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ANÁLISE E CARTOGRAFIA DA SUSCETIBILIDADE A

1. CJ Grau de cereza Y Tipolog a O Observagdes_ Shape Length Shape Area 1 Sim Deslizamento Rotacional Apoio nas curvas de nivel e Orto 2003 135 252557 1274 503865 1 Sim Deslizamento Rotacional Apoio curvas de nivel 155 674321 1520 789928 1 Sim Deslizamento Apoio curvas de nivel 171 241285 1950 899328 1 Sim Deslizamento Rotacional Superficial Apoio curvas de nivel 149 619697 1257 152093 1 Sim Deslizamento Apoio curvas de nivel 177 790332 1331 787224 1 Sim Deslizamento Identificado pelas curvas de nivel 211 446521 1957 215902 1 Sim Deslizamento Roracional Superficial Apoio curvas de nivel 232 53173 3156 443813 1 N o Deslizamento Translacional Superficial G Earth n o mostra nada 2004 256 844801 3432 063568 1 Sim Deslizamento Translacional Marcas no terreno 212 124197 2996 337526 1 Sim Deslizamento lt Null gt 134 540302 1077 510435 1 Sim Escoada lt Null gt 258 499663 1353 627746 Figura 3 10 Caracter sticas da base de dados do ficheiro de pol gonos onde se encontram inventariados os movimentos de vertente da ilha de S o Nicolau Cabo Verde Tendo em conta a dimens o da rea de estudo 343 km2 o tempo que estas t cnicas requerem e a necessidade de cumprir os prazos estabelecidos para a realiza o deste projeto era importante otimizar esse tempo da melhor forma poss vel Deste modo a rea de estudo foi dividida por setores mais ou menos uniformes de maneira a qu
2. 800 1000 140000 5457100 0 026 1027600 344705200 2 4527 1000 1200 0 1456100 0 000 1027600 344705200 2 4527 gt 1200 0 197900 0 000 1027600 344705200 2 4527 C ncava 52480000 137812500 0 381 1027600 344705200 0 2448 Curvatura das E vertentes Retilinea 4140000 40338000 0 103 1027600 344705200 1 0663 Convexa 46140000 166554700 0 277 1027600 344705200 0 0734 Area urbana 180000 2765500 0 065 1027600 344747200 1 5216 Arvoredo 40000 18533800 0 002 1027600 344747200 4 9281 Mato 21540000 120580000 0 179 1027600 344747200 0 5120 a Zona sem vegeta o ou esparsa 79290000 186367500 0 425 1027600 344747200 0 3558 Uso e ocupa o do solo Praia arenosa 30000 383500 0 078 1027600 344747200 1 3377 Leito de ribeira 180000 2699300 0 067 1027600 344747200 1 4974 Area de cultivo 1460000 12460500 0 117 1027600 344747200 0 9337 Area verde 0 48900 0 000 1027600 344747200 4 9281 Estradas 40000 908200 0 044 1027600 344747200 1 9122 Complexo Eruptivo Principal 58350000 173275600 0 337 1027600 344748600 0 1220 Cones piroclasticos 8020000 66495800 0 121 1027600 344748600 0 9048 Lavas submarinas inferiores 220000 2459000 0 090 1027600 344748600 1 2035 Lavas submarinas superiores 1320000 2996000 0 441 1027600 344748600 0 3908 Forma o da pregui a 2050000 27213300 0 075 1027600 344748600 1 3754 Conglemerados calc rios e calcarenitos 420000 209200 2 008 1027600 344748600 1 9074 Litologia Aluvi es areias e dep sitos de vertente 23230000 514945
3. Figura 5 12 Taxa de recuo valores negativos recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de Santiago 103 5 5 4 An lise da evoluc o da linha de costa entre 1961 2010 Na an lise do per odo total desde a fotografia a rea mais antiga 1961 at fotografia a rea mais recente 2010 per odo que corresponde a 49 anos a praia do Tarrafal sofreu um recuo m dio de 14 05m em 49 anos a que corresponde uma taxa de recuo m dia de 0 29m ano Tabela 5 7 O setor norte com uma taxa de recuo m dio de 0 40m ano estabelece se desta forma como o setor mais exposto a eros o desta praia o que seria expect vel tendo em conta a evoluc o verificada nos tr s per odos em an lise Tabela 5 7 Figura 5 14 Apenas no per odo de 1992 2003 o setor centro teve maior taxa de recuo sendo que em 49 anos o setor norte sofreu um recuo m dio total de 19 70m Tabela 6 7 Figura 5 13 Nesta an lise importa destacar o setor sul uma vez que ao longo dos per odos em an lise com excec o do primeiro 1961 1992 onde apresenta a maior taxa de recuo m dio todos os restantes per odos verificou se uma certa estabilidade no que respeita ao recuo m dio anual Sendo certo que nestes 49 anos e analisando a taxa de recuo dos 29 transectos o transecto 1 foi o que apresentou maior taxa m dia de recuo obtendo 0 31m ano neste setor tendo sido tamb m um dos transectos com maior taxa m dia de recuo nos tr s per odos estudados Tabela
4. Figura A7 Par metros referentes s linhas de costa shorelines Date campo em que est o referidas as datas de cada linha de costa Uncertainty campo referente ao valor de incerteza originado pela georreferencia o das imagens a reas por defeito define se como zero closest intersection referente linha onde o ponto de interse o deve ser criado no caso de estudo ao utilizar se o m todo LRR importante definir o ponto de interse o sempre que cruzar uma linha de costa 126 a Set Default Parameters El pg Cast Transect Settings Shoreline Calculation Settings Metadata Settings General Information Originator U S Geological Survey Abstract Beach erosion is a chronic problem along most open ocean Purpose The coastal and marine Geology program of the U S Data Update and Access Information Update Frequency None planne v Progress Complete X Constraints on Access none Contact Information Organization U S Geological Survey Person Emily Himmelstoss Address 384 Woods Hole Road d City Woods Hole State MA Zip 02543 Phone 508 548 8700k2 Email jhseiwei usgs gov Log File Output 5 Regular 0 Extended None Cancel OK Figura A8 Par metro referente aos metadados O preenchimento deste par metro tal como os anteriores obrigat rio O preenchimento pode ser feito caso assim se entenda com os dados fornecidos no guia de usu rio do DSAS Este ficheiro
5. Ponta do Gale o Ponta Larga E Ponta do Ponta do Curral Juncalinho Ponta de Furna Balg Praia Ponta da Furni no de Cabelo Baia das Cagarras Ba a da Chanina Ponta Albacora Ponta Pacata Ponta Baia de Forcado Delgada Ponta Ponta da Praia do Garfo Sarroso Ponta Preta Ponta do Cou o Ponta da Dobradeira Ponta do Guincho Ponta de Vermelharia ou Ponta Grande Oceano Atl ntico Figura 2 2 Enquadramento geogr fico da Ilha de S o Nicolau Arquip lago de Cabo verde Fonte Morabitur No que respeita geomorfologia desta ilha esta apresenta se com uma configura o estreita e alongada desenvolvendo se na dire o W E nesta dire o que a ilha apresenta a sua maior dimens o com cerca de 45 km e a largura m xima de 25 km no sentido N S Duarte 2013 A ilha de S o Nicolau tal como as restantes ilhas que comp em o arquip lago de Cabo Verde de origem vulc nica tendo a sua cratera principal de forma o no Monte Gordo O Monte Gordo situa se no sector ocidental da ilha sendo este o local mais acidentado e tendo nos seus 1304m de altitude o seu ponto mais alto Em S o Nicolau predominam essencialmente as rochas bas lticas existindo no entanto alguns afloramentos calc rios em reas que se elevaram acima do n vel m dio do mar atual Hidroprojecto 1997a Duarte 2013 refere que na morfologia geral de S o Nicolau se destacam forma es salientes de relevo que ocupam grande parte do terr
6. DADOS DA GEORREFERENCIA O FOTOGRAFIA A REA DE 1961 ESCALA 1 30 000 SOFTWARE UTILIZADO ArcGis 10 0 SISTEMAS DE COORDENADAS Sistema de Coordenadas Proje o Cartogr fica Datum Cabo_Verde_Conica_Secante C nica Secante de Lambert WGS 1984 _de Lambert PONTOS DE CONTROLE RMS m x N de Pontos de controlo admissivel RMS ATINGIDO TRANSFORMAGAO 1 30 000 6m 0 95603 m Polin mio de 12 Ordem Nota O erro de graficismo admiss vel de 0 2mm consoante a escala da fotografia Fonte lgeoE Tabela 5 2 Dados da georreferenciac o referente a fotografia a rea de 1992 DADOS DA GEORREFERENCIACAO FOTOGRAFIA A REA DE 1992 ESCALA 1 6 000 SOFTWARE UTILIZADO ArcGis 10 0 SISTEMAS DE COORDENADAS Sistema de Coordenadas Projec o Cartogr fica Datum Cabo Verde Conica Secante C nica Secante de Lambert WGS 1984 _de Lambert PONTOS DE CONTROLE RMS m x N de Pontos de controlo admissivel TRANSFORMAGAO RMS ATINGIDO 1 6 000 Nota O erro de graficismo admiss vel de 0 2mm consoante a escala da fotografia Fonte lgeoE 91 5 3 Delimitac o da linha de costa na praia do Tarrafal Seguidamente ira ser feita a delimitac o das linhas de costa nas fotografias a reas georreferenciadas bem como nos ortofotomapas de 2003 e 2010 De acordo com Marino amp Freire 2013 do ponto de vista f sico a linha de costa corresponde a interface entre terra e gua Segundo os autores citados a linha de costa dev
7. Ramalho 2011 tendo uma extens o de linha de costa aproximadamente 1020 km Bravo de Laguna 1985 in Rocha 2010 O arquip lago constitu do por dez ilhas todas elas com dimens es vari veis sendo a ilha de Santiago a maior com cerca de 991km2 Em termos administrativos o arquip lago de Cabo Verde organiza se em 22 Munic pios e 32 freguesias distribu das pelas 9 ilhas habitadas isto porque a ilha de Santa Luzia n o habitada e como tal n o foi considerada no presente projeto Este arquip lago divide se em dois grupos em fun o dos ventos al seos do Nordeste ao norte as ilhas de Barlavento e a sul as ilhas de Sotavento As ilhas de Barlavento s o constitu das de Oeste para Leste por Santo Ant o S o Vicente Ilh u dos P ssaros Santa Luzia entre estas duas existem os ilh us de Branco e Raso S o Nicolau Sal Ilh u Rabo de Junco e Boa Vista na costa desta ilha existem os ilh us de Sal de Rei e do Baluarte Por sua vez o grupo de Sotavento constitu do de Leste para Oeste pelas ilhas de Maio Santiago Ilh u de Santa Maria Fogo e Brava Junto costa da Brava existe o ilh u da Areia e a cerca de 8km desta ilha existem os ilh us Grande de Cima do Rei Lu s Carneiro e Sapado Vict ria 2012 No que respeita demografia do arquip lago residiam na Rep blica Cabo Verdiano a data dos ltimos censos no ano 2010 491 683 hab INE 2010 A distribui o da 15 popula o pelas il
8. Tabela 3 6 Distribui o das classes de uso e ocupa o do solo pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde Distribuic o das classes de Uso do solo EE e costeira Classes Dien rea ha rea N dec lulas reaha rea Area urbana 27655 276 55 0 8 2671 26 71 1 8 Arvoredo 185338 1853 38 5 4 3978 39 78 2 7 Mato 1205800 12058 35 0 22570 225 7 15 1 Zona sem vegelacee ou 1863675 18636 75 54 1 114044 1140 44 764 esparsa Praia arenosa 3835 38 35 0 1 3780 37 8 2 5 Leito de ribeira 26993 269 93 0 8 1495 14 95 1 0 rea de cultivo 124605 1246 05 3 6 379 3 79 0 3 rea verde 489 4 89 0 0 15 0 15 0 0 Estradas 9082 90 82 0 3 374 3 74 0 3 Total 3447472 34474 72 100 149306 1493 06 100 45 Uso e ocupac o do solo rea urbana E Arvoredo E Mato EH Zona sem vegeta o ou esparsa gt Praia arenosa E Leito de ribeira E rea de cultivo E rea verde Oceano Atl ntico BH Estradas S o Nicolau Cabo Verde gt JULHO 2014 Elaborado por x AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE kaj Elips ide WGS84 2 PA a 16 30 0 N 16 30 0 N NA Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde HI ti Conforme de Lambert 40 A HUE Ikm Monica EM SA Figura 3 7 Distribui o das classes de ocupa o de solo na rea de estudo 3 4 Constru o de invent rios de movimentos de vertente e sistemas de praia Ortofotomapas Os ortofotomapas s o um produto cartogr fico q
9. es por este m todo deve se sobretudo categoria das vari veis em an lise pois estas n o sendo vari veis cont nuas e ou categ ricas impossibilitam que se fa a uma normaliza o das mesmas atrav s de an lises de fuzzy ou an lises hier rquicas anal ticas uma vez que estas vari veis foram obtidas por meios t cnicos ou seja foram geradas por m todos manuais Estes m todos dizem respeito vectoriza o dos tro os de praia utilizando a curva de n vel de cota O metros escala 1 10 000 tal como foi referido anteriormente 83 4 2 respeitante cria o do invent rio dos sistemas de praia Os pesos atribu dos aos fatores considerados no estudo da suscetibilidade eros o das praias de S Nicolau est o indicados na tabela 3 8 e s o justificados de seguida s praias de areia atribuiu se um peso superior 0 4 devido maior suscetibilidade das praias com esta constitui o a modifica es quer por processos de acre o quer por processos erosivos Ao tipo de praias atribui se um peso de 0 3 porque as caracter sticas morfol gicas quer da praia quer da sua envolv ncia influenciam a energia da ondula o que atinge a praia com capacidade para a modificar Ao fator exposi o atribui se unicamente um peso de 0 2 considerando que embora a ondula o seja o principal fator ativo na din mica de praias os escassos dados existentes apontam para que a ondula o que atinge normalmente Cabo Verde apresenta u
10. los resultados fueron satisfactorios En este per odo la playa Tarrafal tuvo una disminuci n promedio anual de 14 m Palabras clave Cabo Verde S o Nicolau Sistemas de Informaci n Geogr fica Susceptibilidad Erosi n costera Movimientos de Ladera y Valor Informativo viii NDICE GERAL RESUMO RESUMEN NDICE DE FIGURAS NDICE DE TABELAS ABREVIATURAS AGRADECIMENTOS CAP TULO 1 INTRODU O 1 1 Enquadramento tem tico do est gio 1 2 Problem ticas em estudo 1 2 1 Problem tica da eros o costeira 1 2 2 Problem tica da din mica de vertentes 1 3 Fundamentos te ricos 1 3 1 Suscetibilidade 1 3 2 Arriba 1 3 3 Vertente 1 3 4 Movimentos de vertente CAP TULO 2 ENQUADRAMENTO DA REA DE ESTUDO 2 1 Enquadramento do arquip lago de Cabo Verde 2 2 Enquadramento da ilha de S o Nicolau CAP TULO 3 METODOLOGIAS DE AVALIA O DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE E EROS O COSTEIRA 3 1 Metodologia geral 3 2 Fontes de informa o 3 3 Determina o de fatores de predisposi o ocorr ncia de movimentos de vertente 3 3 1 An lise dos fatores de predisposi o Vil XIII XIX XXI XXIII 10 15 15 24 27 27 29 30 33 3 4 Constru o de invent rios de movimentos de vertente e sistemas de praia 46 3 4 2 Inventariac o dos movimentos de vertente 48 3 4 3 Inventariac o dos sistemas de praia 54 3 5 Metodologia de avaliac o da suscetibilidade a din
11. mica de vertentes 56 3 5 1 M todo do Valor Informativo 57 3 6 Aplicac o do M todo do Valor Informativo para determinar a suscetibilidade a movimentos de vertente na ilha de Sao Nicolau 59 3 7 Metodologia utilizada para determinar a suscetibilidade eros o costeira 60 3 7 1 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira de S o Nicolau 61 3 7 2 Determinac o da suscetibilidade eros o das praias atrav s do m todo de An lise Multicrit rio 63 3 8 Representac o dos resultados 70 CAP TULO 4 AN LISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 73 4 1 Validagao dos resultados obtidos 73 4 2 Analise estatistica da suscetibilidade a movimentos de vertente 75 4 3 Analise estatistica da suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira 78 4 4 An lise estatistica da suscetibilidade a eros o das praias 80 CAP TULO 5 EVOLU O DA LINHA DE COSTA NA PRAIA DO TARRAFAL ILHA DE SANTIAGO 85 5 1 C lculo da evolu o da linha de costa com aplica o da extens o Digital Shoreline Analysis System DSAS 85 5 2 Fotografias a reas 87 5 2 1 Georreferencia o das fotografias a reas 88 5 3 Delimita o da linha de costa na praia do Tarrafal 92 5 4 Aplica o do Digital Shoreline Analysis System DSAS 94 5 5 An lise estat stica dos resultados 97 5 5 1 An lise da evolu o da linha de costa entre 1961 1992 99 5 5 2 An lise da evolu o da linha de costa entre 1992 2003 100 5 5 3 An lise da evoluc o da linha de co
12. no espa o e no tempo A coopera o interdisciplinar entre geomorf logos ge logos e engenheiros e o enriquecimento concetual e metodol gico resultante das experi ncias partilhadas verificadas desde a d cada de 50 justificam o desenvolvimento quantitativo e qualitativo dos estudos sobre din micas de vertente um pouco por todo o mundo Z zere 2005 Os movimentos de vertente s o um tipo de perigo natural que tem recebido uma importante aten o por parte da comunidade cient fica Nas ltimas d cadas t m sido desenvolvidos esfor os para homogeneizar conhecimentos e metodologias no que respeita an lise de risco associada a movimentos de vertente Garcia 2012 Este fen meno geomorfol gico est intimamente ligado a acontecimentos naturais como a precipita o sendo este o fator principal no desencadeamento de movimentos de vertente embora um sismo ou erup o vulc nica podem desencadear igualmente um movimento de vertente Z zere 2005 No entanto Teixeira 2005 refere que para o estudo da evolu o deste fen meno o conhecimento dos fatores geol gicos como a litologia a textura a estrutura e a rede de fractura o de extrema import ncia na interpreta o da din mica de vertentes O mesmo autor salienta que fundamental do ponto de vista geomorfol gico estudar a morfologia das vertentes a sua exposi o os declives a densidade da rede de drenagem bem como a ocupa o do solo Os movimentos
13. o pr via de unidades cartogr ficas no territ rio sendo que estas unidades podem ser unidades matriciais unidades de condi o nica unidades geol gico geomorfol gicas unidades morfo hidrol gicas ou unidades topogr ficas Z zere 2005 Ainda de acordo com Z zere 2005 existem dois subtipos de m todos de cartografia indireta i a indexa o m todo heur stico consiste numa atribui o subjetiva de scores a um conjunto de fatores pass veis de representa o cartogr fica ii na an lise estat stica os fatores que condicionam a instabilidade passada e presente s o relacionados atrav s de uma fun o param trica emp rica possibilitando a predic o quantificada de suscetibilidade nas reas ainda n o instabilizadas 1 3 2 Arriba A arriba Cliff pode ser entendida como uma forma erosiva com declive forte talhada em rochas coerentes localizada frente ao mar que evolui no setor cimeiro por processos suba reos frequentemente condicionados pela instabiliza o provocada na base por a o direta da ondula o ou por processos f sicos qu micos e ou biol gicos ligados presen a da gua do mar Neves 2004 p 2 O conjunto de processos que afetam a base da arriba podem ser agrupados em 3 conjuntos a o das ondas que inclui a o hidr ulica e mec nica meteoriza o que inclui processos f sicos e qu micos e por fim a o biol gica Neves 2004 No entanto n o ser feita uma d
14. resultando numa superficie suavizada que passa exatamente pelos pontos considerados Oliveira 2012 O processo de ortoretificac o um m todo que ajuda a melhorar a imagem georreferenciada uma vez que em certos locais da fotografia os pontos de controlo utilizados podem nao ser suficientes para corrigir a respetiva imagem devido essencialmente a irregularidade da altimetria Contudo e uma vez que o objetivo da utiliza o desta metodologia passa por localizar diferentes posi es da linha de costa ou seja n o est o implicadas as formas de relevo a v rias altitudes optou se assim por n o proceder ortoretifica o pelo simples fato de que este processo n o acrescentaria mais corre o na faixa da fotografia em an lise Sucintamente descrevem se os processos utilizados na georreferencia o das fotografias a reas A georreferencia o foi ajustada com apoio em 14 pontos de controlo na fotografia a rea de 1961 e em 15 pontos na fotografia de 1992 espalhados o mais poss vel por toda a rea da fotografia As coordenadas do conjunto de pontos foram obtidas atrav s do ortofotomapa mais recente respeitante 90 ao ano de 2010 Em ambas as fotografias a reas o EMQ Root Mean Square RMS foi inferior a 1 metro As tabelas 5 1 e 5 2 resumem a descric o t cnica do processo de georreferenciac o das fotografias em an lise Tabela 5 1 Dados da georreferenciac o referente fotografia a rea de 1961
15. 2007 Patrim nio Geol gico da Ilha do Fogo Cabo Verde Inventariac o Caracterizac o e Propostas de Valorizac o Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Universidade do Minho 216pp Anders F Byrnes M 1991 Accuracy of shorelines change rates as determined from maps and aerial photographs Shore amp Beach 59 1 17 26pp Antunes A 2008 Riscos Geol gicos Associados s Constru es nas Encostas e Leito das Ribeiras no Concelho de S o Louren o dos rg os Disserta o para obten o do grau de Licenciatura Instituto Superior de Educa o Santiago Cabo Verde 62pp APA 2012 Plano de A o de Prote o e Valoriza o do Litoral 2012 2015 Ag ncia Portuguesa do Ambiente l P Minist rio da Agricultura do Mar do Ambiente e do Ordenamento do Territ rio 100pp Boak H E Turner L 2005 Shoreline Definition and Detection A Review Journal of Coastal Research Sl 21 688 703pp Bird E C F 2008 Coastal Geomorphology an introduction E Bird Ed Second Edition John Wiley amp Sons Ltd 436pp Bush D Neal W Young R Pilkey O 1999 Utilization of geoindicators for rapid assessment of coastal hazard risk and mitigation Ocean amp Coastal Management 42 1999 647 670 Charlier R H Meyer C P D 1998 Coastal Erosion Response and Management Sringer the language of science Berlim 353 pp Chaves M Vital H Silveira 2006 Beach morphodynamics of the se
16. 25 1992 2003 0 26 2003 2010 0 39 1961 2010 0 29 Os gr ficos que se ir o apresentar seguidamente possibilitam a avalia o do comportamento dos 29 transectos nos per odos considerados Estes transectos como j foi referido anteriormente foram gerados a partir da ferramenta DSAS Figura 5 6 A distribui o destes transectos ao longo da praia com um espa amento de 10m entre si permitiu calcular todas as pequenas varia es encontradas neste reduzido tro o de praia Desta forma os resultados obtidos tornam se mais precisos e coerentes com a realidade pese embora o valor associado ao erro de georreferencia o poder influenciar para mais ou para menos estes mesmos resultados Os gr ficos que se apresentam de seguida dizem respeito a cada per odo de an lise De modo a facilitar a interpreta o dos resultados decidiu se dividir os 29 transectos por setores de praia A divis o foi feita do seguinte modo setor Sul transecto 1 a 10 setor Centro transecto 11 a 19 setor Norte transecto 20 a 29 97 05 06 1961 11 08 1992 A 05 19 2003 11 15 2010 JULHO 2014 Elaborado por AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE 28 Elips ide WGS84 A C nica Conforme de Lambert Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde Munic pia EM S A a Figura 5 6 Praia do Tarrafal em 2010 com as linhas de costa de 1961 1992 2003 e 2010 e os 29 transectos criados pelo DSAS Ilha de Santiago Cabo Ve
17. As fotografias obtidas para este estudo dizem respeito aos anos de 1961 e 1992 O levantamento fotogram trico para o ano de 1961 foi realizado pela Forca A rea Portuguesa dele resultando um conjunto de fotografias pancrom ticas preto e branco escala de 1 30 000 O levantamento fotogram trico de 1992 foi realizado pela entidade KLM AEROCARTO dando origem a um conjunto de fotografias tamb m elas pancrom ticas escala de 1 6000 tabela 5 Tabela 5 Elementos referentes s fichas t cnicas dos voos utilizados neste estudo Santiago Cabo Verde Dist ncia N mero das Entidade Ano M s Escala Cores E Focal mm Fotografias Executante Preto e For a A rea 1961 05 1 30 000 152 57 3557 Branco Portuguesa Preto e KLM 1992 11 1 6000 213 68 2999 Branco AEROCARTO As fotografias a reas aquando da sua aquisi o n o est o associadas a um sistema de proje es cartogr ficas Oliveira 2005 Quando comparado com a 87 cartografia a fotografia a rea apresenta deforma es projetivas e perspetivas com maior incid ncia sobre as reas mais perif ricas da fotografia Matildes 2009 De forma a fazer uma utilizac o fi vel das fotografias a reas como marca es ou medic es sobre estas torna se necess rio fazer a correc o das fotografias de modo a que estas imagens sejam representadas segundo uma escala homog nea em toda a fotografia Neste contexto necess rio proceder a georreferenciac o e ort
18. DSAS pode ser perfeitamente a linha de costa mais antiga Importa ainda referir que aquando da cria o da feature class que incluir as 4 linhas de costa em estudo necess rio entre outros um campo com a data em que foram obtidas as fotografias a reas pois este campo que ir entrar num dos par metros do DSAS Na aplica o do DSAS e dada a pequena extens o da rea estudada optou se por estabelecer transectos com equidist ncia entre si de 10 metros e com um comprimento de 30 m o comprimento a determinar para os transectos deve ser medido na faixa mais larga da praia desde a linha de costa mais antiga at mais recente tendo sido criados para a praia do Tarrafal 29 transectos Os par metros 96 de entrada no DSAS realizados no mbito deste trabalho s o representados atrav s das figuras A6 A7 e A8 Anexo A As taxas de variac o foram calculadas utilizando o m todo estat stico Linear Regression Rate LRR 5 5 An lise estat stica dos resultados Analisando globalmente os resultados a praia do Tarrafal apresenta um recuo geral sendo que a taxa de recuo m dia corresponde a 0 29m ano no per odo de 49 anos 1961 2010 Nos tr s per odos considerados para o estudo da evoluc o da linha de costa na praia do Tarrafal verificou se uma tend ncia crescente na taxa de recuo Tabela 5 3 Tabela 5 3 Taxas de recuo da praia do Tarrafal entre 1961 2010 Per odo Taxa de recuo m ano 1961 1992 0
19. Engenharia Geogr fica Geof sica e Energia Universidade de Lisboa 181pp Matos J 2008 Fundamentos da Informa o Geogr fica 6 ed LIDEL Edi es T cnicas LDA 405pp Moreno C 2009 Aplica o de SIG no processamento do invent rio florestal nacional Cabo Verde Disserta o para obten o do grau de Mestre Instituto Superior de Estat stica e Gest o de Informa o Universidade Nova de Lisboa 93pp 115 Neves M 2004 Evoluc o atual dos litorais rochosos da Estremadura Norte Estudo de Geomorfologia Dissertac o para obtenc o do grau de Doutor Faculdade de Letras departamento de Geografia Universidade de Lisboa 574pp Neves M 2008 Anthropogenic modifications in the erosional rhythm of a coastal cliff Rocha do Gronho Western coast of Portugal Journal of Iberian Geology 34 2 299 31 2pp Oliveira S M C 2005 Evolu o recente da linha de costa no tro o costeiro Forte Novo Garrao Algarve Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Faculdade de Ci ncias Universidade de Lisboa 137pp Oliveira S M C 2012 Incid ncia espacial e temporal da instabilidade geomorfol gica na Bacia do Rio Grande da Pipa Arruda dos Vinhos Dissertac o para obtenc o do grau de Doutor Instituto de Geografia e Ordenamento do Territ rio Universidade de Lisboa 496pp Pereira J 2010 Concec o de uma estrat gia de geoconservac o para Cabo Verde e sua aplica o a Ilha de Santia
20. Os campos assinalados a amarelo Figura 3 14 correspondem a i exposi o ondula o ii tipos de praia iii praias essencialmente constitu das por calhaus cascalho e iv praias constitu das por areias Os campos intercalados azul correspondem pondera o atribu da a cada um dos fatores descritos anteriormente Este invent rio teve como fontes de apoio o Atlas da Natureza da Costa e da Ocupa o do Litoral Hidroprojeto 1997a e uma vez mais a ferramenta Google Earth 3D Estas fontes serviram essencialmente para ajudar na identifica o das praias no que respeita sua localiza o e caracter sticas dado que atrav s do ortofotomapa n o era poss vel identificar por exemplo se uma determinada praia era composta por areias ou calhaus Figura 3 15 Esta ferramenta tornou se 54 bastante til nesta tarefa pois permitiu com recurso s fotografias disponiveis identificar as caracter sticas das praias alongadas e abertas ou encastradas e principalmente identificar o tipo de material que as constituem areia ou calhaus cascalho Como se pode verificar na figura 3 15 atrav s da imagem C poss vel identificar as seguintes caracter sticas que comp em a base de dados Praia alongada e aberta Praia de areia com duna e arriba para o interior neste caso dada a reduzida dimens o da duna considerada como sistema praia arriba Estas caracter sticas s o fundamentais para a realiza o da metodologia anterior
