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universidade federal do ceará centro de humanidades

1. 115 Tabela 11 Ler em busca de informa o e argumentos do MCER 116 Tabela 12 Ler instru es do MCER 116 Tabela 13 Sele o do corpus 120 Tabela 14 Identifica o do perfil dos participantes de 2 semestre da Casa de Cultura Hisp nica UFC 130 Tabela 15 Texto 1 Assuntos dos textos A1 e A2 137 Tabela 16 Texto 2 O papel das imagens na compreens o dos textos A1 e A2 138 Tabela 17 Texto 3 Caracter sticas do g nero receita presentes no texto A1 e A2 139 Tabela 18 Texto 4 Finalidade do g nero receita no texto A1 e A2 140 Tabela 19 Texto 5 Classifica o dos g neros A1 e A2 141 Tabela 20 Texto 6 Encerramento da atividade de leitura dos textos A1 e A2 142 Tabela 21 Capacidade de leitura textos A1 e A2 143 Tabela 22 Texto 7 Contextualiza o da atividade com o texto B
2. 126 Figura 27 Texto D Propaganda Santander 127 Figura 28 Propaganda Santander recortada 170 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tipologia de ajudas 37 Tabela 2 Um modelo completo para entender a compreens o leitora processo frios e processos quentes 55 Tabela 3 Estrat gias de leitura avaliadas na pesquisa 65 Tabela 4 An ncio do iPhone 4 em alem o com tradu o da autora em portugu s 90 Tabela 5 Unidades de an lise 105 Tabela 6 Representa o da rela o entre ciclos e epis dios 106 Tabela 7 Tipologias textuais presentes no Nuevo Avance B sico por unidades 110 Tabela 8 Compreens o leitora em geral do MCER 112 Tabela 9 Ler correspond ncia do MCER 114 Tabela 10 Ler para se orientar do MCER
3. 196 ANEXO 7 197 19 1 INTRODU O O campo da aquisi o e da aprendizagem de l nguas estrangeiras muito vasto e se ocupa essencialmente em descrever ou experimentar os processos pelos quais os aprendizes passam at chegarem ao dom nio de uma nova realidade lingu stica As rotas propostas s o muitas v o desde o estudo das habilidades passando pelos estudos da morfossintaxe das estrat gias de comunica o das t cnicas pedag gicas da avalia o lingu stica da interl ngua da transfer ncia L1 L22 etc A investiga o das diferentes vertentes deste campo de estudo converge muitas vezes no sentido de buscar novas abordagens e metodologias para que o ensino e a aprendizagem de uma l ngua estrangeira seja o mais proveitoso poss vel Neste sentido somamos nossa voz a tantas outras que se preocupam em oferecer alternativas para que o ensino de uma l ngua estrangeira seja relevante aos aprendizes e para que seja visto como um caminho para a realiza o de pr ticas sociais mais vastas com um n mero maior de usu rios da l ngua sejam estes nativos ou n o nativos Preocupamo nos mais diretamente com o ensino da leitura em l ngua estrangeira inserida numa pr tica social tendo em vista que segundo os documentos que norteiam o ensino de l
4. 95 5 2 Local do Estudo 97 5 3 Participantes do Estudo 98 5 3 1 Descri o da popula o do estudo 99 5 3 2 Crit rios de inclus o 100 5 3 3 Crit rios de exclus o 100 5 4 Instrumentos de coleta de dados 100 5 5 Par metro de an lise dos Dados 102 6 AN LISE E DISCUSS O DOS DADOS 108 6 1 An lise do manual did tico Nuevo Avance B sico para o 2 semestre 108 6 2 Corpus e Elabora o das sequ ncias did ticas para o trabalho com os g neros textual discursivos h bridos para o 2 semestre 120 6 3 An lise do perfil dos participantes
5. 128 6 4 An lise das atividades de leitura coletiva com os g neros textual discursivos h bridos para o 2 semestre 135 7 CONCLUS ES 172 REFER NCIAS 179 AP NDICE A 186 AP NDICE B 188 ANEXO 1 189 ANEXO 2 191 ANEXO 3 193 ANEXO 4 194 ANEXO 5 195 ANEXO 6
6. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR CENTRO DE HUMANIDADES DEPARTAMENTO DE LETRAS VERN CULAS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM LINGU STICA LET CIA JOAQUINA DE CASTRO RODRIGUES SOUZA E SOUZA A FUNCIONALIDADE DOS G NEROS TEXTUAIS H BRIDOS PARA O TRATAMENTO DA LEITURA EM L NGUA ESPANHOLA FORTALEZA 2014 LET CIA JOAQUINA DE CASTRO RODRIGUES SOUZA E SOUZA A FUNCIONALIDADE DOS G NEROS TEXTUAIS H BRIDOS PARA O TRATAMENTO DA LEITURA EM L NGUA ESPANHOLA Tese apresentada ao Programa de P s Gradua o em Lingu stica da Universidade Federal do Cear como requisito parcial obten o do t tulo de doutor em Lingu stica rea de concentra o Aquisi o desenvolvimento e processamento da linguagem Orientador Profa Dra Ana C lia Clementino Moura FORTALEZA 2014 Dados Internacionais de Cataloga o na Publica o Universidade Federal do Cear Biblioteca de Ci ncias Humanas S716f Souza Let cia Joaquina de Castro Rodrigues Souza e A funcionalidade dos g neros textuais h bridos para o tratamento da leitura em l ngua espanhola Let cia Joaquina de Castro Rodrigues Souza e Souza 2014 198 f il color enc 30 cm Tese doutorado Universidade Federal do Cear Centro de Humanidades Departamento de Letras Vern culas Programa de P s Gradua o em Lingu stica Fortaleza 2014 rea de Concentra o Aquisi
7. discord ncia e o item do meio neutro sendo bivalentes e sim tricos A observa o Segundo Trivi os 2011 p 137 138 a observa o dirigida estruturada capaz de ser til para evidenciar na pr tica certos comportamentos que nos interessa colocar em alguma perspectiva ou convencer nos de sua aus ncia Serviram como elemento para posteriores anota es em uma ficha de acompanhamento Essa etapa foi 102 combinada com o uso de protocolo verbal retrospectivo quer dizer de acordo com Baldo 2011 a metodologia que permite aos participantes relatar os processos cognitivos que ocorreram em um momento anterior durante a execu o de uma tarefa Dados Coletados Ao definir a partir de uma coleta inicial os g neros textual discursivos h bridos que foram utilizados em sala de aula julgamos pertinente partir de g neros que j tivessem sido apresentados ao longo das unidades dos materiais adotados na institui o de ensino analisada partindo sempre dos g neros mais cotidianos como por exemplo a carta e a receita culin ria para posteriormente chegarmos aos mais complexos como o poema e a resenha acad mica por exemplo Com base no estudo de Lazarini 2013 p 93 94 as etapas para o desenvolvimento da pesquisa foram as seguintes 1 Leitura de um g nero A que captasse um outro g nero B mais simples inicialmente e caminhando para o mais complexo 2 Identifica o do g ne
8. o da atividade sobre os tipos de vivenda da unidade 8 do livro Nuevo Avance B sico p gina 80 na qual os alunos e professor discutem os nomes das partes de uma casa em espanhol ANEXO 6 P s atividade 1 Discuss o sobre piadas S ntese das atividades 1 Depois da realiza o da atividade sobre os tipos de vivenda da unidade 8 do livro Nuevo Avance B sico p gina 80 na qual os alunos e professor discutem os nomes das partes de uma casa em espanhol lhes ser o apresentados os textos C1 C2 C3 e C4 2 Os alunos far o uma leitura silenciosa do texto e em seguida uma leitura coletiva com a finalidade de contrapor o g nero h brido ao g nero tradicional Ser dado um tempo para a manifesta o dos alunos quanto ao texto lido Apresenta o de perguntas orais para que fosse poss vel retomar a discuss o sobre como se constitui um an ncio e por que ele foi utilizado para compor a piada a Qual o assunto do texto b No texto lido que caracter sticas gen ricas foram encontradas Por aten o ao g nero an ncio 127 c O g nero em quest o escrito com qual finalidade Que fatores podem comprovar isso Destaque os no texto Aten o ao an ncio d Em sua opini o por que o autor desenvolve a piada por meio do an ncio e Quais dificuldades voc encontrou para o entendimento do texto Figura 27 Texto D Propaganda Santander Fonte Internet Descri o da atividade Dura o 2 aulas geminadas
9. tablir des relations entre les propositions de lecture offertes par le manuel p dagogique analys de cours d espagnol et la proposition de lecture adress e par l hybridation b v rifier ce qu on peut faire lorsqu on utilise les genres textuels discursifs hybrides en clase de E LE quels types d aide peuvent merger quels les processus mobilis s en cours de lecture et comment s organise la participation des l ves c identifier les strat gies de lecture activ s lors de la r ception de genres textuels discursifs hybrides en E LE responsables de la reconnaissance du genre et de la compr hension de lecture d d crire le processus interactif professeur tudiant texte pr sent dans les activit s de lecture collective de genres textuels discursifs hybrides dans lequel la lecture ou l interpr tation d un texte se fait sous un contr le public et e de v rifier si le type d hybridation d termine la compr hension du genre et la s lection des strat gies de lecture en espagnol Pour atteindre nos objectifs notre recherche se fonde sur le cadre th orique vue interactionniste sociale de l acquisition et le d veloppement de la langage de Vygotsky 2001 2007 et 2008 les strat gies de lecture en langue trang re Rosenshine 1980 et Gomes 2013 la conception de genre discoursif de Bakhtine 1953 et l hybridation des genres textuels de Genette 2010 Marcuschi 2008 et Lazarini 2013 L tude qui se carac
10. Larsen Freeman 2000 evidencia que o m todo em quest o trazia consigo a premissa de que a atividade de aprender uma l ngua estrangeira era til para o aprendiz da l ngua mesmo se este nunca fizesse uso dela na oralidade Dessa forma a habilidade de estabelecer uma comunica o por meio da fala n o era um dos objetivos deste m todo j que o enfoque concentrava se no desenvolvimento das pr ticas sociais de leitura e produ o de texto Leffa 1988 afirma tamb m que neste m todo o destaque se direcionava para a forma escrita da l ngua por meio da leitura final dos autores cl ssicos do idioma n o sendo dada aten o aos elementos ligados oralidade como pron ncia e entona o Parece ser consenso que o objetivo primordial deste m todo era levar o aluno a apreciar a cultura e a literatura da l ngua meta tendo a leitura como elo entre o aprendiz e a nova l ngua Por meio desta forma de se pensar o ensino de l nguas estrangeiras acreditava se que o aprendiz adquiria um conhecimento mais aprofundado da sua l ngua materna al m de desenvolver a intelig ncia e a capacidade de racioc nio O M todo Direto contrariamente ao M todo da Gram tica e Tradu o diminui a import ncia da l ngua materna para o estudo da l ngua estrangeira eliminando a do cen rio do ensino de l nguas proibindo o uso de tradu es e incentivando o uso de imagens e demonstra es Para Leffa 1988 surgiu com
11. Texto 22 Aprofundamento do assunto do texto D Ciclo 1 Profesora Algunos de vosotros os hab is detenido en algo m s general para hablar a cerca del asunto os hab is concentrado m s en los servicios del blanco perd n banco Y otros de vosotros os hab is concentrado m s en la historia esta del hombre que quiere un pr stamo para el sue o de cambiar el coche cambiar la cocina y dem s Vosotros cre is que est m s para el primero para la primera idea o sea vosotros dir ais si pudierais elegir un asunto patr n Vamos a llegar a un consenso aqu de cu l es el asunto del texto Vosotros vais a decir m s porque es algo Por este lado parece que ellos se han concentrado m s por la parte del banco que es un servicio que es un 166 pr stamo Y de este otro lado vosotros os hab is concentrado m s en la historia de ese hombre en particular Entonces si nosotros vamos a llegar a una conclusi n cu l es el asunto del texto Es la historia de este hombre que quiere un pr stamo y tiene la posibilidad de hacerlo por Santander o el asunto es digamos Alumno 1 El pr stamo personal Alumna 8 Creo que el asunto es hablar que con un pr stamo ello realizar Alumna 14 Muchas cosas Alumna 8 Sus objetivos El servicio del banco es como si fuera el objetivo del texto no el asunto del texto Por lo menos yo veo as Profesora Vosotros est is de acuerdo con ella Alumno 13 No yo creo que Alumna 12 Yo creo que el
12. fen meno da hibridiza o para os estudos sobre a linguagem de forma mais geral e para os estudos sobre a leitura de forma mais espec fica Mas afinal de contas o que consideramos como um g nero h brido Para n s um g nero h brido aquele que toma emprestado em sua totalidade as caracter sticas estruturais de um g nero que denominamos como transgressor mas que mant m seu prop sito comunicativo original g nero transgredido Os estudos anteriormente referidos nos fizeram refletir sobre a funcionalidade de se trabalhar a leitura em l ngua espanhola em n vel inicial pelo vi s da hibridiza o tendo em vista as defici ncias da abordagem de leitura costumeiramente oferecidas pelos manuais que segundo Grigoletto 1999 exploram principalmente a verifica o de conte do factual em suas atividades de leitura o que impossibilita ao aprendiz de se desenvolver plenamente na pr tica social da leitura em l ngua estrangeira j que este se limita sempre a uma compreens o superficial principalmente nos n veis iniciais Para n s era importante verificar a seguinte quest o problema como os g neros textual discursivos e particularmente a hibridiza o de g neros pode contribuir como abordagem de leitura em l ngua espanhola em cursos livres para que alunos de n vel inicial vejam sua compet ncia leitora melhorada 22 A resposta a esta pergunta s era poss vel se empreend ssemos um es
13. um enunciado responsivo o que vai ao encontro da ideia de que a linguagem uma atividade interativa e n o pode ser vista simplesmente como forma ou sistema Defendemos a tese de que uma abordagem da compreens o leitora tem que considerar como uma de suas estrat gias a habilidade de reconhecer compreender e interagir com os g neros do discurso de modo geral e com os g neros h bridos de modo espec fico Faz se necess rio observar que as mudan as estruturais sofridas nos textos decorrentes das transforma es sociais podem ser definidoras da constru o de novos sentidos para o conte do tem tico o que tamb m acarretar mudan as na ado o de um determinado estilo verbal que pode confundir o leitor acostumado a um padr o de texto que na verdade est em constante mudan a Swales 1990 afirma que a atualmente o termo g nero costuma ser usado como refer ncia a uma categoria distintiva de discurso falado ou escrito com ou sem aspira es liter rias J Freedman e Medway 1994 acreditam que o termo g nero adquiriu um sentido novo que serve de ponte entre o reconhecimento das regularidades das categorias de discursos e a compreens o sociocultural proveniente da l ngua em uso importante esclarecer que para Swales 1990 os g neros se caracterizam como eventos comunicativos que possuem um conjunto de prop sitos comunicativos e que estes t m um padr o de similaridade no que
14. 24 e 25 1 8 Produ o de infer ncias globais 21 24 e 25 2 Capacidades de aprecia o e r plica do leitor em rela o ao texto 2 1 Recupera o do contexto de produ o de texto 22 23 24 e 25 2 2 Percep o de rela es intertextuais 21 24 e 25 2 3 Percep o de rela es interdicursivas 21 24 e 25 2 4 Percep o de outras linguagens 21 22 23 e 24 2 5 Elabora o de aprecia o est tica e ou afetiva 21 22 23 24 e 25 2 6 Elabora o de aprecia es relativas a valores ticos e ou pol ticos 24 e 25 Fonte Adaptado de GOMES 2013 Em rela o s dimens es de an lise propostas por S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 verificamos que para a dimens o como os alunos realizaram uma participa o complexa j que al m da leitura em voz alta interpretaram estabeleceram rela es entre o texto e a sua realidade por meio da an lise de experi ncias O conte do p blico entendimento consensual do texto dimens o que foi de alta qualidade haja vista que os alunos foram capazes desde o in cio de diferenciar a ideia principal das ideias secund rias organizando as de forma hier rquica Acreditamos que esta atividade foi uma das tiveram participa o mais alta a atividade aconteceu na maior parte do tempo centrada na figura dos alunos A realiza o das atividades de leitura anteriormente descritas reuniram em sua execu o os pressupostos
15. Depois de terem contato com uma propaganda dos m dicos sem fronteira p gina 92 e realizarem os exerc cios os alunos foram distribu dos em quatro grupos Depois de dividi los solicitamos que realizassem uma leitura silenciosa do texto D e discutissem internamente nos grupos qual era o assunto do texto D o que durou 7 min Durante esse tempo os alunos n o solicitaram a ajuda da pesquisadora No entanto houve discuss es prof cuas entre os grupos Todos os alunos se mostraram muito motivados com a realiza o da atividade O que para n s constitui um forte ind cio de que a leitura trabalhada pelo vi s da hibridiza o torna a atividade de leitura mais din mica e motivadora Sendo assim o car ter interativo da aquisi o considerado e a atividade de leitura deixa de ser vista como um aprendizado mec nico j que h espa o para uma interpreta o ativa Acreditamos que o aumento da motiva o proveniente do somat rio entre uma abordagem de leitura mais din mica e ativa e do trabalho com os g neros h bridos No que concerne ao assunto do texto alguns grupos ficaram divididos j que alguns alunos se concentraram em elementos globais para determinar o assunto do texto qualificando o como empr stimo pessoal e outros se concentraram mais nos elementos locais classificado o assunto como a hist ria do personagem em quadrinhos No entanto chamamos aten o para a primeira tentativa de classif
16. En t rminos de l xico hay cosas que vosotros desconoc is Alumnos S Profesora Entonces vamos poquito a poco Aqu el habla a cerca de las cosas que se pueden hacer de los arreglos de las cosas que se pueden inicialmente y despu s pasa a los arreglos que se pueden hacer en la casa vale Entonces l empieza por poner enchufes vale Sab is qu es enchufe Alumnos No Profesora El enchufe es el lugar donde metemos los electrodom sticos para que funcionen Alumna 14 Mmmmmm Profesora Enchufes Entonces l te pone enchufes vale Ciclo 2 Alumna 15 Techos Profesora Vamos poquito a poco Ya llego Estanter as l mparas cortinas Te monta muebles armarios y techos Alumno 1 Techos Qu es techos C mo se dice consertar el techo Profesora Arreglar Alumno 1 Arreglar Alumna 14 Arreglar el techo Alumno 16 Techo o que La profesora se ala hac a arriba indicando que techo significa teto Alumno 16 Es como un forro Profesora Puede ser Alumna 14 teto Teto Fonte Grava o do dia udio do dia 21 03 2014 Al m do esclarecimento de vocabul rio durante a leitura foram solucionadas d vidas sobre estrutura da l ngua e pron ncia A partir dos dados da tabela 31 pode se perceber que ao contr rio do que vinha sendo feito at ent o durante as atividades 1 e 2 o fomento da compreens o leitora n o teve como foco ajudar a compreender e sim ensinar a compreender quer di
17. PLUNKETT K Connectionist appoaches to language acquisition Cap 2 p 36 73 In FLETCHER P e MacWHINNEY B The handbook of child language Oxford Blackwell 1995 QUEIROZ D T VALL J SOUZA A M A VIEIRA N F C Observa o participante na pesquisa qualitativa conceitos e aplica es na rea da sa de In R Enferm UERJ Rio de Janeiro 2007 abr jun 15 2 276 83 REGO Tereza Cristina Vygotsky uma perspectiva hist rico cultural da educa o 20 ed Petr polis RJ Vozes 2009 ROSENSHINE Barak V Skill Hierachies in Reading Comprehension In SPIRO Rand J BRUCE Bertram C BREWER William F Theorical issues in reading comprehension perspectives from Cognitive Psychology Linguistic Artificial Intelligence and Education New Jersey Lawrence Erlbaum Associates 1980 ROSSA Carlos Ricardo O paradigma conexionista In ROSSA Adriana ROSSA Carlos Rumo psicolingu stica conexionista Porto Alegre EDIPUCRS 2004 S NCHEZ MIGUEL Emilio GARC A P REZ J Ricardo ROSALES PARDO Javier Leitura na sala de aula como ajudar os professores a formar bons leitores Porto Alegre Penso 2012 SANTOS R A aquisi o da linguagem In FIORIN J L org Introdu o lingu stica S o Paulo Contexto 2006 SILVA Edna L cia da Metodologia da pesquisa e elabora o de disserta o Edna L cia da Silva Estera Muszkat Menezes 3 ed rev atual Florian polis Laborat rio de Ensino a Dist ncia da UFSC 2001
18. Se o epis dio complexo cabe ainda diferenciar subementas distintas que s o necess rias para alcan ar a meta do epis dio Por exemplo no epis dio de leitura em voz alta cabe a a o de ler primeiro em voz baixa identificar palavras novas ler por turnos partes do texto etc Ciclo Conjunto de interc mbios necess rios para que duas ou mais pessoas cheguem a um acordo ou pelo menos acreditem ter chegado a um acordo com rela o ao desenvolvimento de alguma meta ou submeta Fonte S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 p 123 Os autores supracitados tamb m fazem um esquema bastante interessante da forma como podemos realizar o procedimento de an lise por meio de cinco passos importantes 106 Figura 14 Procedimento de an lise Fonte S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 p 124 Com o intuito de exemplificar selecionamos um modelo de texto utilizado no trabalho de S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 da an lise de um epis dio de leitura Tabela 6 Representa o da rela o entre ciclos e epis dios Ciclo 1 Professor Ent o o lobo um animal herb voro on voro ou carn voro Alunos Carn voro Professor Mas aqui no texto diz Aluno Que quando est com muita fome come erva Professor Perfeito que quando est com muita forme come erva e portanto tamb m on voro Ciclo 2 Professor Onde vivem os lobos Aluno No bosque P
19. Unos le sit an en el reino de Claudio III cuando los soldados no pod an contraer matrimonio El emperador cre a que en el campo de batalla rend an mejor los hombres solteros y puso en firme esta premisa San Valent n protagoniz un episodio de rebeld a al casar en secreto a las parejas j venes que se lo ped an aunque no le dur mucho Cuando lleg a o dos del emperador quiso conocerlo y escuchar lo que dec a San Valent n al ser recibido por el emperador pregon su fe pero no conseguir a nada El emperador envi rdenes para procesar al valiente y acab encarcelado En el tiempo que pas en la c rcel se enamor de la hija del carcelero El d a a d a con ella y el ser su maestro por petici n de su padre hizo que se enamorara de la chica La firma que le puso a su enamorada en una carta ha llegado hasta nuestros d as De tu Valent n incluso hay una expresi n en ingl s que se usa en las despedidas que es Fron your Valentine Pudo ser este el origen de las cartas de amor las de San Valent n seguro que s El patr n de los enamorados fue ejecutado el 14 de febrero Sin embargo hay otras narraciones que dicen que Valent n era adorado por los ni os de su pueblo y que fue encarcelado por ser cristiano y negarse a dar culto a otros dioses Los ni os iban a verle a la c rcel y a trav s de los barrotes le tiraban cartas y mensajes de cari o Se puede interpretar que de aquella historia surge hoy esa costumbre
20. a de um g nero dentro de outro g nero A ideia ampliar o leque de intera o dos alunos com o texto j que segundo nossa experi ncia docente parece que no que tange as atividades de compreens o leitora boa parte dos materiais destinados ao ensino do espanhol como l ngua estrangeira assim como materiais de l ngua materna desconsidera a quest o da varia o gen rica ou da copresen a e deriva o de g neros textuais 4 2 Os tipos de transforma es textuais pelo vi s da intertextualidade e de outros fen menos textuais Como vimos Pi gay Gros 2010 discute as rela es intertextuais como sendo de copresen a cita o refer ncia pl gio e alus o e de deriva o par dia travestimento e pastiche Na verdade trata se de uma releitura das discuss es oferecidas por Genette em sua obra Palimpsestes 1982 Faz se um enfrentamento entre as rela es impl citas e as expl citas entre aquelas marcadas destacadas por marcas tip graficas por exemplo e aquelas em que h aus ncia evidente de marcas que indiquem uma rela o intertextual direta Nesse ltimo caso cabe ao leitor identific las a partir do seu conhecimento intertextual Podemos verificar a incorpora o do postulado dial gico oferecido por Bakhtin 2011 1953 no qual o texto n o pode ser visto de forma isolada quer dizer h que se considerar sua correla o com outros discursos an logos Tal fen meno se
21. algumas quest es de compreens o que foram colocadas na lousa As perguntas eram de identifica o do conte do dos textos de estabelecimento de rela es entre texto verbal e imagem para a constru o do sentido do texto de identifica o de elementos estruturais ligados aos g neros textual discursivos que evidenciassem que se tratava de g neros h bridos O tipo de sequ ncia interativa predominante o IRE indaga o resposta avalia o na qual os alunos manifestaram comum acordo no que concerne ao assunto do texto que segundo eles tratava se de uma receita de amor Acreditamos que os alunos tenham chegado a essa conclus o pelo t tulo do texto e pela estrutura de receita presentes em ambos os textos j que prov vel que se o cart o fosse apresentado em sua forma convencional os alunos estariam mais empenhados em dizer que o texto trata de amor e de como express lo Por meio de processos de natureza local decodifica o e extra o da ideia a partir dos elementos explicitamente presentes no texto os alunos alcan am uma compreens o que julgamos ser de ordem superficial Vall s Ar ndiga e Vall s Tortosa 2006 avaliam que as dificuldades de compreens o em mbito interpretativo s o provenientes entre outras raz es das dificuldades de contextualizar os significados das palavras assim como de extrair conclus es Percebemos 137 que o vocabul rio pr prio do g nero receita inter
22. conhecimento pr vio e as estrat gias de aprendizagem O conhecimento pr vio refere se n o somente ao conhecimento enciclop dico mas tamb m ao conhecimento lingu sticos e principalmente ao conhecimento gen rico As estrat gias de aprendizagem ser o definitivas para o uso de estrat gias que solucionem mais problemas de natureza superficial ou mais problemas de natureza profunda mas sobretudo problemas em mbito discursivo para que se logre uma adequada compreens o dos textos J para as vari veis relacionadas atividade consideraremos as especificidades dos textos trabalhados durante as atividades de leitura coletiva necess rio evidenciar que as atividades s o determinantes para o acionamento ou direcionamento da leitura seja em l ngua materna ou em l ngua estrangeira sabido que os textos utilizados durante as atividades de leitura s o de natureza e h bridas e que as atividades 61 s o propostas a fim de desenvolver n o somente uma compet ncia leitora superficial mas profunda e cr tico reflexiva Na pr xima se o deter nos emos nos condicionantes relacionados s estrat gias de leitura acionadas em l ngua estrangeira 3 4 As estrat gias de leitura em l ngua estrangeira Durante a atividade de leitura acionamos v rias estrat gias o que pode se dar de maneira consciente ou inconsciente Tal oposi o foi inspirada tamb m nas teorias vigotskianas sobre o desenvolviment
23. duo a partir da leitura capaz de gerar ideias relacion las e compar las a outras analis las inferi las e compreend las A leitura portanto essencial para que a pessoa possa se tornar um ser reflexivo e aut nomo que por conseguinte desenvolver se satisfatoriamente na vida laboral social e afetiva Claro est que a leitura ao acionar n o somente o mbito lingu stico mas tamb m o cognitivo e o sociocultural transcende o universo escolar e o acad mico tendo em vista que estar presente em diversos momentos da vida pessoal e social dos indiv duos Por que apesar do reconhecimento da leitura como pr tica social boa parte das atividades de leitura realizadas nas escolas de l ngua materna e estrangeira ainda se prendem ao desenvolvimento de uma compreens o superficial arraigada decodifica o de palavras A resposta a essa pergunta pode estar na maneira como se concebe a aprendizagem da l ngua estrangeira e das metas que se estabelecem para o desenvolvimento da compreens o leitora sem a considera o da l ngua materna do aprendiz por exemplo tendo que ser aplicados os mesmos recursos e as mesmas atividades independente de que as l nguas sejam pr ximas ou ainda que guardem muitas semelhan as de ordem cultural Para entendermos melhor a quest o pode ser oportuno realizar um percurso hist rico a fim de verificar o papel da leitura dentro das diferentes Metodologias de Ensi
24. nguas estrangeiras no Brasil Par metros Curriculares Nacionais PCN e Orienta es Curriculares para o Ensino M dio OCEM os alunos ter o mais oportunidades de contato com a l ngua estrangeira via leitura que via as demais pr ticas lingu sticas o que n o significa que estas n o devam ser trabalhadas No entanto importante reconhecer que a leitura constitui uma via de acesso importante s demais habilidades quer dizer para proceder produ o de um texto oral ou escrito passamos muitas vezes pela leitura de um texto que serve como ponto de partida para a execu o das demais atividades e para um ensino integrado No nosso caso em especial a l ngua estrangeira em quest o a espanhola l ngua aparentada ao portugu s Por um lado pode se pensar que o fato de se tratarem de l nguas pr ximas diminua os desafios em ensin la j que estas t m um grande n mero de vocabul rios e estruturas transparentes o que facilitaria o progresso dos aprendizes No entanto por outro lado verifica se que este fator facilitador se v em xeque na medida em que h uma tend ncia acomoda o por parte dos aprendizes que os faz acreditarem erroneamente que t m um dom nio alto da l ngua quando n o o t m Esta tend ncia pode ser 2 Transfer ncia nos diversos n veis fonol gico morfol gico sint tico e pragm tico da l ngua materna do aprendiz para a pr tica da segunda l ngua ou ainda da l
25. o desenvolvimento e processamento da linguagem Orienta o Profa Dra Ana C lia Clementino Moura 1 Compreens o na leitura Fortaleza CE 2 G neros liter rios 3 Aprendizagem 4 L ngua espanhola Estudo e ensino Falantes estrangeiros I T tulo CDD 468 2469 A Deus Aos meus pais a meu esposo e aos alunos da Casa de Cultura Hisp nica AGRADECIMENTOS A Deus por ter iluminado minha mente dando me coragem e determina o para a realiza o deste trabalho Ao meu marido Jacques por sempre ter acreditado em mim no meu potencial como pessoa e como pesquisadora por ter me auxiliado na parte estrutural deste trabalho e ser fonte do meu sorriso durante essa caminhada Aos meus pais Sebastiana e Epaminondas por terem me dado a melhor educa o que poderia existir por terem me incentivado nos meus estudos nunca deixando que eu me esquecesse da import ncia do saber n o somente para a vida acad mica e profissional mas para as conquistas da vida pessoal Aos meus sogros Celina e Idevaldo por serem para mim mais que sogros e sim verdadeiros pais que zelam por mim e me apoiam em todos os setores da minha vida S o pessoas pelas quais eu nutro uma sincera admira o minha orientadora Ana C lia Clementino Moura pelo incentivo sabedoria paci ncia e por ter acreditado em mim conduzindo meus passos durante essa investiga o Revelou se m
26. o da ideia principal de textos em l ngua espanhola uma constante durante a atividade de leitura a Concordo plenamente b Concordo c Nem concordo nem discordo d Discordo e Discordo totalmente 6 Voc consegue realizar as atividades de leitura do manual did tico sem dificuldades a Concordo plenamente b Concordo c Nem concordo nem discordo d Discordo e Discordo totalmente 7 Quais g neros textuais costuma ler em l ngua espanhola jornais an ncios receitas bulas de rem dio contos f bulas romances poesias etc Em quais circunst ncias ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 188 AP NDICE B CRIT RIOS DE OBSERVA O DURANTE A LEITURA Tempo de leitura em cada texto N mero de leituras realizadas at responder
27. o em se comprometer com a pesquisa No entanto tratamos de evidenciar a import ncia da colabora o com o estudo no intuito de promover melhoras no desenvolvimento da habilidade leitora em l ngua espanhola persuadindo os alunos a se envolverem de forma bastante ativa durante as atividades Para tanto assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ver anexo 1 procedimento que exigido pelo Comit de tica da UFC 99 5 3 1 Descri o da popula o do estudo Na Casa de Cultura Hisp nica foi selecionado de forma aleat ria um grupo de alunos do segundo n vel A2 Marco Comum de Refer ncia Europeu 2002 importante esclarecer que o n vel A2 constitui uma expectativa tendo em vista que na institui o analisada os alunos de segundo semestre estariam entre os n veis A1 e A2 N o foi realizado um exame de profici ncia a fim de verificar se os alunos realmente se enquadravam no n vel referido o que nos levou a considerar o status institucional quer dizer se a institui o os coloca em determinado n vel confiamos que os alunos est o adequadamente encaixados conforme a sua profici ncia no idioma Consideramos que esta faixa n vel inicial era a mais adequada para evidenciar os benef cios de uma abordagem de ensino da leitura em l ngua espanhola pelo vi s da hibridiza o pois os alunos contariam em tese com um menor grau de compet ncia lingu stica por um lado m
28. pode identificar que o suporte no qual o texto aparece uma revista Pela logomarca da ma mordida sabe que o texto trata de um produto 91 da marca Apple e que se trata mais especificamente do aparelho de telefone iPhone 4 Ora se estamos diante de um produto pensamos na rela o de comprador e vendedor um dos g neros textuais discursivos que se destinam ao prop sito de vender produtos a propaganda e se o texto aparece em uma revista pode se facilmente confirmar esta hip tese Dessa forma s ativando sua compet ncia gen rica e enciclop dica sem ter dom nio da l ngua em que se veicula o texto um usu rio de l ngua portuguesa consegue se entender um texto como este ainda que n o seja em sua totalidade em uma l ngua diferente da sua Geralmente acabamos conseguindo lidar com enunciados em determinadas l nguas estrangeiras ainda que n o compreendamos o sentido da maior parte de suas palavras e frases se pudermos dispor de um m nimo de informa o acerca do g nero discursivo em que se incluem tais enunciados A compet ncia exclusivamente lingu stica n o portanto suficiente para interpretar um enunciado a compet ncia gen rica e a compet ncia enciclop dica desempenham um papel essencial MAINGUENEAU 2004 P 45 No entanto nem todas as pessoas dispor o do mesmo n vel de compet ncia gen rica j que percebemos que grande parte dos indiv duos consegue produzir e entender uma co
29. potencial a consolida o de um desenvolvimento leitor real conforme o pressuposto vigotskiano Portanto levando em conta o modelo sociocultural e o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal ZDP de Vigostky que consideram o indiv duo imerso dentro de um grupo em sala de aula e que se ocupam dos aspectos sociais e culturais indispens veis para explicar e compreender alguns elementos fundamentais para aprendizagem analisaremos as intera es em torno das atividades de leitura coletiva e os tipos de ajuda que o professor ou que os alunos mais experientes podem oferecer para o aperfei oamento da compet ncia leitora por meio de g neros textuais h bridos Segundo S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 as ajudas podem ser encaradas como um empr stimo de consci ncia dos professores para os alunos com intuito de que estes realizem alguns dos in meros processos constitutivos da compreens o leitora As ajudas podem mobilizar processos cognitivos ligados compreens o do material que os autores denominam como frios ou processos relacionados emo o motiva o denominados pelos autores de quentes 37 As ajudas podem ser regulat rias internas n o invasivas e invasivas e de feedback A fim de que estes tipos de interven o fiquem mais claros mostraremos uma tabela na qual podemos ver algumas a es que o professor em sua maioria ou alunos mais experientes pod
30. processo frios e processos quentes Resultado Processos Processos frios Processos quentes Compreens o superficial a Processos locais Decodificar Extrair ideias Integrar linearmente as ideias para n o perder o fio b Processos globais Indentificar ou gerar ideias de resumo Ordenar as ideias importantes Valorizar a atividade como desej vel Considerar que a atividade vi vel Manter o compromisso com as metas iniciais Compreens o profunda Processos de integra o texto conhecimentos Fazer infer ncias Controlar as emo es que amea am o xito do processo Compreens o cr tico reflexiva Processos de autorregula o Criar metas e planos Detectar erros de compreens o Corrigir os erros detectados Explicar se de um modo adequado os resultados obtidos Fonte S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 p 59 Conforme podemos perceber na tabela 2 mesmo o grau mais b sico de compreens o convoca in meros processos e estes processos s podem ser ativados dependendo do grau de desenvolvimento do leitor com respeito s compet ncias necess rias para compensar eventuais problemas de leitura quer dizer faz se necess rio um envolvimento consciente e estrat gico para se lidar com os textos Assim sendo podemos 56 afirmar com base em S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo
31. 144 Tabela 23 Texto 8 Leitura e esclarecimento de vocabul rio texto B 145 Tabela 24 Texto 9 Leitura e esclarecimento de estrutura 147 Tabela 25 Texto 10 Ajuda fornecida pelos alunos para o texto B 147 Tabela 26 Texto 11 O assunto do texto B 148 Tabela 27 Texto 12 Caracter sticas do g nero poema presentes no texto B 149 Tabela 28 Texto 13 Caracter sticas do g nero carta presentes no texto B 149 Tabela 29 Texto 14 Poss vel classifica o gen rica do texto B 151 Tabela 30 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura do texto B 152 Tabela 31 Texto 15 Leitura e esclarecimento de vocabul rio do texto C1 154 Tabela 32 Texto 16 Ensinando a compreender o texto C1 156 Tabela 33 Texto 17 Caracter sticas do g nero an ncio presentes no texto C1 157 Tabela 34 Texto 18 Caracteriza o do texto C2 como an ncio ou piada 158 Tabela 35 Texto 19 Caracteriza o do texto C3 como an ncio ou piada 159 Tabela 36 Texto 20 Caracteriza o do texto C4 como an ncio ou piada 161 Tabela 37 Ativi
32. Forms In Applied Linguistics 3 1982 181 206 BONINI A G neros textuais e cogni o um estudo sobre a organiza o cognitiva da identidade dos textos Florian polis Insular 2002 BRONCKART Jean Paul Limita es e liberdades textuais Trad Irenise A B dos Santos Recife 2002 BROWN Ann L Metacognitive Development and Readind In Theorical issues in reading comprehension perspectives from Cognitive Psychology Linguistcs Artifial Intelligence an Education 1980 CASA DE CULTURA HISP NICA Dispon vel em lt http www culturahispanica ufc br gt Acesso em 10 out 2011 180 CAVALCANTE M nica Magalh es PINHEIRO Clemilton Lopes LINS Maria da Penha Pereira LIMA Geralda Dimens es textuais na perspectiva sociocognitiva e interacional In L ngu stica de texto e an lise da conversa o panorama das pesquisas no Brasil Orgs Anna Christina Bentes e Marli Quadros Leite S o Paulo Vortez 2010 p 225 261 CAVALCANTE M M Os sentidos do texto S o Paulo Contexto 2012 CHAREAUDEAU P Visadas discursivas g neros situacionais e constru o textual In MACHADO I L e MELLO R de Orgs G neros reflex es em an lise do discurso Belo Horizonte NAD POSLIN FALE UFMG 2004 p 13 41 CHAVES A S G neros do discurso e mem ria o dialogismo intergen rico no discurso publicit rio 2010 366 f Tese doutorado Faculdade de Filosofia Letras e Ci ncias Humanas Universidade de S o Paulo CHIELE Luc
33. LM como os desenvolvidos por Koch e Elias 2006 Lara 2007 Marcuschi 2008 e Matozzo 2008 entre outros que est o atentos aos processos de transmuta o ou transgress o sofridos por alguns g neros textual discursivos Contudo n o encontramos estudos sobre a recep o ou produ o de g neros h bridos em E LE raz o pela qual estamos realizando um estudo que nos permita discutir esta tem tica e coletar dados que tragam luz a essa quest o t o importante que o contato com g neros h bridos Concordamos com L pez Alonso 2001 que h diferentes elementos que entram em a o durante a leitura em l ngua estrangeira de g neros convencionais tais como os saberes lingu sticos os conhecimentos culturais as rela es que se estabelecem entre a l ngua materna e a l ngua estrangeira bem como os interesses dos aprendizes Acreditamos que seja igualmente pertinente a realiza o de um estudo que considere a leitura de g neros h bridos em l ngua estrangeira a fim de verificar se h outros fatores que interv m na aprendizagem da compet ncia leitora em l ngua espanhola muito prov vel que al m dos fatores lingu sticos dos conhecimentos culturais e dos interesses dos aprendizes sejam relevantes os conhecimentos metatextuais e 94 metagen ricos para que o leitor chegue a uma adequada interpreta o Outra quest o pertinente diz respeito aos tipos de ajuda que o professor oferecer ao
34. Material A propaganda e a fotoc pia desta para os alunos G nero captado hist ria em quadrinhos 128 Objetivos Ao final da atividade o aluno dever 1 Identificar a constru o composicional da hist ria em quadrinhos 2 Observar que a g nero propaganda foi constru do por meio do g nero hist ria em quadrinhos e que os elementos presentes no g nero hist ria em quadrinhos aparecem na propaganda 3 Reconhecer que a propaganda embora esteja na forma de uma hist ria em quadrinho manteve sua fun o comunicativa 4 Avaliar que ao se tomarem emprestados a constru o composicional e o estilo verbal de uma hist ria em quadrinhos constr i se uma interessante estrat gia discursiva Pr atividade 1 Leitura da propaganda do governo espanhol sobre melhorias no sistema de sa de da unidade 9 do livro Nuevo Avance B sico p gina 85 ANEXO 7 P s atividade 1 Discuss o sobre os mecanismos persuasivos da propaganda S ntese das atividades 1 Depois da realiza o da atividade pretexto na qual podemos ver a propaganda do governo espanhol sobre melhorias no sistema de sa de da unidade 9 do livro Nuevo Avance B sico p gina 85 na qual os alunos devem ler a propaganda responder as pergunta com ajuda do professor companheiros ou dicion rio e posteriormente identificar a nova forma verbal lhes ser apresentado o texto D 2 O texto D ser entregue aos alunos na ntegra 3 Os alunos far o uma leitura silenciosa do text
35. O m todo come a a ser percebido como limitado e cansativo tanto para professores como para alunos e 48 o pior os alunos que aprendiam pelo M todo udiolingual apresentavam as mesmas falhas que os alunos que aprendiam pelos m todos anteriores ou seja ao se depararem como uma situa o real de comunica o pareciam n o se lembrar do que tinham aprendido em sala de aula A partir da percep o de que os aprendizes eram capazes de produzir senten as com corre o gramatical mas que n o sabiam utiliz las em situa es reais fora de sala de aula ficou claro que para se comunicar necess rio mais que o conhecimento das regras necess rio um conhecimento sociolingu stico discursivo e estrat gico o que foi confirmado pela ideia de compet ncia comunicativa desenvolvida por Hymes na d cada de 70 Surgiu ent o uma nova abordagem para tentar sistematizar o ensino de l nguas estrangeiras a Abordagem Comunicativa que tinha como principal preocupa o o uso da linguagem veiculada situa o em que ocorre o ato de fala e o papel desempenhado pelos seus participantes Os di logos artificiais didaticamente elaborados a fim de que fossem trabalhados pontos gramaticais s o rejeitados j que a nfase n o se encontra mais na forma lingu stica e sim na comunica o sendo essas ensinadas somente quando necess rio a fim de que a compet ncia comunicativa pudesse ser desenvolvida Nesta per
36. a social semiotic perspective Oxford Oxford University Press 1989 p 52 69 KATO Mary Aizawa O aprendizado da leitura 5 Ed S o Paulo Martins Fontes 1999 Texto e linguagem KLEIMAN ngela Texto amp Leitor Aspectos Cognitivos da Leitura 7 Ed Campinas SP Pontes 2000 KOCH I V ELIAS V M Ler e compreender os sentidos do texto S o Paulo Contexto 2006 KOCH I V BENTES A C CAVALCANTE M M Intertextualidade di logos poss veis S o Paulo Cortez 2007 KOCH I Introdu o Lingu stica Textual 2 Ed S o Paulo Martins Fontes 2009 KRASHEN S Principies and Practice in Second Lnaguage Acquisition Oxford Pergamon Press 1982 KRAUSE LEMKE C Aspectos Culturais e pol ticos do ensino de l ngua espanhola e contexto bil ngue FE USP 2007 182 KUMARAVADIVELU B Towards a postmethod pedagogy Tesol Quarterly Vol 35 n 4 pp 537 560 2001 LARA G M P Transgress o de g neros em textos de publicidade e propaganda no Brasil Stockholm review of latin american studies Issue n 2 nov 2007 p 11 24 163 _____ Abordando os g neros do discurso na escola um espa o para a transgress o Vertentes S o Jo o del Rei n 34 p 121 132 jul dez 2009 _____ Transgredindo os g neros do discurso entre a teoria e a pr tica SILVA B A da et al colaboradoras Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2010 LARSEN FREEMAN D Teaching Techniques in English as a Second
37. alumnos brasile os ese tipo de actividad parece poco motivadora debido al hecho de que el espa ol y el portugu s son lenguas emparentadas En lo que concierne al tipo de hibridaci n los alumnos de niveles iniciales sienten dificultades cuando este fen meno se da entre textos complejos como los literarios o cuando involucran sentido de humor Palabras clave Lengua espa ola aprendizaje g neros h bridos estrategias de lectura ABSTRACT This study belongs to the field of acquisition and is directly related to reading comprehension themes considering variation aspects of written texts The relevance of the exposure considering native speakers of Portuguese learning Spanish and hybrid genres to the social practice of Reading comprehension is discussed The overarching research question is how an approach to Reading comprehension in Spanish in free courses and by the use of hybrid genres contributes to the reading competence of beginner level students More specifically a comparing the reading purposes offered by the Spanish language course teaching manual and the reading purposes of the hybrid Genres b determining what can be done when textual discursive hybrid genres are used in Spanish classes what types of aid may emerge which processes are mobilized during Reading comprehension and how student participation is organized c identifying which reading strategies are activated during the input of textual discursive hybrid g
38. alunos foram capazes de identificar marcadores gen ricos como os versos e as estrofes sabendo identificar e quantificar cada um desses elementos al m de dizerem que o texto possui sonoridade melodia e lirismo quer dizer nenhum dos alunos teve dificuldades em reconhecer que no texto B existe a presen a em sua totalidade do g nero poema Conforme Maingueneau 2004 somente somos capazes de adotar uma atitude conveniente em rela o aos g neros a partir do momento em que relacionamos um determinado enunciado a um g nero ou a mais de um g nero textual discursivo Na atividade em quest o os alunos foram capazes de identificar tanto as marcas do g nero poema como as 149 marcas do g nero carta quer dizer a compet ncia gen rica funcionou de forma eficiente permitindo aos alunos solucionarem problemas de l ngua e aus ncia de conhecimento cultural Acreditamos que o fato do perfil dos alunos indicarem que estes possuem um alto grau de instru o permite apesar de algumas dificuldades que estes identifique a hibridiza o de g neros O que se v em discuss o o fato de que nem sempre pelo menos n o sem ajuda os alunos sejam capazes de identificar o g nero transgressor e o g nero transgredido o que incide diretamente na constru o de um conte do p blico satisfat rio e de qualidade Tabela 27 Texto 12 Caracter sticas do g nero poema presentes no texto B Texto 12 Caracter sticas d
39. atendia s expectativas da esposa que se mostra insatisfeita com o produto e quer se desfazer dele a qualquer custo Apresentaremos os dados do epis dio de interpreta o referente ao texto C2 conforme se pode verificar na tabela 34 Tabela 34 Texto 18 Caracteriza o do texto C2 como an ncio ou piada Texto 18 Caracteriza o do texto C2 como an ncio ou piada Ciclo 1 Profesora Bueno en estos textos nosotros tenemos Aqu en este caso en este texto Es un anuncio o no lo es Alumnos Chiste Profesora Es un chiste Alumna 14 Es Profesora Todos est is de acuerdo que es un chiste Alumnos S Profesora Chiste que est en forma de Alumno 17 de anuncio Ciclo 2 Profesora Vale Qu cosas de este texto os indica qu es un anuncio y qu cosas de este texto os indica que es un chiste Alumna 3 El t tulo las letras en may scula Alumno 1 La distribuci n de la informaci n Alumna 14 La forma que es escrito es de anuncio pero las palabras Alumna 3 La idea Alumna 14 pero el contenido Profesora Muy bien El contenido qu Alumna 14 El contenido del texto es chiste Alumna 15 No hay c mo vender un hombre Fonte Grava o do dia udio do dia 21 03 2014 Torna se bastante percept vel que os alunos conseguiram desta vez identificar que se trata de um texto no qual h marcas gen ricas de dois g neros textual discursivos distintos o an ncio e a piada O primeiro se
40. bridos Segundo Tomlinson e Masuhara 2005 as t cnicas de adapta o de materiais podem dividir se em tr s categorias principais mais menos e zero 0 Dentre essas categorias evitamos a categoria menos que diz respeito exclus o subtra o e redu o de textos e atividades haja vista que as atividades e os textos do pr prio material servir o como agentes de promo o e ativa o de conhecimento pr vio para a realiza o de atividades com um maior grau de profundidade Sendo assim fizemos uso da categoria mais pois o nosso objetivo adicionar textos g neros textual discursivos h bridos e atividades principalmente de leitura coletiva bem como expandir os textos e atividades j existentes a fim de aumentar o grau de dificuldade e profundidade e assim promover um maior desenvolvimento leitor em l ngua espanhola Podemos tamb m fazer uso da categoria zero por meio da t cnica de modifica o na qual podemos realizar mudan as nas instru es ou por meio da t cnica de convers o na qual podemos modificar o g nero de um texto ou transferir o conte do de um meio espec fico para outro TOMLINSON E MASUHARA 2005 Vale lembrar que as adapta es realizadas ocorrem para enfatizar o papel da compet ncia gen rica como compensadora das falhas ocasionais das compet ncias lingu sticas e enciclop dicas tendo em vista que a primeira pode produzir uma interpreta o exitosa por meio
