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1. ERNER Guillaume V timas da moda como criamos porque a seguimos S o Paulo Editora Senac S o Paulo 2005 FLETCHER Kate GROSE Lynda Moda amp Sustentabilidade design para mudan a S o Paulo Senac S o Paulo 2011 SVENDSEN Lars Moda uma filosofia Rio de Janeiro Zahar 2010 VEBLEN Thornstein The theory of the leisure class New York Dover Publications Inc 1994 122 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico VARI TA 123 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Agregando servi o e produzindo vestu rio para Pessoas com Defici ncia estrat gia de diferencia o para confec es brasileiras Bruna Brogin Eugenio D az Merino Vilson Jo o Batista Resumo O Brasil possui um amplo p lo produtivo de moda e uma significativa parcela de sua popula o com defici ncia sendo ela motora visual auditiva e intelectual sob este olhar o artigo visa apresentar uma estrat gia competitiva e de diferencia o para confec es brasileiras a partir da oferta do servi o de Consultor de Moda Assistiva produzindo vestu rio para clientes com defici ncia focando em uma abordagem social de mercado Pesquisaram se conceitos de gest o de design e inova o no vestu rio a partir de sistema processos produto e servi os da rea de moda bem como foi realizado um levantamento de servi o em Tecnologia Assistiva A partir disso apresenta se um servi o
2. T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar 2012 37 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 5 Lei n 9 984 2000 Pol tica Nacional dos Recursos H dricos e o Sistema de Gerenciamento Esta lei representa para a cadeia t xtil o in cio das atividades da ANA e seu relacionamento com o Minist rio do Meio Ambiente MMA advindo consequ ncias diretas para a cadeia TC como por exemplo a busca de indicadores do consumo da gua nos diversos elos de produ o do setor bem como a sinaliza o para constante reavalia o dos mesmos visando redu o e ao reuso dos recursos h dricos 6 Lei n 4 771 65 C digo Florestal O C digo afeta o setor t xtil e de confec o principalmente em rela o ao poss vel abastecimento de lenha e localiza o de novas empresas em fun o da presen a de cursos de gua A ind stria t xtil foi respons vel em 2010 pelo consumo de 300 mil toneladas de lenha A lenha obtida de florestas plantadas e certificadas ainda considerada uma importante fonte de energia para alimenta o de caldeiras e representa 7 do consumo de fontes energ ticas para o setor t xtil 7 Resolu o Conama n 237 1997 Licenciamento ambiental incorporado aos instrumentos de gest o ambiental Entre as atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental que afetam direta ou indiretamente a cadeia t xtil est o a ind stria qu mica que fabri
3. es que tem ocorrido no setor Primeiramente nota se um interesse da ind stria por materiais origin rios de fontes renov veis Segundo h uma busca crescente por materiais que necessitam de n veis reduzidos de insumos energia gua subst ncias qu micas etc durante o seu processo de produ o Como um exemplo deste tipo de material poss vel citar as fibras naturais org nicas que gastam menos insumos para serem produzidas se comparadas com as fibras produzidas de modo tradicional A terceira rea de interesse do setor diz respeito ao desenvolvimento e dissemina o de melhores condi es de trabalho e comercializa o fundamentados nos princ pios de equidade e justi a econ mica e social Neste quesito valorizada a certifica o Fair Trade que teve seu in cio na d cada de 1960 para congregar responsabilidade social redu o de impacto ambiental e competitividade para pequenos e m dios produtores A quarta rea de interesse do setor t xtil se concentra na utiliza o de materiais que gerem menor impacto e desperd cio em fim de vida levando em conta suas caracter sticas biodegrad veis e recicl veis A partir destas transforma es ocorre um movimento interno no setor em favor da mudan a de seu paradigma de atua o conforme defendem os autores a seguir O processo de sustentabilidade impele a ind stria da moda a mudar Mudar para algo menos poluente mais eficaz e mais respeitoso do que
4. 46 Programa de Extens o Ecomoda da UDESC Departamento de MODA Coordenadora Neide K hler Schulte Dispon vel em http www ecomoda ceart udesc br Acesso em 02 de agosto de 2013 86 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico maneira de consumo do setor de moda vestu rio contribuindo para redu o dos impactos ambientais O modo como as roupas s o doadas deve ser repensado assim como acontece com o res duo s lido lixo para reciclagem Portanto necess rio estabelecer normas para a doa o minimizando o desperd cio e os esfor os na triagem focando no reaproveitamento das pe as como mat ria prima para outros produtos Entres as alternativas que contribuem para a redu o de impactos ambientais que pode ser aplicada nos setores t xtil e de vestu rio est a log stica reversa onde as roupas em desuso voltam para as empresas para reforma ou reciclagem e ou destinadas a grupos comunit rios que trabalham aplicando t cnicas artesanais para essas pe as voltarem ao mercado de consumo Este trabalho se prop e a contribuir para minimiza o dos impactos socioambientais gerados pelo h bito de consumo excessivo de produtos do vestu rio ligados a moda S o muitos os impactos negativos do atual sistema de moda principalmente os danos causados natureza e ao ser humano com o uso de agrot xicos nos cultivos de algod o e a utiliza o de produtos qu micos durante todo o processo de fa
5. EXAME 2011 As barrigas de fora tamb m se fizeram presentes nas cole es de grifes brasileiras e internacionais O look que teve sucesso nos anos 1970 e 1980 chega repaginado em 2012 al m de mais comportado Na releitura da proposta elegante que somente a parte acima do umbigo seja exposta Especialistas sugerem que a altera o prop e eleg ncia e sensualidade sem vulgaridade A eleg ncia sugerida nas formas saias longas e cal as curtas que surpreendem o p blico brasileiro Juntamente a esses as pantalonas e os macac es ser o pe as indispens veis no pr ximo ver o O diferencial das pe as dar se atrav s de diferentes tecidos cortes e detalhes Segundo indica a Revista Exame 2011 as cores do ver o que mais apareceram foram o laranja e o amarelo lima Os tons crus e past is tamb m coloriram passarelas e vitrinas nacionais e internacionais A revista menciona novamente o color blocking que deve perdurar por mais outra esta o Ao se tratar de estampas a flora e a fauna predominam O tema tropical tamb m mostrou se bastante explorado por marcas brasileiras inclusive com toques tnicos que apropriam se de grafismos ind genas 195 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figura 03 estampa tropical Fonte dispon vel em http justlia mtv uol com br 2011 12 como usar estampa tropical Para fins de objetividade e consist ncia metodol gica as tend ncias coletadas atra
6. ModaPalavra e peri dico se tornam invi veis na produ o por esgar amentos rigidez enfim comportamentos que prejudicam a execu o no corte e na costura Uma vez que o caimento se apresenta como fator determinante para a compreens o do comportamento f sico da mat ria prima t xtil seu conhecimento importante modelagem do vestu rio pois a aplica o adequada causa efeitos importantes na silhueta nas linhas estruturais e no volume do corpo importante destacar que as mat rias primas t xteis apresentam caracter sticas f sicas semelhantes do corpo trabalhando em sentidos verticais plano sagital e horizontais plano transverso de dire o sob a a o do movimento proporcionando a partir disso o resultado individual de cada pe a do vestu rio diferenciado de acordo com a for a da gravidade Percebe se ent o que o tecido n o pode ser for ado a assumir formas que n o estejam de acordo com as suas caracter sticas de comportamento pois tal atitude pode comprometer as rela es visuais de caimento do vestu rio sobre o corpo importante lembrar que o corpo uma estrutura m vel n o estando na maior parte do tempo em uma posi o est tica Os movimentos do corpo e os eixos de articula es proporcionam estabilidade em uma dire o permitindo liberdade de movimento Por isso a an lise dos movimentos do corpo e da escolha certa do tecido indica determinados cuidados que o profissional deve tom
7. competi o brutal que joga para baixo pre os e consequentemente os padr es de qualidade aliada alta volatilidade da moda que torna o vestu rio altamente descart vel complexidade e opacidade da cadeia de suprimentos atrav s da qual os diferentes est gios de produ o da ind stria de vestu rio s o descentralizados mundo afora terceirizados quarteirizados estendidos e expandidos de tal forma que fica dif cil ter um controle real sobre os padr es de sustentabilidade envolvidos Dos impactos gerados por esta ind stria o social o mais alarmante Ele encontra se presente com maior const ncia e vulto nas na es do sul e em pa ses cujas legisla es trabalhistas sejam singularmente diferentes daquelas dos pa ses desenvolvidos do norte ou seja bem menos rigorosas ou em pa ses que apresentem estas legisla es mas n o as controlem o que o caso no Brasil Entretanto mesmo acreditando que este aspecto seja t o importante quanto quest o ambiental o foco deste estudo recai sobre a ind stria e seus impactos ambientais em especial S o eles Y Consumo de energia O setor contribui para o aquecimento global com a queima de combust vel f ssil primeiramente no setor da agricultura nos maquin rios utilizados posteriormente na gera o de energia para esquentar caldeiras de lavagem e de tingimento em geral assim como na lavagem e passadoria caseira de t xteis na produ o e na manufatura de fi
8. o da realidade dos mercados AAKER 1996 Os concorrentes n o s contribuem com maior press o sobre os pre os e maior variedade de marcas mas tamb m deixam menos lacunas a serem exploradas em segmentos mais estreitos atingidos por meios de canais de m dia e distribui o especializados A vantagem de definir o posicionamento que ele capacita a marca a estruturar todo seu escopo de atua o KOTLER 1996 Para Blankson 2001 o conceito de posicionamento grande valia n o somente para os mercados de consumo bem como para o universo corporativo e considerado elemento primordial para delinear estrat gias de marketing Isso porque o posicionamento que ir direcionar todas as estrat gias da marca sendo que todo contato que o consumidor tiver com a marca influencia na imagem da marca constru da por estes A imagem da marca ou do produto influencia a percep o de qualidade a decis o de compra dos consumidores e as demais decis es estrat gicas de marketing da organiza o SARQUIS IKEDA 2007 p 55 Ao se analisar a ado o de tend ncias para a temporada Primavera Ver o 2012 da marca 2nd Floor fica evidente que apenas alguns pontos foram coincidentes o que evidencia a baixa ades o s express es visuais das tend ncias de moda brasileira Fica expl cito o forte posicionamento como marca jovem e de vanguarda atrav s da inser o de elementos da cultura rock e da contra cultura mesmo apesar da marca ser be
9. um conjunto coerente de formas unidas por uma conveni ncia rec proca FOCILLON 1939 apud SOUZA 1987 p 33 perfeitamente aplic vel ao fazer arte do criador de roupas Ela entende que tal qual o artista da grande arte ele precisa respeitar o destino da mat ria sua voca o formal descobrindo aquela perfeita adequa o entre a cor e a consist ncia do tecido e as linhas gerais do modelo Desse modo ele estaria inscrito dentro do mundo das formas e para Souza isso determinaria que ele tamb m estivesse inscrito na arte O argumento da autora bastante objetivo pois se a roupa partilha dos princ pios b sicos da arte mesmo considerando seu car ter ef mero n o haveria justificativa para exclu la desse universo De acordo com o que ela escreve poss vel julgar uma vestimenta sob um ngulo especificamente art stico medida que se considere como seus principais aspectos a forma a cor o tecido e a mobilidade considerando que da conjuga o desses elementos que nasce a obra de arte Outro aspecto particular da roupa como arte destacado pela autora o fato de ser ela uma obra animada por um corpo que a veste Diz Souza Assim como para julgarmos a beleza de um rosto n o podemos separar o acordo das linhas da express o que as anima do mesmo modo as vestimentas SOUZA 1987 p 40 A veste seria uma obra que o artista confiou a algu m inacabada Para que a vestimenta exista como arte nec
10. FAVERIN 2013 Outras marcas que vendem pe as de vestu rio tamb m as recebem ap s uso e d o descontos para os clientes na compra de novos produtos 2 2 Moda e sustentabilidade O sistema de moda baseado na renova o constante dos produtos oferecidos ao consumidor se estabeleceu com a industrializa o que permitiu a reprodu o em s rie A renova o das cole es se tornou cada vez mais r pida medida que a ind stria atrav s dos avan os tecnol gicos passou a ter condi es de produzir com muita rapidez Com a capacidade das ind strias de alta produ o coube aos criadores de moda propor cole es em ritmo cada vez mais acelerado e s lojas trocarem as cole es quase que diariamente Assim o chamado fast fashion se estabeleceu O discurso est tico que justifica psicologicamente a moda com os argumentos de que vestir se de determinada forma fundamental para sentir se bem e ficar bonita precisa ser revisto por n o ser compat vel com o conceito de sustentabilidade ARA J O 2008 Segundo Berlim 2012 a sustentabilidade est presente na moda desde a d cada de 60 quando surgiram no Brasil e no mundo as primeiras preocupa es com o impacto ambiental causado pela ind stria t xtil Na mesma poca o consumidor europeu passou a ter consci ncia tamb m sobre a explora o de trabalhadores nos pa ses em desenvolvimento nascendo assim o Fairtrade mercado justo cuja maior preocupa o
11. Figura 9 Marca o do tecido da Frente Lateral Esquerda central das Costas e da Lateral das Costas Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 5 1 3 Desenvolvimento do Modelo Frente 1 Posicionar e alfinetar a linha central do tecido no centro do manequim e na linha do quadril 167 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 2 Tirar na lateral o excesso do tecido at a linha da cintura deixando aproximadamente 2 cm e alfinetar a parte da saia 3 Girar o tecido da parte superior direita direcionando para o lado esquerdo onde ser o feitas provisoriamente pregas aleat rias sobre a linha do recorte lateral que no refilamento se transformar em franzido 4 Coloque um alfinete reserva na intersec o entre a linha lateral e a linha da cava 5 Ajustar o ombro tirando o volume da cava evitando a forma o de volume 6 Alfinetar o ombro dando o modelo da manga japonesa posicionando um alfinete junto linha do pesco o 7 Alfinetar a lateral direita acima da cintura dando piques para acomodar o tecido 8 Modelar o contorno do decote da frente que facilitar o trabalho do drapeado 9 Distribuir as pregas aleat rias com o tecido destinado ao drapeado sobre o recorte da lateral esquerda Analisar o efeito do drapeado Recorte da Lateral 10 Posicionar o tecido no recorte com o fio reto perpendicular ao ch o e alfinetar provisoriamente o fio 11 Modelar o tecido alfinetando
12. Gest o do Design usando o design para construir valor de marca e inova o corporativa Porto Alegre Bookman 2011 NEUMEIER M O abismo da marca como construir a ponte entre a estrat gia e o design Porto Alegre Bookman 2008 RAYMOND M Tendencias que son c mo identificarlas em qu fijarnos c moleerlas London Promopress 2010 SARQUIS A IKEDA A A pr tica de posicionamento de marcas em ag ncias de comunica o Revista de Neg cios Blumenau v 12 n 4 outubro dezembro 2007 pp 55 70 SVENDSEN Lars Moda uma filosofia Tradu o Maria Luiza X de A Borges Rio de Janeiro Zahar 2010 Sites 2ND FLOOR 2nd Floor Dispon vel em lt www 2ndfloor com br gt Acesso em jan 2012 BLANKSON C Some issues about the concept of positioning an overview Atlantic Marketing Association Conference 2001 Portland Dispon vel em lt http www gvsu edu ssb market news htm gt Acesso em jan 2012 208 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico EXAME 10 tend ncias de Moda para o Ver o 2012 Dispon vel em lt http exame abril com br estilo de vida moda noticias 10 tendencias de moda para o verao 2012 p 10flink gt Acesso em jan 2012 209 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico As marcas de luxo de moda e as redes sociais Marcela Bortotti Favero Francisco J S M Alvarez Resumo O estudo tem o objetivo de analisar as a es das
13. atenuar as discrep ncias comerciais sociais e ticas entre os trabalhadores pequenos agricultores e as grandes corpora es Conciliar o sistema de moda com a sustentabilidade n o algo f cil uma vez que os indiv duos atomizados absorvidos consigo mesmos est o pouco dispostos a considerar o interesse geral a renunciar aos privil gios adquiridos a constru o do futuro tende a ser sacrificada s satisfa es das categorias e dos indiv duos do presente afirma Lipovetsky 1989 p 13 Contudo na atualidade as mudan as j est o acontecendo e a preocupa o com a sustentabilidade est cada vez mais inserida no trabalho dos designers e estilistas atrav s de servi os projetos e produtos que passaram a considerar os impactos 47 Moda r pida tradu o livre 91 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico socioambientais no processo de produ o e consumo As iniciativas desses criadores em desenvolver projetos de produtos que reduzem os malef cios ao meio ambiente e conquistar o consumidor que valoriza o diferencial da sustentabilidade s o fundamentais para reduzir os problemas gerados pelo modo de vida dos humanos Tudo pode se tornar uma oportunidade nas m os de profissionais atentos e dispostos a se adaptar Segundo as autoras Fletcher e Grose 2011 o criador necessita redefinir suas no es de valor e fazer melhor uso dos recursos inerentes s pe as do vestu rio t
14. cancer genos N o h dados que possam garantir que nossa ind stria t xtil tenha empresas j certificadas 100 com o selo da OekoTex mas sabido que v rias linhas de t xteis produzidos por tecelagens reconhecidas no pa s j t m este selo internacional A normatiza o para certifica o de Org nicos tamb m internacional e embora ainda bastante insipiente no pa s faz parte do panorama global e tem muita import ncia pois contempla aspectos sociais e ambientais No caso dos produtos org nicos em geral a certifica o a garantia da proced ncia e da qualidade org nica de um produto natural ou processado Na certifica o produtores e processadores s o inspecionados e orientados segundo as normas de produ o org nica O consumidor tem a comprova o de se trata de um produto sem contamina o qu mica cuja produ o respeita o meio ambiente e o trabalhador A rigor somente o algod o que tenha sido inspecionado e certificado por uma organiza o credenciada pela IFOAM International Federation of Organic Agriculture Movements est autorizado a receber o selo org nico No Brasil a Associa o de Certifica o Instituto Biodin mico IBD nica entidade habilitada internacionalmente a conceder a certifica o para produtos org nicos O IBD uma institui o 100 brasileira e sem fins lucrativos que desenvolve atividades de inspe o e certifica o agropecu ria de processamento e de produtos ext
15. de agrot xicos que atingem o solo e podem afetar a microbiota provocando mudan as na ciclagem de nutrientes e consequentemente alterando a fertilidade dos solos e a pureza dos len is fre ticos A cultura de algod o no Brasil demanda boa parte de todo o inseticida comercializado no pa s PIRES et al 2005 e a principal classe de agrot xicos usados nas culturas de algod o s o os organofosforados e carbamatos Tais inseticidas t m alto n vel de toxicidade e causam efeitos neurol gicos retardados ap s a exposi o aguda como consequ ncia da exposi o cr nica os sintomas incluem confus o mental fraqueza muscular e depress o existindo ainda a possibilidade de estarem associados ao aumento do ndice de suic dios nas regi es onde s o utilizados Estudos como os de Pires et al 2005 confirmam que a exposi o a estes produtos est associada defici ncia das fun es neurol gicas ligadas ao comportamento bem como a preju zos da capacidade de abstra o verbal aten o e mem ria assim como ao risco de letalidades como consequ ncia de desordens mentais A World Health Organization FAO disponibiliza os seguintes dados e 160g de agrot xicos s o utilizados para produzir algod o suficiente para confeccionar uma camiseta que pesa 250g e25 dos inseticidas produzidos no mundo s o utilizados na planta o do algod o convencional e Um hectare de lavoura de algod o utiliza oito vezes mais agrot xicos do que
16. diversos temas e cada item do tema possui uma pontua o A pontua o m nima total necess ria para ser aprovada de 70 O question rio foi aplicado aos subcontratados via e mail pelo setor de qualidade da empresa Alpha Confec es antes foi efetuado contato por telefone para explicar a relev ncia da pesquisa S o 30 subcontratados sendo que 28 retornaram o question rio 3 1 Informa o ABVTEX A primeira quest o de pesquisa objetivou saber se os subcontratados estavam informados sobre a certifica o ABVTEX Gr fico 1 Informa o ABVTEX ra e Li empresa i A empresa forinformada r informada sobre as normas da cef E N O A empresa foi informada sobre as q normas da 181 Ano 7 n 13 Jan Jun 2U14 ISSN 1982 615x SO ModaPalavra e peri dico Fonte dados da pesquisa Todos os entrevistados responderam com resposta afirmativa pois provavelmente todos estavam presentes na reuni o realizada em 2012 e do interesse dos subcontratados obterem a certifica o para continuarem atuante no mercado 3 2 Fontes de informa o A segunda quest o procurou conhecer a forma como as empresas foram informadas da certifica o Gr fico 2 Fontes de informa o E Comoa empres a ficou sabend o sobre a certifi VISTAS a empresa ficou sabendo sobre a certifica o ALPHA ica o certifica o p Fonte dados da pesquisa Do
17. e propor solu es para os aspectos sociais UNEP 2009 VEZZOLI 2007 e econ micos ZANCHETI 2004 UNEP 2009 da sustentabilidade Estas solu es em design partem de um arranjo diferenciado de projeto orientado para uma atua o mais sist mica e estrat gica buscando articular e projetar a totalidade da cadeia de valor envolvida nas diversas etapas de desenvolvimento de produtos e servi os Estes processos de cria o coletiva s o definidos por Sanders e Stappers 2008 como cocria o que se caracteriza como uma a o criativa e coletiva compartilhada por um determinado n mero de pessoas que de modo abrangente pode comportar qualquer categoria criativa tang vel ou intang vel em qualquer rea do conhecimento Deste modo para que o design seja utilizado como uma estrat gia no mbito da economia solid ria torna se necess rio ampliar a abordagem de desenvolvimento do projeto transferindo a atua o pontual do design em etapas espec ficas do desenvolvimento dos produtos e servi os para uma atua o mais ampla e participativa Nesta categoria de projeto se inserem os valores as pr ticas e os saberes locais de modo consoante com a proposi o de Bonsiepe que considera a autonomia como linha mestra do projeto de design quer este seja direcionado s pessoas organiza es ou a n veis econ micos mais amplos BONSIEPE 1998 No campo do design a busca por solu es que atendam os aspectos econ micos e sociais al m
18. e significa medida ritmo maneira nos prim rdios sua fun o era de ornamenta o dec ncia e uma prote o para as intemp ries da natureza segundo Castilho 2006 O conceito de moda tal como hoje conhecido surge somente no s culo XV entre o fim da Idade M dia e o in cio da Renascen a quando os burgueses come aram a copiar as roupas dos nobres Desta forma os nobres necessitavam inovar suas vestimentas a fim de diferenciar sua posi o social Com a necessidade de criar e inovar vestimentas para a nobreza surge o estilista encarregado de desenhar novas pe as e produzir as mesmas buscando refer ncias nas culturas materiais eventos e na est tica pessoal A evolu o da moda est relacionada segundo Scalzo 2009 ao movimento est ligada mudan a valoriza o do novo e a individualidade nesse sentido ela um fen meno sociocultural que expressa e caracteriza a individualidade de cada indiv duo ou grupo Assim poss vel transmitir sinais de comunica o social e pessoal atrav s da roupa gerando assim uma linguagem n o verbal que pode ser apreendida como qualquer outra linguagem A sua dimens o social ascende de acordo com a hist ria da humanidade segundo Castilho 2006 p 136 A moda comunica muda reconstitui de maneira surpreendentemente sens vel a tens o da evolu o sociocultural por meio dos sentidos que se constroem em uma organiza o discursiva e que se definem pela
19. estabelecer novos rumos e estrat gias a fim de vencer as dificuldades de se estabelecer no mercado nacional A gest o do design seria a identifica o e a comunica o de caminhos pelos quais o design pode contribuir ao valor estrat gico da empresa Martins e Merino 2011 pg 148 Analisando o modelo da Roda de Integra o da Gest o do Design nas Unidades de Neg cio apresentada por Martins e Merino 2011 entende se a m xima utiliza o dos conhecimentos do designer dentro da empresa de forma a aperfei oar sua a o em todas as reas num dado momento em que sua colabora o for necess ria Sendo assim a a o do gestor de design vai al m de cuidados com or amento e pessoal sendo usada tamb m em n vel operacional e estrat gico Segundo o Manual de Gest o do Design 1997 a Gest o do Design Estrat gico contempla o projeto desde a idea o e concep o dos produtos passando pelo lan amento distribui o e acompanhamento p s venda onde inclui a verifica o da 132 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico efici ncia e efic cia do produto sua forma de descarte e re uso para ent o sofrer as implementa es necess rias este sistema que caracteriza o ciclo do produto Neste sentido apresenta se Estrat gia que a partir da compila o de defini o de v rios autores ANSOFF e MCDONNELL 1993 MINTZBERG e QUINN 2001 OLIVEIRA 2010 definem se como pol ticas objetiv
20. estas cooperativas s o regidas por princ pios comuns que se referem ao modo de produ o valoriza o do trabalho qualidade e preocupa o com o meio ambiente A Justa Trama certificada pela Associa o de Certifica o Instituto Biodin mico IBD que realiza inspe es anuais para verificar o modo de plantio e o manejo agroecol gico e pela Fairtrade International FLO que auxilia os produtores a desenvolver processos que atendam os crit rios do com rcio justo 4 1 1 Breve hist rico da marca Justa Trama Durante a d cada de 1980 no nordeste brasileiro a moderniza o da agricultura destruiu o algod o arb reo uma planta perene resistente seca que integrava o sistema sustent vel na lavoura do semi rido e trouxe o algod o herb ceo cultivado na regi o sul do pa s Devido s diferen as regionais de solo e clima a adapta o da esp cie necessitou de um alto consumo de fertilizantes qu micos e agrot xicos que foram subsidiados pelo cr dito banc rio e fortaleceram as estruturas coloniais de depend ncia na regi o As sementes eram vendidas pelo Governo e os demais insumos pelas transnacionais sediadas em S o Paulo Al m das mudan as na agricultura o contexto social passava por diversas turbul ncias de migra o evas o da riqueza desorganiza o social e depend ncia de pol ticas assistencialistas resultantes aliado demanda internacional por algod o org nico Foi neste cen ri
21. mico aos interesses da seguran a nacional e prote o da dignidade da vida humana Esta lei define a cadeia t xtil e de confec o como atividade potencialmente poluidora de grau m dio e o objetivo diminuir o impacto ambiental em at 10 anos pelos investimentos no setor com tecnologia moderna e sempre limpa 3 Lei n 10 165 2000 Implanta o de taxas ligadas Pol tica Nacional do Meio Ambiente A cadeia t xtil e de confec o pass vel de taxa o com ndice m dio de atividade potencialmente poluidora O sujeito passivo da TCFA Taxa de Controle e Fiscaliza o Ambiental obrigado a entregar at o dia 31 de mar o de cada ano relat rio das atividades exercidas no ano anterior para o fim de colaborar com os procedimentos de controle e fiscaliza o O descumprimento da provid ncia sujeita o infrator a multa equivalente a vinte por cento da TCFA devida sem preju zo da exig ncia desta 4 Resolu o Conama n 313 2002 Destino de res duos s lidos industriais Esta resolu o disciplina a reciclagem e apresenta perspectiva muito positiva para o destino correto do lodo inclusive existem projetos pr ticos nesse sentido bem como para os retalhos t xteis provenientes da confec o 27 Z 2i TE De acord com o relat rio T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar elaborado pelas Associa o Brasileira das Ind strias T xteis e Confedera o Nacional da Ind stria Relat rio
22. mobili rio equipamento urbano ou elemento que possa ser alcan ado acionado utilizado e vivenciado por qualquer pessoa inclusive aquelas com mobilidade reduzida O termo acess vel implica tanto acessibilidade f sica como de comunica o 3 3 adapt vel Espa o edifica o mobili rio equipamento urbano ou elemento cujas caracter sticas possam ser alteradas para que se torne acess vel 129 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 3 4 adaptado Espa o edifica o mobili rio equipamento urbano ou elemento cujas caracter sticas originais foram alteradas posteriormente para serem acess veis 3 14 defici ncia Redu o limita o ou inexist ncia das condi es de percep o das caracter sticas do ambiente ou de mobilidade e de utiliza o de edifica es espa o mobili rio equipamento urbano e elementos em car ter tempor rio ou permanente 3 15 desenho universal Aquele que visa atender maior gama de varia es poss veis das caracter sticas antropom tricas e sensoriais da popula o 3 32 pessoa com mobilidade reduzida Aquela que tempor ria ou permanentemente tem limitada sua capacidade de relacionar se com o meio e de utiliz lo Entende se por pessoa com mobilidade reduzida a pessoa com defici ncia idosa obesa gestante entre outros BRASIL 2004 pg 2 4 Os conceitos de Acessibilidade e Acess vel dizem respeito ao modo ter acesso Adapt vel e Ad
23. n o tem sido considerado pelos produtores durante o processo produtivo ou pelos consumidores na hora da compra uma nova roupa Torna se necess rio considerar a import ncia da mudan a de comportamento por parte do consumidor pois um bom resultado depende em grande parte desta tomada de consci ncia Neste sentido a amplia o da exig ncia dos consumidores por certifica o e rastreabilidade pode implicar em um aumento da responsabilidade socioambiental das ind strias t xteis induzindo a uma maior preocupa o com a redu o de impacto do produto em todo o ciclo de vida do ber o ao ber o A partir da emerg ncia destes pensamentos o sistema de moda tem passado por mudan as significativas A moda solid ria por exemplo vem crescendo no Brasil nos ltimos anos No Cear a partir de uma iniciativa da Ag ncia de Desenvolvimento Solid rio ADS surgiu o projeto Conex o Solid ria que busca facilitar a comercializa o da produ o desenvolvida por empreendimentos econ micos solid rios O projeto atua na interface entre a demanda gerada pelas empresas e as diversas cooperativas solid rias promovendo a inclus o social o desenvolvimento de neg cios justos e sustent veis e a democratiza o econ mica O projeto Conex o Solid ria congrega setores com compet ncias diferenciadas e inclui desde a reciclagem a agricultura familiar at a ind stria t xtil com confec es e artesanato promovendo a gera o de re
24. n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico estranhamento Como assim Perguntam as pessoas do imenso grupo que n o transita no universo da ind stria t xtil e da Moda O segundo aspecto relacionado tamb m ao espanto quanto ao tema exatamente a aus ncia dele nos meios em que circula com maior frequ ncia A quest o que se coloca ent o por que raz o a rela o moda sustentabilidade n o causa mais entusiasmo em grande parcela dos setores do universo da Moda especialmente aqueles que se relacionam com a m dia com os eventos de moda lan amentos varejo marcas blogs etc Ao tentar entender o funcionamento destas rea es e de como o tema percebido por estes setores chega se a algumas supostas conclus es Uma delas porque muitas empresas j entenderam que esta rela o se aplica a todo e qualquer segmento e que al m de se anteciparem s futuras normas e legisla es ambientais e trabalhistas a implanta o de ferramentas e de posturas sustent veis assim como o uso de materiais menos impactantes em produtos e servi os gera um diferencial competitivo As a es ligadas sustentabilidade no setor de moda v m crescendo desde 2007 assim como a preocupa o constante e inovadora da Abit e dos rg os a esta relacionada no sentido sempre de promover o desenvolvimento sustent vel de nosso parque t xtil Entretanto existem outros motivos para que a rela o moda sustentabilidade n
25. nio em julho de 2013 Durante a oficina foram apresentados diversos exemplos de pe as customizadas com t cnicas manuais como bordados aplica es e tingimentos As pe as customizadas durante a oficina foram recebidas por doa o e depois encaminhadas para servirem de refer ncia para customiza o de outras pe as em oficinas de capacita o com mulheres das comunidades de Florian polis Diante do que foi apresentado pode se observar que existem v rias possibilidades para estender o tempo de uso de pe as do vestu rio al m de proporcionar trabalho e renda para projetos sociais A seguir ser abordado sobre a pr tica realizada no projeto junto ao Pres dio Feminino de Florian polis que a partir do problema identificado na SERTE deu origem ao Instituto Trama tica e marca Trama tica 3 Instituto Trama tica e SERTE A partir do estudo in loco realizado em mar o de 2013 na SERTE Sociedade Esp rita de Recupera o Trabalho e Educa o no bairro Cachoeira do Bom Jesus em Florian polis foi identificado que o volume de doa es de roupas tornou se um problema para a institui o principalmente devido forma inadequada de entrega das pe as de vestu rio Pe as que ainda est o em bom estado e limpas s o misturadas com outras danificadas e sujas o que dificulta a triagem e reduz o aproveitamento A excessiva demanda de roupas doadas se deve ao fato de que ainda n o foi implantada nas lojas de forma sistem t
26. o Reparos quando necess rios Acompanhamento Reavalia o Manuten o e reparos quando necess rio Figura 1 Fluxograma de atividades do Provedor de Tecnologia Assistiva Fonte Adaptado de COOK e HUSSEY 2001 pg 95 A partir destas defini es levanta se uma quest o central neste artigo Que servi o prestar e como prestar no caso do Vestu rio para PcD Para responder a esta quest o ser o abordadas rapidamente algumas presta es de servi os que ocorrem na rela o entre a loja e os clientes Normalmente quem faz esta interface um vendedor este tem a fun o de apresentar o produto para o cliente de forma a ressaltar todas as suas qualidades a fim de efetivar a compra Outro servi o que ocorre em lojas normalmente de alta costura ateliers lojas de tecidos ou lojas de roupas masculinas s o os vendedores tirarem as medidas dos clientes e alfinetarem as roupas na medida certa para o comprador Um exemplo o ajuste do comprimento da barra das cal as e punhos dos blazers largura dos vestidos profundidade das pences ajuste de z peres ou aviamentos aplica o de bordados customiza o de algum detalhe Quando estes servi os n o s o feitos pela loja acabam por ser feitas em costureiras aut nomas ou ainda por algu m que tenha habilidade em modelagem corte e ou costura A partir do conte do discutido anteriormente a respeito das an lises da necessidade de novas estrat gias de mercado frente concorr nci
27. o do artigo 3 Acredita o no varejo da ind stria t xtil confec o Autores Vilma Marta Caleffi Suelen Borges Comin Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis o do artigo Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 4 Tend ncias de moda e posicionamento de marca Autores Amanda Queiroz Campos Luiz Salom o Ribas Gomez Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis o do artigo 5 As marcas de luxo de moda e as redes sociais Autores Marcela Fevero Francisco J S M Alvarez Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis o do artigo 6 Di logo entre a m quina de lavar e o vestur rio Autor Aguinaldo dos Santos Revisor O mesmo foi respons vel pela revis o do artigo 7 O criador de roupas como Artista Autora Suzie Ferreira do Nascimento Revisor A mesma foi respons vel pela revis o do artigo Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Conselho Editorial Editores Luciana Lopes http buscatextual cnpqg br buscatextual visualizacv do id H570054 Mestranda em Design e Express o Gr fica pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Brasil http buscatextual cnpqg br buscatextual visualizacv do id H570054 Neide Schulte http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do metodo apresentar amp id K4707 05623 Gradua o em Desenho e Pl stica pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM RS 1992
28. o suscite entusiasmo h pelo menos dois anos esta rela o vem sendo altamente explorada pela m dia e pelo varejo de moda e para este segmento dois anos muito tempo assim pode ser que o assunto esteja sendo enganosamente percebido como esgotado Outro motivo que aqui se apresenta mais enquanto um outro aspecto neste mesmo escopo que neste segmento muito comum encontrarmos assessorias de imprensa de marcas divulgando a es sustent veis implementadas pelas marcas com o intuito de gerarem marketing e a percep o de um posicionamento politicamente correto Neste ltimo caso em geral o que acontece que as a es t m curt ssima dura o na maioria das vezes o tempo de um lan amento e nem sempre s o de fato fundamentadas por conceitos e ferramentas que tornem a gest o os produtos os projetos ou as a es sustent veis Para grupos espec ficos em setores espec ficos da rea formados por empreendedores designers estudantes consumidores jornalistas e interessados em geral poder amos tamb m chamar todos de consumidores a maioria destas a es podem estar sendo percebidas como superficiais o que nem sempre elas s o Entretanto a 4 associa o Brasileira da Ind stria T xtil e de Confec o 18 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico fragilidade de suas bases e a n o transpar ncia de seus processos acabem por suscitar certo descr dito Por outro lado
29. rio possa permitir os movimentos de quem o usa n o somente a adequa o est tica Diante da experi ncia pr tica vivenciada destacam se as vantagens do uso da t cnica moulage na produ o do Vestu rio a Estimula a criatividade das formas e volumes tridimensionais b Favorece a observa o est tica e estudo das novas formas c Permite criar produtos pr ticos e funcionais sobre a forma do corpo d Garante a visualiza o das formas estruturais exteriores da roupa e as rela es de cada pe a com o corpo e o tecido e Possibilita a observa o das pe as que s o projetadas e o resultado percebido durante sua constru o nas tr s dimens es frente costas e lateral bem como os ajustes mais precisos f torna poss vel a agrega o dos aspectos est ticos e ergon micos essenciais aos produtos de moda g D oportunidade para avaliar a inser o de acess rios externos que possam diferenciar o modelo h Facilita a precis o na localiza o dos recortes e detalhes do modelo com a manipula o das linhas estruturais do corpo curvas e sali ncias dando liberdade ao movimento confort vel do corpo 1 Possibilita a an lise e avalia o do modelo antes da confec o do prot tipo evitando desperd cio de material Mas a grande vantagem de sua inser o no processo industrial a possibilidade da libera o da criatividade durante a interpreta o de modelo do vestu rio Esta t cnica tamb m facilitar a fle
30. se estamos falando aqui de a es que se posicionam publicamente como sustent veis na rea de moda tamb m preciso reconhecer que esta publicidade no sentido de tornar publico o que privado aos processos da empresa tamb m um agente de informa o A difus o das informa es geradas pela m dia de moda quando correta substancial mas quando superficial reducionista e acaba por gerar um conhecimento muitas vezes distorcido de um assunto que complexo e importante A quest o aqui que este conhecimento distorcido torna se refrat rio a qualquer outro e assim as informa es reais e os conhecimentos validados na rea perdem se a cada lan amento Percebe se um ponto chave entre os dois grupos avaliados acima faltam informa es validadas Uma informa o vital que n o pode escapar dos meios de comunica o na rea a de que a ind stria t xtil figura como um dos tr s mais importantes setores da economia mundial e que sua inser o no mercado global possui uma dimens o que escapa as an lises disciplinares lineares que a reduzem sempre a um vi s econ mico social ou pol tico mas que a legitima dentro de dimens es interdisciplinares Associar moda a sustentabilidade associar a Ind stria t xtil e o consumo de Moda ao desenvolvimento sustent vel e isso est muito al m do que parece ser al m de n o ser t o surpreendente assim se entendermos a dimens o da quest o As informa es sobr
31. todas do setor de moda Dentre as diversas redes sociais digitais optou se em desenvolver o trabalho utilizando somente o facebook Isso devido ao destaque desta diante das outras O facebook hoje o site mais visitado do Brasil bem como a rede social mais acessada de acordo com a Experian Marketing Services in Santander Empreendedor 2012 O GLOBO 2012 A coleta de dados prim rios foi realizada por meio de monitoramento das p ginas das marcas no facebook As p ginas monitoradas foram Louis Vuitton Herm s e Gucci O per odo de coleta foi de trinta dias de 14 de dezembro de 2012 12 de janeiro de 2013 Para a an lise levantou se dados quanto a quantidade e qualidade dos posts por parte da empresa e usu rios quantidade de curtir quantidade de coment rios quantidade de compartilhamentos por parte dos usu rios AN LISE E DISCUSS O DOS RESULTADOS O quadro abaixo aborda as principais informa es coletadas durante o monitoramento das fan pages das marcas selecionadas o monitoramento ocorreu entre 14 de dezembro de 2012 12 de janeiro de 2013 MARCAS LOUIS VUITTON HERMES GUCCI Tipo de p gina Fan Page D a dei nano 13 169 718 1 110 479 10 550 940 curtindo a p gina M dia de post s da 0 733333 0 366667 0 766667 marca 30 dias Lan amento de Monday Break Livro GUCCI nova loja divulga o de MUSEO BOOK Lista de desejos produtos com CLUB Tema dos post
32. uma oposi o clara s pol ticas sociais destitu das de direitos e institucionalizadas pelo Estado o que legitima uma reestrutura o conservadora e assinalada pelo continu smo das excessivas desigualdades sociais 52 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Compondo este cen rio de transforma es econ micas se destacam desde a d cada de 1980 diversas institui es amparadas pela sociedade civil que se fundamentam nos princ pios solid rios a fim de gerar trabalho e renda para as classes menos favorecidas alcan ando relev ncia no panorama nacional Na d cada de 1990 a gera o de pol ticas p blicas orientadas para o empreendedorismo e a oferta de cr dito contribuiu embora de modo fragmentado como resposta para a economia informal Nesta conjuntura originaram se as mais diferentes categorias organizacionais parit rias economia solid ria ou que passaram a ser institucionalizadas e legitimadas como parte do conjunto de ideias e pr ticas solid rias No t pico a seguir ser apresentada uma s ntese sobre as experi ncias concretas das institui es reconhecidas como as principais respons veis por constituir as esferas da economia solid ria no Brasil 2 2 A economia solid ria como um campo de ideias e de pr ticas O presente trabalho compreende e perpassa as an lises sobre economia solid ria como outra economia ou como alternativa social bem como os discursos de den ncia
33. xtil oportunidades para a diferencia o competitiva a partir do emprego de metodologias de avalia o de impactos ambientais In XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produ o Anais Salvador out 2009 a Especialmente no que tange a tributa o de produtos nacionais e de produtos importados da China 43 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico COBRA Marcus Marketing e Moda S o Paulo Senac 2007 Fashioning Sustainability Report Forum for the Future 2007 GUIMAR ES Renato O desafio da sustentabilidade na ind stria de vestu rio 2011 Fonte http www sustentanews com o desafio da sustentabilidade na industria de vestuari LAGO C Estocolmo Rio Joanesburgo O Brasil e as tr s confer ncias ambientais das Na es Unidas Funda o Alexandre de Gusm o Funag Minist rio das Rela es Exteriores Bra sia DF 2006 LEE Matilda Eco chic O guia da moda tica para a consumidora consciente Editora Larousse do Brasil S o Paulo 2008 MAY P Apresenta o PPT CPDA Disciplina IEP812 Meio Ambiente e Conven es Globais 2012 P Boyd Chang Veiga Incorporando o desenvolvimento sustent vel aos projetos de carbono florestal no Brasil e na Bol via 2005 PIRES Dario Xavier CALDAS Elo sa Dutra RECENA Maria Celina Piazza Intoxica es provocadas por agrot xicos de uso agr cola na microrregi o de Dourados Mato Grosso do Sul Brasil no per odo de 19
34. 615x ModaPalavra e peri dico Desta forma a rela o com os objetos que nos s o oferecidos tem cada vez menos a ver com o uso e sim com o seu valor simb lico o que vendido a ideia de um produto e como consumidores compramos uma afilia o a essa ideia Svendsen 2010 p 139 In order to be reputable it must be wasteful N o h d vidas que a Moda nos possibilita criar nossas identidades e desta forma nos instrumentalizar para que nos relacionemos com o mundo A moda nos traz o senso de pertencimento e de individualidade fazendo com que ao mesmo tempo em que nos conectamos com grupos sociais tamb m possamos refletir acerca de quem somos enquanto indiv duos A moda social pois est sempre interagindo com a sua volta O que um paradoxo que procuramos expressar individualidade atrav s de produtos fabricados em s rie com significados j pr estabelecidos Hoje todo e qualquer produto est saturado de significados e na moda mesmo os produtos mais b sicos adquirem significados os mais diversos poss veis No entanto o consumidor n o desempenha um papel t o passivo diante de tantas mensagens por mais que os produtos j cheguem interpretados eles n o s o simples e passivamente apropriados O social uma soma de indiv duos e os produtos ao serem adquiridos por indiv duos podem exceder os significados que s o indicados por aqueles que os produzem poss vel perceber como certas propostas de m
35. A mesma foi respons vel pela revis o do artigo 2 O caso Justa Trama contexturas entre a Economia Solid ria e as estrat gias orientadas para a sustentabilidade no processo de Life Cycle Design LCD Autores Jucelia S Giacomini da Silva Neide K hler Schulte Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis o do artigo 3 Log stica reversa reutiliza o e trabalho social na moda Autores Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Neide K hler Schulte Luciana Dornbusch Lopes Lucas da Rosa Mayeni Medeiros Padilha Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis o do artigo 4 Daquilo que a moda trata o consumidor busca a est tica Autora Tatiana Messer Rybalowski Revisor A mesma foi respons vel pela revis o do artigo 5 Constru o de uma cole o de moda com apelo s cio ambiental an lise de uma metodologia sustent vel Autora Luana Esther Geiss Revisor A mesma foi respons vel pela revis o do artigo Variata 1 Agregando servi o e produzindo vestu rio para Pessoas com Defici ncia estrat gia de diferencia o para confec es brasileiras Autores Bruna Brogin Vilson Jo o Batista Eugenio Andr s D az Merino Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis o do artigo 2 A Moulage como recursos criativo Uma experi ncia pr tica Autora Icleia Silveira Mary Neuza F Clasen Revisor Os mesmos foram respons veis pela revis
36. Abit CNI 2012 Uma das principais vantagens do Acordo de Barreiras T cnicas a de ser um instrumento de apoio s empresas que atuam no com rcio internacional Os locais escolhidos como Pontos Focais passaram a ser fundamentais na gera o de informa es que auxiliam a ind stria e seus setores na adequa o as normas t cnicas externas Tornando assim o com rcio exterior mais plaus vel para os produtos t xteis nacionais De acordo com o relat rio de 2012 da Abit e da CNI a partir do ano de 2002 o Inmetro passou a atuar como Ponto Focal e passou tamb m a exercer outras atividades de apoio ao setor t xtil nacional em especial no que concerne o com rcio e o fluxo de capitais atrav s das exporta o Com o objetivo de dar suporte ao funcionamento e implementa o do Acordo TBT foi montado um Comit de Barreiras T cnicas ao Com rcio no mbito da OMC Ainda de acordo com o relat rio este comit passou a atuar num contexto mais amplo de pol ticas de meio ambiente de maior impacto ao com rcio internacional Tamb m foram criados cerca de outros 200 acordos fora do escopo da OMC referentes s quest es ambientais considerados Acordos Multilaterais sobre Meio Ambiente Amumas Outra normatiza o importante o sistema Oeko Tex que funciona como um teste global e programa de rastreio de subst ncias nocivas em produtos t xteis com os mais r gidos padr es do mundo O Oeko tex tamb m uma certifica o
37. Alpha Confec es Acabamento E Fac o Fac o Fac o Lavanderial Lavanderia Acabamento Acabamento Fac o C E G B D B D A Fac o Fac o Fac o Lavanderia Lavanderia Acabamento Acabamento B D F A c A c Fonte Autoras 2013 180 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico No primeiro n vel da rede encontram se as empresas detentoras de marcas denominadas empresas signat rias que fornecem servi os No elo intermedi rio encontra se a empresa em quest o denominada Alpha No ltimo elo da rede situam se as fac es lavanderias acabamentos bordados denominados subcontratados Todos devidamente formalizados portanto considerados empresas Em outubro de 2012 a empresa Alpha Confec es realizou uma reuni o com todos os representantes das empresas subcontratadas A reuni o foi presidida pela gerente geral e o setor de qualidade O principal objetivo foi esclarecer e comunicar formalmente os regulamentos da certifica o Segundo informa es do setor de qualidade a maioria n o concordou com a implanta o visto que se torna necess rio o investimento em reformas e amplia es dos espa os f sicos por exemplo a amplia o da estrutura para implanta o de um refeit rio limpo e adequado para os colaboradores Desde o m s de outubro de 2012 a empresa vem prestando suporte aos subcontratados para a prepara o da auditoria Muitas Na auditoria ser o avaliados
38. Grosso do Sul Tese de Doutoramento USP S o Paulo 2006 ZANCHETI S M Desenvolvimento Sustent vel Urbano Pernambuco UFPE GECI Gest o do Patrim nio Cultural 2004 84 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Log stica reversa reutiliza o e trabalho social na moda Neide K hler Schulte Luciana Dornbusch Lopes Lucas da Rosa Mayeni Medeiros Padilha Resumo O produto de vestu rio desenvolvido de acordo com o sistema de moda tem um ciclo de vida curto Da mat ria prima ao descarte os impactos ambientais gerados pelos produtos de moda t m sido estudados visando minimizar as consequ ncias para o meio ambiente Neste estudo aborda se a etapa final o p s uso aplicando se o conceito da log stica reversa que o retorno dos produtos s empresas para dar novo uso e a reutiliza o de pe as descartadas servindo como mat ria prima em empreendimentos sociais A reutiliza o de pe as do vestu rio descartadas como mat ria prima para desenvolvimento de novos produtos contribui para a redu o de impactos socioambientais Palavras chave moda sustentabilidade log stica reversa Abstract The clothing product developed according to the fashion system has a short life cycle From raw material to disposal the environmental impacts generated by the fashion products have been studied to minimize the consequences for the environment This study discusses the final step post use applyi
39. Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Refer ncias ABREU Alice R de Paiva O Avesso da Moda trabalho a domic lio na ind stria de confec o S o Paulo Hucitec 1986 ARA JO M rio de Tecnologia do vestu rio Lisboa Funda o Calouste Gulbenkian 1996 CALEFFI Vilma Marta Reestrutura o Produtiva Na Ind stria do Vestu rio e as Implica es para a Qualifica o dos Trabalhadores Disserta o Mestrado em Educa o Linha de Pesquisa Trabalho e Educa o UFSC Florian polis 2008 149p GROSE Lynda amp FLETCHER Kate Moda amp Sustentabilidade Design Para Mudan a S o Paulo editora SENAC 2011 OLIVEIRA Otavio Jos de Gest o da Qualidade T picos Avan ados S o Paulo Pioneira Thomson Learning 2004 VARELLA Thiago Imigrantes bolivianos vivem como escravos em S o Paulo Espa o Cidadania n 26 Universidade Metodista de S o Paulo Dispon vel em http www metodista br cidadania numero 26 imigrantes bolivianos vivem como escravos em s o paulo acessado em 21 08 13 186 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Tend ncias de moda e posicionamento de marca Amanda Queiroz Campos Luiz Salom o Ribas Gomez Resumo A inova o desafio frequente das marcas na atualidade Empresas investem tempo e dinheiro na busca por informa es antecipadas sobre as tend ncias de mercado Frente s constantes mudan as do mercado principalment
40. Kioto de acordo com May e Boyd 2005 o progresso rumo ao desenvolvimento sustent vel frequentemente considerado incompat vel com os 17 Our Common Future 1987 18 May Boyd Chang Veiga Incorporando o desenvolvimento sustent vel aos projetos de carbono florestal no Brasil e na Bol via 2005 30 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico esfor os para se combater o aquecimento no entanto estes autores apontam o Mecanismo de desenvolvimento Limpo MDL como uma sa da para tal incompatibilidade Normatiza es e certifica es ambientais se estabeleceram por toda a Europa Jap o e EUA e chegaram ao Brasil Surgiram ONGs Institutos cursos Universit rios programas de p s gradua o pesquisas etc Enfim o conceito de sustentabilidade passou a ser percebido quase que como um denominador comum do futuro do planeta Entretanto os pilares centrais do caminho para alavancar a Sustentabilidade logo o desenvolvimento sustent vel legitimado em Brundtland ainda s o bastante questionados pois em uma sociedade capitalista alinhar desempenho econ mico com preserva o ambiental e justi a social ainda parece ser uma utopia preciso cautela ao nos propormos a postular uma introdu o discuss o do desempenho da ind stria t xtil nacional mediante as quest es ambientais pois este segmento industrial apesar do vulto ainda apresenta fragilidades Mediante os fatores inter
41. Moda uma Filosofia Tradu o Maria Luiza X de A Borges Rio de Janeiro Zahar 2010 VATTIMO G O Fim da Modernidade Niilismo e hermen utica na cultura p s moderna Tradu o Eduardo Brand o S o Paulo editora Martins Fontes 2007 229 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Di logo entre a m quina de lavar e o vestu rio Aguinaldo dos Santos Resumo Vestu rio inteligente pode ser definido como aquele que auxilia o usu rio a compreender refletir planejar e resolver problemas ao longo de todo o ciclo de vida Uma das manifesta es desta intelig ncia a capacidade do vestu rio de comunicar informa es teis para o usu rio de forma direta ou atrav s dos artefatos no seu entorno No caso da m quina de lavar roupa este di logo praticamente inexistente nas solu es observadas nos estudos de campo realizados pelo autor configurando se como barreira para avan os mais profundos da sustentabilidade na moda Concluiu se quanto necessidade de integra o de eco feedback voltados m quina de lavar roupa e tamb m de mem ria do consumo de gua energia no vestu rio Estas informa es podem contribuir para a mudan a de comportamento do usu rio na dire o de padr es mais sustent veis de lavagem de roupa e muito importante aperfei oamento dos crit rios para compra e venda do vestu rio seja este novo ou usado Palavras Chave eco feedback sustentabilidade
42. Porter a revista Mag e o site www FFW com br A plataforma de marcas considera se l der no segmento iconic brands principalmente nas a es de gest o e consolida o atrav s do lifestyle diferenciado proposto pelas marcas que a comp em INBRANDS 2012 As marcas da Inbrands s o reconhecidas por sua inova o distribui o e grande visibilidade interna o que implica em sua alta rentabilidade As marcas associam produtos inovadores e de alta qualidade tanto em termos de cria o materiais e aviamentos quanto em termos t cnicos a um estilo de vida sofisticado A marca 2nd Floor a marca secund ria da Ellus Segundo descri o da pr pria empresa ela young fresh and free jovem fresca livre A 2nd Floor uma marca jovem de ideias frescas e com uma moda cheia de bossa Criada por Nelson Alvarenga e Adriana Bozon a Ellus 2nd Floor a irm mais nova da Ellus Nasceu de um projeto pioneiro de mesmo nome que em 2002 abriu espa o para revelar novos talentos na moda nacional 2ND FLOOR 2012 Literalmente traduzida como segundo andar era no sobrepiso da Ellus que jovens estilistas lan avam ideias inovadoras e criativas pra moda brasileira A primeira apresenta o da 2nd Floor como marca aconteceu no ano de 2007 no desfile de Primavera Ver o 2008 no S o Paulo Fashion Week Desde l a marca permanece no calend rio de moda brasileiro tendo participado de todas as edi es posteriores do SPFW at a edi
43. a fim de se obter o delineamento das pences das cavas decotes cintura ombro etc FIGURA 7 Figura 7 Posicionamento do Tecido no Manequim Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 ati A 1 163 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 2 Quando retirado do manequim iniciado o refilamento correspondendo ao alinhamento das retas e das curvas feita a confer ncia das medidas de folga e do modelo sem que ocorram modifica es nos moldes e altere o modelo Os moldes conferidos s o novamente alfinetados e colocados sobre o manequim para serem analisadas mais uma vez as linhas de constru o e caimento da pe a Consideradas adequadas todas as constru es das linhas e detalhes de novo retirado do manequim e transferido para o papel ou outra forma de modelagem bidimensional onde recebe a margem de costura a marca o dos piques e identifica o Os profissionais da moda que trabalham com modelos individuais devem ter fichas para preenchimento das medidas de seus clientes Cada um define as medidas que considera necess ria ao desenvolvimento da t cnica Com base nestas medidas pode planejar o modelo da ficha de clientes que atualmente podem estar arquivadas no computador Para o cliente isto importante um atendimento preferencial A maneira mais precisa na retirada das medidas faz lo com a pessoa vestindo roupas ajustadas ao corpo 5 Interpreta o de Modelo A
44. a language of communication and possible configure it as a tool that allows the practice and the ethical awareness sustainable This present project aims to unite social environmental principles to the project methodology of fashion design The result suggests the creation of garments that are aimed at reducing the environmental impacts and social inclusion of classes or disadvantaged groups in the process of drawing up of a collection of fashion In this sense stating the viability of marketing a quality product that meets the needs and wishes of the public delimited Keywords design of fashion sustainability social responsibility 101 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 1 INTRODU O O design uma atividade criativa e t cnica que visa a resolu o de problemas atrav s de um m todo este em seu processo de idealiza o abrange necessidades de pesquisa an lise cria o desenvolvimento elabora o configura o conceitua o e a configura o chegando a uma solu o que corresponde com s necessidade envolvida no problema No campo do design poss vel definir duas grandes reas de estudo o design gr fico e o design de produto Design gr fico a comunica o visual relacionada a troca de mensagens entre remetente e receptor sua caracter stica a linguagem cognitiva onde a intera o e compreens o do p blico depende de sua cultura e conhecimento J o design de prod
45. and DESTAQUES BACKSTAGE LLY l Figura 07 capa do site 2nd Floor para a cole o SS2012 Fonte www 2ndfloor com br O site da marca possui fundo de imagem em bitmap comp e se um c u azul com poucas nuvens as quais se posicionam na parte superior da tela O menu de seis itens divide se ao meio pela inser o do logo ou assinatura visual da marca que se configura a partir da inscri o tipogr fica dos nomes 2nd Floor em branco vazado sobre c rculo preto Os itens do menu est o isolados em caixas pr prias entretanto a 201 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico unidade de menu fica expl cita tanto pelo posicionamento similar das caixas dos itens quanto pelo mesmo tratamento gr fico dado a cada um deles Cada item expresso com o nome escrito totalmente em mai sculo em fonte n o serifada e muito regular e disp e se sobre uma caixa branca sobreposta a outra caixa preta que faz alus o sombra Quando selecionado o item do menu modifica sua colora o a caixa superior passa de branco para magenta e a caixa inferior passa para branco Abaixo do menu as informa es s o dispostas em grandes blocos O primeiro apresenta fotografia da campanha publicit ria Este bloco o maior e mais denso em rela o hierarquia de informa es Ele possui anima o autom tica que alterna a imagem da campanha feminina estrelada por uma modelo muhler com uma imagem da campanha masculina
