultural e tecnol gica Para Oliveira 1993 o que est em jogo na hist ria n o a luta pela sobreviv ncia nem somente a libera o das amarras naturais e sociais as quais obstaculizam o processo de personifica o um dos sentidos da modernidade O que pertinente apontar neste sentido tomar este processo como uma efetiva o de mundo onde toda a instrumentaliza o do homem a exterioriza o do seu esp rito racional em suas obras sua funcionaliza o a algo distinto dele sua aliena o sejam superadas pela conquista de um sentido absoluto do mundo das obras no qual o homem conquista seu Se
287. os vivendo a abertura de uma novo espa o de comunica o e cabe apenas a n s explorar as potencialidades mais positivas deste espa o nos planos econ mico pol tico cultural e humano 2000 11 A quest o quem este n s de que nos fala L vy a quem cabe explorar as potencialidades deste terreno cibern tico Quantos estratos sociais podem estar exclu dos deste n s que primeira vista parece uma sujeito homog neo e universal neste sentido que nosso trabalho aqui proposto se dedicou ao estudo da utiliza o da inform tica como recurso formador de cidadania de jovens em bairros carentes de Fortaleza e regi o metropolitana O ponto de partida foi a investiga o da influ ncia de projetos sociais que se utilizam do computador como recurso no processo de capacita o dessas pessoas e como uma pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now interface pela qual possivel perceber a si mesmo e a sua comunidade por meio de programas espec ficos sintonizado com o valor politico do uso e usos da tecnologia inform tica O estudo de caso centralizou esfor os no bairro Luciano Cavalcante tendo como amostra emp rica os jovens participantes da EIC Escola de Inform t
288. osta mais recorrente Algo nos faz crer ante os apelos da nova civiliza o tecnol gica informatizada e complexa surgem batalh es de jovens mais sintonizados e preocupados com a busca de se fazerem empregados qualificados e posteriormente consumidores das sedutoras benesses que lhes outorga mesmo que de forma mitigada a grande ind stria tecnol gica de PCs laptops Ipods mp3 players do que preocupados com a quimera de se fazerem cidad os de fato A Pedagogia freireana prev a intensa articula o com a realidade pois E na realidade mediatizadora na consci ncia que dela tenhamos educadores e povo que iremos buscar o conte do program tico da educa o O momento deste buscar o que inaugura o di logo da educa o como pr tica de liberdade no momento em que se realiza a investiga o do que chamamos de universo tem tico do povo ou o conjunto de seus temas geradores IDIBID 50 Para que se possa segundo Freire desvendar o universo m nimo tem tico O indispens vel compreender o conceito e a din mica dos temas geradores Situa o limite aquela que leva nega o e supera o da realidade dada e significa o contr rio da aceita o d cil e passiva da realidade o que leva a uma experimenta o da liberdade Poderiamos considerar ent o o fato de se estudar inform tica com todos os contras sociais e em condi o de vulnerabilidade como um leg timo ato limite Os temas gera
289. ou domina o cada vez mais eficaz da natureza forneceu assim tanto os conceitos puros como os instrumentos para a domina o cada vez maior do homem pelo homem por meio da domina o da natureza A raz o te rica permanecendo pura e neutra entrou para o servi o da raz o pr tica A fus o resultou ben fica para ambas Hoje a domina o se perpetua e se estende n o apenas atrav s da tecnologia mas como tecnologia e esta garante a grande legitima o do crescente poder pol tico que absorve todas as esferas da cultura IBID 151 153 Segundo o mesmo autor existe uma tens o entre racionalidade e irracionalidade interna ao projeto da era moderna a qual dilacera o sonho de uma sociedade harm nica guiada pela racionalidade cient fica segundo o Iluminismo dos s culos XVII e XVII Atualmente as sociedades industrializadas nas quais a tecnologia ganha destaque n o somente no setor produtivo destas mas tamb m no cotidiano dos indiv duos De forma semelhante expressa Ianni que A mesma ci ncia que abre perspectivas de emancipa o individual e coletiva proporciona aliena o material e espiritual de indiv duos e coletividades devido forma pela qual se transforma em for a produtiva e t cnica de controle social O dom nio do homem sobre a natureza cada vez maior mas ao mesmo tempo o homem se transforma em escravo de outros homens ou de sua pr pria inf mia At a pr pria luz da ci ncia parece s poder
290. ou fun o isto o efeito multiplicador da combina o dos recursos que utilizados conjuntamente produzem um efeito resultante maior do que simplesmente a sua adi o Cf Chiavenato 1994 44 259 261 A raz o de p lo aqui ilustrativa uma vez que no CDI em geral as pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now que descobrir tinha que pesquisar ta A quest o da pesquisa n s t nhamos que pesquisar sobre o que a gente tava tratando utilizando a Internet eles pesquisaram dengue algumas experi ncias de comunidades pra combater a dengue e o que o v rus como o virus se prolifera toda essa quest o sabe Fizeram a pesquisa na Internet sobre isso das pesquisas eles fizeram discuss es em grupo pra ver o que cada um descobriu o que foi achado em comum etc a n s pensamos como incentivar a comunidade a se prevenir como a gente faria isso Quando a gente chegava nas casas as pessoas sabia de cor e salteado que n o pode deixar gua parada n o pode deixar pneu ali n o pode deixar garrafa tava sabendo tudo isso mas a gente passou a fazer de uma maneira engra ada fizemos uma oficina de fantoche utilizando material reciclado inclusive at na forma de recolher era garraf
291. pais filhos casa familia as associa es de bairro as igrejas e seus diversos movimentos de tend ncia popular os sindicatos e partidos pol ticos com seu processo de divis o de poderes e milit ncia e as organiza es n o governamentais para citar os mais importantes As formas de mobiliza o popular e a o associativa da cena urbana brasileira s o historicamente as sociedades amigos de bairros SABs com papel relevante principalmente ap s 1945 e as Comunidades Eclesiais de Base CEBs Segundo a autora pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now por m existe uma diferen a capital ente os espa os p blico e privado dentro da no o de cidadania e de sua descoberta pois A consci ncia destas diferen as e a vontade de apropria o de espa os p blicos para atividades grupais ou mero exerc cio de manifesta o individual como uma pra a para a pr tica de esportes constitui um aprendizado que contribui para o desenvolvimento da consci ncia da cidadania no sentido do uso da coisa p blica GOHN 2001b 21 Assim para essa autora o espa o p blico um discurso expresso por meio de zonas de controle e se constitui menos por interm dio de uma efetiva
292. parecem estar apenas em seu est dio inicial e muito verossimil que sejam o substrato de novas e maiores revolu es Mesmo referindo se a outros eixos mais como o dos avan os da Qu mica e das pesquisas espaciais o autor destaca algo ainda mais importante neste processo revolucion rio sem precedentes o patente descompasso entre o progresso tecnol gico da humanidade com seu avassalador e r pido processo de reprodu o das revolu es e seu desenvolvimento moral assim como a capacidade desta mesma humanidade incutir freios ou regulamenta es jur dicas para esta revolu o inevit vel O resultado que de certa forma passamos a conviver com as novas tecnologias mas n o as assimilamos efetivamente e n o dominamos nem o seu potencial positivo nem os perigos que representam De repente chegam s nossas casas as mensagens mais obscurantistas de igrejas ou de demagogos da viol ncia pelos meios eletr nicos mais modernos e com os mais diversos efeitos especiais e nos damos conta de que progresso t cnico e progresso cultural podem evoluir em ritmos completamente diferentes e inclusive em sentidos inversos e completa Quando tecnologias avan adas permitem produzir pequenos instrumentos explosivos de efeitos mortais ao pre o de pouco mais de um d lar e a sociedade se organiza segundo a lei do mais forte o mercado continuar existindo IDEM 21 24 Cf Business Week editorial August 14 1995
293. perficial elenca a precariedade dos computadores como um fator decisivo mas Tem alguns que questionam muito ah os computadores do CDI n o prestam s o K6 2 uma quest o de cidadania Eu t reciclando o material pra d pro pessoal que tem l Porque se voc faz o curso b sico nesse computador voc opera qualquer outro O sistema n o muda o mesmo s muda a apar ncia A pr pria a pr pria ferramenta que pra alguns t ultrapassada li o de cidadania tem que usar ele enquanto ele pode Pra n o ser pra n o ficar no lix o A id ia tamb m essa parte das maquinas n ENTERVISTA FCO CHARLES Esta rela o entre os instrumentos e a cidadania foi essencial para compreender o movimento cidad o das EICs Sua percep o de que aproveitar o que os outros chamam de lixo al m de proporcionar educa o digital a alguns beneficia a todos por quest es de consci ncia ambiental e certo grau de comprometimento menos com o mercado e consumo do que com o que podemos chamar difus o da cultura inform tica E mesmo que as m quinas sejam muitas vezes lentas ou consideradas obsoletas e a escassez de recursos e doa es seja uma realidade di ria e tang vel o principal problema enfrentado pela administra o segundo eles pr prios o alinhamento da proposta o alinhamento da proposta pedag gica Tem muitos casos que quest o de custos de refinanciamento pra continuidade do nrai
294. po de sociedade pr existente um complexo de institui es que a despeito de todas as culturas anteriores vive no futuro e aponta para ele e n o para o passado ou formas tradicionais de sociedade Com isso para Giddens existe uma sociedade descontinua uma sociedade que tem a consolida o de suas institui es por volta do final do s culo XVIII por meio de um processo chamado pelo autor de desentranhamento e reentranhamento de mecanismos e rela es sociais O desentranhamento de formas de vida caracter stica da modernidade que reflete o efeito constante e crescente que certos eventos e a es distantes exercem sobre a vida dos homens se processa por meio de desvincula es e recombina es atrav s do tempo e do espa o assim como a reconstitui o dos contextos a que pertenciam pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Um artes o que trabalha num contexto local e produz para um mercado local est entranhado na regi o local e na comunidade local Com o desenvolvimento de uma divis o do trabalho no plano internacional isso muda as trocas econ micas v o se desvinculando cada vez mais da comunidade local e se recombinando atrav s do tempo e do espa
295. popular ganhasse contornos desde cedo de uma tutela verticalizada seja por um vi s paternalista privado seja paternalistaestatal No caso do CDI parecem atrelar se empreendedorismos ultramodernos a estas mesmas velhas estruturas patriarcais envernizadas pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now processo de absor o reelabora o e transforma o da cultura existente gerando a cultura pol tica de uma na o 2001a 174 Esta transforma o soa como quimera aos estudiosos do sistema educativo brasileiro seja ele o oficial ou mesmo o fomentado pelas organiza es e associa es populares em geral O contorno que ganhou a revolucion ria pedagogia freireana nos ares da cultura cearense parece ter fugido ao planejamento dos coordenadores da institui o de Rodrigo Baggio Como resultado muitos estudantes repetiram na sala da EIC enquanto a visitei alguns dos velhos v cios daquela conhecida educa o banc ria e mesmo com esfor os herc leos dos monitores o sucesso da empreitada da forma o da cidadania pela inform tica se viu eclipsada ou limitada por estes aspectos culturais e hist ricos aqui citados O pior dos v cios nos pareceu a postura de espectador assumida pel
296. poralizam e o levam a funcional em unidades polivalentes de programas conflituais ou de proximidades contratuais idem 89 Weltstadt traduzido para o portugu s como metr pole significa ao p da letra cidade mundo Isto j nos remete a talo Calvino e s cidades invis veis Ou atividades sociais sozials Handeln no sentido supracitado com rcio troca m tua de influ ncias uma rela o multilateral Tenha se em conta que o pr prio verbo ingl s to browse recolher mas tamb m dar uma olhada refere se tanto aos programas pelos quais se navega em ambiente de rede como tamb m aos curiosos que viajam pelo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now bisbilhotar pois nem sempre se vai a um blog com o intuito de obter crescimento de consci ncia pol tica cultural ou cient fica Como expressa por m Simmel a quem tenha um fino ouvido psicol gico os homens delatar o incont veis vezes seus pensamentos e qualidades mais secretos n o s a pesar de esfor arem se em ocultar los mas justamente por isso 1977 372 Este jogo l dico de rela es do expor se e resignar se se desenha livre e constantemente por meio dos chats tem tico