21. Pixel 0 4m Para termos uma maior perce o das dificuldades encontradas 47 na fotointerpretac o tomamos como exemplo ilustrativo a figura 3 9 A e B em que est representada uma vertente Embora a diferenca entre os ortofotomapas seja de 0 09m nota se claramente no ortofotomapa de 2010 marcas vis veis indiciando a ocorr ncia de algum tipo de movimento de vertente figura 3 9B sendo que em relac o ao ortofotomapa de 2003 estas n o s o t o elucidativas figura 3 9A apresentando uma caracter stica de resoluc o significativamente mais baixa Figura 3 8 A Ortofotomapa do ano 2003 B Ortofotomapa do ano 2010 Ambos na escala de visualizac o 1 25 000 S o Nicolau Cabo Verde Figura 3 9 A Ortofotomapa do ano 2003 B Ortofotomapa do ano 2010 Ambos na escala de visualizac o 1 1500 S o Nicolau Cabo Verde 3 4 1 Inventariac o dos movimentos de vertente A cria o de um invent rio de movimentos de vertente do ponto de vista da avaliac o da suscetibilidade perigosidade ou risco de instabilidade de vertente uma etapa imprescind vel Garcia 2012 Um invent rio de movimentos de vertente 48 surge sistematicamente associado a um mapa e a uma base de dados A sua representac o gr fica pode considerar apenas um nico ponto geralmente o centr ide ou a totalidade da rea instabilizada Oliveira 2012 Segundo o mesmo autor a capacidade preditiva dos mapas de sucetibilidade dependem da qualidade r
22. Representa o RGB Des Ss 225255 Suscetibilidade Reduzida RGB 0 112 255 Suscetibilidade Moderada RGB 76 0 115 Suscetibilidade Elevada Descri o 71 72 CAP TULO 4 AN LISE DOS RESULTADOS OBTIDOS 4 1 Validac o dos resultados obtidos A validac o dos resultados foi efetuada atrav s da determinac o da taxa de sucesso do modelo de suscetibilidade produzido para a ilha de Sao Nicolau A taxa de sucesso segundo Chung amp Fabbri 2008 um procedimento de validac o cruzada cujo objetivo testar a validade de um modelo de predic o De acordo com Pereira 2009 a curva da taxa de sucesso baseia se na compara o entre a imagem de predi o e os movimentos de vertentes utilizados na modelac o Desta forma esta curva mede o melhor ajustamento entre o modelo e os movimentos de vertentes registados assumindo se o modelo correto Os procedimentos realizados no c lculo da taxa de sucesso requerem os seguintes elementos i o mapa final com os valores de suscetibilidade de cada unidade de terreno pixel ii a rea deslizada para cada unidade de terreno e iii a rea que possui cada unidade de terreno Ap s obter estes elementos necess rio dispor os valores de suscetibilidade de forma decrescente de modo a proceder ao c lculo das frequ ncias acumuladas da rea deslizada e da rea ocupada por cada uma das classes Henriques 2009 Posteriormente ao c lculo da taxa de sucesso necess ri
23. apresentam extensas reas de praia de areia clara devido ao transporte e lico das areias oriundas do deserto do Sahara Destas tr s ilhas Maio a ilha que apresenta maior altitude atingindo no Monte Penoso o seu ponto mais alto com 436 m Dentro do contexto descrito anteriormente em que apresentamos as ilhas com relevos mais acidentados e mais suaves aparece numa posi o intermedi ria a ilha de S o Vicente que tem no Monte Verde com 744 m o seu ponto mais alto As ilhas com relevos mais acidentados com altitudes acima dos 1000m como s o os casos de Santo Ant o S o Nicolau Santiago e Fogo apresentam grandes vales e que originam dois tipos de perfis Perfil em U e perfil em V Antunes 2008 Gon alves 2008 c Enquadramento Clim tico No que respeita s caracter sticas clim ticas o arquip lago de Cabo Verde enquadra se na regi o do Sahel Esta regi o bastante vulner vel s altera es clim ticas isto porque se encontra a sul de uma vasta faixa do deserto do Sahara onde sopram predominantemente os ventos al sios do Nordeste Tendo no passado um clima mais h mido que o atual segundo Vict ria 2012 tem sido fustigado nas ltimas d cadas por secas severas A localiza o deste arquip lago no Atl ntico Oriental na zona de circula o dos ventos al sios integra se numa faixa de climas ridos e semi ridos que abrange toda a frica at ao Sul do Sahara na faixa de transi o entre o deserto e os
24. classe superior a 1200m representa o restante da ilha ou seja 8 5 da superficie total Em geral no sector mais ocidental da ilha as altitudes variam de Noroeste para Sudeste onde predominam os relevos mais elevados destacando se nesta zona o ponto mais alto da ilha o Monte Gordo 1304 m Na faixa costeira as altitudes sao baixas m dia de 20m pois esta dominada por plataformas costeiras de cotas baixas que contornam a quase totalidade da ilha a classe 0 200m representa 99 9 da totalidade desta faixa No entanto dentro desta faixa encontra se a NNW junto Ponta do Pau uma pequena rea com altitudes entre os 200 400m Tabela 3 Figura 3 Tabela 3 Distribuic o das classes de altitude pelo total da ilha e na faixa de 100 m em Sao Nicolau Cabo Verde Distribuic o pela rea total da ilha Distribuic o pela faixa costeira 100m Classes Ne de c lulas Areaha rea N2 de c lulas reaha rea 0 200 1583481 15834 81 45 94 149922 1499 22 99 93 200 400 1028947 10289 47 29 85 98 0 98 0 07 400 600 540438 5404 38 15 68 0 0 0 00 600 800 223075 2230 75 6 47 0 0 0 00 800 1000 54571 545 71 1 58 0 0 0 00 1000 1200 14561 145 61 0 42 0 0 0 00 gt 1200 1979 19 79 0 06 0 0 0 00 Total 3447052 34470 52 100 150020 1500 2 100 M ximo 1304 m 381 m M dia 270 m 20 m 34 16 30 0 N 16 30 0 N Altitude EH 0 200 EE 200 400 E 400 600 EE 600 800 EE 800 1000 EE 1000 1200 Oceano Atl ntico E gt 12
25. climas h midos tropicais Deste modo o clima de Cabo Verde do tipo subtropical seco com influ ncia oce nica Moreno 2009 Segundo Hern ndez 2008 esta faixa influenciada por tr s massas de ar principais os centros de altas press es subtropicais do Atl ntico Norte Anticiclone dos A ores a linha de Converg ncia Intertropical CIT dominado pelos ventos al sios do Nordeste que ao atravessar frica e chegar ao Atl ntico desvia se para o sul do Arquip lago e a mon o do Atl ntico Sul que carrega ventos quentes e h midos de Sul e Sudoeste e que respons vel pelas chuvas de ver o de Agosto 19 a Outubro localmente conhecido como o tempo das guas De acordo com Antunes 2008 as chuvas s o muito irregulares A oscilac o anual da Converg ncia InterTropical condiciona a pluviometria deste arquip lago O mesmo autor refere que existem quatro massas de ar principais resultantes da CIT que determinam as caracter sticas clim ticas Estas massas s o os Al sios do Nordeste a Invernada a Lestada ou Harmat o e a Monc o z O clima Saheliano um clima subtropical seco com micro climas fortemente influenciados pelo fator relevo que se associa s principais correntes do ar A esta o seca vai de Dezembro a Junho e a esta o h mida vai de Agosto a Outubro Os meses de Julho e Novembro s o considerados de transi o pois tanto podem apresentar caracter sticas de esta o h mida como d
26. curvatura das Distribui o pela faixa costeira 100m Classes N de c lulas reaha rea N2de c lulas reaha rea C ncava 1272800 12728 36 9 46939 469 39 34 7 Rectilinea 721350 7213 5 20 9 44663 446 63 33 0 Convexa 1454750 14547 5 42 2 43571 435 71 32 2 Total 3448900 34489 100 135173 1351 73 100 16 30 0 N 16 30 0 N Perfil transversal EE C ncava Retilinea Oceano Atl ntico W Convexa S o Nicolau Cabo Verde Ex wy JULHO 2014 Elaborado por f AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE ud Elips ide WGS84 i Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde MA poe Conforme de Lambert rn yo a ARA Ming EM SAE nim Figura 3 5 Distribui o das classes de curvatura na rea de estudo 41 d Litologia O vulcanismo em S o Nicolau estende se desde o Mioc nico at ao Quatern rio A estratigrafia vulc nica da ilha define se compreendendo do mais antigo para o mais recente pelas forma es seguintes Complexo eruptivo antigo Sedimentos marinhos do Mioc nico Forma o Figueira de Coxe Dep sitos conglomer ticos brech ides Complexo eruptivo principal Forma o da Pregui a Forma o do Monte Gordo e Sedimentos do Quatern rio Ramalho 2011 Das forma es enumeradas o Complexo eruptivo principal e a Forma o do Monte Gordo cones pirocl sticos representam cerca de 70 da geologia de S o Nicolau Tabela 3 5 Figura 3 6 Real am se igualmente os Sedimen
27. d se por intervalos irregulares durante poucos dias de cada vez s o geradas longinquamente por tempestades ocorridas no Atl ntico Norte e Sul De Novembro a Abril o seu rumo de Noroeste e de Norte e de Junho a Outubro v m de Sudeste e Sul Loid 2009 As mar s podem condicionar a ac o erosiva da ondulac o principalmente se ocorrer em situac o de preia mar viva em litorais sujeitos a uma amplitude de mar macrotidal Atualmente o Arquip lago Cabo Verdiano tem em funcionamento 3 mar grafos distribu dos pelas ilhas de S o Vicente Porto Grande Sal Palmeira e Santiago Porto da Praia As mar s s o semi diurnas e seguindo a classifica o estabelecida por Davies 1964 apresentam se com uma amplitude m xima reduzida do tipo microtidal inferior a 2 metros 2 2 Enquadramento da ilha de S o Nicolau A ilha de S o Nicolau integra o grupo barlavento do arquip lago de Cabo Verde e est localizada entre as ilhas de S o Vicente e Sal A ilha de S o Nicolau tem 343 km2 e composta por dois munic pios Ribeira Brava e Tarrafal de S o Nicolau e tr s freguesias Nossa Senhora do Ros rio e Nossa Senhora da Lapa a mais pequena das 3 pertencentes ao munic pio da Ribeira Brava e a freguesia de S o Francisco de Assis no munic pio de Tarrafal de S o Nicolau Em termos demogr ficos viviam nesta ilha data dos ltimos censos 12 752 habitantes INE 2010 24 S o Nicolau Cabo Verde Ponta de Rabil
28. de metadados pode ser posteriormente consultado atrav s do ArcCatalog 127 128 ANEXO B TABELAS Tabela B1 Fontes de informac o relativa aos dados utilizados Sistema de Refer ncia Tema Fonte Ilha Formato Escala Refer ncia Temporal TIE C nica Secante Ortofotomapas Mun cipia SN 2003 SID 0 5 Lambert WGS84 Cabo Verde National Grid Ortofotomapas GRAFCAN SN 2010 ECW 0 4 C nica Conforme Lambert WGS84 Fotografias a reas do UCCP ST N o aplic vel 1961 JPG 1 30 000 Litoral Fotografias a reas do UCCP ST N o aplic vel 1992 JPG 1 6000 Litoral Cartografia Mun cipia e AA 2003 DGN e SN Lambert WGS84 e 1 2000 Cabo Verde Cartografia Grafcan as 2010 SHP oo SN C nica Conforme 1 10000 Lambert WGS84 Carta 7 i JPGe gacibaics IICT SN N o definido 1975 SHP 1 50 000 Municipia GLC 2000 Carta de MODIS Cabo Verde National ocupa o do MCD12Q1 SN Grid C nica Conform 2000 SHP 1 10 000 solo LAND Lambert WGS84 COVER version 005 Limites Cabo Verde administrativos UCCP SN ITRF96 Conica SHP oficiais Secante de Lambert Altimetria e Cabo Verde 1 5000 MDT pontos SN National Grid 2014 GRID cotados C nica Conforme Pixel 10m 129 Lambert WGS84 1 10 000 Cabo Verde National Grid 1 5900 Declives MDT SN 2014 GRID C nica Conforme Pixel 10m Lambert WGS84 Cabo Verde A National Grid ye Exposi es MDT SN 2014 GRID C nica Conforme Pixel 10m La
29. de vertente t m sido a causa de algumas cat strofes em diversos pontos do mundo sendo respons veis por elevado n mero de v timas mortais e avultados danos materiais Epif nio 2013 Recentemente ocorreram epis dios com estes impactes nomeadamente em Oso regi o de Seattle no Noroeste dos Estados Unidos da Am rica e em Argo na prov ncia de Badakhshan no Nordeste do Afeganist o No primeiro caso e citando fontes noticiosas as estimativas apontavam para 21 vitimas mortais e cerca de 30 desaparecidos Em termos de danos materiais as estimativas apontavam para cerca 6 de 50 casas atingidas e parte de uma autoestrada Fonte JN No segundo caso e com consequ ncias mais gravosas em termos mortais e materiais deu se no passado m s de Maio no Nordeste do Afeganist o dois deslizamentos em sequ ncia que vitimaram segundo fontes oficiosas cerca de 2000 pessoas e engoliu entre 300 a 400 casas Segundo as mesmas fontes viviam neste distrito cerca de 2700 pessoas Fonte CNN Estes n meros revelados por fontes oficiosas demonstram a dimens o e consequ ncias que este fen meno pode causar na populac o sendo por isso necess rio concluir que o estudo da instabilidade de vertentes assume cada vez mais um papel fundamental nas quest es do ordenamento do territ rio Em Cabo Verde na ilha de S o Nicolau no ano 2009 na localidade de Covoada este fen meno causou tamb m ele vitimas mortais e danos materiais A chuva intens
30. e ap s tratamento das vari veis independentes estas foram cruzadas com a vari vel dependente A vari vel dependente foi convertida em ficheiro bin rio em que o valor 1 corresponde presen a de movimentos de vertente o valor O corresponde a aus ncia de movimentos de vertente Resultando assim num mapa booleano aus ncia presen a Salienta se o fato de a entrada no modelo ter sido feita com a rea total dos movimentos de vertente e n o apenas com a rea de deple o A ferramenta utilizada em todo o processo foi o Spatyal Analyst Tools e o cruzamento entre cada vari vel independente com a vari vel dependente foi feito com a extens o tabulate area Posteriormente os resultados gerados por este cruzamento foram exportados em formato dbf de forma a serem trabalhos na ferramenta excel do Microsoft Office No excel foram aplicadas as equa es que permitem calcular o valor informativo Os resultados obtidos no c lculo do valor informativo foram posteriormente importados para o ArcGis Foi criado um novo field do tipo double em cada vari vel independente Em cada um destes novos fields foi adicionado o valor obtido no c lculo do valor informativo de cada vari vel para cada classe Para terminar este processo foram somadas todas as vari veis 59 independentes Esta operac o foi realizada no Raster calculator O resultado desta operac o ent o o mapa final de suscetibilidade a movimentos de vertente Os resultados ser o
31. e escoadas As escoadas identificadas s o diminutas 53 tendo sido identificadas apenas 3 que representam 0 4 do total de movimentos identificados A tabela 3 7 sintetiza a informac o resultante do invent rio dos movimentos de vertentes identificados na rea de estudo 3 4 2 Inventariac o dos sistemas de praia No que respeita a inventariac o das praias de Sao Nicolau os procedimentos realizados foram relativamente mais simples em rela o ao invent rio de movimentos de vertente Desta forma a informa o utilizada na inventaria o foi o ortofotomapa de 2010 e a curva de n vel da cota dos zero metros na escala 1 10 000 Os registos que correspondem aos tro os de praia criados na tabela de atributos do invent rio foram realizados do seguinte modo Atrav s da ferramenta editor do ArcGis procedeu se vectoriza o dos tro os de praia sobre a curva de n vel de cota zero metros vectoriza o que teve o aux lio do Trace o Trace permite vetorizar uma nova linha sobre outra j existente tornando se assim numa ferramenta bastante til em termos de rigor e de tempo neste tipo de trabalhos A figura 3 14 mostra como ficou composta a base de dados do invent rio E 1 165 999335 79 741165 289 898749 231 952084 54 550128 270 832386 N o erminal de Vale Figura 3 14 Base de dados do invent rio dos sistemas de praia Resumindo a base de dados composta por 4 campos
32. fen menos como movimentos de vertente e eros o costeira Os procedimentos utilizados para responder a estes objetivos assentaram essencialmente na criac o de um invent rio robusto de movimentos de vertente que juntamente com os 6 fatores de predisposic o considerados possibilitaram o uso do m todo estat stico bivariado m todo do valor informativo elaborado por Yan em 1988 Para a determinac o da eros o das praias recorreu se a uma an lise multicrit rio com integrac o da informac o atrav s da Combinac o Linear Ponderada esta metodologia permite ponderar as classes dos fatores mais propensas eros o e posteriormente multiplic las pelo peso atribu do a cada fator A validac o do mapa de suscetibilidade a movimentos de vertente foi realizada atrav s da taxa de sucesso Para avaliar a qualidade do modelo calculou se a AAC o resultado obtido dever ser no m nimo de 0 75 para que o modelo seja considerado razoavel no presente trabalho o resultado da AAC foi acima dos 0 85 o que significa que o ajustamento do modelo foi muito satisfat rio No que concerne a eros o costeira foi adotada outra metodologia no entanto esta apenas foi poss vel aplicar no mbito do projeto na praia do Tarrafal ilha de V Santiago A metodologia diz respeito ao Digital Shoreline Analysis System DSAS o c lculo da taxa de recuo foi feito para uma s rie temporal de 49 anos os resultados obtidos foram satisfat rios Neste per odo em
33. fen menos em estudo iv Por ltimo os resultados finais Esta etapa n o sendo a mais morosa de extrema import ncia pois requer uma an lise rigorosa dos resultados que permita a fiabilidade do modelo Caso os resultados n o estejam de acordo com o esperado e que revelem algum tipo de erro o modelo dever ser corrigido e processado novamente A valida o do modelo preditivo dos movimentos de vertente ser feito atrav s das taxas de sucesso A classifica o das reas cartografadas como suscet veis ocorr ncia de movimentos de vertente ser feita com base em 5 classes de suscetibilidade Muito baixa Baixa Moderada Elevada e Muito elevada Relativamente classifica o das reas cartografadas como suscet veis eros o costeira esta ser feita com base em 3 classes Reduzida Moderada e Elevada Os m todos utilizados para a classifica o de ambas as cartografias ser o descritos adiante no presente trabalho 28 3 2 Fontes de informac o Neste ponto tratar se da base de informac o recolhida para a realizac o do presente trabalho Para a realizac o de um trabalho de an lise de suscetibilidade e risco associados a movimentos de vertente e eros o costeira importante que a base de informac o a recolher seja s lida e coerente Os m todos de aquisic o de informac o podem ser de dois tipos diretos ou indiretos Os m todos de aquisic o diretos s o obtidos diretamente sobre a superf cie topogr
34. fica real e podem ser obtidos atrav s de Radar Laser GPS e Topografia A principal vantagem que estes m todos apresentam a sua precis o altim trica pois esta muito elevada No entanto estes m todos t m a desvantagem de ser morosos e dispendiosos o que limita a sua aplicac o Os m todos indiretos s o obtidos atrav s de documentos anal gicos ou digitais elaborados previamente e podem ser obtidos por Estereorestitui o e vetorizac o Na tabela B1 anexo B apresenta se a informac o e respetivas fontes de recolha utilizadas para a realizac o do presente trabalho Importa referir que a informac o recolhida reporta ao m todo de aquisi o indireto Como se poder verificar na tabela B1 anexo B as fontes de informa o a estrutura e formato dos dados s o distintos Desta forma a integra o de toda a informa o adquirida num sistema de informa o geogr fica carece de um conjunto de tarefas a realizar tarefas estas que depois de conclu das ir o possibilitar que toda a informa o se encontre uniformizada e pronta a ser integrada num SIG No contexto anteriormente descrito o conjunto de tarefas a realizar no presente trabalho ser o os seguintes i Converter formato do ficheiro Ex DGN para SHP ii Georreferencia o e transforma o de sistema de coordenadas Ex Fotografias a reas iii Cria o e preenchimento da base de dados alfanum rica Ex Invent rios iv Vetoriza o Ex Invent ri
35. foi referido no inicio do cap tulo 3 a avaliac o da evoluc o da linha de costa foi imposs vel de se realizar no mbito deste estudo pelos motivos tamb m j referidos e que se prendem essencialmente pela falta de cobertura da totalidade da linha de costa qualidade e inexist ncia de fotografias a reas antigas e principalmente devido a falta de pontos hom logos entre as imagens antigas e a imagem de refer ncia que permitiria efetuar uma correta georreferenciac o dessas mesmas imagens 64 Assim a metodologia para determinar a suscetibilidade eros o das praias assentou na AMC com integra o da informa o geogr fica atrav s de uma CLP Esta metodologia j foi testada por Saaty amp Vargas 2012 Uma metodologia semelhante foi igualmente adotada por Santos amp Miranda 2006 para avaliar a suscetibilidade eros o do litoral de Portugal continental devido ao impacto das altera es clim ticas Tagliani 2003 baseou se no m todo de an lise multicrit rio em ambiente SIG para a elabora o de um mapa de vulnerabilidade ambiental para a Plan cie Costeira do Rio Grande do Sul Segundo o mesmo autor a an lise multicrit rio enquadra se neste tipo de trabalho como forma de disponibilizar uma ferramenta de apoio decis o no mbito do planeamento ambiental tendo sido utilizada a CLP como m todo de integra o da informa o na AMC Este m todo consiste essencialmente em multiplicar cada fator pelo peso corr
36. imagem aos pontos spline A Fotografia a rea de 1961 c rculo vermelho os pontos de controlo poss veis de identificar em reas pr ximas a praia do Tarrafal B Ortofotomapa de refer ncia 2010 representando com c rculos amarelos os pontos de controlo comuns com a fotografiada TI ia Nidia 89 Figura 5 2 Representac o dos pontos de controlo em ambas as pocas escala de visualizac o 1 5 000 M todo de ajustamento da imagem aos pontos spline A Fotografia a rea de 1992 com a representa o dos pontos de controlo distribu dos pela fotografia com especial enfoque na rea junto praia B Ortofotomapa de refer ncia 2010 representando com c rculos amarelos os pontos de controlo comuns com a fotografia de 1992 inn dd 89 XV Figura 5 3 Faixa litoral com praia onde se encontra identificada a linha de preia mar assinalada pelo tracejado vermelho Fonte Marino amp Freire 2013 93 Figura 5 4 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 2010 com as linhas de costa de 1961 1992 2003 e 2010 00 eeeeceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeees 94 Figura 5 5 Representa o do output ap s entrada dos dados no DSAS 96 Figura 5 6 Praia do Tarrafal em 2010 com as linhas de costa de 1961 1992 2003 e 2010 e os 29 transectos criados pelo DSAS Ilha de Santiago Cabo Verde 98 Figura 5 7 Total de recuo da linha de costa por transecto na praia do Tarrafal ilha de S
37. incompat vel com o tempo dispon vel para a execu o deste projeto Deste modo como alternativa optou se por criar uma faixa Buffer com largura constante paralela linha de costa Ou seja da curva de n vel de cota zero metros para o interior Os crit rios utilizados na determina o da largura desta faixa assentaram em documentos correspondentes com realidade do litoral de todo o Arquip lago de Cabo Verde Na Portaria 6 2011 de 24 de Janeiro publicada no 2 Como referido no cap tulo 1 deste trabalho o projeto estendeu se a todo o arquip lago pese embora este relat rio apresente apenas como caso de estudo a ilha de Sao Nicolau no entanto as 61 B O da Rep blica de Cabo Verde que fixava o uso dominante e outros usos compat veis e incompat veis das diferentes classes de espacos para efeitos de classifica o e qualifica o do solo das ilhas do arquip lago de Cabo Verde estabelecia se a figura Orla Mar tima como uma faixa com largura de 80 metros Por outro lado as Plantas de Condicionantes que acompanham os Planos Diretores Municipais dos v rios concelhos de Cabo Verde foram elaboradas considerando a Orla Mar tima entre os 80 e os 120 metros de largura Apoiado nestes documentos utilizou se um valor interm dio tendo sido considerada como Faixa Costeira uma banda com 100 metros de largura a partir da curva de n vel da cota zero metros Na figura 3 19 representado novamente o Model Build
38. linhas de costa Shorelines na extensao DSAS A baseline linha de base de onde sao langados os transectos que irao cruzar as linhas de costa pode ser criada de duas formas i criar uma linha paralela a linha de costa mais antiga ou ii utilizar a linna de costa mais antiga como linha de base Se a opc o recair pela segunda forma esta realizada com um simples processo que consiste em exportar export data a linha de costa mais antiga atribuindo a esta o nome baseline e de seguida criar os campos necess rios conforme vem referido no manual do utilizador No presente trabalho a baseline corresponde a linha de costa mais antiga Shoreline Figura 5 5 4 Dispon vel em http woodshole er usgs gov project pages dsas version4 index html 95 Linhas de costa 05 06 1961 11 08 1992 05 19 2003 11 15 2010 Baseline Transectos Pontos de Interce o Figura 5 5 Representac o do output apos entrada dos dados no DSAS A figura 5 5 acima representa as 4 linhas de costa em an lise 1961 1992 2003 e 2010 a linha de base os transectos lancados atrav s da linha de base e os pontos de intersec o originados automaticamente no DSAS Os pontos de intersec o a verde come am logo na primeira linha o que significa que a linha de base assume logo a primeira interse o na linha que se lhe sobrep e ou seja a linha de costa mais antiga 1961 Salienta se por isso que a baseline a utilizar no
39. massa solo ou rocha que ocorre predominantemente em superf cies de rutura ou em zonas relativamente finas alvo de intensa deforma o tangencial WP WLI 1993 p 6 2 Cruden amp Varnes 1996 p 56 11 Durante o movimento a massa deslocada apresenta graus de deformac o muito vari veis consoante o tipo de deslizamentos Os crit rios fundamentais para a subdivis o dos deslizamentos prendem se com as caracter sticas do material afetado Z zere 2005 Assim os deslizamentos subdividem se em dois tipos deslizamentos rotacionais e translacionais a Deslizamentos rotacionais Rotational Slide Estes ocorrem ao longo de superf cies de rutura curvas em materiais homog neos Figura 1 2A Em reas sujeitas a enchimento os deslizamentos rotacionais tendem a ter uma incid ncia superior aos outros tipos de deslocac o Possuem uma tend ncia para gerar aclives na parte superior da massa deslocada favorecendo a retenc o da agua Cruden amp Varnes 1996 p 56 b Deslizamentos translacionais Translational Slide um movimento de massa que se desloca ao longo de uma superficie de rutura plana ou ondulada Figura 1 2B O seu deslocamento vai geralmente para al m da superf cie de rutura cobrindo a jusante a superf cie topogr fica original Os deslizamentos translacionais resultam frequentemente da exist ncia de descontinuidades falhas fraturas planos de estratificac o ou do contacto entre o macico
40. movimentos de vertente ao tamanho de c lula gerado no perfil transversal das vertentes em S o Nicolau Cabo Verde rea abaixo da curva Perfil transversal da vertente C lula 10m 0 574 C lula 50m 0 571 Curva de Sucesso curva 50m curva 10m 10 O jo D A 10 O 2 D D D O O 7 ul o jo O 1 oO am LL 0 0 2 0 4 0 6 0 8 rea do Estudo Classificada por Ordem Decrescente de Susceptibilidade Figura 3 4 Curvas de sucesso de diferentes tamanhos de c lula no perfil transversal de vertentes em S o Nicolau Cabo Verde A Relativamente sua classifica o foram definidas 3 classes No caso do perfil transversal segundo Garcia 2012 os valores negativos indicam vertentes c ncavas os positivos est o associados a vertentes convexas e as superf cies retil neas com valor associado de 0 40 Na rea de estudo a classe com maior representa o 42 2 a convexa Seguida da classe c ncava com 37 e a retil nea com 21 Tabela 3 4 Figura 3 5 Em sentido inverso na faixa costeira a classe de concavidade representa 35 da rea total desta faixa sendo que a retilinea faz se representar em 33 de Sao Nicolau e os restantes 32 2 da rea s o vertentes com perfil transversal convexo Tabela 3 4 Distribuic o das classes de perfil transversal das vertentes pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde Disinibui ao a