41. capaz de comprender textos muy breves y sencillos leyendo frase por frase captando nombres palabras y frases b sicas y corrientes y volviendo a leer cuando lo necesita A2 Comprende textos breves y sencillos sobre asuntos cotidianos si contienen vocabulario muy frecuente y cotidiano o relacionado con el trabajo Comprende textos breves y sencillos que contienen vocabulario muy frecuente incluyendo una buena parte de t rminos de vocabulario compartidos a nivel internacional 113 Figura 16 Atividade de leitura 1 do livro Nuevo Avance B sico Fonte Nuevo Avance B sico p 84 Conforme podemos observar no exerc cio da figura 16 presente na unidade 8 do livro grande parte dos exerc cios de verifica o do conte do factual e podem ser respondidos com uma leitura superficial e linear Autores como Grigoletto 1999 afirmam que grande parte das atividades de leitura em l ngua estrangeira enfatiza o uso de habilidades simples tais como o reconhecimento de informa es expl citas no texto A maior parte das atividades continua sendo de mero reconhecimento de conte do factual por meio de perguntas de compreens o geralmente bvias al m de se esperar do aluno a leitura linear ditada por perguntas de compreens o que seguem rigidamente a ordem na qual as informa es s o apresentadas no texto GRIGOLETTO 1999 p 81 Em termos da leitura de correspond ncia o MCER tamb m tem algumas normas do que os alunos dos
42. com as tipologias textuais ao inv s do trabalho com os g neros textuais Para Adam 110 2011 existem as seguintes sequ ncias textuais descritiva narrativa argumentativa explicativa e dialogal Podemos ver que as categorias conhecidas s o limitadas ao contr rio dos tipos de g neros que apresentam marcas mais expl citas do nosso cotidiano e s o in meros tais como a entrevista o bilhete a receita a propaganda etc Como de se esperar para o livro did tico de l ngua estrangeira todas as unidades com a se o tipologia textual apresentam textos dial gicos seguidos por texto descritivos explicativos narrativos e em menor medida textos argumentativos Segundo Grigoletto 1999 p 80 81 os textos de leitura apresentam se frequentemente sob a forma de di logos ou pequenos textos fabricados a partir de pontos gramaticais apresentados numa sequ ncia r gida no decorrer das unidades No guia did tico as autoras ponderam que a leitura est presente em todo o manual e que esta se apresenta por meio de tipos de textos descritivos narrativos e explicativos nos quais aparecem o presente e o pret rito perfeito Abaixo temos uma tabela elaborada por n s a partir da tabela de conte dos a fim de evidenciar melhor as tipologias textuais presentes no livro did tico bem como em alguns g neros textuais Tabela 7 tipologias textuais presentes no Nuevo Avance B sico por unidades Unidade
43. como podemos ver no exemplo que segue III Marzo Codornices en p talos de rosas Ingredientes 12 rosas de preferencia rojas 12 casta as Dos cucharadas de mantequilla Dos cucharadas de f cula de ma z 83 Dos gotas de esencia de rosas Dos cucharadas de an s Dos cucharadas de miel Dos ajos 6 codornices 1 pitahaya Manera de hacerse Se desprenden con mucho cuidado los p talos de las rosas procurando no pincharse los dedos pues aparte de que es muy doloroso el piquete lo p talos pueden quedar impregnados de la sangre y esto aparte de alterar el sabor del platillo puede provocar reacciones qu micas por dem s peligrosas Pero Tita era incapaz de recordar este peque o detalle ante la intensa emoci n que experimentaba al recibir un ramo de rosas de manos de Pedro LAURA ESQUIVEL 2000 p 44 45 Como agua para chocolate Os autores mencionam ainda a mescla por g neros intercalados que envolve g neros que podem pertencer a cenas enunciativas distintas Tal categoriza o foi criada a partir do conceito de reelabora o de Bakhtin 2011 1953 no qual os g neros secund rios absorvem os g neros prim rios que como consequ ncia perdem alguns de seus elementos originais Os autores exemplificam este tipo de mescla com o romance Dr cula estruturado a partir de outros g neros tais como di rios cartas e relatos Figura 11 ndice do romance Dr cula Fonte Lima Neto e Ara jo 2012 p 290
44. compreens o do discurso Gr fico 2 Compreens o das palavras em l ngua espanhola Fonte Elaborado pela autora 133 Igualmente importante foi saber se os participantes consideram identificar a ideia principal dos textos em l ngua espanhola com facilidade A maioria dos alunos afirmou concordar ou concordar plenamente com a assertiva quer dizer para eles a identifica o da ideia principal dos textos em l ngua espanhola uma constante Considerando os textos presentes no manual did tico podemos dizer que grande parte deles de pequena extens o e de vocabul rio acess vel aos alunos lus fonos com componentes culturais de f cil compreens o Abaixo podemos ver o gr fico 3 oriundo das cren as sobre a identifica o da ideia principal dos textos em l ngua espanhola Gr fico 3 Identifica o da ideia principal nos textos em l ngua espanhola Fonte Elaborado pela autora Outro questionamento importante que corroborava ou n o a an lise que fizemos do livro did tico dizia respeito opini o dos participantes sobre o grau de dificuldade das atividades de leitura presentes no livro Nuevo Avance B sico Foi perguntado aos participantes se eles sentiam dificuldades em realizar as atividades de leitura presentes no manual Conforme se pode verificar no gr fico 4 nenhum dos participantes afirmou sentir dificuldades em realizar as atividades de leitura o que para n s serve como mais um in
45. concep es sobre o processo de ler no intuito de refletir sobre quais processos seriam os mais adequados para caracterizar a leitura nos dias de hoje Cornaire 1999 afirma que at os anos 80 a compreens o leitora em l ngua estrangeira se associava tradu o e se baseava nas an lises de unidades l xicas e fr sicas quer dizer para ensinar leitura em l ngua estrangeira era necess ria a realiza o da tradu o de palavra por palavra de ora es fora de contexto sendo uma atividade pouco motivadora para os alunos O ensino expl cito da gram tica acompanhava esta metodologia Este modelo denominado como ascendente bottom up e nele os aprendizes partem de unidades lingu sticas de baixo n vel para construir os sentidos do texto A leitura linear e a identifica o das unidades de baixo n vel por si s suficiente para dizer que um aprendiz capaz de ler em l ngua estrangeira Posteriormente surgem algumas teorias como a Teoria dos Esquemas de Carrel ou a Teoria da Automatiza o e Controle dos Processos cognitivos de Gaonac h que d o vaz o ideia de que a compreens o leitora se realiza a partir do processamento de unidades de alto n vel quer dizer dos conhecimentos pr vios conceitos ideias cren as e experi ncias pessoais para a constru o de hip teses sobre o sentido do texto Este modelo denominado como descendente top down e se inscreve numa perspectiva cognitiva
46. contextuais o ambiente familiar que funciona como um importante condicionante da compreens o leitora No entanto atua com mais efetividade na leitura escolar de crian as que n o s o o p blico alvo desta pesquisa De qualquer forma n o podemos descartar a import ncia das atividades leitoras levadas para casa e de como os leitores mais experientes realizar o este trabalho quer dizer se na aus ncia do professor ou de seus companheiros ser o capazes de adotar um comportamento estrat gico e motivado apesar de n o ser este o prop sito do nosso estudo O quarto e ltimo elemento pertencente ao grupo das vari veis contextuais o ambiente sociocultural Segundo Gonz lez Fern ndez 2010 este um dos elementos mais questionados como importante para a compreens o leitora Este elemento relaciona se com dois aspectos o status sociocultural dos pais dos aprendizes e sua exposi o pr via leitura Quer dizer diz respeito s experi ncias pr vias ao contato institucional No caso de uma l ngua estrangeira acreditamos que este seja um importante condicionante principalmente para a forma o de uma compet ncia enciclop dica haja vista que o grupo de participantes possui uma forma o em n vel superior o que sup e um elevado dom nio de vocabul rio em l ngua portuguesa por exemplo muito v lido para a leitura em l ngua espanhola tendo em conta o grande n mero de vocabul rio transparente
47. da abordagem comunicativa que reconhecem a 50 import ncia dos g neros discursivos e nas concep es advindas do p s m todo sobre a necessidade dos professores adaptarem as teorias ou construir as suas pr prias conforme sua viv ncia em sala de aula importante verificar a funcionalidade dos g neros h bridos como input para compreens o leitora sobretudo para alunos de semestres iniciais Cremos que o desenvolvimento da compet ncia leitora dos lus fonos estudantes de l ngua espanhola a partir da intera o com g neros h bridos depender consideravelmente n o somente do n vel de dom nio da l ngua espanhola mas tamb m da abordagem de leitura empregada do conhecimento da superestrutura textual e finalmente dos tipos de ajudas oferecidas pelo professor quer dizer de como se configurar o processo de intera o aluno texto professor Acreditamos ainda que a escolha pela leitura em detrimento das demais habilidades se justifica pelo fato desta permitir aos indiv duos um acesso importante s pr ticas sociais e um acesso ilimitado a uma s rie de conhecimentos que v o al m do n vel lingu stico pois permite aproximar diferentes modos de perceber a vida que se d o a conhecer pelo acesso informa o via leitura 3 1 Aproxima o leitura em l ngua estrangeira Conforme vimos na se o anterior n o h d vidas de que a leitura uma importante ferramenta para a difus o
48. da ativa o de diferentes estrat gias quer dizer faz se necess rio recordar o pressuposto assumido por n s ao longo desta tese de que a compet ncia gen rica pode ser acionada para a constru o do sentido pois pelas leis do discurso podemos identificar mesmo sem saber nome los uma grande quantidade de g neros Na pr xima se o trataremos de descrever o nosso corpus com base nos g neros com os quais os alunos j entrariam em contato e descrever as sequ ncias did ticas 120 6 2 Corpus e Elabora o das sequ ncias did ticas para o trabalho com os g neros textual discursivos h bridos para o 2 semestre Conforme esclarecemos na se o anterior a escolha do corpus se deu considerando os g neros textual discursivos presentes no material analisado manual Nuevo Avance B sico considerando aqueles a que os alunos j tiveram acesso no semestre anterior como cartas e cart es e os g neros que apareceram ao longo das unidades trabalhadas durante o segundo semestre como propaganda an ncio e receita Al m disso consideramos tamb m as recomenda es do MCER j que o material obedece normativa desse documento Dito em outras palavras escolhemos os g neros textual discursivos do universo de refer ncia dos alunos que captassem outros g neros previamente apresentados ou n o mas de f cil reconhecimento j que s o facilmente encontrados e reconhec veis em l ngua materna A idei
49. da fun o A primeira rela o transtextual a que Genette 2010 faz men o a intertextualidade termo criado por J lia Kristeva que se refere rela o de copresen a ou presen a simult nea de dois textos ou v rios comumente com a presen a efetiva de um texto dentro de outro texto O autor menciona tr s tipos a Cita o expl cita e mais literal b Pl gio menos expl cito e menos can nico empr stimo n o declarado mas literal e c Alus o menos expl cita e menos literal relaciona se ao enunciado cuja compreens o sup e a percep o de uma rela o entre ele e outro O fruto dessa rela o o intertexto rela o entre um texto e outro que o precedeu ou o sucedeu A segunda rela o transtextual denominada de paratextualidade que se refere rela o entre o texto e os seus demais elementos constitutivos como t tulo subt tulo pref cio rodap ilustra es etc O fruto dessa rela o o paratexto quer dizer os elementos de media o entre os textos e o leitor a fronteira entre o texto impresso e a leitura e interpreta o do pr prio texto A terceira rela o de metatextualidade relaciona se pois ao coment rio que liga um texto a outro texto de que fala uma rela o de cr tica O fruto deste tipo de rela o transtextual o metatexto que serve para criticar ou analisar criticamente outro texto A quarta rela o transtextual
50. diz Otras cositas Acho que ele acabou fechando o neg cio pegando o empr stimo e se alegrando vindo a celebrar o empr stimo Profesora El pr stamo vale Puedes decir Alumna 14 Alumno 1 El pr stamo Profesora Pr stamo Empr stimo no Solo pr stamo Alumna 14 En verdad ese esa carta es una de aquellas cartas que los bancos env an a los clientes ofreciendo servicio Divulgando la utilizaci n de un servicio Profesora Vale Alumna 14 Utilizan el lenguaje de propaganda mostrando los beneficios de adquirir un pr stamo como este Fonte Grava o do dia udio do dia 16 04 2014 Com o intuito de que os alunos conseguissem construir um conte do p blico eficaz e compartilhado por todos insistimos em perguntar qual de fato seria o assunto do texto Os alunos a partir dos elementos textuais e de seu conhecimento enciclop dico chegaram conclus o de que o assunto do texto realmente era oferecer um empr stimo pessoal e de que a hist ria servia para ilustrar como o cliente poderia utilizar o dinheiro obtido com tanta facilidade Conseguiram pois distinguir o conte do prim rio do conte do secund rio tendo em vista que o mais importante n o era comprar um carro novo ou reformar a cozinha e sim a possibilidade de realizar os sonhos dos clientes por meio de um empr stimo pessoal pouco importando a circunst ncia que serviu de exemplo Tabela 39 Texto 22 Aprofundamento do assunto do texto D
51. diz respeito estrutura ao estilo e audi ncia pretendida que ser reconhecido como protot pico ou n o pelos membros de uma comunidade de discurso Para Marcuschi 2002 embora Swales estabele a uma s rie de par metros em rela o aos g neros desconsidera um par metro de grande import ncia seu car ter s cio interativo o que faz com que o conceito de g nero defendido por este autor assuma uma vis o de estaticidade 69 Miller 1994 por outro lado considera o g nero como uma a o social Esta representante da escola americana sai em defesa de que uma defini o til de g nero n o pode considerar como centrais os aspectos relacionados subst ncia e nem os aspectos relacionados s formas do discurso e sim a a o ou seja como este usado e como atua Desta feita segundo a autora os g neros se constituem como recorrentes a partir das a es e das situa es e os g neros se consolidam a partir de conven es sociais recorrentes v lido dizer que para a autora o que recorrente n o s o os aspectos relacionados individualidade tendo em vista que estes s o nicos e n o admitiriam repeti o mas os fen menos entendidos como intersubjetivos e sociais Partindo desta concep o ret rica a autora afirma que o g nero concernente a cada sociedade e cultura Como representante da escola sist mico funcional relevante citarmos o trabalho de Hasan 1989
52. do nosso estudo no que diz respeito teoria de aquisi o e aprendizagem utilizada concep o de leitura em l ngua estrangeira defendida e teoria de g neros h bridos daremos in cio discuss o de natureza metodol gica na qual descreveremos a natureza do estudo o ambiente os seus participantes e os crit rios de an lise dos dados 95 5 METODOLOGIA Listaremos aqui alguns autores que nos nortearam na elabora o desta tese naquilo que diz respeito aos aspectos metodol gicos S o eles Gil 1991 Silva 2001 Tripp 2005 Flick 2009 Thiollent 2011 e Trivi os 2011 Silva 2001 nos forneceu um valioso arcabou o te rico que nos possibilitou classificar nosso estudo do ponto de vista da natureza da pesquisa Segundo a autora a pesquisa quanto a sua natureza pode ser b sica ou aplicada do ponto de vista da abordagem do problema pode ser classificada como quantitativa ou qualitativa do ponto de vista dos seus objetivos a autora buscou em Gil 1991 a seguinte classifica o pesquisa explorat ria pesquisa descritiva e pesquisa explicativa ainda com base em Gil 1991 Silva 2001 classifica por ltimo a pesquisa do ponto de vista dos procedimentos t cnicos como pesquisa bibliogr fica pesquisa documental pesquisa experimental levantamento estudo de caso pesquisa expo fato pesquisa a o e pesquisa participante Metod logos como Tripp 2005 Flick 2009 Thi
53. do sociointeracionismo e o protagonismo dos g neros textual discursivos pelo vi s da hibridiza o o que permitiu aos alunos uma participa o ativa durante a realiza o das atividades de leitura coletiva e uma intensa negocia o do significado o que enriqueceu bastante o ensino e a aprendizagem da leitura em n vel inicial 172 7 CONCLUS ES O estudo empreendido nos ofereceu um relevante panorama no que diz respeito aos objetivos que desej vamos alcan ar com a execu o de uma tese que tinha como pretens es atestar como os g neros textual discursivos e particularmente a hibridiza o de g neros pode contribuir como abordagem de leitura em l ngua espanhola em cursos livres para que alunos de n vel inicial vissem sua compet ncia leitora melhorada tendo em vista que o pressuposto por n s assumido era de que a compet ncia gen rica relevante para o fortalecimento da compreens o leitora e a hibridiza o um caminho eficaz para evidenciar que as compet ncias lingu sticas enciclop dicas e gen ricas interagem entre si de modo a produzir uma interpreta o por meio da ativa o de diferentes estrat gias Se uma delas falha por exemplo a compet ncia lingu stica j que estamos tratando de uma l ngua estrangeira a compet ncia gen rica pode ser acionada para a constru o do sentido pois pelas leis do discurso podemos identificar mesmo sem saber nome los uma grande quantid
54. em espanhol Dentro do grupo de vari veis subjetivas encontram se o conhecimento pr vio as estrat gias de aprendizagem a motiva o e a mem ria de trabalho No que concerne ao conhecimento pr vio consideram se como condicionantes da compreens o leitora o conhecimento geral do mundo f sico e social o conhecimento espec fico relativo rea do texto o conhecimento sobre a estrutura do texto o reconhecimento dos g neros dos discursos e dos tipos de sequ ncias textuais e o conhecimento metacognitivo conhecimento sobre as tarefas e an lises de atividades Acreditamos que estes elementos de fato condicionam a compreens o de textos em l ngua espanhola e seu dom nio facilitar imensamente o contato entre os alunos e os g neros textual discursivos h bridos As estrat gias de aprendizagem s o parte importante do grupo de vari veis subjetivas s o aqueles procedimentos que se executam para que se consiga atingir um 60 objetivo determinado S o in meras e se dividem em cognitivas relacionadas aquisi o e ao uso da informa o e em metacognitivas relacionadas s atividades de reflex o e desenvolvimento global do processo de aprendizagem A motiva o desempenha tamb m uma fun o chave dentro das vari veis subjetivas esta pode ser de natureza intr nseca e extr nseca orientadas a metas gerais ao interesse percep o da autoefic cia e da aprendizagem de conceitos acad mi
55. es hipertextuais Divis o corrente funcional Fun o Sat rica par dia N o sat rica pastiche G neros Par dia Travestimento Charge Pastiche Rela o Transforma o Imita o Divis o estrutural Fonte Genette 2010 p 37 Depois desta sucinta apresenta o dos aspectos mais gerais da teoria de Genette 2010 no que se refere transtextualidade importante apresentar o refinamento do quadro te rico de Genette 2010 por Pi gay Gros 2010 que desloca a perspectiva da transtextualidade para a intertextualidade Apesar de a autora desvirtuar um pouco a proposta de Genette acreditamos que valha a pena cit la de modo a entender melhor o entendimento das transforma es textuais 74 Ao fazer tal redimensionamento Pi gay Gros 2010 distingue para a intertextualidade dois tipos de rela o a primeira por copresen a que se relaciona intertextualidade genettiana e a segunda por deriva o que se relaciona hipertextualidade O que podemos perceber a exist ncia de um alargamento do conceito de intertextualidade aos casos de hipertextualidade Al m disso segundo Nobre 2013 a autora faz diferencia es para os casos de copresen a no que concerne o crit rio de implicitude e explicitude bem como opta por incluir a refer ncia como intertextual por copresen a No entanto o autor critica a redu o dos g neros hipertextuais apresentados por Genette 2010 Cav
56. es un poema Alumna 4 Un poema Profesora O qu es una carta Alumna 4 Poema Alumno 1 Los dos Profesora Las dos cosas Alumna 14 S son las dos cosas Ciclo 2 Profesora Vosotros dec s lo que pens is si pens is que es un poema decid que es un poema si pens is que es una carta no pasa nada decid que es una carta Alumna 4 Es un poema Alumna 14 Yo pienso que es una carta en forma de poema Alumno 13 Es un poema epistolar Alumna 14 l quer a provocar una emoci n Alumno 1 Es creativo Alumno 2 Es un poema con finalidad de carta Alumna 3 Creo que el objetivo principal es la carta pero en forma de poema Profesora Y t Piensas que es un poema Alumno 1 S es un poema Alumna 18 Es un poema en forma de carta Alumna 14 Es una carta en forma de poema Ciclo 3 Profesora Bueno entonces algunos pens is que la finalidad primera es del poema Y cu l es la finalidad de un poema Alumna 14 Yo creo que es emocionar el chico Alumno 1 Expresar un sentimiento Alumna 11 Profesora Profesora Di Alumna 11 Nosotros est bamos hablando y tenemos Alumno 7 La impresi n de que est desahogando lo que siente y por eso ella dijo que no espera su respuesta Ya perdi Es una cosa que est en su cabeza No quiere atingirlo m s Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 Em termos de compreens o podemos inferir que na segunda atividade os alunos superaram o n vel de compreens o supe
57. estudo e apresentamos o documento TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO ANEXO 1 para que estes pudessem assin lo Instrumento de coleta de dados Os question rios Escolhemos como instrumento de coleta de dados o question rio visto que acredit vamos ser este um meio eficiente para obter os dados necess rios para uma pesquisa caracterizada como pesquisa a o Os question rios aplicados de forma presencial contiveram quest es objetivas e quest es abertas As primeiras foram inclu das para facilitar a obten o e padroniza o das respostas As ltimas foram inclu das para n o limitar excessivamente o leque de respostas esperadas permitindo ao inquirido a possibilidade de construir a resposta com as suas pr prias palavras favorecendo deste modo a liberdade de express o Os question rios constituem um importante instrumento de coleta de dados para o nosso estudo j que foram usados para selecionar os participantes da pesquisa Utilizamos para melhor an lise das respostas escalas Likerd em que os participantes escolheram entre cinco op es tais como concordo totalmente concordo nem concordo nem discordo discordo discordo totalmente Cada item ser apresentado sob forma de uma assertiva com cada grada o com uma resposta poss vel al m de cada grada o se mostrar numa ordem descendente em que o primeiro item indica o maior grau de concord ncia o ltimo o maior grau de
58. g nero espec fico e uno e atravess lo com o intuito de construir novos g neros com novos sentidos O reconhecimento da transgress o se manifestaria na capacidade de identificar as caracter sticas respons veis pela manuten o da regularidade para assim identificar o que h de inovador Assim como Marcuschi 2002 para a autora o que definidor do g nero sua fun o Desta forma no caso do an ncio da Kombi apesar de ser veiculado na forma de um testamento continua sendo um an ncio publicit rio Em seus estudos Lara 2010 menciona os estudos de Miranda 2007 anteriormente citados e explica que a pesquisadora argentina considera n o somente a mescla de estruturas e fun es mas considera o fen meno como 88 sendo de maior amplitude tendo em vista que a presen a de qualquer tra o gen rico configuraria o fen meno da hibridiza o ou transgress o Acreditamos que se tem avan ado nos estudos sobre varia o de g neros j prevista em Bakhtin 2011 1953 e que estes s o cada vez mais recorrentes nas pr ticas interacionais cotidianas Neste sentido importante que se investiguem os efeitos do contato entre os g neros h bridos e os usu rios da l ngua j que estes est o bastante presentes nas intera es sociais como demonstram os trabalhos citados nesta se o Apesar de estarmos convencidos de que o fen meno intertextual pode ser considerado n o somente em senti
59. imagens e o texto para auxiliar na compreens o leitora os alunos relatam a import ncia das cores por exemplo o vermelho bem como a presen a de cora es e da imagem de um casal no texto A2 como indicativos de que realmente o texto trata de amor A imagem da cereja do cupcake e da garota cozinhando presentes no texto A2 ajuda a associar o texto receita No entanto como podemos perceber no texto 2 dois alunos dissociam a ideia da receita como tema do texto devido presen a de um envelope e de uma carta no texto A1 Essas imagens s o associadas express o do sentimento de amor Indicam que havia a necessidade de se escrever sobre um sentimento 138 Tabela 16 Texto 2 O papel das imagens na compreens o dos textos A1 e A2 Texto 2 O papel das imagens na compreens o dos textos A1 e A2 Ciclo 1 Profesora Bueno entonces eh c mo las im genes nos ayudan o cu l es Qu caracter sticas de las im genes nos ayudan a entender mejor el texto Ellos luego Alumna 3 Los dibujos de coraciones Comida Alumno 2 y del casal aqu Profesora De la pareja Alumna 3 S de la pareja cocinando Alumno 2 el envelope y el coraz n Profesora Bueno y aqu Alumna 4 Se puede entender mejor el texto a trav s de gravuras como coraz nes la pareja Los colores tambi n el rojo lembra Profesora Hace recordar Alumna 4 Hace recordar el amor Es un color asociado al amor La cere cere cereza Yo
60. manifesta em sua totalidade por meio de sua estrutura e o segundo por meio de seu conte do e prop sito comunicativo o de provocar o humor Os alunos chegam conclus o da impossibilidade de ser um an ncio haja vista que n o se pode vender um homem por mais que n o o queira mais que isso seria contra os princ pios morais e ticos da sociedade chegando conclus o de que seres humanos n o s o produtos Os alunos conseguiram chegar aqui a um n vel de compreens o muito alto no qual 159 se colocou em uso uma leitura cr tica ao levarem em conta diferentes tipos de informa o Esse tipo de leitura requereu do leitor um processo ativo e consciente de integra o acionado por meio da integra o daquilo que foi lido e de suas experi ncias pr prias assim como por meio da verifica o da informa o e da an lise das inten es do autor do texto J no texto C3 a conclus o n o foi un nime a maioria dos alunos n o conseguiu entender que tamb m se tratava de uma piada em forma de an ncio apesar de terem sido expostos anteriormente a dois modelos muito parecidos Neste texto aparecia um an ncio de uma pessoa que gostaria de trocar um Doberman por uma m o ortop dica De in cio essa ideia parece absurda para alguns alunos que se questionam como poss vel trocar uma m o ortop dica por um cachorro quer dizer nem todos os alunos conseguiram entender o sentido de humor presente no texto
61. n veis A1 e A2 devem ser capazes de fazer 114 Tabela 9 Ler correspond ncia do MCER A2 Compreende tipos b sicos de cartas e faxes de uso habitual formul rios pedidos cartas de confirma o etc sobre temas cotidianos Compreende cartas pessoais breves e simples A1 Compreende mensagens breves e simples de cart es postais Fonte MCER 2002 p 72 tradu o da autora 12 O material did tico Nuevo Avance traz os g neros textuais prescritos pelo MCER como podemos visualizar na figura 17 Trata se de uma carta pessoal breve e simples No entanto novamente nos deparamos com atividades de compreens o nas quais os alunos somente precisam ter uma compreens o superficial do texto para responder s quest es que o seguem Figura 17 Atividade de leitura 2 do livro Nuevo Avance B sico Fonte Nuevo Avance B sico p 67 No que diz respeito habilidade de ler para se orientar encontramos no manual did tico alguns textos em forma de di logos nos quais os alunos devem se localizar ou textos nos quais os alunos devem encontrar informa o espec fica e previs vel como por exemplo no card pio de um restaurante conforme as indica es do MCER sobre o que o aluno de n vel b sico deve fazer para se orientar No entanto nenhuma das atividades foi extra da de material aut ntico apesar de alguns textos terem um car ter mais realista j que poderiam ser encontrados em publica es no mun
62. ngua estrangeira 20 agravada pelo fato de os materiais did ticos utilizados no contexto de ensino de cursos livres de l ngua espanhola no Brasil serem pensados para atender a um p blico amplo sem preocupa o com a l ngua materna dos aprendizes pois os materiais s o produzidos na Espanha e distribu dos a diversos pa ses Os alunos independente de sua l ngua materna t m que se adaptar ao que posto como priorit rio nos manuais did ticos e s abordagens de leitura gram tica oralidade e produ o de textos sem que se considerem as idiossincrasias inerentes s diferentes l nguas maternas Considerando a nossa experi ncia docente temos como problem tica que as atividades de leitura s o abordadas nos manuais direcionados a estudantes de n vel inicial de forma muito superficial o que limita o desenvolvimento dos aprendizes no que diz respeito ao quesito leitura j que os exerc cios que fomentam a compreens o leitora em n vel profundo e cr tico reflexivo s aparecem em n veis mais altos conforme recomenda o do Marco Comum Europeu de Refer ncia MCER Diante de tal situa o era nos urgente pensar em uma rota alternativa para que a leitura fosse trabalhada nos n veis iniciais de forma a explorar n o somente uma compreens o superficial de reconhecimento de conte do factual e sim explorar n veis de compreens o mais elevados como s o os n veis profundos e cr tico reflexi
63. ngua estrangeira pelo vi s dos g neros h bridos mais rent vel para que se alcance um n vel de compreens o cr tico reflexivo O quarto objetivo era descrever o processo interativo aluno texto professor presente nas atividades de leitura coletiva de g neros textual discursivos h bridos em que a leitura ou a interpreta o de um texto se realiza sob alguma supervis o p blica Consideramos imprescind vel que a intera o em contexto institucional seja pensada em termos de tr ade pois o professor possui um papel muito importante na supervis o do conte do final resultante da negocia o de sentido entre aluno texto professor Acreditamos ter conseguido descrever satisfatoriamente as intera es e interpret las com rigor durante a an lise dos dados As atividades que come aram a ser realizadas em uma perspectiva tutorial na qual se destacava o indiv duo com compet ncia mais avan ada o professor foram cedendo lugar para atividades conjunta colaborativas havendo mais protagonismo por parte dos alunos que come aram a se familiarizar com a nova abordagem 177 de leitura e por conseguinte a construir uma interpreta o mais exitosa e relevante dos textos O quinto e ltimo objetivo era construir uma proposta de compreens o leitora baseada no uso de g neros h bridos Parece bastante evidente que ben fico para os alunos que os textos levados sala de aula n o se restrinjam a tex
64. o o que resultou num processo ativo e consciente de integra o Foram portanto alcan ados os n veis de compreens o profunda e cr tico reflexivo nesta atividade Outra quest o que nos pareceu importante foi pedir para que os alunos relacionassem as cores presentes no texto com o grau de import ncia das informa es As cores preponderantes eram vermelha preta e branca Sobre isso os alunos se posicionaram de forma bastante interessante conforme podemos ver na tabela 40 167 Para todos pareceu evidente que a cor vermelha se associava cor do banco O que nos deixou entusiasmados foi o fato de os alunos perceberem que a cor vermelha era empregada nos bal es cuja informa o era mais relevante O branco faz parte da cor do banco e da composi o dos quadrinhos que foram colocados em branco e negro para ressaltar as informa es concernentes ao banco Para Field 2004 uma das fun es dos componentes visuais enfatizar os pontos centrais do texto bem como oferecer refor o visual para um assunto Os alunos de 2 semestre de l ngua espanhola observaram muito bem a fun o dos componentes visuais para a constru o dos sentidos do texto Para n s isso se d pela sua experi ncia leitora em l ngua materna e pela transfer ncia de procedimentos de leitura de uma l ngua para outra o que refor a um dos pressupostos assumidos por n s no que diz respeito aquisi o e aprendizagem de u
65. o expostos a exerc cios estruturais e pouco significativos dentro de um contexto n o espont neo se sintam desmotivados e progridam mais lentamente em seus estudos que aqueles que possuem mais oportunidades de compreender a l ngua de forma mais ativa por meio de uma negocia o intensa de sentido Segundo Baralo 1996 existe um n mero significativo de teorias que colocam em evid ncia de uma forma ou de outra a relev ncia da intera o para o desenvolvimento da aquisi o de uma l ngua estrangeira 33 A primeira delas a Hip tese do Input desenvolvida por Krashen 1982 O autor defende que a aquisi o aprendizagem de uma LE em contexto institucional somente ocorre se considerarmos algumas condi es quer dizer quando os aprendizes estejam expostos a uma sequ ncia compreens vel tima que seja relevante e que apresente o m nimo de dificuldade para o n vel de compet ncia Al m disso o ambiente deve ser livre de tens es e os estudantes n o adotar o uma postura passiva e defensiva No entanto o foco de aten o se dirige sobretudo ao input quer dizer quilo a que os aprendizes est o expostos A segunda teoria foi desenvolvida por Bialystok 1982 e se chama Modelo de Compet ncia Vari vel O autor afirma que a aprendizagem se produz por meio do uso de um continuum entre processos subconscientes e autom ticos e processos conscientes e anal ticos podendo os aprendizes fazer uso
66. o social da mente o desenvolvimento dos processos psicol gicos superiores Michael Cole et al Orgs Jos Cipolla Neto Lu s Silveira Menna Barreto Solange Castro Afeche Trads 7 Ed S o Paulo Martins Fontes 2007 ___ Pensamento e linguagem 4 Ed S o Paulo Martins Fontes 2008 186 AP NDICE A FICHA DE IDENTIFICA O DO PERFIL DOS PARTICIPANTES Nome Idade Pa s de origem Institui o de estudo Semestre L ngua materna Segunda l ngua Grau de estudos Profiss o Teve contato anterior com outra l ngua estrangeira al m da espanhola Qual 1 A leitura em l ngua espanhola uma pr tica constante na sua vida a Concordo plenamente b Concordo c Nem concordo nem discordo d Discordo e Discordo totalmente 2 Voc se considera um bom leitor em l ngua espanhola a Concordo plenamente b Concordo c Nem concordo nem discordo d Discordo e Discordo totalmente 3 Durante a atividade de leitura em l ngua espanhola voc sente dificuldades de compreens o leitora a Concordo plenamente b Concordo c Nem concordo nem discordo d Discordo e Discordo totalmente 187 4 Em l ngua espanhola voc consegue compreender com facilidade a maioria das palavras a Concordo plenamente b Concordo c Nem concordo nem discordo d Discordo e Discordo totalmente 5 A identifica
67. para a interpreta o de um texto na perspectiva sociocognitivista s o eles a coopera o busca da relev ncia pelos coparticipantes da enuncia o a fim de adequarem se aos discursos a abdu o m todo inferencial na qual os participantes tentam acertar o conte do do texto ou reformul lo a sele o de propriedades e as isotopias meio pelo qual as instru es durante a atividade de leitura guiam os percursos de sentido concorrentes e coocorrentes em diversos textos o texto a unidade funcional que n o somente permite a intera o como tamb m viabiliza diversas formas de representar o mundo de transform lo e de a um s tempo reconstruir se a partir dessa din mica emerg ncia dos sentidos que envolve toda esp cie de heterogeneidades enunciativas dentre elas as rela es intertextuais e interdiscursivas CAVALCANTE PINHEIRO LINS E LIMA 2010 P 228 Ao longo do estudo podemos verificar que h sim a preocupa o em se discutir a tem tica da varia o de g neros textual discursivos Contudo acreditamos tamb m que haja a necessidade de trabalhos na rea que tratem n o somente da hibridiza o como fen meno textual e discursivo mas que considere os efeitos da hibridiza o para a compet ncia leitora considerando a ativa o de estrat gias de leitura para a constru o dos sentidos do texto Como se p de perceber h muitos estudos sobre o fen meno da hibridiza o em P
68. pelo vi s da hibridiza o E de forma espec fica a estabelecer rela es entre as propostas de leitura oferecidas pelo manual did tico do curso de l ngua espanhola analisado e a proposta de leitura abordada atrav s da hibridiza o b verificar o que se pode fazer quando se utilizam g neros textual discursivos h bridos nas aulas de E LE que tipos de ajuda podem emergir quais os processos mobilizados durante a leitura como se organiza a participa o dos alunos e que g neros oferecem mais dificuldades c identificar as estrat gias de leitura ativadas durante a recep o de g neros textual discursivos h bridos em E LE respons veis pelo processo de reconhecimento do g nero e compreens o leitora d descrever o processo interativo aluno texto professor presente nas atividades de leitura coletiva de g neros textual discursivos h bridos em que a leitura ou a interpreta o de um texto se realiza sob alguma supervis o p blica e e construir uma proposta de compreens o leitora baseada no uso de g neros h bridos A nossa hip tese que a abordagem de leitura pelo vi s da hibridiza o por explorar o g nero de forma mais din mica contribui para que os alunos de n vel inicial de l ngua espanhola se tornem leitores mais proficientes tendo em vista que estariam alcan ando 23 n veis mais elevados de compreens o leitora Esta hip tese acabou por se transformar em importantes q
69. pelos indiv duos para solucionar problemas de diversas naturezas Adotamos portanto uma vis o de texto s ciocognitivo discursiva tendo em vista que o texto aqui visto como um produto social que permite m ltiplas constru es de sentido A perspectiva interacionista considera o ambiente social e suas implica es bem como a esfera social e ideol gica sem desconsiderar o acionamento dos signos lingu sticos e n o lingu sticos considerando a associa o dessas contrapartes para a constru o dos sentidos do texto importante esclarecer que a constru o dos sentidos variar de um grupo de leitores a outros esta determinada pelos par metros sociais O texto um objeto s cio comunicativo um fen meno social quer dizer n o se constitui do nada e sim como produto social que permite m ltiplas constru es de sentido Sua estrutura o e suas condi es de circula o inscrevem se no mbito dos g neros Por essa raz o os g neros textual discursivos ser o o centro da proposta de leitura abordada neste trabalho sobretudo os h bridos 53 Para Mendoza Fillola 1998 todo ato de comunica o se produz mediante um processo de intera o no qual se deve perceber a coopera o compreensiva correspondente que nos mostra o duplo intercambio que garante a efetividade comunicativa entre os interlocutores Dessa forma a leitura ato social n o poderia ocorrer sem a considera o de
70. pienso que s Ciclo 2 Profesora Y vosotros Alumna 8 Los coraziones n La chica cocinando Y Alumna 6 Una carta que es un s mbolo de no se escucha Como si fuera a escribir sobre un sentimiento tal vez hablan juntos Alumno 9 Es un mimo un presente un regalo Profesora Y vosotros Cu les cosas cre is que Alumno 10 Las mismas cosas que otros falaron risas Profesora Yo voy a empezar por aqu Luego yo voy hacer al rev s Alumno 10 Las frutas rojas que dicen pasi n Alumno 7 Corazones Los colores alegres Profesora Colores alegres Muy bien Fonte Grava o do dia udio do dia 17 02 2014 Nos estudos de Marcuschi 2008 fica claro que entre os poss veis fatores que permitem a classifica o dos g neros est o i a estrutura ii o prop sito comunicativo iii o conte do iv o papel dos interlocutores e v o contexto situacional Como evidenciamos anteriormente a inten o das sequ ncias did ticas com g neros h bridos n o configura uma mera tentativa de classifica o dos g neros textual discursivos e sim uma tentativa de verificar os efeitos dos elementos referidos por Marcurschi 2008 para a ativa o de estrat gias de leitura que permitam a compreens o do texto Dessa forma acreditamos que era oportuno que os alunos evidenciassem as caracter sticas do g nero receita presentes no texto a fim de verificar se quest es de ordem estrutural s o definitiv
71. por inicialmente com base em Maingueneau 2004 tratar de modo geral das compet ncias necess rias para compreender os g neros textual discursivos Segundo o autor um dos componentes da compet ncia comunicativa a compet ncia gen rica relacionada ao dom nio das leis do discurso e dos g neros do discurso quer dizer capacidade de produ o e interpreta o de enunciados observando as mais variadas situa es comunicativas Al m disso n o podemos nos esquecer da compet ncia lingu stica conhecimento da l ngua e da compet ncia enciclop dica conhecimento sobre o mundo Maingueneau 2004 considera a compet ncia comunicativa respons vel pelo comportamento adequado na produ o e recep o dos m ltiplos g neros do discurso ou seja pensa que a compet ncia gen rica constitutiva da nossa habilidade de comunica o em qualquer l ngua corroborando a ideia de Bakhtin 2011 1953 de que nos comunicamos n o por palavras e frases isoladas e sim por meio dos g neros do discurso As compet ncias lingu sticas enciclop dicas e gen ricas interagem entre si de modo a produzir uma interpreta o por meio da ativa o de diferentes estrat gias Se uma delas falha por exemplo a compet ncia lingu stica j que estamos tratando de uma l ngua estrangeira a compet ncia gen rica pode ser acionada para a constru o do sentido pois pelas leis do discurso podemos identificar me
72. que tenta explicar que a leitura um processo exclusivamente intelectual de processamento e tratamento de informa es Da adv m a ideia de modelos mentais na qual a compreens o alcan ada sempre quando o leitor estabelece uma representa o mental do texto coincidente com a do autor Nesta perspectiva o contato entre texto e leitor algo individual e prescinde do contexto de produ o e recep o do texto cabendo ao leitor atribuir informa o ao texto e transformar seu significado por meio de complexas opera es mentais Cornaire 1999 afirma ainda que o modelo de Gaonac h descreve a compreens o leitora em l ngua estrangeira colocando em evid ncia que o leitor submetido a uma sobrecarga cognitiva proveniente do tratamento de unidades de baixo n vel que o impede de utilizar as unidades de alto n vel para chegar ao sentido do texto As atividades did ticas dentro deste modelo estavam centradas na formula o de hip teses e na antecipa o do texto Realizam se atividades de pr leitura leitura e p s leitura No entanto n o se consideram as particularidades dos leitores e dos textos 52 H posteriormente uma teoria que tem como objetivo propor um modelo dos processos cognitivos envolvidos durante o processo de leitura Este modelo chama se interativo e re ne caracter sticas dos dois modelos anteriores que dialogam entre si para explicar que durante a leitura necess rio que s
73. que usar amos o mesmo material acrescido de atividades extra de leitura Al m disso deixamos claro que eles iriam assinar um termo de consentimento para que pud ssemos utilizar os dados obtidos durante as aulas Explicamos a eles que n o eram obrigados a participar da pesquisa e que mesmo assinando o termo poderiam desistir a qualquer momento caso desejassem O restante da aula foi dedicado revis o de alguns conte dos do primeiro semestre e realiza o de atividades sem rela o com a pesquisa No dia 12 02 2014 compareceram aula dezoito alunos Demos continuidade atividade passada na ltima aula sobre verbos irregulares e reflexivos no presente do indicativo Em seguida come amos a unidade 7 do manual Nuevo avance b sico Fizemos as atividades da se o pretexto houve uma explica o gramatical sobre o verbo gustar e outros verbos de sentimento Posteriormente houve uma atividade auditiva baseada na m sica do cantor Mano Chao me gustas t Depois disso foi solicitado aos alunos que eles fizessem em casa os exerc cios do livro referentes ao conte do gramatical estudado Os vinte e cinco minutos restantes da aula foram dedicados ao preenchimento do question rio de identifica o dos participantes que estava escrito em l ngua espanhola Entregamos o question rio e nos 130 colocamos disposi o para sanar as d vidas que apareceram logo de in cio a respeito dos termos l ngua mat
74. s o solidificados os conhecimentos e o dom nio das habilidades lingu sticas e das estrat gias de leitura consolidando os saberes pr vios ou novos Depois de termos evidenciado a teoria de aquisi o e aprendizagem da linguagem qual nos filiaremos e ter relacionado esta teoria ao ensino aprendizagem do espanhol como l ngua estrangeira cabe a n s detalharmos com mais precis o o elo entre o input escolhido os g neros textual discursivos e os aprendizes da l ngua espanhola a saber a leitura objeto de discuss o do nosso pr ximo cap tulo 44 3 A LEITURA ELO ENTRE O INPUT E OS APRENDIZES DE E LE Nos ltimos anos tem se dado bastante aten o leitura como um dos principais objetivos da educa o tendo em vista que crescente o reconhecimento desta pr tica social para o desenvolvimento do cidad o n o somente dentro de sala de aula mas sobretudo fora dela quando este se depara com textos escritos contextualizados e aut nticos que demandar o dos usu rios uma resposta ou compreens o satisfat ria para que este possa ser reconhecido como part cipe da comunidade s cio cultural Segundo Maqueo 2004 devemos relacionar a leitura n o somente aprendizagem mas ao desenvolvimento do pensamento e das capacidades cognitivas superiores tais como as reflexivas e as cr ticas j que para a autora a leitura deve ser pensada como compreens o e n o como decodifica o pois o indiv
75. s quintas das sete e trinta da manh s nove e dez o grupo C funcionava de segunda a quinta das dezessete horas s dezoito horas e o grupo D tamb m funcionava de segunda a quinta das dezessete horas s dezoito horas Entre os grupos dispon veis escolhemos o grupo A pois se tratava de um grupo em que as aulas eram geminadas e por essa raz o pod amos conciliar melhor os conte dos previstos para o semestre e as atividades de leitura com g neros h bridos propostas importante esclarecer que a pesquisadora assumir a fun o de professora durante os seis semestres de dura o do curso O primeiro contato com o grupo de 2 semestre foi muito positivo Este ocorreu no dia 10 02 2014 O grupo estava composto oficialmente por vinte e quatro alunos regularmente matriculados No entanto alguns n o estiveram presentes no primeiro dia de aula Havia alunos das mais diversas idades e forma o o que se ver mais claramente quando apresentarmos alguns dados sobre o perfil dos participantes importante dizer que n o passamos o question rio de diagn stico do perfil no primeiro dia de aula pois n o sab amos da receptividade dos alunos em colaborar com a pesquisa Dessa forma o question rio foi passado em momento posterior Explicamo lhes desde o primeiro momento quem ramos bem como os objetivos do nosso estudo Dissemos a eles que veriam os mesmos conte dos que os demais alunos do 2 semestre e
76. ssimo a experi ncia j que para ele a crian a constr i o conhecimento com base na experi ncia f sica acreditando que esta passa por est gios universais sens rio motor pr operat rio opera es concretas e opera es formais Para Scarpa 2001 a perspectiva piagetiana se op e por um lado ao modelo inatista j que a aquisi o para Piaget concebida como resultado da intera o entre o ambiente e o organismo por meio de assimila es e acomoda es que convergem para o desenvolvimento da intelig ncia em geral negando que a aquisi o seja o resultado da ativa o de um m dulo espec fico para a linguagem adotando portanto uma vis o n o modularista da linguagem Por outro lado Piaget desconsidera a vis o behaviorista pois para ele as crian as n o esperam passivamente que conhecimento de qualquer natureza seja transmitido j que estas constroem seu pr prio conhecimento Em conclus o podemos afirmar que Piaget evidenciava o papel do sujeito na constru o e desenvolvimento de seus processos psicol gicos No que concerne leitura assim como na l ngua materna na l ngua estrangeira n o cabe d vidas que o indiv duo exerce um papel ativo para a constru o do sentido do texto mas n o acreditamos que este seja determinante j que considerando a atividade de leitura em ambiente institucional h outros agentes igualmente relevantes para a constru o dos sent
77. um modelo interativo importante deixar claro que o modelo interativo n o se det m unicamente nem no texto nem no leitor apesar de Sol 1998 reconhecer a relev ncia dos esfor os do leitor em termos de ativa o de conhecimentos pr vios para o enfrentamento do texto Os constituintes do texto geram expectativas no leitor que em seus diferentes n veis servir o de input para desvendar n veis cada vez mais superiores de leitura o que faz com que o leitor utilize de forma simult nea seu conhecimento de mundo e seu conhecimento do texto para constru o de sentido Do ponto de vista do ensino as propostas baseadas nesta perspectiva ressaltam a necessidade de que os alunos aprendam a processar o texto e seus diferentes elementos assim como as estrat gias que tornar o poss veis a sua compreens o SOL 1998 p 24 De modo geral podemos afirmar que a perspectiva interacionista da leitura parte do princ pio de que para a realiza o do ato de ler o leitor deve dominar n o somente as habilidades de reconhecimento de palavras como tamb m as de manejo das mais variadas estrat gias para chegar compreens o O leitor deve ser extremamente ativo e consciente j que a leitura considerada como um constante processo de verifica o de hip teses Conforme evidenciamos anteriormente por se tratar de atividade leitora em contexto institucional achamos por bem que a intera o seja definida n