297. print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Como comum no jarg o administrativo mercadol gico necess rio sempre focar no cliente adaptar seus produtos e ou servi os ao p blico alvo visado em um nicho de mercado previamente estabelecido Sob pena de ser um grupo empresarial etnoc ntrico e perder espa o para a concorr ncia uma conduta normal no mundo corporativo a adequa o espec fica s realidades socioculturais de seus clientes Por isso mesmo uma ONG enquanto unidade sem fins lucrativos expl citos n o poderia se furtar a desconsiderar tais desideratos p treos orientadores das condutas empresariais ordin rias N o por outro motivo a hist ria do CDI como a hist ria de um rio ele tem o objetivo de chegar ao mar e vai se adaptando ao terreno ao solo contornando obst culos mas sempre focando naquela miss o que a de chegar ao mar Op cit 34 Esta adapta o s realidades locais nos pareceu clara desde que nos inserimos nas salas de aula da EIC ACF Ficou evidente que a realidade dos morros cariocas tinha condi es infraestruturais e humanas irreproduz veis no contexto cearense Queremos nos referir de modo mais enf tica ao material did tico proposto pelo CDI assim como sua utiliza o e orienta o dos monitores no Estado do Cear Mais adiante nos aprofundaremos mais nesta quest o pois percebemos desde muito cedo que as escolas de inform tica e cidadania
298. pro ativa e compromissada de alguns educadores Esta liberdade pr pria da iniciativa do CDI parece promover o desenvolvimento de ideias criativas e iniciativas pr ticas nas quais se ressaltam a consci ncia do papel social e a condi o de assumir o compromisso com a mudan a comunit ria e pessoal tanto por parte dos educandos como dos educadores Por isso a cidadania Uma via de m o dupla t Eu vejo dessa maneira O CDI ele j v essa quest o de educar as pessoas eu vejo dessa maneira porque tudo que a gente faz trabalhar realmente a educa o das pessoas sob determinado sistema por exemplo as pessoas jogam lixo na rua por que n o tem uma educa o pra isso t s vezes as pessoas n o sabem ouvir as outras porque n o foram educadas pra aprender a ouvir as ouras No grupo no grupo que a gente trabalha l uma coisa que eu sempre incentivo quando algu m t falando as pessoas devem procurar ouvir sabe Eles j v o aprendendo a ouvir desde a A quando termina o curso eles saem completamente transformados Quando v o falar levantam a m o Eu sempre digo isso s vezes na discuss o quando pega fogo sabe a todo mundo quer falar ao mesmo tempo ai logo no inicio eu sempre digo olha gente quando voc for falar voc se inscreve levante a m o eu anoto seu nome a pronto eu vou dando a ordem ENTREVISTA FCO SILVA pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce qualit
299. processo Decisivamente para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais s o necess rias n o somente a es do terceiro setor mas tamb m muitas outras circunst ncias como vimos anteriormente Assim segundo Vignoli 2001 mesmo que as taxas de natalidade das popula es de menor poder aquisitivo estejam decrescendo somente isto n o suficiente para combater de maneira eficiente as diversas amea as da vulnerabilidade Segundo este te rico para que seja atingido um novo padr o social sintonizado com as possibilidades de ascens o social ser necess ria uma mudan a cultural de elementos que sustentem esta estabilidade tais como a educa o regulamenta o efetivas possibilidades de ascens o social vis o estrat gica e meios de controle social mais eficientes Para o autor h tr s passos para alcan ar a supera o ou pelo menos para se enfrentar a crescente vulnerabilidade social nos pa ses da Am rica Latina Primeiramente se deve abrir espa os para a participa o destes jovens Seguramente as pol ticas p blicas voltadas para os jovens ainda s o poucas ou n o est o focadas corretamente no sentido de atribuir a estes agentes sociais os espa os necess rios a sua participa o efetiva Segundo n o seria poss vel lutar contra a vulnerabilidade sem antes atuar de maneira setorial em sintonia com as dimens es do processo de integra o social que estes jovens experimentam ou seja encaminhar a es em Educa
300. que suas a es mobilizam saberes oportunidades e estrat gias somente se torna poss vel com o aux lio desta metodologia de inser o no objeto emp rico t o pr pria dos elementos de etnografia do qual somos partid rio A utiliza o de novas tecnologias somadas a uma a o n o governamental multiplicadora de uma consci ncia cidad a t nica de trabalho pretendida pelo CDI O sucesso desta ONG vem despertando a aten o de rg os nacionais e internacionais como denotam os pr mios conferidos a este programa e o seu criador o professor de inform tica Rodrigo Baggio Dentro das transforma es curriculares em todo o Pais da crescente onda de organiza es n o governamentais instaurada na sociedade e da crescente onda tecnol gica SCHAFF 1995 KUMAR 1997 CASTELLS 1998 2000 LEVY 1996 1998 1999 2003 pensamos ser necess rio e conveniente um estudo mais aprofundado dos jovens em situa o de pobreza FRANCH 2004 ABRAMOVAY 1999 ABRAMO 2000 integrados em EICs compreendendo os aspectos qualitativos da mudan a de vida destes ap s sua inser o nestes l A teoria de Mauss atenta para a exist ncia da d diva em todos os tipos e graus de civiliza o Para Mauss 1999 365 essas trocas e esses dons de coisas que ligam as pessoas se efetuam a partir de um fundo comum de id ias a coisa recebida como dom a coisa recebida compromete liga m gica religiosa moral e juridicamente o doador e o donat
301. r Assim A modernidade ocidental levantou a pretens o de afinal depois de longos desvios hist ricos levar efetiva o o ideal de uma civiliza o da raz o de uma civiliza o que torne efetiva a conquista do sentido na vida hist rica dos homens Ora a experi ncia espec fica de nossa epocalidade parece ser uma das experi ncias que apontam para um absurdo envolvente na vida humana A crise da modernidade desembocou nos dias de hoje numa crise de sentido para a vida humana Nossa 20 Geist 2 Werken Aqui se pode utilizar indistintamente dois voc bulos Entfremdung assim como Entdusserung Ambos s o tomados no sentido atribu do por G W F Hegel e posteriormente reformulado por Feuerbach e Marx D o conta do processo de estranhamento e externaliza o do homem em suas obras no qual este estar cindido assim como estranhado alienado e incompleto neste processo Constitui aquilo que o jovem Marx considerava a perda pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now medita o sobre o sentido passa necessariamente na atualidade pela critica da raz o moderna IDIBID 71 Na tentativa pois de conceitua o da modernidade se refere Oliveira idem 72 a uma tens o fundament
302. r ximos Edson Queiroz Jardim das Oliveiras e Luciano Cavalcante Sentimo nos particularmente bem acolhido na EIC AFC seja nos contatos por telefone seja ao vivo As pessoas com as quais lidamos pareceram prestativas e com amor ao que fazem eu mesma j fiz o curso e me emocionava toda vez que iniciavam as aulas de inform tica pois os 10 primeiros minutos s o exclusivamente de cidadania conta D Lobelita em tom emotivo e admirado Apesar de ser Crist a associa o n o discrimina nenhuma ra a sexo ou mesmo religi o Pelo menos o que exp e Lobelita Fran a e reafirma o estatuto da ONG Este um forte indicativo de que a democratiza o n o se d apenas no discurso da EIC mas tamb m no pr prio ide rio de suas parceiras o que se confirmou no fim de nosso trabalho quando n o percebemos qualquer influ ncia significativa da religi o sobre o processo de inclus o suas instala es f sicas materiais e suas pr ticas Os relatos da presidente revelaram que muitos alunos conseguem empregos ainda no decorrer do curso o que reafirma ao mesmo tempo a efici ncia e a fragilidade deste pois muitos jovens mesmo formados n o retornam EIC nem para receber o certificado de conclus o Este car ter inconcluso dos cursos por parte significativa de seus alunos nos preocupava entretanto a evas o nas turmas acompanhadas at a conclus o desta pesquisa n o foi relevante A primeira visita foi em novembro de 2006 Chegam
303. r abe eee tae esetere r nae E e eenlonie 8 2 O CULTIVO DA ROSA DIGITAL ciccicicicssscasasccstascinsssassaascseesccatsisssansseescearsesonsnensar 17 1 1 Vis es te ricas da modernidade i cece cc eee cece ceeeeeeeeceeeeceeeeeeeeceeeeeeeeenees 17 2 2 Entre a racionalidade e o desenvolvimento da t cnica no ambiente social 26 2 2 1 O plano da racionalidade e as altera es socioculturais da tecnologia em sociedades Simples sninen aeran p neee EE rn A EEE E EE 28 1 3 Modernidade tecnol gica industrial e as Tecnologias Inform ticas 34 1 4 Sociedade industrial e sociedade da informa o iii 41 1 5 Novas formas de sociabilidade para a Sociedade da Informa o 48 1 5 1 As din micas excludentes circunscritas Sociedade da Informa o 51 1 5 2 Cr ticas s formas de sociabilidade Virtual ccccsccccccceessssseceeeeceeseessseeeeceecessntaees 59 3 DA JUVENTUDE EIC e SOCIABILIDADE VIRTUAL 72 3 1 Processos de infoexclus o e urg ncia da inclus o digital 0 cece eeeeeeeereeeeeee 72 3 2 O enfrentamento conjunto do desafio da infoinclus o pela sociedade civil e poder p blico e o diferencial do CDI eeececeeenceeceeseaeeecesaaeeeecseceseseeeeeeseeaeeeeenaaeees 82 3 2 1 Breve tipologia dos Centros de Inclus o Digital c ccssccessssssosssssssesevscaseeseeee 86 3 3
304. r original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now uma das grandes quest es da competi o econ mica mundial entre as firmas gigantes da eletr nica e do software entre os grandes conjuntos geopoliticos Mas tamb m responde aos prop sitos de desenvolvedores e usu rios que procuram aumentar a autonomia dos indiv duos e multiplicar suas faculdades cognitivas 2000 24 Isto significa dizer que L vy se afasta das cr ticas feitas pelos estudiosos da Escola de Frankfurt e sua ideia de racionalidade instrumental Conceito este que entende a tecnologia e o desenvolvimento do conjunto de t cnicas sociais como tendo uma dimens o de poder necess ria e prevista por classes dominantes a fim de efetuarem seu dom nio sobre os menos poderosos Nesta vis o a t cnica se v utilizada pelo desenvolvimento e manuten o da grande ind stria e sua l gica envolve produ o e consumo Para Ianni A sociedade global est cada vez mais articulada pelo utilitarismo pragmatismo behaviorismo positivismo As malhas cient ficas e tecnol gicas materiais e espirituais que tecem as institui es organiza es ag ncias empresas mercados regi es e na es organizam se segundo os requisitos da raz o instrumental 2001 118 Para o autor a pr pria mundializa o tecnol gica sob v rios aspectos um produto da concretiza o de o
305. ra o bem viver de todos e para a amplia o das liberdades p blicas e privadas MANCE 1999 38 A coloca o de Mance pode soar com demasiado otimismo mas claro est que a inform tica guarda em si um grande poder revolucion rio Em termos pol tico pedag gicos est claro o alcance das tecnologias da informa o Sen o vejamos a rela o entre desempenho escolar e ter computador positiva em todas as faixas em quest o e maior na faixa que compreende os alunos de 13 a 18 anos que frequentam a 8 s rie Tanto na prova de Portugu s quanto na prova de matem tica essa foi a faixa que mostrou maior impacto Na prova de l ngua portuguesa o fato de ter computador se relaciona com um desempenho escolar 13 05 maior do que quando o aluno n o possui computador nas outras faixas as estat sticas ficam em 6 49 quando consideramos os alunos de 9 a 14 anos que frequentam a 4 s rie e 8 35 na faixa de 16 a 21 anos que frequentam a 3 s rie do ensino m dio Os resultados para o desempenho na prova de matem tica s o respectivamente 17 68 para 8 s rie 10 96 para 4 s rie e 17 08 para 3 s rie Mapa 2003 31 o A diferen a gritante entre o desempenho de alunos sem acesso inform tica e os chamados informatizados simplesmente a confirma o do potencial ben fico dos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve
306. ras a mis ria e o fardo da vida e cem outros fatores t m um efeito t o poderoso pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now que n o podemos acusar os trabalhadores de sua inclina o pela aguardente ENGELS 1988 123 O autor fala ainda de rem dios derivados do pio como o l udanum vendido com o nome de Cordial Godfrey os quais eram administrados por mulheres que trabalhavam em domic lio e tomavam conta de seus filhos e de filhos dos outros no sentido de manter as crian as e jovens tranquilos saud veis e produtivos Elas come avam a dar lhes estes rem dios e por estas raz es o organismo enfraquecido n o tem possibilidades de resistir doen a que os vitima a qualquer momento por isso que envelhecem prematuramente e morrem jovens As estat sticas de mortalidade constituem uma prova irrefut vel disso IBIDEM 125 Estas condi es insalubres da industrializa o inglesa levou uma gera o de trabalhadores jovens ao v cio s doen as e quase aus ncia do sonho da perspectiva de vida Neste sentido as transgress es juvenis ou o desvio social express o que apareceu pouco depois se davam dentro da pr pria fam lia como decorr ncia de uma
