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A PRAÇA DAS CIDADES

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1. eee iii 68 Figura 63 Hospital Termal Mangorrinha 2005 p 55 eeeeeererrrreea 69 Figura 64 Planta da Pra a da Rep blica C mara Municipal Caldas Rainha 2013 69 Figura 65 Planta Conceptual das Caldas no S c XVII Serra 2003 p 241 70 Figura 66 Pra a D Maria Pia Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 221 sseeenssessssse 71 Figura 67 Tabuleiro da Pra a da Rep blica Foto do Autor 2013 essseessssssssseeersssssssse 72 Figura 68 Mercado na Pra a da Rep blica 1960 Barros 2005 p 132 eeeessssssssseeessessseee 73 Figura 69 Pra a da Rep blica e Mercado Foto do Autor 2012 eesssssssssssssssseereeesssssssssss 13 Figura 70 O Mercado Di rio de G neros Rodrigues 1993 p 376 cesiiiiiiies 14 Figura 71 Mercado Di rio Foto do Autor 2012 eeeeeeerrrererenaeananos 14 Figura 72 Pra a da Rep blica depois do mercado Foto do Autor 2012 75 Figura 73 Passagem entre o Tr nsito Foto do Autor 2012 76 Figura 74 Chap us e Tendas dos Vendedores Foto do Autor 2012 sssseeeeeesssssssssss 76 Figura 75 Estacionamento na Pra a da Rep blica Foto do Autor 2012 71 Figura 76 Lixo no Ch o Foto do Autor 2012 aii E E i 71 Figura 77 Mobili rio Urbano Foto do Autor 2012 eeeeeeeeerrrreerereeaanas 78 Figura 78 Mobili rio Urbano Foto do
2. A sul fica o edif cio do Guildhall constitu do por quatro pisos mais s t o e com uma frente de 15 metros de largura O edif cio foi constru do em 1939 parte dele foi usado como pris o da cidade J foi a sede da C mara Municipal onde a sua fun o principal era o pagamento de portagens para a entrada na cidade e negocia o no mercado Hadley 1995 p 15 Actualmente composto de duas salas denominadas de sal o grande e sal o pequeno usado para variad ssimos eventos nomeadamente actos de com dia confer ncias feiras de artesanato m sica ao vivo palestras e casamentos Tamb m utilizado pela Universidade de Cambridge para efectuar v rios exames Fig 51 a E ER Figura 51 Edif cio Guildhall 2012 A poente est uma das maiores Igrejas de Cambridge a Great St Mary s conhecida principalmente pela sua magn fica torre constru da em pedra que oferece magn ficas vistas sobre a cidade tornando se num importante ponto de refer ncia A primeira igreja existente neste local data do reinado de D John que devido a um inc ndio ocorrido em 1290 ficou praticamente destru da Com o fim das obras de reconstru o em 1352 deixou de ser a St Mary s e assumiu o manto da Great St Mary s passando a ser propriedade do Trinity College at aos dias de hoje Com o decorrer dos s culos foi alvo de varias amplia es culminando em 1608 com a constru o da sua magn fica torre que possui
3. Saldanha 1993 p 15 Fig 1 E Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Diferenciando se da gora o F rum Romano era um espa o de discuss o fechado pelos edif cios nos quais o acesso era mais restrito e n o uma pra a aberta diferindo da gora pelo seu tra ado mais complexo ou seja menos regular e pelos v rios edif cios que a comp em cujos usos s o diversificados a bas lica o mercado a pra a central os templos e o teatro n o estabelecendo a sua implanta o uma regra de rela o formal entre os edif cios Por m durante o Imp rio Romano o F rum sofreu mudan as significativas a n vel da sua forma sendo J lio C sar o primeiro a construir um f rum regular porticado onde a sua simplicidade devido aos seus espa os abertos e circundados por majestosas colunatas o tornava facilmente adapt vel de modo a que os seus oradores se pudessem dirigir s grandes multid es No seu per metro disp em se os edif cios p blicos e em frente a norte o templo dedicado a J piter os outros lados s o constitu dos por colunatas de dois pisos configurando uma grande pra a descoberta utilizada para grandes reuni es e por isso privada de acessos Alves 2003 p 78 O com rcio foi levado para uma nova pra a afastada do centro da cida
4. muito dif cil estabelecer uma correspond ncia efectiva porque o efeito real depender em grande medida da posi o do observador e da sua capacidade em perceber a rela o entre estas duas dimens es e da configura o do pr prio espa o No entanto para um espa o relativamente regular como ser tendencialmente uma pra a alguns autores estabelecem um limite m ximo a partir do qual a rela o se torna desadequada isto Quando o comprimento maior que o triplo da largura o espa o torna se demasiado largo e desagrad vel Caro 1990 p 50 Em rela o ao efeito de continuidade de um tipo de edif cios volta de um espa o contido devem formar uma superf cie cont nua e apresentar se ao observador como uma unidade arquitect nica Alves 2003 p 94 Este ser maior se existirem por exemplo o uso de colunatas ou de arcadas como formas cont nuas de ligar os pisos t rreos dos diferentes 33 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha edif cios criando assim uma galeria ou passagem coberta como o not vel exemplo renascentista da pequena rectangular e intimista Piazza Della Sant ssima Annunziata de meados do s culo XIV em Floren a Fig 25 inquestion vel a import ncias que as arcarias tinham nos espa os p blicos tradic
5. o hospitalar como centro urbano em torno do qual se foi desenvolvendo a vila Fig 61 Apesar do desenvolvimento e prosperidade que conheceu nos finais do s culo XVIII e devido moda do termalismo tornou se n o apenas um lugar de tratamento mas tamb m de visita fazendo com que a povoa o aumentasse urbanisticamente e a vila no ano de 1821 fosse elevada a sede de concelho O s culo XIX foi um E TE EE Vila dia Caldas em 1742 ERA 2003 p 54 67 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha per odo marcante recheado de grandes acontecimentos As visitas de aristocratas burgueses ministros e da realeza tornaram se regulares desencadeando um movimento de renova o e reflorescimento das termas e da vila Frequentar as Caldas da Rainha e os seus banhos termais tornou se moda de tal maneira que A atrac o populacional da vila foi expressiva Entre 1878 e 1890 Caldas da Rainha quase duplicou o n mero de residentes passando de 2 635 para 4 687 Serra 2003 p 55 O factor que mais pesou nesta conjuntura foi sem d vida a moda do termalismo cuja prosperidade assinalara em finais do s culo XVIP Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 318 que fez com que a vila se tivesse tornado num destino termal de elei o numa poca em que
6. 2004 p 33 Dado o valor urban stico das constru es envolventes Pra a da Rep blica algumas das quais ainda com manifesto valor arquitect nico e hist rico devem as que se encontram em diferentes estados de degrada o serem intervencionadas especialmente ao n vel da requalifica o das fachadas sendo conveniente definir de forma tipificada os n veis de Interven o incluindo a conserva o repara o limpeza e pinturas dos elementos originais tais como as coberturas as caixilharias os gradeamentos assim como a remo o de elementos dissonantes sempre que 1sso se justifique Para os edif cios que se encontram em estado regular de conserva o deve se actuar fundamentalmente em pequenas repara es e beneficia es n o obrigando estas Interven es ao realojamento tempor rio dos seus habitantes Devem ser levadas a cabo sem comprometer demasiado o dia a dia Para os que se encontram em mau estado de conserva o pode se inclui se ainda a Substitui o ou repara o das carpintarias e caixilharias b Repara o de alguns elementos estruturais fundamentalmente pavimentos c Repara o dos revestimentos exteriores e interiores da cobertura das paredes Interiores e exteriores d Substitui o das Instala es el ctricas e hidr ulicas e Melhoramento das condi es funcionais ambientais especialmente a cozinha e casas de banho 97 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola
7. 2012 3 2 6 Mobili rio Urbano Neste espa o existem seis contentores em condi es higi nicas deplor veis Fig 77 Os sete bancos colocados ao longo da pra a encontrando se praticamente todos desnivelados e em prec rias condi es de utiliza o As duas papeleiras que est o no recinto da Pra a da TI Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Fruta para al m de serem poucas est o em p ssimo estado n o servindo praticamente para nada Fig 78 O fonten rio que serve os utilizadores deste espa o encontra se em p ssimo estado de preserva o n o dignificando a Pra a da Rep blica Pra a da Fruta O hist rico marco de correio est desnivelado e a precisar de ser restaurado Os candeeiros existentes al m de serem insuficientes est o em mau estado de conserva o alguns n o t m luz e outros est o partidos causando tanto ao utilizador como ao turista um aspecto triste e desolador Fig 79 Figura 77 Figura 78 e Figura 79 Mobili rio Urbano Foto do Autor 201 2 3 2 7 Pavimento O tabuleiro da pra a est num estado de tal maneira deplor vel que mais parece estar ao abandono os lancis est o desalinhados gastos e partidos o piso est escurecido e desnivelado sendo que em certos locais habitual encontrar pedra
8. Teles 2009 p 209 3 3 9 Cargas e Descargas Dever o ser definidos no mercado locais e hor rios pr prios para os carros dos vendedores descarregarem e carregarem os seus utens lios ap s esse hor rio estipulado este espa o dever ficar completamente desocupado ficando os ve culos estacionados no quarteir o a nascente da Pra a da Rep blica Com a constru o de um edif cio de apoio a este mercado as cargas e descargas passaram a ser efectuadas para uma zona existente no piso l1 que ser destinada a armazenamento evitando assim o estacionamento dos ve culos em redor do mercado que provocam sempre seja em qualquer hor rio um aspecto de desordem e de caos tanto no mercado como no tr nsito 3 3 10 Gest o do Mercado A fim de acompanhar apoiar e aconselhar no sentido de trabalhar para melhorar o aspecto visual e tornar este espa o mais agrad vel e funcional poss vel dever ser criado uma equipa de gest o do mercado com sede respectivamente no edif cio de apoio a construir a nascente da pra a com o objectivo de compartilhar e actualizar os utentes do mercado com um boletim informativo sobre o que acontece de interessante neste espa o 92 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Esta equipa dever efectuar reuni es regulares com
9. a 15 69 do ih Figura 67 Ta uleiro da Pra a da Rep blica Foto do Autor 2013 O Rossio denomina o que conservou at 1887 s neste ano foi institu da a nova designa o de Pra a Maria Pia a qual se manteria at proclama o do regime Republicano Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 318 Ap s o 5 de Outubro de 1910 com a proclama o da Rep blica este espa o assumiu definitivamente o top nimo Pra a da Rep blica N o faltaram desde 1910 promessas e tentativas para dotar a vila mais tarde cidade de um mercado fechado Todas esbarraram com dificuldades financeiras ou log sticas ou pura e simplesmente com movimentos de opini o esclarecidos e fortes Serra 2003 pp 553 554 Devido sua centralidade e local estruturador da voca o comercial das Caldas da Rainha op s se at hoje com uma forte resist ncia a todos os projectos no sentido de lhe retirar a raz o hist rica da sua exist ncia que sem d vida o seu mercado Um dos projectos formulados pelos dirigentes locais republicanos com particular impacto era o de construir um novo Pal cio Municipal no local conhecido por Pinheiro da Rainha ao cimo da Rua do Chafariz das 5 Bicas Rua Di rio de Not cias Este edif cio ficaria a dominar uma larga avenida rasgada desde o Largo Conde de Fontalva onde se encontra a est tua da Rainha D Leonor passando pelo velho Rossio Por diversas vezes ao longo do s culo XX este project
10. ilumina o p blica ou em barras de apoio para que n o venham a ser ignoradas pelos pe es 90 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha mais distra dos e n o serem detectadas pelas ponteiras auxiliadoras dos cegos Figura 104 Figura 105 Figura 106 Mobiliario Urbano Foto do Autor 2012 3 3 6 Pavimento O pavimento da pra a com o seu caracter stico pavimento em cal ada de vidra o preto e branco que acarreta uma carga hist rica de certa relev ncia ou seja a sua mem ria dever ser alvo de um levantamento exaustivo do seu desenho de modo a permitir a sua Integra o actual depois de ser corrigido e recuperado devendo este manter se inalterado Fig 107 Os lancis devem ser reperfilados e serem criadas rampas em locais de acesso onde se ache de maior conveni ncia Prop e se o alargamento do passeio a norte da pra a com a finalidade de dignificar a zona comercial q plo quali e PERU lerma ag ji qu MM Eng A DL ce at TT WMA NT Ly RNA go iph g V db cs se Figura 107 Pavimento Corrigido e Inalter vel Foto do Autor 2012 UM pa TIF y Ai yh so Na 3 3 7 Saneamento Dever ser elaborado um projecto que venha a contemplar um novo e moderno sistema de electricidade abas
11. o urbano constitu da por edif cios de fachada plana ou com ligeiras sali ncias As varandas de pato bravo com balan os de 1 50 metros constituem particularidades agressivas Lamas 2004 p 84 35 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha A descaracteriza o das fachadas deve se muitas vezes ao facto de se marquizarem varandas que n o foram concebidas para tal passando pela desvirtualiza o do caracter compositivo de elementos tradicionais salientes ou recuados sobre o plano de fachada que em geral desempenham simultaneamente um papel est tico e construtivo Alves 2003 p 124 Existem tamb m outras interven es que contribuem para a desvirtualiza o do car cter composit rio de elementos tradicionais que algumas fachadas ostentam e que em geral desempenham um papel est tico e construtivo produzindo desfasamentos na continuidade pl stica da arquitectura nos ritmos e nas concord ncias dos al ados A introdu o de componentes marginais arquitectura que invadem selvaticamente as fachadas tais como antenas de televis o ventiladores aparelhos de ar condicionado pain is solares A aplica o de pain is publicit rios metricamente desajustados ou tecnologicamente desadequados A coloca o de toldos que p em em ri
12. Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 2 1 3 Manifesta es Culturais A lista de espect culos e eventos culturais associa se import ncia patrimonial da cidade M sica cl ssica comediantes poetas exposi es festivais eventos gastron micos teatro e passeios diversas feiras destacando se a Midsummer Fair que remonta a 1211 Fig 48 Figura 48 Midsummer Fair Boyd 2005 p 23 O Cambridge Folk festival um dos maiores festivais de m sica popular no Reino Unido realizado anualmente organizado pela C mara Municipal desde a sua cria o em 1964 A Cambridge festival de m sica de ver o um festival anual de m sica cl ssica realizada em faculdades da Universidade e capelas tamb m o Cambridge Shakespeare festival uma temporada de oito semanas de espect culos ao ar livre das obras de William Shakespeare realizada nos jardins de v rias faculdades da universidade Neste sentido todos estes atractivos da cidade de Cambridge contribuem para conferir maior import ncia ao n cleo central urbano que a Pra a do Mercado Esta tem uma envolvente que lhe d enquadramento A pra a n o vive isolada 2 2 A Pra a e o Mercado Cambridge uma cidade com um mercado hist rico medieval que sobreviveu aos estragos do tempo continuando a ser visitada por milh es de turistas nacionais e Internacionais torna se de se
13. Desejo entre Desenhos de Cidades Lisboa Editor Instituto de cidades e vilas com mobilidade Thomton E 2012 Actualiza o sobre melhorias para o Mercado de Cambridje Nota Informativa p 1 Yin R 1994 Case Study Research California Sage Publications Webb M 1990 The City Square London Thames and Hudson Zucker P 1959 Town and square from the agora to the village green Nova lorque Columbia Press Zuliani S 1995 L enigma della piazza La piazza nella storia eventi liturgie rapresentazione Napoli Edizioni Scientifiche Italiane 105 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o
14. E A N Ht ig aa E X R TIT UNN E i em p Figura 53 Edif cios a nascente da Pra a 2012 55 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 2 2 1 Enquadramento Hist rico A Pra a do Mercado situa se no centro da cidade desde a Idade M dia Actuamente a sua forma rect ngular com dimens es aproximadas de 90 m x 50 m totalizando uma rea de 3 375 m2 e um per metro de 240 metros confronta de norte com as ruas St Mary s Street Rose Crescent Market Street e o edif cio do Gonville and Caius College St Michael s A sul com as ruas Pease Hill e Guildhall Street e o edif cio Cambridge Guildhall A poente com as ruas St Mary s Street St Mary s Passage e a Igreja Great St Mary s The University Church A nascente com Market Street Petty Cury Guildhall Street e v rios edif cios habitacionais e comerciais Desde a Idade M dia que a pra a central de Cambridge e o seu mercado s o o cora o vibrante desta cidade Afirma a este respeito Stephanie Boyd que o mercado no centro da cidade vive ao longo de dez s culos Boyd 2005 p 85 Inicialmente a sua forma em L prolongava se pelas ruas motivo pelo qual o tornava enorme o nome das ruas antigas davam pistas em rela o ao que seria vendido nessa mesma rua como se fosse uma linha de montage
15. Pra as Publicas Sustentaveis Caso de renova o das pra as Disserta o para obten o do Grau de Mestre em Arquitectura Lisboa Instituto Superior T cnico Pinto A L 2002 Cadernos de Hist ria da Arte Porto Porto Editora Querido C 2009 Pra a da Fruta Lisboa Temas e Op es Produ o Gr fica e Eventos Lda Robba F amp Macedo S S 2002 Pra as brasileiras public squares in Brazil S o Paulo Imprensa oficial do Estado Rodrigues L Nuno T M amp Serra J B Coord 1993 Terra de guas Caldas da Rainha C mara Municipal das Caldas da Rainha 104 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Saldanha N 1993 Jardim e a Pra a O ensaio sobre o lado privado e o lado p blico da vida social e hist rica Lisboa Safe Editora Serra J B 2003 21 Anos pela hist ria Caldas da Rainha Patrim nio hist rico Grupo de Estudos Sitte C 1992 A constru o das cidades segundo seus princ pios art sticos S o Paulo tica Spendolini M J 1993 Benchmarking S o Paulo Makron Books Spirn A 1995 O jardim de granito a natureza no desenho da cidade S o Paulo EDUSP Teixeira M C Coord 2001 A Pra a na Cidade Portuguesa Lisboa Livros Horizonte Teles P 2009 Cidades de
16. Ra 54 Fig ra 32 GredidSt Mary s Boyd 2005 D 5 5 crees paana ara Eng a EEE ug 55 Figura 53 Edif cios a nascente da Pra a 2012 Acedido em Setembro de 2012 http www panoramio com photo_explorer view photo amp position 11 amp with_photo_id 9590 389 amp order date desc amp user 16436074 s sisrsrsesesrrisescsesesesrsrsciorcsescicstsriiiesustke titur rit krr ir caido 55 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Figura 54 Planta da Pra a do Mercado em 1592 Cambridge City Council 2006a p 11 56 Figura 55 Queima de Livros Boyd 2005 p 41 e e eeeeeeeeeeeeerrrrreeena 57 Figura 56 Disposi o das Tendas na Pra a do Mercado Cambridge City Council 2012 58 Figura 57 Mercado de Cambridge Joyce Thomton amp White 2011D p 1 60 Figura 58 Parque de Estacionamento Cambridge C C 2013b Foto do Autor 2013 62 Figura 59 Planta do Concelho Barros 2005 p 8 ceee ii eeeeeeeeerrrerereaenanma 65 Figura 60 Frontaria do Hospital em 28 de Mar o de 1747 Barros 2005 p 81 66 Figura 61 Planta da Vila das Caldas em 17742 Serra 2003 p 54 ocensessssseenssssssssseeresssssssse 67 Figura 62 Esta o do Caminho de Ferro Foto do Autor 2013
17. San Domenico ambas em Modena It lia Sitte 1992 Fig 8 25 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha no E Figura 8 Piazzas Reale e San Domenico em Modena Italia Moughtin 2003 p 106 Por sua vez Rob Krier citado por Kostof ordenou o espa o urbano em tr s tipologias b sicas os quadrados os c rculos e os tri ngulos sobre os quais actuam for as de transforma o tais como dobrar dividir somar sobrepor mesclar e diferenciar que d o origem a diversas formas Kostof 1992 Para Kostof as pra as podem ser triangulares trapezoidais rectangulares formatos em L circulares elipsoidais e semi circulares Kostof 1992 No entanto Carlos Coelho diz que existe uma colec o exaustiva de formas geom tricas de pra as podendo estas serem regulares circulares ovais triangulares rectangulares quadradas irregulares abertas ade E LET ELA UFKA Oda d Figura 9 Diversidade de Morfologias de Pra as Coelho 2009 p 257 26 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Concordamos com este autor quando define uma pra a como um objecto tridimensi
18. White 201 1a p 1 Esta equipa efectua reuni es regulares nos meses de Maio Julho Outubro convidando n o s os vendedores do mercado semanal como os de domingo e ainda todos os comerciantes da rea envolvente ao mercado com a certeza de que s desta maneira e atrav s do di logo entre todos se consegue implementar grandes melhorias neste espa o para o seu bom funcionamento Sendo assim esta equipa elaborou um regulamento do mercado com a finalidade que este funcione devidamente estabelecendo a forma como gerido O mercado de Cambridge um aspecto importante da oferta do centro da cidade fornecendo um servi o de valor inestim vel tanto para os moradores como para e todos os usu rios de Cambridge Este Regulamento do Mercado serve para administrar o uso das bancas no mercado Qualquer comerciante que infringir estes regulamentos ou qualquer das leis relacionadas com o mercado pode ter a licen a cancelada pela equipa de gest o ou ser recusada a autoriza o para utilizar uma banca no mercado Cambridge City Council 2011 p 1 Os comerciantes n o podem entrar no recinto antes das 6 30 horas os que chegarem depois das 9 30 horas s suas bancas n o podem ser admitidos para negociar nesse dia Os ve culos dos vendedores s o obrigados a sa rem do espa o destinado ao mercado at s 9 30 horas e s os podem trazer de volta ap s as 16 00 horas para carregarem os seus utens lios devendo este espa o
19. central em cal ada Barros 2005 p 115 Fig 66 E s AA a AA x x MH fas 9 Figura 65 Pra a D Maria Pia Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 221 Com o objectivo de minimizar os protestos dos vendedores do mercado e dos comerciantes com lojas no Rossio Inconformados com o inevit vel transtorno das obras decidiu a C mara que estas fossem faseadas com o objectivo de que seguissem sempre a bom ritmo ocupando o mercado apenas cerca de um sexto do espa o da pra a estando a parte restante em fase de finaliza o do calcetamento Querido 2009 p 62 Finalmente em Agosto de 1883 o tabuleiro do centro da vila inaugurado Fig 67 O tabuleiro da Pra a do rossio est pronto Simetria perfeita de negro e branco Xadrez interrompido por arcos cravos rosas e estrelas de cinco pontas No corredor central este oeste Em fundo branco alinham se 102 estrelas negras Transversalmente na perpendicular norte sul cruzam a pra a a um quarto de cada um dos topos tr s corredores com duas fiadas das mesmas estrelas no total de 61 Em paralelo ao corredor central de cada um dos lados norte e sul sobre o mesmo fundo branco ondelam 102 arcos negros Querido 2009 p 67 71 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha f