78. v rios exemplos de intertextualidade expl cita quando por exemplo evocamos os trabalhos de Koch e Elias 2006 Por outra parte a intertextualidade impl cita introduz no intertexto um trecho alheio sem nenhuma men o de fonte o que acarreta uma maior esfor o para recuper lo na mem ria exemplo disso encontramos em alus es par dias par frases etc 79 Figura 7 Ora o festa Fonte dispon vel em http sp6 fotolog com photo 54 41 112 ardiente_locura 1213665574943_f jpg acessado em 14 de mar o de 2014 A intertextualidade tipol gica denominada por Marcuschi 2008 como heterogeneidade tipol gica se refere presen a de v rios tipos dentro de um g nero textual o que Adam 2011 j assinalou em seus estudos como sequ ncias textuais quer dizer em um mesmo g nero como um conto de fadas podem atuar sequ ncias distintas como narrativas e descritivas Finalmente temos a quest o da intertextualidade intergen rica Este termo foi denominado por Marcurschi 2002 como configura o h brida e por Koch e Elias 2006 como intertextualidade interg neros ou hibridiza o Independente da terminologia todos os estudiosos defendem que este fen meno consiste na possibilidade de um g nero exercer a fun o de outro considerando os seus prop sitos comunicativos Reconhecemos evidentemente a exist ncia do fen meno em que um determinado g nero pode assumir a forma de outr
79. veis de transforma o dependendo das necessidades dos usu rios Quando h essa necessidade abre se um caminho para o g nero transgressor e para o g nero transgredido O primeiro transgressor apodera se da fun o da publicidade como exemplo tem se o testamento j o transgredido a pr pria publicidade como podemos verificar a seguir Figura 12 Os ltimos desejos da Kombi Dispon vel em http carpress uol com br noticias item48153 shl acesso em 15 09 14 1 Para Carlos Alberto de Valentim o Seu Nen que me levou para ver a Sele o Brasileira jogar mundo afora deixo minha calota autografada pelo Rei Pel 2 Para Marco Rebuli que fundou o meu f clube mais antigo de que se tem not cia ainda em atividade no Brasil deixo uma placa de bronze homenageando seu feito 3 Para Amilton e Ma ra Navas casal que se conheceu no caminho da escola dentro de mim deixo uma miniatura de Kombi Escolar puxando latinhas de rec m casados 4 Para Bob Hieronimus artista pl stico que me fez ficar famosa entre os hippies do mundo inteiro deixo um bloco especial de desenho no meu formato 5 Para Jason Rehm que mora dentro de mim com sua fam lia deixo um capacho estampado com meu rosto para ser colocado na entrada de sua casa No caso minha porta 87 6 Para Nel Villas B as em nome de seu pai o sertanista Orlando Villas B as que rodou o Brasil comigo deixo uma r plica daquele modelo fe
80. vosotros ya hab is dicho las palabras que pueden comprobar que se trata de una receta ya hab is indicado estas palabras pero con qu finalidad se escribe una receta Cu l es la finalidad de que se escriba una receta Alumno 1 Para matar la fome Profesora Para matar el hambre dijo l risas Alumna 4 Para atingir un objetivo Profesora Para facilitar una ejecuci n Qu m s Alumna 3 Para ense ar el procedimiento de hacer algo Alumna 11 Para orientar Servir de orientaci n respecto a los alimentos al plato Profesora Servir de orientaci n con respecto a los alimentos Fonte Grava o do dia udio do dia 17 02 2014 Depois de constatar que os alunos identificavam caracter sticas do g nero receita nos textos em quest o devido aos marcadores gen ricos como o l xico a sintaxe a organiza o enunciativa e os mecanismos de apresenta o material perguntamos se eles classificariam o texto como receita Poucos alunos insistiram que realmente se tratava de uma receita mas a maioria relacionou o texto a uma declara o de amor a uma forma de expressar sentimentos de amor o que evidentemente difere do prop sito de uma receita convencional Uma das alunas afirmou que se tratava de um cart o de namorados A partir da perguntamos aos alunos quais eram os elementos presentes em cart es e se estes apareciam no texto Os alunos falaram em dedicat ria em assinatura em um pequeno texto no qual h u
81. 121p SCARPA E M Aquisi o da Linguagem In MUSSALIN F BENTES A C orgs Introdu o lingu stica S o Paulo Cortez 2001 SILVEIRA Maria Inez Matoso Modelos Te ricos e estrat gias de leitura suas implica es no ensino Macei EDUFAL 2005 SOL Isabel Estrat gias de leitura 6 Ed Porto Alegre ArtMed 1998 SWALES John M Genre analysis English in academic and research settings Cambridge Cambridge University Press 1990 THIOLLENT Michel Metodologia da pesquisa a o 18 Ed S o Paulo Cortez 2011 185 TRIPP D Action research a methodological introduction Educa o e Pesquisa S o Paulo v 31 n 3 p 443 466 set dez 2005 Dispon vel em http www scielo br pdf ep v31n3 a09v31n3 pdf Acesso em 19 jan 2014 TOMLINSON B MASUHARA H A elabora o de materiais para cursos de idiomas S o Paulo Special Book Services Livraria 2005 TRIVI OS Augusto Nibaldo Silva Introdu o pesquisa em ci ncias sociais a pesquisa qualitativa em educa o S o Paulo Atlas 2011 VALL S AR NDIGA Antonio VALL S TORTOSA Consol Comprensi n lectora y estudio intervenci n psicopedag gica Valencia Promolibro 2006 VAN DIJK Tenn A KINTSCH Walter Strategies of Discouse Comprehension New Yorkr Academic Press 1983 VIGOTSKII Lev Semenovich LURIA Alexander Romanovic LEONTIEV Alex N Linguagem desenvolvimento e aprendizagem S o Paulo cone 2001 VIGOTSKI L S A forma
82. 2012 p 63 que compet ncias ou estrat gias s o portanto o requisito pr vio para a ativa o dos processos de compreens o Vall s Ar ndiga e Vall s Tortosa 2006 assinalaram quatro tipos de compreens o uma a mais que Rosenshine 1980 e S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 Os dois autores afirmam que a compreens o literal implica reconhecer e recordar os fatos conforme aparecem expressos na leitura Tal compreens o se comp e a partir de dois processos i acesso ao l xico e ii an lise estabelecimento de rela es apropriadas entre palavras compreende se a frase como unidade lingu stica e o par grafo como uma ideia geral ou unidade de compreens o global J a compreens o inferencial ou interpretativa exige uma atribui o e rela o de significados a partir das experi ncias pessoais e do conhecimento pr vio sobre o texto Est o implicados aqui os processos de i integra o infer ncia ii resumo esquemas mentais sobre macroestrutura e iii elabora o acr scimo de informa o ao texto A compreens o cr tica ou avalia o apreciativa a supera o dos dois n veis anteriores quando o leitor capaz de emitir ju zos pessoais sobre o texto Separam se os fatos das opini es e h a integra o da leitura experi ncia pr pria do leitor Por ltimo os autores falam a respeito da metacompreens o leitora que diz respeito ao conhecimento sobr
83. 84 A problem tica em torno da adequada caracteriza o dos fen menos de transforma o ou mescla de g neros n o est ainda de todo elucidada No entanto os estudos realizados por Matozzo 2008 Costa Filho 2012 Lima Neto e Ara jo 2012 e Meira 2012 lan am luz quest o sobretudo no que concerne exist ncia de diferentes tipos de mesclas gen ricas Lendo os estudos de Genette 2010 e Pi gay Gros 2010 com maior profundidade percebemos que os autores n o consideram intertextuais somente as rela es internas entre os textos Talvez este equ voco tenha se configurado no fato de se relacionar o fen meno intertextual incialmente s rela es de copresen a Ao pensarmos nas rela es de deriva o e imita o verificamos que os autores consideram tamb m como intertextuais rela es externo estruturais H outros autores ainda como Chaves 2010 por exemplo que utilizam o termo dialogismo intergen rico para referir se rela o dial gica entre dois g neros denominado GE como g nero enunciante e GE como g nero enunciado Como exemplo disso podemos mencionar uma propaganda na forma de uma carta em que o primeiro seria o GE e o segundo o GE Segundo Lazarini 2013 a diferen a com respeito proposta de Marcuschi 2002 sobre a no o de intertextualidade interg nero que a autora considera n o somente as rela es intertextuais mas tamb m as rela e
84. Acreditamos que diferente de uma pesquisa convencional os participantes dentro da pesquisa a o s o considerados como atores e n o meramente como informantes quer dizer importante al m de analisar os dados obtidos a partir da intera o aumentar o n vel de consci ncia dos participantes a respeito do problema investigado o enfrentamento com g neros h bridos por meio de atividades de leitura coletiva Grundy apud TRIPP 2005 identifica algumas modalidades diferentes de pesquisa a o que denomina como pesquisa a o t cnica na qual o pesquisador aplica alguma pr tica existente em outro ambiente colocando a em funcionamento dentro do seu contexto pesquisa a o pr tica na qual o pesquisador escolhe e projeta as mudan as com o intuito de melhorar a aprendizagem e a autoestima de seus alunos e pesquisa a o pol tica em que h o compromisso com a mudan a da cultura institucional e suas limita es o que sup e engajamento pol tico para modificar por meio do poder o sistema Dentre as modalidades de pesquisa a o supracitadas escolhemos a pesquisa a o pr tica j que h a aus ncia pelo menos nos desconhecida de a es que tratem os g neros 97 textual discursivos nas salas de aula de l ngua estrangeira considerando a hibridiza o Dessa forma a partir do reconhecimento an lise situacional das atividades de leitura presentes no material did tico bem como do p
85. Al m disso conforme coloca uma das alunas se houvesse por exemplo somente os dados do empr stimo do banco tal como no quarto bal o da hist ria em quadrinhos informa o que geralmente aparece em propagandas convencionais o foco de aten o seria primordialmente o banco No entanto ao inserir uma hist ria em quadrinhos a propaganda foca tamb m o cliente e suas necessidades e sonhos Figura 28 Propaganda Santander recortada Fonte Elaborada pela autora No que concerne ao emprego das estrat gias de leitura verificamos que o texto permitiu aos alunos ativarem uma ampla gama de estrat gias desde aquelas que atuaram para uma compreens o dos componentes locais como aquelas que atuaram para a compreens o de 171 componentes globais o uso de predi o de infer ncias e uma alta capacidade de aprecia o e r plica em rela o ao texto conforme podemos ver na tabela 43 Tabela 43 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura do texto D Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura do texto D 1 Capacidade de compreens o Texto 1 1 Ativa o de conhecimentos de mundo 21 22 23 24 e 25 1 2 Antecipa o ou predi o dos conte dos 23 1 3 Checagem de hip teses 22 23 24 e 25 1 4 Localiza o das informa es 21 22 23 24 25 1 5 Compara es entre as informa es 22 23 1 6 Generaliza es 21 e 24 1 7 Produ o de infer ncias locais 22 23
86. Alumnos S Profesora Qu cosas nos dice que es un anuncio Alumno 16 Servicios Profesora Los servicios que se presta Se est prestando un servicio Alumna 3 El tel fono Profesora Tel fono Alumna 15 La descripci n del servicio Profesora La descripci n del servicio Alumno 1 C mo se dice las letras grandes del inicio Profesora No lo s Pero bueno las letras grandes del inicio para llamar la atenci n de lo qu se est alquilando o qu se est vendiendo Luego la descripci n Qu m s Alumna 15 El tel fono Profesora El tel fono Alumna 3 El t tulo te alquilo a mi marido Profesora Muy bien Hab is tenido dificultades para entender este texto Alumnos No Profesora Ning n tipo de dificultad Alumno 16 S lo con algunas palabras Profesora La estructura no dificult vuestra compresi n Alumnos No Alumno 10 Es la misma cosa que el portugu s Fonte Grava o do dia udio do dia 21 03 2014 Finalizadas as atividades com o texto C1 foi solicitada a leitura dos textos C2 C3 e C4 Os epis dios foram os mesmos realizados durante a atividade de leitura com o texto C1 158 epis dio de leitura silenciosa epis dio de leitura e esclarecimento do vocabul rio e epis dio de interpreta o O texto C2 tinha conte do bastante parecido ao texto C1 No entanto agora n o se tratava de alugar o marido para realizar tarefas dom sticas e sim de vend lo porque este j n o
87. BREVIATURAS E SIGLAS E LE L1 L2 LE OCEM PCN PLM MCER1 Espanhol como lingual estrangeira L ngua materna Segunda l ngua L ngua estrangeira Orienta es Curriculares para o Ensino M dio Par metro Curricular Nacional Portugu s Como L ngua Materna Marco Comum Europeu de Refer ncia 1 O documento traduzido para o portugu s europeu recebe o nome de Quadro Europeu Comum de Refer ncia para as L nguas aprendizagem ensino avalia o QECR No entanto para a elabora o desta tese consultamos o documento em vers o espanhola Marco Com n Europeo de Referencia MCER Por essa raz o optamos por manter a sigla da vers o consultada a espanhola ao longo da tese SUM RIO 1 INTRODU O 19 2 TEORIAS DE AQUISI O DA LINGUAGEM IMPLICA ES NO ENSINO DE ESPANHOL COMO L NGUA ESTRANGEIRA E LE 25 2 1 Vis o sociointeracionista da aquisi o e do desenvolvimento da linguagem implica es para o ensino de E LE 32 2 2 Reflex es sobre o modelo de input compreens vel 37 2 3 O ensino de espanhol como l ngua estrangeira na perspectiva sociointeracionista 40 3 A LEITURA ELO ENTR
88. E O INPUT E OS APRENDIZES DE E LE 44 3 1 Aproxima o leitura em l ngua estrangeira 50 3 2 Os tipos de compreens o leitora e as principais dificuldades dos aprendizes 54 3 3 Condicionantes da compreens o leitora em l ngua estrangeira 58 3 4 As estrat gias de leitura em l ngua estrangeira 61 4 OS G NEROS TEXTUAL DIRCURSIVOS H BRIDOS COMO INPUT PARA A APRENDIZAGEM DE L NGUA ESTRANGEIRA 67 4 1 A transforma o de g neros textual discursivos 71 4 2 Os tipos de transforma es textuais pelo vi s da intertextualidade e de outros fen menos textuais 76 4 3 Os g neros textual discursivos h bridos como input para o desenvolvimento da pr tica social da leitura 89 5 METODOLOGIA 95 5 1 Natureza do Estudo
89. Generaliza es 15 17 18 20 1 7 Produ o de infer ncias locais 16 17 18 19 20 1 8 Produ o de infer ncias globais 16 17 18 19 20 2 Capacidades de aprecia o e r plica do leitor em rela o ao texto 2 1 Recupera o do contexto de produ o de texto 16 17 18 20 2 2 Percep o de rela es intertextuais 16 17 18 20 2 3 Percep o de rela es interdicursivas 16 18 20 2 4 Percep o de outras linguagens 16 18 20 2 5 Elabora o de aprecia o est tica e ou afetiva 16 18 20 2 6 Elabora o de aprecia es relativas a valores ticos e ou pol ticos 16 18 20 Fonte Adaptado de GOMES 2013 A atividade quatro ltima foi realizada no dia 16 04 2014 e fazia refer ncia hibridiza o do tipo propaganda carta quadrinhos Foi utilizado um nico texto que o nomearemos de D Conforme podemos perceber neste caso a diferen a do que comumente est vamos vendo h a converg ncia de tr s g neros textual discursivos diferentes Nos demais casos somente dois Contudo importante esclarecer que no caso da carta h marcadores gen ricos pertencentes a este g nero e no caso dos quadrinhos este aparece em sua totalidade servindo de andaime para a propaganda alvo principal devido a manuten o de seu prop sito comunicativo o que para Marcuschi 2008 o elemento mais representativo para uma poss vel classifica o gen rica 164
90. Language Oxford Oxford University Press 2000 LAZARINI Dalcylene Dutra O g nero publicidade e a intergenericidade pr ticas docentes e estrat gias de ensino aprendizagem de leitura na Educa o de Jovens e Adultos TESE Dalcylene Dutra Lazarini 2013 LEFFA Vilson J Metodologia do ensino de l nguas In BOHN H I VANDRESEN P T picos em ling stica aplicada O ensino de l nguas estrangeiras Florian polis Ed da UFSC 1988 p 211 236 _____ O ensino de l nguas estrangeiras no contexto nacional Contexturas APLIESP n 4 p 13 24 1999 Dispon vel em lt http www leffa pro br textos trabalhos oensle pdf gt acesso em 14 08 2014 LIMA NETO V ARA JO J C Por uma rediscuss o do conceito de intergericidade In Linguagem em Dis curso Tubar o SC v 12 n 1 p 273 297 jan abr 2012 LONG M H Second language needs analysis Cambridge University 2005 L PEZ ALONSO La lectura en lengua extranjera el caso de las lenguas rom nicas Hamburg Buske 2001 MAINGUENAU D An lise de textos de comunica o 3 Ed S o Paulo Cortez 2004 _____ Diversidade dos g neros do discurso In MACHADO Ida L cia e MELLO Renato org G neros reflex es em an lise do discurso Belo Horizonte NAD POSLIN FALE UFMG 2004 p 43 58 MANZANO D AZ M stha Estilos de aprendizaje estrategias de lectura y su relaci n con el rendimiento acad mico en la segunda lengua Tese Universidad de Granada Editorial de la U
91. M Jean Michel A lingu stica textual introdu o an lise textual dos discursos 2 Ed S o Paulo Cortez 2011 ADAM Jean Michel HEIDEMANN Ute O texto liter rio uma abordagem interdisciplinar S o Paulo Cortez 2011 ALBALADEJO Maria Dolores Garc a Marco te rico para el uso de la literatura como instrumento did ctico en la clase de E LE I Instituto Cervantes de Estambul No 7 Septiembre de 2004 dispon vel em http internet cervantes es internetcentros pdf Revista52 ReEstambul7 literatura pdf acessado em 22 02 2006 ALLIENDE F G CONDEMARIN G A leitura avalia o e desenvolvimento Trad Jos Claudio de Almeida Abreu Porto Alegre Artes M dicas 1987 ARAUJO Antonia D An lise de g nero uma abordagem alternativa para o ensino de reda o acad mica In FORTKAMP Mailice B M TOMITCH Leda M B orgs Aspectos da Ling stica aplicada Florian polis Insular 2000 p 185 200 BAKHTIN M 1953 Est tica da cria o verbal Tradu o de Paulo Bezerra 6a ed S o Paulo Martins Fontes 2011 BALDO Alessandra Protocolos verbais como recurso metodol gico In Horizontes de Lingu stica Aplicada 2011 ano 10 n 1 jan jun BARALO Marta Innatismo e interacci n en la adquisici n de una lengua extranjera LE In Actas del VII Congreso de la ASELE 1996 _____ La adquisici n del espa ol como lengua extranjera Madrid Arco Libros 2004 BIALYSTOK E On the Relationship between Knowing and Using
92. Tabela 19 Texto 5 Classifica o dos g neros A1 e A2 Texto 5 Classifica o dos g neros A1 e A2 Ciclo 1 Profesora Bueno vosotros clasificar ais este texto como una receta o qu os parece Alumno 2 Una receta Alumno 1 Una declaraci n de amor Profesora Una declaraci n de amor Alumna 3 Una tarjeta Profesora Una tarjeta Una tarjeta de amor Qu pens is Aqu en el grupo 1 Alumno 1 Una forma de decir te quiero risas Profesora Una forma de decir te quiero Entonces bueno lo que ha dicho l es muy interesante o sea cu l es la finalidad de este texto Pese a todo lo que est escrito cu l es la finalidad del texto Alumno 1 Expresar el amor Fonte Grava o do dia udio do dia 17 02 2014 O encerramento da atividade se deu de forma bastante interessante Ao compararmos um cart o tradicional ao cart o desenvolvido a partir dos elementos da receita uma das alunas chega a uma conclus o bastante interessante Para ela a inten o do autor ao demonstrar seus sentimentos por meio da receita e n o de forma convencional relaciona se ao fato de que a receita nos d uma ideia de algo preciso certo quer dizer se utilizarmos os componentes e atentarmos para a forma de preparo muito prov vel que alcancemos o resultado desejado Para aluna o autor quis relacionar a ideia da receita ideia do amor ideia de que este pode ser bem sucedido se seguirmos alguns passos importantes para q
93. a Alumno 13 Dentro del texto tiene una carta s Profesora Vamos a pensar del macro al m nimo De modo general cu l es la primera cosa que os llama la atenci n en el texto Si vosotros fuerais a clasificar digamos Este textos es un Alumnos Un anuncio Profesora Un anuncio Alumna 12 Es una mala directa Es igual para todas Alumna 14 Es un padr n Ciclo 2 Profesora Bueno qu m s Es ah vosotros dir ais de modo general que se trata de un anuncio Vosotros ten is que mirar todo el texto Alumno 1 S Profesora Los elementos que dicen esto es una carta esto es un anuncio esto es lo que sea Alumnos Comics Profesora Esto es un comics Exacto Yo quiero que vosotros me dig is para m es yo necesito sabes cu les son los elementos en el texto que son determinantes para decir eso es una carta eso es un anuncio o eso es un comics Alumna 14 Es una carta que usa de varios recursos para convencer al cliente 169 Profesora Por ejemplo Alumna 14 Como por ejemplo los comics la tarjeta roja con comics con valores el color del banco y la idea de compras De que puedes adquirir a trav s de un pr stamo como este Alumno 1 Pero tiene una cosa que tenemos que ter atenci n Por ejemplo en el topo del texto tenemos el nombre del director la fecha una saudaci n estimado cliente y en el final tenemos una asinatura Profesora Una firma Alumno 1 Una firma Entonces Alumna 12 Yo pienso que es una
94. a de arquitextualidade que se relaciona s propriedades que permitem catalogar o universo dos textos quer dizer refere se rela o entre um texto e sua categoria de g nero O fruto desta rela o o arquitexto o g nero um aspecto deste medida que pode determinar as expectativas do leitor A quinta e ltima rela o descrita por Genette 2010 aquela que ele toma por base seus estudos a hipertextualidade rela o que une um texto B hipertexto a um texto anterior A hipotexto do qual este emerge de forma a n o ser um coment rio Neste tipo de rela o um texto sempre absorvido e apagado com premedita o por outro O fruto deste tipo de rela o o hipertexto resultado de uma transforma o premeditada de um texto pr existente O autor cita a par dia como exemplo desta rela o Genette 2010 afirma que a deriva o de um texto a partir de outro texto anterior pode se dar por transforma o simples ou por transforma o indireta imita o Considera os aspectos formais e tem ticos para a constru o de um hipertexto Para o autor a transforma o relaciona se ao procedimento atrav s do qual um texto sobretudo liter rio modifica aspectos como estilo ou o pr prio g nero sem que haja 73 altera o de sentido do texto original Em contrapartida a imita o n o se relaciona transposi o de uma hist ria a tempo e espa o diferentes ou modifica o de
95. a de la forma convencional no Fonte Grava o do dia udio do dia 17 02 2014 Verificamos que os tr s n veis de compreens o superficial profundo e cr tico reflexivo foram atingidos nesta primeira atividade com g neros h bridos conforme podemos verificar na tabela 20 A capacidade de compreens o est relacionada com as estrat gias de leitura acionadas durante a atividade de leitura que permitiram que tanto a compreens o superficial como a compreens o profunda fosse alcan ada J a capacidade de aprecia o e r plica do leitor est associada compreens o em n vel cr tico reflexivo 143 Tabela 21 Capacidade de leitura textos A1 e A218 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura dos textos A1 e A2 1 Capacidade de compreens o Texto 1 1 Ativa o de conhecimentos de mundo 2 3 4 1 2 Antecipa o ou predi o dos conte dos 3 1 3 Checagem de hip teses 2 3 4 1 4 Localiza o das informa es 3 4 1 5 Compara es entre as informa es 2 6 1 6 Generaliza es 4 5 1 7 Produ o de infer ncias locais 1 3 5 1 8 Produ o de infer ncias globais 3 4 5 6 2 Capacidades de aprecia o e r plica do leitor em rela o ao texto _____ 2 1 Recupera o do contexto de produ o de texto 2 3 4 2 2 Percep o de rela es intertextuais 5 6 2 3 Percep o de rela es interdicursivas 6 2 4 Percep o de outras ling
96. a e n o escrita Dessa forma ensinar a leitura n o era ensinar a l ngua tendo em vista que havia a concep o de que a escrita era uma fotografia mal feita da fala o que hoje sabemos que se trata de uma afirma o discut vel Neste per odo h pois um enfraquecimento da leitura como elo entre os aprendizes e a l ngua estrangeira Outras premissas importantes do m todo udiolingual eram as de que a l ngua um conjunto de h bitos afirma o baseada na psicologia comportamentalista anteriormente discutida na g nese das teorias de aquisi o do conhecimento e da linguagem bem como a premissa de que era necess rio ensinar a l ngua e n o sobre a l ngua sendo a gram tica ensinada por analogia indutiva finalmente havia a premissa de que as l nguas s o diferentes sendo importante detectar as diverg ncias entre a primeira e as segundas l nguas evitando os erros que poderiam ser causados pela interfer ncia da l ngua materna princ pio defendido pela An lise Contrastiva Segundo Leffa 1988 este m todo de ensino de l nguas estrangeiras teve um rotundo xito at o in cio da d cada de 1970 No entanto come aram os questionamentos respeito ao embasamento lingu stico e psicol gico A primazia da fala perdeu lugar para uma perspectiva de l ngua que apregoava que a fala e a escrita eram formas paralelas de manifesta o sendo ambas importantes para a comunica o em l ngua estrangeira
97. a entender melhor o significado da atua o dos membros da comunidade estudada O di rio de campo tamb m uma ferramenta que permite sistematizar os dados para posterior interpreta o e an lise Recomenda se dividi lo em duas colunas a primeira para o relato das experi ncias de campo e a segunda para as an lises e as conclus es podemos considerar que no desenvolvimento da pesquisa a o os pesquisadores recorrem a m todos e t cnicas de grupo para lidar com a dimens o coletiva e interativa da investiga o e tamb m t cnicas de registro de processamento e de exposi o de resultados Em certos casos os convencionais question rios e as t cnicas de entrevista individual s o utilizados como meio de informa o complementar THIOLLENT 2011 P 33 101 Al m dos instrumentos de ordem antropol gica foram utilizados tamb m os seguintes instrumentos question rio de sele o dos participantes e aulas protocolos verbais Dados gerados Question rio de sele o dos participantes e de diagn stico inicial de leitura em l ngua espanhola ver AP NDICE A roteiro do protocolo de observa o ver AP NDICE B M todo de abordagem aos sujeitos do estudo Abordamos os participantes desse estudo em momento adequado conforme o aceite dos participantes da pesquisa Apresentamo nos como pesquisadora solicitamos permiss o do centro de estudo de l ngua espanhola e dos participantes do
98. a era expor os alunos a g neros de f cil reconhecimento em um primeiro momento os presentes no pr prio manual para depois exp los a g neros mais complexos ou elaborados Era importante que os alunos reconhecessem as caracter sticas dos g neros transgredidos e dos g neros transgressores que pudessem relacionar texto e imagem al m de que percebessem as escolhas lingu stico discursivas e textuais dentro do g nero captado e os efeitos que essas escolhas trazem para a forma de compreender o texto Baseados em Long 1985 introduzimos nas atividades de leitura g neros textual discursivos que tivessem passado por um processo de modifica o da estrutura interativa a fim de que houvesse uma negocia o de significado mais produtiva e satisfat ria importante esclarecer que as atividades decorrentes de cada texto selecionado foram adaptadas a partir do trabalho de Lazarini 2013 A sele o de textos para o segundo semestre pode ser apreciada na tabela 13 na qual podemos ver a ordem em que os g neros foram inseridos a quantidade o tipo de hibridiza o e o local em que foram inseridos Posteriormente apresentaremos o corpus e as atividades Tabela13 Sele o do corpus Texto Quantidade Tipo de hibridiza o Inser o na unidade A 2 Cart o receita ___ B 1 Carta poesia Unidade 7 C 4 Piada an ncio Unidade 8 D 1 Propaganda carta historia em quadrinhos Unidade 9 Fonte Ela
99. a leitura intensiva No entanto n o h orienta o expl cita ao professor de como fazer isso j que a maioria dos tipos de instru o leiam esse texto e depois respondam as perguntas quer dizer indicam que a leitura deve ser feita de forma linear Ou ainda instru es que sugerem uma leitura intercalada leiam esse trecho do texto e depois respondam com a ajuda do professor ou do dicion rio N o parecem atentar para uma estrutura formal mais complexa na qual haja planejamento ativa o de conhecimento pr vio leitura e avalia o intepreta o Sabe se que h a tentativa de padroniza o das atividades de um modo geral a fim de democratizar o acesso ao saber quer dizer todos independente da l ngua materna que possuam e do quanto isso possa ser um fator facilitador ou complicador da aprendizagem de l ngua estrangeira devem responder ao mesmo tipo de atividades e chegar ao mesmo tipo de compreens o Al m disso sabe se perfeitamente que se trata de uma regra de mercado a fim de atingir um maior n mero de consumidores de manuais did ticos em todo o mundo Contudo pergunto me se seguir esses par metros n o seria de algum modo limitar o potencial de desenvolvimento leitor dos alunos lus fonos de l ngua espanhola Julgamos ser necess ria uma expans o ou substitui o das atividades de leitura A adapta o de materiais envolve a modifica o de materiais existentes para que p
100. ade de g neros Para a organiza o ret rica das nossas conclus es pertinente rememorar nossos objetivos e discutirmos at que ponto eles conseguiram ser alcan ados O primeiro deles era estabelecer rela es entre as propostas de leitura oferecidas pelo manual did tico do curso de l ngua espanhola analisado e a proposta de leitura abordada atrav s da hibridiza o Ao estabelecermos rela es entre as propostas de leitura oferecidas pelo material adotado na institui o e a proposta de abordagem de leitura pelo vi s da hibridiza o verificamos que estas caminham em dire es muito diferentes j que o que priorit rio na primeira que os alunos encontrem ou se adaptem s regularidades presentes no texto enquanto a segunda trabalha com foco nas irregularidades do texto como mecanismo de reflex o da l ngua e dos g neros textual discursivos Assim sendo a segunda proposta parece ser mais ampla pois n o desconsidera os marcadores gen ricos inerentes aos g neros textuais tendo em vista que se o aprendiz consegue perceber as regularidades do texto este perceber mais facilmente os componentes respons veis pelo processo de instabiliza o pelo qual passou g nero sendo capaz de refletir sobre os efeitos dos componentes em varia o para a constru o do sentido do texto Temos pois uma rota que contempla um maior n mero de elementos o que incidir em mais processos cognitivos por pa
101. ais que uma orientadora uma verdadeira amiga Aos professores do Doutorado por terem dividido conhecimentos e por serem grande fonte de inspira o em especial M nica Magalh es Cavalcanti M rluce Coan Hebe Macedo urea Zavam e Ricardo Leite Aos professores participantes da banca examinadora Dra Ana Cristina dos Santos Dra Cleudene de Oliveira Arag o Dra M nica Magalh es Cavalcanti e Dr J lio C sar de Ara jo pelo tempo pelas valiosas colabora es e sugest es s professoras da UFMG Gl ucia Lara e Solange Gomes por terem sido as pessoas que despertaram meu interesse neste tema de pesquisa e por terem me ajudado com seus trabalhos Ao professor Rogelio Romeo Ponce de Le n da Universidade do Porto pelas reflex es cr ticas e sugest es recebidas Aos professores da Casa de Cultura Hisp nica especialmente ao professor Jimmy ao professor H lio e professora Carmen Aos alunos da Casa de Cultura Hisp nica pois sem o apoio deles a realiza o dessa pesquisa seria imposs vel Aos meus amigos de toda a vida Anaxianne e Desid rio por entenderem a minha aus ncia por torcerem por mim sempre e por valorizar as minhas vit rias como se fossem as deles pr prios Aos meus amigos da UFC Valdecy de Oliveira Pontes e Nadja Paulino Pessoa Prata por todo apoio for a e incentivo Para mim s o mais que amigos eles s o parte da minha fam lia s minhas amigas de luta de d
102. al referimo nos s atividades de leitura realizadas em sala de aula com a supervis o do professor 5 No presente estudo n o se far distin o entre os termos segunda l ngua e l ngua estrangeira pois assim como Griffin 2005 consideramos estes termos subjetivos 27 associa es entre est mulos ou entre os est mulos e as respostas provenientes destes Esta teoria tem como desafio descrever a l ngua considerando exclusivamente os dados pass veis de observa o por meio de processos indutivos o que significa dizer que a l ngua s poder ser descrita considerando o que possa ser observado diretamente a partir dos dados O behaviorismo cujo principal representante foi Skinner uma corrente te rica inserida na forma de pensar empirista O segundo macrogrupo denominado racionalismo tem em conta n o somente o que pode ser observ vel mas tamb m um conjunto de informa es internas e inatas Considerando esta forma de pensar difundem se duas correntes a inatista ou gerativista tendo em Chomsky seu m ximo representante considera que o aprendizado poderia se configurar independentemente da cogni o assim como das demais formas de aprendizado a outra corrente que considera o inatismo relaciona se s teorias cognitivistas e construtivistas cujo representante maior Piaget Para este ltimo grupo a cogni o o fator respons vel pela aquisi o n o somente da linguagem como de outras formas
103. alcante 2012 prop e o seguinte quadro no intuito de resumir os ajustes feitos por Pi gay Gros 2010 no que concerne s rela es intertextuais Figura 3 Resumo sobre as rela es intertextuais propostas por Pi gay Gros 2010 Fonte Cavalcante 2012 p 146 A partir do quadro apresentado deter nos emos mais nas rela es de deriva o rela o hipertextual para Genette 2010 pois estas transforma es est o no cerne da nossa proposta de trabalhar com textos h bridos Para o autor na par dia se d uma transforma o do texto original j no pastiche ocorre imita o de elementos mais amplos como estilo ou estrutura textual gen rica Neste primeiro momento parece acertado associar a hibridiza o imita o de Genette 2010 tendo em vista que o produtor faz uso de um modelo gen rico a partir do qual poss vel proceder produ o de um n mero ilimitado de textos No exemplo a seguir verificamos que a partir do modelo gen rico enquete se produziu um texto publicit rio quer dizer observamos que a enquete serve unicamente como moldura tendo em vista que o prop sito comunicativo n o parece ser o de verificar a opini o de um grupo de pessoas e sim promover um produto cosm tico que promete cuidar de seu p blico alvo por m valorizando os tra os caracter sticos de seus usu rios ainda que estes 75 n o estejam de acordo com os padr es de beleza estabelecidos p
104. alidade de natureza tem tica oferecemos o exemplo do cartaz do filme Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho na vers o espanhola Figura 5 Cartaz do filme Deu a louca na Chapeuzinho Vermelho em espanhol Fonte http img2 wikia nocookie net __cb20100430195406 doblaje es images 2 24 Hoodwinked jpg acessado em 03 de mar o de 2014 78 Podemos ver no exemplo um compartilhamento tem tico com a hist ria infantil Chapeuzinho Vermelho de Charles Perrault por m a intertextualidade diz respeito somente ao tema pois o filme intitulado em portugu s de Deu a louca na Chapeuzinho Vermelho com tradu o Buza Caperuza La verdadera historia na maioria dos pa ses da Am rica Latina se desenvolve de forma completamente diferente da hist ria original Na verdade trata se de outra hist ria Em rela o intertextualidade estil stica o produtor do texto dependendo do seu prop sito comunicativo repete imita ou faz uma par dia de certos estilos ou variedades lingu sticas Na figura 6 podemos visualizar a imita o do estilo de falar das pessoas nascidas em C diz na Espanha Figura 6 Piada gaditana Fonte dispon vel em http www todoele net humor ChisteCadizELE1 jpg acessado em 14 de mar o de 2014 A intertextualidade expl cita ocorre quando h men o direta fonte do intertexto o que ocorre costumeiramente em trabalhos cient ficos Ao longo deste trabalho poss vel evidenciar
105. alunos utilizam verbos e adjetivos previstos na unidade did tica Nesta atividade o aluno coloca em a o n o somente os componentes da compreens o superficial como tamb m os componentes da compreens o profunda por meio da realiza o de infer ncias dos processos de integra o entre textos e conhecimentos Figura 20 Atividade de leitura 5 do livro Nuevo Avance B sico Fonte Nuevo Avance B sico p 76 O que podemos verificar a partir da an lise das atividades de leitura que elas est o de acordo com os objetivos de leitura para aprendizes de n vel b sico do MCER j que se concentram principalmente na atividade de extra o sele o e organiza o da informa o 118 do texto em menor medida se concentram nas atividades de interpreta o relacionar a informa o do texto com o conhecimento pr vio de modo que as informa es do texto adquiram sentido e possam ser transformadas e de nenhuma forma as atividades se destinam a rever de forma cr tica o que foi lido ou examinar o modo de l lo No guia did tico existe a recomenda o de que o professor estimule a realiza o de hip teses sobre aquilo que os alunos n o entendam e que seja realizada uma leitura anal tica na qual se considerem os componentes significativos e sua fun o no texto Al m disso que haja a integra o das compet ncias orais e escritas com a atividade de leitura e finalmente que os alunos realizem um
106. alvez devido falta de familiaridade da docente com esta 174 nova sistem tica as ajudas continuam sendo em sua maioria invasivas j que h uma forte tend ncia em dar apoio f sico iniciar um racioc nio preencher lacunas propor op es aos alunos quer dizer de dar continuidade as ajudas tradicionalmente oferecidas pelo docente que s o em sua maioria limitantes e n o ajudam ao aluno a adquirir autonomia Segundo S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 o ideal que dentro de sala de aula houvesse mais espa o para ajudas do tipo regulat ria nas quais os professores pudessem se apoiar para descrever uma estrat gia propor e estimular um comportamento mais estrat gico por parte dos alunos pedindo que estes se apoiassem em seus conhecimentos pr vios Seria oportuno ainda que os professores esclarecessem e estabelecessem metas mais objetivas de leitura descrevessem ou assinalassem um problema a ser solucionado ou ainda propusessem uma meta alternativa Este se constitui ainda um desafio j que uma abordagem alternativa de ensino da leitura tal como a que propusemos exige um comportamento mais estrat gico por parte do professor pois uma nova abordagem de leitura n os ser posta em pr tica de modo realmente eficiente se vier acompanhada de um comportamento tradicional de oferecimento da resposta adequada aos alunos Contudo apesar das limita es a novidade em rela o s at
107. amente de natureza invasiva o que prejudica o desenvolvimento de um leitor mais aut nomo e anal tico Faz se necess rio seguir investigando tema t o prof cuo a fim de verificar se em n veis mais altos de profici ncia da l ngua espanhola intermedi rio e avan ado os problemas com o l xico diminuiriam ou desapareceriam fazendo com o que os alunos se concentrem mais nas transforma es advindas da hibridiza o de g neros e pudessem ler g neros da esfera liter ria ou com forte sentido de humor sem dificuldades Al m disso importante esclarecer que no recorte realizado por n s a forma o dos leitores em l ngua materna a maioria de alunos universit rios pode ter facilitado o trabalho com a abordagem de g neros h bridos No entanto uma forma o leitora inicial ou menos madura pode se ver beneficiada por este tipo de abordagem Os trabalhos aplicados foram todos realizados com adultos sejam universit rios ou alunos do EJA Contudo vale a pena investigar o potencial desta abordagem para os alunos de n vel Fundamental e M dio De posse dos dados descritos e analisados pretendemos dar um retorno para os participantes da pesquisa por meio de interven o nas aulas e para a institui o por meio de discuss es com os professores dos semestres iniciais ou por meio de palestras em evento de promo o da l ngua espanhola organizados pela Cada de Cultura Hisp nica 179 REFER NCIAS ADA
108. as em um n vel de l ngua simples Compreende instru es simples sobre aparelhos de uso frequente como por exemplo um telefone p blico A1 Compreende indica es escritas se s o breves e simples por exemplo como ir de um lugar a outro Fonte MCER 2002 p 73 tradu o da autora 15 14 A1 Es capaz de captar el sentido en material escrito informativo sencillo y en descripciones breves y sencillas sobre todo si hay apoyo visual A2 Identifica informaci n espec fica en material escrito sencillo como por ejemplo cartas cat logos y art culos breves de peri dico que describan hechos determinados 15 A1 Comprende indicaciones escritas si son breves y sencillas por ejemplo c mo ir de un lugar a otro A2 Comprende normas por ejemplo de seguridad que est n expresadas con un nivel de lengua sencillo Comprende instrucciones sencillas sobre aparatos de uso frecuente como por ejemplo un tel fono p blico 117 A didatiza o de g neros textuais mais presentes no cotidiano dos alunos fez com que surpreendentemente nos depar ssemos com g neros textuais de natureza h brida Na figura 20 percebemos a presen a de um texto h brido j que podemos perceber por conta de algumas marcas textuais a estrutura de uma p gina pessoal do site facebook No entanto o que temos a simplesmente a estrutura de um g nero eletr nico com a fun o comunicativa dos costumeiros textos de apresenta o no qual os
109. as atividades Gestos durante a leitura Realiza o de perguntas ao investigador durante a leitura do texto Realiza o de perguntas aos colegas durante a leitura do texto 189 ANEXO 1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA OS PARTICIPANTES DA PESQUISA Voc est sendo convidado a participar como volunt rio da pesquisa PR TICAS DE LEITURA TILIZADAS POR LUS FONOS19 PARA A COMPREENS O DE G NEROS TEXTUAIS H BRIDOS20 EM L NGUA ESPANHOLA realizada pela doutoranda Let cia Joaquina de Castro Rodrigues Souza e Souza aluna regular do PROGRAMA DE P S GRADUA O EM LINGU STICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR UFC sendo orientada pela Professora Doutora Ana C lia Clementino Moura Voc n o deve participar contra a sua vontade Leia atentamente as informa es abaixo e fa a qualquer pergunta que desejar para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos Este termo de consentimento entregue em duas vias para sua assinatura caso venha a concordar em participar da pesquisa uma via fica com voc e a outra fica com a pesquisadora Caso voc concorde irei lhe entregar um formul rio para a sele o dos participantes um question rio de pr leitura e um question rio de p s leitura Al m disso voc deve estar ciente de que os exerc cios de leitura sobre g neros h bridos que fizer e os textos que produzir durante o per odo de dura o da pesquisa um sem
110. as caracter sticas gen ricas est o presentes no texto Por aten o carta e Voc acredita que se trata de uma carta ou de um poema Figura 23 Texto C1 Aluguel de marido Fonte dispon vel em http lh3 ggpht com _oR0vfeatzqQ SwhW0tE0RlI AAAAAAAADS0 gsOCNRVGfUU s400 P1010492 JPG 125 Figura 24 Texto C2 Venda de marido Fonte dispon vel em http 4 bp blogspot com CwEEQgWoS7I UOgezpru6fI AAAAAAAACLk 4aZzomtZuaI s400 424407_230483247038235_796631909_n jpg Figura 25 Texto C3 Troco lindo cachorro Doberman por m o ortop dica Fonte dispon vel em http misfras es i102709 126 Figura 26 Texto C4 Funer ria L pez Fonte dispon vel em http cdn slidesharecdn com ss_thumbnails anuncios 1215625919812034 8 thumbnail 4 jpg cb 1215618727 Descri o da atividade Dura o 2 aulas geminadas Material Texto piada e x rox para os grupos de alunos G nero captado an ncio Objetivos Ao final da atividade o aluno dever 1 Identificar a constru o composicional do an ncio 2 Observar que o g nero piada foi constru do por meio do g nero an ncio e que elementos presentes no an ncio aparecem na piada 3 Reconhecer que a piada embora esteja na forma de um an ncio manteve sua fun o comunicativa 4 Avaliar que ao se tomarem emprestados a constru o composicional e o estilo verbal de um an ncio constr i se uma interessante estrat gia discursiva Pr atividade 1 Realiza
111. as devido ao seu perfil estudantes de n vel superior em sua maioria fariam por outro lado um maior uso de suas compet ncias gen ricas e enciclop dicas como forma de compensa o da aus ncia de dom nio lingu stico o que faria com que estivessem mais atentos s caracter sticas do texto aos elementos textuais e aos elementos transtextuais para a constru o do sentido e para a realiza o de uma compreens o profunda e cr tico reflexivo o que pouco explorado tratando se de leitura em n veis iniciais A amostra foi constitu da por um grupo de participantes de n vel iniciante sem conhecimento pr vio da l ngua espanhola ou pouco estruturado Fizemos uso de amostragem as an lises foram feitas a partir de um n mero menor de alunos por m representativo da popula o Seria invi vel fazermos uma an lise das atividades interativas de leitura de todos os alunos dos grupos de segundo semestre pois a professora pesquisadora teria que assumir o ensino concomitante de todos os grupos o que em se tratando de uma pesquisa a o seria exaustivo Dessa forma selecionamos de forma aleat ria um grupo de segundo semestre A desvantagem que a conscientiza o entre os indiv duos da amostra provavelmente n o incida sobre os demais membros da popula o o que s poder ser feito com a divulga o final da pesquisa 100 5 3 2 Crit rios de inclus o Para o desenvolvimento do presen
112. as para a constru o do sentido do texto 139 Os alunos conseguem identificar sem nenhuma dificuldade as caracter sticas de uma receita do ponto de vista estrutural assim como alguns elementos lexicais pr prios da receita como o uso do verbo no imperativo Tabela 17 Texto 3 Caracter sticas do g nero receita presentes no texto A1 e A2 Texto 3 Caracter sticas do g nero receita presentes no texto A1 e A2 Ciclo 1 Profesora Ahora voy a empezar por vosotros vale Cu les son las caracter sticas del g nero receta presentes en el texto Alumno 10 La divisi n entre los ingredientes y lo procedimiento Alumno 7 Las medidas de cosas que t tienes que poner Profesora Vale M s cosas Vosotros cu les son las caracter sticas del g nero receta que est n ah Alumno 9 Vemos los ingredientes vemos procedimientos vemos verbos en imperativos y tambi n observaciones Profesora La nota Alumna 8 S la nota Alumna 4 El paso a paso la ordenaci n de los ingredientes eh el procedimiento la nota el seguir el seguimiento del paso a paso Para m yo pienso que es la caracter stica principal de una receta Seguir el paso a paso Profesora Muy bien Alguien m s No Aqu Alumna 6 En algunas recetas hay tambi n la imagen del plato preparado y en la segunda receta hay los bunequi os preparando la receta y el bunequi o no se entiende Profesora Aqu Vosotros Alumno 1 Algunas palabras t
113. as possibilidades de persuas o objeto maior da arte ret rica De acordo com Bonini 2002 depois da vis o cl ssica uma das mais importantes contribui es para o estudo dos g neros surgiu somente no s culo XX e foi dada por Bakhtin 1953 que apresenta uma inova o em rela o concep o aristot lica j que considera aspectos da intera o e as condi es s cio hist ricas de produ o da linguagem Para o fil sofo russo o conhecimento da l ngua n o se constr i tendo como base palavras e frases em sua estrutura isolada e sim por meio de enuncia es concretas que chegam at n s atrav s da comunica o discursiva que estabelecemos com as pessoas que est o ao nosso redor Isso significa segundo o autor que as formas da l ngua ser o assimiladas nas formas das enuncia es que por sua vez manifestam se em formas t picas de enunciados denominados g neros do discurso Assim acreditamos que adquirir e ou aprender uma l ngua materna ou estrangeira tamb m implica na aquisi o e na aprendizagem dos g neros discursivos orais e escritos j que nos comunicamos por meio da materializa o da linguagem em g neros do discurso Para Adam e Heidmann 2011 p 18 as l nguas e os g neros s o indissoci veis na manifesta o textual e discursiva da linguagem No entanto n o se pode afirmar mesmo hoje depois de s culos de indaga es que exista um posicionamento satisfa
114. borada pela autora 121 Figura 21 Texto A 1 Receita de amor da Belle carte Fonte dispon vel em http www labellecarte com la_belle_blog 2012 03 08 expresa tus sentimientos con tarjetas virtuales san valentin todo el ano Figura 22 Texto A 2 Sabe qual a receita do amor Fonte dispon vel em http c138237 r37 cf1 rackcdn com 4584_img_esp jpg 122 Descri o da atividade Dura o 2 aulas geminadas Material Cart es para o dia de S o Valentim fotoc pia para cada aluno G nero captado receita Objetivos Ao final da atividade o aluno dever 1 Identificar a constru o composicional da receita ingredientes e modo de preparo 2 Observar que o g nero cart o foi constru do por meio do g nero receita e que os votos que costumam ser desejados em um cart o foram dilu dos e destacados na pr pria receita 3 Reconhecer que o cart o embora com copresen a do g nero receita manteve sua fun o comunicativa de expressar ou ressaltar os sentimentos 4 Avaliar que ao se tomarem emprestados a constru o composicional e o estilo verbal de uma receita constr i se uma interessante estrat gia discursiva Pr atividade 1 Discuss o em torno das poss veis manifesta es de amor P s atividade 1 Discuss o em torno ao dia de S o Valentim e as diferen as culturais entre a celebra o desse dia no Brasil e nos demais pa ses hispano americanos e na Espanha ANEXO 3 S ntese das atividades 1 Ent