307. raves ao trabalho dos educadores expressando a inaptid o metodologia do CDI pois este representa um choque ou ruptura com aquilo que os jovens tinha experimentado at ent o Mesmo assim contra esta adversidade ambiental a esperan a dos educadores n o parece fenecer uma vez que s o cientes das in meras potencialidades latentes nos cora es e mentes dos jovens com os quais lidam e aprendem muit ssimo como demonstra o relato de Francisco da Silva de 26 anos educador e coordenador na EIC Alphaville no bairro Mangabeira logo no in cio eles tiveram a dificuldade eles tem na verdade sempre tem a dificuldade muito grande de compreender a metodologia do curso mas depois que eles est o l depois que eles entram eles entendem realmente que era algo que n o havia sido feito por ningu m ainda Essa quest o da preocupa o que eles passam a perceber Essa hist ria de saber olhar pro outro e ver um ser humano que tamb m t precisando de ajuda porque hoje ele eles acham assim que se voc n o tem um curso de inform tica e realmente verdade voc acaba sendo pisado pelos demais n A eles sempre v em a sociedade como a sociedade esmagadora todo mundo querendo pisar em todo mundo n Eles sabem muito bem da concorr ncia sabem muito bem disso A depois a gente passa inclusive nas aulas a gente nunca chega e coloca na hora de frente ao computador todo dia a gente tem aquele momento de conversa Tem uma m
308. realidades contradit rias e suscitando in meros antagonismos Justamente por isto n o se pode afirmar que a tecnologia seja inequ voca ou multifaceticamente conciliat ria revoluciona se incessantemente na hist ria de alguns grupamentos humanos significando ao mesmo tempo avan o e retrocesso progresso de grupos seletos e o retrocesso de grupos marginais exclu dos do processo Em uma palavra a tecnologia que inclui e conecta a mesma concomitantemente que divide separa e exclui neste sentido que n o se pode pensar em uma racionalidade absoluta ou mesmo em uma funcionalidade tecnol gica incondicional a qual estando uniformemente distribu da pelo mundo como representa es de um progresso inequ voco e abarcador de toda a ra a humana desconsidera a determinante diversa das culturas assim como a historicidade imanente a este processo Para De Masi 2000 o desenvolvimento da tecnologia nunca se deu uniformemente no curso da hist ria Foram s culos de lenta incuba o e depois per odos de r pido desenvolvimento O desenvolvimento da tecnologia foi muito lento at 5000 anos antes de Cristo Para o Soci logo italiano a descoberta mais importante at 30 mil anos atr s anterior a Mesopot mia foi a descoberta do arco e flecha uma m quina espl ndida na qual toda for a humana aplicada num instante e num ponto ou seja vem potencializada ao m ximo e consente um grande desenvolvimento de energia mas a pr pria t
309. reditem em si mesmos A informatica ela pode penetrar dentro fazer perguntas enqu te e saber o que a popula o quer necessita ou se tem pessoas que s o boas e que podem influir para a pr pria comunidade a que ele t dentro entendeu Pode sim utilizando o computador pra fazer isso indo Como que se diz institui es sei l indo atr s perguntando exigindo do governo se l E utilizando o computador ENTREVISTA RICARDO pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Por este motivo o incentivo n o somente dos componentes familiares como relatado anteriormente por Jo o Carlos mas tamb m dos educadores e metodologia da FIC compreendido como decisivo para transpor uma situa o de vulnerabilidade social concreta A import ncia do incentivo dos educadores Demais Por que voc tem que dar incentivo aquela pessoa pra continuar naquilo que ela quer Se voc ensina totalmente sem democratiza o sem a sociedade Como sociedade Como Voc n o t dando aquele incentivo num t dando aquela Aquele pensamento Ah eu v continuar que eu gostei por que o professor me incentivou Por que eu tenho uma meta e eu quero conseguir Ente
310. riedade deveria ser capaz de resistir s for as dos outros dois recursos dinheiro e poder administrativo Pois bem os dom nios da vida especializados em transmitir valores tradicionais e conhecimentos culturais em integrar grupos e em socializar crescimentos sempre dependeram da solidariedade Mas desta fonte tamb m teria de brotar uma forma o pol tica da vontade que exercesse influ ncia sobre a demarca o de fronteiras e o interc mbio existente entre essas reas de vida comunicativamente estruturadas de um lado e Estado e economia de outro lado OP CIT 112 Paradoxalmente a nica certeza da modernidade mesmo a sua intranspar ncia sua ininteligibilidade imperspicuidade Em uma palavra a nica certeza da modernidade a incerteza o imponder vel desafiante do novo Zeitgeist para os cientistas sociais e pol ticos em geral Para as novas quest es postas pelos novos tempos n o h ingenuidade ut pica que 9 A mat ria de David Stipp na revista estadunidense Fortune em 9 de fevereiro de 2004 e a da revista brit nica The Observer de 22 de fevereiro do mesmo ano revelaram que vivemos um perigo iminente e inevit vel de uma cat strofe ambiental sem precedentes no plano global Como mostra a mat ria de Stipp Climate Collapse The Pentagon s Weather Nigthmare o mundo sofrer um colapso ambiental at o ano de 2020 com uma certeza matem tico cient fica pdfMachine Is a pdf
311. rio Pr mio Internacional O Comit para Democratiza o da Inform tica e suas EICs receberam o World Technology Award concedido pela World Technology Network uma academia que re ne mais de 700 cientistas jornalistas financiadores e pesquisadores da rea de tecnologia O pr mio reconhece anualmente pessoas e projetos cuja aplica o da tecnologia tenha contribu do para o desenvolvimento econ mico e social Nacionalmente o CDI recebeu da Associa o dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil ADVB o pr mio Top Social na categoria destaque social H oito anos o Top Social ADVB premia iniciativas de organiza es e empresas reconhecendo o exemplo e a transforma o promovida por seus programas da chamada responsabilidade social Como os componentes dos Projetos Pol tico Pedag gicos Institucionais os quais conferem uma s rie de compet ncias esperadas dos professores citadas pela LDB 9394 96 dentre elas a sintonia com os novos pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now grupos sinalizando para as percep es acerca do embate de culturas da transbordante VELHO op cit como tamb m a pertin ncia da utiliza o da tecnologia inform tica neste
312. roduce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Pouco depois desta poca Breno recebeu uma proposta de emprego e deixou o trabalho na EIC para outro monitor Wesley Loureiro o qual permaneceu at o final de nossa pesquisa em meados de 2008 4 3 1 Dos educadores sociais de informatica dedicados jardineiros O trabalho de uma ONG tem como um dos pilares a atua o dedica o criatividade do educador o qual concentra grande parte do potencial transformador Ele um catalisador de potencialidades sociais e al m de ser um exemplo para os jovens carentes dele a incumb ncia de aprofundar se na pedagogia de Paulo Freire na pr tica enfrentando limita es ambientais e de sua pr pria capacidade como professor Embora a possibilidade do servi o volunt rio seja constante e at desejado nas EICs um educador de inform tica social do CDI pode ganhar at 420 reais por m s trabalhando em um turno por dia nas unidades de educa o inform tica e cidadania Seu trabalho oscila entre sala de aula procedimentos burocr ticos de administra o das turmas e momentos de qualifica o Geralmente o tempo de servi o de um professor de inform tica do CDI est definido por sua condi o de trabalho fora dela e muitas vezes o motivo de seu desligamento justamente a
313. rom a windows application you can use pdfMachine Get yours now tarefa herc lea de regulamentar dirigir criar an lises que favore am o florescimento de uma rosa digital e de suas benesses dentre as quais se destacam a democratiza o do conhecimento e a intelig ncia coletiva como projeto vi vel Esta tarefa de incluir democratizar responsavelmente t o grande como a pr pria sociedade e deve envolver governos escolas institui es ONGs universidades e pesquisadores etc Ao cidad o comum um bom passo seria repensar suas atitudes criar o h bito da auto observa o para fazer do computador uma ferramenta efetivamente producente e da Internet um ambiente menos an rquico Um dos elementos mais fundamentais da express o da cidadania digital a liberdade pois sem esta virtude inexiste qualquer forma de cidadania ou democracia que seja realmente integral Se entretanto o homem depende da m quina n o pode se desvencilhar dela e alguns at adoecem e criam terr veis v cios e adic es pelo mundo virtual onde est a liberdade Como falar de cidadania sem se referir a liberdade Liberdade para n o usar ou n o depender do universo inform tico de maneira t o pungente e avassaladora Liberdade para usar a plataforma que quisermos livres das restri es do mercado Quando o homem desenvolveu a tecnologia da escrita sua capacidade de armazenar informa es relatos e hist rias orais n o decairam drasticamente Quand
314. rovoca uma depend ncia massiva Para Vir lio um mundo interconectado um pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now mundo fr gil o ponto de entrar em colapso seja financeiro ou cultural a qualquer momento Ademais uma outra forma de dom nio do capitalismo sobre a vida dos cidad os j que com suas artimanhas e pseudodemocracia propaga uma pretensa sensa o de liberdade por meio da rede Para estes cr ticos da sociedade inform tica da internet e do uso da t cnica tida de forma jactanciosa assim como para os autores da Escola de Frankfurt o mundo moderno est sob a orienta o pr via da raz o instrumental ou subjetiva Esta raz o instrumental segundo Horkheimer 1976 11 12 Relaciona se essencialmente com meios e fins com a adequa o de procedimentos a prop sitos mais ou menos tidos como certos e que se presumem auto explicativos Concede pouca import ncia indaga o de se os prop sitos como tias s o racionais Apud Ianni 2001 119 Portanto a percep o desses autores cr ticos de L vy e de sua vis o otimista da inform tica o mundo informacional moderno realmente n o neutro mas recheado de uma tend ncia monopolizadora tendo o grande capital c
315. s T cnica Cognitiva Econ mica Autonomia e independ ncia no uso complexo das TICs Vis o cr tica dos Capacidade financeira em Destreza no manuseio do adquirir e manter computador dos principais softwares e do acesso a Internet Est mulo do capital t cnico meios est mulo dos capitais cultural social e intelectual Pr tica social transformadora e consciente Capacidade de computadores e custeio para acesso rede e softwares b sicos Refor o dos quatro capitais t cnico social compreender os desafios da cultural intelectual sociedade contempor nea Fonte adaptado de Lemos e Costa 2005 A t cnica se traduz na qualifica o para o uso do computador no acesso aos programas necess rios ao seu funcionamento e Internet O aspecto cognitivo relaciona as habilidades no uso aprofundado do que o autor chama de Tecnologias de Informa o e Comunica o o que aponta para uma pr tica social transformadora pass vel de encontrar pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now respostas para os problemas sociais da atualidade e em sintonia com o que ha de mais promissor na sociedade da informa o Por fim o aspecto econ mico referente
316. s a o Pelo contr rio a pr xis uma a o cujo nico fim ela mesma que aperfei oa o agente e n o tende para a realiza o de uma obra fora desse agente seu fim ltimo n o sen o o uso do pr prio exerc cio Como tal a pr xis um ato o ato n o se esgota em numa produ o essas a es n o acabam mas duram enquanto o sujeito viver IMBERT 2001 29 30 Neste sentido a autonomia dos duplamente exclu dos do mundo real e digital depende de uma a o constante consciente e cr tica uma pr xis da forma o de sua inclus o de sua cidadania de seu car ter e de si mesmo Este ponto relevante para nossos intentos com este trabalho o fato de que a cidadania e mesmo a democracia sejam consideradas pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now como poi sis isto como algo externo aos agentes que se realiza no ato de votar por exemplo Parece nos revelador que para os autores que norteiam o trabalho do CDI esta perspectiva se v incoerente uma vez que o ato de estudar assim como o ato da constru o coletiva da cidadania um cont nuo um constante estar sendo no mundo uma pr xis portanto Para Freire o ato de se autonom