41. ncia do hotspot O citado autor acrescenta ainda que o ponto de rotac o da placa Africana parece estar nas proximidades deste Arquip lago contribuindo desta forma para uma maior fixac o do Arquip lago relativamente subjacente ao hotspot A missao geol gica de Cabo Verde que decorreu entre 1971 e 1999 coordenada pelo ge logo Ant nio Serralheiro debrugou se sobre o quadro estratigr fico das ilhas tendo determinado que a formac o mais antiga pertence ao Jur ssico Superior com mais de 130 milh es de anos representada apenas na ilha de Maio e a mais recente pertencente ao per odo Holoc nico ou atual Era Quatern ria Goncalves 2008 A formac o das ilhas deu se em dois per odos diferentes segundo Madoux 1978 in Rocha 2010 designadamente no Cenoz ico inferior per odo durante o qual ter ocorrido a acumulac o de basaltos na base das ilhas e no Cenoz ico superior caracterizado por intensa eros o emiss o de fen litos e outras rochas eruptivas seguidas por mantos bas lticos que cobriram as estruturas anteriores ap s um intervalo prolongado De acordo com Ramalho 2011 a atividade vulc nica n o foi cont nua pelo que nem todas as ilhas se formaram ao mesmo tempo Deste modo segundo o citado autor as primeiras ilhas a formarem se foram o Sal Boa Vista e Maio atestadas pelas suas superf cies geol gicas Posteriormente acerca de 10 8 M A a atividade vulc nica tera comecado mais a ocidente forma
42. praia do Tarrafal ilha de Santiago Setores da Praia do Taxa de recuo m dio Total de recuo m dio entre Tarrafal anual m 1992 2003 m Setor Sul 0 12 1 30 Setor Centro 0 42 4 66 Setor Norte 0 26 2 83 Total 0 27 2 93 Metros N Transectos 0 60 0 40 0 20 0 00 0 20 0 40 0 60 0 80 1992 2003 Figura 5 9 Total de recuo acrec o da linha de costa por transecto na praia do Tarrafal ilha de Santiago m ano N Transectos 0 60 0 40 0 20 0 00 0 20 0 40 0 60 0 80 1992 2003 Figura 5 10 Taxa de varia o da posi o da linha de costa valores negativos recuo valores positivos acrec o na praia do Tarrafal ilha de Santiago 101 5 5 3 An lise da evoluc o da linha de costa entre 2003 2010 O per odo de an lise 2003 2010 apresenta uma tend ncia de recuo m dio ainda mais acentuado que as anteriores pois neste per odo a linha de costa teve um recuo m dio total de 2 71m Tabela 5 6 correspondendo a uma taxa de recuo m dia anual de 0 39m ano Figura 5 12 Com base na tabela 5 6 respeitante ao per odo 2003 2010 verifica se que o setor norte o que apresenta a taxa de recuo m dia anual mais alta 0 53m ano contrastando com o mesmo setor referente ao per odo analisado anteriormente 1992 2003 aumentando neste setor a taxa de recuo m dia em cerca de 0 04m ano em 7 anos No per odo agora em an lise este setor teve um recuo total m dio de 3
43. rea total da ilha Distribuic o pela faixa costeira 100m Classes Azimute N de c lulas reaha rea N de c lulas rea ha rea Plano 1 11388 113 88 0 3 393 3 93 0 3 Norte 0 22 5 406694 4066 94 11 8 22617 226 17 15 1 Nordeste 22 5 67 5 395784 3957 84 11 5 19110 191 1 12 3 Este 67 5 112 5 400456 4004 56 11 7 16343 163 43 10 1 Sudeste 112 5 157 5 435682 4356 82 12 7 16703 167 03 11 1 Sul 157 5 202 5 486756 4867 56 14 1 21332 213 32 14 2 Sudoeste 202 5 247 5 493605 4936 05 14 3 22660 226 6 15 1 Oeste 2475 2925 427624 427624 124 15369 153 69 10 2 Noroeste 292 5 337 5 389063 3890 63 11 3 15493 154 93 10 3 Total N A 3447052 34470 52 100 150020 1500 2 100 38 16 30 0 N Oceano Atl ntico S o Nicolau Cabo Verde O AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde AL JULHO 2014 Elips ide WGS84 C nica Conforme de Lambert Exposi o Terreno plano EB Norte MW Nordeste Este Sudeste mw Sul HA Sudoeste M Oeste Mi Noroeste 16 30 0 N Elaborado por 10 E Km Munidpia EM SA saatta eums Figura 3 2 Distribui o das classes de exposi o na rea de estudo c Perfil transversal das vertentes Esta variavel tal como as anteriores um fator que pode condicionar a ocorr ncia de movimentos de vertente pela influ ncia no modo como a agua se distribui Em termos de escoamento o perfil transversal de uma ver
44. sucess o de epis dios de tempestade marinha Assim estes sistemas de praia quando constituidos por areias t m uma ponderac o m xima correspondendo a 40 e quando sao constituidas por cascalho calhaus a ponderac o atribu da foi de 20 Conv m acrescentar dois aspetos importantes e que ajudam a definir os objetivos levados a cabo na realizac o do presente trabalho i a identificac o da dimens o do material que constitui as praias areias ou calhaus teve em considerac o os documentos de base indicados atr s 3 4 2 ii neste trabalho foi determinada a suscetibilidade das praias apenas a processos erosivos naturais n o se contemplando os processos erosivos antr picos associados extrac o l cita e il cita de areia das praias levada a cabo nos ltimos anos e destinada Construc o Civil Ferreira amp Carvalho 2003 Tavares 2008 LOID 2009 Lopes 2010 Lopes amp Cunha 2012 extrac o que n o s altera a constituic o local das praias como constitui um processo erosivo que n o pode ser avaliada neste trabalho 68 De seguida ser feita a descric o dos processos realizados em ambiente SIG Figura 3 20 AMC Suscetibilidade praias ArcGis 10 Base de dados Inventariac o dos fatores associados eros o das praias Atribuir pondera es s classes de cada fator Na tabela de atributos Field ae Suscetibilidade na tabela calculator de atributos CLP 0 2 fato
45. suscetibilidade figura 4 foi utilizada por dois motivos i estabelecer as classes de suscetibilidade e ii medir o grau de ajustamento do modelo calculado atrav s da AAC O resultado da AAC de 0 87 pode considerar se como muito satisfat rio pois como j foi referido anteriormente quanto mais pr ximo de 1 for o resultado da AAC mais consistente se torna o modelo Assim aos 10 da rea total de estudo s o explicados 95 dos movimentos de vertente ocorridos na ilha de Sao Nicolau a explicac o total dos movimentos de vertente ocorridos d se aos 55 da rea total de S o Nicolau Tabela 4 74 Tabela 4 Classificac o da suscetibilidade a movimentos de vertente pelas quebras da curva de sucesso Classes de rea deestudo rea instabilizada Scores vi suscetibilidade Muito elevada 0 07 0 5 5463 1590 Elevada 0 09 0 7 1590 821 Moderada 0 19 0 9 821 534 Baixa 0 10 0 95 534 1293 Muito baixa 0 55 1 00 1293 15726 4 2 An lise estatistica da suscetibilidade a movimentos de vertente As classes de suscetibilidade elevada e muito elevada ocupam cerca de 16 da superf cie total da ilha de Sao Nicolau o que significa que 70 dos futuros movimentos de vertente irao ocorrer nesta porc o de territ rio 16 Tabela 4 Figura 4 1 no entanto as classes de suscetibilidade muito baixa e baixa representam 65 da superficie total Figura 4 1 Das tr s freguesias da ilha de Sao Nicolau a freguesia de
46. valores negativos recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de Santiago 5 5 2 An lise da evolu o da linha de costa entre 1992 2003 O per odo entre 1992 2003 sensivelmente mais curto que o primeiro segue a mesma tend ncia verificada no per odo analisado anteriormente Neste per odo a linha de costa na praia do Tarrafal teve um recuo m dio total de 2 93m Tabela 5 5 A taxa de variac o anual da linha de costa teve entre 1992 2003 um recuo m dio de 0 27m ano Figura 5 10 Observando a tabela 5 5 respeitante ao per odo 1992 2003 verifica se que o setor centro o que apresenta a taxa de recuo m dia anual mais alta 0 42m ano contrastando com o mesmo setor referente ao per odo analisado anteriormente 1961 1992 tendo neste per odo a taxa de recuo m dia anual mais baixa 0 16m ano Por sua vez o setor norte apresenta neste per odo uma redu o em termos de recuo comparando com o per odo analisado anteriormente destacando se os transectos 25 e 26 que neste per odo contrastam com os mesmos transectos do per odo anterior quando registam uma acre o da linha de costa de 0 46m ano e 0 33m ano respetivamente Figura 5 9 e 5 10 Por sua vez o setor sul apresenta uma taxa de recuo m dia relativamente mais baixa 0 12 ano sobretudo porque inclui tr s transectos onde se verificam acre es transectos 7 8 e principalmente no transecto 3 100 Tabela 5 5 Evoluc o da linha de costa entre 1992 2003 na
47. 00 S o Nicolau Cabo Verde JULHO 2014 Elaborado por AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE ad Elips ide WGS84 6 SS Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde MR oe Conforme de Lambert 40 ne i DIP Figura 3 Distribuic o das classes de altitude na area de estudo a Declive Esta vari vel continua com valores de declive entre 0 e 83 foi classificada em 10 classes com amplitude de 5 at aos 45 sendo que na ltima classe englobaram se todos os valores superiores a 45 at ao maximo registado que sao os 83 Tabela 3 1 Figura 3 1 Como foi referido a ilha de Sao Nicolau apresenta um declive maximo de 83 sendo que a m dia de declive nesta ilha de 20 4 As classes entre 0 a 5 e 5 a 10 s o as de maior representatividade nesta ilha Analisando a tabela 3 1 poderiamos dividir as classes de declive em dois grupos entre 0 a 25 e 25 a gt 45 O primeiro representa 65 da rea de estudo e o segundo representa os restantes 35 No primeiro grupo podemos destacar as plataformas costeiras de cotas baixas que contornam a quase totalidade da ilha No segundo grupo destaca se outra forma de 35 relevo a crista montanhosa central onde se insere o ponto mais alto da ilha o Monte Gordo Dentro deste segundo grupo podem ser destacadas tr s reas com vertentes abruptas na maioria com declives acima dos 35 A primeira rea que se destaca sao as vertentes expostas n
48. 00 0 451 1027600 344748600 0 4144 Escoadas submarinas suba rea e pirocl sticos 770000 5152100 0 150 1027600 344748600 0 6903 Formac o de Figueira de Coxe 3820000 3908400 0 977 1027600 344748600 1 1875 Complexo filoniano de base e brechas intravulc nicas 2940000 7748600 0 379 1027600 344748600 0 2413 Mantos suba reos intercalados e piroclastos 20000 782300 0 026 1027600 344748600 2 4561 136 Dep sitos conglomer ticos brech ide Mantos pirocl sticos e chamin s fonol ticos Terracos dunas f sseis e calc rios Escoadas suba reas submarinas e preguica Escoadas chamin s e pirocl sticos fonol ticos Mantos submarinos e pirocl stos 10000 0 0 1590000 0 629100 256500 198800 303800 605300 1020300 0 000 0 039 0 000 0 000 2 627 0 000 1027600 1027600 1027600 1027600 1027600 1027600 344748600 344748600 344748600 344748600 344748600 344748600 2 4561 2 0341 2 4561 2 4561 2 1762 2 4561 137 138
49. 100 0 131 Tabela B3 Par metros de c lculo para obtenc o das classes de suscetibilidade eros o das praias A Vari veis associadas eros o B Ponderac o atribu da a cada classe de vari vel C Multiplicac o do peso de cada vari vel pela ponderac o de cada classe Ex 30 0 4 12 40 0 3 12 40 0 2 8 Soma 32 Classe A Areia Calhaus Tipos de praia Exposi o iL os classede alae ro Pa D Soma PAA A NE 30 40 40 12 12 8 32 PAA A N 30 40 30 12 12 6 30 PAA NE 30 30 40 12 9 8 29 PAA A E 30 40 20 12 12 4 28 PAV A NE 20 40 40 8 12 8 28 PAA N 30 30 30 12 9 6 27 PAA E NE 30 20 40 12 6 8 26 PAV A N 20 40 30 8 12 6 26 PAA E 30 30 20 12 9 4 25 PAV NE 20 30 40 8 9 8 25 Elevada PAA A SE 30 40 2 12 12 0 4 24 4 PAA A S SW W 30 40 1 12 12 0 2 24 2 PAA E N 30 20 30 12 6 6 24 PAV A E 20 40 20 8 12 4 24 PAA NW 30 30 10 12 9 2 23 PAV N 20 30 30 8 9 6 23 PAA A NW 20 40 10 8 12 2 22 PAA E E 30 20 20 12 6 4 22 PAV A NW 20 40 10 8 12 2 22 PAV E NE 20 20 40 8 6 8 22 PCA A NE 20 40 40 2 12 8 22 PAA l SE 30 30 2 12 9 0 4 21 4 Moderada PAA S SW W 30 30 1 12 9 0 2 21 2 PAV E 20 30 20 8 9 4 21 PCV A NE 10 40 40 1 12 8 21 132 Reduzida PAV A SE 20 40 2 8 12 0 4 20 4 PAV A S SW W 20 40 1 8 12 0 2 20 2 PAA E NW 30 20 10 12 6 2 20 PAV E N 20 20 30 8 6 6 20 PCA A N 20 40 30 2 12 6 20 PAV NW 20 30 10 8 9 2 19 PCA NE 20 30 40 2 9 8 19 PCV A N 10 40 30 1 12 6 19 PAA E SE 30 20 2 12 6 0 4 18 4 PAA E S SW W 30 20 1 12
50. 12 Epif nio 2013 e fizeram uso desta t cnica para inventariac o dos movimentos de vertente com o mesmo fim a que se destina o presente trabalho avaliac o da suscetibilidade a movimentos de vertente No presente trabalho a criac o do invent rio foi feito com base na metodologia e t cnicas de fotointerpretac o realizadas por Pereira 2009 e Oliveira 2012 Algumas destas t cnicas s o descritas seguidamente Atrav s da observac o atenta dos ortofotomapas procuram se as seguintes evid ncias de instabilidade de vertentes Pereira 2009 49 e Cicatrizes de movimentos e reas de acumula o vis veis e Crescimento diferenciado da vegeta o nas vertentes e Setores de estradas e taludes destru dos sem aparente influ ncia antr pica e reas de cores claras que possam indiciar cicatrizes frescas e Evid ncias de edif cios total ou parcialmente destru dos e Abruptos rochosos para identificar poss veis quedas de blocos Importa aqui salientar que a fotointerpreta o apresenta algumas desvantagens no que respeita identifica o de vest gios de instabilidade As modifica es no uso e ocupa o do solo seja por processos naturais eros o crescimento do coberto vegetal seja por influ ncia antr pica atividade agr cola altera o do tipo de uso do solo dificultam na identifica o de poss veis movimentos ocorridos numa s rie temporal mais long nqua Esta situa o mais evidente em movi
51. 2010 na praia do Tarrafal ilha de SanlagO renn carte cdes IR GUN AU E A A A sh A E 102 Tabela 5 7 Evolu o da linha de costa entre 1961 2010 na praia do Tarrafal ilha de A A E A e a CC 104 Anexo B Tabela B1 Fontes de informa o relativa aos dados utilizados 129 Tabela B2 Invent rio das praias de S o Nicolau Cabo Verde 131 Tabela B3 Par metros de c lculo para obtenc o das classes de suscetibilidade eros o das praias A Vari veis associadas eros o B Ponderac o atribu da a cada classe de vari vel C Multiplicac o do peso de cada vari vel pela ponderac o de cada classe Ex 30 0 4 12 40 0 3 12 40 0 2 8 Soma 832 132 Tabela B4 Procedimentos efetuados no c lculo do Valor informativo 135 XX ABREVIATURAS AAC AMC CLP DSAS EMQ INE MDT PDM PROT SIG MI rea Abaixo da Curva An lise Multicrit rio Combina o Linear Ponderada Digital Shoreline Analysis System Erro M dio Quadr tico Instituto Nacional de Estat stica Modelo Digital de Terreno Plano Diretor Municipal Plano Regional do Ordenamento do Territ rio Sistemas de Informa o Geogr fica M todo do Valor Informativo xxi xxii AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar quero enderecar um agradecimento a instituigao IGOT e a todos os membros que fazem parte desta instituic o de ensino principalmente ao corpo docente pelos e
52. 469pp Glade T Anderson M Crozier M J 2005 Landslide hazard and risk John Wiley amp Sons Ltd The atrium Southern gate Chicester 801pp Gomes S 2011 Avalia o de Impacte de Apanha e Extrac o de Inertes na Ribeira da Barca Ilha de Santiago Cabo Verde Disserta o para obten o de grau de Mestre Instituto Superior de Agronomia Universidade T cnica de Lisboa 82pp Gon alves A 2008 Vulcanologia e seus Impactos no Concelho de Santa Catarina Ilha do Fogo 67pp Gusm o C 2010 Evolu o Atual do Litoral Foz do Litoral Malhadinha Disserta o para obten o de grau de Mestre Instituto de Geografia de Ordenamento do Territ rio Universidade de Lisboa 136pp Guzzetti F 2005 Landslide Hazard and Risk Assessment Disserta o para obten o do grau de Doutor Mathematich Naturwissenschaftlichen Fakult t der Rheinischen Friedrich Wilhelms Universidade de Bonna 389pp 113 Henriques C S 2009 Din mica de vertentes no contexto da reserva ecol gica nacional O caso de estudo do concelho de Caldas da Rainha Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Faculdade de Letras departamento de Geografia Universidade de Lisboa 148pp Hern ndez R A 2008 Caracterizac o dos Solos da Ilha de Santiago Cabo Verde numa perspetiva de sustentabilidade ambiental Dissertac o para obtenc o de grau de Mestre Departamento de Geoci ncias Universidade de Aveiro 370pp Hidroproje
53. 5 202 382939 3829 39 11 11 10973 109 73 7 31 20 252 352062 3520 62 10 21 8574 85 74 5 72 25 302 330796 3307 96 9 60 7569 75 69 5 05 30 352 303347 3033 47 8 80 7156 71 56 4 77 35 402 212903 2129 03 6 18 6105 61 05 4 07 40 452 126313 1263 13 3 66 4040 40 4 2 69 gt 45 233090 2330 9 6 76 9674 96 74 6 45 Total 3447052 34470 52 100 150020 1500 2 100 00 M ximo 83 04 82 47 M dia 20 48 15 77 36 Declive mos E 5 10 E 10 15 E 15 20 E 20 250 E 25 300 E 30 35 E 35 40 E 40 45 45 S o Nicolau Cabo Verde JULHO 2014 Elaborado por f A AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE Elips ide WGS84 NA Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde pala Conforme de Lambert i Monica EM SA coma MV im 16 30 0 N Figura 3 1 Distribui o das classes de declive na rea de estudo b Exposi o das vertentes Seguidamente as exposi es tamb m elas derivadas do MDT foram classificadas em 9 classes Em S o Nicolau as vertentes encontram se expostos na sua maioria a Sudoeste 14 3 do total da ilha e Sul 14 1 do total do territ rio tabela 3 2 figura 3 2 Na faixa costeira esta ilha apresenta vertentes maioritariamente expostas a Sudoeste e Norte ambas com 15 1 do total da ilha na faixa costeira tabela 3 2 figura 3 2 37 Tabela 3 2 Distribuic o das classes de exposic o pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde Distribui o pela
54. 5 21 1 5 3268 32 68 2 2 Forma o de Figueira de Coxe 39084 390 84 1 1 6474 64 74 4 3 Complexo filoniano de base e brechas intravulc nicas 77486 774 86 2 2 856 8 56 0 6 Mantos suba reos intercalados piroclastos 7823 78 23 0 2 0 0 0 0 Dep sito conglomer ticos brech ide 6291 62 91 0 2 728 7 28 0 5 Mantos pirocl sticos e chamin s fonol ticos 2565 25 65 0 1 0 0 0 0 Terracos dunas f sseis e calc rios 1988 19 88 0 1 48 0 48 0 0 Escoadas suba reas submarinas e preguica 3038 30 38 0 1 0 0 0 0 Escoadas chamin s pirocl sticos fonol ticos 6053 60 53 0 2 0 0 0 0 Mantos submarinos piroclastos 10203 102 03 0 3 0 0 0 0 Total 3447486 34474 86 100 149988 1499 9 100 43 24 0 0 W 16 30 0 N Oceano Atl ntico Litologia mi Complexo Eruptivo Principal E Conglomerados calc rios e calcarenitos E Cones pirocl sticos Aluvi es areias e dep sitos de vertente MiLavas submarinas inferiores MEscoadas submarinas subaeria e pirocl sticos Lavas submarinas superiores Forma o de Figueira de Coxe MA Formac o da Pregui a Ei Complexo filoniano de base e brechas intravulc nicas m Mantos subaerios intercalados e piroclastos Escoadas subaerias submarinas e preguica m Dep sito conglomer tico brech ide M Escoadas chamin s piroclastos fonol ticos W Mantos pirocl sticos e chamin s fonol ticos Mantos submarinos e pirocl stos E Terra os e calc rios S o Nicolau Cabo Verde Comprehensive Hazard A
55. 5 7 Figuras 5 13 e 5 14 Tabela 5 7 Evoluc o da linha de costa entre 1961 2010 na praia do Tarrafal ilha de Santiago Setores da Praia do Tarrafal Taxa de recuo Total de recuo m dio entre m dio anual m 1961 2010 m Setor Sul 0 20 9 60 Setor Centro 0 26 12 85 Setor Norte 0 40 19 70 Total 0 29 14 05 104 N de Transectos 1234567 8 91011121314151617181920212223242526272829 1961 2010 Figura 5 13 Total de recuo da linha de costa por transecto m na praia do Tarrafal ilha de Santiago N de Transectos 1234567 8 9 1011121314151617181920212223242526272829 UU UNAM i 1961 2010 Figura 5 14 Taxa de recuo valores negativos recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de Santiago 105 106 CONSIDERACOES FINAIS A dificuldade em realizar trabalho de campo em projetos desta natureza quando realizados fora do territ rio em estudo requer ou pelo menos seria bastante favor vel para a fiabilidade do estudo a confronta o com outros resultados para a mesma rea de estudo ou similar Na bibliografia dispon vel n o existem trabalhos cient ficos acad micos versando o mesmo tema e a mesma ilha ao que aqui se apresenta sendo por isso dif cil aferir se os resultados que apresentamos s o representativos da realidade que ocorre na ilha de S Nicolau Esta compara o tornar se ia ainda mais importante caso houvesse um invent rio de movimentos de vertente validado no campo o que tra
56. 6 0 2 18 2 PAV E E 20 20 20 8 6 4 18 PCA A E 20 40 20 2 12 4 18 PCV NE 10 30 40 1 9 8 18 PAV SE 20 30 2 8 9 0 4 17 4 PAV S SW W 20 30 1 8 9 0 2 17 2 PCA N 20 30 30 2 9 6 17 PCV A E 10 40 20 1 12 4 17 PAV E NW 20 20 10 8 6 2 16 PCA A NW 20 40 10 2 12 2 16 PCA E NE 20 20 40 2 6 8 16 PCV N 10 30 30 1 9 6 16 PCA E 20 30 20 2 9 4 15 PCV A NW 10 40 10 1 12 2 15 PCV E NE 10 20 40 1 6 8 15 PAV E SE 20 20 2 8 6 0 4 14 4 PCA A SE 20 40 2 2 12 0 4 14 4 PAV E S SW W 20 20 1 8 6 0 2 14 2 PCA A S SW W 20 40 1 2 12 0 2 14 2 PCA E N 20 20 30 2 6 6 14 133 PCV l E 10 30 20 1 9 4 14 PCV A SE 10 40 2 1 12 0 4 13 4 PCV A S SW W 10 40 1 1 12 0 2 13 2 PCA l NW 20 30 10 2 9 2 13 PCV E N 10 20 30 1 6 6 13 PCA E E 20 20 20 2 6 4 12 PCV l NW 10 30 10 1 9 2 12 PCA l SE 20 30 2 2 9 0 4 11 4 PCA l S SW W 20 30 1 2 9 0 2 11 2 PCV E E 10 20 20 1 6 4 11 PCV l SE 10 30 2 1 9 0 4 10 4 PCV l S SW W 10 30 1 1 9 0 2 10 2 PCA E NW 20 20 10 2 6 2 10 PCV E NW 10 20 10 1 6 2 9 PCA E SE 20 20 2 2 6 0 4 8 4 PCA E S SW W 20 20 1 2 6 0 2 8 2 PCV E SE 10 20 2 1 6 0 4 7 4 PCV E S SW W 10 20 1 1 6 0 2 7 2 Nomenclatura Descric o PAA PAV PCA PCV Praia de areia limitada por arriba para o interior Praia de areia com setor terminal de vale Praia de calhaus limitada por arriba para o interior Praia de calhaus limitada por setor terminal de vale para o interior 134 Tabela B4 Procedimentos efetuados no c lculo do Valor informativo Fat
57. 69m O setor sul por sua vez apresenta a mesma tend ncia ou seja em comparac o com o per odo analisado anteriormente verificou se neste setor um aumento da taxa de recuo m dio de 0 12m ano para 0 25m ano Este aumento deve se sobretudo ao fato de no per odo 1992 2003 o setor sul ter apresentado transectos em que ocorreu acrec o No entanto o recuo neste per odo n o t o relevante Em oposic o a tend ncia verificada nestes dois setores o setor centro apresenta uma reduc o no seu recuo m dio anual quando comparado com o per odo anterior 1992 2003 no presente per odo a taxa de recuo m dio anual baixou para 0 38m ano Para explicar esta diferenca entre estes per odos destaca se sobretudo o transecto 17 que teve um recuo total no per odo anterior de 9 93m e neste per odo 2003 2010 teve um recuo total de apenas 0 04m Figura 5 11 e 5 12 Tabela 5 6 Evolu o da linha de costa entre 2003 2010 na praia do Tarrafal ilha de Santiago Setores da Praia do Taxa de recuo Total de recuo m dio entre Tarrafal m dio anual m 2003 2010 m Setor Sul 0 25 1 77 Setor Centro 0 38 2 67 Setor Norte 0 53 3 69 Total 0 39 2 71 102 N de Transectos 12345678 91011121314151617181920212223242526272829 2003 2010 Figura 5 11 Total de recuo da linha de costa por transecto na praia do Tarrafal ilha de Santiago N de Transectos 12345678 91011121314151617181920212223242526272829 m ano 2003 2010
58. Nicolau Os ortofotomapas como referido anteriormente s o fotografias a reas ortoretificadas Os planos de voo devem ser realizados respeitando alguns crit rios que se tornam indispens veis de modo a obter a melhor qualidade poss vel nas fotografias Neste contexto o plano de voo dever ter em conta os seguintes requisitos e A poca do ano devido a maior eleva o do sol solst cio de ver o e A inclina o solar entre as 11h da manh e as 16h da tarde e Condi es atmosf ricas designadamente c u limpo e solarengo Como se pode ver na figuras 3 8 e 3 9 A e B representadas escala de visualiza o de 1 25 000 o sombreamento nas vertentes torna se uma limita o na utiliza o da t cnica de fotointerpreta o A figura 3 9 A e B representadas escala de visualiza o de 1 1500 mostram a qualidade dos ortofotomapas utilizados na identifica o dos movimentos de vertente A qualidade determinante quando se pretende utilizar a t cnica de fotointerpreta o pois o rigor e precis o na delimita o dos pol gonos que identificam os movimentos de vertente dependem muito da resolu o do ortofotomapa mas tamb m das condi es atmosf ricas a quando da realiza o do voo como j foi referido No caso do ortofotomapa referente ao ano de 2003 Figura 3 8A e 3 9A este apresenta uma resolu o de 0 25m Pixel 0 5m enquanto o ortofotomapa de 2010 Figura 3 8B e 3 9 B apresenta uma resolu o de 0 16m
59. Nossa Senhora da Lapa atinge os valores mais altos de suscetibilidade onde as classes de suscetibilidade elevada e muito elevada correspondem a 27 6 da respetiva superf cie total Nesta freguesia a rea abrangida pelas classes de suscetibilidade baixa e muito baixa corresponde apenas a 41 7 do total Por sua vez nas outras duas freguesias as mesmas classes abrangem uma rea que varia entre 66 e 67 do total Figura 4 2 Contudo importa destacar na freguesia de Nossa Senhora do Ros rio uma faixa com cerca de 18 5km de comprimento desde a Ponta da Coruja at a Ponta de Tope da Capa que inclui a localidade de Morro Br s onde a suscetibilidade a movimentos de vertente elevada a muito elevada Figura 4 3 75 E Muito baixa MBaixa Moderada mElevada E Muito elevada v g p 3 v Q a 3 a v cs z Area Muito baixa Baixa Moderada Elevada Muito elevada rea 55 4 9 8 18 6 8 8 7 4 Figura 4 1 Suscetibilidade a movimentos de vertente ilha de S o Nicolau a 3 60 0 E 50 0 400 uv 3 30 0 E 2 20 0 gt 100 E 0 0 i z E N Senhora d S o Francisco de Assis ci en a Nossa Senhora da Lapa Rosario E Muito baixa 57 3 56 4 31 0 Baixa 9 7 9 7 10 7 Moderada 19 1 17 3 30 7 m Elevada 8 4 8 4 16 4 E Muito elevada 54 8 1 11 2 Figura 4 2 Suscetibilidade a movimentos de vertente por freguesia ilha de S o Nicolau 76 16 30 0 N 16 30 0 N Suscetibilidade E Muito ba
60. O pol gono esquerda amarelo representa um outro tipo de movimento tamb m ele inventariado O pol gono verde delimita um movimento de vertente ocorrido recentemente que n o teria ocorrido data do ortofotomapa utilizado no invent rio Fonte Google Erath 3D data 17 10 2013 Tabela 3 7 Invent rio dos movimentos de vertente em S o Nicolau Cabo Verde Tipologia Ne de ocorr ncias ream reaha Area Desabamentos 84 606744 51 60 67 59 1 Deslizamentos 342 414709 10 41 47 40 4 Escoada 3 4440 50 0 44 0 4 Total 429 1025894 10 102 59 100 M dia tremens 2391 36 0 24 unn Neste invent rio est o registadas 429 ocorr ncias ocupando uma rea total de 102 6 ha sendo que a rea m dia destes movimentos identificados de 0 24 ha Tabela 3 7 Dos 429 movimentos de vertente identificados 84 sao desabamentos 59 1 do total de todos os movimentos identificados Identificaram se na rea de estudo 342 deslizamentos 40 4 do total do invent rio salientando se o fato de n o se ter feito a distinc o entre os diferentes tipos de deslizamentos porque tal como foi referido anteriormente o trabalho de campo para validac o do invent rio n o estava contemplado Deste modo para evitar erros de an lise e principalmente porque a distin o entre tipologias de movimentos de vertente n o faz parte dos objetivos deste trabalho optou se por se identificar os movimentos de vertente apenas como desabamentos deslizamentos
61. Risco no Litoral da Lourinh Dissertac o para obtenc o de grau de Mestre Instituto de Geografia de Ordenamento do Territ rio Universidade de Lisboa 109pp Epif nio B Z zere J L Neves M 2013 Identification of hazardous zones combining cliff retreat rates with landslide susceptibility assessment Journal of Coastal Research 65 1681 1686pp EUROSION 2006 Viver com a eros o costeira na Europa Sedimentos e espaco para a sustentabilidade Resultados do estudo EUROSION Uni o Europeia Luxemburgo 21pp 112 Ferreira P Carvalho D 2003 M todos Alternativos de Controlo e Limitac o da Utiliza o de Areia na Constru o Civil e Obras P blicas Equipa de coordena o para a elabora o do segundo plano de a o nacional para o ambiente Panall Minist rio do Ambiente Agricultura e Pescas Gabinete de Estudos e Planeamento 111pp Galli M Ardizzone F Cardinali M 2008 Comparing landslide inventory maps Geomorphology 94 268 289 Garcia R A C 2002 Avalia o do Risco de Movimentos de Vertente na Depress o da Abadia Disserta o para obten o de grau de Mestre Faculdade de Letras Universidade de Lisboa 182pp Garcia R A C 2012 Metodologias de Avalia o da Perigosidade e Risco associado a Movimentos de Vertente Aplica o na bacia do rio Alenquer Disserta o para obten o de grau de Doutor Instituto de Geografia e Ordenamento do Territ rio Universidade de Lisboa