46. ao nosso trabalho ampliar o nosso alcance e principalmente construir novas rela es e parcerias JUSTA TRAMA Dispon vel em http www justatrama com br 4 Let cia da Silva Balester Rela es P blicas Assessora da J usta Trama Atividades comunica o comercial exporta o relacionamento com cliente produ o execu o de projetos e outras demandas Entrevista em 30 de setembro de 2013 78 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico FIBRA ECOL GICA Moda e Produtos em Algod o Org nico 51 3344 3454 wwrw justatrama com br Figura 6 Banner de produtos da Justa Trama Fonte http www justatrama com br A figura 6 demonstra o banner que se encontra no site da Justa Trama para divulgar um ponto de venda e as camisetas da marca com estampas e frases que promovem a preserva o da natureza A comunica o ao consumidor das vantagens ambientais sociais e econ micas dos produtos feita por meio do site da marca pelas redes sociais na internet por meio de banners e folders nas feiras em diversos eventos nacionais e internacionais Nesta etapa verificou se a nfase nas estrat gias sociais e econ micas da sustentabilidade no que se refere equidade entre os stakeholders e promo o da coes o social devido participa o e divis o dos lucros obtidos com as vendas dos produtos 4 1 4 Etapa de utiliza o e descarte Durante o processo de venda comunicado
47. arte uma arte bastante insignificante Svendsen 2010 p 123 Mas para al m da quest o valorativa entre pequena e grande arte entender o que exatamente faz do artista o que ele foi sempre uma quest o cara filosofia Ora todo criador artista Se o ato de criar inerente ao homem o que diferenciaria um homem comum de um artista Sobre isso diz Flusser os ditos artistas s o inven o da Idade Moderna e n o sobreviver o a ela Flusser 1981 Svendsen tamb m defende que o que hoje conhecido como criador de moda por sua vez uma cria o da imprensa haja vista sua ntima liga o e quase submiss o ao mercado financeiro Svendsen 2010 p 106 Considerando esses coment rios muitos dos artistas surgidos a partir da modernidade n o subsistiriam ao tempo o que faria de sua cria o algo menor O que nada mais seria do que retomar a no o de que a grande arte n o estaria submetida ao mercado moda argumento de dif cil sustenta o como se ver mais adiante Mas haveria como distinguir os pseudo artistas denunciados por Flusser aos quais Svendsen parece dirigir sua cr tica do artista de fato Tal distin o necess ria Nesse ponto podemos buscar aux lio uma vez mais nos cl ssicos do pensamento Conforme Nietzsche o que capacitaria efetivamente cria o seria a embriagu s Ele assim a descreve em O Crep sculo dos Idolos imposs vel para o homem dionis aco n o ente
48. as podem ser efetivadas desde que os processos estejam centrados em arranjos projetuais mais participativos e horizontalizados enfatizando a participa o de todos os atores sociais no processo de projeto De acordo com os dados expostos importante salientar que embora o sistema produtivo j consiga vislumbrar os novos direcionamentos focados em solu es sist micas baseadas na dimens o social estes ainda possuem lacunas metodol gicas e conceituais pois se apresentam como uma concep o relativamente nova no mbito da pesquisa e da pr tica SILVA 2010 Manzini 2009 afirma que para ampliar a dissemina o deste campo de atua o torna se necess rio construir uma vis o compartilhada entre as diferentes reas do conhecimento envolvidas no desenvolvimento de produtos servi os sistemas O autor defende que as lacunas se encontram na comunica o e nas compet ncias estrat gicas necess rias para reconhecer refor ar e transmitir adequadamente as ideias e solu es geradas em n vel social e transform las em propostas bem sucedidas Para inserir as estrat gias sociais no Life Cycle Design torna se necess rio analisar os impactos sociais e suas implica es em todo o LCD a partir de uma vis o geral das interfer ncias provocadas em todos os grupos de atores envolvidos no desenvolvimento do produto do servi o ou do sistema Deste modo os atores participantes necessitam ser reunidos em grupos como por exemplo colabora
49. autores se baseiam para criar a presta o de servi o apresentada mais a frente neste artigo A Cadeia de valor gen rico de suporte chamada assim pois o que suporta as atividades prim rias Esta diz respeito infra estrutura da empresa aos funcion rios ao desenvolvimento tecnol gico e as aquisi es para a empresa Para Porter 1986 Estrat gias Gen ricas s o o que distinguem a natureza do neg cio e podem ser os pre os baixos ou a diferencia o ambos em rela o ao limite de atua o tra ado pela empresa A diferencia o a ess ncia que difere uma empresa de seus concorrentes e esta ligada a imagem da empresa Os pre os baixos s o uma vantagem sens vel a situa o monet ria dos potenciais consumidores 133 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Para Mintzberg e Quinn 2001 as Estrat gias Gen ricas seriam diferencia o e escopo A diferencia o seria a vis o do cliente sobre a empresa e o escopo seria a vis o da empresa sobre os mercados em que ela pretende atuar o que completa as coloca es de Porter 1986 Segundo as defini es apresentadas acima o que os autores deste artigo prop em usar a estrat gia de diferencia o como uma vantagem competitiva no cen rio da moda brasileira Isso se dar medida que as empresas de moda existentes enxergarem a demanda das PcD como um novo nicho a ser explorado agregando valor a imagem social da marca produzindo
50. com rosa ou preto em fundo branco e outras padronagens mais discretas que investem em tonalidades de amarelo Nas estampas localizadas a marca investiu na serigrafia de estampas de nica cor o preto Os desenhos das estampas variam entre elementos marinhos e mar timos como conchas e ncora H tamb m estampas em serigrafia que ocupam uma mesma pe a em completude como a de escamas de peixe em verde claro e a 200 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico estampa de um le o em azul marinho sobre uma camiseta Os itens mais marcantes carregam estampas de um t rax estilizado sobre fundo branco e um cavalado alado refer ncia expl cita lenda grega de P gaso cuja figura destaca se pela alus o s fontes de inspira o Os elementos gr ficos visuais do s tio 2ndFloor com br Al m da express o das tend ncias de moda da cole o Primavera Ver o 2012 nas pe as da cole o apresentada no site pela marca 2nd Floor o presente trabalho tamb m julgou relevante analisar ainda que em brevidade se a marca utilizou os elementos de express o gr fica configurados atrav s do web site oficial da Marca para exprimir tend ncias de moda que refor assem o posicionamento da marca e o conceito da cole o J se considerou para o estudo que as tend ncias podem ser expressas nos mais diversos meios ultrapassando materializa es em pe as do vestu rio atrav s de cores formas e materiais
51. de desejos O consumo de s mbolos passa a ser o passo seguinte para que o consumo possa se estabelecer como um meio para a cria o de identidades O papel do vestu rio como um meio de constru o do eu refor ado significando n o um acess rio junto ao corpo mas uma parte do indiv duo j que as identidades deixam de ser fornecidas pela tradi o e pela heran a passam a ser escolhas consumadas pelo consumo Com o aumento da complexidade do mercado e principalmente da velocidade de cria o produ o e distribui o at mesmo o Zeitgeist express o que define o esp rito o gosto e as perspectivas de um tempo ou gera o deixa de ser singular passando a ser plural pois os ciclos cada vez mais r pidos da moda apresentam cada vez mais possibilidades e escolhas sugerindo uma concep o mais complexa do eu cada vez mais m ltiplo e ef mero De acordo com Bauman a escolha do consumidor hoje um valor em si mesma a a o de escolher mais importante que a coisa escolhida Bauman 2001 p 103 A oferta avassaladora de produtos e servi os que buscam satisfazer nossas necessidades transformou o consumo num tipo de entretenimento como um meio de combater o t dio A busca de uma vida sem t dio o lema do consumidor O consumo acaba trazendo um prazer no ato de adquirir produtos novos que logo ao serem adquiridos tornam se velhos perdendo logo sua capacidade de encantar 113 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982
52. dos modelos de explora o capitalista para a constru o de um novo modo de produ o entretanto estas ideias n o se constituem como foco de an lise principal deste trabalho O recorte do tema proposto por este artigo busca compreender e relatar as pr ticas tang veis das institui es relacionadas economia solid ria tendo em vista as a es positivas e os resultados assertivos obtidos nas pr ticas associativistas em prol do meio ambiente e da sociedade A pr tica econ mica fundamentada no solidarismo nasceu fundamentada em uma cr tica ao cooperativismo agroindustrial que predominou no Brasil at meados do s culo XX Seus ideais se alicer avam nos princ pios da autonomia e nos embates em prol da redemocratiza o do pa s Os principais sujeitos fomentadores destas pr ticas atuavam de modo geral na reestrutura o dos processos democr ticos do pa s representados coletivamente por institui es ou organiza es como sindicatos igrejas universidades organiza es n o governamentais e partidos de esquerda BARBOSA 2007 A C ritas Brasileira um dos agentes sociais que se destaca na promo o da economia popular seguindo sua diretriz geral de a o que se fundamenta na constru o do Desenvolvimento Solid rio Sustent vel e Territorial na perspectiva de um projeto popular de sociedade democr tica C RITAS 2012 uma institui o da Igreja Cat lica fundada em 1956 e apoiada pela Confedera o Nacional
53. e credita empresa que seus produtos est o livres de mais de 300 subst ncias nocivas incluindo toxinas e irritantes Uma vez certificadas essas empresas est o licenciadas para usar o registrado Oeko Tex Standard 100 no r tulo de seus produtos Desde a sua cria o em 1992 a Oeko Tex uma associa o internacional jun o de mais de 15 institutos de investiga o e de ensaios t xteis de renome por toda 32 m aja A Lo A Associa o Brasileira das Ind strias T xteis Confedera o Nacional da Ind stria Relat rio T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar 2012 40 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico a Europa e Jap o com representa es e pontos de contacto em mais de 60 pa ses por todo o mundo Os produtos qu micos mais danosos ao meio ambiente a e a sa de humana que podem ser encontrados nos t xteis s o os seguintes formalde dos fen is metais pesados ignifugantes compostos org nicos ftalatos aminas arom ticas cancer genas e pesticidas De acordo com o relat rio de 2012 da CNI e da Abit est o sendo desenvolvidas parcerias para detectar e impedir que estes produtos sejam comercializados no pa s Desde 2003 ainda de acordo com o relat rio as empresas de corantes ligadas Abiquim comprometeram se atrav s de documento oficial dirigido Abit a n o importar ou produzir corantes azoicos que produzam produtos
54. e tamb m como um paliativo na desregulamenta o 58 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico do campo da prote o social BARBOSA 2007 Portanto h diversas fragilidades que permeiam as pr ticas e as teorias da economia solid ria pois em algumas inst ncias propiciam um alargamento do espa o econ mico das periferias sociais e em outras inst ncias fomentam a cultura do autoemprego 2 3 Preceitos da economia solid ria de acordo com a Secretaria Nacional de Economia Solid ria O campo da economia solid ria no Brasil passou a ser reconhecido como um fen meno socioecon mico que parte dos preceitos da solidariedade para fundamentar as a es econ micas desenvolvidas sob suas linhas diretivas As teorias e as pr ticas que arregimentam o campo avan am sob um amplo universo de fundamenta es que se baseiam em caracter sticas comuns como a autogest o a coopera o e o associativismo e seus princ pios Segundo o MTE SENAES 2013 este conjunto de atividades econ micas se caracteriza por seu modo organizacional diferenciado fundamentado em modelos de coopera o e associativismo clubes de troca autogest o redes entre outros modos mais horizontalizados de desenvolvimento Este delineamento se materializa nos modelos econ micos de produ o distribui o consumo poupan a e cr dito desenvolvidos sob princ pios solid rios como um modo de combate ao desemprego e a exclus o social
55. empresas parceiras de modo que a cadeia como um todo seja competitiva Com o desenvolvimento do setor log stico e da responsabilidade ambiental considerou se importante gerenciar o retorno dos produtos e embalagens s empresas nascendo o conceito de log stica reversa LR GON ALVES MARINS 2006 O desenvolvimento deste conceito nas empresas apresentou se economicamente vi vel visto que os produtos podem retornar ao mercado de consumo com menor custo de produ o e ambientalmente respons vel pois d uma destina o adequada ao que se tornaria lixo Costa e Valle 2006 p 4 salientam que as atividades da LR para obter o reaproveitamento de produtos usados por meio da utiliza o do fluxo reverso podem agregar valor ao produto no mercado pela imagem corporativa associada ao respeito ao meio ambiente al m de captar oportunidades econ micas para o processo produtivo como a redu o de compra de mat ria prima virgem Junto responsabilidade ambiental a log stica reversa um processo de facilita o do ciclo produtivo e da economia de produ o Vieira Soares e Soares 2009 p 124 afirmam que Este conceito mostra de forma geral o verdadeiro papel da log stica reversa que de facilitar o retorno do produto ao ciclo produtivo ou remanufatura reduzindo desta forma a polui o da natureza e o desperd cio de insumos A log stica reversa possibilita a devolu o do produto pelo consumidor n o ap
56. ent o A acumula o de capital e de bens enraizou se na sociedade ocidental profundamente transformando a A acumula o e a atividade econ mica ent o passam a ter uma dimens o nunca antes percebida As necessidades materiais dos indiv duos assim como seus bens passaram a ocupar um papel determinante nas rela es sociais A cultura engendrou em seu seio a atividade econ mica como um determinante de crescimento e modernidade e assim se engendrou um cont nuo processo de expans o das necessidades materiais das sociedades dos indiv duos e do estado Acreditava se e talvez ainda se acredite que o crescimento econ mico assim como a expans o do processo de industrializa o e de consumo dos recursos naturais deveria ser ilimitado A partir de meados do s culo XX a ininterrupta extra o de recursos naturais n o renov veis ou cuja renova o n o tenha tido tempo de acontecer mostrou se geradora de um significante grau de polui o A sociedade ocidental ap s assistir a polui o dos rios Mosa Elba e Reno e ap s o incidente envolvendo a morte de seres humanos ocorridos na ba a de Minamata Jap o os debates sobre os processos ind strias passaram a ter certo destaque No final dos anos 60 o movimento da Contracultura continha em seu repert rio o pacifismo a vida em comunidades e o consumo de alimentos org nicos e a ecologia Funda se ent o o Partido verde na Alemanha Nesta mesma poca os pa ses industrializ
57. estruturais do corpo durante a constru o das roupas A moulage contribui para a inova o da forma da silhueta e at mesmo da linha estrutural do produto pois trabalhando diretamente no corpo o resultado imediato e a constru o do modelo mais din mica SILVEIRA 2006 Na constru o de um modelo do vestu rio com a t cnica moulage as caracter sticas f sicas de peso e espessura dos tecidos ganham volumes e caimentos diversos quando sobrepostos ao corpo o que exige a escolha adequada do tecido Os tecidos se comportam de maneiras diferentes de acordo com a tens o e inclina o com que s o manipulados sobre o corpo produzindo efeitos muitas vezes inesperados Surgem assim formas e contornos que n o seriam poss veis de se atingir caso n o houvesse esse contato direto e experimental entre o tecido e o corpo representado por um manequim no processo industrial Neste caso o projeto da roupa desenvolvido a 152 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico partir dessa experimenta o libera durante a realiza o do trabalho a criatividade do profissional na constru o de pe as com formas estruturas e caimentos diferenciados No Brasil somente h alguns anos a t cnica tem despertado o interesse dos profissionais da moda e das empresas do vestu rio Sua pr tica tamb m favorece o processo industrial e o trabalho dos modelistas que poder o visualizar como o modelo criado no dese
58. fim de sensibilizar construir capacidades e implantar mudan as profundas nos estilos de vida atuais 3 2 Estrat gias para a sustentabilidade social no Life Cycle Design LCD O debate sobre as potencialidades e responsabilidades do design direcionadas melhoria das condi es humanas ainda bastante recente Dentro destes par metros cada vez mais se percebe a inser o dos aspectos socioculturais nas atividades de design os quais apresentam a aspira o de descentralizar os processos de projeto a partir da constru o de pr ticas em design mais cr ticas e conscientes de seu papel representador da pr xis social 64 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Na dimens o social o design se desenvolve a partir do olhar dos sujeitos e o processo de projeto definido pelas necessidades pelos valores individuais e tamb m coletivos que envolvem uma esfera mais ampla do desenvolvimento de produtos e servi os a partir de interfer ncias culturais sociopol ticas e econ micas que existem nos contextos sociais Neste sentido o processo de projeto necessita atuar no desenvolvimento e implanta o de estilos de vida economicamente vi veis socialmente aceit veis e culturalmente atrativos MANZINI VEZZOLI 2002 Quando ocorrem interfer ncias nos cen rios sociais as mudan as propostas apresentam aspectos mais radicais e duradouros tendo maiores chances de sucesso e aceitabilidade Estas mudan
59. hoje mudar a escala e a velocidade de suas estruturas de sustenta o e incutir nestas um senso de interconectividade FLETCHER GROSE 2011 p 10 Para viabilizar estas mudan as as autoras defendem a necessidade de explorar oportunidades para aprimorar produtos de moda perante o uso mais eficiente dos recursos melhoria das condi es de trabalho redu o do uso de subst ncias qu micas e redu o de poluentes Devido a estes fatores poss vel observar o surgimento de novas diretrizes para a ind stria t xtil orientadas para princ pios sustent veis que est o cada vez mais presentes no Fair Trade pode ser definido como o estabelecimento de parcerias comerciais fundamentadas no di logo transpar ncia e respeito em busca de maior equidade comercial Busca contribuir para o desenvolvimento sustent vel oferecendo melhores condi es comerciais bem como a garantia de direitos de produtores e trabalhadores desfavorecidos especialmente em pa ses perif ricos FAIRTRADE FOUNDATION 2013 70 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico processamento dos materiais visto que esta etapa essencial para a convers o de fibras em tecidos e posteriormente em pe as de vestu rio vide Lee 2009 e Fletcher Grose 2011 Para a obten o de um melhor resultado Lee 2009 ressalta que necess rio se ater ao processo de produ o em toda cadeia t xtil e ao ciclo de vida do produto o que ainda
60. inseridas de modo intr nseco em todas as etapas do Life Cycle Design O modelo analisado e j implantado na pr tica cotidiana destas cooperativas tem obtido xito em seus prop sitos de prover autonomia aos cooperados nas diferentes etapas de produ o e distribui o ao mesmo tempo em que consegue manter um alinhamento em seus valores centrais fundamentados nos princ pios da economia solid ria Com o desenvolvimento de uma an lise orientada sob a tica da pr tica tornou se poss vel verificar que os processos que envolvem o pensamento em design n o se referem apenas a produtos ou aspectos materiais e n o se fundamentam somente na solu o de problemas de ordem f sica mas envolvem a intencionalidade da a o humana e o contexto das rela es pol ticas e sociais em uma reconfigura o continuada dos processos Por outro lado a multiplicidade de abordagens e contextos existentes propicia desencontros entre os conceitos te ricos e os procedimentos fundamentados em a es reais entretanto uma tentativa de aproxima o mais sistematizada pode propiciar uma maior coes o entra estas diferentes abordagens permitindo sua acessibilidade e dissemina o a um p blico mais amplo composto por designers e n o designers A associa o entre as estrat gias da sustentabilidade e da economia solid ria com os processos de design nos apresenta o desafio de questionar e reconstruir o entendimento sobre o papel do profissional em desig
61. landscapes of design CoDesign International Journal of CoCreation in Design and the Arts 4 1 5 18 2008 SCHMIDHEINY S Mudando o rumo uma perspectiva empresarial global sobre desenvolvimento e meio ambiente Rio de Janeiro Ed FGV 1992 SILVA Jucelia S Giacomini et al Implica es dos princ pios do design sustent vel na gest o do desenvolvimento de produtos In ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODU O 29 2009 Salvador Anais Salvador Abepro 2009 1 CD ROM SILVA Jucelia S Giacomini Diretrizes para o design de Sistema Produto Servi o voltado ao trabalho remote Disserta o Mestrado em Design Programa de P s Gradua o em Design Universidade Federal do Paran Curitiba 2010 SINGER P A SENAES no Minist rio do Trabalho e Emprego Mimeo S D UNEP Guidelines for Social Life Cycle Assessment of Products Dispon vel em lt http lcinitiative unep fr default asp site lcinit amp page 1d A8992620 AA AD 4B81 9BAC ATZ AFA 281CB9 gt Acesso em 10 ago 2009 UNISOL Brasil Central de Cooperativas e Empreendimentos Solid rios Dispon vel em lt http www unisolbrasil org br gt Acesso em julho de 2012 VEZZOLI C System design for sustainability Theory methods and tools for a sustainable satisfaction system design Maggioli Edtore Milano Italy 2007 VIEIRA Fabiano Mour o Coer ncia e ader ncia da economia solid ria um estudo de caso dos coletivos de produ o do MST em Mato
62. livre do uso de produtos qu micos como alvejantes amaciantes e tingimentos pois se utiliza apenas gua quente para o pr encolhimento do tecido Tamb m n o s o utilizados corantes pois os tecidos mant m a cor original da fibra no momento da colheita que varia entre tons crus verdes e marrons A utiliza o do algod o colorido reduz o uso de gua visto que uma pe a de roupa feita com este tipo de algod o utiliza em m dia apenas 10 da gua gasta em uma confec o tradicional tamb m causa um menor impacto ambiental pois utiliza menos energia e n o expele res duos poluentes na gua e no solo durante a composi o do tecido A partir da an lise dos processos realizados nesta etapa verifica se que s o priorizadas as estrat gias ambientais de escolha de recursos de baixo impacto ambiental e de minimiza o e desmaterializa o de recursos Embora as parcerias estabelecidas entre as cooperativas de diversas regi es do pa s sejam um ponto forte do sistema quando analisadas sob a tica social e econ mica do ponto de vista ambiental esta localiza o distribu da carece de melhores solu es A integra o entre a produ o e a manufatura requer a utiliza o de meios de transporte terrestres para a transfer ncia dos insumos devido s grandes dist ncias entre as cooperativas o que consome grande quantidade de combust vel e emite subst ncias poluentes na atmosfera al m de ampliar os custos desta etapa produ
63. lixo para criar novos produtos transformar algo que est no fim de sua vida til em algo novo de maior valor sem precisar passar pelos processos f sicos ou qu micos da reciclagem O material usado tal como ele VIALLI 2013 p 01 O conceito de upcycle a jun o de up com reciclagem significa dar status novo e melhor a algo que acabaria condenado ao lixo Ao contr rio da reciclagem no entanto a mat ria prima n o precisa morrer para renascer DANELON PANTIN 2013 p 02 o processo de transformar res duos pe as produtos in teis e descart veis em novos materiais ou produtos de maior valor uso ou qualidade Ou seja significa transformar algo que j est no fim de sua vida til em algo novamente til sem que precise passar por processos de reciclagem Esse material utilizado para gerar novos produtos J existem profissionais e empresas que se dedicam a esse trabalho e crescente o n mero de marcas que aderem ao upcycle criando roupas com tecidos que sobraram ou que j foram outras pe as de roupa Um exemplo a reutiliza o de roupas esportivas pe as muito poluentes devido alta utiliza o de produtos qu micos e curta vida til para confec o de bolsas para laptops celulares capa para acentos de trens entre outros LISBOA 2013 Outro exemplo de upcycle s o almofadas de saco de caf na figura 1 que conciliando a log stica reversa os envolvidos no processo de
64. m considerou a pobreza e a rela o crescimento industrial e tecnol gico versus meio ambiente Na mesma linha o documento gerado em Estocolmo no mesmo ano vai apontar para uma suposta dicotomia entre o desenvolvimento econ mico e preserva o ambiental e vai apostar na tecnologia como solu o Um pensamento tecnoc ntrico otimista invadiu os discursos como se pode observar nas analises de Correa do Lago nova revolu o tecnol gica ingressamos numa era p s industrial caracterizada pela expans o dos servi os e da inform tica pelo uso menos intensivo dos recursos naturais propiciado pelo emprego de novos materiais e pelo desenvolvimento de tecnologias em campos novos biotecnologia p g 57 Correa do Lago 2006 Em Estocolmo a posi o do Brasil ent o sob o regime militar foi constrangedora O crescimento do parque industrial nacional vinha ent o recebendo incentivos fiscais e financiamento de bancos p blicos mas n o inclu a em seu projeto cuidados com o meio ambiente A ideia central era a de crescimento a qualquer custo A polui o parecia ser bem vinda desde que atr s dela viessem as f bricas e os investimentos Infelizmente o Brasil foi visto como o vil o de Estocolmo Se anteriormente a crise ambiental apontava para restri es populacionais em pa ses em desenvolvimento depois destes eventos ela vai apontar necessidade de mudan a dos processos produtivos e tecnol gico
65. m da perspectiva financeira os aspectos sociais culturais tecnol gicos e ambientais Este panorama econ mico igualit rio e justo j uma perspectiva vislumbrada pela economia solid ria visto que seus preceitos t m fomentado a es e movimentos sociais em favor da produ o e da oferta de produtos e servi os fundamentados na equidade dos relacionamentos e parcerias produtivas e comerciais Estes ideais solid rios se encontram alinhados com as estrat gias propostas nas teorias da sustentabilidade econ mica visto que a ES engloba a promo o da economia local com a finalidade de prover emprego e renda e condi es adequadas de trabalho al m de ofertar produtos a um pre o justo e disseminar atitudes em prol da preserva o do meio ambiente e da valoriza o da cultura das comunidades locais A partir da inser o de estrat gias para a sustentabilidade econ mica no Life Cycle Design torna se poss vel congregar a lucratividade com o respeito ao meio ambiente e com a amplia o da qualidade da vida humana Sob esta tica as empresas e institui es mais competitivas ser o aquelas que ampliarem o valor de seus produtos e servi os em harmonia com o meio social e natural provendo resultados mais abrangentes do que os interesses de seus clientes e investidores conforme sustenta Schmidheiny 1992 A Figura 3 apresenta alguns requisitos da sustentabilidade econ mica que podem ser inseridos nas etapas do LCD Pr produ
66. marcas de luxo de moda dentro da rede social Facebook Para isso baseou se no relat rio do ano de 2012 da BranZ onde identificou se as tr s marcas mais valiosas do setor de luxo Louis Vuitton Herm s e Gucci O trabalho foi desenvolvido por meio do monitoramento das fan pages dessas marcas Como resultados nota se que n o existe incentivo para os usu rios iniciarem um di logo pressuposto b sico dessa plataforma de comunica o Por consegu ncia a p gina acaba assumindo o car ter de um cat logo virtual j que as principais a es s o os posts relacionados a divulga o de produtos e campanhas Palavras chave redes sociais marcas de moda marketing digital Abstract The study aims to analyze the actions of luxury fashion brands within the social network Facebook For that based on the report of the year 2012 Branz identified the three most valuable brands in the luxury sector Louis Vuitton Herm s and Gucci The study was conducted by monitoring the fan pages of these brands As results we note that there is no incentive for users to engage in a dialogue the basic assumption of this communication platform Consequently the main character ends up taking a virtual catalog since the main actions are the posts related to promotion of products and campaigns Keywords social networking fashion brands digital marketing INTRODU O O cen rio atual da sociedade resultado de uma s rie de mudan as tecnol gicas cult
67. modelagem o desenvolvimento do modelo com detalhes de formas recortes aviamentos acess rios e de caimento que se transformam em moldes Como os modelos do vestu rio sofrem constantes mudan as com as tend ncias de moda a modelagem que a interpreta o do modelo do vestu rio estar sempre sujeita s mudan as das tend ncias de moda perfil e desejos do consumidor alterando o tra ado das formas larguras e comprimentos do modelo Nas aulas de modelagem do vestu rio bidimensional e tridimensional utilizam se v rios exerc cios pr ticos de interpreta o de modelos do vestu rio Os exerc cios acad micos s o organizados de modo que o aluno seja preparado para interpretar qualquer tipo de modelo Cita se como exemplo os alunos desenvolvem a modelagem de modelos do vestu rio com diferentes detalhes da apostila que foram interpretadas pela professora e descritas s etapas fazem a interpreta o e modelagem de modelos das d cadas de 1900 a 1990 dispon veis na MODATECA realizam a interpreta o e modelagem de modelos representados no desenho t cnico aplicam os conhecimentos adquiridos em um modelo diferenciado apresentado no desfile de um estilista famoso para ser interpretada a modelagem trata se apenas de um exerc cio acad mico Para a 164 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico avalia o final do semestre o aluno cria o seu pr prio modelo e desenvolve a moulage i
68. motivo relativo baixa ades o s tend ncias de moda para a cole o brasileira primavera ver o 2012 o estrangeirismo apresentado pela marca Ao utilizar voc bulos em ingl s para seu nome de marca e para as qualidades comunicadas como DNA de sua marca a marca Ellus 2nd Floor parece desinteressada em acompanhar as tend ncias para a esta o no Brasil Por outras 206 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico caracter sticas apontadas no texto sup e se que a marca esteja adiantada e n o atrasada em rela o s tend ncias de moda Por fim considera se que o estudo iniciante nas an lises imag ticas que contrap em composi es visuais de fins diversos e as contextualiza no tempo espa o contempor neo da produ o e veicula o de produtos e informa es de moda principalmente por utilizar de fontes dispon veis em meio online O relato do estudo aqui apresentado intenta trazer contribui es para os estudos das visualidades aplicadas s tend ncias de moda e gest o das marcas de moda principalmente pelo vi s do design gr fico Refer ncias AAKER D A Criando e administrando marcas de sucesso S o Paulo Futura 1996 BALDINI Massimo A inven o da moda as teorias os estilistas a hist ria Lisboa Edi es 70 2005 BENJAMIN Walter Passagens Belo Horizonte Editora da UFMG 2006 BUARQUE DE HOLANDA A Novo Dicion rio Aur lio Rio de Janeiro Editora Nova
69. na qual figura um modelo homem Sobre ambas as imagens aparece escrito em fonte casual que falseia a escrita manual em letras de forma min sculas o texto ellus second floor na cor magenta Abaixo do bloco principal como informa o secund ria h os blocos de destaque e o bloco Together we are better que apresenta um v deo de lifestyle desenvolvido pela marca O bloco de destaque possui um menu pr prio tamb m composto por pesados ret ngulos na cor preta com inscri es tipogr ficas em fonte bold mai scula em branco ou quando selecionado em azul c u Ao lado do submenu uma fotografia correspondente ao item que est selecionado podendo ser uma foto de uma pe a especial da cole o fotografias do backstage do desfile entre outros De modo global o site colorido e apresenta cartela de cores com inspira o CMYK sendo que o amarelo aparece principalmente nas pe as de roupas que s o apresentadas nas fotografias as quais recebem grande destaque na composi o do site Composto em blocos de informa o a comunica o se d mais em n vel visual do que atrav s da composi o de textos As cores fortes a composi o em blocos pesados e a escolha das fontes pesadas e sem serifa mais uma vez refor am o compromisso jovem e ousado da marca que pincela toques rom nticos como o fundo com a imagem de c u em ambiente mais pesado como os ret ngulos negros que fazem alus o ao rock n roll A ado o de tend nci
70. nem mal desaprendeu todo pudor NIETZSCHE 1999 p 10 E essa an lise invertida se dava porque o interesse de Nietzsche para al m da capacidade de antecipa o do artista estava na possibilidade de desnudar a modernidade que homem seria esse cujos desejos tomavam forma na arte Wagneriana Percebe se como seria dif cil separar criador e consumidor de arte e ambos de dinheiro Veja se a maneira como Gilda Mello mesmo descreve a fun o dos criadores de roupa num sistema de moda Como chamar de arte um fen meno sens vel s mais leves transforma es do gosto minimamente ligado s elites do dinheiro manobrando livremente por meia d zia de homens de talento cujo m rito principal conhecer a fraqueza humana e a feminina em particular SOUZA 1987 p 29 Seria esse o fim a que toda a cria o estaria fadada Servir sempre s elites Nesse sentido o cap tulo Morte ou ocaso da arte do livro O fim Da Modernidade de Vattimo abre ainda outra possibilidade Ele fala em uma teoria da cultura de massa e descreve essa cultura como sendo a estetiza o geral da vida na medida em que a m dia que distribui informa o cultura entretenimento mas sempre sobre os crit rios gerais de beleza assumiu na vida de todos um peso infinitamente maior do que em qualquer outra poca do passado VATTIMO 2007 p 44 226 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Para Vattimo a p
71. novas refer ncias a serem copiadas e consumidas E descartadas pouco tempo depois A maioria das mulheres jovens parece gastar seu dinheiro ou administrar suas d vidas nas r pidas tradu es dos looks das celebridades feitas pelo varejo mais acess vel de bolsas e sapatos para a noite j que as falsifica es convincentes s o bastante caras C pias baratas de roupas de festas das celebridades lideram o descarte de produtos de moda produzidos at agora e de acordo com uma fonte an nima da ind stria a m dia superior de uso de um produto de apenas 1 7 vezes antes de ser jogado fora Estas c pias do varejo mais barato n o podem sequer ser recicladas feitas de tecidos sint ticos com acabamento pobre elas s o destinadas a aterros Black 2013 p 21 Figura 01 Celebridades s o as grandes refer ncias Fonte www thebudgetbabe com archives 544 Weekly Poll Which Celebrity Look Is Your Favorite htmlf Uq YbDOIgm2I Acesso em 29 de setembro de 2013 O consumidor contempor neo procura identidades e compra valores simb licos entendendo que eles nunca duram j que a natureza da moda produzir signos eficazes que pouco depois se tornam signos ineficazes Dito de outra maneira para o consumidor cl ssico o consumo um meio ao passo que para o consumidor p s moderno o consumo um fim em si mesmo Svendsen 2010 p 155 O que n o damos conta De acordo com dados do jornal eletr nico do Dail
72. o a outras empresas nacionais do ramo de moda oportunidade de estreitar o relacionamento com clientes de forma que eles sejam cocridores do produto 146 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 5 Refer ncias ASSOFF Igor MCDONNELL Edward Implantando a administra o estrat gica S o Paulo Atlas 1993 590 p BONSIEPE Gui Design do material ao digital Florian polis FIESC IEL 1997 191 p BRASIL ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edifica es mobili rio espa os e equipamentos urbanos de 31 de maio de 2004 BRASIL Decreto Federal 5 296 de 2 de dezembro de 2004 CALDAS Dario Universo da Moda Curso Online S o Paulo Anhembi Morumbi 1999 CAMPODONICO Francesca at al Helping three persons with multiple disabilities acquire independent dressing through assistive technology Journal of Visual Impairment amp Blindness EUA dez 2007 Vol 101 p 768 771 ISSN 0145 482X CENTRO PORTUGU S DE DESIGN Manual de Gest o do design Portugal 1997 CHESBROUGH H Open Innovation The New Imperative for Creating and Profiting from Technology EUA Harvard Business School Press 2003 COOK Albert M HUSSEY Susan Assistive Technologies Principles and Practices 2 Ed St Louis Missouri Mosby Year Book Inc 2001 523 p COOK Albert M POLGAR Jan Miller Assistive Technologies Principles and practices 3 Ed St Louis Missouri Mosby Elsevier 2008 EUA Technolog
73. o caso da associa o Justa Trama pois este empreendimento tem suas a es fundamentadas nas contexturas da economia solid ria em busca de benef cios socioambientais e econ micos para os seus associados e para a sociedade como um todo Como resultados observados durante a an lise do caso verificou se que a Justa Trama congrega diversas estrat gias orientadas sustentabilidade social ambiental e econ mica visto que estas estrat gias j se encontram inseridas de modo intr nseco no Life Cycle Design LCD dos produtos desenvolvidos pela associa o A partir de um modelo organizacional fundamentado em valores solid rios a Justa Trama tem obtido xito em seus prop sitos de prover autonomia aos cooperados nas diferentes etapas produtivas ao mesmo tempo em que consegue manter um alinhamento com seus fundamentos centrais tamb m nas etapas de distribui o e consumo Palavras chave estrat gias em design e sustentabilidade Life Cycle Design Economia Solid ria Cooperativas Populares Abstract 46 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Wide possibilities for the role of design has been concentrated on the task of mediating material production and its relations of production and consumption and between this varied perspectives its the challenge of assisting the development of effective and lasting benefits for individuals and social groups in their territories From this approach design orien
74. o empregador e o empregado exercido em local definido pelo primeiro com tarefas definidas e exercidas de modo cont nuo com regime de jornada integral e plenamente amparado pela legisla o vigente que rege o trabalho subordinado 51 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A converg ncia destes fatores congregados desregulamenta o dos contratos de trabalho destitui o dos direitos sociais ao atrofiamento estatal e amplia o sem precedentes do desemprego desencadearam grandes ndices de pobreza e de mis ria que por sua vez estimularam a busca por formas diferenciadas de produ o e reinser o no mercado a fim de encontrar solu es para a escassez de trabalho e renda PEREIRA 2011 Neste nterim como resultante dos empreendimentos coletivistas baseados na autogest o advindos da sociedade civil e do est mulo do Estado para o desenvolvimento do autoemprego e da organiza o aut noma do trabalho adveio a instaura o de in meras organiza es associativistas que posteriormente se estabeleceram sob as premissas conceituais da economia solid ria PEREIRA 2011 importante salientar as a es de descentraliza o da prote o social tomadas pelo Estado Brasileiro na segunda metade da d cada 1990 que associadas aos demais fatores supracitados deslocam as urg ncias p blicas para setores privados com fins lucrativos e n o lucrativos marcando a minimiza o da atua o
75. pessoas com defici ncia e consequentemente promover a vida independente e a inclus o tamb m definida como uma ampla gama de equipamentos servi os estrat gias e pr ticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indiv duos com defici ncias COOK e POLGAR 2008 p 5 No Brasil a TA chamada de Ajudas T cnicas e convencionado que s o Produtos instrumentos e equipamentos ou tecnologias adaptadas ou especialmente projetadas para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de defici ncia ou com mobilidade reduzida favorecendo a autonomia pessoal total ou assistida BRASIL 2004 O Servi o de TA definido como qualquer servi o que assiste uma pessoa com defici ncia na sele o aquisi o ou uso de um dispositivo de tecnologia assistiva 138 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico EUA 1988 Segundo Cook e Hussey 2001 para que seja desenvolvido um servi o de TA necess rio levar em conta o sistema de TA Este consiste em um produto de TA uma PcD pra us lo as atividades que a pessoa deve desenvolver e o contexto em que ela esta inserida Dentro deste cen rio proposto existe um profissional que os autores chamam de ATP Assistive Tecnology Provider Este profissional tem por fun o identificar as defici ncias da PcD e dar Encaminhamento a um processo onde ela deve adquirir uma TA Sua segunda fun o fazer a Avalia es Inicial do g
76. por meio da venda visual Estes dados instigam pesquisas que auxiliem os designers a projetarem produtos universais que apelem tamb m para outros sentidos e que levem pessoas com defici ncia visual a serem atra dos n o somente pela est tica mas por demais atributos que um produto pode ter como a forma a textura a fun o o significado Dados como os colocados acima ser o mais vis veis e palp veis medida que houver um controle das pessoas e suas defici ncias por parte das empresas que poder o mensurar n meros e os designers poder o ter dados para trabalhar de forma focada e assertiva suprindo as necessidades destes consumidores A quest o de produtos universais n o requer necessariamente que os produtos sejam refeitos mas revistos e implementados a fim de que a informa o neles flua atingindo o maior n mero de pessoas poss veis sem excluir as PcD Os produtos constroem a identidade de uma determinada poca medida que os designers conceberem produtos que respondendo as necessidades de universaliza o e acessibilidade transformarem os produtos estar o tamb m provocando uma transforma o de mentalidade social O design universal n o melhora somente a vida das PcD mas das pessoas que est o a volta delas tamb m pois a medida em que estes produtos s o eficientes tornam as pessoas mais independentes necessitando de menos aux lio dos que est o ao seu redor Segundo Kotler 2002 o marketing respons v
77. produtiva esta associa o acontece por interm dio da adequa o e da moda e desta maneira a moda serve para estabelecer o principal contato relacional com a roupa Desta forma o vestu rio ON afastado do fato de ser um objeto uma coisa como afirmaria Appadurai e aproximando ao universo da moda um universo que se relaciona aparentemente mais com o consumo do que com a produ o Por se relacionar subjetivamente mais com o consumo ela passa a pertencer a um universo que parece oposto ao da produ o logo n o engloba mat rias primas processos cadeias produtivas trabalhadores tributos e gestores mas compras marcas Top Models lan amentos desfiles de alta costura etc Entre o consumo e a produ o o consumo ficou com a parte menos moral menos importante menos validada como s ria Assim associar a moda percebida como a prima irm do consumo com os s rios conceitos de sustentabilidade gera 1 a a mo o Refiro me aqui as fibras naturais Algod o linho etc que s o de origem vegetal l e seda que s o de origem animal e ao poli ster que de origem sint tica proveniente do petr leo APPADURAI Arjun 2008 3 a A r A n r Pode se encontrar nesta ideia uma refer ncia as no es de fetichismo da mercadoria de Marx entretanto este estudo n o pretende se aprofundar nas ideias sociol gicas mas pratica imanente na contemporaneidade 17 Ano 7
78. quando ele colocava uma pe a de roupa corretamente a plataforma vibrava durante alguns segundo se ele n o colocasse a roupa ou desistisse da atividade a plataforma vibrava por menos segundos a fim de estimul lo O caso descrito serve de exemplo para ilustrar que no caso de identificar que algum mecanismo tem um efeito positivo sobre um cliente este sistema pode ser estudado pelo Consultor e ser integrado na roupa Lembra se que a partilha de solu es de outros clientes v lida para que o usu rio possa junto com o consultor achar a melhor solu o para suas roupas A quarta etapa a da Implementa o ap s o vestu rio comprado e experimentado s o feitos os ajustes e a personaliza o segundo as solicita es do cliente e o que o Consultor identificar O produto entregue para o cliente e feito o treinamento a fim de que o cliente saiba vestir se que as pessoas que o acompanham prestando aux lio se necess rio possam acompanh lo e que a roupa possa ser usada da melhor maneira poss vel aumentando o conforto e independ ncia do usu rio 143 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Na quinta etapa disponibilizada a Continuidade ou seja o aux lio durante as primeiras vezes de uso a loja pode manter um canal de comunica o aberto com os clientes onde em caso de d vidas eles possam entrar em conato pedir aux lio comunicar algo que n o funcionou enfim alinhar o produto
79. que agrega venda e servi o p s venda chamado Consultoria de Moda Assistiva O profissional que realiza este trabalho tem a fun o de avaliar a necessidade de vestu rio do cliente suas medidas e a tecnologia assistiva que pode ser agregada a roupa para que sua vida seja mais confort vel e independente ele deve providenciar o vestu rio entreg lo ao usu rio ensinar a usar e acompanhar o p s venda Palavras Chave Estrat gia Pessoas com defici ncia Vestu rio Abstract Brazil has a large manufacturing hub of fashion and a significant portion of the population with disabilities about it this article aims to present a strategy and competitive differentiation for Brazilian confections from the service offer of Assistive Fashion Consultant producing garments for customers with disabilities focusing on appoach social market Arise management concepts design and innovation in clothing 124 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico from the system processes products and services in the field of fashion as well as a survey of service in Assistive Technology presents a service that aggregates sales and after sales service called Consultant of Assistive Fashion This professional has the function to assess the need for the client clothing their measures and assistive technology that can be aggregated clothes for your life to be more comfortable and independent provides clothing delivery teaches t
80. recupera o de empresas falidas tamb m s o igualmente reconhecidos como a es fundamentais na constitui o da teoria e da 54 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico pr tica da economia solid ria no Brasil Mesmo considerando as diferen as de seus processos internos estas organiza es buscam atuar sob a gide da autogest o da democracia e da igualdade de direitos almejando fortemente a mudan a da estrutura social a distribui o igualit ria de terra e dos meios de produ o caracter sticas que posteriormente v o fundamentar os princ pios da economia solid ria A posse e recupera o da massa falida de empresas por oper rios tendo em vista a manuten o de postos de trabalho a partir da organiza o de cooperativas de produ o fundamentadas na autogest o surgem como uma tentativa de supera o da crise estrutural do emprego que na d cada de 1990 assolava o Brasil CARVALHO 2012 Embora em 1980 tenha havido iniciativas semelhantes somente em 1994 com a cria o da Associa o Nacional de Trabalhadores e Empresas de Autogest o e Participa o Acion ria ANTEAG foi efetivamente disseminada a proposta de enfrentamento da crise a partir da autogest o de empresas falidas Atualmente a ANTEAG se constitui como uma entidade representativa da economia solid ria no Brasil e atua em conjunto com o governo no desenvolvimento de empreendimentos cooperativos tendo em vista ap
81. rede Em rela o s a es das marcas na rede observa se que concentram se na promo o e divulga o do produto similar a um cat logo virtual N o existe a intera o com o usu rio para o desenvolvimento do produto ou da campanha Existe a emiss o da mensagem pronta e a aceita o ou n o por parte dos usu rios 216 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Este trabalho por ser explorat rio n o permite projetar seu resultado para todo o segmento mas serve como base para aprofundar os estudos de como as novas m dias est o sendo utilizadas dentro do mercado de luxo e de moda REFER NCIAS AAKER David A KUMAR V DAY George S Pesquisa de Marketing MARCONDES Reynaldo Cavalheiro trad 2 ed S o Paulo Ed Atlas 2004 ANDRADE Josmar MAZZON Jos Afonso KARTZ S rgio Boca a boca eletr nico explorando e integrando conceitos de marketing viral buzz marketing e word of mouse In EMA ENCONTRO DE MARKETING Anais 2006 BENTIVEGNA Fernando Juc Boca boca online e viral In RAE executiva v 01 n 02 nov 2002 jan 2003 p 39 43 BERNOF J LI C Harnessing the Power oh the Oh So Social Web Mit Sloan Management Review v 49 n 03 p 35 42 2008 BRAND O Vanessa Cardozo Comunica o e marketing na era digital a Internet como m dia e canal de vendas 2001 In XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE CI NCIAS DA COMUNICA O Campo Grande Anais eletr nicos Dispon
82. rios grupos e rg os de fomento da ES junto aos F runs Sociais Mundiais de 2000 a 2002 CORNELIAN 2006 p 7 56 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Esta atua o pouco articulada se restringia s esferas locais e n o propiciava modifica es estruturais na conjuntura social no longo prazo PEREIRA 2011 Mesmo que a d cada de 1980 tenha sido marcada pela atua o de diversas institui es em prol da melhoria social de base solid ria o espa o de debates e media o de interesses articulado e organizado nacionalmente teve seu in cio durante as atividades referentes ao tema da economia solid ria realizadas no 1 F rum Social Mundial FSM que ocorreu em janeiro de 2001 na cidade de Porto Alegre RS O 1 FSM foi o ponto culminante da crescente legitima o da esfera p blica sobre a import ncia da redistribui o econ mica da luta por reconhecimento e inclus o de grupos discriminados e da redu o da pobreza em v rias regi es do territ rio nacional Estas iniciativas tomavam forma desde a primeira metade da d cada de 1990 com a organiza o dos assentamentos agr rios com a incuba o de cooperativas populares pelos programas de extens o das universidades com a recupera o das empresas falidas e dos projetos comunit rios desenvolvidos pela C ritas SINGER 2009 p 43 Desde ent o houve uma profunda e substancial altera o no corpo te rico que fundamentava a eco
83. s culo XX A partir desta conjuntura s o apresentados os princ pios da economia solid ria a partir da compreens o formalizada pelas institui es de fomento que atualmente tem como principal representante a Secretaria Nacional de Economia Solid ria SENAES Na sequ ncia s o apresentadas as estrat gias para a promo o da sustentabilidade ambiental social e econ mica no Life Cycle Design que posteriormente s o utilizadas como par metro de an lise das etapas produtivas do caso Justa Trama Como resultado foi observado que as cooperativas analisadas integram diversas estrat gias orientadas sustentabilidade social ambiental e econ mica visto que estas estrat gias j se encontram inseridas de modo intr nseco no Life Cycle Design da Justa Trama 2 A economia solid ria e as organiza es de base solid ria no Brasil A constitu o do campo da economia solid ria no Brasil ocorreu simultaneamente articula o das pr ticas nas esferas pol ticas econ micas e sociais Como este panorama congrega diferentes posicionamentos ideol gicos que n o fazem parte do escopo deste trabalho optou se pela constitui o de uma s ntese dos principais aspectos hist ricos e sociais Este quadro te rico posteriormente vai auxiliar a compreens o das possibilidades de inser o do design como ferramenta de aux lio para o desenvolvimento de melhorias estrat gicas nos empreendimentos econ micos solid rios Para fundamentar a invest
84. sim tricas direita e esquerda frontal posterior e frontal anterior Os conhecimentos dos Planos de Equil brio do Corpo s o aplicados no setor de modelagem do vestu rio O diagrama b sico que a representa o geom trica da morfologia do corpo humano delineado em plano devem ser tra ados observando as medidas propor es e formas do corpo As linhas verticais tra adas em ngulo reto ficam perpendiculares regi o plantar ou ao plano transversal e as linhas horizontais ficam paralelas s mesmas Estes conhecimentos s o aplicados na pr tica durante o tra ado do diagrama b sico do corpo humano Na figura 4 pode ser observada e analisada a rela o dos planos sagitais e transversos no tra ado das linhas do vestu rio es E Figura 4 Linhas Estruturais do Vestu rio Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 O plano sagital mediano e paramediano s o as linhas de equil brio e posicionamento do vestu rio no corpo definindo o fio reto do tecido com caimento perpendicular ao solo As linhas dos planos de equil brio dominam todos os movimentos corporais o que vai definir toda a estrutura do vestu rio e o conforto ou n o da pe a A linha longitudinal mediano e paramediano o ponto de equil brio para os movimentos do membro superior O bra o em posi o de ngulo zero relevante ao caimento do vinco da manga que tamb m deve apresentar ngulo zero sem tor o do tecido Como obser
85. singularidade das circunst ncias do sujeito em rela o ao grupo em que se insere organizando est mulos explorando o l dico o m gico o imagin rio o on rico etc construindo desse modo sobre o corpo enunciados imag ticos que na intera o corpo e traje passam a ser geradores de significa o A autora manifesta a necessidade instintiva de comunica o do homem a moda nesse contexto se configura como sinal de linguagem articulada num discurso maior simb lico e elucidativo A moda caracteriza o indiv duo posicionando o de acordo com o seu comportamento num contexto social Conforme Oliveira 1995 apud Castilho 2006 p 130 as roupas ajudam a transmitir os valores de uma sociedade elas veiculam assim uma concep o tica e est tica Nesse contexto de se discutir as pol ticas de identidade te ricos da cultura e 2 hoo i sis estudiosos elencam algumas fun es das roupas entre as principais pode se citar segundo Jones 2005 p 24 28 Utilidade dec ncia indec ncia atra o sexual ornamenta o 105 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico diferencia o simb lica filia o social auto aprimoramento psicol gico modernismo Analisando sobre o que discorre a autora Jones 2005 todas essas configura es resultam numa caracter stica est tica e formal onde o corpo delineado poss vel compreender a partir desse contexto o design como f
86. stria como entre os consumidores pois a natureza da moda parece contr ria ao esp rito da sustentabilidade Black 2013 p 92 A Cadeia Produtiva da Moda que compreende a ind stria t xtil e de confec es uma cadeia com uma enorme diversidade de atores envolvidos de diferentes setores que v o da agricultura s comunica es Em entrevista ao jornal brit nico The Guardian Orsola de Castro da ala tica do British Fashion Council afirma que ela a moda tem um enorme impacto um setor dif cil de mudar porque h tantos elementos envolvidos Mas tamb m uma ind stria que pode realmente fazer a diferen a Pode fazer a diferen a A moda sustent vel que produz roupas e acess rios de forma tica entrou nas pautas de discuss o dos profissionais do setor da moda nos ltimos anos Em pa ses desenvolvidos com um mercado mais maduro sua popularidade tem crescido em pa ses em desenvolvimento ao menos tem sido reconhecida sua exist ncia O fato que a reputa o da moda sustent vel a de que ainda produz uma moda com certo descompassado em rela o aos resultados est ticos Algo como se a moda e a moda sustent vel ainda n o tivessem se encontrado e convivido A moda tem uma rela o complexa com sistemas abrangentes como economia ecologia e sociedade e os estudiosos e adeptos da moda sustent vel procuram entender e se aprofundar nas repercuss es das atividades do setor no meio ambiente D
87. t xtil brasileira SANTOS 2007 logo sua evidente import ncia no cen rio t xtil brasileiro altamente relevante Segundo Ferreira et al citado por Santos 2007 h previs es de cen rios futuros no mercado de que o Brasil possa cultivar 5 0 milh es de hectares de algod o tornando se o maior produtor e exportador de fibras do mundo nos pr ximos 22 ENDOSULFAN NORTOX 350 EC um inseticida e acaricida que age por contato e ingest o nos alvos biol gicos abaixo indicados os quais causam consider veis danos produ o das culturas do algod o do caf da cana de a car e da soja Fonte http www agricultura pr gov br 33 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 10 anos Esses cen rios se baseiam na possibilidade de redu o dos subs dios agr colas nos EUA na crescente necessidade de fibras pela China na exaust o da gua dos len is fre ticos usados na irriga o nos principais pa ses produtores no crescimento da economia mundial e na falta de terras para expans o dos cultivos fora do Brasil Ainda de acordo com o autor em 2005 2006 o Brasil voltou a figurar entre os dez principais pa ses produtores e exportadores de algod o Entretanto as pr ticas da cultura do algod o incluem o uso sistem tico de agrot xicos para combater o bicudo considerado uma praga No intuito de aniquilar o inseto e visando menores perdas e melhor qualidade dos produtos cultivados faz se uso
88. technique is used as an innovating tool as it facilitates the creativity for a new clothing model while working with the fabric on the body A qualitative approach was applied which allowed the gathering of descriptive data from the clothing project It was found that the moulage technique not only amplifies the creativity but it also introduces the anatomy information of the body its movements and its precise inner lines Based on the practical experience of a feminine clothing model interpretation it was demonstrated how the moulage technique can be used illustrated and described 150 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Key words body clothing design 1 Introdu o 2 Uma das fases da metodologia projetual do design de moda a etapa de elabora o do produto que contempla a interpreta o e o desenvolvimento da modelagem A modelagem do vestu rio est ligada diretamente a forma do produto pois respons vel pela elabora o dos moldes que viabilizam sua confec o O setor de modelagem respons vel pela primeira etapa de materializa o do produto para que possa ser experimentado analisado seu ajustamento caimento balan o linhas estruturais e conforto e discutidas as probabilidades de sucesso no mercado Um dos pontos importantes do processo do Design de Moda a inser o das recomenda es da usabilidade no produto j que h uma intera o generalizada e direta do pr
89. toda a regulamenta o exigida para os demais produtos alimentares org nicos Por isso os materiais proibidos neste tipo de agricultura tamb m n o podem ser utilizados no algod o bem como nas outras culturas em rota o na mesma rea Para se receber a certifica o o solo tamb m deve estar livre de agrot xicos h um determinado per odo que varia de acordo com a lei de cada pa s Considera es finais Os n meros referentes ind stria t xtil nacional relacionados s empresas gera o de empregos investimentos e tecnologia assim como os impactos por este setor gerados evidenciam a import ncia econ mica e social da rea suas implica es 34 Certifica o IBD Dispon vel em www ibd com br 42 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico com o meio ambiente e seu potencial para o desenvolvimento sustent vel Entretanto mesmo apresentando tais dimens es macroecon micas e por mais relevantes que sejam estes n meros n o bastam para alinh lo plenamente as demandas ambientais internacionais Ainda h muito que ser feito elaborado discutido e implementado o que n o quer dizer que este caminho ainda n o esteja sendo trilhado Dentre as regulamenta es ambientais internacionais que se relacionam especificamente com o setor de produ o de t xteis e confec o de vestu rio as citadas nesse estudo s o as que de fato engendram uma rela o espec fica entr
90. um hectare de lavoura de alimentos e O gasto com agrot xicos na planta o de algod o despende anualmente US 2 6 bilh es Ed Organiza o Mundial da Sa de 34 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico e 25 milh es de pessoas por ano se envenenam pelo uso excessivo ou incorreto de agrot xicos na agricultura e O Brasil o terceiro maior consumidor de agrot xicos no mundo yY Consumo de gua e produ o de efluentes qu micos De acordo com Berlim 2012 a gua um dos principais recursos que v em sendo explorados de maneira impr pria em se falando do setor t xtil Em especial o uso na irriga o de planta es de algod o mas tamb m nos setores de acabamentos e beneficiamentos t xteis Sabe se que a gua um dos elementos b sicos para o processo de produ o desta ind stria principalmente nas etapas de beneficiamento dos tecidos planos e das malhas de algod o onde ocorre o tingimento que provoca modifica es na qualidade da gua utilizada devido s subst ncias qu micas que fazem parte do processo Por outro lado na hora de fazer o tingimento dos substratos de cor branca a gua tamb m precisa ser de boa qualidade apresentando alto grau de limpidez caso contr rio o tingimento considerado de qualidade inferior devido ao surgimento de manchas na sua colora o SANTOS 2007 Para conseguir gua l mpida muitas vezes as empresas precisam fazer um tratame