317. s matizes 1 1 Vis es te ricas da modernidade Segundo Giddens 2000 b h quatro dimens es b sicas da modernidade as quais incluem al m do sistema capitalista a vigil ncia conceito emprestado de Foucault o industrialismo como express o da t cnica racional produtiva e o poder militar O Comit para a Democratiza o da Inform tica uma ONG nascida em 1995 que tem como principal marco de atua o a utiliza o da inform tica como ferramenta cidad por comunidades de baixa renda Adiante nos cap tulos 3 e 4 haver um retorno a esta quest o do CDI por se radicar nesta ONG o foco de pesquisa emp rica deste estudo pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Para o autor O advento da modernidade fruto principalmente de uma ordem r econ mica moderna isto uma ordem econ mica capitalista Mas a sociedade moderna envolve tamb m a forma o de um tipo especial de Estado e de modo geral de tipos especiais de organiza o os quais dependem fundamentalmente da estrutura o da informa o Por isso que uso a no o de vigil ncia para aludir ao modo como se constroem sistemas de informa o visando a construir r novos
318. s Nesse ethos do subordinado usado como meio de sobreviv ncia ante o in spito ambiente social em que vivem busca se aceita o constante do que se fala assim como atesta sutilmente a grande repeti o nas entrevistas e conversas informais da express o corriqueira n o apocopada em n e seguida de uma interroga o Muitas vezes tivemos de abandonar os discursos e nos concentrar nas express es corporais e nas atitudes dos entrevistados quando em condi o de aula onde expressavam quase que livremente sua preocupa o com o que para eles a inform tica mais podia oferecer Assim acentuamos que agora j temos m quinas suficientemente avan adas capazes de deixar rubra a face da terceira onda de Toffler j temos infraestrutura de telecomunica es capazes de dar suporte a verdadeiras revolu es sociais ou do capital sem o custo de sangue ou de vidas j contamos com certa boa vontade de pol ticos e de entidades da sociedade civil alguns dos quais entretanto com interesses claramente mercadol gicos para enfrentar a mazela da exclus o digital das minorias sociais j contamos ainda com o barateamento progressivo de certos elementos do mundo digital como telefones celulares computadores pendrives CDs grav veis etc j temos avan os pol ticos nas reas democr ticas e participativas refletidas em in meras pol ticas p blicas e n o s estatais inclusivas e a es afirmativas j temos softwares
319. s olha gente por favor Uma coisa que a gente tinha aprendido no curso quando voc quer falar levanta a m o A forma at a forma dura deles falarem mas pela quest o mesmo de h bito voc sabe que o cearense fala um pouco s vezes acha que ignorante n Mas quest o de falar alto mesmo n Eles mesmos j tavam passando o que aprenderam sobre a quest o de trabalhar em grupo ENTREVISTA FCO SILVA O esfor o de todos que trabalham na ONG grande e s rio mas escapa s suas m os a garantia de uma modifica o na forma de ver o mundo por parte destes jovens uma vez que n o se pode ultrapassar a linha t nue que existe entre instru o ou encorajamento e a perda do livre arb trio ou seja a metodologia estimula uma mudan a de comportamento enseja uma altera o na atitude cotidiana mas n o pode garanti la ou for la Ainda assim os resultados s o mais expressivos se houver uma adequa o m tua entre a comunidade os monitores e os educandos como citado antes especialmente se o foco principal o protagonismo juvenil Acho que o que mais importante realmente a forma o das pessoas Pessoas que teve aquela forma o cidad realmente Uma coisa de preocupa o com a comunidade uma coisa de tornar eles protagonistas que eles saiam do status de lance est tico n Algu m parado que ficava observando os problemas se acumularem na frente Torna se algu m que vai fazer a diferen a ali dentro
320. s promessas latentes no universo digital e inform tico Nossa aproxima o com o mundo dos educandos auxiliado pela delimita o metodol gica da faixa et ria dos jovens permitiu a compreens o de v rias tem ticas referentes a esta verdadeira mat ria prima dos jardineiros educadores Nesta parte do trabalho enfatizamos o esfor o conjunto de educadores administra o do CDI e educandos no sentido de transforma o destes ltimos de meros contempladores do mundo digital analfabytes exclu dos ou autoexclu dos digitalmente perplexos de mudan as tecnol gicas em colhedores e benefici rios dos bons elementos da rosa digital Neste decurso de transforma o podemos identificar etapas ou graus pelos quais a metodologia as tem ticas e uma nova posi o diante do mundo associada a uma nova Weltanschauung vai se desenvolvendo na medida em que estes agentes sociais se desprendem da exclus o digital e ingressam num novo universo de potencialidades cidad s Nesta caminhada a inform tica se apresenta como um mundo parcialmente desconhecido mas sumamente desejado e necess rio Quando perguntado sobre o que mais o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now atraia ao
321. s Comunica es O GESAC um programa de inclus o digital destinado s camadas C D e E da sociedade Disponibiliza um conjunto de servi os avan ados de inclus o digital com acesso Internet banda larga a v rios setores da sociedade exclu dos do acesso e dos servi os vinculados rede mundial de computadores Al m do sistema GESAC o Governo Federal est frente de in meras iniciativas como a Casa Brasil Computador para Todos Telecentros de Informa o e Neg cios Programa Nacional de Inform tica na Educa o Em 2007 o Governo Federal lan ou o Plano de Desenvolvimento da Educa o PDE que inclui entre outras metas a informatiza o de todas as escolas p blicas at 2010 e o projeto um computador por aluno UCA Dado o tamanho e a abrang ncia deste hiato digital por m a sociedade civil se organiza de forma aparentemente aut noma no sentido de criar estrat gias de enfrentamento desta tem tica Tal emancipa o ganha significados espec ficos na constitui o da consci ncia cidad destes agentes e grupos sociais assim como se fragmenta e capilariza em in meras estrat gias para dar conta da inser o ou reinser o dos exclu dos digitais de maneira conjugada em redes sociais solid rias ou at contradit ria Pululam pelo Pa s a es genuinamente cidad s ou mesmo mescladas entre setores da sociedade civil e do pr prio estado atribuindo inclus o digital um car ter de esfor o mais universal
322. s cognitivas Pellanda Nize M C et alli Rio de Janeiro DP amp A 2005 PERALVA A O jovem como modelo cultural In PERALVA Angelina SPOSITO Mar lia Ponts orgs Juventude e Contemporaneidade Revista brasileira de educa o 5 6 especial Associa o Nacional de P s Gradua o de Pesquisa em Educa o ANPED 1997 PERRENOUD Philippe Dez novas compet ncias para ensinar Porto Alegre Artes M dicas Sul 2000 Escola e cidadania o papel da escola na forma o para a democracia Porto Alegre Artmed 2005 PRENSKY Mark Digital Game Based Learning The McGraw Hill Companies 2001a Digital Natives Digital Immigrants in the Horizon MCB University Press Vol 9 No 5 October 2001b RHEINHOLD Howard La comunidad virtual Una sociedad sin fronteras Barcelona Gedisa editora 1996 RITS Internet access and effective use by third sector organizations in Brazil in http www rits org br acesso em Outubro de 2004 RODRIGUES Jos Carlos Antropologia e comunica o princ pios radicais Rio de Janeiro Ed PUC Rio S o Paulo Loyola 2003 ROSSI P O nascimento da ci ncia moderna na Europa S o Paulo EDUSC 2001 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Ge
323. s encontrados foram a dedica o dos agentes da pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now com o rigor necess rio para evitar os desvios de orienta o Sua preocupa o nos pareceu n o de crescer a qualquer custo mas com crit rio Faltam ainda um maior cuidado na adequa o da apostila realidade cultural dos alunos assim como maior preocupa o com o desinteresse destes em rela o a adquirir o do material de sala Sobre os monitores tamb m se ressalta a dedica o de alguns assumindo o papel que lhes cobrado na qualidade de educadores sociais o que se potencializa muit ssimo se os jovens j t m uma tend ncia pro ativa e se o hist rico de qualifica o dos monitores favor vel Outros pontos positivos s o a empatia e a intera o de certos monitores com seu p blico alvo expressos pelo uso de uma linguagem espec fica para os jovens sua capacidade de lidar com a heterogeneidade das turmas a constante qualifica o exigida por meio de cursos fornecidos pelo pr prio CDI a criatividade para usar ao m ximo as potencialidades que o m todo empregado no CDI fornece H entretanto v rios registros negativos como a vol til rela o entre as EICs e seus monitor
324. s jovens em situa o de vulnerabilidade social Ademais foi nosso foco compreender as consequ ncias e impactos que esta experi ncia espec fica provoca em termos da constru o de um novo habitus como tamb m da altera o de comportamento estruturante estritamente vinculado s pr ticas e condutas ante a participa o pol tico cidad dos agentes sociais estudados e a consci ncia desta que supostamente adviria neste processo Tomamos como pressuposto a no o de que o homem um ser preso a teias de e com isto compreendemos que n o existem verdades significado que ele mesmo teceu objetivas ou absolutas nas ci ncias sociais nem tamb m nas teias semi ticas de rela es estruturadas e estruturantes nas quais os agentes sociais atribuem os significados de suas a es e falas Recorreremos ainda a Bourdieu no tocante compreens o das redes de rela es e significados por meio das categorias anal ticas de habitus e campo Tomaremos a no o de campo como uma estenografia conceptual de um modo de constru o do objeto que vai mudar ou orientar todas as op es pr ticas da pesquisa BOURDIEU 1989 27 Assim as rela es entre as particularidades do campo educativo da inform tica como indicativos de novos capitais culturais dos agentes e o local social dos jovens em situa o de vulnerabilidade social tomados como agentes sociais nos outorgar o uma compreens o mais abrangente do objeto estudad
325. s mais variados A cria o de comunidades virtuais configura se como um fen meno urbano moderno no qual a sensibilidade se inclina s amizades diferenciadas selecionadas em rela es afetivas que se limitam a um dos aspectos da personalidade e deixam outros de fora do jogo l dico de rela es propositadamente Nisto a multidimensionalidade do real de que nos fala Gilberto Velho 2004 ocasiona grandes desafios epistemol gicos e metodol gicos Simmel revela a import ncia do olho para que se percebam as sutilezas do real na metr pole mas a exist ncia de um mundo virtual requer um olho diferente tamb m virtual Para o autor em quest o quando estamos na metr pole essencial o jogo de olhares entre os habitantes desta cidade mundo O jogo do mostrar se no mundo real um jogo l dico de ser extravagante para tornar se inigual vel e preservar a personalidade dos constantes est mulos que sofre o blas na Weltstadt Na modernidade o apelo do visual se tornou hiperdesenvolvido Neste sentido o desenvolvimento tecnol gico das m dias tem papel fundamental nesta exacerba o da informa o visual segundo Classen 1996 No embate entre o homem blas de Simmel saturado de tantas informa es visuais e resistente a elas e o homem fl neur de Walter Benjamin aquele homem citadino que se exp e nas galerias e ruas de Paris do final do s culo XIX aos olhares dos transeuntes como uma mercadoria parece nascer nas metr poles
326. s observados de esguelha por uma cultura cibern tica onipresente e pelo cidad o de sil cio que n o tem endere o nacionalidade nem uma l ngua definida qui n o disponha sequer de uma moral definida Todo este processo caminha para uma pl iade de efeitos t o inauditos que as ci ncias sociais e pol ticas est o pouco a pouco e timidamente ainda vislumbrando desvelar 2 2 Entre a racionalidade e o desenvolvimento da t cnica no ambiente social Toda a hist ria da humanidade est pontuada por avan os tecnol gicos arrasadores para antigas concep es de mundo e estruturantes de novas Todas as ideias s o relativizadas com o advento da modernidade tudo que s lido desmancha no ar mas h um fio condutor que em absoluto parece estar negado Os tempos de agora seja concebido como modernidade seja p s modernidade s o imagens inventadas e reinventadas de um mesmo paradigma racional De fato a racionalidade extrema aplicada ao desenvolvimento da t cnica propiciou dois importantes desdobramentos dos tempos atuais Primeiramente o racionalismo torna poss vel o aparecimento dos substratos te ricos necess rios implementa o de revolu es pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfM
327. se entender o estado de crise perene na Idade Moderna uma vez que por meio das etapas fundamentais da hist ria sociedade agr ria pr industrial e sociedade industrial desembocamos em um per odo no qual existem muitas na es e por conseguinte muitos nacionalismos em potencial Como o pr prio Gellner adverte h uma grande lacuna entre as nsias de nacionalismo e as possibilidades de consecu o dos mesmos o que leva muitos a frustra o e qui a uma constante intranquilidade pol tica internacional o que parece contribuir direta e constantemente para este estado de tens o e desequil brio Para Dowbor 2002 as tecnologias s o capazes de mudar radicalmente n o s a dimens o temporal mas tamb m a dimens o espacial da reprodu o social e justamente na atualidade contempor nea que segundo o autor as bases tecnol gicas proporcionam a mais dram tica transforma o da hist ria da humanidade Segundo ele Em nenhum momento nem na imensa abertura que significou a Renascen a com gigantes como Leonardo Da Vinci nem no explosivo final do s culo passado que nos deu a energia el trica o motor a combust o e as bases da f sica moderna houve qualquer coisa que se comparasse com a atual abertura dos nossos horizontes Considera se hoje que os conhecimentos novos adquiridos nos ltimos vinte anos correspondem grosso modo ao conjunto dos conhecimentos t cnicos que a humanidade acumulou durante a sua hist ria DOWB
328. se vulnerabilidade social pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now como o resultado negativo da rela o entre disponibilidade dos recursos materiais ou simb licos dos atores sejam eles indiv duos ou grupos e o acesso estrutura de oportunidades sociais econ micas culturais que prov em do Estado do mercado e da sociedade ABRAMOVAY 2002 29 Assim antigas pol ticas p blicas focadas no plano econ mico se mostraram ineficazes para tra ar novas estrat gias de redu o de pobreza O que influenciaram o grau de vulnerabilidade social das popula es seria al m da posse de bens materiais todo um conjunto de configura es de ativos familiares destes grupos vulner veis Os principais elementos inibidores dos ndices de vulnerabilidade social foram os ativos ou recursos materiais e simb licos o conjunto das oportunidades oferecidas ou conquistadas por estes grupos e as estrat gias de apropria o e utiliza o destes ativos Segundo Abramovay Idem os ativos materiais dizem respeito posse ou ao controle de recursos materiais ou simb licos que permitem suscitar variadas classes de desenvolvimento nos grupos de agentes sociais fragilizados Tais at
329. sim dif cil a gente encontra muita dificuldade ainda Ainda que estes problemas sejam bastante pungentes e revelem efeitos contra producentes em termos de desempenho de monitores em sala os coordenadores saem em defesa da institui o e de sua relev ncia no servi o social de democratiza o da inform tica necess rio o acompanhamento di rio semanal mensal e a Eu conhe o algumas Esta es Digitais aqui no Cear que fecharam porque num Inclusive o problema do Governo Federal depender das Prefeituras E como o CDI n o depende disso quer dizer algumas Prefeituras usaram esse projeto pra fins eleitoreiros n A hoje t o fechado hoje fecharam porque a maiorias das Esta es Digitais aqui no Cear de Prefeituras e a como n o tem aquele acompanhamento A Casa Brasil no Aratur Caucaia t quase fechando Porque depende de Prefeitura Ent o n o se trabalha Sabe eu acho que o diferencial isso ter uma proposta pedag gica e ter aquele acompanhamento que vital ENTREVISTA FCO CHARLES Eu acho que o CDI ele tem ele tem um grande papel nessa forma o a Como n s temos uma metodologia voltada pra cidadania dentro da inform tica Eu acho que a gente tem um papel fundamental dando subs dios pra que aquele educador possa desenvolver as propostas pedag gicas dentro da sala de aula ENTREVISTA ANA PAULA 4 2 2 Proposta pol tico pedag gica do CDI PPP um diferenc
330. situa o hist rica espec fica Foi no s culo XX por m que a juventude e todo complexo que envolve o advento e efervesc ncia juvenil ganhou f lego No in cio do s culo XX mais precisamente no ano de 1904 o psic logo ianque Stanley G Hall publica seu famoso trabalho Adolescence as novas bases para a compreens o do fen meno Sua an lise centrada no amadurecimento biol gico do adolescente compreendia este per odo como um estado emocional turbulento e propenso revoltas constantes Esta naturaliza o das instabilidades juvenis proporcionou intensa pol mica no meio acad mico da poca Mead 1967 com seu estudo cl ssico sobre os adolescentes de Samoa na Polin sia contradiz a hip tese levantada por Stanley Hall sobre a biologiza o da natureza inconstante dos jovens segundo a qual as manifesta es radicais dos grupos jovens da sociedade dos EUA fariam parte de um processo normal de crescimento Os estudos de Mead levaram na conclus o de que Hall estava errado porque os dist rbios sofridos pelos jovens dos EUA e Europa Ocidental eram uma rea o psicol gica s tens es espec ficas que se formavam dentro destes sistemas culturais As mudan as de olhares se processam rapidamente e palco mundial desta transforma o a Furopa Ocidental das d cadas de 1950 e 1960 quando logo ap s as duas grandes guerras mundiais as popula es de jovens europeus e dos Estado Unidos come aram a engendrar seus estilos de
331. sso Podemos asseverar que o fato que estamos em uma sociedade em mudan a intensa e com processos contradit rios H avan o tecnol gico de todas as esp cies mas os processos culturais e pol ticos parecem n o acompanha lo ficando em descompasso As finan as est o globalizadas por m os processos de controle n o s o eficientes propiciando uma eros o das pol ticas sociais O s culo XXI come a com 2 8 bilh es de pobres sendo que destes metade vive com menos de dois d lares por dia e o que pior sem perspectiva de melhora DOWBOR op cit Parece que estamos vivendo uma trag dia anunciada do 3 31 Imagine se o que um Goebbels faria com as tecnologias modernas de comunica o Pergunta se Dowbor pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now desenvolvimentismo como Marshall Berman fazia crer comparando o Fausto de Goethe com as metamorfoses atuais o que nos leva muito al m da cren a de que o progresso um pressuposto universal Assim a despeito de concep es apolog ticas sobre as potencialidades do uso da tecnologia em sociedade se oculta a no o desta como um a priori pol tico ao considerar o desenvolvimento das sociedades como um universo tecnol
332. ssor n o aparece no discurso das aulas de forma clara e bem definida mas com uma nomenclatura diferente Eles os outros a burguesia os pol ticos etc palavras vagas e sem o menor rigor sociol gico que lhes atribuam suporte A pedagogia do oprimido que no fundo a pedagogia dos homens empenhando se na luta por sua liberta o tem suas ra zes a no di logo com as massas E tem que ter nos pr prios oprimidos que se saibam ou comecem criticamente a saber se oprimidos um de seus sujeitos Nenhuma pedagogia realmente libertadora pode ficar distante dos oprimidos quer dizer pode fazer deles seres desditados objetos de um tratamento humanitarista para tentar atrav s de exemplos retirados de entre os opressores modelos para a sua promo o Os oprimidos h o de ser o exemplo para si mesmos na luta por sua reden o DIBID 22 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Como se vera mais adiante entretanto muitos ou quase a maioria dos educandos estudados n o buscavam desenvolver sua consci ncia cr tica ou desenvolver se como cidad o nas das aulas de inform tica quero me preparar para o mercado de trabalho n foi a resp
333. stantemente geralmente demonstrando uma grande paci ncia Quando est ajudando algu m adequa se ao seu ritmo e nunca deixa sem resposta qualquer dos educandos e Dificuldades de adapta o dos educandos e educadores ao m todo Paulo Freire As dificuldades de adapta o dos educandos ao m todo Paulo Freire expressa principalmente na inabilidade de ajustar se condi o de protagonista de seu pr prio saber Acompanhamos o trabalho por vezes infrut fero dos monitores em sala de aula Certa vez com o intuito de trabalhar conceitos Wealey explicava os elementos de inform tica para depois ingressar na parte cidad da aula e percebemos que curiosamente n s eramos o nico a copiar o que ele dizia e anotar os conceitos de inform tica Isto foi marcante pois em muitos outros momentos do curso nos vimos vivendo exatamente a mesma contradi o ser o mais interessado no conte do em uma sala onde n o era o estudante Em v rias aulas observadas pudemos presenciar esta dificuldade de transforma o Muito necess rio para que pessoas formadas como alunos pelo ensino formal de onde vieram como tamb m com suas outras experi ncias educativas extra EIC n o estimulados pdf Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application
334. suas t cnicas pedag gicas corre o risco de ser se n o tergiversado ao menos mitigado em seus efeitos mais profundos Isto sucede em parte pela instrumentaliza o da t cnica freireana parte pelos limites de alcance dos educandos e parte pela diferen a de adapta o e entrega a que est o dispostos os educadores 4 3 EIC Luciano Cavalcante unidade emp rica de estudo Em seu caso espec fico a EIC Luciano Cavalcante esteve sempre vinculada Associa o Crist Feminina A ACF por sua vez est vinculada historicamente a o do Estado na rea de capacita o profissional e assist ncia social O Centro de Inicia o Profissional Luiza T vora que abriga a EIC foi criado em mar o de 1981 poca do governo Virg lio T vora por meio da FUNSESCE Funda o de Servi os Sociais do Estado do Cear Visitamos pela primeira vez a EIC do bairro Luciano Cavalcante em outubro de 2006 A Escola de Inform tica e Cidadania est situada av Rogaciano Leite n 1140 Bairro pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now poss vel mediante de uma parceria com a Associa o Feminina Crist de Fortaleza ACF fundada em 28 de junho de 1968 com a finalidade de promover atr
335. t rio aos conte dos dispon veis ou que possam ser oferecidos via Internet Tal como todos os outros recursos brasileiros a infra estrutura b sica para a dissemina o da Internet restrita aos principais munic pios e prioriza as camadas mais abastadas da sociedade tendo como paradigma de utiliza o o acesso individual que reproduz nossa pol tica de transportes Tal como esta feita para quem tem carros nossas autopistas da informa o s o feitas para quem tem microcomputador linha telef nica e dinheiro para pagar o acesso Internet ou seja para os ricos AFONSO 2000 O que se convencionou se chamar de infoexclus o traduz em n meros alarmantes uma realidade segregadora O alto custo para o acesso Internet deixou quase metade dos ianques exclu dos da era digital No Brasil em que as conex es s o dez vezes mais caras a exclus o pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now digital tende a ser maior e mais elitista No Pais a infraestrutura digital uma das mais caras do mundo Segundo os dados da PNAD 20059 vivemos um momento em que paradoxalmente o n mero de telefones celulares ultrapassou a quantidade de aparelhos fixos O acesso as TICs e TDICs
336. t yours now SACHS Ignacy Desenvolvimento includente sustentavel sustentado Rio de Janeiro Garamond 2004 SANTOS Boaventura de Sousa Pela m o de Alice o social e o pol tico na p s modernidade 4 ed S o Paulo Cortez 1997 SANTOS Milton Por uma outra globaliza o Do pensamento nico consci ncia universal 13 ed Rio de Janeiro Record 2006 SCHAFF Adam A sociedade inform tica as consegii ncias sociais da Segunda revolu o industrial 4 ed S o Paulo Editora da Universidade Paulista Brasiliense 1995 SCHERER WARREN Ilse Movimentos sociais Um ensaio de interpreta o sociol gica Florian polis ed da UFSC 1989 3 edi o SCHLUZEN Elisa Tomoe Moriya A tecnologia para inclus o de Pessoas com Necessidades Especiais PNE in Inclus o Digital tecendo redes afetivas cognitivas Pellanda Nize M C et alli Rio de Janeiro DP amp A 2005 SIMMEL Georg George Sociologia Evaristo Filho org S o Paulo tica 1983 Sociologia 1 Est dios sobre l s formas de socializaci n Bilbioteca de la revista del Occidente Madrid General mola 1977 A metr pole e a vida mental in VELHO Ot vio G org O fen meno urbano Zahar ed Rio 1973 In WOLFF Kurt H The sociology of Georg Simmel 4 printing The free press New York 1969 SOCIEDADE da informa o no Brasil livro verde org Tadao Takahashi Bras lia Minist rio da Ci ncia e Tecnologia
337. ta mat ria ainda encontra se em estado embrion rio Os usos pol ticos do computador as 10 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now mesmo se estivessem bem prov vel que n o servissem de modelos aos variados exemplos singulares das demandas atuais As diferen as podem ser percebidas primeiramente nas no es de cidadania que encontramos nos discursos dos entrevistados Por exemplo um monitor aprendiz de 20 anos recente ex aluno da IEC ACF Fortaleza assim se expressou r Cidadania eu tomar conscientiza o Conscientiza o E conhecimento sobre inform tica Sobre Ou posso dizer assim A minha meta Num sei Meta pessoal Cidadania Me auto beneficiar e ajudar outras pessoas tamb m entendeu ENTREVISTA RICARDO Para ele a inform tica est inicialmente relacionada ao campo do saber da qualifica o pois o que mais o atra a na inform tica era o Conhecimento Mas o trabalho tamb m Por que hoje em dia o computador t em quase todas as reas de trabalho entre aspas n E por curiosidade Todo mundo sabe mexer no computador e s eu n o entendeu Tinha vergonha tamb m Por qu Eu chegava num canto uma pessoa vem c fica