62. S Open File Report 2012 1007 76 pp Saaty T Vargas L 2012 Models Methods Concepts amp Applications of the Analytic Hierarchy Process Springer New York 341pp Santos F Forbes K Moita R 2001 Mudan a clim tica em Portugal Cen rios Impactes e medidas de adapta o SIAM Sum rio executivo e conclus es Gradiva Lisboa 26pp Santos F Miranda P 2006 Altera es clim ticas em Portugal Cen rios Impactos e Medidas de Adapta o Projeto SIAM Il Gradiva Lisboa 500pp Sharples C Walford H Roberts L 2013 Coastal erosion susceptibility zone mapping for hazard band definition in Tasmania Report to Tasmanian Department of Premier and Cabinet 109pp Silva P 2012 A tend ncia da linha de costa entre as praias de Maceda e S Jacinto Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Departamento de Ambiente e Ordenamento Universidade de Aveiro 111pp Silva M P 2005 Caracterizac o ambiental e proposta de gest o integrada para o litoral da cidade do Mindelo S Vicente Cabo Verde Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Faculdade de Ci ncias e Tecnologia departamento de Ci ncias e Engenharia do Ambiente Universidade Nova de Lisboa 148pp 117 Sousa P 2010 Efeito estruturante das redes de transporte no territ rio Modelo de an lise Dissertac o para obtenc o do grau de Doutor Instituto de Geografia e Ordenamento do Territ rio Universidade de Lisboa 329pp
63. Souza C 2009 A eros o nas praias do Estado de S o Paulo Causas consequ ncias indicadores de monitoramento e risco In Bononi V L R Santos Junior N A Org Mem rias do Concelho Cientifico da Secretaria do Meio Ambiente A s ntese de um ano de conhecimento acumulado Instituto de Bot nica Secretaria do Meio Ambiente do Estado de S o Paulo S o Paulo Brasil 29pp Tagliani C 2003 T cnica para avaliac o da vulnerabilidade ambiental de ambientes costeiros utilizando um sistema geogr fico de informa es Anais XI SBSR Belo Horizonte Brasil 05 INPE 1657 1664pp Tavares S 2008 Eros o costeira e movimentos de massa no Concelho de S o Domingos Dissertac o para obtenc o do grau de licenciatura Departamento de Geoci ncias Instituto Superior de Educac o Santiago Cabo Verde 77pp Teixeira M 2005 Movimentos de Vertente Factores de Ocorr ncia e Metodologia de Inventariac o Associac o Portuguesa de Ge logos Geonovas n 19 95 106pp Varela A Delgado A Cruz E Lopes l Correia M Duarte O Correia S 2011 Adaptac o das pol ticas de pesca s mudancas clim ticas na frica Ocidental APPECCAO Cabo Verde An lise das Institui es e Pol ticas de Pesca em Cabo Verde Instituto Nacional de Desenvolvimento de Pescas Mindelo 127pp Vict ria S 2012 Caracterizac o geol gica e geot cnica das unidades litol gicas da Cidade da Praia Santiago Cabo Verde Dissertac o para ob
64. UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRIT RIO LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA AN LISE E CARTOGRAFIA DA SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE E EROSAO COSTEIRA EM CABO VERDE CASO DE ESTUDO A ILHA DE SAO NICOLAU Jo o Filipe Mateus Pinheiro Relat rio final de est gio Mestrado em Sistemas de Informa o Geogr fica e Modela o Territorial Aplicados ao Ordenamento 2014 UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ORDENAMENTO DO TERRIT RIO LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA AN LISE E CARTOGRAFIA DA SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE E EROSAO COSTEIRA EM CABO VERDE CASO DE ESTUDO A ILHA DE SAO NICOLAU Jo o Filipe Mateus Pinheiro Relat rio de est gio orientado pelo Prof Doutor M rio Neves Mestrado em Sistemas de Informa o Geogr fica e Modela o Territorial Aplicados ao Ordenamento 2014 Dedicat ria Em mem ria do meu querido av Ant nio Mateus RESUMO AN LISE E CARTOGRAFIA DA SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE E EROSAO COSTEIRA EM CABO VERDE CASO DE ESTUDO A ILHA DE S O NICOLAU Joao Filipe Mateus Pinheiro O trabalho realizado durante o projeto tendo como caso de estudo a ilha de Sao Nicolau visa essencialmente criar uma ferramenta de apoio a tomada de decis o por parte de pol ticos e decisores ligados gest o e ordenamento do territ rio O presente trabalho incidiu em an lise espacial na determinac o da suscetibilidade a
65. a erosao costeira sendo um fen meno natural de elevada expressividade constitui um verdadeiro problema para o ordenamento do territ rio costeiro e gest o do risco associado ao seu uso e ocupac o Marques Andrade 2009 in Epifanio 2013 Segundo a APA 2012 num futuro pr ximo a gest o dos riscos inerentes a evoluc o do litoral ser uma quest o de maior import ncia devido aos impactos das altera es clim ticas designadamente a subida do n vel m dio do mar e a modificac o do regime de agitac o mar tima da sobre elevac o meteorol gica e da precipitac o Contudo estes impactos previs veis derivados das altera es clim ticas ir o depender das caracter sticas geol gicas morfol gicas e padr es de ocupa o existentes nas faixas costeiras impactos estes que se podem refletir a n vel econ mico social e ambiental APA 2012 1 2 2 Problem tica da din mica de vertentes O estudo da din mica de vertentes e dos riscos que lhes est o associados envolve uma grande multidisciplinaridade quer na avalia o dos seus processos e mecanismos quer na an lise dos seus efeitos na popula o e no meio Teixeira 2005 Este estudo tem sido partilhado ao n vel internacional pela Geomorfologia Geologia Engenharia Geol gica e Geotecnia As disciplinas de Geomorfologia e Geologia tradicionais preocupam se essencialmente com causas evoluc o e distribui o das manifesta es de instabilidade nas vertentes
66. a parte ocidental da ilha na localidade de Ribeira Brava seguidamente uma faixa que se estende na direc o N S desde a Vila de Ribeira Brava at ao Alto de Dobradeira e por fim uma faixa com a direc o de W E desde o Alto da Joaquina at Ponta de Tope de Capa No que respeita faixa costeira e seguindo o mesmo racioc nio cerca de 77 desta faixa encontra se entre 0 e 25 e os restantes 23 entre os 25 e superior a 45 Nesta faixa com reas onde o declive maioritariamente superior a 45 destacam se as vertentes expostas a NW na Ponta do Morro Praia Branca e NNW desde a Ponta Pesqueiro da Cinta at Ponta Espechim na localidade de Ribeira Brava Na zona leste da ilha podemos encontrar nesta faixa reas tamb m elas abruptas na Ba a da gua Amargosa e ainda mais a leste desde a Ponta de Jos Martins at a Ponta Barroso A figura 3 1 representa a distribuic o das classes pela rea de estudo e nela est o identificados atrav s das setas a preto os locais de maior declive nesta faixa costeira Tabela 3 1 Distribui o das classes de declive pelo total da ilha e na faixa de 100m em Sao Nicolau Cabo Verde Distribuic o pela rea total da ilha Distribuic o pela faixa costeira 100m Classes N de c lulas rea ha rea Ne de c lulas rea ha rea 0 52 515690 5156 9 14 96 42009 420 09 28 00 5 102 550223 5502 23 15 96 36093 360 93 24 06 10 152 439689 4396 89 12 76 17827 178 27 11 88 1
67. a que desencadeou um deslizamento provocou a morte a uma mulher e aos seus dois filhos Os danos materiais deram se em casas infraestruturas estradas cortadas ruas e avenidas tendo ficado esta vila sem energia el trica sem rede m vel e sem sinal de r dio e ainda sem gua pot vel durante alguns dias Fonte Sapo not cias Embora estes acontecimentos sejam provocados por fen menos naturais como chuvas r pidas as consequ ncias socioecon micas provocadas por estes acontecimentos em alguns casos est o relacionadas com o deficiente ordenamento do territ rio Z zere 2001 aponta a intensa press o urbana as modificac es do uso do solo a ocupac o de antigas reas rurais por populac es que conservam a mentalidade urbana a utilizac o de reas naturalmente expostas a perigos naturais e por isso pouco aptas a construc o como respons veis pelo agravamento das consequ ncias da instabilidade geomorfol gica O mesmo autor refere ainda que interven es antr picas desajustadas interferem diretamente nas manifesta es de instabilidade natural que deste modo tendem a agravar se Deste modo necess rio maximizar a consciencializa o das popula es mais expostas ao risco e das entidades com responsabilidade na gest o e ordenamento do territ rio para que no futuro se possa minimizar os impactes socioecon micos provocados por fen menos desta natureza 1 3 Fundamentos te ricos 1 3 1 Suscetibilidade A
68. ada 3 5 Muito baixa Baixa Elevada 71 5 7 2 11 9 5 9 Figura 4 4 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira ilha de S o Nicolau 90 0 80 0 70 0 60 0 50 0 40 0 30 0 20 0 10 0 0 0 costeira rea de suscetibilidade na faixa m Muito baixa Baixa Moderada Elevada m Muito elevada o ees ee ee E Ye m GE mm Ma S o Francisco de Nossa Senhora do Nossa Senhora da Assis Ros rio Lapa 80 6 70 5 46 0 3 9 8 1 11 2 9 9 11 6 23 0 4 7 5 4 14 7 0 8 4 5 5 0 Figura 4 5 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira por freguesia ilha de S o Nicolau 79 16 30 0 N 16 30 0 N Suscetibilidade EH Muito baixa EB Baixa Moderada A Elevada E Muito elevada Limites administrativos das freguesias Oceano Atl ntico JULHO 2014 Elaborado por AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE Elips ide WGS84 2 a F Comprehensive Hazard Assessment and Mapping in Cape Verde Pa Conforme de Lambert a IGOT Figura 4 6 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira ilha de S o Nicolau Cabo Verde 4 4 An lise estat stica da suscetibilidade eros o das praias Devido sua forma alongada de sentido W E a ilha de S o Nicolau permite ser dividida em dois setores i setor Leste que se estende de ESE para WNW ao longo de cerca de 30 km com uma largura entre 3 e 7 km que favorece o desenvolvimento de dois extensos t
69. ade de Covoada S o Nicolau B Exemplo de deslizamento afetando a estrada de acesso localidade de Juncalinho A A O A 52 Figura 3 13 Captac o de imagem do google earth 3D Delimitado a laranja est o deslizamento correspondente ao inventariado na figura 4 3 2B O pol gono a esquerda amarelo representa um outro tipo de movimento tamb m ele inventariado O pol gono verde delimita um movimento de vertente ocorrido recentemente que n o teria ocorrido data do ortofotomapa utilizado no invent rio Fonte Google Erath 3D datas LOOT 3 dde len cias ir nen 53 Figura 3 14 Base de dados do invent rio dos sistemas de praia 54 Figura 3 15 Praia localizada a SW de S o Nicolau Cabo Verde A Delimitac o da praia no ortofotomapa de 2010 B Praia identificada no Google Earth 3D C Fotografia da praia correspondente a A e B Fontes As imagens B e C foram captadas atrav s do Google Earth 3D area 56 Figura 3 16 Esquema de avaliac o da suscetibilidade din mica de vertentes em Sao Nicolau Cabo Verde IS A ER 57 Figura 3 17 Esquematizac o dos processos para calcular o valor informativo utilizando a ferramenta Model Builder do ArcGiS ooooooocconccoococooooooonooononnnnnnnnnnnnnnnos 60 Figura 3 19 Esquematizac o dos processos para calcular o valor informativo na faixa costeira utilizando a ferramenta Model Builder do ArcGiS occcnnnnnnnnnnnnnn 63 Figura 3 20 Esque
70. ais a frente neste trabalho 3 7 1 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira de S o Nicolau A avalia o da suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira da ilha de S o Nicolau segue os mesmos princ pios metodol gicos aplicados s restantes vertentes e detalhada anteriormente Em ambientes comos os litorais rochosos poss vel de igual forma criar um invent rio com movimentos de vertente No entanto esta tarefa relativamente mais complexa Para que se entenda de uma maneira geral o trabalho que seria necess rio efetuar este pressuponha a identifica o dos limites das arribas Estes limites seriam identificados com base em ortofotomapas e ou fotografias a reas contudo deve se salientar o seguinte a qualidade resolu o dos ortofotomapas e ou fotografias a reas extremamente importante para a fotointerpreta o na medida em que tanto a base como a crista da arriba apresentam caracter sticas morfol gicas importantes estas permitiriam a individualiza o crista base com rigor e precis o Em situa es em que a fotointerpreta o n o permite identificar de forma clara os limites das arribas efetua se trabalho de campo de forma a corrigir poss veis erros que possam ocorrer da fotointerpreta o Esta metodologia foi testada por Neves 2008 e mais recentemente por Epif nio et al 2013 2013 Assim e por requerer uma desloca o ao campo dispendiosa e muito morosa tornou se
71. amento n o se encontra instalado em Cabo Verde optou se por recorrer a dados de sat lite No mbito dos estudos para a reconstru o dos portos de Vale de Cavaleiros e Furna RRI and BCEOM 1995 96 in Hidroprojecto 1997b utilizaram se dados de sat lite sat lites equipados com sensor de radar que permitiram determina es da altura significativa das ondas e um modelo matem tico de simula o da gera o propaga o e atenua o das ondas de superf cie associado a um modelo de previs o meteorol gica Os resultados obtidos atrav s destes m todos foram considerados rigorosos e v lidos para determina o das principais caracter sticas do clima de agita o mar tima de Cabo Verde Do conjunto de dados obtidos Figura 2 1 retiram se as seguintes conclus es e Os rumos da ondula o ao largo do Arquip lago de Cabo Verde s o predominantemente de Nordeste e de Norte em conjunto representam cerca de 83 das ocorr ncias e A distribui o da altura das ondas mais frequente inferior a 1 75m havendo registos de menos de 1 com altura acima dos 3 75m 22 70 60 50 Y a 30 20 A 10 E PR lt 0 25 0 25 1 75 1 75 3 75 gt 3 75 ondas Frequ ncia relativa da altura das Altura das ondas S Figura 2 1 Caracter sticas da ondula o em Cabo Verde A Frequ ncia relativa da altura significativa das ondas B Frequ ncia relativa da dire o das ondas Fonte Hidropro
72. an lise a praia do Tarrafal teve um recuo m dio anual de 14m Palavras chave Cabo Verde S o Nicolau Sistemas de Informa o Geogr fica Suscetibilidade Eros o costeira Movimentos de Vertente Valor Informativo vi RESUMEN AN LISE E CARTOGRAFIA DA SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE E EROSAO COSTEIRA EM CABO VERDE CASO DE ESTUDO A ILHA DE S O NICOLAU Jo o Filipe Mateus Pinheiro El trabajo realizado durante este proyecto tiene como caso de estudio la isla de S o Nicolau esencialmente tiene como objetivo crear una herramienta de apoyo a la toma de decisiones de los pol ticos y a los tomadores de decisiones que est n vinculados a la gesti n y la ordenaci n del territorio En las ltimas d cadas se ha asistido a una creciente aplicaci n de los Sistemas de Informaci n Geogr fica en estudios de susceptibilidad de movimientos de ladera y de erosi n costera La cartograf a digital y las tecnolog as de informaci n geogr fica han proporcionado un avance tecnol gico notable dando la posibilidad de manipular almacenar y procesar datos espaciales Las herramientas disponibles para este prop sito permiten hoy en d a modelar de un conjunto de factores integrar informaci n geogr fica en modelos estad sticos que permiten determinar la susceptibilidad de la ocurrencia de este tipo de fen menos El presente trabajo incidi en el an lisis espacial en la determinaci n de la susceptibilidad de fen menos de
73. antiago A AR da 99 Figura 5 8 Taxa de recuo valores negativos recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de Santiago ace sesecsasassnaaaes insoaaesidesinediaisigra idaiaal ad ennnen drarqua inibe dias 100 Figura 5 9 Total de recuo acrec o da linha de costa por transecto na praia do Tarrafal ilha der ai a uel Rn Eni E ust id 101 Figura 5 10 Taxa de varia o da posi o da linha de costa valores negativos recuo valores positivos acre o na praia do Tarrafal ilha de Santiago NN a JR dd ad oniy liad 101 Figura 5 11 Total de recuo da linha de costa por transecto na praia do Tarrafal ilha e EST LIne O o PE edi dando a Doni Grid sado ta a 103 Figura 5 12 Taxa de recuo valores negativos recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de Salada O RR RR RD n 103 Figura 5 13 Total de recuo da linha de costa por transecto m na praia do Tarrafal iha Ce SAMOA A sd 105 Figura 5 14 Taxa de recuo valores negativos recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de SAMA a A AS 105 Anexo A Figura A1 Legenda da Carta Geol gica de Cabo Verde Ilha de Sao Nicolau Fonte Instituto de Investigac o Cient fica Tropical Centro de Geologia Autores A Serralheiro J Rocha de Macedo e L Celestino Silva Executada pelo servico cartogr fico do ex rcito Ano de edi o 1975 Escala 1 50 000 123 Figura A2 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 1961 com linha
74. apa condiciona em grande medida os resultados superiores 19 7 de suscetibilidade elevada e muito elevada Figura 4 4 Figura 4 6 Desta an lise devem se destacar tr s trocos litorais um por freguesia de relativa import ncia e que servir o de alerta para eventuais riscos que possam vir a ocorrer i as aldeias da Ribeira Funda e Ribeira da Prata ambas na freguesia de Nossa Senhora da Lapa encontram se em reas onde a suscetibilidade moderada a elevada ii a estrada de acesso a Ribeira da Prata na freguesia de S o Francisco de Assis Ponta Pesqueiro da Cinta que est talhada em troco de arriba classificada com suscetibilidade elevada a muito elevada que em caso de ocorr ncia de movimento de vertente pode deixar isolada esta localidade pois esta tem a particularidade de ser a nica estrada de acesso a esta localidade iii de igual modo a Unica estrada de acesso a localidade de Juncalinho situada na freguesia de Nossa Senhora do Rosario no troco entre a Ponta Larga e a Ponta do Juncalinho igualmente classificado com suscetibilidade elevada a muito elevada 78 onde ali s como comprova a figura 3 13 cap tulo 3 83 4 1 j ocorreram movimentos de vertente que destru ram parte desta estrada 80 0 70 0 60 0 50 0 40 0 30 0 20 0 10 0 0 0 costeira sa E Cu v ao Lc E 3 EJ q q v lt rea m Muito baixa MBaixa Moderada mElevada MMuito elevada Moderada DA elev
75. apresentados e analisados no cap tulos 4 A figura 3 17 que se apresenta de seguida esquematiza os processos descritos anteriormente O modelo apresentado nesta figura feito atrav s do Model Builder uma ferramenta tamb m disponibilizada no ArcGis Esta ferramenta permite acima de tudo agilizar e otimizar os processos inerentes ao c lculo do valor informativo Neste exemplo apresentam se os processos realizados na obtenc o do valor informativo apenas para 3 vari veis independentes em estudo Figura 3 17 Esquematizac o dos processos para calcular o valor informativo utilizando a ferramenta Model Builder do ArcGis 3 7 Metodologia utilizada para determinar a suscetibilidade a eros o costeira A Os m todos utilizados para a determina o da suscetibilidade eros o costeira foram diversos Para se determinar a suscetibilidade ocorr ncia de movimentos de vertente no litoral de S o Nicolau optou se por criar uma faixa paralela linha de costa com largura constante onde se avaliaria esta suscetibilidade utilizando a mesma metodologia que a utilizada para as vertentes do interior da ilha e referida atr s Esta op o bem como a largura da dita faixa ser o explicados no ponto seguinte deste trabalho A suscetibilidade eros o das praias foi determinada por 60 meio de AMC com integrac o da informac o feita com base na CLP Os pesos dos fatores de ponderac o bem como a sua justificac o ser o explicados m
76. ares as rochas silicatadas est o mais bem representadas segundo o mesmo autor estas existem na maior parte das ilhas No que respeita morfologia a maioria das ilhas apresenta caracter sticas dominantes que correspondem exist ncia de cadeias montanhosas not veis aparelhos vulc nicos bem conservados numerosos e extensos vales muito encaixados e profundos nas ilhas montanhosas e as ilhas rasas com grandes zonas aplanadas das quais fazem parte as ilhas de Maio Sal Boa Vista e Santa Luzia Gon alves 2008 Pereira 2010 As ilhas mais ocidentais Santo Ant o e S o Nicolau apresentam relevo mais acidentado que as restantes ilhas do barlavento De igual modo a Sotavento Brava Fogo e Santiago tamb m se apresentam com relevo bastante acidentado Estas ilhas apresentam cadeias montanhosas com altitudes acima dos 1 000 m exce o da ilha da Brava com 976 m Neste contexto a ilha que apresenta maior altitude o Fogo atingindo os 2 829 m no pico do vulc o sendo o ponto mais alto do arquip lago de Cabo Verde As ilhas mais orientais Sal Boa Vista e Maio apresentam um relevo menos acidentado com vastas reas planas e extensas praias de areia Lima amp Martins 2009 Estas ilhas destacam se das restantes pelo fato de estarem mais pr ximas costa africana bem como pela predomin ncia dos ventos do Nordeste Esta proximidade e rumo de ventos influenciam as caracter sticas geomorfol gicas destas 18 ilhas pois
77. as para descrever e apresentar os resultados desta metodologia na praia do Tarrafal ilha de Santiago Deste modo enumeram se as tarefas a executar no presente projeto e Inventariac o de movimentos de vertente e Inventaria o de sistemas de praia e Cria o prepara o e tratamento de informa o geogr fica e Georreferencia o e Aplica o do m todo estat stico bivariado do valor informativo e Aplica o do m todo de An lise Multicrit rio e Aplica o do Digital Shoreline Analysis System e An lise de resultados 1 2 Problem ticas em estudo 1 2 1 Problem tica da eros o costeira As zonas costeiras sao a interface entre a atmosfera hidrosfera e litosfera Constituem zonas de elevada energia com uma din mica muito ativa e complexa na qual durante o Quatern rio se registra uma hist ria de instabilidade significativa instabilidade essa que tende a aumentar devido a interfer ncia humana Charlier amp Meyer 1998 Os citados autores referem ainda que a din mica das zonas costeiras em muitos casos delicada do ponto de vista do equil brio sendo zonas facilmente afetadas por desastres naturais ou por ac o humana A eros o costeira um fen meno global que ocorre nas margens oce nicas e que vem sendo estudada na literatura t cnica e cientifica h varias d cadas Charlier amp Meyer 1998 A eros o costeira est associada a processos naturais e antr picos Do conjunto dos processos
78. atamento por a o antr pica s o fatores importantes na instabiliza o das 107 vertentes e deste modo com fortes probabilidades de ocorr ncia de movimentos de vertente Os SIG mostraram ser uma ferramenta indispens vel a realizac o deste trabalho possibilitando atrav s da computac o a aquisic o preparac o e integrac o da informa o geogr fica na constru o dos modelos de suscetibilidade Por sua vez o M todo do Valor Informativo mostrou atrav s dos resultados obtidos e ap s validac o com base na Taxa de Sucesso ser um m todo bastante consistente na determinac o da suscetibilidade a ocorr ncia deste tipo de fen menos Por outro lado a suscetibilidade determinada para a eros o das praias atrav s da an lise multicrit rio com integra o da informa o atrav s da Combinac o Linear Ponderada revelou ser uma excelente ferramenta no apoio a decis o sendo excelente quando as vari veis a tratar n o s o cont nuas e ou categ ricas Quando se realizam estudos deste g nero os resultados obtidos devem ser utilizados para aplicac o no ordenamento do territ rio Desta forma a aplicabilidade da cartografia resultante deste trabalho dever ser tida em conta por pol ticos e decisores no apoio a tomadas de decis o Nesta perspetiva recomenda se que em zonas de suscetibilidade elevada e muito elevada seja em vertentes do interior seja nas arribas do litoral que promovam a eros o costeira devem ser c
79. cionada com a aus ncia de correla o entre as vari veis o que desta forma pode levar a erros Desta forma quando os valores do score s o positivos significa que existe rela o na unidade de terreno entre a classe da vari vel e a presen a de instabilidade Deste modo quanto maior for o valor do score maior ser a instabilidade Pelo contr rio no caso de os valores do score serem negativos significa que n o existe rela o entre a classe da vari vel e a presen a de instabilidade sendo a 58 probabilidade de ocorr ncia de movimentos de vertente na unidade de terreno menor Importa ainda salientar que quando o valor resultante de Si Ni S N igual a zero se atribui o score mais baixo encontrado na classe da vari vel em quest o Segundo Henriques 2009 esta necessidade resulta da impossibilidade de determinar o logaritmo natural de zero e do car cter n o neutro e n o nulo de VI 0 no que respeita probabilidade de ocorr ncia de deslizamentos 3 6 Aplica o do M todo do Valor Informativo para determinar a suscetibilidade a movimentos de vertente na ilha de Sao Nicolau Nesta fase do trabalho ir ser feita a integra o da informa o no modelo de suscetibilidade valor informativo informa o essa que j foi tratada anteriormente 83 3 1 Muito sucintamente se descrevem todos os processos realizados em ambiente SIG com recurso ao software ArcGis na realiza o de todo o modelo Inicialmente
80. cionando o grau de instabilidade potencial da vertente e determinando a varia o espacial do grau de suscetibilidade do territ rio instabilidade No que respeita aos fatores preparat rios este autor refere que estes s o din micos e promovem a diminui o da estabilidade da vertente sem iniciar o movimento Os fatores desencadeantes representam a causa imediata da instabilidade e determinam o ritmo temporal dos movimentos de vertente Z zere 2005 Neste trabalho foram considerados 6 temas como fatores de predisposi o para a ocorr ncia de movimentos de vertentes altitude declive exposi o perfil transversal das vertentes litologia e uso ocupa o do solo Dos 6 fatores de predisposi o escolhidos 4 s o derivados a partir do modelo digital de terreno MDT A elabora o do MDT foi suportada nos pontos cotados e nas curvas de n vel que segundo Matos 2008 s o elementos fundamentais na representa o do relevo permitindo atrav s destes elementos conhecer as coordenadas cartogr ficas ou geod sicas e a altitude No que respeita s curvas de n vel o mesmo autor refere que estas representam a interse o do terreno com uma superf cie de n vel de uma dada altitude Esta informa o encontra se na escala 1 10 000 sendo a equidist ncia entre curvas de n vel de 5m Tabela B1 anexo B O tamanho da c lula a utilizar no presente trabalho de 10x10m representando deste modo reas de 100m2 Garcia 2012 refe
81. cto 1997a Gest o da Zona Costeira Volume Atlas da Natureza da Costa e da Ocupac o do Litoral Reconhecimento Fotogr fico Direcc o Geral de Marinha e Portos Rep blica de Cabo Verde Hidroprojecto Engenharia e Gest o S A Lisboa Portugal 75pp Hidroprojecto 1997b Gest o da Zona Costeira Volume Il Caracteriza o dos processos litorais e dos recursos vivos Direc o Geral de Marinha e Portos Rep blica de Cabo Verde Hidroprojecto Engenharia e Gest o S A Lisboa Portugal 50pp Himmelstoss E A 2009 DSAS 4 0 Installation Instructions and User Guide in Thieler E R Himmelstoss E A Zichichi J L and Ergul Ayhan 2009 Digital Shoreline Analysis System DSAS version 4 0 An ArcGIS extension for calculating shoreline change U S Geological Survey Open File Report 2008 1278 Hoyos N Acosta S Correa D 2006 Sistema de informaci n geogr fica para el estudio de la erosi n litoral en el Departamento de C rdoba Colombia Herramienta de dise o implementaci n y uso Gesti n y Ambiente vol 9 n 3 Universidad Nacional de Colombia 147 156pp Hyman T 2013 Assessing the vulnerability of beach tourism and non beach tourism to climate change a case study from Jamaica Journal of Sustainable Tourism vol 21 Issue 1 1 19pp IGEOE 2002 Boletim dos Instituto Geogr fico do Ex rcito ISSN 0872 7600 64 80pp 114 Lima L Martins F 2009 Os desafios da Ges
