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Tecendo os fios da rede - Faculdade de Educação

1. T5 N o olha s s um minutinho quando ela falou do concurso ent o foi exatamente isso muitos professores caiu no concurso T5 Ent o at professores que fizeram no outro ano de chegar pra mim e falar assim Nossa como foi bom esse programa como foi bom isso aqui olha caiu tanta coisa no concurso da prefeitura de Rio das Ostras da prefeitura de n o de onde da prefeitura de n o sei da onde Ent o quer dizer a pr pria mudan a n na na na na do a n vel de conhecimentos pra concursos j est na vers o Pr Letramento risos simult neos T5 Est na vers o Pr Letramento mas as escolas elas est o l em sei l quanto da idade da pedra ainda que n o viu ainda essa coisa dessa mudan a T1 Ah eu n o concordo n o sabe por qu Minhas cursistas eu coloquei pra trabalhar sim pra fazer momento de troca sim E outra coisa o Pr Letramento ele n o d conta disso porque voc tem ali a parte te rica voc tem atividades pra serem desenvolvidas mas a realidade dos cursistas com as suas turmas outra Ent o eles v m com sede de modelos de atividades que eles possam desenvolver entendeu A sequ ncia de fragmentos destacados ratifica que na entrevista coletiva o sentido interativo enriquecido as pessoas mostram se mais espont neas e assumem o que seria o papel do entrevistador sendo assim segundo Kramer 2003 as entrevistas coletivas podem clarificar aspectos obscuros colocan
2. T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO As vozes da sociedade letramento consci ncia e poder Palavras chave Letramento Comunica o intelectual em l ngua materna Pragm tica MEY Jacob L As vozes da sociedade letramento consci ncia e poder DELTA online 1998 vol 14 no 2 pp 331 348 ISSN 0102 4450 Baseado no trabalho de Bourdieu e outros este artigo estende o uso da met fora da voz para o discurso da sociedade em que as vozes individuais representam as forma es sociais e os seus sub discursos espec ficos O discurso do letramento em particular focalizado como um exemplo de tal forma o no sentido de que a sua presen a versus a sua aus ncia concebido como sendo o que define os que est o dentro ou fora do discurso pr prio uma voz iletrada n o percebida como sendo uma voz apropriada A tens o dial tica entre o fen meno do iletramento e os esfor os remediais do letrado de dar voz aqueles que n o a t m reflete as dificuldades enfrentadas pelos discursos emergentes e ressalta a import ncia de uma luta que dos oprimidos e n o de educadores bem intencionados e ativistas pol ticos S o focalizadas no artigo as exig ncias e as limita es inerentes aos esfor os recentemente feitos para inserir o discurso do iletrado dentro de um discurso social pr prio e s o tamb m sugeridas novas maneiras para se entender e se lidar com
3. Verificamos tamb m que 72 dos munic pios n o contemplam em seu plano de carreira remunera o adicional para os docentes que realizam cursos de extens o de 120 217 horas como o PPL Dessa forma o enunciado expl cito no manual do tutor que os esfor os de aprendizagem n o necessitam de nenhum tipo de recompensa monet ria ou carreirista BRASIL 2006 p 32 concretizam se e reproduzem se na realidade dos sistemas de ensino Ao investigarmos qual o tempo dedicado para a elabora o dos encontros presenciais do PPL pelos professores tutores constatamos que 39 dedicam semanalmente 4 horas ou mais na elabora o e organiza o dos encontros presenciais e 27 utilizam em m dia 3 a 4 horas de sua semana para realiza o dessa tarefa Segundo as diretrizes do programa o professor tutor precisa conhecer profundamente o material did tico do PPL suas concep es e possibilidades de adapta o realidade de sua localidade gerenciar a diversidade de situa es diagnosticadas fortalecendo o grupo e identificando lideran as identificar situa es problema relacionadas com a pr tica cotidiana dos professores que enrique am o material did tico e tra ar estrat gias de acompanhamento e apoio eficazes que ajudem a tornar a aprendizagem permanente Essas atividades certamente envolvem uma carga hor ria de trabalho superior registrada em nossos dados Tamb m investigamos a a o dos tutores no acompanhamen
4. Portaria 1 472 25 de Maio de 2004 Torna sem efeito a portaria 1 179 de maio de 2004 Palestra Jamil Cury 26 de Maio de 2004 Forma o continuada de professores e certifica o Palestra proferida aos integrantes da Rede Nacional de Forma o por ocasi o do lan amento do conv nio Di rio do Senado 22 de mar o de 2005 Vota o no senado do programa Pr Letramento Tarso Genro Plano de qualidade para educa o brasileira Documento Guia Geral da Documento com as orienta es gerais objetivos diretrizes e Rede procedimentos da Rede Nacional de Professores de Educa o B sica Mar o de 2005 Constam do cat logo os produtos desenvolvidos pelos Centros de Pesquisa Cat logo 2006 e Desenvolvimento da Educa o Centros que integraram a Rede no Junho de 2006 primeiro ano do conv nio Dauno 2006 Resolu o que estabelece orienta es e diretrizes para concess o de bolsas Resolu o n 48 de 29 de dezembro de 2006 de estudo em mbito do programa pr letramento a ser executado pelo FNDE no exerc cio de 2006 Cat logo 2008 Abril de 2008 Constam do cat logo os produtos desenvolvidos pelos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o Centros que integraram a Rede no terceiro ano do conv nio 253 AP NDICE H MATERIAIS DOS CENTROS E FASC CULOS QUE COMP EM O PROGRAMA PR LETRAMENTO CENTRO E MATERIAIS FASCICULO AUTORES TEMA OBJ
5. Kelicw es sobre alfaberira o Ferrero dlbbenra o em processo Cagliari AMobecago e Hingis Veir Q deslogo emite enst e a aprembirzgem Cagiari AHaberiramio sem o ba he brho bu Teberosky Aprendendo a Escrever yrensaky Pensamento e linguagem Ferrero amp Teberseko Psicog nsse da lingua esta Ferrero Alb t estra o em processo Ferero leem sobre abenn Eleman Os mercados do letramento Soares Letramento um temo em tr a g ncios Soolka A cron a na fase mecal da escria Caglar Alfabetiza o e Engiistica Cosan AbMabeto ndo sem o babetabo ba Frere A mponina do ato de ler Soares Limas e escola ma persperttiva sogal Vrpretadoy A Eormma o social da mente 2003 110 Ap s esta apresenta o dos dados bibliogr ficos da rea os autores do relat rio conclu ram que as principais refer ncias te ricas que os educadores brasileiros receberam nos ltimos vinte anos baseavam se em autores do passado cujas ideias foram suplantadas por novas evid ncias a respeito dos substratos neuro anat micos da linguagem que revolucionaram as maneiras de pesquisar nesse campo BRASIL 2003 p 24 25 Ap s este exame os relatores apontaram uma bibliografia considerada b sica para cursos de forma o de professores usada na Inglaterra sugerindo que as autoridades respons veis pela forma o de professores nacionais comparassem a proposta subjacente a essa escolha com a mono
6. NUNES MACEDO Maria do Socorro Alencar MORTIMER Eduardo Fleury e GREEN Judith Rev Bras Educ online 2004 no 25 pp 18 29 ISSN 1413 2478 Discute aspectos do letramento escolar numa turma de primeiro ciclo em que o livro did tico elemento central Foram gravadas 37 horas de pesquisa em v deo A an lise enfoca os processos interacionais constitu dos por alunos e professora em torno de um livro did tico de L ngua Portuguesa Observou se que a professora subverte a proposta do livro apropriando se desse material conforme sua pr pria pr tica Na an lise foram utilizados conceitos da teoria de Bakhtin e da etnografia interacional evidenciando como se constituem os processos de letramento Particularmente a an lise dos aspectos discursivos das intera es mostra que o discurso na sala de aula tem fun es diferentes para os diversos participantes alunos e professora assumem pap is sociais que marcam uma assimetria na rela o de ensino 276 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Letramento e alfabetiza o as muitas facetas Palavras chave alfabetiza o letramento m todos de alfabetiza o SOARES Magda Rev Bras Educ online 2004 no 25 pp 5 17 ISSN 1413 2478 Busca recuperar a evolu o dos conceitos de letramento e alfabetiza o ao longo das duas ltimas d cadas identificando nesse per odo um movimento d
7. necess rio mencionar que para os autores a escrita n o se configura como representa o da l ngua mas somente como r plica da oralidade a nica suscet vel de proporcionar acesso ao significado E posto em destaque no documento a filia o cient fica do grupo em diversas partes do texto revelando que 107 A Sociedade Americana de Psicologia ASP publicou em sua revista Observer volume 15 de julho agosto de 2002 um relat rio intitulado How psychological science informs us about the teaching of reading Esse relat rio ressalta que na nova Ci ncia Cognitiva da Leitura o princ pio de que a consci ncia fonol gica o mais importante preditor de sucesso em leitura possui a for a equivalente do conceito de gravita o em f sica BRASIL 2003 p 17 Torna se importante observar que o relat rio sempre enfatiza a veracidade cient fica do documento a ponto de comparar seu m todo com o das ci ncias exatas como a F sica Neste contexto que o documento apresenta explicitamente a defesa do m todo f nico declarando que este m todo o mais utilizado em pa ses desenvolvidos BRASIL 2003 p 59 Segundo Belintane 2006 o cap tulo do relat rio quer mostrar que as linhas comprometidas com a whole language e com o Construtivismo ou Sociointeracionismo foram suplantadas pelas evid ncias recentes da ci ncia da leitura que reconhece que o m todo f nico superior e a mais eficiente forma de
8. da Lei 4 024 61 com a reda o dada pela Lei 9 394 96 Decreto 3 276 de 6 12 1999 Disp e sobre a forma o em n vel superior de professores para atuar na Educa o B sica e d outras provid ncias Decreto 3 554 00 D nova reda o ao 2 do art 3 do Decreto 3 276 de 6 de dezembro de 1999 que disp e sobre a forma o em n vel superior de professores para atuar na educa o b sica Parecer CNE CP 009 2001 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena Parecer CNE CP 027 2001 D nova reda o ao item 3 6 al nea c do Parecer CNE CP 009 2001 Disp e sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena Parecer CNE CP 028 2001 D nova reda o ao Parecer CNE CP 21 2001 que estabelece a dura o e a carga hor ria dos cursos de Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena Resolu o CNE CP 1 2002 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena Resolu o CNE CP 2 2002 Institui a dura o e a carga hor ria dos cursos de licenciatura de grad
9. esessossesossossssossossesocsossesocssssossossesocsossesocsossossossesocsossesecssssossossse 3 2 Alicerces para a constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de la E KST u AAE EATE EAE E T 3 3 O edital de constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada e a rea de Alfabetiza o e Linguagem ssessoesecssesooesesssossosssessoesosssessossocssessossocssessossocssessossoossesss 3 4 A parceria na forma o de professoreS ssescessessossocssessoesooesessossoossossoesoossosssesoossoe 3 5 A concep o de forma o continuada essessoesocssecsoesocssessoesoossoessesoossossossoossoesssse 3 6 A Rede Nacional de Forma o Continuada e o Pr Letramento 0 3 7 O programa Pr Letramento no Estado do Rio de Janeiro cececeseeeseeessee 4 TECENDO A REDE O PROGRAMA PR LETRAMENTO cceeesseemeensersee 4 1 Alfabetiza o e escolariza o eessesocssessoessocsoesoossocssesooesosssessoesosssessossocssessossosssesss 4 2 O relat rio Alfabetiza o infantil os novos caminhoS sesssscssoesesocsossesocsossoseoeo 43 Letramento no Brasil ssa rias sous arts To Essa iab aca can seco vb nie iaonrdn soost dsdi tado 4A Letramento e escola ria na iaaaiaaticaniicamadaatarts ct pagreso seissen soodesse espesses sinss dado 4 5 Alfabetizar letrando sessoesoossessoesooesessoesooesossosesoossocsoesooesossseseossocssessossocssesssssosesesss 4 6 O Guia Geral do Prog
10. o que organiza os processos educativos em torno do computador e da Internet Para Taylor 2001 h a emerg ncia da quinta gera o da EAD baseada na explora o mais profunda de novas tecnologias Segundo esse autor a quinta gera o a que visa tirar maior vantagem dos recursos da Internet e da Web Na hist ria da EAD percebemos que cada nova tecnologia n o descarta as anteriores pelo contr rio os diversos recursos complementam se O r dio continua sendo utilizado em lugares de dif cil acesso como na Amaz nia e o papel personificando a concretude por meio do impresso continua sendo o material mais significativo na EAD Portanto as tecnologias dispon veis em cada momento hist rico influenciam a sociedade e em particular a educa o 2 5 Fun o tutorial na forma o continuada docente Acredita se que a import ncia da atua o do tutor no contexto de EAD essencial para o desenvolvimento de cursos que apresentem alto n vel de qualidade e excel ncia no ensino Originalmente a palavra tutor prov m do latim tutor e sua acep o nominal substantivo tutor tutoris significa aquele que protege guarda ou defende um pupilo nomeado por algu m para tal tarefa como adjetivo o termo significa protetor Em uma acep o verbal tutor significa representar o papel de e Nos dicion rios de l ngua portuguesa atuais tutor o indiv duo que legalmente encarregado de tutelar algu m protetor mantendo a
11. o v 14 n 40 jan abr 2009 SCRIBNER S amp COLE S The psicology of literacy Cambridge Mass Harvad University Press 1981 SECO Ana Paula amp AMARAL Tania Concei o Iglesias do Marqu s de Pombal e a Reforma Educacional Brasileira Dispon vel em http www histedbr fae unicamp br navegando periodo pombalino intro html Acessado em 17 03 2009 PIMENTA Selma Garrido Fun es s cio hist ricas da forma o de professores da 1 4 s rie do 1 grau S o Paulo FDE 1992 SHIROMA Eneida MORAES Maria C lia de EVANGELISTA Olinda Pol tica educacional Rio de Janeiro DP amp A 2004 SH N D Formar professores como profissionais reflexivos In N VOA A org Os professores e sua forma o Lisboa Dom Quixote 1995 SIGNORI In s org Investigando a rela o oral escrito e as teorias do letramento Campinas SP Mercado das letras 2001 Cole o Id ias sobre linguagem SMITH M amp GROVE N 1999 The bimodal situation of children learning language using manual and graphic signs In S von Tetzchner Ed Proceedings of the 8th Research Symposium of the International Society of Augmentative and Alternative Communication Whurr Publishers SOARES Magda BATISTA Ant nio Augusto Gomes Alfabetiza o e Letramento Caderno do Formador Belo Horizonte Ceale Fae UFMG 2005 L ngua escrita Sociedade e Cultura Rela es dimens es e Perspectivas Revista Brasileira de Educa
12. por meio de a es isoladas de algumas secretarias de educa o o que facilita a a o de 219 consultorias e cursos de forma o realizados por parte de organiza es n o governamentais ONGs Em 15 dos munic pios fluminenses pesquisados h a participa o de ONGs nas consultorias e cursos de forma o docente Nesse contexto certamente a implanta o da Rede Nacional de forma o continuada e dos Centros de Educa o efetivam de forma positiva a instaura o da qualifica o da oferta de forma o pois os professores t m o direito de uma forma o oferecida por universidades importante ressaltar que nesse processo a verba p blica destinada forma o desses profissionais acaba sendo subutilizada pois a n o constitui o de formadores locais conduz forma o cont nua de novos profissionais para exercer esse papel nas secretarias de educa o Ao interrogarmos os professores tutores sobre o significado da forma o continuada em sua perspectiva identificamos que para 24 dos professores tutores forma o continuada sin nimo de crescimento profissional e o elo entre a teoria e a pr tica para 12 adquirir novos conhecimentos e trazer novos significados a outros reaprender e trocar experi ncias e apenas para 1 significa estudo cont nuo A respeito da utiliza o do manual do tutor pelos professores verificamos que 60 utilizaram algumas vezes o fasc culo e que 15 utilizaram continuamente
13. que ser o analisadas nesse cap tulo 0 O question rio que elaboramos foi constru do ap s a observa o de tr s encontros de forma o e as quest es foram produzidas de acordo com os problemas estruturados em di logo com os tutores 1 O question rio aplicado encontra se na p gina 272 dessa disserta o 2 As tabelas completas encontram se na p gina 301 desse estudo 215 Primeiramente procuramos tra ar uma identidade das pessoas que estavam atuando no PPL e identificamos que 100 eram do sexo feminino e 36 com idade acima dos 40 anos Al m disso 63 s o casadas e 36 t m dois filhos No tocante situa o funcional verificamos que 81 dos professores tutores trabalham apenas na rede p blica de ensino sendo 78 concursados do magist rio Os professores tutores foram questionados sobre a experi ncia em classes de alfabetiza o e constatamos que 33 n o t m experi ncia em classes de alfabetiza o e 26 possuem mais de 10 anos de trabalho com classes de alfabetiza o No tocante forma o inicial para lecionar identificamos que 30 dos professores tutores cursaram o n vel m dio de forma o de professores 45 a gradua o em Pedagogia 15 a gradua o em Letras e apenas 9 fizeram a p s gradua o na rea de Psicopedagogia e Literatura Infantil importante destacar que a forma o inicial em n vel m dio realizou se 51 em institui es p blicas e 48 em institui es privadas Os p
14. seja para atender aos interesses e necessidades individuais Segundo Leher 2004 a educa o est submetida ao reino da mercadoria num processo que se difunde com rapidez cujo resultado a nega o da auto realiza o humana e a perpetua o da ordem social alienante 56 Bauman 1999 e Santos 2000 criticam o mito da globaliza o do espa o e do tempo contra dos gra as velocidade Alegam n o serem essas circunst ncias uma realidade para todos pois a velocidade est ao alcance de um n mero limitado de pessoas de maneira que de acordo com as possibilidades de cada um as dist ncias possuem significados e efeitos diferenciados Dessa forma a EAD poderia levar acentua o da exclus o social e n o democratiza o da educa o Lima 2001 concebe a EAD a partir de um patamar anal tico abrangente que envolve desde a utiliza o do computador na educa o presencial at projetos de gradua o e p s gradua o a dist ncia pressupondo a prepara o f sica tempo espa o entre professores e alunos prop e que a centralidade do debate esteja no arcabou o te rico pol tico que norteia esses projetos O fato que ao examinarmos a evolu o hist rica da EAD no mundo e no Brasil constataremos que seu surgimento e dissemina o est o relacionados diretamente ao desenvolvimento dos meios de comunica o Atualmente s o criados e difundidos in meros cursos a dist ncia no mundo inteiro
15. Ferreira 2007 em uma an lise sobre a universidade e a forma o continuada de professores faz uma breve descri o do programa Pr letramento apontando que o programa tem sido uma possibilidade de efetivar a atua o da Rede Nacional e os programas nela desenvolvido Nesse sentido passamos a buscar outras indica es de pesquisas por vias digitais em Sites cient ficos como o da Associa o Nacional de P s gradua o em Educa o ANPED por meio de palavras chave como forma o de professores tutoria alfabetiza o Pr letramento dentre outras combina es e por participa o em congressos e na pr pria biblioteca do Programa de P s Gradua o em Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro A t tulo de exemplo destacamos a busca aos textos completos dos 204 trabalhos e p steres apresentados nos Grupos de Trabalho GTS de Forma o de Professores N 08 e de Alfabetiza o Leitura e Escrita N 10 da 27 31 Reuni o Anual da ANPED Outro exemplo foi a busca realizada no banco de dados da biblioteca virtual da UNICAMP pela qual localizamos pelas palavras chave supracitadas das 2 564 disserta es e teses defendidas na rea de Educa o e 1 571 no campo dos Estudos da Linguagem que n o havia nenhum trabalho sobre o PPL Todavia a partir dessas possibilidades de localiza o de produ o do conhecimento identificamos que havia um n mero reduzido de trabalhos sobre o Programa Pr letra
16. O QUESTION RIO PR LETRAMENTO RJ 2008 Tabela 1 Sexo N Masculino 0 0 Feminino 33 100 Total 33 100 Tabela 2 Idade N 20 a 25 anos 0 0 26 a 30 anos 2 6 06 31 a 35 anos 6 18 18 36 a 40 anos 10 30 3 Acima de 40 anos 12 36 36 N o informou 3 9 09 Total 33 100 Tabela 3 Estado civil N Casada 21 63 63 Solteira 5 15 15 Divorciada 7 21 21 N o informou 1 3 03 Total 33 100 Tabela 4 N mero de filhos N 0 7 21 21 1 9 27 27 2 12 36 36 3 3 9 09 4 ou mais 2 6 06 Total 33 100 Tabela 5 Institui o de trabalho N P blica 27 81 81 Privada 0 0 P blica e privada 6 18 18 Total 33 100 Tabela 6 Situa o funcional N Concursado do magist rio 26 78 78 Concurso da rea pedag gica 6 18 18 295 Contratado 1 3 03 Total 33 100 Tabela 7 Tempo de servi o em classes de alfabetiza o N Nenhum 11 33 33 Delas 11 33 33 De 5 a 10 8 26 4 Acima de 10 8 26 4 Total 33 100 Tabela 8 Forma o inicial para lecionar N Curso de n vel m dio 10 30 3 Curso de n vel superior em 15 45 45 pedagogia Curso de n vel superior em 5 15 15 Letras Curso de p s gradua o 3 9 09 Total 33 100 Tabela 9 Disciplina espec fica
17. acha que a sua vida de professora ser transformada sua trajet ria profissional Que outras transforma es voc v diante de si Conhecimento da rea de linguagem Os conhecimentos sobre linguagem leitura escrita e alfabetiza o apresentados no programa j eram familiares para voc Como foi esta introdu o a novos conhecimentos durante esse tempo Se eles j eram conhecidos como foi a sua apresenta o em nova formata o Letramento e Alfabetiza o O que voc s podem dizer em linhas gerais que aprenderam sobre letramento E sobre alfabetiza o 267 AP NDICE M Laborat rio de estudos de Linguagem Leitura Escrita e Educa o UFRJ CFCH Faculdade de Educa o PRO RJ 2008 1 Data de nascimento 2 Sexo 2 1 A masculino 2 2 B feminino 3 Estado civil 3 1 A solteira 3 2 B casada 3 3 C outros 4 Filhos 4 1 A sim Quantos 4 2 B n o 5 Institui o em que trabalha 5 1 a institui o p blica 5 1 b institui o privada 5 1 c institui o p blica e privada 6 Voc 6 1 a concursado do magist rio 6 1 b concursado da rea de educa o 7 Voc j lecionou em classes de alfabetiza o 7 1 a sim 7 2 b n o 8 Se a resposta anterior for positiva durante quantos anos voc lecionou em classes de alfabetiza o 9 Qual foi a sua forma o inicial para lecionar Realizou o curso de fo
18. convocada a chegar ao ch o da escola Assim ao enunciar que os saberes docentes s o importantes para a universidade o discurso dos professores tutores traz uma entona o de culpabilidade da situa o educacional do pa s para a institui o tamb m reivindica o acesso a sua forma o continuada por meio dos cursos de mestrado e doutorado e chega a sugerir um sistema de cotas para professores nesses cursos Ao serem indagadas sobre sua participa o no programa e sua trajet ria na carreira docente as professoras tutoras veem se como mediadoras do PPL e apontam que a quest o da leitura docente mostra se como constitutiva na forma o Portanto segundo as professoras tutoras necess rio incentivar a leitura por parte dos professores pois ela instrumento imprescind vel para a forma o continuada Assim o letramento do professor por meio dos 207 momentos de leituras liter rias nos encontros de forma o denominados leituras deleite mostraram se como uma boa estrat gia formadora nos encontros com os tutores com os professores cursistas e com os alunos Os participantes da entrevista coletiva explicitam a necessidade de resgate da auto estima do professor alfabetizador como apontado por Marlene Carvalho em seu livro Alfabetizar e letrar Logo os enunciados harmonizam se com os discursos alheios e ganham seu pr prio tom tornando se palavra pr pria como verificamos na sequ ncia discursiva T 5
19. es gerais 6 6 2 e Rede Nacional de Forma o Centros de Pesquisa Continuada de Professores e Desenvolvimento de Educa o B sica da Educa o Figura 10 Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica 2006 orienta es gerais o D o H q O Figura 11 Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica 2008 A Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores ampliou se nos ltimos anos e ocorreu a ades o de secretarias municipais e estaduais de educa o por m ao comparar o mapa da Rede no pa s observa se que nas regi es Norte e Nordeste onde se encontram os ind cios cr ticos de leitura e escrita mais alarmantes conforme declarado pela CNTE no ano de 2003 em sua reivindica o proposta do MEC aprofundam se as 87 desigualdades sociais regionais no pa s Desde o in cio desse processo o MEC assumiu o papel de coordenador e indutor na formula o e institucionaliza o de uma pol tica nacional de forma o continuada por m necess rio que se busque articular efetivamente os diferentes n veis e sistemas assumindo sua fun o como rg o de defini o de um sistema educacional nacional atrav s de um regime de colabora o que dissocie os mecanismos de partilha dos recursos tribut rios e as desigualdades de capacidade or ament ria e de acesso a bens e servi os dos governos es
20. o Continuada de Professores Foi criada a Rede com o objetivo de contribuir para a melhoria da forma o dos professores de educa o b sica diretores de escola equipe gestora e dirigentes dos sistemas p blicos de 2004 Pr licenciatura O programa oferece forma o inicial a dist ncia a professores em exerc cio nos anos s ries finais do ensino fundamental ou ensino m dio dos sistemas p blicos de ensino de forma que o professor aluno mantenha suas atividades docentes 2004 Pr licenciatura Fase I 2006 Pr licenciatura Fase II 2005 Universidade Aberta do Brasil UAB O programa busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educa o superior por meio da educa o a dist ncia A prioridade oferecer forma o inicial a professores em efetivo exerc cio na educa o b sica p blica por m ainda sem gradua o al m de forma o continuada queles i graduados Tamb m pretende ofertar cursos a dirigentes gestores e outros os z 2005 M dias na Educa o z 2005 y Pr infantil RI um programa de educa o a dist ncia com estrutura modular E um curso em n vel m dio a dist ncia na que visa proporcionar forma o continuada para o uso pedag gico modalidade Normal Destina se aos professores das diferentes tecnologias da informa o e da comunica o TV e da educa o infantil em exerc cio nas creches e v deo inform tica r dio e impresso O p blico alvo priorit rio s o
21. o Continuada de Professores da Educa o B sica orienta es gerais anunciava os objetivos da Rede Entre eles destacavam se o desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional dos docentes desencadeando uma din mica de intera o entre os saberes pedag gicos produzidos pelos centros durante a forma o docente e aqueles produzidos pelos professores em sua pr tica cotidiana e a institucionaliza o e fortalecimento do trabalho coletivo como meio de reflex o te rica e constru o da pr tica pedag gica 38 P o er No cap tulo 4 da presente disserta o apresentaremos uma an lise sobre o documento 85 Nos dias 30 de novembro a 2 de dezembro de 2005 foi realizado o HI Semin rio da Rede em Bras lia em que foram apresentados os pareceres t cnicos dos consultores avaliadores sobre os materiais entregues pelos Centros em abril 2005 a an lise das planilhas sobre as parcerias apresentadas na reuni o do Comit Gestor informa es e orienta es sobre o plano de trabalho para 2006 e presta o de contas De acordo com as diretrizes consolidadas com a publica o do cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores 2005 BRASIL 2005 p 23 24 25 e 26 a forma o continuada concebida para al m da oferta de cursos de atualiza o ou treinamento em prol de uma forma o que tenha como refer ncia a pr tica docente e o conhecimento te rico acreditando que A no o de experi ncia e
22. rea de Educa o atuando no campo da Forma o do Educador com nfase principalmente nos seguintes temas forma o de professores pol ticas de forma o diretrizes curriculares licenciaturas curso de pedagogia e movimento dos educadores Colabora atualmente com a CAPES na Diretoria de Educa o B sica onde coordenadora Geral de Programas de Apoio Forma o e Capacita o Docente da Educa o B sica Fonte Sistema de Curr culo Lattes Dispon vel em http lattes cnpq br 3471775221688522 Capturado em 16 de outubro de 2008 76 A Portaria j citada apesar das cr ticas de inser o numa medida de desempenho docente meritocr tica continua em vigor e a constitui o da Rede Nacional de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o a ser integrada por centros de pesquisa cient fica de desenvolvimento tecnol gico e de presta o de servi os para as redes p blicas de ensino em uma ou mais reas de especialidade instalados em institui es universit rias brasileiras selecionadas por meio de edital p blico e apoiadas pelo MEC tem sua efetiva o por meio da divulga o do Edital N 01 2003 SEIF MEC publicado no Di rio Oficial em 22 de novembro de 2003 importante salientar que o conceito de Rede um conceito complexo que possui tra os que comp em as novas formas organizacionais neoliberais e traz tona a condi o impl cita da flexibilidade na gest o das organiza es Se
23. 2006 p 20 Observamos alicer ados no pensamento bakhtiniano que no fasc culo do tutor h transmuta o dos g neros discursivos prim rios em secund rios realizando uma tentativa 178 de conserva o da forma e do significado cotidiano visando integra o da realidade como um todo Entretanto nesse mesmo momento ocorre uma transforma o dos elementos discursivos e algo mais produzido surge um novo enunciado que n o mais da vida cotidiana mas de caracter sticas complexas secund rio Assim a fala pessoal do professor tutor registrada ao longo do fasc culo passa a ter caracter sticas do eu e do social constituindo um di logo que se estabelece entre o autor e o leitor professor tutor Segundo Bakhtin 1992 existe um profundo dialogismo entre os g neros do discurso relacionados vida cotidiana prim rios e os mais elaborados secund rios Conforme destaca Faraco 1996 p 122 123 o car ter dial gico da linguagem cont m um potencial heur stico imenso para os estudos lingu sticos psicol gicos liter rios est ticos culturais em geral pois permite a realiza o e a intera o das diversas formas de atividades lingu sticas Nesse sentido torna se necess rio diferenciar ainda o termo di logo da ideia de dialogismo numa concep o bakhtiniana Para Bakhtin 1999 p 123 o di logo no sentido estrito do termo n o constitui claro sen o uma das formas verdade q
24. 68 O debate sobre alfabetiza o e letramento foi exposto no in cio do presente cap tulo 140 O fasc culo tamb m n o explicita aspectos pol ticos ou a fun o social da escola H uma preocupa o em propagar a ideia de que a apropria o da leitura e da escrita pela crian a precisa ocorrer de forma satisfat ria e o mais breve poss vel Segundo Soares 1998 ao se permitir que o sujeito divirta se interprete seduza sistematize confronte induza documente informe oriente se reivindique e garanta a sua mem ria ou seja o efetivo uso da escrita garante lhe uma condi o diferenciada na sua rela o com o mundo um estado n o necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o c digo O discurso pedag gico presente no fasc culo baseia se predominantemente na concep o de alfabetiza o em uma perspectiva de letramento h tamb m uma preocupa o em explicitar metodologias referentes sistematiza o do processo de alfabetiza o bem como import ncia da media o docente no processo de ensino e aprendizagem PO Letramento Alfabetiza o e Linguagem Capacidades Ling sticas Alfabetiza o e Letramento fasc culo 1 Figura 24 Capa do fasc culo 1 do PPL 4 7 2 Fasc culo 2 Alfabetiza o e letramento quest es sobre avalia o O fasc culo 2 intitulado Alfabetiza o e letramento quest es sobre avalia o apresenta uma s ntese de concep es fundamentais dos processos
25. Desenvolvimento de projetos de forma o de tutores para os programas e cursos de forma o continuada 3 Desenvolvimento de tecnologia educacional para o ensino fundamental e a gest o de redes e unidades de educa o p blica 4 Associa o a institui es de ensino superior e outras organiza es para a oferta de programas de forma o continuada e a implanta o de novas tecnologias de ensino BRASIL 2003 p 54 grifos nossos Para executar o plano de Constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores o MEC em seu primeiro edital recebeu 156 propostas das universidades entre elas selecionou vinte projetos de centros de pesquisa distribu dos em cinco reas priorit rias A Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores recebeu inicialmente a denomina o de Rede Nacional de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o constitu da com o objetivo de desenvolver tecnologia educacional e ampliar a oferta de cursos e outros meios de forma o de professores 78 de forma o Alfabetiza o e Linguagem Educa o Matem tica e Cient fica Ensino de Ci ncias Humanas e Sociais Artes e Educa o F sica Gest o e Avalia o da Educa o Na rea de Alfabetiza o e Linguagem seis universidades apresentaram propostas ao edital que foram Universidade Federal de Pernambuco UFPE Universidade Federal de Sergipe UFS Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Univer
26. Diego Jorge Universidade Federal Fluminense Faculdade de Educa o Disserta o 2007 F 383 RESUMO O prop sito deste artigo mostrar a import ncia da pesquisa etnogr fica colaborativa para a pr tica do professor Ser o apresentados resultados parciais desta pesquisa que vem sendo desenvolvida em um contexto de um programa de forma o continuada de professores Pr Letramento no estado do Maranh o Nordeste do Brasil Este estudo discute a din mica da forma o continuada dos professores em sua rela o com a universidade a partir de tr s eixos os conv nios e a institucionaliza o dos projetos de forma o os programas de forma o como caminho afirma o e solidifica o das caracter sticas da profissionalidade docente e a constru o de sua autonomia e as alternativas poss veis s universidades no desenvolvimento de um di logo social para a difus o de sociedades formadas para a aprendizagem permanente Segundo alguns pesquisadores citados neste estudo a universidade por produzir e divulgar conhecimento atrav s da pesquisa constitui se como l cus privilegiado para a forma o continuada de professores O campo da chamada forma o em servi o est impregnado pela mentalidade da racionalidade t cnica na medida em que o conte do ensinado diz respeito a um conjunto de regras e habilidades que devem ser seguidas Verificamos o grande potencial das universidades como l cus de form
27. INTRODU O eceereemeneneesenseneesenserensenearensenensenseeasenss 1 1 Da pr tica docente pr tica de tutoria a emerg ncia do Pr letramento como objeto deestudo se ssmerassiaritacoseseies nitisaGaiabs eat ndaaaatoneido com rinataia none Fomnsienatansiesncaraniiiasacesi o 1 2 Da produ o de conhecimento sobre o Pr letramento defini o do problema CLA So LUA K PODES RN PAR A AR DADA RN EAR ME ANNA ARE E RR 2 FIOS E DESAFIOS EAD E FORMA O DE PROFESSORES ceeeeseee 2 1 A educa o a dist ncia e o contexto das reformas ceccessseersseersrerererenes 2 2 A Lei de diretrizes e bases da educa o os decretos governamentais e a educa o a dist ncia ssesooesoesoesooesoessesooesocssessossoossessossocssessossooesosssessossosssessossosssesssssose 2 3 As propostas de forma o continuada de professores e a educa o a dist ncia 2 4 A hist ria da Educa o a dist ncia e suas gera es sesescessescssoesesocsocscsseseossssose 2 5 Fun o tutorial na forma o continuada docente ssesoessessossocssessosesoessesooesossseso 2 6 Educa o a dist ncia e os desafios de nosso tempo ssessessessoesooesessoossossoesoossossseso 3 FIOS E TEMPOS COM QUANTOS N S SE FAZ UMA REDE A CONSTITUI O DA REDE NACIONAL DE FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES side iai na suS to Dep RAIN ETA URNAS FO LES LO REL De oneens soins a o iassa niss 3 1 Momento Hist rico
28. Multiuso BI C Sala C1 7 C Postal 04539 Bras lia DF 70719 970 Tel 61 349 9151 Fax 61 349 1571 E mail fasubra O fasubra org br URL www fasubra org br 291 ABEP ABEF ABI ABRUEM A o Educativa AEC AELAC ANDE ANDES SN ANDIFES ANFOPE ANPAE ANPEd ANPG ANUP CAED CBCE CEDES CFP CNBB CNTE CONDSEF CONTEE DENEM ENEC ENECOS ENEFAR ENEN ENEENF ENESSO ENEV ExNEP EXxNEEF ExNEF FASUBRA Sindical FEAB FENECO FORUMDIR MNMMR MST OAB SBPC SINASEFE UBES UNDIME UNE F runs Estaduais AM BA ES GO MA MG MS MT PA PE PI PR RS SC SE SP F rum Regional Norte Mineiro ratifica o do pedido j feito de revoga o da Portaria n 1403 de 9 de junho de 2003 Aguardando breve pronunciamento de Vossa Excel ncia inclusive quanto audi ncia solicitada nesta mesma data apresentamos nossas sauda es Profa Marilia Leite Washington P Secretaria Executiva do F rum Nacional em Defesa da Escola P blica Documentos do F rum anexados Formar ou Certificar Muitas quest es para reflex o Setembro 2003 C pia da Mo o de Rep dio de 2 de agosto de 2003 Propostas para o PPA Plano Plurianual 2003 2007 Junho 2003 Propostas Emergenciais para Mudan as na Educa o Brasileira Fevereiro 2003 SECRETARIA EXECUTIVA ANDES SN Setor Comercial Sul Q 2 BI C Edif cio Cedro II 3 andar Bras lia DF 70302 914 Brasil Tel
29. O discurso de autoridade est sendo entendido aqui como aquele que constitu do pelos discursos de documentos oficiais sobre o PPL 197 elabora o produ o e deslizamento de sentidos e saberes sobre o professor tutor ou seja enquanto parte do cen rio das condi es de produ o discursivas dos professores tutores pesquisados Isso posto cumpre notar que a compreens o das entrevistas coletivas realizadas ocorrer no seu entrela amento com os discursos de outrem pois segundo Bakhtin Em todos os dom nios da vida e da cria o ideol gica nossa fala cont m em abund ncia palavras de outrem transmitidas com todos os graus vari veis de precis o e imparcialidade Quanto mais intensa diferenciada e elevada for a vida social de uma coletividade falante tanto mais a palavra do outro o enunciado do outro como objeto de uma comunica o interessada de uma exegese de uma discuss o de uma aprecia o de uma refuta o de um refor o de um desenvolvimento posterior etc tem peso especial maior em todos os objetos do discurso 2003 p 139 Para darmos conta dessa an lise conforme dito anteriormente nos alicer amos nos pressupostos bakhtinianos sobre o papel s cio hist rico dial gico e ideol gico da linguagem nos estudos cient ficos Buscamos apoio em sua compreens o sobre a natureza da linguagem e do enunciado enquanto unidade real de an lise da constitui o de sentidos do discurso bem como em sua comp
30. Registra a proposta educacional da pol tica governamental do governo Aprendendo Carta CNTE cr tica ao Pocus Apresenta as cr ticas e as sugest es realizadas pelo CNTE ao documento Aprendendo agosto 2003 Toda crian a Aprendendo Portaria N 1 403 de 9 de junho de 2003 Brasil MEC DOU N 110 de 10 06 2003 Se o 1 p gina 50 Institui o Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores Carta n 034 2003 FNDEP Bras lia DF 6 de Carta protesto do F rum Nacional em defesa da escola p blica ao parecer que institui o sistema nacional de forma o continuada de professores e Cetembto de 200 certifica o e ao texto intitulado Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores Matrizes de Refer ncia da Secretaria de Educa o Infantil e Fundamental Tado Ecmeenor Registra os pontos criticados pela sociedade civil e as modifica es aprendendo li es do I encontro realizadas pelo MEC para a implementa o da Rede Nacional de Forma o nacional 11 e 12 de setembro de 2003 Bras lia Continuada de professores 247 DOCUMENTO S NTESE Manual Completo da rede Manual que registra as diretrizes para as universidades encaminharem suas Novembro de 2003 propostas para constituir a rede nacional de forma o continuada de EditalN 01 2003 professores da educa o b sica SEIF MEC Janeiro de 2004 Posse de Tarso Genro
31. T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Analfabetismo e n veis de letramento no Brasil o que dizem os censos Palavras chave Analfabetismo N veis de letramento Censos demogr ficos Brasil FERRARO Alceu Ravanello Analfabetismo e n veis de letramento no Brasil o que dizem os censos Educ Soc online 2002 vol 23 no 81 pp 21 47 ISSN 0101 7330 O texto come a discutindo a velha quest o da qualidade das estat sticas educacionais e alguns aspectos metodol gicos relacionados com a utiliza o destas na pesquisa em educa o Analisa a seguir o analfabetismo focalizando a a sua emerg ncia como problema pol tico no final do per odo imperial b a evolu o do conceito c a tend ncia secular em n meros porcentuais e absolutos desde o primeiro censo em 1872 at o Censo 2000 Por ltimo com base no Censo 2000 classifica a popula o em diferentes n veis de letramento A constitui o de um g nero textual escolar no exerc cio de escrita coletiva Palavras chave letramento l ngua materna defasagem na aprendizagem SILVA Wagner Rodrigues A constitui o de um g nero textual escolar no exerc cio de escrita coletiva DELTA online 2008 vol 24 no 1 pp 73 103 ISSN 0102 4450 Neste trabalho analiso alguns flagrantes de um processo de produ o escrita coletiva em aula de l ngua materna que resultaram na elabora
32. Tal discuss o b sica na pesquisa para a defini o de categorias anal ticas que indiciem diferentes modos de ser letrado Busca se aprofundar a compreens o sobre o papel da escola e da fam lia no processo de letramento 275 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Ciclos e letramento na fase inicial do ensino fundamental Palavras chave ciclos e letramento ensino fundamental fontes estat sticas FRANCO Creso Rev Bras Educ online 2004 no 25 pp 30 38 ISSN 1413 2478 Apresenta e critica as fontes a partir das quais poss vel mensurar a relativa preval ncia da organiza o da escolariza o em ciclos no ensino fundamental brasileiro e discutir abordagens que possibilitem superar os problemas metodol gicos presentes em v rios levantamentos que fazem uso dessas fontes Com base nas mesmas fontes descreve o estado recente das pol ticas implantadas na redes estaduais e nas redes municipais das capitais brasileiras No que se refere a ciclos nas etapas iniciais do ensino fundamental Discute as potencialidades e limita es das pesquisas quantitativas que procuraram avaliar a repercuss o dos ciclos na educa o brasileira A constitui o das intera es em sala de aula e o uso do livro did tico an lise de uma pr tica de letramento no primeiro ciclo Palavras chave letramento intera o em sala de aula livro did tico
33. a reconstru o de suas verdades Indicador nacional de alfabetismo funcional 2001 explorando as diferen as entre mulheres e homens Palavras chave letramento Alfabetismo Sexo e g nero ARTES Am lia Cristina Abreu Indicador nacional de alfabetismo funcional 2001 explorando as diferen as entre mulheres e homens Educ Pesqui online 2007 vol 33 no 3 pp 561 580 ISSN 1517 9702 Este trabalho se insere em um conjunto de estudos na rea educacional que investigam as diferen as nos resultados que homens e mulheres apresentam em pesquisas educacionais O Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional composto por um teste com 20 quest es de dificuldade variada que mensura como as pessoas utilizam se da escrita e da leitura em seus espa os cotidianos tendo sido desenvolvido pelo Instituto Paulo Montenegro IBOPE e A o Educativa e aplicado a uma amostra estratificada da popula o brasileira composta de 2 000 pessoas 15 a 64 anos Os resultados indicam que as mulheres apresentam um resultado melhor em todas as quest es do teste na compara o com os homens Utilizando o conceito de g nero e afastando se da dicotomia homem mulher trabalhou se com tr s grupos ocupacionais homens que trabalham mulheres que trabalham fora e donas de casa A an lise inferencial realizada indica que as diferen as entre as propor es m dias de acertos nos tr s grupos ocupacionais s o significat
34. blicas e demais institui es de ensino superior interessadas Fortalecendo a es tendem a solidificar o car ter de mera instru o do ensino e o car ter meritocr tico hier rquico subordinado e tutorial do trabalho docente inspirados em experi ncias internacionais Entre os fios hist ricos expostos neste cap tulo da EAD na forma o docente os desafios a serem enfrentados de fato que os entes confederados estabele am um regime de colabora o que os governos esforcem se para instituir planos de cargos e carreira nos estados e munic pios com acompanhamento e avalia o e seja estabelecida uma s rie de medidas para garantir a forma o dos professores no mbito das universidades reivindica o hist rica do movimento organizado dos professores e das entidades que lutam em defesa da valoriza o dos profissionais da educa o 67 3 FIOS E TEMPOS COM QUANTOS N S SE FAZ UMA REDE A CONSTITUI O DA REDE NACIONAL DE FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES 3 1 Momento Hist rico Essa rede nacional de forma o continuada aspira o n o apenas do movimento sindical mas tamb m do acad mico dos formadores e formadoras aspira o e sonho de um sistema nacional desejado e sonhado h mais de oitenta anos Mas vale o que ser Abicalil grifos nossos Colocamos em ep grafe no in cio deste cap tulo um enunciado que foi dito no I Encontro Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Pr
35. de diversas iniciativas sendo desvalorizado seu papel de promotor de direitos sociais como a educa o O Edital N 01 2003 SEIF MEC difundiu as diretrizes para o encaminhamento de propostas das universidades para o Minist rio da Educa o confirmando as diretrizes da Portaria N 1 403 de 9 de junho de 2003 e esclarecendo as universidades que s o considerados centros de pesquisa e desenvolvimento da educa o doravante simplesmente centros qualquer rg o ou unidade existente ou que venha a ser constitu do no mbito de uma universidade brasileira independentemente de sua denomina o e formato institucional centro n cleo instituto laborat rio grupo etc desde que se dediquem ao desenvolvimento de programas de forma o continuada de professores ou gestores e ao desenvolvimento tecnol gico e presta o de servi os para as redes p blicas de ensino em uma ou mais reas referidas no item 1 7 deste Edital BRASIL 2003 p 2 grifos nossos No enfoque do edital a parceria na educa o consolidada atrav s da forma o de professores no modelo de educa o a dist ncia sendo apoiada pelo MEC as a es de 1 Desenvolvimento de programas e cursos de forma o continuada de professores e gestores para as redes de educa o infantil e fundamental dist ncia e semipresenciais incluindo a elabora o de material did tico para a forma o docente livros v deos softwares 2
36. essas d vidas conosco em determinados momentos dentro do hor rio n T 4 Eu mostro pra eles tamb m que n s somos ali que estamos estudando que de repente at eu enquanto tutor tamb m tenho as minhas d vidas e que eu tamb m posso estar tirando com eles n Essa troca T 2 O ensino a dist ncia eu j ouvi um senador falando tem aqui no Ayrton Salgado da Universo ele estava falando que o ensino a dist ncia tem mais de 20 anos n o sei quantos anos de ensino a dist ncia no Brasil Eu falei assim Nossa Senhora como que n s estamos atrasados porque ele j existe h muito tempo Mas como eu digo no ch o da escola cada interior ele ainda pra gente eu vejo que os meus professores ainda n o vamos supor eu fa o propaganda ass dua da Nova Escola porque uma revista que custa R 2 90 na banca R 2 90 uma linguagem super access vel todo mundo entende o que est escrito ali Traz assim algumas reportagens agora vamos supor esse m s trouxe uma reportagem sobre matem tica f cil assim uma linguagem muito f cil e acess vel eles ainda n o tem esse h bito onde eu estou J compraram Nova Escola J vou na banca tem que comprar e tal assina Quer dizer eu fa o isso sempre com eles pra poder j ir estimulando esse neg cio deles at a revista em casa que eles ainda n o tem T 5 Ah n o uma coisa que eu queria deixar a educa o a dist ncia ela n o s via internet ed
37. gicos tutoria e auto avalia o para suprir a aus ncia f sica dos professores No caso do Pr Letramento a forma o proposta consiste num esfor o de aproxima o e contribui o dos professores universit rios junto aos professores das redes de ensino Esses professores elaboradores das propostas de estudo n o permanecer o face a face com o cursista mas essa rela o de ensino aprendizagem passa a existir em outro patamar firmando se na media o estabelecida pelos meios did tico pedag gicos e tecnol gicos contempor neos os quais possibilitam aprendizagens aut nomas s lidas e seguras BRASIL 2006 p 15 e 16 Finalizando a an lise do fasc culo do manual do tutor constatamos que h um processo em curso que aligeira a forma o docente com forte impacto sobre a produ o do conhecimento Esse processo insere novos pap is na cadeia de forma o docente e novas representa es sobre o trabalho docente Assim o professor tutor identificado e constru do como um sujeito situado Sobral 2005 p 22 n o sendo um fantoche das rela es sociais mas um agente organizador de discursos respons vel pelos seus atos e responsivo ao outro idem p 24 O trabalho do professor na posi o de tutor no programa oscila entre prescri es que o inscrevem na posi o de quem aprende de modo programado e a pr tica da doc ncia na qual orientado aprendizagem e realiza o da forma o do professor send
38. nicos proferidos pelos integrantes de toda esfera da atividade humana O enunciado considerado uma unidade real da comunica o verbal delimitada pela altern ncia dos sujeitos falantes que termina por uma transfer ncia da palavra ao outro cada enunciado 34 um elo na corrente complexa organizada de outros enunciados BAKHTIN 2003 p 272 ligado n o s aos elos que o precedem mas tamb m aos que lhe sucedem na cadeia da comunica o verbal Na verdade o enunciado uma resposta a enunciados anteriores podendo confirm los refut los complet los basear se neles responder ao j dito provocando as mais variadas respostas Desse modo ao reunir o material do PPL e os documentos oficiais que formam a estrutura do programa localizamos que distintamente havia uma cadeia de enunciados j tecidos hist rica e socialmente e que a orienta o social do enunciado ou seja o que para Bakhtin 1981 esta depend ncia do enunciado face ao peso hier rquico e social do audit rio tendo em vista a s classe s a qual is pertence m os interlocutores sua situa o financeira sua profiss o sua fun o mostrava se de maneira distinta conforme Universidades demonstramos abaixo Minist rio da Educa o SEED Coordena o Nacional Edital Produz os cat logos da rede Secretaria Estadual e Municipal de Educa o Ades o Coordenar acompanhar e executar as atividades do programa Assesso
39. o N 0 Set Out Nov 1995 234 A Reinven o da Alfabetiza o In Presen a Pedag gica v 9 n 52 Belo Horizonte Dimens o Jul ago 2003 Letramento e alfabetiza o as muitas facetas Trabalho apresentado ao GT Alfabetiza o Leitura e Escrita 26 Reuni o Anual da ANPEd Po os de Caldas de 5 a 8 de outubro de 2003 Letramento Um Tema em Tr s G neros Belo Horizonte Aut ntica 2004 Letramento e Escolariza o In RIBEIRO Vera M Letramento no Brasil 2 Ed S o Paulo Global 2004 Letramento e alfabetiza o as muitas facetas Anais da 26 Reuni o Anual da ANPEd Dispon vel em www anped org br 26 outrostextos semagdasoares doc maio de 2006 SOBRAL Adail Ato atividade e evento In BRATT Beth org Bakhtin conceitos chaves S o Paulo Contexto 2005 STREET Braian V LEFSTEIN Adam Literacy an advance resource book London New York Routledge 2007 Literacy in theory and practice Cambridge Cambridge University Press 1984 Cross cultural approach to literacy New York Cambridge University Press 1993 Social literacies critical approaches to literacy in development ethnography and Education London Longman 1985 Abordagens alternativas ao letramento e desenvolvimento Teleconfer ncia UNESCO Brasil sobre Letramento e Diversidade Telecongresso SESI Dispon vel em http telecongressosesi org br Acessado em 17 02 09 What s new i
40. o do seu conhecimento e da pr tica cient fica e pedag gica Predominam curr culos centrados na transmiss o de conte dos com fr gil abordagem pr tica e problematizadora devido aus ncia de processos formativos que promovam a renova o O programa Valoriza o e Forma o de Professores e Trabalhadores da Educa o vem de encontro a esses problemas prestando assist ncia t cnica e financeira aos sistemas de ensino para a concep o e a pr tica de um plano de forma o de professores e de valoriza o do magist rio O programa ser implantado em parceria com estados Distrito Federal munic pios e institui es governamentais e n o governamentais afins e institui es federais de ensino superior promovendo a es conjuntas entre as tr s esferas da administra o p blica Essas a es possibilitar o a capacita o de cerca de 2 5 milh es de professores e outros profissionais que atuam na educa o b sica desde a educa o infantil at o ensino m dio BRASIL 2003 p 8 grifos nossos 80 Notou se que a parceria na rea educacional de forma o de professores anunciava a articula o p blica e privada que sob a nfase dos processos de forma o a dist ncia banalizava a forma o docente e sua atividade interacional em sua ess ncia o que privilegiava o ensino presencial Os elos entre as federa es instauravam as redes de possibilidades com vistas redu o de custos e expans o d
41. o fundamentais no cotidiano escolar Os fasc culos apresentam um roteiro polif nico em que o discurso oficial o discurso acad mico e o discurso docente interagem Assim concebemos o material do PPL como um di logo em que todos os comunicantes governo academia e docentes t m suas vozes pronunciadas ouvidas e reconstru das num processo que se enriquece intensamente quando essas vozes emergem num contexto em que a profus o de discursos sociais faz se presente Dessa forma a inclus o de caixas de di logos distintas no material de forma o sob a perspectiva da polifonia possibilita que esses textos sejam compreendidos numa abordagem em que m ltiplas interpreta es s o poss veis como um discurso com fun o formadora ANDRADE 2004 p 25 ou seja as vozes presentes formam uma interlocu o com o leitor projetado isto o professor da educa o b sica Dessa forma o discurso do fasc culo constituiu se como um espa o de dizeres em que o saber docente come a a ganhar visibilidade 138 Nessa perspectiva os fasc culos s o entendidos como uma obra no sentido que Bakhtin atribui ao termo A obra assim como a r plica do di logo visa resposta do outro dos outros uma compreens o responsiva ativa e para tanto adota todas as esp cies de formas busca exercer uma influ ncia did tica sobre o leitor convenc lo suscitar sua aprecia o cr tica influir sobre mulos e continuadores etc A obra
42. o do jornal Letra A em maio de 2005 destinado aos professores alfabetizadores brasileiros Outra dimens o fundamental dos programas desenvolvidos na Rede tem sido a de qualificar a oferta de forma o professores t m direito a uma forma o oferecida por universidades e nesse contexto as escolas e sistemas de ensino passam a se dirigir a esses Centros Dentre as a es da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica inseriu se o desenvolvimento do programa Pr Letramento nomeado pelo Minist rio da educa o como Mobiliza o pela qualidade da Educa o Na estrutura organizacional do PPL h pap is diferenciados tais como coordenador geral professor cursista professor formador de tutor e tutor 40 Na p gina 251 deste trabalho h uma tabela com os materiais dos centros e o endere o de seus respectivos sites e o material do programa Pr letramento 91 Nessa estrutura caberia ao tutor participar dos momentos iniciais de forma o realizar todas as atividades previstas no curso de forma o continuada dos tutores do programa informar altera es cadastrais e mudan as nas suas condi es para inscri o e perman ncia no curso de forma o e controlar a frequ ncia dos professores cursistas transmitindo os dados coletados para a universidade A implementa o desse programa aconteceu em tr s fases 1 ades o dos munic pios e estados 2 etapa de revezamento e 3 etapa d
43. o do projeto no Senado no mesmo per odo o MEC lan ou primeiramente o Manual da Rede que tinha como objetivo de uniformizar e disciplinar em conson ncia com a legisla o em vigor os procedimentos adotados para transfer ncias de recursos por meio de conv nios BRASIL 2004 p 4 Consolidado neste Manual estavam os conceitos b sicos formalidades instru es para a correta aplica o dos recursos e presta o de contas al m de modelos de documentos Assim o documento de car ter informativo procurava contribuir para que os recursos p blicos descentralizados fossem aplicados de forma eficiente e eficaz de acordo com as normas reguladoras MINIST RIO DA EDUCA O SECRETARIA DE EDUCA O B SICA SEB REDE NACIONAL DE FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES 3 REDE NACTONAT DF FORMA O CONTINTIANA DF PROFESSORES NDICE Apresenta o L Manual de acompanhamento da REDE 2 Manual de presta o de contas 3 Manual de produtos 3 Anexos Figura 8 Manual da Rede O Manual da Rede propunha se como estrat gia inicial de integra o e como instrumento b sico de divulga o e mobiliza o a realiza o de Semin rios que definiriam as diretrizes do funcionamento geral da Rede e seu foco eram a discuss o do plano de trabalho a an lise da rela o dos itens aprovados a execu o financeira e a reformula o f sica e financeira dos Centros Dessa forma em fevereiro de 2005
44. o em alfabetiza o sendo que a disciplina alfabetiza o era oferecida com uma carga hor ria m nina nos cursos de forma o conforme apresentado abaixo gt Par metros Curriculares s o documentos oficiais em n vel federal com propostas oficiais para o ensino das disciplinas curriculares L Portuguesa Lit Imaslil AlfabeLiza o E 109 lt 100 HORAS 100 700 HORAS 200 300 BORAS 300 HORAS Fonte Relat rio Novos Caminhos 2003 Segundo o documento por meio de uma pesquisa quantitativa realizada pelos autores do relat rio as secretarias de educa o afirmam que as institui es de ensino superior de suas respectivas regi es incluindo as universidades n o preparam professores para alfabetizar BRASIL 2003 p 127 Os autores apresentam ainda um mapeamento das refer ncias bibliogr ficas consideradas pelas secretarias de educa o e pelas universidades como importantes e atualizadas para rea de alfabetiza o conforme podemos observar abaixo AUTOR MAIS CITADO Prhlica es mendanai por Dis SECreciTies OU OB dentre uu 24 que Tesponderam Fonte Relat rio Novos Caminhos 2003 Total de t tulos Autor mais citado Fublica es gua recatar Eu mais men es dentro as I7 Univorsidadeas Fonte Relat rio Novos Caminhos EM LIA FERREIRO E T TULOS DIFERENTES PMs Ciocamentos oficas do MEO ou da Serrara Froremo amp Teberneiy Progon da Hnsgua esri Ferero
45. pr escolas das redes p blicas municipais e os professores da educa o b sica estaduais e da rede privada sem fins lucrativos H tr s n veis de certifica o que constituem ciclos de estudo o comunit rias filantr picas ou confessionais b sico de extens o com 120 horas de dura o o intermedi rio de conveniadas ou n o aperfei oamento com 180 horas e o avan ado de especializa o com 360 horas 2006 Pr letramento Mobiliza o pela Qualidade da Educa o um programa de forma o continuada de professores das s ries iniciais do ensino fundamental para melhoria da qualidade de aprendizagem da leitura escrita e matem tica 2007 Sistema Nacional de Forma o De Professores Cria o do sistema com o objetivo de assegurar a qualidade da forma o dos professores que atuar o ou que j estejam em exerc cio nas escolas p blicas al m de integrar a educa o b sica e superior visando qualidade do ensino p blico tamb m ir expandir a oferta e melhorar a 2008 Proinfo Integrado O Prolnfo Integrado um programa de forma o continuada voltada para o uso did tico pedag gico das Tecnologias da Informa o e Comunica o TIC no cotidiano escolar 2008 Portal do Professor O conte do do portal inclui sugest es de aulas de acordo com o curr culo de cada disciplina e recursos como v deos fotos mapas udio e textos Nele o pr
46. pravda nica tanto do fato como do sentido em sua unidade concreta Bakhtin 1993 p 46 Destacamos que no trabalho Para uma filosofia do Ato considerado germinal o fil sofo diz Eu penso que a linguagem est muito mais adaptada a enunciar precisamente essa verdade BAKHTIN 1993 p 48 Dessa forma constatamos que a quest o da linguagem estava ainda se configurando para ganhar o destaque posterior que ganhou em seus estudos mas nesse primeiro momento a rela o ato e linguagem j se apresentava pois para o autor historicamente a linguagem cresceu a servi o do pensamento participativo e dos atos realizados e come a a servir ao pensamento abstrato apenas em nossos dias Ibidem Bakhtin aponta tamb m nesse estudo que a palavra em sua plenitude ou seja em seu aspecto de sentido a palavra conceito seu aspecto palp vel expressivo a palavra imagem e seu aspecto emotivo volitivo a entona o da palavra BAKHTIN 1993 p 49 em sua unidade pode ser responsavelmente v lida ou seja em russo pravda a verdade 157 Amorim 2006 p 19 exp e que as proposi es de Bakhtin sobre as ci ncias humanas constroem se entre pravda e istina entre univocidade e multiplicidade e que ao final de sua vida o autor continuava interrogando o que j estava posto em sua obra inicial de que forma articular o universal e o singular a teoria e o ato Em seu texto O problema do texto na lingu stica na filologia
47. predetermina as posi es responsivas do outro nas complexas condi es da comunica o verbal de uma dada esfera cultural A obra um elo na cadeia da comunica o verbal BAHKTIN 2003 p 298 O extrato a seguir apresenta um relato docente em que descrita uma atividade de leitura em sala de aula dessa forma a voz docente legitima o discurso acad mico procurando articular a teoria e a pr tica no discurso do fasc culo Figura 23 Caixa de di logo presente no fasc culo com experi ncia pedag gica de atividade de leitura Nesse contexto iremos apresentar os fasc culos do PPL que refletem e refratam os saberes cient ficos e escolares do campo da forma o na rea de alfabetiza o e linguagem e no pr ximo cap tulo aprofundaremos a an lise do Manual do Tutor 4 7 1 Fasc culo 1 Capacidades lingu sticas alfabetiza o e letramento 139 O fasc culo 1 apresenta concep es fundamentais de alfabetiza o letramento e l ngua materna O documento at m se a organizar em forma de grade curricular as principais capacidades a serem introduzidas retomadas ou trabalhadas sistematicamente com o objetivo de consolidar o processo de aprendizagem da leitura e da escrita dos alunos dos primeiros tr s anos do ensino fundamental Segundo diretrizes do documento ao final desse per odo os alunos dever o compreender a natureza alfab tica do sistema de escrita Embora o fasc culo n o explicite a concep o bakhti
48. segundo o texto do Guia as experi ncias docentes pessoais suas incurs es te ricas seus saberes da pr tica ir o possibilitar que no processo de forma o novos significados sejam atribu dos a sua pr tica Nesse sentido a proposta de forma o continuada registrada no Guia Geral centrada no potencial de autocrescimento docente e no reconhecimento de uma base de conhecimentos j existente na bagagem de recursos profissionais do professor Identificamos tal princ pio fundamentado em Tardif 2002 que define o saber docente como um saber plural formado pelo am lgama mais ou menos coerente de saberes oriundos da forma o profissional e de saberes disciplinares curriculares e experienciais Refletindo sobre o processo de forma o de professores Tardif argumenta que se deve levar em conta o conhecimento do trabalho dos professores seus saberes cotidianos Tal 134 postura desconstr i a ideia tradicional de que eles s o apenas transmissores de saberes produzidos por outros grupos O autor aponta que os professores s o sujeitos do conhecimento assim importante que os programas de forma o continuada possam valorizar os professores de profiss o ao mesmo tempo que promovam sua forma o continuada buscando a constru o de conhecimentos e valoriza o de sua pr tica educativa e dessa forma promovam ainda um repensar de caminhos engajados na realidade da escola As escolas tornam se assim n o s lugare
49. uma enuncia o sobre a enuncia o BAKHTIN 2006 p 147 Em segundo lugar destacamos que segundo Marcushi 2001 na passagem do oral para o escrito ocorrem transforma es entre os processos de transcri o ou transcodifica o e o de retextualiza o Dessa forma na entrevista coletiva acad mica o processo que ocorre na passagem do oral para o escrito seria ent o a transcodifica o ou seja a passagem de um texto de sua realiza o sonora para a gr fica com base em procedimentos convencionalizados Embora as mudan as operadas no processo de transcodifica o n o devam interferir na natureza do discurso produzido do ponto de vista da linguagem e do conte do na passagem de uma modalidade da l ngua para outra h procedimentos e decis es 81 As conven es adotadas para as transcri es adotadas neste estudo encontram se no anexo A desse estudo 194 que conduzem a mudan as relevantes e que n o podem ser ignorados no mbito da pesquisa Apesar de procurarmos ser o mais fiel poss vel fala de nossos sujeitos de pesquisa Na edi o das entrevistas eliminamos quase sempre hesita es pausas falsos come os sobreposi es As entrevistas coletivas foram realizadas nas escolas em que os encontros de tutores aconteceram no ano de 2008 no estado do RJ no hor rio anterior ao encontro de forma o sendo conduzidas pela pesquisadora mas todos os interlocutores entrevistadora e entrevistadas tiveram a o
50. 15 Iguaba Grande 16 Itaborai 250 250 500 6 6 17 Itaguai 35 15 50 1 1 18 Italva 19 Itaocara 20 20 40 1 1 20 Japer 80 80 160 1 1 21 Maca 140 140 280 4 3 22 Mage 23 Mangaratiba 58 58 116 1 1 24 Mendes 0 80 80 0 1 25 Mesquita 49 20 69 1 1 26 Miguel Pereira 30 0 30 1 0 27 Natividade 40 40 80 1 1 28 Nova Friburgo 29 Para ba do Sul 80 80 160 1 1 30 Paty do Alferes 67 67 134 1 1 31 Pira 21 45 66 1 2 32 Porci ncula 20 20 40 1 1 33 Porto Real 35 25 60 1 1 34 Quatis 20 20 40 1 1 35 Quissam 25 20 45 1 1 36 Resende 50 40 90 2 2 37 Rio Bonito 68 48 116 2 2 38 Rio Claro 22 44 66 1 1 39 Rio das Flores 0 40 40 0 1 40 Rio das Ostras 117 117 234 1 1 Rio de Janeiro REDE ESTADUAL 1075 505 1580 26 14 41 Santa Maria Madalena Santo Ant nio 42 de P dua 0 25 25 0 1 43 S o Fid lis 44 S o Francisco de Itabapoana 45 S o Jo o de Meriti 80 80 160 1 1 46 S o Pedro da Aldeia 42 40 82 1 1 47 Seropedica 48 Silva Jardim 60 60 120 1 1 49 Sumidoro 17 18 35 1 1 50 Tangu 40 40 80 1 1 51 Tr s Rios 52 Valen a 53 Varre Sai 32 28 60 1 1 54 Vassouras Total 2996 2412 5507 73 63 Fonte Coordena o Pr letramento RJ SEE Ao analisarmos o n mero de professores inscritos no programa e os certificados verificamos uma clara diferen a entre os quantitativos de inscri o e certifica o Dessa forma no quinto cap tulo desse estudo apresentaremos alguns dados coletados na aplica o do question rio conforme descrevemos
51. 183 audit rio podemos dizer que o discurso do fasc culo quando se refere ao papel do professor tutor proferido respectivamente pelo MEC e pelas universidades que representam o programa e dirigem se a um outro a um ouvinte o professor tutor Assim depreende se desses discursos que tais documentos s o as pr prias palavras do MEC e das universidades que comp em a Rede dirigida aos professores tutores ou seja s autoridades que ocupam o posto m ximo da hierarquia da administra o e da pesquisa educacional nas suas respectivas esferas sociais apresentam sociedade brasileira e ao seu audit rio educacional professores tutores o projeto de forma o continuada em que um novo sujeito aparece na forma o continuada docente e que tem no papel do professor tutor a s ntese de muitas reconfigura es do trabalho docente considerando que o professor tutor n o especialista na rea em que atua Segundo Bakhtin 2003 p 312 quando escolhemos uma palavra durante o processo de elabora o de um enunciado costumamos tir la de outros enunciados e acima de tudo de enunciados que s o aparentados ao nosso pelo g nero isto selecionamos as palavras segundo as especificidades de um g nero Portanto n o s o meras palavras pronunciadas ou escritas no fasc culo do tutor mas s o as palavras do MEC e das universidades que comp em a Rede Desse modo uma caracter stica importante no discurso dessas
52. 1995 e da cria o Escola Secretaria de Educa o a Dist ncia SEED em 1996 n o raro o modelo de capacita o segue as Esse programa foi analisado em diversas pesquisas acad micas Ver por exemplo Salles 2005 Almeida 2004 Inerelli 2004 Perosa 2003 Tanus 2002 Meurer 2001 Siqueira 2000 Armas 1999 Pessoa 1999 Castro 1998 Lima 1997 Trindade 1996 Scala 1995 21 caracter sticas de um modelo em cascata no qual um primeiro grupo de profissionais capacitado e transforma se em capacitador de um novo grupo que por sua vez capacita um grupo seguinte GATTI amp BARRETO 2009 p 202 Procuramos neste estudo analisar o contexto s cio hist rico da forma o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e do Programa Pr letramento identificar as concep es de educa o alfabetiza o letramento forma o continuada e tutoria subjacentes ao programa e investigar em que medida e em que perspectiva o Programa Pr letramento tem contribu do para atender as demandas que impulsionaram sua cria o aprofundando a an lise nos professores tutores Dessa forma na presente disserta o buscamos considerar as rela es entre a macro abordagem ou seja o contexto e o processo de formula o e implementa o do Programa no cen rio nacional e uma meso abordagem que de acordo com N voa 1992 p 15 permitir nos escapar ao vaiv m tradicional entre uma percep o m
53. 2003 p 13 Na introdu o do fasc culo do tutor evidencia se que o objetivo da prepara o do fasc culo foi de contribuir para a prepara o em rela o ao trabalho de orientador de estudos uma vez que voc possa por meio das discuss es realizadas compreender propor e buscar resolver problemas que possivelmente vem enfrentando em seu trabalho de formador grifos nossos No texto do fasc culo do tutor mais precisamente na se o acima mencionada h recorrentes enunciados como o citado anteriormente que definem o papel do fasc culo do tutor como orientador da pr tica de forma o docente Em decorr ncia desse posicionamento acreditamos que tecer uma an lise documental do fasc culo do tutor pautada pela perspectiva dial gica ultrapassa o reconhecimento daquilo que o fasc culo mostra acerca do professor tutor mas pressup e compreender como se sustentam essa concep o em que circunst ncias quais os sujeitos que dizem e quais os lugares que esses sujeitos ocupam na sociedade sob a gide de qual grupo pol tico e em qual poca o fasc culo do tutor insere se Portanto para entender determinado discurso sobre a tem tica do professor tutor depende tamb m de conhecermos os elementos que fazem parte da situa o extraverbal ou seja a finalidade do discurso o momento hist rico em que foi produzido o car ter ideol gico do discurso a identidade dos interlocutores os discursos dos outros que se entrecruza