20. cidade porque foram desenvolvidas simultaneamente atrav s de oitocentos anos fazendo com que Cambridge e as suas faculdades se tornassem num dos centros de prest gio e de fama mundial A Universidade de Cambridge cresceu muito nestes tempos modernos competindo assim com outras universidades internacionais assim como a Universidade de Harvard e Stanford dos Estados Unidos da Am rica Algumas faculdades tal como a Churchill College que foi aberta no intuito de desenvolver mais Ci ncia criou fortes parcerias com a Ind stria local Boyd 2005 p 86 Hist ria arquitectura espa os verdes campos desportivos s o elementos que caracterizam esta cidade de grande pot ncial tur stico a que se associa a Universidade ela pr pria com uma identidade ligada s novas tecnologias e ind stria Fig 41 J E E E E E a ad dl i 4 i ia Ei q a E a i P 3 z qe r 5 SERA E i ria p pelo s di a ir h P a ge ES Figura 41 Imagem Actual de Cambridje Boyd 2005 p 5 Nos ltimos cem anos Cambridge cresceu em tamanho popula o e riqueza uma das cidades com mais prosperidade na Gr Bretanha O cora o da cidade reconhecido pela sua influ ncia arquitect nica medieval As suas ruas estreitas seguem um padr o antigo centrado no Rio e no Market Place no cora o da cidade vive h cerca de 10 s culos A cidade de Cambridge conhecida pelo seu desenvolvimento acad mico na r
21. com quem partilhei estes cinco anos de estudo e trabalho Com cada um deles aprendi muito do ponto de vista acad mico e humano Agrade o especificamente ao Dr Eduardo Bento pela incans vel disponibilidade Ao Dr Jos Tanch o por todo o apoio que me prestou minha filha Romina um agradecimento especial Um bem haja minha esposa Maria de F tima por me incentivar nos momentos dif ceis e suportar a minha aus ncia ao longo destes anos Agrade o ainda a todos os que n o referi e que me ajudaram de certa forma na elabora o desta disserta o Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha RESUMO A presente disserta o tem como objectivo reflectir sobre as condi es funcionais da Pra a da Rep blica nas Caldas da Rainha no dom nio da sua regenera o e das potencialidades econ micas e sociais no sentido de apresentar uma solu o entre outras poss veis como contributo para futuras interven es Ao estudo da Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha associou se o caso da Pra a do Mercado de Cambridge na Inglaterra fundamental como termo de compara o no sentido de tentar regenerar a Pra a da Rep blica A disserta o desenvolve se em tr s partes A primeira parte centra se numa apresenta o generalista e exemplificativa das pr
22. da S Velha 21 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha As pra as rectangulares resultam de uma simples supress o de quarteir o num determinado tra ado ou de um processo mais complexo s o as mais comuns em tra ados regulares ou pr definidos Coelho 2009 p 35 Permitem evidenciar um edif cio esteja este disposto paralela ou perpendicularmente ao eixo maior E exemplo desta situa o a Pra a da Rep blica de Montemor o Velho que se desenvolve longitudinalmente ao edif cio da C mara Municipal e constitui um dos lados maiores do espa o Fig 13 quai La a Os espa os quadrados constituem por sua vez um caso particular apresentando como principal 5 2 a M caracter stica o equil brio entre as suas frentes como A Ez ME o pode ser observado no Largo do Pa o em Braga com r E q tr s frentes id nticas e a quarta constitu da pelos E E edif cios habitacionais Fig 14 Figura 14 Largo do Pa o em Braga Coelho 2009 p 209 Relativamente aos espa os triangulares estes surgem muitas vezes associados ao entroncamento de arruamentos ou ac o de edif cios de grande dimens o sobre o tecido urbano situa o que pode ser verificada na Pra a 25 de Abr
23. de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha De facto e antes de tudo o mais qualquer que seja a interven o de reabilita o nos edif cios antigos envolventes Pra a da Rep blica os seus elementos mais significativos devem de ser aproveitados para que as suas evid ncias de car cter hist rico detectadas no decorrer das interven es n o sejam removidas ou alteradas garantindo se assim o respeito pelo seu valor cultural Os danos f sicos e a sua patologia construtiva que se acumulou com o decorrer dos anos devem de ser resolvidas para melhorar substancialmente a qualidade ambiental e valorizar este espa o p blico Fig 112 Figura 112 Colora o das Fachadas 2008 98 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha CONCLUS O O estudo realizado sobre a Pra a da Rep blica Pra a da Fruta das Caldas da Rainha permitiu me o encontro com uma situa o problem tica em termos urban sticos Neste estudo apontam se algumas solu es nem sempre de forma definitiva e dogm tica pois em tudo o que se prende com o nosso patrim nio e os valores est ticos h muitas opini es e nunca ser un nime o caminho que se aponte Este estudo foi ta
24. dos vendedores do mercado Fig 103 Dever tamb m ser redesenhada a rede de tr fego e respectiva sinal tica com o reposicionamento da paragem dos t xis e carros de aluguer junto do passeio oposto ao actualmente utilizado em fun o dos hor rios de funcionamento da pra a Ed ha 5 Figura 103 Planta de localiza o da Pra a da Rep blica com estacionamento proposto C mara Municipal das Caldas da Rainha 2012 Foto do Autor 2012 89 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 3 3 4 Limpeza e Manuten o Deve existir um novo sistema de limpeza e manuten o deste espa o que preveja a afecta o de funcion rios devidamente formados e fardados A limpeza dever ser realizada diariamente ap s o fecho do mercado Os vendedores ao longo do tempo em que o mercado estiver a funcionar devem garantir que a sua banca esteja sempre nas devidas condi es de higiene Deste modo devem colocar todos os res duos que se encontrarem na sua banca ou em seu redor em recipientes destinados para o efeito 3 3 5 Mobili rio Urbano No sentido de contribuir para uma melhoria dos seus servi os e consequente proporcionar condi es para o conv vio e perman ncia na pra a especialmente depois do mercado acabar fundamental a exist ncia de novo mob
25. em a Epa Py PE pi Figura 68 Mercado na Pra a da Rep blica 1960 Barros 2005 p 132 3 2 Contexto Actual da Pra a A Pra a da Rep blica o espa o mais emblem tico da cidade que continua a dispor de um centro hist rico vivo onde todos os dias se faz e desfaz um mercado de g neros Serra 2003 p 49 Efectivamente por ser vivo e renovar se todos os dias bem o s mbolo das m ltiplas fun es que um mercado pode proporcionar como o ponto de encontro da economia camponesa o instrumento de circula o de mercadorias e de informa o e por excel ncia o local de encontro da cidade com as freguesias rurais e simultaneamente o seu ex l bris Fig 69 Figura 66 Pra a da Rep blica e Mercado Foto do Autor 2012 DG o sa Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha muito mais que o ex l bris da cidade a Pra a da Rep blica tamb m um ponto preferencial de partida ou de chegada Mangorrinha 2005 p 19 O principal motivo de atrac o da cidade assenta primordialmente no mercado di rio de levante comumente designado de Pra a da Fruta Mangorrinha 2005 p 7 que por ser forte e ainda manter a sua ruralidade tamb m um local onde poss vel observar as pessoas a usufruir de momentos de con
26. ficar desocupado at 18 00 horas para que a limpeza se inicie A Equipa de Gest o pode alugar as linhas de produtos que considere melhor para cada espa o desde que este esteja vago dando sempre prioridade aos agricultores da regi o Fig 56 dm a 2 227 Ss j 1 AR gE CEA ZEEL o P e VS T rmi JH Ie MM ma BEM mm o a r TLL r nrn E l ani A Faixa de pre o superior sO a mao CLA ue upep no puu qi E B Faixa de pre o M dio no a Era ot in T COF C Banda Lower pre o Haz N o i me UE 4 co ct me EN a E O eneen p Figura 56 Disposi o das Tendas na Pra a do Mercado Cambridge City Council 2012 58 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Os comerciantes s podem vender a linha de produtos que est definida no seu contrato de licen a Os que operam as tendas de comida t m que cumprir com toda a legisla o em vigor relativa aos seus neg cios e os alimentos devem ser mantidos pelo menos a cinquenta cent metros acima do ch o e estarem protegidos a fim de evitar risco de contamina o Para aqueles que vendem carne crua ou cozida aves peixes ou produtos l cteos devem ter refrigera o adequada e estes produtos devem ser vendidos apenas em tendas ou ve culos apropriados e aprovados para este f
27. local ideal para que os turistas iniciem um passeio pela cidade Tamb m no sentido de promover este espa o a C mara Municipal aprovou uma estrat gia de turismo que se baseia em quatro aspectos principais como qualidade comercializa o sustentabilidade e acessibilidade A qualidade deste espa o satisfaz as expectativas um elemento vital da que a C mara esteja empenhada em que a cidade seja um lugar onde as pessoas que a visitam permane am o maior tempo poss vel e voltem sempre Alta qualidade n o significa necessariamente luxo significa garantir um padr o de atrac es e comodidades para que os visitantes recebam um servi o de qualidade e bom atendimento Cambridge City Council 2012 Este mercado e o seu com rcio assumem portanto um destino de qualidade um local onde se pode encontrar de tudo durante todo o ano Assumindo um papel de uma cidade hist rica com um centro onde os turistas que o visitam e percorrem a sua rea encontram um Interesse regional diversificado S assim se tem chegado a um equil brio entre as necessidades do ambiente da comunidade local dos neg cios e dos visitantes As pol ticas nesta sec o incluem a maximiza o da utiliza o de modos de transporte sustent veis minimizando as press es ambientais e de congestionamento e promover pr ticas de neg cios sustent veis Cambridge City Council 2012 Para reduzir as barreiras e alargar o acesso ao turismo para todos o tipo de vi
28. localiza o Fig 3 DE RAP TE Err RAR z f hoa j 24 Rim t noua B RICI IF ANGYSTE deerpiio E Figura 3 Braga Medieval Lamas 2004 p 155 a E Com origem nestas pra as come am a surgir no urbanismo espanhol durante o s culo XIV e como elemento central as pra as maiores onde a sua fun o primordial era o com rcio Caldeira 2007 Mais tarde foi lhes adicionado outros tipos de actividades de mbito social come aram a receber grandes espect culos tais como touradas torneios dan as autos sacramentais e de f al m dos j habituais mercados S a partir do s culo XV a ideia de pra a desenvolvida segundo princ pios est ticos com o aparecimento da Plaza Mayor Teixeira 2001 p 37 No inicio do s culo XVIII e j inteiramente fechada conseguiu se uma reclus o perfeita uma pra a separada e como que fora da circula o para que nada perturbe a sua caracter stica de pra a destinada a festejos Goitia 2010 p 110 Uma outra pra a que considerada uma variante por possuir as mesmas caracter sticas devido sua morfologia grandes espa os abertos utilizado como mercado a pra a de armas Esta apresenta se de formas distintas a pra a como centro da cidade 20 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep b
29. localizado no cora o do centro hist rico da cidade o mais pr ximo da pra a que fica a cerca de 100 metros do mercado Est aberto 24 horas por dia sete dias por semana tem uma capacidade para 944 tea Es 8 carros e estacionamento para 200 motos Oferece St Mary 38 s y A 5t Michaels x fria EA p E 2 E A N um servi o que inclui cadeiras de rodas ecl cticas Lion House n E E q Mary s Passage ey A e CS O S l l A Ei EA NM ou manuais andarilhos e acompanhantes para arket Hill cambrid q S Edward King h Ea jest ao E oc RA d fi E E 2 and Marty Na ir A eficientes visuais Cambridge C C 2013b Fig 2e E 8 B ig Guiidhall YA E e irade g3 FIN R a B 58 y SITA Beldam Bidg E SESS 5 i EE N Ei Parque de estacionamento do o ewe Cuealirg O Uniled Retorn edif cio Grand Arcade RES j s E gor Eaa em i A Aew University of do Muita SA oie s 2 Market Square 4 Dept of Chemical gt a V TAN 5 Engineering and Crowne AR Figura 57 Parque de Estacionamento Cambridge C C 2013b Foto do Autor 2013 62 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 2 2 6 Turismo Este mercado di rio ao ar livre com uma mistura interessante de bem torna se bastante animado e muito movimentado convertendo se num
30. nas pessoas que promovem novas necessidades e novos espa os Um aspecto importante que deve ser tido em linha de conta relaciona se com o facto de um mesmo tipo de espa o p blico poder ser usado de modo distinto em diferentes pocas e popula es L Tamb m como j foi referido anteriormente a pra a um dos elementos mais importantes no desenho urbano espa o mais orientado para a localiza o de edif cios p blicos e comerciais nas cidades uma rea limitada por edif cios e desenhada para exibi los por vezes no seu grande esplendor Ela o lugar intencional do encontro da perman ncia dos acontecimentos de praticas sociais de manifesta es da vida urbana e comunit ria e de prest gio e consequentemente de fun es estruturantes e arquitecturas significativas Lamas 2004 p 102 como exemplo a Piazza S Marco em Veneza Fig 36 a a E DR fede E o id Rr SN Figini PER EA 36 Planta da Piazza de S Marco Veneza dies 2003 p 100 42 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 1 4 Pra a e Patrim nio Actualmente a pra a o elemento arquitect nico mais marcante na composi o da cidade sendo historicamente o local de excel ncia para a localiza o dos edif cios c vicos comerciais e religiosos
31. ncias socioculturais e hist rias que ficam na mem ria de todos os seus utilizadores Fig 72 Figura 72 Pra a da Rep blica depois do Mercado Foto do Autor 2012 3 2 1 Caracteriza o de Problemas A Pra a da Fruta uma zona hist rica cultural e tur stica que n o intervencionada desde 1983 encontrando se hoje doente dai que o seu futuro proclama um debate urgente e uma estrat gia coerente Os factores de crise s o v rios Serra 2003 p 102 torna se portanto urgente a sua revitaliza o de modo a que possa representar uma porta de entrada a quem visita a cidade Perante este contexto fazemos a seguinte analise 3 2 2 Acessibilidade A acessibilidade um factor predominante na decis o da escolha do local a visitar deve ser tamb m um motivo de competitividade e diferencia o n o sendo poss vel desenhar cidades e vilas acess veis se cada um dos sectores que trabalha e constr i todos os dias as cidades e as vilas n o tiver presente esta preocupa o Teles 2009 p 32 Sendo assim torna se evidente nesta pra a a aus ncia de acessibilidades fazendo mesmo com que os seus utilizadores tenham de passar por entre os autom veis que se encontram estacionados em seu redor dificultando principalmente as pessoas com mobilidade condicionada Sendo pois absolutamente necess rio e urgente uma Interven o neste espa o p blico devendo esta 15 Universidade Lus fona de Humanida
32. prometeu elevar o Hospital Fig 60 Independentemente das vers es existentes a verdade que a constru o do Hospital Termal das Caldas da Rainha surge relacionada para todos aqueles que se quisessem tratar aparecendo assim o primeiro e nico Hospital termal Portugu s Serra 2003 p 50 dedicado ao tratamento de doen as por via termal aproveitando as guas que brotam do solo O surgimento desta institui o assistencial deu origem a uma nova povoa o as Caldas que devido ao seu funcionamento s pessoas que atraiu e que nele trabalhavam justificaram que D Manuel em 1511 a pedido da Rainha D Leonor sua irm concedesse a esta povoa o o t tulo de vila e id o q ar A nica O e ad valia mp i JEER Figura 59 Frontaria do Hospital em 28 de Mar o de 1747 Barros 2005 p 81 66 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Com o decorrer do tempo o Hospital foi alvo de v rias interven es por parte de diversos monarcas mas foi em meados do s culo XVIII com a vinda de D Jo o V para realizar tratamentos termais com assiduidade que se reatou o interesse da coroa pelas Caldas da Rainha dando se in cio a uma s rie de obras de moderniza o da vila a reedifica o do Hospital a constru o do novo edif cio dos
33. sem d vida a que mais se evidencia em rela o a outros espa os pela sua dimens o relativa ou pela qualidade da arquitectura refor ando o car cter colectivo dos edif cios que a envolvem com excep o para as pra as que eram constru das especialmente para a fun o de mercado sobrepondo se estas import ncia do edificado que as delimita Lamas 2004 p 87 i Em particular a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha e o seu mercado ao ar livre constituem um ponto de encontro privilegiado uma vez que este entendido como um local As transcri es a partir do texto em Ingl s s o de tradu o livre do autor 11 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha de interc mbio de mercadorias e conhecimentos que vai ao encontro das formas mais ancestrais de rela o humana de v rias culturas e integra o relacionando se profundamente com a vida social Aqui n o circulam apenas produtos mas tamb m pessoas ideias e gostos Em termos gerais o objectivo desta disserta o fazer uma reflex o sobre as condi es funcionais deste espa o p blico no dom nio da sua regenera o e das suas potencialidades econ micas e sociais com a finalidade de apresentar uma solu o entre tantas poss veis para um melhor apoio a futuras interven es Nes
34. soa A ES RR EE N 99 REFERENCIAS o 101 6 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha NDICE DE IMAGENS Fisura t Aporta Pinto 2002 p O susana isa tai ia dido DD SS 18 Figura 2 F rum Romano D Alfonso 2006 p 56 iii eeeeeeeeerererenaeananos 19 Figura 3 Braga Medieval Lamas 2004 9 155 eeeee e eeeeeeeeeereeerrrrreeeaca 20 Figura 4 A Place Albertas em Aix en Provence Lamas 2004 p 173 eeeeenn 21 Figura 5 Pra a Principal de Vigevano Italia Goitia 2010 p 105 nns rn 22 Figura 6 Place Vend me Paris Lamas 2004 p 175 sseeessssssssseensssssssssserrssssssssserrsssssssses 22 Figura 7 O Crescent de Bath Inglaterra Lamas 2004 p 199 nnnssssssssssssssseeereeessssssssssss 23 Figura 8 Piazzas Reale e San Domenico em Modena Italia Moughtin 2003 p 106 26 Figura 9 Diversidade de Morfologias de Pra as Coelho 2009 p 257 iiiiisieeennn 26 Figura 10 Pra a Marques de Pombal em Porto Covo Coelho 2009 p 848 27 Figura 11 Pra a da Rep blica de Campo Maior Coelho 2009 p 244 cii e eeenn 27 Figura 12 Largo da S Velha em Coimbra Coelho 2009 p 305 ssssssssseseeereeesssssssssss 27 F
35. sobretudo um lugar onde as pessoas convivem relaxam e desfrutam de momentos de lazer ganhando um valor simb lico acrescido e distinto na cidade As pra as podem constituir tamb m pontos de refer ncia para a nossa orienta o e adapta o ao ambiente envolvente s o locais que por acolherem fun es diversas s o suscept veis de serem recordados no mbito das viv ncias colectivas ou pessoais podendo se afirmar que as pra as s o a base de uma cidade e por excel ncia um lugar de encontro onde a popula o em geral repousa e convive Refor ando esta teoria Webb afirma que as pra as oferecem excita o e descanso com rcio e cerim nias p blicas um lugar para encontrar amigos e ver o mundo passar Webb 1990 Tamb m a reivindica o destes espa os p blicos para o lazer um dos sinais de que se est lentamente a iniciar um movimento que se dirige essencialmente para a exig ncia da melhoria da qualidade da vida urbana Equipamentos e pr ticas outrora inimagin veis come am a surgir como a cria o de ciclovias como alternativa s congestionadas ruas de autom veis e que uma grande parte da popula o j come a a utilizar Aos respons veis pedem se respostas pr ticas e m todos de planeamento estrat gico adaptados vida de hoje e organiza o de cidades viradas para o futuro Neste contexto necess rio ter coragem de redesenhar estes espa os p blicos urbanos destinados aos cidad os de descongelar muito
36. 003 p 126 36 Figura 27 Slab Square em Nottingham 2012 Acedido em Fevereiro de 2012 http www spacesyntax com project nottingham old market square iisssseeeess 38 Figura 28 Pra a da Rep blica de Tomar Coelho 2009 p 39 cc eeen iii 38 1 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Figura 29 Pra a do Munic pio de Braga Coelho 2009 p 202 eeen 39 Figura 30 Pra a de Armas em Angra do Hero smo Coelho 2009 p 41 39 Figura 31 Largo da Capela Nova de Vila Real Coelho 2009 p 29 40 Figura 32 Largo das Portas de Moura em vora Coelho 2000 P33 Jrs 40 Figura 33 Pra a de S o Pedro em Roma Gympel 1996 p 55 aneeessssssssoeerssssssssosrrssssssses 41 Figura 34 Largo de Cam es em Lisboa Foto do Autor 2012 41 Figura 35 Pra a das Flores no Porto Foto do Autor 2012 41 Figura 36 Planta da Piazza S Marco Veneza Alves 2003 p 100 eeenn 42 Figura 37 Mapa Mostrando o Rio Cam Boyd 2005 p 11 eeee 45 Figura 38 Transporte dos Produtos de Barco Boyd 2005 p 22 ee 46 Figura 39 Mapa de Cambridje de 1574 Boyd 2005 p 33 eseeeessss
37. 7 pi SAS EA a E Figura 17 Pra a da Rep blica em Beja Coelho 2009 p 193 Podem se contrapor tamb m outras variantes o plano horizontal de um espa o pode se desenvolve com uma pronunciada do fi NE inclina o evidenciando assim o ponto mais E MN elevado Coelho 2008 p 36 como o caso i HMOnODO HEEJ 77 DOE mij s 7 organizar se por patamares criando subespa os E T aE Ainon NTA Gf BBAJ r Figura 18 Largo de S o Miguel em Lisboa Coelho 2009 p 469 do Largo de S o Miguel em Lisboa ou vocacionados muitas vezes para usos espec ficos Fig 18 29 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Em rela o aos planos verticais quando existe uma supress o integral ou parcial de uma das frentes a sua dimens o espacial n o fica prejudicada s o exemplo as pra as abertas sobre o mar ou o rio a Pra a do Com rcio em Lisboa um excelente exemplo abrindo se numa espantosa vista sobre a superf cie da gua Fig 19 Figura 19 Pra a do Comercio em Lisboa Coelho 2009 p 28 A diferen a de cota com o terreno envolvente pode originar a supress o de uma das frentes abrindo um espa o sobre a paisagem como o caso do Largo Lu s de Cam es em M rtola ou fechando o atrav s de u
38. A Universidade de Cambridge Um pequeno grupo de estudiosos desenvolveu um avan ado sistema de ensino com mestres professores estudantes e um reitor respons vel Boyd 2005 p 26 46 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Mais tarde surgiu o Clare College em 1326 Pembroke College em 1347 O d cimo quarto e d cimo quinto s culos viram o crescimento da Universidade Cambridge City Council 2006a p 11 Fig 39 ei e a Figura 39 Mapa de Camb e moo EA T ridge de 1574 Boyd 2005 p 33 No s culo XVIII a popula o de Cambridge j era de 6 000 habitantes quando em 1744 surgiu o primeiro jornal vinte e dois anos depois o primeiro Addenbrookes hospital que veio tornar Addenbrookes numa escola de Medicina e em 1788 foi aberto o primeiro banco No in cio do s culo XIX algumas mercadorias ainda eram transportadas pelo rio mas com a chegada da rede ferrovi ria em 1845 e com o fornecimento da gua canalizada cidade da ilumina o a g s e mais tarde da electricidade veio promover a prosperidade da ind stria surgindo assim a liga o da cidade ao enorme mercado de Londres Fig 40 3 ad cs dar E Err aan E E a Lis A a ps i adia eso 08 IK iign EE AE omotiva a Vapor na Esta o de
39. ARMANDO JOS DOS SANTOS COUTINHO A PRA A DAS CIDADES A PRA A DA REP BLICA DAS CALDAS DA RAINHA Orientador Professor Doutor Jorge Manuel Mangorrinha Martins Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias de Informa o Lisboa 2013 ARMANDO JOS DOS SANTOS COUTINHO A PRA A DAS CIDADES A PRA A DA REP BLICA DAS CALDAS DA RAINHA Disserta o para a obten o de Grau de Mestre em Arquitectura no Curso de Mestrado em Estudos Avan ados de Arquitectura conferido pela Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Orientador Professor Doutor Jorge Manuel Mangorrinha Martins Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias de Informa o Lisboa 2013 Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha DEDICAT RIA Aos meus Pais Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar quero agradecer a todos os docentes que fizeram parte do meu percurso acad mico e em particular ao orientador Professor Doutor Jorge Mangorrinha respectivamente pela sua orienta o disponibilidade e prontid o Uma palavra de agradecimento aos meus colegas e amigos
40. Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha A sul da pra a est o dez edif cios com uma volumetria regular que varia entre os dois e os quatro pisos as suas parcelas s o caracterizadas com uma frente compreendida entre os 5 00 metros a 16 00 metros de largura Em rela o ao seu estado de conserva o os edif cios da Caixa Geral de Dep sitos e do estabelecimento de ferragens Joaquim Baptista est o em bom estado os restantes em estado de conserva o regular Fig 93 T sapcdeea BiN me H Mia ainin Tiira O dim doi E Figura 93 Al ado Conjunto Foto do Autor 2012 Neste edificado a Caixa Geral de Dep sitos que constitu da por tr s pisos e que faz esquina com o largo Dr Jos Barbosa constru do nos finais do s culo XIX destinado a funcionar como estabelecimento comercial mais propriamente uma mercearia central denominada Mercearia Central de Portas Largas devido aos seus al ados serem caracterizados por possu rem portas largas Nesta poca por n o existir um corpo de bombeiros na povoa o era este estabelecimento que disponibilizava os seus quatro carros para acudirem aos fogos servi o que continuou a prestar mesmo depois da cria o do corpo de bombeiros volunt rios finalizando apenas quando este estabelecimento comercial no inicio do s culo XX deu lugar ao Banco Industrial Portugu s Devido a e
41. Assim como uma zona destinada a cargas e descargas e casas de banho p blicas que sirvam de apoio aos utentes do mercado Piso 1 Este piso dever ser destinado a um espa o de conv vio e possuir um espa o destinado a sede da equipa de gest o do mercado devendo este comportar um corpo saliente sobre a pra a para que os seus utentes possam observar o quadro vivo que o mercado e noite servir como um foco que se projecta sobre este espa o p blico com a finalidade de lhe restituir a din mica que perdeu Piso 2 Neste piso dever funcionar um restaurante com o objectivo de criar sustentabilidade para o funcionamento do edif cio sendo que o restaurante ter que apostar nos produtos regionais Dever tamb m possuir uma varanda panor mica com vista sobre a Pra a da Fruta e para todos os edif cios hist ricos que a circundam permitindo uma visualiza o calma e cuidada do ex l bris da cidade caldense Cobertura Ao n vel da cobertura dever tamb m ser aplicada energia fotovoltaica com a finalidade de alimentar os candeeiros sinal tica instala es sanit rias bar e restaurante Fig 110 Figura 110 Maquete do Edif cio de Apoio Foto do Autor 2012 94 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Por sua vez a C mara Municipal das Calda
42. Autor 2012 eeeeeeeerrrreeeareenaaaa 78 Figura 79 Mobili rio Urbano Foto do Autor 2012 eeeeeeeerrrreerareananms 78 Figura 80 Aspecto Ondulado da Cal ada Foto do Autor 2012 78 Figura 81 Aspecto Desolador das Arvores e Caldeiras Foto do Autor 2012 19 Figura 82 Aspecto Desolador das Arvores e Caldeiras Foto do Autor 2012 19 Figura 83 Cargas e Descargas de Produtos Foto do Autor 2012 19 Figura 84 Cargas e Descargas de Produtos Foto do Autor 2012 19 Figura 85 Cargas e Descargas de Produtos Foto do Autor 2012 19 9 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Figura 86 Pra a D Maria Pia cerca de 1884 Barros 2005 p 131 e 80 Figura 87 Pra a da Rep blica noite 2009 Foto do Autor 2013 80 Figura 88 Al ado Conjunto Foto do Autor 2012 eeeeeeeeeeeerrreeeerenea 82 Figura 89 Edif cio Demolido 2013 Acedido em 22 de Setembro de 2013 http www gazetacaldas com s Jos C3 A9 Neto Pereira 2C d C3 AIcada de 1950 po da a a e E N 82 Figura 90 Edif cio Existente Foto do Autor 2013 ssssssensssssssssserrssssssssseer
43. Cambridje Boyd 2005 pp 70 71 Trie eege gt o Figura 40 Loc 47 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha O primeiro comboio a vapor chegou esta o de Cambridge em Julho de 1845 A esta o de comboios foi constru da fora do centro da cidade a pedido da Universidade devido possibilidade do ru do da movimenta o dos comboios poderem causar ru do e perturbar o normal funcionamento das aulas Aqui se demonstra a enorme influ ncia que a Universidade tinha sobre as decis es da constru o e desenvolvimento da cidade e Ind stria A esta o e o comboio causaram um enorme crescimento da cidade impulsionado pelo aumento de emprego nos caminhos de ferro Os censos em 1886 mostravam que a maioria das pessoas que trabalhavam na esta o de comboio morava na localidade ao lado da cidade Boyd 2005 p 70 Devido ao enorme n mero de faculdades criadas ao longo dos tempos e ao constante aumento da sua popula o os limites territoriais foram ampliados Assim em 1951 esta povoa o foi elevada ao estatuto de cidade Cambridge e as suas trinta e uma faculdades espalhadas pela cidade s o hoje reconhecidas internacionalmente e geridas de forma independente garantindo alojamento e acompanhamento educacional Elas est o intimamente ligadas
44. Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Sacrificam se pra as arborizadas t o necess rias como pulm es no meio do congestionamento do tr fego t o teis para clarificar o ar e lutar contra a polui o e os gases nocivos para instalar parques de estacionamento que n o s o mais do que uma solu o tempor ria e paup rrima Goitia 2010 p 178 Este processo est a ser invertido libertando se os espa os recuperando os e organizando os em fun o dos edif cios para responderem a uma determinada fun o que ocorre no espa o De salientar que s se consegue um profundo conhecimento da import ncia da no o de centro quando se alcan a a pra a principal e se tem a sensa o de se ter chegado devendo esta ser dominante e distinguir se sempre dos outros lugares como o caso das cidades antigas onde todas as ruas conduzem para um ponto central Algumas cidades europeias ainda mant m nos dias de hoje a import ncia do seu centro como o exemplo de Market Square em Cambridge ou o Slab Square como conhecido pelos habitantes de Nothingham constitui ainda hoje a oportunidade da vida social e o centro de grandes e diversas actividades Fig 27 Figura 27 Slab Square em Nottingham 2012 As pra as mais bem sucedidas s o na sua maioria aquelas que asseguram uma forte din mica
45. Figura 85 Cargas e Descargas de Produtos Foto do Autor 2012 19 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 3 2 10 Edif cio de Apoio Sendo a Pra a da Rep blica o centro da cidade local onde se concentra um maior fluxo tur stico n o existe um posto de turismo Falta instala es sanit rias condignas de apoio ao recinto do mercado Este espa o n o possui um edif cio de apoio ao mercado onde os vendedores possam colocar as bancas os toldos e os chap us de sol quando encerrar o mercado A aus ncia de um caf e restaurante que sirva de apoio a este espa o dignificando o e que lhe proporcione uma nova viv ncia para quando a tarde cair os vendedores e clientes se forem embora a pra a n o fique deserta Sendo assim torna se premente a constru o de um edif cio de apoio Pra a da Rep blica Pra a da Fruta que ps HE dever ser edificado a nascente desta local onde outrora J existiram constru es e hoje lhe falta esta frente Fig 86 E a e sr 2005 p 131 nr o gt E 3 m o Figura 86 Pra a D 3 2 11 Espa os Nocturnos Especialmente no per odo da manh Os caldenses s o confrontados com um centro de com rcio central vivo albergando uma vida urbana intensa esvaziando tarde at
46. Pa os do Concelho e a implanta o de um sistema de abastecimento de guas para a vila e para o Hospital conseguida atrav s da constru o de um aqueduto geral e de tr s chafarizes Nesta altura j habitavam na vila 308 fam lias correspondendo segundo informa o da mem ria paroquial de 1758 a 1126 indiv duos Serra 2003 p 51 Como a vila nasceu em fun o do Hospital bvio que as zonas para onde a vila cresce continuem a exercer uma esp cie de for a centr peta exercida pelo Hospital Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 111 dai que fosse em torno desta Institui o que o tecido urbano se organizou e desenvolveu sendo o seu aglomerado constitu do por vinte ruas principais al m das travessas e becos todas com os seus nomes distintos Serra 2003 p 53 convergindo estes na sua maioria para chamada Pra a Velha e para o Hospital que ocupa um lugar central na vila O primeiro espa o urbanizado da popula o foi o tri ngulo desenhado entre a Rua Nova e a Volta dos Sinos que inclu a um pequeno terreiro hoje Largo Jo o de Deus com a sua capela da invoca o do Esp rito Santo Serra 2003 p 51 O documento mais v lido para an lise do espa o urbano da vila a planta elaborada em 1742 a qual nos deixa perceber os principais locais ruas e pra as como est o pr ximas do Hospital A observa o cuidada da referida planta d nos claramente essa ideia da institui
47. Rep blica Square of Caldas da Rainha joined the case of Market Square Cambridge England as a key point of comparison in order to try to regenerate the Republica Square in Caldas da Rainha Thus the dissertation developed into three parts The first part focuses on a general and illustrative presentation of the squares highlighting its forms and functions In the second part we proceed to a detailed analysis of the case of Cambridge in relation to its operation type of sales and operations Finally in the third part in addition to proceeding to a detailed examination of the Square of the Republic 1n relation to their problems their significance and the condition of the surrounding buildings we finalized a proposal for intervention The study developed in this study allowed us to conclude that this square is in urgent need of an Intervention to correct the situation of decay that 1s and give solution to problems of accessibility cleanliness parking besides requiring the construction of a building support which makes this space warm and pleasant and it is not just fortuitous location of passage Keywords Architecture Urban Regeneration Squares Markets Caldas da Rainha Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha INDICE DEDIC NT ORI asas e EE E l AGRADECIMENTO S z o
48. Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Nesta cidade existem tamb m outros locais de interesse a Biblioteca da Universidade que compreende cinco Bibliotecas separadas destacando se o edif cio principal que foi constru do entre 1931 a 1934 foi alvo de v rias amplia es no decorrer do tempo entre algumas importantes colec es que existem neste local destacam se os alcor es mais antigos do mundo A Cambridge University Press a livraria mais antiga do mundo em opera o cont nua fundada em 1534 a melhor editora de Cambridge Fig 46 Figura 46 Cambridge University Press Boyd 2005 p 92 O Emmanuel College Gardens um dos maiores e mais impressionantes jardins da faculdade Cambridge Por sua vez o Shepreth Wildlife Park situado em terrenos naturais um lar de tigres lontras macacos r pteis e rastejantes Desde que abriu as suas portas ao p blico em 1984 tornou se uma das principais atrac es de East Anglia Tamb m o Cambridge University Botanic Garden aberto ao p blico desde 1846 desenvolve e apresenta mais de 8 000 esp cies de plantas diferentes em quarenta hectares Fig 47 E ir r r cr Bo dr MR TER Figura 47 Cambridge University Botanic 2012 51 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura
49. a o enquanto funciona o mercado di rio N o ser poss vel devolver lhe a antiga vida como merece este espa o Por que demora uma Interven o dos servi os p blicos Interven o que corrija a situa o de decad ncia e d solu o a problemas de acessibilidade de limpeza de estacionamento e com a cria o de um edif cio de apoio que torne este espa o acolhedor e agrad vel e que n o seja apenas local fortuito de passagem Como recuperar e preservar o valor simb lico da pra a tradicional local de encontro de partida e de chegada tamb m pela presen a dos produtos transacionados no mercado local de inter rela o do mundo rural com o mundo citadino Neste estudo sugerimos algumas sugest es que podem tornar esta pra a mais atractiva e acolhedora para residentes e para turistas preciso chamar todos os utilizadores da Pra a da Rep blica para um di logo que traga sugest es novas e vi veis perspectivas de vida N o se trata de preservar por tradi o mas pela convic o de que s melhorando indo ao encontro de novas exig ncias se pode salvar a pra a nos seus valores hist ricos culturais sociais e econ micos Tudo aqui deve estar subordinado a uma ordem que torne este lugar funcional agrad vel e seguro N o tenho d vidas de que o que temos de defender em primeiro lugar a simbiose entre a pra a e o seu mercado uma e outro constituem uma realidade unit ria que n o deve ser posta em causa mas me
50. a 2002 p 6 Fig 89 e 90 devendo estas serem vocacionadas num universo de recupera o ou de restauro e nunca de destruir para construir de novo fomentando situa es negativas no equil brio de volumes utiliza o de materiais cor e linguagem arquitect nica local Mangorrinha 2002 p 9 Figura 89 Edif cio Demol do TA ds Caldas 2013 Figura 90 Edif cio Existente Foto do Autor 2013 Os restantes edif cios variam entre os dois e os quatro pisos s o caracterizados por parcelas com uma frente compreendidas entre os 6 metros a 16 metros de largura No que se refere ao seu estado de conserva o e com base nas categorias atr s citadas apenas o edif cio da junta de freguesia antiga C mara Municipal se encontra em bom estado contrastando com o da Farm cia Central e do caf Bocage que para al m de estarem em mau 82 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha estado de conserva o os pisos superiores est o devolutos Os restantes edif cios encontram se em estado de conserva o regular De salientar o actual edif cio da Junta de Freguesia situado numa zona central este edif cio joanino constitu do por dois pisos e uma torre com um rel gio Os seus al ados s o simples apenas animados pelas volutas do front o sup
51. a as com destaque para as suas formas e fun es Na segunda parte procedemos a uma observa o pormenorizada do caso de Cambridge em rela o ao seu funcionamento tipo de vendas e interven es Por ltimo na terceira parte para al m de procedermos a um exame pormenorizado da Pra a da Rep blica em rela o aos seus problemas sua Import ncia e ao estado de conserva o dos edif cios envolventes finalizamos com uma proposta de interven o O estudo desenvolvido neste trabalho permitiu nos concluir que esta pra a necessita urgentemente de uma interven o que corrija a situa o de decad ncia em que se encontra e d solu o a problemas de acessibilidade limpeza estacionamento para al m de necessitar da constru o de um edif cio de apoio que torne este espa o acolhedor e agrad vel e que n o seja apenas local fortuito de passagem Palavras chave Arquitectura Regenera o Urbana Pra as Mercados Caldas da Rainha Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha ABSTRACT This dissertation aims to reflect on the conditions of functional Republica Square in Caldas da Rainha in the field of regeneration and economic and social potential in order to present a solution among other possible as input for future interventions The study of the
52. a arquitectura do passado como express o de arte e cultura permite perceber a rela o entre os v rios estilos arquitect nicos e as t cnicas de constru o demonstrando o trabalho de determinada altura Defende aquele autor que a ideia de que as edifica es deveriam progredir atrav s dos s culos intoc veis envelhecendo entregues ao seu destino permitindo apenas pequenas interven es que evitassem a sua queda prematura de forma alguma admitia imita es acr scimos ou c pias Sustenta mesmo que podemos viver sem a arquitetura de uma poca mas n o podemos record la sem a sua presen a e que mais vale um material grosseiro mas que narre uma hist ria do que uma obra rica e sem significado A maior gl ria de um edif cio n o reside nas suas pedras nem no seu ouro A sua gloria est toda na sua idade nessa sensa o profunda de express o de vigil ncia grave de simpatia misteriosa quase desprende das suas paredes amplamente banhadas pelas ondas r pidas da humanidade Lima 2004 p 11 Por sua vez Camillo Boito tentou reconciliar as v rias vis es sobre este tema apresentando em 1883 a Carta de Restaura o que defende oito pontos a serem levados em considera o 1 A distin o de estilo entre antigos e novas partes de um edif cio 2 A diferencia o dos materiais de constru o entre o novo e o velho 3 Elimina o de molduras e elementos decorativos aplicados nos edif cios hist ricos 4 Exp
53. a os objectos perdem predomin ncia no campo visual isto a propor o adequada para que um observador no centro de determinado espa o possa a toda a sua volta apreciar todos os lados desse espa o assim A propor o harmoniosa entre altura e a largura se fixe em 1 4 Alves 2003 p 92 Por sua vez Camilo Sitte citado por Alves refere a dimens o das pra as em rela o altura dos principais edif cios argumentando que a menor dimens o deve ser igual altura destes e a maior dimens o o triplo da altura propor o de 3 1 no sentido de se obter um bom efeito presp ctico Alves 2003 Resta ainda analisar a influ ncia que a altura dos edif cios tem para os utilizadores do espa o exterior p blico pela interfer ncia que provoca no contacto entre as pessoas que utilizam o edif cio e as que utilizam o espa o p blico ao n vel do solo Sendo assim uma pra a com edif cios de tr s pisos deve ter cerca de 36 a 45 metros de atravessamento e com edif cios de 4 pisos deve ter volta de 48 a 54 metros Alves 2003 p 94 No entanto para se poder ler toda a composi o das fachadas da pra a ou de um conjunto de edif cios a dist ncia deve ser o triplo da altura isto uma pra a com 135 metros admite edif cios com cerca de sete pisos permitindo ao observador que se encontra na pra a uma leitura da sua composi o como um todo No que diz respeito ao r cio entre o comprimento e a largura de uma pra a
54. acional Spendolini 1994 p 10 Trata se portanto de uma ferramenta utilizada para obten o de informa es que se ache necess rias com a finalidade de apoiar a melhoria cont nua e atrav s desta obter vantagem competitiva perante a concorr ncia A sua import ncia constitui se como um processo cont nuo e sistem tico para avaliar produtos servi os e processos de trabalho e organiza es que s o reconhecidas como representantes das melhores pr ticas com a finalidade de melhoria organizacional tido como processo cont nuo por ser ger ncia e de auto aperfei oamento precisando de ser cont nuo para ser eficaz Spendolini 1993 p 10 Assim torna se particularmente importante ter outros casos de estudo para que um dado problema seja estudado em profundidade com o intuito de compreender como ser a viv ncia em espa os com as mesmas caracter sticas pretendidas possibilitando nos considerar um conjunto mais diversificado de t picos de an lise e em simult neo permite corroborar o mesmo fen meno Yin 1994 p 92 Torna se necess rio observar analisar e interpretar os dados evidenciados por situa es concretas de contextos que fazem parte do quotidiano das cidades das pra as com mercado e das pessoas cujas caracter sticas nos ajudam a configurar este conceito arquitect nico a n vel da reabilita o do espa o p blico Ajuda nos tamb m a compreender como a viv ncia em locais com caracter
55. al de Campinas C mara M C R 2013 Edif cio Espa o Turismo Acedido em Fevereiro de 2013 em http www cm caldas ramha pt portal page portal PORTAL MCR ACTIVIDADE MUNICIPAL PLANEAMENTO URBANISMO REGENERACAO URBANA EDIF ICIOS TURISMO 101 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Cambridge C C 2006 Cambridge Historic Core Appraisal Conservation Area Appraisal Acedido em 27 de Julho de 2012 em http www cambridge gov uk Cambridge C C 2006b Cambridge Historic Core Appraisal Market Hill Acedido em 6 de Maio de 2012 em https www cambridge gov uk sites www cambridge gov uk files docs historic core appraisal market hill pdf Cambridge C C 2011 Charter Market Regulations Acedido em 17 de Setembro de 2012 em https www cambridge gov uk sites www cambridge gov uk files docs market regulations pdf Cambridge C C 2012 Tourism policies Acedido em 17 de Mar o de 2012 em https www cambridge gov uk tourism policies Cambridge C C 20134 Market trading Acedido em 16 de Abril de 2013 em https www cambridge gov uk markets and street trading licences Cambridge C C 2013b Grand Arcade car park Acedido em 6 de Maio de 2013 em https www cambridge gov uk grand arcade car park Caro C M amp Rivas J L 1990 Arquitect
56. al e insubstitu vel na produ o simb lica e na imagem das diferentes formas das pra as com salvaguarda de mem rias ambi ncias e pot ncia com base em estrat gias que saibam integrar a cultura urban stica com novos processos de protec o e valoriza o respeitando sempre o patrim nio existente a fim de criar zonas informativas e de interactividade entre o passado o presente e o futuro 44 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha CAPITULO 2 Caso Comparativo Cambridge Inglaterra A an lise do mercado de Cambridge que seguidamente se apresenta descreve n o s a actual configura o da pra a mas tamb m a sua evolu o ao longo dos tempos de modo a obter a real percep o das diversas transforma es de que foi alvo bem como simultaneamente possibilitar uma descri o transversal de modo a possibilitar desenvolver uma metodologia de an lise e avalia o deste tipo de local para posteriormente se optar pelo respectivo caso de estudo Neste mbito ser efectuada uma breve panor mica evolutiva da cidade apenas para contextualiza o e uma an lise da pra a e do mercado de legumes e frutas de modo a que se perceba o seu funcionamento tipo de vendas interven es e o estado de conserva o dos edif cios envolventes 2 1 Hist
57. am se todos aqueles que j n o est o habit veis devido ao estado de degrada o em que se encontram De certa maneira pode se dizer que a maior parte dos edif cios envolventes pra a possuem uma perda de qualidade arrastando uma exist ncia que n o assistida reflectindo se esta numa degrada o progressiva surgindo associados fundamentalmente no r s do ch o ao com rcio e nos pisos superiores a escrit rios e habita o que pode vir a comprometer futuramente a sua recupera o Esta pra a constitu da a norte por quinze edif cios que figuram um conjunto edificado de volumetria irregular devido ao aumento do n mero de pisos de dois edif cios 81 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha respectivamente os n meros 7 a 8 e 29 a 31 que t m seis pisos e estabelecem conflitos volum tricos com o resto do conjunto edificado Fig 88 EISIEN SH SRI sa cum dom 3 A P q i Hii U T Po E a sm e MO ninfa ERER Fsfalal JT TU sm ni ee 14 TTL E sites E Eae Figura 88 Al ado Conjunto Foto do Autor 2012 Devido a interven es desmedidas que provocaram situa es negativas no equil brio da volumetria que foram feitas sob o equ voco da renova o e valoriza o urbana do patrim nio constru do Mangorrinh
58. ando uma estrat gia de reabilita o Resumindo as unidades de leitura analisadas apontam nos para um estudo em grande parte muito gen rico da pra a nomeadamente a sua forma e fun o Deixando um espa o em 15 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha aberto para uma an lise e investiga o mais aprofundadas e espec ficas para objectos de trabalho mais localizados 16 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha CAPITULO 1 O Tema O Espa o P blico o lugar de encontro dos indiv duos uns com os outros de encontro tamb m com a sua pr pria cidadania permitindo desenvolver e consolidar a sua vida em comunidade tamb m o espa o onde se concentram actividades e acontecimentos colectivos de maior realce no mbito da cidade onde decorrem cerim nias mercados festivais e diversos eventos A pra a por excel ncia o palco da vida p blica de uma cidade servindo tamb m desde a sua g nese como espa o de reuni o de encontro troca de bens e de informa o que tem sobrevivido s transforma es ao abandono e Indiferen a de que alvo mas mantendo sempre um significado impr