115. carta Alumna 14 Es una carta de uso para divulgar los servicios del banco Alumno 1 Una mezcla Mezcla Una mezcla de g neros Profesora Y cu les son los g neros que est n ah Alumnos Carta comics y anuncio Ciclo 3 Profesora Si vosotros pudierais poner una jerarquizaci n cu l es el Del g nero m s importante al menos importante Alumnos Anuncio Profesora Anuncio Despu s Alumnos Carta Profesora Carta Y Alumnos Comics Fonte Grava o do dia udio do dia 16 04 2014 Ao serem perguntados sobre a capacidade persuasiva do texto os alunos reconheceram que a composi o do texto o torna extremamente persuasivo tendo em vista que a hist ria em quadrinhos dentro da configura o da propaganda serve para que o p blico alvo reflita sobre sua hist ria e suas necessidades fazendo o pensar mais fortemente se o empr stimo pessoal seria a melhor sa da conforme podemos ver na tabela 42 Tabela 42 Texto 25 Elementos persuasivos no texto D Texto 25 Elementos persuasivos no texto D Ciclo 1 Profesora Consideras que el texto es persuasivo Alumnos S totalmente Alumnos No Profesora Vosotros vais a decir s por qu y no por qu Por ejemplo Convence a vosotros Es un texto que Porque ha convencido al personaje de la historia Alumna 14 Si usted est necesitando de dinero y recibe una carta de esa entonces Alumna 3 Es como si fuese muy f cil Alumno 13 Pero vas a
116. cionalmente se considera do tipo IRE Iniciation Response Evaluation 8 Al m desse com o passar do tempo verificaram se outras duas possibilidades de intera o a IRF Indaga o Resposta Feedback na qual o aluno elaborar uma resposta e n o somente acionar algo memorizado a exemplo do primeiro percurso o controle continua nas m os do professor Podemos mencionar ainda o que autores como Wells apud S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 caracterizam outras formas de intera o como padr es sim tricos nos quais o aluno d in cio intera o I e participa ativamente no processo de confirma o Neste caso o controle da intera o mais dividido entre professor e alunos ou por vezes o aluno pode ter o controle ainda que parcial da intera o Quando pensamos em como se organiza a intera o conforme vimos anteriormente temos que pensar no papel exercido pelos interlocutores da a o interativa temos que desvendar um determinado padr o comunicativo que organiza a intera o em segmentos com os quais vamos operar Podemos ter ent o uma estrutura monol gica quando s o professor interv m uma estrutura do tipo IRE uma estrutura do tipo IRF e estruturas do tipo dial gica ou sim trica 8 Indaga o Resposta Avalia o 104 J na dimens o o qu podemos avaliar a qualidade do que foi produzido na interpreta o por meio da identifica o das ideias o
117. co unidades 7 a 12 O livro corresponde aos n veis A1 e A2 do MCER e se divide em duas partes a primeira com nove unidades e tr s revis es e a segunda com oito unidades e duas revis es No final do livro podemos encontrar um modelo de exame DELE10 n vel A2 do Instituto Cervantes Dentro do documento do MCER podemos verificar a exist ncia de tr s macron veis A B e C que correspondem ao usu rio b sico da l ngua ao usu rio competente e ao usu rio independente Esses tr s n veis se subdividem em dois cada um A1 A2 B1 B2 C1 e C2 conforme podemos observar na figura 15 Esses n veis servir o de refer ncia j que o temos como par metro para o ensino do espanhol em cursos livres no Brasil 9 Marco Comum Europeu de Refer ncia proporciona uma base comum para a elabora o de programas de l nguas orienta es curriculares provas manuais etc em toda Europa 10 Diploma de Espanhol como L ngua Estrangeira 109 Figura 15 N veis de compet ncia lingu stica outorgados pelo MCER Fonte MCER 2002 p 25 Os professores da Casa de Cultura decidiram dividir o manual did tico em tr s partes ao inv s das duas recomendadas pelas autoras do livro Dessa forma as unidades de 0 a 6 est o dedicadas ao primeiro semestre as unidade de 7 a 12 ao segundo semestre e as unidades de 13 a 17 ao terceiro semestre Trata se somente de uma decis o de natureza metodol gica a fim de atender s neces
118. co da intera o ou a dimens o o qu 2 Permite nos ponderar o papel dos alunos e o do professor ao gerar cada uma dessas ideias que s o aceitas isto a dimens o quem 3 E talvez o mais importante um ciclo responde a uma estrutura conversacional natural um movimento de inicia o um segundo movimento de rea o e um final de encerramento Uma estrutura tripartite que no entanto pode ser desenvolvida de m ltiplas formas IRE IRF e dial gica ou sim trica e cujo estudo faz parte da dimens o como S NCHEZ MIGUEL GARC A P REZ E ROSALES PARDO 2011 P 119 Os ciclos fazem parte de um segmento mais amplo de an lise denominado epis dios Por exemplo um epis dio de avalia o pode ter v rios ciclos At ent o mencionamos duas unidades de an lise ciclos e epis dios que est o em uma rela o hier rquica No nosso estudo podemos afirmar que a leitura coletiva constitui uma sequ ncia de epis dios quer dizer tem se pelo menos dois epis dios o de leitura em voz alta e o de avalia o S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 p 121 afirmam que os ciclos formam epis dios e os epis dios formam ATAs por sua vez comp em o que chamado usualmente de li es ou sess es As ATAs s o as atividades t picas de sala de aula que se repetem regularmente ao longo das Unidades Did ticas 105 A fim de que possamos deixar mais claras as poss veis unidades de an lise de uma in
119. com respeito faixa et ria em sua maioria os participantes t m curso superior incompleto por m contamos com dois participantes com p s gradua o e dois participantes com Ensino M dio Fizemos aos alunos algumas perguntas sobre sua rela o com a leitura em l ngua espanhola perguntando lhes em que medida eles est o de acordo ou em desacordo com algumas declara es sobre a sua pr tica leitora 17 Nos grupos 1 2 e 5 h um nico participante que nunca teve contato com outra l ngua estrangeira al m do espanhol quer dizer h 3 participantes de diferentes faixas et rias que nunca tiveram contato institucional com outra l ngua estrangeira que n o fosse a espanhola 131 A primeira assertiva pretendia verificar o grau de acordo ou desacordo sobre o h bito de leitura em l ngua espanhola Conforme podemos verificar no gr fico 1 os dados revelaram que a maior parte dos participantes concorda que a leitura em l ngua espanhola uma pr tica constante seguida daqueles que se mantiveram neutros assertiva Gr fico 1 Pr tica constante de leitura em l ngua espanhola Fonte Elaborado pela autora A resposta obtida no gr fico 1 fica ainda mais clara quando a comparamos com a resposta dada ao questionamento sobre as circunst ncias em que costumam ler em l ngua espanhola pois por se tratar de um p blico de vida acad mica em sua maioria muitos deles procuram ler peri dicos de suas reas de a
120. con que el rojo tiene relaci n con quien tiene poco dinero quien est en el vermelho y tambi n para el color del banco 168 Alumna 12 Son los colores del banco Alumna 6 Las partes m s importantes del anuncio surgen en vermelho Alumnos Rojo Alumna 6 Para solicitar el pr stamo el nombre del banco Ciclo 4 Profesora Vosotros Alumno 17 El rojo es la color del banco como podemos ver en el t tulo y los comics tiene que ser blanco y negro porque destaca el color rojo Fonte Grava o do dia udio do dia 16 04 2014 Corroborando a ideia defendida por Adam e Heideman 2011 da abertura de um texto para muitos outros textos ou melhor dito das for as que permitem a abertura de um texto para a incorpora o de muitos g neros os alunos foram conscientes disso e reconheceram que o texto D era composto por tr s g neros textuais distintos que exerciam pap is distintos para a constru o do sentido Reconheceram a presen a da carta a partir de seus elementos constitutivos como remetente data sauda o e despedida que compuseram a estrutura do texto assim como reconheceram a presen a de uma hist ria em quadrinhos e da propaganda Tabela 41 Texto 24 G neros textuais presentes no texto D Texto 24 G neros textuais presentes no texto D Ciclo 1 Profesora A ver ah yo empiezo por aqu Cu les son los g neros textuales presentes en el texto Alumna 3 Anuncio publicitario Alumno 1 Es una cart
121. configura considerando a recep o e o entendimento de um enunciado que se faz territ rio comum entre o enunciador e o enunciat rio o que produz um movimento dial gico 77 Os pesquisadores brasileiros mais atuantes na rea de Lingu stica Textual incorporaram em seus estudos sobre a intertextualidade grande parte das discuss es inciadas por Kristeva Genette e Piegay Gr s salvo pequenas altera es sobretudo terminol gicas Koch e Elias 2006 assim como Koch Bentes e Cavalcante 2007 consideram que a intertextualidade pode ser concebida em um sentido stricto que tem rela o com a presen a de um intertexto compartilhado pela mem ria social em um novo texto Mas pode tamb m ser concebida num sentido lato que n o se mostra de forma aparente quer dizer suficiente a exist ncia de uma remiss o discursiva a outras vozes do texto mesmo que seja de forma indireta Isso significa dizer que neste ltimo sentido o intertexto concebido como um componente textual natural Na presente discuss o interessar nos emos pela intertextualidade stricto sensu pois segundo Koch Bentes e Cavalcante 2007 esta pode ser subdividida em i intertextualidade tem tica ii intertextualidade estil stica iii intertextualidade expl cita iv intertextualidade impl cita v intertextualidade tipol gica e vi intertextualidade intergen rica Para tentar explicar o que poderia ser a intertextu
122. cos O ltimo elemento pertencente ao grupo das vari veis subjetivas a mem ria de trabalho respons vel pela reten o das informa es e pela rela o entre informa es pr vias e novas Este elemento n o ser priorizado dentro dos nossos estudos Finalmente temos o grupo referente s vari veis de atividade quer dizer a considera o das demandas e dos n veis de dificuldade advindas da tarefa que vai ser realizada do tipo de texto e dos objetivos que devem ser alcan ados Relaciona se pois s demandas cognitivas s especificidades dos textos diferencia o entre as v rias metas demandas ao leitor respeito leitura acad mica e leitura livre Estes elementos podem dificultar ou facilitar a compreens o leitora em l ngua estrangeira e devem em sua maioria ser considerados durante a realiza o da pr tica social de leitura em ambiente institucional Entre as vari veis contextuais destacamos como vari veis importantes para o nosso estudo as caracter sticas do texto e as rela es que se estabelecem entre os membros da intera o tendo em vista que as caracter sticas do texto d o pistas aos alunos no que diz respeito as suas regularidades e aos seus aspectos de inova o J as rela es entre os membros do grupo analisado servir o para indicar e descrever como se configura a intera o entre eles No que concerne s vari veis subjetivas guardam especial import ncia o
123. d cio de que as atividades de leitura do manual n o s o desafiadoras para os lus fonos e que em sua maioria n o v o al m do trabalho com o primeiro n vel de compreens o o superficial 134 Gr fico 4 Aus ncia de dificuldades na realiza o das atividades de leitura do manual did tico Fonte Elaborado pela autora A ltima quest o de sondagem era aberta Referia se aos g neros textuais que os participantes costumavam ler e em que circunst ncias costumavam faz lo Verificamos que os g neros mencionados sempre estavam diretamente ligados s circunst ncias de leitura por exemplo apareceram as leituras graduadas adapta es de obras liter rias ou leituras produzidas com a finalidade de ensinar a l ngua espanhola explica es gramaticais e pequenos contos como leitura institucional solicitada pelos professores de l ngua espanhola g neros mais acad micos como artigos cient ficos livros de reas espec ficas como direito e computa o peri dicos e reportagens devido a uma demanda acad mica tendo em vista o grau de letramento dos participantes e a inclus o em mbito universit rio Finalmente aparecem os g neros letra de m sica hist rias em quadrinhos receitas not cias an ncios f bulas poemas e romances por uma demanda pessoal ligada frui o e busca por mais contato com a l ngua espanhola Depois desta sondagem inicial daremos in cio an lise das atividad
124. dade t pica de sala de aula ATA Leitura dos textos C1 a C4 163 Tabela 38 Texto 21 Assunto do texto D 164 Tabela 39 Texto 22 Aprofundamento do assunto do texto D 165 Tabela 40 Texto 23 Rela o entre as cores e as informa es do texto D 167 Tabela 41 Texto 24 G neros textuais presentes no texto D 168 Tabela 42 Texto 25 Elementos persuasivos no texto D 169 Tabela 43 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura do texto D 171 LISTA DE GR FICOS Gr fico 1 Pr tica constante de leitura em l ngua espanhola 131 Gr fico 2 Compreens o das palavras em l ngua espanhola 132 Gr fico 3 Identifica o da ideia principal nos textos em l ngua espanhola 133 Gr fico 4 Aus ncia de dificuldades na realiza o das atividades de leitura do manual did tico 134 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Rela es hipertextuais 73 LISTA DE A
125. de intercambiar mensajes postales de amor sms picantes emails e incluso alg n que otro fetichista sigue escribiendo cartas de amor a su pareja El comercio la oferta tur stica culinaria y er tica nos ha llevado a consumir un d a de capricho con fecha 14 de febrero Encontramos montones de regalos originales fabricados exclusivamente para ese d a Lencer a femenina sexy en rojo y con corazones por todas partes bombones con ingredientes afrodisiacos recetas er ticas postales virtuales de amor restaurantes rom nticos con un Especial San Valent n en la carta incluso hoteles que te invitan a champagne con fresas en tu habitaci n para celebrarlo por todo lo alto Disponible en http www cosmohispano com amor y sexo pareja articulo por que se celebra san valentin 194 ANEXO 4 195 ANEXO 5 196 ANEXO 6 197 ANEXO 7
126. de aprendizado Teceremos sucintamente algumas considera es com respeito teoria behaviorista de Skinner teoria gerativista de Chomsky e teoria conexionista de Plunkett esta ltima uma alternativa ideia geral apregoada nos macrogrupos apresentados a fim de verificarmos seus principais postulados Segundo Rossa 2004 o behaviorismo pode ser chamado tamb m de comportamentismo ou paradigma neuronial Relaciona se preven o ou ao controle do comportamento verbal tendo em conta a observa o e a manipula o do ambiente f sico do falante o que significa dizer que a principal tese sustentada por Skinner defende a import ncia dos fatores externos como determinantes para compreendermos a complexidade existente no comportamento verbal Para os behavioristas a linguagem o resultado decorrente do est mulo e se este for o correto ser poss vel prever a resposta A equa o representativa dessa ideia portanto EA est mulo adequado RA resposta adequada R refor o O aprendizado da l ngua para esta teoria estaria relacionado cria o de um conjunto de h bitos No caso da l ngua estrangeira haveria que se criar h bitos novos dissociados dos h bitos criados durante a aquisi o da l ngua materna para poder aceder ao novo conhecimento lingu stico considerando se portanto a transfer ncia dos h bitos em l ngua materna para os h bitos em l ngua estrangeira como algo ne
127. de entendermos e respeitarmos a cultura e a l ngua do outro a fim de que possamos entender a nossa pr pria e a n s mesmos de forma mais aprofundada Para n s o princ pio interativo a ideia norteadora do processo de ensino aprendizagem j que somente na intera o com o outro que somos capazes de nos entendermos como somos e chegarmos a refletir com clareza sobre os nossos discursos Os PCN considerando o princ pio da transversalidade defendem que o ensino das l nguas estrangeiras em mbito escolar deve ser realizado com base em uma abordagem s cio interacionista Valoriza se sobretudo uma abordagem que se centre na intera o do aprendiz incorporando aspectos de natureza sociocultural por meio da habilidade de leitura os Par metros n o chegam a propor uma metodologia espec fica de ensino de l nguas mas sugerem uma abordagem sociointeracional com nfase no desenvolvimento da leitura justificada segundo seus autores pelas necessidades do aluno e as condi es de aprendizagem LEFFA 1999 P 16 Ao longo do documento internacional Marco Comum Europeu de Refer ncia para as L nguas MCER que incide diretamente sobre os materiais de l ngua espanhola adotados no Brasil a palavra intera o parece ser a chave para o processo de ensino aprendizagem das l nguas estrangeiras j que salientam o grande impacto que exercem as intera es e os contextos em que estas se desenvolvem com
128. de mesclas gen ricas distintas a mescla por intergenericidade protot pica caracterizada pela fus o de tra os de pelo menos dois g neros o que equivaleria aos conceitos de intertextualidade interg neros de Koch e Elias 1996 Koch Bentes e Cavalcante 2007 e Marcuschi 2008 nos quais um g nero assume a forma de outro sem perder o seu prop sito comunicativo Exemplo c lebre o do site desciclop dia onde podemos ver a estrutura de um curr culo com o prop sito comunicativo de uma piada quer dizer trata se de uma piada 82 Figura 10 Curriculum vitae de Luiz In cio Lula da Silva pela desciclop dia Fonte Lima Neto e Ara jo 2012 p 279 No entanto para os autores considerar somente esses elementos para caracterizar as misturas que acontecem entre os g neros acarretaria uma limita o muito grande dos fen menos de mescla Assim sendo os autores prop em ainda a mescla por g neros casualmente ocorrentes constitu da por g neros que n o necessariamente se fundem mas que coexistem numa rela o simbi tica voltada para um prop sito comunicativo comum utilizada para complementar a informa o Pelo que podemos entender trata se de um g nero dentro de outro como acontece por exemplo com a presen a do g nero receita dentro do romance Como agua para chocolate da mexicana Laura Esquivel Neste caso o papel da receita auxiliar no entendimento do romance g nero principal
129. de um ou de outro de acordo com o tipo de atividade que estejam executando ou seja se as intera es permitem um maior ou um menor tempo de planejamento ativar se um processo mais autom tico ou mais anal tico Contudo a ativa o de um processo ou de outro se dar dentro de um contexto interativo A terceira teoria foi criada por Long 1983 e denomina se Hip tese da Intera o Esta hip tese considera as caracter sticas do input e do output para o desenvolvimento da l ngua meta O requisito primordial que deve cumprir o input ser compreens vel o que pode dar se de tr s maneiras por meio da simplifica o das estruturas ou por meio do uso de vocabul rio familiar por meio do uso contextualizado e por meio da modifica o da estrutura interativa da conversa o O autor defende que ao interagir e negociar o significado com os demais participantes evitam se problemas na conversa o e se solucionam poss veis problemas de entendimento O importante desta teoria o comportamento ativo dos aprendizes que n o se limita a simplesmente receberem o input mas considera primordial interagir e negociar os tipos de dados que recebem a fim de que possam avan ar no processo de desenvolvimento da interl ngua Ellis 1988 vai na mesma dire o quando afirma que a aquisi o progride e se torna mais r pida quando o aprendiz tem oportunidades de negociar significados em um discurso espont neo A
130. dez 2010 denomina como vari veis subjetivas relacionadas ao conhecimento pr vio dos alunos no que concerne ao conhecimento da estrutura do texto e ao reconhecimento dos g neros do discurso O que se tratando de um g nero convencional como uma carta pessoal facilmente ativada sendo as dificuldades de compreens o significativamente reduzidas Depois disso entregamos aos alunos o texto B e pedimos que realizassem uma leitura silenciosa o que durou 4 min Em seguida realizamos a leitura coletiva do texto Todos se mostraram bastante vontade e envolvidos pela leitura A motiva o segundo Gonz lez Fern ndez 2010 um componente das vari veis subjetivas e desempenha uma fun o muito importante que pode ser de natureza intr nseca ou extr nseca que se orientar a metas gerais ao interesse e efici ncia da aprendizagem Quanto perguntados sobre o grau de dificuldade do texto os alunos se mostraram bastante divididos alguns acharam que se tratava de um texto f cil de ser compreendido e outros acharam o texto muito dif cil Ao avan armos na atividade verificamos que havia algumas dificuldades sobre o vocabul rio e a estrutura Tabela 23 Texto 8 Leitura e esclarecimento de vocabul rio texto B Texto 8 Leitura e esclarecimento de vocabul rio texto B Profesora Con respecto al vocabulario vamos ah poquito a poco Qu os parece dif cil de ah Alumno 9 Lunfardo Profesora Vamos po
131. director del banco Santander ten a que siempre estar haciendo estas correspondencias para los clientes para hacer para cumplir las metas del banco Alumno 1 Yo creo que es una propuesta de un comercial Alumno 9 Yo pienso que Santander aparece en la publicaci n como la salvaci n de los sue os del individuo del hombre Es la salvaci n de sue os del hombre Ciclo 2 Profesora y ese es el asunto Alumno 9 S Santander aparece como super heroe Alumna 14 El banco es mismo el super heroe Profesora Super h roe Alguien m s quiere hablar m s acerca del asunto Alumna 6 Yo creo que es una proposta propuesta de servicio que se utiliza de una historia que aconteceu para que el lector se identifique y contrate el servicio Alumna14 Para convencer el lector Alumno 1 Pr stamo personal Alumno 17 Independiente del hombre podr a ser cualquier otra persona otra historia y el asunto ser a el mismo asunto siempre el pr stamo personal Alumna 14 Comprar el coche y cambiar la cocina s lo son dos ejemplos de lo que se puede hacer al conseguir el pr stamo Alumna 12 Yo quiero casar Alumnos S Alumna 12 Yo quiero comprar una hacienda Alumno 9 Santander neles Profesora Bueno excelente Muy bien Fonte Grava o do dia udio do dia 16 04 2014 Os alunos conseguiram alcan ar um alto n vel de compreens o do texto tendo em vista a realiza o de uma leitura cr tica e a an lise de diferentes tipos de informa
132. do conhecimento nas sociedades atuais Dominar esta pr tica social fundamental em todas as etapas do sistema educativo quer seja em l ngua materna ou estrangeira O conceito de leitura se relacionar s diferentes aproxima es que se faz a ela podendo ser pensada a partir da ideia de que a leitura pode ser descrita em termos de processo pelo qual passamos de s ries gr ficas a palavras faladas sendo a leitura entendida como extra o do significado tanto expl cito como impl cito de um texto escrito Para Maqueo 2004 s o muitas as vozes que nas ltimas cinco d cadas defenderam a leitura como um processo por meio do qual o leitor constr i o significado enquanto interage com o texto Cita em seus trabalhos a import ncia de Frank Smith e Cooper para a defesa da leitura como processo j que estes autores defendiam a ideia de que a leitura se produzia por meio da intera o entre o leitor e o texto na intera o entre as ideias novas e as antigas para a constru o do significado A autora menciona ainda a import ncia de Goodman e de Van Dijk e Kintsh como apoiadores da ideia de leitura como processo 51 evidenciando as contribui es destes para a considera o da import ncia dos microprocessos processos de baixo n vel e dos macroprocessos processos de alto n vel para que se chegue compreens o do texto Faremos uma vez mais um percurso hist rico a fim de entender as diferentes
133. do dom nio de leitura que veremos mais adiante interessante notar que no que diz respeito ao trabalho com a leitura somente a partir da unidade 13 portanto no terceiro semestre h uma indica o de pr leitura com a se o antes de leer o que de acordo com Gelabert Bueso e Ben tez 2002 deveria aparecer em todas as atividades de leitura que devem seguir a seguinte estrutura i pr leitura ativa o e promo o do conhecimento pr vio leitura e p s leitura verifica o do entendimento do conte do do texto No guia did tico as autoras prop em que haja uma etapa de pr leitura na qual os estudantes extraiam os dados relevantes do texto e conhe am previamente do que este vai 112 tratar Contudo as instru es presentes nas atividades de leitura quase nunca estimulam que haja esta prepara o De acordo com o MCER as atividades de compreens o leitora devem ter uma escala que se divide em cinco partes compreens o leitora em geral ler correspond ncia ler para se orientar ler em busca de informa o e argumentos e ler instru es Dentro dessa escala h o que o aluno dependendo do n vel de l ngua A1 C2 deve ser capaz de fazer A partir desse momento nos deteremos no tipo de rela o que os alunos de n vel b sico devem ter com a leitura segundo o MCER Para a compreens o leitora em geral o MCER indica que o aluno deve ser capaz das seguintes a es Tabela 8 C
134. do necess ria para explicar tanto fen menos cognitivos quanto culturais KOCH 2009 p 30 Ao considerarmos o papel dos processos cognitivos que acontecem na sociedade verificamos que a cria o dos g neros sofre diretamente o impacto das transforma es sociais 71 que s o refletidas nas transforma es dos g neros textual discursivos que discutiremos a seguir 4 1 A transforma o de g neros textual discursivos Segundo Adam e Heidemann 2011 os g neros textual discursivos assim como as l nguas experimentam momentos de tens o entre dois elementos que ao mesmo tempo se complementam e se contradizem a repeti o e a varia o A textualidade estaria relacionada a uma for a de natureza centr peta garantidora da unidade e singularidade de dado texto j a transtextualidade se relacionaria com as for as de natureza centr fuga que permitiriam a abertura de qualquer texto para muitos outros textos O conceito de textualidade lingu stica foi definido por Maria Helena Mira Mateus et alii 1983 2013 p 134 como conjunto de propriedades que uma manifesta o da linguagem humana deve possuir para ser um texto discurso Isso significa dizer que o referido conceito relaciona se s leis que caracterizam um texto como tal considerando o conhecimento racional com respeito s condi es de produ o do texto A textualidade pois contempla do ponto de vista te rico a natureza e o s
135. do o car ter interativo da aquisi o da linguagem desconsiderado o processo de aquisi o reduzido a um aprendizado mec nico no qual o aprendiz tem contato com a l ngua atrav s de uma exposi o massiva ocorrida de forma repetitiva que relega pouco ou quase nenhum espa o para uma interpreta o ativa Nesta perspectiva a aprendizagem de uma l ngua se fundamenta num sistema de reciprocidade comportamental quer dizer o aprendiz em qualquer n vel ou l ngua precisa adotar um comportamento social para que assim seja atribu do sentido s suas a es dif cil precisar os fatores envolvidos na leitura Contudo uma perspectiva sociointeracionista poder ser significativa medida que alcan a determinados fins para a resolu o de problemas para a ativa o de informa es e para a aplica o de conhecimentos Neste sentido conforme Maqueo 2004 a atitude primordial do professor orientar e promover atividades coletivas e interativas no presente estudo atividades de leitura coletiva Para conseguir tal feito proporciona ajudas e estrat gias estruturadas e direcionadas para um fim preciso no caso a leitura de g neros h bridos Consideramos a atividade leitora uma a o altamente interativa que em seus est gios iniciais ou na leitura em l ngua estrangeira mediada por um indiv duo mais capacitado o professor ou outro companheiro possibilitando atrav s de um desenvolvimento
136. do real como o texto da figura 19 12 A1 Comprende mensajes breves y sencillos en tarjetas postales A2 Comprende tipos b sicos de cartas y faxes de uso habitual formularios pedidos cartas de confirmaci n etc sobre temas cotidianos Comprende cartas personales breves y sencillas 115 Tabela 10 Ler para se orientar do MCER A2 Encontra informa o espec fica e previs vel em material escrito de uso cotidiano como an ncios prospectos menus ou card pios de restaurantes listas e hor rios Localiza informa o espec fica em listas e separa a informa o requerida por exemplo sabe utilizar as p ginas amarelas para buscar um servi o ou um com rcio Compreendem sinais e letreiros que se encontram em lugares p blicos como ruas restaurantes esta es de trem e em lugares de trabalho por exemplo indica es para ir a um lugar instru es e avisos de perigo A1 Reconhece nomes palavras e frases muito b sicas que aparecem em letreiros e nas situa es mais correntes Fonte MCER 2002 p 72 tradu o da autora 13 Figura 18 Atividade de leitura 3 do livro Nuevo Avance B sico Fonte Nuevo Avance B sico p 101 13 A1 Reconoce nombres palabras y frases muy b sicas que aparecen en letreros y en las situaciones m s corrientes A2 Encuentra informaci n espec fica y predecible en material escrito de uso cotidiano como anuncios prospectos men so cartas en restaurantes listados y horario
137. do restrito como fen meno de retomada interna mas sim de modo macro como fen meno externo estrutural optamos pelo termo hibridiza o pois acreditamos que este evoca com mais propriedade o car ter de varia o presente nos g neros textual discursivos tendo em vista que ao pensarmos em algo h brido nos vem cabe a que estamos tratando de um fen meno no qual convergem estrutura e fun o de elementos diferentes na constru o de um terceiro elemento quer dizer um h brido Autores como Nobre 2013 n o consideram que o car ter h brido perten a ao g nero e sim ao texto tendo em vista que o texto que assume caracter sticas de diferentes g neros considerando inadequado dizer que g nero A possui a forma de g nero B Para ele a constitui o do texto h brida e pode ser originada pela forma de um g nero e a fun o de outro g nero devido a estrat gias intertextuais haja vista que se movimentam conhecimentos oriundos de diversos g neros para a produ o de textos Ainda assim apesar dos argumentos de Nobre 2013 consideramos que a hibrida o sim inerente aos g neros Maingueneau 2004 assim como Bakhtin reconhece que h g neros mais padronizados e g neros mais criativos destacando a exist ncia de modos ou de uma grada o que se pode entender da seguinte forma num primeiro grupo estariam os g neros institucionalizados com pouca ou nenhuma varia o tais como ficha
138. e rico reconhece que as fun es psicol gicas t m suas origens na atividade cerebral quer dizer considera os elementos cognitivos para o desenvolvimento humano em geral e da linguagem em particular mas defende que essas fun es somente se desenvolvem devido s rela es que o indiv duo estabelece com os membros de sua cultura durante o curso de sua vida mediadas por sistemas simb licos A abordagem sociointeracionista desenvolvida pelo estudioso defende pois que o desenvolvimento humano ocorre nas trocas entre parceiros sociais por meio da intera o e da media o O interesse pelas contribui es vigotskianas pode ser explicado tamb m pois diferentemente de te ricos como Piaget e Wallon ele se dedicou sobretudo ao estudo das fun es psicol gicas superiores peculiares ao comportamento humano Influenciado por Marx Vigotskii concluiu que as origens das formas superiores de comportamento consciente deveriam ser achadas nas rela es sociais que o indiv duo mant m com o mundo exterior Mas o homem n o apenas um produto de seu ambiente tamb m um agente ativo no processo de cria o deste meio VIGOTISKII LURIA E LEONTIEV 2001 pg 25 Podemos afirmar que as fun es psicol gicas inferiores s o produto do desenvolvimento natural do indiv duo e est o relacionadas com o amadurecimento e o desenvolvimento J as fun es psicol gicas superiores s o produto do desenvolvimento cult
139. e afirmaram que esta situa o poderia ser poss vel defendendo pois a possibilidade de o texto C3 ser um an ncio real conforme podemos ver na tabela 35 Tabela 35 Texto 19 Caracteriza o do texto C3 como an ncio ou piada Texto 19 Caracteriza o do texto C3 como an ncio ou piada Ciclo 1 Profesora Bueno y el segundo A ver el segundo Algunos de vosotros hab is tenido dudas sobre el segundo que es Cambio lindo perro doberman por mano ortop dica Alumna 14 Es un chiste tambi n Cambiar un perro por una mano Profesora Por qu es un chiste y por qu es un anuncio Es eso lo que yo quiero saber Alumna 3 Qu es ortop dica Profesora Vosotros entend is qu es una mano ortop dica Alumno 1 No Profesora l perdi la mano y l necesita una mano ortop dica Profesora Uno por vez Dejad Alumno 17 y luego yo dejo vosotros Alumno 17 Qui n tiene una mano ortop dica y quiere trocar por un perro No la persona que va a cambiar s Alumna 15 O puede ser una persona que fabrique C mo se dice Profesora S Alumna 15 Que quiera cambiarlo Alumna 14 Pero el perro ha comido la mano del due o Alumnos y quiere cambiar el perro Profesora Quiere librarse del perro Qui n est de acuerdo con eso Anda aluna 12 Alumna 12 l no tiene dinero para comprarse una mano y va a cambiar por el perro Alumna 3 Creo que es un perro grande porque es un doberman que cuando la persona va a pasear Pro
140. e atente tanto para os processamentos de baixo n vel focalizados no texto como para os processamentos de alto n vel focados nos conhecimentos de mundo dos g neros e tipos textuais lingu sticos Segundo Cornaire 1999 o Enfoque Global de Textos Moirand e Lehmann constituiu o passo inicial para a constru o da proposta de modelo interativo Este um modelo de faceta mais lingu stica que psicolingu stica firmando se em ind cios textuais enunciativos iconogr ficos etc o que desconstr i a linearidade do texto e a localiza o r pida das informa es importantes A referida proposta foi se mostrando muito vantajosa haja vista que aproximou o leitor dos instrumentos facilitadores do acesso ao texto e ajudou aos professores a garantir aos alunos uma aproxima o mais sistem tica ao texto A proposta interacionista constituiu se uma renova o para o ensino aprendizagem da compreens o leitora em l ngua estrangeira tendo como principal ponto ajudar o aprendiz a utilizar certas estrat gias mediante a pr tica ass dua da leitura de diferentes textos Pensamos a leitura como pr tica social sem negar contudo suas defini es como compet ncia habilidade capacidade ou mecanismo j que citamos estes termos ao longo do trabalho No entanto relevante considerar que a leitura n o independente das comunidades sociolingu sticas dentro das quais executada como atividade social realizada
141. e o conhecimento relacionado s habilidades de controle da compreens o por meio da an lise das dificuldades de leitura e supera o dos d ficits na compreens o de uma palavra ou de partes do texto De acordo com Vall s Ar ndiga e Vall s Tortosa 2006 as dificuldades que podem aparecer no primeiro n vel de compreens o leitora o literal concernem aos problemas de reconhecimento de vocabul rio devido a um vocabul rio escasso da identifica o de sin nimos e ant nimos de fixa o reten o e evoca o das informa es identifica o das a es dos personagens extra o das ideias principais e secund rias e resumo do texto As dificuldades de compreens o em mbito interpretativo dizem respeito s dificuldades em contextualizar os significados das palavras a distinguir o real do imagin rio fazer infer ncias diferenciar a realidade da fic o e dificuldades para extrair conclus es Sobre as dificuldades na realiza o de uma leitura cr tica podemos mencionar os problemas em diferenciar os fatos da opini o do autor emitir um julgamento pessoal sobre o texto integrar aquilo que foi lido com as experi ncias pr prias verificar a veracidade de uma informa o analisar as inten es do autor do texto avaliar a consist ncia e irrelev ncia do texto e diferenciar o objetivo do subjetivo 57 Para o presente estudo faremos uso dos pressupostos e da nomenclatura adotada por S nche
142. e que satisfa a mais eficazmente a necessidade de seus alunos Acreditamos que umas dessas necessidades digam respeito pr tica social da leitura em l ngua estrangeira pois conforme evidenciamos ao longo deste trabalho somos mais cobrados socialmente nesta rea por meio por exemplo dos exames de acesso aos diferentes n veis de educa o no contexto brasileiro A partir da cren a da exist ncia de outros caminhos mais proveitosos para o desenvolvimento leitor dos lus fonos propusemos algumas atividades de leitura baseadas em g neros textual discursivos h bridos sem desconsiderar as atividades de leitura j existentes no manual did tico utilizado no curso O que fizemos foi uma expans o do material did tico que de acordo com o desenvolvimento das novas atividades foi muito bem recebido pelos estudantes que demonstraram uma grande motiva o ao realizar a leitura dos textos e s quest es que se pediam Nosso segundo objetivo era verificar o que se pode fazer quando se utilizam g neros textual discursivos h bridos nas aulas de E LE que tipos de ajuda podem emergir quais os processos mobilizados durante a leitura como se organiza a participa o dos alunos e que g neros oferecem mais dificuldades Aqui aparece uma das limita es do nosso estudo pois no que diz respeito s ajudas que podiam emergir com este tipo de atividades h a necessidade de seguir investigando porque de antem o t
143. ela sociedade garantindo portanto a manuten o da personalidade o que de fato faria com que algu m fosse interessante Isso pode ser comprovado com a fotografia de uma mulher com um nariz fora dos padr es est ticos indicadores de feminilidade quer dizer nariz pequeno e arrebitado Ao contr rio a mulher tem um nariz grande o que no imagin rio popular costuma ser associado a pessoas com personalidade o que nem sempre enxergado como elogio Figura 4 Propaganda Dove Fonte Dispon vel em http multimedia uoc edu grf index php Dove_ _campa C3 B1a_por_la_belleza_real_ _id_gr C3 A1fica acessado dia 10 de maio de 2014 A partir desta breve apresenta o das origens da discuss o de transforma o textual dentro da Lingu stica de Texto verificamos que em termos transtextuais de heterogeneidade textual a intertextualidade se apresenta como um importante elemento para pensarmos na cria o de uma nova abordagem de ensino da leitura j que ao referir se a um texto anterior no que diz respeito a motivos temas estilo etc criam se novos efeitos de sentido que podem tamb m ser manifestos por meio de um di logo intergen rico objeto do nosso estudo De acordo com nossa experi ncia docente e com os dados coletados na an lise as atividades de leitura em mbito institucional parecem direcionar se unicamente para os elementos reguladores da unidade e singularidade do texto sem se deter muito no
144. em l ngua estrangeira sobretudo da habilidade de ler em l ngua estrangeira uma das principais vias de acesso l ngua e cultura de um povo Para entendermos melhor a quest o faz se adequada a percep o de que a rea de aquisi o da linguagem h brida quer dizer uma rea abrangente multidisciplinar que congrega n o somente as teorias lingu sticas mas tamb m as psicol gicas sem deixar de lado as teorias sociais e pedag gicas Santos 2006 afirma a exist ncia de um grande interesse pelos estudos de aquisi o de l ngua materna e de segunda l ngua e no que se refere aquisi o de segunda l ngua a autora indica que uma das quest es centrais o bilinguismo infantil bem como os processos de aquisi o de segunda l ngua nas crian as e nos adultos tanto em situa o formal institucional como em situa o de imers o Para o presente estudo trataremos da aquisi o e da aprendizagem de segunda l ngua por adultos em contexto formal j que a pesquisa foi conduzida em ambiente institucional Segundo Baralo 2004 pesquisadora de espanhol como l ngua estrangeira existem tr s contextos de aquisi o contexto formal contexto de imers o e contexto misto O primeiro diz respeito sala de aula formal quando um aluno de uma determinada l ngua materna aprende uma l ngua estrangeira em seu pa s de origem na aus ncia de condi es de intera es reais dado que em
145. em o do iPhone 4 90 Figura 14 Procedimento de an lise 106 Figura 15 N veis de compet ncia lingu stica outorgados pelo MCER 109 Figura 16 Atividade de leitura 1 do livro Nuevo Avance B sico 113 Figura 17 Atividade de leitura 2 do livro Nuevo Avance B sico 114 Figura 18 Atividade de leitura 3 do livro Nuevo Avance B sico 115 Figura 19 Atividade de leitura 4 do livro Nuevo Avance B sico 116 Figura 20 Atividade de leitura 5 do livro Nuevo Avance B sico 117 Figura 21 Texto A 1 Receita de amor da Belle carte 121 Figura 22 Texto A 2 Sabe qual a receita do amor 121 Figura 23 Texto C1 Aluguel de marido 124 Figura 24 Texto C2 Venda de marido 125 Figura 25 Texto C3 Troco cachorro por m o ortop dica 125 Figura 26 Texto C4 Funer ria L pez
146. em realizar a fim de propor poss veis sa das para a resolu o de problemas de leitura Tabela 1 Tipologia de ajudas Regulat ria N o invasiva Invasiva Feedback Descrever uma estrat gia Propor o uso de uma estrat gia Pedir que os alunos se apoiem em seus conhecimentos pr vios Esclarecer uma meta Estabelecer uma meta Descrever ou assinalar um problema Propor uma meta etc Extrair Decompor a tarefa Dar pistas Oferecer um contramodelo Sugerir reconsiderar etc Dar apoio f sico Iniciar um racioc nio Preencher lacunas Propor op es etc Acrescentar Reformular Redirecionar etc Fonte S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 No presente estudo a compet ncia leitora em l ngua espanhola ser analisada considerando a rela o entre as ajudas oferecidas durante a leitura coletiva de g neros h bridos e a utiliza o de estrat gias de leitura a fim de descrevermos como se deu a atua o destes elementos para a constru o dos sentidos do texto 2 2 Reflex es sobre o modelo de input compreens vel Conforme evidenciamos anteriormente ao evocarmos as principais teorias interacionistas o input negociado pelos alunos durante as atividades de intera o em sala de aula muito relevante para a constru o da aprendizagem Vimos que uma das premissas krashenianas de que este deve ser compreens vel e relevante para o aprendiz E
147. emente os g neros textual discursivos est o em constantes modifica es devido s fortes demandas sociais Estudar a linha entre estabilidade e instabilidade gen rica tem se mostrado bastante produtivo para entender n o somente o comportamento dos produtores de texto mas tamb m o comportamento dos indiv duos que entrar o em intera o como esses textos A implica o pr tica desta pesquisa faz urgente a necessidade de se estudar as transforma es gen ricas n o somente do ponto de vista te rico e sim do ponto de vista pr tico buscando entender como os leitores reagem ao contato com g neros h bridos e que estes se constituem uma excelente ferramenta para evidenciar a import ncia de uma abordagem de leitura que considere a import ncia n o s da compet ncia lingu stica e enciclop dica dos alunos para a constru o dos sentidos do texto mas tamb m a import ncia 178 da compet ncia gen rica Isso pode ser feito n o somente nas aulas de l ngua materna mas pode ser feito de forma muito exitosa nas aulas de l ngua estrangeira como abordagem significativa para o desenvolvimento da compreens o leitora em l ngua estrangeira pr tica social cada vez mais exigida nos diferentes contextos educativos do Brasil Conforme evidenciamos anteriormente a limita o deste estudo diz respeito aos tipos de ajuda costumeiramente oferecidas pelo professor haja vista que estas ainda s o majoritari
148. enres in Spanish classes responsible for the recognition of the specific genre and reading comprehension process d describing which actions are found in the interactive process activities student text teacher present in the collective reading of textual discursive hybrid genres in which the reading comprehension or interpretation of a text is done under some public supervision and e verifying whether the type of hybridization is crucial to the understanding of the genre and for the selection of reading strategies in Spanish The theoretical framework used is based on Socio Interactionist view of language acquisition and development Vygotsky 2001 2007 and 2008 Rosenshine 1980 and Gomes 2013 reading strategies in foreign language Bakhtin 1953 understanding of discourse genre Genette 2010 concept of genre hybridization as well as Marcuschi 2008 and Lazarini 2013 This descriptive study examines the reading practices performed by exposure to the hybrid genre and its effects on Reading comprehension in Spanish through an action research design Data collection procedures consist of 1 semi structured participant selection survey and 2 analysis of the recordings during collective readings based on studies of Miguel S nchez Garc a P rez Rosales and Pardo 2012 The results confirm the thesis that working with hybrid genres is potentially beneficial to reading comprehension in Spanish given that with this type of exposure to s
149. ens es de an lise propostas por S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 podemos observar que a segunda atividade apesar de ser mais complexa foi bem mais produtiva que a primeira j que em rela o dimens o como julgamos que esta foi de participa o complexa os alunos leram em voz alta interpretaram analisaram suas experi ncias centrando se pois no processo No tocante dimens o que verificamos que os alunos foram capazes de selecionar as ideias mais importantes e distingui las das ideias secund rias organizando as de forma produtiva o que gerou um conte do p blico relevante Nesta segunda atividade observamos tamb m que a participa o dos alunos foi muito mais alta ficando boa parte das vezes centrada nos alunos principalmente 153 depois de superadas as dificuldades iniciais concernentes aos problemas de reconhecimento do vocabul rio Acreditamos que isso se deveu a uma maior familiaridade com a pesquisadora assim uma maior reflex o sobre a converg ncia de mais de um g nero para a constru o de um texto o que responde satisfatoriamente ao nosso questionamento de que ap s a primeira experi ncia com a leitura de g neros h bridos os alunos v o se tornando mais aut nomos e anal ticos o que faz com que eles percebam que a estrutura gen rica est em varia o A atividade tr s foi realizada no dia 21 03 2014 e fazia refer ncia hibridiza o do tipo
150. enso que es un anuncio para llamar la atenci n de sus clientes Es una bueno forma n Alumna 6 Es un anuncio para llamar la atenci n Alumna 14 Yo pregunto qui n va a querer un estuche de estes Profesora de estos Nadie Fonte Grava o do dia udio do dia 21 03 2014 Em termos de compreens o podemos concluir que na terceira atividade os alunos superaram o n vel de compreens o superficial somente no texto C2 e foram capazes de estabelecer rela es entre o texto e seu conhecimento de mundo realizar infer ncias predizer o conte do do texto identificar as rela es intergen ricas conforme podemos verificar na tabela 37 o que incide em uma compreens o profunda e cr tico reflexiva No entanto nos demais textos n o se atingiu um n vel m ximo de compreens o pelo menos n o por todos os alunos que se apegaram mais a quest es de ordem estrutural tentando prever as possibilidades de adequar o conte do forma o que incidiu em uma falha de compreens o leitora No tangente s dimens es de an lise de S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 observamos que na dimens o como houve uma participa o complexa tendo em vista que os alunos foram capazes de interpretar discutir conceitos e analisar experi ncias No entanto se compararmos os resultados da dimens o que podemos afirmar que foi baixa a qualidade do conte do p blico quer dizer do entendimento tendo em vista
151. enta o do texto a mesma em l ngua portuguesa No entanto percebem tamb m que diferente dos an ncios convencionais no texto C1 h um prop sito jocoso que provoca o riso no receptor do texto quer dizer ao contr rio de um an ncio convencional que tem como prop sito convencer o consumidor da aquisi o de um 157 produto Neste caso o receptor do texto enxerga com estranheza o fato de se estar alugando algo at pico um marido Os alunos afirmam haver compreendido bem o texto apesar dos problemas relacionados ao vocabul rio e estrutura da l ngua como forte presen a de pronomes de objeto direto e indireto pouco frequentes em l ngua portuguesa Podemos dizer que para o texto C1 percebe se uma boa compreens o superficial na qual o leitor capaz de perceber o sentido global do texto e extrair n o somente algumas ideias globais e sim relacionar o todo com as partes Tabela 33 Texto 17 Caracter sticas do g nero an ncio presentes no texto C1 Texto 17 Caracter sticas do g nero an ncio presentes no texto C1 Ciclo 1 Profesora Bueno cu les son las cosas que os hace pensar Bueno todos est is de acuerdo de que es un chiste o alguien piensa que puede ser s un anuncio Alumno 10 Es una forma de Alumna 14 Es una forma bien humorada de llamar la atenci n Profesora Cre is que es verdadero Alumno 10 S Profesora Aqu reconoc is que tiene la estructura de un anuncio
152. ente marco te rico visi n interaccionista social de la adquisici n y desarrollo del lenguaje de Vigotsky 2001 2007 y 2008 estrategias de lectura en lengua extranjera de Rosenshine 1980 y Gomes 2013 concepci n de g nero discursivo de Bakhtin 1953 e hibridaci n de g neros textuales de Genette 2010 Marcuschi 2008 y Lazarini 2013 El estudio que se caracteriza como descriptivo analiza las pr cticas de lectura realizadas por el camino de la hibridaci n as como sus efectos para el aprendizaje de la lectura en lengua espa ola Se trata de una investigaci n acci n Como t cnica de recolecci n de datos se usan cuestionarios de selecci n de los participantes y an lisis de lecturas colectivas grabadas teniendo como par metro los estudios de S nchez Miguel Garc a P rez y Rosales Pardo 2012 Se confirma la tesis de que el trabajo con g neros h bridos es ben fico para la lectura en lengua espa ola haya vista que con este tipo de g nero los alumnos alcanzan m s f cilmente niveles de comprensi n profunda y cr tica reflexiva relacionadas a las estrategias de apreciaci n que con el material convencional relacionado a las estrategias de comprensi n sobre todo superficial en el cual los alumnos necesitan adaptarse a las regularidades presentes en el texto Las actividades explotan verificaci n de contenido factual lo que est en consonancia con lo exigido por el MCER para nivel inicial Sin embargo para los