91. vestu rio inteligente m quina de lavar roupa INTRODU O Vestu rio inteligente pode ser definido como aquele que auxilia o usu rio a compreender refletir planejar e resolver problemas ao longo do ciclo de vida Para alcan ar esta intelig ncia necess rio que o vestu rio integre a capacidade de aprender com os h bitos do usu rio e comunicar se com todos os atores relevantes e artefatos necess rios para a efetiva o de uma dada opera o A rela o do vestu rio inteligente com o usu rio poder ir desde o mero provimento de informa es que requerem ades o volunt ria ao seu conte do at a imposi o de comportamentos quando por exemplo tal situa o for desej vel do ponto de vista da seguran a do usu rio No mbito do morador de habita es de interesse social entendidas aqui como aquelas onde moram fam lias de baixa renda lt 3 sal rios m nimos ainda n o claro qual seria a potencial contribui o ambiental social ou econ mica do vestu rio inteligente Para 230 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico debater o tema o autor revisitou dados obtidos no projeto E Wise projetoewise blogspot com br desenvolvido no N cleo de Design amp Sustentabilidade da Universidade Federal do Paran O Projeto E Wise busca dentre outros objetivos a caracteriza o dos H bitos de Consumo de gua e Energia o que inclui o estudo dos h bitos de lavagem e higieniz
92. worth living How can the sustainable fashion enter this arena and snatch a share of this market Keywords Consumption Sustainability Fashion 112 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A sociedade de consumo e o exerc cio da escolha A partir da Revolu o Industrial mais precisamente do s culo XIX a produ o e o consumo de massa se espalharam e passaram a dominar o modus operandi da sociedade ocidental Este momento representa a passagem de um sistema de produ o agr rio e artesanal para outro marcadamente industrial dominado pela f brica e pela m quina quando a produ o se automatiza surgindo a produ o em s rie compondo o cen rio prop cio para a sociedade de consumo Os atos de imitar e distinguir contidos no cerne do jogo da moda que antes estavam restritos s classes sociais mais elevadas passam a ser incorporados tamb m pelas pessoas comuns ou s classes trabalhadoras At ent o estas haviam sido exclu das por raz es econ micas mas a r pida expans o da produ o em massa em que a introdu o das m quinas de costura e de tricotar teve consider vel papel permitiu a produ o de grandes quantidades de roupas relativamente complexas que antes tinham sido o privil gio da costura feita m o Svendsen 2010 p 41 O que antes era restrito e caro passa a ser poss vel e vi vel e a ind stria percebe n o somente a exist ncia de necessidades como a
93. xteis possuem toque fresco e caimento leve portanto s o prop cios ao clima do pa s e proporcionam qualidades materiais e visuais atrativas para as pe as Em rela o paleta de cores do ver o ela vibrantes e contrastante Tais cores s o combinadas atrav s da justaposi o o que cria o efeito conhecido como color blocking ou bloco de cores Em adi o cartela colorida Kalil 2012 aponta a presen a do branco e tonalidades de off white brancos sujos No ver o o branco aparece ora sozinho ora em combina o com cores fortes em composi es lisas ou em fundos de estamparia As estampas da esta o v m com refer ncia expl cita tropicalidade Nessa tem tica os pontos fortes s o imagens da fauna e da flora brasileira s o p ssaros borboletas folhagens flores com nfase na padronagem que mimetiza a pele da cobra Ainda as estampas digitais colorem uma grande variedade de pe as listradas as quais muito frequentemente comp em combina es com outras estampas gr ficas gerando efeito visual acumulado 192 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figura 01 couro e camur a Fonte dispon vel em http blog lojamelissa com br 2011 01 page 2 Os acabamento e detalhes surgem com mais rusticidade no ver o Franjas croch s rendados enfeites bordados Abordagens mais sofisticadas utilizam brilhos e materiais diferenciados como plumas e franjas de seda Os materiais de
94. 009 p 18 33 s o formas e estruturas detalhes cor textura decora o de estampas e superf cies influ ncias hist ricas influ ncias culturais Seguindo essas premissas poss vel discorrer as etapas do projeto de forma gil criativa evitando poss veis erros e gerenciando o tempo Um bom projeto de design explora suas habilidades pessoais e a transcreve como sua identidade aliado a satisfa o do consumidor a originalidade e respeitando a linguagem que a moda exerce na sociedade A pesquisa ampla e profunda gera um resultado original e soma conhecimentos A investiga o estimula a produ o de novos conhecimentos portanto coletar variadas refer ncias e percorrer diferentes assuntos gera a possibilidade de expandir a 106 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico criatividade agregar inova o e conceber um produto que atenda as necessidades do p blico 2 2 SUSTENTABILIDADE O conceito de sustentabilidade tem sua origem em 1972 no relat rio mundialmente conhecido como The Limits to Growth Os limites do Crescimento pela associa o de cientistas pol ticos e empres rios preocupados com as quest es globais conhecido como o Clube de Roma juntamente com a Confer ncia de Estocolmo que acontecia nesse mesmo ano e discutia o crescimento populacional bem como o processo de urbaniza o e tecnologia envolvida na ind stria Em 1973 surge pela primeira vez o termo ecodesenvolvimento qu
95. 06236 A7 Mariana Battisti de Abreu http lattes cnpq br 4487008307294750 Possui gradua o e p s gradua o em Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC onde atualmente professora na rea de Confec o de Prot tipos professora tamb m no Curso de Design de Moda na Faculdade Est cio de S n cleo Santa Catarina atuando nas seguintes disciplinas Desenho T cnico em Moda Materiais T xteis e Modelagem computadorizada software Audaces Vestu rio Al m das disciplinas Moulage Desenho T cnico e Modelagem manual nos Cursos T cnicos e de Capacita o no Senac Florian polis Monique Vandresen http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do metodo apresentar amp id K4793 992E5 Doutora em Ci ncias da Comunica o pela Universidade de S o Paulo 2005 graduada em Comunica o Social pela Universidade Federal de Santa Catarina com mestrado em Desenvolvimento pelo Institute Of Social Studies Renata Pitombo http lattes cnpq br 2005557247744604 Possui gradua o em Comunica o habilita o em Jornalismo 1992 mestrado 1997 e doutorado 2003 em Comunica o e Cultura Contempor neas pela Universidade Federal da Bahia P s doutora em sociologia pela Universit Ren Descartes Paris V Sorbonne 2011 Entre 2003 e 2006 coordenou o curso de gradua o em Comunica o e Produ o de Moda da Faculdade de Tecnologia e Ci ncias FTC de Salvador Rochelle dos Santos ht
96. 2012 Como o cooperativismo e o associativismo compreendem a caracter stica basilar das teorias e das pr ticas da economia solid ria no Brasil a cria o da SENAES trouxe para o interior do Minist rio do Trabalho e Emprego outras categorias de trabalho n o assalariado que at ent o n o entravam na pauta das discuss es como o trabalho aut nomo individual e familiar e o trabalho associado formal em cooperativas e informal em associa es ou grupos de produ o Singer S D A partir da institucionaliza o da economia solid ria como pol tica Federal houve maior nfase no desenvolvimento e consolida o de estudos que a mapeassem e qualificassem a ES enquanto projeto pol tico reconhecendo suas limita es nas esferas da pr tica Os importantes mapeamentos realizados prostraram a ideia de que a economia solid ria se constitu a em um campo s lido e unificado pelo contr rio expuseram as experi ncias fragmentadas e isoladas que operavam como tentativas para solucionar problemas de exclus o social de cunho sociopol tico VIEIRA 2005 Este sucinto mapeamento das principais a es governamentais e n o governamentais fornece um panorama diversificado e controverso das pr ticas no campo da economia solid ria em territ rio brasileiro Como pol tica p blica esta categoria econ mica segue as recentes tend ncias de programas de gera o de emprego e renda ao mesmo tempo em que atua na reestrutura o produtiva
97. 5x e ModaPalavra e peri dico Segundo maior produtor e terceiro maior consumidor de denim do mundo Representa 16 4 dos empregos e 5 5 do faturamento da Ind stria de Transforma o A moda brasileira est entre as cinco maiores Semanas de Moda do mundo Temos mais de 100 escolas e faculdades de moda Autossustent vel em sua principal cadeia que a do algod o com produ o de 1 5 milh o de toneladas em m dia para um consumo de 900 mil toneladas Com a descoberta do Pr sal o Brasil deixar de ser importador para se tornar potencial exportador para Cadeia Sint tica T xtil mundial O Brasil ainda a ltima Cadeia T xtil completa do Ocidente S n s ainda temos desde a produ o das fibras como planta o de algod o at os desfiles de moda passando por fia es tecelagens beneficiadoras confec es e forte varejo Ind stria que tem quase 200 anos no Pa s Brasil refer ncia mundial em design de moda praia jeanswear e homewear tendo crescido tamb m os segmentos de fitness e lingerie Por ano visitam o Brasil cerca de 130 jornalistas de moda de todo o mundo A consist ncia da ind stria nacional est diretamente ligada rea de confec o varejo de t xteis e vestu rio em geral vide gr fico N 1 A estrutura socioecon mica advinda destes setores serve de base para seu desenvolvimento e inova es no setor Fonte Gr fico 1 N mero de Empresas na cadeia t xti
98. 6 Atualmente professora agregada da PUC Rio Tem experi ncia na rea de Design de Moda com nfase na cria o e desenvolvimento de produto Bolsistas Beth nia Rezek Graduando do Curso Bacharelado em Moda Habilita o em Design de Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Jeniffer L Esteves Graduando do Curso Bacharelado em Moda Habilita o em Design de Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC 10 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Editorial No final dos anos 90 a aceita o do livro O Imp rio do Ef mero de Gilles Lipovestky inaugurava cientificidade nas discuss es da Moda evidenciando sua ampla implica o com a sociedade e o sistema de valores que o mundo contempor neo havia desenhado para si Livros como de James Laver e de Gilda de Mello e Souza ganharam reimpress o com vendagens superiores devido ao crescimento dos cursos superiores de moda e a sede de compreens o mais densa sobre o fen meno de moda que come ava a ser pesquisado e questionado com maior compromisso acad mico Nesse tempo falar em fim do sistema de moda era algo inimagin vel utopia vermelha de tonalidades duvidosas Hoje vinte anos depois uma revista de Moda a primeira que alcan a sete anos cont nuos de publica o no Brasil produzida no seio de uma Universidade p blica e distribu da gratuitamente pela internet esse piv de grandes mudan a
99. 92 a 2002 Cadernos de Sa de P blica Rio de Janeiro v 21 n 3 maio jun 2005 PORTILHO F tima Sustentabilidade ambiental consumo e cidadania Editora Cortez 2 ed S o Paulo 2010 RELAT RIO BRUNDTLAND Comiss o Mundial sobre Meio Ambiente e Sociedade Editora da Funda o Get lio Vargas RJ 1991 RELAT RIO T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar elaborado pela Associa o Brasileira das Ind strias T xteis e Confedera o Nacional da Ind stria Relat rio T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar 2012 RODRIGUES Cecilia LAURSEN Saren ALLWOOD Julian Well Dressed The present and the future sustainability of clothing and textiles in the United Kingdom University of Cambridge Institute for Manufacturing p 9 14 2006 SANTOS Rog rio Ferreira KOURI Joffre O Brasil no mercado mundial do algod o In VI CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODAO Uberl ndia 13 16 ago 2007 WORLD COMMITTEE ON TRAND ANDA ENVIRONMENT Matrix on Trand Measures Pursuant to Selected Multilateral Environmental Committee on Trand and Environment Agreements WT CET W 160 Re 3 16 de fevereiro de 2005 Sites 44 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico ABIT Associa o Brasileira de Ind strias T xteis Dispon vel em lt http www abit org br site gt Acesso em janeiro de 2013 World Health Organization PAN UK IBD FAO In ECOTECE Dispon vel em lt h
100. 98 410 01 jul 2006 LEE Matilda Eco Chic o guia de moda tica para a consumidora consciente 7 ed S o Paulo Larousse 2009 LIPOVETSKY Gilles O Imp rio do Efemero a moda e seu destino nas sociedades modernas S o Paulo Companhia das Letras 1989 LISBOA L via Planeta sustent vel Dispon vel em lt http planetasustentavel abril com br noticia atitude residuos texteis upcycling worn again moda reciclada 648057 shtml gt Acesso em 01 jun 2013 LOPES Diana Mery Messias Uma Contribui o na Estrutura o dos Fluxos Log sticos Reversos das Lojas de Departamentos Rio de Janeiro UFRJ COPPE 2009 MANZINI E VEZZOLI C O desenvolvimento de produtos sustent veis Os requisitos ambientais dos produtos industriais S o Paulo Editora da Universidade de S o Paulo 2003 SERTE Ed Quem somos uma hist ria de amor Dispon vel em lt http www serte org br serte gt Acesso em 03 jun 2013 99 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico SILVA FILHO J C G SICS A B Produ o mais limpa uma ferramenta da gest o ambiental aplicada s empresas nacionais In ENEGEP 23 Anais 1 CD ROM Ouro Preto 2003 VIALLI Andrea Upcycling a nova fronteira da reciclagem Dispon vel em lt http blogs estadao com br andrea vialli upcycling a nova fronteira da reciclagem gt Acesso em 01 jun 2013 VIEIRA Karina Nascimento SOARES Thereza Ol via Rodrigues SOARES La la R
101. A id ia principal captar as vantagens da log stica time based ou da competitividade log stica baseada no tempo pelo que essencial desenvolver sistemas de resposta r pida e eficaz Desta forma o QR uma express o globalizante empregada para cobrir sistemas log sticos de informa o e princ pios JIT O que tornou a QR poss vel foram os sistemas de partilha e de dados com a EDI electronic data interchange a padroniza o e utiliza o de c digos de barra nos v rios bens o uso de EPOs electronic point of sales e scanners laser leitores de c digo de barras etc Carvalho e Encantado 2006 53 Fast fashion um modelo de comercializa o de produtos de moda que abastece o mercado com novidades de forma r pida e com produtos com design A produ o das pe as vem em pequena escala visando a n o reposi o do estoque j que o valor de pe as em estoque deteriora se muito rapidamente um produto com ciclo de vida muito curto e que instiga o impulso de compra do consumidor que j sabe que se n o comprar agora n o vai mais encontrar aquele produto de novo 116 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Mas as consequ ncias deste modelo podem ter gerado n o somente ganhos financeiros mas tamb m algumas perdas em outras reas De acordo com Erner 2005 p 146 o circuito r pido uma maneira heterodoxa de pensar a moda que privilegia as tend ncias em detrimento da criatividad
102. DAS 2004 p 73 De modo geral a teoria do zeitgeist anularia a teoria da conspira o Essa teoria n o resiste a um exame atento das mudan as da moda visto que prop e a passividade e manipula o dos indiv duos em rela o s quais tend ncias eles adotariam Ela n o poderia ser sustentada na medida em que frequentemente desmentida pelos enormes insucessos que os prov veis conspiradores colecionam cada ano Os estilistas e os produtores n o s o livres de sugerir o que querem BALDINI 2005 p 87 88 Em resumo os estilistas podem sempre estar um passo frente das massas nunca mais do que isso Cardoso 2008 entende que a principal caracter stica da p s modernidade o pluralismo N o havendo no momento espa o para a pretens o de que h apenas um modo correto de a o ou apenas um caminho a seguir O pesquisador assevera a multiplica o e diversifica o das possibilidades no contexto da atual sociedade de mercado que est repleta de possibilidades e aberta para o novo e o diferente Essa multiplicidade de possibilidades entendida por Svendsen 2010 sob a l gica de suplementa o Assim o antigo n o completamente substitu do pela novidade porque h amplas possibilidades de coexist ncia e concilia o com o passado A l gica de suplementa o demarca a diferen a com rela o ao modernismo na cultura ocidental o qual renegava totalmente o antigo enquanto venerava o novo A l gica das te
103. E MAIOR SOBRE AS ATIVIDADES DE MAIOR CONSUMO DE GUA CONSUMO DE GUA NA RESID NCIA LAVAR LAVARROUPA ROUPAS BANHO BANHO DESCARGA DESCARGA LAVAR LAVAR LOU A LOU A com h bitos racionais de consumo de gua Figura 3 Percep o sobre o consumo de gua na HIS x dados SANEPAR Fonte Daros 2013 Importante enfatizar que 97 dos respondentes eram mulheres e respons veis pelos afazeres dom sticos o que pode influenciar este resultado Importante notar tamb m que a tarifa social de energia e gua n o era adotada em 81 e 75 das habita es investigadas O paradoxo de tal situa o que estas fam lias apresentavam um perfil de renda pertinente tarifa social Concluiu se quanto premente necessidade de dispor informa es sobre o efetivo consumo de gua e energia nos artefatos presentes na habita o como uma das estrat gias necess rias para viabilizar que os moradores pudessem usufruir dos benef cios da tarifa social Note se que 81 dos entrevistados responderam ter interesse em obter informa es de consumo de gua e energia dos artefatos o que refor a a import ncia desta estrat gia Portanto tanto a m quina de lavar roupa como o vestu rio necessitaria apoiar de forma pr ativa este rol de informa es No que tange o vestu rio tal informa o poderia apoiar o usu rio nas decis es de compras futuras a partir do conhecimento do efetivo consumo de energia e gua demandado por cada tipo de tec
104. EX 173 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Introdu o De maneira geral entende se como qualidade o servi o ou produto bem feito Em cada momento hist rico as necessidades s o diferentes e o conceito de qualidade sofre altera es A utiliza o de tecnologias de base microeletr nicas introdu o de inova es na gest o vem contribuindo para a melhoria da qualidade dos produtos no entanto o comportamento do consumidor no que se refere ao modo como o produto fabricado vem ganhando destaque na atualidade Conforme exp e Oliveira 2004 a evolu o da qualidade passou por tr s grandes per odos a saber era da inspe o ocorreu pouco antes da Revolu o Industrial realizada pelo artes o e pelo cliente em que o principal objetivo era inspecionar poss veis defeitos de fabrica o Nessa era n o havia m todos preestabelecidos a serem usados O controle de inspe o somente foi aprimorado na era seguinte chamada era do controle estat stico em que a t cnica de inspe o por amostragem passou a ser utilizada devido grande demanda da fabrica o dos produtos sendo imposs vel inspecionar produto a produto O referido autor afirma que vivemos a era da qualidade total onde o foco a satisfa o do cliente sendo essencial para o lucro e a sobreviv ncia das empresas No entanto analisando esses tr s conceitos e seus devidos contextos poss vel inferir que a humanidade es
105. Estes princ pios solid rios se caracterizariam principalmente em a es de amparo ao setor a partir de preceitos que garantam a compra e venda dos produtos e servi os entre os empreendedores propiciem uma produ o diversificada de produtos e servi os a livre concorr ncia entre empresas solid rias tendo em vista a redu o dos custos e a amplia o da qualidade o desenvolvimento de uma moeda pr pria e apoio do Estado no fornecimento de cr dito treinamento assist ncia tecnol gica e pol ticas de fomento Castro 2009 Partindo destas ideias o MTE SENAES 2013 atribui as seguintes caracter sticas economia solid ria i Coopera o exist ncia de interesses e objetivos comuns a uni o dos esfor os e capacidades a propriedade coletiva de bens a partilha dos resultados e a responsabilidade solid ria Envolve diversos tipos de organiza o coletiva empresas autogestion rias ou recuperadas assumida por trabalhadores associa es comunit rias de produ o redes de produ o comercializa o e consumo grupos informais produtivos de segmentos espec ficos mulheres jovens etc clubes de trocas etc Na maioria dos casos essas organiza es coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares 59 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico ii Autogest o os as participantes das organiza es exercitam as pr ticas participativas de autogest o dos processos d
106. Fonte 1999 CALDAS D rio Observat rio de sinais teoria e pr tica da pesquisa de tend ncias Rio de Janeiro Senac Rio 2004 CARDOSO Rafael Uma introdu o hist ria do design 3 ed S o Paulo Editora Blucher 2008 CHIC Tend ncias Primavera Ver o S o Paulo Fashion Week Dispon vel em lt http chic ig com br spfw gt Acesso em jan 2012 ERNER Guillaume V timas da moda Como a criamos e porque a seguimos Editora Senac S o Paulo 2006 ERNER Guillaume Sociologie d s tendentes 2 ed Presses Universitaires de France 2009 GIMENO Jos Maria Iv fiez La gesti n del dise o en la empresa Mc Graw Hill Madrid 2000 207 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico GODART Frederic Sociologia da Moda S o Paulo Senac 2010 HILL D Emotionomics porque o sentimento dos clientes pela sua marca determina o sucesso do seu neg cio Rio de Janeiro Eselvier 2009 INBRANDS Inbrands Dispon vel em lt www inbrands com br gt Acesso em jan 2012 KOTLER P Administra o de Marketing 4 ed S o Paulo Atlas 1996 KOTLER P HAYES T BLOOM P N Marketing de servi os profissionais estrat gias inovadoras para impulsionar sua atividade sua imagem e seus lucros 2 ed Barueri SP Manole 2002 MESQUITA Cristiane Moda contempor nea quatro ou cinco conex es poss veis 2 reimpr S o Paulo Editora Anhembi Morumbi 2007 MOZOTA Brigitte Borja de
107. Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico S o planos que tangenciam a superf cie do corpo Iida 2005 p 124 e 125 apresenta os planos de equil brio do corpo Planos Sagitais meridiano e paramediano Plano Frontal e Planos Transversos Os planos sagitais s o linhas verticais que cortam o corpo no sentido antero posterior de cima para baixo passando bem no meio do corpo chamado de sagital mediano frente e paramediano costas Determina uma por o direita e outra esquerda que s o os ant meros FIGURA 1 O plano frontal vertical estendendo se de um lado para o outro corta o corpo lateralmente de orelha a orelha determinando o lado da frente e lado de tr s chamados plano frontal anterior ou ventral e plano frontal posterior ou dorsal que s o os paqu meros FIGURA 2 Os planos transversos s o linhas horizontais paralelas ao ch o FIGURA 3 Na linha da cintura o plano transverso divide o corpo em plano transverso superior ou proximal e plano transverso inferior ou distal que s o os met meros O plano transverso caudal se localiza na regi o plantar Figura 2 Plano Frontal Figura 3 Plano Transverso Figura 1 Planos sagitais Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 155 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico As linhas que definem os planos sagitais e os transversos d o equil brio aos movimentos do corpo porque fazem a sua divis o em partes
108. LCOOPER de Santo Andr SP A confec o das pe as ficou por conta das cooperativas UNIVENS de Porto Alegre RS e Fio Nobre de Itaja SC Devido ao grande volume de produ o foram chamados mais trinta empreendimentos econ micos solid rios para participar do trabalho Atualmente a Justa Trama uma marca que engloba v rias cooperativas que trabalham com produ o em rede de algod o org nico da qual participam trabalhadores organizados que integram empreendimentos de acordo com preceitos da economia solid ria Todas as etapas do processo de produ o s o realizadas por duas cooperativas que plantam o algod o org nico e quatro cooperativas respons veis pela fia o tecelagem e confec o de pe as de vestu rio que cobrem todos os elos da cadeia do vestu rio em algod o do plantio confec o da roupa S o homens e mulheres agricultores fiadores tecedores coletores beneficiadores de sementes e costureiras que fazem parte do processo de produ o tamb m s o os propriet rios da marca que tem como fundamento a ideia de desenvolvimento de um produto feito somente por empreendimentos de economia solid ria 4 1 2 Etapas do ciclo de vida do produto da Justa Trama A primeira etapa o plantio e cultivo do algod o agroecol gico nos Estado do Cear e Mato Grosso do Sul onde agricultores familiares associados plantam beneficiam e comercializam o algod o em pluma para o resto da cadeia A etapa seguinte a f
109. Linguagem 2 ed S o Paulo Anhembi 2006 GUIMAR ES R A tica da sustentabilidade e a formula o de pol ticas de desenvolvimento In VIANA G et al Org O Desafio da Sustentabilidade S o Paulo Funda o Perseu Abramo 2001 KAZAZIAN Thierry Haver Idade das Coisas Leves S o Paulo Editora Senac 2005 JONES Sue Jenkyn Fashion Design O Manual do Estilista S o Paulo Cosac e Naify 2005 MANZINI Ezio VEZZOLI Carlo O Desenvolvimento de Produtos Sustent veis 1 ed S o Paulo Editora da Universidade de s o Paulo 2008 NORMAN Donald A DESIGN EMOCIONAL Por que adoramos ou detestamos os objetos do dia a dia Rio de Janeiro editora Rocco 2008 SCALZO Mar lia Trinta anos de moda do Brasil uma breve hist ria S o Paulo Livre 2009 SEIVEWRIGHT Simon Pesquisa e Design Porto Alegre Bookman 2009 SCHNEIDER Beat Design uma introdu o o design no contexto social cultural e econ mico Tradu o Sonali Bertuol George Bernard Sperber S o Paulo editora Bliicher 2010 SCHULMANN Denis O desenho industrial S o Paulo Papirus 1994 111 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Daquilo que a moda trata o consumidor busca a est tica What is fashion consumer wants aesthetics Tatiana Messer Rybalowski Resumo O atual Zeitgeist esp rito do tempo um pluralismo incondicional com mudan as extremamente r pidas que refletem a moda atual E a m
110. MOURA 2008 O que pertinente se retomarmos o pensamento de Flusser para quem a arte excessivamente vanguardista deixaria de ser bela medida que se n o comunica n o poderia indicar o novo logo n o poderia alargar a realidade Note se que para al m da pretens o moderna de arte livre a discuss o sobre a liberdade da arte tem ra zes em Kant para quem um genu no objeto de arte um objeto de julgamento est tico deve mostrar uma aus ncia de finalidade ou objetivo deve ser objeto de um Julgamento puramente est tico KANT apud SVENDSEN 2010 p 119 Com tais argumentos podemos perceber que a cria o art stica vibra entre estes dois polos a percep o de uma demanda e a necessidade de n o se deixar aprisionar por ela poss vel agora concluir que o artista criador de roupas est sujeito a todas as quest es que se relacionam cria o de qualquer arte Sua peculiaridade seria conforme dito inicialmente que tudo o que ocorre nas demais artes na sua torna se muito mais evidente a sua corruptibilidade a impossibilidade de que sua arte seja sequer pretensamente livre sua capacidade de mostrar os sentimentos mais ntimos da humanidade Contudo o discurso do consumidor vitimado sem d vida faz muitos adeptos o artista seria aquele que conhece a fraqueza do homem podendo portanto manipul lo Agora seria correto desejar que o artista se censure em rela o a isso Se o que caracteriza o c
111. O design traduz em signos as fun es de car ter pragm tico sem ntico e afetivo de um objeto de uso de forma que eles sejam entendidos pelos usu rios numa interpreta o congenial O objetivo do design tornar um objeto vis vel e leg vel e assim possibilitar comunica o Design transforma o O design contribui para que objetos e imagens tenham um efeito duradouro sobre os receptores O design tem o poder de interpreta o SCHNEIDER 2010 p 197 Assim poss vel apreender o design como um projeto tang vel configurado como o objeto em si e n o tang vel pelo seu significado pela comunica o que dialogada com o p blico e o efeito que causa a mesma Acerca desse conceito o design se configura entorno da cultura que se estabelece definindo padr es est ticos respons veis pelos anseios do p blico alvo aliado a isso objetiva cumprir seus aspectos funcionais e ergon micos afim de satisfazer suas necessidades conforme detalha Norman 2008 p 69 Por m importante considerar que as necessidades humanas n o se cumprem somente sob o ponto de vista funcional elas est o subordinadas a 103 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico necessidades culturais e afetivas e estas normalmente s o satisfeitas por experi ncia est tica rica Por isso em alguns momentos a beleza pode tornar se fator decisivo da experi ncia com os objetos e a ergonomia quando vista tam
112. Pg 289 301 SILVEIRA Icl ia Gest o da Produ o e sua Rela o com a estrat gia competitiva de uma ind stria do vestu rio Modapalavra Florian polis v 1 n 1 pg 26 39 novembro de 2002 6 Sites ABIT Dispon vel em lt http www abit org br Servicos aspx 43ISDIC gt Acesso em 20 04 2013 149 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A moulage como recurso criativo Uma Experi ncia pr tica Dra Icl ia Silveira Ms Mary Neuza F Clasen Resumo Este artigo apresenta os conhecimentos indispens veis para a interpreta o de modelo do vestu rio com o uso da t cnica moulage Esta t cnica utilizada como ferramenta de inova o por facilitar a criatividade de novas formas do vestu rio trabalhando o tecido sobre o corpo Foi aplicada a abordagem qualitativa que permitiu a obten o de dados descritivos do projeto da roupa Com a fundamenta o te rica constatou se que a t cnica moulage al m de liberar a criatividade incorpora os conhecimentos da anatomia do corpo seus movimentos e posicionamento das linhas estruturais Com a experi ncia pr tica da interpreta o de um modelo do vestu rio feminino demonstrou se como pode ser usada ilustrada e descrita t cnica moulage Palavras Chave corpo vestu rio cria o Abstract This article presents the basic knowledge for the application of a clothing model under the influence of a technique called moulage This
113. RS A extra o de sementes que s o aplicadas nas pe as de vestu rio em forma de bordados bot es e outros acess rios realizada pela Cooperativa A a que fica em Porto Velho RO 4 1 2 1 An lise da etapa de pr produ o A partir da investiga o da etapa de pr produ o e de seu respectivo cruzamento com as estrat gias orientadas sustentabilidade que podem ser aplicadas ao Life Cycle Design verificou se que nesta etapa j s o atendidos diversos requisitos ambientais sociais e econ micos A escolha de recurso de baixo impacto ambiental uma estrat gia fortemente utilizada nesta etapa visto que o modelo produtivo da Justa Trama procura reduzir os impactos ambientais e aperfei oar os fluxos de processos e opera es ao longo da cadeia produtiva efetuando o cultivo de algod o livre de agrot xicos Ao reduzir o consumo de insumos durante o plantio tamb m utilizada a estrat gia de minimiza o e desmaterializa o de recursos A ideia principal da Justa Trama se sustenta em dois pilares b sicos agricultura familiar e algod o agroecol gico este cultivado sem o uso de defensivos agr colas e bastante valorizado no mercado t xtil sendo que estas ideias correspondem aos ideais 15 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico socioecon micos e ambientais da sustentabilidade A figura 5 a seguir demonstra o registro de um dos agricultores associados Justa Trama que
114. SENAES 2013 defende um modelo cooperativista de ades o livre e volunt ria posse coletiva dos meios de produ o gest o democr tica da organiza o e a reparti o da receita l quida entre os cooperados a partir de crit rios definidos coletivamente Este modelo conceitual da ES tamb m aponta para um desenvolvimento econ mico sustentado e sustent vel que propicia gera o de trabalho e distribui o de renda Para o MTE SENAES 2013 os resultados obtidos nestes empreendimentos sejam eles de categoria econ mica social pol tica ou cultural necessitam de compartilhamento igualit rio entre os participantes sem qualquer distin o de g nero idade ou ra a Estas caracter sticas propiciaram um empoderamento do indiv duo e uma nova 38 MTE Minist rio do Trabalho e Emprego SENAES Secretaria Nacional de Economia solid ria O que Economia solid ria lt http portal mte gov br ecosolidaria o que e economia solidaria htm gt Acesso em setembro de 2013 60 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico consci ncia social e ambiental promovendo consequentemente uma oposi o explora o do trabalho dos recursos naturais e do ser humano enquanto sujeito da atividade econ mica Estes preceitos da economia solid ria foram incorporados pelo MTE SENAES para qualificar os empreendimentos e disseminar as a es fundamentadas no solidarismo deste modo fazem parte dos discursos oficiais ta
115. TEIRO B G WAGNER R Design e Inova o Social In Revista Estudos em Design Rio de Janeiro p 57 72 11 mar 2010 P 60 MTE Minist rio do Trabalho e Emprego SENAES Secretaria Nacional de Economia solid ria O que Economia solid ria lt http portal mte gov br eco solidaria o que e economia solidaria htm gt Acesso em setembro de 2013 PEREIRA Clara M G M Economia solid ria uma investiga o sobre suas iniciativas 2011 195 p Disserta o Instituto de Economia Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas SP 2011 QUEIROZ Camila Projeto da Economia solid ria produz moda com pe as artesanais Dispon vel em http www adital com br hotsite economia noticia asp lang PT amp cod 55642 gt Acesso em 20 de agosto de 2013 QUEIROZ Camila Projeto da Economia solid ria produz moda com pe as artesanais Dispon vel em http www adital com br hotsite economia noticia asp lang PT amp cod 55642 Acesso em 20 de agosto de 2013 ROY Robin The evolution of ecodesign Technovation Volume 14 Issue 6 Pages 363 380 Elsevier Science 1994 83 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico SACHS I Caminhos para o desenvolvimento sustent vel Rio de Janeiro Garamond 2000 Estrat gias de transi o para o s culo XXI S o Paulo Studio Nobel Funda o do desenvolvimento administrativo 1993 SANDERS E B amp STAPPERS P J Co creation and the new
116. VodoPalavra e per dico VOLUME XI ANO VI SN 1982 0bx ModaPalavra e peri dico Dossi Sustentabilidade amp Moda Ntera es poss veis para um novo paradigma organizadoras Neide K hler Schute Luciona Dornbusch Lopes Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Sum rio Dossi Sustentabilidade amp Moda intera es poss veis para um novo paradigma 1 A Ind stria t xtil brasileira e suas adequa es na implementa o do desenvolvimento sustent vel Lilyan Guimar es Berlim 2 O caso Justa Trama contexturas entre a Economia Solid ria e as estrat gias orientadas para a sustentabilidade no processo de Life Cycle Design LCD Jucelia S Giacomini da Silva Neide K hler Schulte 3 Log stica reversa reutiliza o e trabalho social na moda Neide K hler Schulte Luciana Dornbusch Lopes Lucas da Rosa Mayeni Medeiros Padilha 4 Daquilo que a moda trata o consumidor busca a est tica Tatiana Messer Rybalowski 5 Constru o de uma cole o de moda com apelo s cio ambiental an lise de uma metodologia sustent vel Luana Esther Geiss Variata 1 Agregando servi o e produzindo vestu rio para Pessoas com Defici ncia estrat gia de diferencia o para confec es brasileiras Bruna Brogin Vilson Jo o Batista Eugenio Andr s D az Merino 2 A Moulage como recursos criativo Uma experi ncia pr tica Icleia Silveira 3 Acredita o no varejo da ind stri
117. a o com as abordagens de Porter 1986 dentro da cadeia de valor gen rico apresentada os produtos de vestu rio para PcD estariam no grupo prim rio visto que o objetivo desenvolver produzir vender entregar e dar assist ncia Fonte http www xenicollection com acessado em 20 de abril de 2013 2 A tica aqui entendida medida que s o produzidos produtos que atendam o maior n mero de pessoas poss veis sem excluir ningu m 134 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico dos produtos de vestu rio para PcD E dentro destes objetivos trazemos algumas estrat gias competitivas da rea de moda que podem ser aplicadas a produ o do vestu rio para PcD Segundo Silveira 2002 a diferencia o no mercado de moda percebida a partir da diversifica o das pe as em suas mat rias prima componentes modelagens moldes conte do de moda agregado e na fabrica o de lotes menores que n o massifiquem um mesmo modelo Outra a o estrat gica colocada pela autora a venda dos produtos direto ao consumidor final podendo assim perceber a rea o do cliente e procurar atender as suas necessidades objetivando o melhor desempenho do produto do vestu rio Acrescenta se que a esta uma oportunidade de se iniciar a pesquisa do que continuar produzindo atrav s da observa o do perfil dos clientes e definindo o segmento de mercado como ponto de partida para formula o de outras estrat
118. a o de todos para todos consumidores e organiza o gerando conte dos Esse di logo entre usu rios e organiza o tornou se mais ntimo atrav s do desenvolvimento de relacionamentos com configura es mais pessoais e informais REBELLO 2011 Visto ainda que na internet quem decide a mensagem que quer ver o usu rio BRAND O 2001 ou seja a navega o estimulada pela busca de assuntos espec ficos t m se a necessidade de desenvolvimento de comunica es com apelos mais emocionais explorando o m ximo da tecnologia dispon vel para que a pe a se destaque aos olhos do usu rio Deve se considerar ainda que a comunica o na internet limitada pela velocidade de conex o o que ir influenciar na elabora o da mensagem Neste ambiente o desafio para o marketing das organiza es o aumento da competi o pela aten o do consumidor ou seja a conquista clique a clique O mbito do estudo do presente artigo concentra se sobre a plataforma da internet valendo se da evolu o desta e de sua populariza o por meio da banda larga e tecnologia 2 0 de forma espec fica sobre as redes sociais 2 1 REDES SOCIAIS O conceito de rede social estruturado sobre dois pilares a plataforma tecnologia da Web 2 0 e o conte do gerado pelo usu rio KAPLAN e HAENLEIN 2010 Em suma m dia social um grupo de aplica es baseadas na internet que se apoiam em bases ideol gicas e tecnol gicas da Web 2 0 permitindo
119. a o de roupas Este projeto est inserido na Rede de Pesquisa 22 da Financiadora de Estudos e Projetos FINEP financiada dentro da Chamada P blica Saneamento Ambiental e Habita o do edital 07 2009 A referida rede tem como foco de estudo Uso racional de gua e efici ncia energ tica em habita es de interesse social indu o do consumo susent vel atrav s do vestu rio O vestu rio assim como qualquer artefato pode influenciar de forma positiva o comportamento do usu rio na dire o de padr es ambiental econ mica e socialmente mais sustent veis Para possibilitar tal efeito necess rio compreender de forma profunda os h bitos e comportamentos do usu rio Esta compreens o implica em compreender n o s os aspectos processuais dos padr es de consumo mas tamb m seus significados e as conex es com a cultura material local Com isto poss vel a identifica o de potenciais solu es inovadoras assim como a antecipa o de poss veis resist ncias a mudan a Na fase de uso not rio que o maior impacto econ mico e ambiental do vestu rio est no consumo de gua energia e insumos para limpeza e higieniza o Como os processos de lavagem e higieniza o ocorrem em ciclos pequenos ocorre o fen meno da miopia cognitiva ou seja o usu rio n o percebe a dimens o cumulativa de seu consumo A natureza invis vel da energia e o r pido escoamento das guas cinza para os sistemas de esgoto contribuem
120. a Assisitiva 126 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A delimita o deste artigo o territ rio brasileiro pois avalia as transforma es e dados internos deste pa s tanto para a ind stria t xtil e de confec o como para a faixa da popula o de pessoas com defici ncia estudadas 2 Procedimentos Metodol gicos Para elabora o deste artigo foi realizada a avalia o do panorama da ind stria de moda nacional atrav s da an lise de dados da Associa o Brasileira da Ind stria T xtil bem como do acompanhamento das not cias deste setor por parte dos autores Os trabalhos anteriores dos autores junto a pessoas com defici ncia e a an lise dos dados do censo segundo o IBGE 2010 sobre as PcD foram os aspectos que despertaram os autores para enxergar um poss vel mercado a ser contemplado com os produtos de moda da ind stria brasileira Percebeu se que produzir para PcD poderia ser um nicho a abranger na produ o Segundo Lakatos e Marconi 2007 este artigo possui metodologia classificat ria pois se buscou classificar os assuntos que permeiam o estado da ind stria de moda no Brasil as necessidades de diferencia o o p blico alvo com que se deseja trabalhar as estrat gias de gest o e design que podem ser adotadas e a apresenta o de um modelo de presta o de servi os para PcD que viria a viabilizar a produ o industrial do vestu rio para PcD A partir da ideia centra
121. a campanha era o algod o comprado da frica e de outros pa ses do oriente e tamb m do Brasil produzidos sob o uso de agrot xicos j proibidos nos pa ses da uni o Europeia mas em uso cont nuo nestes pa ses que na poca eram os fornecedores de algod o da Europa Na poca a ONG Green Peace usou a Moda como meio midi tico para garantir a aten o das pessoas e o foco na regulamenta o dos t xteis produzidos e comprados pelos pa ses da Uni o Europeia Sua atua o teve um significativo peso na opini o p blica e na aprova o do regulamento Devido ao Reach a ind stria t xtil nacional encontra dificuldades setoriais no que tange as exporta es para a Europa no momento seu principal rg o a Abit alinhada com a Abiquim e o Inmetro preparam se para estabelecer um cronograma de atendimento as exig ncias deste regulamento evitando assim futuros poss veis obst culos as exporta es Todos os mecanismos como normas regulamentos t cnicos e medidas certifica es estudos de impactos marcos regulat rios entre outros evolu ram e passaram a ser percebidos e geridos como importantes instrumentos de desenvolvimento e de diferencial no mercado Atualmente eles configuram se como ferramentas de competitividade e de participa o no cen rio global Uma regulamenta o que faz diferen a e que n o apenas alterou o com rcio mundial de t xteis mas tornou poss vel um maior controle sobre os impactos das
122. a cultura de consumo Ou seja inserir uma transforma o onde deve se apresentar um imponente processo de desmaterializa o do sistema de produ o e consumo Segundo MANZINI e VEZZOLI 2008 p 17 Para o projetista a possibilidade de reorientar os sistemas de produ o e de consumo requer a exist ncia de valores positivos e de crit rios de qualidade para colocar na base da nova gera o de produtos e de servi os Por outro lado como esses valores positivos e esses crit rios de qualidade n o podem ser inventados t m de ser buscados na pr pria sociedade observando as din micas evolutivas que a transformam Partindo de tais observa es de fato poder ser entendida a fundo a emerg ncia de culturas e comportamentos inovadores que podem servir de refer ncia para os projetistas articularem suas propostas Nesse sentido pode se definir como sistemas de produ o a que o autor se refere como a escolha dos materiais os res duos excedidos o processo de fabrica o o descarte a embalagem a log stica e tudo que envolve a produ o do produto Em termos sustent veis a preocupa o est no formato dessa produ o e tudo que envolve esse contexto o designer em seu projeto deve levar em conta todos esses aspectos para resultar um projeto com caracter sticas positivas que possa causar o m nimo de impacto ambiental Tamb m o autor cita sistemas de consumo esse sistema relativo diretamente ao consumidor esse termo e
123. a do movimento L art pour Part Distante observador da sociedade e seus costumes mais nobre e mais s bio que seu objeto de estudo devotado exclusivamente procura constru o e gozo ideais do belo neste sentido ele deve renunciar ao mundo que o cerca s not cias e atualidades s modas busca de riqueza de sucesso de amor recusar ao m ximo enfim a todas as formas de agir mundanas CASSAGNE 1997 cap 2 II apud RABELO 2011 S o in meros os exemplos de criadores de roupa que exerceram tamb m o seu direito de autonomia O movimento denominado Wearable Art fez esse papel procurando impor se paradoxalmente contra tudo que da ess ncia da moda o ditame de estilos atrav s de cartelas a imposi o de tend ncias da esta o o consumo exacerbado Notadamente essas pe as acabaram por ficar expostas em galerias e 67 Este termo foi especialmente aplicado para designar parte da produ o liter ria francesa no per odo aproximadamente compreendido entre a revolu o que enseja a Segunda Rep blica em 1848 e o massacre da Comuna de Paris que marca a passagem do Segundo Imp rio para a Terceira Rep blica em 1870 O tra o comum que permite designar escritores t o diferentes em suas particularidades como membros de um mesmo movimento o fato de terem por regra primeira uma irredut vel autonomia da arte Rabelo 2011 221 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico museus
124. a entrada no pa s e as taxas n o s o tantas quanto s internas ocasionou se uma disputa desigual Somando se a isso os pa ses desenvolvidos possuem um mercado de moda consolidado que atende ao p blico de maior poder aquisitivo brasileiro 130 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A defesa contra a concorr ncia asi tica por parte do mundo ocidental tem sido a reestrutura o da ind stria na dire o de nichos de mercado ou seja produtos mais sofisticados para atender a uma clientela mais exigente RANGEL SILVA e COSTA 2010 p 11 Neste sentido os autores citam a reestrutura o da ind stria o que quer dizer entre v rias estrat gias que podem ser adotadas pelas empresas n o somente continuar produzindo para o mesmo p blico mas enxergar al m do panorama atual do mercado e produzir para uma popula o emergente e seguindo um padr o de qualidade que atenda este novo nicho Em se tratando de popula o emergente pode se destacar o BRIC s Brasil R ssia ndia e China que segundo a revista HSM Managenement 2012 s o uma fonte de novas oportunidades a serem supridas o que se constitui um mercado potencial para o qual as empresas podem se voltar e produzir produtos adaptados a realidade destes pa ses com investimentos em pesquisa e desenvolvimento aproveitando as riquezas culturais e particularidades de cada pa s e quebrando o paradigma da diversidade social econ mica educaci
125. a maioria s o mulheres e entre elas a maioria da cor preta ou amarela Esta popula o possui escolaridade ocupa o e rendimentos inferiores as pessoas sem nenhum tipo de defici ncia S o muitos os projetos e leis que incentivam a inclus o social desta significativa parcela da popula o por m s o diversas as melhorias necess rias Somando se aos dados apresentados o IBGE 2010 salienta que o Brasil apresenta um envelhecimento de sua popula o acima da m dia mundial possuindo 128 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 23 5 milh es de idosos pessoas acima de 60 anos de idade suscet veis a necessitar de produtos adaptados como vestu rio e produtos de TA O mesmo estudo relata que esta popula o possui boa qualidade de vida estando apenas 17 9 destes idosos entre as duas menores classes de renda avaliadas recebendo at 1 1 2 sal rio m nimo Somando se o percentual de PcD e idosos temos um total de 43 8 da popula o brasileira como potenciais usu rios de TA sendo necess rio dar se aten o a estas pessoas J est sendo tomada uma s rie de precau es a este respeito s o v rias as leis e projetos incentivados e desenvolvidos pelo governo e iniciativa privada para as pessoas que dependem da TA As pessoas com habilidade reduzida ou com defici ncia s o alvo de in meros programas de inclus o e acessibilidade As atividades que devem desempenhar s o as mesmas de qual
126. a mundial de produzir para demandas de pa ses emergentes de necessidade de diferencia o e inova o no contexto da moda nacional de proporcionar experi ncias singulares aos consumidores de tratar o consumidor de forma particular de manter comunica o com fornecedores 140 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico clientes e mercado em geral das demandas de servi o como as do ATP e dos servi os que algumas lojas j prestam aos seus clientes prop e se um modelo de servi o que viabilize a produ o e venda de vestu rio para PcD Trata se de um fluxo de atividades que poderiam ser incorporadas ao servi o prestado pelas lojas Segundo Feghali e Dwyer 2001 o Consultor de Estilo ou Personal Styler o profissional que d sugest es de como se vestir em determinadas situa es organiza malas e arm rios e vende um conceito A partir deste conceito prop e se atividade de um profissional que deve vender mas deve possuir conhecimentos de moda e TA poderia ser chamado de Consultor de Moda Assistiva visto que no Brasil n o temos um profissional espec fico para esta fun o Figura 2 Fluxo de atividades do Consultor de Moda Assistiva Fonte Dos autores Conforme apresentado na figura 2 a primeira fun o do Consultor de Moda Assistiva seria identificar as defici ncias da PcD em conversa com o usu rio e seu cuidador pais ou pessoas que o acompanhem nas compras e dar Encaminhamento
127. a t xtil confec o Vilma Marta Caleffi Suelen Borges Comin 4 Tend ncias de moda e posicionamento de marca Amanda Queiroz Campos Luiz Salom o Ribas Gomez Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 5 As marcas de luxo de moda e as redes sociais Marcela Fevero Francisco J S M Alvarez 6 Di logo entre a m quina de lavar e o vestur rio Aguinaldo dos Santos 7 O criador de roupas como Artista Suzie Ferreira do Nascimento Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico FICHA CATALOGR FICA Modapalavra E peri dico Dossie Sustentabilidade amp Moda intera es poss veis para um novo paradigma LOPES Luciana SANT ANNA Mara Rubia SCHULTE Neide Org Universidade do Estado de Santa Catarina Centro de Artes Departamento de Moda Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 Florian polis UDESC CEART 2013 Periodicidade Semestral ISSN 1982 615x 1 Moda 2 Vestu rio Ind stria 3 Moda Aspectos sociais 4 Moda Hist ria I 5 Comunica o Universidade do Estado de Santa Catarina Centro de Artes CDD 391 Cataloga o na fonte Miriam Helena Stemmer CRB 354 90 Biblioteca Central UDESC Cr ditos da corre o gramatical Dossi Sustentabilidade amp Moda intera es poss veis para um novo paradigma 1 A Ind stria t xtil brasileira e suas adequa es na implementa o do desenvolvimento sustent vel Autora Lilyan Guimar es Berlim Revisor
128. ad e Krishnan 2008 necess rio mais do que customizar produtos mas sim proporcionar experi ncias singulares e personalizadas a cada cliente Os autores colocam que as empresas que sobreviver o na Era da Inova o ser o as que buscarem apoio para inovar e as que focarem no relacionamento com o cliente relacionamento este que se estabelece atrav s do servi o prestado a PcD como ser apresentado no t pico seguinte Segundo Chesbrough 2003 as empresas de sucesso ser o as que souberem fazer contatos estrat gicos de maneira colaborativa com outras empresas se utilizando da inova o aberta Hall 2006 pg 21 coloca que A globaliza o na forma da especializa o flex vel e da estrat gia de cria o de nichos de mercado na verdade explora a diferencia o local Na Inova o Aberta s o consideradas as empresas que investem mais em pesquisa do que em desenvolvimento buscando sempre novos mercados agregando informa es e empresas externas start ups e comprando id ias deixando que outras empresas prestem o servi o terceirizem 137 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Pensando desta maneira podemos perceber o modo como a globaliza o atua sobre o mercado nacional atrav s de uma necessidade de especializa o entendida como a produ o industrial do vestu rio para PcD Esta produ o dita flex vel pois medida que industrial deve poder ser co
129. ade de solu es que estimulem o usu rio a mudar h bitos que resultam em excesso de consumo como a utiliza o equivocada de ciclos r pidos para situa es de roupa com elevada sujividade Da mesma forma observaram se h bitos que mereciam est mulos para sua manuten o como o reaproveitamento da gua cinza oriunda da lavagem de roupa Assim conclui se quanto import ncia de solu es que efetivamente ampliem o n vel de transpar ncia do consumo eco feedback reduzindo a miopia cognitiva fortemente presente em se tratando dos volumes cumulativos de utiliza o da gua e energia no processo de lavagem de roupa O vestu rio inteligente tem uma contribui o potencial importante para a sustentabilidade particularmente na etapa de higieniza o e limpeza Esta etapa no ciclo de vida do vestu rio de acordo com BSR 2009 corresponde de 40 a 80 das emiss es de carbono O vestu rio pode contribuir com esta etapa do ciclo de vida atuando como mediador da rela o do usu rio com a m quina de lavar roupa melhorando a qualidade das decis es tomadas pelo mesmo eco feedback Ste Se O usu rio como mediador entre o O vestu rio como mediador do usu rio vestu rio com a m quina de lavar roupa e a m quina de lavar roupa Figura 4 Diferente paradigmas da rela o do usu rio com a m quina de lavar roupas Nas situa es observadas no estudo de campo observou se a nulidade do di logo entre o vest
130. ade de trabalhadores Abreu 1986 analisa o trabalho na ind stria de confec o e aponta em sua origem o emprego de mulheres e crian as longas horas de trabalho sofrimento resultante da disciplina fabril e um ex rcito de costureiras famintas e tuberculosas 176 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Algumas dessas caracter sticas se fazem presente na atualidade no cen rio nacional o exemplo mais emblem tico est em S o Paulo onde o emprego de peruanos paraguaios e em sua maioria bolivianos na atividade de costura constitui a vers o moderna da explora o Os imigrantes fazem turnos de at 16 horas em confec es de roupas nos bairros do Br s Pari e Bom Retiro O ambiente de trabalho fechado sem janelas e com pouca luz Os bolivianos moram nas f bricas e precisam pagar tudo para o patr o desde a m quina de costura que trabalham at a gua luz e comida Por isso acabam endividados e presos nas confec es VARELLA 2007 p 1 At agora analisamos as repercuss es da divis o do trabalho na ind stria t xtil confec o no mbito das nas rela es de trabalho contudo o impacto no meio ambiente n o quest o menos relevante Grose e Fletcher 2011 tornam vis veis aspectos ocultos do sistema produtivo de roupas abordando as implica es sobre a gua a qualidade do ar a toxidade do solo a sa de das pessoas e dos ecossistemas O cultivo de fibra t xtil natu
131. ados ao setor A rela o do vestu rio a moda e a sustentabilidade em sua ess ncia filos fica aponta incessantemente em toda a ampla discuss o acad mica ao longo dos ltimos anos os impactos dos processos produtivos das cadeias t xteis e de confec o no Brasil e no mundo O vestu rio e o vestir s o pr ticas que est o interligadas a dimens es profundas do nosso ser e da nossa maneira de estar no mundo A roupa uma interface social que passar a ser agente de uma cultura de qualifica o do consumo J tivemos a moda aristocr tica constitu da pelo artesanal tivemos a moda fragmentada em termos formais no s culo XX constitu da de maneira artesanal em alguns segmentos entretanto dominada pela industrializa o e com o valor de cria o detida pelos criadores poderosos e atualmente os criadores se estabeleceram com suas poderosas marcas e o novo e envolvente mundo do valor simb lico Estudos t m buscado conhecer alternativas poss veis para a diminui o dos impactos para o meio ambiente como o dos autores Neide K hler Schulte Lucas da Rosa Luciana Dornbusch Lopes e Mayeni Medeiros Padilha que aborda a etapa final do produto de moda o p s uso em Log stica reversa reutiliza o e trabalho social na 11 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico moda Trata se do retorno dos produtos s empresas para gerar um novo uso e tamb m a reutiliza o do que seria descartado em a es so
132. ados tomaram provid ncias tanto p blicas quanto privadas no sentido de combater as tecnologias que geravam polui o e melhoras significativas dos processos industriais come aram a ser percebidas Mas foi apenas na d cada de 70 que houve de fato um interesse formal sobre a polui o gerada com o processo de industrializa o e a escassez ou exaust o dos recursos Cientistas como o bi logo americano Paul Ehrlich passaram a afirmar que n o haveria comida para todos e que o problema do planeta esta em dois pontos cruciais crescimento demogr fico e tecnologias defeituosas que gerariam a polui o Neste momento come a a ser gerado um deslocamento discursivo interno para a percep o das tecnologias produtivas ou seja os meios de produ o a ind stria em si O Ano de 1972 vai abrigar dois grandes eventos para discuss o da quest o ambiental o Clube de Roma em Roma It lia que gerou o documento Os Limites do A Bomba Populacional 1968 28 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Crescimento e a Confer ncia das Na es Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo Su cia O Clube de Roma considerava que os limites do crescimento no planeta se extinguiriam em 100 anos se as tend ncias de crescimento de cinco fatores se mantivessem Eram eles popula o mundial produ o agr cola produ o industrial polui o exaust o de recursos O documento gerado neste evento tamb
133. alhes como al as de vestidos cintos incorporados s pe as tress s ou rendados ou ainda outros tratamentos de superf cie em recorte a laser Segundo a Revista Exame em mat ria publicada por Luciana Carvalho as apostas j no m s de outubro para a esta o de moda Primavera Ver o 2012 foram expressas em 10 conceitos apresentados com um breve texto e imagens de desfiles nacionais e internacionais Dentre os conceitos trazidos pela jornalista destaca se a feminilidade que ressurge nas passarelas e nas ruas com cinturas mais marcadas por bottons parte de baixo cintura alta estampas florais delicadas silhueta de saia rodada 194 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico em estilo anos 50 e muitas transpar ncias comportadas Carvalho 2011 percebe que o visual andr gino sai de cena e abre espa o para a delicadeza do feminino O artesanal ressurge s passarelas atrav s de roupas r sticas com est tica hand made Para a manuten o do conceito os materiais e acabamentos s o de tecidos naturais como linho e o algod o e as malhas s o finas tecidas em tric ou croch Ainda comp em a cartela de materiais r sticos r fias rendas e bordados com materiais artesanais Outros acabamentos interessantes s o as franjas e as plumas Movimento e leveza estar o em alta no pr ximo ver o com pe as marcadas por transpar ncias franjas e plumas presentes em cole es nacionais e internacionais
134. ansforma es consiste em mapear descobrir e conhecer o coletivo e a partir da tra ar planos de a o e inova o para o futuro Ter empresas orientadas para mercado sugere portanto que os funcion rios estejam imersos na sociedade e que a compreendam para que possam projet la Aquele que chega primeiramente ao novo alcan a a capacidade construir o futuro n o apenas para si mas tamb m para os outros A realidade do mundo atual composta por um mosaico de pequenas pe as m ltiplas necessidades todas importantes Essas necessidades apresentam se pass veis de interven o atrav s do oferecimento de produtos e bens que as saciem ainda que apenas por um determinado per odo A partir de enfoques estrat gico e operacional ambos relacionados ao design Gimeno 2000 trata das tend ncias ao consider la em fun o da competitividade e diferencia o Mozota 2011 p 52 atesta que o design parceiro e iniciador da mudan a na sociedade Portanto um parceiro na gest o da mudan a nas organiza es MOZOTA 2011 p 52 A competitividade econ mica de um pa s medida pela capacidade de inovar e de realizar pesquisa prospectiva com enfoque na inova o O design necess rio neste panorama porque o design a capacidade consolidar o know how e gerar valor para a marca com uma estrat gia global MOZOTA 2011 p 61 O presente trabalho tem como objetivo avaliar o n vel de ado o de tend ncias por u
135. aos consumidores por meio das vendedoras que acorre um encolhimento das pe as ap s a lavagem recomendando se a compra de uma numera o maior Ou seja se o consumidor usar o tamanho P recomenda se comprar o tamanho M Para ofertar o produto aos consumidores finais as pe as passam por um minucioso processo de revis o para que n o sejam comercializadas com defeitos entretanto caso o consumidor queira trocar uma pe a que encolheu em demasia ap s a lavagem a pe a e trocada doada para alguma institui o Esta postura da Justa Trama visa a amplia o da transpar ncia e do respeito com o consumidor embora este campo comunicacional ainda apresente diversos aspectos e melhorias a serem explorados Verificou se tamb m que at o momento n o s o realizadas a es de gest o de fim de vida log stica reversa ou recolha de pe as p s uso Assim na fase de fim de vida ainda existem horizontes para desenvolver estrat gias econ micas de valoriza o e 79 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico reintegra o dos res duos e estrat gias ambientais de otimiza o da vida dos produtos e extens o da vida dos materiais 5 Considera es finais A partir desta investiga o foi poss vel verificar que as cooperativas que integram a marca Justa Trama j desenvolvem diversas estrat gias orientadas sustentabilidade social ambiental e econ mica visto que estas estrat gias se encontram