82. das praias de S o Nicolau mostram que 35 3 das praias tem uma suscetibilidade eros o elevada Estes resultados devem se fundamentalmente predomin ncia de sistemas praia arriba com praias estreitas Figura 4 7 Analisando a suscetibilidade por freguesia destaca se Nossa Senhora do Ros rio tendo esta freguesia 56 das praias com suscetibilidade elevada eros o Figura 4 8 Este resultado justifica se sobretudo pelo predom nio de sistemas de praia arriba com praias relativamente estreitas expostas a NE Em sentido inverso na freguesia de Nossa Senhora da Lapa as praias apresentam uma suscetibilidade 81 inferior representando o conjunto das classes reduzida e moderada 90 4 da extens o litoral desta freguesia Apesar destas praias se encontrarem expostas aos quadrantes donde prov m a ondula o principal N e NE este valor deve se fundamentalmente a dois motivos i na sua grande maioria s o praias encastradas onde a ondula o chega com energia atenuada e ii s o quase todas constitu das por cascalho e ou calhaus logo menos suscet veis eros o Figura 4 8 mReduzida mModerada mElevada 50 0 40 0 30 0 20 0 praias 10 0 0 0 Reduzida Praias 16 4 Elevada 35 3 Suscetibilidade a eros o das Figura 4 7 Suscetibilidade a eros o das praias ilha de Sao Nicolau S o Francisco Nossa Senhora Nossa Senhora de Assis do Ro rio da Lapa E Reduzida 9 8 22 8 16 6 m Mod
83. de costa assinalada a vermelho ccccccceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeess 124 Figura A3 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 1992 com linha de costa assinalada a amarelo cccccceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeseeeeeeeeeeeeeess 124 xvi Figura A4 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 2003 com linha de costa assinalada a azul ccccccceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeess 125 Figura A5 Procedimento para fazer upgrade da geodatabase 125 Figura A6 Par metros de entrada utilizados no DSAS Par metros referentes linha de base baseline offshore onshore e onshore offshore equidist ncia dos transectos comprimento dos transectos e dire o de lan amento dos transetos 126 Figura A7 Par metros referentes s linhas de costa shorelines Date campo em que est o referidas as datas de cada linha de costa Uncertainty campo referente ao valor de incerteza originado pela georreferencia o das imagens a reas por defeito define se como zero closest intersection referente linha onde o ponto de interse o deve ser criado no caso de estudo ao utilizar se o m todo LRR importante definir o ponto de interse o sempre que cruzar uma linha de costa 126 Figura A8 Par metro referente aos metadados O preenchimento deste par metro tal como os anteriores obrigat rio O preenchimento po
84. de ser feito caso assim se entenda com os dados fornecidos no guia de usu rio do DSAS Este ficheiro de metadados pode ser posteriormente consultado atrav s do ArcCatalog 127 xvii xviii NDICE DE TABELAS Cap tulo 3 Tabela 3 Distribui o das classes de altitude pelo total da ilha e na faixa de 100 m em S o Nicolau Cabo Verde o occcocncccononononanoconaninonananananonancnano monaco na nnnnncnnnnannnos 34 Tabela 3 1 Distribuic o das classes de declive pelo total da ilha e na faixa de 100m em Sao Nicolau Cabo Verde ciclo 36 Tabela 3 2 Distribui o das classes de exposi o pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde occocccccccncnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnoneninnnnns 38 Tabela 3 3 Grau de ajuste dos movimentos de vertente ao tamanho de c lula gerado no perfil transversal das vertentes em S o Nicolau Cabo Verde 40 Tabela 3 4 Distribui o das classes de perfil transversal das vertentes pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde sseeseeeeeeeeeseseeeeeees 41 Tabela 3 5 Distribui o das classes de litologia pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Vedder a 43 Tabela 3 6 Distribui o das classes de uso e ocupa o do solo pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn nenene 45 Tabela 3 7 Invent r
85. do MDT Declive exposi es e curvatura das vertentes iv Geologia e v Uso Ocupa o do solo Posteriormente 27 aquisic o de informac o procede se ao tratamento de toda a informac o adquirida atrav s da classificac o reclassificac o dos fatores de predisposi o Para concluir esta etapa necess rio proceder cria o de informa o gerando invent rios dos movimentos de vertente e dos sistemas de praia Os invent rios ser o criados atrav s da t cnica de fotointerpreta o com base nos ortofotomapas dispon veis 2003 e 2010 e na altimetria 1 10 000 curvas de n vel com equidist ncia entre si de 5m Na impossibilidade de realizar trabalho de campo utilizar se a ferramenta Google Earth 3D no apoio a d vidas que possam surgir na identificac o de possiveis movimentos de vertente iii Nesta etapa ser o apresentados os m todos utilizados para determinar as suscetibilidades a movimentos de vertente e eros o costeira Esta etapa consiste no processamento e an lise de dados obtidos Aqui ser trabalhada toda a informac o obtida nas etapas anteriores ser tamb m indicado ao sistema a forma como dever relacionar essa mesma informac o neste caso utilizando m todos estat sticos designadamente o m todo estat stico bivariado M todo do Valor Informativo Vi e An lise Multicrit rio AMC com base na Combina o Linear Ponderada CLP m todos que ir o permitir calcular a suscetibilidade dos
86. do oceano e dos al sios podendo baixar quando influenciada pelos ventos do quadrante Este durante a esta o seca Antunes 2008 Gon alves 2008 Hern ndez 2008 Moreno 2009 d Enquadramento Hidrol gico Marinho O comportamento din mico do mar na aproxima o faixa costeira fundamental para a compreens o dos processos dependentes da sua a o que t m implica es na evolu o atual do conjunto dos sistemas litorais Este comportamento din mico agrupa se em dois conjuntos principais Neves 2004 e Movimentos horizontais e verticais de massas de gua incluindo a ondula o junto ao litoral as correntes e o upwelling 21 e Varia es c clicas epis dicas e tendenciais do n vel do mar abrangem as mar s as sobrelevac es de origem meteorol gica storme surge e a variac o secular do n vel do mar A ondulac o junto ao litoral o principal agente modelador do litoral seja pela ac o direta das ondas sobre praias e arribas ou por ac o indireta das mesmas A ac o direta promove processos erosivos e ou transporte e deposic o de sedimentos que constituem as praias A ac o indireta favorece a ocorr ncia de processos de meteorizac o que condiciona o tipo e distribuic o de seres vivos existentes nas faixas costeiras Neves 2004 A dire o e altura das ondas s o determinadas atrav s da utiliza o de dados quantitativos obtidos atrav s de ond grafos No entanto e uma vez que este equip
87. e ser abandonadas na Europa entre 250 a 300 casas e outras 3000 sofreram uma desvalorizac o de pelo menos 10 isto devido ao risco iminente de eros o Eurosion 2006 Segundo Bird 1999 in Souza 2009 na d cada de 1990 em 70 das praias arenosas do planeta predominava a eros o em 20 predominava acrec o e apenas 10 se encontravam em relativa estabilidade De acordo com Bird 2008 identificam se 21 fatores que iniciam ou aceleram o processo de eros o de praias entre os quais se destacam a reduc o de sedimentos provenientes dos rios a reduc o de sedimentos vindos das arribas a extrac o de areias e cascalho das praias o aumento da energia das ondas e o aumento da frequ ncia e intensidade das tempestades Estes s o apenas alguns dos fatores que este autor aponta como estando ligados aos processos erosivos das praias O arquip lago de Cabo Verde concentra cerca de 80 da sua populac o nas faixas costeiras tornando as muito vulner veis a eventuais alteracdes das condic es clim ticas e ocorr ncia de fen menos extremos como tempestades e inunda es RCV 2012 As atividades econ micas do pa s bem como as atividades industriais e tur sticas est o concentradas nas faixas costeiras representando grande parte da economia nacional Ao longo da costa existem 78 comunidades piscat rias que vivem diretamente da pesca atividade que emprega cerca de 2 1 da populac o total e 5 2 da populac o ativa tendo este setor produ
88. e Modelac o Territorial aplicados ao Ordenamento Este est gio foi realizado no mbito do projeto Avaliac o e Cartografia de Risco para Cabo Verde para as Na es Unidas e teve a dura o de 6 meses O referido est gio decorreu sob orientac o cient fica do Prof Dr M rio Neves Embora o projeto tenha sido aplicado a todo o arquip lago de Cabo Verde exce o da ilha de Santa Luzia pois esta desabitada apresentar se a ilha de S o Nicolau como modelo conforme o t tulo deste relat rio Ou seja todos os processos levados a cabo para a elaborac o da Cartografia de suscetibilidade aplicados a Cabo Verde ir o ter como modelo a apresentar neste relat rio a ilha de S o Nicolau Esta opc o foi tomada pelo orientador e teve a minha concord ncia No fundo com esta op o acaba por se respeitar o limite de palavras definido pelo concelho cient fico A raz o pela escolha de S o Nicolau prende se sobretudo pela complexidade do seu recorte litoral e das suas caracter sticas geol gicas e geomorfol gicas pois exige um maior rigor e concentrac o nos processos realizados Os objetivos pretendidos na realizac o deste est gio baseiam se essencialmente na aplicabilidade dos Sistemas de Informac o Geogr fica SIG no tratamento e processamento de dados na cartografia e avaliac o de riscos Neste contexto foi poss vel aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo dos ltimos anos na rea de Cartografia e SIG e apr
89. e cada setor fosse analisado com coer ncia Seguindo a metodologia de Pereira 2009 e Oliveira 2012 procuraram se essencialmente reas com declive abrupto reas com declive abaixo de 15 t m menos probabilidade de ocorr ncia deste fen meno tendo sempre presente o apoio da fotointerpreta o Nesta perspetiva as curvas de n vel foram sobrepostas aos ortofotomapas tornando se essenciais no decorrer deste processo pois permitiram em algumas situa es identificar movimentos que nos ortofotomapas n o eram vis veis por n o apresentarem marcas no terreno esclarecedoras devido sobretudo aos processos referidos anteriormente naturais ou antr picos A interpreta o das curvas de n vel feita atrav s das irregularidades que estas apresentam Assim as inflex es nas curvas de n vel na dire o do topo da vertente formando uma concavidade e ou as mesmas inflex es em dire o base da vertente formando uma convexidade significa que no primeiro caso a concavidade indicia a deple o do movimento e no segundo caso a convexidade indicia acumula o do material deslizado Figura 3 11 No entanto importa referir que a valida o dos movimentos inventariados atrav s de ortofotomapas normalmente feita atrav s de trabalho de campo para garantir a qualidade e robustez do invent rio Contudo no presente estudo dados os constrangimentos financeiros e de tempo esse trabalho de campo 51 nao foi poss vel ser efetuado Desta f
90. e esta o seca consoante a maior ou menor dura o anual das precipita es Gon alves 2008 Vict ria 2012 Na esta o seca podem registar se os al sios com ventos do Nordeste que geralmente o tipo de tempo mais frequente no arquip lago durante esta esta o Caracteriza se por um vento fresco nuvens nas zonas altas que n o provocam quedas de chuvas A Invernada mais frequente entre Novembro e Fevereiro caracteriza se por vento predominante de Norte e ocorr ncia de precipita es fracas nas zonas altas e nas ilhas de Barlavento A Lestada ou Harmat o marcada por vento do Leste quente e seco proveniente do deserto do Sahara Este tipo de tempo tem consequ ncias nefastas na agricultura pois o ar muito seco pode murchar as culturas caracter stico dos meses de Julho e Outubro Antunes 2008 Gon alves 2008 Segundo Amaral 1964 in Vict ria 2012 a esta o das guas a mais quente est intimamente ligada desloca o para Norte da Converg ncia InterTropical enquanto na esta o das brisas mais fresca e seca predomina a a o dos al sios do Nordeste A esta o das chuvas esta o onde se regista a maior parte das precipita es est dependente da presen a do ar quente e h mido que acompanha a Converg ncia InterTropical Nesta esta o ocorre o tempo de mon o caracterizado por ventos de Sul e Sudeste com massas de ar quente e h mido Desenvolvem se nuvens 20 verticais c mu
91. e ser entendida como um limite m vel uma vez que a sua posi o espacial vari vel a todas as escalas temporais A subida e descida das guas do mar por influ ncia das mar s define a linha de fronteira entre as reas emersas e submersas numa praia No entanto esta linha varia ao longo do dia devido subida e descida da mar o que pode causar alguns problemas quando se pretende delimitar a linha de costa De modo a contornar este problema seguiram se as op es j utilizadas por diversos autores entre os quais Anders amp Byrnes 1991 Crowell et al 1991 Boak amp Turner 2005 Ruggerio et al 2013 Estes autores sugerem que em casos de estudo como o que aqui se apresenta altera es de posi o da linha de costa deve ser utilizado a linha de preia mar High Water Line HWL assumida como representativa da extens o m xima para o interior da ltima mar alta Esta linha identific vel pela tonalidade contrastada entre o setor de praia entre mar s mais h mido e escuro e o setor da praia supramareal seco e mais claro e torna se num excelente indicador para delimitar a linha de costa bem como um excelente elemento comparativo entre linhas de costa de anos diferentes Na figura 5 3 assinalado com setas vermelhas est a linha de preia mar linha essa facilmente identific vel pelo contraste de tonalidade na imagem 92 Figura 5 3 Faixa litoral com praia onde se encontra identificada a linha de pre
92. e vertente Representa o RGB Descri o Suscetibilidade Muito baixa Suscetibilidade baixa Suscetibilidade Moderada Suscetibilidade Elevada Suscetibilidade Muito elevada Os mapas de suscetibilidade eros o litoral est o divididos por tema pois neste trabalho foram estudados dois tipos de litoral Os mapas de Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira contem a mesma representa o gr fica do conjunto da ilha representando os mesmos elementos da tabela 3 10 As classes de suscetibilidade eros o das praias foram definidas atrav s das 72 combina es poss veis entre os fatores de suscetibilidade em an lise tendo sido posteriormente multiplicado o valor de cada classe de pondera o ao valor do peso de cada fator que ir resultar em 3 classes tendo a soma destas 3 classes dado origem aos limites das classes de suscetibilidade Assim os limites das classes de suscetibilidade Elevada Moderada e Reduzida foram definidos respetivamente 3 A tabela B3 cont m a ordena o dos fatores e os c lculos efetuados e encontra se no anexo B Tabela 70 pelos seguintes limites min 14 5 Reduzida 14 5 21 5 Moderada e 21 5 max Elevada Os mapas de Suscetibilidade a eros o das praias cont m os seguintes elementos e Limites administrativos das freguesias de Sao Nicolau e Linha de costa Tabela 3 11 Representa o gr fica dos mapas de suscetibilidade eros o das praias
93. e victims http edition cnn com 2014 05 04 world europe afghanistan landslide Acedido em 26 de Junho de 2014 Jornal de Noticias 2009 Enxurradas matam tr s pessoas em Cabo Verde Chuvas torrenciais continuam a fustigar as ilhas Norte do Arquip lago http www jn pt paginainicial pais concelho aspx Distrito Porto amp Concelho Porto amp O ption Interior amp content id 1366897 Acedido em 26 de Junho de 2014 Noticias sapo 2009 Chuvas em S o Nicolau http noticias sapo cv info artigo 1035231 html Acedido em 26 de Junho de 2014 Morabitur 2003 2011 Cabo Verde viagens e turismo As ilhas http www morabitur com q pt pt node 21 Acedido em 6 de Setembro de 2014 120 ANEXOS 121 122 ANEXO A FIGURAS QUATERNARIO Ahsvies al areias ar dep sitos de vertente idv Gepowtos de enxurrada ide cones de dmaccdo od comcalheiras de praia ep areias de prais lap Terra os t dunes f sseis df calc rios calc as FORMA O DO MONTE GORDO TSE Cones de peociasos p pequenas escoadas m FORMA O DA PREGUI A PLIOCENICO Escoadas subadress mPG escoadas submarines 1 R pirociastos pi COMPLEXO ERUPTIVO PRINCIPAL Mantos suba reos indterencados M prociastos P chamin s bas lt ices ch Mamos piroctastos pi chamin s fonoliticas chy PLIOC NICO MEOC NICO Lavas mubrmarinas muperores SUPE RIOR qt ell Laves submarines inferiores Conglomerados cong ca
94. enriques pela forma como me receberam pelo apoio dado durantes as fases de realizac o do projeto a disponibilidade e prontidao em me ajudar por tudo isto o meu muito obrigado a ambos Aos elementos que comp em a equipa de investigadores do CEG Prof Dr Jorge Rocha Prof Dr Paulo Morgado Prof Dr Nuno Marques da Costa Prof Dr Ricardo Garcia Prof Dr S rgio Oliveira e Prof Dra Susana Pereira pela maneira xxiii acolhedora e simp tica com que me receberam pela disponibilidade dissipac o de d vidas uma palavra sincera de agradecimento n o s por estes ltimos meses mas tamb m pelos conhecimentos transmitidos ao longo destes ltimos anos Aos meus colegas de licenciatura e de mestrado de Humana F sica e SIG Foi um prazer ter partilhado a sala de aula com voc s Grande parte das minhas conquistas devo as a todos v s pela prontid o e disponibilidade em me auxiliar e ajudar em momentos cr ticos Serei sempre grato a todos Aos meus familiares e amigos pelo apoio e carinho que recebo todos os dias que me ajudam a ser mais forte e abracar a vida com mais forca A todos o meu mais sincero obrigado por tudo XXIV CAP TULO 1 INTRODU O 1 1 Enquadramento tem tico do est gio O presente trabalho constitui o relat rio de est gio realizado na Munic pia EM S A em cooperac o com o Instituto de Geografia e Ordenamento do Territ rio no mbito do mestrado de Sistemas de Informac o Geogr fica
95. er com os processos realizados para obtenc o do valor informativo na faixa costeira 100m Tal como foi referido a avaliac o feita para determinar a suscetibilidade nesta faixa realizou se seguindo a mesma metodologia utilizada nas vertentes do interior da ilha No entanto ao referido esquema apresentado na figura 3 17 foi acrescentado mais um processo este relativo extrac o do resultado do valor informativo das vertentes do interior da ilha para obtenc o do valor informativo apenas na faixa costeira dos 100m A ferramenta Spatial Analyst Tools atrav s da extens o Extract by mask permitiu extrair o resultado do valor informativo correspondente faixa de 100m metodologias adotadas n o foram aplicadas em particular a S o Nicolau mas sim a todo o Arquip lago de Cabo Verde 62 Figura 3 19 Esquematizac o dos processos para calcular o valor informativo na faixa costeira utilizando a ferramenta Model Builder do ArcGis 3 7 2 Determinac o da suscetibilidade eros o das praias atrav s do m todo de An lise Multicrit rio A An lise Multicrit rio AMC considerada uma excelente ferramenta para tomadas de decis o No entanto essas decis es t m ser tomadas com base em crit rios Com base nesta premissa Ferreira et al 2004 entendem que necess rio conjugar dentro de um objetivo espec fico um conjunto de crit rios de forma a alcan ar uma base composta de suporte decis o Este m todo permite combinar
96. er cont nuas ou seja estas vari veis t m que cobrir a totalidade da rea de estudo Na segunda o valor associado a cada uma das vari veis dever ser interpretado como informagao nominal Garcia 2012 refere que as vari veis cont nuas que apresentem uma infinidade de valores como s o os casos dos declives devem ser classificadas de modo a poderem ser comport veis estatisticamente o que n o seriam caso fossem aplicadas em dados brutos O mesmo autor alerta para o fato de n o serem apenas as vari veis cont nuas a necessitar de classificac o as vari veis categ ricas tamb m devem ser alvo de tratamento semelhante uma vez que podem apresentar um n mero excessivo de classes ex Geologia e Ocupac o do solo O autor justifica esta medida com o fato de a informac o homogeneizada poder permitir a diminuic o de diverg ncia de resultados devido a problemas na cartografia de base O citado autor acrescenta ainda que o fato de se ter um n mero elevado de classes 32 n o garante melhores resultados isto porque muitas das classes podem apresentar as mesmas capacidades condicionantes e preditivas de movimentos de vertente Desta forma e de modo a evitar que ocorram erros no modelo a informac o adquirida para a realizac o do presente trabalho ser tratada de forma a preservar as condicdes aqui referidas Deste modo as vari veis que se encontram fora destas condi es e que ser o tratadas no ponto seguinte deste cap
97. erada 50 0 21 3 73 8 E Elevada 40 2 55 9 9 6 Suscetibilidade eros o das Figura 4 8 Suscetibilidade a erosao das praias por freguesia ilha de Sao Nicolau 82 16 30 0 N Suscetibilidade Reduzida Moderada Elevada a F 4 Linha de costa Oceano Atl ntico ey a a gt Limites administrativos das freguesias JULHO 2014 Elips ide WGS84 C nica Conforme de Lambert 0 Figura 4 9 Suscetibilidade a erosao das praias na ilha de Sao Nicolau Cabo Verde 16 30 0 N 83 84 CAP TULO 5 EVOLU O DA LINHA DE COSTA NA PRAIA DO TARRAFAL ILHA DE SANTIAGO 5 1 C lculo da evolu o da linha de costa com aplica o da extens o Digital Shoreline Analysis System DSAS Como j foi referido no cap tulo 1 deste trabalho aplicou se na ilha de Santiago mais concretamente na praia do Tarrafal Concelho do Tarrafal um m todo que permite calcular taxas de varia o entre diferentes posi es de linhas de costa hist ricas recorrendo cria o de transectos equidistantes e perpendiculares a uma linha de refer ncia baseline O Digital Shoreline Analysis System DSAS uma extens o do software ArcGis Thieler et al 2009 Esta ferramenta tem sido utilizada por diversos autores em diferentes tipos de litoral e com resultados satisfat rios Hoyos et al 2006 Prukpitikul et al 2012 Silva 2012 Marino amp Freire 2013 O DSAS permite calcular a varia o das taxas de recuo e avan o da li
98. eros o das praias deveriam ser levados em considerac o por parte dos agentes pol ticos e especialmente pelos munic pios de modo a promoverem ac es de sensibilizac o e educac o junto da populac o no que respeita extrac o de areias das praias uma vez que a extrac o de areia tem uma consequ ncia direta negativa e significativa na diminui o das praias com fortes implica es nos nichos ecol gicos das esp cies marinhas tem um impacte moderado nas fun es balneares e um impacte pouco significativo na saliniza o e qualidade das guas subterr neas Lopes 2010 p 77 Assim a freguesia de Nossa Senhora do Ros rio que apresenta um total de suscetibilidade a eros o elevada na ordem dos 56 deve ser no futuro alvo de um plano espec fico de sensibiliza o junto da popula o z z Em suma relevante real ar que importante desenvolver trabalhos de investiga o que permitam aprofundar os temas em estudo e descobrir as rela es de intera o entre os fatores que podem explicar o desencadear deste tipo de fen menos em Sao Nicolau S o fen menos f sicos que podem trazer consequ ncias graves s popula es e suas atividades portanto quanto maior for o seu conhecimento melhor se pode preparar a sua mitiga o para que no futuro n o se verifiquem movimentos de vertente com as mesmas consequ ncias como as que se verificaram em Setembro de 2009 na localidade de Covoada Vila da Ribeira Brava q
99. escri o detalhada destes processos pois para efeitos do presente trabalho a an lise dos resultados n o tem em conta esta diferencia o de processos O conjunto de processos suba reos que afeta a generalidade das vertentes e que podem deste modo fazer evoluir as arribas podem agrupar se em dois conjuntos processos de eros o h drica e os movimentos de vertente Estes conjuntos de processos segundo Neves 2004 s o condicionados por um conjunto de fatores que se passam a enumerar i fatores geomorfol gicos ii fatores clim ticos iii fatores hidrol gicos iv fatores biol gicos e v fatores antr picos 1 3 3 Vertente A vertente pode definir se como uma superf cie inclinada cujo gradiente declive corresponde inclina o relativamente ao plano horizontal cujo comprimento corresponde dist ncia entre o seu topo e a sua base e cujo comando corresponde diferen a de altitude entre o seu topo e a sua base Z zere 2005 p 31 1 3 4 Movimentos de vertente A terminologia de base que classifica os movimentos de vertente Landslide predominantemente anglo sax nica Segundo Garcia 2002 os termos e classifica es utilizadas para descrever os movimentos de vertente s o distintos consoante a regi o ou grupo de cientistas que os estudam Neste sentido e para evitar que os termos e classifica es fossem utilizados com significados m ltiplos devido sua dif cil tradu o foi desenvolvido um
100. espondente de cada fator e de seguida somar todos os fatores A CLP permite uma compensa o completa entre todos os fatores em an lise Os fatores utilizados est o indicados na tabela 3 8 Tabela 3 8 Peso atribu do aos fatores de pondera o para integra o na AMC Peso Scores Fatores Vari veis dos Classes Pondera es das fatores das classes classes N 30 6 NE 40 8 E 20 4 Exposi o 03 SE 2 0 4 ondulac o S 1 0 2 SW 1 0 2 W 1 0 2 NW 10 2 Encastrada 20 6 Tipo de praias 0 3 Litoral irregular 30 9 Alongada e aberta 40 12 Sistemas com Sistema praia sector terminal de vale 10 1 praias de 0 1 Sistema praia arriba 20 gt calhaus Sistema praia sector terminal de vale 20 8 Sistemas com palas de arda 0 4 Sistemas praia arriba e praia limitada aj 12 para o interior por infraestrutura antr pica 65 O peso dos vari veis considerados de suscetibilidade a eros o das praias bem como o peso definido para cada classe ser o justificados de seguida Importa salientar que os m todos utilizados para atribui o dos pesosipondera es tanto aos fatores como s classes dos respetivos fatores foi obtido tomando em considerac o os trabalhos de Bush et al 1999 Lozoya et al 2011 Hyman 2013 e Sharples et al 2013 e as caracter sticas das praias de S o Nicolau descritas em Hidroprojecto 1997b Alfama 2007 LOID 2009 Costa et al 2011 e Duarte 2013 A atribui o de pesos e pondera
101. esta o seca vai de Novembro a Junho e marcada pelos al sios do Nordeste Monteiro amp Cunha 2011 Duarte 2013 O harmat o vindo do deserto do Sahara segundo Duarte 2013 respons vel por aumentar a aridez da esta o seca Esta ilha apresenta se tal como as restantes com precipita es escassas que se distribuem de forma irregular pela ilha As fontes acima citadas na caracteriza o do clima na ilha de S o Nicolau n o fazem refer ncia a registos das precipita es m dias anuais No entanto num estudo intitulado de Estudio de las especies agroforestales forrajeras y fruteras con viabilidad para adaptarse a las condiciones edafoclim ticas de Cabo Verde de 2011 com apoio do Governo das Can rias Dire o Geral do Ambiente de Cabo Verde e ainda do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da Uni o Europeia refere que as precipita es na ilha de S o Nicolau est em torno dos 700 mm ano Hern ndez amp Gonz lez 2011 26 CAP TULO 3 METODOLOGIAS DE AVALIA O DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTOS DE VERTENTE E EROS O COSTEIRA 3 1 Metodologia geral Neste cap tulo dar se in cio constru o do SIG onde ser criado todo o modelo de suscetibilidade tanto din mica de vertentes como eros o costeira Relativamente eros o costeira ser o utilizados m todos distintos uma vez que n o foi poss vel utilizar sempre o mesmo m todo nos subtemas respeitantes s zonas costeiras Assi