59. aridade caracter sticos do movimento renascentista a pra a faz parte de um todo unificando o espa o p blico com a arquitectura e o urbanismo Fig 4 es a Al Tm A cepas A SION TT a s s a SN YT E Es TEF a eso Ea ly S n eee l gt A i M S A ni i m va P EE n Ha Figura 4 A Place Albertas em Aix en Provence Lamas 2004 p 173 2 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Muitas pra as italianas seguiram os princ pios renascentistas localizadas em espa os de elite enalteceram as cidades mais nobres Neste contexto destacam se entre outras a Pra a de S Marcos em Veneza a harmoniosa Pra a de Pienza a Pra a Farnese de Roma que foi projectada para servir de trio ao magn fico pal cio do mesmo nome Goitia 2010 p 104 e a pra a principal de Vigevano onde a regularidade das suas constru es levada ao m ximo Fig 5 a Figura 5 Pra a Principal de Vigevano Italia Goitia 2010 p 105 Ao contr rio dos espa os fechados das pra as renascentistas a barroca apela mais ao lado monumental do que ao funcional retira as actividades econ micas e preenche o vazio com rvores e bancos Recorre ao poder de emo o para comover e subjugar com a for a do seu impacte tende a da
60. as sua import ncia e estado de conserva o dos edif cios envolventes finalizando com uma proposta de interven o A conclus o pretende apresentar se como uma solu o no sentido de tentar regenerar a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha para um melhor apoio a futuros projectos Em rela o metodologia deste trabalho seguiram se as seguintes fases 12 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha a Recolha de elementos no local fotografias Pesquisa bibliogr fica livros jornais revistas e Internet O trabalho desenvolveu se assim a partir de pesquisa e selec o de informa o bibliogr fica essencialmente nas bibliotecas municipais de Caldas da Rainha Leiria Alcoba a e na Biblioteca Municipal Central das Galveias em Lisboa bem como a escolha de um estudo de caso em compara o com o objecto principal O recurso pesquisa na internet no Google foi realizado para confirma o de dados e Imagens principalmente para o caso comparativo e de elementos relacionados com Caldas da Rainha e o seu mercado b An lise de benchmarking processo cont nuo e sistem tico para avaliar produtos servi os e processos de trabalho de organiza es que s o reconhecidas como representantes das melhores pr ticas com a finalidade de melhoria organiz
61. as Colom citado por Angelis as pra as podem ter significa o simb lica que s o um marco urbano quase sempre de desenho monumental relacionando se com algum acontecimento de import ncia nacional Pra as de significa o visual s o aquelas que n o se recordam por si mas sim pelo monumento ou edifica o ao qual ela est subordinada pra as com fun o de circula o devido sua localiza o que se convertem num lugar de passagem obrigat ria de ve culos ou pedestres e pra as com fun es recreativas que se reconhecem pelo desenvolvimento de actividades de entretenimento passeiam ou encontro Angelis 2004 Por sua vez Zucker citado por Kostof classifica as pra as em cinco modelos sendo elas o closed square ou seja a pra a fechada no seu pr prio espa o o dominated square isto a pra a envolvida por edif cios e onde o espa o dirigido a um objecto que pode ser uma igreja um arco uma fonte ou uma vista sobre o mar por exemplo O terceiro modelo o nuclear square onde o espa o formado em torno de uma est tua ou fonte central o grouped square que resulta de uma combina o de v rias pra as e o amorphous square onde o espa o da pra a indefinido Kostof 1992 Sitte tendo por base a rela o entre as pra as e os seus edif cios circundantes identificou duas categorias de pra as as de largura dominante que tem como exemplo a Piazza Reale e as de profundidade dominante como a Piazza
62. as e da ntima articula o dos pisos ao espa o exterior imediato Alves 2003 p 119 ocupando estes um lugar priorit rio naquilo que nos dado a observar e perceber a partir da pra a as suas qualidades passam pelas dimens es f sicas funcionais socio cultural e tamb m sensorial Com o processo natural de desenvolvimento das cidades as pra as de certa maneira tamb m acabaram por sofrer uma degrada o do seu patrim nio edif cios que serviam de reas residenciais transformaram se em zonas exclusivas de com rcio e servi os e acabando muitas vezes os pisos superiores por ficarem abandonados Este um fen meno natural e bastante comum nas reas centrais das m dias e grandes cidades sendo as suas principais caracter sticas a diminui o do n mero de moradores a exist ncia de muitos im veis abandonados a degrada o do patrim nio hist rico existente e a mudan a das actividades locais O patrim nio mem ria Dai a necessidade da sua manuten o entender as rela es hist ricas da pra a com a identidade colectiva e a qualidade urbana forma de heran a cultural Dai a sua manuten o destrui o ou valoriza o serem sempre decididas pela maneira como lidamos com esta heran a A defesa e a valoriza o do Patrim nio s o factores determinantes no processo de qualifica o urban stica das pra as contribuindo assim para o seu desenvolvimento econ mico e cultural O Patrim nio tem um papel fundament
63. as que se abateu sobre a Pra a da Fruta nas ltimas duas d cadas n o correspondeu nenhum movimento que a contrariasse afirmando mesmo as vendedoras deste espa o que a pra a est a morrer Quer isto significar que o mercado di rio hoje o principal factor de anima o da Pra a da Rep blica pelo que nem sequer uma eventual transfer ncia pode ser decidida sem se equacionarem as consequ ncias sobre o futuro de uma das pe as mais emblem ticas do centro hist rico da cidade Serra 2003 p 58 3 2 12 Envolvente Edificada Estado de Conserva o A pra a n o pode ser estudada como um elemento isolado pressupondo uma an lise do espa o que a circunda devendo se ter em linha de conta que este espa o p blico tem uma dupla funcionalidade isto de manh mercado e tarde espa o de lazer Neste cap tulo analisaremos os edif cios que circundam a pra a descrevendo o n mero de pisos largura das suas frentes e o estado de conserva o dos seus al ados considerando tr s categorias bom regular e mau Entendendo por bom estado de conserva o os edif cios que tiveram recentemente obras de manuten o ou que n o apresentem quaisquer tipos de problemas O estado de conserva o regular indica que os problemas detectados n o s o de urgente interven o e podem ser facilmente reparados relacionando se principalmente com a necessidade de obras de manuten o Em mau estado de conserva o encontr
64. as termas eram a moda levando mesmo os cronistas da poca a afirmarem que a vida moderna faz doen as novas que encontram al vio no descanso e na distrac o redescobrindo os prazeres da mudan a de ares e das terras de guas Serra 2003 p 55 A proximidade do Hospital Termal tornou se prop cia ao desenvolvimento e moderniza o de determinadas infra estruturas urbanas atingindo o centro da vila onde o Rossio foi alvo em 1883 de um plano de regulariza o e pavimenta o do seu tabuleiro central Serra 2003 p 55 56 Surgiram tamb m hot is lojas e caf s que ocuparam uma rea compreendida entre as instala es hospitalares e o edif cio dos Pa os do Concelho sediado no Rossio Com a estabiliza o pol tica nacional em 1851 a corte retomou as desloca es reconduzindo as termas mais do que nunca como motor das actividades produtivas e comerciais da vila mas por m foi no ltimo quartel do s culo XIX que os personagens da grande galeria v o para as Caldas em partida de recreio como v o pera no inverno Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 318 Devido finalmente ao prolongamento em 1887 do caminho de ferro at s Caldas da Rainha Fig 62 o qual produziu um movimento de grande significado ao n vel do transporte de passageiros e de mercadorias contribuiu tamb m para uma maior expans o urbana fazendo com que o concelho crescesse em riqueza popula o e prospe
65. bra que se realize na Pra a da Rep blica sobretudo ao n vel do tabuleiro central tem de ser uma obra minuciosamente faseada para que n o se corra o risco de a requalifica o ser a morte do mercado di rio que ali se realiza Mangorrinha 2005 p 24 Assim a qualifica o e a dinamiza o da Pra a da Fruta devem ser um objectivo inadi vel a partir da concretiza o faseada de um plano global de interven o com uma din mica de valoriza o deste espa o nomeadamente o mercado conforme aconteceu em 1883 Nesta sequ ncia deve se ter em conta que Qualquer projecto de requalifica o da Pra a da Rep blica tem de ser iniciado atrav s da resolu o das quest es funcionais a manuten o e requalifica o do mercado as cargas e descargas Mangorrinha 2005 p 24 a recupera o do seu car cter de centro urbano valoriza o cultural do seu espa o p blico valoriza o do espa o pedonal requalifica o do mobili rio e a reabilita o do tecido edificado nomeadamente as fachadas 87 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 3 3 1 Acessibilidade O acesso pra a deve ser efectuado atrav s de passadeiras sobrelevadas e iluminadas com a finalidade de proporcionarem um atravessamento seguro e confort vel para os pe es fazem tamb
66. cado devendo estas possu rem identifica o personalizada serem m veis f ceis de montar facilidade de transporte facilidade de armazenamento e dur veis de maneira a permitir uma maior higiene Estas devem ser implantadas em s tios previamente estabelecidos de modo a evitar a degrada o da cal ada 88 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha c As caracter sticas de circula o dos visitantes deste espa o p blico devem de ser mantidas intactas d Nas bancas devem tamb m ser colocados toldos de varias cores de modo a protegerem as pessoas tanto do sol como da chuva Devendo estes responderem a quest es de dimensionamento apelo visual construtividade funcionalidade versatilidade facilidade de limpeza e economia de meio Fig 100 101 e 102 Figura 100 Figura 101 e Figura 102 Desenho de Bancas Mangorrinha 2004 pp 42 43 3 3 3 Estacionamento Actualmente existem dois estacionamentos num raio de 100 metros respectivamente na Pra a 25 de Abril com capacidade para duzentos e oitenta lugares e no Centro Cultural para trezentos carros A solu o poderia passar na nossa opini o pela cria o de um parque de estacionamento subterr neo sob o quarteir o a nascente da Pra a da Fruta prevendo este um espa o destinado aos ve culos
67. cida os cruzamentos as rotundas e os entroncamentos transformam se em locais com grande identidade devido sua localiza o Por outro lado a fun o vi ria por si o ra E Al FF P s possibilitou a cria o de espa os urbanos a Sepp ea distintos Os entroncamentos com a TEE 2T predomin ncia de formas triangulares 7 ZA permitiram a localiza o de edif cios j marcantes Coelho 2009 p 41 como o ie d f waT caso do Largo da Capela Nova de Vila Real Fig 31 im Figura 31 Largo da Capela Nova de Vila Real Coelho 2009 p 29 A rela o de um n cleo urbano com o territ rio e o atravessamento de obst culos na Los origina a constitui o de pra as como o caso do Largo Lu s de Cam es em Ponte de Lima um local que antecede o atravessamento do rio pela ponte O atravessamento de muralhas provoca um efeito id ntico como o caso do Largo das Portas de Moura em vora Fig 32 Figura 32 Largo das Portas de Moura em vora Coelho 2009 p 35 Como j foi referenciado por v rias vezes uma pra a n o um elemento disperso na cidade mas sim um elemento que comp e e interage com todos os outros espa os p blicos Qualquer que seja a sua configura o importante assegurar que esta esteja inserida num contexto tal que se verifique a continuidade de um sistema de parques pra as largos espa os verdes entre outros Deste m
68. cio e que servem de elo de liga o entre o espa o exterior p blico e o espa o interior tamb m atrav s dos edif cios que se constitui o espa o urbano e se organizam os diferentes espa os identific veis e com forma pr pria Lamas 2004 p 84 34 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Consoante as suas caracter sticas as fachadas t m um impacto diferente no espa o Uma fachada muito trabalhada pode transportar ritmo e interagir com o utilizador Por outro lado uma fachada plana pode criar alguma monotonia Uma fachada muito extensa pode provocar falta de interesse a quem percorre o espa o embora possa tamb m permitir centrar as aten es no que se passa no espa o p blico A Pra a do Com rcio seria bem diferente se os seus edif cios n o tivessem as arcadas e a express o arquitect nica que as caracterizam Lamas 2004 p 84 Quanto permeabilidade da fachada se esta for muito fechada torna se opressora e reservada Se pelo contr rio tiver muitas aberturas ent o a rela o entre interior e exterior fica facilitada e refor ada no piso t rreo que a permeabilidade tem um impacto mais significativo para a rela o interior exterior uma vez que a este n vel que acontecem a maioria das actividades p blicas Ao n vel dos pi
69. cional que morfologicamente se distingue dos espa os canais constitu dos pelas ruas No entanto a esta aparente clareza morfol gica correspondem espa os muito diversificados cobertos por uma variedade de nomenclaturas e que de forma alguma constituem uma invariante cultural Coelho 2009 p 19 17 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Muito mais do que valor funcional a pra a adquire um valor pol tico social com a m xima qualidade art stica e simb lica concebida como sala de visitas da cidade e das autoridades municipais sendo entendida como um recinto ou lugar especial e n o apenas um vazio na estrutura urbana Lamas 2004 p 176 Assim entende se a fun o da pra a e o valor que ela representava a diferentes n veis ambiental social econ mico e cultural 1 1 A Pra a na Hist ria Nas cidades neol ticas como exemplo Catal Huyuk j se fazia uma distin o entre as vias e as pra as p blicas local onde j havia a troca de produtos Tamb m nos vales f rteis do Nilo do Tigre do Eufrates e do Nilo Goitia 2010 p 40 j se come ava a distinguir uma parte bastante diferenciada constitu da pelos conjuntos de pal cios e templos deixando estes j transparecer a forma de uma pra a Junto a algumas constru es reli
70. cto de uma an lise mais aprofundada no mbito do presente estudo Neste cap tulo faremos uma breve refer ncia hist ria da cidade e da Pra a da Rep blica Pra a da Fruta das Caldas da Rainha Investigaremos qual o seu contexto actual e os seus problemas bem como o estado de conserva o dos edif cios envolventes Finalmente s o propostas algumas recomenda es detalhadas e justificadas para o espa o em estudo 3 1 Contexto Hist rico Urbano Seguidamente procuraremos expor uma breve incurs o hist rica da cidade e da Pra a da Rep blica Pra a da Fruta para uma melhor compreens o permitindo analisar a sua evolu o e os seus acontecimentos at aos dias de hoje 3 1 1 A Cidade O concelho de Caldas da Rainha localiza se na regi o Centro distrito de Leiria est implantado a 66 00 metros de altitude tem uma rea de 255 72 km e 51 645 habitantes 2011 Est dividido em 16 freguesias confronta de nordeste com o munic pio de Alcoba a a leste com o de Rio Maior a sul com o munic pio de Cadaval a noroeste pelo Oceano Atl ntico e a oeste pelos munic pios de Bombarral e bidos Fig 59 Figura 58 Planta do Concelho Barros 2005 p 8 65 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha O aproveitamento de uma riqueza natural
71. de e para os jogos foram criados locais pr prios como o circo e o coliseu Inicialmente ocorriam outro tipo de actividades as atl ticas e as gladiat rias podendo deste modo afirmar se que o F rum funcionava como um espa o multifuncional onde os cidad os se podiam encontrar para discutir ideias comercializar assistir a jogos adorar deuses ou simplesmente passear Enquanto espa o f sico foi alvo de cuidados de ornamenta o onde est tuas novos templos e monumentos tentaram instaurar na pra a uma certa ordem e equil brio Fig 2 Figura 2 F rum Romano D Alfonso 2006 p 56 19 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha A pra a medieval que geralmente irregular resultando de um vazio aberto na estrutura urbana assumiu um papel principal na vida p blica urbana sendo um espa o de voca o social lugar de mercado ponto de reuni o pol tica dividindo se geralmente na pra a do mercado e na pra a de igreja adro ou o parvis medieval Lamas 2004 p 154 O seu crescimento fundamental intramuralhas as casas amontoam se junto muralha volta da igreja e do castelo criando se a pra a do mercado o largo da Igreja ou a Catedral Alves 2003 p 78 possuindo estas pra as algumas caracter sticas em rela o sua
72. des e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha ser pensado de forma a evitar o m nimo de pontos de descontinuidades cabendo ao munic pio grande parte da responsabilidade sobre esta tem tica Fig 73 Sae se Figura 73 Passagem entre o Tr nsito Foto do Autor 2012 3 2 3 Equipamento Em virtude deste mercado ser a c u aberto os seus vendedores est o completamente desprotegidos de todo o tipo de intemp ries com muito frio e chuva ou muito calor utilizando para se protegerem chap us de sol toldos ou pequenos oleados que trazem das suas casas que para al m de danificarem a cal ada da pra a com este tipo de solu o permitem com que esta transmita um aspecto de alguma desordem Fig 74 ne 1 ame ea y 3 a ag ASA ER AA RSS Figura 74 Chap us e Tendas dos Vendedores Foto do Autor 2012 3 2 4 Estacionamento Durante o tempo de perman ncia do mercado as carrinhas dos vendedores est o estacionadas em redor do seu tabuleiro o que ajuda tamb m a fomentar o caos no tr nsito O topo nascente da pra a tem um estacionamento completamente ca tico A paragem dos autocarros est sempre ocupada por outros ve culos Na Pra a de T xis est o sempre estacionados autom veis que n o lhe pertencem O tr nsito que atravessa a Pra a da Fruta completamen
73. e outros Aos domingos o Mercado de Todos os Santos um espa o destinado para os artes os locais que se traduz no trabalho de alguns dos mais talentosos artistas da regi o Podemos observ los a fazerem pe as de artesanato para venderem Neste dia tamb m h um grupo de agricultores locais que vendem frutas frescas e legumes org nicos n o podendo estes residir a mais de 60 km da cidade Fig 57 Figura 57 Mercado de Cambridge J oyce Thornton amp White 2011b p 1 2 2 4 Interven es Este mercado um dos espa os mais populares do centro da cidade e um dos mais hist ricos funcionando como uma parte fundamental do patrim nio de Cambridge uma prioridade e uma preocupa o constante para os seus habitantes garantirem que ele continue a desenvolver se e a prosperar neste sentido a Equipa de Gest o do Mercado trabalha constantemente em novos projectos para melhorar a sua apar ncia visual e de tornar o seu espa o o mais agrad vel e funcional poss vel para isso j executou algumas Interven es A C mara Municipal est empenhada em trabalhar com os comerciantes do mercado numa base cont nua para procurar activamente oportunidades de melhorar o mercado Por v rios anos houve um debate consider vel sobre as formas em que a rea de Pra a do Mercado podem ser melhoradas para torn lo uma rea mais atraente tanto durante o dia e noite Thornton 2012 p 1 60 Universidade Lu
74. e m dia e longa dist ncia convergiam que fez com que este local se convertesse num ponto de grande import ncia estrat gica tornando se um factor relevante no crescimento de Cambridge foi At ao s culo X um lugar importante devido ao seu porto fluvial Cambridge City Council 2006a p 10 local onde a maioria eram transportados tanto para dentro como para fora de Cambridge havendo muitas pessoas da cidade que ganhavam o seu sustento atrav s do com rcio fluvial quer como comerciantes ou como transportadores no rio Cam Boyd 2005 p 22 Fig 38 2 o um o e a E isa kmmi am p 2 F Figura 38 Transporte dos Produtos de Barco Boyd 2005 Todo o seu com rcio representado pela exporta o de l s tecidos e produtos agr colas come ou a desenvolver se Mais tarde com o surgimento dos artes os carpinteiros alfarates e cervejeiros Cambridge tornou se no s culo XIII sede da mais importante feira do pa s fazendo com que a Pra a do mercado se viesse a tornar num importante centro de com rcio que veio a prosperar tamb m devido ao aparecimento da primeira Universidade em 1209 surgindo poucos anos depois as primeiras Faculdades da Universidade de Cambridge a Peterhouse foi fundada pelo Bispo de Ely eml284 No in cio do s c XIII um grupo de estudiosos mudou se de Oxford para a Universidade de Cambridge Este acontecimento fortuito marcou o in cio de um novo poder em Cambridge
75. e mesas ao ar livre e a ilumina o melhorada proporcionam uma viv ncia diferente na pra a que tamb m oferece festivais musicais actos m gicos malabaristas com dia e concursos onde o p blico pode intervir votando nos seus artista favoritos que al m de atra rem visitantes ajudam a dar uma melhor percep o da pra a durante a noite Sendo ideia generalizada dos seus habitantes que todos devem ajudar a melhorar a percep o do mercado durante a noite Cambridge City Council 2006a p 65 As sucessivas mudan as ocorridas neste espa o p blico permitiram principalmente refor ar a vis o global de incentivos para a cidade diversificar o com rcio aumentando por vezes as taxas de rendimento especialmente dos pequenos investidores Permitiram tamb m estabilizar os ciclos de neg cios criando assim novos postos de trabalho aumentando tamb m por vezes o n vel salarial devido competitividade entre as novas entidades empregadoras implementar o recreio e lazer e responder de certa maneira aos anseios dos utilizadores deste espa o Cabe transforma o do espa o p blico a responsabilidade do crescimento saud vel dentro de barreiras na perspectiva de que a preserva o hist rica respeita a tradi o e a evolu o de um lugar consolida a sua identidade e promove a mudan a e o novo crescimento Alves 2003 p 248 2 2 5 Estacionamento O parque de estacionamento multi andares do Grand Arcade
76. ea da alta tecnologia Boyd 2005 pp 84 85 48 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 2 1 2 Recursos Tur sticos A cidade de Cambridge um importante p lo tur stico O Museu de Arqueologia Cl ssica alberga uma das colec es de gesso escultura grega e romana no mundo A colec o com cerca de 450 moldes encontra se aberta ao p blico e est alojada na galeria elenco purpose built no primeiro andar da Faculdade Classics O Scott Polar Research Institute um departamento de Geografia da Universidade de Cambridge faz investiga o sobre as regi es polares e glaciologia do mundo Fig 42 Eu 42 Scott Polar Research Institute 2012 o J o Museu Sedgwick de Ci ncias da Terra tem uma colec o de mais de um milh o de rochas minerais e f sseis As exposi es incluem uma galeria de minerais e pedras preciosas f sseis da zona dinossauros do Jur ssico e Tri sico A Universidade e as suas trinta e uma faculdades tornam a cidade num grande p lo tur stico havendo muitos turistas que visitam Cambridge tanto pela Universidade como pelo seu patrim nio hist rico O Col gio de Corpus Christi fundado em 1352 o nico col gio criado por moradores da cidade Fig 43 Figura 43 Corpus Christi Boyd 2005 p 27 49 U