153. ente ocultado para que os alunos pudessem julgar conforme seu conhecimento gen rico o que mais decisivo para caracterizar um g nero Podemos observar que inicialmente os alunos optam pela impossibilidade de uma classifica o un voca considerando portanto que o texto tanto uma carta como um poema Para os alunos dif cil optar por um em detrimento do outro Um dos alunos afirma que se trata de um texto criativo o que consideramos que o aluno queira dizer que se trata de um texto inusitado fora do convencional A caracter stica criativa atribu da por Bakhtin 1953 principalmente aos g neros liter rios nos quais as marcas de autoria podem ser mais bem evidenciadas que em outros textos menos flex veis Alguns alunos foram capazes de diferenciar que o prop sito do texto adv m da carta e que a estrutura pr pria do poema Uma das alunas entendeu que a estrutura era de carta e que portanto tratava se de um poema em forma de carta No entanto apesar de ser dif cil ou talvez imposs vel se chegar a uma classifica o satisfat ria est claro que a estrutura do texto pertence ao poema o conte do pr prio da carta e a inten o comunicativa mais dif cil de ser detectada principalmente na aus ncia do t tulo Inicialmente ao tentarem identificar o assunto do texto os alunos falaram a respeito de um desabafo e no que diz respeito a isso tanto o g nero carta como o g nero poe
154. entendeu que se tratava da palavra colherada Percebemos de in cio uma dificuldade no primeiro n vel de compreens o o literal relacionado a problemas de vocabul rio devido provavelmente a falta de familiaridade com o g nero receita em espanhol no que diz respeito a elementos espec ficos como as medidas Vimos em Gonz lez Fern ndez 2010 que um dos principais condicionantes da compreens o leitora relaciona se com as vari veis contextuais ligadas por exemplo a estrutura textual ou seja as rela es formalizadas dentro do texto como estrutura ret rica e rela es sem nticas No texto em quest o elas falham pois as rela es sem nticas n o s o t o evidentes tendo em vista que uma cucharada sopera de comprensi n quebra as expectativas do leitor que poderia esperar uma constru o do tipo uma cucharada sopera de harina Verificamos que as dificuldades adv m n o necessariamente pelo n mero de termos novos ou pela quantidade de informa o e conceitos novos mas sim da imprevisibilidade de associa o entre os termos e da n o ativa o da compet ncia gen rica tendo em vista que o g nero receita exige medidas do tipo colherada x cara lata etc Durante a sequ ncia did tica houve um epis dio de leitura silenciosa no qual n o exercemos uma supervis o intensiva No entanto apesar de se tratar de uma etapa mais individual intera o entre leitor e texto os alunos recorrera
155. erfil e interesse dos alunos projetamos mudan as em fun o dos crit rios de desejabilidade e de factibilidade ou melhor fizemos acr scimos nas atividades de leitura propostas pelo manual did tico de modo a contemplar a a o da varia o nos g neros textual discursivos com o intuito de verificar os efeitos dessa nova a o para o desenvolvimento da habilidade de leitura em l ngua espanhola Com base em Thiollent 2011 e nos dados preliminares as etapas que se seguiram come am na an lise e delimita o da situa o inicial quais os tipos de atividades de leitura propostas pelo manual seguindo para a identifica o dos problemas as atividades de leitura n o promovem uma atividade interativa que englobe a coletividade as atividades de leitura n o contemplam os g neros textual discursivos como entidades pass veis de varia o em seguida esbo o da situa o final em fun o do que se deseja que as atividades de leitura promovam mais intera o entre os alunos e contemplem tamb m g neros textual discursivos h bridos j que estes existem em n mero cada vez maior nas pr ticas discursivas passando para o planejamento das a es sele o dos textos e elabora o das atividades e finalmente a execu o e a avalia o das a es as pr ticas de leitura coletiva com g neros h bridos s o ben ficas ou n o para o desenvolvimento da habilidade de leitura em l ngua espanhola 5 2 L
156. erna e segunda l ngua Respondido o questionamento houve outra d vida no final pois os alunos n o sabiam escrever em espanhol o nome de alguns g neros textual discursivos Colocamos na lousa uma lista de g neros textuais e dissemos que se eles tivessem alguma d vida poderiam escrever o nome dos g neros em portugu s Como resultado da ficha de identifica o do perfil dos participantes chegamos a um primeiro quadro no qual podemos verificar a quantidade de alunos a idade o grau de estudos a profiss o e se houve ou n o contato anterior com outra l ngua estrangeira Tabela 14 Identifica o do perfil dos participantes de 2 semestre da Casa de Cultura Hisp nica UFC Grupos Alunos Idade Grau de estudos Profiss o Contato anterior com outra l ngua estrangeira17 1 6 18 20 Superior incompleto Ensino M dio Estudante Ingl s 2 6 23 28 Superior incompleto Superior completo Estudante Alem o Franc s Grego Ingl s Polon s 3 1 35 Superior completo Professor Franc s Ingl s e Italiano 4 1 47 P s gradua o doutorando Auditor estadual Ingl s e Italiano 5 4 50 55 P s gradua o Superior completo Ensino M dio Servidor p blico Servidor p blico aposentado Banc rio aposentado Franc s Ingl s e Italiano Fonte Elaborada pela autora Conforme hav amos anunciado anteriormente o grupo se mostrou bastante heterog neo
157. eros discursivos Assim sendo a autora introduz um conceito muito importante para o estudo das transforma es gen ricas os marcadores gen ricos mecanismos semi ticos que servem como pista ou ind cio da atualiza o de um par metro gen rico com valor distintivo e os divide em dois tipos i autorreferencial aquele que expressa de forma expl cita a categoria gen rica do texto Um exemplo da a o destes marcadores quando o usu rio da l ngua escreve textos em que menciona explicitamente o g nero como No presente artigo trataremos de explicitar o uso de marcadores gen ricos ii inferencial aquele que expressa de forma impl cita ou indireta a categoria gen rica do texto sendo necess rio um trabalho interpretativo mais complexo j que os usu rios da l ngua teriam que lan ar m o da sua compet ncia gen rica Em termos gerais um marcador gen rico pode vir expresso por meio do l xico da sintaxe da organiza o enunciativa dos mecanismos de apresenta o do material etc Esses elementos poder o nos ajudar muito nas an lises empreendidas durante a realiza o das 86 atividades de leitura coletiva a fim de identificar os mecanismos utilizados pelos alunos para a constru o do sentido do texto Finalmente mencionamos os trabalhos de Lara 2007 2010 que prefere o termo transgress o de g neros Para a autora os g neros do discurso constituem se fen menos male veis pass
158. es de leitura No que diz respeito s transcri es ressaltamos que o que aparecer em it lico s o palavras ditas de forma incorreta ou com forte interfer ncia do portugu s Al m disso a fim de preservar a identidade dos alunos seus nomes foram substitu dos pela palavra aluno seguida de uma numera o em ordem crescente 135 6 4 An lise das atividades de leitura coletiva com os g neros textual discursivos h bridos para o 2 semestre A primeira atividade foi realizada no dia 17 02 2014 e fazia refer ncia a dois textos cuja hibridiza o era do tipo cart o receita Foi pedido aos alunos que se reunissem em grupos Nesse momento deixamos que os alunos escolhessem livremente os seus pares desconsiderando por exemplo o crit rio faixa et ria Percebemos que isso n o interferiu na participa o dos alunos o que interferiu foram crit rios como grau de letramento e desinibi o Foi solicitado aos grupos que realizassem a leitura silenciosa dos textos Logo de in cio apareceram d vidas de vocabul rio e os alunos solicitaram a ajuda da professora A palavra era cucharada presente no texto A2 A professora tentou fazer com que o aluno percebesse o significado pelo contexto que se tratava de uma medida muito comum em receita o aluno fez um gesto de incompreens o e a professora mencionou a palavra primitiva cuchara e procedeu tradu o colher e repetiu colher ent o o aluno
159. estre ser o coletados para an lise Voc n o estar sendo julgado por isso uma vez que o importante para mim n o atribuir notas mas acompanhar passo a passo todo o desenrolar da experi ncia avaliando seus pontos positivos e negativos e observando os avan os interesses e dificuldades dos alunos caso voc consinta ser utilizado gravador nesta fase Se alguma destas fases ou quest es gerarem desconforto ou constrangimento para voc voc n o ser obrigado a respond las Isso n o o penalizar nem o impedir de continuar participando da pesquisa A coleta das atividades de leitura ocorrer na institui o pesquisada durante o seu hor rio de aula e ter dura o de aproximadamente 30 minutos As atividades de leitura gravadas ser o transcritas fielmente levando em considera o as suas respostas Voc ter liberdade de se recusar a participar da pesquisa a qualquer momento A sua participa o na pesquisa ser de fundamental import ncia para que possam ser atingidos os objetivos do estudo colaborando com a an lise dos dados e publica o dos mesmos posteriormente Ser garantido seu 19 Falantes de portugu s como l ngua materna 20 Os g neros h bridos s o aqueles que apresentam estrutura de um g nero A uma receita por exemplo com a fun o de um g nero B uma propaganda por exemplo 190 anonimato ou seja o seu nome n o ser revelado no decorrer da an lise e publica o d
160. evantes na rea de recep o de g neros h bridos que muito contribuiu para o estabelecimento da metodologia empregada neste trabalho No entanto at o momento n o conseguimos encontrar trabalhos que tratem deste fen meno em g neros produzidos em l ngua espanhola muito menos considerando leitores n o nativos da reside a import ncia deste estudo quer dizer verificar a funcionalidade dos g neros h bridos para o tratamento da leitura em l ngua estrangeira no presente estudo a espanhola como uma nova abordagem que possibilite ao leitor outras formas de aproxima o compreens o dos textos pertinente agora considerarmos quais s o os condicionantes que interferem na compreens o leitora em l ngua estrangeira e qual peso eles ter o para o presente estudo 3 3 Condicionantes da compreens o leitora em l ngua estrangeira Gonz lez Fern ndez 2010 menciona em seus estudos alguns fatores condicionantes da compreens o de textos que julgamos ser importantes Para o autor eles se agrupam em torno de tr s eixos contextuais subjetivos e de tarefa As vari veis contextuais s o consideradas como o primeiro conjunto de condicionantes da compreens o de textos e um de seus elementos mais relevantes diz respeito s caracter sticas do texto Considera se como muito importante a estrutura textual quer dizer a organiza o interna as rela es estabelecidas dentro do texto sua estrutura ret r
161. exto social s o tra os definidores do g nero Contudo para ela importante tamb m considerar tipifica es ou conven es textuais respons veis pelas regularidades de estrutura N o podemos deixar de mencionar Marcuschi 2002 pois este autor indica que o g nero resultante do trabalho coletivo j que contribui para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas di rias Assim sendo um dos aspectos mais importantes 70 consider los como entidades sociodiscursivas e formas de a o Para eles os g neros s o male veis din micos e pl sticos Tal plasticidade evidenciada pelo predom nio da fun o sobre a forma Convencidos da import ncia dos g neros textual discursivos para o trabalho com o texto em sala de aula seja em l ngua materna ou estrangeira tendo em vista que todas as sociedades guardada alguma especificidade cultural fazem uso praticamente dos mesmos g neros em menor ou maior medida perguntamo nos como uma nova abordagem para o ensino da leitura em l ngua espanhola em cursos livres tendo como ferramenta os g neros textuais contribui para a compet ncia leitora e para ativa o de estrat gias de leitura Acreditamos que uma das respostas esteja na considera o da hibridiza o como poss vel vi s de abordagem dos g neros textuais nas aulas de espanhol como l ngua estrangeira Neste primeiro momento entendemos por hibridiza o o fen meno
162. fere na avalia o do assunto sendo este t o recorrente que imposs vel para os alunos desconsider lo como componente do assunto principal do texto da classificarem o assunto como receita de amor Tabela 15 Texto 1 Assuntos dos textos A1 e A2 Texto 1 Assunto dos textos A1 e A2 Ciclo 1 Profesora Vamos a ponerlo as Este ser el grupo 1 grupo 2 grupo 3 y grupo 4 vale Voy preguntando as y vosotros vais respondiendo Vale A ver si hay cosas comunes o si vosotros est is pensando cosas diferentes Entonces aqu en el grupo 1 Cu l es el asunto del texto seg n vosotros Alumno 1 El amor Alumno 2 La receta del amor Alumna 3 Recetas de c mo amar Profesora S Y el grupo dos Alumna4 Receta del amor Alumna 5 Una receta para tener un bueno amor Grupo 3 Profesora Muy bien Y vosotros refiri ndose al grupo 4 Alumna 6 Bueno las caracter sticas de una receta Ciclo 2 Profesora No sigue La A El asunto Est is de acuerdo que es el mismo Alumna 6 Una receta para ter el amor Profesora Y para vosotros tambi n refiri ndose al resto del grupo Alumno 7 C mo tener una relaci n amorosa Profesora Vale de acuerdo Entonces todos est is de acuerdo que el asunto del texto es el amor o la receta de c mo obtener Alumnos en coro el amor Alumno 1 Perfecto Profesora El amor perfecto risas Fonte Grava o de udio dia 17 02 2014 Sobre a rela o entre as
163. ferem capacidade de fazer infer ncias depois de ler fragmentos ou passagens longas a partir do reconhecimento da ideia principal t tulo t pico do desenho de conclus es e da predi o de resultados O autor acaba resumindo o quadro de estrat gias de compreens o a sete reconhecimento da sequ ncia reconhecimento de palavras pelo contexto identifica o da 63 ideia principal decodifica o de detalhe realiza o de infer ncias reconhecimento da rela o de causa e efeito e finalmente compara o e contraste desconsiderando o que ele nomeia como estrat gias nicas e subestrat gias pois se ele as considerasse ent o o n mero total de estrat gias de leitura poss veis seria na ordem das centenas Conforme L pez Alonso 2001 a compreens o do texto em l ngua estrangeira se apoia nos conhecimentos de ordem lingu stica e geral tanto na l ngua materna quanto na l ngua estrangeira no texto e na sua organiza o Desta forma importante considerarmos os esquemas de organiza o textual presentes na mem ria do leitor Van Dijk e Kintsch 1983 afirmam que desde a ret rica cl ssica at as teorias atuais de discurso considera se que certos tipos de discurso apresentam estruturas convencionais que v o al m daquelas previstas em uma gram tica e que estes padr es organizacionais s o bastante relevantes para a compreens o Para ir al m da organiza o de cunho lingu stico o
164. fesora Va a sacarlo fuera Alumna 3 es complicado entonces est c mo se dice exagerando Profesora Exagerando Alumna 3 Ah pierde la mano Profesora Alguien m s En realidad 160 Alumno 17 Profesora Profesora Di Alumno 17 Yo pienso que el doberman comi mordi la mano de su due o El due o pedeu la mano y por eso es un chiste Que l est haciendo un chiste a cerca de eso l perro es mucho raivoso Profesora Rabioso Alumno 17 Y comeu su mano Profesora Comi su mano Profesora En realidad es lo que dijo Alumna 14 y lo que dijo Alumno 17 Es un chiste esto no es anuncio Es un chiste l est diciendo que cambia lindo perro doberman por mano ortop dica en este sentido el perro le mordi le comi la mano y ahora l necesita una mano ortop dica porque ya no la tiene Lo que l quiere es librarse de este perro que es muy rabioso Es eso la intenci n es esa y l lo hace por el anuncio para generar la gracia La gracia est puesta en forma de anuncio Fonte Grava o do dia udio do dia 21 03 2014 Estamos diante de uma intera o do tipo IRF na qual o grupo de alunos fica dividido no que diz respeito ao prop sito do texto Todos est o convencidos de que a estrutura a do g nero an ncio No entanto no que concerne ao prop sito comunicativo isso n o fica claro para todos os alunos O mesmo aconteceu em rela o ao texto C4 apesar de que para alguns alunos era evidente q
165. gativo j que os aprendizes s o vistos como t bulas rasas importante evidenciar que este princ pio rege n o somente o aprendizado lingu stico mas os demais aprendizados que para Skinner eram garantidos pelo refor o ou 28 pela priva o A fim de demonstrar sua tese o te rico empreende experi ncias com animais os quais foram submetidos a testes baseados em est mulo e refor o Notamos que para Skinner o refor o uma condi o inquestion vel para explicar o aprendizado de forma geral e o aprendizado da l ngua de forma particular sendo o elemento chave para a continuidade do processo durante a fase adulta O comportamento portanto poder ser determinado pela manipula o e pela observa o do ambiente sendo a aquisi o um processo indutivo Para Santos 2006 um dos grandes problemas deste modo de entender a aquisi o a desconsidera o da conota o bem como a aus ncia de explica o do entendimento e produ o de enunciados nunca vistos anteriormente H outras quest es que ficam sem explica o tamb m como a rapidez do processo pelo qual as crian as aprendem uma l ngua visto ter sido demonstrado que aos quatro anos a crian a competente em sua l ngua nativa e tem dom nio sobre a maior parte de suas regras Sendo a imita o um dos componentes que impulsiona a aprendizagem provavelmente seria necess rio um tempo bem maior de exposi o para que a a
166. gimos da autora j que para n s o fen meno da hibridiza o mais restrito ou seja relaciona se com a totalidade do g nero e n o somente com tra os Neste sentido aproximamo nos mais da no o de intertextualidade interg neros de Marcuschi 2003 p 31 tendo em vista que consideramos uma mescla de fun es e formas de g neros diversos num dado g nero A pesquisadora argentina retoma a ideia de hipertextualidade de Genette 2010 afirmando que h g neros convocantes hiperg neros capazes de albergar outros g neros os hipog neros servindo estes ltimos aos interesses comunicativos dos primeiros Como exemplo deste fen meno podemos citar a publicidade hiperg nero pois esta alberga os mais variados g neros mesclando se com eles Para Miranda 2004 o hipog nero pode preencher ou n o a totalidade do texto No nosso estudo primamos pelo preenchimento da totalidade No entanto a autora avan a muito ao reconhecer que a atualiza o dos textos n o se d por meio de uma simples reprodu o de um modelo abstrato de g nero tendo em vista que podemos adaptar este modelo considerando as propriedades espec ficas de cada situa o comunicativa Miranda 2007 chama aten o para a dinamicidade dos par metros que se estabilizam e se alteram s cio historicamente conformando os tra os ou caracter sticas respons veis pelo reconhecimento relativo da identidade dos g n
167. histe de suegra Profesora Para Alumna 14 y Alumno 17 es un chiste de suegra para Alumna 3 y Alumno 1 es un anuncio Alumna 3 Es un anuncio inteligente Profesora Qui n cree que es un anuncio defienda su punto de vista Es un anuncio porque Los dos que han dicho Lo que yo necesito saber es porque cre is que es una cosa u otra Alumna 3 y Alumno 1 que han dicho Alumna 3 Por causa de la funeraria Alumno 1 Funeraria L pez es una cosa seria El nombre de la funeraria Si usted gusta Profesora Si a usted le gusta Alumno 1 Si a usted le gusta la tua sogra Profesora Si le gusta la suegra Alumno 1 Si le gusta la suegra es una joyita Alumna 14 Es un caj n Profesora Es un ata d Alumna 14 Es un ata d Profesora Bueno y del chiste Justifique por favor porque es un chiste Alumna 15 Es un chiste porque si fosse Profesora si fuera 162 Alumna 15 Si fuera la funeraria ser a prejuicio con las suegras Alumna 6 Todos tenemos madres Alumno 17 Muchas mujeres son suegra Alumna 15 Todo el mundo tiene una suegra Alumna 6 Yo pienso que es un anuncio s porque est claro que muchas personas no gustan de sus suegras quieren matar a sus sogras para fazer la propaganda de la funeraria Profesora Ah es lo que os pregunto Alumna 6 dijo que es un anuncio en forma de chiste pero me parece que hay gente piensa que es un chiste en forma de anuncio Alumna 3 Es un texto para anunciar sus servicios Alumna 12 Pi
168. iana Kerber A compreens o em leitura sob a perspectiva do conexionismo In ROSSA Adriana ROSSA Carlos Rumo psicolingu stica conexionista Porto Alegre EDIPUCRS 2004 Cornaire C Germain C Le point sur la lecture Paris CLE International 1999 COSTA FILHO J N S Hibridismo quando um texto vale por mais de um In G neros Textuais o que h por tr s do espelho organizadora Regina L cia P ret Dell isola Belo Horizonte FALE UFMG 2012 DE LEMOS Cl udia T G Uma abordagem construtivista do processo de aquisi o de linguagem um percurso e muitas quest es In I Encontro Nacional sobre Aquisi o de Linguagem Porto Alegre Anais do I Encontro Nacional sobre Aquisi o de Linguagem Porto Alegre PUC CEAAL p 61 76 1989 DOLZ J et SCHNEUWLY B Genres et progression em expression orale et crite elements de r flexions prop s d une exp rience romande Emjeux 1996 Tradu o provis ria de Roxane Rojo DOLZ J NOVERRAZ M SCHNEUWLY B Sequ ncias did ticas para o oral e a escrita apresenta o de um procedimento In ROJO R CORDEIRO G S Trad e Org G neros orais e escritos na escola Campinas SP Mercado de Letras 2004 p 95 128 ELLIS R Classroom Second Language Development Nueva York Prentice Hall 1988 ESQUIVEL Laura Como agua para chocolate 3a reimp Barcelona Mondadori 2000 FIELD Mary Lee Componentes Visuais e a Compreens o de Textos Trad Rosana Sa
169. ica o gen rica quando a aluna afirma que uma carta mandada pelos bancos Al m disso a aluna percebe que n o se trata de uma carta comum j que diz que esta se vale da propaganda para mostrar os benef cios em contratar um empr stimo pessoal pelo banco Santander Tabela 38 Texto 21 Assunto do texto D Texto 21 Assunto do texto D Ciclo 1 Profesora Para el grupo uno Cu l es el asunto del texto Alumno 17 Pr stamo Alumno 1 Empr stimo Dinero C mo conseguir dinero en lo banco Profesora Por el banco Alumno 9 Santander Profesora Vale muy bien Vosotros hab is escuchado lo que ellos han dicho Alumnos S Ciclo 2 Profesora S Todos El grupo dos qu pens is que es el asunto del texto Alumna 12 Es una propuesta Alumna 14 Es una propuesta de servicio de pr stamo de un banco Alumna 12 de banco Santander Ciclo 3 Profesora Vosotras dos Alumna 18 Es sobre un hombre que estaba intentando una forma de ganar dinero y 165 conseguiu con el pr stamo Alumna 8 Un pr stamo personal una propaganda del banco Santander Profesora Muy bien Ciclo 4 Profesora Vosotros dos Alumno 9 Un hombre que quiere cambiar la cocina Adquirir Adquirir un coche y ver en el banco Santander una posibilidad de resolver sus sue os Profesora Alumna 11 Alumna 11 Un convite del banco Santander de un pr stamo personal a un cliente n Que estaba precisando de cambiar la cocina C mo se
170. ica as rela es sem nticas bem como as limita es do sistema de processamento do leitor e de seus conhecimentos Outro elemento importante principalmente para a leitura de textos em l ngua estrangeira o n mero de termos novos j que a dificuldade de compreens o pode derivar da quantidade de informa o e de conceitos novos Para tanto necess ria uma aten o especial forma o da compet ncia gen rica do entendimento de como se configura um texto principalmente h brido e quais as implica es disso para o aumento ou diminui o da quantidade de informa o e conceitos novos Um segundo componente das vari veis contextuais refere se ao contexto escolar mais especificamente s rela es que se estabelecem entre iguais na sala de aula e o papel do professor no que concerne cria o de expectativas por parte dos alunos Mencionamos anteriormente ao fazermos refer ncia aos estudos vigostkianos a import ncia das rela es 59 entre os alunos e seus companheiros mais adiantados ou da intera o entre alunos e professores para o fortalecimento da compreens o leitora Fala se ainda de um ensino rec proco no qual o aluno vai evoluindo desde o oferecimento de respostas s perguntas solicitadas at a instru o e por vezes condu o das atividades como aspectos importantes para se chegar compreens o de textos escritos em l ngua estrangeira O terceiro componente das vari veis
171. icas entre os 92 interlocutores e o pr prio texto nas quais s o mobilizados os conhecimentos lingu sticos enciclop dicos e interacionais Conforme os estudos de Koch e Elias 2006 e os de Heineman e Viehweger apud Koch 2009 o processamento textual ocorre de forma adequada e satisfat ria se consideramos a influ ncia de tr s grandes sistemas de conhecimento o lingu stico respons vel pela compreens o da organiza o do material lingu stico na superf cie do texto o enciclop dico encarregado do conhecimento geral sobre o mundo alusivo a experi ncias pessoais e o interacional que pode ser de natureza ilocucional permite o reconhecimento dos objetivos ou prop sitos pretendidos pelo produtor do texto de natureza comunicacional respons vel pela quantidade de informa o sele o da variante lingu stica e da adequa o do g nero situa o comunicativa de natureza metacomunicativa encarregado de assegurar a compreens o do texto e conseguir a aceita o do parceiro e de natureza superestrutural permite a identifica o de textos como exemplares relacionados aos eventos da vida social O dom nio dos tr s blocos de conhecimento mencionados pelas autoras de fundamental import ncia para a constru o do sentido do texto e o fio condutor da referida constru o est na formula o de estrat gias de leitura Tendo como base as pesquisas de Koch 2009 podemos perceber que a
172. icipa o dos alunos c identificar as estrat gias de leitura ativadas durante a recep o de g neros textuais discursivos h bridos em E LE respons veis pelo processo de reconhecimento do g nero e compreens o leitora d descrever o processo interativo aluno texto professor presente nas atividades de leitura coletiva de g neros textuais discursivos h bridos em que a leitura ou a interpreta o de um texto se realiza sob alguma supervis o p blica e e atestar se o tipo de hibridiza o determinante para a compreens o do g nero e para a sele o das estrat gias de leitura em l ngua espanhola Para a consecu o dos nossos objetivos nossa pesquisa se sustenta no seguinte arcabou o te rico vis o interacionista social da aquisi o e desenvolvimento da linguagem de Vigotsky 2001 2007 e 2008 estrat gias de leitura em l ngua estrangeira de Rosenshine 1980 e Gomes 2013 concep o de g nero discursivo de Bakhtin 1953 e hibridiza o de g neros textuais de Genette 2010 Marcuschi 2008 e Lazarini 2013 O estudo que se caracteriza como descritivo analisa as pr ticas de leitura realizadas pelo vi s da hibridiza o bem como seus efeitos para a aprendizagem da leitura em l ngua espanhola Trata se de uma pesquisa a o Como t cnica de coleta de dados s o usados question rio de sele o dos participantes e an lise de leituras coletivas gravadas tendo como par metro os estudos de S nchez Miguel Ga
173. id tico utilizado para o 2 semestre bem como apresenta o das sequ ncias did ticas criadas a partir dos principais g neros abordados no manual did tico e finalmente descri o e an lise das atividades nas quais verificamos a potencialidade do enfrentamento da leitura de g neros textual discursivos h bridos atrav s de pr ticas de leitura coletiva 6 1 An lise do manual did tico Nuevo Avance B sico para o 2 semestre Conforme anunciamos anteriormente uma das primeiras iniciativas a serem tomadas para colocar em execu o a nossa tese diz respeito avalia o do material did tico adotado pela entidade de ensino de l ngua espanhola sobretudo das atividades de leitura a fim de evidenciar se estas permitem que os alunos desenvolvam seus v rios n veis de compreens o superficial profundo e cr tico reflexivo Para este fim contamos com o trabalho de Grigolleto 1999 sobre a elabora o e avalia o de materiais did ticos e com o MCER9 Marco comum europeu de refer ncia j que a maioria dos manuais de espanhol adotados no Brasil de proced ncia europeia e seguem as diretrizes deste importante documento O livro adotado atualmente pela Casa de Cultura Hisp nica UFC o Nuevo Avance das autoras Concha Moreno Victoria Moreno e Piedad Zurita Procederemos an lise de algumas atividades de leitura das Unidades Did ticas destinadas ao segundo semestre Nuevo Avance B si
174. idade por meio por exemplo da produ o ou adapta o de materiais did ticos mais apropriados ao contexto em que ele e seus alunos est o inseridos A reflex o sobre teorias e concep es te ricas variadas permite julgar de forma adequada quaisquer tend ncias sejam elas lingu sticas pedag gicas ou did ticas para adapt las a partir de um olhar mais cr tico Verificou se que de modo geral a leitura constitui um elo importante entre os aprendizes e a l ngua fato tacitamente reconhecido ao longo dos anos Outra quest o curiosa que valida esta afirma o diz respeito aos exames de sele o onde necess ria a comprova o de que o aluno sabe uma l ngua estrangeira Pelo menos no Brasil todos eles s o feitos priorizando o conhecimento da leitura ou seja para aceder aos estudos universit rios em n vel de gradua o os alunos devem demonstrar que sabem uma l ngua estrangeira por meio da compreens o leitora desta assim como para aceder aos estudos universit rios em n vel de p s gradua o mestrado e doutorado Diante da complexidade do ato de leitura dif cil n o pensar quais tipos de mecanismos mentais lingu sticos textuais e socioculturais s o colocados em funcionamento quando tratamos de entender aquilo que lemos principalmente quando nos deparamos com um fator complicador a mais no presente estudo a leitura de g neros textuais discursivos h bridos Baseados nas concep es
175. idos do texto E mais dir amos que o papel central para a compreens o estaria na intera o entre os sujeitos e os elementos implicados na atividade de leitura sendo portanto o princ pio te rico piagetiano pouco relevante para o estudo em quest o Vigotsky por outro lado considerava os aspectos biol gicos ao reconhecer o papel do corpo e da mente mas considerava tamb m os aspectos sociais j que os indiv duos s o membros da esp cie humana e participantes de um processo hist rico Para Oliveira 2003 esta nova abordagem de concep o da aquisi o e da aprendizagem se sustenta em tr s pilares suporte biol gico j que as fun es psicol gicas s o produtos da atividade do c rebro rela es sociais pois o funcionamento psicol gico se baseia nas rela es entre os indiv duos e o mundo exterior desenvolvidas por um processo hist rico e sistemas simb licos pois a rela o do homem com o mundo exterior mediada por s mbolos 32 Esta forma de pensar o psiquismo humano deu origem ao termo sociointeracionista pois considera a aquisi o da linguagem um processo de intera o com o contexto social em que os indiv duos est o inseridos A partir desta premissa podemos verificar que o homem se constitui como tal por meio de suas intera es sociais transformando e sendo transformado nas rela es produzidas em determinada cultura Sendo assim verificamos que Vigotsky contr r
176. ignificado do texto J o conceito de transtextualidade foi definido por Genette 2010 designado tamb m pelo autor como transcend ncia textual leva em conta todo tipo de rela o seja expl cita ou impl cita entre os textos Conforme dissemos anteriormente faz men o capacidade inerente de alguns textos de albergar outros textos passando por um processo de transforma o O autor em seus estudos descreve algumas rela es transtextuais apresentadas em ordem crescente de abstra o implica o e globalidade Acreditamos ser importante descrever sucintamente essas rela es haja vista terem liga o com os processos de transforma o pelos quais passam alguns textos Antes disso pertinente lembrar que Genette 2010 desenvolveu essas rela es tendo como refer ncia o universo liter rio No entanto pesquisadores como Cavalcante 2012 afirmam que as categorias discutidas em Genette 2010 s o perfeitamente aplic veis ao universo n o liter rio Por essa raz o descrev las de suma import ncia para se pensar na configura o atual dos processos de transforma o dos g neros Por enquanto chamamos de transforma o o processo pelo qual os g neros pela raz o que seja apresentam altera o de 72 formato ou estilo original Mais adiante veremos outras denomina es mais apropriadas para os diferentes tipos de transforma o em fun o da constitui o da composi o e
177. imento lingu stico da l ngua estrangeira e s o muito mais dependentes da figura do professor ou de colegas mais experientes ficando em evid ncia a a o do conhecimento enciclop dico e gen rico para a resolu o de dificuldades com a leitura em l ngua espanhola Segundo Tripp 2005 a participa o das pessoas dentro da pesquisa a o pode se dar de diferentes maneiras tal como podemos verificar a seguir i Obriga o quando um participante n o tem op o quanto sua inser o na pesquisa pois em geral h algum tipo de coa o ou de diretriz da parte de um superior ii Coopta o quando um pesquisador persuade algu m a optar por ajud lo em sua pesquisa e a pessoa cooptada de fato concorda em prestar um servi o ao pesquisador iii Coopera o quando um pesquisador consegue que algu m concorde em participar de seu projeto A pessoa que coopera trabalha como parceiro sob muitos aspectos uma vez que regularmente consultado mas num projeto que sempre pertence ao pesquisador o dono do projeto A maioria das pesquisas para disserta o desse tipo iv Colabora o quando as pessoas trabalham juntas como co pesquisadores em um projeto no qual t m igual participa o TRIPP 2005 p 454 grifos do original Na realiza o deste estudo usamos o modo de coopta o j que os participantes eram alunos regulares da institui o apresentada n o tendo a priori nenhuma obriga
178. imento real O trabalho com o texto C1 era de ensinar a compreender como se constitui um texto h brido e como essa caracter stica pode facilitar ou prejudicar o entendimento da leitura deixando claro que a import ncia de uma abordagem da compreens o leitora tem que levar em conta como uma de suas etapas a habilidade de reconhecer compreender e interagir com os g neros do discurso de modo geral e com os g neros h bridos de modo espec fico Para a realiza o de um trabalho de leitura desta natureza imprescind vel n o perder de vista que n o somente a compet ncia lingu stica e a compet ncia enciclop dica interagem entre si de maneira a produzir constru o de sentido para o texto A compet ncia gen rica exerce tamb m um papel fundamental neste jogo interativo e pode compensar falhas nos usos das compet ncias lingu stica e enciclop dica que s o notadamente reconhecidas como relevantes em detrimento da compet ncia gen rica que n o poucas vezes fica sem ser aprimorada durante as atividades de leitura n o somente em l ngua estrangeira mas tamb m em l ngua materna Assim sendo faz se necess rio o resgate da import ncia do componente gen rico para um melhor aproveitamento das atividades de leitura e isso pode ser feito pelo vi s da 156 hibridiza o que tem se mostrado uma ferramenta relevante para a constru o dos sentidos do texto Tabela 32 Texto 16 Ensinando a compreende
179. io de atividade nos deixou evidente que o tipo de hibridiza o entre os g neros bastante relevante para que as atividades se desenvolvam mais numa perspectiva tutorial ou mais numa perspectiva conjunta colaborativa 147 Al m das express es anteriormente destacadas os alunos ficaram bastante confusos com a express o te escribo desde M xico pois tiveram a ideia de que a o de escrever se repetia e que s t nhamos o ponto de partida que era o M xico Tabela 24 Texto 9 Leitura e esclarecimento de estrutura Texto 9 Leitura e esclarecimento de estrutura Alumno 13 Professora ela t no M xico mesmo ou ela t Porque para mim tipo assim tem esse desde Profesora Ella est en M xico Cuando nosotros decimos desde es en Alumno 13 Ai Profesora Desde M xico Por ejemplo Te escribo te mando un beso desde Brasil Es porque yo estoy aqu Alumno 13 Eu pensava que ela tava no M xico e estava fazendo uma viagem agora e vem escrevendo desde o M xico Profesora No Es de aqu Es desde aqu Del lugar De M xico Esta primera parte bien Superada Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 Para Alliende e Codemar n 1987 muito importante que o leitor consiga entender o significado total da express o pelo contexto No exemplo acima houve uma clara transfer ncia da estrutura da l ngua portuguesa para a l ngua espanhola que se mostrou ineficaz haja vista a n o equ
180. io tanto s ideias inatistas como s ambientalistas pois para ele o homem n o desenvolve a linguagem exclusivamente por aspectos heredit rios e maturacionais e muito menos exclusivamente por press es do meio O que ocorre uma intera o entre o ser humano e o meio social e cultural em que este se insere REGO 2009 Vigotsky advogava que as fun es mais complexas do intelecto se desenvolvem na imers o em contexto s ciocultural Este por sua vez funciona como gerenciador de todas as aprendizagens inclusive lingu sticas Para o presente estudo consideramos a vis o defendida por Vigotsky como a mais relevante haja vista considerar n o somente os aspectos cognitivos mas tamb m os fatores sociais comunicativos e culturais para a aquisi o da linguagem centrando se tamb m em indiv duos adultos contemplando em seu m todo de an lise processos psicol gicos superiores como a fala a escrita e a leitura De acordo com o te rico a intera o social respons vel pela aquisi o da linguagem Sendo assim nossas an lises sobre a leitura de g neros textual discursivos h bridos partem do processo interativo aluno texto professor instaurado durante a atividade de leitura coletiva 2 1 Vis o sociointeracionista da aquisi o e do desenvolvimento da linguagem implica es para o ensino de E LE facilmente percept vel que os alunos de espanhol como l ngua estrangeira que somente s
181. ita em barro representando a lama que enfrentamos juntos 7 Para Eduardo Gedrait Pires dono da Kombi que provavelmente a mais antiga fabricada no Brasil deixo o lbum de fotos com a hist ria de nossa fam lia 8 Para Hamilton de L cco e Jahir Eleuth rio que me transformaram em um sebo m vel deixo meu livro de cabeceira meu ltimo Manual do Propriet rio 9 Para Valdir Gomes de Souza que perdeu seu primeiro brinquedo uma Kombi azul em miniatura deixo uma nova Kombi azul em miniatura lindinha 10 Para Franck K chig e Iris que deram a volta ao mundo comigo deixo meu hod metro com a maior quilometragem poss vel 999999 11 Para Rolando Massinha Vanucci que montou uma cantina italiana dentro de mim e hoje tem restaurante lojas e continua prosperando deixo forminhas de ravi li no meu formato 12 Para Mirian Maia que nasceu dentro de mim deixo uma r plica do meu primeiro esbo o Como eu era quando nasci 13 Para todos os meus amigos e f s deixo um livro digital gratuito com as linhas hist rias que recebi nos ltimos meses pelo meu site 14 Para minhas parentes Kombis de diferentes pocas deixo um encontro a ser realizado na minha f brica 15 E finalmente meu ltimo desejo voltar para casa Lara 2010 escolhe o termo transgress o pois para ela este fen meno relaciona se a passar al m de atravessar quer dizer a transgress o significa ir al m de um
182. ival ncia do uso da preposi o desde em ambas as l nguas Apesar das dificuldades iniciais apresentadas durante a realiza o da segunda atividade houve um n mero maior de intera es do tipo dial gica ou sim trica iniciada pelos alunos e em termos de ajuda n o somente a professora ofereceu possibilidades de ajuda e sim os alunos No entanto a maioria das ajudas oferecidas pelos alunos de tipo invasiva j que cont m de forma espec fica a resposta Tabela 25 Texto 10 Ajuda fornecida pelos alunos para o texto B Texto 10 Ajuda fornecida pelos alunos para o texto B Profesora Desear a abrirte mi alma y que puedas rebuscar y revisando con calma seguro que vas a encontrar que hay un cari o que empalma perfecto en tu dignidad Alumno 2 Empalma Profesora Empalmar es Alumno 13 Encaixar Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 Acreditamos que as ajudas invasivas s o as mais presentes em sala de aula devido for a da tradi o Comumente mais f cil oferecer a resposta direta aos alunos do qu incit los a buscar estrat gias que deem conta de chegar s respostas de forma mais aut noma 148 Isso pode ser explicado pelo fato dos professores oferecerem mais ajudas para a compreens o ligadas ao produto final da leitura que ajudas relacionadas ao ensino da compreens o ligadas ao processo Este pois um desafio que merece aten o pois nesta pesquisa n o fomo
183. ividades convencionais refere se ao fato de que as ajudas n o se concentram somente nas m os do professor os alunos se sentem mais motivados a participar o que deu origem a mais intera es do tipo sim tricas quer dizer o fato da abordagem de leitura pelo vi s da hibridiza o ser mais desafiadora traz como consequ ncia uma maior participa o dos alunos e um maior dom nio da intera o o que julgamos ser um saldo bastante positivo pois a negocia o do significado fica mais vezes nas m os dos pr prios alunos No que concerne ao tipo de hibridiza o os alunos demonstraram mais dificuldade na hibridiza o entre g neros comuns e g neros mais complexos quer dizer com o primeiro texto cuja hibridiza o se deu entre dois g neros comuns como a receita e o cart o n o houve muitos problemas de compreens o Vimos o n vel de dificuldade aumentar quando os alunos se depararam com a hibridiza o do tipo carta poema pois apesar de reconhecerem as caracter sticas de ambos os g neros a criatividade e o posicionamento do autor na poesia atra ram para o texto uma carga lexical muito complexa para o n vel dos alunos que inicial 2 semestre O que nos causou surpresa foi o enfrentamento da hibridiza o do tipo an ncio piada pois acredit vamos que este tipo de hibridiza o geraria menos dificuldade que a da 175 segunda atividade No entanto grande parte dos alunos teve dificuldade e
184. kugawa Ramos Cruz Gouveia S o Paulo Special Book Services Livraria 2004 Portfolio SBS reflex es sobre o ensino de idiomas 10 FLICK Uwe Desenho da pesquisa qualitativa Porto Alegre Artmed 2009 181 GASKINS I ELLIOT T C mo ense ar estrategias cognitivas en la escuela el manual Benchmark para docentes Buenos Aires Paid s 2005 GELABERT M J BUESO I BEN TEZ P Producci n de materiales para la ense anza de espa ol Madrid Arco Libros 2002 GENETTE G Palimpsestos a literatura de segunda m o Belo Horizonte Edi es Viva Voz 2010 GIL Antonio Carlos Como elaborar projetos de pesquisa S o Paulo Atlas 1991 GOMES Suzana dos Santos Discurso leitura e constru o dos sentidos em sala de aula apresentado durante X Congreso de la Asociaci n Latinoamerica del Discurso realizado em Puebla M xico de 28 a 31 de outubro de 2013 GONZ LEZ FERN NDEZ Antonio Estrategias de comprensi n lectora Madrid S ntesis 2010 GRIGOLETTO Marisa Se es de leitura no livro did tico de l ngua estrangeira lugar de interpreta o In CORACINI Maria Jos Rodrigues Faria Interpreta o autoria e legitima o do livro did tico l ngua materna e l ngua estrangeira Campinas SP Pontes 1999 GRIFFIN Kim Ling stica aplicada a la ense anza del espa ol como L2 Madrid Arco Libros 2005 HASAN Ruqaiya The structure of a text In HALLIDAY M A K Language context and text aspects in
185. l de compreens o profundo ou ainda cr tico reflexivo No entanto o processo de modifica o da estrutura interativa parece ser o mais adequado quando o input em quest o s o os g neros h bridos a fim de que haja uma negocia o de significado mais satisfat ria e consequentemente que professor e alunos cheguem compreens o dos sentidos do texto por meio de um processo interativo e de uma atividade compartilhada na qual professor e alunos entram numa atividade em conjunto e n o t m outro prop sito que o da aquisi o S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 discutem em seus trabalhos a exist ncia de pelo menos tr s estruturas de intera o em sala de aula A primeira delas se intitula IRE indaga o resposta avalia o e tem na figura do professor o propulsor da atividade interativa bem como no modelo de intera o IRF indaga o resposta feedback o professor tamb m respons vel por dar in cio intera o e de certo modo funciona como um guia e term metro do funcionamento adequado das intera es Por ltimo h o modelo sim trico no qual os alunos s o respons veis por dar inicio intera o e avaliar se ela foi satisfat ria para o seu aprendizado Acreditamos que considerar as atua es do professor e dos alunos durante a tarefa de leitura em l ngua espanhola com g neros textual discursivos h bridos uma forma de destacar a import ncia da intera o pa
186. le apprentissage genres hybrides les strat gies de lecture LISTA DE FIGURAS Figura 1 Ma os de cigarro com mensagens de alerta em espanhol 38 Figura 2 Se fumas teus filhos poder o se parecer com este garoto 39 Figura 3 Resumo sobre as rela es intertextuais propostas por Pi gay Gros 2010 74 Figura 4 Propaganda Dove 75 Figura 5 Cartaz do filme Deu a louca na Chapeuzinho Vermelho em espanhol 77 Figura 6 Piada gaditana 78 Figura 7 Ora o festa 79 Figura 8 Margarina Am lia 80 Figura 9 Piada em forma de problema matem tico 81 Figura 10 Curriculum vitae de Luiz In cio Lula da Silva pela desciclop dia 82 Figura 11 ndice do romance Dr cula 83 Figura 12 Os ltimos desejos da Kombi 86 Figura 13 An ncio em al
187. leitor pode ter consci ncia da interpreta o final de um est mulo mas n o dos v rios procedimentos ocorridos durante o processo KATO 1999 p 103 104 Normalmente os estudiosos anglo sax es como Rosenshine 1980 tratam as estrat gias cognitivas como habilidades j que as consideram inconscientes Para n s assim como para Woods apud Kato 1999 essa inconsci ncia se d do ponto de vista do processo n o do resultado Os te ricos anglo sax es geralmente consideram estrat gias aquelas conscientes ou metacognitivas 62 Alguns linguistas e psicolinguistas nomeiam como estrat gias os procedimentos inconscientes diferentemente do conceito de estrat gias apresentado por Brown 1980 A autora afirma que quando se fala em estrat gias de leitura s o consideradas as estrat gias metacognitivas Enumera ainda uma lista dessas estrat gias que segundo ela subjazem a qualquer controle planejado e deliberado de atividades que levam compreens o Se a introspec o consciente n o um instrumento seguro para acessar diretamente o inconsciente e se a maior parte do pensamento inconsciente em que medida podemos tratar diretamente de cogni o uma vez que esta se comp e de consci ncia e inconsci ncia Compreendendo as dificuldades para n o dizermos a impossibilidade at este momento de acessarmos a dimens o cognitiva do processamento textual com maior grau de confiabilidade decidi
188. lho com os g neros textual discursivos h bridos tendo em vista que s o estrat gias para alcanzar o sentido do texto e recordar lo o que para n s muito relevante tendo em vista que vamos diagnostic las de modo retrospectivo por meio da intera o durante as atividades de leitura coletiva Al m destas s o importantes as estrat gias que est o mais ligadas ao discurso j que uma de nossas hip teses de que uma abordagem de leitura em l ngua estrangeira pelo vi s dos g neros h bridos mais rent vel para que se alcance um n vel de compreens o cr tico reflexivo Faremos uso da nomenclatura empregada por Gomes 2013 bem como do esquema desenvolvido por ela para mapear as estrat gias que emergir o da intera o aluno texto professor As estrat gias se dividem em capacidade de compreens o relacionadas aos n veis de compreens o superficial e profundo e capacidade de aprecia o que se refere compreens o em n vel cr tico reflexivo Tabela 3 Estrat gias de leitura avaliadas na pesquisa Atividade t pica de sala de aula ATA 1 Capacidade de compreens o Texto 1 1 Ativa o de conhecimentos de mundo 1 2 Antecipa o ou predi o dos conte dos 1 3 Checagem de hip teses 1 4 Localiza o das informa es 1 5 Compara es entre as informa es 1 6 Generaliza es 1 7 Produ o de infer ncias locais 1 8 Produ o de infer ncias globais 2 Ca
189. licerce para o conhecimento lingu stico e no nosso trabalho em particular para o conhecimento interlingu stico Vigotsky 2007 na condi o de sociointeracionista idealiza a aprendizagem como um produto da intera o entre o indiv duo o seu meio e as pessoas desse meio Esse mesmo modo de conceber a aprendizagem extrapolado para a aquisi o da linguagem mais especificamente para aquisi o e aprendizagem dos componentes da leitura seja em l ngua materna seja em l ngua estrangeira Maqueo 2004 observa que na perspectiva vigostskiana os alunos reconstroem seus saberes por meio da intera o de forma conjunta com pares iguais ou mais experientes todos colaborando de forma una para a constru o do conhecimento Posteriormente os saberes compartilhados passam por um processo de internaliza o no qual os indiv duos conseguem empregar o que aprenderam de forma consciente nas diversas situa es Dessa forma as atividades desenvolvidas em sala de aula mbito em que se entrela am os processos de desenvolvimento cultural e pessoal podem ser conjunta colaborativas entre alunos com n vel de desenvolvimento semelhantes ou tutoriais nas quais interagem indiv duos com um desenvolvimento mais avan ado e outros com um desenvolvimento menos avan ado 36 Outra autora que coloca em evid ncia a import ncia da intera o para a aquisi o da linguagem De Lemos 1989 que afirma que quan