102. ferencia o das fotografias a reas A corre o geom trica das fotografias permite eliminar ou minimizar as distor es geom tricas provocadas pela curvatura da terra no caso das imagens obtidas por dete o remota ou de distor es ocorridas durante o processo de rasteriza o 88 O processo de georreferenciac o foi realizado com recurso ao software ArcGIS 10 utilizando a ferramenta Georeferencing Todo o processo foi bastante complexo essencialmente por dois motivos i m qualidade das imagens resoluc o e ii altera es no uso e ocupa o do solo Utilizando a mesma metodologia seguida por Oliveira 2005 e 2012 e Epif nio 2013 selecionaram se como pontos de controlo esquinas de muros extremidades de telhados casas e de propriedades intersec es de estradas sempre com maior incid ncia espacial sobre a faixa litoral por serem as reas com maior interesse para este estudo Figuras 5 1A e B 5 2A e B Figura 5 1 Representa o dos pontos de controlo em ambas as pocas escala de visualiza o 1 6 000 M todo de ajustamento da imagem aos pontos spline A Fotografia a rea de 1961 c rculo vermelho os pontos de controlo poss veis de identificar em reas pr ximas praia do Tarrafal B Ortofotomapa de refer ncia 2010 representando com c rculos amarelos os pontos de controlo comuns com a fotografia de 1961 Figura 5 2 Representa o dos pontos de controlo em ambas as pocas escala de vis
103. fotografia a rea e 1992 fotografia a rea e 2003 ortofotomapa e 2010 ortofotomapa A aplica o deste m todo prossup s a realiza o das seguintes etapas Figura 5 SIG Evolu o da Linha de Costa na Praia do Tarrafal Georreferencia o das Fotografias A reas Cria o das Linhas Cria o da Linha de de Costa Base Defini o do Sistema de Proje o pese Figura 5 Esquema de processos realizados no c lculo da taxa de recuotacrec o utilizando a extens o DSAS 86 Seguindo o esquema da figura 5 acima os processos realizados at ao resultado final foram de natureza diversa Como tal a georreferenciac o das fotografias a reas foi a primeira etapa de todo o processo Ap s esta georreferenciac o foi poss vel concretizar a segunda etapa a delimitac o das linhas de costa sobre as fotografias a reas e ortofotomapas Estas duas etapas iniciais permitiram preparar a informac o de base que de seguida ira entrar no DSAS Seguidamente ser o detalhados estes processos 5 2 Fotografias a reas No presente estudo as fotografias a reas foram adquiridas com o objetivo de calcular a taxa de recuo da linha de costa na praia do Tarrafal ilha de Santiago Desde cedo que as fotografias a reas se tornaram numa ferramenta indispens vel no que respeita a estudos relacionados com din mica costeira devido s potencialidades proporcionadas por este tipo de informac o Oliveira 2005
104. go Disserta o para obten o do grau de Doutor Escola de Ci ncias Universidade do Minho 404pp Pereira S 2009 Perigosidade a movimentos de vertente na regi o Norte de Portugal Disserta o para obten o do grau de Doutor Faculdade de Letras Universidade do Porto 354pp Prukpitikul S Buakaew V Keshdet W Kongprom A Kaewpoo N 2012 Shoreline change prediction model for coastal zone management in Thailand Journal of Shipping and Ocean Engineering 2 238 243pp Ramalho R 2011 Building the Cape Verde Islands Disserta o para obten o de grau de Doutor Universidade de Bristol United Kingdom Springer 227pp RCV 2012 Cabo Verde no contexto do desenvolvimento sustent vel Relat rio confer ncia Rio 20 Rio de Janeiro 20 22 Junho 2012 33pp 116 Reis E Z zere J L Vieira G Rodrigues M 2003 Integrac o de dados espaciais em SIG para avaliac o da suscetibilidade ocorr ncia de deslizamentos Finisterra XXXVIII 76 3 34pp Rocha R 2010 Aplicac o dos sistemas de informac o geogr fica em estudos de caracteriza o biof sica da Ilha de Santo Ant o em Cabo Verde Disserta o para obten o do grau de Mestre Universidade de Tr s os Montes e Alto Douro Vila Real 195pp Ruggiero P Kratzmann M Himmelstoss E Reid D Allan J Kaminsky G 2013 National assessment of shoreline change historical shoreline change along the Pacific Northwest coast USG
105. has foi sempre muito irregular sendo a maior concentra o nas ilhas de Santiago S o Vicente Santo Ant o e Fogo Rocha 2010 Cape Verde Municipality concelho boundary National capital o Municipality concelho capital Road Track Base 80299041 000671 2 04 Figura 2 Localiza o geogr fica do Arquip lago de Cabo Verde Fonte P gina global 2013 b Enquadramento Geol gico e Geomorfol gico A origem do Arquip lago de Cabo Verde atribu do a longo per odo de vulcanismo associado ao hotspot de Cabo Verde De acordo com Ramalho 2011 a atividade vulc nica ter se iniciado no per odo Oligoc nico Mioc nico estendendo se at ao Holoc nico As ilhas de Cabo Verde elevam se de um soco submarino em forma de ferradura situada a uma profundidade de ordem de 3000 m Bebiano 1932 in Gon alves 2008 Assun o 1968 in Hern ndez 2008 Como referido atr s Cabo Verde de origem vulc nica tendo origem numa atividade vulc nica submarina central mais tarde complementada por uma rede de fissuras manifestada nos afloramentos Gon alves 2008 Este autor acrescenta ainda que a maior parte do Arquip lago dominado por emiss es de escoadas l vicas e de materiais pirocl sticos suba reos predominantemente bas lticos 16 Segundo Ramalho 2011 Cabo Verde est localizada na placa africana tendo esta placa mexido muito pouco nos ltimos 30 M A em relac o ao quadro de refer
106. ia de litoral irregular ou com escolhos e iii praia alongada e aberta Ao primeiro foi atribu da uma ponderac o de 20 porque as praias encastradas est o enquadradas por arribas nas quais a energia da ondulac o chega consideravelmente refratada As praias de litoral irregular t m uma pondera o de 30 sendo que este tipo de praias tem o litoral pouco linear ou com escolhos que facilitam a diminuic o da energia da ondulac o que atinge a praia Por fim s praias alongadas e aberta expostas a ondulac o sem outro tipo de refrac o para al m da provocada pelo fundo da plataforma continental pr xima atribuiu se um valor de ponderac o m ximo ou seja 40 Os sistemas de praia identificaram se em sector terminal de vale beneficiam da alimentac o espor dica de material transportado torrencialmente Nestes sistemas 67 atribuiu se um valor de ponderac o 20 em caso se serem praias com areia e 10 em caso de serem praias com cascalho calhaus No sistema de praia duna a praia contacta para o interior com dunas permitindo que todo o sistema migre para o interior em caso de avanco do mar Para al m disso as dunas podem funcionar como fonte de alimentac o de areias das praias Tendo isto em considerac o atribuiu se a este sistema o valor de ponderac o de 20 Por fim os sistemas de praia arriba s o compostos por praias normalmente estreitas e limitadas para o interior por uma arriba Este tipo de praias muito sens vel a um ou a uma
107. ia mar assinalada pelo tracejado vermelho Fonte Marino amp Freire 2013 Como j foi referido anteriormente cap tulo 2 2 1d a amplitude de mar s em Cabo Verde reduzida as mar s s o semi diurnas e a sua amplitude m xima n o excede normalmente 1 5m classificando se esta amplitude segundo Davies 1964 como microtidal Deste modo e ap s a georreferenciac o das imagens de 1961 e 1992 procedeu se a delimitac o da linha de costa tanto nas imagens de 1961 e 1992 como tamb m nos ortofotomapas de 2003 e 2010 O processo de vetorizac o foi realizado com recurso a ferramenta Editor do ArcGis 10 De seguida apresentam se as linhas de costa por cada ano em an lise Figuras 5 4 e Figuras A2 A3 e A4 no anexo A 93 05 06 1961 11 08 1992 05 19 2003 41 15 2010 73 Figura 5 4 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 2010 com as linhas de costa de 1961 1992 2003 e 2010 5 4 Aplica o do Digital Shoreline Analysis System DSAS Com recurso a fotografias a reas georreferenciadas e ortoretificadas para um mesmo local poss vel calcular e comparar para diferentes anos as modifica es ocorridas na linha de costa Desta forma os SIG permitem integrar e analisar dados diversos possibilitando assim o estudo da evolu o da linha de costa A extens o do DSAS do ArcGis exige alguns requisitos que s o importantes para o seu normal funcionamento Desde logo s
108. io dos movimentos de vertente em S o Nicolau Cabo Verde 53 Tabela 3 8 Peso atribu do aos fatores de pondera o para integra o na AMC 65 Tabela 3 9 Soma de cada orienta o com as metades cont guas 67 Tabela 3 10 Representa o gr fica dos mapas de suscetibilidade a movimentos de A GS EA DRE aa Ri are E Di e a pa AA 70 Tabela 3 11 Representa o gr fica dos mapas de suscetibilidade eros o das ANAS A RR ENE RA RR DER RR RNA ROC A seid Rei dbaide Sanesat aac Patan lite 71 Cap tulo 4 Tabela 4 Classificac o da suscetibilidade a movimentos de vertente pelas quebras da cuUiva de SUCESSO o iia 75 Tabela 4 1 Extens o litoral por freguesia ilha de Sao Nicolau 81 xix Cap tulo 5 Tabela 5 Elementos referentes s fichas t cnicas dos voos utilizados neste estudo Sanago Gave VELdE E iced hice hie aad eda ds 87 Tabela 5 1 Dados da georreferenciac o referente a fotografia a rea de 1961 91 Tabela 5 2 Dados da georreferencia o referente a fotografia a rea de 1992 91 Tabela 5 3 Taxas de recuo da praia do Tarrafal entre 1961 2010 97 Tabela 5 4 Evolu o da linha de costa entre 1961 1992 na praia do Tarrafal ilha de Santiago e A Ed Rn ic O ene a a cer 99 Tabela 5 5 Evolu o da linha de costa entre 1992 2003 na praia do Tarrafal ilha de DANHADO essa A DS 101 Tabela 5 6 Evolu o da linha de costa entre 2003
109. it rio De entre estas forma es o autor destaca i as plataformas costeiras de cotas baixas que contornam a quase totalidade da ilha relacionadas com derrames bas lticos da ltima fase l vica ii as formas de relevo acidentado emergem se da superf cie 25 costeira de forma cont nua iii a crista montanhosa central S o segundo o autor relevos majestosos e miudamente talhados pela eros o e que funcionam como barreira aos ventos h midos Outros autores Monteiro amp Cunha 2011 apontam esta ilha como sendo muito acidentada com fortes declives e com a paisagem marcada por cristas e picos quando o relevo sustentado por fil es Os autores dividem a topografia da ilha em duas zonas uma situada a ocidente dire o do relevo N S destacando se aqui os maiores relevos da ilha nomeadamente o ponto mais alto da ilha o Monte Gordo e a outra a Oriente em que o relevo se apresenta numa dire o de E W muito adelga ado e desenhando uma crista com cerca de 3 km de comprimento que vai desde o Monte Joaquim Matias at ao Morro Vermelho tendo no Alto das Cabe as a sua maior eleva o com 687 m de altura S o Nicolau igualmente caracterizado por um clima rido e semi rido e definido por tr s massas de ar principais os al sios do Nordeste os ventos de Sudoeste e o harmat o Duarte 2013 Os ventos de Sudoeste s o os respons veis pela poca das chuvas que ocorre de Julho a Outubro No sentido inverso a
110. itos dunas fosseis fossiliferos e 22Conglomerados calc rios e calcarenitos fossiliferos do monte Focinho juntas numa s classe que na tabela 3 5 est representada com 42 o seguinte nome Conglomerados calc rios e calcarenitos Esta op o tomada por parte das fontes que forneceram esta informac o foi aceite e seguida neste trabalho dada por um lado a muito reduzida representatividade na ilha de Sao Nicolau da 2 unidade referida e por outro a semelhante composic o das duas unidades geol gicas agrupadas Contudo importa referir que o n mero elevado de classes n o coloca em causa a fiabilidade do modelo pois n o comprometeu os resultados Tabela 3 5 Distribuic o das classes de litologia pelo total da ilha e na faixa de 100m em S o Nicolau Cabo Verde Distribuic o das classes de Geologia Disinpui ao pole faixa costeira 100m Ne de g Ne de rea o Classes c lulas Areaha Area c lulas ha Area Complexo Eruptivo Principal 1732756 17327 56 50 3 40603 406 03 27 1 Cones pirocl sticos 664958 6649 58 19 3 24742 247 42 16 5 Lavas submarinas inferiores 24590 245 9 0 7 12214 122 14 8 1 Lavas submarinas superiores 29960 299 6 0 9 21152 211 52 14 1 Forma o da pregui a 272133 2721 33 7 9 8575 85 75 5 7 Conglomerados calc rios calcarenitos 2092 20 92 0 1 327 3 27 0 2 Aluvi es areias dep sitos de vertente 514945 5149 45 14 9 31001 310 01 20 7 Escoadas submarinas suba rea e pirocl sticos 51521 51
111. ixa EB Baixa Moderada EB Elevada E Muito elevada Oceano Atl ntico Limites administrativos das freguesias S o Nicolau Cabo Verde JULHO 2014 Elaborado por AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE ug Elips ide WGs84 e C nica Conforme de Lambert 10 Ek Muridpia EM SA vette Figura 4 3 Suscetibilidade a movimentos de vertente ilha de S o Nicolau Cabo Verde 77 4 3 An lise estat stica da suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira A faixa costeira da ilha de Sao Nicolau compreende 78 7 de suscetibilidade a movimentos de vertente nas classes baixa e muito baixa valor superior ao obtido para o conjunto da ilha 65 da superficie total Figura 4 4 Figura 4 1 A suscetibilidade a movimentos de vertente elevada e muito elevada representam na faixa costeira da ilha apenas 9 4 sendo que no conjunto da ilha atingem 16 Figura 4 4 Figura 4 1 Das tr s freguesias destaca se a freguesia de S o Francisco de Assis atingindo no conjunto das classes de suscetibilidade muito baixa e baixa 84 5 dado que grande parte da faixa costeira talhada em cones de dejec o com um declive terminal junto ao mar muito suave Figura 4 4 Consequentemente as classes de suscetibilidade a movimentos de vertente elevada e muito elevada juntas representam unicamente 5 5 da faixa costeira desta freguesia Pelo contr rio a morfologia escarpada do litoral da freguesia da Nossa Senhora da L
112. izada com apoio no ortofotomapa mais recente 2010 e na cartografia de base na escala 1 10 000 Por fim a convers o para estrutura matricial de toda a informa o em formato vetorial Todo o modelo de suscetibilidade ocorr ncia de movimentos de vertente ser realizado em estrutura matricial Por sua vez o modelo de suscetibilidade eros o das praias ser realizado em formato vetorial 3 3 Determina o de fatores de predisposi o ocorr ncia de movimentos de vertente Segundo Garcia 2012 os modelos de suscetibilidade a movimentos de vertente de base estat stica baseiam se na rela o espacial entre as instabilidades e os fatores que as condicionam direta ou indiretamente De acordo com Z zere 2005 as 30 causas dos movimentos de vertente s o m ltiplas e podem verificar se em simult neo alertando para a dificuldade em definir qual delas respons vel pela rutura Desta forma na tentativa de definir as causas dos movimentos podem incorrer em erros Em 2005 Glade e Crozier estabeleceram tr s est dios de estabilidade de vertentes estabilidade estabilidade marginal e instabilidade ativa que ajudam na compreens o das causas e desenvolvimentos de instabilidade Os mesmos autores definem ainda tr s fatores de instabilidade fatores de predisposi o fatores preparat rios e fatores desencadeantes Os fatores de predisposi o s o segundo Z zere 2005 est ticos e inerentes ao terreno condi
113. jeto 1997b No mbito dos estudos realizados para a ENAPOR em 2009 Alargamento do Terrapleno e Constru o de uma Nova Via de Acesso na zona Nordeste do Porto Grande S o Vicente obtiveram se mais alguns dados relativos ao clima de agita o mar tima de Cabo Verde embora o relat rio do referido projeto n o especifique os m todos utilizados para a obten o dos dados sobre o clima de agita o mar tima No entanto iremos retirar deste relat rio dois par metros que permitem complementar os dados acima referidos Deste relat rio e como forma de complemento aos dados acima referidos constru o dos portos de Vale de Cavaleiros e Furnas retiram se as seguintes conclus es e A intensidade da ondula o fraca a moderada entre Agosto e Outubro verifica se com frequ ncia aus ncia de ondula o e Registos de ondas com altura significativa superior a 4m e A distribui o do per odo m dio das ondas mais frequente est compreendido entre 6 e 10s mas podem ocorrer per odos superiores a 14s que dever o corresponder a ondas geradas por tempestades do Atl ntico Norte ou Sul Embora haja uma regularidade de rumo e altura das ondas conv m salientar que este arquip lago por vezes afetado por tempestades conhecidas localmente por 23 calemas Caracterizam se pelo seu grande comprimento de onda e portadoras de grande energia que provocam violenta rebenta o nas costas expostas A ocorr ncia das calemas
114. lc rios celcarenitos calc dunas fowess df tomititeros Dep sto corglomer tico brech de FORMA O DE FIGUEIRA DE COXE Exa Mentos submarinos Ap proctastos MIOC NICO Congiomerados calc rios e caicarenitos fossiliferot do monte Focinho SUPERIOR Esconder chamin s che pirociemos tonol ticas pit COMPLEXO ERUPTIVO ANTE MIOCENICO INTERNO ANTIGO SUPERIOR ICA Complexo f oniano de base e brechas intravuic nicas Figura A1 Legenda da Carta Geol gica de Cabo Verde Ilha de S o Nicolau Fonte Instituto de Investiga o Cient fica Tropical Centro de Geologia Autores A Serralheiro J Rocha de Macedo e L Celestino Silva Executada pelo servi o cartogr fico do ex rcito Ano de edi o 1975 Escala 1 50 000 128 e Cha a mam 1961 Figura A2 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 1961 com linha de costa assinalada a vermelho GA RA 1992 Figura A3 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 1992 com linha de costa assinalada a amarelo 124 Figura A4 Fotografia a rea da praia do Tarrafal Santiago Cabo Verde em 2003 com linha de costa assinalada a azul E nl Database Properties P Gere Dona Name F CABO_VERDE Hazards_CaboVerde SaoNicolau mdb Type Personal Geodatabase Distributed Geodatabase Status This is not a replica geodatabase Configuration Keywords Per
115. los e cumulonimbus respons veis pelas precipitac es abundantes e com predomin ncia nas ilhas de Sotavento Antunes 2008 Gon alves 2008 No entanto a precipitac o anual neste arquip lago escassa e muito irregular com valores distintos de ilha para ilha exibindo mesmo grandes varia es intra ilha Os valores m dios de precipita o s o da ordem de 200 400 mm ano A m dia anual das precipita es n o tem ultrapassado os 300 mm para cerca de 65 do territ rio situados a menos de 400m de altitude Os valores s o ainda inferiores nas zonas abrigadas da influ ncia dos ventos al sios Pelo contr rio nas reas situadas a mais de 500m de altitude e expostas aos ventos al sios verificam se precipita es superiores a 700 mm Hern ndez 2008 As temperaturas m dias anuais variam entre 22 e 28 C e embora a temperatura m xima raramente ultrapasse os 30 C a sensa o de calor persiste devido s fracas amplitudes t rmicas O m s mais quente Setembro e os meses com temperaturas mais baixas situam se entre Janeiro e Fevereiro A localiza o deste arquip lago no oceano constitui um importante fator moderador da temperatura das ilhas a temperatura do mar que rodeia o arquip lago n o difere muito da temperatura atmosf rica A humidade relativa do ar em m dia de 75 nas zonas baixas ridas e mais de 80 nas zonas de maior altitude Estes valores ocorrem mais durante a noite e devem se sobretudo presen a
116. m foram realizados 3 m todos que consistem em determinar a eros o na faixa costeira faixa esta que compreende uma largura de 100m a eros o das praias e finalmente a taxa de recuo da linha de costa embora este ltimo m todo como referido no cap tulo 1 tenha sido aplicado unicamente na praia do Tarrafal na ilha de Santiago pelo que ser todo ele tratado num cap tulo em separado A justifica o detalhada da aplica o destes m todos ser o descritos adiante no presente trabalho De seguida resumem se as 4 etapas a ser realizadas e que s o fundamentais para a obten o dos resultados pretendidos i A primeira etapa diz respeito a concec o de todo o modelo que ser implementado no SIG Nesta etapa de acordo com a metodologia utilizada definem se as vari veis fatores de predisposi o de entrada no modelo e estrutura se a base de dados onde ser criado o invent rio com os movimentos de vertente e sistemas de praia objetos deste estudo ii A etapa mais morosa incide sobre os m todos de aquisi o cria o e tratamento da informa o geogr fica para integra o no SIG A aquisi o de informa o como iremos ver adiante neste trabalho foi adquirida de forma indireta A informa o adquirida para elabora o do presente estudo baseou se em i Ortofotomapas ii Altimetria curvas de n vel e MDT iii Fatores de predisposi o respons veis pelo desencadeamento de movimentos de vertente gerados a partir
117. ma altura e energia reduzidos com baixa frequ ncia e intensidade das tempestades 66 Finalmente aos sistemas de praia de cascalho calhaus atribui se um peso de 0 1 considerando que estes sistemas de praia s o os menos sens veis a situa es de tempestade apresentando uma suscetibilidade eros o reduzida De seguida apresentam se as justifica es na atribui o das pondera es das classes de cada fator Tabela 3 8 No que respeita ao fator Exposi o ondula o partiu se do princ pio de que na din mica das praias para al m da ondula o proveniente do rumo para o qual a praia est exposta tamb m a ondula o proveniente dos rumos cont guos teria igualmente influ ncia embora menor Deste modo utilizaram se os dados RRI BCEOM sendo o peso de cada rumo resultante de metade da soma do n mero de observa es desse rumo com metade das observa es dos rumos cont guos Tabela 3 9 Assim o resultado de cada exposi o varia entre 1 e 40 Sendo esta a gama de valores que iremos atribuir tamb m s classes dos restantes fatores Tabela 3 9 Soma de cada orienta o com as metades cont guas N NE E SE S sw W NW Soma de cada orienta o com as metades das 60 7 75 5 34 2 4 3 2 9 1 7 2 3 18 5 5 cont guas 30 3 37 7 17 1 22 14 09 1 1 9 3 A dividir por 2 30 40 20 2 1 1 1 10 Classificac o final O fator tipo de praias constitu do por 3 classes i praia encastrada ii pra
118. ma sobre os procedimentos t cnicos realizados no software A Aailans aii Aad las at asad evista Aaa aes ia Senna 69 xiv Cap tulo 4 Figura 4 Curva de sucesso do modelo de suscetibilidade a movimentos de vertente na lhade S o Nicolau Cabo Verde ci AA ia 74 Figura 4 1 Suscetibilidade a movimentos de vertente ilha de S o Nicolau 76 Figura 4 2 Suscetibilidade a movimentos de vertente por freguesia ilha de S o NCAA ie 76 Figura 4 3 Suscetibilidade a movimentos de vertente ilha de Sao Nicolau Cabo MA NA 77 Figura 4 4 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira ilha de S o A e E a R 79 Figura 4 5 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira por freguesia ilha de S o Nicolau acia 79 Figura 4 6 Suscetibilidade a movimentos de vertente na faixa costeira ilha de S o Nieo li PAGI oTa EA E EE E A E S 80 Figura 4 7 Suscetibilidade eros o das praias ilha de Sao Nicolau 82 Figura 4 8 Suscetibilidade eros o das praias por freguesia ilha de S o Nicolau A 82 Figura 4 9 Suscetibilidade a eros o das praias na ilha de Sao Nicolau Cabo Verde sete a nace eth onli ohh apts ee ee acta O 83 Capitulo 5 Figura 5 Esquema de processos realizados no c lculo da taxa de recuolacrec o utilizando a extens o DSAS vaio da 86 Figura 5 1 Representac o dos pontos de controlo em ambas as pocas escala de visualizac o 1 6 000 M todo de ajustamento da
119. mbert WGS84 Cabo Verde 1 5000 Curvatura National Grid MDT SN 2014 GRID Plana C nica Conforme Pixel 10m Lambert WGS84 Cabo Verde 1 5000 National Grid Faixa costeira Altimetria SN es 2014 SHP C nica Conforme Largura Lambert WGS84 100m Cabo Verde Invent rio dos National Grid movimentos de Pr pria SN es 2014 MDB 1 1500 C nica Conforme vertente Lambert WGS84 Cabo Verde Invent rio dos National Grid sistemas de Pr pria SN hed 2014 MDB 1 2500 i C nica Conforme praia Lambert WGS84 130 Tabela B2 Invent rio das praias de S o Nicolau Cabo Verde N de Praias Exposi o ondula o Extens o km 16 Norte 2800 87 25 1 12 Nordeste 2000 95 17 9 3 Este 280 33 2 5 6 Sudeste 796 98 7 1 3 Sul 386 45 3 5 12 Sudoeste 2943 04 26 4 4 Oeste 643 84 5 8 6 Noroeste 1306 15 11 7 62 11 16 100 0 N de Praias Caracter sticas de praia Extens o km 35 Alongadas e abertas 6715 56 60 2 27 Encastradas 4443 04 39 8 62 11 16 100 0 N de Praias Praias de Calhaus Extens o km 12 Praia Arriba 1670 93 53 0 16 Praia Setor Terminal Vale 1482 82 47 0 28 3 16 100 0 N de Praias Praias de Areia Extens o km 19 Praia Arriba 5819 94 72 7 15 Praia Setor Terminal Vale 2184 91 27 3 34 8 00 100 0 N de Praias Tipos de praia por sistema Extensao km 31 Praia Arriba 7490 87 67 1 31 Praia Setor Terminal Vale 3667 73 32 9 62 11 16
120. mente enunciada 83 1 deste cap tulo O processo referente aplica o desta metodologia ser explicada mais adiante neste trabalho Neste invent rio Tabela B2 anexo B foram identificadas 62 praias perfazendo uma extens o total de 11 16km de praia Destas 62 praias identificadas 43 est o expostas ao quadrante Norte e Nordeste ou seja expostas ao quadrante principal do regime de ondulac o do arquip lago de Cabo Verde Ainda no regime de exposic o ondulac o 45 2 das praias est o expostas a Sul Sudoeste e Oeste deste modo o regime de ondulac o tem um impacto bastante reduzido nestas praias As praias alongadas e abertas representam 60 2 do total de praias identificadas No que respeita aos tipos de praia por sistema o sistema Praia Arriba representa 67 1 do total de praias identificadas em S o Nicolau e o sistema Praia com sector terminal de vale representa 32 9 Sendo que destas 71 7 s o praias de areia e 28 3 de cascalholcalhaus Tabela B2 anexo B 55 Figura 3 15 Praia localizada a SW de S o Nicolau Cabo Verde A Delimitac o da praia no ortofotomapa de 2010 B Praia identificada no Google Earth 3D C Fotografia da praia correspondente a A e B Fontes As imagens B e C foram captadas atrav s do Google Earth 3D 3 5 Metodologia de avaliac o da suscetibilidade a din mica de vertentes Como j foi referido no inicio deste cap tulo para determinar a suscetibilidade a ocorr ncia de movimen
121. mentos de pequena dimens o e mais superficiais Garcia 2012 Pelo contr rio a fotointerpreta o facilita a identifica o de movimentos de maiores dimens es Pereira 2009 As t cnicas aqui utilizadas baseiam se no compromisso entre ortofotomapas e a morfologia do terreno Assim este ponto do cap tulo servir para explicar os processos metodol gicos afetos fotointerpreta o dos movimentos de vertente A informa o de base utilizada s o os ortofotomapas digitais de 2003 resolu o de 0 5m e 2010 resolu o de 0 4 altimetria do terreno curvas de n vel com equidist ncia de 5m escala 1 10 000 MDT e declives Tabela B1 anexo B A cria o do invent rio pressup e a constru o de uma base de dados geogr fica A base de dados cont m os seguintes campos Figura 3 10 i ID Identificador do movimento de vertente identificado ii Grau de certeza Corresponde ao grau de certeza que o t cnico tem em rela o ocorr ncia de determinado movimento iii Tipologia Sempre que for poss vel o t cnico dever identificar a tipologia correspondente ao movimento de vertente identificado 50 iv Observa es Este campo serve essencialmente como auxiliar de mem ria sobretudo em casos onde o grau de certeza seja d bio O t cnico dever fazer um breve apontamento sobre a informac o em que se apoiou para identificar o respetivo movimento para posterior confirmac o no campo
122. movimientos de ladera y de erosi n costera as los procedimientos utilizados para cumplir con los objetivos pretendidos se basan en la creaci n de un inventario s lido de movimientos de ladera en conjunto con los 6 factores de predisposici n seleccionados posibilitar n la utilizaci n del m todo estad stico bivariado m todo del valor informativo desarrollado por Yan en 1988 Para la determinaci n de la erosi n de las playas se ha utilizado un an lisis multicriterio con integraci n de la informaci n geogr fica a trav s de combinaci n vii lineal ponderada esta metodolog a permite ponderar las clases de los fatores m s susceptibles de erosi n para posteriormente multiplicarlos por los pesos asignados a cada uno de los factores La validaci n del mapa de susceptibilidad de movimientos de ladera fue realizado a trav s de la tasa de sucesos Para la evaluaci n de la calidad del modelo se calcul AAC el resultado obtenido debe ser por lo menos de 0 75 para que el modelo sea considerado razonable en este trabajo el resultado de AAC fue superior a 0 85 Por lo que el ajuste del modelo se considera muy satisfactorio Con respecto a la erosi n costera se adopt otra metodolog a sin embargo esto s lo fue posible aplicar en la playa de Tarrafal isla de Santiago La metodolog a se refiere al Digital Shoreline Analysis System DSAS se realiz el c lculo de la tasa de retiro para una serie de tiempo de 49 a os