54. 334 D 334 33 4 F Navegando na internet 33 5 A 33 5 B 33 5 C 335 D 33 5 33 5 F Estudando ou preparando aula do Pr TADA 33 6 A 33 6 B 33 6 C 33 6 D 33 6 33 6 F 35 Marque a frequ ncia com que voc l os seguintes tipos de leitura Marque apenas UMA op o em cada linha Nunca D A pero Livros de fic o 35 1 A 35 1 B 35 1 C 35 1 D Livros de n o fic o 35 MA 35 2 B 35 2 C 35 2 D Livros de poesia 35 3 A 35 3 B 35 3 C 35 3 D Jornais 35 4 A 35 4 B 35 4 C 35 4 D Revistas de informa o geral 35 5 A 35 5 B 35 5 C 35 5 D Livros did ticos ou manual para o professor 35 6 A 35 6 B 35 6 C 35 6 D Sites de Internet 35 NA 35 B 35 7 C 35 7 D Outros QUAIS eterea r Serasa deste di e Sd 35 8 A 35 8 B 35 8 C 35 8 D 36 Durante as aulas do Pr Letramento voc realizou a leitura deleite com os professores Nunca Algumas vezes Quase sempre Sempre 36 A 36 B 36 C 36 D 37 Cite dois livros que voc leu na forma o especificamente e que os professores gostaram muito T TULO DO LIVRO QUEM INDICOU 38 Destes livros citados o que voc teria a mencionar sobre o trabalho que dele CECORTOU Ss ces da dios el nn SA E A eo E Pata qa da di Ro RG AR SRS AP NDICE N 272 REVIS O BIBLIOGR FICA COM TEMA LETRAMENTO EM AMBITO NACIONAL BASEADO NO SCIELO Per odo de 1998 at 2009 T TULO DO ARTI
55. 51 322 7561 Fax 61 224 9716 E mail secretaria O andes org br URL http www andes org br CONTEE SRTV Sul Q 701 BI 2 Edif cio Assis Chateaubriand Sala 436 Bras lia DF 70340 906 TeleFax 61 226 1278 E mail conteedf O solar com br FASUBRA Sindical Campus da Universidade de Bras lia Multiuso BI C Sala C1 7 C Postal 04539 Bras lia DF 70719 970 Tel 61 349 9151 Fax 61 349 1571 E mail fasubra O fasubra org br URL www fasubra org br ANEXO C Gm ACEEL de Educa o Centro de Estudos eni Educa o e Linguagem Caria de ades o A Secretaria de Educa o vem por meio deste declarar ades o ao Programa de Forma o Comtimuada promovido pelo Centro de Estudos em Educa o e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco em parceria com o Minist rio da Educa o a Uni o dos Dirgentes Municipais de Educa o de Pemambooo e as secretarias cmanicipas de educa o de Pernambuco que aderiram ao programa No lbembito deste programa secretaria possibiliar que professores do Ensino Fundamental e professores que atuar o como tutores parcicipem do sp cursofsp com carga hor ria de 100 horas sendo id presenciais e J n o presenciais contabilicadas a partir da devoluta de relat rios de aula e mealica o de gutas tarefas propostos Declara portamo estar de acordo com os termos desta cara de ades o e compromete se a cumprir com suas atribui es aob pena de ser deslig
56. Curso de Pedagogia Parecer CNE CP n 03 2006 Reexame do Parecer CNE CP n 5 200 Resolu o CNE CP n 01 2006 Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Gradua o em Pedagogia licenciatura Lei Decreto 11 738 6 de julho de 2008 6 755 29 de janeiro de 2009 Regulamenta a al nea e do inciso III do caput do art 60 do Ato das Disposi es Constitucionais Transit rias para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magist rio p blico da educa o b sica Institui a Pol tica Nacional de Forma o de Profissionais do Magist rio da Educa o B sica disciplina a atua o da Coordena o de Aperfei oamento de Pessoal de N vel Superior CAPES no fomento a programas de forma o inicial e continuada e d outras provid ncias 246 AP NDICE G QUADRO COM A CONTEXTUALIZA O HIST RICA DA REDE NACIONAL DE FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES DOCUMENTO S NTESE O discurso registra as diretrizes educacionais a serem norteadores do programa de governo luta contra o analfabetismo distribui o de 2 de janeiro de 2003 Discurso da posse de Ministro da Educa o responsabilidades das pol ticas educacionais entre os governos federais estados e munic pio qualidade de ensino em harmonia com os padr es internacionais luta pela valoriza o do professor e nova universidade Documento Toda Crian a
57. PPL Embora esse conhecimento esteja em circula o nos fasc culos traz lo para sala de aula implica conhec lo estud lo compreend lo e saber coloc lo em funcionamento 129 O papel do professor na perspectiva do letramento em um enfoque voltado para a pr tica social ir direcionar o trabalho docente a partir das pr ticas letradas e das fun es da escrita da comunidade do aluno Nessa perspectiva a escola torna se um espa o em que h o encontro plural de sujeitos com v rias vozes e dimens es do conhecimento que precisam conscientizar se que s o parte constitutiva de uma sociedade letrada e que t m bagagens culturais diversificadas A quest o apontada nesse estudo conduz nos reflex o de que o programa governamental Pr letramento j n o faz parte de uma rela o de poder e de uma forma de conter as pr ticas socioculturais n o tratando apenas dos fatores pedag gicos cognitivos Nesse sentido retomamos Street amp Lefstein 2007 p 42 que argumentaram sobre o letramento contestado O modo como as pessoas grupos sociais abordam a leitura e a escrita em si s j est enraizada em concep es de conhecimento identidade e ser 2 O letramento neste sentido sempre contestado tanto seus significados quanto suas pr ticas de forma que determinadas vers es sempre est o enraizadas em determinada vis o de mundo e um desejo de que tal vis o do letramento domine e margina
58. Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o que estabeleceu no pa s um novo regime de colabora o da Uni o com os estados e munic pios respeitando a de autonomia dos entes federados Calend rio A partir de 2007 com a ades o ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o os estadas e munic pios elaboraram seus respectivos Planos de A es Articulada onde puderam refletir suas necessidades e aspira es em termos de a es demandas prioridades e metodologias visando assegurar a forma o exigida na LDB para todos os professores que atuam na educa o b sica Paulo Freire Previs o de oferta Os Planejamentos Estrat gicos foram aprimorados com o Decreto 6 75 de janeiro de 2009 que instituiu a Politica Nacional de Forma o dos Profissionais do Magist rio da Educa o B sica com a finalidade de organizar em regime de colabora o da Mapa das pr inscri es Uni o com os estados Distrito Federal e munic pios a forma o inicial e continuada desses profissionais O Plano Nacional de Forma o destinado aos professores em exerc cio das escolas p blicas estaduais e municipais sem forma o adequada LDB oferecendo cursos superiores p blicos gratuitos e de qualidade com a oferta cobrindo os munic pios de 21 estados da Federa o por meio de 76 Institui es P blicas de Educa o Superior das quais 48 Federais e 28 Recuperar Senha Estaduais com a colabora o de 14 universidades comuni
59. Podemos ent o caracterizar a ideologia como sendo um fen meno de linguagem que a partir das ininterruptas intera es sociais ganha atrav s do signo verbal sentidos variados que aderem e assumem diferentes posi es sociais Sendo assim a linguagem enquanto sistema compartilhado por distintos grupos sociais torna se um poderoso ve culo de conflitos ideol gicos diversos dentro de diferentes contextos Bakhtin 1992 p 95 atesta que 162 De fato a forma lingu stica como acabamos de mostrar sempre se apresenta aos locutores no contexto de enuncia es precisas o que implica sempre um contexto ideol gico preciso Na realidade n o s o palavras o que pronunciamos ou escutamos mas verdades ou mentiras coisas boas ou m s importantes ou triviais agrad veis ou desagrad veis etc A palavra est sempre carregada de um conte do ou de um sentido ideol gico ou vivencial assim que compreendemos as palavras e somente reagimos quelas que despertam em n s resson ncias ideol gicas ou concernentes vida grifos nossos Al m dos postulados expostos buscamos na extensa obra de Bakhtin algumas categorias te ricas que por estarem diretamente ligadas ao objetivo da pesquisa ajudaram nos na delimita o e compreens o do nosso objeto de investiga o Elas ser o desenvolvidas a seguir pois seus modos de compreens o abrem caminhos para an lise dos dados acrescentando elos nessa cadeia infinita de enunciados que se ent
60. Rio de Janeiro Centro de Filosofia e Ci ncias Humanas Faculdade de Educa o Programa de P s Gradua o em Educa o A Disserta o Tecendo os fios da rede O programa pr letramento e a tutoria da forma o continuada de professores alfabetizadores da educa o b sica Mestranda Elizabeth Orofino Lucio Orientada pelo a Prof Dr Ludmila Tom de Andrade E aprovada por todos os membros da Banca Examinadora foi aceita pela Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro e homologada pelo Conselho de Ensino para Graduados e Pesquisa como requisito parcial obten o do t tulo de MESTRE EM EDUCA O Rio de Janeiro 29 de mar o de 2010 A Banca Examinadora Fa NA D 1i Prof Dr Ludmila Thom de Andrade pr er ensaios Presidente E Crunk Prof Dr Patr cia Corsino Prof Dr Edith Ione dos Santos Frigotto Ao Senhor por ter me feito compreender que Olho nenhum viu ouvido nenhum ouviu mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam I Cor ntios 2 9 AGRADECIMENTO TECENDO O MUNDO DA CULTURA E DA VIDA Eu poderia dizer que teci meu cotidiano nos dois ltimos anos do mestrado Nesse tempo o processo de constru o da disserta o em um curto per odo e sua apresenta o simbolizam a culmin ncia de um per odo de trabalho acad mico intenso e rduo Por m eu estaria cometendo um grande erro ao afirmar isso O dia de
61. Tamb m agrade o afetuosamente ao Professor Doutor Roberto Leher por sua contribui o singular suas instiga es no que diz respeito ao contexto hist rico deste estudo e sua aten o durante o processo de constru o deste trabalho Obrigada pelas horas de discuss o e dedica o Agrade o Professora Doutora Patr cia Corsino por seu di logo durante a disciplina Letramento e Escola que muito contribuiu para este estudo e em especial pelo incentivo para escrever meu primeiro artigo em um evento internacional Ludmila Edith Roberto e Patr cia constituem vozes neste trabalho e deixaram marcas em minha trajet ria no mundo da cultura pois s deixa marcas quem se aprofunda Muito obrigada Agrade o aos professores do programa de P s Gradua o em Educa o da UFRJ Lib nia Xavier M rcio da Costa Renato Jos de Oliveira e Ana Maria Cavaliere pela dedica o frente da dire o da faculdade e pelo respeito aos alunos Agrade o aos funcion rios da Secretaria da P s Gradua o da UFRJ Solange Rosa Henrique Mallet e Aline Lyra pelo profissionalismo e efici ncia no trabalho pelo carinho gentileza e dedica o aos alunos sob a coordena o da Sol Voc s iluminam nossas vidas Aos professores do exame de qualifica o Carmem Teresa Gabriel Edith Frigotto e Roberto Leher pela gentileza e contribui o no processo de constru o desta disserta o Ao Centro de Estudos da Linguagem da Universidade Federal
62. a vis o e que eu acho que n o vai ter uma vez que agora com esse ensino fundamental de 9 anos mais uma vez eles quiseram colocar realmente a alfabetiza o dentro realmente do ensino fundamental sem tratamento diferenciado nenhum nica coisa que eles fizeram foi criar um bloco de 3 anos n pra ter a promo o autom tica e agora adiou a situa o l pra frente n O menino que n o se alfabetiza com 1 ano ele tem mais 2 anos pela frente pra conseguir ser alfabetizado esse que o nosso problema muito grande e que essa forma o agora acho que est ajudando muito isso porque os professores n o est o conseguindo lidar com esse aluno que n o consegue ser alfabetizado em 1 ano e automaticamente 211 promovido e eles ficam desesperados porque n o tem o que fazer eles n o t m nenhum suporte pra isso Sabendo se que nenhuma compreens o poss vel fora da situa o real de intera o pretendemos analisar a complexidade dos sentidos atribu dos forma o continuada de professores problematizando a a partir das tens es negocia es e decis es vivenciadas pelos professores tutores em seu cotidiano por assim dizer no pr prio ch o da forma o ou seja no mbito estadual e municipal Na perspectiva dos professores tutores a forma o de professores a dist ncia encontra se em fase embrion ria pois a compreens o sobre os momentos de estudo n o presenciais ainda n o s o uma realidade efetiva no
63. aproxima o Em que vai me ajudar a forma o continuada perguntam os professores Aprendizagem de adultos princ pios Desenvolvimento profissional A educa o a dist ncia na perspectiva da aprendizagem adulta e aut noma Professor orientador um formador 2 Reflex o Perguntas pedag gicas estrat gias de problematiza o Narrativas 3 Grupos de estudos O que um grupo de estudos Grupo de estudos seus princ pios e objetivos Como fazer o grupo de estudos funcionar A forma o vista como sin nimo de desenvolvimento profissional do professor estruturando o processo de forma o numa perspectiva realmente comprometida com a finalidade de auxiliar os professores a crescerem qualitativamente em seu trabalho e auto afirmando se positivamente em sua profiss o de docentes permite que a forma o avance da condi o comum de curso de atualiza o para a condi o de processo de desenvolvimento profissional de professores BRASIL 2006 p 12 Concebendo a forma o como desenvolvimento profissional e a reflex o sobre o trabalho docente como viabilizadora dessa forma o em um formato de EAD o discurso insere a forma o continuada como um projeto pessoal e profissional de cada professor que de forma aut noma precisa se responsabilizar pela sua qualifica o profissional h necessidade do desenvolvimento desse tipo de aprendizagem aut noma tendo em vista que hoje n o se concebe mais a id ia
64. as muitas facetas Especificamente nesse trabalho a autora recupera a evolu o dos conceitos de alfabetiza o e letramento informando que no cen rio nacional h um movimento de inven o da palavra letramento e desinven o da palavra alfabetiza o Dessa forma a alfabetiza o perdeu suas especificidades o que teve como consequ ncia o prec rio n vel de dom nio da l ngua escrita em ciclos e s ries iniciais 118 do ensino fundamental assim a autora considera necess ria a recupera o da especificidade da alfabetiza o em suas m ltiplas facetas e sua integra o com o processo de letramento No mesmo ano o livro Letramento no Brasil organizada por Vera Masag o Ribeiro obra em que v rios autores debatem os problemas de investiga o dos resultados da pesquisa do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional INAF do ano de 2001 a respeito do alfabetismo funcional de jovens e adultos brasileiros apresenta na introdu o que a raz o pela op o na pesquisa de se utilizar uma abordagem sobre alfabetiza o leitura e escrita que Essa nova abordagem da qual se cunhou o termo letramento procura compreender a leitura e a escrita como pr ticas sociais complexas desvendando sua diversidade suas dimens es pol ticas e implica es ideol gicas o INAF optou pelo termo alfabetismo e n o analfabetismo funcional para se referir a pr ticas de leitura e escrita presen a da linguagem escrita na cu
65. atividades presenciais e a dist ncia que seriam acompanhadas por professores orientadores tamb m chamados tutores 19 O Programa Pr letramento Mobiliza o pela Qualidade da Educa o tem por objetivo declarado 1 oferecer suporte a o pedag gica dos professores dos anos s ries iniciais do ensino fundamental contribuindo para elevar a qualidade do ensino e da aprendizagem de L ngua Portuguesa e Matem tica 2 propor situa es que incentivem a reflex o e a constru o do conhecimento como processo cont nuo de forma o docente 3 desenvolver conhecimentos que possibilitem a compreens o da matem tica e da linguagem e seus processos de ensino e aprendizagem 4 contribuir para que se desenvolva nas escolas uma cultura de forma o continuada 5 desencadear a es de forma o continuada em rede envolvendo Universidades Secretarias de Educa o e Escolas P blicas dos Sistemas de Ensino BRASIL 2007 p 2 No panorama do presente trabalho importante ressaltar que a forma o continuada de professores tem recebido destaque e n o um tema recente na pauta da agenda educacional visto que diversas propostas t m sido criadas e desenvolvidas na ltima d cada nessa rea Algumas dessas propostas de forma o foram mais abrangentes ou seja alcan aram todo o territ rio nacional como Par metros em A o e o Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores PROFA Outras propostas promoveram a
66. cultura ac stica como a mo ambicana para em seguida fazer uma an lise da import ncia das l nguas maternas um dos atributos culturais mais significativos de um povo Para melhor contextualizar a tem tica que se prop e desenvolver o autor apresenta em tra os bastante gerais alguns dados hist ricos pol ticos e sociais de Mo ambique Em seguida indaga em que medida o poder pol tico sa do da independ ncia levou em considera o os tra os fortes da oralidade presentes nesta cultura e de que modo tal pol tica influenciou ou n o o processo de letramento A ado o da l ngua portuguesa como l ngua de ensino e a conseq ente rejei o por parte do poder pol tico do estudo sistematiza o e introdu o das l nguas mo ambicanas nas primeiras s ries t m contribu do para o agravamento das taxas de analfabetismo e para perdas quem sabe irrevers veis das tradi es orais ao mesmo tempo que constitui uma desvaloriza o das v rias culturas tnicas A solu o preconizada estar na introdu o de um biling ismo Isto implica a transforma o da l ngua de oralidade em l ngua escrita e a conserva o de uma l ngua estrangeira como segunda l ngua Esta segunda l ngua sendo l ngua oficial ter um papel importante em muitas reas sociais como a comunica o oficial do Estado os contatos internacionais etc 280 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PE
67. cursos a Am rica do Norte fala sobre o bilidade do MEC CAPES UAB a sele o novo Portal de Peri dicos Capes CNPq e DAAD oferecem bolsas de doutorado na Alemanha s institui es requererem as au estas autoriza es Mas res dos cursos que far o parte do programa UAB a ser ofertado em um jo seu estado UF ou st associada ao que se chama de articula o que o cu A rea de atua o de institui st normalmente ass Pesquise as institui es que fazem parte do programa YAB Piset Sistema para busca de institui es de n vel superior AMEP Novidades Conte dos mais lidos Links Relacionados UFSM seleciona tutor presencial no curso de Educa o Especial Licenciatura Cursos CAPES Novos cursos ser o abertos em polo de SP P lo UAB Ambiente de Trabalho da UAB IFPE abre vagas para tutores dist ncia Institui es UAB Vestibular UAB da UEPG abre inscri es Como participar da UAB Ufal abre 980 vagas em cursos a dist ncia Sobre Educa o a Dist ncia Apresenta o Figura 3 Site da Universidade Aberta do Brasil Al m de in meros programas de forma o de professores tamb m h um amplo leque de a es direcionadas que refletem na a o profissional docente como o Portal do Professor o Banco Internacional de Objetos Educacionais e a cria o da Plataforma Paulo Freire 7 i OOUE O Portal do Professor ama a papur Ca E pa iad Inscreva Esqueci minha senha
68. da vida Josiane Souza Luiza Oliveira M nica Pinheiro e Shirl ia Leandro a L dia e Alessandra que passaram pelo LEDUC e que de forma r pida e intensa aben oaram minha vida e constru ram elos de amizades amiga V nia Musse que durante essa jornada se constituiu em irm ao LEDUC e seus integrantes que contribu ram gradativamente para o meu amadurecimento na pesquisa tornando se parceiros efetivos nas discuss es e reflex es dos encontros do grupo e refer ncias significativas para futuras produ es Professora Doutora Claudia Bokel Reis pelo apoio nos estudos da l ngua inglesa 10 aos amigos e irm os em Cristo M rcia S lvio Luiza Roberto Edna Alcemir Samora T nia Manoel Lilian H lio e Gutian que compreenderam minha total aus ncia e que mesmo assim sempre se fizeram presentes s professoras cursistas do Pr letramento munic pio de Resende com quem compartilhei grandes momentos no ano de 2008 Certamente todos voc s me ajudaram a tecer o amanh que se concretiza nesse trabalho pois parafraseando o poeta um galo sozinho n o tece um amanh RESUMO LUCIO Elizabeth Orofino Tecendo os fios da rede o programa Pr letramento e a tutoria na forma o continuada de professores da educa o b sica Rio de Janeiro 2010 Disserta o Mestrado Educa o Faculdade de Educa o Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2010 Esta disserta o de Mestrado integra um
69. de EAD Ent o durante essa viv ncia no curso de extens o n s nos torn vamos espectadoras uma vez que o excedente de vis o o broto em que repousa a forma e de onde ela desabrocha como uma flor Mas para que esse broto efetivamente desabroche na flor da forma concludente urge que o excedente da minha vis o complete o horizonte do outro indiv duo contemplando sem perder a originalidade deste BAKHTIN 2003 p 23 Pode se dizer ent o que ap s essa experi ncia exot pica instaurou se uma alteridade que nos conduziu ao nosso objeto de pesquisa sendo que Sou eu que me identifico com o objeto criar empatia um ato meu e apenas isso constitui sua produtividade e novidade BAKHTIN 1993 p 33 pois para o pensador russo 33 Eu devo entrar em empatia com esse outro indiv duo ver axiologicamente o mundo de dentro dele tal qual ele o v colocar me no lugar dele com o excedente de vis o que desse meu lugar se descortina fora dele convert lo criar para ele um ambiente concludente a partir desse excedente de minha vis o do meu conhecimento da minha vontade e do meu sentimento A constru o de nosso objeto de pesquisa estava delimitado pois dentre os fasc culos do programa Pr letramento o intitulado Manual do Tutor era direcionado especificamente para esse sujeito professor tutor e ao cursar a disciplina T picos Contempor neos na Educa o com o Professor Doutor Roberto Leher consolidou se o objeto
70. de Pernambuco nas pessoas das Professoras Doutoras Telma Leal Ferraz e Eliana Albuquerque pelo apoio para realiza o desta pesquisa Professora Doutoranda e formadora de tutores Margareth Brainer pelo profissionalismo e pela postura dial gica durante os encontros de forma o de tutores s professoras tutoras participantes do Programa Pr letramento minhas colegas no estado do Rio de Janeiro nos anos de 2008 e 2009 suas vozes em di logo ecoaram minha escrita Aos professores da banca examinadora Edith Frigotto Patr cia Corsino Roberto Leher e Marlene Carvalho pela gentileza e considera o na disposi o da leitura e avalia o deste trabalho No mundo da vida agrade o a Wagner Muniz de Andrade meu amor mais que perfeito esposo amado que conseguiu compreender os longos momentos de dist ncia e solid o que o Mestrado exigiu e cujo apoio e carinho foram imprescind veis para a realiza o deste estudo aos meus pais por apoiarem as minhas op es compartilhando as pedras do caminho e transmitindo me nimo para que pudesse concluir este trabalho a T nia Jacinta Barbosa pelo incentivo e aux lio em todos os momentos complexos dessa jornada a Alice Brand o pelo aux lio incondicional e pelas palavras de encorajamento e de decis es nos momentos de turbul ncia vividos nos primeiros semestres deste curso s companheiras do mundo da cultura que se constitu ram especialmente em grandes amigas do mundo
71. de Professor 1987 CNPq implanta Projeto Universidade e V deo para estimular produ o e uso de v deo pelas TES 1988 Curso por correspond ncia para capacita o de professores de Educa o B sica de Jovens e Adultos MEC Funda o Nacional para Educa o de Jovens e Adultos EDUCAR com apoio de programas televisivos atrav s da rede Manchete 1991 A Funda o Roquete Pinto a Secretaria Nacional de Educa o B sica e secretarias estaduais de Educa o implantam o Programa de Atualiza o de Docentes abrangendo as quatro s ries iniciais do ensino fundamental e alunos dos cursos de forma o de professores Na segunda fase o projeto ganha o titulo de Um salto para o futuro 1992 0 N cleo de Educa o a Dist ncia do Instituto de Educa o da UFMT Universidade Federal do Mato Grosso em parceria com a Unemat Universidade do Estado do Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Educa o e com apoio da Tele Universite du Quebec Canad criam o projeto de Licenciatura Plena em Educa o B sica 1 a 4 series do 1 grau utilizando o EAD O curso iniciado em 1995 1995 a Multirio empresa de multimeios da Prefeitura do Rio de Janeiro realiza trabalhos com professores de 5 a 8 s ries 1995 lan amento da TV Escola 242 AP NDICE D EAD E FORMA O DE PROFESSORES P S 1996 EAD E FORMA O DE PROFESSORES P S 1996 1996 Regulariza o da EAD no Brasil 1996 cria o do Program
72. de constru o do conhecimento mobiliza uma pedagogia interativa e dial gica considerando os diferentes saberes e a experi ncia docente Ibidem p 22 n e o O U e Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores de Educa o B sica ii Figura 9 Documento Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica orienta es gerais O documento da Rede Nacional de Forma o Continuada que tratava da concep o de forma o continuada expunha que o profissional da educa o tem na doc ncia e no trabalho pedag gico sua particularidade e sua especificidade FREITAS 2002 p 139 Assim comprovou se que o projeto de profissionaliza o docente e da universidade como institui o formadora de docentes em a es de forma o inicial ou continuada e prestadora de servi o s redes estaduais e municipais de ensino estavam consolidados 86 Nos anos de 2006 e 2008 o MEC editou o cat logo da Rede em que constam os produtos desenvolvidos pelos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento de Educa o atualizando os produtos desenvolvidos pelos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o Centros que integraram a Rede no primeiro ano do conv nio apresentando as novas universidades conveniadas como de produtos oferecidos O objetivo de divulga o do cat logo visava ades o de secretarias municipais e estaduais de educa o ao PPL orienta
73. de educa o como processo de vincula o ou de modelagens de comportamentos e a forma o de professor como uma proposta fechada previamente estabelecida Tal proposta entendida sobretudo como uma a o consciente e coparticipativa que possibilite ao professor 189 em forma o a constru o de um projeto profissional pol tico e inovador ibidem p 16 importante ressaltar que sem as condi es adequadas o discurso sobre a autonomia uma armadilha para os professores que s pretende faz los crer falsamente que possuem condi es adequadas de trabalho e que portanto o problema s deles CONTRERAS 2002 p 227 O fasc culo aponta que a forma o continuada tem como um de seus princ pios o desenvolvimento de uma reflex o cr tica mas que se limita s rela es pessoais do professor de seu trabalho e de seu mundo social e pol tico Assim o car ter subjetivo de professor reflexivo valorizado no fasc culo Sem d vida o caminho aberto por Sch n 1995 que definiu o processo de reflex o num triplo movimento por meio do eixo a o reflex o a o como modelo de forma o provocou uma s rie de interven es que tornou poss vel ao n vel te rico e pr tico um novo modo de ver perceber e atuar na forma o dos professores A import ncia da contribui o de Sch n consiste no fato de ele destacar uma caracter stica fundamental do ensino uma profiss o em que a pr pria pr tica c
74. do repert rio discursivo dos falantes da mesma forma que ocorrem na aquisi o da l ngua materna atrav s das diversas intera es e do contato dos sujeitos com os enunciados concretos veiculados nas diferentes esferas sociais A partir disso Bakhtin 1992 p 279 reconhece toda a riqueza e a variedade dos g neros pois como afirma o pr prio autor cada esfera da atividade humana comporta um repert rio de g neros do discurso que v o diferenciando se e ampliando se medida que a pr pria esfera se desenvolve e fica mais complexa Assim a esfera da forma o docente vem se desenvolvendo e criando seus g neros pr prios e seu discurso Conforme explica ainda o pensador russo a heterogeneidade dos g neros orais e escritos imensa abrigando desde uma r plica de um di logo cotidiano at uma exposi o cient fica e um romance volumoso Portanto para ele a variedade e a complexidade desses g neros est o relacionadas pr pria diversidade da produ o humana Assim o g nero do discurso manual do tutor numa perspectiva bakhtiniana deve ser concebido como um g nero relativamente est vel que apresenta estabilidades flexibilidades e as rela es com outros g neros deixar o marcas do di logo entre os g neros orais e escritos procurando estabelecer um discurso de forma o 175 Diante da diversidade de g neros discursivos Bakhtin 1992 reconhece a dificuldade de se trabalhar com o tra o comu
75. dos n o exitosos 3 os conte dos das Matrizes de Refer ncia cuja pretens o definir conhecimentos compet ncias e habilidades necess rias ao desempenho da fun o docente Posterior Portaria N 1 403 de 9 de junho de 2003 e Carta Protesto do F rum Nacional em defesa da Escola P blica ocorreu em Bras lia nos dias 11 e 12 de setembro do mesmo ano o I Encontro Nacional de Forma o Continuada e Forma o de Professores com a presen a da Secret ria de Educa o Infantil e Fundamental do Minist rio da Educa o SEIF MEC Prof Maria Jos Feres e do Conselheiro Nacional de Educa o CNE MEC Carlos Jamil Cury Proferiu o discurso de abertura do evento o deputado federal Carlos Augusto Abicalil 31 afirmando que A certifica o que na Portaria 1403 03 aparecia como o primeiro ponto agora j aparece na ponta do cartaz e que o debate se centralizaria sobre a forma o inicial e continuada de educadores e na implementa o da Rede Nacional de Forma o Continuada fundada nas universidades brasileiras com investimento p blico e a 3l Mais vale o que ser discurso proferido pelo deputado federal Carlos Augusto Abicalil no I Encontro Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores em novembro de 2003 75 realiza o de um pacto federativo distinto nas rela es educacionais acerca de disposi es constitucionais presentes na Constitui o Federal de 1988 nos Ar
76. e relata a inser o do professor alfabetizador nas redes p blicas de ensino Essa orienta o discursiva aponta para a necessidade de realiza o de um concurso espec fico para professor alfabetizador Essa sequ ncia discursiva mostra nos palavras carregadas de hist ria em que os sentidos sobre os programas de forma o s o constru dos no discurso dos professores tutores que conscientes do manejo de sua enuncia o controlam por meio da l ngua os sentidos que querem transmitir sobre o tema em quest o Logo por meio do conceito bakhtiniano de contrapalavra refletimos sobre a mem ria discursiva pois segundo o pensador russo compreender opor a palavra do locutor a uma contrapalavra BAKHTIN 2006 p 135 Dessa forma no di logo entre as professoras tutoras por meio da mem ria discursiva ocorre uma ressignifica o do PPL que segundo a professora T 3 o encantamento que eu tinha de alfabetiza o isso retornou voltou com o Pr Letramento porque um estudo maravilhoso Eu percebo que sim eu j vejo muitas mudan as nas meninas n Investindo e j trabalhando Os dados analisados podem ser comprovados pelos fragmentos a seguir T2 Antes n o sei se voc s lembram mas antes do Pr Letramento a gente j tinha um programa que o foco era alfabetiza o que era o PCN Em A o O governo primeiro lan ou os PCNs os famosos tijolinhos n A ningu m sabia como lidar a gent
77. editais por parte do governo apresenta se como um elemento moralizador das a es governamentais e mostra se como um processo aberto ao debate democr tico com as entidades representativas neste caso as universidades pois no edital s o estipuladas as regras que se aplicar o disputa garantindo o tratamento igualit rio entre os interessados Por m a sujei o ao edital apresenta por parte da universidade a ades o participa o das a es governamentais legitimando a pol tica vigente Dessa forma a autonomia universit ria fragiliza se e aproxima a institui o da pol tica vigente Sob outro prisma a n o ades o aos editais governamentais significa a aus ncia de recursos materiais e financeiros para o desenvolvimento de seus projetos sendo que a universidade raramente disp e de recursos materiais e financeiros pr prios estando sujeita s verbas do governo para desenvolver seus projetos Nesse sentido a reflex o aqui ensaiada deve ultrapassar os termos do debate dito propriamente universit rio pois no caso da reforma e em especial a forma o de professores 55 que a parte da reforma que estamos discutindo nesse texto h uma minimiza o e desqualifica o do conhecimento educacional produzido pela universidade deixando a institui o deriva das gest es governamentais em um contexto hist rico em que o Estado participa segundo Leher 2004 da comodifica o da educa o 2 4 A hist ria
78. ensino para participarem do programa na p gina 294 anexo C No cap tulo 3 ap ndice H foi apresentado um quadro com todos os dados sobre os fasc culos do programa tema objetivo autores 136 O material did tico do PPL um texto impresso de EAD e tem papel primordial no contexto da rela o educativa do programa pois seu uso efetivo na pr tica mediatizada da EAD elucidando a fun o do seu docente e o perfil do leitor do fasc culo do programa Suas fun es s o proporcionar a transfer ncia de conhecimentos facilitar a comunica o formador aluno subsidiar a organiza o dos processos de ensino e aprendizagem explicar o projeto educacional do formador e criar espa os para a interatividade No PPL especificamente os fasc culos pertencem ao campo da forma o docente e o destinat rio da obra o professor em forma o continuada e em pr tica docente no ensino fundamental PRO Programa de Forma o Continuada de Professores dos Anos S ries Iniciais do Ensino Fundamontal Alfabetiza o e Linguagem Figura 22 Capa do material did tico Para Bakhtin 2003 a concep o que o leitor faz do destinat rio do seu discurso importante pois determinar o estilo dos enunciados ou seja cada enunciado constitu do e impregnado de vozes sociais de ecos e resson ncias de outros enunciados entrela ados a uma comunidade discursiva Assim ao definir o conceito de signo ideol gico
79. entre fra es Para tanto realizou se uma an lise interpretativa das falas e registros dos professores tutores apoiadas sobre as teorias antropol gicas da Rela o do Saber e do Aprender de Charlot e do Did tico de Chevallard Esta tese apresenta um estudo investigativo sobre as contribui es da s cio lingu stica no processo deforma o de professores do Ensino Fundamental uma pesquisa qualitativa de natureza etnogr fica e colaborativa s cio linguisticamente orientada desenvolvida em cursos de forma o inicial e continuada de professores do Ensino Fundamental A pesquisa desenvolvida em diferentes contextos de forma o em um Curso de Pedagogia de uma Universidade P blica de Bras lia DF em duas turmas de gradua o do Curso Normal Superior de uma Institui o de Ensino Superior Privada de Bras lia DF no minicurso Modos de Falar Modos de escrever para interessados na rea de alfabetiza o letramento e forma o de professores em um Congresso Cient fico em Jo o Pessoa PB e no Programa de Forma o Continuada de Professores Pr Letramento no estado do Maranh o Como aparato te rico s o defendidos os seguintes eixos como sustentadores de qualquer processo de forma o de professores respons veis pela educa o s cio lingu stica as contribui es mais recentes da s cio lingu stica dos novos estudos de letramento e da etnografia AUTOR PERI DICO DISSERTA O TESE TITULO
80. entre tutores e professores livro sobre a tem tica do curso guia did tico sobe a tem tica do curso DV D referente ao curso Providencia o pagamento dos formados que far o o a onpanhame nto dos tutores Providenciar os certificados dos professores que tiveram 75 de frequ ncia e atenderam s exig ncias devalutiva das tarefas Secretaria de Educa o Fer as inscri es dos professor se entregar as fichas preenchidas Custesr o transporte e hospe dazem dos tutores que v o participar do programa Garantir a carga hor ria de forma o dos professores e das tutores Garantir os espa os para os encontros pedag gicos dos professores Garant infra estrutura para os encontros pedag gicos dos professores retraprojetor ou data diow TV e DVD ou v deo Garantir material suplementar pars os encontros pedag gicos com os professores papel quadro e marcadores ou giz cartolina e piloto quando necess rio transpar ncias quando necess rio Fazer o scompanhamento e monitoramento da forma o Entregar para o CEEL os relat rios dos encontros pedag gicos com os professores as listas de frequ ncia dos professores nos encontros Encregar no final do curso a lista com os professores que obtiveram 75 de frequ ncia e realiz aram es atividades previstas no curso carga hor ria n o presencial Recife 05 de junho de 2007 Coordena o CEEL UFPE Secuetaria de Educa o Av Acad mico H lio Ramos s n 294 TABULA
81. essas informa es para rever suas pol ticas e pr ticas de alfabetiza o Ibidem O documento focalizava a dimens o das pr ticas de alfabetiza o desconsiderando os problemas educacionais e socioecon micos do pa s e deixando de lado ainda a ideia de que o acesso cultura escrita desigual na pr pria forma como as diferen as sociais sustentam se e reproduzem se esquecendo que a influ ncia do capital cultural se deixa apreender sob a forma da rela o muitas vezes constatada entre o n vel cultural global da fam lia e o xito da crian a BOURDIEU 1988 p 42 l O Instituto Alfa e Beto uma organiza o n o governamental criada em novembro de 2006 por Jo o Batista Ara jo e Oliveira um dos participantes do grupo de trabalho do relat rio que tem por objetivo promover a efetiva alfabetiza o das crian as brasileiras Os autores do relat rio faziam parte do grupo de trabalho institu do pela C mara dos Deputados por meio da Comiss o de Educa o e era composto pelos seguintes intelectuais Marilyn Jaeger Adams EUA Roger Beard Inglaterra Fernando Capovilla Brasil Cl udia Cardoso Martins Brasil Jean Emile Gomberg Fran a Jos Morais B lgica e Jo o Batista Ara jo e Oliveira Brasil 106 No segundo cap tulo do relat rio a quest o da metodologia empregada pelo grupo de trabalho descrita e h a afirma o que o grupo assumiu uma perspectiva neutra e cient fica em
82. eu j vejo muitas mudan as nas meninas n Investindo e j trabalhando o que a gente tem estudado aqui e passado pra frente T 4 Claro que de qualquer maneira tamb m acho que foi muito v lido porque nosso maior problema eu j sou da rede p blica a um tempo maior do que as colegas a eu j comecei com 18 anos depois eu pedi exonera o depois fiz concurso de novo depois pedi exonera o at que os dois ltimos concursos que eu fiz eu fiquei Mas eu tive que pegar sala de aula com meu curso normal e l na forma o de professor normal n o tinha muito nenhum assim uma forma o espec fica pra como alfabetizar e era o pr mio de quem passava em concurso que chegava na rede novinha era alfabetiza o era o que sobrava e ainda continua o que sobra Porque at eu condeno isso eu acho que isso uma quest o uma falha do nosso sistema n Que n o deveria teria que ter um tratamento diferenciado justamente pra alfabetiza o Voc deveria se inscrever se concursar voc deveria fazer o concurso espec fico pra ser alfabetizador Porque voc iria exigir que voc j tivesse uma forma o inicial pelo menos em alfabetiza o Como eles est o fazendo j nos munic pios o concurso para educa o infantil exigindo curso espec fico tem algum munic pios trabalhando com isso Mas o concurso n n o um concurso simplesmente pra ser professor de 1 a 4 espec fico pra educa o infantil Se n o tivesse
83. falar Modos de escrever O fasc culo 77 debate os modos de falar e modos de escrever assim como a integra o entre essas duas pr ticas e as suas rela es com a aprendizagem da escrita Analisa se o trabalho de uma professora de uma escola p blica do Distrito Federal em atividades de leitura e produ o de texto que levam em considera o a compet ncia comunicativa dos alunos A atividade pedag gica de produ o de texto coletivo apresentada no fasc culo mostra o papel do professor como escriba e aponta aspectos relevantes como a reflex o sobre a l ngua oral e a l ngua escrita no processo de constru o de textos coletivos a reflex o sobre 147 normas de adequa o da l ngua oral a reflex o sobre a integra o dos saberes da oralidade na constru o da escrita e a reflex o sobre as conven es da l ngua escrita diante das variedades lingu sticas Essas reflex es a partir da atividade de elabora o do texto coletivo s o consideradas importantes e favorecem constru o e ao avan o de hip teses sobre a leitura e a escrita pelos alunos Para Bortoni Ricardo 2004 o professor alfabetizador precisa fazer a distin o entre problemas na escrita e na leitura que decorrem da interfer ncia de regras fonol gicas vari veis e outros que se explicam simplesmente pela falta de familiaridade do alfabetizando com as conven es da l ngua escrita O fasc culo n o apresenta claramente nenhuma refer nci
84. formadores ANDRADE 2004 p 19 Numa esfera em germe marcada pela interlocu o entre a universidade e o ensino o professor tutor constitui se em um novo elo nessa cadeia de enunciados assim a orienta o social dos enunciados do fasc culo do tutor direcionada aos professores tutores das redes estaduais e municipais de ensino Dessa forma ao examinar a esfera na qual se realizam os tipos de intera o social preciso analisar as rela es cotidianas de produ o pois como a intera o social estratificada porque s o estratificadas as atividades humanas cada espa o tempo de intera o cada variedade de comunica o social BAKHTIN 1981 cria seus pr prios g neros e seus pr prios sistemas Segundo Andrade 2004 p 79 169 no cen rio nacional o campo da forma o docente est construindo sua hist ria num di logo entre discursos que se estabelecem nos campos universit rio e escolar e d o aos interlocutores possibilidades de constru o de identidades Dessa forma reconhecemos o fasc culo do tutor como uma interlocu o entre os saberes cient ficos e saberes da forma o docente constituindo um discurso de forma o docente Primeiramente interessante notar que a presen a do material destinado ao tutor foi condi o apresentada no edital da rede pois sendo o PPL em formato de EAD era vital o desenvolvimento de projetos de forma o de tutores para o programa BRASIL
85. hoje n o come ou em 2008 e n o termina em 2010 O dia de hoje iniciou se com meu nascimento em meio a um casal de oper rios meus pais Nadir e Ancelmo que com muita f amor e trabalho ensinaram me a perseverar na realiza o de meus sonhos Minha hist ria de professora teve in cio na minha inf ncia primeiramente junto a minha av Efig nia que na terceira idade estudava pelos livros do MOBRAL as primeiras letras e a cada dia sentia se mais feliz ao desvendar ao meu lado o mundo das palavras Nesse mesmo momento eu me inseria no mundo das primeiras letras na Escola Municipal M rio Casassanta com a professora alfabetizadora Heloisa Helena Dias Primo que simplesmente me encantava esse encantamento germinou e cresceu fazendo de n s grandes amigas por longos anos A Escola Municipal M rio Casassanta foi uma importante ag ncia de letramento para mim e meu alicerce no ensino fundamental nessa escola era f cil estudar e ser feliz pois seu fundamento constitu a se de professores engajados com a educa o p blica de qualidade representados por meio de Gilda Jos Pereira Deyse Lucia Tyre e Heloisa Helena Dias Primo A Escola Normal Carmela Dutra constituiu me professora de ensino fundamental e de educa o infantil e em sua can o oficial mostrou me que somos for a real do Pa s e minha inser o na rede p blica de ensino em um Centro Integrado de Educa o P blica CIEP conscientizou me que a alfabetiza o
86. inerentes avalia o nos anos iniciais do ensino fundamental 141 O texto de forma clara e objetiva exp e que a avalia o possui duas dimens es a dimens o t cnica e a dimens o formativa registrando que a a o avaliativa serve para orientar e regular a pr tica pedag gica Dessa forma o processo de alfabetiza o precisa estar permeado pela avalia o O fasc culo faz uma descri o dos seguintes instrumentos do processo de alfabetiza o observa o e registro provas operat rias portf lio e auto avalia o Como o fasc culo 1 possui o mesmo grupo de autores do fasc culo 2 existe uma recorr ncia s capacidades apresentadas no cap tulo 1 ao propor as a es avaliativas do processo de alfabetiza o logo a articula o entre os dois primeiros fasc culos vis vel favorecendo assim a compreens o da proposta apresentada Outro aspecto importante do fasc culo a proposta de que os instrumentos avaliativos na escola precisam surgir das proposi es compartilhadas na coletividade da unidade escolar pois assim os professores podem utilizar melhor os procedimentos escolhidos Tamb m apontada no texto desse fasc culo a import ncia do trabalho coletivo e da gest o democr tica da escola tendo se como meta a interven o na aprendizagem com o fim de orientar o ensino e garantir efetivamente a aprendizagem importante ressaltar que o presente fasc culo alicer a a matriz de refer ncia da
87. no momento em que na rea do ensino da leitura e da escrita tem se um debate oficial sobre os caminhos na alfabetiza o no pa s e tamb m exp e o conte do do material do programa que foi produzido por docentes e pesquisadores de universidades integrantes da Rede Nacional de Forma o de Professores da Educa o B sica O quinto cap tulo apresenta o referencial te rico e metodol gico da pesquisa a an lise documental do fasc culo do tutor e os dados obtidos na pesquisa de campo a entrevista coletiva com as professoras tutoras do programa Pr letramento no estado do Rio de Janeiro e os question rios para os professores tutores do programa no estado do Rio de Janeiro No sexto e ltimo cap tulo tecemos um acabamento provis rio necess rio pesquisa apresentando as considera es finais nas quais evidenciamos os principais dados da pesquisa destacando algumas quest es que podem contribuir para futuras pesquisas e estudos Esta disserta o foi portanto constru da a partir de nossa trajet ria profissional de reflex es feitas com a orientadora do trabalho de nossa inser o no LEDUC de estudos e discuss es empreendidos nas disciplinas do Curso de Mestrado do PPGE UFRJ 23 1 PUXANDO OS FIOS INTRODU O 1 1 Da pr tica docente pr tica de tutoria a emerg ncia do Pr letramento como objeto de estudo Mas aqui tamb m a luz do valor uma luz tomada de empr stimo o que necessariamente valioso em lt
88. num sentido amplo isto n o apenas como a comunica o em voz alta de pessoas colocadas face a face mas toda comunica o verbal de qualquer tipo que seja 166 s cio pol tico e educacional S o essas quest es que passamos a discutir nos t picos seguintes 5 3 Os instrumentos de pesquisa A complexidade do contexto desta pesquisa em que por um lado a pesquisadora tamb m havia exercido o papel de tutora e por outro os professores tutores encontravam se no segundo ano de forma o de tutoria justifica nossa filia o a uma vertente s cio hist rica pois a necessidade de se estabelecer uma triangula o de dados permite nos perceber os fazeres e os saberes dessa comunidade de aprendizagem ou seja os professores tutores no segundo ano de forma o sendo que esse grupo de pessoas compartilha interesses objetivos e metas repartindo e construindo saberes para a consecu o dos objetivos do PPL nas secretarias de educa o de sua localidade A partir desse contexto que foi se constituindo no pr prio percurso das a es de campo que as etapas dessa pesquisa estabeleceram a necessidade do uso de diferentes instrumentos incorporados em fun o das conting ncias emp ricas que se nos apresentavam Assim nossa gera o de dados foi realizada por meio de a coleta dos documentos de constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e do Programa Pr letramento b an lise do di
89. o de requisitos claros para a forma o inicial de professores alfabetizadores 3 cria o de um sistema de certifica o para professores alfabetizadores calcado na aferi o de conhecimentos e compet ncias comprovadamente eficazes 4 regras e incentivos para estimular a produ o de materiais did ticos diversificados de qualidade comprovada bem como crit rios para orientar sua escolha pelos professores e 5 instrumentos e mecanismos para o diagn stico precoce e o tratamento de alunos com dificuldades especiais Buscando compreender as concep es e os posicionamentos apresentados no relat rio diante da complexidade do tema da alfabetiza o nacional n o duvidamos de que a forma o de professores alfabetizadores realmente um ponto crucial mas preciso que se examinem as singularidades locais do complexo e problem tico sistema educacional brasileiro Considerando que a quest o da alfabetiza o muito mais ampla e profunda do que a defesa do m todo f nico com implica es de natureza pol tica ideol gica social econ mica e principalmente educacional colocamo nos neste debate centrando nos na educa o 112 lingu stica que ganhou novos contornos com a introdu o no campo da educa o do conceito de letramento 4 3 Letramento no Brasil Para iniciarmos esse t pico necess rio que fa amos uma contextualiza o sobre o tema alfabetiza o no Brasil Esse tema em pleno s culo XXI bastan
90. o de um jornal escolar por mim caracterizado como um g nero textual h brido Em outros termos investigo as misturas de g neros de dom nios escolares e n o escolares instauradas no processo de produ o escrita no espa o de sala de aula Tal caracteriza o justificada pelas remiss es semiotizadas na materialidade textual a outros g neros textuais familiares aos atores participantes do processo aqui reconstru do Esses g neros integram alguns eventos de letramento do cotidiano dos alunos em diferentes dom nios sociais Em termos de planejamento did tico a an lise dos dados mostra que as remiss es s o pouco previs veis sendo desencadeadas pelas a es de in meros atores componentes do espa o complexo da sala de aula resultando na instaura o de novas pr ticas de uso e reflex o sobre a escrita Essa din mica da sala de aula pode desencadear inova es no ensino de l ngua materna 285 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO O conceito de letramento e a teoria da gram tica uma vincula o necess ria para o di logo entre as ci ncias da linguagem e a educa o Palavras chave teoria da gram tica letramento modelos explanat rios metaf ricos SENNA Luiz Antonio Gomes DELTA online 2007 vol 23 no 1 pp 45 70 ISSN 0102 4450 O conceito de letramento constru do em paralelo com uma discuss o ampliada sobre a teoria da gr
91. optamos em retomar esse conceito no desenvolvimento do trabalho do quarto cap tulo 26 processo de produ o e do usufruto de bens sociais por n o utilizarem de modo efetivo em seu pr prio benef cio as pr ticas de leitura e escrita Em decorr ncia dessa situa o uma agenda desafiadora deveria ser considerada dentre m ltiplos aspectos certamente eram as quest es de natureza formadora que nos mobilizavam Dessa forma os conhecimentos a que tivemos acesso nos encontros de forma o do PPL contribu ram parcialmente para nossa pr tica de tutoria na rea de Alfabetiza o e Linguagem Na poca trabalh vamos com trinta professoras cursistas e observamos que as docentes tamb m buscavam nesse curso solu es para o letramento de seus alunos Os questionamentos acompanharam nos na trajet ria como professora tutora e essa constata o levou nos a interrogar a pr tica de tutoria n o de modo artificial mas impeliu nos a refletir sobre os princ pios te ricos que orientavam essa pr tica Assim passamos a interrogar Como foi constitu do o programa Pr letramento Qual era a concep o de tutoria do programa Quais eram os conhecimentos do tutor da rea de alfabetiza o e linguagem Ao final do curso de forma o de tutores recebemos a indica o para a grava o de um encontro de forma o com os professores cursistas para o programa Salto para o Futuro na s rie intitulada Forma o Continuada no Brasil e Pr l
92. pagamento doa formadornes dos tutores Monitorar o desenvolvimento da a o Avaliar os resultados por meto da an lise dos relat rios entregues pelo CEEL UFFE Av Acad mico Halio Ramos sin CEP S0670 401 Cidade Universit ria Recife PE 292 293 Educa o e Linguagem Uni o dos Dirigentes Municipais da Educa o Ar cular os segmentos envolvidos no Programa participando das etapas de planejamento monitoramento e avalia o das a es Organ ar os encontros juntamente com o CEEL Divulgar a proposta e enviar as fichas de inscri o de ades o para os munic pios Receber 2s fichas de inscri o e entregar no CEEL Conv oc ar os tutores para participa o nos encontros pedag gicos r de Estudos em Educa o e Linguagem UFPE Plane jar coordenar e executar os encontros de forma o pedag gica dos tutores Acompanhar o trabalho das formadores dos tutores par meio de an lise das fichas de avalia o preenchidas so final de cada encontro pedag gico Diria Sesi us pa do da an lise dos relat rios das encontros com os professor s no munic pio Providenciar todo o material a ser utilizado nos encontros com os tutores livro sobe forma o de professores guia did tico sobre forma o de professores livro sobre a em rica do curso guia did tico sobre a tem tica do curso DVD referente ao curso equipamentos e material de consumo Providenciar o material b sico a ser utilizado nos encontras
93. para a forma o dos docentes os institutos superiores de educa o e as escolas normais superiores e institui novas diretrizes para a forma o de professores As indica es presentes na LDB orientavam que o lugar da forma o de professores 5 estava flexibilizado e a carreira docente deveria ser encaminhada para o profissionalismo logo uma nova l gica alicer ada na forma o flexibilizada de professores na certifica o 25 e 2 Os documentos e os atos normativos que determinam o quadro oficial que instaura essa nova l gica s o apresentados no ap ndice F desse estudo na p gina 251 69 docente e na avalia o de desempenho firma a proje o da forma o do quadro docente para educa o b sica brasileira nos pr ximos anos 3 2 Alicerces para a constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores No in cio da gest o do Ministro da Educa o aos cinco dias do m s de junho do ano de 2003 apresentado o Programa Toda Crian a Aprendendo TCA aos diretores da Uni o Nacional dos Dirigentes Municipais Undime parlamentares educadores sindicalistas dirigentes do MEC e secret rios de Educa o no audit rio do MEC Figura 7 Livreto Toda Crian a Aprendendo Esse documento de fundamental import ncia para a compreens o das origens e prop sitos do programa Pr letramento e da pol tica governamental que se instaurava no cen rio nacional uma vez que nele
94. para o desenvolvimento do trabalho pedag gico 135 Com o objetivo de alcan ar as metas apresentadas o Guia Geral do PPL descreve de forma sint tica o documento constitu do de 8 p ginas a atua o de cada ator do programa e dos rg os envolvidos por m o documento n o transparente ao definir as atribui es de cada inst ncia federal estadual e municipal e a forma de trabalho integrado a ser realizado para concretiza o dos objetivos do programa No Guia Geral do PPL observamos a afirma o de que no contexto federativo h autonomia das formas de gest o e h o regime de colabora o entre as inst ncias de governo o que prev uma responsabilidade na organiza o da estrutura do programa com atribui es espec ficas para cada inst ncia Essas atribui es entretanto n o s o claras e n o descrevem diretamente a execu o do programa de forma pr tica Secretaria de Educa o B sica SEB Secretaria de Educa o a Dist ncia SEED PO Letramento GUIA GERAL MINIST RIO DA EDUCA O PR LETRAMENTO Setembro 2007 Figura 21 Capa do Guia Geral do Programa Pr letramento 4 7 Os fasc culos do Programa O material impresso did tico destinado a ser utilizado com os professores cursistas no PPL composto por sete fasc culos al m de um fasc culo complementar e um fasc culo do tutor s A 6t Pode se encontrar a Carta de ades o a ser aprovada pelos sistemas de
95. programa em favorecer o trabalho dos professores cursistas quando vemos que criam propostas para atividades de reflex o sugerem fontes de informa o alternativa procuram aprofundar se nos estudos dos materiais do programa e criam projetos alternativos Nesse processo constatamos que h um n tido car ter de forma o no contexto pesquisado que assume um car ter docente o que tem contribu do de forma significativa para a constitui o de um quadro de forma o de formadores nas redes estaduais e municipais de ensino D se dessa forma a constitui o de uma rede de apoio local forma o permanente de professores alfabetizadores Os fios dial gicos representados pelos discursos oficiais acad micos e docentes levou nos conclus o de que a vida penetra e exerce influ ncia num enunciado de dentro BAKHTIN 1926 p 9 Dessa forma ao concluirmos essa disserta o conjugada no tempo presente pensamos que fundamental refletir sobre a forma o do professor alfabetizador e o papel da tutoria a partir de uma perspectiva que compreenda seu papel enquanto formador local e n o como um simples orientador de estudos Finalmente acreditamos que ainda h muito a dizer e a pesquisar sobre o programa Pr letramento pois este estudo n o o primeiro e nem o ltimo sobre o programa ele se constitui no tempo presente Esperamos que este di logo seja rememorado em outros tempos e outros contextos mas marcado por cada palav
96. que enfrentamos hoje no campo da alfabetiza o foram agravadas com a descaracteriza o das 2 pr ticas de alfabetiza o logo esse o argumento que conduzir a estrutura o da argumenta o sobre as especificidades da alfabetiza o CEEL Entende se alfabetiza o como o processo de apropria o do sistema alfab tico de escrita e letramento como o processo de inser o e participa o na cultura escrita Brasil 2007 p g 6 fasc culo 5 Podemos dizer que o trecho acima destaca que alfabetiza o e letramento s o processos diferentes sendo a alfabetiza o condi o para o letramento CEALE Letramento pois o resultado da a o de ensinar ou de aprender a ler e escrever bem como o resultado da a o de usar essas habilidades em pr ticas sociais o estado ou condi o que adquire um grupo social ou um indiv duo como consequ ncia de ter se apropriado da l ngua escrita e de ter se inserido num mundo organizado diferentemente a cultura escrita Como s o muito variados os usos sociais da escrita e as compet ncias a eles associadas de ler um bilhete simples a escrever um romance frequente levar em considera o n veis de letramento dos mais elementares aos mais complexos Tendo em vista as diferentes fun es para se distrair para se informar e se posicionar por exemplo e as formas pelas quais as pessoas t m acesso l ngua escrita com ampla autonomia com ajuda do prof
97. quotidiano de Michel de Certeau para investigar os caminhos da inclus o digital concebida como um processo de apropria o e enuncia o das novas tecnologias da informa o e da comunica o TIC Descreve as diferentes formas dessa apropria o incluindo os conflitos nelas imbricados a partir do estudo dos letramentos digitais ali reinantes Conclui que certas apropria es s o ao mesmo tempo viabilizadas por letramentos oriundos de outros contextos especialmente da escola e potencialmente viabilizadoras de outras experi ncias ante as TIC que n o a da passividade ou da responsividade Problematiza as rela es entre escola e telecentro enquanto agentes de inclus o digital e sugere quest es relativas a essa rela o como temas de futuros estudos 273 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Ler e escrever habilidades de escravos e forros Comarca do Rio das Mortes Minas Gerais 1731 1850 Palavras chave escravid o cultura escrita graus de letramento MORAIS Christianni Cardoso Rev Bras Educ online 2007 vol 12 no 36 pp 493 504 ISSN 1413 2478 Neste artigo busca se analisar as rela es estabelecidas entre escravos e ex cativos forros com a cultura escrita a partir de um recorte de longa dura o 1731 1750 e de um levantamento quantitativo de documentos produzidos na Comarca do Rio das Mortes Minas Gerais As assinat
98. realizou se o primeiro encontro 84 com os coordenadores dos Centros em que foi divulgado o destino de R 500 mil para cada centro de pesquisa para a confec o do material did tico e a produ o das aulas de capacita o que inclu a CD ROM softwares e p ginas interativas na internet que estavam em fase de execu o final pelos centros e seriam entregues ao MEC at abril de 2005 Paralelamente aos Semin rios da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores ocorriam os Semin rios Regionais Qualidade Social da Educa o promovidos pelo MEC com os secret rios municipais e estaduais de educa o e representantes de organiza es atuantes na educa o infantil e ensino fundamental nos estados O II Semin rio da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica ocorreu nos dias 3 e 4 de mar o de 2005 em Bras lia com a abertura do Secret rio da Educa o B sica Francisco da Chagas Fernandes e de Lydia Bechara Coordenadora Geral de Pol tica de Forma o para consolida o do texto da Rede Nacional de Forma o Continuada Na ocasi o tamb m foi proferida a palestra O potencial da Educa o a Dist ncia na Forma o Continuada dos Professores por Carmem Moreira de Castro Neves poca diretora do Departamento de Produ o e Capacita o de Programas de Educa o a Dist ncia Posteriormente realiza o do II Semin rio no ano de 2005 o documento Rede Nacional de Forma
99. representa a vida para a classe oper ria brasileira A Faculdade de Letras da UFRJ e seu corpo docente mostraram me que era preciso pensar o ensino da l ngua materna e Lucia de San Tiago Dantas Quental dirigiu me pelo caminho da pesquisa acad mica Assim o tecido da vida fez me ocupar v rios pap is como professora de educa o infantil professora alfabetizadora professora do ensino fundamental professora do ensino m dio orientadora da aprendizagem multiplicadora de Inform tica Educativa tutora pesquisadora da rea de Lingu stica mestranda em Educa o e sempre aluna Em todo esse processo muitas pessoas colaboraram e constitu ram me no mundo da vida e da cultura Iniciarei agradecendo aos que me auxiliaram no mundo da cultura Come o expressando meu profundo agradecimento Professora P s doutora Ludmila Thom de Andrade que ao me orientar ofereceu me par metros para a compreens o da fun o social da pesquisa e que me incentivou a caminhar pelo mundo da cultura Certamente a Professora Ludmila mostrou me que a forma o de professores um grande desafio no cen rio educacional brasileiro e que a ci ncia precisa contribuir para a transforma o dos problemas educacionais nacionais Agrade o imensa e carinhosamente Professora Doutora Edith Frigotto que me acolheu em seu grupo de pesquisa na Universidade Federal Fluminense e compartilhou saberes e pr ticas bakhtinianos durante os dois anos do mestrado
100. resposta da universidade ao professor tutor o principal interlocutor do fasc culo o que transparente em alguns segmentos do texto A todo esse esfor o soma se aquele exigido pela pr pria forma o a dist ncia uma modalidade que exige maior disciplina e conscientiza o e portanto autonomia Em rela o a isso esperamos que o trabalho com o fasc culo seja motivadora permitindo a voc vivenciar a experi ncia pela qual os professores tamb m v o passar BRASIL 2006 p 7 importante que voc perceba que ao pensarmos ensino n o podemos pensar isoladamente a atividade que ocorre dentro no espa o a sala de aula envolvendo professor e alunos porque ensino pressup e tamb m a defini o do curr culo a organiza o da escola os processos de gest o as condi es de trabalho a rela o com a comunidade a pol tica educacional Enfim todas as quest es que envolvem a profiss o ibidem p 7 Nesse sentido estaremos buscando contribuir com voc enquanto organizador e coordenador de um processo de forma o ibidem p 8 Embora para voc possa parecer natural que toda forma o de professores contribua com eles auxiliando os a aprender profissionalmente e a avan ar nem sempre assim que ela acontece mesmo que essa seja sempre a inten o ibidem p 8 181 A utiliza o do pronome voc no enunciado do fasc culo apresenta a instaura o de uma rela o de proximi
101. s o explicitadas as pol ticas delineadas pelo MEC e que seriam desenvolvidas com as Secretarias Estaduais e municipais de Educa o Nesse documento foram indicadas quatro pol ticas b sicas 1 a implanta o de uma pol tica nacional de valoriza o e forma o de professores a come ar em 2003 com o incentivo forma o continuada dos professores dos ciclos ou s ries iniciais do ensino fundamental 2 a amplia o do atendimento escolar por meio da extens o da jornada e da dura o do ensino fundamental 3 o apoio constru o de sistemas estaduais de avalia o da educa o p blica tamb m focalizando em 2003 o alunato dos ciclos ou s ries iniciais do ensino fundamental 4 a Utilizamos o termo pol tica governamental em detrimento do termo pol tica p blica pois segundo Leher 2005 p 2 o p blico publicus poblicus os direitos de todo o povo resultam das lutas de classes assim o p blico precisa ser compreendido como o que de direito de todo o povo 70 implementa o de programas de apoio ao letramento da popula o estudantil BRASIL 2003 p 197 198 As Matrizes de Refer ncia do Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o para os anos iniciais do ensino fundamental inseriam se no programa do Minist rio da Educa o MEC Toda Crian a Aprendendo e no m s de agosto de 2003 receberam cr ticas do Conselho Nacional dos Trabalhadores em Educa o CN
102. sabe que se voc quiser voc entra naquela porta ali voc encosta a porta voc n o faz nada se voc quiser mas se voc quiser voc entra ali e faz tudo E esse tudo depende disso aqui de uma troca de experi ncia de partilha de viv ncia e de forma o continuada Eu n o creio em melhorias na educa o sem a forma o continuada T 3 Olha s pensando no que a colega falou eu trabalho no munic pio de Para ba do Sul e eu fiz eu estudei essa forma o continuada dos PCNs Em A o As orientadoras elas tinham essa informa o n Que era o pessoal do MEC e elas repassavam pra n s Ent o eles priorizavam alfabetiza o essa forma o foram anos n o foi s um ano n o foi uma coisa estanque N s t nhamos que estar comprometidos pra fazer e tamb m comprometidos a ficar um certo per odo na alfabetiza o porque a gente estaria desenvolvendo esse trabalho Aprendi com o PCN Em A o e estou aprendendo muito mais agora no Pr Letramento As informa es que eu adquiro aqui pra estar passando pras minhas cursitas S o fontes inesgot veis n Tanto pra elas quanto pra mim Ent o eu trabalhava na alfabetiza o nessa poca trabalhei muitos anos na alfabetiza o esse ano que eu estou trabalhando do 6 ao 9 ano e assim o encantamento que eu tinha de alfabetiza o isso retornou voltou com o Pr Letramento porque um estudo maravilhoso e a gente tem aprendido muito tanto elas quanto eu Eu percebo que sim
103. segundo ano do ensino fundamental e defini o de metas a serem atingidas no ndice de Desenvolvimento da 4 A primeira edi o dessa avalia o realizou se em abril de 2008 sendo parte do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa o que possu a como uma de suas diretrizes a necessidade de alfabetizar as crian as at 8 anos aferindo os resultados de desempenho por meio de exame peri dico espec fico Assim o PDE estabeleceu a realiza o da Provinha Brasil 94 Educa o B sica IDBE e dissemina o de determinadas concep es de letramento e de alfabetiza o e de ensino de Matem tica ESTRAT GIAS PARA MELHORIA DO IDEB 3 PI hema Figura 19 Slide apresentado pelo Secret rio da Educa o B sica Romeu Caputo em um encontro do Compromisso Todos pela Educa o No relat rio da Secretaria de Educa o B sica do m s de dezembro de 2006 constava que foi repassado pelo MEC por meio de nota de cr dito e ordem banc ria s universidades em 2006 o montante de R 990 000 00 novecentos e noventa mil reais E que estavam previstos mas ainda n o haviam sido empenhados R 270 000 00 duzentos e setenta mil reais Tabela 1 demonstrativo do balan o financeiro de 2006 LOCAL DE ENTIDADE VALOR PROFISSIONAIS ATENDIMENTO BRASIL 1 260 000 143160 Norte 150 000 E o UFPE 150000 23162 1 Nordeste E 150 000 ES MG UF REGI O RJ SP Sudes
104. sociais que envolvem a l ngua escrita leitura e reda o de contratos de livros cient ficos de obras liter rias por exemplo Esta proposta considera que alfabetiza o e letramento s o processos diferentes cada um com suas especificidades mas complementares e insepar veis ambos indispens veis p g 13 fasc culo 1 CEALE S o considerados aqui alguns fatores e condi es essenciais integra o dos alunos no mundo letrado Trata se do processo de letramento que deve ter orienta o sistem tica com vista compreens o e apropria o da cultura escrita pelos alunos Os verbetes indicam conhecimentos gerais e capacidades a serem adquiridos e alguns procedimentos pedag gicos que podem ser adotados para a realiza o desses objetivos Como j foi dito no verbete Ensino da l ngua escrita ressalta se que o trabalho voltado para o letramento n o deve ser feito separado do trabalho espec fico de alfabetiza o preciso investir nos dois ao mesmo tempo porque os conhecimentos e capacidades adquiridos pelos alunos numa rea contribuem para o seu desenvolvimento na outra rea p g 18 fasc culo 1 CEALE Estar ativamente inserido na cultura escrita significa ter comportamentos etrados atitudes e disposi es frente ao mundo da escrita como o gosto pela leitura saberes espec ficos relacionados leitura e escrita que possibilitam usufruir de seus benef cios A compreens o geral do mundo da e
105. vel entender a for a que adquire a circula o de um fasc culo com a assinatura do MEC e da universidade ou seja autoridades constitu das como uma express o ideol gica Bakhtin 1993c explica como a palavra dos pais e aquelas que s o produzidas nos primeiros processos de socializa o imp em se a n s independentemente do seu grau 187 persuasivo pois j as encontramos unidas autoridade uma palavra encontrada de antem o ibidem p 143 S o esses primeiros contatos sociais com a autoridade instaurada nas rela es familiares escolares religiosas e outras que v o ent o mais tarde fornecer o peso da autoridade das palavras outras proferidas por diferentes formas de autoridade nas diversas formas de organiza o social legitimando as Uma poss vel explica o nas nuances desses enunciados do fasc culo do tutor demarca a diferen a entre a palavra autorit ria e persuasiva BAKHTIN 1993 Segundo o pensador russo a autoridade da palavra baseada no peso s cio hier rquico do seu falante a palavra da autoridade pol tica pode se unir sua persuas o interior formando uma s palavra autorit ria e interiormente persuasiva Esse parece ser o discurso assumido no fasc culo do tutor O discurso assumido no fasc culo o persuasivo no fluxo de nossa consci ncia a palavra persuasiva interior comumente metade nossa metade de outrem BAKHTIN 1993c p 145 e s assim pode deixar de ser mi