190. m ajuda da professora e ajuda de outros alunos havendo portanto a mescla de epis dio de leitura silenciosa com o epis dio 136 de esclarecimento do vocabul rio direcionado pelos alunos As ajudas nesta etapa foram do tipo interna invasiva na qual foi oferecida a resposta que os alunos precisavam para seguir na leitura Neste ponto houve falha de nossa parte pois haveria sido mais produtivo oferecer ajuda do tipo regulat ria direcionando os alunos para a observa o das caracter sticas do g nero e do vocabul rio que lhe pr prio para sanar as dificuldades com termos desconhecidos Depois da etapa de leitura silenciosa de 4min foi solicitada a leitura dos textos por volunt rios Durante a leitura surgiram mais d vidas de vocabul rio desta vez a palavra era desabrido que foi imediatamente traduzida por uma aluna como insosso A professora d as explica es em l ngua espanhola Soso Que no tiene sal Outros alunos d o continuidade leitura epis dio que denominamos de leitura coletiva na qual todos os alunos participam da leitura de textos que s o utilizados com fins educativos com a supervis o do professor sobre os resultados alcan ados S NCHEZ MIGUEL GARC A P REZ Y ROSALES PARDO 2012 P 143 Dando seguimento s atividades de leitura a professora pede para que os alunos realizem uma nova leitura em grupo a fim de buscar elementos capazes de responder a
191. m conforme nos explica Santos 2006 A proposta conexionista nos parece muito tentadora pois ao considerar o processamento da leitura um processamento em paralelo admite conforme Chiele 2004 que a interpreta o do texto tem in cio no momento em que o usu rio da l ngua capaz de identificar o g nero textual discursivo que ler Isso vai ao encontro das nossas cren as sobre leitura No entanto ao basear se em fundamentos neurobiol gicos que somente podem ser comprovados com o uso de programas de computa o capazes de descrever como as redes neuronais interagem para produzir o comportamento neste caso o do leitor faz com que nos afastemos bastante dos nossos prop sitos que podem ser atingidos considerando n o somente quest es de ordem cognitiva mas quest es de ordem social A partir desta breve revis o sobre as teorias de aquisi o da linguagem at o momento expostas verificamos que as rela es estabelecidas entre estas e as condi es sociais de aprendizagem da l ngua n o s o totalmente esclarecedoras Considerando o ato de ler como uma atividade n o somente cognitiva mas tamb m social n o encontramos fundamentos suficientes para fazermos uso destas teorias para o estudo da leitura em espanhol como l ngua estrangeira Krause Lemke 2007 p e em evid ncia tr s abordagens para que possamos entender a aquisi o da linguagem a estrutural a racionalista e a dial gica Evocamo
192. m compreender os sentidos de humor presentes nos textos o que acarretou um olhar exagerado para a estrutura e uma desconsidera o dos elementos respons veis pelo humor o que para muitos era mais uma estrat gia discursiva para vender do que o prop sito final do texto Em rela o quarta atividade julgamos que esta foi muito bem sucedida j que de antem o os alunos identificaram que se tratava de um texto h brido bem como os g neros que o compunham e o papel que cada um desempenhava na constru o dos sentidos do texto Vale a pena lembrar aqui que nossa hip tese era de que a abordagem de leitura pelo vi s da hibridiza o por explorar o g nero de forma mais din mica contribuiria para que os alunos de n vel inicial de l ngua espanhola se tornem leitores mais proficientes tendo em vista que estariam alcan ando n veis mais elevados de compreens o leitora Podemos afirmar que mesmo em semestres iniciais com um conhecimento restrito da l ngua espanhola os alunos foram capazes de interpretar g neros textuais h bridos devido a sua compet ncia enciclop dica e metagen rica que suplantou os problemas com a l ngua certo que neste n vel os alunos ainda ficam muito presos em saber exatamente o que significam as palavras o que compromete os processos inferenciais No entanto oferecidas as ajudas adequadas para remediar algum problema de l xico ou diferen a estrutural entre as l ngua
193. m l ngua espanhola e sim em verificar quais poss veis elementos seriam respons veis pela compreens o leitora em l ngua espanhola especialmente o peso da compet ncia gen rica Paralelo aos achados chomskianos surge tamb m nas d cadas de 50 e 60 do s culo passado por m sem muito sucesso devido s limita es tecnol gicas e ao aparente poder explicativo do paradigma simb lico o conexionismo Este resurgir com xito somente na d cada de 80 por raz o do avan o da rea computacional Segundo Rossa 2004 o surgimento do conexionismo tamb m se deve ao fato de querer dar uma resposta ao behaviorismo e de se opor s ideias inatistas de mente e abstra es existentes nesta mente Atualmente as bases que sustentam o conexionismo possuem suas origens na neuroci ncia Para este grupo de te ricos representado por Plunkett os processos mentais a aquisi o do conhecimento e a aprendizagem da l ngua s o as atividades f sico qu micas das sinapses do c rebro em funcionamento ROSSA 2004 P 20 Podemos perceber que a base do conexionismo neurobiol gica tendo nos elementos computacionais um aliado para replicar o que ocorre no c rebro quando aprendemos verificando segundo os est mulos quais conex es neuronais s o fortalecidas ou enfraquecidas Considera pois a intera o entre o organismo rede neural e o ambiente 30 assumindo a exist ncia de um algoritmo de aprendizage
194. ma declara o de sentimentos desenhos ou imagens em geral e uma assinatura Perceberam que estes elementos estavam presentes nos textos principalmente no texto A1 valendo se de um excelente trabalho interpretativo baseado em infer ncias poss veis de ser realizadas gra as a experi ncia com o g nero em quest o o cart o postal Isso significa que os alunos conseguiram reconhecer tra os de um g nero dentro de outro pelo menos a maioria e apesar da forte presen a dos elementos da receita No final a maioria concordou que n o se tratava de uma receita e sim de um cart o prevalecendo o 141 prop sito comunicativo e n o os elementos estruturais como definidor do g nero conforme advertiu Marcuschi 2008 Este resultado vai ao encontro do pressuposto te rico assumido por Maingueneau 2004 quando o autor afirma que o fato de estarmos em contato constante com os m ltiplos g neros do discurso nos concede o desenvolvimento da compet ncia gen rica por impregna o Para n s esta compet ncia pode ser transferida para outras l nguas estrangeiras principalmente quando estas sejam pr ximas Al m disso o resultado responde ao nosso questionamento a respeito da capacidade de alunos de n vel inicial reconhecer sem muita dificuldade caracter sticas do g nero transgressor e do g nero transgredido pelo menos em se tratando de g neros simples ou comuns pertencentes s esferas mais cotidianas
195. ma l ngua estrangeira quando se aceita que as etapas ou os processos pelos quais se adquire a l ngua estrangeira s o muito semelhantes s etapas e aos processos pelos quais os aprendizes adquiriram suas l nguas maternas sobretudo no que concerne leitura tendo em vista que para Vigotsky 2001 as fun es psicol gicas superiores entre elas a leitura s o produtos do desenvolvimento cultural e interv m para a sua forma o os processos de media o sociocultural t o determinante para o seu desenvolvimento Tabela 40 Texto 23 Rela o entre as cores e as informa es do texto D Texto 23 Rela o entre as cores e as informa es do texto D Ciclo 1 Profesora Bueno cu les son los colores preponderantes y cu l es la relaci n de estos colores en el texto Alumno 9 Negro blanco y rojo Y la relaci n con el texto es el rojo y el blanco con el banco Santander Los colores del banco son destacados en todo el texto El objetivo es apuntar Profesora Apuntar se alar Alumno 9 Asi alar el banco Santander Profesora Muy bien Ciclo 2 Profesora Ni as Alumna 18 El rojo es Santander y o negro y el blanco Alumna 8 el rojo y blanco est asociado a las colores del logotipo de la marca del banco Blanco y el negro para una idea de cuadri o Profesora De comics o tebeos Ciclo 3 Profesora Vale Aqu Alumna 6 Se puede decir aqu en el primer cuadro El rojo para llamar la atenci n haciendo
196. ma piada por outro O texto C1 engra ado por m tem mais elementos de um an ncio que os demais quer dizer h a presen a de um pedido para que os prov veis consumidores entrem em contato e para isso se facilitou um n mero de telefone H portanto a possibilidade de um retorno o que n o h nos demais textos nos quais h caracter sticas de um an ncio mas faltam elementos importantes quer dizer existe a palavra vendo troco ou alugo Para Miranda 2007 esses marcadores gen ricos denominam se de autorreferenciais quando expressa de forma expl cita a categoria gen rica do texto No entanto n o existe indica o de como adquirir o produto algo que a nosso ver indispens vel em um an ncio real Esses marcadores gen ricos que costumam ser facilitadores da constru o de sentido do texto neste caso confunde o leitor que se prende muito a essas marcas autorreferenciais deixando de lado as marcas inferenciais aquelas que expressam de forma impl cita ou indireta a categoria gen rica e que exigem um maior trabalho interpretativo j que exige mais da compet ncia gen rica dos leitores Tabela 36 Texto 20 Caracteriza o do texto C4 como an ncio ou piada Texto 20 Caracteriza o do texto C4 como an ncio ou piada Ciclo 1 Alumna 3 Es un anuncio intentando llamar la atenci n del p blico Alumnos No Alumna 14 Yo creo que es un chiste Alumna 3 pero es Alumna 14 Es un c
197. ma podem servir a esse prop sito o que dificulta a escolha por um nico g nero A respeito de o assunto ser um pedido de desculpas ou mesmo uma tentativa de reconcilia o a carta serviria melhor a este prop sito que a poesia O exerc cio de classifica o dos g neros relevante na medida em que os alunos analisam e refletem sobre as caracter sticas dos textos e contrastam nas em portugu s e em espanhol quer dizer na medida em que isso possibilita a ativa o da consci ncia dos alunos sobre os mecanismos necess rios para a constru o do texto No presente estudo v lido perceber que as constru es textuais n o s o sempre homog neas Isso importante medida que percebemos que a l ngua e os g neros textual discursivos se constroem por meio de uma heterogeneidade ordenada Assumimos portanto desde o in cio deste trabalho o pressuposto de que a compet ncia gen rica relevante para o fortalecimento da compreens o leitora e este vem se confirmando a medida que analisamos as intera es dos alunos durante as atividades de leitura coletiva 151 Tabela 29 Texto 14 Poss vel classifica o gen rica do texto B Texto 14 Poss vel classifica o gen rica do texto B Ciclo 1 Profesora Es un texto en lo que hay caracter sticas de un poema y seg n vosotros tambi n hay caracter sticas de una carta S Alumnos S Profesora Si vosotros pudierais elegir nombrar dir ais que
198. minam na interpreta o final Em l ngua estrangeira o leitor sobretudo em n vel inicial prende se muito a forma externa do texto e aos elementos paratextuais para s ent o avan ar para um n vel mais interpretativo Para a te rica os processos de ativa o de significado n o s o simult neos percep o da forma como comumente acontece em l ngua materna Os leitores participantes da pesquisa ativaram os esquemas gerais do tipo de texto e verificaram incompatibilidades Esta dificuldade se somou a problemas no n vel morfossint tico de identifica o de categorias e fun es al m do n vel sem ntico respons vel pelo conte do o que exigir um processo interativo mais ativo por parte dos alunos para que se possa negociar significado satisfatoriamente para que o conte do p blico constru do seja de qualidade A estrutura de intera o foi do tipo IRF indaga o resposta feedback havendo acr scimo de informa o por parte da professora o que caracteriza uma ajuda de feedback momento em que houve acr scimo reformula o e redirecionamento das informa es Considerando o que observa Maqueo 2004 sobre a perspectiva vigotskiana de intera o neste primeiro momento as atividades desenvolvidas foram predominantemente tutoriais nas quais interagem participantes com um desenvolvimento mais avan ado com outros participantes de desenvolvimento menos avan ado Para n s este inic
199. mos por reconhecer a dimens o cognitiva da leitura abordando a por m neste trabalho pelo vi s das estrat gias empregadas pelo leitor para entender o que l sem nos determos na quest o de serem cognitivas ou metacognitivas O certo que as estrat gias podem atuar como processos mentais ou como procedimentos para a constru o da compreens o daquilo que lemos A maior parte dos trabalhos relacionados compet ncia leitora se centra em dois objetivos fundamentais diferenciar entre as ideias principais e secund rias e ensinar a estruturar a informa o de um texto Alguns fazem refer ncia a outras habilidades que se desenvolvem dentro do processo mas n o aprofundam seus indicadores e o n vel de dom nio Rosenshine 1980 realiza um estudo bastante relevante sobre poss veis listas de habilidades para n s estrat gias de compreens o e chega inicialmente a tr s grupos gerais O primeiro se relaciona localiza o de detalhes o mais simples e envolve reconhecimento par frase e ou combina o O segundo inclui habilidades inferenciais simples e refere se capacidade de fazer infer ncias depois de ler fragmentos ou passagens curtas e a partir da realizar as seguintes a es entender palavras pelo contexto reconhecer a sequ ncia de eventos reconhecer a rela o de causa e efeito e comparar e contrastar J o terceiro grupo relaciona se s habilidades inferenciais complexas que se re
200. nadas pelos alunos no momento da leitura coletiva de g neros h bridos No cap tulo 4 dedicamos um espa o para a discuss o dos g neros texual discursivos h bridos como input para a aprendizagem da l ngua espanhola destacando os tipos de transforma es textuais sofridas pelos g neros pelo vi s da intertextualidade e de outros fen menos textuais com base nos estudos de Genette 2010 Pi gay Gros 2010 Lara 2007 2010 entre outros te ricos que deram importantes contribui es para esta rea de estudos No final do cap tulo fazemos uma reflex o sobre a import ncia dos g neros h bridos para o desenvolvimento da pr tica social da leitura Depois de estabelecermos o alicerce te rico da pesquisa passamos no cap tulo 5 para apresenta o da metodologia Caracterizamos a natureza do estudo e damos destaque aos procedimentos metodol gicos assinalando conforme Thiollent 2011 que se trata de uma pesquisa a o Apresentamos o local da pesquisa e os participantes do estudo Em seguida mencionamos os instrumentos de coleta de dados e estabelecemos os par metros de an lise dos dados de acordo com as teorias de S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 No cap tulo 6 realizamos a an lise e a discuss o dos dados Neste feita uma an lise do manual did tico Nuevo Avance B sico para o 2 semestre conforme os estudos de Grigoletto 1999 e os indicativos de leitura do MCER Po
201. ncia em 49 sala de aula fala se do P s m todo Ou seja diante da impossibilidade de se lidar com metodologias de ensino que parecem querer funcionar como receitas de bolo sendo generalizantes pensadas para funcionar independente do contexto de ensino e de seus participantes Kumaradivelu 2001 prop e o P s m todo como um sistema tridimensional alternativo s metodologias de ensino de l nguas estrangeiras existentes que consiste na pedagogia da particularidade da pr tica e da possibilidade A primeira delas refere se s especificidades inerentes ao contexto ao grupo de professores ao grupo de alunos e aos objetivos de ensino aprendizagem de l nguas estrangeiras estabelecidos pelos participantes deste processo para que o professor saiba quais teorias se ad quam melhor a ele e a seus grupos e al m disso para que ele possa vir a ser um criador de teorias a partir da observa o A segunda delas a pr tica examina a utiliza o de teorias profissionais criadas por especialistas quer dizer o papel do professor n o validar ou executar as teorias criadas por terceiros a partir destas teorias e de sua pr tica docente que deve gerar conhecimentos sobre a melhor coisa a se fazer em sala de aula para que os alunos aprendam A terceira delas a possibilidade relaciona se com a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire quando faz refer ncia s rela es de poder cabendo ao professor mudar esta real
202. niversidad de Granada 2007 MAQUEO Ana Mar a Lengua aprendizaje y ense anza el enfoque comunicativo de la teor a a la pr ctica M xico Limusa Universidad Nacional Aut noma de M xico 2004 183 MARCO COM N EUROPEO DE REFERENCIA PARA LAS LENGUAS APRENDIZAJE ENSE ANZA EVALUACI N Madrid Ministerio de Educaci n Cultura y Deporte Subdirecci n General de Cooperaci n Internacional 2002 MARCUSCHI L A G neros textuais defini o e funcionalidade In DION SIO A P MACHADO A R BEZERRA M A Orgs G neros textuais e ensino Rio de Janeiro Lucerna 2002 p 19 36 _____ Produ o an lise de g neros e compreens o S o Paulo Par bola 2008 MATEUS M H M et al Gram tica da L ngua Portuguesa 5 edi o revista e aumentada Lisboa Editorial Caminho Colec o Universit ria S rie LINGU STICA 2003 1127 p MATOZZO A A Do hibridismo ao interg neros uma an lise da forma e do prop sito comunicativo In Luminaria Vol 1 no 9 2008 MCCLELLAND J D amp RUMELHART D E Parallel distributed processing explorations in the microstructure of cognition psychological and biological models V 2 Cambridge MIT 1986 MILLER Carolyn R Genre as social action In FREEDMAN Aviva MEDWAY Peter eds Genre and the new rhetoric London Taylor amp Francis 1994 p 23 42 MIRANDA F Aspectos do cruzamento de g neros como estrat gia discursiva In MARQUES M A et al Orgs P
203. no o de texto passou por uma s rie de mudan as de acordo com as diferentes concep es de estudo desde a base gramatical texto como frases complexas a concep o semi tica texto como signo complexo a concep o sem ntica texto como alargamento tem tico focado nas macroestruturas a concep o pragm tica texto como ato de fala complexo a concep o discursiva texto como produto terminado de uma a o discursiva a concep o comunicativa texto como mecanismo espec fico de concretiza o da comunica o verbal a concep o cognitivista texto como processo que movimenta opera es e processos cognitivos e finalmente a concep o sociocognitivo interacional texto como ambiente de intera o entre os atores sociais e de constru o interativa de sentidos Dessa forma poss vel perceber que atualmente a Lingu stica de Texto centra seu objeto de estudo no texto como processo considerando o como uma entidade que opera de forma sociocognitivo interacional para a constru o dos sentidos Para Cavalcante Pinheiro Lins e Lima 2010 as pressuposi es de face sociocognitivo interacional impulsionaram a reflex o de que nenhum texto totalmente expl cito e que para que os interlocutores cheguem compreens o necess rio que ativem m ltiplos conhecimentos compartilhados 93 Para Leite apud Cavalcante Pinheiro Lins e Lima 2010 h alguns elementos imprescind veis
204. no de L nguas Estrangeiras A leitura notadamente relevante dentro do ensino aprendizagem de l nguas estrangeiras O reconhecimento de sua import ncia hist rico pois se rememorarmos a trajet ria das Metodologias de Ensino de L nguas Estrangeiras veremos que desde seu in cio 45 j com o M todo da Gram tica e Tradu o esta habilidade foi vista como priorit ria para o dom nio de uma l ngua estrangeira O M todo da Gram tica e Tradu o foi originalmente pensado para dar conta dos estudos de l nguas cl ssicas como o grego e o latim que estiveram presentes nas escolas at meados do s culo XX Segundo Leffa 1988 este m todo teve a maior dura o na trajet ria do ensino de l nguas e foi o que sofreu mais cr ticas No entanto apesar das cr ticas ainda hoje empregado mesmo de modo espor dico tendo sofrido adapta es para se adequar a finalidades mais espec ficas Como o nome sugere o enfoque se direcionava em torno da tradu o e vers o de textos essencialmente liter rios tendo em vista que estes eram usados para desenvolver a habilidade de leitura o que garantia o acesso cultura da l ngua estrangeira e s suas manifesta es art sticas O estudo da l ngua estrangeira era realizado em l ngua materna quer dizer todas as explica es referentes aos mecanismos necess rios para formar frases entender um texto ou apreciar um autor eram dadas em l ngua materna
205. nten o do autor processos psicol gicos vari veis lingu sticas intera o com o texto associa o de est mulos l gica de articula o de ideias etc Para o presente estudo as palavras chave capazes de definir algo t o sumamente complexo e heterog neo giram em torno das ideias de intera o contexto social e cogni o Tais ideias devem estar associadas s estrat gias ou aos processos psicol gicos que os leitores acionam para compreender e com s caracter sticas dos textos Sobre a compreens o Rosenshine 1980 indica em seus estudos que h tr s tipos a saber compreens o literal interpretativa ou inferencial e leitura cr tica A literal refere se ao significado da palavra pistas de contexto significado da senten a e organiza o do par grafo a habilidade para derivar significado expl cito do texto Sobre a leitura interpretativa ou inferencial o autor inclui chegar a conclus es fazer infer ncias a partir do que lido identificar finalidade antecipar os resultados fazer generaliza es e reconhecer a ideia principal A leitura cr tica refere se a reconhecer a diferen a entre fato e opini o reconhecendo a l gica dos argumentos e julgando a adequa o dos argumentos e das conclus es importante esclarecer que este estudo constitui se um dos estudos seminais sobre tipos de compreens o leitora e por essa raz o vale a pena mencion lo apesar de n o o utilizarm
206. nversa telef nica ou um bilhete mas nem todos os indiv duos ser o capazes de produzir e receber satisfatoriamente um ensaio acad mico Nisso est o envolvidas quest es de ordem social de acesso aos bens de consumo e de letramento Dessa forma a sala de aula se torna um lugar oportuno para o desenvolvimento sistem tico n o s da compet ncia lingu stica mas tamb m da compet ncia enciclop dica e da compet ncia gen rica Grande parte dos g neros textual discursivos produzido nas diferentes comunidades nacionais e internacionais passa por uma s rie de transforma es a fim de se tornarem mais atrativos ao seu p blico Acreditamos ser extremamente relevante estudar quais os efeitos dessas escolhas textuais e discursivas para a compreens o dos leitores Por ser professora de l ngua espanhola para n s oportuno analisar a intera o entre leitor texto professor na constru o do sentido de g neros textual discursivos pelo vi s da hibridiza o No entanto para dar in cio a tal discuss o relevante considerarmos os conceitos de texto discurso e de sociocogni o postulados atualmente pela Lingu stica de Texto bem como o di logo entre esta e outras abordagens do texto e do discurso CAVALCANTE PINHEIRO LINS E LIMA 2010 A ponte respons vel pelo di logo entre as abordagens de texto e as abordagens do discurso a enuncia o j que desta se originam os textos e as rela es dial g
207. o estudo N o ser cobrado nenhum valor para sua participa o assim como n o haver ressarcimento por contribuir com o Estudo Na conclus o do Estudo os benef cios dessa pesquisa poder o contribuir para facilitar uma discuss o junto Universidade Federal do Cear e s demais institui es onde a pesquisa est sendo realizada As pesquisadoras se encontram dispon veis a esclarecer qualquer d vida durante e ap s a pesquisa por meio dos contatos Let cia Joaquina de Castro Rodrigues Souza e Souza telefone para contato 55 85 88467604 e mail leticiajoaquina yahoo com br endere o Av da Universidade 2853 Benfica Fortaleza CE CEP 60020 181 Centro de Humanidades Departamento de Letras Estrangeiras e a Profa Dra Ana C lia Clementino Moura e mail acmoura ufc br endere o Av da Universidade 2853 Benfica Fortaleza CE CEP 60020 181 Centro de Humanidades Departamento de Letras Vern culas Procurar as pesquisadoras em hor rio comercial no endere o supracitado Para informar qualquer questionamento durante sua participa o no estudo dirija se ao Comit de tica em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal do Cear no endere o Rua Cel Nunes de Melo 1127 Campus Rodolfo Te filo Bairro Rodolfo Te filo CEP 60430 270 Fone 85 33668344 Fortaleza CE O Estudo obedece Resolu o 466 12 do Conselho Nacional de Sa de Minist
208. o mantendo a inten o comunicativa do primeiro No entanto ser que podemos considerar este fen meno como intertextual A partir de considera es mais recentes sobre o tema tentaremos discutir ainda que de forma parcial se esta transforma o pode ser considerada de natureza intertextual tendo como base estudos atuais sobre o fen meno da mescla de g neros que nos fazem pensar que a quest o vai muito al m da terminologia j que se trata pois de uma demanda conceitual Matozzo 2008 questiona a terminologia adotada por Koch e Elias 2006 O autor defende que se trata de um equ voco utilizar os termos intertextualidade interg neros e 80 hibridiza o como sin nimos pois para ele a intertextualidade rela o que um texto mant m com outro manifesta se a partir de retomadas internas quer dizer para ele somente h intertextualidade entre o que est escrito J no caso do hibridismo para o autor termo adequado para referir se transforma o de um g nero em outro n o h uma retomada interna e sim uma nova caracteriza o do g nero a retomada seria de natureza externa estrutural Em outras palavras para Matozzo 2008 a rela o entre dois g neros pode ser de intertextualidade quando por exemplo uma m sica retoma uma poesia em uma rela o interna mas n o estrutural No entanto se um poema tiver a fun o de uma propaganda a rela o ser h brida e n o inte
209. o componentes cruciais para o desenvolvimento das capacidades dos aprendizes pois estas t m um papel preponderante na comunica o O documento destaca ainda que a intera o alberga tanto as atividades de compreens o como as atividades de express o assim como aquelas atividades inerentes constru o de um discurso conjunto estando portanto todas as estrat gias de compreens o e express o diretamente relacionadas intera o Alega que al m da exposi o material de entrada input compreens vel a participa o ativa na intera o uma condi o necess ria e suficiente para o desenvolvimento da l ngua estrangeira Alguns postulados de Vigotsky e Bakhtin no que diz respeito ao papel da cultura e da linguagem na constru o do conhecimento servem de alicerce tamb m para pensarmos no ensino de l nguas estrangeiras de modo geral e do ensino da l ngua espanhola em particular 42 Conforme evidenciamos anteriormente a maior contribui o da teoria vigotskiana sobre a aquisi o da linguagem o reconhecimento de que esta se constitui a partir do contato quer dizer com a pr tica social e a aprendizagem se configura na coletividade por meio do processo de intera o Neste sentido o professor exerce o papel de mediador figura respons vel por auxiliar o aprendiz na tarefa de alcan ar discursos mais complexos por meio da l ngua e da produ o e compreens o de g neros textual di
210. o da linguagem e sua lei de estado de consci ncia que segundo o autor composta por duas fases a primeira fase de desenvolvimento autom tico e inconsciente relacionada cogni o a segunda fase relacionada metacogni o em que se observa aumento gradual ao controle ativo desse conhecimento Para Gaskins e Elliot 2005 tanto as estrat gias cognitivas como as metacognitivas comp em a lista de estrat gias ditas como centrais quer dizer aquelas que os bons alunos sabem e conseguem por em pr tica de forma aut noma para processar com sucesso as informa es do texto Trata se portanto de estrat gias que exigem um comprometimento ativo por parte dos alunos no sentido de construir significados adquirir dom nio da compreens o recordar conceitos e monitorar as vari veis envolvidas na tarefa de ler em l ngua estrangeira importante destacar que quando se fala em estrat gias de leitura alguns te ricos s levam em considera o aquelas de natureza cognitiva e outros levam em considera o somente aquelas de natureza metacognitiva Woods n o nega a exist ncia de estrat gias conscientes mas afirma que o processamento consciente em grande parte sequencial e vagaroso enquanto as estrat gias de processamento subconscientes aplicam se de forma extremamente r pida do meio para as extremidades esquerda e direita podendo v rias estarem operando paralelamente No processo de leitura o
211. o e em seguida uma leitura coletiva com a finalidade de contrapor o g nero h brido com o g nero tradicional Ser dado um tempo para a manifesta o dos alunos quanto ao texto lido Apresenta o de perguntas orais para que fosse poss vel verificar como se constitui uma historinha em quadrinhos e por que ela foi utilizada para compor a propaganda a Qual o assunto do texto b Que cores foram preponderantes no texto Essas cores t m alguma rela o com o produto c Quais s o os g neros textuais presentes no texto d Quais dificuldades voc encontrou para o entendimento do texto e Acredita que neste formato a propaganda tem um efeito maior de persuas o do que no formato tradicional Como se p de perceber os textos com exce o do texto B s o apresentados completos e em sua forma original Estes foram extra dos de discursos sociais habituais com temas muito variados da atualidade e com conte do facilmente identific vel O pr ximo passo concerne realiza o da an lise do perfil dos participantes e das intera es provenientes da resolu o das atividades propostas com g neros textual discursivos h bridos para o 2 semestre da Casa de Cultura Hisp nica 6 3 An lise do perfil dos participantes No semestre letivo de 2014 1 havia quatro grupos de 2 semestre o grupo A funcionava s segundas e s quartas das nove e trinta s onze e dez da manh o grupo B 129 funcionava s ter as e
212. o e a cogni o social bem como sua ativa o no sistema da mem ria 64 Para o presente estudo ser importante tamb m verificar quais s o as estrat gias de leitura empregadas durante a leitura de g neros textual discursivos h bridos ou melhor avaliar quais s o as estrat gias acionadas quando colocamos em evid ncia a import ncia n o somente do conhecimento lingu stico mas dos conhecimentos gen ricos e enciclop dicos Autores como Ganskins e Elliot 2005 discutem uma lista central de estrat gias que s o consideradas importantes e que permeiam praticamente todos os estudos nesta rea Estas estrat gias consideradas como centrais s o aquelas acionados pelos bons leitores quando estes processam a informa o presente nos textos de forma aut noma importante evidenciar que fazem parte deste rank tanto as estrat gias de natureza cognitiva como as metacognitivas explicadas anteriormente como processos de pensamento que se faz uso para atingir uma meta concreta de pensamento cognitivas e aquelas que incluem um componente de consci ncia dos fatores que afetam o pensamento e o modo como controlar esses fatores as metacognitivas Uma das primeiras estrat gias que podemos mencionar concerne ativa o do conhecimento pr vio na qual os leitores recordar o o que conhecem sobre os items no arcabou o mental desenvolvido durante o processo de explora o quer dizer integrar o e compara
213. o em termos de d ade leitor texto e sim em termos de tr ade leitor texto professor j que n o podemos desconsiderar o papel do professor nas atividades de leitura o que de acordo com o nosso ponto de vista faz com que avancemos para a cria o de uma abordagem de leitura mais apropriada que possibilite um desenvolvimento mais eficiente da a o social de ler dentro de cursos livres A media o leitora exige hoje o uso de estrat gias que se sustentem em base metodol gica s lida sendo assim muito importante que o mediador conhe a e domine recursos e instrumentos necess rios para integrar os leitores com as mais variadas tipologias de leitura importante que as atividades sejam volunt rias e continuadas que os textos escolhidos sejam adequados ao n vel dos alunos que lhes sejam oferecidos textos completos 54 pois se s o fragmentos devem ter vida pr pria e que a experi ncia possa ser reproduzida em outros contextos e com outros alunos 3 2 Os tipos de compreens o leitora e as principais dificuldades dos aprendizes Segundo Vall s Ar ndiga e Vall s Tortosa 2006 existem numerosas defini es para a compreens o leitora sobretudo se consideramos as orienta es metodol gicas de cada um dos autores que desenvolvem estudos neste mbito Algumas das express es ou termos envolvidos na defini o de compreens o leitora se relacionam com as palavras significado mem ria i
214. o g nero poema presentes no texto B Ciclo 1 Profesora Aqu Bueno ya La b Cu les son las caracter sticas del g nero poema presentes en el texto Alumno 2 La estructura Alumno 1 La estructura Profesora Uno por vez y alto si sois amables Alumna 14 Versos Alumna 3 Estrofe Profesora En espa ol nosotros decimos estrofas Alumno 13 Hay rima tambi n Profesora Versos rimas Alumno 1 La sonoridad La melod a Profesora M trica melod a Alumno 13 Estilo dram tico Alumno 1 Lirismo Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 Tabela 28 Texto 13 Caracter sticas do g nero carta presentes no texto B Texto 13 Caracter sticas do g nero carta presentes no texto B Profesora Bueno y cu les son las caracter sticas del g nero carta presentes en el texto Alumno 1 La introducci n mi especial simo amigo Alumno 13 El local Alumna 4 La saludaci n Profesora Saludo Lugar Alumno 13 Formalidad Alumno 2 La amiga hablando directamente Profesora La amiga Alumno 2 En el final ella habla yo no espero tu respuesta Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 Sendo os alunos de n vel inicial capazes de reconhecer marcas do g nero poema e do g nero carta dentro do texto B perguntamos lhes quais caracter sticas eram mais 150 determinantes para uma poss vel classifica o gen rica do texto Lembramos que o t tulo do texto Carta em forma de poema foi propositalm
215. o uma rea o um caminho mais vi vel para conceber o ensino de l nguas estrangeiras Este caminho bastante antigo e parece haver 46 evidencias de que seu uso date do in cio do s culo XVI na figura de Montaigne ensa sta franc s que aprendeu latim atrav s do M todo Direto j na d cada de 1530 Era priorizado o pensar na l ngua estrangeira para poder se comunicar nesta A leitura permanece sendo uma das habilidades privilegiadas por m neste per odo o seu desenvolvimento se d de forma conjunta habilidade de fala e aquisi o de vocabul rio por meio de textos e situa es propostas A nfase vai se deslocando aos poucos para a l ngua oral mas a escrita est presente j nas primeiras aulas H um crescente uso de di logos situacionais e pequenos trechos de leitura d o o start realiza o de exerc cios orais e escritos funcionando ainda a leitura como forte elo entre a l ngua e o aprendiz Leffa 1988 menciona em seus estudos que os Estados Unidos da Am rica n o se mostraram favor veis ao M todo Direto tendo em vista que para os educadores norte americanos da poca o trabalho com a oralidade n o deveria ser o objetivo principal do ensino de l nguas nas escolas secund rias americanas j que o ensino de l nguas estrangeiras deveria ter como principal objetivo desenvolver o gosto pela cultura e pela literatura do povo estudado quer dizer primavam ainda pelos p
216. ocal do Estudo A pesquisa se realizou em uma institui o brasileira que foi escolhida levando se em conta o seu p blico alvo sendo este constitu do em boa parte por alunos universit rios de diferentes gradua es que buscam o estudo da l ngua espanhola como complemento de sua forma o acad mica e profissional A institui o a Casa de Cultura Hisp nica centro de l ngua espanhola da Universidade Federal do Cear O referido centro foi fundado em 1961 e desde ent o contribui notavelmente para o estudo da l ngua espanhola e para o desenvolvimento cultural do Estado De acordo com as informa es do s tio eletr nico6 a institui o conta atualmente com cerca de mil alunos distribu dos ao longo dos sete semestres de l ngua espanhola 6 Casa de Cultura Hisp nica dispon vel em http www culturahispanica ufc br 98 Acredit vamos que a institui o tinha m ritos suficientes para abrigar uma pesquisa como a que desenvolvemos por ser receptiva a pesquisadores que necessitam contar com a colabora o de seus alunos e professores 5 3 Participantes do Estudo Alunos de n vel inicial de l ngua espanhola da Casa de Cultura Hisp nica UFC fizeram parte do estudo tendo em vista que um de nossos objetivos era verificar os efeitos das ajudas propiciadas pela professora investigadora para a intera o entre alunos e g neros h bridos j que os alunos nesta etapa t m menos conhec
217. ollent 2011 e Trivi os 2011 nos proporcionaram o alicerce para decidir sobre a aplica o dos poss veis instrumentos do nosso estudo Esses autores contribu ram principalmente para delimitar as t cnicas de pesquisa e coleta de dados Nos t picos subsequentes trataremos de caracterizar nosso estudo com base nos autores supracitados de descrever nosso ambiente de pesquisa de explicitar quest es sobre os procedimentos e os participantes e finalmente de tratar dos instrumentos utilizados para a coleta de dados 5 1 Natureza do Estudo Com base em Silva 2001 classificamos nossa pesquisa do ponto de vista da sua natureza como aplicada tendo em vista que os dados foram coletados com os indiv duos inseridos em seu ambiente de estudo por meio de atividades pr ticas de leitura coletiva de g neros textual discursivos pelo vi s da hibridiza o quer dizer analisamos a gera o de conhecimentos para a aplica o pr tica direcionada solu o de problemas espec ficos no presente estudo foi a proposta de considera o dos g neros textual discursivos h bridos nas estrat gias de compreens o leitora e nas atividades que explorem isso Do ponto de vista da abordagem do problema classificamos nossa investiga o como qualitativa j que optamos por fazer uma descri o verbal minuciosa 96 Nossa pesquisa se caracteriza tamb m como descritiva j que visamos descrever o comportamento dos a
218. ompreens o leitora em geral do MCER A2 Compreende textos breves e simples sobre assuntos cotidianos se cont m vocabul rio muito frequente e cotidiano ou relacionado com o trabalho Compreende textos breves e simples que contenham vocabul rio muito frequente incluindo uma boa parte de termos de vocabul rio compartilhado a n vel internacional A1 capaz de compreender textos muito breves e simples lendo frase por frase captando nomes palavras e frases b sicas e correntes e voltando a ler quando o necessite Fonte MCER 2002 p 71 tradu o da autora 11 Podemos observar que em termos de extens o e vocabul rio os textos que aparecem nas unidades did ticas destinadas ao segundo semestre est o conforme as indica es do MCER j que a maioria deles muito simples e apresenta vocabul rio transparente para os alunos brasileiros O que podemos verificar que h um foco muito grande nas compet ncias necess rias para que haja o reconhecimento das palavras escritas com rapidez e precis o quer dizer o foco de aten o se dirige n o poucas vezes para a mec nica leitora ao inv s de se deter nas compet ncias necess rias para a compreens o do discurso No entanto acreditamos que os alunos lus fonos de espanhol como l ngua estrangeira n o devem ter tantas dificuldades com a mec nica leitora j que al m de possu rem sistema gr fico semelhante possuem um l xico comum numeroso 11 A1 Es
219. onal e o estilo verbal de uma poema constr i se uma interessante estrat gia discursiva Pr atividade 1 Realiza o de uma atividade sobre an ncios ANEXO 4 2 Discuss o sobre a forma pela qual antigamente as pessoas poderiam se conhecer melhor como por exemplo a carta 3 Leitura de uma carta convencional ANEXO 5 P s atividade 1 Discuss o sobre os aspectos composicionais dos textos S ntese das atividades 1 Depois de realizada a atividade da p gina 76 do livro Nuevo Avance B sico sobre os an ncios haver uma discuss o sobre a forma pela qual antigamente as pessoas poderiam se conhecer melhor como por exemplo a carta 2 Oferecer um modelo de carta presente na p gina 67 do livro Nuevo Avance B sico na qual os alunos ter o acesso leitura de uma carta 3 A xerox do texto B ser entregue a todos os alunos com a aus ncia de t tulo e subt tulo 4 Os alunos far o uma leitura silenciosa do texto e em seguida uma leitura coletiva com a finalidade de contrapor o g nero h brido carta tradicional Ser dado um tempo para a manifesta o dos alunos quanto ao texto lido Apresentaremos perguntas orais para que fosse poss vel verificar como se constitui um poema e por que ele foi utilizado para compor a carta a Quais dificuldades voc encontrou para entender o texto b Qual o assunto do texto c No texto lido que caracter sticas gen ricas foram encontradas Por aten o ao poema d Quais outr
220. os como par metro terminol gico para a an lise dos dados de leitura J para S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 os processos que interv m na referida atividade mental podem ser intr nsecos leitura e compreens o da l nguagem processos frios ou estarem relacionados ao car ter motivacional emocional processos quentes Os primeiros se manifestam em atividades como identificar o tema global do texto extrair as ideiais gerais separando os elementos prim rios e secund rios ou ainda reparar nas rela es entre as ideias Dessa forma assim como Rosenshine 1980 os autores falam em tr s tipos de compreens o superficial processos locais e globais profunda 55 processos de integra o texto conhecimentos e cr tico reflexiva processos de autorregula o Os processos de car ter motivacional emocional apresentam tr s fases a deliberativa pr via leitura ligada aos motivos e s cren as que despertam a leitura a segunda a volitiva que ocorre durante a leitura e se relaciona confer ncia das metas e a terceira avaliativa posterior leitura na qual se interpretam os resultados da leitura A fim de nos fazermos entender reproduziremos aqui a tabela proposta por S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 sobre um poss vel modelo para o entendimento da compreens o leitora Tabela 2 Um modelo completo para entender a compreens o leitora
221. ossam se tornar mais adequados a alunos professores e situa es espec ficas Na prepara o de determinada aula os professores podem por exemplo decidir utilizar somente parte de uma unidade acrescentar ou excluir textos ou atividades substituir ou complementar textos ou atividades de outras fontes TOMLINSON E MASUHARA 2005 P 19 Os motivos para a adapta o de materiais podem se dar porque os materiais n o abrangem a diversidade cultural do grupo ou porque n o favorecem determinados estilos de aprendizagem como tamb m pelo fato de o material se ater principalmente a aspectos gramaticais sendo o objetivo do curso desenvolver estrat gias comunicativas ou finalmente 119 pelo fato de os textos serem interessantes mas as atividades serem fastidiosas e n o parecerem explor los em todo o seu potencial Para o presente estudo faz se necess rio adaptar o material utilizado j que sabemos que nenhum material completo por si s sendo necess ria a interven o do professor para melhor lo e adequ lo s necessidades dos seus alunos Dessa forma nosso intuito a partir dos g neros presentes nos materiais ficha de dados carta pessoal cart es postais pequenos artigos an ncio propaganda e mail conversa eletr nica entrevista e carta de restaurante assim como das indica es de profici ncia leitora do MCER criar atividades de leitura coletiva por meio de g neros textual discursivos h
222. outorado Beatriz Germana e L dia pela parceria pelo respeito e pela admira o minha amiga Angelane pelos momentos de descontra o e alegria que deixaram esta caminha bem mais leve toda equipe que comp e a secretaria do PPGL em especial ao Eduardo e Vanessa Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina Cora Coralina RESUMO O presente estudo pertence rea da aquisi o e est diretamente relacionado ao tema da compreens o leitora considerando aspectos da varia o de textos escritos Neste se discute a relev ncia do contato entre aprendizes lus fonos de l ngua espanhola e g neros textuais h bridos para a pr tica social da leitura Levantamos para o desenvolvimento desta tese a seguinte indaga o como uma abordagem de leitura em l ngua espanhola em cursos livres tendo como ferramenta os g neros textuais h bridos contribui para a compet ncia leitora de alunos de n vel inicial De modo espec fico faz se necess rio a estabelecer rela es entre as propostas de leitura oferecidas pelo manual did tico do curso de l ngua espanhola analisado e a proposta de leitura abordada atrav s da hibridiza o b verificar o que se pode fazer quando se utilizam g neros textuais discursivos h bridos nas aulas de E LE que tipos de ajuda podem emergir quais os processos mobilizados durante a leitura e como se organiza a part
223. ova g neros h bridos Al m desta podemos citar a estrat gias de antecipa o ou predi o dos conte dos quando foi feita uma suposi o sobre que tipo de informa o seria apresentada baseados em marcas gen ricas Os alunos puderam usar ainda como estrat gia de leitura a chegagem de hip teses quando estes verificavam se as quest es previas leitura confirmavam ou n o o conte do textual imaginado Outra importante estrat gia utilizada diz respeito localiza o das informa es momento em que os leitores identificavam o problema sobre o qual gira a a o e localizaram as informa es mais relevantes para o entendimento do texto Podemos mencionar ainda o uso de estrat gias de compara o entre as informa es quer dizer estabelecimento de v nculos entre o que sabiam e as novas informa es bem como aten o s semelhan as e s diferen as dentro da nova informa o Estabeleceram tamb m generaliza es que puderam ser percebidas pela genaraliza o de comportamentos por exemplo N o podemos deixar de mencionar a realiza o de infer ncias locais e globais quer dizer o recolhimento de fatos sobre uma situa o da informa o apresentada e a combina o com informa es ou cren as pr vias para tirarem conclus es Al m destas foram ativadas importantes estrat gias ligadas ao discurso o que confirmou uma de nossas hip teses A de que uma abordagem de leitura em l
224. pacidades de aprecia o e r plica do leitor em rela o ao texto _____ 2 1 Recupera o do contexto de produ o de texto 2 2 Percep o de rela es intertextuais 2 3 Percep o de rela es interdicursivas 2 4 Percep o de outras linguagens 2 5 Elabora o de aprecia o est tica e ou afetiva 2 6 Elabora o de aprecia es relativas a valores ticos e ou pol ticos Fonte Adaptado de GOMES 2013 66 Havendo refletido sobre a leitura em l ngua estrangeira seu papel dentro das diferentes metodologias de ensino de l nguas estrangeiras o seu processamento os n veis de compreens o os condicionantes da compreens o e as estrat gias de leitura cabe nos avaliar a import ncia de se pensar as atividades de leitura em torno dos g neros textual discursivos h bridos considerando o car ter de inova o dos textos para o trabalho com a compreens o em n veis iniciais de estudo da l ngua espanhola 67 4 OS G NEROS TEXTUAL DIRCURSIVOS H BRIDOS COMO INPUT PARA A APRENDIZAGEM DE L NGUA ESTRANGEIRA Os estudos sobre g neros n o constituem uma atividade essencialmente nova Suas origens podem ser explicadas se recorrermos ao pensamento de grandes fil sofos da Antiguidade como Arist teles um dos primeiros se n o o primeiro a pensar o texto n o como uma simples abstra o e sim como algo cuja forma depender da situa o vivida no entanto sem se desligar d
225. pelo MCER que em seus n veis de comuns de refer ncia para a compreens o leitora indica que no n vel A1 os alunos ser o capazes de ler textos breves como letreiros cartazes e cat logos j no n vel A2 os alunos ser o capazes de ler an ncios publicit rios bulas card pios quadro de hor rio e cartas pessoais breves e simples Nos seguintes n veis aparecem g neros textuais como artigos especializados informes prosa liter ria contempor nea e outros g neros do universo liter rio No que concerne ao contexto externo de uso o MCER faz uma divis o gen rica textual conforme o mbito de atua o O primeiro deles o mbito pessoal no qual os alunos devem conseguir ler teletextos garantias e instru es receitas romances propagandas folders publicit rios e cartas pessoais O segundo mbito p blico no qual os alunos devem ser capazes de ler avisos p blicos etiquetas e embalagens bilhetes letreiros contratos e card pios serm es e hinos O terceiro mbito profissional Neste os alunos devem ser competentes na leitura de cartas de neg cios informes manuais de instru o publicidade e cart es de visita O quarto mbito o educativo no qual os alunos devem ser capazes de ler textos aut nticos conforme os citados anteriormente manuais did ticos guias artigos de jornal sum rios resumos e dicion rios As indica es de g nero voltam a aparecer nas tabelas descritoras
226. perspectiva interacionista da aquisi o de segundas l nguas parte da ideia de que a aquisi o de uma l ngua mais efetiva se houver mais oportunidades de negocia o do significado Para Long 1985 o elemento principal da aprendizagem n o reside necessariamente no input recebido pelos alunos e sim no processo pelo qual esse input se torna compreens vel 34 Em l ngua estrangeira geralmente os alunos s o expostos a g neros breves de uma esfera mais imediata de comunica o e somente depois s o expostos a g neros provenientes de uma comunica o cultural mais complexa quer dizer costuma se trabalhar numa perspectiva krasheniana de i 1 na qual os aprendizes s o expostos ao que j conhecem com um grau a mais de dificuldade Entretanto se pensarmos em uma situa o comunicativa e interativa mais natural veremos que comum que haja transforma es no input no presente estudo nos g neros textual discursivos capazes de superar tal f rmula e encontrar na pr pria intera o mecanismos para solucionar poss veis transforma es ou mesmo dificuldades o que acarretaria uma aquisi o ou uma aprendizagem mais natural Conforme vem sendo anunciado ao longo deste trabalho valer nos emos das contribui es de Vigotsky 2001 2007 e 2008 para o entendimento das rela es entre aprendizagem e meio social assim como das rela es entre o desenvolvimento do pensamento e a linguagem O t