77. ecidiu a C mara iniciar a sua demoli o desenterrando do adro as ossadas dos defuntos e transladando as em caixas de madeira A saga da demoli o abate se tamb m sobre o pelourinho s mbolo de justi a do passado que jaz agora por terra espera do triste destino que o futuro lhe reserva Querido 2009 p 37 70 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Desgra ado templo centen rio que amargamente morre ao abandono vista de todos mingua de cuidados sem ningu m que lhe acuda Apesar da humidade que se infiltra pelos buracos do telhado e escorre pelas paredes e de toda a sujidade que entra pela porta escancarada Querido 2009 p 25 Assim e devido grande aflu ncia e moderniza o urban stica a que o Rossio Pra a Nova foi alvo considerado j centro da vila e encontrando se completamente povoado de lojas de sementes alfaias agr colas fanqueiros farm cias barbeariam cavacarias caf s estabelecimentos de seguros bancos e uma filial dos grandes armaz ns do Chiado de Lisboa resolveu a C mara Municipal em Janeiro de 1883 proceder a obras de grande envergadura consistiu basicamente na correc o de alinhamentos e nivelamento das cotas das soleiras e levantamento de passeios e na constru o um grande tabuleiro
78. enho urbano que resultam da conflu ncia de v rias ruas Teixeira 2001 p 37 caracterizando se essencialmente por constitu rem locais de encontro e de lazer capazes de proporcionar o bem 24 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha estar das pessoas que delas usufruem face tamb m s caracter sticas geom tricas que cada pra a tem Podem tamb m ser o resultado de um processo evolutivo em que a sua forma se foi progressivamente sedimentando ou pelo contr rio podem ser constru das a partir de um projecto integralmente pr concebido como o exemplo da Pra a do Areeiro em Lisboa contrastando com a Pra a Mouzinho de Albuquerque no Porto onde os edif cios foram projectados autonomamente do espa o respeitando sempre o alinhamento de conjunto sendo que um dos factores que mais distingue as pra as entre si o pr prio processo que as origina Coelho 2008 p 30 Assim Rigotti citado por Angelis caracteriza as pra as em dois grupos as pra as de descanso e de circula o As pra as de descanso podem ser de mercado de reuni o monumentais de espect culos de igrejas e pal cios As pra as de circula o podem ser de estacionamento de esta o ferrovi ria transportes e para edif cios p blicos Angelis 2004 Mas no entender de Mat
79. er 201 1 pdf Jornal das Caldas 2013 Cria o da Marca da Fruta Acedido em 13 de Mar o de 2013 em http www jornaldascaldas com Criacao da Marca Praca da Fruta e proposta para votacao no Orcamento Participativo Kostof S 1992 The City Assembled London Thames and Hudson Lamas J M R 6 2004 Morfologia urbana e desenho da cidade Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Lemos C A C 1981 O que patrim nio hist rico S o Paulo Brasiliense 103 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Leniaud J M 1992 L utopie fran aise essai sur le patrimoine Paris Menges Lima E F W amp Meleque M R 2004 Cultura Patrim nio e Habita o Possibilidades e Modelos Brasil Sindicato Nacional dos Editores de Livros R J Lynch K 1990 Good City Form Cambridge Massachusetts The Mit Press Mangorrinha J 2002 Cidade Termal Boletim de Cultura Urbana n mero um Caldas da Rainha C mara Municipal das Caldas da Rainha Mangorrinha J 2004 Cidade Termal Boletim de Cultura Urbana n mero cinco Caldas da Rainha C mara Municipal das Caldas da Rainha Mangorrinha J 2005 Cidade Termal Boletim de Cultura Urbana n mero nove Caldas da Rainha C mara Municipal das Caldas da Rainha Pereira M M D C E 2008
80. erior e pelos remates curvil neos das portas e janelas o que fez com que se torna se num ponto de refer ncia desta pra a n o s devido sua arquitectura mas tamb m ao seu rel gio que faz parte da pequena torre sineira impondo se neste espa o edificado Encontra se em bom estado de conserva o J devido as obras de conserva o de que foi alvo recentemente Como ponto negativo o rel gio da torre do edif cio da C mara Municipal que desde 1841 meticulosamente sem interrup o nem sobressalto contou o tempo minuto a minuto hora a hora suspendeu a incessante contagem Querido 2009 pp 21 22 e se encontra em estado total de abandono Fig 91 Figura 91 Actual Edif cio da Junta de Freguesia Foto do Autor 2012 Tamb m a Nova Padaria Tabuense respectivamente com os n meros 5 a 9 constitu da por tr s pisos destina se ao fabrico e comercializa o de p o De real ar na sua fachada a exibi o do recurso ao azulejo nomeadamente na inscri o da designa o da loja casando pedra com azulejo e mantendo o mesmo tipo de fenestra o integrando se numa arquitectura de influ ncia Arte Nova Al m dos seus pisos superiores se encontrarem devolutos o seu estado de conserva o da fachada regular Fig 92 d Figura 92 Designa o da Nova Padaria Tabuense Mangorrinha 2005 p 35 83 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o
81. escind vel na vida urbana n o s mas tamb m por ser um espa o desafogado e livre de constru es S o v rios os autores que apresentam o significado de pra a Para Saldanha o car cter extrovertido e aberto da pra a det m a hist ria pessoal e a do mundo Saldanha 1993 para Lynch as pra as s o espa os de encontro e lazer dos transeuntes onde o principal objectivo propiciar o bem estar das pessoas Lynch 1999 tamb m na perspectiva de Spirn a pra a um espa o para ver e ser visto comprar negociar passear e fazer pol tica Spirn 1995 para Zuliani a pra a o melhor local para o com rcio tamb m devido a ser um espa o onde v o convergir todas as ruas centrando em si todas as energias sociais para quem compra vende passa passeia contempla e conversa Zuliani 1995 segundo Teixeira as pra as expressam de forma clara os elementos de perman ncia e de muta o das morfologias urbanas Teixeira 2001 p 9 Caldeira refere que a pra a suporta um patrim nio rico em hist ria cultura tradi o e saber sobre a cidade como local de identidade Caldeira 2007 por sua vez Jos Lamas afirma que a pra a re ne a nfase do desenho urbano como espa o colectivo de significa o importante Este um dos seus atributos principais e que a distingue dos outros vazios da estrutura das cidades Lamas 2004 p 102 O termo pra a procura identificar um espa o p blico de car cter excep
82. fico na cidade as pra as deveriam ser diferentes mercados uns para prata e ouro outros para especiarias outros ainda para madeira bem como outros para gado etc Alves 2003 p 101 Fig 35 AF Figura 35 Pra a das Flores no Porto Foto do Autor 2012 41 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Todavia as pr ticas mono funcionalistas de separa o provaram ser um contratempo Os complexos maci os de edif cios de servi os ou os recintos comerciais imobilizam largas reas da cidade ao encerrarem ao fim do dia as suas actividades sendo as pra as urbanas mais bem sucedidas aquelas que asseguram uma forte din mica pela diversidade de usos ao longo do dia e noite Curioso o facto de a rela o inversa que existe entre o meio envolvente e o espa o p blico visto que o sucesso ou o fracasso de um condicione o sucesso ou o fracasso do outro O que aqui se pretende transmitir que um espa o p blico agrad vel torna se num p lo de atrac o contribuindo para o desenvolvimento da envolvente e vice versa Importa por 1sso relacionar os espa os p blicos com o contexto urbano em que estes se inserem de modo a analisar as mudan as culturais e da vida p blica que as pessoas promovem individualmente e em grupo j que s o estas mudan as
83. fun o para al m da arquitectura das fachadas pretendendo obter uma an lise detalhada das exig ncias e factores qualitativos no processo de planeamento e manuten o do espa o urbano Aborda a quest o da interdisciplinaridade necess ria concep o e conserva o do espa o p blico chamando aten o para a necessidade da colabora o de todos os que de alguma forma Interv m na sua cria o manuten o e utiliza o Centra se tamb m no estudo das dimens es humanas do espa o com base nos processos de composi o uso e manuten o de um espa o acess vel que satisfa a as necessidades dos seus utilizadores segundo uma avalia o qualitativa baseada na ptica do utilizador A forte base social que caracteriza o m todo de avalia o da qualidade do espa o p blico urbano proposto neste estudo d nfase s necessidades e expectativas dos que fazem parte do quotidiano dos espa os bem como s vantagens da sua participa o activa na cria o e manuten o do espa o Deu nos ainda pistas para aquelas que ser o as caracter sticas espaciais que poder o servir de incentivo maior ou menor utiliza o do espa o Por sua vez Jos Manuel Ressano Garcia Lamas 2004 aborda os elementos morfol gicos do espa o urbano respectivamente os edif cios e as suas fachadas em rela o pra a Para este autor a defini o de pra a surge da rela o entre o vazio espa o de perman ncia com o cheio e o edificad
84. fundos que conseguiram interromper s culos de tradi o da pra a Na cidade moderna o papel da pra a decaiu praticamente toda a vida p blica realiza se em recintos fechados e espalhados pela cidade A pra a converte se num lugar de passagem atravessamento ou de encontro moment neo por vezes de passeio onde raramente se perpectuam actividades Alves 2003 p 76 23 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Mas apesar de existirem muitas op es de lazer e conviv ncia parece que as pra as continuam a ter uma grande import ncia na vida p blica urbana onde podemos encontrar amigos convivermos passearmos ou mesmo n o fazermos nada apreciando os prazeres de estar ao ar livre e ao sol S o espa os livres p blicos urbanos destinados ao lazer e ao conv vio da popula o acess veis aos cidad os e livres de ve culos Robba e Macedo 2002 p 17 A verdade que a pra a permanece como um marco urbano nas cidades contempor neas apesar da concorr ncia de locais mais sofisticados Elas foram edificadas nas cidades do passado pela necessidade inerente vida dos homens e estes estabeleceram entre si rela es de conviv ncia tratando se de locais insubstitu veis na troca de informa o na transmiss o de conhecimentos no debate de ideia
85. giosas delineavam se in meras pra as que serviam principalmente para receber as respectivas cerim nias Na Gr cia a gora era o local onde tudo se passava e para onde todos os cidad os se dirigiam era o centro din mico da cidade Grega A Acr poles a cidade alta cidade dos deuses e ltimo ref gio uma pra a aberta sobre a colina donde se percepcionam os templos Alves 2003 p 77 Era tamb m um lugar de encontro social comercial intelectual e art stico onde o centro da cidade era a pra a p blica A gora s mbolo urbano da democracia grega apresenta se normalmente como um espa o livre de edifica es configurada pela presen a de mercados e feiras assim como por edif cios de car cter p blico Originalmente era tamb m o verdadeiro centro pol tico da cidade Goitia 2010 p 47 local de reuni o dos cidad os apresentando se como um espa o onde ocorriam as discuss es pol ticas surgindo as correntes de opini o e de pensamento tribunais populares e local onde todos os cidad os tinham o direito de expressar o seu dic pensamento e opini o Por este motivo a Agora era um AS nas DISC NS TEC eo SN RES AA E ia Re ao 2457 Es Ukoi gt ET o 49 y9 Sd E Ps p dc psp pese Rad EE De E fi pE A 7 s mbolo de liberdade um espa o p blico por excel ncia amplo e privilegiado na cidade s mbolo da actividade politica e consequentemente da liberdade do povo grego
86. gunda feira a s bado num espa o que ganha vida devido a possuir uma grande variedade de bancas que vende de tudo Aos domingos como forma de 52 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha apoiar os artistas e artes os da cidade dando lhes um lugar para venderem o que fazem transforma se num mercado de arte artesanato e numa variedade de bancas s de agricultores locais o que faz com que este mercado seja uma das pe as mais populares do centro da cidade e um dos mais hist ricos Cambridge City Council 2006a p 65 Fig 49 1 Market Square 2 Church of St Mary the Great 3 Guilhall 4 Gonville and Calus College Figura 49 Planta da Pra a Cambridge City Council 2006b p 2 A norte da pra a fica o edif cio Gonville and Caius College constru do em 1937 os pisos superiores destinam se para alojamento de estudantes e o piso t rreo para estabelecimentos comerciais o edificado constru do por cinco pisos com uma frente de 15 metros de largura Fig 50 Figura 50 Edif cio Gonville and Caius College 2012 53 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha
87. igura 13 Pra a da Rep blica em Montemor o Velho Coelho 2009 p 585 28 Figura 14 Largo do Pa o em Braga Coelho 2009 p 209 ssseessesssssssssssssssssererreessssssssssss 28 Figura 15 Vista da Pra a 25 de Abril em Alcoba a Foto do Autor 2012 28 Figura 16 Pra a dos Imperadores em Manique do Intendente Coelho 2009 p 172 29 Figura 177 Pra a da Rep blica em Beja Coelho 2009 p 193 eeenn 29 Figura 18 Largo de S o Miguel em Lisboa Coelho 2009 p 469 29 Figura 19 Pra a do Comercio em Lisboa Coelho 2009 p 28 eeeesi iii 30 Figura 20 Pra a de Santa Maria em Obidos Foto do Autor 2012 ciiissssseeeess 30 Figura 21 Largo Vasco da Gama em Santa Cruz da Graciosa Coelho 2009 p 38 31 Figura 22 Pra a dos Monumentos Nacionais em Aguiar da Beira Coelho 2009 p 5 3 Figura 23 Adro da Igreja em Torre de Moncorvo Coelho 2009 p 37 31 Figura 24 Piazza Navona em Roma Fazio Moffett amp Wodehouse 2009 p 370 32 Figura 25 Piazza Della St Annunziata em Floren a 2012 Acedido em Janeiro de 2013 http www florence on line com piazzas piazza della santissima annunziata html 34 Figura 26 Descaracteriza o da Fachada de um Edif cio em Sic lia Alves 2
88. il Rossio de Alcoba a onde a presen a do mosteiro define o lado maior do tri ngulo Fig 15 Figura 15 Vista da Pra a 25 de Abril em Alcoba a Foto do Autor 2012 28 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Em rela o s formas circulares que eram as favoritas do Neoclassicismo hoje em dia estes espa os s o pouco frequentes ocorrem na cidade europeia como resultado do processo de sedimenta o determinado em geral por efeitos de atrac o de um edif cio isolado Coelho 2009 p 35 ou num contexto bem Es distinto e mais recente como resultado dos i ni E projectos de expans o da cidade oitocentista Contudo pode ocorrer como uma variante de composi o espacial em forma hexagonal como amp o exemplo da Pra a dos Imperadores em K gt Wi TT Manique do Intendente na Azambuja Fig 16 Figura 16 Pra a dos Imperadores em Manique do Intendente Coelho 2009 p 172 Em rela o aos planos que configuram os NNW espa os a situa o mais comum o plano horizontal de n vel para planos verticais definidos por frentes constru das com a Pra a da Rep blica em Beja rectangular com frentes constru das por edif cios habitacionais e num dos topos pela Igreja da miseric rdia Fig 1
89. ili rio urbano que permita satisfazer as necessidades dos utilizadores deste espa o publico como a Bancos Devem ser seguros confort veis e colocados sob as rvores existentes de forma a n o interferrem com a circula o pedonal e garantirem uma utiliza o mais agrad vel e segura Fig 104 b Candeeiros Dever o ser colocados nas extremidades norte e sul da pra a para que o seu centro fique desimpedido de modo a proporcionar melhor circula o e uma efectiva ilumina o nocturna c Fonten rios Devem ser colocados em locais a n o constituir um obst culo circula o e de forma a tornarem se perfeitamente acess veis aos utilizadores do mercado Estes devem ser dignos do espa o que ocupam de modo a valorizar o mercado d Contentores Devem ser seguros com as tampas facilmente manuseadas e colocadas preferencialmente em zonas pr prias que n o interfiram com a circula o pedonal e serem adjacentes ao passeio de modo a garantir um percurso acess vel Fig 105 e Marco do correio O tradicional e j t o enraizado marco do correio vermelho um verdadeiro exemplo de uma boa pr tica que perdurou no tempo dever ser colocado junto ao ch o facilmente detectado e localizado de modo a n o obstruir a circula o pedonal Fig 106 f Papeleiras Devem ser colocadas de forma mais conveniente em rela o ao percurso n o devendo nunca em situa o alguma serem suspensas nos candeeiros de
90. im Os manipuladores de alimentos t m que usar um vestu rio limpo e adequado e manter sempre um alto grau de higiene pessoal Os que lidarem com alimentos de alto risco t m que ter instala es destinadas para a lavagem das m os com gua quentes e frias dispon veis na tenda fornecido para todos uma caixa de primeiros socorros Depois de complementar um pedido de licen a que dever o ser renovadas semanalmente uma tenda na Pra a do Mercado de segunda feira a s bado custa de 15 24 13 00 a 33 99 29 00 por dia dependendo do local e data O custo das tendas aos domingos de 29 35 25 05 por dia devendo os produtos residirem pelo menos num raio de 60 quil metros da cidade Cambridge City Council 2013a Em tempo severo para aos comerciantes que n o frequentarem o mercado n o ser cobrada qualquer verba para esse dia ou dias As tendas s o fornecidas pela equipa de gest o de mercados e v m acompanhadas com um fus vel quadro de stall folha de topo quadros de mercado barras de apoio e uma instala o para o lixo reciclado N o podem ser estendidas para a via p blica nem ser movidas alteradas ou acrescentadas sem o consentimento pr vio da equipa de gest o A limpeza deste espa o p blico realizada regularmente especialmente na rea do mercado A Equipa de Gest o fornece e mant m as instala es sanit rias adequadas para todos os comerciantes deste espa o Os vendedores s o obrigado
91. ionais n o s do ponto de vista funcional prote o aos raios solares luz intensa chuva neve como pela qualidade de referencia o do espa o ao formarem itiner rios de comprimentos consider veis Alves 2003 p 127 Figura 25 Piazza Della Santissima Annunziata em Floren a 2012 1 2 2 A Arquitectura Na cidade tradicional a rela o do edif cio com o espa o urbano processa se atrav s das fachadas dos edif cios e dos seus volumes que definem os espa os urbanos Lamas 2004 p 96 s o elas que v o exprimir as caracter sticas distributivas programas fun es organiza o o tipo edificado e a linguagem arquitet nica isto um conjunto de elementos que ir o moldar a imagem da cidade Deste modo podemos afirmar que a qualidade de uma pra a depende naturalmente do car cter arquitect nico que o edificado envolvente apresenta fundamentalmente pelos aspectos funcionais dos edif cios e pelas caracter sticas das suas fachadas definindo estas os limites da pra a caracterizando a e organizando o cen rio urbano A composi o da fachada dos edif cios a maior ou menor uniformidade dos v os e coberturas os ritmos verticais e horizontais a transpar ncia e permeabilidade ou a opacidade e encerramento s o muitas vezes os meios atrav s dos quais se estabelece uma rela o directa entre os edif cios e o espa o p blico urbano S o as fachadas que exprimem as caracter sticas do edif
92. ito cultural evidenciado na reabilita o de que foi alvo a escolha dos materiais que d o forma aos novos usos reflectem uma atitude contempor nea com o fim de dar visibilidade e honestidade intelectual interven o por contraste com o existente de real ar o friso em azulejos de influ ncia Arte Nova Este edif cio encontra se em bom estado de conserva o Fig 98 Figura 98 Antigo Edif cio dos Grandes Armaz ns do Chiado Foto do Autor 2012 3 3 O Futuro da Pra a A pra a o espa o p blico mais marcante da cidade da a import ncia de desencadear uma discuss o e debate por parte dos vendedores utentes e comerciantes do espa o no sentido de sensibilizar uma opera o de valoriza o onde as opini es de todos sejam levadas em conta apresentando solu es de dinamiza o com a finalidade de recuperar a identidade o car cter urbano e c vico deste centro de com rcio para que a sua hist ria e ess ncia n o seja desvirtualizada e que volte a ser um espa o din mico e atractivo 86 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Embora o seu lugar hist rico social e a qualidade embora ferida do tecido urbano que a configura fossem motivos mais que suficientes para a urg ncia dum trabalho de requalifica o deste espa o
93. ixa o da popula o Centra se tamb m na import ncia da pra a local onde todos os dias se realiza o mercado com destaque para os locais de venda levando mesmo o autor a afirmar que A Pra a era muito avantajada Barros 2005 p 131 e se constituir como um p lo de actividades comerciais e mercantil al m da progressiva afirma o como centro de uma economia de trocas locais e regionais feita refer ncia ao surgimento neste espa o p blico das principais edifica es com destaque para o edif cio da C mara Aborda a maneira como a cidade progrediu e se expandiu em torno da institui o do Hospital atrav s de um programa de edifica o e de um espa o p blico verdadeiramente nicos Por sua vez Stephanie Boyd 2005 aborda a hist ria do desenvolvimento de Cambridje ao longo dos ltimos mil anos fazendo refer ncia ao turismo espa os verdes campos desportivos e fascinante arquitectura das faculdades Centra se tamb m na evolu o e n funcionamento da Pra a do Mercado a c u aberto como sendo o local mais popular e hist rico do centro da cidade Centra se tamb m na hist ria e nas fun es dos edif cios envolventes pra a com especial relevo para a Great St Mary s O trabalho desenvolvido por Jorge Mangorrinha 2005 designadamente na publica o peri dica de cultura urbana Cidade Termal particularmente relevante para este caso no n mero 9 identificando alguns dos problemas desta pra a e tra
94. la de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Muitas vezes quando as caracter sticas de um edif cio s o nicas e o seu espa o o permite ele adquire grande import ncia simb lica Pode se dizer que o espa o vive em fun o do edif cio magnificando este o espa o As fachadas fornecem o cen rio para a vida quotidiana da cidade e promovem a interac o entre diferentes partes de um conjunto urbano e entre o ambiente p blico e privado A sua concep o e das reas adjacentes oferecem tamb m possibilidades para influenciar a concentra o das actividades e a intensidade de experi ncias para aqueles que usam o espa o p blico As zonas de transi o activas entre o espa o e a fachada e a curta dist ncia entre acessos a diferentes fun es contribuem para a concentra o de actividades e acrescentam interesse e vitalidade ao ambiente urbano Para finalizar direi que ao identificar a fachada como um elemento morfol gico a entendo como um elemento determinante na forma e imagem da cidade elemento ao qual sempre se atribuiu um alto significado no projecto arquitect nico O reencontro com a arte urbana ter de assumir de novo o cen rio urbano n o desligando o desenho das fachadas dos problemas de urbanismo e atrav s desta quest o estabelecer tamb m um elo de continuidade e integra o entre desenho urbano e p
95. lhorada Para isso ficaram algumas sugest es que nos parecem merecer a aten o de todos os utilizadores mormente a aten o dos respons veis por este espa o 100 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha REFER NCIAS Alves F M B 2003 Avalia o da qualidade do espa o p blico urbano Proposta metodol gica Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian Funda o para a Ci ncia e a Tecnologia Minist rio da Ci ncia e Ensino Superior Angelis B L D 2004 Pra as Hist ria Usos e Fun es Maring Editora da Universidade de Maring Barbini F 2011 A Pra a um patrim nio da cidade a preservar e valorizar in Patrim nio em constru o Contextos para a sua preserva o actas do simp sio Lisboa LNEC Barros L A Coord 2005 Caldas da Rainha Patrim nio das guas Lisboa Ass rio amp Alvin Benevolo L 2004 Histoire de la ville Marseille Editions Marseille Boito Camillo 202 Os Restauradores Brasil Atelie Editorial Boyd S 2005 The Story of Cambridge Cambridge University Press Brandi C 2004 Teoria da restaura o Roma Ateli Editorial Caldeira J 2007 A Pra a Brasileira trajet ria de um espa o urbano origem e modernidade Brasil Departamento de Hist ria Universidade Estadu