136. aptado dizem respeito a mudan as feitas ou que podem ser feitas no caso deste artigo em produtos do vestu rio Os conceitos de Defici ncia e Pessoas com Mobilidade Reduzida dizem respeito ao p blico para o qual se estar projetando Desenho Universal aquele utilizado pelos designers a fim de tornar os produtos acess veis ao maior n mero de pessoas poss veis independente de suas limita es Ap s este breve panorama das PcD cabe mencionar que o Governo Federal disponibiliza o financiamento de produtos de TA para PcD este financiamento foi liberado pelo governo pois al m de se fazer necess rio incluir as PcD estes equipamentos s o no geral importados e muito aqu m das condi es desta popula o S o necess rios projetos e iniciativas realizadas internamento no Brasil a fim de atender a demanda de forma eficiente e atentar os pesquisadores e desenvolvedores para esta quest o 3 2 Rela es de Design Gest o e Estrat gia de Diferencia o na empresa de moda Na d cada de 90 com a abertura do mercado aos produtos importados a ind stria de moda nacional come ou a sofrer grande concorr ncia Pa ses como China Turquia ndia e Vietn trouxeram seus produtos para o Brasil colocando grande press o no mercado interno e levando muitas empresas a fal ncia Estes pa ses s o concorrentes fortes do produto nacional pois possuem pre os baixos e como n o s o exigidos padr es de qualidade de produto e fabrica o par
137. ar durante a concep o do vestu rio De acordo com Iida 2003 se o produto for dimensionado com dados da antropometria est tica sem as devidas folgas de movimento do corpo possivelmente dever o ser feitos alguns ajustes posteriormente a fim de acomodar melhor os movimentos corporais Al m da folga para o movimento do corpo deve ser observada a folga necess ria ao modelo do vestu rio porque as tabelas de medidas se referem s medidas do corpo na posi o est tica n o s medidas do vestu rio As medidas de folga do modelo necess rias a uma camisa feminina por exemplo ser diferente das medidas necess rias ao modelo de um blazer j que este poder ser usado sobre a camisa Pode se afirmar que a modelagem tem fun o participativa ativa no equil brio do corpo e nos seus movimentos Os movimentos de extens o e flex o mobilizam o corpo Quando o corpo se movimenta para frente movimento de flex o e para tr s extens o tamb m gerando agita o dos rg os internos Na flex o o movimento na dire o do plano frontal anterior cabe a pesco o tronco membro superior e quadril Portanto a extens o o 158 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico movimento na dire o oposta flex o A flex o lateral s o os movimentos laterais com a cabe a pesco o tronco sempre sobre o eixo sagital o corpo dirige se para os lados IDA 2003 O vestu rio deve acompanhar
138. ar na nega o o seu alento A conscientiza o funciona para alguns para os outros talvez s a boa e velha sedu o Al m da conscientiza o e do engajamento valeria ent o buscar instrumentos para criar outros valores e apelos sedutores que fa am o consumidor 57 Compre menos compre melhor 121 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico preferir desembolsar um pouco mais entendendo que algo que ecofriendly feito para durar e produzido atrav s do com rcio justo carrega mais significados que um produto bonito e barato produzido em condi es diferentes A tica e a moral da sustentabilidade n o s o contr rias moda elas n o podem mais ser duas categorias e movimentos separados Apenas deve se ter em considera o que ambas querem atingir objetivos semelhantes talvez com alguns meios que precisem ser corrigidos mas ambas as modas devem se conscientizar que s o uma nica ind stria dependente de recursos naturais cada vez mais escassos REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS BAUMAN Zygmunt Modernidade l quida Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 2001 BLACK Sandy The sustainable fashion handbook New York Thames amp Hudson Inc 2013 CARVALHO Jos Crespo de ENCANTADO Laura Log stica e neg cio eletr nico Porto Sociedade Portuguesa de Inova o 2006 Dispon vel em http www spi pt negocio electronico documentos manuais PDF Manual VI pdf Acesso em 30 06 2008
139. ara esse autor o que indicaria o futuro seria o gosto de quem adquire a arte Algo como imaginar uma prateleira onde ficariam expostos objetos art sticos cuja escolha por um ou outro se daria pela sensibilidade do comprador o que por sua vez indicaria uma tend ncia de comportamento futuro Benjamin faz assim uma interessante rela o entre os movimentos cada vez menos l gicos da moda e a ascens o da burguesia Segundo ele a efemeridade dos usos burgueses tinha ra zes nas suas ideias vol veis resultantes da aus ncia de ideais s lidos Dessa volubilidade que teria surgido a constante varia o de gosto que por sua vez indicaria a novidade pois o burgu s por sua aus ncia de tradi o seria o primeiro a interessar se por algo novo OTTE 2004 p 25 a 38 pertinente ent o retomar a posi o de Flusser a beleza como a fina linha que separa a trivialidade do del rio o alargamento do territ rio da realidade o aumento do par metro do real Unindo as duas proposi es tem se que a arte sobretudo a arte do vestir daria sempre uma indica o de futuro calcada no gosto de quem a adquire seja ele nobre burgu s erudito ou representante da massa Nesse ponto n o podemos nos furtar pergunta pela autonomia do artista pois sua arte teria como finalidade ltima ser consumida quando n o encomendada por algu m Nietzsche no horizonte de sua cr tica modernidade aponta para o car ter corrupt vel do ar
140. arando para alcan ar metas de responsabilidade socioambientais e se posicionar de foram alinhada com as expectativas globais de crescimento sustent vel Esta pesquisa de car ter bibliogr fico e explorat rio e se prop e a analisar a situa o do parque t xtil nacional mediante a insurg ncia da quest o socioambiental assim como tentar compreender por que a rela o moda sustentabilidade t o questionada enquanto uma rela o dicot mica Os referencias usados basearam se nos dados formais fornecidos pelos rg os representativos no setor e autores da rea de ci ncia ambiental e moda Palavras chaves Ind stria t xtil Moda sustentabilidade meio ambiente Abstratct The domestic textile industry is the fifth largest in the world however its constitution and its complex fragmented supply chain end up not collaborate in order to legitimize their political social and economic force However the industry is preparing to achieve goals of social and environmental responsibility and position themselves were aligned with global expectations of sustainable growth This research is exploratory character and bibliography and proposes to analyze the situation of the domestic textile park by the insurgency of environmental matter and try to understand why fashion sustainability relationship is challenged as a dichotomous relationship The references used were based on data provided by the formal representative organs in the sector and a
141. arcas de moda tomam caminhos diversos daqueles pensados originalmente quando os consumidores reinterpretam os s mbolos para atender seus pr prios fins ou objetivos N o poss vel subverter de todo o significado de um produto mas a interpreta o livre para aqueles que veem no seu guarda roupa uma forma de express o ou constru o de identidades Para tal ainda soma se a avalanche de informa es que s o recebidas diariamente de todas as m dias trazendo novidades refer ncias e dados que dificilmente podem ser entendidos mais profundamente j que n o h tempo dispon vel para que se possa debru ar sobre o que nos apresentado As informa es s o engolidas sem poderem ser devidamente mastigadas Este sistema de difus o e recep o de dados Em livre tradu o poderia se entender como a fim de ter reputa o deve se demonstrar o desperd cio O autor da frase Veblen 1857 1929 fil sofo e economista foi um cr tico social americano que teceu duras cr ticas ostenta o e ao consumo consp cuo da sociedade emergente americana 114 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico que envia informa es que podem ou n o se tornar influ ncias na moda atinge o consumidor em cheio a cada dia que acorda as m dias prop em novos looks e atitudes como se novas identidades se revelassem a cada novo dia Da it girl celebridade surgida num reality show tudo nossa volta traz
142. ares contribuindo com 7 das exporta es mundiais e empregando aproximadamente 25 milh es de pessoas Ao se observar o tamanho e a diversidade do segmento pode se tamb m ter uma ideia da dimens o dos impactos ambientais causados por este gerados Gr fico 2 Com rcio internacional de t xteis e vestu rio em US bilh es 12 Em economia BRICS um acr nimo que se refere aos pa ses membros fundadores Brasil R ssia ndia e China e frica do Sul que juntos formam um grupo pol tico de coopera o Fonte http pt wikipedia org wiki BRICS Fonte http www datapopular com br 1 Fonte http www forumforthefuture org 26 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Com rcio Internacional de t xteis e vestu rio em USS bilh es 35 3 361 9 351 314 315 6 2 2756 5 258 1 a 238 1 250 2 265 225 203 218 6 2141 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 OT xtcis W Vestu rio Fonte Fonte IEMI 2011 Embora tratemos aqui de Ind stria T xtil e suas adequa es em rela o s quest es ambientais pode se aqui tamb m tratar de moda e de sustentabilidade Neste escopo as quest es colocadas pelo jornalista Renato Guimar es 2011 s o muito pertinentes pois definem um espa o de d vida que serve reflex o e consequentemente ao conhecimento J parou para pensar em como feita a roupa que voc est usando agora De onde foi tirado o algod o ou como f
143. artir daquilo que Benjamin chamou de poca da reprodutibilidade a percep o da arte se daria na frui o distra da VATTIMO 2007 p 44 Com isso n o se poderia mais avaliar o car ter corrupt vel do artista com vistas ao poder financeiro simplesmente medida que a quantidade tamb m passaria a representar um poder Ocorre que em tempos de cultura de massa o gosto se estabelece pelo consenso pela instaura o e intensifica o de uma linguagem comum e a homogeneiza o t o totalit ria como qualquer outro sistema ADORNO apud SVENDSEN 2010 p 125 Todavia paradoxalmente se pela m o do artista que a arte se corrompe frente aos poderosos tamb m atrav s dele que ela se rebela buscando autonomia Prova disso que sempre houve movimentos igualmente art sticos no sentido de tornar a arte menos gastron mica dificultando qualquer possibilidade de frui o imediata rejeitando segundo Vattimo a comunica o optando por um sil ncio puro e simples VATTIMO 2007 p 45 Uma arte maldita que aos moldes do que era visto no movimento L art pour Part tamb m buscava a independ ncia absoluta buscava ser um fim em si mesma Uma arte que em certos momentos pode romper com as academias mas que em outros pode tamb m vir a esmerar se em t cnicas desde que isso represente a sua liberdade frente algum poder Veja se essa descri o de Cassagne das caracter sticas do artista poc
144. as atividades internas e externas do corpo as quais devem atuar livremente Para tanto respeitar a a o das atividades traduzir a varia o das medidas de cada parte do corpo definindo a folga do vestu rio que facilita o movimento O tra ado da modelagem deve prever o espa o necess rio a o das flex es entre o corpo e o vestu rio e ser cuidadosamente determinada Entre as regi es de flex es excessivas pode citar se como exemplo uma gola que por envolver o pesco o participa de movimentos tanto de encolhimento como rotat rio preciso atentar para a articula o do ombro do bra o e ainda a regi o tor cica quando o vestu rio tiver manga pois as atividades musculares alargam os espa os intercostais e podem prender o movimento dos bra os Na sequ ncia descrevem se os procedimentos usados na execu o da t cnica 4 Execu o da T cnica Moulage A moulage como t cnica de trabalho tem se mostrado mais r pida e eficaz por facilitar o processo de cria o produ o e an lise do produto durante o processo antes mesmo da montagem do prot tipo Na ind stria a moulage pode ser usada para desenvolver o prot tipo como j foi ressaltado e transferido para o papel como molde definitivo As empresas do vestu rio podem com o sistema CAD projeto assistido por computador transferir a modelagem do prot tipo para o computador por meio da mesa digitalizadora para ser efetuada a gradua o todos os tamanho
145. as pela marca 2nd Floor Para avaliar a ado o de tend ncias pela marca 2nd Floor contrastou se os itens delineados no t pico Tend ncias S 2012 com o conte do proveniente dos itens 202 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Cole o 2nd Floor SS 2012 e Os elementos gr ficos visuais do s tio 2ndFloor com br A ado o de tend ncias de moda pela cole o de pe as do vestu rio relacionou se principalmente aos materiais Entretanto a marca permaneceu tradicional ao uso de novos materiais tendo entre seus principais insumos t xteis o algod o e a seda tecidos j consagrados e usados em demasia pelas diversas marcas Materiais que faziam refer ncia artesania como couro camur a franjas plumas e penas tric s e croch s n o foram refer ncia para as cria es da marca No direcionamento de cor da cole o o color blocking n o ficou evidente apesar da utiliza o de cores inspiradas na escala Europa azul amarelo preto e magenta Os brancos grande tend ncia aparecem com for a especial nas lavagens ultradelav s nos jeans Os past is outra aposta de tend ncia apareceram mais evidentemente na cole o que utilizou da cor para criar o ambiente on rico dos mitos gregos e o indicar clima de romantismo Em rela o aos tratamentos de superf cie as estampas tropicais n o apareceram na cole o as refer ncias mar timas e de outros animais como gatos e le es remetem Gr c
146. as rodadas Para Souza ele o teria feito levado n o por um capricho mas pelo pressentimento genial de que um novo p blico estava em via de 225 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico se formar De modo que a sua cria o teria vindo a satisfazer uma necessidade j existente do contr rio teria fracassado como tantos outros SOUZA 1987 P 31 De acordo com esses argumentos o criador n o seria uma esp cie de vidente mas sim portador de uma maior sensibilidade e aptid o para dar forma objetiva a algo j presente no consumidor ou espectador de arte O artista se assim compreendido seria capaz de atender anseios de satisfazer desejos o que colocaria em suas m os a responsabilidade de decidir que anseios e desejos atender e de quem Essa interela o artista consumidor que segundo Souza fica mais evidente na moda aparece em Nietzsche de maneira invertida O fil sofo ir dirigir se ao consumidor ao financiador de arte como respons vel pelo seu adoecimento Voc s n o percebem que solicitando a arte como doentes tornam os artistas doentes NIETZSCHE 2004 p 177 O artista sendo aquele que tem a sensibilidade e as ferramentas para dar forma aos desejos serve de espelho e lente de aumento para a sa de de quem consome sua arte Era assim que Nietzsche se dirigia ao m sico alem o Richard Wagner a modernidade fala atrav s de Wagner sua linguagem mais ntima n o esconde seu bem
147. atilda 2009 25 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico v O barateamento da produ o de t xteis e de vestu rio e sua consequente expans o em fun o da fragilidade das leis trabalhistas e a falta de fiscaliza o destas leis em pa ses como a China alguns outros pa ses orientais africanos e sul americanos incluindo o Brasil O crescimento e a dissemina o de linhas de produ o terceirizadas de forma ilegal em pa ses do Sul YO crescimento do consumo de moda em geral roupas sapatos e bolsas e trajes de banho v e finalmente do surgimento de uma classe m dia com maior poder de cr dito logo de consumo A chamada nova classe m dia que emerge em pa ses do grupo BRICS 2 um dos principais atores no crescimento do consumo de moda global No Brasil com a ampla oferta de cr dito e com o crescimento da economia o segmento da Moda apresenta dados importantes De acordo com recente levantamento do instituto de pesquisas Data Popular os gastos dos consumidores da classe C para vestirem o que ditam as revistas estilistas e vitrines saltaram de R 22 bilh es para R 55 7 bilh es entre 2002 e 2012 Uma significante alta de 153 Em termos de dimens o a produ o t xtil global de acordo com relat rio lan ado em 2007 pela ONG brit nica Forum for the Future um dos setores considerados gigantes industriais globais movimentando por ano mais de um trilh o de d l
148. ator primordial no desenvolvimento do produto moda visando atender as solu es de necessidade aliando a linguagem sem ntica a comunica o possibilitada pela roupa 2 1 1 Pesquisa em design de moda Para guiar o processo de cria o em moda necess ria uma pesquisa bem fundamentada capacidade de sintetizar ideias e atingir seu m ximo potencial criativo e intelectual A pesquisa caracteriza se pela investiga o e aprendizagem de algo novo ou do passado podendo ser comparada muitas vezes ao come o de uma jornada explorat ria A pesquisa envolve leitura visita o ou observa o mas sobretudo envolve registro SEIVEWRIGHT 2009 p 14 A pesquisa nada mais que a captura m xima de informa es que dever o configurar o projeto final ela a principal ferramenta para inspira o e criatividade No processo de cria o do design de moda a pesquisa deve explicitar as informa es contidas no briefing focar seus conceitos na problematiza o do problema e estruturar as refer ncias para a cria o Para o projeto devem ser relevados alguns aspectos esses aspectos envolvem investiga o e registro das informa es que determinar o as principais caracter sticas e configura es do produto final Segundo Jones 2006 p 167 169 os t picos a serem elencados s o Esta o e ocasi o musa e cliente mercado alvo custeio tempo Outros aspectos relevantes para o detalhamento da pesquisa segundo Seivewright 2
149. b m sob o ponto de vista est tico cultural pode ser considerada fator decisivo de um bom projeto de Design No que tange a pr tica profissional poss vel caracterizar design como um procedimento em si o pr prio resultado desse procedimento ou o produto gerado Conforme Schulmann 1994 p 56 design antes de tudo um m todo criador integrador e horizontal O designer tem uma abordagem e uma experi ncia multidisciplinares Ele o especialista de um trabalho espec fico para a an lise e para a resolu o de problemas ligados ao desenvolvimento de um novo produto Embora n o domine a universalidade das compet ncias da vida socioecon mica quanto mais est por dentro das diferentes facetas dessa vida mais conhece suas evolu es suas potencialidades e melhor a qualidade dos resultados que pode oferecer Frequentemente este designer visto como um artista que faz belos artefatos mas esta vis o de design limitado linguagem est tica muito redutora Se n o o caso de criar um objeto sem dar grande aten o a 2 sua beleza preciso que o aspecto deste objeto comunique alguma mensagem permitindo ao comprador identificar as caracter sticas e as qualidades do que ele adquire em fun o dos seus pr prios desejos e aspira es E poss vel apreender a partir dessa defini o que design abrange uma experi ncia multidisciplinar envolvendo a compreens o das mais diversas reas de conheci
150. bordado contemplam mi angas de pedras naturais vidro e metais O efeito t xtil visual que mais marca a esta o o plissado Ele guarnece saias dos mais diversos comprimentos curtas midi e compridas e tamb m vestidos e cal as pantalonas A cal a pantalona ou patte d elephant outra aposta para as cole es de ver o das marcas de moda Com base formal similar os macac es surgem com mais sofistica o com decotes profundos ou amplos e em tecidos planos fluidos Em arranjos a mistura inusitada de materiais traz profus o de textura para os looks A combina o de materiais aposta no contraste Investe em composi es em que couro e seda s o utilizados juntos ou na mistura entre tecelagens leves e pesadas de jeans em uma nica pe a 193 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figura 02 saia longa Fonte dispon vel em http anabellacalcados com blog p 2153 A cal a jeans tratada como uma pe a eterna se mant m forte Tamb m not vel a presen a do ndigo tecido similar o jeans visto que composto por fios de trama azul e fios de urdume branco entretanto tecidos em tecelagem simples ao inv s da tecelagem sarja do jeans o que o fornece leveza O ndigo leve por vezes estampado de flores esmaecidas em blusas saias e vestidos A leveza do ndigo igualmente comp e contrates com o peso e a densidade do couro camur a e couros sint ticos Tais materiais decoram det
151. bras artificiais e sint ticas na transforma o das fibras em fios fia o e fios em tecidos tecelagem Ao se comprar uma camiseta de algod o tipo t shirt por exemplo o individuo est consumindo 1 7Kg de combust vel f ssil gerando 450g de res duos s lidos origin rios da fabrica o da camiseta emitindo 4Kg de CO na atmosfera e este gasto multiplica se quando se leva em considera o a energia necess ria para se lavar e passar esta camiseta durante sua vida til RODRIGUES et al 2006 A fabrica o de fibras sint ticas em especial do poli ster produzidas a partir de fonte n o renov vel em geral os derivados de petr leo introduz no ambiente cargas de CO2 que n o estavam na superf cie contribuindo para a maximiza o do efeito estufa 32 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Entretanto o impacto do consumo energ tico dos t xteis em especial das roupas acontece em escala muito mais significante durante seu ciclo de vida nas in meras lavagens e passadorias as quais estas est o submetidas e est o sujeitas as variantes culturais de uso da roupa e da roupas de cama mesa e banho que se mostram complexas e carecem de estudos Segundo Bruno et all 2009 v rios estudos mostram que em compara o com outras fibras principalmente naturais se considerarmos toda a vida til de um produto t xtil at o seu descarte final os sint ticos consomem mais e
152. brica o de uma roupa al m de outros problemas como o uso de m o de obra infantil e semiescrava Diante do volume de res duos t xteis das confec es de vestu rio e das roupas descartadas pelo consumidor n o mais poss vel ignorar os problemas gerados pelo excesso de produ o e consumo na rea da moda Mesmo que as campanhas de doa o pare am aparentemente resolver o problema dos usu rios que descartam suas roupas em desuso podem se tornar um problema para as pessoas que as recebem devido falta de cuidado ao se misturar pe as em bom estado e limpas com outras danificadas e sujas Isso dificulta a triagem e gera perda no aproveitamento provocando res duos que se tornam lixo 2 Log stica reversa moda e sustentabilidade Em uma empresa o processo log stico ou a cadeia de suprimentos respons vel por interagir e envolver o processo de produ o com efici ncia e efic cia sendo assim um setor importante e estrat gico economicamente Lummus e Vokurka apud Gon alves e Marins 2006 p 398 afirmam que o gerenciamento da cadeia de suprimentos coordena e integra todos os processos industriais e comerciais dos v rios 87 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico componentes de uma dada cadeia e ainda que devida intera o com as demais organiza es envolvidas como fornecedores parceiros e clientes os respons veis deste setor t m interesse no sucesso das outras
153. ca resinas e fibra e fios artificiais e sint ticos e a ind stria t xtil de vestu rio cal ados e artefatos de tecido envolvendo beneficiamento de fibras t xteis vegetais de origem animal e sint tico fabrica o e acabamento de fios e tecidos tingimento e estamparia Principais acordos e aspectos regulat rios socioambientais internacionais relacionados ao setor Cada pa s industrializado possui seus pr prios instrumentos de regula o de parques industriais e suas pol ticas p blicas pr prias exclusivas das especificidades de cada pa s e de cada sociedade Entretanto ap s o advento da globaliza o algumas normas e regulamentos embora institu dos geograficamente em um determinado continente tornaram se globais devido a import ncia do mercado dos pa ses que os legitimaram o caso do Reach Regulamento n 1907 2006 do Parlamento Europeu e do Conselho Tal regulamento trata dos registros avalia es autoriza es e restri es a subst ncias e misturas qu micas Este regulamento foi aprovado em 18 de dezembro de 38 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 2006 e entrou em vigor em 1 de junho de 2007 O Objetivo principal do regulamento garantir a preserva o ambiental e a sa de do ser humano e tornou obrigat rio o registro de todas as subst ncias qu micas comercializadas nos pa ses da Uni o Europeia Em se tratando de t xteis o grande vil o dest
154. car quantos subcontratados est o certificados quantos subcontratados est o se preparando para auditoria para assim obterem a certifica o e quantos n o pretendem adquirir a certifica o Gr fico 4 Certifica o Implanta o E CERTIFICADAS m EM ANDAMENTO 183 m N O PRETENDEM ModaPalavra e peri dico Fonte dados da pesquisa A pesquisa apontou que 35 dos entrevistados j est o certificados 42 pretendem implantar e est o com a auditoria agendada As respostas revelam um otimismo quanto organiza o do setor Pensamos que com a ABVTEX o setor vestuarista vai ficar mais organizado onde vai existir uma concorr ncia mais leal por parte das empresas sem vantagens desonestas e acima de tudo melhoria na seguran a e qualidade de vida de todos os envolvidos Para garantir que a empresa para o qual trabalhamos continue nos fornecendo servi o Queremos tamb m dar melhores condi es de trabalho para nossos funcion rios entrevistado n 14 23 dos entrevistados n o conseguir o implantar a certifica o por n o possu rem condi es para preencher os requisitos Estando cientes que a empresa Alpha n o poder mais fornecer servi os A maior dificuldade encontrada pelos subcontratados foi com as adequa es de estrutura f sica pois as cont beis trabalhistas e fiscais s o obriga es que est o em ordem 4 Breve an lise dos requisitos e algumas conclus es Como o leitor pode perceber
155. cativas necessitam de envolvimento ativo entre os atores envolvidos o que requer um remodelamento harm nico entre os requisitos da t cnica e as intera es sociais no processo de design Estas compet ncias n o se sobrep em aos saberes j adquiridos e aplicados tradicionalmente pela profiss o mas os potencializa e complementa abrindo caminhos e possibilidades distintas para a atua o profissional do designer MONTEIRO WAGNER 2010 Segundo o pensamento de Krucken 2009 os artefatos produzidos localmente s o express es culturais e se encontram intrinsecamente correlacionados com a localidade e com o grupo social que os gerou Estes recursos quando empregados como atividade econ mica 47 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico representam um conjunto de valores associados que passam a integrar alternativas fact veis para a amplia o do desenvolvimento local Deste modo para que ocorra a valoriza o destes artefatos as estrat gias em design utilizadas necessitam ir al m das esferas pragm ticas do projeto considerando tamb m a constru o social estabelecida pela soma de indiv duos integrados nas tessituras das liga es sociais pelo conv vio e pelas liga es operativas e afetivas Assim a estrat gia de cria o de valor se desloca dos aspectos f sicos e lineares passando a abranger cadeias complexas e valores imateriais Nestes casos as a es em design necessitam ser implantada
156. ciais como alternativa para estender o ciclo do produto O desafio atual da moda como fen meno impresso no vestu rio a contradit ria efemeridade a conviver com a tica e o valor finito dos recursos naturais da vida animal e da dignidade do ser humano no espa o do trabalho que imp e uma condi o de risco sustentabilidade do pr prio fen meno moda tal qual se estabeleceu no limite da produ o e consumo desenfreados O ritmo fren tico do consumo por meio do qual o mercado dominou as regras ditando pelos meios comunicacionais a velocidade avassaladora de car ter predador fez culminar no fast fashion na escravid o humana para produ o desde o cultivo de mat rias primas naturais at s confec es do vestu rio no esgotamento da natureza na crueldade com as esp cies animais n o humanas que t m o mesmo interesse e direito vida e a viver a natureza das pr prias esp cies com dignidade assim como o ser dito humano A implementa o de algumas pr ticas estrat gicas em design como o apresentado pela autora Juc lia Silva no artigo O Caso Justa Trama contexturas entre a Economia Solid ria e as estrat gias orientadas para a sustentabilidade no processo de Life Cycle Design demonstra que se pode obter xito em seus prop sitos de prover autonomia aos cooperados nas diferentes etapas de produ o e distribui o mantendo os seus valores centrais fundamentados nos princ pios da Economia Solid ria Apesar de to
157. cial de contribui o para padr es de consumo sustent veis Finalizando Suzie Ferreira do Nascimento discute se h pressupostos ao ato de cria o e se leg tima a aproxima o entre o criador de moda e os criadores das demais artes O estudo feito a partir do objeto roupa e da reflex o de pensadores cr ticos contempor neos e dos cl ssicos de modo a refletir sobre o ato criador em si Portanto num come o de ano novo a revista Modapalavra e peri dicos cumpre sua miss o mais uma vez a de levar ao mundo acad mico da Moda a possibilidade de pensar duvidar questionar e fazer Moda com mais consist ncia Dessa vez ainda a miss o se completa ao permitir que um mundo mais sustent vel e criativo se continue renovando sem abrir m o de sua paix o pelo novo Feliz leitura a todos Mara R bia Sant Anna Editora Neide Schulte e Luciana Lopes Organizadores do Dossi 13 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico DOSSI Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x 14 ModaPalavra e peri dico A Ind stria t xtil brasileira e suas adequa es na implementa o do desenvolvimento sustent vel Lilyan Guimar es Berlin Resumo A ind stria t xtil nacional a quinta maior do mundo entretanto sua constitui o fragmentada e sua complexa cadeia produtiva acabam por n o colaborar no sentido de legitimar sua for a pol tica social e econ mica No entanto o setor vem se prep
158. com rcio e um maior fluxo pelas barreiras alfandeg rias Ind stria t xtil moda e sustentabilidade o que isso 16 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico H sempre certo espanto quando se aborda o tema Moda e Sustentabilidade em meios que n o sejam aqueles restritos ao mundo fashion e neste espanto residem v rios aspectos O primeiro aspecto por que raz o a rela o moda sustentabilidade surpreende as pessoas que n o atuam ou que n o tenham nenhum tipo de v nculo com a rea de Moda em geral causando espanto e muitas vezes suscitando certa desconfian a Acredito que existam in meros motivos mas dentre eles talvez os mais proeminentes sejam os seguintes pouco se sabe sobre Moda em geral menos ainda se sabe sobre os importantes processos e metodologias do Design de moda a associa o da moda com a ind stria t xtil ainda carece de aproxima o e o conhecimento da dimens o desta ind stria insuficiente para se estabelecer com ela uma aproxima o com o termo sustentabilidade O fato de vestirmos plantas saliva e pelos de animais e petr leo pouco informado as pessoas e nosso distanciamento dos processos pelos quais as coisas s o feitas se estende a roupa nossa de cada dia que um item t o pr ximo ao ser humano quanto sua alimenta o Algumas vezes ou melhor quase na maioria das vezes para aqueles que habitam reas urbanas e que est o em idade
159. com as necessidades Na sexta fase se d o Acompanhamento Esta fase pode ser entendida como uma garantia estendida do produto sendo que quando o cliente sentir necessidade ele pode voltar na loja e solicitar ajustes reavaliar a efici ncia do produto para com seu usu rio dar a manuten o ou reparo necess rio importante lembrar que o per odo de vida til de uma roupa diferente de um aparelho tecnol gico por m dependendo da roupa pode ser menor ou maior Por exemplo uma camiseta b sica que usada no dia a dia para uma PcD ela pode ter ajustes e aberturas espec ficas para vestir e despir mas dependendo da frequ ncia de uso pode n o durar um ano pois o produto possui um desgaste natural mediante ao uso As fases de Continuidade e Acompanhamento n o dizem respeito manuten o do produto suas fun es est o na possibilidade de os clientes precisarem de instru es de como vestir de manuten o ou de funcionamento ent o a loja pode ser acionada Se no caso for um casaco estruturado ou uma roupa de festa mais cara que usada esporadicamente tal roupa pode durar anos passando algumas esta es a pe a pode necessitar de ajustes onde a empresa pode ser solicitada Estas etapas s o importantes devido a um fator identificado na leitura da Nickel 2012 onde em diversos momentos o autor coloca a dificuldade de conseguir manuten o dos produtos de TA No caso de ser uma crian a em fase de crescimento a ro
160. com baixa remunera o Tendo em vista estes desafios no campo do design j poss vel verificar importantes iniciativas para a reformula o das pr ticas de projeto orientadas a novos modelos de produ o e consumo baseados em trocas comerciais que se fundamentam nos princ pios de equidade socioambiental A fim de investigar as pr ticas existentes e seus respectivos resultados este estudo busca analisar o caso da Justa Trama a partir do mapeamento de suas principais estrat gias de melhoria ambiental social e econ mica Esta an lise tem como finalidade identificar os principais benef cios e barreiras e no desenvolvimento de projetos 48 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A an lise realizada busca mapear os desafios e solu es encontradas pela cooperativa no desenvolvimento de seus produtos e processos desde a produ o at o descarte A identifica o das melhores pr ticas nas etapas de projeto e as interconex es entre os atores envolvidos no ciclo de produ o e consumo demonstram a necessidade de atua o sist mica do design em solu es cada vez mais abrangentes que considerem todo o contexto de projeto e incluam tamb m as particularidades e intera es entre os atores sociais Para compor esta investiga o o presente artigo apresenta inicialmente uma retomada dos acontecimentos que fundamentaram o surgimento da economia solid ria no Brasil nas duas ltimas d cadas do
161. com isso a cria o e troca de conte dos gerados pelo usu rio S o consideradas redes sociais projetos colaborativos blogs comunidades de conte do redes sociais e mundos virtuais por exemplo os jogos Web 2 0 um termo popularizado para designer a segunda gera o de comunidades e servi os que apresentam por base a plataforma da internet 212 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Entrar numa rede social envolve um comportamento social nesse quesito os autores apontam a necessidade de ser ativo as m dias sociais exigem intera o entre os usu rios apresentar conte dos interessantes e de maneira n o profissional afinal uma plataforma de troca de informa es entre usu rios e n o um site corporativo ser honesto e humilde deixando de cometer erros que outras empresas j tiveram no uso dessas plataformas KAPLAN HAENLEIN 2010 Os autores Bernoff Li 2008 apresentam em seu estudo alguns casos de sucesso de utiliza o das redes sociais pelo marketing em situa es de dialogo entre cliente e marca apoio para vendas aplicativos de suporte aos clientes e auxilio no processo de gest o operacional Portanto como pode ser visto pelo descrito anteriormente as m dias sociais se desenvolvem como uma nova plataforma de comunica o Estas pressup e uma nova forma de se comunicar onde o usu rio aparece ativo configurando a comunica o como bidirecional Este trabalho se des
162. com mudan as culturais econ micas e pol ticas volunt rias que reorientem as atividades de produ o e consumo MANZINI E VEZZOLI C 2005 Portanto para a consolida o do paradigma da sustentabilidade socioambiental faz se necess ria uma mudan a no sistema de valores dos indiv duos de acordo com regras e padr es da tica humana e ambiental de forma que ocorram mudan as culturais econ micas e pol ticas em toda sociedade Para que essas mudan as se consolidem a educa o fundamental O papel de educar o consumidor n o cabe somente s institui es de ensino Os designers e as empresas marcas tamb m t m a responsabilidade de informar sobre a proced ncia e os riscos impactos dos produtos e oferecer ao consumidor op es de consumo com menos impacto ambiental bem como orientar sobre o p s consumo disponibilizando alternativas como a log stica reversa Assim o consumidor tem a possibilidade de devolver o produto ap s uso para que seja reciclado ou reutilizado como mat ria prima para outros produtos Dessa forma se reduz a produ o de novos materiais e se evita a gera o de lixo A log stica reversa j utilizada no setor da moda como no caso da Adidas que promoveu campanha para recolher t nis fora de uso da popula o para utilizar como combust vel por meio do co processamento que gera calor e substitui o 90 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico combust vel f ssil
163. comercializa o de caf o fornecedor do saco o produtor empresa e ou associa o ou quem vende pode retornar 93 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico os sacos para transform los em almofadas ecobag ou outras pe as Figura 1 Almofada de Saco de Caf E Fonte http ideiasgreen com br 2012 06 upcycling saco de cafe sao html A customiza o tamb m tem sido uma t cnica para prolongar o tempo de uso de produtos do vestu rio A express o customiza o foi criada para traduzir um termo da moda americana custom made A customiza o chegou com for a ao Brasil no fim dos anos 90 criou um novo conceito de moda que personaliza e d mais tempo de vida para as pe as do vestu rio Customizar conseguir prolongar o ciclo de vida de uma pe a que estava em desuso aplicando variadas t cnicas O short mostrado a seguir na figura 2 foi criado a partir da reutiliza o de uma cal a jeans doada para a SERTE que depois de lavada foi cortada para se tornar um short que foi customizado com retalhos de renda Figura 2 Short jeans customizado marca Trana tica 94 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Fonte Acervo pr prio Fotografia Magda Brandelero O short jeans acima customizado durante oficina de capacita o com a comunidade realizada no Laborat rio Ecomoda na UDESC A oficina foi ministrada pela designer de moda Isabel Possid
164. dade de modelos que buscam cada um de sua forma atender as necessidades do consumidor A ideia da renova o cont nua est em seu mago e para atender determinados fins estes ciclos t m sido cada vez mais r pidos e curtos A partir da d cada de 1990 com a globaliza o do mercado a rapidez dos ciclos se acentuou e outras estrat gias tamb m caracterizaram o produto de moda tais como cole es com grades reduzidas giro r pido e uma grande diversidade de produtos Estrat gias foram utilizadas para dar conta deste modelo e m todos de produ o como o quick response por exemplo permitiram uma resposta cada vez mais r pida em rela o s demandas do consumidor Os pre os dos produtos com conceito moda se tornaram mais baratos trazendo as informa es das passarelas do pr t porter para os magazines de forma gil e eficiente O acesso se tornou poss vel e desde ent o o consumo de produtos que x e DA a praticam este modelo o fast fashion tem crescido de forma marcante 52 E soa Agy ES O sistema QR quick response original nasceu no setor t xtil norte americano substituindo a tradicional aproxima o push pela aproxima o pull pelo lado do mercado Rapidamente se estendeu a outras reas de bens de r pido consumo em particular aos de natureza alimentar A log stica de quick response um movimento de colabora o que adv m do JIT just in time e que se aplica cadeia rede de abastecimento
165. de uma metodologia sustent vel da pesquisadora Luana Esther Geiss que teve como proposta aliar princ pios socioambientais ao m todo projetual do design de moda O resultado sugere a cria o de pe as de vestu rio com viabilidade de comercializa o que visam redu o dos impactos ambientais e a inclus o social de classes ou grupos menos favorecidos no processo de elabora o de uma cole o de moda A segunda parte do Variata n mero 13 ano 6 da revista Modapalavra e peri dicos comporta seis artigos Inaugurando a primeira parte Bruna Brogin e seus orientadores discutem a estrat gia competitiva e de diferencia o para confec es brasileiras a partir da oferta do servi o de Consultor de Moda Assistiva produzindo vestu rio para clientes com defici ncia 12 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico focando em uma abordagem social de mercado O texto conscientiza o leitor para um novo perfil profissional cuja fun o principal de avaliar a necessidade de vestu rio do cliente suas medidas e a tecnologia assistiva que pode ser agregada a roupa para que sua vida seja mais confort vel e independente Dando continuidade Icl ia Silveira relata sua experi ncia como professora de Moulage t cnica analisada como ferramenta de inova o por facilitar a criatividade de novas formas do vestu rio A partir de um estudo de caso e da fundamenta o te rica a autora aponta que a t cnica moulag
166. delo b sico dos processos de cria o de um produto do vestu rio em uma confec o hoje as confec es t m terceirizado muitos servi os e processos sendo que a produ o e at a cria o por vezes n o s o feitas na confec o Produtos de moda s o aqueles altamente orientados para o mercado com obsolesc ncia programada e que devem contemplar al m da fun o de abrigo e prote o os valores simb licos dos c digos est ticos vigentes SANCHES 2008 p 289 Para a autora estes produtos s o caracterizados ainda pela atualiza o inova o e diferencia o que v o al m de tend ncias e c pias Contemplam tamb m valores est tico simb licos t cnico produtivos ergon micos econ micos conforto liberdade de movimentos conforto t til t rmico e visual e bem estar emocional facilidade de uso preocupa o ecol gica pre o descarte seguran a facilidade de manuseio e uso A defini o de Servi os apresentada como o uso da for a humana agregando imputs com a finalidade de realizar trabalho para outros em troca de algum valor monet rio Neste sentido elencam se alguns servi os que fazem parte do sistema de moda O servi o de plantio colheita e separa o do algod o para fazer tecido servi o de transporte de carga servi o de estamparia e tingimento servi o de costura de embalagem servi o de design servi o de modelo servi o de venda servi o de assist ncia ao usu rio Para Prahal
167. des dos consumidores Sob a tica social a investiga o do Life Cycle Design necessita ser orientada para a compreens o dos impactos sociais em todas as etapas de desenvolvimento do produto servi o ou sistema Sob estes aspectos as estrat gias da sustentabilidade social oferecem uma variedade de possibilidades de inova o social que podem variar de acordo com a etapa do processo e dos atores envolvidos 3 3 Estrat gias para a sustentabilidade econ mica no Life Cycle Design LCD A filosofia econ mica em sua forma convencional encontra se atrelada amplia o da competitividade e lucratividade entretanto a busca por uma economia institucional ou empresarial fundamentada nos preceitos da sustentabilidade pode ser compreendida como um c digo de tica e responsabilidade em que as proposi es de projeto s o formuladas a partir de decis es que respeitam a resili ncia ambiental e promovam a melhoria das condi es da vida humana Os conceitos mais atuais da dimens o econ mica da sustentabilidade se relacionam com os processos de produ o distribui o e consumo do produto de modo qualitativo e quantitativo ou seja modos e processos que abrangem o modo como o produto gerado congregando tamb m a an lise da ci ncia e da tecnologia e sua rela o com a natureza ZANCHETI 2004 Esta dimens o considera as alternativas de custos ponderando n o somente os aspectos financeiros mas tamb m os demais ganhos como por e
168. disp em sendo 23 o n mero das que se declararam incapazes de efetuar as mudan as necess rias A preocupa o dos subcontratados estarem regularmente certificados para que possam continuar recebendo os servi os 42 declararam que est o preparando se para a auditoria No momento de fechamento do presente trabalho 35 dos subcontratados estavam regularmente certificados A empresa Alpha est preocupada com esse ndice pois isso causa inseguran a quanto continuidade no mercado uma vez que a mesma situa se no elo intermedi rio da rede produtiva recebendo e ofertando trabalho Por fim cabe apontar alguns limites que este artigo comporta N o foi realizado um invent rio completo do uso dos termos terceiriza o e subcontrata o como recomendariam autores da rea da administra o Tamb m fica lan ada a proposta para novo estudo investigativo num futuro pr ximo envolvendo as seguintes quest es quantos subcontratados conseguiram a acredita o Aqueles que n o o fizeram como est o conseguindo manter se no mercado Pretendeu se com esta exposi o evidenciar ao leitor que para al m de uma an lise manique sta as certifica es fazem parte de um contexto social que dep e contra a explora o do trabalho e degrada o ambiental O sistema de acredita o reafirma o novo conceito de qualidade aqui abordado n o basta que o produto seja bem feito mas como e em que condi es foi feito 185 Ano 7 n 13 Jan
169. do de diversos recursos e adapta es realizadas por PcD pois por terem a necessidade muitas vezes elas fazem suas adapta es Estas ideias poderiam ser utilizadas por outros e virar um produto em escala industrial a fim de beneficiar muitas pessoas at mesmo provocar modifica es e inova es no vestu rio de pessoas sem defici ncia Atenta se que o cliente uma importante fonte de informa o e sua participa o pode ser colaborativa como j colocado anteriormente no caso da cocria o de produtos A terceira etapa deste servi o seria a Apresenta o das Roupas dispon veis na loja que seriam mais prop cias as necessidades dos clientes Identificando algum componente que a roupa tem que n o seria adequado ao uso de determinado cliente verificando a necessidade de agregar alguma fun o no vestu rio a fim de provocar est mulos no sentido de relaxar diminuir o desconforto estimular algum movimento sinalizar algo correto ou errado que o usu rio faz No artigo de Campodonico 2007 os autores fizeram testes com tr s pessoas que tiveram encefalopatia e possuem defici ncias m ltiplas eles devem vestir se seguindo a ordem de coloca o das pe as de roupa proposta pelos autores Em um dos casos eles inserem um sistema vibrat rio na cadeira em que a pessoa esta sentada para estimular seus movimentos no sentido de vestir se Foi feito um question rio e identificado que aquele usu rio gostava de determinado est mulo ent o
170. do design total de malhas multifuncionais para utiliza o em vestu rio desportivo Projeto apoiado pelo Programa Alban Programa de Bolsas de Alto N vel da Uni o Europ ia para Am rica Latina e contemplado pelo Programa ID amp T PT O produto desenvolvido Tshirt desportiva neste doutoramento foi patenteado em Portugal Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Cear com tese intitulada Aspectos socioecon micos do artesanato em comunidades rurais no Cear o bordado de Itapaj Ce projeto apoiado pela FUNCAP Funda o Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Cient fico e Tecnol gico Especialista em Engenharia T xtil com monografia intitulada Fibras t xteis uma abordagem de protec o e Graduada em Economia Dom stica pela mesma Universidade Atualmente Professora colaboradora do CNPq no Projeto de Pesquisa e Extens o Monitoramento e Avalia o dos Territ rios Rurais Cearenses rea de concentra o confec o e artesanato Professora do Curso de Design de Moda do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Cear Dulce Holanda http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do id N487369 Doutorado em Engenharia de Produ o pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC 2007 Mestrado em Engenharia de Produ o com nfase em Gest o Ambiental pela UFSC 2002 e gradua o em Moda na Universidade do Estado d
171. do o cen rio de degrada o em termos sustent veis fato que n o se encontra no mesmo encurralamento o valor social do parecer do exibir e do ser visto Tamb m n o se trata da morte da moda no vestu rio trata se de um novo paradigma para o qual h que se ter ainda outra tica uma renova o do fen meno moda no mundo que se internacionalizou com a globaliza o Precisamos de outra tica que reinvente as pr ticas no mundo a sustentar o fen meno moda num outro ethos Em Daquilo que a moda trata o consumidor busca a est tica a pesquisadora Tatiana Messer Rybalowski discute sobre o atual Zeitgeist esp rito do tempo das mudan as extremamente r pidas da moda atual e a possibilidade de uma moda sustent vel que traz solu es plaus veis num outro modo de viver a moda e seu espa o no mercado O desafio continuar sendo a proposi o de rela es que modifiquem a forma de vivermos no mundo e que sustentem a moda por meio de intera es poss veis O que muda o vestu rio interface social al m das inova es tecnol gicas nos processos produtivos dos materiais e de confec o a moda parte inst vel da cultura material aquilo que vai sobre a roupa e faz dela apenas um suporte est tico hoje composto al m de arte no arranjo da forma cor textura tamb m de uma alma tica Nesse sentido encerrando o Modapalavra Dossi apresenta se o texto Constru o de uma cole o de moda com apelo socioambiental an lise
172. dores comunidade local sociedade nacional e global consumidores entre outros para que sejam efetuadas an lise e avalia o dos principais impactos que podem ocorrer no mbito social por exemplo direitos humanos condi es de trabalho sa de e seguran a heran as culturais etc UNEP 2009 A fim de ampliar a atua o do design para al m do foco do produto as proposi es estrat gicas aplicadas s esferas sociais necessitam ainda de maior nfase e desenvolvimento cont nuo pois se apresentam como uma nova categoria de projeto desenvolvido a partir de um pensamento sist mico que envolve todos os atores participantes 65 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico do Life Cycle Design A implanta o efetiva de melhorias sociais no LCD necessita superar diversos obst culos pois a proposi o de cen rios sociais inovadores ainda tratada com precau o pelo sistema produtivo pela sociedade e pela comunidade de designers Na figura 2 a seguir poss vel visualizar a inser es das estrat gias da sustentabilidade social aplicadas ao Life Cycle Design entretanto como esta dimens o da sustentabilidade ainda se encontra em fase inicial de desenvolvimento no que se refere pesquisa e pr tica torna se necess rio desenvolver ferramentas metodol gicas e conceituais para a inser o da dimens o social no processo de desenvolvimento e gest o da vida dos produtos servi os e si
173. dos Bispos do Brasil CNBB e grupos cat licos Atualmente considerada como uma entidade de Utilidade P blica Federal UPF o que 53 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico possibilita o estabelecimento de conv nios com rg os governamentais Esta institui o faz parte da rede C ritas Internacional presente em mais de duzentos pa ses nos quais atua em parceria com institui es nacionais e internacionais em favor da defesa dos direitos humanos fundamentada em suas asser es ecum nicas As a es da C ritas Brasileira inicialmente eram alicer adas no assistencialismo e na inclus o social entretanto a partir da d cada de 1970 suas atividades foram reorientadas para a promo o do ser humano a partir da educa o de base Na d cada de 1980 s o iniciados os Projetos Alternativos Comunit rios PACs que de modo pioneiro passam a apoiar iniciativas populares especialmente orientadas para a gera o de trabalho e renda recebendo apoio de Organiza es N o Governamentais ONGs e universidades no acompanhamento e assist ncia a estas a es Com as mudan as sociais pol ticas e econ micas ocorridas no ltimo dec nio do s culo XX no Brasil a C ritas inicia profundas reflex es nos conceitos basilares que comp em suas pr ticas sociais Mesmo com a verifica o dos resultados restritos que haviam sido obtidos no campo econ mico at aquele momento iniciada uma revis o dos princi
174. dos aspectos ambientais tem despertado cada vez mais interesse no campo da pesquisa e da pr tica entretanto mesmo apresentando grandes avan os estes processos de projeto ainda assumem caracter sticas predominantemente verticalizadas com foco priorit rio nas melhorias ambientais do produto Para uma melhor compreens o das possibilidades de atua o do design no trip econ mico ambiental e social da sustentabilidade o presente artigo apresenta a seguir uma vis o geral das estrat gias em design orientadas para cada uma destas dimens es Para a fundamenta o destas ideias foram utilizadas as investiga es de Manzini e Vezzoli 2007 UNEP 2009 e Silva et al 2009 62 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 3 1 Estrat gias para a sustentabilidade ambiental no Life Cycle Design LCD A dimens o ambiental do projeto em design busca a melhoria ambiental de fluxos de processos e opera es ao longo da cadeia produtiva Estas estrat gias incluem a redu o do uso de materiais e de fontes energ ticas a redu o de inputs e outputs no meio ambiente durante o processo produtivo e o desenvolvimento de produtos mais seguros e com menor impacto ambiental Esta categoria de projeto teve in cio a partir da populariza o das certifica es ambientais denominadas de tecnologias de fim de linha ou end of pipe disseminadas a partir das d cadas de 1960 e 1970 como solu o imediata para atender os re
175. e Continua adiante Tradicionalmente uma marca de moda trabalha com planejamentos retroativos de doze a dezoito meses o tempo que se passa em m dia entre a escolha dos tecidos e a entrega das roupas nas lojas Se a primeira preocupa o das grandes maisons de costura criar uma moda original suscet vel de chamar aten o o circuito curto se singulariza ao contr rio pela obsess o oposta produzir o mais tarde poss vel para faz lo como os demais e n o errar a tend ncia Portanto a maior parte de suas caracter sticas s o decorrentes desse imperativo Emer 2005 p 147 Em pocas de racionaliza o de custos o importante fazer a mercadoria girar e com os atuais sistemas informatizados o objetivo a reposi o de mercadorias que mais vendem limitando as escolhas s tend ncias mais aceitas A criatividade e a percep o de que boas ideias n o surgem da noite para o dia acabam sucumbindo diante dos interesses meramente mercadol gicos ou simplesmente financeiros A facilidade de acesso ao consumo destes produtos que aliam bons pre os a design acabou modificando padr es de consumo radicalmente Cole es que tinham ciclos de forma sazonal passaram para ciclos cada vez mais curtos por vezes semanais transformando pe as de vestu rio e acess rio em bens descart veis Um dos efeitos colaterais deste neg cio uma nova forma contradit ria que traz um ar de exclusividade para produtos de massa O res
176. e referia se inicialmente a algumas regi es de pa ses subdesenvolvidos e foi um grande avan o na percep o do problema ambiental global e na medida em que come a a verificar a interdepend ncia entre desenvolvimento e meio ambiente Bellen 2005 p 36 A partir da d cada de 70 v rias confer ncias reuni es e discuss es se atrelaram pelo Planeta mas somente 20 anos depois em 1992 uma nova confer ncia da ONU sobre o meio ambiente e desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro essa Confer ncia legitima o conceito de sustentabilidade definido at hoje ele define a sustentabilidade baseada na percep o da rela o entre problemas do meio ambiente e o processo de desenvolvimento sustent vel Guimar es 1997 p 78 Existe uma variedade de abordagens que definem o conceito de sustentabilidade mas todas elas relacionam a quest es como desenvolvimento integridade necessidades consumismo cultura O Relat rio de Brundtland de 1987 define o desenvolvimento sustent vel o que atende s necessidades das gera es presentes sem comprometer a possibilidade das gera es futuras atenderem suas pr prias necessidades Para Goldsmith 1972 p 67 uma sociedade pode ser considerada sustent vel quando todos os seus prop sitos e inten es podem ser atendidos indefinidamente fornecendo satisfa o tima para seus membros Outros autores inclinam seus conceitos destacando o papel do crescimento econ mico na susten
177. e produ o de qualquer setor econ mico segundo Costa e Valle 2006 que tamb m abordam sobre a not ria evolu o desta pr tica nos diversos setores e ramos empreendedores com a estrutura o dos canais reversos e a contribui o para preserva o ambiental A consci ncia ambiental estimula mudan as tecnol gicas a fim de diminuir ou eliminar a gera o de res duos Essas mudan as afetam os processos de produ o estimulam a automa o criam novas condi es de processo influindo no leiaute de produ o e tamb m nos equipamentos SILVA FILHO e SICS 2003 Al m disso a log stica reversa tem sido amplamente reconhecida como uma das fontes de vantagem competitiva para as empresas atualmente A crescente disputa por mercados os curtos ciclos de vida de produtos as press es legais e a conscientiza o ecol gica pela difus o do conceito de sustentabilidade s o exemplos de fatores que determinam a necessidade do desenvolvimento dos processos da log stica reversa Contudo segundo a pesquisa de Lopes 2009 muitas lojas e empresas n o conhecem os benef cios que podem ser gerados com a implanta o da log stica reversa principalmente no que tange a redu o de impactos ambientais 2 1 Sustentabilidade e log stica reversa O conceito de sustentabilidade ambiental foi criado no in cio da d cada de 70 na Confer ncia das Na es Unidas sobre o Meio Ambiente para sugerir que era poss vel conseguir um crescimen
178. e Santa Catarina UDESC 2011 Icl ia Silveira http lattes cnpg br 7917562140074797 Doutura em Design Pont fice Universidade Cat lica do Tio de Janeiro PUC RIO Mestre em engenharia de produ o pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Especialista em Moda Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Especialista em Atua o para Docente em N vel Superior Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Licenciada em Geografia Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Professora Efetiva da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Jos Alfredo Beir o Filho http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do id K4753663J7 Possui gradua o em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina 1984 especializa o em Costumes de Scene pela Escola Superior em Tecnicas da Moda em Paris 1999 e mestrado em Engenharia de Produ o pela Universidade Federal de Santa Catarina 2004 Atualmente professor titular da Universidade do Estado de Santa Catarina e doutor pela Engenharia e Gest o do Conhecimento UFSC Kellyn Batistela http lattes cnpq br 5882375152066947 Bacharel em Artes Pl sticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina Licenciada em Letras Portugu s Franc s pela Universidade Federal de Santa Catarina Especialista em Linguagens Visuais Contempor neas pela Universidade do Estado de Santa Catarina e Especialista em Gest o do Produto de Moda do Vestu rio pe
179. e al m de liberar a criatividade incorpora os conhecimentos da anatomia do corpo seus movimentos e posicionamento das linhas estruturais Numa abordagem ainda pragm tica voltada para os desafios do mercado de moda Vilma Caleffi e Suelen Comin discutem o processo de implanta o de padr o de acredita o nos subcontratados de uma ind stria de confec o a partir de um caso real Ainda com foco na gest o Amanda Queiroz Campos e seu orientador discutem as Tend ncias de moda e o posicionamento de uma marca avaliando o n vel de ado o de tend ncias de moda pela marca estudada com a pretens o de medir qual o grau de volatilidade do posicionamento de uma marca de moda frente s imperativas renova es das tend ncias No mesmo universo e tendo o mesmo objeto de estudo por m com outro foco Marcela Fevero e Francisco J S M Alvarez analisam as a es das marcas de luxo de moda dentro da rede social Facebook Estudando tr s marcas dentre as mais valiosas do setor de luxo o texto foi desenvolvido por meio do monitoramento das fan pages das marcas e identificando o car ter de um cat logo virtual j que as principais a es s o os posts relacionados divulga o de produtos e campanhas Completando as propostas pragm ticas de discuss o Aguinaldo dos Santos apresenta os resultados do estudo que buscou verificar a intera o do vestu rio inteligente vi vel economicamente para uma popula o de baixa renda que represente poten
180. e do mercado de moda desafio para as empresas manterem um posicionamento firme O presente trabalho tem o objetivo de avaliar o n vel de ado o de tend ncias de moda pela marca 2nd Floor j consolidada no territ rio nacional brasileiro O objetivo foi medir qual o grau de volatilidade do posicionamento de uma marca de moda frente s imperativas renova es das tend ncias Palavras Chave tend ncias marca posicionamento Abstract Innovation is a constant challenge to brands today Searching for innovation opportunities brands invest money and time Facing the frequent market changes especially in the fashion market it is a challenge to companies to maintain a strong position This paper aims to evaluate the level of trend s adoption by the brand Ellus ne Floor already consolidated in the Brazilian market It was intended to assess the volatility of a fashion brand s positioning facing the imperative renovation of trends Keywords trends brand positioning Introdu o 187 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A sociedade atual compreende o futuro principalmente a partir de sua capacidade de programa o Quanto mais estivermos preparados e programados para atuar em realidades futuras mais certo ser o sucesso a ser atingido Uma das principais caracter sticas da nossa coletividade a de projetar o futuro e a inova o est estreitamente relacionada a isso A pesquisa que enfoca tr