227. piada an ncio Foram utilizados quatro textos C1 C2 C3 e C4 Durante a realiza o da atividade os alunos n o foram distribu dos em grupos Depois de estudarmos as partes da casa na se o vivenda p gina 80 e resolvermos os exerc cios concernentes ao conte do did tico mencionado entregamos aos alunos o texto C1 no qual h uma mulher que enumera os servi os dom sticos que seu marido capaz de fazer a fim de alug lo As perguntas realizadas eram as mesmas para os quatros textos a saber a Qual o assunto do texto b No texto lido que caracter sticas do g nero an ncio foram encontradas c Um an ncio escrito com qual finalidade Que fatores podem comprovar isso Destaque os no texto d Em sua opini o por que o autor desenvolve a piada por meio do an ncio e e Quais dificuldades voc encontrou para o entendimento do texto Foi solicitado aos alunos que estes realizassem uma leitura silenciosa do texto Durante a leitura alguns dos alunos pediram a ajuda da professora a fim de solucionar d vidas referentes ao vocabul rio No entanto a professora pediu que nesse primeiro momento eles tentassem inferir o significado das palavras pelo contexto j que ela havia indicado que o tema do texto fazia refer ncia s partes da casa e ao que se pode fazer quando algo n o est funcionando adequadamente neste lugar A instru o foi dada no intuito de que os alunos pudessem se dis
228. picamente de la receta Alumno 2 Las medidas Alumno 1 La cucharada tazas la enumeraci n el procedimiento Alumno 2 Los verbos en imperativo Alumno 1 Las cantidades el modo de hacer Alumno 2 Hasta la nota aqu ac que en algunas recetas hay tambi n en el final Fonte Grava o do dia udio do dia 17 02 2014 Os alunos tamb m conseguem identificar a finalidade de uma receita Como podemos perceber na tabela 18 alguns associam a receita diretamente comida o que podemos confirmar com passagens como matar a fome ajudar a cozinhar servir de orienta o respeito prepara o de alimentos Em contrapartida verificamos tamb m que h alunos que associam a finalidade da receita n o somente com a prepara o de alimentos mas com algo mais geral Para estes a ideia de receita se relaciona com procedimentos para se alcan ar um objetivo procedimentos para facilitar a execu o de algo que est al m da comida 140 Esse dado nos parece bastante interessante haja vista que o alargamento da concep o de receita quer dizer pensar em receita em uma perspectiva mais ampla nos permite associ la a outros g neros textual discursivos que compartilhem a finalidade de facilitar uma execu o ou atingir um determinado objetivo Tabela 18 Texto 4 Finalidade do g nero receita no texto A1 e A2 Texto 4 Finalidade do g nero receita no texto A1 e A2 Ciclo 1 Profesora Vale Ok Bueno de la D
229. postura de que as dificuldades durante a leitura em l ngua espanhola s o praticamente inexistentes Se f ssemos considerar somente as atividades de leitura propostas pelo manual did tico conforme avaliamos em se o anterior seria f cil entender e admitir a exist ncia de pouca ou nenhuma dificuldade na leitura de l ngua espanhola j que o perfil da maioria dos participantes o de pessoas letradas acostumadas aos mais diversos tipos de leitura No entanto se considerarmos a totalidade das leituras que eles afirmam ter contato quase imposs vel n o admitir que dificuldades de compreens o leitora apare am seja por um l xico mais espec fico ou por falta de elementos culturais necess rios para uma adequada interpreta o Outro questionamento que nos pareceu importante foi o de investigar se os participantes compreendiam com facilidade a maioria das palavras em l ngua espanhola Conforme podemos verificar no gr fico 2 grande parte dos participantes afirma n o ter problemas em reconhecer a maioria das palavras em l ngua espanhola Acreditamos que isso se d por se tratarem o portugu s e o espanhol de l nguas aparentadas com grande quantidade de l xico transparente o que facilita a leitura em l ngua espanhola e permite a constru o de atividades de leitura que explorem menos as compet ncias necess rias para o reconhecimento da palavra quer dizer da mec nica leitora e mais atividades de
230. prendizagem da l ngua se concretizasse No que diz respeito leitura acreditamos que grande parte do conhecimento adquirido durante a atividade de leitura em l ngua materna l ngua portuguesa tais como conhecimento lingu stico conhecimento enciclop dico e conhecimento gen rico podem ser transferidos ou aproveitados satisfatoriamente durante a aquisi o da compet ncia leitora em l ngua estrangeira l ngua espanhola n o tendo o aluno que come ar do zero a partir da cria o de novos h bitos sobretudo no que concerne compet ncia gen rica haja vista que os g neros textual discursivos se configuram nas pr ticas sociais compartilhadas em grande medida pelos usu rios das duas l nguas em quest o Chomsky considerando as ideias de Plat o e Descartes acabou liderando o paradigma simb lico ou melhor inatista Para ele apenas uma teoria de base racionalista mentalista seria capaz de explicar o aprendizado de uma l ngua argumentando que o conhecimento de uma l ngua n o ser sempre pass vel de observa o direta sendo necess ria a considera o dos aspectos inatos para se chegar representa o de uma determinada l ngua Dentro do inatismo o ambiente tem um papel menor na matura o da linguagem servindo somente para ilustrar a l ngua da crian a O que seria de fato importante pensar que a linguagem uma caracter stica pr pria da esp cie humana de forte base gen tica
231. prendizes de l ngua espanhola em n vel inicial durante o contato com os g neros h bridos a partir das intera es entre aluno texto professor e estabelecer rela es entre a abordagem de leitura oferecida pelo material do curso analisado e a abordagem de leitura pelo vi s da hibridiza o Os estudos descritivos podem tomar a forma de estudos de caso de pesquisa a o de an lise documental de pesquisa ex post facto etc No que concerne aos procedimentos metodol gicos classificamos o estudo como pesquisa a o a pesquisa a o um tipo de pesquisa social com base emp rica que concebida e realizada em estreita associa o com uma a o ou com a resolu o de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situa o ou do problema est o envolvidos de modo cooperativo e participativo THIOLLENT 2011 P 20 Considerando o fato de que quer amos analisar a atividade interativa da leitura coletiva a fim de verificar os seus benef cios para o desenvolvimento da habilidade leitora tendo como ferramenta os g neros textual discursivos h bridos encontramos nessa estrat gia metodol gica o melhor modelo para avaliar a intera o entre pesquisador e pessoas implicadas na realidade investigada quer dizer a partir da intera o verificamos de forma mais expl cita os problemas pesquisados bem como as poss veis solu es dentro de uma a o concreta
232. que boa parte dos alunos n o foi capaz de estabelecer inter rela es de diferenciar a ideia principal da ideia secund ria havendo pois um ac mulo de ideias Consideramos para o n vel quem a participa o alta dos alunos no entanto a atividade foi mais centrada na figura do professor importante evidenciar que apesar do professor ter tido protagonismo na condu o desta atividade merece destaque a participa o alta dos alunos e o interesse demonstrado ao longo da realiza o da atividade Os alunos se empenharam bastante durante o processo de leitura mesmo n o tendo chegado a um produto satisfat rio Colocamos 163 especial aten o na crescente negocia o do sentido aspecto importante para o processo interativo Neste caso houve falha no resgate do sentido de humor algo que n o f cil em uma l ngua estrangeira independente do n vel de profici ncia dos alunos Tabela 37 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura dos textos C1 a C4 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura dos textos C1 C2 C3 e C4 1 Capacidade de compreens o Texto 1 1 Ativa o de conhecimentos de mundo 16 17 18 19 20 1 2 Antecipa o ou predi o dos conte dos 16 17 18 19 20 1 3 Checagem de hip teses 15 16 17 18 19 20 1 4 Localiza o das informa es 15 16 17 18 19 20 1 5 Compara es entre as informa es 15 17 18 19 20 1 6
233. que discute a rela o entre estrutura textual e contexto considerando as categorias de campo que confere ao texto uma fun o ideacional ligada manuten o dos sistemas de cren as institucionalizados a categoria rela es ligada a aspectos como autoria e audi ncia fun o interpessoal do texto e a categoria modo que faz refer ncia aos canais ret ricos na fun o propriamente textual Essas tr s categorias formam a configura o contextual Portanto nesta perspectiva a identidade do g nero n o proveniente exclusivamente de sua forma mas tamb m de sua configura o contextual o que remete a uma situa o espec fica a uma estrutura espec fica e a uma significa o espec fica Bronckart 2002 assume uma perspectiva hist rico social e converge com as ideias bakhtinianas No entanto reconhece uma consider vel margem de liberdade do agente produtor Para o autor ent o um determinado texto possivelmente apresentar dimens es singulares provenientes das op es assumidas pelo agente ou ainda das adapta es de um modelo mais geral a uma situa o de intera o espec fica assim como do estilo assumido pelo usu rio diante do processo interativo Entre os te ricos brasileiros Ara jo 2000 considera que os g neros textuais devem ser percebidos como din micos portanto mut veis j que respondem a contextos sociais Para a autora tanto o prop sito comunicativo como o cont
234. quito a poco Esta primera parte hay alguna cosa Alumna 3 Yo no he comprendido lo que ella quiere decir con no ha sido mi xito Alumno 1 Qu es mi xito Alumno 13 D nde est Alumno 2 En la cuarta l nea Profesora En ese sentido es que ella no ha conseguido conquistarlo Alumno 13 Y eso escribo desde M xico Profesora Ellos est n en diferentes lugares ok Ella est en M xico vale Y nosotros vamos a ver que hay dos referencias en el texto que son hoy te escribo desde M xico y tambi n estoy entre los aztecas Alumnos S Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 146 Os alunos tiveram dificuldades com as seguintes express es no ha sido mi xito lunfardo contienda relatarte quisiera galardonada empalma lo planifiqu me queda e agravio Sabemos pois que a leitura uma atividade complexa na qual interv m uma s rie de conhecimentos que poder o ser acionados com maior ou menor dificuldade de acordo com o g nero textual discursivo Ao compararmos o desempenho dos alunos com os textos anteriores verificamos que houve mais dificuldades com o l xico e com as estruturas gramaticais no texto B j que a mescla entre g neros mais complexos como por exemplo o poema no qual percebemos um uso de estruturas que podem causar problemas de compreens o por n o serem algumas vezes usuais L pez Alonso 2001 afirma que os processos mentais se iniciam na percep o e ter
235. r o o conhecimento antigo com o a informa o nova Al m desta podemos citar a estrat gias de antecipa o ou predi o dos conte dos quando feita uma suposi o sobre que tipo de informa o ser apresentada O leitor estabelece raz es para processar a informa o por exemplo quero averiguar se O leitor pode usar ainda como estrat gia de leitura a chegagem de hip teses quando este verifica se as quest es previas leitura confirmam ou n o o conte do textual imaginado Outra importante estrat gia versa sobre a localiza o das informa es momento em que os leitores identificam o problema sobre o qual gira a a o de uma hist ria identifica os t picos dos par grafos e localizam as informa es mais relevantes para o entendimento do texto Podemos mencionar ainda a estrat gia de compara o entre as informa es quer dizer estabelecer v nculos entre o que se sabe e as novas informa es bem como estar atento s semelhan as e s diferen as dentro da nova informa o Estabelecer generaliza es que podem se dar entre comportamentos por exemplo N o podemos deixar de mencionar a realiza o de infer ncias que podem ser locais e globais Diz respeito ao recolhimento de fatos sobre uma situa o da informa o apresentada e combin la com informa es ou cren as pr vias para tirar conclus es 65 Consideramos as estrat gias mencionadas como relevantes para o traba
236. r ticas de investiga o em an lise lingu stica do discurso Braga Universidade do Minho 2004 p 195 211 _____ Marcadores de g nero uma pista para identificar a ficcionaliza o de g neros textuais In Proceedings of the 4th International Symposium on Genre Studies SIGET Publica o em CD Rom 2007 MEIRA A C G A G neros textuais e a intergenericidade In G neros Textuais o que h por tr s do espelho organizadora Regina L cia P ret Dell isola Belo Horizonte FALE UFMG 2012 MENDOZA FILLOLA Antonio T lector aspectos de la interacci n texto lector en el proceso de lectura Barcelona Octaedro 1998 MORENO Concha MORENO Victoria ZURITA Piedad Nuevo Avance b sico Madrid SGEL 2010 NOBRE Kennedy Cabral Crit rios classificat rios para processos intertextuais Tese doutorado Universidade Federal do Cear Centro de Humanidades Departamento de Letras Vern culas Programa de P s gradua o em Lingu stica Fortaleza 2013 OLIVEIRA M K de Vygotsky aprendizado e desenvolvimento um processo s cio hist rico 4 ed S o Paulo Scipione 2003 Pensamento e a o no magist rio 184 PI GAY GROS Nathalie Introduction l intertextualit Paris Dunod 1996 tradu o de M nica Magalh es Cavalcante M nica Maria Feitosa Braga Gentil Vic ncia Maria Freitas Jaguaribe In Intersec es Revista de Estudos de Pr ticas Discursivas e Textuais Ano 3 N mero 1 2010
237. r de vista que a perspectiva interacionista da aquisi o de segundas l nguas parte da premissa de que uma l ngua mais efetiva se houver mais oportunidades de negocia o do significado e n o podemos negar que a intera o a chave para que os alunos assumam aos poucos um papel mais ativo Esta primeira atividade serviu como uma esp cie de pr teste j que para n s era importante verificar se as perguntas estavam claras tendo em vista que esta atividade serviria de modelo para a realiza o das demais Serviu pois como atividade de familiariza o com os g neros h bridos e como uma nova forma de pensar os textos a partir da verifica o de elementos comuns aos g neros para que assim os alunos fossem capazes de identificar aquilo que est em varia o os aspectos estruturais assim como o efeito deste componente em varia o para a constru o dos sentidos do texto A segunda atividade foi realizada no dia 26 02 2014 e fazia refer ncia a um texto cuja hibridiza o era do tipo carta poesia Dessa vez n o reunimos os alunos em grupos todos ficaram livres para expressar sua opini o desvinculada da opini o dos demais o que do nosso ponto de vista foi bastante proveitoso No final da unidade 7 havia an ncios de pessoas que gostariam de se conhecer melhor Estudamos algumas quest es relacionadas aos adjetivos e foi solicitado aos alunos que escrevessem o seu pr prio an ncio Houve a ten
238. r o texto C1 Texto 16 Ensinando a compreender o texto C1 Ciclo 1 Profesora Ll mame y te lo mando Entend is Llama a qui n Va a llamar a qui n Alumnos A la esposa Profesora Va a llamar a la esposa y ella va a mandar Alumnos Su marido Alumna 14 De alquiler Su marido de alquiler Ciclo 2 Profesora Es R pido limpio y econ mico Bueno las relaciones eso que vosotros pens is de este texto Alumno 17 Una broma Profesora Para m es una broma pero tiene pinta de qu Alumnos Anuncio Profesora Se parece a un anuncio no En los anuncios las relaciones son de compra y Alumnos Venta Profesora O comprar y Alumnos Alquilar Profesora Entend is qu es alquilar Alumna 3 Alquilar Profesora Alquilar y alquiler Alumna 14 Alquiler es aluguel y alquilar es alugar Profesora Muy bien Perfecto Entonces aqu ella est Alumnos alquilando Profesora al marido Alumna 14 de alquiler Ciclo 3 Profesora Aqu es un marido de alquiler En t rminos de g neros textuales ser a un chiste Sab is qu es un chiste Alumnos Chiste Alumna 14 Yo s pero no me acuerdo Profesora Un chiste es una piada Alumnos Ah Fonte Grava o do dia udio do dia 21 03 2014 Podemos verificar que os alunos compreendem bem a rela o de compra e venda presente no g nero an ncio a partir dos dados da tabela 32 e da tabela 33 porque segundo eles em termos gen ricos a apres
239. ra o em sala de aula pois 7 Foram feitas adapta es para que as fases pudessem se adequar aos objetivos do estudo 103 estar amos mais descrevendo a a o que a analisando Dessa forma necess rio estabelecermos unidades de an lise precisas que classifiquem o processo de an lise e que permitam que outro estudioso possa chegar aos mesmos resultados ou a resultados bem pr ximos Assim sendo segundo S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 devemos considerar tr s eixos importantes para decompor e recompor a intera o de modo sistem tico A primeira delas tem a ver com que conte dos e processos emergem da intera o a segunda com quem responsabilizado pela gera o dos conte dos e a execu o do processo e a terceira com como se d a interven o de uns e outros A partir desses tr s eixos podemos pensar em um modo de descrever padr es sistem ticos de interc mbio Sinclair e Coulthard apud S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2011 mencionam alguns componentes recorrentes durante a intera o professor alunos a saber o professor se dirige ao s aluno s com algum questionamento ou com algo que motive a realiza o de uma a o I indaga o logo o aluno responde ou realiza a a o R resposta e depois disso o professor faz uma avalia o da a o executada pelo aluno A avalia o Temos portanto uma tr ade de intera o que interna
240. ra o logro da aquisi o e da aprendizagem da compet ncia leitora pois a atrav s da intera o que o input ser n o somente percebido como relevante mas tamb m ser compreens vel para os aprendizes sobretudo para aqueles que est o come ando seus estudos j que oportuniza descobrir as particularidades da l ngua e da cultura espanhola por meio da compreens o de que n o somente as l nguas s o vari veis mas que os textos que veiculam as l nguas tamb m variar o para alcan ar determinados prop sitos comunicativos demandados pela sociedade atual 2 3 O ensino de espanhol como l ngua estrangeira na perspectiva sociointeracionista Considerando as formas de compreender a linguagem e sua aquisi o propostas por Krause Lemke 2007 estruturalista racionalista e dial gica verificamos que esta ltima se desenvolve na intera o social o que significa dizer que a aquisi o da linguagem s pode ser compreendida se n s considerarmos sua natureza s cio hist rica Acreditamos que esta 41 ltima abordagem da autora de tra os notadamente bakhtinianos parece ser a mais apropriada para chegarmos ao entendimento da relev ncia de se considerar o contexto em que a linguagem se produz os falantes implicados e claro a partir de que lugar social estes textos s o produzidos Documentos oficiais que tentam balizar o ensino de l nguas estrangeiras PCN por exemplo advogam sobre a necessidade
241. rc a P rez e Rosales Pardo 2012 Confirma se a tese de que o trabalho com g neros h bridos ben fico para o tratamento da leitura em l ngua espanhola haja vista que com este tipo de g nero os alunos alcan am mais facilmente n veis de compreens o profunda e cr tica reflexiva relacionadas s estrat gias de aprecia o do que com o material convencional relacionado s estrat gias de compreens o sobretudo superficial no qual os alunos precisam adaptar se s regularidades presentes no texto As atividades exploram verifica o de conte do factual o que est em conson ncia com o exigido pelo MCER para n vel inicial No entanto para os alunos brasileiros esse tipo de atividade parece pouco motivadora devido ao fato de o espanhol e o portugu s serem l nguas aparentadas No que concerne ao tipo de hibridiza o os alunos de n veis iniciais sentem dificuldades quando este fen meno se d entre textos complexos como os liter rios ou quando envolvem sentido de humor Palavras chave L ngua espanhola aprendizagem g neros h bridos estrat gias de leitura RESUMEN El presente estudio pertenece al rea de adquisici n y se relaciona directamente al tema de la comprensi n lectora considerando aspectos de la variaci n de textos escritos En este se discute la relevancia del contacto entre aprendices lusohablantes de lengua espa ola y g neros textuales h bridos para la pr ctica social de la lectura Levantamo
242. rega da fotoc pia colorida dos cart es 2 Divis o da sala em grupos e leitura silenciosa do cart o pelos alunos com a finalidade de contrap lo a um cart o tradicional Tempo dado para a manifesta o dos alunos quanto ao texto lido Apresenta o de perguntas orais para que fosse poss vel verificar como se constitui uma receita e por que ela foi utilizada para compor o cart o a Qual o assunto do texto b O que as imagens nos revelam para a compreens o do texto c No texto lido que caracter sticas gen ricas foram encontradas Por aten o aos aspectos textuais inerentes receita d Depois de identificar as caracter sticas gen ricas identifique com qual finalidade se escreve o g nero em quest o Que palavras podem comprovar isso Destaque as no texto e Em sua opini o por que o autor desenvolve um g nero a partir da estrutura de outro g nero o cart o por meio da receita f O que significa o texto posto no ret ngulo no final do texto A 1 g O que significa a nota colocada ao final do texto A 2 Texto B16 Carta em forma de poesia Mi especial simo amigo hoy te escribo desde M xico y aunque est s bravo conmigo y que no has sido mi xito quiero mandarte un besito ignorando tu desprecio 16 Foram ocultados o t tulo e o subt tulo 123 Tengo muchas emociones que relatarte quisiera tambi n otras sensaciones pero s que no hay manera que de verdad me perdones como alegr a q
243. rficial e foram capazes de estabelecerem rela es entre o texto e seu conhecimento de mundo realizar infer ncias predizer o conte do do texto identificar as rela es intergen ricas conforme podemos verificar na tabela 30 o que reflete uma compreens o profunda e cr tico reflexiva 152 Tabela 30 Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura do texto B Atividade t pica de sala de aula ATA Leitura do texto B 1 Capacidade de compreens o Texto 1 1 Ativa o de conhecimentos de mundo 7 9 10 11 12 13 14 1 2 Antecipa o ou predi o dos conte dos 7 9 11 1 3 Checagem de hip teses 10 11 12 13 14 1 4 Localiza o das informa es 10 11 12 13 1 5 Compara es entre as informa es 9 12 13 14 1 6 Generaliza es 9 12 13 14 1 7 Produ o de infer ncias locais 9 10 12 13 14 1 8 Produ o de infer ncias globais 11 12 13 14 2 Capacidades de aprecia o e r plica do leitor em rela o ao texto 2 1 Recupera o do contexto de produ o de texto 11 12 13 14 2 2 Percep o de rela es intertextuais 12 13 14 2 3 Percep o de rela es interdicursivas 14 2 4 Percep o de outras linguagens 7 12 13 14 2 5 Elabora o de aprecia o est tica e ou afetiva 11 14 2 6 Elabora o de aprecia es relativas a valores ticos e ou pol ticos 14 Fonte Adaptado de GOMES 2013 Sobre as dim
244. ribuir para a constru o ou solidifica o de rotas alternativas capazes de indicar ainda que parcialmente novos rumos para que se chegue aos elementos part cipes da aquisi o e da aprendizagem de l nguas estrangeiras gostar amos de propor um estudo na rea de aquisi o relacionado ao tema da compreens o leitora considerando os aspectos cognitivos e principalmente os sociais sobre a relev ncia do contato entre aprendizes lus fonos de l ngua espanhola e g neros textual discursivos h bridos para o desenvolvimento da habilidade leitora tendo como justificativa preliminar a relev ncia da compet ncia gen rica para o fortalecimento da compreens o leitora em l ngua espanhola sobretudo considerando a varia o gen rica Para tal feito necess rio discutirmos algumas teorias de aquisi o da linguagem a fim de verificarmos quais delas podem trazer luz quest o do ensino da leitura nas aulas de espanhol como l ngua estrangeira importante esclarecer que h dois macrogrupos de especialistas que tentam discutir os processos pelos quais adquirimos o conhecimento de forma geral e a linguagem de forma espec fica pois a partir da difundem se as teorias de aquisi o da linguagem O primeiro macrogrupo denominado empirismo e apregoa que o conhecimento se constitui a partir da experi ncia Para os empiristas inata a capacidade de se estabelecer 4 Ao referir nos a mbito institucion
245. rinc pios defendidos pelo M todo da Gram tica e Tradu o que segundo eles poderia ser facilmente adaptado para o ensino das l nguas modernas Dessa forma a habilidade de fala seria apenas um objetivo secund rio pelas pr prias condi es escolares Foi realizado ent o um estudo comparativo entre os dois m todos o que resultou numa metodologia h brida que por um lado destacava o papel da l ngua escrita e da reformula o de regras gramaticais atendo se ao que fosse imprescind vel para a compreens o legado do M todo de Gram tica e Tradu o e por outro lado aceitava se a premissa de que o aluno deve ser exposto diretamente l ngua estrangeira para um melhor desenvolvimento princ pio defendido pelo M todo Direto Chegou se a esta conclus o considerando se as condi es limitadas das escolas secund rias sendo pouco poss vel o desenvolvimento equilibrado das quatro habilidades e pela defesa de que neste momento a necessidade da maioria dos alunos n o dizia respeito ao conhecimento da l ngua oral Sendo assim pode se concluir que o principal m todo para se aprender uma l ngua estrangeira a partir da an lise das duas metodologias anteriores era o M todo de Leitura no qual se propiciava o m ximo de condi es para que a leitura fosse o centro das aten es dentro e fora de sala de aula Havia uma preocupa o de que os aprendizes reconhecessem e produzissem os sons da nova l ng
246. rio da Sa de O abaixo assinado _________________________________________ _______ anos RG n ________________________ declara que de livre e espont nea vontade que est participando como volunt rio da pesquisa Eu declaro que li cuidadosamente este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que ap s sua leitura tive oportunidade de fazer perguntas sobre o conte do do mesmo como tamb m sobre a pesquisa e recebi explica es que responderam por completo minhas d vidas E declaro ainda estar recebendo uma c pia deste Termo Fortaleza _____ ______ ______ Nome do Volunt rio Data Assinatura Nome do Pesquisador Data Assinatura 191 ANEXO 2 PARECER COMIT DE TICA 192 193 ANEXO 3 Por qu se celebra San Valent n Las parejas y el amor tienen un d a para festejar su condici n el D a de los enamorados Casi todo el mundo sabe que el 14 de febrero es San Valent n pero lo que desconocemos es por qu se celebra este d a y cu l es su origen a pesar de ello nos esforzamos por hacer regalos originales por San Valent n a nuestras parejas La historia de San Valent n es una historia larga y algo ambigua ya que existen varias versiones Al igual que sabemos que en el mundo antiguo en la poca de Roma se celebraba el d a del amor en memoria al dios griego Eros con ofrendas y peticiones para encontrar pareja no sabemos exactamente cu l es el origen de la historia de San Valent n
247. ro transgressor por meio de marcas lingu stico discursivas e imag ticas 3 Em caso de dificuldade da parte dos alunos no reconhecimento do g nero transgressor apresenta o desse g nero no seu formato tradicional para que eles percebessem com maior clareza suas regularidades ou coer es e os desvios sofridos na mescla 4 Discuss o dos efeitos de sentido produzidos com a transgress o surpresa humor estranhamento etc como recurso persuasivo7 Seguindo ainda os passos metodol gicos de coleta de dados de Lazarini 2013 fez se necess rio elaborar sequ ncias did ticas para as aulas dedicadas leitura coletiva a fim de detalhar os passos realizados para o desenvolvimento e compreens o de g neros textual discursivos h bridos Dessa forma baseamo nos na proposta de Dolz Noverraz e Schneuwly 2004 que indicam essa abordagem para o estudo de g neros orais e escritos Trata se segundo eles de um conjunto de atividades escolares organizadas de maneira sistem tica em torno de um g nero textual oral ou escrito op cit p 97 5 5 Par metro de an lise dos Dados muito importante dispormos de um mecanismo que nos possibilite realizar uma an lise sistem tica sobre o que ocorre quando um grupo de alunos enfrenta a leitura de um determinado texto auxiliado pela figura do professor ou da professora quer dizer n o seria produtivo considerarmos tudo o que foi visto ou lido durante a inte
248. rofessor No bosque muito bem mas eles constroem suas casas Virginia Aluna Em rochas Professor Chamam se covis e s o constru das em covas em rochas Ciclo 3 Fonte S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 p 120 Podemos perceber a presen a de dois estratos diferentes Detendo nos na an lise do primeiro poss vel perceber que o seu in cio marcado pela pergunta do professor I por duas interven es dos alunos e uma do professor que se referem elabora o da poss vel resposta R e finalmente o professor encerra o ciclo com um feedback F A partir desse esquema podemos dar in cio a nossa an lise com a estrutura de participa o O contexto de in cio das intera es durante a leitura coletiva se feitas como no exemplo acima onde 107 podemos verificar que a estrutura formal comporta os epis dios de leitura seguida do epis dio de interpreta o avalia o com instru es do tipo Leiam esse texto que depois vou fazer perguntas Agora que os procedimentos de an lise dos dados foram esclarecidos apresentaremos os resultados obtidos a partir da an lise do material utilizado na Casa de Cultura Hisp nica 2 semestre o processo de sele o dos textos a elabora o das atividades de leitura coletiva e finalmente a an lise da experi ncia 108 6 AN LISE E DISCUSS O DOS DADOS Este cap tulo est dedicado apresenta o da an lise do manual d
249. rte dos leitores e mais aten o aos aspectos sociais o que consequentemente ajuda aos leitores mesmo os de n vel inicial a alcan ar n veis de compreens o mais profundos e inclusive cr tico reflexivos 173 importante ressaltar que a proposta do material se ad qua perfeitamente a proposta do MCER para os n veis iniciais No entanto preciso refletir at que ponto a homogeneidade prevista neste documento e diretamente refletida no manual did tico ben fica para a aquisi o e o desenvolvimento leitor dos aprendizes lus fonos de l ngua espanhola j que as atividades previstas no manual parecem limitar o potencial leitor deste grupo de alunos em especial Isso por m n o significa dizer que elas n o contemplem adequadamente as necessidades de outros grupos de aprendizes de l ngua espanhola que possuam l ngua materna diferente da portuguesa Contudo necess rio que os professores e os centros de ensino sejam conscientes de que a padroniza o exigida pelo mercado editorial pode aportar consequ ncias desastrosas para o desenvolvimento de algumas das habilidades lingu sticas haja vista que desconsideram as caracter sticas dos diferentes grupos de aprendizes no que concerne a quest es chave como seria a l ngua materna Assim sendo cabe ao professor sair da posi o de mero aplicador do manual e buscar caminhos alternativos e adaptar a abordagem posta neste instrumento de ensino a fim d
250. rtextual A fim de exemplificar a proposta de Matozzo 2008 pode se observar a propaganda a figura 8 que mant m uma rela o de intertextualidade de retomada interna com a can o escrita pelos compositores Ataulpho Alves e M rio Lago Ai que saudades da Am lia Figura 8 Margarina Am lia Fonte dispon vel em http discutindoaredacao wordpress com category intertextualidade 2 acessado em 5 de novembro de 2013 Como exemplo de hibridiza o temos a piada com a estrutura de um problema matem tico quer dizer aqui h uma retomada de natureza externa estrutural em que um g nero A exerce a fun o de um g nero B devido ao prop sito comunicativo 81 Figura 9 Piada em forma de problema matem tico Fonte Koch e Elias 2006 p 115 Outros autores mais recentes tamb m sustentam posicionamentos diferentes em rela o ao tema por exemplo Meira 2012 n o faz distin o entre os termos hibridismo e intergenericidade e acaba elegendo a terminologia intergenericidade Costa Filho 2012 por outro lado n o se compromete em defender que se trata de termos distintos por m concebe que s o graus diferentes de imbrica o e acaba adotando o termo hibridismo Estes diferentes graus de imbrica o foram tamb m percebidos por Lima Neto e Ara jo 2012 que preferem a nomenclatura de mescla Para eles a mescla nem sempre intertextual Neste sentido os autores prop em tr s tipos
251. s administrativas cat logo telef nico registros de cart rios entre outros J num segundo grupo podem ser mencionados os que seguem uma estrutura preferencial mas que podem sofrer desvios como exemplo tem se a propaganda pol tico eleitoral o guia de viagens etc Num terceiro grupo podem se incluir os g neros que de alguma maneira incitam a inova o mesmo que com o passar do tempo tornem se mais estereotipados quer dizer g neros como publicidades m sicas e programas de televis o No quarto e ltimo grupo h a presen a de g neros mais criativos autorais como os liter rios 89 Sendo assim com base em Maingueneau 2004 salutar afirmar que os g neros textual discursivos apresentam uma dupla faceta quer dizer por um lado poss vel enxergar claramente a exist ncia de um car ter convencional que possibilita o reconhecimento dos g neros pelos indiv duos bem como os contextos espec ficos em que s o usados os prop sitos comunicativos os aspectos estruturais e os aspectos l xico gramaticais inerentes e por outro lado ineg vel que alguns g neros t m uma disposi o inova o mudan a que se manifesta muito mais pela forma do que pela fun o que ocupam no contexto social 4 3 Os g neros textual discursivos h bridos como input para o desenvolvimento da pr tica social da leitura Antes de nos atermos s discuss es em torno da varia o gen rica optamos
252. s anteriormente as duas primeiras A abordagem estrutural prev a aquisi o da l ngua considerando aspectos como imita o e constru o de h bitos pressupostos vistos em Skinner Salienta se pois a estrutura da l ngua considerando uma vis o comportamentalista na qual a aprendizagem ocorre por meio de est mulos e respostas A abordagem racionalista tem como seu principal representante Ckomsky para quem o indiv duo nasce com o DAL Dispositivo de Aquisi o da Linguagem que ativado quando este entra em contato com a comunidade lingu stica Desta forma a estrutura da l ngua se desenvolver tendo como base os par metros espec ficos da l ngua a que o falante se encontra exposto L ngua e falantes s o idealizados Como hav amos evidenciado antes nestas duas abordagens parece n o haver preocupa o com o contexto social hist rico e cultural em que os aprendizes est o imersos Este fato nos leva a desconsider las como base te rica do nosso trabalho Sobre a abordagem dial gica de aprendizagem temos seus principais representantes em Piaget com o cognitivismo e em Vigotsky com o sociointeracionismo 31 Acreditamos que essa ltima forma de conceber a aprendizagem merece especial destaque devido forte rela o que guarda com nosso modo de pensar a aquisi o e a aprendizagem da l ngua No que concerne aquisi o Piaget relaciona a linguagem cogni o e valoriza muit
253. s Localiza informaci n espec fica en listados y a sla la informaci n requerida por ejemplo sabe utilizar las P ginas amarillas para buscar un servicio o un comercio Comprende se ales y letreros que se encuentran en lugares p blicos como calles restaurantes estaciones de ferrocarril y en lugares de trabajo por ejemplo indicaciones para ir a un lugar instrucciones y avisos de peligro 116 Figura 19 Atividade de leitura 4 do livro Nuevo Avance B sico Fonte Nuevo Avance B sico p 121 As demais atividades do livro tamb m contemplam as indica es do MCER de ler em busca de informa es e argumentos e de ler instru es No entanto percebemos conforme Grigolleto 1999 que existe uma inclina o do livro did tico de transformar qualquer texto em did tico devido ao apagamento do contexto em que os g neros indicados pelo MCER para os n veis iniciais teriam sido produzidos Tabela 11 Ler em busca de informa o e argumentos do MCER A2 Identifica informa o espec fica em material escrito simples como por exemplo cartas cat logos e artigos breves de jornais que descrevam fatos determinados A1 capaz de captar o sentido em material escrito informativo simples e em descri es breves e simples sobretudo se h apoio visual Fonte MCER 2002 p 72 tradu o da autora 14 Tabela 12 Ler instru es do MCER A2 Compreende normas por exemplo de seguran a que estejam express
254. s Tipologias G neros Textuais Unidade 7 Texto explicativo Texto dialogal Texto descritivo An ncio eletr nico An ncio Unidade 8 Texto explicativo Texto dialogal Texto descritivo Texto explicativo descritivo Artigo Unidade 9 Texto explicativo Texto dialogal Texto narrativo Propaganda E mail Revis o An ncio Unidade 10 Texto explicativo Texto dialogal Texto descritivo Artigo Unidade 11 Texto explicativo Texto dialogal Texto descritivo Conversa no Messenger Unidade 12 Texto dialogal Texto descritivo Texto narrativo Entrevista breve Card pio de um restaurante Fonte Elaborada pela autora 111 Nas unidades did ticas anteriores referentes ao primeiro semestre os alunos enfrentaram a leitura de g neros como ficha de dados a carta pessoal cart es postais e pequenos artigos Podemos observar que na medida em que o aluno vai avan ando nos seus estudos entra em contato com um n mero cada vez maior de g neros textuais Conforme observamos na tabela 7 os alunos entram em contato no segundo semestre com os g neros an ncio propaganda e mail artigo conversa eletr nica entrevista e card pio de restaurante Nas unidades referentes ao terceiro semestre os alunos entram em contato com mais g neros textuais como a receita di rios blog e curr culo relevante lembrar que a escolha dos g neros que aparecem ao longo das unidades condicionada
255. s os alunos n o demonstraram ter problemas para compreender g neros textual discursivos h bridos Essa abordagem foi sem d vida vista com entusiasmo e motiva o pelos alunos j que os exerc cios de leitura superam aqueles propostos dentro de um vi s de homogeneiza o dos textos que para os alunos brasileiros centram se em extra o de conte do factual deixando os exerc cios pouco motivadores Isso pois confirma a nossa hip tese mais forte uma abordagem de leitura em l ngua estrangeira que considere a heterogeneidade dos textos mais desafiadora e motivadora para os alunos o que os habilita a alcan ar n veis mais altos de compreens o leitora mesmo em semestres iniciais O terceiro objetivo era identificar as estrat gias de leitura ativadas durante a recep o de g neros textual discursivos h bridos em E LE respons veis pelo processo de reconhecimento do g nero e compreens o leitora As estrat gias de leitura ativadas durante a recep o de g neros textual discursivos h bridos permitiram aos alunos um acesso maior aos n veis de compreens o profundos e cr tico reflexivo o que possibilitou na maioria das vezes que os alunos reconhecessem que estavam diante de textos que passaram por processos de hibridiza o 176 Houve ativa o do conhecimento pr vio quer dizer os leitores integraram e compararam o conhecimento antigo dos g neros textual discursivo com o a informa o n
256. s alunos para que estes enfrentem a leitura de um g nero h brido Isso certamente demandar um maior esfor o cognitivo j que os leitores dever o estabelecer rela es n o somente entre l nguas mas tamb m entre estruturas textuais e prop sitos comunicativos distintos que estar o em coexist ncia No presente trabalho por meio da an lise de epis dios de intera o procuramos estabelecer dois tipos de compromisso O primeiro de natureza descritiva tenta identificar e tipificar as estrat gias de leitura acionadas durante a intera o entre professor aluno g nero h brido O segundo de face interpretativa busca entender as implica es para o desenvolvimento da compreens o leitora em l ngua espanhola pelo vi s da hibridiza o Isso significa dizer que uma vez elaborada uma abordagem de ensino de leitura de g neros h bridos e conclu dos os procedimentos para facilitar o contato com esses componentes avaliamos os efeitos a fim de documentar o impacto que t m sobre diferentes medidas de compreens o superficial profunda e cr tica Pelo que ponderamos at ent o percebe se que h de se avan ar no sentido de tentar desvendar o enigma sobre o impacto da hibridiza o dos g neros textual discursivos na compet ncia leitora em l ngua espanhola assim como a formula o de estrat gias para aprendizagem da leitura Finalizada a reflex o sobre a trajet ria te rica adotada como alicerce
257. s capazes de avan ar muito neste aspecto No que concerne ao assunto do texto B os alunos ficaram um pouco divididos entre um pedido de desculpas e um desabafo o que incidiu como veremos mais adiante no entendimento do prop sito comunicativo da carta ou do poema Percebemos que a partir da compreens o dos elementos lingu sticos relacionados ao vocabul rio e estrutura bem como da leitura coletiva e dos epis dios de esclarecimento os alunos alcan aram uma boa compreens o superficial sendo capazes de apreender o sentido global do texto retirar algumas ideias globais e estabelecer rela es entre o todo e as partes Tabela 26 Texto 11 O assunto do texto B Texto 11 O assunto do texto B Profesora Cu l es el asunto seg n vosotros Vuestra interpretaci n Alumno 1 Es un pedido de disculpas Profesora l dice que es un pedido de disculpas Alumnos S Alumno 9 M s que disculpas perd o Alumno 2 Es un desabafo Profesora Es un desahogo Alumnos Desahogo repitiendo Profesora Y vosotros hab is dicho que es un pedido de perd n Alumna 5 Qu es desahogo Profesora Cuando t tienes una cosa adentro y t tienes que sacarla fuera t haces un desahogo Alumno 13 Saudade tamb m professora Profesora Ella lo echa de menos A ora Siente nostalgia Extra a Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 No que concerne s caracter sticas do g nero poema presentes no texto B os
258. s como cuesti n para el desarrollo de esta tesis la siguiente indagaci n c mo un abordaje de lectura en lengua espa ola en cursos libres teniendo como herramienta los g neros textuales h bridos contribuye para la competencia lectora de alumnos de nivel inicial De modo espec fico se hace necesario a establecer relaciones entre las propuestas de lectura ofrecidas por el manual did ctico del curso de lengua espa ola analizado y la propuesta de lectura abordada a trav s de la hibridaci n b verificar lo qu se puede hacer cuando se utiliza g neros textuales discursivos h bridos en las clases de E LE qu tipos de ayuda pueden emerger cu les son los procesos movilizados durante la lectura y c mo se organiza la participaci n de los alumnos c identificar las estrategias de lectura activadas durante la recepci n de g neros textuales discursivos h bridos en E LE responsables por el proceso de reconocimiento del g nero y comprensi n lectora d describir el proceso interactivo alumno texto profesor presente en las actividades de lectura colectiva de g neros textuales discursivos h bridos en que la lectura o la interpretaci n de un texto se realiza bajo alguna supervisi n p blica y e atestar si el tipo de hibridaci n es determinante para la comprensi n del g nero y para la selecci n de las estrategias de lectura en lengua espa ola Para la consecuci n de nuestros objetivos nuestro estudio se sostiene en el sigui
259. s elementos respons veis pela varia o ou inova o dos textos assim como os efeitos que estes podem produzir para a compet ncia leitora quer seja em l ngua materna ou estrangeira Um dos elementos de varia o mais significativos a hibridiza o Por essa raz o julgamos ser problem tico n o consider la em sala de aula A quest o n o se reduz a 76 classificar os g neros resultantes de transforma es ou hibridiza es e sim a observar as potencialidades gen ricas e seus efeitos para melhorar a qualidade de leitura Analisar uma participa o em vez de se limitar a um pertencimento classificat rio permite entrar na complexidade dos fatos de discurso exce o de g neros socialmente bastante constritivos a maior parte dos textos n o se conforma a um s g nero e opera em um trabalho de transforma o de um g nero a partir de v rios g neros mais ou menos pr ximos Considerar essa heterogeneidade gen rica para n s o nico meio de aproximar a complexidade do procedimento que liga um texto ao interdiscurso de uma forma o social dada ADAM E HEIDEMANN 2011 P 21 Acreditamos ser oportuno levar para a sala de aula de l ngua espanhola por meio das atividades de leitura coletiva a m xima de que os g neros s o sim categorias din micas em varia o assim como a l ngua e para que os aprendizes possam atuar em pr ticas discursivas diversas devem entrar em contato com a presen
260. s escolhas de suas estrat gias de compreens o leitora A autora cita como um dos pioneiros os trabalhos de Kintsch e Van Dijk 1983 entre outros Os trabalhos desenvolvidos nestas duas linhas se valem do enfoque cognitivo da compreens o leitora e procuram analisar a import ncia do favorecimento de uma constru o hier rquica do conte do sem ntico do texto para facilitar a compreens o Nosso trabalho de pesquisa envereda pela terceira linha o papel das vari veis textuais na compreens o pois para n s importante investigar a relev ncia da hibridiza o para a compreens o dos g neros textual discursivos em l ngua espanhola Esta terceira linha investigativa considera n o somente os aspectos cognitivos da compreens o leitora mas tamb m os aspectos sociais H importantes trabalhos nesta linha no mbito do portugu s como l ngua materna como os trabalhos de Lara 2007 2009 2010 pioneira no Brasil sobre os estudos de mescla gen rica ou transgress o A autora tem importantes estudos sobre a considera o do trabalho com a leitura e com a escrita pelo vi s da hibridiza o trabalhos aplicados a 58 alunos universit rios por meio de oficinas para a constru o de g neros h bridos Consideramos tamb m o trabalho de Lazarini 2013 sobre a hibridiza o presente no g nero publicidade e as estrat gias de ensino aprendizagem de leitura na Educa o de Jovens e Adultos um dos mais rel
261. s interdiscursivas Nobre 2013 acredita que os efeitos produzidos pela hibridiza o ou pela imita o s o an logos aos casos de pastiche genettiano tendo em vista que a imita o de um texto geralmente ocorre sobre o regime l dico O autor vai al m e relaciona o efeito c mico depreciativo produzido pelo fen meno da hibridiza o aos casos de charge em que incide a imita o em regime sat rico Estabelece como grande diferen a o fato de estas denomina es terem sido criadas dentro da esfera do liter rio sendo a hibridiza o um fen meno que n o se restringe ao campo liter rio O autor afirma haver correspond ncia entre o pastiche e a charge em esfera n o liter ria sob o r tulo de textos h bridos ou intergen ricos N o podemos esquecer nos de mencionar as pesquisas relevantes sobre o tema desenvolvidas por Miranda 2007 que cunhou o termo intertextualiza o para referir se ao cruzamento entre g neros textuais no interior de um dado texto sendo um destes simulado ou ficcionalizado Para a autora esta rela o de copresen a entre elementos ou mesmo tra os que se associam a par metros de textualiza o que absorvem g neros no espa o de um dado texto quer dizer um texto que se inscreve em um g nero espec fico recorre ao que a autora 85 denominou de intertextualiza o quando introduz tra os que se associam a g neros diferentes do primeiro precisamente aqui que diver
262. sala de aula os alunos adquirir o e aprender o a l ngua por situa es simuladas O segundo diz respeito aquisi o e aprendizagem no pa s da l ngua estrangeira sem nenhuma orienta o formal quer dizer a aquisi o e a aprendizagem se configurar o por meio da intera o com falantes nativos da l ngua meta em situa es reais O 26 terceiro contexto de aquisi o e aprendizagem re ne caracter sticas dos dois primeiros sendo por isso chamado de misto ou seja um indiv duo de uma determinada l ngua resolve ir ao pa s da l ngua meta e desenvolver l um estudo formal e sistematizado da l ngua No entanto al m de estar inserido em contexto institucional4 onde as intera es ser o simuladas estar tamb m convivendo com falantes nativos e inserido em uma situa o de imers o na qual viver situa es de intera es reais Segundo Griffin 2005 que se dedica ao estudo da aquisi o de l nguas dentro e fora de sala de aula existem algumas reas muito significativas para o estudo da aquisi o de segundas l nguas5 tais como i habilidades compreens o leitora express o escrita compreens o oral e express o oral ii morfossintaxe iii estrat gias de comunica o iv estrat gias de aprendizagem v t cnicas pedag gicas vi avalia o lingu stica vii psicolingu stica viii sociolingu stica ix interl ngua e x transfer ncia L1 L2 Pensando em cont
263. scolhemos trabalhar com textos cada vez mais recorrentes na sociedade g neros textual discursivos h bridos tendo em vista que os textos escolhidos para a incorpora o em sala de aula s o aut nticos resultado das demandas interativas entre os indiv duos e o papel que eles exercem nas sociedades Por essa raz o s o muito relevantes para que os aprendizes 38 possam entender n o somente a l ngua estrangeira em quest o mas o funcionamento social e o modo de organiza o do pensamento quando se decide comunicar atrav s de textos escritos Acreditamos que uma quest o controversa diga respeito compreensibilidade do input j que a teoria krasheniana foi desenvolvida considerando como premissa para a aprendizagem que os indiv duos devem ter contato com um elemento que lhes seja familiar com um grau a mais de dificuldade No entanto n o deixa claro como medir este grau a mais de dificuldade e se este ser o mesmo para todos os aprendizes o que para n s torna a teoria um pouco nebulosa Long 1985 nos indica que uma das formas de tornar o input compreens vel pela negocia o de seu significado que se d entre outras formas por um processo de simplifica o por um processo de contextualiza o e por um processo de modifica o da estrutura interativa A fim de verificar com base em Long 1985 qual seria a melhor rota de acesso negocia o do significado preciso explicar ainda q