123. naturais destacam se a ac o erosiva da ondulac o coadjuvada por diversos processos de meteorizac o e os movimentos de vertente em arribas A eros o costeira embora seja considerada como um fen meno natural tem na atividade antr pica um agente potenciador do processo erosivo pois as interven es pesadas de engenharia costeira a constru o de barragens que ret m uma grande quantidade de sedimentos que alimentam as praias as dragagens e extra o de inertes todas elas contribuem ativamente para o processo de eros o costeira O litoral tem recursos naturais muito atrativos para o homem que est o na base da sua explora o e consequente desenvolvimento de atividades econ micas como o turismo e ind stria A ocupa o antr pica junto ao litoral tem aumentado d cada ap s d cada Segundo Andrade 1998 in Gusm o 2010 no ltimo s culo verificou se uma ocupa o intensa do litoral por parte da popula o de tal forma que cerca de dois ter os das cidades mundiais est o pr ximas ou a menos de 100 km da linha de costa A popula o junto costa atingiu em 2001 cerca de 70 milh es de habitantes Eurosion 2006 A intensa atividade humana em reas costeiras segundo Chaves et al 2006 pode influenciar o processo de eros o costeira devido a usos do solo desregulados Anualmente na Europa segundo o relat rio Eurosion 2006 15 km ano s o perdidos ou severamente afetados No per odo de 3 anos 1999 2002 tiveram qu
124. ndo li Diz respeito ao Valor Informativo da vari vel Si n mero de unidades de terreno com movimentos de vertente e com presenca da vari vel i Ni n mero de unidades de terreno com a presen a da vari vel 57 S n mero total de unidades de terreno com movimentos de vertente na rea de estudo N n mero total de unidades de terreno na rea de estudo O valor informativo de cada unidade de terreno j indispens vel para a cartografia determinada pela seguinte equac o gt anki 2 Sendo l representa o valor informativo da unidade de terreno n n mero de vari veis Xji se a vari vel i esta presente na unidade de terreno ent o o valor 1 caso contr rio o valor 0 Os autores desta t cnica Yin amp Yan 1988 referem que quanto maior for o li valor informativo maior a instabilidade existente dentro da unidade de terreno j Segundo Z zere 2002 este m todo permite a previs o quantificada de suscetibilidade atrav s de scores mesmo quando existam unidades de terreno que ainda n o tenham sido afetadas por movimentos de vertente Este autor acrescenta ainda que cada fator de instabilidade fatores de predisposi o cruzado com a distribui o de movimentos de vertente e os valores de pondera o com base nas densidades dos movimentos de vertente s o calculados para cada classe de vari vel A principal fragilidade apontada por este autor ao referido m todo est rela
125. ndo assim as ilhas de Sao Nicolau e Santo Ant o De seguida e ap s retomado um per odo de atividade vigoroso conduziu a fase de constru o de um escudo volumoso de Santiago Segundo Rocha 2010 no Mioc nico todas as ilhas j se encontravam formadas A atividade vulc nica continuou em algumas das ilhas at ao Plistoc nico a excec o da ilha do Fogo cuja atividade se prolongou at aos dias de hoje com erupc es em 1951 e mais recentemente em 1996 De acordo com Ramalho 2011 desde a descoberta do Arquip lago a ilha do Fogo tem registado em m dia erup es a cada 20 anos 17 Tendo em conta a g nese vulc nica que deu origem a este arquip lago a sua constituic o essencialmente formada por rochas vulc nicas b sicas com a predomin ncia de rochas bas lticas Goncalves 2008 Estas rochas bas lticas constitu das por olivina piroxena ou anf bolas ocupam segundo Serralheiro 1976 in Antunes 2008 mais de metade da superf cie emersa total do arquip lago Segundo Serralheiro 1976 in Antunes 2008 as intrus es que se encontram s o geralmente em forma de fil es chamin s necks e domos As forma es sedimentares aluvi es conglomerados calcarenitos areias e cascalheira podem ser encontradas em todas as ilhas sendo algumas fossil feras As rochas sedimentares ocupam a maior percentagem da ilha de Maio onde se podem encontrar afloramentos de argilas margas e calc rios Quanto s rochas granul
126. nha de costa utilizando m todos estat sticos baseados em diferentes posi es da linha de costa ao longo do tempo As taxas resultantes do c lculo de qualquer um dos m todos expressa em metros por ano De entre os 6 m todos poss veis destacam se dois i End Point Rate EPR e o ii Linear Regression Rate LRR O EPR divide a dist ncia entre a linha mais antiga e a mais recente pelo tempo decorrido entre ambas Vantagens somente requer duas linhas processamento r pido Desvantagens quando h informa o interm dia de outras datas esta informa o ignorada mudan as de tend ncia por exemplo de eros o para acre o de magnitude ou c clicas n o s o detetadas Himmelstoss 2009 O LRR determinado pela reta de regress o linear que se ajusta melhor aos pontos dos transectos Vantagens toda a informa o das v rias datas usada de f cil aplica o Desvantagens suscet vel ao efeito de valores discrepantes tende a subestimar as taxas de recuo ou acre o relativamente a outros m todos estat sticos como o EPR Himmelstoss 2009 85 Os resultados finais por transepto podem ser analisados sob a forma de valor de recuo absoluto ou taxa de recuo anual Os valores obtidos para os v rios transectos podem ainda ser agrupados de modo a individualizar trocos de litoral com caracter sticas de din mica litoral comuns Relativamente a este local disp s se dos seguintes levantamentos e 1961
127. nsinamentos que recebi ao longo destes ltimos 5 anos Em segundo lugar agradecer a Munic pia EM S A na pessoa do Dr N lson Mileu pela oportunidade que me foi concedida em realizar o est gio num projeto aliciante e de grande relevo que muito contribuiu para enriquecer o meu curriculum Ao CEG por me ter acolhido e disponibilizado o espaco e computador para que pudesse realizar o meu trabalho Feitos os agradecimentos institucionais passo a fazer os agradecimentos s pessoas que neste per odo mais contribu ram e me ajudaram a chegar at aqui Gostaria de dar uma palavra de agradecimento ao Prof Dr Eus bio Reis n o s por criar em mim um gosto pela an lise espacial e pelos conhecimentos que me transmitiu nas cadeiras por si lecionadas de SIG mas principalmente pela sua dedicac o e empenho em satisfazer o meu pedido e por isso me colocar neste est gio num tema que muito me agrada Ao meu orientador Prof Dr M rio Neves a forma como se relaciona com os alunos e a simplicidade com que explica as mat rias fez me despertar desde logo interesse pela sua rea de especializac o litoral o apoio e confianca transmitida ao longo dos ltimos meses na elaborac o das minhas tarefas inerentes aos objetivos do projeto as cr ticas e sugest es que em muito enriquecem este trabalho a si por tudo muito obrigado equipa com quem trabalhei nestes ltimos meses nomeadamente o Prof Dr Jos Lu s Z zere e Dra Cristina H
128. o calcular as reas abaixo da curva AAC que permitem quantificar a qualidade global do modelo de predi o O resultado das AAC varia entre 0 e 1 ou 100 correspondendo estes valores a capacidade m nima e m xima respetivamente Assim quanto mais pr ximo de 1 ou 100 estiver o valor da AAC maior ser a qualidade do modelo de suscetibilidade Pereira 2009 As classes de suscetibilidade a movimentos de vertente resultantes do M todo do Valor Informativo foram definidas a partir da an lise da curva de sucesso e da respetiva rea validada No mbito deste projeto foram definidas 5 classes de suscetibilidade fracionadas de acordo com a rea instabilizada acumulada Desta forma definiram se os limites destas classes da seguinte maneira Muito elevada correspondente a 0 5 da rea instabilizada Elevada correspondente a 0 7 da rea 73 instabilizada Moderada correspondente a 0 9 da rea instabilizada Baixa correspondente a 0 95 da rea instabilizada e Muito Baixa correspondente a 1 da rea instabilizada Figura 4 Curva de sucesso cs ly T gt o v a A vn E o uv L 0 01 02 03 04 05 06 07 08 09 1 rea de estudo classificada por ordem decrescente de suscetibilidade Figura 4 Curva de sucesso do modelo de suscetibilidade a movimentos de vertente na ilha de S o Nicolau Cabo Verde A curva de sucesso do presente modelo de
129. o dos movimentos de vertente v Convers o para estrutura matricial raster Ex Fatores de predisposi o Esta tarefa respeitante ao cap tulo 5 29 Em primeiro lugar procedeu se convers o dos ficheiros CAD dgn para formato ArcGis Shapefile Este procedimento segundo Garcia 2012 realizado de forma a se evitar conflitos com a informac o por esta n o se encontrar no formato nativo do programa a ser usado o que poder impossibilitar o processamento de algumas an lises Na realizac o do presente trabalho o projeto em SIG foi elaborado com o sistema de refer ncia Cabo Verde National Grid projec o C nica Conforme Lambert datum WGS84 De tal modo que toda a informa o com sistema de refer ncia diferente ser convertida Assim a informac o de base que n o tenha um sistema de refer ncia associado ser necessariamente definida Definir um sistema de refer ncia num projeto SIG indispens vel para a sobreposic o da informac o cartogr fica A georreferenciac o ir ser descrita no cap tulo 6 do presente trabalho No que respeita cria o e preenchimento da base de dados alfanum rica esta ser descrita pormenorizadamente mais adiante neste trabalho Estas bases de dados comportam os invent rios dos movimentos de vertente e dos sistemas de praias No caso da vetoriza o ser realizada na cria o dos invent rios dos movimentos de vertente e sistemas de praias Esta tarefa ir ser real
130. o necess rios alguns requisitos de sistema i ArcGis Desktop 10 esta extens o n o compat vel com vers es anteriores do ArcGis ii Microsoft NET Framework 3 5 iii MATLAB component runtime library utility De seguida exigem se os seguintes requisitos na constru o da base de dados i a personal geodatabase criada no ArcGis 9 3 pode ser utilizada numa vers o mais 94 recente do ArcGis no entanto uma vez que o DSAS s compat vel com a vers o 10 m nimo do ArcGis torna se necess rio fazer um update da geodatabase para a vers o mais atual um processo simples de realizar bastando para isso abrir o ArcCatalog e na respetiva geodatabase ir s propriedades e clicar em upgrade geodatabase figura A5 em anexo A ii uma vez criada e atualizada para a vers o 10 do ArcGis a feature dataset a criar na geodatabase dever ter um sistema de proje es UTM por sua vez as features class que a ir o compor devem ter a unidade de medida definida em metros A refer ncia a estes requisitos fundamental pois sem eles a extens o DSAS n o funciona Desta forma aconselha se que os restantes requisitos nomeadamente a criac o da feature Shoreline e Baseline e a importac o destes temas para a geodatabase sejam consultados no guia do usu rio disponibilizado pela USGS Ap s conclu das estas etapas iniciais fundamentais para o arranque desta extens o procedeu se a integrac o da informac o respeitante s
131. obustez dos mapas de inventarios de vertente sendo estes fundamentais na avaliac o da perigosidade associada a instabilidade de vertentes No entanto a fiabilidade destes invent rios depende de diversos fatores incluindo i a idade e frescura dos deslizamentos ii a persist ncia dos deslizamentos na morfologia da paisagem iii a qualidade das fotografias a reas e a escala dos mapas de base iv a complexidade geomorfol gica e geol gica da rea de estudo v o tipo e uso do solo e as suas altera es ao longo do tempo vi a qualidade da estereoscopia na an lise das fotografias a reas vii o n vel de experi ncia do t cnico que realiza o invent rio Guzzetti 2005 Segundo Galli et al 2008 os invent rios com movimentos de vertente s o preparados com diferentes prop sitos incluindo i a localizac o dos movimentos de vertente discriminados pela sua topologia numa dada regi o ii a cartografia dos movimentos de vertente desencadeados por um nico evento ex s smico precipitac o intensa ou fus o r pida da neve iii a determinac o estat stica da relac o rea frequ ncia das reas de rutura e iv o fornecimento de informac o importante para a constru o de modelos de suscetibilidade e perigosidade A inventariac o de movimentos de vertente atrav s da fotointerpretac o uma t cnica cada vez mais usual na comunidade cient fica Recentemente Henriques 2009 Piedade 2009 Garcia 2012 Oliveira 20
132. ofundar e adquirir novos conhecimentos quer cient ficos quer t cnicos Nao menos importante a op o pela realiza o do est gio visou essencialmente adquirir experi ncia para no futuro pr ximo desempenhar fun es profissionais As metodologias adotadas ser o descritas adiante no presente trabalho no entanto importante abrir um par ntese nesta introduc o para se fazer refer ncia a uma metodologia que foi utilizada embora n o sendo aplicada ao caso de estudo que aqui se trata S o Nicolau O Digital Shoreline Analysis System DSAS um m todo que permite calcular a evoluc o da linha de costa numa longa s rie temporal No entanto esta metodologia nao foi poss vel aplicar na ilha de Sao Nicolau devido essencialmente aus ncia de cobertura total de fotografias a reas e falta de pontos de controlo hom logos que permitissem fazer uma correta georreferenciac o das fotografias a reas dispon veis de modo a minimizar ao m ximo o erro associado a georreferenciac o Contudo no decorrer do projeto foi poss vel aplicar esta metodologia na praia do Tarrafal ilha de Santiago com resultados muito satisfat rios conferindo deste modo import ncia elevada a esta metodologia em estudos de eros o do litoral De modo a n o se misturar esta metodologia com as que foram levadas a cabo para as restantes ilhas incluindo o presente caso de estudo S o Nicolau ser criado no final do presente trabalho um cap tulo isolado apen
133. olocadas restri es totais constru o de novos edif cios ou de outras infraestruturas como estradas pois s o reas que se apresentam muito suscet veis ocorr ncia de movimentos de vertente no futuro Assim e com vista s revis es dos PDM e elabora o dos PROT estas reas deveriam ser integradas nos respetivos planos como sendo n o edific veis Esta cartografia seria igualmente proveitosa se aplicada pelos pol ticos e decisores no desenvolvimento de pol ticas que visem a gest o do risco associada instabilidade de vertentes e eros o costeira de modo a que se minimizem situa es futuras com consequ ncias prejudiciais que ponham em causa bens materiais vidas humanas e que sejam prejudiciais para o ambiente Neste sentido a freguesia de Nossa Senhora da Lapa que representa um total de suscetibilidade elevada e muito elevada de 27 6 nas vertentes do interior e 19 7 na faixa costeira deste modo a freguesia com maior suscetibilidade a movimentos 108 de vertente Tal como foi referido atr s a inexist ncia de invent rios com registo de ocorr ncias de movimentos de vertente antigos impossibilitou a confrontac o destes resultados Deste modo importante que no futuro os movimentos de vertente que venham a ocorrer sejam inventariados e alojados em bases de dados SIG de modo a que nos pr ximos estudos seja poss vel a confrontac o dos resultados Os impactos associados a eros o costeira em particular a
134. ores de Probabilidade de ocorr ncia predisposi o Classes Si m2 Ni m2 de MV em cada S N Ln Si Ni S N classe 0 5 80000 51569000 0 002 1027600 344705200 5 2584 5 10 730000 55022300 0 013 1027600 344705200 3 1122 10 15 1840000 43968900 0 042 1027600 344705200 1 9634 15 20 4070000 38293900 0 106 1027600 344705200 1 0314 Declive 2 20 25 7540000 35206200 0 214 1027600 344705200 0 3307 25 30 11410000 33079600 0 345 1027600 344705200 0 1459 30 35 23990000 30334700 0 791 1027600 344705200 0 9756 35 40 17300000 21290300 0 813 1027600 344705200 1 0027 40 45 10900000 12631300 0 863 1027600 344705200 1 0629 gt 45 24900000 23309000 1 068 1027600 344705200 1 2763 Terreno Plano 0 1138800 0 000 1027600 344705200 1 1167 Norte 29190000 40669400 0 718 1027600 344705200 0 8786 Nordeste 13820000 39578400 0 349 1027600 344705200 0 1581 ee Este 9690000 40045600 0 242 1027600 344705200 0 2086 Exposic o das vertentes Sudeste 4330000 43568200 0 099 1027600 344705200 1 0985 Sul 4750000 48675600 0 098 1027600 344705200 1 1167 Sudoeste 7500000 49360500 0 152 1027600 344705200 0 6740 Oeste 12350000 42762400 0 289 1027600 344705200 0 0317 Noroeste 21130000 38906300 0 543 1027600 344705200 0 5998 0 200 27260000 158348100 0 172 1027600 344705200 0 5491 Altitude 200 400 52190000 102894700 0 507 1027600 344705200 0 5315 400 600 14560000 54043800 0 269 1027600 344705200 0 1012 600 800 8610000 22307500 0 386 1027600 344705200 0 2583 135
135. oretificac o das respetivas fotografias a reas Epifanio 2013 O processo de georreferenciac o e ortorretificac o das fotografias feito com recurso a triangulac o a rea Segundo Oliveira 2005 a triangulac o a rea consiste num processo matem tico que permite a partir de um n mero de pontos fixos no terreno a coordenac o ou georreferenciac o vertical e horizontal para uma fiada de fotografias a reas O n mero de pontos que o autor refere deve ser vari vel em func o da dimens o forma e natureza da rea de estudo e do rigor pretendido de modo a que a triangulac o a rea seja ajustada Quanto maior for o conjunto de pontos utilizado maior ser o rigor a esperar da triangulac o a rea As coordenadas associadas ao conjunto de pontos podem ser levantadas de forma direta realizando levantamentos de pontos no campo utilizando o GPS Global Position System ou de forma indireta atrav s de ortofotomapas ortoretificados Ambos os m todos devem consistir na utilizac o de pontos hom logos que devem estar presentes em ambas as pocas em quest o e serem imut veis ao longo do tempo Epif nio 2013 Oliveira 2005 aponta algumas caracter sticas que devem ser tidas em conta na escolha dos pontos Estes devem ser facilmente identific veis em todas as pocas em estudo possu rem contornos bem definidos e estarem distribu dos de modo uniforme pelas fotografias especialmente nas reas com maior interesse 5 2 1 Georre
136. orma a soluc o encontrada como apoio a esta t cnica consistiu na convers o das curvas de n vel num ficheiro KML o que permitiu posteriormente sobrep las na ferramenta Google Earth 3D Em algumas situa es como podemos documentar Figura 3 13 esta ferramenta revelou ser muito til na dissipac o de d vidas relacionadas com poss veis movimentos at porque esta ferramenta possibilita a visualizac o de imagens mais antigas em relac o ao ano do ortofotomapa 2010 Por este motivo e na impossibilidade de se realizar o trabalho de campo a ferramenta Google Earth 3D foi fundamental no apoio inventaria o Topographic expression of Simple earthfiow Hiss bags a n of a recent nimple eanhfiow with two lobes a simple rotational slump Figure 6 Example of expression of landslide features in topographic contour lines from Rogers Figura 3 11 Esquema de Interpretac o de movimentos de vertente a partir de irregularidades nas curvas de n vel Movimento da esquerda representa uma escoada de lama e direita um deslizamento rotacional Wills e McCrink 2002 in Oliveira 2012 Figura 3 12 A Exemplo de escoada na localidade de Covoada S o Nicolau B Exemplo de deslizamento afetando a estrada de acesso localidade de Juncalinho S o Nicolau 52 Google earth o Figura 3 13 Capta o de imagem do google earth 3D Delimitado a laranja est o deslizamento correspondente ao inventariado na figura 4 3 2B
137. os fatores de tr s formas diferentes Interse o Booleana Combina o Linear Ponderada CLP e M dia Ponderada e Ordenada Dos tr s m todos enumerados foi escolhida a CLP para integra o da informa o O m todo de CLP um dos m todos mais utilizados para integrar a informa o na AMC Eastman 1998 63 O resultado obtido pela CLP dado pela seguinte equac o Zambon et al 2005 S Lia Wi 3 Onde S valor final wi peso do fator i n n mero de fatores A combinac o dos fatores corresponde ao grau com que um fator pode compensar o outro O grau de compensac o definido por um conjunto de pesos atribu dos a cada fator e normalizados de forma a que o seu somat rio corresponda s unidades Ferreira et al 2004 O peso atribu do a cada fator indica a import ncia que cada fator tem no objeto em estudo Segundo Ferreira et al 2004 a import ncia de cada fator dada conforme o objetivo em estudo Desta forma um fator de m dia apet ncia mas que tenha um peso alto pode compensar v rios de peso baixo e de elevada apet ncia Algumas das caracter sticas essenciais na avaliac o da suscetibilidade a eros o das praias sao baseadas em conhecimentos respeitante a modifica es hist ricas da linha de costa ao clima de agitac o mar tima altura e direc o das ondas frequ ncia e intensidade das tempestades e s caracter sticas texturais dos materiais que as constituem No entanto e como j
138. r1 0 3 fator2 0 1 fator3 0 4 fator4 Classificac o da suscetibilidade o Figura 3 20 Esquema sobre os procedimentos t cnicos realizados no software ArcGis 10 A figura 3 20 representa todos os procedimentos realizados na AMC para obten o do mapa de suscetibilidade eros o das praias O processo referente realiza o da AMC foi todo ele feito em formato vetorial em detrimento do formato raster uma vez que o formato vetorial torna os processos mais r pidos e menos pesados na computa o dos dados As etapas que se apresentam de seguida descrevem todo o processo realizado que assentou em quatro etapas i cria o do invent rio que cont m os fatores vari veis associadas eros o das praias ii atribui o de valores de pondera o a cada classe da respetiva vari vel gama de valores entre 0 40 iii integra o da informa o com base na CLP tendo sido criado para o efeito um novo 69 field na tabela de atributos iv de seguida dentro deste mesmo campo recorreu se ao field calculator e criou se a seguinte express o 0 2 fator1 0 3 fator2 0 1 fator3 0 4 fator4 3 8 Representa o dos resultados Os mapas de Suscetibilidade a movimentos de vertente cont m os seguintes elementos e Limites administrativos das freguesias de Sao Nicolau e Distribui o de 5 classes de suscetibilidade Tabela 3 10 Representa o gr fica dos mapas de suscetibilidade a movimentos d
139. rde 98 5 5 1 An lise da evoluc o da linha de costa entre 1961 1992 Na praia do Tarrafal a comparac o entre as linhas de costa de 1961 e 1992 apresentou um recuo m dio de 7 63m Tabela 5 4 e Figura 5 7 que correspondeu a uma taxa de recuo m dio de 0 25m ano Figura 5 8 Observando a tabela 5 4 respeitante ao per odo 1961 1992 dividida pelos setores atr s referidos verifica se que o setor centro o que apresenta a taxa de recuo m dia anual mais baixa 0 16m ano em oposi o com o setor norte que apresenta neste per odo a maior taxa de recuo m dio da linha de costa 0 40m ano Destacam se sobretudo neste setor os transectos 25 e 26 que apresentam um recuo m dio anual de 0 63m ano e 0 58m ano respetivamente Figura 5 7 e 5 8 Tabela 5 4 Evoluc o da linha de costa entre 1961 1992 na praia do Tarrafal ilha de Santiago p Total r m dio entr Setores da Praia do Tarrafal Rs a oia ados ai Ente Setor Sul 0 18 5 61 Setor Centro 0 16 4 93 Setor Norte 0 40 12 35 Total 0 25 7 63 N de Transectos 1234567 8 91011121314151617181920212223242526272829 1961 1992 Figura 5 7 Total de recuo da linha de costa por transecto na praia do Tarrafal ilha de Santiago 99 N de Transectos 1234567 8 91011121314151617181920212223242526272829 0 60 0 40 4 0 20 000 FYFTEN TTT 0 20 A 0 40 0 60 0 80 m ano LRR 1961 1992 Figura 5 8 Taxa de recuo
140. re que o uso de maior pormenor resolu o nem sempre a melhor solu o salientando ainda que o 31 aumento de pormenor determina uma maior depend ncia da qualidade da cartografia de base Tendo em conta que a equidist ncia entre as curvas de n vel de 5m entendeu se que o tamanho de c lula de 10m ajustado escala de trabalho Os fatores de predisposic o considerados para o presente trabalho devem ser alvo de tratamento procedendo classificac o e reclassificac o quer de vari veis cont nuas quer de vari veis categ ricas Segundo Reis et al 2003 os processos de modelac o em SIG consistem na utilizac o conjunta de informac o espacial principio que acarreta algumas dificuldades a este processo As dificuldades apresentadas por este autor devem se sobretudo ao fato de se combinarem diferentes temas cartogr ficos que frequentemente s o constitu dos por diferentes tipos de dados Seguidamente o autor refere que a informac o em formato digital pode ser representada de v rias formas a que est o associadas diferentes tipos de valores Estes valores s o elementos discretos com valores nominais elementos discretos com valores racionais informac o cont nua com valores nominais e informac o discreta com valores nominais Neste contexto a aplicac o do modelo do m todo do Valor Informativo no presente trabalho exige duas condi es essenciais sendo que a primeira implica que todas as vari veis devem s
141. ria maior fiabilidade ao invent rio criado no presente trabalho atrav s da t cnica de fotointerpreta o As maiores dificuldades encontradas durante a realiza o do presente trabalho prendem se essencialmente com a cria o do invent rio de movimentos de vertente Este foi um processo de certa maneira complexo e moroso Igualmente importante seria ter informa o cartogr fica tem tica que sustentasse a avalia o da suscetibilidade a movimentos de vertente como por exemplo cartografia geol gica detalhada com base lito estratigr fica bem como uma cartografia de uso e ocupa o do solo igualmente detalhada e de prefer ncia atualizada permitiria melhorar a qualidade do modelo de suscetibilidade a movimentos de vertente No entanto o trabalho realizado demonstrou a import ncia da litologia e essencialmente dos declives no desencadeamento dos movimentos de vertente como seria expect vel As vertentes expostas ao quadrante Norte mostraram tamb m uma certa import ncia nas reas de suscetibilidade a movimentos de vertente ocorridos em S o Nicolau enquanto o uso e ocupa o do solo e como tal as atividades humanas n o foram capazes de demonstrar a sua signific ncia Destacam se unicamente os scores do valor informativo das zonas sem vegeta o ou de vegeta o esparsa uma vez que a aus ncia de vegeta o associada ao clima rido e semi rido caracter stico do arquip lago de Cabo Verde ou atrav s do desm
142. ris fall Earth fall Topple Rock topple Debris topple Earth topple Slide Rock slide Debris slide Earth slide Spread Rock spread Debris spread Earth spread Flow Rock flow ___ Debris flow Earth flow Figura 1 Classificac o da tipologia dos movimentos de vertente Fonte Cruden amp Varnes 1996 10 Tipologia de movimentos de vertente adotados pela classifica o da WP WLI Conforme se pode verificar Figura 1 a classifica o de movimentos de vertente abrange cinco tipos de movimentos Desabamento Fall Balan amento Topple Deslizamento Slide Expans o Lateral Spread e Escoada Flow Desabamento fall Um desabamento Figura 1 1 uma desloca o de solo ou rocha a partir de um abrupto ao longo de uma superf cie onde os movimentos tangenciais s o nulos ou reduzidos O material desloca se predominantemente pelo ar por queda salta o ou rolamento O movimento muito r pido a extremamente r pido WP WLI 1993 p 6 2 Cruden amp Varnes 1996 p 53 Este tipo de movimento brusco e de grande velocidade geralmente de grande magnitude Este tipo de movimento ocorre frequentemente em arribas A eros o provocada por a o marinha na base de uma arriba causa instabilidade no sector cimeiro da mesma devido ao efeito de sapa criado na sua base podendo dar origem a desabamentos Figura 1 1 Desabamento Fall Fonte USGS 2004 Deslizamento Slide Um deslizamento um movimento descendente de