181. e este universo que v o das cotoniculturas at os aspectos sociais das roupas que usamos s o muitas e interdisciplinares e de fato justificam a prolifera o de cursos de Design de Moda no pa s Assim com cultura de moda e informa o sobre materiais e processos pode se presumir mais entusiasmo pelos resultados que podemos conseguir e menos espanto quando se associa moda a desenvolvimento sustent vel Preocuparmo nos enquanto um parque t xtil de dimens es importantes com a implementa o de programas de redu o de emiss es de carbono e de Produ o Limpa sistemas de gest o ambiental integrados pol ticas de responsabilidade social empresarial e acordos multilaterais ambientais que visibilizem o com rcio exterior legitimo e configura uma a o empreendedora em todo o amplo escopo que o 5 Z O grupo das pessoas da rea de moda e o grupo das pessoas em geral Existem em torno de 100 cursos regulamentados de Design de Moda no Brasil Fonte Abit 2012 19 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico empreendedorismo pode ter econ mico social ambiental tico etc pois o Brasil um dos principais redutos de recursos naturais do planeta e o desenvolvimento sustent vel nos fundamental Ind stria t xtil Nacional e sua configura o Escolheu se aqui analisar o desempenho da Ind stria t xtil brasileira n o s no que tange o seu crescimento econ mico mas seu desempe
182. e informa es no s tio digital como parte da realidade observada 5 Sele o organiza o e interpreta o das informa es Tend ncias de moda ineg vel a relev ncia que as tend ncias de moda possuem na atualidade Seus conte dos estampam as p ginas das revistas as telas dos computadores as vitrines dos shoppings e as passarelas dos desfiles Com o crescimento do fen meno conhecido como blogosfera a quantidade de informa o que se encontra online sobre moda expandiu exponencialmente nos ltimos anos A moda e as apaixonantes tend ncias parecem cada vez mais ter conquistado o p blico da era digital Uma tend ncia pode rudemente ser definida como dire o que algo tende a tomar O conceito enfatiza como essa dire o reverbera na cultura visto que as tend ncias geralmente deveriam implicar de algum modo sobre a sociedade modos de vida ou algum setor empresarial De acordo com consulta ao dicion rio Aur lio tend ncia significa tender para inclinar se para ser atra do a por algo BUARQUE DE HOLANDA 1999 A defini o explicita a ideia de movimento t o presente no comportamento vol til das tend ncias Erner 2005 considera que o termo tend ncia pode ser coloquialmente interpretado como qualquer fen meno de polariza o pelo qual um mesmo objeto no 189 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico sentido mais amplo da palavra que seduz simultaneamente
183. e l para aproveitamento do couro como jacar s cobras porcos e gado a engenharia na fabrica o de m quinarios texteis e na elabora o dos processos Apresenta o PPT do Professor Peter May CPDA Discilpina IEP812 Meio Ambiente e Conven es Globais 2012 Associa o Brasileira das Ind strias T xtei Confedera o Nacional da Ind stria Relat rio T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar 2012 24 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico de produ o a qu mica na produ o de corantes pigmentos solventes detergentes umectantes alvejantes amaciantes branqueadores e outros auxiliares Apesar de todas as ramifica es em outros segmetnos que n o o do vestu rio este ltimo o principal respons vel pela importancia econ mica e expans o do setor a roupa que de bra os dados com a Moda gira e lubrifica as engrenagens deste gigante De acordo com Rodrigues et al 2006 no ano de 2000 os consumidores mundiais gastaram US 1 trilh o na compra de roupas N o h dados recentes entretanto pode se supor que estes n meros tenham crescido bastante nos ltimos dez anos A m o de obra usada na ind stria t xtil em 2000 envolveu 26 5 milh es de pessoas De acordo com estes dados mais de um quarto da produ o global de roupas produzido na China No ocidente Alemanha e It lia ainda t m grande import ncia no cen rio de exporta o de roupa
184. e o Programa de Extens o Ecomoda contribuem com projetos sociais realizados para mulheres de comunidades de baixa renda oferecendo capacita o em ecomoda com cursos e oficinas de customiza o upcycle costura bordados tear empreendedorismo social e outros al m de palestras e encontros para elabora o do guia para orientar a comunidade nos procedimentos corretos para fazer doa es e reaproveitar roupas Analisando o volume de pe as que o consumidor n o usa mais e a proposta realizada na campanha Loja Vazia durante o m s de abril de 2013 pela empresa de publicidade Loducca que consistiu na ideia de montar uma loja completamente vazia no interior de um shopping para ser preenchida por roupas doadas se prop s para lojas e consumidores de Florian polis uma parceria para receber as roupas que s o trocadas ou doadas para que sejam transformadas e customizadas pelas mulheres capacitadas pelos projetos de capacita o em ecomoda Para comercializar as roupas transformadas e customizadas foi criada a marca Trama tica A renda da comercializa o destinada para o pagamento do trabalho das mulheres e para a manuten o do Instituto Trama tica A partir do estudo na SERTE e da observa o in loco em outros locais que recebem doa es visando facilitar o trabalho de triagem e melhorar o aproveitamento das pe as doadas elaborou se um guia para orientar os doadores que se baseou nos 48 PRADO Lais A Loja Vazia Dispo
185. e os procedimentos t cnicos trabalhados com aos alunos do Curso de Gradua o em Moda 151 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico da UDESC Estruturou se a fundamenta o te rica por meio da pesquisa qualitativa e abordagem descritiva utilizando a experi ncia pr tica vivenciada com a modelagem do vestu rio tridimensional Moulage A partir da fundamenta o te rica e descri o da t cnica ilustraram se os procedimentos com exemplos reais da interpreta o de modelos Para tanto apresenta se breve fundamenta o te rica descri o da t cnica moulage conhecimentos sobre o corpo a adequa o do tecido bem como as etapas do desenvolvimento da t cnica moulage importantes na produ o do vestu rio 2 Moulage Trata se do m todo utilizado para criar modelos tridimensionais sobre a forma do corpo O modelo bidimensional passado para a realidade tridimensional que d forma ao tecido A moulage uma t cnica de modelagem onde a constru o do modelo do vestu rio feita diretamente sobre o corpo de modelo vivo ou busto de costura permitindo a sua visualiza o no espa o bem como seu caimento e volume antes de a pe a ser confeccionada O processo de modelagem tridimensional facilita o entendimento da montagem das partes da roupa e suas respectivas fun es A t cnica permite a produ o de pe as bem projetadas com caimento perfeito favorecendo a percep o das formas
186. e os setores e o meio ambiente Conseguir tais certifica es e poder se valer dos recentes instrumentos de normatiza o t m se mostrado objetivos do setor e mesmo enfrentando as dificuldades e obst culos impostos pelas pol ticas comerciais assim tricas e a fragmenta o de suas empresas o parque t xtil nacional atrav s das institui es que o representam v m fazendo um trabalho s rio e minucioso de preparo alcan ar estes objetivos BIBLIOGRAFIA ASSOCIA O BRASILEIRA DA IND STRIA T XTIL E DE CONFEC O Site Dispon vel em lt http www abit org br gt Acesso em 20 de janeiro de 2013 ABRAMOVAY Ricardo Desenvolvimento sustent vel qual a estrat gia para o Brasil Novos estudos CEBRAP no 87 S o Paulo julho de 2010 AG NCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL ABDI Estudo prospectivo setorial t xtil e confec o Bras lia ABDI 2009 APPADURAI Arjun A vida social das coisas as mercadorias sob uma perspectiva cultural Niter i EdUFF 2008 Associa o Brasileira das Ind strias T xteis Confedera o Nacional da Ind stria Relat rio T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar 2012 BERLIM Lilyan Moda e Sustentabilidade uma reflex o necess ria Editora Esta o das Letras e Cores S o Paulo SP 2012 BRUNO Flavio S PURCID NIO Paula M VILELA Viviane A VIANA Ingrid D VALLE Rog rio A B Aquisi o de compet ncias ambientais na ind stria t
187. e qualquer forma em todos os setores econ micos a sustentabilidade acaba tratando de limita es de determinadas priva es s quais a sociedade atual The fashion and textile industry comprises many other industries from agriculture to communications It has enormous impact says Orsola de Castro of Estethica the British Fashion Council s ethical fashion wing It s a tough industry to change because there are so many elements to it But it is also an industry that can really make a difference in www theguardian com sustainable business sustainable fashion blog sustainability on trend london fashion week Was sustainability on trend on London Fashion Week de 23 09 2013 acessado em 27 09 2013 LAII 119 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico dificilmente se disp e a aderir A evolu o da ind stria da moda criou os modelos atuais de consumo que acostumaram o consumidor a produtos baratos e bonitos Mesmo em relat rios otimistas como o The Market for Ethical and Sustainable Fashion Products de 2011 o item 5 aponta para o fato de que os consumidores compram em fun o do design e do estilo em primeiro lugar entendendo que as credenciais ticas e ecol gicas s o como um b nus uma credencial que fica em segundo plano Este desafio em particular do bom bonito e barato e tamb m descart vel tornou se uma refer ncia quase obrigat ria fazendo com que alguns consumidores
188. e trabalho das defini es estrat gicas e cotidianas dos empreendimentos da dire o e coordena o das a es nos seus diversos graus e interesses etc Os apoios externos de assist ncia t cnica e gerencial de capacita o e assessoria n o devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da a o iii Dimens o Econ mica uma das bases de motiva o da agrega o de esfor os e recursos pessoais e de outras organiza es para produ o beneficiamento cr dito comercializa o e consumo Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econ mica permeados por crit rios de efic cia e efetividade ao lado dos aspectos culturais ambientais e sociais iv Solidariedade o car ter de solidariedade nos empreendimentos expresso em diferentes dimens es na justa distribui o dos resultados alcan ados nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condi es de vida dos participantes no compromisso com um meio ambiente saud vel nas rela es que se estabelecem com a comunidade local na participa o ativa nos processos de desenvolvimento sustent vel de base territorial regional e nacional nas rela es com os outros movimentos sociais e populares de car ter emancipat rio na preocupa o com o bem estar dos trabalhadores e consumidores e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras MTE SENAES 2013 Partindo destas caracter sticas o MTE
189. ecido ou fibras Diante do volume de descarte nas ind strias de moda passou a se reciclar as pe as reutilizar restaurar e confeccionar novos itens a partir de roupas usadas A designer Karina Michel por exemplo vem trabalhando com uso dos res duos e assim reduzindo os desperd cios gerados pela produ o de pe as de indument ria na Pratibha Syntex fabricante indiana de roupas de tric Michel usa uma t cnica de aplique invertida intercalando v rios tecidos tricotados e costurando os m quina e manualmente e depois cortando algumas partes para revelar as muitas camadas de cor FLETCHER E GROSE 2011 p 73 A necessidade da reciclagem trouxe para Kerry Seager e Annika Sanders a oportunidade de abrir a Junky Styling em 1997 depois de testemunharem esta explos o dos mercados de reciclagem t xtil em cidades como San Francisco e T quio A Junky Styling desconstr i roupas de segunda m o e as transforma em roupas novas e singulares LEE 2009 p 207 A capacidade de inova o dos designers e estilistas em quest es de sustentabilidade exemplificada n o somente na transforma o de res duos t xteis em pe as de roupa confeccionadas com perfei o mas tamb m em pe as que para alguns est o fora de moda e que com t cnicas de upcycle e customiza o voltam moda Ou seja n o basta somente ter um baixo impacto de produ o se o consumidor descartar a roupa com pouco tempo de uso Para melhorar is
190. economia ocidental foram implantadas no Brasil diversas reformas pol ticas tendo em vista a reconfigura o da macroeconomia com forte nfase na abertura comercial na desindustrializa o na amplia o do processo de privatiza o e na redu o paulatina e continuada dos investimentos sociais BOITO Jr 1999 O ltimo dec nio do s culo XX considerado um importante per odo para a an lise da crise conjuntural que resultou nas profundas altera es ocorridas nas rela es de trabalho e emprego visto que os modelos laborais aludidos como inovadores como por exemplo o trabalho aut nomo em tempo parcial com contratos provis rios etc tomaram o lugar do contrato de trabalho padr o na esfera produtiva Todavia frente s regula es existentes estas novas modalidades favoreceram uma avultosa desordem do trabalho MATTOSO 1995 pois estas modifica es resultaram em uma precariza o das rela es e dos processos de produ o e suas decorr ncias foram a amplia o do desemprego e a escassez dos empregos est veis provocando a redu o dos ganhos dos direitos e da seguran a do trabalhador e consequentemente a amplia o das inseguran as sociais 3 Galeazzi 2007 p 84 define de modo sintetizado o paradigma do contrato de trabalho padr o ou emprego t pico como o trabalho que realizado para um nico empregador geralmente por per odo indefinido acordado atrav s de contrato de trabalho entre
191. eiro de 2003 estes debates foram aprofundados e decidiu se pela cria o do F rum Brasileiro de Economia Solid ria FBES tendo como finalidade promover a representa o pol tica e apresentar as demandas do 57 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico movimento frente ao poder p blico e s institui es nacionais e internacionais e tamb m elaborar os princ pios e propostas de desenvolvimento e atua o da economia solid ria FBES 2012 MTE 2013 Em julho de 2003 foi realizada a 3 Plen ria Nacional ocasi o em que se institucionalizou o FBES e foi criada a Secretaria Nacional de Economia Solid ria SENAES como parte do Minist rio do Trabalho e Emprego pelo ent o presidente Jos In cio Lula da Silva que anunciou como presidente da SENAES o professor Paul Israel Singer MTE 2013 Desde sua cria o a SENAES tem promovido a es para disseminar e estimular o desenvolvimento da ES como por exemplo um mapeamento nacional dos empreendimentos solid rios curso de forma o para capacitadores em economia solid ria e a organiza o de encontros regionais e nacionais Como estrat gia de a o a SENAES tamb m prov apoio pol tico e material ao F rum Brasileiro de Economia Solid ria o qual integrado pelos Empreendimentos da Economia Solid ria os Gestores P blicos e as Entidades de Assessoria e de Fomento sendo que estes segmentos constituem o campo da economia solid ria FBES
192. el por identificar as necessidades desejos e demandas dos clientes sendo considerado o vestu rio como uma necessidade de todo ser humano s o necess rias a es focadas de marketing para atrair e trabalhar com os clientes com defici ncia Em se tratando de PcD necess rio estudar uma forma de lan amento que atenda as pessoas de modo universal O produto para PcD possui um ciclo de vida um lan amento expans o maturidade e decl nio e mesmo que em todas as etapas sejam aplicadas estrat gias adequadas o produto ter de ser substitu do por outro devido a 145 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico tend ncia de moda que passageira desgaste natural do produto e desejo de troca por parte do cliente Neste momento a empresa j conhecendo as necessidades do cliente e que ele precisa de algo novo deve ter um produto pronto para lhe oferecer dentro de suas demandas particulares 4 Considera es Finais Como apresentado anteriormente a competi o dentro do mercado da moda acirrado portanto estrat gias de diferencia o e inova o s o requisitos que servem de suporte para a promo o da empresa perante os clientes A visibilidade pode ser alcan ada entre outros fatores por uma imagem bem posicionada real ando o compromisso social da empresa a partir de uma produ o voltada para um p blico alvo que possui alguma defici ncia A produ o industrial de roupas para PcD fat
193. empor neo n o trata de algo que leva tempo para se adquirir que o tempo do desejo O sujeito contempor neo quer o imediato Os impedimentos para adquirir sequer podem ser percebidos A sociedade de consumo apresenta est mulos e disponibiliza facilidades Os consumidores se tornaram vidos praticamente adictos em procurar com frequ ncias cada vez maiores novidades nas lojas Modelos de neg cios se estabeleceram em fun o do comportamento compulsivo do consumidor que ao se deparar com uma novidade n o pensa em sua necessidade e sim no seu desejo bonito trendy acess vel N o importa se vai durar pouco a moda mais que qualquer outra ind stria no mundo tem na obsolesc ncia planejada seu objetivo prim rio No entanto alguns consumidores esgotados de tantas informa es e de tantas ofertas de preenchimentos do vazio existencial sendo articuladas no campo do consumo questionam o consumo excessivo irracional e seus impactos na sociedade Bauman 2001 compara o cen rio atual da sociedade de consumo a uma corrida de consumidores em que a linha de chegada se move a cada aproxima o de um suposto vencedor sugerindo que no mundo dos consumidores as possibilidades s o infinitas e inesgot veis e o volume de objetivos disposi o nunca poder ser exaurido ou alcan ado O arqu tipo dessa corrida particular em que cada membro de uma sociedade de consumo est correndo tudo numa sociedade de consumo uma que
194. enas para o fornecedor direto mas tamb m para seu fabricante O fabricante por sua vez se encarregara pela reciclagem ou reutiliza o do produto como insumo Dada a destina o adequada ao produto o mesmo poder ser remetido novamente ao mercado consumidor quando poss vel A log stica reversa divide se em dois processos quanto ao tipo de produto que retorna ao fabricante O primeiro refere se a produtos de descarte do consumidor geralmente as embalagens sendo reaproveitados e ou reciclados O outro processo refere se aos produtos de pouco uso sendo por defeito de produ o ou insatisfa o do consumidor neste caso o produto em si retorna ao processo fabril para reinser o ao mercado de consumo conforme detalhado por Rogers e Tibben Lembke 1998 p 425 canal de distribui o reverso de p s consumo se caracteriza por produtos 88 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico oriundos de descarte ap s uso e que podem ser reaproveitados de alguma forma e somente em ltimo caso descartados J o canal de distribui o reverso de p s venda se caracteriza pelo retorno de produtos com pouco ou nenhum uso que apresentaram problemas de responsabilidade do fabricante ou distribuidor ou ainda por insatisfa o do consumidor com os produtos Neste sentido a log stica reversa um processo que contribui para a redu o de impactos ambientais e pode ser economicamente vi vel no processo d
195. entas onde s o gravadas as medidas dos clientes ou as tabelas de medidas para cada empresa para a qual fornecem Estas ferramentas podem ser utilizadas a fim de que as empresas fa am produtos personalizados para seus clientes atendendo demandas reais Este recurso possibilitaria que um cliente mandasse desenvolver outra pe a igual a uma que j possui sem ao menos sair de casa usando sua tabela de medidas que a empresa j possui A ideia que a partir destas medidas antropom tricas as empresas que seguirem por este caminho possam de forma colaborativa ir cruzando estas informa es e produzir produtos que atendam a mais de uma PcD Com os scanners de leitura corporal dispon veis no mercado h a possibilidade de classificar as PcD em uma tabela de medidas de referencia de acordo com defici ncias ou desabilidades facilitando assim seu consumo pois o produto j estaria pronto na loja No caso de um servi o personalizado o cliente com defici ncia seria avisado do novo produto iria na loja j sabendo que este cont m as suas especifica es seu tamanho real e ao efetivar a compra teria a possibilidade de ajustar algo mais espec fico na pe a talvez agregar um dispositivo de TA e receber em casa o produto posteriormente se for o caso de trabalhar com entrega 142 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Este sistema proporcionaria o uso de informa es que vem do cliente A empresa ficaria saben
196. ento total do modelo comprimento vertical que vai do ombro at a saia 2 Aumentar a medida acima do ombro para formar o drapeado no exemplo foi deixado 40 cm a mais 166 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 3 Definir a medida necess ria na largura medir da linha central do corpo do manequim at a lateral do quadril 4 Aumentar a medida do tecido no sentido horizontal no exemplo foi deixado 50cm destinado a forma o do drapeado na lateral esquerda Observa o a quantidade de tecido deixada no lado direito girada para o lado esquerdo dando o formato e volume do drapeado 5 Marcar as linhas central da frente do quadril e da cintura Recorte da Lateral Esquerda Frente 1 Cortar um tecido com 65cm de comprimento por 25cm de largura 2 Marcar o fio do tecido Tecido da Parte Central das Costas 1 Cortar um tecido com 105cm de comprimento por 35cm de largura 2 Tra ar da direita para a esquerda a 3cm a linha central das costas 3 Marcar as linhas do quadril e da cintura Recorte Lateral das Costas 1 Cortar um tecido com 40cm de comprimento por 30cm de largura 2 Marcar o fio do tecido 25 cm LINHA CINTURA LINHA CINTURA 120 cm FIO RETO 65 cm 105 cm 40 em LINHA QUADRIL E H e 5 o lt ta O x E zZ w o FIO RETO LINHA QUADRIL w zZ uy x ra lt Q O ra z m o 50 cm 25 cm 35 em Wom
197. entos Estas abordagens envolvem um alargamento do modo de desenvolvimento do projeto transferindo a atua o pontual do design em etapas espec ficas do desenvolvimento dos produtos servi os e processos para uma atua o mais ampla e participativa Krucken 2009 defende que as necessidades de solu es cada vez mais abrangentes necessitam ser abordadas sob uma perspectiva sist mica de design que considere todo o contexto de projeto bem como as particularidades e intera es entre os atores sociais Para a articula o entre as atividades projetuais do design e a preserva o social ambiental e econ mica em seus diversos desdobramentos Manzini e Vezzoli 2002 fazem refer ncia a quatro n veis fundamentais de interfer ncia no projeto 1 melhoria ambiental dos fluxos de processos e opera es ii redesign ambiental de produtos existentes iii design de 61 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico novos produtos servi os intrinsecamente sustent veis e iv sistemas produto servi o e a implementa o de estilos de vida orientados ao consumo suficiente Estes n veis de interfer ncia do projeto podem englobar as diferentes esferas da sustentabilidade incluindo seus aspectos econ micos sociais e ambientais Embora a maioria das pesquisas no Brasil e o reconhecimento popular comumente priorizem os requisitos ambientais diversos desdobramentos em pesquisas em n vel mundial j buscam compreender
198. envolve entendendo como as marcas est o realizando essas a es METODOLOGIA A pesquisa caracteriza se como explorat ria j que este estudo busca o entendimento sobre a natureza geral da utiliza o das redes sociais como ferramenta de comunica o das empresas de luxo de moda como uma foto da situa o atual identifica o das a es que est o sendo desenvolvidas AAKER KUMAR DAY 2004 ainda considerado um trabalho de car ter descritivo pois tem como objetivo primordial descrever um fen meno e o estabelecimento de rela es entre vari veis A escolha do m todo de estudo de caso se justifica pois busca se atrav s deste explicar uma circunst ncia presente conforme ratificado por Yin p 39 2010 o estudo de caso uma investiga o emp rica que investiga um fen meno contempor neo em profundidade e em seu contexto de vida real A an lise dos casos ser classificada como an lise de casos cruzados acompanhando a apresenta o de casos separados ou seja a an lises dos resultados contemplou a an lise individual de cada caso bem como conclus es gerais dos estudos As marcas foram selecionadas baseado no relat rio do ano de 2012 da BrandZ referente as marcas mais valiosas do ano de 2011 Optou se pelo segmento de 213 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico luxo e ent o o trabalho focou se sobre as tr s marcas mais valiosas Louis Vuitton Herm s e Gucci
199. ercep o do consumo de energia nas habita es das fam lias entrevistadas e os dados mensurados identificados na literatura vide Eletrobras 2007 Como mostra a figura a seguir dentre os artefatos apontados como maiores consumidores de energia destaca se o chuveiro el trico geladeira televis o lavadora de roupas e o ferro de passar roupas OPINI O DOS ENTREVISTADOS DADOS DO PROCELSOBRE SOBRE OS ARTEFATOS DE MAIOR O CONSUMO DE ENERGIA CONSUMO DE ENERGIA NA RESID NCIA CHUVEIRO CHUVERO EL TRICO EL TRICO GELADEIRA GELADEIRA TELEVIS O TELEVIS O LAVADORA LAVADORA DE ROUPAS DE ROUPAS FERRO DE FERRO DE PASAR ROUPAS PASAR ROUPAS consumo final ra carga residencial Figura 2 Percep o dos entrevistados sobre o consumo de energia X dados do PROCEL Daros 2013 Foi no consumo de gua onde se observou a maior discrep ncia na percep o do consumo quando comparado com indicadores referenciais constantes na literatura SANEPAR 2013 conforme mostra a figura a seguir Na opini o dos entrevistados as 233 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico atividades que mais consomem gua s o em ordem de import ncia lavar roupas tomar banho usar a descarga e lavar a lou a De acordo com dados da Companhia de Saneamento do Paran SANEPAR 2013 as atividades que mais consomem gua s o o banho e o uso da descarga DADOS DAS SANEPAR SOBRE OPINI O DOS ENTREVISTADOS AS ATIVIDADES D
200. especializa o em Ensino da Arte pela UNIVILLE e em Moda pela Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC SC mestrado em Engenharia de Produ o pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC SC 2003 doutorado em Design pela PUC Rio 2011 Mara Rubia Sant Anna http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do metodo apresentar amp id K4796 962D8 http buscatextual cnpa br buscatextual visualizacv jsp id K4793992E5 Possui gradua o em Hist ria Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Catarina mestrado em Hist ria pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutorado em Hist ria pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Conselho Consultivo Ano 7 No 13 Albertina Medeiros http lattes cnpg br 2246734737236176 Possui gradua o em Educa o Art stica Habilita o em Desenho pela Universidade do Estado de Santa Catarina 1990 Especializa o em Desenho pela Universidade Federal de Santa Catarina 1993 Mestrado em Engenharia de Produ o na rea de Ergonomia pela Universidade Federal de Santa Catarina 1997 Doutorado em Engenharia Industrial e Gest o 2010 na rea de Desenvolvimento de Produto pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Portugal Araguacy Paix o Almeida Filgueiras http lattes cnpq br 7893205750455259 Doutora em Engenharia T xtil pela Universidade do Minho Portugal 2008 rea de conhecimento Gest o e Design Tese intitulada Optimiza o
201. esperem um pre o muito baixo dos produtos algo que a moda sustent vel tica n o pode entregar N o pode entregar pois ao propor rela es mais justas ao longo de toda cadeia foca na mudan a para algo menos poluente mais eficaz e respeitoso do que hoje mudar a escala e a velocidade de suas estruturas de sustenta o e incutir nestas um sendo de interconectividade Fletcher e Grose 2011 p 10 S o mudan as muito profundas que buscam mais que qualquer outra coisa a conscientiza o do consumidor em querer saber como onde por quem e em que condi es as mercadorias s o produzidas Reconhecer e dar o valor exato e n o um pre o Esta conscientiza o no entanto parece ser uma dif cil e demorada conquista quando houve o epis dio do acidente em Bangladesh por exemplo revelando as condutas de um sistema de produ o corrompido em que a explora o da m o de obra uma pr tica comum pouca mudan a foi sentida no consumidor ou no mercado Ap s o epis dio alardeado por todas as m dias pouca coisa de fato mudou A moda sustent vel como um contraponto ao status quo vigente tem como uma das suas quest es centrais a promo o da integridade ecol gica e de qualidade social por meio de produtos e de pr ticas de uso e de relacionamentos Estas mudan as ocorrem tanto no campo do social com respeito s condi es de trabalho e remunera o do trabalhador como no do produto em si Dispon vel em w
202. ess rio que entre ela e a pessoa humana se estabele a aquele elo de identidade e 220 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico concord ncia que a ess ncia da eleg ncia Recompondo se a cada momento jogando com o imprevisto dependendo do gesto a moda a mais viva a mais humana das artes Souza 1987 p 40 Se assim pensarmos para al m da arte do objeto a roupa tamb m faz parte da arte da imagem projetada do homem do seu dar se a conhecer O corpo ao portar o objeto roupa comporia com ele outra arte ainda mais instigante e inapreens vel Mas muito embora os argumentos de Gilda Souza sejam comprov veis n o h consenso nessa equival ncia entre a arte do criador de roupas e as demais artes Partindo do coment rio da pr pria autora a roupa estaria mais para a pequena arte haja vista seu car ter utilit rio e sua acessibilidade do que para a grande arte entendida como a arte sem finalidade de dif cil aquisi o SOUZA 1987 p 37 Note se que nessa separa o n o entra em quest o o aspecto moda mas sim o objeto criado para vestir O fil sofo Lars Svenden por sua vez dedica um cap tulo do seu livro Filosofia da Moda para discutir a aproxima o entre moda e arte e sua cr tica contundente Em vez de perguntar se algo arte dever amos indagar em que 2 medida arte boa ou relevante Consequentemente devemos questionar em que medida a moda vista como arte ar
203. esses termos est o intrinsecamente ligados a um projeto de design 102 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Neste sentido entende se que o Design fator crucial na troca de culturas e principal influenciador de uma cultura assim deve adequar a responsabilidade social e ambiental ao seu projeto a fim de agregar valores morais e conscientizar o p blico alvo Para tanto a moda como projeto de design um relevante meio de comunica o aliada aos princ pios de sustentabilidade social e ambiental pode ser capaz de nortear a conscientiza o O objetivo desta pesquisa consiste em discutir o desenvolvimento de uma cole o de vestu rio agregando princ pios de responsabilidade s cio ambiental Para o alcance desta proje o definem se alguns objetivos espec ficos como estudar o design e design de moda pesquisar os fatores s cio ambientais envolvidos no design de moda e estruturar uma metodologia que se processe dentro dos conceitos s cio ambientais para a constru o do produto de moda 2 DESIGN Atualmente o conceito Design vem expandindo sua concep o devido sua m ltipla aplica o nas mais diversas reas Comumente o termo est associado quest es est ticas e aspectos formais dos produtos aliando estes dois aspectos no sentido de comunicar ao seu p blico o desejo de consumo e a resolu o de problemas advindos das necessidades pessoais O design conforma objetos
204. esta capacidade moda o autor n o considera o criador de moda um artista digno de ser citado T o pouco considera ele a hip tese de igualar a sensibilidade do artista sensibilidade das damas Pois sabemos que a arte em seus quadros por exemplo antecipa por muitos anos e de v rias maneiras as realidades percept veis Pod amos ver as ruas e os sal es brilhando em fogos coloridos muito antes de a t cnica t los iluminado numa luz igual atrav s de propagandas luminosas e outros recursos certo que a sensibilidade do artista em rela o s coisas vindouras ultrapassa de longe a sensibilidade da grande dama Mas mesmo assim a moda se encontra em um contato muito mais preciso com as coisas vindouras gra as ao faro sem igual que o coletivo feminino possui por aquilo que o futuro oferece BENJAMIN 1983 apud OTTE 2004 Benjamin faz quest o de frisar a diferen a entre moda e arte e obviamente para ele n o est em quest o a sensibilidade do modista em detectar os desejos das damas pois ele sequer cogita a possibilidade de ser o criador de roupas um criador de arte Mas bastante peculiar o fato de para Benjamin o faro feminino em rela o ao futuro ser 224 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico mais confi vel que o olho do pintor e estar entre os cinco sentidos especialmente apto para antecipa es BENJAMIN 1983 apud OTTE 2004 Assim sendo p
205. estatal e a predomin ncia do livre mercado BARBOSA 2007 A partir deste momento se consolidam as atua es das organiza es baseadas no voluntarismo na filantropia na caridade e na coopera o m tua que incidem para o atendimento das necessidades sociais a partir de um sistema de parcerias com o pr prio Estado que tem sido denominado de refilantropiza o da quest o social PEREIRA 2011 Este contexto determinado pelo esvaziamento dos direitos sociais e pela desresponsabiliza o do Estado ao mesmo tempo em que ocorre uma transfer ncia de responsabilidades aos setores privados e sociedade civil mascarada por um discurso de solidariedade e tica contra a mis ria que tenta difundir a mensagem de que poss vel encontrar solu es para as quest es socioecon micas estruturais tendo como ponto de partida a organiza o e a mobiliza o social Reconhecer estas contradi es permite um avan o nas reflex es e no dimensionamento real das a es efetivadas pelo Estado e pela sociedade civil em prol da economia solid ria pois ineg vel a validade de algumas iniciativas que se mostram capazes de promover a gera o de renda e a melhoria do bem estar humano em alguns nichos sociais N o obstante preciso considerar as tens es em busca da promo o de autonomia econ mica dos setores de baixa capitaliza o que cercam a postura emancipat ria dos empreendimentos denominados de solid rios visto que n o h
206. explicando o trabalho da empresa e de como funciona este tipo de neg cio que uma loja que vende moda adaptada para PcD e possui servi os agregados 141 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Na fase de Avalia o Inicial o usu rio deve falar para o consultor o que ele gostaria que a roupa fizesse como se comportasse no corpo e com rela o a sua defici ncia principalmente no modo de vestir quanto a ajustes suas exig ncias no vestu rio Os cuidadores ou pessoas que o auxiliam devem colocar seu ponto de vista a fim de que o vestu rio auxilie na autonomia do usu rio Em seguida devem ser tiradas medidas que auxiliem a identifica o do tamanho correto da roupa para o cliente mesmo que a princ pio se use a numera o brasileira importante que as medidas dos clientes estejam guardadas em uma tabela ou sistema capaz de cruzar as informa es A import ncia destas medidas antropom trica se d ao passo que elas determinam o tamanho das modelagens e como existe um grande n mero de defici ncias f sicas que provocam altera es significativas no corpo das pessoas esta tabela ajudaria a empresa a ter uma ideia das reais medidas deste p blico de cruzarem suas pr prias informa es e tamb m com a de outras empresas a fim de tra ar um perfil para este seguimento e com o tempo fazer produtos em tamanhos assertivos que inclusive demandem menos ajustes Softwares de modelagem possuem ferram
207. fertilizantes etc A multidisciplinaridade consiste exatamente em englobar em um vasto campo de estudo disciplinas que fundamentam o produto como a agricultura engenharia qu mica design e seus atributos e processos tecnologia t xtil tecnologia em geral modelagem desenho tingimento gest o e log stica por exemplo com disciplinas das ci ncias sociais que fundamentam o desejo o consumo e as tend ncias Economia sociologia e antropologia se entrela am e se complementam na tentativa de compreender as engrenagens e mecanismos desta ind stria e sobre tudo desta rea A partir da compreens o da complexidade multidisciplinar do setor associar o termo desenvolvimento sustent vel rea requer recortes espec ficos e algumas informa es complementares quanto s dimens es econ micas e s cias e seus impactos ambientais Atrav s de uma an lise das principais normatiza es ambientais internacionais e de como elas v m sendo percebidas pelo setor pode se conjugar a inten o de um ajuste eficiente e formal nos meios de produ o e comercializa o no sentido n o apenas da implementa o de processos mais sustent veis mas tamb m de um alinhamento com as demandas internacionais de normatiza es ambientais Os acordos ambientais multilaterais que s o promovidos no mbito da Organiza o Mundial de Com rcio OMC s o um dos que mais importam para o setor pois viabilizam quando cumpridos o desenvolvimento do
208. fluencie na decis o do consumidor e de seu cliente 4 CONCLUS ES CONSIDERA ES FINAIS As quest es sustent veis e sociais devem ser tratadas com prioridade nas discuss es globais por serem as premissas b sicas da qualidade de vida do planeta Este projeto objetivou elaborar uma pesquisa para elabora o de uma cole o de moda com apelo s cio ambiental aliando a necessidade de satisfa o de um p blico alvo e sua conscientiza o perante tais aspectos Para a constru o do projeto foi desenvolvida uma gest o baseada nos valores s cio ambientais A gest o foi amplamente aplicada em todo ciclo de produ o e vida do produto da mat ria prima ao seu descarte Para tanto foi elaborada uma pesquisa na rea do design design de moda e da concep o sustent vel Esses tr s aspectos analisados nortearam a pesquisa para o desenvolvimento de uma cole o de moda agregando princ pios s cio ambientais e por fim buscar com o design uma comunica o que efetive a conscientiza o do consumidor REFER NCIAS 110 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico BELLEN Hans Michael Va Indicadores de Sustentabilidade 1 ed Rio de Janeiro FGV Editora 2006 BOSSEL Hartmut Indicadores de desenvolvimento sustent vel teoria m todo aplica es um relat rio para o Grupo Balaton Technical Report Internacional Institute for Sustainable Development Canad 1999 CASTILHO K tia Moda e
209. forma direta no di logo com a m quina de lavar roupa Para a elabora o destas contribui es s o conhecida estrat gias de Design para o Comportamento Sustent vel que incluem Tang amp Bhamra 2008 a Solu es de persuas o para a mudan a de h bitos provimento de informa o e controles sensoriais que proveem feedbacks do consumo e seus impactos sociais ambientais e econ micos buscando motivar o consumidor a mudar seus h bitos b Manter a mudan a de comportamento proposi es que procuram estimular o usu rio a manter o h bito presente de consumo atrav s de orienta es roteiros incentivos e penalidades incorporadas no projeto do produto servi o c Assegurar a mudan a de comportamento s o proposi es que visam controlar determinar o comportamento do usu rio muitas vezes automaticamente ou atrav s de mecanismos a prova de erro poka yoke As interven es do design que t m como caracter stica orientar ou persuadir a mudan a de comportamento n o s o impositivas requerendo a ades o volunt ria do usu rio ao conte do presente em tais solu es As interven es neste escopo incluem a es orientandas educa o provocando a reflex o do usu rio acerca do consumo presente seja atrav s de visualiza o ou experimenta o escolha s o apresentas op es de consumo ao usu rio cabendo ao mesmo a sele o da op o mais adequada e feedbacks utiliza o de informa es ou c
210. gias Esta estrat gia importante medida que se deve estabelecer o contato com o cliente PcD para produzir roupas que o atendam em suas diversas demandas Como vantagem competitiva da ind stria do vestu rio Silveira 2002 destaca o prest gio com a qualidade do produto o lan amento de pequenas cole es a aquisi o para empresa de novos equipamentos a moderniza o dos processos o custo acess vel do produto com rela o realidade financeira dos clientes o investimento em marketing a rapidez do desenvolvimento o lan amento do produto no tempo certo o investimento em CAD Computer Aided Design softwares e na qualifica o na equipe de cria o para que haja reflexo nas inova es das cole es a gest o da qualidade e PCP Planejamento e Controle da Produ o e se necess rio a terceiriza o da produ o Tais vantagens competitivas s o apresentadas como estrat gias que visam o sucesso da confec o de moda 3 3 Sistema Processo Produto Servi o como inova o Trataremos nesta se o do vestu rio para PcD dentro de quatro aspectos tratado como moda dentro dos conceitos de sistema enquanto cadeia de moda processos da confec o produtos de vestu rio e servi os dando mais nfase a este ltimo visto que um dos temas centrais a que o artigo se prop e tratando mais especificamente de servi os de Tecnologia Assistiva Defini o de Sistema ser abordada enquanto partes coordenadas entre si
211. grar regionalmente as institui es financeiras de base solid ria a fim de promover o desenvolvimento local Devido grande quantidade de cooperativas de cr dito com enfoque solid rio em 2004 foi criada a Associa o Nacional do Cooperativismo de Cr dito de Economia Familiar e Solid ria ANCOSOL tendo em vista congregar o segmento cooperativo brasileiro atuante no mbito das finan as solid rias ANCOSOL 2012 A Central de Cooperativas e Empreendimentos Solid rios UNISOL Brasil criada no ano 2000 tamb m se originou a partir das proposi es da ADS CUT e se estabeleceu como uma institui o representante das cooperativas brasileiras fundamentadas na autogest o e na economia solid ria UNISOL Brasil 2012 Estas iniciativas constitu das por sujeitos coletivos juntamente com as pol ticas p blicas iniciadas pelo governo no final do s culo XX marcam pela primeira vez a busca de solu es para a minimiza o do desemprego por caminhos n o necessariamente vinculados ao trabalho assalariado BARBOSA 2007 Na d cada de 1990 as a es governamentais atuavam regionalmente e de modo paliativo a fim de conter o alastramento da desocupa o e da pobreza nos espa os urbanos 37 paul Singer um dos autores mais importantes e presentes no movimento da Economia solid ria no Brasil Atualmente o coordenador da Secretaria Nacional de Economia solid ria no Brasil secretaria esta fruto da demanda de articula es de v
212. gratuita para pessoas com defici ncia PcD de vagas de trabalho em institui es p blicas e privadas vagas reservadas em estacionamentos transporte interestadual gratuito isen o de pagamento de taxas entre outras O atual panorama abre discuss o para possibilidade de um novo nicho de moda a ser desenvolvido no pa s uma moda que atenda esta crescente popula o de pessoas que possuem a demanda de produtos adaptados as suas defici ncias Com trinta mil empresas de moda no Brasil n o se tem not cias de nenhuma empresa que efetivamente 125 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico produza roupas para este p blico deixando os a merc de costureiros que adaptam o produto de moda as necessidades de um cliente espec fico Em um momento de desenvolvimento exponencial do design onde se fala sobre a necessidade de atender o cliente gerar experi ncias de compra atender as demandas e fornecer produtos funcionais ergon micos e amig veis como colocado por Mont Alv o 2008 a produ o de moda para PcD uma demanda que pode promover a diferencia o de empresas do mercado de moda e tornar o Brasil referencia neste setor agregando um servi o que torne poss vel esta produ o de modo industrial Este estudo toma como base dois problemas O primeiro seria a necessidade de diferencia o das confec es de moda brasileiras frente concorr ncia nacional e principalmente internacional O segund
213. he use and comes in after sales Keywords Strategy People with disabilities Clothing 1 Introdu o Segundo a Associa o Brasileira da Ind stria T xtil ABIT 2013 o Brasil possui o quarto maior parque produtivo de confec o do mundo e o quinto maior produtor t xtil do mundo o segundo maior empregador da ind stria de transforma o no Brasil com trinta mil empresas formais espalhadas por todo o territ rio Com uma ind stria t xtil de mais de 200 anos atua desde a produ o da fibra natural e sint tica at a produ o de tecidos planos e malharia e confec o de artigos de vestu rio cama mesa banho decora o e acess rios Por m nos ltimos anos vem sofrendo com a concorr ncia de produtos importados necessitando ent o usar novas estrat gias de diferencia o que tornem o produto t xtil atrativo e impulsionem o mercado do vestu rio agregando valor e servi os aos produtos Na ltima pesquisa do Censo Brasileiro IBGE 2010 not rio o aumento do n mero de pessoas com defici ncia motora visual auditiva e intelectual Assunto este que levou a atual presidente a criar uma s rie de programas como o Viver sem Limites conceder fundos de financiamentos para compra de produtos de tecnologia assistiva TA e abrir discuss es que levaram a cria o de decretos de leis e normas que j est o sendo aplicadas popula o Leis estas de acessibilidade de moradias adaptadas de acesso a educa o
214. ia o e tecelagem realizada em Minas Gerais A confec o das pe as feita por duas cooperativas no Sul do pa s a Cooperativa de Costureiras UNIVENS de Porto Alegre RS e a Cooperativa Fio Nobre de Itaja SC Atualmente a cadeia produtiva do plantio do algod o at a confec o dos produtos da Justa Trama acontece em etapas e conta com a participa o de sete cooperativas distribu das em seis estados brasileiros conforme apresentado no Quadro 1 a seguir Estado Plantio do all org nico Associa o Desenvolvimento C4 ADEC e Educacional 4 JUSTA TRAMA Fibra ecol gica hist ria Dispon vel em lt http Awww justatrama com br menu histria gt Acesso em 15 de junho de 2013 74 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Assentamento Itay Plantio do all Mato Grosso do Sul AROM org nico campo range MS Cooperativa de Pro Ee T xtil de Para de Mi COOPERTEXTIL Fia o e Tecelage MG Cooperativa Fio No FIO NOBRE Venceremos e Brinquedos INOVARTE pedag gicos com Porto Alegre sobras da confec i Cooperativa Artesanato Sementes da r usadas Cooperativa A a ornamenta o Porto Velho pe as e ta produ o de ecoj Quadro 1 Empreendimentos da cadeia Justa Trama Fonte http www justatrama com br menu guem somos Com as sobras da confec o s o desenvolvidos brinquedos e jogos pedag gicos pela Cooperativa de Artesanato INOVARTE de Porto Alegre
215. ia e s lendas gregas que inspiraram a cole o Listras aparecem timidamente em oposi o ao xadrez que amplamente utilizado Os plissados e transpar ncias que foram apostas da m dia especializada foram adaptados pela marca principalmente nos vestidos mais sofisticados constru dos em musselina As formas mais fortes no direcionamento das tend ncias indicavam cal as pantalona e saias longas al m da cintura marcada e barriga de fora Nenhuma dessas apostas foi adotada fortemente pela marca 2nd Floor que preferiu permanecer com o corte tradicional cigarrete de seus jeans que referenciam as curtas cal as das tend ncias Tamb m optou por modelagem estruturada para parcas e blazers e a linha A para vestidos e saias J ao consideramos a express o de tend ncias no site evidente refer ncia ao romantismo atrav s do fundo de c u azul com nuvens brancas e ao color blocking visto que as informa es aparecem em grandes blocos contrastantes e independentes mas que comp em com juventude o layout do s tio A cartela de cores congruente com a utilizada na cole o de vestu rio entretanto mais cida d visibilidade e jovialidade ao site enquanto refor a a pr pria mensagem da marca e da cole o de moda Posicionamento de marca e ado o de tend ncias 203 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico O posicionamento de marca tem ao passar dos tempos adquirindo maior relev ncia em fun
216. ias BHAMRA T A Lilley D and Tang T 2008 Sustainable use changing consumer behavior through product design in Changing the change design visions proposals and tools Turin Italy 10the12th July 2008 Business for Social Responsibility Apparel Industry Life Cycle Carbon Mapping June 2009 Link http www bsr org reports BSR Apparel Supply Chain Carbon Report pdf ltima visita 30 de setembro de 2013 ELETROBRAS Avalia o dos Resultados do PROCEL 2007 Rio de janeiro 2008 191 p LILLEY Debra Design for sustainable behavior strategies and perceptions Design Studies 30 2009 704e720 MATTELMAKI T Design Probes University of Art and Design Helsinki Publication Series of University of Art and Design Helsinki A 69 www uiah fi publications Grummerus Printing Printed in Vaajakoski Finland 2006 SANEPAR Consumo Respons vel Perfil do Consumo da gua na Economia Dom stica para Quatro Pessoas http site sanepar com br sustentabilidade consumo responsavel Ultima visita 30 de setembro de 2013 238 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x
217. ibilizados e substitu dos quando necess rio em caso de dano ou extravio de acordo com a NR 06 A empresa Alpha fornece aos seus colaboradores os EPT s necess rios de acordo com as fun es para o setor de corte por exemplo s o disponibilizados luvas de ferro e protetor auricular No ano de 2012 todos os colaboradores assistiram a uma palestra sobre a import ncia do uso dos EPIs e assinaram um termo de que est o cientes sobre os poss veis danos que poder o ocorrer se n o usarem os EPT s podendo haver demiss o por justa causa ap s serem avisados mais de tr s vezes caso n o estejam usando os devidos equipamentos Para a gest o ambiental o bloco aplicado apenas para os fornecedores visto que as subcontratadas n o ser o avaliadas nesse quesito A empresa deve ter tratamento apropriado aos seus efluentes e um programa de coleta seletiva dos res duos s lidos A empresa Alpha possui coleta seletiva no refeit rio e est implantando a coleta nas demais imedia es a mesma faz doa o dos res duos de tecido para associa es beneficentes que fazem a reindustrializa o ou subprodutos como estopas de limpeza coberta artesanato entre outros No processo administrativo as perdas com pap is s o reaproveitadas nas copiadoras e nas impressoras Para o monitoramento da cadeia produtiva a empresa Alpha elaborou uma lista com todos os dados cadastrais dos subcontratados com os quais mant m relacionamento comercial
218. ica a log stica reversa S o poucas as lojas que recebem pe as do vestu rio ap s uso muitas apenas recebem em caso de troca devido a algum defeito de fabrica o A partir da experi ncia com a SERTE estabeleceu se uma parceria entre o Programa de Extens o Ecomoda da UDESC e volunt rios da comunidade que atuam em projetos sociais O Programa Ecomoda desenvolveu capacita o de presidi rias do regime fechado e semiaberto e de volunt rias que trabalham nos brech s para melhorar a 95 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico triagem e aproveitamento das pe as limpeza reforma customiza o para o retorno ao mercado econ mico promovendo educa o socioambiental e gera o de renda para os participantes Al m disso elaborou se um guia para orientar os doadores Com essas a es se promove a dissemina o um novo modo de produ o e consumo no setor de moda vestu rio contribuindo para a redu o dos impactos ambientais do setor do vestu rio Com a parceria estabelecida entre o programa Ecomoda e volunt rios da comunidade um grupo de profissionais de diversas reas psic logos estilistas administradores professores entre outros que atua junto a essa parceria se associou para formar o Instituto Trama tica Os integrantes do grupo t m em comum o objetivo de contribuir com os seus conhecimentos em projetos sociais baseados em princ pios socioambientais O Instituto Trama tica
219. ico do produto e pode se optar por n o recuperar nada do produto O objetivo de se projetar um ciclo de vida do sistema produto caracteriza se pelo aspecto preventivo oportuno para um resultado eficaz Assim poss vel evitar ou limitar problemas futuros aliados ao tempo e economia Um designer utilizar tal processo agregado sua metodologia de projeto desta forma pode identificar com mais facilidade os impactos ambientais dos produtos tornando seu processo de constru o mais eficaz e satisfat rio O ciclo de vida do produto tamb m apresenta algumas estrat gias que podem ser prioridades dentro do processo e teis no sentido de gerarem oportunidades e alternativas mais diversificadas para a resolu o do projeto Essas estrat gias s o 109 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico segundo Kazazian 2005 a minimiza o dos recursos a escolha de recursos e processos de baixo impacto ambiental a otimiza o da vida dos produtos e a extens o da vida dos materiais E poss vel compreender estas estrat gias na figura 1 Figura 1 Roda de Econcep o Fonte Manual Promise do Pnuma 1996 e 02 France A quest o discutida nesse mbito de se projetar um produto com princ pios s cio ambientais um fator pol mico quando inserido no contexto global e principalmente econ mico O designer tem o dever de projetar n o s um produto mas sim projetar uma nova cultura de consumo que in
220. idade do corpo Desta forma necess rio que o fio do urdume seja direcionado fio reto no sentido perpendicular em rela o ao solo para a a o da gravidade n o prejudicar o conforto do corpo O caimento do tecido sobre o corpo em movimento acontece em combina es com as trocas resultantes da acomoda o do corpo e do tecido lei da gravidade O efeito final do vestu rio se d por meio da regularidade qual as fibras s o dispostas sobre o eixo antigravitacional plano transverso caudal do corpo Por isso os criadores de moda precisam estar sempre atentos quanto intera o do corpo com a mat ria prima t xtil isto o tecido Essa aten o bastante importante uma vez que os aspectos f sicos dos materiais t xteis s o observados sobre a estrutura f sica do corpo fazendo com que o profissional veja como fica exatamente seu caimento fundamental que se tenha muito cuidado na escolha do tecido a ser aplicado no vestu rio pois cada tipo possui propriedades distintas que acabam beneficiando ou limitando o seu emprego no produto A mat ria prima t xtil gera interfer ncia direta no resultado da modelagem do produto refletindo no sucesso ou no fracasso para sua materializa o Sobre essa quest o Rigueiral e Rigueiral 2002 p 110 observam que importante testar caimento encolhimento e costurabilidade pois h exemplos de tecidos ou malhas que 157 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x
221. iderar durante a concep o de um produto o comportamento do consumidor RECH 2004 pg 57 Como colocado pela autora acima uma das primeiras quest es a serem levadas em conta no desenvolvimento de um produto ou servi o para um usu rio o real conhecimento por parte dos designers do p blico alvo pois se trata de um projeto centrado no usu rio No caso deste artigo se pretende abordar aspectos relacionados s PcD estas se tornam o p blico alvo a ser estudado pessoas com algum tipo de limita o na execu o de tarefas e a es cotidianas sejam elas tempor rias ou permanentes Portanto faz se necess rio o levantamento de dados sobre as PcD Segundo a Organiza o Mundial da Sa de OMS 2011 chegam a 10 da popula o mundial ou seja entre 600 e 700 milh es de indiv duos No Brasil segundo o ltimo Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE 2010 23 9 da popula o brasileira possui alguma defici ncia o que representa em torno de 45 6 milh es de pessoas possuem algum tipo de defici ncia Deste percentual de PcD 18 8 possuem defici ncia visual 5 1 defici ncia auditiva 7 defici ncia motora 1 4 defici ncia intelectual importante ressaltar que foram analisados tr s n veis de defici ncia os que possuem alguma dificuldade os que possuem grande dificuldade e os que n o conseguem de modo algum realizar determinadas atividades proposta pelo rg o avaliador Em su
222. ido Resultados das sondas H bitos de uso da Lavagem na Lavadora Uma vez compreendidas as percep es do consumo de gua e energia buscou se ent o atrav s de sondas culturais o entendimento dos h bitos cotidianos de lavagem de roupa nas habita es de interesse social investigadas Descrevem se aqui os resultados obtidos 234 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico associados m quina de lavar roupa Os moradores declararam perceber que a principal vantagem da lavadora em rela o ao tanquinho era o processo de centrifugar Ao mesmo tempo entendia que este equipamento n o limpa t o bem quanto o tanquinho principalmente em ciclos mais r pidos A op o pelo ciclo r pido est relacionada ao menor consumo de gua energia e produtos qu micos Contudo representante de uma das fam lias n mero 5 afirmou que quando as roupas n o ficam bem limpas no tanquinho estas s o lavadas novamente na lavadora Ainda assim as entrevistadas consideram a lavadora um equipamento bom e pr tico por m fr gil Percebem que a lavadora consome mais gua energia e insumos que o tanguinho Observou se em algumas habita es o uso combinado de tanquinho e m quinas de lavar roupa A fam lia seis mencionou a dificuldade de lavar os uniformes de trabalho que cont m sujidades pesadas e gordurosas O processo de lavagem demorado para estas roupas pois primeiramente esfregam se as roupas m o e faz se o
223. iga o hist rico social do referido tema este t pico est baseado nas investiga es de doutoramento de Lechat 2004 Barbosa 2007 e Menezes 2007 visto que estas pesquisadoras j realizaram investiga es aprofundadas sobre o tema 49 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 2 1 A economia solid ria no contexto brasileiro a partir de 1980 No Brasil especialmente a partir da d cada de 1980 ocorreram profundas transforma es nas estruturas socioecon micas que provocaram efeitos contundentes no mbito do trabalho e a consequente busca dos trabalhadores por sua pr pria subsist ncia o que possibilitou a subleva o de iniciativas solid rias como categorias de reivindica o de demandas sociais pol ticas e econ micas Neste per odo iniciativas associativistas e a es pol ticas orientadas s melhorias sociais sustentaram a estrutura o da economia solid ria no mbito do Estado como parte de uma resignifica o sem ntica pol tica econ mica e social do trabalho BARBOSA 2007 p 22 que visava estabelecer seu reconhecimento principalmente pelas conting ncias da cultura do autoemprego desvinculando a da crise do trabalho e da queda qualitativa das vantagens empregat cias Neste panorama de precariza o e desigualdade emerge a economia solid ria pautada ora como uma categoria econ mica diferenciada e aut noma ora como um conceito ou movimento social Embora n o e
224. iliza o e n o o produto Enfim ele inicia uma coopera o com uma cadeia de atores em uma abordagem transversal e multidisciplinar Nesse sentido o produto adota uma caracter stica sist mica de produ o destacando suas consequ ncias ambientais econ micas e sociais As etapas do Ciclo de Vida do Produto podem ser elencadas segundo a an lise de MANZINI e VEZZOLI 2008 como e Pr produ o Fase em que s o produzidos os materiais Os principais aspectos a serem avaliados a aquisi o dos recursos o transporte dos recursos do lugar da aquisi o ao da produ o e a transforma o dos recursos em materiais e energias e Produ o Nesta etapa do ciclo pode se definir a transforma o dos materiais a montagem e o acabamento como momentos fundamentais Ainda pode se atribuir outras atividades e processos nessa fase como a pesquisa o desenvolvimento o projeto os controles produtivos e a gest o dessa atividade e Distribui o tr s momentos fundamentais caracterizam essa fase s o a embalagem o transporte e a armazenagem e Uso o produto usado ou consumido por um certo per odo de tempo durante o uso esses podem requerer atividades de servi os como reparos e manuten o e Descarte poss vel aderir uma s rie de op es sobre seu destino final Pode se recuperar a funcionalidade do produto ou de qualquer componente pode se valorizar as condi es do material empregado ou o conte do energ t
225. imental no percurso percorrido em meio teorias de gest o da marca e posicionamento e tend ncias de moda bem como na rea de sintaxe linguagem visual ainda que de modo incipiente Foi objetivo do estudo mostrar as imbrica es entre express o visual tend ncias de moda e posicionamento de marca Atrav s do estudo das visualidades da marca Ellus 2nd Floor expressas em meio digital na plataforma online que seu s tio de marca contrapostas com informa es de tend ncias de moda para um p blico geral O contraste e as semelhan as encontradas nos produtos de moda no s tio da marca e nas informa es de tend ncia veiculadas na m dia Kalil e Exame sugerem que a ado o de tend ncias pela marca ou ainda o grau com o qual a marca adota tend ncias espec ficas sugestiva do posicionamento desta O estudo aponta n o de modo positivista mas como informa o sugerida pela an lise que a baixa ado o das tend ncias de moda veiculadas ao p blico geral entusiasta mas n o especializado escolha consciente da marca 2nd Floor Ao adotar poucas tend ncias relacionadas ao universo rock e originalmente referentes contracultura a marca mostra se como marca de vanguarda Entretanto seu reconhecimento como grife de moda e o uso de materiais sofisticados contrabalan am os aspectos subversivos da inova o pela contesta o e garantem marca o status de marca jovem Al m disso considera se que outro