106. 18 p 5 21 Set Out Nov dez 2001 A no o de letramento como horizonte pol tico para o trabalho alfabetizador quest es para a pr tica e para a pesquisa Cadernos VIII Congresso Nacional de Ling stica e Filologia Universidade do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2004 Letramento e modos de ser letrado discutindo a base te rico metodol gica do estudo Trabalho apresentado no GT 10 Alfabetiza o Leitura e Escrita da Anped em 2005 GRAFF Harvey J Reflex es sobre a Hist ria da Alfabetiza o Panorama cr tica e Propostas In Os Labirintos da Alfabetiza o Reflex es sobre o Passado e o Presente na Alfabetiza o Porto Alegre Artes M dicas p 25 59 1994 HEAT S B Ways with word Cambridge Cambridge University 1983 HOUAISS Ant nio Dicion rio Eletr nico Houaiss da l ngua portuguesa 3 0 Rio de Janeiro Objetiva 2009 INAF Indicador de Analfabetismo Funcional principais resultados INAF Brasil 2009 Dispon vel em http www ipm org br download inaf brasil2009 relatorio divulgacao final pdf gt Acesso em 17 janeiro de 2010 KATO Mary No mundo da escrita uma perspectiva psicolingi stica S o Paulo tica 1987 KLEIMAN ngela org Os Significados do Letramento uma nova perspectiva sobre a pr tica social da escrita Campinas SP Mercado de Letras 1995 Preciso ensinar o letramento N o basta ensinar a ler e escrever CEFIEL TEL UNICAMP Minist rio d
107. 2003 1 2 E A A crian a na fase inicial da escrita a 1 aea alfabetiza o como processo 1989 discursivo SOARES Magda E etramento um tema em tr s dns 2001 1 2 4 SOARES Magda Letramento e escolariza o In Letramento e escolariza o RIBEIRO Vera Masag o Org RIBEIRO Vera Masag o org Letramento no Brasil reflex es a 2003 1 2 4 partir do INAF 2001 a SOARES Magda Alfabetiza o e letramento 2003 1 2 Modelos de letramento e as pr ticas de alfabetiza o na escola KLEIMAN In Os significados do letramento 1995 3 ngela B uma perspectiva sobre a pr tica social da escrita 262 AUTOR OBRA ANO PRESEN A NO FASCICULO KLEIMAN Angela B e Letramento e forma o do professor MA TENCIO r ticas discursivas e ESS es Maria de Pr NCAS E S 2005 3 constitui o do saber Lourdes Meirelles org z 7 7 NE KLEIMAN Preciso ensinar o letramento N o basta A ensinar a ler e escrever 2005 3 Angela B Letramento e alfabetiza o as muitas SOARES facetas 26 ANPED GT Alfabetiza o 2003 complementar Magda B leitura e escrita 263 AP NDICE K QUADRO DE CONCEP ES CEEL CEALE CEALE O est gio atual dos questionamentos e dilemas no campo da educa o nos imp em a necessidade de firmar posi es consistentes evitando polariza es e reducionismos nas pr ticas de alfabetiza o p g 11 fasc culo 1 CEEL Entende se al
108. 26 a sim 26 b n o 27 As equipes pedag gicas coordenadores e supervisores educacionais das escolas da rede se envolveram no programa 27 a sim 27 b n o 28 Ocorreu um acompanhamento cont nuo das turmas dos professores que realizavam o Pr Letramento 28 a sim 28 b n o 29 A rede municipal que voc faz parte possui no plano de carreira do magist rio municipal remunera o enquadramento por curso de extens o com carga hor ria de 120 horas 29 a sim 29 b n o 30 Durante sua forma o para trabalhar no Pr Letramento voc utilizou o manual do tutor Nunca Algumas vezes Quase sempre Sempre 30 A 30 B 30 C 30 D 31 Para voc como se pode entender o termo manuais arrasto aces und ess Penas E inda Did sadia sus 32 Como voc pensa a forma o continuada na realidade de um professor da educa o EIN 6 PAPE EEE RR DR A DONE PE RE ER UR O IS RAND ARES RE A EEEE EE E 271 33 Tendo em mente os hor rios de sua semana quanto tempo voc gasta Marque apenas UMA op o em cada At 1 Dela2 De2a3 De3a4 4 horas nt a realizo linha hora horas horas horas ou mais PaE atividade Assistindo TV 33 1 A 33 1 B 33 1 0 331 D 31 331 F Fazendo trabalhos dom sticos em casa 33 2 A 33 2 B 33 2 C 33 2 D 33 2 E 33 2 F Estudando ou preparando aula 33 3 A 33 3 B 33 3 C 33 3 D 33 3 E 33 3 F Lendo 33 4 A 33 4 B 33 4 C
109. 30 e 1950 em Pernambuco Pode se considerar que v rios fatores destacando se a leitura em voz alta intensiva e coletiva e o papel desempenhado pela memoriza o facilitada pelas situa es de leitura e pela pr pria estrutura narrativa e formal dos poemas contribu am para que as rela es entre analfabetos e semi alfabetizados e a leitura de folhetos fossem marcadas pelo prazer e por um relativo desprendimento Essas pr ticas permitiam a pessoas que em sua origem estavam pouco habituadas ao mundo da escrita vivenciarem pr ticas de letramento ou seja experimentarem situa es em que utilizavam as palavras escrita e impressa 283 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Avalia o e letramento concep es de aluno letrado subjacentes ao SAEB e ao PISA Palavras chave Letramento Avalia o Leitura BONAMINO Alicia COSCARELLI Carla e FRANCO Creso Educ Soc online 2002 vol 23 no 81 pp 91 113 ISSN 0101 7330 Neste artigo procuramos apresentar as concep es de letramento que servem de base para a constru o das provas de duas avalia es em larga escala a saber o SAEB 1999 e o PISA 2000 Apresentamos tamb m um panorama geral do SAEB e do PISA e das habilidades de leitura avaliadas em cada um deles Realizamos uma compara o dessas habilidades buscando evidenciar a no o de letramento adotada pelo SAEB e pelo PISA e discutim
110. 31 o formador colabora se assume uma posi o de interlocutor Em sua fun o de formador n o p 36 o professor orientador trabalhar como um dos articuladores de uma rede p 17 contribuir com voc enquanto organizador e oordenador de um processo de forma o p 8 Para tanto s o requeridas de voc enquanto educador e professor orientador p 18 necess ria a exist ncia de uma lideran a que articule o funcionamento p 16 o l der professor orientador p 33 Como mediador nesse processo voc assumir p 19 atuando como int rprete do curso junto ao aluno p 19 sobre o sentido de ser formador tutor p 35 O professor orientador na educa o de adultos se mais como um recurso de aprendizagem do que um expert em conte dos p 140 182 orientador de estudos professor orientador formador articulador organizador e coordenador educador l der mediador int rprete formador tutor recurso de aprendizagem Baseados na conceitua o de Bakhtin 1993 de situa o social como forma organizadora da enuncia o de audit rio social como a presen a dos participantes da situa o e de orienta o social como a depend ncia do peso s cio hier rquico do
111. 5 p 54 As licenciaturas curtas s o criadas atrav s da Lei 5540 68 que realizou a reforma universit ria Nesta a reforma dos cursos que formavam os professores para lecionarem de 5 a 8 s ries do que viria a ser chamado de primeiro e segundo graus s o divididas ocorrendo a separa o entre a forma o espec fica e a pedag gica ocorrendo um aligeiramento na forma o de professores Quanto ao curso de Pedagogia n o t m preparado o aluno futuro professor prim rio para alfabetizar nem para ensinar os conte dos das disciplinas b sicas tampouco lhes t m possibilitado uma consci ncia aguda da realidade na qual vai atuar PIMENTA 1992 p 109 A lei n 5 692 71 BRASIL 1971 modificou o ensino prim rio e m dio alterando sua denomina o respectivamente para primeiro grau e segundo grau Nessa nova estrutura desapareceram as Escolas Normais e em seu lugar foi estabelecida a habilita o espec fica de 2 grau para o exerc cio do magist rio de 1 Grau Nesse per odo no pa s multiplica se a forma o continuada de professores sob a forma de treinamentos e enfatizava se o dom nio de habilidades referentes ao planejamento de ensino ao conhecimento de novas tecnologias do ensino a recursos audiovisuais e aos m todos e t cnicas de avalia o da aprendizagem No in cio dos anos 80 e final dos anos 70 o debate sobre o compromisso pol tico e a compet ncia t cnica estavam presentes no cen rio
112. 7 BELINTANE Leitura e alfabetiza o no Brasil uma busca para al m da polariza o Educa o e Pesquisa S o Paulo v 32 n 2 p 261 277 maio ago 2006 261 BELLONI Maria Luiza Educa o a dist ncia 3 ed S o Paulo Autores Associados 2003 Ensaio sobre a educa o a dist ncia no Brasil In Educa o e Sociedade V 23 n 78 Campinas Abril 2002 BORTONIHRICARDO S M amp PEREIRA A D A Forma o Continuada de Professores e Pesquisa Etnogr fica Colaborativa A Forma o do Professor Pesquisador Estudos Ling sticos Revista da P s Gradua o em Letras da UFPA Bel m CLA UFPA n 26 p 149 162 ago dez 2006 BORTONIH RICARDO Educa o em l ngua materna a Sociolingu stica e a sala de aula S o Paulo Par bola Editorial 2004 BORDIEU Pierre Contrafogos t ticas para enfrentar a vis o neoliberal Rio de Janeiro Jorge Zahar 1998 BRAIT Beth Alguns pilares da arquitetura bakhtiniana In BRAIT Beth Org Bakhtin outros conceitos chave S o Paulo Contexto 2006 BRASIL Projeto de Lei N 1 592 2003 BRASIL Minist rio da Educa o Portaria Ministerial n 1472 04 Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica 2004 Resolu o FNDE N 48 DE 2 09 2006 Pr letramento Programa de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica Guia Geral Bras lia MEC SEB SEED 2007 Minist rio da Educa o Secr
113. A DO PROGRAMA PRO LETRAMENTO Pol tica Educacional Forma o Continuada Pr Letramento AUTOR PERI DICO DISSERTA O TESE ANO ALFARES Maria Aparecida Ponta Grossa Universidade Estadual de Ponta Grossa Disserta o 2009 CDD 379 81 RESUMO Este trabalho apresenta uma an lise da concep o e gest o do Programa Pr Letramento implantado pelo Governo Federal a partir de 2005 O objetivo da pesquisa foi investigar em uma perspectiva cr tica os principais aspectos relacionados concep o e gest o do programa as concep es nele subjacentes e ainda verificar em que medida e com quais perspectivas esse programa tem contribu do para atender as demandas que impulsionaram a sua formula o O trabalho defende que o Programa Pr Letramento uma medida necess ria mas n o suficiente para uma promo o efetiva da qualidade da educa o oferecida s classes trabalhadoras 240 AP NDICE B DEFINI ES DE EDUCA O A DIST NCIA ANO AUTOR CONCEITO D CADA DE 90 G Aretio PR 1994 Sistema tecnol gico de comunica o D CADA DE 80 W Perry e G Rumble 1987 Comunica o de dupla via G Llamas 1986 Estrat gia educativa R Ib ez 1984 1986 Sistema multim dia de educa o G Cirigliano 1983 Educa o autodidata O Peters 1983 Ensino industrializado D CADA DE 70 B Holmerg 1977 Formas de estudo M Moore 1972 M todo de instru o D CADA DE 60 G Dohmem 1967 Forma de auto e
114. Bem vindo B a Atalhos A A A Plataforma Freire 6 q 6 2 sa Eua gas m i da SECRETARIA a ESCOLA Conhe a as Institui es Conhe a as Institui es Acesse o site de sua Acesse o site de sua escola e Federais de Ensino Vinculadas Secretaria ou NTE tamb m conhe a os sites de outras escolas Dominio EPE P amem BONO SEJAM PROFESSOR Manistenia da Educa o em Figura 4 Portal do Professor Busca em todo o Banco Internacional de EE Objetos Educacionais estao fcada Ranra Intarnarinnal de Nhietne Ediirarinnaie 65 Pola data do envio Ajuda Estat sticas raso Noki raianta Banen pastulBs55 arame publicados zeoan avisit disc oi BD Biciissiona aguardanda autoriza o das autores para a publica o e um total de 1000355 Estuca o Superior visitas de 155 bafses Modaligades DFreire plano naciona A consulta s de forma o de curriculo X professores is do professor plano nacional Voc estiem Plano Nacional de Forma o de Professores Apresenta o de forma o de Plano Nacional de Forma o dos Professores da Educa o B sica professores O Plano Nacional de Forma o dos Professores da Educa o B sica resultado da a o conjunta do Minist rio da Educa o IMEC de Institui es P blicas de Educa o Superior IPES e das Secretarias de Educa o dos Estados e Municipios no mbito do PDE
115. DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE vn o RN is O PR LETRAMENTO E A FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES QUE ENSINAM MATEM TICA NO PRIMEIRO CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL PIROLA Nelson Antonio Pirola amp MORAES Mara Sueli Sim o Moraes ZETETIKE CEMPEM FE UNICAMP v 17 N mero Tem tico 2009 Forma o continuada Pr Letramento Educa o Matem tica 238 RESUMO Assinalam se aqui algumas considera es sobre um Programa de Forma o Continuada Pr Letramento desenvolvido pela Rede Nacional de Forma o de Professores de Educa o B sica do Minist rio da Educa o formada pelo MEC e por cinco Centros de Educa o Continuada sob a coordena o de universidades brasileiras S o apresentadas algumas caracter sticas do Programa e a avalia o preliminar das a es do Pr Letramento de Matem tica desenvolvidas no Estado de S o Paulo pelo Centro de Educa o Continuada em Educa o Matem tica Cient fica e Ambiental Cecemca n cleo de Bauru Foram participantes 139 professores tutores do Programa Pr Letramento de Matem tica do Estado de S o Paulo fase inicial Os resultados demonstram que a partir do Pr Letramento os professores cursistas come aram a ter um outro olhar em rela o ao ensino da Matem tica escolar tendo como ponto de partida a sua pr tica educativa T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES UMA ANALISE CR TIC
116. EL Universidade Estadual de Campinas Centro de Forma o do Instituto da Linguagem CEFIEL Universidade de Bras lia Centro de Forma o Continuada de Professores CEFORM e Universidade Estadual de Ponta Grossa Centro de Forma o Continuada Desenvolvimento de Tecnologia e Presta o de Servi os para as Redes P blicas de Ensino CEFORTEC As equipes de pesquisadores desses centros s o respons veis pelas a es de forma o em diversas regi es do Brasil que se fundamentam nos materiais de forma o Para realiza o do programa o MEC ofereceria suporte t cnico e financeiro e exerceria o papel de coordenador do desenvolvimento do programa implementado por ades o em regime de colabora o pelas secretarias municipais e estaduais de educa o Nessa parceria coube ao MEC coordenar e dar apoio t cnico financeiro aos Centros de Linguagem para produ o de pesquisa materiais did ticos pedag gicos impressos e multim dias e a concess o de uma bolsa de estudos aos professores tutores financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa o no valor de R 100 00 no per odo de seis meses BRASIL MEC 2006 p 2 3 e 4 Figura 13 Cart o de pagamento do tutor As diretrizes sobre a concess o da bolsa encontram se na Resolu o FNDE N 048 de 2 09 2006 e na Portaria n 1 243 de 30 de dezembro de 2009 que reajustou o valor da bolsa para R 400 00 mensais pagas pelo Fundo Nacional de Desenvolvime
117. ETIVOS SITE DO PPL Y Antonio Augusto Gomes 1 Apresentar v rios conceitos P de F X Batista fundamentais que subsidiam r epe E Torma ao v Ceris Salete Ribas da Silva o projeto do Pr Letramento CEALE ontinuada PO a v Maria das Gra as Bregunci Capacidades tais como Alfabetiza o Instrumentos da Alfabetiza o a ra i UFMG Sad v Maria da Gra a Ferreira da Lingu sticas Letramento e Ensino de Alfabetiza o e Letramento ES an 5 E 1 Costa Val Alfabetiza o L ngua http l Forma o de Alfabetizadores de V Maria L cia Castanhei Let t p www ceale aria L cia Castanheira e Letramento Jovens e Adultos E ES a fae ufmg br V deos Auxili v Sara Mour o Monteiro 2 Sistematizar as principais cs v Isabel Cristina Alves da Silva capacidades a serem Frade desenvolvidas pelos alunos nos anos iniciais da Avalia o Diagn stica da escolariza o Alfabetiza o CEALE Brasil Alfabetizado v Antonio Augusto Gomes 1 Discutir a quest o da UFMG Proalfa Batista avalia o do ensino e do Provinha Brasil v Ceris Salete Ribas da Silva Alfabetiza o e trabalho pedag gico na http www ceale v Maria das Gra as Bregunci Letramento escola simultaneamente a fae ufmg br v Maria L cia Castanheira Quest es sobre avalia o da aprendizagem Publica es 2 Y Sara Mour o Monteiro avalia o Jornal letra A Revista L ngua Escrita Ciclo Inicial de Alfabetiza o Linguagem e Educa o Literatura e Educa o Alfabetiza o
118. Em contrapartida os g neros secund rios tamb m exercem uma influ ncia muito forte sobre os g neros prim rios Especificamente no Manual do tutor h a recupera o do discurso prim rio que explora e retoma experi ncias de a o de forma o de professores tutores conforme observamos nos fragmentos abaixo Eu sempre trabalho fazendo uma troca entre elas uma ajudando a outra a gente vai fazendo ganchos do que uma fala do que a outra fala fazendo esse interc mbio de id ias essa reflex o em cima do texto trazendo para sua vida 176 pessoal e para sua vida profissional Sempre pensando na mudan a da pr tica l na sala de aula Sandra BRASIL 2006 p 7 No ltimo dia eu fa o o mesmo Ent o Voc lembra quando entrou aqui qual foi palavra Elas n o lembram A elas azem uma retrospectiva A depois eu ostro aquela folha e digo Veja antes voc era ansiosa e hoje como que voc se coloca Pra gente realmente fazer uma avalia o em cima do que voc se prop s a fazer ao entrar no curso e realmente voc fez em todo esse per odo Enquanto grupo eu me doei Enquanto crescimento eu cresci Beth BRASIL 2006 p 7 Ent o eu vejo esse papel essa import ncia de voc realmente valorizar o ser humano enquanto pessoa enquanto profissional ent o eu vejo que o meu trabalho n o em v o porque eles v m com todas essas diferen as mas a partir do que pode acontecer ali no espa o
119. GO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO As representa es do erro na aprendizagem da escrita numa classe de alfabetiza o de jovens e adultos Palavras chave erro letramento norma ling stica PEREIRA Josilene Domingues Santos Trab linguist apl online 2008 vol 47 n 1 pp 151 168 ISSN 0103 1813 doi 10 1590 S0103 18132008000100009 Este trabalho fruto de pesquisa de cunho etnogr fico e colaborativo na rea da Ling stica Aplicada descreve algumas representa es sobre o erro no processo de aprendizagem da escrita numa classe de alfabetiza o de jovens e adultos em uma escola da rede municipal de Vit ria da Conquista Bahia Tais representa es como se percebeu na an lise simbolizam para os atores sociais envolvidos alfabetizadora e alfabetizandos a re produ o de uma imagem de escrita correta sob a qual se forma uma rede de sentidos em torno de uma l ngua escrita correta nos eventos de letramento escolar Inclus o digital como inven o do quotidiano um estudo de caso Palavras chave inclus o digital letramento digital alfabetiza o digital educa o inclusiva BUZATO Marcelo El Khourio Rev Bras Educ online 2008 vol 13 no 38 pp 325 342 ISSN 1413 2478 Vers o resumida de um estudo de caso explorat rio realizado em um telecentro na periferia da cidade de Guarulhos Toma pressupostos da sociologia do
120. LLO G N Forma o de professores na Am rica Latina e Caribe a busca por inova o e efici ncia In Confer ncia Regional o desempenho dos Professores Na Am rica Latina e no Caribe Novas Perspectivas Bras lia 2002 Bras lia MEC 2002 REIS FILHO Casemiro A educa o e a ilus o liberal 2 ed Campinas Autores Associados 1995 REY Fernando L Gonz lez La investigaci n cualitativa en psicologia rumbos y desafios S o Paulo EDUC 1999 RIBEIRO Vera Masag o Org Letramento no Brasil reflex es a partir do INAF 2001 S o Paulo A o Educativa Global Instituto Paulo Montenegro 2003 ROJO Roxane Helena Rodrigues Org Alfabetiza o e letramento S o Paulo Mercado de Letras 1998 233 G neros discursivos e textuais quest es te ricas e aplicadas In MEURER J L BONINI Adair MOTTA ROTH D sir e orgs G neros teorias m todos debates S o Paulo Par bola Editorial 2005 Letramentos m ltiplos escola e inclus o S o Paulo Par bola Editorial 2009 SANCHEZ F bio coord Anu rio Brasileiro Estat stico de Educa o Aberta e a Dist ncia 4 ed S o Paulo Instituto Monitor 2008 SANTOS B de S Um discurso sobre as ci ncias Porto Afrontamento 2005 SANTOS M Por uma outra globaliza o Rio de Janeiro Record 2000 SAVIANI Dermeval Forma o de professores aspectos hist ricos e te ricos do problema no contexto brasileiro Revista Brasileira de Educa
121. MO Pedro Quest es para a teleduca o Petr polis Vozes 1998 FARACO Carlos Alberto Linguagem e di logo as id ias ling sticas do C rculo de Bakhtin Curitiba criar 2003 O dialogismo como chave de uma antropologia filos fica In FARACCO Carlos Alberto et al Di logos com Bakhtin Curitiba Editora da UFPR 1996 FERRARO A R Da universaliza o do acesso escola e da qualidade das estat sticas da educa o Cadernos de Educa o UFPel Pelotas RS v 13 n 23 p 57 75 2004 FERREIRA Diego Jorge Universidade e Forma o Continuada de Professores entre as possibilidades e as A es Propositivas Universidade Federal Fluminense Faculdade de Educa o Disserta o 2007 FERREIRO Emilia TEBEROSKY Ana Psicog nese da l ngua escrita reimp 2006 Porto Alegre Artes M dicas Sul 1999 FREITAS Helena Costa Lopes de Freitas A Nova Pol tica de Forma o de Professores A Prioridade Postergada Educ Soc Campinas vol 28 n 100 Especial p 1203 1230 out 2007 1203 Dispon vel em http www cedes unicamp br FREITAS Maria Teresa de Assun o Freitas A abordagem s cio hist rica como orientadora da pesquisa qualitativa Cadernos de Pesquisa S o Paulo n 116 p 21 40 jul 2002 A perspectiva s cio hist rica uma vis o humana da constru o do conhecimento Trabalho escrito para o Simp sio Ethics and humanities dealing with diversity in contemporary research Fift
122. Pra mim o que me fez continuar no Pr Letramento que me fez ir pro Pr Gest o essa coisa mesma da forma o continuada de de tentar essa reflex o que os professores que a educa o precisa ter em cima dos seu prop sitos seus problemas Ent o pra mim promover essa reflex o Que o professor seja cr tico do seu trabalho que discuta com o outro ent o pra mim foi isso mesmo E crescer a gente n o tem nem o que dizer porque a troca eu n o tenho n o meu aluno s o os meus colegas discutindo os nossos problemas E a todo mundo cresce n Ent o o que me faz participar desse tipo de trabalho a quest o mesmo da reflex o Pra gente acordar cada um no seu limite cada um no seu ponto refletir sobre a melhor maneira de se trabalhar de se promover a educa o T 1 Olha pra mim foi ansiedade que me fez buscar esse programa Ali s foi uma guerra pra eu entrar nesse programa as colegas sabem Por qu Eu trabalhando com o programa de acelera o da aprendizagem que justamente uma cole o de fluxo da defasagem e a problem tica maior estava na alfabetiza o Ent o qualquer atividade que vinha falando em alfabetiza o jovens e adultos seja o que for eu j estava fazendo cursos pra tentar minimizar essa ansiedade dos professores E pra mim foi maravilhoso foi muito bom Eu vou levar isso a frente Eu n o queria falar mas eu acho que a gente tem que divulgar projeto que a gente idealizou dentro do munic
123. Provinha Brasil pois a avalia o tem como fundamento o fasc culo 2 do PPL e outros documentos que norteiam as avalia es nacionais desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An sio Teixeira INEP As habilidades para o desenvolvimento da alfabetiza o e do letramento da Provinha Brasil e do PPL foram agrupadas em cinco eixos Apropria o do sistema de escrita Leitura Escrita Compreens o e valoriza o da cultura escrita e Oralidade letramento Assim sendo o CEALE UFMG respons vel pela Provinha Brasil e pelos fasc culos 1 e 2 do PPL procuram indicar aos professores a import ncia de um diagn stico do n vel de alfabetiza o dos alunos no in cio do 142 processo de aprendizagem com o objetivo de facilitar interven es no processo pedag gico de ensino aprendizagem da leitura e da escrita Pirjo Letramento Alfabetiza o e Linguagem Alfabetiza o e Letramento Quest es sobre Avalia o fasc culo 2 Figura 25 Capa do fasc culo 2 do PPL 4 7 3 Fasc culo 3 A organiza o do tempo pedag gico e o planejamento de ensino O fasc culo 3 do PPL intitulado A organiza o do tempo pedag gico e o planejamento do ensino analisa atrav s de relato de experi ncias situa es de ensino e aprendizagem sob a tica da organiza o do tempo escolar e do planejamento das atividades docentes Tendo como base um relato de uma professora o texto demonstra que a leitura de
124. RI DICO RESUMO Quest es em torno da constru o de indicadores de analfabetismo e letramento Palavras chave Analfabetismo Letramento Estat sticas Avalia o RIBEIRO Vera Masag o Quest es em torno da constru o de indicadores de analfabetismo e letramento Educ Pesqui online 2001 vol 27 no 2 pp 283 300 ISSN 1517 9702 Este artigo discute quest es em torno da constru o de indicadores de analfabetismo e de seu oposto o letramento Primeiramente analisa a evolu o desses conceitos e sua relev ncia para o campo da educa o Em seguida descreve a situa o brasileira em rela o a tr s estrat gias de medi o de analfabetismo e letramento os censos populacionais as avalia es dos sistemas de ensino e os estudos por amostragem Analisa problemas metodol gicos de cada uma dessas estrat gias e suas implica es pol ticas e ideol gicas Em rela o aos dados censit rios questiona a validade do crit rio adotado pelo IBGE menos de quatro anos de escolaridade para quantificar o analfabetismo funcional Aponta as potencialidades das avalia es dos sistemas de ensino evidenciando sua grande repercuss o na m dia e a pouca aten o que recebem dos especialistas da academia Com rela o s pesquisas por amostragem descreve tend ncias internacionais recentes e uma iniciativa pioneira de constru o de um indicador nacional de alfabetismo no Br
125. SEED Secretaria de Educa o a Dist ncia UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro EAD Educa o a Dist ncia TICS Tecnologias da Informa o e da Comunica o LDB Lei de diretrizes e base da educa o ANPED Associa o da P s Gradua o em Educa o CEFAM Centros de Forma o e Aperfei oamento do Magist rio FHC Fernando Henrique Cardoso PROFA Programa de forma o de professores alfabetizadores OCDE Organiza o de Coopera o e Desenvolvimento Econ mico FMI Fundo Monet rio Internacional CEPAL Comiss o Econ mica para a Am rica Latina e o Caribe UNESCO Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNICEF Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia OREALC Escrit rio Regional de Educa o para Am rica Latina e Caribe ABT Associa o Brasileira de Tecnologia 18 APRESENTA O Se eu mesmo sou um ser acabado e se o acontecimento algo acabado n o posso nem viver nem agir para viver devo estar inacabado aberto para mim mesmo devo ser para mim mesmo um valor ainda por vir devo n o coincidir com a minha pr pria atualidade Bakhtin O presente trabalho apresenta uma an lise do papel da tutoria no Programa Pr letramento Mobiliza o pela Qualidade da Educa o na rea de alfabetiza o e linguagem que vem sendo implementado pelo Minist rio da Educa o MEC em diversos estados brasileiros desde 2005 Tr
126. Soc online 2002 vol 23 no 81 pp 143 160 ISSN 0101 7330 No contexto de uma diferencia o entre a cultura do papel e a cultura da tela ou cibercultura o artigo busca uma melhor compreens o do conceito de letramento confrontando tecnologias tipogr ficas e tecnologias digitais de leitura e de escrita a partir de diferen as relativas ao espa o da escrita e aos mecanismos de produ o reprodu o e difus o da escrita argumenta que cada uma dessas tecnologias tem determinados efeitos sociais cognitivos e discursivos resultando em modalidades diferentes de letramento o que sugere que a palavra seja pluralizada h letramentos n o letramento Oralidade mem ria e a media o do outro pr ticas de letramento entre sujeitos com baixos n veis de escolariza o o caso do cordel 1930 1950 Palavras chave Folhetos de cordel Letramento Oralidade Memoriza o Hist ria da leitura GALV O Ana Maria de Oliveira Educ Soc online 2002 vol 23 no 81 pp 115 142 ISSN 0101 7330 O artigo prop e se a discutir quais as especificidades da rela o que sujeitos vinculados em sua origem a uma cultura em que a oralidade predominante estabelecem com a cultura escrita Essa discuss o realizada a partir dos resultados de uma pesquisa conclu da que teve como objetivo re construir o p blico leitor ouvinte e os modos de ler ouvir literatura de cordel entre 19
127. T 2 Eu acho que a dist ncia tamb m foi pra abranger o maior n mero de pessoas tamb m 212 T 4 Com certeza T 1 mas a dist ncia tamb m porque ele ministrado por uma universidade que est distante da gente tamb m T 2 Tamb m pra abranger o maior n mero de pessoas quando que a gente pensava assim vamos supor que Miracema Noroeste do estado do Rio de Janeiro fosse participar de um programa de uma pol tica p blica que est aqui T 1 Mas oferecido dentro da Universidade Federal de Pernambuco A universidade est l e o aluno o professor est estudando aqui em outro estado em outra T2 E a voz das universidades tamb m n T 2 Eu acho que ainda falta esse estudo que a FALOU eu n o vejo muito isso ainda n o esse estudo em casa T 4 Est se criando est em forma embrion ria est em forma embrion ria esse estudo continuado T 1 O aluno tem muita dificuldade ele est muito preso ao presencial Ele quer estudar em sala de aula ele quer estudar com o professor ele n o est conseguindo entender que n s somos tutores intermediando o estudo deles fazendo a liga o Na verdade n s nem ter amos que estar quase tirando d vidas nenhuma porque nem na nossa n o fomos capacitados pra isso n s somos mais capacitados pra ser s o elo n Ouvir a ponta eles que est o n s tamb m que estamos estudando e trazendo as d vidas o professor das universidades tirando
128. TE Observou se que o programa era um pacote pronto que n o foi debatido com a categoria CNTE 2003 p 2 Embora o incentivo forma o continuada profissionaliza o docente e ao letramento fossem as bases presentes no documento certamente a apresenta o do projeto que foi exposto como meta que sintetizou os objetivos do MEC para o novo governo ocasionou a an lise da CNTE que divulgou seu exame da proposta por meio de uma carta em agosto de 2003 com muitas cr ticas ao projeto que sintetizamos abaixo MEC CNTE PISO SALARIAL E CARREIRA DO A PROFESSOR A Proposi o de medidas legislativas e ampla negocia o nos estados para garantir recursos necess rios a progressiva eleva o da remunera o do professor Participa o volunt ria para profissionais habilitados do exerc cio da fun o docente Participa o obrigat ria aos concluentes de cursos de gradua o Neste caso os exames al m de permitir a certifica o do rec m formado integrar o os programas de avalia o dos cursos de licenciatura Periodicidade anual em todo pa s Validade 5 anos Poder ser utilizado como crit rio em processos seletivos para monitoramento e avalia o de pol ticas de forma o docente promo o na carreira concess o de benef cios Valoriza o remunera o versus gratifica o e bolsas Avaliar Institui o e Sistema controle social Necessida
129. TIN 1999 p 123 Assim por meio do fen meno da intera o verbal a l ngua compreendida como express o das rela es e tens es sociais veiculando e sofrendo o efeito dessa luta servindo ao mesmo tempo de instrumento e de material nas diversas produ es de linguagem Conforme explica Bakhtin idem os indiv duos n o recebem a l ngua pronta para ser usada eles penetram na corrente da comunica o verbal ou melhor somente quando mergulham nessa corrente que sua consci ncia desperta e come a a operar Os sujeitos n o adquirem sua l ngua materna nela e por meio dela que ocorre o primeiro despertar da consci ncia p 108 Dessa forma toda vez que interagimos e nos comunicamos atrav s da linguagem oral da escrita e de outras formas de comunica o estamos participando do processo de constitui o dessa l ngua Nessa perspectiva Bakhtin 1992 p 113 aprofundando suas reflex es sobre a rela o palavra enunciado e ideologia afirma que a situa o social mais imediata e o meio social mais amplo determinam completamente e por assim dizer a partir do seu pr prio interior a estrutura da enuncia o Para o pensador russo cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores sociais de orienta o contradit ria A palavra revela se no momento de sua express o como o produto da intera o viva das for as sociais BAKHTIN 2006 p 660
130. Total 33 100 Tabela 27 Voc utilizou o manual do tutor N Nunca 4 12 12 Algumas vezes 20 60 6 299 Quase sempre 4 12 12 Sempre 5 15 15 Total 33 100 Tabela 28 Defini o de manual N Material de consulta 5 15 15 Material de apoio 6 18 18 Guia 2 6 06 Passo a passo 11 33 33 Orienta o metodol gica 5 15 15 Referencial t cnico 1 3 03 Roteiro 1 3 03 Documento norteador 2 6 06 Total 33 100 Tabela 29 Forma o continuada N Adquirir novos conhecimentos 4 12 12 e ressignificar outros Reapreender 4 12 12 Estudo cont nuo 5 15 15 Crescimento profissional 8 24 24 Troca de experi ncia 4 12 12 Elo entre teoria e pr tica 8 24 24 Total 33 100 Tabela 30 Tempo semanal dedicado a prepara o dos encontros presenciais do programa N At 1 hora 0 0 De 1 a 2 horas 8 24 24 De 2 a 3 horas 3 9 09 De 3 a 4 horas 9 27 27 De 4 horas ou mais 13 39 39 N o realizo essa atividade 0 0 Total 33 100
131. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE FILOSOFIA E CI NCIAS HUMANAS PROGRAMA DE P S GRADUA O EM EDUCA O FACULDADE DE EDUCA O ELIZABETH OROFINO LUCIO TECENDO OS FIOS DA REDE O PROGRAMA PR LETRAMENTO E A TUTORIA NA FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES DA EDUCA O B SICA Rio de Janeiro 2010 ELIZABETH OROFINO LUCIO TECENDO OS FIOS DA REDE O PROGRAMA PR LETRAMENTO E A TUTORIA NA FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES DA EDUCA O B SICA Disserta o apresentada Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro como parte dos requisitos necess rios obten o do t tulo de Mestre em Educa o Orientador Prof Dra Ludmila Thom de Andrade Rio de Janeiro 2010 Lucio Elizabeth Orofino Tecendo os fios da rede o programa pr letramento e a tutoria na forma o continuada de professores alfabetizadores da educa o b sica Elizabeth Orofino Lucio Rio de Janeiro UFRJ 2010 f Disserta o Mestrado Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Educa o 2010 Orientadora Ludmila Thom de Andrade 1 Professores Forma o Pol tica governamental 2 Alfabetiza o 3 Ensino dist ncia 4 Tutoria 5 Programa Pr Letramento Andrade Ludmila Thom de Il Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Educa o Ill T tulo CDD 371 102 Universidade Federal do
132. Universit ria 2008 Marxismo e filosofia da linguagem 9 ed S o Paulo Hucitec 2006 Teoria do ato Tradu o de Carlos Alberto Farraco e Crist v o Tezza para uso did tico 1993 mimeo Quest es de literatura e de est tica a teoria do romance S o Paulo Hucitec UNESP 1993c Que s el lenguaje In SILVESTRI Adriana BLANCK Guillermo Bajt n y Vigotski la organizaci n semi tica de la consciencia Barcelona Anthropos 1993 b 1929 BARBOSA Mauro Guterres Pr Letramento Rela es com o Saber e o Aprender De Tutores Do P lo Itapecuru Mirim Ma Bel m Universidade Federal do Par Disserta o 2008 Mimeo BARRETO Raquel Goulart amp LEHER Roberto Trabalho docente e as reformas neoliberais 2008 no prelo BARRETO Raquel Goulart Org Tecnologias educacionais e educa o a dist ncia avaliando pol ticas e pr ticas Rio de Janeiro Quartet 2001 Forma o de professores tecnologias e linguagens mapeando velhos e novos des encontros S o Paulo Loyola 2002 Tecnologia e Educa o Trabalho e Forma o Docente Educ Soc Campinas vol 25 n 89 p 1181 1201 Set Dez 2004 BAUMAN Zygmunt Globaliza o as conseqii ncias humanas Rio de Janeiro Jorge Zahar Ed 1999 BECALLI Fernanda Zanetti O ensino da leitura no Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores PROFA Universidade Federal do Esp rito Santo Disserta o 2007 mineo 22
133. a concep o de l ngua como a apresentada no primeiro caderno mas importante destacar que ele recupera aspectos importantes deste fasc culo ao demonstrar que os alunos falantes de variedades lingu sticas diferentes da denominada l ngua padr o t m o direito de dominar essa variedade que mais valorizada socialmente PINO Letramento Alfabetiza o e Linguagem Modos de Falar Modos de Escrever fasc culo 7 Figura 30 Capa do fasc culo 7 do PPL a Travaglia 1996 discutindo quest es relativas ao ensino da gram tica no primeiro e segundo graus apresenta com base em Halliday Mcintosh e Strevens 1974 um quadro bastante claro sobre as possibilidades de varia o lingu stica chamando a aten o para o fato de que apesar de reconhecer a exist ncia dessas variedades a escola continua a privilegiar apenas a norma culta em detrimento das outras inclusive daquela que o educando j conhece anteriormente 148 4 7 8 Fasc culo complementar S o tratadas nesse fasc culo complementar quest es relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem da l ngua escrita nas s ries iniciais ou nos ciclos iniciais do Ensino Fundamental a partir de relatos sobre a a o pedag gica desenvolvida com o tema Hist ria de Vida destacada a constitui o do aluno como sujeito autor e produtor de textos e consta o registro da necessidade da inter rela o entre alfabetiza o e letramento pois segundo o te
134. a o todavia constatamos a necessidade de uma postura mais ativa e propositiva das mesmas no mbito da forma o continuada de professores Entendemos que deve haver uma conjuga o de esfor os entre as universidades os rg os p blicos e os professores para o debate concep o execu o suporte e avalia o de tais empreendimentos T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE PR LETRAMENTO RELA ES COM O SABER E O APRENDER DE TUTORES DO POLO ITAPECURU MIRIM MA Forma o Continuada de Professores Rela es com o Saber Fra es A EDUCA O S CIO LINGU STICA NO PROCESSO DE FORMA O DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL Educa o s cio lingu stica Etnografia Forma o de professores Letramento AUTOR PERI DICO DISSERTA O TESE ANO BARBOSA Mauro Guterres Bel m Universidade Federal do Par Disserta o 2008 CDD 22 Ed 371 12 PEREIRA Ana Dilma de Almeida Bras lia Tese Universidade de Bras lia 2008 237 RESUMO A presente disserta o uma pesquisa qualitativa que busca compreender as rela es com o saber e o aprender de professores tutores participantes de um programa de forma o continuada denominado Pr Letramento no p lo Itapecuru Mirim MA Fortes evid ncias de mudan as atitudinais indicam estabelecimento de novas rela es com o saber e o saber fazer da matem tica das S ries Iniciais do Ensino Fundamental em particular com as opera es
135. a rea de linguagem e 26 da rea de matem tica que trabalharam no programa docentes que eram orientadoras de aprendizagem dos Telepostos do RJ e duas multiplicadoras do NTE Dessa forma no primeiro momento do programa no Estado ou seja no ano de 2007 foram certificados 136 tutores e 5 507 professores do ensino b sico No ano de 2008 posterior s elei es municipais a ades o de alguns munic pios para etapa de retorno n o foram efetuadas mas nesse mesmo ano alguns munic pios solicitaram a forma o de novos tutores para o programa devido ao envolvimento pol tico local de tutores Dessa forma em 2008 61 munic pios aderiram ao programa 187 tutores foram formados e 3 656 professores certificados 98 Tabela 3 Participa o de tutores e professores no Programa Pr letramento no ano de 2007 Munic pio Cursistas Total de Tutores Ling Mat Cursistas Ling Mat 1 Araruama 60 0 60 1 0 2 Areal 10 25 sb 1 1 3 Arma o dos B zios 40 40 80 1 1 4 Barra do Pira 20 20 40 1 1 5 Barra Mansa 6 Cabo Frio 190 80 270 4 3 E Cachoeiras de Macacu 40 40 80 1 1 8 Cardoso Moreira 43 40 83 1 1 9 Carmo 10 Casimiro de Abreu 0 40 40 0 1 11 Comendador Levy Gasparian 20 20 40 1 1 12 Concei o de Macabu 13 Duque de Caxias 14 Engenheiro Paulo de Frontim 0 42 42 0 1
136. a In BRAIT B org Bakhtin conceitos chave S o Paulo Contexto 2006 ANDRADE L T Professores leitores e sua forma o transforma es discursivas de conhecimentos e de saberes Belo Horizonte Aut ntica Ceale 2004 amp LIMA M B Q G neros em constitui o na escrita de portif lios por professoras alfabetizadoras em forma o Anais do 16 Congresso de leitura do Brasil Universidade de Campinas Campinas 2007 A linguagem da forma o docente Revista L ngua Escrita v 1 p 124 135 CEALE UFMG 2007 ANDRIOLI Antonio In cio As pol ticas educacionais no contexto do neoliberalismo In Revista Espa o Acad mico Ano II n 13 jun 2002 Dispon vel em lt www espa oacademico com br gt Acessado em 06 07 08 ARETIO L G Educaci n a distancia hoy Universidad Nacional de Educaci n a Distancia Madrid 1994 226 BAJARD Elie Nova embalagem antiga mercadoria Educa o e Pesquisa S o Paulo v 32 n 3 p 493 507 set dez 2006 BAKHTIN Mikhail Discurso na vida e discurso na arte 1926 Tradu o de Carlos Alberto Farraco e Crist v o Tezza para uso did tico 1998 mimeo Est tica da cria o verbal S o Paulo Martins Fontes 2003 La construcci n de la enunciaci n In Bajt n y Vigotski La organizaci n semi tica de la conciencia Barcelona Anthropos 1993 b Problemas da po tica de Dostoi vski Tradu o de Paulo Bezerra Rio de Janeiro Forense
137. a abordagem de forma o que orientou a forma o continuada de professores alfabetizadores no pa s 158 Os discursos sobre a forma o materializados no documento do tutor foram i 7 2s 7 analisados como ve culos ideol gicos 3 vivos capazes de explicitar o interesse do MEC em escolher determinado centro de educa o e autores para subsidiar te rica e metodologicamente o trabalho de tutoria de professores alfabetizadores e n o outros poss veis Ao tratarmos o fasc culo do tutor como ve culo ideol gico focalizamos um conceito fundamental na obra de Bakhtin e seu c rculo constru do atrav s do m todo marxista a partir da introdu o de dial tica Na obra Marxismo e Filosofia da linguagem 1929 o fil sofo sovi tico V N Voloshinov afirma que a palavra veicula e privilegia a ideologia sendo a ideologia o conjunto dos reflexos e das interpreta es da realidade social e natural que tem lugar no c rebro do homem e se expressa por meio de palavras ou outras formas s gnicas VOLOSHINOV 1998 apud MIOTELLO 2005 p 169 Segundo Voloshinov 1998 tudo que ideol gico um signo e sem signos n o existe ideologia Desse modo o signo deve ser entendido na cadeia de comunica o verbal ininterrupta e n o por meio de formas lingu sticas isoladas circunscritas a um sistema pretensamente abstrato a ser assimilado pelo locutor na conformidade norma da forma utilizada mas sim na nova sign
138. a DF no minicurso Modos de Falar Modos de Escrever para interessados na rea de alfabetiza o letramento e forma o de professores em um congresso cient fico em Jo o Pessoa PB e no Programa de Forma o Continuada de Professores Pr Letramento no estado do Maranh o No contexto do Pr letramento pesquisado por Barbosa a conclus o da autora de que os tutores e os professores cursistas constituem se em multiplicadores e tamb m ressalta a import ncia de se desenvolver uma educa o s cio lingu stica no processo inicial e ou continuada de forma o de professores Tamb m h a proposi o no trabalho que os eixos sustentadores de qualquer processo de forma o de professores respons veis pela educa o s cio lingu stica s o as contribui es mais recentes da s cio lingu stica dos novos estudos de letramento e da etnografia Pirola amp Moraes 2009 assinalam em seu trabalho algumas considera es e apresentam algumas caracter sticas do programa e a avalia o preliminar das a es do Pr Letramento de Matem tica desenvolvidas no Estado de S o Paulo pelo Centro de Educa o Continuada em Educa o Matem tica Cient fica e Ambiental CECEMCA n cleo de Bauru Os resultados demonstram que a partir do Pr Letramento os professores cursistas 30 come aram a ter um outro olhar em rela o ao ensino da Matem tica escolar tendo como ponto de partida a sua pr tica educativa Alfere
139. a Educa o Linguagem e letramento em foco Linguagem nas s ries iniciais 2005 KRAMER S nia Entrevistas coletivas uma alternativa para lidar com diversidade hierarquia e poder na pesquisa em ci ncias humanas In Ci ncias humanas e pesquisa leituras de Mikhail Bakhtin FREITAS Teresa Jobim SOUZA Solange Jobim e KRAMER S nia orgs S o Paulo Cortez 2007 231 Alfabetiza o leitura e escrita forma o de professores em curso Rio de Janeiro RJ 2003 LEAL T F A aprendizagem do sistema de escrita alfab tico por que importante sistematizar o ensino ALBUQUERQUE Eliana Borges C LEAL T F A alfabetiza o de jovens e adultos Belo Horizonte Aut ntica 2004 LEHER Roberto A ideologia da globaliza o na pol tica de forma o profissional brasileira Revista Trabalho amp Educa o NETE UFMG n 4 p 119 134 ago 1998 amp LOPES Alessandra Trabalho Docente Carreira e Autonomia Universit ria e Mercantiliza o da Educa o VII Semin rio Redestrado Nuevas Regulaciones em Am rica Latina Buenos Aires 2008 Educa o p blica como express o das lutas sociais mimeo Florestan Fernandes e a universidade no capitalismo dependente In Osmar F vero Org Democracia e educa o em Florestan Fernandes Campinas Autores Associados 2005 p 100 125 Estrat gias de mercantiliza o da educa o e tempos desiguais dos tratados de livre com rcio o caso do Bra
140. a Nacional de Inform tica na Educa o PROINFO e da Secretaria de Educa o a Dist ncia SEED MEC 1997 as IES e centros de pesquisa passaram a gerar ambientes virtuais de aprendizagem AVA iniciando a oferta de cursos de p s gradua o latu sensu via internet Pode se dizer com isso que o surgimento da universidade virtual no Brasil remonta os anos de 1996 e 1997 1999 PROFORMA O O Programa de Forma o de Professores em Exerc cio um curso a dist ncia em n vel m dio com habilita o para o magist rio na modalidade Normal realizado pelo MEC em parceria com os estados e munic pios Destina se aos professores que sem forma o espec fica encontram se lecionando nas quatro s ries iniciais classes de alfabetiza o ou Educa o de Jovens e Adultos EJA nas redes p blicas de ensino do pa s 2000 cons rcio Universidade Virtual P blica do Brasil UNIREDE Em outubro de 2000 a UNIREDE lan a o edital de oferta do curso de especializa o lato senso de forma o em Educa o a Dist ncia coordenado pela Universidade Federal do Paran UFPR 2000 Programa de Qualifica o Docente PRODOC NCIA foi um dos principais programas oferecidos pela UNIREDE que tinha como objetivo capacitar professores em licenciaturas de 1 a 4 s ries e em Ci ncias tendo em vista que cerca da metade dos educadores brasileiros n o possui n vel superior O lan amento dos cursos para s ries iniciais 1 a 4 foi n
141. a a Am rica Latina Para maiores esclarecimentos sobre o Banco Mundial BM e o Banco Interamericano de Desenvolvimento BID sobre certifica o de professores bem como as pol ticas de avalia o e gratifica o por desempenho a ela vinculado consultar Shiroma amp Schneider 2008 Carta n 034 2003 FNDEP Bras lia DF 6 de setembro de 2003 A carta na ntegra encontra se disponibilizada ao final do trabalho na p gina 297 74 manifestavam se contrariamente e diante de muitas quest es para reflex o denunciavam que a proposta de avalia o do governo neste e em outros casos continuava sem refer ncia no projeto pol tico pedag gico de cada institui o e no contexto social Como no governo de Fernando Henrique Cardoso as institui es em defesa da escola p blica registraram v rias interroga es sobre a formula o do Parecer convidaram o Ministro da Educa o a dar explica es sobre 1 a forma excludente como o Exame Nacional de Certifica o de Professores foi institu do sem consulta ou debate com as universidades em especial com as faculdades e os centros de educa o sem di logo com as entidades acad mico cient ficas e sindicais com o movimento estudantil e outros movimentos sociais 2 a natureza desse Exame que afere desempenhos pontuais desconsiderando o processo educacional em sua totalidade incentivando atitudes de individualismo e competi o e permitindo o controle e a penaliza o
142. a alfabetizadora conduz nos reflex o sobre a necessidade do reconhecimento de que a forma o inicial e continuada do professor alfabetizador precisa ser tratada particularmente pelas esferas federais estaduais e municipais pois se faz urgente a profissionaliza o desses docentes e o melhoramento de suas condi es materiais e simb licas de trabalho Certamente diversas obras do cen rio educacional nacional posteriores s obras mencionadas nesse estudo tratam da tem tica da alfabetiza o do letramento e da profissionaliza o da professora alfabetizadora por m n o ter amos condi es de retra ar o percurso hist rico completo neste trabalho Finalizamos esse caminho hist rico feito pela apresenta o das obras seminais nos estudos sobre letramento no Brasil e que em grande parte constituem os fasc culos do PPL Verificamos que quanto significa o temos que considerar tr s pontos fundamentais que fazem do letramento um conceito em constru o na pesquisa acad mica e mais ainda no mbito da forma o de professores da educa o b sica que exporemos a seguir O primeiro ponto que o conceito de letramento muito novo conforme constatamos anteriormente atrav s do mapeamento de obras nacionais mas se acrescentarmos a esse mapeamento artigos acad micos apresentados em congressos nacionais e internacionais tais como Scribner E Cole 1981 Heath 1983 Street 1984 Gee 1986 Cook Gumperz 1986 Gr
143. a algu m Toda palavra serve de express o a um em rela o ao outro Atrav s da palavra defino me em rela o ao outro isto em ltima an lise em rela o coletividade A palavra uma esp cie de ponte lan ada entre mim e os outros BAKHTIN 2006 p 107 180 Portanto podemos considerar o dialogismo bakhtiniano um tanto externo porque envolve sujeitos e falantes e todo falante por si s um respondente em maior ou menor grau BAKHTIN 2003 p 272 pois o car ter responsivo ativo dos enunciados pressup e a exist ncia de outro esteja ele ligado nas palavras assimiladas do autor esteja no ouvinte 2 pressuposto a quem essas palavras se dirigem E por isso que a alteridade bakhtiniana eminentemente discursiva e constitutiva o outro j est no que se enuncia institui se no dizer do autor no ato da enuncia o Uma atitude de an lise de enunciados ent o n o o procura fora dos dizeres produzidos porque ele est no dizer constituindo internamente este dizer A rela o autor interlocutor determina tanto o que dito como o que compreendido Dessa forma o ethos gerado por meio dessa rela o determinante dos dizeres dos professores universit rios autores do fasc culo do tutor e dos docentes leitores tutores e cria expectativas em rela o ao texto acad mico que ser recebido posteriormente Nessa perspectiva como g nero discursivo o manual do tutor pode ser considerado uma
144. a com a promulga o da chamada Constitui o Cidad em 1988 pela elei o direta para Presidente da Rep blica em 1989 na qual eleito Fernando Collor de Melo que no curto tempo em que permaneceu no poder foi respons vel por abrir as portas do pa s ao neoliberalismo que j vinha se instalando em pa ses capitalistas desde o final da d cada de 70 e in cio da d cada de 80 Diante de um quadro de crescente agravamento das desigualdades sociais a educa o de uma forma geral e consequentemente a forma o inicial e continuada de professores ganham uma import ncia estrat gica para a implanta o das reformas educacionais Fernando Henrique Cardoso FHC eleito em 1994 e reeleito em 1998 adotou o liberalismo econ mico como projeto de Estado e assim a privatiza o e o processo de moderniza o ocasionam o aumento da d vida externa e a depend ncia do pa s As mudan as ocorridas durante a gest o FHC afetaram diretamente a educa o pois segundo Andriolli 2002 p 1 havia dois trabalhos para a educa o primeiramente a ampliar o mercado 43 consumidor apostando na educa o como geradora de trabalho consumo e cidadania incluir mais pessoas como consumidoras e posteriormente b gerar estabilidade pol tica nos pa ses com a subordina o dos processos educativos aos interesses da reprodu o das ela es sociais capitalistas garantir governabilidade Para atender agenda governament
145. a de leitura cefiel alfaletras estrangeiras no Brasil 2 Apontar elementos para sua organiza o e Ensino na diversidade Adriana Silene Vieira possibilidades de uso Educa o Escolar Ind gena e seus C lia Regina Del cio Organiza o e Uso 3 Analisar diferentes Agentes Formadores Fernandes da Biblioteca modalidades de leitura e a L nguas ind genas i M rcia Cabral da Silva Escolar e das Salas media o do a professor a e forma o de escritores Ho Milena Ribeiro Martins de Leitura ao longo do processo de Letramento digital letramento e gs Letramento e tecnologia 4 Apontar a import ncia do Literatura e ensino Dicion rio como aliado na Literatura e Ensino 4 sala de aula http www iel unicamp br cefiel alfaletras O material encontra se totalmente dispon vel para download 250 CENTRO E MATERIAIS FASC CULO AUTORES TEMA OBJETIVOS SITE DO PPL Cursos Alfabetiza o e letramento conceitos e rela es Y Telma Ferraz Leal CEEL Alfabetiza o apropria o do Y M rcia Mendon a UFPE sistema alfab tico de eserita v Artur Gomes de Morais Alfabetiza o de jovens e adultos em uma perspectiva do letramento Margareth Brainer http www Avalia o em l ngua portuguesa 1 Auxiliar o professor no ufpe br ceel contribui es para a pr tica uso de jogos e brincadeiras pedag gica para promover tanto a Diversidade textual os g neros na apropria o do si
146. a esse respeito s o o de Bunzen 2004 que estuda os pressupostos te ricos constitutivos de tr s correntes que tratam de g neros a Nova Ret rica a Escola de Genebra e a Escola de Sidney e o de Rojo 2005 que ao procurar aproxima es e distanciamentos na utiliza o das express es g neros de texto e g neros discursivos bem caracterizam diferentes abordagens desse objeto N o inten o desse trabalho observar tra os do que constituiria um modelo de manual de forma o de tutor como diversos estudos t m feito em rela o a diversos g neros A modaliza o parece contradizer a concep o bakhtiniana pois o estatuto de um g nero d se por descri o desconstru o de suas recorr ncias e suas variabilidades todavia conforme constata Rojo 2007 p 17766 tem se ignorado a heterogeneidade da concep o bakhtiniana e ressaltado a estabilidade muito maneira do formalismo que o C rculo contestava Compreendendo o Manual do tutor como um g nero discursivo necess rio conceitu lo Nesse sentido primeiramente preciso destacar que as condi es de produ o da escrita e dos leitores s o distintas no Manual o que de fato interfere nas marcas definidoras das caracter sticas de um mecanismo discursivo de proje o em que os autores possuem uma fun o responsiva de autoria pois todo texto tem um sujeito um autor que fala escreve Formas aspectos e subaspectos que o ato do aut
147. a ntar alfabetiza o 1999 CAMARGO Ilustra o do livro infantil 1995 E CAMPOS O Bresehist riadolivo hist ria do livro 1994 E Da oralidade escrita a produ o do texto narrativo 2000 CARDOSO A socioconstru o do texto escrito uma perspectiva longitudinal 2003 256 AUTOR 7 OBR ANO Ler e escrever entrando no CLESSE Ler e escrever entrando no 1996 mundo da escrita Contar hist rias uma arte sem idade 1995 COELHO Did ctica Magna 1996 COM NIO COSCARELLI Novas tecnologias novos textos novas formas de pensar 2002 Reflex es sobre pr ticas escolares de produ o A A o sujeito 2003 COSTA VAL Livros did ticos de L ngua 2005 Portuguesa letramento e cidadania CURTO Escrever e Ler v 1 e2 2001 1998 DALBEN Trabalho Escolar e Conselho de Classe DELL ISOLA Leitura infer ncias e contexto 2001 s cio cultural DION SIO m ltiplos olhares ESTEBAN Avalia o uma pr tica em busca de 2000 novos sentidos Professor leitor aluno autor 1998 EVANGELISTA reflex es sobre avalia o do texto escolar CITA O a 257 AUTOR CITA O FASE FERREIRO Psicog nese da l ngua escrita 1998 complementar FRANCO Avalia o ciclos e promo o na 2000 2C 1 2 educa o FREIRE A import ncia do ato de ler em tr s 1998 aa complementar artigos que se completam ROD Psicologia e Trabalho pedag gico 1997 GRACE Manual de Portf lio um guia passo a 2001 2C 1 2 passo para o profes
148. a raz o tem se tornado cada vez mais divulgada a proposta de alfabetizar letrando ao mesmo tempo em que a crian a se familiariza com o Sistema de escrita alfab tico para que ela venha a compreend lo e a us lo com desenvoltura ela j participa na escola de pr ticas de leitura e escrita ou seja ainda come ando a ser alfabetizada ela j pode e deve ler e escrever mesmo que n o domine as particularidades de funcionamento da escrita N o se pretende mais que o aluno primeiro se alfabetize e s depois de pronto possa usar a escrita para ler e escrever seja em tentativas iniciais em que elabora e reelabora hip teses sobre a organiza o do sistema de escrita alfab tico seja convencionalmente Na verdade hoje se espera que os dois processos ocorram simult nea e complementarmente p g 6 fasc culo 5 CEALE ao longo das ltimas d cadas trazem como ponto positivo a introdu o ou o resgate de importantes dimens es da aprendizagem significativa e das intera es bem como dos usos sociais da escrita e da leitura articulados a uma concep o mais ampla de letramento Mas em contrapartida algumas compreens es equivocadas dessas teorias t m acarretado outras formas de reducionismo Isso se verifica quando essas pr ticas negam os aspectos psicomotores ou grafomotores desprezando seu impacto no processo inicial de alfabetiza o e descuidando de instrumentos e equipamentos imprescind veis a que
149. a rela o entre n vel socioecon mico grau de escolaridade e n vel de letramento Ao realizarmos um mapeamento na base SCIELO sobre o tema letramento em mbito nacional no per odo de 1998 a 2009 e ao examinarmos os artigos constatamos que os estudiosos de um modo geral pautam se nas pr ticas de letramento valorizadas pela escola embora haja um n mero significativo de trabalhos em que o pesquisador se preocupa com o conhecimento sobre as pr ticas de letramento locais de uma minoria social Sendo assim interessante ressaltar que o modelo ideol gico de letramento envolve o modelo 59 E E O mapeamento realizado encontra se na p gina 274 123 aut nomo que por sua vez mostra se profundamente ideol gico STREET 2003 p 8 Ent o preciso entender que a proposta de Street trata de um modelo s cio hist rico o que pressup e a import ncia do estudo das rela es de poder institu das pelos usos sociais da escrita incluindo as experi ncias iniciais com a escrita alfabetiza o e qualquer pr tica de letramento e ou programa que se destine a introduzir ou ampliar o letramento 4 4 Letramento e escola A preocupa o com o letramento tem sido uma presen a marcante na implementa o de diferentes pol ticas governamentais especificamente no caso brasileiro dentre as a es da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores O pr prio nome do programa em tela Pr letramento ates
150. a tecnicamente ensin veis passaram a ser submetidas a ensino organizado sistem tico e intencional exigindo a prepara o de profissionais especializados Verificamos que a discuss o sobre o aprendizado da leitura e da escrita no Brasil centrou se na alfabetiza o Dessa forma ao relacionarmos o per odo imperial o per odo republicano e a atualidade constatamos que as dificuldades atuais sobre a alfabetiza o no Brasil s o quest es hist ricas e que a institui o escolar ter papel fundamental diante dessa quest o No s culo XX o analfabetismo constituiu se como problema pol tico social cultural e econ mico intensificando se as atitudes de discrimina o e marginaliza o em rela o ao 103 analfabeto sob o argumento de incapacidade Nas ltimas duas d cadas a associa o entre escola e alfabetiza o vem sendo questionada principalmente em consequ ncia das dificuldades de realiza o dos efeitos da escola sobre o cidad o no que concerne leitura e escrita A partir dos anos de 1940 com a cria o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat stica IBGE deu se a produ o de dados estat sticos tamb m sobre o analfabetismo sendo considerada como condi o de pessoa alfabetizada toda aquela que soubesse ler e escrever ainda que apenas o pr prio nome O Censo de 1950 registra a amplia o do conceito de alfabetizado considerando se alfabetizado o indiv duo que realiza a leitura e a escrita d
151. a torn las significativas ainda que s vezes n o envolvam as atividades espec ficas de ler ou escrever Dessa concep o decorre o entendimento de que nas sociedades urbanas modernas n o existe grau zero de letramento pois nelas imposs vel n o participar de alguma forma de algumas dessas pr ticas BRASIL p 1997 p 21 Segundo Silva 2003 a defini o de letramento apresentada nos PCNs fruto da retextualiza o do texto de Kleiman intitulado Modelos de letramento e as pr ticas de alfabetiza o na escola 1995 p 18 19 mas a forma retextualizada provoca uma redu o do conceito e elimina a contextualiza o da pr tica sendo que para Kleiman as quest es contextuais s o o ponto central da no o de letramento e ao elimin las houve certa aproxima o do termo no o de letramento ideol gico O livro Letramento um tema em tr s g neros de Magda Soares publicado em 1998 Essa obra re ne diferentes textos produzidos na d cada de 90 que abordam a natureza complexa e variada do fen meno do letramento e as dificuldades de sua defini o Entretanto a autora ap s uma complexa reflex o sobre o tema prop e uma defini o do termo Letramento pois o resultado da a o de ensinar ou de aprender a ler e escrever o estado ou a condi o que adquire um grupo social ou um indiv duo como consequ ncia de ter se apropriado da escrita SOARES 2006 p 18 Vera Masag o Rib
152. acontece com qualquer g nero carrega marcas de outros na sua constitui o Retomando a ideia de Bakhtin 2003 de que a variedade de g neros infinita pois a atividade humana incessante esse movimento inesgot vel est nos g neros discursivos que s o produzidos em qualquer esfera e mostra se na mistura de enunciados e vozes que o comp em formando um di logo entre os g neros O Manual do tutor um texto que articula a voz docente dos autores estudados na academia no campo da forma o sendo ent o o resultado do di logo entre o g nero relato de experi ncia e o g nero texto acad mico formando um discurso que objetiva atingir especificamente o professor tutor 174 Segundo Bakhtin 1992 os g neros do discurso s o historicamente constitu dos pela pr xis lingu stica dos sujeitos a fim de atender as suas necessidades de intera o nas diversas esferas de a o e de conviv ncia social cient fica pol tica t cnica cotidiana dentre outras Assim os g neros organizam e modulam os enunciados de acordo com as finalidades e as especificidades pretendidas Nas palavras do autor se n o existissem os g neros do discurso e se n o os domin ssemos se tiv ssemos de cri los pela primeira vez no processo de fala se tiv ssemos de construir cada um de nossos enunciados a comunica o verbal seria quase imposs vel BAKHTIN 2006 p 302 Nessa perspectiva os g neros do discurso passam a fazer parte
153. ado do programa A forma o dos tutores ser realizado em duas etapas curso inicial de 49 horas e encontros pedag gicos de 4 horas Ao final ser alrad um Semin rio de avalia o e soctaliza o de trabalhos me aliados pelas secretarias participa o dos tutores em todas si etapas do Programa obrigat ria sendo necess rio portanto que a Secretaria de Ednoa o garanta seu transporte hospedagem quando necess rio para que eles estejam presentes nos diss marcados ne sirio ainda que seja garantida a carga hor ria para planejamento e realiza o das atividades propostas no curso assim como acarga hor ria para osencontros pedag gicos com os proessa cursistas Caso os tubores n o preencham os requisitos necess rios os professores n o recebendo certificados do curso A metodo logia adotada no curso variada contemplando situigas de exposi o dialogada esudo de texto discuss o em grupo an lise de protocolos de escrita de alunan an lise de cepursos didiricos an lico de mlos de auls planejamento de aules e socialmra o v deo em debate do Final do curso os tutores e professores que obtiverem 75 de frequ ncia e malizarem as atividades propostos eseter o certificado emitido pela UFPE Para o desenvolvimento do Programa os w s segmentos acima declarados serto respons veis pon Minist rio da Educa o do Brasik Financiar a elabora o e meprodu o do material did rioo Fimanciar o
154. aff 1994 E Goody amp Watt 2006 tamb m verificaremos que o conceito aparece em circula o a partir dos anos 80 Entre essas obras constatamos que as traduzidas na d cada de 90 apresentam uma flutua o terminol gica entre literacy alfabetiza o e cultura escrita como examinamos em 120 Cook Gumperz 1986 em sua obra cujo t tulo original The social construction of literacy e foi traduzida para a l ngua portuguesa como A constru o social da alfabetiza o o que ocorreu tamb m com Graff 1994 do original The labyrinths of literacy para Os labirintos da alfabetiza o com Olson e Torrance 1995 de Literacy and orality para Cultura escrita e oralidade e recentemente pudemos notar um posicionamento diferente quando da tradu o do termo em ingl s literacy na obra de Goody e Watt 2006 The consequences of literay que passou a intitular se As consequ ncias do letramento A varia o terminol gica do termo letramento torna se muito complexa em pa ses em que o analfabetismo um problema social como no caso brasileiro Dessa forma parece nos delicado tomar um conceito por outro como sin nimo conforme aponta Soares 1995 p 7 ao afirmar que A palavra letramento uma tentativa de tradu o da palavra inglesa literacy o neologismo parece desnecess rio j que a palavra vern cula alfabetismo tem o mesmo sentido de literacy Embora haja um estreitamento que por vezes torna dif cil deli
155. ais De acordo com Bakhtin 1993b p 277 a linguagem n o um dom divino muito menos uma d diva da natureza Ela o produto da atividade humana coletiva e reflete em todos os seus elementos tanto a organiza o econ mica como a organiza o s cio pol tica da 16 Destacamos que para Bakhtin 1992 p 33 o signo ideol gico pode ser mais facilmente percebido no cotidiano atrav s do signo verbal Entretanto considera que esse n o o nico tipo de signo ideol gico O autor atesta que Todo fen meno que funciona como signo ideol gico tem uma encarna o material seja como som como massa f sica como cor como movimento do corpo ou como outra coisa qualquer 160 sociedade que o tem gerado Conforme explica o pensador russo o homem na tentativa de dominar a natureza interage com ela e com outros homens Transforma e transforma se criando significa es e sentidos Assim a linguagem constitui se para Bakhtin 1993 b como uma produ o social da vida humana refletindo os elementos e as contradi es de sua organiza o econ mica pol tica e social Essa concep o acerca da linguagem constru da por Bakhtin 1999 a partir da cr tica s principais teorias lingu sticas de sua poca que s o agrupadas pelo autor em duas grandes correntes o objetivismo abstrato e o subjetivismo idealista Bakhtin idem destaca Saussure como principal representante do objetivismo abstrato Para ele es
156. ais justificada por meio de enunciados que afirmam a necessidade de se articular a teoria 185 e a pr tica pedag gica e afirma ainda que apenas os tutores locais s o conhecedores da realidade em que est o inseridos e s o capazes de realizar esse trabalho pedag gico pois a universidade encontra se longe dos professores da rede de ensino Outra caracter stica fundamental do fasc culo do tutor diz respeito forma de sua constru o j que para Bakhtin 1993 al m da situa o e da orienta o social em rela o ao ouvinte participante faz parte do enunciado a sua forma A forma do enunciado definida pelo autor como express o material que permite a realiza o do conte do e do significado da enuncia o S o seus elementos constitutivos a entona o a elei o das palavras e a sua disposi o no interior do enunciado No fasc culo do tutor h uma entona o exclamativa expressiva Segundo Bakhtin 1992 nas formas de comunica o verbal existem muitos enunciados avaliativos padronizados em que os g neros discursivos assumem diferentes julgamentos de valor atrav s de express es de elogio de encorajamento e de entusiasmo como verificamos nos segmentos abaixo muito cansativo o trabalho do tutor mas quando voc v o resultado eu nem acredito que aquilo fui eu que motivei organizei orientei e foi o trabalho delas dif cil trabalhar mas a gente consegue com presen a constante O
157. al a educa o escolar em todos os n veis tornou se o centro da pol tica neoliberal do governo FHC sendo assim a educa o vinculada prepara o para o trabalho e pesquisa acad mica ao imperativo do mercado ou s necessidades da livre iniciativa Sob esta perspectiva a LDB 9 394 foi sancionada em 20 de dezembro de 1996 pelo ent o presidente Fernando Henrique Cardoso que assumindo plenamente o modelo pol tico econ mico neoliberal promove as adequa es necess rias na rea educacional atendendo s prioridades apontadas pelo Banco Mundial Um exame das iniciativas de forma o continuada de professores nesse per odo faz destacar programas como o Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores PROFA e os Par metros Curriculares em A o realizados em parceria com o Minist rio da Educa o e Cultura MEC com as secretarias estaduais e municipais de educa o assim como com as universidades Segundo um dos documentos oficiais do PROFA intitulado Guia de Orienta es metodol gicas gerais 2 uma a o estrat gica para assegurar qualidade na educa o escolar como a forma o de educadores n o pode estar condicionada atua o de profissionais que n o estejam recebendo qualifica o espec fica e adequada s novas fun es que v o assumindo A forma o profissional uma das principais estrat gias para a conquista de uma educa o escolar de qualidade isto uma educa
158. am tica e sua fenomenologia adequa o explanat ria e condi o de aprendizibilidade em sistemas metaf ricos controlados pelas inten es comunicativas humanas a permeabilidade entre diferentes sistemas textuais explicada em termos de prioridade dos modos do pensamento envolvendo um conjunto de modelos mentais que comandam a estrutura da fala e da escrita Este artigo analisa algumas determina es l gicas em favor de uma abordagem inter multidisciplinar do letramento e gram ticas mentais Cartas em uma organiza o comunit ria um caso de letramento poderoso Palavras chave Discurso Letramento Poder Comunidade RIOS Guilherme Cartas em uma organiza o comunit ria um caso de letramento poderoso DELTA online 2005 vol 21 no spe pp 105 128 ISSN 0102 4450 Neste trabalho examino o discurso em cinco cartas escritas por membros executivos de uma associa o de moradores na cidade de Bras lia por meio da integra o entre a An lise de Discurso Cr tica e os Novos Estudos do Letramento Essas cartas fizeram parte de uma campanha da associa o para impedir que estudantes de uma faculdade pr xima estacionassem seus carros na rua residencial uma vez que o excesso de ve culos estacionados tornava dif cil o fluxo de ve culos O argumento que os recursos discursivos e semi ticos utilizados nas cartas s o eficazes na satisfa o dos objetivos comunit rios 286