338. ta exigiria ent o uma forte a o dos Estados com a es p blicas nacionais e internacionais As diferen as culturais financeiras e infra estruturais na atualidade s o tais que poss vel ter um ter o do Planeta estruturado pela conex o e dois ter os exclu dos com tudo o que isso significa em termos de acesso informa o e a conseguinte exclus o pol tica No momento em que o Governo federal por meio do Minist rio da Ci ncia e Tecnologia se prepara para definir as a es estrat gicas acerca da estrutura o da sociedade do conhecimento intensifica se a necessidade de an lise e debates dos pontos de interesses coletivos referentes n o somente s tecnologias inform ticas como tamb m s tecnologias digitais de comunica o e informa o TDICs Assim como n o podemos deixar de considerar as demais formas de exclus o social pol tica econ mica certo que n o podemos deixar de lado o grave fen meno social da exclus o digital a qual exacerba ainda mais a aparta o brasileira com a brecha digital A democratiza o do acesso s TDCIs ou o acesso equitativo ou ainda a info inclus o um problema fundamental a ser discutido amplamente e n o apenas no mbito restrito de minist rios federais ou da academia Essa democratiza o passa pala resolu o de problemas de infra estrutura capacita o capilariza o de servi os participa o na tomada de decis es e acesso amplo e iguali
339. te por si mesmo e por outro tende ao afunilamento vertente deficit ria ant tese necess ria do projeto O projeto da modernidade sendo complexo e ambicioso assim como contradit rio faz nascer de seu mago infinitas possibilidades das quais algumas se realizaram em excesso e outras continuam permanecendo promessas incompletas Para o autor a modernidade est relacionada com o capitalismo e n o por outro motivo v atrelado seu processo de desenvolvimento ao deste Assim as etapas de desenvolvimento do capitalismo liberal organizado e desorganizado est o relacionadas com uma sequ ncia hist rica do conceito de modernidade o qual se desdobra primeiramente em modernismo e posteriormente em moderniza o Por este motivo Santos argumenta que O primeiro per odo do capitalismo deixou claro no plano social e pol tico que o projeto da modernidade era demasiado ambicioso e internamente contradit rio e que por isso o excesso de promessas se saldaria historicamente num d fice talvez irrepar vel e continua o terceiro per odo que estamos a viver representa a consci ncia de que esse d fice que de fato irrepar vel maior do que se julgou anteriormente e de tal modo que n o faz sentido continuar espera que o projeto da modernidade se cumpra no que at agora n o se cumpriu IDEM 79 80 Assim a dimens o racional do pilar de emancipa o fica restrita fragilidade de uma modernid
340. tica tu j fez curso A pessoa N o Fiz n o Pois vai ter inscri o m s que vem se voc se interessar procura a gente Pra pegar essas pessoas que justamente t nesse perigo da marginaliza o ENTREVISTA FRANCISCO SILVA Isso muito importante pois como j vimos em Neves 2007 h um perigo da cria o de uma barbaria digital global se privarmos a popula o de baixa renda do acesso informa o por meio do mundo digital Esta disposi o restrita da inform tica e o fortalecimento de uma ciber elite igualmente perigoso Assim para o mesmo monitor as implica es pol ticas do trabalho de inform tica social n o est o ligadas ao aspecto de assimila o tem tico conceitual mas a algumas modifica es no comportamento e posi o diante de determinadas ocasi es na vida S no sentido de tirar algu m da ociosidade J faz uma grande diferen a pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now que j tenha uma forma o ou ent o jovens que estejam um pouco desenvolvidos n o tem o perigo da marginalidade A gente procura ver quem foi que viu Algumas pessoas que realmente moram em rea de risco por exemplo n s temos l uma favela perto qu
341. to continua nessa oficina de fantoche eles produziram seus pr prios personagens tal utilizando novamente o computador eles pesquisaram algumas pe as j produzidas e acabaram adaptando O que eles n o gostaram eles criaram utilizando a ferramenta computacional utilizando o computador l criaram no Word a gente imprimia tal uma pe a que falasse claramente a todos os p blicos pra crian a jovens e adolescentes Ai n s desenvolvemos a pe a passamos a apresentar nas escolas e na comunidade Esse foi um trabalho de grande xito que a gente fez n Inclusive eles mesmos desenvolveram um folder do trabalho da dengue Tudo que eles aprendem no curso eles utilizam como a forma pr tica EDUCADOR FCO SILVA Em certa aula o monitor apresentou um texto de Greg rio de Matos e Guerra com breve introdu o sobre o autor O texto epilogos recheado de criticas c usticas sobre a pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now mis ria a deprava o e a decad ncia moral da sociedade baiana do s culo XVII O texto disponibilizado para todos o que n o acontece com as apostilas do curso que em uma turma de oito apenas tr s s o disponibilizadas para compartilhamento Mesmo tendo d
342. to de vista econ mico social e humano 3 3 A inform tica e educa o popular como proposta de escape 0 caso das EICs neste sentido que as EICs juntamente com as associa es de bairro em parceria se apresentam como unidades pedag gicas vi veis dentro de uma conjuntura de insufici ncia das a es estatais e de um momento prop cio de busca pelos direitos cidad os refletidos no grande aparecimento de ONGs em todo o Pa s A concep o do CDI e EICs como iniciativa social denota a alternativa poss vel realidade socioecon mica quando age abordando no ensino dos programas de computadores os temas que servir o para a vida dos alunos Por exemplo quando os alunos utilizam um programa de pintura em computador pode se pedir que fa am um desenho sobre a sua comunidade e que depois debatam os resultados Numa instru o sobre planilhas eletr nicas poss vel exercitar dados estat sticos que retratem a realidade da pr pria comunidade ndice de mortalidade de viol ncia de natalidade Ao trabalhar com um editor de textos pode se produzir um jornal que conte a hist ria da comunidade e seus sonhos Em um banco de dados poss vel veicular informa es sobre os problemas da comunidade ou telefones teis para esta A metodologia pedag gica da ONG tem uma orienta o claramente freireana ou seja busca a conscientiza o e transforma o da sociedade em um ambiente mais justo e fraterno utilizando a inform tica p
343. tornar se o maior elo visual do indiv duo com o mundo externo IDEM 484 Assim para Hobsbawm o principal impacto da inova o na tecnologia de informa o e engenharia gen tica se deu ap s a crise do petr leo de 1973 Ademais esta inova o somente foi poss vel em raz o da alta pesquisa na ind stria civil 1995 265 Aqui cabe por m um questionamento oportuno ser a televis o um exemplo de aparelho de comunica o realmente democr tico uma vez que est espalhado por todos os cantos do Planeta Alguns dados recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio PNAD podem levar nos a perceber a televis o como instrumento tecnol gico democr tico por excel ncia e em si mesmo dada a sua inconteste inser o em qualquer estrato social e por ser em n meros absolutos e relativos o eletrodom stico mais dispon vel na casa n o somente 35 No Brasil a TV j tem maior inflex o sobre todos os estratos sociais que o r dio estando presente em 95 7 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now dos brasileiros como em muitos outros paises desenvolvidos e em desenvolvimento Um olhar mais arguto mediato e rigoroso pode esfuma ar esta impress o imediata e f c
344. tou rivalidades sociais antes controladas acirraram se e a competi o pelos escassos bens de metal tornou se insuport vel resultando no esfacelamento do grupo Estas coloca es contradizem as antigas teses de que o progresso humano unilinear e inexor vel expandindo se por todos os povos da Terra Tais teorias segundo Rodrigues 2003 correspondem aos ideais evolucionistas da Inglaterra vitoriana para os quais existe uma unilinearidade das culturas humanas e os avan os tecnol gicos sucessivos e acumulativos separariam os povos por meio de est dios evolutivos tendo como pice a pr pria civiliza o europ ia colonialista Contra estas teorias e contra o mito ou teoria da origem miser vel do homem assim coloca Rodrigues Existem ainda in meros exemplos de antrop logos e soci logos sobre o tema da modifica o sociocultural processada pela tecnologia em sociedades ditas simples Destacamos entretanto o famoso estudo de Evans Pritchard sobre os Nuers J Fernandes 1963 aponta a precariedade de desenvolvimento tecnol gico dos Tupinamb s estes sabiam contar somente at 5 sem utilizar dedos pedras e outros artif cios expressos entre outras evid ncias pela prec ria t cnica de conserva o de alimentos como a moquera o de carnes e conservas feitas com o aux lio de farinha o que denotava uma incipiente ou inexistente l gica de acumula o entretanto eram capazes estes povos de se utilizar de estrelas e co
345. tre estes projetos a proposta n s t nhamos como ainda hoje temos uma equipe bem reduzida de funcion rios e na poca o Banco do Brasil queria abrir acho que 70 telecentros N s n o t nhamos condi o de acompanhar Ningu m vai abrir por abrir Porque o projeto se n o tiver um acompanhamento a proposta n o funciona n N s n o t nhamos condi o de acompanhar assumir 70 telecentros E a a gente ficou com uma pequena parte na poca E a eles abriram individualmente foram buscar parcerias com as Universidades pra completar com a gente ENTREVISTA ANA PAULA Isto revela ind cios de disparidades conceituais na raiz do enfrentamento do que se chama atualmente de exclus o digital O que pode estar em jogo a diverg ncia capital sobre a pr pria id ia de exclus o inclus o assim como os anseios impingidos nos jogos de interesses que serpenteiam ocultamente nas estruturas de a es sejam estas p blicas privadas ou mistas O afastamento dos ideais inicialmente propostos pelo CDI n o foi verificado no discurso dos entrevistados os quais permaneceram fi is em geral s concep es defendidas pela O N G como tamb m apegados s suas aspira es idealistas de transforma o social por meio de a es espec ficas e criteriosas pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across n
346. tre os alunos mesmo antes das aulas eram comuns relatos sobre filmes e jogos conseguidos pela internet e reproduzidos livremente entre os amigos O que pode expressar vergonha nos educandos entretanto pode ser utilizado como um sintoma positivo que por meio de jogos educativos poss vel aproximar os jovens t o afeitos ao universo digital e naturalmente seduzidos pela linguagem l dica e din mica dos games tanto do mundo digital aumentando habilidades de manuseio como daquele real e suas demandas de aprendizagem formal idiomas Matem tica Hist ria etc Este fasc nio com o mundo digital contudo mais prof cuo em seus efeitos se o jovem conta com o apoio dos familiares aspecto determinante para a chegada dos educandos a uma sala de EIC tem pais por a que n o deixam seu filho escolher o que quer O meu pai por exemplo ele tudo o que eu quero ele me incentiva Fala que eu sou capaz se num der certo pula pra outra coisa faz Em educa o meu pai me incentivava muito me d conselho E isso essa quest o de computador tamb m por exemplo quando eu sa daqui for mexer num computador mais avan ado quase quase tudo diferente mas como eu j tinha mais conhecimento com ele n pude desenrolar mais o computador Por que esse computador aqui mais antigo n Hoje em dia mais evolu do sente mais dificuldade de mexer nele certo Entrevista Jo o A luta por m no in cio de sua camin
347. uais disp e o ocidente para refletir sobre si mesmo crise de paradigmas ut picos dada a inobserv ncia de sua verifica o no campo do real quando contraposta experi ncia hist rica O sentido atual do termo p s fordismo assim como o de toyotismo aponta de maneira inconteste para fen menos de risco A desregulamenta o nos planos nacionais e globais que frequentemente a ela se segue dirigida a todas as esferas sociais constitui uma condi o necess ria da acumula o flex vel ANTUNES 2002 p s fordista toyotista em n vel planet rio produzindo um ambiente de conting ncia cujos efeitos se manifestam na possibilidade ora de desastres ambientais incontrol veis ora no quadro da nossa reflex o de conflito entre dois paradigmas de sociedade a priori incompat veis as democracias e os regimes fundamentalistas Em face estas amea as globais que podem ambas conduzir ao aniquilamento de massas populacionais em menor ou maior escala ou mesmo destrui o do inteiro planeta Beck 1992 defende a necessidade de empreendimento do processo de moderniza o reflexiva ou seja a mobiliza o da reflexividade coletiva em termos da supera o das insufici ncias tanto da modernidade quanto da p s modernidade Um quadro paradigm tico deste risco no ambiente natural exemplificado pela atual preocupa o dos pa ses desenvolvidos com a tem tica do aquecimento global Em recente mat ria o Financial Times se refere ao cas