96. lica das Caldas da Rainha fortificada de onde sa am vias com direc o aos port es e lugares de defesa sendo utilizada para festas mercados e feiras e a pra a chamada de esplanada rea descampada localizada fora dos muros da cidade pr xima de alojamentos e campos militares onde eram praticados exerc cios de guerra S com o surgimento do Renascentismo que as pra as se inserem em definitivo na estrutura urbana convertendo se num dos principais elementos urban sticos para transforma o e embelezamento das cidades compreendida como um lugar p blico essencial ganhou novos elementos como obeliscos est tuas ou fontes e tamb m lugares de vida social e de manifesta es do poder Lamas 2004 p 176 O Renascimento e as correntes art sticas subsequentes Barroco Rococ Maneirismo e o Neo Classicismo criaram pra as que geralmente primavam pelo refinamento da arte eram o lugar de espect culo e cen rio de poder Tais pra as antecessoras do Modernismo estavam submetidas a um edif cio como uma igreja um edif cio municipal pal cio ou identificada com um uso espec fico neste per odo que as pra as chegam ao seu cume com o surgimento dos novos planos das novas cidades e ideias renascentistas A pra a n o s mais um vazio no espa o urbano passa a ser um lugar especial e de destaque no tra ado da cidade como exemplo a Place Albertas em Aix en Provence Segundo os ideais de simetria e regul
97. m Boyd 2005 p 22 Fig 54 ei ER A o Mercado Na cruz que existia neste espa o p blico a qual veio a ser removida em 1786 eram lidos pronunciamentos p blicos servindo por vezes para puni es Tamb m as grades do Conduit foram usadas para amarrar criminosos condenados e chicoteados A Pra a do Mercado tamb m viu a queima bizarra de caix es do erudito protestante e a mais remiss vel queima de livros de Lutero Hadley 1995 p 27 Fig 55 56 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Figura 55 Queima de Livros Boyd 2005 p 41 A fonte que originalmente tinha um arco em pedra decorado sobre ela foi constru da no mercado em 1614 com a finalidade de proporcionar aos habitantes da cidade gua fresca Foi removida em 1856 e colocada em Lensfield Road ficou em seu lugar uma nova fonte vitoriana que servia tamb m como bomba de gua para uso local O recinto do mercado em 1619 devido ao potencial risco de inc ndio foi pavimentado Cambridge City Council 2006a p 12 a verdade que em 1849 ocorreu um grande inc ndio Cambridge City Council 2006b p 1 nos edif cios que eram em madeira com telhados de colmo e se encontravam dentro do actual recinto da pra a Devido a estes terem ficado completamente destr
98. m com que a velocidade dos autom veis seja reduzida Devem ser colocadas rampas de acesso directo pra a em locais a definir de modo a ficarem perfeitamente integradas e em sintonia com a realidade envolvente para permitirem um simples e f cil acesso as pessoas com mobilidade reduzida Na paragem dos autocarros tamb m deve ser colocada uma rampa de acesso que bem dimensionada assume se como um percurso de elei o a quem circula Teles 2009 p 201 Fig 99 FPE F a e sj fi ki T 1 TER P PL E F iiki PEF E Ea a o j F a m LE TE o E MRE E RNA TE se a nm Ema Ea Lg E E s i a E e CRTERRENET TREE ERR E EEE ALSO j E EE CCEE PESE EET z EEE a ra a iT a i a EA E B Ri E A 7 LE E no E E CE i Fr a E e mar i hm m Ca CR nas ds TEA h ql t Figura 99 Planta de Acessibilidades Foto do Autor 2012 3 3 2 Equipamento Qualquer interven o neste espa o e na actividade do mercado deve ser obviamente ponderada de modo a n o desvirtuar o espa o da pra a nem por em causa o futuro do mercado tanto do ponto de vista de quem nele vende como de quem nele se abastece Mangorrinha 2004 p 95 Depois de um levantamento das caracter sticas e tipologias dos produtos e de todas as actuais bancas existentes no mercado dever o a Ser redefinidas as reas por vendedor b Ser concebidas e colocadas bancas que sirvam de apoio aos vendedores do mer
99. m elemento urbano a que aquele se sobrep e como exemplo a Pra a de Santa Maria em bidos na sua rela o com a rua Fig 20 Figura 20 Pra a de Santa Maria em bidos Foto do Autor 2012 30 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Em rela o organiza o espacial de uma pra a pode pressupor se a presen a de um elemento central que pela sua dimens o encontra o seu lugar preferencial e pontua o espa o ir Como fonten rios monumentos escult rios ou T AAAA O MO dl A i MIN 5 y W pelourinhos A Pra a Conselheiro Silva Torres em Caminha centrada pelo chafariz que assume um papel estruturante na sua organiza o O Largo Vasco da Gama em Santa Cruz da Graciosa assume um car cter muito particular dado que o elemento central constitu do por grandes tanques obrigando a uma a utiliza o marginal do espa o Fig 21 Figura 21 Largo Vasco da Gama em Santa Cruz da Graciosa Coelho 2009 p 38 js A Pra a dos Monumentos Nacionais em Aguiar da Beira caracteriza se tamb m por um espa o bastante alongado e inclinado comporta diversos elementos relevantes nomeadamente a torre do rel gio a fonte e o pelourinho Fig 22 Pode tamb m haver a presen a de constru es de maior dimens
100. mb m um momento de afecto recupera o da mem ria por aquilo que este espa o tem de evocativo A Pra a da Rep blica o centro f sico da cidade mas tamb m o centro da vida colectiva de muitos pois ponto de conflu ncia de acontecimentos da nossa hist ria comum A Pra a da Rep blica lugar central da cidade de Caldas da Rainha como muitas das zonas hist ricas das nossas cidades e vilas assiste degrada o e desertifica o do seu meio envolvente Perde se assim muito do nosso patrim nio hist rico e o espa o deixa de poder estar ao servi o da vida das pessoas Torna se hoje premente a necessidade de estudar o espa o urbano que ao longo do tempo se tem vindo a degradar e a desumanizar tantas vezes por inc ria ou por sujei o a Interesses econ micos H tamb m uma maior consci ncia da necessidade de defesa do nosso patrim nio e significativamente surgem muitos grupos empenhados nessa defesa A an lise da situa o leva me a apontar o que de errado se tem passado com esta pra a e o espa o envolvente Aqui se deixam cr ticas e se apontam respostas no sentido de corrigir ou melhorar Tamb m n o haja ilus es h um passado que n o regressa e todas as coisas est o sujeitas mudan a que traz o tempo Nem tudo o que tradi o s por isso bom Assim procuremos apontar para uma interven o na pra a onde h muito funciona o mercado di rio que responda a um sentido est tico e ao mesmo te
101. mbrando a sua forma um est dio isto A dist ncia ideal para se percepcionar com clareza um edif cio dominante no extremo da pra a anda algures pelo dobro da altura do edif cio medida perpendicularmente sua fachada principal Alves 2003 p 96 Fig 24 Figura 24 Piazza Navona em Roma Fazio Moffett amp Wodehouse 2009 p 370 Na teoria de Alberti citado por Alves o ideal de pra a centrava se numa rela o em que o comprimento seria igual ao dobro da largura Alves 2003 Todavia apesar de todos estes princ pios existem muitas pra as bem sucedidas que n o obedecem a nenhuma destas normas e s o compensadas pelo sentido de lugar e pela din mica das actividades que comportam Algumas destas pra as localizam se nas zonas mais antigas das cidades s o t o pequenas que chegam a medir apenas 15 metros Tamb m 32 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha existem pra as maiores que t m uma m dia de 57 metros por 143 metros para alguns te ricos a propor o c moda para que um observador no centro de determinado espa o possa em toda a sua volta apreciar todos os lados desse espa o ser a dist ncia dada pela projec o no solo de uma linha a 27 com o plano de fachada tra ada desde a linha do beiral abaixo desta medid
102. mpo funcional deste espa o Nunca ser demais referir a import ncia que historicamente teve a Pra a da Fruta para a vida dos caldenses residentes e de quem visita a cidade caso singular no panorama nacional pelo seu mercado di rio a c u aberto de fulcral import ncia econ mica social e tur stica No mundo n o ser o muitas as pra as que t m sequer aproximadamente a mesma funcionalidade Comparativamente estudei o caso da pra a da cidade de Cambridge com caracter sticas semelhantes Lan ando um olhar sobre esta cidade inglesa as suas fun es as Interven es ao longo do tempo tudo o que oferece aos seus utentes a equipa de gest o de 99 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha mercado que tem como objectivo acompanhar apoiar e aconselhar os comerciantes promovendo reuni es regulares n o s com os vendedores do mercado mas tamb m os comerciantes da rea envolvente De real ar tamb m a elabora o do regulamento do mercado com a finalidade de que este funcione devidamente que nos pode ajudar a encontrar respostas para a possibilidade de melhorar o objecto de estudo As propostas de altera o que aqui se mencionam v o tamb m no sentido de devolver pra a a vida que outrora teve outrora centro social da cidade hoje apenas com anim
103. nascentes de guas minero medicinais frequentadas por leprosos e doentes com reumatismo que procuravam nestas guas a cura para os seus males as quais tinham a designa o de caldas de bidos como eram conhecidas e utilizadas desde pelo menos o s culo XIT Serra 2003 p 50 sobre os ausp cios da Ordem Beneditina de Santa Maria de Rocamador que dava assist ncia aos pobres e necessitados Mas no s culo XV ap s a extin o da referida ordem n o foi poss vel evitar a decad ncia estrutural em que entraram as caldas de bidos Assim no ano de 1485 a Rainha D Leonor detentora do senhorio das terras de bidos ordenou a a edifica o de um grande Hospital com uma centena de camas onde se desenvolvesse a Medicina dos Banhos Serra 2003 p 50 incluindo a Igreja privativa consagrada a Nossa Senhora do P pulo As diversas vers es do que ter levado a Rainha a mandar construir o Hospital n o s o un nimes Por um lado defende se que no ano de 1484 quando seguia rumo vila da Batalha para se encontrar com o rei teria passado num local onde viu pobres a banharem se numas guas das quais saia fumo A falta de condi es a que estes estavam sujeitos ter sensibilizado a Rainha levando a edifica o do Hospital Fig 60 Uma outra vers o refere que estaria doente em Almeirim e os seus m dicos aconselharam na a fazer tratamento naquelas guas e depois de ter comprovado os seus excelentes resultados
104. nforma o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 32 Contesto Aclual d PRACA ns a a aGaS GATE a CURE ana Da a Rs a 13 32 Caracierizac o de ProDICMAS saio Sea TE 15 DE P N CE ea rca sarada a SL ER E T 75 S E E DT o E E E ii 76 JAk Estacionamento Ta ias aa raia doada Sd 16 325 Limpeza e MaAnuc O sassenada nuances cnegadin tube ea adus pe T11 ILO Mopar Urban Ose a E S Td Pere DANCE COR A ETO 78 20 LONA N E ear a E 19 3 2 Caroas e DOSCARSAS pisiiss nani prato nie E pi psp 19 ILOS EMO dC Apol Spcsa toa isa dans andas eai sao a ass Das sao aaa nau 80 DE 2a Espacos NOCIO S cosa ad aaa a a 80 3 2 12 Envolvente Edificada Estado de Conserva o essssssssoeeeessssssseeeeees 81 0 Futur ida Pra deito en dobras E Da 86 Sal ACESS DICA onpaadas a den as o a o a 88 SA EQUIPAMENTOS usa nitrato gua isca RS uh ORGS a a 88 RoS Ea Onam O aqui s sra asia A a 89 IDAE Limpeza MaAmnENCAOS eras a E 90 Bs oo MOO hiato UrDaN O PoE Roo RE RE ERRO DE RR RR RE RR ERRO DE RR 90 DO ANG CO Gases ensaia que ice gas ana E 91 DE ai 5 ACAO gor ta ousa E E EE UR a E 91 Jo S r Aa ASA RO RSA PRN UR UR RR RE DADE NEI DOURAR RR SR DDR 92 9 de Coroas e Descardas ana isa ici essas arena aaa Siena uai rs as rasa 92 gt du U Gest o do Merc ad Oea E NR 92 Soa EAICIO dC APOIO aspas ini Ra gas e To EG Alasca a Rae beie iso aa E 93 IDA a EQUMNCIOS ENVOLVENTES upando a GIRA 96 CONCLUS O
105. nimava a pedra secular escadaria que dava eleva o e solenidade s boas e m s novas preg es Querido 2009 p 37 Corria o ano de 1591 e a Confraria que era uma associa o religiosa edificou a Igreja de Nossa M A Senhora do Ros rio no espa o que lhe foi concedido IS r mto m 1 5 a nascente do Rossio a qual inclu a tamb m no adro N e DA sereia adjacente pequenas cruzes toscas que assinalam f sepulturas que sacralizam o ch o do Rossio Querido 2009 p 24 Fig 65 Figura 64 Planta Conceptual das Caldas no S c XVII Serra 2003 p 241 Com o decorrer dos tempos o Rossio que tomara a designa o de Pra a Nova e o seu mercado foram se tornando no cora o das Caldas da Rainha Devido tamb m s tend ncias arquitect nicas que come am a aparecer no local a Rainha D Maria Ana instruiu Manuel da Maia Engenheiro Mor do Rei em 1749 para erguer um novo edif cio para os Pa os do Concelho cadeia e a ougue em frente ao pelourinho na Pra a Nova Rossio local onde come ava a ser o centro de com rcio Tudo mudou com a implanta o do edif cio dos Pa os do Concelho no Rossio e com a passagem do mercado di rio para este local Logo a seguir ao Real Hospital o edif cio dos Pa os do Concelho actualmente o mais grandioso desta vila Querido 2009 p 28 Em Janeiro de 1836 e devido ao estado de entropia a que chegou a centen ria Igreja de Nossa Senhora do Ros rio d
106. niversidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha O Kings College fundado em 1441 e mais tarde a constru o da capela do col gio conclu da em 1544 considerado um dos maiores exemplos da arquitectura g tica Todos os anos na v spera de Natal o Festival de nove li es e Carols um servi o criado por um decano do rei especialmente para a faculdade transmitido a partir da capela para milh es de ouvintes em todo o mundo Fig 44 ii M pi T Figura 4 Eros Capela de King College Boyd 2005 p 35 O Christ College fundado em 1437 onde Erasmo ensinou teologia com a sua Capela de King College considerado um dos maiores exemplos da arquitectura g tica o edif cio mais emblem tico da cidade Tamb m o Queens College est entre as faculdades mais antigas e maiores da Universidade fundado em 1448 abrange ambos os lados do rio Cam Fig 45 AM R Figura 45 Queens College Boyd 2005 p 32 O Pembroke College tem mais de 700 estudantes todos eles com um n vel de desempenho acad mico do mais elevado n vel E a terceira mais antiga faculdade da universidade e fisicamente uma das maiores comporta edif cios de quase todos os s culos desde a sua funda o bem como extensos jardins 50 Universidade Lus fona de Humanidades e
107. nsumidores regulares da Pra a do Mercado tiveram uma ideia interessante para ajudar a promover este espa o p blico Elaboraram um livro sobre o passado e o presente destinando se este a todos os residentes e visitantes O livro concentra se no trabalho e na vida dos utilizadores do mercado bem como na hist ria do pr prio e cont m ilustra es de alguns comerciantes nos seus locais de venda Estes contam as suas hist rias passadas no mercado As interven es de clientes mist rio avaliaram o desempenho de 30 comerciantes independentes na cidade produzindo uma pontua o de 90 8 A equipa tamb m realizou 105 entrevistas de rua para pedir a opini o sobre a cidade e o seu mercado 70 dos entrevistados sentiram o cidade estava limpa e arrumada e 90 disseram que geralmente se sentiam seguros na cidade 76 dos entrevistados achavam que o mercado era uma parte importante na oferta comercial e 30 disse que s fariam compras no mercado Joyce Thornton amp White 2011b p 1 64 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha CAPITULO 3 Caso de Estudo A Pra a da Rep blica Caldas da Rainha A Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha em fun o de se ter revelado um mercado di rio a c u aberto a funcionar desde o final do s culo XV no Pa s vai ser obje
108. o Carlos Dias Coelho coord 2009 apresenta uma diversidade tipol gica das principais pra as portuguesas que para al m da sua import ncia hist rica possuem caracter sticas muito pr prias e identific veis contribuindo para a compreens o do seu estado 14 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Lu s Nuno Rodrigues M rio Tavares amp Jo o B Serra 1993 abordam a funda o das Caldas da Rainha e o seu desenvolvimento ao longo dos s culos XVIII e XIX referindo se ao surgimento das primeiras ruas e habita es assim como diversidade das suas fun es administrativas e autonomiza o das actividades sociais e econ micas Fazem tamb m alus o import ncia do hospital s vindas peri dicas de D Jo o V e s obras de algum vulto que surgiram referindo se respectivamente ao melhoramento das acessibilidades e cria o de infraestruturas rodovi rias e ferrovi rias Fazendo tamb m uma chamada de aten o arquitectura e ao urbanismo oitocentista que ainda hoje uma das imagens originais do ponto de vista art stico Luis Aires Barros Coord 2005 aborda a origem das Caldas da Rainha que se fez a partir das guas e por causa delas consequ ncia da funda o pela Rainha D Leonor e do Hospital Termal criou as condi es para a f
109. o seria retomado Houve projectos e tentativas de o transferir de o encerrar de o normalizar semelhan a de outras cidades em nome da modernidade e do conforto Mas a cidade reconhece se no mercado do velho Rossio sem ele ficaria irreconhec vel Querido 2009 p 56 12 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Quer isto significar que a Pra a da Rep blica e o seu mercado di rio apesar de necessitarem urgentemente de uma interven o s o hoje o principal factor de anima o da cidade pelo que nem sequer uma eventual transfer ncia pode ser decidida sem se equacionar todas as consequ ncias sobre o futuro de uma das pe as mais emblem ticas e funcionais do centro hist rico da cidade A pra a o s mbolo das m ltiplas fun es que o mercado proporciona al m de comandar o ritmo urbano serve tamb m de ponto de encontro e de instrumento de circula o de mercadorias continuando esta cidade a dispor de um centro hist rico vivo onde todos os dias se faz e desfaz um mercado de g neros o qual se organiza com base num desenho rectangular em torno do qual proliferam alguns dos principais estabelecimentos caldenses Por outro lado constituiu tamb m um importante ponto de liga o a outros espa os desta zona da cidade Fig 68
110. o que cheguem a originar a cria o de subespa os obstruir a passagem ou a percep o integral do conjunto Veja se o caso do Adro da Igreja de Torre de Moncorvo em que a sua implanta o num espa o relativamente apertado acaba por originar uma s rie de espa os diferenciados dos quais o espa o do adro fronteiro apenas o principal Fig 23 Figura 23 Adro da Igreja em Torre de Moncorvo Coelho 2009 p 37 31 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Devido sua diversidade as pra as t m revelado ao longo da hist ria um papel determinante na caracteriza o dos tra ados urbanos dando lugar a uma grande variedade de formas que fazem da pra a algo dif cil de estudar Teixeira 2001 p 36 Est o definidas pelos edif cios que as rodeiam pela sua forma e rela o com a vila evidenciando se a sua superioridade hier rquica n o s pela ess ncia do seu espa o mas tamb m pela sua dimens o relativa ou pela qualidade da sua arquitectura 1 2 1 A Pra a Perfeita Em busca da pra a ideal ou perfeita as rela es m tricas nas pra as s o frequentemente percebidas nas antigas pra as medievais religiosas sendo a Piazza Navona em Roma que manifesta todas estas regras os seus lados det m uma rela o de 1 5 2 le
111. ocais Jornal das Caldas 2013 3 3 11 Edif cio de Apoio Devido ao remate da pra a a nascente ser constitu da por um espa o incompleto uma vez que lhe falta uma frente onde outrora j existiram constru es e actualmente serve como uma esp cie de estacionamento desordenado o qual coloca quest es de articula o e enquadramento local onde dever ser constru do o edif cio de apoio Pra a de Rep blica Pra a da Fruta A sua implanta o nunca deve p r em causa a circula o de pessoas atrav s de um eixo que liga a Pra a da Rep blica ao Chafariz das Cinco Bicas Fig 109 Figura 109 Implanta o do Edif cio de Apoio ao Mercado Foto do Autor 2012 93 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Prevendo se que comporte as seguintes fun es Piso 1 Este piso ter um espa o destinado para armazenamento das bancas toldos e outros utens lios que se ache necess rio ao bom funcionamento deste mercado incluindo c maras frigor ficas para conserva o dos alimentos que n o se venderam no mercado Piso O Ao n vel deste piso e em correla o directa com a pra a dever funcionar um espa o destinado para turismo onde o visitante poder aceder a informa o sobre a regi o exposi es e divulga o de produtos da regi o
112. odo a pra a n o pode ser um elemento isolado pressupondo assim a an lise do espa o que a circunda A Pra a de S o Pedro em Roma um exemplo 40 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha not vel neste contexto tornando se num importante ponto de refer ncia na estrutura urbana da cidade pertencendo esta pra a ao centro do mundo cat lico representando simbolicamente a funda o do reino de Tm E R7 Deus na terra constituindo uma Tim S E importante refer ncia com a fachada da Catedral e as suas colossais colunas Fig 33 Deve se ainda referir o caso das pra as constru das sobre supress es de tecido urbano originado geralmente pela demoli o de grandes edif cios O Largo de Cam es em Lisboa um exemplo desta situa o que ocorreu com frequ ncia a partir de meados do s culo ARE XX Fig 34 Figura 34 Largo de Cam es em Lisboa Foto do Autor 2012 Por sua vez Leon Alberti citado por Alves defende que deveria haver pra as distribu das por diferentes partes da cidade algumas para darem lugar s actividades comerciais outras para as actividades pr prias da juventude e ainda outras para armazenar provis es em tempos de guerra Alves 2003 Cada uma delas deveria ter uma ornamenta o e um lugar espec
113. onal e que a sua redu o a duas dimens es s deve de ser feita como processo de representa o dai que deva ser lida como objecto real e a partir da perspectiva mais resistente aos constrangimentos do tempo e que provavelmente mais caracteriza a sua forma A regularidade geom trica tridimensional que ocorre apenas em pra as constitu das integralmente a partir de um projecto que tenha considerado o desenho do espa o e tamb m dos edif cios situa o que pode ser exemplificada pela Pra a Marqu s de Pombal em Porto Covo Fig 10 Mais comum a regularidade do plano horizontal onde a maioria dos casos resultante de um tra ado j definido que resiste as mudan as do tempo A Pra a da Rep blica de Campo Maior apresenta um desenho de tra ado regular apesar das diferen as de dimens es que os lotes t m e do desenho dos edif cios que a marginam e que muito provavelmente sucedem a constru es existentes Fig 11 Figura 11 Pra a da Rep blica de Campo Maior Coelho 2009 p 244 Ei i E NSI J Por sua vez as pra as irregulares pouco e a e zi m ri A Y E d de a e E E AAN ml T comuns n o s o remiss veis a qualquer figura Ab EA de Did O Ng Piso geom trica que tenha servido de base AT SA AE pT q meer composi o ou regulariza o ou mesmo i 4 o resultado de uma tend ncia de forma o DOP FN Coelho 2009 p 3 Fig 12 Figura 12 Largo
114. orma o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha pum di o mino de Bath eia Lamas 2004 p 199 At Revolu o Industrial a pra a foi sempre um espa o p blico por excel ncia conservando sempre uma coer ncia constante e uma presen a importante na cidade No entanto a partir do s culo XIX e mais recentemente o seu valor foi perdendo algum sentido chegando mesmo a ser ignorada em certos momentos Este facto deveu se ao processo de industrializa o iniciado na Revolu o Industrial que se intensificou durante o s culo XIX e que na Europa transferiu a imagem urbana da pra a p blica para as ruas avenidas e boulevards Ferrara 1993 p 213 No s culo XX e com a revolu o tecnol gica o valor das pra as como lugar de conv vio foi se perdendo para outros espa os Os novos meios de comunica o e desloca o para al m de tornarem as pessoas mais independentes contribu ram para o afastamento e isolamento destas fazendo com que a sociedade consumista mudasse as pr ticas comerciais Neste contexto na cidade moderna praticamente toda a vida p blica realiza se em recintos fechados que se encontram distribu dos principalmente pelas grandes cidades convertendo se a pra a num lugar momentaneamente de passagem ou de encontro cujo papel relegado para segundo plano Tamb m os novos modelos de circula o de com rcio e de comunica o foram de tal modo pro