159. ama de forma o continuada O que voc s teriam a dizer sobre ele Pontos a ressaltar do programa Agora vamos falar um pouco sobre quais foram para voc s as surpresas deste Pr letramento programa de forma o O que voc s esperavam e n o aconteceu e ao contr rio o que n o esperavam e descobriram como ruim ou bom Suas participa o no programa foi uma experi ncia interessante Em que sentido O que significou de desempenhar a fun o de tutora do PL Experi ncia em participar do Voc se auto avalia que foi bem sucedida na fun o programa 266 O que queremos saber O que vamos perguntar Educa o dist ncia Neste formato de forma o continuada semi presencial que prev a forma o de tutores para atuarem com os professores da educa o b sica em cada munic pio Voc s foram parte fundamental pois eram o elo entre a fonte dos cursos e o munic pio Como se sentiram neste programa de forma o dist ncia J tinham outras experi ncias antes Podem comparar As atividades dist ncia foram realizadas a contento Trajet ria Profissional Sabemos que cada uma de voc s ocupava fun es variadas antes de ser chamada para o programa estava em fun es de coordenadoras pedag gicas cargos nas secretarias de educa o ou professoras Que efeitos voc pode apontar que teve o fato de ocupar durante este per odo a nova posi o de tutora De algum modo voc
160. aniza o do sistema de escrita alfab tica seja convencionalmente Na verdade hoje se espera que os dois processos ocorram simult nea e complementarmente Brasil 2007 p 6 fasc culo 5 O extrato acima reflete que a alfabetiza o tomada como a aprendizagem inicial da leitura e da escrita destacando a familiariza o com o sistema de escrita alfab tico Dessa forma segundo o Centro a alfabetiza o corresponde ao processo pelo qual se adquire a escrita alfab tica e as habilidades de utiliz las para ler e escrever destacando se as experi ncias iniciais da escrita Nessa perspectiva o letramento relaciona se ao exerc cio efetivo da tecnologia da escrita o que conclu mos pela entona o dada a familiariza o do sistema de escrita alfab tico e a vertente psicol gica da alfabetiza o devido presen a da declara o sobre a elabora o e reelabora o das hip teses sobre o sistema de escrita CEALE ao longo das ltimas d cadas trazem como ponto positivo a introdu o ou o resgate de importantes dimens es da aprendizagem significativa e das intera es bem como dos usos sociais da escrita e da leitura articulados a uma concep o mais ampla de letramento Mas em contrapartida algumas compreens es equivocadas dessas teorias t m acarretado outras formas de reducionismo Isso se verifica quando essas pr ticas negam os aspectos psicomotores ou grafomotores desprezando seu impacto no processo in
161. ao professor tutor elaborando uma inter rela o dial gica entre as palavras diretamente significativas dentro de um contexto BAKHTIN 2008 p 215 177 Assim por meio das rela es de afirma o e complemento constru do no desdobramento dos enunciados do fasc culo um discurso de autoridade pois segundo o referencial te rico adotado nesse trabalho todo o dizer tem uma dire o significativa determinada pelas rela es de poder que se estabelecem na sociedade uma vez que os conflitos da l ngua refletem os conflitos de classe e a hierarquia social Desse modo no espa o discursivo do fasc culo do tutor os enunciados precisam ser compreendidos como um elo na cadeia de comunica o entre a universidade e os professores tutores Logo o discurso de autoridade direcionado para as a es do professor tutor que precisa Atuar como mediador conhecer a realidade dos professores em todas as dimens es pessoal profissional social familiar etc Expressar uma atitude de receptividade diante do professor e assegurar um clima motivacional Oferecer possibilidades permanentes de di logo saber ouvir ser emp tico e manter uma atitude de coopera o Introduzir est mulos situa es instigantes e paradoxais para assegurar a aten o dos professores Usar exemplos ligados a situa es reais dos professores para que na aprendizagem intervenham aspectos pessoais e emocionais e n o seja s uma assi
162. aptadas express o valorativa que se quer imprimir ao que dito Assim a escolha recaiu na op o pelas palavras que fornecessem ao discurso uma entona o exclamativa visando plena aceita o da proposta pelos professores tutores Parece nos que tal entona o necess ria pois de antem o a autoridade respons vel o MEC prev um questionamento por parte dos professores tutores em rela o ao trabalho de forma o Essa previs o por parte de quem profere o discurso poss vel devido ao v nculo que se estabelece entre o que est sendo proferido uma proposta pol tica que altera a pr tica de forma o continuada docente e dita as normas do trabalho a ser realizado a situa o quem profere o MEC e todo seu legado de autoridade e o audit rio os professores tutores Esses discursos deixam como presumidos que tais propostas de projetos de forma o docente s o sempre projetos convenientes e adequados pois quem os pronunciou possui autoridade para faz lo Esses n o ditos s o poss veis porque al m do discurso verbal existe um outro o extraverbal constitu do pelos julgamentos e avalia es de valor que junto ao verbal formam uma unidade indissol vel do enunciado Para Bakhtin 1999 o enunciado depende n o s do seu complemento real ou material mas tamb m da express o ideol gica desse material Dessa forma atrav s do horizonte espacial e ideacional compartilhado pelos falantes poss
163. ar as atividades realizadas e planejar futuras a es O cursista tamb m dever realizar as atividades inclusive as que se referem a leituras e tarefas propostas no formato presencial PRO LETRAMENTO IRSISTA Figura 17 Ficha de ades o do professor do ensino b sico 93 A segunda etapa denominada de revezamento conta com os mesmos tutores da etapa anterior Nessa fase os professores cursistas que participaram da forma o em alfabetiza o e linguagem realizar o a forma o em matem tica e vice versa F d ALe a e eea FICHA DE conemaa o DO REVEZAMENTO Figura 18 Ficha de revezamento Na terceira etapa denominada retorno os munic pios que n o participaram da primeira etapa do programa recebem a visita do MEC para serem convidados a participar do PPL A estrutura organizacional do PPL indica claramente as compet ncias espec ficas de cada inst ncia sendo um programa com diretrizes claras O papel do Estado no programa o de formulador e executor de pol ticas educacionais que venham a garantir o direito alfabetiza o de todas as crian as necess rio advertir que a implementa o do PPL n o uma iniciativa isolada mas que est relacionada tentativa de compor uma pol tica educacional mais ampla de avalia o de desempenho de alunos por meio da Provinha Brasil que uma avalia o diagn stica aplicada aos alunos matriculados no
164. asil Destaca a import ncia de criticar os mitos associados ao letramento e evitar os estigmas associados ao analfabetismo Conclui que a divulga o de pesquisas sobre o letramento e sua distribui o na popula o proporciona uma rica oportunidade para que a sociedade reflita sobre a pr pria cultura sobre suas expectativas com rela o escola e outras institui es 281 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Programas de educa o de jovens e adultos e pesquisa acad mica a contribui o dos estudos do letramento Palavras chave Alfabetiza o Letramento Interface Pesquisa KLEIMAN Angela B Programas de educa o de jovens e adultos e pesquisa acad mica a contribui o dos estudos do letramento Educ Pesqui online 2001 vol 27 no 2 pp 267 281 ISSN 1517 9702 O objetivo deste trabalho apresentar elementos que permitam construir uma interface entre a pesquisa acad mica e os programas no campo de Educa o B sica de Jovens e Adultos Ser o discutidas contribui es para esses programas que podem ser encontradas nos resultados das pesquisas qualitativas Ser o utilizados em especial dados obtidos de uma investiga o que se estendeu por cinco anos de um projeto para forma o do alfabetizador que visava a an lise da intera o entre professor e aluno em classes de alfabetiza o de jovens e adultos A pesqui
165. assim entendemos que a nfase dada aquisi o do sistema de escrita alfab tico e compreens o das regras que regem o sistema ecoam uma filia o ao termo alfabetiza o que possui um encaminhamento individual dirigido s capacidades e compet ncias cognitivas e lingu sticas escolares Nos trechos destacados no quadro acima em que se definem letramento e alfabetiza o h um destaque para o letramento aut nomo STREET 1993 p 5 que contempla o letramento em termos t cnicos tratando o como livre do contexto social uma vari vel aut noma cujas consequ ncias para a sociedade e a cogni o s o derivadas de sua natureza intr nseca O contato escolar com a leitura e a escrita faria que o sujeito aprendesse progressivamente as habilidades que o conduziriam a est gios gerais de desenvolvimento No material analisado quanto ao conceito de letramento observa se tamb m claramente a articula o desse conceito com a concep o bakthiniana de l ngua sendo este um aspecto a ser enfatizado Segundo Goulart 2007 p 110 a quest o do letramento parece estar ligada ao tr nsito do sujeito por diferentes esferas de atividade social distinguindo os temas dos enunciados e assim podendo avali los al m de poder concordar discordar e discutir com eles entre outras a es Certamente n o podemos desconsiderar que as quest es em torno da concep o dial gica da linguagem n o estejam circulantes nos fasc culos do
166. ata se de um programa de forma o continuada de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental nas reas de alfabetiza o linguagem e matem tica e comp e a Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica A Rede e o Programa pr letramento PPL foram elaborados e concebidos no in cio da gest o do governo Lu s In cio Lula da Silva 2003 2004 Segundo documento oficial do Minist rio da Educa o a Rede tem por finalidade prec pua de contribuir com a qualidade do ensino e com a melhoria do aprendizado dos estudantes por meio de um amplo processo de articula o dos rg os gestores dos sistemas de ensino e das institui es de forma o sobretudo as universidades p blicas e comunit rias BRASIL 2005 p 6 O PPL Mobiliza o pela Qualidade da Educa o um programa de forma o continuada de professores para melhoria da qualidade de aprendizagem de leitura escrita e matem tica nos anos s ries iniciais do ensino fundamental realizado pelo MEC em parceria com as Universidades que comp em a Rede Nacional de Forma o Continuada e com a ades o dos estados e munic pios Os professores que se encontravam em exerc cio atuando poca nos anos s ries iniciais do ensino fundamental das escolas p blicas constitu am o grupo que deveria participar do programa que seria oferecido aos docentes na modalidade semipresencial utilizando se de material impresso e v deos e por meio de
167. autoridades diz respeito ao lugar de onde se fala ou seja de que horizonte social esses falantes autorizados discursam e o modo como utilizam essa posi o que ocupam nos seus discursos Para Bakhtin 2003 a situa o social dos interlocutores influencia as condi es de produ o da enuncia o Dessa forma o que se fala determinado pelo lugar de onde se est falando e pelo audit rio ao qual se dirige o discurso Assim ao cotejar o discurso sobre o papel do professor tutor no fasc culo depreendemos que atuar como tutor significa no contexto do programa saber interagir com 184 os professores cursistas o trabalho do tutor inscreve se em um contexto de media o entre os professores cursistas e o material nesse contexto de import ncia e necessidade de que toda decis o pedag gica seja fundamentada e consciente instrumentalizada por meio de referenciais que contribuam para entender o que deve mudar na pr tica pedag gica de ensinar e como isso pode ser mudado que se insere o trabalho com os fasc culos e v deos cuja leitura e estudo no caso dos fasc culos se far individualmente por cada professor cursista para que depois nos encontros presenciais articulados por voc como orientador ocorra a discuss o o debate coletivo o confronto com as pr ticas a discuss o de resultados capaz de gerar conclus es conhecimentos efetivos sobre o que por que e como fazer BRASIL 2006
168. bal ou seja a finalidade do discurso o momento hist rico em que foi produzido o car ter ideol gico do discurso a identidade dos interlocutores os discursos dos outros que se entrecruzam no interior do texto o contexto comunicativo no qual foi produzido Circunscrevendo ent o nosso trabalho no princ pio dial gico que norteia uma pesquisa qualitativa numa abordagem s cio hist rica buscamos ouvir e entrela ar as vozes dos professores tutores por meio de entrevista coletiva e analisar os discursos documental e docente que ecoavam no meio do PPL acerca do professor tutor e da sua efetiva o na pr tica pedag gica das secretarias de educa o Durante as atividades de pesquisa de campo observamos a necessidade de formula o de um question rio com a finalidade de se obter a opini o dos professores tutores sobre o PPL e retratar a efetiva implanta o da Rede Nacional de Forma o Continuada de professores no estado do Rio de Janeiro As transcri es e o processo de compreens o dos dados s o pr ticas discursivas que se constitu ram em uma trama complexa de ditos e n o ditos que envolveu n o somente o contexto imediato mas englobou e inter relacionou se com o contexto social mais amplo 78 Para Bakhtin 1992 p 123 o di logo no sentido estrito do termo n o constitui claro sen o uma das formas verdade que das mais importantes da intera o verbal Mas pode se compreender a palavra di logo
169. betizador com vistas melhoria do ensino da l ngua portuguesa das escolas p blicas A partir de temas relacionados alfabetiza o leitura e escrita buscamos promover a reflex o dos professores sobre as suas pr ticas de ensino de alfabetiza o implementadas nas escolas valorizando os saberes docentes a partir do resgate das suas trajet rias pessoais para compreens o das pr ticas pedag gicas Portanto tomamos como princ pios fundantes a valoriza o da experi ncia e dos saberes docentes e a reflex o sobre o cotidiano da sala de aula de alfabetiza o luz dos estudos sobre letramento os quais permitem conceber as pr ticas sociais vivas e din micas e os seus atores alunos e professores do ensino fundamental como sujeitos produtores de hist ria e de cultura 2007 p 3 Durante diversos momentos dos encontros com os professores no curso de extens o pens vamos sobre a posi o de formadora e tutora que permeava a forma o continuada de professores da educa o b sica na rea de Alfabetiza o e Linguagem observ vamos que distintamente do curso de extens o em que a professora formadora universit ria vivenciava juntamente com o docente do ensino b sico os encontros de forma o na articula o forma o continuada de professores e educa o a dist ncia cen rio do PPL a figura do tutor constitu a se em um novo elo na forma o continuada de professores sendo seu papel importante para a experi ncia
170. bilidade de aplica o das mudan as determinadas pela administra o central a possibilidade de aplicar as novas estrat gias concernentes pr tica de ensino a troca de informa es e de compet ncias entre os professores e a ajuda aos professores mais fracos a fim de que melhorem sua efici ncia Ratificamos que a quest o da aceita o t cita das pol ticas governamentais evidenciada isto o objetivo maior da forma o cont nua a adapta o s exig ncias postas pelos governos que apresentam a necessidade de uma atualiza o a esse novo mundo globalizado Revela se ent o um novo movimento na forma o de educadores mediante atendimento massivo voltado a um grande contingente de educadores nfase na no o de compet ncia e na pr tica educativa em detrimento dos aspectos acad mico cient ficos e a retomada da forma o em cadeia como adverte Freitas 2002 atrav s da nfase na figura do multiplicador articulada ao uso extensivo de tutoria em detrimento da figura do professor A reflex o acima nos conduz ao exame minucioso do caso do Brasil pelo fato de que a reforma educacional brasileira inclusive a pol tica de forma o docente foi elaborada na d cada de 1990 e continua no s culo XXI servindo se da pol tica de editais destinados s universidades e da ades o das secretarias municipais e estaduais de educa o aos programas de forma o de professores Primeiramente ensaiaremos uma conex
171. ca Estabelecer prazo para implanta o de escolas em tempo integral N o prop e avalia o institucional e de sistema PROGRAMAS DE APOIO AO LETRAMENTO apoio a programas aprendizado _ institui o de uma gratifica o de incentivo ao letramento O MEC instituir uma gratifica o de incentivo ao letramento As unidades Escolares poder o utilizar os recursos correspondentes a esta gratifica o para remunerar professores e demais servidores de acelera o ao A bolsa letramento mais uma pol tica de controle e exclus o principalmente sobre o PPP da escola da constru o coletiva e de gest o Que ao se levar em considera o a avalia o do SAEB mais uma vez olha se o resultado do ponto de vista da constata o dos resultados e n o as causas e os condicionantes da qualidade da alfabetiza o como por exemplo falta de piso nacional de forma o e qualifica o baixos sal rios salas superlotadas de materiais did ticos etc 71 Quadro CNTE Quadro comparativo da proposta Toda Crian a Aprendendo realizado pelo MEC e pelo CNTE grifos nossos 12 Dentre as v rias diverg ncias apresentadas pelo CNTE a proposta inicial do MEC Toda crian a aprendendo uma em especial era o centro do confronto entre o Minist rio e o Conselho o Exame Nacional de Forma o de Professores Dessa forma era necess rio que os profissionais da educa o se tornassem atores da pol tica educacional g
172. celera o e eu acho que teria que conquistar os outros professores Essa quest o de ades o pequena ou n o obrigat ria voc n o profissional Ent o eu tenho um compromisso Eu fiz um concurso pra qu Para lecionar ministrar aulas pro primeiro segmento Se eu estou com uma classe n o alfabetizada qual o meu compromisso Alfabetizar T 4 o Pr Letramento eu acho que eficiente Quer dizer ele foi bem pensado bem planejado ele discute algumas quest es do ensino e da quest o da alfabetiza o bem pontuadas Agora o programa enquanto formato Agora se a gente for analisar voc vai ver aqui duas realidades uma realidade municipal e uma realidade estadual O programa abra ado pelo munic pio ele ganha uma legitimidade diferente uma for a diferente O munic pio COMPRA o programa no sentido n o de pagar com o dinheiro mas compra a ideia e a rela o do professor municipal COM a secretaria diferente Ele tem uma rela o menor mais ajustada o v nculo mais pr ximo Ent o voc v uma voc consegue ter uma visibilidade maior dentro da cidade At porque as coisas ganham com muito mais facilidade a obrigatoriedade ou a necessidade de se fazer O estado numa rede maior a gente fica l na ponta n trabalhando com um m nimo de professores num universo enorme num oceano 87 dai DENE g 3 A entona o um outro elemento que Bakhtin destaca como constitutivo do enunciado que revela a express o
173. cia nas pr ticas da escrita e da leitura p g 12 fasc culo CEEL Quanto ao ensino do Sistema de escrita alfab tico SEA a maioria dos autores dos atuais livros did ticos de alfabetiza o tem buscado distanciar se dos princ pios empiristas que permeavam as cartilhas O processo de alfabetiza o tende a n o ser entendido meramente como o ensino para a codifica o e a decodifica o Coloca se ent o cada vez mais a necessidade de os alunos serem envolvidos em situa es concretas de leitura e de produ o de textos Sabemos que para se apropriarem do Sistema de escrita alfab tico necess rio que os alunos compreendam os princ pios que regem o sistema e com isso possam ser usu rios competentes e aut nomos da l ngua escrita p g 15 fasc culo 6 CEALE Para selecionar as capacidades analisadas neste fasc culo entende se alfabetiza o como o processo espec fico e indispens vel de apropria o do sistema de escrita a conquista dos princ pios alfab tico e ortogr fico que possibilita ao aluno ler e escrever com autonomia Entende se letramento como o processo de inser o e participa o na cultura escrita Trata se de um processo que tem in cio quando a crian a come a a conviver com as diferentes manifesta es da escrita na sociedade placas r tulos embalagens comerciais revistas etc e se prolonga por toda a vida com a crescente possibilidade de participa o nas pr ticas
174. cidade humana sempre 7 exprime a si mesmo fala isto cria texto ainda que potencial Bakhtin Entendendo que os estudos sobre o funcionamento da linguagem s o vitais s pesquisas em Ci ncias Humanas compreendidas neste trabalho como ci ncias da linguagem e que o ato humano um texto potencial e n o pode ser compreendido na qualidade de ato humano distinto da a o f sica fora do contexto dial gico de seu tempo BAKHTIN 2003 p 334 optamos neste cap tulo pela apresenta o dos pressupostos te ricos e metodol gicos que embasaram e orientaram o nosso estudo o corpus documental que se constitui em objeto de pesquisa e o percurso desenvolvido para a realiza o da coleta e da an lise dos dados 5 1 Perspectiva te rica Comecemos por esclarecer que tra ar um percurso metodol gico que se coadune com 2 os pressupostos te ricos orientadores da pesquisa n o uma atividade simples para o pesquisador entretanto ao refletir acerca das responsabilidades da pesquisa em uma perspectiva s cio hist rica Bakhtin 1993 p 30 afirma que Uma teoria precisa entrar em comunh o n o com constru es te ricas e vida imaginada mas com o evento realmente existente do ser moral com a raz o pr tica e isso responsavelmente completado por quem quer que conhe a na medida em que ele aceita a responsabilidade por cada ato integral de sua cogni o isto na medida em que o ato de cogni o esteja i
175. coisa muito legal que eu vou carregar quando eu for pra sala de aula Voc disse que se a gente n o pode mudar o sistema inteiro que assim a gente n o pode mudar a quest o salarial nossa da forma que a gente gostaria mas eu posso fazer do meu trabalho o melhor isso que eu vou carregar como minha meta quando eu for pro magist rio Eu falei ent o por a que a gente vai pensando voc faz o melhor eu fa o o melhor voc faz melhor somamos temos um povo melhor Ent o a id ia mediar No prosseguimento das entrevistas coletivas surgiram outras interroga es Uma professora tutora traz uma voz discordante e atrav s de sua enuncia o aponta duas fragilidades do programa Segundo ela T 2 enquanto tutora eu pesquisei muito essa parte de m todos que a o programa n o abrange nem as hip teses ele n o fala n Ent o essa parte das hip teses da escrita e da parte de m todos eu acho que podia ter mais porque a gente n o tem uma no o 209 Nessa mesma linha de questionamentos e troca de intera es que na entrevista coletiva faz que os pap is de entrevistado e entrevistador mesclem se possibilitou que professoras tutoras trouxessem a lembran a de outros programas de forma o de professores com foco na alfabetiza o A orienta o do discurso das docentes conduz retomada sobre o tema dos ciclos de alfabetiza o introduz a quest o da amplia o do ensino fundamental para nove anos
176. conjunto de produ es acad micas desenvolvidas a partir de uma abordagem hist rico cultural na linha de pesquisa Curr culo e Linguagem integrada ao Laborat rio de Estudos de Linguagem Leitura Escrita e Educa o LEDUC da Faculdade de Educa o da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ A incorpora o da modalidade de educa o a dist ncia na forma o de professores fez parte de um projeto amplo de reformas iniciadas nos anos 1990 revestidas do car ter neoliberal das recomenda es de organismos multilaterais que passaram a orientar as pol ticas dos governos principalmente da Am rica Latina As reformas apresentam a Educa o a Dist ncia como uma modalidade favor vel para a forma o continuada de professores da educa o b sica e para minimizar a falta da especializa o dos professores Assim por meio da implanta o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica o governo promove essa forma o utilizando a modalidade a dist ncia na implementa o de seus programas visando forma o continuada docente Assim tem in cio no pa s uma experi ncia inovadora sob a responsabilidade pedag gica das universidades que se integraram Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores Trata se de uma an lise pautada pela perspectiva dial gica que tem como problema de estudo o papel da tutoria na forma o continuada de professores na rea de alfabetiza o e linguagem n
177. cotidiano docente Assim a din mica de uma forma o a dist ncia na modalidade semipresencial em que h uma combina o entre aprender em sala de aula e aprender a dist ncia reflete a fragilidade da forma o do professor tutor pois os profissionais n o se sentem competentes para tirar d vidas dos docentes e declaram que em sua forma o n o s o capacitados para tal fun o sendo apenas um elo entre a universidade e os professores A perspectiva que os professores tutores t m da forma o continuada na modalidade EAD que a quantidade de professores que participam significativa Eles tamb m apontam que a universidade encontra se distante dos professores por ser de outra regi o do pa s embora a voz da universidade seja apontada como um diferencial no programa Como apresentado na sequ ncia abaixo T 4 A dist ncia porque o professor antes de chegar l ele tem que estudar sozinho em casa pra ele enriquecer o estudo dele n No primeiro momento nas primeiras reuni es o que que acontecia Eles deixavam pra fazer tudo naquele momento ali e viram que n o davam conta daquilo que o tempo era muito pequeno Ent o agora eles j est o entendendo que quando eles t m que partir para a discuss o eles j t m que fazer um estudo pr vio a leitura pr via o h bito da leitura mas aquela leitura mesmo profunda de levar mas isso aqui fala sobre o que mesmo Isso aqui mas ele falou aqui sobre isso
178. cu o ou o aperfei oamento de determinada tarefa guia pr tico e 3 livreto descritivo e explicativo que acompanha determinados produtos orientando acerca do uso da conserva o instala o etc Consideraremos o manual do tutor como um g nero discursivo conforme estudos do C rculo de Bakhtin que no texto intitulado O problema dos g neros do discurso define que qualquer enunciado considerado isoladamente claro individual mas cada esfera de utiliza o da l ngua elabora seus tipos relativamente est veis de enunciados sendo isso que denominamos g neros do discurso BAKHTIN 1993 p 262 BAKHTIN afirma ainda que todo g nero discursivo define se por tr s elementos essenciais o seu conte do tem tico sua forma composicional e sua configura o espec fica de unidade lingu stica Em outras palavras apresenta tr s dimens es indissoci veis v tema conte do individualmente avaliado e ideologicamente marcado 172 v forma composicional modo de composi o do dizer y estilo marcas espec ficas de linguagem tra os da posi o enunciativa do locutor Essa defini o est presente em boa parte dos trabalhos de pesquisa realizados na atualidade visto que o estudo tem ampla repercuss o nas ltimas d cadas no Brasil Reconhecer os meandros das diferentes concep es que as pesquisas t m adotado e suas repercuss es em trabalhos aplicados t m se tornado tarefa complexa Dois estudos muito claros
179. da o e assimila o dos professores a uma sociedade que est cada vez mais voltada para as exig ncias do mercado e em que a educa o est sendo questionada por se parecer a uma mercadoria enquanto a escola se identifica com uma empresa Segundo os pesquisadores do Grupo de Trabalho Forma o de Professores reunidos na 20 Reuni o Anual da ANPED em setembro 2007 a express o treinamento em servi o causou um grande equ voco pois n o h outra lei brasileira que admita o profissional de qualquer rea ingressar no mercado de trabalho sem o preparo inicial para exercer a profiss o 52 Ao examinar o estudo dos cr ticos ao atual modo pelo qual a EAD tem se desenvolvido no campo da forma o docente Barreto 2001 2006 Carvalho 2005 Lima 2004 Silva Jr 2002 pode se afirmar que no contexto da institucionaliza o da EAD pelo Estado nas pol ticas de forma o de professores ocorre a sujei o dos programas de EAD s pol ticas educacionais provenientes das orienta es de organismos internacionais cuja racionalidade ergue se em meio ao ide rio neoliberal Na obra denominada L cole la page formation continue et perfectionnement professionnel d s enseignants 1998 A escola atualizada forma o cont nua e aperfei oamento profissional dos docentes desenvolvida pelo Centre pour la Recherche et VInnovation dans l Enseignement Ceri pertencente Organiza o de Coopera o e Desenv
180. da Educa o a dist ncia e suas gera es A EAD assumiu o status que a coloca hoje no centro das aten es e das discuss es educacionais em um n mero cada vez maior de pa ses mas sua hist ria n o recente Algumas obras citam as ep stolas de S o Paulo s comunidades crist s da sia Menor como um exemplo dessa modalidade Segundo Oliveira 2003 num passado recente a EAD era considerada uma modalidade de segunda categoria Atualmente com o envolvimento das universidades sobre essa modalidade de ensino e com o desenvolvimento das tecnologias de informa o e de comunica o que impulsionam seu crescimento esse quadro vem se transformando Preti 1996 salienta que alguns fatores explicam e d o sentido a este crescimento dentre eles o econ mico o pol tico social e o pedag gico se analisados e compreendidos dentro do atual contexto de globaliza o da economia e de supremacia do neoliberalismo ou seja a EAD interessa a muitos Do ponto de vista dos estudantes principalmente os que residem em locais distantes das grandes metr poles a EAD significa a democratiza o do acesso ao ensino quebrando as barreiras geogr ficas em um pa s continental como o Brasil Demo 1998 percebe a EAD com ceticismo como uma estrat gia de educa o de massa capaz de levar padroniza o dos conhecimentos sem que haja flexibilidade na forma de media o do ensino seja para propiciar formas de interagir com o material instrucional
181. da e as redes de ensino mostram se fr geis e sob uma perspectiva passageira Destacamos tamb m que a professora tutora T1 enuncia que o trabalho docente n o se restringe execu o de tarefas sendo mais amplo endere ando assim seu enunciado a textos oficiais que prescrevem o trabalho docente No decorrer da entrevista coletiva houve um momento de grande tens o quando o debate foi sobre a forma o continuada nos sistemas de ensino Assim destacamos os fragmentos abaixo T 1 essa quest o de forma o continuada algo que pra mim me toca muito porque eu gosto dessa coisa eu tenho at um projeto que foi aprovado pela UFF pra mestrado mas ainda n o mas eu fiquei muito feliz at por meu projeto ter sido aprovado dentre muitos e muitos que v o concorrer a mestrado n da educa o que justamente era a forma o continuada t E quando eu fui trabalhar no Pr Gest o pra mim tamb m foi algo assim que me chocou muito porque s o diretores e os diretores n o viam aquela forma o continuada como um ganho pra eles eles viam assim como obriga o foi assim uma coisa e Extremamente foi decepcionante no sentido de que n s t nhamos que convencer os diretores da import ncia daquela forma o da import ncia daquele conhecimento que eles iam adquirir de todas as dire es da escola porque eles ficam presos s naquela parte administrativa pra melhorar toda a escola Ent o quer dizer quando voc chega nesse o
182. da munic pio Esses relatos foram importantes no processo de forma o de voc s e fazem parte da a o de sua fun o Tamb m gostaria de saber o que pensam sobre esse programa tanto sobre os conte dos propostos nos encontros como nas aulas que exercem a fun o na forma o continuada de professores da educa o b sica nos munic pios necess rio fazer algumas coloca es metodol gicas o nome de voc s nunca ser revelado ent o podem ficar tranq ilas em rela o s suas coloca es suas escritas e suas respostas ao question rio que foi aplicado no ltimo encontro e tamb m ao que v o falar Al m de mim ningu m vai ter acesso ao que disserem por isto eu gostaria que ficassem bem vontade para falar o que pensam realmente N o h certo nem errado o que eu quero saber a opini o de voc s sobre algumas quest es que eu irei formular As diverg ncias as cr ticas e os pontos negativos que voc s venham a fazer sobre a forma o tamb m s o importantes podem falar o que pensam mesmo Iniciaremos ent o com a apresenta o de cada pessoa Gostaria que voc s falassem al m do nome sua forma o universit ria e sua fun o antes de participar do programa Pr Letramento O que queremos saber O que vamos perguntar Tendo terminado este longo per odo de mais de um ano no programa Pr Letramento Programa Pr Letramento voc s devem ter uma id ia geral uma opini o bem formada a respeito do progr
183. dade entre as autoras do fasc culo e o leitor ou seja o professor tutor configurando as intera es discursivas na forma o Concomitantemente a essas intera es afirma se no fasc culo que a experi ncia docente valorizada De acordo com Bakhtin 1993 p 89 qualquer discurso vivo e corrente est imediata e diretamente determinado pelo discurso resposta futuro p 89 Ao constituir se na atmosfera do j dito o discurso do fasc culo do tutor orienta se n o somente para um discurso resposta do que ainda n o foi dito mas tamb m busca estabelecer um di logo com o que j estava posto e constru do socialmente Portanto neste fasc culo h um di logo que projeta o tutor e o professor como executores de tarefas logo Os esfor os de aprendizagem n o necessitam de nenhum tipo de recompensa monet ria ou carreirista mas sim do aumento e melhoria de conhecimentos da maior capacidade de compreens o e da intera o interpessoal e com a realidade cotidiana na vida em geral e em especial no exerc cio da profiss o BRASIL 2006 p 30 Segundo os estudiosos do C rculo o interlocutor est pressuposto nas palavras do autor do texto assim ao prosseguir a an lise apresentaremos alguns extratos transcritos do fasc culo em que o discurso reflete e refrata concep es sobre os sentidos atribu dos ao papel do professor tutor Extratos Sentidos Na rea de alfabetiza o e Linguagem a estrutura do Pr Le
184. de letramento G neros L dicos no Processo de Letramento e G neros Multimodais da Publicidade Programa de forma o de professores de educa o infantil alfabetiza o 01 fita VHS 01 DVD 01 CD ROM 02 Poster e 01 fasc culo sendo Programa de Forma o de Professores de Educa o Infantil alfabetiza o e linguagem 255 AP NDICE I REFER NCIAS BIBLIOGR FICAS DOS FASC CULOS DO PROGRAMA PR LETRAMENTO AUTOR Ecs Grs FASC Alfabetiza o apropria o do sistema de 2005 escrita alfab tico ALBUQUERQUE Educa o de Jovens e adultos numa 3C 5 6 perspectiva do letramento 2004 ABRAMOVICH Literatura infantil gostosuras e bobices 1991 CSES Avaliar para conhecer examinar para ALVAREZ excluir 2002 ANTUNES Aula de portugu s encontro amp intera o 2004 aa ntar A l ngua de Eul lia novela socioling stica 1997 BAKHTIN Est tica da cria o verbal 1997 Livros de Alfabetiza o e de portugu s os professores e suas Karbi escolhas 2004 A Educa o em l ngua materna a BORTONI RICARDO socioling stica 2C 2004 7 na sala de aula Construtivismo grandes e pequenas a textuais e ensino O w BEZERRA M did tico de portugu s m ltiplos olhares 2002 CADERMARTORI O que literatura infantil que O que literatura infantil infantil 1987 Alfabetiza o amp ling stica 1991 CAGLIARI EEE sem o b b bi b bu 1999 1 2 5C compleme E das Letras a escrita n
185. de alfabetiza o na forma o N N o havia 16 48 48 Havia 17 51 51 Total 33 100 TABELA 10 Institui o profissional para o magist rio N P blica 17 51 51 Privada 16 48 48 Total 33 100 Tabela 11 O trabalho no programa ocorreu por N Indica o da prefeitura local 20 60 6 An lise curricular 10 30 3 Indica o da coordenadora 3 9 09 local Total 33 100 Tabela 12 Fun o que exercia antes do programa N 1 3 03 Doc ncia no primeiro segmento do ensino fundamental Doc ncia no segundo 1 3 03 segmento do ensino 296 fundamental Doc ncia no curso de forma o de professores no ensino m dio 9 09 Doc ncia no curso de forma o de professores na gradua o de institui o privada Doc ncia no curso de forma o de professores na gradua o de institui o p blica Tutora do CEDERJ 6 06 Tutora de p lo de institui o privada 6 06 Cargo de confian a na rea administrativa na secretaria municipal de educa o 3 03 Cargo de confian a na rea pedag gica na secretaria municipal de educa o 18 54 54 Orientador de Aprendizagem em Teleposto 9 09 Formadora do FPA 1 3 03 Tutora do PCN 1 3 03 Total 33 100 Tabela 13 Dedicou se a fun o de tutora do programa d
186. de de avaliar considerando a quais os objetivos a atingir b avaliar o qu b para qu c com que fim Que o projeto mexe de alto a baixo na vida do profissional da educa o desde a inger ncia da certifica o para fins de pontua o para concurso na promo o na carreira e o sal rio que passa a ser individual Que a l gica da prova da certifica o j institu da de forma desigual pois os ndices cr ticos de leitura mais alarmantes est o no norte e nordeste aprofundando as desigualdades sociais regionais Institui importante destacar que a preocupa o com a educa o foi uma constante do Partido dos Trabalhadores desde sua funda o em 1980 o que ficou evidenciado com os Encontros Nacionais de Educa o do PT LIMA 2004 o que contribuiu para o estabelecimento de grandes expectativas da sociedade em rela o pol tica educacional da gest o do partido _ Em 2003 o exame de certifica o ser destinado exclusivamente aos professores as do 1 ciclo ou s ries do Ensino Fundamental MEC tamb m a individualidade e competi o CNTE BOLSA FEDERAL DE INCENTIVO FORMA O CONTINUADA O MEC encaminhar ao Congresso Nacional Projeto de lei para cria o da bolsa Federal de incentivo a forma o continuada com dura o de 5 anos e renova o vinculada nova certifica o O valor ser estabelecido anualmente de acordo com disponibilidades or ament ria
187. de do resgate do compromisso docente com a alfabetiza o Tamb m verificamos que h um endere amento do discurso aos estudiosos e governantes que defendem os ciclos de forma o na alfabetiza o pois por meio da enuncia o da professora tutora T1 os aspectos desfavor veis relacionados a um baixo desempenho dos alunos e o descomprometimento docente com o trabalho de aquisi o do sistema de escrita alfab tico por parte dos alunos deve se ado o do sistema de ciclos Em outras palavras ao longo de sua forma o o professor tutor incorporou ao seu discurso social elos discursivos de desprest gio j dito sobre o sistema de ciclos e sua rela o com o aprendizado da leitura e da escrita Ao examinarmos os enunciados dos professores tutores verificamos que os sentidos compreendidos por esta concep o de ciclo t m sido respons veis pela produ o de crian as que se encontram em processos iniciais de leitura e escrita FRIGOTTO 2005 uma vez que o di logo entre a proposta do ciclo e o discurso dos professores resume se na promo o autom tica como sendo a diferen a percebida entre a s rie o ciclo 200 Segundo Bakhtin 2003 p 290 se uma palavra isolada pronunciada com entona o expressiva j n o uma palavra mas um enunciado acabado expresso por uma palavra logo as enuncia es COMPRA e MAIS UM PROGRAMA revelam que a rela o entre os programas de forma o continua
188. de do trabalho de tutoria Segundo os sujeitos da pesquisa a forma o de tutores n o as capacita ainda a tirar as d vidas dos professores Uma conclus o relevante da pesquisa foi que o trabalho do tutor reveste se de grande complexidade pois sobre ele recai a responsabilidade de articula o entre a teoria e a pr tica dos conhecimentos da rea de alfabetiza o e linguagem sem entretanto que tenha participado da constru o de conte dos e m todos pelos quais o programa se desenvolve Assim embora seja um novo elo na forma o de professores e seja o tutor o principal interlocutor dos professores participantes do programa ele n o se sente plenamente sujeito de seu trabalho O protagonismo manifesta se de forma contradit ria na pr tica tutorial Este problema poderia ser corrigido na medida em que a forma discursiva da forma o de tutores n o o projetasse apenas um orientador de estudos mas sim um formador local O que verificamos que este seu real papel Tal ajuste proporcionaria assim a 224 participa o dos tutores na avalia o constante da proposta pedag gica do programa e o aprofundamento de suas concep es te ricas Incrementando a cr tica a esta contradi o inerente forma o analisada conclu mos ainda que as condi es de trabalho dos professores tutores s o inadequadas e que a carga hor ria dedicada ao programa insuficiente Por m conclu mos que h um efetivo compromisso dos tutores do
189. de estudo pois no decorrer do curso sempre era focalizada a articula o pol tica de forma o de professores educa o a dist ncia e condi es de produ o da forma o docente Diante dessa demanda contempor nea articulou se o fundamento desse trabalho ou seja o elo linguagem e forma o de professores Afastamo nos da posi o de tutora do Programa e da de professora de l ngua materna ou seja iniciamos com afinco a constru o de nosso olhar de pesquisadora e come amos o estudo dessa proposta procurando compreender a esfera em que os fasc culos e documentos do programa encontravam se Compreender a esfera significa entender os discursos que nela se fazem e circulam e dessa forma n o abstrair os fasc culos do programa Pr Letramento de seu espa o tempo discursivo pois para Bakhtin 2006 p 31 No dom nio dos signos isto na esfera ideol gica existem diferen as profundas pois este dom nio ao mesmo tempo o da representa o do s mbolo religioso da f rmula cient fica e da forma jur dica etc Cada campo de criatividade ideol gica tem seu pr prio modo de orienta o para a realidade e refrata a realidade sua pr pria maneira Cada campo disp e de sua pr pria fun o no conjunto da vida social seu car ter semi tico que coloca todos os fen menos ideol gicos sob a mesma defini o geral Sendo assim o emprego da l ngua efetua se em forma de enunciados orais e escritos concretos e
190. de outras redes de ensino 21 c palestras com professores de universidades privadas 21 d palestras com professores de universidades p blicas 21 e oficinas pedag gicas 21 f outras 22 Em seu munic pio existe uma equipe de forma o ou capacita o de professores 22 a sim 22 b n o 23 Em que local foi realizada a capacita o do Pr Letramento em seu munic pio 23 a em uma escola da rede municipal 23 b na secretaria municipal de educa o 23 c no p lo da Universidade Aberta do Brasil na cidade 23 d no p lo do CEDERJ na cidade 23 e Outros 24 Foi disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educa o equipamento espec fico para o curso como projetor multim dia cota para xerox material de consumo canetas cola cartolinas etc 24 a sim sempre 24 b sim s vezes 24 c n o 25 Em que hor rio os professores do ensino fundamental participaram do Pr Letramento 270 25 a no hor rio noturno 25 b aos s bados durante a manh ou tarde 25 c aos s bados durante todo o dia quinzenalmente 25 d no seu contraturno de trabalho leciona de manh e realizava o curso de tarde ou lecionava de tarde e realizava o curso de manh 25 e no seu hor rio de trabalho semanalmente 25 f no seu hor rio de trabalho quinzenalmente 26 Houve envolvimento da equipe gestora dire o das escolas para a realiza o do programa
191. demos ingressar como tutora do PPL no munic pio de Resende Nosso interesse em participar desse programa era duplo Consistia nos fatos de trabalhar com a forma o continuada de professores de l ngua materna do primeiro e segundo segmentos do ensino fundamental e de vivenciar o ensino da leitura e da escrita que se 24 colocava como um desafio permanente para os docentes e para n s enquanto orientadora da aprendizagem multiplicadora de inform tica educativa professora de L ngua Portuguesa que j possu a experi ncia anterior como professora alfabetizadora da rede p blica de ensino Diante dessa situa o que vivenci vamos em nosso cotidiano de trabalho em que grande parte dos professores que sempre nos procuravam no NTE para realizar forma es experienciavam algumas quest es sobre a tem tica da forma o continuada de professores a dist ncia da rea de linguagem foram se construindo e constantemente nos intrigavam O espa o do NTE destinado realiza o de forma es coordenadas pelo Minist rio da Educa o atrav s da Secretaria de Educa o a Dist ncia por meio do programa Salto para o Futuro e do programa Nacional de Inform tica na Educa o PROINFO Nesse espa o tamb m realiza se empr stimo de materiais pedag gicos diversos sendo principalmente em cidades do interior um centro de forma o de professores O papel que nos era exigido e que nos cabia como Professora Orientadora da Aprendiza
192. diosos A alfabetiza o refere se aquisi o da escrita enquanto aprendizagem de habilidades para leitura escrita e as chamadas pr ticas de linguagem Isto levado a efeito em geral atrav s do processo de escolariza o e portanto da instru o formal A alfabetiza o pertence assim ao mbito do individual O letramento por sua vez focaliza os aspectos s cio hist ricos da aquisi o da escrita tem por objetivo investigar n o somente quem alfabetizado mas tamb m quem n o alfabetizado e nesse sentido desliga se de verificar o individual e centraliza se no social mais amplo TFHOUNI 1998 p 9 Nessa obra ap s a an lise do desenvolvimento cognitivo de um grupo de adultos brasileiros n o alfabetizados a autora afirma que o letramento uma quest o complexa em sociedades letradas e que no mbito das rela es entre linguagem e pensamento n o existe uma identifica o entre iletrado e analfabeto Posteriormente a autora em outra obra que datada de 1995 cujo t tulo Letramento e Alfabetiza o na introdu o explica que utilizou o neologismo letramento devido falta em nossa l ngua de uma palavra que pudesse ser usada para designar esse processo de estar exposto aos usos sociais da escrita sem no entanto saber nem ler nem escrever TFOUNI 1995 p 7 8 No mesmo ano acontece o lan amento da obra Os significados do letramento uma nova perspectiva sobr
193. do desenvolvimento de uma pr tica de transforma o da a o pedag gica d criar espa os de aprendizagem coletiva incentivando a pr tica de encontros para estudar e trocar experi ncias e trabalho coletivo nas escolas d identificar as id ias nucleares presentes nos Referenciais Curriculares e fazer as adapta es locais necess rias atendendo s demandas identificadas no mbito do estado munic pio ou da pr pria escola e potencializar o uso de materiais produzidos pelo MEC f incentivar o uso da TV Escola como suporte para a es de forma o de professores BRASIL 1999 Verificamos que os eixos principais da forma o continuada de professores na gest o FHC foram a forma o de compet ncias como eixo nuclear e a forma o reflexiva como eixo metodol gico Sendo assim ao analisar a forma o docente durante a gest o Lula iremos nos 8 Ao conjunto de documentos publicados pelo MEC no ano de 1997 deu se o nome de Par metros Curriculares Nacionais sendo a finalidade do documento o estabelecimento das diretrizes curriculares para o Ensino Fundamental funcionando como diretriz para o trabalho do professor nas diferentes reas do conhecimento al m de possibilitar a melhoria da qualidade do ensino no Pa s 45 reportar a esses eixos tendo em vista que se encontram pressupostos na atual pol tica de forma o docente 2 1 A educa o a dist ncia e o contexto das reformas O campo educacional principalmen
194. do curso eles podem ter uma nova vida Sandra ibidem p 13 A recupera o do discurso prim rio traz a r plica de um di logo BAKHTIN 2008 p 225 entre o autor e o leitor pois h uma atitude responsiva diante da palavra do outro que busca corresponder a r plica do outro no caso o professor tutor Dessa forma essa voz de outros tutores s o portadoras de pontos de vista e de aprecia es precisamente necess rias ao autor do fasc culo pois ratifica suas posi es em rela o ao trabalho a ser realizado pelo professor tutor importante destacar que o discurso do fasc culo reflete tamb m as caracter sticas projetadas para o professor tutor por meio de um discurso referencial e direto nomeando comunicando e enunciando que s o requeridas de voc algumas qualidades como maturidade emocional capacidade de lideran a bom n vel cultural sensibilidade capacidade de empatia cordialidade e saber ouvir Al m disso s o necess rios conhecimento global e articulado da escola com todas as implica es do contexto educacional compet ncia t cnico pedag gica ou seja dom nio dos saberes de of cio e capacidade de mobiliza o de grupos para envolver os cursistas no processo de a o reflex o a o sobre o trabalho educativo idem p 16 A pr tica pedag gica do professor tutor tamb m prescrita por meio do discurso dos especialistas representado no Manual do tutor sob a forma de um discurso orientado
195. do em discuss o iluminando portanto o objeto da pesquisa que sempre em ci ncias humanas um sujeito Por outro lado entrevistas coletivas podem tamb m ajudar a identificar conflitos sem esconder ideias divergentes ou posi es antag nicas Foi assim que aconteceu quando as professoras tutoras enunciaram suas perspectivas sobre a forma o continuada pois revelaram que o PPL possui uma dimens o te rica e que o programa na perspectiva docente n o abarca a pr tica da alfabetiza o Tamb m foi revelado que a forma o continuada n o compreendida pelos gestores das unidades escolares e que a dimens o da mudan a na pr tica pedag gica n o se efetiva totalmente com a participa o docente em programas de forma o 202 Ao longo do processo interpretativo procuramos estabelecer o confronto dial gico entre os enunciados dos professores tutores cientes de que toda compreens o do enunciado vivo de natureza ativamente responsiva BAKHTIN 2003 p 271 Logo constatamos que a palavra de cada tutora evocou contextos distintos de realiza o da forma o continuada do PPL e que como constatado no question rio n o houve um engajamento das equipes gestoras e pedag gicas das escolas na forma o o que dificultou o trabalho e explicitou que a escola como um todo precisa inserir se na forma o continuada Ao longo das entrevistas coletivas foram revelados pontos espec ficos sobre o PPL quando destaca
196. dos os munic pios do estado do Rio de Janeiro 45 A coordenadora estadual do Programa Pr letramento nos anos de 2007 e 2008 no estado do Rio de Janeiro era a professora T nia Jacinta Barbosa 97 O primeiro encontro de forma o de tutores aconteceu em Mendes na semana de 21 a 24 de novembro de 2006 totalizando 40 horas sob a coordena o geral e o apoio pedag gico de Andr a Tereza Brito Ferreira UFPE CEEL Eliana Borges Correia de Albuquerque UFPE CEEL Ivane Pedrosa UFPE CEEL Ludmila Thom de Andrade UFRJ LEDUC CEEL Margareth Brainer de Queiroz Lima UFRJ LEDUC CEEL e Telma Ferraz Leal UFPE CEEL Trabalharam como formadoras de tutores Andr a Tereza Brito Ferreira Margareth Brainer de Queiroz Lima M nica Pinheiro Fernandes Roberta Peregrino Gon alves e Telma Ferraz Leal No dia 21 de novembro de 2007 ocorreu a abertura da capacita o de tutores do Estado do Rio de Janeiro com a palestra da professora Ludmila Thom de Andrade da UFRJ com o tema Saber Docente e na parte da tarde iniciaram se os trabalhos em conjunto com as formadoras de tutores No per odo de 2006 e 2007 entre os 61 munic pios do Rio de Janeiro 54 participaram do programa PPL sendo importante destacar que os munic pios que n o aderiram foram auxiliados pela Rede Estadual com exce o do munic pio do RJ devido a sua extens o atrav s do trabalho dos professores tutores A rede estadual de ensino disponibilizou 14 tutores d
197. dos os n veis e modalidades de ensino e de educa o continuada Dessa forma essa lei em suas disposi es tamb m fixa no artigo 87 3 al nea III que cada Munic pio e supletivamente o Estado e a Uni o dever realizar programas de capacita o para todos os professores em exerc cio utilizando tamb m para isto os recursos da educa o a dist ncia grifos nossos Da leitura dos dois artigos citados podemos depreender que a articula o educa o a dist ncia e forma o continuada de professores encontrava se inicialmente fundamentada na LDB e embora sejam mencionadas no texto desta lei exig ncias de credenciamento pela Uni o das institui es que pretendiam trabalhar com o ensino a dist ncia e de regulamenta o de exames e registro de diplomas registrados no artigo 80 1 e 2 para 50 Liidke n o foram esclarecidas quest es b sicas relativas associa o entre teorias e pr ticas na forma o do educador L DKE apud CANDAU 1997 p 110 Em meio a contradi es a modalidade de ensino a dist ncia torna se uma nova maneira de formar e capacitar professores Ainda com rela o forma o docente podemos observar que a flexibiliza o do l cus da forma o de professores apresentada no artigo 63 em que delegado aos Institutos Superiores de Educa o manter programas de educa o continuada para os profissionais da educa o dos diversos n veis Res
198. durante sua a o de forma o Para 33 dos tutores o manual um passo a passo para a realiza o do trabalho no PPL sendo para 18 um material de apoio Ao finalizarmos a interpreta o dos dados do question rio vislumbramos que se faz urgente que a forma o continuada de professores seja assumida enquanto direito e necessidade profissionaliza o dos docentes o que implica uma transforma o cultural e pol tica no sentido de priorizar a educa o e a permanente qualifica o de seus agentes nos investimentos e planejamentos p blicos de oferta de educa o escolar 220 A transforma o mencionada pode ser iniciada com a constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada e o PPL mas ser necess rio conceb los como um projeto coletivo de uma sociedade e n o como um programa governamental 221 6 CONSIDERA ES FINAIS A vida come a apenas no momento em que uma enuncia o encontra a outra Bakhtin Ao tecer as considera es finais sobre este trabalho de pesquisa agregamos com Bakhtin nossa compreens o ativa e responsiva sobre esse estudo do programa Pr letramento Nosso trabalho foi na dire o de puxarmos o fio discursivo do processo de implanta o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica e do programa Pr letramento Considerando que o discurso verbal o cen rio de um evento BAKHTIN 1926 procuramos por meio dos discursos oficiais acad m
199. e forma o em quest o um projeto muito recente lan ado em mar o de 2005 o que revelou a aus ncia de muitos estudos sobre esse tema no in cio da realiza o dessa investiga o no m s de janeiro de 2008 Apenas no decorrer de nosso trabalho iniciou se a apresenta o de alguns estudos sobre o programa mas a bibliografia existente ainda bastante reduzida Ricardo amp Pereira 2006 abordam a import ncia da pesquisa etnogr fica colaborativa para a pr tica do professor e apresentam resultados parciais de seu estudo realizado junto s professoras tutoras do programa Pr Letramento da rea de alfabetiza o e linguagem no estado do Maranh o O estudo aponta que os tutores t m elaborado relat rios de sua pr tica di ria e assumido uma postura de professores pesquisadores concluindo que o desenvolvimento da pesquisa qualitativa em sala de aula e em especial da pesquisa etnogr fica colaborativa pela professora pesquisador uma importante contribui o para todos que se interessam e trabalham pela melhoria e qualidade da educa o especialmente da Educa o em L ngua Materna RICARDO amp PEREIRA 2006 p 161 4 REP as A 7 poe Realizamos inicialmente um levantamento das produ es acad mico cient ficas que analisaram o programa Pr letramento por m n o foi poss vel identificar tais pesquisas inicialmente pois o Pr letramento um projeto muito recente lan ado no ano de 2005 28
200. e letramento s o inter relacionados Para que o sujeito adquira a condi o de letrado necess ria a democratiza o do acesso ao mundo letrado o que significa para Morais e Albuquerque 2004 que o aprendiz possa vivenciar no cotidiano escolar situa es que os textos s o escritos e lidos porque atendem a determinado objetivo Para que isso ocorra efetivamente h nos fasc culos do PPL uma indica o da import ncia da sistematiza o da alfabetiza o evidente nos fasc culos a defesa da perspectiva de que preciso sistematizar a alfabetiza o o que se constata por meio de pesquisas emp ricas apresentadas nos fasc culos 1 2 5e6 Segundo Albuquerque 2005 a sistematiza o importante pois apenas o conv vio com textos que circulam na sociedade n o garante que os alunos se apropriem da escrita alfab tica uma vez que essa aprendizagem n o espont nea e requer que o aluno reflita sobre as caracter sticas do sistema de escrita Para a autora um trabalho sistem tico de reflex o sobre o sistema de escrita alfab tico SEA n o pode ser feito apenas por meio da leitura e 132 produ o de textos mas com o desenvolvimento de um ensino no n vel da palavra que leve o aluno a perceber que o que a escrita representa sua pauta sonora e n o seu significado e que isso feito por meio da rela o fonema grafema A pesquisa de Leal 2004 tamb m indica que preciso o desenvolvimento de um trabalho
201. e progressiva inven o da palavra e do conceito de letramento e concomitante desinven o da alfabetiza o entendida como a perda de especificidade desse processo o que vem tendo como conseq ncia uma nova modalidade de fracasso escolar o prec rio n vel de dom nio da l ngua escrita em ciclos ou s ries em que esse dom nio j deveria ter sido alcan ado Discutem se as causas dessa perda de especificidade do processo de alfabetiza o e prop e se uma distin o entre alfabetiza o e letramento que preserve a peculiaridade de cada um desses processos ao mesmo tempo em que se afirma sua indissociabilidade e interdepend ncia Caracteriza se o momento atual como sendo de tentativas de reinven o da alfabetiza o considerada necess ria desde que entendida n o como a volta a paradigmas do passado mas como recupera o da especificidade da alfabetiza o em suas m ltiplas facetas e sua integra o com o processo de letramento Evolu o da consci ncia fonol gica em alunos de ensino fundamental Palavras chave Consci ncia Fonol gica Letramento Ensino Fundamental CARNIO Maria S lvia e SANTOS Daniele dos Pr Fono R Atual Cient online 2005 vol 17 no 2 pp 195 200 ISSN 0104 5687 consci ncia fonol gica em alunos de ensino fundamental OBJETIVO analisar evolu o de consci ncia fonol gica em alunos do ensino p blico fundamental ap s programa de es
202. e Letramento Instrumentos da Alfabetiza o O material encontra se parcialmente dispon vel para download 2 Apresentar instrumentos e procedimentos pertinentes avalia o da aprendizagem nos tr s primeiros anos de ensino fundamental atrav s de estrat gias de avalia o formativa e continuada 249 CENTRO E MATERIAIS FASC CULO AUTORES TEMA OBJETIVOS SITE DO PPL Cursos e publica es 1 Descrever o cotidiano L ngua portuguesa escolar com o objetivo de Diversidade linguagem e ensino no Ana L cia Guedes Pinto A Organiza o do compreender a organiza o Rs i M Leila Cristina Borges da Silva Tempo do tempo escolar e o CEFIEL RR E Maria Cristina da Silva Pedag gico e o planejamento das atividades A rela o normal patol gico no UNICAMP en ensino c rebro e linguagem 3 Tempesta g Planejamento do por parte do professor L ngua portuguesa Objeto de Roseli Ap Ca o Fontana Ensino 2 Considerar as http www iel reflex o e de ensino Aline Shiohara possibilidades de interven o unicamp br nas pr ticas de leitura e cefiel Linguagem na educa o infantil escrita na rotina escolar e Linguagem nos anos iniciais recuperando e desenvolvendo Forma o do Professor Leitor a no o de letramento Letramento nos Anos Iniciais Letramento nos Anos Iniciais i Dscitr sobrea http www iel L nguas estrangeiras import ncia da Biblioteca unicamp br A quest o das l nguas escolar ou da sal
203. e Nacional de Forma o Continuada promoveu alguns movimentos dentre eles destacamos o credenciamento de v rios Centros de forma o ligados a universidades pois antes da constitui o da Rede havia apenas um centro na rea de alfabetiza o e linguagem que estava estruturado O CEALE foi institu do no ano de 1990 pela professora da Faculdade de Educa o da UFMG Magda Becker Soares e sempre atuou na rea de forma o de professores e um dos primeiros projetos assumidos pelo Centro foi o atendimento rede municipal de Contagem Regi o Metropolitana de Belo Horizonte 90 A cria o dos centros fomentou de forma especial o desafio de unir pesquisa e extens o universit ria e de estabelecer novas compet ncias nas universidades para a produ o de materiais especificamente destinados a professores em exerc cio da doc ncia que nessa pol tica de forma o t m acesso direto aos textos e a posse deles A cria o dos Centros ressaltou a import ncia de pensar instrumentos para a pr tica pedag gica e al m do material do programa PPL todos os centros produziram diversos materiais a partir de 2003 Os materiais produzidos encontram se dispon veis nos sites dos respectivos centros para acesso e captura do p blico e dentre os materiais destaca se uma publica o peri dica direcionada especificamente ao docente alfabetizador o jornal Letra A produzido pelo CEALE si Figura 14 Capa da primeira edi
204. e a pr tica social da escrita organizado por Angela Kleiman na qual 114 diferentes aspectos do letramento s o abordados pelos autores dos artigos que se re nem no livro Na introdu o do livro a autora exp e que os estudos sobre o letramento hoje em dia seguindo o caminho tra ado por Paulo Freire h mais de trinta anos enfatizam o efeito potencializador ou conferidor de poder do letramento A palavra de ordem nos estudos sobre o letramento que se volta para a transforma o da ordem social empowerment through literacy ou seja potencializador pelo letramento KLEIMAN 2008 p 8 No primeiro artigo da obra Kleiman registra que embora a palavra letramento na poca n o estivesse dicionarizada o conceito correspondente era utilizado na rea acad mica para apartar os estudos sobre alfabetiza o e os efeitos sociais da escrita e apresentava um conceito de letramento como um conjunto de pr ticas sociais que usam a escrita como sistema simb lico e enquanto tecnologia em contextos espec ficos As pr ticas espec ficas da escola que forneciam o par metro de pr tica social segundo a qual o letramento era definido e segundo a qual os sujeitos eram classificados ao longo da dicotomia alfabetizado e n o alfabetizado passam a ser em fun o dessa defini o apenas um tipo de pr tica de fato dominante que desenvolve alguns tipos de habilidades mas n o outros e que determi
205. e ap s a promulga o do Ato Adicional de 1834 que colocou a instru o prim ria sob a responsabilidade das prov ncias que estas tendem a adotar para a forma o de professores a via que os pa ses europeus vinham seguindo a cria o das Escolas Normais A cria o da primeira escola normal em Niter i em 1835 Segundo Saviani 2009 apenas ap s a reforma da instru o p blica do estado de S o Paulo de 1890 que foi estabelecido o padr o de organiza o e funcionamento das Escolas Normais embasando se no Decreto de n 27 de 12 de mar o de 1980 fundamentando que sem professores bem preparados praticamente instru dos nos modernos processos pedag gicos e com cabedal cient fico adequado s necessidades da vida atual o ensino n o pode ser regenerador e eficaz Decreto n 27 de 12 de mar o de 1980 citado por Apud REIS FILHO Contudo a forma o de professores Prln rios nesta fase da Primeira Rep blica n o foi significativa salvo com a cria o de poucas escolas normais concentradas praticamente em S o Paulo ZLULIAN amp PEREIRA 2001 p 50 Na d cada de 20 do s culo passado nossa educa o e forma o de professores come am a sofrer a influ ncia dos ideais da Escola Nova assim os Institutos de Educa o surgem mais fortemente no espa o educacional brasileiro aliando ensino e pesquisa E atrav s da reforma estabelecida por meio do Decreto de 19 de mar o de 1932 An sio Te
206. e as noventa e cinco obras listadas identificamos obras direcionadas exclusivamente ao campo cient fico especificamente na rea de l ngua materna e alfabetiza o e outras direcionadas para a media o entre a esfera cient fica e a escolar Conforme constatamos a presen a significativa das cita es das obras de ngela Kleiman e Magda Soares nos fasc culos do PLL reflete que h uma media o entre a esfera universit ria e a de forma o docente pois nos estudos destas pesquisadoras h o 70 O ap ndice H apresenta um quadro sin tico com dados sobre os fasc culos do programa 152 predom nio da media o did tica entre o conhecimento cient fico e o conhecimento docente o que justifica a influ ncia de suas obras nos fasc culos do programa Examinamos tamb m por meio da an lise da rela o bibliogr fica do PPL que as obras que tratam diretamente do tema forma o docente encontram se ausentes do conjunto dos sete fasc culos e que apenas situaram se no fasc culo destinado ao professor tutor delimitando claramente os fasc culos que s o direcionados aos professores da escola b sica e ao destinado ao professor tutor Dessa forma focalizaremos a an lise do fasc culo destinado ao professor tutor no pr ximo cap tulo 153 5 TECENDO O FIO TE RICO METODOL GICO As ci ncias humanas s o as ci ncias do homem em sua especificidade e n o de uma coisa muda ou um fen meno natural O homem em sua especifi
207. e ensino e sim com os meios No per odo da ditadura empresarial militar a educa o torna se elemento de desenvolvimento econ mico e instrumento de transforma o de indiv duos em elementos produtivos no processo de trabalho Dessa forma o foco da educa o era a execu o de tarefas com precis o de modo a garantir o lucro e a produ o Diante dessa realidade nacional era necess rio que a escola se tornasse produtiva racional e organizada e para a efetiva o dessa realidade foi preciso racionalizar o trabalho pedag gico com o objetivo de torn lo mais cient fico Dessa forma a escola segue os princ pios da teoria de administra o de empresas de Frederick Taylor Teoria da Administra o Cient fica e os princ pios de Henry Fayol Teoria Cl ssica Nesse contexto a forma o de professores apoiada no fundamento taylorista da divis o do trabalho traz 7 Segundo Leher 2008 para realizar o desenvolvimento das na es era necess rio uma elite aberta ao progresso No Brasil essa elite era composta pelos militares basicamente a ideia era da tecnocracia Assim a ditadura empresarial militar foi a forma de modernizar a condi o subdesenvolvida e dependente do pa s sem fazer concess es de natureza social e democr tica ao povo brasileiro 41 consequ ncias na escola p blica pois a divis o do trabalho transforma o professor num executor de pacotes pedag gicos e de tarefas MELLO 198
208. e entrevistas coletivas 5 5 A entrevista coletiva Inicialmente cumpre notar que o discurso dos professores tutores aqui analisado foi recolhido a partir das intera es discursivas entre professores tutores na oportunidade da realiza o de quatro entrevistas coletivas que ocorreram durante os encontros de forma o de tutores do PPL no RJ Destacamos que a participa o dos docentes foi volunt ria e ocorreu no espa o de forma o Nas entrevistas coletivas os temas discutidos envolveram debates sobre o PPL a participa o dos professores no programa e sua trajet ria profissional a forma o de 7 O roteiro completo da entrevista est na p gina 267 dessa disserta o 192 professores na perspectiva da EAD e seus conhecimentos sobre a rea de linguagem letramento e alfabetiza o Por interm dio dessas entrevistas coletivas buscamos uma constru o coletiva de enunciados que refletisse as atividades dos sujeitos pois a enuncia o realizada como uma ilha emergindo de um oceano sem limites o discurso interior As dimens es e as formas dessa ilha s o determinadas pela situa o da enuncia o e por seu audit rio A situa o e o audit rio obrigam o discurso interior a realizar se em uma express o exterior definida que se insere diretamente no contexto n o verbalizado da vida corrente e nele se amplia pela a o pelo gesto ou pela resposta verbal dos outros participantes na situa o de enuncia
209. e forma integral N Sim 12 36 36 N o 21 63 63 Total 33 100 Tabela 14 Participa o em outros cursos de capacita o na rea de alfabetiza o N Sim 23 69 69 N o 10 30 3 Total 33 100 Tabela 15 rg os que desenvolveram o curso de capacita o na rea de alfabetiza o N ONG 5 15 15 Centros de linguagem 1 3 03 Universidade p blica 6 18 18 Universidade privada 3 9 09 Secretaria estadual de 6 18 18 educa o Secretaria municipal de 10 30 3 educa o 297 Total 33 100 Tabela 16 O munic pio realizava a es de forma o continuada antes do programa N Sim 31 93 93 N o 2 6 06 Total 33 100 Tabela 17 As a es de forma o continuada realizadas eram N Palestras profissionais da SME 5 15 15 Palestras profissionais de outras redes 3 9 09 Palestras profissionais de universidade 4 12 12 privada Palestras profissionais de universidade 3 9 09 p blica Oficinas 15 45 45 Outras 3 9 09 Total 33 100 Tabela 18 Existe em sua localidade em equipe de forma o ou capacita o de professores N Sim 18 54 54 N o 15 45 45 Total 33 100 Tabela 19 Existe um espa o f sico para a realiza o das a es de forma o continuada N Sim 13 39 39 N o 20 60 6 T
210. e letramento 2003 1 2 6 9C complementar Linguagem e escola uma perspectiva 1991 social SOL Estrat gias de leitura 1999 NH 1 1 SOARES Inf ncia e linguagem Bakhtin mnlementar SOUZA Vygotsky e Benjamim 1995 i Gram tica e intera o uma proposta para o ensino de Re no 1 e 2 1996 TRAVAGLIA A psicog nese da l ngua escrita 1985 TEBEROSKY Aprender a ler e escrever uma proposta construtivista 2003 Contextos de alfabetiza o inicial 2004 Pensamento e linguagem 1998 Viver aprender educa o de jovens 1938 e adultos Aventura da escrita hist ria do 1992 desenho que virou letra 1 2 2 5 2 4 2 Forma o social da mente 1984 A forma o social da mente o VYGOTSKY desenvolvimento dos processos 1991 4C psicol gicos superiores 261 AP NDICE J REVIS O BIBLIOGR FICA DO TEMA ALFABETIZA O E LETRAMENTO DOS FASCICULOS DO PRO LETRAMENTO ALFABETIZA O E LINGUAGEM AUTOR OBRA ANO PRESEN A NO FASCICULO CEALE Centro de Alfabetiza o NEEN Perura e beiril Diagn stica ER o no Ciclo 2005 Faculdade de 8 Inicial S 1 Educa o UFMG COSTA VAL O desenvolvimento do conhecimento ling stico discursivo Maria da Gra a o que se aprende quando se aprende 2001 a escrever Veredas Revista de 1 Estudos Ling sticos ROJO orane Alfabetiza o e letramento ai 1 2 Org SCLIAR CABRAL Leonor Guia pr tico de alfabetiza o