348. uca o a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos como saberes habilidades e informa es para solucionar com pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Escolas de Informatica e Cidadania nas comunidades menos favorecidas e em grupos que trabalham com portadores de necessidades especiais objetivando a chamada inclus o social Sua miss o destaca claramente a inten o da ONG Promover a inclus o social de popula es menos favorecidas utilizando as tecnologias da informa o e comunica o como um instrumento para a constru o e o exerc cio da cidadania CDI on line Em suma a infoexclus o ou apartheid digital BAGGIO op cit um problema atual de graves implica es sociais o qual confrontado n o s pela iniciativa cidad como por pol ticas p blicas e constitu do n o s da quest o do acesso s novas tecnologias da informa o numa din mica de maximiza o do aprendizado como tamb m do acesso aos dados e informa es teis neste processo necess rio alfabetizar alfabetizar digitalmente disponibilizar informa es softwares e hardware para que os bons frutos da Era da inform tica se verifiquem de
349. ue a inform tica para eles somente seria plenamente til se envolvida de contornos e pr ticas cidad s foi poss vel ouvir de um dos alunos quando sair daqui vou montar uma an house em uma alus o clara ao dinheiro que se pode ganhar em centros de inform tica que funcionam de 22h s 7h e cobram 10 reais por hora Ora lan house o lugar por excel ncia da inform tica como mercadoria e dificilmente est associada com preocupa es sociopol ticas pois consideramos que os anseios do mercado e da cidadania s o por muitas vezes refrat rios Sobre os perigos da inform tica assim se expressaram os monitores Nos dias de hoje onde a tecnologia vem tomando conta de tudo a inform tica muito importante e quem n o est se atualizando fica para tr s praticamente tudo exige que se tenha o m nimo de conhecimento sobre inform tica E com isso v m os perigos que n o s o poucos quem n o j ouviu falar de aliciadores de menores pornografia de prostitui o infantil de pedofilia tudo isso tem na rede mundial de computadores crimes na inform tica existem demais al m de muitos outros perigos que se pode ter para os jovens coisas que s o proibidas e que despertam muito a curiosidade e a aten o Bom eu acho que me deparei mais com o problema dos jovens n o terem a consci ncia da import ncia da inform tica pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and pr
350. ue em grandes quest es de participa o em esferas formais do poder ou nas quest es mais profundas dos direitos e deveres Apesar de o computador ser um trampolim neste processo em algumas experi ncias ele o meio principal de express o destes elementos de cidadania dos jovens em condi o de vulnerabilidade hoje em dia n s temos um mundo digital n Um site muito conhecido o Orkut n E esse site a gente procura n o trabalhar muito em cima dele Procura trabalhar essa quest o dele trabalhar o marketing deles educandos tipo um blog n Fazer um blog pessoal eu j fiz um o meu Mostrei pra eles como que seria um blog n Mostrar sonhos fatos At mesmo a Ana Paula exigiu foi semana passada ela me falou que ia lan ar um blog contra a viol ncia n A crian a e adolescente e eu tava dando uma olhadinha e mostrei pros educandos e acharam muito interessante E eles viram que simples Se eles podem fazer eu tamb m posso claro que surge aqueles empencilhozinho mas eles N o D pra fazer ENTREVISTA JOS SOBRINHO Esta riqueza de conte dos constante nas rela es monitor educando pode migrar para o mundo digital e proporcionar uma s rie de possibilidades que poder amos chamar de genuinamente cidad s Isto ocorre ainda com o aux lio de um n mero cada vez maior de recursos dispon veis pelo mundo digital como blogs fotografias em pixels discuss es e palestras gravadas em v deo ou
351. ue indiv duos e comunidades exer am sua cidadania e garantam seu desenvolvimento social pol tico e econ mico Antes por m de nos aprofundar no estudo do CDI no Brasil e no Cear assim como nos diferenciais sociopol ticos de sua metodologia pedag gica entendemos ser necess rio estabelecer previamente as categorias de alicerce deste estudo Neste sentido veremos a seguir algumas considera es relativas ao estudo dos jovens e da juventude como categoria sociol gica 3 4 Considera es acerca da juventude como objeto Fasc nio foi o que percebemos nos olhos dos jovens ao depararem pela primeira vez a tela brilhante de um computador em uma escola de inform tica e cidadania Por vezes temerosos por vezes absortos estes estavam sempre espera do que aquela caixinha de segredos virtuais lhes poderia proporcionar Sua atitude era sempre de quem est curioso e que pela primeira vez n o est de frente com algo inating vel O computador em uma sala de inform tica social n o mais um elemento distante e amea ador Pela primeira vez via se nos olhos daqueles jovens a esperan a de ficarem de frente para aquela m quina em uma posi o de domina o e n o de dominado N o por acaso exprime L vy que o crescimento do ciberespa o resulta de uma movimento internacional de jovens vidos para experimentar coletivamente formas de comunica o diferentes daquelas que as m dias cl ssicas nos prop em estam
352. ui o para a constitui o de conhecimento util a fim de que indiv duos e comunidades exer am sua cidadania e garantam seu desenvolvimento social pol tico e econ mico Isto significa teoricamente a aproxima o com os ideais de Freire principalmente no que diz respeito passagem da consci ncia ing nua para a consci ncia transitivo ing nua e posteriormente consci ncia cr tica Para Freire uma sociedade de economia perif rica como a brasileira ainda dependente de v rios produtos manufaturados computadores inclusive assim como de ideias e t cnicas estrangeiras reafirma sua condi o de subservi ncia na medida em que n o rompe modelos criados fora de si Na medida em que em grande parte para solucionar seus problemas importam t cnicas e tecnologias sem a devida redu o sociol gica destas s suas condi es objetivas n o necessariamente id nticas s das sociedades metropolitanas onde se desenvolvem estas tecnologias importadas n o podem proporcionar as condi es para o compromisso aut ntico assim N o h t cnicas neutras que possam ser transplantadas de um contexto a outro FREIRE 2006 24 O compromisso o que o autor se refere de profissionais de ensino e de toda uma sociedade com a mudan a Esta pode ser entendida como um processo dial tico hist rico de longu ssima dura o o qual tem bases no ganho de consci ncia cr tica pelos elementos desta sociedade oprimida
353. uma oportunidade a essa pessoa Inclusive dois aluno dois alunos meus que eram praticamente pessoas analfabeta digital n Hoje eles s o bolsistas n Terminaram o curso tornaram se volunt rios ai l n s conseguimos junto prefeitura dar uma bolsa uma bolsa simb lica de R 350 00 pra cada um pra que eles d em continuidade a isso Hoje eles fazem curso de manuten o em computadores come aram m s passado e t o tornando se digamos assim pessoas capacitadas ou seja a gente pegou pessoas que realmente tavam sem nenhuma perspectiva de vida sem perspectiva de ser algu m no futuro e tamos fazendo essa transforma o Hoje eles j sabem o que querem o que eles querem ser T cnicos em hardware Mesmo que a qualifica o pura e simples seja considerada menos importante do que o trabalho de cidadania e que a fun o das EICs aponte preferencialmente para al m das buscas de emprego n o se pode negar que o trabalho uma express o clara de cidadania em estado essencial elemento contemplado pelo curso como comprovam os relatos aqui expostos Em adi o temos ainda uma modifica o no pensar sobre a pr pria comunidade elemento fundamental para a mudan a uma vez que incorpora a ideia de n o esperar pelo governo ou apenas atribuir a este o motivo de suas pen rias as pessoas elas olhando agora pra comunidade e aqueles problemas deixam de ser digamos naturais Por exemplo as pessoas l t m esgoto correndo na port
354. uminismo como um recurso privado encontrado dentro do indiv duo com o qual ele poderia resistir autoridade social irracional da tradi o da religi o das elites pol ticas da supersti o 2002 35 Por isso mesmo o mpeto transformador transgressor e subversivo do jovem ganha novos contornos na recente cultura da modernidade propiciando uma organiza o de jovens que tencionam reformar a sociedade de acordo com suas predile es ideol gicas MATZA 1968 88 As an lises sociol gicas desta poca entretanto enfatizam o car ter de dessociabiliza o dos valores centrais da sociedade efetuado pelos jovens A a o juvenil tomada como algo an mico expressa as interpreta es funcionalistas ent o vigentes nas quais a no o de desvio tomada como premissa b sica Para Abramo 1994 os estudos da Sociologia estadunidense associavam o comportamento jovem a criminalidade viol ncia e marginalidade sempre refor ando a ideia de desvio e da anomia J h muito tempo a juventude associada a um estado de turbulenta transi o uma verdadeira metamorfose entre duas idades sociais bem distintas com identidades mais s lidas como a inf ncia e a idade adulta Esta tem tica quase sempre leva os pesquisadores dos aspectos sociais da juventude psic logos e soci logos essencialmente a considerar como fundamental para a compreens o desta conjun o de problemas a exist ncia de uma crise de identi
355. usiva 162 5 CONSIDERA ES FINAIS c ccccecccsscscsscsccscsscssessescsssssecssssecessessesscsssecsssessssesesseaeens 171 hide foto cin es ro Sia pts q a ERR RR SR 176 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now INTRODUCAO Devemos advertir o leitor de que este trabalho n o se disp e ao estudo da informatica sob o ponto de vista t cnico nem ser til aos expertos em computa o programa o web design etc a n o ser que estes se sensibilizem com o despertar de uma nova vertente desta disciplina qual seja uma dimens o mais sintonizada com o aspecto humano e social voltada aos c mbios necess rios para que seja mais bem aproveitada por todos O come o do s culo XXI trouxe consigo a reafirma o de que vivemos em um mundo cada vez mais interativo virtual din mico informacional no qual a inform tica parece desempenhar um papel central como t cnica que a tudo isto tornou poss vel O computador saiu dos distantes laborat rios cient ficos para se tornar quase um eletrodom stico comum e corrente capaz de tornar a vida mais simples e mesmo quem n o o possui sente sua vida ser por ele alterada de alguma maneira Nestes momentos em que a candidatura e elei o
356. va se em v rias vezes mesmo que nas reas urbanas mais desenvolvidas haja grande abrang ncia da telefonia celular CGI br 2005 28 A apropria o das tecnologias inform ticas pela totalidade da popula o um dos componentes essenciais para alcan ar as Metas do Mil nio da ONU por m atualmente a realidade da inclus o digital no Brasil bastante complexa sem vistas a uma resolu o r pida abrangente e centralizada mesmo com todos os esfor os do Governo Federal para quem a inclus o digital parece ser uma prioridade 3 2 O enfrentamento conjunto do desafio da infoinclus o pela sociedade civil e poder p blico e o diferencial do CDI A inclus o dos brasileiros no ambiente digital significa um grande desafio demandando a es urgentes tanto do Estado em suas inst ncias municipais distrital estaduais e federal assim como da sociedade civil Nesta ptica o Instituto Brasileiro de Informa o em Ci ncia e Tecnologia IBICT MCT em estudo iniciado em 2006 sobre as op es de luta contra a exclus o digital no Pa s detectou a exist ncia de 108 diferentes iniciativas tanto do Governo federal estaduais e terceiro setor tendo sido cadastrados 16 722 projetos que representam potenciais pontos de inclus o digital PID O IBICT busca a forma o de um in dito Mapa da Inclus o Digital no Brasil a fim de tra ar estrat gias e engendrar a es conjuntas e estruturadas entre ambos os setores citados As a es