115. os utentes deste espa o respectivamente no armazenamento das bancas e dos toldos depois deste acabar Tamb m n o prev uma zona para as cargas e descargas nem um espa o destinado a sede de uma futura equipa de gest o do mercado Torna se assim premente a constru o de um edif cio que complete o espa o inacabado a nascente da pra a para que a dignifique e lhe restitua a din mica que perdeu principalmente depois do mercado acabar F1g 111 20 3 Co ad aa a AN Cfr RBANDPES EES om e E cio Espa o Turismo Foto do Autor 2013 e rapa ia Figura 111 Futuro Edif 95 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 3 3 12 Edif cios Envolventes N o admiss vel fazer alguma interven o no mercado sem recuperar os edif cios envolventes visando fundamentalmente a renova o e reconstru o do edificado degradado devendo se ter tamb m em vista uma melhor qualidade de vida dos seus usu rios Ao Cidad o cabe defender a urbanidade a estrutura social a pr pria viv ncia urbana n o permitindo por m que valores ex genos alterem o equil brio desta importante rea urbana atrav s da degrada o dos edif cios e do meio urbano Mangorrinha 2002 p 5 Por sua vez para John Ruskin citado por Lima a conserva o d
116. os vendedores e todos os comerciantes dos estabelecimentos envolventes ao mercado no sentido de implementar novas medidas e estrat gias para que este espa o p blico se torne din mico e atractivo Esta equipa dever tamb m trabalhar em actividade de marketing para que o perfil do mercado possa ser elevado assim como apostar em percursos tur sticos tem ticos ou na anima o nocturna Mangorrinha 2005 p 7 Dever tamb m ser elaborado um moderno regulamento do mercado para que este possa vir a ter um excelente funcionamento com o objectivo de dignificar o espa o e a cidade Uma proposta apresentada por alguns mun cipes e frequentadores da Pra a da Rep blica tem a ver com a cria o da marca Pra a da Fruta que visa enquadra la como um elemento activo de uma cidade criativa valorizando a produ o e venda local assim como o seu desenvolvimento sustent vel apostando na dinamiza o do seu espa o incluindo mesmo a n vel cultural Esta proposta pretende criar o site Pra a da Fruta elaborar um registo dos vendedores de produtores locais e fazer uma campanha medi tica de afirma o nacional na imprensa local regional nacional e uma campanha de posicionamento e imagem sobre produtores e produtos locais asssm como um concurso de um filme publicit rio de curta metragem sobre a Pra a da Rep blica Pra a da Fruta com a finalidade de dinamizar o espa o culturalmente criando sinergias com entidades l
117. osi o de todas as partes relevantes do edif cio que foram removidos 5 Inscri o da data da interven o no edif cio 6 Ep grafe descritiva anexada ao edif cio do trabalho de restaura o feito 7 Registo e descri o num lugar p blico de fotografias das diferentes fases da restaura o 96 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 8 Publicidade visual do trabalho de restaura o feito Boito 2002 Estes oito pontos t m como finalidade manter a autenticidade em termos da identifica o dos materiais originais Enunciando como conclus o um principio geral no restauro a m nima Interven o Boito 2002 p 24 Por sua vez Cesare Brandi defende nas suas teorias que as interven es nos edif cios deviam de ser conduzidos em rela o ao seu significado hist rico limitadas pelo estado f sico em que se encontra e suportada por um vasto conhecimento t cnico estil stico filos fico e hist rico Se o restauro for executado sem crit rios pode causar danos obra que ir o perpetuar se por v rias gera es deve visar ao restabelecimento da unidade potencial da obra de arte desde que isso seja poss vel sem cometer um falso art stico ou um falso hist rico e sem cancelar nenhum tra o da passagem da obra de arte no tempo Brandi
118. pela diversidade de usos ao longo do dia e da noite A actividade na pra a importante para a sua vitalidade e tamb m para a sua atrac o visual Alves 2003 p 101 Estas pra as caracterizam se por configurar um espa o onde se localizam os principais poderes nomeadamente o poder religioso o ea poder municipal Exemplo desta situa o a Pra a da Rep blica em Tomar onde se destacam os edif cios da Igreja Matriz de S o Jo o Baptista e o edif cio dos Pa os do sas Dm ode ii Concelho Fig 28 Figura 28 Pra a da Rep blica de Tomar Coelho 2009 p 39 38 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Quando uma pra a se organiza em fun o de um edif cio que se destaca de todos os outros estabelece se uma rela o de superioridade deste edif cio em rela o envolvente o qual condiciona a sua organiza o O espa o global assume assim o papel de terreiro em fun o de um determinado edif cio Os pa os do concelho as igrejas os conventos e mais tarde as esta es de caminho de ferro ou os tribunais foram os edif cios que mais originaram terreiros A Pra a do Munic pio de Braga organiza se em fun o da C mara Municipal que funciona como ponto focal do espa o e secundarizando a
119. r uma Impress o Instant nea Lamas 2004 p 170 As exig ncias ornamentais deste estilo e o desejo de exaltar a monarquia centralista ajudaram a criar diversas pra as sumptuosas A Pra a Vend me em Paris aproveitou o estilo monumental da pra a barroca para servir de quadro est tua de um rei Goitia 2010 p 134 Fig 6 TEET Place Vend me Paris Lamas 2004 p 175 Na poca do Neoclassicismo ingl s surgiram novas tipologias urbanas de pra as tais como Royal Crescente que uma banda de edif cios dispostos em semi circulo cujas fachadas principais se abrem sobre um parque ou jardim sendo que os edif cios e as zonas verdes s o os seus elementos compositivos Circus um recinto com jardim central em forma circular Square em forma quadrangular n o uma pra a propriamente dita mas um jardim ou pequeno parque delimitado por constru es nos quatro lados Estas tr s novas tipologias urbanas ligadas burguesia e aristocracia inglesa emprestar um not vel requinte arquitect nico Lamas 2004 Na cidade balne ria de Bath a sua organiza o geom trica baseada em pra as circulares e semicirculares crescent a estrita uniformidade dos seus edif cios e o classicismo das fachadas relacionam perfeitamente esta cidade Goitia 2010 p 140 Fig 7 Pd Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Inf
120. rasse Figura 61 Esta o do Caminho de Ferro Foto do Autor 2013 68 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha N o s devido s curas termais mas tamb m gra as sua fruticultura cer mica e ao com rcio que impulsionou e ritmou o andamento promoveu e fixou os elementos principais da imagem externa da vila As termas e a lou a al m da pintura e da escultura fizeram E Ar da tamb m das Caldas da Rainha um centro Porimgai de artes pl sticas colaborando de certa maneira na sua promo o e na ascens o econ mica e social assim em 1927 Caldas da Rainha viu reconhecido o estatuto formal de cidade Serra 2003 p 58 Fig 63 irado gt z E oo 1 i iia ER r Di J r a a a E rm E ag ei T e US ie md E e a C UE E TE Ts PA pe ci ae a 3 T a cer e E E Figura 62 Hospital Termal Mangorrinha 2005 p 55 3 1 2 A Pra a A Pra a da Rep blica Pra a da Fruta localiza se na freguesia de Nossa Senhora do P pulo delimitada a norte pela rua Almirante C ndido dos Reis a sul pelas ruas da Piedade da Amargura da Liberdade e Largo Dr Jos Barbosa a nascente pela rua Di rio de Not cias e a poente pela rua do Parque A sua forma rectangular com dimens es aproximadas de 120 metros x 16 metro
121. receriui E E E E 2 RESUMO assa ies sena ia S S be 3 ABSLRAC T a rancor e a rd oi 4 INDICE ai A O Ra sie 5 INDICE DE IMAGENS cresio en A T E TN 7 ENQUADRAMENTO setaa a a A 11 CAPITULO A O Timi e E nata ate i intra Taca t oia 17 Lil dPraca na PAS ORA Dea pa RSS a SS Upa 18 E OR E A aa A A N O AE EN 24 EZTA Praca PE eII aaan e E ana dd ae 32 12 ZZA Argue Cra o a E 34 Runc od a Pra Ae E E E 37 LA Praca PANIMON Ocirerpinorr nii ee E E E E E 43 CAPITULO 2 Caso Comparativo Cambridge Inglaterra 0 00000000nennnnnss00000000 45 24d HBOn Espaco PUDU O pas nasiasasa asd e a ara 45 Zola Contexto List rico Ur DINO pesaasasniassscosint dana iEA DOR niA DADOS ndo dicas dad ana Dan ias 45 212 RE USOS TU SUCOS caqui n tes quit ia caga aa Sade ia Ss maq 49 2d S Name sta co SS C UUT assi SS A an 32 2 2 PRACA CO MEIGA ag EE EE 52 2 24 Enquadramento HIStOCO essene r E o 56 2 e S PC Ona Oean a a a a asda 57 22 po de Ved dS rene a E E ia DD aa 60 Zope CEVCIICOSS ca pacas a So RD a RD a 60 22 ESTACIONAMENTO sia a a a 62 22 PUTISMO A SR RG ER ana 63 CAPITULO 3 Caso de Estudo A Pra a da Rep blica Caldas da Rainha 65 Jle Contexto Eistonco Urbano sas pesa nE NEE DG 65 PI a O GB Ta e O one ep an RR SEE eU Rca INR NS SAE Ne INR C E 65 2 A Plaice a DA TAGS pa TONS dn 69 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da I
122. ria e Espa o P blico A cidade de Cambridge famosa n o s pelo seu centro universit rio que h s culos se posiciona entre os melhores do mundo mas tamb m por ser uma das poucas cidades inglesas que n o foram influenciadas pela industrializa o Mant m a ambi ncia comercial em torno de um mercado hist rico que procura ser importante assegurar que Cambridge continue a ser um destino de grandes compras Joyce Thornton amp White 2011b p 2 2 1 1 Contexto Hist rico Urbano EN a A cidade de Cambridge fica a wS a d oitenta quil metros de Londres ii nd fundada no ano de 875 quando os E East Dinamarqueses conquistaram o leste de AT Ely F Angla Inglaterra Possui uma rea de 40 70 Pi x q Bla bridge e North Sea km a sua popula o est estimada em O a J E j cerca de 120 000 habitantes dos quais 22 000 s o estudantes e uma densidade habitacional de 215 40 hab km Fig 37 ta e x e RS London Ga _ pS e E Ail Figura 37 Mapa Mostrando o Rio Cam Boyd 2005 p 11 45 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Foi devido sua situa o geogr fica ao rio Cam que desde a poca romana j era naveg vel e ao seu porto fluvial local por onde todas as rotas d
123. rojecto arquitect nico Lamas 2004 p 98 1 3 A Fun o da Pra a As fun es dos centros urbanos evolu ram com o decorrer da hist ria passaram de lugar que outrora servia de defesa e poder a lugar de com rcio e trocas culturais devendo se ter sempre em conta um conjunto de factores que d o origem s pra as e os pap is urbanos que lhe s o atribu dos As pra as que cumprem fun es id nticas n o t m que ter necessariamente a mesma forma pelo que quanto menos r gida a sua forma mais fun es esta consegue cumprir sendo que a concentra o das suas principais fun es urbanas n o se encontra no mesmo espa o Por m o centro urbano pode ser assumido por outra pra a uma rua estruturante ou por outros elementos urbanos A pra a tamb m um elemento org nico das cidades europeias distinguindo se de todos os outros centros urbanos devido sua organiza o espacial e ao seu desenho forma e programa que se devem relacionar com a fun o de modo a permitir o desenvolvimento eficaz das actividades que nela se processam Lamas 2004 p 48 Infelizmente durante um per odo de menos de cinquenta anos assistiu se a uma ocupa o progressiva de muitas pra as principalmente as de melhor acessibilidade e de maior dimens o por estacionamento autom vel Coelho 2009 p 40 descurando a forma ou a fun o que n o se relacionam entre si 37 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias
124. s deles ins pidos e desajustados de modo a assegurar a satisfa o e as necessidades dos seus mais activos utilizadores e por outro lado a variedade das op es devendo as fun es das pra as alterarem se continuamente para acompanhar as transforma es Pereira 2008 p 18 podendo a sua forma ser alterada renovada e suprimida dando lugar a outra forma que acolha s novas necessidades da estrutura social Nas pra as centrais onde normalmente as cidades se iniciaram ao observarmos a presen a de patrim nios hist ria cultura tradi o e saber tanto as constru es como a pr pria pra a contam diferentes aspectos sobre a sua hist ria definindo Jean Leniaud o patrim nio como um conjunto de coisas do passado que s o transmitidas s gera es futuras em raz o de seu interesse hist rico e est tico Leniaud 1992 p 01 Segundo Lemos patrim nio hist rico tudo e qualquer coisa que mantenha viva a mem ria e a identidade de um determinado grupo numa determinada poca Lemos 1987 43 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Tamb m Fernando Alves afirma A qualidade do espa o p blico depende naturalmente da qualidade da arquitectura do edificado com que ele confina e em particular da riqueza e plasticidade das suas fachad
125. s fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha A coloca o de novas bancas tem como objectivo tornar este espa o sempre com um aspecto mais agrad vel tanto para o utilizador como para o turista Nas tendas foi colocada uma ilumina o com a finalidade de proporcionar um sistema de luminosidade consistente podendo esta ser adaptada a cada vendedor conforme a sua necessidade No sentido de dar um novo aspecto a este recinto e para que os seus utentes possam observar um novo visual foi colocada uma planta o de arbustos na fonte que est no centro da pra a de modo a torn la mais atraente Em rela o limpeza deste espa o e no sentido de encontrar sempre novas formas mais eficazes foi contratada uma equipa destinada a este fim que utiliza uma m quina de sopro mec nico Est o em estudo dois projectos um visa disfar ar os contentores do lixo para que estes tenham um aspecto diferente e mais inovador e outro de arte p blica que procura destacar e promover a oferta diversificada no mercado Esta equipa lan ou um cart o de fidelidade que oferece aos moradores e clientes regulares do mercado a oportunidade de ganhar alguns pr mios em troca de compras neste espa o A Equipa de Gest o tamb m gostava de reabilitar a pra a no entanto decidiu arquivar todos os planos porque o
126. s na express o de atitudes religiosas no exerc cio do com rcio ou na simples pr tica de actividades ligadas ao lazer e portanto estas val ncias e fun es far o sempre parte destes locais que t m pelo menos desempenhado o papel de ponto focal Alves 2003 p 76 Com base na problem tica do meio urbano e na hist ria h que reflectir que as pra as foram e s o um bem maior por m ltiplas raz es que t m de ser mantidas e aproveitadas dentro da estrutura urbana Torna se assim necess rio recuperar a sua identidade sendo fundamental reintegrar a pra a no contexto da cidade contempor nea como sendo um espa o de privil gio onde normalmente se localizam tamb m elementos ou edif cios de excep o De real ar que Nos ltimos 25 anos do s culo XX notou se a vontade de querer recuperar as pra as dando lhes novamente uso e dignidade Gehl amp Gemz e 2002 p 7 1 2 A Forma da Pra a A discuss o entre a forma e a fun o muito antiga e tem acompanhado a teoria da conserva o arquitect nica que teve varia es profundas ao longo da hist ria Por outro lado uma mesma fun o pode existir em formas distintas Os espa os em que tudo se encontra programado para cada fun o revelam se limitadores e pouco vers teis na sua utiliza o e muitas vezes de grande pobreza formal tornando se mais evidente a fragilidade do funcionalismo As pra as s o tamb m um dos elementos mais importantes do des
127. s onde se realiza diariamente um mercado hortofrut cola a c u aberto al m de se tratar do centro da cidade onde grande parte da vida das pessoas vivida e sentida Por outro lado tamb m caracterizado por atrair viv ncias diversas atrav s dos seus utilizadores que nela desenvolvem actividades Pelo fasc nio da transforma o que ocorre todos os dias torna se urgente fazer esta abordagem pois importa reflectir sobre este espa o urbano especialmente quando ele se tem desertificado e degradado ao longo dos tempos O espa o p blico na sua g nese basicamente onde se desenrola a viv ncia p blica nomeadamente ruas largos jardins parques pra as entre outros onde quotidianamente os cidad os se deslocam convivem e desenvolvem grande parte das suas actividades Este contexto mais do que o espa o de passagem deve constituir um lugar em si cuja fun o principal se caracteriza pela satisfa o interactiva de necessidades humanas como passear sentar contemplar comer ler observar conversar e relaxar Alves 2003 p 56 Isto um suporte de significados comuns comunidade pois nestes locais p blicos que pessoas de diferentes culturas se encontram num ambiente e num contexto Um aspecto Importante a considerar relaciona se com o facto de um mesmo tipo de espa o p blico poder ser usado de modo diferente em pocas distintas por popula es desiguais De todos os espa os p blicos a pra a
128. s totalizando uma rea de 1 920 m2 e um per metro de 270 metros O primeiro mercado de Caldas da Rainha teve lugar na Pra a Velha em frente ao Hospital local onde a povoa o nasceu Mas nos finais do s culo XV um novo Rossio come ava a assumir se como o centro da vida quotidiana local muito frequentado por lavradores e art fices era agora o terreiro principal do burgo palco da az fama comercial com casas de sobrado boas moradias Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 66 para a qual acorriam as pessoas ligadas vida dos campos Fig 64 CN 8 i 3 Figura 63 Planta da Pra a da Rep blica C mara Municipal Caldas da Rainha 2013 Mota z 69 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha No seu recinto existia um pelourinho que segundo cr nicas da terra foi mandado construir no ano de 1532 pelo Provedor do Hospital Esteve inicialmente implantado na Pra a Velha em frente do Hospital tendo sido posteriormente trazido para o Rossio Querido 2009 p 28 Tinha uma base feita com quatro degraus quadrangulares onde assentava uma coluna de pedra cil ndrica dividida em dois tro os sobre a qual se erguia uma grimpa em ferro com a s bria eleg ncia da coluna cil ndrica por onde irrompia uma espiral de relevo que a
129. s a ter a sua banca em boas condi es ao longo das horas em que o mercado est aberto e a removerem os res duos de modo a que estas se encontrem higienicamente limpas Tamb m para aqueles que produzem res duos de alimentos devem coloc los no recipiente destinado a res duos alimentares e n o em lixeiras p blicas As guas residuais provenientes dos tanques lavat rios entre outras t m de ser encaminhadas para os pontos de descarga que se encontram identificados no local Todos os comerciantes devem cumprir as novas medidas introduzidas a fim de melhorar a reciclagem dos res duos 59 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 2 2 3 Tipo de vendas De segunda a s bado pode se encontrar uma grande variedade de mercadorias incluindo roupas j ias bolsas alimentos bicicletas plantas de jardim telefones celulares flores peixe fresco carne bolos vestu rio frutas e legumes Nos dias de hoje os produtos mais vendidos na pra a variam face s necessidades do mercado que v o de encontro as perspectivas do cliente Os vegetais e as frutas de forma tradicional s o o produto mais vendido na pra a seguido de outros produtos e servi os que actualmente sustentam este mercado tornando o mais abrangente tais como bijutarias roupa barbearia padaria entr
130. s da Rainha pretende adaptar para espa o turismo um antigo edif cio que pertenceu esquadra da pol cia de seguran a p blica e onde chegou tamb m a funcionar como pris o e finan as encontrando se hoje em completo estado de abandono Est inserido num quarteir o a nascente da Pra a da Rep blica separado desta por duas ruas tornando se apenas vis vel devido a este topo se encontrar incompleto Depois de obras de adapta o prev se que comporte as seguintes fun es Piso T rreo Este piso ser destinado a posto de turismo para a divulga o dos produtos regionais e um espa o destinado a Instala es sanit rias p blicas de apoio aos comerciantes da Pra a da Fruta Piso 1 Neste piso est o previstas a sede dos artes os uma sala multifuncional que possibilita a exposi o de artesanato ou a organiza o de eventos um espa o pedag gico de artes e tradi es e um local de promo o da gastronomia Piso 2 Este piso ser destinado para arrumos do espa o turismo espa o onde se guarda todo o stock de material da loja Marca Caldas assim como todo o material necess rio ao bom funcionamento dos ateliers e do espa o C mara Municipal Caldas da Rainha 2013 Em virtude deste edif cio n o se localizar no espa o urbano pertencente Pra a da Rep blica n o resolve o espa o inacabado que lhe falta e onde outrora j existiram constru es n o interage directamente com o mercado no sentido de apoiar
131. s outras frentes Fig 29 Figura 29 Pra a do Munic pio de Braga Coelho 2009 p 202 Uma pra a pode ser organizada em fun o de um edif cio para responder a uma determinada fun o que ocorre no pr prio espa o Coelho 2009 p 40 Mas as pra as podem organizar se n o s em fun o de um edif cio mas tamb m para responder a determinada fun o que ocorre no pr prio espa o As Pra as de Mercado e as de Armas s o exemplos de espa os cujas fun es se sobrepuseram import ncia do edificado que as delimitava A Pra a de Armas do Castelo de S o Jo o Baptista em Angra do Hero smo outro exemplo de pra as cuja origem est relacionada com a utiliza o do espa o Percebe se aqui que este espa o organizou os edif cios em fun o do modo como eles se articulam e em rela o sua rigorosa geometria Fig 30 Figura 30 Pra a de Armas em Angra do Hero smo Coelho 2009 p 41 39 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha A fun o vi ria que evidente em entroncamentos e cruzamentos tamb m possibilita a cria o de espa os urbanos distintos transformando os em locais especiais e com grande identidade No entanto no s culo XIX e XX que as pra as vi rias ganham uma import ncia at ai desconhe
132. s soltas que pertencem ao desenho da cal ada e noutros s tios not rio a aus ncia destas que fazem com que este espa o p blico fique com um aspecto deplor vel e desolador Um dos motivos que proporciona esta situa o tamb m a montagem e desmontagem di ria dos chap us de sol tendas e dos toldos que faz com que a cal ada se v deteriorando Fig 80 m E rua Figura 80 Aspecto Ondulado da Cal ada Foto do Autor 2012 18 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 3 2 8 Zona Verde As rvores que est o plantadas neste local apresentam um aspecto doentio Algumas caldeiras est o vazias outras cheias de lixo e de pedras que se soltam da cal ada e ainda outras desniveladas em rela o ao pavimento Fig 81 e Fig 82 3 2 9 Cargas e Descargas Um dos principais problemas que se colocam aos vendedores do mercado a aus ncia n o possu rem um local pr prio para cargas e descargas Carregam e descarregam os produtos diariamente para as suas carrinhas que ficam estacionadas em redor de todo o per metro da pra a durante o tempo em que o mercado est a funcionar tornando se premente um local pr prio onde os vendedores possam armazenar os produtos que n o s o vendidos no mercado Fig 83 84 e 85 Figura 83 Figura 84 e