226. inte Atualmente os impactos evolucion rios que as organiza es v m enfrentando como por exemplo as diferentes consegii ncias da globaliza o diminui o do poder aquisitivo da sociedade e das pol ticas s cio econ micas adotadas em praticamente todos os pa ses conduzem nas a buscarem melhores resultados nos mercados em que atuam obrigando as a uma rea o estrat gica MARTINS e MERINO 2011 p 30 Neste sentido se faz uso dos conhecimentos do design que contribuem identificando e adicionando valor e produzindo produtos universais e com personaliza o ecologicamente corretos inovadores reestruturando a imagem da empresa por meio da responsabilidade social e fixando a identidade das institui es a fim de promov las e aumentar sua visibilidade no mercado Segundo Bonsiepe 1997 o design colabora ainda para estabelecer o processo de fabrica o dos produtos seu acesso ao consumidor e forma e qualidade do uso de um produto socialmente inclusivo A gest o segundo Martins e Merino 2011 contribui medida que motiva e integra as diversas equipes das empresas a trabalharem juntas por um objetivo determinado de forma mais eficiente e eficaz o gestor o respons vel pela tomada de decis es fundamentada na busca dos resultados pretendidos e quem desenvolve os planos de a o a serem seguidos pelos funcion rios com objetivo de atingir a rentabilidade da organiza o Unindo a gest o e o design as empresas podem
227. l em 2010 N mero de Empresas 4 725 gt mm Fibras e Filamentos T xteis Confeccionados exceto produ o de algod o Fonte IEMI 2011 21 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Na figura 1 abaixo a estrutura da cadeia t xtil que representa as principais rela es entre as atividades no setor 22 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Estrutura da Cadeia Produtiva e de Distribui o T xtil e Confec o Insumos M quinas Qu micos Es 3 2 v 2 c w n S E a n A 9 A us o u wnjoau s q esinbsad p SOJU9 Nota Segmentos fornecedores Fonte ABIT IEMI 2011 A produ o t xtil global vem crescendo na medida em que cresce o consumo de t xteis especialmente o de vestu rio movido pela Moda Como resultado de um processo global as empresas t xteis e de confec o locais brasileiras embora 23 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico atravessando um per odo de crise em fun o dos importados orientais assunto no qual n o foco o aprofundamento neste estudo tamb m est o buscando condi es de competir com mercados mais exigentes o que as obriga necessariamente a buscar padr es mais sustent veis de produ o e produtos n o apenas mais competitivos economicamente mas dotados de melhor qualidade inclusive com menos impacto ambiental Se adequar compe
228. l que norteia o projeto buscaram se os escritores mais conhecidos que falam sobre gest o design e estrat gia para que a partir destes conhecimentos pudesse haver embasamento te rico consistente para fundamentar este artigo As informa es sobre moda foram buscadas em livros da rea bem como dados sobre tecnologia assistiva Para informa es mais particulares e pontuais foram pesquisados artigos em peri dicos nacionais sobre o campo de saber cient fico de conhecimento dos autores bem como na base de dados Peri dicos CAPES com artigos nacionais e internacionais 3 Fundamenta o Te rica Nesta se o ser apresentado o referencial te rico sobre temas que colaboraram com os autores a fim de gerar a proposi o do servi o apresentado ao final s o estes 3 1 Pessoas com defici ncia 3 2 Rela es de Design Gest o e Estrat gia de 127 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Diferencia o na empresa de moda 3 3 Sistema Processo Produto Servi o como inova o 3 4 Tecnologia Assistiva TA e Servi o de Consultoria de Moda Assistiva 31 Pessoas com Defici ncia PcD Ao tratar do mercado de moda Rech coloca que As novas formas de tratar o mercado de consumo o conhecimento deste mercado e em especial o estilo de vida do consumidor a adaptabilidades e a velocidade de propor novos conceitos e produtos Atualmente uma das principais e obrigat rias vari veis a se cons
229. la Universidade do Estado de Santa Catarina e mestre em Teoria Liter ria pela Universidade Federal de Santa Catarina Liliane Carvalho http buscatextual cnpg br buscatextual visualizacv do id K4799140J6 graduada e licenciada em Hist ria pela Universidade Federal de Santa Catarina mestre em Hist ria Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina Lilyan Berlim http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do id K4206716E6 Mestre em Ci ncias Ambientais pela Universidade Federal Fluminense com pesquisa sobre Moda e Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Sustentabilidade especialista em Arte e Educa o pela UCAM e graduada em Letras e Interpreta o Bil ngiie pela Universidade Lourdes Puls http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do metodo apresentar amp id K470 623647 Doutora em Design pela PUC RIO Mestre em Engenharia de Produ o pela Universidade Federal de Santa Catari na Lucas da Rosa http buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do id K4735716T3 Possui gradua o no Bacharelado em Ci ncias Econ micas na UFSC Universidade Federal de Santa Catarina em 2000 especialista em Moda Cria o e Produ o 2002 e concluiu o mestrado em Educa o e Cultura 2005 ambos na UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina Doutor em Design pela PUC Riohttp buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do metodo apresentar amp id K47
230. m consolidada enquanto grife de moda e ter espa o nos meios tradicionais de divulga o de moda Al m da marca possuir nome em ingl s o que evidencia estrangeirismo curioso o fato que a pr pria marca utilizar de palavras em outro idioma young fresh e free que n o o portugu s para expressar caracter sticas do seu DNA A pequena ado o das tend ncias s quais a m dia fez alus o indica o desinteresse da marca em competir com empresas menores que utilizam das express es muito pontuais das tend ncias em cores pe as chave materiais e acabamentos como estrat gias nicas para permanecer no mercado A consolida o da marca 2nd Floor enquanto marca nacional que atende a um publico de lifestyle jovem do segmento AB que costumeiramente tamb m faz compras fora do Brasil implica que a marca esteja pelo menos alguns passos frente das marcas mais populares brasileiras O posicionamento estrat gico da segunda marca da Ellus que possui lojas pr prias apenas em pontos espec ficos e not rios pelo luxo e 204 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico sofistica o onde marcas internacionais tamb m residem seus pontos de venda ratifica ainda mais o status internacional pretendido pela marca A marca aqui estudada tem a inova o como principal diferencial de mercado o que tamb m explica a fraca ades o s tend ncias j muito disseminadas Segundo Neumeier 2008 a inova o essencial
231. m o conforto e a sa de O indiv duo interage no contexto sociocultural com o corpo que se torna suporte de seu discurso usando com o vestu rio diferentes significa es que permitem s pessoas adotar diferentes pap is no contexto social por meio de v rios estilos de vestu rio e de acess rios O vestu rio que veste o corpo humano comunica os pensamentos a maneira como se percebe e sente o mundo sendo respons vel pela intera o do contexto social onde se vive CUNHA 1998 153 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A estrutura do corpo personifica o ser fazendo o presente no mundo A maneira como diferentes estilos e formas de vestu rio trabalhada para uso do corpo multiplicam suas v rias configura es atrav s dos modos de vestir e se enfeitar para se identificar e se apresentar perante a sociedade Os profissionais da moda obt m informa es sobre os grupos sociais que pretendem conquistar com suas cria es refletindo sobre a identifica o e os tra os culturais do grupo estas informa es dos valores e significados pertencentes ao grupo est o retratadas na sua maneira de ser seu fazer seus conceitos e modo de mostrar sua constru o corp rea CUNHA 1998 De posse desses conhecimentos sobre o grupo social ao qual o sujeito est integrado o corpo humano os materiais t xteis e defini o das caracter sticas do perfil do mercado consumidor que deseja atingir
232. ma marca j consolidada em territ rio nacional Portanto pretende se avaliar qual o de volatilidade do posicionamento de uma marca de moda frente s contastes renova es das tend ncias Para tal desenvolveu se uma revis o bibliogr fica do termo tend ncia seguida de buscas pelas principais tend ncias direcionadas a produtos para a cole o de primavera ver o 2012 Ap s isso 20 conceitos chave foram selecionados para serem equiparados com a cole o de vestu rio proposta pela marca 2nd Floor para a esta o primavera ver o 2012 bem como com os elementos gr ficos do layout do s tio da marca 188 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Metodologia A pesquisa caracterizada como descritiva porque observa registra correlaciona e descreve fatos ou fen menos de uma determinada realidade sem manipul los VERGARA 2006 Al m da literatura sobre o tema que indicada como fonte secund ria h tamb m o acesso a fontes prim rias como documentos e registros dispon veis nos web sites de informa o de moda e mais especificamente no web site da marca de moda 2nd Floor As etapas de pesquisa foram as seguintes 1 Estudos explorat rios para reconhecimento inicial do fen meno estudado 2 Estudos te ricos visando apreender os temas em estudo em seu contexto cultural 3 Utiliza o da refer ncia te rica para coletar informa es acerca do observado 4 Levantamento d
233. mento para sua aplica o Essa multidisciplinaridade uma necessidade que origina no pr prio m todo projetual exigindo que o designer depreenda sobre uma variedade de assuntos que assimilados possam resultar num projeto esse resultado deve atender as necessidades funcionais e as aspira es do p blico alvo Agregar o conhecimento em diversas reas um projeto de design como na rea econ mica social e cultural irrompe num procedimento eficaz com resultados que realmente acarretam na resolu o de um problema de forma criativa e satisfat ria 2 1 DESIGN DE MODA A roupa acompanha o Homem desde a sua exist ncia moldando o corpo um cone que apresenta valores diversos no decorrer da hist ria da humanidade e talvez seja a express o mais significante de identidade compartilhada pelo homem Sua mutabilidade sem ntica e formal acompanha os princ pios costumes cultura e valores de acordo com a evolu o do homem possibilitando assim a ele uma experi ncia de comunica o pessoal Nas suas apar ncias plurais o corpo sensiente vestido o vetor exponencial da presen a do sujeito neste mundo atual Como um produto a mais esse sujeito ele pr prio um pret porter que enfaticamente motivado pelo meio a multiplicar os seus modos de apresentar se socialmente CASTILHO 2006 p 11 104 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A palavra moda tem seu surgimento do latim Modos
234. mplica n o somente em avan os instrucionais e culturais do usu rio mas tamb m na integra o da capacidade de di logo entre o vestu rio e os artefatos sua volta incluindo o di logo com a pr pria m quina de lavar roupa eco feedback 237 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico O estabelecimento de uma comunica o entre o vestu rio e a m quina de lavar roupa pode contemplar os diferentes n veis do design para o comportamento sustent vel desde as solu es de persuas o para mudan a de h bitos eco feedback at as solu es que efetivamente assegurem a mudan a de comportamento poka yoke Deste espectro de possibilidades s o as solu es poka yoke as que mais se aproximam das aspira es do usu rio no que tange a busca de maior facilidade no processo de lavagem e maior liberdade para realizar outras tarefas As solu es de eco feedback mostraram se necess rias tamb m mas tal ocorre muito mais pelo desejo do usu rio de compreender o estado do consumo de gua energia do que devido a uma necessidade diretamente associada ao processo de lavagem Conclui se portanto que estabelecer este di logo entre a m quina e o vestu rio seja para implementar poka yokes ou eco feedbacks configura se como um item importante a ser integrado na agenda de inova o do setor do vestu rio no Brasil e com efetivo potencial de contribuir para padr es de consumo mais sustent veis Refer nc
235. mportante destacar que cada modelista ou aluno faz a sua pr pria interpreta o de modo que fique o mais pr ximo poss vel do original 5 1 Vestido Drapeado Apresentam se as etapas da interpreta o de um modelo FIGURA 8 utilizando a T cnica Moulage e os conhecimentos individuais adquiridos na pr tica experimental da modelagem Este exerc cio prepara os alunos para as interpreta es de seus trabalhos futuros Figura 8 Modelo Drapeado Fonte http www style com fashionshows review S201IRTW ESAAB 165 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 5 1 1 Marca o do Manequim Frente 1 Interpretar o modelo e desenhar com a fita sutache sobre o manequim FIGURA 9 2 Marcar na frente o desenho assim trico da manga do recorte lateral e do decote 3 Como a parte das costas do modelo n o pode ser vista deve se definir uma que combine com a parte da frente FIGURA 9 Costas 4 Marcar a linha do decote e o recorte da lateral 5 O recorte das costas foi pensado para o transporte da pence vertical casando com o recorte da frente 6 Marcar com a fita sutache o desenho do recorte com a medida da parte inferior 8cm no exemplo acima da linha do quadril correspondendo esta medida a do recorte da frente Figura 9 Tra ado da frente e das Costas do Vestido Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 5 1 2 Prepara o do Tecido Tecido da Frente 1 Medir o comprim
236. n que tem a inten o de trabalhar em diferentes categorias sociais Neste sentido a prioriza o dos diferentes saberes e das particularidades individuais em um processo dial gico com a vis o do todo devem compor o perfil estrat gico e sist mico do projeto Estes elementos se caracterizam como princ pios chave para que o desenvolvimento do projeto em design atenda seus prop sitos de melhoria de qualidade de vida e de fortalecimento local econ mico e ambiental Partindo destas averigua es cabe propor que os princ pios que fundamentam o as diferentes abordagens de design orientadas sustentabilidade sejam revisitados com a finalidade de fortalecer suas estruturas te ricas e ampliar sua acessibilidade no campo da pr tica 80 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Refer ncias ADS CUT Ag ncia de Desenvolvimento Solid rio Dispon vel em lt www ads org br gt Acesso em novembro de 2013 AGRICULTURA SUSTENT VEL Efeitos dos agroqu micos Dispon vel em http www agrisustentavel com toxicos efeitos htm Acesso em 14 de agosto de 2013 ALBUQUERQUE F BATISTA M OLIVEIRA R TAVARES M An lise energ tica do cultivo do algod o org nico consorciado com culturas alimentares IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simp sio Internacional de Oleaginosas Energ ticas Jo o Pessoa PB 2010 Dispon vel em http ainfo cnptia embrapa br digital bitstream item 18351 1 ECP 16 pdf Ace
237. n vel em lt http www ccsp com br ultimas 63341 A Loja Vazia gt Acesso em 12 jul 2013 96 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico preceitos dos 5 R s repensar reduzir reaproveitar reutilizar reciclar Repensar e reduzir o consumo reaproveitar e reutilizar as roupas e reciclar o que n o puder ser aproveitado de outra forma A seguir apresenta se o guia b sico elaborado para sugerir ao doador como proceder com a roupa ap s uso para selecionar pe as de roupa e destinar doa o Repensar a quantidade de roupas que voc tem e verificar as que realmente s o usadas Limpar e organizar o seu guarda roupa separando as pe as que s o usadas com menos frequ ncia e que poder o ser doadas sem fazer falta Reduzir o consumo comprar o que for realmente necess rio n o comprar por impulso Reaproveitar e reformar as roupas compartilhar com outra pessoa da fam lia ou com amigos Reutilizar as roupas para transformar em outras pe as e se estiverem desgastadas usar como pano de limpeza ou para enchimento de puffs almofadas e outros Reciclar tecido envolve um processo industrial que no Brasil est em desenvolvimento uma op o para pe as que n o t m aproveitamento de outra forma Para facilitar a triagem e o aproveitamento das pe as doadas deve 1 lavar as pe as 2 separar e identificar as roupas que tem algum defeito 3 pesquisar sobre a institui o que receber a
238. na o Nesse sentido pode se citar como exemplo a SERTE Sociedade Esp rita de Recupera o Trabalho e Educa o que desde o ano de 1956 atua voluntariamente na comunidade de baixa renda de Florian polis SC oferecendo atendimento m dico dentistas fisioterapia professores assistentes sociais e psic logos para os idosos e crian as que vivem na institui o e para a comunidade A SERTE tamb m tem servi o de voluntariado em v rios setores e grupos de estudos inclusive possui uma central que recebe doa es de roupas e as vende em brech s da pr pria institui o Contudo o volume de roupas doadas tornou se um problema devido falta de orienta o aos doadores sobre os cuidados para a conserva o das pe as a forma de separa o e entrega SERTE Tudo vem misturado pe as em bom estado limpas com outras danificadas e sujas Isso dificulta a triagem e prejudica o aproveitamento sendo que algumas pe as acabam n o tendo condi es de reuso sendo descartadas Diante desse contexto em parceria com o Programa de Extens o Ecomoda da UDESC desenvolveu se um projeto para orientar os doadores e capacitar os volunt rios que trabalham no brech da SERTE para melhorar a triagem e aproveitamento das pe as limpeza reforma e customiza o al m de proporcionar o retorno ao mercado econ mico promover educa o socioambiental e direcionar nova Dispon vel www serte org br acesso em 20 de junho de 2013
239. nd ncias n o parece funcionar de maneira linear De fato ela n o obedece ao acaso Erner 2005 assevera que a ado o de tend ncias parece estar submetida a um processo ainda mais imprevis vel a ado o coletiva Tend ncias SS2012 Para a compila o das tend ncias mais comerciais nas quais a imprensa brasileira enquanto sistema perito apostou suas fichas simb licas de positiva o consultaram se sites nacionais reconhecidamente legitimados por veicularem informa es confi veis sobre os mais diversos assuntos incluindo moda e tend ncias de moda para p blico n o especializado ou seja compradores de moda e n o criadores Assim elegeu se o site Chic do provedor IG devido forte legitima o atrav s do nome da consultora de moda Gloria Kalil e a sess o Moda no site da revista Exame cujo 191 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 2 conte do majoritariamente editado pela jornalista de moda Luciana Carvalho A consulta aos portais possibilitou a compila o das seguintes express es de tend ncias para a esta o Primavera Ver o 2012 A aposta de principal tecido utilizado na esta o ver o foi a seda A produtora de moda Gloria Kalil ratifica que havia tempo em que as marcas mais jovens e modernas n o apostavam na seda entretanto ela voltou a ocupar local de destaque nas cole es de vestu rio no ver o juntamente ao algod o Tanto a seda quando o algod o insumos t
240. nd stria t xtil confec o Vilma Marta Caleffi Suelen Borges Comin Resumo A acredita o assegura a exist ncia de sistemas de gest o da qualidade nas organiza es e situa se de forma mais expressiva no setor da sa de no entanto vem estendo se a outros segmentos O presente estudo analisa o processo de implanta o de padr o de acredita o nos subcontratados de uma ind stria de confec o localizada no sul de Santa Catarina A acredita o ocorre via certifica o sendo condi o sine qua non para que a mesma continue em funcionamento Destaca se que a ind stria t xtil comp e se das etapas de fia o tecelagem beneficiamento sendo a ind stria de confec o do vestu rio a etapa final Palavras chave terceiriza o qualidade certifica o ABVTEX Abstract The accreditation guarantees the existence of quality management systems in the organization and be situated more strongly in healthcare sector however has been extended in other sectors The current study analyzes the implantation process standard in the subcontractors of the one clothing industry located in the south of Santa Catarina The accreditation goods occurs generally certification being sine qua non condition for the keeps on running It is important to note that clothing industry is composed of the steps spinning weaving and benefit process being the clothing industry the final step Keywords outsourcing quality certification ABVT
241. nda a valoriza o da cultura local e a redu o dos impactos ambientais Devido dissemina o das ideias fundamentadas no solidarismo as roupas produzidas com t cnicas artesanais em uma cadeia produtiva orientada s melhorias sociais e ambientais est o cada vez mais presentes nas marcas e nas cole es de estilistas apresentadas nos grandes eventos de moda no Brasil Outras iniciativas importantes como o evento Drag o Fashion realizado em Fortaleza que consiste no maior evento de moda do nordeste brasileiro tamb m contribuem para a dissemina o de trabalhos produzidos por empreendimentos solid rios Em 2013 em sua 15 edi o o evento apresentou nos desfiles cole es com roupas produzidas em diferentes regi es do Brasil como as pe as apresentadas na Figura 4 71 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figura 4 Roupas com aplica o de t cnicas artesanais Drag o Fashion 2013 Fonte http www alemdamoda com br gestao dragao fashion brasil aposta na economia solidaria Fotos Alexandre Perroca O objetivo do evento consiste em mostrar ao mercado de moda pe as que valorizam o ecodesign e o trabalho realizado por artes os indicando como a utiliza o de t cnicas artesanais pode ser incorporada moda a partir do conceito de responsabilidade socioambiental e com rcio justo Deste modo a valoriza o e a dissemina o do trabalho artesanal na moda v m con
242. nder uma sugest o qualquer ele n o desconsidera nenhum sinal dos afetos ele tem no grau mais elevado o instinto intelectivo e divinat rio assim como possui no grau mais elevado a arte da comunica o Ele se insere em cada pele e em cada afeto ele transforma se constantemente Nietzsche 2000 p 72 Flusser reafirma esta prerrogativa cria o quando diz que o que distinguiria um artista daquele artista inventado pela Idade Moderna seria justamente a embriagu s e nesse caso n o importando se a arte a de um cientista t cnico fil sofo e acrescentamos n s o criador de roupas Flusser 1981 V se logo que essa defini o exclui de imediato a distin o entre arte grande e pequena mas confirma o crit rio nietzschiano a experi ncia ou n o da embriagu s por parte de quem cria O sistema conjunto dos afetos que est excitado e elevado descarregando de uma s vez todos os seus meios de express o lan ando para fora a for a de apresenta o reprodu o transfigura o O fil sofo tamb m aproxima embriagu s de histeria e de reatividade exacerbada Segundo o aforismo de O Crep sculo dos dolos tais 222 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico inst ncias se perderam no tempo restando apenas seu residuum Nietzsche 2000 p 72 N o podemos esgotar a quest o da embriagu s em Nietzsche nestas linhas t o pouco essa nossa
243. ndido por abordagens que presumem as seguintes etapas introdu o crescimento desenvolvimento maturidade e decl nio e outros ou seja as etapas entre entrar na moda e sair de moda Entretanto esta pesquisa compreende ciclo de vida como o conjunto das etapas da vida do produto do ber o ao t mulo isto desde a extra o das mat rias primas que servem a sua fabrica o at sua elimina o como res duo passando por sua distribui o comercializa o e utiliza o 24 MOURA et al 2005 2 LIPOVETISKY 1989 26 KAZAZIAN 2005 36 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Principais aspectos regulat rios e instrumentos normativos relacionados ao setor no Brasil A ind stria t xtil e de confec o nacional est sujeita a sete Leis e Resolu es Federais relacionadas a pr ticas ambientais s o elas 1 Resolu o Conama n 357 2005 Classifica o dos corpos de gua condi es e padr es de lan amentos de efluentes Disp e sobre a classifica o dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento bem como estabelece as condi es e padr es de lan amento de efluentes 2 Lei n 6 938 1981 Pol tica Nacional do Meio Ambiente seus fins e mecanismos de formula o e aplica o Objetiva a preserva o melhoria e recupera o da qualidade ambiental prop cia vida visando assegurar no pa s condi es ao desenvolvimento socioecon
244. nergia na fase inicial de produ o da fibra enquanto as naturais consomem mais na fase de uso e manuten o o que na soma total acaba sendo favor vel ao sint tico numa propor o que depende da durabilidade do produto e do tipo de lavagem e secagem utilizado Dados do Centro de Pesquisas de Energia El trica do Grupo Eletrobr s mostram que 11 de toda energia el trica consumida nas resid ncias no Brasil s o utilizados em m quinas de lavar secadoras e ferro el trico BRUNO 2009 Uso de produtos t xicos Al m do uso de produtos qu micos impactantes nas reas de alvejamento tinturaria e estampagem deve se considerar em especial o uso de pesticidas e de agrot xicos nas monoculturas tradicionais de algod o causando doen as nos trabalhadores e poluindo o solo e o len ol fre tico O uso de agrot xicos no caso o Endosulfan nas planta es de algod o t m figurado como uma das a es de maior impacto ambiental e social no Brasil O algod o representa aproximadamente 90 do total de fibras naturais consumidas mundialmente Logo pode se considerar que o algod o a fibra de maior consumo no planeta No Brasil a participa o das fibras naturais na produ o t xtil chega a alcan ar 71 enquanto as sint ticas representam cerca de 24 e as artificiais atingem somente 5 do consumo de acordo com Simone Santos 2007 No conjunto das fibras naturais o algod o representa 85 do total manufaturado pela ind stria
245. ng the concept of reverse logistics which is the return of the products to companies for new utilization and reuse of discarded pieces serving as raw material in social enterprises The reuse of discarded pieces of clothing as raw material for the development new products contributes to the reduction of environmental and social impacts Keywords fashion sustainability reverse logistics 1 Introdu o Em todas as cadeias de produ o e consumo s o gerados impactos ambientais principalmente se os produtos forem descartados de forma err nea se 85 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico transformando em lixo ou seja um problema ambiental que deve ser minimizado e revertido No setor t xtil a discuss o sobre o destino dos produtos ap s uso ainda recente n o h regulamenta o estabelecida para definir o que deve ser feito com os produtos quando descartados As campanhas de institui es e organiza es que arrecadam pe as de vestu rio s o uma forma de reaproveit las pois geralmente s o destinadas para pessoas que necessitam de roupas sendo uma alternativa para os doadores quando deixaram de us las No entanto a quantidade excessiva de doa es e o estado de conserva o das pe as se assemelham ao problema do descarte dos demais res duos s lidos encontrando se misturadas pe as em bom estado com outras sujas e rasgadas o que aumenta o tempo com a triagem prepara o e desti
246. nho a n vel mundial quanto adequa o quest o ambiental global Entretanto necess rio apurarmos primeiramente seus dados e seu vulto enquanto parque industrial De acordo com os ltimos dados da Abit o parque t xtil nacional apresenta aos seguintes dados Y Faturamento da Cadeia T xtil e de Confec o US 67 bilh es contra US 60 5 bilh es em 2010 Y Exporta es sem fibra de algod o US 1 42 bilh o contra US 1 44 bilh o em 2010 v Importa es sem fibra de algod o US 6 17 bilh es contra US 4 97 bilh es em 2010 Y Saldo da balan a comercial sem fibra de algod o US 4 74 bilh es negativos contra US 3 53 bilh es negativos em 2010 v Investimentos no setor US 2 5 bilh es estimativa contra US 2 bilh es 2010 Y Produ o m dia de confec o 9 8 bilh es de pe as vestu rio cama mesa e banho Y Trabalhadores 1 7 milh o de empregados diretos e 8 milh es de adicionarmos os indiretos e efeito renda dos quais 75 s o de m o de obra feminina v 2 maior empregador da ind stria de transforma o perdendo apenas para alimentos e bebidas juntos v 2 maior gerador do primeiro emprego v N mero de empresas 30 mil em todo o Pa s formais vY Quarto maior parque produtivo de confec o do mundo v Quinto maior produtor t xtil do mundo 7 Dados gerais do setor atualizados em 2012 referentes ao ano de 2011 20 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 61
247. nho se apresenta em rela o figura humana e conclu rem se o modelo ficou conforme o planejado no setor de cria o Isso permite envolvimento direto com a cria o do modelo e sua forma pois podem ser percebidas as propor es e feitas mudan as enquanto o modelo est no manequim at obter a sua adequa o poss vel acompanhar visualizando a sua evolu o fazer mudan as e varia es modelagem Para tanto necess rio conhecer a anatomia do corpo para poder vesti lo como apresentado na sequ ncia 3 O Corpo Para trabalhar com o vestu rio necess rio conhecer a anatomia do corpo humano para represent lo no tra ado bidimensional modelagem plana ou criar sobre ele modelos do vestu rio modelagem tridimensional Deve se conhecer tamb m o meio cultural onde este corpo esta inserido e os valores atribu dos por esta sociedade ao vestu rio O corpo um dos canais de materializa o do pensamento do perceber e do sentir o respons vel por conectar o ser com seu mundo e este com o seu corpo distinguindo se dos outros homens SILVA 1996 A concep o da ideia do vestu rio deve portanto estar atrelada ao corpo pois ele que se apropriar do produto No atual contexto percebe se grande mudan a no mercado consumidor da moda que busca mais individualidade valoriza e protege mais o corpo H a busca por formas de vestu rio que contribuam para a beleza do corpo e acima de tudo que propicie
248. no ao meio ambiente 63 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Pr produ o a Produ o Minimiza o I 2 I desmaterializa o de Distribui o Escolha de recursos recursos T de baixo impacto Utiliza o Otimiza o da vida 1 Extens o da vida dos produtos dos materiais Descarte Facilidade de desmontagem Figura 1 Estrat gias da sustentabilidade ambiental aplicadas ao Life Cycle Design Fonte Silva et al 2009 Estas estrat gias de projeto podem assumir diferentes n veis de desempenho sobre os requisitos da sustentabilidade ambiental podendo variar desde a redu o de materiais reutiliza o e biocompatibilidade at a minimiza o dos impactos ambientais decorrentes da avalia o e interfer ncia em todas as fases do ciclo de vida do produto Neste contexto n o ocorre uma altera o profunda no estilo de vida e de consumo dos usu rios mas o design passa a influenciar as escolhas do consumidor iniciando um direcionamento para a sustentabilidade conforme defendem Manzini e Vezzoli 2002 Observa se que esta dimens o da sustentabilidade com enfoque ambiental j se encontram em um bom n vel de consolida o no que tange realiza o de pesquisas sobre o tema Por outro lado ainda apresenta um discreto n vel de dissemina o no plano pr tico visto que s o necess rios esfor os mais contundentes em todos os estratos sociais e institucionais a
249. nomia solid ria e deste modo no in cio do s culo XX se principia a constru o de um novo modo de reconhecimento das teorias e das pr ticas que comp em este campo VIEIRA 2006 A reconstru o te rica e a revis o das pr ticas sociais teve maior nfase durante o desenvolvimento das atividades da economia solid ria no 2 e no 3 F rum Social Mundial quando se estabeleceu um Grupo de Trabalho GT Brasileiro de Economia Solid ria que congregava variadas institui es nacionais e internacionais vinculadas ao tema No final do ano de 2002 com a perspectiva de elei o do candidato do Partido dos Trabalhadores PT para cargo de Presidente da Rep blica foi realizada uma reuni o nacional em que se deliberou pela elabora o de uma carta intitulada de Economia solid ria como estrat gia pol tica de desenvolvimento a ser enviada ao Presidente eleito em que se propunha o desenvolvimento de a es orientadas para a consolida o de pol ticas p blicas e a cria o de uma Secretaria Nacional de Economia Solid ria MTE 2013 Na 1 Plen ria Nacional de Economia Solid ria realizada em dezembro de 2002 teve in cio a discuss o para a delimita o da identidade coletiva do movimento sua plataforma de lutas e sua organiza o pol tica que se fundamentavam na cria o de um f rum nacional de economia solid ria MTE 2013 PEREIRA 2011 Durante a 2 Plen ria Nacional que ocorreu no mbito do 3 FSM em jan
250. nos de desalinho de pol ticas tributarias e de exporta o importa o que perecem balan ar os alicerces de nosso parque t xtil em toda sua completude parece muito distante e talvez desapropriado falar sobre Desenvolvimento Sustent vel redu o de emiss es de carbono gest o da gua e da bio diversidade entretanto n o parece justo apartar o quinto maior parque t xtil do alinhamento ideol gico logo pol tico social e econ mico que a quest o ambiental inaugurou na contemporaneidade N o seria legitimo falar no desenvolvimento deste imenso potencial nacional sem levantar todas as medidas que se tem tomado para que este desenvolvimento se preconize sustent vel logo alinhado com os padr es globais Impactos ambientais causados pela ind stria t xtil A ind stria t xtil n o apenas considerada como uma das mais impactantes como tamb m uma das mais complexas no sentido de rastreio de impactos e tamb m de controle destes De acordo com estudo realizado pela Ong Brit nica Forum for the Future lan ado em 2007 existem dois pontos principais que corroboram neste sentido 19 20 Vers es anteriores desta parte do artigo foram publicadas no livro Moda e Sustentabildiade uma reflex o necess ria Editora Esta o das Letras e Cores SP 2012 De autoria de Berlim Lilyan E Fashioning Sustainability Forum for the Future 2007 31 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico
251. nos e todos os interessados Quando registrada as etapas da interpreta o do modelo com explica es escritas e desenhos t cnicos este conhecimento pode ser arquivado e usado sempre que for necess rio 6 Conclus o Constatou se que a t cnica moulage por ser trabalhada diretamente sobre o corpo torna poss vel a manipula o do tecido produzindo efeitos criativos com volumes e formas inesperadas Esta t cnica aplicada com os requisitos necess rios a sua qualidade melhora a produ o dentro da ind stria por proporcionar a visualiza o do produto antes da montagem do prot tipo mostrando o caimento volume e a forma desejada Desta maneira a produ o do vestu rio mais r pida pois a visualiza o da 170 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico tridimensionalidade do produto efetivamente permite a avalia o imediata dos crit rios ergon micos viabilidade t cnica e est tica antes mesmo da sua confec o A t cnica tamb m facilita a criatividade e consequentemente maior variedade de produtos diferenciados que possibilitam melhor intera o entre o corpo e o tecido importante destacar que no desenvolvimento da modelagem do vestu rio devem ser aplicados os conhecimentos anat micos humanos a fim de acomodar o conjunto de mobilidades e fun es do corpo Sendo assim preciso tomar conhecimento do funcionamento de cada parte do corpo e seus movimentos para que o vestu
252. nsumida por v rias pessoas inclusive as que possuem defici ncia A aten o a este nicho bem espec fico do mercado que s o as PcD pode ser considerado como a diferencia o local se olharmos de fora em dire o ao Brasil mesmo sabendo que em todos os pa ses existem PcD pois sua propor o justifica uma produ o espec fica Neste sentido entendesse o paradigma das empresas que ter o sucesso no futuro onde os consumidores devem ser entendidos como cocriadores de suas experi ncias pois dar o as informa es necess rias para que se projetem experi ncias positivas necess rio encarar os clientes como fonte de informa es para novas estrat gias o que demanda foco nas interfaces entre empresa e clientes As informa es sobre inova o mencionadas acima colaboram com a id ia de focar em um p blico espec fico pesquisar e entender estas pessoas ouv las produzir para as PcD de forma singular por meio da personaliza o Caso a empresa n o tenha estrutura para fazer todos os processos vale lembrar que a colabora o entre empresas tamb m um diferencial terceirizar servi os e investir na interface com o cliente pode ser a solu o de sucesso de das empresas 3 4 Tecnologia Assistiva TA e Servi o de Consultoria de Moda Assistiva Tecnologia Assistiva um termo utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e servi os que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de
253. ntes na Europa o relat rio aponta nas seguintes dire es crescimento econ mico mudan as das formas produtivas tecnologias incorpora o dos constrangimentos ambientais at ent o tratados como externalidades pol ticas de gest o ambientais certifica es e normatiza es ecodesign e finalmente regulamenta es ambientais Todas as demais conven es ambientais globais a partir de Brundtland passaram a reafirmar o termo sustentabilidade e os valores do desenvolvimento sustent vel Entretanto logo a seguir na Rio 92 a quest o clim tica global foi al ada como uma das mais s rias quest es ambientais do mil nio A maior parte das quest es ambientais a partir deste momento estaria conectada a redu o das emiss es de gases de efeito estufa consequentemente ao menor uso de energia e de materiais Os pa ses industrializados a partir de ent o regulamentaram e normatizaram seus parques industriais e a es comerciais com a finalidade de continuar a se desenvolver economicamente sem inviabilizar o car ter sustent vel que os aspectos culturais sociais e especialmente ambientais demandavam Mecanismo de gerenciamento de produ es e meios de produ o menos impactante como o Sistema de Gest o Ambiental SGA e o conceito de Produ o Limpa PL foram implementados Projetos foram constru dos e implementados sob a legitimidade do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo MDL o grande legado do Protocolo de
254. nto do Estado quanto dos empreendimentos desenvolvidos sob sua tutela te rico pr tica Deste modo os fundamentos da economia solid ria s o abordados neste t pico de acordo com sua compreens o formal disseminada pelas institui es de fomento Estes princ pios s o disseminados entre as cooperativas e associa es produtivas com a finalidade de propiciar benef cios em sua forma o assessoria e assist ncia tendo em vista promover sua autossufici ncia e sustentabilidade Compreende se entretanto a exist ncia de controv rsias imprecis es e fragilidades nas teoriza es e pr ticas que envolvem a defini o dos princ pios solid rios entretanto estas discuss es n o cabem no escopo deste trabalho Este fato se deve variegada composi o conceitual pois as discuss es em torno do campo ainda n o resultaram em uma conson ncia emp rica e anal tica e deste modo as teoriza es acerca da economia solid ria ainda s o compostas por defesas acirradas e cr ticas contundentes 3 Preceitos de design para a promo o de melhorias ambientais sociais e econ micas Tendo em vista os desafios no campo do design para a promo o de melhorias efetivas para os indiv duos e para o ambiente j s o identificadas importantes iniciativas para a reformula o das pr ticas de projeto orientadas para a articula o entre as atividades projetuais do design e a preserva o social ambiental e econ mica em seus diversos desdobram
255. nto suplementar da gua captada que em geral tem qualidade inferior desejada Ainda de acordo com Simone Santos 2007 um exemplo de como solucionar a quest o da utiliza o da gua mostrado pela empresa Hering em sua f brica do bairro de Itoror em Blumenau SC De acordo com a autora a gua que devolvida para o Ribeir o da Velha tem melhor qualidade do que quando captada ou seja mais polu da quando entra do que quando sai da f brica devido ao tratamento feito em sua esta o O processo utilizado no tratamento da gua al m de melhorar sua qualidade e superar os n veis exigidos pela legisla o poder produzir no futuro importante insumo para o setor de cer mica pois neste processo formam se res duos da tinta utilizada o qual depois de seco pode fazer parte de lajotas e pisos Y Gera o de res duos s lidos A ind stria t xtil possui um elevado potencial de gera o de res duos s lidos Dentre as etapas de maior potencial de gera o desses res duos est o as etapas de tecelagem e corte do tecido gerando um montante significativo de p los que s o as sobras do processo de fia o do fio as buchas que s o as sobras dos fios no processo de 35 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico tecelagem e os retalhos que s o gerados no corte Todos estes res duos t xteis s lidos encontram mercado quando transformados em estopas ou enchimentos para tra
256. ntratadas s o A empresa possui e segue as recomenda es do PPRA Programa de Preven o de Riscos Ambientais e este atualizado anualmente A empresa possui e segue as recomenda es do PCMSO Programa de Controle M dico e Sa de Ocupacional definido de acordo com todos os requisitos da NR 07 e atualizado anualmente O ASO Atestado de Sa de Ocupacional est atualizado e contempla todos os exames previstos no PCMSO para as fun es consideradas A CIPA Comiss o Interna de Preven o de Acidentes est estabelecida de acordo com a NR 05 Nos casos de n o obrigatoriedade da CIPA h um representante da empresa 178 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico respons vel pelas quest es de sa de e seguran a As horas de trabalho devem estar de acordo com as leis nacionais e com a base do setor industrial ou com aquela que ofere a maior prote o Os trabalhadores n o dever o exceder 44 regulares 10 horas extras semanais n o poder o exceder e dever o ter no m nimo um dia de folga para cada per odo de 7 dias FE evidenciado o uso de notas fiscais Na quest o dos EPI s ser avaliado se h situa es em que o trabalhador est exposto a situa es de risco sem a devida prote o Se a resposta for afirmativa a empresa dever disponibilizar os EPT s para os colaboradores e os mesmos ter o que ser adequados conforme o certificado de aprova o dispon
257. nvolve conceitos imateriais como a pr pria consci ncia do consumidor para desenvolver o projeto o designer deve levar em conta a cultura e o comportamento do consumidor destacando pontos que devem ser modificados a fim de criar uma consci ncia ecol gica e social O ecodesign trata de uma abordagem que consiste em reduzir os impactos ambientais de um produto conservando sua qualidade de uso e otimizando a qualidade 108 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico de vida do usu rio Para tanto o designer respons vel pela proje o desse produto deve tomar consci ncia de cada etapa de produ o e cria o desse produto levando em conta a concep o da mat ria prima at seu descarte Segundo Kazazian 2005 p 36 Na busca de melhor compromisso o criador seleciona e articula solu es sobre todo o ciclo de vida do produto integrando o conjunto dos impactos ambientais O ecodesign uma abordagem global que exige uma nova maneira de conceber Primeiramente prevendo se o futuro do produto para reduzir o impacto ambiental por todo o ciclo de vida fabrica o uso fim de vida Em seguida considerando se o produto como um sistema constitu do tanto por componentes quanto por consum veis pe as para troca suportes publicit rios embalagens utilizadas para todos esses elementos cujo impacto pode s vezes ser maior que o do produto em si mas tamb m sobretudo o criador escolhe como finalidade a ut
258. o Promo o da economia local Fortalecer e valorizar os Produ o recursos locais Distribui o Promo o de organiza es em rede Respeito e valoriza o Utiliza o da cultura local Descarte Valoriza o e reintegra o dos res duos Figura 3 Estrat gias da sustentabilidade econ mica aplicadas ao Life Cycle Design 68 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Fonte Silva et al 2009 Com a inser o dos princ pios da sustentabilidade no Life Cycle Design torna se poss vel ampliar a desempenho das empresas e institui es empregando a sustentabilidade em todas as suas dimens es como valor agregado aos produtos e servi os com repercuss es desde o design de seus produtos at a configura o de todo o sistema de produ o e consumo 4 A rea do design de moda e as interconex es com a economia solid ria A cadeia produtiva t xtil considerada um dos setores mais importantes da economia global Pode se afirmar que este setor gera muitos empregos desde o plantio da mat ria prima os processos de fia o tecelagem tinturaria confec o beneficiamento at a distribui o e a venda no varejo BERLIM 2012 Este sistema tem como principal fonte geradora de lucros a produ o de vestu rio fomentada por n meros significativos de vendas e de v nculos empregat cios que o movimentam Deste modo grandes ind strias da rea t xtil b
259. o busto e a cava Dar piques e prender a lateral ajustando o tecido no corpo 12 Modelar e alfinetar o decote ajustando a forma da manga japonesa 13 Ajustar o tecido do recorte sobre o drapeado e alfinetar 14 Manga modelar de acordo com o desenho da fita sutache Alfinetar a lateral dando o formato da manga e da cava Desenho da Cava entrar aproximadamente 5cm no contorno da cava iniciando o forma da manga japonesa Modelar o ombro de acordo com o desenho e alfinetar No refilamento a cava das mangas ser corrigida e ficar o ambas iguais Costas 15 Posicionar o tecido na linha central das costas e na linha do quadril 16 Direcionar o tecido em dire o jun o da cava da frente e at o inicio do tra ado da manga 17 Modelar o tecido das costas no formato do recorte em dire o linha lateral da cintura manuseando o tecido sem formar pence Aten o a linha do quadril se deslocou para baixo Alfinetar a lateral e marcar a nova linha do quadril A linha central das costas tamb m se deslocou Refazer a linha central das costas 168 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico 18 Abaixo do quadril deslocar o fio do centro das costas para a esquerda dando um embebimento no tecido para formar o bojo da parte traseira do corpo 19 Dobrar o tecido do recorte lateral das costas e da saia sobre a frente Dar piques para formar a curva lateral da cintura Observa o Marcar todos
260. o de Outono Inverno 2011 Foram oito cole es apresentadas ao p blico As ltimas duas cole es foram apresentadas no line up do Fashion Rio Na ltima exibi o do evento a 2nd Floor foi apresentada a cole o Outono Inverno 2012 em rela o a qual o web site ainda encontra se desatualizado 197 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico ellus second floor S allys second loor loor Figura 04 marca 2nd Floor Fonte adaptado pela autora de www inbrands com br A personalidade jovem sempre disposta a lan ar novas ideias considerada o DNA da marca que sempre conta com nomes importantes para endosso Nas primeiras cole es a estilista respons vel foi a reconhecida Rita Wainer No ano de 2008 a modelo e fashionista Alice Dellal estrelou a campanha publicit ria da 2nd Estampas j foram criadas pelo design Bruno 9Li exclusivamente para a marca Ao unir outros sentidos para a experi ncia de marca a 2nd Floor j teve trilha sonora arranjada ao vivo pelo pianista Vitor Ara jo Assim como na apresenta o da cole o Primavera Ver o 2010 a marca trouxe para a passarela a bailarina Nathalie Oliveira Pusci ND FLOOR 2012 Atualmente a cria o da marca est sob a responsabilidade do estilista Thiago Marcon sob a dire o de Adriana Bozon Amplamente valorizada pelo esp rito criativo e de vanguarda a marca vendida em todo o territ rio nacional principalmente em lojas m
261. o de vida dos produtos da Justa Trama Os cooperados da COPERT XTIL que trabalham na fia o e tecelagem utilizam a estrutura de uma f brica em situa o de fal ncia administram o neg cio e dividem os lucros gerando assim trabalho e renda para a regi o Os cooperados que trabalham na confec o das pe as na UNIVENS RS e na Fio Nobre SC e na coleta das sementes para os bordados aplicados nas pe as na A a RO tamb m participam da divis o dos lucros de acordo com sua produ o Este modelo produtivo de coopera o propicia in meros benef cios para os trabalhadores como a equidade entre os atores envolvidos melhoria das condi es de trabalho e emprego promo o da coes o social pois contribui para a gera o de melhores condi es de trabalho e renda 4 1 2 3 An lise da etapa da distribui o Os segmentos dos produtos atendem ao p blico masculino e feminino com camisetas jaquetas bermudas cal as vestidos e acess rios que podem ser adquiridos na loja virtual da Justa Trama A comercializa o das pe as feita por meio do com rcio online de feiras e em tr s lojas f sicas duas situadas em Porto Alegre RS e uma em Itaja SC Segundo Let cia Balester colaboradora do setor comercial da Justa Trama a venda via e commerce foi uma boa op o pois quem compra geralmente j conhece os produtos ofertados em feiras ou lojas De acordo com Balester 2013 As feiras s o excelentes para dar visibilidade
262. o que nasceu a Justa Trama no ano de 2005 com a finalidade de compor uma marca para representar uma associa o de cooperativas iniciada a partir da ideia de desenvolvimento da cadeia produtiva do algod o agroecol gico um produto que do come o ao fim de vida fosse desenvolvido de forma solid ria valorizando tanto o trabalho dos colabores envolvidos no processo quanto a qualidade e a sustentabilidade ambiental A cadeia produtiva iniciou suas atividades em 2004 com o desafio de produzir sessenta mil bolsas para o F rum Social Mundial de 2005 sediado em Porto Alegre RS e esta e AGRICULTURA SUSTENT VEL Efeitos dos agroqu micos Dispon vel em lt http www agrisustentavel com toxicos efeitos htm gt Acesso em 14 de junho de 2013 41 O algod o org nico obtido em sistemas sustent veis mediante o manejo e a prote o dos recursos naturais sem a utiliza o de agrot xicos adubos qu micos ou outros insumos que possam de certa forma ser prejudiciais sa de humana e animal e ao meio ambiente mantendo e recuperando a fertilidade e a vida dos solos e a diversidade dos seres vivos ALBUQUERQUE et al 2010 73 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico atividade marcou o in cio do empreendimento Justa Trama Participaram da produ o das sacolas a Cooperativa Nova Esperan a CONES de Nova Odessa SP respons vel pela fia o e pela tecelagem e a Cooperativa de Trabalhadores na Fia o TEXTI
263. o seria a demanda brasileira de produ o de vestu rio para pessoas com defici ncia O objetivo principal deste artigo apresentar uma estrat gia de diferencia o para confec es brasileiras a partir da oferta do servi o de Consultor de Moda Assistiva produzindo vestu rio para clientes com defici ncia Os objetivos espec ficos s o Trazer conceitos de estrat gias de gest o e design para propor uma nova estrat gia em termos de servi o Apresentar um panorama geral do p blico alvo para o qual se deseja produzir pessoas com defici ncia Apresentar exemplos que j existem de presta o de servi os para PcD e no mercado de moda A justificativa desta pesquisa diz respeito preocupa o dos autores com a concorr ncia pela qual o mercado de moda nacional vem passando Momentos como este causam o fechamento de muitas empresas que n o conseguem visualizar uma nova maneira de produzir e vender seus produtos Para tanto uniu se a esta preocupa o uma segunda a necessidade de produ o de vestu rio adaptado as demandas das pessoas com defici ncia e percebeu se que uma pode ser a solu o para a outra Segundo as pesquisas realizadas pelos autores para tornar vi vel e poss vel essa jun o seria necess rio um servi o e um profissional para desenvolv lo para suprir esta necessidade fora estudados servi os de moda e referentes a tecnologia assistiva que foram unidas na presta o de servi o do Consultor de Mod
264. o termo passou a ser relacionado a aspectos mais culturais qualitativos como modifica es em n vel emocional estrutural psicol gicos ou de modo de vida que levam as pessoas a agirem de um modo ao inv s de outro Uma tend ncia tamb m pode ser descrita como uma anomalia uma excentricidade incongru ncia ou digress o da norma que vinha crescendo em notoriedade a um longo per odo de tempo medida que se somam cada vez mais pessoas produtos e ideias determinada mudan a A principal ideia que de certo modo anularia a imposi o de tend ncias por uma ind stria diz respeito profus o de estilos explorada pelo fil sofo italiano Massimo Baldini O autor atesta que h quem defenda que a moda foi derrubada pelos estilos e quem diga que os consumidores se movem agora no interior de uma aut ntico supermercado de tend ncias BALDINI 2005 p 56 O autor relata que n o h mais a presen a de uma corte ou uma pot ncia imperial que fixaria com legitimidade e ampla aceita o o que estaria em voga em um determinado momento 190 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Pode n o haver um consenso sobre a validade cient fica do conceito de esp rito do tempo mas uma coisa ineg vel que as diversas manifesta es da moda e o grau de desenvolvimento tecnol gico de uma poca s o fatores decisivos para o desenho dos tra os e dos contornos que definem o esp rito de um tempo CAL
265. ocorrido no final do s c XVIII onde muito se escreveu e se produziu em prol da racionalidade e da produtividade Ao fragmentar o trabalho dividiram se os saberes de cria o e execu o Na ind stria do vestu rio um dos modos de fragmenta o a terceiriza o nos dias atuais bastante expressiva e ocorre com maior nfase na etapa da montagem das pe as trabalho este realizado pelas fac es e 175 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico envolve os saberes femininos O trabalho de concep o ou cria o com frequ ncia realizado por empresas detentoras das marcas delegando a terceiros o trabalho de execu o Esse processo tem implicado no aviltamento das condi es e rela es de trabalho com exig ncia por produtividade e qualidade Ara jo 1996 exp e que a produ o da ind stria de vestu rio em uma vis o mundial nas ltimas d cadas tem passado para os pa ses menos desenvolvidos com m o de obra barata sendo exigida a garantia de conformidades especifica es e entrega dentro do prazo onde paga se pouco e exige se qualidade e o desenvolvimento do produto e o marketing continuam sendo elaborados nos pa ses desenvolvidos que possuem m o de obra cara Do mesmo modo o estudo de Caleffi 2008 revela que a terceiriza o na Ind stria do vestu rio configura se em uma imensa rede produtiva ocorrendo sal rios mais baixos e precariza o das condi es de trabalho conforme a
266. oda enquanto neg cio uma mistura complexa de fatores pessoais culturais econ micos e sociais Grande parte da ind stria da moda procura atender o mercado e se alinhar a estas demandas e ao criar modelos de neg cio que oferecem a novidade a pre os acess veis o consumidor passa a consumir cada vez mais principalmente produtos descart veis Em contrapartida outro setor desta ind stria o da moda sustent vel ou tica busca trazer alternativas para este cen rio no qual enxerga solu es que trazem limita es ao estilo de vida contempor neo mas que prop em vidas que valem a pena ser vividas Como a moda sustent vel pode entrar nessa arena e conseguir trazer para si um quinh o deste mercado Palavras chave Consumo Sustentabilidade Moda Abstract The current Zeitgeist the spirit of the time is an unrestricted pluralism with extremely rapid changes that reflect the current fashion And fashion as a business is a complex mixture of personal cultural economic and social factors Major part of the fashion industry meets market demand and align with them and by creating business models that offer affordable novelties the consumer starts to consume more and more mainly throwaway products On the other hand another sector of the industry the sustainable and ethical fashion seeks to bring alternatives to this scenario in which sees solutions that bring limitations to the contemporary lifestyle but propose lives that are
267. odrigues A log stica reversa do lixo tecnol gico Um estudo sobre o projeto de coleta de l mpadas pilhas e baterias da Braskem Rgsa Revista de Gest o Social e Ambiental S o Paulo v 3 p 120 136 01 set 2009 Dispon vel em lt www gestaosocioambiental net gt Acesso em 03 jun 2013 100 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Constru o de uma cole o de moda com apelo s cio ambiental an lise de uma metodologia sustent vel Luana Esther Geiss Resumo As pr ticas s cio ambientais conformam se como premissa fundamental para a qualidade de vida do planeta Observando a moda como uma linguagem de comunica o poss vel configur la como uma ferramenta que possibilite a pr tica e a conscientiza o tica sustent vel O presente projeto objetiva aliar princ pios s cio ambientais ao m todo projetual do design de moda O resultado sugere a cria o de pe as de vestu rio que visam a redu o dos impactos ambientais e a inclus o social de classes ou grupos menos favorecidos no processo de elabora o de uma cole o de moda Nesse sentido afirmando a viabilidade de comercializa o de um produto de qualidade que atenda os desejos e necessidades do p blico delimitado Palavras chave design de moda sustentabilidade responsabilidade social Abstract The social environmental practices conform as a fundamental premise to the planet s life quality Observing the fashion as
268. oduto vestu rio com o corpo humano A adequa o dos modelos do vestu rio ao corpo dos usu rios est relacionada aos conhecimentos sobre antropometria ergonomia morfologia do corpo humano tecido geometria equa es matem ticas e a fun o de uso do produto e por fim a capacidade de relacionar esses conte dos para chegar a um objeto tridimensional que veste o corpo A modelagem apoia se nestes conhecimentos que favorecem a rela o do corpo com a roupa Dentre as t cnicas de modelagem pode ser utilizada a moulage como ferramenta de inova o pela possibilidade durante o processo de trabalho da cria o de modelagens diferenciadas Com esta t cnica os profissionais das ind strias de confec o podem visualizar dois elementos de naturezas diferentes a mat ria t xtil de car ter bidimensional e a estrutura corporal tridimensional como base na cria o do modelo do vestu rio A modelagem tridimensional facilita a percep o da morfologia do corpo humano estimula a criativa de novas formas com diferentes caimentos dos t xteis por meio de amarra es drapeados ou formas inusitadas do posicionamento do tecido no corpo Este artigo apresenta a interpreta o de um modelo do vestu rio feminino com o uso da t cnica moulage Busca se neste contexto a compreens o da constitui o anat mica e posi o das linhas estruturais do corpo com o intu do de entender a constru o de sua forma e o caimento do modelo Apresentam s
269. oi fabricada a fibra sint tica Quanta gente foi envolvida no processo de fabrica o e em que condi es de trabalho Quantos quil metros esta pe a que voc est usando teve de viajar e portanto quanto CO2 produziu Quantos e quais produtos qu micos foram usados para dar a cor o formato e a consist ncia que voc tanto aprecia Quanta energia foi usada no plantio colheita e transforma o das fibras naturais ou na fabrica o das fibras sint ticas ou ainda no transporte armazenamento e disposi o nos displays de venda E a lavagem e secagem cotidiana em nossas casas Ind stria t xtil e desenvolvimento sustent vel A ind stria um dos fatores indispens veis ao desenvolvimento das sociedades modernas e sua atua o na economia fundamental Os bens e servi o que a ind stria oferece hoje em dia atende a muitas das necessidades essenciais dos seres humanos entretanto seu saldo n o apenas positivo Como j se sabe a industrializa o causou desequil brios na natureza e por conseguinte no meio ambiente humano e nas estruturas sociais A Revolu o Industrial come ou na Europa no s culo XVIII e se estendeu para os EUA e o Jap o numa din mica crescente subordinada l gica de um processo 15 GUIMAR ES Renato 2011 27 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico acumulativo de bens e capital Tal din mica constitu a uma ruptura com todos os padr es vigentes at
270. oiar a autonomia e a forma o de trabalhadores e contribuir para a gera o de renda e ocupa o Outro representante dos princ pios solid rios a organiza o que comp e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST congregado inicialmente sob a bandeira de luta pela reforma agr ria Este movimento tem como marco de sua constru o o 1 Encontro Nacional dos Sem Terra realizado em Cascavel PR em 1984 Desde ent o o MST se caracteriza como elemento propulsor dos princ pios solid rios coadunando lutas pol ticas e a es orientadas para a inclus o social Atualmente o MST assume a liga o entre as experi ncias de autogest o o ide rio sociopol tico e a economia solid ria entretanto devido s tens es e diverg ncias entre estas idea es o mesmo n o toma a economia solid ria como emblema LECHAT op cit apud PEREIRA p 40 Com as mudan as que ocorreram no mundo do trabalho e com o consequente aumento da massa de desempregados no Brasil no final do s culo XX o sindicalismo transfere suas a es mais reivindicat rias de oposi o ao poder p blico e ao empresariado para atuar em favor de solu es mais tang veis Assim passa a colaborar com a es no mbito da economia solid ria que ampliam as possibilidades de trabalho e emprego pois a identifica como um meio de resgate dos indiv duos das margens do sistema Esta nova abordagem trouxe baila a discuss o sobre o desenvolvimento de projet