357. vos esse fazer com que a EIC seja reconhecida dentro da comunidade A EIC s reconhecida quando ela sai das quatro paredes Uma coisa que a gente procura fazer sempre sair daquelas quatro paredes ouvir as pessoas mais perto trabalhar com as pessoas Uma coisa que a gente viu logo no come o dessa 3 turma que a 3 turma que eu trabalho l Uma coisa que a gente viu foi a facilidade das inscri es porque s bastava eu fiz assim terminando um curso eu disse assim Dia 15 por exemplo come a as inscri es pro curso Chovia de gente chove de gente mas por qu Por causa da propaganda boca a boca n As pessoas v o l e chegam Olha t tendo curso tal Eu vim aqui me inscrever tal Quem foi que informou Um ex aluno T certo Como que voc soube Tem at a pergunta l na ficha Como que voc ficou sabendo do curso Ah Foi por um amigo do primo do irm o que fez o curso aqui curso bem distante As pessoas acabam pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now trabalho dentro da comunidade realmente ele torna se um referencial ENTREVISTA FCO SILVA assim pois que de alguma maneira as EICs legitimam sua entrada nas comunidades mediante o reconhecim
358. windows application you can use pdfMachine Get yours now mas sempre relativos a este ultimo para onde migram transfiguradas suas identidades revigoradas pela caracter stica on rica de uma socia o baseada em um ou topos permanente Uma vez que todo grupo social cont m as mesmas rela es formais de domina o competi o imita o segredo uni o e exclus o n o de se admirar que a socia o virtual produza o que os psic logos chamam de coes o afetiva excludente em que os grupos principalmente os jovens se valem da apropria o de um espa o comum desenvolvendo a percep o de serem os senhores daquele espa o excluindo sumariamente os intrusos e at os ne fitos por termos pr prios g rias san es espec ficas e at por viol ncia f sica Nos blogs pessoais os indiv duos se agregam por afinidades psicotem ticas dos seus grupos incluindo seus afins e recha ando seus contr rios Para manterem se unidos necessitam os indiv duos de se oporem inevitavelmente pois como exprime Simmel 1977 266 da luta que nasce a unidade A ideia da Aldeia global da sociedade em rede Network society CASTELLS 1998 2000 2003 e Ianni 2001 em si mesma um engodo se considerada a no o de uma unidade ou totalidade global estruturada e autossuficiente Mais do que nunca atualmente o mundo considerado unidade por causa da grande e r pida intera o de suas partes constituintes
359. writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now resista aos fatos o que n o nos deve impor uma atitude covarde ou omissa N o existem mais varas de cond o e mesmo se existissem n o seriam consideradas pertinentes ou verossimeis O futuro n o aponta para a resolu o cabal dos problemas modernos O que se configura s o pois op es no plano microsocial como parecem ser a id ia das esferas p blicas aut nomas IDEM 113 e os mecanismos de autorregula o do Estado como nos cita esse autor No meio de uma correla o de for as das arenas sociais e pol ticas quais sejam arena das elites pol ticas dos grupos aut nomos e dos fluxos de comunica o A compreens o destas arenas e da din mica de suas inter rela es parecem decisivas para Habermas uma vez que para ele todo projeto que quiser redirecionar for as em favor do exerc cio solid rio do governo tem de mobilizar a arena inferior ante as duas de cima IDEM IBIDEM justamente na arena mais baixa o lugar de forma o das esferas p blicas aut nomas respons veis por propiciar mecanismos de autorregula o do Estado e da economia orientados por um ideal efetivamente democr tico Para Ianni 2001 o s culo XX mudou radica
360. xto que trazia a letra da m sica Perfei o do grupo de rock brasiliense Legi o Urbana A letra se refere de forma ir nica a v rios problemas da sociedade brasileira por m quando foi perguntada pelo professor sobre a interpreta o da letra que deveria ter sido feita na aula passada uma das alunas j fora da faixa de estudo aqui pretendida respondeu com forte tom de desd m eu n o analisei foi nada E continuou falando sobre problemas pessoais como um problema em um computador pessoal em sua casa Enquanto isso um dos jovens pergunta se a m sica em quest o era m sica de igreja Estes coment rios desfocados impeliam o professor a expressar a sua interpreta o do texto como muitas vezes se repetiu no curso quase sempre redundando em um veredicto implac vel sobre os problemas nacionais a culpa dos pol ticos brasileiros h A rotatividade dos monitores Ao relatar sobre os problemas administrativos da condi o espec fica do trabalho de qualifica o de monitores Ana Paula refere se ao problema da elevada rotatividade dos educadores A gente tem todo um trabalho de capacita o de forma o A o educador passa 2 meses 3 meses termina o curso e vai embora n A nem sempre quando a gente precisa ocupar o espa o as aulas precisam continuar na maioria das vezes as turmas ficam em andamento no meio do caminho A gente precisa tapar o buraco propriamente dito n E a muitas vezes a gente n o te
361. y PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents Compatible across nearly all Windows platforms if you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Al m disso outras experi ncias como a visita a escolas da comunidade e a incita o aos debates sobre tem ticas de interesse comum refletem esta mesma tend ncia democr tica assumida aos poucos pelos educandos e relacionada com as iniciativas dos educadores N s fizemos um trabalho Agente chama de mergulho na escola de ensino m dio l da Mangabeira n s fizemos um debate jovem sob tr s n veis pegamos alunos do 1 2 e 3 ano N s fizemos um trabalho dentro da Escola Manuel Ferreira pegamos aluno do ensino m dio A o tema que eles escolheram foi essa quest o de jovens o que ser jovem tal A n s escolhemos a m sica do Charlie Brown Jr N o s rio N o sei se voc conhece Eu vejo na TV que o que eles falam sobre o jovem n o serio o jovem no N s usamos essa m sica pra iniciar eles ouviam a m sica da eles iam pegando aquelas partes que eles concordavam que eles discordavam e etc isso num grupo grande sabe Eu iniciei a quest o da discuss o passei a bola pros educandos eles assumiram toda discuss o tudo o que eles aprenderam dentro da sala de aula eles utilizaram l sabe por que s vezes quando o assunto era pol mico sexualidade drogas e religi o pegava fogo A ele
362. y la construcci n de uma nueva sociedad la sociedad red Conferencia ministrada durante el acto de presentaci n del doctorado interdisciplinar sobre Sociedad de la informaci n y Conocimiento de la Universidad Oberta de Catalunya UOC Barcelona UOC 2000 online www uoc es web esp articles castels lt acesso em agosto de 2006 gt A sociedade em rede A era da informa o economia sociedade e cultura S o Paulo Paz e Terra 1998 A quest o urbana Rio de Janeiro Paz e Terra 1983a Estado cultura y sociedad las nuevas tendencias hist ricas Madrid Ministerio de Cultura 1983b CDI Cidadania Digital como o CDI utiliza a inform tica e a educa o para promover a inclus o e transformar vidas Rio de Janeiro Ediouro publica es 2005a Proposta Pol tica Pedag gica do CDI reconstruindo nossas pr ticas 2005b Comit para a democratiza o da inform tica Disponivel em lt http www cdi org br gt Acesso em Agosto de 2006 CERTEAU Michel de A inven o do cotidiano 1 artes de fazer Petr polis RJ Vozes 1994 CHIAVENATO Idalberto Administra o de empresas Uma abordagem contingencial 3ed S o Paulo Makron Boocks 1994 CLASSEN C HOWES D SYNNOTT A Aroma a hist ria cultural dos odores Rio de Janeiro RJ Jorge Zahar 1996 pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your
363. you can print from a windows application you can use pdfMachine Get yours now Conversas com Anthony Giddens o sentido da modernidade Rio de Janeiro Editora FGV 2000 b As Conseqii ncias da Modernidade Oeiras Celta Editora 2000 GRUZINSKI Serge A guerra das imagens De colombo a Blade Runner 1492 2019 S o Paulo Companhia das letras 2006 GODBOUT Jacques T O esp rito da d diva Colabora o Alain Caill Rio de Janeiro Editora Funda o Get lio Vargas 1999 Introdu o d diva In Revista Brasileira de Ci ncias Sociais vol 13 n 38 Outubro 1998 pp 39 51 GODELIER Maurice O enigma do dom Rio de Janeiro Civiliza o Brasileira 2001 GOHN Maria da Gloria Hist ria dos movimentos e lutas sociais A constru o da cidadania dos brasileiros SP Edi es Loyola 2001 GONDIM Linda Maria de Pontes Org Pesquisa em Ci ncias Sociais o projeto da disserta o de mestrado Linda Maria de Pontes Gondim Organizadora Fortaleza EUFC 1999 GUBA E LINCOLN Y Competing paradigms in qualitative research n Denzin NK Lincoln YS eds Handbook of Qualitative Research Thousand Oaks CA Sage Publications 1994 105 117 GUERREIRO Evandro Prestes Cidade Digital infoinclus o social e tecnologia em rede S o Paulo Editora Senac S o Paulo 2006 HABERMAS Jirgen O discurso filos fico da modernidade Lisboa Publica es Don Quixote 1990 T cnica e ci ncia com
364. you can use pdfMachine Get yours now Somente o sol da consci ncia pode no transcurso destas pr ticas apontar para configura es benfazejas a respeito do que envolve o mundo inform ticoeletr nicovirtualcomunicativo Mas o sol da consci ncia por m n o nasce do processo digital em si mas condi o pr via que determina a exist ncia do que h de melhor na rosa suas p talas odor beleza ou seja o acesso verdadeira e promissora Sociedade da Informa o Intelig ncia Coletiva Flexibilidade informacional cidadania ativa virtualizada civitates ativae democracia virtual sociabilidade virtual s e produtiva como base para a sociabilidade concreta e nos limites da vida laboral l dica emotiva e do conhecimento ou seja tudo aquilo que na nossa vis o se relaciona com o verdadeiro sentido de uma cidadania digital plena A despeito de todas as possibilidades boas ou m s ou ambas nenhum de n s pode fugir de um fato ineg vel o surgimento desta rosa que p e a todos na condi o de contempladores absortos alguns integrados outros bestificados todos inconscientes ainda de todas as suas potencialidades e incertos sobre onde nos levar este processo em longo prazo O odor da rosa ser tanto mais perfumado ou mais putrefato quanto nossas condi es internas permitirem No sentido de contribuir minimamente com o nosso pequeno gr o de areia para lan ar um t mido raio de luz sobre esta tem tic
365. you can use pdfMachine Get yours now questionadora A situa o que descrevemos a seguir se deu em uma das aulas de um dos cursos da EIC ACF por n s acompanhada O educador tentava estimular os educandos a responderem participarem fazia perguntas seguidas de longos intervalos de sil ncio entre os jovens Ap s uma das muitas perguntas aconteceu o di logo que se segue Aluno a A aula j acabou J s o 11 horas baixinho Aluno b A aula j acabou para a sala e o professor Educador vamos pessoal voc s sabem a resposta qual a interpreta o deste texto segue se um tempo em sil ncio Aluna c Vamos professor nos ensine D logo a resposta Este momento emblem tico significa a dist ncia em que estes educandos estavam naquele momento do m todo propalado pela EIC pois por m todo Paulo Freire deve se entender uma atitude dial gica entre os polos do saber em sala e n o uma conduta banc ria FREIRE 1987 Al m disso ficou claro tamb m que este significativo di logo expressa toda a carga de anos de educa o formal no sistema de ensino contr rio aos di logos e posi o cr tica O que este trecho explicita justamente um sintoma grave que de nenhuma maneira se esgota em uma sala de aula de EIC tampouco pode ser diretamente associada a esta Seguramente contudo este habitus advindo das s ries escolares do ensino formal ao qual fazemos men o aqui se configura como um dos maiores ent
366. zer de um habitus imanente rea de atua o profissional destes adquirido atrav s de anos de atividade a fim de expurgar esta in rcia a qual promove este gap entre o cybercrime e a sua possibilidade de regulamenta o juridica O Direito emana principalmente dos costumes morais de uma dada sociedade Claro est que nenhuma sociedade est tica estando sujeita a modifica es substanciais em seu modus vivendi atribu das pelo pr prio Zeitgeist que por si s essencialmente hist rico A era que passamos pois deposit ria de uma moralidade difusa e por vezes contradit ria sintonizada com o pr prio esp rito do tempo moderno ou seja fragmentado descentralizado contradit rio e esquiz ide Para Simmel 1983 46 somente responderemos satisfatoriamente pergunta o que uma sociedade quando pudermos afirmar sobre o significado sinn psicol gico das variadas formas de socia o Portanto para a compreens o integral desta sociedade moderna parece urgente um estudo sobre esta forma de socia o que lhe peculiar s a ela e a nenhum outro per odo da hist ria humana a socia o virtual O fen meno social das socia es virtuais reinventa o sentido das a es dos homens em reciprocidade no sentido em que esta dilui dist ncias geogr ficas e comprime a vari vel temporal tal como exprime Harvey sobre o fen meno da compress o espa o tempo da p s modernidade Note se que a a o social como

O FLORESCER DA ROSA DIGITAL PERSPECTIVAS PARA

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