264. scri o de leitura intera o professor alunos leitura silenciosa etapa individual intera o leitor texto por m o aluno sempre poder solicitar durante essa etapa aux lio do professor ou de um colega mais experiente leitura vocalizada etapa geralmente coletiva na qual os alunos se alternam intera o aluno texto aluno resposta demanda do professor alunos professor avalia o ou feedback professor alunos verificaremos a impossibilidade de pensar a leitura sem pensarmos numa atividade interativa necess rio que a atividade de leitura seja realizada a partir de uma perspectiva que leve em considera o os usos e as fun es sociais do ato de ler quer dizer que leve em considera o n o somente a rela o que se estabelece entre leitor e texto mas tamb m a 43 intera o leitor texto professor j que no caso da leitura em contexto institucional a figura do professor se torna parte importante da atividade de leitura que em um primeiro momento para os desavisados pode se considerar uma atividade essencialmente individual O ato de ler em contexto institucional depende entre outras coisas da intera o entre os conhecimentos pr vios do aprendiz e as informa es contidas no texto do g nero textual discursivo da l ngua na qual ela se realiza e da interven o do professor importante ressaltar que a cada nova leitura realizada seja do mesmo texto ou de novos textos
265. scursivos Da mesma forma dentro da perspectiva bakhtiniana a l ngua vista como resultado das atividades sociais produto das intera es realizadas entre os interlocutores o que nos refor a a ideia de que o ensino de uma l ngua estrangeira seja ela qual for n o pode prescindir de entender a l ngua em uso como parte de um processo lingu stico e discursivo Para n s o ensino do espanhol como l ngua estrangeira deve ser pensando considerando como pilar a intera o para o desenvolvimento integral do aprendiz permitindo lhe o desenvolvimento nas quatro habilidades lingu sticas compreens o auditiva express o oral compreens o leitora e express o escrita Acreditamos assim como S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 que a atividade de leitura em rela o a outras atividades escolares como escrever uma reda o ou resolver um problema matem tico pode ter um grau maior de opacidade j que durante a leitura silenciosa n o conseguimos reunir evid ncias inequ vocas de atividade mental ou perseguir com propriedade os rastros de sua exist ncia No entanto isso poss vel durante as atividades de leitura em voz alta atividade que costuma fazer parte das etapas de leitura em mbito institucional Dessa forma segundo o desenho da atividade de leitura esta poder ser uma atividade com mais etapas coletivas que individuais Se pensarmos numa sequ ncia do tipo indaga o ou pre
266. serve de alicerce para a transmiss o da mensagem no exemplo dado o g nero mensagem de alerta serviria a este papel e outro g nero que serve para dar sentido mensagem no qual seu prop sito comunicativo ser o que dever ser acessado para que se construa a compreens o do texto neste exemplo a piada Diante do exposto parece ser em um primeiro momento que o processo de transforma o de g neros textual discursivos n o se adequaria rota de simplifica o proposta por Long 1985 tendo em vista que parece haver muito mais esfor o implicado na negocia o do significado durante a leitura de g neros textual discursivos h bridos que durante a leitura de um g nero convencional pois o aprendiz teria que acionar ou relacionar um n mero maior de conhecimentos sobretudo em n vel gen rico e enciclop dico A rota da contextualiza o parece ent o ser mais atrativa para que se estabele a a negocia o do significado em sala de aula no que diz respeito ao uso de g neros textual discursivos h bridos tendo em vista que ao considerar o contexto de produ o podemos verificar quem tem autoridade para produzir um texto desta natureza em que circunst ncias e a quem o texto pode ir dirigido o que provavelmente far com que alunos e professor reflitam 40 sobre os elementos implicados na elabora o do texto e de seus sentidos comparando l nguas e culturas desenvolvendo em seus alunos um n ve
267. sidades dos alunos e carga hor ria do curso importante frisar que ao dividirem o livro dessa maneira os alunos do segundo semestre estariam entre os n veis A1 e A2 As se es presentes no livro did tico s o pretexto introdu o ao conte do da unidade por meio de imagens e grava es conte dos conte dos gramaticais funcionais e l xicos praticamos os conte dos pr tica controlada das estruturas variedades textuais que servem como modelo para a express o oral e escrita de tudo um pouco pr tica de todas as destrezas Na segunda parte do livro h outra se o denominada em situa o na qual se apresentam conte dos pragm ticos e socioculturais No caso do semestre analisado o segundo somente as unidades 11 e 12 contam com a se o em situa o Na tabela de conte dos apresentada nas p ginas de 6 a 11 do livro podemos verificar uma divis o de conte dos por unidades Todas elas contam com cinco conte dos diferentes com exce o da unidade 0 que aborda seis conte dos por se tratar de uma unidade introdut ria sendo dois deles diferentes das demais unidades o conte do ortogr fico e o conte do fon tico Os conte dos das unidades 1 a 17 s o os seguintes conte dos tem ticos conte dos l xicos conte dos funcionais e socioculturais tipologia textual e conte dos gramaticais A partir da divis o dos conte dos podemos perceber que as autoras priorizam o trabalho
268. smo sem saber nome los uma grande quantidade de g neros Tomemos o exemplo do texto em alem o representado pela figura 14 Apesar de n o saber a l ngua alem muito prov vel que indiv duos brasileiros sejam capazes de 90 identificar o conte do do texto o prop sito comunicativo a quem se dirige e o suporte que o veicula pois este tipo de conhecimento n o requer uma aprendizagem expl cita j que o fato de estarmos constantemente em contato com os variados g neros do discurso nos permite adquirir a compet ncia gen rica conforme Maingueneau 2004 por impregna o Figura 13 An ncio em alem o do iPhone 4 Fonte dispon vel em http secretagencyblog blogspot com br 2011_02_01_archive html acessado em 20 de janeiro de 2014 Tabela 4 An ncio do iPhone 4 em alem o com tradu o da autora em portugu s Wirklick frische Technik bekommen Sie nur bei uns Tecnologia realmente inovadora voc s encontra conosco iPhone 4 Jetzt exklusiv bei der Telekon iPhone 4 Agora exclusivamente na Telekon Erleben was verbindet A vida para compartilhar Fonte Elaborada pela autora Como exemplo de que as tr s compet ncias interagem e uma pode auxiliar mais ativamente na falta de outra temos o texto da figura 13 que est escrito em alem o Apesar de n o ter uma compet ncia lingu stica desenvolvida em alem o um leitor brasileiro acostumado com o contato com revistas
269. spectiva principalmente mais recentemente os textos com os quais os aprendizes devem ter contato para lograr uma comunica o exitosa devem ser aut nticos da nasce a necessidade de que a l ngua seja ensinada por meio dos g neros discursivos orais e escritos Deve se portanto simplificar a tarefa e n o a l ngua que deve ser a mesma presente na intera o entre falantes nativos Volta se a considerar a leitura um importante elo entre os aprendizes e a l ngua estrangeira e mais colocando em destaque o papel dos g neros discursivos o que vem ao encontro do pensamento bakhtiniano a respeito de que a l ngua n o se aprende atrav s de palavras isoladas e sim na recep o e produ o de g neros do discurso Conforme Leffa 1988 nesta abordagem h a aus ncia de uma ordem de prefer ncia de apresenta o das quatro habilidades lingu sticas e n o h restri es de uso da l ngua materna As quatro habilidades devem ser apresentadas de modo integrado No entanto dependendo dos objetivos pode se focar em apenas uma Apesar de ter sido uma abordagem muito exitosa e at os dias atuais amplamente utilizada um dos aspectos mais criticados desta abordagem em rela o s demais concerne falta de objetivos espec ficos no ensino de l nguas A partir da reflex o sobre os diferentes m todos e abordagens de ensino de l nguas estrangeiras geralmente criados por pesquisadores nativos com pouca viv
270. steriormente discutimos sucintamente com base em Tomlinson e Masuhara 2005 as t cnicas de adapta o de materiais Apresentamos ainda o corpus utilizado e as sequ ncias did ticas para o trabalho com os g neros textual discursivos h bridos para o 2 semestre do curso livre analisado Por ltimo analisamos as intera es entre alunos texto professor Encerramos a tese fazendo uma s ntese da pesquisa destacando as implica es te ricas e pr ticas do nosso estudo e apresentando as limita es da pesquisa 25 2 TEORIAS DE AQUISI O DA LINGUAGEM IMPLICA ES NO ENSINO DE ESPANHOL COMO L NGUA ESTRANGEIRA E LE Os caminhos para o entendimento dos processos implicados na aquisi o e na aprendizagem de uma l ngua materna ou estrangeira bem como os do desenvolvimento da linguagem v m sendo sistematicamente discutidos por importantes te ricos desde Skinner com sua vis o behaviorista passando por Chomsky com seus estudos de base inatista pela contribui o cognitivista construtivista de Piaget pela vis o interacionista social de Vigotsky e nos ltimos anos pelo conexionismo de Plunkett Cada uma destas vis es contribui de algum modo para o entendimento dos elementos constituintes da aquisi o das l nguas naturais No entanto h ainda a necessidade de se estabelecer uma cartografia capaz de indicar rotas alternativas de acesso aos elementos implicados na aquisi o das destrezas
271. sufrir las consecuencias Alumna 6 El hombre conmemor entonces da a entender que quien contratar este servicio va a conmemorar Alumno 17 El p blico alvo es la persona que est en las mismas situaciones que el hombre y cuando l lee el texto va a se identificar con la historia y va a hacer un pr stamo de dinero tambi n 170 Profesora Es como aqu en realidad l ha usado como vosotros hab is dicho al inicio no Un ejemplo una historia que pod a ser cualquier otra historia para ilustrar la posibilidad de que tus problemas tienen Alumnos Soluci n Ciclo 2 Profesora Vosotros cre is Es eso lo que quiero saber Si l hubiera puesto s lo este parte aqu Santander Pod a ser un anuncio s lo con este cuarto cuadro Pero vosotros cre is que iba a tener el mismo efecto que poner as de esta forma Alumna 14 Si la persona est desesperada cualquiera forma yo creo que Alumno 1 Yo creo que no Alumno 17 La historia es la persuasi n Alumna 6 Esa misma noche da una idea de que es muy f cil y r pido Ver celebrando da una idea de Alumno 1 Yo me siento tocado emocionalmente Profesora A lo mejor cuando hay s lo esto pero cuando hay una historia t empiezas a pensar en tu historia Es diferente de cuando hay s lo los n meros Alumna 6 Con los n meros el anuncio llama la atenci n para el banco pero as llama la atenci n para la historia Fonte Grava o do dia udio do dia 16 04 2014
272. t rise aussi descriptif examine les pratiques de lecture effectu es par le biais de l hybridation et de ses effets sur l apprentissage de la lecture en espagnol Il s agit d une recherche action En tant que technique de collecte de donn es sont utilis es la s lection des participants de l enqu te et l analyse des lectures collectives enregistr es ayant le param tre les tudes de Miguel S nchez Garc a P rez Rosales et Pardo 2012 Confirme la th se que le travail avec les genres hybrides est avantageux de travailler avec la lecture en espagnol tant donn que avec ce type de genre les l ves atteignent plus facilement les niveaux de compr hension profonde et critique r flexive li e aux strat gies de satisfaction qu avec mat riau classique li e des strat gies de compr hension principalement superficielle dans lequel les l ves ont besoin pour s adapter aux r gularit s pr sent s dans le texte Les activit s explorent la v rification de contenu factuel ce qui est conforme aux exigences du CECR au niveau initial Cependant pour les tudiants br siliens ce type d activit semble peu motiv e au fait que l espagnol et le portugais ce sont des langues apparent es En ce qui concerne le type d hybridation les niveaux initiaux des l ves prouvent des difficult s lorsque ce ph nom ne se produit entre les textes complexes tels que litt raire ou mettent en cause le sens de l humour Mots cl s Langue espagno
273. tanciar mais do primeiro n vel de compreens o o literal e tentassem se deter mais nos n veis interpretativo e cr tico No entanto alunos neste n vel de aprendizagem apresentam bastante dificuldade de avan ar na leitura quando algum termo lhe desconhecido Ainda assim importante que o professor insista para que seus alunos desenvolvam t cnicas de infer ncia e avancem para n veis mais globais Ao esclarecer isso antes da leitura do texto tentou se dar uma ajuda global com o intuito de compensar dificuldades locais No entanto esta ajuda inicial n o foi suficiente j 154 que os alunos mesmo depois de realizar a leitura silenciosa durante 2min seguiram com algumas d vidas sobre o vocabul rio e a estrutura lingu stica Em seguida passamos para o epis dio de leitura e esclarecimento de vocabul rio Conforme podemos ver na tabela 31 as ajudas em sua maioria partem da professora ainda que os alunos tamb m forne am ajudas Todas elas parecem ser do tipo invasivas in cio de um racioc nio para que logo os alunos possam termin lo As intera es apresentam uma fase de indaga o e uma fase de resposta com pouca avalia o e aus ncia de feedback relevante Tabela 31 Texto 15 Leitura e esclarecimento de vocabul rio do texto C1 Texto 15 Leitura e esclarecimento de vocabul rio do texto C1 Ciclo 1 Profesora Bueno qu hab is entendido a cerca del texto Ten is alguna dificultad
274. tativa de relacionar o an ncio para conhecer pessoas com as cartas que se escreviam antigamente com o mesmo fim conforme podemos ver na instru o dada pela professora Tabela 22 Texto 7 Contextualiza o da atividade com o texto B Texto 7 Contextualiza o da atividade com o texto B Profesora Bueno en la p gina 76 de vuestro libro ah est ah el primer texto respecto a los anuncios personales son textos de internet o sea hoy en d a es muy f cil conocer a gente desde internet no por internet Internet es una herramienta que nos ayuda bastante a conocer gente pero eso de conocer gente no es algo novedoso o sea no es algo de ahora de los ltimos a os Eso de conocer gente ya es bastante antiguo Y c mo es que la gente hac a antes cuando no hab a internet Alumno 2 Visita Alumno 1 Cartas C mo se dice billete Profesora Notas Alumno 1 Notas Profesora Cartas notas Fonte Grava o do dia udio do dia 26 02 2014 145 Os alunos conseguiram estabelecer a rela o pretendida e diante disso pedimos que eles fossem p gina 67 do livro na qual havia uma carta convencional Houve um epis dio de leitura coletiva para que os alunos entrassem em contato com a estrutura prop sito comunicativo e conte do de uma carta convencional N o houve problemas de entendimento por se tratar de um texto simples curto e com l xico transparente Entraram em a o o que Gonz lez Fern n
275. te estudo foram selecionados alunos de n vel inicial que apresentavam perfis similares no que concerne a sua forma o intelectual idade contato anterior com a l ngua alvo Tudo isso foi detectado por meio das respostas dadas a um question rio formulado por n s que teve como finalidade tra ar o perfil do grupo analisado Esta etapa da pesquisa foi importante pois segundo Flick 2009 para a padroniza o da situa o de pesquisa necess rio controlar o m ximo de influ ncias sobre a situa o do estudo para que se consiga fazer generaliza es de ordem interna quer dizer chegar a conclus es dentro de um contexto ou grupo estudado 5 3 3 Crit rios de exclus o Alunos menores de idade j que necessitar amos que os pais assinassem o Termo de Consentimento livre Esclarecido 5 4 Instrumentos de coleta de dados Por se tratar de uma pesquisa a o algumas das t cnicas de coleta de dados foram de natureza antropol gica tais como observa o participante e di rios de campo Conforme Queiroz Vall Souza e Vieira 2007 a observa o participante consiste em uma das principais t cnicas utilizadas por aqueles estudiosos que decidem adotar uma abordagem de natureza qualitativa Faz se necess rio que o pesquisador se insira no grupo observado de modo a fazer parte deste e a interagir por consider veis per odos de tempo com os participantes a fim de fazer parte dos eventos cotidianos par
276. tendo em vista que os padr es desenvolvidos s o muito semelhantes em todas as l nguas e culturas independente do ambiente A linguagem adquirida muito rapidamente o que levou 29 Ckomsky a pensar na exist ncia de um Dispositivo de Aquisi o da Linguagem DAL n o sendo espec fico das l nguas mas dos seres humanos Verificamos que a principal contribui o da teoria inatista tentar dar conta da universalidade da aquisi o das l nguas e das semelhan as entre a aquisi o de L1 e L2 No entanto a exist ncia de uma capacidade inata n o explica como se desenvolve esta capacidade de comunicar quer dizer 1 Como iniciada 2 Quais elementos desencadeiam a aprendizagem e 3 Quais elementos s o respons veis pelo progresso e pelo dom nio nativo poss vel enxergar claramente as contribui es do inatismo no que se refere ao problema l gico da aquisi o da linguagem Para o campo da leitura em l ngua estrangeira a teoria ao defender a universalidade da aquisi o da l ngua permite nos inferir que s etapas e processos pelos quais se adquire a l ngua estrangeira s o muito semelhantes e n o podem estar desvinculados das etapas e processos pelos quais os aprendizes adquiriram suas l nguas maternas Neste sentido a teoria avan a bastante No entanto n o estamos interessados em demonstrar as semelhan as entre a aquisi o da compet ncia leitora em l ngua portuguesa e e
277. tera o em sala de aula achamos por bem exemplificar por meio da tabela de unidades de an lise oferecida por S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 p 123 na qual podemos ver muito bem da forma mais global menos global o que podemos considerar como relevante para a an lise importante ter em conta que podemos segmentar a intera o operando com diferentes unidades de an lise e em cada uma delas podemos explorar os eixos citados anteriormente que quem e como Tabela 5 Unidades de an lise Unidade de an lise Como segmentar a intera o G l o b a l i d a d e _ _ Unidade did tica UD Tema de uma disciplina por exemplo Sess o aula ou li o Cada uma das atividades temporais em que se desenvolve a unidade did tica Atividade t pica de sala de aula ATA Atividades regulares com um objetivo e um plano de trabalho conhecidos que conformam cada uma das li es e que se repetem habitualmente ao longo de uma UD Por exemplo a leitura compreensiva a explica o a revis o de tarefas etc Cada uma das ATA tem um n cleo de epis dios relativamente constante Epis dio Se a ATA muito complexa o caso de diferenciar v rias metas distintas que costumam ser necess rias para o seu desenvolvimento O desenvolvimento de cada uma dessas metas principais constitui um epis dio que em geral tem uma estrutura de participa o reconhec vel A o
278. textual discursivo advindo das pr ticas sociais em que um g nero A adota o formato de um g nero B no entanto sem modificar o seu prop sito comunicativo inicial Para estudar os mecanismos respons veis pela identifica o e compreens o de g neros textual discursivos optamos pelo vi s da Lingu stica Textual de base sociocognitivista j que este paradigma contempla os estudos sobre a intertextualidade relevante para o nosso trabalho Conforme Koch 2009 a virada cognitivista na Lingu stica de Texto ocorre na d cada de 80 e conta com a participa o de importantes te ricos como Beaugrande e Dressler Heidemann Van Dijk entre outros que associam todo fazer aos processos de ordem cognitiva passando o texto a ser considerado tamb m como resultado dos processos mentais e da converg ncia de diversos sistemas de conhecimento tais como lingu stico enciclop dico interacional e de modelos textuais globais Contudo a partir deste per odo considera se tamb m o texto como uma a o social quer dizer que os elementos culturais e os elementos mentais est o intimamente relacionados e devem ser considerados para a an lise dos textos Uma vis o que incorpore aspectos sociais culturais e interacionais compreens o do processamento cognitivo baseia se no fato de que existem muitos processos cognitivos que acontecem na sociedade e n o exclusivamente nos indiv duos Essa vis o efetivamente tem se mostra
279. toriamente claro sobre o que exatamente caracteriza os diversos textos que fazem parte da atividade de linguagem ainda que a concep o de que o texto tenha uma forma identific vel date do final da era pr crist conforme aponta Bonini 2002 em seus estudos sobre os g neros textuais e a cogni o De nossa parte necess rio que se insista no estudo dos g neros a fim de que se possa aproveitar ainda mais as contribui es que a rea tem a oferecer s pesquisas sobre linguagem e aquisi o Outra quest o importante relacionada perspectiva bakhtiniana diz respeito s condi es e s finalidades particulares inerentes s diferentes esferas das atividades humanas que se expressam por meio de tr s importantes elementos a saber o conte do tem tico 68 relacionado aos assuntos oriundos das atividades humanas o estilo verbal que diz respeito s escolhas em n vel lexical fraseol gico e gramatical e finalmente o componente que mais nos interessa para a defesa de nossa tese a constru o composicional que tem correspond ncia grosso modo aos aspectos estruturais Uma das maiores contribui es bakhtinianas a no o de dialogismo como princ pio fundador da linguagem j que para o fil sofo russo toda linguagem dial gica o que significa dizer que todo enunciado sempre um enunciado de um locutor para seu interlocutor Tal premissa incide na ideia de que o g nero textual discursivo
280. tos que seguem uma estrutura e prop sitos convencionais haja vista que cada vez mais corrente o contato com g neros textual discursivos h bridos no mundo real j que da mesma forma que a l ngua sofre press es de mudan a os g neros tamb m refletem tais press es no sentido de buscar novas formas de se manifestar tomando emprestada a estrutura de outro g nero por exemplo para atingir com mais intensidade os seus prop sitos comunicativos Acreditamos que a constru o da nossa proposta teve como efeito positivo o aumento do n vel de consci ncia dos participantes a respeito do problema investigado Na verdade esta abordagem de leitura permitiu aos participantes um aumento do n vel de consci ncia respeito s dificuldades em se trabalhar com leitura nos semestres iniciais e como realizar um trabalho alternativo para sanar os problemas advindos da cren a presente em boa parte dos manuais did ticos de l ngua espanhola que insistem em desenvolver atividades de leitura neste n vel que se limitem ao tratamento da compreens o superficial Percebeu se que a abordagem proposta pode ser mais din mica e acarretar o desenvolvimento de n veis profundos e cr tico reflexivo Cabe nos destacar que como implica o te rica o trabalho permitiu evidenciar que as transforma es gen ricas n o s o algo recente pelo contr rio algo previsto em todos os sistemas lingu sticos pois a l ngua e consequent
281. tua o como direito computa o engenharia etc Al m disso com as facilidades que a internet nos proporciona muitos deles afirmam ser uma pr tica comum a leitura de not cias em l ngua espanhola Ficou evidente na maioria dos casos que os participantes n o leem somente aquilo que se recomenda no curso de l ngua espanhola leem por uma demanda acad mica e tamb m por divers o e prazer Mais adiante relacionaremos a leitura dos g neros textuais como algumas das circunst ncias mencionadas acima como demanda do pr prio curso de espanhol demanda da universidade ou do trabalho e leitura por prazer e frui o Perguntamos aos participantes se estes se consideravam bons leitores Um pouco mais da metade dos participantes informaram que nem concordam nem discordam da assertiva uma parte significativa diz se considerar bons leitores e a minoria diz n o se considerar bons leitores Seguimos sondando as impress es dos participantes a respeito da sua rela o com a leitura em l ngua espanhola Para n s era importante saber se eles acreditavam sentir dificuldades de compreens o leitora em l ngua espanhola Neste ponto a maioria dos 132 participantes tamb m se manteve neutro afirmando que nem concordavam nem discordavam Os demais participantes se dividiram entre um posicionamento afirmativo quer dizer reconhecem sentir dificuldades e outros se mantiveram em um posicionamento negativo mantendo a
282. tudo aplicado que pudesse trazer luz quest o a partir da intera o entre os atores envolvidos no ensino aprendizagem de uma l ngua estrangeira aluno e professor e se consider ssemos a intera o destes com a leitura de g neros h bridos Portanto o processo interativo de sala de aula foi considerado nesta pesquisa em termos de tr ade quer dizer a partir da intera o entre aluno texto professor Tendo em vista a teoria sobre varia o de g nero e as pesquisas empreendidas em l ngua materna sobre a incorpora o de g neros h bridos no ensino do portugu s como l ngua materna a tese defendida que a abordagem da leitura em l ngua espanhola pelo vi s da hibridiza o em n veis iniciais produtiva para que os alunos alcancem n o somente n veis de compreens o superficial mas n veis profundos e cr ticos reflexivos de compreens o leitora Isso significa dizer que uma proposta de abordagem da compreens o leitora tem que propor estrat gias que levem ao desenvolvimento da habilidade de reconhecer g neros do discurso Assumimos portanto o pressuposto de que a compet ncia gen rica relevante para o fortalecimento da compreens o leitora em l ngua estrangeira Para demonstrar esta tese era necess rio de modo geral analisar a potencialidade de uma nova abordagem para o ensino da leitura em l ngua espanhola em cursos livres tendo como ferramenta os g neros textual discursivos abordados
283. u gramatical do discurso consideram se algumas formas adicionais ou enxertadas s estruturas lingu sticas chamadas pelos autores de superestruturas Uma vez que os princ pios gerais regras ou estrat gias categorias e unidades para cada idioma e cultura s o aprendidas pelos usu rios da l ngua esses padr es organizacionais tornam se pr programados A este respeito os dois extremos podem ser por um lado as listas arbitr rias de palavras sem sentido e por outro os discursos altamente convencionalizados como hist rias infantis ou not cias Esse conhecimento superestrutural ativado com base no texto e acima de tudo da informa o sem ntica isto de baixo para cima enquanto que ao mesmo tempo suposi es sobre a estrutura can nica do discurso as expectativas s o geradas a partir do esquema de cima para baixo A partir do modelo desenvolvido por Van Dijk e Kintsch 1983 a identifica o de g neros textuais reconhecida como um elemento importante do processamento uma ferramenta indispens vel para se chegar ao conte do global Neste sentido o processamento da compreens o vai se dar a partir da aplica o de estrat gias respons veis pela constru o das proposi es pelo estabelecimento da coer ncia local instanciando e aplicando a superestrutura adequada o que resultaria na forma o da macroestrutura Tal modelo envolve portanto dois elementos relevantes o context
284. u proposi es nas quais podemos enxergar um acordo e compartilhamento entre as partes o texto p blico A dimens o quem est muito relacionada com os tipos de ajuda que falamos anteriormente quer dizer o professor ajuda a identificar o tema ou a recordar uma estrat gia por exemplo ou algum aluno do grupo prop e esse tipo de ajuda se consideramos a dimens o o que temos que determinar a qualidade do conte do gerado durante a intera o Se levarmos em conta a dimens o quem poss vel estabelecer o grau de apropria o autonomia ou destreza dos alunos na elabora o desse conte do Finalmente se focamos na dimens o como preciso tra ar uma escala que vai desde as estrat gias metodol gicas centradas na mat ria tradicionais at aquelas centradas no aprendiz transformadoras S NCHEZ MIGUEL GARC A P REZ E ROSALES PARDO 2012 P 138 As unidades de an lise podem ser mais globais ou mais espec ficas A unidade mais espec fica se chama ciclo e envolve tudo o que importante para fazer ou dizer para que haja produ o de conte do v lido para os envolvidos na intera o Os di logos produzidos em sala de aula se materializam em sucessivos ciclos de intera o Para S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 o ciclo constitui uma excelente unidade de an lise pois 1 Permite nos diferenciar em ter ideias erradas e ideias aceitas que s o o que conformam o conte do p bli
285. ua por m o destaque pron ncia era pequeno havendo predom nio de exerc cios de natureza escrita baseados sobretudo em 47 textos Os aspectos gramaticais se restringiam queles necess rios para a compreens o da leitura Este m todo teve grande expans o nas escolas secund rias dos Estados Unidos durante a d cada de 1930 e permaneceu forte at o fim da Segunda Guerra Mundial Apesar de ter sido um m todo empregado massivamente nos Estados Unidos observamos que a leitura teve um papel importante para o aprendizado da l ngua estrangeira e foi considerada como o principal elo entre l ngua e aprendiz sendo considerada durante algum tempo como a forma mais eficaz de acesso a uma l ngua estrangeira o que foi questionado pelos pr prios americanos com o advento da Segunda Guerra Mundial momento em que se necessitavam falantes fluentes em v rias l nguas e n o os encontraram A partir da viu se a necessidade de se priorizar o desenvolvimento das habilidades orais o que ocorria antes no M todo Direto Por meio de uma releitura deste m todo que ficou famoso com o nome de M todo udiolingual defendeu se a exist ncia de uma ordem natural de aquisi o que deveria ser parecida aquisi o das habilidades em l ngua materna quer dizer primeiro a compreens o auditiva depois a produ o oral seguida da compreens o textual e por fim da produ o textual A premissa era de que l ngua fal
286. uagens 2 5 6 2 5 Elabora o de aprecia o est tica e ou afetiva 2 6 2 6 Elabora o de aprecia es relativas a valores ticos e ou pol ticos 6 Fonte Adaptado de GOMES 2013 Considerando as dimens es como que e quem de S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 verificamos que no que concerne dimens o como a maioria das participa es foi de natureza simples IRE na qual os alunos leram o texto em voz alta e avaliaram o produto No tocante dimens o que os alunos foram capazes de selecionar as ideias mais importantes e organiz las produzindo portanto um conte do p blico de alta qualidade No que diz respeito dimens o quem a participa o foi mais centrada na professora sendo dessa forma baixa Ainda assim importante que se evidencie que apesar da participa o dos alunos ter sido baixa em rela o participa o da professora nesta primeira atividade de leitura coletiva a abordagem interativa da leitura permite aos alunos a ado o de uma postura mais ativa o que com o passar do tempo faz com que os processos subconscientes e autom ticos se 18 Adapta o da tabela proposta por Gomes 2013 no trabalho intitulado Discurso leitura e constru o de sentidos em sala de aula apresentado durante a ALED 144 tornem mais conscientes e anal ticos conforme defende Bialystok 1982 ao propor o seu modelo de consci ncia vari vel N o devemos perde
287. uch genre students are able to reach deeper levels of understanding and reflexive critical reading related to strategies appreciation when compared to students being exposed to traditional materials only The activities explore the verification of factual content which is in line with the requirements of the CEFR Common European Framework to the beginning level However for Spanish language learners at beginning levels this type of activity is not motivating given the fact that Spanish and Portuguese are related languages Regarding the type of hybridization students at the beginning levels of Spanish may face difficulties when this phenomenon occurs in complex texts such as literary or when they involve sense of humor Key words Spanish Language Learning Hybrid Genre Reading Comprehension Strategies R SUM Cet tude s inscrit dans le domaine de l acquisition et est directement li e la question de la compr hension de la lecture en observant les aspects de la variation de textes crits Ceci on discute la pertinence de contact entre les apprenants lusophones de langue espagnole et les genres textuels hybrides pour la pratique sociale de la lecture Pour le d veloppement de cette th se on se interroge comment une approche de lecture en langue espagnole en cours livres avec un outil les genres textuels hybrides contribue la comp tence de lecture des l ves en niveau initiel Plus pr cis ment il est n cessaire de a
288. ue este n o desande 142 Os alunos conseguiram emitir um julgamento pessoal sobre o texto que veio ao encontro do prop sito de ter manifestado o conte do de um cart o por meio da estrutura de uma receita pois foram capazes de analisar as inten es do autor do texto e diferenciar o objetivo do subjetivo superando as dificuldades que podem aparecer na realiza o de uma leitura cr tica Tabela 20 Texto 6 Encerramento da atividade de leitura dos textos A1 e A2 Texto 6 Encerramento da atividade de leitura dos textos A1 e A2 Ciclo 1 Profesora Entonces esta tarjeta es un poco diferente No s si est is de acuerdo pero esta tarjeta es un poco diferente a las tarjetas convencionales Est is de acuerdo o no Alumnos S Profesora Bueno y por qu cre is o cre is que es diferente o que llama m s la atenci n una tarjeta convencional o una tarjeta Alumno 1 Creativa Profesora De esta Por ese estilo Y por qu cre is que l puso una receta ah en medio de la tarjeta Alumna 4 Para llamar la atenci n Profesora Llamar la atenci n Alumna 12 El procedimiento de una receta no tiene como dar errado si seguimos los pasos Alumnos Mmmmm Aplausos Profesora No hay como errar no Si seguimos los pasos no hay como errar Y de ah siguiendo los pasos de la receta no hay como errar entonces la probabilidad de que la cosa funcione es m s grande puesto as como en una receta que tal vez puest
289. ue me dieras Estoy muy emocionada por lo que me est pasando he sido galardonada en lo que ando investigando pero estar a m s honrada si me estuvieras hablando Desear a abrirte mi alma y que puedas rebuscar y revisando con calma seguro vas a encontrar que hay un cari o que empalma perfecto en tu dignidad Estoy entre los aztecas recordando un argentino su lunfardo y sus poemas un amigo del camino enemigo de contienda pero que llevo conmigo Me quedar algunos d as seg n lo planifiqu y durante mi estad a me conecto en Internet a esa p gina que es m a pero que es tuya tambi n Yo no espero tu respuesta seguro no es necesario tan s lo deseo que sientas este amor que es de milagros que aunque me siento contenta a n me aflijo por tu agravio Fonte dispon vel em http www loscuentos net cuentos link 179 179516 Descri o da atividade Dura o 2 aulas geminadas Material Fotoc pia do texto para cada aluno G nero captado poema Objetivos Ao final da atividade o aluno dever 1 Identificar a constru o composicional do poema versos estrofes e rimas 124 2 Observar que o g nero carta foi constru do por meio do g nero poema e que os elementos presentes no g nero poema aparecem na carta 3 Reconhecer que a carta embora esteja na forma de um poema manteve sua fun o comunicativa 4 Avaliar que ao se tomarem emprestados a constru o composici
290. ue podem ser vistas como um empr stimo de consci ncia dos professores para os alunos durante a realiza o de in meros processos constitutivos da compreens o leitora No cap tulo 3 tratamos de evidenciar o papel da leitura como elo entre o input g neros h bridos e os aprendizes de espanhol como l ngua estrangeira Para isso baseados em Leffa 1998 rememoramos o papel da leitura nas diferentes metodologias de ensino de l nguas estrangeiras a fim de corroborar a import ncia da pr tica social do ato de ler em l ngua estrangeira para a forma o dos aprendizes Posteriormente de acordo com Maqueo 2004 e Cornaire 1999 discutimos o melhor modelo de aproxima o da leitura em l ngua estrangeira chegando conclus o de que o modelo interacionista o mais produtivo para o desenho da nossa pesquisa Destacamos ainda os tipos de compreens o leitora e as principais dificuldades em conson ncia com os estudos de Rosenshine 1980 Vall s Ar ndiga e Vall s Tortosa 2006 e S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 assim como os condicionantes da compreens o leitora em l ngua estrangeira com base em Gonz lez Fern ndez 2010 Encerramos o cap tulo apresentando algumas estrat gias de leitura em l ngua estrangeira conforme os estudos de Rosenshine 1980 e apresentamos tamb m com 24 base em Gomes 2013 os par metros utilizados na pesquisa para identificar as estrat gias acio
291. ue se tratava de uma piada em forma de an ncio devido principalmente ao seu conte do piada de sogra para outros se tratava sim de um an ncio de uma funer ria inclusive porque era denominado o nome da funer ria L pez Isso se justifica porque nos ltimos tempos os an ncios t m incorporado uma s rie de inova es gen ricas a fim de tornar seus produtos mais competitivos Contudo ainda que haja forte presen a de outros g neros textuais nos an ncios por meio de uma rela o de copresen a de g neros ou inclusive de uma hibridiza o h alguns elementos que s o indispens veis ao g nero an ncio como a clara rela o de compra e venda as caracter sticas do produto qual o produto como adquiri lo quem o vende e quem s o os poss veis compradores A identifica o da funer ria pode sim ser uma pista de que se trata de um an ncio j que quando um produto muito utilizado como por exemplo o Mc Donald s h omiss o de alguns dados como endere o ou telefone No entanto Funer ria L pez teria que ser uma loja ou marca muito forte para prescindir de informa es importantes de um an ncio como endere o e telefone para contato A verdade que faltou algo importante para que os alunos pudessem identificar o g nero textual o suporte Os textos n o aparecem contextualizados o que pode conduzir os 161 leitores a pensar que se trate de um an ncio por um lado ou de u
292. ue sucintamente o que caracteriza o input proposto por n s como ferramenta para a compreens o leitora em l ngua estrangeira j a partir de n veis iniciais Apresentamos a seguir o g nero mensagem de alerta convencional que costuma trazer fotos contendo imagens chocantes com a inten o de chamar a aten o dos fumantes para os riscos que o cigarro traz sa de bem como frases de impacto a fim de fazer refletir sobre a a o de fumar conforme podemos ver na figura 1 Figura 1 Ma os de cigarro com mensagens de alerta em espanhol Fonte internet dispon vel em http estafapreferentesbankia2009 blogspot com br 2013 05 preferentes bankia pr0paganda persuasiva html acesso em 05 de janeiro de 2014 39 A seguir podemos ver um exemplo de um g nero h brido extra do do facebook da p gina 9GAG en espa ol Podemos perceber que n o se trata mais de uma mensagem de alerta que comumente apareceria nos ma os de cigarro e sim trata se de uma piada j que a inten o comunicativa n o a de advertir mas a de provocar humor ou mesmo de criticar Figura 2 Se fumas teus filhos poder o se parecer com este garoto Fonte 9GAG en espa ol acessado em 05 de janeiro de 2014 Neste primeiro momento podemos concluir que um g nero h brido configura se como um texto que re ne caracter sticas de mais de um g nero textual discursivo podendo atuar um dos g neros como componente estrutural que
293. uestionamentos que ser o respondidos ao longo da tese a saber i alunos de n vel inicial de l ngua espanhola reconhecem sem muita dificuldade as caracter sticas dos g neros h bridos ii por terem os alunos em sua maioria alto grau de instru o identificam prontamente o g nero transgressor e o g nero transgredido ou dependendo do g nero sentem dificuldades iii ap s a primeira experi ncia com a leitura de g neros h bridos os alunos conseguir o perceber sozinhos o g nero em varia o A organiza o ret rica desta pesquisa foi desenvolvida de modo a discutirmos paulatinamente o arcabou o te rico necess rio para o empreendimento de um estudo desta natureza considerando as reas da aquisi o da lingu stica de texto e do discurso No cap tulo 2 discutimos as teorias de aquisi o de segunda l ngua e a implica o destas para o ensino de espanhol como l ngua estrangeira colocando em evid ncia o papel da vis o sociointeracionista da aquisi o na figura de Vigotsky 2007 2008 bem como discutimos sucintamente algumas abordagens de natureza interacionista como a Hip tese do Input desenvolvida por Krashen 1982 o Modelo de Compet ncia Vari vel de Bialystok 1982 e a Hip tese da Intera o de Long 1983 Al m disso colocamos em evid ncia a import ncia das ajudas oferecidas pelos professores com base nas teorias de S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 q
294. uito de amenizar o problema optamos pela nomenclatura presente em Lazarini 2013 g nero textual discursivo a fim de indicar que nos valeremos da duas esferas o texto e o discurso 21 No que concerne rea do discurso Maingueneau 2004 prop e modos de genericidade institu da que v o desde g neros mais padronizados nos quais dificilmente haver instabilidade passando por g neros intermedi rios que toleram desvios e que incitam inova o at os g neros mais criativos como o caso dos g neros liter rios Entre estes os g neros menos padronizados s o os mais prop cios a passar por hibridiza es j que os produtores t m mais liberdade ao cri los pois est o autorizados a atender novas expectativas discursivas advindas das pr ticas sociais J na rea da Lingu stica de Texto verificamos que este fen meno tamb m reconhecido e estudado Essa corrente lingu stica toma como base os autores da Literatura que estudaram a intertextualidade como Genette 2010 e Pi gay Gros 2010 que discutem as instabilidades sofridas pelos g neros a partir da transtextualidade ou da intertextualidade Pesquisadores brasileiros como Marcuschi 2002 2004 2008 Koch e Elias 2006 assim como Koch Bentes e Cavalcante 2007 desenvolvem estudos sobre a intertextualidade interg neros no entanto em mbito mais te rico Ao ter contato com os estudos referidos demo nos conta da import ncia do
295. um estilo ou mesmo g nero mas ao estabelecimento de um modelo com caracter sticas estruturais e gen ricas comuns que serviria de molde para a cria o de in meros hipertextos embora nem sempre seja o estilo do g nero imitado A par dia uma das primeiras transforma es textuais de que se tem not cia nasce do desejo e insatisfa o do p blico com os versos da Il ada e da Odisseia O p blico almejava pois distrair se e divertir se para al m do tradicional o que acarretava a transforma o dos poemas para se exprimir outra coisa H portanto altera o do sentido original importante esclarecer que antigamente a palavra par dia se usava tanto para designar uma deforma o l dica como uma transposi o burlesca de um texto ou ainda para a imita o sat rica de um estilo Para o autor a par dia estrita e o travestimento se originam na transforma o do texto j o pastiche sat rico na imita o de estilo Diante disso temos o seguinte par dia desvio do texto por transforma o m nima travestimento transforma o estil stica com fun o degradante pastiche imita o de um estilo sem fun o sat rica pastiche sat rico imita o com fun o sat rica Pensando em diferentes tipos de transforma o em fun o da constitui o e da fun o Genette 2010 chegou ao seguinte quadro que considera aspectos funcionais e estruturais Quadro 1 Rela
296. ural interv m em sua forma o os processos de media o sociocultural determinantes para o seu desenvolvimento 35 pertinente ressaltar que Vigotsky 2007 n o divide o processo de aprendizagem em etapas o que o estudioso faz estabelecer zonas de desenvolvimento que agem na forma o do indiv duo durante toda a sua vida A aquisi o do conhecimento se realiza por meio das zonas de desenvolvimento real e proximal A zona de desenvolvimento real alberga o conhecimento j adquirido pelo indiv duo enquanto a zona de desenvolvimento proximal dependente da ajuda orienta o de outras pessoas A zona de desenvolvimento proximal a dist ncia entre o n vel de desenvolvimento atual da crian a caracterizado pela capacidade de resolver sozinha um problema e o n vel de desenvolvimento potencial que somente alcan ado sob a orienta o de um adulto Aqui relacionamos a crian a com o aprendiz de l ngua espanhola sobretudo em n vel inicial objeto do nosso estudo que ao longo da sua trajet ria com a l ngua estrangeira vai com a ajuda do professor ou de um par mais experiente construindo o seu conhecimento da l ngua meta Para Baralo 1996 o inatismo pode dar conta do problema l gico da aquisi o Contudo a teoria da intera o vigotskiana a chave para uma poss vel resposta ao problema do desenvolvimento da linguagem na medida em que capaz de explicar como se constr i o a
297. vos A partir do contato com estudos de pesquisadores brasileiros como os de Lara 2007 2009 e 2010 e o de Lazarini 2013 verificamos que o uso de g neros h bridos estava sendo considerado como ferramenta para o ensino da leitura e da produ o de texto em portugu s como l ngua materna Estas pesquisadoras desenvolveram seus estudos direcionados ao p blico de Ensino Superior e ao p blico de Ensino de Jovens e Adultos obtendo resultados muito positivos Os referidos estudos nos motivaram a buscar mais informa es a respeito do fen meno de hibridiza o de g neros textual discursivos3 o que nos remeteu aos estudos bakhtinianos que j previam a relativa estabilidade dos g neros quer dizer se por um lado Bakhtin 2011 atesta uma consider vel estabilidade gen rica por outro lado abre espa o para que se discuta que alguns g neros s o pass veis de transforma o transgress o mescla hibridiza o 3 Devemos ressaltar a exist ncia de correntes te ricas que fazem distin o entre os termos g neros textuais e g neros discursivos No entanto no presente estudo n o ser feita a distin o entre os termos j que esta n o se mostra relevante haja vista que sendo o texto parte material do discurso considerar os termos g neros textuais ou g neros discursivos nos habilita a convocar os aportes te ricos tanto da Lingu stica Textual quanto da An lise do Discurso No int
298. z Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 para empreender a an lise dos tipos de compreens o alcan ada pelos aprendizes de espanhol de n vel inicial durante a leitura de g neros textual discursivos h bridos tendo em vista que esta proposta se destaca em detrimento das outras duas por sua amplitude pois considera n o somente os processos advindos ou encadeados pelo texto e sim processos de natureza emocional intr nsecos ao leitor Levaremos em considera o tamb m as principais dificuldades encontradas por n veis apresentadas pelos autores Vall s Ar ndiga e Vall s Tortosa 2006 a fim de fazer um mapeamento mais preciso Segundo Manzano D az 2007 as tr s linhas mais recentes e promissoras dos estudos sobre a compreens o s o as seguintes a a teoria dos esquemas e seu papel na mem ria na compreens o e na recorda o b os estudos sobre estrat gias metacognitivas e c o papel das vari veis textuais na compreens o Os objetivos dos trabalhos desenvolvidos a partir da teoria dos esquemas t m como intuito analisar o processo de estrutura o da informa o nos textos de modo a melhorar a compreens o e a recorda o das informa es Em sua tese Manzano D az 2007 menciona os trabalhos recopilados por Terroux G 1991 como os mais relevantes desta rea J os trabalhos realizados sobre estrat gias metacognitivas buscam investigar o grau de consci ncia dos leitores na
299. zer para S nchez Miguel Garc a P rez e Rosales Pardo 2012 o 155 fomento da compreens o leitora pode se dividir em dois poss veis caminhos O primeiro diz respeito a ajudar a compreender que se relaciona ao acompanhamento da leitura realizada pelos alunos o que ocorre por meio de um ensino impl cito no qual o professor proporciona algumas ajudas para que consigam entender o que leem O segundo caminho consiste em ensinar a compreender atrav s de um ensino expl cito provendo uma forma o deliberada e sistem tica estimulando o uso de estrat gias Para os autores este segundo caminho serve para tornar evidente em que consiste compreender um texto bem como indica como se pode chegar compreens o O importante para a aquisi o e a aprendizagem dos componentes inerentes atividade leitora o trabalho de forma conjunta o que vai ao encontro do que defende Vigotsky 2007 quando afirma que o desenvolvimento humano ocorre nas trocas entre parceiros sociais por meio da intera o e da media o Considerando que para o autor a aquisi o do conhecimento de forma geral legitima se por meio de zonas de desenvolvimento a proximal e a real podemos concluir que ensinar a compreender via ensino expl cito de estrat gias permite ao aluno um desenvolvimento potencial que pode ser plenamente alcan ado ao longo da realiza o de atividades deste tipo o que consequentemente resultar em um desenvolv

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