271. onal e intelectual Um dos desafios dos pa ses em desenvolvimento a grande quantidade de PcD que carecem de produtos e servi os que os atendam As guerras internas problemas com o tr nsito e desastres ambientais s o alguns dos fatores que deixam mutilados e PcD gerando pol ticas e incentivos governamentais a fim de que todos os setores da economia busquem incluir esta faixa da popula o das PcD nos estudos trabalhos produtos servi os e atividades gerais do cotidiano Um fator limitante dos pa ses em desenvolvimento o poder aquisitivo da popula o e fazendo uma liga o deste fator com as estrat gias gen ricas que Porter 1986 prop s a Lideran a de Custos deve ocorrer a fim de oferecer produtos em um valor coerente com o que o consumidor possa pagar Em se tratando do vestu rio para PcD ainda n o existem muitos concorrentes os que existem s o internacionais que praticam pre os acima das condi es da maioria das PcD brasileiras visto que os pre os praticados s o em moedas de valor diferente do Real e que as pesquisas do ltimo Censo IBGE 2010 apontam que as PcD em sua maioria possuem escolaridade e recebem sal rios inferiores em rela o as pessoas sem nenhuma defici ncia 131 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Tendo em vista os paradigmas de produ o para pa ses emergente com um poder aquisitivo n o muito elevado e com problemas de ordem social coloca se o segu
272. onde ele poderia iniciar uma conversa n o liberado ou seja os usu rios n o tem a liberdade para postar espontaneamente uma mensagem na p gina Esses resultados demonstram de maneira clara que as empresas embora presentes nesta nova plataforma de comunica o ainda n o sabem como se comportar dentro desta corretamente visto que exigem um comportamento social e n o profissional das marcas como apontado por Kaplan Haenlein 2010 CONSIDERA ES FINAIS O objetivo deste trabalho foi identificar como as marcas de luxo est o utilizando as redes sociais para comunicar se como p de ser verificado durante o desenvolvimento do mesmo as m dias sociais apresentam se como novas ferramentas de comunica o de marketing O estudo fundamentou se nos casos de tr s marcas de luxo de elevado valor Louis Vuitton Herm s e Gucci Todas as marcas analisadas est o As tr s marcas analisadas Louis Vuitton Herm s e Gucci est o presentes no Facebook por meio das Fan Pages que se diferenciam das p ginas de perfil justamento por ser uma abordagem empresarial permitindo que o usu rio curta a marca ao inv s de adicion la como amiga Estas apresentaram crescimento do n mero de usu rios que curtiram a p gina o que demonstra um aumento da popularidade da marca dentro da rede social Nota se ao observar a m dia de curtidas compartilhamentos e coment rios que estes usu rios apresentam se engajados nas a es das marcas na
273. ontroles sensoriais integrados ao produto acerca do efetivo consumo em tempo real Tang e Bhamra 2008 M TODO DE PESQUISA No Projeto E Wise a pesquisa de campo propriamente dita dividiu se em tr s etapas 39 ce consecutivas survey sondas culturais Mattelmaki 2006 e workshop de cen rios 232 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico futuros conforme ilustra a figura a seguir A survey mar o a dezembro 2011 elaborada em colabora o com todos os participantes da Rede 22 permitiu a caracteriza o mais geral da comunidade estudada com foco no consumo de gua e energia Seus resultados permitiram a defini o das fam lias que participaram da aplica o das sondas culturais outubro 2011 a outubro 2012 Ao todo participaram sete fam lias nesta etapa sendo que os dados foram coletados ao longo de uma semana em cada fam lia O resultado destas duas etapas survey e sondas culturais aliado base te rica obtida na revis o bibliogr fica subsidiou a realiza o do workshop de cen rios futuros novembro 2012 A pesquisa reportada em detalhe da na disserta o de Daros 2013 Resultados da survey percep o do consumode agua e energia na lagavem de roupa Dentre os objetivos da survey encontrava se a busca pela melhor compreens o sobre a efetiva percep o de consumo de gua e energia do usu rio Observou se razo vel proximidade entre a p
274. or de diferencia o e inova o visto que no pa s n o existem empresas que produzam industrialmente para este p blico Como contribui o principal deste artigo foi apresentada uma estrat gia de diferencia o para confec es brasileiras a partir da oferta do servi o de Consultor de Moda Assistiva para clientes deficientes O trabalho deste profissional consiste em encaminhar o cliente as oportunidades de neg cio da empresa avaliar inicialmente as defici ncias e demandas da PcD do ponto de vista de melhoras proporcionadas pelo vestu rio apresentar o que a loja j tem como solu o e o que poderia ser feito para o cliente implementar o produto entregando e explicando a forma de uso dar continuidade ao trabalho prestando aux lio quando necess rio e dar acompanhamento no caso de solicita o do cliente A presta o do servi o do Consultor de Moda Assistiva parte de modelos de servi os j existentes no campo de Tecnologia Assistiva e no mercado de moda As vantagens apresentadas com este servi o sua capacidade de tratar o cliente de forma pessoal e personalizada mesmo em um contexto industrial Sua fun o principal viabilizar a produ o industrial de vestu rio para PcD Para a empresa as vantagens s o a identifica o da imagem da empresa ligada a valores sociais alcance de um novo nicho de mercado aten o as demandas de pa ses subdesenvolvidos e em desenvolvimento estrat gia de diferencia o em rela
275. os planos e metas que orientam a es em dire o a um resultado esperado Segundo Porter 1986 as estrat gias podem ser gen ricas e competitivas Para Porter 1986 a estrat gia competitiva significa ser diferente dos concorrentes isto desenvolver um conjunto de atividades espec ficas para dar suporte posi o estrat gica Defender esta posi o entretanto depende do desenvolvimento de habilidades que os concorrentes ter o dificuldades para imitar As estrat gias gen ricas podem ser de tr s tipos lideran a de custos total diferencia o e enfoque A estrat gia de lideran a de custos total diz respeito lideran a no custo total do produto propiciando a empresa a praticar o pre o mais baixo do mercado O enfoque diz respeito a focar em um segmento de produtos um mercado geogr fico ou em um determinado grupo de clientes no caso deste artigo nas pessoas com defici ncia Por fim a diferencia o seria o que na vis o do cliente difere determinado produto ou empresa dos concorrentes e se for positivo levar a efetivar a compra Para este artigo a diferencia o percebida pelo cliente ser a preocupa o da empresa ou marca em produzir para as PcD sendo este um valor social associado ao produto A Cadeia de valor gen rico de Porter 1986 dividida em dois tipos a prim ria e a de suporte A prim ria diz respeito cria o do produto sua venda entrega para o usu rio e assist ncia p s venda Nesta os
276. os cooperativistas no pr prio sindicato tendo em vista a qualifica o de trabalhadores em estado de inseguran a empregat cia Partindo desta finalidade foi criado o projeto Integrar 55 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico em 1996 pela Confedera o Nacional dos Metal rgicos CNM CUT e Paul Singer foi convidado pela Central nica dos Trabalhadores CUT para analisar o projeto propondo ent o que fosse implantada uma incubadora para apoiar e viabilizar estes tipos de organiza o PEREIRA 2011 Estas discuss es marcam o in cio da associa o do sindicalismo com a economia solid ria que se consolida em 1999 com a cria o da Ag ncia de Desenvolvimento Solid rio ADS CUT em parceria com a Funda o Interuniversit ria de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho Unitrabalho com o Departamento Intersindical de Estat stica e Estudos Socioecon micos DIEESE com a Organiza o Intereclesi stica de Coopera o e Desenvolvimento ICCO entre outras institui es Desde o seu surgimento a ADS CUT passou a seguir o prop sito de gerar novas oportunidades de trabalho e renda em organiza es de car ter solid rio e contribuir com a constru o de alternativas de desenvolvimento social e sustent vel ADS CUT 2013 Destas vertentes de atua o derivou o desenvolvimento da Cooperativa Central e Economia Solid ria ECOSOL que a partir de sua constitui o em 2002 apresenta como meta inte
277. os detalhes do modelo antes de retirar do manequim 5 1 4 Refilamento 1 Retirar o trabalho do manequim todos os alfinetes e passar a ferro 2 Tirar as medidas do manequim que est sendo realizado o trabalho como no exemplo e dividir por 4 3 Somar as medidas com a folga A folga deve ser definida de acordo com o previsto para o movimento do corpo e do modelo Parte da frente do modelo Busto 14 da medida 1 cm frente maior 1 cm folga 21 1 1 23 cm Cintura 1 4 da medida 1 cm 1 cm 3 cm pence 16 1 1 3 21 cm Quadril 14 da medida 1 cm 1 cm 23 25 1 1 25 25cm Cava Corrigir as cavas deixando as duas iguais Drapeado Definitivo Ajustar a forma do drapeado em franzido distribuindo o volume de acordo com o recorte da lateral 3 1 5 An lise Final do Modelo Alfinetar o modelo e levar novamente ao manequim para an lise e ajuste final se for necess rio FIGURA10 169 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figura 10 An lise Final do Produto Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 Como observado todos os procedimentos pr ticos desta experi ncia individual fruto do conhecimento t cito constitu do por elementos cognitivos e t cnicos foram descritos tornando se conhecimento expl cito transmitido por interm dio de uma linguagem compreens vel Ao ser explicitado o conhecimento t cito codificado permitindo sua disponibiliza o para os alu
278. os requisitos abordam condi es laborais gest o ambiental e formaliza o portanto a tem tica da responsabilidade social meio ambiente e sustentabilidade est o na pauta da agenda contempor nea A ind stria de Confec o produz moda sendo o tema sustentabilidade um dos grandes desafios que se apresenta devido escassez de gua e consumo de energia proveniente de fonte n o renov vel como apontam as autoras Grose e Fletcher 2011 O novo paradigma conclama produ o de roupas para durarem mais roupas com 184 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico ciclo de produ o e consumo que utilize menos gua mais utiliza o do trabalho artesanal As autoras apontam a necessidade de pensar no ciclo de vida do produto como feito usado e descartado No aspecto do trabalho as mesmas ressaltam o papel do designer na cria o de produtos que envolvam o trabalho artesanal como fonte de renda para fam lias e valoriza o da cultura local Algumas empresas come am a produzir roupas dentro do conceito denominado slow fashion em oposi o ao fast fashion O primeiro refere se a produtos com maior durabilidade poss vel enquanto a intencionalidade do segundo que o produto se torne descart vel para estimular o consumo O estudo revelou que a dificuldade encontrada pelos subcontratados foi com as adequa es de estrutura f sica pois envolve investimento que exige quantias que as mesmas n o
279. ostra pesquisada observa se que estas apresentam um n mero elevado de usu rios curtindo as p ginas bem como participando das a es promovidas pelas marcas Em rela o s a es realizadas na rede nenhuma das marcas monitoradas apresentam posts todos os dias com exce o da Herm s as marcas costumam postar tr s vezes a cada quatro dias Dentre as tem ticas observou se como ponto comum entre as tr s marcas a quest o de publicar fotos de produtos e campanhas o que transforma a fan page em uma esp cie de catalogo virtual Por m nota se que em nenhum momento essa publica o tem o intuito de permitir que o usu rio participe do desenvolvimento do produto A imagem postada do produto finalizado assim o usu rio tem o direito de aceitar ou n o Com isso as marcas deixam de explorar a capacidade de cria o colaborativa dos produtos 215 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Nota se tamb m que ao contr rio do que sugere a literatura essas marcas n o est o utilizando o canal para estimular o di logo com o usu rio Os autores Bernoff Li 2008 e Andrade Mazzon Kartz 2006 sugerem que as redes sociais devem incentivam uma postura mais ativa do usu rio e proporcionar ferramentas para que este gere o conte do tamb m Se por um lado observa se que como caracter stica do Facebook o usu rio pode comentar as publica es da marca de outro lado v se que o espa o
280. pais fundamentos da institui o e deste modo os PACs iniciam a supera o das ideias de assistencialismo e seguem em dire o a um novo objetivo que consiste em fornecer subs dios para a constru o da mobiliza o e da idea o pol tica BERTUCCI e SILVA 2003 Com esta mudan a os Projetos Alternativos Comunit rios ganharam novos horizontes e passaram a compor as Linhas de A o da C ritas para o quadri nio 2000 a 2003 Neste momento os PACs se tornam parte constituinte das a es da Economia Popular Solid ria EPS que j se encontrava em movimento no Brasil BERTUCCI e SILVA 2003 Com a inser o do voc bulo popular na express o Economia Popular Solid ria a C ritas enfatiza seu foco de atua o que tem como meta os exclu dos e as classes de baixa renda se diferenciando das demais economias solid rias que nem sempre possuem todas as suas a es voltadas a esta categoria da popula o Desde sua funda o a entidade j apoiou aproximadamente cem mil trabalhadores configurando cerca de dois mil grupos de trabalho focados no desenvolvimento de solu es para a produ o a comercializa o e o consumo fundamentados na constru o de rela es solid rias a fim de orientar os sujeitos para a conquista de seus direitos sociais e propiciar melhorias em suas condi es de vida Nos relatos te ricos analisados verificou se que os empreendimentos associativistas do campo e a uni o dos trabalhadores para a
281. para impulsionar as marcas no mercado Para que se torne efetiva a inova o demanda criatividade Entretanto apesar de trazer resultados favor veis a inova o n o consiste num caminho f cil de percorrer causa um estremecimento a muitas pessoas de neg cios Qualquer coisa nova por defini o n o foi experimentada ainda e portanto arriscada NEUMEIER 2008 p 74 Um dos principais pressupostos da inova o implica em mudar de dire o Quando todo mundo vai em uma dire o voc vai em outra Ibidem p 76 Ao seguir um caminho contr rio quando em congru ncia com a realidade do mercado pode fazer com que uma marca seja a primeira a evidenciar uma contra tend ncia Uma empresa l der n o aquela que segue as demais mas aquela na qual as outras se espelham isso ser uma marca refer ncia Para Hill 2009 p 118 branding n o um recurso ou benef cio um relacionamento com base em uma conex o emocional assim as marcas precisam realmente posicionar se a partir de uma personalidade que gere empatia nos seus consumidores O pesquisador acredita que o erro do posicionamento de marcas inspirados em modelos meramente econ micos que os consumidores n o conseguem quantificar consumem pela emo o e n o pela raz o J se a personalidade de um consumidor combina com a personalidade de uma marca eles se apaixonam Assim jovem fresca e livre a personalidade posiciona a marca 2nd Floor com afe
282. para refor ar ainda mais esta miopia quanto aos reais impactos do ciclo de vida do vestu rio O mesmo fen meno ocorre com outros aspectos do consumo na habita o como a gera o de res duo domiciliar Este tem sua efetiva dimens o percebida pelo consumidor via de regra quando por raz es diversas ex greve de profissionais de coleta de res duos h ac mulo destes res duos em frente s resid ncias Tang e Bharma 2008 destacam que as atitudes do usu rio perante os h bitos do dia a dia podem resultar em maior consumo Baixos n veis de motiva o ou o simples esquecimento podem resultar em padr es de consumo negligentes Estes 231 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico comportamentos muitas vezes s o refor ados pela percep o de pouca capacidade individual de influenciar grandes mudan as quando o consumidor n o acredita que as atitudes individuais fa am efetivamente alguma diferen a Outros fatores que podem facilitar ou impedir pr ticas sustent veis de consumo s o relacionados com contexto social e o ambiente f sico aonde o vestu rio venha a ser utilizado assim como a legisla o e regulamenta es e as r pidas mudan as tecnol gicas Neste contexto dentre as contribui es que um vestu rio inteligente pode realizar para o consumo sustent vel est o aux lio na realiza o de escolhas mais adequadas no processo de lavagem de roupa seja atrav s dos usu rios ou de
283. poss vel manipular a cria o de modelos do vestu rio que o individualize e o identifique Todos estes conhecimentos possibilitam cria o de produtos adequados s caracter sticas do corpo do usu rio que atendam suas expectativas e desejos de representa o ou que sejam totalmente inovadores A maneira como as roupas e os acess rios s o combinados e colocados sobre o corpo podem criar diferentes apar ncias podendo ser transformado pela combina o destes elementos com os detalhes do modelo os recortes decotes transpar ncias e comprimentos que modelam e mostram partes do corpo de acordo com as tend ncias de moda Assim a moulage permite trabalhar esta flexibilidade de cria es sobre o corpo de acordo com as cont nuas transforma es da moda O corpo pode ser visualizado no espa o tridimensional proporcionando o direcionamento inicial para o estudo formal do vestu rio Isto fundamental a fim de que o profissional de moda perceba as rela es formais do corpo em todas as suas posi es ou seja frente perfil e costas Para tra ar o diagrama geom trico com o desenho do corpo no qual ser desenvolvida a modelagem plana e a t cnica moulage sobre o manequim importante analisar a posi o anat mica do corpo e o seu plano de equil brio A parte central do vestu rio se relaciona diretamente com o posicionamento do corpo e o seu plano de equil brio 3 1 Planos de Equil brio do Corpo 154 Ano 7 n 13 Jan
284. pretens o Inserimos esse conceito aqui porque com ele podemos entender como n o poss vel a um sistema seja de moda midi tico ou outro qualquer fabricar algo como arte n o sendo ela origin ria de um corpo humano vivenciando a embriagu s Mas poss vel seguindo o pensamento de Flusser avan ar ainda alguns passos na comprova o da proximidade entre a cria o de roupa e a cria o das demais artes Inicialmente importante entender o modo como Flusser descreve a rela o entre a cria o e o belo Ele defende que a arte n o pode ser compreendida como express o da subjetividade do artista mas sim como proposi o de formas ou modelos para experi ncias futuras Desse modo a arte seria sempre uma indica o do que viria de algo novo portanto um ato de cria o E justamente a quantidade de novidade e a possibilidade de apreens o dessa mesma novidade que caracterizaria o belo FLUSSER 2011 apud FERREIRA sd Flusser argumenta com voc bulos da teoria da informa o Para ele se um modelo est tico muito tradicional ele n o cont m muita informa o e n o aumenta o dom nio da realidade logo n o belo Por outro lado se excessivamente vanguardista e cont m tanta informa o a ponto de n o comunicar nada por n o ser pass vel de compreens o ele tampouco belo A beleza seria a fina linha que separa a trivialidade do del rio seria o alargamento do territ rio da realidade o a
285. produ o algumas adaptadas do design de produtos e industrial e outras j pensadas para o mercado de moda como o caso do desenvolvido por Montemezzo 2003 conforme segue O processo de uma confec o de moda vai desde a cria o do produto at sua sa da da empresa Na confec o o Design de Moda o profissional respons vel por projetar produtos do vestu rio conceber um modelo dar forma a este modelo por meio de um desenho pensar nos tecidos superf cies acabamentos fechamentos que permitam a pe a entrar e sair do corpo O modelista deve modelar as pe as em papel ou em softwares graduar a pe a deve imprimir os moldes e encaixar sobre o tecido o cortador deve cortar o tecido o costureiro deve costurar a roupa o respons vel deve testar a roupa em um manequim e ver se ficou conforme o esperado Caso a pe a tenha ficado de acordo com as expectativas ela passa a ser chamada de pe a piloto e ser a pe a que guiar os modelistas cortadores e costureiros durante o processo industrial Caso n o tenha ficado de acordo esta pe a dever sofrer os ajustes necess rios at que a pe a seja aprovada pela equipe de cria o e depois entrar em escala industrial passando por todos estes processos e sendo finalizada com a 136 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico passadoria etiquetagem e embalagem seguindo para o destino distribuidores atacadistas ou lojas de varejo Este um mo
286. produz o algod o org nico conjugado com plantio de milho Figura 5 Produtor de algod o org nico Fonte http www justatrama com br As estrat gias para a sustentabilidade econ mica e social tamb m s o priorizadas nesta etapa pois foi observada a exist ncia de processos que se fundamentam na equidade entre os atores envolvidos melhoria das condi es de trabalho e emprego promo o da coes o social por meio do estabelecimento de parcerias locais e da valoriza o dos produtos oriundos dos grupos de pequenos agricultores O plantio por sua vez feito por pequenos agricultores associados s cooperativas ADEC CE e APOMS MS que cultivam tamb m produtos aliment cios org nicos para a subsist ncia das fam lias melhorando assim a nutri o das fam lias reduzindo o gasto com a compra de alimentos e promovendo a economia local Estas estrat gias postas em pr tica propiciam in meros benef cios pois os trabalhadores que atuam direta ou indiretamente com o algod o org nico s o favorecidos por este modelo produtivo que contribui para a fixa o do homem no campo e para a gera o de trabalho e renda digna e est vel no meio rural 4 1 2 2 An lise da etapa de produ o 76 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Ap s a colheita o algod o org nico enviado por transporte terrestre para os processos de fia o e tecelagem realizados na COPERT XTIL MG Esta etapa
287. qu micas usadas nos produtos comercializados o Acordo Sobre Barreiras T cnicas ao com rcio TBT Agreement Ele foi incorporado pela Organiza o Mundial do Com rcio OMC em 1995 como o acordo que define a responsabilidade que cada pa s membro deve ter pela manuten o de um centro de informa o com a finalidade de notificar as propostas de regulamentos t cnicos e procedimentos de avalia o da 28 x No setor de cotonicultura e tecelagem de algod o 29 Associa o Brasileira de Ind strias Qu micas 30 a or A toe A Associa o Brasileira das Ind strias T xteis Confedera o Nacional da Ind stria Relat rio T xtil e Confec o Inovar Desenvolver e Sustentar 2012 3t World Trade Organization Committee on Trand and Environement 2005 39 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico conformidade assim como estabelecer meios para a dissemina o de informa es sobre documentos notificados OMC Desde 1995 as fun es desses centros denominados Pontos Focais foram desenvolvidas se tornando importantes instrumentos de apoio s empresas que atuam no com rcio internacional Os Pontos Focais passaram a atuar no fornecimento de informa es que auxiliam os setores produtivos na adequa o s exig ncias t cnicas dos pa ses destinat rios de seus produtos evitando se a rejei o de mercadorias no momento do desembarque
288. que formam uma engrenagem em funcionamento A cadeia t xtil em uma vis o macro 135 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico apresentada por Caldas 1999 e a estrutura em que o mercado se baseia para colocar datas e garantir que tudo estar pronto em tempo h bil Ela se inicia com a produ o de fibras artificiais naturais ou sint ticas que s o transformadas em fios s o incorporadas as tend ncia de cores e feita a fabrica o de tecidos e de aviamentos as confec es compram tecidos aviamentos e maquin rio necess rio e desenvolvem cole es as cole es s o apresentadas em desfiles os compradores de atacado fazem pedidos as confec es produzem enviam para os atacadistas este revendem pra as lojas de varejo que por sua vez vendem aos compradores finais As cole es s o lan adas normalmente por esta es quatro no ano mas dependendo da estrat gia de cada empresas podem ser de duas a v rias cole es anuais A defini o de Processos ser abordada enquanto etapas dentro de uma confec o onde existe um fluxo de valor ou seja entrada de mat rias primas transforma o com recursos da empresa e sa das de produtos com valor agregado com efic cia a fim de satisfazer as expectativas do cliente efici ncia do aproveitamento dos recursos utilizados e dos valores gastos fechando o tempo de ciclo necess rio para que haja a transforma o Existem v rias metodologias de
289. que j est o certificados pela ABVTEX At o momento nove subcontratadas est o certificadas Esta lista dever ser preenchida assinada pelo 179 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico respons vel legal com firma reconhecida em cart rio enviada para o Organismo de Certifica o previamente realiza o da auditoria A cada altera o na lista a empresa Alpha dever submeter uma nova lista com todos os subcontratados ao organismo de certifica o que realizou sua auditoria 3 Descri o do campo emp rico A empresa em quest o possui vinte e cinco anos de hist ria no ramo da confec o atende 11 clientes PL Private Label e possui 30 subcontratados entre os clientes est o grandes magazines e marcas bastante expressivas no mercado Uma vez que 6 destes est o exigindo a certifica o de fornecedores ABVTEX at o final do ano de 2013 todos os requisitos dessa certifica o dever o estar em conformidade com o regulamento O fluxograma abaixo revela o campo emp rico de atua o da pesquisa uma amostra da rede produtiva na qual se configura a ind stria do vestu rio Fluxograma 01 Rede produtiva Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Empresa Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria Signat ria A B C D E F G H J K Empresa
290. quer pessoa estudar trabalhar atividades sociais e de lazer higiene pessoal manuten o da sua moradia locomo o pagam impostos como qualquer outra pessoa gozam dos direitos e deveres de um cidad o brasileiro tem leis espec ficas que as amparam mas s o pessoas como qualquer outra Eles desempenham suas atividades vencendo desafios que para pessoas sem suas defici ncias ou desabilidades s o impercept veis neste sentido que profissionais e empresas devem desenvolver abordagens e servi os diferenciados que viabilizem a aquisi o de produtos de forma adequada por parte das pessoas com defici ncia ou capacidade reduzida e estes devem estar dispon veis no mercado Qualquer que seja a defici ncia ou incapacidade deve ser tratada de forma diferenciada por quem projeta e vende seja no produto oferecido no servi o disponibilizado na linguagem utilizada na forma de pagamento ou entrega enfim tais clientes necessitam de aten o e abordagem que lhes proporcione acessibilidade ao que precisam Para as abordagens deste artigo s o necess rias algumas defini es que dar o clareza ao assunto exposto para tanto buscou se na NBR 9050 BRASIL 2004 algumas defini es que seguem 3 1 acessibilidade Possibilidade e condi o de alcance percep o e entendimento para a utiliza o com seguran a e autonomia de edifica es espa o mobili rio equipamento urbano e elementos 3 2 acess vel Espa o edifica o
291. quisitos ambientais mais restritivos O ponto central desta abordagem est na escolha de recursos de menor impacto ambiental envolvendo tanto materiais quanto fontes energ ticas requeridas para a produ o de um determinado bem As estrat gias em design orientadas para a melhoria ambiental podem orientar a es para a reelabora o das t cnicas e opera es no decorrer do processo produtivo e durante o desenvolvimento do produto desde a extra o da mat ria prima at o seu descarte A principal finalidade destas estrat gias consiste em utilizar os recursos de modo mais eficiente buscando prevenir a degrada o ambiental o desperd cio e a gera o de res duos Estas estrat gias incluem a es durante todo o Life Cycle Design abrangendo o processo de projeto produ o utiliza o e fim de vida De modo geral esta categoria de projeto a mais disseminada atualmente e no mbito do produto abrange duas categorias de atua o 1 O redesign consiste no processo de melhoramento de um produto existente e ii O ecodesign apresenta a estrat gia de desenvolver novos produtos com objetivo de gerar um menor impacto ambiental durante parte ou em todo o seu ciclo de vida ROY 1994 A Figura 1 apresenta as estrat gias ambientais que podem ser utilizadas durante todas as etapas do LCD orientando as fases de pr produ o produ o distribui o utiliza o e descarte de modo a ampliar a efici ncia dos recursos e reduzir o da
292. r nenhuma oferta de vestu rio que integrasse elementos de intelig ncia Na literatura n o foi identificado vestu rio que auxilie de forma pr ativa a racionaliza o do uso da gua e energia aos moldes das proposi es apontadas neste artigo Tal situa o configura se como uma oportunidade para aqueles indiv duos ou organiza es em busca de inova es mais profundas no mbito dos sistemas de produ o e consumo associados a este artefato Obviamente inova es desta natureza n o s o efetivas com avan os t o somente no mbito do artefato s o necess rias a es articuladas em educa o comunica o e legisla o de maneira a se criar um ambiente favor vel sua implementa o Os estudos de campo refor aram a compreens o da import ncia do desenvolvimento de solu es vi veis cultural e economicamente para o universo do morador de baixa renda Solu es tecnicamente bem resolvidas mas sem a adequada compreens o da din mica de sua opera o no dia a dia da habita o de interesse social podem ser completamente ineficazes Como exemplo equipamentos para higieniza o e limpeza da roupa tanquinho e m quina de lavar roupa ainda dependem do discernimento do usu rio na defini o dos processos e insumos mais adequados O resultado s o pr ticas equivocadas de lavagem que comprometem a pr pria durabilidade do vestu rio al m de resultarem em muitos casos no aumento dos n veis de consumo Alterar tal situa o i
293. r o manequim com medidas e formas corretas representativas do corpo humano Executar a marca o das linhas b sicas do corpo humano no manequim Utilizar um tecido que tenha peso e textura similar ao tecido final Como a ourela mais firme do que o restante do tecido deve ser feito cortes para soltar o tecido ou retir la totalmente Marcar no tecido as linhas fundamentais do corpo humano tanto na vertical como na horizontal Passar a ferro o tecido antes de iniciar a moulage uma vez que h a possibilidade de encolher Observar cuidadosamente o sentido do fio utilizando sempre o mesmo sentido que ser usado na pe a final Usar alfinetes finos que deslizem facilmente no manequim Se necess rio ao modelo adicione ombreiras ou outras estruturas ao manequim N o economizar no tecido ele pode ser cortado durante o trabalho mas se faltar tem que ser substitu do Observar primeiro a forma geral do modelo depois os detalhes moulage de pe as sim tricas feita apenas de um lado do centro da frente ao centro das costas e depois espelhada O tecido n o deve ser esticado no manequim deve ser prevista a folga de movimento e a de modelo Observar o trabalho detalhadamente colocando o em frente de um espelho 160 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Para iniciar o trabalho de moulage preparado o manequim de costura com as marca es das linhas estrut
294. ra e peri dico LINHA CENTRO DAS COSTAS LINHA CENTRO DA FRENTE LINHA DO OMBRO ga Saa 4 LINHADACAVA LINHADO BUSTO gt LINHA DACINTURA lt LINHA DO QUADRIL lt LINHA DA LATERAL gt Figura 5 Marca es das Linhas do Corpo Humano no Manequim Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 O trabalho iniciado com ret ngulos de tecido tamb m marcados com as linhas fundamentais do corpo humano tanto na vertical como na horizontal que devem corresponder aos fios de urdume e trama FIGURA 6 162 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico FRENTE 5 9cm o COSTAS 3 cm o 3 LINHA DA PENCE LINHA DO BUSTO ALTURA BUSTO LINHA DA CINTURA CENTRO DA FRENTE SVISOD SYA OHINID amp 30Nad VA VHN LINHA DO BUSTO osna VYN LINHA DA CINTURA ALTURA QUADRIL LINHA DO QUADRIL qWYavno vyny LINHA DO QUADRIL Figura 6 Marca o do Tecido para o Corpo Modelado Fonte Apostila Moulage CEART UDESC 2012 medida que vai sendo moldado o tecido sobre as linhas estruturais do corpo surgem as formas e detalhes do modelo determinado ou o que est sendo criado durante o processo S o dadas as folgas de movimento do corpo e do modelo quando este o mesmo o exigir As formas s o montadas com o uso de alfinetes e marcadas com linhas retas ou curvas
295. ral como o algod o consome grande extens o de terra fertilizante pesticida e gua irrigada desviada de leitos de rios Dessas evid ncias infere se que o sistema de acredita o por meio da certifica o que ora vem ocorrendo visam regulamentar as rela es de trabalho e reduzir riscos ambientais como poder o leitor constatar nos pr ximos t picos poss vel afirmar que a acredita o nas organiza es faz parte do patamar civilizat rio m nimo para suportar um sistema onde o poder de comunica o nas redes sociais imenso e uma den ncia pode comprometer a imagem das empresas frente seus consumidores O pr ximo t pico trata dos requisitos que a ABVTEX avalia nas empresas 2 Requisitos para obten o da certifica o na ind stria t xtil confec o A avalia o composta por 13 blocos tem ticos entre eles o trabalho infantil trabalho estrangeiro irregular sa de e seguran a do trabalho monitoramento da cadeia produtiva e gest o ambiental Para funcion rios com idade menor de 16 anos ser exigido o contrato de aprendizagem de acordo com os requerimentos legais Na sa de e seguran a do 177 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico trabalho ser o avaliadas as instala es el tricas higiene e limpeza das reas se h gua pot vel ou mineral dispon vel em quantidade suficiente para os funcion rios se as reas que representam riscos el tricos sob tens o es
296. ramentas de informa o e comunica o possibilitando novas e empolgantes formas de intera o com os consumidores KOTLER ARMSTRONG 2007 Os novos h bitos de consumo e tecnologias inovadoras alteraram as rela es entre os espectadores e as m dias consequentemente entre as mensagens publicit rias enviadas pelas empresas e os consumidores Um ponto relevante nessa discuss o a transfer ncia do poder sobre a comunica o do emissor empresa para o receptor usu rio Os consumidores podem assumir posturas mais ativas abandonando a passividade imposta pelas m dias tradicionais Esta nova forma de intera o deixa as empresas mais expostas aos fluxos de informa o Os autores Bernoff Li 2008 ratificam a import ncia das empresas se atentarem para essa mudan a e ao inv s de simplesmente reagir desenvolver e implementar a es para utilizarem esse novo formato de forma positiva 211 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico O conte do da comunica o agora pode ser gerado pelo usu rio conforme descrito por Andrade Mazzon e Kartz 2006 o indiv duo tornou se a mensagem ou seja o consumidor apresenta se como um endossador propagador e muitas vezes um gerador da publicidade propaganda da organiza o Esse processo traz uma nova configura o para a comunica o das organiza es ampliando a comunica o unidirecional ou seja da organiza o para os consumidores para uma comunic
297. rativistas org nicos biodin micos e de mercado justo fair trade BERLIM 2012 2 E E 34 O IBD validado por quatro organismos internacionais 33 Fonte https www oeko tex com 41 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico IFOAM Federa o Internacional de Movimentos de Agricultura Org nica acredita o da maior rigidez para certificadoras de produtos org nicos DAR Deutsche Akkreditierungsrat rg o com alta compet ncia de credenciamento de certificadoras da Alemanha que garante aos produtos certificados IBD acesso a todos os pa ses da Comunidade Europeia O DAR verifica se o IBD aplica as Normas ISO 65 para certificadoras do regulamento org nico CE 834 2007 USDA United States Department of Agriculture que garante aos produtos certificados IBD acesso ao mercado norte americano Demeter International que garante a certifica o de produtos biodin micos com a marca DEMETER S o as principais exig ncias da certifica o IBD Desintoxicar o solo N o utilizar adubos qu micos e agrot xicos Atender s normas ambientais do C digo Florestal Brasileiro Recompor matas ciliares preservar esp cies nativas e mananciais Respeitar as normas sociais baseadas nos acordos internacionais do trabalho Respeitar o bem estar animal Desenvolver projetos sociais e de preserva o ambiental Para o algod o receber a certifica o de org nico deve ser considerada
298. rau de suas poss veis defici ncias figura 1 e indicar qual a melhor TA que se adapta a ela atrav s de Recomenda es e Relatos terceira fun o Em quarto lugar ele deve Implementar esta TA ao usu rio e caso n o haja a TA que a PcD necessita ele deve providenciar adapta es desta TA para este usu rio deve entregar este produto a PcD ajustar e dar o treinamento necess rio Sua quinta fun o dar Continuidade ao tratamento realizando periodicamente durante cerca de um ano avalia es da efici ncia da TA junto ao usu rio e necess rios ajustes ou instru es e at mudan a de TA Depois deste prazo de um ano deve ser feita a sexta fun o chamada de Acompanhamento fase que ocorre anualmente onde a TA reavaliada quanto ao cumprimento de suas fun es e verifica o se esta deve ser substitu da neste momento tamb m devem ser investigada a necessidade de poss veis reparos e adapta es que necessitem ser feitos a fim que o uso seja eficaz e eficiente e que a TA n o seja abandonada ou venha a interferir de forma negativa no usu rio 139 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Encaminhamento e entrada Avalia o Inicial Identifica o das necessidades avalia o dos conhecimentos COgNItiVvOS do aparelho Recomenda es e Relatos Implementa o Ordem e instala o Entrega e ajuste Treinamento Continuidade Manuten
299. raudulenta O principal objetivo foi desenvolver uma certifica o nica que permitisse aos varejistas controlar fornecedores e subcontratados a respeito do cumprimento de aspectos relacionados as quest es acima descritas al m de estabelecer princ pios e crit rios para a condu o de auditorias na cadeia de fornecimento do varejo trabalhada em duas vertentes certifica o e monitoramento da cadeia t xtil e capacita o A pesquisa foi realizada em uma empresa do sul de Santa Catarina que pretende obter certifica o e estar apta a atender empresas varejistas associadas a ABVTEX tamb m seus subcontratados precisam estar acreditados O estudo est dividido em quatro partes A primeira trata da fragmenta o do trabalho na cadeia t xtil por meio da terceiriza o a segunda parte apresenta os requisitos para terceirizados candidatos acredita o a terceira parte descreve o campo emp rico e apresenta a pesquisa com os subcontratados da empresa aqui denominada Alpha Confec es localizada no sul de Santa Catarina a ltima parte do estudo analisa esses requisitos e exp e algumas conclus es 1 Repercuss es da fragmenta o do trabalho na ind stria do vestu rio Esse estudo toma como ponto de partida a fragmenta o do trabalho humano Atribu da ao engenheiro americano Frederick Taylor a fragmenta o foi uma necessidade s cio hist rica e econ mica que se materializou no per odo denominado Revolu o Industrial
300. ri dico REFER NCIAS FERREIRA D P O Belo elevado o Agrad vel Conservador Flusser Studies 12 FLUSSER Vil m 1981 A arte como Embriaguez Publicado originalmente em FSP 06 12 81 folhetim 255 NIETZSCHE F O Crep sculo dos dolos ou como filosofar com o martelo tradu o Marco Ant nio Casa Nova Cole o Conex es Rio De Janeiro Relume Dumar 2000 NIETZSCHE F O Caso Wagner Um Problema para m sicos Tradu o notas e posf cio Paulo C sar de Souza s o Paulo Cia das Letras 1999 NIETZSCHE F A Gaia Ci ncia Tradu o notas e posf cio Paulo C sar de Souza s o Paulo Cia das Letras 2001 NIETZSCHE F Aurora Tradu o notas e posf cio Paulo C sar de Souza s o Paulo Cia das Letras 2004 OTTE Georg A quest o da legibilidade do mundo na Obra das Passagens de Walter Benjamin Ipotesi Juiz de Fora v 8 n 1 e n 2 p g 25 38 jan jun e jul dez 2004 Dispon vel em http www Jetras ufmg br poslit MOURA M A Moda entre a Arte e o Design In PIRES D B org Design de Moda Olhares Diversos Barueri SP Esta o das Letras e Cores Editora 2008 RABELO R A arte na filosofia madura de Nietzsche 2011 Tese Doutorado em Filosofia Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ci ncias Humanas da Universidade Estadual de Campinas 2011 SOUZA G M O Esp rito das Roupas a moda no s culo dezenove S o Paulo Cia das Letras 1987 SVENDSEN L
301. riador justamente ouvir os apelos da alma n o se pode derivar disso que os apelos da alma sejam sempre politicamente corretos pois na realidade n o o s o Considerando que o artista busque inspirar se nos desejos mais inconfessos da humanidade n o de surpreender que mesmo sob o regime da maior austeridade a roupa seja sempre o modo como o homem subverte tais sistemas N o o comprova o sempre permanente mercado do luxo Que dizer ent o das roupas feitas de materiais nada ecol gicos Seria ainda justific vel responsabilizar unicamente o artista por isso Seria o caso de o artista ao inv s de corromper se pelo poder e dinheiro que o mant m corromper se por valora es de bem e mal procurando estar atento apenas aos apelos da alma dos pretensamente bons Quer parecer que se espera que a cria o seja um alargamento da realidade mas que esse alargamento ocorra pelos meios corretos e sobretudo que o artista seja cr tico em rela o quem lhe financia e aos desejos que atende Contudo n o se pode tirar de vista o fato de que assim fazendo instala se uma esp cie de censura cria o Nesse aspecto a cr tica nietzschiana parece ser mais atual do que nunca n o se deve esquecer que a arte o meio atrav s do qual o homem se desnuda onde perde o pudor A cria o art stica qualquer que seja ela ser sempre o espelho de sua poca 228 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e pe
302. rodutos qu micos S o in meras as propostas que a moda sustent vel busca para dar conta de entregar produtos que afetem menos o meio ambiente e tragam um maior equil brio econ mico e social ao longo de toda a cadeia produtiva da moda Roupas projetadas com modelagens com desperd cio m nimo de tecido remunera es justas ao longo de toda cadeia distribui o com baixo uso de combust vel energia preferindo fornecedores sen o locais pelo menos mais pr ximos pe as com menos necessidades de cuidados especiais lavagem secagem e passadoria e a es de conscientiza o tais como buy less buy better entre muitas propostas Um ponto n o deve ser esquecido qual o prop sito e raz o de exist ncia da moda Ela trata da apar ncia um ponto que muitos consideram fr volo e superficial Trata de como nos apresentamos para o outro o movimento social de querer pertencer e querer se distinguir Por maior que seja a tentativa de conscientiza o o consumidor ainda busca estar de acordo com o que as passarelas e os valores da sociedade prop em Neste ponto o modelo atual est dando conta do recado Embora boa parte dos consumidores saiba que por tr s de uma fachada glamourosa possa n o haver glamour nenhum isto parece que ainda pouco sensibiliza o consumidor A estrat gia de mostrar as perspectivas tr gicas que se apresentam para o futuro do meio ambiente parecem n o surtir o efeito desejado no consumidor que parece busc
303. rt and technique boundaries we assume that if the world change by man the same man is a creator and if he does it is because he brings impulse and capacity for such So our interest are less quantify and qualify such creations and more reflect on the creative act itself Key words fashion crated art 219 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Primeiramente preciso que se aceite o car ter art stico do criador do objeto roupa ao qual pretendemos nos dirigir Para refletir sobre os aspectos comuns entre esse artista e o artista reconhecido como produtor da grande arte o livro de Gilda de Mello Souza O esp rito das Roupas bastante emblem tico Isso porque nele a autora coloca sem nenhum constrangimento roupa escultura e pintura em um mesmo patamar Ela descreve com sensibilidade como o criador da veste teria com a mat ria uma rela o art stica e como o vestido em particular seria tamb m uma obra de arte A nica ressalva segundo ela seria que no jogo entre o modista e o fregu s se encontra de maneira mais n tida e mais necess ria a liga o entre o produtor e o consumidor de arte SOUZA 1987 p 31 Para Souza seja qual for a poca a que se fa a refer ncia fechado em seu est dio o costureiro ao criar um modelo estaria resolvendo problemas de equil brio de volumes de linhas de cores de ritmos Seu texto nos faz ver que a defini o cl ssica de arte como sendo
304. s ampliando e reduzindo e o encaixe dos moldes que seguem para a linha de produ o Esta t cnica serve para fazer muitos tipos de roupas desde pe as de alfaiataria at roupas de malha por exemplo de gin stica Claro que em muitos casos vale a pena trabalhar a modelagem plana pois a moulage pode ser mais demorada para fazer uma camiseta de malha quando j existem bases prontas Por m como j destacado a t cnica favorece a cria o de roupas que fogem do padr o ou que sejam bem modeladas ao corpo ou com muitos recortes volumes golas de tamanhos e formatos diferentes estruturas com pregas franzidos dobras e torcidos e qualquer outro detalhe que mais facilmente visualizado sobre o manequim 159 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico E importante destacar que as t cnicas de modelagem ao serem trabalhadas requerem qualidade mas para isso necess rio seguir v rios requisitos que ser o apresentados na sequ ncia 4 1 Requisitos a Serem Aplicados A qualidade t cnica do vestu rio inicia com o tra ado da modelagem mas para isso devem se seguir determinadas regras que foram estabelecidas com esta finalidade Assim como a modelagem plana a moulage n o executada de qualquer maneira Jogando o tecido sobre o manequim por exemplo sem a marca o das linhas do corpo e do tecido Por isso apresentam se alguns requisitos necess rios ao desenvolvimento da t cnica Escolhe
305. s e os Estados Unidos na exporta o de tecidos entretanto deve se considerar que estes dados podem ter tido altera es especialmente no que concerne a confec o de vestu rio na Europa uma vez que a ind stria t xtil europ ia vem apresentando crescente migra o para o oriente Em termos econ micos os pre os de produtos t xteis v m caindo enquanto o volume de consumo e de neg cios no setor vem aumentando de acordo com Berlim 21012 este fato se d por conta de uma s rie de fatores econ micos financeiros e tamb m sociais que podemos aqui sintetizar nos seguintes pontos principais y O aumento significativo do uso da fibra poli ster nos ltimos 20 anos YA implementa o de novas fibras e de novas tecnologias de produ o Y As pol ticas p blicas protecionistas americanas que conferem subs dios aos cotonicultores deste pa s alterando o pre o da commodity algod o no mercado mundial e promovendo por consequente compara o um barateamento das fibras sint ticas em especial do poli ster v O baixo custo da produ o do poli ster de vestu rio em pa ses do oriente especialmente na China que produz mais da metade da produ o mundial deste material e que tamb m o pa s que mais exporta vestu rio o 11 para a Uni o Europeia 10 N o se discutir este aspecto da Ind stria neste artigo uma vez que sua importancia demanda uma abordagem mais ampla e com escopo melhor dirigido HT ee M
306. s presente de Natal apelo de desejo Patroc nio de Viagens Produtos e retrospectiva de Celebra es cole o filmes Natal Ano Novo Divulga o de um Produtos e Fan page a p gina da empresa no Facebook como tradu o literal entende se p gina do f 65 x z Posts refere se s publica es realizadas na fan page Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x 214 ModaPalavra e peri dico 100 anos de LV Hist ria da marca Premia o de concurso Produtos e campanhas evento de hipismo Celebra es Natal Ano Novo campanhas entrevista com endossadores do produto celebridades Divulga o do desfile Altera o da foto de capa Forma dos posts Album colet nea de fotos sobre determinado tema Posts com fotos lbum colet nea de fotos sobre determinado tema lbum colet nea de fotos sobre determinado tema no mural Posts com fotos Posts com fotos V deo no mural no mural Aplicativo V deo M dia de curtidas 9035 dos usu rios 30 39092 1166 dias M dia de compartilhamentos 1787 84 466 dos usu rios 30 dias M dia de coment rios dos 477 n 99 usu rios 30 dias Quadro 01 Resumo das a es observadas nas fan pages Fonte Desenvolvido pelos autores Percebe se que as marcas de luxo est o preocupando se em inserir se nas redes sociais Dentre a am
307. s 28 subcontratados que responderam o question rio 85 ficaram sabendo atrav s da reuni o que foi realizada pela empresa Alpha Confec es Outros 10 foram informados atrav s de jornais ou revistas antes mesmo de estarem presentes na reuni o Uma das lavanderias que est certificada foi informada atrav s da Revista Lavanderia amp Cia publicada pela ANEL Associa o Nacional das Empresas de Lavanderia E 5 dos entrevistados ficaram sabendo atrav s de sites ou blogs na internet 3 3 Regulamento 182 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A terceira quest o abordou o regulamento e procurou saber se as ger ncias leram o mesmo Gr fico 3 Regulamento As E A ger ncia AS ger ncias leram o lera P regulamen to N 0 0 a As ger nci leram o regula to SIM 20 100 Fonte dados da pesquisa Todas as gerencias leram o regulamento e os possuem impressos e em m os caso precisem consultar os requisitos para se adequarem muito importante ler e reler muitas vezes o regulamento pois qualquer descuido a auditoria pode reprovar O mesmo possui 61 p ginas e cont m todas as informa es necess rias para a implanta o da certifica o tais como todos os blocos tem ticos regras e crit rios desempenho valor das pontua es termos de participa o a serem preenchidos entre outros 3 4 Certifica o A quarta quest o procurou identifi
308. s fatores ultrapassou os mecanismos de controle exercidos pelo sistema e em favor de novos modelos produtivos e de valoriza o do capital os ndices de desemprego se ampliaram sobremaneira provocando mudan as nas rela es de trabalho e 50 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico nos sistemas de produ o resultando na flexibiliza o do trabalho e do trabalhador na precariza o das condi es de trabalho e nos ndices crescentes de desemprego em escala mundial Deste modo as estruturas que fundamentam o mundo do trabalho passaram a ser ordenadas globalmente pelas oscila es do capital no ltimo quartel do s culo XX sofrendo rearranjos em suas bases para dar lugar a novos modos de produ o e controle FARIA 2011 A reestrutura o dos arranjos produtivos alterou as condi es organizacionais e a gest o do trabalho e fragilizou a condi o do trabalhador mas conv m ressaltar que tamb m se mostrou com uma vantajosa alternativa uma vez que atuou no fortalecimento do modo de acumula o e de concentra o de capital A partir da d cada de 1980 estas mudan as se refletiram com mais for a no quadro econ mico brasileiro com a desacelera o do nacional desenvolvimentismo em vigor desde 1930 que provocou a descontinua o do desenvolvimento econ mico e a consequente desestrutura o do mercado de trabalho Na d cada de 1990 acompanhando a vaga neoliberal que direcionava a
309. s no mundo p s moderno traz no seu terceiro dossi inaugurando 2014 um tema instigante e que por si s questiona o sistema de moda sua velocidade intensa e sua premissa de consumo desenfreado O que pareceu utopia o balan ar do imp rio ef mero da moda no mundo contempor neo hoje se coloca como uma possibilidade provinda das op es pela sustentabilidade e pela Economia Solid ria O terceiro Modapalavra Dossi continuando sua nova proposta de formato traz como tema em reflex o Sustentabilidade amp Moda intera es poss veis para um novo paradigma e disponibiliza cinco textos de pesquisadores brasileiros que tratam do tema na tentativa de sensibilizar o leitor quanto percep o deste novo paradigma o qual a moda enfrentar em m dio prazo na pr tica das suas atividades pois na reflex o acad mica espa o de vanguarda j quest o discutida e consumada Na inten o de sensibiliza o o texto de autoria de Lilyan Berlim intitulado A Ind stria t xtil brasileira e suas adequa es na implementa o do desenvolvimento sustent vel tratou da ind stria t xtil e sua atua o no mercado global e a complexidade de suas estruturas que s podem ser analisadas de forma interdisciplinar Analisou o desempenho da ind stria t xtil brasileira e a produ o e consumo t xtil global e seus impactos ambientais al m de apresentar a reuni o de leis e normativas regulat rias brasileiras e internacionais relacion
310. s pe as para saber qual o destino delas A ado o desses procedimentos simples para doa o de roupas facilita a triagem e o encaminhamento das mesmas seja para institui es brech s ou projetos sociais que as reutilizam para fazer outros produtos ou as customizam para agregar valor est tico e estender a vida til das mesmas evitando que sejam descartadas e se tornem lixo Considera es finais A proposta de mudan as constantes faz parte do conceito contempor neo de moda Com isso o produto do vestu rio desenvolvido no atual sistema da moda tem um ciclo de vida curto Mesmo que as tend ncias de moda prescrevam tamb m uma moda 49 Os 5 R s foram selecionados por serem os que mais se adequam proposta do guia 97 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico lenta com pe as atemporais artesanais entre outras o consumo de massa de roupas baratas praticamente descart veis e a est tica ef mera da modinha ainda predomina Reduzir os impactos ambientais gerados pela ind stria da moda da mat ria prima at o descarte imperativo Reduzir a produ o de novos materiais em cada etapa da cadeia t xtil e de confec o contribui para a redu o do consumo de recursos naturais que muitas vezes n o s o renov veis Assim uma das alternativas reutilizar os produtos prontos ampliando o tempo de vida dos mesmos e ao serem descartados sejam reutilizados ou reciclados para se tornar ma
311. s sob um enfoque sist mico o que permite alavancar a cria o de valor do projeto em si pois inclui a a o conjunta entre os variados agentes do processo de desenvolvimento de produtos e servi os nas diferentes etapas de produ o e utiliza o Estes preceitos apresentam ampla correla o com os ideais da economia solid ria que buscam congregar um conjunto de pr ticas econ micas e sociais de produ o distribui o consumo poupan a e cr dito a fim de desenvolver e fortalecer novas alternativas de trabalho e renda em favor da inclus o social fundamentando se nos princ pios de coopera o autogest o e solidariedade MTE SENAES 2013 Estas atividades econ micas compreendem uma diversidade de modelos organizacionais definidos pela Secretaria Nacional de Economia solid ria SENAES como Empreendimentos Econ micos Solid rios EES Os empreendimentos econ micos solid rios se organizam sob a forma de cooperativas associa es clubes de troca f bricas recuperadas redes de coopera o entre outros que realizam atividades de produ o de bens presta o de servi os finan as solid rias trocas com rcio justo e consumo solid rio Sob esta tica os EES s o concebidos como um sistema socioecon mico fundamentado em valores democr ticos de solidariedade independ ncia e autonomia e apresentam a finalidade de prover alternativas vi veis de sobreviv ncia e inclus o socioecon mica de trabalhadores sem renda ou
312. s tanto nos pa ses desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento O Protocolo de Montreal em 1987 por se tratar de um tratado internacional em que as na es signat rias se comprometem a substituir as subst ncias que se demonstrou estarem reagindo com o oz nio O3 na parte superior da estratosfera envolveu a ind stria e a comunidade cient fica O tratado foi um dos mais bem sucedidos do mundo especialmente por ter requerido altera es tecnol gicas sem necessariamente envolver grandes custos financeiros 29 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Tamb m em 1987 a Comiss o Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento reunida na Noruega Dinamarca gerou o relat rio Nosso Futuro Comum tamb m conhecido como Relat rio Brundtland nome da primeira ministra da Noruega ent o Este documento ressaltava a polui o da pobreza termo usado para qualificar a polui o como um atributo da pobreza Neste sentido Brundtland apontava a mis ria na qual estavam mergulhados os pa ses n o desenvolvidos como causa dos problemas ambientais Ali foi cunhado o termo Desenvolvimento Sustent vel alicer ado pelos seguintes pilares viabilidade econ mica preserva o ambiental e justi a social A partir de Brundtland o desenvolvimento sustent vel daqueles imersos na pobreza apresenta se como uma das solu es para a quest o ambiental Para combater a pobreza e as tecnologias poluidoras ent o tamb m prese
313. se processar Como o poeta ele apenas o porta voz de uma corrente que se esbo a e cuja tomada de consci ncia antecipa SOUZA 1987 P 31 V se ent o que ao menos no modo como as sociedades ocidentais se organizaram sobretudo a partir do momento em que foi poss vel ao homem pagar por uma determinada experi ncia est tica h pelo menos dois aspectos da cria o de roupa a serem considerados de um lado o artista de quem a roupa surge e do outro aquele que adquire essa mesma roupa O criador de roupas segundo Souza solicitado portanto sua cria o n o prescinde de quem a adquire Assim sendo de onde viria a indica o para o novo Daquele que produz a arte ou daquele que a consome Um pensador cujas reflex es podem contribuir nesse sentido Walter Benjamin A abordagem de Benjamin diz respeito mais diretamente indica o por parte dos criadores de algo que ainda est no futuro Ele foi um dos que abriu espa o dentro das chamadas ci ncias s rias para o cotidiano at ent o tido como secund rio defendendo que nesses fen menos muitas vezes considerados insignificantes que seria poss vel vislumbrar o futuro o que lhe valeu de modo similar ao ocorrido com Gilda Souza a ridiculariza o por parte do establishment acad mico OTTE 2004 p 25 a 38 Embora no Obra das passagens texto no qual nos baseamos Benjamin seja afirmativo quanto capacidade da arte de indicar o futuro e relacione
314. so o ecodesign ao inv s de conceber o produto linearmente parando na sua comercializa o o concebe de forma circular considerando seu ciclo de vida durabilidade e seu retorno produ o BERLIM 2009 p 41 Ao considerar se o ciclo de vida do produto feito pela ind stria usado e descartado pelo consumidor importante melhorar as credenciais de sustentabilidade do produto como um todo Quanto mais longa a vida til da roupa menos impacto ela causa mas preciso que tenha um valor agregado um diferencial para que o 92 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico consumidor sinta apego emocional pela pe a Para estender a vida til das pe as do vestu rio pode se recorrer a diversas t cnicas manuais como tingimentos upcycle customiza o entre outras Essas t cnicas tornam as pe as nicas e agregam valor cultural e emocional ao produto pois cada t cnica traz a hist ria de um artes o e resgata uma pe a que foi descartada 2 3 Upcycle e customiza o O Upcycle n o um conceito inovador por m atualmente ganhou visibilidade em fun o da sustentabilidade e responsabilidade socioambiental Trata se de dar um novo significado e fun o ao material que iria para o lixo sem sua convers o reciclagem mas a transforma o e cria o sobre ela Upcycling o termo usado para a reinser o nos processos produtivos de materiais que teriam como nico destino o
315. sso em 20 de set de 2013 ANCOSOL Associa o Nacional do Cooperativismo de Cr dito de Economia Familiar e Solid ria Dispon vel em lt http www ancosol org br gt Acesso em julho de 2012 BARBOSA R N de C A economia solid ria como pol tica p blica uma tend ncia de gera o de renda e ressignifica o do trabalho no Brasil S o Paulo Cortez 2007 317p BALESTER Let cia da Silva Rela es P blicas Assessora da Justa Trama Atividades comunica o comercial exporta o relacionamento com cliente produ o execu o de projetos e outras demandas Entrevista realizada em em 30 de setembro de 2013 BERLIM Lilyan Moda e Sustentabilidade uma reflex o necess ria S o Paulo Esta o das Letras e Cores Editora 2012 BERTUCCI Ademar SILVA Roberto Marinho 20 anos de Economia Popular Solid ria 1 Edi o Bras lia C ritas Brasileira 2003 BOITO Jr Armando Pol tica Neoliberal e Sindicalismo no Brasil S o Paulo Xam 1999 BONSIEPE Gui Some virtues of design In Symposium Design Beyond Design Maastricht Jan Van Eyck Academy 1998 Dispon vel em lt http www guibonsiepe com gt Acesso em 15 Ago 2012 C RITAS Diretriz geral de a o Dispon vel em lt http caritas org br novo diretriz geral de acao gt Acesso em ago 2012 81 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico CARVALHO Mariana C Autogest o Economia solid ria e Cooperativismo
316. st o de escolha exceto a compuls o da escolha a compuls o que evolui at tornar um v cio e assim n o mais percebida como compuls o a atividade de comprar Bauman 2001 p 87 Figura 03 A corrida da liquida o da Selfridges Fonte www dailymail co uk news article 2078597 Boxing Day sales Record numbers shops open 80 push grab shoppers html Acesso em 29 de setembro de 2013 Num mundo em que a mat ria prima para a constru o de identidades t o inst vel o sujeito consumidor deve estar a todo tempo alerta e pronto para mudar Flexibilidade e velocidade de ajuste para se manter up to date Mas muito dif cil estar alerta a todo tempo al m de ser uma dura tarefa ela exaustiva Deve haver alternativas para estar inserido nesta sociedade que movida por um ciclo de produ o r pida e de descarte com consequ ncias que est o cada vez mais evidentes 118 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico A consci ncia de que este modelo de consumo tem repercuss es n o somente no comportamento humano como e principalmente tamb m no meio ambiente tem sido objeto de discuss o e busca de alternativas por parte de diversos setores mas a moda ainda parece andar alguns passos atr s Em compara o com outros setores como arquitetura design de produto ou alimenta o as a es em nome da sustentabilidade na moda t m sido lentas para serem desenvolvidas tanto na ind