133. s vendedores tinham de se deslocar para outro s tio durante o tempo em que decorriam as obras e estes opuseram se fortemente sendo que o projecto foi arquivado promotora de mercados Love Cambridge em colabora o com a Equipa de Gest o est o a trabalhar em actividades de marketing para ajudar a elevar o perfil deste espa o p blico produzindo cartazes publicit rios que ser o afixados em locais estrat gicos com o objectivo de elevar o perfil do mercado Tamb m existe uma publica o de natal que divulgada em Novembro com uma tiragem de 200 000 c pias entregues pelo correio em todo o concelho e cerca de 20 000 c pias dispon veis por toda a cidade Luzes de Natal est o alojadas na Pra a do Mercado a organiza o destas luzes est o entregue ao Amor Cambridge em parceria com a C mara Municipal Ao longo dos ltimos 5 anos este evento tornou se uma maravilhosa celebra o da comunidade local que inclui a participa o de uma vasta gama de teatro dan a local e grupos de musicais de toda a cidade Thornton 2012 p 1 61 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha De noite depois das bancas estarem arrumadas o seu espa o estar limpo e as lojas fechadas o seu car cter diferente Os bares restaurantes e os caf s com cadeiras
134. sco a integridade das estruturas dos edif cios e que por vezes dificultam a livre circula o dos pe es nos passeios O mesmo efeito pode ocorrer da integra o nas fachadas de esp cies vegetais adequadas natureza dos edif cios e do pr prio clima Fig 26 substitui o de coberturas rebocos tintas ou de outros revestimentos sem se ter em conta os materiais as cores e as formas construtivas originais A deficiente ilumina o nocturna especialmente nas fachadas dos edif cios de com rcio A natureza dos v os que habitualmente se verifica nos pisos t rreos comerciais cuja rea ritmo e plasticidade se op em muitas vezes com as caracter sticas dos v os dos pisos superiores A exclus o ou substitui o das caixilharias originais por novos elementos que comprometem a geometria dos v os e dos ritmos das concord ncias H ainda um conceito de territorialidade que importa referir no que diz respeito aos pea RE edif cios e influ ncia da sua arquitectura para o espa o exterior p blico isto cada edif cio possui um territ rio de influ ncia na envolvente espacial imediata o que interfere no uso do espa o p blico e na conduta do utilizador Alves 2003 p 44 Este conceito pode ser maior ou menor consoante a fun o do edif cio as suas caracter sticas arquitect nicas as suas dimens es ou a sua Import ncia no espa o 36 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Esco
135. se tornar vazio e inseguro durante a noite Mangorrinha 2005 p 7 essencialmente um local de passagem servindo praticamente para os autom veis atravessarem o seu deserto urbano Antigamente era palco constante de fam lias e grupos de amigos a passearem e a conviverem na pra a ou mesmo nos caf s que se encontravam abertos noite passando estes com o decorrer do tempo a serem substitu dos por encontros ocasionais nos pisos dos centros comerciais fazendo mesmo com que o centro da cidade se torne num local inseguro devendo este ser din mico moderno vivo e atractivo sob pena de n o dar resposta sua procura e sua seguran a Mangorrinha 2002 SS RI ploTrig 87 ne agende ERC mr ed prg Figura 87 Pra a da Rep blica noite Foto do Autor 2013 80 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha H tamb m mudan as estruturais que afectam a continuidade das fun es tradicionais da pra a com as novas tend ncias do com rcio as novas regras de controlo da venda de g neros a mudan a dos circuitos de distribui o e venda as altera es sociais da urbanidade os novos h bitos de consumo as modifica es da localiza o dos servi os p blicos e dos padr es de acesso dos respectivos utentes A esta avalanche de mudan
136. sitantes o mercado est acess vel a pessoas com dificuldades de mobilidade f sica invisuais auditivas idosos e pais com as suas crian as beneficiando n o s os moradores da cidade bem como todos os visitantes Dai que o trabalho em parceria essencial para alcan ar os objectivos da presente estrat gia Cambridge City Council 2012 Al m deste tipo de promo o existe tamb m uma organiza o independente intitulada Love Cambridge que trabalha estreitamente com a Equipa de Gest o de Mercados proporcionando um guia gratuito com o t tulo O Laranja Mercados que cont m informa es e promo es sobre Cambridge e o seu mercado Conta com uma tiragem de 100 000 c pias sendo tamb m uma ptima maneira de promover a oferta fant stica que Cambridge e o seu mercado possuem incentivando os turistas a voltarem 63 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Estes resultados s o realmente grandes devemos ter motivo de orgulho Cambridge uma cidade super que famosa em todo o mundo bom saber que os milhares de novos visitantes que surgem todos os anos v o com uma boa impress o de um ambiente limpo seguro e com excelentes lojas Joyce Thornton amp White 2011b p 2 Tamb m no sentido de dinamizar e de atrair mais turistas ao local dois co
137. sos superiores consegue se enfatizar o prolongamento do espa o interior para o espa o exterior aberto atrav s do avan o de varandas ou do aumento das dimens es dos v os sendo que por vezes a rela o entre v os verticais e paredes cegas equil brio fundamental na composi o de fachadas tradicionais perde se muitas vezes quando estas se transformam em superf cies envidra adas ou espelhadas ou quando se alteram as dimens es dominantes dos v os Alves 2003 p 122 Quando as varandas avan am em rela o fachada em balan o permitem enfatizar o prolongamento do espa o interior para o espa o exterior aberto aumentando consideravelmente o campo visual e os efeitos presp cticos entre outros al m de protegerem os pisos inferiores das intemp ries facilitando sobretudo a conserva o de caixilharias estores persianas e outros elementos construtivos ou decorativos que comp em a fachada Alves 2003 p 124 Frequentemente espa os que acolhem elementos arquitect nicos de car cter diferente mant m presente uma forte unidade espacial dada pela perfeita articula o dos materiais comuns pelo uso e ritmo de alguns elementos pela incorpora o de detalhes similares pelo controlo de volumes e c rceas n o devendo o aumento do n mero de pisos estabelecer conflitos volum tricos com o resto dos conjuntos edificados Alves 2003 p 125 Em cidades antigas algumas varandas romperam a l gica do espa
138. sssssserrssssssssserrsssssssses 91 Figura 106 Mobiliario Urbano Foto do Autor 2012 eeeeeeeerrrereereaaanms 91 Figura 107 Pavimento Corrigido e Inalter vel Foto do Autor 2012 91 Figura 108 Grelha de Prote o para as Caldeiras Teles 2009 p 209 92 Figura 109 Implanta o do Edif cio de Apoio ao Mercado Foto do Autor 2012 93 Figura 110 Maquete do Edif cio de Apoio Foto do Autor 2012 e 94 Figura 111 Futuro Edif cio Espa o Turismo Foto do Autor 2013 95 Figura 112 Colora o das Fachadas 2008 Acedido em 10 de Janeiro de 2012 http www mmarquitectos pt 2008 ssseseesssssssseeerssssssssserrrssssssscerersssssssecerressssssseerressssssses 98 10 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha ENQUADRAMENTO Esta disserta o procura fazer uma reflex o sobre o espa o p blico nomeadamente o papel da arquitectura na regenera o do mercado e da Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha vulgarmente conhecida como Pra a da Fruta sob o ponto de vista arquitect nico e das suas potencialidades econ micas e sociais O mbito do presente estudo foi suscitado pelo facto deste espa o p blico ser o nico do pa
139. sssssssseeerrssssss 82 Figura 91 Actual Edificio da Junta de Freguesia Foto do Autor 2012 83 Figura 92 Designa o da Nova Padaria tabuense Mangorrinha 2005 p 35 83 Figura 93 Al ado Conjunto Foto do Autor 2012 eeeeeeeeerrereeeaaeananos 84 Figura 94 Edif cio Caixa Geral de Dep sitos Foto do Autor 2012 84 Figura 95 Edif cio do Antigo Banco de Portugal Foto do Autor 2012 85 Figura 96 Vista nascente da Pra a da Rep blica Foto do Autor 2012 85 Figura 97 Al ado Conjunto Foto do Autor 2012 eeeeeeeeeeeeerererereaa 86 Figura 98 Antigo Edif cio dos Grandes Armaz ns do Chiado Foto do Autor 2012 86 Figura 99 Planta de acessibilidades Foto do Autor 2012 88 Figura 100 Desenho de Bancas Mangorrinha 2004 pp 42 43 c siim 89 Figura 101 Desenho de Bancas Mangorrinha 2004 pp 42 43 e ie 89 Figura 102 Desenho de Bancas Mangorrinha 2004 pp 42 43 c iii 89 Figura 103 Planta de localiza o da Pra a da Rep blica com estacionamento proposto C mara Municipal das Caldas da Rainha 2012 Foto do Autor 2012 esst 89 Figura 104 Mobiliario Urbano Foto do Autor 2012 sssseeessssssssseressssssssseersssssssssererssssss 91 Figura 105 Mobiliario Urbano Foto do Autor 2012 seesssssssssenessse
140. ssssssssssssssseeerreessssssssssss 47 Figura 40 Locomotiva a Vapor na Esta o de Cambridje Boyd 2005 pp 70 71 47 Figura 41 Imagem Actual de Cambridje Boyd 2005 p 5 sseeessssssssssersssssssssserssssssssses 48 Figura 42 Scott Polar Research Institute 2012 Acedido em Jan de 2012 http www sptri cam ac Uk MUSEUM scssueseranivus cantada sa eaaa aa a eisa 49 Fig ra 43 Corpus Christi Boyd 2005027 esnai ala piadas Uia 49 Figura 44 Capela de King College Boyd 2005 p 35 eeeesssssssseenssssssssseerrssssssssssseessssssses 50 Fisura 45 Queens Collese Boyd 2009 P32 casario ea 50 Figura 46 Cambridge University Press Boyd 2005 p 92 eee erre 51 Figura 47 Cambridge University Botanic 2012 Acedido em Junho de 2012 http upload wikimedia org wikipedia commons 3 34 Cu botanic garden2 JPG 51 Figura 48 Midsummer Fair Boyd 2005 p 23 e eeerrree eee ereeereerererenaaa 52 Figura 49 Planta da Pra a Cambridge City Council 2006b p 2 eeseessssssssseessssssssseeersssssss 53 Figura 50 Edif cio Gonville and Catus College 2012 Acedido em Setembro de 2012 http www cambridge2000 com cambridge2000 html 0003 P3150272 html 53 Figura 51 Edif cio Guildhall 2012 Acedido em Agosto de 2012 http upload wikimedia org wikipedia commons b bb The Guildhall W2C Cambridge eos raphiore uk SAIO IDO sa ES ER
141. sta mudan a de ramo as suas portas largas que caracterizavam este edif cio foram alteradas em seu lugar ficaram janelas largas Actualmente o edif cio propriedade da Caixa Geral de Dep sitos e encontra se em bom estado de conserva o Fig 94 Figura 94 Edif cio Caixa Geral de Dep sitos Foto do Autor 2012 84 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha O hist rico edif cio que durante v rias d cadas pertenceu ao Banco de Portugal foi constru do no in cio do s culo XX com dois pisos ficando o 1 andar destinado a ser habita o do administrador do banco O r s do ch o manteve se sempre ligado banca posteriormente foi do Banco Pinto amp Sotto Mayor e actualmente propriedade do Millennium O edif cio que recebeu avultadas obras de requalifica o no ano 2000 mant m a sua tra a original no al ado os v os apresentam um movimento ritmado em arcos de volta inteiros Estes s o real ados por cantarias com a mesma m trica De lamentar a deficiente pintura existente na fachada devido a esta apresentar diversas tonalidades de amarelo O edif cio encontra se em estado de conserva o regular Fig 95 bi Figura 95 Edif cio do Antigo Banco de Portugal Foto do Autor 2012 A nascente a pra a constitu da por
142. sticas id nticas e como resolveram os problemas que na verdade s o comuns a todos estes espa os que possuem as mesmas caracter sticas tamb m importante observar como os espa os id nticos se comportam em rela o aos seus utilizadores e proporcionam diferentes formas de socializa o Para 1sso 13 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha analis mos e observ mos o comportamento das pessoas e examin mos a influ ncia das caracter sticas f sicas do espa o a fim de obter uma melhor compreens o pr tica das condi es que permitem ou favorecem a ocorr ncia de vida urbana nas pra as com mercado tendo em considera o as caracter sticas do fen meno em estudo e com base num conjunto de caracter sticas associadas ao processo de recolha de dados e s estrat gias de an lise dos mesmos Yin 1994 p 13 O Estado da Arte regista o conhecimento cient fico at data sendo o suporte para novos avan os numa determinada rea de conhecimento Registamos aqui as obras essenciais consultadas para a elabora o desta disserta o presentes na bibliografia nas diferentes reas de estudo Fernando M Brand o Alves 2003 aborda a qualidade e funcionalidade do espa o p blico urbano com vista a uma classifica o criteriosa configura o forma e
143. te ca tico Ap s o mercado o estacionamento em redor da pra a cont nua n o 16 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha h m2 de passeio em que caiba um autom vel onde j l n o esteja um estacionado Mangorrinha 2002 p 11 Fig 75 fo a Figura 75 Estacionamento na Pra a da Rep blica Foto Autor 2012 3 2 5 Limpeza e Manuten o Efectivamente a limpeza deste espa o p blico m nima ou praticamente inexistente al m do seu empedrado estar enegrecido os vendedores n o possuem recipientes para o lixo deixando o seu espa o de venda com restos de fruta papeis cart es e sacos de pl stico espalhados n o s pelo recinto do mercado mas tamb m pelas ruas e passeios envolventes tornando se at not cia de jornal quando este espa o limpo Fig 76 Nos estudos de caracteriza o expressos no Plano de Pormenor em analise verifica se que estando os inquiridos satisfeitos com a sua habita o e gostando de residir no Centro Hist rico se mostram no entanto descontentes com as quest es de qualidade urbana nomeadamente ao n vel dos espa os exteriores e do ambiente limpeza e manuten o estacionamento arruamentos ilumina o e outros Mangorrinha 2005 p 9 Figura 776 Lixo no Ch o Foto do Autor
144. te contexto a Investiga o foi conduzida no sentido de responder a quest es como a De que modo a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha poder ser um espa o p blico mais eficiente e agrad vel b Poder este espa o ser concebido no futuro sem o mercado e qual o papel deste na pra a c De que modo poder a pra a ser requalificada para que o mercado seja vi vel d Como tornar a pra a um espa o mais din mico e atractivo Foram tamb m estabelecidos alguns objectivos metodol gicos que permitiram estruturar o estudo em torno da an lise urban stica de duas pra as com mercado Caldas da Rainha e Cambridge em Inglaterra comparando as segundo os crit rios de an lise de benchmarking Esta disserta o encontra se estruturada em tr s cap tulos antecedidos de introdu o e culminando numa conclus o conforme seguidamente passamos a descrever Na introdu o define se e apresenta se uma breve descri o dos principais objectivos e etapas no desenvolvimento da disserta o No cap tulo 1 O Tema centra se numa apresenta o generalista e exemplificativa das pra as com destaque para as suas formas e fun es No cap tulo 2 Casos Comparativos procedemos a uma observa o do mercado de Cambridge em rela o ao seu funcionamento tipo de vendas e interven es No cap tulo 3 Caso de Estudo onde procedemos a um exame da Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha em rela o aos seus problem
145. tecimento de gua e redes de esgotos dom stico e pluvial no sentido de se conseguir um melhor escoamento das guas provenientes das chuvas As guas residuais provenientes da lavagem da pra a devem ser encaminhadas para pontos de descarga identificados no local 91 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 3 3 8 Zona Verde As rvores centen rias existentes na Pra a da Fruta devem ser alvo de um tratamento especial de modo a poderem ser preservadas devendo para isso proceder se s correc es necess rias para a manuten o da sua integridade de modo a que possam vir a serem inseridas no ambiente urbano e proporcionarem um maior embelezamento Por outro lado permitem purificarem o ar pela fixa o de poeiras e gases t xicos gerarem sombra evitando que os raios solares incidam directamente nos utilizadores da pra a e amortecerem os ru dos DER provocados pelos ve culos que passam melhorando U TT ar t T j i i d ma ae Ej e F m i wi assim a qualidade de vida dos utentes deste espa o Devem tamb m serem colocadas grelhas para protec o das caldeiras existentes devendo estas ficarem coincidentes com a cota do pavimento B envolvente Fig 108 Figura 108 Grelha de Protec o para as Caldeiras
146. u dos a C mara decidiu aproveitar a oportunidade para ampliar o espa o do mercado ficando este com uma forma rectangular e uma rea maior conforme se encontra actualmente Hoje o Mercado da Pra a al m de ser o mais antigo do pa s continua a ser o cora o vibrante da cidade mant m a sua reputa o como um espa o de verdadeiros agricultores podendo se considerar toda a rea como um tradicional ponto de encontro para a popula o local bem como um centro para o com rcio e para o turismo 2 2 2 Funcionamento Este mercado tem um cariz importante na oferta do centro da cidade fornecendo um servi o de valor inestim vel tanto para os moradores como para todos os utilizadores deste espa o proporciona oportunidades de neg cios a pre os acess veis A Equipa de Gest o do Mercado tem como finalidade acompanhar apoiar e aconselhar os comerciantes e com esta 57 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha inten o edita tr s vezes por ano Fevereiro Junho e Outubro um boletim com o objectivo de informar os utentes sobre tudo o que acontece de interesse neste espa o p blico com o intuito de o melhorar E partilhando as nossas not cias consigo para actualiz lo sobre as coisas importantes que acontecem no centro da cidade Joyce Thornton amp
147. um anel de doze sinos ocupando um lugar de destaque nesta pra a O seu p lpito comporta dois rg os em carris de modo a que estes possam ser movidos para uma posi o central quando se proferem serm es Foram lhe tamb m adicionadas galerias com a finalidade de albergar todas as pessoas que se re nam em ocasi es especiais Actualmente al m dos serm es universit rios ainda decorrerem regularmente Hadley 54 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha 1995 p 17 considerada como sendo um centro de servi os c vicos eventos concertos e exposi es Fig 52 4 Figura 52 Great St Mary s Boyd 2005 p 35 A nascente da pra a encontra se um conjunto de nove edif cios figurando um Ed conjunto edificado de volumetria regular que varia entre os tr s e quatro pisos E caracterizado por parcelas com uma frente compreendida entre os 8 a 12 metros de largura destinando se o r s do ch o a estabelecimentos comerciais e os pisos superiores a escrit rios e a habita o todos se encontram em bom estado de conserva o devido sua constru o ser recente De salientar que os valores tradicionais a identidade e a din mica da pra a n o foram prejudicados por interven es mais recentes Fig 53 uu a sanee mm 7 Ee E
148. um espa o urbano incompleto uma vez que lhe falta uma frente isto um espa o onde outrora j existiram constru es e que actualmente funciona como uma esp cie de estacionamento importando entender a Pra a da Rep blica como um espa o urbano inacabado uma vez que lhe falta uma frente Ou seja o topo nascente onde outrora j existiram constru es Mangorrinha 2005 p 24 Fig 96 Figura 96 Vista nascente da Pra a da Rep blica Foto do Autor 2012 85 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha A poente a edificada constitu do por quatro edif cios com uma volumetria regular que variam entre os tr s e quatro pisos s o caracterizados por parcelas com uma ET Fi ia gli id frente compreendida entre os 6 metros a EH rm go 11 metros de largura Em rela o ao seu TE oig AHR estado de conserva o os n meros 108 a 110 est o em bom estado e os n meros 102 a 106 em estado regular Fig 97 g 5 10 20 metros Figura 97 Al ado Conjunto Foto do Autor 2012 De salientar neste edificado a antiga filial dos Grandes Armaz ns do Chiado edif cio de esquina marcante com tr s pisos constru do em meados do s culo XX Actualmente est a laborar como filial do Millennium De destacar o grande respe
149. ura urbana elementos de teoria y dise o Madrid Libreria Editorial Bellisco Coelho C D Coord 2009 A pra a em Portugal Lisboa DGOTDU D Alfonso E amp Samsa D 2006 Guia de Hist ria da Arquitectura Estilos Arquitectonicos Lisboa Editorial Presen a Ferrara L 1993 Ver a cidade S o Paulo Nobel 102 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha Gehl J amp Gemzge L 2002 Novos espa os urbanos Barcelona Gustavo Gili SA Goitia 2010 Breve Hist ria do Urbanismo Queluz de Baixo Editorial Presen a Gympel J 1996 Hist ria da Arquitectura Da Antiguidade Aos Nossos Dias Col nia Peter Delius Hadley C 1995 Cambridge History Uma vis o pessoal Cambridge Universidade de Cambridge Laborat rio de Inform tica Acedido em 15 de Junho de 2012 em http www cl cam ac uk ckhl 1 cam html Joyce C Thomton E amp White A 2011a Cambridge Markets Newsletter Acedido em 13 de Agosto de 2012 em https www cambridge gov uk sites www cambridge gov uk files documents market newsletter june 2011 pdf Joyce C Thomton E amp White A 2011b Cambridge Markets Newsletter Acedido em 15 de Agosto de 2012 em https www cambridge gov uk sites www cambridge gov uk files docs market newsletter octob
150. urbano da cidade Mangorrinha 2005 p 24 Dai que qualquer proposta de mudan a desta pra a deve implicar um conhecimento profundo das v rias reas de evolu o da forma o da cidade que hist rica e cultural Mangorrinha 2002 p 10 no sentido de revitalizar econ mica social e culturalmente recuperando a sua identidade o seu car cter urbano e c vico deste centro de hist ria e de com rcio renovando o seu prest gio como testemunho de viv ncias e de acontecimentos mpares na hist ria da cidade Esta renova o deve ser entendida como uma valoriza o do espa o adaptando se ao momento contempor neo sem ferir o seu valor patrimonial e social Mangorrinha 2005 p 24 Este espa o p blico resiste tend ncia generalizada de que as pra as j n o s o hoje em dia o teatro das principais cenas da vida p blica e os seus mercados tendem a ser substitu dos por grandes reas fechadas Este recinto tem a particularidade de estimular uma reflex o t cnica e cient fica acerca das melhores solu es para este espa o tendo n o s em conta a conserva o da sua identidade mas tamb m a resolu o dos problemas existentes Todavia nunca dever ser efectuada qualquer altera o de fundo que implique uma transforma o radical na sua imagem ou no seu quotidiano porque poder criar um corte vivencial que pode vir a ser fatal na sua din mica urbana Por um lado h que ter em conta que qualquer o
151. v vio ou at mesmo contemplando o mercado que por ser nico na sua viv ncia e possuir uma enorme variedade de produtos motivo de perplexidade e surpresa para quem o visita podendo se observar variad ssimas vezes turistas com as suas c maras fotogr ficas a tentar captar o quadro humano e natural que a Pra a da Fruta Fig 70 Figura 70 O mercado Di rio de G neros Rodrigues 1993 p 376 us At aos dias de hoje a sua utiliza o foi sempre vocacionada para o mercado di rio de frutas e legumes desempenhando um dos principais factores de preserva o do seu pulsar hist rico como ainda envolve express es muito ricas de reas de valor nico como o mercado da fruta s mbolo de uma centralidade urbana que se mant m viva h mais de um s culo Mangorrinha 2005 p 4 Fig 71 yey EEH E 74 Universidade Lus fona de Humanidades e Tecnologias Escola de Comunica o Arquitectura Artes e Tecnologias da Informa o Armando Coutinho A Pra a das Cidades a Pra a da Rep blica das Caldas da Rainha tarde sem o mercado salta vista o empedrado do tabuleiro da pra a que apresenta uma simetria perfeita de negro e branco aberto a outras realiza es O mercado da pra a o p lo dinamizador da vida citadina e destinado a ser o grande cora o urban stico das Caldas da Rainha Rodrigues Tavares amp Serra 1993 p 318 de manh de tarde e de noite incorporando val

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