143. ro os litorais com exposi o principal ao 80 quadrante Norte e ao quadrante Sul ii setor Oeste fazendo lembrar o continente africano pela sua forma estende se de SSE para NNW por 22 km Figura 4 9 O litoral da ilha de Sao Nicolau alonga se por 193 km pertencendo cerca de 125 km a freguesia de Nossa Senhora do Ros rio A freguesia de Sao Francisco de Assis apresenta a segunda maior extens o litoral com cerca de 52 km e por ltimo a freguesia de Nossa Senhora da Lapa det m apenas 15 km de extens o litoral Em termos gerais o litoral apresenta se pouco recortado sendo que na costa Norte se encontram as arribas mais escarpadas Dos 193 km que comp em a linha de costa somente 5 8 est ocupado por praias representado estas uma extens o total de 11 2 km Tabela 4 1 dos quais 8 km s o praias constituidas por areia Tabela B2 anexo B Tabela 4 1 Extens o litoral por freguesia ilha de S o Nicolau Freguesias de S o Nicolau S o Francisco de Nossa Senhora Nossa Senhora Assis do Rosario da Lapa pao Nicolay N de praias 20 34 8 62 Litoral de praias 4 8 Km 5 2 Km 1 2 Km 11 2 Km Extens o litoral 52 1 Km 125 2 Km 15 2 Km 192 6 Km As praias concentram se maioritariamente na parte ocidental da ilha na freguesia de S o Francisco de Assis embora a maior extens o litoral de praias se encontre na freguesia de Nossa Senhora do Ros rio 5 2 km Os resultados obtidos na suscetibilidade eros o
144. rochoso e n veis de solo residual ou transportado Podem ocorrer fraturas na massa instabilizada associadas a um aumento de velocidade ou do teor em agua Cruden amp Varnes 1996 p 57 Figura 1 2 A Deslizamento rotacional Rotational slide B Deslizamento translacional Translational slide Fonte USGS 2004 12 Escoada flow Uma escoada Figura 1 3 um movimento espacial cont nuo onde as superf cies de corte s o de curta durac o espacados de perto e geralmente n o preservada A distribui o de velocidades na massa deslocada semelhante de um flu do viscoso A transi o de um deslizamento para escoada est dependente em muitos casos do teor de gua no solo perda de coes o da mobilidade vertentes muito inclinadas e da evolu o do movimento WP WLI 1993 p 6 2 Cruden amp Varnes 1996 p 64 Figura 1 3 Escoada flow Fonte USGS 2004 13 CAP TULO 2 ENQUADRAMENTO DA REA DE ESTUDO 2 1 Enquadramento do arquip lago de Cabo Verde a Enquadramento Geogr fico O arquip lago de Cabo Verde localiza se no Atl ntico Norte a cerca de 450 600 km ao largo da costa ocidental de frica entre as latitudes 14 40 e 17230 N e entre as longitudes 21 30 e 25 30 W de Greenwich Ramalho 2011 Integra o grupo das ilhas Macaron sias juntamente com os arquip lagos dos Acores Madeira e das Can rias Vict ria 2012 O arquip lago tem uma superf cie terrestre de cerca de 4068 km2
145. rra oil field Northeastern Brazil Journal of Coastal Research Sl 39 594 597pp Chung C Fabbri G A 2008 Predicting landslides for risk analysis Spatial Models tested by a cross validation technique Geomorphology 94 438 452pp 111 Costa F Silva A Ventura J 2011 Contributos da Geografia F sica para a gest o integrada do litoral da ilha da Boavista VI Congresso Planeamento e Gest o das Zonas Costeiras dos pa ses de express o portuguesa 4 8 Abril 2011 Boavista Cabo Verde 13pp Cruden D M 1991 A simple definition of a landslide Bulletin of the International Association of Engineering Geology n 43 Paris 27 29pp Cruden D M Varnes D J 1996 Landslide types and processes 36 75pp Crowell M Leatherman S P Buckley M E 1991 Historical shoreline change Error analysis and mapping accuracy Journal of Coastal Research 7 3 839 852pp Davies J L 1964 A morphogenic approach to world shorelines Zeitschrift f r Geomorphology 8 127 142pp Duarte G 2013 Ordenamento costeiro em territ rios insulares Recomendac es para o processo em Cabo Verde Dissertac o para obtenc o de grau de Mestre Instituto Superior T cnico Lisboa 117pp Eastman R J 1998 Idrisi for Windows Manual do usuario Introduc o exercicios tutoriais Heinrich H Weber E Eds Centro de Recursos Idrisi Porto Alegre Brasil 245pp Epif nio B 2013 Instabilidade de Arribas e Avalia o de
146. ses de exposi o na rea de estudo 38 Figura 3 3 Perfil transversal da vertente a diferentes resolu es Fonte Garcia POI AE EA AE E A Db 39 Figura 3 4 Curvas de sucesso de diferentes tamanhos de c lula no perfil transversal de vertentes em S o Nicolau Cabo Verde 40 Figura 3 5 Distribui o das classes de curvatura na rea de estudo 41 Figura 3 6 Distribui o das classes de litologia na rea de estudo 44 Figura 3 7 Distribui o das classes de ocupa o de solo na rea de estudo 46 Figura 3 8 A Ortofotomapa do ano 2003 B Ortofotomapa do ano 2010 Ambos na escala de visualiza o 1 25 000 S o Nicolau Cabo Verde ccccceeeeeeeeeeeeeees 48 Figura 3 9 A Ortofotomapa do ano 2003 B Ortofotomapa do ano 2010 Ambos na escala de visualiza o 1 1500 Sao Nicolau Cabo Verde ccccceeeeeeeeeeeeeeeeees 48 Figura 3 10 Caracter sticas da base de dados do ficheiro de pol gonos onde se encontram inventariados os movimentos de vertente da ilha de Sao Nicolau Cabo A E e OREN MOR CM EE EE 51 Figura 3 11 Esquema de Interpretac o de movimentos de vertente a partir de irregularidades nas curvas de nivel Movimento da esquerda representa uma escoada de lama e a direita um deslizamento rotacional Wills e McCrink 2002 in CMV EIS 202 cai ig Tn E E Ea Ei 52 Figura 3 12 A Exemplo de escoada na localid
147. sonal geodatabases don t support configuration keywords Configuration Keywords Upgrade Status This 10 0 database matches the ArcGIS release you are currently using Upgrade Geodatabase c E Figura A5 Procedimento para fazer upgrade da geodatabase 125 al Set Default Parameters El x Cast Transect Settings Shoreline Calculation Settings Metadata Settings Baseline Parameters Baseline Layer Baseline Baseline Group Field OFFshore X O Offshore Onshore Onshore Offshore A ua Set Transect Parameters Transect Spacing 10 Transect Length 30 Cast Direction AUTO DETECT Log File Output Regular Extended None Show Log Location Cancel OK Figura A6 Par metros de entrada utilizados no DSAS Par metros referentes a linha de base baseline offshore onshore e onshore offshore equidistancia dos transectos comprimento dos transectos e direc o de lancamento dos transetos al Set Default Parameters ES Cast Transect Settings Shoreline Calculation Settings Metadata Settings Shoreline Parameters Shoreline Layer Linhas de costa X Shoreline Date Field DATE_ X Shoreline Uncertainty Field UNCERTAINTY X Default Data Uncertainty 0 meters Intersection Parameters 9 Closest Intersection O Farthest Intersection Log File Output Regular Extended None Show Log Location
148. ssessment and Mapping in Cape Verde JULHO 2014 Elaborado por O AN LISE E CARTOGRAFIA DA PERIGOSIDADE EM CABO VERDE Elips ide WGS84 2 UJN DE C nica Conforme de Lambert o 10 sd Munidpla EM SA waant mos Figura 3 6 Distribui o das classes de litologia na rea de estudo e Uso e ocupac o do solo Esta vari vel foi obtida atrav s de diversas fontes de informac o conforme descrito na tabela B1 Anexo B Esta tal como a vari vel respeitante a litologia n o foi alvo de tratamento pois j se encontra como informac o cont nua nominal A esta vari vel tamb m n o foi feita qualquer reclassificac o tendo sido aceites as classes tal como estavam aquando da aquisic o da informac o Entre as 9 classes que esta vari vel apresenta apenas duas t m representatividade significativa no total do territ rio de S o Nicolau sendo a classe Zona sem vegetac o ou vegetac o esparsa aquela que maior representatividade tem no territ rio 54 1 Seguidamente a classe Mato representa 35 do total do 44 territ rio enquanto as demais classes t m uma representac o a n vel territorial quase nula ou muito reduzida Tabela 3 6 Figura 3 7 A mesma tend ncia seguida na faixa costeira onde estas duas classes juntas representam mais de 90 do total da faixa costeira remetendo as restantes para valores muito baixos e pouco significativos quanto sua representac o na faixa costeira Tabela 3 6 Figura 3 7
149. sta entre 2003 2010 5 5 4 An lise da evoluc o da linha de costa entre 1961 2010 CONSIDERACOES FINAIS BIBLIOGRAFIA ANEXOS ANEXO A FIGURAS ANEXO B TABELAS 102 104 107 111 121 123 129 xi xii NDICE DE FIGURAS Cap tulo 1 Figura 1 Classificac o da tipologia dos movimentos de vertente Fonte Cruden amp A tested O O O A RA 10 Figura 1 1 Desabamento Fall Fonte USGS 2004 0000ococccccccccccccocccooconcnnncncnnnnnnnns 11 Figura 1 2 A Deslizamento rotacional Rotational slide B Deslizamento translacional Translational slide Fonte USGS 2004 12 Figura 1 3 Escoada flow Fonte USGS 2004 13 Cap tulo 2 Figura 2 Localizac o geogr fica do Arquip lago de Cabo Verde Fonte P gina JA AU A A a eee need dba 16 Figura 2 1 Caracter sticas da ondulac o em Cabo Verde A Frequ ncia relativa da altura significativa das ondas B Frequ ncia relativa da direc o das ondas Fonte Ridropr jeto TITO ta ore nd 23 Figura 2 2 Enquadramento geogr fico da Ilha de Sao Nicolau Arquip lago de Cabo verde Fonte MOrabitur ooooooccccccccccccncconoccccnncncnnncnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnncnno 25 Cap tulo 3 Figura 3 Distribui o das classes de altitude na rea de estudo 35 Figura 3 1 Distribui o das classes de declive na rea de estudo 37 Figura 3 2 Distribui o das clas
150. suscetibilidade entendida como a probabilidade espacial de ocorr ncia de um determinado fen meno numa dada rea com base nos fatores condicionantes do terreno independentemente do seu per odo de recorr ncia Z zere 2005 p 81 A metodologia que avalia a suscetibilidade assenta sobre m todos de avaliac o relativa sendo que esta metodologia baseia se sobretudo na localiza o e distribui o dos movimentos de vertente e dos fatores que os condicionam Desta forma os m todos de avalia o relativa subdividem se em m todos de cartografia direta e indireta Henriques 2009 De acordo com Z zere 2005 os m todos de cartografia direta assentam na an lise dos efeitos da instabilidade e permitem a avalia o qualitativa da suscetibilidade No entanto os resultados s o subjetivos uma vez que estes dependem da experi ncia individual do geomorf logo que realiza o levantamento de campo e que selecionou ponderou e determinou as combina es mais relevantes entre os fatores de instabilidade para definir as situa es de perigo Por outro lado os m todos de cartografia indireta baseiam se segundo Z zere 2005 na an lise das causas da instabilidade e na procura de rela es espaciais entre vari veis Este tipo de an lise possui muito menos subjetividade que o m todo de cartografia direta sendo que este possibilita a constru o de modelos Henriques 2009 Os m todos de cartografia indireta implicam a defini
151. t o Costeira em Cabo Verde Cabo Verde Redes e Desenvolvimento Regional 1 Congresso de Desenvolvimento Regional de Cabo Verde 2 Congresso Lus fono de Ci ncia Regional v 2 56 65pp LOID Engenharia 2009 Alargamento do terrapleno e constru o de uma nova via de acesso na zona nordeste do Porto Grande S Vicente An lise dos efeitos sobre a praia da Laginha Relat rio ENAPOR Cabo Verde 22pp Lopes E 2010 Mulheres e Ambiente A problem tica da apanha de inertes na Ilha de Santiago Cabo Verde Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Faculdade de Letras Universidade de Coimbra 106pp Lopes E Cunha L 2012 A mulher e a extrac o clandestina de inertes em Cabo Verde Mercator Revista de Geografia da UFC vol 11 n 25 Universidade Federal do Cear Fortaleza Brasil 71 86pp Lozoya J Sard R Jim nez J 2011 A methodological framework for multi hazard risk assessment in beaches Environmental Science and Policy 14 6 685 696pp Marino M Freire G 2013 An lise da evoluc o da linha de costa entre as Praias do Futuro e Porto das Dunas Regi o Metropolitana de Fortaleza Estado do Ceara Brasil Revista da Gest o Costeira Integrada 13 1 113 129pp Matildes R M H 2009 Detec o fotogram trica de movimentos em arribas costeiras e gest o do invent rio num sistema de informac o geogr fica Dissertac o para obtenc o do grau de Mestre Faculdade de Ci ncias departamento de
152. tenc o do grau de Doutor Faculdade de Ci ncias e Tecnologia departamento de Ci ncias da Terra Universidade de Coimbra 341 pp Yin K L Yan T Z 1988 Statistical prediction models for slope instability of metamorphosed rocks In Bonnard C Ed Landslides Proceedings of the Fifth International Symposium on Landslides 2 Balkema Rotterdam p 1269 1272 118 Zambon K Carneiro A Silva A Negri J 2005 An lise de decis o multicrit rio na localiza o de usinas termoel tricas utilizando SIG Pesquisa Operacional v 25 n 2 183 199pp Z zere J L 2005 Din mica de vertentes e riscos geomorfol gicos Centro de Estudos Geogr ficos rea de Geografia F sica e Ambiente relat rio n 41 Lisboa 129pp Z zere J L 2002 Landslide susceptibility assessment considering landslide typlogy A case study in the area north of Lisbon Portugal Natural Hazards and Earth System Sciences 2 73 82pp Z zere J L 2001 Distribuic o e ritmo dos movimentos de vertente na Regi o a norte de Lisboa Geografia F sica e Ambiente Centro de Estudos Geogr ficos Lisboa 167pp Z zere J L 2000 A classificac o dos movimentos de vertente Tipologia Actividade e Morfologia Centro de Estudos Geogr ficos apontamentos de Geografia s rie de investigac o n 6 Lisboa 35pp INE 2010 Informa o do CENSO 2010 Popula o por ilhas Cabo Verde 119 Websites CNN 2014 Afghanistan mourns landslid
153. tente controla a sua diverg ncia ou concentrac o Garcia 2012 Segundo Garcia 2012 na pr tica o c lculo desta vari vel bastante influenciado pela dimens o da c lula que se utiliza No seu estudo o autor realizou testes comparativos com c lulas de dimens o variada 5 10 25 e 50m utilizando o perfil transversal na realiza o dos testes As conclus es deste teste mostram que uma maior resolu o da c lula n o tr s maior benef cio na caracteriza o da forma da vertente O autor salienta que medida que a resolu o diminui a homogeneidade aumenta permitindo desta forma fazer uma boa associa o entre os resultados obtidos e a realidade D pelas curvas de n vel Figura 3 3 C iulalOm 4 va d E as a NA A C lula50m ME Figura 3 3 Perfil transversal da vertente a diferentes resolu es Fonte Garcia 2012 Deste modo e seguindo a mesma metodologia deste autor realizou se um teste com c lulas de 10m e 50m com o objetivo de comprovar qual o tamanho de c lula 39 que melhor se ajustaria na rea de estudo Os resultados obtidos mostram que o perfil transversal de vertente com c lula de 10m favor vel em relac o a c lula de 50m Tabela 3 3 Figura 3 4 Uma vez que o perfil transversal das vertentes apresenta uma melhor consist ncia com uma c lula de 10m optou se por n o dar seguimento metodologia realizado pelo autor na sua dissertac o Tabela 3 3 Grau de ajuste dos
154. tivo em 2010 sido aquele que mais exportou Varela et al 2011 De acordo com estes autores o emprego cresceu noutras atividades relacionadas com o mar como a ind stria transformadora da pesca o turismo associado restaurac o construc o naval o fabrico de redes e outros apetrechos para a pesca Em Cabo Verde a construc o civil um potenciador da economia global A extrac o de inertes nos fundos das ribeiras e nas praias tem sido uma atividade praticada com muita intensidade por quase todo o pa s atividade explorada sobretudo pelo mercado da construc o civil Silva 2005 Para se ter uma ideia desta pr tica segundo Gomes 2011 o consumo m dio de inertes no arquip lago de Cabo Verde 4 de aproximadamente 1 ton hab e tem crescido em m dia entre 4 a 5 ao ano Esta atividade tem estado confinada em grande parte populac o mais pobre em particular as mulheres chefes de fam lia que procuram o sustento nesta atividade extremamente prec ria Gomes 2011 Com efeito estas pr ticas clandestinas trazem consequ ncias gravosas no que respeita eros o costeira n o s pela destruic o de praias mas sobretudo pela extrac o de areias nos fundos de vale das ribeiras comprometendo desta forma o transporte de sedimentos respons vel pela alimentac o das praias De salientar que apenas um d cimo da superf cie do arquip lago ar vel pelo que se torna ainda mais preocupante Gomes 2011 Deste modo
155. tos de vertente na ilha de Sao Nicolau utilizar se o m todo estat stico bivariado M todo do Valor Informativo um m todo de abordagem indireta que fornece resultados quantitativos sendo estes adequados na avaliac o quantitativa do risco associados a movimentos de vertente Guzzetti 2005 A respeito da an lise estat stica bivariada Henriques 2009 refere que este m todo combina cada fator de predisposic o com o mapa da distribuic o dos movimentos de vertente invent rio atribuindo desta forma a respetiva ponderac o com base na densidade de movimentos de vertente observada em cada classe de cada vari vel Todos os processos realizados desde a aquisic o tratamento e preparac o de informac o que ir o integrar este SIG j foram referidos anteriormente A figura 3 16 esquematiza todos os processos a serem realizados at ao resultado final O software utilizado na avalia o e cartografia da suscetibilidade a movimentos de vertente em Sao Nicolau foi o ArcGis 10 com as seguintes extens es i 3D ANALYST ii SPATIAL ANALYST TOOLS iii CONVERSION TOOLS iv EDITOR 56 1 i 1 Exposic es 1 pon a n 4 Modelo Digital de Terreno Ras e Altimetria A Pi x Pi i Perfil Transversal das i X Fi i Vertentes 4 E Res RA E AA AAA ro cuado J Classifica o Re R a Ss da creas slew GS fe win ws oo eles ito 4 1 Carta Geol gical 50000 Poe A CEEE SEM ra classifica o i Informa o de base L i Geologia
156. tos do quatern rio constitu dos por aluvi es areias e dep sitos de vertente com cerca de 15 do total da ilha Tabela 3 5 Figura 3 6 As restantes forma es afloram em reas muito pequenas algumas delas como uma representa o quase insignificante A mesma tend ncia verificada na faixa costeira onde tamb m predomina o Complexo eruptivo principal e a Forma o de Monte Gordo ambos com 43 6 do total da faixa Contudo s o de salientar nesta faixa as classes respeitantes aos sedimentos quatern rios 20 7 e lavas submarinas superiores e inferiores as duas com 22 2 do total da faixa costeira Tabela 3 5 Figura 3 6 A primeira distribui se pela costa Norte seguindo ao longo da costa para Leste As lavas submarinas superiores concentram se essencialmente na costa Sul desde a Ba a da Fonte contornando toda a ponta Sul da ilha at a Baia Debaixo de Rocha Figura 3 6 No que respeita ao tratamento desta vari vel o procedimento foi diferenciado das anteriores Nesta entendeu se n o proceder sua reclassificac o ou seja a informac o digital adquirida ja compreendia as 17 classes Tabela 3 5 Figura 3 6 No entanto importa referir que na legenda Figura A1 anexo A do mapa geol gico est o referenciadas 18 unidades geol gicas sendo que na informac o digital fornecida para a realizac o deste trabalho apenas constam 17 classes Tal fato explica se por haver duas unidades 1 Conglomerados calc rios calcaren
157. trabalho no mbito do projeto comunit rio TESLEC The Temporal Stability and Activity of Landslides in Europe with Respect To Climate Change 1994 1996 publicado por Dikau et al em 1996 onde foram apresentadas propostas de terminologia dos tipos de movimentos de vertente em sete idiomas entre os quais se destaca o Portugu s pois um dos membros que representou este projeto era Portugu s Continuamente e para dar seguimento homogeneiza o desta terminologia a n vel internacional foi desenvolvido por um grupo de trabalho da Unesco denominado de Working Party on World Landslide Inventory com a sigla WP WLI Z zere 2000 Deste modo a defini o adotada pela WPANLI para descrever os movimentos de vertente Landslide movimento de descida numa vertente de uma massa de rocha terra ou detritos CRUDEN 1991 Esta defini o tem sido utilizada a n vel internacional e alguns autores como Dikau et al 1996 in Z zere 2000 salienta que todos os investigadores europeus se devem reger pelos termos internacionais adotados pela WP WLI para descrever a morfologia dimens es atividade distribui o e tipologia dos movimentos de vertente A figura 1 abaixo sistematiza os diferentes tipos de abrang ncia mais frequentemente utilizados para os diferentes termos em an lise TYPE OF MATERIAL TYPE OF ENGINEERING SOILS Es sa MOVEMENT BEDROCK PREDOMINANTLY COARSE PREDOMINANTLY FINE Fall Rock fall Deb
158. tulo sao e Altitude e Declives e Exposi es e Perfil transversal das vertentes Assim os elementos discretos que possuem dados racionais s o transformados em informa o cont nua com valores racionais que por sua vez v o dar origem a informa o cont nua nominal Neste contexto cada vari vel independente constitu da por um conjunto de classes n o sendo coincidentes entre si e possuindo probabilidades de ocorr ncia superiores a zero na rea de estudo Reis et al 2003 3 3 1 An lise dos fatores de predisposic o De seguida ser feita a descric o relativa ao tratamento das vari veis que seguidamente irao entrar no modelo de suscetibilidade a movimentos de vertente Neste ponto do trabalho pretende se representar estatisticamente a distribuic o das classes de cada vari vel pela rea de estudo a Altitude A vari vel altitude foi classificada em 7 classes A ilha possui uma altitude maxima de 1304 m sendo a amplitude de classe 200m a que melhor se ajusta na classificac o desta vari vel Deste modo a ltima classe agrega todos os valores superiores a 1200m S o Nicolau tem uma altitude m dia de 270m tabela 4 Analisando a distribuic o das classes pela ilha poss vel formar dois grupos i no primeiro grupo as tr s 33 primeiras classes 0 200 200 400 400 600 representam 91 5 da rea total da ilha ii o segundo grupo compreendido entre as 4 ltimas classes dos 600 m at a
159. tye ESTE A Gs i Carta de Ocupa o do solo 7777 j H A A s 1 10 000 P Ocupa o do solo e e dias i lr i i i 1 A eae DE Srs sas ross eos rent ri E i i SIG Suscetibilidade a y Ortofotomapas Lo Invent rio dos Movimentos i i ea lo AN A A 1 de Vertente 1 1 Ocorr ncia de Movimentos E o o d i i de Vertente a i 1 lesenem ennnen i 1 1 1 i 1 1 1 1 i 1 Mec asas ta sas do Geo sas Css sedes r M ei os 4 i M todo Estat stico i i M todo do Valor i y E E E e e gt Bivariado Pesag gt Informativo ls ei A SS APS ER i pr ee i Resultado Final Figura 3 16 Esquema de avalia o da suscetibilidade din mica de vertentes em S o Nicolau Cabo Verde 3 5 1 M todo do Valor Informativo O m todo estat stico bivariado do valor informativo uma t cnica adotada por Yan 1988 e Yin e Yan 1988 Esta t cnica tem sido utilizada por diversos autores obtendo resultados satisfat rios nos seus estudos sobre suscetibilidade ocorr ncia de movimentos de vertente Garcia 2002 Z zere 2002 Henriques 2009 Pereira 2009 Piedade 2009 Garcia 2012 Este m todo segundo Z zere 2005 pressup e a defini o pr via das unidades de terreno bem como a defini o de um conjunto de fatores de instabilidade O respetivo valor informativo calculado para cada uma das vari veis feito a partir da seguinte equa o Yin amp Yan 1988 Si Ni S N 1 li log Se
160. ualiza o 1 5 000 M todo de ajustamento da imagem aos pontos spline A Fotografia 89 a rea de 1992 com a representa o dos pontos de controlo distribu dos pela fotografia com especial enfoque na rea junto praia B Ortofotomapa de refer ncia 2010 representando com c rculos amarelos os pontos de controlo comuns com a fotografia de 1992 A figura 5 2A respeitante fotografia a rea de 1992 mostra uma qualidade e resoluc o muito superior a fotografia a rea de 1961 no entanto importa salientar que a fotografia de 1992 foi tirada a uma escala maior 1 6 000 oferecendo mais pormenor O m todo utilizado na correc o das fotografias a reas foi determinado de forma autom tica atrav s da aplicac o de uma func o polinomial de 1 grau Esta func o analisa o ajustamento entre cada conjunto de pontos de controlo hom logos de acordo com o Erro M dio Quadr tico EMQ das diferencas O valor resultante deste c lculo referente ao conjunto de valores intervenientes sempre positivo e indica quanto os valores variam relativamente ao valor de refer ncia Quanto mais pr ximo de zero maior a qualidade dos valores em causa Epif nio 2013 O m todo de ajustamento da imagem aos pontos de controlo utilizado foi atrav s de uma transforma o Spline Este m todo de transforma o Spline baseia se num m todo de interpolac o que estima valores atrav s de uma func o matem tica que minimiza a curva de superficie global
161. uando al m da destrui o de infraestruturas e perda de bens materiais causaram a morte a 3 pessoas entre as quais duas crian as Assim pretende se que este trabalho seja til na tomada de decis es nas medidas de preven o e mitiga o para que no futuro a ocorr ncia de movimentos de vertente seja o menos grave poss vel O DSAS mostrou ser tamb m ele um excelente m todo para determinar a suscetibilidade eros o das praias atrav s dos c lculos de evolu o das linhas de 109 costa No entanto e como foi poss vel constatar neste trabalho esta metodologia requer uma boa qualidade na resolu o das fotografias a reas uma vez que nelas que se identificam as posic es das linhas de costa e para tal a georreferenciac o depende da uma boa resoluc o de modo a poder se identificar pontos hom logos que permitam fazer uma georreferenciac o com o menor erro poss vel A utilizac o desta metodologia pressup e que seja feita uma an lise temporal longa de maneira a que os resultados de recuo acrec o sejam significativos para que possam posteriormente ser utilizados como apoio nas medidas de mitigac o de eros o costeira No que respeita a localizac o da praia do Tarrafal Santiago a variac o da posi o da linha de costa nesta praia nao muita acentuada essencialmente por 3 fatores i ondula o fraca ii praia situada em local abrigado e iii fraco declive de praia 110 BIBLIOGRAFIA Alfama V
162. ue permite a visualiza o da superf cie terrestre executado a partir de fotografia a rea ortoretificada removendo as distor es causadas pela inclina o da c mara e pelo relevo Chandler et al 2001 in Matildes 2009 referem que um ortofotomapa tem as mesmas propriedades de um mapa tendo todos os objetos na sua posi o ortogr fica correta O ortofotomapa tem a particularidade de combinar as capacidades interpretativas da imagem original com a relev ncia posicional de um mapa Matildes 2009 acrescenta ainda que um ortofotomapa tal como um mapa 46 permite fazer medic es de reas ngulos dist ncias entre outros sem que haja necessidade de corre es adicionais Esta autora aponta como vantagem contrariamente ao mapa cujo conte do consiste em s mbolos e linhas o fato do ortofotomapa conter todos os elementos existentes na superf cie topogr fica real uma vez que se trata da informa o contida na imagem original Outra vantagem do ortofotomapa quando comparado com a fotografia a rea s o as suas propriedades geom tricas que o tornam uma ferramenta importante de apoio na aquisi o de informa o quantitativa sobre altera es sofridas pela superf cie terreste particularmente na an lise de ocorr ncia de movimentos de vertente e extra o de informa o associada Matildes 2009 Com base nos ortofotomapas ser criado o invent rio com os movimentos de vertente ocorridos na ilha de S o

ANÁLISE E CARTOGRAFIA DA SUSCETIBILIDADE A

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