211. e n o sabia como lidar com aquilo ent o o governo do ministro do Paulo Renato ele ministro da educa o do Fernando Henrique Cardoso n Eles criaram um programa de forma o continuada se eu n o me esque o foi assim um dos pioneiros foi o PCN Em A o Que vinham formadores era a universidade de S o Paulo com pessoal do MEC mesmo formato e eles vinham e faziam a PRA contrapalavra de BAKHTIN representa um trabalho do sujeito sobre a palavra do outro sobre o dado MUSSALIM 2001 p 243 210 forma o da gente muito legal eu vejo o Pr Letramento assim mais ou menos o mesmo formato Depois do PCN veio o PROFA Eu n o tive a oportunidade de fazer mas o Pro Letramento ele nada mais nada menos do que o PROFA ent o toda essa literatura ent o essa forma o ela essencial Ent o come ou com PCN Em A o hoje tem o Pr Letramento e eu acredito no seguinte eu tenho 20 anos de educa o e eu vou te dizer uma coisa eu tenho 41 anos eu entrei pra educa o com 21 ent o eu n o consigo ver nenhuma mudan a na sala de aula n o consigo ver nenhuma escola diferente desenvolvendo projeto diferente se o professor n o pensar diferente O professor precisa ter uma postura diferente Se ele n o tiver uma postura diferenciada nada acontece porque tudo depende dele algu m interrompe a entrevista Eu j fui professora de sala de aula Durante 10 anos eu estive com 3 s rie ent o a gente
212. e nas ci ncias humanas Bakhtin declara que as ci ncias humanas s o as ci ncias do homem em sua especificidade logo em sua particularidade o homem se exprime a si mesmo fala isto cria texto ainda que potencial Podemos concluir que o objeto das ci ncias humanas o homem que fala e que conhecido atrav s dos textos portanto o texto o dado realidade prim rio e o ponto de partida de qualquer disciplina nas ci ncias humanas BAKHTIN 2003 p 395 0 objeto das ci ncias humanas portanto repetimos o ser expressivo e falante Ibidem p 395 nesse sentido a proposi o bakhtiniana concebe as ci ncias humanas como ci ncias do discurso a l ngua em sua integridade concreta e viva e n o a l ngua como objeto espec fico da lingu stica obtida por meio de uma abstra o absolutamente leg tima e necess ria de alguns aspectos da vida concreta do discurso BAKHTIN 1981 p 181 Iniciaremos o trabalho de an lise a ser apresentado neste cap tulo tomando o fasc culo do tutor do PPL como um documento que materializa discursos sobre a forma o docente Tais discursos que foram produzidos por sujeitos que representavam direta ou indiretamente a inst ncia governamental e acad mica respons veis dessa forma pela realiza o da pol tica educacional brasileira Eles tiveram como objetivo n o apenas fazer circular uma concep o de forma o mas sobretudo legitimar para a posteridade um
213. e o tema em quest o e posteriormente s o apresentadas situa es did ticas de alfabetiza o interligadas ao tema em sala de aula de escolas N 00 03 ps ax mato Figura 33 V deo do PPL O uso do livro did tico em sala de aula 150 PR TICAS LINGU STICAS DESENVOLVIDAS COM O TEMA HIST RIAS DE VIDA POSSIBILIDADES DE REFLEX O no Processo DE FORMA O DOCENTE Hama EL OT Figura 34 V deo do PPL Reflex o no processo de forma o docente hist ria de vida Figura 35 V deo do PPL Modos de falar Modos de escrever 4 9 A rela o bibliogr fica do programa A op o por realizar um mapeamento da bibliografia do PPL tomando como base os fasc culos do programa tem como objetivo observar quais obras do campo cient fico est o sendo utilizadas na forma o de professores ou seja que est o servindo de media o did tica entre o conhecimento cient fico e o conhecimento da forma o O termo media o prov m do radical grego m sos e tamb m do latim mediatio Em grego significa o que est colocado no meio o ponto m dio Do radical latino mediatio o conceito de media o significa intercess o ou interm dio refere se s a es rec procas que interagem entre duas partes de um todo significa o que est entre as duas partes e estabelece uma rela o entre elas Coerentemente decidimos nos referir a um processo de media o did tica n o no sentido gen rico conf
214. e retornando com todos os sucessos e insucessos Ent o a gente est podendo tentando conduzir e trocar realmente com os colegas como resolver uma quest o n Dentro do Pr Letramento eu acho que a oportunidade ele est sendo praticamente passado durante um ano ou quase isso ou quase todo ano letivo pelo menos um semestre do ano letivo onde a gente est tendo a oportunidade de levar e retornar com sucesso e insucesso TA Isso muito importante n Por exemplo antes os outros cursos nos faziam pensar Faziam n o h nenhuma discuss o nesse sentido que interfer ncia fazer Nenhuma s vezes vinha e n o tinha resposta agora a gente leva a resposta a gente tem como interferir como levar n o isso Voc n o v processo de constru o de leitura e escrita Se o menino est l no pr sil bico o que que a gente tem que fazer O que que a gente n o tem que fazer Como que Qual a atividade que voc est propondo Qual isso Qual isso Atrav s de que jogos Qual o tipo de jogos Vamos construir o jogo e vamos ver como que por que o que que a gente percebe na condu o do trabalho enquanto coordenador pedag gico o professor faz muito mas n o sabe o que est fazendo Ent o o Pr Letramento tem essa caracter stica de fazer pensar sobre a pr tica e estar dando as interfer ncias devidas no momento certo Esses recortes ilustram que os pontos positivos do PPL foram a reflex o sobre a pr tica
215. e retorno Na primeira etapa o MEC juntamente com as universidades realiza a divulga o do Programa junto aos estados e munic pios faz os contatos e formaliza a ades o atrav s de um contrato de coopera o cf s lt eos 74 DES Figura 15 Ficha de ades o do munic pio ou estado Cada rede de ensino conta com um coordenador geral que um profissional da Secretaria de Educa o com a fun o de acompanhar e dinamizar o programa na inst ncia de seu munic pio participar das reuni es e dos encontros agendados pelo MEC e ou pelas universidades prestar informa es sobre o andamento do programa no munic pio subsidiar as a es dos tutores tomar decis es de car ter administrativo e log stico e garantir condi es materiais e institucionais para o desenvolvimento do programa 92 Geralmente cada munic pio possui dois tutores sendo um de alfabetiza o e linguagem e outro de matem tica PR LETRAMENTO Ficha de Tutor Figura 16 Ficha de ades o do tutor Ap s a confirma o do contrato de ades o e o registro dos tutores cada professor cursista deve preencher individualmente sua ades o e para tal deve estar vinculado ao sistema de ensino e trabalhar em classes das s ries iniciais do ensino fundamental Cada grupo de 20 professores reunir se com o tutor semanal ou quinzenalmente para discutir os textos lidos retom
216. e ser massivo e que substitui a intera o pessoal de professor e aluno pela a o sistem tica e conjunta de diversos recursos did ticos e pelo apoio de uma organiza o e tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flex vel dos alunos poss vel observar que parte dessas defini es foi elaborada analisando se essa modalidade a partir do ensino presencial convencional destacando se para diferenci lo a dist ncia espa o entre professor e aluno e o uso das m dias Segundo Belloni 2003 a defini o de Otto Peters uma exce o pois procura explicar a educa o a dist ncia a partir do contexto socioecon mico Para ele a EAD uma forma industrializada de educa o determinada pelo modelo industrial fordista A divis o de trabalho produ o em massa e a produtividade s o princ pios do modelo fordista bem como a pr pria reestrutura o do ensino em consequ ncia da crescente mecaniza o e automa o justificam sua an lise que refor ada tamb m por Preti 1996 ao descrever o desenvolvimento da EAD ligado ao interesse de atendimento e qualifica o e especializa o dos profissionais s demandas do processo industrial A partir dos anos 90 no auge da chamada p s modernidade estabeleceram se conceitos mais abrangentes identificando se duas grandes proced ncias nas defini es de um lado as teorias cognitivas especialmente o Construtivismo e do outro os paradigmas sociol gicos e ec
217. e um bilhete simples em um idioma conhecido Em 2000 o censo destaca n o s a amplia o do conceito de alfabetiza o como o associa a uma condi o real de escolariza o expandida e destitu da da escola p blica a possibilidade de haver sujeitos analfabetos funcionais pessoas que interromperam os estudos seja por falta de oportunidade seja por evas o ou repet ncia e que se encontram apenas na condi o de ler e escrever o pr prio nome um bilhete simples sem fazer uso social da l ngua escrita No mesmo ano o Instituto Brasileiro de Opini o P blica e Estat stica IBOPE criou o Instituto Paulo Montenegro com o objetivo de realizar uma pesquisa anual para subsidiar a cria o e a manuten o do Indicador de Alfabetismo Funcional INAF O INAF 2009 registra que a propor o dos brasileiros de 15 a 64 anos classificados como analfabetos 46 Mortatti 2004 aponta que alguns estudiosos do assunto defendem a ado o do conceito analfabeto funcional cada vez mais utilizado em outros pa ses e que inclui todas as pessoas com menos de quatro s ries de estudos conclu das O grupo IBOPE uma multinacional brasileira constituindo se em um dos principais institutos de pesquisa na Am rica Latina 48 Segundo Ribeiro 2003 o INAF optou pelo termo alfabetismo em detrimento do termo analfabetismo funcional apenas para designar n veis de habilidade de leitura e escrita da popula o considerando analfabeto
218. eccoesocsseecoesocsscesoesocsseesoee 141 FIGURA 25 Capa do fasc culo 2 do PPL essesssesoosseesoesccescesceccoesccsseecoesocsseesoesocsseesoee 143 FIGURA 26 Capa do fasc culo 3 do PPL seessesoosseessesooescesceccoesocsscesoesocsscesoesocsseessee 144 FIGURA 27 Capa do fasc culo 4 do PPL eesssesoosseesoesoossccsceccoescesseecoesocsscesoesocsseesoee 145 FIGURA 28 Capa do fasc culo 5 do PPL sesooeseessescoescesseccoesoesseccoesocsseesoesocsseesoesossse 146 FIGURA 29 Capa do fasc culo 6 do PPL essoeseesseccoesccsseecoesccsscesoesocsscesoesccsscesoesossse 147 FIGURA 30 Capa do fasc culo 7 do PPL esseesseessesocsseescesocsscesoesocsscesoesooesccssescossosss 148 FIGURA 31 Capa do fasc culo complementar do PPL ecceecceeseecerecersecsse 149 FIGURA 32 V deo do PPL Jogos e brincadeiras ccecceececeeereesererecereeesserersoeos 150 FIGURA 33 V deo do PPL O uso do livro did tico em sala de aula 150 FIGURA 34 V deo do PPL Reflex o no processo de forma o docente 151 hist ria de NIdA santana par aii E RR Me enasna inona asa FIGURA 35 V deo do PPL Modos de falar Modos de escrever 151 FIGURA 36 Capa do fasc culo do tutor seseessessoesocsseccoesocsseesoesocsscesoesocsscesoesoosseeso 172 LISTA DE SIGLAS PPL Programa Pr letramento SEE Secretaria Estadual de Educa o NTE N cleo de Tecnologia Educacional
219. educa o fundamental e ensino m dio incorporando a EAD entre suas estrat gias 4 Redefini o do papel da UNIREDE Universidade Virtual P blica do Brasil na pol tica nacional de EAD Esse papel deve ter como princ pios norteadores para a o imediata a o aumento do n mero de vagas nas universidades p blicas b a oferta de cursos de educa o continuada aos profissionais em servi o grifos da autora PT 2002 p 12 e 24 47 Figura 1 Documento de apresenta o da proposta para educa o nacional do Partido dos Trabalhadores PT 002 A incorpora o da modalidade de educa o a dist ncia EAD na forma o continuada de professores da educa o b sica origina se ent o nesse contexto constituindo se como parte de determinadas pol ticas de governos principalmente na Am rica Latina e especificamente no Brasil Nessa dire o a l gica que permeia a pol tica educacional do MEC fundamenta se em princ pios econ micos na rela o de custo e benef cio As reformas apresentam a EAD como uma modalidade favor vel para minimizar a qualifica o dos professores brasileiros Na gest o do governo Lu s In cio Lula da Silva os projetos em educa o a dist ncia principalmente na rea de forma o de professores v m ganhando enorme f lego e as a es governamentais implementadas nos remetem ao entendimento de que a forma o continuada de professores por meio dessa modalidade t m propens o a a
220. educacional nacional ou seja de um lado os que defendiam a forma o de um professor t cnico e neutro e de outro aqueles que defendiam a forma o de um educador engajado e pol tico Assim sendo os anos 80 deixaram um legado positivo na forma o inicial e continuada de professores considerando as tentativas das institui es formadoras para formar educadores tecnicamente competentes e politicamente comprometidos com uma escola de melhor qualidade FUSARI 1995 p 24 42 Em 1981 o MEC cria um novo projeto com o objetivo de melhorar a qualidade de seus cursos de habilita o de professores do ensino b sico Passou a apoiar em alguns estados a cria o dos Centros de Forma o e Aperfei oamento do Magist rio CEFAM Com o suporte t cnico e financeiro do MEC o projeto foi implantado a partir de 1983 em 15 estados num total de 55 centros Para Cavalcante 1994 p 59 a cria o dos CEFAMS teve o car ter de revitaliza o da Escola Normal A especificidade da forma o docente para o ensino b sico era resgatada por meio do CEFAM assim por ser especificamente um curso de forma o de professores sua grade hor ria ampliou se tornando o um curso de hor rio integral Havia ainda a concess o de bolsas para discentes e docentes foi institu da a jornada de trabalho com hora aula hora atividade e hora de trabalho pedag gico e foi criada a coordena o pedag gica MARC LIO 2004 A d cada de 80 termin
221. eiro no livro Alfabetismo e atitudes pesquisa com jovens e adultos de 1999 resultado da tese de doutorado da autora explica em nota de p de p gina a op o por utilizar o termo alfabetismo no lugar de letramento Na obra a autora debate 7 O conceito de retextualiza o foi proposto por Travaglia 1992 ao estudar o processo de tradu o via textualidade e compreendido como a transforma o de modificar um ato comunicativo expressivo escrito em outro escrito em virtude de uma necessidade imposta pela altera o da l ngua 8 Letramento aut nomo e letramento ideol gico s o concep es propostas por Street 1984 O primeiro pressup e uma nica maneira de o letramento ser desenvolvido independentemente das quest es contextuais da pr tica do letramento ou seja ele se desenvolve de forma aut noma ou independente do contexto J o segundo pressup e formas plurais de pr ticas de letramento 117 o alfabetismo baseando se em pesquisa realizada com jovens e adultos e aponta resultados referentes a pol ticas educacionais e pr ticas pedag gicas Neste estudo o termo alfabetismo utilizado com o mesmo sentido do termo em ingl s literacy designando a condi o de pessoas ou grupos que n o apenas sabem ler e escrever mas tamb m como prop e Magda Becker Soares utilizam a leitura e a escrita incorporando as em seu viver transformando por isso sua condi o SOARES 1995 Apesar de alguns au
222. eiros cecccececeeserecercercoseerecssenco FIGURA 15 Ficha de ades o do munic pio ou estado cccceeeeereerseeecssereraeeso FIGURA 16 Ficha de ades o do tutor ssessoesoossssooesossoesoossocssesoossossosssossosssesosssosese FIGURA 17 Ficha de ades o do professor do ensino b sico cececeeceseceseeesse FIGURA 18 Ficha de revezamento eoeoeosososososososososososososesosesosesesesesssosssssssssoso FIGURA 19 Slide apresentado pelo Secret rio da Educa o B sica Romeu Caputo em um encontro do Compromisso Todos pela Educa o FIGURA 20 Jornal Letra A o jornal do alfabetizador Provinha Brasil em debate conhe a a proposta pedag gica e as possibilidades desse novo instrumento de avalia o da alfabetiza o seosoesccssessoesocssessossocssossoesoossesssesosssesss 47 48 64 65 65 65 70 84 86 87 87 88 89 91 92 93 93 94 95 128 FIGURA 21 Capa do Guia Geral do Programa Pr letramento cceee 136 FIGURA 22 Capa do material did tico e sossoessesooescocssecsoesocsseccoesocsseesoesocsscesoesossse 137 FIGURA 23 Caixa de di logo presente no fasc culo com experi ncia pedag gica deatividade de leit r a ssa serem sta rico dapcniea a ada de TAS paca da ACO aa Cure tapa retos aa 139 FIGURA 24 Capa do fasc culo 1 do PPL e seessesoosseesoesooescesc
223. em si uma marca valorativa ao representar a realidade Por esta raz o todo signo ideol gico e um produto ideol gico faz parte de uma realidade natural ou social como todo corpo f sico instrumento de produ o ou produto de consumo mas ao contr rio 2 destes ele reflete e refrata uma outra realidade que lhe exterior Tudo que ideol gico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo Em outros termos tudo que ideol gico um signo Sem signos n o existe ideologia BAKHTIN 2006 p 31 Na vis o do C rculo a compreens o do fen meno da linguagem n o poderia ser explicada apenas com a l ngua sendo compreendida como sistema neutro e abstrato Ela precisava ser compreendida na perspectiva de um processo ininterrupto que ocorre no fluxo da intera o verbal social Assim para o pensador a l ngua um produto s cio hist rico produto por assim dizer da atividade humana coletiva que reflete e refrata o contexto econ mico e social da sociedade ibidem Logo O dom nio do ideol gico coincide com o dom nio dos signos s o mutuamente correspondentes Ali onde o signo se encontra encontra se tamb m o ideol gico Tudo o que ideol gico possui um valor semi tico ibidem p 32 Na perspectiva do C rculo pode se caracterizar a ideologia como um fen meno da linguagem que ganha por meio do signo verbal sentidos m ltiplos que identificam e assumem diferentes posi es soci
224. emocr tica aos acessos aos programas de forma o que t m exacerbado a mercantiliza o da educa o nacional O ano de 2004 iniciou se com a posse de um novo Ministro da Educa o Tarso Genro assumiu o Minist rio e confirmou seu compromisso com a reforma educacional no pa s estabelecendo como prioridade a discuss o e implanta o do Fundo de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica FUNDEB a forma o continuada de professores e a melhoria da educa o infantil GENRO 2004 O Fundo Nacional de Manuten o e Desenvolvimento da Educa o B sica previa que 40 das verbas do fundo poderiam ser utilizadas para o desenvolvimento de programas de aperfei oamento continuado dos profissionais do magist rio BRASIL 2004 O novo Ministro por meio da Portaria 1 472 de 7 de maio de 2004 instituiu o Sistema Nacional de Forma o Continuada de Professores e no 3 artigo exp s A implanta o do Sistema de Forma o Continuada de Professores ser gradual tendo in cio com a instala o da rede referida no art 1 inciso II desta Portaria e o atendimento s necessidades de forma o continuada dos professores das s ries ou ciclos iniciais do ensino fundamental em exerc cio nos sistemas oficiais de ensino dos estados e munic pios BRASIL 2004 p 2 81 No dia 26 de maio de 2004 foi realizado em Bras lia o lan amento do conv nio da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores c
225. endo consolidado atrav s da elabora o de planos os quais tornam cada vez mais disfar ada a desigualdade social centrando se em uma ret rica que dissimula as possibilidades de contraposi o e resist ncia e conforme salientam Leher amp Lopes 2003 refor a a estrat gia da alternativa de programas de forma o de professores que preveem a forma o a dist ncia notadamente no campo da forma o de professores da educa o infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental Com efeito a partir do documento denominado Uma escola do tamanho do Brasil 2002 documento que registrava a proposta do Partido dos Trabalhadores para a educa o elaborado e apresentado nas elei es governamentais para a Presid ncia da Rep blica nas elei es de 2002 observa se que as propostas centralizavam se no pilar educa o a dist ncia e forma o inicial e continuada de professores da educa o b sica como constatamos nas seguintes propostas registradas no documento l Incentivar a cria o de centros de forma o permanente e aperfei oamento dos profissionais da educa o por estado ou regi o articulados com as universidades e os sistemas p blicos de educa o b sica 2 Cria o de uma Coordena o Nacional de Educa o a Dist ncia do MEC com or amento pr prio e articulada com o ensino fundamental m dio e superior 3 Estudos de viabilidade para implanta o imediata de programas de forma o de professores para
226. ensino escolar da leitura e da escrita O quarto cap tulo exp e a experi ncia de outros pa ses como Inglaterra e Fran a Com esta escolha de organiza o textual deixa em evid ncia que h disputas entre as linhas de pesquisa com implica es de governo minist rios entidades e planos e ratifica que o governo precisa assumir o controle ideol gico e log stico das redes escolares interferindo em curr culos e programas e investindo na produ o de materiais did ticos e em programas de forma o de professores tendo como refer ncia a orienta o te rica f nica O cap tulo aponta tamb m que o Brasil enfrenta dificuldades para alfabetizar seus alunos e que n o h no pa s dados que permitam afirmar a exist ncia de programas de alfabetiza o eficazes nos sistemas p blicos municipais BRASIL 2003 p 112 Nesse z A Whole language uma filosofia educacional que tem como foco a investiga o sobre a aquisi o de compet ncias lingu sticas orais e escritas pelas crian as No Brasil foi divulgada como linguagem integral de Goodman 1997 e Smith 1999 Entende se por Construtivismo a vertente te rico metodol gica com base nos pressupostos da Epistemologia Gen tica de Jean Piaget 108 cap tulo exibe se uma an lise minuciosa dos Par metros Curriculares Nacionais PCNSs indicando a influ ncia que o documento exerce sobre as redes de ensino estaduais e municipais nos programas de for
227. ento constatamos que a presen a marcante das obras de Magda Soares encaminha a nfase na sistematiza o dos conte dos de linguagem pois segundo a autora a nfase na dimens o do letramento obscureceu a dimens o da alfabetiza o como processo de H uma s ntese das obras utilizadas nos fasc culos apenas sobre o tema alfabetiza o e letramento na p gina 263 133 aquisi o do sistema convencional de uma escrita alfab tica e ortogr fica SOARES 2002 o que nos faz compreender a posi o hegem nica presente nos fasc culos do PPL 4 6 O Guia Geral do Programa O Guia Geral do PPL foi produzido pelo MEC e apresenta se como dispositivo para orientar e regular o conjunto de a es necess rias estrutura o e efetiva o do programa Dessa forma podemos consider lo como um documento norteador do PPL O documento prescreve a estrutura organizacional do PPL por meio da descri o dos atores do programa coordenador geral professor formador de tutor professor tutor professor cursista e dos rg os governamentais respons veis pela realiza o do PPL MEC SEB SEED universidades secretarias de educa o Tamb m s o apresentados os objetivos as atribui es e fun es de cada ator envolvido no PPL Al m dessas informa es O Guia Geral apresenta uma concep o de forma o continuada que enfatiza a atitude investigativa e reflexiva considerando o professor o sujeito da a o Assim
228. es Iniciais http www cefortec uepg br Curso de inform tica educa o e sociedade 01 fita VHS 01 DVD e 01 fasc culo sendo Aplicativos 1 Refletir sobre as quest es B sicos o computador como relacionadas ao processo de ferramenta de trabalho Quest es ensino e aprendizagem da Forma o continuada de relacionadas ao l ngua professores das s ries iniciais v Maria Beatriz Ferreira processo de ensino Escrita nas s ries ou ciclos na rea de alfabetiza o e e aprendizagem da iniciais do Ensino linguagem Complementar l ngua Fundamental 02 fitas VHS 02 DVD e 03 escrita nas s ries ou 2 A profunda quest es a fasc culos sendo Alfabetiza o ciclos iniciais do respeito da leitura e da e Letramento interfaces e Ensino produ o textual na Produ o Escrita de Textos Fundamental forma o lingu stica do atividades did ticas de intera o social e Leitura um processo compartilhado de produ o de sentido Fundamentos da a o docente 01 CD ROM e 03 fasc culos sendo Forma o Docente e Perspectivas Atuais da Educa o Fins e Valores na Educa o e Um Olhar Psicol gico sobre o Desenvolvimento da Pessoa aluno e na sua constitui o sujeito leitor e como produtor de textos 254 Humana g neros textuais uma abordagem do ensino de l ngua portuguesa 03 fitas VHS 03 DVD 03 CD ROM e 03 fasc culos sendo A apropria o de G neros Textuais um processo
229. es mais localizadas tais como o Programa de Capacita o de Professores PROCAP implementado pela Secretaria de Educa o de Minas Gerais e o Programa de Educa o Continuada PEC desenvolvido pela Secretaria de Educa o do Estado de S o Paulo Entre as diversas a es de forma o continuada no cen rio nacional a cria o no ano de 1991 de uma experi ncia piloto de educa o a dist ncia por meio da utiliza o da Segundo Gatti amp Barreto 2009 p 200 a forma o continuada oferecida nas ltimas d cadas teve como prop sito a atualiza o e o aprofundamento de conhecimentos como requisito natural do trabalho em face do avan o nos conhecimentos nas mudan as no campo das tecnologias nos rearranjos nos processos produtivos e suas repercuss es sociais V rios programas de capacita o de professores para o ensino de Ci ncias Matem tica L ngua Portuguesa foram implementados no pa s por setores de governo ou por grupos de professores universit rios especialistas envolvidos com quest es de ensino 20 televis o no canal TVE Brasil primeiramente intitulada Jornal da Educa o Edi o do Professor e posteriormente denominando se Salto para o Futuro constituir se em uma a o fundadora do Minist rio da Educa o na modalidade de educa o a dist ncia na forma o de professores O programa Salto para o Futuro desde sua concep o inicial conjugava junto ao programa de televis o outro
230. eseeeseseeseerererereerememmemeea 5 1 Perspectiva t riC isesierseiccsisccsessssoeesisesoctoesseereoissseoteasteon siseses ins atoa cid aa ano seras ies 5 2 Encaminhamento metodol gico 5 3 Os instrumentos de pesquisa 5 4 O fasc culo do tutor sessseseesseecoesocsseesoesccssecsoesocsseesoesocsscescesocsscessescossocssescoesocsscesoesoe 5 5 A entrevista coletiva ss sscicsscsisssciscosceossssiscsrsessdossoes AG a a nao a da sado aaa EKOKO ET o ORAR SARRO SERES RN RD RR E ORI SRA ES ET SD 0000000000 0000000000 0000000000 0000000000 000000 00000000 000000000 0000000000 00000000 00000000 000000 00000000 000000 00000000 000000000 6 CONSIDERA ES FINAIS cecceeseeseneesersasensesensensasensensasenseseasensesensensasensascnsensasas REFERENCIAS quai iscas dana Ea T A T A T a T Ens T En T A T Ta T Es T A T A T fn T Es T Te T A T A A A A 154 154 163 167 169 192 214 219 226 235 236 240 241 242 243 244 246 248 255 261 263 265 267 272 288 289 290 292 294 LISTA DE ILUSTRA ES FIGURA 1 Documento de apresenta o da proposta para educa o nacional do Partido dos Trabalhadores PT 002 sessoessocssscsssecssccesoocesocessccesocesocesocssssesssese FIGURA 2 P gina de apresenta o da SEED MEC ccssces see crsecrserssreraeos FIGURA 3 Site da Universidade Aberta do Brasil e sessossesossossesossosse
231. esquerda para a mentos necess rios para uma participa o competente dice ar io aoia paia is A dd pico di suportes para diferentes objetivos em intera o com rodap indica o de par grafo etc diferentes interlocutores pese ro a armeto Na Provinha Avalia o Diagn stica Letramento Escala de profici ncia Figura 20 Jornal Letra A o jornal do alfabetizador Provinha Brasil em debate conhe a a proposta pedag gica e as possibilidades desse novo instrumento de avalia o da alfabetiza o Nos fasc culos do programa de forma o continuada para professores da educa o b sica na tentativa de definir letramento em um discurso de forma o docente em que os saberes universit rios s o situados em posi o distinta da original e os conhecimentos da pesquisa transformam se ao entrarem nesse processo de transposi o did tica ANDRADE 2007 existe a elucida o do conceito de letramento por duas vertentes uma mais filiada concep o de alfabetiza o e outra mais filiada ao de letramento 128 Aprendemos com os estudos dos autores do C rculo de Bakhtin que a significa o dos enunciados tem sempre uma dimens o avaliativa expressa um posicionamento social valorativo e quando um conte do expresso falado ou escrito pela fala viva ele sempre acompanhado por um acento apreciativo determinado Sem acento apreciativo n o h palavra BAKHTIN 2008 p 132 Sendo
232. essor ou da professora ou mesmo por meio de algu m que escreve por exemplo cartas ditadas por analfabetos a literatura a respeito assume ainda a exist ncia de tipos de letramento ou de letramentos no plural ou mesmo por meio de algu m que escreve por exemplo cartas ditadas por analfabetos a literatura a respeito assume ainda a exist ncia de tipos de letramento ou de letramentos no plural Brasil 2007 p 11 fasc culo 1 Considerando que no excerto em destaque letramento considerado como o resultado da a o de ensinar ou aprender a ler e a escrever a compreens o de que o resultado da alfabetiza o seria o letramento logo esses processos s o considerados diferentes e separ veis sendo o letramento resultado da alfabetiza o 125 CEEL Por essa raz o tem se tornado cada vez mais divulgada a proposta de alfabetizar letrando ao mesmo tempo em que a crian a se familiariza com o Sistema de Escrita Alfab tica para que ela venha a compreend lo e a us lo com desenvoltura ela j participa na escola de pr ticas de leitura e escrita ou seja ainda come ando a ser alfabetizada ela j pode e deve ler e escrever mesmo que n o domine as particularidades de funcionamento da escrita N o se pretende mais que o aluno primeiro se alfabetize e s depois de pronto possa usar a escrita para ler e escrever seja em tentativas iniciais em que elabora e reelabora hip teses sobre a org
233. etaria da educa o B sica Orienta es Gerais para Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica Bras lia 2005 Pr letramento Programa de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica Alfabetiza o e linguagem Bras lia MEC SEB SEED 2007 Resolu o CD FNDE n 10 de 02 de abril de 2009 Minist rio da Educa o e Cultura Secretaria de Educa o Fundamental Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores Documento de Apresenta o Bras lia MEC SEF 2001 Portaria 1 403 de 9 de junho de 2003 Edital n 1 2003 Decreto 6303 07 228 Provinha Brasil Bras lia MEC 2008 Congresso Nacional Lei Federal 9394 de 20 de dezembro de 1996 Estabelece Diretrizes e Bases da Educa o Nacional Bras lia 1996 Minist rio da Educa o Portaria Ministerial n 1472 04 Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica 2004 Minist rio da Educa o Manual da Rede Nacional de Forma o Continuada Distrito Federal MEC 2003 Minist rio da Educa o Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada Distrito Federal MEC 2005 Minist rio da Educa o Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada Distrito Federal MEC 2006 Minist rio da Educa o Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada Distrito Federal MEC 2008 TV na Escola e o
234. etimologia do nome encontrado no dicion rio latino Dentre as v rias defini es encontradas para a palavra tutor no contexto da o Tutor oris substantivo masculino 1 Tutorius a um adjetivo IS Tutor aris atus sum ari verbo depoente O Dicion rio eletr nico Houaiss l ngua portuguesa 3 0 Dicion rio Aur lio s culo XXI Dicion rio on line Michaelis 61 EAD selecionamos a do dicion rio de terminologia de EAD que designa tutor como o principal respons vel pelo processo de acompanhamento e controle do ensino aprendizagem Encontramos tamb m o adjetivo tutorial que significa o conjunto de instru es que ensinam como fazer como proceder 21 Dessa forma o significado do nome foi acrescido do sentido de ensinar a fazer ensinar a proceder de instru es que o tutor dar a algu m para ensin lo a fazer algo agir de determinada forma afastando se do significado de protetor e aproximando se do sentido de instrutor O significado dicionarizado para o termo n o comporta entretanto os sentidos que tutor adquire na sua utiliza o em pr ticas efetivas de EAD porque o signo ling stico enquanto realidade objetiva fragmento ideol gico gerado no processo de intera o verbal vivo e din mico efetivado atrav s de enunciados refletem e refratam a realidade BAKHTIN 2006 Observamos que devido ao desenvolvimento das TICs e s reformas educacionais h um impulso na EAD e assim o papel do tuto
235. etir sobre o processo de escolha do livro did tico 4 Discutir sobre o uso do livro did tico na sal de aula 252 CENTRO E MATERIAIS FASC CULO AUTORES TEMA OBJETIVOS SITE DO PPL Cursos Leitura e Escrita Estrat gias de 1 Refletir sobre as Apoio e Pr ticas de Leitura caracter sticas do texto oral Interpreta o e Produ o de espont neo escrito Textos para o 1 e 2 Ciclos CFORM Leitura Interpreta o e Maria Elizabeth Bortone 2 Refletir sobre a integra o UNB Produ o de Textos no 3 e 4 Stella Maris Bortoni Modos de falar entre essas duas pr ticas e as Ciclos Ricardo Modos de escrever suas rela es com a Pr ticas de Linguagem Oral e aprendizagem da escrita http www Escrita para Inclus o de Alunos 7 cform unb br de 6 Anos no ensino Fundamental Educa o Inclusiva O material n o se encontra dispon vel para download 253 CENTRO E MATERIAIS FASC CULO DO AUTORES TEMA OBJETIVOS SITE PPL Cursos e publica es Alfabetiza o e linguagem l nguas estrangeiras 01 fita VHS 01 DVD e v Beatriz Gomes Nadal 1 Contribuir para a 02 fasc culos sendo Y Marina Holzmann Ribas prepara o do trabalho do n 1 O Professor e o professor orientador de ensino da L ngua Estrangeira Forma o de estudos nas S ries Iniciais professores CEFORTEC N 2 O Professor e o orientadores UEPG ensino da L ngua Estrangeira Tutor tutores nas S ri
236. etramento Nesse momento a responsabilidade da pr tica de tutoria diante de adversidades impostas pelo sistema educacional brasileiro aos professores que acreditavam e buscavam em nossos encontros respostas para a efetiva o de uma pr tica pedag gica de qualidade fez crescer em n s o desejo de aprofundar te rica e cientificamente nossas impress es sobre a forma o continuada de professores e a tutoria na rea de Alfabetiza o e Linguagem Nossas interroga es sobre a forma o de tutores da rea de Alfabetiza o e Linguagem formaram nosso projeto de pesquisa levando nos ao ingresso no mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro na rea de Curr culo e Linguagem sob a orienta o da Professora Ludmila Thom de Andrade que coincidentemente tamb m havia sido nossa 27 professora no curso de Licenciatura da UFRJ e que reencontramos durante o PPL atuando como coordenadora do curso programa fluminense Assim nosso di logo durante os anos de 2006 e 2007 consolidou se e foi se estreitando ap s nosso ingresso no programa de p s gradua o passando a ser interlocutoras sobre o tema das pol ticas de forma o continuada de alfabetizadores 1 2 Da produ o de conhecimento sobre o Pr letramento defini o do problema de estudo Ser um representante n o abole mas simplesmente especializa minha responsabilidade pessoal Bakhtin De acordo com os levantamentos realizados constatamos que o programa d
237. fabetiza o como o processo de apropria o do sistema alfab tico de escrita e letramento como o processo de inser o e participa o na cultura escrita p g 6 fasc culo 5 CEALE Letramento pois o resultado da a o de ensinar ou de aprender a ler e escrever bem como o resultado da a o de usar essas habilidades em pr ticas sociais o estado ou condi o que adquire um grupo social ou um indiv duo como consequ ncia de ter se apropriado da l ngua escrita e de ter se inserido num mundo organizado diferentemente a cultura escrita Como s o muito variados os usos sociais da escrita e as compet ncias a eles associadas de ler um bilhete simples a escrever um romance frequente levar em considera o n veis de letramento dos mais elementares aos mais complexos Tendo em vista as diferentes fun es para se distrair para se informar e se posicionar por exemplo e as formas pelas quais as pessoas t m acesso l ngua escrita com ampla autonomia com ajuda do professor ou da professora ou mesmo por meio de algu m que escreve por exemplo cartas ditadas por analfabetos a literatura a respeito assume ainda a exist ncia de tipos de letramento ou de letramentos no plural ou mesmo por meio de algu m que escreve por exemplo cartas ditadas por analfabetos a literatura a respeito assume ainda a exist ncia de tipos de letramento ou de letramentos no plural p g 11 fasc culo 1 CEEL Por ess
238. fantil 1986 brasileira hist ria autores e textos MACHADO G neros textuais e ensino 2002 MARTINS O que leitura 1984 MASSINE Diante Ra A o na a CAGLIARI S MOLLICA Da linguagem coloquial escrita 2003 e De padr o O Aprendizado da ortografia Es MORAIS Ortografia ensinar e aprender 200 LAJOLO ECA 259 PALANI Oficinas de texto teoria e pr tica PERRONI Desenvolvimento do discurso narrativo A aprendizagem da l ngua escrita na PIZANI escola reflex es sobre a pr tica pedag gica construtivista POSSENTI Aprender a escrever re escrevendo Letramento no Brasil reflex es a RIBEIRO partir do INAF 2001 ROIO Alfabetiza o e letramento Reflex es sobre pr ticas escolares ROCHA de produ o de textos o sujeito autor A apropria o das habilidades textuais pela crian a RUFINO A forma o do leitor pontos de vista AUTOR ANO p o E SCLIAR Guia pr tico de alfabetiza o CABRAL Manual de Portf lio um guia passo a passo para o professor SHORES SILVA Leitura na escola e na biblioteca A crian a na fase inicial da escrita a alfabetiza o como processo discursivo Aprender a ler e escrever uma SMOLKA proposta construtivista Contextos de alfabetiza o inicial 1 2 3 1 2 1 2 1 2 1 2 2 A longa viagem da biblioteca dos SCHWARCZ reis do terremoto de Lisboa 1C Independ ncia do Brasil 260 AUTOR CITA O FASE Letramento um tema em tr s g neros 2001 Alfabetiza o
239. ficativa em seus materiais em meio a um momento hist rico marcado pela defesa do m todo f nico Por m o foco do programa investigado um aspecto espec fico e pontual a quest o da sistematiza o da alfabetiza o e do alfabetizar letrando sendo o segundo refor ado consistentemente Assim enfatizada no programa a quest o da alfabetiza o e das 223 dificuldades em se obter resultados no que se refere apropria o do conhecimento b sico inicial da l ngua portuguesa pelos alunos o que conduz ao destaque dado a necessidade da apropria o do sistema de escrita alfab tico o que acaba incorrendo na entona o da alfabetiza o Dentre os fios metodol gicos adotados o question rio conduziu nos a eixos mais sociol gicos e quantitativos permitindo a constru o de um retrato sobre os sujeitos da pesquisa e o funcionamento do programa Atrav s da an lise das entrevistas coletivas realizadas com os professores tutores do estado do Rio de Janeiro foi poss vel perceber destacando e aprofundando a tica destes ltimos tutores que o programa bem formatado que o conte do do material muito bom e que os encontros presenciais com os professores conduzem reflex o sobre a pr tica docente aliando teoria e pr tica e ainda mas n o menos importante que a grande inova o apresentada pelo programa a sistematiza o da alfabetiza o Com a entrevista coletiva tamb m pudemos ressaltar a fragilida
240. foi exposto como uma proposta que tinha sido realizada em alguns estados da regi o Nordeste do pa s com a previs o de uma carga hor ria de 120 horas sendo 84 presenciais No Rio de Janeiro a rea da Alfabetiza o e Linguagem seria coordenada pelo Centro de Estudos em Educa o de Pernambuco CEEL da Universidade Federal de Pernambuco UFPE que foi criado em 2004 O CEEL desenvolve pesquisas sobre o ensino da L ngua Portuguesa atua na forma o de professores de Educa o Infantil Ensino Fundamental Ensino M dio e Educa o de Jovens e Adultos al m de participar de programas em avalia o e produ o de material did tico Dedica se ainda a prestar assessoria a diversas secretarias de educa o e a divulgar os trabalhos realizados por meio de publica es em livros revistas boletins e eventos cient ficos O objetivo do CEEL a forma o continuada de professores de L ngua Portuguesa de diferentes n veis de ensino bem como o desenvolvimento de pesquisas em reas relacionadas ao ensino da l ngua materna A Secretaria Estadual de Educa o do Rio de Janeiro atrav s da coordena o de forma o continuada tornou se a articuladora entre a universidade e as secretarias municipais de educa o Sendo assim durante os anos de 2006 2007 2008 e 2009 a Secretaria Estadual de Educa o participante desse estudo articulou diversas a es com a finalidade de fomentar os encontros de capacita o de tutores de to
241. forma monol gica de conhecimento o intelecto contempla uma coisa e pronuncia se sobre ela H um nico sujeito aquele que pratica o ato de cogni o de contempla o e fala pronuncia se Diante dele h a coisa muda Qualquer objeto do conhecimento incluindo o homem pode ser percebido e conhecido a t tulo de coisa Mas o sujeito como tal n o pode ser percebido e estudado a t tulo de coisa porque como sujeito n o pode permanecendo sujeito ficar mudo consegiientemente o conhecimento que se tem dele s pode ser dial gico p 400 Para Bakhtin a a o f sica do homem precisa ser compreendida como um ato por m este ato n o pode ser compreendido fora da express o de cada signo que por n s recriada pois cada palavra cada signo do texto leva para al m dos seus limites Ibidem Bakhtin 1986 em um de seus primeiros escritos intitulado Para uma filosofia do ato conduz nos reflex o sobre o ato como a o situada a que atribu da ativamente um sentido no momento em que realizada Especificamente ao descrever a perspectiva te rica segundo Sobral 2007 p 8 o significado de ato ter importantes consequ ncias para a teoria bakhtiniana de linguagem e discurso 155 deste estudo alicer amo nos primeiramente no conceito bakhtiniano de responsabilidade categoria fundamental no pensamento do fil sofo que tem na palavra russa postupok o sentido de ato respons vel Nossa respo
242. formadoras do PCN Alfabetiza o Tendo em vista o trabalho de forma o a ser realizado pelo professor tutor procuramos identificar a dedica o profissional fun o de tutoria e constatamos que 63 dos professores tutores n o tiveram sua carga hor ria direcionada totalmente ao programa conforme previa as diretrizes do MEC Segundo o Minist rio os sistemas de ensino devem colocar disposi o do Programa professor do sistema que dever atuar como orientador tutor dos momentos presenciais BRASIL 2007 p 5 Entretanto com os question rios conclu mos que a a o de forma o no PPL foi adicionada aos cargos e fun es J existentes no cotidiano de trabalhos das profissionais Quanto aos encontros de forma o com os professores do ensino b sico para realiza o das reuni es presenciais do PPL comprovamos que 33 eram realizados no hor rio noturno 48 no contraturno de trabalho do docente 6 aos s bados e somente 12 no hor rio de trabalho do professor A leitura desses dados ratifica que a forma o continuada do professor brasileiro um direito a ser efetivado no cotidiano do trabalho docente e nas a es das secretarias de educa o pois a LDB 9394 afirma que os sistemas de ensino dever o promover a valoriza o dos profissionais da educa o assegurando lhes aperfei oamento profissional continuado e em per odo reservado a estudos planejamentos e avalia o inclu dos na carga de trabalho
243. funcional toda pessoa que mesmo sabendo ler e escrever n o tem as habilidades de leitura e escrita necess rias para viabilizar seu desenvolvimento pessoal e profissional 104 2 vem diminuindo nos ltimos anos totalizando 7 e h um cont nuo absolutos crescimento do n vel b sico de alfabetismo no levantamento do ano de 2009 conforme apresentado no gr fico abaixo Evolu o do escore m dio de alfabetismo 2001 2002 2002 2003 2003 2004 2004 2005 2007 Fonte INAF 2009 Ap s mais de cem anos desde a implanta o no pa s do modelo republicano de escola o fracasso escolar na alfabetiza o vem se impondo como problema fundamental apresentando a necessidade de solu es urgentes e mobilizando administradores governamentais legisladores do ensino intelectuais de distintas reas do conhecimento educadores e professores 4 2 O relat rio Alfabetiza o infantil os novos caminhos Apesar de decorridos sete anos da publica o do relat rio Alfabetiza o infantil os novos caminhos cujos objetivos eram analisar a situa o da alfabetiza o no Brasil e apresentar propostas para o avan o do debate e das pol ticas e pr ticas em nosso pa s BRASIL 2003 p 8 importante que o submetamos reflex o uma vez que sua publica o antecede ao PPL e vem apresentando desdobramentos no campo educacional brasileiro como S o considerados analfabetos absolutos pelo INAF os indiv du
244. gem e Multiplicadora de Inform tica Educativa neste espa o de forma o conduziu nos reflex o sobre a nossa pr tica enquanto formadora de professores na inst ncia estadual e municipal Durante nossos encontros de forma o de tutora para o PPL a professora formadora Margareth Brainer de Queir s Lima sempre solicitava nossa participa o contribuindo com interven es sobre as tem ticas abordadas pois entre as tutoras de minha turma ramos uma das poucas professoras de L ngua Portuguesa que possu a especializa o em Lingu stica Dessa forma ao longo dos encontros de tutores nosso di logo sobre forma o continuada de professores e sobre a rea de Alfabetiza o e Linguagem foi se alicer ando e nossas interroga es concernentes forma o continuada de professores e forma o de tutores alicer aram se durante o ano de 2007 25 Nesse contexto de interroga es sobre programas de forma o continuada de professores por meio do modelo de Educa o a Dist ncia EAD e de forma o de tutores na rea de linguagem e alfabetiza o que se acentuaram durante nossa forma o como tutora do PLP no ano de 2007 e diante da pr tica pedag gica de forma o de professores experienciada question vamos que trabalho de tutoria poderia dar conta das dificuldades que enfrentavam os professores em ensinar crian as a ler e a escrever Que tutor era previsto para o programa Pr letramento Portanto o P
245. gu sticas Alfabetiza o e Letramento Alfabetiza o e Letramento Quest es sobre Avalia o A Organiza o do Tempo Pedag gico e o Planejamento do Ensino Organiza o e Uso da Biblioteca Escolar e das Salas de Leitura O L dico na Sala de Aula Projetos e Jogos O Livro Did tico em Sala de Aula Algumas Reflex es Modos de Falar Modos de Escrever e o Fasc culo Complementar e Fasc culo do Tutor Forma o de Professores Fundamentos para o Trabalho de Tutoria O crit rio de sele o dos materiais deu se pelo interesse em analisar os pressupostos te ricos e metodol gicos e a concep o de alfabetiza o e letramento do PLP Assim em um segundo momento foram selecionadas as informa es contidas nos referidos materiais Cabe destacar que observamos que um material possu a um discurso que refletia e refratava o papel 36 fundamental no campo da forma o continuada de professores da educa o b sica na rea de Alfabetiza o e Linguagem o Manual do Tutor Sendo assim o foco da an lise passou a ser o Manual do Tutor por m a contextualiza o espec fica do fasc culo dentre os demais era necess ria pois particularmente quanto ao Manual do Tutor ele endere ado direta espec fica e restritamente ao professor tutor enquanto os outros fasc culos destinam se ao professor do primeiro segmento da educa o b sica mas inserem se em um conjunto de materiais que subsidiam o programa e a tutoria portanto carac
246. h Congress of the International Research and Activity Theory Amsterdam junho 2002 mimeo FRIGOTTO Edith I dos Santos Leitura e Escrita Nos ciclos de Forma o Existe algum Avan o IN 28 Reuni o Anual da Anped Caxambu MG 2005 Dispon vel em http www anped org br Acesso em out 2008 FRIGOTTO Gaud ncio A produtividade da escola improdutiva 3 ed S o Paulo Cortez Autores Associados 1989 FUSARI Jos Cerchi Tend ncias hist ricas do treinamento em educa o In Recursos humanospara a educa o S o Paulo FDE 1992 p 13 27 S rie Id ias 3 Dispon vel em www crmariocovas sp gov PDF Acessado em 03 06 08 A forma o continuada de professores no cotidiano da escola fundamental S o Paulo FDE 1995 p 25 33 S rie Id ias 12 Dispon vel em www crmariocovas sp gov br gt Acessado em 04 05 2008 230 GATTI Bernardete Anglina BARRETO Elba Siqueira de S Professores do Brasil impasses e desafios Bras lia Unesco 2009 GEE J P Orality and literacy From the savage mind to ways if with words In TESOL Quartely v 20 n 4 1986 GIL Ant nio Carlos M todos e t cnicas de pesquisa social S o Paulo Atlas 2002 GOODMAN Ken Introdu o linguagem integral Porto Alegre Artes M dicas 1997 GOULART Cec lia M Letramento e Polifonia um estudo de aspectos discursivos do processo de alfabetiza o In Revista Brasileira de Educa o Campinas Autores Associados n
247. hist rias em sala de aula o uso efetivo da biblioteca e a viv ncia com a diversidade de g neros textuais s o atividades pr ticas da vida cotidiana que necessitam ser integradas ao trabalho pedag gico Dessa forma o texto indica que as pr ticas de leitura e escrita na escola devem orientar se pelo uso real O texto consolida ainda que cabe escola o trabalho com a sistematiza o do conhecimento sobre a leitura e a escrita 143 O fasc culo destaca as pr ticas de leitura e escrita presentes na rotina escolar e conduz reflex o da import ncia do trabalho do professor na promo o da aprendizagem efetiva dos alunos Tamb m ressaltada no fasc culo a import ncia das condi es log sticas para a atividade pedag gica O fasc culo apresenta que a organiza o do planejamento da rotina escolar formada pela prepara o docente a partir de sele es realizadas pelo professor tendo por base o projeto da escola Letramento Alfabetiza o e Linguagem A Organiza o do Tempo Pedag gico e o Planejamento do Ensino fasc culo 3 Figura 26 Capa do fasc culo 3 do PPL 4 7 4 Fasc culo 4 Organiza o e uso da biblioteca escolar e salas de leitura Organiza o e uso da biblioteca escolar e salas de leitura o nome do fasc culo 4 do PPL que exp e a import ncia da biblioteca escolar e ou sala de leitura e faz uma descri o das v rias possibilidades de organiza o e uso do espa o para a pr tica de le
248. hist rico que pressup e uma trama de rela es contradit rias conflitantes de leis de constru o desenvolvimento e transforma o dos fatos FRIGOTTO 1989 p 75 72 i pu c i x Matriz te rica compreendida aqui como referencial explicativo dos fatos e resultados que se obteve com a pesquisa 156 Dessa forma entendemos n o ser poss vel compreender a forma o do professor tutor fora do contexto hist rico social ideol gico e pol tico em que essa forma o se deu Sendo assim a partir desse referencial que orientamos os procedimentos de pesquisa as an lises de informa es encontradas ao longo do processo entendendo que a presen a da pesquisadora em campo alterou a realidade e possibilitou o estabelecimento de uma leitura do evento compreendido como agir humano ou seja a a o f sica praticada por sujeitos humanos a o situada a que atribu da ativamente um sentido no momento em que realizada SOBRAL 2007 p 13 promovendo a reflex o sobre o contexto investigado Bakhtin no momento inicial de desenvolvimento de sua obra focaliza o ato e seu contexto concreto articulando o poss vel e o real Para o pensador russo o ato realizado v mais do que apenas um contexto unit rio ele tamb m v um contexto nico concreto um ltimo contexto ao qual ele se refere tanto no seu pr prio sentido quanto na sua pr pria factualidade e dentro do qual ele tente atualizar a verdade
249. ial e historicamente e dotado de excedente de vis o com rela o ao outro e ao mundo mostrando atrav s de seu discurso que em um pa s em que se esquecem hist rias perdem se os elos as institui es e as propostas preciso que a forma o docente seja realmente uma proposta cont nua nas pol ticas governamentais e que a voz do professor seja fundante para o aperfei oamento das propostas de forma o 5 6 O question rio Comumente relacionado a pesquisas quantitativas o question rio um instrumento til em estudos que priorizam dados qualitativos No caso deste trabalho ele atendeu a duas importantes fun es inicialmente ofereceu um quadro do funcionamento do PPL no Estado do Rio de Janeiro e posteriormente permitiu visualizar a caracteriza o dos sujeitos envolvidos na pesquisa Com o question rio pudemos conhecer quem s o os participantes desta pesquisa e em que contextos de trabalho eles se inserem Quantificamos estes dados para descrever e interpretar o universo dos professores tutores 214 A necessidade de aplica o do question rio foi decidida tendo em vista a complexidade e a diversidade de dados que envolvem o funcionamento do PPL Assim ap s nossa participa o em alguns encontros de forma o iniciamos o processo de formula o de perguntas Primeiramente percebemos que o instrumento de pesquisa n o poderia solicitar explicitamente a identifica o dos tutores de seus munic pi
250. iam a pol tica de forma o a dist ncia e dos in meros desafios que se imp em formar nessa modalidade um movimento que vem caminhando para a constitui o de um quadro de forma o de formadores nas redes estaduais e municipais de ensino contribuindo para a constitui o de uma rede de apoio local forma o permanente de professores alfabetizadores Palavras chave Forma o continuada de professores alfabetizadores Educa o a dist ncia Tutoria Alfabetiza o Letramento Pol tica governamental ABSTRACT LUCIO Elizabeth Orofino Weaving the threads of the net the Pro literacy program and tutoring in the continuing education of basic education teachers Rio de Janeiro 2010 Dissertation Master s Degree in Education Faculty of Education Federal University of Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2010 This Master s dissertation integrates a group of academic productions developed from a historical cultural approach in the line of research named Curriculum Syllabus and Language associated with the Laboratory of Language Studies Reading Writing and Education short form in Portuguese LEDUC of the Faculty of Education Federal University of Rio de Janeiro UFRJ Brazil The incorporation of the mode of distance education in teacher training was part of a broader project of reforms initiated in the 1990s bearing the neo liberal recommendations of multilateral agencies which have started to guide the policies of govern
251. ica o profissional docente para a universidade Por m importante destacar que o trabalho dos professores influenciado fortemente pelo contexto escolar pela infra estrutura dispon vel pelas condi es de trabalho pelas caracter sticas da comunidade da unidade escolar e dos alunos pelo projeto pedag gico das redes de ensino e das escolas etc Estas condi es materiais s o incontorn veis n o deveriam ser ignoradas por nenhuma interven o formadora de docentes Constatamos tamb m que o Programa Pr letramento um dentre os v rios programas da pol tica governamental do presidente Lu s In cio Lula da Silva e que dentre estes a modalidade a dist ncia consolida se como o modelo para formar professores no Pa s O programa Pr letramento e outros programas da atual pol tica governamental possuem tamb m interfaces com os sistemas de avalia o em grande escala nacionais tais como IDEB e o Provinha Brasil e internacionais tais como o PISA O entrela amento dos fios discursivos presentes nos fasc culos e nos v deos do programa pesquisado levou nos conclus o de que as teorias e os princ pios que comp em o material do programa s o variados mas em todo o material escrito observamos um movimento discursivo do di logo espec fico entre a universidade e a escola formando embrionariamente um discurso de forma o no cen rio nacional Ponderamos que o programa traz a tem tica do letramento de forma signi
252. icial de alfabetiza o e descuidando de instrumentos e equipamentos imprescind veis a quem se inicia nas pr ticas da escrita e da leitura Brasil 2007 p 12 fasc culo 1 Na perspectiva acima esbo ada a alfabetiza o colocada como um dos momentos do letramento assim a explica o hist rica dos equ vocos e pol micas sobre a compreens o da concep o alfabetiza o e letramento fundamenta a argumenta o de retomada das especificidades do processo de alfabetiza o ressaltando se o trabalho pedag gico espec fico com o sistema de escrita 126 CEEL Ao utilizar seus conhecimentos pr vios para a an lise dos g neros as crian as evidenciaram o fato de que todos os que vivemos em uma sociedade letrada regulada pelas pr ticas que envolvem a escrita temos alguma experi ncia com textos escritos sejamos alfabetizados ou n o Em outras palavras mesmo um indiv duo que ainda n o se alfabetizou letrado em algum grau tem alguma experi ncia com a escrita e elabora hip teses a respeito das suas fun es como dizem Soares 1998 e outros autores Esse indiv duo pode portanto ser desafiado a ler e a escrever o que a escola deve proporcionar de forma prazerosa nesse sentido que trabalhar numa perspectiva de letramento ganha ainda mais relev ncia Brasil 2007 p g 14 fasc culo 5 A reflex o acima ao considerar que vivemos em uma sociedade letrada em que a l ngua escrita est presente de maneira
253. icos e docentes puxar o fio discursivo do processo de implanta o da Rede e do programa Pr letramento Ao desenrolar o novelo dos discursos dos documentos oficiais de implanta o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica constatamos que as reformas educacionais iniciadas nos anos 90 revestidas do car ter neoliberal dos organismos internacionais tiveram continua o por meio desta Rede Seu meio de a o tem focalizado a Educa o a Dist ncia como uma modalidade favor vel para a forma o inicial e continuada de professores da educa o b sica H que se destacar que a sele o dos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o n o atendeu inicialmente a todas as regi es e estados brasileiros Das quatro universidades selecionadas na rea de alfabetiza o e linguagem nenhuma pertence regi o norte Com rela o ao atendimento aos estados a solu o proposta tem sido que para atender s solicita es das redes estaduais e municipais de ensino aos Centros por servi os de forma o estabelecem se parcerias com universidades localizadas nos estados e na regi o n o contemplados 222 Ao tecer os fios hist ricos e documentais nos cap tulos 2 e 3 desse trabalho verificamos que a constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica transfere a responsabilidade pedag gica da forma o continuada de professores e a eleva o da qualif
254. icro e um olhar macro privilegiando um n vel meso de compreens o compreendendo aqui meso como intermedi rio de uma abordagem de estudo de focaliza o ampla e a abordagem de estudo de focaliza o mais restrita e em torno de unidades de an lise mais circunscritas e de escala mais reduzida especificamente nesse estudo o l cus do estado do Rio de Janeiro e os professores tutores do programa dessa cidade A presente disserta o foi estruturada em cinco cap tulos No primeiro cap tulo procuramos situar o leitor no contexto de alguns acontecimentos de nossa vida profissional e acad mica que influenciaram nossa op o pelo tema de investiga o tendo convic o de que o contexto s cio cultural do qual o sujeito faz parte forma o reforma o e transforma o O segundo cap tulo apresenta a contextualiza o no cen rio educacional brasileiro da forma o inicial e continuada de professores uma breve hist ria da educa o a dist ncia e o papel da tutoria na forma o continuada docente O terceiro cap tulo traz uma an lise da constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o b sica e do Programa 22 Pr letramento atrav s do exame dos documentos de cria o da Rede e do Programa expondo os principais fatores que influenciaram na estrutura do programa assim como sua implementa o no Estado do Rio de Janeiro O quarto cap tulo explora o contexto de produ o dos textos do Programa
255. ient fico Da discute se como pode ser entendido o processo de letramento cient fico como pr tica social contrapondo se ao processo elementar de alfabetiza o cient fica que vem sendo desenvolvido no ensino atual de ci ncias Apresentando contribui es do movimento ci ncia tecnologia sociedade e discutindo aspectos curriculares relativos natureza e linguagem cient fica e aos aspectos sociocient ficos discutem se princ pios da educa o cient fica voltada para a forma o de cidad os Ao final s o levantados desafios para o resgate da fun o social do ensino de ci ncias que tem sido visto por alguns como um mito inalcan vel 214 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Subvers o da exclus o escolar via media o em atividade de produ o textual Palavras chave g nero discursivo letramento reescrita sociointeracionismo SILVA Wagner Rodrigues Rev Bras Educ online 2006 vol 11 no 33 pp 470 486 ISSN 1413 2478 O artigo analisa o trabalho de media o realizado pelo pesquisador durante uma atividade de reescrita de uma not cia por um aluno de uma 6 s rie projeto caracterizada como fracassada pela vis o fatalista da comunidade escolar Investiga desse modo as poss veis implica es da assun o da no o de g nero discursivo como instrumento semi tico de media o para o processo de aprendizagem e desenvolv
256. ifica o que essa forma adquire no contexto Pode se dizer que para o C rculo o signo nada mais do que a fun o que objetos materiais exercem na vida social manifestando se em uma dupla materialidade ou seja ele 73 3 AE 3 noi PE i gt Para Bakhtin o dom nio da ideologia coincide com o dom nio dos signos uma vez que a palavra o fen meno ideol gico por excel ncia sendo portanto um ve culo ideol gico Pa denomina o C rculo de Bakhtin refere se a um grupo multidisciplinar de intelectuais que se reuniu regularmente entre os anos de 1919 a 1929 para debater ideias primeiro em Nevel e Vitebsk e posteriormente em S o Petesburgo Dessa forma O C rculo bakhtiniano foi reconhecido como tal pelos estudiosos e comentaristas das obras a partir da constata o de rela es dial gicas da produ o do s pensador es russo s A pol mica sobre a autoria das produ es torna se menor diante da riqueza das obras Em nome do pr prio princ pio dial gico convencionou se adotar C rculo bakhtiniano ao referir se ao conjunto das produ es independentemente da assinatura nas obras T5 A obra Marxismo e F ilosofia da Linguagem foi publicada pela Editora Ressaca em Leningrado no ano de 1929 tendo como autor Valentin Nikolaevitch Voloshinov parceiro de Bakhtin no C rculo 159 existe fisicamente e tem um sentido s cio hist rico dado pelas rela es sociais em um determinado contexto social que traz
257. ima inst ncia a eternidade real da pr pria realidade concreta em seu todo desse ser humano desses seres humanos e seu mundo com todos os seus momentos reais E da que o significado eterno de um pensamento realmente realizado brilha com a luz do valor Bakhtin Nos ltimos anos o Minist rio da Educa o por meio de parceria com os estados fundou Telepostos e N cleos de Tecnologia Educacional NTE com o objetivo de garantir a forma o inicial e continuada de docentes brasileiros No ano de 2005 ingressamos em um Teleposto no munic pio de Resende interior do Estado do Rio de Janeiro RJ para atuar como formadora de professores na rea de Inform tica Educativa e L ngua Portuguesa No ano de 2006 trabalhamos como professora orientadora da aprendizagem e como multiplicadora de inform tica educativa e implantamos o N cleo de Tecnologia Educacional de Resende denominado NTE RJ 21 Nesse mesmo ano a Secretaria Estadual de Educa o do Rio de Janeiro enviou para estas unidades uma correspond ncia com as diretrizes para o trabalho de tutoria no Programa Pr Letramento PPL As vagas disponibilizadas para esse trabalho de tutoria deveriam ser preenchidas por profissionais que trabalhavam na forma o continuada de professores e fossem habilitados em Pedagogia ou Letras Desse modo ap s a sele o curricular realizada pela Coordena o de Forma o Continuada participamos da forma o de tutores e no ano de 2006 pu
258. imento A fundamenta o te rica para a investiga o realizada oriunda basicamente de duas reas de conhecimento psicologia da educa o e estudos da linguagem Os resultados da pesquisa mostram as possibilidades de subvers o da exclus o escolar atrav s da media o em atividade de produ o textual Letramento e modos de ser letrado discutindo a base te rico metodol gica de um estudo Palavras chave educa o infantil oralidade e escrita letramento GOULART Cec lia Rev Bras Educ online 2006 vol 11 no 33 pp 450 460 ISSN 1413 2478 O estudo apresenta a discuss o da base te rica de uma pesquisa realizada com dez crian as de 4 e 5 anos de uma creche universit ria cujo objetivo investigar aspectos do processo de letramento dessas crian as no espa o educativo e no espa o familiar Considerou se a participa o das crian as em eventos de letramento suas rela es com objetos atividades e procedimentos produzidos ou atravessados pela cultura escrita e aspectos do movimento discursivo que ocorriam nas fam lias e na creche Discutem se e entrela am se estudos sobre a rela o entre oralidade e escrita e estudos que apresentando uma concep o social e dial gica da linguagem nos levam a um modo de conceber a no o de letramento com base principalmente nos conceitos bakhtinianos de linguagens sociais g neros do discurso heteroglossia e hibridiza o
259. in 2003 p 97 ajuda nos a entender o funcionamento dial gico discursivo ao compreender que o ouvinte torna se tamb m na comunica o discursiva um falante pois toda compreens o prenhe de respostas Segundo o autor toda manifesta o verbal socialmente importante tem o poder s vezes por longo tempo e um amplo c rculo de contagiar com suas inten es os elementos da linguagem que est o integrados na sua orienta o sem ntica e expressiva impondo lhes nuances de sentido precisas e tons e valores definidos deste modo ela pode criar a palavra slogan idem p 97 A compreens o ativamente responsiva das sequ ncias acima conduz nos conclus o de que o falante n o despreza a compreens o responsiva em seu projeto de discurso Ele tamb m um respondente Ele n o espera uma compreens o passiva ele espera uma resposta uma participa o O falante tamb m n o se vale unicamente do sistema da l ngua ele certamente se apoia em enunciados antecedentes seus ou de outros Dessa forma ao realizar o cruzamento entre os enunciados dos fasc culos do programa e dos tutores verificamos que a sistematiza o da alfabetiza o tornou se a palavra slogan do programa Como atesta Bakhtin idem p 272 Cada enunciado um elo na corrente complexamente organizada de outros enunciados desse modo avan ando em nossas an lises percebemos que os sentidos sobre a alfabetiza o presentes nos discursos dos profes
260. ionada por par metros predefinidos para cada grau n vel e s rie de escolaridade 122 De acordo com Soares 1998 p 72 h uma vers o forte e uma vers o fraca do conceito de letramento pois h interpreta es conflitantes sobre a natureza social do letramento uma interpreta o progressista liberal uma vers o fraca dos atributos e implica es dessa dimens o e uma perspectiva radical revolucion ria uma vers o forte de seus atributos e implica es Nesse sentido Rojo 2009 p 99 exp e que a vers o fraca do conceito de letramento estaria relacionada ao enfoque aut nomo que neo liberal e que apresenta um elo com mecanismos de adapta o da popula o s necessidades e exig ncias sociais de uso de leitura e escrita pata funcionar em sociedade A vers o forte do letramento para Soares segundo Rojo 2009 encontra se mais pr xima do enfoque ideol gico de Street 1985 pois seria revolucion ria cr tica colaborando para o resgate da autoestima para a constru o de identidades fortes para a potencializa o dos poderes de agentes sociais em sua cultura local na cultura valorizada na contra hegemonia global SOUZA SANTOS 2005 O terceiro ponto corresponde rela o entre letramento escolariza o e dimens o socioecon mica Ocorre em pa ses com profundas desigualdades sociais por exemplo o Brasil em que h a predomin ncia de um pensamento que estabelece um
261. iscursos sobre a forma o continuada de professores alfabetizadores Segundo Marcuschi 2003 p 8 apesar de todos os textos se materializarem em algum suporte a defini o do que seja um suporte textual ainda provoca discuss es no campo te rico mas o autor traz nos uma contribui o ao indicar como suporte de um texto uma superf cie f sica em formato espec fico que suporta fixa e mostra um texto A abordagem metodol gica s cio hist rica permitiu nos compreender o momento em que o PPL foi constru do e as for as pol ticas e sociais vigentes na poca de sua implementa o conforme os cap tulos anteriores apresentaram Entender essa dimens o s cio hist rica e pol tica que envolveu o programa contribuiu para mostrar a concep o de alfabetiza o e letramento e a op o pol tica que a permeou ou seja A forma o a transforma o do homem varia por m muito conforme o grau de assimila o do tempo hist rico real BAKHTIN 2003 p 238 101 Entendemos que investigar a abordagem de alfabetiza o e letramento em um conjunto de documentos elaborados pelas universidades brasileiras e pelo MEC tamb m analisar discursos sobre essas concep es Discursos que n o s o neutros ou indiferentes ao contexto de produ o pois expressam concep es que fundamentam essa abordagem marcam posi es sobre uma forma de conceber alfabetiza o e letramento Logo n o devemos entend lo
262. itura O fasc culo faz um exame dos diferentes suportes de texto das diversas possibilidades de leitura e da import ncia fundamental da media o docente no processo de letramento A leitura e a escrita s o apresentadas no texto como atividades cotidianas da sala de aula mas a ideia de que as atividades devem ser planejadas sistematicamente para que todos os alunos possam se apropriar do sistema de escrita alfab tico conforme apontado no segundo fasc culo n o explorada 144 Ao retratar o problema da falta de espa o f sico apropriado para atividade de leitura nas escolas brasileiras o fasc culo oferece duas alternativas o professor pode levar seus alunos at a biblioteca p blica ou pode formar um acervo pessoal e disponibiliz lo em um arm rio na sala de aula Por fim mostra se a import ncia do dicion rio no dia a dia da sala de aula e a import ncia do trabalho pedag gico realizado com sua utiliza o PINO Letramento Alfabetiza o e Linguagem Organiza o e Uso da Biblioteca Escolar e das Salas de Leitura fasc culo 4 Figura 27 Capa do fasc culo 4 do PPL 4 7 5 Fasc culo 5 O l dico na sala de aula projetos e jogos O fasc culo 5 intitulado O l dico na sala de aula projetos e jogos apresenta exemplo de jogos e brincadeiras em que os alunos desenvolvem habilidades relacionadas apropria o do SEA Os jogos apresentados s o especificamente preparados para que a aprendizagem da
263. ivas uma vez controladas as cinco vari veis preditoras escolaridade idade cor Crit rio Brasil e gosto por leitura Isso sugere que as diferen as encontradas entre os grupos independem dessas vari veis preditoras Na an lise quest o a quest o observa se que para nove destas as mulheres que trabalham apresentam um desempenho m dio superior aos homens que trabalham ou donas de casa O que mais surpreende que em tr s quest es as donas de casa apresentam um desempenho significativamente superior aos homens que trabalham 278 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Leitura e alfabetiza o no Brasil uma busca para al m da polariza o Palavras chave Alfabetiza o Leitura Letramento Oralidade M todos BELINTANE Claudemir Educ Pesqui online 2006 vol 32 no 2 pp 261 277 ISSN 1517 9702 Este artigo apresenta algumas reflex es sobre o ensino de leitura e a alfabetiza o no Brasil tomando como ponto de partida os confrontos contempor neos entre os chamados m todos e metodologias ou ainda linhas filosofias teorias de alfabetiza o e de leitura Situa sua argumenta o a partir de alguns embates e algumas preocupa es que v m ocorrendo nesse campo do ensino nesta primeira d cada do mil nio e como exemplo analisa um documento publicado pela Comiss o de Educa o e Cultura da C mara dos Deputados intitu