317. stemas Os princ pios da sustentabilidade social inclusos no LCD est o de acordo com as diretrizes definidas pela UNEP 2009 que apresenta como premissas sociais a inclus o e promo o da economia local a promo o da equidade entre os stakeholders a transpar ncia a educa o para a sustentabilidade melhores condi es de trabalho e emprego a promo o da coes o social e a integra o dos fracos e marginalizados Pr produ o Condi es de trabalho e emprego Equidade entre os stakeholders Produ o 1a Distribui o Promo o de coes o social Transpar ncia T 1 Utiliza o 1 Integra o do fraco e do marginalizado Descarte Educa o para a sustentabilidade Figura 2 Estrat gias da sustentabilidade social aplicadas ao Life Cycle Design Fonte Silva et al 2009 Observa se que a inclus o da dimens o social no desenvolvimento de produtos servi os nas empresas ou institui es esbarra em dificuldades como por exemplo a falta de profissionais com experi ncia e conhecimento no desenvolvimento de sistemas que incluam os atores sociais Por outro lado as empresas ou institui es que integram estas estrat gias se diferenciam no mercado pois desenvolvem novas oportunidades de inova o e 66 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico de atua o rela es mais est veis entre os atores envolvidos e melhores respostas para as necessida
318. t no est gio inicial de um quarto conceito de qualidade onde as rela es de busca pelo lucro come am a ser questionadas onde compreende se que as condi es em que o produto fabricado s o decisivas para a venda do mesmo Neste Z sentido qualidade significa n o apenas o produto bem feito mas como foi feito neste mbito que insere se a acredita o do setor t xtil confec o cujo objetivo regularizar as condi es de trabalho no ambiente fabril e fornecer ao consumidor um produto sem o estigma da explora o O mecanismo de acredita o mais comumente utilizado e conhecido a certifica o A certifica o caracteriza se pela exist ncia de uma terceira parte independente entre o produtor e o consumidor que funciona como avalista do produtor 62 Grifo nosso 174 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico ou prestador de servi os diante do mercado essa a tem tica do presente estudo a certifica o criada pela Associa o Brasileira do Varejo T xtil ABVTEX A ABVTEX originou se em agosto de 1999 por empresas do varejo t xtil de grande dimens o ap s constata o da car ncia de uma entidade que efetivamente representasse o setor frente aos rg os governamentais A associa o tem por norma a tica e o respeito legisla o apoiando a es que visem responsabilidade social formaliza o nas rela es comerciais e ao combate concorr ncia f
319. t o sinalizadas conforme a NR 10 se a empresa estabelece requisitos t cnicos e legais na instala o manuten o e opera o de caldeiras e vasos sob press o de acordo com a NR 13 se o local possui ventila o ou climatiza o se os sanit rios s o suficiente se possuem produtos destinados higiene pessoal se s o separados para ambos os sexos com identifica o nas portas Um dos requisitos avaliados se o estabelecimento est provido de prote o contra inc ndio sa das suficientes para retirada r pida do pessoal em servi o no caso de emerg ncia equipamentos de combate ao fogo em estado de conserva o validade e n meros adequados pessoas treinadas para o uso dos equipamentos e evacua o do local de acordo com a NR 23 Nos refeit rios ser o analisados os alimentos e lou as se est o armazenados e guardados adequadamente se as refei es s o feitas segregadas da rea produtiva se o mesmo arejado O refeit rio da empresa possui todos esses requisitos al m de contar com acompanhamento de uma nutricionista respons vel por gerenciar a equipe acompanhar as boas pr ticas de fabrica o e higiene padroniza o desperd cio e tempo m ximo para libera o dos lanches Para garantir a seguran a dos colaboradores a empresa Alpha trocou todos os corrim es de madeira por corrim es de tubo de alum nio nas escadas internas e externas Alguns dos requisitos exigidos para fornecedores e subco
320. t ria prima para novos produtos Neste estudo abordou se a etapa final do produto de moda ap s o uso propondo se a log stica reversa com o retorno dos produtos s empresas para serem remanufaturados e disponibilizados como mat ria prima para novos produtos O caso da SERTE apresentado serviu de base para reutiliza o de roupas descartadas para gera o de outros produtos em empreendimentos sociais como o exemplo do Programa Ecomoda e Instituto Trama tica que gera capacita o trabalho e renda para mulheres de comunidades de baixa renda de Florian polis Com a interven o da customiza o e outras t cnicas se agrega valor est tico e emocional aos produtos e se amplia o tempo de vida das pe as de vestu rio Consequentemente se proporciona conhecimento trabalho e renda para mulheres que necessitam de oportunidades para se reintegrarem socialmente al m disso se resgata t cnicas artesanais da cultura local Refer ncias ARA JO M A Moda Ecol gica ou Ecologia para a Moda 2008 Dispon vel em lt www idhea com br gt Acesso em 11 jun 2008 BERLIM Lilyan Moda e Sustentabilidade Uma reflex o necess ria S o Paulo Esta o das Letras e Cores Editora 2012 BLACK Sandy Eco Chic the fashion paradox Black Dog Publishing Limitid London 2008 CHAVES Gisele de Lorena Diniz BATALHA M rio Ot vio Os consumidores valorizam a coleta de embalagens recicl veis Um estudo de caso da log stica reversa em
321. tabilidade destacando quest es de igualdade e justi a aus ncia de privil gios preserva o dos recursos naturais que sejam apenas necess rios para suprir as necessidades b sicas Um dos conceitos mais relevantes definidos por Bossel 1999 p 80 derivam de fatores como a tecnologia a economia e a popula o Segundo ele 107 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Sustentar significa manter em exist ncia prolongar e se aplicado apenas nesse sentido o conceito n o tem segundo ele muito significado para a sociedade humana A sociedade n o pode ser mantida no mesmo estado A sociedade humana um sistema complexo adaptativo incluso e outro 2 sistema complexo que o meio ambiente Esses sistemas co evoluem em intera o m tua com constante mudan a e evolu o Essas habilidades de mudar e evoluir devem ser mantidas na medida que se pretende um sistema que permane a vi vel Sintetizando poss vel compreender que as defini es de sustentabilidade devem incorporar aspectos econ micos e ecol gicos juntamente com o bem estar humano E que a conscientiza o da mesma somente surgiu devido as necessidades que o planeta e seus sistemas dependem para sobreviver O papel do designer em rela o a uma nova conscientiza o de consumo devido a necessidade do desenvolvimento sustent vel a de aplicar de forma material como de valor imaterial princ pios que regem uma nov
322. tamb m ou exclusivamente para PcD A concorr ncia internacional certa e fora do pa s algumas poucas empresas j se dedicam a produ o de pe as de vestu rio para PcD como o caso da marca Xeni No atual momento seria um diferencial competitivo produzir roupas para PcD no Brasil e para o Brasil sendo que os produtores nacionais est o mais perto do mercado consumidor que internamente cerca de 23 9 da popula o j conhecem a log stica nacional seus potenciais produtivos mat rias primas dispon veis e riquezas naturais tendo assim capacidade de agregar valor tamb m por meio destes fatores O enfoque ou Escopo seria nas PcD que s o praticamente 4 da popula o brasileira sendo que os produtos poderiam ser tamb m exportados segundo os objetivos da empresa A estrat gia de produ o para PcD poderia ser um modo de posicionamento no mercado a fim de conquistar clientes pela imagem que a empresa adquire de produ o tica por ser universal e inclusiva No que diz respeito Diferencia o o que fica mais evidente que esta se d pela aus ncia de empresas que trabalham neste setor de vestu rio para PcD no Brasil Outro sentido de diferencia o que a medida em que a imagem da marca percebida quanto ao seu valor universal e inclusivo outras linhas de roupas que a empresa venha a ter ganham o prest gio e valor agregado por fazerem parte de uma marca socialmente inclusiva Ainda fazendo rel
323. te boa mais duvidoso que possamos dar uma resposta afirmativa em ampla medida Svendsen 2010 p 122 Svendsen prop e sua cr tica moda entendida mais no sentido que Lipovetsky a define como um movimento de troca compulsiva estimulado pelo mercado Svendsen parece entender que a grande arte estaria pelos menos parcialmente alheia a esse movimento Contudo ineg vel que ele n o considera os aspectos construtivos que t o bem descreveu Gilda Souza Seu interesse est mais em denunciar as grandes casas de moda descritas como detentoras de prest gio social e poder financeiro que segundo ele estariam sempre buscando proximidade aceita o no mundo das artes para com isso aumentar o seu capital cultural Svendsen 2010 p 105 e 110 Para esse autor a alta costura estaria desde meados de 1800 com o sucesso de Worth tentando se emancipar de seu car ter artesanal para obter status de estilo do mesmo modo que por meio da associa o com artistas renomados buscaria o aumento da sua credibilidade art stica V se que para Svendsen h uma distin o qualitativa entre o criador de roupas e o Na apresenta o de seu O imp rio do Ef mero Lipovetsky faz um apanhado dessas quest es e aproxima moda modernidade 221 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico criador de arte Ao menos o que deixa transparecer ao afirmar Em geral a moda se que pode ser considerada
324. ted strategies to promote social environmental and economic improvements have been gathered to initiatives of production and consumption based on the principles of solidarity Economy SE Thus the implementation of these strategies has emerged as one of the key factors in the search for feasible alternatives for expanding the conditions of local development According to these assumptions this article examines the case of the association Justa Trama because this enterprise has its actions based on the connections of solidarity economy in search of social environmental and economic benefits for its members and for society as a whole As results observed during the examination of the case it was found that Justa Trama brings together diverse strategies oriented to social environmental and economic sustainability as these strategies are already inserted intrinsecaly in the Life Cycle Design LCD of products developed by the association From an organizational model based on values of solidarity Justa Trama has succeeded in its purpose of providing autonomy to the cooperative members in the different stages of production while it manages to maintain an alignment with their core foundations also in the stages of distribution and consumption Keywords strategies on design and sustainability Life Cycle Design Solidarity Economy Popular Cooperatives 1 Introdu o A es em design orientadas para melhorias socioambientais signifi
325. timos anos Al m disso completam at mesmo os visuais mais rom nticos e sofisticados pesados cal ados em preto como se uma resist ncia rock em render se delicadeza da musselina Os modelos apresentados no site apresentam as pe as em looks mais comerciais em oposi o a estrat gias mais conceituais utilizadas nos desfiles A silhueta confort vel nem excessivamente justa nem ampla Em algumas pe as como vestidos aparece uma evidente silhueta em A As estampas n o aparecem em profus o na comunica o online apenas em alguns looks pareados a looks sem superf cie estampada As cores aparecem timidamente a paleta geral transita entre os tons past is e o ndigo desbotado Tonalidades mais vibrantes como o amarelo vivo o rosa maravilha o coral e o azul mar aparecem em pe as pontuais ou na composi o de estampas 199 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figuras 05 vestido de musselina de seda Fonte www 2ndfloor com br As estampas corridas que percorrem toda a extens o de um tecido s o na maioria compostas por uma cor espec fica amarelo vivo o rosa maravilha o coral e o azul e pelo preto O tema das estampas corridas n o expl cito sabe se da inspira o em elementos marinhos entretanto a refer ncia fica evidente apenas em algumas pe as Os xadrezes aparecem em camisas tamb m pontualmente em shorts Comp em as padronagens xadrezes algumas estampas mais fortes
326. tista O bom e o belo Os artistas glorificam sem cessar n o fazem outra coisa todos aqueles estados e coisas que t m a reputa o de fazer o homem sentir se bom ou grande brio divertido s o e s bio Tais coisas e estados seletos cujo valor para a felicidade humana tido como certo e estabelecido s o os temas dos artistas estes sempre se acham espreita para descobrir coisas assim e transport las para o dom nio da arte Quero dizer que eles n o s o os aferidores da felicidade e do que feliz mas que sempre ficam pr ximos desses aferidores com enorme curiosidade e desejando utilizar imediatamente as avalia es deles Assim tendo os fortes pulm es dos arautos e os r pidos p s dos corredores al m da pr pria impaci ncia eles sempre est o entre os primeiros a glorificar a nova coisa boa e frequentemente parecem ser os primeiros a cham la de boa e aferi las como tal Mas isto como se disse um erro eles s o apenas mais velozes e ruidosos que os verdadeiros aferidores E quem s o eles S o os ricos e os ociosos NIETZSCHE 2001 P 114 V s se que para Nietzsche assim como para Benjamin a indica o para o que vir embora se manifeste primeiramente na arte tem sua g nese no consumidor naquele para quem a arte criada Gilda Souza prop e a mesma coisa quando se refere Dior que segundo ela ainda sob os ares da pen ria da Segunda Guerra lan ava as exuberantes e dispendiosas sai
327. titivamente a um mercado global cada vez mais alinhado com o green new deal leva a ind stria t xtil a introduzir paulatinamente novas esp cies organizacionais mais diversificadas e bem adaptadas s condi es da nova ordem econ mica Produ o e Consumo t xtil Global A cadeia produtiva t xtil cujo in cio se encontra nos produtores de mat rias primas naturais e artificias manufaturadas pelo homem a for a motriz desta ind stria De acordo com Berlim 2012 a ind stria t xtil pode ser definida como aquela que transforma fibras em fios fios em tecidos planos e malhas e em pe as de vestu rio roupa de cama e mesa e ainda em outros substratos texteis como os t cnicos usados pela ind stria automobilistica em cintos de seguran a e ar bags pela agricultura em sacos de estocagem e tantas outras reas sociais como por exemplo na produ o de roupas especiais para bombeiros tendas paraquedas velas de barco gazes para uso hospitalar estofado de uso dom stico etc Da mat ria prima passando pelos insumos e processos fia o tecelagem tinturaria confec o e beneficiamento e chegando venda final para o consumidor atravessa se um longo campo de possibilidades de gera o de empregos e renda em reas variadas como a agricultura nas culturas de algod o linho sisal c nhamo juta rami bambu madeira para obten o de viscoses a pecu ria na cria o de animais para gera o de fibras d
328. tiva Ap s o processo de tecelagem os tecidos seguem por transportadora para a confec o das pe as de vestu rio nas cooperativas UNIVENS RS e Fio Nobre SC Na confec o s o utilizadas linhas de fibras n o org nicas pois ainda n o h linhas de costura produzidas com algod o org nico dispon veis no mercado assim como z peres e el sticos Outros aviamentos utilizados nas pe as como bot es e fivelas s o feitos de casca de coco e tamb m s o utilizadas as sementes coletadas pela cooperativa A a RO em bordados aplicados nas pe as Os res duos da confec o como retalhos e fios s o utilizados para confeccionar jogos educativos e bonecas pela INOVARTE RS deste modo o tempo de vida dos materiais estendido A cria o dos produtos feita a partir de contrata o de profissionais da rea de moda estilistas ou designers de moda dependendo dos recursos dispon veis para a contrata o destes servi os Alguns produtos s o desenvolvidos a partir da demanda como camisetas e ecobags para eventos por institui es associadas s cooperativas de confec o 77 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Identificou se assim uma demanda para o estabelecimento de novas parcerias na rea de design para a cria o de produtos e gest o de processos pois n o h um acompanhamento sistem tico de designers para identificar necessidades de melhorias e mudan as nas v rias etapas do cicl
329. tiza o da implementa o de tecnologia assistiva para o contexto educacional Tese doutorado Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnol gico Programa de P s Gradua o em Engenharia de Produ o Florian polis UFSC 2012 264 p OLIVEIRA Djalma Planejamento estrat gico 28 Ed S o Paulo Atlas 2010 335 p 148 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico PRAHALAD C K KRISHNAN M S A nova Era da Inova o Brasil Elsevier 2008 242 pgs OMS Organiza o Mundial da Sa de Relat rio Mundial Sobre a Defici ncia Organiza o Mundial da Sa de 2011 Dispon vel em lt http whqlibdoc who int publications 2011 9788564047020 por pdf gt Acessado em 30 de Abril de 2013 PORTER Michael E Estrat gia Competitiva T cnicas para an lise de ind stria e da concorr ncia 7 Ed Rio de Janeiro Campus 1986 362 p RANGEL Arm nio Souza SILVA Marcello Muniz da COSTA Benny Kramer Competitividade da Ind stria T xtil Brasileira Revista de Administra o e Inova o v 7 n 1 S o Paulo jan mar 2010 p 151 174 ISSN 1809 2039 RECH Sandra Fundamentos da Gest o do Design de Moda Modapalavra Florian polis v 3 n 3 pg 55 67 novembro de 2004 INSS 1982 615xx SANCHES Maria Celeste de F tima Projetando Moda diretrizes para concep o de produtos In Design de Moda Olhares Diversos S o Paulo Esta o das Cores e Letras 2008
330. to e m todos 4 ed THORELL Ana trad Bookman 2010 S o Paulo 218 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico O criador de roupas enquanto artista Suzie Ferreira do Nascimento Resumo Com este texto o que pretendemos discutir com vistas ao fazer design se h pressupostos ao ato de cria o e se leg tima a aproxima o entre o criador de moda e os criadores das demais artes Para tal fizemos alus o especificamente ao objeto roupa sobretudo pelo seu car ter emblem tico dentro do sistema moda Trouxemos para essa reflex o tanto os pensadores cr ticos contempor neos como tamb m os cl ssicos Para al m da discuss o sobre os limites entre arte e t cnica partimos do pressuposto de que se o mundo se transforma pelas m os do homem esse mesmo homem criador e se ele o faz porque traz em si o impulso e a capacidade para tal De modo que interessa nos menos quantificar e qualificar tais cria es e mais refletir sobre o ato criador em si Palavras chave moda cria o arte Abstract With this text we intend to discuss about design if there are assumptions to create and if the rapprochement between fashion designer and creators of other arts is legitimate For this we have specifically alluded to the clothe object especially for its emblematic character within the fashion system We brought to this debate critical thinkers and contemporary classics Beyond the discussion of the a
331. to econ mico e uma industrializa o sem destruir o meio ambiente O modelo proposto para o desenvolvimento sustent vel foi uma tentativa para harmonizar o desenvolvimento humano com os limites da natureza SCHULTE 2011 89 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Sustentabilidade ecologia e preserva o ambiental s o conceitos que t m desencadeado diversas a es campanhas e projetos para conscientiza o sobre a import ncia e urg ncia de buscar o equil brio entre o desenvolvimento humano e o meio ambiente A defini o de desenvolvimento sustent vel como sendo a explora o equilibrada dos recursos naturais buscando a satisfa o das necessidades do bem estar da presente gera o sem comprometer as gera es futuras recebe cr ticas por expressar a preocupa o com a preserva o apenas com as futuras gera es de humanos sem considerar as futuras gera es das demais esp cies de animais e plantas que habitam o planeta Terra SCHULTE 2011 Praticar a sustentabilidade ambiental e promover o desenvolvimento sustent vel significa cuidar de todas as coisas da menor forma de vida at o planeta inteiro Mas como fazer uma transi o do modo de vida de acordo com o conceito de sustentabilidade Por caminhos traum ticos uma transi o for ada por efeitos catastr ficos que de fato obrigariam a uma reorganiza o do sistema ou de forma mais indolor gradativa por escolha isto
332. to em rela o ao p blico que com ela convive Para Kotler et al 2002 p 234 posicionamento compreende o lugar que o servi o ou marca ocupa na mente dos consumidores potenciais quando comparado aos concorrentes e compreende um conjunto complexo de percep es impress es e sensa es que os clientes mant m em rela o ao servi o ou marca da organiza o Manter um posicionamento firme tarefa complexa para as marcas de moda que precisam renovar suas cole es no m nimo semestralmente O estudo e aplica o das tend ncias de moda estrat gia utilizada por empresas que buscam interpretar e prever aspira es e as qualidades do mercado num futuro determinado Uma das fun es de branding formar e manter um elo de 205 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico coer ncia entre produtos e estrat gias de posicionamento das marcas A combina o do posicionamento da marca e ado o das tend ncias de moda pode ser entendida como tarefa de branding orientada para uma vis o integradora e com foco no futuro Considera es finais Este estudo resultado do trabalho no contexto da disciplina de Branding oferecida pelo Programa de P s Gradua o em Design e Express o Gr fica da Universidade Federal de Santa Catarina P sDesign UFSC A pesquisa e o relato desta compuseram parte dos estudos de Mestrado cursado na Universidade Federal de Santa Catarina Assim comp em etapa exper
333. tp buscatextual cnpq br buscatextual visualizacv do metodo apresentar amp id K4215 192Y4 Professora no curso de Design de Moda da Uniasselvi Assevim Brusque e no curso de Design da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Mestrado em Hist ria PPGH UDESC 2012 Especializa o em Propaganda e Marketing Est cio de S 2007 Gradua o em Comunica o Social Habilita o em Publicidade e Propaganda Est cio de S 2006 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Silvia Helena Zanirato http Mattes cnpg br 7528395569826025 Doutora em Hist ria pela Universidade Estadual Paulista J lio de Mesquita Filho especialista em gest o do Patrim nio Cultural Integrado pela Universidade Federal de Pernambuco e P s Doutora em Geografia Pol tica pela Universidade de S o Paulo e em Hist ria pela Universidad de Sevilla Professora do Curso de Gest o Ambiental da Escola de Artes Ci ncias e Humanidades da Universidade de S o Paulo e dos Programas de P s gradua o em Ci ncia Ambiental e em Mudan a Social e Participa o Pol tica ambos da USP Tatiana Messer Rybalowski http Mattes cnpq br 1200656272317503 Possui gradua o em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro 1983 Mestrado em Design pela PUC Rio 2008 Especializa o em Psicopedagogia pela Universidade Candido Mendes 1999 e Curso T cnico em Estilismo em Confec o Industrial pelo SENAI Cetigt 198
334. tribuindo para a gera o de renda de empreendedores que atuam com a economia solid ria No que tange aos aspectos ambientais observa se tamb m uma maior nfase na produ o e uso do algod o org nico que tamb m v m se consolidando no Brasil nos ltimos anos Estas a es trazem amplos benef cios socioambientais e econ micos para pequenos produtores costureiras e artes os associados em cooperativas e de modo paulatino tamb m fomentam o processo de transforma o da consci ncia e do perfil dos produtores e dos consumidores de moda 4 1 An lise do caso Justa Trama Para a realiza o do presente estudo buscou se um empreendimento na rea da moda no sul do Brasil que fundamentasse suas a es de produ o e comercializa o nos princ pios da economia solid ria e da sustentabilidade social ambiental e econ mica Deste modo identificou se o caso da Justa Trama que consiste em uma associa o que congrega cooperativas de todo o territ rio nacional sob a tutela de uma mesma marca Estas 72 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico cooperativas se localizam em diferentes regi es e atuam em diferentes etapas da cadeia produtiva efetuando um trabalho em rede A Justa Trama atua como marca institucional ou guarda chuva a fim de promover maior for a e visibilidade e ao mesmo tempo unificar a filosofia e o modo de atua o das diferentes cooperativas associadas Deste modo
335. ttp www ecotece org br conteudo php i 4 gt Acesso em 05 jan 2013 Instituto Data Popular Dispon vel em http www datapopular com br Relat rio Fashionig the Future Dispon vel em http www forumforthefuture org Acceso em 10 de janeiro de 2013 Oeko Tex 110 standart Dispon vel em https www oeko tex com Acesso em 21 de janeiro de 2013 45 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico O caso Justa Trama contexturas entre a economia solid ria e as estrat gias orientadas para a sustentabilidade no processo de Life Cycle Design Jucelia S Giacomini da Silva Neide K hler Schulte Resumo Amplas possibilidades para a atua o do design tem se concentrado na tarefa de mediar a produ o material e suas rela es de produ o e consumo e entre estas variadas perspectivas reside o desafio de auxiliar no desenvolvimento de benef cios efetivos e dur veis para os indiv duos e grupos sociais em seus territ rios A partir deste enfoque estrat gias em design orientadas para a promo o de melhorias socioambientais e econ micas t m sido congregadas a iniciativas de produ o e consumo fundamentadas nos preceitos da Economia solid ria ES Deste modo a implanta o destas estrat gias tem se configurado como um dos fatores chave na busca por alternativas fact veis para a amplia o das condi es de desenvolvimento local De acordo com estes pressupostos o presente artigo analisa
336. u rio e a m quina de lavar roupa A mudan a deste paradigma implica em uma cascata de inova es potenciais que envolvem desde o produtor de algod o at as empresas de reciclagem de roupas e os servi os de aterros sanit rios No presente paradigma a decis o pelo programa mais adequado de lavagem bem como a quantidade de insumos a serem utilizados na lavagem por exemplo deixada integralmente sob a responsabilidade do usu rio o qual nem sempre tem o conhecimento necess rio para tomar tal decis o Solu es como etiquetas inteligentes ex RFID j vem sendo 236 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico adotadas h algum tempo pela ind stria do vestu rio mas o foco tem se limitado na contribui o destas tecnologias em tornar a gest o de estoque mais gil e na amplia o da agilidade nos pontos de venda no varejo Integrar tais solu es no dia a dia do usu rio final ainda um campo de aplica es fortemente inexplorado Conclus o Sabe se que o vestu rio inteligente tem ainda sua ado o ainda em aplica es muito espec ficas como por exemplo uniformes de soldados que comunicam exatamente onde ocorreu um tiro auxiliando os param dicos na antecipa o do diagn stico tecidos que retornam forma original depois de amassados pigmentos que alteram a cor medida que se altera a intensidade de radia o solar N o foi observada nas comunidades de baixa renda estudadas pelo auto
337. ulo 2011 KRUCKEN L Design e territ rio valoriza o de identidades e produtos locais S o Paulo Studio Nobel 2009 P 17 LECHAT Noelle Marie P Trajet rias intelectuais e o campo da Economia solid ria no Brasil 2004 392 p Tese Instituto de Filosofia e Ci ncias Humanas Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Campinas SP 2004 LEE Matilda ECO CHIC O guia de moda tica para a consumidora consciente 1 ed S o Paulo Larousse 2009 MANZINI E Design research for sustainable social innovation Dispon vel em lt http www sustainable everyday net manzini gt Acesso em 25 jul 2009 82 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico MANZINI Ezio VEZZOLI Carlo O desenvolvimento de produtos sustent veis S o Paulo Editora da Universidade 2002 MATTOSO J A desordem no trabalho S o Paulo Ed P gina Aberta 1995 MENDON A Bruno Drag o Fashion Brasil e Economia solid ria Brasil IBModa Dispon vel em http www alemdamoda com br gestao dragao fashion brasil aposta na economia solidaria Acesso em 10 de agosto de 2013 MENDON A Bruno Drag o Fashion Brasil e Economia solid ria Brasil IBModa Dispon vel em http www alemdamoda com br gestao dragao fashion brasil aposta na economia solidaria Acesso em 10 de agosto de 2013 MENEZES Maria Thereza C G Economia solid ria elementos para uma cr tica marxista Rio de Janeiro Gramma 2007 MON
338. ultado final que a oferta constante e os pre os acess veis aumentaram o n vel de consumo e consequentemente o seu descarte que na maioria das vezes simplesmente lixo Fletcher e Grose 2011 afirmam que Aumentar o ritmo das atividades da moda faz crescer o volume de roupas produzidas e consumidas pois ao colocar mais rapidamente um desenho no mercado uma empresa sai frente das concorrentes e tem mais oportunidades de vender De modo similar aumentar a frequ ncia de renova o dos estoques nas lojas por exemplo introduzindo v rias minicole es em cada temporada explora o desejo do consumidor por novidades e leva o aumento nas vendas Embora o efeito econ mico desejado de tal velocidade seja promover o crescimento do neg cio a consequ ncia inevit vel aumento na demanda por recursos materiais e m o de obra ditado por uma produ o de mercadorias cada vez maior O impacto dessa din mica sobre os ecossistemas e os trabalhadores est no cerne do desafio da sustentabilidade para a moda Fletcher e Grose 2011 p 124 Necessitar desejar querer 117 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Com a evolu o do consumo que originalmente tratava das necessidades em seu percurso ele se equipa de instrumentos mais poderosos como o desejo que n o se limita solidez da necessidade O desejo trata de sonho de conquista e realiza o Mas para o consumo ainda pouco o sujeito cont
339. ultimarcas e nas principais capitais em lojas pr prias da 2nd Floor ou ainda em conjunto com a Ellus nos shopping mais sofisticados A grife possui uma loja 198 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico conceito shop in shop na Rua Oscar Freire conhecida como passeio de moda em S o Paulo e na Rua Garcia D Avila tamb m not ria no bairro de Ipanema Rio de Janeiro Cole o 2nd Floor SpringSummer 2012 A cole o assinada por Marcon buscou inspira o nos mitos e her is da Gr cia Como recorrente marca somou se inspira o grega uma combina o de rock esporte e urbanismo que reiteram o car ter jovem da 2nd Floor Dentre as pe as chave a m dia especializada frisou o jeans ultradelav s super lavados desbotados como material de tops envelopados vestidos tulipa parcas e blazers Em oposi o s pe as estruturadas a delicadeza foi marcante em acabamentos de bordados em mi anga nas T shirts de malha circular leves algod es das camisas xadrezes e nos plissados da musselina de seda dos vestidos e saias A juventude e ousadia ficaram expl cita em estampas divertidas como a do t rax bordado sobre camiseta branca a cartela adaptada da Escala Europa CMYK de tons de azul amarelo magenta e preto O jeans surrado parecia ter perdido a cor ap s in meras lavagens e as camisas xadrez tamb m apresentam o caimento e o toque daquela pe a que foi repetidamente vestida nos l
340. um grande n mero de pessoas ERNER 2005 p 104 A concep o de tend ncia de Erner 2005 como fica evidente vincula se de modo substancial ideia de ado o posse e desejo de um grupo consider vel de pessoas em rela o a um determinado objeto Ao contr rio do que muitos podem questionar as tend ncias n o se relacionam apenas s muta es da ind stria do vestu rio limitando se a mudan as culturais expressas em n veis materiais e transforma es est ticas A moda enquanto mudan a produz se em numerosas esferas da vida social GODART 2008 p 11 visto que nada est inteiramente em seu lugar mas a moda que fixa o lugar de tudo KARR apud BENAJMIM 2007 p 102 Uma tend ncia pode ser emocional intelectual ou mesmo espiritual RAYMOND 2010 Isso explica por exemplo o grande aumento no n mero de fi is que a pr tica da cabala e outras modalidades de cultos religiosos orientais presenciaram nas ltimas d cadas Historicamente o termo tend ncia de origem inglesa trend ergue se do ingl s m dio e do alem o com o significado de rodar girar ou dar voltas J no inicio do s culo XX o termo tend ncia foi amplamente designado a expressar valores estat sticos por matem ticos e economistas Esses utilizavam a palavra para fazer refer ncia a mudan as ascendentes ou descendentes em gr ficos que pudessem prognosticar altera es em longo prazo RAYMOND 2010 Foi a partir dos anos de 1960 que
341. uma an lise da experi ncia pol tica da Associa o Nacional de Trabalhadores e Empresas de Autogest o 2012 119 p Disserta o Programa de P s Gradua o em Servi o Social Universidade Federal de Juiz de Fora UFJF Juiz de Fora MG 2012 CASTRO B G A economia solidaria de Paul Singer a constru o de um projeto pol tico Disserta o Universidade Estadual de Campinas Instituto de Filosofia e Ci ncias Humanas Campinas SP 2009 CORNELIAN A R A concep o de Economia solid ria em Paul Singer descompassos contradi es e perspectivas Disserta o de Mestrado 99p Programa de P s Gradua o em Sociologia Universidade Estadual Paulista UNESP 2006 p 7 FAIRTRADE FOUNDATION What is Fairtrade Dispon vel em lt http www fairtrade org uk what is fairtrade default aspx gt Acesso em Outubro de 2013 FARIA Jos Henrique de As organiza es coletivistas de produ o associada e a autogest o social Dispon vel em lt http eppeo org br wp content uploads 2011 10 FARIA As OCPA e a Autogest C3 A3o pdf gt Acesso em 09 abr 2012 FBES F rum Brasileiro de Economia solid ria Dispon vel em lt http www fbes org br gt Acesso em julho de 2012 FIDIC International Federation of Consulting Engineers Dispon vel em lt http fidic org gt Acesso em julho de 2013 FLETCHER Kate GROSE Lynda Moda amp Sustentabilidade design para mudan a S o Paulo Editora Senac S o Pa
342. uma rede de hipermercados Rgsa Revista de Gest o Social e Ambiental S o Paulo v 3 p 423 434 01 set 2009 Dispon vel em lt www gestaosocioambiental net gt 98 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Acesso em 03 jun 2013 COSTA Luciangela Galletti da VALLE Rog rio Log stica reversa import ncia fatores para a aplica o e constexto brasileiro Rio de Janeiro Seget Simp sio de Excel ncia em Gest o e Tecnologia 2006 DANELON Fernanda PANTIN Simone Esmanhotto de J ouviu falar em Upcycling Dispon vel em lt http planetasustentavel abril com br noticia lixo upcycling sobras cristal couro madeira reusadas objetos unicos 728545 shtml gt Acesso em 01 jun 2013 FAVERIN Victor Adidas lan a programa de log stica reversa e convoca popula o Dispon vel em lt http rmai com br v4 Read 1136 adidas lanca programa de logistica reversa e convoca populacao aspx gt Acesso em 01 jun 2013 FAZ Assim Se Ed Como separar roupas para doar Dispon vel em lt http www assimsefaz com br sabercomo como separar as roupas para doar gt Acesso em 03 jun 2013 FLETCHER Kate amp GROSE Lynda Moda amp Sustentabilidade design para mudan a S o Paulo Editora Senac S o Paulo 2011 GON ALVES Marcus Eduardo MARINS Fernando Augusto Silva Log stica reversa numa empresa de lamina o de vidros um estudo de caso Gest o e Produ o S o Paulo n 3 p 2
343. umentam os elos da rede Ao transitar pela ind stria do vestu rio o visitante encontrar uma rede composta de muitos elos pode ser uma feira de moda em Paris pode ser uma sala silenciosa com pessoas atentas tela do computador pode ser um corredor estreito com paredes entulhadas de tecidos importados e ou nacionais O final da rede em suas franjas encontrar o elo mais fr gil uma garagem domiciliar mal iluminada com algumas m quinas de costura e frequentemente uma trabalhadora doente Nessa rede articulada e fragmentada o elo mais fr gil alimenta toda a articula o p 22 As autoras Grose amp Fletcher 2011 exp em atributos invis veis da ind stria do vestu rio como a dispers o geogr fica que ocorre na busca por trabalho barato nos ltimos quarenta anos medida que os sal rios aumentavam nos pa ses desenvolvidos as empresas de confec o transferiam suas instala es para onde os sal rios fossem mais baixos o que resultou em uma cadeia de fornecimento de enorme complexidade com centenas de f bricas espalhados por muitas na es com isso o controle e o monitoramento est o sujeitos corrup o e manipula o cada vez com mais chance de viola o de direitos humanos p 49 A terceiriza o vem causando impactos na for a de trabalho o estudo de Caleffi 2008 revela o aumento de doen as ocupacionais stress provocados pelas exig ncias de qualidade e produtividade e a rotativid
344. umento do par metro do real FLUSSER 2011 apud FERREIRA sd Flusser concebe o belo como a originalidade de um modelo est tico que compreendido e portanto baseado na sua capacidade de expandir a experi ncia da realidade Ele parece entender que embora a embriagu s seja pressuposto da arte nem toda a embriagu s leva arte pois nem tudo o que concebido sob o signo da embriaguez alarga a realidade Agora considerando que o belo seja essa fina linha que separa a trivialidade do del rio e que represente um alargamento de realidade n o surpresa que a capacidade de cria o do artista aquilo que o diferenciaria dos demais mortais tenha sido sempre objeto de interesse Entender o modo como a cria o ocorre daria ao homem uma possibilidade de apreens o do futuro daquilo que ainda n o existe como objeto mas que pode ser pressentido Talvez o criador de roupas tenha de fato sido o exemplo mais real da sensibilidade do criador em rela o a isso medida que era nas suas cria es que esse futuro se materializava com mais evid ncia Note se o que diz Gilda Souza 223 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Colocado na encruzilhada entre as solicita es do p blico e o impulso art stico o criador de modas mais do que qualquer outro criador ter n o h d vida de alertar sua sensibilidade para o momento social e pressentir os esgotamentos est ticos em vias de
345. upa pode deixar de servir muito rapidamente fica claro que a pe a n o vai ser trocada por outra na loja deve ser adquirida outra Por m no caso da necessidade de uma pence ou ajuste pois a doen a avan ou ou regrediu no caso de um mecanismo de TA parar de funcionar ou estragar ent o necess rio que a pe a de roupa seja revista a sim a loja acionada e feita uma reavalia o onde o produto deve ser revisado O objetivo nestas ltimas duas etapas tratar o cliente de forma pessoal onde a loja tenha o hist rico do atendimento e dos produtos comprados onde h uma fideliza o do cliente uma aten o especial para cada um As pe as devem conter Instru es de manuten o Modos de lavar secar passar alvejar e limpeza a seco 144 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico c digos identific veis pois a pe a dever ser ligada ao seu comprador e estes servi os as duas ltimas etapas podem ou n o ser adquiridos separados segundo a prefer ncia da loja e do cliente no momento em que ele realiza a compra N o necessariamente a loja obrigada a fornecer toda esta assist ncia para todas as pe as pois o grau de sofistica o de cada pe a pode requerer ou n o uma aten o especial Segundo dados informados por Martins e Merino 2011 p 72 87 dos consumidores s o atra dos pela vis o e 13 pelos demais sentidos sendo que 85 das vendas de produtos s o feitas
346. urais sociais e de comportamento do consumidor que obrigou as empresas a repensarem seus compostos de comunica o Afinal as empresas que 210 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico conseguem se adaptar aos novos tempos aos novos meios e s novas ferramentas de comunica o para n o ficar para tr s BENTIVEGNA 2003 Os novos h bitos de consumo e tecnologias inovadores permitiram o desenvolvimento de novas m dias impulsionadas especialmente pelo advento da internet Essas novas plataformas de comunica o modificaram em especial as rela es entre espectadores e m dias transferindo o controle sobre o consumo de conte do e sobre a exposi o publicidade dos ve culos para os consumidores RODRIGUES CHIMENTI NOGUEIRA 2011 Para Couldry 2009 as principais mudan as observadas nas novas m dias est o principalmente relacionadas com a descentraliza o da produ o da informa o estas s o na verdade baseadas em padr es emergentes de coopera o e partilha caracterizando se por apresentarem emissores e receptores h bridos Com base nessa discuss o acerca do desenvolvimento e ascens o das novas m dias digitais este trabalho parte da premissa que as redes sociais est o sendo utilizadas como ferramentas de comunica o pelas grandes marcas e tem por objetivo identificar como as marcas de luxo est o utilizando essas redes NOVAS M DIAS A era digital ampliou o n mero de fer
347. urais do corpo humano verticais plano sagital e horizontais plano transverso Marcam se os per metros da cintura busto quadril pesco o e cava S o marcadas no manequim com uso da fita sutache as medidas de comprimento dist ncia entre dois pontos anat micos do ombro do centro das costas e da frente e da linha lateral FIGURA 5 Feitas s marca es das linhas o manequim est pronto para ser executado o trabalho O manequim deve ser posicionado na altura da pessoa que vai trabalhar com a t cnica moulage As marca es anat micas referenciais s o realizadas no manequim com a fita de ondula o sutache ou similar com 0 5cm de largura alfinetadas antes de iniciar o trabalho As linhas verticais s o colocadas com a fita na cor vermelha e as horizontais com a fita na cor azul regra para padroniza o do trabalho O posicionamento das fitas de ondula o sutache requer muita aten o porque o resultado final da modelagem e o nivelamento das pe as do vestu rio depender o da precis o das linhas colocadas no busto As principais linhas de constru o s o as do centro da frente e do centro das costas por serem refer ncias para as linhas horizontais linha do busto linha do quadril etc O processo de desenvolvimento da moulage feito no lado direito do manequim Regra Geral somente para pe as assim tricas usa se simultaneamente o lado esquerdo 161 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalav
348. uscam instalar centros produtivos em pa ses perif ricos pois de modo geral a principal finalidade desta a o consiste em obter a m xima lucratividade com o m nimo custo poss vel Assim a cadeia produtiva se torna t o complexa que poucos consumidores ao comprar uma pe a de roupa t m conhecimento sobre a origem do produto e sobre o sistema de produ o pelo qual este passou Neste sentido o setor t xtil est intimamente interligado com atual crise socioambiental pois provoca a escassez de mat ria prima n o renov vel utiliza componentes t xicos em diversas etapas produtivas e gera uma grande quantidade de res duos al m de utilizar m o de obra de baixo custo fato que contribui para a precariza o das condi es de trabalho em escala mundial Atualmente a explora o de mat rias primas menos impactantes tem sido um ponto crucial na discuss o sobre a contribui o da rea da moda para as melhorias ambientais Fletcher e Grose 2011 p 13 corroboram estas ideias e sinalizam para o fato de que todos os materiais afetam de alguma forma os sistemas ecol gicos e sociais mas estes impactos diferem de uma fibra para a outra quanto ao tipo e escala As autoras defendem que as inova es orientadas para a redu o do impacto ambiental dos materiais t xteis podem ser 69 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico divididas em quatro reas interligadas de acordo com as transforma
349. uso de detergente depois os uniformes s o colocados no tanguinho para a lavagem que novamente na opini o da entrevistada limpa melhor a roupa Em seguida os uniformes s o lavados novamente na lavadora que faz todo o ciclo de lavagem enxague e centrifuga o Nesta fam lia a lavadora de roupas nunca era utilizada para a primeira lavagem dos uniformes de trabalho De maneira geral nas fam lias que utilizam lavadora de roupa os ciclos mais utilizados s o o r pido roupas brancas roupas encardidas e sujas No entanto a maioria das entrevistadas n o soube especificar exatamente o tempo de dura o dos ciclos que costumam utilizar do tanquinho ou m quina de lavar Estimam que o processo completo de tr s molhos seja de aproximadamente 3 horas considerado demorado e com grande disp ndio de gua e energia Talvez motivados por esta percep o a gua utilizada na m quina de lavar roupa era reaproveitada na maioria das habita es via de regra na lavagem de cal adas As mulheres que utilizam a lavadora relatam que o processo de lavar as roupas r pido pois dizem que praticamente n o fazem nada colocam as roupas na m quina escolhem o ciclo o n vel de gua colocam os produtos qu micos e esperam finalizar para estender no varal IMPLICA ES PARA O VESTU RIO INTELIGENTE 235 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Os resultados do Projeto E Wise deixam claro quanto necessid
350. uthors in the field of environmental science and fashion Key words Textile Industry fashion sustainability environment Introdu o N o existe beleza na roupa mais fina se gera morte e tristeza Gandhi A ind stria t xtil considerada uma das mais poderosas e figura como um dos tr s mais importantes setores da economia mundial Sua inser o no mercado global possui uma dimens o que escapa das an lises disciplinares lineares que a reduzem 15 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico sempre a um vi s econ mico social ou pol tico quando se percebe que a complexidade de suas estruturas impede toda e qualquer an lise que n o seja interdisciplinar Ao se falar em Ind stria t xtil aborda se um processo que vai da produ o e plantio de sementes para a obten o de mat ria prima dos substratos t xteis at os milh es de trabalhadores de agricultores Top models passando por costureiras bordadeiras e todos os demais envolvidos nas etapas das cadeias t xteis Como rea do fazer em se tratando especificadamente de confec o de roupas e acess rios a dimens o dos insumos recursos produtos e materiais usados v o de especificidades como um importante n mero de tipos de linhas e agulhas at m quinas de lavar teares industriais leos adstringentes solventes branqueadores lixas tintas e corantes resinas metais papel pl sticos filmes tratores arados pesticidas e
351. uto configurado tridimensionalmente um projeto elaborado para suprir as necessidades do seu p blico e caracteriza se pelo seu aspecto t til e funcional Para cada uma das reas supracitadas poss vel desdobr las em campos espec ficos como por exemplo a rea que envolve a tem tica desta pesquisa o design de moda que oriundo do design de produto A moda pode ser conceituada como uma rela o entre vestu rio tempo e pessoas pois ela define a identidade pessoal e comunica a express o individual e coletiva assim ela pode definir como um sistema visual de comunica o de grande influ ncia na percep o das pessoas Neste contexto ela capaz de distinguir diversos aspectos tais como sociais religiosos est ticos m sticos pol ticos de g nero ou simplesmente distinguir a individualidade aliada a isso que ela traduz uma nova linguagem com significados de diferencia o instiga novas formas de pensar e agir norteia um ideal de cultura nesse sentido que o design deve conter em seu projeto uma comunica o que visa conscientizar a qualidade de vida de seu usu rio e de quem o cerca Neste universo do design de moda que norteia a tem tica desta pesquisa sendo a Constru o de moda com apelo s cio ambiental A pesquisa faz se pertinente uma vez que responsabilidade Social e Ambiental s o recorrentes temas discutidos atualmente por ajustarem se a preocupa o da qualidade de vida dos seres vivos n o menos
352. v s da busca nos portais de moda foram compactadas em 20 palavras chave organizadas em um check list Esse foi desenvolvido para ser preenchido com base nas pe as da cole o da marca 2nd Floor disponibilizadas para acesso ao usu rio atrav s do site www 2ndfloor com br Os itens que compuseram o check list foram categorizados em rela o ao direcionamento para produto da tend ncia Em materiais constam seda algod o franjas e plumas couro e camur a e croch e tric Em direcionamento de cor constam color blocking brancos cores c tricas tons crus e tons past is Pertencem categoria superf cie e acabamentos estampas tropicais listras detalhes r sticos plissado e transpar ncia E finalmente integram se categoria forma pantalonas e saias longas cintura marcada barriga de fora e cal as curtas A marca 2nd Floor 196 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Para o presente estudo foi analisada cole o Primavera ver o da marca 2nd Floor do grupo InBrands Um dos mais fortes conglomerados t xteis do pa s o grupo InBrands abarca marcas como Ellus Richards VR Menswear Ellus 2nd Floor Alexandre Herchovitch VRKids Luminosidade Bitang Mandi Bobstore e Selaria Richards Al m das not rias marcas de moda curioso o fato do holding deter as marcas dos principais eventos de moda do Brasil os desfiles SPFW S o Paulo Fashion Week e Fashion Rio al m do sal o de neg cios Rio a
353. vado na figura 1 o plano sagital divide o corpo em dois lados direito e esquerdo num sentido mais amplo considera se que ambos os lados s o 156 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico iguais ou seja o indiv duo apresenta simetria bilateral O posicionamento da linha vertical FIGURA 2 que divide o corpo lateralmente mostra que o plano frontal anterior frente maior que o plano posterior costas Isto significa que necess rio que sejam previstas as devidas compensa es no tra ado do diagrama b sico para a modelagem plana e no caso da moulage a marca o da linha lateral do manequim assim o tra ado da frente fica maior que as costas Observando se a pe a do vestu rio no corpo percebe se que a costura est posicionada mais para tr s ou seja na linha do plano frontal que corta o corpo lateralmente O desenvolvimento de um produto do vestu rio necessita dos conhecimentos de todos os planos do corpo inclusive dos planos transversais pois o corpo possui diferencia es em toda sua extens o e dominando este estudo poss vel estabelecer modelagem que proporcione al m de um aspecto visual atraente o conforto e a harmonia das formas O tra ado das linhas que d o estrutura modelagem deve respeitar as regras na verticalidade e na horizontalidade facilitando os movimentos dos membros tanto os inferiores como os superiores Portanto o caimento do tecido depende da estabil
354. vel em lt http www intercom org br intercom intercom shtml gt Acesso em 16 jun 2012 BRANDZ As 100 empresas mais valiosas de 2011 relat rio anual 2012 COULDRY N Does the media have a future European Journal of Communication v 24 4 2009 p 437 449 KAPLAN A M HAENLEIN M Users of the World Unite The Challenges and Opportunities of Social Media Business Horizon v 56 p 59 68 2010 KOTLER Philip ARMSTRONG Gary Princ pios de marketing 12 ed S o Paulo Pearson 2007 REBELLO Teresa Cristina Santos As m dias sociais e a arte contempor nea In COLOQUIO DE MODA 2011 Maring Anais Maring 2011 CD ROM O GLOBO O facebook passa o Orkut e se torna a rede mais acessada do Brasil 2012 Dispon vel em lt http oglobo globo com tecnologia facebook passa orkut torna se rede mais acessada do brasil 3696762 gt acesso 23 mai 2012 RODRIGUES Marco Aur lio de Souza CHIMENTI Paula NOGUEIRA Roberto O Impacto das novas m dias para os anunciantes brasileiros In XXXV ENCONTRO DA ANPAD anais Rio de Janeiro 4 7 set 2011 217 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Santander Empreendedor Facebook se torna o site mais visitado do Brasil 2012 Dispon vel em lt http www santanderempreendedor com br noticias marketing 2227 facebook se torna o site mais visitado no brasil gt acesso 23 mai 2012 YIN Robert K Estudo de caso planejamen
355. vesseiros edredons e bichos de pel cia entre outros materiais Em rela o aos res duos s lidos t xteis dom sticos ou seja aqueles gerados pela sociedade quando do descarte dos t xteis n o comum encontrar pesquisas ou dados Em geral as pessoas doam len is mantas cobertores e toalhas usadas assim como suas roupas s institui es religiosas s campanhas governamentais a orfanatos creches comunit rias lepros rios e asilos e outros Contudo embora exista uma parcela destes t xteis dom sticos que descartado no lixo dom stico n o existem muitos dados que mensurem este res duo t xtil De acordo com RODRIGUES et al 2006 em estudo feito na Universidade de Cambridge na Inglaterra se produz 30 quilos anuais de res duos t xteis por pessoa Y Ciclo de vida dos produtos de moda Os produtos de moda talvez sejam aqueles que t m menor e mais fr gil vida til pois s o geridos dentro da l gica da moda um sistema que dignifica o presente e a efemeridade Alguns autores como COBRA 2007 por exemplo compreendem o ciclo de vida do produto de moda com foco apenas na venda deste Para Cobra 2007 a compreens o de cada etapa do ciclo de vida de um produto fundamental para a formula o de estrat gias de marketing No universo do imenso consumo promovido por esta ind stria o produto moda passou a ser compreendido como til enquanto na moda logo equivocadamente o ciclo ainda compree
356. ww ethicalfashionforum com assets uploaded documents Market for sustainable fashion Briefing 2011 pdf acessado em 27 09 2013 Em Bangladesh mais especificamente em Rana Plaza em abril de 2013 houve o desabamento de um edif cio de oito andares em que eram produzidas roupas para diversas de marcas do fast fashion europeu Mais de 1 100 pessoas morreram no desastre um dos piores acidentes industriais do mundo que exp s as prec rias condi es de trabalho e remunera o dos trabalhadores 120 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico O que tangibiliza o produto s o as mat rias primas mais especificamente os materiais t xteis que se conectam com v rios pontos importantes e s o em parte respons veis por mudan as clim ticas gera o de res duos e a escassez de gua Fletcher e Grose 2001 apontam para alternativas que podem aliviar os impactos no meio ambiente e categorizam nas em quatro reas interligadas que grosso modo se dividiriam em a produtos t xteis que sejam de fontes renov veis b que tenham n veis reduzidos de insumos c fibras produzidas em melhores condi es de trabalho e fibras com certifica es com rcio justo por exemplo d materiais produzidos com menos desperd cio Ainda no plano das mat rias primas o processamento t xtil tamb m objeto de buscas de alternativas j que o processo de transforma o das fibras e filamentos em tecidos faz uso intensivo de p
357. xemplo sociais culturais tecnol gicos e ambientais em curto m dio e longo prazo O enfoque principal consiste em alcan ar a prosperidade para todos com o m nimo custo e conseguir isso dentro de uma perspectiva ecol gica e social sem transgredir os direitos fundamentais do ser humano SACHS 1993 Em um projeto com enfoque no desenvolvimento de produtos servi os e sistemas fundamentados na sustentabilidade econ mica esta dimens o engloba os custos econ micos e ambientais do processo a viabilidade de aquisi o e acesso da popula o e todas as resultantes sociais culturais e ambientais relacionadas com o processo que poder o suceder com o passar do tempo Assim os requisitos da sustentabilidade econ mica necessitam ser considerados durante todo o processo de projeto desta forma o custo real em termos sustent veis deve ser considerado em uma perspectiva do ciclo de vida do processo incluindo as dimens es sociais e ambientais FIDIC 2013 67 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Os princ pios da sustentabilidade econ mica aplicados s etapas do Life Cycle Design t m como objetivo obter um produto ou servi o a um custo competitivo e real entre as empresas Este objetivo ainda apresenta estreita interconex o com o conceito econ mico convencional baseado na competitividade e lucratividade das organiza es no entanto sob a tica da sustentabilidade torna se necess rio incluir al
358. xibilidade de ideias e sensibilidade para criar pe as inovadoras e originais podendo provocar mudan as no desenvolvimento de novos produtos que 171 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico surgem a partir das tend ncias de moda e das pesquisas captadoras dos desejos e necessidades do consumidor 5 Refer ncias CUNHA Katia Castilhos Do corpo moda Mestrado Comunica o e Semi tica S o Paulo Pontif cia Universidade Cat lica de S o Paulo 1998 IIDA I Ergonomia projetos e produ o S o Paulo Edgar Bl cher Ltda 2005 RIGUEIRAL Carlota RIGUEIRAL Fl vio Design amp moda como agregar valor e diferenciar sua confec o S o Paulo Bras lia Instituto de Pesquisa Tecnol gica Minist rio do Desenvolvimento Ind stria e Com rcio Exterior 2002 SILVA A org Corpo e Sentido S o Paulo UNESP 1996 SILVEIRA Icl ia Moulage ferramenta para o design do vestu rio In Congresso Internacional de Pesquisa em Design e 5 Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design P amp D 1 2002 Bras lia Distrito Federal AEnD BR 2002 6p CD Rom Moulage do Vestu rio Apostila do Curso de Bacharelado em Moda Departamento de Moda CEART UDESC 2012 SITE http www style com fashionshows review S201IRTW ESAAB Acesso em 20 de Mar o de 2013 172 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Acredita o no varejo da i
359. xista um consenso sobre seu enquadramento pr tico e te rico as experi ncias que deram origem economia solid ria foram determinadas por variados modos de associa o e organiza o de trabalhadores na imin ncia do desemprego ou no limiar da informalidade e da precariza o em uma tentativa de resgate dos princ pios de solidariedade e de autogest o tendo em vista uma redemocratiza o social e econ mica Por outro lado as teoriza es iniciais desenvolvidas por estudiosos brasileiros acerca da economia solid ria a partir de meados da d cada de 1990 foram fundamentadas nas experi ncias emp ricas oriundas de certas atividades dos setores econ micos denominados ent o de informal e popular Os tra os que particularizaram esta categoria econ mica como solid ria se devem ao recorte diferenciado que foi estabelecido que p s em destaque caracter sticas como o cooperativismo e a autogest o entre os diversos modos existentes de gera o de trabalho e renda LECHAT 2004 A crise contempor nea do trabalho e do emprego que tem marcado o sistema socioecon mico ocidental durante o s culo XX at o in cio do s culo XXI se encontra diretamente atrelada amplia o m xima das for as produtivas inerentes aos modelos fundamentados no fordismo e no keynesianismo na fragilidade das for as reguladoras do Estado e na expans o em n veis mundiais das for as produtivas distributivas e de acumula o BARBOSA 2007 A soma deste
360. y related Assistance for Individuals with Disabilities Act 1988 FEGHALI Marta Kasznar DWYER Daniela As Engrenagens da Moda Rio de Janeiro Senac 2001 157 p 147 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico HALL Stuart A identidade cultural na p s modernidade 11 ed Rio de Janeiro DP amp A 2006 HSM MANAGEMENT Design nos BRIC s HSM Management EUA Novembro dezembro 2012 pg 34 46 IBGE Censo Demogr fico 2010 Caracter sticas gerais da popula o religi o e pessoas com defici ncia S o Paulo IBGE 2010 215 p KOTLER Phillip Administra o de Marketing An lise Planejamento Implementa o e Controle 10 Ed S o Paulo Atlas 2002 LAKATOS Eva MARKONI Marina Metodologia no Trabalho Cient fico 7 Ed S o Paulo Atlas 2007 225 p MARTINS Rosane Fonseca de Freitas MERINO Eugenio Andr s D as A Gest o como Estrat gia Organizacional 2 edi o Londrina Eduel Robooks 2011 MINTZBERG Henry QUINN James Brian O Processo da Estrat gia 3 Ed Porto Alegre Bookman 2001 MONTE ALV O Claudia DAMAZIO Vera Org Design Ergonomia Emo o Rio de Janeiro FAPERJ 2008 127 p MONTEMEZZO Maria Celeste Diretrizes metodol gicas para o projeto de produtos de moda no mbito acad mico Bauru 2003 Disserta o mestrado UNESP Universidade Estadual Paulista Faculdade de Arquitetura Artes e Comunica o NICKEL Elton Moura Sistema
361. yMail em 2008 no Reino Unido o lixo produzido pela moda descart vel que n o pode ser reciclada devido ao uso de materiais sint ticos representava mais de 30 do total em seus centros de reciclagem de lixo dom stico Estes n meros cresceram em cinco anos de 2003 a 2008 de 7 para 30 trazendo graves problemas j que seu destino s o os aterros ou a incinera o O cen rio atual pouco se modificou com o consumo de produtos descart veis ainda impulsionando boa parte da ind stria da moda 51 The Primark effect Throwaway fashion that cannot be recycled now makes up 30 per cent of the waste in council tips in www dailymail co uk news article 1089094 The Primark effect Throwaway fashion recycled makes 30 cent waste council tips htmlfixzz2e0WIbO 7u acessado em 26 09 2013 115 Ano 7 n 13 Jan Jun 2014 ISSN 1982 615x ModaPalavra e peri dico Figura 02 O descarte de t xteis cresceu no Reino Unido de 7 para 30 por cento em cinco anos Fonte www dailymail co uk news article 1089094 The Primark effect Throwaway fashion recycled makes 30 cent waste council tips htmlfixzz2g0WIbO u Acesso em 29 de setembro de 2013 Toda a no o de moda descart vel precisa ser reexaminada as pessoas podem querer algo que est na moda mas tamb m devem estar conscientes sobre se o que eles est o comprando vai durar O modelo atual de cria o produ o e distribui o da ind stria da moda revela uma heterogeneidade e complexi

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