264. ixeira prop s se a eliminar o que ele considerava o v cio de constitui o das Escolas Normais que pretendendo ser ao mesmo tempo escolas de cultura geral e de cultura profissional falhavam lamentavelmente nos dois objetivos VIDAL 2001 p 79 80 Com esse objetivo transformou a Escola Normal em Escola de Professores 40 An sio Teixeira defendia a proposta da forma o de professores prim rios em n vel superior assim os Institutos de Educa o do Distrito Federal e de S o Paulo tornaram se de n vel universit rio e formaram o fundamento dos estudos superiores de educa o A tend ncia educacional escolanovista predominou entre 1930 e 1945 sendo que sua perpetua o ocorreu at a d cada de 60 principalmente na forma o de professores pois o docente era formado para ser um auxiliar um orientador um facilitador da aprendizagem j que toda a interven o deste considerada amea adora e inibidora da aprendizagem A forma o continuada de professores nesta perspectiva era fundamentada em aspectos psicol gicos e as atividades de din mica de grupo eram realizadas com o objetivo de desenvolver as rela es interpessoais dos docentes sendo aplicado por professores que atuassem em classes de primeiro grau principalmente nas quatro primeiras s ries Para Fusari 1992 p 18 essa tend ncia apresentava uma preocupa o apenas com os aspectos internos da escola e assim mesmo n o com os conte dos d
265. la es de poder entre os participantes Quais as fontes Para onde as pessoas est o indo se adotam um letramento e n o outro Como os aprendizes fazem para contestar as concep es dominantes e letramento 4 5 Alfabetizar letrando Nos fasc culos do programa PPL recorrente a utiliza o do termo alfabetizar letrando que muito provavelmente tem influ ncia direta das coloca es de Soares 1998 p 47 segundo a qual alfabetizar e letrar s o duas a es distintas mas n o insepar veis ao contr rio o ideal seria alfabetizar letrando ou seja ensinar a ler e escrever no contexto das pr ticas sociais da leitura e da escrita de modo que o indiv duo se tornasse ao mesmo tempo alfabetizado e letrado Nesta perspectiva Soares 2003 p 15 exp e que a busca entre a integra o entre alfabetiza o e letramento n o pode apagar a especificidade da alfabetiza o pois Certamente essa perda de especificidade da alfabetiza o fator explicativo evidentemente n o o nico mas talvez um dos mais relevantes do atual fracasso na aprendizagem e portanto tamb m no ensino da l ngua escrita nas escolas brasileiras fracasso hoje t o reiterado e amplamente denunciado Se a busca pela integra o entre alfabetiza o e letramento contudo provocar a perda da especificidade de cada um dos processos implica compreender de acordo com Soares Ibidem que a dissocia o entre alfabetiza o e letrament
266. la o Publica es Destaque Fale Conosco O Minist rio da Educa o por meio da Secretaria de Educa o a Dist ncia Seed atua como um agente de inova o tecnol gica nos processos de ensino e aprendizagem fomentando a incorpora o das tecnologias de informa o e comunica o TICs e das t cnicas de educa o a dist ncia aos m todos did tico pedag gicos Al m disso promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdu o de novos conceitos e pr ticas nas escolas p blicas brasileiras Acesse o Sistema de Consulta de Institui es Credenciadas para Educa o a Dist ncia e Polos de Apoio Presencial Secret rio de Educa o a Dist ncia Carlos Eduardo Bielschowsky CADERNO i osas Telefones 61 2022 9500 9503 9504 e Perguntas frequentes Figura 2 P gina de apresenta o da SEED MEC De acordo com Barreto 2002 a forma o a dist ncia vem utilizando se das tecnologias posicionando o sistema tecnol gico no lugar dos sujeitos A tecnologia vem literalmente suprimindo a presen a do professor em meio ao uso das Tecnologias da Informa o e da Comunica o TICS a marca singular da doc ncia a forma o que tem sido deslocada para a capacita o ou atualiza o basicamente em servi o configurando um aligeiramento da forma o docente Desde o in cio da gest o do governo Lu s In cio Lula da Silva a EAD vem evoluindo rapidamente no Brasil e gerando diversas expe
267. lado Relat rio final do grupo de trabalho Alfabetiza o infantil os novos caminhos Bras lia 2003 Toma essa an lise como uma refer ncia para discutir a rela o entre a produ o cient fica no campo do ensino da leitura e da alfabetiza o e seus efeitos no ensino p blico No final do texto o autor evidencia sua perspectiva de pesquisa e exp e algumas sugest es espec ficas para a abordagem da alfabetiza o e do ensino da leitura no Brasil enfatizando as singularidades da escola brasileira em que a oralidade desde que vista a partir de suas possibilidades aut nticas de uso pode desempenhar um papel fundamental no ensino e na aprendizagem da leitura Conclui afirmando que a pol tica muitas vezes assume este ou aquele m todo como forma de fugir da responsabilidade mais complexa que a de assumir a alfabetiza o como prioridade absoluta do Estado 279 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Cultura ac stica e letramento em Mo ambique em busca de fundamentos para uma educa o intercultural Palavras chave Cultura Ac stica Letramento Educa o Intercultural Mem ria Coletiva LOPES Jos de Sousa Miguel Cultura ac stica e letramento em Mo ambique em busca de fundamentos para uma educa o intercultural Educ Pesqui online 1999 vol 25 no 1 pp 67 87 ISSN 1517 9702 O autor parte da caracteriza o de uma
268. leitura e da escrita possa atender turmas com n veis diferentes de apropria o do SEA H tamb m a nfase na import ncia do planejamento para utiliza o dos jogos na sala de aula com o objetivo de atender heterogeneidade dos alunos e de familiariz los com suas regras e materiais 145 O fasc culo apresenta a produ o de um almanaque em atividades l dicas de leitura e escrita de canto de express o oral e de compreens o do SEA como sugest o de trabalho docente com o objetivo de demonstrar que a produ o do almanaque uma atividade de leitura e escrita Dessa forma essa atividade torna se significativa por ser do interesse dos alunos al m de dar oportunidade do contato com v rios g neros como receita instru es diversas hist rias em quadrinhos entre outros O fasc culo registra uma preocupa o em explicitar metodologias referentes sistematiza o do processo de alfabetiza o ao mesmo tempo em que se baseiam na psicog nese da l ngua escrita de Em lia Ferreiro e Ana Teberosky PINO Letramento Alfabetiza o e Linguagem O L dico na Sala de Aula Projetos e Jogos fasc culo 5 Figura 28 Capa do fasc culo 5 do PPL 4 7 6 Fasc culo 6 O livro did tico em sala de aula algumas reflex es O sexto fasc culo O livro did tico em sala de aula algumas reflex es apresenta o livro did tico de alfabetiza o e l ngua portuguesa como um dos principais suportes na organiza o d
269. liza com o mesmo significado de literacy que vimos anteriormente A autora explica em nota que a palavra letramento poca introduzida recentemente na bibliografia educacional nacional parecia lhe um neologismo j que a palavra vern cula brasileira alfabetismo tem o mesmo significado de literacy SOARES 1995 p 5 16 Magda Soares afirma na obra A multiplicidade de facetas do fen meno alfabetismo a diversidade de suas rela es com a sociedade e a cultura o que indica que seu estudo seja multidisciplinar Nesse contexto de discuss es e proposi es foi gestada a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o LDB de 1996 e os PCNs para o ensino fundamental e um conjunto de iniciativas estaduais e municipais relativas ao ensino de leitura e de escrita que foi articulado com o desenvolvimento de estudos e pesquisas acad micas sobre educa o e alfabetiza o Os Par metros Curriculares Nacionais de L ngua Portuguesa publicados a partir de 1997 incorporam concep es construtivistas e interacionistas que passaram a marcar o discurso oficial sobre alfabetiza o no Brasil Nos PCN o termo letramento consta da p gina vinte e um do documento mas apresenta a sua defini o apenas em uma nota 116 5 Letramento aqui entendido como produto da participa o em pr ticas sociais que usam a escrita como sistema simb lico e tecnologia S o pr ticas discursivas que precisam da escrita par
270. lize outras O destaque para a no o de letramento contestado faz nos compreender que no tempo presente necess rio continuar pensando construindo e reconstruindo a pr tica pedag gica do letramento e da forma o docente para que a conjuga o futura concretize se por meio do conhecimento dos sujeitos de uma forma n o hierarquizada e n o homog nea Conclu mos ent o citando STREET amp LEFSTEIN 2007 p 42 62 A evid ncia das perspectivas psicol gica e hist rica sobre as no es de letramento apontam dois componentes b sicos os eventos e as pr ticas Por eventos de letramento entende se as situa es em que a l ngua escrita parte integrante da natureza da intera o entre os participantes e de seus processos de interpreta o Por pr ticas de letramento designam se os comportamentos exercidos pelos participantes num evento de letramento quanto s concep es sociais e culturais que o configuram determinam sua interpreta o e d o sentido aos usos da leitura e ou da escrita naquela situa o particular 130 A quest o levantada e que deixo aqui para os respons veis pelas pol ticas de programas n o sobre o impacto do letramento a ser mensurado em termos de ndice de desenvolvimento neutro mas como pessoas locais dominam as novas pr ticas de comunica o apresentadas a elas Isto levanta quest es que precisam ser abordadas em qualquer atividade de letramento Quais as re
271. ltura rela o desse fen meno com a escolariza o RIBEIRO 2003 p 12 Dentro desse quadro no ano de 2005 o lan amento da obra Alfabetizar e letrar um di logo entre teoria e pr tica de Marlene Carvalho resultado de uma pesquisa a o com alunos do ltimo ano do ensino fundamental da rede p blica de ensino avan a mais o debate A autora reflete por exemplo por meio de uma concep o discursiva da forma o docente em que s o utilizados tr s depoimentos de professoras alfabetizadoras suas pr ticas pedag gicas e suas ang stias na classe de alfabetiza o Carvalho fundamenta se na vis o de Magda Soares para estruturar a defini o de letramento e ressalta a import ncia da dimens o social do letramento Em certas fam lias a leitura e a escrita fazem parte da vida cotidiana jornais e cartas s o lidos e comentados bilhetes e listas de compras s o escritos cheques s o preenchidos Na maioria das fam lias pobres por m os atos de leitura e de escrita s o raros ou mesmo inexistentes seja porque as pessoas n o aprenderam a ler seja porque suas condi es de vida e de trabalho n o exigem o uso da l ngua escrita CARVALHO 2005 p 13 119 No terceiro cap tulo da obra a autora realiza algumas cr ticas ao letramento escolar e enfoca a necessidade do resgate da auto estima da professora alfabetizadora A obra de Marlene Carvalho ao enfocar a quest o do resgate da auto estima da professor
272. m entre os enunciados com a sua natureza verbal e com uma conceitua o formal de g nero Devido a isso o autor critica as classifica es tradicionais dos g neros j que essas n o absorvem a totalidade das formas discursivas a que pertencem os enunciados Para o autor o equ voco dessas classifica es resultante de uma incompreens o na natureza dos g neros dos estilos da l ngua ibidem p 285 Entretanto apesar de n o fazer uma tipologia o autor distingue os g neros do discurso em prim rios simples e secund rios complexos Para Bakhtin 1992 os g neros do discurso prim rios possuem uma rela o imediata com o contexto existente e com a realidade dos enunciados alheios constituindo se assim na intera o verbal espont nea da vida cotidiana S o aparentados com a oralidade e tendem a ser mais interativos embora incluam muitos g neros da escrita informal de circula o privada como cartas e bilhetes Por sua vez os g neros secund rios constituem se em circunst ncias de uma comunica o cultural mais complexa e relativamente mais evolu da principalmente escrita art stica cient fica s cio pol tica ibidem p 281 e tendem a ser mais monologizados Conforme explica o autor os g neros secund rios repousam sobre as institui es sociais e tendem a explorar e a recuperar os discursos prim rios que perdem desde ent o sua rela o direta com o real para tornarem se mais complexos
273. m evento de letramento inclui atividades que t m as caracter sticas de outras atividades da vida social envolve mais de um participante e os envolvidos possuem sabres distintos que s o mobilizados na medida adequada no momento necess rio em prol de interesses inten es e objetivos individuais e coletivos sendo um evento colaborativo KLEIMAN 2005 p 23 61 O quadro completo com os fragmentos reunidos est na p gina 265 dessa disserta o 127 perspectiva faz se necess ria a articula o de letrar alfabetizando e alfabetizar letrando articulando e integrando as v rias facetas do processo de aprendizagem inicial da l ngua escrita garantindo um caminho para a supera o dos problemas que enfrentamos nessa etapa da escolariza o diante de tantos descaminhos vivenciados ao se privilegiar uma faceta ou outra Alfabetiza o Letramento t a j iv Processo de apropria o da tecnologia da escrita pela crian a Essa tecnologia consiste em um conjunto de t cnicas pro Processo de desenvolvimento de habilidades e conheci cessos instrumentos que constituem o sistema de escrita representa o de fonemas por letras ou grafemas sinais gr ficos instrumentos e equipamentos para escrever e ou nas pr ticas sociais que envolvem a l ngua escrita ler para ler suportes de escrita conven es para o uso do suporte e escrever diferentes g neros de textos em diferentes a dire o da escrita de cima para baixo da
274. m no 170 interior do texto o contexto comunicativo no qual foi produzido conforme analisamos no terceiro cap tulo da presente disserta o Tendo em vista essas considera es acreditamos que numa perspectiva bakhtiniana na passagem da significa o para o tema que o pesquisador apreende a historicidade do texto ou seja compreende o texto como um objeto lingu stico hist rico constitu do pelos efeitos da l ngua na ideologia e na materializa o dessa na l ngua Observamos ent o que a partir dessa passagem poss vel ao pesquisador perceber como os discursos sobre o professor tutor em an lise funcionam como produzem sentidos como realizam a discursividade que os constitui e como as rela es de poder que est o imersas nos discursos constituem se Para isso em nosso trabalho anal tico e interpretativo do fasc culo do tutor do PPL procuramos nos ater primordialmente nas formas concretas dos textos e nas condi es concretas da vida dos textos na sua inter rela o e intera o BAKHTIN 2003 p 319 porque acreditamos ainda concordando com Bakhtin 2005 que os discursos materializados no texto do fasc culo do tutor s o atravessados por uma multiplicidade de vozes que revelam as consci ncias falantes presentes nos enunciados Neste contexto que buscamos olhar o fasc culo do programa procurando construir com eles uma rela o dial gica a fim de identificar as m ltiplas vozes que sustentam
275. m se inicia nas pr ticas da escrita e da leitura p g 12 fasc culo 1 CEEL Ao utilizar seus conhecimentos pr vios para a an lise dos g neros as crian as evidenciaram o fato de que todos os que vivemos em uma sociedade letrada regulada pelas pr ticas que envolvem a escrita temos alguma experi ncia com textos escritos sejamos alfabetizados ou n o Em outras palavras mesmo um indiv duo que ainda n o se alfabetizou letrado em algum grau tem alguma experi ncia com a escrita e elabora hip teses a respeito das suas fun es como dizem Soares 1998 e outros autores Esse indiv duo pode portanto ser desafiado a ler e a escrever o que a escola deve proporcionar de forma prazerosa nesse sentido que trabalhar numa perspectiva de letramento ganha ainda mais relev ncia p g 14 fasc culo 5 264 CEALE ao longo das ltimas d cadas trazem como ponto positivo a introdu o ou o resgate de importantes dimens es da aprendizagem significativa e das intera es bem como dos usos sociais da escrita e da leitura articulados a uma concep o mais ampla de letramento Mas em contrapartida algumas compreens es equivocadas dessas teorias t m acarretado outras formas de reducionismo Isso se verifica quando essas pr ticas negam os aspectos psicomotores ou grafomotores desprezando seu impacto no processo inicial de alfabetiza o e descuidando de instrumentos e equipamentos imprescind veis a quem se ini
276. ma o docente e nos livros did ticos Os autores do relat rio produziram uma s ntese dos PCNs centrando se no primeiro e segundo fasc culos do documento que tratam da alfabetiza o assim eles examinam que os PCNs esposam uma concep o de linguagem e aquisi o da l ngua essencialmente compat vel com o chamado enfoque da Whole Language nos pa ses de L ngua Inglesa e que no Brasil comumente associado ao conceito de construtivismo As id ias centrais s o apoiadas nos conceitos de B Goodman F Smith e de modo particular nas ideias de Em lia Ferreiro e no livro A Psicog nese da L ngua Escrita FERREIRO amp TEBEROSKY 1986 BRASIL 2003 p 114 Os autores do relat rio localizam nas p ginas dos PCNs a corrente da Psicologia Gen tica do Sociointeracionismo e da Leitura Significativa e tamb m registram que o documento privilegia a abordagem dos usos sociais da l ngua em detrimento da l ngua como objeto de estudo Quanto forma o continuada de professores alfabetizadores o documento aponta que geralmente a forma o ocorria por iniciativa das secretarias de educa o e em cursos de dura o vari vel sendo o programa mais comum o PROFA Em rela o forma o inicial de professores o relat rio registra que algumas disciplinas oferecidas dentro dos cursos de Pedagogia ou do Curso Normal Superior s o espec ficas de alfabetiza o e que apenas uma universidade afirmou oferecer um curso de gradua
277. ma atitude investigativa e reflexiva objetivo que ainda n o se concretizou devido realidade encontrada nos sistemas de ensino que consideram a forma o superficial restrita ao dom nio apropria o de um conjunto de t cnicas com poucos aportes te rico conceituais O estudo de Santos 2008 enfatiza que o fator mais expressivo em rela o a uma atitude mais colaborativa e investigativa da pr tica dos docentes est na atua o dos 31 professores orientadores tutores na dinamiza o da discuss o entre os grupos e na interlocu o com os Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o Se bem orientados os tutores poderiam indicar as necessidades formativas dos docentes aproximando a universidade da realidade das redes de ensino Sendo assim ap s nosso primeiro encontro de orienta o no dia oito de janeiro de 2008 iniciamos nosso caminho de investiga o sobre a Rede Nacional de Forma o Continuada e o Programa Pr letramento e tecendo o mundo da vida e da cultura rememoramos os primeiros acontecimentos da forma o de tutores no Estado do Rio Janeiro desde o momento da forma o inicial de tutores no munic pio de Mendes em novembro de 2006 at a finaliza o da forma o em dezembro de 2007 Nesta ocasi o investigando os fios do PPL iniciamos uma busca preliminar sobre os documentos governamentais que tratam da constitui o da Rede Nacional de Forma o de Professores e confeccionamos um peq
278. mento Durante o per odo de formula o do presente estudo acompanhamos a produ o cient fica sobre o Programa Pr letramento e examinamos as produ es de Barbosa 2008 Pereira 2008 Pirola amp Moraes 2009 Alferes 2009 e Silva 2009 O trabalho de Barbosa 2008 conclui que a reflex o de professores tutores do PLP Matem tica do p lo Itapecuru Mirim Ma motivada pelo estudo dos fasc culos do programa mostra mudan as nas suas pr ticas pedag gicas no ensino da disciplina Segundo o autor os Para fins de contribui o para trabalhos futuros sobre o programa apresentamos um quadro com a revis o bibliogr fica at a presente data que se encontra na p gina 239 desse estudo 29 professores tutores reconheceram outras t cnicas e tamb m anunciaram ter criado suas organiza es matem ticas para a sua aplica o tanto nas s ries iniciais como em outras s ries do Ensino Fundamental e qualificam o programa como inovador por dar nfase aos objetos de estudo da matem tica BARBOSA 2008 p 116 e 117 Pereira 2008 apresenta um estudo investigativo sobre as contribui es da s cio Lingu stica no processo de forma o de professores do Ensino Fundamental A pesquisa desenvolvida em diferentes contextos de forma o em um curso de Pedagogia de uma universidade p blica de Bras lia DF em duas turmas de gradua o do curso Normal Superior de uma institui o de ensino superior privada de Bras li
279. ments particularly in Latin America The reforms present distance learning as a mode which is favorable for the continuing education of teachers of basic education and to minimize the lack of expertise of teachers Thus through the implementation of the National Network for the Continuing Education of Teachers of Basic Education the government promotes training using the distance mode in the implementation of its programs aimed at the teachers continuing education This was the beginning in the country of an innovative experiment under the pedagogical responsibility of the universities that have integrated the National Network for the Continuing Education of Teachers This is an analysis based on the dialogical perspective which aims to study the role of tutoring in the continuing education of basic literacy and language teachers in the Pro literacy Program of Continuing Education Programa de Forma o Continuada Pr letramento The program being analysed targets the continuing education of elementary school teachers in the areas of Literacy and Language and Mathematics and has been implemented by the federal government since 2005 By focusing on this theme we seek to understand the main aspects related to the design and management of the program the theoretical and methodological conceptions that guided its creation and were considered adequate to support the work of basic literacy teachers by the Ministry of Education In addition to relying
280. mestre de que n o sou mestre de nada Porque o que eu estou defendendo hoje a que vem os fracassos porque a escola tem que fazer assim na sala de aula tem que ser assim n o sei daqui a pouco diferente Ent o eu acho que pra melhorar tudo tem que come ar a rever essa quest o mesmo da universidade com esse saber que dela porque o saber mesmo est na sala de aula O saber mesmo est na sala de aula T 1 O filtro muito grande n e s vezes voc tem eu tenho p s tenho vontade de fazer mestrado mas que tempo voc vai fazer isso ah tempo voc arruma n o 2 assim voc tem que ter uma l ngua estrangeira n o a l ngua estrangeira pela l ngua estrangeira tamb m voc tem que pesquisar Ent o eu acho que deveria essa parceria boa mas deveria o governo como um todo assim como voc pensa nas cotas disso cotas daquilo T 5 Seria a forma o continuada T 1 a forma o continuada dar condi es de voc ter seu objeto de pesquisa tamb m porque a gente n o parou no tempo a gente tamb m sonha A voc vai agorando projetos aqui projetos aliiO mestrado que seja ou o doutorado simplesmente a continua o do estudo da pesquisa Com base nas interlocu es estabelecidas chamamos a aten o para o fato de que nos enunciados dos professores tutores h uma r plica aos enunciados do discurso oficial sobre a Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores em que a universidade
281. mila o intelectual Considerar os conhecimentos te ricos e pr ticos que os professores possuem aprofund los e aproxim los dos desconhecidos de maneira progressiva e moderada Orientar os professores para um processo de curiosidade pelo desconhecido e para a pesquisa Oferecer experi ncias de melhoria de qualidade de vida de participa o de tomada de decis es Propiciar atendimento individualizado e cooperativo numa abordagem pedag gica centrada no ato de aprender que p e disposi o dos professores recursos que lhe permitam alcan ar os objetivos no curso da forma mais aut noma poss vel A atividade mais intensa e de proximidade entre o professor orientador e os professores cursistas acontecer provavelmente nos encontros presenciais de grupo de estudo Nesses momentos muitos s o os procedimentos metodol gicos que voc poder utilizar para a dinamiza o do trabalho mas a op o sempre vai depender das caracter sticas do grupo Assim tais momentos podem ser efetivados por meio de di logos de confrontos de questionamentos de problematiza es de discuss o entre diferentes pontos de vista das diversifica es culturais e do respeito entre formas pr prias de se ver e de se portar frente aos conhecimentos Estruturar esses momentos de trabalho sendo capaz de envolver a todos os professores nos processos de discuss o e reflex o uma das capacidades importantes do professor orientador BRASIL
282. mitar os contornos de cada um assumimos de acordo com Kleiman 2005 p 20 que a alfabetiza o uma pr tica de letramento cuja especificidade marcada pela esfera de atividade Concretiza se geralmente em eventos escolares e tematicamente organiza se em torno do ensino sistem tico das regras de funcionamento e uso do c digo escrito Assim a alfabetiza o est inclu da no letramento mas este conceito por sua vez em sentido muito amplo refere se s m ltiplas pr ticas sociais mediadas pela escrita e delimitadas por contextos e objetivos espec ficos Segundo Goulart 2001 a no o de letramento envolve pol mica pois a falta de condi o para definir crit rios de avalia o no estabelecimento de diferentes n veis assim como a dificuldade de conceitu lo possibilita o reconhecimento de letramentos no plural apresentando v rias perspectivas como nos indica Kleiman 2005 Assim o termo 121 letramento estaria relacionado ao conjunto de pr ticas sociais orais e escritas de uma sociedade e a alfabetiza o a uma pr tica de letramento cuja especificidade marcada pela esfera de atividade ocorrendo em geral em eventos escolares e organizando se em torno do ensino do c digo escrito Logo a alfabetiza o est inclu da no letramento mas este conceito sendo muito mais amplo refere se s m ltiplas pr ticas sociais mediadas pela escrita e delimitadas por contextos e objetivos espec ficos O segund
283. mos a revers o desse quadro t o grave que o quadro do resultado da qualidade de educa o para nossas escolas e para os profissionais da rea BRASIL 2005 p 5583 grifos nossos Um fator relevante na configura o do programa Pr letramento que o PROFA cujas bases te ricas aproximam se do Construtivismo e enfatiza a dimens o psicolingu stica do processo de ensino aprendizagem e em fun o disso n o possibilita a forma o de leitores cr ticos e ativos diante do mundo BECALLI 2007 p 201 foi abandonado o que parecia configurar inicialmente uma concep o mais comprometida com a transforma o social 3 Ideli Salvatti professora de f sica da rede estadual de Santa Catarina e foi eleita senadora pelo Partido dos Trabalhadores atuando como vice presidente das Comiss es Permanentes de Educa o Fonte http www ideli com br Capturado em 21 de abril de 2009 37 Para uma an lise cr tica sobre o PROFA tamb m baseada em conceitos de an lise do discurso consultar o trabalho de BECALLI Fernanda Zanetti O ensino de leitura no Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores 2007 Disserta o mestrado Universidade Federal do Esp rito Santo Centro de Educa o no prelo 83 Ap s situarmos o contexto da parceria na forma o de professores iremos aprofundar o debate sobre a forma o continuada docente 3 5 A concep o de forma o continuada Terminada a tramita
284. mos na fala dos professores tutores seus pontos positivos revelados nas sequ ncias abaixo T2 Uma coisa tamb m que o programa abordou e eu gostei muito e como ela disse aqui a chave de tudo a leitura Como trabalhar o texto O que que o texto o contexto o intratexto o que que isso Ent o essa forma que ele abordou ali se n o me engano no fasc culo 7 agora o Modo de falar Modo de escrever n que ele faz d essa vis o pro professor n porque s vezes o professor pega o livro vai ler pra turma e n o tem assim faz aquelas perguntas mas n o aprofunda n Ent o eu gosto muito dessa parte que voc pode at trabalhar menos textos mas trabalho com uma qualidade n fazendo com que o aluno realmente entenda Ent o foi uma das coisas que eu mais gostei do fasc culo foi tudo que voltou pra essa parte a o fasc culo da biblioteca o fasc culo Modo de falar Modo de escrever o fasc culo de livro did tico no meu munic pio foi assim uma quest o muito pol mica porque a gente acabou descobrindo que ningu m escolheu o livro que foi pro munic pio n E agora a gente est montando porque acho que ano que vem que j vem a escolha de novo n s vamos fazer um relat rio n s vamos fazer um documento todo mundo vai assinar qual o livro que escolheu e deixar isso arquivado Ent o acho que fez assim despertar muita coisa no professor que ele dorme n se acomoda como aquilo n esse mesmo ent o eu deix
285. mpet ncia informacional information O movimento da compet ncia informacional uma perspectiva para o letramento informacional Palavras chave Compet ncia informacional Habilidades informacionais Educa o de usu rios Biblioteca escolar Letramento CAMPELLO Bernadete O movimento da compet ncia informacional uma perspectiva para o letramento informacional Ci Inf online 2003 vol 32 no 3 pp 28 37 ISSN 0100 1965 literacy que surgiu nos Estados Unidos na d cada de 1970 e representa o esfor o da classe bibliotec ria americana para ampliar o seu papel dentro das institui es educacionais O movimento ocorreu em circunst ncias peculiares ao contexto daquele pa s acompanhando a evolu o das a es educativas da classe bibliotec ria O discurso da compet ncia informacional desenvolve se ao redor de quatro aspectos a sociedade da informa o as teorias educacionais construtivistas a tecnologia da informa o e o bibliotec rio Considerando se que o termo come a a aparecer na literatura brasileira de biblioteconomia e ci ncia da informa o prop em se o estudo mais aprofundado do conceito e o estabelecimento de uma agenda de pesquisa para o Brasil buscando As mulheres professoras as meninas leitoras e o menino leitor a inicia o no universo da escrita no patriarcalismo rural brasileiro Uma leitura a partir de Inf ncia de Graciliano Ramos Palavras cha
286. mpliar se Essa afirma o pode ser conferida no pr prio discurso de apresenta o da Secretaria de Educa o a Dist ncia do MEC SEED criada para projetar a educa o a dist ncia e as novas tecnologias como estrat gia de democratiza o da educa o brasileira Dado que se projetava na plataforma de governo sobre a afirma o de que Em um pa s de dimens es continentais e com enormes desigualdades e car ncias como o Brasil a educa o a dist ncia uma alternativa indispens vel conquanto seja garantido um padr o elevado de qualidade com 48 profissionais de alta compet ncia tanto na elabora o de conte dos espec ficos quanto na assessoria pedag gica com o uso de materiais instrucionais e de avalia o adequados A EAD n o deve ser implantada em programas isolados precisa interagir com outras a es existentes PT 2002 p 24 grifos nossos Na p gina oficial da Secretaria de Educa o a Dist ncia SEED evidente na apresenta o dos variados programas o foco do MEC frente s tecnologias da informa o e da comunica o como elementos de a o transforma o e qualidade EDUCA O ara a DGE digite aqui o que voc procura Selecione um perfil v uscar Meu Meni v EVAN EDU In cio gt Secretaria de Educa o a Dist ncia gt Apresenta o Vortar Inrormar ereo Imprimir Envar POR Eman Secretaria de Educa o a Dist ncia Apresenta o Programas e A es Legis
287. n es de transcri o s o em sua maioria as mesmas da escrita convencional acrescidas das seguintes conven es S MBOLO SIGNIFICADO Truncamento ou interrup o abrupta para autocorre o Pausa de qualquer express o Pausa breve Pausa longa min scula Coment rios descritivos do transcritor ou do analista com o objetivo de contextualizar o que est sendo dito 6699 Voz imposta para cita es literais ou leitura de textos recapitula o de palavras do interlocutor etc MAI SCULAS Entona o enf tica Prolongamento de uma vogal e consoante geralmente pela nfase Pron ncia silabada C Indica o de trecho omitido Professora tutora NEGRITO Destaque da autora 290 ANEXO B ABEP ABEF ABI ABRUEM A o Educativa AEC AELAC ANDE ANDES SN ANDIFES ANFOPE ANPAE ANPEd ANPG ANUP CAED CBCE CEDES CFP CNBB CNTE CONDSEF CONTEE DENEM ENEC ENECOS ENEFAR ENEN ENEENF ENESSO ENEV ExNEP ExNEEF ExNEF FASUBRA Sindical FEAB FENECO FORUMDIR MNMMR MST OAB SBPC SINASEFE UBES UNDIME UNE F runs Estaduais AM BA ES GO MA MG MS MT PA PE PI PR RS SC SE SP F rum Regional Norte Mineiro Carta n 034 2003 FNDEP Bras lia DF 6 de setembro de 2003 Excelent ssimo Senhor Professor CRISTOVAM BUARQUE Ministro de Estado da Educa o BRAS LIA DF Senhor Mi
288. n Literacy Studies Critical approaches to literacy in theory and practice In Current Issues in Comparative Education New York Teachers College Columbia University v 5 n 2 May 12 2003 TARDIF Maurice Saberes Docentes e Forma o Profissional 3 ed Petr polis RJ Vozes 2003 TFOUNI Leda Verdiani Letramento e Alfabetiza o 7 ed S o Paulo Cortez 2005 TRAVAGLIA Luiz Carlos Gram tica e intera o uma proposta para o ensino de gram tica no 1 e 2 graus 1992 WORLD BANK 1999 Education Sector Strategy Washington D C The World Bank Group World Human Development Network 235 AP NDICES 241 AP NDICE A REVIS O BIBLIOGR FICA SOBRE O PROGRAMA PR LETRAMENTO JANEIRO DE 2006 AT DEZEMBRO DE 2009 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE FORMA O CON TINUADA DE PROFESSORES E PESQUISA ETNOGR FICA COLABORATIVA A FORMA O DO PROFESSOR PESQUISADOR Forma o Continuada de Professores Pesquisa Etnogr fica Colaborativa Professor Pesquisador UNIVERSIDADE E FORMA O CONTINUADA DE PROFESSORES ENTRE AS POSSIBILIDADES E AS A ES PROPOSITIVAS Autonomia Forma o Continuada de Professores Profissionalidade Docente Universidade AUTOR PERI DICO DISSERTA O TESE ANO BORTONI RICARDO S M amp PEREIRA A D A Estudos Lingu sticos Revista da P s Gradua o em Letras da UFPA Bel m CLA UFPA n 26 p 149 162 ago dez 2006 ISNN 0104 094 FERREIRA
289. na mesma escola na mesma turma risos simult neos dirigindo a mesma escola H 20 anos eu tento compreender essas outras pessoas Desde que eu entrei pro magist rio eu sempre estive envolvida em alguma coisa pra mudar alguma coisa algo mudando algo eu nunca consegui ficar no mesmo lugar sempre tive essa a id ia de que n s temos qualidade o que nos falta aproveitar a oportunidade Eu vejo o professor e a educa o como fundamental n o s essa fala filos fica n A educa o eu vejo mesmo o potencial que temos como professores para mexer numa estrutura social N o se d por n raz es Mas uma delas se apropriar do saber mesmo n o do saber acad mico do saber universit rio do SABER n De saber usar em prol do outro a capacidade que ele tem de pensar e raciocinar Ent o o Pr Letramento foi mais uma oportunidade de estar mediando essa discuss o n Eu me vejo como uma mediadora Algu m que est sempre pensando que pode dar certo e at na minha cidade eu sou muito assim ent o novo pra mexer com alguma estrutura pra tentar refazer Eu estou nessa eu vou N o me convide pra ficar numa escola fazendo a mesma coisa a vida inteira risos A o Pr Letramento se n o for o pr ximo vai ser o outro pr E a gente procura fazer com seriedade n Isso que a fala eu procuro deixar o professor pelo menos incentiv lo Uma aluna do normal falou pra mim essa semana voc falou uma
290. na uma forma de utilizar o conhecimento sobre a escrita KLEIMAN 2008 p 18 19 A obra de Kleiman procura apresentar ao leitor brasileiro as duas concep es de letramento centradas respectivamente no modelo aut nomo e no modelo ideol gico de que decorrem considera es sobre as pr ticas de letramento na escola e sobre as rela es entre letramento e alfabetiza o de adultos Foi ngela Kleiman que divulgou no Brasil Os Novos Estudos de Letramento que teve como marco fundador a obra Literacy in Theory and Practice de autoria de Street 1984 Nessa obra Street propunha uma divis o entre dois enfoques do letramento nos estudos que o autor denominou de enfoque ideol gico e aut nomo do letramento Ibidem p 21 115 O primeiro v as pr ticas de letramento como indissoluvelmente ligadas s estruturas culturais e de poder da sociedade e reconhece a variedade de pr ticas culturais associadas leitura e escrita em diferentes contextos STREET 1993 p 7 e o segundo o enfoque aut nomo v o letramento em termos t cnicos tratando os como independente do contexto social uma vari vel aut noma cujas consequ ncias para a sociedade e a cogni o s o derivadas de sua natureza intr nseca Ibidem p 5 Na Revista brasileira de educa o de 1995 Magda Soares tematiza no artigo L ngua escrita sociedade e cultura rela es dimens es e perspectivas o termo alfabetismo que uti
291. ncia cuja pretens o definir conhecimentos compet ncias e habilidades necess rias ao desempenho da fun o docente O resultado dessa an lise est consubstanciado no texto Formar ou Certificar Muitas quest es para reflex o anexo presente E do conjunto das discuss es ocorridas durante a Plen ria Nacional do F rum resultou a decis o de apresentar a Vossa Excel ncia Ministro da Educa o de um governo que ser marcado pelo di logo permanente com a sociedade civil o que segue abertura de di logo com o F rum Nacional em Defesa da Escola P blica para discuss o dos temas constantes dos documentos j citados altera o do car ter deliberativo do Encontro Nacional a ocorrer de 10 a 12 de setembro corrente sobre forma o continuada e certifica o de professores para deflagra o de ampla discuss o acerca de um processo de forma o inicial e continuada dos as profissionais que atuam na Educa o B sica texto anexo p 6 SECRETARIA EXECUTIVA ANDES SN Setor Comercial Sul Q 2 BI C Edif cio Cedro II 3 andar Bras lia DF 70302 914 Brasil Tel 51 322 7561 Fax 61 224 9716 E mail secretaria O andes org br URL http Awww andes org br CONTEE SRTV Sul Q 701 BI 2 Edif cio Assis Chateaubriand Sala 436 Bras lia DF 70340 906 TeleFax 61 226 1278 E mail conteedf O solar com br FASUBRA Sindical Campus da Universidade de Bras lia
292. nclu do como minha a o com todo o seu conte do na unidade da minha responsabilidade na qual e pela qual eu realmente vivo executo a es Com um olhar atento a esta responsabilidade em nosso processo de trabalho consideramos que o m todo precisa estar em conson ncia com a teoria Dessa forma ressaltamos que na perspectiva s cio hist rica entendemos que os homens s o seres 154 constitu dos nas rela es sociais em determinado contexto hist rico e que esta constitui o dos seres humanos d se nas e pelas pr ticas sociais mediadas pelos discursos dos quais ativamente nos apropriamos ao longo da vida Bakhtin 1985 em seu texto Por uma metodologia das ci ncias humanas conduz nos a uma reflex o sobre uma nova atitude em rela o pesquisa No texto Bakhtin exp e que as ci ncias humanas n o podem por terem objetos distintos utilizar os mesmos m todos das ci ncias exatas As ci ncias humanas estudam o homem em sua especificidade humana isto em processo de cont nua express o e cria o Considerar o homem e estud lo independentemente dos textos que cria significa situ lo fora do mbito das ci ncias humanas Para Bakhtin 2003 n o poss vel compreender o homem sua vida seu trabalho suas lutas sen o por meio de textos criados ou por criar Nesse sentido o homem n o pode ser estudado como um fen meno da natureza como coisa Para o pensador russo As ci ncias exatas s o uma
293. ndo assim segundo Olivieri 2003 o conceito de rede transformou se nas ltimas duas d cadas em uma alternativa pr tica de organiza o possibilitando processos capazes de responder s demandas de flexibilidade conectividade e descentraliza o das esferas contempor neas de atua o e articula o social Martinho 2001 afirma que Rede uma forma especial de organiza o que se sustenta em horizontalidade e conectividade um modo especial de articula o de agentes que tem como pressupostos b sicos na atualidade autonomia horizontalidade coopera o e democracia Portanto as premissas para organiza o de Rede t m um impacto direto na no o de sustentabilidade ou seja numa Rede com densidade n o h escassez de informa o e sim abund ncia com amplia o da capacidade de a o e realiza o dos participantes al m de ganho econ mico e em escala por meio da democratiza o de decis es Neste contexto em que o debate acerca do papel do Estado e da Sociedade na garantia dos direitos sociais tem levado a uma redefini o do papel do Estado e no campo da educa o a uma aproxima o dos dom nios das esferas p blica e privada o conceito de Rede pe MARTINHO C ssio Algumas palavras sobre rede In SILVEIRA Caio REIS Liliane Org Desenvolvimento local din micas e estrat gias Rio de Janeiro Rede DLIS 2001 p 153 2001 T11 remete ao papel do Estado enquanto mobilizador
294. nha para ser de outrem Todavia o que aconteceu foi uma apropria o indevida das palavras dos outros propostas do edital da rede para a constru o do discurso contido no fasc culo do tutor No Manual do tutor a palavra nasceu no ponto de contato dela com a realidade efetiva BAKHTIN 2006 p 313 mas n o se atualizou dessa realidade e acabou por se cristalizar em torno do discurso de um projeto estudado e acertado de constitui o da Rede Nacional de forma o continuada de professores e na sua necessidade de convencimento e persuas o baseou se no discurso participativo e democr tico em que reside a brecha de uma compreens o ativa e responsiva dos professores tutores Para o pensador russo 1992 p 284 n o existe indissociabilidade entre o estilo as unidades tem ticas e as unidades composicionais que s o definidas como tipo de estrutura o e de conclus o de um todo tipo de rela o entre o locutor e os outros parceiros 188 da comunica o verbal rela o com o ouvinte ou com o leitor com o interlocutor com o discurso do outro etc Devido a essa concep o neste momento iremos examinar por meio da composic o do conte do tem tico do fasc culo do tutor como proposta a forma o continuada docente O fasc culo do tutor dividido nos seguintes temas e sub temas unidade 1 Forma o de professores uma iniciativa de desenvolvimento profissional Forma o de professores primeira
295. nhecimentos habilidades e atitudes racionalizando mediante a aplica o da divis o do trabalho e de princ pios organizacionais assim como o uso extensivo de meios t cnicos especialmente para o objetivo de reproduzir material de ensino de alta qualidade o que torna poss vel instruir um grande n mero de alunos ao mesmo tempo e onde quer que vivam uma forma industrial de ensinar e aprender G Cirigliano 1983 A educa o a dist ncia um ponto intermedi rio de uma linha cont nua e cujos extremos se situam de um lado a rela o presencial professor aluno e de outro a educa o autodidata aberta em que o aluno n o precisa da ajuda do professor R Ib ez 1984 e 1986 O ensino a dist ncia um sistema multim dia de comunica o bidirecional com o aluno afastado do centro docente e ajudado por uma organiza o de apoio para atender de modo flex vel aprendizagem de uma popula o massiva e dispersa G Llamas 1986 A educa o a dist ncia uma estrat gia educativa baseada na aplica o da tecnologia aprendizagem sem limita o de lugar tempo ocupa o ou idade dos alunos Pery amp Rumble 1987 A educa o a dist ncia tem como caracter stica b sica o estabelecimento de uma comunica o de dupla via na medida em que professor e aluno n o se encontram juntos na mesma sala 58 G Aretio 1994 O ensino a dist ncia um sistema tecnol gico de comunica o bidirecional que pod
296. niana de l ngua poss vel vislumbrar tal concep o nesse fasc culo e em todo o material pois para Bakhtin 2003 a verdadeira subst ncia da l ngua n o constitu da por um sistema abstrato de formas lingu sticas nem pela enuncia o monol gica isolada nem pelo ato psicofisiol gico de sua produ o mas pelo fen meno social da intera o verbal realizada atrav s da enuncia o ou das enuncia es A intera o verbal constitui assim a realidade fundamental da l ngua BAKTHIN 2003 p 125 A perspectiva te rica de base bakhtiniana em que a l ngua tratada como uma pr tica social produto de uma cria o coletiva um fen meno social e portanto como toda institui o social normativa para cada indiv duo ibidem n o recente conforme ser comentado no cap tulo 5 desse estudo Observamos que a perspectiva adotada no fasc culo analisado centrada nessa concep o de l ngua uma vez que considera A l ngua como um sistema que tem como centro a intera o verbal que se faz atrav s de textos ou discursos falados ou escritos Isso significa que esse sistema depende da interlocu o inter locu o a o lingu stica entre sujeitos Partindo dessa concep o uma proposta de ensino de l ngua deve valorizar o uso da l ngua em diferentes situa es ou contextos sociais com sua diversidade de fun es e sua variedade de estilos e modos de falar BRASIL 2007 p 9
297. nistro O F rum Nacional em Defesa da Escola P blica reunido em Plen ria Nacional no dia 6 de setembro de 2003 em Bras lia DF analisou detidamente o conte do de documentos produzidos pelo Minist rio da Educa o dedicando especial aten o Portaria n 1403 exarada por Vossa Excel ncia em 9 de junho de 2003 instituindo o Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores e ao texto intitulado Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores Matrizes de Refer ncia documento para discuss o da Secretaria de Educa o Infantil e Fundamental Analisou tamb m aspectos da prepara o do Encontro Nacional do Sistema Nacional de Forma o Continuada e de Certifica o de Professores previsto para os dias 10 11 e 12 do corrente m s Dessa an lise alguns pontos se destacam a saber 1 a forma excludente como o Exame Nacional de Certifica o de Professores foi institu do sem consulta ou debate com as universidades em especial com as faculdades e os centros de educa o sem di logo com as entidades acad mico cient ficas e sindicais com o movimento estudantil e outros movimentos sociais 2 a natureza desse Exame que afere desempenhos pontuais desconsiderando o processo educacional em sua totalidade incentivando atitudes de individualismo e competi o e permitindo o controle e a penaliza o dos n o exitosos 3 os conte dos das Matrizes de Refer
298. no cap tulo introdut rio Retomamos ent o nesse momento a ep grafe desse cap tulo e convidamos o leitor a puxar o fio das palavras que registraram o contexto s cio hist rico de constitui o da Rede e do Pr letramento e rememorar que 99 Essa rede nacional de forma o continuada aspira o n o apenas do movimento sindical mas tamb m do acad mico dos formadores e formadoras aspira o e sonho de um sistema nacional desejado e sonhado h mais de oitenta anos Mas vale o que ser Abicallil grifos nossos 100 4 TECENDO A REDE O PROGRAMA PR LETRAMENTO A l ngua materna n o a aprendemos nos dicion rios e nas gram ticas n s a adquirimos mediante enunciados concretos que ouvimos e reproduzimos durante a comunica o verbal viva que se efetua com os indiv duos que nos rodeiam Bakhtin Esta se o apresenta primeiramente algumas considera es sobre o tema letramento e alfabetiza o Dizemos algumas considera es porque temos consci ncia de que nossas reflex es n o se constituem como evidencia Bakhtin 2003 nem na primeira nem na ltima palavra sobre o tema mas sim em elos na corrente da comunica o verbal que podem contribuir para as discuss es sobre o processo de forma o continuada de professores alfabetizadores Posteriormente apresentaremos o conjunto de materiais do programa fasc culos e v deos sendo que esse conjunto de materiais foi compreendido como suporte de d
299. nsabilidade enquanto pesquisadora leva nos a uma dire o espec fica sobre a pesquisa em ci ncias humanas logo esta a o respons vel contudo n o deve se opor teoria e ao pensamento mas incorpor los em si como momentos necess rios que s o totalmente respons veis BAKHTIN 1993 p 73 Nessa articula o entre o epistemol gico e o tico tomaremos como pilar a perspectiva hist rico cultural tendo como autor fundamental para essas reflex es te ricas Mikhail Bakhtin e sua teoria enunciativa da linguagem Consideramos como de grande import ncia a articula o entre a matriz te rica e a metodologia adotada Neste estudo particularmente realizamos uma pesquisa qualitativa pautada nas concep es do materialismo hist rico dial tico que segundo Frigotto 1989 uma postura ou concep o de mundo enquanto um m todo que permite uma apreens o radical que vai raiz da realidade e enquanto pr xis isto unidade de teoria e pr tica na busca da transforma o e de novas s nteses no plano do conhecimento e no plano da realidade hist rica A perspectiva te rica decorre do problema aqui delimitado pois entender a constitui o do programa Pr letramento e o papel do professor tutor em tempos que o centro das discuss es coloca a educa o a dist ncia como modelo da forma o inicial e continuada de professores implica o entendimento de que a forma o de professores d se em um processo
300. nso de discursos de outrem de julgamentos de entona es Ele se entrela a com eles em intera es complexas fundindo se com uns isolando se de outros cruzando com terceiro BAKHTIN 2003 p 86 Tomamos como objeto de an lise captar o olhar das professoras sobre o PPL por m n o as considerando como seres acabados cujos processos de constitui o nos fosse dado a compreender Consideramos os sujeitos de pesquisa como indiv duos em seus processos constitutivos Destacamos dentre tantas sequ ncias discursivas algumas que produzem sentidos significativos sobre o programa T1 ele muito importante ele deveria ter continuidade e ser extensivo de forma vou ser franca obrigat ria a todo o primeiro segmento porque voc subdisia os professores de uma certa forma voc os motiva de uma certa forma voc cobra n Porque a quest o do ciclo parece que ah eu n o consegui o meu colega vai continuar a o 2 ano ah eu n o consegui mas ainda tem mais um ano e o meu colega vai continuar e assim ele chega ao 3 ano sem saber ler e escrever sem ter se apropriado do sistema alfab tico uma coisa de louco E assim ele vai chegar ao 5 6 ano sem saber ler e escrever T1 N s somos fazedores de tarefas N o pode ser assim a gente tem que incentivar ao gosto de estudar ao prazer a pesquisa n Ent o o Pr Letramento foi muito importante pra mim n s j faz amos isso no programa de a
301. nto da Educa o FNDE 89 Os sistemas de ensino estaduais e municipais iriam coordenar acompanhar e executar atividades em sua regi o colocando disposi o do programa espa o f sico para os encontros presenciais com T V v deo e DVD para os encontros de Alfabetiza o e Linguagem As redes estaduais e municipais de educa o procederiam sele o e colocariam disposi o do programa um professor do sistema que deveria atuar como professor tutor nos encontros presenciais sendo que a indica o dos nomes de tutores seria por meio de an lise de curr culo e ou outras modalidades de sele o para garantir a qualidade do trabalho e responsabilizando se pela di ria e viagem do professor tutor para participar do curso de prepara o inicial e dos semin rios de acompanhamento e avalia o Disponibilizariam ainda linha telef nica e internet para o contato com os Centros Universidades e receberiam materiais referentes aos cursos que seriam entregues aos professores cursistas e tutores Na constitui o da Rede caberiam s universidades o desenvolvimento e a produ o dos materiais para o curso a sele o forma o e orienta o do professor tutor a coordena o dos semin rios de acompanhamento e avalia o a constru o de banco de dados com informa es sobre os tutores e os professores cursistas e a certifica o dos professores cursistas e dos tutores A iniciativa do Minist rio da Educa o de criar a Red
302. ntro e da intera o da palavra do outro BAKHTIN 2003 p 380 ou seja a partir do acontecimento da vida do texto do encontro de dois sujeitos de duas consci ncias pensantes pois o signo e a situa o social est o indissoluvelmente ligados BAKHTIN 2006 p 9 Nesse encontro o sujeito pesquisador n o pode excluir a possibilidade de mudan a e at de ren ncia aos seus pontos de vista e posi es j prontos No ato da compreens o desenvolve se uma luta cujo resultado a mudan a m tua e o enriquecimento BAKHTIN 2003 p 378 Desse modo coube nos uma atitude responsiva diante dos discursos sobre o fasc culo do professor tutor da rea de Alfabetiza o e Linguagem que se encontram materializados no material escrito Em decorr ncia desse posicionamento acreditamos que tecer uma an lise documental do fasc culo do professor tutor alicer ada numa perspectiva dial gica ultrapassa o 165 reconhecimento daquilo que os documentos mostram acerca do tutor mas pressup e compreender quem s o esses sujeitos o que dizem e quais os lugares que esses sujeitos ocupam na sociedade e no cen rio da forma o de professores Portanto para entender determinado discurso sobre o professor tutor n o basta analisarmos os aspectos sint ticos l xico sem nticos do discurso Conhecer a significa o das palavras que o comp em depende tamb m de conhecermos os elementos que fazem parte da situa o extraver
303. o um equ voco porque no mundo da escrita ambos os processos ocorrem simultaneamente seja pela aquisi o do sistema convencional de escrita seja pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita nas pr ticas sociais que envolvem a l ngua escrita Goulart 2006 tomando tais pressupostos para um debate conceitual enfatiza que a no o de letramento no Brasil embasa a necessidade de se ampliar o conceito de 131 alfabetiza o pois necess rio projetar um processo cr tico de aprendizagem da leitura e da escrita que v al m de escrita e leitura de frases e textos simples A integra o entre letramento e alfabetiza o segundo Soares 2004 p 15 requer o conhecimento de facetas de um e de outro e a variedade de m todos e procedimentos para o ensino de ambos uma vez que no quadro dessa concep o n o h um m todo para a aprendizagem inicial da l ngua escrita h m ltiplos m todos pois a natureza de cada faceta determina certos procedimentos de ensino al m de as caracter sticas de cada grupo de crian as e at de cada crian a exigir formas diferenciadas de a o pedag gica 2 Para Soares idem preciso compreender que necess rio ir al m da simples aquisi o do c digo escrito ou seja da alfabetiza o pois necess rio fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano Dessa forma preciso alfabetizar letrando pois alfabetiza o
304. o BAKHTIN 2006 127 Ao produzir essa constru o coletiva de enunciados nas entrevistas coletivas realizadas dois processos merecem destaque o de edi o e o de inclus o da fala do entrevistado no enunciado do pesquisador autor Primeiramente ressaltamos que o g nero entrevista circula em esferas discursivas como a do trabalho do jornalismo e especificamente nesse estudo da academia constituindo se em uma entrevista coletiva acad mica Assim seu conte do tem tico seu estilo e sua composi o refletem a finalidade da esfera a que pertence De acordo com Rojo 2005 na concep o bakhtiniana as esferas comunicativas dividem se em dois grandes grupos as esferas do cotidiano familiares ntimas comunit rias etc onde circulam as ideologias do cotidiano e aquelas dos sistemas ideol gicos constitu dos moral ci ncia arte religi o pol tica imprensa Dessa forma relevante lembrar que Bakhtin 2003 associa os g neros prim rios s esferas cotidianas e os g neros secund rios s esferas dos sistemas ideol gicos constitu dos A partir desse par metro a entrevista coletiva g nero acad mico caracteriza se como um g nero secund rio cuja constitui o e circula o ocorrem em uma das esferas do sistema ideol gico constitu do que E Segundo Bakhtin 1998 p 141 238 a Ideologia oficial e a Ideologia do cotidiano formam um contexto ideol gico complexo Para o pensador russo a Ideologia d
305. o discurso sobre o professor tutor que fundamenta o referido programa de forma o de professores Iniciamos por investigar especificamente os enunciados produzidos na capa do fasc culo do tutor pois necess rio analisar as formas e os tipos de intera o verbal em liga o com as condi es concretas em que se realiza BAKHTIN 2006 p 124 Assim verificamos que entre a primeira e a segunda vers o do fasc culo h uma nomea o distinta Primeiramente o nome dado ao fasc culo era Manual do tutor e posteriormente passou a intitular se Forma o de professores fundamentos para o trabalho de tutoria 171 sica BRO Pr oO Letramento Letramento Programa de Forma o Continuada da Professores PENE ata raia dos Anos S rios Iniciais do Ensino Fundamontal Alfabetiza o Alfabetiza o e Linguagem e Linguagem Forma o de Professores Fundamentos para o Trabalho de Tutoria Figura 36 Capa do fasc culo do tutor Inicialmente com uma atitude inquisitiva e ciente de que toda palavra ideol gica BAKHTIN 2006 p 122 examinamos que a rela o do emprego e da escolha da palavra diz muito Dessa forma ao consultarmos o verbete manual no dicion rio eletr nico Houaiss verificamos que dentre as defini es para a palavra encontramos as seguintes 1 obra de formato pequeno que cont m no es ou diretrizes relativas a uma disciplina t cnica programa escolar etc 2 livro que orienta a exe
306. o problema do letramento em um pa s em desenvolvimento Inclus o digital e educa o para a compet ncia informacional uma quest o de tica e cidadania Palavras chave Inclus o digital Compet ncia informacional Letramento informacional Educa o para a compet ncia informacional Cidadania tica SILVA Helena JAMBEIRO Othon LIMA Jussara e BRANDAO Marco Ant nio Inclus o digital e educa o para a compet ncia informacional uma quest o de tica e cidadania Ci Inf online 2005 vol 34 no 1 pp 28 36 ISSN 0100 1965 Este artigo o resultado de um esfor o para conceituar inclus o digital feito pelo Grupo de Estudos em Pol ticas de Informa o e Inclus o Digital Gepindi vinculado ao Programa de P s gradua o em Ci ncia da Informa o do Instituto de Ci ncia da Informa o da Universidade Federal da Bahia Posici ICI UFBA O texto discute inclus o digital luz de outros conceitos encontrados na ci ncia da informa o e em reas correlatas No imbricado entrela amento desses conceitos complexos o resultado final pretendido um marco de compreens o para a vincula o entre tica e cidadania de um lado e educa o para a informa o na Internet ou information literacy education de outro com vistas inclus o social 287 T TULO DO ARTIGO E AUTOR ANO RESUMO PALAVRAS CHAVE PERI DICO O objetivo deste trabalho analisar a co
307. o Programa de Forma o Continuada Pr letramento O programa investigado destina se forma o continuada de professores do ensino fundamental nas reas de Alfabetiza o e Linguagem e Matem tica e foi implantado pelo governo federal a partir de 2005 Ao focalizar essa tem tica busca se compreender os principais aspectos relacionados concep o e gest o do programa s concep es te ricas e metodol gicas que balizaram sua constitui o e foram considerados pelo Minist rio da Educa o adequados para sustentar o trabalho dos professores alfabetizadores Al m de se basear em extensa pesquisa bibliogr fica o estudo realiza se por meio da an lise de documentos e da pesquisa de campo junto aos sujeitos envolvidos no processo educativo no referido encontro de forma o de tutores no estado do Rio de Janeiro no per odo de 2008 a 2009 por meio de question rios e entrevistas Para isso toma por base as contribui es da perspectiva bakhtiniana de linguagem buscando dialogar com os discursos sobre a constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e do Programa Pr letramento materializados nos documentos oficiais e nos fasc culos e v deos do Programa a fim de responder se os princ pios nele subjacentes t m contribu do para atender a forma o de tutores da rea de alfabetiza o e linguagem A an lise dos principais resultados permite nos concluir que apesar dos imperativos neoliberais que perme
308. o cotidiano aquela vis o de ordem de mundo ou interpreta es da realidade social e natural que tem seu nascedouro nos sistemas de refer ncia pr ximos s condi es de produ o e reprodu o da vida 193 a universidade esta que por sua vez a respons vel pela produ o e refra o de conte dos s cio ideol gicos Nessa rela o intr nseca entre esfera social e g nero do discurso na entrevista coletivo acad mica ocorrem dois processos o processo de edi o que engloba a sele o do material a ser exposto e o processo da passagem do oral para o escrito O processo de edi o trata da sele o do material a ser exposto e conduz nos reflex o de que em conson ncia com o referencial te rico metodol gico adotamos a perspectiva de que o pesquisador n o um elemento neutro no processo de pesquisa Assim tamb m no processo de sele o do conte do das entrevistas coletivas temos a vis o clara de que o agrupamento dos enunciados aqui analisados orientam se para a compreens o dos enunciados reunidos em toda a sua complexidade e em seu acontecer hist rico constituindo ent o a entrevista coletiva acad mica em uma entrevista Ao reunir e selecionar os trechos separados da entrevista em nosso texto de pesquisa nessa disserta o eles passaram a funcionar como discurso citado O discurso citado o discurso no discurso a enuncia o na enuncia o mas ao mesmo tempo um discurso sobre o discurso
309. o de 2008 e mar o professores tutores de 2009 Entrevista coletiva Mapear a funcionamento l do programa no RJ e b Aplica o de question rio compreender as a es dos Novembro de 2008 professores tutores no PPL Quadro Instrumento gera o de dados e uso dos instrumentos de pesquisa Isoladamente esses instrumentos nos trazem uma s rie de informa es pertinentes para essa pesquisa eles asseguram a observa o de uma composi o do corpus multiforme e 168 viabilizam uma an lise que resulta do cruzamento dos significados atribu dos nas intera es mediadas por cada um dos diferentes instrumentos 5 4 O fasc culo do tutor Iniciamos a an lise pela caracteriza o da esfera de produ o e circula o do fasc culo do tutor Compreender a esfera significa compreender os discursos que nela se fazem e circulam e dessa forma n o abstrair o fasc culo do tutor de seu espa o tempo discursivo A esfera de produ o do fasc culo do tutor a esfera acad mica e a de circula o a forma o de professores da educa o b sica na rea de alfabetiza o e linguagem como cada esfera tem sua pr pria finalidade e em fun o dessas definem se pap is e lugares sociais para seus integrantes Assim nesse contexto uma nova voz se faz ouvir na forma o continuada de professores entre a escola e a universidade pois a forma o passa a ter novos agentes que se identificam como
310. o designado ent o como profissional docente Os sujeitos professores de professores formadores que atuem na forma o continuada de professores da educa o b sica Pr Letramento s o 191 projetados como tendo uma atividade distinta da de ensino No Brasil a configura o sem ntica identit ria de formador de professores muito nova N o h legisla o que regularize a doc ncia deixando incipiente e lacunar a constitui o de tal profissionaliza o O estudo do Manual do Tutor permitiu delimitar o sujeito que poder produzir um elo entre conhecimentos da universidade e saberes dos professores em um pleno processo de ensino e aprendizagem realizando uma ponte entre saberes e pr ticas da atividade docente no ensino b sico e produzindo uma nova maneira de propor a forma o de professores De acordo com os sentidos constru dos pelo Manual para a doc ncia h um novo paradigma sobre ser professor de professores em um programa de forma o continuada a dist ncia no qual seus conhecimentos ultrapassam os saberes da rea de alfabetiza o e linguagem sendo necess rio dominar os saberes da forma o e conceber um novo modo de atua o na forma o de professores na e pela linguagem Assim durante o desenvolvimento desse trabalho procuramos compreender a vis o sobre o programa dos verdadeiros atores da forma o nas secretarias municipais e estaduais de educa o por meio da utiliza o d
311. o entre o contexto das reformas e a pol tica de editais pois a ades o dos movimentos agenda governamental mesmo a de Lula da Silva significa a subordina o agenda neoliberal da ltima d cada LEHER 2003 Na obra de Dallari 1992 encontramos a defini o de edital em sentido amplo assim definido como instrumento pelo qual se faz p blica pela imprensa ou em lugares apropriados das reparti es certas not cias fato ou ordenan a s pessoas nele referidas e 54 outras que possam ter interesse a respeito do assunto que nele cont m Em sentido estrito Meirelles afirma que o edital instrumento pelo qual a administra o leva ao conhecimento p blico sua inten o de realizar uma licita o e fixa as condi es de realiza o dessa licita o MEIRELLES 1993 apud DALLARI 1992 p 90 grifos nossos A apresenta o de editais por parte do governo federal de suas pol ticas governamentais na rea educacional coloca a universidade em uma situa o complexa De um lado verifica se que o pr prio sentido de edital explicita que o documento exp e as inten es do Estado fixando as condi es para realiza o de uma licita o logo no caso dos editais universit rios o governo apresenta suas a es e diretrizes que est o sob as recomenda es do Banco Mundial pois milh es de d lares t m sido investidos na forma o e capacita o de professores A utiliza o dos
312. o hist rica no liberalismo que surgiu e se desenvolveu nos s culos XVII e XVIII em oposi o ao absolutismo mon rquico O ide rio liberal defende a propriedade privada as reformas sociais graduais as liberdades civis e a liberdade do mercado e enfatiza a iniciativa individual a concorr ncia entre agentes econ micos e a aus ncia de interfer ncia governamental como princ pios de organiza o econ mica Essa doutrina tem influenciado e configurado a conjuntura das pol ticas nacionais e internacionais com a extens o das leis de mercado mesmo para aquelas reas que tradicionalmente eram consideradas pr prias da esfera p blica e de responsabilidade do Estado tais como educa o sa de e previd ncia social O projeto neoliberal estabelece hegemonia buscando a forma o do consenso tra ando por meio de estrat gias t nues o horizonte ideol gico e pol tico no qual o consenso deve ser operacionalizado A tend ncia em pauta foi articulada e difundida por organismos internacionais como o Banco Mundial tendo sido assumida por alguns governos Reagan nos EUA e Thatcher na Inglaterra ao longo da d cada de 1980 tornando se hegem nica na d cada de 1990 favorecida pela crise do chamado socialismo real 46 OREALC dentre outras v m construindo uma cren a de que preciso reformar a educa o de alto a baixo o que se constata atrav s da argumenta o dos documentos oficiais educacionais Esse processo vem s
313. o in cio do segundo semestre de 2000 A meta era qualificar 180 mil professores at o final de 2004 2000 PAR METROS EM A O programa que tem como prop sito apoiar e incentivar o desenvolvimento profissional de professores e especialistas em educa o de forma articulada com a implementa o dos Par metros Curriculares Nacionais dos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educa o Infantil e para a Educa o Ind gena e da Proposta Curricular para a Educa o de Jovens e Adultos 2001 O programa de forma o de professores alfabetizadores PROFA O Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores um curso de aprofundamento destinado a professores e formadores que se orienta pelo objetivo de as compet ncias profissionais necess rias a todo professor que ensina a ler e escrever Por interm dio deste projeto ser o oferecidos meios para criar um contexto favor vel para a constru o de compet ncias profissionais e conhecimentos necess rios a todo professor que alfabetiza 2001 O programa GESTAR tem em duas modalidades GESTAR I para professores de 1 a 4 s rie e GESTAR II para os de 5 a 8 s rie Seu principal objetivo a melhoria do desempenho dos alunos nas reas tem ticas de L ngua Portuguesa e Matem tica por meio da forma o continuada de professores 243 AP NDICE E EXPANS O DA EAD DE 2003 A 2009 EAD E FORMA O DE PROFESSORES 2003 2009 2004 Rede Nacional de Forma
314. o mundo da escrita tornando a um cidad o funcionalmente letrado isto um sujeito capaz de fazer uso da linguagem escrita para sua necessidade individual de crescer cognitivamente e para atender s v rias demandas de uma sociedade que prestigia esse tipo de linguagem como um dos instrumentos de comunica o Acredito ainda que a norma padr o ou l ngua falada culta consequ ncia do letramento motivo 5 A hip tese levantada por ngela Kleiman na obra Os significados do letramento uma nova perspectiva sobre a pr tica social escrita Campinas Mercado das letras 1995 113 por que indiretamente fun o da escola desenvolver no aluno o dom nio da linguagem falada institucionalmente aceita KATO 2003 p 7 Alguns anos ap s a publica o de No mundo da escrita o lan amento da obra Adultos n o alfabetizados o avesso do avesso datado de 1988 de autoria de Leda V Tfouni estabelece para o termo letramento um significado centralizado nas pr ticas sociais de leitura e escrita e nas mudan as ocasionadas na sociedade quando ela se torna letrada Ao estudar a linguagem de adultos n o alfabetizados novamente a concep o psicolingu stica situa o letramento no terreno social e indica algo mais que a alfabetiza o que se situa no plano individual Apesar de estarem indissoluvelmente e inevitavelmente ligados entre si escrita alfabetiza o e letramento nem sempre t m sido enfocados como um conjunto pelos estu
315. o o livro pra l ou eu trabalho do jeito que ent o assim eu acho que despertou esse programa fez despertar nessa fase assim que a gente est passando pela educa o Est ruim Est Mas eu acho que as pessoas n o est o mais contentes com esse ruim T3 Est o refletindo mais T2 Est o acordando precisa mudar Ent o eu gostei muito dessa parte do fasc culo T3 Tudo j foi dito aqui e eu volto na quest o da reflex o O professor passou a refletir mais sobre aquilo que ele j trabalhava na sala de aula e que ele passou a ver de forma diferente principalmente o sistema de escrita alfab tico O professor est refletindo ser o que que o meu aluno est pensando sobre isso que 88 Para Bakhtin 2003 p 400 toda interpreta o o co relacionamento de dado texto com outros textos e reaprecia o em outro contexto 203 ele est fazendo Do professor tamb m analisar aquilo que o aluno estava escrevendo est escrevendo n O aluno escreveu isso mas ser por que que ele escreveu O professor come ar a pensar dessa forma e n o chegar e achar que aquilo ali simplesmente um erro do aluno ou uma dificuldade que o aluno tem Muitas das vezes nem a dificuldade nem o erro dele ele v a escrita daquela forma T 8 eu tamb m acho que o grande ponto do Pr Letramento est sendo justamente a gente estar trazendo as quest es atuais do dia a dia de todo dia porque n s estamos indo aplicar
316. o pensador russo aponta que a ideologia um reflexo das estruturas sociais dessa forma toda modifica o da 99 A palavra campo ir percorrer esta disserta o e est posta no sentido de campos da atividade humana que em certa medida abrigam geram e constrangem as rela es materiais e interdiscursivas dos sujeitos BAKHTIN 2003 p 261 67 O C rculo de Bakhtin inaugura as reflex es sobre o signo ideol gico e contexto s cio hist rico na linguagem e no discurso a partir da obra Marxismo e filosofia da linguagem de 1929 137 ideologia encadeia uma modifica o da l ngua logo os signos n o apenas refletem o mundo os signos tamb m refratam o mundo A leitura responsiva dos fasc culos do programa conduz nos afirma o de que o material traz contribui es significativas para o professor alfabetizador Dentre os v rios temas e abordagens dos fasc culos h converg ncias como a a indica o da transposi o did tica na maioria das vezes baseada na proposi o de reflex es ao docente cursista b valoriza o da experi ncia dos professores e a utiliza o de relato de experi ncias de outros professores com pr ticas pedag gicas significativas c a articula o entre teoria e pr tica proporcionando subs dios para o fazer pedag gico no sentido de sugerir atividades relacionadas ao sistema de escrita alfab tico d a compreens o de que as pr ticas sociais de uso da leitura e da escrita s
317. o ponto a ser considerado relaciona se complexidade do conceito de letramento No cen rio nacional podemos identificar pelo menos duas defini es a partir de um enfoque mais social ou mais individual A primeira associa o conceito a pr ticas sociais cujos modos espec ficos de funcionamento t m implica es importantes para as formas pelas quais sujeitos envolvidos nessas pr ticas constroem rela es de identidade e poder KLEIMAN 1995 p 11 A segunda associa letramento a estado ou condi o que adquire um grupo social ou um indiv duo como consequ ncia por ter se apropriado da escrita SOARES 1998 p 39 As duas defini es apresentam implica es te ricas singulares O foco nas pr ticas sociais amplia a a o do letramento como um fen meno que nos acompanha por toda a vida e nas mais diferentes esferas de atividade fam lia comunidade institui o religiosa escola etc com os mais distintos prop sitos e formas de inser o e de participa o em eventos de todos os n veis sociais e ou de escolaridade Ao destacar o conceito de estado ou condi o de letramento presume se atitudes saberes e comportamentos de um grupo ou de uma pessoa que por ter se apropriado da escrita responde a certas solicita es Parece nos que essa concep o mais apropriada concep o de letramento escolar mostrando se pertinente ao processo de aprendizagem da l ngua escrita podendo ser dimens
318. o que garanta o direito de crian as jovens e adultos s aprendizagens imprescind veis ao desenvolvimento de suas capacidades cognitivas afetivas f sicas ticas est ticas de inser o social e de rela o interpessoal Para assegurar esse direito aos alunos os professores precisam ter assegurado seu pr prio direito a uma forma o que lhes permita uma atua o compat vel com as exig ncias ora colocadas BRASIL PROFA 2001 p 16 grifos nossos 44 O objetivo do PROFA era propiciar ao professor do ensino fundamental de pr escolar e de educa o de jovens e adultos um acesso qualificado a conhecimentos na rea de alfabetiza o O programa Par metros em A o foi criado com o prop sito de aprofundar o estudo dos Par metros Curriculares Nacionais PCN dos Referenciais Curriculares Nacionais Para a Educa o Infantil RCNEI e Para a Educa o Ind gena e da Proposta Curricular Para a Educa o de Jovens e Adultos com o objetivo de a apresentar alternativas de estudo dos Referenciais Curriculares a grupos de professores e a especialistas em educa o de modo que possam servir de instrumentos para o desenvolvimento profissional desses educadores b analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais Educa o Infantil e Ensino Fundamental elaboradas pelo Conselho Nacional de Educa o norteadoras do trabalho das escolas c contribuir para o debate e a reflex o sobre o papel da escola e do professor na perspectiva
319. o trabalho pedag gico e seu papel na sala de aula O fasc culo tamb m descreve a implanta o do Programa Nacional do Livro Did tico PNLD e as mudan as ocorridas nos livros de alfabetiza o focalizando a presen a da diversidade textual o que favorece a apropria o da leitura e da escrita Assim o fasc culo retoma como no quinto fasc culo a import ncia em se trabalhar com diferentes g neros textuais 146 destacada no fasc culo a import ncia de uma metodologia de trabalho pedag gico que valorize o uso real do texto pois para Morais 2005 p 30 se queremos alfabetizar uma crian a numa perspectiva de letramento devemos proporcionar sistematicamente a apropria o da nota o da escrita e do seu uso social real pela crian a a fim de garantir que se tornem autonomamente letradas exercitando a capacidade de ler e escrever textos com as caracter sticas e finalidades que as pessoas letradas utilizam em nossa sociedade Constata se que os autores n o se restringem perspectiva construtivista mas procuram aproxim la de outras perspectivas como os te ricos da consci ncia fonol gica que defendem a sistematiza o do processo de alfabetiza o e a media o docente no processo de ensino e aprendizagem Piro Letramento Alfabetiza o e Linguagem O Livro Did tico em Sala de Aulo Algumas Reflex es fasciculo 6 Figura 29 Capa do fasc culo 6 do PPL 4 7 7 Fasc culo 7 Modos de
320. oduzidos no tra o de uni o entre os interlocutores Ibidem apresentamos neste cap tulo nossa compreens o sobre os temas abordados de forma ativa e responsiva 102 4 1 Alfabetiza o e escolariza o Registramos que numa perspectiva hist rica foi apenas no final do per odo imperial com a Lei Saraiva de 1882 que o fato de grande parte da popula o brasileira n o saber ler e escrever constituiu se como um problema estritamente ligado quest o do acesso ao voto FERRARO 2004 No Brasil desde o final do s culo XIX particularmente com a proclama o da Rep blica a educa o passou a ganhar destaque no cen rio nacional e a escola constituiu se como lugar institucionalizado para o preparo das novas gera es Pautado pela necessidade de instaura o de uma nova ordem pol tica e social a universaliza o da escola tornou se importante ferramenta para atender aos ideais do estado republicano Saber ler e escrever era instrumento privilegiado de aquisi o de saber e esclarecimento e imposi o para o progresso do Estado Na o A associa o entre escola ensino e aprendizagem da leitura e escrita atribuiu escola o papel de agente de esclarecimento das massas consideradas iletradas e fator de civiliza o MORTATTI 2004 A partir de ent o ler e escrever tornaram se o fundamento da escola obrigat ria gratuita e laica e objeto de ensino e aprendizagem escolarizados Sendo a leitura e a escrit
321. ofessor poder preparar a aula ficar informado sobre os cursos de capacita o oferecidos em munic pios a astadas a na ria fadaral a cahra a 2008 Banco Internacional de Objetos Educacionais O Banco Internacional de Objetos Educacionais permitir o acesso r pido e gratuito a v deos anima es jogos textos udios e softwares educacionais No banco professores ter o acesso a conte dos produzidos para todos os n veis de ensino do fundamental ao superior A produ o de pa ses como Argentina Canad China Alemanha Fran a It lia Holanda Portugal Reino Unido e 2009 Plataforma Paulo Freire A Plataforma Paulo Freire um sistema desenvolvido pelo Minist rio da Educa o para que o professor fa a sua pr inscri o em cursos de gradua o e p s gradua o ofertados gratuitamente por mais de 90 institui es de ensino em todo o pa s 244 AP NDICE F QUADRO DE DOCUMENTOS E ATOS NORMATIVOS DA FORMA O DOCENTE DOCUMENTO Resolu o DATA CNE CP 02 97 de 26 6 97 REFER NCIA Disp e sobre os programas especiais de forma o de docentes para as disciplinas do curr culo do Ensino Fundamental do Ensino M dio e da Educa o Profissional em n vel M dio Resolu o CNE CP 01 99 de 30 9 99 Disp e sobre os Institutos Superiores de Educa o considerados os artigos 62 e 63 da Lei 9 394 96 e o artigo 9 8 2 al neas C e H
322. ofessores em 19 de novembro de 2003 Escolhemos esse enunciado por registrar que a peleja dos educadores pela qualidade da educa o p blica come ou na d cada de 20 do s culo passado com a funda o da Associa o Brasileira de Educa o ABE tal como descrevemos no cap tulo 2 Esta escolha deve se considera o de que se reportar figura de An sio Teixeira no ano de sua posse como diretor de instru o da Bahia em 1923 significa valorizar um projeto de escola p blica e a luta dos educadores pela qualidade da educa o Nessa disserta o remetemos o leitor ao contexto hist rico do ano de 2003 em que aconteceram fatos primordiais para a compreens o do atual cen rio educacional brasileiro tais como a chegada ao governo do Partido dos Trabalhadores PT e a consequente expectativa em rela o s diretrizes educacionais nacionais Com a assun o de Cristovam Buarque ao Minist rio da Educa o em janeiro de 2003 acreditava se na possibilidade de novos direcionamentos para a educa o brasileira como se p de verificar em seu discurso de posse no qual as figuras de Paulo Freire e de An sio Teixeira s o evocadas N o por acaso que aqui n s temos o retrato do Paulo Freire simbolizando o analfabetismo N o por acaso que temos o retrato do An sio Teixeira Este ltimo simbolizando toda crian a na escola e toda escola com qualidade BUARQUE 2003 68 Dessa forma foram inaugurados eixos norteadores ne
323. olvimento Econ mico OCDE a quest o est posta como uma exig ncia de moderniza o dos sistemas de ensino O foco do estudo apresentado no livro abrange oito pa ses da OCDE Alemanha Estados Unidos Irlanda Jap o Luxemburgo Su cia Su a e Reino Unido Inglaterra e Pa s de Gales Esse estudo analisa as novas pol ticas e pr ticas inovadoras realizadas nesses pa ses no campo educacional centrando a pesquisa na forma o cont nua e no desenvolvimento profissional dos professores necess rio considerar que na obra ocorre a diferencia o entre forma o cont nua e desenvolvimento profissional que s o frequentemente utilizadas em todas as publica es sobre o assunto quais sejam o aperfei oamento profissional e a forma o cont nua Segundo Mau s 2003 a primeira defini o apresentada refere se a todas as atividades que permitem o desenvolvimento das compet ncias os conhecimentos a especializa o e outras caracter sticas necess rias para o processo de ensino Aspectos que envolvem a reflex o o trabalho pessoal e os cursos formais O significado do segundo termo forma o cont nua faz men o s a es de forma o das quais participam os professores que est o em exerc cio 53 Pautando se nessa compreens o a OCDE reconhece objetivos para que esse tipo de forma o possa ter a atualiza o dos conhecimentos ap s a forma o inicial a adapta o das compet ncias ao novo contexto a possi
324. om palestra proferida por Carlos Roberto Jamil Cury intitulada Forma o Continuada e Forma o de Professores afirmando que A certifica o por sua vez tem um p lo diferente que o indiv duo a pessoa singular aquele profissional que j est em exerc cio na doc ncia dos estabelecimentos escolares dos sistemas de ensino Assim a forma o inicial e continuada fazem parte de um processo cont nuo que forma o profissional da educa o e ao mesmo tempo a profiss o de educador e a pr pria escola Caso o sujeito queira autenticar tornar certo estes conhecimentos reelaborados ele pode recorrer certifica o Trata se pois de um momento da identifica o e do reconhecimento do m rito individual CURY 2004 p 187 Em mar o de 2005 o Senado vota o plano de qualidade para a educa o brasileira lan ado pelo Ministro Tarso Genro que inclu a a cria o do Sistema Nacional de Forma o de Professores que um conjunto de a es e de programas para combater esse grave problema da qualifica o do n vel de ensino das nossas crian as efetivamente poder ser atendido GENRO 2004 p 3 O programa Pr letramento encontrava se inserido no programa de qualidade do Minist rio da Educa o e trata se de um programa de atualiza o de conte dos em L ngua Portuguesa e em Matem tica para os professores das s ries iniciais do Ensino Fundamental Justamente as duas reas em que os estudante
325. on micos que s o agrupados de diferentes formas era p s moderna era da informa o era da globaliza o ou p s fordismo Para Belloni 2003 a maior parte dos estudiosos concorda que os objetivos e as estrat gias de EAD est o sendo redefinidos em fun o de an lises e cr ticas orientadas pelos modelos p s modernos e desconstrucionistas Esta redefini o d se em dire o abertura e Reitor da Universidade Aberta de Hagen na Alemanha durante os anos 70 do s c XX e especialista em EAD 59 afasta se do behaviourismo de massa STEVENS 1996 apud BELLONI 2003 p 249 e caminha de um modelo de cunho transmissivo para um modelo que enfatiza o processo de constru o de conhecimento a autonomia e o desenvolvimento de habilidades exigidas pela contemporaneidade Deve ser destacada a riqueza de contribui es dos estudos dos autores citados no que diz respeito a alguns tra os importantes sobre educa o a dist ncia aprendizagem aut noma comunica o bilateral difus o de massa etc Assim como poss vel situar v rias defini es de EAD historicamente poss vel classificar a EAD em termos de gera es N o h concord ncia em rela o a essa divis o alguns autores dividem a hist ria da EAD em tr s gera es outros em quatro e at mesmo em cinco gera es A maioria dos autores no entanto classificam na em tr s gera es da EAD a primeira gera o caracteriza se pelo ensino por c
326. on extensive bibliographic research the study was made by means of document analysis and field research with the subjects involved in the educational process during the meeting for the training of tutors in the State of Rio de Janeiro Brazil 2008 to 2009 through questionnaires and interviews To do so we based our work on the contributions of the Bakhtinian view of language seeking to have a dialogue with the discourses on the establishment of the National Network for the Continuing Education of Teachers and the Pro literacy Program materialized in official documents and the reading material and videos of the Program in order to answer if the underlying principles have contributed to the preparation of tutors in the area of basic literacy and language The analysis of the main results allowed us to conclude that despite the neoliberal imperatives that permeate the policies associated with distance learning and the many challenges they pose to educate by way of the distance mode is a movement that is moving towards the establishment of a framework group for training trainers in the state and municipal education contributing to the establishment of a network of local support for the continuing training of basic literacy teachers Keywords Continuing education of basic literacy teachers Distance education Mentoring Tutoring Basic Literacy Literacy Government policy SUM RIO APRESCNTA O sosoca rae eo a paga a a 1 PUXANDO OS FIOS
327. onduz necessariamente cria o de conhecimento espec fico e ligado a o que s pode ser adquirido atrav s do contato com ela pois se trata de um conhecimento t cito pessoal e n o sistem tico SCH N 1995 p 60 Por m a no o de professor reflexivo no Brasil tem demonstrado uma perspectiva despolitizada ZEICHNER 2008 e pragm tica como verificamos no fasc culo Assim a concep o de professor tutor e do professor docente como intelectual apagada e apenas o conhecimento que se origina a partir do cotidiano escolar e tem por finalidade dar respostas s demandas de ensino valorizado Segundo Contreras 2002 preciso conceber o trabalho dos professores e professoras como trabalho intelectual desenvolvendo um conhecimento sobre o ensino que reconhe a e 190 questione sua natureza socialmente constru da e o modo como se relaciona com a ordem social assim como analisar as possibilidades transformadoras impl citas no contexto social das aulas e do ensino Outra quest o relevante apresentada no texto a realiza o da forma o do trabalho a dist ncia justificada como uma real democratiza o do saber e amplia as oportunidades de acesso ao conhecimento pois atinge um n mero muito maior de pessoas em menos tempo e em diferentes dist ncias C E uma modalidade de educa o que permite a efetiva o do processo ensino aprendizagem por interm dio de materiais did ticos meios tecnol
328. or pode assumir BAKHTIN 2003 p 331 assim consideramos autores e produtores dos enunciados presentes no texto em an lise os professores pesquisadores universit rios que representam a universidade 173 Os autores projetam o leitor do fasc culo que o professor tutor estabelecendo se uma rela o dial gica entre o autor e o leitor projetado que possui uma a o de forma o BRASIL 2006 p 6 Nessa perspectiva conceituamos o g nero discursivo Manual do tutor como um g nero que orienta e prescreve a execu o da a o de forma o tendo como tema a forma o profissional docente no formato de EAD Sua forma composicional possui um uso espec fico da linguagem em que os saberes cient ficos e docentes entrecruzam se aliando abordagens te ricas e pr ticas e seu estilo fortemente marcado pela esfera da forma o em que os modos de dizer e os tra os enunciativos do locutor trazem a voz do saber docente para compor um g nero singularmente marcado por uma rela o de complementaridade entre o saber cient fico o saber da forma o e o saber docente como verificamos nesse fragmento do texto buscamos articular abordagens te ricas com situa es pr ticas e especialmente propusemos reflex es para que voc confronte com sua pr pria experi ncia BRASIL 2006 p 7 O Manual do tutor um g nero discursivo com tema estilo e forma composicional pr prios mas ao mesmo tempo como
329. orme o dicion rio ou seja pela estrita a o de relacionar duas ou mais 151 coisas de servir de intermedi rio ou ponte de permitir a passagem de uma coisa a outra mas no sentido dial tico processo de constitui o de uma realidade atrav s de media es contradit rias de rela es complexas n o imediatas com um profundo sentido de dialogia Habitualmente o professor representa o papel de mediador mas o sentido comum afastou os sentidos originais do conceito relativos media o semi tica da aprendizagem VYGOTSKY 1984 Para Kleiman 2005 p 52 passou se a ver o mediador como aquele que est no meio assim a autora argumenta em favor da representa o de agente de letramento pois como todo agente social o agente de letramento desenvolve fun es fundamentais no conhecimento na descoberta de que saberes t cnicas estrat gias tradi es e representa es sobre a escrita do outro aluno e sua fam lia mobiliza no dia a dia para realizar a atividade Dessa forma uma representa o de professor como agente de letramento mobiliza sistemas de conhecimento de recursos e capacidades dos seus alunos dos pais de alunos e de membros da comunidade com a finalidade de que participem de pr ticas de uso da escrita O corpus constitu do por meio da bibliografia dos fasc culos do programa foi organizado seguindo os crit rios de autor obra tema n mero de cita es e registro nos fasc culos Dentr
330. orrespond ncia modalidade que marca o in cio da EAD em todo o mundo e principalmente no Brasil na primeira metade do s culo XX a segunda gera o caracteriza se pela Teleduca o Telecursos modalidade que surge no Brasil no final dos anos 70 com transmiss o de aulas ou veicula o de programas educacionais pr gravados por emissoras educativas esse modelo preserva o uso de material impresso e incorpora o uso da televis o e de v deo aulas audiocassetes e sistemas de telefonia e na terceira gera o encontram se os ambientes interativos inovando pelo uso de redes de comunica o interativas como a Internet e os sistemas de videoconfer ncia incorporando as m dias anteriores e criando oportunidades para um aprendizado cooperativo online Os autores que dividem a hist ria da EAD em quatro gera es assim o fazem a primeira gera o aquela baseada em textos impressos ou escritos m o a segunda gera o 14 STEVENS K Have the Shifting Sands of Fordism Resulted in Ground Lost or Ground Gained for Distance Education In Distance Education v 17 n 2 1996 5 Para fins de an lise dos principais conceitos a autora da disserta o confeccionou um quadro com os principais conceitos de EAD que se encontra na p gina 242 do trabalho 60 caracterizada pelo uso da televis o e do udio a terceira gera o de EAD caracterizada pela utiliza o multim dia da televis o texto e udio e por fim a quarta gera
331. os pois muitos deles tinham liga o pol tica direta com as secretarias de educa o e ao serem solicitados tais dados poderia ocorrer uma inconsciente tentativa de mascaramento das informa es Tamb m verificamos que o momento era de tens o entre alguns tutores Com as elei es municipais muitos tutores haviam sido desligados do programa assim enquanto outros munic pios realizavam a forma o pela primeira vez pois n o realizaram a ades o no ano de 2008 concomitantemente alguns munic pios enviaram tutores para substituir os j envolvidos anteriormente no programa O question rio foi aplicado durante o encontro de forma o de tutores especificamente aos tutores que estavam no segundo ano de forma o Dos 35 question rios aplicados 33 foram devolvidos O question rio possui 38 quest es sendo 10 quest es de natureza fechada em algumas delas s o solicitadas explica es como por exemplo qual a grade curricular cursada e se havia alguma disciplina espec fica de alfabetiza o e 28 perguntas abertas que foram tabuladas por meio de palavras chaves Tais quest es foram organizadas em tr s blocos No primeiro bloco as primeiras dez quest es destinavam se identifica o do grupo O segundo bloco a retratar o mbito da realiza o do programa nos munic pios O terceiro destacava pr ticas cotidianas dos professores tutores e sua dedica o ao PPL Resultam desse y y 2 e P instrumento trinta tabelas
332. os algumas das poss veis implica es da avalia o do letramento para a escola b sica Letramento no Brasil alguns resultados do indicador nacional de alfabetismo funcional Palavras chave Letramento Analfabetismo Avalia o RIBEIRO Vera Masag o VOVIO Claudia Lemos e MOURA Mayra Patr cia Letramento no Brasil alguns resultados do indicador nacional de alfabetismo funcional Educ Soc online 2002 vol 23 no 81 pp 49 70 ISSN 0101 7330 Este artigo sintetiza os principais resultados de uma pesquisa realizada em 2001 sobre as condi es de letramento dos jovens e adultos brasileiros Os dados foram recolhidos em uma amostra representativa da popula o entre 15 e 64 anos qual foram aplicados um teste de leitura e um question rio visando a levantar informa es sobre background educacional usos da linguagem escrita em diferentes contextos al m do julgamento das pessoas sobre suas capacidades e disposi es quanto leitura e escrita Depois de discutida a relev ncia de uma pesquisa dessa natureza assim como os problemas te rico metodol gicos nela envolvidos descrevem se os n veis de alfabetismo que foram verificados por meio do teste e algumas pr ticas de letramento a que correspondem Em seguida analisam se correla es entre os n veis de alfabetismo e algumas vari veis intervenientes entre as quais se destaca o grau de escolaridade 284
333. os conte dos propostos nos encontros de forma o e nas aulas em que exercem a fun o na forma o continuada de professores da educa o b sica nos munic pios e no estado Tendo em vista as considera es apresentadas esta pesquisa teve como problema de estudo a abordagem da tutoria do Programa Pr letramento Ao focalizar essa tem tica tivemos como objetivo descrever a concep o de tutoria do programa e a abordagem da forma o de tutores para a rea de alfabetiza o e linguagem do PPL Para esse fim pesquisamos seus fundamentos te ricos e metodol gicos Portanto conduzimos a nossa investiga o na inten o de responder s seguintes quest es a Qual a concep o de forma o continuada do PPL b Qual a concep o de tutoria do programa c Quais s o as concep es de alfabetiza o e letramento do programa d Essas concep es contribuem para promover o trabalho de tutoria na rea de alfabetiza o e linguagem Responder a esses questionamentos favoreceu para que conhec ssemos de forma aprofundada o programa do qual particip vamos e contribuiu para que tom ssemos consci ncia de que os princ pios te ricos e metodol gicos propagados por meio de um programa de forma o de professores da rea de Alfabetiza o e Linguagem refletem e refratam que a quest o da forma o continuada de professores e especificamente de professores alfabetizadores n o um novo acontecimento Ao contr rio a fo
334. os e meninas assim como um sistema aberto e competitivo de educa o secund ria e terci ria A constru o de escolas curr culos modernos vinculados nova era tecnol gica e as necessidades reais do mercado emergente o efetivo treinamento de professores 28 No Brasil a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso FHC com a aprova o em maio de 2001 do Parecer CNE CP 009 01 do Conselho Nacional de Educa o CNE que embasa o documento das Diretrizes Curriculares para Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior a proposta de certifica o de professores come ou a ganhar visibilidade e vem adquirindo progressiva centralidade nos discursos oficiais como um caminho para a melhoria da qualidade da educa o b sica 13 e a supervis o s o fatores que contribuem para o estabelecimento de programas educacionais pr speros WORLD BANK 1999b grifos nossos Posto isso verificou se que dentre outras medidas a Portaria criou o Exame Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores dando continuidade ao processo de reforma iniciado no cen rio da forma o de professores brasileiros com a LDB 96 Isso foi consolidado nos anos de governo de Fernando Henrique Cardoso e sua reforma neoliberal que era expressa na articula o de um ensino fundamental minimalista a uma forma o profissional aligeirada LEHER 1999 que dava nfase aos novos meios de forma o indicando a p
335. os que em termos de habilidade de leitura escrita n o conseguem decodificar palavras e frases ainda que em textos simples 5 Segundo classifica o do INAF 2009 as pessoas classificadas no n vel b sico j leem e compreendem textos de m dia extens o 105 a cria o do Instituto Alfa e Beto E no ano de 2006 e a parceria do Instituto com diversos estados brasileiros como Rio Grande do Sul Mato Grosso do Sul Cear Minas gerais Esp rito Santo Piau e Rio de Janeiro e tamb m de v rias redes municipais de ensino com a meta de garantir a alfabetiza o das crian as da rede p blica de ensino Observando o relat rio constatamos primeiramente que os especialistas em educa o sugerem que a curto prazo seja elaborada uma proposta compat vel com conhecimentos cient ficos atualizados da rea da psicologia da leitura pois os estudos da alfabetiza o sa ram do campo da intui o amadorismo e empirismo e da especula o te rica para adquirir foros de ci ncia experimental BRASIL 2003 p 8 e que o Brasil n o acompanhou essa evolu o e por esse motivo ocupa as ltimas posi es em avalia es internacionais de compet ncia de leitura Ibidem O primeiro cap tulo do relat rio o Estado da Arte apresentava a introdu o do documento e abordava os objetivos que os autores do relat rio almejavam que era que o Brasil tome consci ncia dos avan os da Ci ncia Cognitiva da Leitura e utilize
336. otal 33 100 Tabela 20 O espa o f sico utilizada para os encontros do programa N Jo Escola 16 48 48 SME 6 18 18 P lo CEDERJ 1 3 03 P lo UAB 1 3 03 P lo de tecnologia educacional 9 27 27 PTE Total 33 100 298 Tabela 21 Foi disponibilizado pela secretaria de educa o material para a realiza o do programa N Sim sempre 10 30 3 Sim s vezes 19 57 57 N o 4 12 12 Total 33 100 Tabela 22 Os professores participaram do programa no hor rio N Noturno 11 33 33 No contraturno de trabalho 16 48 48 Aos s bados 2 6 06 No seu hor rio de trabalho 4 12 12 Total 33 100 Tabela 23 As equipes pedag gicas das escolas se envolveram com o programa N Sim 16 48 48 N o 17 51 51 Total 33 100 Tabela 24 A equipe gestora dire o da escola se envolveu com o programa N Sim 15 45 45 N o 18 54 54 Total 33 100 Tabela 25 O professor tutor acompanhou continuamente as turmas de alunos dos professores que realizam o programa N Sim 14 42 42 N o 19 57 57 Total 33 100 Tabela 26 A secretaria de educa o de sua localidade possui no plano de carreira do magist rio alguma remunera o para cursos de extens o de 120 horas N Sim 9 27 27 N o 24 72 72
337. overnamental proposta e participassem diretamente na sua elabora o e aplica o principalmente elaborassem uma proposta detalhada de forma o continuada e uma concep o de uma avalia o enquanto instrumento que tivesse prioritariamente o car ter processual que funcionou como uma avalia o interdisciplinar e apontou para pol ticas de forma o continuada levando em considera o o respeito e a valoriza o do profissional sendo institu do o piso salarial a carreira e dignas condi es de trabalho Tamb m era preciso realizar a Confer ncia de Educa o da CNTE antes da Confer ncia do MEC e participar da Confer ncia Nacional de Educa o do MEC No dia 9 de junho de 2003 atrav s da Portaria N 1 403 o Ministro da Educa o instituiu o Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores que em conson ncia com o documento de pol tica educacional publicado em 1999 pelo Banco Mundial intitulado Education Sector Strategy Estrat gia de Setor de Educa o World Bank 1999 endossou a nfase em rela o educa o b sica o treinamento e certifica o de professores a avalia o em larga escala e a educa o a dist ncia como podemos ratificar na introdu o do documento de pol tica educacional Todos concordam que a educa o chave mais importante para o desenvolvimento e al vio da pobreza Isto tem que come ar com a educa o prim ria universal igualmente entre menin
338. p 23 Em todos os contextos de enuncia o presentes no fasc culo o sujeito professor tutor destacado como um elemento da Rede Nacional de forma o continuada de professores Nesse sentido estamos diante de dois posicionamentos d spares o conte do educacional e a intera o ou seja n o h espa o para um mesmo sujeito professor Ou o sujeito produz conhecimento ou realiza a intera o com os professores cursistas ou seja o espa o do trabalho docente distinto entre a universidade e as inst ncias estaduais e municipais de ensino importante destacar que no fasc culo do tutor argumentado que No caso do Pr Letramento a forma o proposta consiste num esfor o de aproxima o e contribui o dos professores universit rios junto aos professores das redes de ensino Esses professores elaboradores das propostas de estudo n o permanecer o face a face com o cursista mas essa rela o de ensino aprendizagem passa a existir em outro patamar firmando se na media o estabelecida pelos meios did tico pedag gicos e tecnol gicos contempor neos os quais possibilitam aprendizagens aut nomas s lidas e seguras BRASIL 2006 p 14 Segundo o dialogismo bakhtiniano o sujeito se institui entre linguagens SIGNORINI 2001 p 336 assim o sujeito professor tutor s pode ser conhecido atrav s do discurso produzido sobre ele Logo no discurso do fasc culo do tutor a forma o de tutores loc
339. papel do tutor imprescind vel em todos os momentos Sandra BRASIL 2006 p 17 Ent o eu vejo esse papel essa import ncia de voc realmente valorizar o ser humano enquanto pessoa enquanto profissional ent o eu vejo que o meu trabalho n o em v o porque eles v m com todas essas diferen as mas a partir do que pode acontecer ali no espa o do curso eles podem ter uma nova vida Sandra idem p 15 O professor orientador o profissional que assume a miss o de articula o de todo o sistema de ensino aprendizagem quer na modalidade semi presencial quer na modalidade a dist ncia idem p 19 Vale frisar que o professor orientador tem papel fundamental pois garante a inter rela o personalizada e cont nua do cursista no sistema e viabiliza a articula o necess ria entre os elementos do processo e execu o dos objetivos propostos idem p 19 Nessa perspectiva o MEC e as universidades que comp em a Rede utilizam se desses recursos para exprimir a sua rela o valorativa com o objeto do seu discurso a fim de obter a entona o desejada pois Embora os acentos avaliativos sejam privados de subst ncia a 186 pluralidade de acentos que d vida palavra O problema de pluriacentua o deve ser estreitamente relacionado com o da polissemia BAKHTIN 2006 p 109 De acordo com Bakhtin 1993a cada entona o necessita de palavras que lhe sejam correspondentes ou seja que estejam melhor ad
340. para o enfrentamento de problemas de falta de acesso educa o nos diferentes n veis de ensino Transparece a cren a de que o sistema tradicional de ensino presencial n o ser capaz de formar os profissionais da educa o e de democratizar a educa o em um pa s com dimens es continentais e com d ficits educacionais historicamente acumulados Para dimensionar este trabalho colocamo nos o desafio de pontuar a trajet ria dessa modalidade de ensino junto forma o de professores no Brasil certamente n o esgotaremos a rela o de experi ncias de trabalhos em desenvolvimento no pa s mas constru mos um fio hist rico diante do grande desafio que a forma o docente alicer ando nos em Saraiva 1996 Martins 2000 Belloni 2002 Preti 2003 E Gatti amp Barreto 2009 O marco hist rico da EAD no Brasil no campo da forma o de professores deve se ao pioneirismo da Associa o Brasileira de Tele educa o posteriormente denominada Associa o Brasileira em Tecnologia Educacional que em 1971 criou programas de capacita o de professores por ensino por correspond ncia Desse ano em diante teremos v rios projetos de forma o docente que se expandem medida que h o surgimento o crescimento e a dissemina o dos meios de comunica o Primeiramente temos o projeto LOGO CANDAU 1984 que pretendia via ensino supletivo e utilizando m dulos instrucionais com avalia o no processo habilitar professores a n
341. pedag gica e as formas de interven o docente no processo de aquisi o do sistema de escrita alfab tico pelos alunos o esclarecimento sobre o programa de escolha do livro did tico e a rela o entre oralidade e escrita Desse modo sob a perspectiva das professoras tutoras o PPL contribuiu para a aprendizagem dos alunos e a troca das experi ncias e dificuldades docentes Outro aspecto que foi considerado durante as entrevistas coletivas pelos tutores foi a quest o inovadora do programa como nos mostra a sequ ncia discursiva a seguir T2 Sistematiza n T4 a quest o da sistematiza o T 6 Eu acho que o grande x mudou n o est mudando est sendo isso que a disse s o s avan os o menino est nessa fase o que que eu vou fazer pra ele avan ar Ent o isso que a gente fala do pulo do gato 204 T4 o grande pulo do gato esse a T2 A sistematiza o da alfabetiza o Por que quando voc fala assim Ah p ra de alfabetizar pelo m todo n o entendi e tal e tal vamos implantar uma nova maneira de alfabetizar que alfabetizar com o texto paraan pararan mais como que 7 Os professores querem os passos as etapas a gente fala assim N o existe voc vai lendo voc vai estudando voc vai pesquisando O Pr Letramento vem pra sistematizar isso da eu acho que o segredinho est a na sistematiza o do processo de alfabetiza o Nesse ponto Bakht
342. pio eu digo que o projeto n o meu porque voc lan a um projeto se as pessoas n o abra am o projeto fica um projeto s Ent o o projeto Sacola Deleite que saiu do Pr Letramento no sentido da leitura deleite de se deleitar est sendo trabalhado em outros munic pios de uma forma prazerosa Ent o isso pra mim foi um ganho n o porque a id ia saiu do munic pio de Caxias n Mas porque est proliferando a vontade de ler certo A vontade de adquirir t tulos como que eu vou dizer estimular o professor Gente uma sala aqui est cheio de livros empacotados a gente discute muito isso Ela me lembrou meu pai que falou assim minha casa livro pra tudo quanto canto ele fica assim Meu filha ele estrangeiro meu filha voc vai ler isso tudo Isso tudo ser iluson como voc vai ler isso tudo voc vai ficar maluca entendeu risos ele fala assim pra mim Mas o que que acontece estimular Voc entra numa sala de professores voc tem televis o poltrona voc n o tem um peri dico voc n o tem revistas pedag gicas atualizadas voc s n o t m livros n por isso que eu digo da import ncia da parceria da universidade ao n vel do professor Best seller O que que est acontecendo no mundo T alguns a gente tem ser que a gente tem voc s dizem que o estado est fornecendo n livros tudo bem eu n o estou dentro da escola estou dentro da coordenadoria muitas coisas v o direto pra escola a gen
343. pombalinas houve o banimento do trabalho mission rio e catequ tico empreendido pela Companhia de Jesus e o Estado passou a ocupar o espa o educacional Para Seco amp Amaral 2006 o ensino passou a ser disperso e fragmentado baseado em aulas isoladas que eram ministradas por professores leigos e mal preparados pois a forma o de um professor jesu ta era muito longa e abrangente nos v rios ramos do conhecimento A partir da vinda de D Jo o VI em 1808 foram criados cursos superiores apenas com a finalidade de suprir as necessidades da corte por m n o se manifestava preocupa o expl cita com a quest o da forma o de professores na lei das Escolas de Primeiras Letras de 1827 que a preocupa o com a forma o de professores aparece pela primeira vez pois em seu artigo 5 declarado que Para as escolas do ensino m tuo se aplicar o os edif cios que couberem com a sufici ncia nos lugares delas arranjando se com os utens lios necess rios custa da 39 Fazenda P blica e os Professores que n o tiverem a necess ria instru o deste ensino ir o instruir se em curto prazo e custa dos seus ordenados nas escolas das capitais grifos nossos Primitivo Moacyr 1936 Com a Independ ncia do Brasil e a Constitui o de 1824 h a ideia de um Sistema Nacional de Ensino que expandiria as escolas prim rias secund rias e universidades por todo o territ rio nacional por m essa ideia n o se efetivou Soment
344. portunidade de indagar e comentar a fala dos membros do grupo formado dos entrevistados e da pesquisadora Durante as entrevistas coletivas as professoras tutoras puderam falar e escutar umas s outras e tamb m escutar a pesquisadora Foram estabelecidos o di logo a troca de experi ncias e a exposi o de opini es divergentes Isso porque O sujeito investigado no curso de investiga o da perspectiva s cio hist rica n o simplesmente um reservat rio de respostas prontas a expressar se frente pergunta tecnicamente bem formulada O sujeito na realidade n o responde linearmente s perguntas feitas e sim realiza verdadeiras constru es implicadas em di logos REY 1999 p 59 Este trabalho parte do princ pio de que a pessoa que fala na entrevista um ide logo e suas palavras ideologemas BAKHTIN 2003 p 134 Dessa forma sua linguagem particular representa um ponto de vista sobre o mundo que aspira uma significa o social Para Bakhtin a linguagem tem dimens es dial gicas e ideol gicas que s o historicamente determinadas Toda palavra tem inten es e significados para entender o discurso o contexto precisa ser entendido portanto palavra de todos os envolvidos neste 2 Tradu o livre do espanhol 83 Segundo Bakhtin 2003 p 134 enquanto ideologema o discurso torna se objeto de representa o dialogizada de um discurso ideologicamente convincente 195 processo deve ser dado o mesmo g
345. presen a de sujeitos e de hist ria em sua exist ncia concreta uma vez que se constituem em forma es interdiscursivas numa determinada esfera da comunica o humana e numa circunst ncia espec fica que imbrica tanto os discursos precedentes quanto os posteriores visto que cada locutor pensa e se exprime para um audit rio social bem definido BAKHTIN 2004 p 16 164 No caso do PPL tal audit rio constitui se nos professores alfabetizadores brasileiros e nos professores tutores Desse modo em conson ncia com os pressupostos te ricos que orientam este estudo consideramos apropriado utilizar as contribui es bakhtinianas para uma an lise desses discursos materializados no conjunto de documentos e especificamente no manual do tutor Desse modo importante ressaltar que Bakhtin 2005 n o postulou um corpo de conceitos e categorias linearmente organizados para funcionar como proposta te rico anal tica fechada mas seu pensamento contribuiu para configurar um conjunto de preceitos que favorecem como salienta Brait 2006 p 29 a postura dial gica do pesquisador diante do corpus discursivo Nessa perspectiva entendemos que o nosso papel como sujeito pesquisador o de um interlocutor ativo e atuante dentro do processo de comunica o interativa com os discursos do outro visto que o processo da compreens o e da produ o de sentidos desenvolvem se primordialmente no complexo acontecimento do enco
346. r desdobra se em um leque de possibilidades especificamente na forma o de professores pois Ensinar a ensinar requer estrat gias mais complexas e demoradas do que as disponibilidades de capacita o oferecem tanto dos formadores intermedi rios como dos professores em atua o na base do sistema considerando ainda que o pr prio corpo de formadores respons vel principal pelos programas precisa estar envolvido e aprendendo com seu desenvolvimento GATTI amp BARRETO 2009 p 202 grifos nossos Ao chamar aten o para a especificidade da experi ncia do trabalho do tutor na forma o de professores somos incitadas por uma faceta muito importante desta quest o s o m ltiplas as experi ncias de EAD no Brasil por m o tutor tem se constitu do em um novo elo na cadeia de forma o docente especificamente nesse estudo na forma o de professores alfabetizadores portanto pouco se conhece sobre os meandros de seu funcionamento e mais Dicion rio on line publicado pela Associa o Brasileira de Educa o a Dist ncia ABED em 30 de abril de 2003 Acessado em 15 de outubro de 2007 2 Tutorial adjetivo 62 especificamente qual o modelo de tutoria adotado e o que se tem feito para avaliar a qualidade desse trabalho singular ou seja formar professores alfabetizadores 2 6 Educa o a dist ncia e os desafios de nosso tempo Atualmente a EAD aparece no discurso oficial da SEED MEC como uma alternativa concreta
347. ra lembrada em atos e que requerer o responsabilidade e responsividade 225 7 REFER NCIAS ABICALIL Carlos Augusto Mais vale o que ser Dispon vel em www carloabicalil com br Artigosa4a6 html id 66 amp ornal Artigos 32k Capturado em 6 de outubro de 2008 ABRAEAD Anu rio Brasileiro Estat stico de Educa o Aberta a Dist ncia 20 2 2008 lt http www abraead com br diretorios Html gt AGUIAR M rcia ngela da Silva Orgs Para onde v o a orienta o e a supervis o educacional Campinas SP Papirus 2007 ALFERES Maria Aparecida Ponta Grossa Forma o Continuada de Professores Alfabetizadores uma an lise cr tica do programa Pr letramento Universidade Estadual de Ponta Grossa Disserta o 2009 ALBUQUERQUE E B C de Conceituando alfabetiza o e letramento In Santos C F MENDON A M orgs Alfabetiza o e letramento Belo Horizonte Aut ntica 2005 ALBUQUERQUE E FERREIRA A MORAIS A G As pr ticas cotidianas de alfabetiza o o que fazem as professoras ANPED GT 10 28 Reuni o Caxamb MG 2005 Acessado em 01 04 2008 dispon vel na web www anped org br ALMEIDA Maria Elizabeth Bianconcini de Educa o dist ncia no Brasil diretrizes pol ticas fundamentos e pr ticas Dispon vel em http www tvescola gov br Acessado em 12 10 2008 AMORIM Mar lia O Pesquisador e seu Outro Bahktin nas Ci ncias Humanas S o Paulo Musa 2001 Cronotopo e exotopi
348. rama esseessocscsscesscccssccssccesocecoocesoesssccssocesocescosesosessecssocesocseo 4 7 Os fasc culos do Programa ssesscescesseccoesccssoesocsscesoesocsscesoecooescesceccoesocsseesoesocsseesoesoe 4 7 1 Fasc culo 1 Capacidades lingu sticas alfabetiza o e letramento 4 7 2 Fasc culo 2 Alfabetiza o e letramento quest es sobre avalia o 4 7 3 Fasc culo 3 A organiza o do tempo pedag gico e o planejamento de ensino 4 7 4 Fasc culo 4 Organiza o e uso da biblioteca escolar e salas de leitura 4 7 5 Fasc culo 5 O l dico na sala de aula projetos e jogos ccececeecereesererecereeesso 4 7 6 Fasc culo 6 O livro did tico em sala de aula algumas reflex es ccecerese 4 7 7 Fasc culo 7 Modos de falar Modos de escrever ccccececeserescerececeroseessrersessos 4 7 8 Fasc culo complementar eeseessessoesocsseesoesscesoescosscesceccoesocsscesoesocsscesoesocsscescessoeseeos 4 8 Os v deos do Programa sssseessesccescescescoesccssoesocsscescesoceseescesoossccsseccossocsseecossocsscessesoe 4 9 A rela o bibliogr fica do programa seseessessescssossesocsossesocssssossossesossossesocsossosoossse 18 23 23 27 38 45 49 51 55 60 62 68 68 70 76 79 84 88 96 101 103 105 113 124 129 134 136 139 141 143 144 145 146 147 149 149 151 5 TECENDO O FIO TE RICO METODOL GICO cese
349. rau de import ncia Assim ao apontar para uma rela o entre sujeitos na entrevista coletiva compreendemos que as professoras tutoras s o parceiras da pesquisadora e em consequ ncia disso pesquisa se com elas suas concep es sobre o PPL Os lugares assumidos por pesquisador e sujeitos na entrevista coletiva s o diferenciados como afirma Kramer 2003 p 66 A situa o dial gica enriquecida as an lises s o mais profundas e substanciais e acima de tudo a perplexidade expressar a linguagem parece ter maior autenticidade as narrativas s o mais densas os sujeitos expressam emo es mais intensas ao compartilh las com os demais h uma constru o do conhecimento compartilhada as pessoas s o mais espont neas e parecem ter mais confian a diante de uma quantidade maior de sujeitos A entrevista coletiva enquanto estrat gia metodol gica permite identificar o ponto de vista dos entrevistados reconhecer aspectos pol micos a respeito dos temas em debate provocar a discuss o entre os participantes e estimular as pessoas a tomarem consci ncia de sua situa o e condi o e a pensarem criticamente sobre elas KRAMER 2003 p 66 Nesse sentido importante ressaltar que a entrevista coletiva coloca o horizonte do eu e do outro em foco pois sendo o mundo valorado de forma diferenciada pelo eu e pelo outro h contraposi o de valores Partindo da concep o axiol gica do eu outro ei
350. realiza o dos encontros TV DVD projetor multim dia e material de consumo 57 dos professores tutores afirmaram que receberam apoio intermitente das secretarias de educa o e 30 tiveram aux lio cont nuo No que concerne ao envolvimento da equipe pedag gica e gestora da escola no PPL segundo os professores tutores 45 da equipe gestora n o se envolveu no programa e 51 da equipe pedag gica n o se envolveu tamb m o que demonstra que necess rio uma efetiva parceria no mbito escolar para a realiza o do PPL Logo o programa precisa ser ampliado para os diretores e coordenadores pedag gicos A partir dos dados quantificados podemos afirmar que um dos pontos positivos do PPL a realiza o de maneira concreta de uma forma o de dura o mais extensa pois em geral as a es de forma o realizadas pelas secretarias de educa o ficam voltadas em 45 a oficinas e 45 a palestras Verificamos tamb m que 93 dos munic pios realizam essas a es de forma o antes do PPL Constatamos que em 54 dos munic pios h um movimento de estrutura o de uma equipe de forma o continuada de professores mas como grande parte desses profissionais possuem cargos pol ticos a cada gest o reinicia se uma nova composi o de profissionais formadores locais e a constitui o de uma rede de apoio local de qualidade forma o permanente de professores torna se mais dif cil e sua efetiva o realiza se de forma lenta e
351. reens o sobre as vozes sociais e os elos discursivos dispostos nas an lises discursivas em Ci ncias Humanas Assumimos ent o como desafio a busca pela compreens o dos discursos dos professores tutores sobre o PPL atrav s da an lise de seus silenciamentos e de suas enuncia es cientes de que Entre o discurso e o objeto interp e se um meio flex vel de discursos alheios sobre o mesmo objeto sobre o mesmo tema Um dado objeto est recoberto de camadas discursivas todo discurso concreto enuncia o encontra aquele objeto para o qual est voltado sempre por assim dizer j desacreditado contestado avaliado envolvido por sua n voa escura ou pelo contr rio iluminado pelos 33 Para Bakhtin a voz a inst ncia discursiva fundante de todo o texto AMORIM 2001 p 50 O autor discute o discurso de outrem em termos de vozes sociais que comp em e atravessam o discurso dial gico o discurso no discurso 3 Para Bakhtin 2003 p 272 o silenciamento corresponde a uma compreens o responsiva de efeito retardado cedo ou tarde o que foi ouvido e ativamente entendido responde nos discursos subsequentes ou no comportamento do ouvinte 198 discursos de outrem que j falaram sobre ele O objeto est amarrado e penetrado por ideias por pontos de vista por aprecia es de outros e por entona es Orientado para o seu objeto o discurso penetra neste meio dialogicamente perturbado e te
352. rela am por entre dire es distintas 5 2 Encaminhamento metodol gico A orienta o dial gica naturalmente um fen meno pr prio a todo discurso Trata se da orienta o natural de qualquer discurso vivo Em todos os seus caminhos at o objeto em todas as dire es o discurso se encontra com o discurso de outrem e n o pode deixar de participar com ele de uma intera o viva e tensa Bakhtin A concep o hist rico cultural e dial tica da produ o do conhecimento que considera o texto como dado prim rio s pode ser compreendida no mago das rela es dial gicas porque como aponta Bakhtin 2003 p 319 por toda parte h o texto real ou eventual e a sua compreens o A investiga o se torna interroga o e resposta isto di logo Partindo desse princ pio baktiniano conduzimos nossa investiga o buscando dialogar com o conjunto de documentos que compuseram o corpus documental da pesquisa na inten o de analisar o contexto s cio hist rico da constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e do programa PPL Segundo Gil 2002 a pesquisa com base documental foi elaborada para investigar documentos escritos reunidos na ocasi o e 163 tornados p blicos em rela o ao tema de estudo Nesse sentido investigamos uma variedade de fontes documentais concernentes constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e ao PPL Ao fazermos u
353. res T cnicos Professor do ensino b sico Professor aluno 35 O processo de coleta de dados dessa pesquisa foi dividido em tr s momentos sele o de documentos an lise dos fasc culos do PPL aplica o de question rios e realiza o de entrevista Primeiramente selecionamos os documentos que remetiam ao momento da constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica a serem reunidos e analisados portarias cartas documentos do MEC edital da Rede Manual completo da Rede cat logos da Rede dos anos de 2006 e 2008 documento Guia Geral da Rede discursos oficiais sobre a Rede di rio do Senado Federal relat rios da comiss o de Educa o e Cultura cartas de institui es diversas ligadas educa o p blica brasileira O crit rio de pesquisa e sele o do material deu se diante do desafio de compreender a Constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores no contexto educacional nacional O prop sito era compreender o objeto de pesquisa e assim assumimos que compreender um objeto compreender meu dever em rela o a ele a atitude ou posi o que devo tomar em rela o a ele isto compreend lo em rela o a mim mesmo no Ser evento nico e isso pressup e minha participa o respons vel e n o uma abstra o de mim mesmo BAKHTIN 1993 p 35 Posteriormente foram selecionados todos os fasc culos do PPL a serem analisados Capacidades Lin
354. res por se constituir uma experi ncia espec fica para a rea de alfabetiza o na modalidade EAD Neste quadro de expans o da EAD na forma o de professores os anos de 2003 a 2009 ser o representados por programas diversos de forma o inicial e continuada de docentes Ocorre a cria o da Rede Nacional de Forma o continuada de professores o Sistema Nacional de Forma o de professores e a Universidade Aberta do Brasil intitulada A casa do Professor pelo Ministro da Educa o Fernando Haddad pois prioritariamente atende s necessidades de formar centenas de milhares de professores para a educa o b sica e possibilitar que outros docentes em efetivo exerc cio possam completar sua forma o Para maiores informa es consulte a tabela na p gina 249 intitulada Forma o docente P s 96 2 Para verificar a expans o da EAD de 2003 a 2009 observe o quadro anexado ao final do trabalho na p gina 250 64 atendendo ao disposto legalmente e em breve reciclar milh es de professores periodicamente HADDAD 2006 jj UNIVERSIDADE r 7 E P los Cursos Noticias Fale conosco Pesquisas UAB pesquisar Compet ncias e Responsab Institui es UAI As institui o atendem exc federais estaduais ou municip Not cias Capes aracterizadas por universidades Professores cubanos podem ter ica Os IFETS bolsas no Brasil e Presidente da Ex Libris para a es de funcionamento dos
355. res Inscritos Alfab Mat certificados municipios Certificados RN 114 103 118 221 10 440 2 551 3 033 5 554 CE 143 172 170 342 18 300 6 405 4 937 11 342 MA 117 156 146 302 19 889 5 677 4 266 9 943 BA 76 77 76 153 9 955 3 690 2 564 6 254 PI 104 109 99 208 9 276 4 574 2 954 7 528 SC 90 96 92 188 9 041 2 670 1 475 4 145 PE 82 69 127 196 16 049 0 0 0 SE 22 22 22 44 2 033 0 0 0 SP 146 148 139 287 17 499 0 4 225 4 225 PB 119 112 98 210 11 350 2 135 3 081 5 216 AL 70 107 113 220 9 746 0 0 0 RJ 61 97 90 187 15 512 0 3 656 3 656 Total 1 144 1 268 1290 2558 149 090 27 702 30 161 57 863 Fonte MEC Coordena o do Programa Pr Letramento 2008 Ainda segundo a coordena o do Programa em 2010 a meta oferecer forma o a cem mil educadores das redes p blicas que aderiram ao programa em 2009 3 7 O programa Pr Letramento no Estado do Rio de Janeiro O lan amento do programa Pr Letramento no Estado do Rio de Janeiro ocorreu no dia 27 de setembro de 2006 no Pal cio Gustavo Capanema na gest o do Secret rio Estadual Dados capturados no endere o http portal mec gov br index php option com content amp view article amp id 14366 Em 24 de setembro de 2009 96 de Educa o Arnaldo Niskier Na ocasi o o programa foi apresentado aos gestores municipais de ensino Secretaria Estadual de Educa o do Estado do Rio de Janeiro s universidades e Uni o dos Dirigentes Municipais de Educa o UNDIME do Estado O programa
356. ri ncias como constataremos no desenvolvimento deste cap tulo 1 Dispon vel em lt http portal mec gov br index php Itemid 356 amp id 289 amp option com content amp view articlehttp gt Acesso em 12 01 2009 49 2 2 A Lei de Diretrizes e Bases da Educa o os decretos presidenciais e a educa o a dist ncia Abordaremos nesta parte do trabalho a rela o entre a Lei de Diretrizes e Bases da Educa o os decretos presidenciais e a educa o a dist ncia Inicialmente destacamos que muitas s o as defini es cl ssicas de te ricos da educa o a dist ncia e em cada defini o h uma rela o de um momento hist rico e um cen rio econ mico espec ficos Alguns autores da rea utilizam frequentemente os termos Educa o a Dist ncia e Ensino a Dist ncia de forma indistinta Entretanto neste trabalho utilizaremos a terminologia Educa o a Dist ncia por consider la de maior amplitude tendo como aporte te rico Mamede Neves 1996 pois segundo a autora o termo Educa o a Dist ncia assim como o de Ensino a Dist ncia apresentam uma mesma significa o isto s o processos de ensino aprendizagem mediatizados por um compromisso pedag gico A partir da Lei 9394 96 temos a EAD como modalidade de ensino embora sua defini o n o apare a na lei e no Artigo 80 verifica se que O Poder P blico incentivar o desenvolvimento e a veicula o de programas de ensino a dist ncia em to
357. rioridade da proposta de educa o a dist ncia e de produ o de material did tico A Portaria a primeira proposta apresentada no governo de Lu s In cio Lula da Silva para dar continuidade tentativa de implanta o da proposta de certifica o de professores sustentando se na cren a de que o futuro do Brasil depende de uma revolu o na educa o SEIF MEC 2003b p 5 A publica o da Portaria causa pol mica em mbito nacional as diversas entidades educacionais tais como a Associa o Nacional pela Forma o dos Profissionais da Educa o ANFOPE Associa o Nacional de Pesquisa e P s Gradua o em Educa o ANPED o F rum de Diretores de Faculdades Centro de Educa o das Universidades P blicas Brasileiras FORUMDIR o Congresso Nacional de Educa o CONED e o F rum em Defesa da Escola P blica atrav s da Carta Protesto denominada de Formar ou Certificar 2 A quest o da certifica o de professores encontra se em voga at o presente momento como se pode constatar atrav s do Decreto n 6 755 de 2009 sobre fomento e apoio a programas de forma o inicial e continuada de docentes e com a aproxima o da Confer ncia Nacional de Educa o Conae a realizar se de 28 de mar o a 1 de abril de 2010 Certamente a tem tica ser apresentada por meio do argumento de tornar se mais um passo na busca do padr o de qualidade e ratificar as recomenda es dos organismos internacionais par
358. rma o continuada de professores e o ensino da leitura e da escrita s o fatos estruturantes da educa o nacional mas se o in cio dessa hist ria n o foi de xito total para grande parte da popula o brasileira que seu caminho de constru o seja um tecer de um novo tempo na educa o nacional 38 2 FIOS E DESAFIOS EAD E FORMA O DE PROFESSORES Nosso objeto de estudo o papel da tutoria na forma o continuada de professores da rea de alfabetiza o e linguagem no PPL mas tamb m abordaremos a forma o inicial de professores por meio de uma breve retomada hist rica da forma o de professores no Brasil contextualizando a atrav s de aspectos de ordem social econ mica e pol tica da sociedade brasileira pois s o os princ pios da forma o inicial os referenciais para a forma o continuada no sentido de sua revis o e reformula o Segundo Pimenta 1992 p 93 a retomada hist rica tem sentido para que se possa compreender a atual problem tica da forma o de professores vinculada ao prec rio quadro da educa o escolar no Brasil de hoje Sendo assim passaremos de forma sucinta cada per odo hist rico pertinente ao tema Durante o per odo colonial brasileiro n o houve preocupa o com a forma o de professores fora dos interesses da igreja que para manter sua supremacia responsabilizou se pela educa o nacional tendo na forma o dos jesu tas o docente adequado Ap s as reformas
359. rma o de professores para o ensino fundamental no ensino m dio Voc cursou uma Faculdade de Pedagogia 10 Na grade curricular cursada havia alguma disciplina espec fica de alfabetiza o Qual ou quais Nii EEAS E SRD DE Re ARDER SR RR ROS S O PRA ER A ECN O DNBE ENE DEDOS DRE RO TE TAS 11 Voc realizou sua forma o inicial em institui o 11 a p blica 11 b privada 12 Qual o nome da AATE PA E E N 13 Em que cidade se localiza en E EE ES panda 268 14 Sua indica o para o trabalho no Pr Letramento foi atrav s da 14 a indica o da prefeitura local 14 b an lise curricular 14 c outras Descreva qual 15 Qual a fun o que voc exercia antes do Pr Letramento 15 a doc ncia no primeiro segmento do ensino fundamental 15 b doc ncia no segundo segmento do ensino fundamental 15 c doc ncia no curso de forma o de professores no ensino m dio 15 d doc ncia no curso de forma o de professores na gradua o de institui o privada 15 e doc ncia no curso de forma o de professores na gradua o de institui o p blica 15 h cargo de confian a na rea administrativa na secretaria municipal de educa o 15 i cargo de confian a na rea pedag gica na secretaria municipal de educa o 16 Ap s o in cio de suas atividades no Pr Letramento voc 16 a foi liberada de outras atividades na rede p blica de ensino em que atua e dedicou se exclu
360. rofessores foram indagados sobre a exist ncia de disciplinas espec ficas de alfabetiza o em seu curso de forma o 51 responderam que havia disciplina espec fica e 48 indicaram a aus ncia da disciplina Assim constatamos que a forma o inicial ainda carece de contemplar disciplinas espec ficas para o tema da alfabetiza o No tocante disciplina algumas tutoras adicionaram alguns relatos e apontaram que preciso que a disciplina trabalhe temas pertinentes e pr ticos pois em v rios question rios foi relatado que as aulas de Alfabetiza o resumiam se a din micas e a trabalhos para enfeitar salas de alfabetiza o A respeito da sele o para o trabalho no PPL e a atua o no papel de tutor no programa identificamos que 60 deram se por meio de indica o da prefeitura local 30 por an lise curricular na rede de ensino e 9 pela indica o da coordenadora regional de ensino Ao serem questionadas sobre a fun o que exerciam antes do trabalho no PPL 216 identificamos que 54 possu am cargos de confian a nas secretarias municipais de educa o locais na rea pedag gica 6 eram tutoras de gradua o do curso de Pedagogia da Funda o Centro de Ci ncias e Educa o Superior a Dist ncia do Estado do Rio de Janeiro CEDERJ e 6 eram tutoras de p los de universidades privadas em seus munic pios Verificamos tamb m que 3 eram formadoras do Programa de Forma o de Professores Alfabetizadores e que 3 eram
361. rograma Pr letramento constituiu se em uma oportunidade de encontrarmos respostas e de construirmos algumas conclus es para essas quest es Durante os encontros de forma o de tutores ocorridos no per odo de novembro de 2006 a dezembro de 2007 o grupo de tutores do RJ junto ao Centro de Estudos em Educa o e Linguagem CEEL da Universidade de Pernambuco respons vel pela forma o de tutores no estado estudou primeiramente os conte dos da fundamenta o te rica acerca do trabalho de tutoria e posteriormente acerca dos conceitos e concep es do processo de alfabetiza o que se sustentavam na concep o de linguagem de Bakhtin embasando uma proposta lingu stico pedag gica interacional A partir da leitura e das discuss es dos textos que formavam os fasc culos do PPL que eram realizados durante a forma o dos tutores e das propostas de situa es did ticas apresentadas para a forma o de professores fomos compreendendo a complexidade da a o de tutoria de um programa de forma o continuada a dist ncia na rea de Alfabetiza o e Linguagem As propostas apresentadas na forma o enfatizavam a import ncia de se trabalhar com textos e alicer avam se na concep o de letramento indicando a escola como principal ag ncia de letramento de uma grande parte da popula o brasileira que fica margem do 3 No Brasil esse termo foi cunhado recentemente e tem sido entendido de diversas maneiras Desse modo
362. s 2009 apresenta uma an lise da concep o e gest o do Programa Pr Letramento em uma perspectiva cr tica concluindo que os professores cursistas apresentaram uma avalia o positiva do programa pois ele proporcionou um saber te rico que pode levar a uma mudan a na pr tica pedag gica principalmente no conhecimento sobre a alfabetiza o em uma perspectiva de letramento e que este contribuiu para uma melhoria de sua pr tica pedag gica O trabalho defende que o Programa Pr Letramento uma medida necess ria mas n o suficiente para uma promo o efetiva da qualidade da educa o oferecida s classes trabalhadoras importante destacar que no momento inicial desse estudo no come o de 2008 tivemos como referencial o artigo de S nia Regina Mendes dos Santos intitulado A Rede Nacional de forma o continuada de professores o Pr letramento e os modos de formar os professores publicado no terceiro volume da revista Pr xis Educativa da Universidade Estadual de Ponta Grossa no ano de 2008 Santos 2008 analisa em seu trabalho as condi es exigidas pelo Programa Pr letramento para a ades o dos munic pios tendo como l cus um munic pio do estado do Rio de Janeiro considerando que esse programa representou a efetiva o das parcerias entre o governo a Universidade e as Secretarias Estaduais e Municipais de Educa o Para a autora o PPL prop e se a estabelecer uma forma o continuada relacionada com u
363. s avaliados pelo Sistema de Avalia o da Educa o B sica SAEB mostraram as suas imensas dificuldades 35 Carlos Roberto Jamil Cury p s doutor pela Universit Paris V Ren Descartes U P V Paris Fran a Professor adjunto da Pontif cia Universidade Cat lica de Minas Gerais PUC MG Fonte Curr culo Lattes htttp www lattes cnpqg br 268596980826238 Capturado em 13 de abril de 2008 82 Percentual de estudantes nos est gios de constru o de compet ncias Matem tica 4 S rie EF Brasil Saeb 2001 e 2003 Est gio 2001 2003 Muito Cr tico 12 5 11 5 Cr tico 39 8 40 1 Intermedi rio 40 9 41 9 Adequado 6 8 6 4 Total 100 0 100 0 Fonte MEC INEP A senadora Ideli Salvatti argumenta que Esse Programa constitui se de 4 m dulos com 100 mil professores em cada m dulo chegando a 400 mil professores ao final do Programa E o investimento nestes 2 anos ser de R 120 milh es Ent o esses dois Programas pretendem focar na quest o da forma o na doc ncia dos professores exatamente para atuarem na educa o b sica e no ensino m dio e o Pr letramento visa requalificar os professores das s ries iniciais naquelas duas reas onde os exames est o mostrando o baixo aproveitamento dos nossos alunos em L ngua Portuguesa e Matem tica S o medidas que o Minist rio da Educa o por interm dio do Ministro Tarso Genro est propondo a partir de agosto de 2005 para que em dois anos tenha
364. s como verdades absolutas e indiscut veis uma vez que n o s o palavras o que pronunciamos ou escutamos mas verdades ou mentiras coisas boas ou m s importantes ou triviais agrad veis ou desagrad veis etc BAKHTIN 2006 p 96 Portanto para entender determinado discurso sobre a tem tica alfabetiza o e letramento n o suficiente analisar os aspectos sint ticos ou l xico sem nticos do discurso ou conhecer a significa o das palavras que o comp em Depende tamb m de conhecermos os elementos que fazem parte da situa o extraverbal ou seja a finalidade do discurso o momento hist rico em que foi produzido o car ter ideol gico do discurso a identidade dos interlocutores os discursos dos outros que se entrecruzam no interior do texto o contexto comunicativo no qual foi produzido pois Compreender a enuncia o de outrem significa orientar se em rela o a ela encontrar o seu lugar adequado no contexto correspondente A cada palavra da enuncia o que estamos em processo de compreender fazemos corresponder uma s rie de palavras nossas formando uma r plica Quanto mais numerosas e substanciais forem mais profunda e real a nossa compreens o Ibidem p 135 Assim admitindo a perspectiva dial gica da linguagem em que o texto n o um produto pronto e fechado que carrega um nico significado poss vel definido previamente pelo autor no momento da escritura uma vez que seus sentidos s o pr
365. s da Uni o Que se h dinheiro para ofertar BOLSAS como gratifica o que seja revertido em financiamento para o Piso Salarial Profissional Nacional REDE NACIONAL DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DA EDUCA O Objetivo ampliar a oferta de meios de forma o docente O MEC apoiar a pesquisa educacional para a produ o de material did tico e cursos de forma o a dist ncia inicial e continuada Os centros de pesquisa e desenvolvimento da educa o ser o selecionados por meio da apresenta o de propostas pelas institui es de ensino e pesquisa brasileiras As reas de pesquisa aplicada a serem apoiada s o alfabetiza o educa o matem tica e cient fica ensino de ci ncias humanas artes e educa o f sica tecnologia de gest o e avalia o da educa o Forma o a dist ncia j na fase inicial _ Transfer ncia de recursos crit rios Exclus o dos demais segmentos de trabalhadores em educa o Forma o inicial presencial continuada e em servi o para todos os trabalhadores da educa o com hora jornada e em conv nio com as Universidades P blicas Obs forma o para outros segmentos da educa o AMPLIA O DO ATENDIMENTO ESCOLAR _ Inclus o das crian as de seis anos no Ensino Fundamental Esfor o para garantir inclus o de crian as de 7 a 14 que ainda est o fora da Escola Apoio constru o de sistemas estaduais de avalia o da Educa o B si
366. s de forma o de inova o de experi ncia e de desenvolvimento profissional mas tamb m lugares de pesquisa e de reflex o cr tica Esse princ pio articula se na proposta do Guia Geral do PPL ao trazer o elo entre forma o e profissionaliza o na medida em que uma pol tica de forma o implica a es efetivas no sentido de melhorar a qualidade do ensino as condi es de trabalho e ainda contribuir para a evolu o funcional dos professores BRASIL 2007 p 3 Segundo Gatti amp Barreto 2009 a ideia de forma o continuada como desenvolvimento profissional a base de dois modelos amplamente aceitos e defendidos na literatura educacional brasileira mais recente tendo seu desdobramento na formula o de oficinas de reflex o sobre a pr tica e a forma o centrada no fortalecimento institucional Rego e Mello 2002 ponderam que o modelo de reflex o sobre a pr tica realizada em pequenos grupos uma estrat gia de alto valor formativo e tem produzido efeitos interessantes e embora tenha sido apoiado por pol ticas de governo mais recentes no pa s seus efeitos da perspectiva do sistema como um todo n o alcan am os n veis desejados Por outro lado o fortalecimento institucional da escola e a pr tica reflexiva sup em transforma es que ultrapassam as quest es de envolvimento dos professores e de forma o continuada propriamente dita dado que demanda condi es institucionais e estruturais prop cias
367. s desafios de hoje Bras lia iMEC 1999 BUARQUE Cristovam Discurso de posse 2003 Dispon vel em http www uol com br fernandorodrigues 030106 discurso de posse educacao doc Acesso em 10 de mar 2008 BUNZEN Clecio Da era da composi o era dos g neros o ensino de produ o de texto no ensino m dio In BUZEN Clecio MENDON A M rcia Portugu s no ensino m dio e forma o do professor S o Paulo Par bola 2004 CANDAU Vera Maria Ferr o Org A did tica em quest o Petr polis Vozes 1984 CARVALHO ngela Maria Rebel de O tutor na forma o de professores a dist ncia saberes que fundamentam a pr tica tutorial na experi ncia do Curso de Pedagogia a dist ncia da UNIRIO Niter i Faculdade de Educa o UFF 2005 CAVALCANTE Margarida Jardim CEFAM uma alternativa pedag gica para a forma o do professor S o Paulo Cortez 1994 CIRIGLIANO G F J Educaci n a distancia Editorial Docencia Buenos Aires Argentina 1986 CONTRERAS Jos A autonomia de professores S o Paulo Cortez 2002 COOK GUMPERZ Jenny Orgs A constru o social da alfabetiza o Trad Dayse Batista Porto Alegre Artes M dicas 1996 CURY Carlos Roberto Jamil Potencialidades e Limita es da Certifica o de Professores Revista Retratos da Escola Vol 3 Pag 117 a 134 Rio de Janeiro 2009 229 DALLARI Adilson Abreu Aspectos Jur dicos da Licita o 3 ed atual S o Paulo Saraiva 1992 DE
368. s preciso que o discurso de outrem possa parecer o contexto enquadra e lapida os contornos do discurso de outrem assim esse sempre estar submetido a not veis transforma es de significados Para Bakhtin h aspectos envolvidos na transmiss o do discurso do outro que precisam ser considerados pois h diferen as essenciais entre a recep o ativa da enuncia o de outrem e sua transmiss o no interior de um contexto Al m disso a transmiss o leva em conta uma terceira pessoa a pessoa a quem est o sendo transmitidas as enuncia es citadas Essa orienta o para uma terceira pessoa de primordial import ncia ela refor a a influ ncia das for as sociais organizadas sobre o modo de apresenta o do discurso BAKHTIN 2006 149 Ao optarmos por essa metodologia estamos nos tornando habilitados a caminhar por um estudo em que o ambiente natural o contexto o processo e a significa o dos dados dever o falar nas an lises realizadas Trata se de um estudo que entre outros aspectos tomou por base os discursos oficiais i i 4 Ee sobre o PPL compreendido aqui como discurso de autoridade enquanto cen rio de 84 Para Bakhtin 2003 p 294 os discursos de autoridade s o enunciados com certa posi o valorativa ocupada por algu m n o se refere somente posi o social emp rica mas ao lugar que fala dotado de autoridade e legitimidade sendo assim enunciados investidos de autoridade
369. s recursos como textos de apoio boletim caixa postal fax telefone e recentemente a internet Com o prop sito de tornar poss vel a comunica o entre os professores reunidos em espa os de recep o organizada Telesalas Teleposto em que a media o atrav s de um orientador da aprendizagem os professores cursistas discutem e apresentam quest es que se tornaram constitutivas do debate com especialistas Nesse panorama inaugura se no contexto educacional brasileiro no n vel estadual e municipal um novo papel na forma o docente A figura do orientador de aprendizagem docente da rede municipal ou estadual de ensino constitui se no cen rio nacional como mediador do processo de forma o continuada de professores sendo uma de suas atribui es fazer que a forma o ent o n o se encerrasse naquele momento em que os professores est o todos reunidos no presencial ou no ambiente virtual mas fazer com que a forma o se estendesse at a pr tica do professor BRASIL 1999 p 71 ou seja constituindo se primeiramente como um mediador atualmente denominado como tutor que sempre convocado a refletir sobre seu papel Voc j parou para refletir sobre o seu papel como formador Idem Considerando as ltimas pol ticas governamentais no pa s e as a es de forma o continuada em n vel federal estadual e municipal principalmente ap s a cria o do programa Salto para o Futuro em 1991 da TV Escola em
370. sa corrente reduz a l ngua a um sistema abstrato de normas e regras de combina o externa ao sujeito enquanto que a fala entendida como um ato individual Para o autor al m de dicotomizar l ngua e fala essa tend ncia acaba por priorizar em seus estudos apenas os aspectos normativos e objetivos da l ngua Quanto ao subjetivismo idealista Bakhtin idem exp e que essa corrente que tinha como principal representante o estudioso Humboldt considerava o fen meno lingu stico como ato significativo de cria o interna regido por uma psicologia individual e pela lingu stica como ci ncia da express o da cria o est tica e art stica Enquanto para o objetivismo abstrato a valoriza o recai em uma linguagem formal atrav s dos estudos gramaticais e lexicais nessa outra tend ncia o interesse incide no aspecto interior e subjetivo da fala como fundamento da l ngua Assim ao criticar essas duas correntes Bakhtin idem prop e a pr tica viva da l ngua como o n cleo da realidade lingu stica Nas palavras do autor Tradu o livre do espanhol 161 a verdadeira subst ncia da l ngua n o constitu da por um sistema abstrato de formas lingu sticas nem pela enuncia o monol gica isolada nem pelo ato psicol gico de sua produ o mas pelo fen meno da intera o verbal realizada atrav s da enuncia o ou das enuncia es a intera o verbal constitui assim a realidade fundamental da l ngua BAKH
371. sa em quest o foi realizada em contextos naturais com o objetivo de compreender uma determinada realidade social e n o o estabelecimento de leis gerais Portanto a credibilidade dos resultados foi constru da por meio da observa o de m ltiplos contextos e da obten o de dados por v rios m todos a partir das diversas perspectivas dos participantes nos contextos observados por um per odo prolongado de tempo Essa base emp rica foi utilizada para avaliar as indica es do relat rio encomendado pela Unesco ao Instituto Internacional de Alfabetiza o Letramento International Literacy Institute EFA 2000 para apresenta o no F rum sobre Educa o Mundial realizado em Dacar em 2000 que apresentou como um dos grandes desafios para o mil nio a perman ncia do alunos nos cursos de Educa o B sica Em rela o ao problema do abandono dos cursos e programas pelos adultos ser o discutidos os fatores motiva o e acessibilidade apontados nos documentos oficiais de desenvolvimento como fatores relevantes para o sucesso ou fracasso dos programas 282 T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO Novas pr ticas de leitura e escrita letramento na cibercultura Palavras chave Letramento Cultura do papel Cibercultura Pr ticas de leitura Pr ticas de escrita SOARES Magda Novas pr ticas de leitura e escrita letramento na cibercultura Educ
372. saltamos ent o que essas propostas contribuem para a inexist ncia de um l cus de forma o inicial e continuada de professores e que as universidades est o a par desta estrat gia consolidando a EAD como modus de forma o de professores tendo como pilar o artigo 80 da LDB e o Decreto 5 622 05 editado pelo governo que regulamentam a EAD no pa s definindo a como modalidade educacional na qual a media o did tico pedag gica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utiliza o de meios e tecnologias de informa o e comunica o com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos grifos nossos Brasil 2005 Dessa forma consolidaram se a expans o e o crescimento dos cursos superiores a dist ncia na rea de forma o de professores que come aram a surgir em atendimento solicita o da Lei e que foram autenticados atrav s do Decreto 5 622 05 que admitiu a oferta de educa o a dist ncia em todos os n veis de ensino inclusive para a p s gradua o stricto sensu e cursos de forma o continuada e posteriormente aperfei oado pelo Decreto 6 303 07 Embora a LDB tenha considerado o n vel superior como exig ncia para a forma o dos profissionais da educa o e estabelecia que at o fim da D cada da Educa o 1996 2006 somente seriam admitidos professores habilitados em n vel superior ou formados por 51 treinamento em servi o o que ob
373. scrita tanto um fator que favorece o progresso da alfabetiza o dos alunos como uma consegii ncia da aprendizagem da l ngua escrita na escola Por isso um dos eixos a serem trabalhados desde os primeiros momentos do percurso de alfabetiza o Isso significa promover simultaneamente a alfabetiza o e o letramento p g 19 fasc culo 1 265 AP NDICE L LEDUC Laborat rio de estudos de Linguagem Leitura Escrita e Educa o UFRJ CFCH Faculdade de Educa o ROTEIRO DE ENTREVISTA COLETIVA Apresenta o Certamente voc s j me conhecem pois durante os anos de 2006 e 2007 estive nos encontros do Pr Letramento Como sabem o meu nome Elizabeth e atualmente sou aluna do Mestrado em Educa o da UFRJ Venho participando desses encontros h tr s anos acompanhando o trabalho de forma o no programa Pr Letramento no Estado Rio de Janeiro inicialmente atuando e agora pesquisando O foco de minha pesquisa a forma o continuada de professores na perspectiva do programa Pr Letramento e eu queria investigar especificamente a forma o de voc s como tutores no processo de forma o de professores alfabetizadores e professores da rea de linguagem na educa o b sica Analisarei as suas produ es dos relat rios entregues s formadoras para verificar as suas apropria es das discuss es trazidas na forma o e as quest es apresentadas nos encontros com os professores em ca
374. scurso do fasc culo do tutor c entrevista coletiva com os professores tutores e d question rio com perguntas abertas e fechadas preenchidas pelos professores tutores Essa multiplicidade de instrumentos relevante pois nos permitiu um olhar sob o prisma de quem os olha de dentro ou seja o olhar de algu m que faz parte desse contexto 167 exercendo o papel de tutora Assim nesse esfor o de ver o mundo pelo olhar do outro a constitui o de nosso olhar est filtrado pela teoria a qual lhe d suporte para perceber os vieses dos fatos e dos dados logo tamb m utilizamos seu excedente de vis o BAKHTIN 2003 p 218 Esses instrumentos foram utilizados em duas etapas A primeira correspondente ao semestre inicial de 2008 entre janeiro e junho A segunda etapa corresponde a cinco encontros de forma o de tutores realizados em junho setembro novembro e dezembro de 2008 e em mar o de 2009 per odo em que foram realizadas as entrevistas coletivas e aplicado o question rio Para melhor compreens o da ordem em que os instrumentos foram sendo utilizados ao longo da pesquisa observemos o quadro abaixo Instrumento Objetivo s Per odo Reunir os documentos de constitui o da Rede Coleta documental Nacional de Forma o Janeiro a julho de 2008 Continuada de Professores e do Programa Pr letramento Conhecer as concep es Junho setembro outubro e sobre o programa dos novembr
375. senvolvimento da a o pela IES Fonte MEC 2003 79 A partir da resposta das universidades s diretrizes do MEC atrav s da apresenta o dos materiais e das propostas solicitadas constituiu se o primeiro retrato da rea de Alfabetiza o e Linguagem BRASIL 2004 p 50 Logo visualizou se que duas universidades n o corresponderam quanto ao desenvolvimento de projetos de forma o de tutores para os programas e cursos de forma o continuada e uma delas ao desenvolvimento de tecnologias educacionais para o ensino fundamental e a gest o de redes e unidades de educa o p blica Em dezembro de 2003 o Plano Plurianual do Governo divulgado e entre os objetivos para educa o encontram se l erradica o do analfabetismo no Brasil 100 da popula o com idade entre 7 a 14 anos na escola 2 capacita o de professores da Educa o Infantil Ensino Fundamental e Ensino M dio Professores Capacitados at 2 5 milh es em 2007 3 4 A parceria na forma o de professores O plano Plurianual BRASIL 2003 detectava em seu estudo que dentre os maiores problemas da educa o brasileira estava a fragilidade da forma o dos professores e a falta de est mulo para que renovem sua pr tica pedag gica N o existe um plano sistem tico e efetivo de forma o continuada dos professores que possibilite sua atualiza o permanente em termos cient ficos e pedag gicos nem mecanismos institucionais de valoriza
376. servamos na pr pria express o registrada na lei a concep o de trabalho docente como algo t cnico trein vel deixando transparecer que a pol tica em vigor a partir desse momento recairia no aligeiramento de forma o de professores e elegeria a escola como local de forma o Podemos compreender que na pr tica a ret rica da profissionaliza o e a EAD em paralelo construindo em un ssono t m sido apresentadas como positivas para a qualifica o dos professores brasileiros 2 3 As propostas de forma o continuada de professores e a educa o a dist ncia Conforme constatamos no desenvolvimento deste cap tulo h uma preocupa o com a forma o de professores e com a valoriza o do magist rio nas a es governamentais e observamos tamb m que a forma o continuada aparece em destaque nas pol ticas governamentais Entretanto o presente trabalho examina com cautela as mudan as realizadas por meio das reformas pois de uma maneira geral a forma o continuada de professores constitui uma por o parcela das reformas que est o se processando tendo sempre como alvo a busca de um alinhamento dos docentes que est o em exerc cio com as ltimas decis es em mat ria de pol tica educacional dos governos Segundo Mau s 2003 quando examinado de forma pol tica e contextualizada pode se observar que como os demais elementos que comp em o kit reforma este tem sociologicamente falando o car ter de acomo
377. sidade Estadual de Ponta Grossa UEPG Universidade de Bras lia UNB e Universidade Estadual de Campinas UNICAMP Durante a constitui o da rede as universidades apresentavam seus trabalhos de acordo com as diretrizes do MEC que demarcou em produtos por a o e rea espec fica as propostas a serem oferecidas segundo as seguintes atua es 1 desenvolvimento de programas e cursos de forma o continuada de professores e gestores para as redes de educa o infantil e fundamental a dist ncia e semipresenciais incluindo a elabora o de material did tico para a forma o docente livros v deos software 2 desenvolvimento de projetos de forma o de tutores para os programas e cursos de forma o continuada 3 desenvolvimento de tecnologias educacionais para o ensino fundamental e a gest o de redes e unidades de educa o p blica e 4 associa o a institui es de ensino superior e a outras organiza es para a oferta de programas de forma o continuada e a implanta o de novas tecnologias de ensino e gest o em unidades e redes de ensino BRASIL 2004 p 50 52 rea de Especialidade ALFABETIZA O E LINGUAGEM INSTITUI ES Universidade Federal do Pernambuco UFPE Universidade Federal de Sergipe UFSE Universidade Federal de Minas Gerais UFMG 04 Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG Universidade de Bras lia UNB Universidade Estadual de Campinas UNICAMP F n o de
378. sil CLACSO 2008 Universidades federais na rota da educa o terci ria notas sobre a Reestrutura o e Expans o das Universidades Federais Brasileiras CCJE UFRJ 2008 LIMA K R de S Educa o superior a dist ncia democratiza o ou subordina o das universidades p blicas s demandas do capital In Revista ADVIR v 14 Educa o a dist ncia p 56 66 ADUER J Associa o de Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro set 2001 Educa o superior a dist ncia e universidade aberta do Brasil pol tica de democratiza o ou de privatiza o da educa o brasileira Mimeo 2004 LIMA Maria do Socorro Lucena amp GOMES Marineide de Oliveira Redimensionando o papel dos profissionais da educa o algumas considera es In Pimenta Selma Garrido Professor reflexivo no Brasil S o Paulo Cortez 2002 L DKE Menga ANDR Marli E D A Pesquisa em educa o abordagens qualitativas S o Paulo EPU 1986 MARCUSCHI Luiz Ant nio Da fala para a escrita atividades de retextualiza o S o Paulo Cortez 2004 MARTINHO C ssio Algumas palavras sobre rede In SILVEIRA Caio REIS Liliane Org Desenvolvimento local din micas e estrat gias Rio de Janeiro Rede DLIS 2001 A quest o do suporte dos g neros textuais UFPE CNPqg 2003 Dispon vel em lt http bbs metalink com br gt Acesso em 28 jul 2008 232 MOORE M KEARSLEY G Educa o a dist ncia uma vis o in
379. sistem tico de reflex o sobre as caracter sticas do SEA o que implica a pr tica de atividades diversificadas que conduzam o aluno a pensar sobre essas caracter sticas A pesquisadora aponta em seu trabalho nove tipos de atividades predominantes de reflex o sobre a escrita alfab tica que s o atividades que buscam familiariza o com as letras que objetivam a constru o de palavras est veis que destacam a an lise fonol gica de composi o e decomposi o de palavras que destacam as tentativas de reconhecimento de palavras por meio do desenvolvimento de pistas para decodifica o que objetivam a escrita de palavras e textos utilizando se de conhecimentos dispon veis sobre o sistema que sistematizam as correspond ncias grafof nicas e a reflex o durante a leitura e a produ o de textos O trabalho de Albuquerque et al 2005 identificou um conjunto de atividades de apropria o do sistema de escrita alfab tico considerando como pr ticas organizadas aquelas nas quais havia um trabalho sistem tico de apropria o do sistema de escrita alfab tico A implica o fundamental apresentada nos fasc culos do PPL com rela o ao tema alfabetizar letrando a argumenta o de que o trabalho com a sistematiza o do conhecimento sobre a leitura e a escrita cabe escola e de responsabilidade do professor Assim ao examinarmos a base te rica que fundamenta o programa especificamente no tema alfabetiza o e letram
380. sivamente as atividades do programa pois n o trabalha na rede privada 16 b foi liberada de outras atividades na rede p blica de ensino em que atua e dedicou se exclusivamente as atividades do programa e continuou exercendo outras atividades na rede privada em que trabalha 16 c continuo exercendo suas atividades anteriores na rede p blica em que trabalha e na rede privada adicionando ao seu trabalho as atividades do Pr Letramento 17 Voc j participou de outros cursos de capacita o na rea de alfabetiza o 13 a sim 13 b n o 18 Sendo a resposta anterior positiva indique qual ou quais os rg os que desenvolveram a forma o 18 a ONG organiza o n o governamental 18 b Secretaria Estadual de Educa o 18 c Centros de Linguagem 18 d Secretaria Municipal de Educa o 18 e Universidade Privada 18 f Secretaria Estadual de Educa o 18 g Universidade P blica 269 19 Descreva especificamente o nome do s curso s que participou e qual a institui o que PEOMOVEUE sa a are LDA aaa aa ST aaa ae ea 20 O munic pio em que voc trabalha realizasse a es de forma o continuada 20 a sim 20 b n o 21 Se a resposta anterior foi afirmativa responda de que forma as a es de forma o continuada se realizam ou seja atrav s de 21 a palestras com profissionais da pr pria rede municipal de educa o 21 b palestras com professores
381. so da pesquisa de cunho documental no campo da educa o segundo Ludke amp Andr 1986 p 39 existem tr s pontos positivos l os documentos s o uma fonte est vel e rica Sendo assim podem ser revisitados in meras vezes e subsidiar o trabalho de diversos pesquisadores sob diferentes olhares de investiga o como Bortoni Ricardo S M amp Pereira 2006 Barbosa 2008 Pereira 2008 Pirola amp Moraes 2009 e Alferes 2009 que tomaram o PPL como objeto de estudo por m sob diferentes tem ticas conforme verificamos no segundo cap tulo deste estudo 2 as fontes documentais surgem num determinado contexto e fornecem informa es sobre esse mesmo contexto sendo assim acreditamos que por meio da an lise do discurso sobre a Constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e PPL poss vel compreendermos as posi es ideol gicas acerca do professor tutor da rea de alfabetiza o e linguagem e o contexto s cio hist rico e pol tico em que foram produzidas e 3 esse tipo de pesquisa permite a an lise dos documentos sem a presen a f sica de quem os construiu Nesse cen rio entendemos que investigar a constitui o do PPL em um conjunto de fasc culos elaborados pelos Centros de Educa o das universidades brasileiras tamb m analisar discursos sobre o professor tutor do PPL pois os fasc culos possuem uma natureza intrinsecamente social que lhes permite definir a
382. sor H BRARD Ler e escrever entrando no mundo da 1996 1 2 3 escrita HERN NDEZ Transgress o e mudan a na educa o os projetos de trabalho HALLEWELL O livro no Brasil sua hist ria O aprendizado da leitura KATO No mundo da escrita uma perspectiva psicoling stica Texto e Leitor aspectos cognitivos da leitura Leitura ensino e pesquisa Oficina de leitura teoria e pr tica complementar KLEIMAN Os significados do letramento uma perspectiva sobre a pr tica social da escrita Preciso ensinar o letramento N o basta ensinar a ler e escrever Letramento e forma o do professor pr ticas discursivas representa es e constitui o do saber 258 AUTOR OBRA ANO o 2004 Introdu o ling stica O w 7 KOCH E 5 complementar RR 1991 A coer ncia textual KRIEGER Recomenda es para uma pol tica 2006 p blica de materiais did ticos rea de dicion rios A aprendizagem da l ngua escrita na LERNER escola reflex es sobre a pr tica 1995 pedag gica construtivista Alfabetiza o apropria o do 5 Pi 2005 sistema de escrita alfab tico LEAL 3C Educa o de Jovens e adultos numa 2005 perspectiva do letramento Meus alunos n o gostam de ler o que 2005 eu fa o Hist rias e hist rias guia do usu rio do programa nacional biblioteca da 2001 escola PNBE 99 Literatura infantil brasileira hist ria e hist rias Um Brasil para crian as para conhecer melhor a literatura in
383. sores tutores atrelam se em princ pio a um entendimento da alfabetiza o como processo que necessita ser sistematizado pensamento este presente no discurso do fasc culo Na medida em que nas entrevistas coletivas as pessoas podem falar o entrevistado assume por vezes o papel do entrevistador e interroga es n o planejadas no roteiro surgem 205 suscitando quest es e tens es relevantes para os sujeitos Assim nas interlocu es estabelecidas entre os participantes a tem tica da universidade foi expressa e como para Bakhtin Ibidem p 333 todo enunciado tem sempre um destinat rio e al m desse destinat rio segundo n o em sentido aritm tico o autor do enunciado prop e com maior ou menor consci ncia um supradestinat rio superior o terceiro cuja compreens o responsiva absolutamente justa ele pressup e quer na dist ncia metaf sica quer no distante tempo hist rico Posto isso verificaremos que nas sequ ncias discursivas abaixo a universidade enquanto institui o o supradestinat rio dos enunciados das professoras tutoras T 1 O que eu achei muito importante essa parceria das universidades Porque normalmente eles s o pesquisadores ent o voc est tendo assim vamos dizer o casamento da teoria e a pr tica Ent o voc pesquisa mas voc v que no campo a situa o est acontecendo de uma outra maneira e a gente precisa dessa fundamenta o a gente precisa desse entrosamento A
384. sossossesossosse FIGURA 4 Portal do Professor ans anianadan ada Rasa nadin aaa einiiaeairis FIGURA 5 Banco Internacional de Objetos Educacionais cceccceseerceseereesse FIGURA 6 Plataforma Paulo Freire e eessesessessossesossossesoosossossossesoesossesossossesoosossese FIGURA 7 Livreto Toda Crian a Aprendendo e ssesosssessossoossesoossosesessoseosesesosse FIGURA 8 Manual da Rede ooeeeeeeeeeeoeesosessseseseoeseseseoesesesesesesecesesesssesscesesesesesesesso FIGURA 9 Documento Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica orienta es gerais ssesssossossesocsoesosoossesossossesosesseossoesssossossesoe FIGURA 10 Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica 2006 esosssssessossesossossesocsossesocssssossossesossossesocssssose FIGURA 11 Cat logo da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores da Educa o B sica 2008 essoesesossossesossossosoossssossossesoseoseossossssossossssoe FIGURA 12 Mapas da Rede Nacional de Forma o continuada de Forma o de Professores nos anos de 2006 e 2008 sessoesosssesoossosssesocssosssessossosssessossosesessossosssesss FIGURA 13 Cart o de pagamento do tutor e ssesesooessosssocsssccesocecoossoosessccesocesoseso FIGURA 14 Capa da primeira edi o do jornal Letra A em maio de 2005 destinado aos professores alfabetizadores brasil
385. sse Minist rio ou seja alfabetiza o e qualidade na educa o eram seu foco principal ponto central presente de forma transparente em seu discurso Disse o Ministro O analfabeto brasileiro Quero fazer uma refer ncia aos 20 milh es de brasileiros que daqui a quatro anos n o temos o direito de termos ainda iletrados Ibidem grifos nossos Ao realizar a an lise minuciosa do discurso de posse do Ministro da Educa o verificou se que um novo cap tulo na hist ria educacional brasileira n o se inaugurava quero cumprimentar diversos diplomatas representantes de organismos internacionais como meu amigo representante do Banco Mundial para dizer que precisava de voc s n o apenas do ponto de vista que todos pensam que s o os recursos financeiros N o eu preciso de voc s sobretudo como fiscais do que a gente faz como colaboradores com que a gente faz Ibidem Percebeu se que na verdade n o haveria ruptura e transforma o mas haveria a continuidade das mudan as orquestradas pelo Estado desde os anos 90 ou seja o prosseguimento da reforma da forma o inicial de professores do primeiro segmento da educa o b sica Esta viera ap s a aprova o em dezembro de 2006 da Lei de Diretrizes e Bases para Educa o Nacional e suas normatiza es posteriores produzidas no n vel federal tanto no Conselho Nacional de Educa o CNE como no Minist rio da Educa o e havia criado novos espa os institucionais
386. stema sala de aula de escrita alfab tica quanto Fala e escrita pr ticas de leitura escrita e Forma o conunuada de O L dico na Sala oralidade professores e professoras de Aula Projet Leitura e produ o de textos na Lobo 5 Jogos alfabetiza o Leitura no Ensino Fundamental Ortografia na sala de aula Produ o de textos na escola reflex es e pr ticas no Ensino Fundamental Publica es Avalia o em l ngua portuguesa contribui es para a pr tica pedag gica Diversidade Textual os g neros na sala de aula Pr ticas de leitura no ensino fundamental Produ o de textos na escola reflex es e pr ticas no Ensino Fundamental Forma o continuada de professores Quest es para reflex o O0 material encontra se parcialmente dispon vel para download Vic 251 CENTRO E MATERIAIS FASC CULO AUTORES TEMA OBJETIVOS SITE DO PPL 1 Discutir sobre o processo de modifica o dos livros did ticos Alfabetiza o e de Y Artur Gomes de Morais L ngua CEEL v Ceris Ribas da Silva a partir da institucionaliza o UFPE Indicados Y Eliana Borges Albuquerque O Livro Did tico do Programa Nacional do y Beth Marcuschi em Sala de Aula Livro Did tico PNLD anteriormente na tabela v Maria das Gra as C Bregunci Algumas Reflex es E v Andr a Tereza Brito Ferreira 2 Pensar sobre o processo de escolha e as caracter sticas 6 dos novos livros did ticos CEALE UFMG 3 Refl
387. studo 241 AP NDICE C EAD E FORMA O DE PROFESSORES EAD e Forma o de Professores 1971 ABT Foi pioneira em cursos dist ncia capacitando os professores atrav s de correspond ncia 1973 Projeto LOGOS I Governo Federal Forma o de professores leigos 1974 Projeto LOGOS Il em conv nio com o MEC para habilitar professores leigos sem afast los do exerc cio docente 1975 Criado no estado do Par o projeto Hapront para habilitar professores leigos do ensino fundamental em n vel do 2 grau Habilitou cerca de 10 mil professores atrav s da educa o a dist ncia 1979 a 1983 o Posgrad p s gradua o Tutorial Dist ncia pela Capes Coordena o de Aperfei oamento do Pessoal de Ensino Superior do MEC administrado pela ABT Associa o Brasileira de Tecnologia Educacional com o objetivo de capacitar docentes universit rios do interior do 1983 1984 Cria o da TV Educativa do Mato Grosso do Sul Inicio do Projeto Ip da Secretaria da Educa o do Estado de S o Paulo e da Funda o Padre Anchieta com cursos pura atualiza o e aperfei oamento do magist rio de 1 e 2 Graus utilizando se de multimeios 1985 O CEN Centro Educacional de Niter i lan ou o Projeto Crescer destinado a forma o de magist rio de 2 grau Atendeu 20 cidades de Goi s melhorando a forma o de mais de 11 mil professores leigos 1985 Projeto FUNTEVE Forma o
388. suas interven es pois se situam acima da ideologia e da pol tica Logo em seguida menciona as metodologias de pesquisa nas quais essa abordagem se alicer a e cita mais dois pa ses que absorveram essas mudan as Inglaterra e Estados Unidos da Am rica Os autores tamb m afirmam que Tendo em vista que muitos dos conceitos fatos cient ficos e mesmo da literatura utilizada na elabora o do presente relat rio s o amplamente desconhecidos ou ignorados pelas Universidades e Secretarias de Educa o no Brasil o relat rio tender a repetir alguma informa o para tornar o contexto de sua an lise mais claro BRASIL 2003 p 18 O texto do relat rio ressalta que grande parte dessas publica es cria o da Sociedade para os Estudos Cient ficos da Leitura fundada em 1990 sendo um acontecimento na institucionaliza o da ci ncia da leitura O documento em seu terceiro cap tulo o Estado da Arte exp e a concep o de leitura e escrita do grupo definindo a como a capacidade de extrair a pron ncia e o sentido de uma palavra a partir de sinais gr ficos Escrever consiste na capacidade de codificar graficamente os sons correspondentes a uma palavra Ler implica antes de mais nada a capacidade de identificar uma palavra BRASIL 2003 p 20 Segundo Bajard 2006 os autores do relat rio instauram uma distin o entre a decodifica o espec fica ao ato de ler e a compreens o comum a todas as atividades humanas
389. t nica refer ncia bibliogr fica dos cursos de forma o de professores no Brasil apontando os autores e obras a seguir discriminadas como as que exp em as compet ncias b sicas requeridas para alfabetizar Fonte Relat rio Novos caminhos 2003 Pode se perceber por meio da bibliografia sugerida que a filia o te rica salienta aspectos da Psicologia Cognitiva que sustenta o m todo f nico Na rea de forma o de professores os relatores do documento afirmam que todos os pa ses participantes da an lise 111 do relat rio consideram se insatisfeitos com o estado da forma o de professores e que v rios deles fazem distin o entre forma o e a necessidade de atualiza o que responsabilidade individual do professor e em nenhum caso a atualiza o vista como substituta da forma o inicial b sica Os autores tamb m registram que nos pa ses de cultura alem a forma o inicial do professor fortemente supervisionada e que na Fran a a forma o permanente altamente valorizada Diante desse quadro no sexto cap tulo os autores realizam diversas sugest es para pol ticas de longo prazo entre elas 1 a cria o de organiza es n o governamentais ONG como as criadas nos Estados Unidos na Fran a e na Inglaterra para auxiliar os pais e professores a preparar as crian as desde cedo para os futuros desafios de aprender a ler e escrever BRASIL 2003 p 145 2 implementa
390. t o n o a universidade ela est se conscientizando de que ela tem que chegar porque se ela n o chegar ela vai perder Porque ela vai perder esse espa o e que ela j est perdendo quando voc come a a analisar que muita coisa de dificuldade que muita coisa de atraso vem por conta disso a vem por conta isso ai que est l em cima e todo mundo aceitando aqui Ent o muitos dos fracassos tamb m tem que colocar na conta da universidade porque se achavam que eram os donos que detinham todo o saber ent o muita coisa do fracasso em educa o est na conta dela tamb m Ent o vamos minimizar esses fracassos vamos come ar a melhorar essa qualidade e aonde tem que chegar a mesma coisa das minorias que fala de inclus o que fala de num sei que porque politicamente correto S n o porque eles est o vendo que o grupo est percebendo que ele tem direito que ele pode ent o n o d mais pra ficar naquela coisa de que ah n o N o ent o a universidade ela est acordando pra isso e uma das coisas que se discute hoje tamb m a 206 quest o do mestrado Tem uns que j acham que j tem que acabar com essa coisa porque primeiro falso Pra voc entrar uma dificuldade enorme nas universidades p blicas T 1 Eu acho que teria que facilitar o acesso T9 porque n o sabe por que sabe o que eu penso mestre mestre em que Eu sou mestre s nisso aqui e o resto Educa o t o amplo sou
391. t rias Acessar o sistema x Figura 6 Plataforma Paulo Freire Aguiar 2007 afirma que o amplo leque de a es direcionadas ou que refletem na forma o e na a o profissional dos docentes apresenta numa leitura mais detalhada uma s rie de desafios que para serem enfrentados de fato faz se necess rio que os entes confederados estabele am um regime de colabora o que os governos esforcem se para instituir planos de cargos e carreira nos estados e munic pios com acompanhamento e avalia o A autora refor a ainda a necessidade de uma s rie de medidas para garantir a forma o dos professores no mbito das universidades reivindica o hist rica do movimento organizado dos professores e das entidades que lutam em defesa da valoriza o dos profissionais da educa o 66 Dados apurados pelo Anu rio Brasileiro Estat stico de Educa o Aberta e a Dist ncia ABRAEAD 2008 tamb m apontam para a expans o dessa modalidade de ensino no campo da forma o docente demonstrando claramente a inten o do governo em consolidar a forma o inicial e continuada de professores por meio da EAD pois a amplia o j foi realizada e consolidada com a cria o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e do Sistema Nacional de Forma o de Professores numa parceria entre cons rcios p blicos nos tr s n veis governamentais federal estadual e municipal com a participa o das universidades p
392. ta isto e incita nos a preocupa es relacionadas com o papel que a cultura e o social t m nas pr ticas escolares Preocupa nos o modo com que a concep o te rica de letramento encontra se problematizada nas concep es homogeneizadoras das pr ticas escolares e as concep es de letramento interligadas s avalia es no ensino fundamental Devemos considerar que o PPL interliga se a avalia es como o SAEB que inclusive integra o conjunto dos fasc culos do programa e fundamenta ainda a implanta o da Provinha Brasil Assim crendo primeiramente organizamos um quadro com fragmentos dos fasc culos em que a concep o de letramento e alfabetiza o registrada por meio dos estudos de dois dos centros CEEL e CEALE pois esses estruturam significativamente o material do PPL Foram esses dois os centros que se responsabilizaram pela maior porcentagem de autoria do conjunto de fasc culos componentes do programa O CEALE ainda respons vel pela Provinha Brasil Dessa forma procuramos apontar as concep es s cio hist ricas nas quais se inscrevem bem como sua homogeneiza o discursiva pedag gica 124 CEALE O est gio atual dos questionamentos e dilemas no campo da educa o nos imp em a necessidade de firmar posi es consistentes evitando polariza es e reducionismos nas pr ticas de alfabetiza o Brasil 2007 p 11 fasc culo 1 Por meio desse fragmento verificamos que segundo o centro as dificuldades
393. taduais e municipais que comp em a heterog nea e descentralizada federa o brasileira Figura 12 Mapas da Rede Nacional de Forma o continuada de Forma o de Professores nos anos de 2006 e 2008 3 6 A Rede Nacional de Forma o Continuada e o Pr Letramento O programa de forma o continuada de professores da educa o b sica denominado Pr letramento um programa realizado pelo MEC em parceria com as universidades que formam a Rede Nacional de Forma o Continuada e tem como objetivo principal a forma o continuada de professores para melhoria da qualidade da aprendizagem da leitura escrita e da matem tica nas s ries iniciais do ensino fundamental Planejado para ser realizado a dist ncia o programa utiliza se de material impresso que s o os fasc culos do programa v deos e atividades presenciais conduzidas por professores orientadores chamados de tutores locais preparados para a fun o em encontros de forma o Esses encontros s o dinamizados por profissionais dos Centros de Pesquisa e 88 Desenvolvimento da Educa o especificamente na rea de Alfabetiza o e Linguagem alguns denominados Centros de Linguagem e outros Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educa o compostos pelas seguintes universidades brasileiras Universidade Federal de Minas Gerais Centro de Alfabetiza o Leitura e Escrita CEALE Universidade Federal de Pernambuco Centro de Estudos em Educa o e Linguagem CE
394. te e Sul Centro Oeste 2 Fonte MEC Relat rio SEB 2006 p 52 42 O ndice de Desenvolvimento da Educa o B sica Ideb foi criado pelo Inep em 2007 O indicador combina dados sobre aprova o escolar e informa es de desempenho em exames padronizados obtidos no Saeb para as unidades da federa o e para o pa s e a Prova Brasil para os munic pios Slide capturado no endere o http www undimemg org br Compromisso 20Todos 20Pela 20Educa o Prof 20Romeu 20Caputo p pt Em 30 de novembro de 2008 95 Tamb m consta do relat rio da SEB 2006 que o PPL atendeu at o ltimo m s de 2006 2 998 tutores e 150 103 professores cursistas em 1 055 munic pios de doze estados Maranh o Cear Bahia Rio Grande do Norte Pernambuco Sergipe Piau Santa Catarina Alagoas Para ba S o Paulo e Rio de Janeiro Segundo a coordena o do programa PPL desde 2005 quando o programa foi criado 254 mil profissionais j foram qualificados fe em setembro de 2009 169 764 docentes estavam fazendo forma o continuada no Pr letramento e o programa havia qualificado nesse ano 4 256 tutores A tabela abaixo apresenta um demonstrativo dos dados referentes certifica o de professores Tabela 2 Dados sobre a abrang ncia e certifica o do Programa Pr Letramento 2008 Total de Cursistas Total de UF N de Tutores Certificados professores Cursistas certificados cursistas 2 Alfab Mat tuto
395. te n o sabe de nada que est acontecendo a gente n o sabe porque n o est se informando porque macro n e a gente muitas vezes est naquele mundinho fechado no Pr Letramento e na acelera o e n o sabe o que est acontencendo Ent o isso pra mim foi timo e a minha pena digamos assim o meu penar o meu pesar que isso n o tenha continuidade n o a quest o da figura do 208 tutor pode ser qualquer pessoa Qualquer pessoa pode estimular a outra a ler certo A buscar conhecimento eu digo assim basta querer mas eu digo assim um programa bom desse se perde voc investe na pessoa voc investe nos professores e ele fica perdido a Ent o mais um programa N o sei Agora voc tem acelera o at o ensino m dio vai acontecer at o ensino m dio Por qu Porque deu certo acelera o no primeiro segmento N o porque os problemas foram se acumulando de tal maneira que agora chegou no ensino m dio daqui a pouco vai ter na faculdade tamb m entendeu Ent o pra mim valeu foi timo eu espero que continue que forma for que nome for n Porque cada um que entra quer colocar a sua marca n Mas que tenha continuidade que o professor resgate a sua auto estima porque sem motiva o n o d pra trabalhar T4 No meu caso eu acabei tutora em raz o do teleposto e gosto de desafios sempre gostei de estar pensando alguma coisa nunca me imaginei uma professora com 25 anos de magist rio dando aula
396. te a partir dos anos 1990 vem experimentando um movimento de reformas educacionais revestidas sobremaneira de car ter neoliberal que est o de acordo com as recomenda es de organismos multilaterais Segundo Leher 1999 a atua o de organismos internacionais est relacionada ao aspecto econ mico ao fornecimento de empr stimos aos pa ses perif ricos principalmente no controle financeiro cultural e pol tico que exercem os pa ses credores a partir da exig ncia do cumprimento de condicionalidades imagem de assessorias t cnicas entendidas aqui como o processo pelo qual os empr stimos financeiros concedidos est o condicionados implementa o de reformas na pol tica macroecon mica e nas pol ticas setoriais luz do projeto societ rio do capital Nessa dire o no Brasil as a es do poder p blico alinham se aos valores do capitalismo neoliberal Asseveram nos Barreto amp Leher 2008 que recomenda es de ag ncias multilaterais como Fundo Monet rio Internacional FMD Banco Mundial Comiss o Econ mica para a Am rica Latina e o Caribe CEPAL Organiza o das Na es Unidas para a Educa o a Ci ncia e a Cultura UNESCO o Fundo das Na es Unidas para a Inf ncia UNICEF o Escrit rio Regional de Educa o para Am rica Latina e Caribe Doutrina em voga nas ltimas d cadas do s culo XX o neoliberalismo favorece uma redu o do papel do Estado na esfera econ mica tem sua inspira
397. te recorrente esfera educacional conforme j apontamos anteriormente mas se alfabetiza o uma palavra conhecida e utilizada o mesmo n o se pode afirmar com rela o palavra letramento No Brasil esta palavra come ou a ser utilizada com maior influ ncia na segunda metade dos anos 80 no discurso de especialistas da rea de Educa o e da Lingu stica Uma das primeiras ocorr ncias do registro do termo encontra se no livro de Mary Kato intitulado No mundo da escrita uma perspectiva psicolingu stica cujo objetivo ressaltar aspectos de ordem psicolingu stica envolvidos na aprendizagem da linguagem como podemos observar na afirma o Meu pressuposto neste livro o de que a fun o da escola na rea da linguagem introduzir a crian a no mundo da escrita tornando a um cidad o funcionalmente letrado A autora na apresenta o de sua obra j aponta a rela o entre escola e letramento ou seja exp e o relevante papel que a escola tem na constitui o de sujeitos letrados Na mesma obra a autora ainda afirma que Acredita que a chamada norma padr o ou l ngua falada culta consequ ncia do letramento O livro mostra uma defini o de letramento relacionada ao crescimento cognitivo individual e a demandas de uma sociedade que destaca a norma padr o ou a norma culta da l ngua apresentando que a fun o da escola na rea da linguagem introduzir a crian a n
398. tegrada S o Paulo Thomson 2007 MORAES Fl via Habilidades em foco In CEALE Letra A o jornal do alfabetizador Provinha Brasil em debate conhe a a proposta pedag gica e as possibilidades desse novo instrumento de avalia o da alfabetiza o Belo Horizonte jun jul 2008 ano 4 Edi o Especial MORAIS A ALBUQUERQUE E amp LEAL T orgs Alfabetiza o apropria o do sistema de escrita alfab tica Belo Horizonte Aut ntica 2005 MORTATTI Maria do Ros rio Longo Educa o e Letramento S o Paulo Unesp CONPED 2004 NOVOA Ant nio Forma o de professores e profiss o docente In N VOA Ant nio Os professores e sua forma o Lisboa Instituto de Inova o Educacional 1992 OLSON David R e TORRANCE Nancy orgs Cultura escrita e oralidade Trad Valter Lellis Siqueira S o Paulo tica 1995 PIROLA Nelson Antonio Pirola amp MORAES Mara Sueli Sim o Moraes O Pr Letramento e a Forma o Continuada de Professores que ensinam Matem tica no Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental ZETETIKE CEMPEM FE UNICAMP v 17 N mero Tem tico 2009 PRETI Oreste Org Educa o a Dist ncia in cio e ind cios de um percurso NEAD IEUFMT Cuib 1996 A forma o do professor na modalidade a dist ncia Dez construindo metonarrativas e met foras In PRETI Oreste org Educa o dist ncia sobre discursos e pr ticas Bras lia L ber 2005 REGO T C ME
399. terizando tamb m o tutor da rea de alfabetiza o e linguagem e a forma o continuada de professores no modelo de educa o a dist ncia Ao realizarmos a leitura do conjunto de fasc culos do programa Pr Letramento o material dos encontros de forma o de tutores e os documentos oficiais sobre a constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores v rias quest es foram se multiplicando diante da complexidade de nosso objeto de estudo Responder a esses questionamentos conduziu nos a participar do segundo momento de forma o de tutores durante todo o ano de 2008 at mar o de 2009 desta vez como pesquisadora atrav s da permiss o do Centro de Estudos da Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco Sendo assim a partir da observa o realizada nos dois primeiros encontros de forma o elaboramos ent o um question rio com quest es abertas fechadas e de m ltipla escolha para coletar impress es iniciais frente ao desafio de retratar o funcionamento do PPL no Estado do Rio de Janeiro e compreender quem eram as professoras tutoras Por fim realizamos uma s rie de quatro entrevistas coletivas com as tutoras do PPL em quatro momentos distintos dos encontros de forma o durante o ano de 2008 com o objetivo de conhecer a hist ria de vida dos tutores que naquele momento eram formadores 37 de professores com o objetivo de compreender suas vis es sobre o programa o modelo de realiza o e
400. tigos 23 do Regime de Coopera o entre os entes federados e 211 do Regime de Colabora o entre sistemas de ensino O I Encontro Nacional revelou a centraliza o eivada de autoritarismo do MEC indicada em v rios dos encontros estaduais para aprovar a qualquer custo as referidas matrizes de modo a garantir a anu ncia dos educadores ao conte do do Exame de Certifica o FREITAS 2003a p 2 Tal tema enfrentou durante e ap s o encontro a cr tica e a resist ncia manifesta de professores e entidades Em seguida as li es do I Encontro do Sistema de Forma o Continuada e Certifica o de Professores FREITAS 2003 apontados por Helena Costa Lopes de Freitas registram que antes da realiza o do evento a Secretaria realizou tr s flex es estrat gicas invers o das palavras do programa TCA Sistema Nacional de Certifica o e Forma o Continuada de Professores para Sistema Nacional de Forma o Continuada e Certifica o de Professores e apresenta o das matrizes n o como refer ncias para o Exame de Certifica o mas como matrizes para a forma o continuada e aproxima o das entidades acad micas com o objetivo de construir conformidades que lhe permitissem encaminhar a proposta das matrizes 3 3 O edital de constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada e a rea de alfabetiza o e linguagem 32 Professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas desenvolveu se na
401. timula o fonoaudiol gica M TODO foram selecionados 20 alunos com piores resultados na avalia o inicial de letramento Foram analisadas as provas de consci ncia fonol gica no in cio e final do programa de estimula o RESULTADOS a maioria dos sujeitos demonstrou no o de atividades de consci ncia fonol gica CONCLUS O os alunos apresentaram evolu o sugerindo efic cia do programa 2T T TULO DO ARTIGO E PALAVRAS CHAVE AUTOR ANO PERI DICO RESUMO O car ter terap utico da escrita pr ticas de letramento em um hospital psiqui trico Palavras chave Alfabetiza o Letramento Sujeito Escrita TFOUNI Leda Verdiani et al Paid ia Ribeir o Preto online 2008 vol 18 no 39 pp 101 110 ISSN 0103 863X Procurou se investigar pr ticas de escrita em um trabalho de alfabetiza o em um hospital psiqui trico atrav s do m todo de an lise do discurso Levou se em conta o car ter terap utico da escrita e tamb m a situa o de asilamento psiqui trico Relata se o trabalho com letramento desenvolvido durante tr s meses junto aos internos do hospital Durante o trabalho foram privilegiados os eventos que mostravam o envolvimento entre escrita e subjetividade Atrav s das possibilidades de reconstru o das hist rias desses moradores pode se contribuir para resgatar lugares da mem ria apagados pela patologia e proporcionar na materialidade discursiva
402. to das turmas dos professores cursistas do PPL e verificamos que 42 dos professores tutores realizaram o acompanhamento da turma de alunos do ensino fundamental que participavam do PPL e que 57 n o realizaram o acompanhamento Certamente essa a o realizada pelos primeiros facilitou a a o de forma o continuada proporcionando uma problematiza o da pr tica docente e da reflex o sobre as dificuldades e os desafios do cotidiano escolar Segundo as diretrizes para efetiva o do PPL os sistemas de ensino deveriam disponibilizar espa o f sico para a realiza o dos encontros com os professores Entretanto o que constatamos que em 60 n o havia espa o espec fico para realiza o de a es de forma o continuada Interessante notar o fato de que ap s a ades o ao programa um munic pio do norte fluminense implantou um espa o destinado especificamente forma o de 218 professores designado A Casa do Educador No entanto identificamos que o espa o f sico utilizado para realiza o dos encontros em 16 dos munic pios foi de pr dios de escolas da rede municipal e 27 nos p los de tecnologia educacional PTE Destacamos que nesse contexto a escola n o se constitui em local privilegiado para a forma o continuada e sim um local de encontro pois a forma o n o era dirigida especificamente equipe de professores da escola em que eram realizados os encontros do programa Com rela o infraestrutura para
403. to de o leitor ouvinte j estar nas palavras do enunciador ao falar ou escrever o sujeito sempre considera as futuras r plicas de seu interlocutor o que garante que o outro a quem o discurso se dirige esteja nas pr prias palavras do autor Outra forma de analisar o aspecto constitutivo conceber a minha palavra como assimila o de palavras alheias portanto de palavras de outros As palavras que s o pr prias do sujeito no momento da fala j foram de outro s Ningu m um Ad o b blico todo falante por si mesmo um respondente em maior ou menor grau porque ele n o o primeiro falante o primeiro a ter violado o eterno sil ncio do universo e pressup e n o s a exist ncia do sistema da l ngua que usa mas tamb m de alguns enunciados antecedentes dos seus e alheios com os quais o seu enunciado entra nessas ou naquelas rela es BAKHTIN 2003 p 272 Para o fil sofo russo ao nascer cada sujeito encontra milhares de enunciados j dados j constru dos do seu c rculo e alheios pois viver significa participar do di logo interrogar ouvir responder concordar etc BAKHTIN 2003 p 348 A transforma o do enunciado dos outros em seus que garantir a participa o do sujeito no simp sio universal por isso que cada enunciado um elo na corrente complexa organizadas de outros enunciados idem p 272 Como afirma BAKHTIN cada palavra procede de algu m e tamb m se dirige
404. tores brasileiros utilizarem o neologismo letramento com o mesmo sentido preferiu se aqui empregar o termo alfabetismo tal como sugere a autora acima referida por ser um termo j dicionarizado e tamb m por guardar a mesma raiz de alfabetiza o relativo ao ato de ensinar ou disseminar o ensino da leitura e da escrita RIBEIRO 1999 p 16 No artigo Novas pr ticas de leitura e escrita letramento e cibercultura presente na publica o de 2002 da revista Educa o e Sociedade em um dossi sobre o tema letramento Magda Soares retoma o tema e realiza elos entre as tecnologias digitais de leitura e escrita evidenciando a imprecis o da defini o do termo letramento no cen rio brasileiro e sintetiza que se trata de fen menos e conceitos plurais embora retome o conceito que fundamenta e adicione que segundo essa concep o letramento significa o contr rio de analfabetismo Em 2003 o mesmo artigo de 1995 intitulado L ngua escrita sociedade e cultura rela es dimens es e perspectivas republicado na colet nea Alfabetiza o e Letramento Apesar de n o ocorrer mudan as no texto do artigo em um quadro margem Soares descreve que ap s 1995 passou a utilizar o termo letramento que foi progressivamente se consolidando nos trabalhos de estudiosos sobre o tema no Brasil A Revista Brasileira de Educa o do ano de 2003 traz o artigo de Magda Soares intitulado Letramento e alfabetiza o
405. tramento est alicer ada em material produzido pelos Centros da Rede de Forma o os quais ser o objeto de estudos dos professores sob a coordena o de um professor orientador tutor p 6 sua a o ser eminentemente uma a o de professor orientador tutor forma o que estamos utilizando a nomenclatura orientador de estudos em substitui o express o tutor p 6 Esses professores orientadores s vezes hamados tutores p 18 Como orientador de estudo voc passa a onstituir uma rede p 6 Nessa rede especial import ncia tem seu papel enquanto orientador de estudos p 6 com esse objetivo de contribuir para sua prepara o para em rela o ao trabalho de orientador de estudos p 6 CC o processo de troca entre o professor orientador e o professor em forma o p 13 CC o professor orientador na educa o de adultos se v mais como um recurso de aprendizagem do que como um expert de conte do p 14 CC importante que voc como formador de professores p 11 buscar resolver problemas que possivelmente em enfrentando em seu trabalho de formador p 11 consigo mesmo com o grupo e o formador p 26 O trabalho do formador como algu m sensibilizado p 28 Por m como professor formador nesse processo p
406. ua o plena de forma o de professores da Educa o B sica em n vel superior Parecer Resolu o CNE CP n 28 2001 CNE CP n 02 2002 D nova reda o ao Parecer CNE CP 21 2001 que estabelece a dura o e a carga hor ria dos cursos de Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior Institui a dura o e a carga hor ria dos cursos de licenciatura de gradua o plena deforma o de professores da Educa o B sica em n vel superior 245 DOCUMENTO Resolu o DATA CNE CEB n 01 2003 REFER NCIA Disp e sobre os direitos dos profissionais da educa o com forma o de n vel m dio na modalidade Normal em rela o prerrogativa do exerc cio da doc ncia em vista do disposto na lei 9394 96 e d outras provid ncias Resolu o CNE CP n 02 2004 Adia o prazo previsto no art 15 da Resolu o CNE CP 1 2002 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Forma o de Professores da Educa o B sica 238 em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena Parecer CNE CP n 04 2004 Adiamento do prazo previsto no art 15 da Resolu o CNE CP n 01 2002 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Forma o de Professores da Educa o B sica em n vel superior curso de licenciatura de gradua o plena Parecer CNE CP n 05 2005 Diretrizes Curriculares Nacionais para o
407. uca o a dist ncia nesse modelo semipresencial e por isso que eu n o falei n Nesse modelo ela important ssima Voc tem o momento presencial que aonde acontece a forma o continuada ela acontece nesse momento presencial que aonde vai acontecer as reflex es as discuss es com os outros professores E o que eu n o falei que eu queria dizer da import ncia desse encontros com os professores formadores com a universidade isso tudo importante para o desenvolvimento do trabalho 213 Ao finalizar a an lise das entrevistas coletivas conv m notar que os professores tutores do PPL n o s o consumidores passivos dos discursos de autoridade e dos programas governamentais Eles atrav s de um discurso de confronto posicionam se criticamente diante de uma disputa hegem nica entre novos e antigos programas de forma o continuada de professores Notamos que os professores tutores apontam perspectivas divergentes deixando mostra problemas conflitos e tens es permitindo nos compreender a import ncia de suas vozes para a efetiva implementa o de programas de forma o continuada de professores de qualidade A entrevista coletiva enquanto alternativa metodol gica leva nos a ver o professor n o como fantoche das rela es sociais mas como um agente um organizador de discursos respons vel pelos seus atos e responsivo ao outro SOBRAL 2007 p 24 Logo o professor tutor um sujeito situado soc
408. ue das mais importantes da intera o verbal Mas pode se compreender a palavra di logo num sentido amplo isto n o apenas como a comunica o em voz alta de pessoas colocadas face a face mas toda comunica o verbal de qualquer tipo que seja De acordo com Amorim 2001 o di logo apenas uma forma mais exteriorizada e superficial de dialogismo Por sua vez a dialogia a categoria te rica na qual est centrada toda a filosofia da linguagem desenvolvida por Bakhtin Conforme explica o autor As rela es dial gicas s o absolutamente imposs veis sem rela es l gicas e concreto sem nticas mas s o irredut veis a estas e t m especificidade pr pria Para se tornarem dial gicas as rela es l gicas e concreto sem nticas devem como j dissemos materializar se ou seja devem passar a outro campo da exist ncia devem tornar se discurso ou seja enunciado e ganhar autor criador de dado enunciado cuja posi o ela expressa BAKHTIN 2008 p 210 179 O princ pio do dialogismo arquitetado pelo C rculo bastante complexo pois n o pode ser reduzido presen a f sica de dois participantes em intera o e n o corresponde a apenas uma dimens o mais social de permanente di logo externo entre os sujeitos s cio hist ricos O dialogismo proposto pelo C rculo envolve tanto uma dimens o social quanto quela que se pode chamar de constitutiva porque inerente ao pr prio dizer Refere se ao fa
409. ueno panorama sobre a Rede e os Centros de Educa o concomitantemente aos nossos estudos no grupo de pesquisa A forma o continuada de professores em pol ticas educacionais no contexto brasileiro o hibridismo discursivo entre universidade e escola coordenado pela professora Ludmila Thom de Andrade A partir de suas orienta es iniciamos o estudo da obra bakhtiniana teoria do Ato o que certamente foi um grande desafio para n s e durante o primeiro semestre de nosso ingresso no mestrado entre fios e desafios come aram nossos estudos baktinianos e ap s cada encontro do grupo de pesquisa ao retomar a leitura sobre os documentos de constitui o da Rede Nacional de Forma o Continuada de Professores e os fasc culos do Pr letramento uma nova vis o se edificava em nossa trajet ria de mestranda Desse modo come amos a participar do curso de extens o Alfabetiza o leitura e escrita como pr tica de letramento promovido pelo Laborat rio de Estudos de Linguagem P s Doutora em Educa o pela Universidade Paris VIII Professora da Faculdade de Educa o da UFRJ e Coordenadora do LEDUC 32 Leitura Escrita e Educa o LEDUC Faculdade de Educa o da UFRJ destinado aos professores do ensino b sico Conforme definem Lima amp Andrade O curso de extens o oferecido a professores de escolas p blicas no munic pio do Rio de Janeiro se prop s a ser uma contribui o na forma o do professor alfa
410. universidade ela tem que sair mais do seu patamar elitista porque n o d mais pra ficar falando essa l ngua n o entendeu N o s no mbito da pesquisa n o porque na verdade quando voc Jtem muitos relatos ali que voc vivencia no dia a dia voc est pesquisando o que o professor j faz Ent o ele tem tempo pra aquilo Eu acho que a universidade ela tem que chegar mais ao encontro dos professores pra que a gente tenha momentos de ler autores que est o dentro da nossa gradua o eu dou aula pra professores que j tem p s gradua o ent o o que aconteceu voc sai da faculdade e a acabou N o voc precisa ter essa forma o continuada ent o se voc est em atividade est pesquisando e voc est em parceria voc est trazendo o que que est acontecendo de novo As pessoas viajam as pessoas v o pra outros locais e muitos de n s qual a nossa realidade o teu munic pio o entorno do teu munic pio o teu mundinho Ent o a gente tem que ampliar Ent o eu achei muito legal essa quest o dos pesquisadores se chegarem a n s entendeu T 5 nessa quest o a tamb m que eu acho importante que a gente discute muito essa quest o da universidade do professor receber tudo pronto eu acho que s o nesses encontros mesmo que a gente reflete isso porque que tem l na universidade tem mais conhecimento que voc N o s vezes n o tem N o tem porque voc tem uma experi ncia enorme en
411. uras foram elevadas ao estatuto de fontes para inferir os graus de letramento daqueles capazes de firmar seus nomes As capacidades autogr ficas foram coletadas em processos crime e testamentos tendo sido as chancelas originais qualificadas com o aux lio de uma escala de assinaturas Outras fontes analisadas foram as not cias de venda ou fuga de escravos publicadas em um peri dico do Oitocentos uma vez que alguns an ncios informavam se os escravos sabiam ler e escrever Ao longo do per odo analisado percebeu se uma continuidade na posse das tecnologias de leitura e escrita por parte dos homens que exerciam of cios especializados como os alfaiates pedreiros e carpinteiros Educa o cient fica na perspectiva de letramento como pr tica social fun es princ pios e desafio Palavras chave alfabetiza o cient fica letramento cient fico ci ncia tecnologia sociedade ensino de ci ncias para a cidadania SANTOS Wildson Luiz Pereira dos Rev Bras Educ online 2007 vol 12 no 36 pp 474 492 ISSN 1413 247 8 A partir de vis es sociol gicas e filos ficas sobre ci ncia apresenta se como v m sendo discutidas historicamente concep es sobre o papel da educa o cient fica Em seguida apresenta se uma revis o da literatura de ensino de ci ncias sobre significados da educa o cient fica que podem ser entendidos como processos diferenciados de alfabetiza o e letramento c
412. utilizando desde material impresso at a internet ou sistemas de redes similares como suporte da comunica o pedag gica Paralelamente cresce o desenvolvimento de softwares e de tecnologias de rede adaptados para servir a esse mercado em expans o Paralelamente expans o da EAD um grande debate em torno de sua defini o realiza se e v rios s o os autores que j haviam definido conceitualmente a educa o a dist ncia Assim diante do vasto repert rio de defini es existentes optamos por registrar algumas das mais consagradas e significativas defini es de EAD de acordo com Landim 1997 considerando a magnitude dos estudos dos autores que este selecionou origin rios de v rios pa ses e a repercuss o que obtiveram nas ltimas d cadas 57 G Dohmem 1967 Educa o a dist ncia Forstudium uma forma sistematicamente organizada de auto estudo em que o aluno se instrui a partir do material que lhe apresentado e por meio do qual o acompanhamento e a supervis o do sucesso do aluno s o levados a cabo por um grupo de professores M Moore 1972 O ensino a dist ncia o tipo de m todo de instru o em que as condutas docentes acontecem parte das discentes de tal maneira que a comunica o entre o professor e o aluno possa se realizar mediante impressos por meios eletr nicos mec nicos ou por outras t cnicas O Peters 1983 O ensino educa o a dist ncia um m todo de transmitir co
413. utro momento que de forma o de professores a escola tamb m ela n o d import ncia a isso T4 exatamente voc tem um professor numa escola Voc trabalha uma escola mandou um representante a escola dela n ela tem l na cidade dela 10 representantes 1 por escola Eu tenho 10 representantes 1 por escola X tem Esse 1 volta escola se CONTINUIDADE se forma o CONTINUADA quer dizer ela se d CONT NUO AO LONGO da minha vida profissional ela tem uma continuidade profissional eu sou um sozinho na minha escola que continuidade Vou dar continuidade a um programa dentro da escola que possui j um outro programa Esse programa tem que estar adequado a um programa escolar Se n o o professor chega escola com um programa dentro do pr prio programa da unidade A unidade tem o seu pr prio programa escolar Esse programa Pr Letramento tem que ser a tica de trabalho dos professores daquela unidade se n o fica um professor sozinho dentro da unidade n o fazendo porque ele vai trabalhar ou numa linha diferente da que a escola j trabalha Ent o a escola precisa conhecer o programa e adotar a proposta como a proposta pedag gica da escola Ent o o que ele volta Qual o retorno do professor Olha para a minha vida pessoal foi excelente eu passei a ter qualidade profissional at pra passar num concurso mas na minha escola pouco posso fazer porque eu sou o eu 201 T1 A eu discordo porque
414. valorativa do enunciador sobre o tema sobre a situa o e sobre o audit rio social No entanto a entona o n o se limita a um fen meno fon tico mas engloba gestos movimentos express es faciais 199 voc trabalha com algumas got culas e voc n o consegue perceber esse desenlace ou essa ramifica o dentro da rede Essa visibilidade que ela tem em n s aqui do estado j n o temos T 6 Ent o a n s temos duas vertentes o programa EXCELENTE eu acho bem formatado como professora at de l ngua portuguesa a gente consegue visualizar isso aqui Aplicar o programa dentro do programa ser bem formatado muito bom a gente aplicar um programa f cil de trabalhar um programa que voc consegue visualizar o resultado ele te permite um programa que nasceu pra sobreviver mas o resultado desse programa a vis o que se tem do programa dentro da pr pria rede de que MAIS UM PROGRAMA Considerando que o enunciado constitu do de ecos e resson ncias de outros enunciados entrela ados a uma dada comunica o discursiva BAKHTIN 2003 e que necessariamente as posi es discursivas sempre se remetem a outras percebemos que os professores tutores ao definirem sua vis o sobre o PPL fatalmente recuperam enunciados que retratam uma imagem do professor do ensino fundamental carregada de tom valorativo de desprest gio equivalendo o trabalho docente como o de fazedores de tarefas e rememorando a necessida
415. ve Leitura Escrita Letramento Pr ticas escolares e n o escolares GUEDES PINTO Ana L cia e FONTANA Roseli Aparecida Ca o As mulheres professoras as meninas leitoras e o menino leitor a inicia o no universo da escrita no patriarcalismo rural brasileiro Uma leitura a partir de Inf ncia de Graciliano Ramos Cad CEDES online 2004 vol 24 no 63 pp 165 191 ISSN 0101 3262 sua inser o nas teorias sobre letramento que se v m desenvolvendo na rea de educa o Propomo nos neste trabalho a realizar com base na obra Inf ncia de Graciliano Ramos uma an lise da participa o da mulher no processo de inicia o escritural das crian as nas primeiras d cadas do s culo XX no nordeste brasileiro A despeito do lugar ocupado pela mulher no patriarcalismo rural sua presen a mostra se expressiva na multiplicidade de modelos de escolariza o seja na esfera p blica ou na esfera dom stica herdados do s culo XIX Trabalhando nas interfaces entre a hist ria cultural a antropologia a sociologia e os estudos da linguagem pretendemos focalizar tanto os espa os e as pr ticas em que as crian as eram iniciadas na aprendizagem da leitura e da escrita por suas professoras familiares e amigas quanto os significados de que se revestiam para essas mulheres e crian as as tarefas relativas ao ensino 288 ANEXOS 289 ANEXO A NORMAS ADOTADAS PARA TRANSCRI O As conve
416. vel de 2 grau para lecionar no ensino prim rio tendo assessoria geral do Centro de Ensino T cnico de Bras lia CETEB grupo de coordena o local chamada de ger ncia regional composta 2 Para fins did ticos organizamos uma tabela com os principais programas de forma o de professores na modalidade EAD que se encontra na p gina 248 do estudo 63 por um gerente um subgerente um coordenador de supervis o um coordenador de orienta o e pessoal administrativo e o orientador supervisor docente OSD Progressivamente as experi ncias foram aumentando e ap s o advento da televis o cresce o n mero de programas de forma o docente o que conduz cria o da TV ESCOLA e do Programa Salto para o Futuro Ap s a regulariza o da EAD no Brasil em 1996 verifica se o aumento de cursos destinados forma o inicial e continuada de professores Neste tipo incluem se programas de grande porte dos governos federal ou estaduais destinados forma o de professores dentre os quais se destacam as iniciativas do MEC com os programas de forma o continuada Um Salto para o Futuro 1991 TV Escola 1995 e a primeira experi ncia de forma o inicial de professores do ensino b sico feita a dist ncia no Brasil a licenciatura de pedagogia desenvolvida no estado de Mato Grosso Licenciatura Plena em Educa o B sica 1 4 s rie do 1 grau merecendo destaque o Programa de Forma o de Professores alfabetizado
417. vis vel e marcante nas atividades cotidianas aponta nos que o conceito de alfabetiza o denota um conjunto de saberes sobre o c digo escrito da l ngua que requer conhecimentos sobre o dom nio do sistema alfab tico e ortogr fico o que a torna distinta de outras pr ticas de letramento nas quais poss vel aprender apenas inserindo se em eventos de letramento Ao analisarmos os fragmentos que comp em o quadro podemos observar que as concep es apontadas sobre alfabetiza o e letramento apresentam se como processos diferentes cada um com suas especificidades mas complementares Observamos tamb m que essas concep es de letramento e de alfabetiza o dos fasc culos do Pr letramento est o articuladas s encontradas no Jornal Letra A colocando em evid ncia as concep es te ricas do CEALE centro respons vel pelos dois primeiros fasc culos do PPL denominados Capacidades lingu sticas Alfabetiza o e letramento e Alfabetiza o e letramento quest es de avalia o Ao situarmos historicamente os discursos dos dois centros sobre a tem tica alfabetiza o e letramento vis vel a responsividade dos centros diante do atual cen rio educacional no pa s mas a nfase presente no fasc culo do termo alfabetizar letrando nuance presente no discurso dos dois centros pode suscitar a ideia da preval ncia da faceta da alfabetiza o como se fez no passado e ainda se faz na atualidade ainda sob nossa U
418. xo nuclear do pensamento bakhtiniano o pensador russo transp e essas reflex es para seus estudos sobre linguagem por meio do conceito de alteridade Para Faraco 2003 pode se afirmar que o grande projeto de Bakhtin foi a investiga o da essencialidade da alteridade na linguagem Dessa forma o eu perde o lugar da enuncia o que passa a ser compartilhado com o outro logo o sujeito estabelece se no espa o dial gico que se instaura em um movimento cont nuo de vozes que se entrecruzam no momento da enuncia o pois 196 O enunciado existente surgido de maneira significativa num determinado momento social e hist rico n o pode deixar de tocar os milhares de fios dial gicos existentes tecidos pela consci ncia ideol gica em torno de um dado objeto de enuncia o n o pode deixar de ser participante ativo do di logo social BAKHTIN 2006 p 86 Segundo Bakhtin 2003 p 139 qualquer conversa repleta de transmiss es e interpreta es das palavras de outros e que entre todas as palavras pronunciadas no cotidiano n o menos que a metade provem de outrem Assim pensando na metodologia utilizada e no corpus constitu do a partir da transcri o das entrevistas distinguimos que o conceito bakhtiniano do discurso de outrem pertinente a esse estudo O autor ao aprofundar suas reflex es sobre os procedimentos de transmiss o do discurso de outrem considera que tais procedimentos s o muito variados e por mai
419. xto por meio da viv ncia dessas pr ticas no cotidiano escolar que o aluno se apropria do sistema de escrita A preocupa o com o esclarecimento dos assuntos abordados para a compreens o docente vis vel no fasc culo o que conduz a sua organiza o por meio de s nteses ao final de cada unidade PIJO Letramento Alfabetiza o e Linguagem fasciculo complementar Figura 31 Capa do fasc culo complementar do PPL 4 8 Os v deos do Programa Tendo como refer ncia os pressupostos metodol gicos adotados nesta pesquisa consideramos necess rio caracterizar os materiais videogr ficos do PPL organizados em kits e entregues aos tutores 149 Os v deos que comp em o PPL fazem parte do material did tico de EAD do programa e s o em n mero de quatro os quais s o intitulados Jogos e brincadeiras Modos de escrever Modos de falar Reflex o no processo de forma o docente hist ria de vida e o Uso do livro did tico em sala de aula Internamente os v deos foram organizados em unidades isto sequ ncias de atividades com exposi o de orienta es detalhadas sobre o tema abordado com vistas a favorecer a discuss o a reflex o e a aprendizagem dos professores cursistas Nos v deos tamb m s o retratadas algumas situa es did ticas de alfabetiza o Vale ressaltar que eles n o t m um modelo padr o mas geralmente iniciam se com a fala de professores especialistas autores dos fasc culos sobr

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